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Atividades Estatutárias Desenvolvidas nas

Organizações da Sociedade Civil - OSC

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Agenda

Objeto Social

Termos de Fomento, e de Colaboração

Acordo de Cooperação

Titulações e Certificação

Riscos Inerentes das Atividades Desenvolvidas do Terceiro Setor

ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL

Art. 2⁰ da Lei n⁰ 13.204, de 2015.

Entidade privada sem fins lucrativos que não distribua entre os seus

sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados, doadores ou

terceiros, eventuais resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos

ou líquidos, dividendos, isenções de qualquer natureza, participações ou

parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas

atividades, e que os aplique integralmente na consecução do respectivo

objeto social, de forma imediata ou por meio da constituição de fundo

patrimonial ou fundo de reserva.

Quem são as OSC?

• Associações

União de pessoas para fins não econômicos – art. 53 a 61 do

código civil;

• Fundações

Dotação Especial de bens livres e patrimônio para fins não

econômicos – art. 62 a 69 do código civil;

Quem são as OSC?

• Organizações Religiosas

Dedicadas a atividades ou a projetos de interesse público distintas das

destinadas a fins exclusivamente religiosos – art. 44 do código civil;

• Cooperativas Sociais e de Interesse Público

Cooperativas sociais de inclusão de pessoas em desvantagem no

mercado econômico, por meio do trabalho, reguladas pela Lei n⁰

9.867/99, ou as cooperativas, reguladas pela Lei n⁰ 5.764/71, que

atendam às hipóteses do art. 2 , alínea “b”, da Lei n⁰ 13.019/14.

OBJETO SOCIAL

Promovendo: a assistência social; a cultura ; a defesa e conservação do

patrimônio histórico e artístico; a educação; a saúde; a segurança alimentar

e nutricional; a defesa, a preservação e conservação do meio ambiente; do

desenvolvimento sustentável; o voluntariado; o desenvolvimento econômico

e social; o combate a pobreza; os direitos estabelecidos, a construção de

novos direitos e a assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar; a

ética; a paz; a cidadania; os direitos humanos; a democracia e outros

valores universais;

OBJETO SOCIAL

Experimentação, não lucrativa, de novos modelos socioprodutivos e de

sistemas alternativos de produção; de comércio; de emprego e de crédito;

Organizações religiosas que se dediquem às atividades de interesse

público e que tenham cunho social;

estudos e pesquisa, desenvolvimento de tecnologias alternativas,

produção e divulgação de informações e conhecimento técnicos e

científicos que digam respeito às atividades mencionadas acima;

ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL - OSC

BENEFÍCIOS

Art. 84-B da Lei n⁰ 13.204, de 2015

“... As organizações da sociedade civil farão jus aos seguintes benefícios,

independentemente de certificação:

I - receber doações de empresas, até 2% (dois por cento) de sua receita bruta,

II – receber bens móveis considerados irrecuperáveis apreendidos, abandonados ou

disponíveis, administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil;

ATIVIDADES ESTATUTÁRIAS DESENVOLVIDAS NAS OSC

BENEFÍCIOS

Art. 84-B da Lei n⁰ 13.204, de 2015

III – distribuir ou prometer distribuir prêmios, mediante sorteios,

vale-brindes, concursos ou operações assemelhadas, com o

intuito de arrecadar recursos adicionais destinados à sua

manutenção ou custeio ...”

ATIVIDADES ESTATUTÁRIAS DESENVOLVIDAS NAS - OSC

REQUISITOS PARA A CELEBRAÇÃO DO TERMO DE

COLABORAÇÃO E DE FOMENTO;

As organizações civis devem possuir no mínimo um, dois ou três

anos de existência (a critério do poder público);

Experiência prévia no objeto da parceria e nas condições

operacionais para o desenvolvimento das atividades ou dos projetos

previstos na parceria;


• TERMO DE COLABORAÇÃO

É o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias

estabelecidas pela administração pública com as organizações

da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse

público e recíproco, propostas pela administração pública que

envolvam a transferência de recursos financeiros.


• TERMO DE FOMENTO

Possui o mesmo conceito do termo de colaboração, só que

neste caso, as propostas são oferecidas pelas organizações da

sociedade civil, que envolvem a transferência de recursos

financeiros.


• ACORDO DE COOPERAÇÃO

Consiste, também, na parceria com as mesmas intenções do

termo de colaboração e do termo de fomento, só que neste caso,

não há transferência de recursos financeiros, exemplo: cessão

de bens, e de espaço.


Como as organizações da sociedade civil, os movimentos sociais e os

cidadãos poderão firmar uma parceria com a administração pública,

com base nas novas diretrizes da Lei nº 13.204 de 2015? Por meio da

manifestação de interesse social, a qual consiste na apresentação de

propostas ao poder público, para que este avalie a possibilidade de

realização de um chamamento público objetivando a celebração da

parceria.


CHAMAMENTO PÚBLICO

Consiste no procedimento destinado a selecionar a organização

da sociedade civil para firmar parceria por meio de termo de

colaboração ou de fomento, no qual se garanta a observância dos

princípios da isonomia, da legalidade, da impessoalidade, da

moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade

administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do

julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.


Após a apresentação da proposta, que deve conter a

identificação do seu subscritor, a indicação do interesse

público envolvido e o diagnóstico da realidade que se quer

trabalhar, a administração pública deverá,

obrigatoriamente, publicar a proposta por meio de um

chamamento público.


FASES PRINCIPAIS

1) Planejamento e Gestão

Administrativa

2) Seleção e Celebração

3) Execução

4) Monitoramentoe Avaliação

5) Prestação de Contas


Edital de chamamento público: termo de fomento ou

colaboração, apresentação das propostas pela administração

pública, homologação dos resultados definitivos, convocação da

OSC selecionada, OSC apresenta documentos para a celebração,

plano de trabalho, requisitos documentais, aprovação do plano de

trabalho e dos documentos, assinatura do termo, entrega do

manual de prestação de contas e publicação do extrato do diário

oficial;


Liberação dos recursos para execução do objeto, depositados em

conta corrente específica, são automaticamente aplicados em caderneta

de poupança ou nos fundos de investimento;

Monitoramento e avaliação, esses terão caráter preventivo, visita in

loco, ferramentas tecnológicas, pesquisa de satisfação, plataforma

eletrônica.


Prestação de Contas Anual: a OSC apresenta relatório

parcial da execução do objeto, posteriormente o relatório final

de execução do objeto, a apresentação do relatório final da

execução financeira somente é devida, se as metas e o

resultado não forem cumpridos.


TRANSPARÊNCIA

Art. 11 da Lei 13.204, de 2015

“ ... A organização da sociedade civil deverá divulgar na

internet e em locais visíveis de suas sedes sociais e dos

Estabelecimentos em que exerça suas ações todas as

parcerias celebradas com a administração pública ...”


Não se aplica a Lei n⁰ 13.204, de 2015;

• aos convênios EFSFL complementar ao SUS (CF, art.199);

• aos contratos de gestão celebrados com OS (s);

• aos termos de parceria celebrados com OSCIP (s);

• aos termos de compromisso cultural da Lei Cultura Viva;

• aos PAED, PNAE, PDDE (programas na área de educação);

• às parcerias com o Sistema “S”;

• às contribuições associativas.

TITULAÇÕES

• Título de Utilidade Pública Federal – revogada a Lei nº 91 de

1935 pela Lei n⁰ 13.204, de 2015;

• Título de Utilidade Pública Estadual – RJ Lei nº 3383, de 2000;

• Título de Utilidade Pública Municipal – RJ Lei nº 120, de 1979 e as que a alteram.

TITULAÇÕES

Atividades Estatutárias Utilidade

Pública

Estadual

Utilidade

Pública

Municipal

Atividade Social sem discriminação X X

Relatório de Atividades do exercício anterior ao

pedido do título, e proposta para o ano seguinte,

ambos de forma pormenorizada.

X X

Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas de

acordo com as práticas contábeis para entidade sem

fins lucrativo – ITG 2002 (R1)

X X

TITULAÇÕES

• TÍTULO DE ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE

PÚBLICO – OSCIP - Lei nº 9.790 de 1999

Art. 3º

A qualificação instituída somente será conferida às pessoas jurídicas de direito privado,

sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes

finalidades (...)

As finalidades deliberadas nesse artigo são as mesmas citadas no slide anterior “Objeto

Social”, exceto as Organizações religiosas, ainda que se dediquem as atividades de

interesse público e de cunho social distintas das destinadas a fins exclusivamente

religiosos.

TITULAÇÕES

• OS – Lei n⁰ 9.637 de 1998

Conforme art. 1⁰ , o Poder Público qualificará como Organizações Sociais

– OS as pessoas jurídicas de direito privado, sem finalidade de lucro, com

atividades voltadas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento

tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à

saúde, sendo necessário que seja celebrado o chamado Contrato de

Gestão com o Poder Público, o qual define os objetivos estabelecidos.

TITULAÇÕES

• OSCIP – do Estado do Rio de Janeiro Lei nº 5501 de 2009

Essa titulação é conferida a essas organizações, as quais estabelecem

parceria com o Estado. Essa cooperação é prevista em lei sistematizada

por meio do chamado Termo de Parceria.

A propósito, Carvalho Filho destaca que: “esse negócio jurídico se

qualifica como convênio administrativo, já que as partes têm interesse

comuns e visam à mútua cooperação, além do fato de que uma delas será

o Poder Público representado por algum de seus órgãos ou pessoas”

CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CEBAS

Lei n⁰ 12.101, de 2009 e as que a alteram

As entidades sem fins lucrativos podem contar com mais um benefício fiscal; a

isenção de contribuições para a seguridade social, desde que sejam reconhecidas

como entidades beneficentes de assistência social, com atuação nas áreas de

assistência social, saúde ou educação.

Os requisitos para a certificação com relação as atividades estatutárias

desenvolvidas, mais as normas contábeis para entidades sem fins lucrativos, bem

como a gestão da entidade são os mesmos das titulações e benefícios mencionado

anteriormente.



A entidade deverá fazer o pedido de concessão no órgão que compete

a sua atividade, Ministério da Educação (área educacional), Ministério

da Saúde (área da saúde) e Ministério do Desenvolvimento Social e

Combate à fome (assistência social ). E se a entidade atuar em mais

de uma área deverá fazer o pedido no órgão competente da sua

atividade preponderante.



Ministério da Educação: a entidade de educação que atua nas diferentes etapas e

modalidades da educação básica, regular e presencial, deverá: a) demonstrar sua

adequação às diretrizes e metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação (PNE); b)

prestar informações ao Censo da Educação Básica e ao Censo da Educação Superior; c)

atender a padrões mínimos de qualidade, aferidos pelos processos de avaliação

conduzidos pelo Ministério da Educação; e d) conceder anualmente bolsas de estudo na

proporção de 1 bolsa de estudo integral para cada 5 alunos pagantes. Para atender a

esta condição, a entidade poderá oferecer bolsas de estudo parciais (50% do valor)

quando necessário para o alcance do número mínimo exigido, conforme definido em

regulamento.



Ministério da Saúde

A entidade atuante na área da saúde para obtenção ou renovação do

CEBAS deverá: a) celebrar contrato, convênio ou instrumento congênere

com o gestor do SUS; b) ofertar a prestação de seus serviços ao SUS no

percentual mínimo de 60%; c) comprovar, anualmente, nos termos dos

regulamentos do Ministério da Saúde, a prestação dos serviços ao SUS.



Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a entidade que atua na

área da assistência social deverá comprovar que presta serviços ou realiza ações

socioassistenciais, de forma gratuita, continuada e planejada, para os usuários e

para quem deles necessitar, sem discriminação, nos termos da Lei nº 8.742/93



Renovação

Art. 24 “ ... Será considerado tempestivo o requerimento de renovação da

certificação protocolado no decorrer dos 360 (trezentos e sessenta) dias que

antecedem o termo final de validade do certificado ...”



Do reconhecimento e da suspensão do Direito à Isenção

Art. 31 “ ... Considerar-se-á automaticamente suspenso o direito à isenção das

contribuições referidas no art. 31 durante o período em que se constatar o

descumprimento de requisito na forma deste artigo, devendo o lançamento

correspondente ter como termo inicial a data da ocorrência da infração que lhe

deu causa...”

RISCOS INERENTES AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NAS OSC

Lei n⁰ 8.429, de 1992, e as que a alteram

Responsabilização por atos de improbidade administrativa (necessária a

participação de agente público no ato);

• Entidades com mais de 50% (cinquenta por cento) do patrimônio ou

receita anual advindos do Poder Público:

Sujeitas à aplicação ampla das penalidades previstas na Lei.



• Entidades que recebam benefícios ou incentivos fiscais e de crédito do Poder Público

ou em que tenha havido participação de verbas públicas na criação ou custeio em

porcentagem inferior a 50% (cinquenta por cento) do patrimônio ou receita anual:

Sujeitas à aplicação de sanção patrimonial no limite da repercussão do ilícito sobre a

contribuição dos cofres públicos.



As disposições da Lei de Improbidade Administrativa são

aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente

público, induza ou incorra para a prática do ato de improbidade

ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta;



Introdução de novos dispositivos à Lei de Improbidade Administrativa, pelo

Marco Regulatório das OSC – Lei 13.019, de 2014.

Atos de Improbidade que causam prejuízo ao Erário – Art. 10 da Lei n⁰

8.429/92

Frustrar o processo seletivo para celebração de parcerias ou dispensá-lo

indevidamente;



Facilitar ou concorrer na incorporação ao patrimônio particular de verbas ou

valores públicos transferidos no âmbito de parcerias, sem as formalidades

legais;

Agir com negligência na celebração, fiscalização e análise de prestação de

contas de parcerias;



Penalidades Aplicáveis

Ressarcimento integral do dano;

Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;

Pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano;

Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou de créditos

direta ou indiretamente prazo de 05 (cinco) anos nos atos do Art. 10 e de 03

(três) anos no do Art. 11.



ATENÇÃO

As entidades que possuem menos de 50% (cinquenta) por cento do

patrimônio ou receita anual advindo do Poder Público respondem com

sanção patrimonial no limite da repercussão do ilícito sobre a

contribuição dos cofres públicos.

Mais esclarecimentos se necessário

[email protected]

Linkedin: Elaine Sampaio - Contador Terceiro Setor

Agenda de Curso em 2018

Em 27 de novembro – Centro do Rio de Janeiro

Prestação de Contas Terceiro Setor

MPRJ, e demais prestações relativas ao Termo de Fomento,

Termo de Colaboração e o CEBAS.

mailto:[email protected]

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