relatÓrio das principais atividades · 2.10 priorização dos investimentos na educação infantil...
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EXERCÍCIO 2018
COMITÊ TÉCNICO DA EDUCAÇÃO DO INSTITUTO RUI BARBOSA
DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES RELATÓRIO
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Ficha Técnica: Realização: Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa. Gabinete do Conselheiro Cezar Miola. Pesquisa e textos: Júlia Cordova Klein. Priscila Pinto de Oliveira. Revisão: Leo Arno Richter. Viviane Pereira Grosser.
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Sumário Apresentação .............................................................................................................. 6
1. Comitê Técnico da Educação do IRB .................................................................. 8
2. Principais ações desenvolvidas em 2018 ............................................................. 8
2.1 Reunião de instalação do CTE ...................................................................... 8
2.2 Projeto OCDE-TCU-TCs .............................................................................. 9
2.3 Monitoramentos periódicos ........................................................................ 10
2.4 Estímulo à compatibilização orçamentária ................................................. 10
2.5 Articulação junto ao IBGE .......................................................................... 11
2.6 Mobilização para incentivar a realização do Censo Demográfico 2020 .... 12
2.7 Parcerias ...................................................................................................... 12
2.8 Videoconferência com o TCU .................................................................... 13
2.9 TC educa ..................................................................................................... 14
2.10 Priorização dos investimentos na educação infantil ................................ 15
2.11 Manifestações quanto à BNCC ............................................................... 15
2.12 Oficina Controle Externo na Educação no VI Encontro Nacional dos Tribunais de Contas .............................................................................................. 16
2.13 I Encontro Estadual da OAB/RS e TCE: Qualificando a Educação ....... 17
3. Representação e participação em encontros e eventos ligados à educação ....... 18
3.1 Encontro Estadual da Undime .................................................................... 18
3.2 I Simpósio Nacional de Educação – I SINED ............................................ 18
3.3 Audiência Pública no Senado Federal ........................................................ 19
3.4 Seminário Enfrentamento da Distorção Idade-Série .................................. 19
3.5 Reunião com o MEC ................................................................................... 19
3.6 Reunião do Colégio Nacional de Presidentes de Tribunais de Contas ....... 20
3.7 Reunião com o Grupo de Estudos e Debate Permanente do Regime de Colaboração (GEDPRC) ...................................................................................... 20
3.8 Grupo de Discussão DICOPE/SASE/MEC ................................................ 21
3.9 II Fórum TCE Educação ............................................................................. 21
3.10 VIII Jornada de Estudos do Programa Educação Infantil na Roda ......... 22
3.11 Panorama do Direito à Educação ............................................................ 22
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3.12 Seminário “O que funciona em educação?” ............................................ 22
3.13 IV Congresso Internacional de Controle e Políticas Públicas ................. 23
3.14 XXVIII Encontro Nacional da UNCME ................................................. 23
3.15 Conferência Nacional de Educação – CONAE ....................................... 24
3.16 Capacitação para promotores Regionais de Educação do MP-RS .......... 25
4. Lançamento de pesquisas e estudos ................................................................... 25
4.1 Perfil da Educação Pública no Rio Grande do Sul ..................................... 25
4.2 Perfil dos orientadores educacionais no RS ................................................ 26
4.3 Perfil dos conselhos de educação ................................................................ 26
5. Anexos ............................................................................................................... 27
5.1 Ofício encaminhado pelo TCE-RS aos seus jurisdicionados ..................... 27
5.2 Amostra de matérias e artigos publicados na imprensa .............................. 30
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Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa1
Presidente do CTE
Conselheiro Cezar Miola (TCE-RS)
Membros do CTE
Conselheira Carolina Matos Alves Costa (TCE-BA)
Conselheiro Cláudio Couto Terrão (TCE-MG)
Conselheiro Edilberto Carlos Pontes Lima (TCE-CE)
Conselheiro Gildásio Penedo Filho (TCE-BA)
Conselheiro José Euler Potyguara Pereira de Mello (TCE-RO)
Conselheira Naluh Maria Lima Gouveia (TCE-AC)
Conselheiro Raimundo Moreira (TCM-BA)
Secretário do Controle Externo da Educação, da Cultura e do Desporto Ismar Cruz (TCU)
Assistentes Técnicos
Alex Cerqueira de Aleluia (TCM-BA)
Fernando Mees Abreu (TCE-RS)
José Luis Galvão Pinto Bonfim (TCE-BA)
Josimere Leal de Oliveira (TCE-BA)
Júlia Cordova Klein (TCE-RS)
Jumara Novaes Sotto Maior (TCM-BA)
Laiana Freire Neves de Aguiar (TCE-RO)
Leo Arno Richter (TCE-RS)
Maíra Oliveira Noronha (TCM-BA)
Maria Aparecida Silva de Menezes (TCE-BA)
Mariana Santos Coutinho da Silva (TCE-BA)
Naila Garcia Mourthé (TCE-MG)
1 Dezembro/2018.
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Nelson Nei Granato Neto (TCE-PR)
Paulo Eduardo Panassol (TCE-RS)
Priscila Pinto de Oliveira (TCE-RS)
Raimir Holanda Filho (TCE-CE)
Raimundo Paulo Dias Barros Vieira (TCE-RO)
Solange Spector (TCE-BA)
Thaiz Silveira Braga (TCE-BA)
Viviane Pereira Grosser (TCE-RS)
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Apresentação
O Comitê Técnico da Educação (CTE) do Instituto Rui Barbosa (IRB) desenvolveu,
em 2018, diversas iniciativas voltadas ao acompanhamento da execução dos planos de
educação (PEs) em todo o país. Com força de lei, os PEs estabelecem metas para que a
garantia do direito à educação de qualidade avance nos próximos anos, abrangendo
diferentes etapas e modalidades de ensino, das creches às universidades.
De acordo com as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), a universalização
do atendimento escolar para crianças com idade de 4 e 5 anos, e de jovens de 15 a 17 anos,
deveria ocorrer até 2016. No entanto, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios 2017 (PNAD Contínua 2017) demonstram que apenas 92% das crianças com
idade de 4 e 5 anos têm acesso à rede de ensino. Já o atendimento escolar para a população
de 15 a 17 anos, considerado o mais problemático, revela-se igualmente preocupante:
dados referentes a 2017 evidenciam que apenas 87% dos jovens no Brasil dessa faixa
etária frequentam a escola.
Para que os planejamentos em educação não se tornem documentos desconectados
da realidade, é preciso unir esforços de diferentes instituições e entidades da sociedade
civil para a criação de uma agenda pública de discussões e de indução de boas práticas de
gestão. Esse é o foco das ações do Comitê Técnico da Educação, criado em setembro de
2018 com o intuito de dar continuidade às ações e projetos do Grupo de Trabalho da
Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil e do IRB (GT).
As iniciativas desenvolvidas pelo GT e pelo CTE em 2018 resultaram no
aperfeiçoamento de ferramentas de controle e na qualificação de servidores públicos e de
atores importantes da comunidade educacional. Além disso, buscou-se a mobilização de
gestores públicos das três esferas de governo em torno do tema.
A elaboração de estudos, diagnósticos, pesquisas e orientações aos Tribunais de
Contas também fez parte das atividades desempenhadas no período, inclusive com
projetos-pilotos e parâmetros que podem ser replicados pelos órgãos de controle
brasileiros.
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O relatório a seguir detalha um pouco mais essas ações, que deverão ser ampliadas
e aperfeiçoadas no exercício de 2019.
Porto Alegre/Brasília, fevereiro/2019.
Conselheiro Cezar Miola,
Presidente do Comitê Técnico da Educação.
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1. Comitê Técnico da Educação do IRB
O Comitê, instalado durante encontro na sede do Tribunal de Contas da União
(TCU), em Brasília, no dia 20 de setembro de 2018, é formado por representantes dos
órgãos de controle, com o objetivo de desenvolver estudos e propor medidas capazes de
induzir o atendimento das metas e estratégias dos planos de educação nacional, estaduais e
municipais. A iniciativa é uma continuidade do Grupo de Trabalho da Associação dos
Membros dos Tribunais de Contas do Brasil e do IRB (GT), de forma que as ações do
Comitê englobam os projetos implementados no âmbito do GT, tais como o
desenvolvimento e uso do software TC educa para o monitoramento das metas dos planos
de educação, a produção de diagnósticos na área e o prosseguimento do projeto visando à
validação, pelos Tribunais de Contas, dos dados do Sistema de Informações sobre
Orçamentos Públicos em Educação (SIOPE), ferramenta eletrônica instituída pelo
FNDE/MEC.
2. Principais ações desenvolvidas em 2018
2.1 Reunião de instalação do CTE
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O Comitê Técnico da Educação (CTE) realizou sua reunião de instalação durante
encontro na sede do Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília, no dia 20 de
setembro. No encontro, foram definidas as ações do CTE, que englobaram a continuidade
dos projetos implementados no âmbito do Grupo de Trabalho Atricon-IRB e a participação
do Comitê em novas frentes.
Dentre as ações mencionadas, destacam-se a participação do CTE no acordo entre o
TCU e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na
atualização dos critérios de análise do Marco de Medição de Desempenho dos Tribunais de
Contas (MMD-TC) e na elaboração de enunciados orientativos quanto à metodologia de
fiscalização na área da educação. Além dos conselheiros, participaram da reunião os
assistentes técnicos do CTE, Leo Arno Richter e Priscila Pinto de Oliveira, do TCE-RS;
Nelson Nei Granato Neto, do TCE-PR; Naila Mourthé, do TCE-MG; Mariana Santos
Coutinho da Silva, Maria Aparecida Silva de Menezes, Solange Spector e Thaiz Silveira
Braga, do TCE-BA; Jumara Novaes Sotto Maior e Maíra Oliveira Noronha, do TCM-BA;
além de servidores da Secex-Educação (TCU).
2.2 Projeto OCDE-TCU-TCs
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Um acordo entre o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) pretende fortalecer o controle das
políticas públicas descentralizadas, a partir de uma maior clareza quanto ao papel de cada
ente federativo na prestação dos serviços públicos. O projeto inicialmente vai se
desenvolver com foco na educação, buscando-se a articulação do sistema de controle
externo em prol da superação dos desafios de baixa coordenação e governança entre as
esferas de governo (federal, estadual, distrital e municipal). O CTE atua como articulador e
colaborador dos Tribunais de Contas subnacionais junto ao TCU no desenvolvimento do
projeto.
Durante o mês de novembro, representantes CTE e do TCU visitaram os nove
Tribunais de Contas que participam do projeto-piloto: TCEs do Acre, Bahia, Ceará, Minas
Gerais, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia, bem como o TCM da Bahia. A
partir das discussões realizadas durante os encontros, os TCs estão construindo uma
estratégia integrada para a fiscalização na área. O planejamento das auditorias está previsto
para o segundo semestre de 2019 e as ações de fiscalização devem iniciar em 2020.
2.3 Monitoramentos periódicos
Em 2018, o Comitê Técnico da Educação do IRB colocou à disposição dos
Tribunais de Contas do país um modelo de questionário para avaliar a situação dos planos
de educação, a ser aplicado aos entes da federação, com o objetivo de identificar as
principais carências e necessidades também nos demais Estados e Municípios do país,
além de induzir os gestores a monitorar a oferta educacional. O projeto-piloto foi lançado
pelo Grupo de Trabalho Atricon-IRB em 12 de abril de 2017, com dados dos 497
Municípios do Rio Grande do Sul.
2.4 Estímulo à compatibilização orçamentária
Uma das principais ferramentas para se assegurar a efetividade das metas e
estratégias definidas para a educação é a inclusão da matéria nos planos plurianuais (PPA),
nas leis de diretrizes orçamentárias (LDO) e nas leis orçamentárias anuais (LOA). Os
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Municípios devem estar compromissados com a divulgação do conteúdo dos planos
orçamentários, com o estímulo à participação social, com o acompanhamento e o
monitoramento da sua execução e com o planejamento de suas políticas de acordo com a
legislação. Com o objetivo de conscientizar os gestores públicos e orientar a população, o
CTE, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seccional do Rio
Grande do Sul, elaborou o Guia de Orçamento Público em Educação. A edição foi lançada
durante evento da OAB, em 17 de dezembro de 2018, e deverá ser aperfeiçoada em ação
conjunta com o Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul.
2.5 Articulação junto ao IBGE
Nos dias 19 de janeiro e 25 de outubro, o presidente do Comitê Técnico da
Educação, Conselheiro Cezar Miola, participou de reuniões com representantes do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro, para dar seguimento às
tratativas quanto ao pedido visando à atualização dos dados relativos às faixas
populacionais previstas no Plano Nacional de Educação (PNE), desagregados por
Município.
O requerimento inicial foi realizado pela Associação dos Membros dos Tribunais
de Contas do Brasil (Atricon) e pelo IRB ao presidente do IBGE em 2017. A partir de
então, houve vários encontros para debater a matéria.
Os assistentes técnicos do CTE Paulo Eduardo Panassol e Viviane Pereira Grosser
acompanharam o Conselheiro nas reuniões de janeiro e outubro, respectivamente.
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2.6 Mobilização para incentivar a realização do Censo Demográfico 2020
As informações apuradas no Censo representam substrato fundamental para a
definição, execução e controle de diversas políticas públicas (saúde e educação são apenas
dois dos múltiplos exemplos que poderiam ser citados).
No entanto, notícias veiculadas dão conta de que o Censo Demográfico corre o
risco de não ser realizado (ou de sê-lo apenas parcialmente), em razão da falta de
servidores e de verbas, situação que impacta negativamente o acompanhamento das
medidas de controle e monitoramento das questões e metas afetas à educação.
Por esse motivo, o presidente do CTE, Conselheiro Cezar Miola, encaminhou
correspondência, no dia 17 de dezembro, aos presidentes dos Tribunais de Contas,
sugerindo que as Instituições se reportem aos Deputados Federais e Senadores do seu
Estado, manifestando a importância de se assegurar todos os meios para a plena execução
do Censo 2020.
2.7 Parcerias
Ao longo de 2018, o CTE encaminhou parcerias com cinco entidades e órgãos:
Associação Nacional de Jornais, Conselhos Federal e Estadual (Rio Grande do Sul) de
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Contabilidade, Conselhos Federal e Seccional do Rio Grande do Sul da Ordem dos
Advogados do Brasil e Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista.
Dentre os objetivos, estão a realização de ações conjuntas visando a estimular o
acompanhamento do cumprimento dos planos de educação, bem como a promoção de
projetos educacionais que impulsionem o monitoramento dos investimentos na área pelos
associados de cada entidade parceira.
2.8 Videoconferência com o TCU
No dia 18 de setembro, representantes de órgãos de controle participaram de uma
videoconferência com o Tribunal de Contas da União (TCU) para articular ações de
fiscalização em conjunto quanto à aplicação dos recursos provenientes do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb) e do Salário-Educação. No encontro, o auditor da Secretaria de
Controle Externo da Educação, da Cultura e do Desporto do TCU, André Geraldo Carneiro
de Oliveira, apresentou um levantamento sobre a situação dos extratos específicos das
transferências realizadas pela União para os Municípios e as movimentações realizadas
pelos gestores. A divulgação dos extratos das contas do Fundeb e do Salário-Educação foi
uma das ações citadas para ampliar o controle social em relação aos recursos
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movimentados. Entre os participantes da videoconferência estavam assistentes técnicos
CTE, os auditores do TCE-RS Daniel Reus da Silva e Andrea Mallmann Couto, e
servidores das Cortes de Contas da Bahia, de Minas Gerais e do Mato Grosso.
2.9 TC educa
Em 2018 o site do TC educa foi mantido sob constante atualização, com a inclusão
dos indicadores das metas 1 e 3 do Plano Nacional de Educação referentes a 2017 e
correção de inconformidades técnicas de sistema. As metas 2 e 5, referentes à oferta de
vagas no ensino fundamental a crianças de 6 a 14 anos e à universalização da alfabetização
das crianças, respectivamente, foram elaboradas pelo Comitê Técnico da Educação do IRB
na segunda metade de 2018 e estão em fase de desenvolvimento pela equipe técnica do
Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, TCE-MG, para posterior inclusão na
página eletrônica.
A próxima meta a ser disponibilizada será a 7, já em fase de elaboração da
metodologia por assistentes técnicos do Comitê responsáveis por essa tarefa.
Além da elaboração das metas, foi desenvolvido o sistema de alerta aos
jurisdicionados, mecanismo que permite aos servidores dos Tribunais de Contas
devidamente cadastrados gerarem relatórios aos gestores. Com esse sistema, os TCs podem
emitir alertas aos responsáveis dos Municípios ou dos Estados que estiverem
descumprindo alguma meta do plano de educação ou que apresentarem tendência anual de
avanço insuficiente ao seu atendimento no prazo estipulado. A medida visa a informar o
Município a respeito do assunto e a destacar que a omissão quanto à adoção de medidas
corretivas pela administração pode repercutir no exame das contas do gestor, conforme
cada Tribunal dispuser a respeito.
O referido sistema entrou em funcionamento no último trimestre de 2018, com a
expedição de alertas pelo TCE-MG aos Gestores responsáveis por Municípios críticos no
Estado de Minas Gerais, em termos de descumprimento ou risco de descumprimento da
meta 1. Os demais Tribunais de Contas estão em processo de registro, no sistema TC
educa, dos servidores que serão responsáveis pela emissão desses alertas.
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2.10 Priorização dos investimentos na educação infantil
O CTE sugeriu aos TCs que passassem a emitir orientações para que os gestores
municipais priorizassem os investimentos na educação infantil e no ensino fundamental em
todo o Estado. O atendimento dessa exigência legal pressupõe não apenas a
universalização do ensino obrigatório, mas também o cumprimento das metas dos
respectivos Planos Municipais de Educação. Pesquisas indicam a existência de municípios
brasileiros que investem recursos próprios nos ensinos médio e superior sem que tenham
cumprido o atendimento à educação infantil e ao ensino fundamental, o que fere a Lei
Federal nº 9.394/1996 (LDB).
O ofício encaminhado pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul aos
seus jurisdicionados, em 8 de agosto, a título exemplificativo, encontra-se no anexo deste
relatório (seção 5.1).
2.11 Manifestações quanto à BNCC
O CTE encaminhou, no dia 1º de outubro, um informe ao Conselho Nacional de
Educação (CNE) manifestando preocupação em relação à perspectiva de redução à
condição de obrigatórias apenas as disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa no
currículo do Ensino Médio. A possibilidade está sendo discutida no âmbito da aprovação
da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio. O documento ressalta que
“a eventual implementação do ensino a distância nessa etapa da educação básica está a
justificar ponderadas reflexões, pelos impactos que poderá trazer, as quais já foram bem
suscitadas pelos estudiosos e especialistas. No mesmo contexto, há de se levar em conta a
garantia constitucional de oferta de educação básica obrigatória e gratuita às crianças e
adolescentes na faixa de 4 a 17 anos, o que ressalta a importância da destinação dos
recursos públicos precipuamente a esse objetivo.” O CNE divulgou nota na última semana
afirmando que as contribuições sobre a BNCC recebidas no período de escuta foram
encaminhadas para conhecimento e manifestação do Ministério da Educação.
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2.12 Oficina Controle Externo na Educação no VI Encontro Nacional dos Tribunais de Contas
A oficina Controle Externo na Educação, que integrou a programação do VI
Encontro Nacional dos Tribunais de Contas (VI ENTC), realizado nos dias 28 a 30 de
novembro de 2018, apresentou as experiências desenvolvidas na área por sete Tribunais de
Contas (TCs). A atividade abrangeu temas como o acompanhamento dos planos de
educação, a fiscalização do transporte escolar, a infraestrutura das escolas e orientação aos
gestores públicos. A oficina, que reuniu 80 representantes de TCs no dia 29 de novembro,
foi promovido pelo Comitê Técnico da Educação (CTE), em parceria com o Tribunal de
Contas de Santa Catarina (TCE-SC). A atividade foi coordenada pela assistente técnica do
CTE, Priscila Pinto de Oliveira (TCE-RS), e pelo auditor público Renato Costa (TCE-
SC).
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2.13 I Encontro Estadual da OAB/RS e TCE: Qualificando a Educação
A Comissão Especial de Educação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS),
em parceria com o Comitê Técnico da Educação (CTE) do IRB, promoveram, no dia 17 de
dezembro, o “I Encontro Estadual Qualificando a Educação”.
O evento, destinado aos representantes das seccionais da OAB no Rio Grande do
Sul, gestores públicos, representantes de órgãos de controle, conselhos de educação,
conselhos tutelares, universidades, estudantes e lideranças comunitárias, buscou informar e
dar ferramentas à advocacia que atua na área da educação, bem como criar uma agenda
pública de debates capaz de induzir boas práticas de gestão na área da educação.
Na oportunidade, o presidente do CTE, Conselheiro Cezar Miola, realizou a
palestra “A concretização do direito fundamental à educação: dever de todos”. Além da
palestra, o evento contou também com duas oficinas ministradas pelos assistentes técnicos
do CTE, Leo Arno Richter e Viviane Pereira Grosser. Os temas apresentados foram,
respectivamente, “A compatibilização entre o PNE e o orçamento” e “TC educa: como
monitorar as metas do PNE”.
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3. Representação e participação em encontros e eventos ligados à educação
3.1 Encontro Estadual da Undime
O assistente técnico do CTE Leo Arno Richter participou da 29ª edição do Fórum
Estadual da entidade, que reuniu 800 pessoas nos dias 26 e 27 de março, em Porto Alegre
(RS), para debater os "Desafios da educação nos municípios: estratégias de aprendizagem,
financiamento e gestão compartilhada". O encontro teve a participação de dirigentes
municipais de educação, técnicos das secretarias e profissionais da área.
3.2 I Simpósio Nacional de Educação – I SINED
O presidente do CTE, Conselheiro Cezar Miola, palestrou no painel “Os Tribunais
de Contas e a Educação” no segundo dia do I Simpósio Nacional de Educação, realizado
em Minas Gerais, nos dias 26 e 27 de abril. O evento buscou analisar e discutir questões
relacionadas ao controle externo dos recursos públicos destinados à educação, revelando
experiências exitosas de gestão e ações desenvolvidas no âmbito dos tribunais de contas
brasileiros.
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3.3 Audiência Pública no Senado Federal
O presidente do CTE, Conselheiro Cezar Miola, participou de audiência pública
destinada a debater o “Controle Externo das Despesas com Educação”, realizada em 7 de
maio em Brasília. A audiência, requerida pelo Senador Antonio Anastasia e aprovada pela
Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, contou também com a
presença do Conselheiro do TCE-MG Cláudio Couto Terrão, da Professora e Procuradora
do Ministério Público de Contas do TCE-SP Élida Graziane Pinto e do Professor José
Marcelino de Rezende Pinto.
3.4 Seminário Enfrentamento da Distorção Idade-Série
O presidente do CTE, Conselheiro Cezar Miola, participou do Seminário
“Enfrentamento da Distorção Idade-Série”, promovido pelo Ministério Público gaúcho, no
dia 8 de junho. No encontro, o Conselheiro manifestou preocupação com a proximidade da
extinção do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb). O seminário foi organizado pelo Centro de Apoio
Operacional da Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões, com o apoio do
Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional.
3.5 Reunião com o MEC
O presidente do CTE, Conselheiro Cezar Miola, participou de reunião com a
Diretora de Cooperação e Planos de Educação (DICOPE) do Ministério da Educação
(MEC) Wânia Clemente de Castro, em 5 de julho, em Brasília. A reunião tratou de temas
ligados ao GT Atricon-IRB acerca do Plano Nacional de Educação.
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3.6 Reunião do Colégio Nacional de Presidentes de Tribunais de Contas
O presidente do CTE, Conselheiro Cezar Miola, palestrou na Reunião nº 3/2018 do
Colégio Nacional de Presidentes de Tribunais de Contas, realizada na sede do Tribunal de
Contas do Município de São Paulo (TCM-SP) em 26 de julho. Na ocasião, foi apresentado
o relatório do Grupo de Trabalho Atricon-IRB sobre o acompanhamento das metas do
Plano Nacional de Educação (PNE) e realizada a exposição da ferramenta TC educa, além
de serem discutidas questões sobre a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à
Lavagem de Dinheiro (ENCCLA) e a atuação dos Tribunais de Contas em face da Lei
Federal nº 13.460/2017.
3.7 Reunião com o Grupo de Estudos e Debate Permanente do Regime de Colaboração (GEDPRC)
As assistentes técnicas do CTE Júlia Cordova Klein e Viviane Pereira Grosser
participaram da Reunião do Grupo de Estudos e Debate Permanente (GEDP-RC), a convite
da Comissão Especial do Regime de Colaboração do Conselho Estadual de Educação do
RS (CEEd/RS), para apresentar o estudo Perfil da Educação Pública no Rio Grande do Sul:
educação infantil e ensinos fundamental e médio, realizado pelo CTE e lançado em 2 de
agosto.
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A reunião ocorreu em 8 de agosto e contou com representantes do Conselho
Estadual de Educação do RS (CEEd/RS), da Secretaria de Educação do RS (SEDUC/RS),
da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME/RS) e da União
Nacional dos Conselhos Municipais de Educação do RS (UNCME/RS).
3.8 Grupo de Discussão DICOPE/SASE/MEC
Os assistentes técnicos do CTE Leo Arno Richter e Paulo Eduardo Panassol
participaram de reunião em Brasília, em 12 de setembro, com o Grupo de Discussão
administrado pela Diretoria de Cooperação e Planos de Educação (DICOPE) da Secretaria
de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE/MEC). O objetivo foi realizar um painel
de debates visando a discutir metodologia para elaboração dos indicadores das metas dos
Planos Municipais de Educação (PME).
Esse Grupo de Discussão desenvolveu estudos e debates ao longo dos meses de
julho a setembro de 2018, e resultou na elaboração do “Estudo sobre a forma de
disponibilização de dados e indicadores municipais para o monitoramento e avaliação dos
planos municipais de educação 2015-2025”, sob a coordenação de Mauricio Pastor dos
Santos , Coordenador da Rede de Assistência Técnica para Monitoramento e Avaliação
dos Planos de Educação do Paraná, e Luciana Castro, da Coordenadoria-Geral de
Implantação dos Planos Estaduais e Municipais de Educação.
3.9 II Fórum TCE Educação
O presidente do CTE, Conselheiro Cezar Miola, participou do II Fórum TCE
Educação, realizado em 13 de setembro do TCE de Santa Catarina – TCE-SC. Com o tema
“A gestão pública eficiente e transparente da educação”, o evento teve por objetivo discutir
o controle da aplicação dos recursos destinados ao ensino, com foco no planejamento e
execução de políticas públicas voltadas a garantir o acesso universal à educação de
qualidade.
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3.10 VIII Jornada de Estudos do Programa Educação Infantil na Roda
As assistentes técnicas do CTE Júlia Cordova Klein e Viviane Pereira Grosser
apresentaram o estudo Perfil da Educação Pública no Rio Grande do Sul: educação infantil
e ensinos fundamental e médio, realizado pelo CTE e lançado em 2 de agosto.
A apresentação integrou a programação da VIII Jornada de Estudos do Programa de
Extensão Educação Infantil na Roda, realizada pela Faculdade de Educação da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – FACED/UFRGS, em 8 de outubro.
3.11 Panorama do Direito à Educação
A assistente técnica do CTE Viviane Pereira Grosser participou, no dia 24 de agosto,
do painel Panorama do Direito à Educação: 30 anos da Constituição e os desafios para o
futuro, promovido pela Ordem dos Advogados do rio Grande do sul. O debate fez parte das
comemorações do Mês da Advocacia.
3.12 Seminário “O que funciona em educação?”
O presidente do CTE, Conselheiro Cezar Miola, participou do seminário “O que
funciona em educação?”, realizado em 20 de setembro na Escola Nacional de
Administração Pública – ENAP, em Brasília. O evento, promovido pelo Ministério da
Educação, buscou disseminar inovações e evidências em políticas educacionais, trazendo
casos nacionais e internacionais que aprimoraram diferentes sistemas educacionais.
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3.13 IV Congresso Internacional de Controle e Políticas Públicas
O presidente do CE, Conselheiro Cezar Miola, participou do painel “Qualidade de
ensino e o papel do Estado”, promovido no dia 18 de outubro, durante o IV Congresso
Internacional de Controle e Políticas Públicas, realizado em Fortaleza. O encontro,
organizado pelo IRB, debateu também temas ligados ao controle externo nas áreas da
saúde e da segurança.
3.14 XXVIII Encontro Nacional da UNCME
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O assistente técnico do CTE Leo Arno Richter participou do painel “O Sistema de
Ensino, políticas públicas, controle e fiscalização”, que integrou a programação do 28º
Encontro Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, realizado em Londrina, nos
dias 6 e 7 de novembro. O Encontro debateu assuntos ligados à Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) e buscou fortalecer o papel dos Conselhos Municipais de Educação.
3.15 Conferência Nacional de Educação – CONAE
Os Tribunais de Contas foram representados pelo presidente do CTE, Conselheiro
Cezar Miola, na Conferência Nacional de Educação (CONAE), realizado no Centro de
Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Com o tema “Articulação entre os sistemas
de ensino, regime de colaboração e efetivação das diretrizes, metas e estratégias do PNE”,
o presidente do CTE abordou os avanços e os desafios do cumprimento do Plano Nacional
de Educação e as ações que vêm sendo desenvolvidas pelos Tribunais de Contas para
estimular o cumprimento das metas e estratégias voltadas à área da educação.
A CONAE aconteceu entre os dias 21 e 23 de novembro com o tema “A
Consolidação do Sistema Nacional de Educação – SNE e o Plano Nacional de Educação -
PNE: monitoramento, avaliação e proposição de políticas para a garantia do direito à
educação de qualidade social, pública, gratuita e laica”.
25
3.16 Capacitação para promotores Regionais de Educação do MP-RS
Os promotores Regionais da Educação e os de Justiça do Patrimônio Público do
Ministério Público Estadual (MP-RS) participaram, no dia 3 de dezembro, de uma
capacitação ministrada pelo assistente técnico do CTE Leo Arno Richter. O curso,
realizado no Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do Ministério Público,
abordou o tema “A fiscalização da aplicação dos recursos na área da Educação”. A
abertura foi realizada pela coordenadora do Centro de Apoio Operacional (Cao) da
Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões, Denise Casanova Villela, juntamente
com o coordenador do CaoCível, José Seabra Mendes Jr.
4. Lançamento de pesquisas e estudos
4.1 Perfil da Educação Pública no Rio Grande do Sul
O CTE, com o apoio do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul (TCE-RS),
lançou, no dia 2 de agosto, o estudo Perfil da Educação Pública no Rio Grande do Sul:
educação infantil e ensinos fundamental e médio. O trabalho apresenta informações sobre a
infraestrutura das escolas da rede pública da educação básica, os investimentos realizados
por aluno, o desempenho no IDEB e a situação quanto ao cumprimento das metas 1 e 3 do
26
Plano Nacional de Educação. As informações contempladas resultam do cruzamento de
dados extraídos do software TC educa e de dados de educação divulgados pelo
FNDE/MEC, tais como do Censo Escolar, do Sistema de Informações sobre Orçamentos
Públicos em Educação (SIOPE) e do IDEB.
O estudo elaborado encontra-se disponível em:
https://portal.tce.rs.gov.br/portal_tcers/perfil_educacao_rs/PerfilEducacaoRS/assets/basic-
html/page-1.html#.
4.2 Perfil dos orientadores educacionais no RS
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) e o CTE lançaram, no dia 22 de maio,
um estudo que identifica o perfil dos profissionais que desempenham a atividade de
orientação educacional na rede pública de ensino do Rio Grande do Sul. A intenção do
trabalho foi identificar se os serviços de orientação educacional estão presentes nos planos
de carreira, quais as exigências de formação profissional e a quantidade efetiva de
profissionais que atuam nessa área na rede pública.
O material produzido encontra-se disponível em:
http://portal.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/noticias_internet/textos_diversos_pente_fino/Q
uestionario%20Orientador%20Educacional.pdf.
4.3 Perfil dos conselhos de educação
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), no dia 12 de novembro, encaminhou
ofício aos gestores municipais informando sobre a disponibilização da pesquisa que irá
mapear a situação dos conselhos municipais de educação. Os dados farão parte de uma
pesquisa que será lançada no primeiro trimestre de 2019. O diagnóstico abordará as
atividades desempenhadas, a infraestrutura disponível, a atuação e o perfil dos conselheiros
de educação, além das ações ligadas à comunicação com a sociedade e à transparência. A
iniciativa é uma das ações do Comitê Técnico da Educação (CTE) do Instituto Rui Barbosa
(IRB) em parceria com o TCE-RS.
27
5. Anexos
5.1 Ofício encaminhado pelo TCE-RS aos seus jurisdicionados
28
29
30
5.2 Amostra de matérias e artigos publicados na imprensa
8 | TERÇA-FEIRA,17 de julho de 2018 CORREIO DO POVO
MONITORAMENTO DO PNE
n Era Nuclear: A Universidade Fe-deral de Santa Maria (UFSM) e aPugwash Conferences on Scienceand World Affairs lançaram ontemo Seminário Internacional “Améri-ca do Sul na Era Nuclear: Riscos,Desafios e Perspectivas”, que vaiocorrer nos dias 20 e 21/8, noCentro de Convenções da Univer-sidade. São esperadas autoridades,diplomatas, pesquisadores, repre-sentantes de organizações inter-nacionais e três instituições ven-cedoras do Prêmio Nobel da Paz.n Arteterapia: A universidade Fee-vale, em Novo Hamburgo, inscre-ve, até 10/8, para a especializa-ção em Arteterapia. As aulas co-meçarão dia 17/8 e serão às sex-tas-feiras, no Campus II da Insti-tuição (ERS 239, 2.755). As disci-plinas seguem até dezembro de2019. Inscrições e detalhes atra-vés do site www.feevale.br/pos.n Marinha: Até 3/8, podem ser fei-tas inscrições ao Concurso do Qua-dro Técnico de Praças da Armada(QTPA), da Marinha do Brasil, des-tinadas a submarinistas. São 30vagas para homens brasileiros,entre 18 e menos de 25 anos, comEnsino Médio Técnico na área pa-ra a qual concorrem (técnica deEletroeletrônica; e área de Mecâni-ca). A atuação se dará em operaçãoe manutenção de submarinos einstalações nucleares. Informes:[email protected] ouwww.ingressonamarinha.mar.mil.br.
AGENDADOENSINO
Gestores de escolas e profes-sores participaram ontem de“Um Dia Positivo”, realizado emPorto Alegre, pelo Sistema Posi-tivo de Ensino. O trabalho reu-niu educadores da região que de-senvolveram ações em Canoas.
A gerente pedagógica da Edi-tora Positivo, Milena Fiúza, des-tacou que, de forma simultânea,a programação deste evento tra-balhou com conteúdos voltadosaos gestores e aos educadores,mesmo que eles estivessem sepa-rados fisicamente. “Na Capital,falamos em inovação, em conver-sa que não é muito comum, co-mo as startups na Educação. Ou-tro ponto importante é a gestãofinanceira, já que o proprietárioda instituição precisa entenderde tudo um pouco”, enfatizou.
A palestra com Clóvis de Bar-ros Filho tratou sobre ética na
Educação. Segundo o professor,a Educação é o caminho para asociedade se tornar ética; e estádiretamente ligada à conquistade uma sociedade mais feliz. Mi-lena reforçou os destaques dopainelista, sobre a presença daética em tudo e da importância detê-la como foco e desde o primei-ro contato com alunos, pais e nocompromisso da instituição.
O evento educacional “UmDia Positivo” ocorre anualmentenos estados onde o Grupo estápresente. Milena informa que émomento de troca de informa-ções, de discussões sobre diver-sas realidades escolares, compessoas da Capital e do Interiore, ainda, de apresentação de no-vos produtos da editora. O Siste-ma Positivo de Ensino tem seisescolas conveniadas em PortoAlegre e atende a 2.100 alunos.
Clóvis de Barros foi um dos painelistas do evento educacional emPorto Alegre
TCEducaampliadebatesobregestãodoEnsino
Com a finalidade de am-pliar as informações so-bre o Ensino, nos municí-pios e estados, a popula-
ção já tem à disposição importan-te ferramenta: o Sistema de Mo-nitoramento dos Planos de Edu-cação (TC Educa), disponível emhttps://pne.tce.mg.gov.br. Resul-tado de um grupo de trabalho en-volvendo os Tribunais de Contasdo país, este sistema permite fa-
zer o acompanhamento das me-tas do Plano Nacional de Educa-ção (PNE), ao relacionar váriosindicadores. Em uma busca sim-ples, é possível ter um panoramada população, de acordo com asfaixas etárias previstas no PNE,e o cumprimento das metas.
Cezar Miola, conselheiro doTribunal de Contas do Estado(TCE-RS) – um dos coordenado-res do grupo –, avalia que dispo-nibilizar os dados é uma manei-ra de tentar ampliar a discussãosobre a Educação e as priorida-des das gestões públicas, espe-cialmente nas discussões envol-vendo a LDO e os orçamentospara 2019. “Sabendo a situaçãodos municípios e dos estados, épossível ampliar a discussão pa-
ra que sejam assegurados recur-sos para o cumprimento das me-tas, assim como a melhor utiliza-ção deles”, argumenta. Ele cita,ainda, o fato de algumas cida-des destinarem recursos a ou-tras áreas da Educação, sem te-rem cumprido suas metas.
No ano de 2017, o estadogaúcho tinha 382 municípiosque ainda não atendiam às me-tas do PNE, sendo que, destes,288 fomentavam vagas no Ensi-no Médio e Superior. Por exem-plo, no caso do RS, no ano de2017, existiam 265.913 criançasentre 4 e 5 anos de idade, sendoque 210.503 delas estavam ma-triculadas na Pré-Escola. Aomesmo tempo, no grupo entre 0a 3 anos em Creche, apenas174.089 estavam matriculadas,num total de 517.864 crianças.
Outro dado é que, a diferen-ça entre demanda e vagas eramenor na população que estavana escola na faixa etária entre15 e 17 anos: 425.066 estavammatriculados, numa populaçãode 530.168 jovens. Em relação aessa mesma faixa presente noEnsino Médio, a quantidade cai,sendo 274.410 matriculados.
A ferramenta utiliza-se de da-dos, como o Censo Escolar/MEC;e a estimativa populacional Da-taSUS, com base no censo popu-lacional de 2010/IBGE. O instru-mento foi concebido pelo Grupo deTrabalho da Associação dos Mem-bros dos TCs do Brasil (Atricon)e do Instituto Rui Barbosa (IRB).
ENSINO
Educadoresdiscutemsobreéticae inovação
UM DIA POSITIVO
Começaram ontem, e seguematé 27/7, as inscrições ao ExameNacional para Certificação deCompetências de Jovens e Adul-tos (Encceja) para Pessoas Priva-das de Liberdade 2018. Inscrições:sistemasespeciais.inep.gov.br/unida-desprisionais/#, pelo responsávelpedagógico das unidades prisionais esocioeducativas. Provas: 18 e 19/9.
GUILHERME ALMEIDA
Ferramenta, que utiliza
dados do Censo/MEC e
do IBGE, permite que a
população acompanhe
as metas do PNE
RICARDO GIUSTI
ConselheiroMiola, do TCE-RS, ressalta que disponibilizar dados beneficia a Educação
n O Fundo de FinanciamentoEstudantil (Fies) recebe inscri-ção de candidatos a bolsas no2° semestre de 2018. Serãoofertadas pelo menos 155 milvagas, sendo 50 mil, a juro ze-ro. As inscrições são feitas emhttp://sisfiesportal.mec.gov.br,até o dia 22/7. Pode concorrerquem fez uma das edições doExame Nacional do Ensino Mé-dio (Enem), a partir de 2010,com média igual ou superior a450 pontos; e deve ter obtidonota maior que zero na Reda-ção. O resultado sai dia 27/7.
n Estudantes já podem confe-rir o resultado da 2ª chamadado Programa Universidade pa-ra Todos (ProUni), no siteprou-ni.mec.gov.br. A lista com oscandidatos pré-selecionadosnesta chamada para o 2° se-mestre de 2018 foi divulgadaontem. Esses estudantes têmaté o próximo dia 23/7 paraapresentar, nas instituições deEnsino, documentos que com-provem as informações presta-das no momento da inscrição.
direto ao ponto
Fies oferece bolsaspara o 2° semestre
ProUni: 2ª chamadajá está disponível
Editora: Maria José VasconcelosEditora assistente: Vera Nunes [email protected]
PRIVADOS DE LIBERDADE
Encceja: inscriçõesvãoatéodia27/7
10 | SEXTA-FEIRA,3 de agosto de 2018 CORREIO DO POVO
A Universidade Federal de Santa Maria, por meio de seu pregoeiro, designado pela
Portaria N. 86.604, de 01 de novembro de 2017, torna público, para conhecimento
dos interessados, que:
1. Realizará a seguinte Licitação:
Pregão Eletrônico 127/2018 do Tipo Menor Preço Global para o CONTRATAÇÃO
DE RESTAURANTE LOCALIZADO NO BAIRRO CAMOBI EM SANTA MARIA/
RS, para prestação de serviços de refeições, parceladamente, para
a UFSM. Entrega das propostas a partir do dia 03.08.2018 às 8 horas, no
site www.comprasgovernamentais.gov.br. Abertura da proposta 15.08.2018 às 9 horas
no site www.comprasgovernamentais.gov.br.
Pregão Eletrônico 134/2018 do Tipo Menor Preço Global, por grupos para o
REGISTRO DE PREÇOS PARA SERVIÇO DE LIMPEZA E DESENTUPIMENTO DE
REDES DE ESGOTO E FOSSA SÉPTICA PARA OS CAMPI DA UFSM EM SANTA
MARIA, FREDERICO WESTPHALEN, PALMEIRA DAS MISSÕES E CACHOEIRA
DO SUL. Entrega das propostas a partir do dia 03.08.2018 às 8 horas, no site
www.comprasgovernamentais.gov.br. Abertura da proposta 15.08.2018 às 9 horas no
site www.comprasgovernamentais.gov.br.
2. Os editais completos poderão ser retirados nos sites
www.comprasgovernamentais.gov.br e www.ufsm.br, ou no endereço: Prédio da
Administração Central, sala 657, 6oandar, Cidade Universitária, Santa Maria, RS,
fone (55)3220 8189, no horário de expediente externo da Universidade.
Santa Maria, 03 de agosto de 2018
Jayme Worst
Coordenador de Licitações
EXTRATO PREGÃO ELETRÔNICO
UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SANTA MARIA MINISTÉRIO DAEDUCAÇÃO
GOVERNO
FEDERAL
Três em cada quatro municí-pios gaúchos ainda não cumpri-ram a meta do Plano Nacional deEducação (PNE) de universalizaro atendimento na Pré-Escola pa-ra crianças de 4 a 5 anos; e ape-nas 5% atingiram o objetivo noEnsino Médio, na faixa etária de 15a 17. O levantamento é do Gru-po de Trabalho (GT) da Associa-ção de Membros dosTribunais de Contas doBrasil (Atricon) e doInstituto Rui Barbosa,que apresentou ontemo perfil da EducaçãoPública Básica no RS,no Tribunal de Contasdo Estado (TCE-RS).
O estudo cruzou da-dos do software TC Educa, desen-volvido pelo GT; Censo Escolar;e Sistema de Informações sobreOrçamentos Públicos em Educa-ção. Além das metas do PNE, asanálises abordam infraestruturadas escolas, investimentos noEnsino e desempenho no Índicede Desenvolvimento da Educa-ção Básica (Ideb), contemplandoEducação Infantil e ensinos Fun-damental e Médio. Os dadoscompletos podem ser acessadosno site https://pne.tce.mg.gov.br.
“Este trabalho buscou demons-
trar a importância dos dados jádisponíveis, para levar à socieda-de conhecimento sobre esta rea-lidade e dar elementos para queo controle social possa cobrarde gestores e poder legislativo.O objetivo principal é gerar am-biente positivo de tensionamen-to para o cumprimento das me-tas”, explica o coordenador do
GT e conselheiro doTCE-RS, Cezar Miola.
Referente à Meta 1,da Educação Infantil,115 municípios, dos497 do RS, universaliza-ram o atendimento nafaixa de 4 a 5 anos (quejá deveria ter ocorridoaté 2016). O PNE tam-
bém prevê, até 2024, vaga para50% das crianças de até 3 anos,hoje verificado em 150 municí-pios. Mas, segundo o estudo,52,4% correm o risco de descum-prir essa meta até o prazo final.
No Ensino Médio do RS, a si-tuação é pior. Só 26 municípiosuniversalizaram o atendimentona faixa de 15 a 17 anos, previstopara 2016 (Meta 3/PNE). E 94,7%têm risco de descumprir a metade elevar, para 85%, a taxa dematrículas nesta etapa, até ago-ra só atingida por nove cidades.
A Confederação Nacional dosTrabalhadores em Educação (CNTE)tem posição contrária à atual BaseNacional Comum Curricular (BNCC)do Ensino Médio; e elaborou ummodelo de carta, orientando os sin-dicatos associados para que edu-cadores enviem as críticas ao Mi-nistério da Educação (MEC). En-tre as questões, assinala a obriga-toriedade, nos três anos do EnsinoMédio, apenas das disciplinas deLíngua Portuguesa e Matemática.No RS, o Cpers integra a mobiliza-ção e sugere que as escolas pro-movam discussões próprias sobre“as reais consequências” da Base.
ENSINO MÉDIO
ODia D de debate da BaseNacional Comum Curri-cular (BNCC) do Ensi-no Médio foi promovido
ontem, no país, por deliberaçãodo governo federal. A medida,no entanto, gerou protestos ecríticas. Na Capital, estudantesdo Colégio Estadual Paula Soa-res realizaram uma manifesta-ção contra o atual documento,reivindicando maior envolvimentono assunto. E educadores desta-caram o curto tempo de preparopara a discussão nesta data,anunciada no recesso escolar.
A diretora do Paula Soares,Genecy Segala, relatou dificulda-de em acessar os materiais deapoio no site do Ministério daEducação (MEC), destinado aodebate. Por isso, ressaltou queainda tem pouco conhecimentosobre o documento, mas sua im-pressão inicial é, na maior parte,negativa. “Não estou conseguin-do visualizar a Base na prática,
pois será bem diferente do queestamos acostumados. Pelo quevemos, até agora, me pareceque não será uma boa mudançapara os estudantes, principal-mente os da escola pública”, con-siderou. E ainda argumentou,por exemplo, que muitos alunosdo Ensino Médio podem não termaturidade para avaliar e esco-lher os itinerários formativos, aparte flexível da BNCC, divididaem áreas do conhecimento.Além dos educadores, cerca de
15 estudantes do Ensino Médioacompanharam o debate, en-quanto outros protestaram dian-te do prédio escolar. A diretoraGenecy disse que a participaçãodos alunos na reunião foi inicia-tiva espontânea, após serem avi-sados, no dia anterior, de quenão haveria aula. A aluna LindaOliveira, do 2° ano, criticou a fal-ta de tempo para o planejamen-to do Dia D, e afirmou que a reu-nião não serviu para esclarecersuas dúvidas. E para o colega Da-vi Cardoso, os próprios professo-res têm dúvidas, por isso, defen-deu palestras, com representan-tes da Secretaria Estadual daEducação, em horário de aula.
Também na Capital, o Colé-gio Estadual Júlio de Castilhosnão participou do Dia D, mas adiretora Fernanda Gaieski res-saltou que se deve, principalmen-te, à organização interna, pois oretorno às aulas no Julinho ocor-reu pouco antes, no dia 31/7. Se-gundo Fernanda, a escola, emsua maioria, é contrária à BNCCdo Ensino Médio. Uma das prin-cipais críticas se relaciona àsmudanças curriculares. “As dis-ciplinas estão engessadas, e asmatérias necessárias ao pensa-mento analítico e crítico estãosendo retiradas”, pontuou.
MAUROSCHAEFER
ENSINO
ESTUDO DO TCE-RS
“A discussão, a contribuição ou,até, a contradição fazem parte doprocesso democrático, na constru-ção de qualquer política pública. ODia D do Ensino Médio foi o iníciopara as contribuições, por área doconhecimento. Este processo nãose esgota no Dia D”, afirmou Sô-nia Rosa, diretora pedagógica daSecretaria Estadual da Educação.Para maior participação, as contri-buições podem ser feitas até 8/8.
DiaDdaBNCCnopaísgeraprotestosecríticasPouco tempo para
planejar o debate equestões curricularessão apontados comoentraves à proposta
MAURO SCHAEFER
No Paula Soares, houve ato de alunos
Cezar Miola
Editora: Maria José Vasconcelos [email protected]
Perfil daEducaçãogaúchaépreocupante
BASE COMUM
CNTEsugerecartaaoMEC
DOCUMENTO NACIONAL
Contribuiçõesvãoatédia8/8
18 Jornal do Comércio - Porto Alegre
Geral
Sexta-feira e fim de semana3, 4 e 5 de agosto de 2018
Editora: Paula Sória [email protected]
(51) 3223.0216 - 99917.096698115.8665
Rua Rubem Antônio da Silva 65/403Jardim Guanabara - Porto Alegre
(51) 3223.0216 - 99917.096698115.8665
Apesar de não estar entre os estados brasileiros em situação mais grave, o Rio Grande do Sul ainda fica devendo no atendimen-to às metas do Plano Nacional de Educação (PNE) referentes à Edu-cação Infantil e aos ensinos Mé-dio e Fundamental. Quase 77% dos municípios gaúchos não aten-dem ao indicador 1A da meta 1 do Plano, que pede a universaliza-ção da pré-escola para a popula-ção de quatro e cinco anos – um padrão que já deveria ter sido atingido em 2016. O dado cons-ta no Perfil da Educação Pública do Rio Grande do Sul, divulgado nesta quinta-feira. O estudo é fru-to de um grupo de trabalho que reúne a Associação de Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e do Instituto Rui Barbo-sa, e cruzou dados de diferentes fontes governamentais.
No que se refere à oferta em creches, outro elemento presente na primeira meta do PNE, o Esta-do também fica devendo. No mo-mento, 150 municípios gaúchos já disponibilizam vagas para, pelo menos, 50% de crianças de zero a três anos, meta estabelecida para 2024. No entanto, das 347 cidades restantes, 182 correm ris-co de não atingir o indicador no prazo previsto, uma vez que apre-sentam progresso muito pequeno a cada ano.
“Se alguns municípios man-tiverem a atual tendência, não cumpriremos a meta em 2024,
EDUCAÇÃO
Estado está longe de atingir metas em Educação BásicaTrês quartos das cidades não cumprem exigências previstas para 2016
Igor [email protected]
Maioria dos municípios pode deixar de cumprir objetivos para o Ensino Médio
No que se refere ao Ensino Fundamental, os dados apontam que, nas escolas gaúchas que ofer-tam a modalidade, não chega a 50% a presença de mecanismos adequados de acessibilidade a alunos com mobilidade reduzida. Além disso, pouco mais de 60% das instituições dispõe de quadra esportiva, laboratório de informá-tica e biblioteca. Também nesse caso, mais investimentos não re-fletem em melhores instalações, o que reforça a ideia de problemas na gerência de recursos.
Em paralelo, 208 municípios não forneceram dados para o Ín-dice de Desenvolvimento da Edu-cação Básica relativos aos anos iniciais, enquanto 304 não apre-sentaram informações quanto aos anos finais do Fundamental.
Por outro lado, os dados de in-fraestrutura referentes ao Ensino Médio são melhores. Mais de 90% das escolas têm instalações para informática, sala de professores e biblioteca, enquanto mais de 80% contam com áreas para a prática de esportes. Contudo, dos 497 mu-nicípios, apenas 26 conseguiram universalizar o acesso à escola para a população de 15 a 17 anos, previsto na meta 3 do PNE.
No indicador que exige pelo menos 85% de matrículas entre 15 e 17 anos até 2024, a situação preo-cupa ainda mais. Apenas nove ci-dades já chegaram lá – e, das res-tantes, nada menos que 471 correm risco de não atingir a meta dentro do prazo. Os dados podem ser acessados no site https://pne.tce.mg.gov.br/.
INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO INFANTIL AO ANO (POR ALUNO)OS QUE MAIS INVESTEM
FONTE: ESTUDO “PERFIL DA EDUCAÇÃO PÚBLICA DO RIO GRANDE DO SUL”
Cidade Investimento Alunos matriculados
Santa Tereza R$ 34.062,06 36
Floriano Peixoto R$ 20.757,50 49
Três Arroios R$ 16.286,52 63
Rolador R$ 16.201,38 49
Coqueiro Baixo R$ 16.052,04 36
OS QUE MENOS INVESTEM
Cidade Investimento Alunos matriculados
Viamão R$ 520,26 4.380
Pantano Grande R$ 855,61 365
Maçambará R$ 1.479,11 111
Pinheiro Machado R$ 1.481,57 364
Santana de Boa Vista R$ 1.751,78 196
nem em 2030 ou 2040. Os bebe-zinhos que estão nascendo hoje poderão ser vovôs e vovós sem verem seus netos com vaga ga-rantida em creches”, argumenta Cezar Miola, conselheiro do Tri-bunal de Contas do Rio Grande do Sul (TCE-RS) e coordenador do grupo de trabalho. Segundo ele, é importante criar um “ambiente positivo de tensionamento” para o cumprimento das metas – o que envolve um aumento da pressão sobre os agentes públicos respon-sáveis por isso.
A média de investimento em Educação Infantil no Estado é de R$ 6.903,73 anuais por aluno. O número é superior ao fixado pelo Fundo de Manutenção e Desen-volvimento da Educação Básica
PATRIMÔNIO
Com limpeza do viaduto da Borges, área será ocupada por food trucks
A retirada de pertences e de moradores de rua do viaduto Otá-vio Rocha, na avenida Borges de Medeiros, no Centro de Porto Ale-gre, na quarta-feira, foi sucedida pelo anúncio de que o espaço será ocupado por food trucks já neste sábado, das 9h30min às 21h. Se-gundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, a primeira ação será um teste, mas a intenção é de que o comércio seja feito todos os sábados e domingos.
A remoção das barracas foi solicitada pela Brigada Militar (BM) ao Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). Se-gundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a ação foi executada sem conhecimento da pasta e sem a participação da Fundação de As-sistência Social e Cidadania (Fasc). O presidente da Associação Repre-
sentativa e Cultural dos Comer-ciantes do Viaduto Otávio Rocha, Adacir Flores, afirmou que a reti-rada dos pertences ocorreu sem maiores transtornos e que havia poucos moradores de rua no local na hora da ação. O número de ocu-pantes das vias já vinha diminuin-do nos últimos meses.
Uma mudança de estratégia na abordagem, que inclui o poli-ciamento fixo nos arredores, com intuito de coibir o tráfico embaixo do viaduto, também tem afastado os moradores de rua, garante o co-mandante do 9º Batalhão de Briga-da Militar, tenente-coronel Rodrigo Mohr. “Constatamos que as barra-cas estavam vazias. Ficavam en-costadas nas paredes e não eram para moradia, eram usadas para o consumo de crack”, explica. A BM pretende manter o policiamento reforçado no local, a fim de coibir tráfico e consumo de drogas, além de furtos e roubos.
Suzy [email protected]
e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), de pouco menos de R$ 5,4 mil – mas ainda está longe da média dos países li-gados à Organização para a Coo-peração e Desenvolvimento Eco-nômico (OCDE), que ultrapassa os R$ 33 mil. A cidade gaúcha que mais investe, proporcionalmen-te, é Santa Tereza, enquanto Via-mão tem o percentual mais baixo (ver tabela).
Os dados dão a entender que não há uma relação direta entre o investimento feito e os resulta-dos obtidos. A média de recur-sos dispendidos pelas cidades que universalizaram o acesso à primeira escola, por exemplo, é de R$ 7.522,39 anuais por alu-no – apenas um pouco maior do que as que não alcançaram ain-da esse patamar, cuja média é de R$ 7.230,28. Isso, segundo Miola, é um indicativo de que há outros fatores na equação. “Faltam re-cursos para a educação, sem dú-vida alguma. Mas há, também, uma relação direta com a ges-tão”, reforça.
Somando os dois indicadores da meta 1 do PNE, cinco municí-pios gaúchos geram especial preo-cupação. Alvorada, Amaral Ferra-dor, Cerro Branco, Coronel Pilar e Gramado Xavier têm menos de 50% em vagas para pré-escola e estão abaixo dos 25% na oferta de creches. Com exceção de Coronel Pilar, no Nordeste, todos apresen-tam índices de investimento por aluno entre os mais baixos de todo o Rio Grande do Sul. Pertences de moradores de rua foram retirados do local na quarta-feira
MARCELO G. RIBEIRO/JC
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ESPECIAL r
Educação básica patina na Zona Sul Principal problema está na oferta de vagas na educação infantil para crianças de até três anos
Por Roberto Giovanaz [email protected]
A educação básica ainda patina na Zona Sul do Rio Grande do Sul. É o que mostram os dados recentes divulgados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) através do Perfil da Educação Pública no RS. Os principais gargalos estão na educação infantil para crianças de até três anos. No Brasil, a meta para atender 50% da população desta parcela é 2024, conforme o plano Nacional de Educação (PNE), lançado em 2014. A única cidade sem creche é Pedras Altas.
No Estado, 33% desta parcela é atendida e no Brasil, o número cai para 28%. Em Pelotas, o índice é de 21 % e em Rio Grande o número chega a 15%. O único município que' supera esta média estadual e federal é Santa Vitória do Palmar, com 36,6% da população atendida. Os três piores índices estão em Pedras Altas, Amaral Ferrador e São José do Norte.
EM PELOTAS Uma lista de espera hoje na Secre
taria de Educação e Desporto (Smed) possui 1,7 mil crianças aguardando por vagas. pela estimativa do IBGE, seriam 14,9 mil habitantes com até três anos. A meta será cumprida até 2024, garante o secretário Artur Corrêa. O erro, neste estudo, indica o secretário, é não levar em consideração as crianças que estudam em escolas particulares. "Muitas crianças, um enorme contingente, estão em escolas particulares. A grande maioria da classe média não usa (a escola pública)", contrapõe Corrêa.
Até o final do ano, a Smed quer abrir mais duas escolas municipais de educação infantil e aumentar a oferta. Conforme informações no site da prefeitura, na atual gestão foram criadas 334 vagas. O número representa 19% da atual lista de espera na pasta. O número de crianças fora das escolas públicas, o que não significa que não estejam em escolas particulares, é de 11,7 mil pessoas . .
ZERO VAGA Pedras Altas é o único município
sem creches e sem vagas para crian-
ças de até três anos. Em conversa com a secretária de Educação, Cultura e Desporto, Cileni Tardiz, ela confirma que não existe creche na cidade. Pelos dados levantados pelo TCE, seriam 108 crianças sem vagas. "Está nos planos do governo construir a primeira creche em 2019. Já licitamos materiais e queremos cumprir essa meta", explica a gestora. O município também procura um terreno para instalar a creche no centro da cidade.
Pelo projeto da administração, serão 25 vagas. "Como é uma cidade pequena e todo mundo se conhece, acaba deixando com um vizinho ou com algum conhecido", explica a secretária, que reiterou ser essa uma das prioridades para a educação do município. Outro problema em Pedras Altas está no Ensino Médio, apenas 35% da população de 15 a 17 anos está cursando o Ensino Médio.
PRIMEIRO ANO COM CRECHE Outro município que aparece no
mapa como problemático no quesito creches é Capão do Leão. As primeiras vagas surgiram em abril deste ano, após o estudo ser realizado. Pelos dados do TCE, o município ainda
-Expectativa. Smed pretende criar até o fim do ano mais duas escolas municipais de educação infantil
não teria nenhuma vaga para as 1,4 mil crianças na faixa de até três anos.
Neste ano, foram criadas três turmas e o município realizou o sorteio de 75 vagas num universo de 155 inscritos. "Nosso plano era abrir 30 novas vagas por ano. Há mais de dez anos que isso é cobrado do Executivo e conseguimos superar nossa meta", explica o secretário de Educação, Cultura e Desporto, Gustavo Domingues. A falta de vagas chegou a ser cobrada pelo Ministério Público Estadual (MP). A Secretaria instaurou um plano de ações, garante o secretário, para atender a meta até a data estipulada pelo Ministério da Educação (MEC). IDP
PORCENTAGEM DA POPULAçÃO DE O A 3 ANOS MATRICULADA
EM CRECHES PÚBLICAS
Pelotas - 21,8%
Rio Grande - 15,3%
Jaguarão -16,9%
São Lourenço do Sul - 29,7%
Morro Redondo - 21,9%
São José do Norte - 3,3%
Santa Vitória do Palmar - 36,6%
Canguçu -12.7%
Piratini - 26%
Pinheiro Machado -15,7%
Pedro Osório - 13,1%
Cerrito - 6,7%
Chuí - 31%
Arroio Grande - 21,9%
Pedras Altas - 0%
Arroio do Padre - 16%
Amaral Ferrador - 5,4%
Aceguá - 9,6%
Capão do Leão - 5,2%
Herval- 28,8%
Turuçu - 21,3%
Santana da Boa Vista - 23%
BRASIL ·28.2%
RIO GRANDE DO SUL· 33%
META
BRASIL· 28.56%
RIO GRANDE DO SUL - 33 94%
(Dados do TCE)
LEIA MAIS Conheça também o projeto Mães
Crecheiras em reportagem na página 7
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22.11.18 | 16h54
O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, recebeu na tarde destaquarta-feira (21) o presidente da Associação dos Membros dos Tribunaisde Contas do Brasil – Atricon, Fábio Túlio Filgueiras Nogueira e oconselheiro do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, Cezar Miola, quetambém coordena o Comitê Técnico da Educação do Instituto RuiBarbosa.
A visita de caráter institucional que abordou temas comuns àsinstituições, além de parcerias para a área de educação.
“São temas de enorme relevância para toda a sociedade e a OAB, comovoz constitucional do cidadão, tem satisfação em poder contribuir,
especialmente quando falamos de algo tão importante, como a educação”, afirmou Lamachia.
“Tivemos a oportunidade de entregar ao presidente Lamachia nosso plano de gestão e um livro sobre uma de nossas principais ferramentas que é oMarco de Medição de Desempenho – MMD. Tratamos também da PEC 22/2017, que tramita no Senado, e propõe criação do Conselho Nacional dosTribunais de Conta”, afirmou Fábio Nogueira.
A PEC amplia a participação da área técnica na composição dos Tribunais de Contas, torna mais rígidos os critérios de investidura aos cargos deconselheiros e ministros do TCU, além de regrar quarentenas e fixar limitadores de acesso para condenados em segunda instância, em similaridadeà Lei da Ficha Limpa.
Cezar Miola apresentou uma proposta de parceria entre a OAB e a Atricon e o Instituto Rui Barbosa para juntos realizarem uma campanha deaproximação dos Tribunais de Contas ao Plano Nacional de Educação (PNE).
Atualmente o Brasil possui aproximadamente 2 milhões de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos fora da escola, conforme a PNAD Contínua(2017). Já na faixa de zero a 3 anos, há cerca de 8 milhões de crianças não atendidas em creches.
“Nosso entendimento é de que é preciso buscar a concretização daqueles dispositivos da Constituição que dizem a educação é dever do Estado, dasociedade da família. Criança e adolescente devem ser tratados como prioridade. Portanto, resolvemos procurar organizações da sociedade, comrepresentatividade e legitimidade possam, com suas forças, ajudar neste processo”, explicou Miola.
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