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XII LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2011-2012) S U M Á R I O Assembleia da República: Relatório de actividades da Assembleia da República referente à 1.ª Sessão Legislativa da XI Legislatura. Terça-feira, 30 de Agosto de 2011 II Série-E Número 8

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  • XII LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2011-2012)

    S U M Á R I O

    Assembleia da República: Relatório de actividades da Assembleia da República referente à 1.ª Sessão Legislativa da XI Legislatura.

    Terça-feira, 30 de Agosto de 2011 II Série-E — Número 8

  • RELATÓRIO DA ACTIVIDADE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

    XI LEGISLATURA - 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA

    I VOLUME

    JULHO / 2011

    ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Direcção de Serviços de Documentação,

    Informação e Comunicação Divisão de Informação Legislativa e Parlamentar

  • ÍNDICE

    COMPOSIÇÃO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

    REUNIÕES PLENÁRIAS, DA COMISSÃO PERMANENTE, DA CONFERÊNCIA DE LÍDERES, DA

    CONFERÊNCIA DOS PRESIDENTES DAS COMISSÕES PARLAMENTARES E DO CONSELHO DE

    ADMINISTRAÇÃO

    COMPOSIÇÃO E ACTIVIDADE DAS COMISSÕES PARLAMENTARES

    COMISSÕES PARLAMENTARES PERMANENTES

    COMISSÕES PARLAMENTARES EVENTUAIS

    COMISSÕES EVENTUAIS E COMISSÕES DE INQUÉRITO

    LEIS

    LEIS ORGÂNICAS

    LEIS

    RESOLUÇÕES

    APRECIAÇÕES PARLAMENTARES

    ACTIVIDADE DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO POLÍTICA

    MOÇÕES DE CENSURA

    DEBATES COM O GOVERNO

    DEBATE COM O PRIMEIRO-MINISTRO

    DEBATE DO ESTADO DA NAÇÃO

    INTERPELAÇÕES AO GOVERNO

    PERGUNTAS E REQUERIMENTOS

    PETIÇÕES

    INQUÉRITOS PARLAMENTARES

    OUTRAS ACTIVIDADES (DECLARAÇÕES OU DEBATES)

    DEBATE POLÍTICO POTESTATIVO

    DECLARAÇÕES POLÍTICAS

    DEBATES DE ACTUALIDADE

    DEBATES TEMÁTICOS

    DEBATES DE URGÊNCIA

    DECLARAÇÃO DO GOVERNO

    DELIBERAÇÕES

    VOTOS

    RELAÇÕES EXTERNAS

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    3

  • DESLOCAÇÕES E AUDIÊNCIAS DO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

    DESLOCAÇÕES

    AUDIÊNCIAS

    ACTIVIDADES DAS DELEGAÇÕES PARLAMENTARES DA AR ÀS ORGANIZAÇÕES

    PARLAMENTARES INTERNACIONAIS

    ELEIÇÃO DE DEPUTADOS PORTUGUESES PARA CARGOS EM ÓRGÃOS DAS ASSEMBLEIAS

    PARLAMENTARES INTERNACIONAIS

    RELATORES: EM RELATÓRIOS JÁ APROVADOS E EM RELATÓRIOS EM CURSO NESSE

    PERÍODO

    PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO/RECOMENDAÇÃO APRESENTADAS

    MISSÕES DE OBSERVAÇÃO ELEITORAL

    CERIMÓNIAS E REUNIÕES REALIZADAS EM PORTUGAL

    ACTIVIDADES DAS DELEGAÇÕES EVENTUAIS

    ACTIVIDADES DOS GRUPOS PARLAMENTARES DE AMIZADE

    OUTRAS ACTIVIDADES RELEVANTES

    Presidentes de Parlamentos:

    Delegações Estrangeiras:

    CERIMÓNIAS

    Sessão Solene de Boas-vindas e Sessão de boas-vindas a Chefes de Estado

    Sessão de boas-vindas a Presidentes de Parlamento

    Comemorativas

    De Inauguração

    De diversa natureza

    COOPERAÇÃO PARLAMENTAR

    INICIATIVAS PROMOVIDAS PELA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

    EXPOSIÇÕES

    ACTIVIDADE EDITORIAL

    EDIÇÃO DE LIVROS

    LANÇAMENTO DE LIVROS

    CONCERTOS

    VISITAS À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    4

  • COMPOSIÇÃO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

    Na XI legislatura, a primeira sessão legislativa teve início em 15 de Outubro de 2009 e a duração de 1 ano,

    cumprindo o estabelecido na Constituição da República Portuguesa. A primeira reunião plenária da 1ª sessão

    legislativa da XI legislatura ocorreu nesse mesmo dia e a última no dia 22 de Julho de 2010. Esta sessão legislativa

    terminou no dia 14 de Setembro de 2010.

    O nº de mulheres eleitas em início de legislatura foi o maior de sempre, 63 e, nesta sessão legislativa, subiu no final

    da sessão, para 68, número com que terminara a sessão anterior. O número de mulheres em exercício de funções

    cresceu, portanto, se comparado com o início da anterior Legislatura (49) e manteve-se idêntico ao número do fim

    da anterior sessão legislativa (68), 4ª sessão legislativa da X Legislatura. Cerca de 27,39% é a sua percentagem

    relativamente ao número total dos deputados em exercício de funções.

    Na 1ª sessão legislativa, 3 Deputados renunciaram ao mandato, 40 suspenderam o mandato e 15 Deputados

    retomaram o mandato, tendo sido respeitado o legalmente prescrito.

    Nos quadros que se seguem são apresentados os Deputados Eleitos por Grupo Parlamentar, por sexo e por grupos

    etários e profissionais e essa distribuição é também referida ao último dia da 1ª sessão legislativa da XI Legislatura.

    Tabela 1

    Composição da AR

    Autor Eleitos Efectivos em 14/09/2010

    Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

    PS 69 28 97 64 33 97

    PSD 59 22 81 59 22 81

    CDS-PP 17 4 21 17 4 21

    BE 10 6 16 10 6 16

    PCP 11 2 13 11 2 13

    PEV 1 1 2 1 1 2

    Total 167 63 230 162 68 230

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    5

  • Gráfico 1

    Eleitos por Grupo Parlamentar

    Gráfico 2

    Deputados por Género

    Eleitos

    97

    81

    21

    16 13

    2

    PS

    PSD

    CDS-PP

    BE

    PCP

    PEV

    167

    63

    Homens Mulheres

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    6

  • Gráfico 3

    Deputados por Género

    Efectivos em 14/10/2009

    Tabela 2

    Deputados efectivos em 14/10/2009

    Grupos Etários

    Grupo Etário Total

    21 - 30 anos 8

    31 - 40 anos 55

    41 - 50 anos 68

    51 - 60 anos 66

    61 - 70 anos 31

    Mais de 70 anos 2

    Total 230

    162

    68

    Homens Mulheres

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    7

  • Gráfico 4

    Deputados efectivos em 14/10/2009

    Grupos Etários

    Tabela 3

    Deputados efectivos em 14/10/2009

    Grupos Profissionais

    8

    55

    68

    66

    31

    2

    21-30 anos

    31-40 anos

    41-50 anos

    51-60 anos

    61-70 anos

    Mais de 70 anos

    N.º Grupos Profissionais Total

    1 Dirigentes da AP e Gestores de Empresas 16

    2 Técnicos Superiores da AP e das Empresas 26

    3 Professores de todos os níveis de ensino 51

    4 Advogados, Magistrados e outros Juristas 66

    5 Economistas 15

    6 Engenheiros 11

    7 Outros especialistas de profissões intelectuais e científicas (Arquitectos, Historiadores, Sociólogos, Geólogos, Psicólogos)

    11

    8 Médicos/Farmacêuticos/Enfermeiros 10

    9 Jornalistas, Escritores, Editores 6

    10 Políticos 6

    11 Técnicos e profissionais de nível intermédio (Agentes de Seguros, Animadores Sociais, Bancários, Profissionais do Turismo)

    6

    12 Pessoal Administrativo 2

    13 Agricultores 0

    14 Operários, Artífices e Trabalhadores Similares 2

    15 Reformados 2

    Total 230

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    8

  • Gráfico 5

    Deputados efectivos em 14/10/2009

    Grupos Profissionais

    2

    2

    0

    2

    6

    6

    6

    10

    11

    11

    15

    66

    51

    26

    16

    0 10 20 30 40 50 60 70

    15

    14

    13

    12

    11

    10

    9

    8

    7

    6

    5

    4

    3

    2

    1

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    9

  • REUNIÕES PLENÁRIAS, DA COMISSÃO PERMANENTE, DA CONFERÊNCIA DE LÍDERES, DA

    CONFERÊNCIA DOS PRESIDENTES DAS COMISSÕES PARLAMENTARES E DO CONSELHO DE

    ADMINISTRAÇÃO

    Durante a 1ª sessão legislativa da XI Legislatura realizaram-se 83 reuniões plenárias, com a duração total de

    275 horas e 37 minutos e uma duração média de 3 horas e 19 minutos. Destas, 81 foram reuniões

    ordinárias, uma a sessão solene comemorativa do XXXVI Aniversário do 25 de Abril e no dia 29 de Abril de

    2010 e outra, na primeira parte ocorreu a Sessão Solene de Boas-vindas ao Sr. Presidente da República de

    Moçambique, Dr. Armando Guebuza tendo, na segunda parte, ocorrido uma reunião ordinária.

    Os 230 Deputados em exercício de funções tomam lugar na sala das Sessões, onde há também lugares

    reservados para os membros do Governo.

    Nesta sessão legislativa, o Parlamento, assembleia representativa de todos os cidadãos portugueses, no

    exercício da sua missão de legislar e de fiscalização da actividade do governo marcou a agenda política com

    as discussões referentes aos seguintes temas:

    A Lei que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, a alteração da Lei das Uniões de Facto e

    as alterações ao Códigos de Processo Penal e de Execução de Penas, a 1.ª Alteração à Lei das Finanças

    Regionais, a tributação de mais-valias mobiliárias e ainda diversas medidas de apoio à economia, a

    apreciação e votação do Estatuto do Aluno a qualidade e acesso aos cuidados e prestação de serviços de

    saúde, a aprovação da Lei n.º 10/2010, de 14 de Junho, que Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei

    n.º 28/2005, de 10 de Fevereiro, sobre o regime jurídico de acesso às pensões de invalidez e velhice pelos

    trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio, S. A., e estabelece a obrigatoriedade de acompanhamento

    médico a estes trabalhadores e a criação da Ordem dos Nutricionistas.

    A Comissão Permanente reuniu no dia 9 de Setembro de 2010, durante 2 horas e 8 minutos.

    A Comissão Permanente é presidida pelo Presidente da Assembleia da República e composta pelos Vice –

    Presidentes e por Deputados indicados por todos os Partidos, de acordo com a respectiva representatividade

    na Assembleia (42 membros).

    Deram entradas na Mesa as propostas de lei nºs 34 a 37/XI (1.ª), os projectos de lei nºs 402 a 407/XI (1.ª),

    a apreciação parlamentar n.º 62/XI (1.ª), os projectos de resolução nºs 242 a 255/XI (1.ª) e as propostas

    de resolução nºs 21 a 26/XI (1.ª).

    O Sr. Presidente anunciou que foram indicados, pelos respectivos grupos parlamentares, para secretários da

    Comissão Permanente desta Legislatura os Srs. Deputados Celeste Correia (PS) e Duarte Pacheco (PSD).

    Os principais pontos da agenda foram os que a seguir se enunciam:

    Declarações Políticas:

    A Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia (Os Verdes) expressou pesar pela morte de portugueses num acidente de

    viação ocorrido em Marrocos e teceu diversas críticas à acção governativa.

    O Sr. Deputado Bernardino Soares (PCP) considerou que a submissão prévia ao ECOFIN da proposta de

    orçamento do Estado põe em causa a soberania nacional e o regime democrático, condicionando a liberdade

    dos parlamentos.

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    10

  • O Sr. Deputado José Manuel Pureza (BE), além de ter manifestado pesar pelas vítimas do acidente que

    ocorreu em Marrocos, também condenou a imposição de um visto prévio do ECOFIN sobre os orçamentos

    nacionais dos estados membros da União Europeia.

    Em declaração política, a Sr.ª Deputada Teresa Caeiro (CDS-PP) associou-se às palavras de pesar pelo

    acidente que vitimou vários portugueses em Marrocos e teceu diversas críticas à política de saúde.

    Em declaração política, o Sr. Deputado Miguel Macedo (PSD), além de ter expressado pesar pela morte de

    portugueses no acidente ocorrido em Marrocos, acusou o Governo de não ter uma política consistente para

    atacar o desemprego e lamentou que Portugal tenha descido no ranking de competitividade global e que

    esteja a pagar uma alta taxa de juro em financiamento internacional.

    Ainda em declaração política, a Sr.ª Deputada Ana Catarina Mendonça (PS) associou-se ao pesar

    manifestado pelas vítimas do acidente que ocorreu em Marrocos e apontou alguns valores que considerou

    indícios da recuperação da nossa economia.

    Debate sobre execução orçamental

    Usaram da palavra, no debate, além do Sr. Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento (Emanuel Augusto

    dos Santos), os Srs. Deputados Miguel Frasquilho (PSD), Cecília Meireles (CDS-PP), Cecília Honório (BE),

    Honório Novo (PCP) e Afonso Candal (PS).

    Debate sobre prestações sociais e desemprego:

    Neste debate, intervieram os Srs. Deputados Bernardino Soares (PCP), Pedro Mota Soares (CDS-PP), Adão

    Silva (PSD), Pedro Soares (BE), Jorge Strecht (PS), Heloísa Apolónia (Os Verdes) e Luís Fazenda (BE), e

    ainda a Sr.ª Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social.

    (Helena André).

    A Conferência de Líderes reuniu, na 1ª sessão da XI Legislatura, 25 vezes.

    O Presidente da Assembleia reúne a Conferência sempre que o entender necessário para o regular

    funcionamento da Assembleia e nela têm assento os presidentes dos grupos parlamentares ou os seus

    substitutos, que têm um número de votos igual ao número de Deputados que representam. Têm ainda o

    direito de estar presentes os Vice-Presidentes da AR e os Secretários da Mesa. O Governo tem o direito de

    se fazer representar na Conferência.

    A Conferência é informada pelo Presidente e quando necessário, na falta de consenso, decide por maioria,

    estando representada a maioria absoluta dos Deputados em efectividade de funções.

    Das deliberações tomadas, na 1ª sessão legislativa, destacam-se, pela sua importância, a calendarização da

    discussão e votação do Orçamento do Estado.

    No início dos trabalhos da Conferência, na 1ª sessão da XI Legislatura, o Senhor Presidente da Assembleia

    da República (PAR) fez uma breve apresentação dos assuntos que constavam da Agenda, designadamente

    os relativos à instalação da XI Legislatura:

    Comissões (natureza, número, composição e mesas)

    Delegações parlamentares internacionais

    Cargos externos elegíveis por Legislatura

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    11

  • Grelhas de tempos

    Informou como tinha decorrido a instalação da X Legislatura e dos assuntos tratados nas primeiras reuniões,

    considerando que havia condições para, nesta legislatura, agilizar estes processos, procedendo-se, logo após

    a apreciação do programa do Governo, à aprovação da deliberação relativa às comissões, à eleição das

    delegações internacionais e à eleição de cargos externos. Informou ainda a Conferência que, relativamente

    às Delegações Internacionais, a representação da Assembleia da República seria, entretanto, assumida pelos

    Senhores Deputados de anteriores delegações que foram reeleitos, o que mereceu concordância de todos os

    presentes.

    O PAR informou ainda que tinha recebido uma carta do Grupo Parlamentar do CDS-PP defendendo a criação

    de uma Comissão Parlamentar da Agricultura e que esta opção era distinta nos parlamentos nacionais que

    nos estão mais próximos. Assim, quer o Congresso dos Deputados espanhol, quer a Câmara dos Deputados

    italiana têm Comissão de Agricultura que, no caso espanhol se designa de Comissão do Ambiente,

    Agricultura e Pescas. Já no caso da Assembleia Nacional francesa, a Comissão dos Assuntos Económicos

    engloba a Agricultura e Pescas.

    Debateu-se quer o número de Comissões Parlamentares Permanentes, quer a distribuição de competências,

    tendo sido consensual o respeito pelo princípio da contenção quanto ao número de Comissões a criar. O

    Senhor Presidente informou ainda da distribuição das presidências que, nos termos regimentais, resultaria

    do diferente número de comissões:

    11 Comissões - PS – 5, PSD – 5 e CDS-PP – 1

    12 Comissões - PS – 6, PSD – 5 e CDS-PP – 1

    13 Comissões - PS – 6, PSD – 5, CDS-PP – 1 e BE – 1

    Tendo o Ministro dos Assuntos Parlamentares informado a Conferência de que o Governo apresentaria ao

    PAR o Programa do Governo no dia 2 de Novembro de 2009, 2ª feira, às 19 horas, após debate, foi fixado

    pelo PAR que a apresentação e discussão do referido programa seriam realizadas no dia 5 de Novembro, (5ª

    feira, manhã e tarde) e dia 6 de Novembro (6ª feira, manhã) teria lugar o encerramento. O PAR propôs a

    grelha de tempos para o Debate do Programa do Governo que manteve, com algumas alterações, os tempos

    globais da Legislatura transacta.

    Quanto à ordem das declarações políticas, foi decidido manter a prática anterior, sendo o PEV o primeiro a

    intervir e continuando por ordem crescente, com as adaptações correspondentes para o período

    imediatamente seguinte.

    Analisou-se a composição das Comissões tendo sido consensual a necessidade de manter a composição

    similar à existente após a reforma do Parlamento, parecendo mais adequada a fixação de 21 Deputados por

    Comissão, evitando distorções quanto à correlação de forças existentes no Plenário.

    Houve acordo no sentido de a deliberação dever incluir o elenco das Comissões Parlamentares, o número de

    Deputados por Comissão e por Grupo Parlamentar e ainda uma norma interpretativa no sentido de que os

    votos em Comissão terão o peso que o Grupo Parlamentar efectivamente tem, sem que tal ponha em causa

    o regime de presenças e faltas.

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    12

  • A Mesa das Comissões foi composta por 1 Presidente e 2 Vice-Presidentes, escolhidos por método de Hondt,

    tendo em conta o disposto no nº 1 do artigo 32º do Regimento da assembleia da República (RAR). Sendo

    aceites as 13 Comissões, a distribuição de Presidências, respeitando o princípio da proporcionalidade, artigo

    29º, nº 2 e 3 do RAR, será a seguinte:

    - PS – 6, PSD – 5, CDS – 1 e BE – 1

    Relativamente à composição de algumas delegações – Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa,

    APCPLP, e Fórum Ibero-Americano o PCP chamou a atenção para a necessidade de ser contemplada a maior

    pluralidade de representação possível, tal como já acontecia na X Legislatura.

    O PAR informou que a UTAO (Unidade Técnica Apoio Orçamental), criada pela Resolução da AR nº 53/2006,

    de 7 de Agosto, tendo a mesma merecido a aprovação elogiosa da respectiva COF e da OCDE, dispunha, no

    final da X Legislatura, de apenas dois elementos, cuja requisição foi dada como finda porque, segundo a

    LOFAR (Lei de organização e funcionamento dos serviços da Assembleia da República) as requisições

    cessam com a Legislatura. Dada a necessidade de o próximo Orçamento de Estado, a apresentar pelo

    Governo, ser acompanhado por essa unidade, coadjuvando o trabalho da COF – Comissão de Orçamento e

    Finanças, o PAR considerou que deverá recorrer-se aos meios que a LOFAR lhe confere para a vinda dos

    técnicos que até agora desempenharam as referidas funções nesta Unidade, até ao provimento dos novos,

    por concurso. Esta proposta mereceu a concordância da Conferência.

    Com a discordância inicial do CDS-PP depois retirada, foram fixados o elenco, a composição, as presidências

    e as vice-presidências das Comissões, de acordo com a ordem de prioridade decorrente da

    representatividade dos grupos parlamentares:

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    13

  • 1.ª Comissão: Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias - 23

    membros;

    Presidência – PS

    1ª Vice-Presidência – PPD/PSD

    2ª Vice-Presidência – CDS-PP

    Tabela 4

    Membros da Comissão

    Membros Efectivos Suplentes

    PS 10 10 10

    PPD/PSD 8 8 8

    CDS-PP 2 2 2

    BE 1 1 1

    PCP 1 1 1

    PEV 1 1 1

    2.ª Comissão: Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas - 21membros;

    Presidência – CDS-PP

    1ª Vice-Presidência – PS

    2ª Vice-Presidência – PPD/PSD

    Tabela 5

    Membros da Comissão

    Membros Efectivos Suplentes

    PS 9 9 9

    PPD/PSD 8 8 8

    CDS-PP 2 2 2

    BE 1 1 1

    PCP 1 1 1

    3.ª Comissão: Comissão de Defesa Nacional – 21 membros;

    Presidência – PPD/PSD 1ª Vice-Presidência – PS

    2ª Vice-Presidência – CDS-PP Tabela 6

    Membros da Comissão

    Membros Efectivos Suplentes

    PS 9 9 9

    PPD/PSD 8 8 8

    CDS-PP 2 2 2

    BE 1 1 1

    PCP 1 1 1

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    14

  • 4.ª Comissão: Comissão de Assuntos Europeus – 21 membros;

    Presidência – PS

    1ª Vice-Presidência – PPD/PSD

    2ª Vice-Presidência – CDS-PP

    Tabela 7

    Membros da Comissão

    Membros Efectivos Suplentes

    PS 9 9 9

    PPD/PSD 8 8 8

    CDS-PP 2 2 2

    BE 1 1 1

    PCP 1 1 1

    5.ª Comissão: Comissão de Orçamento e Finanças – 21 membros;

    Presidência – PPD/PSD

    1ª Vice-Presidência – PS

    2ª Vice-Presidência – BE

    Tabela 8

    Membros da Comissão

    Membros Efectivos Suplentes

    PS 9 9 9

    PPD/PSD 8 8 8

    CDS-PP 2 2 2

    BE 1 1 1

    PCP 1 1 1

    6.ª Comissão: Comissão de Assuntos Económicos, Inovação e Energia – 23 membros;

    Presidência – PS

    1ª Vice-Presidência – PPD/PSD

    2ª Vice-Presidência – CDS-PP

    Tabela 9

    Membros da Comissão

    Membros Efectivos Suplentes

    PS 10 10 10

    PPD/PSD 8 8 8

    CDS-PP 2 2 2

    BE 1 1 1

    PCP 1 1 1

    PEV 1 1 1

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    15

  • 7.ª Comissão: Comissão de Agricultura e Pescas – 23 membros;

    Presidência – BE

    1ª Vice-Presidência – PPD/PSD

    2ª Vice-Presidência – PS

    Tabela 10

    Membros da Comissão

    Membros Efectivos Suplentes

    PS 10 10 10

    PPD/PSD 8 8 8

    CDS-PP 2 2 2

    BE 1 1 1

    PCP 1 1 1

    PEV 1 1 1

    8.ª Comissão: Comissão de Educação e Ciência – 23 membros;

    Presidência – PS

    1ª Vice-Presidência – PPD/PSD

    2ª Vice-Presidência – PCP

    Tabela 11

    Membros da Comissão

    Membros Efectivos Suplentes

    PS 10 10 10

    PPD/PSD 8 8 8

    CDS-PP 2 2 2

    BE 1 1 1

    PCP 1 1 1

    PEV 1 1 1

    9.ª Comissão: Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações – 23 membros;

    Presidência – PPD/PSD 1ª Vice-Presidência – PS

    2ª Vice-Presidência – CDS-PP Tabela 12

    Membros da Comissão

    Membros Efectivos Suplentes

    PS 10 10 10

    PPD/PSD 8 8 8

    CDS-PP 2 2 2

    BE 1 1 1

    PCP 1 1 1

    PEV 1 1 1

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    16

  • 10.ª Comissão: Comissão de Saúde – 21 membros;

    Presidência – PPD/PSD

    1ª Vice-Presidência – PS

    2ª Vice-Presidência – BE

    Tabela 13

    Membros da Comissão

    Membros Efectivos Suplentes

    PS 9 9 9

    PPD/PSD 8 8 8

    CDS-PP 2 2 2

    BE 1 1 1

    PCP 1 1 1

    11.ª Comissão: Comissão de Trabalho, Segurança Social e Administração Pública – 21

    membros;

    Presidência – PS

    1ª Vice-Presidência – PPD/PSD

    2ª Vice-Presidência – PCP

    Tabela 14

    Membros da Comissão

    Membros Efectivos Suplentes

    PS 9 9 9

    PPD/PSD 8 8 8

    CDS-PP 2 2 2

    BE 1 1 1

    PCP 1 1 1

    12.ª Comissão: Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local – 23

    membros; Presidência – PS

    1ª Vice-Presidência – PPD/PSD

    2ª Vice-Presidência – BE Tabela 15

    Membros da Comissão

    Membros Efectivos Suplentes

    PS 10 10 10

    PPD/PSD 8 8 8

    CDS-PP 2 2 2

    BE 1 1 1

    PCP 1 1 1

    PEV 1 1 1

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    17

  • 13.ª Comissão: Comissão de Ética, Sociedade e Cultura – 21 membros.

    Presidência – PPD/PSD

    1ª Vice-Presidência – PS

    2ª Vice-Presidência – PCP

    Tabela 16

    Membros da Comissão

    Membros Efectivos Suplentes

    PS 9 9 9

    PPD/PSD 8 8 8

    CDS-PP 2 2 2

    BE 1 1 1

    PCP 1 1 1

    Sem prejuízo do quórum de funcionamento e de deliberação e das regras aplicáveis às presenças dos

    Deputados em Comissão, nas votações por maioria simples os votos de cada Grupo Parlamentar reproduzem

    a sua representatividade na Assembleia da República.

    A Comissão de Ética, Sociedade e Cultura deixará de ter atribuições nas seguintes áreas, que transitarão

    para a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias:

    Igualdade de oportunidades;

    Imigração, políticas de integração e de diálogo intercultural.

    Transitará igualmente para a Comissão de Trabalho, Segurança Social e Administração Pública a área dos

    cidadãos portadores de deficiência

    Relativamente à representação da A.R. nas organizações parlamentares internacionais na XI Legislatura, por

    proposta do PAR, a Conferência de Líderes deliberou que apenas os/as representantes suplentes do CDS-PP

    e BE na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e do CDS-PP na Assembleia Parlamentar da NATO,

    por não terem representante efectivo, estão autorizados a integrar as referidas delegações nas reuniões

    plenárias.

    Nas delegações os restantes membros suplentes só podem fazer parte das mesmas em substituição dos

    membros efectivos. Os membros suplentes não podem igualmente, nos organismos internacionais,

    candidatar-se como efectivos às Comissões, Sub-Comissões, Grupos de Trabalho, etc.

    O PSD cedeu 1 membro suplente para a Assembleia Parlamentar da CPLP e 1 membro suplente para o

    Fórum Parlamentar Ibero-Americano.

    Por proposta do PAR, a A.R. não autorizará aos deputados/as que procedam a desdobramentos dos bilhetes

    de viagem (troca de 1 bilhete de classe executiva por dois de classe turística, uma das quais a favor de

    acompanhante) ou à acumulação de créditos de milhas a favor dos utilizadores ou de terceiros em seu

    nome, prática que tinha cabimento normativo e jurídico até aqui.

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    18

  • Esta proposta foi aprovada por unanimidade, o que foi saudado pelo PAR, que exortou todos os Órgãos de

    Soberania, todos os serviços da administração pública e das empresas públicas, Governos Regionais e

    autarquias locais a seguirem o exemplo da Assembleia da República.

    O PS, a exemplo do PSD, cedeu igualmente 1 membro suplente para a Assembleia Parlamentar da CPLP e 1

    membro suplente para o Fórum Parlamentar Ibero-Americano.

    As delegações ficaram assim constituídas:

    APCE/AUEO/APNATO (7 efectivos) PS – PSD – PS – PSD – PS – PSD - PS

    (7 suplentes) CDS-PP – PSD - PS- PSD – PS – BE - PS

    UIP (8 efectivos) PS – PSD – PS – PSD – PS – PSD – PS - CDS/PP

    (3 suplentes) PSD – PS - PSD

    APOSCE (6 efectivos) PS – PSD – PS – PSD – PS - PSD

    (2 suplentes) PSD – CDS-PP

    APEM (3 efectivos) PS – PSD – PS

    (2 suplentes) PSD – PS

    APM (5 efectivos) PS – PSD – PS – PSD - PS

    (3 suplentes) PSD – PS – CDS-PP

    FPIA (5 efectivos) PS – PSD – PS – PSD - PS

    (6 suplentes) CDS-PP – BE – PCP – PS - PSD

    APCPLP (5 efectivos) PS – PSD – PS – PSD - PS

    (5 suplentes) CDS-PP – BE - PCP - PSD – PS

    Nos termos regimentais aplicáveis, os membros da mesa de cada Comissão deverão ser eleitos nesta mesma

    reunião.

    Após terem sido explicitados os critérios definidos pela Mesa, foram apresentadas e aceites as novas grelhas

    de tempos:

    DEBATE COM OS MINISTROS

    (ao abrigo do art. 225.º do Regimento)

    PERGUNTAS RESPOSTAS DO GOVERNO

    PS 17m 17m

    PSD 17 m 17 m

    CDS-PP 10 m 10 m

    BE 9 m 9 m

    PCP 8 m 8m

    PEV 3 m 3 m

    TOTAL 64m 64 m

    TOTAL GLOBAL: 128 m

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    19

  • NOTA: Cada pergunta tem a duração máxima de dois minutos, seguida da resposta em tempo igual,

    podendo haver réplica com a duração máxima de um minuto, seguida de resposta em tempo igual. A gestão

    do tempo global cabe aos Grupos Parlamentares, seguindo-se a ordem decrescente da representatividade

    dos Grupos Parlamentares não representados no Governo, e depois a ordem crescente dos Grupos

    parlamentares representados no Governo.

    DEBATE NO ÂMBITO DO ARTIGO 78.º

    (ao abrigo do nº s 2 e 3 do Regimento)

    (Declaração política do Governo)

    ABERTURA GOV 6 m

    DEBATE PS 5 m

    PSD 5 m

    CDS-PP 4 m

    BE 3,5 m

    PCP 3 m

    PEV 2 m

    RESPOSTAS GOV 5 m

    TOTAL 33,5 m

    GRELHA PARA O PROCESSO LEGISLATIVO COMUM

    (ANEXO I do Novo Regimento)

    Cada Grupo Parlamentar e o Governo dispõem de três minutos.

    Os autores das iniciativas dispõem de mais um minuto, cada.

    GRELHA NORMAIS

    (ANEXO I do Novo Regimento)

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    20

  • 1- Os autores das iniciativas e o Governo dispõem de tempo igual ao do grupo parlamentar com maior

    representatividade.

    2- Quando houver lugar ao debate conjunto de iniciativas legislativas, aplica-se o disposto no número

    anterior, exclusivamente, para as iniciativas que foram admitidas antes da data do agendamento da que

    provoca o agendamento conjunto.

    Ao debate, nos termos da alínea b) do n.º 3 do artigo 64.º do Regimento, aplica-se a Grelha A com a

    seguinte distribuição de tempos:

    DEBATE POLÍTICO

    ao abrigo da alínea b) do n.º 3 do artigo 64.º do Regimento

    (Agendamento potestativo)

    Nota: O Partido requerente dispõe de tempo igual ao do maior Partido:

    Abertura (10 m) + debate (15 m) + encerramento (5 m) = 30 m

    ABERTURA Partido requerente 10 m

    DEBATE GOV 30 m

    PS 30 m

    PSD 26 m

    CDS-PP 12 m

    BE 11 m

    PCP 10 m

    PEV 06 m

    ENCERRAMENTO Partido requerente 05 m

    TOTAL 140 m

    1 - O tempo não utilizado na abertura pode ser transferido para o debate.

    2 - Os tempos de abertura e encerramento são descontados no tempo global do requerente.

    DEBATE TEMÁTICO

    (ao abrigo do art. 73.ºdo Regimento)

    NOTA: O Partido proponente dispõe de tempo igual ao do maior Partido

    ABERTURA Relator da Comissão 5 m

    DEBATE GOV 15 m

    PS 15 m

    PSD 13 m

    CDS-PP 10 m

    BE 9 m

    PCP 8 m

    PEV 5 m

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    21

  • TOTAL 75 m

    ENCERRAMENTO Cada GP

    GOV Cada GP

    8 m 4 m

    TOTAL 112m

    INTERPELAÇÃO AO GOVERNO

    (ao abrigo do art. 227.º do Regimento

    ABERTURA

    Partido Interpelante 10 m

    Governo 10 m

    Total 20 m

    DEBATE

    Governo 19 m

    PS 19 m

    PSD 17 m

    CDS-PP 11 m

    BE 10 m

    PCP 9 m

    PEV 6 m

    Total 91 m

    ENCERRAMENTO

    Partido Interpelante 6 m

    Governo 6 m

    TOTAL 12 m

    TOTAL 123m

    Nota: Durante o período do Debate o partido interpelante tem direito ao tempo máximo (19 minutos).

    DEBATE COM O PRIMEIRO-MINISTRO

    [ao abrigo do art. 224.º do Regimento, n.º 2-a)]

    Primeiro Ministro 10 m

    Resp.

    1º Ministro

    PS 9 m 9 m 18 m

    PSD 9 m 9 m 18 m

    CDS-PP 7 m 7 m 14 m

    BE 6,5 m 6,5 m 13 m

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    22

  • PCP 6 m 6 m 12 m

    PEV 3 m 3 m 6 m

    TOTAL 91 m

    DEBATE COM O PRIMEIRO MINISTRO

    [ao abrigo do art.º 224.º do Regimento, n.º 2-b)]

    Resp.

    1º Ministro

    PS 9 m 9 m 18 m

    PSD 9 m 9 m 18 m

    CDS-PP 7 m 7 m 14 m

    BE 6,5 m 6,5 m 13 m

    PCP 6 m 6 m 12 m

    PEV 3 m 3 m 6 m

    TOTAL 81 m

    DEBATE DE ACTUALIDADE

    (ao abrigo do art. 72.º do Regimento)

    Grupo Parlamentar que fixou o tema 6 m

    PS 5 m

    PSD 5 m

    CDS-PP 5 m

    BE 5 m

    PCP 5 m

    PEV 5 m

    GOV 6 m

    TOTAL 42 m

    Nota: Na modalidade do n.º 10 do art. 72.º, a introdução do tema é partilhada pelos GP’s requerentes, pela

    ordem por estes indicados, dispondo cada um de 6 minutos para o efeito, seguindo-se o debate com os

    tempos acima indicados (o tempo total passa a ser 54 minutos.

    ORÇAMENTO DE ESTADO

    GRELHAS DE TEMPOS DE APRECIAÇÃO NA GENERALIDADE

    APRECIAÇÃO NA GENERALIDADE

    1.º Dia

    Governo 80 m

    PS 65 m

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    23

  • PSD 52 m

    CDS-PP 32 m

    BE 30 m

    PCP 28 m

    PEV 10 m

    TOTAL 297 m

    (no 2.º dia a mesma grelha)

    ENCERRAMENTO

    PEV 6 m

    PCP 9 m

    BE 10 m

    CDS-PP 11 m

    PSD 16 m

    PS 18 m

    GOVERNO 30 m

    TOTAL 100 m

    NOTA: Governo, o PS e o PSD podem transferir para o dia seguinte até ao máximo de 30% do tempo que

    lhes foi atribuído. Os restantes Partidos podem gerir livremente os seus tempos.

    ORÇAMENTO DE ESTADO

    GRELHA DE TEMPOS DE APRECIAÇÃO NA ESPECIALIDADE

    APRECIAÇÃO NA ESPECIALIDADE

    Governo 80 m

    PS 80 m

    PSD 65 m

    CDS-PP 38 m

    BE 35 m

    PCP 33 m

    PEV 15 m

    TOTAL 346 m

    ENCERRAMENTO

    PEV 6 m

    PCP 9 m

    BE 10 m

    CDS-PP 11 m

    PSD 16 m

    PS 18 m

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    24

  • GOVERNO 30 m

    TOTAL 100 m

    GRANDES OPÇÔES DO PLANO

    TEMPOS

    GOV 18 m

    PS 18 m

    PSD 16 m

    CDS-PP 11 m

    BE 10 m

    PCP 9 m

    PEV 6 m

    TOTAL 88 m

    DEBATE DE URGÊNCIA

    Abertura Autor iniciativa 6 m

    Governo 6 m

    12 m

    1.ª Ronda PS 6 m

    PSD 5 m

    CDS-PP 3 m

    BE 3 m

    PCP 3 m

    PEV 3 m

    GOV 10 m

    33 m

    2.ª Ronda PS 3 m

    PSD 3 m

    CDS-PP 3 m

    BE 3 m

    PCP 3 m

    PEV 2 m

    GOV 10 m

    27 m

    Encerramento (agendamento potestativo)

    Governo 5 m

    Autor iniciativa 5 m

    10 m

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    25

  • TOTAL 82 m

    ESTADO DA NAÇÃO

    ABERTURA

    Governo 40 m

    DEBATE

    Governo 20 m

    PS 40 m

    PSD 40 m

    CDS-PP 22 m

    BE 22 m

    PCP 22 m

    PEV 8m

    ENCERRAMENTO

    Governo 10 m

    Total 224 m

    Nota:

    a) O Governo pode acumular tempo sobrante da fase de abertura na fase posterior;

    b) A ordem dos pedidos de esclarecimento ao Primeiro-Ministro e das intervenções será a seguinte:

    1º - PSD, 2º - PS, 3º - CDS-PP, 4º - BE, 5º - PCP e 6º - PEV

    c) O primeiro pedido de esclarecimento de cada Grupo Parlamentar poderá ter a duração de 5 minutos e os

    restantes de 2 (dois);

    O Primeiro-Ministro responderá individualmente, sem direito de réplica, a cada um dos primeiros pedidos de

    esclarecimento, e em conjunto, se assim o entender, aos restantes pedidos dos grupos parlamentares.

    CONTA GERAL DO ESTADO

    ABERTURA Relator Comissão5 m

    Governo 5 m

    DEBATE Governo 28 m

    PS 28 m

    PSD 26 m

    CDS-PP 12 m

    BE 11 m

    PCP 10 m

    PEV 8 m

    Total 133 m

    O MAP, relativamente ao direito dos grupos parlamentares à fixação da ordem do dia (art.º 64 do RAR)

    chamou a atenção para o facto de a cada uma das reuniões poder corresponder um debate político, com a

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    26

  • participação do Governo ou uma iniciativa legislativa, tendo, após debate, sido aclarado que tal iniciativa se

    exerce sem prejuízo de a Conferência de Líderes, de acordo com o titular do respectivo direito de

    agendamento, poder agendar outras iniciativas conexas do mesmo ou de outro grupo parlamentar,

    conforme verificado em anterior Legislatura.

    Foi reafirmada pelo PAR que, de acordo com o art.º 64.º, n.os 1 e 3 do RAR (Regimento da Assembleia da

    República), os grupos parlamentares têm direito à fixação da ordem do dia. A cada reunião pode

    corresponder uma iniciativa legislativa, sem prejuízo de a Conferência de Líderes, de acordo com o titular do

    respectivo direito de agendamento, poder agendar outras do mesmo ou de outro grupo parlamentar que

    com aquela estejam relacionadas.

    Foi igualmente reafirmado pelo PAR que, ao contrário das restantes iniciativas legislativas que necessitam de

    audições, relativamente ao cerne da legislação laboral as audições públicas têm de preceder o debate na

    generalidade e na especialidade, de acordo com o Código de Trabalho.

    Em relação às dúvidas surgidas na Conferência de Presidentes das Comissões de 26.11.2009, acerca do

    regime de faltas aplicável nas Comissões, a Conferência, por proposta do PAR, reiterou que o mesmo se

    aplica ao Plenário e às Comissões, mantendo-se em vigor todas as disposições aplicáveis, nomeadamente a

    deliberação tomada em conferência de Líderes, de 02.05.2006, a propósito da invocação – para justificação

    de faltas - do motivo “trabalho político”, e que é do seguinte teor:

    “Relativamente ao sistema de justificação de faltas dos deputados estes devem, por regra geral, concretizar

    o tipo de trabalho político efectuado, em caso de invocação desta figura. Em caso excepcional de o

    deputado necessitar de manter reservado o trabalho político efectuado, a justificação será convalidada pelo

    líder do respectivo grupo parlamentar;”

    A Conferência entendeu que a convalidação por líderes parlamentares a que anteriormente se faz referência

    se aplica tanto ao Plenário como às Comissões e deve acompanhar nesses casos as justificações

    apresentadas pelos deputados (e que são justificadas, como todas as demais, pelos Vice-Presidentes, por

    delegação do PAR, no caso das reuniões plenárias, e pelos Presidentes das Comissões, no caso das reuniões

    das Comissões Parlamentares).

    O Centro de Informática da A.R. realizou uma apresentação sobre “Segurança Lógica da Rede da

    Informática da Assembleia da República” tendo a Conferência de Líderes deliberado aprovar o projecto

    proposto, ficando a sua implementação e monitorização a cargo do Conselho de Administração.

    Sobre o Debates Quinzenais com o Primeiro-Ministro, a Conferência de Líderes tomou a seguinte decisão:

    1. A rotatividade do primeiro partido interveniente nos debates ao abrigo do artº 224 do Regimento da A.R.,

    segundo o que de seguida se apresenta:

    Rotatividade dos Debates com o Primeiro-Ministro ao abrigo da alínea b) do nº 2 do art.º 224.º do

    Regimento da A. R.

    Nos próximos Debates será da seguinte forma:

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    27

  • 1º - PS 1º - PSD 1º - CDS-PP 1º - BE 1º - PCP 1º - PEV

    2º - PSD 2º - PS 2º - PS 2º - PS 2º - PS 2º - PS

    3º - CDS-PP 3º - CDS-PP 3º - PSD 3º - PSD 3º - PSD 3º - PSD

    4º - BE 4º - BE 4º - BE 4º - CDS-PP 4º - CDS-PP 4º - CDS-PP

    5º - PCP 5º - PCP 5º - PCP 5º - PCP 5º - BE 5º - BE

    6º - PEV 6º - PEV 6º - PEV 6º - PEV 6º - PEV 6º - PCP

    2. A comunicação dos temas dos debates com o Primeiro-Ministro deve ser enviada por correio electrónico

    ao Gabinete do PAR, com conhecimento ao Gabinete do MAP e dos Grupos Parlamentares;

    3. Procedimento equivalente quando a iniciativa é do Governo.

    A Conferência de Líderes aprovou o calendário das Audições dos Ministros em Comissões ao abrigo do art.º.

    104º do PAR, sem prejuízo de ajustamentos pontuais que poderão ocorrer ao longo de 2010:

    Presenças de Ministros em Comissão (nos termos do n.º 2 do artigo 104.º do Regimento da Assembleia da

    República)

    1.ª Comissão: Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias

    Presidência – Osvaldo Castro (PS)

    Ministro da Justiça Ministro da Administração Interna Ministro da Presidência

    1.ª) 21-Dez, 11h30 1.ª) 9-Dez, 15h00 1.ª) 21-Dez, 15h00

    2.ª) OE’2010 (a marcar) 2.ª) OE’2010 (a marcar) 2.ª) OE’2010 (a marcar)

    3.ª) 13-Abr, 15h00 3.ª) 20-Abr, 15h00 3.ª) 27-Abr, 15h00

    4.ª) 15-Jun, 15h00 4.ª) 22-Jun, 15h00 4.ª) 29-Jun, 15h00

    2.ª Comissão: Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas

    Presidência – José Ribeiro e Castro (CDS/PP)

    Ministro de Estados e dos Negócios Estrangeiros

    1.ª) 9-Dez, 15h00

    2.ª) OE’2010 (a marcar)

    3.ª) 27-Abr, 17h00

    4.ª) 22-Jun

    (1) A data inicialmente proposta pela Comissão foi 20-Abr mas, por motivos de impossibilidade de agenda, o

    Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros propôs a data de 27-Abr, entretanto aceite pela Comissão.

    3.ª Comissão: Comissão de Defesa Nacional

    Presidência – José Luís Arnaut (PSD)

    Ministro da Defesa Nacional

    1.ª) 2-Dez, 16h00

    2.ª) 23-Fev, 16h00 (1)

    3.ª) 20-Abr, 16h00

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    28

  • 4.ª) 15-Jun, 16h00

    (1) A data proposta deverá ser antecipada em face de se considerar, na linha do estabelecido na legislatura

    anterior, que nas quatro audições regimentais se deve computar a audição sectorial para efeitos da

    apreciação do Orçamento do Estado. O Orçamento do Estado para 2010 dará entrada em Janeiro de 2010 e,

    por isso, a audição sectorial deverá ocorrer antes de 23 de Fevereiro.

    4.ª Comissão: Comissão de Assuntos Europeus

    Presidência – Vitalino Canas (PS)

    A audição regular do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros prevista no n.º 2 do artigo 104.º do

    Regimento da Assembleia da República é realizada pela Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades

    Portuguesas.

    5.ª Comissão: Comissão de Orçamento e Finanças

    Presidência – Paulo Mota Pinto (PSD)

    Ministro de Estado e das Finanças

    1.ª) 2-Dez, 9h00

    2.ª) 27-Jan (1)

    3.ª) 21-Abr

    4.ª) 30-Jun

    (1) Esta data poderá ser ajustada em função da data da audição sectorial para efeitos da apreciação do

    Orçamento do Estado estará presente o Ministro da Presidência, sendo esta audição realizada nos termos do

    calendário de apreciação do Orçamento do Estado para 2010 ainda a definir

    6.ª Comissão: Comissão de Assuntos Económicos, Inovação e Energia

    Presidência – António José Seguro (PS)

    Ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento

    1.ª) 2-Dez, 15h00

    2.ª) OE’2010 (a marcar)

    3.ª) 20-Abr

    4.ª) 8-Jun

    (1) A data inicialmente proposta pela Comissão foi 27-Abr mas, por motivos de impossibilidade de agenda, o

    Ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento não pode estar presente na data proposta,

    propondo-se a data de 20-Abr, entretanto aceite pela Comissão.

    7.ª Comissão: Comissão de Agricultura e Pescas

    Presidência – Pedro Soares (BE)

    Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas

    1.ª) OE’2010 (a marcar)

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    29

  • 2.ª) 16-Mar

    3.ª) 18-Mai, 15h00 (1)

    4.ª) 13-Jul, 15h00 (1)

    (1) A confirmação das datas propostas depende da marcação das audições para as 15h00, como propõe o

    Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, tendo em conta a realização do Conselho

    da Agricultura da UE no dia anterior.

    8.ª Comissão: Comissão de Educação e Ciência

    Presidência – Luiz Fagundes Duarte (PS)

    Ministra da Educação Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Ministro da Presidência (2)

    1.ª) 21-Dez, 15h00 1.ª) 19-Jan, 15h00 1.ª) 26-Jan, 15h00 (3)

    2.ª) OE’2010 (a marcar) 2.ª) OE’2010 (a marcar) 2.ª) OE’2010 (a marcar) (4)

    3.ª) 30-Mar, 15h00 3.ª) 6-Abr, 15h00 3.ª) 13-Abr, 15h00

    4.ª) 22-Jun, 15h00 4.ª) 1-Jun, 15h00 4.ª) 15-Jun, 15h00

    (1) A data inicialmente proposta pela Comissão foi 12 Janeiro mas, por força da marcação das jornadas

    parlamentares do PCP, com o assentimento do MCTES, foi alterada a data da audição para o dia 19-Jan.

    (2) A representação do Ministro da Presidência será assegurada, à semelhança da anterior legislatura, pelo

    Secretário de Estado da Juventude e Desporto.

    (3) A data inicialmente proposta pela Comissão foi 19 de Janeiro mas, por motivos de impossibilidade de

    agenda, o Secretário de Estado da Juventude e Desporto não pode estar presente na data proposta e

    propôs em alternativa o dia 26 Janeiro.

    (4) Na audição sectorial para efeitos da apreciação do Orçamento do Estado estará presente o Ministro da

    Presidência, sendo esta audição realizada nos termos do calendário de apreciação do Orçamento do Estado

    para 2010 ainda a definir.

    9.ª Comissão: Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações

    Presidência – José Matos Correia (PSD)

    Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações

    1.ª) 21-Dez, 15h00

    2.ª) 2-Mar, 15h00 (1)

    3.ª) 4-Mai, 15h00

    4.ª) 6-Jul, 15h00

    (1) A data proposta deverá ser antecipada em face de se considerar, na linha do estabelecido na legislatura

    anterior, que nas quatro audições regimentais se deve computar a audição sectorial para efeitos da

    apreciação do Orçamento do Estado. O Orçamento do Estado para 2010 dará entrada em Janeiro de 2010 e,

    por isso, a audição sectorial deverá ocorrer antes de 2 de Março.

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    30

  • 10.ª Comissão: Comissão de Saúde

    Presidência – Couto dos Santos (PSD)

    Ministra da Saúde

    1.ª) OE’2010 (a marcar)

    2.ª) 10-Mar

    3.ª) 28-Abr

    4.ª) 30-Jun

    11.ª Comissão: Comissão de Trabalho, Segurança Social e Administração Pública

    Presidência – Ramos Preto (PS)

    Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social Ministro de Estado e das Finanças

    1.ª) 21-Dez, 15h00 1.ª) OE’2010 (a marcar)

    2.ª) OE’2010 (a marcar) 2.ª) 11-Mai

    3.ª) 13-Abr

    4.ª) 22-Jun

    12.ª Comissão: Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local

    Presidência – Miranda Calha (PS)

    Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território Secretário de Estado da Administração Local

    1.ª) 21-Dez, 11h00 1.ª) 6-Abr

    2.ª) OE’2010 (a marcar) 2.ª) 29-Jun

    3.ª) 25-Mai

    13.ª Comissão: Comissão de Ética, Sociedade e Cultura

    Presidência – Luís Marques Guedes (PSD)

    Ministro da Cultura Ministro dos Assuntos Parlamentares Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino

    Superior

    1.ª) 21-Dez, 15h00 1.ª) 9-Dez, 10h30 1.ª) 12-Mai, 10h30

    2.ª) OE’2010 (a marcar) 2.ª) OE’2010 (a marcar)

    3.ª) 14-Abr, 10h30 3.ª) 24-Mar, 10h30

    4.ª) 16-Jun, 10h30 4.ª) 2-Jun, 10h30

    Ouvida a Conferência, o PAR clarificou que nos debates de urgência, responde, no final da 1ª. ronda, o

    membro do Governo que tiver feito a intervenção de Abertura e que, no final da 2ª. ronda e no

    Encerramento o Governo pode indicar um outro membro, se assim o entender.

    O MAP tinha solicitado a clarificação dos procedimentos regimentais a serem observados nas interpelações

    ao Governo, de acordo com o artº 227 do RAR. Relembrou que fora entendimento que, “nas interpelações

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    31

  • ao Governo este responde através de qualquer um dos seus membros presentes, só assim fazendo sentido a

    sua presença”.

    Foi relembrado pelo PAR que tinha sido consensualizado que, para não haver desvalorização da

    interpelação, na 1ª ronda de perguntas ao Governo, será o membro interpelado a responder aos deputados,

    podendo este, nas restantes rondas, se a matéria o justificar, indicar um dos restantes membros do Governo

    presentes e que com o assunto esteja relacionado para responder às questões colocadas.

    Por similitude com o preceito plasmado no art.º 145, n.º 8 do RAR, que refere que nos “casos de

    agendamento conjunto, os autores das iniciativas admitidas à data do agendamento dispõem de tempo igual

    ao do maior grupo parlamentar”, a Conferência decidiu que tal procedimento aplicar-se-á igualmente, nos

    agendamentos potestativos, às iniciativas de outros G.P.’s admitidas até à data do agendamento potestativo

    (se assim tiver sido autorizado pelo Grupo Parlamentar proponente).

    Foi aprovada por unanimidade a seguinte deliberação sobre os trágicos acontecimentos ocorridos na

    Madeira:

    “Deliberação da Conferência de Líderes Extraordinária, de 23 de Fevereiro de 2010, aprovada por

    unanimidade:

    Foi a Madeira fustigada, no último Sábado, por fenómeno meteorológico raro, que provocou, num

    curto espaço de tempo, um elevado grau de precipitação e uma intensa pluviosidade, como não se

    registavam, naquele arquipélago, há mais de um século.

    As consequências devastadoras de tal ocorrência fizeram-se sentir um pouco por toda a ilha,

    atingindo, porém, maior gravidade na vertente sul, entre a Ribeira Brava e Machico e, de forma mais

    acentuada, no Funchal.

    O País assistiu ao terror e à tragédia que os madeirenses viveram com o repentino e acentuado

    aumento do caudal das ribeiras que têm a sua foz junto dos centros urbanos, no litoral, e que, de

    forma avassaladora, destruíram vidas, casas e equipamentos, isolando povoações e paralisando

    todas as comunicações.

    À harmonia e à paisagem de beleza ímpar, sucederam a destruição e impressionantes amontoados

    de inertes.

    A desolação e a consternação são as marcas colectivas de toda uma comunidade que viveu, e

    continua a viver, uma das maiores tragédias de sempre.

    Mas esta catástrofe confirmou bem que a dor e o sofrimento de portugueses não têm Região.

    A solidariedade e a ajuda dos madeirenses entre si, dos portugueses do Continente, dos Açores e da

    diáspora, deixam-nos, a todos, o conforto de nos sabermos unir na adversidade.

    Aliás, estes momentos, de real e grave contrariedade, confirmam bem que não vale a pena

    ficcionarmos, artificialmente, adversidades que nos dividam.

    Coincidiu esta catástrofe, na Madeira, com o período de organização dos trabalhos, na Assembleia

    da República, da Lei do Orçamento do Estado, estando convocado o próximo Plenário, para 11 de

    Março.

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    32

  • Não podia, a Assembleia da República, nesta circunstância, e atenta a gravidade e a extensão da

    catástrofe, na Madeira, deixar de expressar, publicamente, a sua solidariedade aos madeirenses e o

    seu pesar por tão dolorosa ocorrência.

    Assim, convocada expressamente para tal efeito, a “Conferência de Líderes”, em que participam

    todas as forças políticas com assento parlamentar, sem prejuízo de reservar o tempo necessário, do

    próximo Plenário, para a aprovação do voto de pesar, deliberou, por unanimidade, e desde já:

    Endereçar as mais sentidas condolências aos familiares das vítimas da catástrofe ocorrida na

    Madeira;

    Manifestar toda a sua solidariedade e apoio aos madeirenses e em especial às populações dos

    centros urbanos e zonas mais atingidas;

    Prestar homenagem a todos quantos se vêm empenhando no esforço de socorro às vítimas e de

    restabelecimento da normalidade, na Região, de forma especial ao pessoal médico e paramédico,

    aos bombeiros, à protecção civil, às forças de segurança, às forças armadas, às autoridades

    regionais e locais e a toda a sociedade civil madeirense;

    Exortar o Governo da República a prosseguir o apoio prontamente assumido, no cumprimento de um

    inegável dever de solidariedade nacional;

    Reconhecer a solidariedade e apoio manifestados pelos Estados estrangeiros amigos e pelas

    instituições da União Europeia;

    Fazer votos para que, no mais curto espaço de tempo, seja restabelecida a normalidade na Região

    Autónoma da Madeira, realojadas as famílias que ficaram sem lar e reconstruídos os bens e

    equipamentos públicos e privados destruídos pela catástrofe.”

    O PAR chamou a atenção dos Grupos Parlamentares, nomeadamente para os proponentes das iniciativas,

    para a sobreposição de Comissões de Inquérito, sob pena de desvirtuamento dos objectivos que se

    propõem.

    O PCP chamou a atenção para a necessidade da valorização dos resultados obtidos pela Comissão de Ética,

    enquanto o CDS-PP, por sua vez, alertou para a necessidade de os trabalhos da Comissão de Ética serem

    reduzidos ao essencial.

    O PCP questionou o Governo sobre a presença do Primeiro-Ministro no início das interpelações agendadas

    pelo grupos parlamentares, como tem sido a prática parlamentar. O MAP afirmou que o Governo apresentar-

    se-á de acordo com as possibilidades da sua agenda.

    Ouvida a Conferência, o PAR, tomando em consideração os trabalhos pendentes nas Comissões, a

    apreciação de projectos e propostas de lei e outras iniciativas para discussão e votação em Plenário,

    deliberou, nos termos do nº 3 do art.º 174.º da Constituição da República portuguesa, o seguinte:

    1. Prorrogar o funcionamento das reuniões plenárias até 16 de Julho, inclusive, do ano em curso

    (com votações na generalidade);

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    33

  • 2. Para além dessa data e até 30 do mesmo mês, pode ser autorizado o funcionamento das

    Comissões, mediante despacho do Presidente da Assembleia da República, para o efeito de eventual

    conclusão de processos legislativos;

    3. Convocar o Plenário para o dia 22 de Julho do ano em curso (com votações finais globais).

    O PAR deu conhecimento que as últimas votações na generalidade da presente Sessão Legislativa terão

    lugar a 16 de Julho, sendo todos os textos finais vindos das Comissões Parlamentares votados no dia 22 de

    Julho (última Sessão).

    O PAR informou a Conferência que convidou o Prof. Jorge Miranda a presidir à Comissão organizadora das

    celebrações (exposição e colóquio) da Constituinte e da Constituição de 1911, a ter lugar no próximo ano.

    Ouvida a Conferência, o PAR decidiu não convocar, com carácter de urgência, a reunião da Comissão

    Permanente da Assembleia da República, solicitada pelo PSD, tendo em vista apreciar e discutir as

    conclusões do Relatório de Execução Orçamental (DGO, Agosto de 2010).

    O PSD fundamentara o pedido no facto de a AR não poder denegar competências em matéria de fiscalização

    dos actos do Governo e do seu Grupo Parlamentar estar preocupado com o aumento da despesa do Estado

    e consequentemente, com a possibilidade de aumento de impostos.

    O PAR relembrou que a Direcção-Geral do Orçamento (DGO) publica mensalmente a Síntese de Execução

    Orçamental. A última é de 20 de Julho de 2010, e foi com base nessa síntese que a Unidade Técnica de

    Apoio Orçamental (UTAO) produziu o Relatório sobre a Execução Orçamental de 28 de Julho.

    Sendo a UTAO um órgão da AR, esta tem, consequentemente, acompanhado o tema em apreço.

    Havendo novos relatórios em Agosto, tanto da DGO como da UTAO, entendeu o PAR que a proposta do PSD

    será compaginável com a reunião da Comissão Permanente, agendada para o próximo dia 9 de Setembro,

    pelas 15.00 horas e cuja ordem de trabalhos será fixada na próxima Conferência de Líderes de 8 de

    Setembro. Além disso, está previsto para o início da próxima sessão legislativa sob o tema «causas,

    consequências e respectiva evolução da dívida pública directa e indirecta».

    Os restantes Grupos Parlamentares manifestaram a sua estranheza pelo facto de o PSD afirmar que o

    assunto, embora urgente e importante, prescindiria da presença do Governo na referida Comissão

    Permanente.

    O PS, o PCP, o BE e o PEV, embora reconhecendo a importância do tema, manifestaram-se contra a possível

    banalização e trivialização das reuniões da Comissão Permanente, o que seria contrário a toda uma prática

    parlamentar reiterada em sucessivas sessões legislativas e que atribui a questões de absoluta

    excepcionalidade a marcação da agenda para o período em que os trabalhos da AR estão suspensos,

    conforme decorre do Regimento. O CDS secundou a realização da Comissão Permanente requerida pelo PSD

    enunciando que a mesma devia, então, abordar o tema da inexistência de «chumbos» no sistema educativo.

    O MAP afirmou que o Governo acataria a decisão da AR, qualquer que ela fosse, nomeadamente tendo em

    conta o facto de o PSD ter referido que poderia ser dispensável a presença do Governo.

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    34

  • Na 1ª sessão legislativa da XI Legislatura, o Presidente da Assembleia informou a Conferência do seu

    programa de missões no domínio das relações parlamentares internacionais; das suas deslocações; dos

    eventos multilaterais e das visitas à Assembleia da República programadas.

    Além das deliberações enunciadas, a Conferência também tratou da fixação dos agendamentos para as

    sessões plenárias, das autorizações relativas ao funcionamento das Comissões e a outros eventos e da

    marcação de eleições para órgãos externos à Assembleia.

    A Conferência dos Presidentes das Comissões Parlamentares reuniu 17 vezes, durante a 1ª sessão

    legislativa da XI Legislatura.

    A Conferência é presidida pelo Presidente da Assembleia da República e nela têm assento, como o próprio

    nome indica, todos os Presidentes das Comissões Parlamentares.

    O Presidente da Assembleia da República informa a Conferência acerca de todas as decisões da Conferência

    de Líderes que julgue pertinentes, dos agendamentos para plenário e dos de manifesto interesse para o

    desenvolvimento dos trabalhos parlamentares.

    Nesta sessão, de entre as importantes decisões tomadas pela Conferência, destacam-se as respeitantes à

    harmonização de procedimentos em Comissão, designadamente dos respectivos relatórios de actividade e

    sobre a participação de membros do governo e outras entidades nos trabalhos das Comissões, tendo sido

    dada uma especial atenção às petições agilizando a sua apreciação; As implicações do Tratado de Lisboa e

    do Protocolo relativo ao papel dos Parlamentos Nacionais mereceram reflexão.

    Foi apreciado o programa de iniciativas e foi aprovada a calendarização global de eventos das Comissões

    para 2009/2010 a realizar na Assembleia da República ou co-organizadas por esta. Esse calendário

    contempla Seminários Internacionais, Conferências, colóquios e reuniões organizadas pelas comissões sobre

    temas tão diversos como: “Diplomacia portuguesa e o Serviço Europeu de Acção Externa, após o Tratado de

    Lisboa” “Construção das Linhas de Torres””Aplicação do Tratado de Lisboa pela Assembleia da República”

    “25 anos da assinatura por Portugal do tratado de adesão à CEE”“Causas, consequências e perspectivas de

    evolução da dívida pública, directa e indirecta”” PME”“Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão

    Social”” Cooperação Transfronteiriça”” Turismo”“V Edição do Café Ciência””A República e o Republicanismo”.

    Dando nota mais detalhada de algumas deslocações, eventos ou outras actividades, intervieram os Senhores

    Presidentes da CDN (visita efectuada à unidade da NATO), da CAE (realização na AR do Seminário sobre o

    Tratado de Lisboa, a 23 de Março, com a presença do Comissário Europeu responsável pelas Relações

    Interinstitucionais) e da CADRP (visita de trabalho ao sector do leite e nota importante ao Relatório da

    Comissão sobre as Pescas, em Bruxelas).

    Foi salientado pelo Senhor Presidente da Comissão de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas o

    impacto, muito positivo e relevante, da visita que haviam efectuado ao Douro, tendo acrescentado que,

    correspondendo a um apelo da Comissão Europeia, iriam promover, em Junho, uma audição sobre a PAC.

    O Senhor Presidente da Comissão de Saúde deu igualmente conhecimento da visita que haviam realizado às

    instituições de saúde na área do Porto.

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    35

  • O Relatório de Progresso referente à 4.ª Sessão Legislativa da X Legislatura (que abrange o período de 15

    de Setembro de 2008 a 14 de Outubro de 2009) e que se destina a dar cumprimenta ao disposto na alínea

    c) do n.º 3 do artigo 21º do novo Regimento da Assembleia da República foi analisado e aprovado e foram

    tidos em consideração os contributos apresentados pelo Governo; foi decidida a sua publicação em DAR e a

    sua distribuição pelos órgãos de Comunicação Social.

    Foi ainda distribuído o Relatório sobre a Avaliação do grau de execução das leis, relativo à X Legislatura (10

    de Março de 2005 a 14 de Outubro de 2009), contendo quadros estatísticos com apresentação do balanço

    geral do relatório, as leis publicadas e regulamentadas, as não regulamentadas e as que não carecem ou

    não prevêem regulamentação, bem como a sua distribuição por Comissão.

    O PAR referiu que, relativamente a este último relatório, a metodologia de apreciação deveria ser a mesma,

    sendo distribuído ao MAP e às Comissões parlamentares, aguardando-se a chegada de contributos, após o

    que o mesmo não se tendo pronunciado o Governo, nem as Comissões suscitado quaisquer reparos, foi

    aprovado, e em consequência mandado publicar, o Relatório de Avaliação do grau de execução das leis

    relativo à X Legislatura.

    Foi apreciada a calendarização provisória das audições ordinárias dos membros do Governo (art.º 104º, nº 2

    do RAR), que, nos termos regimentais, deve ser aprovada em Conferência de Líderes.

    Relativamente à audição dos indigitados para titulares de altos cargos do Estado que, nos termos da lei e do

    RAR, devam ser ouvidos pelas comissões competentes em razão da matéria, o PAR informou que a

    Conferência de Líderes agendara as diversas eleições, designadamente, Presidente do Conselho Económico e

    Social;1 Juiz do Tribunal Constitucional; Conselho Superior da Magistratura; Conselho Superior do Ministério

    Público; Comissão Nacional de Eleições; Conselho Superior de Informações; Conselho Geral do Centro de

    Estudos Judiciários; Conselho Pedagógico do Centro de Estudos Judiciários; Comissão Consultiva do Instituto

    do Ambiente; Comissão Fiscalizadora do Funcionamento dos Centros Educativos; Conselho de Fiscalização

    do Sistema Integrado de Informação Criminal (CFSIIC); Comissão para a Coordenação da Gestão dos Dados

    Referentes ao Sistema Judicial; Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos.

    Foi inicialmente distribuído um dossier sobre registo de faltas e presenças nas reuniões das Comissões,

    contendo os normativos aplicáveis nesta matéria e as deliberações tomadas em Conferência de Líderes e de

    Presidentes de Comissões na anterior Legislatura. O PAR chamou a atenção para o facto de, relativamente à

    justificação de faltas, os Deputados deverem concretizar o tipo de trabalho político efectuado (quando

    utilizem esta justificação). Foi entendido que, caso o Deputado entenda que essa informação deve ser

    reservada, a justificação deverá ser convalidada pelo coordenador do respectivo grupo parlamentar na

    Comissão, por paralelismo com o que se passa com as justificações para as faltas em Plenário em que a

    convalidação, nestes casos, é feita pelo líder do grupo parlamentar.

    Em relação às dúvidas surgidas na Conferência de Presidentes das Comissões acerca do regime de faltas

    aplicável nas Comissões, o PAR informou que a Conferência de Líderes deliberara que se mantinham em

    vigor todas as disposições aplicáveis e deliberações tomadas, nomeadamente a deliberação tomada em

    conferência de Líderes, de 02.05.2006, a propósito da invocação – para justificação de faltas - do motivo

    “trabalho político”. A Conferência de Líderes deliberou ainda que o mesmo regime se aplica tanto ao Plenário

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    36

  • como às Comissões, ou seja, “relativamente ao sistema de justificação de faltas dos deputados estes devem,

    por regra geral, concretizar o tipo de trabalho político efectuado, em caso de invocação desta figura. Em

    caso excepcional de o deputado necessitar de manter reservado o trabalho político efectuado, a justificação

    será convalidada pelo líder do respectivo grupo parlamentar”.

    Esta convalidação por líderes parlamentares aplica-se assim tanto ao Plenário como às Comissões e deve

    acompanhar nesses casos as justificações apresentadas pelos deputados (e que são justificadas, como todas

    as demais, pelos Vice-Presidentes, por delegação do PAR, no caso das reuniões plenárias, e pelos

    Presidentes das Comissões, no caso das reuniões das Comissões Parlamentares).

    Posteriormente, o PAR informou que seria distribuído aos Presidentes de Comissões um novo documento

    sobre marcação de faltas em reunião de comissões, contendo as últimas deliberações da Conferência de

    Líderes nesta matéria. Disse que quaisquer dúvidas sobre aplicação dos preceitos regimentais deveriam ser

    suscitadas junto da Mesa.

    Será também distribuído uma versão simplificada de um manual sobre consulta pública no processo

    legislativo parlamentar, elaborado pelos Serviços.

    Quanto às “Competências das comissões parlamentares permanentes – XI Legislatura”, várias Comissões

    através dos seus Presidentes apresentaram propostas, designadamente, o Presidente da 13ª Comissão que

    referiu que, na parte relativa a esta Comissão, importa consagrar que as questões da família passam para a

    Comissão de Trabalho, Segurança Social e Administração Pública e o Presidente da 8ª Comissão que

    inquiriu se nas competências da Comissão de Assuntos Económicos, Inovação e Energia constava a questão

    da inovação dado que esta matéria integra as competências da Comissão de Educação e Ciência. Entende

    que não haverá conflito de competências e que se justificará porventura que sobre esta matéria possam

    reunir conjuntamente.

    O PAR concordou que não haveria conflito de competências pois ambas abordam a questão embora sob

    prismas diferentes e envolvendo áreas distintas

    O Presidente da 2ª Comissão propôs o aditamento da seguinte área que consta igualmente do Regulamento

    da Comissão: “Acompanhamento do estatuto internacional da língua portuguesa, bem como da promoção

    externa da língua e da cultura portuguesas”. Considerou ainda que, em defesa da língua portuguesa, seria

    importante que os parlamentares quando participassem em reuniões internacionais falassem português

    ainda que para este efeito tivessem de assegurar custos de tradução ou interpretação.

    O Presidente da 4ª Comissão informou que iria apresentar uma proposta de alteração ao ponto relativo à

    emissão de pareceres, pela CAE, em articulação com as Comissões competentes em razão da matéria, sobre

    áreas da esfera da sua competência legislativa reservada, de modo a clarificar que não estão unicamente em

    causa os princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade, mas também a pronúncia sobre o conteúdo

    das opções legislativas em causa.

    O Presidente da 7ª Comissão suscitou a questão quanto à designação da Comissão pois a sigla era

    confundível com a de uma confederação, podendo gerar equívocos e sugeriu que fosse aditada ao nome da

    comissão a expressão Desenvolvimento Rural e a esta solicitação da Comissão de Agricultura no sentido da

    alteração da designação desta Comissão para “Comissão de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas”, o

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    37

  • PAR informou que a mesma merecera a concordância da Conferência de Líderes, pelo que apresentaria um

    projecto de deliberação para ser votado em reunião plenária, no sentido de concretizar essa alteração.

    Foi aprovado, a título provisório, o documento com as competências das Comissões Permanentes, ficando a

    sua aprovação definitiva apenas dependente da publicação da Lei Orgânica do Governo.

    Relativamente à Audição Pública sobre o Livro Verde das Pescas, o PAR referiu que, muito embora a

    liderança destes processos de escrutínio caiba à Comissão competente em razão da matéria, a Comissão de

    Assuntos Europeus, tendo em conta as suas atribuições, deverá sempre ser associada ao processo,

    nomeadamente sendo convidada para participar na audição, com vantagens óbvias para ambas.

    Quanto ao documento sobre competências das comissões, foi deliberado clarificar as competências da 7ª e

    da 12ª Comissões, competências da 7ª e da 12ª, tendo em conta as implicações ambientais da política

    agrícola e as implicações agrícolas da política ambiental.

    O Presidente da CAE afirmou ser necessário fixar um critério para a partilha de competências entre a CAE e

    as restantes comissões e sugeriu que o mesmo fosse essencialmente de ordem temática, ou seja, sempre

    que uma matéria esteja a ser tratada exclusivamente ao nível das instituições europeias (por exemplo,

    através de livros verdes ou brancos, ou mesmo em fase de estudo), a competência caberia claramente à

    CAE. Quando essa matéria tenha já implicações a nível interno – implicando a adaptação ou aplicação pelo

    Estado português – a liderança do processo de acompanhamento cabe à comissão competente em razão da

    matéria.

    Neste sentido, a audição sobre o Livro Verde das Pescas caberia nas atribuições da CAE, bem como o evento

    a organizar pela 2ª Comissão sobre o Serviço de Acção Externa Europeu.

    O PAR lembrou as vantagens de associar os conhecimentos da CAE em matéria de assuntos europeus à

    especialização sectorial de cada comissão e considerou que deveria haver articulação nestas matérias.

    O Presidente da 2ª Comissão manifestou a sua concordância e disse que articularia com a CAE a

    organização do Colóquio sobre “Diplomacia portuguesa e o Serviço Europeu de Acção Externa, após o

    Tratado de Lisboa”.

    Com as alterações introduzidas, o documento sobre as competências das comissões foi aprovado pela

    Conferência.

    Quanto ao Calendário de reuniões das Comissões com membros do Governo, o PAR disse que a grelha foi

    para estabelecer um mínimo de vindas mas que a experiência da legislatura anterior foi que os membros do

    Governo vêm cá mais vezes e esta prática está consolidada quer entre os membros do Governo quer a nível

    do parlamento.

    O Presidente da 6ª Comissão chamou a atenção para o facto de na legislatura anterior os direitos

    potestativos não terem sido esgotados e o Presidente da 13ª Comissão considerou que este facto funcionou

    por mérito da AR e do Regimento.

    O Presidente da 5ª Comissão perguntou se havia algum formato para estas audições tendo o PAR informado

    que cada comissão entendeu como deveriam funcionar mas, em regra, foram adoptadas grelhas de tempo.

    Relativamente à criação de Subcomissões, o PAR sublinhou que apenas duas Comissões tinham apresentado

    propostas, nos termos do artigo 33º do RAR, para a constituição de, no total, quatro Subcomissões:

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

    38

  • Comissão Subcomissão

    1ª Comissão (CACDLG) Subcomissão de Justiça

    Subcomissão de Administração Interna Subcomissão de Igualdade

    9ª Comissão (COPTC) Subcomissão de Segurança Rodoviária

    Mais tarde, foi dito pelo Senhor Presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e

    Garantias que havia sido ponderada, no seio da Comissão, a criação de três Subcomissões à semelhança do

    ocorrido na X Legislatura, tendo sido decidido, contudo, manter apenas a Subcomissão de Igualdade.

    Foi referido que, em resultado da conjugação do nº 4 do artigo 33º do RAR com o nº 2 do artigo 29º, as

    presidências das subcomissões são, no seu conjunto, repartidas pelos grupos parlamentares em proporção

    do número dos seus Deputados. Aplicando o método de Hondt à distribuição das presidências das 4

    subcomissões, 2 delas caberão ao PS e outras 2 ao PSD. Tendo em conta que o nº 4 do artigo 33º

    estabelece um outro critério para a atribuição das presidências que consiste na alternância entre si e em

    relação à presidência da comissão parlamentar, foi deliberado que a 1ª escolha para a presidência de uma

    subcomissão da 1ª Comissão caberia ao PSD, enquanto a presidência da subcomissão a criar na 9ª

    Comissão deve ser atribuída ao PS, devendo as duas restantes (da 1ª Comissão) ser distribuídas entre o PS

    e o PSD.

    O PAR recordou ainda que o Presidente da Comissão parlamentar deverá comunicar-lhe para efeitos de

    publicação no Diário, a designação da subcomissão criada e o nome do respectivo presidente e dos seus

    membros.

    Quanto ao sistema de acompanhamento dos assuntos europeus pelas Comissões, o PAR disse que a CAE

    deve marcar reunião com os Presidentes das Comissões e informou sobre o conteúdo do dossier elaborado

    pelos serviços, com informação relevante sobre o escrutínio dos assuntos europeus na AR, ao longo da

    última Legislatura, avaliação desenvolvida e caminhos a seguir para operacionalizar o Tratado de Lisboa.

    O Presidente da 2ª Comissão considerou que seria importante haver uma apresentação às comissões, para

    além da reunião com os Presidentes das comissões e da distribuição do dossier, e o PAR concluiu este ponto

    dizendo que para além da distribuição do dossier, seria agendada uma apresentação dos serviços.

    Posteriormente, a equipa de apoio à CAE poderia realizar apresentações sobre esta matéria nas outras

    comissões.

    Foi deliberado que, logo no início do próximo ano, a CAE fixará a nova metodologia de acompanhamento,

    após o que realizará briefings com as outras comissões para apresentar as inovações e concertar

    estratégias.

    Relativamente à coordenação inter-comissões em matéria de assuntos europeus, o Presidente da CAE

    considerou que, tendo em conta os novos desafios levantados aos Parlamentos nacionais pelo Tratado de

    Lisboa e pelos Protocolos anexos 1 e 2, seria necessário alterar a Lei 43/2006, de 25 de Agosto, bem como o

    próprio Regimento da AR. Referiu-se também à necessidade de ajustar a metodologia de trabalho e de

    articulação entre a CAE e as restantes comissões, visto que aquela não poderia ter um papel residual, de

    30 DE AGOSTO DE 2011_____________________________________________________________________________________________________________

    39

  • mera “caixa de correio”, das outras comissões parlamentares. Sugeriu que, no início de cada ano, a CAE

    defina as iniciativas prioritárias da Comissão Europeia que deve acompanhar através de um programa

    aprovado em conjunto com as restantes comissões.

    O Presidente da CAE explicou que esta Comissão se encontra a debater internamente a metodologia de

    escrutínio dos Assuntos Europeus, antes de a apresentar às restantes Comissões. Muito embora já exista

    algum consenso sobre a metodologia a adoptar, dois GPs tinham solicitado reserva de pronúncia até à

    próxima reunião da CAE. Explicitou, no entanto, que a nova metodologia em debate na CAE implicava a

    adopção de 3 diferentes tipos de escrutínio: o escrutínio normal (que correspondia grosso modo, ao modelo

    em vigor na anterior Legislatura, em que cada comissão em razão da matéria, escolhia as iniciativas da

    Comissão Europeia para análise, produzindo o seu relatório sobre as mesmas sem dependência de prazo); o

    escrutínio para verificação do cumprimento do princípio da subsidiariedade (em que as comissões teriam seis

    semanas para remeter o seu relatório à CAE que, por sua vez, teria mais duas semanas para elaborar o seu

    parecer, o qual poderia concluir com a apresentação de um projecto de resolução); e o escrutínio reforçado

    (que seria a grande inovação, com vista a uma aposta no reforço qualitativo dos pareceres de escrutínio e

    em que se pretendia que a CAE, em articulação com as Comissões competentes, elencasse cerca de seis

    propostas (legislativas ou de trabalho) da Comissão Europeia, para efectuar um acompanhamento efectivo e

    com capacidade real de influência.

    Foi deliberado que, depois da CAE ter consolidado internamente a sua posição sobre o escrutínio, os serviços

    de apoio técnico da Comissão se deslocariam às Comissões que o solicitassem a fim de efectuarem uma

    apresentação sobre esse processo de escrutínio e as implicações do Tratado de Lisboa.

    O PAR solicitou à CAE que pondere a eventual necessidade de alterações à Lei n.º 43/2006, de 25 de

    Agosto, de modo a permitir à AR ter as bases jurídicas necessárias para a implementação do Tratado de

    Lisboa.

    A este propósito foi distribuída uma Nota, que segue abaixo, sobre as consequências da entrada em vigor do

    Tratado de Lisboa, preparada pelos serviços da CAE, que contempla a questão da alteração à Lei nº

    43/2006.

    Nota Informativa sobre a metodologia de acompanhamento das iniciativas europeias

    A presente Nota Informativa é elaborada com base no enquadramento jurídico existente à data da sua

    redacção. De facto, o Tratado de Lisboa apresenta um conjunto de inovações sobre o papel dos Parlamentos

    Nacionais na União Europeia (UE), acrescentando, assim, uma nova dimensão à base jurídica, que

    actualmente enquadra o escrutínio dos assuntos europeus pela Assembleia da República (AR). Porém, é de

    notar que a Constituição e a Lei n.º 43/2006, de 25 de Agosto permitem à AR ter as bases jurídicas

    necessárias para a implementação do Tratado de Lisboa, sem prejuízo da eventual alteração da Lei n.º

    43/2006, no sentido de serem consagrados alguns dos mecanismos que o Tratado de Lisboa introduz e

    adoptados alguns dos novos procedimentos.

    II SÉRIE-E — NÚMERO 8_____________________________________________________________________________________________________________

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  • 1. BASE JURÍDICA DO PROCEDIMENTO DE ACOMPANHAMENTO DAS INICIATIVAS EUROPEIAS

    Constituição da República

    Portuguesa Artigo 161.º, alínea n) Artigo 163.º, alínea f)

    Compete à AR: - Pronunciar-se, nos termos da lei, sobre as matérias pendentes de decisão em órgãos no âmbito da União Europeia que incidam na esfera da sua competência legislativa reservada; - Acompanhar e apreciar, nos termos da lei, a participação de Portugal no processo de construção da União Europeia.

    Lei n.º 43/2006, de 25 de Agosto

    Acompanhamento, apreciação e pronúncia no âmbito do processo

    de construção da União Europeia

    Define que a AR se pronuncia: - Quando estiverem pendentes de decisão, em órgãos da UE, matérias que recaiam na esfera da competência legislativa reservada da AR (art. 2º); - Sobre a conformidade com o princípio da subsidiariedade de propostas legislativas e regulamentares (art. 3º); - em termos gerais, sobre os documentos de orientação das políticas e acções da UE (art. 4º e 7º).

    Tratado de Lisboa Artigo 12.º TUE

    Os Parlamentos nacionais contribuem activamente para o bom funcionamento da UE: - Sendo informados pelas instituições da União e notificados dos projectos de actos legislativos da UE; - Garantindo o respeito pelo princípio da subsidiariedade; - Participando, no âmbito do espaço de liberdade, segurança e justiça, nos mecanismos de avaliação da execução das políticas da UE dentro desse mesmo espaço e sendo associados ao controlo político da Europol e à avaliação das actividades da Eurojust; - Participando nos processos de revisão dos Tratados; - Sendo informados dos pedidos de adesão à União; - Participando na cooperação interparlamentar entre os PNs e com o Parlamento Europeu.

    Tratado de Lisboa Protocolo relativo ao papel dos PNs na UE

    (art.º 3.º e 6.º) e

    Protocolo relativo à aplicação dos princípios da

    subsidiariedade e da proporcionalidade

    (sobretudo art.º 7.º)

    Qualquer PN dispõe de 8 semanas para dirigir às instituições da UE um parecer fundamentado expondo as razões pelas quais um projecto de acto legislativo não respeita o princípio da subsidiariedade. Cada PN tem 2 votos, num total de 54. Cartão “amarelo”: se 1/3 dos PNs (ou ¼ se for matéria ESLJ) se opuser, a Comissão Europeia é obrigada a reanalisar a proposta. Pode manter, retirar ou alterar; Cartão “laranja”: no âmbito do processo legislativo ordinário (co-decisão), se uma maioria simples (28 votos) dos PNs se opuser, a Comissão Europeia é obrigada a rever. Se decidir manter a propos