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RELATÓRIO DE ANÚNCIOS DE PROJETOS DE
INVESTIMENTOS
RELATÓRIO ANUAL - 2010
www.mdic.gov.br/renai
Brasília, setembro de 2011
Secretaria do
Desenvolvimento da
Produção
Ministério do
Desenvolvimento, Indústria
E Comércio Exterior
Relatório de Investimentos - 2010
RENAI 2
RELATÓRIO DE ANÚNCIOS DE PROJETOS DE
INVESTIMENTOS - 2010
A Rede Nacional de Informações sobre o Investimento (RENAI), coordenada pela
Secretaria do Desenvolvimento da Produção (SDP), do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (MDIC), com base no seu Banco de Dados de Anúncios
de Projetos de Investimentos, elaborou o Relatório Anual de 2010.
Este Relatório apresenta informações sobre a tendência dos investimentos na economia
nacional em 2010, ou seja, uma previsão de realização de novos empreendimentos no
Brasil, classificando-os por tipo, valor, setores, regiões e estados, incluindo informações
sobre origem das empresas investidoras.
Cabe ressaltar que esse relatório contém apenas os investimentos anunciados no Brasil,
no modo Novo Investimento (greenfield). Assim, investimentos em Fusões e
Aquisições (F&A) não foram considerados.
Em 2010, os investimentos anunciados no Brasil registraram o valor de US$ 268,8
bilhões, em um total de 794 anúncios.
Este relatório reporta os investimentos na forma como foram anunciados por ocasião da
primeira notícia divulgada pela empresa. Eventuais diferenças decorrentes, por
exemplo, de alterações dos valores dos investimentos e de alterações de capital
societário poderão ocorrer.
Cabe destacar que a RENAI não acompanha a efetiva realização dos investimentos
anunciados.
Maior detalhamento dos investimentos anunciados no Brasil é encontrado nos relatórios
semestrais de anúncios de registros de investimentos, disponíveis no site da RENAI
(www.mdic.gov.br/renai), em Investimentos Anunciados.
Relatório de Investimentos - 2010
RENAI 3
1 – EVOLUÇÃO DOS ANÚNCIOS DE INVESTIMENTOS
O ano de 2010 pode ser visto como um ano de consolidação de novos patamares de
investimento no Brasil, seja a partir de recursos nacionais (Os desembolsos do BNDES
atingiram, por exemplo, R$ 168,4 bilhões em 2010, o que representou aumento de 23%
em relação ao ano anterior) ou por Investimento Estrangeiro Direto (que registrou
volume de US$ 48,4 bilhões em ingressos, ante US$ 25,9 bilhões em 2009).
Este crescimento dos níveis de investimentos foi alicerçado no sólido mercado interno
nacional, bem como na manutenção dos altos preços internacionais de produtos básicos,
dos quais o Brasil é grande fornecedor. Dessa forma, observou-se um crescimento do
PIB de 7,5%, baseado nos investimentos e no consumo das famílias. A Taxa de
Investimento, por exemplo, cresceu 21,8% no ano, atingindo 18,4% do PIB, em 2010,
retornando aos níveis observados antes da última crise financeira internacional.
Destaque também para o aumento da produção industrial brasileira em 10,5%, puxada
pelos bens de capital, com 21,1% acima do ano anterior, seguido pelos bens
intermediários, com crescimento de 11,4% e bens de consumo duráveis (+10,7%). Este
fator, associado a níveis elevados de utilização da capacidade instalada na indústria
motivou o setor produtivo a buscar uma atualização/ampliação de sua base produtiva.
Evolução dos Valores dos Anúncios de Investimentos
(2004 -2010)
50,5
268,8
89,8
173,3
76,2
219,4226,8
0
50
100
150
200
250
300
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
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Segundo os dados da RENAI, considerando a série histórica disponível (2004 - 2010),
observamos a maior previsão de recursos de anúncios de investimentos (US$ 268,8
bilhões) em 2010, recorde do período analisado.
Corroborando ao bom momento na economia, em relação ao número de anúncios de
investimentos (RENAI), confirma-se uma expressiva retomada das expectativas de
investimentos no Brasil em 2010, após um período estável nos dois anos anteriores
(2008 e 2009).
Evolução dos Anúncios de Investimentos (2004 -2010)
640
794764
552
531492
633
0
200
400
600
800
1.000
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Nú
mer
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e A
nú
nci
os
Comparando o período 2009/2010, verificamos nos gráficos anteriores um expressivo
crescimento do número de anúncios de investimentos (+43,8%, de 552 para 794
anúncios) e em recursos previstos (+18,5%, de US$ 226,8 para US$ 268,8 bilhões).
Esses números demonstram a confiança das empresas investidoras no ambiente
econômico brasileiro, caracterizado pelo bom desempenho do mercado de consumo
doméstico e pela forte demanda internacional por commodities.
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Valor dos Anúncios de Investimentos x FBCF
(2004 - 2010)
76,2
50,5
89,8
268,8
219,4 226,8
173,3
140,5
238,8
178,9
270,2
315,9
385,0
106,8
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
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Valor FBCF
Considerando o gráfico acima, observa-se, no período de 2005 a 2010, crescimento nos
valores previstos dos anúncios de investimentos e da Formação Bruta de Capital Fixo1,
o que sinaliza uma correlação entre essas duas variáveis.
Comparando-se o período 2009/2010, verifica-se uma expressiva expansão nos recursos
previstos nos investimentos (+18,5%, de US$ 226,8 para US$ 268,8 bilhões); e na
FBCF (+42,5%, de US$ 270,2 bilhões para US$ 385,0 bilhões).
Há uma meta de crescimento da taxa de investimento (FBCF/PIB) para a 22,4% em
2014, valor definido no Plano Brasil Maior, o que demonstra uma expectativa de
manutenção dos investimentos no Brasil.
1 FBCF - é a operação do Sistema de Contas Nacionais que registra a ampliação da capacidade produtiva
futura de uma economia por meio de investimentos correntes em ativos fixos
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Valor dos Anúncios de Investimentos x (Desembolso
BNDES + IED) - 2004 a 2010
50,5
219,4226,8
268,8
89,8
173,3
76,2
31,9 34,8
68,6
42,4
144,6
94,0 97,5
0
50
100
150
200
250
300
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Va
lor
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Bil
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Valor BNDES + IED
Conforme apresentado pelo gráfico acima, observa-se, no período de 2005 a 2010,
crescimento nos valores previstos dos anúncios de investimentos e na somatória dos
valores “Desembolso do BNDES + Investimento Estrangeiro Direto (IED)”, o que
sinaliza também uma correlação entre essas duas variáveis.
Comparando-se o período 2010/2009, observa-se uma expressiva expansão nos recursos
previstos nos investimentos (+18,5%, de US$ 226,8 para US$ 268,8 bilhões); nos
desembolsos do BNDES (+34,5%, de US$ 71,6 bilhões para US$ 96,3 bilhões); e no
IED (+86,0%, de US$ 26,0 bilhões para US$ 48,3 bilhões).
Com relação aos desembolsos do BNDES, em todos os ramos de atividade
(agropecuária, indústria, infraestrutura e comércio e serviços) houve crescimento nos
desembolsos, resultado, em grande parte, do bem sucedido Programa de Sustentação do
Investimento (PSI).
Lançado em julho de 2009 e com vigência prevista até dezembro de 2011, o PSI
garantiu a retomada do investimento no país em meio à conjuntura de crise econômica e
financeira mundial.
Relatório de Investimentos - 2010
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Para 2011, há projeções de fluxos de IED acima de US$ 60 bilhões e estimativa de
desembolso do BNDES em torno de R$ 145 bilhões (abaixo do valor registrado em
2010, pois há uma tendência de diversificação das fontes de financiamento ao
investimento no Brasil).
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Notas Explicativas
1) Este trabalho faz distinção entre os conceitos de “Anúncio” e
“Registro”:
Anúncio – notícia ou divulgação da empresa a respeito de sua
intenção em investir determinado montante em um ou mais registros
de investimento.
Registro – é a unidade de distribuição geográfica de um determinado
anúncio. Ou seja, quando disponível a informação, um determinado
anúncio (montante anunciado) pode ser distribuído geograficamente
em diferentes unidades federativas ou municípios. Nesse caso, o
número de registros será equivalente ao número de distribuições.
2) Se o anúncio não informar a distribuição geográfica do investimento
ou nos casos em que o investimento for direcionado a mais de um
estado/município, sem a distribuição do valor previsto, será considerado
apenas um registro. Exemplos: 1) Investimento na construção de 10
hotéis sem o detalhamento de suas localizações (anúncio geral) – será
considerado apenas 1 registro; e 2) Investimento na construção de 6
hotéis nos Estados do CE e PE sem a distribuição do valor em cada
estado – será considerado apenas 1 registro. Nesses casos, os registros
serão enquadrados como “Não Distribuído/Não Disponível”.
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2 - ANÁLISE SETORIAL
Cabe destacar que para o detalhamento dos setores, citado na tabela seguinte, foi
utilizada a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 1.0).
Total Médio
1 Indústrias extrativas 25 113.976 4.559 42,40
2 Indústrias de transformação 497 80.674 162 30,01
3 Produção e distribuição de eletricidade, gás e água 45 26.310 585 9,79
4 Transporte, armazenagem e comunicações 64 18.929 296 7,04
5 Comércio; reparação de veí. automotores, objetos pessoais e domésticos 61 10.713 176 3,99
6 Alojamento e alimentação 30 4.272 142 1,59
7 Construção 8 3.726 466 1,39
8 Intermediação financeira 4 2.693 673 1,00
9 Outros serviços coletivos, sociais e pessoais 11 2.332 212 0,87
10 Saúde e serviços sociais 16 1.893 118 0,70
11 Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas 22 1.798 82 0,67
12 Agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal 8 1.339 167 0,50
13 Educação 2 125 63 0,05
14 Pesca 1 40 40 0,01
Total 794 268.820 339 -
Fonte: RENAI/SDP/MDIC
* US$ Milhão
Anúncios de Investimentos no Brasil por Setor (CNAE 1.0)
Valor *Anúncios Part.(%)Setores
O Brasil apresenta um perfil diversificado de setores em anúncios de investimentos,
potencializado pelo cenário positivo da economia brasileira, decorrente de aspectos
como: obras do PAC, Copa do Mundo, Olimpíadas, Pré-Sal, aumento da classe média
brasileira, economia nacional crescente e o País como porta de entrada para outros
mercados sul-americanos.
Observa-se na tabela anterior que dois setores se destacaram em relação aos recursos
previstos, Indústrias Extrativas (que representou 42,4% do total), motivado pelos
aumentos dos preços internacionais das commodities, notadamente o minério de ferro e
os produtos agrícolas, e Indústrias de Transformação (30,0%), alicerçado no
crescimento do mercado interno. Considerando os quatro principais setores, verificamos
que eles representam quase 90% do total previsto.
Considerando o número de anúncios, os principais setores contemplados foram:
Indústrias de Transformação (com previsão de 497 empreendimentos); Transporte,
armazenagem e comunicações (64); Comércio, reparação de veículos automotores,
Relatório de Investimentos - 2010
RENAI 10
objetos pessoais e domésticos (61); e Produção e distribuição de eletricidade, gás e água
(45). Cabe destacar que esses quatro setores estão entre os cinco principais setores em
montante previsto de investimentos.
Em relação à média de recursos previstos, por setor, verifica-se que o setor Indústrias
Extrativas se destaca devido ao porte dos investimentos (média de US$ 4,6 bilhões).
Cabe ressaltar também os setores: Intermediação Financeira (média de US$ 673
milhões) e Produção e Distribuição de Eletricidade, Gás e Água (média de US$ 585
milhões).
Setor Indústrias Extrativas
Total Médio
1 Petróleo e Gás 11 83.333 7.576 73,11
2 Minerais Metálicos 12 28.040 2.337 24,60
3 Minerais Não-Metálicos 2 2.604 1.302 2,28
Total 25 113.976 4.559 100,00
Fonte: RENAI/SDP/MDIC
* US$ Milhão
Anúncios de Investimentos no Brasil por Subsetor (Divisão)
AnúnciosValor *
Part.(%)Setor Indústrias Extrativas
Considerando o Setor Indústrias Extrativas, que foi o principal destino dos
investimentos previstos em 2010, observamos que os subsetores Petróleo e Gás e
Minerais Metálicos foram os mais contemplados, correspondendo a 73,1% e 24,6%,
respectivamente, do valor total, apoiados em grande parte pelos planos de investimentos
anunciados pela Petrobrás, pela OGX (empresa do Grupo EBX) e pela Vale.
Os principais investimentos previstos desse Setor foram:
1) Empresa: Petrobras (US$ 41,2 bilhões) - Investimento destinado a várias áreas da
empresa, sendo elas: Exploração e Produção (R$ 35,7 bilhões), Abastecimento e
Petroquímica (R$ 30,7 bilhões), Gás e Energia (R$ 4,82 bilhões), Internacional (R$ 5
bilhões), Distribuição (R$ 666 milhões), Bicombustíveis (R$ 750 milhões) e
Corporativa (R$ 1,76 bilhão).
2) Empresa: OGX/EBX (US$ 30,0 bilhões) - Investimento na construção de plataformas
de produção de óleo e gás, com a previsão de encomenda de 48 unidades de produção
Relatório de Investimentos - 2010
RENAI 11
de petróleo, considerando a meta da OGX de extrair 1,4 milhão de barris/dia de óleo e
gás em 2019.
3) Empresa: VALE/CVRD (US$ 8,9 bilhões) - Investimento para expansão da produção
em registros de minério de ferro, pelotas, manganês e ferro-liga; logística, metais base;
fertilizantes; carvão; energia; e siderurgia.
O crescimento do mercado interno, associado ao mercado internacional, pressiona os
preços para cima, gerando a necessidade de se buscar o investimento na expansão da
capacidade, como forma de ganhar mercado diante da concorrência.
Setor Indústrias de Transformação
Total Médio
1 Metalurgia 21 20.518 977 25,43
2 Papel e Celulose 21 9.714 463 12,04
3 Automotivo 19 8.743 460 10,84
4 Derivados de Petróleo e Biocombustíveis 22 8.613 392 10,68
5 Outros Equipamentos de Transporte 42 7.440 177 9,22
6 Eletroeletrônico 103 4.260 41 5,28
7 Produtos de Minerais Não-Metálicos 26 4.065 156 5,04
8 Produtos Químicos 45 3.512 78 4,35
9 Máquinas e Equipamentos 38 3.163 83 3,92
10 Alimentos e Bebidas 48 3.161 66 3,92
11 Borracha e Plástico 38 3.078 81 3,82
12 Madeira e Móveis 22 1.843 84 2,29
13 Fumo 2 1.046 523 1,30
14 Produtos de Metal 23 866 38 1,07
15 Têxteis e Vestuário 13 394 30 0,49
16 Couro e Calçados 7 125 18 0,15
17 Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos 4 84 21 0,10
18 Impressão e Reprodução 1 32 32 0,04
19 Resíduos 2 17 9 0,02
Total 497 80.674 162 100,00
Fonte: RENAI/SDP/MDIC
* US$ Milhão
Anúncios de Investimentos no Brasil por Subsetor (Divisão)
AnúnciosValor *
Part.(%)Setor Indústrias de Transformação
Considerando o Setor Indústrias de Transformação, que foi o segundo principal destino
dos investimentos previstos em 2010, observamos uma diversificação maior de
subsetores.
Relatório de Investimentos - 2010
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Destaca-se que a indústria de transformação foi o setor que mais sentiu os efeitos da
crise financeira internacional e o primeiro a suspender os investimentos anunciados. Da
mesma forma, foi um dos últimos setores a anunciar novos investimentos após a
retomada do crescimento econômico.
O ano de 2010, marcado por um forte crescimento da produção industrial, refletiu em
grandes volumes de investimento anunciados, principalmente para os subsetores
intensivos em tecnologia, com destaque para o automotivo, celulose e metalurgia.
Assim, os cinco principais subsetores de destaque foram: Metalurgia (25,4% do total
dos recursos previstos, 21 anúncios); Papel e Celulose (12,0%, 21 anúncios);
Automotivo (10,8%, 19 anúncios); Derivados de Petróleo e Bicombustíveis (10,7%, 22
anúncios); e Equipamentos de Transporte (9,2%, 42 anúncios). Esses subsetores
corresponderam a quase 70% dos recursos previstos para o Setor Indústrias de
Transformação.
Os principais investimentos previstos desse Setor foram:
1) Empresa: TERNIUM/TECHINT (US$ 6,0 bilhões) - Investimento na construção de
uma usina para produção de placas de aço na retro área industrial do porto do Açu (LLX
Logística), que contará com coqueria, sinterização de minério, 02 alto-fornos e aciaria,
alcançando capacidade produtiva de 5 milhões de ton./ano de placas de aço.
2) Empresa: USIMINAS (US$ 5,6 bilhões) - Investimento para diversificar os negócios
da siderúrgica, com enfoque em quatro linhas: ampliar a área de mineração e a logística
de minério de ferro e de produtos acabados; melhorar oferta e transformação de aço;
aumentar o portfólio de bens de capital; e promover a internacionalização da empresa. A
empresa planeja criar uma nova companhia (Usiminas Mineração) para reunir seus
negócios de mineração.
3) Empresa: GRUPO GERDAU (US$ 5,0 bilhões) - Investimento na ampliação e
construção de novas usinas, com construção de laminadora de aços especiais longos,
com foco na indústria automobilística e produção de 500 mil ton/ano; na área de
mineração em Minas Gerais, com estrutura logística para transporte da matéria-prima
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das minas até a usina de Ouro Branco e instalação de laminador de bobinas a quente na
Açominas; e implantação de laminação de rolos.
4) FIAT DO BRASIL (US$ 3,6 bilhões) - Investimento para ampliação da capacidade
de produção em Betim (MG) e nas outras unidades de caminhões, autopeças e máquinas
agrícolas.
5) Empresa: FIBRIA - VOTORANTIM/ARACRUZ (US$ 3,2 bilhões) - Investimento
no projeto Horizonte, com a implantação da 2ª linha de celulose, com capacidade para
1,5 milhão de ton./ano; e na formação de florestas.
Setor Produção e Distribuição de Eletricidade, Gás e Água
Esse setor, que ocupou a terceira posição, referiu-se exclusivamente ao subsetor
Eletricidade e Distribuição de Gás. Os principais investimentos previstos desse Setor
foram:
1) Empresa: ELETROBRAS (US$ 4,7 bilhões) - Investimento visando a retomada da
usina de Angra 3, as usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, e a construção da
linha de transmissão entre Porto Velho e São Paulo.
2) Empresa: TELES PIRES ENERGIA - NEOENERGIA/ELETROSUL/FURNAS
(US$ 2,3 bilhões) - Investimento na implantação da usina hidrelétrica no rio Teles Pires,
na divisa dos estados de Mato Grosso e Pará, com capacidade de 1.800 MW.
3) Empresa: STAR ENERGY – BERTIN/JBS (US$ 2,2 bilhões) - Investimento para
implementar um complexo termelétrico para gerar energia a partir de carvão mineral e
com capacidade de 1,2 mil MW.
Um destaque para este setor, nos últimos anos, foi a retomada da implantação de
grandes projetos de geração de energia baseada em usinas hidrelétricas, com a
necessidade de instalação de longos trechos de linhas de transmissão para viabilizar o
transporte de grandes blocos de energia aos principais centros consumidores de energia.
Todos os projetos de maior relevância estão inseridos no Programa de Aceleração do
Relatório de Investimentos - 2010
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Crescimento – PAC, o que aumenta as chances de sua execução, pois são considerados
prioritários pelo Governo Federal.
Em menor grau, mas bastante importante foi à realização de leilões de energia eólica,
2009 e 2010, que viabilizaram esta matriz de geração de energia elétrica, iniciando um
movimento nas empresas de fabricação de equipamentos e implantação de um grande
número de usinas eólicas.
Setor Transporte, Armazenagem e Comunicações
Total Médio
1 Telecomunicações 16 9.401 588 49,67
2 Transporte Aéreo 6 3.676 613 19,42
3 Transporte Terrestre 26 3.533 136 18,66
4 Armazenamento e Outros 14 1.456 104 7,69
5 Transporte Aquaviário 2 863 432 4,56
Total 64 18.929 296 100,00
Fonte: RENAI/SDP/MDIC
* US$ Milhão
Anúncios de Investimentos no Brasil por Subsetor (Divisão)
AnúnciosValor *
Part.(%)Setor Transportes, Armazenagem e Comunicação
Considerando o Setor Transporte, Armazenagem e Comunicações, destacaram-se os
subsetores Telecomunicações (49,7%, 16 anúncios), Transporte Aéreo (19,4%, 6
anúncios) e Transporte Terrestre (18,7%, 26 anúncios).
Os principais investimentos previstos desse Setor foram:
1) Empresa: NEXTEL/NII HOLDINGS (US$ 2,9 bilhões) - Investimento em suas
operações no Brasil, com a entrada no mercado de telefonia celular (3G).
2) Empresa: GOL LINHAS AÉREAS (US$ 2,7 bilhões) - Investimento para aquisição
de 30 aeronaves B737-800, sendo 20 delas como pedidos firmes e outras 10 como
opção de compra.
3) Empresa: TRANSPETRO/PETROBRAS (US$ 2,2 bilhões) - Investimento para
aquisição de sete navios-tanque, encomendados pelo Estaleiro Atlântico Sul.
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4) Empresa: TELEFÔNICA (US$ 1,9 bilhões) - Investimento na expansão dos serviços
de telefonia fixa e móvel, banda larga e TV por assinatura.
Os investimentos anunciados para o subsetor de telecomunicações, diferentemente do
passado recente, visam à ampliação da cobertura nacional das operadoras de telefonia,
em face do rápido crescimento do número de usuários, bem como em função dos
compromissos assumidos no Plano Geral de Metas de Universalização e conversão de
tecnologias (3G).
No subsetor de transporte aéreo, observa-se uma procura por adequação das companhias
aéreas ao aumento do fluxo de passageiros aéreos observado nos últimos anos, com
aquisição de novas aeronaves. Dados da Associação Internacional de Transportes (Iata)
mostram que, até 2014, o Brasil atingirá o nível de 90 milhões de passageiros ao ano,
com um crescimento de cerca de 10 % ao ano.
Principais Investimentos Anunciados (Considerando todos os setores - Top 10)
Data * Empresa Divisão Valor (US$ Bilhão)
10/03/2010 PETROBRAS Petróleo e Gás 41,2
15/09/2010 OGX (EBX) Petróleo e Gás 30,0
29/10/2010 VALE (CVRD) Minerais Metálicos 8,9
16/09/2010 TERNIUM (TECHINT) Metalurgia 6,0
26/02/2010 USIMINAS Metalurgia 5,6
27/09/2010 ANGLO AMERICAN Minerais Metálicos 5,4
28/01/2010 PETROBRAS / CHEVRON Petróleo e Gás 5,2
06/08/2010 GRUPO GERDAU Metalurgia 5,0
20/10/2010BAHIA MINERALS - BML
(EURASIAN RESOUCES - ENRC)Minerais Metálicos 4,7
16/03/2010 ELETROBRASEletricidade e Distribuição de
Gás4,7
Fonte: RENAI/SDP/MDIC
* Data da informação (Anúncio)
Investimentos anunciados no Brasil em 2010 - (Top Ten )
Os dez principais anúncios de investimentos representaram US$ 116,6 bilhões, 43,4%
dos recursos previstos.
Relatório de Investimentos - 2010
RENAI 16
1) Empresa: Petrobras (US$ 41,2 bilhões) - Investimento destinado a várias áreas da
empresa, sendo elas: Exploração e Produção (R$ 35,7 bilhões), Abastecimento e
Petroquímica (R$ 30,7 bilhões), Gás e Energia (R$ 4,82 bilhões), Internacional (R$ 5
bilhões), Distribuição (R$ 666 milhões), Bicombustíveis (R$ 750 milhões) e
Corporativa (R$ 1,76 bilhão).
2) Empresa: OGX/EBX (US$ 30,0 bilhões) - Investimento na construção de plataformas
de produção de óleo e gás, com a previsão de encomenda de 48 unidades de produção
de petróleo, considerando a meta da OGX de extrair 1,4 milhão de barris/dia de óleo e
gás em 2019.
3) Empresa: VALE/CVRD (US$ 8,9 bilhões) - Investimento para expansão da produção
em projetos de minério de ferro, pelotas, manganês e ferro-liga; logística, metais base;
fertilizantes; carvão; energia; e siderurgia.
4) Empresa: TERNIUM/TECHINT (US$ 6,0 bilhões) - Investimento na construção de
uma usina para produção de placas de aço na retro área industrial do porto do Açu (LLX
Logística), que contará com coqueria, sinterização de minério, 02 alto-fornos e aciaria,
alcançando capacidade produtiva de 5 milhões de ton./ano de placas de aço.
5) Empresa: USIMINAS (US$ 5,6 bilhões) - Investimento para diversificar os negócios
da siderúrgica, com enfoque em quatro linhas: ampliar a área de mineração e a logística
de minério de ferro e de produtos acabados; melhorar oferta e transformação de aço;
aumentar o portfólio de bens de capital; e promover a internacionalização da empresa. A
empresa planeja criar uma nova companhia (Usiminas Mineração) para reunir seus
negócios de mineração.
6) Empresa: ANGLO AMERICAN (US$ 5,4 bilhões) - Investimento para viabilizar o
projeto Jacaré, que inclui duas unidades metalúrgicas para processamento de níquel e
ferro-níquel, uma unidade de hidrometalurgia e outra de pirometalurgia.
7) Empresa: PETROBRAS/CHEVRON (US$ 5,2 bilhões) - Investimento no
desenvolvimento do campo petrolífero de Papa-Terra, na Bacia de Campos (RJ), com
capacidade para extrair 140 mil barris de petróleo por dia.
Relatório de Investimentos - 2010
RENAI 17
8) Empresa: GRUPO GERDAU (US$ 5,0 bilhões) - Investimento na ampliação e
construção de novas usinas, com construção de laminadora de aços especiais longos,
com foco na indústria automobilística e produção de 500 mil ton/ano; na área de
mineração em Minas Gerais, com estrutura logística para transporte da matéria-prima
das minas até a usina de Ouro Branco e instalação de laminador de bobinas a quente na
Açominas; e implantação de laminação de rolos.
9) Empresa: BAHIA MINERALS - BML/EURASIAN RESOUCES - ENRC (US$ 4,7
bilhões) - Investimento para atingir uma produção anual de 47 milhões de toneladas
anuais de minério de ferro no País, com a exploração de reservas da Bahia Minerals
(BML), unidade que deverá produzir 19,5 milhões de ton/ano; e do registro Jiboia, que
produzirá 25 milhões de ton/ano de minério de ferro.
10) Empresa: ELETROBRAS (US$ 4,7 bilhões) - Investimento visando a retomada da
usina de Angra 3, as usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, e a construção da
linha de transmissão entre Porto Velho e São Paulo.
3 - ANÁLISE POR ORIGEM DO CAPITAL DA EMPRESA
Origem do Capital Anúncios Valor * Part.(%)
Exclusivamente Brasileira 497 177.138 65,89
Exclusivamente Estrangeira 246 61.975 23,05
Brasileira e Estrangeira 39 21.336 7,94
Estrangeira e Estrangeira 12 8.371 3,11
Total 794 268.820 100,00
Fonte: RENAI/SDP/MDIC
Obs.: * US$ Milhão.
Anúncios de Investimentos no Brasil por Origem do Capital da Empresa - 2010
Considerando os anúncios de investimentos por origem do capital, verificamos que a
maior parte dos recursos previstos é de empresas de capital exclusivamente nacional
(65,9% do total previsto – US$ 177,0 bilhões), com 497 anúncios. As empresas de
capital estrangeiro representaram 23,0% (US$ 62,0 bilhões), referentes a 246 anúncios.
Os demais recursos são provenientes de joint ventures entre empresas brasileiras e
estrangeiras (7,9% – US$ 21,3 bilhões), referentes a 39 anúncios; e de joint ventures
entre empresas estrangeiras (3,1% – US$ 8,4 bilhões), referentes a 12 anúncios.
Relatório de Investimentos - 2010
RENAI 18
4 - ANÁLISE POR PAÍS DE ORIGEM DO CAPITAL
País Anúncios Valor * Part.(%)
1 Brasil 497 177.138 65,90
2 Estados Unidos 53 8.486 3,16
3 Brasil,Estados Unidos 11 7.342 2,73
4 França 24 6.959 2,59
5 Brasil,Japão 4 6.765 2,52
6 Argentina,Itália 2 6.021 2,24
7 Itália 7 5.908 2,20
8 Espanha 19 5.773 2,15
9 África do Sul 2 5.571 2,07
10 Cazaquistão 1 4.700 1,75
11 China 10 3.176 1,18
12 Canadá 4 3.010 1,12
13 Brasil,Espanha 3 2.979 1,11
14 Argentina 7 2.502 0,93
15 Coréia do Sul 14 2.052 0,76
16 Portugal 8 1.963 0,73
17 Reino Unido 8 1.603 0,60
18 Brasil,Finlândia,Suécia 1 1.500 0,56
19 Países Baixos 10 1.458 0,54
20 Espanha,Portugal 1 1.339 0,50
21 Alemanha 21 1.282 0,48
22 Japão 11 1.211 0,45
23 Bélgica 2 1.054 0,39
24 Rússia 1 1.000 0,37
25 Colômbia 1 984 0,37
26 Suíça 9 930 0,35
27 Brasil,Itália,Suíça 1 877 0,33
28 Índia 7 655 0,24
Outros Países 55 4.582 1,70
Fonte: RENAI/SDP/MDIC; * US$ Milhão
Anúncios de Investimentos no Brasil por País de Origem do Capital - 2010
Registra-se, pelo exposto acima, que o Brasil (investidores nacionais) se destacou como
a principal fonte de recursos nos investimentos previstos em 2010, representando 65,9%
do total (US$ 177,1 bilhões). Além disso, o País foi também preponderante em número
de anúncios (497).
Na participação conjunta do Brasil e outros países, destacam-se as sociedades de
empresas com capital do Brasil/Estados Unidos (2,7%, US$ 7,3 bilhões) e Brasil/Japão
(2,5%, US$ 6,8 bilhões).
Relatório de Investimentos - 2010
RENAI 19
Além do Brasil, outros países que apresentaram participações de uma única origem,
superiores a 1%, foram: Estados Unidos (3,2%, US$ 8,5 bilhões), França (2,6%, US$
7,0 bilhões), Itália (2,2%, US$ 5,9 bilhões), Espanha (2,15%, US$ 5,8 bilhões), África
do Sul (2,1%, US$ 5,6 bilhões), Cazaquistão (1,8%, US$ 4,7 bilhões), China (1,2%,
US$ 3,2 bilhões) e Canadá (1,1%, US$ 3,0 bilhões).
Cabe destacar também a participação conjunta Argentina/Itália, que representou 2,2%
dos recursos previstos (US$ 6,0 bilhões).
Há uma tendência de crescimento na participação de investidores estrangeiros nos
investimentos no Brasil devido às expectativas comparativas de atratividade e
crescimento apresentadas pela economia brasileira.
Relatório de Investimentos - 2010
RENAI 20
5 - ANÁLISE POR REGIÃO
Região Registros Valor * Part.(%)
Sudeste 235 40.280 14,98
Nordeste 126 20.699 7,70
Norte 242 18.112 6,74
Sul 59 10.563 3,93
Centro-Oeste 23 9.559 3,56
Não Distribuído/Não Disponível 218 169.607 63,10
Fonte: RENAI/SDP/MDIC
* US$ Milhão
Registros de Investimentos no Brasil por Região - 2010
Considerando as regiões brasileiras, observa-se que a região Sudeste é o principal
destino dos investimentos, com participação de 15,0% do total de recursos previstos
(US$ 40,3 bilhões - 235 registros). A região Norte, por sua vez, foi a que recebeu o
maior número de registros (242), correspondendo a um valor de US$ 18,1 bilhões. Cabe
ressaltar que o monitoramento dos investimentos da região Norte é facilitado pelas
informações provenientes da Zona Franca de Manaus (ZFM), cujo Conselho (CAS)
aprova todos os novos projetos de investimentos no local.
Os investimentos previstos para a Região Sudeste (235) tiveram a seguinte distribuição:
55% para o Estado de São Paulo, 27% para o Estado do Rio de Janeiro, 16% para o
Estado de Minas Gerais e 2% para o Estado do Espírito Santo.
O item Não Distribuído/Disponível registrou o valor expressivo de US$ 169,6 bilhões
(218 registros). A maior parte desse valor (US$ 94,4 bilhões) refere-se a investimentos
não distribuídos destinados a mais de um estado, e, dessa forma, não foi possível
enquadrá-lo em regiões específicas; e a outra parte, refere-se a investimentos sem a
informação de estado de destino.
Relatório de Investimentos - 2010
RENAI 21
6 - ANÁLISE POR ESTADO (UF)
Estado Registros Valor * Part.(%)
1 Rio de Janeiro 63 18.457 6,87
2 Minas Gerais 39 10.607 3,95
3 São Paulo 129 10.471 3,90
4 Amazonas 230 9.144 3,40
5 Pará 9 8.718 3,24
6 Pernambuco 37 7.266 2,70
7 Bahia 31 6.278 2,34
8 Rio Grande do Sul 19 5.347 1,99
9 Mato Grosso do Sul 5 5.244 1,95
10 Paraná 24 4.002 1,49
11 Mato Grosso 8 3.273 1,22
12 Ceará 20 2.196 0,82
13 Maranhão 7 1.674 0,62
14 Alagoas 9 1.316 0,49
15 Santa Catarina 16 1.215 0,45
16 Sergipe 6 797 0,30
17 Espírito Santo 4 744 0,28
18 Goiás 6 734 0,27
19 Rio Grande do Norte 7 685 0,25
20 Distrito Federal 4 307 0,11
21 Paraíba 4 265 0,10
22 Piauí 5 222 0,08
23 Tocantins 1 200 0,07
24 Amapá 2 49 0,02
Não Distribuído/Não Disponível 218 169.607 63,10
Fonte: RENAI/SDP/MDIC; * US$ Milhão
Registros de Investimentos no Brasil por Estado - 2010
Por unidade da federação (UF), o Estado do Rio de Janeiro destaca-se como principal
destino dos investimentos anunciados, em valor, representando 6,9% do total previsto
(US$ 18,5 bilhões – 63 registros). Nesse estado, os principais subsetores contemplados
foram: Metalurgia (US$ 6,2 bilhões – 3 registros), Petróleo e Gás (US$ 5,2 bilhões – 3
registros) e Automotivo (US$ 1,7 bilhão – 2 registros).
O Estado de Minas Gerais foi o segundo principal destino de investimento, com 4,0%
do total previsto (US$ 10,6 bilhões – 39 registros). Os principais subsetores
contemplados foram: Minerais Metálicos (US$ 6,0 bilhões – 5 registros) e Metalurgia
(US$ 2,2 bilhões – 5 registros).
Relatório de Investimentos - 2010
RENAI 22
O Estado do Amazonas se destacou pelo número de registros de investimentos (230 -
US$ 9,1 bilhões), devido à Zona Franca de Manaus. Os principais subsetores
contemplados foram: Eletroeletrônicos (US$ 2,9 bilhões – 87 registros), Minerais Não-
Metálicos (US$ 2,6 bilhões – 2 registros) e Petróleo e Gás (US$ 2,6 bilhões – 2
registros).
O Estado de São Paulo foi o segundo em número de registros (129 – US$ 10,5 bilhões).
Os principais subsetores contemplados foram: Eletricidade e Distribuição de Gás (US$
1,5 bilhão – 7 registros), Máquinas e Equipamentos (US$ 1,4 bilhão – 12 registros),
Serviços de Saúde Humana (US$ 878 milhões – 6 registros), Edificações (US$ 739
milhões – 1 registro), Equipamentos de Transporte (US$ 735 milhões – 2 registros) e
Água e Esgoto (US$ 674 milhões – 1 registro).
No Nordeste, o Estado de Pernambuco foi o destaque, com previsão de investimentos de
US$ 7,3 bilhões (2,7% - 37 registros). Os principais subsetores contemplados foram:
Equipamentos de Transporte (US$ 3,1 bilhões – 5 registros) e Automotivo (US$ 1,8
bilhão – 1 registro).
O Estado do Rio Grande do Sul foi o principal destino da região Sul, em recursos
previstos, representando 2,0% do total previsto (US$ 5,3 bilhões – 19 registros). Os
anúncios de investimentos nesse estado foram direcionados, principalmente, para os
subsetores Eletricidade e Distribuição de Gás (US$ 2,6 bilhões – 3 registros) e Papel e
Celulose (US$ 1,5 bilhão – 1 registro).
Relatório de Investimentos - 2010
RENAI 23
7 - ANÁLISE POR FAIXA DE VALOR
Faixa Anúncios Valor * Part.(%)
Acima de US$ 1 bilhão 43 184.048 68,47
Entre US$ 100 e 500 milhões 151 37.126 13,81
Entre 500 milhões e 1 bilhão 47 35.088 13,05
Entre US$ 5 e 100 milhões 350 12.179 4,53
Até US$ 5 milhões 203 379 0,14
Total 794 268.820 100,00
Fonte: RENAI/SDP/MDIC
* US$ Milhão
Anúncios de Investimentos no Brasil por Faixa de Valor - 2010
Analisando os anúncios de investimentos no Brasil por faixa de valor, observamos que
os investimentos vultosos (acima de US$ 500 milhões), representam parte significativa
do valor total de investimentos previstos (81,5%), com 90 anúncios.
Cabe ressaltar que as duas faixas com menores valores (Até US$ 5 milhões e Entre US$
5 e 100 milhões) apresentaram maior número de anúncios, 203 e 350, respectivamente.
Apesar das duas juntas representaram 69,6% dos anúncios (553), participam apenas
com 4,6% dos recursos previstos.
A faixa intermediária (Entre US$ 100 e 500 milhões) registrou um número considerável
de anúncios (151), correspondendo a quase 14% dos recursos dos investimentos
estimados.
Relatório de Investimentos - 2010
RENAI 24
8 – ANÁLISE POR TIPO DE INVESTIMENTO
Tipo de Investimento Anúncios Valor * Part.(%)
Expansão 272 131.346 48,86
Implantação 280 75.221 27,98
Expansão/Implantação 114 44.054 16,39
Modernização 46 8.860 3,30
Expansão/Modernização 74 8.567 3,19
Implantação/Modernização 8 773 0,29
Total 794 268.820 -
Fonte: RENAI/SDP/MDIC
* US$ Milhão
Anúncios de Investimentos no Brasil por Tipo - 2010
Sob a perspectiva do tipo de investimento, verifica-se que os anúncios, em 2010,
destinam-se, principalmente, à expansão de investimentos (48,9%, US$ 131,3 bilhões),
correspondendo a 272 anúncios. Esse número demonstra a disposição das empresas em
fortalecer investimentos já realizados no país, consolidando assim suas presenças em
um período favorável da economia brasileira.
As implantações de novos empreendimentos equivaleram a 28,0% dos recursos
previstos (US$ 75,2 bilhões), referente a 280 anúncios.
Os anúncios de investimentos direcionados a modernização de empreendimentos (46),
em valor, representaram apenas 3,3% (US$ 8,9 bilhões).
Em relação aos registros de investimentos que contemplaram objetivos múltiplos, foram
assinalados: expansão/implantação (16,4% do valor, US$ 44,1 bilhões), referente a 114
anúncios; expansão/modernização (3,2%, US$ 8,6 bilhões), referente a 74 anúncios; e
implantação/modernização (0,3%, US$ 773 milhões), referente a 8 anúncios.
Relatório de Investimentos - 2010
RENAI 25
Secretaria do Desenvolvimento da Produção (SDP)
Heloísa Regina Guimarães de Menezes
Secretária
Alexandre Comin
Diretor do Departamento de Competitividade Industrial
Eduardo André de Brito Celino
Coordenador-Geral de Investimentos
Carlos Antônio Lopes de Araújo
José Ribamar Vieira de Araújo Júnior
Marcelo Amorim d´Albuquerque Lima
Paulo Shizuo Fukuya
Analistas de Comércio Exterior
Elaine Monteiro Alvarez
Analista Técnica
Flávio Robin da Silva Correia
Ravena Oliveira Cavalcante Mota
Agentes Administrativos