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RELATÓRIO DE
ATIVIDADES
2018
Realizado em fevereiro e março de 2019
Aprovado em reunião de Conselho Geral em 26 de abril de 2019
ACES
Tâmega
III Vale do Sousa
Norte
Relatório de Atividades - USF Citânia 2018 __________________________________________________________________________________________________________________
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Relatório de Atividades - USF Citânia 2018 __________________________________________________________________________________________________________________
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Índice
Índice de Figuras ................................................................................................................................................... 4
Abreviaturas ............................................................................................................................................................ 5
1- Introdução .......................................................................................................................................................... 7
2- Caraterização da USF ..................................................................................................................................... 8
2.1- Área geográfica da USF Citânia ......................................................................................................... 8
2.2- Equipa Muldisciplinar ........................................................................................................................... 9
2.3- População inscrita ................................................................................................................................ 10
3- Problemas e Objetivos definidos ............................................................................................................. 13
4- Índice de Desempenho Global da USF em 2018 ................................................................................ 15
4.1- Área do Desempenho .......................................................................................................................... 15
4.1.1- Acesso ....................................................................................................................... 15
4.1.2- Gestão da saúde ....................................................................................................... 17
4.1.3- Gestão da doença ..................................................................................................... 21
4.1.4- Qualificação da prescrição ...................................................................................... 24
4.2- Área dos Serviços .................................................................................................................................. 26
4.2.1- Assistenciais ............................................................................................................ 26
4.2.2- Não assistenciais ..................................................................................................... 26
4.3- Área da Qualidade Organizacional................................................................................................. 27
4.3.1- Melhoria Contínua da Qualidade............................................................................ 27
4.3.2- Centralidade no Cidadão ......................................................................................... 27
4.4- Formação Profissional ........................................................................................................................ 28
4.4.1- Formação Interna .................................................................................................... 28
4.4.2- Formação Externa ................................................................................................... 28
4.5- Área da Atividade Científica ............................................................................................................. 29
4.5.1- Artigos, comunicações, conferências ..................................................................... 29
4.5.2- Trabalhos de Investigação ...................................................................................... 30
5- Análise de outras atividades não contratualizadas ......................................................................... 31
5.1- Departamento da Felicidade ............................................................................................................ 31
5.2- Meios de Comunicação ....................................................................................................................... 31
6- Incentivos Institucionais ............................................................................................................................ 32
7- Conclusão .......................................................................................................................................................... 33
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Índice de Figuras
FIGURA 1- FREGUESIAS DO CONCELHO DE PAÇOS DE FERREIRA....................................................................... 8
FIGURA 2- PROFISSIONAIS DA USF CITÂNIA A 31-12-2018. ........................................................................ 10
FIGURA 3- PIRÂMIDE ETÁRIA DOS UTENTES INSCRITOS NA USF CITÂNIA EM DEZEMBRO DE 2018. ....... 11
FIGURA 4- ÍNDICES DE DEPENDÊNCIA DOS UTENTES INSCRITOS NA USF CITÂNIA EM DEZEMBRO DE
2018. .............................................................................................................................................................. 11
FIGURA 5- RESULTADOS OBTIDOS DOS INDICADORES NA ÁREA DO ACESSO. ................................................ 16
FIGURA 6- RESULTADOS OBTIDOS NA SAÚDE INFANTIL E JUVENIL. ............................................................... 17
FIGURA 7- RESULTADOS OBTIDOS NA SAÚDE DA MULHER. ............................................................................. 18
FIGURA 8- RESULTADOS OBTIDOS NO SEGUIMENTO DO UTENTE ADULTO. ................................................... 19
FIGURA 9- RESULTADOS OBTIDOS NO SEGUIMENTO DO UTENTE IDOSO. ....................................................... 20
FIGURA 10- RESULTADOS OBTIDOS NO SEGUIMENTO DO UTENTE COM DM. ............................................... 21
FIGURA 11- RESULTADOS RELATIVOS AO SEGUIMENTO DO UTENTE COM DPOC. ....................................... 22
FIGURA 12- RESULTADOS OBTIDOS NO SEGUIMENTO DO UTENTE COM HTA. ............................................. 23
FIGURA 13- RESULTADOS OBTIDOS RELACIONADOS COM A QUALIFICAÇÃO DA PRESCRIÇÃO. ................... 24
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Abreviaturas
ACeS - Agrupamento de Centros de Saúde
AINEs – Anti-inflamatórios não Esteróides
ARS – Administração Regional de Saúde
CEIs - Contrato de Emprego e Inserção
CSP- Cuidados de Saúde Primários
CT - Conselho Técnico
CTFPTI - Contrato de Trabalho em Funções Públicas por Tempo Indeterminado
DDD – Dose Diária Definida
DPP4 - Dipeptidil peptidase-4
DGS – Direção-Geral da Saúde
DL - Decreto- lei
DM - Diabetes mellitus
DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
ECCI – Equipa de Cuidados Continuados Integrados
EF - Enfermeiro de Família
FA – Fibrilação Auricular
FEV1 - Volume expiratório forçado no 1º segundo
HbA1C - Hemoglobina glicada
HTA - Hipertensão Arterial
ICPC2 – International Classification for Primary Care, second edition
IDG - Índice de Desempenho Global
MCDTs - Meios Complementares de Diagnóstico
MF - Médico de Família
MGF - Medicina Geral e Familiar
NOACs – Novos Anticoagulantes Orais
RN - Recém-nascido
PA - Plano de Ação
PAI - Plano de Acompanhamento Interno
PAUF - Plano de Ação da Unidade Funcional
PFR - Provas Funcionais Respiratórias
PNPCDO - Plano Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas
PNV - Plano Nacional de Vacinação
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PVP - Preço Venda ao Público
SASU - Serviço de Atendimento a Situações Urgentes
SC - Secretariado Clínico
SNS – Serviço Nacional de Saúde
RP – Revisão do puerpério
USF - Unidade de Saúde Familiar
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1- Introdução
O presente relatório analisa as atividades realizadas pela Unidade de Saúde Familiar (USF)
Citânia em 2018 e avalia o grau de cumprimento dos objetivos propostos no Plano de
Ação para o triénio 2018-2020 e na Carta de Compromisso assinada com o Agrupamento
de Centros de Saúde (ACeS) Vale de Sousa Norte.
Serão descritas as principais atividades e os contributos mais relevantes que a equipa da
USF desenvolveu ao longo do ano, pautados pelo espírito de compromisso e sempre no
sentido da melhoria contínua dos serviços prestados.
Tratou-se de um ano exigente do ponto de vista de recursos humanos com algumas
modificações na equipa. A entrada da médica Dra. Joana Barros, em janeiro de 2018 em
substituição do Dr. Sousa Neto que se reformou; a substituição da Dra. Marta Pereira em
setembro de 2018, pela Dra. Albina Oliveira; a saída da secretária clínica Edite Carneiro
em agosto de 2018, sendo substituída temporariamente pela D. Luísa Silva; a ausência por
doença da enfermeira Conceição Santos, sem substituição; a ausência de um elemento de
secretariado clínico efetivo na equipa desde a formação da USF e que tem sido colmatada
com a presença de pessoas com contratos de emprego e inserção (CEIs).
Deste modo, a equipa enfrentou vários desafios importantes, tais como a reorganização e a
resistência ao desgaste, procurando manter os bons padrões de qualidade na atividade
assistencial aos seus utentes.
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2- Caraterização da USF
2.1- Área geográfica da USF Citânia
A USF Citânia pertence ao ACeS Tâmega III – Vale do Sousa Norte, no concelho de Paços de
Ferreira, distrito do Porto.
A USF Citânia é uma unidade elementar de prestação de cuidados de saúde, individuais e
familiares, dotada de autonomia organizativa, funcional e técnica, e integrada numa lógica
de rede com as outras unidades funcionais do ACeS Tâmega III – Vale do Sousa Norte. (DL
298/2007, art. 3º).
A USF Citânia iniciou a sua atividade em 21 de abril de 2011 mantendo-se em Modelo A
até à presente data.
A área geográfica de atuação (figura 1) abrange as 9 freguesias e 3 uniões de freguesias
(Carvalhosa, Eiriz, Ferreira, Figueiró, Freamunde, Meixomil, Penamaior, Raimonda, Seroa;
Frazão e Arreigada; Paços de Ferreira e Modelos; Sanfins, Lamoso e Codessos).
Figura 1- Freguesias do concelho de Paços de Ferreira.
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2.2- Equipa Muldisciplinar
Em dezembro de 2018, a equipa da USF Citânia integrava 17 profissionais: 7 médicos, 7
enfermeiros e 3 secretários clínicos.
Apesar de não contemplados pela legislação das USF como profissionais integrantes,
importa referir que a USF Citânia dispunha ainda de 2 internos da especialidade de MGF.
(figura 2).
Médicos
Nome Categoria
Profissional Regime de Trabalho
Regime Contratual
Albina Maria Rodrigues Oliveira
Assistente MGF 40H CTFPTI
Ana Raquel Gomes Figueiredo Assistente MGF 40H CTFPTI
Joana Adelaide Barreto Barros Assistente MGF 40H CTFPTI
Joana Patrícia Pinto Teixeira Carneiro
Assistente MGF 40H CTFPTI
Jorge Manuel Ferreira Oliveira Assistente Graduado
MGF 35H CTFPTI
Maria Eugénia Matos Mota Machado Leão
Assistente Graduado MGF
35H CTFPTI
Maria de Fátima Martins Jesus Costa
Assistente MGF 40H CTFPTI
Enfermeiros
Maria do Carmo Alves Costa Brandão
Enfermeiro 35H CTFPTI
Maria da Conceição Martins dos Santos
Enfermeiro 35H CTFPTI
Maria de Fátima da Silva Leal Enfermeiro 35H CTFPTI
Maria de Fátima Leal Sousa Enfermeiro 35H CTFPTI
Maria Florinda Coelho Morais Enfermeiro 35H CTFPTI
Sónia Cristiana Oliveira Leal Nunes
Enfermeiro 35H CTFPTI
Vítor Manuel Carneiro Rocha Enfermeiro 35H CTFPTI
Secretário Clínicos
Maria do Carmo Silva Carneiro Assistente técnico 35H CTFPTI
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Miquelina Ferreira Costa Sousa da Rocha
Assistente técnico 35H CTFPTI
Silvina Conceição Lima Ribeiro Sousa
Assistente técnico 35H CTFPTI
Médicos Internos
Marta Isabel Tendais Almeida Interna MGF 40H CTFPRI
Patrícia Isabel Correia Martins Interna MGF 40H CTFPRI
Figura 2- Profissionais da USF Citânia a 31-12-2018.
A 31 dezembro de 2018, encontrava-se por regularizar na USF a situação da integração de
dois elementos de secretariado clínico, um por escolha da equipa e um outro elemento a
aguardar concurso de colocação de precários da função pública – Eliana Pereira. A equipa
espera que durante o ano de 2019 tal situação esteja resolvida.
2.3- População inscrita
De acordo com os dados recolhidos na plataforma BI-CSP, em dezembro de 2018
encontravam-se inscritos na USF Citânia 12759 utentes, com um correspondente de
15351 unidades ponderadas.
Dos 12759 utentes inscritos na USF Citânia, 51,30% são do género feminino (N-6546), em
dezembro de 2018.
Na pirâmide etária abaixo (Figura 3) os utentes encontram-se distribuídos por género e
idade.
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Fonte: BI-CSP; dados de 12/2018
Figura 3- Pirâmide etária dos utentes inscritos na USF Citânia em dezembro de 2018.
Os índices de dependência encontram-se discriminados na seguinte figura.
Fonte: BI-CSP; dados de 12/2018
Figura 4- Índices de dependência dos utentes inscritos na USF Citânia em dezembro de 2018.
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Evidencia-se que da população inscrita, cerca de 20,81% apresentava idade igual ou
superior a 65 anos e 20,2% tinha menos de 15 anos, com um grau de dependência de
41,01%, valor elevado, com aumento de custos em saúde.
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3- Problemas e Objetivos definidos
Na elaboração do Plano de Ação da Unidade Funcional (PAUF) para 2018, foram
identificados os seguintes problemas e definidos os respetivos objetivos.
Problema 1- Baixa taxa de diagnóstico de DPOC
Verifica-se uma baixa taxa de diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC)
na USF Citânia. A taxa de prevalência em utentes com 40 ou mais anos é de 2,77% em
dezembro de 2017. A taxa de prevalência nacional é de 14%.
Objetivo 1 - Aumentar taxa de diagnóstico de DPOC para 5%:
- Fazer revisão e correção das codificações de ICPC-2 do SCLINICO de doentes codificados
erradamente com "Bronquite crónica" e "Asma" e realização de provas funcionais
respiratórias (PFR) em casos de dúvida de diagnóstico.
- Procurar ativamente doentes com fatores de risco e sintomas e realizar PFR quando
adequado.
Problema 2- Índice de acompanhamento das grávidas de baixo risco
No ano de 2017, os indicadores associados à saúde materna tiveram um baixo índice de
desempenho.
Objetivo 2 - Aumentar a vigilância adequada e a qualidade dos registos clínicos nas
consultas de saúde materna:
- Aumentar o registo dos meios complementares de diagnóstico (MCDTs)- análises clínicas
e ecografias nos três trimestres.
- Aumentar o número de grávidas com 5 ou mais consultas programadas de enfermagem
ao longo de gravidez e com consulta de revisão do puerpério.
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Problema 3- Falta de organização da sala de espera
Na USF, verificam-se grandes aglomerados de utentes em períodos de funcionamento e
pouca privacidade do utente no atendimento na secretaria.
Objetivo 3 - Melhorar atendimento no secretariado:
- Criação e implementação da caixa de medicação crónica.
- Divulgação de formas de marcação de consulta não presencial.
- Divulgação do portal do SNS.
- Melhorar privacidade do atendimento na secretaria.
- Melhorar atendimento telefónico
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4- Índice de Desempenho Global da USF em 2018
O Índice de Desempenho Global (IDG) obtido em 2018 foi de 88.90.
Seguidamente analisar-se-ão os resultados obtidos de todos os indicadores de acordo com
a sua área, subárea e dimensões.
4.1- Área do Desempenho
4.1.1- Acesso
Os cuidados de saúde primários são considerados o primeiro nível de acesso dos cidadãos
aos cuidados de saúde. O acesso dos utentes à USF Citânia é um dos pontos mais
importantes para a garantia da continuidade de prestação de cuidados, quer em contexto
de doença aguda, crónica ou vigilância de saúde.
Apesar do aparecimento de novos sistemas de comunicação e do investimento na
utilização das redes ligadas ao sistema informático (email, e-Agenda), verifica-se que o
telefone continua a ser um dos meios de comunicação preferidos pelos utentes. O
atendimento telefónico é, segundo os vários inquéritos de satisfação realizados, uma das
principais queixas dos utentes. Assim, desta forma, foi decidido em reunião de equipa a
realização do PAI do atendimento telefónico.
De forma a melhorar o parâmetro da acessibilidade e consequentemente o atendimento
no secretariado clínico (problema 3) foi implementada na USF a caixa de medicação
crónica na sala de espera, diminuindo a necessidade de pedidos presenciais na fila de
atendimento e não presenciais (via telefone).
Os resultados dos indicadores obtidos em Dezembro de 2018 encontram-se na figura
seguinte.
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Figura 5- Resultados obtidos dos indicadores na área do Acesso.
Destacam-se as seguintes considerações:
No indicador “Taxa de domicílios médicos por 1.000 inscritos” o score obtido
foi 1, e o resultado ficou muito próximo do valor máximo esperado: 35. Todos os
domicílios médicos realizados respeitam os pressupostos estipulados no
Regulamento Interno. Corresponderam maioritariamente ao seguimento de
utentes com dependência, quer em contexto de vigilância do estado de saúde,
como no caso de agudizações. Os profissionais refletiram sobre este indicador e,
apesar de não cumprido, consideram que reflete a verdadeira atividade dos
Códigos Designação Indicador Dimensão Resultado (12/2018)
Score
2013.001.01 Proporção de consultas realizadas pelo
MF Personalização
86,194 2
2013.005.01 Proporção de consultas realizadas pelo
EF 70,727 2
2013.006.01 Taxa de utilização de consultas médicas
- 3 anos
Cobertura ou Utilização
91,637 2
2013.099.01 Taxa utilização consultas de
enfermagem - 3 anos 77,20 2
2013.003.01 Taxa de domicílios médicos por 1.000
inscritos 36,555 1
2017.330.01 Índice de utilização anual de consultas
médicas 0,949 2
2017.331.01 Índice de utilização anual de consultas
enfermagem 0,79 2
2017.346.01 Propor. consultas realizadas. intervalo
[8; 11[h Distribuição das
Consultas Presenciais no
Dia
26,018 2
2017.347.01 Propor. consul. realiz. intervalo [11;
14[h 26,711 2
2017.348.01 Propor. consultas realizadas intervalo
[14; 17[h 25,682 2
2017.349.01 Propor. consultas realiz. intervalo [17;
20]h 21,586 2
2017.344.01 Propor. consultas médicas realizadas
no dia agendamento Consulta no próprio dia
32,826 2
2017.345.01 Propor. consultas enfermagem
realizadas no dia do agendamento 26,356 2
2017.335.01 Prop. consultas ind. receit. c/ resposta
3 dias úteis Tempos
máximos de resposta
garantidos
94,062 2
2017.342.01 Proporção consul. méd. inic. ut. <= 15
dias úteis 95,796 2
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Médicos de Família, com a seleção criteriosa dos doentes para visita domiciliária e
as necessidades sentidas pelos utentes, cuidadores e respetivos MF.
4.1.2- Gestão da saúde
Saúde infantil e juvenil
A promoção e a manutenção da saúde de todas as crianças e jovens é um imperativo para
todos os profissionais de saúde, pelo que a USF prima pelo cumprimento das
recomendações vigentes no Programa de Saúde Infantil e Juvenil da DGS.
Os resultados dos indicadores obtidos em Dezembro de 2018 encontram-se na figura
seguinte.
Figura 6- Resultados obtidos na Saúde Infantil e Juvenil.
Destacam-se as seguintes considerações:
Foram cumpridos na totalidade todos os indicadores, o que reflete um esforço
importante e organizado entre todos os grupos profissionais.
Códigos Designação Indicador Resultado (12/2018)
Score
2013.014.02 Proporção RN com consulta médica de vigilância
até aos 28 dias de vida 96,226 2
2013.093.01 Proporção crianças com 2A, com PNV cumprido
ou execução 100 2
2013.094.01 Proporção crianças 7A, com PNV cumprido ou
execução 99,159 2
2013.095.01 Proporção jovens 14A, com PNV cumprido ou
execução 100 2
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Saúde da Mulher
A necessidade de uma saúde sexual e reprodutiva responsável exige atividades de
planeamento familiar, as quais contribuem decisiva e positivamente para o bem-estar
individual e familiar, para a redução da morbimortalidade materna, perinatal e infantil,
gerando crianças saudáveis e desejadas.
Os resultados dos indicadores obtidos em Dezembro de 2018 encontram-se na figura
seguinte.
Figura 7- Resultados obtidos na Saúde da Mulher.
Destacam-se as seguintes considerações:
O único indicador cujo resultado não é totalmente satisfatório é “Proporção de grávidas
com ecografia 1º trimestre”. Este problema foi detetado ao longo do ano e foi realizada
uma auditoria aos registos. Na maioria dos casos, o registo informático foi feito com uma
data posterior à preconizada pelo indicador, não sendo por isso contabilizado. Tendo em
conta este problema, a equipa irá realizar um PAI em 2019 sobre o acompanhamento
adequado da grávida.
Tendo-se observado que no ano de 2017, os indicadores associados à saúde materna
tiveram um baixo índice de desempenho (problema 2), a equipa obteve em 2018 uma
clara melhoria dos mesmos, com empenho de todos os profissionais no sentido de obter
um acompanhamento adequado às utentes grávidas da USF.
Códigos Designação Indicador Resultado (12/2018)
Score
2013.011.01 Proporção de grávidas com consulta médica do 1º
trimestre 94,017 2
2013.295.02 Proporção de puérperas com 5ou mais consultas
de vigilância de enfermagem e com RP 82,178 2
2015.307.01 Proporção de grávidas com ecografia 1º trimestre 74,074 1
2013.045.01 Proporção de mulheres [25;60[A, com rastreio do
colo do útero 78,717 2
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Saúde do Adulto
As doenças oncológicas constituem a segunda principal causa de morte em Portugal e têm
um profundo impacto nos indivíduos, na sua família e na sociedade em geral. Segundo o
Plano Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas 2007/2010 (PNPCDO),
a evidência científica atual é consensual sobre a utilidade de programas de rastreio em
três áreas: colo do útero (já abordados na Saúde da Mulher), mama e cólon e reto.
Os programas de vacinação contribuem para a diminuição da incidência e da mortalidade
por doenças infeciosas, sendo uma das medidas de saúde pública mais custo-efetivas que
existem atualmente.
Igualmente importante como prevenção primária é a educação para a saúde na área da
Diabetes mellitus (DM). Assim, a educação para a saúde adquire um papel importante,
nomeadamente o cálculo do risco de desenvolvimento da doença, segundo as
caraterísticas de cada utente. A prática clínica deve ser adequada consoante o risco obtido.
Os resultados dos indicadores obtidos em Dezembro de 2018 encontram-se na figura
seguinte.
Figura 8- Resultados obtidos no seguimento do utente adulto.
Destacam-se as seguintes considerações:
Todos os indicadores foram alcançados pela equipa durante o ano de 2018. Isto
reflete não só a preocupação com a prevenção primária da DM e do cancro colo-
retal mas também a importância da vacinação. Esta assume um papel de extrema
relevância. O cumprimento dos objetivos esteve intrinsecamente relacionado com
o envolvimento e empenho de todos os profissionais da equipa.
Códigos Designação Indicador Resultado (12/2018)
Score
2013.262.01 Proporção utentes com avaliação risco DM2 (3A) 67,969 2
2013.046.01 Proporção utentes [50; 75[A, com rastreio cancro
do intestino 76,186 2
2013.098.01 Proporção utentes >= 25 A, com vacina tétano 95,554 2
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Saúde do Idoso
A Organização Mundial de Saúde considera “idoso” o indivíduo com mais de 65 anos. É
uma fase vulnerável que se pode associar a limitação da realização de atividades de vida
diária, decorrentes do declínio físico e intelectual. Há uma maior frequência de doenças
crónicas, risco de polimedicação, efeitos secundários de fármacos, isolamento social,
fragilidades económicas, alterações da estrutura familiar, inadaptação do meio
habitacional e eventual exclusão social.
Os resultados dos indicadores obtidos em Dezembro de 2018 encontram-se na figura
seguinte.
Figura 9- Resultados obtidos no seguimento do utente idoso.
Destacam-se as seguintes considerações:
A medicação ansiolítica, sedativa e hipnótica é demasiado usada neste grupo
etário, não cumprindo o preconizado pelas normas da DGS. O seu uso continuado
associa-se a dependência farmacológica, tolerância, alterações de memória e
aumento do risco de quedas e, consequentemente, de fraturas ósseas. Esta é uma
área problemática uma vez que os resultados são bem diferentes do valor definido
como ideal. Torna-se por isso necessária uma maior reflexão na prescrição destas
classes terapêuticas e o incentivo à adoção de alterações dos estilos de vida,
nomeadamente a importância das regras de higiene do sono. Os utentes devem
igualmente ser elucidados dos efeitos laterais deletérios desta medicação. Decidiu-
se realizar um panfleto com as regras de higiene do sono para ser distribuído pelos
utentes da Unidade. Em todas as consultas deve ser feita a revisão terapêutica, e se
indicado, ponderar substituir a medicação ou realizar desmame da mesma.
Códigos Designação Indicador Resultado (12/2018)
Score
2013.294.01 Taxa domicílios enfermagem por 1000 inscritos
idosos 825,534 2
2013.297.02 Proporção de idosos sem prescrição prolongada
de ansiolíticos/sedativos/hipnóticos 64,365 0
2013.030.01 Proporção de idosos ou doença crónica com
vacina da gripe 61,438 2
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Relativamente ao indicador “Proporção de idosos ou doença crónica com
vacina da gripe” o valor de vacinação é superior ao registado, tendo em conta a
possibilidade de vacinação nas farmácias sem registo no sistema informático.
4.1.3- Gestão da doença
Diabetes mellitus
A DM é uma doença crónica associada a elevada morbimortalidade em que o controlo
metabólico e de outros fatores de risco é essencial para a redução de eventos
cardiovasculares.
Os resultados dos indicadores obtidos em Dezembro de 2018 encontram-se na figura
seguinte.
Figura 10- Resultados obtidos no seguimento do utente com DM.
Destacam-se as seguintes considerações:
É inegável que a maioria dos doentes com DM na USF Citânia tem uma HbA1c
inferior a 8 (embora o valor para considerar um bom controlo metabólico seja
inferior na maioria dos casos). Obviamente, além das medidas higieno-dietéticas, o
uso e cumprimento de medicação hipoglicemiante é fundamental. Isto implica uma
revisão terapêutica constante e ajustes medicamentosos realizados nas consultas
Códigos Designação Indicador Resultado (12/2018)
Score
2013.261.01 Proporção de utentes DM com registo de risco de
úlcera do pé 95,898 2
2013.274.01 Proporção de utentes com indicação para insulina,
em terapêutica adequada 89,705 2
2013.275.01 Proporção de novos doentes em terapêutica com
metformina em monoterapia 78,333 2
2017.350.01 Custo com terapêutica do doente com DM 396,539 0
2017.351.01 Custo com terapêutica do doente com DM
controlado 382,347 0
2013.039.01 Proporção de doentes com última HbA1c <= 8,0% 84,368 2
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de vigilância. O bom controlo metabólico implica custos mais acentuados, tendo
em conta os novos antidiabéticos orais disponíveis. No entanto, mesmo com custos
mais elevados, em doentes controlados, estes serão sempre incomparáveis com os
custos associados às descompensações metabólicas e agudização de doenças
associadas, muitas vezes com necessidades de internamento. Obviamente todas as
decisões terapêuticas têm de ser custo-efetivas e os custos são notoriamente bem
mais elevados que o preconizado (320) e será feito em 2019 um maior esforço em
torno desta problemática.
Doenças do aparelho respiratório
A DPOC é uma doença progressiva que, se não controlada pode condicionar dificuldades
na realização das atividades do dia-a-dia, diminuindo a qualidade de vida dos utentes. A
causa mais comum é o tabagismo.
Os resultados dos indicadores obtidos em Dezembro de 2018 encontram-se na figura
seguinte.
Figura 11- Resultados relativos ao seguimento do utente com DPOC.
Destacam-se as seguintes considerações:
Além do tabagismo, outros fatores de risco estão associados ao aparecimento da
DPOC como a exposição a outras substâncias que causam inflamação crónica das
vias aéreas inferiores. Este dado é particularmente importante na população da
área de influência da USF Citânia, pelo número de trabalhadores da área têxtil,
madeiras e pedreiras (poeiras). Os médicos estão alertados para esta
particularidade, pelo que se conseguiu atingir o score máximo.
Códigos Designação Indicador Resultado (12/2018)
Score
2013.049.01 Proporção de utentes com DPOC e com FeV1 em 3
anos 86,747 2
Relatório de Atividades - USF Citânia 2018 __________________________________________________________________________________________________________________
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Verificou-se em 2018 uma melhoria significativa deste indicador na USF (de
66,101 para 86,747), tendo-se trabalhado para a resolução do problema 1
identificado (baixa taxa de diagnóstico de DPOC).
A prevalência em dezembro de 2018, na USF Citânia, foi de 3.71% valor superior
ao de dezembro de 2017de 2.77%., no entanto muito abaixo da taxa de prevalência
nacional.
Hipertensão arterial
A hipertensão arterial (HTA) é, simultaneamente, uma doença crónica e um fator de risco
cardiovascular que necessita de vigilância contínua. O controlo tensional com medidas
farmacológicas e não farmacológicas é essencial no sentido de diminuir o risco de
complicações macro e microvasculares que se associam a importante morbimortalidade.
Os resultados dos indicadores obtidos em Dezembro de 2018 encontram-se na figura
seguinte.
Figura 12- Resultados obtidos no seguimento do utente com HTA.
Destacam-se as seguintes considerações:
Relativamente ao ano de 2017, notou-se uma melhoria significativa com
diminuição dos custos dos doentes com HTA, sendo que em 2018 todos os
indicadores foram integralmente cumpridos. A revisão terapêutica regular e
constante foi fundamental para esta melhoria.
Códigos Designação Indicador Resultado (12/2018)
Score
2013.020.01 Proporção de hipertensos < 65 A, com PA <
150/90 78,363 2
2017.352.01 Custo com terapêutica do doente com HTA 87,725 2
2017.353.01 Custo com terapêutica do doente com HTA
controlada 88,764 2
Relatório de Atividades - USF Citânia 2018 __________________________________________________________________________________________________________________
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4.1.4- Qualificação da prescrição
Os resultados dos indicadores obtidos em Dezembro de 2018 encontram-se na figura
seguinte.
Figura 13- Resultados obtidos relacionados com a qualificação da prescrição.
Destacam-se as seguintes considerações:
Relativamente à prescrição médica, o indicador “Despesa PVP medic. pres.
compart. p/ insc. padrão” não foi cumprido, situando-se, no entanto, bastante
próximo do valor aceitável (135). Não só é necessário promover a melhoria da
qualidade da prescrição bem como a sua custo-efetividade. Este problema foi
detetado ao longo do ano de 2018, pelo que, em reuniões de equipa, foram
discutidas as prescrições médicas e os perfis de prescrição de cada médico. Foram
implementadas algumas medidas corretoras que permitiram melhorar o resultado
ao longo do ano: prescrição por princípio ativo podendo o utente optar pelo
fármaco mais barato, reimpressão de receitas sempre que existiam embalagens
por levantar aquando do pedido de medicação crónica no secretariado, prescrição
do número de embalagens estritamente necessário até à próxima consulta na USF
ou hospiralar.
No indicador “Despesa MCDT prescritos p/ insc. padrão (p. conv.)” foi obtido o
score de 0 mas com uma diferença residual relativamente ao valor máximo
Códigos Designação Indicador Resultado (12/2018)
Score
2017.255.01 Proporção de quinolonas entre os antibióticos
faturados (embal.) 5,958 2
2017.257.01 Proporção de cefalosporinas entre os antibióticos
faturados (embal.) 1,813 2
2017.259.01 Proporção coxibes entre os AINEs faturados
(DDD) 4,218 2
2013.276.01 Rácio DDD prescrita DPP-4 e antidiabéticos orais 37,962 1
2017.341.01 Despesa PVP de medicação prescrita compart. p/
insc. Padrão 141,495 0
2017.354.01 Despesa MCDT prescritos p/ insc. padrão (p.
conv.) 51,988 0
Relatório de Atividades - USF Citânia 2018 __________________________________________________________________________________________________________________
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aceitável (50). Apesar de não atingido, há uma melhoria significativa na prescrição
de MCDTs.
4.1.5- Satisfação
Assistiu-se nos últimos anos a uma preocupação crescente com a perspetiva do utente
sobre os cuidados de saúde que recebe. A opinião do utente é considerada indispensável
para a monitorização da qualidade dos serviços de saúde, a identificação de problemas a
corrigir ou de novas expetativas em relação aos cuidados e, finalmente, na reorganização
dos serviços de saúde. Assim a monitorização da satisfação dos utentes é um juízo
referente à qualidade dos cuidados prestados e é uma fonte de identificação dos aspetos
passíveis de serem melhorados. Anualmente é realizado um estudo observacional,
transversal, descritivo e qualitativo com uma amostra de conveniência (utentes
utilizadores da USF que se deslocam à USF durante o período de colheita de dados) e
pretende-se o preenchimento de um inquérito realizado com base no EUROPEP. O CT
realiza o tratamento estatístico dos resultados obtidos, divulgando-os a toda a equipa em
reunião. É fomentada a discussão interpares, avaliados os pontos menos positivos e
discutidas as possíveis melhorias a realizar durante o ano corrente. Os resultados são
disponibilizados aos utentes para consulta. Os resultados obtidos no inquérito de
satisfação de 2018 encontram-se em anexo Anexo I.
Relativamente à satisfação dos profissionais, esta está diretamente associada à motivação
e integração na equipa, bem como à produtividade e desempenho, isto é, ao seu nível de
qualidade de vida, interferindo na excelência da prestação de cuidados de saúde aos
utentes. Existe uma relação inversamente proporcional entre satisfação dos profissionais
de saúde com o stress, a exaustão e a insatisfação, quer a nível individual quer a nível
organizacional. Tais situações devem ser identificadas e prevenidas, evitando o risco de
burnout. Com a aplicação de um inquérito anónimo, pretende-se avaliar o nível de
satisfação dos profissionais da USF Citânia e propor e discutir medidas concretas e
exequíveis que possam contribuir para a progressiva melhoria da satisfação dos
profissionais e consequente aperfeiçoamento da organização e funcionamento da unidade.
O relatório dos resultados do Inquérito de satisfação aos profissionais encontra-se
igualmente em anexo – Anexo II.
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4.2- Área dos Serviços
4.2.1- Assistenciais
A USF Citânia, através de um elemento médico (com designação de elemento substituto no
caso da sua ausência), contribuiu para o funcionamento da ECCI, com a carga horária
semanal atribuída de cinco horas.
A USF Citânia contribuiu ainda, com a participação de vários elementos de enfermagem e
médicos, para o funcionamento do SASU. A carga horária não foi contratualizada, pelo que
foi variável.
No âmbito do Plano de Contingência da Gripe 2018, a equipa organizou-se de forma a dar
resposta ao solicitado pela ARS Norte/ACeS Vale do Sousa Norte. Foi elaborada uma escala
com os três grupos profissionais para atendimento em regime extraordinário das 20-21h,
nos dias úteis, nos meses de janeiro, fevereiro e março, de forma a prestar assistência às
situações agudas dos utentes inscritos na USF. O mesmo aconteceu no âmbito do Plano de
Contingência do Calor.
4.2.2- Não assistenciais
A USF Citânia contribuiu para as atividades das reuniões de Conselho Técnico do ACeS,
participando ativamente, com a apresentação dos resultados de um estudo realizado na
USF: “O que é um Médico e Enfermeiro de Família? na perspetiva dos utentes da USF
Citânia”.
Relatório de Atividades - USF Citânia 2018 __________________________________________________________________________________________________________________
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4.3- Área da Qualidade Organizacional
4.3.1- Melhoria Contínua da Qualidade
A atividade desenvolvida por cada um dos profissionais da USF Citânia deve cumprir o
estabelecido na Carta da Qualidade e deve ter sempre em conta que a meta a atingir em
cada momento traduz a qualidade dos cuidados de saúde prestados à população.
A USF Citânia compromete-se com o desenvolvimento da qualidade: aplicação do
Programa de Acompanhamento Interno, a Avaliação do Desempenho e Avaliação da
Satisfação, nas várias áreas de prestação de cuidados, de relação com os cidadãos e entre
profissionais, identificando os problemas e desvios das metas/ objetivos definidos,
propondo medidas corretivas e melhorias.
Nas questões de ordem organizacional foram definidas equipas responsáveis pelas
diversas áreas de atuação da USF. Periodicamente a equipa profissional da USF reúne-se e
analisa os dados e discute propostas, com vista à melhoria da qualidade e a atingir os
objetivos. No final de cada ano é feita a avaliação final dos diversos programas do Plano de
Atividades.
Os Planos de Acompanhamento Interno (PAIs) de 2018 foram na área da DM e do
atendimento telefónico (identificado como um dos pontos do problema 3 da USF). Os
respetivos relatórios anuais encontram-se em anexo – Anexo III e IV.
4.3.2- Centralidade no Cidadão
Atividades e sessões de Educação para a Saúde
No âmbito Dia Mundial da Saúde, a USF organizou no dia 07/04/18 a realização de
rastreios de DM, HTA, obesidade/excesso de peso na sala de espera com os seus
utentes. Os resultados de rastreio positivo foram encaminhados para avaliação
com o Médico de Família.
No âmbito da comemoração do Dia do Enfermeiro e do Dia Mundial do Médico de
Família, decorreu durante a semana de 14/05/18 a 18/05/18 a distribuição aos
Relatório de Atividades - USF Citânia 2018 __________________________________________________________________________________________________________________
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utentes da unidade de um inquérito anónimo sobre “O que é um Médico e
Enfermeiro de Família?” na perspetiva dos utentes da USF Citânia. Os resultados e
reflexões foram divulgados aos utentes e na reunião de Conselhos Técnicos do
ACeS a 02/10/18.
Para a comemoração do Dia Mundial da Criança a 01/06/18, foram realizadas na
sala de espera atividades educativas com as crianças da unidade.
4.4- Formação Profissional
4.4.1- Formação Interna
A formação profissional contínua é fundamental para a prestação de cuidados com
qualidade. Reforça competências, permite o desenvolvimento e o crescimento das
aptidões e é fonte de realização pessoal. Para uma progressiva melhoria da qualidade do
desempenho da equipa multidisciplinar, é necessária formação atualizada às necessidades
sentidas.
O programa de formação foi elaborado atendendo aos objetivos definidos para cada ano e
em função das necessidades identificadas pelos profissionais e pela equipa.
O relatório da atividade formativa interna de 2018 encontra-se em anexo – Anexo V.
A USF Citânia assume-se, cada vez mais, como um local de formação externa, para alunos
de Medicina e de Enfermagem, bem como para Internos do Ano Comum e Internos do
Internato Complementar de Medicina Geral e Familiar. Esta atividade encontra-se
igualmente em anexo – Anexo V.
4.4.2- Formação Externa
A formação externa complementa a atualização de conhecimentos de todos os
profissionais. Maioritariamente, o conteúdo mais relevante das formações foi transmitido
a toda a equipa. Por ausência de algumas comunicações, pretende-se aplicar maior rigor
na necessidade de transmissão das mesmas, tendo sido elaborada uma grelha pelo CT.
Relatório de Atividades - USF Citânia 2018 __________________________________________________________________________________________________________________
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O relatório da atividade formativa externa de 2018 encontra-se em anexo – Anexo V.
4.5- Área da Atividade Científica
4.5.1- Artigos, comunicações, conferências
Todos os elementos da USF Citânia são incentivados à produção científica, como forma de
potenciar a atualização científica em diversas áreas.
Durante o ano de 2018, foram feitas algumas apresentação em Reuniões, Congressos,
Cursos ou Outros como Comunicações Orais e /ou Pósteres de Casos Clínicos pertinentes,
Revisões de Tema e Trabalhos de Investigação e Qualidade.
- Identificação e orientação de portadores de mutação no gene CDH1- a propósito de
um caso clínico. Tipo de trabalho: Caso Clínico. Autores: Patrícia Martins, Marta Tendais-
Almeida, Ana Figueiredo. Apresentado na forma de comunicação oral, na Reunião de
Internos e Orientadores de Formação da Direção de Internato Jacinto de Magalhães a 7 de
março de 2018.
- Hipocoagulação nos doentes com Fibrilhação Auricular – O Panorama da USF
Citânia. Tipo de trabalho: Investigação. Autores: Patrícia Martins, Marta Tendais-Almeida,
Albina Oliveira, Ana Figueiredo. Apresentado na forma de comunicação oral na reunião
semanal da equipa da USF Citânia a 23 de novembro de 2018.
- A utilização de NOAC em doentes com Fibrilhação Auricular – Um trabalho de
melhoria contínua da qualidade. Tipo de trabalho: Protocolo de melhoria contínua da
qualidade. Autores: Patrícia Martins, Marta Tendais-Almeida, Albina Oliveira, Ana
Figueiredo. Apresentado na forma de comunicação oral na reunião semanal da equipa da
USF Citânia a 14 de dezembro de 2018.
- O efeito do cilostazol na distância máxima de marcha sem dor e na distância
máxima de marcha em doentes com claudicação intermitente. Tipo de trabalho:
Revisão Baseada na Evidência. Autores: Patrícia Martins, Marta Tendais-Almeida, Soraia
Abreu, Ana Figueiredo. Exposto sob a forma de Poster no XXV Encontro do Internato de
MGF da Zona Norte a 29 e 30 de novembro de 2018.
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- Quando a obesidade mascara uma patologia rara – a propósito de um caso clínico.
Tipo de trabalho: Caso Clínico. Autores: Marta Tendais Almeida, Patrícia Martins, Marta
Pereira. Exposto sob a forma de poster nas VI Jornadas Multidisciplinares do ACES Baixo
Tâmega, a 18 e 19 de junho de 2018, e como comunicação oral a 5 de setembro, na
Reunião de Internos e Orientadores de Formação da Direção de Internato Jacinto
Magalhães.
Participação, sempre que solicitados/convidados, na moderação de mesas, júris e outros:
- Dra. Ana Figueiredo esteve como moderadora numa mesa do GO MGF, em Paredes
4.5.2- Trabalhos de Investigação
Qualquer elemento da USF ou interno de formação pode realizar trabalhos de
investigação, sendo para isso necessário a elaboração de um projeto de investigação.
Foram realizados os seguintes estudos
“O que é um EF e um MF na perspetiva dos utentes”: o Conselho Técnico,
juntamente com a colaboração da Dra. Joana Barros realizou um estudo sobre o
conceito do Médico de Família e do Enfermeiro de Família dos utentes utilizadores
da USF Citânia. O estudo foi apresentado em reunião dos Conselhos Técnicos. Os
dados obtidos foram bastante curiosos, pelo que os autores pretendem realizar um
estudo de investigação com um tamanho amostral representativo, após parecer
positivo da Comissão de Ética da ARS Norte. Tal pretende-se realizar em 2019.
Hipocoagulação oral dos utentes com FA da USF Citânia: A Dra. Patrícia Martins e a
Dra Marta Almeida realizaram um estudo de caraterização dos doentes com
fibrilação auricular relativamente à terapêutica hipocoagulante. Posteriormente,
realizaram e apresentaram um trabalho de melhoria da qualidade sobre a
prescrição de NOACs na USF Citânia, tendo sido propostas várias medidas de
correção para uma posterior avaliação dos dados em 2019.
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5- Análise de outras atividades não
contratualizadas
5.1- Departamento da Felicidade
Fomentado pela Dra. Fátima Costa e Dra. Joana Barros, o Departamento da Felicidade da
USF foi criado em julho de 2018, procurando dinamizar a entreajuda entre os diferentes
profissionais, estimular o trabalho de grupo e a saudável discussão de ideias, com
melhoria na comunicação interpares, e incutir a coesão e a união entre os
profissionais.
Nesse sentido, foram realizadas as seguintes atividades:
Aula de Pilates/relaxamento com participação de todos os profissionais ,
dinamizada pelo professor Ary.
Promoção da integração de novos elementos na equipa;
Celebração dos aniversários dos profissionais da USF, oferendo uma prenda
personalizada e simbólica;
Jantar de Natal com troca de prendas (amigo secreto) e realização de algumas
atividades com a equipa tendo como objetivo promover e dinamizar um maior
contacto entre os profissionais, estreitando laços de confiança e amizade.
5.2- Meios de Comunicação
A USF Citânia apresenta uma página na plataforma Facebook, de acesso aos seus
utentes de modo a divulgar e dinamizar atividades na unidade, informação de
educação para a saúde, informações sobre organização e procedimentos na USF.
Em 2019 a USF pretende criar uma página própria (website) e se possível suportado
financeiramente pelos incentivos institucionais, que a USF aguarda há já algum tempo.
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6- Incentivos Institucionais
Relativamente ao Plano de Incentivos Institucionais de 2018, nenhum dos requisitados foi
obtido:
- Impressão de panfletos e cartazes (400 €), no âmbito da educação para a saúde dos
utentes e transmissão de informações úteis;
- Inscrição em formações externas (1600€) para formação contínua de profissionais;
- Fardamento (926.19 €) para melhoria da qualidade de prestação de serviços;
- Material de organização da sala de espera (5597€) para melhoria da qualidade de
prestação de serviços /confidencialidade dos utentes;
- Assinatura de revistas (1400 €) para fomentar formação contínua dos profissionais.
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7- Conclusão
Fazendo uma retrospetiva pelo ano de 2018, verificou-se mais um ano de esforço árduo
para conseguir atingir os objetivos propostos.
A USF Citânia teve alguns constrangimentos na equipa com uma espera prolongada
pela entrada da Dra. Albina, ausência sem substituição da Enfermeira Conceição (o
que implicou um esforço acrescido dos restantes elementos de enfermagem -
4h/semana foram asseguradas em horas extra) e ausência do quarto e quinto
elemento do secretariado, com contributo de CEIs.
Apesar desta instabilidade, a USF conseguiu atingir resultados que nos orgulham, com
um valor de IDG de 88.90. Somos uma equipa cada vez mais sólida, cheia de ambição e
vontade de evoluir, para sermos mais acessíveis aos nossos utentes, mais eficazes e mais
eficientes.
Os cuidados de saúde aos nossos utentes são o nosso “motor” e o que nos motiva a
continuar a melhorar o nosso desempenho. O próximo passo é fazer a contratualização
para o ano 2019 e avançar com a candidatura a modelo B.