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Good Group International GAAP © Demonstrações financeiras consolidadas ilustrativas em IFRS, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, baseadas nos pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis — CPC Edição 2016

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Demonstrações financeiras consolidadas ilustrativas em IFRS, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, baseadas nos pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis — CPC

Edição 2016

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Expediente Good

Sócio-líder de AuditoriaSérgio Romani

Conteúdo técnicoIdésio S. Coelho, Paul Sutcliffe, Silvio Takahashi, Eliane Mattos e Jaqueline Maia

Diretora executiva de Marca, Marketing e ComunicaçãoMarly Parra

Coordenação editorialAlexandre Moschella

ReportagemAndrea Allabi e Felipe Datt

Coordenação de designAlexandre Rugerio e Marcos Mazzei

RevisãoJoão Hélio de Moraes

FotografiasArquivo de imagens EY

Por: EYGM Limited © 2015 EYGM Limited. Todos os direitos reservados.

As informações contidas nesta publicação foram preparadas na data-base de 30.11.15. Dessa forma, possíveis alterações em pronunciamentos posteriores não estão contempladas.

Esta publicação contém informações de forma sumária e, portanto, é destinada para uso com o propósito de orientação geral.

Esta publicação não é indicada como substituto de uma pesquisa detalhada ou de um julgamento profissional.

A EYGM Limited, ou qualquer outro membro global da organização Ernst & Young, não pode aceitar responsabilidade por perdas ocasionais decorrentes de ações adotadas ou ações não adotadas por qualquer pessoa como resultado do uso do material contido nesta publicação. Qualquer assunto específico deve ser discutido com o seu consultor ou auditor.

As informações contidas nas reportagens desta publicação refletem apenas as opiniões dos profissionais citados nas mesmas, e não necessariamente da EY.

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Observação importante: Este material foi preparado objetivando exemplificar o maior número possível de divulgações existentes na IFRS e nas práticas contábeis adotadas no Brasil. Cada usuário deve analisar o seu caso específico e, com base na Orientação CPC 07 — Evidenciação na divulgação dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral, procurar racionalizar suas divulgações em notas explicativas, sempre orientado pelo seu julgamento profissional e pela relevância da informação.

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Demonstrações financeiras consolidadas ilustrativas em IFRS, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, baseadas nos pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis — CPC

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Apresentação

Caros leitores,

Foi preciso uma mudança cultural e interpretativa desde que foram implementadas, no Brasil, as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS) por meio dos pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). No entanto, após sete anos da adoção das normas internacionais, as empresas ainda enfrentam desafios. Elas precisam tornar as demonstrações financeiras mais concisas e saber discernir as informações relevantes das não tão relevantes.

Atualizado com os pronunciamentos contábeis emitidos até 30 de novembro de 2015, o Good Group traz exemplos de demonstrações financeiras, notas explicativas e referências para os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis que mostram de maneira bastante compreensível os requisitos das práticas contábeis brasileiras e internacionais.

O nosso objetivo é que, nestas páginas, as empresas tenham em mãos exemplos de conteúdos e formatos de demonstrações financeiras e partam, a partir desses modelos, para elaborar as suas próprias DFs, adaptando-as da melhor maneira às situações de seus negócios. Por meio da publicação, as companhias do País podem ganhar em agilidade e transparência na divulgação das informações, já que são obrigadas a reportar de acordo com os pronunciamentos técnicos emitidos pelo CPC, e não seguindo diretamente o padrão internacional.

Todo esse processo é simplificado para os executivos das empresas, que têm acesso às novidades do ambiente contábil e aos temas complexos que vêm ganhando importância no cenário atual. Também trazemos reportagens especiais sobre assuntos que estão em evidência hoje, entre eles Arrendamento Mercantil, IFRS 9 e agenda tributária.

Dessa forma, continuamos a contribuir para o enriquecimento do conteúdo das demonstrações financeiras das empresas brasileiras. O incentivo ao desenvolvimento e crescimento delas por meio da disseminação do conhecimento faz parte do nosso propósito de construir um mundo de negócios melhor.

Boa leitura!

Sérgio RomaniSócio-líder de [email protected]

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Demonstrações financeiras consolidadas ilustrativas em IFRS, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, baseadas nos pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis — CPC

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Conteúdo

Temporada de ajustes 8 Novas regras para operações de leasing podem elevar reconhecimento de dívida 10Antecipando perdas 12 Palavras iniciais 14 Comentários gerais sobre as demonstrações financeiras 16Comentários para o exemplo ilustrativo do Good Group 20Normas emitidas pelo CPC vigentes em 31 de dezembro de 2015 22Demonstrações financeiras consolidadas 26Balanço patrimonial consolidado 27Demonstração consolidada do resultado 28Demonstração consolidada do resultado abrangente 29Demonstração consolidada do fluxo de caixa 30Demonstração consolidada de valor adicionado (DVA) 31Demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido 32Notas Explicativas às demonstrações financeiras consolidadas em IFRS e CPC 34

1 Informações sobre o Grupo 342 Políticas contábeis 342.1 Base de consolidação 352.2 Combinações de negócios 362.3 Investimento em coligadas e em joint ventures 372.4 Classificação corrente versus não corrente 382.5 Mensuração do valor justo 392.6 Reconhecimento de receita 402.7 Subvenções governamentais 412.8 Impostos 422.9 Ativos não circulantes mantidos para venda e operações descontinuadas 432.10 Distribuição de lucros in natura 432.11 Imobilizado 432.12 Ativos intangíveis 442.13 Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração subsequente 452.14 Instrumentos financeiros derivativos e contabilidade de hedge 492.15 Estoques 512.16 Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros 512.17 Caixa e equivalentes de caixa 512.18 Ações preferenciais conversíveis 512.19 Ação em tesouraria 522.20 Provisões 522.21 Benefícios de aposentadoria e outros benefícios pós-emprego 532.22 Transações envolvendo pagamento em ações 532.23 Conversão de moeda estrangeira 542.24 Ajuste a valor presente de ativos e passivos 552.25 Arrendamentos mercantis 552.26 Custos de empréstimos 562.27 Propriedades para investimento 562.28 Pronunciamentos novos ou revisados aplicados pela primeira vez em 2015 562.29 Pronunciamentos emitidos mas que não estavam em vigor em 31 de dezembro de 2015 582.30 Correção de um erro 633 Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas 64

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4 Combinações de negócios e aquisição de participações de não controladores 68

5 Participação em joint venture 71

6 Investimento em coligada 72

7 Subsidiárias com participações significativas de não controladores 73

8 Informações por segmento 75

9 Outras receitas/despesas e ajustes 78

9.1 Outras receitas operacionais 78

9.2 Outras despesas operacionais 79

9.3 Despesas financeiras 79

9.4 Receitas financeiras 79

9.5 Depreciação, amortização, variações cambiais e custos de estoques incluídos

na demonstração consolidada do resultado 80

9.6 Despesas com benefícios a funcionários 80

9.7 Custos de pesquisa e desenvolvimento 80

9.8 Componentes do resultado abrangente incluído nas mutações do patrimônio líquido 81

9.9 Despesas administrativas 81

10 Impostos de renda sobre o lucro 82

11 Operação descontinuada 84

12 Lucro por ação 86

13 Imobilizado 87

14 Propriedades para investimento 88

15 Intangível 91

16 Outros ativos e passivos financeiros 92

16.1 Outros ativos financeiros 92

16.2 Outros passivos financeiros 93

16.3 Atividades de hedge e derivativos 95

16.4 Valor justo 97

17 Teste de perda por redução ao valor recuperável do ágio pago por

expectativa de rentabilidade futura e intangíveis com vida útil indefinida 101

18 Estoques 104

19 Clientes e outras contas a receber (circulante) 104

20 Caixa e equivalentes de caixa 105

21 Capital social e reservas 106

22 Dividendos pagos e propostos 109

23 Provisões 110

24 Subvenções governamentais 112

25 Receita diferida 112

26 Planos de previdência e outros benefícios pós-emprego 113

27 Planos de remuneração baseados em ações 118

28 Fornecedores e outras contas a pagar (circulante) 120

29 Informações sobre partes relacionadas 121

30 Compromissos e contingências 123

31 Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro 124

32 Mensuração do valor justo 131

33 Eventos subsequentes 134

Referências aos CPCs nas Notas Explicativas 135

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Entrevista

Temporada de ajustes

Poucos anos tiveram uma agenda tributária tão movimentada quanto 2015. Além do já aguardado término do Regime Tributário de Transição (RTT)

e sua substituição por um novo arcabouço legal, na forma da Lei nº 12.973/14, as empresas foram surpreendidas ao longo do ano por uma série de anúncios que, somados, compõem o “pacote fiscal” do governo federal. Com o intuito de elevar a arrecadação e equilibrar receitas e despesas, o pacote afetou diretamente companhias de uma série de setores ao diminuir ou eliminar desonerações concedidas nos últimos anos – a volta da incidência do PIS e da Cofins sobre receitas financeiras é apenas um dos exemplos. “E existem diversos temas dentro do pacote que surtirão efeito prático apenas em 2016”, projeta o sócio de Tax da EY, Washington Coelho. Em entrevista ao Good Group, Coelho destaca os principais temas da agenda tributária com impactos nas empresas em 2015.

Good Group | O ano de 2015 foi mais movimentando do que a média no que diz respeito a novas legislações e regulamentações tributárias? Quais os principais destaques?

Coelho | Com certeza. Tivemos novidades do ponto de vista de consolidação da legislação, a exemplo da Lei nº 12.973/14, que reformulou os critérios de tributação de lucros auferidos no exterior, regulou as questões relacionadas à distribuição de dividendos do período de 2008 a 2014 e marcou o fim do RTT. O período foi bastante intenso também em relação a novas obrigações acessórias, com a introdução da nova Declaração de Imposto de Renda, a Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Essa obrigação acessória é altamente interligada aos outros blocos da escrituração contábil digital e acarretou bastante trabalho para as empresas do ponto de vista de preparação em seu primeiro ano de vigência. Sem esquecer que o ano foi marcado por todas as novidades ligadas ao pacote fiscal.

Good Group | Após seis anos, o RTT, que garantiu a neutralidade tributária às empresas durante o período de adaptação ao padrão contábil IFRS, deixou de existir. Em seu lugar, um novo arcabouço legal, a Lei nº 12.973/14, entrou em cena. Qual o balanço do primeiro ano de vigência dessa nova lei?

Coelho | As empresas ainda estão em processo de melhor entendimento da lei, que substituiu o RTT por uma série de procedimentos fiscais para a maioria dos efeitos contábeis introduzidos pela Lei nº 11.638/2007.

Lembrando que, durante a vigência do RTT, os efeitos contábeis, positivos ou negativos, eram neutralizados do ponto de vista fiscal. A Lei nº 12.973 regulou como esses efeitos são tratados, e a Receita Federal emitiu uma instrução normativa estabelecendo os critérios para as empresas implementarem e controlarem todos esses efeitos estabelecidos na lei, via controles específicos em subcontas, controles via adição e exclusão na apuração dos impostos etc. As informações serão demonstradas na ECF. A lei tinha o intuito de convergir para uma neutralidade tributária, e em linhas gerais não existem grandes traumas nesse ponto. O problema é que o nível de detalhamento das informações é grande e as empresas enfrentam dificuldades de implementação. Outro ponto que ainda gera insegurança para algumas empresas é que existem muitos temas que gravitam entre vários pronunciamentos contábeis e que não encontram tratamento tributário específico na legislação. A resposta mais contundente é que ou as empresas pagarão mais impostos ou tomarão uma dedução fiscal maior do que ocorria. Os dois casos geram preocupação. Mas são situações específicas de algumas empresas.

Good Group | Além do fim do RTT, a grande marca de 2015 é o ajuste fiscal e a busca do governo federal por maior equilíbrio nas contas públicas. Na prática, isso representou o fim ou a diminuição de uma série de benefícios/desonerações concedidos a alguns setores ao longo dos últimos anos. Ainda que muitas medidas não tenham sido aprovadas, quais os principais destaques do “pacote fiscal” que já impactam as empresas?

Coelho | O que de fato impacta as empresas desde maio é o restabelecimento da incidência do PIS e da Cofins sobre as receitas financeiras (em 0,65% e 4%, respectivamente). O PIS e a Cofins entraram na sistemática não cumulativa entre 2002 e 2003. Um ano depois, estabeleceu-se que o Poder Executivo tinha a prerrogativa de reduzir a zero as alíquotas sobre as receitas financeiras, o que de fato ocorreu. Mas havia também a prerrogativa de restabelecê-las até o patamar nominal vigente à época, de 9,25%, sendo 1,65% de PIS e 7,6% de Cofins. Até abril de 2015, as empresas não pagaram PIS e Cofins sobre as receitas financeiras, com exceção do incidente nos juros sobre capital próprio. Em 1º de abril, foi restabelecida essa incidência, justamente em um momento de forte valorização do dólar, quando a variação cambial começou a ter efeito significativo sobre os ativos, os passivos e o resultado das empresas.

Por Felipe Datt

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9Good Group | EY

Good Group | Depois de forte mobilização do empresariado, o governo federal voltou atrás e decidiu zerar as alíquotas de PIS e Cofins incidentes sobre algumas receitas financeiras. O Decreto nº 8.451 acalmou os ânimos?

Coelho | Com a pressão, o governo emitiu esse decreto mantendo as alíquotas zeradas nos casos de receitas oriundas de variação cambial de exportações e financiamentos e de operações de hedge. Isso representou grande alívio para as empresas, principalmente porque essas receitas podem sofrer alterações e não se confirmarem na liquidação das transações. Assim, o restabelecimento da incidência do PIS e da COFINS ficou mantido para as demais receitas financeiras que as empresas possuem, como as decorrentes de operações no mercado financeiro e variações monetárias, por exemplo. O restabelecimento dessa incidência tem um impacto relevante no fluxo de caixa das empresas. Meu entendimento e o de muitos advogados é que o restabelecimento das alíquotas do PIS e da COFINS estava previsto na lei, que continha a prerrogativa de o Ministro da Fazenda reduzir a zero e restabelecer a alíquota sobre receitas financeiras até o seu patamar vigente na época, de 9,25%. Mas existem liminares defendendo que não há competência para aumentar as alíquotas via decreto.

Good Group | Ainda na agenda do “pacote fiscal”, a publicação da Medida Provisória 669 reduziu o benefício da desoneração da folha de pagamentos. Com a MP, os setores que antes pagavam 1% sobre o faturamento passarão a recolher 2,5%. As empresas que pagavam 2% passam a recolher ao INSS 4,5% sobre o faturamento. Qual o real impacto?

Coelho | Quando se estabeleceu as regras para a desoneração da folha de pagamentos, diversos estudos concluíram que o impacto tributário da incidência de 1% ou 2% sobre a receita bruta era menor do que os 20% incidentes sobre a folha de pagamentos. Muitos setores fizeram estudos e pleitearam a adesão ao programa de desoneração da folha. Com a MP, além do aumento dos percentuais incidentes, foi dada às empresas a opção de escolher entre o pagamento do INSS sobre a folha de salários ou sobre o faturamento. Na prática, não há mais desoneração da folha. Muitos dos nossos clientes, inclusive, já chegaram à conclusão de que vale a pena voltar ao modelo de contribuição sobre a folha de

pagamento. Em novembro de 2015, as empresas terão que exercer essa opção da contribuição sobre a receita bruta ou a contribuição sobre a folha de pagamento.

Good Group | Outro imposto prorrogado quatro vezes antes de ser extinto em 2007, a CPMF pode ser recriada, ainda que o Planalto descarte seu retorno para 2015. Que setores tendem a ser mais afetados?

Coelho | Um dos setores que sofriam maior impacto durante a vigência da CPMF era o do comércio. Imagine o segmento atacadista, que compra e vende mercadorias no atacado, com margens bem apertadas. Sobre todas as movimentações financeiras para pagamento de fornecedores, por exemplo, havia um custo adicional de 0,38%. A retomada desse custo adicional em um contexto de crise econômica como a atual produzirá um impacto muito severo na lucratividade das empresas desse setor. Isso considerando um momento em que não podem precificar esse imposto. Ou seja, as empresas suportarão o custo até quando der. Depois, começarão a repassar.

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10 Good Group | EY

Reportagem

Novas regras para operações de leasing podem elevar reconhecimento de dívida

Por Felipe Datt

Uma discussão complexa, polêmica e que já se arrasta por pelo menos uma década pode estar perto de chegar ao fim. O International Accounting

Standards Board (IASB), órgão responsável pela publicação das normas contábeis IFRS, poderia divulgar ainda em 2015 as novas regras para o reconhecimento contábil das operações de arrendamento mercantil. A principal mudança será a necessidade de registro de um ativo e um passivo para quase todas as operações de arrendamento, prática que não é exigida atualmente.

A reforma radical na contabilidade de arrendamentos gera temor em empresas varejistas e companhias aéreas, para citar apenas dois segmentos, uma vez que terão que assumir milhões – ou bilhões – de dívidas em seus balanços. Para entender os reais impactos, é necessário analisar as regras para a contabilização dessas operações atualmente. Mais conhecido pelo nome popular leasing, o arrendamento mercantil consiste em uma operação em que uma empresa (arrendador) transmite a outra entidade (arrendatário) o direito de utilizar um ativo por um período determinado em contrato em troca de uma série de pagamentos mensais.

Os ativos mais comuns nesse tipo de operação são veículos, maquinários, materiais de escritório (como computadores e impressoras), chegando a itens de altíssimo valor agregado, como equipamentos de perfuração utilizados pelas indústrias extrativa e de óleo e gás e aeronaves, entre outros. As regras atuais para a contabilização das operações de arrendamento foram uma das primeiras traduzidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) quando da adoção, pelo Brasil, do IFRS. Uma das principais novidades introduzidas pelo CPC 06, emitido em 2008 e com vigência até hoje, foi a classificação de uma operação de arrendamento mercantil em duas modalidades distintas: financeira ou operacional, com uma série de regras específicas para categorizar a operação em uma ou outra modalidade.

A lógica da divisão em duas categorias é porque a essência das operações pode diferir. Em uma operação com prazo de dez anos para arrendamento de uma máquina com igual tempo de vida útil, por exemplo, apenas o arrendatário usufruirá do bem. Nesse caso, o

leasing é classificado como financeiro. Diferentemente do que ocorre em uma operação de arrendamento de um imóvel, em que o arrendatário usufruirá do bem por um intervalo de tempo muito menor do que a vida útil do ativo (arrendamento operacional). Na prática, o conceito que passou a valer para a classificação do leasing foi o da essência da operação – e não mais a forma do contrato.

Para efeito de registro contábil, os dois tipos de arrendamento têm regras diferentes. “O leasing operacional é como um aluguel de um apartamento ou escritório, em que o pagamento é alocado como uma despesa e não há um ativo contabilizado nem uma dívida no passivo”, diz o presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) e vice-coordenador de relações institucionais do CPC, Reginaldo Alexandre. No leasing financeiro, por sua vez, há necessidade do registro do direito de uso (o ativo), da obrigação total derivada desse direito (passivo) e do pagamento mensal pelo uso do bem na demonstração de resultados de cada período. Em suma, o balanço patrimonial do arrendatário destaca em seu ativo imobilizado os ativos em uso bem como a dívida decorrente dos compromissos assumidos.

O modelo, entretanto, é alvo de críticas há alguns anos, inclusive do próprio IASB. “A questão sempre foi que, embora ninguém tenha problema em registrar um ativo, as empresas querem seus balanços livres de dívidas. Com muito planejamento, algumas empresas davam um jeito de parecer que a operação era quase sempre operacional e não financeira. Em vez de registrar um ativo e um passivo, não se registrava nada”, diz Paul Sutcliffe, sócio de IFRS Services da EY.

Com o objetivo de corrigir essas distorções, sobretudo nos casos de empresas que possuem contratos de leasing financeiro disfarçados de operacionais – e que, portanto, não registram os ativos e respectivos passivos nos seus balanços –, uma nova norma contábil trará como obrigatoriedade o registro nos balanços de um ativo e de um passivo contratual para praticamente 100% das operações de arrendamento.

Na prática, chega ao fim a diferenciação entre leasing operacional e financeiro. A lógica que explica a alteração

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11Good Group | EY

é que o arrendamento de bens engloba um “direito de uso”, que deve ser contabilizado no ativo, com o consequente registro da obrigação de pagamento nos passivos. “Com esse conceito, há menos espaço para ocorrer uma manipulação de um tipo de leasing para outro”, completa Sutcliffe.

O processo de revisão da norma internacional contábil de arrendamento mercantil é antigo, mas ganhou fôlego a partir de um projeto conjunto criado em 2010 por IASB e Financial Accounting Standards (FASB). Não há, entretanto, um prazo definido para a publicação do novo pronunciamento – a previsão é que a publicação ocorra ainda em 2015, mas adiamentos já ocorreram em ao menos duas oportunidades. Ainda existem debates se pequenos contratos – ou aqueles inferiores a 12 meses – terão que registrar passivos e ativos nos balanços.

No fim de outubro, o IASB divulgou que o início da vigência do pronunciamento será em 1º de janeiro de 2019. “O prazo anterior era 2018. Existem outros pronunciamentos de adoção obrigatória, caso do IFRS 9 e do IFRS 15, e o IASB entendeu que seriam muitas mudanças para as companhias em um curto espaço de tempo. No caso do leasing, os impactos serão grandes”, diz Silvio Takahashi, coordenador de relações internacionais do CPC e sócio de Assurance da EY.

O adiamento da publicação, de alguma maneira, atende à demanda do mercado e aponta para a falta de consenso sobre o tema. O certo é que, pela grande complexidade da questão, as administrações das empresas terão que se preparar para a correta evidenciação de suas operações de leasing. Reginaldo Alexandre, da Apimec, lembra que, com a obrigatoriedade do registro do ativo e da dívida em praticamente todos os contratos de leasing a partir de 2019, “muita coisa que não aparecia como dívida no balanço das empresas passará a aparecer”.

De forma geral, entende, a expectativa é que ocorra uma elevação bastante significativa do valor de dívida das empresas que tenham operações de leasing e que atualmente não estão contabilizadas dentro dos seus balanços. “Para algumas empresas esse é um tema muito relevante, que envolve valores na casa de bilhões, e é preciso tempo para façam um bom reconhecimento das mudanças e possam se preparar para elas”, diz Alexandre.

Existem outras implicações importantes. A norma proposta pode afetar cláusulas de dívida que as companhias mantêm junto aos bancos – muitas empresas, ao fazer operações de financiamento, possuem restrições quanto aos seus níveis de endividamento. À medida que, em obediência à nova norma, passem a reconhecer a dívida associada a uma operação de leasing, acabarão elevando seu grau de endividamento. “Ao registrar novos passivos contábeis, a empresa pode ultrapassar o limite de endividamento acordado, e novos empréstimos podem ficar mais difíceis”, diz Sutcliffe.

Em linhas gerais, explicam os especialistas, os segmentos que requerem maior atenção às novas normas são aqueles mais intensivos em capital, como a indústria extrativa mineral e empresas de óleo e gás. Além daqueles que utilizam com frequência mecanismos de leasing em suas operações, como locadoras de veículos e instituições financeiras. “Qualquer empresa com grandes contratos de leasing operacional atualmente terá consequências, caso das companhias aéreas e do setor varejista”, diz Sutcliffe.

Para os analistas e usuários das demonstrações financeiras, entretanto, a publicação da nova norma é bem-vinda, na medida em que aumenta a transparência na divulgação das informações contábeis. “Os usuários terão uma noção um pouco mais clara dos efetivos compromissos financeiros das empresas com operações de arrendamento”, diz Reginaldo Alexandre.

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Reportagem

Antecipando perdasPor Felipe Datt

As empresas brasileiras terão, dentro de pouco mais de dois anos, um novo modelo obrigatório para o reconhecimento contábil das perdas sobre

ativos financeiros. A partir dessa data, a contabilização deixa de ser puramente retrospectiva, como ocorre atualmente, e passará também a ser prospectiva, em um modelo criado justamente para capturar de forma antecipada o aumento das variações esperadas nos níveis de inadimplência. As novas regras constam do IFRS 9, uma das mais complexas entre as normas internacionais de contabilidade IFRS – e também uma das que registraram um dos maiores períodos de maturação entre as discussões iniciais e sua efetiva publicação.

Publicada em 24 de julho de 2014 em substituição ao IAS 39, a norma teve seu projeto iniciado um pouco antes da crise financeira internacional de 2008. Desde então, sofreu alterações de escopo, com publicações parciais ao longo do tempo até que fosse finalmente aprovada pelo International Accounting Standards Board (IASB) há pouco mais de um ano. Em linhas gerais, o IFRS 9 traz como novidades as novas regras de classificação e mensuração de instrumentos financeiros, de impairment e de hedge accounting. A principal entre elas, entretanto, é a substituição do modelo de perda incorrida para os casos de inadimplência.

Durante a vigência do IAS 39, existiam restrições para que uma empresa fizesse provisões para perdas com base em expectativas, mesmo quando havia fortes evidências de problemas futuros na capacidade dos seus clientes arcarem com seus compromissos financeiros. Com a publicação do IFRS 9, entretanto, cuja aplicação no Brasil deverá ser obrigatória nas demonstrações contábeis publicadas a partir de 1º de janeiro de 2018, as empresas deverão registrar em seus balanços não apenas as perdas incorridas, a exemplo de um crédito a receber já vencido e não pago, como também estimativas de perdas futuras.

Lembrando que a Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), na prática, funciona como uma espécie de colchão para amortecer possíveis perdas. De certa maneira, o IFRS 9 nasce como resposta aos estragos causados na crise financeira de 2008, quando o G-20 exerceu pressão nos principais órgãos contábeis internacionais com o entendimento de que os modelos de contabilidade utilizados até então eram incapazes de refletir eventuais mudanças nos cenários de risco de crédito.

Isso porque, em cenários de deterioração da atividade econômica e de retração do Produto Interno Bruto (PIB), a probabilidade de aumento nos índices de inadimplência

em operações de empréstimos e financiamentos é grande. Pelo modelo de contabilização baseado nas perdas incorridas, eventuais mudanças de humor na economia – e na capacidade de pagamento da clientela – não eram capturadas. Na prática, conforme as regras do IAS 39, para registrar uma provisão era necessário que um evento de perda ocorresse. “As provisões acabavam ficando com um delay. Esperava-se primeiro ocorrer uma situação ruim e daí sim era registrada uma provisão. A partir de 2018, as demonstrações financeiras também refletirão as perdas esperadas e não somente as incorridas”, explica Eduardo Perdigão, sócio de Financial Accounting Advisory Services (FAAS) da EY.

O IFRS 9 estabelece regras para o registro da provisão, em um modelo baseado em três estágios. O estágio 1, normalmente, é o do momento da concessão dos recursos, quando a entidade terá que calcular a probabilidade de perda desse crédito – a “perda esperada” – para um horizonte de 12 meses, independentemente do prazo total da operação. A análise de probabilidade de perda pode ser feita tanto de forma individual, como no caso de empréstimos concedidos a grandes empresas, ou na forma coletiva, com projeções de perda para toda uma carteira ou um conjunto de clientes. É importante frisar que, no estágio 1, não haverá constituição de PDD. “Suponhamos que exista uma carteira de financiamento de veículos com perda estimada de 1% em 12 meses. A instituição financeira embutirá esse 1% de perda no cálculo de sua taxa de juro efetiva”, diz Perdigão.

O IFRS 9, entretanto, exige que a empresa realize outras estimativas de probabilidade de perda. À medida que o risco de inadimplência se torna maior, com mudanças no rating dos clientes ou piora no cenário econômico que sugira um aumento de inadimplência futura – sem, entretanto, que haja a ocorrência de um evento de perda –, a entidade passará a calcular a perda esperada não mais para um horizonte de 12 meses, mas pelo prazo total da operação. É o chamado estágio 2. Em alguns casos, como na concessão de crédito de longo prazo, como o imobiliário, isso pode requerer que sejam feitos cálculos de perdas esperadas para um período de 25 ou 30 anos, por exemplo.

“As empresas terão que fazer o monitoramento constante das carteiras para controlar quem sai de um estágio para outro. É preciso lembrar que, se não houver piora no rating do cliente ou da carteira, os cálculos de perdas deverão ser feitos sempre com horizontes de 12 meses”, diz Perdigão. Assim como no estágio 1, a instituição embutirá a “perda esperada” na taxa de juros efetiva

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da operação. Por fim, o estágio 3 é quando ocorre um evento de perda, baseado em metodologia a ser definida pela entidade – atrasos das parcelas por períodos superiores a 90 dias, por exemplo.

Nesse estágio, a entidade continua a efetuar o cálculo da perda esperada pelo prazo total da operação e começa, também, a calcular a PDD. Assim como ocorre no IAS 39, a entidade deve contabilizar o valor a receber e a provisão constituída – uma espécie de redutora do empréstimo. Por exemplo, se a entidade tem R$ 1 milhão a receber e cálculo de perda esperada de R$ 100 mil, deverá contabilizar R$ 1 milhão a receber e R$ 100 mil de provisão para perda, como conta redutora do valor a receber.

O IFRS 9 ainda não tem uma norma correlata no Brasil, e a expectativa é que o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), responsável pela emissão dos pronunciamentos contábeis, coloque o assunto em audiência pública em 2016. Qual será, afinal, o impacto da norma, sobretudo para as instituições financeiras brasileiras, considerando o cenário atual de deterioração da economia e o aumento dos índices de inadimplência? Conforme o membro do CPC e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Jorge Andrade Costa, para os bancos brasileiros o IFRS 9 não chega a ser uma grande novidade.

Isso porque as instituições bancárias nacionais seguem as regras da Resolução 2682/99 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que dispõe justamente sobre os critérios de classificação das operações de crédito e estabelece as regras para constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa. Hoje, as operações bancárias de crédito no Brasil são classificadas em um rating crescente de risco que determina o cálculo da provisão para fazer frente a eventuais episódios de inadimplência. As regras para registro de provisões já incluem o conceito de perda esperada, ainda que sejam diferentes das internacionais.

“Como o Brasil já está alinhado ao conceito de perdas esperadas, não vejo um grande efeito ou impacto do IFRS 9 no resultado dos bancos. Outro fato que joga a favor é a similaridade do IFRS com os próprios cálculos de probabilidade de default estabelecidos por Basileia. No Brasil, o efeito será menor do que o sentido por instituições bancárias na Europa, que deverão ter uma PDD muito maior porque utilizam o modelo de perda incorrida e não o de perda esperada”, diz.

Alguns ajustes, sobretudo operacionais, entretanto, serão feitos. O monitoramento de quando uma operação sai de um estágio para outro é uma das maiores dificuldades, alerta Eduardo Perdigão, da EY. “Há necessidade de investimentos em sistemas para monitorar a deterioração do risco de crédito”, diz. “A transição do estágio 1 para

o 2 é mais brusca do que estamos acostumados hoje. Saímos da análise de perda de um horizonte de 12 meses para uma análise da vida completa do crédito”, corrobora Costa, do CPC.

A dúvida, agora, se concentra na adoção ou não da nova norma pelo Banco Central, assim que o CPC correspondente for publicado no Brasil. Até o momento, o Banco Central tem se mostrado pouco propenso a internalizar os pronunciamentos contábeis emitidos pelo IASB – foram apenas nove aprovados. É certo, porém, que o Banco Central já sinaliza que as demonstrações contábeis das instituições financeiras deverão ser divulgadas no padrão IFRS com uma periodicidade trimestral, e não apenas anual, como ocorre atualmente. “O Banco Central pode até aprovar o IFRS 9, mas isso deverá demorar ao menos cinco anos. Por enquanto, não há nenhuma sinalização de que a norma pode ser aprovada no curto prazo”, projeta Costa.

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Demonstrações financeiras do Good Group

Palavras iniciais

Esta publicação contém um conjunto ilustrativo de demonstrações financeiras e foi elaborada pela EY para auxiliar profissionais responsáveis pela preparação e divulgação de DFs, considerando os pronunciamentos contábeis do CPC, ou Comitê de Pronunciamentos Contábeis, aplicáveis ao exemplo. Essa elaboração – de uma companhia manufatureira fictícia, portanto não financeira – pretendeu explorar aspectos que sirvam como ponto de partida na escolha de conteúdos e formatos presentes nas demonstrações que melhor representem a visão dos administradores sobre a situação dos negócios da companhia.

Nesse exemplo foram divulgados apenas os saldos consolidados de um grupo de empresas hipotético. Contudo, de acordo com a Lei n° 11.638 de 2007, as demonstrações consolidadas do grupo devem ser divulgadas em conjunto com a demonstração individual da sociedade controladora.

É importante observar que essas são demonstrações financeiras ilustrativas e, portanto, não são preparadas com o objetivo de atender às exigências de qualquer país ou aos regulamentos do mercado de ações, e não ilustram todas as possíveis exigências contábeis ou de divulgação de informações de acordo com os CPCs. Dessa forma, sempre que houver menção de que as demonstrações financeiras estão de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, isso significa que estão de acordo com a hierarquia de pronunciamentos aprovados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e com as deliberações emitidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), aplicáveis apenas a esse determinado exemplo. Devem ser consideradas, ainda, eventuais diferenças na aplicação dos pronunciamentos em decorrência de situações específicas que podem ocorrer em outras empresas do mesmo segmento.

As anotações à direita de cada página referem-se aos parágrafos dos CPCs que descrevem as exigências específicas para divulgação. No caso de dúvidas sobre as exigências do CPC, é essencial consultar fontes pertinentes e, quando necessário, obter aconselhamento profissional adequado.

Esta iniciativa demonstra o comprometimento da EY com a orientação sobre as melhores práticas de divulgação das informações contábeis para as companhias que buscam o fair presentation nas suas relações com os investidores. Esperamos que seja de utilidade para os administradores e contadores envolvidos na tarefa de preparar e divulgar informações de alta qualidade e, para isso, colocamos toda a nossa equipe à disposição em caso de dúvida sobre qualquer aspecto abordado nesta publicação.

Políticas contábeis

A realização do conceito de “representação apropriada”, tradução escolhida pelo CPC para a expressão true and fair view, deve levar a um processo de busca da essência econômica das informações contábeis. Sugerem-se as seguintes etapas no planejamento do processo contábil pela alta administração com vistas ao objetivo de divulgação (CPC 26.17):

a) formulação e escolha de políticas contábeis, particularmente as chamadas políticas contábeis críticas, com amplo reconhecimento na governança da empresa;

b) divulgação ampla dessas políticas;c) escolhas de divulgação dos quadros e notas explicativas nos aspectos de forma e conteúdo com o objetivo de

instruir um investidor interessado na empresa com informações adicionais relevantes, ou seja, aquelas capazes de alterar o julgamento desse investidor.

Projetos em andamento e concluídos no IASB e no FASB

Após oito anos de intensos debates no mercado, o IASB (International Accounting Standards Board) e o FASB (Financial Accounting Standards Board) emitiram o pronunciamento de Receitas de Contratos com Clientes (codificado como IFRS 15 e ASC 606, respectivamente) em maio de 2014, que alinha os princípios de reconhecimento de receitas entre as normas internacionais e as norte-americanas. Esse pronunciamento, há muito tempo aguardado por todos os interessados-chave, substitui todas as normas contábeis de receita nas duas práticas e impacta todas as indústrias em maior ou menor grau. A norma passa a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2018, mas seus impactos devem ser analisados imediatamente considerando as regras de divulgação de dados comparáveis na adoção inicial do pronunciamento. Até esta data, o CPC não havia emitido ainda a norma correspondente no Brasil. A norma originalmente teria data inicial de vigência em 2017, mas os boards decidiram postergar sua vigência por conta das dificuldades de implementação levantadas pelo mercado.

O IASB e o FASB estão debatendo ainda dois projetos principais – leasing e seguros – que não foram concluídos até o presente momento, como originalmente previsto, tendo em vista os requisitos de qualidade desejáveis. O IASB iniciou no final de 2013 discussão sobre a estrutura conceitual básica que serve de parâmetro para a emissão dos demais pronunciamentos.

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A mudança nessas normas contábeis internacionais deve merecer o adequado monitoramento sobre as modificações e entrada em vigor, tendo em vista os eventuais reflexos na condução dos negócios e na comunicação com os investidores.

Combinação de negócios sob controle comum

Esse é um tema importante e generalizado, que passou a contar com um grupo de trabalho específico junto ao CPC para sua análise e pode ser observado sob os seguintes aspectos:

a) não existe regulação IFRS a respeito de transações sob controle comum;b) representa uma transação entre partes relacionadas;c) não está sujeita às forças de mercado;d) pode existir grande diversidade na necessidade de informações de investidores e financiadores sobre

as demonstrações financeiras separadas ou individuais; ee) a existência de interesses dos não controladores nas entidades sob controle comum é um aspecto relevante

a ser levado em consideração. Existem ainda aspectos como eventuais efeitos tributários, efeitos em reorganizações subsequentes e a remuneração dos administradores, o que dá uma ideia da dimensão das consequências determinadas pelas políticas contábeis escolhidas para tratar esse tipo de transação.

Comunicação com o investidor

A Instrução CVM nº 527 de 2012 rege a divulgação dos indicadores não contábeis muito divulgados de forma voluntária pelas companhias, denominados Lajida — Lucro Antes dos Juros, Impostos sobre Renda incluindo Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, Depreciação e Amortização, e Lajir (Ebit) — Lucro Antes de Juros e Impostos sobre a Renda incluindo Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (Ebitda/Ebit).

Até a vigência dessa instrução, era comum que as companhias adotassem um padrão próprio para divulgação desses indicadores, criando uma dificuldade de comparação entre empresas do mesmo segmento pelos usuários das informações financeiras. Essa instrução abrange a divulgação do Lajida/Lajir no Formulário de Referência, prospectos de ofertas públicas, relatório da administração e demais comunicados ao mercado.

Devido à sua utilidade para o mercado, a CVM passou a requerer que o mesmo cuidado e atenção despendidos às informações contábeis também sejam dados aos indicadores não contábeis. Um dos princípios-chave que norteiam a divulgação do Lajida/Lajir é que os dados que compõem suas bases de cálculo devem constar da demonstração de resultados.

É permitida a divulgação do Lajida/Lajir ajustado, desde que sejam divulgados os critérios para seu cálculo, haja uma conciliação para o Lajida/Lajir padrão e sejam calculados de forma consistente no decorrer do tempo.

A Instrução CVM nº 527 de 2012 entrou em vigor para as demonstrações financeiras referentes ao exercício social de 31 de dezembro de 2012.

Dentro desse contexto de comunicação com o investidor, foram emitidos a OCPC 06 — Informações Financeiras Pró-forma e CPC 44 — Demonstrações Combinadas, que também tratam de informações muito utilizadas pelo mercado e que até 2013 não possuíam regulamentação específica.

Comentários sobre o ambiente contábil

A dinâmica das operações nos mercados de capitais e o aperfeiçoamento contínuo da regulação tiveram acrescentado mais um ingrediente com a adoção plena da IFRS. Está desenhado à frente dos participantes do processo contábil — aí incluídos contadores, auditores, analistas, diretores, conselheiros, reguladores e outros — claramente um processo de mudança cultural. O processo de preparação das informações contábeis incorporou um nível tal de complexidade que não é mais possível que os participantes não diretamente envolvidos, como administradores e conselheiros, se furtem às perguntas que devem ser feitas para o contínuo aperfeiçoamento dos relatórios contábeis.

Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)

O CPC tem como objetivo “o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais”. A capacidade do CPC é utilizada pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, que aprova os pronunciamentos do CPC com base no dispositivo legal previsto no parágrafo 5 do artigo 177 da lei societária.

O CPC representa uma evolução significativa no trato de questões regulamentares brasileiras na medida em que reúne representantes de entidades da iniciativa privada, do mundo acadêmico e do setor profissional de contabilidade. São elas: Abrasca, Apimec, Bovespa, Conselho Federal de Contabilidade, Fipecafi e Ibracon. Além dos membros

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atuais, outras entidades, como o Banco Central do Brasil (Bacen), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Secretaria da Receita Federal e a Superintendência de Seguros Privados (Susep), são sempre convidadas a participar.

Comentários gerais sobre as demonstrações financeiras

Demonstrações separadas, individuais e consolidadas

As demonstrações individuais das entidades que têm investimentos em controladas e joint ventures devem ser divulgadas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas (integral ou proporcional), conforme requerido pela legislação societária. A divulgação das demonstrações financeiras individuais, requerida pela legislação societária no Brasil, atende à necessidade da divulgação de diversos cálculos com efeitos societários (determinação dos dividendos mínimos obrigatórios e distribuídos, do valor patrimonial da ação, etc.) (ICPC 09.6,7,8).

Considera-se, entretanto, de maior utilidade para o usuário investidor a demonstração consolidada, o que implica maior utilização desse tipo de demonstração para o uso em comentários gerenciais e no relatório de administração.

Em 2014 houve finalmente a emissão do pronunciamento IAS 27 – Separate Financial Statements revisado (que no Brasil equivale ao CPC 35), em que o IASB permitiu a adoção de método de equivalência patrimonial nas demonstrações separadas para avaliação de investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto. Essa permissão, válida a partir dos exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2016, eliminará uma das poucas diferenças entre a IFRS e as práticas contábeis adotadas no Brasil, e vem ao encontro de diversos pedidos de análise enviados pelo Brasil e outros países da América Latina. No Brasil, a norma foi adotada na prática em 31 de dezembro de 2014.

Políticas gerais na apresentação das demonstrações financeiras

Algumas orientações podem ser extraídas dos CPCs como “regras de divulgação” aplicáveis às demonstrações:

• Equilíbrio A entidade deve apresentar com igualdade de importância todas as demonstrações financeiras que façam parte do conjunto completo de demonstrações financeiras, o que implica não destacar nenhuma das demonstrações em prejuízo das outras; essas demonstrações são complementares, e o efeito das transações deve ser considerado em todas as peças desse conjunto em lugar de enfatizar a posição financeira sobre a demonstração do resultado ou vice-versa (CPC 26.11);

• Integridade Políticas contábeis inadequadas não podem ser retificadas por meio da divulgação das políticas contábeis utilizadas ou por notas ou qualquer outra divulgação explicativa (CPC 26.18);

• Continuidade As demonstrações financeiras devem ser elaboradas no pressuposto da continuidade, a menos que a administração tenha intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios, ou ainda não possua uma alternativa realista senão a descontinuação de suas atividades (CPC 26.25);

• Materialidadei) Se um item não for individualmente material, deve ser agregado a outros itens, seja nas demonstrações

financeiras, seja nas notas explicativas;ii) Um item pode não ser suficientemente material para justificar a sua apresentação individualizada nas

demonstrações financeiras, mas pode ser suficientemente material para ser apresentado de forma individualizada nas notas explicativas;

iii) Não é necessário fornecer uma divulgação requerida se a informação não for material (CPC 26.30);

• Compensação de ativos e passivos Ativos e passivos, e receitas e despesas não devem ser compensados como regra geral, exceto quando refletirem a essência da transação; a mensuração de ativos líquidos de provisões relacionadas, por exemplo, a de obsolescência nos estoques ou a de créditos de liquidação duvidosa nas contas a receber de clientes, não é considerada compensação (CPC 26.32,33);

• Compensação de receitas e despesas As transações não ordinárias que não geram propriamente receitas, mas que são incidentais às atividades principais geradoras de receitas, devem ser apresentadas compensando-se quaisquer receitas com as despesas relacionadas resultantes da mesma transação. Por exemplo: (i) ganhos e perdas na alienação de ativos não circulantes, incluindo investimentos e ativos operacionais, devem ser apresentados de forma líquida, deduzindo-se seus valores contábeis dos valores recebidos pela alienação e reconhecendo-se as despesas de venda relacionadas; e (ii) despesas relacionadas com uma provisão reconhecida de acordo com o CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes e que tiveram reembolso segundo acordo contratual com terceiros (por exemplo, acordo de garantia do fornecedor, passivos contingentes e ativos contingentes) podem ser compensadas com o respectivo reembolso (CPC 26.34);

• Informações sobre períodos anteriores A informação referente ao período anterior, inclusive a informação narrativa e descritiva, deve ser divulgada para todos os valores apresentados nas demonstrações financeiras do período corrente quando for relevante para a compreensão do conjunto das demonstrações do período corrente ou quando continua a ser relevante no período corrente (CPC 26.38,40);

• Mudanças de políticas contábeis

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Quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou faz a divulgação retrospectiva de itens de suas demonstrações financeiras, ou, ainda, quando reclassifica itens de suas demonstrações financeiras, deve apresentar, como mínimo, quando relevantes, três balanços patrimoniais e duas de cada uma das demais demonstrações financeiras, bem como as respectivas notas explicativas. Os balanços patrimoniais a serem apresentados nesse caso devem ser os relativos: i) ao término do período corrente; (ii) ao término do período anterior (que corresponde ao início do período corrente); e (iii) ao início do mais antigo período comparativo apresentado (CPC 26.39);

• Mudança na apresentação Quando a apresentação ou a classificação de itens nas demonstrações financeiras forem modificadas, por mudança na natureza das operações, revisão por melhoria na apresentação das demonstrações ou exigência de outro pronunciamento, os montantes apresentados para fins comparativos devem ser reclassificados, a menos que a reclassificação seja impraticável. Quando os montantes apresentados para fins comparativos são reclassificados, a entidade deve divulgar: (i) a natureza da reclassificação; (ii) o montante de cada item ou classe de itens que foi reclassificado; e (iii) a razão para a reclassificação (CPC 26.41,45);

• Identificação Cada demonstração contábil e respectivas notas explicativas devem ser identificadas claramente e distinguidas de qualquer outra informação que porventura conste no mesmo documento publicado (CPC 26.49,51). Além disso, as seguintes informações devem ser divulgadas de forma destacada e repetida quando necessário: (i) o nome da entidade; (ii) se as demonstrações financeiras se referem a uma entidade individual ou a um grupo de entidades; (iii) a data-base das demonstrações financeiras e notas explicativas e o respectivo período abrangido; (iv) a moeda de apresentação; (v) o nível de arredondamento usado na apresentação dos valores nas demonstrações financeiras (CPC 26.51).

Balanço patrimonial (ou demonstração da posição financeira)

A informação a ser apresentada no balanço patrimonial tem uma prática bastante consolidada ao longo do tempo no Brasil, entretanto, é necessário destacar que a lista de itens mínimos determinada pelos pronunciamentos e regulações geralmente não atende aos requisitos de uma boa divulgação, motivo pelo qual os administradores devem avaliar a estrutura das demonstrações (contas e detalhamentos) com referência aos propósitos a serem alcançados nas divulgações.

A adequação das contas deve ser julgada com base na (i) natureza e liquidez dos ativos, (ii) na função dos ativos na entidade, e (iii) nos montantes, natureza e prazo dos passivos (CPC 26.58). Os detalhamentos das contas também usam os mesmos critérios, como, por exemplo (CPC 26.78):

(a) os itens do ativo imobilizado são segregados em classes de acordo com o CPC 27 – Ativo Imobilizado;(b) as contas a receber são segregadas em montantes a receber de clientes comerciais, contas a receber

de partes relacionadas, pagamentos antecipados e outros montantes;(c) os estoques são subclassificados, de acordo com o CPC 16 (R1) – Estoques, em classificações

tais como mercadorias para revenda, insumos, materiais, produtos em processo e produtos acabados; (d) as provisões são segregadas em provisões para benefícios dos empregados e outros itens; e(e) o capital e as reservas são segregados em várias classes, tais como capital subscrito e integralizado,

prêmios na emissão de ações e reservas.

Distinção entre ativos e passivos circulantes e não circulantes

Nas empresas não financeiras é usual que os ativos não circulantes contenham ativos tangíveis, intangíveis e financeiros de longo prazo. Os ativos circulantes nesse tipo de empresa são identificados como os itens que participam do ciclo operacional, ou seja, do capital de giro. A exceção a esse critério é quando a demonstração está baseada no critério de liquidez, geralmente aplicável às instituições financeiras.

A distinção entre circulante e não circulante é baseada no ciclo operacional ou de ativos realizados e passivos liquidados dentro desse mesmo ciclo; a norma define o ciclo operacional como o tempo entre a aquisição dos ativos que circulam continuamente (capital de giro) e sua realização em caixa; alternativamente, presume-se um prazo de 12 meses para o ciclo operacional no caso de não ser claramente identificável (CPC 26.60-65); a divulgação da posição financeira em muitas empresas opta por estabelecer o limite de 12 meses como única referência para essa distinção, porém os objetivos de atender um usuário interessado na elaboração de fluxos de caixa prospectivos são mais bem atendidos se ficar claro para o leitor quais os itens que participam do capital de giro da companhia, tendo em vista a existência de outros itens com vencimento para os 12 meses seguintes.

Demonstração do resultado e demonstração do resultado abrangente

Por força da necessidade de atender às disposições societárias, o CPC 26 (R1) optou por apresentar a demonstração do resultado abrangente em duas demonstrações. A demonstração do resultado do período com os itens que tradicionalmente já faziam parte do resultado e a demonstração do resultado abrangente, contendo, no mínimo (CPC 26.82A):

(a) resultado líquido do período; (b) cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza (exceto montantes relativos

ao item (c); (c) parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do método

de equivalência patrimonial; e

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(d) resultado abrangente do período.

O conceito do resultado abrangente pretende explicar todas as variações no patrimônio líquido, com exceção das transações entre acionistas e, por esta razão, tem alta importância para o investidor interessado no desempenho da empresa porque reúne todas as transações que afetam o resultado em uma única demonstração. A dificuldade no caso brasileiro é conciliar essa visão, chamada de all inclusive, porque inclui todas as transações que alteram o patrimônio líquido, com a lei societária, em especial nas exigências do cálculo do dividendo mínimo obrigatório.

Demonstração dos fluxos de caixa

A informação sobre fluxos de caixa proporciona aos usuários das demonstrações financeiras uma base para avaliar a capacidade da entidade para gerar caixa e seus equivalentes e as necessidades da entidade para utilizar esses fluxos de caixa. O CPC 03 (R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa define os requisitos para a apresentação da demonstração dos fluxos de caixa e respectivas divulgações (CPC 26.111).

Os seguintes tópicos principais devem ser usados em todos os fluxos de caixa:

Atividades operacionais: são as principais atividades geradoras de receita da entidade;

Atividades de investimento: são as aquisições e vendas de ativos de longo prazo;

Atividades de financiamento: são atividades que resultam em mudanças no tamanho e na composição do patrimônio líquido e dos empréstimos da empresa.

As somas e subtrações desses itens resultam na mudança do caixa mais equivalentes e compreendem numerário, depósitos bancários e investimentos de curto prazo com alta liquidez e baixíssimo risco.

A demonstração dos fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais, de investimento e de financiamento deve ser apresentada da forma que seja mais apropriada aos negócios da empresa. A classificação por atividade proporciona informações que permitem aos usuários avaliar o impacto de tais atividades sobre a posição financeira da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes de caixa. Essas informações podem também ser usadas para avaliar a relação entre essas atividades (CPC 3 (R2).12).

O principal problema para as companhias brasileiras é a classificação dos juros e dividendos, que no pronunciamento internacional IAS 7 permite tratamentos alternativos, mas recebe uma diretriz específica no caso do pronunciamento americano. O pronunciamento IAS 7 permite a uma empresa não financeira classificar de forma consistente entre os períodos: (a) juros (despesas financeiras) e dividendos pagos ou recebidos no tópico “operacional”, ou (b) juros e dividendos pagos como “financiamento”, ou seja, custo da obtenção dos recursos financeiros, e juros (receitas financeiras) e dividendos recebidos como “investimento”, ou seja, retornos sobre investimento.

Já o pronunciamento americano, por outro lado: (i) requer que os juros pagos e os juros e dividendos recebidos devam ser classificados como fluxo de caixa operacional; (ii) classifica os dividendos pagos como um fluxo de caixa de “financiamentos”, porque são considerados um custo para obter recursos. Acrescente-se que as normas americanas determinam que a transação deve ser classificada na atividade que representar a fonte predominante de fluxos de caixa para o item, e essa diferença pode fazer com que a empresa potencialmente varie a classificação para um mesmo tipo de transação.

A premissa subjacente no caso do pronunciamento americano é a convergência entre o fluxo de caixa operacional e os itens do resultado. A IAS 7 requer divulgar, separadamente, os juros pagos e recebidos e os dividendos pagos e recebidos, e as normas americanas permitem que os juros e dividendos recebidos possam ser divulgados em conjunto.

Recomenda-se que as empresas brasileiras, particularmente aquelas com registro em bolsas americanas, estabeleçam e divulguem em nota explicativa às demonstrações de fluxos de caixa uma política contábil para esses itens. Uma forma de conciliação entre esses pronunciamentos poderia ser a demonstração de juros pagos e juros e dividendos recebidos como item do fluxo de caixa operacional, e os dividendos pagos como item do fluxo de caixa de financiamento, mantendo-se cada um desses itens demonstrado em separado.

Demonstração das mutações do patrimônio líquido

Para cada componente do patrimônio líquido, a conciliação do saldo é feita no início e no final do período, demonstrando-se separadamente as mutações decorrentes: (i) do resultado líquido; (ii) de cada item dos outros resultados abrangentes; e (iii) de transações com os proprietários realizadas na condição de proprietário, demonstrando separadamente suas integralizações e as distribuições realizadas, bem como modificações nas participações em controladas que não implicaram perda do controle (CPC 26.106(R1)).

O CPC 26 (R1) requer ainda as seguintes informações no balanço patrimonial, na demonstração das mutações do patrimônio líquido ou nas notas explicativas:

(a) para cada classe de ações do capital:(i) a quantidade de ações autorizadas;(ii) a quantidade de ações subscritas e inteiramente integralizadas, e subscritas mas não integralizadas;(iii) o valor nominal por ação, ou informar que as ações não têm valor nominal;(iv) a conciliação da quantidade de ações em circulação no início e no fim do período;(v) os direitos, preferências e restrições associados a essa classe de ações, incluindo restrições na distribuição

de dividendos e no reembolso de capital;(vi) ações ou quotas da entidade mantidas pela própria entidade (ações ou quotas em tesouraria) ou por

controladas ou coligadas; e

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(vii) ações reservadas para emissão em função de opções e contratos para a venda de ações, incluindo os prazos e respectivos montantes; e

(b) uma descrição da natureza e da finalidade de cada reserva dentro do patrimônio líquido.

Notas explicativas

A melhor redação na elaboração de notas explicativas é aquela que melhor atende aos objetivos das demonstrações, ou seja, contribui na avaliação pelo leitor do desempenho da empresa ou na inferência de fluxos de caixas futuros. Esse objetivo é geralmente limitado pela cultura contábil da empresa e do ambiente, além da tradição na redação das notas, que geralmente levam a um “conservadorismo” do texto.

A mudança para a contabilidade internacional traz, entretanto, um impacto considerável na formulação dessas notas pelo aumento da complexidade nas estimativas contábeis e pela necessidade de atender a novos requisitos provocados pelos novos pronunciamentos, à regulação do mercado de capitais e à evolução das demonstrações das outras empresas no ambiente global.

As notas explicativas devem (CPC 26.112 (R1)):

(a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações financeiras e das políticas contábeis específicas utilizadas, de acordo com os itens 117 a 124;

(b) divulgar a informação requerida pelos pronunciamentos, orientações e interpretações que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis; e

(c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações financeiras, mas que seja relevante para sua compreensão.

A introdução das notas relativas aos “julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas” representa uma evolução recente e importante de divulgação. A sua origem remonta à exigência por parte da autoridade reguladora americana (SEC), que incluiu as “estimativas contábeis críticas” como item obrigatório dos Comentários Gerenciais (Management Discussion and Analysis — MD&A), o que levou as empresas que operam no ambiente global à inclusão de uma nota explicativa com um conteúdo similar. No Brasil, com a revisão das normas de registro de companhia feitas pela Instrução CVM n° 480 e a introdução nessa norma dos ”comentários dos diretores” (assemelhados aos MD&A) no item 10 do “Formulário de Referência”, existe também a necessidade de incluir essa nota explicativa com o mesmo conteúdo, já que se trata de informação contábil relevante divulgada em uma outra mídia.

Essa nota explicativa deve conter as premissas adotadas nas estimativas contábeis que envolvam níveis significativos de subjetividade relativos a itens sobre os quais exista incerteza no julgamento. A divulgação desses aspectos deve aumentar a compreensão sobre a qualidade e a variabilidade que influenciem a condição financeira e o desempenho operacional.

Finalmente, as expressões genéricas devem ser evitadas porque são irrelevantes à análise do investidor, como, por exemplo, “... taxas permitidas pela legislação...” ou, de forma redundante, ”... elaboradas de acordo com a lei...”, “... de acordo com as legislações societária, tributária e normas específicas dos órgãos reguladores da matéria...”. Esse tipo de redação sugere uma obediência às normas sem divulgar as bases da estimativa contábil ou as escolhas feitas pelos administradores.

A qualidade das divulgações tem sido bastante discutida no âmbito do CPC e em grupos de trabalho especificamente criados para esse fim. Essas discussões culminaram na emissão da OCPC 07, que trata da evidenciação na divulgação dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral, que, com base na literatura já existente, notadamente o CPC 00 e o CPC 26, dão diretrizes para a divulgação de informações relevantes para os usuários das demonstrações financeiras. O item 13 da OCPC 07 cita: “Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. A utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, tempestiva e compreensível.” Já o item 17 cita que: “Resumindo, a Estrutura Conceitual determina que toda informação é relevante e deve ser divulgada se sua omissão ou sua divulgação distorcida puder influenciar decisões que os usuários tomam como base no relatório contábil-financeiro de propósito geral da entidade específica que reporta a informação. Consequentemente, se não tiver essa característica, a informação não é relevante e não deve ser divulgada. Além disso, a informação, quando for relevante, deve ser completa, neutra, livre de erro, comparável, verificável, tempestiva e compreensível.” Os itens 20 a 37 listam também as diretrizes adicionais que devem ser levadas em conta no momento da preparação das notas explicativas. Interessante notar que o item 28 requer que somente as práticas contábeis eletivas devem ser divulgadas em nota. As que não possuem alternativas não precisam ser divulgadas.

Apesar de essa publicação conter várias divulgações sugeridas, cada entidade deve exercer seu julgamento na preparação das notas explicativas consoante as disposições da OCPC 07 de forma a prover somente as informações realmente úteis ao seu leitor, bem como as boas práticas do mercado, tais como os pronunciamentos de orientação emitidos pelo Comitê de Orientação para Divulgação ao Mercado (CODIM).

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Good Group | EY20

Comentários para o exemplo ilustrativo do Good Group

As demonstrações e notas explicativas apresentadas são apenas ilustrativas e não contêm todos os detalhes e cruzamentos próprios ao conjunto das demonstrações financeiras de uma empresa em particular. Não obstante, no propósito de estabelecer uma base da qual as pessoas envolvidas na emissão desses relatórios contábeis possam partir, as notas explicativas em alguns casos podem ser percebidas como mais extensas do que as notas explicativas tradicionais no ambiente contábil brasileiro. O objetivo em todos os casos é apresentar referências que possam ser úteis aos emissores das demonstrações financeiras. Os CPCs contêm exigências de divulgação maiores do que aquelas das regras anteriores a que as companhias brasileiras estavam acostumadas, o que torna este momento especialmente desafiador. No apoio a esses desafios, a EY preparou para as companhias não financeiras brasileiras uma visão dessa evolução, com o propósito de servir ao público envolvido na preparação e utilização dos relatórios contábeis.

A CVM publicou a Instrução n° 485, de setembro de 2010, alterando a Instrução CVM n° 457 de 2007, e que determina a elaboração das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board – IASB. A norma esclarece, ainda, que esses pronunciamentos são aqueles emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e referendados pela CVM.

Base de apresentação das demonstrações financeiras do Good Group.

As demonstrações financeiras do Good Group apresentadas neste documento representam os números consolidados do Grupo para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015, considerando que a data de transição para a IFRS e full CPC foi 1º de janeiro de 2009, data na qual foi aplicado o CPC 37. Para fins de exemplificação, estão sendo apresentadas somente as demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (CPC) convergentes com as IFRS. Cabe notar que a legislação societária brasileira requer a apresentação de demonstrações financeiras individuais, não contidas neste modelo.

A demonstração consolidada do valor adicionado, apesar de não requerida pelas IFRS, é obrigatória para as companhias abertas no Brasil, sendo facultativa para as demais entidades, a menos que exigida pelo seu órgão regulador.

Moeda funcional

A moeda funcional da controladora e a moeda de apresentação das demonstrações financeiras consolidadas do Grupo é o real. No caso das demonstrações financeiras de um grupo, deve ser enfatizado que não existe uma moeda funcional do grupo, e sim uma moeda de apresentação. Cada entidade incluída nas demonstrações financeiras consolidadas, seja controlada, coligada ou joint venture, tem sua própria moeda funcional, que deve ser convertida na moeda funcional de apresentação das demonstrações consolidadas.

Demonstração do resultado

O Grupo adotou a política de discriminar os vários tipos de receitas na demonstração do resultado, o que supera as exigências do CPC 26.82, que apenas exige a apresentação da receita total como uma rubrica da demonstração do resultado. Essa informação também poderia ser apresentada nas notas explicativas, de acordo com o CPC 26.97. No caso brasileiro, existe o consenso de incluir o PIS e Cofins na dedução dos itens envolvidos no cálculo da receita líquida, conforme o CPC 30 – Receitas. Conforme essa norma, a demonstração de resultado inicia-se com a receita líquida (até então, no Brasil, a prática era iniciar-se com a receita bruta), ou seja, os impostos incidentes sobre a receita de vendas (como PIS e Cofins, já citados) já foram deduzidos.

O CPC 26.99 exige que as despesas sejam analisadas de acordo com sua natureza ou de acordo com sua função na entidade, ou seja, da melhor forma a prestar informações confiáveis e mais pertinentes. O Grupo apresentou a análise de despesas por função, que é a forma tradicional no ambiente contábil brasileiro.

Não há exigência específica para identificar, na demonstração do resultado, se foram adotados ajustes a serem efetuados nos valores divulgados nas demonstrações financeiras do exercício anterior. O CPC 23 exige que sejam apresentados detalhes apenas nas notas explicativas. O Grupo ilustra como uma entidade pode complementar as exigências da norma de maneira a ficar mais claro ao leitor que os valores foram ajustados.

Caso aplicável, a parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial também deve ser divulgada.

A apresentação da demonstração dos “outros resultados abrangentes” vinha sendo proposta dentro das mutações do patrimônio líquido. O CPC 26 (R1) vetou essa opção, devendo a apresentação ser feita separadamente em relação a esta última demonstração. Da mesma forma, no Brasil, a demonstração dos resultados abrangentes também não pode ser apresentada em conjunto com a demonstração de resultados.

O CPC 41 exige a apresentação dos valores básicos e diluídos por ação, decorrentes de operações descontinuadas na demonstração do resultado ou nas notas explicativas. O Grupo optou por demonstrar essas informações juntamente com outras informações exigidas para operações descontinuadas na Nota 10, apresentando as informações para operações em continuidade na demonstração do resultado.

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Demonstração dos fluxos de caixa

O CPC 3.20 permite que as entidades divulguem fluxo de caixa oriundo de atividades operacionais utilizando o método direto ou o método indireto. O Grupo apresenta o fluxo de caixa utilizando o método indireto, que é o método que tem sido mais utilizado pelas empresas brasileiras.

O Grupo conciliou o lucro antes do imposto com o fluxo de caixa líquido oriundo de atividades operacionais. No entanto, a conciliação do lucro após os impostos sobre a renda também é aceitável nos termos do CPC 03.

O CPC 3.34 permite que os juros pagos sejam demonstrados como atividades operacionais ou financeiras e que os juros recebidos sejam demonstrados como atividades operacionais ou de investimento, quando considerado pertinente pela entidade. O Grupo classifica os juros recebidos como atividades operacionais para obtenção de recursos financeiros. O Grupo classifica os juros pagos como atividades de financiamento, uma vez que são custos de obtenção de recursos financeiros.

Deve-se dar atenção a novos tipos de operação que surgem no mercado financeiro. Um exemplo são as operações de confirming, reverse factoring ou Risco Sacado, em que não há orientação específica no IFRS/CPC e requer julgamento dos preparadores das demonstrações financeiras. Aspectos como essência da operação e relevância devem ser levados em consideração para a correta divulgação e classificação dessas operações na demonstração dos fluxos de caixa e balanço patrimonial.

Demonstração de Valor Adicionado (DVA)

O requisito de divulgação da Demonstração de Valor Adicionado (DVA), aprovado pelo Pronunciamento Técnico CPC 09, é aplicável apenas para as companhias abertas.

As normas e interpretações abaixo não foram consideradas nestas demonstrações financeiras ilustradas:

CPC 08 Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários CPC 11 Contratos de SeguroCPC 13 Adoção inicial da Lei 11.638/07 e da Medida Provisória 449/08CPC 17 Contratos de ConstruçãoCPC 21 (R1) Demonstração Intermediária CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola ICPC 01 Contratos de ConcessãoICPC 07 Distribuição de Lucros in NaturaICPC 09 Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas

e Aplicação do Método de Equivalência PatrimonialICPC 10 Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento

dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43ICPC 11 Recebimento em Transferência de Ativos de Clientes

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Normas emitidas pelo CPC vigentes em 31 de dezembro de 2015

Norma CPC Descrição Deliberação CVM Norma IFRS

CPC 00 (R1) Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis 675/11 Framework

CPC 01 (R1) Redução ao Valor Recuperável de Ativos 639/10 IAS 36

CPC 02 (R2) Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio de Demonstrações Contábeis 640/10 IAS 21

CPC 03 (R2) Demonstração dos Fluxos de Caixa 641/10 IAS 7

CPC 04 (R1) Ativo Intangível 644/10 IAS 38

CPC 05 (R1) Divulgação sobre Partes Relacionadas 642/10 IAS 24

CPC 06 (R1) Operações de Arrendamento Mercantil 645/10 IAS 17

CPC 07 (R1) Subvenção e Assistência Governamentais 646/10 IAS 20

CPC 08 (R1) Custos de Transação e Prêmio na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários 649/10 IAS 39 (partes)

CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado 557/08 Sem correspondência

CPC 10 (R1) Pagamentos Baseados em Ações 650/10 IFRS 2

CPC 11 Contratos de Seguros 563/08 IFRS 4

CPC 12 Ajuste a Valor Presente 564/08 Diversos

CPC 13 Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08 565/08 Sem correspondência

CPC 14 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação Fase 1

Revogado Corresponde à OCPC 03

CPC 15 (R1) Combinação de Negócios 665/11 IFRS 3

CPC 16 (R1) Estoques 575/09 e 624/10 IAS 2

CPC 17 (R1) Contratos de Construção 691/12 IAS 11

CPC 18 (R2) Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto 696/12 IAS 28

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Good Group | EY 23

CPC 19 (R2) Negócios em Conjunto 694/12 IAS 31

CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos 672/11 IAS 23

CPC 21 (R1) Demonstração Intermediária 673/11 IAS 34

CPC 22 Informação por Segmento 582/09 IFRS 8

CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro 592/09 IAS 8

CPC 24 Evento Subsequente 593/09 IAS 10

CPC 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes 594/09 IAS 37

CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis 676/11 IAS 1

CPC 27 Ativo Imobilizado 583/09 IAS 16

CPC 28 Propriedade para Investimento 584/09 IAS 40

CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola 596/09 IAS 41

CPC 30 (R1) Receitas 692/12 IAS 18

CPC 31 Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada 598/09 IFRS 5

CPC 32 Tributos sobre o Lucro 599/09 IAS 12

CPC 33 (R1) Benefícios a Empregados 695/12 IAS 19

CPC 34 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais A ser emitido IFRS 6

CPC 35 (R2) Demonstrações Separadas 693/12 IAS 27

CPC 36 (R3) Demonstrações Consolidadas 698/12 IFRS 10

CPC 37 (R1) Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade 647/10 IFRS 1

CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração 604/09 IAS 39

CPC 39 Instrumentos Financeiros: Apresentação 604/09 IAS 32

CPC 40 (R1) Instrumentos Financeiros: Evidenciação 684/12 IFRS 7

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CPC 41 Resultado por Ação 636/10 IAS 33

CPC 42 Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária A ser emitido IAS 29

CPC 43 (R1) Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40 651/10 IFRS 1

CPC 44 Demonstrações Combinadas 708/13 Sem correspondência

CPC 45 Divulgação de Participação em Outras Entidades 697/12 IFRS 12

CPC 46 Mensuração do Valor Justo 699/12 IFRS 13

ICPC 01 (R1) Contratos de Concessão 677/11 IFRIC 12

ICPC 02 Contratos de Construção do Setor Imobiliário 612/09 IFRIC 15

ICPC 03 Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil 613/09 IFRIC 4, SIC 15

e SIC 27

ICPC 04 Alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações Passou a fazer parte do CPC 10. Revogado.

ICPC 05 Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações – Transações de Ações do Grupo e em Tesouraria Passou a fazer parte do CPC 10. Revogado.

ICPC 06 Hedge de Investimento Líquido em Operação no Exterior 616/09 IFRIC 16

ICPC 07 Distribuição de Lucros in Natura 617/09 IFRIC 17

ICPC 08 (R1) Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos 683/12 -

ICPC 09 (R2)Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação

do Método de Equivalência Patrimonial729/14

IAS 38, IFRS 3, IAS 28, IAS 31, IAS 27,

IAS 39

ICPC 10Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado

e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43

619/09 IAS 16, IAS 40 e IFRS 1

ICPC 11 Recebimento em Transferência de Ativos de Clientes 620/09 IFRIC 18

ICPC 12 Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração e Outros Passivos Similares 621/09 IFRIC 1

ICPC 13 Direitos a Participação Decorrentes de Fundos de Desativação, Restauração e Reabilitação Ambiental 637/10 IFRIC 5

ICPC 14 Cotas de Cooperados em Entidades Cooperativas e Instrumentais Similares — IFRIC 2

ICPC 15 Passivos Decorrentes de Participação em um Mercado Específico – Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos 638/10 IFRIC 6

ICPC 16 Extinção de Passivos Financeiros com Instrumentos Patronais 652/10 IFRIC 19

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Good Group | EY 25

ICPC 17 Contratos de Concessão: Evidenciação 677/11 SIC 29

ICPC 18 Custos de Remoção de Estéril (Stripping) de Mina de Superfície na Fase de Produção 714/13 ITG 17 IFRIC 20

ICPC 19 Tributos 730/14 IFRIC 21

ICPC 20 Limite de Ativo de Benefício Definido, Requisitos de Custeio (Funding) Mínimo e sua Interação 731/14 IFRIC 14

OCPC 01 (R1) Entidades de Incorporação Imobiliária 624/10 Sem correspondência

OCPC 02 Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de 2008

Ofício-Circular CVM/SNC/SEP nº 01/2009 Sem correspondência

OCPC 03 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação

Ofício-Circular CVM/SNC/SEP nº 03/2009 Sem correspondência

OCPC 04 Aplicação da Interpretação Técnica ICPC 02 às Entidades de Incorporação Imobiliária Brasileiras 653/10 Sem correspondência

OCPC 05 Contratos de Concessão 654/10 Sem correspondência

OCPC 06 Informações Financeiras Pró-forma 709/13 Sem correspondência

OCPC 07 Evidenciação na Divulgação dos Relatórios Contábil-Financeiros de Propósito Geral 727/14 Sem correspondência

OCPC 08 Ativos e Passivos Regulatórios 732/14 Sem correspondência

CPC Destaques

Destaques (com base nos pronunciamentos, interpretações e orientações editados até 31/12/09)

Ofício-Circular CVM/SNC/SEP nº 002/2010 Sem correspondência

Revisão 01 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 624/10 Sem correspondência

Revisão 01 Revisão de Interpretações Técnicas 717/13 Sem correspondência

Revisão 02 Revisão de Pronunciamentos Técnicos - Sem correspondência

Revisão 03 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 718/13 Sem correspondência

Revisão 04 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 723/14 Sem correspondência

Revisão 05 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 724/14 Sem correspondência

Revisão 06 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 728/14 Sem correspondência

Revisão 07 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 733/14 Sem correspondência

Revisão 08 Revisão de Pronunciamentos Técnicos 739/15 Sem correspondência

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Good Group | EY26

Good GroupInternational GAAP©

Demonstrações financeiras consolidadas ilustrativas em IFRS, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, baseadas nos pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis — CPC

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2015 2014Em

1º de janeiro de 2014

CPC 26.10 (a) CPC 26.10 (f) CPC 26.51(c)

Reapresentado* Reapresentado* CPC 26.49 CPC 23.28

Notas R$ 000 R$ 000 R$ 000 CPC 26.51(d),(e),CPC 26.40A

Ativos CPC 26.60, CPC 26.66, CPC 26.40B

Ativo circulante CPC 26.54 (a)

Caixa e equivalentes de caixa 20 17.112 14.916 11.066 CPC 26.54 (d), CPC 40.8

Outros ativos financeiros 16 551 153 137 CPC 26.54 (b), CPC 40.8 (c)

Clientes e outras contas a receber 19 25.672 22.290 24.037 CPC 26.54 (c)

Estoques 18 23.762 24.585 26.563 CPC 26.55

Despesas antecipadas 244 165 226

67.341 62.109 62.029

Ativos de operações descontinuadas 11 13.554 — — CPC 26.54 (e), CPC31.38

80.895 62.109 62.029

Ativo não circulante CPC 26.60, CPC 26.66

Outros ativos financeiros não circulantes 16 6.425 3.491 3.269 CPC 26.54 (d), CPC 40.8

Impostos diferidos ativos 10 383 365 321 CPC 26.54 (o), CPC 26.55

Investimentos em empresas coligadas e joint ventures 5, 6 3.187 2.516 1.878 CPC 26.54 (g), CPC 18.38

Propriedades para investimento 14 8.893 7.983 7.091 CPC 26.54 (h)

Imobilizado 13 33.009 24.329 18.940 CPC 26.54 (i)

Intangível 15 6.019 2.461 2.114 CPC 26.54 (j)

57.916 41.145 33.613

Total ativo 138.811 103.254 95.642

Passivo

Passivo circulante CPC 26.60, CPC26.69,

Fornecedores e outras contas a pagar 28 19.444 20.730 19.850 CPC 26.54 (k)

Empréstimos e financiamentos 16.2 2.460 2.775 4.555 CPC 26.54 (m), CPC 40.8 (g)

Outros passivos financeiros circulantes 16.2 3.040 303 303 CPC 26.54 (m), CPC 40.8

Subvenções governamentais 24 149 151 150 CPC 26.55, CPC 07.24

Receita diferida 25 220 200 190 CPC 26.55

Imposto de renda e contribuição social a pagar 3.511 3.563 4.325 CPC 26.54 (n)

Provisões 23 850 98 40 CPC 26.54 (l)

Dividendos a pagar 22 410 — —

30.084 27.820 29.413

Passivos de operações descontinuadas 11 13.125 — — CPC 26.54 (p), CPC 31.38

43.209 27.820 29.413

Passivo não circulante CPC 26.60, CPC 26.69,

Empréstimos e financiamentos 16.2 20.346 21.703 19.574 CPC 26.54 (m)

Outros passivos financeiros não circulantes 16.2 806 — — CPC 26.54 (m), CPC 40.8

Provisões 23 1.950 77 60 CPC 26.54 (l)

Subvenções governamentais 24 3.300 1.400 795 CPC 07.24

Receita diferida 25 196 165 174 CPC 26.55

Obrigações de benefícios definidos pós-emprego 26 3.050 2.977 2.526 CPC 26.55, CPC 26.78 (d)

Outros passivos 263 232 212 CPC 26.55

Impostos diferidos passivos 10 2.931 1.089 1.083 CPC 26.54 (o), CPC 26.56

32.842 27.643 24.424

Total do passivo 76.051 55.463 53.837

Patrimônio líquido CPC 26.54 (r), CPC 26.78 (e)

Capital 21 21.888 19.388 19.388

Reserva de capital 21 4.780 80 —

Ações em tesouraria 21 (508) (654) (774)

Outras reservas de capital 21 1.171 864 566

Lucros acumulados 33.729 27.737 22.838

Outros resultados abrangentes (346) (364) (421)

Proposta de distribuição de dividendos adicional 22 (410) — —

Reservas para operações descontinuadas 11 46 — —

60.350 47.051 41.597

Participação de não controladores 2.410 740 208 CPC 26.54 (q)

Total do patrimônio líquido 62.760 47.791 41.805

Total do passivo e do patrimônio líquido 138.811 103.254 95.642

*Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2014. Consulte a nota 2.30.

Good Group | EY 27

BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO(Posição Financeira Consolidada)Em 31 de dezembro de 2015

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Good Group | EY28

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADOExercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014

2015 2014

CPC 26.49CPC 26.10(b)CPC 26.51((c)CPC 23.28

Reapresentado*

Notas R$ 000 R$ 000 CPC 26.51(d),(e)

Operações em continuidade CPC 26.81A

Venda de mercadorias 161.927 142.551 CPC 30.35(b)(i)

Prestação de serviços 17.131 16.537 CPC 30.35(b)(ii)

Receita de aluguel 14 1.404 1.377

Receita total 180.462 160.465 CPC 26.82(a)

Custo das vendas (136.549) (128.386) CPC 26.103

Lucro bruto 43.913 32.079 CPC 26.85. CPC 26.103

Despesas com vendas e distribuição (14.001) (12.964) CPC 26.103CPC 26.99

Despesas administrativas (18.428) (12.156) CPC 26.103

Outras despesas operacionais 9.2 (2.554) (353) CPC 26.103

Outras receitas operacionais 9.1 2.435 2.548 CPC 26.103

Lucro antes das receitas e despesas financeiras 11.365 9.154 CPC 26.85. CPC 26.BC55-56

Despesas financeiras 9.3 (1.264) (1.123) CPC 26.82(b). CPC40.20

Receitas financeiras 9.4 336 211 CPC 26.82(a)

Equivalência patrimonial 5, 6 671 638 CPC 26.82(c)

Resultado antes dos impostos sobre o lucro 11.108 8.880 CPC 26.85

Despesa com impostos sobre os lucros 10 (3.098) (2.233) CPC 26.82(d). CPC 32.77

Resultado líquido das operações em continuidade 8.010 6.647 CPC 26.85

Operações descontinuadas

Lucro (prejuízo) após o imposto do exercício resultante das operações em continuidade

11 220 (188) CPC 26.82 (ea). CPC 31.33 (a)

Resultado líquido do exercício 8.230 6.459 CPC 26.81A (a)

Atribuível aos:

Acionistas controladores 7.942 6.220 CPC 26.81B (a) (ii)

Acionistas não controladores 288 239 CPC 26.81B (a)(i)

8.230 6.459

Lucro por ação 12 CPC 41.66

• Básico – lucro do exercício atribuível a acionistas controladores detentores de ações ordinárias

R$ 0,38 R$ 0,33

• Diluído – lucro do exercício atribuível a acionistas controladores detentores de ações ordinárias

R$ 0,38 R$ 0,32

Lucro por ação originado das operações em continuidade

• Básico – lucro de operações continuadas atribuíveis a acionistas controladores detentores de ações ordinárias

R$ 0,37 R$ 0,34

• Diluído – lucro de operações continuadas atribuíveis a acionistas controladores detentores de ações ordinárias

R$ 0,37 R$ 0,33

* Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2014. Consulte a nota 2.30

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2015 2014

CPC 26.49

CPC 26.51(c)

CPC 26.81A

CPC 26.10(b)

CPC 23.28

Reapresentado*

Notas R$ 000 R$ 000

CPC 26.51(d),(e)

CPC 26.90

CPC 32.61A

Lucro do exercício 8.230 6.459 CPC 26.81A (a)

Outros resultados abrangentes CPC 26.82A

Outros resultados abrangentes a serem reclassificados para resultado do exercício em períodos subsequentes:

Ganho líquido sobre hedge em investimento líquido 278 - CPC 08.102(a)

Efeito de imposto de renda (83) -

195 -

Diferenças cambiais sobre conversão de operações estrangeiras (246) (117)

Efeito de imposto de renda - - CPC 02.32

(246) (117) CPC 02.52 (b)

Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa 9.8 (732) 33 CPC 40.23(c)

Efeito de imposto de renda 220 (9)

(512) 24

Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda 9.8 (58) 3 CPC 40.20(a)(ii)

Efeito de imposto de renda 18 (1)

(40) 2

Outros resultados abrangentes líquidos a serem reclassificados para resultado do exercício em períodos subsequentes:

(603) (91) CPC 26.82A

Outros resultados abrangentes não reclassificados para resultado do exercício em períodos subsequentes:

Ganho líquido na atualização do plano de benefício definido 26 369 (389)

Efeito de imposto de renda (112) 116 CPC 33.120(c)

257 (273) CPC 33.122

Outros resultados abrangentes líquidos não reclassificados para resultado do exercício em períodos subsequentes:

257 (273) CPC 26.82A

Outros resultados abrangentes do exercício, líquidos de impostos (346) (364) CPC 26.81A(b)

Total de outros resultados abrangentes do exercício, líquidos de impostos 7.884 6.095 CPC 26.81A (c)

Atribuível a: 7.596 5.856 CPC 26.81B (b) (ii)

Acionistas controladores 288 239 CPC 26.81B (b) (i)

Acionistas não controladores 7.884 6.095

*Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2014. Consulte a nota 2.30.

Good Group | EY 29

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO ABRANGENTEExercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014

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Good Group | EY30

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO FLUXO DE CAIXAExercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 2015 2014

CPC 26.49

CPC 26.10(d)

Reapresentado* CPC 26.51(c)

Notas R$ 000 R$ 000 CPC 26.51 (d), (e)

Atividades operacionais CPC 03.10

Lucro antes dos impostos sobre a renda nas operações em continuidade 10 11.108 8.880 CPC 03.18 (b)

Lucro (prejuízo) antes dos impostos sobre a renda nas operações descontinuadas 213 (193)

Lucro antes dos impostos sobre a renda 11.321 8.687

Ajuste de itens sem desembolso de caixa para conciliação do lucro antes do imposto com o fluxo de caixa: CPC 03.20(b)

Depreciação e perda por redução ao valor recuperável do imobilizado 13 3.907 3.383

Amortização e perda por redução ao valor recuperável do intangível 15 325 174

Contribuições para ativo imobilizado feitas por clientes (190) (150)

Despesas com pagamentos baseados em ações 27 412 492

Redução das propriedades para investimento 14 306 300

Diferença cambial líquida (365) (240)

Ganho sobre baixa de imobilizado 9.1 (532) (2.007)

Ajuste ao valor justo de contraprestação contingente 4 358 —

Receita financeira 9.4 (1.186) (211) CPC 03.20(c)

Despesas financeiras 9.3 2.766 1.123 CPC 03.20(c)

Equivalência patrimonial 5 e 6 (671) (638)

Variações em provisões, benefícios e incentivos (732) 202

Ajustes de capital de giro CPC 03.20(a)

Aumento em contas a receber de clientes e outras contas a receber e adiantamentos (9.264) (1.239)

Redução de estoques 4.192 1.905

Aumento em outros ativos circulantes de despesas antecipadas 4.094 4.246

14.741 16.026

Juros recebidos 336 211 CPC 03.31

Juros pagos (484) (1.026) CPC 03.31

Imposto de renda e contribuição social pagos (3.131) (3.200) CPC 03.35

Fluxo de caixa líquido originado de atividades operacionais 11.462 12.011

Atividades de investimento CPC 03.10, CPC 03.21

Resultados de venda de imobilizado 1.990 2.319 CPC 03.16(b)

Aquisição de imobilizado 13 (10.162) (7.672) CPC 03.16(a)

Aquisição de propriedade para investimento 14 (1.216) (1.192) CPC 03.16(a)

Aquisição de instrumentos financeiros (3.054) (225) CPC 03.16(c)

Resultado da venda de instrumentos financeiros — 145 CPC 03.16(d)

Despesas de desenvolvimento 15 (587) (390) CPC 03.16(a)

Aquisição de controlada, líquida de caixa adquirido 4 230 (1.450) CPC 03.39

Recebimento de incentivos 24 2.951 642

Fluxo de caixa líquido aplicado em atividades de investimento (9.848) (7.823)

Atividades de financiamento

Resultados do exercício de opções 175 200 CPC 03.10, CPC 03.21

Aquisição de participação de não controladores 4 (325) — CPC 03.17(a)

Custos de transação para emissão de ações 21 (32) — CPC 03.42A

Pagamento de passivos de arrendamento mercantil financeiro (51) (76) CPC 03.17(a)

Captações de empréstimos obtidos 5.577 2.645 CPC 03.17(e)

Pagamento de empréstimos (122) (1.684) CPC 03.17(c)

Dividendos pagos a acionistas controladores 22 (1.972) (1.600) CPC 03.17(d)

Dividendos pagos a acionistas não controladores (30) (49) CPC 03.31

Fluxo de caixa líquido aplicado em atividades de financiamento 3.220 (564) CPC 45.B10(a)

Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa 4.834 3.624

Diferença cambial líquida 340 32 CPC 03.28

Caixa e equivalentes de caixa em 1º de janeiro 20 12.266 8.610

Caixa e equivalentes de caixa em 31 de dezembro 20 17.440 12.266 CPC 03.45

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Good Group | EY 31

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE VALOR ADICIONADO (DVA)Exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014

2015 2014

Reapresentado

DESCRIÇÃO R$ 000 R$ 000

Receitas 180.462 160.965

Vendas de mercadorias, produtos e serviços 179.058 159.588

Outras receitas 1.404 1.377

Insumos adquiridos de terceiros (125.823) (112.015)

Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos (115.980) (109.253)

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (8.377) (2.062)

Outras (1.466) (700)

Valor adicionado bruto 54.639 48.950

Depreciação, amortização e exaustão (3.845) (2.974)

Valor adicionado líquido produzido pela entidade 50.974 45.976

Valor adicionado recebido em transferências 2.632 3.209

Resultado de equivalência patrimonial 671 638

Receitas financeiras 336 211

Outras 1.625 2.360

Valor adicionado total a distribuir 53.606 49.185

Distribuição do valor adicionado 53.606 49.185

Pessoal 33.749 29.151

Remuneração direta 28.671 24.143

Benefícios 565 605

F.G.T.S. 4.513 4.403

Impostos, taxas e contribuições 4.148 3.293

Federais 3.098 2.233

Estaduais 750 730

Municipais 300 330

Remuneração de capitais de terceiros 7.479 10.282

Juros 7.479 10.282

Remuneração de capitais próprios 8.230 6.459

Dividendos 3.059 2.682

Lucros retidos / Prejuízo do exercício 4.883 3.538

Participação dos não controladores nos lucros retidos 288 239

*Alguns valores aqui apresentados não correspondem às demonstrações financeiras de 2014. Consulte a nota 2.30.

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Good Group | EY32

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOExercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (reapresentado)

Capital Social (Nota 21)

Reserva de ágio (Nota 21)

Ações em tesouraria (Nota 21)

Outras reservas

(Nota 21)

Lucros acumulados

Outros resultados

abrangentes

Operações descontinuadas

TotalParticipação

de não controladores

Total

CPC 26.10(c)

CPC 26.49

CPC 26.51(c), (b)

CPC 26.106(d)

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 CPC 26.51(d),(e)

Em 1º de janeiro de 2014 19.388 - (774) 566 23.538 (421) - 42.297 208 42.505

Correção de erro, líquido (Nota 2.30) - - - - (700) - - (700) - (700) CPC 26.106(d)(i)

Em 1º de janeiro de 2014 (reapresentado) 19.388 - (774) 566 22.838 (421) - 41.597 208 41.805

Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa - - - - - 24 - 24 - 24

Diferenças cambiais sobre conversão de operações estrangeiras - - - - - (117) - (117) - (117)

Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda - - - - - 2 - 2 - 2

Ganho líquido na atualização do plano de benefício definido - - - - (273) - - (273) - (273)

Lucro do exercício - - - - 6.220 - - 6.220 239 6.459 CPC 26.106(a)

Exercício de opções (Nota 21) - 80 120 - - - - 200 - 200 CPC 26.106(d)(iii)

Remuneração com base em ações (Nota 27) - - - 298 - - - 298 - 298 CPC 26.106(d)(iii)

Dividendos (Nota 22) - - - - (1.600) - - (1.600) (49) (1.649) CPC 26.107

Adição de minoritário em função de combinação de negócios (Nota 4) - - - - - - - - 342 342

Em 31 de dezembro de 2014 19.388 80 (654) 864 27.885 (512) 47.051 740 47.791

Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa - - - - - (512) - (512) - (512)

Diferenças cambiais sobre conversão de operações estrangeiras - - - - - (51) - (51) - (51)

Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda - - - - - (40) - (40) - (40)

Ganho líquido na atualização do plano de benefício definido - - - - 257 - - 257 - 257

Reavaliação de terrenos e edifícios - - - - - 592 - 592 - 592

Lucro do exercício - - - - 7.942 - - 7.942 288 8.230 CPC 26.106(a)

Transferência de depreciação de terrenos e edifícios - - - - 80 (80) - - - - CPC 26.96

Operações descontinuadas (Nota 11) - - - - - (46) 46 - - - CPC 31.38

Emissão de ações 2.500 4.703 - - - - - 7.203 - 7.203 CPC 26.106(d) (iii)

Exercício de opções (Nota 21) - 29 146 - - - - 175 - 175 CPC 10.50

Remuneração com base em ações (Nota 27) - - - 307 - - - 307 - 307 CPC 26.106(d)(iii)

Custo de emissão das ações da aquisição da controlada (Nota 4) - (32) - - - - - (32) - (32)CPC 10.50, CPC

32.39, CPC 26.109

Dividendos (Nota 22) - - - - (1.972) - - (1.972) (30) (2.002) CPC 26.107

Dividendo adicional proposto – excedente ao mínimo obrigatório (Nota 22) - - - - (410) - - (410) - (410) ICPC 07.16

Adição de minoritário em função de combinação de negócios (Nota 4) - - - - - - - - 1.547 1.547 CPC 26.106(d)(iii)

Aquisição de participação minoritária (Nota 4) - - - - (190) - - (190) (135) (325) CPC 26.106(d)(iii)

Em 31 de dezembro de 2015 21.888 4.780 (508) 1.171 33.592 (649) 46 60.320 2.410 62.730

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Good Group | EY 33

Capital Social (Nota 21)

Reserva de ágio (Nota 21)

Ações em tesouraria (Nota 21)

Outras reservas

(Nota 21)

Lucros acumulados

Outros resultados

abrangentes

Operações descontinuadas

TotalParticipação

de não controladores

Total

CPC 26.10(c)

CPC 26.49

CPC 26.51(c), (b)

CPC 26.106(d)

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 CPC 26.51(d),(e)

Em 1º de janeiro de 2014 19.388 - (774) 566 23.538 (421) - 42.297 208 42.505

Correção de erro, líquido (Nota 2.30) - - - - (700) - - (700) - (700) CPC 26.106(d)(i)

Em 1º de janeiro de 2014 (reapresentado) 19.388 - (774) 566 22.838 (421) - 41.597 208 41.805

Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa - - - - - 24 - 24 - 24

Diferenças cambiais sobre conversão de operações estrangeiras - - - - - (117) - (117) - (117)

Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda - - - - - 2 - 2 - 2

Ganho líquido na atualização do plano de benefício definido - - - - (273) - - (273) - (273)

Lucro do exercício - - - - 6.220 - - 6.220 239 6.459 CPC 26.106(a)

Exercício de opções (Nota 21) - 80 120 - - - - 200 - 200 CPC 26.106(d)(iii)

Remuneração com base em ações (Nota 27) - - - 298 - - - 298 - 298 CPC 26.106(d)(iii)

Dividendos (Nota 22) - - - - (1.600) - - (1.600) (49) (1.649) CPC 26.107

Adição de minoritário em função de combinação de negócios (Nota 4) - - - - - - - - 342 342

Em 31 de dezembro de 2014 19.388 80 (654) 864 27.885 (512) 47.051 740 47.791

Ganho líquido sobre hedge de fluxo de caixa - - - - - (512) - (512) - (512)

Diferenças cambiais sobre conversão de operações estrangeiras - - - - - (51) - (51) - (51)

Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda - - - - - (40) - (40) - (40)

Ganho líquido na atualização do plano de benefício definido - - - - 257 - - 257 - 257

Reavaliação de terrenos e edifícios - - - - - 592 - 592 - 592

Lucro do exercício - - - - 7.942 - - 7.942 288 8.230 CPC 26.106(a)

Transferência de depreciação de terrenos e edifícios - - - - 80 (80) - - - - CPC 26.96

Operações descontinuadas (Nota 11) - - - - - (46) 46 - - - CPC 31.38

Emissão de ações 2.500 4.703 - - - - - 7.203 - 7.203 CPC 26.106(d) (iii)

Exercício de opções (Nota 21) - 29 146 - - - - 175 - 175 CPC 10.50

Remuneração com base em ações (Nota 27) - - - 307 - - - 307 - 307 CPC 26.106(d)(iii)

Custo de emissão das ações da aquisição da controlada (Nota 4) - (32) - - - - - (32) - (32)CPC 10.50, CPC

32.39, CPC 26.109

Dividendos (Nota 22) - - - - (1.972) - - (1.972) (30) (2.002) CPC 26.107

Dividendo adicional proposto – excedente ao mínimo obrigatório (Nota 22) - - - - (410) - - (410) - (410) ICPC 07.16

Adição de minoritário em função de combinação de negócios (Nota 4) - - - - - - - - 1.547 1.547 CPC 26.106(d)(iii)

Aquisição de participação minoritária (Nota 4) - - - - (190) - - (190) (135) (325) CPC 26.106(d)(iii)

Em 31 de dezembro de 2015 21.888 4.780 (508) 1.171 33.592 (649) 46 60.320 2.410 62.730

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34 Good Group | EY

Notas Explicativas às demonstrações financeiras consolidadas em IFRS e CPC (em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

1. Informações sobre o GrupoAs demonstrações financeiras consolidadas do Good Group e suas subsidiárias (“o Grupo”) para o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 foram autorizadas para emissão de acordo com a resolução dos membros do Conselho de Administração em 28 de janeiro de 2016. Constituído como uma “Sociedade Anônima” domiciliada no Brasil, o Grupo tem ações que são negociadas na BM&FBovespa. A sede social da empresa está localizada na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1.909 – São Paulo – SP.

O Grupo participa através de suas investidas em produtos e serviços relacionados a equipamentos antifogo e produtos eletrônicos, e atua no ramo de investimentos para propriedades de arrendamento. As informações sobre as operações do Grupo são apresentadas na Nota 2.1, ao passo que as informações sobre outras relações entre partes relacionadas são apresentadas na Nota 29.

2. Políticas contábeis

Comentário A identificação das políticas contábeis significativas de uma entidade é um aspecto importante das demonstrações financeiras. O CPC 26.117 requer a divulgação de políticas contábeis significativas para resumir a base (ou bases) de mensuração utilizada(s) na preparação das demonstrações financeiras e de outras políticas contábeis utilizadas que sejam relevantes para a compreensão das demonstrações financeiras. As políticas contábeis significativas divulgadas nesta nota explicativa exemplificam algumas das divulgações mais comumente aplicáveis. Contudo, é fundamental que as entidades levem em conta suas circunstâncias específicas ao determinar quais políticas contábeis são significativas e pertinentes para serem incluídas.

As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas com apoio em diversas bases de avaliação utilizadas nas estimativas contábeis. As estimativas contábeis envolvidas na preparação das demonstrações financeiras foram apoiadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem a seleção de vidas úteis do ativo imobilizado e de sua recuperabilidade nas operações, avaliação dos ativos financeiros pelo valor justo e pelo método de ajuste a valor presente, estimativas do valor das propriedades para investimento, estimativas do valor em uso dos terrenos e edificações, análise do risco de crédito para determinação da provisão para devedores duvidosos, assim como a análise dos demais riscos para determinação de outras provisões, inclusive para contingências. Os valores contábeis de ativos e passivos reconhecidos que representam itens objeto de hedge a valor justo que, alternativamente, seriam contabilizados ao custo amortizado, são ajustados para demonstrar as variações nos valores justos atribuíveis aos riscos que estão sendo objeto de hedge.

A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações financeiras devido ao tratamento probabilístico inerente ao processo de estimativa. A companhia revisa suas estimativas pelo menos anualmente.

As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB.

As demonstrações financeiras consolidadas apresentam informações comparativas em relação ao período anterior. Em acréscimo, o Grupo apresenta um balanço patrimonial adicional no início do período mais antigo divulgado, quando se realiza aplicação retrospectiva de uma política contábil, reapresentação retrospectiva ou reclassificação de itens nas demonstrações financeiras. O balanço patrimonial adicional na data-base de 1º de janeiro de 2014 é apresentado nessas demonstrações financeiras consolidadas devido à correção de um erro (Nota 2.30).

ComentárioAs companhias abertas brasileiras não financeiras produzem e divulgam informações contábeis com base nos pronunciamentos contábeis emitidos pelo CPC e normas emitidas pela CVM, o chamado BRGAAP, que, na situação atual, tem poucas diferenças em relação às normas IFRS.

A transição de um modelo de custo histórico para um modelo geral, que adota estimativas contábeis de itens financeiros ao “valor justo” e itens não financeiros pelo “valor em uso”, deve levar a um esforço de divulgação

CPC 26.10 (e) CPC 26.49CPC 26.113CPC 26.51(a) CPC 26.51(b) CPC 26.51(c)

CPC 26.138(a) CPC 24.17CPC 26.138 (b) CPC 26.138 (c)

CPC 26.138(b)

CPC 26.112 (a), (b)

CPC 26.117(a)

CPC 26.16

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35Good Group | EY

CPC 36.7

CPC 36. B38

CPC 36. B80

CPC 36. B86

CPC 36. B99

CPC 36. B94

CPC 36. B87

CPC 36. B86

CPC 36. B96

CPC 36. B98

CPC 36. B99

adicional em cada nota explicativa por conta da diversidade de políticas contábeis adotadas na avaliação de cada item.

Em maio de 2011, o IASB emitiu o pronunciamento IFRS 13 com o objetivo de uniformizar os conceitos que dessem suporte às estimativas de valor justo. O objetivo desse pronunciamento foi a tentativa de reduzir a complexidade nas mensurações e aumentar a consistência dos relatórios contábeis emitidos no ambiente global.

Em resumo, o IFRS 13 estabeleceu:

• uma nova definição para “valor justo”;• um conceito único para a mensuração do valor justo; e• normas para divulgação.

O conceito de valor justo está agora claramente estabelecido sobre os valores de saída, como pode ser observado na definição contida no IFRS 13: Appendix A: o preço que seria recebido na venda de um ativo ou pago para transferir um passivo em uma transação ordenada entre participantes do mercado na data da mensuração. (The price that would be received to sell an asset or paid to transfer a liability in an orderly transaction between market participants at the measurement date.)

O IFRS 13 estabeleceu ainda uma “hierarquia de valor justo” que categorizou aplicação desse método em três níveis conforme as entradas utilizadas nas técnicas de avaliação. Essa hierarquia deu a prioridade mais alta para os preços não ajustados em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos, e a prioridade mais baixa para as estimativas que utilizem entradas não observáveis nas estimativas contábeis (IFRS 13.72).

2.1 Base de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas compreendem as demonstrações financeiras do Grupo e suas controladas em 31 de dezembro de 2015. O controle é obtido quando o Grupo estiver exposto ou tiver direito a retornos variáveis com base em seu envolvimento com a investida e tiver a capacidade de afetar esses retornos por meio do poder exercido em relação à investida.

Especificamente, o Grupo controla uma investida se, e apenas se, tiver:

• Poder em relação à investida (ou seja, direitos existentes que lhe garantem a atual capacidade de dirigir as atividades pertinentes da investida);

• Exposição ou direito a retornos variáveis com base em seu envolvimento com a investida;

• A capacidade de usar seu poder em relação à investida para afetar os resultados.

Geralmente, há presunção de que uma maioria de direitos de voto resulta em controle. Para dar suporte a essa presunção e quando o Grupo tiver menos da maioria dos direitos de voto ou semelhantes de uma investida, o Grupo considera todos os fatos e circunstâncias pertinentes ao avaliar se tem poder em relação a uma investida, inclusive:

• O acordo contratual com outros detentores de voto da investida;

• Direitos originados de acordos contratuais;

• Os direitos de voto e os potenciais direitos de voto do Grupo.

O Grupo avalia se exerce controle ou não de uma investida se fatos e circunstâncias indicarem que há mudanças em um ou mais dos três elementos de controle. A consolidação de uma controlada tem início quando o Grupo obtiver controle em relação à controlada e finaliza quando Grupo deixar de exercer o mencionado controle. Ativo, passivo e resultado de uma controlada adquirida ou alienada durante o exercício são incluídos nas demonstrações financeiras consolidadas a partir da data em que o Grupo obtiver controle até a data em que o Grupo deixar de exercer o controle sobre a controlada.

O resultado e cada componente de outros resultados abrangentes são atribuídos aos acionistas controladores e aos não controladores do Grupo, mesmo se isso resultar em prejuízo aos acionistas não controladores. Quando necessário, são efetuados ajustes nas demonstrações financeiras das controladas para alinhar suas políticas contábeis com as políticas contábeis do Grupo. Todos os ativos e passivos, resultados, receitas, despesas e fluxos de caixa do mesmo grupo, relacionados com transações entre membros do Grupo, são totalmente eliminados na consolidação.

A variação na participação societária da controlada, sem perda de exercício de controle, é contabilizada como transação patrimonial.

Se o Grupo perder o controle exercido sobre uma controlada, é dada baixa nos correspondentes ativos (inclusive ágio), passivos, participação de não controladores e demais componentes patrimoniais, ao passo que qualquer ganho ou perda resultante é contabilizado no resultado. Qualquer investimento retido é reconhecido a valor justo.

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Base de consolidação a partir de 1º de janeiro de 2015As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo incluem:

Empresa líder do GrupoA empresa líder do Grupo é a S.J. Limited, sediada no Brasil, onde negocia suas ações.

Entidade com influência significativa sobre o GrupoA International Fires P.L.C. detém 31,48% das ações ordinárias do Grupo (2014: 31,48%). Como entidade coligada, o Grupo detém 25% de participação na Força Total Ltda. (2014: 25%).

ColigadaO Grupo detém 25% de participação na Força Total Ltda. (2014: 25%).

Joint venture em que o Grupo é empreendedor

O Grupo detém 50% de participação na Esguichos Ltda. (2014: 50%).

*O Grupo detém 20% de participação no capital votante da empresa recém-criada Fire Equipment Test Lab Limited. No entanto, o Grupo possui representação majoritária no Conselho de Administração da entidade, sendo a aprovação do Grupo exigida para todas as principais decisões operacionais. As operações, uma vez iniciadas, serão realizadas em benefício do Grupo. Com base nesses fatos e circunstâncias, a administração determinou que, em substância, o Grupo controla essa entidade, não mantendo, no entanto, participação majoritária. As ações com direito a voto de outro acionista na Fire Equipment Test Lab Limited, um sócio terceirizado, são contabilizadas como passivos financeiros. Mais detalhes são apresentados na Nota 3.

ComentárioO CPC 45 exige que as entidades divulguem informações sobre a composição do Grupo. A lista acima apresenta informações sobre as controladas do Grupo. As empresas precisam observar que essa divulgação é exigida para controladas significativas. Acima é apresentado um exemplo de como podem ser cumpridas as exigências previstas no CPC 45. Quando as leis ou regulações locais exigirem a divulgação da lista de investimentos nas controladas, as referidas divulgações devem ser modificadas para atenderem às exigências locais adicionais.

2.2 Combinações de negócios

Combinações de negócios são contabilizadas utilizando o método de aquisição. O custo de uma aquisição é mensurado pela soma da contraprestação transferida, que é avaliada com base no valor justo na data de aquisição, e o valor de qualquer participação de não controladores na adquirida. Para cada combinação de negócio, a adquirente deve mensurar a participação de não controladores na adquirida pelo valor justo ou com base na sua participação nos ativos líquidos identificados na adquirida. Custos diretamente atribuíveis à aquisição devem ser contabilizados como despesa quando incorridos.

Ao adquirir um negócio, o Grupo avalia os ativos e passivos financeiros assumidos com o objetivo de classificá-los e alocá-los de acordo com os termos contratuais, as circunstâncias econômicas e as condições pertinentes

CPC 45.9

CPC 45.14

CPC 15.4

CPC 15.18

CPC 15.19

CPC 15.53

CPC 15.B64 (m)

CPC 15.15

CPC 15.16

CPC 45.9

CPC 26.138 (c)

CPC 26.138(c)

% participação

Nome Principal atividade País-sede 2015 2014

Extintores Ltda. Equipamentos de prevenção de incêndios Brasil 80 —

Bright Sparks Limited Equipamentos de prevenção de incêndios Brasil 95 95

Fire Equipment Test Lab Limited

Equipamentos de prevenção de incêndios Brasil 100* —

Wireworks Inc. Equipamentos de prevenção de incêndios EUA 98 98

Sprinklers Inc. Equipamentos de prevenção de incêndios EUA 100 100

Iluminação Ltda. Eletrônicos Brasil 87,4 80

Mangueiras Ltda. Eletrônicos Brasil 100 100

Eletrônicos Ltda. Eletrônicos Brasil 48 48

CPC 05.13

CPC 45.10(a)

CPC 45.12(a)

CPC 45.12(b)

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na data de aquisição, o que inclui a segregação, por parte da adquirida, de derivativos embutidos existentes em contratos hospedeiros na adquirida.

Qualquer contraprestação contingente a ser transferida pela adquirente será reconhecida a valor justo na data de aquisição. Alterações subsequentes no valor justo da contraprestação contingente considerada como um ativo ou como um passivo deverão ser reconhecidas de acordo com o CPC 38 na demonstração do resultado.

Inicialmente, o ágio é mensurado como sendo o excedente da contraprestação transferida em relação aos ativos líquidos adquiridos (ativos identificáveis adquiridos, líquidos e os passivos assumidos). Se a contraprestação for menor do que o valor justo dos ativos líquidos adquiridos, a diferença deverá ser reconhecida como ganho na demonstração do resultado.

Após o reconhecimento inicial, o ágio é mensurado pelo custo, deduzido de quaisquer perdas acumuladas do valor recuperável. Para fins de teste do valor recuperável, o ágio adquirido em uma combinação de negócios é, a partir da data de aquisição, alocado a cada uma das unidades geradoras de caixa do Grupo que se espera sejam beneficiadas pelas sinergias da combinação, independentemente de outros ativos ou passivos da adquirida serem atribuídos a essas unidades.

Quando um ágio fizer parte de uma unidade geradora de caixa e uma parcela dessa unidade for alienada, o ágio associado à parcela alienada deve ser incluído no custo da operação ao apurar-se o ganho ou a perda na alienação. O ágio alienado nessas circunstâncias é apurado com base nos valores proporcionais da parcela alienada em relação à unidade geradora de caixa mantida.

ComentárioO CPC 15 (R1) (IFRS 3) não é aplicável nas combinações de negócios que envolvam entidades sob controle comum. O tratamento contábil não está previsto explicitamente no conjunto das normas CPC/IFRS, porém presume-se que deve ser mantida a coerência da informação contábil para informações consolidadas e individuais, sob pena de distorcer as informações para uso dos investidores e outros tipos de usuários.

Em essência, temos duas alternativas para tratar combinação de negócios entre partes não independentes ou relacionadas: o método de compra (purchase method) e o método de comunhão de interesses (pooling of interests).

A escolha do método de compra significa tratar o ágio (goodwill), originado na aquisição como resultante da aplicação do valor justo aos itens patrimoniais, como um intangível de vida indefinida não sujeito a amortização periódica, mas sujeito ao impairment, por força de avaliar todos os ativos. No caso da comunhão de interesses, a combinação dos negócios utiliza o valor de livros para os itens patrimoniais sem a geração de ágio (goodwill).

É comum o questionamento se determinadas reestruturações societárias constituem ou não uma combinação de negócios, notadamente quando a investidora incorpora a investida ou vice-versa. Nesses casos, via de regra, o entendimento é de que não há geração de riqueza por se tratar de transação entre partes relacionadas, sujeita à aplicação dos conceitos definidos na ICPC 09, itens 77 e 78.

2.3 Investimento em coligadas e em joint venturesColigada é uma entidade sobre a qual o Grupo exerce influência significativa. Influência significativa é o poder de participar nas decisões sobre políticas operacionais da investida, não sendo, no entanto, controle ou controle conjunto sobre essas políticas.

Joint venture é um tipo de acordo conjunto por meio do qual as partes que tenham controle conjunto sobre o acordo têm direitos aos ativos líquidos da joint venture. Controle conjunto é o compartilhamento contratualmente acordado de um controle, existente apenas quando decisões sobre as atividades pertinentes exigirem o consentimento unânime das partes que estiverem compartilhando o controle.

As contraprestações efetuadas na apuração de influência significativa ou controle conjunto são semelhantes às necessárias para determinar controle em relação às subsidiárias.

Os investimentos do Grupo em sua coligada e na joint venture são contabilizados com base no método da equivalência patrimonial.

Com base no método da equivalência patrimonial, o investimento em uma coligada ou joint venture é reconhecido inicialmente ao custo. O valor contábil do investimento é ajustado para fins de reconhecimento das variações na participação do Grupo no patrimônio líquido da coligada ou da joint venture a partir da data de aquisição. O ágio relativo à coligada ou joint venture é incluído no valor contábil do investimento, não sendo, no entanto, amortizado nem separadamente testado para fins de redução no valor recuperável dos ativos.

CPC 15.39

CPC 15.58

CPC 15.32

CPC 15.36

CPC 15.B63(a)

CPC 01.80

CPC 01.86

CPC 18.03

CPC 19.16

CPC 19.7

CPC 18.10

CPC 18.26-29

CPC 26.82(c)

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A demonstração do resultado reflete a participação do Grupo nos resultados operacionais da coligada ou joint venture. Eventual variação em outros resultados abrangentes dessas investidas é apresentada como parte de outros resultados abrangentes do Grupo. Adicionalmente, quando houver variação reconhecida diretamente no patrimônio da coligada ou na joint venture, o Grupo reconhecerá sua participação em quaisquer variações, quando aplicável, na demonstração das mutações do patrimônio líquido. Ganhos e perdas não realizados em decorrência de transações entre o Grupo e a coligada ou joint venture são eliminados em proporção à participação na coligada ou joint venture.

A soma da participação do Grupo nos resultados de uma coligada ou joint venture é apresentada na demonstração do resultado, fora do lucro operacional, representando o resultado após os impostos e participações de não controladores nas controladas da coligada ou joint venture.

As demonstrações financeiras da coligada ou joint venture são elaboradas para o mesmo período de divulgação que o do Grupo. Quando necessário, são feitos ajustes para que as políticas contábeis fiquem alinhadas com as do Grupo.

Após a aplicação do método da equivalência patrimonial, o Grupo determina se é necessário reconhecer perda adicional do valor recuperável sobre o investimento do Grupo em sua coligada ou joint venture. O Grupo determina, em cada data de fechamento do balanço patrimonial, se há evidência objetiva de que o investimento na coligada ou joint venture sofreu perda por redução ao valor recuperável. Se assim for, o Grupo calcula o montante da perda por redução ao valor recuperável como a diferença entre o valor recuperável da coligada ou joint venture e o valor contábil e reconhece a perda na rubrica “Participação em lucros de coligada e joint venture”, na demonstração do resultado.

Ao perder influência significativa sobre a coligada ou controle conjunto sobre a joint venture, o Grupo mensura e reconhece qualquer investimento retido ao valor justo. Eventual diferença entre o valor contábil da coligada ou joint venture, no momento da perda de influência significativa, e o valor justo do investimento retido e dos resultados da alienação serão reconhecidos no resultado.

ComentárioO Grupo não possui participação em operações em conjunto. Caso o Grupo tivesse participação em uma operação em conjunto, conforme o CPC 19.20 (R2) (IFRS 11), reconheceria os seguintes elementos em relação à sua participação na operação em conjunto:

• Seus ativos, incluindo sua parcela sobre quaisquer ativos detidos em conjunto;

• Seus passivos, incluindo sua parcela sobre quaisquer passivos assumidos em conjunto;

• Sua receita de venda da sua parcela sobre a produção advinda da operação em conjunto;

• Sua parcela sobre a receita de venda da produção da operação em conjunto;

• Suas despesas, incluindo sua parcela sobre quaisquer despesas incorridas em conjunto.

2.4 Classificação corrente versus não correnteO Grupo apresenta ativos e passivos no balanço patrimonial com base na classificação circulante / não circulante. Um ativo é classificado no circulante quando:

• se espera realizá-lo ou se pretende vendê-lo ou consumi-lo no ciclo operacional normal;

• for mantido principalmente para negociação;

• se espera realizá-lo dentro de 12 meses após o período de divulgação; ou

• caixa ou equivalentes de caixa, a menos que haja restrições quando à sua troca ou seja utilizado para liquidar um passivo por, pelo menos, 12 meses após o período de divulgação.

Todos os demais ativos são classificados como não circulantes. Um passivo é classificado no circulante quando:

• se espera liquidá-lo no ciclo operacional normal;

• for mantido principalmente para negociação;

• se espera realizá-lo dentro de 12 meses após o período de divulgação; ou

• não há direito incondicional para diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após o período de divulgação.

O Grupo classifica todos os demais passivos no não circulante.

Os ativos e passivos fiscais diferidos são classificados no ativo e passivo não circulante.

CPC 18.40-43

CPC 18.22(b)

CPC 26.60

CPC 26.61

CPC 26.69

CPC 26.56

CPC 46.9

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39Good Group | EY

2.5 Mensuração do valor justoO Grupo mensura instrumentos financeiros, como, por exemplo, derivativos e ativos não financeiros, como propriedades para investimento, a valor justo em cada data de fechamento do balanço patrimonial.

As correspondentes divulgações a valor justo de instrumentos financeiros e ativos não financeiros mensurados a valor justo ou no momento da divulgação dos valores justos são resumidas nas respectivas notas.

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. A mensuração do valor justo é baseada na presunção de que a transação para vender o ativo ou transferir o passivo ocorrerá:

• No mercado principal para o ativo ou passivo; ou

• Na ausência de um mercado principal, no mercado mais vantajoso para o ativo ou o passivo.

O mercado principal ou mais vantajoso deve ser acessível pelo Grupo.

O valor justo de um ativo ou passivo é mensurado com base nas premissas que os participantes do mercado utilizariam ao definir o preço de um ativo ou passivo, presumindo que os participantes do mercado atuam em seu melhor interesse econômico.

A mensuração do valor justo de um ativo não financeiro leva em consideração a capacidade de um participante do mercado gerar benefícios econômicos por meio da utilização ideal do ativo ou vendendo-o a outro participante do mercado que também utilizaria o ativo de forma ideal.

O Grupo utiliza técnicas de avaliação adequadas nas circunstâncias e para as quais haja dados suficientes para mensuração do valor justo, maximizando o uso de informações disponíveis pertinentes e minimizando o uso de informações não disponíveis.

Todos os ativos e passivos para os quais o valor justo seja mensurado ou divulgado nas demonstrações financeiras são categorizados dentro da hierarquia de valor justo descrita abaixo, com base na informação de nível mais baixo que seja significativa à mensuração do valor justo como um todo:

• Nível 1 — Preços de mercado cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos;

• Nível 2 — Técnicas de avaliação para as quais a informação de nível mais baixo e significativa para mensuração do valor justo seja direta ou indiretamente observável;

• Nível 3 — Técnicas de avaliação para as quais a informação de nível mais baixo e significativa para mensuração do valor justo não esteja disponível.

Para ativos e passivos reconhecidos nas demonstrações financeiras a valor justo de forma recorrente, o Grupo determina se ocorreram transferências entre níveis da hierarquia, reavaliando a categorização (com base na informação de nível mais baixo e significativa para mensuração do valor justo como um todo) ao final de cada período de divulgação.

O comitê de avaliação do Grupo determina as políticas e procedimentos para mensuração do valor justo, como propriedades para investimento e ativos financeiros não cotados e disponíveis para venda, e para mensuração não recorrente, tais como ativos mantidos para distribuição em operação descontinuada. O comitê de avaliação compreende a liderança do segmento de propriedades para investimento, a liderança da equipe interna de fusões e aquisições do Grupo, a liderança do departamento de administração de risco, diretores financeiros e gerentes de cada propriedade.

Os avaliadores externos estão envolvidos na avaliação de ativos significativos, como por exemplo propriedades e ativos financeiros disponíveis para venda, e passivos significativos, tais como contraprestação contingente. O envolvimento de avaliadores externos é decidido anualmente pelo comitê de avaliação, após discussão com o comitê de auditoria e respectiva aprovação dele recebida. Os critérios de seleção incluem conhecimentos de mercado, reputação, independência e verificação se as normas profissionais são cumpridas. Normalmente, há rodízio de avaliadores a cada três anos. O comitê de avaliação decide, após discussão com os avaliadores externos do Grupo, que técnicas de avaliação e informações devem ser utilizadas em cada caso.

Em cada data de divulgação, o comitê de avaliação analisa as movimentações nos valores dos ativos e passivos que devem ser mensurados ou reavaliados de acordo com as políticas contábeis do Grupo. Para fins dessa análise, o comitê de avaliação confirma as principais informações utilizadas na última avaliação, confrontando as informações constantes no cálculo da avaliação com os contratos e demais documentos relevantes.

O comitê de avaliação, em conjunto com os avaliadores externos do Grupo, também compara cada movimentação no valor justo de cada ativo e passivo com as respectivas fontes externas com o objetivo de determinar se a movimentação é aceitável.

Em caráter interino, o comitê de avaliação e os avaliadores externos do Grupo apresentam os resultados da avaliação ao comitê de auditoria e aos auditores independentes do Grupo, bem como uma discussão sobre as principais premissas utilizadas nas avaliações.

CPC 46.16

CPC 46.22

CPC 46.27

CPC 46.61

CPC 46.73

CPC 46.95

CPC 46.93(g)

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Para fins de divulgações do valor justo, o Grupo determinou classes de ativos e passivos com base na natureza, características e riscos do ativo ou passivo e o nível da hierarquia do valor justo, conforme acima explicado.

ComentárioO Grupo escolheu não aplicar a exceção de carteira nos termos do CPC 46.48 (IFRS 13). Se, com base em sua política contábil, uma entidade tomar a decisão de utilizar a exceção, esse fato deve ser divulgado de acordo com o CPC 46.96 (IFRS 13).

2.6 Reconhecimento de receita A receita é reconhecida na extensão em que for provável que benefícios econômicos serão gerados para o Grupo e quando possa ser mensurada de forma confiável, independentemente de quando o pagamento for recebido. A receita é mensurada com base no valor justo da contraprestação recebida, excluindo descontos, abatimentos e impostos ou encargos sobre vendas. O Grupo avalia as transações de receita de acordo com os critérios específicos para determinar se está atuando como agente ou principal e, ao final, concluiu que está atuando como principal em todos os seus contratos de receita. Os critérios específicos, a seguir, devem também ser satisfeitos antes de haver reconhecimento de receita:

Venda de produtosA receita de venda de produtos é reconhecida quando os riscos e benefícios significativos da propriedade dos produtos forem transferidos ao comprador, o que geralmente ocorre na sua entrega. A receita de venda de mercadorias é mensurada ao valor justo da contraprestação recebida ou a receber, líquida de retornos e subsídios, descontos comerciais e descontos por volume. O Grupo normalmente fornece garantia de dois anos para consertos em geral a todos os produtos vendidos, em linha com a prática no setor. Um passivo para potenciais pedidos de garantia é reconhecido no momento em que o produto é vendido – vide Nota 25 para mais informações. O Grupo não fornece extensão de garantia ou contratos de manutenção a seus clientes.

No segmento eletrônico, o Grupo mantém um programa de pontos por fidelidade dos clientes que permite a eles acumular pontos ao comprar produtos nas lojas de varejo do Grupo. Os pontos podem então ser trocados por produtos, operação sujeita à obtenção de um número mínimo de pontos.

A contraprestação recebida é alocada entre produtos eletrônicos vendidos e pontos emitidos, alocando aos pontos contraprestação equivalente ao correspondente valor justo. O valor justo dos pontos é determinado mediante a aplicação de análise estatística. O valor justo dos pontos emitidos é diferido e reconhecido como receita no resgate dos pontos.

Comentário O CPC 30 não prescreve um método de alocação para vendas de múltiplos elementos. A política do Grupo de reconhecimento de receita para vendas que envolvem a emissão relacionada ao programa de fidelidade é baseada no valor justo dos pontos emitidos, em linha com a IFRIC 13 e CPC 30. O Grupo poderia, alternativamente, ter baseado a sua política de reconhecimento de receita nos valores justos relativos dos produtos vendidos e dos pontos emitidos.

O CPC 30 não estabelece nenhum requisito de divulgação específico sobre os programas de fidelidade. O Grupo não incluiu divulgação extensiva sobre o programa de fidelidade, uma vez que os valores não são significativos. Se a receita diferida e a receita relativa ao programa de fidelidade fossem mais significativas, itens adicionais de divulgação poderiam incluir: o número de pontos pendentes, o período em que se espera que haja reconhecimento de receita, as principais premissas utilizadas para determinar o período ao longo do qual a receita é reconhecida e o efeito de mudanças nos percentuais de resgate.

Prestação de serviços

A receita da instalação de extintores de incêndio, equipamentos e materiais de prevenção contra incêndio é reconhecida com base no percentual de conclusão das obras. O andamento das obras é medido com base nas horas de trabalho incorridas até uma data-corte, como porcentual do total de horas de trabalho estimadas para cada contrato. Quando o resultado do contrato não puder ser medido de forma confiável, a receita é reconhecida apenas na extensão em que as despesas incorridas puderem ser recuperadas. Isso é observado geralmente durante os estágios iniciais de instalação, quando os equipamentos e tecidos são submetidos a testes de qualidade pelo cliente como parte da instalação.

Receita de jurosPara todos os instrumentos financeiros avaliados ao custo amortizado e ativos financeiros que rendem juros, classificados como disponíveis para venda, a receita ou despesa financeira é contabilizada utilizando-se a taxa de juros efetiva, que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados de caixa ao longo da vida estimada do instrumento financeiro ou em um período de tempo mais curto, quando aplicável, ao valor contábil líquido do ativo ou passivo financeiro. A receita de juros é incluída na rubrica receita financeira, na demonstração do resultado.

CPC 46.94

CPC 30.14(a)

CPC 30.20

CPC 30.30

CPC 30.26

CPC 30.30(a)

CPC 30.20(c)

CPC 30.35(a)

CPC 30.09

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41Good Group | EY

DividendosA receita é reconhecida quando o direito de o Grupo receber o pagamento for estabelecido, o que geralmente ocorre quando os acionistas aprovam o dividendo.

Receita de aluguel Receita de aluguel resultante de arrendamentos mercantis operacionais de propriedades para investimentos é contabilizada de forma linear ao longo do prazo dos compromissos de arrendamento mercantil.

Comentário Os aspectos contábeis acerca dos contratos de construção do setor imobiliário são tratados pela interpretação IFRIC 15 – Contratos de Construção do Setor Imobiliário (Agreements for the Construction of Real Estate), que aborda a contabilização das receitas e dos correspondentes custos das companhias que realizam a incorporação e/ou construção de imóveis.

De acordo com essa norma, na contabilização das receitas e das respectivas despesas de incorporação ou venda, existe sempre a necessidade de se avaliar o tipo de contrato de construção e, consequentemente, a norma internacional a ser aplicada. Em outras palavras, as companhias deverão aplicar o CPC 30 – Receitas (IAS 18) ou o CPC 17 – Contratos de Construção (IAS 11), dependendo do referido enquadramento.

Nos casos em que o comprador for capaz de especificar os principais elementos estruturais do projeto do imóvel antes de se começar a construção e/ou especificar mudanças estruturais significativas após o início da construção, os resultados da empresa devem ser contabilizados de acordo com o CPC 17 (IAS 11). Isso porque, nesse caso, trata-se de um contrato especificamente negociado para a construção de um ativo. Logo, as receitas e as despesas desse contrato de longo prazo passam a ser reconhecidas ao longo do tempo de maneira proporcional, de acordo com o método da porcentagem completada (percentage of completion method).

Por outro lado, quando os compradores têm apenas uma possibilidade limitada de influenciar no projeto do imóvel, o contrato de construção passa a ser visto como um contrato convencional de venda de bens. Nesse contexto, de acordo com a IAS 18, as respectivas receitas e despesas somente devem ser reconhecidas no momento da transferência dos riscos e benefícios ao comprador, que frequentemente só acontece no momento da entrega das chaves do imóvel.

Nota-se assim a razão da grande polêmica que a aplicação do IFRIC 15 tem causado no ambiente contábil brasileiro. Isso porque, como ele está baseado na essência econômica e não na forma jurídica, questionamentos têm sido levantados sobre o momento em que as incorporadoras brasileiras devem reconhecer seus resultados: ao longo da construção do empreendimento, conforme a IAS 11, ou apenas na entrega das chaves, conforme a IAS 18. Nesse sentido, é importante ressaltar que não existe consenso entre os envolvidos no processo de elaboração das demonstrações financeiras e, portanto, devemos aguardar novos esclarecimentos por parte do CPC, do IASB e da IFRIC.

2.7 Subvenções governamentaisSubvenções governamentais são reconhecidas quando houver razoável certeza de que o benefício será recebido e que todas as correspondentes condições serão satisfeitas. Quando o benefício se refere a um item de despesa, é reconhecido como receita ao longo do período do benefício, de forma sistemática em relação aos custos cujo benefício objetiva compensar. Quando o benefício se referir a um ativo, é reconhecido como receita diferida e lançado no resultado em valores iguais ao longo da vida útil esperada do correspondente ativo.

Quando o Grupo recebe benefícios não monetários, o bem e o benefício são registrados pelo valor nominal e refletidos na demonstração do resultado ao longo da vida útil esperada do bem, em prestações anuais iguais. O empréstimo ou assistência é reconhecido ou mensurado inicialmente a valor justo. A subvenção governamental é mensurada como a diferença entre o valor contábil inicial do empréstimo e os resultados recebidos. O empréstimo é subsequentemente mensurado de acordo com a política contábil.

ComentárioO CPC 07 (R1) permite duas formas de apresentar benefício governamental relativo a ativos. Pode ser apresentado no balanço patrimonial como receita diferida, que é reconhecida como receita de forma sistemática e racional ao longo da vida útil do ativo. Alternativamente, pode reduzir o valor contábil do ativo. O benefício é então reconhecido como receita ao longo da vida útil de um ativo depreciável por meio de encargo de depreciação reduzido.

O Grupo optou por apresentar as subvenções relacionadas com um item de despesa como receita na demonstração do resultado. Alternativamente, o CPC 07 (R1) permite subvenções relacionadas com receitas a serem deduzidas ao divulgar a despesa relacionada.

CPC 06.50

CPC 07.7

CPC 07.12

CPC 07.26

CPC 07.23

CPC 07.10A

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42 Good Group | EY

O CPC 07 (R1) permite subvenção a um ativo não monetário a ser contabilizado em duas formas alternativas. O ativo e a subvenção podem ser contabilizados a valores nominais. O Grupo contabiliza subvenções de ativos não monetários a valores nominais. Alternativamente, o ativo e a subvenção podem ser contabilizados ao valor justo do ativo não monetário.

2.8 Impostos

Imposto de renda e contribuição social – correntes Ativos e passivos tributários correntes do último exercício e de anos anteriores são mensurados ao valor recuperável esperado ou a pagar para as autoridades fiscais. As alíquotas de imposto e as leis tributárias usadas para calcular o montante são aquelas que estão em vigor ou substancialmente em vigor na data do balanço nos países em que o Grupo opera e gera receita tributável.

Imposto de renda e contribuição social correntes relativos a itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido são reconhecidos no patrimônio líquido. A administração periodicamente avalia a posição fiscal das situações nas quais a regulamentação fiscal requer interpretação e estabelece provisões quando apropriado.

Impostos diferidosImposto diferido é gerado por diferenças temporárias na data do balanço entre as bases fiscais de ativos e passivos e seus valores contábeis. Impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças tributárias temporárias, exceto:

• quando o imposto diferido passivo surge do reconhecimento inicial de ágio ou de um ativo ou passivo em uma transação que não for uma combinação de negócios e, na data da transação, não afeta o lucro contábil ou o lucro ou prejuízo fiscal; e

• sobre as diferenças temporárias tributárias relacionadas com investimentos em controladas, em que o período da reversão das diferenças temporárias pode ser controlado e é provável que as diferenças temporárias não sejam revertidas no futuro próximo.

Impostos diferidos ativos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis, créditos e perdas tributários não utilizados, na extensão em que seja provável que o lucro tributável esteja disponível para que as diferenças temporárias dedutíveis possam ser realizadas, e créditos e perdas tributários não utilizados possam ser utilizados, exceto:

• quando o imposto diferido ativo relacionado com a diferença temporária dedutível é gerado no reconhecimento inicial do ativo ou passivo em uma transação que não é uma combinação de negócios e, na data da transação, não afeta o lucro contábil ou o lucro ou prejuízo fiscal; e

• sobre as diferenças temporárias dedutíveis associadas com investimentos em controladas, impostos diferidos ativos são reconhecidos somente na extensão em que for provável que as diferenças temporárias sejam revertidas no futuro próximo e o lucro tributável esteja disponível para que as diferenças temporárias possam ser utilizadas.

O valor contábil dos impostos diferidos ativos é revisado em cada data do balanço e baixado na extensão em que não é mais provável que lucros tributáveis estarão disponíveis para permitir que todo ou parte do ativo tributário diferido venha a ser utilizado. Impostos diferidos ativos baixados são revisados a cada data do balanço e são reconhecidos na extensão em que se torna provável que lucros tributáveis futuros permitirão que os ativos tributários diferidos sejam recuperados.

Impostos diferidos ativos e passivos são mensurados à taxa de imposto que é esperada de ser aplicável no ano em que o ativo será realizado ou o passivo liquidado, com base nas taxas de imposto (e lei tributária) que foram promulgadas na data do balanço.

Imposto diferido relacionado a itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido também é reconhecido no patrimônio líquido, e não na demonstração do resultado. Itens de imposto diferido são reconhecidos de acordo com a transação que originou o imposto diferido, no resultado abrangente ou diretamente no patrimônio líquido.

Impostos diferidos ativos e passivos são apresentados líquidos se existe um direito legal ou contratual para compensar o ativo fiscal contra o passivo fiscal, e os impostos diferidos são relacionados à mesma entidade tributada e sujeitos à mesma autoridade tributária.

Benefícios fiscais adquiridos como parte de uma combinação de negócios, mas que não cumprem os critérios para reconhecimento em separado naquela data, são reconhecidos subsequentemente em caso de novas informações sobre fatos e mudanças nas circunstâncias. O ajuste é tratado como redução no ágio (contanto que não exceda o ágio) se incorrido durante o período de mensuração ou reconhecido no resultado.

CPC 32.46

CPC 32.61A(b)

CPC 32.22(c)

CPC 32.39

CPC 32.34

CPC 32.24

CPC 32.44

CPC 32.56

CPC 32.37

CPC 32.47

CPC 32.61A

CPC 32.74

CPC 32.68

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43Good Group | EY

Imposto sobre vendas Despesas e ativos são reconhecidos líquidos dos impostos sobre vendas, exceto:

• quando os impostos sobre vendas incorridos na compra de bens ou serviços não forem recuperáveis junto às autoridades fiscais, hipótese em que o imposto sobre vendas é reconhecido como parte do custo de aquisição do ativo ou do item de despesa, conforme o caso;

• quando os valores a receber e a pagar forem apresentados junto com o valor dos impostos sobre vendas; e • quando o valor líquido dos impostos sobre vendas, recuperável ou a pagar, é incluído como componente

dos valores a receber ou a pagar no balanço patrimonial.

2.9 Ativos não circulantes mantidos para venda e operações descontinuadasO Grupo classifica ativos não circulantes e grupos de alienação quando mantidos para distribuição a acionistas da controladora se os valores contábeis forem recuperados principalmente por meio da distribuição, e não por meio do uso continuado. Esses ativos não circulantes e grupos de alienação classificados como mantidos para distribuição são mensurados a valor contábil e a valor justo deduzido de custos de venda ou distribuição, dos dois o menor. Os custos de distribuição são custos incrementais diretamente atribuíveis à distribuição, excluindo custos financeiros e despesas de imposto de renda.

Os critérios de classificação de itens mantidos para distribuição são considerados como atendidos somente quando a distribuição for altamente provável e o ativo ou grupo de alienação estiver disponível para distribuição imediata em sua presente condição. As ações necessárias para concluir a distribuição devem indicar se é improvável a ocorrência de mudanças significativas na distribuição ou que a distribuição será retirada. A administração deve estar comprometida com a distribuição esperada dentro de um ano a partir da data da classificação.

O ativo imobilizado e o ativo intangível não são depreciados ou amortizados quando classificados como mantidos para distribuição.

Ativos e passivos classificados como mantidos para distribuição são apresentados separadamente como itens circulantes no balanço patrimonial.

Um grupo de alienação se qualifica como operação descontinuada se representar um componente de uma entidade que foi alienado ou classificado como mantido para venda, e:

• Representar uma importante linha em separado de negócios ou área geográfica de operações;• For parte de um único plano coordenado para alienar uma importante linha de negócios ou área geográfica

de operações;• For uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo de venda.Operações descontinuadas são excluídas dos resultados de operações contínuas, sendo apresentadas como um único valor no resultado após os impostos a partir de operações descontinuadas na demonstração do resultado.

Divulgações adicionais são apresentadas na Nota 11. Todas as demais notas às demonstrações financeiras incluem valores para operações contínuas, a menos que mencionado de outra forma.

2.10 Distribuição de lucros in natura O Grupo reconhece um passivo para efetuar distribuições com ou sem desembolso de caixa a acionistas controladores quando a distribuição é autorizada e a distribuição deixa de ser uma opção da empresa. Conforme a legislação societária vigente, uma distribuição é autorizada quando aprovada pelos acionistas. Um correspondente montante é diretamente reconhecido no patrimônio líquido.

Distribuições sem desembolso de caixa são mensuradas ao valor justo dos ativos a serem distribuídos, sendo a mensuração a valor justo reconhecida diretamente no patrimônio líquido.

No momento da distribuição de ativos sem desembolso de caixa, eventual diferença entre o valor contábil do passivo e o valor contábil do ativo distribuído é reconhecida na demonstração do resultado.

2.11 ImobilizadoObras em andamento, instalações e equipamentos são demonstrados ao custo, líquido de depreciação acumulada e perdas acumuladas por perda por redução ao valor recuperável, se houver. Esse custo inclui o custo de reposição do ativo imobilizado e custos de financiamentos para projetos de construção de longo prazo se os critérios de reconhecimento forem atendidos. Quando partes significativas do ativo imobilizado precisarem ser substituídas em intervalos, o Grupo as deprecia separadamente com base em suas vidas úteis específicas. Da mesma forma, quando for realizada uma inspeção de grande porte, seu custo é reconhecido no valor contábil do ativo imobilizado como substituição, se os critérios de reconhecimento forem atendidos.

CPC 31.6

CPC 31.7

CPC 31.8

CPC 31.15

CPC 31.15A

CPC 31.12A

CPC 31.25

ICPC 7.10

ICPC 07.11

ICPC 07.13

ICPC 07.14

ICPC 07.15

CPC 27.73(a) CPC 27.30

CPC 27.15

CPC 27.36

CPC 27.24

CPC 27.73 (a)

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44 Good Group | EY

Todos os demais custos de reparo e manutenção são reconhecidos no resultado, quando incorridos. O valor presente do custo esperado para descontinuação de um ativo após seu uso é incluído no custo do respectivo ativo se forem atendidos os critérios de reconhecimento para uma provisão. Consulte os julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativos (Nota 3) e provisões (Nota 23) para informações adicionais sobre o reconhecimento da provisão para descontinuidade.

A depreciação é calculada com base no método linear ao longo das vidas úteis estimadas dos ativos, conforme a seguir apresentado:

• Edificações 15 a 20 anos• Ativo imobilizado 5 a 15 anos

Um item de imobilizado é baixado quando vendido ou quando nenhum benefício econômico futuro for esperado do seu uso ou venda. Eventual ganho ou perda resultante da baixa do ativo (calculado como sendo a diferença entre o valor líquido da venda e o valor contábil do ativo) é incluído na demonstração do resultado no exercício em que o ativo for baixado.

O valor residual e vida útil dos ativos e os métodos de depreciação são revistos no encerramento de cada exercício, e ajustados de forma prospectiva, quando for o caso.

ComentárioNo que se refere aos métodos de depreciação, observa-se que uma boa parcela das companhias continua a adotar o método linear para seus ativos imobilizados, sendo poucas as companhias que utilizam outros métodos, como unidades produzidas para algumas classes especiais de ativos. Também não se verifica a divulgação das vidas úteis e das taxas de depreciação utilizadas como prática generalizada entre as companhias abertas brasileiras. Apesar do CPC 27 permitir o método de reavaliação para mensuração subsequente de ativo imobilizado, essa opção é vetada pela Lei nº 11.638/07 no Brasil.

2.12 Ativos intangíveis Ativos intangíveis adquiridos separadamente são mensurados ao custo no momento do seu reconhecimento inicial. O custo de ativos intangíveis adquiridos em uma combinação de negócios corresponde ao valor justo na data da aquisição. Após o reconhecimento inicial, os ativos intangíveis são apresentados ao custo, menos amortização acumulada e perdas acumuladas de valor recuperável. Ativos intangíveis gerados internamente, excluindo custos de desenvolvimento capitalizados, não são capitalizados, e o gasto é refletido na demonstração do resultado no exercício em que for incorrido.

A vida útil de ativo intangível é avaliada como definida ou indefinida.

Ativos intangíveis com vida definida são amortizados ao longo da vida útil econômica e avaliados em relação à perda por redução ao valor recuperável sempre que houver indicação de perda de valor econômico do ativo. O período e o método de amortização para um ativo intangível com vida definida são revisados no mínimo ao final de cada exercício social. Mudanças na vida útil estimada ou no consumo esperado dos benefícios econômicos futuros desses ativos são contabilizadas por meio de mudanças no período ou método de amortização, conforme o caso, sendo tratadas como mudanças de estimativas contábeis. A amortização de ativos intangíveis com vida definida é reconhecida na demonstração do resultado na categoria de despesa consistente com a utilização do ativo intangível.

Ativos intangíveis com vida útil indefinida não são amortizados, mas são testados anualmente em relação a perdas por redução ao valor recuperável, individualmente ou no nível da unidade geradora de caixa. A avaliação de vida útil indefinida é revisada anualmente para determinar se essa avaliação continua a ser justificável. Caso contrário, a mudança na vida útil de indefinida para definida é feita de forma prospectiva.

Ganhos e perdas resultantes da baixa de um ativo intangível são mensurados como a diferença entre o valor líquido obtido da venda e o valor contábil do ativo, sendo reconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa do ativo.

Custos de pesquisa e desenvolvimento

Os gastos com pesquisas são registrados como despesas quando incorridos, e os gastos com desenvolvimento vinculados a inovações tecnológicas dos produtos existentes são capitalizados, se tiverem viabilidade tecnológica e econômica, e amortizados pelo período esperado de benefícios dentro do grupo de despesas operacionais.

Os custos de desenvolvimento de um projeto específico são reconhecidos como ativo intangível sempre que se puder demonstrar: (i) a viabilidade técnica de concluir o ativo intangível da forma que estará disponível

CPC 27.31

CPC 27.39

CPC 27.40

CPC 27.41

CPC 27.68

CPC 27.71

CPC 27.51

CPC 04.24

CPC 04.74

CPC 04.54

CPC 04.57

CPC 04.88

CPC 01.09

CPC 04.97

CPC 04.104

CPC 04.107

CPC 04.108

CPC 04.109

CPC 04.113

CPC 04.54

CPC 04.57

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Licenças Patentes Desenvolvimento de produtos

Vida útil Indefinida Definida (10 anos) Definida (20 anos)

Método de amortização utilizado

Não amortizada Amortização linear ao longo do prazo da patente

Amortizados ao longo do período de vendas futuras esperadas do correspondente projeto de forma linear

Gerados internamente ou adquiridos

Adquiridos Adquiridos Gerados internamente

para uso ou venda; (ii) a intenção de concluir o ativo e a habilidade de usar ou vender o ativo; (iii) como o ativo gerará benefícios econômicos futuros; (iv) a disponibilidade de recursos para concluir o ativo; e (v) a capacidade de avaliar de forma confiável os gastos incorridos durante a fase de desenvolvimento.

Após o reconhecimento inicial, o ativo é apresentado ao custo menos amortização acumulada e perdas de seu valor recuperável. A amortização é iniciada quando o desenvolvimento é concluído e o ativo encontra-se disponível para uso, pelo período dos benefícios econômicos futuros. Durante o período de desenvolvimento, o valor recuperável do ativo é testado anualmente.

Patentes e licenças

As patentes foram concedidas para um período de dez anos pela agência governamental competente com a opção de renovação no final do referido período. Licenças para o uso de propriedade intelectual são concedidas por períodos de cinco e dez anos, dependendo da licença específica. As licenças preveem a opção de renovação quando o Grupo cumprir as condições da licença, por um custo baixo ou mesmo sem ônus para o Grupo (para maiores detalhes, vide Nota 15). Assim, essas licenças são consideradas como de vida útil indefinida.

A tabela a seguir apresenta um resumo das políticas aplicadas aos ativos intangíveis do Grupo:

ComentárioAssim como com outras normas internacionais, a adoção inicial do CPC 04 (R1) (IAS 38) fez com que algumas companhias alterassem determinadas premissas contábeis acerca dos seus ativos intangíveis. Duas das principais alterações que puderam ser observadas foram a revisão da vida útil de alguns ativos intangíveis e a baixa de valores capitalizados, principalmente aqueles referentes a gastos com pesquisa. Isso é necessário, pois, de acordo com o CPC 04 (IAS 38), apenas gastos com desenvolvimento podem, em determinados casos, ser ativados. Em contrapartida, os gastos com pesquisa deverão sempre ser reconhecidos como despesa.

2.13 Instrumentos financeiros – Reconhecimento inicial e mensuração subsequente

(i) Ativos financeiros Reconhecimento inicial e mensuraçãoAtivos financeiros são classificados, no reconhecimento inicial, como ativos financeiros a valor justo por meio do resultado, empréstimos e recebíveis, investimentos mantidos até o vencimento, ativos financeiros disponíveis para venda, ou derivativos classificados como instrumentos de hedge eficazes, conforme a situação. Todos os ativos financeiros são reconhecidos a valor justo, acrescido, no caso de ativos financeiros não contabilizados a valor justo por meio do resultado, dos custos de transação que são atribuíveis à aquisição do ativo financeiro.

Vendas e compras de ativos financeiros que requerem a entrega de bens dentro de um cronograma estabelecido por regulamento ou convenção no mercado (compras regulares) são reconhecidas na data da operação, ou seja, a data em que o Grupo se compromete a comprar ou vender o bem.

Os ativos financeiros do Grupo incluem caixa e equivalentes de caixa, contas a receber de clientes e outras contas a receber, empréstimos e outros recebíveis, instrumentos financeiros cotados e não cotados e instrumentos financeiros derivativos.

CPC 04.74

CPC 01.10 (a)

CPC 04.122(a)

CPC 04.118 (a) (b)

CPC 40.21

CPC 38.9

CPC 38.43

CPC 38.9

CPC 38.38

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Mensuração subsequentePara fins de mensuração subsequente, os ativos financeiros são classificados em quatro categorias:

• Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado;

• Empréstimos e contas a receber;

• Investimentos mantidos até o vencimento;

• Investimentos financeiros disponíveis para venda.

Ativos financeiros a valor justo por meio do resultadoAtivos financeiros a valor justo por meio do resultado incluem ativos financeiros mantidos para negociação e ativos financeiros designados no reconhecimento inicial a valor justo por meio do resultado. Ativos financeiros são classificados como mantidos para negociação se forem adquiridos com o objetivo de venda no curto prazo. Essa categoria inclui instrumentos financeiros derivativos contratados pelo Grupo que não satisfazem os critérios para a contabilidade de hedge, definidos pelo CPC 38. Derivativos, incluindo os derivativos embutidos que não estão intimamente relacionados ao contrato principal e que devem ser separados, são também classificados como mantidos para negociação, a menos que sejam classificados como instrumentos de hedge eficazes. Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado são apresentados no balanço patrimonial a valor justo, com os correspondentes ganhos ou perdas reconhecidos na demonstração do resultado.

O Grupo não designou nenhum ativo financeiro a valor justo por meio do resultado no reconhecimento inicial.

Derivativos embutidos em contratos principais são contabilizados como derivativos separados quando os seus riscos e características econômicas não são intimamente relacionados com aqueles dos contratos principais e os contratos principais não forem contabilizados a valor justo por meio do resultado. Esses derivativos embutidos são mensurados a valor justo, com os correspondentes ganhos ou perdas resultantes de variações no valor justo reconhecidos na demonstração do resultado. Uma nova revisão somente ocorre quando houver uma mudança nos termos do contrato que significativamente altere os fluxos de caixa que, de outra forma, seriam requeridos ou uma reclassificação do ativo financeiro ao valor justo por meio do resultado.

Empréstimos e recebíveisEssa categoria é a mais relevante do Grupo. Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos, com pagamentos fixos e determináveis, não cotados em um mercado ativo. Após a mensuração inicial, esses ativos financeiros são contabilizados ao custo amortizado, utilizando o método de juros efetivos (taxa de juros efetiva), menos perda por redução ao valor recuperável. O custo amortizado é calculado levando em consideração qualquer desconto ou “prêmio” na aquisição e taxas ou custos incorridos. A amortização do método de juros de efetivos é incluída na linha de receita financeira na demonstração de resultado. As perdas por redução ao valor recuperável são reconhecidas como despesa financeira no resultado.

Ativos financeiros disponíveis para vendaOs ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles ativos financeiros não derivativos que não são classificados como (a) empréstimos e recebíveis; (b) investimentos mantidos até o vencimento; ou (c) ativos financeiros pelo valor justo por meio do resultado. Esses ativos financeiros incluem instrumentos patrimoniais e de títulos de dívida. Títulos de dívida nessa categoria são aqueles que se pretende manter por um período indefinido e que podem ser vendidos para atender às necessidades de liquidez ou em resposta às mudanças nas condições de mercado.

Após mensuração inicial, ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados a valor justo, com ganhos e perdas não realizados, reconhecidos diretamente na reserva de disponíveis para venda dentro dos outros resultados abrangentes até a baixa do investimento, com exceção das perdas por redução ao valor recuperável, dos juros calculados utilizando o método de juros efetivos e dos ganhos ou perdas com variação cambial sobre ativos monetários que são reconhecidos no resultado do período.

Quando o investimento é desreconhecido ou quando for determinada perda por redução ao valor recuperável, os ganhos ou perdas cumulativos anteriormente reconhecidos em outros resultados abrangentes devem ser reconhecidos no resultado.

Dividendos sobre investimentos patrimoniais disponíveis para venda são reconhecidos no resultado quando o direito de reconhecimento do Grupo for estabelecido.

O valor justo de ativos monetários disponíveis para venda denominados em moeda estrangeira é mensurado nessa moeda estrangeira e convertido utilizando-se a taxa de câmbio à vista vigente na data de reporte das demonstrações financeiras. As variações do valor justo atribuíveis a diferenças de conversão que resultam de uma mudança do custo amortizado do ativo são reconhecidas no resultado, e as demais variações são reconhecidas diretamente no patrimônio líquido.

CPC 38.9

CPC 38.46

CPC 38.AG14

CPC 38.55(a)

CPC 38.10

CPC 38.11

CPC 38.9

CPC 38.46(a)

CPC 38.56

CPC 38.9

CPC 38.46

CPC 38.55(b)

CPC 38.67

CPC 38.46

CPC 38.55(b)

CPC 38.67

CPC 38.50E

CPC 38.50F

CPC 38.50F

CPC 38.54

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Desreconhecimento (baixa)Um ativo financeiro (ou, quando for o caso, uma parte de um ativo financeiro ou parte de um grupo de ativos financeiros semelhantes) é baixado principalmente (ou seja, excluído do resultado do exercício) quando:

• Os direitos de receber fluxos de caixa do ativo expirarem;• O Grupo transferiu os seus direitos de receber fluxos de caixa do ativo ou assumiu uma obrigação de pagar

integralmente os fluxos de caixa recebidos, sem demora significativa, a um terceiro por força de um acordo de “repasse”; e (a) o Grupo transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios relativos ao ativo, ou (b) o Grupo não transferiu nem reteve substancialmente todos os riscos e benefícios relativos ao ativo, mas transferiu o controle sobre o ativo.

Quando o Grupo tiver transferido seus direitos de receber fluxos de caixa de um ativo ou tiver executado um acordo de repasse e não tiver transferido ou retido substancialmente todos os riscos e benefícios relativos ao ativo, um ativo é reconhecido na extensão do envolvimento contínuo do Grupo com o ativo.

O envolvimento contínuo que toma a forma de garantia em relação ao ativo transferido é mensurado com base no valor contábil original do ativo ou no valor máximo da contraprestação que poderia ser exigido que o Grupo amortizasse, dos dois o menor.

(ii) Redução do valor recuperável de ativos financeirosO Grupo avalia nas datas do balanço se há alguma evidência objetiva que determine se o ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, não é recuperável. Uma perda só existe se, e somente se, houver evidência objetiva de ausência de recuperabilidade como resultado de um ou mais eventos que tenham acontecido depois do reconhecimento inicial do ativo (“um evento de perda” ocorrido) e tenham impacto no fluxo de caixa futuro estimado do ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, que possa ser razoavelmente estimado. Evidência de perda por redução ao valor recuperável pode incluir indicadores de que as partes tomadoras do empréstimo estão passando por um momento de dificuldade financeira relevante. A probabilidade de que as mesmas irão entrar em falência ou outro tipo de reorganização financeira, default ou atraso de pagamento de juros ou principal pode ser indicada por uma queda mensurável do fluxo de caixa futuro estimado, como mudanças em vencimento ou condição econômica relacionados com defaults.

Ativos financeiros ao custo amortizadoEm relação aos ativos financeiros apresentados ao custo amortizado, o Grupo inicialmente avalia individualmente se existe evidência clara de perda por redução ao valor recuperável de cada ativo financeiro que seja individualmente significativa, ou em conjunto para ativos financeiros que sejam individualmente significativos. Se o Grupo concluir que não existe evidência de perda por redução ao valor recuperável para um ativo financeiro individualmente avaliado, quer significativo ou não, o ativo é incluído em um grupo de ativos financeiros com características de risco de crédito semelhantes e é avaliado em conjunto em relação à perda por redução ao valor recuperável. Ativos que são avaliados individualmente para fins de perda por redução ao valor recuperável e para os quais uma perda por redução ao valor recuperável seja, ou continue a ser, reconhecida não são incluídos em uma avaliação conjunta de perda por redução ao valor recuperável.

O valor de qualquer perda por redução ao valor recuperável é mensurado como a diferença entre o valor do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo perdas de crédito futuras esperadas e ainda não ocorridas). O valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados é descontado pela taxa de juros efetiva original para o ativo financeiro.

O valor contábil do ativo é reduzido por meio de uma provisão, e o valor da perda é reconhecido na demonstração do resultado. Os empréstimos, juntamente com a correspondente provisão, são baixados quando não há perspectiva realista de sua recuperação futura e todas as garantias tenham sido realizadas ou transferidas para o Grupo. Se, em um exercício subsequente, o valor da perda estimada de valor recuperável aumentar ou diminuir devido a um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por redução ao valor recuperável, a perda anteriormente reconhecida é aumentada ou reduzida ajustando-se a provisão. Em caso de eventual recuperação futura de um valor baixado, essa recuperação é reconhecida na demonstração do resultado.

CPC 38.17(a)

CPC 38.18(a)

CPC 38.18(b)

CPC 38.20(a)

CPC 38.20(c)

CPC 38.18(b)

CPC 38.58

CPC 38.59

CPC 40.B5(f)

CPC 38.63

CPC 38.64

CPC 38.AG84

CPC 40.16

CPC 40.B5(d)(i)

CPC 40.B5(d)(ii)

CPC 38.65

CPC 38.AG93

CPC 38.65

CPC 38.58

CPC 38.61

CPC 38.67

CPC 38.69

CPC 38.68

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48 Good Group | EY

Instrumentos financeiros disponíveis para vendaPara instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda, o Grupo avalia se há alguma evidência de que o investimento é recuperável a cada data do balanço.

Para investimentos em instrumentos patrimoniais classificados como disponíveis para venda, evidência objetiva inclui uma perda significante e prolongada no valor justo dos investimentos, abaixo de seu custo contábil.Quando há evidência de perda por redução ao valor recuperável, a perda acumulada – mensurada pela diferença entre o custo de aquisição e o valor justo corrente, menos a perda por redução ao valor recuperável que tenha sido previamente reconhecida no resultado – é reclassificada do patrimônio líquido para o resultado. Aumentos no valor justo após o reconhecimento da perda por redução ao valor recuperável são reconhecidos no resultado abrangente.

A determinação do que é “significativo” ou “prolongado” exige julgamento. Ao fazer esse julgamento, o Grupo avalia, entre outros fatores, a duração ou extensão na qual o valor justo de um investimento é menor que seu custo.

No caso de instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda, a perda por redução ao valor recuperável é avaliada com base nos mesmos critérios utilizados para ativos financeiros contabilizados ao custo amortizado. Contudo, o valor registrado por perda por redução ao valor recuperável é a perda cumulativa mensurada pela diferença entre o custo amortizado e o valor justo corrente, menos qualquer perda por redução ao valor recuperável no investimento previamente reconhecida na demonstração do resultado.

Juros continuam a ser computados pela taxa de juros efetiva utilizada para descontar o fluxo de caixa futuro para a perda por redução ao valor recuperável sobre o valor contábil reduzido do ativo. A receita de juros é registrada como receita financeira. Quando, em um exercício subsequente, o valor justo de um instrumento de dívida aumentar e esse aumento puder objetivamente ser relacionado a um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por redução ao valor recuperável da demonstração do resultado, a perda por redução ao valor recuperável é mantida na demonstração do resultado.

(iii) Passivos financeirosReconhecimento inicial e mensuraçãoPassivos financeiros são classificados, como reconhecimento inicial, como passivos financeiros a valor justo por meio do resultado, empréstimos e financiamentos, contas a pagar, ou como derivativos classificados como instrumento de hedge, conforme o caso.

Passivos financeiros são inicialmente reconhecidos a valor justo e, no caso de empréstimos e financiamentos e contas a pagar, são acrescidos do custo da transação diretamente relacionado.

Os passivos financeiros do Grupo incluem contas a pagar a fornecedores e outras contas a pagar, empréstimos e financiamentos, contratos de garantia financeira e instrumentos financeiros derivativos.

Mensuração subsequenteA mensuração subsequente dos passivos financeiros depende da sua classificação, que pode ser da seguinte forma:

Passivos financeiros a valor justo por meio do resultadoPassivos financeiros a valor justo por meio do resultado incluem passivos financeiros para negociação e passivos financeiros designados no reconhecimento inicial a valor justo por meio do resultado.

Passivos financeiros são classificados como mantidos para negociação quando forem adquiridos com o objetivo de recompra no curto prazo. Essa categoria inclui instrumentos financeiros derivativos contratados pelo Grupo que não satisfazem os critérios de contabilização de hedge definidos pelo CPC 38 – Derivativos, incluindo os derivativos embutidos que não são intimamente relacionados ao contrato principal e que devem ser separados, e também são classificados como mantidos para negociação, a menos que sejam designados como instrumentos de hedge efetivos.

Ganhos e perdas de passivos para negociação são reconhecidos na demonstração do resultado. O Grupo não apresentou nenhum passivo financeiro a valor justo por meio do resultado.

Empréstimos e financiamentosApós reconhecimento inicial, empréstimos e financiamentos sujeitos a juros são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetivos. Ganhos e perdas são reconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa dos passivos, bem como durante o processo de amortização pelo método da taxa de juros efetivos.

Contratos de garantia financeiraOs contratos de garantia financeira emitidos pelo Grupo são contratos que requerem pagamento para fins de reembolso do detentor por perdas por ele incorridas quando o devedor especificado deixar de fazer o

CPC 38.AG93

CPC 38.70

CPC 40.6

CPC 40.21

CPC 38.43

CPC 38.9

CPC 38.47(a)

CPC 38.55(a)

CPC 38.47

CPC 38.56

CPC 38.47(c) CPC 38.9

CPC 39.43

CPC 38.14

CPC 25.36

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49Good Group | EY

pagamento devido segundo os termos do correspondente instrumento de dívida. Contratos de garantia financeira são inicialmente reconhecidos como um passivo a valor justo, ajustado por custos de transação diretamente relacionados com a emissão da garantia. Subsequentemente, o passivo é mensurado com base na melhor estimativa da despesa requerida para liquidar a obrigação presente na data do balanço ou no valor reconhecido menos amortização, dos dois o maior.

Desreconhecimento (baixa)Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação for revogada, cancelada ou expirar.

Quando um passivo financeiro existente for substituído por outro do mesmo mutuante com termos substancialmente diferentes, ou os termos de um passivo existente forem significativamente alterados, essa substituição ou alteração é tratada como baixa do passivo original e reconhecimento de um novo passivo, sendo a diferença nos correspondentes valores contábeis reconhecida na demonstração do resultado.

(iv) Instrumentos financeiros – apresentação líquidaAtivos e passivos financeiros são apresentados líquidos no balanço patrimonial se, e somente se, houver um direito legal corrente e executável de compensar os montantes reconhecidos e se houver a intenção de compensação, ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

2.14 Instrumentos financeiros derivativos e contabilidade de hedge

O Grupo utiliza instrumentos financeiros derivativos, como contratos a termo de moeda, contratos a termo de commodities e swaps de taxa de juros para fornecer proteção contra o risco de variação das taxas de câmbio, o risco de variação dos preços de commodities e o risco de variação das taxas de juros, respectivamente.

Os instrumentos financeiros derivativos designados em operações de hedge são inicialmente reconhecidos ao valor justo na data em que o contrato de derivativo é contratado, sendo reavaliados subsequentemente também ao valor justo. Derivativos são apresentados como ativos financeiros quando o valor justo do instrumento for positivo, e como passivos financeiros quando o valor for negativo.

Quaisquer ganhos ou perdas resultantes de mudanças no valor justo de derivativos durante o exercício são lançados diretamente na demonstração de resultado, com exceção da parcela eficaz dos hedges de fluxo de caixa, que é reconhecida diretamente no patrimônio líquido em outros resultados abrangentes e posteriormente reclassificada para o resultado quando o item de hedge afetar o resultado.

Para fins de contabilidade de hedge (hedge accounting), existem as seguintes classificações:

• hedge de valor justo, ao fornecer proteção contra a exposição às alterações no valor justo de ativo ou passivo reconhecido ou de compromisso firme não reconhecido, ou de parte identificada de tal ativo, passivo ou compromisso firme, que seja atribuível a um risco particular e possa afetar o resultado;

• hedge de fluxo de caixa, ao fornecer proteção contra a variação nos fluxos de caixa que seja atribuível a um risco particular associado a um ativo ou passivo reconhecido ou a uma transação prevista altamente provável e que possa afetar o resultado;

• hedge de investimento líquido numa unidade operacional estrangeira.

No reconhecimento inicial de uma relação de hedge, o Grupo classifica formalmente e documenta a relação de hedge à qual o Grupo deseja aplicar contabilidade de hedge, bem como o objetivo e a estratégia de gestão de risco da administração para levar a efeito o hedge. A documentação inclui a identificação do instrumento de hedge, o item ou transação objeto de hedge, a natureza do risco objeto de hedge, a natureza dos riscos excluídos da relação de hedge, a demonstração prospectiva da eficácia da relação de hedge e a forma como a companhia irá avaliar a eficácia do instrumento de hedge para fins de compensar a exposição a mudanças no valor justo do item objeto de hedge ou fluxos de caixa relacionados ao risco objeto de hedge. Quanto ao hedge de fluxos de caixa, a demonstração do caráter altamente provável da transação prevista objeto do hedge, assim como os períodos previstos de transferência dos ganhos ou perdas decorrentes dos instrumentos de hedge do patrimônio líquido para o resultado, são também incluídos na documentação da relação de hedge. Espera-se que esses hedges sejam altamente eficazes para compensar mudanças no valor justo ou fluxos de caixa, sendo permanentemente avaliados para verificar se foram, de forma efetiva, altamente eficazes ao longo de todos os períodos-base para os quais foram destinados.

Hedges que satisfazem os critérios para sua contabilidade são registrados da seguinte forma:

Hedges a valor justoA mudança no valor justo de um derivativo de hedging é reconhecida na demonstração do resultado como custos financeiros. A mudança no valor justo do item objeto de hedge relacionada ao risco objeto de hedge é registrada como ajuste do valor contábil do item objeto de hedge, sendo também reconhecida na demonstração do resultado como custos financeiros.

CPC 38.39

CPC 38.41

CPC 38.40

CPC 39.42

CPC 38.43

CPC 40.21

CPC 38.86(a)

CPC 38.86(b)

CPC 38.86(c)

CPC 38.88

CPC 38.89

CPC 38.92

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50 Good Group | EY

Para hedges a valor justo relacionados com itens contabilizados a custo amortizado, eventuais ajustes a valor contábil são amortizados por meio do resultado ao longo do prazo restante do hedge utilizando o método da taxa de juros efetiva. A amortização da taxa de juros efetiva pode ter início tão logo se faça um ajuste e durará, no máximo, até a data em que o item objeto de hedge deixa de ser ajustado para refletir mudanças no valor justo atribuível ao risco que está sendo objeto de hedge.

Se o item objeto de hedge for baixado, o valor justo não amortizado deverá ser reconhecido imediatamente no resultado.

Quando um compromisso firme não reconhecido for designado como item objeto de hedge, a variação acumulada subsequente no valor justo do compromisso firme atribuível ao risco objeto de hedge será reconhecida como ativo ou passivo, com reconhecimento do correspondente ganho ou perda no resultado.

O Grupo conta com swap de taxa de juros utilizada para proteger a exposição a variações no valor justo do empréstimo garantido à taxa fixa de 8,25%. Vide Nota 16.2 para mais detalhes.

Hedge de fluxo de caixaA parte eficaz do ganho ou perda do investimento de hedge é reconhecida diretamente no patrimônio líquido em outros resultados abrangentes, enquanto a parte ineficaz do hedge é reconhecida no resultado financeiro.

Quando a estratégia documentada da gestão de risco do Grupo para uma relação de hedge em particular excluir da avaliação da eficácia de hedge um componente específico do ganho ou perda, ou os respectivos fluxos de caixa do instrumento de hedge, esse componente do ganho ou perda excluído é reconhecido no resultado financeiro.

Os valores contabilizados em outros resultados abrangentes são transferidos imediatamente para a demonstração do resultado quando a transação objeto de hedge afetar o resultado; por exemplo, quando a receita ou despesa financeira objeto de hedge for reconhecida ou quando uma venda prevista ocorrer. Quando o item objeto de hedge for o custo de um ativo ou passivo não financeiro, os valores contabilizados no patrimônio líquido são transferidos ao valor contábil inicial do ativo ou passivo não financeiro.

Se o instrumento de hedge expirar ou for vendido, encerrado ou exercido sem substituição ou rolagem (como parte da estratégia de hedging), ou se a sua classificação como hedge for revogada, ou quando a cobertura deixar de cumprir os critérios de contabilização de hedge, os ganhos ou perdas anteriormente reconhecidos no resultado abrangente permanecem separadamente no patrimônio líquido até que a transação prevista ocorra ou o compromisso firme seja cumprido.

O Grupo utiliza contratos de câmbio a termo para oferecer proteção contra a sua exposição ao risco cambial relacionada a transações previstas futuras altamente prováveis e a compromissos firmes, bem como contratos a termo de commodities contra a sua exposição à volatilidade nos preços de commodities.

Hedges de investimento líquido

Hedges de investimento líquidos em operações no exterior, inclusive hedge de item monetário que são contabilizados como parte do investimento líquido, são contabilizados de forma similar ao hedge de fluxo de caixa. Ganhos ou perdas no instrumento de hedge relacionado à parte eficaz do hedge são reconhecidos diretamente no patrimônio líquido em outros resultados abrangentes, enquanto quaisquer ganhos ou perdas relacionados à parte ineficaz são reconhecidos no resultado. Na alienação da operação no exterior, o valor cumulativo dos ganhos ou perdas reconhecido diretamente no patrimônio líquido é transferido para o resultado.

O Grupo utiliza um empréstimo para proteção contra a sua exposição ao risco de câmbio dos seus investimentos em controladas no exterior.

CPC 38.93

CPC 38.95

CPC 38.97

CPC 38.100

CPC 38.98

CPC 38.101

CPC 38.102

Uma visão geral dos efeitos sobre as demonstrações dos diversos instrumentos financeiros pode ser resumida no quadro a seguir:

Categoria MensuraçãoEfeito do custo das transações nas demonstrações financeiras

Ativos financeiros ao valorjusto por meio do resultado Valor justo Resultado | Custos da transação lançados

no resultadoInvestimentos mantidos até ovencimento Custo amortizado Resultado | Custos da transação

capitalizadosEmpréstimos concedidos econtas a receber Custo amortizado Resultado | Custos da transação

capitalizadosAtivos financeiros disponíveispara venda Valor justo Patrimônio líquido | Custos da transação

capitalizadosAtivos financeiros disponíveispara venda Valor justo Resultado | Custos da transação lançados

no resultado

Outros passivos financeiros Custo amortizado Resultado | Custos da transação capitalizados

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51Good Group | EY

2.15 Estoques

Os estoques são avaliados ao custo ou valor líquido realizável, dos dois o menor.

Os custos incorridos para levar cada produto à sua atual localização e condição são contabilizados da seguinte forma:

Matérias-primas — custo de aquisição segundo o custo médio.

Produtos acabados e em elaboração — custo dos materiais diretos e mão de obra e uma parcela proporcional das despesas gerais indiretas de fabricação com base na capacidade operacional normal, mas excluindo custos de empréstimos.

O custo de estoques inclui a transferência de ganhos e perdas de hedge de fluxo de caixa registrada no patrimônio líquido que se qualificam em relação à compra de matérias-primas.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda no curso normal dos negócios, menos os custos estimados de conclusão e os custos estimados necessários para a realização da venda.

2.16 Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros

A administração revisa anualmente o valor contábil líquido dos ativos com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Sendo tais evidências identificadas e tendo o valor contábil líquido excedido o valor recuperável, é constituída provisão para desvalorização ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável.

O valor recuperável de um ativo ou de determinada unidade geradora de caixa é definido como sendo o maior entre o valor em uso e o valor líquido de venda.

Na estimativa do valor em uso do ativo, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados ao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto antes dos impostos que reflita o custo médio ponderado de capital para a indústria em que opera a unidade geradora de caixa. O valor líquido de venda é determinado, sempre que possível, com base em contrato de venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas atribuíveis à venda do ativo, ou, quando não há contrato de venda firme, com base no preço de mercado de um mercado ativo, ou no preço da transação mais recente com ativos semelhantes.

O seguinte critério é também aplicado para avaliar perda por redução ao valor recuperável de ativos específicos:

Ágio pago por expectativa de rentabilidade futuraTeste de perda por redução ao valor recuperável de ágio é feito anualmente (em 31 de dezembro) ou quando as circunstâncias indicarem perda por desvalorização do valor contábil.

Ativos intangíveis Ativos intangíveis com vida útil indefinida são testados em relação à perda por redução ao valor recuperável anualmente em 31 de dezembro, individualmente ou no nível da unidade geradora de caixa, conforme o caso ou quando as circunstâncias indicarem perda por desvalorização do valor contábil.

Comentário O CPC 01 (R1) 1.89 permite que o teste anual de perda por desvalorização de ágio e ativos intangíveis com vida útil indefinida seja feito em qualquer época do ano, desde que seja sempre na mesma época todos os anos. Ágio e ativos intangíveis de diferentes naturezas podem ser testados em épocas diferentes.

2.17 Caixa e equivalentes de caixa

Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo, e não para investimento ou outros fins. O Grupo considera equivalentes de caixa uma aplicação financeira de conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa e estando sujeita a um insignificante risco de mudança de valor. Por conseguinte, um investimento, normalmente, se qualifica como equivalente de caixa quando tem vencimento de curto prazo; por exemplo, três meses ou menos, a contar da data da contratação.

2.18 Ações preferenciais conversíveisAções preferenciais conversíveis são segregadas em componentes do passivo e do patrimônio líquido com base nos termos contratuais.

Na emissão das ações preferenciais conversíveis, o valor justo do componente do passivo é determinado utilizando uma taxa de mercado para um título de dívida não conversível equivalente; sendo esse valor

CPC 16.36(a)

CPC 16.09

CPC 16.10

CPC 16.25

CPC 16.12

CPC 16.13

CPC 38.98(b)

CPC 16.06

CPC 01.06

CPC 01.09

CPC 01.66

CPC 01.59

CPC 01.30

CPC 01.55

CPC 01.66

CPC 01.110

CPC 01.114

CPC 01.117

CPC 01.119

CPC 01.10(b)

CPC 01.89

CPC 01.124

CPC 01.10(a)

CPC 03 (R2).6

CPC 03 (R2).7

CPC 03 (R2).46

CPC 40.21

CPC 39.18

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52 Good Group | EY

classificado como um passivo financeiro mensurado ao custo amortizado (líquido dos custos da transação) até ser eliminado na conversão ou resgate.

O restante dos valores é alocado à opção de conversão reconhecida e incluído no patrimônio líquido, líquido dos custos da transação. O valor contábil da opção de conversão não é reavaliado em exercícios subsequentes.

Os custos de transação são alocados aos componentes do passivo e do patrimônio líquido das ações preferenciais conversíveis com base na alocação dos valores aos componentes do passivo e patrimônio líquido no reconhecimento inicial dos instrumentos.

2.19 Ação em tesouraria Instrumentos patrimoniais próprios que são readquiridos (ações de tesouraria) são reconhecidos ao custo e deduzidos do patrimônio líquido. Nenhum ganho ou perda é reconhecido na demonstração do resultado na compra, venda, emissão ou cancelamento dos instrumentos patrimoniais próprios do Grupo. Qualquer diferença entre o valor contábil e a contraprestação é reconhecida em outras reservas de capital.

2.20 Provisões

Geral Provisões são reconhecidas quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) em consequência de um evento passado, é provável que benefícios econômicos sejam requeridos para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor da obrigação possa ser feita. Quando o Grupo espera que o valor de uma provisão seja reembolsado, no todo ou em parte, por exemplo, por força de um contrato de seguro, o reembolso é reconhecido como um ativo separado, mas apenas quando o reembolso for praticamente certo. A despesa relativa a qualquer provisão é apresentada na demonstração do resultado, líquida de qualquer reembolso.

Se o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo, as provisões são descontadas utilizando uma taxa corrente antes dos impostos que reflete, quando adequado, os riscos específicos ao passivo. Quando for adotado desconto, o aumento na provisão devido à passagem do tempo é reconhecido como custo de financiamento.

Obrigação por desativação de ativos A provisão para custos de desativação de ativos surgiu na construção de uma unidade de produção de materiais à prova de fogo. Os custos de desativação de ativos são provisionados com base no valor presente dos custos esperados para liquidar a obrigação utilizando fluxos de caixa estimados, sendo reconhecidos como parte do custo do correspondente ativo. Os fluxos de caixa são descontados a uma taxa antes de imposto corrente que reflete os riscos específicos inerentes à obrigação por desativação de ativos. O efeito financeiro do desconto é contabilizado em despesa conforme incorrido e reconhecido na demonstração do resultado como um custo financeiro. Os custos futuros estimados de desativação de ativos são revisados anualmente e ajustados, conforme o caso. Mudanças nos custos futuros estimados ou na taxa de desconto aplicada são adicionadas ou deduzidas do custo do ativo.

Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistasA Sociedade é parte de diversos processos judiciais e administrativos. Provisões são constituídas para todas as contingências referentes a processos judiciais para os quais é provável que uma saída de recursos seja feita para liquidar a contingência/obrigação e uma estimativa razoável possa ser feita. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais.

Passivos contingentes reconhecidos em uma combinação de negócios Um passivo contingente reconhecido em uma combinação de negócios é inicialmente mensurado ao valor justo. Subsequentemente, é mensurado entre o maior de:

• o valor que seria reconhecido de acordo com a política contábil de provisões acima (CPC 25); ou• o valor inicialmente reconhecido menos, quando for o caso, amortização acumulada reconhecida de acordo

com a política de reconhecimento de receita (CPC 30).

CPC 25.14

CPC 15.56

CPC 15.22

CPC 15.23

CPC 33.135

CPC 39.35

CPC 39.AG31(a)

CPC 39.38

CPC 39.33

CPC 25.14

CPC 25.53

CPC 25.54

CPC 25.45

CPC 27.16(c)

CPC 25.45

CPC 25.47

ICPC 12.08

CPC 25.59

ICPC 12.05

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53Good Group | EY

CPC 10.27

CPC 33.67

CPC 33.120(c)

CPC 33.127

CPC 33.122

CPC 10.19

CPC 10.20

CPC 33.102

CPC 33.103

CPC 33.123

CPC 33.134

2.21 Benefícios de aposentadoria e outros benefícios pós-emprego

O Grupo patrocina dois planos de previdência do tipo benefício definido, os quais requerem que contribuições sejam feitas a fundos administrados separadamente dos fundos próprios do Grupo. O Grupo concede também determinados benefícios de assistência à saúde pós-emprego para funcionários em nível executivo. Esses benefícios são financiados em regime de caixa. O custeio dos benefícios concedidos pelos planos de benefícios definidos é estabelecido separadamente para cada plano, utilizando o método do crédito unitário projetado.

Mensurações compreendendo ganhos e perdas atuariais, o efeito do limite dos ativos, excluindo juros líquidos (não aplicável ao Grupo), e o retorno sobre ativos do plano (excluindo juros líquidos) são reconhecidas imediatamente no balanço patrimonial, com correspondente débito ou crédito a lucros retidos por meio de outros resultados abrangentes no período em que ocorram. As mensurações não são reclassificadas ao resultado em períodos subsequentes.

Os custos de serviços passados são reconhecidos no resultado nas seguintes datas, a que ocorrer primeiro:

• A data de alteração do plano ou redução significativa da expectativa do tempo de serviço; e

• A data em que o Grupo reconhece os custos relacionados com reestruturação.

Os juros líquidos são calculados aplicando-se a taxa de desconto ao ativo ou passivo do benefício definido líquido. O Grupo reconhece as seguintes variações na obrigação de benefício definido líquido em “custo de vendas”, “despesas administrativas” e “despesas com vendas e distribuição” na demonstração consolidada do resultado (por função):

• Custos de serviço, compreendendo custos circulantes com serviços, custos com serviços passados, ganhos e perdas advindos de redução significativa da expectativa do tempo de trabalho e liquidações não usuais;

• Despesas ou receitas com juros líquidos.

ComentárioAs entidades devem divulgar sua política para benefícios de desligamento, reembolsos de benefícios ao empregado e compartilhamento de riscos de benefícios. Uma vez que não são aplicáveis ao Grupo, não foram feitas as divulgações relacionadas com esses benefícios. As entidades precisam avaliar a natureza dos benefícios do empregado e fazer as divulgações pertinentes.

O CPC 33 (R1) não especifica onde, na demonstração do resultado, os custos com serviços ou os juros líquidos devem ser apresentados. O CPC 26 (R1) permite, mas não exige, desagregação dos custos de benefícios de empregados no resultado. O componente de custos de juros líquidos é diferente da reversão do componente de juros e retorno sobre o componente do ativo na versão anterior do CPC 33. As entidades devem aplicar a exigência contemplada no CPC 23 ao desenvolverem a política de apresentação para custo de juros líquidos.

2.22 Transações envolvendo pagamento em açõesFuncionários (inclusive executivos seniores) do Grupo recebem remuneração em forma de pagamento baseado em ações, em que os funcionários prestam serviços em troca de títulos patrimoniais (“transações liquidadas com títulos patrimoniais”). Funcionários trabalhando no grupo de desenvolvimento dos negócios são recompensados com direitos de valorização de ações, os quais só podem ser liquidados com caixa (“transações liquidadas com caixa”).

Em situações em que títulos patrimoniais forem emitidos e alguns ou todos os bens ou serviços recebidos pela companhia como contraprestação não puderem ser especificamente identificados, os bens ou serviços não identificados recebidos (ou a serem recebidos) são mensurados como a diferença entre o valor justo do pagamento em ações e o valor justo de quaisquer bens ou serviços identificáveis recebidos na data do benefício. Essa diferença é então capitalizada ou contabilizada em despesa, conforme a situação.

Transações liquidadas com títulos patrimoniaisO custo de transações com funcionários liquidadas com instrumentos patrimoniais, e com prêmios outorgados, é mensurado com base no valor justo na data em que foram outorgados. Para determinar o valor justo, o Grupo utiliza um especialista de precificação externo, o qual utiliza um método de desvalorização apropriado.

O custo com transações liquidadas com títulos patrimoniais é reconhecido, em conjunto com um correspondente aumento no patrimônio líquido, ao longo do período em que a performance e/ou condição de serviço são cumpridos, com término na data em que o funcionário adquire o direito completo ao prêmio (data de aquisição). A despesa acumulada reconhecida para as transações liquidadas com instrumentos patrimoniais em cada data-base até a data de aquisição reflete a extensão em que o período de aquisição tenha expirado e a melhor estimativa do Grupo sobre o número de títulos patrimoniais que serão adquiridos. A despesa ou crédito na demonstração do resultado do período é registrado em “despesas de pessoal” e representa a movimentação em despesa acumulada reconhecida no início e fim daquele período.

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54 Good Group | EY

Condições de serviço e outras condições de desempenho não relacionadas com o mercado não são consideradas na determinação do valor justo na data em que os prêmios foram outorgados, porém, a probabilidade de que as condições sejam satisfeitas é avaliada como parte da melhor estimativa do Grupo do número de instrumentos patrimoniais com prêmios que completam o seu período de aquisição. Condições de desempenho relacionadas com o mercado são refletidas no valor justo na data da outorga. Quaisquer outras condições atinentes ao prêmio, mas sem uma exigência de serviço a elas associada, são consideradas condições de não aquisição. Condições de não aquisição estão refletidas no valor justo do prêmio e levam ao lançamento imediato do prêmio como despesa a não ser que também existam condições de serviço e/ou desempenho.

Nenhuma despesa é reconhecida por prêmios que não completam o seu período de aquisição, porque não foram cumpridas as condições de desempenho e/ou de serviços não mercantis. Onde prêmios incluem um mercado ou condição de não aquisição, as operações são tratadas como investido independentemente de o mercado ou condição de não aquisição é satisfeita, desde que todas as outras condições de desempenho e/ou serviços são satisfeitos.

Em uma transação liquidada com títulos patrimoniais em que o plano é modificado, a despesa mínima reconhecida é o valor justo na data de concessão do prêmio sem modificações, desde que estejam reunidas as condições iniciais do prêmio. Uma despesa adicional, mensurada na data da modificação, é reconhecida para qualquer modificação que aumenta o valor justo total do contrato de pagamentos liquidados com títulos patrimoniais. Se uma condição é cancelada pela entidade ou pela contraparte, qualquer elemento restante do valor justo do prêmio é reconhecido como despesa imediatamente por meio do resultado.

O efeito da diluição das opções em aberto é refletido como diluição de ação adicional no cálculo do resultado por ação diluído.

Transações liquidadas com caixaUm passivo é reconhecido a valor justo de transações liquidadas com caixa. O valor justo é mensurado inicialmente e a cada data do balanço até – e incluindo – a data de liquidação, com a variação no valor justo reconhecida como despesa com benefícios de empregados na demonstração do resultado. O valor justo é contabilizado como despesa ao longo do período até a data de aquisição, com o reconhecimento de um passivo correspondente. O valor justo é determinado com base em um modelo binomial e mais detalhes são apresentados na nota 27.

2.23 Conversão de moeda estrangeiraAs demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em reais (R$), que é a moeda funcional da controladora. Cada entidade do Grupo determina sua própria moeda funcional, e, naquelas cujas moedas funcionais são diferentes do real, as demonstrações financeiras são traduzidas para o real na data do fechamento.

i. Transações e saldos

As transações em moeda estrangeira são inicialmente registradas à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data da transação.

Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconvertidos à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data do balanço.

Todas as diferenças são registradas na demonstração do resultado, com a exceção das diferenças geradas por empréstimos em moeda estrangeira, relativas a um hedge efetivo contra investimentos líquidos em uma operação no exterior. Essas diferenças são lançadas diretamente no patrimônio líquido até a alienação do investimento líquido, quando são reconhecidas na demonstração do resultado. Encargos e efeitos tributários atribuídos à variação cambial nesses empréstimos são também reconhecidos no patrimônio líquido.

Itens não monetários mensurados com base no custo histórico em moeda estrangeira são convertidos utilizando a taxa de câmbio em vigor nas datas das transações iniciais. Itens não monetários mensurados ao valor justo em moeda estrangeira são convertidos utilizando as taxas de câmbio em vigor na data em que o valor justo foi determinado.

Antes de 1º de janeiro de 2009, o Grupo tratou o ágio e quaisquer ajustes ao valor justo efetuados nos valores contábeis de ativos e passivos oriundos da aquisição como ativos e passivos da controladora. Portanto, esses ativos e passivos já estão expressos na moeda adotada para apresentação das demonstrações financeiras ou representam itens não monetários, não havendo, consequentemente, diferenças de conversão.

ii. Empresas do Grupo

Os ativos e passivos das controladas no exterior são convertidos para reais pela taxa de câmbio da data do balanço, e as correspondentes demonstrações do resultado são convertidas pela taxa de câmbio da data das transações. As diferenças cambiais resultantes da referida conversão são contabilizadas separadamente no patrimônio líquido. No momento da venda de uma controlada no exterior, o valor diferido acumulado reconhecido no patrimônio líquido, referente a essa controlada no exterior, é reconhecido na demonstração do resultado.

Eventual ágio na compra de uma controlada no exterior após 1º de janeiro de 2009 e eventuais ajustes a valor justo dos valores contábeis dos ativos e passivos resultantes da aquisição são tratados como ativos e passivos da controlada no exterior e convertidos na data do fechamento.

CPC 10.21

CPC 10.21A

CPC 10.27

CPC 10.28

CPC 10.B42-B44

CPC 10.30

CPC 10.32

CPC 10.33

CPC 26.51 (a)

CPC 02 (R2).9

CPC 02 (R2).21

CPC 02 (R2).23(a)

CPC 02 (R2).28

CPC 02 (R2).32

CPC 02 (R2).50

CPC 02(R2).23 (b)

CPC 02(R2).23 (b)

CPC 02(R2).23 (c)

CPC 02(R2).30

CPC 02(R2).39 (a)

CPC 02(R2).39 (b)

CPC 02(R2).39 (c)

CPC 02(R2).48

CPC 02(R2).47

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ICPC 3.6

ICPC 3.7

CPC 06.08

CPC 06.20

CPC 06.25

CPC 06.27

CPC 06.33

CPC 06.08

CPC 06.52

55Good Group | EY

2.24 Ajuste a valor presente de ativos e passivosOs ativos e passivos monetários de longo prazo são atualizados monetariamente e, portanto, estão ajustados pelo seu valor presente. O ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários de curto prazo é calculado, e somente registrado, se considerado relevante em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Para fins de registro e determinação de relevância, o ajuste a valor presente é calculado levando em consideração os fluxos de caixa contratuais e a taxa de juros explícita, e em certos casos implícita, dos respectivos ativos e passivos. Com base nas análises efetuadas e na melhor estimativa da administração, o Grupo concluiu que o ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários circulantes é irrelevante em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto e, dessa forma, não registrou nenhum ajuste.

2.25 Arrendamentos mercantis

A caracterização de um contrato como arrendamento mercantil está baseada em aspectos substantivos relativos ao uso de um ativo ou ativos específicos ou, ainda, ao direito de uso de um determinado ativo, na data do início da sua execução.

Grupo como arrendatário Arrendamentos mercantis financeiros que transferem ao Grupo basicamente todos os riscos e benefícios relativos à propriedade do item arrendado são capitalizados no início do arrendamento mercantil pelo valor justo do bem arrendado ou, se inferior, pelo valor presente dos pagamentos mínimos de arrendamento mercantil. Sobre o custo são acrescidos, quando aplicável, os custos iniciais diretos incorridos na transação. Os pagamentos de arrendamentos mercantis financeiros são alocados a encargos financeiros e redução de passivo de arrendamento mercantis financeiros, de forma a obter taxa de juros constante sobre o saldo remanescente do passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos na demonstração do resultado.

Os bens arrendados são depreciados ao longo da sua vida útil. Contudo, quando não houver razoável certeza de que o Grupo obterá a propriedade ao final do prazo do arrendamento mercantil, o ativo é depreciado ao longo da sua vida útil estimada ou no prazo do arrendamento mercantil, dos dois o menor.

Um arrendamento operacional é diferente de um arrendamento financeiro. Os pagamentos de arrendamento mercantil operacional são reconhecidos como despesa na demonstração do resultado de forma linear ao longo do prazo do arrendamento mercantil.

Grupo como arrendadorArrendamentos mercantis para os quais o Grupo não transfere substancialmente todos os riscos e benefícios da posse do ativo são classificados como arrendamentos mercantis operacionais. Custos diretos iniciais incorridos na negociação de arrendamentos mercantis operacionais são adicionados ao valor contábil do ativo locado e reconhecidos ao longo do prazo do arrendamento com base semelhante à receita de aluguel. Aluguéis contingentes são reconhecidos como receita ao longo do tempo em que eles são auferidos.

ComentárioConsidera-se que nos leasings financeiros os riscos e benefícios são transferidos (e não a propriedade) do arrendador para o arrendatário, enquanto que nos leasings operacionais, não. Nesse contexto, os leasings classificados como operacionais são aluguéis, enquanto que os financeiros seriam genuinamente compras financiadas, em linha com a Estrutura Conceitual (CPC 00) que define os ativos como “recursos controlados pela empresa, oriundos de eventos passados, dos quais se esperam benefícios econômicos futuros”. Em outras palavras, o conceito de controle aplicável nesse tipo de operação está relacionado à extensão em que existe a transferência de riscos e benefícios, e que pode ocorrer conjuntamente com a transferência da propriedade legal, ou não.

Espera-se, entretanto, o fim dessa divisão em duas classes de leasing como parte dos projetos conjuntos IASB/FASB. As principais críticas ao modelo atual referem-se às demonstrações das arrendadoras em que os leasings operacionais não são reconhecidos no ativo e no passivo, isso por uma separação inadequada entre os arrendamentos financeiros e operacionais. Alega-se que os limites percentuais e pequenas alterações nos contratos terminam descaracterizando a essência da operação.

Essa nova proposta estende a aplicação do conceito da prevalência da essência das transações sobre a forma jurídica, ou seja, no reconhecimento inicial do leasing, operacional ou financeiro, a empresa arrendatária deve reconhecer, além do ativo arrendado, o respectivo passivo decorrente da obrigação relativa ao valor presente dos pagamentos futuros do contrato. Essa abordagem está baseada no conceito do direito de uso em que arrendadores e arrendatários reconhecem ativos e passivos originados nesses tipos de contrato. Dessa forma, e no formato atual dessa proposta, assim como no financeiro, o arrendamento operacional ganhará registro no balanço patrimonial.

O impacto nos limites de covenants, como os índices de endividamento (relação entre a dívida e o patrimônio) e medições como o Ebitda, será imediato quando da adoção, motivo pelo qual as companhias devem preparar-se para essas modificações.

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CPC 20.8

CPC 20.5

CPC 28.20

CPC 28.33

CPC 28.75(a)

CPC 28.35

CPC 28.75 (e)

CPC 28.66

CPC 28.69

CPC 28.57

CPC 28.60

CPC 28.61

56 Good Group | EY

2.26 Custos de empréstimos Custos de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de um ativo que necessariamente requer um tempo significativo para ser concluído para fins de uso ou venda são capitalizados como parte do custo do correspondente ativo. Todos os demais custos de empréstimos são registrados em despesa no período em que são incorridos. Custos de empréstimo compreendem juros e outros custos incorridos por uma entidade relativos ao empréstimo.

O Grupo capitaliza custos de empréstimos para todos os ativos elegíveis quando a construção tenha sido iniciada a partir de 1º de janeiro de 2009. O Grupo continua a contabilizar em despesa os custos de empréstimo relativos a projetos de construção iniciados antes de 1º de janeiro de 2009.

ComentárioA política de capitalização a partir de 1º de janeiro de 2009 do Grupo não é aplicável para as companhias abertas brasileiras que já capitalizavam os custos dos empréstimos em observância à Deliberação CVM nº 193/96.

2.27 Propriedades para investimento Propriedades para investimento são inicialmente mensuradas ao custo, incluindo custos da transação. O valor contábil inclui o custo de reposição de parte de uma propriedade para investimento existente à época em que o custo for incorrido se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos; excluindo os custos do serviço diário da propriedade para investimento. Após o reconhecimento inicial, propriedades para investimento são apresentadas ao valor justo, que reflete as condições de mercado na data do balanço. Ganhos ou perdas resultantes de variações do valor justo das propriedades para investimento são incluídos na demonstração do resultado no exercício em que forem gerados.

Propriedades para investimento são baixadas quando vendidas ou quando a propriedade para investimento deixa de ser permanentemente utilizada e não se espera nenhum benefício econômico futuro da sua venda. A diferença entre o valor líquido obtido da venda e o valor contábil do ativo é reconhecida na demonstração do resultado no período da baixa.

Transferências são feitas para a conta de propriedade para investimento, ou desta conta, apenas quando houver uma mudança no seu uso. Se a propriedade ocupada por proprietário se tornar uma propriedade para investimento, o Grupo contabiliza a referida propriedade de acordo com a política descrita no item de imobilizado até a data da mudança no seu uso.

Comentário Alternativamente, os CPCs 27 e 28 permitem a contabilização de imobilizado e propriedades para investimento ao custo histórico, menos provisão para depreciação e perda por redução ao valor recuperável. Nessas circunstâncias, divulgações sobre base de custo e taxas de depreciação seriam requeridas. Adicionalmente, o CPC 28 requereria uma nota explicativa com divulgação sobre o valor justo da propriedade para investimento contabilizada ao custo. Portanto, companhias ainda assim precisariam determinar o valor justo.

Pode-se dizer que a principal estimativa crítica relacionada às propriedades para investimento diz respeito à mensuração pelo valor justo porque, como não existe mercado ativo para muitas dessas propriedades, o cômputo desse valor é, na grande parte dos casos, realizado por meio de projeções de fluxo de caixa, o que invariavelmente envolve a adoção de premissas subjetivas. Essa circunstância recomenda um esforço adicional na divulgação dessas premissas para o esclarecimento dos investidores e leitores das demonstrações financeiras.

2.28 Pronunciamentos novos ou revisados aplicados pela primeira vez em 2015O Grupo aplicou, pela primeira vez, determinadas normas e alterações, em vigor para períodos anuais iniciados em 1º de janeiro de 2015 ou após essa data. O Grupo decidiu não adotar antecipadamente nenhuma outra norma, interpretação ou alteração que tenham sido emitidas, mas que ainda não estão em vigor.

Para que as normas e alterações fossem aplicadas pela primeira vez em 2015, elas não poderiam ter impacto material sobre as demonstrações financeiras consolidadas anuais do Grupo.

A natureza e o impacto de cada uma das novas normas e alterações são descritos a seguir:

Alterações na IAS 19 - Plano de Benefícios Definidos: Contribuições por Parte do Empregado

A IAS 19 exige que uma entidade considere contribuições por empregados ou terceiros ao contabilizar planos de benefícios definidos. Sempre que as contribuições estiverem ligadas a serviços, devem ser atribuídas a períodos de serviços como um benefício negativo. Essas alterações esclarecem que, se o valor das contribuições for independente da quantidade de anos de serviço, permite-se que uma entidade reconheça essas contribuições como redução no custo de serviço no período em que o serviço é prestado, em vez de alocar as contribuições aos períodos de serviço. Essa alteração está em vigor para períodos anuais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2015. Não se espera que essa alteração seja pertinente para o Grupo,

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57Good Group | EY

uma vez que nenhuma das entidades no Grupo possui planos de benefício definido com contribuições feitas por empregados ou terceiros.

Melhorias Anuais - Ciclo 2010-2012

À exceção da melhoria relacionada à IFRS 2 - Pagamento Baseado em Ações aplicado a transações envolvendo pagamento baseado em ações com data de outorga a partir de 1º de julho de 2014, todas as demais melhorias estão em vigor para períodos contábeis a partir de 1º de janeiro de 2015. O Grupo aplicou essas melhorias pela primeira vez nestas demonstrações financeiras consolidadas, incluindo:

IFRS 2 - Pagamento Baseado em Ações

Essa melhoria é aplicada prospectivamente e esclarece várias questões relacionadas com as definições de condições de desempenho e de serviço que representam condições de aquisição. Os esclarecimentos são consistentes com a forma como o Grupo tem identificado quaisquer condições de desempenho e de serviço que representam condições de aquisição em períodos anteriores. Além disso, o Grupo não outorgou prêmios durante o segundo semestre de 2014. Desse modo, essas alterações não tiveram impacto nas demonstrações financeiras ou políticas contábeis do Grupo.

IFRS 3 - Combinações de Negócios

A alteração é aplicada prospectivamente e esclarece que todos os acordos de contraprestação contingente classificados como passivo (ou ativo) resultantes de uma combinação de negócios devem ser subsequentemente mensurados a valor justo por meio do resultado, enquadrando-se ou não no escopo da IFRS 9 (ou IAS 39, quando aplicável). Isso é consistente com a atual política contábil do Grupo e, desse modo, essa alteração não teve impacto na política contábil do Grupo.

IFRS 8 - Segmentos Operacionais

As alterações são aplicadas retrospectivamente e esclarecem que:

• Uma entidade deve divulgar os julgamentos feitos pela administração na aplicação dos critérios de agregação descritos no parágrafo 12 da IFRS 8, incluindo uma breve descrição de segmentos operacionais que foram agregados e as características econômicas (ex.: vendas e margens brutas) utilizadas para avaliar se os segmentos são “similares”.

• A conciliação de ativos de segmento com o total do ativo deve ser divulgada se a reconciliação for reportada ao tomador de decisão operacional em nível de diretoria, semelhante à divulgação exigida para os passivos do segmento.

O Grupo não aplica os critérios de agregação descritos na IFRS 8.12. O Grupo tem apresentado a conciliação dos ativos de segmento com o total do ativo em períodos anteriores e continua a divulgar essas informações na Nota 4 às demonstrações financeiras deste período uma vez que a conciliação é reportada à tomadora de decisão operacional em nível de diretoria para sua tomada de decisões.

IAS 16 - Ativo Imobilizado e IAS - 38 Ativo Intangível

A alteração é aplicada retrospectivamente e esclarece, na IAS 16 e na IAS 38, que o ativo pode ser reavaliado utilizando dados observáveis ajustando-se o valor contábil bruto do ativo ao valor de mercado ou determinando o valor de mercado do valor contábil e ajustando o valor contábil bruto proporcionalmente de modo que o valor contábil resultante seja igual ao valor de mercado. Além disso, a depreciação ou amortização acumulada é a diferença entre os valores brutos e os valores contábeis do ativo. Essa alteração não teve qualquer impacto sobre os ajustes de reavaliação registrados pelo Grupo durante o período corrente.

IAS 24 - Divulgações de Partes Relacionadas

A alteração é aplicada retrospectivamente e esclarece que uma entidade de administração (entidade que presta serviços ao pessoal-chave da administração) é uma parte relacionada sujeita a divulgações de partes relacionadas. Adicionalmente, uma entidade que utiliza uma entidade de administração deve divulgar as despesas incorridas com serviços de administração. Essa alteração não é pertinente para o Grupo uma vez que ele não recebe quaisquer serviços de administração de outras entidades.

Melhorias Anuais - Ciclo 2011-2013

Essas melhorias entraram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2015 e foram aplicadas pela primeira vez pelo Grupo nestas demonstrações financeiras intermediárias condensadas consolidadas, incluindo:

IFRS 3 - Combinações de Negócios

A alteração é aplicada prospectivamente e esclarece as exceções de escopo na IFRS 3, quais sejam:

• Empreendimentos conjuntos, e não apenas joint ventures, estão fora do escopo da IFRS 3.

• Essa exceção de escopo se aplica somente à contabilização das demonstrações financeiras do

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58 Good Group | EY

empreendimento conjunto em si. Good Group (Internacional) Limitada não é um empreendimento conjunto e, desse modo, essa alteração não é pertinente para o Grupo e suas subsidiárias.

IFRS 13 - Mensuração do Valor Justo

A alteração se aplica prospectivamente e esclarece que a exceção de carteira na IFRS 13 pode ser aplicada não só a ativos financeiros e passivos financeiros, mas também a outros contratos que se enquadram no escopo da IFRS 9 (ou IAS 39, quando aplicável). O Grupo não aplica a exceção de carteira descrita na IFRS 13.

IAS 40 - Propriedade para Investimento

A descrição de serviços auxiliares na IAS 40 estabelece a diferença entre propriedade para investimento e propriedade ocupada pelo proprietário (ou seja, ativo imobilizado). A alteração é aplicada prospectivamente e esclarece que a IFRS 3, e não a descrição de serviços auxiliares na IAS 40, é utilizada para determinar se a transação é a compra de um ativo ou uma combinação de negócios. Nos períodos anteriores, o Grupo se baseou na IFRS 3, não na IAS 40, para determinar se uma transação constitui uma aquisição de ativo ou uma combinação de negócios. Logo, essa alteração não teve impacto na política contábil do Grupo.

ComentárioPara fins de ilustração, o Grupo listou todas as divulgações de normas e interpretações novas e alteradas

que estão em vigência a partir de 1º de janeiro de 2015, independentemente do fato de terem impacto sobre as demonstrações financeiras do Grupo. No entanto, uma alternativa que as entidades devem levar em consideração seria listar e contemplar apenas as que têm impacto sobre a posição financeira, desempenho e/ou divulgações do Grupo.

Apesar de haver previsão para antecipação da aplicação das normas revisadas, no Brasil os reguladores não permitem tal adoção antecipada.

2.29 Pronunciamentos emitidos mas que não estavam em vigor em 31 de dezembro de 2015

As normas e interpretações emitidas mas ainda não adotadas até a data de emissão das demonstrações financeiras do Grupo são abaixo apresentadas. O Grupo pretende adotar essas normas, se aplicável, quando entrarem em vigência.

IFRS 9 – Instrumentos Financeiros

Em julho de 2014, o IASB emitiu a versão final da IFRS 9 – Instrumentos Financeiros, que substitui a IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e todas as versões anteriores da IFRS 9. A IFRS 9 reúne todos os três aspectos da contabilização de instrumentos financeiros do projeto: classificação e mensuração, perda por redução ao valor recuperável e contabilização de hedge. A IFRS 9 está em vigência para períodos anuais iniciados em 1º de janeiro de 2018 ou após essa data, sendo permitida a aplicação antecipada. Exceto para contabilidade de hedge, é exigida aplicação retrospectiva, não sendo obrigatória, no entanto, a apresentação de informações comparativas.

Para contabilidade de hedge, as exigências são geralmente aplicadas prospectivamente, salvo poucas exceções.

O Grupo planeja adotar a nova norma na efetiva data de entrada em vigor. No decorrer de 2015, o Grupo realizou uma avaliação de alto nível do impacto de todos os três aspectos da IFRS 9. Essa avaliação preliminar baseia-se nas informações atualmente disponíveis e pode estar sujeita a mudanças em razão de análises detalhadas complementares ou informações adicionais cabíveis e evidenciáveis que sejam disponibilizadas para o Grupo no futuro. Em geral, o Grupo não espera um impacto significativo sobre seu balanço patrimonial e patrimônio líquido a não ser pelo efeito de aplicar as exigências de perdas por redução do valor recuperável (“impairment”) da IFRS 9. O Grupo espera uma provisão para perdas maior resultando em um impacto negativo sobre o patrimônio líquido e realizará uma avaliação detalhada no futuro para determinar a extensão.

(a) Classificação e mensuração

O Grupo não espera um impacto significativo no seu balanço patrimonial ou patrimônio líquido ao aplicar as exigências de classificação e mensuração da IFRS 9. Ele espera continuar a mensurar a valor justo todos os ativos financeiros atualmente mantidos a valor justo. Ações patrimoniais cotadas atualmente mantidas como disponíveis para venda com ganhos e perdas registrados em outros resultados abrangentes serão mensuradas a valor justo por meio do resultado, o que aumentará a volatilidade no resultado registrado. A reserva de disponíveis para venda atualmente em outros resultados abrangentes acumulados será reclassificada para lucros acumulados de abertura. Espera-se que os títulos de dívida sejam mensurados a valor justo por meio de outros resultados abrangentes segundo a IFRS 9, uma vez que o Grupo espera não só manter os ativos para recolher os fluxos de caixa contratuais mas também vender um montante significativo com relativa frequência.

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As ações patrimoniais em empresas sem registro em bolsa devem ser mantidas no futuro próximo. O Grupo espera aplicar a opção de apresentar mudanças no valor justo em outros resultados abrangentes e, portanto, acredita que a aplicação da IFRS 9 não teria um impacto significativo. Se o Grupo não fosse aplicar essa opção, as ações seriam mantidas a valor justo por meio do resultado, o que aumentaria a volatilidade do resultado registrado.

Empréstimos bem como contas a receber de clientes são mantidos para recolher os fluxos de caixa contratuais e devem dar origem a fluxos de caixa que representem exclusivamente pagamentos de principal e juros. Assim, o Grupo espera que esses continuem a ser mensurados pelo custo amortizado segundo a IFRS 9. No entanto, o Grupo analisará as características dos fluxos de caixa contratuais desses instrumentos em mais detalhe antes de concluir se todos esses instrumentos atendem os critérios para mensuração pelo custo amortizado segundo a IFRS 9.

(b) Perdas por redução do valor recuperável (“Impairment”)

A IFRS 9 requer que o Grupo registre perdas de crédito esperadas sobre todos os seus títulos de dívida, empréstimos e contas a receber de clientes, para 12 meses ou em base vitalícia. O Grupo espera aplicar o modelo simplificado e registrar as perdas esperadas em base vitalícia sobre todas a contas a receber de clientes. O Grupo espera um impacto significativo em seu patrimônio líquido devido à natureza sem garantia de seus empréstimos e recebíveis, mas precisará realizar uma análise mais detalhada que considere todas as informações cabíveis e evidenciáveis, inclusive elementos prospectivos para determinar a extensão do impacto.

(c) Contabilidade de hedge

O Grupo acredita que todas as relações de hedge existentes que atualmente são designadas em relações de hedge efetivas ainda se qualificarão para contabilidade de hedge (“hedge accounting”) segundo a IFRS 9. Como a IFRS 9 não altera os princípios gerais de como uma entidade contabiliza hedges efetivos, o Grupo não espera um impacto significativo como resultado da aplicação da IFRS 9. O Grupo avaliará possíveis mudanças relacionadas com a contabilidade para o valor tempo das opções, pontos a termo ou o spread da base de câmbio em mais detalhe no futuro.

IFRS 14 – Contas Regulatórias Diferidas

A IFRS 14 é uma norma opcional que permite a uma entidade cujas atividades estão sujeitas a regulação de tarifas continuar aplicando a maior parte de suas políticas contábeis para saldos de contas regulatórias diferidas no momento da primeira adoção das IFRS. As entidades que adotam a IFRS 14 devem apresentar contas regulatórias diferidas como rubricas em separado no balanço patrimonial e apresentar movimentações nesses saldos contábeis como rubricas em separado no balanço patrimonial e outros resultados abrangentes. A norma exige divulgações sobre a natureza e os riscos associados com a regulação de tarifas da entidade e os efeitos dessa regulação sobre as demonstrações financeiras. A IFRS 14 está em vigor para os períodos anuais iniciados em 1º de janeiro de 2016 ou após essa data. Essa norma não seria aplicável, pois o grupo elabora suas demonstrações financeiras com base nas IFRS em vigência.

IFRS 15 - Receitas de Contratos com Clientes

A IFRS 15, emitida em maio de 2014, estabelece um novo modelo constante de cinco passos que será aplicado às receitas originadas de contratos com clientes. Segundo a IFRS 15, as receitas são reconhecidas em valor que reflete a contraprestação à qual uma entidade espera ter direito em troca da transferência de bens ou serviços a um cliente.

A nova norma para receitas substituirá todas as atuais exigências para reconhecimento de receitas segundo as IFRS. Adoção retrospectiva integral ou adoção retrospectiva modificada é exigida para períodos anuais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2018, sendo permitida adoção antecipada. O Grupo planeja adotar a nova norma na efetiva data da sua entrada em vigor, utilizando o método de adoção retrospectiva integral. No decorrer de 2015, o Grupo realizou uma avaliação preliminar da IFRS 15, a qual está sujeita a mudanças em razão de análises mais detalhadas em andamento.

O Grupo atua no ramo de prestação de equipamentos e serviços de prevenção de incêndio e eletrônicos. Os equipamentos e serviços são vendidos individualmente em contratos separados, identificados com os clientes, ou agrupados como um pacote de bens e/ou serviços.

(a) Venda de bens

Não é esperado que contratos com clientes em que a venda de equipamentos seja a única obrigação de desempenho tenham qualquer impacto sobre o Grupo. O Grupo espera que o reconhecimento de receitas ocorra em um determinado momento quando o controle do ativo for transferido para o cliente, geralmente na entrega dos produtos.

O Grupo espera as seguintes prováveis áreas de impacto:

(i) Contraprestação variável

Alguns contratos com clientes preveem direito a devolução, descontos comerciais e descontos com base em volume. Atualmente, o Grupo reconhece a receita da venda de bens mensurada ao valor justo da

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contraprestação recebida ou a receber, líquida de devoluções e descontos, descontos comerciais e com base em volumes. Se a receita não puder ser mensurada com confiabilidade, o Grupo difere o reconhecimento da receita até que a incerteza seja resolvida. Essas previsões geram contraprestação variável segundo a IFRS 15 e deverão ser estimadas na assinatura do contrato. A contraprestação variável estimada estará sujeita a uma restrição. O Grupo continua a avaliar contratos individuais para determinar a contraprestação variável estimada e a respectiva restrição. O Grupo espera que a aplicação da restrição possa resultar em maior diferimento de receita do que segundo a atual IFRS.

(ii) Obrigações de garantia

O Grupo fornece garantias para consertos gerais e não oferece garantias estendidas ou serviços de manutenção em seus contratos com os clientes. Desse modo, o Grupo determina que essas garantias são garantias do tipo de asseguração, as quais continuarão a ser contabilizadas segundo a IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes de maneira consistente com a prática atual.

Melhorias anuais – Ciclo 2010-2012

Essas melhorias estão em vigor a partir de 1º de julho de 2014, não sendo esperados impactos significativos sobre o Grupo, incluindo as seguintes:

IFRS 2 - Pagamento Baseado em Ações

Essa melhoria é aplicada prospectivamente e esclarece várias questões relacionadas com as definições de condições de desempenho e de serviço que representam condições de aquisição, incluindo as seguintes:

• Uma condição de desempenho deve conter uma condição de serviço.

• Uma meta de desempenho deve ser cumprida enquanto a contraparte estiver prestando serviço.

• Uma meta de desempenho pode relacionar-se com as operações ou atividades de uma entidade ou com aquelas de outra entidade no mesmo grupo.

• Uma condição de desempenho pode ser uma condição de mercado ou não relacionada com o mercado.

• Se a contraparte, independentemente da razão, deixar de prestar serviço durante o período de aquisição, a condição de serviço não será satisfeita.

(i) Programa de Fidelização (“Pontos Modelo”)

O Grupo determina que o Programa de Fidelização oferecido no seu segmento eletrônico gere uma obrigação de desempenho separada, visto que fornece ao consumidor um direito material. Assim, precisará alocar uma parcela do preço da transação ao Programa de Fidelização com base no preço de venda individual relativo em vez das metodologias de alocação permitidas segundo a IFRIC 13 Programas de Fidelização de Clientes. Como resultado, o Grupo espera uma mudança na alocação da contraprestação recebida e, consequentemente, a época do montante de receita reconhecida com relação ao Programa de Fidelização pode ser impactada. Consistentemente com as atuais exigências da IFRIC 13, o Grupo espera que a receita ainda seja reconhecida quando os pontos de fidelização forem resgatados ou expirarem. O Grupo ainda está analisando contratos com clientes que tenham esses elementos e precisará realizar avaliações mais detalhadas no futuro para quantificar o impacto financeiro para suas demonstrações financeiras.

(a) Prestação de serviços

O Grupo presta serviços de instalação no segmento de prevenção de incêndio. Esses serviços são vendidos separadamente nos contratos com os clientes ao passo que outros podem ser agrupados com a venda do equipamento para o cliente. O Grupo avaliou preliminarmente que os serviços são satisfeitos ao longo do tempo dado que o cliente recebe e consome simultaneamente os benefícios prestados pelo Grupo. Consequentemente, o Grupo não espera que qualquer impacto significativo resulte desses contratos de serviços.

(b) Equipamentos recebidos de clientes

Quando uma entidade recebe ou espera receber contraprestação não monetária, a IFRS 15 requer que o valor justo da contraprestação não monetária seja incluído no preço da transação. Uma entidade teria que mensurar o valor justo da contraprestação não monetária de acordo com a IFRS 13 Mensuração do Valor Justo.

O Grupo recebe transferências de moldes e outras ferramentas de clientes para o seu processo de manufatura, que são reconhecidas ao valor justo como ativo imobilizado segundo a IFRIC 18 Transferência de Ativos de Clientes. Isso está consistente com as exigências da IFRS 15 e o Grupo não espera que os equipamentos recebidos de clientes tenham qualquer impacto significativo resultante.

Alterações à IFRS 11 - Acordos Conjuntos: Contabilização de Aquisições de Partes Societárias

As alterações à IFRS 11 exigem que um operador conjunto, que esteja contabilizando a aquisição de participação societária em uma operação conjunta na qual a atividade da operação conjunta constitua um negócio, aplique os princípios pertinentes da IFRS 3 para contabilização de combinações de negócios. As

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alterações também deixam claro que uma participação societária previamente mantida em uma operação conjunta não é remensurada sobre a aquisição de participação adicional na mesma operação conjunta enquanto o controle conjunto for retido. Adicionalmente, uma exclusão de escopo foi adicionada à IFRS 11 para especificar que as alterações não se aplicam quando as partes que compartilham controle conjunto, inclusive a entidade de reporte, estiverem sob controle comum da parte controladora principal.

As alterações se aplicam tanto à aquisição da participação final em uma operação conjunta quanto à aquisição de quaisquer participações adicionais na mesma operação conjunta e são prospectivamente vigentes para períodos anuais iniciados em 1º de janeiro de 2016 e após essa data, não sendo permitida a adoção antecipada no Brasil. Não se espera que essas alterações tenham impacto sobre o Grupo.

Alterações à IAS 16 e à IAS 38 – Esclarecimento de Métodos Aceitáveis de Depreciação e Amortização

As alterações esclarecem o princípio na IAS 16 e na IAS 38 que a receita reflete um modelo de benefícios econômicos gerados a partir da operação de um negócio (do qual o ativo faz parte), em vez dos benefícios econômicos consumidos por meio do uso do ativo. Como resultado, um método baseado em receita não pode ser utilizado para fins de depreciação de ativo imobilizado, podendo ser utilizado somente em circunstâncias muito limitadas para amortizar os ativos intangíveis. As alterações estão em vigor prospectivamente para amortizar os ativos intangíveis. As alterações estão vigentes prospectivamente para períodos anuais iniciados em 1º de janeiro de 2016 ou após essa data. Não é esperado que essas alterações tenham impacto ao Grupo, uma vez que o Grupo não utilizou um método baseado na receita para depreciar ativos não circulantes.

Alterações à IAS 16 e a IAS 41 – Agricultura: Plantas Frutíferas

As alterações envolvem exigências contábeis de ativos biológicos que atendem à definição de plantas frutíferas. De acordo com essas alterações, ativos biológicos que atendem à definição de plantas frutíferas não constarão mais no escopo da IAS 41, sendo aplicada, em vez disso, a IAS 16. Após o reconhecimento inicial, as plantas frutíferas serão mensuradas com base na IAS 16 a custo acumulado (antes do vencimento), utilizando o modelo de custo ou modelo de reavaliação (após o vencimento). As alterações também exigem que o produto de plantas frutíferas continue no escopo da IAS 41 mensurado a valor justo menos custos de venda. No que tange às concessões governamentais relacionadas às plantas frutíferas, será aplicada a IAS 20 – Contabilização de Concessões Governamentais e Divulgação de Assistência Governamental. As alterações estão retrospectivamente em vigor para períodos anuais iniciados em 1º de janeiro de 2016. Não é esperado que essas alterações tenham impacto sobre o Grupo, uma vez que o Grupo não possui plantas frutíferas.

Alterações à IAS 27 – Método de Equivalência Patrimonial em Demonstrações Financeiras Separadas

As alterações permitirão que as entidades utilizem o método de equivalência patrimonial ao contabilizarem investimentos em controladas, joint ventures e coligadas em demonstrações financeiras separadas. As entidades que já estejam aplicando a IFRS e optem por passar a adotar o método da equivalência patrimonial em suas demonstrações financeiras separadas terão de aplicar essa mudança retrospectivamente. Entidades que elaboram demonstrações financeiras de acordo com as IFRS pela primeira vez e que optem por adotar o método de equivalência patrimonial em suas demonstrações financeiras separadas deverão aplicar esse método a partir da data de transição às IFRS. As alterações estão em vigor para períodos anuais iniciados em 1º de janeiro de 2016 ou após essa data, sendo permitida a adoção antecipada, que está em análise no Brasil. Essas alterações não terão impacto sobre as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo.

Alterações na IFRS 10 e na IAS 28: Venda ou Contribuição de Ativos entre um Investidor e uma Associada ou Empreendimento Controlado em Conjunto

As alterações abordam o conflito entre a IFRS 10 e a IAS 28 no tratamento da perda de controle de uma subsidiária que é vendida ou contribuída para uma associada ou empreendimento controlado em conjunto (joint venture). As alterações esclarecem que o ganho ou a perda resultante da venda ou contribuição de ativos que constituem um negócio, como definido na IFRS 3, entre um investidor e sua associada ou joint venture, é reconhecido(a) na íntegra. Qualquer ganho ou perda resultante da venda ou contribuição de ativos que não constituam um negócio, no entanto, é reconhecido somente na extensão das participações de investidores não relacionados na associada ou joint venture. Essas alterações devem ser aplicadas prospectivamente e vigentes para períodos anuais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2016, sendo permitida a adoção antecipada. Não se espera que essas alterações tenham impacto significativo sobre o Grupo.

Melhorias Anuais - Ciclo 2012-2014

Essas alterações estão em vigor para períodos anuais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2016, incluindo as seguintes:

IFRS 5 - Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas

Ativos (ou grupos de alienação) são geralmente alienados por meio da venda ou distribuição a titulares. A alteração esclarece que mudar de um desses métodos de alienação para outro não seria considerado um novo plano de alienação, mas sim uma continuação do plano original. Portanto, não há interrupção da aplicação das exigências da IFRS 5. Essa alteração deve ser aplicada prospectivamente.

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IFRS 7 - Instrumentos Financeiros: Divulgações

(i) Contratos de serviço

A alteração esclarece que um contrato de serviço que inclua uma taxa pode constituir envolvimento contínuo em um ativo financeiro. Uma entidade deve avaliar a natureza dessa taxa e o acordo em comparação com a orientação para envolvimento contínuo na IFRS 7 a fim de avaliar se as divulgações são exigidas. A avaliação de quais contratos de serviço constituem envolvimento contínuo deve ser feita retrospectivamente. Contudo, as divulgações exigidas não precisariam ser fornecidas para qualquer período iniciado antes do período anual em que a entidade aplicar pela primeira vez as alterações. (Página 146)

(ii) Aplicabilidade das alterações na IFRS 7 para demonstrações financeiras intermediárias condensadas

A alteração esclarece que as exigências de divulgação de compensação não se aplicam a demonstrações financeiras intermediárias condensadas, a não ser que essas divulgações forneçam uma atualização significativa às informações reportadas no relatório anual mais recente. Essa alteração deve ser aplicada retrospectivamente.

IAS 19 - Benefícios aos Empregados

A alteração esclarece que a profundidade do mercado de títulos privados alta qualidade é avaliada com base na moeda em que é denominada a obrigação, em vez de no país em que está localizada a obrigação. Quando não existe mercado profundo para títulos privados de alta qualidade nessa moeda, devem ser usadas taxas de títulos públicos. Essa alteração deve ser aplicada retrospectivamente.

IAS 34 - Elaboração e Divulgação de Demonstrações Financeiras Intermediárias

A alteração esclarece que as divulgações intermediárias exigidas devem ser nas demonstrações financeiras intermediárias ou incorporadas por referência cruzada entre as demonstrações financeiras intermediárias e onde quer que elas sejam incluídas no relatório financeiro intermediário (por exemplo, no relatório de comentários da gerência ou de risco). As demais informações no relatório financeiro intermediário devem estar disponíveis para os usuários nos mesmos termos que as demonstrações financeiras intermediárias e na mesma época. Essa alteração deve ser aplicada retrospectivamente.

Não se espera que essas alterações tenham impacto significativo sobre o Grupo.

Alterações na IAS 1 - Iniciativa de Divulgação

As alterações na IAS 1 Apresentação das Demonstrações Financeiras esclarecem, em vez de mudar significativamente, as exigências existentes da IAS 1. As alterações esclarecem:

• As exigências de materialidade nas IAS 1.

• Que itens de linhas específicas nas demonstrações do resultado e de outros resultados abrangentes e no balanço patrimonial podem ser desagregados.

• Que as entidades têm flexibilidade quanto à ordem em que apresentam as notas às demonstrações financeiras.

• Que a parcela de outros resultados abrangentes de associadas e empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) contabilizada utilizando o método patrimonial deve ser apresentada de forma agregada como um único item de linha, e classificada entre aqueles itens que serão ou não posteriormente reclassificados para resultado.

Adicionalmente, as alterações esclarecem as exigências que se aplicam quando subtotais adicionais são apresentados no balanço patrimonial e nas demonstrações do resultado e de outros resultados abrangentes. Essas alterações estão vigentes para períodos anuais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2016, sendo permitida a adoção antecipada. Não se espera que essas alterações tenham impacto significativo sobre o Grupo.

Alterações nas IFRS 10, IFRS 12 e IAS 28 - Entidades de Investimento: Exceções à Regra de Consolidação

As alterações abordam questões que têm surgido na aplicação de exceções a entidades de investimento segundo a IFRS 10. As alterações na IFRS 10 esclarecem que a isenção da apresentação de demonstrações financeiras consolidadas se aplica à controladora que é uma subsidiária de uma entidade de investimento, quando a entidade de investimento mensura todas as suas subsidiárias ao valor justo.

Além disso, as alterações na IFRS 10 esclarecem que somente uma subsidiária de uma entidade de investimento que não seja ela própria uma entidade de investimento e que preste serviços de suporte para a entidade de investimento é consolidada. Todas as demais subsidiárias de uma entidade de investimento são mensuradas a valor justo. As alterações na IAS 28 permitem que o investidor, ao aplicar o método patrimonial, retenha a mensuração a valor justo aplicada pela entidade de investimento associada ou joint venture às suas participações em subsidiárias.

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CPC 23.49

63Good Group | EY

Essas alterações devem ser aplicadas retrospectivamente e vigentes para períodos anuais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2016, sendo permitida a adoção antecipada. Não se espera que essas alterações tenham impacto significativo sobre o Grupo.

2.30 Correção de um erro

Em julho de 2013, uma controlada celebrou um contrato de vendas com um novo cliente para vender equipamentos de prevenção a incêndios por um período de dois anos. Como parte das negociações, foi efetuada uma alteração nos termos e condições-padrão para vender os equipamentos a esse cliente em regime de consignação. No entanto, a controlada continuou a reconhecer receita no ponto de entrega ao cliente, em vez de diferir o reconhecimento de receitas até que o cliente tivesse vendido as mercadorias. Em consequência, a receita foi sobreavaliada. Em janeiro de 2015, a controlada conduziu uma revisão detalhada dos termos e condições de seus contratos de vendas e descobriu o erro.

O erro foi corrigido recalculando-se cada uma das rubricas das demonstrações financeiras afetadas nos períodos anteriores, conforme a seguir apresentado:

Impacto no Patrimônio Líquido (aumento/(redução) no PL)

31 de dezembro de 2014 1o de janeiro de 2014

R$ 000 R$ 000

Estoques 500 500

Contas a receber (2.000) (1.500)

Total do ativo (1.500) (1.000)

Imposto pago 450 300

Total do passivo 450 300

Impacto líquido no PL (1.050) (700)

Impacto na Demonstração do Resultado (aumento/(redução) no resultado) 31 de dezembro de 2014

R$ 000

Venda de produtos (2.000)

Custo do produto vendido 500

Despesa de imposto 450

Impacto líquido no resultado do ano (1.050)

Atribuível a:

Acionistas da controladora (1.050)

Participações de não controladores -

Impacto no lucro por ação básico e diluído (aumento/(redução) no lucro por ação) 31 de dezembro de 2014

Lucro por ação R$ 000

Básico, lucro do exercício atribuível aos detentores de ações ordinárias da controladora

(R$ 0,06)

Diluído, lucro do exercício atribuível aos detentores de ações ordinárias da controladora

(R$ 0,05)

Lucro por ação das operações em continuidade

Básico, lucro do exercício atribuível aos detentores de ações ordinárias da controladora

(R$ 0,06)

Diluído, lucro do exercício atribuível aos detentores de ações ordinárias da controladora

(R$ 0,05)

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CPC 26.122

CPC 31.7

CPC 31.5A

CPC 31.8

CPC 31.12A

ICPC 17.10

CPC 45.7(a)

CPC 45.9

CPC 45.17

CPC 45.8

CPC 45.14

64 Good Group | EY

3. Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas

Julgamentos

A preparação das demonstrações financeiras consolidadas do Grupo requer que a administração faça julgamentos, estimativas e adote premissas que afetam os valores apresentados de receitas, despesas, ativos e passivos, e as respectivas divulgações, bem como as divulgações de passivos contingentes. No processo de aplicação das políticas contábeis do Grupo, a administração fez os seguintes julgamentos que têm efeito mais significativo sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas:

Compromissos de arrendamento operacional – Grupo como arrendador

O Grupo contratou arrendamentos mercantis comerciais na sua carteira de propriedades para investimento. O Grupo determinou, com base em sua avaliação dos termos e condições dos contratos, que assume todos os riscos e benefícios significativos da propriedade dos referidos bens; desta forma, contabiliza os contratos como arrendamentos mercantis operacionais.

Ativos disponíveis para venda

Em 1º de outubro de 2015, o Conselho de Administração anunciou sua decisão de vender o segmento de borracha relativo à empresa Mangueiras Ltda.; assim, o classificou como grupo disponível para venda. O Conselho de Administração considerou que a controlada satisfez os critérios para ser classificada como mantida para distribuição naquela data pelos seguintes motivos:

• A Mangueiras Ltda. está disponível para distribuição imediata, podendo ser vendida a um potencial comprador em seu estado atual.

• O Conselho de Administração tinha um plano para a venda da Mangueiras Ltda. e iniciou negociações preliminares com um potencial comprador. Outros potenciais compradores foram identificados, caso as negociações com o potencial comprador não resultem em venda.

• O Conselho de Administração espera que as negociações sejam finalizadas, e a venda concluída até 28 de fevereiro de 2016.

Para mais detalhes sobre a operação descontinuada e distribuição sem desembolso de caixa, consulte as Notas 11 e 22.

Consolidação de uma entidade estruturada

Em fevereiro de 2015, o Grupo e um sócio externo formaram uma entidade, a Fire Equipment Test Lab Limited, para adquirir terrenos e construir e operar equipamentos de segurança contra incêndio. O Grupo detém 20% de direitos de voto nessa entidade. O sócio terceirizado aportou aproximadamente R$ 2.700 em 2015, representando 80% dos direitos de voto, para aquisição e construção de equipamentos de teste de segurança contra incêndios. O sócio externo compromete-se com o aporte de aproximadamente R$ 1.000 em cada um dos dois exercícios seguintes para concluir o projeto. Espera-se que a construção seja concluída em 2019 ao custo total de aproximadamente R$ 4.700. O sócio tem o direito de rendimento de 22% sobre o capital em circulação no início das operações. Como resultado de um acordo contratual com o sócio externo, o Grupo detém representação majoritária na diretoria da entidade, sendo exigida a aprovação do Grupo para todas as decisões operacionais. Ao final do quarto período anual, o sócio tem o direito a retorno de 100% sobre o capital. A taxa de juros efetivos é de 11%, ao passo que os juros acumulados sobre o total aportado totalizaram R$ 303 em 31 de dezembro de 2015. O Grupo está efetivamente garantindo os retornos ao sócio externo. Ao concluir a construção, as operações serão realizadas exclusivamente pelo Grupo.

Com base nos termos contratuais, o Grupo avaliou que os direitos de voto na Fire Equipment Test Lab Limited não são um fator dominante na decisão de quem controla a entidade. Outrossim, é avaliado que haja financiamento patrimonial insuficiente (R$ 200) para permitir à entidade financiar suas atividades sem o suporte financeiro não patrimonial do Grupo. Portanto, o Grupo concluiu que a Fire Equipment Test Lab Limited é uma entidade estruturada nos termos do CPC 36 (R3), controlando-a sem participação majoritária. As ações com direito a voto do sócio externo são contabilizadas como passivo financeiro. Portanto, a Fire Equipment Test Lab Limited é consolidada nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo. As ações do sócio externo são contabilizadas como empréstimo de longo prazo, sendo o rendimento do investimento contabilizado como despesas com juros.

ComentárioO CPC 26 (R1) exige que uma entidade divulgue os julgamentos feitos pela administração no processo de aplicação de políticas contábeis da entidade e que tenham os efeitos mais significativos sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras. O CPC 45 faz adições às exigências gerais, especificamente requerendo que uma entidade divulgue todos os julgamentos significativos e estimativas feitas na apuração

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CPC 36.B41, B42

CPC 45.7(a)

CPC 45.8

CPC 45.9

CPC 26.125

CPC 01.6

65Good Group | EY

da natureza de suas participações em outras entidades ou acordo e na apuração do tipo do acordo conjunto no qual detém participação.

O CPC 45 exige que uma entidade divulgue informações sobre julgamentos e premissas significativas por ela efetuados (e mudanças aos julgamentos e premissas) ao apurar:

• Que a entidade controla outra entidade;

• Que detém controle conjunto de um acordo ou influência significativa sobre outra entidade;

• O tipo de acordo conjunto (ou seja, a operação conjunta ou empreendimento conjunto) quando o acordo tiver sido estruturado por meio de um veículo em separado.

Uma entidade deve divulgar, por exemplo, julgamentos e premissas significativas efetuadas ao apurar que:

• Não detém controle sobre outra entidade, embora detenha mais da metade dos direitos de voto de outra entidade;

• Detém controle sobre outra entidade, embora detenha menos da metade dos direitos de voto de outra entidade;

• É um agente ou principal, conforme definido pelo CPC 36 (R3);

• Não tem influência significativa, embora detenha 20% ou mais dos direitos de voto de outra entidade;

• Tem influência significativa, embora detenha menos de 20% dos direitos de voto de outra entidade.

O Grupo não tem participação em entidades estruturadas não consolidadas. As participações nessas entidades exigem que as divulgações sejam feitas nos termos do CPC 45.

Consolidação de entidades nas quais o Grupo detenha menos da maioria dos direitos de voto

O Grupo está planejando controlar a Eletrônicos Ltda., embora detenha menos de 50% dos direitos de voto, uma vez que o Grupo é o único acionista majoritário da Eletrônicos Ltda. com participação de 48%. Os 52% restantes da participação societária na Eletrônicos Ltda. são detidos por outros acionistas, nenhum dos quais individualmente detém mais de 1% das ações (conforme constante no registro de acionistas da empresa de 1º de outubro de 2010 a 31 de dezembro de 2015). Desde 1º de outubro de 2010, data da aquisição da Eletrônicos Ltda., não há histórico de outros acionistas que tenham colaborado para exercer seus votos coletivamente ou se tornado majoritários em relação ao Grupo.

ComentárioO Grupo avaliou que controla a Eletrônicos Ltda., apesar de deter menos do que a maioria dos direitos de voto, com base nas orientações do CPC 36 (R3).

Estimativas e premissas

As principais premissas relativas a fontes de incerteza nas estimativas futuras e outras importantes fontes de incerteza em estimativas na data do balanço, envolvendo risco significativo de causar um ajuste significativo no valor contábil dos ativos e passivos no próximo exercício financeiro, são discutidas a seguir.

Mensuração a valor justo de propriedades para investimento

O Grupo apresenta suas propriedades para investimento a valor justo, sendo as mudanças no valor justo reconhecidas na demonstração do resultado. O Grupo contratou avaliadores independentes especializados para determinar o valor justo em 31 de dezembro de 2015. Para propriedades para investimento, o avaliador utilizou a técnica de avaliação com base no método de fluxo de caixa descontado, devido à falta de dados comparáveis de mercado, dada a natureza das propriedades.

O valor justo determinado das propriedades para investimento é sensível ao rendimento estimado, bem como à taxa de vacância de longo prazo. As principais premissas adotadas para determinar o valor justo da propriedade para investimento são detalhadas na Nota 14.

Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros Uma perda por redução ao valor recuperável existe quando o valor contábil de um ativo ou unidade geradora de caixa excede o seu valor recuperável, o qual é o maior entre o valor justo menos custos de venda e o valor em uso. O cálculo do valor justo menos custos de venda é baseado em informações disponíveis de transações de venda de ativos similares ou preços de mercado menos custos adicionais para descartar o ativo. O cálculo do valor em uso é baseado no modelo de fluxo de caixa descontado. Os fluxos de caixa derivam do orçamento para os próximos cinco anos e não incluem atividades de reorganização com as quais o Grupo ainda não tenha se comprometido ou investimentos futuros significativos que melhorarão a base de ativos da unidade geradora de caixa objeto de teste. O valor recuperável é sensível à taxa de desconto utilizada no método de fluxo de

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CPC 32.1 (e)

CPC 26.125

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caixa descontado, bem como aos recebimentos de caixa futuros esperados e à taxa de crescimento utilizada para fins de extrapolação. As principais premissas utilizadas para determinar o valor recuperável das diversas unidades geradoras de caixa, incluindo análise de sensibilidade, são detalhadas na Nota 17.

Transações com pagamentos baseados em ações A estimativa do valor justo dos pagamentos com base em ações requer a determinação do modelo de avaliação mais adequado para a concessão de instrumentos patrimoniais, o que depende dos termos e condições da concessão. Isso requer também a determinação dos dados mais adequados para o modelo de avaliação, incluindo a vida esperada da opção, volatilidade e rendimento de dividendos e correspondentes premissas. O Grupo mensura o custo de transações liquidadas com ações com funcionários baseado no valor justo dos instrumentos patrimoniais na data da sua outorga. No caso de transações baseadas em ações liquidadas financeiramente, o passivo precisa ser remensurado ao final de cada período de reporte até a data de liquidação, reconhecendo-se no resultado eventuais variações no valor justo, o que exige reavaliação das estimativas utilizadas ao final de cada período de reporte. Para a mensuração do valor justo de transações liquidadas com títulos patrimoniais concedidos a empregados na data de concessão, o Grupo utiliza um modelo binomial para o Plano para Executivos Sênior (SEP) e um modelo de Monte Carlo para o Plano de Opções de Ações a Funcionários (GESP).

Impostos Imposto diferido ativo é reconhecido para todos os prejuízos fiscais não utilizados na extensão em que seja provável que haja lucro tributável disponível para permitir a utilização dos referidos prejuízos. Julgamento significativo da administração é requerido para determinar o valor do imposto diferido ativo que pode ser reconhecido, com base no prazo provável e nível de lucros tributáveis futuros, juntamente com estratégias de planejamento fiscal futuras.

O Grupo apresenta prejuízos fiscais a compensar no valor de R$ 427 (2014: R$ 1.198). Esses prejuízos se referem a controladas que apresentam histórico de prejuízos, não prescrevem e não podem ser utilizados para fins de compensação com lucro tributável em outra parte do Grupo. A compensação dos prejuízos fiscais acumulados fica restrita ao limite de 30% do lucro tributável gerado em determinado exercício fiscal. Essas controladas não têm diferenças temporárias tributáveis ou planejamentos fiscais que poderiam parcialmente justificar o reconhecimento de imposto diferido ativo.

Se o Grupo fosse capaz de reconhecer todos os impostos diferidos ativos não reconhecidos, haveria aumento de lucro em R$ 128.

Para mais detalhes sobre impostos diferidos, vide Nota 10.

Benefícios de aposentadoria

O custo de planos de aposentadoria com benefícios definidos e de outros benefícios de assistência médica pós-emprego e o valor presente da obrigação de aposentadoria são determinados utilizando métodos de avaliação atuarial. A avaliação atuarial envolve o uso de premissas sobre as taxas de desconto, taxas de retorno de ativos esperadas, aumentos salariais futuros, taxas de mortalidade e aumentos futuros de benefícios de aposentadorias e pensões. A obrigação de benefício definido é altamente sensível a mudanças nessas premissas. Todas as premissas são revisadas a cada data-base.

Ao determinar a taxa de desconto adequada, a administração considera as taxas de juros de debêntures emitidas por corporações de elevada solvência e títulos do Tesouro Nacional com vencimento correspondente à duração da obrigação do benefício definido. A qualidade dos títulos é revisada, e aqueles com um spread de crédito excessivo são excluídos da população de títulos que são utilizados para identificar a taxa de juros.

A taxa de mortalidade se baseia em tábuas de mortalidade disponíveis no país. Aumentos futuros de salários e de benefícios de aposentadoria e de pensão se baseiam nas taxas de inflação futuras esperadas para o país.

Para mais detalhes sobre as premissas utilizadas, vide Nota 26.

Mensuração ao valor justo da contraprestação contingente

Contraprestação contingente, proveniente de uma combinação de negócios, é mensurada ao valor justo na data de aquisição como parte da combinação de negócios. Se a contraprestação contingente for classificada como um derivativo, e portanto um passivo financeiro, deve ser subsequentemente remensurada ao valor justo na data do balanço. O valor justo é baseado no fluxo de caixa descontado. As principais premissas consideram a probabilidade de atingir cada objetivo e o fator de desconto.

Valor justo de instrumentos financeiros

Quando o valor justo de ativos e passivos financeiros apresentados no balanço patrimonial não puder ser obtido de mercados ativos, é determinado utilizando técnicas de avaliação, incluindo o método de fluxo

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de caixa descontado. Os dados para esses métodos se baseiam naqueles praticados no mercado, quando possível; contudo, quando isso não for viável, um determinado nível de julgamento é requerido para estabelecer o valor justo. O julgamento inclui considerações sobre os dados utilizados, como, por exemplo, risco de liquidez, risco de crédito e volatilidade. Mudanças nas premissas sobre esses fatores poderiam afetar o valor justo apresentado dos instrumentos financeiros.

Custos de desenvolvimento

Custos de desenvolvimento são capitalizados de acordo com a prática contábil descrita na Nota 2.12. A capitalização inicial de custos é baseada no julgamento da administração de que a viabilidade tecnológica e econômica será confirmada, geralmente quando um projeto de desenvolvimento de produto tenha alcançado um determinado ponto seguindo um modelo estabelecido de gestão de projeto. Ao determinar os valores a serem capitalizados, a administração adota premissas sobre a geração futura de caixa esperada do projeto, taxas de desconto a serem aplicadas e o período esperado dos benefícios. Em 31 de dezembro de 2015, o valor contábil dos custos de desenvolvimento capitalizados era de R$ 2.178 (2014: R$ 1.686).

Esse valor inclui investimentos significativos no desenvolvimento de um sistema inovador de prevenção contra incêndio. Antes de ser comercializado, é preciso que se obtenha um certificado de segurança emitido pelas autoridades regulatórias competentes. Devido à natureza inovadora do produto, existe alguma incerteza sobre a obtenção do certificado. Contudo, o Grupo está certo de que o certificado será obtido.

Provisão para desativação de ativos

Como parte da alocação do preço de compra da Extintores Ltda. em 2015, o Grupo reconheceu uma provisão para obrigações com a desativação de ativos relativos à fábrica da Extintores Ltda. Ao determinar o valor da provisão, premissas e estimativas são feitas em relação às taxas de desconto, ao custo esperado para a desativação e remoção de toda a fábrica do local e à época esperada dos referidos custos. O valor contábil da provisão em 31 de dezembro de 2015 era de R$ 1.221 (2014: R$ 0). O Grupo estima que os custos seriam realizados dentro de 15 anos, no momento do vencimento do arrendamento, e calcula a provisão utilizando o método FCD com base nas premissas abaixo apresentadas:

• Faixa estimada de custo por m² – R$ 10 – R$ 25 (R$ 0);

• Taxa de desconto – 14%.

Se a taxa de desconto antes de imposto utilizada no cálculo for 10% acima da estimativa da administração, o valor contábil da provisão será menor em R$ 94.

Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas

O Grupo reconhece provisão para causas cíveis e trabalhistas. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais.

Reconhecimento de receita – programa de fidelidade

O Grupo estima o valor justo de pontos concedidos segundo o programa de fidelidade aplicando técnicas estatísticas. Dados considerados pelos modelos incluem premissas sobre taxas de resgate esperadas, o mix de produtos que estarão disponíveis para resgate no futuro e preferências de clientes. Como os pontos emitidos segundo o programa não expiram, essas estimativas estão sujeitas a variações e incertezas. Em 31 de dezembro de 2015, a obrigação estimada relativa a pontos não resgatados era de aproximadamente R$ 461 (2014: R$ 365).

Comentário O CPC 26 (R1) requer que uma entidade divulgue os julgamentos significativos aplicados ao preparar as demonstrações financeiras e estimativas significativas que envolvam alto grau de incerteza. Os requisitos de divulgação vão além dos requisitos existentes em outras normas, como, por exemplo, o CPC 25.

Essas divulgações representam uma fonte de informação muito importante, uma vez que destacam as áreas que são mais suscetíveis a mudanças durante o período futuro previsível. Assim, qualquer informação apresentada deve ser suficientemente detalhada para ajudar o leitor das demonstrações financeiras a entender o impacto de possíveis mudanças significativas.

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CPC 15.B64(o)(ii)

CPC 15.B64(h)

CPC 15.B64(e)

CPC 15.B64(k)

CPC 25.85

CPC 15.B64(j)

CPC 15.56(a)

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4. Combinações de negócios e aquisição de participações de não controladores

Aquisições em 2015Aquisição da Extintores Ltda.Em 1º de maio de 2015, o Grupo adquiriu 80% das ações com direito a voto da Extintores Ltda., uma companhia de capital fechado com sede no Brasil, especializada na produção de materiais à prova de fogo. O Grupo adquiriu a Extintores Ltda. para ampliar significativamente a gama de produtos no segmento de equipamentos de proteção contra incêndio que podem ser oferecidos aos clientes.

O Grupo optou por mensurar a participação de não controladores na adquirida ao valor justo.

O valor justo dos ativos e passivos identificáveis da Extintores Ltda. na data da aquisição é apresentado a seguir:

Ativos Valor justo reconhecido na aquisição

Imobilizado (Nota 13) 7.042

Caixa e equivalentes de caixa 230

Contas a receber de clientes 1.716

Estoques 3.578

Patentes e licenças (Nota 15) 1.200

13.766

Passivos

Contas a pagar a fornecedores (2.542)

Provisões (Nota 23) (380)

Provisão para custos de arrendamento mercantil operacional (Nota 23) (400)

Provisão para reestruturação (Nota 23) (500)

Provisão para custos de desativação de ativos (Nota 23) (1.200)

Imposto de renda e contribuição social diferidos passivos (1.511)

(6.533)

Total dos ativos identificáveis líquidos 7.233

Participação de não controladores mensurada a valor justo (1.547)

Ágio na aquisição (Nota 15) 2.231

Total da contraprestação 7.917

Ativos adquiridos e passivos assumidosO valor justo das contas a receber de clientes é de R$ 1.716. O valor bruto das contas a receber de clientes é de R$ 1.754. Não houve perda por redução ao valor recuperável de nenhuma conta a receber de clientes, e espera-se que o valor contratual possa ser recebido integralmente.

Antes da aquisição, a Extintores Ltda. decidiu eliminar algumas linhas de produtos (para mais detalhes, vide Nota 23). A provisão para reestruturação reconhecida acima era uma obrigação presente da Extintores Ltda. antes da combinação de negócios. A execução do plano de reestruturação não depende da aquisição pelo Grupo.

O ágio pago de R$ 2.231 compreende o valor dos benefícios econômicos futuros oriundos das sinergias decorrentes da aquisição e do valor da lista de clientes da adquirida que não pôde ser reconhecida separadamente. Devido aos termos contratuais da aquisição, a lista de clientes não pode ser separada; assim, não satisfaz os critérios de reconhecimento como um ativo intangível, de acordo com o CPC 04 — Ativos Intangíveis. Não há expectativa de que o ágio gere benefícios fiscais futuros.

Na data da aquisição, foi registrado um passivo contingente com o valor justo de R$ 380, resultado de um pedido de reembolso por um fornecedor que teve o carregamento de mercadoria rejeitado pelo Grupo devido a divergências nas especificações técnicas da mercadoria. O pedido está sujeito a arbitragem legal e se espera que o assunto seja finalizado apenas no final de 2015. Na data do balanço, o passivo contingente foi reacessado e determinou-se o montante de R$ 400, o qual é baseado no resultado provável esperado.

O valor justo da participação de não controladores na Extintores Ltda. foi estimado aplicando o método de projeção dos fluxos de caixa descontados. A Extintores Ltda. é uma companhia de capital fechado para a qual não há informações de mercado disponíveis. A estimativa de valor justo se baseia no seguinte:

• Taxa de desconto estimada em 14%;

CPC 15.59-60

CPC 15.B64(a)

CPC 15.B64(d)

CPC 15.B64(b)

CPC 15.B64(c)

CPC 15.B64 (o) (i)

CPC 03(R2).40(d)

CPC 15.B64(f)

CPC 15.B64(o)(i)

CPC3.40 (a)

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CPC 15.B64(q)(i)

CPC 15.B64(q)(ii)

CPC 15.B64(f)(iv)

CPC 15.B64(f)(iii)

CPC 03(R2).40(a)

CPC 03(R2).40(c)

CPC 15.B64(f)(iv)

CPC 15.B64(m)

CPC 15.B64(g)ii)

CPC 46.93 (h) (ii)

CPC 15.B64(g)(i)

CPC 15.B64 (g) (iii)

CPC 15.58 (b) (i)

69Good Group | EY

• Valor terminal projetado para o final do período, calculado com base na taxa de crescimento sustentável de longo prazo para a indústria entre 2% e 4%, utilizada para determinar a receita para exercícios futuros;

• Um reinvestimento de 60% dos lucros.

Desde a data da aquisição, a Extintores Ltda. contribuiu para o Grupo com receitas de R$ 17.857 e lucro antes dos impostos de R$ 750. Se a combinação de negócios tivesse ocorrido no início do exercício, as receitas do Grupo totalizariam R$ 222.582, e o lucro das operações seria de R$ 12.285.

Contraprestação de compra R$ 000

Ações emitidas, ao valor justo 7.203

Contraprestação contingente assumida 714

Total da contraprestação 7.917

Análise do fluxo de caixa da aquisição

Custos da transação da aquisição1 (600)

Caixa líquido adquirido da controlada2 230

Custos da transação atribuíveis à emissão de ações3 (32)

Fluxo de saída de caixa, líquido (402)

1 incluído no fluxo de caixa das atividades operacionais2 incluído no fluxo de caixa das atividades de investimento3 incluído no fluxo de caixa das atividades de financiamento

O Grupo emitiu 2.500.000 ações ordinárias como contraprestação (pagamento) pela participação acionária de 80% na Extintores Ltda. O valor justo das ações corresponde ao preço publicado das ações do Grupo na data da aquisição e totaliza R$ 7.203.

Custos relacionados à aquisição de R$ 600 foram reconhecidos na demonstração do resultado como despesas administrativas. Custos relativos à emissão de ações no valor de R$ 32 como contraprestação foram reconhecidos diretamente no patrimônio líquido, como “ajuste de avaliação patrimonial”.

Contraprestação contingenteComo parte do contrato de compra com o ex-proprietário da Extintores Ltda., foi acordada uma contraprestação contingente. Os pagamentos adicionais para o ex-proprietário serão feitos da seguinte forma:

a) R$ 675, se a Companhia gerar R$ 1.000 de lucros antes de impostos durante os 12 primeiros meses após a aquisição; ou

b) R$ 1.125, se a Companhia gerar R$ 1.500 de lucros antes de impostos durante os 12 primeiros meses após a aquisição.

Na data da aquisição, o valor justo da contraprestação contingente foi estimado em R$ 714.Em 31 de dezembro de 2014, os principais indicadores de performance da Extintores Ltda. mostravam claramente que a meta (a) será atingida e a realização da meta (b) é provável devido à expansão significativa do negócio e às sinergias implementadas. Dessa forma, o valor justo da contraprestação contingente em 31 de dezembro de 2015 aumentou em R$ 358, para R$ 1.071, sendo esse aumento registrado diretamente no resultado como despesas administrativas.

Aquisição de participação adicional na Iluminação Ltda.Em 1º de outubro de 2015, o Grupo adquiriu mais 7,4% das ações ordinárias da Iluminação Ltda., elevando sua participação acionária para 87,4%. A contraprestação de R$ 325 foi paga aos acionistas não controladores. O valor contábil dos ativos líquidos (excluindo ágio na aquisição original) na referida data era de R$ 1.824, e o valor contábil da participação adicional adquirida era de R$ 135. A diferença de R$ 190 entre a contraprestação e o valor contábil da participação adicional adquirida foi reconhecida diretamente em lucros acumulados no patrimônio líquido.

CPC 15.59

CPC 15.B64 (a)

CPC 15.B64 (b)

CPC 15.B64 (c)

CPC 15.B64 (d)

CPC 15.B64 (o) (i)

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70 Good Group | EY

Aquisições em 2014Em 1º de dezembro de 2014, o Grupo adquiriu 80% das ações com direito a voto da Iluminação Ltda., uma empresa sediada no Brasil, especializada na produção e distribuição de lâmpadas.

O valor justo dos ativos e passivos identificáveis da Iluminação Ltda. na data da aquisição é apresentado a seguir:

Valor justo reconhecido na aquisição (ajustado)

R$ 000

Terrenos e edifícios (Nota 13) 1.280

Caixa e equivalentes de caixa 50

Contas a receber de clientes 853

Estoques 765

2.948

Contas a pagar a fornecedores (807)

Imposto de renda e contribuição social diferido passivo (380)

Provisão para garantias de manutenção (50)

(1.237)

Acervo líquido 1.711

Participação de não controladores (20%) (342)

Total do acervo líquido adquirido 1.369

Ágio na compra (Nota 15) 131

Contraprestação paga à vista 1.500

Fluxo de caixa no momento da aquisição

Caixa líquido adquirido com a controlada 50

Caixa pago (1.500)

Fluxo de saída de caixa, líquido (1.450)

A contabilização dos ativos líquidos adquiridos nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2014 foi feita com base numa avaliação preliminar do valor justo, uma vez que o Grupo contratou uma avaliação independente dos terrenos e edifícios de propriedade da Iluminação Ltda.; entretanto, essa avaliação não havia sido concluída quando da aprovação das demonstrações financeiras pela administração.

A mensuração dos terrenos e edifícios foi concluída em abril de 2015 e indicou que o valor justo na data da aquisição era de R$ 1.280, ou seja, um incremento de R$ 200 em relação ao valor preliminar.

A Iluminação Ltda. contribuiu com lucro de R$ 20 da data da aquisição (1º de dezembro de 2012) até 31 de dezembro de 2014 para o resultado do exercício do Grupo. Se a combinação tivesse ocorrido no início do referido exercício, as receitas do Grupo para 2014 totalizariam R$ 198.078 e o lucro seria de R$ 7.850.

O ágio de R$ 131 representa o benefício econômico futuro esperado das sinergias decorrentes da aquisição.

ComentárioNa combinação de negócios de 2014, o Grupo optou por avaliar a participação de não controladores por sua participação proporcional nos ativos líquidos identificáveis da adquirida. Na combinação de negócios de 2015, o Grupo optou por avaliar a participação não controladora a valor justo. A opção pode ser feita separadamente para cada combinação de negócio, não sendo uma opção prevista na política que determina o tratamento contábil para todas as combinações de negócios que o Grupo realizará (CPC 15 (R1).

CPC 15.B64 (i)

CPC 3.40 (c)

CPC 3.40 (a)

CPC 3.40 (b)

CPC 3.40 (c)

CPC 15.B64 (f) (i)

CPC 15.45

CPC 15,B67 (a) (i)

CPC 15,B67 (a) (ii)

CPC 15.49

CPC 15,B67 (a) (iii)

CPC 15,B64 (q)

CPC 15,B64 (e)

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71Good Group | EY

5. Participação em joint ventureO Grupo detém participação de 50% na Esguichos Ltda., entidade controlada em conjunto envolvida na produção de equipamentos de prevenção a incêndio no Brasil. A participação do Grupo na Esguichos Ltda. é contabilizada utilizando o método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras consolidadas. As informações financeiras resumidas da joint venture, com base nas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o CPC, e a conciliação com o valor contábil do investimento nas demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas abaixo:

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Ativo circulante, incluindo caixa e equivalentes de caixa R$ 989 (2014: R$ 743) e despesas antecipadas R$ 1.030 (2014: R$ 0) 3.226 2.808

Ativo não circulante 2.864 2.964

Passivo circulante, incluindo impostos a pagar R$ 89 (2014: R$ 143) (224) (1.102)

Passivo não circulante, incluindo impostos diferidos passivo R$ 278 (2014: R$ 325) e empréstimos de longo prazo R$ 500 (2014: R$ 500) (1.020) (1.000)

Patrimônio líquido 4.846 3.670

Participação proporcional do Grupo 50% 50%

Valor contábil do investimento 2.423 1.835

Resumo da demonstração do resultado da Esguichos Ltda.:

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Receita 60.094 58.876

Custo dos produtos vendidos (54.488) (53.420)

Despesas administrativas, incluindo depreciação R$ 1.236 (2014: R$ 1.235) (2.638) (2.586)

Custos financeiros, incluindo despesas de juros R$ 204 (2014: R$ 500) (204) (200)

Lucro antes dos impostos sobre os lucros 2.764 2.670

Imposto de renda e contribuição social (1.588) (1.556)

Lucro do exercício de operações correntes 1.176 1.114

Parte do lucro do exercício do Grupo 588 557

A joint venture não apresentava passivos contingentes ou compromissos de capital em 31 de dezembro de 2015 e 2014. A Esguichos Ltda. não pode distribuir lucros antes de obter o consentimento de dois sócios da joint venture.

ComentárioO CPC 45 exige apresentação em separado do ágio e outros ajustes aos investimentos em joint ventures e coligadas na mencionada conciliação. O Grupo não tem ágio ou outros ajustes.

O CPC 45 exige a divulgação em separado de informações para operações conjuntas. O Grupo não mantém operações conjuntas.

O Grupo apresentou as informações financeiras resumidas sobre a joint venture e a coligada com base nas demonstrações financeiras preparadas de acordo com os CPCs. O CPC 45 permite que essas informações sejam fornecidas utilizando uma base alternativa, se a entidade mensurar sua participação na joint venture ou coligada a valor justo ou se a joint venture ou coligada não preparar as demonstrações financeiras de acordo com o CPC e a preparação nessa base fosse impraticável ou causasse custo indevido. Em cada um desses casos, é exigido que a entidade divulgue a base em que as informações são fornecidas.

O CPC 45 exige divulgações adicionais quando as demonstrações financeiras da joint venture ou coligada utilizada na aplicação do método da equivalência patrimonial forem relativas a uma data diferente ou período diferente daquele da entidade, não sendo aplicável ao Grupo.

O CPC 45 exige divulgação da participação não reconhecida nas perdas de uma joint venture e coligada, não sendo aplicável ao Grupo.

CPC 45.20

CPC 45.21

CPC 45.B14

CPC 45.B12

CPC 45.B13

CPC 45.B14(b)

CPC 45.22(a)

CPC 45.23(a)

CPC 45.B18-B19

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72 Good Group | EY

6. Investimento em coligadaO Grupo detém participação de 25% na Força Total Ltda., empresa produtora de equipamentos de prevenção a incêndio para usinas geradoras de energia no Brasil. A Força Total Ltda. é uma entidade privada que não negocia ações em nenhuma bolsa de valores. A participação do Grupo na Força Total Ltda. é contabilizada utilizando o método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras consolidadas. A tabela a seguir ilustra informações financeiras resumidas sobre os investimentos do Grupo na Força Total Ltda.:

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Ativo circulante 6.524 6.324

Ativo não circulante 13.664 12.828

Passivo circulante (4.488) (3.904)

Passivo não circulante (12.644) (12.524)

Patrimônio líquido 3.056 2.724

Participação proporcional do Grupo 25% 25%

Valor contábil do investimento 764 681

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Receita 33.292 32.640

Custo dos produtos vendidos (27.299) (26.765)

Despesas administrativas (1.665) (1.632)

Custos financeiros (2.996) (2.938)

Lucro antes dos impostos sobre os lucros 1.332 1.305

Imposto de renda e contribuição social (1.000) (981)

Lucro do exercício de operações correntes 332 324

Parte do lucro do exercício do Grupo 83 81

O Grupo celebrou um acordo com sua coligada segundo o qual os lucros da coligada não serão distribuídos até que seja obtido o consentimento do Grupo. A controladora não prevê que esse consentimento seja dado na data de reporte.

A coligada não incorreu em passivos contingentes ou compromissos de capital em 31 de dezembro de 2014 ou 2015.

ComentárioO CPC 45 exige divulgação em separado das informações conjuntas sobre coligadas e joint ventures que não são individualmente significativas. O Grupo não tinha coligadas ou joint ventures significativas.

CPC 45.20

CPC 45.20(a)

CPC 45.B12 (b)

CPC 45.22

CPC 45.23

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73Good Group | EY

7. Subsidiárias com participações significativas de não controladoresAs informações financeiras das subsidiárias que têm participações significativas de não controladores são fornecidos abaixo:

Proporção da participação acionária detida por acionistas não controladores:

Nome País de constituição e funcionamento 2015 2014

Eletrônicos Ltda. Brasil 52% 52%

Extintores Ltda. Brasil 20% -

Iluminação Ltda. Brasil 12,6% 20%

2014 2013

R$ 000 R$ 000

Balanço acumulado das participações significativas de não controladores:

Eletrônicos Ltda. 634 391

Extintores Ltda. 1.697 -

Iluminação Ltda. 231 342

Lucro / (prejuízo) alocado às participações de não controladores:

Eletrônicos Ltda. 243 257

Extintores Ltda. 150 -

Iluminação Ltda. 54 2

As informações financeiras resumidas dessas subsidiárias são fornecidas abaixo. Esta informação é baseada em valores antes das eliminações entre empresas.

Resumo das demonstrações de resultados de 2015: Eletrônicos Extintores Iluminação Ltda. Ltda. Ltda. R$ 000 R$ 000 R$ 000

Receita 2.546 17.857 6.002

Custo dos produtos vendidos (1.450) (15.678) (4.090)

Despesas administrativas (354) (1.364) (1.020)

Custos financeiros (250) (65) (132)

Lucro antes dos impostos sobre os lucros 492 750 760

Imposto de renda e contribuição social (25) (6) (80)

Lucro do exercício de operações correntes 467 744 680

Total do resultado abrangente 467 744 680

Atribuível aos acionistas não controladores 243 149 54

Dividendos pagos aos acionistas não controladores 30 - -

Resumo das demonstrações de resultados de 2014: Eletrônicos Ltda. Iluminação Ltda.

R$ 000 R$ 000

Receita 2.100 476

Custo dos produtos vendidos (1.250) (360)

Despesas administrativas (150) (85)

Custos financeiros (350) (11)

Lucro antes dos impostos sobre os lucros 350 20

Imposto de renda e contribuição social 20 (8)

Lucro do exercício de operações correntes 370 12

Total do resultado abrangente 370 12

Atribuível aos acionistas não controladores 192 2

Dividendos pagos aos acionistas não controladores 49 -

CPC 45.10 (ii)

CPC 45.12

CPC 45.12 (f)

CPC 45.B10

CPC 45.12 (f)

CPC 45.B11

CPC 45.B12(f)

CPC 45.B12(g)

CPC 45.B10

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74 Good Group | EY

Resumo da posição financeira em 31 de dezembro de 2015 Eletrônicos Ltda. Extintores Ltda. Iluminação Ltda.

R$ 000 R$ 000 R$ 000

Estoque e caixa e bancos (circulante) 971 6.843 2.298

Imobilizado e outros ativos financeiros (não circulante) 1.408 8.242 1.278

Fornecedores e outras contas a pagar (circulante) (360) (5.822) (822)

Empréstimos e financiamentos e imposto diferido passivo (não circulante) (800) (2.711) (430)

Patrimônio líquido 1.219 (6.552) 2.324

Atribuível a:

Acionistas controladores 585 (5.242) 2.022

Acionistas não controladores 634 (1.310) 302

Resumo da posição financeira em 31 de dezembro de 2014 Eletrônicos Ltda. Iluminação Ltda.

R$ 000 R$ 000

Estoque e caixa e bancos (circulante) 698 1.618

Imobilizado e outros ativos financeiros (não circulante) 1.280 1.278

Fornecedores e outras contas a pagar (circulante) (350) (822)

Empréstimos e financiamentos e imposto diferido passivo (não circulante) (876) (430)

Patrimônio líquido 752 1.644

Atribuível a:

Acionistas controladores 361 1.315

Acionistas não controladores 391 329

Resumo do fluxo de caixa para o período findo em 31 de dezembro de 2015: Eletrônicos Ltda. Extintores Ltda. Iluminação Ltda. R$ 000 R$ 000 R$ 000

Operacional 507 809 23

Investimentos (15) (280) (20)

Financiamentos (250) (65) (11)

Aumento / (redução) em caixa e equivalentes de caixa 242 464 (8)

Resumo do fluxo de caixa para o período findo em 31 de dezembro de 2014: Eletrônicos Ltda. Iluminação Ltda.

R$ 000 R$ 000

Operacional 460 23

Investimento (10) (20)

Financiamento (350) (11)

Aumento / (redução) em caixa e equivalentes de caixa 100 (8)

ComentárioO CPC 45.12 exige as informações acima apenas em relação às controladas que não possuem participações não controladoras que sejam significativas para a entidade divulgadora (ex.: o Grupo). Uma controlada pode deter participação significativa não controladora por si só, no entanto a divulgação não é exigida se essa participação não for significativa no âmbito do Grupo. De maneira semelhante, essas divulgações não se aplicam às participações não controladoras que sejam significativas no conjunto, mas não individualmente. Outrossim, note-se que as informações acima devem ser apresentadas separadamente para cada controlada individual com participação não controladora significativa. O Grupo concluiu que a Extintores Ltda., a Iluminação Ltda. e a Eletrônicos Ltda. são as únicas controladas com participações não controladoras que são significativas ao Grupo.

CPC 45.B10(a)

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75Good Group | EY

Quando houver mudança na participação societária de uma controlada, o CPC 45.18 exige divulgação de uma tabela que demonstra os efeitos sobre o patrimônio de quaisquer mudanças na participação societária na controlada que não resultou em perda de controle. Quando houver restrições significativas em relação à capacidade do Grupo ou de suas subsidiárias para acessar ou utilizar os ativos e liquidar os passivos do Grupo, o CPC 45.13 exige divulgação da natureza e extensão de restrições significativas. O Grupo não apresentou nenhuma mudança na participação societária ou restrições.

O CPC 45.14-17 exige informações sobre o suporte financeiro ou outro fornecido a entidades estruturadas consolidadas.

O CPC 45.10(iv) exige divulgação de informações para habilitar os usuários a avaliarem as consequências de perda de controle de uma controlada durante o período. O Grupo não perdeu o controle sobre a controlada durante o período.

8. Informações por segmento

Para fins de administração, o Grupo é dividido em unidades de negócio, com base nos produtos e serviços, com três segmentos operacionais sujeitos à divulgação de informações:

• O segmento de produtos antifogo produz e instala extintores de incêndio, equipamentos antifogo e tecidos antifogo.

• O segmento de produtos eletrônicos fornece equipamentos eletrônicos para os mercados de defesa, aviação e segurança elétrica e equipamentos eletrônicos de consumo para utilização doméstica. Oferece também produtos e serviços nas áreas de eletrônica, segurança, termal e arquitetura elétrica.

• O segmento de propriedade para investimento arrenda escritórios e fábricas de propriedade do Grupo não necessários para suas atividades.

ComentárioO CPC 22.22(a) exige que as entidades divulguem os fatores utilizados para identificar os segmentos da entidade a serem reportados, incluindo a base de organização, tais como fatores considerados na determinação da agregação de segmentos operacionais. Os segmentos operacionais geralmente têm desempenho financeiro semelhante a longo prazo se possuírem características econômicas semelhantes. Por exemplo, margens brutas médias a longo prazo semelhantes para dois segmentos operacionais seriam esperadas se suas características econômicas fossem semelhantes. Dois ou mais segmentos operacionais podem ser agregados em apenas um segmento operacional se os segmentos tiverem características econômicas semelhantes, e os segmentos são semelhantes em cada um dos seguintes aspectos:

(a) A natureza dos produtos e serviços;

(b) A natureza dos processos de produção;

(c) O tipo ou classe de cliente de seus produtos e serviços;

(d) Os métodos utilizados para distribuir produtos ou prestar serviços; e

(e) Se aplicável, a natureza do ambiente regulatório, por exemplo, bancário, seguros ou serviços públicos.

Essa análise requer julgamento significativo nas circunstâncias da entidade. O Grupo não possui nenhum segmento operacional agregado, mas, se tivesse, deveriam ser feitas divulgações sobre a base para agregação.

A administração monitora separadamente os resultados operacionais das unidades de negócio, para poder tomar decisões sobre alocação de recursos e avaliar o desempenho. O desempenho dos segmentos é avaliado com base no lucro ou prejuízo operacional, que, em alguns casos, conforme demonstrado na tabela abaixo, é medido de forma diferente do lucro ou prejuízo operacional das demonstrações financeiras consolidadas. Os financiamentos do Grupo (incluindo receita e despesa de financiamentos) e impostos sobre o lucro são administrados no âmbito do Grupo, não sendo alocados aos segmentos operacionais.

Preços de transferência entre segmentos operacionais são determinados com isenção de interesses, de forma semelhante às transações realizadas com terceiros.

CPC 26.138 (b)

CPC 22.22 (a)

CPC 22.22 (b)

CPC 22.23(a)

CPC 22.23(b)

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76 Good Group | EY

Período findo em 31 de dezembro de 2015

Produtos antifogo Eletrônicos

Propriedades para

investimento TotalAjustes e

eliminações ConsolidadoR$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

ReceitasClientes no exterior 139.842 69.263 1.404 210.509 (30.047) 180.462Intersegmento - 7.465 - 7.465 (7.465) -Total de receitas 139.842 76.728 1.404 217.974 (37.512) 180.462Resultado

Depreciação e amortização

(3.533) (389) - (3.922) - (3.922)

Perda por redução ao valor recuperável – ágio (Nota 17)

- (200) - (200) - (200)

Perda por redução ao valor recuperável – instrumentos disponíveis para venda (Nota 16.1)

(111) - - (111) - (111)

Participação nos lucros das coligadas (Notas 5, 6)

671 - - 671 - 671

Lucro do segmento 9.576 2.968 321 12.865 (1.757) 11.108Total do ativo 56.574 44.814 18.467 119.855 18.956 138.811Total do passivo 19.035 7.252 4.704 30.991 45.060 76.051

Outras divulgaçõesInvestimento em coligadas (Nota 6)

3.187 - 3.187 - 3.187

Despesas de capital 18.849 2.842 1.216 22.907 - 22.907

Receitas intersegmentos são eliminadas no momento da consolidação e refletidas na coluna “Ajustes e eliminações”. Todos os demais ajustes e eliminações formam parte das conciliações detalhadas.

Período findo em 31 de dezembro de 2014

Produtos antifogo Eletrônicos

Propriedades para

investimento TotalAjustes e

eliminações ConsolidadoR$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

ReceitasClientes no exterior 122.405 66.621 1.377 190.403 (29.438) 160.965Intersegmento - 7.319 - 7.319 (7.319) -Total de receitas 122.405 73.940 1.377 197.722 (36.757) 160.965ResultadoDepreciação e amortização

(2.460) (472) - (2.932) (324) (3.256)

Perda por redução ao valor recuperável – Imobilizado (Nota 13)

(301) - - (301) - (301)

Participação nos lucros das coligadas (Notas 5, 6)

638 - - 638 - 638

Lucro do segmento 4.387 5.396 314 10.097 (1.217) 8.880Total do ativo 50.747 40.409 9.887 101.043 2.211 103.254Total do passivo 20.325 4.066 1.688 26.079 29.384 55.463Outras divulgaçõesInvestimento em coligadas (Nota 6)

2.516 - - 2.516 - 2.516

Despesas de capital 5.260 4.363 1.192 10.815 - 10.815

CPC 22.23(e)

CPC 22.23(e)

CPC 22.23(g)

CPC 22.23 (i)

CPC 1.129

CPC 22.23

CPC 22.24(a)

CPC 22.24(b)

CPC 22.23(a)

CPC 22.23(b)

CPC 22.23(e)

CPC 22.23(i)

CPC 01.129

CPC 22.23(g)

CPC 22.23

CPC 22.23

CPC 22.23

CPC 22.24(a)

CPC 22.24(b)

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77Good Group | EY

ComentárioPode ser exigida divulgação adicional se o responsável operacional pela tomada de decisão, o Comitê de Gestão Executiva do Grupo, regularmente revisa outros itens contabilizados na demonstração do resultado, ou seja, depreciação e amortização, reduções ao valor recuperável e participação nos lucros de coligadas.

Ajustes e eliminaçõesReceitas financeiras e custos financeiros, além de ganhos e perdas a valor justo sobre ativos financeiros, não são alocados a segmentos individuais, uma vez que instrumentos subjacentes são administrados de forma agrupada.

Impostos atuais, impostos diferidos e determinados ativos e passivos financeiros não são alocados a esses segmentos, uma vez que também são administrados de forma agrupada.

Dispêndios de capital consistem em adições de imobilizado, ativos intangíveis e propriedades para investimento, incluindo ativos originados da aquisição de subsidiárias.

Receitas intersegmento são eliminadas na consolidação.

Reconciliação do lucro 2015 2014

R$ 000 R$ 000

Lucro do segmento 12.865 10.097

Despesas de juros (Nota 9.3) 336 211

Ganho com ativos financeiros a valor justo através do resultado (Nota 9.1) 850 -

Perda com ativos financeiros a valor justo através do resultado (Nota 9.2) (1.502) -

Outras despesas financeiras (Nota 9.3) (1.264) (1.123)

Ganhos líquidos de ativos financeiros disponíveis para venda (eliminação) (2) -

Vendas intersegmento (eliminação) (175) (305)

Lucro antes dos impostos e operações descontinuadas 11.108 8.880

Reconciliação do ativo 2015 2014

R$ 000 R$ 000

Ativos operacionais do segmento 119.855 101.043

Imposto diferido ativo (Nota 10) 383 365

Empréstimos com coligadas (Nota 29) 200 -

Empréstimos com diretores (Nota 29) 13 8

Notas de crédito 3.704 1.685

Derivativos 1.102 153

Ativos classificados como disponíveis para venda (Nota 11) 13.554 -

Total dos ativos 138.811 103.254

Reconciliação do passivo 2015 2014

R$ 000 R$ 000

Passivos operacionais do segmento 30.991 26.079

Imposto diferido passivo (Nota 10) 2.931 1.089

Imposto corrente a pagar 3.511 3.563

Empréstimos e financiamentos 22.806 24.478

Derivativos 2.687 254

Passivos classificados como mantidos para venda (Nota 11) 13.125 -

Total dos passivos 76.051 55.463

CPC 22.28

CPC 22.28 (b)

CPC 22.28 (c)

CPC 22.28 (d)

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78 Good Group | EY

Informações geográficas

2015 2014 Receitas de clientes no exterior R$ 000 R$ 000 Brasil 128.238 112.584 Estados Unidos 52.224 48.381 Total 180.462 160.965

As informações acima sobre a receita consideraram a localidade do cliente.

A receita referente a um dos clientes totalizou R$ 25.521 (2014: R$ 21.263), resultantes de vendas feitas pelo segmento de produtos antifogo.

Ativos não circulantes 2015 2014

R$ 000 R$ 000

Brasil 38.591 27.522

Estados Unidos 9.300 7.251

Total 47.891 34.773

Ativos não circulantes nesse caso correspondem a imobilizado, propriedades para investimento e ativos intangíveis.

ComentárioReceitas e despesas de juros não foram divulgadas por segmento, pois tais itens são administrados no âmbito do Grupo, não sendo informados ao diretor responsável pelo segmento. As informações sobre obrigações do segmento só deverão ser divulgadas quando solicitadas ao diretor responsável.

A divulgação interna de informações do Grupo é feita com base nos CPCs. As divulgações do segmento podem aumentar significativamente se as informações internas não tiverem sido elaboradas com base nas políticas contábeis adotadas no Brasil. Nesse caso, será necessário realizar a conciliação entre os itens divulgados internamente e aqueles comunicados externamente.

A divulgação de informações por segmento acrescenta um grande valor no julgamento dos investidores através da compreensão da contribuição das partes do negócio ao todo constituído pela empresa. Embora seja possível avaliar a empresa de forma agregada através das demonstrações contábeis, é mais difícil compreender o desempenho do negócio sem conhecer, por exemplo, a contribuição de produtos novos vs. produtos maduros ou o crescimento das vendas por regiões geográficas.

O pronunciamento CPC 22 (IFRS 8) também apresenta exigências de divulgações que devem ser feitas mesmo pelas companhias que apresentaram apenas um segmento. Os requisitos tratam da divulgação de informações sobre as receitas provenientes de produtos ou serviços (ou grupos de produtos e serviços similares), sobre os países em que a empresa obtém receitas e mantém ativos e sobre os principais clientes, independentemente de essas informações serem usadas pela administração ao tomar decisões operacionais.

O IASB iniciou em 2012 o “Post — Implementation Review” da IFRS 8, processo que busca entender as dificuldades na aplicação de um novo pronunciamento. Esse processo foi dividido em quatro fases que se estenderão futuramente, e terá como resultado potenciais revisões da IFRS 8.

9. Outras receitas/despesas e ajustes

9.1 Outras receitas operacionais

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Subvenções governamentais (Nota 24) 1.053 541

Ganho líquido sobre instrumentos financeiros ao valor justo por meio do resultado 850 -

Ganhos líquidos na alienação de imobilizado 532 2.007

2.435 2.548

Foram recebidos subsídios governamentais para a aquisição de determinados itens do imobilizado. Não há condições pendentes ou contingências relacionadas a tais subsídios.

CPC 22.33(a)

CPC 22.34

CPC 22.33(b)

CPC 7.39 (b)

CPC 40.20 (a) (i)

CPC 26.97

CPC 26.98

CPC 7.39 (c)

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79Good Group | EY

9.2 Outras despesas operacionais

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Custos de defesa em licitações (579) (31)

Contingências trabalhistas (Nota 23) (102) (22)

Prejuízo líquido sobre instrumentos financeiros ao valor justo por meio do resultado (1.502) -

Variação do valor justo de propriedades para investimento (Nota 14) (306) (300)

Inefetividade em contratos de commodities designados como hedges de fluxo de caixa (Nota 16.3)

(65) -

Total (2.554) (353)

Custos de defesa de concorrências foram incorridos em relação à obtenção de consultoria na defesa de encampação hostil por um concorrente. O concorrente não seguiu em frente com a oferta.

O prejuízo líquido incorrido com instrumentos financeiros a valor justo por meio do resultado refere-se a contratos cambiais a termo que não se qualificaram para contabilização de hedge e derivativos embutidos que foram separados.

Ineficácia resultante de hedges de fluxo de caixa sobre contratos de commodity a termo foi observada no segmento de eletrônicos. A ineficácia nos contratos de commodity a termo devido à mudança na pontuação a termo foi de R$ 23.

ComentárioO CPC 26 não exige que uma entidade divulgue os resultados de atividades operacionais na rubrica da demonstração do resultado. Se uma entidade optar por fazê-lo, deve assegurar-se de que o valor divulgado seja representativo de atividades que normalmente seriam consideradas como “operacionais” (CPC 26.BC56). Considerando que a IAS 1 não fornece orientações adicionais sobre lucros operacionais, uma entidade precisa exercer julgamento ao desenvolver sua própria política contábil com base no CPC 23.10. O Grupo adotou a posição de que a apresentação de ganhos e perdas sobre contratos de câmbio a termo e derivativos embutidos em receitas e despesas operacionais reflete a substância econômica dessas transações ao serem celebradas para proteger a previsão de vendas e compras, sendo, portanto, claramente associadas com transações que são parte integrante de receitas e despesas operacionais (CPC 23.10(b)(ii)). Outras entidades podem adotar posições alternativas, o que evidencia, portanto, diversidade na prática.

9.3 Despesas financeiras

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Juros sobre dívidas e empréstimos tomados (1.070) (1.082)

Encargos financeiros a pagar referentes a compromissos de arrendamento mercantil financeiro e compras a prazo

(40) (40)

Total de despesas de juros (1.110) (1.122)

Perda por redução ao valor recuperável de instrumentos disponíveis para venda (Nota 16.1)

(111) -

Efeito financeiro do desconto sobre provisões (Nota 23) (43) (1)

Total das despesas financeiras (1.264) (1.123)

9.4 Receitas financeiras

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Receita de juros sobre empréstimos a coligada 20 -

Receita de juros sobre investimentos disponíveis para venda 316 211

Total das receitas financeiras 336 211

CPC 40.20(b)

CPC 40.20(e)

CPC 40.20(a)

CPC 25.60

CPC 40.20(b)

CPC 30.35(b) (iii)

CPC 40.20 (a)

CPC 26.97

CPC 40.24(b)

CPC 26.97

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80 Good Group | EY

9.5 Depreciação, amortização, variações cambiais e custos de estoques incluídos na demonstração consolidada do resultado

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Incluído no custo das vendas:

Depreciação 3.520 2.800

Perda por redução ao valor recuperável do imobilizado (Nota 13) — 301

Amortização e perda por redução ao valor recuperável de ativos intangíveis (Nota 15)

325 174

Variações cambiais líquidas (65) (40)

Provisão para garantias (Nota 23) 106 52

Custos dos estoques reconhecidos como despesas 131.107 121.298

Incluído em despesas administrativas:

Depreciação 277 282

Perda por redução ao valor recuperável do ágio (Nota 15) 200 —

Pagamentos mínimos de arrendamento mercantil reconhecidos como despesa de arrendamento mercantil e operacional

250 175

Reavaliação da contraprestação contingente (Nota 4) 357 —

9.6 Despesas com benefícios a funcionários

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Incluído no custo das vendas:

Ordenados e salários 6.551 6.513

Custos de previdência social 664 659

Custos relacionados a aposentadoria 350 305

Benefícios pós-emprego que não de aposentadoria 38 28

Despesas de pagamento baseado em ações 103 123

Incluído nas despesas com vendas:

Ordenados e salários 10.882 10.220

Custos de previdência social 1.102 1.135

Custos relacionados a aposentadoria 560 496

Benefícios pós-emprego que não de aposentadoria 61 45

Despesas de pagamento baseado em ações 165 197

Incluído nas despesas administrativas:

Ordenados e salários 11.238 7.410

Custos de previdência social 1.349 1.343

Custos relacionados a aposentadoria 488 465

Benefícios pós-emprego que não de aposentadoria 54 40

Despesas de pagamento baseado em ações 144 172

Total 33.749 29.151

9.7 Custos de pesquisa e desenvolvimentoOs custos de pesquisa e desenvolvimento reconhecidos como despesa na demonstração do resultado durante o exercício financeiro totalizam R$ 2.235 (2014: R$ 1.034).

CPC 26.104

CPC 01.126(a)

CPC 04.118(d)

CPC 02.52(a)

CPC 16.36(d)

CPC 01.126(a)

CPC 06.35(c)

CPC 26.104

CPC 10.51(a)

CPC 04.126

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81Good Group | EY

9.8 Componentes do resultado abrangente incluído nas mutações do patrimônio líquido

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Ganhos sobre hedge de fluxo de caixa (732) 33

Ganho líquido sobre ativos disponíveis para venda (58) 3

ComentárioEssa análise não inclui itens remanescentes de outros resultados abrangentes, já que esses itens nunca foram reclassificados para o resultado, ou os ajustes de reclassificação não foram efetuados.

O saldo total abrangente de hedge do fluxo de caixa (líquido de impostos) é apresentado para fins de ilustração na Nota 24, que apresenta a divisão entre as diferentes reservas patrimoniais. Além disso, o saldo de ativos financeiros apresentado nas demonstrações financeiras auditáveis (líquido de impostos) não pode ser obtido direta ou indiretamente nas notas às demonstrações financeiras, uma vez que as IFRS não exigem a divulgação das movimentações. A Nota 20.4 apresenta as movimentações desses ativos financeiros constantes das demonstrações financeiras auditáveis, classificados como Nível 3 na hierarquia de valor justo, que representam divulgações obrigatórias.

9.9 Despesas administrativas

Demonstração consolidada do resultado

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Custos de transação relacionados a aquisição 600 -

Custos com pesquisa e desenvolvimento 2.235 1.034

Depreciação 1.513 1.517

Impairment do ágio (Nota 15) 200 -

Pagamentos mínimos reconhecidos como despesa de arrendamento operacional 250 175

Remensuração da contraprestação contingente 357 -

Ordenados e salários 11.238 7.410

Custos de previdência social 1.349 1.343

Custos com plano de pensão 488 465

Benefícios pós-emprego, exceto plano de pensão 54 40

Despesas com pagamento baseado em ações 144 172

Total de despesas administrativas 18.428 12.156

CPC 26.92

CPC 40.23 (d)

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82 Good Group | EY

10. Impostos de renda sobre o lucroA composição da despesa de imposto de renda e contribuição social nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 encontra-se a seguir:

Demonstração consolidada do resultado

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Imposto de renda e contribuição social correntes:

Despesa de imposto de renda e contribuição social correntes 2.938 3.038

Efeito fiscal de correção de erros — (450)

Ajustes relativos ao imposto de renda corrente e contribuição social do exercício anterior

(18) (44)

Imposto de renda e contribuição social diferidos:

Relativo à constituição e reversão de diferenças temporárias 178 (311)

Despesas de imposto de renda e contribuição social apresentadas na demonstração do resultado

3.098 2.233

Demonstração do resultado abrangente

Imposto de renda e contribuição social diferidos relativos a itens debitados ou creditados diretamente no patrimônio líquido durante o exercício:

Ganho (perda) de reavaliação de hedge de fluxo de caixa 220 (9)

Ganho (perda) não realizado de ativos financeiros disponíveis para venda 18 (1)

Perda líquida de hedge de investimento líquido (83) —

Ganho (perda) líquido sobre ganhos ou perdas atuariais (112) 116

Imposto de renda e contribuição social relativos a outros resultados abrangentes

43 106

A conciliação entre a despesa tributária e o resultado da multiplicação do lucro contábil pela alíquota fiscal local do Brasil (alíquota hipotética) nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014:

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Lucro contábil antes dos impostos de operações em continuidade 11.108 8.880

Lucro (prejuízo) antes dos impostos de operações descontinuadas 213 (193)

Lucro contábil antes dos impostos sobre o lucro 11.321 8.687

À alíquota fiscal de 30% (2014: 30%) 3.396 2.606

Ajustes relativos ao imposto de renda e contribuição social correntes do exercício anterior

(18) (44)

Subsídios governamentais isentos de imposto (316) (162)

Utilização de prejuízo fiscal anteriormente não reconhecido (231) (89)

Participação nos resultados de associadas e joint ventures (313) (307)

Despesas não dedutíveis para fins fiscais:

Perda por redução ao valor recuperável do ágio 60 —

Mudança na contraprestação contingente da aquisição da Extintores Ltda. (Nota 7)

107 —

Outras despesas não dedutíveis 10 —

Efeito de alíquotas fiscais mais elevadas nos EUA 396 224

À alíquota efetiva de 26% (2014: 27%) 3.091 2.228

Despesa de imposto de renda e contribuição social apresentada na demonstração consolidada do resultado

3.098 2.233

Imposto de renda e contribuição social atribuíveis a operação descontinuada (7) (5)

3.091 2.228

CPC 32.79

CPC 32.80(a)

CPC 32.80(b)

CPC 32.80(c)

CPC 32.81(a)

CPC 32.81(c) (i)

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83Good Group | EY

Imposto de renda e contribuição social diferidos

O imposto de renda e contribuição social diferidos em 31 de dezembro referem-se a:

Balanço patrimonial consolidado

Resultado consolidado

2015 2014 2015 2014

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Depreciação acelerada para fins fiscais (2.762) (811) 442 (157)

Reavaliações a valor justo de imóveis para investimento (1.330) (1.422) (92) (90)

Reavaliações de terrenos e edifícios a valor justo (254) — — —

Reavaliações a valor justo de investimentos disponíveis para venda 17 (1) — —

Reavaliações a valor justo de empréstimo objeto de hedge (11) — 11 —

Ganho líquido de hedge de investimento líquido (83) — — —

Pagamentos baseados em ações 51 100 49 —

Benefícios de assistência médica pós-aposentadoria 102 59 (43) (33)

Fundo de pensão 813 835 (91) 55

Avaliação a valor justo de swap de taxa de juros (hedge de valor justo)

11 — (11) —

Reavaliações de hedge de fluxo de caixa 250 31 — —

Perda por redução ao valor recuperável de instrumentos de dívidas sem cotação disponível para venda

27 — (27) —

Receitas diferidas sobre programas de fidelidade 72 65 (6) (11)

Ações preferenciais conversíveis 91 55 (36) (31)

Prejuízo fiscal a compensar com lucros tributáveis futuros 383 365 (18) (44)

Despesa (receita) de imposto de renda e contribuição social diferidos

(2.623) (724) 178 (311)

Ativo (passivo) fiscal diferido, líquido

Refletido no balanço patrimonial da seguinte maneira:

Ativo fiscal diferido 383 365

Passivo fiscal diferido:

Operações em continuidade (2.931) (1.089)

Operações descontinuadas (75) —

Passivo fiscal diferido, líquido (2.623) (724)

Reconciliação do passivo fiscal diferido 2015 2014

R$ 000 R$ 000

Saldo de abertura (724) (761)

Receita / (despesa) de imposto reconhecida no resultado (178) 311

Imposto (despesa) reconhecido no patrimônio líquido (212) 106

Operações descontinuadas 2 —

Imposto diferido adquirido em combinações de negócios (1.511) (380)

Saldo em 31 de dezembro (2.623) (724)

CPC 32.81(g)(i)

CPC 32.81(g)(ii)

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84 Good Group | EY

O Grupo possui prejuízos fiscais gerados no Brasil, no valor de R$ 427 (2014: R$ 1.198) passíveis de compensação com lucros tributáveis futuros das empresas em que foram gerados sem prazo de prescrição. Contudo, essas perdas são de controladas que possuem um histórico de perdas e não podem ser utilizadas para compensar lucros tributáveis de outras empresas do Grupo.

Não foi reconhecido um ativo fiscal diferido em relação a esses prejuízos, uma vez que não podem ser utilizados para compensar lucro tributáveis de outras empresas do Grupo e ainda por terem sido gerados em controladas deficitárias há algum tempo. A controlada não possui diferenças temporárias tributáveis nem perdas como impostos diferidos ativos. Se o Grupo pudesse reconhecer todos os valores de impostos diferidos ativos, o lucro aumentaria em R$ 128.

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, não foi reconhecido um passivo fiscal diferido em relação a impostos que deveriam ser pagos sobre resultados não remetidos de determinadas controladas, coligadas ou joint ventures do Grupo, uma vez que:

• O Grupo determinou que os lucros não distribuídos de suas controladas não serão distribuídos no futuro próximo;

• O Grupo possui um acordo com sua coligada no sentido de que os lucros da coligada somente serão distribuídos mediante aprovação do Grupo. A controladora não espera aprovar essa distribuição na data de divulgação das demonstrações financeiras; e

• A joint venture do Grupo somente poderá distribuir seus lucros mediante aprovação de todos os participantes do empreendimento. A controladora não espera aprovar essa distribuição na data de divulgação das demonstrações financeiras.

As diferenças temporárias relativas a investimentos em controladas, coligadas e joint ventures, sobre as quais não foi reconhecido um passivo social diferido, montam a R$ 1.745 (2014: R$ 1.458).

Não há consequências fiscais associadas ao pagamento de dividendos em 2015 ou 2014 pelo Grupo a seus acionistas.

Comentário:O CPC 26.61 exige que a entidade divulgue separadamente os itens da linha que estejam incluídos nos valores para os quais haja expectativa de recuperação ou liquidação dentro de 12 meses e em mais de 12 meses após a data-base. Impostos diferidos ativos e passivos podem ser considerados um exemplo, para itens que combinam esses valores. Já o CPC 26.56, em contrapartida, não permite a apresentação desses itens como circulantes, o que sugere que a apresentação de divulgações exigida pelo CPC 26.61 não se aplica a impostos diferidos ativos e passivos.

11. Operação descontinuadaEm 1º de outubro de 2015, o Grupo publicou a decisão de seu Conselho de Administração de alienar a empresa Mangueiras Ltda. A empresa Mangueiras Ltda. produz mangueiras de borracha, sendo um segmento operacional que apresenta informações em separado e faz parte das operações do Brasil. Os negócios da Mangueiras Ltda. vêm sendo desenvolvidos em um ambiente produtivo imprevisível, tornando difícil para a administração obter crescimento e lucratividade real a partir desse segmento. A alienação da Mangueiras Ltda. está prevista para ser concluída em 28 de fevereiro de 2016, e em 31 de dezembro de 2015 estavam sendo negociadas as condições finais para a venda. Em 31 de dezembro de 2015, a Mangueiras Ltda. estava classificada como grupo de ativos mantidos para venda e como operação descontinuada.

O resultado do exercício da Mangueiras Ltda. é apresentado a seguir:

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Receita 42.809 45.206

Despesa (41.961) (44.880)

Lucro bruto 848 326

Custos financeiros (525) (519)

Perda por redução ao valor recuperável reconhecida quando do recálculo do valor justo menos custos de venda (110) -

Lucro (prejuízo) da operação descontinuada antes dos impostos 213 (193)

Receita tributária:

Relacionada a lucro (prejuízo) antes do imposto 5 5

Relacionada ao cálculo a valor justo menos custos de venda 2 -

Lucro (prejuízo) do exercício da operação descontinuada 220 (188)

CPC 31.33(b)(i)

CPC 31.34

CPC 31.33(b) (iii)

CPC 32.81(h) (ii)

CPC 32.81 (h) (i)

CPC 31.30

CPC 31.41

CPC 32.81(e)

CPC 32.87

CPC 32.81(f)

CPC 32.82A

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85Good Group | EY

As principais classes de ativos e passivos da Mangueiras Ltda. classificados como mantidos para venda em 31 de dezembro são:

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Ativo

Intangível (Nota 15) 135 -

Imobilizado (Nota 13) 4.747 -

Contas a receber 6.870 -

Ações do capital não negociáveis 508 -

Caixa e equivalentes de caixa (Nota 20) 1.294 -

Ativos classificados como mantidos para venda 13.554 -

Passivo

Contas a pagar (7.241) -

Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 10) (75) -

Obrigações sujeitas a juros (5.809) -

Obrigações diretamente associadas a ativos classificados como mantidos para venda (13.125) -

Ativos líquidos diretamente associados ao grupo de mantidos para venda

429 -

Incluído no resultado abrangente:

Reserva de mantidos para venda 66 -

Impostos diferidos sobre reserva de mantidos para venda (20) -

Reserva de grupo de alienação classificado como mantido para venda

46 -

Os fluxos de caixa líquidos incorridos pela Mangueiras Ltda. são:

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Atividades operacionais (1.999) 3.293

Atividades de investimentos - -

Atividades de financiamento (436) (436)

Caixa líquido gerado (utilizado) (2.435) (2.857)

Lucro por ação:

Básico, da operação descontinuada R$ 0,01 (R$ 0,01)

Diluído, da operação descontinuada R$ 0,01 (R$ 0,01)

As obrigações sujeitas a juros são compostas por um empréstimo bancário de R$ 5.809 com juros fixos de 7,5%, com vencimento em 1º de janeiro de 2017.

ComentárioO CPC 31 – Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas especifica determinadas divulgações exigidas em relação a operações descontinuadas e ativos não circulantes mantidos para distribuição. O CPC 31.5B prevê que as exigências contempladas por outras normas não se aplicam a operações descontinuadas, a menos que essas outras normas especifiquem as divulgações que lhes sejam aplicáveis.

No CPC 45.B17, a norma também esclareceu que as divulgações especificadas no CPC 45.B10-B16 não são exigidas quando a participação de uma entidade em uma controlada, joint venture ou afiliada (ou uma parcela

CPC 31.38

CPC 31.38

CPC 31.33(c)

CPC 41.68

CPC 31.40

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86 Good Group | EY

de sua participação em uma joint venture ou em uma afiliada) for classificada como mantida para venda de acordo com a IFRS 5. No entanto, essa participação permanece silente em relação a outras divulgações além do CPC 45.B10-B16. O Grupo adotou a posição de que, à luz do CPC 31.5B, nesse caso específico, as divulgações feitas de acordo com a IFRS 5 fornecem informações pertinentes aos usuários.

O CPC 41.68A prevê a opção de apresentar lucro por ação a partir de operações descontinuadas na demonstração do resultado ou nas notas. O Grupo optou por apresentar lucro por ação a partir de operações descontinuadas nas notas.

Perda por redução ao valor recuperável de imobilizado Imediatamente antes da classificação da empresa Mangueiras Ltda. como operação descontinuada, o valor recuperável de determinados itens do imobilizado foi estimado sem que houvesse sido identificada perda no respectivo valor. Após a classificação, foi reconhecida uma perda por redução ao valor recuperável no valor total de R$ 110 (R$ 77, líquida de imposto) para que o valor contábil dos ativos no grupo de alienação fosse reduzido ao valor justo menos os custos de venda. Esse valor foi reconhecido no resultado na linha “Lucro do exercício de operação descontinuada”. Foi obtida uma avaliação independente para determinar o valor justo no qual se basearam transações recentes envolvendo ativos semelhantes no mesmo segmento de mercado.

12. Lucro por açãoO calculo básico de lucro por ação é feito através da divisão do lucro líquido do exercício, atribuído aos detentores de ações ordinárias da controladora, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias disponíveis durante o exercício.

O lucro diluído por ação é calculado através da divisão do lucro líquido atribuído aos detentores de ações ordinárias da controladora (após o ajuste referente aos juros sobre as ações preferenciais conversíveis e sobre títulos conversíveis, em ambos os casos líquidos de impostos) pela quantidade média ponderada de ações ordinárias disponíveis durante o exercício mais a quantidade média ponderada de ações ordinárias que seriam emitidas na conversão de todas as ações ordinárias potenciais diluídas em ações ordinárias.

O quadro abaixo apresenta os dados de resultado e ações utilizados no cálculo dos lucros básico e diluído por ação:

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Lucro líquido de operações em continuidade atribuível a detentores de ações ordinárias da controladora 7.722 6.408

Lucro (prejuízo) da operação descontinuada atribuível a detentores de ações ordinárias da controladora 220 (188)

Lucro líquido atribuível a detentores de ações ordinárias da controladora − lucro básico por ação 7.942 6.220

Juros sobre ações preferenciais conversíveis 247 238

Lucro líquido atribuível a detentores de ações ordinárias da controladora ajustado pelo efeito da diluição 8.189 6.458

2015 2014

Milhares Milhares

Média ponderada da quantidade de ações ordinárias para o lucro básico por ação * 20.797 19.064

Efeito da diluição:

Opções de ações 112 177

Ações preferenciais conversíveis 833 833

Média ponderada da quantidade de ações ordinárias ajustada pelo efeito da diluição* 21.742 20.074

* A média ponderada da quantidade de ações considera o efeito da média ponderada das mudanças nas ações em tesouraria durante o exercício.

Não houve outras transações envolvendo ações ordinárias ou potenciais ações ordinárias entre a data do balanço patrimonial e a data de conclusão destas demonstrações financeiras.

CPC 31.33 (a)(ii)

CPC 41.70 (a)

CPC 41.70 (a)

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87Good Group | EY

ComentárioDevido à existência de diferentes tipos de ações, mais precisamente ordinárias e preferenciais, e ainda opções de ações concedidas pela empresa, instrumentos de dívidas conversíveis e outros instrumentos que afetam o número de ações em circulação, o cálculo desse indicador torna-se mais complexo.

Sobre esse aspecto, é importante destacar que as exigências presentes no CPC 41 (IAS 33) são um assunto novo para a maioria das companhias brasileiras. A legislação societária brasileira fazia menção à divulgação desse indicador, mas não havia uma norma que determinasse os critérios para esse cálculo. Nesse contexto, a grande parte das companhias brasileiras não evidenciava, por exemplo, o efeito de possíveis instrumentos diluidores sobre esse indicador. Em uma análise parcial das demonstrações financeiras divulgadas recentemente, o principal fator mencionado pelas companhias que apresentaram essa diferença foram as opções de ações (stock options) concedidas aos administradores das companhias sob a forma de pagamento baseado em ações.O CPC 41 (R1) (IAS 33) exige ainda que a entidade divulgue nota sobre instrumentos que poderiam potencialmente diluir os resultados por ação básicos no futuro, mas que não foram incluídos no cálculo do resultado por ação diluído, porque são antidiluidores para os períodos apresentados. Esse é o caso das debêntures conversíveis que aumentam o denominador, que é a quantidade média de ações, mas também aumentam o numerador, que é o lucro atribuível aos acionistas, porque, quando se admite que as debêntures serão conversíveis, é igualmente necessário fazer a adição ao resultado dos encargos financeiros desse instrumento de dívida. Por essa razão, as companhias não devem considerar tais instrumentos no cálculo do lucro por ação diluído, haja vista que seu efeito seria antidiluitivo.

13. ImobilizadoTerrenos e edificações

próprios

Imobilizações em curso

Outros imobilizados Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Custo ou avaliação:

Em 1º de janeiro de 2014 11.887 - 23.157 35.044

Adições 1.587 - 6.198 7.785

Aquisições de controlada (Nota 4) 1.280 - - 1.280

Alienações (3.381) - (49) (3.430)

Ajuste cambial 10 - 26 36

Em 31 de dezembro de 2014 11.383 - 29.332 40.715

Adições 1.612 4.500 4.593 10.705

Aquisições de controlada (Nota 4) 2.897 - 4.145 7.042

Alienações - - (4.062) (4.062)

Operações descontinuadas (Nota 11) (4.144) - (3.980) (8.124)

Diferenças cambiais 30 - 109 139

Em 31 de dezembro de 2015 11.778 4.500 30.137 46.415

Depreciação e perda por redução ao valor recuperável:

Em 1º de janeiro de 2014 4.160 - 11.944 16.104

Despesa de depreciação no exercício 354 - 2.728 3.082

Perda por redução ao valor recuperável (Nota 9.5) - - 301 301

Alienações (3.069) - (49) (3.118)

Ajuste cambial 5 - 12 17

Em 31 de dezembro de 2014 1.450 - 14.936 16.386

Despesa de depreciação no exercício* 500 - 3.297 3.797

Alienações - - (3.450) (3.450)

Operações descontinuadas (Nota 11) (1.283) - (2.094) (3.377)

Diferenças cambiais 20 - 30 50

Em 31 de dezembro de 2015 687 - 12.719 13.406

Valor residual líquido:

Em 31 de dezembro de 2015 11.091 4.500 17.418 33.009

Em 31 de dezembro de 2014 9.933 - 14.396 24.329

* Depreciação do exercício exclui a perda por redução ao valor recuperável de R$ 110 (vide Nota 10).

CPC 26.78(a)

CPC 27.73 (d), (e)

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Em 2014, a perda de R$ 301 por redução ao valor recuperável foi representada pela redução no valor contábil de determinados itens do imobilizado no segmento de prevenção contra incêndio a seu respectivo valor recuperável. Isso foi reconhecido na linha de resultado “Custo de venda”. O valor recuperável foi baseado no valor em uso, tendo sido determinado em relação à unidade geradora de caixa. A unidade geradora de caixa consistia nos ativos localizados no Brasil de propriedade das empresas Spinklers Inc. e Esguichos Ltda., controlada e joint venture do Grupo, respectivamente. Para determinação do valor em uso da unidade geradora de caixa, os fluxos de caixa foram descontados à taxa de 12,4% antes dos impostos.

Custos de empréstimo capitalizadosO Grupo iniciou a construção de novas instalações de segurança contra incêndio em fevereiro de 2014.Espera-se que esse projeto seja concluído em fevereiro de 2016. O valor contábil das instalações de segurança contra incêndio em 31 de dezembro de 2015 era de R$ 3 mil (2014: 0). As instalações de segurança contra incêndio são financiadas por terceiros em um acordo sob a forma de empreendimento.

O valor dos custos de empréstimo capitalizados durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 era de aproximadamente R$ 1.149 (2014: 0). A taxa utilizada para determinar o montante dos custos de empréstimo passíveis de capitalização foi de 11%, que representa a taxa efetiva do empréstimo específico.

Arrendamentos mercantis financeiros e ativos em construçãoO valor contábil do imobilizado mantido sob compromissos de arrendamento mercantil financeiro em 31 de dezembro de 2015 foi de R$ 1.178 (2014: R$ 1.486). Houve adições ao imobilizado durante o exercício no valor de R$ 45 (2014: R$ 54) de itens sob compromissos de arrendamento mercantil financeiro, que são garantidos pelos próprios bens objeto dos contratos.

Terrenos e edificações com valor contábil de R$ 7.400 (2014: R$ 5.000) estão sujeitos a hipoteca de primeiro grau como garantia de dois empréstimos bancários do Grupo (Nota 16).

Em 31 de dezembro de 2015, além das novas instalações de segurança contra incêndio, o imobilizado incluía o valor de R$ 1.500 (2014: 0) em despesas relativas a uma usina em construção. Ambos os ativos em construção serão registrados como “terrenos e edificações” após finalização da construção.

14. Propriedades para investimento

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Saldo inicial em 1º de janeiro 7.983 7.091

Adições (gastos subsequentes) 1.216 1.192

Perda líquida de ajuste a valor justo (306) (300)

Saldo final em 31 de dezembro 8.893 7.983

As propriedades para investimento são registradas a valor justo, que foi determinado com base em avaliações realizadas pela empresa Acme Avaliações, avaliadores independentes de renome, em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014. Acme Avaliações é especialista na avaliação desse tipo de propriedade para investimento. O valor justo dos imóveis não foi determinado em transações observáveis no mercado devido à natureza do imóvel e à ausência de dados comparáveis, tendo sido aplicado um método de avaliação segundo a recomendação do International Valuation Standards Committee (Comitê de Normas Internacionais de Avaliação). Foram utilizados os seguintes dados principais:

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Receita de aluguel derivada de propriedade para investimento 1.404 1.377

Gastos operacionais diretos (incluindo reparos e manutenções) gerando aluguel (101) (353)

Gastos operacionais diretos (incluindo reparos e manutenções) que não geram aluguel (incluídos nos custos das vendas)

(37) (127)

Lucro decorrente das propriedades para investimento a valor justo 1.266 897

CPC 20.26(a)

CPC 20.26(b)

CPC 06.31 (a)

CPC 03.43

CPC 27.74(a)

CPC 27.74(b)

CPC 28.76

CPC 28.75(e)

CPC 28.75(f)

CPC 28.75 (f) (ii)

CPC 28.75 (f) (iii)

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89Good Group | EY

O Grupo não tem restrições sobre a capacidade de realização de suas propriedades para investimento. Sem obrigações contratuais, pode comprar, construir ou desenvolver propriedades para investimento ou para reparações, manutenções ou melhorias.

Propriedades para investimento

Escritórios Propriedades de varejo

R$ 000 R$ 000

Saldo inicial 3.825 4.158

Remensuração reconhecida no resultado (147) (159)

Aquisições 582 634

Saldo final 4.260 4.633

Ganhos (perdas) não realizados no período reconhecidos no resultado (em despesas operacionais)

(147) (159)

Descrição das técnicas de avaliação utilizadas para avaliação das propriedades para investimento:

Técnicas de valorização

Dados significativos não observáveis

Média2015 2014

Escritórios Método de fluxo de caixa descontado

Valor do aluguel estimado por m2 por mêsReajusteTaxa de ocupação de longo prazoTaxa de desconto

R$ 10 — R$ 25 (R$ 20)

1,75%3% — 10% (5%)6,5%

R$ 9 — R$ 23 (R$ 16)

1,76%

3% — 9% (4%)

6,3%Propriedades de varejo

Método de fluxo de caixa descontado

Valor do aluguel estimado por m2 por mês

Reajuste

Taxa de ocupação de longo prazo

Taxa de desconto

R$ 15 – R$ 35 (R$ 22)

1%

4% — 12% (7%)

6,5%

R$ 14 - R$ 33 (R$ 21)

1,2%

4% — 13% (8,5%)

6,3%

De acordo com o método do fluxo de caixa descontado, o valor justo é estimado utilizando as premissas referentes aos benefícios e passivos da titularidade em relação à vida dos ativos, incluindo valor de saída ou final. Esse método envolve a projeção de uma série de fluxo de caixa sobre participação em bens imóveis. Para essa série de fluxo de caixa descontado é aplicada uma taxa de desconto derivada do mercado para constituir o valor presente do fluxo de receita associado com o ativo. A taxa final é normalmente apurada separadamente e difere da taxa de desconto.

A duração do fluxo de caixa e a época específica de fluxo de entrada e saída são determinadas por eventos tais como revisões de aluguel, renovação de arrendamento e correspondente relocação, readequação ou reforma. A adequada duração é geralmente determinada pelo comportamento de mercado, característico da classe de imóveis. O fluxo de caixa do período é geralmente estimado como lucro bruto menos custos de vacância, despesas não recuperáveis, perdas no recebimento, incentivos de arrendamento, custo de manutenção, custos de agenciamento e comissão e outras despesas operacionais e administrativas. A série de lucro operacional líquido periódico, juntamente com uma estimativa do valor final previsto ao final do período de projeção, é então descontada.

Aumentos (reduções) significativos no valor de aluguel estimado e crescimento de aluguel por ano isoladamente resultaria em valor justo significativamente mais alto (mais baixo) das propriedades. Aumentos (reduções) significativos em taxa de vacância de longo prazo e taxa de desconto (e taxa final) isoladamente resultariam em valor justo mais baixo (mais alto).

Geralmente, uma mudança na premissa feita para o valor de aluguel estimado traz consigo:

• uma mudança semelhante no crescimento do aluguel por ano e na taxa de desconto (e taxa final);

• uma mudança oposta na taxa de vacância de longo prazo.

CPC 28.75(g)

CPC 28.75(h)

CPC 46.93(e)(ii)

CPC 46.93(e)(iii)

CPC 46.93(f)

CPC 46.93(d)

CPC 46.93(h)(i)

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ComentárioO Grupo optou por avaliar as propriedades para investimento a valor justo de acordo com o CPC 28.

Segundo o CPC 46, as exigências de divulgação devem ser aplicadas em informações comparativas fornecidas para períodos antes da aplicação inicial do CPC 46. O Grupo optou por não aplicar as exigências de divulgação das informações comparativas (para 2012). No entanto, determinadas divulgações a valor justo para instrumentos financeiros exigidas nos termos do CPC 40 (R1) no exercício anterior foram apresentadas juntamente com as divulgações de acordo com o CPC 46.

Se, para mensurações recorrentes e não recorrentes a valor justo, a utilização ideal de um ativo não financeiro diferir do seu uso atual, uma entidade deve divulgar o fato e a razão pela qual o ativo está sendo utilizado de maneira que difere da sua utilização ideal (CPC 46.93(i)). O Grupo avaliou que a utilização ideal de suas propriedades não difere do uso atual. A seguir, apresenta-se um exemplo do que poderia ser divulgado se determinado que a utilização ideal é diferente do uso atual:

O Grupo determinou que a utilização ideal do imóvel cujo espaço é usado como escritório é o atual uso que dele se faz. A utilização ideal da propriedade comercial na data de mensuração seria obtida pela conversão da propriedade para uso residencial. Por razões estratégicas, a propriedade não está sendo utilizada dessa forma.

Adicionalmente às exigências de divulgação previstas no CPC 46, o CPC 26 (R1) exige divulgação de julgamentos significativos por parte da administração sobre o futuro e as fontes de incerteza de estimativa. O CPC 26 (R1) inclui, como exemplo dessa divulgação, a sensibilidade dos valores contábeis em relação aos métodos, premissas e estimativas subjacentes ao cálculo, incluindo as razões de sensibilidade. Dessa forma, em algumas circunstâncias podem ser necessárias informações além das exigidas pelo CPC 26 (R1).

O CPC 28 permite que o ativo imobilizado e as propriedades para investimento sejam mantidos a custo histórico, menos provisão para depreciação e redução a valor recuperável. Se o Grupo contabilizou propriedades para investimento a custo, seriam exigidas informações sobre o regime de custo e taxas de depreciação (semelhante à exigência nos termos do CPC 27 para ativo imobilizado). O CPC 28 exige divulgação de valor justo das propriedades. Para fins dessa divulgação, o valor justo é exigido de acordo com o CPC 46. Outrossim, adicionalmente às divulgações de acordo com o CPC 28, o CPC 46 exige divulgação:

• do nível no qual a mensuração do valor justo é categorizada, ou seja, Nível 1, 2 ou 3;

• da descrição de técnica de avaliação e dados para mensuração do valor justo do Nível 2 ou do Nível 3;

• se a utilização ideal difere do uso atual do ativo, o fato e a razão para tanto.

O CPC 46 exige que uma entidade apresente as divulgações quantitativas do CPC 46 em formato tabular, a menos que outro formato seja mais adequado. O Grupo incluiu as divulgações quantitativas em formato tabular, conforme acima.

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91Good Group | EY

15. IntangívelCustos de

desenvolvimentoPatentes e

licenças Ágio Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Custo:

Em 1º de janeiro de 2014 1.585 635 119 2.339

Adições – desenvolvimento interno 390 - - 390

Aquisição de controlada (Nota 4) - - 131 131

Em 31 de dezembro de 2014 1.975 635 250 2.860

Adições – desenvolvimento interno 587 - - 587

Aquisição de controlada (Nota 4) - 1.200 2.231 3.431

Operações descontinuadas (Nota 11) - (138) - (138)

Em 31 de dezembro de 2015 2.562 1.697 2.481 6.740

Amortização e perda por redução ao valor recuperável:

Em 1º de janeiro de 2014 165 60 - 225

Amortização (Nota 9.5) 124 50 - 174

Em 31 de dezembro de 2014 289 110 - 399

Amortização 95 30 - 125

Perda por redução ao valor recuperável (Nota 17) - - 200 200

Operações descontinuadas (Nota 11) - (3) - (3)

Em 31 de dezembro de 2015 384 137 200 721

Valor residual líquido:

Em 31 de dezembro de 2015 2.178 1.560 2.281 6.019

Em 31 de dezembro de 2014 1.686 525 250 2.461

Existem dois principais projetos de pesquisa e desenvolvimento de prevenção contra incêndio: sistemas aprimorados de esguichos e detecção de incêndio e tecidos que dificultam a propagação de incêndio para automóveis e aviões. Nos desenvolvimentos relacionados à eletrônica, as iniciativas concentram-se nos equipamentos de segurança acionados através da internet. Todos os custos com pesquisa e desenvolvimento não elegíveis para capitalização foram reconhecidos como despesas administrativas no resultado (Nota 9.7).

Aquisição durante o exercício O item patentes e licenças inclui ativos intangíveis adquiridos por meio de combinações de negócios. As patentes foram concedidas pelo prazo mínimo de dez anos pelo órgão governamental competente, enquanto as licenças foram adquiridas com possibilidade de renovação ao término do prazo a baixo custo ou sem ônus para o Grupo. As licenças adquiridas anteriormente foram renovadas e permitiram que o Grupo determinasse que os ativos tenham vida útil indefinida. Em 31 de dezembro de 2015, esses ativos foram submetidos a testes de perda por redução ao valor recuperável (Nota 9.5).

CPC 04.118(c)

CPC 04.118(e)

CPC 04.118(d)

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92 Good Group | EY

16. Outros ativos e passivos financeiros

16.1 Outros ativos financeiros

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Instrumentos financeiros a valor justo reconhecidos em outros resultados abrangentes

Hedges de fluxo de caixa

Contratos a termo de moeda estrangeira 252 153

Instrumentos financeiros a valor justo reconhecidos no resultado

Derivativos não designados como hedge

Contratos a termo de moeda estrangeira 640 —

Derivativos embutidos 210 —

Investimentos disponíveis para venda a valor justo reconhecidos em outros resultados abrangentes:

Ações não cotadas 1.038 898

Ações cotadas 337 300

Títulos de dívida cotados 612 600

Total dos instrumentos a valor justo 3.089 1.951

Ativos financeiros ao custo amortizado

Empréstimos e outros recebíveis 25.672 22.290

Notas de crédito 3.674 1.685

Empréstimos com coligadas 200 —

Empréstimos com diretores 13 8

Total de ativos financeiros 32.648 25.934

Total circulante 26.223 22.443

Total não circulante 6.425 3.491

Ativos financeiros a valor justo reconhecidos em outros resultados abrangentes: refletem a mudança positiva no valor justo dos contratos a termo em moeda estrangeira, designados como hedge de fluxo de caixa para cobrir as vendas em dólares americanos e compras em libra esterlina.

Os ativos financeiros por meio do resultado: refletem a mudança positiva no valor justo dos contratos a termo de moeda estrangeira sobre divisas que não são designados em relações de cobertura, mas têm, no entanto, a intenção de reduzir o nível de risco de moeda estrangeira para compras e vendas.

Empréstimos e recebíveis são mantidos até o vencimento para gerar uma renda de juro fixa ou variável para o Grupo. O valor contábil pode ser afetado por mudanças no risco de crédito das contrapartes.

Investimentos disponíveis para venda: incluem uma parcela significativa dos ativos financeiros disponíveis para venda que são investimentos em ações de empresas não cotadas. O Grupo detém participações de não controladores (entre 2% e 9%) em empresas com as quais o Grupo mantém colaboração em pesquisa. O Grupo também tem investimentos em ações cotadas e títulos de dívida. Os valores de mercado desses títulos de dívida cotados e ações são determinados por referência a cotações de preços publicadas num mercado ativo.

Perda por redução ao valor recuperável de investimentos disponíveis para venda: para instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda, o Grupo avalia se há alguma evidência de perda por redução ao valor recuperável do investimento a cada data do balanço. Para investimentos em títulos patrimoniais classificados como disponíveis para venda, a evidência de perda por redução ao valor recuperável

CPC 40.8

CPC 40.6

CPC 38.9

CPC 40.32A

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93Good Group | EY

é uma queda significativa e prolongada no valor justo desses investimentos, abaixo de seu custo contábil. A classificação entre “significante” e “prolongada” requer julgamento. Ao fazer esse julgamento, o Grupo avalia, dentre outros fatores, a movimentação do preço histórico da ação e a duração ou extensão da queda do valor justo quando comparada ao custo contábil. Baseada nesses critérios, a companhia identificou uma perda por redução ao valor recuperável de seus investimentos disponíveis para venda, e títulos de dívida de R$ 88 e ações de capital negociáveis de R$ 23. Essas perdas foram reconhecidas como despesas financeiras na demonstração do resultado.

16.2 Outros passivos financeiros

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Passivos financeiros a valor justo reconhecidos em outros resultados abrangentes

Hedges de fluxo de caixa

Contrato a termo de moeda estrangeira 170 254

Contrato a termo de commodity 980 —

Total de passivos financeiros a valor justo reconhecidos em outros resultados abrangentes

1.150 254

Passivos financeiros a valor justo reconhecidos no resultado

Contraprestação contingente (Nota 4) 1.072 —

Hedge de valor justo

Swaps de taxas de juros 35 —

Derivativos não designados como hedge

Contrato a termo de moeda estrangeira 720 —

Derivativos embutidos 782 —

Total de passivos financeiros a valor justo reconhecidos no resultado 2.609 —

Outros passivos financeiros ao custo amortizado

Contratos de garantia financeira 87 49

Fornecedores e outras contas a pagar 19.444 20.730

Total de outros passivos financeiros 23.290 21.033

Total corrente 22.484 21.033

Total não corrente 806 —

Contraprestação contingente

Como parte do contrato de compra com o antigo proprietário da Extintores Ltda., uma contraprestação contingente foi acordada entre as partes. Essa contraprestação depende do lucro antes dos impostos da Extintores Ltda. ao longo de um período de 12 meses. O valor justo na data de aquisição era R$ 714, o qual foi ajustado em 31 de dezembro de 2015 em virtude do desempenho significativamente melhor comparado com o orçado, com um valor justo de R$ 1.072. A contraprestação é devida por avaliação final e pagamento aos ex-acionistas em 30 de abril de 2016. Não há expectativas de quaisquer outras mudanças com relação a essa remuneração.

ComentárioO CPC 40.7 requer divulgação de informações que permitam aos usuários das demonstrações financeiras avaliar a importância dos instrumentos financeiros para a posição patrimonial e financeira e o desempenho. Como o Grupo tem um montante significativo de ativos e passivos financeiros e de derivativos diferentes em seu balanço patrimonial, ele optou por fornecer informações detalhadas aos usuários das demonstrações financeiras sobre os diferentes tipos de instrumentos financeiros e seus valores justos.

CPC 40.8

CPC 40.6

CPC 40.32A

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94 Good Group | EY

Empréstimos sujeitos a juros

Taxa de juros efetiva Vencimento 2015 2014

% R$ 000 R$ 000

Circulante

Obrigações segundo compromissos de arrendamento mercantil financeiro e de aluguel com opção de compra (Nota 30)

7,8 2015 83 51

Conta garantida Libor+1,0 À vista 966 2.650

Outros empréstimos:

Empréstimo bancário de R$ 1.500 Libor+0,5 1° nov 2016 1.411 —

Empréstimo bancário de R$ 2.200 Libor+0,5 31 mar 2015 — 74

Total 2.460 2.775

Não circulante

Obrigações segundo compromissos de arrendamento mercantil financeiro e de aluguel com opção de compra (Nota 30)

7,8 2018-2017 905 943

Debêntures a 8% 8,2 2017-2023 3.374 3.154

Empréstimo garantido de R$ 3.600 a 8,25% Libor+0,2 31 mai 2021 2.246 —

Empréstimo bancário garantido Libor+2,0 31 jul 2021 3.479 3.489

Outros empréstimos:

Empréstimo bancário de R$ 1.500 (2014: R$ 1.400) Libor+0,5 1° nov 2016 — 1.357

Empréstimo bancário de R$ 2.500 Libor+1,1 2018-2020 2.486 2.229

Empréstimo bancário de R$ 2.200 Libor+0,5 31 mar 2019 2.078 2.078

Empréstimo bancário de R$ 5.809 7,5 1° jan 2019 — 5.809

Empréstimo bancário com a coligada Fire Equipment Test Lab Limited 11,0 2018 3.000 —

Ações preferenciais conversíveis 11,6 2017-2021 2.778 2.644

Total não circulante 20.346 21.703

Total de empréstimos sujeitos a juros 22.806 24.478

Contas garantidas

Uma parcela dos depósitos a curto prazo do Grupo cauciona as contas-correntes garantidas.

Empréstimo bancário de R$ 1.500

Não há garantia para esse empréstimo, que possui vencimento final total em 1º de novembro de 2016.

Debêntures a 8%

As debêntures a 8% deverão ser liquidadas em parcelas iguais e anuais de R$ 350 a partir de 1º de janeiro de 2017.

Empréstimo garantido a 8,25%

O empréstimo é garantido por hipoteca em primeiro grau sobre alguns terrenos e edificações do Grupo. com valor contábil de R$ 2.400 (2014:0).

Empréstimo bancário garantido

Esse empréstimo foi obtido através de um multi-option facility (MOF) de seis anos. O empréstimo deverá ser liquidado no prazo de 12 meses a partir da data das demonstrações financeiras, mas foi classificado no longo prazo, uma vez que o Grupo espera exercer seu direito de acordo com o MOF de refinanciar esse empréstimo. Esse empréstimo de substituição imediata está disponível até 31 de julho de 2021. O valor total a ser liquidado no vencimento é de R$ 3.500. O serviço é garantido por hipoteca em primeiro grau sobre alguns terrenos e edificações do Grupo, com valor contábil de R$ 5.000 (2014: R$ 5.000).

CPC 40.7

CPC 40.7

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Empréstimo bancário de R$ 2.750 O Grupo aumentou seus empréstimos dentro desse contrato de empréstimo em R$ 250 durante o período. O empréstimo deverá ser liquidado em duas parcelas iguais no valor de R$ 1.250 com vencimento em 31 de dezembro de 2018 e 31 de dezembro de 2020.

Empréstimo bancário de R$ 2.200

Não há garantia para esse empréstimo, que possui vencimento final total em 31 de março de 2019. Em 31 de dezembro de 2014, R$ 74 tinham vencimento final total em 31 de março de 2015.

Empréstimo bancário de R$ 5.809Esse empréstimo teve seu saldo líquido transferido para passivos retidos para distribuição.

Ações preferenciais conversíveisEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, havia 2.500.000 ações preferenciais conversíveis em emissão. Cada ação tem valor nominal de R$ 1 e pode ser convertida, quando assim desejado pelos acionistas, em ações ordinárias da controladora do Grupo em 1º de janeiro de 2018 na proporção de uma ação ordinária para três ações preferenciais possuídas. Eventuais ações preferenciais não convertidas serão resgatadas em 31 de dezembro de 2020 ao preço de R$ 1,20 por ação. As ações preferenciais carregam dividendos de 7% ao ano. pagáveis semestralmente em prestações em 30 de junho e 31 de dezembro. Os direitos de dividendos não são acumulativos. As ações preferenciais têm preferência em relação às ações ordinárias em caso de liquidação.

A apresentação da parcela patrimonial dessas ações é explicada na Nota 21.

16.3 Atividades de hedge e derivativos

Derivativos não designados como instrumentos de hedgeO Grupo toma empréstimos em moeda estrangeira e celebra contratos de moeda a termo na administração das suas exposições. Esses contratos de moeda a termo não são designados como hedges de fluxo de caixa, hedges de valor justo ou hedges de investimento líquido, sendo celebrados por períodos consistentes com as exposições da transação em moeda, que geralmente variam de um a 24 meses.

Hedges de fluxo de caixaEm 31 de dezembro de 2015, o Grupo mantinha contratos de câmbio a termo designados como hedges de vendas futuras esperadas a clientes nos Estados Unidos para os quais o Grupo prevê que seja altamente provável a realização de transações. Outrossim, o Grupo também mantém contratos de câmbio a termo em aberto em 31 de dezembro de 2014, designados como hedges de compras futuras junto a fornecedores no Reino Unido com os quais o Grupo mantém compromissos firmes. Os contratos de câmbio a termo estão sendo utilizados como hedge do risco cambial atrelado aos compromissos contratuais.

Em 31 de dezembro de 2014, o Grupo mantinha contratos de câmbio a termo designados como hedges de vendas futuras esperadas a clientes nos Estados Unidos para os quais o Grupo tem compromissos firmes. O Grupo mantém contratos de câmbio a termo em aberto em 31 de dezembro de 2014 designados como hedges de compras futuras junto a fornecedores no Reino Unido com os quais o Grupo prevê seja altamente provável a realização de transações.

2015 2014

Ativos Passivos Ativos Passivos

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Contratos de câmbio a termo

Valor justo 252 (170) 153 (254)

Os termos essenciais dos contratos de câmbio a termo foram negociados para estarem casados com os termos dos compromissos. Não houve transações altamente prováveis para as quais se argumente que não tenha ocorrido a contabilidade de hedge e que não haja elemento significativo de ineficácia de hedge que exija reconhecimento na demonstração do resultado.

Os hedges de fluxo de caixa de vendas futuras esperadas em janeiro de 2016 foram avaliados como sendo altamente eficientes, com ganho líquido não realizado de R$ 252. O passivo fiscal diferido de R$ 76 em relação aos instrumentos de hedge foi incluído em outros resultados abrangentes.

Os hedges de fluxo de caixa de compras futuras esperadas em fevereiro e março de 2016 foram avaliados como altamente eficientes em 31 de dezembro de 2015, com perda não realizada líquida de R$ 170, com correspondente ativo fiscal diferido de R$ 51, incluído no patrimônio em relação a esses contratos.

CPC 40.22

CPC 40.23(a)

CPC 40.24(b)

CPC 40.23(c)

CPC 40.23(c)

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96 Good Group | EY

Os hedges de fluxo de caixa de vendas futuras esperadas no primeiro trimestre de 2015 foram considerados altamente eficazes, com ganho não realizado de R$ 153. O passivo fiscal diferido de R$ 46 em relação a esses contratos foi incluído em outros resultados abrangentes. Os hedges de fluxo de caixa de compras futuras esperadas no primeiro trimestre de 2015 também foram avaliados como altamente eficazes, com prejuízo não realizado de R$ 254. O ativo fiscal diferido de R$ 76 em relação a esses contratos foi incluído em outros resultados abrangentes.

O valor transferido durante o período do patrimônio líquido da reserva de outros resultados abrangentes para o saldo contábil dos itens objeto de hedge foi insignificante para o exercício de 2015 e 2014. Espera-se que os valores incluídos em outros resultados abrangentes em 31 de dezembro de 2015 afetem a demonstração do resultado com um ganho de R$ 82 em 2016.

Risco de preço de commoditiesO Grupo compra cobre em base contínua, uma vez que suas atividades operacionais na divisão de eletrônicos exigem fornecimento contínuo de cobre para a produção de seus dispositivos eletrônicos. O aumento da volatilidade dos preços do cobre nos últimos 12 meses levou à decisão de firmar contratos a termo para essa commodity.

Esses contratos devem reduzir a volatilidade dos fluxos de caixa no tocante a compras de cobre previstas com alta probabilidade ou compromissos contratuais atribuíveis a flutuações no preço do cobre de acordo com a diretriz de gestão de risco traçada pelo Conselho de Administração, a partir de 1º de julho de 2015. Os contratos pretendem oferecer cobertura (hedge) contra o risco de volatilidade dos preços de compra do cobre por um período de três a 12 meses com base nos contratos de compra existentes. O Grupo designou como objeto do hedge apenas a movimentação dos preços à vista (spot-to-spot) do preço de compra da commodity na íntegra. Os pontos a termo (custo de carregamento) dos contratos a termo para essa commodity estão, portanto, excluídos da designação de hedge. Variações no valor justo dos pontos a termo reconhecidos na demonstração do resultado em custos financeiros não foram significativas no decorrer do exercício.

Em 31 de dezembro de 2015, o valor justo dos contratos a termo em aberto referentes a essa commodity totalizava um passivo de R$ 980. As ineficácias reconhecidas em custos financeiros na demonstração do resultado do exercício corrente somaram R$ 65 (vide Nota 9.3). A eficácia acumulada no valor de R$ 915 está refletida no resultado abrangente.

Hedge de valor justoEm 31 de dezembro de 2015, o Grupo mantinha contrato de swap de taxa de juros com valor nocional de US$ 3.600 (R$ 2.246), que prevê que o Grupo receba taxa de juros fixa de 8,25% e pague uma taxa variável igual à Libor+0,2% sobre o valor nocional. O swap está sendo utilizado como hedge da exposição às variações no valor justo do empréstimo garantido de 8,25%.

A redução no valor justo do swap de taxas de juros de R$ 35 (2014: 0) foi reconhecida em custos financeiros e compensada com um ganho semelhante em empréstimos bancários. A ineficácia reconhecida em 2014 e 2013 foi insignificante.

Hedge de investimentos líquidos em operações estrangeirasEm 31 de dezembro de 2015, foi incluído em empréstimos um financiamento no valor de US$ 3.600.000 (R$ 2.246, incluindo o efeito de swap de taxas de juros acima discutido), que foi designado como hedge do investimento líquido nas controladas dos Estados Unidos, Wireworks Inc. e Sprinklers Inc., sendo utilizado como hedge contra a exposição do Grupo a risco cambial sobre esses investimentos. Os ganhos e perdas sobre a reconversão desse financiamento são transferidos ao patrimônio para compensar quaisquer ganhos e perdas sobre a conversão dos investimentos líquidos nas controladas. Não há ineficácia nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014.

Derivativos embutidosEm 2015, o Grupo celebrou contratos de venda de longo prazo com clientes no Canadá. A moeda funcional desses clientes é o dólar americano (USD).

Os preços de venda desses contratos são fixos e expressos em dólares canadenses. Esses contratos exigem entrega física e serão mantidos com a finalidade de entregar a commodity de acordo com as exigências de vendas esperadas por parte dos compradores. Esses contratos contêm derivativos cambiais embutidos.

O Grupo também celebrou vários contratos de compra de bronze e cromo junto a vários fornecedores na África do Sul e na Rússia, que contam com um mercado ativo. Os preços de compra desses contratos estão ligados ao preço da eletricidade. Esses contratos contêm swaps de commodity embutidos.

Esses derivativos embutidos de commodities e de moeda estrangeira foram separados e contabilizados a valor justo, transitando pelo resultado. O valor contábil dos derivativos embutidos em 31 de dezembro de 2015 montou a R$ 782 (2014: 0).

CPC 40.22

CPC 40.24(a)

CPC 40.24(c)

CPC 38.AG 33(d)

CPC 40.23(c)

CPC 40.23(d)

CPC 40.23(e)

CPC 40.23(a)

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97Good Group | EY

16.4 Valor justoEncontra-se a seguir uma comparação por classe do valor contábil e do valor justo dos instrumentos financeiros do Grupo apresentados nas demonstrações financeiras.

Valor contábil Valor justo

2015 2014 2015 2014

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Ativos financeiros

Outros ativos financeiros

Empréstimos 3.887 3.741 1.693 1.654

Investimentos financeiros disponíveis para venda 1.987 1.987 1.798 1.798

Contrato a termo de câmbio 640 640 - -

Derivativos embutidos 210 210 - -

Derivativos em hedges eficazes 252 252 153 153

Total 6.976 6.830 3.644 3.605

Passivos financeiros

Empréstimos com juros e financiamentos

Obrigações segundo compromissos de arrendamento mercantil financeiro e de opção de compra

(988) (1.063) (994) (1.216)

Empréstimos a taxas pós-fixadas* (12.666) (12.666) (12.601) (12.601)

Empréstimos a taxas prefixadas (6.374) (6.321) (8.239) (8.944)

Convertible preference shares (2.778) (2.766) (2.644) (2.621)

Contratos de garantia financeira (87) (83) (49) (45)

Contraprestação contingente (1.072) (1.072) - -

Derivativos não designados como hedge

Contratos a termo de câmbio (720) (720) - -

Derivativos embutidos (782) (782) - -

Derivativos em hedges eficazes (1.185) (1.185) (254) (254)

Total (26.652) (26.658) (24.781) (25.681)

* Inclui empréstimo garantido a 8,25% apresentado ao custo amortizado à variação no valor justo tendo em vista o hedge de risco de taxa de juros.

A administração avaliou que os depósitos em dinheiro e de curto prazo, contas a receber de clientes, contas a pagar a fornecedores, contas bancárias com direito a saque a descoberto e demais passivos circulantes são equivalentes a seus valores contábeis, principalmente devido aos vencimentos de curto prazo desses instrumentos.

O valor justo dos ativos e passivos financeiros é incluído no valor pelo qual o instrumento poderia ser trocado em uma transação corrente entre partes dispostas a negociar, e não em uma venda ou liquidação forçada. Os seguintes métodos e premissas foram utilizados para estimar o valor justo:

• Valores a receber a longo prazo a taxas pré e pós-fixadas são avaliados pelo Grupo com base em parâmetros tais como taxas de juros, fatores de riscos específicos de cada país, credibilidade individual do cliente e as características de risco do projeto financiado. Com base nessa avaliação, são constituídas provisões para

CPC 40.26

CPC 40.29

CPC 46.93(d)

CPC 46.97

CPC 40.29

CPC 40.25

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98 Good Group | EY

fazer face a perdas esperadas nesses valores a receber. Em 31 de dezembro de 2015, o valor contábil desses valores a receber, líquido das provisões, se aproxima de seu valor justo;

• Os valores justos das notas e títulos cotados são baseados nas cotações de preço na data de reporte. O valor justo de instrumentos não cotados, empréstimos bancários e demais passivos financeiros, obrigações relacionadas com arrendamentos financeiros, bem como outros passivos financeiros não circulantes, é estimado descontando-se o fluxo de caixa futuro utilizando taxas atualmente disponíveis para dívida em termos semelhantes, risco de crédito e vencimentos remanescentes. Além de ser sensível a uma mudança razoavelmente possível no fluxo de caixa previsto ou na taxa de desconto, o valor justo dos instrumentos patrimoniais também é sensível a uma mudança razoavelmente possível nas taxas de crescimento. A avaliação exige que a administração utilize inputs não observáveis no modelo, cujos inputs significativos não observáveis são apresentados nas tabelas abaixo. A administração avalia regularmente uma série de alternativas razoavelmente possíveis aos inputs significativos não observáveis e determina o impacto sobre o valor justo total;

• O valor justo das ações ordinárias não cotadas foi estimado utilizando um modelo de fluxo de caixa futuro descontado. A avaliação exige que a administração faça determinadas premissas sobre dados do modelo, incluindo fluxo de caixa previsto, taxa de desconto, risco de crédito e volatilidade. As probabilidades das várias estimativas dentro dessa faixa podem ser razoavelmente avaliadas e são utilizadas no momento em que a administração estima o valor justo desses instrumentos patrimoniais não cotados;

• O valor justo de ativos financeiros disponíveis para venda é obtido através de preços de mercado cotados em mercados ativos, se houver;

• O Grupo contrata instrumentos financeiros derivativos junto a diversas contrapartes, sobretudo instituições financeiras com classificações de crédito de grau de investimento. Os derivativos avaliados utilizando técnicas de avaliação com dados observáveis no mercado referem-se, principalmente, a swaps de taxas de juros, contratos cambiais a termo e contratos de commodities a termo. As técnicas de avaliação aplicadas com maior frequência incluem modelos de precificação de contratos a termo e swaps, com cálculos a valor presente. Os modelos incorporam diversos dados, inclusive a qualidade de crédito das contrapartes, as taxas de câmbio à vista e a termo, curvas das taxas de juros e curvas da taxa a termo da commodity objeto. Todos os contratos de derivativos estão totalmente garantidos em dinheiro, eliminando assim tanto o risco de descumprimento da contraparte quanto o risco de descumprimento próprio do Grupo. Em 31 de dezembro de 2015, o valor das posições de derivativos de ativos a preços de mercado é líquido de um ajuste de avaliação de crédito atribuível ao risco de descumprimento da contraparte do derivativo. As mudanças no risco de crédito da contraparte não tiveram efeito significativo sobre a avaliação da eficácia de cobertura de derivativos designados em relações de cobertura e outros instrumentos financeiros reconhecidos pelo justo valor;

• Derivativos embutidos em moeda estrangeira e derivativos de commodities são mensurados de forma semelhante aos contratos a prazo em moeda estrangeira e derivativos de commodities. No entanto, uma vez que esses contratos não são garantidos, o Grupo também leva em consideração os riscos de descumprimento das contrapartes (para os ativos derivativos embutidos) ou o próprio risco de descumprimento do Grupo (para os passivos derivativos embutidos). Em 31 de dezembro de 2015, o Grupo avaliou os riscos como sendo não significativos.

Os valores justos dos financiamentos e empréstimos que rendem juros são apurados utilizando-se o método de fluxo de caixa descontado, que reflete a taxa de financiamento do emitente no final do período de reporte. O risco próprio de não cumprimento em 31 de dezembro de 2015 foi avaliado como sendo não significativo.

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Reconciliação da mensuração de ativos disponíveis para venda em ações de capital não cotados a valor justo:

Técnicas de valorização

Dados significativos não observáveis

Variação (média ponderada)

Sensibilidades das entradas do valor justo

Ativos disponíveis para venda em ações de capital não cotadas – setor de energia

Método de fluxo de caixa descontado futuro

Taxa de crescimentos de longo prazo para os fluxos de caixa dos anos seguintes

2015: 3,1% - 5,2% (4,2%) 2014: 3,1% - 5,1% (4%)

5% (2014: 5%) de aumento (redução) na taxa de crescimento resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 17 (2014: R$ 17)

Margem operacional de longo prazo

2015: 5,0% - 12,1% (8,3%) 2014: 5,2% - 12,3% (8,5%)

15% (2014: 12%) de aumento (redução) na margem resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 21 (2014: R$ 19)

WACC

2015: 11,2% - 14,3% (12,6%) 2014: 11,5% - 14,1% (12,3%)

1% (2014: 2%) de aumento (redução) na WACC resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 10 (2014: R$ 15)

Desconto por falta de liquidez

2015: 5,1% - 15,6% (12,1%) 2014: 5,4% - 15,7% (5,5%)

Aumento (redução) no desconto resultaria em aumento (redução) no valor justo.

Ativos disponíveis para venda em ações de capital não cotadas – setor de eletrônicos

Método de fluxo de caixa descontado futuro

Taxa de crescimento de longo prazo para os fluxos de caixa dos anos seguintes

2015: 4,4% - 6,1% (5,3%) 2014: 4,6% - 6,7% (5,5%)

3% (2014: 3%) de aumento (redução) na taxa de crescimento resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 23 (2014: R$ 25)

Margem operacional de longo prazo

2015: 10,0% - 16,1% (14,3%) 2014: 10,5% - 16,4% (14,5%)

5% (2014: 4%) de aumento (redução) na margem resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 12 (2014: R$ 13)

WACC

2015: 12,1% - 16,7% (13,2%) 2014: 12,3% - 16,8% (13,1%)

1% (2014: 2%) de aumento (redução) na WACC resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 21 (2014: R$ 22)

Desconto por falta de liquidez

2015: 5,1% - 20,2% (16,3%) 2014: 5,3% - 20,4% (16,4%)

Aumento (redução) no desconto resultaria em aumento (redução) no valor justo.

Derivativos embutidos ativos

Modelo de precificação a termo

Desconto para risco de crédito da contraparte

2015: 0,02% - 0,05% (0,04%) 2014: 0,01% - 0,04% (0,03%)

0,5% (2014: 0,4%) de aumento (redução) resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 23 (2014: R$ 25)

Derivativos embutidos passivos

Modelo de precificação a termo

Desconto para risco de descumprimento

2015: 0,01% - 0,05% (0,03%) 2014: 0,01% - 0,04% (0,02%)

0,4% (2014: 0,4%) de aumento (redução) resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 20 (2014: R$ 23)

Empréstimos de coligadas e sócios

Modelo de fluxo de caixa descontado futuro

Taxa de pré-pagamento permanente

2015: 1,5% - 2,5% (2,0%) 2014: 1,6% - 2,7% (2,2%)

1% (2014: 2%) de aumento (redução) resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 25 (2014: R$ 21)

Desconto para o risco de descumprimento

2015: 0,08% 2014: 0,09%

0,4% (2014: 0,4%) de aumento (redução) resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 21 (2014: R$ 20)

Obrigações de garantias financeiras

Modelo de fluxo de caixa descontado futuro

Desconto para o risco de descumprimento da contraparte

2015: 3,0% 2014: 3,2%

0,5% (2014: 0,4%) de aumento (redução) resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 22 (2014: R$ 24)

Risco próprio de descumprimento

2015: 0,05% 2014: 0,07%

0,4% (2014: 0,3%) de aumento (redução) resultaria em aumento (redução) no valor justo de R$ 19 (2014: R$ 22)

CPC 46.93(d)

CPC 46.93(h)(i)

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100 Good Group | EY

O desconto para falta de comercialização representa os valores que o Grupo determinou que os agentes de mercado levariam em consideração para esses prêmios e descontos, ao definir o preço dos investimentos.

No caso de disponíveis para venda, a redução ao valor recuperável dependeria de o declínio ser significativo ou prolongado. Um aumento no valor justo afetaria apenas o patrimônio (por meio de outros resultados abrangentes), não afetando, portanto, o resultado.

Reconciliação da mensuração a valor justo dos ativos avaliados como disponíveis para venda em ações de capital não cotadas:

Power Eletrônicos Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em 1° de janeiro de 2014 388 502 890

Remensuração reconhecida em outros resultados abrangentes 4 (1) 3

Compras - 7 7

Vendas (2) - (2)

Em 1° de janeiro de 2015 390 508 898

Remensuração reconhecida em outros resultados abrangentes 122 (180) (58)

Compras 261 593 854

Reclassificação em ativos mantidos para venda - (508) (508)

Vendas (98) (50) (148)

Em 31 de dezembro de 2015 675 363 1.038

Reconciliação da mensuração a valor justo dos ativos avaliados como disponíveis para venda em ações de capital não cotadas:

Power Eletrônicos Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em 1° de janeiro de 2014 e 2015 - - -

Remensuração reconhecida na demonstração do resultado do período

(363) (209) (80)

Compras 573 809 262

Vendas - - -

Em 31 de dezembro de 2015 210 600 182

ComentárioUma entidade deve fornecer informações adicionais que ajudarão os usuários de demonstrações financeiras a avaliarem as informações quantitativas divulgadas. Uma entidade poderia divulgar algumas ou todas as seguintes informações para atender ao CPC 46:

• A natureza do item que está sendo mensurado a valor justo, incluindo as características do item mensurado que estão sendo levadas em consideração ao apurar os dados pertinentes. Por exemplo, para os títulos lastreados em hipotecas residenciais, uma entidade poderia divulgar o seguinte:

• Tipos de empréstimos subjacentes (ex.: empréstimos a clientes de primeira ou de segunda linha);

• Caução;

• Garantias ou outras melhorias de crédito;

• Nível de senioridade das parcelas de títulos;

• Ano de emissão;

• A taxa de cupom média ponderada dos empréstimos subjacentes e títulos;

• O vencimento médio ponderado dos empréstimos subjacentes e títulos;

• A concentração geográfica dos empréstimos subjacentes;

• Informações sobre a análise de crédito dos títulos;

• Informações de terceiros, como por exemplo cotações de corretores, serviços de definição de preço, valores de ativo líquido e dados de mercado pertinentes, que foram levadas em consideração ao mensurar o valor justo.

CPC 46.93(e)(ii)

CPC 46.93(e)(iii)

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101Good Group | EY

Para um passivo mensurado a valor justo e emitido com indissociáveis melhorias no crédito de terceiros, o CPC 46 exige divulgação da existência de melhoria de crédito e se é refletida na mensuração a valor justo do passivo.

O CPC 46 exige que uma entidade apresente as divulgações quantitativas a serem incluídas no formato tabular, a menos que outro formato seja mais adequado. O Grupo incluiu as divulgações em um formato tabular acima.

O CPC 46 exige uma análise de sensibilidade quantitativa para ativos financeiros e passivos financeiros mensurados a valor justo de forma recorrente. Para todas as mensurações a valor justo recorrente categorizadas no Nível 3 da hierarquia do valor justo, uma entidade deve apresentar:

• Descrição narrativa da sensibilidade da mensuração a valor justo para mudanças em dados não observáveis se uma mudança nesses dados para um montante diferente resultasse em mensuração a valor justo significativamente mais alto ou mais baixo;

• Se houver inter-relacionamentos entre os dados e outros dados não observáveis utilizados na mensuração a valor justo, uma descrição dos inter-relacionamentos e de como poderiam aumentar ou mitigar o efeito de mudanças nos dados não observáveis sobre a mensuração a valor justo.

Com esse objetivo, a significância será julgada com relação ao resultado e total do ativo e total do passivo ou, quando variações no valor justo forem reconhecidas em outros resultados abrangentes, total do patrimônio líquido.

17. Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura e intangíveis com vida útil indefinida

O ágio adquirido por meio de combinações de negócios e licenças com vidas indefinidas é alocado as unidades geradoras de caixa que produzem eletrônicos e equipamentos de prevenção contra incêndios, que também são segmentos operacionais que divulgam informações, para teste de impairment.

Valor contábil do ágio e licenças alocadas a cada uma das unidades geradoras de caixa:

Unidade de produtos eletrônicos

Unidade de equipamentos de prevenção contra

incêndios Total

2015 2014 2015 2014 2015 2014

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Valor contábil do ágio 50 250 2.231 - 2.281 250

Valor contábil de licenças com vidas úteis indefinidas 360 - 1.050 240 1.410 240

O Grupo realizou o teste de valor recuperável em 31 de dezembro de 2015 e 2014 e considera, entre outros fatores, a relação entre sua capitalização no mercado e seu valor contábil, quando efetua revisão para identificar indicadores de perda por redução ao valor recuperável. Em 31 de dezembro de 2015, a capitalização do mercado do Grupo era inferior ao valor contábil de seu capital, indicando potencial perda por redução ao valor recuperável do ágio e perda por redução ao valor recuperável dos ativos. Além disso, a queda generalizada nas atividades de construção e incorporação em todo o mundo e a incerteza econômica contínua levaram a uma redução na demanda de unidades de equipamentos de prevenção contra incêndio e produtos eletrônicos.

Unidade geradora de caixa de produtos eletrônicosO valor recuperável da unidade geradora de caixa de produtos eletrônicos, R$ 37.562, em 31 de dezembro de 2015, foi apurado com base no cálculo do valor em uso, em vista das projeções de fluxo de caixa a partir

CPC 01.134(a)

CPC 01.134(b)

CPC 01.130(a)

CPC 01.130(e)

CPC 01.134(d)(iii)

CPC 01.134(d)(iv)

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102 Good Group | EY

de orçamentos financeiros aprovados pela alta administração durante um período de cinco anos. O fluxo de caixa projetado foi atualizado para refletir a queda na demanda de produtos e serviços. A taxa de desconto antes de impostos aplicada a projeções de fluxo de caixa é de 15,5% (2014: 12,1%), e o fluxo de caixa referente a período excedente a cinco anos é extrapolado utilizando taxa de crescimento de 3,0% (2014: 5,0%), a mesma taxa média de crescimento de longo prazo adotada para a indústria eletrônica. Foi concluído que o valor justo menos os custos de alienação não excederam o valor em uso. Como resultado dessa análise, a administração reconheceu encargo por redução ao valor recuperável da ordem de R$ 200 contra ágio com valor contábil de R$ 250 em 31 de dezembro de 2014. Os encargos por redução ao valor recuperável são contabilizados na rubrica de despesas administrativas na demonstração do resultado.

Unidade geradora de caixa de equipamentos de prevenção contra incêndioO valor recuperável dos equipamentos de prevenção contra incêndio, unidade geradora de caixa de R$ 40.213 em 31 de dezembro de 2015, também é determinado com base no cálculo do valor em uso em vista das projeções do fluxo de caixa a partir de estimativas financeiras aprovadas pela alta administração para um período de cinco anos. O fluxo de caixa projetado foi atualizado para refletir a queda na demanda de produtos e serviços. A taxa de desconto antes dos impostos, aplicada às projeções de fluxo de caixa, é de 14,4% (2014: 12,8%). A taxa de crescimento utilizada para extrapolar o fluxo de caixa da unidade para um período acima de cinco anos é de 2,9% (2014: 3,8%). Essa taxa de crescimento excedeu a taxa de crescimento médio do setor em 0,75%. A administração da unidade produtora de equipamentos de prevenção a incêndio acredita que essa taxa de crescimento é justificada com base na aquisição da Extinguishers Limited. Essa aquisição resultou na obtenção, por parte do Grupo, de controle de uma patente industrial, impedindo, dessa forma, que outras entidades produzissem um produto especializado pelo período de 10 anos. O Grupo tem opção de renovar a patente 10 anos após o vencimento. Em decorrência da análise atualizada, tem uma sobra de R$ 5.674 e a administração não identificou redução ao valor recuperável para essa unidade geradora de caixa.

Principais premissas utilizadas no cálculo do valor em usoO cálculo do valor em uso tanto para as unidades de eletrônicos quanto para equipamentos de prevenção a incêndio é mais sensível às seguintes premissas:

• Margens brutas;

• Taxas de desconto;

• Inflação de preços de matérias-primas;

• Participação de mercado durante o período de previsão.

Taxas de crescimento utilizadas para extrapolar o fluxo de caixa para além do período de previsãoMargens brutasMargens brutas são baseadas em valores médios obtidos nos três exercícios anteriores ao início do período de orçamento. Essas são aumentadas ao longo do período de orçamento para as melhorias de eficiência previstas. Um aumento de 1,5% por ano foi aplicado para a unidade de eletrônicos e 2% por ano para a unidade produtora de equipamentos de prevenção de incêndio.

Taxas de descontoAs taxas de desconto representam a avaliação de riscos no atual mercado, específicos a cada unidade geradora de caixa, levando em consideração o valor de carregamento do dinheiro e os riscos individuais dos ativos subjacentes que não foram incorporados nas estimativas de fluxo de caixa. O cálculo da taxa de desconto é baseado em circunstâncias específicas do Grupo e seus segmentos operacionais, sendo derivado de custos de capital médio ponderado (CCMP). O CCMP leva em consideração tanto a dívida quanto o patrimônio. O custo do patrimônio é derivado do rendimento esperado sobre o investimento pelos investidores do Grupo. O custo de dívida é baseado nos financiamentos com rendimento de juros que o Grupo é obrigado a honrar. O risco específico do segmento é incorporado mediante a aplicação de fatores individuais beta. Os fatores beta são avaliados anualmente com base nos dados de mercado disponíveis ao público.

Inflação dos preços de matérias-primas As estimativas são obtidas a partir de índices publicados para os países que fornecem os materiais, bem como dos dados relacionados com commodities específicas. Os valores previstos são utilizados se os dados estiverem disponíveis ao público (principalmente para o Brasil e os Estados Unidos), caso contrário, as movimentações reais de preços das matérias-primas observadas no passado são utilizadas como um indicador de movimentações de preços futuros.

Premissas de participação no mercado Ao utilizar os dados do segmento de atuação para taxas de crescimento (conforme abaixo observado), essas premissas são importantes, uma vez que a administração avalia como a posição da unidade, relacionada com

CPC 01.134(d)(v)

CPC 01.126(a)

CPC 01.130(e)

CPC 01.134(d)(iii)

CPC 01.134(d)(iv)

CPC 01.134(d)(v)

CPC 01.134(d)(i)

CPC 01.134(d)(ii)

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103Good Group | EY

seus concorrentes, poderia mudar ao longo do período de estimativa. A administração espera que a participação do Grupo no mercado de eletrônicos fique estável ao longo do período de estimativa. A administração espera que a posição do Grupo na unidade produtora de equipamentos de prevenção a incêndio relativa a seus concorrentes se fortaleça a partir da aquisição da Extintores Ltda.

Estimativas de taxa de crescimento As taxas são baseadas em pesquisa publicada sobre o segmento de atuação. Pelas razões acima expostas, a taxa de longo prazo utilizada para extrapolar a estimativa para a unidade produtora de equipamentos de prevenção a incêndio inclui ajuste em decorrência da aquisição de uma importante patente industrial.

Sensibilidade a mudanças nas premissasAs implicações das principais premissas para o montante recuperável são discutidas a seguir:

• Variação de preços de matérias-primas – A administração analisou a possibilidade da ocorrência de aumentos nos preços de matérias-primas superiores ao orçado devido à inflação. Isso pode ocorrer se as mudanças regulatórias esperadas resultarem em demanda crescente que não possa ser atendida pelos fornecedores. Estima-se que a variação de preços fique entre 1,9% e 2,6% para equipamentos eletrônicos e de 2,1% a 4,5% para equipamentos de prevenção de incêndio, dependendo do país de onde as matérias-primas são compradas. Caso o Grupo não consiga repassá-la ou absorvê-la, mediante melhorias de eficiência, o valor em uso da unidade de eletrônicos seria reduzido e isso poderia resultar em uma perda por desvalorização;

• Premissas de taxa de crescimento – A administração reconhece que a velocidade da mudança tecnológica e a possibilidade da entrada de novos concorrentes no mercado causem impacto significativo nas premissas de taxas de crescimento. Não se espera que o efeito da entrada de novos concorrentes no mercado gere impacto adverso nas previsões contempladas no orçamento, podendo gerar, no entanto, uma alternativa razoavelmente possível na taxa de crescimento de longo prazo de 5,2% para equipamentos eletrônicos e de 8,4% para equipamentos de prevenção de incêndio. Uma redução de 0,8% na taxa de crescimento de longo prazo para equipamentos eletrônicos iria resultar maior deficiência. Uma redução de 0,3% na taxa de crescimento de longo prazo resultaria em prejuízo;

• Margens brutas – A redução na demanda pode levar a uma queda na margem bruta. Uma redução na margem bruta de 1,0% resultaria em uma maior deficiência em equipamentos eletrônicos. Uma redução na margem bruta de 5,0% resultaria em prejuízo em equipamentos de prevenção de incêndio;

• Taxas de desconto – Um aumento na taxa de desconto antes de impostos de 16,0% em equipamentos eletrônicos resultaria em um maior comprometimento. Um aumento na taxa de desconto antes de impostos de 20,0% em equipamentos de prevenção de incêndios resultaria em prejuízo;

• Cota de mercado durante o período de previsão – Embora a administração espere que a participação do Grupo no mercado de equipamentos eletrônicos seja estável ao longo do período de previsão, uma queda da cota de mercado de 8% resultaria em um maior comprometimento na unidade de eletrônicos. Da mesma forma, um declínio na participação no mercado de equipamentos de prevenção de incêndios em 20% resultaria em prejuízo na unidade de equipamentos de prevenção de incêndio.

ComentárioO Grupo apurou valores recuperáveis de suas unidades geradoras de caixa (UGCs) com base no valor em uso e no CPC 01. Se os valores recuperáveis forem apurados utilizando o valor justo deduzido de custos de alienação, o CPC 01.134(e) exige divulgação de técnica(s) de avaliação e outras informações, incluindo: as principais premissas utilizadas; descrição da abordagem da administração a cada premissa principal; nível de hierarquia de valor e razão(ões) para mudança nas técnicas de valorização — se houver mudanças, devem ser divulgadas nas demonstrações financeiras. Adicionalmente, se o valor justo deduzido do custo de alienação for apurado utilizando projeções de fluxo de caixa descontado, informações adicionais, como, por exemplo, o período de projeções de fluxo de caixa, devem ser divulgadas a taxa de crescimento utilizada para extrapolar projeções de fluxo de caixa e a(s) taxa(s) de desconto aplicada(s) às projeções de fluxo de caixa. Não é exigido que uma entidade faça as divulgações previstas pelo CPC 46, uma vez que as divulgações contempladas pelo CPC 01.134(e) são semelhantes àquelas previstas pelo CPC 46.

O CPC 01.134(d)(i) exige divulgação das principais premissas feitas para cada UGC para a qual o valor contábil do ágio ou ativo intangível com alocação de vidas úteis indefinidas seja significante em comparação com o valor contábil total do ágio ou do ativo intangível com vidas úteis indefinidas da entidade. Embora as mencionadas divulgações tenham sido apresentadas para fins de ilustração, as empresas precisam avaliar a significância de cada premissa para a finalidade da divulgação em específico.

O CPC 01.134(f) exige divulgações de análise de sensibilidade para cada UGC para a qual o valor contábil do ágio ou ativo intangível com vidas indefinidas alocadas àquela UGC seja significativo em comparação ao valor contábil total do ágio ou do ativo intangível com vidas indefinidas da entidade. Essas divulgações são feitas

CPC 01.134(f)

CPC 01.134(f)(i)

CPC 01.134(f)(ii)

CPC 01.134(f)(iii)

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104 Good Group | EY

se uma mudança razoavelmente possível em uma premissa utilizada para apurar o valor recuperável da UGC resultaria que o valor contábil da UGC excedesse o valor recuperável.

O Grupo efetuou essas divulgações para todas as principais premissas da unidade de eletrônicos, uma vez que foi incorrida despesa por redução ao valor recuperável durante o exercício e o valor contábil é igual ao valor recuperável, e para a unidade de equipamentos de prevenção a incêndio, já que se acredita que uma mudança razoavelmente possível nas principais premissas pode gerar perda por redução ao valor recuperável. As entidades também precisam levar em consideração o efeito da mudança em uma premissa em relação a outras premissas, como parte integrante das análises de sensibilidade ao determinar o ponto no qual o valor recuperável equivale ao valor contábil (CPC 01.134(f)(iii)). O Grupo considerou esse fato nas divulgações aqui referidas.

18. Estoques2015 2014

R$ 000 R$ 000

Matérias-primas (ao custo) 5.240 7.091

Produtos em andamento (ao custo) 13.092 10.522

Produtos acabados (ao custo ou valor recuperável líquido) 5.430 6.972

Total dos estoques ao custo ou ao valor realizável líquido, dos dois o menor 23.762 24.585

O valor das baixas de estoques reconhecidas como despesas totalizou R$ 286 (2014: R$ 242), reconhecido em custo de vendas.

19. Clientes e outras contas a receber (circulante)

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Contas a receber de clientes 24.501 21.158

Contas a receber de coligadas 551 582

Contas a receber de outras partes relacionadas 620 550

25.672 22.290

Para mais informações sobre os termos e condições envolvendo contas a receber de partes relacionadas, consulte a Nota 29.

Em 31 de dezembro de 2015, a perda por redução ao valor recuperável sobre as contas a receber de clientes totalizava R$ 108 (2014: R$ 97). Vide, na próxima página, as movimentações na provisão para perda por redução ao valor recuperável dos montantes a receber (ver divulgação sobre risco de crédito na Nota 31).

Perda por redução ao valor recuperável individual

Perda por redução ao valor recuperável coletivo Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em 1° de janeiro de 2014 29 66 95

Cobranças relativas ao exercício 4 8 12

Utilizadas (4) (7) (11)

Valores estornados e não utilizados - - -

Ajuste de taxa de desconto - 1 1

Em 31 de dezembro de 2014 29 68 97

Cobranças relativas ao exercício 10 16 26

Utilizadas (3) (5) (8)

Valores estornados e não utilizados (2) (6) (8)

Ajuste de taxa de desconto - 1 1

Em 31 de dezembro de 2015 34 74 108

CPC 16.36 (b)

CPC 26.78 (c)

CPC 16.36 (e)

CPC 26.78(b)

CPC 40.6

CPC 5.18

CPC 40.16

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105Good Group | EY

Em 31 de dezembro, a análise do vencimento de saldos de contas a receber de clientes é a seguinte:

Saldo ainda não vencido e sem perda por redução

ao valor recuperável

Saldo vencido, mas sem perda por redução ao valor recuperável

Total< 30 dias

30 – 60 dias

60 – 90 dias

90 – 120 dias

> 120 dias

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

2015 24.501 15.596 4.791 2.592 1.070 360 90

2014 21.158 14.455 3.440 1.840 945 370 108

20. Caixa e equivalentes de caixa

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Caixa e bancos 11.316 11.125

Depósitos a curto prazo 5.796 3.791

17.112 14.916

Bancos e disponíveis rendem juros a taxas flutuantes baseadas em taxas diárias de depósitos bancários. Os depósitos a curto prazo são efetuados por períodos que variam entre um dia e três meses, dependendo das necessidades imediatas de caixa do Grupo, rendendo juros de acordo com as respectivas taxas de depósito de curto prazo.

Em 31 de dezembro de 2015, o grupo tinha disponíveis R$ 5.740 (2014: R$ 1.230) de linhas de financiamento comprometidas e não sacadas, em relação às quais todas as condições precedentes haviam sido cumpridas.

O Grupo ofereceu como garantia uma parte de seus depósitos de curto prazo, com o objetivo de cumprir exigências de garantia. Para mais detalhes, consulte a Nota 16.2.

Para fins da demonstração dos fluxos de caixa, o saldo de caixa e equivalentes de caixa é composto pelos seguintes saldos em 31 de dezembro:

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Caixa e bancos 11.316 11.125

Depósitos a curto prazo 5.796 3.791

Caixa e equivalentes de caixa atribuíveis a operações descontinuadas 1.294 —

18.406 14.916

Saques a descoberto (966) (2.650)

Caixa e equivalentes de caixa 17.440 12.266

CPC 40.37

CPC 03.50(a)

CPC 03.48

CPC 03.45

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106 Good Group | EY

21. Capital social e reservasAções autorizadas

2015 2014

Em milhares Em milhares

Ações ordinárias no valor de R$ 1 cada 22.588 20.088

Ações preferenciais conversíveis no valor de R$ 1 cada com dividendos de 7% ao ano

2.500 2.500

25.088 22.588

Ações ordinárias emitidas e totalmente integralizadas Em milhares R$ 000

Em 1º de janeiro de 2014 19.388 19.388

Em 31 de dezembro de 2014 19.388 19.388

Emitidas em 1º de maio de 2015 em troca de capital acionário emitido pela Extintores Ltda. (Nota 7)

2.500 2.500

Em 31 de dezembro de 2015 21.888 21.888

Durante o exercício, o capital acionário autorizado foi aumentado em R$ 2.500 através da emissão de 2.500.000 ações ordinárias no valor de R$ 1 cada.

Ágio na subscrição de ações R$ 000

Aumento em 1º de novembro de 2014 pelo valor de exercício das opções de compra de ações

80

Em 31 de dezembro de 2014 80

Aumento como resultado da emissão de capital acionário para aquisição da Extintores Ltda. (Nota 7)

4.703

Aumento pelo valor de exercício das opções de compra de ações 29

Diminuição devido a custos de transação (32)

Em 31 de dezembro de 2015 4.780

Ações em tesouraria Em milhares R$ 000

Em 1º de janeiro de 2014 335 774

Emitido em dinheiro para o exercício de opções de ações (65) (120)

Em 31 de dezembro de 2014 270 654

Emitido em dinheiro para o exercício de opções de ações (75) (146)

Em 31 de dezembro de 2015 195 508

As opções de ações exercidas em cada respectivo exercício foram pagas utilizando as ações em tesouraria do Grupo.

A redução do componente de capital de ações próprias é igual ao custo incorrido para adquirir as ações, com base numa média ponderada. Qualquer excesso de dinheiro recebido dos funcionários sobre a redução das ações em tesouraria é registrado em prêmio de emissão.

Outras reservas de capital Pagamentos baseado em ações

Ações preferenciais conversíveis Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em 1º de janeiro de 2014 338 228 566

Mudanças durante o período 298 — 298

Em 31 de dezembro de 2014 636 228 864

Mudanças durante o período 307 — 307

Em 31 de dezembro de 2015 943 228 1.171

CPC 26.78(e)

CPC 26.79(a)(i)

CPC 26.79(a)(iii)

CPC 26.79(a)(vi)

CPC 26.78(e)

CPC 26.79(a)(vi)

CPC 26.79(b)

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107Good Group | EY

Natureza e finalidade das reservas Outras reservas de capital Transações com pagamentos baseados em ações Na reserva de benefícios de compra de ações por empregados é contabilizado o valor das remunerações baseadas em ações oferecidas aos empregados, inclusive profissionais importantes da administração, como parte das remunerações por eles recebidas. Para mais detalhes sobre esses planos, consulte a Nota 27.

Ações preferenciais conversíveis Na reserva de ações preferenciais conversíveis, é contabilizado o componente de capital das ações conversíveis emitidas. O componente passivo está refletido nos passivos financeiros.

Outros resultados abrangentes, líquidos de impostos:A segregação das mudanças em outros resultados abrangentes por tipo de reserva no patrimônio líquido é demonstrada a seguir:

Em 31 de dezembro de 2015

Reserva para hedge de fluxo de

caixa

Reserva para ativos financeiros disponíveis para venda

Reserva para

conversão em moeda

estrangeira

Reserva para

reavaliação de ativos

Lucros acumulados Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Investimentos líquidos de hedge

— — 196 — — 196

Diferenças de variação cambial

— — (247) — — (247)

Contratos de futuros

(640) — — — — (640)

Contratos a termo de commodities

(154) — — — — (154)

Reclassificações para demonstração do resultado

282 — — — — 282

Ganhos / (perdas) em ativos financeiros disponíveis para venda

— (40) — — — (40)

Remensuração de plano de benefício definido

— — — — 257 257

(512) (40) (51) — 257 (346)

CPC 26.79(a)(vi)

CPC 26.79(b)

CPC 26.106A)

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108 Good Group | EY

Em 31 de dezembro de 2014

Reserva para hedge de fluxo

de caixa

Reserva para ativos

financeiros disponíveis para venda

Reserva para conversão em

moeda estrangeira

Lucros acumulados Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Diferenças de variação cambial

— — (117) — (117)

Contratos de futuros

(265) — — — (265)

Reclassificações para demonstração de resultado

289 — — — 289

Ganhos / (perdas) em ativos financeiros disponíveis para venda

— 2 — — 2

Remensuração de plano de benefício definido

— — — (273) (273)

24 2 (117) (273) (364)

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109Good Group | EY

22. Dividendos pagos e propostos

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Dividendos em dinheiro sobre ações ordinárias declarados e pagos:

Dividendo final em 2014: 5,66 centavos por ação (2013: 3,93 centavos por ação) 1.082 749

Dividendo interino em 2015: 4,66 centavos por ação (2014: 4,47 centavos por ação) 890 851

1.972 1.600

Dividendos propostos sobre ações ordinárias:

Dividendo em dinheiro final em 2015: 5,01 centavos por ação (2014: 5,66 centavos por ação)

1.087 1.082

Os dividendos propostos sobre ações ordinárias estão sujeitos à aprovação na assembleia geral anual e não são reconhecidos como passivo em 31 de dezembro.

Distribuição sem desembolso de caixaEm 14 de novembro de 2015, os acionistas da empresa aprovaram a distribuição de ações da Mangueiras Ltda. aos acionistas da controladora do Grupo. Distribuições sem desembolso de caixa são mensuradas a valor justo dos ativos a serem distribuídos. Os detalhes da distribuição sem desembolso de caixa a ser paga são os seguintes:

R$ 000

Em 1º de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de 2014 -

Passivo decorrente de aprovação para distribuição 405

Remensurações reconhecidas diretamente no patrimônio líquido 5

Em 31 de dezembro de 2015 410

O valor justo é apurado com base no método de fluxo de caixa descontado, baseado no valor justo do grupo de alienação distribuído aos acionistas da controladora. A duração esperada do fluxo de caixa e a época específica da entrada e da saída de recursos são determinadas por eventos tais como lucros operacionais, custos de matérias-primas e custo de financiamento. A série de lucros operacionais líquidos, juntamente com uma estimativa do valor final previsto ao final do período de projeção, é então divulgada.

CPC 26.107

CPC 26.137(a)

CPC 46.93(h)(i)

CPC 46.93(e)(ii)

CPC 46.93(d)

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110 Good Group | EY

Dados de avaliação significativos não observáveis: Intervalo (média ponderada)WACC 10%Taxa de crescimento da receita de longo prazo 2%-5% (4,2%)Margem bruta de longo prazo 3%-20% (10,3%)Desconto para risco próprio de descumprimento 0,05%

O desconto para risco próprio de descumprimento representa o ajuste que os participantes de mercado fariam para refletir o risco de que o Grupo não está em condições de cumprir a obrigação, incluindo o efeito de risco de crédito, bem como outros fatores que podem influenciar a probabilidade de não se fazer a distribuição.

Os aumentos (reduções) significativos no crescimento da receita de longo prazo estimada e na margem bruta resultariam em valor justo significativamente mais alto (mais baixo). Os aumentos (reduções) no custo de capital médio ponderado (CCMP) e no desconto sobre risco próprio de descumprimento isoladamente resultariam em valor justo significativamente mais baixo (mais alto).

23. ProvisõesO Grupo tem participação acionária de 25% na Força Total Ltda., que se dedica à produção de equipamentos de prevenção contra incêndio para usinas geradoras de energia no Brasil.

A Força Total Ltda. é uma entidade privada não cotada em bolsa. A tabela a seguir apresenta um resumo das informações financeiras do investimento do Grupo na Força Total Ltda.:

Garantias de manutenção Reestruturação Desativação

Arrendamento operacional

Contribuição previdenciária sobre

opções de ações

Descarte de equipamentos elétricos

e eletrônicos Passivo contingente Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em 1º de janeiro de 2015

118 — — — 4 53 — 175

Aquisição de uma controlada (Nota 7)

— 500 1.200 400 — — 380 2.480

Constituídas durante o exercício

112 — — — 26 102 20 260

Utilizadas (60) (39) — (20) (19) (8) — (146)

Estorno de valores não utilizados

(6) (6) — — — — — (12)

Ajuste de taxa de desconto

2 11 21 6 1 2 — 43

Em 31 de dezembro de 2015

166 466 1.221 386 12 149 400 2.800

Circulante 114 100 — 205 3 28 400 850

Não circulante 52 366 1.221 181 9 121 — 1.950

Garantias de manutenção

Contribuição previdenciária

sobre opção de ações

Descarte de equipamentos

elétricos e eletrônicos

Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em 1º de janeiro de 2014 66 3 31 100

Constituídas durante o exercício 52 1 22 75

Em 31 de dezembro de 2014 118 4 53 175

Circulante 60 — 38 98

Não circulante 58 4 15 77

CPC 46.93(h)(i)

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111Good Group | EY

Dados de avaliação significativos não observáveis: Intervalo (média ponderada)WACC 10%Taxa de crescimento da receita de longo prazo 2%-5% (4,2%)Margem bruta de longo prazo 3%-20% (10,3%)Desconto para risco próprio de descumprimento 0,05%

O desconto para risco próprio de descumprimento representa o ajuste que os participantes de mercado fariam para refletir o risco de que o Grupo não está em condições de cumprir a obrigação, incluindo o efeito de risco de crédito, bem como outros fatores que podem influenciar a probabilidade de não se fazer a distribuição.

Os aumentos (reduções) significativos no crescimento da receita de longo prazo estimada e na margem bruta resultariam em valor justo significativamente mais alto (mais baixo). Os aumentos (reduções) no custo de capital médio ponderado (CCMP) e no desconto sobre risco próprio de descumprimento isoladamente resultariam em valor justo significativamente mais baixo (mais alto).

23. ProvisõesO Grupo tem participação acionária de 25% na Força Total Ltda., que se dedica à produção de equipamentos de prevenção contra incêndio para usinas geradoras de energia no Brasil.

A Força Total Ltda. é uma entidade privada não cotada em bolsa. A tabela a seguir apresenta um resumo das informações financeiras do investimento do Grupo na Força Total Ltda.:

Garantias de manutenção Reestruturação Desativação

Arrendamento operacional

Contribuição previdenciária sobre

opções de ações

Descarte de equipamentos elétricos

e eletrônicos Passivo contingente Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em 1º de janeiro de 2015

118 — — — 4 53 — 175

Aquisição de uma controlada (Nota 7)

— 500 1.200 400 — — 380 2.480

Constituídas durante o exercício

112 — — — 26 102 20 260

Utilizadas (60) (39) — (20) (19) (8) — (146)

Estorno de valores não utilizados

(6) (6) — — — — — (12)

Ajuste de taxa de desconto

2 11 21 6 1 2 — 43

Em 31 de dezembro de 2015

166 466 1.221 386 12 149 400 2.800

Circulante 114 100 — 205 3 28 400 850

Não circulante 52 366 1.221 181 9 121 — 1.950

Garantias de manutenção

Contribuição previdenciária

sobre opção de ações

Descarte de equipamentos

elétricos e eletrônicos

Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em 1º de janeiro de 2014 66 3 31 100

Constituídas durante o exercício 52 1 22 75

Em 31 de dezembro de 2014 118 4 53 175

Circulante 60 — 38 98

Não circulante 58 4 15 77

CPC 25.85

CPC 25.84 (a)

CPC 25.84 (b)

CPC 25.84 (c)

CPC 25.84 (d)

CPC 25.84 (e)

CPC 25.84 (a)

CPC 25.84 (b)

Garantias de manutençãoUma provisão é reconhecida para registrar as obrigações referentes aos pedidos que se espera receber para conserto/troca de produtos em garantia vendidos nos últimos dois anos, com base na experiência passada sobre o nível de consertos e trocas. Espera-se que a maioria desses custos seja incorrida no próximo exercício financeiro e que a totalidade deles seja incorrida dentro de dois anos a partir da data do balanço patrimonial. As premissas utilizadas para calcular a provisão para garantias foram baseadas nos atuais níveis de vendas e atuais informações disponíveis sobre devoluções baseadas no período de garantia de dois anos para todos os produtos vendidos.

Reestruturação A provisão para reestruturação já existia antes da combinação de negócios e se refere, principalmente, à eliminação de determinadas linhas de produtos da Extintores Ltda. O plano de reestruturação foi elaborado e anunciado aos empregados da Extintores Ltda. em 2015, quando a provisão foi reconhecida nas demonstrações financeiras da empresa adquirida. Espera-se que a reestruturação seja concluída até 2017.

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112 Good Group | EY

Desativação Foi reconhecida provisão para custos de desativação associados com uma fábrica de propriedade da Extintores Ltda. O Grupo compromete-se a desativar a fábrica como resultado da construção da unidade de manufatura para produção de tecidos que dificultam a propagação do incêndio.

Arrendamento mercantil operacional oneroso Na aquisição da Extintores Ltda., foi reconhecida uma provisão pelo fato de que os prêmios de arrendamento sobre o arrendamento mercantil operacional foram significativamente mais altos do que a taxa de mercado na data de aquisição. A provisão foi calculada com base na diferença entre a taxa de mercado e a taxa paga.

Contribuição previdenciária sobre opções de açõesA provisão para contribuição previdenciária sobre opções de ações é calculada com base no número de opções em circulação na data do balanço. A provisão é baseada no preço de mercado das ações na data do balanço, que é a melhor estimativa do preço de mercado. Espera-se que os custos sejam incorridos no período de 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2017.

Descarte de equipamentos elétricos e eletrônicosA provisão para descarte de resíduos elétricos e eletrônicos é calculada com base nas vendas do ano em curso (novos resíduos) e alienações esperadas de resíduos antigos (vendas anteriores a agosto de 2012).

Provisão Uma provisão anteriormente reconhecida como passivo contingente com valor justo de R$ 380 foi registrada na data de aquisição da Extintores Ltda. A alegação está vinculada a arbitragem e só deverá ser finalizada no final de 2016. Na data do balanço, a provisão foi reavaliada e aumentou para R$ 400.

24. Subvenções governamentais2015 2014

R$ 000 R$ 000

Em 1º de janeiro 1.551 1.450

Recebidas durante o exercício 2.951 642

Baixadas ao resultado (Nota 9.1) (1.053) (541)

Em 31 de dezembro 3.449 1.551

Circulante 149 151

Não circulante 3.300 1.400

3.449 1.551

Subvenções governamentais foram recebidas para a compra de alguns itens do imobilizado. Não existem condições ou contingências não cumpridas atreladas a essas subvenções.

25. Receita diferida2015 2014

R$ 000 R$ 000

Em 1º de janeiro 365 364

Diferida durante o exercício 1.426 1.126

Baixadas ao resultado (1.375) (1.125)

Em 31 de dezembro 416 365

Circulante 220 200

Não circulante 196 165

416 365

A receita diferida é referente às transações do programa de fidelidade. Em 31 de dezembro de 2015, o passivo estimado para pontos não resgatados é de aproximadamente R$ 461 (2014: R$ 365).

CPC 15.56(a)

CPC 07.39(b)

CPC 07.39(c)

CPC 30.36

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113Good Group | EY

Comentário

O CPC 30 acrescenta após os “Exemplos”, ao final do texto do pronunciamento, uma “Interpretação A – Programa de Fidelidade de Cliente” e um “Apêndice – Orientação de aplicação”, correlacionados à IFRIC 13, que ilustram as questões contábeis envolvidas nas estimativas dos programas de fidelidade.

26. Planos de previdência e outros benefícios pós-empregoPassivo de plano de benefício definido líquido:

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Plano de benefícios de saúde pós-emprego nos EUA (339) (197)

Plano de previdência no Brasil (2.711) (2.780)

Total (3.050) (2.977)

O Grupo possui plano de pensão com benefício definido no Brasil (custeado pelo Grupo). Outrossim, nos Estados Unidos, o Grupo presta determinados benefícios de assistência médica pós-emprego a funcionários (não custeados pelo Grupo).

O plano de pensão com benefício definido pelo Grupo consiste em um plano salarial final para empregados no Brasil, que exige que contribuições sejam feitas a um fundo administrado separadamente.

Esse plano é regido pela legislação trabalhista vigente no Brasil, que exige que os pagamentos salariais finais sejam ajustados pelo índice de preços ao consumidor, quando pagos durante a aposentadoria. O nível de benefícios prestados depende da extensão dos serviços e salários dos participantes em idade de aposentadoria. O plano de pensão com benefício definido exige que as contribuições sejam feitas a um fundo administrado separadamente. O fundo é legalmente classificado como fundação e administrado pelo conselho de curadores, formado por igual quantidade de representantes dos empregados e do empregador. O conselho curador é responsável pela administração dos ativos do plano para definição da estratégia de investimento.

A cada exercício, o conselho curador revisa o nível de provisão de recursos ao plano de pensão no Brasil, conforme requerido pela legislação trabalhista vigente. Essa revisão contempla a estratégia de “encontro” entre ativos e passivos e política de administração de riscos de investimento. O conselho curador decide sobre a contribuição com base nos resultados de sua revisão anual. Geralmente, o objetivo é ter um mix de carteira de participação combinada de 40% no patrimônio e propriedade e 60% em instrumentos de dívida. A legislação trabalhista no Brasil exige que o Grupo sane eventual déficit no plano (com base na avaliação realizada de acordo com as regulações no Brasil) ao longo de um período de, no máximo, 5 anos após o período em que o déficit ocorrer. O conselho curador tem o objetivo de manter contribuições anuais relativamente estáveis em nível tal que não sejam gerados déficits ao plano (com base em avaliação realizada de acordo com as regulações em vigor no Brasil).

Uma vez que o passivo de pensão é ajustado com base no índice de preços ao consumidor, o plano de pensão está exposto à inflação no Brasil, riscos de taxa de juros e mudanças na expectativa de vida dos pensionistas. Considerando que os ativos do plano incluem investimentos significativos nas ações cotadas de entidades de manufatura e produtos de consumo, o Grupo também está exposto ao risco de mercado existente nos setores de manufatura e produtos de consumo.

As tabelas abaixo apresentam um sumário dos componentes da despesa com benefícios líquidos reconhecida no balanço patrimonial e situação superavitária, com montantes reconhecidos no balanço patrimonial para os respectivos planos:

Plano de assistência médica pós-emprego

Despesa líquida com benefício em 2015 (reconhecida no resultado)

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Custo do serviço corrente (142) (108)

Custo dos juros sobre as obrigações de benefícios (11) (5)

Despesa líquida com benefício (153) (113)

CPC 33.135

CPC 33.136

CPC 33.138

CPC 33.139

CPC 33.146

CPC 33.147 (a)

CPC 33.153

CPC 33.141

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114 Good Group | EY

As mudanças no valor presente da obrigação de benefício definido são:

Plano de saúde pós-emprego

R$ 000

Obrigações de benefícios definidos em 1º de janeiro de 2014 88

Custo dos juros 5

Custo do serviço corrente 108

Benefícios pagos (34)

Diferenças cambiais 30

Obrigações de benefícios definidos em 31 de dezembro de 2014 197

Custo dos juros 11

Custo do serviço corrente 142

Benefícios pagos (21)

Diferenças cambiais 10

Obrigações de benefícios definidos em 31 de dezembro de 2015 339

Planos do Brasil

Mudanças nas obrigações de benefícios definidos e no valor justo dos ativos do plano em 2015:

Custo dos planos reconhecido no resultado Remensuração de ganhos / (perdas) reconhecidos em outros resultados abrangentes

1º de janeiro de 2015

Custo do serviço Juros líquidos

Subtotal incluído no resultado

(Nota 12.6) Benefícios pagos

Retorno sobre o ativo do plano (excluindo os

valores incluídos nas despesas

líquidas de juros)

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas demográficas

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas financeiras

Ajustes de experiência

Subtotal incluído em

outros resultados

abrangentesContribuições

do empregador

31 de dezembro

de 2015

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Obrigações com benefícios definidos

(5.610) (1.267) (256) (1.523) 868 - 211 (80) (20) 111 - (6.154)

Valor justo dos ativos do plano

2.830 125 125 (868) 258 - - 258 1.098 3.443

Passivo de benefícios (2.780) - - (1.398) - 258 211 (80) (20) 369 1.098 (2.711)

Mudanças nas obrigações de benefícios definidos, no valor justo dos ativos do plano e nos custos dos serviços passados não reconhecidos em 2013:

Custo dos planos reconhecido no resultado Remensuração de ganhos / (perdas) reconhecidos em outros resultados abrangentes

1º de janeiro de 2014

Custo do serviço Juros líquidos

Subtotal incluído no resultado

(Nota 12.6) Benefícios pagos

Retorno sobre o ativo do plano (excluindo os

valores incluídos nas despesas

líquidas de juros)

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas demográficas

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas financeiras

Ajustes de experiência

Subtotal incluído em

outros resultados

abrangentesContribuições do empregador

31 de dezembro de 2013

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Obrigações com benefícios definidos

(5.248) (1.144) (283) (1.427) 1.166 - (201) 70 30 (101) (5.610)

Valor justo dos ativos do plano

2.810 - 161 161 (1.166) (288) - (288) 1.313 2.830

Passivo de benefícios (2.438) - - (1.266) - (288) (201) 70 30 (389) 1.313 (2.780)

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115Good Group | EY

As mudanças no valor presente da obrigação de benefício definido são:

Plano de saúde pós-emprego

R$ 000

Obrigações de benefícios definidos em 1º de janeiro de 2014 88

Custo dos juros 5

Custo do serviço corrente 108

Benefícios pagos (34)

Diferenças cambiais 30

Obrigações de benefícios definidos em 31 de dezembro de 2014 197

Custo dos juros 11

Custo do serviço corrente 142

Benefícios pagos (21)

Diferenças cambiais 10

Obrigações de benefícios definidos em 31 de dezembro de 2015 339

Planos do Brasil

Mudanças nas obrigações de benefícios definidos e no valor justo dos ativos do plano em 2015:

Custo dos planos reconhecido no resultado Remensuração de ganhos / (perdas) reconhecidos em outros resultados abrangentes

1º de janeiro de 2015

Custo do serviço Juros líquidos

Subtotal incluído no resultado

(Nota 12.6) Benefícios pagos

Retorno sobre o ativo do plano (excluindo os

valores incluídos nas despesas

líquidas de juros)

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas demográficas

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas financeiras

Ajustes de experiência

Subtotal incluído em

outros resultados

abrangentesContribuições

do empregador

31 de dezembro

de 2015

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Obrigações com benefícios definidos

(5.610) (1.267) (256) (1.523) 868 - 211 (80) (20) 111 - (6.154)

Valor justo dos ativos do plano

2.830 125 125 (868) 258 - - 258 1.098 3.443

Passivo de benefícios (2.780) - - (1.398) - 258 211 (80) (20) 369 1.098 (2.711)

Mudanças nas obrigações de benefícios definidos, no valor justo dos ativos do plano e nos custos dos serviços passados não reconhecidos em 2013:

Custo dos planos reconhecido no resultado Remensuração de ganhos / (perdas) reconhecidos em outros resultados abrangentes

1º de janeiro de 2014

Custo do serviço Juros líquidos

Subtotal incluído no resultado

(Nota 12.6) Benefícios pagos

Retorno sobre o ativo do plano (excluindo os

valores incluídos nas despesas

líquidas de juros)

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas demográficas

Alterações atuariais

advindas de mudanças nas

premissas financeiras

Ajustes de experiência

Subtotal incluído em

outros resultados

abrangentesContribuições do empregador

31 de dezembro de 2013

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Obrigações com benefícios definidos

(5.248) (1.144) (283) (1.427) 1.166 - (201) 70 30 (101) (5.610)

Valor justo dos ativos do plano

2.810 - 161 161 (1.166) (288) - (288) 1.313 2.830

Passivo de benefícios (2.438) - - (1.266) - (288) (201) 70 30 (389) 1.313 (2.780)

CPC 33.140

CPC 33.141

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116 Good Group | EY

CPC 33.142

CPC 33.143

CPC 33.143

CPC 33.145

O retorno real sobre os ativos do plano para 2015 foi de R$ 738 (2014: R$ 504).

As aquisições da Extintores Ltda. em 2015 e da Iluminação Ltda. em 2014 não afetaram os ativos do plano ou as obrigações com benefícios definidos, pois nenhuma delas possuía planos de benefício definido.

As principais categorias de ativos do plano ao valor justo são:

Planos no Brasil

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Investimentos cotados em mercados ativos:

Investimentos cotados

Setor de fabricação de produtos de consumo 830 655

Setor de telecomunicações 45 33

Títulos emitidos pelo governo brasileiro 1.670 1.615

Investimentos não cotados:

Instrumentos de dívidas emitidos pelo Banco Bom 428 222

Propriedade 70 55

Total 3.443 2.830

Os valores justos dos ativos não foram significativamente alterados devido à adoção do CPC 46.

Os ativos do plano incluem uma propriedade ocupada pelo Grupo com valor justo de R$ 50 (2014: R$ 50).

Comentário:O valor justo dos ativos do plano é apresentado nesta divulgação. Embora o valor justo seja apurado com base no CPC 46, as divulgações do valor justo contempladas no CPC 36 não estão previstas no CPC 33 e, portanto, não são exigidas. No entanto, se houver um impacto sobre os ativos do plano a partir da mensuração utilizando o CPC 46, a informação precisará ser divulgada.

Com base no CPC 33, o Grupo separou os ativos do plano em diferentes classes. O Grupo tem uma classe “propriedade”, que não foi classificada em categorias. Não se considera significativo o montante em relação às demonstrações financeiras consolidadas.

As premissas principais utilizadas para apurar as obrigações com benefícios previdenciários e de assistência médica pós-emprego do Grupo são as seguintes:

2015 2014

% %

Taxa de desconto:

Plano mantido no Brasil 4,9 5,5

Plano de assistência médica pós-emprego 5,7 5,9

Futuros aumentos salariais:

Plano mantido no Brasil 3,5 4,0

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117Good Group | EY

CPC 33.145

Futuros aumentos nos planos de pensão:

Plano mantido no Brasil 2,1 2,1

Taxa de crescimento dos custos com saúde 7,2 7,4

Expectativa de vida em planos de previdência privada para participantes assistidos com 65 anos:

Anos Anos

Plano mantido no Brasil

Homens 20,0 20,0

Mulheres 23,0 23,0

Plano de assistência médica pós-emprego

Homens 19,0 19,0

Mulheres 22,0 22,0

A análise de sensibilidade quantitativa em relação a hipóteses significativas em 31 de dezembro de 2015 é demonstrada abaixo:

2015 2014

Premissas para Planos de Pensão no Brasil R$ 000 R$ 000

Futuros aumentos nos custos de pensão:

1% aumento 70 60

1% redução (80) (70)

Taxa de desconto:

0,5% aumento (90) (100)

0,5% redução 80 70

Futuros aumentos de salários:

0,5% aumento 120 110

0,5% redução (110) (130)

Expectativa de vida de pensionista feminino:

Aumento em 1 ano 110 100

Redução em 1 ano (120) (130)

Expectativa de vida de pensionista masculino:

Aumento em 1 ano 70 60

Redução em 1 ano (60) (70)

Premissas para Planos de benefícios de saúde

pós-emprego no EUA

Futuros aumentos nos custos de pensão:

1% aumento 110 105

1% redução (90) (95)

Taxa de desconto:

0,5% aumento (90) (120)

0,5% redução 100 80

Futuros aumentos de salários:

0,5% aumento 130 125

0,5% redução (150) (155)

Expectativa de vida de pensionista feminino:

Aumento em 1 ano 90 75

Redução em 1 ano (80) (95)

Impacto na obrigação com benefício definido

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118 Good Group | EY

CPC 10.46

CPC33.147(a

CPC33.147(b)

CPC33.147(c)

CPC 10.45(a)

As análises de sensibilidade acima foram determinadas com base em um método que extrapola o impacto sobre a obrigação de benefício definido, como resultado de mudanças razoáveis nas principais premissas ao final do período de reporte. As análises de sensibilidade são baseadas em uma mudança em uma premissa significativa, mantendo todas as outras constantes. As análises de sensibilidade podem não ser representativas de uma mudança real na obrigação de benefício definido, pois é improvável que alterações nas premissas poderiam ocorrer de forma isolada umas da outras.

Os pagamentos a seguir apresentados representam as contribuições esperadas para os exercícios futuros a partir da obrigação do plano de benefício definido:

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Dentro dos próximos 12 meses (próximo período anual) 1.500 1.350

Entre 2 e 5 anos 2.150 2.050

Entre 5 e 10 anos 2.160 2.340

Após 10 anos 3.000 2.600

Total de pagamentos esperados 8.810 8.340

A duração média da obrigação do plano de benefício definido no final do período é de 26,5 anos (2012: 25,3 anos).

ComentárioO CPC 33 também exige divulgação de variações em relação ao período anterior nos métodos e premissas utilizados na preparação das análises de sensibilidade, e as razões dessas variações. O Grupo não apresenta essas variações.

O CPC 33 exige divulgação de análises de sensibilidade que demonstrem como a obrigação de benefício definido seria afetada por mudanças razoavelmente possíveis em premissas atuariais. Esta publicação tem como finalidade ilustrar as divulgações exigidas, sendo que as mudanças nas premissas apresentadas nas análises de sensibilidade acima não necessariamente refletem as mudanças nos mercados atuais.

O CPC 33 (atualizado em 2011) inclui várias novas exigências de divulgação para esses planos. Ao mesmo tempo, a nova norma introduz alguns objetivos e considerações primordiais de divulgação que apresentam uma estrutura para identificar a natureza e extensão geral das divulgações que deveriam ser incluídas nas notas às demonstrações financeiras. O CPC 33, por exemplo, indica que as entidades devem considerar os seguintes itens ao fazerem as divulgações concernentes ao plano de benefício definido:

• Nível de detalhe necessário para satisfazer as exigências de divulgação;

• Ênfase sobre cada uma das várias exigências;

• Nível de agregação ou desagregação a ser realizada; e

• Se os usuários de demonstrações financeiras precisam de informações adicionais para avaliarem as informações quantitativas divulgadas.

Essas considerações tiveram o objetivo de auxiliar as entidades a conciliar o objetivo primordial de divulgação com o fato de que listas extensas de divulgações exigidas ainda continuam sendo contempladas pela norma. Na Base de Conclusões anexada ao CPC 33 (atualizado em 2011), o IASB e o CPC enfatizam que não é exigida a divulgação de informações insignificantes, conforme consta no CPC 26.

A adição de objetivos de divulgação claros dá às entidades a oportunidade para abordar de maneira diferente as divulgações do plano de benefícios definidos. A eliminação de divulgações insignificantes aumentaria a capacidade de os usuários de demonstrações financeiras enfocarem as transações e os detalhes que são realmente importantes.

27. Planos de remuneração baseados em açõesPlano para a alta administração O plano para a alta administração concede opções de ações à alta administração com mais de 12 meses de serviços prestados à companhia. O preço de exercício das opções é equivalente ao preço de mercado das ações na data de concessão. As opções serão exercíveis se e quando o lucro por ação do Grupo aumentar 10% em um prazo de três anos a partir da data de concessão e o executivo ainda estiver empregado naquela data. Caso contrário, as opções caducam.

O valor justo das opções é estimado na data de concessão, com base em modelo binomial de precificação das opções que considera os prazos e condições da concessão dos instrumentos.

As opções de ações podem ser exercidas até dois anos após o período de carência de três anos e, portanto, o prazo de vida contratual de cada opção concedida é de cinco anos. Não há alternativas para pagamento em dinheiro. O Grupo não adotou a política de pagamento em dinheiro no passado.

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119Good Group | EY

Plano de opção de ações a funcionáriosTodos os demais funcionários têm direito a opções com base no Plano de Opções de Ações a Funcionários (Gesp) após dois anos de serviços prestados à Companhia. O exercício das opções depende do Retorno Total ao Acionista (RTA) do Grupo, com relação ao grupo dos principais concorrentes. Os funcionários devem permanecer em serviço por um período de três anos após a data de concessão. O valor justo das opções de ações concedidas é estimado na data de concessão, com base no modelo de Monte Carlo, que considera os prazos e condições da concessão das ações. O modelo simula o RTA, comparando-o ao grupo dos principais concorrentes. Também são considerados os dividendos históricos, volatilidade do preço das ações do Grupo e cada entidade do grupo de concorrentes para prever o desempenho das ações.

O preço de exercício das opções é equivalente ao preço de mercado das ações na data de concessão. O prazo contratual das opções é de cinco anos, não havendo alternativas para pagamento em dinheiro aos funcionários. O Grupo não adotou a política de pagamento em dinheiro no passado.

Direito de valorização de açõesOs funcionários do grupo de desenvolvimento do negócio recebem direitos de valorização de ações (SARs), somente pagáveis em dinheiro. Esses direitos são exercíveis quando um determinado número de contratos de venda é fechado no prazo de três anos a partir da data de concessão e o empregado continua a trabalhar no Grupo na data de aquisição. As opções de ações podem ser exercidas até dois anos após o período de carência de três anos e, portanto, o prazo de vida contratual dos SARs é de seis anos. O valor justo dos SARs é calculado na data de concessão, com base em modelo binomial de precificação das opções que considera os prazos e condições da concessão dos instrumentos e a probabilidade de atingir as metas estabelecidas.

O valor contábil do passivo referente a SARs em 31 de dezembro de 2015 corresponde a R$ 299 (2014: R$ 194). Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, nenhum direito de valorização de ações tornou-se exercível, concedido ou perdido.

A despesa reconhecida referente a serviços de funcionários recebidos durante o exercício está demonstrada na tabela abaixo:

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Despesa proveniente de transações de pagamento com base em ações e liquidadas com capital próprio (Nota 20) 307 298

Despesa proveniente de transações de pagamento com base em ações e liquidadas em dinheiro 105 194

Total das despesas provenientes de transações de pagamento com base em ações

412 492

Não houve cancelamentos ou alterações nos planos durante 2015 ou 2014.

Movimentação durante o exercícioA tabela a seguir apresenta o número (Nº) e média ponderada do preço de exercício (WAEP) e o movimento das opções de ações durante o exercício:

2015 Nº

2015 WAEP

2014 Nº

2014 WAEP

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Em aberto em 1º de janeiro (575)1 R$ 2,85 (525) R$ 2,75

Concedidas durante o exercício 250 R$ 3,85 155 R$ 3,13

Vencidas durante o exercício - - (25) R$ 2,33

Exercidas durante o exercício (75)2 R$ 2,33 (65)1 R$ 3,08

Expiradas durante o exercício (25) R$ 3,02 (15) R$ 2,13

Em aberto em 31 de dezembro (725)1 R$ 3,24 (575)1 R$ 2,85

Exercíveis em 31 de dezembro 110 R$ 2,98 100 R$ 2,51

1 O preço médio ponderado das ações, na data de exercício, para as opções efetivamente exercidas, era de R$ 4,09.2 O preço médio ponderado das ações, na data de exercício, para as opções efetivamente exercidas, era de R$ 3,13.A vigência contratual média ponderada remanescente para as opções de ação restantes em 31 de dezembro de 2015 era de 2,94 anos (2014: 2,60 anos). O valor justo médio ponderado das opções outorgadas durante o exercício era de R$ 1,32 (2014: R$ 1,18). A faixa de preço de exercício para as opções remanescentes ao final do exercício era de R$ 2,33 a R$ 3,85 (2013: R$ 2,14 a R$ 3,13).

CPC 10.45(a)

CPC 10.47 (a)(iii)

CPC 10.51(b)

CPC 10.51(a)

CPC 10.45 (c)

CPC 10.45 (d)

CPC 10.45 (b)

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120 Good Group | EY

A tabela a seguir apresenta uma relação das informações dos modelos utilizados nos três planos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014:

2015 SEP

2015 GESP

2015 SAR

Média ponderada do valor justo na data da mensuração R$ 3,45 R$ 3,10 R$ 2,80

Rendimento de dividendos (%) 3,13 3,13 3,13

Volatilidade esperada (%) 15,00 16,00 18,00

Taxa de retorno livre de risco (%) 5,10 5,10 5,10

Prazo de vida esperado das opções (anos) 3,00 4,25 6,00

Média ponderada do preço das ações (R$) 3,10 3,10 3,12

Modelo utilizado Binomial Monte Carlo Binomial

2014 SEP

2014 GESP

2014 SAR

Média ponderada do valor justo na data da mensuração R$ 3,30 R$ 3,00 R$ 2,60

Rendimento de dividendos (%) 3,01 3,01 3,01

Volatilidade esperada (%) 16,30 17,50 18,10

Taxa de retorno livre de risco (%) 5,00 5,00 5,00

Prazo de vida esperado das opções (anos) 3,00 4,25 6,00

Média ponderada do preço das ações (R$) 2,86 2,86 2,88

Modelo utilizado Binomial Monte Carlo Binomial

A vida esperada das opções é baseada em dados históricos e não indica necessariamente padrões de exercício que possam ocorrer. A volatilidade esperada reflete a presunção de que a volatilidade histórica é indicativa de tendências futuras, que podem não corresponder ao cenário real.

28. Fornecedores e outras contas a pagar (circulante)

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Fornecedores 17.528 18.945

Outras contas a pagar 1.833 1.494

Juros a pagar 43 269

Partes relacionadas 40 22

19.444 20.730

Termos e condições dos passivos financeiros acima referidos:

• Contas a pagar a fornecedores não rendem juros e são geralmente liquidadas em prazos de 60 dias; • Outras contas a pagar não rendem juros e têm prazos médios de seis meses; • Os juros a pagar são geralmente liquidados ao longo do exercício social; • Para os termos e condições envolvendo partes relacionadas, consulte a Nota 29. Para explicações sobre o processo de gerenciamento do risco de liquidez do Grupo, consulte a Nota 31.

CPC 10.47 (a)(ii)

CPC 40.39

CPC 40.39(c)

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CPC05.18

CPC05.21

CPC05.18

121Good Group | EY

29. Informações sobre partes relacionadasA Nota 6 fornece informações sobre a estrutura do Grupo incluindo os detalhes das controladas e da holding. A tabela abaixo apresenta o valor total das operações que tenham sido celebradas com partes relacionadas para o exercício social correspondente.

Vendas a partes

relacionadas

Vendas efetuadas por

partes relacionadas

Valores devidos por

partes relacionadas*

Valores devidos a

partes relacionadas *

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Entidade com influência significativa sobre o Grupo:

International Fires P.L.C. 2015 7.115 — 620 —

2014 5.975 — 550 —

Coligada:

Força Total Ltda. 2015 2.900 — 551 —

2014 2.100 — 582 —

Joint venture em que a controladora é uma das participantes:

Esguichos Ltda. 2015 — 590 — 30

2014 — 430 — 12

Principais membros da administração do Grupo:

Outros interesses dos membros da administração 2015 225 510 — 10

2014 135 490 — 10

*Esses valores são classificados como contas a receber e fornecedores, respectivamente (vide Notas 19 e 28).

Juros recebidosValores devidos por partes relacionadas

R$ 000 R$ 000

Empréstimos a / de parte relacionada

Coligada:

Força Total Ltda. 2015 20 200

2014 — —

Principais membros da administração do Grupo

Empréstimos de diretores 2015 1 13

2014 — 8

Não havia outras transações além dos dividendos pagos entre o Grupo e a S.J. Limited durante o exercício (2014: R$ 0).

Financiamento a coligada O financiamento concedido à Força Total Ltda. tem o objetivo de financiar a aquisição de novas máquinas para produção de equipamentos de prevenção de incêndio. O financiamento não tem seguro, devendo ser amortizado totalmente até 1º de junho de 2016, a juros de 10%.

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122 Good Group | EY

Termos e condições de transações com partes relacionadas As vendas e compras envolvendo partes relacionadas são efetuadas a preços normais de mercado. Os saldos em aberto no encerramento do exercício não têm garantias, não estão sujeitos a juros e são liquidados em dinheiro. Não houve garantias prestadas ou recebidas em relação a quaisquer contas a receber ou a pagar envolvendo partes relacionadas. No exercício findo em 31 de dezembro de 2015, o Grupo não contabilizou qualquer perda por redução ao valor recuperável das contas a receber relacionada com os valores devidos por partes relacionadas (2014: R$ 0). Essa avaliação é realizada a cada exercício social, examinando-se a posição financeira da parte relacionada e do mercado no qual a parte relacionada atua.

Compromissos com partes relacionadasEm 1º de julho de 2015, a Bright Sparks Limited celebrou um contrato de 2 anos que termina em 30 de junho de 2017 com a Wireworks Inc. para comprar cabos elétricos e óticos específicos de faíscas brilhantes com utilização limitada em seu processo de produção. A Bright Sparks Limited espera que o volume de compras seja de R$ 750 para 2016 e R$ 250 para os primeiros seis meses de 2017. O preço de compra é baseado no custo real mais uma margem de 5%, e a compra será liquidada em 30 dias após a entrega da mercadoria. O Grupo tem um compromisso contratual com a Bright Sparks Limited através do qual, se os ativos mantidos como garantias pela Bright Sparks Limited para empréstimos estiverem com um rating de crédito abaixo de “AA”, a holding irá substituir os ativos por um equivalente com classificação “AA”. O valor justo máximo dos ativos a serem substituídos é de R$ 200 em 31 de dezembro de 2014 (2014: R$ 210). O Grupo não vai sofrer uma perda em qualquer operação decorrente desse compromisso, mas receberá ativos com menor rating de crédito do que os substituídos.

Transações com o pessoal-chave da administraçãoFinanciamentos a diretores O Grupo oferece à alta administração uma linha de crédito para financiamentos de até R$ 20, a serem amortizados em cinco anos a partir da data em que o financiamento é concedido. Esses financiamentos não têm garantia, estando sujeitos à taxa de juros média incorrida em empréstimos de longo prazo (atualmente, Libor + 0,8). Qualquer financiamento concedido é incluído nos instrumentos financeiros apresentados no balanço patrimonial.

Outras participações de diretores Durante os exercícios de 2015 e de 2014, foram efetuadas pelas empresas do Grupo compras a preços normais de mercado junto à G Indústrias Ltda., empresa em que a esposa de um dos diretores atua como diretora e acionista controladora.

Um determinado diretor detém participação societária de 25% (2014: 25%) na Proteção contra Incêndios e Casas Ltda. A empresa firmou um contrato para fornecimento de extintores de incêndio. Durante 2015 e 2014, a empresa forneceu extintores à Protege Ltda. a preços normais de mercado.

Remuneração do pessoal-chave da administração do Grupo

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Benefícios de empregados de curto prazo 435 424

Previdência e benefícios de assistência médica pós-emprego 110 80

Benefícios de desligamento1 40 —

Remuneração baseada em ações 18 12

Remuneração total paga ao pessoal-chave da administração 603 516

1 Os diretores não executivos não recebem previdência do Grupo. Durante 2015, R$ 40 foram pagos a um determinado diretor que se aposentou no cargo de diretor executivo em 2014.

Participações de diretores executivos no plano de incentivos à compra de ações por empregados As datas de vencimento e os preços de exercício das opções de compra de ações ordinárias pelos diretores executivos são as seguintes:

CPC 05.21

CPC 05.18(b)

CPC 05.18(b)

CPC 45.14-15

CPC 05.18

CPC 05.18

CPC 05.19 (f)

CPC05.17

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123Good Group | EY

Data da concessão

Data de vencimento

Preço de exercício

2015 2014

Quantidade de ações em circulação

Quantidade de ações em circulação

2014 2019 R$ 2,33 10.000 10.0002014 2019 R$ 3,13 83.000 83.0002015 2020 R$ 3,85 27.000 —Total 120.000 93.000

Nesse plano, não foram concedidas opções de compras de ações aos diretores não executivos. Para mais detalhes, consulte a Nota 27 sobre o plano de compra de ações.

30. Compromissos e contingênciasO Grupo contratou arrendamentos comerciais para determinados veículos motores e maquinários. Esses arrendamentos têm vida média entre três e cinco anos, sem previsão contratual para opção de renovação. A contratação desses arrendamentos não sujeita o Grupo a restrições.

Os aluguéis mínimos futuros a pagar sobre arrendamentos mercantis operacionais não canceláveis em 31 de dezembro são os seguintes:

2015 2014

R$ 000 R$ 000Dentro de um ano 255 250Após um ano, mas menos de cinco anos 612 600Mais de cinco anos 408 400

1.275 1.250

Compromissos de arrendamento mercantil operacional – Grupo como arrendador O Grupo contratou arrendamentos de propriedades comerciais para sua carteira de propriedades para investimento, representadas pela sede do Grupo e pelas unidades de produção. Esses arrendamentos não canceláveis apresentam prazos remanescentes com duração entre cinco e 20 anos. Todos os arrendamentos contemplam uma cláusula para possibilitar a revisão dos encargos de aluguel anualmente, de acordo com as condições de mercado existentes.

Os aluguéis mínimos futuros a receber, de acordo com os arrendamentos mercantis operacionais canceláveis em 31 de dezembro, são os seguintes:

2015 2014R$ 000 R$ 000

Dentro de um ano 1.418 1.390Após um ano, mas menos de cinco anos 5.630 5.520Mais de cinco anos 5.901 5.864

12.949 12.774

CPC05.17(e)

CPC 06.35(d)

CPC 06.35(a)

CPC 06.56(c)

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124 Good Group | EY

Arrendamento mercantil financeiro e compromissos de arrendamento O Grupo contratou arrendamentos mercantis financeiros e compromissos de arrendamento para vários itens do imobilizado. Esses arrendamentos têm prazos de renovação, mas não contemplam opções de compra e cláusulas de reajuste de preço. As renovações ficam à opção da entidade que contratou o arrendamento. Os pagamentos futuros mínimos a título de arrendamento, nos termos dos arrendamentos mercantis financeiros e compromissos de arrendamento, juntamente com o valor presente dos pagamentos mínimos de arrendamento, são os seguintes:

2015 2014

Pagamentos mínimos

Valor presente dos pagamentos

Pagamentos mínimos

Valor presente dos

pagamentosR$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Dentro de um ano 85 83 56 51Após um ano, mas menos de cinco anos 944 905 1.014 943

Mais de cinco anos — — — —Total de pagamentos mínimos de arrendamentos mercantis 1.029 988 1.070 994

Menos valores que representam encargos financeiros (41) — (76) —

Valor presente de pagamentos de arrendamento mínimos 988 988 994 994

Compromissos de capital Em 31 de dezembro de 2015, o Grupo tinha compromissos de R$ 2.310 (2014: R$ 4.500), incluindo R$ 2.000 (2014: 0) relativos à conclusão da unidade de produção de equipamentos de segurança contra incêndio e R$ 310 (2014: R$ 516) relativos à participação do Grupo na joint venture.

Processo judicial Um cliente no exterior moveu uma ação contra o Grupo, sob a alegação de equipamentos defeituosos. O desembolso esperado para essa ação, caso o cliente ganhe a ação, é de R$ 850. Uma vez que a data do julgamento ainda não foi marcada, não é possível definir a época do eventual pagamento.

Os assessores legais do Grupo consideram ser possível, mas não provável, que a ação tenha resultado favorável ao cliente, não tendo sido, portanto, constituída nenhuma provisão nas demonstrações financeiras.

Garantias O Grupo forneceu as seguintes garantias em 31 de dezembro de 2015:

• Garantia de 25% dos saques a descoberto da coligada até o montante máximo de R$ 500 (2013: R$ 250), incorridos juntamente com outros investidores da coligada (os valores contábeis dos correspondentes contratos de garantias financeiras foram de R$ 67 e R$ 34 em 31 de dezembro de 2015 e 2014, respectivamente);

• Garantia a uma parte não relacionada referente ao cumprimento de um contrato pela joint venture. Não se espera a geração de passivos; e

• Garantia da sua participação de R$ 20 (2014: R$ 13) no passivo contingente da coligada, incorrido juntamente com outros investidores.

Passivos contingentes O Grupo reconheceu um passivo contingente de R$ 400 na aquisição da Extintores Ltda.

31. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiroOs principais passivos financeiros do Grupo, que não sejam derivativos, referem-se a empréstimos, contas a pagar a clientes e outras contas a pagar e contratos de garantia financeira. O principal propósito desses passivos financeiros é captar recursos para as operações do Grupo. O Grupo possui empréstimos e outros créditos, contas a receber de clientes e outras contas a receber e depósitos à vista e a curto prazo que resultam diretamente de suas operações. O Grupo também mantém investimentos disponíveis para venda e contrata transações com derivativos.

O Grupo está exposto a risco de mercado, risco de crédito e risco de liquidez.

A alta administração do Grupo supervisiona a gestão desses riscos. A alta administração do Grupo conta com o suporte de um comitê de riscos financeiros que presta assessoria em riscos financeiros e estrutura

CPC 06.31(e)

CPC06.31(b)

CPC 27.74(c)

CPC 45.23(a)

CPC 45.B18-B19

CPC 25.86

CPC 05.21(h)

CPC 05.19(d)

CPC 05.19(e)

CPC 25.86

CPC 45.23 (b)

CPC 40.33

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125Good Group | EY

de governança em riscos financeiros apropriada para o Grupo. O comitê de riscos financeiros fornece garantia à alta administração do Grupo de que as atividades do Grupo em que se assumem riscos financeiros são regidas por políticas e procedimentos apropriados e que os riscos financeiros são identificados, avaliados e gerenciados de acordo com as políticas do grupo e disposição para risco do grupo. Todas as atividades com derivativos para fins de gestão de risco são realizadas por equipes especializadas com as habilidades, experiência e supervisão apropriadas. É política do Grupo não participar de quaisquer negociações de derivativos para fins especulativos.

O Conselho de Administração revisa e estabelece políticas para gestão de cada um desses riscos, os quais são resumidos abaixo.

Risco de mercadoO risco de mercado é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro flutue devido a variações nos preços de mercado. Os preços de mercado englobam três tipos de risco: risco de taxa de juros, risco cambial e risco de preço — que pode ser de commodities, de ações, entre outros. Instrumentos financeiros afetados pelo risco de mercado incluem empréstimos a receber e empréstimos a pagar, depósitos, instrumentos financeiros disponíveis para venda e mensurados ao valor justo através do resultado e instrumentos financeiros derivativos.

As análises de sensibilidade nas seguintes seções referem-se à posição em 31 de dezembro de 2015 e 2014.

As análises de sensibilidade foram preparadas com base no valor da dívida líquida, no índice de taxas de juros fixas em relação a taxas de juros variáveis da dívida e derivativos, e na proporção de instrumentos financeiros em moedas estrangeiras; são todos eles valores constantes e com base nas designações de hedge existentes em 31 de dezembro de 2015.

As análises excluem as movimentações do impacto nas variáveis de mercado sobre o valor contábil de obrigações de aposentadoria e pós-aposentadoria, provisões e sobre ativos e passivos não financeiros das operações no exterior.

As seguintes premissas foram adotadas no cálculo das análises de sensibilidade:

• A sensibilidade do balanço patrimonial refere-se a derivativos e instrumentos de dívida disponíveis para venda;

• A sensibilidade do respectivo item da demonstração do resultado é o efeito das mudanças assumidas conforme os respectivos riscos do mercado. Tem por base os ativos e passivos financeiros mantidos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, inclusive o efeito da contabilização de hedge;

• A sensibilidade do patrimônio é calculada considerando o efeito de quaisquer hedges de fluxo de caixa e hedges de investimento líquido de uma controlada no exterior associados em 31 de dezembro de 2015 para fins de mudanças presumidas no objeto do hedge.

Risco de taxa de jurosRisco de taxas de juros é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro flutue devido a variações nas taxas de juros de mercado. A exposição do Grupo ao risco de mudanças nas taxas de juros de mercado refere-se, principalmente, às obrigações de longo prazo do Grupo sujeitas a taxas de juros variáveis.

O Grupo gerencia o risco de taxa de juros mantendo uma carteira equilibrada entre empréstimos a receber e empréstimos a pagar sujeitos a taxas fixas e a taxas variáveis. A política do Grupo é manter entre 40% e 60% de seus empréstimos a pagar sujeitos a taxas fixas de juros, excluindo empréstimos que se refiram a operações descontinuadas. Para gerenciar esse risco, o Grupo contrata swaps de taxas de juros, nos quais o Grupo concorda em trocar, em intervalos específicos, a diferença entre os valores das taxas de juros fixas e variáveis calculados com base no valor do principal nocional acordado entre as partes. Esses swaps pretendem dar cobertura (hedge) às obrigações de dívida objeto do hedge. Em 31 de dezembro de 2015, depois de considerar o efeito dos swaps das taxas de juros, aproximadamente 44% dos empréstimos tomados pelo Grupo estavam sujeitos a taxa fixa de juros (2014: 51%).

Sensibilidade a taxas de juros A tabela abaixo demonstra a sensibilidade a uma possível mudança nas taxas de juros, mantendo-se todas as outras variáveis constantes no lucro do Grupo antes da tributação (é afetado pelo impacto dos empréstimos a pagar sujeitos a taxas variáveis). Com relação ao patrimônio do Grupo, existe apenas um impacto não significativo.

CPC 40.40(b)

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126 Good Group | EY

CPC 40.40(a)

CPC 40.33(a)

Aumento/redução em pontos base

Efeito no lucro antes da

tributação

2015 R$ 000

Reais +45 (48)

US$ +60 (13)

Reais -45 33

US$ -60 12

2014

Reais +10 (19)

US$ +15 —

Reais -10 12

US$ -15 —

A movimentação presumida em pontos base para a análise de sensibilidade a taxas de juros é baseada nas taxas atualmente praticadas no ambiente de mercado, indicando uma volatilidade significativamente mais elevada do que em exercícios anteriores.

Risco de câmbioO risco de câmbio é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro flutue devido a variações nas taxas de câmbio. A exposição do Grupo ao risco de variações nas taxas de câmbio refere-se principalmente às atividades operacionais do Grupo (quando receitas ou despesas são denominadas em uma moeda diferente da moeda funcional do Grupo) e aos investimentos líquidos do Grupo em controladas no exterior.

O Grupo gerencia seu risco de câmbio por meio de transações de hedge que devam ocorrer no período máximo de 24 meses. Transações para as quais não haja incertezas são cobertas por hedge por prazo indeterminado.

Quando o derivativo é contratado para ser utilizado como hedge, o Grupo negocia os termos dos derivativos com o objetivo de cumprir os termos da exposição coberta por hedge. Para hedges de transações previstas, os derivativos cobrem o período de exposição a partir do ponto em que o fluxo de caixa das transações seja previsto até a liquidação do valor a pagar ou a receber resultante, expresso em moeda estrangeira.

O Grupo mantém cobertura (hedge) para suas exposições a flutuações na conversão para reais de suas operações no exterior, mantendo empréstimos a pagar líquidos em moedas estrangeiras e utilizando swaps de moedas e contratos cambiais a termo.

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o Grupo mantinha hedge para 75% e 70%, respectivamente, de suas vendas em moeda estrangeira, para as quais existiam compromissos firmes nas datas reportadas.

ComentárioPara hedges de transações previstas, informações úteis para ajudar os usuários a entender a natureza e a extensão desses riscos podem incluir as seguintes:

• As faixas de tempo nas quais transações previstas e altamente prováveis são agrupadas para fins de gestão de risco;

• As políticas e processos da entidade para gestão do risco (ex.: como o fluxo de caixa dos instrumentos de hedge e os itens cobertos por hedge podem ser alinhados — por exemplo, utilizando contas bancárias em moeda estrangeira para contemplar diferenças nas datas de fluxo de caixa).

As entidades devem adaptar essas divulgações aos fatos e circunstâncias específicos às transações.

Sensibilidade a taxa de câmbioA tabela abaixo demonstra a sensibilidade a uma variação cabível que possa ocorrer na taxa de câmbio do US$, mantendo-se todas as outras variáveis constantes, do lucro do Grupo antes da tributação (devido a variações no valor justo de ativos e passivos monetários) e do patrimônio do Grupo (devido a variações no valor justo de contratos de câmbio a termo e hedges de investimento líquido).

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127Good Group | EY

Variação na taxa USD

Efeito no lucro antes da

tributaçãoEfeito no

patrimônio

R$ 000 R$ 000

2015 +5% (30) (154)

-5% 20 172

2014 +4% (40) (146)

–4% 40 158

A movimentação sobre o efeito após tributação é o resultado de uma variação no valor justo de instrumentos financeiros derivativos não designados na relação de hedge e ativos e passivos monetários denominados em dólares americanos, em que a moeda funcional da Companhia é outra que não o dólar. Embora os derivativos não tenham sido designados na relação de hedge, funcionam como hedge econômico e compensarão as transações objeto do hedge quando estas ocorrerem.

A movimentação do patrimônio tem origem na movimentação dos empréstimos em dólares americanos (líquidos de caixa e equivalentes de caixa) no hedge de investimento líquido em operações nos EUA e hedge de fluxos de caixa. Essa movimentação compensará a conversão do ativo líquido das operações realizadas nos EUA para reais.

Risco de preço de commoditiesO Grupo é afetado pela volatilidade de certas commodities. Suas atividades operacionais requerem aquisição e produção em continuidade de componentes eletrônicos e, portanto, requerem fornecimento contínuo de cobre. Devido ao aumento significativo verificado na volatilidade dos preços dessa commodity, o Conselho de Administração do Grupo desenvolveu e implantou uma estratégia de gestão de risco para a gestão de risco de preço de commodities, visando mitigar esse risco.

Com base na previsão do fornecimento de cobre necessário nos próximos 12 meses, o Grupo mantém cobertura (hedge) para o preço de compra mediante contratos a termo para essa commodity. Considera-se que a previsão seja altamente provável.

Sensibilidade a preços de commoditiesA tabela abaixo apresenta o efeito das variações de preço do cobre após o impacto da contabilização de hedge.

Variação no preço final do exercício

Efeito no lucro antes da

tributaçãoEfeito sobre

patrimônio

R$ 000 R$ 000

2015 + 15% (220) (585)

Cobre — 15% 220 585

Bronze + 4 % / - 4 % (8) / 8 (8) / 8

Cromo + 2 % / - 2 % (10) / 10 (10) / 10

Risco do preço das açõesTanto as ações do Grupo negociadas em bolsa quanto as não negociadas estão sujeitas ao risco do preço de mercado decorrente de incertezas no que diz respeito a valores futuros de títulos de investimento. A gestão do risco do preço das ações por parte do Grupo se dá por meio da diversificação e da imposição de limites nos instrumentos patrimoniais. Os relatórios acerca da carteira de títulos são enviados à administração sênior do Grupo em intervalos regulares. O Conselho de Administração do Grupo analisa e aprova todas as decisões relacionadas aos investimentos patrimoniais.

Na data do balanço patrimonial, a exposição às ações não negociadas em bolsa pelo valor justo era de R$ 1.038. Uma variação de 10% no fluxo geral de lucros, de acordo com as avaliações realizadas, poderia ter um impacto de aproximadamente R$ 120 no capital do Grupo.

Na data do balanço patrimonial, a exposição às ações negociadas em bolsa pelo valor justo era de R$ 337. Uma redução de 10% no índice de mercado da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) teria um impacto de aproximadamente R$ 55 sobre a renda ou patrimônio atribuível ao Grupo, dependendo se o declínio for ou não significativo e prolongado. Um aumento de 10% no valor das ações negociadas em bolsa teria um impacto sobre o patrimônio em um montante semelhante, mas sem efeito sobre a renda, a menos que houvesse alguma taxa de redução por desvalorização a ele associada.

CPC 40.40(a)

CPC 40.33 (b)

CPC 40.33 (a)

CPC 40.40

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128 Good Group | EY

Risco de créditoO risco de crédito é o risco de a contraparte de um negócio não cumprir uma obrigação prevista em um instrumento financeiro ou contrato com cliente, o que levaria ao prejuízo financeiro. O Grupo está exposto ao risco de crédito em suas atividades operacionais (principalmente com relação a contas a receber e notas de crédito) e de financiamento, incluindo depósitos em bancos e instituições financeiras, transações cambiais e outros instrumentos financeiros.

Contas a receberO risco de crédito do cliente é administrado por cada unidade de negócios, estando sujeito aos procedimentos, controles e política estabelecidos pelo Grupo em relação a esse risco. Os limites de crédito são estabelecidos para todos os clientes com base em critérios internos de classificação. A qualidade do crédito do cliente é avaliada com base em um sistema interno de classificação de crédito extensivo. Os recebíveis de clientes em aberto são acompanhados com frequência, e quaisquer entregas a grandes clientes costumam ter a cobertura de cartas de crédito ou outras formas de seguro de crédito. Em 31 de dezembro de 2015, o Grupo contava com aproximadamente 55 clientes (2014: 65 clientes) que deviam ao Grupo mais de R$ 250 cada e eram responsáveis por aproximadamente 71% (2014: 76%) de todos os recebíveis devidos. Cinco clientes (2014: sete clientes) apresentavam saldos superiores a R$ 1 mil, sendo responsáveis por mais de 17% (2014: 19%) dos valores a receber.

A necessidade de uma provisão para perda por redução ao valor recuperável é analisada a cada data reportada em base individual para os principais clientes. Além disso, um grande número de contas a receber com saldos menores está agrupado em grupos homogêneos e, nesses casos, a perda recuperável é avaliada coletivamente. O cálculo é baseado em dados históricos efetivos.

A exposição máxima ao risco de crédito na data-base é o valor registrado de cada classe de ativos financeiros mencionados na Nota 16. O Grupo não conta com garantias como segurança.

Instrumentos financeiros e depósitos em dinheiro O risco de crédito de saldos com bancos e instituições financeiras é administrado pela Tesouraria do Grupo de acordo com a política por este estabelecida. Os recursos excedentes são investidos apenas em contrapartes aprovadas e dentro do limite estabelecido a cada uma. O limite de crédito das contrapartes é revisado anualmente pelo Conselho de Administração do Grupo e pode ser atualizado ao longo do ano, o que está sujeito à aprovação do Comitê Financeiro do Grupo. Esses limites são estabelecidos a fim de minimizar a concentração de riscos e, assim, mitigar o prejuízo financeiro no caso de potencial falência de uma contraparte. A exposição máxima do Grupo ao risco de crédito em relação aos componentes do balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2015 e 2014 é o valor registrado, como demonstrado na Nota 16, com exceção das garantias financeiras e instrumentos financeiros derivativos. A exposição máxima do Grupo em relação a garantias financeiras e instrumentos financeiros derivativos é apresentada na Nota 16 e no quadro de liquidez abaixo, respectivamente.

Risco de liquidezO Grupo acompanha o risco de escassez de recursos por meio de uma ferramenta de planejamento de liquidez corrente.

O objetivo do Grupo é manter o saldo entre a continuidade dos recursos e a flexibilidade através de contas garantidas, empréstimos bancários, debêntures, ações preferenciais, arrendamento mercantil financeiro e arrendamento mercantil operacional. A política do Grupo é a de que até 25% dos empréstimos devem ter seu vencimento dentro do período de 12 meses seguintes. Aproximadamente 10% da dívida do Grupo terá seu vencimento em menos de um ano em 31 de dezembro de 2015 (2014: 11%), com base no valor registrado dos empréstimos refletidos nas demonstrações financeiras, excluindo-se as operações descontinuadas.

Concentração excessiva de riscoAs concentrações ocorrem quando uma determinada quantidade de contrapartes participa de atividades comerciais semelhantes ou de atividades dentro da mesma região geográfica ou possui características econômicas que fariam com que sua capacidade de cumprir as obrigações contratuais fosse afetada, de maneira semelhante, por mudanças nas condições econômicas, políticas ou outras condições. As concentrações indicam a relativa sensibilidade do desempenho do Grupo a desdobramentos que afetam um segmento de atuação em específico.

Com o objetivo de evitar concentrações excessivas de risco, as políticas e procedimentos do Grupo contemplam orientações específicas para enfocar a manutenção de uma carteira diversificada. As concentrações identificadas de riscos de crédito são controladas e administradas de acordo. O estabelecimento de hedge seletivo é utilizado pelo Grupo na administração das concentrações de risco tanto em âmbito de relacionamento quanto de segmento de atuação.

A tabela abaixo apresenta um sumário do perfil de vencimento dos passivos financeiros do Grupo com base em pagamentos não descontados e previstos em contrato:

CPC 40.34 (c)

CPC 40.36 (c)

CPC 40.B8

CPC 40.33 CPC 40.33 (a)

CPC 40.33

CPC 40.B10

CPC 40.36

CPC 40.33

CPC 40.39(c)

CPC 40.B8

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129Good Group | EY

Exercício findo em 31 de dezembro de 2015 Imediato

Menos de 3 meses

3 a 12 meses 1 a 5 anos > 5 anos Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Empréstimos e financiamentos com rendimento

966 21 1.578 10.554 8.000 21.119

Ações preferenciais conversíveis — — — 676 2.324 3.000

Contraprestação contingente — — 1.125 — — 1.125

Outras obrigações — — — 150 — 150

Fornecedores e outros passivos 3.620 14.654 1.170 — — 19.444

Contratos de garantia financeira 105 — — — — 105

Derivativos e derivativos embutidos 1.970 2.740 391 1.191 1.329 7.621

6.661 17.415 4.264 12.571 11.653 52.564

Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 Imediato

Menos de 3 meses

3 a 12 meses 1 a 5 anos > 5 anos Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Empréstimos e financiamentos com rendimento

2.650 18 133 8.872 11.600 23.273

Ações preferenciais conversíveis — — — 624 2.376 3.000

Contraprestação contingente 4.321 14.353 2.056 — — 20.730

Outras obrigações — — — 202 — 202

Contratos de garantia financeira 68 — — — — 68

Derivativos e derivativos embutidos 549 1.255 — — — 1.804

7.588 15.626 2.189 9.698 13.976 49.077

Os instrumentos financeiros derivativos divulgados no quadro acima são os fluxos de caixa brutos sem desconto. O quadro a seguir mostra a respectiva conciliação desses valores aos valores registrados.

Exercício findo em 31 de dezembro de 2015 Imediato

Menos de 3 meses

3 a 12 meses 1 a 5 anos > 5 anos Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Entradas 800 1.000 250 700 950 3.700

Saídas (1.970) (2.740) (391) (1.191) (1.329) (7.621)

Líquido (1.170) (1.740) (141) (491) (379) (3.921)

Descontado às taxas interfinanceiras aplicáveis (1.170) (1.731) (139) (463) (343) (3.846)

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130 Good Group | EY

Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 Imediato

Menos de 3 meses

3 a 12 meses 1 a 5 anos > 5 anos Total

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Entradas 500 1.000 — — — 1.500

Saídas (549) (1.254) — — — (1.803)

Líquido (49) (254) — — — (303)

Descontado às taxas interfinanceiras aplicáveis (49) (254) — — — (303)

CauçãoO Grupo deu como garantia parte de seus depósitos a curto prazo com o objetivo de cumprir as exigências de caução para contratos de derivativos. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os valores justos de depósitos a curto prazo dados como garantia totalizaram R$ 5 milhões e R$ 2 milhões, respectivamente. As contrapartes têm a obrigação de retornar os títulos ao Grupo. O Grupo também mantém depósito para os contratos derivativos no valor de R$ 565 em 31 de dezembro de 2015 (2014: R$ 385). O Grupo tem obrigação de amortizar o depósito às contrapartes no momento da liquidação dos contratos. Não há outros termos e condições significativos associados com o uso de caução.

Gestão de capitalO capital social inclui ações preferenciais conversíveis, patrimônio atribuível aos acionistas controladores menos a reserva líquida de ganhos não realizados.

O objetivo principal da administração de capital do Grupo é assegurar que este mantenha uma classificação de crédito forte e uma razão de capital livre de problemas a fim de apoiar os negócios e maximizar o valor do acionista.

O Grupo administra a estrutura do capital e a ajusta considerando as mudanças nas condições econômicas. Para manter ou ajustar a estrutura do capital, o Grupo pode ajustar o pagamento de dividendos aos acionistas, devolver o capital a eles ou emitir novas ações.

Não houve alterações quanto aos objetivos, políticas ou processos durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014.

O Grupo administra o capital por meio de quocientes de alavancagem, que é a dívida líquida dividida pelo capital total, acrescido da dívida líquida. A política do Grupo é a de manter esse quociente entre 20% e 35%. O Grupo inclui na dívida líquida os empréstimos e financiamentos com rendimento, empréstimos de parceiros empresariais, fornecedores e outros exigíveis, menos caixa e equivalentes de caixa, excluindo-se as operações descontinuadas.

2015 2014

R$ 000 R$ 000

Empréstimos e financiamentos com rendimento (Nota 16.2) 20.028 21.834

Fornecedores e outros exigíveis (Nota 28) 19.444 20.730

(-) Caixa e equivalentes de caixa (Nota 20) (17.112) (14.916)

Dívida líquida 22.360 27.648

Ações preferenciais conversíveis (Nota 21) 2.778 2.644

Instrumentos de patrimônio 61.370 48.101

Patrimônio 64.148 50.745

Capital social e dívida líquida 86.508 78.393

Quociente de alavancagem 26% 35%

CPC 03.48

CPC 40.14

CPC 40.38

CPC 40.15

CPC 40.36(b)

CPC26.135(a)

CPC 26.134

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131Good Group | EY

CPC 03(R1).48

CPC 40.38

ComentárioO CPC 26.134 e CPC 26.135 exigem que as entidades realizem divulgações qualitativas e quantitativas no que diz respeito a seus objetivos, políticas e processos em relação à gestão do capital social. O Grupo divulgou um quociente de alavancagem, visto ser esta a medida adotada pelo Grupo para monitorar o capital. Contudo, outras medidas podem servir melhor a outras entidades.

O CPC 40.18-19 requer divulgações no evento de inadimplência ou descumprimento no final do período de divulgação e durante o ano. Embora não existam exigências explícitas quanto à situação oposta, o Grupo divulgou a restrição sobre capital representado por cláusulas financeiras, pois a considera informação pertinente aos usuários das demonstrações financeiras.

GarantiaO Grupo ofereceu parte dos depósitos de curto prazo em garantia a fim de cumprir as exigências de garantia relacionadas aos derivativos de hedge em vigor. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o valor justo do depósito de curto prazo oferecido em garantia era de R$ 5 mil e R$ 2 mil, respectivamente. As contrapartes não têm a obrigação de devolver as ações ao Grupo. Não há outros termos e condições significativos associados ao uso da garantia. O Grupo não tem garantia alguma em 31 de dezembro de 2014 e 2013.

32. Mensuração do valor justoOs seguintes quadros demonstram a hierarquia da mensuração do valor justo dos ativos e passivos do Grupo.

Divulgações quantitativas da hierarquia do valor justo para ativos em 31 de dezembro de 2015:

Avaliação do valor justo utilizando:

Data de avaliação Total

Ativos cotados em mercados

ativos (Nível 1)

Inputs significativamente

observáveis (Nível 2)

Inputs significativamente

inobserváveis (Nível 3)

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Ativos mensuráveis a valor justo:

Propriedades para investimento (Nota 14):

Escritórios 31 de dezembro de 2015 4.260 — — 4.260

Propriedades de varejo 31 de dezembro de 2015 4.633 — — 4.633

Derivativos ativos (Nota 16.4):

Contratos de câmbio - dólar americano

31 de dezembro de 2015 492 — 492 —

Contratos de câmbio - libra esterlina

31 de dezembro de 2015 400 — 400 —

Derivativos embutidos de câmbio - dólar canadense

31 de dezembro de 2015 210 — — 210

Investimentos disponíveis para venda (Nota 16.4):

Ações patrimoniais cotadas

Setor de energia 31 de dezembro de 2015 219 219 — —

Setor de telecomunicações 31 de dezembro de 2015 118 118 — —

Ações patrimoniais não cotadas

Setor de energia 31 de dezembro de 2015 675 — — 675

Setor de eletrônicos 31 de dezembro de 2015 363 — — 363

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132 Good Group | EY

32. Mensuração do valor justo continuação Divulgações quantitativas da hierarquia do valor justo para passivos em 31 de dezembro de 2015:

Avaliação do valor justo utilizando:

Data de avaliação Total

Ativos cotados em mercados

ativos (Nível 1)

Inputs significativamente

observáveis (Nível 2)

Inputs significativamente

inobserváveis (Nível 3)

Títulos de dívidas cotados

Títulos Tesouro Nacional31 de dezembro de 2015

368 368 — —

Debêntures – setor de consumo31 de dezembro de 2015

92 92 — —

Debêntures – setor de energia31 de dezembro de 2015

152 152 — —

Operações descontinuadas (Nota 11)

1° de outubro de 2015

2.751 — — 2.751

Ativos com divulgação do valor justo (Nota 16.4):

Empréstimos e recebíveis

Notas do Tesouro (Brasil)31 de dezembro de 2015

1.528 — 1.528 —

Notas do Tesouro (EUA)31 de dezembro de 2015

2.000 — 2.000 —

Empréstimos a coligada31 de dezembro de 2015

200 — — 200

Empréstimos a diretores31 de dezembro de 2015

13 — — 13

Não houve transferências entre o Nível 1 e o Nível 2 no período.

Ativos mensuráveis a valor justo:

Derivativos passivos (Nota 16.4):

Swap de taxas de juros 31 de dezembro de 2015

35 — 35 —

Contratos de câmbio – libra esterlina

31 de dezembro de 2015

800 — 800 —

Derivativos embutidos de commodities (cobre)

31 de dezembro de 2015

600 — — 600

Derivativos embutidos de commodities (cromo)

31 de dezembro de 2015

182 — — 182

Contratos de câmbio – dólar americano

31 de dezembro de 2015

90 — 90 —

Derivativos de commodities (cobre)

31 de dezembro de 2015

980 — 980 —

Passivo contingente (Note 4) 31 de dezembro de 2015

1.072 — — 1.072

Distribuição não caixa de passivo (Nota 22)

31 de dezembro de 2015

410 — — 410

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133Good Group | EY

32. Mensuração do valor justo continuação Divulgações quantitativas da hierarquia do valor justo para passivos em 31 de dezembro de 2015:

Avaliação do valor justo utilizando:

Data de avaliação Total

Ativos cotados em mercados

ativos (Nível 1)

Inputs significativamente

observáveis (Nível 2)

Inputs significativamente

inobserváveis (Nível 3)

Passivos com divulgação de valor justo (Nota 16.4):

Empréstimos e financiamentos com juros

Obrigações de arrendamento mercantil financeiro (Brasil)

31 de dezembro de 2015

800 — 800 —

Obrigações contratuais de compra (Brasil)

31 de dezembro de 2015

263 — 263 —

Empréstimos a taxas flutuantes (Euroland)

31 de dezembro de 2015

10.420 — 10.420 —

Empréstimos a taxas flutuantes (EUA)

31 de dezembro de 2015

2.246 — 2.246 —

Ações preferenciais conversíveis31 de dezembro de 2015

2.766 — 2.766 —

Empréstimos a taxas fixas31 de dezembro de 2015

6.321 — 6.321 —

Garantias financeiras31 de dezembro de 2015

83 — — 83

Não houve transferências entre o Nível 1 e o Nível 2 no período.

Hierarquia do valor justo para instrumentos financeiros mensurados a valor justo em 31 de dezembro de 2014:

Ativos financeiros mensurados a valor justo

Total Nível 1 Nível 2 Nível 3

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Contratos de câmbio - dólar americano

100 — 100 —

Contratos de câmbio - libra esterlina

53 — 53 —

Ativos financeiros disponíveis para venda:

Ações patrimoniais cotadas:

Setor de energia 200 200 — —

Setor de telecomunicações 100 100 — —

Ações patrimoniais não cotadas

Setor de energia 396 — — 396

Setor eletrônico 508 — — 508

Títulos de dívidas cotados

Bônus do Tesouro Nacional 200 200 — —

Debêntures – setor de consumo 400 400 — —

Passivos financeiros mensurados a valor justo

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134 Good Group | EY

Total Nível 1 Nível 2 Nível 3

R$ 000 R$ 000 R$ 000 R$ 000

Contratos de câmbio dólar americano

254 — 254 —

ComentárioO CPC 46.94 requer determinação apropriada de classes de ativos e passivos na base da:

• natureza, características e riscos do ativo ou passivo; e

• nível da hierarquia de valor justo no qual a mensuração do valor justo está classificado.

O Grupo divulgou as informações quantitativas de acordo com o CPC 46, baseado nas informações quantitativas determinadas nas bases do CPC 46.94. Como julgamento, é requerido para determinar as classes de ativos (agregação de níveis para classes de ativos pode ser apropriada), considerando que são baseadas no perfil de risco desses ativos (por exemplo, o perfil de risco de propriedades em mercados emergentes pode diferir do risco de uma propriedade em um mercado maduro).

Informações fornecidas em uma técnica de avaliação podem ser classificadas em diferentes níveis da hierarquia a valor justo. No entanto, para fins de divulgação, a mensuração a valor justo deve ser categorizada integralmente (ou seja, dependendo da unidade de conta) dentro da hierarquia.

Essa categorização pode não ser tão óbvia quando houver a utilização de inputs múltiplos. O CPC 40.73 esclarece que a categorização de hierarquia de mensuração a valor justo, em sua integridade, é determinada com base no input mais básico e significativo à mensuração integral. A avaliação da significância de um input, especialmente em relação à mensuração integral, requer julgamento e consideração de fatos específicos ao ativo ou passivo (ou grupo de ativos e/ou passivos) sob mensuração e eventuais ajustes feitos nas informações significativas para apurar o valor justo. Essas considerações têm impacto subsequente às divulgações de técnicas de avaliação, processos e informações significativas, e as entidades devem adaptar suas divulgações aos fatos e circunstâncias específicos.

Para ativos e passivos avaliados ao final do período em bases recorrentes, o CPC 46.93(c) requer divulgação dos valores de transferências entre o Nível 1 e o Nível 2 da hierarquia, os motivos das transferências e as políticas da entidade para determinar quando essas transferências devem ocorrer. Transferências entre cada nível devem ser divulgadas separadamente.

O Grupo avaliou a isenção do CPC 46.C3 de fornecer as divulgações comparativas de valor justo. No entanto, as divulgações de instrumentos financeiros mensurados ao valor justo já eram divulgadas desde 2012.

33. Eventos subsequentesEm 14 de janeiro de 2016, um edifício com valor contábil líquido de R$ 1.695 foi seriamente danificado por uma enchente, e os estoques, com valor contábil líquido de R$ 857, foram perdidos. Estima-se que o valor a ser pago pelo seguro seja inferior ao custo total de perda, aproximadamente R$ 750 menos do que o necessário.

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135Good Group | EY

Referências aos CPCs nas Notas Explicativas

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136 Good Group | EY

1. Informações sobre o GrupoCPC 26 (R1).10 O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

(e) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas;

(ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e 38A.

CPC 26 (R1).49 As demonstrações contábeis devem ser identificadas claramente e distinguidas de qualquer outra informação que porventura conste no mesmo documento publicado.

CPC 26 (R1).51 Cada demonstração contábil e respectivas notas explicativas devem ser identificadas claramente. Além disso,(a), (b) (c) as seguintes informações devem ser divulgadas de forma destacada e repetidas quando necessário para a

devida compreensão da informação apresentada: (a) o nome da entidade às quais as demonstrações contábeis dizem respeito ou outro meio

que permita sua identificação, bem como qualquer alteração que possa ter ocorrido nessa identificação desde o término do período anterior;

(b) se as demonstrações contábeis se referem a uma entidade individual ou a um grupo de entidades;

(c) a data de encerramento do período de reporte ou o período coberto pelo conjunto de demonstrações contábeis ou notas explicativas;

CPC 26 (R1).113 As notas explicativas devem ser apresentadas, tanto quanto seja praticável, de forma sistemática. Cada item das demonstrações contábeis deve ter referência cruzada com a respectiva informação apresentada nas notas explicativas.

CPC 26 (R1).138 A entidade deve divulgar, caso não seja divulgado em outro local entre as informações publicadas com as(a), (b), (c) demonstrações contábeis, as seguintes informações:

(a) o domicílio e a forma jurídica da entidade, o seu país de registro e o endereço da sede registrada (ou o local principal dos negócios, se diferente da sede registrada);

(b) a descrição da natureza das operações da entidade e das suas principais atividades.

(c) o nome da entidade controladora e a entidade controladora do grupo em última instância.

2. Políticas contábeisCPC 26 (R1).16 A entidade cujas demonstrações contábeis estão em conformidade com os pronunciamentos técnicos,

interpretações e orientações do CPC deve declarar de forma explícita e sem reservas essa conformidade nas notas explicativas. A entidade não deve afirmar que suas demonstrações contábeis estão de acordo com esses pronunciamentos técnicos, interpretações e orientações a menos que cumpra todos os seus requisitos.

CPC 26 (R1).112 As notas explicativas devem:(a), (b) (a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis e das políticas

contábeis específicas utilizadas de acordo com os itens 117 a 124;

(b) Divulgar a informação requerida pelos pronunciamentos técnicos, orientações e interpretações do CPC que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis.

CPC 26 (R1).117 A entidade deve divulgar no resumo de políticas contábeis significativas:

(a) a base (ou bases) de mensuração utilizada(s) na elaboração das demonstrações contábeis.

CPC 26 (R1). A entidade deve divulgar, caso não for divulgado em outro local entre as informações publicadas com as 138 (b) demonstrações contábeis, as seguintes informações:

(b) a descrição da natureza das operações da entidade e das suas principais atividades;

2.1 Base de consolidaçãoCPC 05 (R1).13 Os relacionamentos entre controladora e suas controladas devem ser divulgados independentemente

de ter havido ou não transações entre essas partes relacionadas. A entidade deve divulgar o nome da sua controladora direta e, se for diferente, da controladora final. Se nem a controladora direta tampouco a controladora final elaborarem demonstrações contábeis consolidadas disponíveis para o público, o nome da controladora do nível seguinte da estrutura societária que proceder à elaboração de ditas demonstrações também deve ser divulgado.

CPC 26 (R1). A entidade deve divulgar, caso não for divulgado em outro local entre as informações publicadas com 138 (c) as demonstrações contábeis, as seguintes informações:

(c) o nome da entidade controladora e a entidade controladora do grupo em última instância.

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137Good Group | EY

CPC 45.10 (a) A entidade deve divulgar informações que possibilitem aos usuários de suas demonstrações consolidadas:

(a) compreender:

(i) a composição do grupo econômico; e

(ii) a participação de sócios não controladores nas atividades e fluxos de caixa do grupo econômico (vide item 12)

CPC 45.12 A entidade deve divulgar para cada uma de suas controladas que tenha participação de não(a), (b), (c) controladores que sejam materiais para a entidade que reporta:

(a) o nome da controlada;

(b) a sede (e o país de constituição, se diferente do da sede) da controlada;

(c) a proporção de participações societárias detidas por sócios não controladores;

CPC 45.14 A entidade deve divulgar os termos de quaisquer acordos contratuais que possam exigir que a controladora ou suas controladas forneçam suporte financeiro a uma entidade estruturada consolidada, incluindo eventos ou circunstâncias que possam expor a entidade que reporta a informação a uma perda (por exemplo, acordos de liquidez ou gatilhos de classificação de crédito associados a obrigações de comprar ativos da entidade estruturada ou de fornecer suporte financeiro).

CPC 45.9 Para dar cumprimento ao item 7, a entidade deve divulgar, por exemplo, julgamentos e premissas significativos adotados ao determinar se:

(a) ela não controla outra entidade, mesmo que detenha mais do que a metade dos direitos de voto da outra entidade;

(b) ela controla outra entidade, mesmo que detenha menos do que a metade dos direitos de voto da outra entidade;

(c) ela é agente ou principal (vide itens 58 a 72 do Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas);

(d) ela não tem influência significativa, mesmo que detenha 20% ou mais dos direitos de voto de outra entidade;

(e) ela tem influência significativa, mesmo que detenha menos de 20% dos direitos de voto de outra entidade.

2.2 Combinações de negóciosCPC 01(R1).86 Se o ágio decorrente de expectativa de rentabilidade futura (goodwill) tiver sido alocado a uma

unidade geradora de caixa e a entidade se desfizer de uma operação dentro daquela unidade, o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) associado à operação baixada deverá ser:

(a) incluído no valor contábil da operação, quando da determinação dos ganhos ou perdas na baixa; e

(b) mensurado com base nos valores relativos da operação baixada e na parcela da unidade geradora de caixa mantida em operação (retida), a menos que a entidade consiga demonstrar que algum outro método reflita melhor o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) associado à operação baixada.

CPC 01(R1).80 Para o propósito do teste de redução ao valor recuperável, o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) adquirido em combinação de negócios deve, a partir da data da operação, ser alocado a cada uma das unidades geradoras de caixa do adquirente, ou a grupos de unidades geradoras de caixa, que devem se beneficiar das sinergias da operação, independentemente de os outros ativos ou passivos da entidade adquirida serem, ou não, atribuídos a essas unidades ou grupos de unidades. Cada unidade ou grupo de unidades ao qual o ágio (goodwill) é alocado dessa forma deve:

(a) representar o menor nível dentro da entidade no qual o ágio (goodwill) é monitorado para fins gerenciais internos; e

(b) não ser maior do que um segmento operacional, conforme definido pelo item 5 do Pronunciamento Técnico CPC 22 – Informações por Segmento, antes da agregação.

CPC 15 (R1).04 A entidade deve contabilizar cada combinação de negócios pela aplicação do método de aquisição.

CPC 15 (R1).15 Na data da aquisição, o adquirente deve classificar ou designar os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos da forma necessária para aplicar subsequentemente outros pronunciamentos, interpretações e orientações do CPC. O adquirente deve fazer essas classificações ou designações com base nos termos contratuais, nas condições econômicas, nas políticas contábeis ou operacionais e em outras condições pertinentes que existiam na data da aquisição.

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138 Good Group | EY

CPC 15(R1).16 Em algumas situações, os pronunciamentos, as interpretações e as orientações do CPC podem exigir tratamentos contábeis diferenciados, dependendo da forma como a entidade classifica ou faz a designação de determinado ativo ou passivo. Exemplos de classificação ou designação que o adquirente pode fazer com base nas condições pertinentes, existentes à data da aquisição incluem, porém não se limitam a:

(a) classificar ativos e passivos financeiros específicos como mensurados ao valor justo por meio do resultado , ou como ativo financeiro disponível para venda, ou ainda como ativo financeiro mantido até o vencimento em conformidade com o disposto no Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;

(b) designar um instrumento derivativo como instrumento de proteção (hedge), de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração; e

(c) determinar se um derivativo embutido deveria ser separado do contrato principal, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração (que é uma questão de “classificação”, conforme esse pronunciamento utiliza tal termo).

CPC 15 (R1).18 O adquirente deve mensurar os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos pelos respectivos valores justos na data da aquisição.

CPC 15 (R1).19 Em cada combinação de negócios, o adquirente deve mensurar, na data da aquisição, os componentes da participação de não controladores na adquirida que representem nessa data efetivamente instrumentos patrimoniais e confiram a seus detentores uma participação proporcional nos ativos líquidos da adquirida em caso de sua liquidação, por um dos seguintes critérios :

(a) Pelo valor justo; ou

(b) Pela participação proporcional atual conferida pelos instrumentos patrimoniais nos montantes reconhecidos dos ativos líquidos identificáveis da adquirida.

CPC 15 (R1).32 O adquirente deve reconhecer o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), na data da aquisição, mensurado pelo montante que (a) exceder (b) abaixo:

(a) a soma:

(i) da contraprestação transferida em troca do controle da adquirida, mensurada de acordo com este pronunciamento, para a qual geralmente se exige o valor justo na data da aquisição (ver item 37);

(ii) do montante de quaisquer participações de não controladores na adquirida, mensuradas de acordo com este pronunciamento; e

(iii) no caso de combinação de negócios realizada em estágios (ver itens 41 e 42), o valor justo, na data da aquisição, da participação do adquirente na adquirida imediatamente antes da combinação;

(b) o valor líquido, na data da aquisição, dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos, mensurados de acordo com este pronunciamento.

CPC 15 (R1).36 Antes de reconhecer o ganho decorrente de compra vantajosa, o adquirente deve promover uma revisão para se certificar de que todos os ativos adquiridos e todos os passivos assumidos foram corretamente identificados e, portanto, reconhecer quaisquer ativos ou passivos adicionais identificados na revisão. O adquirente também deve rever os procedimentos utilizados para mensurar os valores a serem reconhecidos na data da aquisição, como exigido por este pronunciamento, para todos os itens abaixo:

(a) ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos;

(b) participação de não controladores na adquirida, se houver;

(c) no caso de combinação de negócios realizada em estágios, qualquer participação societária anterior do adquirente na adquirida; e

(d) a contraprestação transferida para obtenção do controle da adquirida.

O objetivo da revisão é assegurar que as mensurações reflitam adequadamente a consideração de todas as informações disponíveis na data da aquisição.

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139Good Group | EY

Contraprestação transferida em troca do controle da adquirida

CPC 15 (R1).39 A contraprestação que o adquirente transfere em troca do controle sobre a adquirida deve incluir qualquer ativo ou passivo resultante de acordo com uma contraprestação contingente (ver item 37). O adquirente deve reconhecer a contraprestação contingente pelo seu valor justo na data da aquisição como parte da contraprestação transferida em troca do controle da adquirida.

CPC 15 (R1).42 Em combinação de negócios em estágios, o adquirente deve mensurar novamente sua participação anterior na adquirida pelo valor justo na data da aquisição e deve reconhecer no resultado do período o ganho ou a perda resultante, se houver, ou em outros resultantes abrangentes, conforme apropriado. Em períodos contábeis anteriores, o adquirente pode ter reconhecido ajustes no valor contábil de sua participação anterior na adquirida, cuja contrapartida tenha sido contabilizada como outros resultados abrangentes (em Ajustes de Avaliação Patrimonial), em seu patrimônio líquido (por exemplo, porque os investimentos na adquirida foram classificados como disponíveis para venda). Nesse caso, o valor contabilizado pelo adquirente em outros resultados abrangentes deve ser reconhecido nas mesmas bases que seriam exigidas caso o adquirente tivesse alienado sua participação anterior na adquirida (ou seja, deve ser reclassificado para o resultado do período).

CPC 15 (R1).53 Os custos diretamente relacionados à aquisição são custos que o adquirente incorre para efetivar a combinação de negócios. Esses custos incluem honorários de profissionais e consultores, tais como advogados, contadores, peritos, avaliadores; custos administrativos gerais, inclusive custos decorrentes da manutenção de departamento de aquisições; e custos de registro e emissão de títulos de dívida e de títulos patrimoniais. O adquirente deve contabilizar os custos diretamente relacionados à aquisição como despesa no período em que forem incorridos e os serviços forem recebidos, com apenas uma exceção. Os custos decorrentes da emissão de títulos de dívida e de títulos patrimoniais devem ser reconhecidos de acordo com os Pronunciamentos Técnicos CPC 08 – Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos, CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e CPC 39 – Instrumentos Financeiros: Apresentação.

CPC 15 (R1).58 Algumas alterações no valor justo da contraprestação contingente que o adquirente venha a reconhecer após a data da aquisição podem ser resultantes de informações adicionais que o adquirente obtém após a data da aquisição sobre fatos e circunstâncias já existentes nessa data. Essas alterações são ajustes do período de mensuração, conforme disposto nos itens 45 a 49. Todavia, alterações decorrentes de eventos ocorridos após a data de aquisição, tais como o cumprimento de meta de lucros; o alcance de um preço por ação especificado; ou ainda o alcance de determinado estágio de projeto de pesquisa e desenvolvimento não são ajustes do período de mensuração . O adquirente deve contabilizar as alterações no valor justo da contraprestação contingente que não constituam ajustes do período de mensuração da seguinte forma:

(a) a contraprestação contingente classificada como componente do patrimônio líquido não está sujeita a nova mensuração, e sua liquidação subsequente deve ser contabilizada dentro do patrimônio líquido;

(b) outra contraprestação contingente, que:

(i) estiver dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deve ser mensurada ao valor justo em cada data de balanço e mudanças no valor justo devem ser reconhecidas no resultado do período de acordo com o citado Pronunciamento;

(ii) não estiver dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 38, deve ser mensurada pelo valor justo em cada data de balanço e mudanças no valor justo devem ser reconhecidas no resultado do período.

CPC 15 – (R1) Outros pronunciamentos do CPC fornecem orientações sobre mensuração e contabilizaçãoApêndice subsequentes para ativos adquiridos e passivos assumidos ou incorridos em combinação deB.63 (a) negócios, como, por exemplo:

(a) o Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1) – Ativo Intangível estabelece como contabilizar ativos intangíveis identificados adquiridos em combinação de negócios. O adquirente mensura o ágio por rentabilidade futura (goodwill) pelo valor reconhecido na data da aquisição menos a perda acumulada por redução ao valor recuperável. O Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos estabelece como contabilizar as perdas por redução ao valor recuperável de ativos.

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140 Good Group | EY

CPC 15 (R1). Para cumprir os objetivos do item 59, o adquirente deve divulgar as informações a B64(m) seguir para cada combinação de negócios que ocorrer ao longo do período de reporte:

(m) a divulgação das operações reconhecidas separadamente, exigida pela alínea (l), deve incluir o valor dos custos de aquisição relacionados e, separadamente, o valor da parte desses custos que foi reconhecida como despesa, bem como a linha do item (ou dos itens) da demonstração do resultado em que tais despesas foram reconhecidas. Devem ser divulgados, também, o valor de quaisquer custos de emissão de títulos não reconhecidos como despesa e a informação de como foram reconhecidos;

2.3 Investimento em coligadas e em joint venturesCPC 18 (R2).3 Os termos a seguir são utilizados neste pronunciamento com os seguintes significados:

Coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa.

Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um grupo econômico em que ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica.

Método da equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas do investidor incluem sua participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados abrangentes do investidor incluem a sua participação em outros resultados abrangentes da investida.

Negócio em conjunto é um negócio do qual duas ou mais partes têm controle conjunto.

Controle conjunto é o compartilhamento, contratualmente convencionado, do controle de negócio que existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle.

Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um acordo conjunto por meio do qual as partes que detêm o controle em conjunto do acordo contratual têm direitos sobre os ativos líquidos desse acordo.

Investidor conjunto (joint venturer) é uma parte de um empreendimento controlado em conjunto (joint venture) que tem o controle conjunto desse empreendimento.

Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas.

CPC 18 (R2).10 Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em coligada, em empreendimento controlado em conjunto e em controlada (neste caso, no balanço individual) deve ser inicialmente reconhecido pelo custo e o seu valor contábil será aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação do investidor nos lucros ou prejuízos do período, gerados pela investida após a aquisição. A participação do investidor no lucro ou prejuízo do período da investida deve ser reconhecida no resultado do período do investidor. As distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do investimento. Ajustes no valor contábil do investimento também são necessários pelo reconhecimento da participação proporcional do investidor nas variações de saldo dos componentes dos outros resultados abrangentes da investida, reconhecidos diretamente em seu patrimônio líquido. Tais variações incluem aquelas decorrentes da reavaliação de ativos imobilizados, quando permitida legalmente, e das diferenças de conversão em moeda estrangeira, quando aplicável. A participação do investidor nessas mudanças deve ser reconhecida de forma reflexa, ou seja, em outros resultados abrangentes diretamente no patrimônio líquido do investidor (vide Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis), e não no seu resultado.

CPC 18 (R2). A entidade deve descontinuar o uso do método da equivalência patrimonial a partir da data em22 (b) que o investimento deixar de se qualificar como coligada, controlada, ou como empreendimento

controlado em conjunto, conforme a seguir orientado:

(b) Se o interesse remanescente no investimento, antes qualificado como coligada, controlada ou empreendimento controlado em conjunto, for um ativo financeiro, a entidade deve mensurá-lo ao valor justo. O valor justo do interesse remanescente deve ser considerado como seu valor justo no reconhecimento inicial tal qual um ativo financeiro, em consonância com o Pronunciamento Técnico CPC 38. A entidade deve reconhecer na demonstração do resultado do período, como receita ou despesa, qualquer diferença entre:

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141Good Group | EY

(i) o valor justo de qualquer interesse remanescente e qualquer contraprestação advinda da alienação de parte do interesse no investimento; e

(ii) o valor contábil líquido de todo o investimento na data em que houve a descontinuidade do uso do método da equivalência patrimonial.

CPC 18 (R2).26 Muitos dos procedimentos que são apropriados para a aplicação do método da equivalência patrimonial são similares aos procedimentos de consolidação descritos no Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas. Além disso, os conceitos que fundamentam os procedimentos utilizados para contabilizar a aquisição de controlada devem ser também adotados para contabilizar a aquisição de investimento em coligada ou em empreendimento controlado em conjunto.

CPC 18 (R2).29 Quando transações descendentes (downstream) fornecerem evidência de redução no valor realizável líquido dos ativos a serem vendidos ou integralizados, ou de perda por redução ao valor recuperável desses ativos, referidas perdas devem ser reconhecidas integralmente pela investidora. Quando transações ascendentes (upstream) fornecerem evidência de redução no valor realizável líquido dos ativos a serem adquiridos ou de perda por redução ao valor recuperável desses ativos, o investidor deve reconhecer sua participação nessas perdas.

CPC 18 (R2). 40. Após a aplicação do método da equivalência patrimonial, incluindo o reconhecimento dos40-43 prejuízos da coligada ou do empreendimento controlado em conjunto em conformidade com o

disposto no item 38, o investidor deve aplicar os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração para determinar a necessidade de reconhecer alguma perda adicional por redução ao valor recuperável do investimento líquido total desse investidor na investida.

41. O investidor, em decorrência de sua participação na coligada ou no empreendimento controlado em conjunto, também deve aplicar os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração para determinar a existência de alguma perda adicional por redução ao valor recuperável (impairment) em itens que não fazem parte do investimento líquido nessa coligada ou empreendimento controlado em conjunto para determinar o montante dessa perda.

41A. No caso do balanço individual da controladora, o reconhecimento de perdas adicionais por redução ao valor recuperável (impairment) com relação ao investimento em controlada deve ser feito com observância ao disposto no item 39A.

42. Em função de o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill) integrar o valor contábil do investimento na investida (não deve ser reconhecido separadamente), ele não deve ser testado separadamente com relação ao seu valor recuperável, observado o contido no item 43A. Em vez disso, o valor contábil total do investimento é que deve ser testado como um único ativo, em conformidade com o disposto no Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, pela comparação de seu valor contábil com seu valor recuperável (valor justo líquido de despesa de venda ou valor em uso, dos dois, o maior), sempre que os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração indicarem que o investimento possa estar afetado, ou seja, que indicarem alguma perda por redução ao seu valor recuperável. A perda por redução ao valor recuperável reconhecida nessas circunstâncias não deve ser alocada a qualquer ativo que constitui parte do valor contábil do investimento na investida, incluindo o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill). Consequentemente, a reversão dessas perdas deve ser reconhecida de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01, na extensão do aumento subsequente no valor recuperável do investimento. Na determinação do valor em uso do investimento, a entidade deve estimar:

(a) sua participação no valor presente dos fluxos de caixa futuros que se espera sejam gerados pela investida, incluindo os fluxos de caixa das operações da investida e o valor residual esperado com a alienação do investimento; ou

(b) o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperado em função do recebimento de dividendos provenientes do investimento e o valor residual esperado com a alienação do investimento.

Sob as premissas adequadas, os métodos acima devem produzir o mesmo resultado.

43. O valor recuperável de um investimento em coligada ou em um empreendimento controlado em conjunto deve ser determinado para cada investimento, a menos que a coligada ou o empreendimento controlado em conjunto não gerem entradas de caixa de forma contínua que sejam em grande parte independentes daquelas geradas por outros ativos da entidade.

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142 Good Group | EY

43A. O ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill) também deve integrar o valor contábil do investimento na controlada (não deve ser reconhecido separadamente) na apresentação das demonstrações contábeis individuais da controladora. Mas, nesse caso, esse ágio, no balanço individual da controladora, para fins de teste para redução ao valor recuperável (impairment), deve receber o mesmo tratamento contábil que é dado a ele nas demonstrações consolidadas. Devem ser observados os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas e da Interpretação Técnica ICPC 09 – Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método da Equivalência Patrimonial.

CPC 19 (R2).7 Controle conjunto é o compartilhamento contratualmente convencionado do controle de negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle.

CPC 19 (R2).16 Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um negócio em conjunto segundo o qual as partes que detêm o controle conjunto do negócio têm direitos sobre os ativos líquidos do negócio. Essas partes são denominadas de empreendedores em conjunto.

CPC 26 (R1).82 Além dos itens requeridos em outros Pronunciamentos do CPC, a demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas, obedecidas também as determinações legais:

(a) receitas;

(aa) ganhos e perdas decorrentes de baixa de ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado;

(b) custos de financiamento;

(c) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método da equivalência patrimonial;

(d) tributos sobre o lucro;

(ea) um único valor para o total de operações descontinuadas (ver Pronunciamento Técnico CPC 31);

(f) em atendimento à legislação societária brasileira vigente na data da emissão deste pronunciamento, a demonstração do resultado deve incluir ainda as seguintes rubricas;

I. Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos;

II. Lucro bruto;

III. Despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais;

IV. Resultado antes das receitas e despesas financeiras;

V. Resultado antes dos tributos sobre o lucro;

VI. Resultado líquido do período.

2.4 Classificação corrente versus não correnteCPC 26 (R1).56 Na situação em que a entidade apresente separadamente seus ativos e passivos circulantes e

não circulantes, os impostos diferidos ativos (passivos) não devem ser classificados como ativos circulantes (passivos circulantes).

CPC 26 (R1).60 A entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos circulantes e não circulantes, como grupos de contas separados no balanço patrimonial, de acordo com os itens 66 a 76, exceto quando uma apresentação baseada na liquidez proporcionar informação confiável e mais relevante. Quando essa exceção for aplicável, todos os ativos e passivos devem ser apresentados por ordem de liquidez.

CPC 26 (R1).61 Qualquer que seja o método de apresentação adotado, a entidade deve divulgar o montante esperado a ser recuperado ou liquidado em até 12 meses ou mais do que 12 meses, após o período de reporte, para cada item de ativo e passivo.

CPC 26 (R1).69 O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:

(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;

(b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;

(c) deve ser liquidado no período de até 12 meses após a data do balanço; ou

(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos 12 meses após a data do balanço (ver item 73). Os termos de um passivo que podem, à opção da contraparte, resultar na sua liquidação por meio da emissão de instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação.

Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes.

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143Good Group | EY

2.5 Mensuração do valor justo CPC 46 Apêndice A

Mercado ativo: mercado no qual transações para o ativo ou passivo ocorrem com frequência e volume suficientes para fornecer informações de precificação de forma contínua.

Abordagem de custo: técnica de avaliação que reflete o valor que seria exigido atualmente para substituir a capacidade de serviço de um ativo (normalmente referido como o custo de substituição ou reposição).

Preço de entrada: preço pago para adquirir um ativo ou recebido para assumir um passivo em uma transação de troca.

Preço de saída: preço que seria recebido para vender um ativo ou pago para transferir um passivo.

Fluxo de caixa esperado: média ponderada por probabilidade (ou seja, a média da distribuição) de possíveis fluxos de caixa futuros.

Valor justo: preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.

Melhor uso: uso de um ativo não financeiro por participantes do mercado que maximizaria o valor do ativo ou o grupo de ativos e passivos (por exemplo, um negócio) dentro do qual o ativo seria utilizado.

Abordagem de receita: técnicas de avaliação que convertem valores futuros (por exemplo, fluxos de caixa ou receitas e despesas) em um valor único atual (ou seja, descontado). A mensuração do valor justo é determinada com base no valor indicado pelas expectativas de mercado atuais em relação a esses valores futuros.

Informações (inputs): premissas que seriam utilizadas por participantes do mercado ao precificar o ativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco, como, por exemplo:

(a) risco inerente a uma técnica de avaliação específica utilizada para mensurar o valor justo (por exemplo, um modelo de precificação); e

(b) risco inerente às informações da técnica de avaliação.

Informações podem ser observáveis ou não observáveis.

Informações (inputs) de Nível 1: preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos a que a entidade possa ter acesso na data de mensuração.

Informações (inputs) de Nível 2: informações (inputs) que são observáveis para o ativo ou passivo, seja direta ou indiretamente, exceto preços cotados incluídos no Nível 1.

Informações (inputs) de Nível 3: dados não observáveis para o ativo ou passivo.

Abordagem de mercado: técnica de avaliação que utiliza preços e outras informações relevantes geradas por transações de mercado envolvendo ativos, passivos ou grupo de ativos e passivos idênticos ou comparáveis (ou seja, similares), como, por exemplo, um negócio.

Informações (inputs) corroboradas pelo mercado: informações (inputs) que são obtidas principalmente a partir de (ou corroboradas por) dados de mercado observáveis por meio de correlação ou por outros meios.

Participantes do mercado: compradores e vendedores do mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo, os quais têm todas as características a seguir:

(a) são independentes entre si, ou seja, não são partes relacionadas, conforme definido no Pronunciamento CPC 05, embora o preço em uma transação com partes relacionadas possa ser utilizado como informação (input) na mensuração do valor justo se a entidade tiver evidência de que a transação foi realizada em condições de mercado;

(b) são conhecedores, tendo entendimento razoável do ativo ou passivo e da transação com a utilização de todas as informações disponíveis, incluindo informações que possam ser obtidas por meio de esforços usuais e habituais com a devida diligência;

(c) são capazes de realizar transação com o ativo ou passivo;

(d) estão interessados em realizar transação com o ativo ou passivo, ou seja, estão motivados, mas não forçados ou, de outro modo, obrigados a fazê-lo.

Mercado mais vantajoso: mercado que maximiza o valor que seria recebido para vender o ativo ou que minimiza o valor que seria pago para transferir o passivo, após levar em consideração os custos de transação e os custos de transporte.

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144 Good Group | EY

Risco de descumprimento (non-performance): risco de que a entidade não cumprirá uma obrigação. O risco de descumprimento (non-performance) inclui, entre outros, o risco de crédito próprio da entidade.

Dados (inputs) observáveis: informações (inputs) que são desenvolvidas utilizando-se dados de mercado, tais como informações disponíveis publicamente sobre eventos ou transações reais, e que refletem as premissas que participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo.

Transação não forçada: transação que presume exposição ao mercado por um período antes da data de mensuração para permitir atividades de marketing que são usuais e habituais para transações envolvendo esses ativos ou passivos; não se trata de uma transação forçada (por exemplo, liquidação forçada ou venda em situação adversa).

Mercado principal: mercado com o maior volume e nível de atividade para o ativo ou passivo.

Prêmio de risco: compensação buscada por participantes do mercado avessos ao risco por suportar a incerteza inerente ao fluxo de caixa de um ativo ou passivo. Denominada também como “ajuste de risco”.

Custo de transação: custos para vender um ativo ou transferir um passivo no mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo que sejam diretamente atribuíveis à venda do ativo ou à transferência do passivo e que atendam a ambos os seguintes critérios:

(a) resultem diretamente da transação e sejam essenciais para ela;

(b) não teriam sido incorridos pela entidade se a decisão de vender o ativo ou de transferir o passivo não tivesse sido tomada (similares aos custos para vender, conforme definido no Pronunciamento CPC 31).

Custos de transporte: custos que seriam incorridos para transportar um ativo de seu local atual para o seu mercado principal (ou mais vantajoso).

Unidade de contabilização: nível no qual um ativo ou passivo é agregado ou desagregado para fins de reconhecimento.

Dados (inputs) não observáveis: informações (inputs) em relação às quais não há dados de mercado disponíveis e as quais são desenvolvidas utilizando-se as melhores informações disponíveis sobre as premissas que seriam utilizadas pelos participantes do mercado ao precificar o ativo ou o passivo.

CPC 46.16 A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do ativo ou transferência do passivo ocorre:

(a) no mercado principal para o ativo ou passivo; ou

(b) na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso para o ativo ou passivo.

CPC 46.22 A entidade deve mensurar o valor justo de um ativo ou passivo utilizando as premissas que os participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo, presumindo-se que os participantes do mercado ajam em seu melhor interesse econômico.

CPC 46.27 A mensuração do valor justo de um ativo não financeiro leva em consideração a capacidade do participante do mercado de gerar benefícios econômicos utilizando o ativo em seu melhor uso possível (highest and best use) ou vendendo-o a outro participante do mercado que utilizaria o ativo em seu melhor uso.

CPC 46.61 A entidade deve utilizar técnicas de avaliação que sejam apropriadas nas circunstâncias e para as quais haja dados suficientes disponíveis para mensurar o valor justo, maximizando o uso de dados observáveis relevantes e minimizando o uso de dados não observáveis.

CPC 46.9 Este pronunciamento define valor justo como o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.

CPC 46.73 Em alguns casos, as informações utilizadas para mensurar o valor justo de um ativo ou de um passivo podem ser classificadas em diferentes níveis da hierarquia de valor justo. Nesses casos, a mensuração do valor justo é classificada integralmente no mesmo nível da hierarquia de valor justo que a informação de nível mais baixo que for significativa para a mensuração como um todo. Avaliar a importância de uma informação específica para a mensuração como um todo requer julgamento, levando-se em conta fatores específicos do ativo ou passivo. Ajustes para chegar a mensurações baseadas no valor justo, tais como os custos para vender ao mensurar o valor justo menos os custos para vender, não devem ser levados em conta ao determinar o nível da hierarquia de valor justo no qual a mensuração do valor justo seja classificada.

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145Good Group | EY

CPC 46.93 (g) Para atingir os objetivos do item 91, a entidade deve divulgar, no mínimo, as seguintes informações para cada classe de ativos e passivos (vide item 94 para informações sobre a determinação de classes adequadas de ativos e passivos) mensurados ao valor justo (incluindo mensurações com base no valor justo dentro do alcance deste pronunciamento) no balanço patrimonial após o reconhecimento inicial:

(g) para mensurações do valor justo recorrentes e não recorrentes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, uma descrição dos processos de avaliação utilizados pela entidade (incluindo, por exemplo, como a entidade decide suas políticas e procedimentos de avaliação e analisa mudanças nas mensurações do valor justo de período a período);

CPC 46.94 A entidade deve determinar classes apropriadas de ativos e passivos com base no seguinte:

(a) natureza, características e riscos do ativo ou passivo; e

(b) nível da hierarquia de valor justo no qual a mensuração do valor justo está classificada.

O número de classes pode precisar ser maior para mensurações do valor justo classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, uma vez que essas mensurações têm grau maior de incerteza e subjetividade. Determinar classes apropriadas de ativos e passivos para as quais devem ser fornecidas divulgações sobre mensurações do valor justo requer julgamento. Uma classe de ativos e passivos frequentemente exige uma desagregação maior que as rubricas apresentadas no balanço patrimonial. Contudo, a entidade deve fornecer informações suficientes para permitir a conciliação com as rubricas apresentadas no balanço patrimonial. Se outro pronunciamento especificar a classe de um ativo ou passivo, a entidade pode, ao fornecer as divulgações exigidas neste pronunciamento, utilizar essa classe se ela satisfizer os requisitos deste item.

CPC 46.95 A entidade deve divulgar e seguir de forma consistente a sua política para determinar quando se considera que ocorreram as transferências entre níveis da hierarquia de valor justo de acordo com os itens 93(c) e (e)(iv). A política sobre a época do reconhecimento de transferências é a mesma para transferências para níveis e para transferências dos níveis.

Exemplos de políticas para determinação da época das transferências incluem:

(a) a data do evento ou da mudança nas circunstâncias que causou a transferência;

(b) o início do período das demonstrações contábeis;

(c) o final do período das demonstrações contábeis.

2.6 Reconhecimento de receitaCPC 06 (R1).50 A receita de arrendamento mercantil proveniente de arrendamentos mercantis operacionais

deve ser reconhecida na receita em base linear durante o prazo do arrendamento mercantil, a menos que outra base sistemática seja mais representativa do modelo temporal em que o benefício do uso do ativo arrendado é diminuído.

CPC 30 (R1).09 A receita deve ser mensurada pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber.

CPC 30 (R1). A receita proveniente da venda de bens deve ser reconhecida quando forem satisfeitas todas 14 (a) as seguintes condições:

(a) a entidade tenha transferido para o comprador os riscos e benefícios mais significativos inerentes à propriedade dos bens;

CPC 30 (R1).20 Quando a conclusão de uma transação que envolva a prestação de serviços puder ser estimada com confiabilidade, a receita associada à transação deve ser reconhecida tomando por base o estágio de execução (stage of completion) da transação ao término do período de reporte. O desfecho de uma transação pode ser estimado com confiabilidade quando todas as seguintes condições forem satisfeitas:

(a) o valor da receita puder ser mensurado com confiabilidade;

(b) for provável que os benefícios econômicos associados à transação fluirão para a entidade;

(c) a o estágio de execução (stage of completion) da transação ao término do período de reporte puder ser mensurado com confiabilidade; e

(d) as despesas incorridas com a transação, assim como as despesas para concluí-la, possam ser mensuradas com confiabilidade.

CPC 30 (R1).26 Quando a conclusão da transação que envolva a prestação de serviços não puder ser estimada confiavelmente, a receita somente deve ser reconhecida na proporção dos gastos recuperáveis.

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146 Good Group | EY

CPC 30 (R1).30 A receita deve ser reconhecida nas seguintes bases:

(a) os juros devem ser reconhecidos utilizando-se o método da taxa efetiva de juros, tal como definido no Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;

(b) os royalties devem ser reconhecidos pelo regime de competência, de acordo com a essência do acordo; e

(c) os dividendos devem ser reconhecidos quando for estabelecido o direito do acionista de receber o respectivo valor.

CPC30 (R1). A entidade deve divulgar:35(a) (a) as políticas contábeis adotadas para o reconhecimento das receitas, incluindo os métodos

adotados para determinar a fase de execução de transações que envolvam a prestação de serviço.

2.7 Subvenções governamentaisCPC 07 (R1).07 Subvenção governamental, inclusive subvenção não monetária a valor justo, não deve ser

reconhecida até que exista razoável segurança de que:

(a) a entidade cumprirá todas as condições estabelecidas e relacionadas à subvenção; e

(b) a subvenção será recebida.

CPC 07 (R1) O benefício econômico obtido com um empréstimo governamental por uma taxa de juros abaixo.10A da praticada pelo mercado deve ser tratado como uma subvenção governamental. O empréstimo

deve ser reconhecido e mensurado de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. O benefício econômico advindo da taxa de juros contratada abaixo da praticada pelo mercado deve ser mensurado por meio da diferença entre o valor contábil inicial do empréstimo, apurado conforme o Pronunciamento Técnico CPC 38, e o montante recebido. O benefício econômico obtido deve ser contabilizado de acordo com este pronunciamento técnico. A entidade deve considerar as condições e obrigações que teria de observar e cumprir ou tem de observar e cumprir, quando da identificação dos custos a serem confrontados com o benefício econômico obtido.

CPC 07 (R1).12 Uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao longo do período confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática, desde que atendidas as condições deste pronunciamento. A subvenção governamental não pode ser creditada diretamente no patrimônio líquido.

CPC 07 (R1).23 A subvenção governamental pode estar representada por ativo não monetário, como terrenos e outros, para uso da entidade. Nessas circunstâncias, esse ativo deve ser reconhecido pelo seu valor justo. Apenas na impossibilidade de verificação desse valor justo é que o ativo e a subvenção governamental podem ser registrados pelo valor nominal.

CPC 07 (R1).26 Um dos métodos reconhece a subvenção governamental como receita diferida no passivo, sendo reconhecida como receita em base sistemática e racional durante a vida útil do ativo.

2.8 ImpostosCPC 26 (R1).117 A entidade deve divulgar no resumo de políticas contábeis significativas:

(a) a base (ou bases) de mensuração utilizada(s) na elaboração das demonstrações contábeis; e

(b) outras políticas contábeis utilizadas que sejam relevantes para a compreensão das demonstrações contábeis.

CPC 30 (R1).08 Para fins de divulgação na demonstração do resultado, a receita inclui somente os ingressos brutos de benefícios econômicos recebidos e a receber pela entidade quando originários de suas próprias atividades. As quantias cobradas por conta de terceiros — tais como tributos sobre vendas, tributos sobre bens e serviços e tributos sobre valor adicionado — não são benefícios econômicos que fluem para a entidade e não resultam em aumento do patrimônio líquido. Portanto, são excluídas da receita. Da mesma forma, na relação de agenciamento (entre operador ou principal e agente), os ingressos brutos de benefícios econômicos provenientes dos montantes arrecadados pela entidade ( agente), em nome do principal, não resultam em aumentos do patrimônio líquido da entidade ( agente), uma vez que sua receita corresponde tão-somente à comissão combinada entre as partes contratantes.

CPC 32.22(c) Uma diferença temporária pode surgir no reconhecimento inicial de um ativo ou passivo; por exemplo, se todo o custo ou parte do custo do ativo não vier a ser dedutível para fins fiscais.

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O método de contabilização para essa diferença temporária depende da natureza da transação que conduziu ao reconhecimento inicial do ativo ou passivo:

(c) se a transação não é uma combinação de negócios e não afeta nem o lucro contábil nem o lucro tributável, a entidade, na ausência das exceções previstas pelos itens 15 e 24, reconheceria o ativo ou passivo fiscal diferido resultante e ajustaria o valor contábil do ativo ou passivo pelo mesmo valor. Esses ajustes tornariam as demonstrações contábeis menos transparentes. Portanto, este pronunciamento não permite que a entidade reconheça o ativo ou passivo fiscal diferido resultante, tanto no reconhecimento inicial ou subsequentemente (ver o exemplo a seguir). Além disso, a entidade não deve reconhecer mudanças subsequentes no ativo ou passivo fiscal diferido não reconhecido, uma vez que o ativo é depreciado.

CPC 32.24 O ativo fiscal diferido deve ser reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis na medida em que seja provável a existência de lucro tributável contra o qual a diferença temporária dedutível possa ser utilizada, a não ser que o ativo fiscal diferido surja do reconhecimento inicial de ativo ou passivo na transação que:

(a) não é uma combinação de negócios; e

(b) no momento da transação não afeta nem o lucro contábil nem o lucro tributável (prejuízo fiscal).

Entretanto, para diferenças temporárias dedutíveis associadas com investimentos em controladas, filiais e coligadas, e interesses em empreendimentos sob controle conjunto, o ativo fiscal diferido deve ser reconhecido de acordo com o item 44.

CPC 32.34 Um ativo fiscal diferido deve ser reconhecido para o registro de prejuízos fiscais não utilizados e créditos fiscais não utilizados na medida em que seja provável que estarão disponíveis lucros tributáveis futuros contra os quais os prejuízos fiscais não utilizados e créditos fiscais não utilizados possam ser utilizados.

CPC 32.37 Ao final de cada período de apresentação das demonstrações contábeis, a entidade deve reavaliar os ativos fiscais diferidos não reconhecidos. A entidade reconhece um ativo fiscal diferido não reconhecido previamente na medida em que se torna provável que lucros tributáveis futuros permitirão que o ativo fiscal diferido seja recuperado. Por exemplo, uma melhoria nas condições de comercialização pode tornar mais provável que a entidade seja capaz de gerar lucro tributável suficiente no futuro para que o ativo fiscal diferido atenda aos critérios de reconhecimento mencionados nos itens 24 ou 34. Outro exemplo é quando a entidade reavalia os ativos fiscais diferidos na data da combinação de negócios ou subsequentemente (ver itens 67 e 68).

CPC 32.39 A entidade reconhece passivo fiscal diferido para todas as diferenças temporárias tributáveis associadas com investimentos em controladas, filiais e coligadas e participações em negócios em conjunto, exceto quando ambas as seguintes condições sejam atendidas:

(a) a empresa controladora, o investidor ou empreendedor seja capaz de controlar a periodicidade da reversão da diferença temporária; e

(b) seja provável que a diferença temporária não se reverterá em futuro previsível.

CPC 32.44 A entidade reconhece ativo fiscal diferido para todas as diferenças temporárias dedutíveis advindas dos investimentos em controladas, filiais e coligadas e participações em empreendimentos sob controle conjunto (joint venture), na medida em que, e somente na medida em que, seja provável que:

(a) a diferença temporária será revertida em futuro previsível; e

(b) estará disponível lucro tributável contra o qual a diferença temporária possa ser utilizada.

CPC 32.46 Passivos (ativos) de tributos correntes referentes aos períodos corrente e anterior devem ser mensurados pelo valor esperado a ser pago para (recuperado de) as autoridades tributárias, utilizando-se as alíquotas de tributos (e legislação fiscal) que estejam aprovadas no final do período que está sendo reportado.

CPC 32.47 Os ativos e passivos fiscais diferidos devem ser mensurados pelas alíquotas que se espera que sejam aplicáveis no período quando for realizado o ativo ou liquidado o passivo, com base nas alíquotas (e legislação fiscal) que estejam em vigor ao final do período que está sendo reportado.

CPC 32.56 O valor contábil do ativo fiscal diferido deve ser revisado ao final de cada período de reporte. A entidade deve reduzir o valor contábil do ativo fiscal diferido na medida em que não seja mais provável que lucro tributável suficiente estará disponível para permitir que o benefício de parte ou de todo aquele ativo fiscal diferido possa ser utilizado. Qualquer redução do ativo fiscal diferido deve ser revertida na medida em que se torne provável que lucro tributável suficiente estará disponível.

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CPC 32.61A Tributo corrente ou tributo diferido devem ser reconhecidos fora do resultado se o tributo se referir a itens que são reconhecidos no mesmo período ou em período diferente, fora do resultado. Portanto, o tributo corrente e o diferido que se relacionam a itens que são reconhecidos no mesmo ou em período diferente:

(a) em outros resultados abrangentes, devem ser reconhecidos em outros resultados abrangentes (ver item 62);

(b) diretamente no patrimônio líquido, devem ser reconhecidos diretamente no patrimônio líquido (ver item 62A).

CPC 32.68 O benefício potencial da compensação de prejuízos fiscais de uma entidade com o lucro da adquirida ou outros ativos fiscais diferidos pode não satisfazer os critérios para reconhecimento em separado quando a combinação de negócios é inicialmente contabilizada, mas pode ser realizada subsequentemente. A entidade deverá reconhecer os benefícios do tributo diferido adquirido que ela realiza depois da combinação de negócios como segue:

(a) benefícios de tributo diferido adquirido reconhecidos dentro do período de mensuração que resultam de novas informações sobre fatos e circunstâncias que existiam na data da aquisição devem ser aplicados para reduzir o valor contábil de qualquer ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) relacionado com aquela aquisição. Se o valor contábil daquele goodwill é zero, quaisquer benefícios de tributo diferido remanescentes devem ser reconhecidos no resultado;

(b) todos os outros benefícios de tributo diferido adquirido, quando realizados, devem ser reconhecidos no resultado (ou, se este pronunciamento assim exigir, fora do resultado).

CPC 32.74 A entidade deve compensar os ativos fiscais diferidos e os passivos fiscais diferidos se, e somente se:

(a) a entidade tem o direito legalmente executável de compensar os ativos fiscais correntes contra os passivos fiscais correntes; e

(b) os ativos fiscais diferidos e os passivos fiscais diferidos estão relacionados com tributos sobre o lucro lançados pela mesma autoridade tributária:

(i) na mesma entidade tributável; ou

(ii) nas entidades tributáveis diferentes que pretendem liquidar os passivos e os ativos fiscais correntes em bases líquidas, ou realizar os ativos e liquidar os passivos simultaneamente, em cada período futuro no qual se espera que valores significativos dos ativos ou passivos fiscais diferidos sejam liquidados ou recuperados.

2.9 Ativos não circulantes mantidos para venda e operações descontinuadas

CPC 31.6 A entidade deve classificar um ativo não circulante como mantido para venda se o seu valor contábil vai ser recuperado, principalmente, por meio de transação de venda em vez do uso contínuo.

CPC 31.7 Para que esse seja o caso, o ativo ou o grupo de ativos mantidos para venda deve estar disponível para venda imediata em suas condições atuais, sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para venda de tais ativos mantidos para venda. Com isso, a sua venda deve ser altamente provável.

CPC 31.8 Para que a venda seja altamente provável, o nível hierárquico de gestão apropriado deve estar comprometido com o plano de venda do ativo, e deve ter sido iniciado um programa firme para localizar um comprador e concluir o plano. Além disso, o ativo mantido para venda deve ser efetivamente colocado à venda por preço que seja razoável em relação ao seu valor justo corrente. Ainda, deve-se esperar que a venda se qualifique como concluída em até um ano a partir da data da classificação, com exceção do que é permitido pelo item 9, e as ações necessárias para concluir o plano devem indicar que é improvável que possa haver alterações significativas no plano ou que o plano possa ser abandonado.

CPC 31.12A O ativo não circulante (ou grupo de ativos) é classificado como mantido para distribuição aos sócios quando a entidade está comprometida para distribuir esse ativo (ou grupo de ativos) aos proprietários. Para isso é necessário que os ativos estejam disponíveis para imediata distribuição na sua condição atual e que a distribuição seja altamente provável. Para essa distribuição ser altamente provável, ações para completar a distribuição devem já ter sido iniciadas e deve estar presente a expectativa de serem completadas dentro de um ano a partir

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da classificação. Ações requeridas para completar a distribuição devem indicar não ser provável que mudanças significativas na distribuição sejam feitas ou que a distribuição virá a não ser feita. A probabilidade da aprovação dos sócios (se requerida legal ou estatutariamente) deve ser considerada como fator na verificação de ser a distribuição classificável como altamente provável.

CPC 31.15 A entidade deve mensurar o ativo ou o grupo de ativos não circulantes classificado como mantido para venda pelo menor entre o seu valor contábil e o valor justo menos as despesas de venda.

CPC 31.15A A entidade deve mensurar o ativo não circulante (ou grupo de ativos) mantido para distribuição aos sócios pelo menor entre seu valor contábil e seu valor justo diminuído das despesas de distribuição(*).

(*) Despesas de distribuição são as despesas incrementais diretamente atribuíveis à distribuição, excluídas as financeiras e os tributos sobre o lucro.

CPC 31.25 A entidade não deve depreciar (ou amortizar) o ativo não circulante enquanto estiver classificado como mantido para venda ou enquanto fizer parte de grupo de ativos classificado como mantido para venda. Os juros e os outros gastos atribuíveis aos passivos de grupo de ativos classificado como mantido para venda devem continuar a ser reconhecidos.

2.10 Distribuição de lucros “in natura”

ICPC 07.10 O passivo advindo do dividendo a ser pago deve ser reconhecido quando o dividendo for adequadamente autorizado e estiver no limite da discricionariedade da entidade, que vem a ser a data:

(a) em que o dividendo proposto, por exemplo, pelo Conselho de Administração ou pela diretoria é aprovado pela autoridade competente, no caso os acionistas, se essa for a condição legalmente imposta para sua validade; ou

(b) em que o dividendo é declarado, por exemplo, pelo Conselho de Administração ou pela diretoria se não houver imposição legal para sua aprovação por outros órgãos da companhia.

ICPC 07.11 A entidade deve mensurar um passivo relacionado à obrigação de distribuir ativos “não caixa” como dividendo aos seus beneficiários pelo valor justo dos ativos a serem distribuídos.

ICPC 07.13 Ao final de cada período de elaboração de balanço patrimonial e na data da liquidação, a entidade deve revisar e ajustar o valor do dividendo provisionado, reconhecendo qualquer mudança no dividendo provisionado no patrimônio líquido como ajuste no montante da distribuição declarada.

ICPC 07.14 Quando a entidade liquidar a obrigação correspondente ao dividendo a ser pago, ela deve reconhecer, na demonstração do resultado do exercício, a eventual diferença entre o valor contábil dos ativos distribuídos e o valor reconhecido correspondente ao dividendo a ser pago.

ICPC 07.15 A entidade deve apresentar a diferença descrita no item 14 em uma linha separada na demonstração do resultado do exercício.

2.11 Imobilizado

CPC 27.15 Um item do ativo imobilizado que seja classificado para reconhecimento como ativo deve ser mensurado pelo seu custo.

CPC 27.24 Um ativo imobilizado pode ser adquirido por meio de permuta por ativo não monetário, ou conjunto de ativos monetários e não monetários. Os ativos objetos de permuta podem ser de mesma natureza ou de naturezas diferentes. O texto a seguir refere-se apenas à permuta de ativo não monetário por outro; todavia, o mesmo conceito pode ser aplicado a todas as permutas descritas anteriormente. O custo de tal item do ativo imobilizado é mensurado pelo valor justo, a não ser que (a) a operação de permuta não tenha natureza comercial ou (b) o valor justo do ativo recebido e o do ativo cedido não possam ser mensurados com segurança. O ativo adquirido é mensurado dessa forma mesmo que a entidade não consiga dar baixa imediata ao ativo cedido. Se o ativo adquirido não for mensurável ao valor justo, seu custo é determinado pelo valor contábil do ativo cedido.

CPC 27.30 Após o reconhecimento como ativo, um item do ativo imobilizado deve ser apresentado ao custo menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumulada (Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos).

CPC 27.31 Após o reconhecimento como um ativo, o item do ativo imobilizado cujo valor justo possa ser mensurado confiavelmente pode ser apresentado, se permitido por lei, pelo seu valor reavaliado,

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correspondente ao seu valor justo à data da reavaliação menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas subsequentes. A reavaliação deve ser realizada com suficiente regularidade para assegurar que o valor contábil do ativo não apresente divergência relevante em relação ao seu valor justo na data do balanço.

CPC 27.36 Se o método de reavaliação for permitido por lei e um item do ativo imobilizado for reavaliado, toda a classe do ativo imobilizado à qual pertence esse ativo deve ser reavaliada.

CPC 27.39 Se o valor contábil do ativo aumentar em virtude de reavaliação, esse aumento deve ser creditado diretamente à conta própria do patrimônio líquido. No entanto, o aumento deve ser reconhecido no resultado quando se tratar da reversão de decréscimo de reavaliação do mesmo ativo anteriormente reconhecido no resultado.

CPC 27.40 Se o valor contábil do ativo diminuir em virtude de reavaliação, essa diminuição deve ser reconhecida no resultado. No entanto, se houver saldo de reserva de reavaliação, a diminuição do ativo deve ser debitada diretamente ao patrimônio líquido contra a conta de reserva de reavaliação, até o seu limite.

CPC 27.41 O saldo relativo à reavaliação acumulada do item do ativo imobilizado incluído no patrimônio líquido somente pode ser transferido para lucros acumulados quando a reserva é realizada. O valor total pode ser realizado com a baixa ou a alienação do ativo. Entretanto, parte da reserva pode ser transferida enquanto o ativo é usado pela entidade. Nesse caso, o valor da reserva a ser transferido é a diferença entre a depreciação baseada no valor contábil do ativo e a depreciação que teria sido reconhecida com base no custo histórico do ativo. As transferências para lucros acumulados não transitam pelo resultado.

CPC 27.51 O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil, segundo o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

CPC 27.68 Ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado devem ser reconhecidos no resultado quando o item é baixado (a menos que o Pronunciamento Técnico CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil exija de outra forma em operação de venda e leaseback). Os ganhos não devem ser classificados como receita de venda.

CPC 27.71 Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de um item do ativo imobilizado devem ser determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o valor contábil do item.

CPC 27.73(a) As demonstrações contábeis devem divulgar, para cada classe de ativo imobilizado:

(a) os critérios de mensuração utilizados para determinar o valor contábil bruto.

2.12 Ativos intangíveisCPC 01 (R1).09 A entidade deve avaliar, ao fim de cada período de reporte, se há alguma indicação de que um

ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo.

CPC 04 (R1).24 Um ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente ao custo.

CPC 04 (R1).57 Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento de projeto interno) deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados:

(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda;

(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;

(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;

(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;

(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e

(f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento.

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CPC 04 (R1).74 Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado ao custo, menos a eventual amortização acumulada e a perda acumulada (Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos).

CPC 04 (R1).88 A entidade deve avaliar se a vida útil do ativo intangível é definida ou indefinida e, no primeiro caso, a duração ou o volume de produção ou unidades semelhantes que formam essa vida útil. A entidade deve atribuir vida útil indefinida a um ativo intangível quando, com base na análise de todos os fatores relevantes, não existe um limite previsível para o período durante o qual o ativo deverá gerar fluxos de caixa líquidos positivos para a entidade.

CPC 04 (R1).97 O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições necessários para que possa funcionar da maneira pretendida pela administração. A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou incluído em um grupo de ativos classificado como mantido para venda ou, ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro. O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão com segurança, deve ser utilizado o método linear. A despesa de amortização para cada período deve ser reconhecida no resultado, a não ser que outra norma ou pronunciamento contábil permita ou exija a sua inclusão no valor contábil de outro ativo.

CPC 04 (R1).104 O período e o método de amortização de ativo intangível com vida útil definida devem ser revisados pelo menos ao final de cada exercício. Caso a vida útil prevista do ativo seja diferente de estimativas anteriores, o prazo de amortização deve ser devidamente alterado. Se houver alteração no padrão de consumo previsto, o método de amortização deve ser alterado para refletir essa mudança. Tais mudanças devem ser registradas como mudanças nas estimativas contábeis, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança nas Estimativa e Retificação de Erro.

CPC 04 (R1).107 Ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.

CPC 04 (R1). De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de108 Ativos, a entidade deve testar a perda de valor dos ativos intangíveis com vida útil indefinida

comparando o seu valor recuperável com o seu valor contábil:

(a) anualmente; e

(b) sempre que existam indícios de que o ativo intangível pode ter perdido valor.

CPC 04 (R1). A vida útil de ativo intangível que não é amortizado deve ser revisada periodicamente para 109 determinar se eventos e circunstâncias continuam a consubstanciar a avaliação de vida útil

indefinida. Caso contrário, a mudança na avaliação de vida útil de indefinida para definida deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil, conforme Pronunciamento Técnico CPC 23

CPC 04 (R1).113 Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de ativo intangível devem ser determinados pela diferença entre o valor líquido da alienação, se houver, e o valor contábil do ativo. Esses ganhos ou perdas devem ser reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado (exceto se critério específico estiver previsto em outro pronunciamento contábil), mas os ganhos não devem ser classificados como receitas de venda.

Custos de pesquisa e desenvolvimentoCPC 04 (R1).54 Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) deve

ser reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos.

CPC 04 (R1).57 Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento de projeto interno) deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados:

(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda;

(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;

(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;

(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;

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152 Good Group | EY

(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e

(f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento.

CPC 04 (R1).74 Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado ao custo, menos a eventual amortização acumulada e a perda acumulada (Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos).

CPC 01.10 (a) Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao valor recuperável, a entidade deve:

(a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, devem ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente;

Patentes e licençasCPC 04 (R1).118 A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos intangíveis, (a), (b) fazendo a distinção entre ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis:

(a) com vida útil indefinida ou definida e, se definida, os prazos de vida útil ou as taxas de amortização utilizados;

(b) os métodos de amortização utilizados para ativos intangíveis com vida útil definida.

CPC 04 A entidade também deve divulgar:

(R1).122(a) (a) em relação a ativos intangíveis avaliados como tendo vida útil indefinida, o seu valor contábil e os motivos que fundamentam essa avaliação. Ao apresentar essas razões, a entidade deve descrever os fatores mais importantes que levaram à definição de vida útil indefinida do ativo.

2.13 Instrumentos financeiros – reconhecimento inicial e mensuração subsequente

CPC 38.09 Os termos que se seguem são usados neste pronunciamento com os significados especificados:

Definição de derivativo Derivativo é um instrumento financeiro ou outro contrato dentro do alcance deste

pronunciamento técnico (ver itens 2 a 7) com todas as três características seguintes:

(a) o seu valor altera-se em resposta à alteração na taxa de juros especificada, preço de instrumento financeiro, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de preços ou de taxas, avaliação ou índice de crédito, ou outra variável, desde que, no caso de variável não financeira, a variável não seja específica de uma parte do contrato (às vezes denominada ―subjacente―);

(b) não é necessário qualquer investimento líquido inicial ou investimento líquido inicial que seja inferior ao que seria exigido para outros tipos de contratos que se esperaria que tivessem resposta semelhante às alterações nos fatores de mercado; e

(c) é liquidado em data futura.

Definições de quatro categorias de instrumentos financeiros

Ativo financeiro, ou passivo financeiro mensurado pelo valor justo por meio do resultado, é um ativo financeiro ou um passivo financeiro que satisfaz qualquer das seguintes condições:

(a) é classificado como mantido para negociação. Um ativo financeiro ou um passivo financeiro é classificado como mantido para negociação se for:

(i) adquirido ou incorrido principalmente para a finalidade de venda ou de recompra em prazo muito curto;

(ii) no reconhecimento inicial, é parte de carteira de instrumentos financeiros identificados que são gerenciados em conjunto e para os quais existe evidência de modelo real

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153Good Group | EY

recente de tomada de lucros a curto prazo; ou

(iii) derivativo (exceto no caso de derivativo que seja contrato de garantia financeira ou um instrumento de hedge designado e eficaz);

(aa) é contraprestação contingente de adquirente em combinação de negócios à qual se aplica o Pronunciamento Técnico CPC 15 – Combinação de Negócios;

(b) no momento do reconhecimento inicial, ele é designado pela entidade pelo valor justo por meio do resultado. A entidade só pode usar essa designação quando for permitido pelo item 11A, ou quando tal resultar em informação mais relevante, porque:

(i) elimina ou reduz significativamente uma inconsistência na mensuração ou no reconhecimento (por vezes, denominada inconsistência contábil―) que de outra forma resultaria da mensuração de ativos ou passivos ou do reconhecimento de ganhos e perdas sobre eles em diferentes bases; ou

(ii) um grupo de ativos financeiros, passivos financeiros ou ambos é gerenciado e o seu desempenho avaliado em base de valor justo, de acordo com uma estratégia documentada de gestão do risco ou de investimento, e a informação sobre o grupo é fornecida internamente ao pessoal–chave da gerência da entidade nessa base (como definido no Pronunciamento Técnico CPC 05 (R1) – Divulgação sobre Partes Relacionadas), por exemplo, a diretoria e o presidente executivo da entidade.

No Pronunciamento Técnico CPC 40 (R1) – Instrumentos Financeiros: Evidenciação, os itens 9 a 11 e B4 exigem que a entidade forneça divulgação a respeito dos ativos financeiros e dos passivos financeiros por ela designados pelo valor justo por meio do resultado, incluindo a forma como satisfez essas condições. Para instrumentos que se qualificam de acordo com (ii) acima, essa divulgação inclui a descrição narrativa de como a designação pelo valor justo por meio do resultado é consistente com a estratégia documentada da entidade de gestão do risco ou de investimento.

Os investimentos em instrumentos patrimoniais que não tenham o preço de mercado cotado em mercado ativo, e cujo valor justo não possa ser confiavelmente medido (ver o item 46(c) e o Apêndice A, itens AG80 e AG81), não devem ser designados pelo valor justo por meio do resultado.

É de notar que os itens 48, 48A, 49 e o Apêndice A, itens AG69 a AG82, que estabelecem os requisitos para determinar uma mensuração confiável do valor justo de ativo financeiro ou passivo financeiro, se aplicam igualmente a todos os itens que sejam medidos pelo valor justo, quer seja por designação ou por outro método, ou cujo valor justo seja divulgado.

Investimentos mantidos até o vencimento são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos para os quais a entidade tem a intenção positiva e a capacidade de manter até o vencimento (ver o Apêndice A, item AG16 a AG25), exceto:

(a) os que a entidade designa no reconhecimento inicial pelo valor justo por meio do resultado;

(b) os que a entidade designa como disponível para venda; e

(c) os que satisfazem a definição de empréstimos e contas a receber.

A entidade não deve classificar nenhum ativo financeiro como mantido até o vencimento se a entidade tiver, durante o exercício social corrente ou durante os dois exercícios sociais precedentes, vendido ou reclassificado mais do que uma quantia insignificante de investimentos mantidos até o vencimento antes do vencimento (mais do que insignificante em relação à quantia total dos investimentos mantidos até o vencimento), que não seja por vendas ou reclassificações que:

(i) estejam tão próximos do vencimento ou da data de compra do ativo financeiro (por exemplo, menos de três meses antes do vencimento) que as alterações na taxa de juro do mercado não teriam efeito significativo no valor justo do ativo financeiro;

(ii) ocorram depois de a entidade ter substancialmente recebido todo o capital original do ativo financeiro por meio de pagamentos programados ou de pagamentos antecipados; ou

(iii) sejam atribuíveis a um acontecimento isolado que esteja fora do controle da entidade, não seja recorrente e não tenha podido ser razoavelmente previsto pela entidade.

Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis que não estão cotados em mercado ativo, exceto:

(a) os que a entidade tem intenção de vender imediatamente ou no curto prazo, os quais são

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classificados como mantidos para negociação, e os que a entidade, no reconhecimento inicial, designa pelo valor justo por meio do resultado;

(b) os que a entidade, após o reconhecimento inicial, designa como disponíveis para venda; ou

(c) aqueles com relação aos quais o detentor não possa recuperar substancialmente a totalidade do seu investimento inicial, que não seja devido à deterioração do crédito, e que são classificados como disponíveis para a venda.

Um interesse adquirido num conjunto de ativos que não seja empréstimo nem conta a receber (por exemplo, participação em fundo mútuo ou em fundo semelhante) não é empréstimo nem recebível.

Ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles ativos financeiros não derivativos que são designados como disponíveis para venda ou que não são classificados como (a) empréstimos e contas a receber; (b) investimentos mantidos até o vencimento; ou (c) ativos financeiros pelo valor justo por meio do resultado.

Definição de contrato de garantia financeira Contrato de garantia financeira consiste em contrato que requer que o emitente efetue

pagamentos especificados, a fim de reembolsar o detentor por perda em que incorrer devido ao fato de o devedor especificado não efetuar o pagamento na data prevista, de acordo com as condições iniciais ou alteradas de instrumento de dívida.

Definições relativas a reconhecimento e mensuração Custo amortizado de ativo financeiro ou de passivo financeiro é a quantia pela qual o ativo

financeiro ou o passivo financeiro é medido no reconhecimento inicial menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa usando o método dos juros efetivos de qualquer diferença entre essa quantia inicial e a quantia no vencimento, e menos qualquer redução (diretamente ou por meio do uso de conta redutora) quanto à perda do valor recuperável ou incobrabilidade.

Método de juros efetivos é o método de calcular o custo amortizado de ativo financeiro ou de passivo financeiro (ou grupo de ativos ou de passivos financeiros) e de alocar a receita ou a despesa de juros no período. A taxa efetiva de juros é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida esperada do instrumento ou, quando apropriado, o período mais curto na quantia escriturada líquida do ativo financeiro ou do passivo financeiro. Ao calcular a taxa efetiva de juros, a entidade deve estimar os fluxos de caixa considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo, pagamento antecipado, opções de compra e semelhantes), mas não deve considerar perdas de crédito futuras. O cálculo inclui todas as comissões e parcelas pagas ou recebidas entre as partes do contrato que são parte integrante da taxa efetiva de juros (ver o Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas), dos custos de transação e de todos os outros prêmios ou descontos. Existe um pressuposto de que os fluxos de caixa e a vida esperada de grupo de instrumentos financeiros semelhantes possam ser estimados confiavelmente. Contudo, naqueles casos raros em que não seja possível estimar confiavelmente os fluxos de caixa ou a vida esperada de instrumento financeiro (ou grupo de instrumentos financeiros), a entidade deve usar os fluxos de caixa contratuais durante todo o prazo contratual do instrumento financeiro (ou grupo de instrumentos financeiros).

Desreconhecimento é a remoção de ativo financeiro ou de passivo financeiro anteriormente reconhecido do balanço patrimonial da entidade.

Valor justo é a quantia pela qual um ativo poderia ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso em transação sem favorecimento.

Compra ou venda regular é uma compra ou venda de ativo financeiro sob contrato cujos termos exigem a entrega do ativo dentro do prazo estabelecido geralmente por regulação ou convenção no mercado em questão.

Custo de transação é o custo incremental que seja diretamente atribuível à aquisição, emissão ou alienação de ativo financeiro ou de passivo financeiro (ver o Apêndice A, item AG13). Custo incremental é aquele que não teria sido incorrido se a entidade não tivesse adquirido, emitido ou alienado o instrumento financeiro.

Definições relativas à contabilidade de hedge Compromisso firme é um acordo obrigatório para a troca de quantidade especificada de recursos

a um preço especificado em data ou em datas futuras especificadas.

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Transação prevista é uma transação futura não comprometida, mas antecipada.

Instrumento de hedge é um derivativo designado, ou (apenas para hedge do risco de alterações nas taxas de câmbio de moeda estrangeira) um ativo financeiro não derivativo designado, ou um passivo financeiro não derivativo, cujo valor justo ou fluxos de caixa se espera que compensem as alterações no valor justo ou nos fluxos de caixa de objeto de hedge designado (os itens 72 a 77 e o Apêndice A, itens AG94 a AG97, explicam em detalhes a definição de instrumento de hedge).

Posição protegida é um ativo, passivo, compromisso firme, transação prevista altamente provável ou investimento líquido em operação no exterior que (a) expõe a entidade ao risco de alteração no valor justo ou nos fluxos de caixa futuros; e (b) foi designada como estando protegida (os itens 78 a 84 e o Apêndice A, itens AG98 a AG101, explicam em detalhes a definição de posição coberta). Eficácia de hedge é o grau segundo o qual as alterações no valor justo ou nos fluxos de caixa da posição coberta que sejam atribuíveis a um risco coberto são compensadas por alterações no valor justo ou nos fluxos de caixa do instrumento de hedge (ver Apêndice A, itens AG105 a AG113).

CPC 38.14 A entidade deve reconhecer o ativo financeiro ou o passivo financeiro nas suas demonstrações contábeis quando, e apenas quando, a entidade se tornar parte das disposições contratuais do instrumento (ver o item 38 com respeito a compras regulares de ativos financeiros).

CPC 38.38 A compra ou venda regular de ativos financeiros deve ser reconhecida e desreconhecida, conforme aplicável, usando a contabilização pela data da negociação ou pela data de liquidação (ver o Apêndice A, itens AG53 a AG56).

CPC 38.43 Quando um ativo financeiro ou um passivo financeiro é inicialmente reconhecido, a entidade deve mensurá-lo pelo seu valor justo mais, no caso de ativo financeiro ou passivo financeiro que não seja pelo valor justo por meio do resultado, os custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão do ativo financeiro ou passivo financeiro.

CPC 38.54 Se, como resultado de alteração na intenção ou capacidade ou nas raras circunstâncias em que uma medida confiável do valor justo deixe de estar disponível (ver itens 46(c) e 47) ou porque os “dois exercícios sociais precedentes” mencionados no item 9 já passaram, torna-se apropriado escriturar um ativo financeiro ou passivo financeiro pelo custo ou pelo custo amortizado em vez de pelo valor justo, a quantia escriturada do valor justo do ativo financeiro ou do passivo financeiro nessa data torna-se o seu novo custo ou custo amortizado, conforme aplicável. Qualquer ganho ou perda anterior naquele ativo que tenha sido reconhecido como outros resultados abrangentes de acordo com o item 55(b) deve ser contabilizado como segue:

(a) no caso de ativo financeiro com vencimento fixo, o ganho ou perda deve ser amortizado no resultado durante a vida remanescente do investimento mantido até o vencimento usando o método dos juros efetivos. Qualquer diferença entre o novo custo amortizado e a quantia no vencimento deve também ser amortizada durante a vida remanescente do ativo financeiro usando o método dos juros efetivos, semelhante à amortização de prêmio e de desconto. Se o ativo financeiro estiver subsequentemente com perda no valor recuperável, qualquer ganho ou perda que tenha sido reconhecido como outros resultados abrangentes é reconhecido no resultado de acordo com o item 67;

(b) no caso de ativo financeiro que não tenha vencimento fixo, o ganho ou perda deve permanecer como outros resultados abrangentes até que o ativo financeiro seja vendido ou de outra forma alienado, sendo então reconhecido no resultado. Se posteriormente o ativo financeiro estiver com perda por redução ao valor recuperável de ativos, qualquer ganho ou perda anterior que tenha sido reconhecido como outros resultados abrangentes é reconhecido no resultado de acordo com o item 67.

CPC 38.18(a) A entidade transfere um ativo financeiro se, apenas se:

(a) transferir os direitos contratuais de receber os fluxos de caixa do ativo financeiro;

CPC 25.36 O valor reconhecido como provisão deve ser a melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do balanço.

CPC 40 (R1).21 De acordo com o item 117 do Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, a entidade divulga, na nota explicativa sobre as políticas contábeis, as bases de mensuração usadas na elaboração das demonstrações contábeis e as outras políticas contábeis usadas que sejam relevantes para o entendimento dessas demonstrações contábeis.

CPC 38.10 Derivativo embutido é um componente de instrumento híbrido (combinado) que também inclui um contrato principal não derivativo – em resultado disso, alguns dos fluxos de caixa do instrumento combinado variam de forma semelhante a um derivativo isolado. O derivativo

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embutido faz com que alguns ou todos os fluxos de caixa que de outra forma seriam exigidos pelo contrato sejam modificados de acordo com a taxa de juros especificada, preço de instrumento financeiro, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de preços ou de taxas, avaliação ou índice de crédito, ou outra variável, desde que, no caso de variável não financeira, a variável não seja específica de uma das partes do contrato. Um derivativo que esteja anexo a um instrumento financeiro, mas que seja contratualmente transferível independentemente desse instrumento, ou que tenha uma contraparte diferente desse instrumento, não é um derivativo embutido, mas um instrumento financeiro separado.

CPC 38.11 O derivativo embutido deve ser separado do contrato principal e contabilizado como derivativo segundo este CPC se, e apenas se:

(a) as características econômicas e os riscos do derivativo embutido não estiverem intimamente relacionados com as características econômicas e os riscos do contrato principal (ver Apêndice A, itens AG30 e AG33);

(b) o instrumento separado com as mesmas características que o derivativo embutido satisfizer a definição de derivativo; e

(c) o instrumento híbrido (combinado) não for medido pelo valor justo com as alterações no valor justo reconhecidas no resultado (i.e., o derivativo que esteja embutido num ativo financeiro ou passivo financeiro pelo valor justo por meio do resultado não é um derivativo separado).

Se o derivativo embutido for separado, o contrato principal deve ser contabilizado segundo este pronunciamento técnico se ele for instrumento financeiro, e de acordo com outros pronunciamentos apropriados se não for instrumento financeiro. Este pronunciamento não trata da questão de se o derivativo embutido deve ser apresentado separadamente no balanço patrimonial.

CPC 38.45 Para a finalidade de medir um ativo financeiro após o reconhecimento inicial, este pronunciamento classifica os ativos financeiros nas quatro categorias definidas no item 9:

(a) ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado;

(b) investimentos mantidos até o vencimento;

(c) empréstimos e contas a receber; e

(d) ativos financeiros disponíveis para venda.

Essas categorias aplicam-se à mensuração e ao reconhecimento do resultado segundo este pronunciamento. A entidade pode usar outras descrições para essas categorias ou outras categorizações quando apresentar a informação nas demonstrações contábeis. A entidade deve divulgar nas notas explicativas as informações exigidas pelo Pronunciamento Técnico CPC 40 – Instrumentos Financeiros: Evidenciação.

CPC 38.46 Após o reconhecimento inicial, a entidade deve mensurar os ativos financeiros, incluindo os derivativos que sejam ativos, pelos seus valores justos sem nenhuma dedução dos custos de transação em que possa incorrer na venda ou em outra alienação, exceto quanto aos seguintes ativos financeiros:

(a) empréstimos e contas a receber conforme definidos no item 9, que devem ser mensurados pelo custo amortizado usando o método dos juros efetivos;

(b) investimentos mantidos até o vencimento conforme definidos no item 9, que devem ser medidos pelo custo amortizado usando o método dos juros efetivos; e

(c) investimentos em instrumentos patrimoniais que não tenham preço de mercado cotado em mercado ativo e cujo valor justo não possa ser confiavelmente medido, e derivativos que devam ser liquidados pela entrega desses instrumentos patrimoniais não cotados, os quais devem ser medidos pelo custo (ver o Apêndice A, itens AG80 e AG81).

Os ativos financeiros que sejam designados como posições protegidas estão sujeitos a mensuração segundo os requisitos da contabilidade de hedge contidos nos itens 89 a 102. Todos os ativos financeiros, exceto aqueles mensurados pelo valor justo por meio do resultado, estão sujeitos a revisão quanto à perda do valor recuperável de acordo com os itens 58 a 70 e o Apêndice A, itens AG84 a AG93.

CPC 38. AG14 A negociação reflete normalmente a compra e a venda ativas e frequentes, e os instrumentos financeiros mantidos para negociação são geralmente usados com o objetivo de gerar lucro com as flutuações de curto prazo no preço ou na margem do operador.

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CPC 38. AG83 A entidade aplica o Pronunciamento Técnico CPC 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis a ativos financeiros e passivos financeiros que sejam itens monetários de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 02 e estejam denominados em moeda estrangeira. De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 02, qualquer ganho e perda em moeda estrangeira relativo a ativos monetários e passivos monetários é reconhecido no resultado. Uma exceção é um item monetário que é designado como instrumento de cobertura ou na cobertura de fluxo de caixa (ver itens 95 a 101) ou na cobertura de investimento líquido (ver item 102). Para a finalidade de reconhecer ganhos e perdas em moeda estrangeira de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 02, um ativo financeiro monetário disponível para venda é tratado como se fosse escriturado pelo custo amortizado na moeda estrangeira. Em harmonia com isso, para esse tipo de ativo financeiro, as diferenças de câmbio resultantes de alterações no custo amortizado são reconhecidas no resultado, e outras alterações na quantia escriturada são reconhecidas de acordo com o item 55(b). No caso dos ativos financeiros disponíveis para venda que não sejam itens monetários de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 02 (por exemplo, instrumentos patrimoniais), o ganho ou a perda que é reconhecido diretamente como outros resultados abrangentes de acordo com o item 55(b) inclui qualquer componente em moeda estrangeira relacionado. Se houver relação de hedge entre um ativo monetário não derivativo e um passivo monetário não derivativo, as alterações no componente em moeda estrangeira desses instrumentos financeiros são reconhecidas no resultado.

ReclassificaçãoCPC 38.50-50D A entidade:

(a) não deve reclassificar um instrumento financeiro derivativo de ou para a categoria mensurado ao valor justo por meio do resultado enquanto ele é mantido ou emitido;

(b) não deve reclassificar um instrumento da categoria de mensurado ao valor justo por meio do resultado se no reconhecimento inicial ele foi classificado como mensurado ao valor justo por meio do resultado; e

(c) pode, se um ativo financeiro não é mais mantido com o propósito de venda ou recompra no curto prazo (mesmo no caso de o ativo ter sido adquirido com o propósito de negociação ou recompra no curto prazo), reclassificá-lo da categoria de mensurado ao valor justo por meio do resultado se os requisitos nos itens 50B ou 50D forem atendidos.

A entidade não deve reclassificar um instrumento financeiro para a categoria mensurado ao valor justo por meio do resultado após o reconhecimento inicial.

As seguintes mudanças nas circunstâncias não são reclassificações no que tange ao item 50:

(a) um derivativo que estava designado como instrumento de hedge efetivo em hedge de fluxo de caixa ou de investimento líquido no exterior e não mais atende aos requisitos;

(b) um derivativo que se torna instrumento de hedge eficaz em uma relação de hedge de fluxo de caixa ou de investidor no exterior;

(c) instrumentos financeiros são reclassificados quando a companhia de seguro muda sua política contábil de acordo com o item 45 do pronunciamento.

Um ativo financeiro para o qual o item 50(c) se aplica (exceto um ativo financeiro do tipo descrito no item 50D) pode ser reclassificado da categoria de mensurado ao valor justo por meio do resultado somente em circunstâncias excepcionais.

Se a entidade reclassifica um ativo financeiro da categoria de mensurado ao valor justo por meio do resultado de acordo com o item 50B, o ativo financeiro deve ser reclassificado pelo fair value na data de sua reclassificação. Qualquer ganho ou perda já reconhecido no resultado não deve ser revertido. O valor justo do instrumento financeiro na data de sua reclassificação se torna seu novo custo ou custo amortizado, o que se aplicar.

Um ativo financeiro para o qual o item 50C se aplica que atenderia à definição de empréstimos e recebíveis (se o ativo financeiro não tivesse sido classificado como mantido para negociação no reconhecimento inicial) pode ser reclassificado da categoria mensurado ao valor justo por meio do resultado se a entidade tem a intenção e a capacidade de manter o ativo para um futuro previsível ou até o vencimento.

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CPC 38.50E Um ativo financeiro classificado como disponível para a venda que atenderia à definição de empréstimos e recebíveis (se não tivesse sido designado no reconhecimento inicial como disponível para a venda) pode ser reclassificado da categoria de disponível para a venda para a categoria de empréstimos e recebíveis se a entidade tem a intenção e a capacidade de manter o ativo financeiro para um futuro previsível ou até o vencimento.

CPC 38.50F Se a entidade reclassificar um ativo financeiro da categoria de mensurado ao valor justo por meio do resultado de acordo com o disposto no item 50D ou da categoria de disponível para a venda de acordo com o disposto no item 50E, ela deve reclassificar o ativo financeiro pelo seu valor justo na data da reclassificação. Para um ativo financeiro reclassificado de acordo com o item 50D, qualquer ganho ou perda já reconhecido no resultado não deve ser revertido. O valor justo do ativo financeiro na data da reclassificação se torna o novo custo ou custo amortizado, o que se aplicar. Para um ativo financeiro reclassificado da categoria de disponível para a venda de acordo com o item 50E, qualquer ganho ou perda prévio nesse ativo que tenha sido reconhecido em ajustes de avaliação patrimonial (conta de patrimônio líquido) de acordo com o item 55B deve ser contabilizado de acordo com o item 54.

CPC 38.55 O ganho ou perda proveniente de alteração no valor justo de ativo financeiro ou passivo (a), (b) financeiro que não faça parte de relacionamento de hedge (ver itens 89 a 102) deve ser

reconhecido como segue:

(a) o ganho ou a perda resultante de ativo financeiro ou passivo financeiro mensurado pelo valor justo por meio do resultado deve ser reconhecido no resultado.

(b) o ganho ou a perda resultante de ativo financeiro disponível para venda deve ser reconhecido como outros resultados abrangentes (ver o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis), exceto no caso de perdas no valor recuperável (ver itens 67 a 70) e de ganhos e perdas cambiais (ver o Apêndice A, item AG83), até que o ativo financeiro seja desreconhecido, momento em que o ganho ou a perda cumulativo anteriormente reconhecido com outros resultados abrangentes deve ser reconhecido no resultado. Contudo, os juros calculados usando o método dos juros efetivos (ver item 9) é reconhecido no resultado (ver o Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas). Os dividendos resultantes de instrumento patrimonial disponível para venda são reconhecidos no resultado quando o direito da entidade de recebê-los é estabelecido (Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas).

CPC 38.56 Para os ativos financeiros e passivos financeiros contabilizados pelo custo amortizado (ver itens 46 e 47), é reconhecido o ganho ou a perda no resultado quando o ativo financeiro ou o passivo financeiro for desreconhecido ou estiver sujeito a perda no valor recuperável, e por meio do processo de amortização.

Contudo, para os ativos financeiros ou passivos financeiros que sejam posições cobertas (ver itens 78 a 84 e o Apêndice A, itens AG98 a AG101), a contabilização do ganho ou perda deve seguir os itens 89 a 102.

CPC 38.67 Quando o declínio no valor justo de ativo financeiro disponível para venda foi reconhecido como outros resultados abrangentes e houver evidência objetiva de que o ativo tem perda no valor recuperável (ver item 59), a perda cumulativa que tinha sido reconhecida como outros resultados abrangentes deve ser tratada como ajuste por reclassificação e reconhecida no resultado mesmo que o ativo financeiro não tenha sido desreconhecido.

CPC 38.87 Um hedge de risco cambial de compromisso firme pode ser contabilizado como hedge de valor justo ou como hedge de fluxo de caixa.

CPC 38.58 A entidade deve avaliar, na data de cada balanço patrimonial, se existe ou não qualquer evidência objetiva de que um ativo financeiro, ou um grupo de ativos financeiros, esteja sujeito a perda no valor recuperável. Se tal evidência existir, a entidade deve aplicar o item 63 (para ativos financeiros contabilizados pelo custo amortizado), o item 66 (para ativos financeiros contabilizados pelo custo) ou o item 67 (para ativos financeiros disponíveis para venda) para determinar a quantia de qualquer perda no valor recuperável.

CPC 38.59 Um ativo financeiro, ou um grupo de ativos financeiros, tem perda no valor recuperável e incorre-se em perda no valor recuperável se, e apenas se, existir evidência objetiva de perda no valor recuperável como resultado de um ou mais eventos que ocorreram após o reconhecimento inicial do ativo (evento de perda) e se esse evento (ou eventos) de perda tiver impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro, ou do grupo de ativos financeiros, que possa ser confiavelmente estimado. Pode não ser possível identificar um único evento discreto que tenha causado a perda no valor recuperável. Em vez disso, o efeito combinado de vários eventos pode ter causado a perda no valor recuperável. As perdas esperadas como resultado de

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acontecimentos futuros, independentemente do grau de probabilidade, não são reconhecidas. A evidência objetiva de que um ativo financeiro, ou um grupo de ativos, tem perda no valor recuperável inclui dados observáveis que chamam a atenção do detentor do ativo a respeito dos seguintes eventos de perda:

(a) significativa dificuldade financeira do emitente ou do obrigado;

(b) quebra de contrato, tal como o descumprimento ou atraso nos pagamentos de juros ou de capital;

(c) emprestador ou financiador, por razões econômicas ou legais relacionadas com as dificuldades financeiras do tomador do empréstimo ou do financiamento, oferece ao tomador uma concessão que o emprestador ou financiador de outra forma não consideraria;

(d) torna-se provável que o devedor vá entrar em processo de falência ou outra reorganização financeira;

(e) desaparecimento de mercado ativo para esse ativo financeiro devido a dificuldades financeiras; ou

(f) dados observáveis indicando que existe decréscimo mensurável nos fluxos de caixa futuros estimados de grupo de ativos financeiros desde o reconhecimento inicial desses ativos, embora o decréscimo ainda não possa ser identificado com os ativos financeiros individuais do grupo, incluindo:

(i) alterações adversas no status do pagamento dos devedores do grupo (por exemplo, número crescente de pagamentos atrasados ou número crescente de devedores de cartão de crédito que atingiram o seu limite de crédito e estão apenas pagando a quantia mínima mensal); ou

(ii) as condições econômicas nacionais ou locais que se correlacionam com os descumprimentos relativos aos ativos do grupo (por exemplo, aumento na taxa de desemprego na área geográfica dos devedores, decréscimo nos preços das propriedades para hipotecas na área relevante, decréscimo nos preços do petróleo para ativos de empréstimo a produtores de petróleo, ou alterações adversas nas condições da indústria que afetem os devedores do grupo).

CPC 38.17(a) A entidade deve desreconhecer um ativo financeiro quando, e apenas quando:

(a) os direitos contratuais aos fluxos de caixa de ativo financeiro expiram; ou

CPC 38.18(b) A entidade transfere um ativo financeiro se, e apenas se:

(b) retiver os direitos contratuais de receber fluxos de caixa do ativo financeiro, mas assumir a obrigação contratual de pagar os fluxos de caixa a um ou mais destinatários em acordo que satisfaça as condições do item 19.

CPC 38.20 Quando a entidade transfere um ativo financeiro (ver item 18), deve avaliar até que ponto ela(a), (c) retém os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro. Nesse caso:

(a) se a entidade transferir substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro, a entidade deve desreconhecer o ativo financeiro e reconhecer separadamente como ativos ou passivos quaisquer direitos e obrigações criados ou retidos com a transferência.

(c) se a entidade não transferir nem retiver substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro, a entidade deve determinar se reteve o controle do ativo financeiro. Nesse caso:

(i) se a entidade não retiver o controle, ela deve desreconhecer o ativo financeiro e reconhecer separadamente como ativo ou passivo quaisquer direitos e obrigações criados ou retidos com a transferência;

(ii) se a entidade retiver o controle, ela deve continuar a reconhecer o ativo financeiro na medida do seu envolvimento continuado no ativo financeiro (ver o item 30).

CPC 38.30(a) Se a entidade não transferir nem retiver substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade de ativo transferido, e retiver o controle do ativo transferido, a entidade continua a reconhecer o ativo transferido até o ponto do seu envolvimento continuado. A medida do envolvimento continuado da entidade no ativo transferido é o ponto até o qual ela está exposta a alterações no valor do ativo transferido. Por exemplo:

(a) quando o envolvimento continuado da entidade assumir a forma de garantia do ativo transferido, a medida do envolvimento continuado da entidade é a menor entre (i) a quantia do ativo e (ii) a quantia máxima de retribuição recebida que a entidade pode ser obrigada a reembolsar (a quantia de garantia).

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CPC 38.39 A entidade deve remover um passivo financeiro (ou parte de passivo financeiro) de sua demonstração contábil quando, e apenas quando, for extinto – isto é, quando a obrigação especificada no contrato for retirada, cancelada ou expirar.

CPC 38.40 A troca entre tomador e fornecedor de empréstimos existentes e tomador e fornecedor de instrumentos de dívida com termos substancialmente diferentes deve ser contabilizada como extinção do passivo financeiro original e reconhecimento de novo passivo financeiro. De modo similar, uma modificação substancial nos termos de passivo financeiro existente ou de parte dele (quer seja atribuível à dificuldade financeira do devedor, quer não) deve ser contabilizada como extinção do passivo financeiro original e reconhecimento de novo passivo financeiro.

CPC 38.41 A diferença entre a quantia escriturada de passivo financeiro (ou de parte de passivo financeiro) extinto ou transferido para outra parte e a retribuição paga, incluindo quaisquer ativos não monetários transferidos ou passivos assumidos, deve ser reconhecida no resultado.

CPC 38.43 Quando um ativo financeiro ou um passivo financeiro é inicialmente reconhecido, a entidade deve mensurá-lo pelo seu valor justo mais, no caso de ativo financeiro ou passivo financeiro que não seja pelo valor justo por meio do resultado, os custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão do ativo financeiro ou passivo financeiro.

CPC 38.47 Após o reconhecimento inicial, a entidade deve mensurar todos os passivos financeiros pelo custo amortizado usando o método dos juros efetivos, exceto no caso de:

(a) passivos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado. Esses passivos, incluindo derivativos que sejam passivos, devem ser medidos pelo valor justo, exceto no caso de passivo derivativo que esteja ligado a e liquidado pela entrega de instrumento patrimonial não cotado, cujo valor justo não possa ser confiavelmente mensurado, o qual deve ser mensurado pelo custo;

(b) passivos financeiros que surjam quando uma transferência de ativo financeiro não se qualifica para desreconhecimento ou quando se aplica a abordagem do envolvimento continuado. Os itens 29 e 31 aplicam-se à mensuração de tais passivos financeiros;

(c) os contratos de garantia financeira conforme definidos no item 9. Após o reconhecimento inicial, o emitente desse contrato deve medi-lo (a não ser que se aplique o item 47(a) ou (b)) pelo mais alto dos seguintes valores:

(i) a quantia determinada segundo o Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes; e

(ii) a quantia inicialmente reconhecida (ver item 43) menos, quando apropriado, a amortização cumulativa reconhecida de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas;

(d) compromissos para conceder um empréstimo a uma taxa de juros inferior à do mercado. Após o reconhecimento inicial, o emitente de tal compromisso deve medi-lo (a não ser que se aplique o item 47(a)) pelo mais alto dos seguintes valores:

(i) a quantia determinada segundo o Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes; e

(ii) a quantia inicialmente reconhecida (ver item 43) menos, quando apropriado, a amortização cumulativa reconhecida de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas.

Os passivos financeiros designados como posições protegidas estão sujeitos aos requisitos da contabilidade de hedge dos itens 89 a 102.

CPC 38.48A A melhor evidência de valor justo é a existência de preços cotados em mercado ativo. Se o mercado para um instrumento financeiro não estiver ativo, a entidade estabelece o valor justo usando uma técnica de avaliação. O objetivo de usar uma técnica de avaliação é estabelecer qual teria sido o preço da transação na data de mensuração em uma troca entre partes não relacionadas, sem favorecidos, motivada por considerações comerciais normais. As técnicas de valorização incluem o uso de recentes transações de mercado com isenção de participação entre partes conhecedoras e dispostas a isso, se estiverem disponíveis, referência ao valor justo corrente de outro instrumento que seja substancialmente o mesmo, análise do fluxo de caixa descontado e modelos de apreçamento de opções. Se existir uma técnica de avaliação comumente usada por participantes do mercado para determinar o preço do instrumento e se ficar demonstrado que essa técnica proporciona estimativas confiáveis de preços obtidas em transações de mercado reais, a entidade pode usar essa técnica. A técnica de avaliação escolhida tira o máximo proveito dos inputs do mercado e confia o menos possível em inputs específicos da entidade. Ela incorpora todos os fatores que os participantes de mercado considerariam ao determinar o preço e é consistente com metodologias econômicas aceitas para determinar o preço de instrumentos financeiros. Periodicamente, a entidade calibra a técnica de avaliação

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e testa a sua validade usando preços de quaisquer transações de mercado correntes observáveis relativas ao mesmo instrumento (i.e., sem modificação ou reempacotamento) ou baseadas em quaisquer dados de mercado observáveis disponíveis.

CPC 38.56 Para os ativos financeiros e passivos financeiros contabilizados pelo custo amortizado (ver itens 46 e 47), é reconhecido o ganho ou a perda no resultado quando o ativo financeiro ou o passivo financeiro for desreconhecido ou estiver sujeito a perda no valor recuperável, e por meio do processo de amortização.

Contudo, para os ativos financeiros ou passivos financeiros que sejam posições cobertas (ver itens 78 a 84 e o Apêndice A, itens AG98 a AG101), a contabilização do ganho ou perda deve seguir os itens 89 a 102.

CPC 38.63 Se existir evidência objetiva de que se tenha incorrido em perda no valor recuperável em empréstimos e contas a receber ou investimentos mantidos até o vencimento contabilizado pelo custo amortizado, a quantia da perda é medida como a diferença entre a quantia contabilizada do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo as perdas de crédito futuras em que não se tenha incorrido), descontado pela taxa efetiva de juros original do ativo financeiro (i.e., a taxa efetiva de juros calculada no reconhecimento inicial). A quantia escriturada do ativo deve ser baixada diretamente ou por meio do uso de conta redutora. A quantia da perda deve ser reconhecida no resultado.

CPC 38.64 A entidade avalia primeiro se existe evidência objetiva de perda no valor recuperável individualmente para ativos financeiros que sejam individualmente significativos, e individual ou coletivamente para ativos financeiros que não sejam individualmente significativos (ver o item 59). Se a entidade determinar que não existe evidência objetiva de perda no valor recuperável para um ativo financeiro individualmente avaliado, quer seja significativo, quer não, ela inclui o ativo em grupo de ativos financeiros com características semelhantes de risco de crédito e avalia-os coletivamente quanto à perda no valor recuperável. Os ativos que sejam individualmente avaliados quanto à perda no valor recuperável e para os quais a perda no valor recuperável é ou continua a ser reconhecida não são incluídos na avaliação coletiva da perda no valor recuperável.

CPC 38.65 Se, em período posterior, a quantia da perda no valor recuperável diminuir e a diminuição puder ser objetivamente relacionada com um acontecimento que ocorra após o reconhecimento da perda no valor recuperável (como uma melhora na avaliação de crédito do devedor), a perda por imparidade anteriormente reconhecida deve ser revertida, seja diretamente, seja ajustando por conta redutora.

A reversão não deve resultar na quantia escriturada do ativo financeiro que exceda o que o custo amortizado teria sido, caso a perda no valor recuperável não tivesse sido reconhecida na data em que a perda no valor recuperável foi revertida. A quantia da reversão deve ser reconhecida no resultado.

CPC 38. AG93 Uma vez que um ativo financeiro, ou um grupo de ativos financeiros semelhantes, tenha sido reduzido como resultado de perda por redução ao valor recuperável de ativos, o rendimento de juros é daí em diante reconhecido usando a taxa de juros usada para descontar os fluxos de caixa futuros para a finalidade de medir a perda por redução ao valor recuperável de ativos.

CPC 38.68 A quantia da perda cumulativa que for reclassificada e reconhecida no resultado segundo o item 67 deve ser a diferença entre o custo de aquisição (líquido de qualquer amortização de juros e pagamento do principal) e o valor justo atual, menos qualquer perda no valor recuperável resultante desse ativo financeiro anteriormente reconhecido no resultado.

CPC 38.69 As perdas no valor recuperável reconhecidas no resultado para investimento em instrumento patrimonial classificado como disponível para venda não devem ser revertidas por meio do resultado.

CPC 38.70 Se, em período posterior, o valor justo de instrumento de dívida classificado como disponível para venda aumentar e o aumento puder ser objetivamente relacionado a um evento que ocorra após o reconhecimento da perda no valor recuperável no resultado, a perda no valor recuperável deve ser revertida, sendo a quantia da reversão reconhecida no resultado.

CPC 38. AG84 A perda por redução ao valor recuperável de ativos de ativo financeiro escriturados pelo custo amortizado é medida usando a taxa efetiva de juros original do instrumento financeiro, porque descontar à taxa de juros do mercado corrente iria, com efeito, impor a mensuração do valor justo sobre ativos financeiros que são de outro modo medidos pelo custo amortizado. Se os termos de empréstimo, de conta a receber ou de investimento mantido até o vencimento forem renegociados ou de outra forma modificados devido a dificuldades financeiras do mutuário ou do emitente, a perda por redução ao valor recuperável de ativos é medida usando a taxa efetiva

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de juros original antes da modificação dos termos. Os fluxos de caixa relacionados com contas a receber a curto prazo não são descontados se o efeito do desconto for imaterial. Se um empréstimo, uma conta a receber ou um investimento mantido até o vencimento tiver taxa de juros variáveis, a taxa de desconto para medir qualquer perda por redução ao valor recuperável de ativos segundo o item 63 é a taxa efetiva de juros corrente determinada de acordo com o contrato. Um método prático é o credor medir a perda por redução ao valor recuperável de ativos de ativo financeiro escriturado pelo custo amortizado na base do valor justo de instrumento, usando o preço de mercado observável. O cálculo do valor presente de fluxos de caixa futuros estimados de ativo financeiro garantido reflete os fluxos de caixa que podem resultar da execução menos os custos da obtenção e da venda da garantia, quer a execução menos os custos da obtenção e da venda da garantia sejam prováveis, quer não.

CPC 39.42 Um ativo financeiro e um passivo financeiro devem ser compensados, e o montante líquido apresentado nas demonstrações contábeis, quando, e somente quando, a entidade:

(a) dispõe de um direito legalmente executável para liquidar pelo montante líquido; e

(b) tiver a intenção de liquidar em base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

Na contabilização da transferência de ativo financeiro que não se qualifica para baixa, a entidade não deve compensar o ativo transferido e o passivo associado (Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, item 36).

CPC 40 (R1).16 Quando ativos financeiros sofrem redução no valor recuperável por perdas com crédito e a entidade registra a perda no valor recuperável em conta separada (por exemplo, em conta de provisão usada para registrar perdas individuais ou conta similar usada para registrar perdas de forma coletiva), em vez de reduzir diretamente o montante do valor contábil do ativo, deve ser divulgada a conciliação das movimentações dessa conta durante o período para cada classe de ativos financeiros.

CPC 40 (R1).21 De acordo com o item 117 do Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, a entidade divulga, na nota explicativa sobre as políticas contábeis, as bases de mensuração usadas na elaboração das demonstrações contábeis e as outras políticas contábeis usadas que sejam relevantes para o entendimento dessas demonstrações contábeis.

CPC 40 (R1).B5 O item 21 requer a divulgação da base de mensuração usada na elaboração das demonstrações (d)(i-ii) (f) contábeis e de outras políticas contábeis usadas que sejam relevantes para a compreensão das

demonstrações contábeis. Para os instrumentos financeiros, essa evidenciação inclui:

(d) quando a conta de provisão é usada para reduzir o valor contábil de ativo financeiro que sofreu baixa por perdas no valor recuperável devido a perdas de crédito:

(i) os critérios para determinar quando o valor contábil do ativo financeiro baixado é reduzido diretamente (ou, no caso da reversão de baixa, aumentado diretamente) e quando a provisão é utilizada; e

(ii) os critérios para baixar montantes contabilizados na conta de provisão contra o valor contábil do ativo financeiro baixado (ver item 16);

(f) os critérios que a entidade utiliza para determinar que existe evidência objetiva de que perda do valor recuperável tenha ocorrido (ver item 20(e)).

CPC 40 (R1).27 A entidade deve divulgar, para cada classe de instrumentos financeiros, os métodos e, quando uma técnica de avaliação for usada, os pressupostos aplicados na determinação do valor justo de cada classe de ativo financeiro ou passivo financeiro. Por exemplo, se for o caso, a entidade divulga informações sobre os pressupostos relativos a taxas de pagamento antecipado, estimativas de percentuais de perda com créditos e taxas de juros ou taxas de desconto. Se houver mudança na técnica de avaliação, a entidade deve evidenciar essa mudança e a razão para fazê-la.

2.14 Instrumentos financeiros derivativos e contabilidade de hedge Reconhecimento inicial e mensuração subsequenteCPC 38.43 Quando um ativo financeiro ou um passivo financeiro é inicialmente reconhecido, a entidade

deve mensurá-lo pelo seu valor justo mais, no caso de ativo financeiro ou passivo financeiro que não seja pelo valor justo por meio do resultado, os custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão do ativo financeiro ou passivo financeiro.

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163Good Group | EY

CPC 38.86 As relações de hedge são de três tipos:

(a) hedge de valor justo: hedge de exposição às alterações no valor justo de ativo ou passivo reconhecido ou de compromisso firme não reconhecido, ou de parte identificada de tal ativo, passivo ou compromisso firme, que seja atribuível a um risco particular e possa afetar o resultado;

(b) hedge de fluxo de caixa: hedge de exposição à variabilidade nos fluxos de caixa que (i) seja atribuível a um risco particular associado a um ativo ou passivo reconhecido (tal como todos ou alguns dos futuros pagamentos de juros sobre uma dívida de taxa variável) ou a uma transação prevista altamente provável e que (ii) possa afetar o resultado;

(c) hedge de investimento líquido em operação no exterior como definido no Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2).

CPC 38.88 Uma relação de hedge qualifica-se para contabilidade de hedge segundo os itens 89 a 102 se, e apenas se, todas as condições seguintes forem satisfeitas:

(a) no início do hedge, existe designação e documentação formais da relação de hedge e do objetivo e estratégia da gestão de risco da entidade para levar a efeito o hedge. Essa documentação deve incluir a identificação do instrumento de hedge, a posição ou transação coberta, a natureza do risco a ser coberto e a forma como a entidade vai avaliar a eficácia do instrumento de hedge na compensação da exposição a alterações no valor justo ou nos fluxos de caixa do item coberto atribuíveis ao risco coberto;

(b) espera-se que o hedge seja altamente eficaz (ver o Apêndice A, itens AG105 a AG113) ao conseguir alterações de compensação no valor justo ou nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto, consistentemente com a estratégia de gestão de risco originalmente documentada para essa relação de hedge em particular;

(c) quanto a hedge de fluxos de caixa, uma transação prevista que seja o objeto do hedge tem de ser altamente provável e tem de apresentar exposição a variações nos fluxos de caixa que poderiam, em última análise, afetar o resultado;

(d) a eficácia do hedge pode ser confiavelmente medida, isto é, o valor justo ou os fluxos de caixa do item coberto que sejam atribuíveis ao risco coberto e ao valor justo do instrumento de hedge podem ser confiavelmente mensurados;

(e) o hedge é avaliado em base contínua e efetivamente determinado como tendo sido altamente eficaz durante todos os períodos das demonstrações contábeis para os quais o hedge foi designado.

CPC 38.89 Se um hedge de valor justo satisfizer as condições do item 88 durante o período, ele deve ser contabilizado como segue:

(a) o ganho ou a perda resultante da nova mensuração do instrumento de hedge pelo justo valor (para instrumento de hedge derivativo), ou do componente de moeda estrangeira da sua quantia escriturada medido de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2) (para instrumento de hedge não derivativo), deve ser reconhecido no resultado; e

(b) o ganho ou a perda resultante do item coberto atribuível ao risco coberto deve ajustar a quantia escriturada do item coberto a ser reconhecido no resultado. Isso se aplica se o item coberto for de outra forma medido pelo custo. O reconhecimento do ganho ou perda atribuível ao risco coberto no resultado se aplica se o item coberto for um ativo financeiro disponível para venda.

Hedge de valor justoCPC 38.92 Qualquer ajuste resultante do item 89(b) feito na quantia escriturada de instrumento financeiro

coberto para o qual for usado o método dos juros efetivos (ou, no caso de hedge de carteira de risco da taxa de juros, em linha separada do balanço patrimonial descrita no item 89A) deve ser amortizado no resultado. A amortização pode começar assim que um ajuste existir e deve começar no mais tardar quando o item coberto cessar de ser ajustado quanto às alterações no seu valor justo atribuíveis ao risco que está sendo coberto. O ajuste baseia-se na taxa efetiva de juros recalculada na data de início da amortização. Contudo, se, no caso de hedge de valor justo e da exposição à taxa de juros de carteira de ativos e passivos financeiros (e apenas em hedge desse tipo), a amortização usando uma taxa efetiva de juros recalculada não for praticável, o ajuste deve ser amortizado usando o método de linha reta. O ajuste deve ser completamente amortizado até o vencimento do instrumento financeiro ou, no caso de hedge de carteira de risco da taxa de juros, até a expiração do período de reprecificação relevante.

CPC 38.93 Quando um instrumento firme não reconhecido for designado como item coberto, a alteração

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cumulativa posterior no valor justo do compromisso firme atribuível ao risco coberto é reconhecida como ativo ou passivo, com o ganho ou a perda correspondente reconhecido no resultado (ver item 89(b)). As alterações no valor justo do instrumento de hedge também são reconhecidas no resultado.

Hedge de fluxo de caixaCPC 38.95 Se um hedge de fluxo de caixa satisfizer as condições do item 88 durante o período, ele deve ser

contabilizado como segue:

(a) a parte do ganho ou perda resultante do instrumento de hedge que é determinada como hedge eficaz (ver item 88) deve ser reconhecida diretamente como outros resultados abrangentes (ver o Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis); e

(b) a parte ineficaz do ganho ou perda resultante do instrumento de hedge deve ser reconhecida no resultado.

CPC 38.97 Se o hedge de transação projetada subsequentemente resulta no reconhecimento de ativo ou passivo financeiro, os ganhos ou perdas associados que foram reconhecidos em ajustes de avaliação patrimonial (outros resultados abrangentes), de acordo com o disposto no item 95, devem ser reclassificados do patrimônio líquido para resultado como ajuste de reclassificação (ver o Pronunciamento Técnico CPC 26 (R2) – Apresentação das Demonstrações Contábeis) no mesmo período ou períodos nos quais o fluxo de caixa protegido afeta o resultado (como, por exemplo, no período no qual a receita ou a despesa de juro é reconhecida). No entanto, se a entidade espera que toda ou parte da perda reconhecida em ajustes de avaliação patrimonial não será recuperada nos períodos futuros, ela deve reclassificar esse valor para o resultado como ajuste de reclassificação que não se espera recuperar.

CPC 38.98 Se o hedge de transação prevista resultar posteriormente no reconhecimento de ativo ou passivo não financeiro (perda por redução ao valor recuperável de ativos do objeto de hedge futuro), ou se a transação prevista de ativo ou passivo não financeiro se tornar um compromisso firme para o qual se aplica a contabilidade de hedge de valor justo, então a entidade deve adotar (a) ou (b) abaixo:

(a) reclassifica ganhos e perdas associados que foram reconhecidos como outros resultados abrangentes de acordo com o item 95 no resultado no mesmo período ou períodos durante os quais o ativo adquirido ou o passivo assumido afeta o resultado (como nos períodos em que a despesa de depreciação ou o custo das vendas é reconhecido). Contudo, se a entidade espera que a totalidade ou parte da perda reconhecida diretamente como outros resultados abrangentes não será recuperada em um ou mais períodos futuros, ela deve reclassificar no resultado a quantia que não espera recuperar;

(b) remove ganhos e perdas associados que foram reconhecidos como outros resultados abrangentes de acordo com o item 95 e os inclui no custo inicial ou em outra quantia escriturada do ativo ou passivo.

CPC 38.100 Para hedges de fluxo de caixa que não os tratados nos itens 97 e 98, os montantes que foram reconhecidos em ajustes de avaliação patrimonial como outros resultados abrangentes devem ser reclassificados para o resultado como ajuste de reclassificação no mesmo período, ou períodos, nos quais os fluxos de caixa projetados afetarem o resultado (por exemplo, quando a venda projetada ocorrer).

CPC 38.101 Em qualquer das seguintes circunstâncias, a entidade deve descontinuar prospectivamente a contabilidade de hedge especificada nos itens 95 a 100:

(a) o instrumento de hedge expirar ou for vendido, terminado ou exercido. Nesse caso, o ganho ou a perda cumulativo resultante do instrumento de hedge que se mantém reconhecido como outros resultados abrangentes, desde o período em que o hedge estava em vigor (ver item 95(a)), deve permanecer reconhecido no patrimônio líquido até que a transação prevista ocorra. Quando a transação ocorrer, aplicam-se os itens 97, 98 ou 100. Para efeitos desta alínea, a substituição ou rollover de instrumento de hedge para outro instrumento de hedge não é expiração ou terminação se essa substituição ou rollover é parte da estratégia de hedge documentada da entidade. Além disso, para efeitos desta alínea, não há expiração ou término do instrumento de hedge, se:

(i) como consequência de leis ou regulamentos ou a introdução de leis ou regulamentos, as partes do instrumento de hedge concordam com que uma ou mais contrapartes de compensação substituam sua contraparte original para se tornar a nova contraparte de cada uma das partes. Para esse efeito, contraparte de compensação é uma contraparte central (às vezes chamada “organização de compensação” ou “agência

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de compensação”) ou entidade ou entidades, por exemplo, membro de compensação de organização de compensação ou cliente de membro de compensação de organização de compensação, que estão atuando como contraparte a fim de efetuar a compensação pela contraparte central. No entanto, quando as partes no instrumento de hedge substituirem suas contrapartes originais com diferentes contrapartes, este item só se aplica se cada um daqueles efeitos de partes de compensação for com a mesma contraparte central;

(ii) outras alterações, se houver, para o instrumento de hedge são limitadas àquelas que são necessárias para efetuar tal substituição da contraparte. Tais mudanças são limitadas àquelas que estão de acordo com os termos que seria de se esperar se o instrumento de hedge fosse originalmente apurado com a contraparte de compensação. Essas alterações abrangem mudanças nas exigências de garantias, direitos de compensar créditos e saldos de contas a pagar e taxas cobradas;

(b) o hedge não atende mais aos critérios de contabilidade de hedge no item 88. Nesse caso, o ganho ou a perda cumulativo resultante do instrumento de hedge que se mantém reconhecido como outros resultados abrangentes desde o período em que o hedge estava em vigor (ver item 95(a)) deve permanecer reconhecido separadamente no patrimônio líquido até que a transação prevista ocorra. Quando a transação ocorrer, aplicam-se os itens 97, 98 ou 100;

(c) já não se espera que a transação prevista ocorra, caso em que qualquer ganho ou perda cumulativo relacionado resultante do instrumento de hedge que permaneça reconhecido como outros resultados abrangentes desde o período em que o hedge estava em vigor (ver item 95(a)) deve ser reconhecido no resultado. Uma transação prevista que deixe de ser altamente provável (ver item 88(c)) pode ainda vir a ocorrer;

(d) a entidade revoga a designação. Para hedges de transação prevista, o ganho ou a perda cumulativo resultante do instrumento de hedge que se mantém reconhecido como outros resultados abrangentes desde o período em que o hedge era eficaz (ver item 95(a)) deve permanecer reconhecido separadamente no patrimônio líquido até que a transação prevista ocorra ou deixe de se esperar que ocorra. Quando a transação ocorrer, aplicam-se os itens 97, 98 ou 100. Se já não se espera que a transação ocorra, o ganho ou a perda cumulativo que tinha sido reconhecido diretamente no patrimônio líquido deve ser reconhecido no resultado.

CPC 40 (R1).21 De acordo com o item 117 do Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, a entidade divulga, na nota explicativa sobre as políticas contábeis, as bases de mensuração usadas na elaboração das demonstrações contábeis e as outras políticas contábeis usadas que sejam relevantes para o entendimento dessas demonstrações contábeis.

Hedges de investimento líquidoCPC 38.102 Os hedges de investimento líquido em operação no exterior, incluindo um hedge de item monetário

que seja contabilizado como parte do investimento líquido (ver Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2)), devem ser contabilizados de forma semelhante aos hedges de fluxo de caixa:

(a) a parte do ganho ou perda resultante do instrumento de hedge que for determinada como hedge eficaz (ver item 88) deve ser reconhecida diretamente no patrimônio líquido por meio da demonstração de mutações no patrimônio líquido (ver Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis); e

(b) a parte ineficaz deve ser reconhecida no resultado. O ganho ou a perda resultante do instrumento de hedge relacionado com a parte eficaz do hedge que foi reconhecida diretamente no patrimônio líquido deve ser reconhecido no resultado quando da alienação da operação no exterior.

2.15 EstoquesCPC 16 (R1).06 Os seguintes termos são usados neste pronunciamento, com os significados especificados:

Estoques são ativos:

(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;

(b) em processo de produção para venda; ou

(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.

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Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda.

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.

CPC 16 (R1).09 Os estoques objeto deste pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

CPC 16 (R1).10 O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.

CPC 16 (R1).12 Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção, como pode ser o caso da mão de obra direta. Também incluem a alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados. Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente constantes independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris, máquinas e equipamentos e os custos de administração da fábrica. Os custos indiretos de produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com o volume de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão de obra indireta.

CPC 16 (R1).13 A alocação de custos fixos indiretos de fabricação às unidades produzidas deve ser baseada na capacidade normal de produção. A capacidade normal é a produção média que se espera atingir ao longo de vários períodos em circunstâncias normais; com isso, leva-se em consideração, para a determinação dessa capacidade normal, a parcela da capacidade total não utilizada por causa de manutenção preventiva, de férias coletivas e de outros eventos semelhantes considerados normais para a entidade. O nível real de produção pode ser usado se aproximar-se da capacidade normal. Como consequência, o valor do custo fixo alocado a cada unidade produzida não pode ser aumentado por causa de um baixo volume de produção ou ociosidade. Os custos fixos não alocados aos produtos devem ser reconhecidos diretamente como despesa no período em que são incorridos. Em períodos de anormal alto volume de produção, o montante de custo fixo alocado a cada unidade produzida deve ser diminuído, de maneira que os estoques não sejam mensurados acima do custo. Os custos indiretos de produção variáveis devem ser alocados a cada unidade produzida com base no uso real dos insumos variáveis de produção, ou seja, na capacidade real utilizada.

CPC 16 (R1).25 O custo dos estoques, que não sejam os tratados nos itens 23 e 24, deve ser atribuído pelo uso do critério Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS) ou pelo critério do custo médio ponderado. A entidade deve usar o mesmo critério de custeio para todos os estoques que tenham natureza e uso semelhantes para a entidade. Para os estoques que tenham outra natureza ou uso, podem justificar-se diferentes critérios de valoração.

CPC 16 (R1). As demonstrações contábeis devem divulgar:36(a) (a) as políticas contábeis adotadas na mensuração dos estoques, incluindo formas e critérios

de valoração utilizados;

(b) o valor total escriturado em estoques e o valor registrado em outras contas apropriadas para a entidade;

(c) o valor de estoques escriturados pelo valor justo menos os custos de venda;

(d) o valor de estoques reconhecido como despesa durante o período;

(e) o valor de qualquer redução de estoques reconhecida no resultado do período de acordo com o item 34;

(f) o valor de toda reversão de qualquer redução do valor dos estoques reconhecida no resultado do período de acordo com o item 34;

(g) as circunstâncias ou os acontecimentos que conduziram à reversão de redução de estoques de acordo com o item 34; e

(h) o montante escriturado de estoques dados como penhor de garantia a passivos.

CPC 38.98 Se o hedge de transação prevista resultar posteriormente no reconhecimento de ativo ou passivo não financeiro (perda por redução ao valor recuperável de ativos do objeto de hedge futuro), ou se a transação prevista de ativo ou passivo não financeiro se tornar um compromisso firme para o qual se aplica a contabilidade de hedge de valor justo, então a entidade deve adotar (a) ou (b) abaixo:

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167Good Group | EY

CPC 38.98 (a) reclassifica ganhos e perdas associados que foram reconhecidos como outros resultados(a), (b) abrangentes de acordo com o item 95 no resultado no mesmo período ou períodos durante os

quais o ativo adquirido ou o passivo assumido afeta o resultado (como nos períodos em que a despesa de depreciação ou o custo das vendas é reconhecido). Contudo, se a entidade espera que a totalidade ou parte da perda reconhecida diretamente como outros resultados abrangentes não será recuperada em um ou mais períodos futuros, ela deve reclassificar no resultado a quantia que não espera recuperar;

(b) remove ganhos e perdas associados que foram reconhecidos como outros resultados abrangentes de acordo com o item 95 e os inclui no custo inicial ou em outra quantia escriturada do ativo ou passivo.

2.16 Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeirosCPC 01 (R1).06 Os seguintes termos são usados neste pronunciamento técnico com os significados específicos

que se seguem:

Valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste para perdas.

Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera entradas de caixa, entradas essas que são em grande parte indiretamente das entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.

Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros tanto da unidade geradora de caixa sob revisão quanto de outras unidades geradoras de caixa.

Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamente atribuíveis à venda ou à baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, excluindo as despesas financeiras e de impostos sobre o resultado gerado.

Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo, ou outra base que substitua o custo nas demonstrações contábeis, menos seu valor residual.

Depreciação, amortização e exaustão é a alocação sistemática do valor depreciável, amortizável e exaurível de ativos durante sua vida útil.

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. (Ver CPC 46 – Mensuração do Valor Justo).

Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso.

Vida útil é:

(a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo; ou

(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter do ativo.

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.

CPC 01 (R1).09 A entidade deve avaliar, no mínimo ao fim de cada exercício social, se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo.

CPC 01 (R1).30 Os seguintes elementos devem ser refletidos no cálculo do valor em uso do ativo:

(a) estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse ativo;

(b) expectativas sobre possíveis variações no montante ou período desses fluxos de caixa futuros;

(c) o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre de risco;

(d) o preço pela assunção da incerteza inerente ao ativo (prêmio); e

(e) outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do mercado iriam considerar ao precificar os fluxos de caixa futuros e esperados d a entidade, advindos do ativo.

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CPC 01 (R1).55 A taxa de desconto deve ser a taxa antes dos impostos, que reflita as avaliações atuais de mercado acerca:

(a) do valor da moeda no tempo; e

(b) dos riscos específicos do ativo para os quais as futuras estimativas de fluxos de caixa não foram ajustadas.

CPC 01 (R1).59 Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo.

CPC 01 (R1).66 Se houver qualquer indicação de que um ativo possa estar desvalorizado, o valor recuperável deve ser estimado para o ativo individual. Se não for possível estimar o valor recuperável para o ativo individual, a entidade deve determinar o valor recuperável da unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence (a unidade geradora de caixa do ativo).

CPC 01 (R1).10 Independentemente de existir ou não qualquer indicação de redução ao valor recuperável, uma(a), (b) entidade deve:

(a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável poderá ser executado a qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, deverão ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente; e

(b) testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em combinação de negócios, de acordo com os itens 80 a 99.

CPC 01 (R1).66 Se houver qualquer indicação de que um ativo possa estar desvalorizado, o valor recuperável deve ser estimado para o ativo individual. Se não for possível estimar o valor recuperável para o ativo individual, a entidade deve determinar o valor recuperável da unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence (a unidade geradora de caixa do ativo).

CPC 01 (R1).89 Se a unidade geradora de caixa descrita no item 88 incluir em seu valor contábil um ativo intangível que tenha vida útil indefinida, ou que ainda não esteja disponível para uso, e esse ativo somente puder ser testado para redução ao valor recuperável apenas como parte da unidade geradora de caixa, o item 10 requer que a unidade também seja testada, anualmente, para redução ao valor recuperável.

CPC 01 (R1). A entidade deve avaliar, ao término de cada período de reporte,se há alguma indicação de que a110 perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio pago

por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), possa não mais existir ou ter diminuído. Se existir alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável desse ativo.

CPC 01 (R1). A perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio por 114 expectativa de rentabilidade futura (goodwill), deve ser revertida se, e somente se, tiver havido uma

mudança nas estimativas utilizadas para determinar o seu valor recuperável do ativo desde a última perda por desvalorização que foi reconhecida. Se esse for o caso, o valor contábil do ativo deve ser aumentado, com plena observância do descrito no item 117, para seu valor recuperável. Esse aumento ocorre pela reversão da perda por desvalorização.

CPC 01 (R1). O aumento do valor contábil de um ativo, exceto o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura117 (goodwill), atribuível à reversão de perda por desvalorização, não deve exceder o valor contábil que

teria sido determinado ( líquido de depreciação, amortização ou exaustão), caso nenhuma perda por desvalorização tivesse sido reconhecida para o ativo em anos anteriores.

CPC 01 (R1). A reversão da perda por desvalorização de um ativo, exceto o ágio pago por expectativa de resultado119 futuro (goodwill), deve ser reconhecida imediatamente no resultado do período, a menos que o ativo

esteja registrado por valor reavaliado de acordo com outro pronunciamento. Qualquer reversão de uma perda por desvalorização sobre um ativo reavaliado deve ser tratada como aumento de reavaliação conforme tal Pronunciamento.

CPC 01 (R1). A perda por desvalorização reconhecida para o ágio por expectativa de rentabilidade futura124 (goodwill) não deve ser revertida em período subsequente.

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2.17 Caixa e equivalentes de caixaCPC 03 (R2).46 Em função da variedade de práticas de gestão de caixa e de produtos bancários ao redor do

mundo, e com vistas a atentar para o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, a entidade deve divulgar a política que adota na determinação da composição do caixa e equivalentes de caixa.

CPC 03(R2).6 Os seguintes termos são usados neste pronunciamento, com os significados abaixo especificados:

Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.

Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa. Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades diferentes das de investimento e de financiamento. Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa. Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no endividamento da entidade.

CPC 03(R2).7 Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo, e não para investimento ou outros propósitos. Para que um investimento seja qualificado como equivalente de caixa, ele precisa ter conversibilidade imediata em montante conhecido de caixa e estar sujeito a um insignificante risco de mudança de valor. Portanto, um investimento, normalmente, se qualifica como equivalente de caixa quando tem vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses ou menos, a contar da data da contratação. Os investimentos em instrumentos patrimoniais (de patrimônio líquido) não estão contemplados no conceito de equivalentes de caixa, a menos que eles sejam, em essência, um equivalente de caixa, como, por exemplo, nos casos de ações preferenciais resgatáveis que tenham prazo definido de resgate e cujo prazo atenda à definição de curto prazo.

2.18 Ações preferenciais conversíveis CPC 39.18 A essência de um instrumento financeiro, em vez de sua forma jurídica, rege sua classificação

no balanço patrimonial da entidade. Essência e forma legal são comumente consistentes, mas nem sempre. Alguns instrumentos financeiros assumem a forma legal de patrimônio líquido, mas são passivos em sua essência, e outros podem combinar características associadas a instrumentos patrimoniais e características associadas a passivos financeiros. Por exemplo:

(a) uma ação preferencial que proporcione resgate obrigatório pelo emitente por uma quantia fixa ou determinável em data fixa ou futura, ou dê ao titular o direito de exigir que o emitente resgate o instrumento numa ou após uma data específica por uma quantia fixa ou determinável, é um passivo financeiro;

(b) um instrumento financeiro que dá ao seu detentor o direito de devolvê-lo ao emitente por caixa ou outro ativo financeiro (instrumento com opção de venda) é um passivo financeiro, com exceção dos instrumentos classificados como instrumentos patrimoniais de acordo com os itens 16A e 16B ou itens 16C e 16D. O instrumento financeiro é um passivo financeiro mesmo quando o montante de caixa ou outro ativo financeiro é determinado com base em índice ou outro item que tenha potencial de aumentar e diminuir. A existência de uma opção para o titular do instrumento devolvê-lo para o emitente por caixa ou outro ativo financeiro significa que o instrumento com opção de venda satisfaz a definição de passivo financeiro, com exceção dos instrumentos classificados como instrumentos patrimoniais de acordo com os itens 16A e 16B ou itens 16C e 16D. Por exemplo, os fundos mútuos abertos, trustes, parcerias e algumas entidades cooperativas podem fornecer a seus membros o direito de resgate de suas participações a qualquer momento por caixa, o que resulta em que essas participações sejam classificadas como passivos financeiros, com exceção daqueles instrumentos classificados como instrumentos patrimoniais de acordo com os itens 16A e 16B ou itens 16C e 16D. No entanto, classificações como passivo financeiro não impedem o uso de descrições como “ativos líquidos atribuíveis aos detentores dos títulos” nas demonstrações contábeis da entidade que não tenha patrimônio líquido próprio (como alguns fundos mútuos ou trustes), ou a utilização de divulgação adicional para mostrar que as participações dos membros incluem itens como reservas que atendam à definição de patrimônio e instrumentos com opção de venda que não atendam.

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CPC 40 (R1).21 De acordo com o item 117 do Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, a entidade divulga, na nota explicativa sobre as políticas contábeis, as bases de mensuração usadas na elaboração das demonstrações contábeis e as outras políticas contábeis usadas que sejam relevantes para o entendimento dessas demonstrações contábeis.

CPC 39.28 O emitente de instrumento financeiro não derivativo deve avaliar os termos do instrumento financeiro para determinar se ele contém tanto um passivo quanto um componente de patrimônio líquido. Tais componentes devem ser classificados separadamente como passivos financeiros, ativos financeiros ou instrumentos patrimoniais de acordo com o item 15.

CPC 39.35 Juros, dividendos, perdas e ganhos relativos a um instrumento financeiro ou a um componente que é um passivo financeiro devem ser reconhecidos como receita ou despesa no resultado. Distribuições a titulares de instrumento patrimonial devem ser debitadas pela entidade diretamente no patrimônio líquido, líquido de qualquer benefício tributário. Custos de transação de uma transação de patrimônio líquido devem ser contabilizados como dedução do patrimônio líquido, líquido de qualquer benefício fiscal.

CPC 39. Uma forma comum de instrumento financeiro composto é um instrumento de dívida com a opçãoAG31(a) de conversão embutida, como por exemplo um título de dívida conversível em ações ordinárias

da própria empresa emissora e sem nenhum outro derivativo embutido. O item 28 requer que o emissor de instrumento financeiro apresente o componente passivo e o componente patrimonial separadamente no balanço patrimonial da seguinte forma:

(a) A obrigação do emissor de fazer pagamentos de juros e principal é um passivo que existe enquanto o instrumento não é convertido. No reconhecimento inicial, o valor justo do componente passivo é o valor presente dos fluxos de caixa contratados descontados à taxa aplicada pelo mercado naquele período a instrumentos com características de crédito similares e que fornecem substancialmente os mesmos fluxos de caixa, nos mesmos termos, mas que não possuem cláusula de conversão.

CPC 39.38 Custos de transação que se relacionam com a emissão de instrumento financeiro composto devem ser atribuídos aos componentes do patrimônio líquido e passivo do instrumento em proporção à alocação dos rendimentos. Custos de transação que se relacionam conjuntamente com mais de uma transação (por exemplo, custos de oferta concorrente de algumas ações e listagem em bolsa de outras ações) devem ser atribuídos a essas transações utilizando-se uma base para alocação coerente e consistente com transações similares.

2.19 Ações de tesouraria CPC 39.33 Se a entidade readquire seus próprios instrumentos patrimoniais, esses instrumentos (ações

em tesouraria) devem ser deduzidos do patrimônio líquido. Nenhum ganho ou perda deve ser reconhecido no resultado na compra, venda, emissão ou cancelamento de instrumentos patrimoniais da própria entidade. Tais ações em tesouraria podem ser adquiridas e mantidas pela entidade ou outro membro do grupo consolidado. Montantes pagos ou recebidos devem ser contabilizados diretamente no patrimônio.

2.20 ProvisõesICPC 12.05 Se o respectivo ativo for mensurado utilizando-se o método de custo:

(a) sujeitas ao item;

(b) as mudanças no passivo serão adicionadas ao/deduzidas do custo do respectivo ativo no período corrente; (b) o valor deduzido do custo do ativo não excederá o seu valor contábil. Se a redução no passivo exceder o valor contábil do ativo, o excedente é reconhecido imediatamente no resultado;

(c) se o ajuste resultar na adição ao custo do ativo, a entidade considera se essa é uma indicação de que o novo valor contábil do ativo pode não ser plenamente recuperável. Se houver tal indicação, a entidade testa o ativo quanto à redução no valor recuperável estimando o seu valor recuperável e contabiliza qualquer perda por redução ao valor recuperável, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos.

CPC 25.14 Uma provisão deve ser reconhecida quando:

(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado;

(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e

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(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.

CPC 25.47 Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.

A taxa de desconto deve ser a taxa antes dos impostos que reflita as atuais avaliações de mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos para o passivo. A taxa de desconto não deve refletir os riscos relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros tenham sido ajustadas. (Veja-se o Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente.)

CPC 25.53 Quando se espera que algum ou todos os desembolsos necessários para liquidar uma provisão sejam reembolsados por outra parte, o reembolso deve ser reconhecido quando, e somente quando, for praticamente certo que o reembolso será recebido se a entidade liquidar a obrigação. O reembolso deve ser tratado como ativo separado. O valor reconhecido para o reembolso não deve ultrapassar o valor da provisão.

CPC 25.54 Na demonstração do resultado, a despesa relativa a uma provisão pode ser apresentada líquida do valor reconhecido de reembolso.

CPC 25.59 As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente. Se já não for mais provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos futuros para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida.

Obrigação por desativação de ativosCPC 25.45 Quando o efeito do valor do dinheiro no tempo é material, o valor da provisão deve ser o valor

presente dos desembolsos que se espera que sejam exigidos para liquidar a obrigação.

CPC 25.47 A taxa de desconto deve ser a taxa antes dos impostos que reflita as atuais avaliações de mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e aos riscos específicos para o passivo. A taxa de desconto não deve refletir os riscos relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros tenham sido ajustadas. (Veja-se o Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente.)

CPC 27.16(c) O custo de um item do ativo imobilizado compreende:

(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

ICPC 12.05 Se o respectivo ativo for mensurado utilizando-se o método de custo:

(a) sujeitas ao item (b), as mudanças no passivo serão adicionadas ao/deduzidas do custo do respectivo ativo no período corrente;

(b) o valor deduzido do custo do ativo não excederá o seu valor contábil. Se a redução no passivo exceder o valor contábil do ativo, o excedente é reconhecido imediatamente no resultado.

Se o ajuste resultar na adição ao custo do ativo, a entidade considera se essa é uma indicação de que o novo valor contábil do ativo pode não ser plenamente recuperável. Se houver tal indicação, a entidade testa o ativo quanto à redução no valor recuperável estimando o seu valor recuperável e contabiliza qualquer perda por redução ao valor recuperável, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos.

ICPC 12.08 A reversão periódica do desconto deverá ser reconhecida no resultado como custo de financiamento à medida que ocorrer. A capitalização prevista no Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos dos Empréstimos não é permitida.

Passivos contingentes reconhecidos em uma combinação de negóciosCPC 15 (R1).56 Após o reconhecimento inicial e até que o passivo seja liquidado, cancelado ou extinto, o

adquirente deve mensurar qualquer passivo contingente reconhecido em combinação de negócios pelo maior valor entre:

(a) o montante pelo qual esse passivo seria reconhecido pelo disposto no Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes; e

(b) o montante pelo qual o passivo foi inicialmente reconhecido, deduzido da amortização acumulada, quando cabível, reconhecida conforme o Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas. Essa exigência não se aplica aos contratos contabilizados de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.

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CPC 15 (R1).22 O Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes define “passivo contingente” como:

(a) uma possível obrigação que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou

(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida porque:

(i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou

(ii) o montante da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.

CPC 15 (R1).23 As exigências do Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes não se aplicam na determinação de quais passivos contingentes devem ser reconhecidos na data da aquisição. Em vez disso, o adquirente deve reconhecer, na data da aquisição, um passivo contingente assumido em combinação de negócios se ele for uma obrigação presente que surge de eventos passados e se o seu valor justo puder ser mensurado com confiabilidade. Portanto, de forma contrária ao Pronunciamento Técnico CPC 25, o adquirente deve reconhecer, na data da aquisição, um passivo contingente assumido em combinação de negócios, mesmo se não for provável que sejam requeridas saídas de recursos (incorporando benefícios econômicos) para liquidar a obrigação. O item 56 orienta a contabilização subsequente de passivos contingentes.

CPC 25.14 Uma provisão deve ser reconhecida quando:

(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado;

(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e

(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.

Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.

2.21 Benefícios de aposentadoria e outros benefícios pós-empregoCPC 33 (R1).67 A entidade deve utilizar o Método de Crédito Unitário Projetado para determinar o valor presente

das obrigações de benefício definido e o respectivo custo do serviço corrente e, quando aplicável, o custo do serviço passado.

CPC 33 (R1). Custo do serviço passado é a mudança no valor presente da obrigação de benefício definido,102 resultante de alteração ou redução (encurtamento/curtailment) do plano.

CPC 33 (R1). A entidade deve reconhecer o custo do serviço passado como despesa na data em que ocorrer103 primeiro entre as seguintes opções:

(a) quando ocorrer a alteração ou a redução (encurtamento/curtailment) do plano; e

(b) quando a entidade reconhecer os custos de reestruturação correspondentes (vide Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes) ou os benefícios rescisórios (vide item 165).

CPC 33 (R1). A entidade deve reconhecer os componentes de custo de benefício definido, exceto na medida120(c) em que outro pronunciamento técnico CPC exigir ou permitir sua inclusão no custo de ativo,

da seguinte maneira:

(c) remensurações do valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido (vide itens 127 a 130) em outros resultados abrangentes.

CPC 33 (R1) Remensurações do valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido reconhecidas em outros.122 resultados abrangentes não devem ser reclassificadas para o resultado no período subsequente.

Contudo, a entidade pode transferir esses montantes reconhecidos em outros resultados abrangentes dentro do patrimônio líquido.

CPC 33 (R1) Os juros líquidos sobre o valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido devem ser.123 determinados multiplicando-se o valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido pela taxa

de desconto especificada no item 83, ambos conforme determinados no início do período a que se referem as demonstrações contábeis, levando em consideração quaisquer mudanças no valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido durante o período em razão de pagamentos de contribuições e benefícios.

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CPC 33 (R1). Remensurações do valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido compreendem: 127 (a) ganhos e perdas atuariais (vide itens 128 e 129);

(b) o retorno sobre os ativos do plano (vide item 130), excluindo montantes incluídos nos juros líquidos sobre o valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido (vide item 125); e

(c) qualquer mudança no efeito do teto de ativo (asset ceiling), excluindo montantes incluídos nos juros líquidos sobre o valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido (vide item 126).

CPC 33 (R1). O item 120 exige que a entidade reconheça o custo do serviço e os juros líquidos sobre o valor134 líquido de passivo (ativo) de benefício definido em resultado. Este pronunciamento não especifica

como a entidade deve apresentar o custo do serviço e os juros líquidos sobre o valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido. A entidade deve apresentar esses componentes de acordo com o estabelecido no Pronunciamento CPC 26 – Apresentações das Demonstrações Contábeis.

CPC 33 (R1). A entidade deve divulgar informações que: 135 (a) expliquem as características de seus planos de benefício definido e os riscos a eles associados

(vide item 139);

(b) identifiquem e expliquem os montantes em suas demonstrações contábeis decorrentes de seus planos de benefício definido (vide itens 140 a 144); e

(c) descrevam como seus planos de benefício definido podem afetar o valor, o prazo e a incerteza dos fluxos de caixa futuros da entidade (vide itens 145 a 147).

2.22 Transações envolvendo pagamentos em ações

CPC 10 (R1).07 A entidade deve reconhecer os produtos ou os serviços recebidos ou adquiridos em transação de pagamento baseada em ações quando ela obtiver os produtos ou à medida que receber os serviços. Em contrapartida, a entidade deve reconhecer o correspondente aumento do patrimônio líquido em conta de instrumentos patrimoniais por pagamentos baseados em ações se os produtos ou serviços forem recebidos em transação de pagamento baseado em ações liquidada em ações (ou com outros instrumentos patrimoniais), ou deve reconhecer um passivo se a transação for liquidada em dinheiro (ou com outros ativos).

CPC 10 (R1).19 A outorga de instrumentos patrimoniais é condicional quando depende do cumprimento de condições de direito especificadas (vesting conditions). Por exemplo, a outorga de ações ou opções de ações ao empregado é normalmente condicionada à permanência do empregado na entidade por determinado período de tempo. Além disso, podem existir condições de desempenho a serem atendidas, tais como o alcance de determinado crescimento dos lucros ou determinado aumento no preço das ações da entidade. As condições de aquisição, desde que não sejam condições de mercado, não devem ser levadas em conta quando da estimativa do valor justo das ações ou opções de ações na data da mensuração. Por outro lado, as condições de aquisição devem ser consideradas no ajuste do número de instrumentos patrimoniais incluídos na mensuração do valor da transação de tal forma que o valor dos produtos ou serviços, recebidos em contrapartida aos instrumentos outorgados, seja estimado com base na quantidade de instrumentos para os quais o direito seja eventualmente adquirido (eventually vest). Assim, em bases cumulativas, nenhum valor deve ser reconhecido para os produtos ou serviços recebidos se os instrumentos patrimoniais outorgados não tiverem o direito adquirido (do not vest) em razão do não atendimento das condições de aquisição de direito. Por exemplo, a contraparte não cumpriu o prazo especificado de prestação de serviço ou a condição de desempenho não foi alcançada, sujeitando-se às exigências do item 21.

CPC 10 (R1).20 Para fins de aplicação do disposto no item 19, a entidade deve reconhecer o montante relativo aos produtos ou serviços recebidos durante o período de aquisição de direito (vesting period), baseando-se na melhor estimativa disponível sobre a quantidade de instrumentos patrimoniais dos quais se espera a aquisição do direito (expected to vest), devendo revisar tal estimativa sempre que informações subsequentes indicarem que o número esperado de instrumentos patrimoniais que irão proporcionar a aquisição de direito será diferente da estimativa anterior. Na data da aquisição do direito (vesting date), a entidade deve revisar a estimativa de forma a igualar o número de instrumentos patrimoniais que efetivamente proporcionaram a aquisição de direito (ultimately vested), sujeitando-se às exigências do item 21.

CPC 10 (R1).21 As condições de mercado, como, por exemplo, o preço-alvo a partir do qual o direito de aquisição (ou o direito de exercício) das ações está condicionado, devem ser consideradas quando da estimativa do valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados. Portanto, para a outorga de instrumentos patrimoniais com condições de mercado, a entidade deve reconhecer os produtos ou

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serviços recebidos da contraparte que satisfaça todas as demais condições de aquisição de direito (por exemplo, serviços recebidos de empregado que prestou serviços ao longo do período especificado), independentemente de as condições de mercado terem sido satisfeitas.

CPC 10. (R1) De forma similar, a entidade deve considerar todas as condições de não aquisição de direito quando21A estimar o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados. Portanto, para a outorga de

instrumentos patrimoniais sujeitos a condições de não aquisição de direito, a entidade deve reconhecer os produtos e serviços recebidos de contraparte que cumpriu todas as condições de aquisição de direito, que não sejam condições de mercado (por exemplo, serviços recebidos de empregado que prestou serviços ao longo do período especificado), independentemente de as condições de não aquisição de direito terem sido satisfeitas.

CPC 10 (R1).27 A entidade deve reconhecer, no mínimo, os serviços recebidos mensurados na data da outorga pelo valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados, a menos que esses instrumentos não sejam concedidos em função do não cumprimento de alguma condição de concessão especificada na data da outorga (exceto se for uma condição de mercado). Isso se aplica independentemente de alguma modificação nos termos e condições sob os quais os instrumentos patrimoniais foram outorgados ou do cancelamento ou liquidação dos respectivos instrumentos. Adicionalmente, a entidade deve reconhecer os efeitos das modificações que resultarem no aumento do valor justo dos acordos de pagamento baseados em ações ou que, de outra forma, vierem a beneficiar os empregados. No Apêndice B, figuram orientações para aplicação desse procedimento.

CPC 10 (R1).28 Se a outorga de instrumento patrimonial for cancelada ou liquidada durante o período de aquisição de direito (exceto quando o cancelamento da outorga ocorrer por decaimento do direito de aquisição, quando as condições de aquisição de direito não forem cumpridas):

(a) a entidade deve contabilizar o cancelamento ou liquidação como aceleração do período de aquisição de direito e, portanto, deve reconhecer imediatamente o montante que seria reconhecido como serviços recebidos ao longo do período remanescente de aquisição de direito;

(b) qualquer pagamento feito ao empregado quando do cancelamento ou da liquidação da outorga deve ser contabilizado como recompra de instrumento patrimonial, ou seja, em conta redutora do patrimônio líquido, exceto se o pagamento exceder o valor justo do instrumento patrimonial outorgado, mensurado na data da recompra. Qualquer excedente deve ser reconhecido como despesa do período. Contudo, se o acordo com pagamento baseado em ações apresentar componentes passivos, a entidade deve remensurar o valor justo do passivo correspondente na data do cancelamento ou da liquidação. Qualquer pagamento feito para liquidar esses componentes passivos deve ser contabilizado como extinção do passivo;

(c) se novos instrumentos patrimoniais forem outorgados aos empregados e na data da outorga desses novos instrumentos patrimoniais a entidade identificar os novos instrumentos patrimoniais outorgados como substituição dos instrumentos patrimoniais cancelados, a entidade deve contabilizar a outorga dos novos instrumentos patrimoniais (em substituição aos cancelados) da mesma forma que seria tratada uma modificação dos instrumentos patrimoniais originalmente outorgados, em conformidade com o disposto no item 27 e com as orientações contidas no Apêndice B. O valor justo incremental advindo da nova outorga deve ser a diferença entre o valor justo dos novos instrumentos patrimoniais dados em substituição e o valor justo líquido dos instrumentos patrimoniais cancelados, na data da outorga dos novos instrumentos patrimoniais dados em substituição. O valor justo líquido dos instrumentos patrimoniais cancelados é o seu valor justo, imediatamente antes do cancelamento, menos o montante de qualquer pagamento feito aos empregados, quando do cancelamento dos instrumentos patrimoniais, o qual deve ser contabilizado em conta redutora do patrimônio líquido, em conformidade com o item 28(b). Se a entidade não identificar os novos instrumentos patrimoniais outorgados como substituição dos instrumentos patrimoniais cancelados, a entidade deve contabilizá-los como nova outorga de instrumentos patrimoniais.

CPC 10 (R1).30 Para transações com pagamento baseadas em ações liquidadas em caixa, a entidade deve mensurar os produtos ou serviços adquiridos e o passivo incorrido por meio do valor justo do passivo. Até que o passivo seja liquidado, a entidade deve remensurar o valor justo do passivo ao término de cada período de reporte e na data da liquidação, sendo que quaisquer mudanças no valor justo devem ser reconhecidas no resultado do período.

CPC 10 (R1).32 A entidade deve reconhecer os serviços recebidos, e o passivo correspondente a esses serviços, à medida que os serviços são prestados pelos empregados. Por exemplo, alguns direitos sobre a valorização de ações proporcionam a aquisição de direito imediatamente (vest immediately), e os empregados não são obrigados a completar determinado tempo de serviço para se tornarem habilitados a receber futuros pagamentos em caixa. Na ausência de evidência em contrário, a

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entidade deve presumir que os serviços prestados pelos empregados, em contrapartida aos direitos sobre a valorização de ações, tenham sido recebidos. Assim, a entidade deve reconhecer imediatamente os serviços recebidos e o passivo correspondente a esses serviços.

Se os direitos sobre a valorização de ações não proporcionarem a aquisição de direito (do not vest) até que os empregados tenham completado o período de serviço especificado, a entidade deve reconhecer os serviços recebidos e o passivo correspondente a esses serviços à medida que os serviços forem sendo prestados pelos empregados, ao longo desse período especificado.

CPC 10 (R1).33 O passivo deve ser mensurado, inicialmente e ao término de cada período de reporte, até a sua liquidação, pelo valor justo dos direitos sobre a valorização de ações, mediante a aplicação de modelo de precificação de opções e considerando os termos e condições sob os quais os direitos sobre a valorização de ações foram outorgados, e na extensão em que os serviços tenham sido prestados pelos empregados até a data.

CPC 10 (R1).44 A entidade deve divulgar informações que permitam aos usuários das demonstrações contábeis entender a natureza e a extensão de acordos de pagamento baseados em ações que ocorreram durante o período.

CPC 10 (R1). No item 27 é requerido que, independentemente de eventuais modificações no prazo e condiçõesB42-B44 em que foram outorgados os instrumentos patrimoniais, ou o cancelamento ou a liquidação dos

instrumentos patrimoniais outorgados, a entidade deve reconhecer, no mínimo, os serviços recebidos mensurados, na data da outorga, pelo valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados, a menos que esses instrumentos não tenham o seu direito adquirido (do not vest) por conta do não atendimento de condição de aquisição de direito (que não seja condição de mercado) especificada na data da outorga. Adicionalmente, a entidade deve reconhecer os efeitos das modificações que aumentem o valor justo total dos acordos com pagamento baseados em ações ou que, de outro modo, venham a beneficiar os empregados.

Para aplicar as exigências do item 27:

(a) Se a modificação aumentar o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados (por exemplo, reduzindo o preço de exercício), mensurado imediatamente antes e depois da respectiva modificação, a entidade deve incluir o valor justo incremental outorgado na mensuração do montante reconhecido pelos serviços recebidos em contrapartida aos instrumentos patrimoniais outorgados. O valor justo incremental outorgado é a diferença entre o valor justo do instrumento patrimonial modificado e o valor justo do instrumento patrimonial original, ambos estimados na data da modificação. Se a modificação ocorrer durante o período de aquisição de direito (vesting period), o valor justo incremental outorgado deve ser incluído na mensuração do montante reconhecido pelos serviços recebidos para o período a partir da data de modificação até a data em que os instrumentos patrimoniais modificados tenham seu direito adquirido (vest), adicionalmente ao montante baseado no valor justo, na data da outorga, dos instrumentos patrimoniais originais, que deve ser reconhecido ao longo do período de aquisição original remanescente. Se a modificação ocorrer após a data da aquisição de direito, o valor justo incremental outorgado deve ser reconhecido imediatamente, ou ao longo do período de aquisição de direito se o empregado for obrigado a concluir um período de serviço adicional antes de ter direito incondicional a esses instrumentos patrimoniais modificados;

(b) Similarmente, se a modificação aumentar o número de instrumentos patrimoniais outorgados, a entidade deve incluir o valor justo dos instrumentos patrimoniais adicionais outorgados, mensurado na data da modificação, na mensuração do montante reconhecido pelos serviços recebidos em contrapartida aos instrumentos patrimoniais outorgados, consistentemente com as exigências da alínea (a). Por exemplo, se a modificação ocorrer durante o período de aquisição de direito, o valor justo dos instrumentos patrimoniais adicionais outorgados deve ser incluído na mensuração do montante reconhecido pelos serviços recebidos ao longo do período a partir da data da modificação até a data em que os instrumentos patrimoniais adicionais tiverem o seu direito adquirido (vest), adicionalmente ao montante baseado no valor justo, na data da outorga, dos instrumentos patrimoniais originalmente outorgados, que deve ser reconhecido ao longo do período de aquisição original remanescente;

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(c) Se a entidade modificar as condições de aquisição de modo a beneficiar os empregados, por exemplo, pela redução do período de aquisição de direito ou por meio da modificação ou eliminação da condição de desempenho (que não seja uma condição de mercado, cujas mudanças devem ser contabilizadas de acordo com a alínea (a)), a entidade deve considerar as condições modificadas na contabilização quando aplicar o disposto nos itens 19 a 21.

Além disso, se a entidade modificar os prazos ou condições dos instrumentos patrimoniais outorgados de modo a reduzir o valor justo total dos acordos de pagamento baseados em ações, ou que não seja de outro modo benéfico aos empregados, a entidade deve, contudo, continuar a contabilizar os serviços recebidos, em contrapartida dos instrumentos patrimoniais outorgados como se aquela modificação não tivesse ocorrido (exceto cancelamento de alguns ou de todos os instrumentos patrimoniais outorgados, que deve ser contabilizado de acordo com o item 28). Por exemplo:

(a) se a modificação reduzir o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados, mensurado imediatamente antes e depois da modificação, a entidade não deve considerar essa redução no valor justo e deve continuar a mensurar o montante reconhecido dos serviços recebidos em troca dos instrumentos patrimoniais, com base no valor justo, na data da outorga, dos instrumentos patrimoniais outorgados;

(b) se a modificação reduzir o número de instrumentos patrimoniais outorgados aos empregados, essa redução deve ser contabilizada como cancelamento de parte dos instrumentos outorgados, de acordo com as exigências do item 28;

(c) se a entidade modificar as condições de aquisição de direito, de modo a não beneficiar os empregados, por exemplo, por meio do aumento do período de aquisição de direito ou por meio da modificação ou inclusão de condição de desempenho (que não seja uma condição de mercado, cujas mudanças devem ser contabilizadas de acordo com a alínea (a)), a entidade não deve considerar as condições de aquisição modificadas ao aplicar as exigências dos itens 19 a 21.

CPC 41.45 Para calcular o resultado diluído por ação, a companhia deve presumir o exercício de opções, bônus de subscrição e semelhantes diluidores da companhia. Os valores presumidos provenientes desses instrumentos devem ser considerados como tendo sido recebidos da emissão de ações ordinárias ao preço médio de mercado das ações ordinárias durante o período. A diferença entre o número de ações ordinárias emitidas e o número de ações ordinárias que teriam sido emitidas ao preço médio de mercado das ações ordinárias durante o período deve ser tratada como emissão de ações ordinárias sem qualquer contrapartida.

2.23 Conversão de moeda estrangeiraCPC 02 (R2).09 O ambiente econômico principal no qual a entidade opera é normalmente aquele em que

principalmente ela gera e despende caixa. A entidade deve considerar os seguintes fatores na determinação de sua moeda funcional:

(a) a moeda:

(i) que mais influencia os preços de venda de bens e serviços (geralmente é a moeda na qual o preço de venda para seus bens e serviços estão expressos e são liquidados); e

(ii) do país cujas forças competitivas e regulações mais influenciam na determinação dos preços de venda de seus bens e serviços.

(b) a moeda que mais influencia fatores como mão de obra, matéria-prima e outros custos para o fornecimento de bens ou serviços (geralmente será a moeda na qual tais custos estão expressos e são liquidados).

CPC 02 (R2).21 Uma transação em moeda estrangeira deve ser reconhecida contabilmente, no momento inicial, pela moeda funcional, mediante a aplicação da taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira na data da transação, sobre o montante em moeda estrangeira.

CPC 02 Ao término de cada período de reporte:(R2).23 (a) os itens monetários em moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-se a taxa

de câmbio de fechamento;

(b) os itens não monetários que são mensurados pelo custo histórico em moeda estrangeira devem ser convertidos usando-se a taxa de câmbio vigente na data da transação; e

(c) os itens não monetários que são mensurados pelo valor justo em moeda estrangeira devem ser convertidos usando-se as taxas de câmbio vigentes nas datas em que o valor justo tiver sido mensurado.

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CPC 02 (R2).28 As variações cambiais advindas da liquidação de itens monetários ou da conversão de itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram convertidos quando da mensuração inicial, durante o período, ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas na demonstração do resultado do período em que surgirem, com exceção daquelas descritas no item 32.

CPC 02(R2).30 Quando um ganho ou uma perda sobre itens não monetários for reconhecido em conta específica de outros resultados abrangentes, qualquer variação cambial atribuída a esse componente de ganho ou perda deve ser também reconhecida em conta específica de outros resultados abrangentes. Por outro lado, quando um ganho ou uma perda sobre item não monetário for reconhecido na demonstração do resultado do período, qualquer variação cambial atribuída a esse ganho ou perda deve ser também reconhecida na demonstração do resultado do período.

CPC 02 (R2).32 As variações cambiais advindas de itens monetários que fazem parte do investimento líquido em entidade no exterior da entidade que reporta a informação (ver item 15) devem ser reconhecidas no resultado nas demonstrações contábeis separadas da entidade que reporta ou nas demonstrações contábeis individuais da entidade no exterior, conforme apropriado. Nas demonstrações contábeis que incluem a entidade no exterior e a entidade que reporta a informação (por exemplo, demonstrações contábeis individuais com avaliação das investidas por equivalência patrimonial, ou demonstrações contábeis consolidadas quando a entidade no exterior é uma controlada), tais variações cambiais devem ser reconhecidas, inicialmente, em outros resultados abrangentes em conta específica do patrimônio líquido, e devem ser transferidas do patrimônio líquido, de acordo com o item 48.

CPC 02(R2).39 Os resultados e a posição financeira da entidade cuja moeda funcional não é moeda de economia hiperinflacionária devem ser convertidos para moeda de apresentação diferente, adotando-se os seguintes procedimentos:

(a) ativos e passivos para cada balanço patrimonial apresentado (incluindo os balanços comparativos) devem ser convertidos utilizando-se a taxa de câmbio de fechamento na data do respectivo balanço;

(b) receitas e despesas para cada demonstração do resultado abrangente ou demonstração do resultado apresentada (incluindo as demonstrações comparativas) devem ser convertidas pelas taxas de câmbio vigentes nas datas de ocorrência das transações; e

(c) todas as variações cambiais resultantes devem ser reconhecidas em outros resultados abrangentes.

CPC 02(R2).47 Qualquer ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) originado da aquisição de entidade no exterior e quaisquer ajustes de valor justo nos valores contábeis de ativos e passivos originados da aquisição dessa entidade no exterior devem ser tratados como ativos e passivos da entidade no exterior. Desse modo, eles devem ser expressos na moeda funcional da entidade no exterior e devem ser convertidos pela taxa de câmbio de fechamento, de acordo com os itens 39 e 42.

CPC 02(R2).48 Na baixa de entidade no exterior, o montante acumulado de variações cambiais relacionadas a essa entidade no exterior, reconhecido em outros resultados abrangentes e registrado em conta específica do patrimônio líquido, deve ser transferido do patrimônio líquido para a demonstração do resultado (como ajuste de reclassificação) quando o ganho ou a perda na baixa for reconhecido (a esse respeito, ver Pronunciamento Técnico CPC 26 − Apresentação das Demonstrações Contábeis).

CPC 02(R2).50 Ganhos e perdas em transações com moedas estrangeiras e variações cambiais advindas da conversão do resultado e da posição financeira da entidade (incluindo a entidade no exterior) para moeda diferente podem produzir efeitos fiscais. O Pronunciamento Técnico CPC 32 − Tributos sobre o Lucro deve ser aplicado no tratamento desses efeitos fiscais.

2.25 Arrendamentos mercantisICPC 03.6 A determinação sobre se um acordo é, ou contém, arrendamento mercantil deve estar baseada

na essência do acordo e exige uma avaliação se:

(a) o cumprimento do acordo depende do uso de ativo ou ativos específicos (o ativo); e

(b) o acordo transfere o direito de usar o ativo.

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ICPC 03.7 Embora um ativo específico possa ser explicitamente identificado no acordo, ele não é o objeto do arrendamento se o cumprimento do acordo não depender do uso do ativo específico. Por exemplo, se o fornecedor for obrigado a entregar uma quantidade específica de bens ou serviços e tiver o direito e a capacidade de fornecer esses bens ou serviços usando outros ativos não especificados no acordo, então o cumprimento do acordo não depende do ativo específico e o acordo não contém arrendamento. A obrigação de garantia que permite ou exige a substituição dos mesmos ativos ou ativos similares, quando o ativo especificado não funcionar de forma apropriada, não impede o tratamento de arrendamento. Além disso, a disposição contratual (contingente ou outra) que permite ou exige que o fornecedor substitua outros ativos, por qualquer razão, a partir de uma data especificada não impede o tratamento de arrendamento antes da data da substituição.

CPC 06 (R1).08 Um arrendamento mercantil deve ser classificado como financeiro se ele transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade. Um arrendamento mercantil é classificado como operacional se ele não transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade.

CPC 06 (R1).20 No começo do prazo de arrendamento mercantil, os arrendatários devem reconhecer, em contas específicas, os arrendamentos mercantis financeiros como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil, cada um determinado no início do arrendamento mercantil.

A taxa de desconto a ser utilizada no cálculo do valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil deve ser a taxa de juros implícita no arrendamento mercantil, se for praticável determinar essa taxa; se não for, deve ser usada a taxa incremental de financiamento do arrendatário. Quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário são adicionados à quantia reconhecida como ativo.

CPC 06 (R1).25 Os pagamentos mínimos do arrendamento mercantil devem ser segregados entre encargo financeiro e redução do passivo em aberto. O encargo financeiro deve ser imputado a cada período durante o prazo do arrendamento mercantil, de forma a produzir uma taxa de juros periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo. Os pagamentos contingentes devem ser contabilizados como despesa nos períodos em que são incorridos.

CPC 06 (R1).27 Um arrendamento mercantil financeiro dá origem a uma despesa de depreciação (amortização) relativa a ativos depreciáveis, assim como uma despesa financeira para cada período contábil. A política de depreciação (amortização) para os ativos arrendados depreciáveis (amortizáveis ) deve ser consistente com a dos demais ativos depreciáveis (amortizáveis) sobre os quais se detenha a propriedade e a depreciação reconhecida deve ser calculada de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, ou para o caso de amortização, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível. Se não houver certeza razoável de que o arrendatário virá a obter a propriedade no fim do prazo do arrendamento mercantil, o ativo deve ser totalmente depreciado durante o prazo do arrendamento mercantil ou da sua vida útil, o que for menor.

CPC 06 (R1).33 Os pagamentos da prestação do arrendamento mercantil segundo um arrendamento mercantil operacional devem ser reconhecidos como despesa emna base da linha reta durante o prazo do arrendamento mercantil, exceto se outra base sistemática for mais representativa do modelo temporal do benefício do usuário.

CPC 06 (R1).52 Os custos diretos iniciais incorridos pelos arrendadores quando da negociação e estruturação de um arrendamento mercantil operacional devem ser adicionados ao valor contábil do ativo arrendado e devem ser reconhecidos como despesa durante o prazo do arrendamento mercantil na mesma base da receita do arrendamento mercantil.

2.26 Custos de empréstimos CPC 20 (R1).5 Este pronunciamento utiliza os seguintes termos com os significados especificados:

Custos de empréstimos são juros e outros custos que a entidade incorre em conexão com o empréstimo de recursos.

Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos.

CPC 20 (R1).08 A entidade deve capitalizar os custos de empréstimo que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável como parte do custo do ativo. A entidade deve reconhecer os outros custos de empréstimos como despesa no período em que são incorridos.

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2.27 Propriedades para investimentoCPC 28.20 A propriedade para investimento deve ser inicialmente mensurada pelo seu custo. Os custos

de transação devem ser incluídos na mensuração inicial.

CPC 28.33 Após o reconhecimento inicial, a entidade que escolhe o método do valor justo deve mensurar todas as suas propriedades para investimento pelo valor justo, exceto nos casos descritos no item 53.

CPC 28.35 O ganho ou a perda proveniente de alteração no valor justo de propriedade para investimento deve ser reconhecido no resultado do período em que ocorra.

CPC 28.57 As transferências para ou de propriedades para investimento devem ser feitas quando, e apenas quando, houver alteração de uso, evidenciada pelo seguinte:

(a) início de ocupação pelo proprietário, para transferência de propriedade para investimento para propriedade ocupada pelo proprietário;

(b) início de desenvolvimento com objetivo de venda, para transferência de propriedade para investimento para estoque;

(c) fim de ocupação pelo proprietário, para transferência de propriedade ocupada pelo proprietário para propriedade para investimento;

(d) começo de arrendamento operacional para outra entidade, para transferência de estoques para propriedade para investimento.

CPC 28.60 Para a transferência de propriedade para investimento escriturada pelo valor justo para propriedade ocupada pelo proprietário ou para estoque, o custo considerado da propriedade para subsequente contabilização de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27 ou o CPC 16 deve ser o seu valor justo à data da alteração de uso.

CPC 28.61 Se o imóvel ocupado pelo proprietário se tornar propriedade para investimento que seja escriturada pelo valor justo, a entidade deve aplicar o Pronunciamento Técnico CPC 27 até a data da alteração de uso. A entidade deve tratar qualquer diferença nessa data entre o valor contábil do imóvel de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27 e o seu valor justo conforme o item 62.

CPC 28.66 A propriedade para investimento deve ser baixada (eliminada do balanço patrimonial) na alienação ou quando a propriedade para investimento for permanentemente retirada de uso e nenhum benefício econômico for esperado da sua alienação.

CPC 28.69 Ganhos ou perdas provenientes da retirada ou alienação de propriedades para investimento devem ser determinados como a diferença entre os valores líquidos da alienação e o valor contábil do ativo e devem ser reconhecidos no resultado (a menos que o Pronunciamento Técnico CPC 06 (R1) – Operações de Arrendamento Mercantil exija outra forma, no caso de venda e leaseback) no período da retirada ou da alienação.

CPC 28.75(a),(e) A entidade deve divulgar:

(a) se aplica o método do valor justo ou o método do custo.

(e) a extensão até a qual o valor justo da propriedade para investimento (tal como mensurado ou divulgado nas demonstrações contábeis) se baseia em avaliação de avaliador independente que possua qualificação profissional reconhecida e relevante e que tenha experiência recente no local e na categoria da propriedade para investimento que está sendo avaliada. Se não tiver havido tal avaliação, esse fato deve ser divulgado.

2.30 Correção de um erroCPC 23.49 Ao aplicar o item 42, a entidade deve divulgar:

(a) a natureza do erro de período anterior;

(b) o montante da retificação para cada período anterior apresentado, na medida em que seja praticável:

(i) para cada item afetado da demonstração contábil; e

(ii) se o Pronunciamento Técnico CPC 41 – Resultado por Ação se aplicar à

entidade, para resultados por ação básicos e diluídos;

(c) o montante da retificação no início do período anterior mais antigo apresentado; e

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(d) as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição de como e desde quando o erro foi corrigido, se a reapresentação retrospectiva for impraticável para um período anterior em particular.

As demonstrações contábeis de períodos subsequentes à retificação do erro não precisam repetir essas divulgações.

3. Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativasCPC 26 (R1). A entidade deve divulgar, no resumo das políticas contábeis significativas ou em outras notas122 explicativas, os julgamentos realizados, com a exceção dos que envolvem estimativas (ver item

125), que a administração fez no processo de aplicação das políticas contábeis da entidade e que têm efeito mais significativo nos montantes reconhecidos nas demonstrações contábeis.

Estimativas e premissasCPC 26 (R1) . A entidade deve divulgar nas notas explicativas informação acerca dos principais pressupostos125 relativos ao futuro, e outras fontes principais da incerteza das estimativas à data do balanço,

que tenham risco significativo de provocar modificação material nos valores contábeis de ativos e passivos durante o próximo período. Com respeito a esses ativos e passivos, as notas explicativas devem incluir detalhes informativos acerca:

(a) da sua natureza; e

(b) do seu valor contábil ao término do período de reporte.

CPC 31.12A O ativo não circulante (ou grupo de ativos) é classificado como mantido para distribuição aos sócios quando a entidade está comprometida para distribuir esse ativo (ou grupo de ativos) aos proprietários. Para isso é necessário que os ativos estejam disponíveis para imediata distribuição na sua condição atual e que a distribuição seja altamente provável. Para essa distribuição ser altamente provável, ações para completar a distribuição devem já ter sido iniciadas e deve estar presente a expectativa de serem completadas dentro de um ano a partir da classificação. Ações requeridas para completar a distribuição devem indicar não ser provável que mudanças significativas na distribuição sejam feitas ou que a distribuição não virá a ser feita. A probabilidade da aprovação dos sócios (se requerida legal ou estatutariamente) deve ser considerada como fator na verificação de ser a distribuição classificável como altamente provável.

CPC 31.5A A classificação, a apresentação e a mensuração requeridas neste pronunciamento técnico aplicáveis a ativo não circulante (ou grupo de ativos) classificado como mantido para venda também se aplicam a ativo não circulante (ou grupo de ativos) que seja classificado como destinado a ser distribuído aos sócios na sua condição de proprietários (mantido para distribuição aos proprietários).

Operações descontinuadasCPC 31.7 Para que esse seja o caso, o ativo, ou o grupo de ativos, mantido para venda deve estar

disponível para venda imediata em suas condições atuais, sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para venda de tais ativos mantidos para venda. Com isso, a sua venda deve ser altamente provável.

CPC 31.8 Para que a venda seja altamente provável, o nível hierárquico de gestão apropriado deve estar comprometido com o plano de venda do ativo, e deve ter sido iniciado um programa firme para localizar um comprador e concluir o plano. Além disso, o ativo mantido para venda deve ser efetivamente colocado à venda por preço que seja razoável em relação ao seu valor justo corrente. Ainda, deve-se esperar que a venda se qualifique como concluída em até um ano a partir da data da classificação, com exceção do que é permitido pelo item 9, e as ações necessárias para concluir o plano devem indicar que é improvável que possa haver alterações significativas no plano ou que o plano possa ser abandonado.

CPC 36 (R3). B41. O investidor sem a maioria dos direitos de voto pode ter direitos que são suficientes paraB41, B42 lhe dar poder quando tem a capacidade prática de dirigir as atividades relevantes de modo

unilateral.

B42. Ao avaliar se seus direitos de voto são suficientes para lhe dar poder, o investidor considera todos os fatos e circunstâncias, incluindo:

(a) a extensão dos direitos de voto do investidor em comparação com a extensão e a dispersão dos direitos de voto dos demais titulares, observando-se que:

(i) quanto mais direitos de voto o investidor detenha, maior é a probabilidade de

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que o investidor tenha direitos existentes que lhe deem a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes;

(ii) quanto mais direitos de voto o investidor detenha em relação aos demais titulares de direitos de voto, maior é a probabilidade de que o investidor tenha direitos existentes que lhe deem a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes;

(iii) quanto maior o número de partes que precisariam agir em conjunto para superar o investidor em número de votos, maior é a probabilidade de que o investidor tenha direitos existentes que lhe deem a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes;

(b) direitos de voto potenciais detidos pelo investidor, outros titulares de direitos de voto ou outras partes (vide itens B47 a B50);

(c) direitos decorrentes de outros acordos contratuais (vide item B40); e

(d) quaisquer fatos e circunstâncias adicionais que indiquem que o investidor possui ou não possui a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes no momento em que decisões precisem ser tomadas, incluindo padrões de votação em assembleias de acionistas anteriores.

CPC 45.17 A entidade deve divulgar quaisquer intenções atuais de fornecer suporte financeiro, ou outro tipo de suporte, a uma entidade estruturada consolidada, incluindo intenções de auxiliar a entidade estruturada a obter suporte financeiro.

CPC 45.7 A entidade deve divulgar informações sobre julgamentos e premissas significativos que fez (e mudanças a esses julgamentos e premissas) ao determinar:

(a) que tem o controle de outra entidade, ou seja, uma investida, conforme descrito nos itens 5 e 6 do Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas;

(b) que possui o controle conjunto de negócio ou influência significativa sobre outra entidade; e

(c) o tipo de negócio em conjunto (ou seja, operação em conjunto (joint operation) ou empreendimento controlado em conjunto (joint venture)) quando o negócio tiver sido estruturado por meio de veículo separado.

CPC 45.8 Os julgamentos e premissas significativos divulgados de acordo com o item 7 incluem aqueles adotados pela entidade quando as mudanças nos fatos e circunstâncias são tais que a conclusão sobre se ela tem controle, controle conjunto ou influência significativa se modifica durante o período de reporte.

CPC 45.9 Para dar cumprimento ao item 7, a entidade deve divulgar, por exemplo, julgamentos e premissas significativos adotados ao determinar se:

(a) ela não controla outra entidade, mesmo que detenha mais do que a metade dos direitos de voto da outra entidade;

(b) ela controla outra entidade, mesmo que detenha menos do que a metade dos direitos de voto da outra entidade;

(c) ela é agente ou principal (vide itens 58 a 72 do Pronunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas);

(d) ela não tem influência significativa, mesmo que detenha 20% ou mais dos direitos de voto de outra entidade;

(e) ela tem influência significativa, mesmo que detenha menos de 20% dos direitos de voto de outra entidade.

CPC 45.14 A entidade deve divulgar os termos de quaisquer acordos contratuais que possam exigir que a controladora ou suas controladas forneçam suporte financeiro a uma entidade estruturada consolidada, incluindo eventos ou circunstâncias que possam expor a entidade que reporta a informação a uma perda (por exemplo, acordos de liquidez ou gatilhos de classificação de crédito associados a obrigações de comprar ativos da entidade estruturada ou de fornecer suporte financeiro).

Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeirosCPC 01 (R1).16 Para ilustrar o item 15, se as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de retorno

sobre investimentos aumentarem no período, a entidade não precisa fazer uma estimativa formal do valor recuperável de um ativo nos seguintes casos:

(a) se for improvável que a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor em uso do ativo tenha sido afetada pelo aumento nessas taxas de mercado. Por exemplo, os aumentos nas taxas de juros de curto prazo podem não ter efeito material sobre a taxa de desconto utilizada para um ativo que tenha vida útil remanescente longa;

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(b) se for provável que a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor em uso do ativo tenha sido afetada pelo aumento nessas taxas de mercado, porém a análise prévia de sensibilidade do valor recuperável indique que:

(i) é improvável que haja diminuição significativa no valor recuperável, porque os fluxos de caixa futuros provavelmente também aumentarão (exemplo: em alguns casos, a entidade pode ser capaz de demonstrar que ajusta suas receitas para compensar qualquer aumento nas taxas de mercado); ou

(ii) é improvável que a diminuição no valor recuperável resulte em perda material por desvalorização.

ImpostosCPC 32.88 A entidade deve divulgar quaisquer passivos contingentes e ativos contingentes relacionados

a tributo de acordo com a NBC TG 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Os passivos e os ativos contingentes podem surgir, por exemplo, de disputas não resolvidas com autoridades tributárias. Similarmente, quando as alterações nas alíquotas e leis fiscais são aprovadas ou anunciadas após o período que está sendo reportado, a entidade divulga quaisquer efeitos significativos daquelas alterações em seus ativos e passivos fiscais correntes e diferidos (ver a NBC TG 24 – Evento Subsequente).

4. Combinações de negócios e aquisição de participações de não controladores

CPC 03 (R2). A entidade deve divulgar, de modo agregado, com relação tanto à obtenção quanto à perda do 40 (a), (b), controle de controladas ou outros negócios durante o período, cada um dos seguintes itens:(c), (d)

(a) o montante total pago para obtenção do controle ou o montante total recebido na perda do controle;

(b) a parcela do montante total de compra paga ou de venda recebida em caixa e em equivalentes de caixa;

(c) o montante de caixa e equivalentes de caixa das controladas ou outros negócios sobre os quais o controle foi obtido ou perdido; e

(d) o montante dos ativos e passivos, exceto caixa e equivalentes de caixa, das controladas e outros negócios sobre o qual o controle foi obtido ou perdido, resumido pelas principais classificações.

CPC 15 (R1).45 Quando a contabilização inicial de uma combinação de negócios estiver incompleta ao término do período de reporte em que a combinação ocorrer, o adquirente deve, em suas demonstrações contábeis, reportar os valores provisórios para os itens cuja contabilização estiver incompleta. Durante o período de mensuração, o adquirente deve ajustar retrospectivamente os valores provisórios reconhecidos na data da aquisição para refletir qualquer nova informação obtida relativa a fatos e circunstâncias existentes na data da aquisição, a qual, se conhecida naquela data, teria afetado a mensuração dos valores reconhecidos. Durante o período de mensuração, o adquirente também deve reconhecer adicionalmente ativos ou passivos quando nova informação for obtida acerca de fatos e circunstâncias existentes na data da aquisição, a qual, se conhecida naquela data, teria resultado no reconhecimento desses ativos e passivos naquela data. O período de mensuração termina assim que o adquirente obtiver as informações que buscava sobre fatos e circunstâncias existentes na data da aquisição, ou quando ele concluir que mais informações não podem ser obtidas. Contudo, o período de mensuração não pode exceder a um ano da data da aquisição.

CPC 15 (R1).49 Durante o período de mensuração, o adquirente deve reconhecer os ajustes nos valores provisórios como se a contabilização da combinação de negócios tivesse sido completada na data da aquisição. Portanto, o adquirente deve revisar e ajustar a informação comparativa para períodos anteriores ao apresentado em suas demonstrações contábeis, sempre que necessário, incluindo mudança na depreciação, na amortização ou em qualquer outro efeito reconhecido na demonstração de resultado, ao completar a contabilização inicial.

CPC 15 (R1). Após o reconhecimento inicial e até que o passivo seja liquidado, cancelado ou extinto, o 56(a) adquirente deve mensurar qualquer passivo contingente reconhecido em combinação de

negócios pelo maior valor entre:

(a) o montante pelo qual esse passivo seria reconhecido pelo disposto no Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes; e

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CPC 15 (R1). (b) outra contraprestação contingente, que:58 (b)(i) (i) estiver dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros:

Reconhecimento e Mensuração, deve ser mensurada ao valor justo em cada data de balanço e mudanças no valor justo devem ser reconhecidas no resultado do período de acordo com o citado Pronunciamento.

CPC 15 (R1).59 O adquirente deve divulgar informações que permitam aos usuários das demonstrações contábeis avaliarem a natureza e os efeitos financeiros de combinação de negócios que ocorra:

(a) durante o período de reporte corrente; ou

(b) após o final do período de reporte, mas antes de autorizada a emissão das demonstrações contábeis.

CPC 15 (R1). Para cumprir os objetivos do item 59, o adquirente deve divulgar as informações a seguir paraB64 (a) a (d) cada combinação de negócios que ocorrer ao longo do período de reporte:

(a) o nome e a descrição da adquirida;

(b) a data da aquisição;

(c) o percentual votante adquirido, bem como o percentual de participação total adquirido;

(d) os principais motivos da combinação de negócios e descrição de como o controle da adquirida foi obtido pelo adquirente;

CPC 15 (R1) . (e) uma descrição qualitativa dos fatores que compõem o ágio por expectativa de rentabilidadeB64(e) futura (goodwill) reconhecido, tais como sinergias esperadas pela combinação das operações

da adquirida com as do adquirente, ativos intangíveis que não se qualificam para reconhecimento em separado e outros fatores;

CPC 15 (R1) . (f) o valor justo, na data da aquisição, da contraprestação transferida, bem como o valor justo,B64 (f)(i, ii, iii e iv) na data da aquisição, dos tipos mais relevantes de contraprestação, tais como:

(i) caixa;

(ii) outros ativos tangíveis ou intangíveis, inclusive um negócio ou controlada do adquirente;

(iii) passivos incorridos, como, por exemplo, passivo por contraprestação contingente; e

(iv) participações societárias do adquirente, inclusive o número de ações ou instrumentos emitidos ou que se pode emitir, e o método adotado na mensuração do valor justo dessas ações e instrumentos;

CPC 15 (R1). (g) para os acordos para contraprestação contingente e para os ativos de indenização:B64 (g) (i) valor reconhecido na data da aquisição;

(ii) descrição do acordo e das bases para determinação do valor do pagamento; e

(iii) estimativa da faixa de valores dos resultados (não descontados) ou, caso a faixa de valores não possa ser estimada, a indicação desse fato e as razões pelas quais não foi possível estimá-la. Quando não houver um valor máximo determinado para o pagamento (ou seja, não há limite de valor estabelecido), tal fato deve ser divulgado pelo adquirente;

CPC 15 (R1). (h) para os recebíveis adquiridos: B64(h) (i) o valor justo dos recebíveis;

(ii) o valor contratual bruto dos recebíveis; e

(iii) a melhor estimativa, na data da aquisição, dos fluxos de caixa contratuais para os quais se tem expectativa de perdas por não realização.

As divulgações devem ser procedidas para as principais classes de recebíveis, como empréstimo, arrendamentos mercantis financeiros, direitos e quaisquer outras classes de recebíveis.

CPC 15 (R1) . (i) montantes reconhecidos, na data da aquisição, para cada uma das principais classesB64(i) de ativos adquiridos e passivos assumidos ;

CPC 15 (R1). (j) para cada passivo contingente reconhecido de acordo com o item 23, a informação exigida B64(j) pelo item 85 do Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos

Contingentes. Quando um passivo contingente não tiver sido reconhecido porque não foi possível mensurar o seu valor justo com confiabilidade, o adquirente deve divulgar:

CPC 15 (R1). (k) o valor total do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) que se espera que seja B64(k) dedutível para fins fiscais;

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CPC 15 (R1). A divulgação das operações reconhecidas separadamente exigida pela alínea (l) deve incluir oB64 (m) valor dos custos de operação e, separadamente, o valor da parte desses custos de operação que

foram reconhecidos como despesa, bem como a linha do item (ou itens) da demonstração do resultado abrangente em que tais despesas estão contabilizadas. Devem ser divulgados, também, o valor dos custos de emissão de títulos não reconhecidos como despesa e a informação de como foram reconhecidos;

CPC 15 (R1). (o) para todas as combinações de negócios em que o adquirente, na data da combinação, possuirB64(o)(i,ii) menos do que 100% de participação societária da adquirida:

(i) o valor da participação de não controladores na adquirida, reconhecido na data da aquisição, e as bases de mensuração desse valor; e

(ii) para cada participação de não controladores mensurada ao valor justo, as técnicas de avaliação e os principais dados de entrada dos modelos utilizados na determinação desse valor justo;

CPC 15 (R1) .B64 (i) os montantes das receitas e do resultado do período da adquirida a partir da data da(q)(i e ii) aquisição que foram incluídos na demonstração consolidada do resultado do período de

reporte; e

(ii) as receitas e os resultados do período da entidade combinada para o período de reporte corrente, como se a data da aquisição, para todas as combinações ocorridas durante o ano, fosse o início do período de reporte anual.

CPC 15 (R1). Para cumprir os objetivos do item 61, o adquirente deve divulgar as informações a seguir paraB67 (a) cada combinação de negócios material, ou de modo agregado para aquelas combinações de

negócios individualmente imateriais porém coletivamente materiais:

(a) quando a contabilização inicial de uma combinação de negócios estiver incompleta (ver item 45) e, consequentemente, determinados ativos, passivos, participação de não controladores ou itens da contraprestação transferida, bem como os respectivos montantes reconhecidos nas demonstrações contábeis para a combinação, tiverem sido determinados apenas provisoriamente, deve ser divulgado o que segue:

(i) as razões para o porquê de a contabilização inicial da combinação de negócios estar incompleta;

(ii) os ativos, os passivos, as participações societárias ou os itens da contraprestação transferida para os quais a contabilização inicial está incompleta; e

(iii) a natureza e o montante de qualquer ajuste no período de mensuração reconhecido durante o período de reporte, de acordo com o disposto no item 49;

CPC 15 (R1).67 Para combinações de negócios cuja data de aquisição seja anterior à data de início de vigência deste pronunciamento, o adquirente deve cumprir prospectivamente as exigências que constam do item 68 do Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro. Isso significa que o adquirente não deve ajustar a contabilização de combinações de negócios anteriores por conta de alterações anteriormente reconhecidas nos ativos fiscais diferidos registrados. Contudo, a partir da data em que este pronunciamento for aplicado, o adquirente deve reconhecer como ajuste no resultado do período (ou se o Pronunciamento CPC 32 exigir, fora do resultado do período) as alterações nos ativos fiscais registrados.

CPC 25.85 A entidade deve divulgar, para cada classe de provisão:

(a) uma breve descrição da natureza da obrigação e o cronograma esperado de quaisquer saídas de benefícios econômicos resultantes;

(b) uma indicação das incertezas sobre o valor ou o cronograma dessas saídas. Sempre que necessário para fornecer informações adequadas, a entidade deve divulgar as principais premissas adotadas em relação a eventos futuros, conforme tratado no item 48; e

(c) o valor de qualquer reembolso esperado, declarando o valor de qualquer ativo que tenha sido reconhecido por conta desse reembolso esperado.

CPC46.93 (h)(ii) Para mensurações do valor justo recorrentes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo:

(ii) para ativos financeiros e passivos financeiros, se a mudança de um ou mais dos dados não observáveis para refletir premissas alternativas razoavelmente possíveis puder mudar o valor justo de forma significativa, a entidade deve indicar esse fato e divulgar o efeito dessas mudanças. A entidade deve divulgar como o efeito de uma mudança para refletir uma premissa alternativa razoavelmente possível foi calculado. Para essa finalidade, a importância deve ser avaliada em relação ao resultado e aos ativos totais ou passivos totais

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ou, quando as mudanças no valor justo forem reconhecidas em outros resultados abrangentes, ao patrimônio líquido total;

5. Participação em joint ventureCPC 45.B12 Para cada empreendimento controlado em conjunto (joint venture) e coligada que seja material

para a entidade que reporta a informação, devem ser divulgados:

(a) dividendos ou distribuição de lucros recebidos do empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou da coligada;

(b) informações financeiras resumidas para o empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou para a coligada (vide itens B14 e B15), incluindo, entre outras:

(i) ativos circulantes;

(ii) ativos não circulantes;

(iii) passivos circulantes;

(iv) passivos não circulantes;

(v) receitas;

(vi) lucros e prejuízos de operações em continuidade;

(vii) lucros e prejuízos após impostos de operações descontinuadas;

(viii) outros resultados abrangentes;

(ix) resultado abrangente total.

CPC 45.B13 Além das informações financeiras resumidas exigidas pelo item B12, a entidade deve divulgar, para cada empreendimento controlado em conjunto (joint venture) que seja material para a entidade que reporta a informação, o que segue:

(a) caixa e equivalentes de caixa incluídos no item B12(b)(i);

(b) passivos financeiros circulantes (excluindo contas a pagar a fornecedores e outras e provisões) incluídos no item B12(b)(iii);

(c) passivos financeiros não circulantes (excluindo contas a pagar a fornecedores e outras e provisões) incluídos no item B12(b)(iv);

(d) depreciação e amortização;

(e) receita de juros;

(f) despesa de juros;

(g) despesa ou receita de imposto sobre a renda.

CPC 45.B14 As informações financeiras resumidas, apresentadas de acordo com os itens B12 e B13, devem ser os valores incluídos nas demonstrações contábeis, elaboradas em conformidade com os pronunciamentos, interpretações e orientações do CPC, do empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou da coligada (e não a parcela da entidade sobre esses valores). Se a entidade contabilizar sua participação no empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou na coligada usando o método da equivalência patrimonial:

(a) os valores incluídos nas demonstrações contábeis, elaboradas em conformidade com os pronunciamentos, interpretações e orientações do CPC, do empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou da coligada devem ser ajustados para refletir ajustes feitos pela entidade ao utilizar o método da equivalência patrimonial, como, por exemplo, ajustes ao valor justo feitos por ocasião da aquisição e ajustes para refletir diferenças nas políticas contábeis;

(b) a entidade deve fornecer uma conciliação das informações financeiras resumidas apresentadas com o valor contábil de sua participação no empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou na coligada.

CPC 45.B18, B18. A entidade deve divulgar o total de compromissos assumidos, mas não reconhecidos na dataB19 de reporte (incluindo sua parcela de compromissos assumidos em conjunto com outros

investidores que tenham o controle conjunto de empreendimento controlado em conjunto (joint venture)), em relação às suas participações em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures). Compromissos são aqueles que podem dar origem a uma saída futura de caixa ou de outros recursos.

B19. Compromissos não reconhecidos que podem dar origem a uma saída futura de caixa ou de outros recursos incluem:

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(a) compromissos não reconhecidos de fornecer recursos financeiros (funding) ou recursos como resultado de, por exemplo:

(i) constituição ou contratos de aquisição de empreendimento controlado em conjunto (joint venture) (que, por exemplo, exijam que a entidade aporte recursos ao longo de um período específico);

(ii) projetos intensivos em capital conduzidos por empreendimento controlado em conjunto (joint venture);

(iii) obrigações de compra incondicionais, que compreendam a aquisição de equipamentos, estoques ou serviços que a entidade esteja comprometida a adquirir de empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou em nome dele;

(iv) compromissos não reconhecidos de conceder empréstimos ou outro suporte financeiro a empreendimento controlado em conjunto (joint venture);

(v) compromissos não reconhecidos de aportar recursos a empreendimento controlado em conjunto (joint venture), como, por exemplo, ativos ou serviços;

(vi) outros compromissos não reconhecidos e não canceláveis relativos a empreendimento controlado em conjunto (joint venture);

(b) compromissos não reconhecidos de adquirir a participação de outra parte (ou parcela dessa participação) em empreendimento controlado em conjunto (joint venture) se evento específico ocorrer ou não ocorrer no futuro.

CPC 45.20 A entidade deve divulgar informações que possibilitem aos usuários de suas demonstrações contábeis avaliar:

(a) a natureza, a extensão e os efeitos financeiros de suas participações em negócios em conjunto e em coligadas, incluindo a natureza e os efeitos de sua relação contratual com os demais investidores que têm o controle conjunto, ou influência significativa, sobre os negócios em conjunto e sobre coligadas (vide itens 21 e 22); e

(b) a natureza dos riscos associados às suas participações em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) e em coligadas e as mudanças nesses riscos (vide item 23).

CPC 45.21 A entidade deve divulgar:

(a) para cada negócio em conjunto e coligada que seja material para a entidade que reporta a informação:

(i) o nome do negócio em conjunto ou coligada;

(ii) a natureza da relação da entidade com o negócio em conjunto ou com a coligada (descrevendo, por exemplo, a natureza das atividades do negócio em conjunto ou da coligada e se elas são estratégicas para as atividades da entidade);

(iii) a sede (e o país de constituição, se aplicável e se diferente do da sede) do negócio em conjunto ou da coligada;

(iv) a proporção de participações societárias detidas pela entidade ou participações detidas por outros meios (participating share) (acordos contratuais, por exemplo) e, se diferente, a proporção de direitos de voto detidos (se aplicável);

(b) para cada empreendimento controlado em conjunto (joint venture) e coligada que seja material para a entidade que reporta a informação:

(i) se o investimento no empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou na coligada é mensurado usando-se o método da equivalência patrimonial ou o valor justo;

(ii) informações financeiras resumidas sobre o empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou sobre a coligada, conforme especificado nos itens B12 e B13;

(iii) se o investimento em empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou em coligada for contabilizado usando-se o método da equivalência patrimonial, o valor justo de seu investimento no empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou na coligada, se houver preço de mercado cotado para o investimento;

(c) informações financeiras, conforme especificado no item B16, sobre os investimentos da entidade em empreendimentos em conjunto (joint ventures) e em coligadas que não sejam individualmente materiais:

(i) de modo agregado para todos os empreendimentos controlados em conjunto (joint venture) que sejam individualmente imateriais e separadamente;

(ii) de modo agregado para todas as coligadas que sejam individualmente imateriais.

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CPC 45.22 A entidade também deve divulgar:

(a) a natureza e a extensão de quaisquer restrições significativas (por exemplo, resultantes de acordos de empréstimo, exigências regulatórias ou acordos contratuais entre investidores com controle conjunto ou influência significativa sobre empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou sobre coligada) sobre a capacidade de empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) ou de coligadas de transferir recursos à entidade na forma de dividendos ou lucros em caixa ou de pagar empréstimos ou adiantamentos feitos pela entidade;

(b) quando as demonstrações contábeis do empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou da coligada, utilizadas na aplicação do método da equivalência patrimonial, forem referentes a uma data ou período diferente do das demonstrações contábeis da entidade:

(i) a data do final do período de reporte das demonstrações contábeis desse empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou dessa coligada; e

(ii) a razão para utilizar uma data ou período diferente;

(c) a parcela não reconhecida de perdas com empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou com coligada, tanto para o período de reporte quanto cumulativamente, se a entidade tiver deixado de reconhecer sua parcela das perdas com o empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou com a coligada ao aplicar o método da equivalência patrimonial.

CPC 45.23 A entidade deve divulgar:

(a) compromissos relacionados com seus empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures), separadamente do valor de outros compromissos, conforme especificado nos itens B18 a B20.

(b) de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, a menos que a probabilidade de perda seja remota, os passivos contingentes incorridos com relação a suas participações em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) ou em coligadas (incluindo sua parcela de passivos contingentes incorridos em conjunto com outros investidores que tenham o controle conjunto ou influência significativa sobre os empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) ou coligadas), separadamente do valor de outros passivos contingentes.

6. Investimento em coligadaCPC 45.B12 Para cada empreendimento controlado em conjunto (joint venture) e coligada que seja material

para a entidade que reporta a informação, devem ser divulgados:

(a) dividendos ou distribuição de lucros recebidos do empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou da coligada;

(b) informações financeiras resumidas para o empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou para a coligada (vide itens B14 e B15), incluindo, entre outras:

(i) ativos circulantes;

(ii) ativos não circulantes;

(iii) passivos circulantes;

(iv) passivos não circulantes;

(v) receitas;

(vi) lucros e prejuízos de operações em continuidade;

(vii) lucros e prejuízos após impostos de operações descontinuadas;

(viii) outros resultados abrangentes;

(ix) resultado abrangente total.

CPC 45.20 A entidade deve divulgar informações que possibilitem aos usuários de suas demonstrações contábeis avaliar:

(a) a natureza, a extensão e os efeitos financeiros de suas participações em negócios em conjunto e em coligadas, incluindo a natureza e os efeitos de sua relação contratual com os demais investidores que têm o controle conjunto, ou influência significativa, sobre os negócios em conjunto e sobre coligadas (vide itens 21 e 22); e

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(b) a natureza dos riscos associados às suas participações em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) e em coligadas e as mudanças nesses riscos (vide item 23).

CPC 45.22 A entidade também deve divulgar:

(a) a natureza e a extensão de quaisquer restrições significativas (por exemplo, resultantes de acordos de empréstimo, exigências regulatórias ou acordos contratuais entre investidores com controle conjunto ou influência significativa sobre empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou sobre coligada) sobre a capacidade de empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) ou de coligadas de transferir recursos à entidade na forma de dividendos ou lucros em caixa ou de pagar empréstimos ou adiantamentos feitos pela entidade;

(b) quando as demonstrações contábeis do empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou da coligada, utilizadas na aplicação do método da equivalência patrimonial, forem referentes a uma data ou período diferente do das demonstrações contábeis da entidade:

(i) a data do final do período de reporte das demonstrações contábeis desse empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou dessa coligada; e

(ii) a razão para utilizar uma data ou período diferente;

(c) a parcela não reconhecida de perdas com empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou com coligada, tanto para o período de reporte quanto cumulativamente, se a entidade tiver deixado de reconhecer sua parcela das perdas com o empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou com a coligada ao aplicar o método da equivalência patrimonial.

CPC 45.23 A entidade deve divulgar:

(a) compromissos relacionados com seus empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures), separadamente do valor de outros compromissos, conforme especificado nos itens B18 a B20.

(b) de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, a menos que a probabilidade de perda seja remota, os passivos contingentes incorridos com relação a suas participações em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) ou em coligadas (incluindo sua parcela de passivos contingentes incorridos em conjunto com outros investidores que tenham o controle conjunto ou influência significativa sobre os empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) ou coligadas), separadamente do valor de outros passivos contingentes.

7. Participações significativas de não controladoresCPC 45.10 A entidade deve divulgar informações que possibilitem aos usuários de suas demonstrações

consolidadas:

(a) compreender:

(i) a composição do grupo econômico; e

(ii) a participação de sócios não controladores nas atividades e fluxos de caixa do grupo econômico (vide item 12); e

(b) avaliar:

(i) a natureza e a extensão de restrições significativas sobre sua capacidade de acessar ou usar ativos e liquidar passivos do grupo (vide item 13);

(ii) a natureza dos riscos associados às suas participações em entidades estruturadas consolidadas e mudanças nesses riscos (vide itens 14 a 17);

(ii) os efeitos de mudanças em sua participação societária em controlada que não resultam em perda de controle (vide item 18); e

(iv) os efeitos da perda de controle de controlada durante o período de reporte (vide item 19).

CPC 45.12 A entidade deve divulgar para cada uma de suas controladas em que haja participação de não controladores que sejam materiais para a entidade que reporta:

(a) o nome da controlada;

(b) a sede (e o país de constituição, se diferente do da sede) da controlada;

(c) a proporção de participações societárias detidas por sócios não controladores;

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(d) a proporção de direitos de voto detidos por sócios não controladores, se diferente da proporção de participações societárias detidas;

(e) os lucros e os prejuízos alocados à participação de não controladores da controlada durante o período de reporte;

(f) participação de não controladores acumulada da controlada ao final do período de reporte;

(g) informações financeiras resumidas sobre a controlada (vide item B10).

CPC 45.B10 Para cada controlada que tenha participação de não controladores que sejam materiais para a entidade que reporta a informação, devem ser divulgados:

(a) dividendos ou lucros pagos a sócios não controladores;

(b) informações financeiras resumidas sobre os ativos, passivos, lucros, prejuízos e fluxos de caixa da controlada que permitam aos usuários compreender as participações de não controladores nas atividades e fluxos de caixa do grupo. Essas informações podem incluir, por exemplo, entre outras, ativo circulante, ativo não circulante, passivo circulante, passivo não circulante, receita, lucros, prejuízos e resultado abrangente total.

CPC 45.B11 As informações financeiras resumidas exigidas pelo item B10(b) devem ser os valores antes das eliminações entre empresas.

8. Informações por segmentoCPC 22.22 A entidade deve divulgar as seguintes informações gerais: (a), (b)

(a) os fatores utilizados para identificar os segmentos divulgáveis da entidade, incluindo a base da organização (por exemplo, se a administração optou por organizar a entidade em torno das diferenças entre produtos e serviços, áreas geográficas, ambiente regulatório, ou combinação de fatores, e se os segmentos operacionais foram agregados);

(aa) os julgamentos feitos pela administração na aplicação dos critérios de agregação do item 12. Isto inclui breve descrição dos segmentos operacionais que tenham sido agregados dessa forma e os indicadores econômicos que foram avaliados na determinação de que segmentos operacionais agregados tenham características econômicas semelhantes; e

(b) tipos de produtos e serviços a partir dos quais cada segmento divulgável obtém suas receitas.

CPC 22.23 A entidade deve divulgar o valor do lucro ou prejuízo e do ativo total de cada segmento divulgável. A entidade deve divulgar o valor total dos ativos e passivos de cada segmento divulgável se esse valor for apresentado regularmente ao principal gestor das operações. A entidade deve divulgar também as seguintes informações sobre cada segmento se os montantes especificados estiverem incluídos no valor do lucro ou prejuízo do segmento revisado pelo principal gestor das operações, ou for regularmente apresentado a este, ainda que não incluído no valor do lucro ou prejuízo do segmento :

(a) receitas provenientes de clientes externos;

(b) receitas de transações com outros segmentos operacionais da mesma entidade;

(c) receitas financeiras;

(d) despesas financeiras;

(e) depreciações e amortizações;

(f) itens materiais de receita e despesa divulgados de acordo com o item 97 do Pronunciamento Técnico CPC26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis;

(g) participação da entidade nos lucros ou prejuízos de coligadas e de empreendimentos sob controle conjunto (joint ventures) contabilizados de acordo com o método da equivalência patrimonial;

(h) despesa ou receita com imposto de renda e contribuição social; e

(i) itens não caixa considerados materiais, exceto depreciações e amortizações.

A entidade deve divulgar as receitas financeiras separadamente das despesas financeiras para cada segmento divulgável, salvo se a maioria das receitas do segmento seja proveniente de juros e o principal gestor das operações se basear principalmente nas receitas financeiras líquidas para avaliar o desempenho do segmento e tomar decisões sobre os recursos a serem alocados ao segmento . Nessa situação, a entidade pode divulgar essas receitas financeiras líquidas

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separadamente de suas despesas financeiras em relação ao segmento e divulgar que ela tenha feito desse modo.

CPC 22.24 A entidade deve divulgar as seguintes informações sobre cada segmento divulgável se os montantes especificados estiverem incluídos no valor do ativo do segmento revisado pelo principal gestor das operações ou forem apresentados regularmente a este, ainda que não incluídos nesse valor de ativos dos segmentos:

(a) o montante do investimento em coligadas e empreendimentos conjuntos (joint ventures) contabilizado pelo método da equivalência patrimonial;

(b) o montante de acréscimos ao ativo não circulante, exceto instrumentos financeiros, imposto de renda e contribuição social diferidos ativos, ativos de benefícios pós-emprego (ver Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados, itens de 54 a 58) e direitos provenientes de contratos de seguro.

CPC 22.27 A entidade deve apresentar explicação das mensurações do lucro ou do prejuízo, dos ativos e dos passivos do segmento para cada segmento divulgável. A entidade deve divulgar, no mínimo, os seguintes elementos:

(a) a base de contabilização para quaisquer transações entre os segmentos divulgáveis;

(b) a natureza de quaisquer diferenças entre as mensurações do lucro ou do prejuízo dos segmentos divulgáveis e o lucro ou o prejuízo da entidade antes das despesas (receitas) de imposto de renda e contribuição social e das operações descontinuadas (se não decorrerem das conciliações descritas no item 28). Essas diferenças podem decorrer das políticas contábeis e das políticas de alocação de custos comuns incorridos, que são necessárias para a compreensão da informação por segmentos divulgados;

(c) a natureza de quaisquer diferenças entre as mensurações dos ativos dos segmentos divulgáveis e dos ativos da entidade (se não decorrer das conciliações descritas no item 28). Essas diferenças podem incluir as decorrentes das políticas contábeis e das políticas de alocação de ativos utilizados conjuntamente, necessárias para a compreensão da informação por segmentos divulgados;

(d) a natureza de quaisquer diferenças entre as mensurações dos passivos dos segmentos divulgáveis e dos passivos da entidade (se não decorrer das conciliações descritas no item 28). Essas diferenças podem incluir as decorrentes das políticas contábeis e das políticas de alocação de passivos utilizados conjuntamente, necessárias para a compreensão da informação por segmentos divulgados;

(e) a natureza de quaisquer alterações em períodos anteriores, nos métodos de mensuração utilizados para determinar o lucro ou o prejuízo do segmento divulgado e o eventual efeito dessas alterações na avaliação do lucro ou do prejuízo do segmento;

(f) a natureza e o efeito de quaisquer alocações assimétricas a segmentos divulgáveis. Por exemplo, a entidade pode alocar despesas de depreciação a um segmento sem lhe alocar os correspondentes ativos depreciáveis.

CPC 22.28 A entidade deve fornecer conciliações dos seguintes elementos:

(a) o total das receitas dos segmentos divulgáveis com as receitas da entidade;

(b) o total dos valores de lucro ou prejuízo dos segmentos divulgáveis com o lucro ou o prejuízo da entidade antes das despesas (receitas) de imposto de renda e contribuição social e das operações descontinuadas. No entanto, se a entidade alocar a segmentos divulgáveis itens como despesa de imposto de renda e contribuição social, a entidade pode conciliar o total dos valores de lucro ou prejuízo dos segmentos com o lucro ou o prejuízo da entidade depois daqueles itens;

(c) o total dos ativos dos segmentos divulgáveis com os ativos da entidade, se os ativos do segmento são divulgados de acordo com o item 23;

(d) o total dos passivos dos segmentos divulgáveis com os passivos da entidade, se os passivos dos segmentos forem divulgados de acordo com o item 23;

(e) o total dos montantes de quaisquer outros itens materiais das informações evidenciadas dos segmentos divulgáveis com os correspondentes montantes da entidade.

Todos os itens de conciliação materiais devem ser identificados e descritos separadamente. Por exemplo, o montante de cada ajuste significativo necessário para conciliar lucros ou prejuízos do segmento divulgável com o lucro ou o prejuízo da entidade, decorrente de diferentes políticas contábeis, deve ser identificado e descrito separadamente.

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CPC 22.33(a) 33. A entidade deve evidenciar as seguintes informações geográficas, salvo se as informações necessárias não se encontrarem disponíveis e o custo da sua elaboração for excessivo:

(a) receitas provenientes de clientes externos:

(i) atribuídas ao país-sede da entidade; e

(ii) atribuídas a todos os países estrangeiros de onde a entidade obtém receitas. Se as receitas provenientes de clientes externos atribuídas a determinado país estrangeiro forem materiais, devem ser divulgadas separadamente. A entidade deve divulgar a base de atribuição das receitas provenientes de clientes externos aos diferentes países.

CPC 22.33(b) A entidade deve evidenciar as seguintes informações geográficas, salvo se as informações necessárias não se encontrarem disponíveis e o custo da sua elaboração for excessivo:

(b) ativo não circulante, exceto instrumentos financeiros e imposto de renda e contribuição social diferidos ativos, benefícios de pós-emprego e direitos provenientes de contratos de seguro:

(i) localizados no país-sede da entidade; e

(ii) localizados em todos os países estrangeiros em que a entidade mantém ativos. Se os ativos em determinado país estrangeiro forem materiais, devem ser divulgados separadamente.

CPC 22.34 A entidade deve fornecer informações sobre seu grau de dependência de seus principais clientes. Se as receitas provenientes das transações com um único cliente externo representarem 10% ou mais das receitas totais da entidade, esta deve divulgar tal fato, bem como o montante total das receitas provenientes de cada um desses clientes e a identidade do segmento ou dos segmentos em que as receitas são divulgadas. A entidade não está obrigada a divulgar a identidade de grande cliente nem o montante divulgado de receitas provenientes desse cliente em cada segmento. Para fins deste pronunciamento, um conjunto de entidades que a entidade divulgadora sabe que está sob controle comum deve ser considerado um único cliente, assim como o governo (nacional, estadual, provincial, territorial, local ou estrangeiro) e as entidades que a entidade divulgadora sabe que estão sob controle comum desse governo devem ser consideradas um único cliente.

CPC 01 (R1). A entidade que reporta informações por segmento de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC129 22 – Informações por Segmento deve divulgar as seguintes informações para cada segmento

reportado:

(a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido, durante o período, na demonstração do resultado e na demonstração do resultado abrangente;

(b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido, durante o período, na demonstração do resultado e na demonstração do resultado abrangente.

CPC 26 (R1). A entidade deve divulgar, caso não seja divulgado em outro local entre as informações publicadas138 (b) com as demonstrações contábeis, as seguintes informações:

(b) a descrição da natureza das operações da entidade e das suas principais atividades.

9.1 Outras receitas operacionais

CPC 07 (R1).39 A entidade deve divulgar as seguintes informações:(b), (c)

(b) a natureza e a extensão das subvenções governamentais ou assistências governamentais reconhecidas nas demonstrações contábeis e uma indicação de outras formas de assistência governamental de que a entidade tenha diretamente se beneficiado;

(c) condições a serem regularmente satisfeitas e outras contingências ligadas à assistência governamental que tenha sido reconhecida.

CPC 40.20 (a),(i) A entidade deve divulgar os seguintes itens de receita, despesa, ganho e perda, quer na demonstração do resultado abrangente, na demonstração do resultado ou nas notas explicativas:

(a) ganhos líquidos ou perdas líquidas em:

(i) ativos financeiros ou passivos financeiros pelo valor justo por meio do resultado, mostrando separadamente aqueles ativos financeiros ou passivos financeiros designados como tais no reconhecimento inicial, e aqueles ativos financeiros ou passivos financeiros que são classificados como mantidos para negociação de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.

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CPC 26 (R1).97 Quando os itens de receitas e despesas são relevantes, sua natureza e montantes devem ser divulgados separadamente.

CPC 26 (R1).98 As circunstâncias que dão origem à divulgação separada de itens de receitas e despesas incluem:

(a) reduções nos estoques ao seu valor realizável líquido ou no ativo imobilizado ao seu

valor recuperável, bem como as reversões de tais reduções;

(b) reestruturações das atividades da entidade e reversões de quaisquer provisões para

gastos de reestruturação;

(c) baixas de itens do ativo imobilizado;

(d) baixas de investimento;

(e) unidades operacionais descontinuadas;

(f) solução de litígios; e

(g) outras reversões de provisões.

9.2 Outras despesas operacionaisCPC 26 (R1).97 Quando os itens de receitas e despesas são relevantes, sua natureza e montantes devem ser

divulgados separadamente.

CPC 40 (R1). A entidade deve divulgar separadamente:24 (b)

(b) a ineficácia do hedge reconhecida no resultado que decorre de hedges de fluxo de caixa.

CPC 40 (R1). A entidade deve divulgar os seguintes itens de receita, despesa, ganho e perda, quer na20 (a) demonstração do resultado abrangente, na demonstração do resultado ou nas notas

explicativas:

(a) ganhos líquidos ou perdas líquidas em:

(i) ativos financeiros ou passivos financeiros pelo valor justo por meio do resultado, mostrando separadamente aqueles ativos financeiros ou passivos financeiros designados como tais no reconhecimento inicial, e aqueles ativos financeiros ou passivos financeiros que são classificados como mantidos para negociação de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;

(ii) ativos financeiros disponíveis para venda, mostrando separadamente a quantia de ganho ou perda reconhecida como outros resultados abrangentes durante o período e a quantia reclassificada de outros resultados abrangentes para a demonstração do resultado do período;

(iii) investimentos mantidos até o vencimento;

(iv) empréstimos e recebíveis; e

(v) passivos financeiros mensurados pelo custo amortizado;

9.3 Despesas financeirasCPC 25.60 Quando for utilizado o desconto a valor presente, o valor contábil da provisão aumenta a cada

período para refletir a passagem do tempo. Esse aumento deve ser reconhecido como despesa financeira.

CPC 40 (R1).20 A entidade deve divulgar os seguintes itens de receita, despesa, ganho e perda, quer na(a), (b) e (e) demonstração do resultado abrangente, na demonstração do resultado ou nas notas

explicativas:

(a) ganhos líquidos ou perdas líquidas em:

(i) ativos financeiros ou passivos financeiros pelo valor justo por meio do resultado, mostrando separadamente aqueles ativos financeiros ou passivos financeiros designados como tais no reconhecimento inicial, e aqueles ativos financeiros ou passivos financeiros que são classificados como mantidos para negociação de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;

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(ii) ativos financeiros disponíveis para venda, mostrando separadamente a quantia de ganho ou perda reconhecida como outros resultados abrangentes durante o período e a quantia reclassificada de outros resultados abrangentes para a demonstração do resultado do período;

(iii) investimentos mantidos até o vencimento;

(iv) empréstimos e recebíveis; e passivos financeiros mensurados pelo custo amortizado;

(b) receita e despesa totais de juros (calculados utilizando-se o método da taxa efetiva de juros) para os ativos ou passivos financeiros que não estejam como valor justo por meio do resultado;

(e) o montante da perda no valor recuperável para cada classe de ativo financeiro.

9.4 Receitas financeirasCPC30 (R1). A entidade deve divulgar:35 (b) (iii)

(b) o montante de cada categoria significativa de receita reconhecida durante o período, incluindo as receitas provenientes de:

(iii) juros;

CPC 40 (R1). A entidade deve divulgar os seguintes itens de receita, despesa, ganho e perda, quer na20(b) demonstração do resultado abrangente, na demonstração do resultado ou nas notas explicativas:

(b) receita e despesa totais de juros (calculados utilizando-se o método da taxa efetiva de juros) para os ativos ou passivos financeiros que não estejam como valor justo por meio do resultado.

9.5 Depreciação, amortização, variações cambiais e custos de estoques incluídos na demonstração consolidada do resultado

CPC 26 (R1). As entidades que classificarem os gastos por função devem divulgar informação adicional sobre a104 natureza das despesas, incluindo as despesas de depreciação e de amortização e as despesas com

benefícios aos empregados.

CPC 04 (R1). A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos intangíveis, fazendo118(d) a distinção entre ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis:

(d) a rubrica da demonstração do resultado em que qualquer amortização de ativo intangível for incluída;

CPC 02 (R1). A entidade deve divulgar:52(a) (a) o montante das variações cambiais reconhecidas na demonstração do resultado, com exceção

daquelas originadas de instrumentos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 ―– Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e a Orientação OCPC 03 ―– Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação.

CPC 01 (R1). A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos:126(a)

(a) o valor das perdas por desvalorizações reconhecidas no resultado durante o período, e a(s) linha(s) da demonstração do resultado na(s) qual(is) essas perdas por desvalorizações foram incluídas.

CPC 06 (R1). Os arrendatários, além de cumprir os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 40 – 35(c) Instrumentos Financeiros: Evidenciação, devem fazer as seguintes divulgações relativas aos

arrendamentos mercantis operacionais:

(c) pagamentos de arrendamento mercantil e de subarrendamento mercantil reconhecidos como despesa do período, com valores separados para pagamentos mínimos de arrendamento mercantil, pagamentos contingentes e pagamentos de subarrendamento mercantil.

CPC 16 (R1). As demonstrações contábeis devem divulgar:36(d)

(d) o valor de estoques reconhecido como despesa durante o período.

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194 Good Group | EY

9.6 Despesas com benefícios a empregadosCPC 26 (R1). As entidades que classifiquem os gastos por função devem divulgar informação adicional sobre 104 a natureza das despesas, incluindo as despesas de depreciação e de amortização e as despesas

com benefícios aos empregados.

CPC 10 (R1). Para tornar efetivo o princípio contido no item 50, a entidade deve divulgar no mínimo51 (a) o que segue:

(a) o total da despesa reconhecida no período decorrente de transações com pagamento baseado em ações por meio das quais os produtos ou os serviços recebidos não tenham sido qualificados para reconhecimento como ativos e, por isso, foram reconhecidos imediatamente como despesa, incluindo a divulgação em separado de parte do total das despesas que decorre de transações contabilizadas como transações com pagamento baseado em ações liquidadas em instrumentos patrimoniais;

9.7 Custos de pesquisa e desenvolvimentoCPC 04 (R1). A entidade deve divulgar o total de gastos com pesquisa e desenvolvimento reconhecidos como126 despesas no período.

9.8 Componentes do resultado abrangente incluído nas mutações do patrimônio líquido

CPC 26 (R1).92 A entidade deve divulgar ajustes de reclassificação relativos a componentes dos outros resultados abrangentes.

CPC 40 (R1).23 Para hedges de fluxo de caixa, a entidade deve divulgar:

(a) os períodos em que se espera que o fluxo de caixa irá ocorrer e quando se espera que eles afetarão o resultado;

(b) uma descrição de qualquer operação prevista em que foi utilizada a contabilidade de hedge, mas que já não se espera que ocorra;

(c) o montante que tenha sido reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período;

(d) a quantia que tenha sido reclassificada do patrimônio líquido para o resultado do período, mostrando o montante incluído em cada item da demonstração do resultado abrangente; e

(e) o montante que tenha sido removido do patrimônio líquido durante o período e incluído no custo inicial ou outro valor contábil de ativo não financeiro ou passivo não financeiro cuja aquisição ou incorrência tenha sido um hedge de operação prevista e altamente provável.

10. Imposto sobre o lucroCPC 32.79 Os principais componentes da despesa (receita) tributária devem ser divulgados separadamente.

CPC 32.80 Os componentes da despesa (receita) tributária podem incluir:(a), (b) e (c)

(a) despesa (receita) tributária corrente;

(b) quaisquer ajustes reconhecidos no período para o tributo corrente de períodos anteriores;

(c) valor da despesa (receita) com tributo diferido relacionado com a origem e a reversão de diferenças temporárias.

CPC 32.81(a) O que está descrito a seguir também deve ser divulgado separadamente:

(a) tributos diferido e corrente somados relacionados com os itens que são debitados ou creditados diretamente no patrimônio líquido (ver item 62A).

CPC 32.81 O que está descrito a seguir também deve ser divulgado separadamente:(c) (i) (c) explicação do relacionamento entre a despesa (receita) tributária e o lucro contábil em uma

ou em ambas as seguintes formas:

(i) conciliação numérica entre despesa (receita) tributária e o produto do lucro contábil multiplicado pelas alíquotas aplicáveis de tributos, evidenciando também as bases sobre as quais as alíquotas aplicáveis de tributos estão sendo computadas.

CPC 32.81(e) O que está descrito a seguir também deve ser divulgado separadamente:

(e) valor (e a data de expiração, se houver) das diferenças temporárias dedutíveis, prejuízos fiscais não utilizados e créditos fiscais não utilizados para os quais nenhum ativo fiscal diferido está sendo reconhecido no balanço patrimonial.

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CPC 32.81(f) O que está descrito a seguir também deve ser divulgado separadamente:

(f) valor total das diferenças temporárias associadas com investimento em controladas, filiais e coligadas e participações em empreendimentos sob controle conjunto (joint ventures), em relação às quais os passivos fiscais diferidos não foram reconhecidos (ver item 39).

CPC 32.81 O que está descrito a seguir também deve ser divulgado separadamente:(g)(i)(ii)

(g) com relação a cada tipo de diferença temporária e a cada tipo de prejuízo fiscal não utilizado e créditos fiscais não utilizados:

(i) valor dos ativos e passivos fiscais diferidos reconhecidos no balanço patrimonial para cada período apresentado;

(ii) valor da receita ou despesa fiscal diferida reconhecida no resultado, se esta não é evidente a partir das alterações nos valores reconhecidos no balanço.

CPC 32.82(a) A entidade deve divulgar o valor do ativo fiscal diferido e a natureza da evidência que comprova o seu reconhecimento, quando:

(a) a utilização do ativo fiscal diferido depende de lucros futuros tributáveis superiores aos lucros advindos da reversão de diferenças temporárias tributáveis existentes.

CPC 32.87 Frequentemente é impraticável computar o valor de passivos fiscais diferidos não reconhecidos advindos de investimento em controladas, filiais e coligadas e interesses em empreendimentos sob controle conjunto (ver item 39). Portanto, este pronunciamento exige que a entidade divulgue o valor total de diferenças temporárias subjacentes, mas não exige a divulgação de passivos fiscais diferidos. Entretanto, onde praticável, as entidades são encorajadas a divulgar os valores dos passivos fiscais diferidos não reconhecidos, porque os usuários da demonstração contábil podem considerar tais informações úteis.

11. Operação descontinuadaCPC 41.68 A companhia que reportar operação descontinuada deve divulgar os resultados por ação básicos

e diluídos relativamente à operação descontinuada, seja na própria demonstração do resultado ou em notas explicativas.

CPC 01 (R1). A perda por desvalorização reconhecida para o ágio por expectativa de rentabilidade futura124 (goodwill) não deve ser revertida em período subsequente.

CPC 32.81 O que está descrito a seguir também deve ser divulgado separadamente:(h) (i), (ii) (h) com relação a operações descontinuadas, a despesa tributária relacionada a:

(i) ganho ou perda com a descontinuidade; e

(ii) resultado das atividades ordinárias (operacionais) da operação descontinuada para o período, juntamente com os valores correspondentes a cada período anterior apresentado;

CPC 31.33 (a) A entidade deve evidenciar:

(a) um montante único na demonstração do resultado compreendendo:

(i) o resultado total após o imposto de renda das operações descontinuadas; e

(ii) os ganhos ou as perdas após o imposto de renda reconhecidos na mensuração pelo valor justo menos as despesas de venda ou na baixa de ativos ou de grupo de ativos mantidos para venda que constituam a operação descontinuada.

CPC 31.30 A entidade deve apresentar e divulgar informação que permita aos usuários das demonstrações contábeis avaliarem os efeitos financeiros das operações descontinuadas e das baixas de ativos não circulantes mantidos para venda.

CPC 31.33 (b)(i) A entidade deve evidenciar:

(b) análise da quantia única referida na alínea (a) com:

(i) as receitas, as despesas e o resultado antes dos tributos das operações descontinuadas. CPC 31.33(c) A entidade deve evidenciar:

(c) os fluxos de caixa líquidos atribuíveis às atividades operacionais, de investimento e de financiamento das operações descontinuadas. Essas evidenciações podem ser apresentadas nas notas explicativas ou nos quadros das demonstrações contábeis. Essas evidenciações não são exigidas para grupos de ativos mantidos para venda que sejam controladas recém-adquiridas que satisfaçam aos critérios de classificação como destinadas à venda no momento da aquisição (ver item 11).

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CPC 31.38 A entidade deve apresentar o ativo não circulante classificado como mantido para venda separadamente dos outros ativos no balanço patrimonial. Os passivos de grupo de ativos classificado como mantido para venda devem ser apresentados separadamente dos outros passivos no balanço patrimonial. Esses ativos e passivos não devem ser compensados nem apresentados em um único montante. As principais classes de ativos e passivos classificados como mantidos para venda devem ser divulgadas separadamente no balanço patrimonial ou nas notas explicativas, exceto conforme permitido pelo item 39. A entidade deve apresentar separadamente qualquer receita ou despesa acumulada reconhecida diretamente no patrimônio líquido (outros resultados abrangentes) relacionada a um ativo não circulante ou a um grupo de ativos classificado como mantido para venda.

CPC 31.40 A entidade não deve reclassificar ou reapresentar montantes divulgados de ativos não circulantes ou de ativos e passivos de grupos de ativos classificados como mantidos para venda nos balanços de períodos anteriores para refletir a classificação no balanço do último período apresentado.

CPC 31.41 A entidade deve divulgar a seguinte informação nas notas explicativas do período em que o ativo não circulante tenha sido classificado como mantido para venda ou vendido:

(a) descrição do ativo (ou grupo de ativos) não circulante;

(b) descrição dos fatos e das circunstâncias da venda, ou que conduziram à alienação esperada, forma e cronograma esperados para essa alienação;

(c) ganho ou perda reconhecido(a) de acordo com os itens 20 a 22 e, se não for apresentado(a) separadamente na demonstração do resultado, a linha na demonstração do resultado que inclui esse ganho ou perda;

(d) se aplicável, segmento em que o ativo não circulante ou o grupo de ativos mantido para venda está apresentado de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 22 – Informações por Segmento.

12. Lucro por açãoCPC 41.70-73A A companhia deve divulgar o seguinte:

(a) os valores usados como numeradores no cálculo dos resultados por ação básicos e diluídos, além da conciliação desses valores com o lucro ou o prejuízo atribuível à companhia para o período em questão. A conciliação deve incluir o efeito individual de cada classe de instrumentos que afeta os resultados por ação;

(b) o número médio ponderado de ações ordinárias usado como denominador no cálculo dos resultados por ação básicos e diluídos e a conciliação desses denominadores uns com os outros. A conciliação deve incluir o efeito individual de cada classe de instrumentos que afeta o resultado por ação;

(c) instrumentos (incluindo ações emissíveis sob condição) que poderiam potencialmente diluir os resultados por ação básicos no futuro, mas que não foram incluídos no cálculo do resultado por ação diluído, porque são antidiluidores para os períodos apresentados;

(d) descrição das transações de ações ordinárias ou das transações de ações ordinárias potenciais, que não sejam aquelas contabilizadas em conformidade com o item 64; que ocorram após a data do balanço; e que tenham alterado significativamente o número de ações ordinárias ou de ações ordinárias potenciais totais no final do período caso essas transações tivessem ocorrido antes do final do período de relatório.

O item 73 também se aplica a companhias que divulgam, além do resultado por ação básico e diluído, valores por ação usando um componente apresentado na demonstração do resultado (como descrito nos itens 81 e 82 do Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis), que não o requerido por este pronunciamento.

13. ImobilizadoCPC 26 (R1). O detalhamento proporcionado nas subclassificações depende dos requisitos dos78(a) pronunciamentos, interpretações e orientações e da dimensão, natureza e função dos montantes

envolvidos. Os fatores estabelecidos no item 58 também são usados para decidir as bases a se utilizar para tal subclassificação. As divulgações variam para cada item, por exemplo:

(a) os itens do ativo imobilizado são segregados em classes de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado.

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CPC 27.73 As demonstrações contábeis devem divulgar, para cada classe de ativo imobilizado:(d) e (e)

(d) o valor contábil bruto e a depreciação acumulada (mais as perdas por redução ao valor recuperável acumuladas) no início e no final do período; e

(e) a conciliação do valor contábil no início e no final do período, demonstrando:

(i) adições;

(ii) ativos classificados como mantidos para venda ou incluídos em um grupo classificados como mantidos para venda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada e outras baixas;

(iii) aquisições por meio de combinações de negócios;

(iv) aumentos ou reduções decorrentes de reavaliações nos termos dos itens 31, 39 e 40 e perdas por redução ao valor recuperável de ativos reconhecidas ou revertidas diretamente no patrimônio líquido de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos;

(v) provisões para perdas de ativos, reconhecidas no resultado, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos;

(vi) reversão de perda por redução ao valor recuperável de ativos, apropriada no resultado, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos;

(vii) depreciações;

(viii) variações cambiais líquidas geradas pela conversão das demonstrações contábeis da moeda funcional para a moeda de apresentação, incluindo a conversão de uma operação estrangeira para a moeda de apresentação da entidade; e

(ix) outras alterações.

Custos de empréstimo capitalizadosCPC 06 (R1). Os arrendatários, além de cumprir os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 40 –31(a) Instrumentos Financeiros: Evidenciação, devem fazer as seguintes divulgações para os

arrendamentos mercantis financeiros:

(a) para cada categoria de ativo, valor contábil líquido ao final do período;

CPC 03.(R2) 43 Transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso de caixa ou equivalentes de caixa devem ser excluídas da demonstração dos fluxos de caixa. Tais transações devem ser divulgadas nas notas explicativas às demonstrações contábeis, de modo que forneçam todas as informações relevantes sobre essas atividades de investimento e de financiamento.

CPC 20 (R1).26 A entidade deve divulgar:(a) e (b) (a) o total de custos de empréstimos capitalizados durante o período; e

(b) a taxa de capitalização usada na determinação do montante dos custos de empréstimo elegível à capitalização.

Arrendamentos mercantis financeiros e ativos em construção CPC 27.74 As demonstrações contábeis também devem divulgar: (a) e (b)

(a) a existência e os valores contábeis de ativos cuja titularidade é restrita, como os ativos imobilizados formalmente ou na essência oferecidos como garantia de obrigações e os adquiridos mediante operação de leasing conforme o Pronunciamento Técnico CPC 06 (R1) – Operações de Arrendamento Mercantil;

(b) o valor dos gastos reconhecidos no valor contábil de um item do ativo imobilizado durante a sua construção.

14. Propriedades para investimentoCPC 28.75 (e) A entidade deve divulgar:

(e) a extensão até a qual o valor justo da propriedade para investimento (tal como mensurado ou divulgado nas demonstrações contábeis) se baseia em avaliação de avaliador independente que possua qualificação profissional reconhecida e relevante e que tenha experiência recente no local e na categoria da propriedade para investimento que está sendo avaliada. Se não tiver havido tal avaliação, esse fato deve ser divulgado.

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CPC 28.76 Além das divulgações exigidas pelo item 75, a entidade que aplique o método do valor justo dos itens 33 a 55 deve divulgar a conciliação entre os valores contábeis da propriedade para investimento no início e no fim do período, que mostre o seguinte:

(a) adições, divulgando separadamente as adições resultantes de aquisições e as resultantes de dispêndio subsequente reconhecido no valor contábil do ativo;

(b) adições que resultem de aquisições por intermédio de combinação de negócios;

(c) ativos classificados como detidos para venda ou incluídos em grupo para alienação classificado como detido para venda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada e outras alienações;

(d) ganhos ou perdas líquidos provenientes de ajustes de valor justo;

(e) diferenças cambiais líquidas resultantes da conversão das demonstrações contábeis para outra moeda de apresentação, e da conversão de unidade operacional estrangeira para a moeda de apresentação da entidade que relata;

(f) transferências para e de estoque e propriedade ocupada pelo proprietário; e

(g) outras alterações.

CPC 28.75 (f), (g), (h) A entidade deve divulgar:

(f) as quantias reconhecidas no resultado para:

(i) lucros de rendas de propriedade para investimento;

(ii) gastos operacionais diretos (incluindo reparos e manutenção) provenientes de propriedades para investimento que tenham gerado rendas durante o período;

(iii) gastos operacionais diretos (incluindo reparos e manutenção) provenientes de propriedades para investimento que não tenham gerado rendas durante o período; e

(iv) a alteração cumulativa no valor justo reconhecido nos resultados com a venda de propriedade para investimento de um conjunto de ativos em que se usa o método do custo para um conjunto em que se usa o método do valor justo (ver item 32C).

(g) a existência e quantias de restrições sobre a capacidade de realização de propriedades para investimento ou a remessa de lucros e recebimentos de alienação;

(h) obrigações contratuais para comprar, construir ou desenvolver propriedades para investimento ou para reparos, manutenção ou aumentos.

CPC 46.93 (d) para mensurações do valor justo recorrentes e não recorrentes classificadas no Nível 2 e no(d), (e), (f), (h) Nível 3 da hierarquia de valor justo, a descrição das técnicas de avaliação e as informações

(inputs) utilizadas na mensuração do valor justo. Se houve mudança na técnica de avaliação (por exemplo, mudança de abordagem de mercado para abordagem de receita, ou o uso de técnica de avaliação adicional), a entidade deve divulgar essa mudança e as razões para adotá-la. Para mensurações do valor justo classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, a entidade deve fornecer informações quantitativas sobre dados não observáveis significativos utilizados na mensuração do valor justo. A entidade não está obrigada a criar informações quantitativas para cumprir esse requisito de divulgação se dados não observáveis quantitativos não forem desenvolvidos pela entidade ao mensurar o valor justo (por exemplo, quando a entidade utiliza preços de transações anteriores ou informações de precificação de terceiros sem ajuste). Contudo, ao fornecer essa divulgação, a entidade não pode ignorar dados não observáveis quantitativos que sejam significativos para a mensuração do valor justo e que estejam disponíveis para a entidade;

(e) para mensurações de valor justo recorrentes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, uma conciliação dos saldos iniciais com os saldos finais, divulgando separadamente as mudanças durante o período atribuíveis ao seguinte:

(i) ganhos ou perdas totais para o período, reconhecidos no resultado, e as rubricas no resultado nas quais esses ganhos ou perdas são reconhecidos;

(ii) ganhos ou perdas totais para o período, reconhecidos em outros resultados abrangentes, e as rubricas em outros resultados abrangentes nas quais esses ganhos ou perdas são reconhecidos;

(iii) compras, vendas, emissões e liquidações (cada um desses tipos de mudanças divulgado separadamente);

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(iv) os valores de quaisquer transferências para o (ou do) Nível 3 da hierarquia de valor justo, as razões para essas transferências e a política da entidade para determinar quando se considera que ocorreram as transferências entre níveis (vide item 95). As transferências para o Nível 3 devem ser divulgadas e discutidas separadamente das transferências do Nível 3;

(f) para mensurações do valor justo recorrentes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, o valor dos ganhos ou perdas totais para o período em (e)(i) incluídos no resultado que sejam atribuíveis à mudança nos ganhos ou perdas não realizados relativos a esses ativos e passivos apurados ao final do período das demonstrações contábeis e as rubricas da demonstração do resultado nas quais esses ganhos ou perdas não realizados sejam reconhecidos;

(h) para mensurações do valor justo recorrentes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo:

(i) para todas essas mensurações, uma descrição narrativa da sensibilidade da mensuração do valor justo a mudanças em dados não observáveis, se uma mudança nesses dados para um valor diferente puder resultar na mensuração do valor justo significativamente mais alta ou mais baixa. Se houver inter-relações entre esses dados e outros dados não observáveis utilizados na mensuração do valor justo, a entidade deve fornecer também a descrição dessas inter-relações e de como elas poderiam intensificar ou mitigar o efeito de mudanças nos dados não observáveis sobre a mensuração do valor justo. Para satisfazer esse requisito de divulgação, a descrição narrativa da sensibilidade a mudanças em dados não observáveis deve incluir, no mínimo, os dados não observáveis divulgados ao satisfazer o item (d);

(ii) para ativos financeiros e passivos financeiros, se a mudança de um ou mais dos dados não observáveis para refletir premissas alternativas razoavelmente possíveis puder mudar o valor justo de forma significativa, a entidade deve indicar esse fato e divulgar o efeito dessas mudanças. A entidade deve divulgar como o efeito de uma mudança para refletir uma premissa alternativa razoavelmente possível foi calculado. Para essa finalidade, a importância deve ser avaliada em relação ao resultado e aos ativos totais ou passivos totais ou, quando as mudanças no valor justo forem reconhecidas em outros resultados abrangentes, ao patrimônio líquido total;

15. IntangívelCPC 04 (R1). A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos intangíveis,118 (c), (d) e (e) fazendo a distinção entre ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis:

(c) o valor contábil bruto e eventual amortização acumulada (mais as perdas acumuladas no valor recuperável) no início e no final do período;

(d) a rubrica da demonstração do resultado em que qualquer amortização de ativo intangível for incluída;

(e) a conciliação do valor contábil no início e no final do período, demonstrando:

(i) adições, indicando separadamente as que foram geradas por desenvolvimento interno e as adquiridas, bem como as adquiridas por meio de uma combinação de negócios;

(ii) ativos classificados como mantidos para venda ou incluídos em grupo de ativos classificados como mantidos para venda, nos moldes do Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para venda e Operação Descontinuada e outras baixas;

(iii) aumentos ou reduções durante o período, decorrentes de reavaliações nos termos dos itens 75, 85 e 86 e perda por desvalorização de ativos reconhecidas ou revertidas diretamente no patrimônio líquido, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (se houver);

(iv) provisões para perdas de ativos, reconhecidas no resultado do período, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (se houver);

(v) reversão de perda por desvalorização de ativos, apropriada ao resultado do período, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (se houver);

(vi) qualquer amortização reconhecida no período;

(vii) variações cambiais líquidas geradas pela conversão das demonstrações contábeis para a moeda de apresentação e de operações no exterior para a moeda de apresentação da entidade; e

(viii) outras alterações no valor contábil durante o período.

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16. Outros ativos financeiros e passivos financeiros 16.1 Outros ativos financeirosCPC 40 (R1).6 Quando este pronunciamento exigir divulgação por classe de instrumento financeiro, a entidade

deve agrupar instrumentos financeiros em classes apropriadas de acordo com a natureza da informação divulgada e levando em conta as características desses instrumentos financeiros. A entidade deve fornecer informação suficiente para permitir conciliação com os itens apresentados no balanço patrimonial.

CPC 40 (R1). Fazer divulgações qualitativas no contexto de divulgações quantitativas permite que os usuários32A façam uma associação com as divulgações relacionadas e desse modo formem entendimento

amplo acerca da natureza e da extensão dos riscos advindos dos instrumentos financeiros. A interação entre divulgações qualitativas e quantitativas contribui para a divulgação de informação de uma forma melhor que possibilita aos usuários avaliar a exposição de uma entidade a riscos.

CPC 40 (R1).8 O valor contábil de cada categoria a seguir, tal como definido no Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deve ser divulgado no balanço patrimonial ou nas notas explicativas:

(a) ativos financeiros pelo valor justo por meio do resultado, mostrando separadamente (i) aqueles designados dessa forma no reconhecimento inicial e (ii) os classificados como mantidos para negociação, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;

(b) investimentos mantidos até o vencimento;

(c) empréstimos e recebíveis;

(d) ativos financeiros disponíveis para venda;

(e) passivos financeiros pelo valor justo por meio do resultado, mostrando separadamente:

(i) aqueles designados dessa forma no reconhecimento inicial;

(ii) os classificados como mantidos para negociação de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração; e

(f) passivos financeiros mensurados pelo custo amortizado.

Ativos financeiros ou passivos financeiros pelo valor justo por meio do resultado.

16.2 Outros passivos financeirosCPC 40 (R1).7 A entidade deve divulgar informações que permitam que os usuários de demonstrações

contábeis avaliem a significância dos instrumentos financeiros para sua posição patrimonial e financeira e para a análise de desempenho.

CPC40 (R1).8 O valor contábil de cada categoria a seguir, tal como definido no Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deve ser divulgado no balanço patrimonial ou nas notas explicativas:

(a) ativos financeiros pelo valor justo por meio do resultado, mostrando separadamente:

(i) aqueles designados dessa forma no reconhecimento inicial; e

(ii) os classificados como mantidos para negociação, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;

(b) investimentos mantidos até o vencimento;

(c) empréstimos e recebíveis;

(d) ativos financeiros disponíveis para venda;

(e) passivos financeiros pelo valor justo por meio do resultado, mostrando separadamente

(i) aqueles designados dessa forma no reconhecimento inicial;

(ii) os classificados como mantidos para negociação de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração; e

(f) passivos financeiros mensurados pelo custo amortizado.

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201Good Group | EY

CPC 40 (R1). Efetuar divulgações qualitativas no contexto de divulgações quantitativas permite que os usuários32A façam uma associação com as divulgações relacionadas e desse modo formem entendimento

amplo acerca da natureza e da extensão dos riscos advindos dos instrumentos financeiros.

A interação entre divulgações qualitativas e quantitativas contribui para a divulgação de informação de forma melhor, possibilitando aos usuários avaliar a exposição de uma entidade a riscos.

16.3 Atividades de hedge e derivativos Derivativos não designados como instrumentos de hedgeCPC 40 (R1).22 A entidade deve divulgar separadamente os itens a seguir para cada tipo de hedge descrito

no Pronunciamento Técnico CPC 38 — Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração (isto é, hedge de valor justo, hedge de fluxo de caixa e hedge de investimento realizado no exterior):

(a) descrição de cada tipo de hedge;

(b) descrição dos instrumentos financeiros designados como instrumentos de hedge e seus valores justos na data das demonstrações contábeis; e

(c) a natureza dos riscos que estão sendo objeto do hedge.

CPC 40 (R1).23 Hedges de fluxo de caixa(a), (c), (d) Para hedges de fluxo de caixa, a entidade deve divulgar:

(a) os períodos em que se espera que o fluxo de caixa irá ocorrer e quando se espera que eles afetarão o resultado;

(c) o montante que tenha sido reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período;

(d) a quantia que tenha sido reclassificada do patrimônio líquido para o resultado do período, mostrando o montante incluído em cada item da demonstração do resultado abrangente.

CPC 40 (R1). A entidade deve divulgar separadamente:24(b) (b) a ineficácia do hedge reconhecida no resultado que decorre de hedges de fluxo de caixa.

Hedge de valor justo Hedge de investimentos líquidos em operações estrangeirasCPC 40 (R1). (c) a ineficácia do hedge reconhecida no resultado que decorre de hedges de investimentos24(c) líquidos em operações no exterior (Pronunciamento Técnico CPC 02 – Efeitos das Mudanças

nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis).

Derivativos embutidosCPC 38. As características e riscos econômicos de derivativo embutido estão intimamente relacionados AG.33(d) com as características e riscos econômicos do contrato principal nos exemplos seguintes.

Nesses exemplos, a entidade não contabiliza o derivativo embutido separadamente do contrato principal:

d) Um derivativo embutido em moeda estrangeira de contrato que é um contrato de seguro, e não um instrumento (como contrato de compra e venda de item não financeiro em que o preço seja denominado em moeda estrangeira), está intimamente relacionado com o contrato principal, desde que não esteja alavancado, não contenha característica de opção e exija pagamentos denominados numa das seguintes moedas:

(i) a moeda funcional de qualquer uma das partes substanciais desse contrato;

(ii) a moeda na qual o preço do bem adquirido ou do serviço prestado está normalmente denominado em transações comerciais em todo o mundo (como, por exemplo, o dólar dos Estados Unidos para transações de petróleo); ou

(iii) uma moeda que seja normalmente usada em contratos de compra ou venda de itens não financeiros no ambiente econômico no qual a transação se realiza (por exemplo, moeda relativamente estável e líquida que seja normalmente usada em transações comerciais locais ou em negociações externas).

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202 Good Group | EY

16.4 Valor justoCPC 40 (R1).29 Divulgações de valor justo não são exigidas:

(a) quando o valor contábil for uma aproximação razoável do valor justo, por exemplo, para instrumentos financeiros, tais como contas a receber de clientes e a pagar a fornecedores de curto prazo;

(b) para investimento em instrumentos patrimoniais que não possuem preços de mercado cotados em mercado ativo, ou derivativos ligados a esse instrumento patrimonial, que são mensurados ao custo de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração porque seu valor justo não pode ser mensurado de maneira confiável; ou

(c) para contrato que contenha característica de participação discricionária (como descrito no Pronunciamento Técnico CPC 11 – Contratos de Seguro) se o valor justo dessa característica não puder ser mensurado de maneira confiável.

CPC 46.97 Para cada classe de ativos e passivos não mensurados ao valor justo no balanço patrimonial, mas cujo valor justo for divulgado, a entidade deve divulgar as informações exigidas pelos itens 93(b), (d) e (i). Contudo, a entidade não está obrigada a fornecer as divulgações quantitativas sobre dados não observáveis significativos utilizados em mensurações do valor justo classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, conforme exigidas pelo item 93(d). Para esses ativos e passivos, a entidade não precisa fornecer as demais divulgações exigidas por este pronunciamento.

CPC 46.93 Para atingir os objetivos do item 91, a entidade deve divulgar, no mínimo, as seguintes(d), (e), (h) informações para cada classe de ativos e passivos (vide item 94 para informações sobre a

determinação de classes adequadas de ativos e passivos) mensurados ao valor justo (incluindo mensurações com base no valor justo dentro do alcance deste pronunciamento) no balanço patrimonial após o reconhecimento inicial:

(d) para mensurações do valor justo recorrentes e não recorrentes classificadas no Nível 2 e no Nível 3 da hierarquia de valor justo, a descrição das técnicas de avaliação e as informações (inputs) utilizadas na mensuração do valor justo. Se houve mudança na técnica de avaliação (por exemplo, mudança de abordagem de mercado para abordagem de receita, ou o uso de técnica de avaliação adicional), a entidade deve divulgar essa mudança e as razões para adotá-la. Para mensurações do valor justo classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, a entidade deve fornecer informações quantitativas sobre dados não observáveis significativos utilizados na mensuração do valor justo. A entidade não está obrigada a criar informações quantitativas para cumprir esse requisito de divulgação se dados não observáveis quantitativos não forem desenvolvidos pela entidade ao mensurar o valor justo (por exemplo, quando a entidade utiliza preços de transações anteriores ou informações de precificação de terceiros sem ajuste). Contudo, ao fornecer essa divulgação, a entidade não pode ignorar dados não observáveis quantitativos que sejam significativos para a mensuração do valor justo e que estejam disponíveis para a entidade;

(e) para mensurações de valor justo recorrentes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, uma conciliação dos saldos iniciais com os saldos finais, divulgando separadamente as mudanças durante o período atribuíveis ao seguinte:

(i) ganhos ou perdas totais para o período, reconhecidos no resultado, e as rubricas no resultado nas quais esses ganhos ou perdas são reconhecidos;

(ii) ganhos ou perdas totais para o período, reconhecidos em outros resultados abrangentes, e as rubricas em outros resultados abrangentes nas quais esses ganhos ou perdas são reconhecidos;

(iii) compras, vendas, emissões e liquidações (cada um desses tipos de mudança divulgado separadamente);

(iv) os valores de quaisquer transferências para o (ou do) Nível 3 da hierarquia de valor justo, as razões para essas transferências e a política da entidade para determinar quando se considera que ocorreram as transferências entre níveis (vide item 95). As transferências para o Nível 3 devem ser divulgadas e discutidas separadamente das transferências do Nível 3;

(h) para mensurações do valor justo recorrentes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo:

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203Good Group | EY

(i) para todas essas mensurações, uma descrição narrativa da sensibilidade da mensuração do valor justo a mudanças em dados não observáveis, se uma mudança nesses dados para um valor diferente puder resultar na mensuração do valor justo significativamente mais alta ou mais baixa. Se houver inter-relações entre esses dados e outros dados não observáveis utilizados na mensuração do valor justo, a entidade deve fornecer também a descrição dessas inter-relações e de como elas poderiam intensificar ou mitigar o efeito de mudanças nos dados não observáveis sobre a mensuração do valor justo.Para satisfazer esse requisito de divulgação, a descrição narrativa da sensibilidade a mudanças em dados não observáveis deve incluir, no mínimo, os dados não observáveis divulgados ao satisfazer o item (d);

(ii) para ativos financeiros e passivos financeiros, se a mudança de um ou mais dos dados não observáveis para refletir premissas alternativas razoavelmente possíveis puder mudar o valor justo de forma significativa, a entidade deve indicar esse fato e divulgar o efeito dessas mudanças. A entidade deve divulgar como o efeito de uma mudança para refletir uma premissa alternativa razoavelmente possível foi calculado. Para essa finalidade, a importância deve ser avaliada em relação ao resultado e aos ativos totais ou passivos totais ou, quando as mudanças no valor justo forem reconhecidas em outros resultados abrangentes, ao patrimônio líquido total;

CPC 46.97 Para cada classe de ativos e passivos não mensurados ao valor justo no balanço patrimonial, mas cujo valor justo for divulgado, a entidade deve divulgar as informações exigidas pelos itens 93(b), (d) e (i). Contudo, a entidade não está obrigada a fornecer as divulgações quantitativas sobre dados não observáveis significativos utilizados em mensurações do valor justo classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, conforme exigidas pelo item 93(d). Para esses ativos e passivos, a entidade não precisa fornecer as demais divulgações exigidas por este pronunciamento.

CPC 40 (R1).25 Exceto o que foi estabelecido no item 29, para cada classe de ativo financeiro e passivo financeiro (ver item 6), a entidade deve divulgar o valor justo daquela classe de ativos e passivos de forma que permita ser comparado com o seu valor contábil.

CPC 40 (R1).26 Na divulgação de valores justos, a entidade deve agrupar ativos financeiros e passivos financeiros em classes, mas deve compensá-los somente à medida que seus valores forem compensados no balanço patrimonial.

CPC 40 (R1).27 A entidade deve divulgar para cada classe de instrumentos financeiros os métodos e, quando uma técnica de avaliação for usada, os pressupostos aplicados na determinação do valor justo de cada classe de ativo financeiro ou passivo financeiro. Por exemplo, se for o caso, a entidade divulga informações sobre os pressupostos relativos a taxas de pagamento antecipado, estimativas de percentuais de perda com créditos e taxas de juros ou taxas de desconto. Se houver mudança na técnica de avaliação, a entidade deve evidenciar essa mudança e a razão para fazê-la.

17. Teste de perda por redução ao valor recuperável do ágio pago por expectativa de rentabilidade futura e intangíveis com vida útil indefinida

CPC 01 (R1). A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada perda por desvalorização ou130 (a),(e) reversão reconhecida durante o período para um ativo individual, incluindo ágio por expectativa

de rentabilidade futura (goodwill), ou para uma unidade geradora de caixa:

(a) os eventos e as circunstâncias que levaram ao reconhecimento ou à reversão da perda por desvalorização;

(e) o valor recuperável do ativo (unidade geradora de caixa) e se o valor recuperável do ativo (unidade geradora de caixa) é seu valor justo líquido de despesa de alienação ou seu valor em uso.

CPC 01 (R1). A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de ativos:126(a) (a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do período e a linha

da demonstração do resultado na qual essas perdas por desvalorização foram incluídas;

CPC 01 (R1). A entidade deve divulgar as informações exigidas nas alíneas abaixo para cada unidade geradora134(c) de caixa (grupo de unidades) para as quais o valor contábil do ágio (goodwill) ou do ativo

intangível, com vida útil indefinida, alocado à unidade (grupo de unidades) é significativo em comparação com o valor contábil total do ágio (goodwill) ou do ativo intangível com vida útil indefinida da entidade:

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204 Good Group | EY

(c) a base sobre a qual o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) tenha sido determinado (por exemplo, valor em uso ou o valor justo líquido de despesas de alienação);

CPC 01 (R1). A entidade deve divulgar as informações requeridas nas alíneas (a) a (f) abaixo para cada134(d) unidade geradora de caixa (grupo de unidades) cujo valor contábil do ágio por expectativa de

rentabilidade futura (goodwill) ou dos ativos intangíveis, com vida útil indefinida, alocados à unidade (grupo de unidades), seja significativo em comparação com o valor contábil total do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) ou dos ativos intangíveis com vida útil indefinida reconhecidos pela entidade:

(d) se o valor contábil da unidade (grupo de unidades) tiver sido baseado no valor em uso:

(iii) o período sobre o qual a administração projetou o fluxo de caixa, baseada em orçamento ou previsões por ela aprovados e, quando um período superior a cinco anos for utilizado para a unidade geradora de caixa (grupo de unidades), uma explicação do motivo por que um período mais longo é justificável .

Unidade geradora de caixa de produtos eletrônicosCPC 01 (R1). A entidade deve divulgar as informações requeridas nas alíneas (a) a (f) abaixo para cada 134 (e) (iv,v) unidade geradora de caixa (grupo de unidades) cujo valor contábil do ágio por expectativa de

rentabilidade futura (goodwill) ou dos ativos intangíveis, com vida útil indefinida, alocados à unidade (grupo de unidades), seja significativo em comparação com o valor contábil total do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) ou dos ativos intangíveis com vida útil indefinida reconhecidos pela entidade:

(e) se o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) tiver sido baseado no valor justo líquido de despesas de alienação, as técnicas de avaliação utilizadas para mensurar o valor justo líquido de despesas de alienação. A entidade não é obrigada a fornecer as divulgações exigidas pelo CPC 46. Se o valor justo líquido de despesas de alienação não é mensurado, utilizando-se o preço cotado para a unidade idêntica (grupo de unidades), a entidade deve divulgar as seguintes informações:

(iv) a taxa de crescimento utilizada para extrapolar as projeções de fluxo de caixa;

(v) a taxa de desconto aplicada à projeção de fluxo de caixa.

CPC 01 (R1). A entidade deve divulgar as informações requeridas nas alíneas (a) a (f) abaixo para cada 134 (a), (b) unidade geradora de caixa (grupo de unidades) cujo valor contábil do ágio por expectativa de

rentabilidade futura (goodwill) ou dos ativos intangíveis, com vida útil indefinida, alocados à unidade (grupo de unidades), seja significativo em comparação com o valor contábil total do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) ou dos ativos intangíveis com vida útil indefinida reconhecidos pela entidade:

(a) o valor contábil do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) alocado à unidade (grupo de unidades);

(b) o valor contábil dos ativos intangíveis com vida útil indefinida alocado à unidade (grupo de unidades).

Unidade geradora de caixa de equipamentos de prevenção contra incêndio

Principais premissas utilizadas em cálculos com base no valor em uso

CPC 01 (R1). A entidade deve divulgar as informações requeridas nas alíneas (a) a (f) abaixo para cada134 (c) (d) (i, ii) unidade geradora de caixa (grupo de unidades) cujo valor contábil do ágio por expectativa de

rentabilidade futura (goodwill) ou dos ativos intangíveis com vida útil indefinida, alocados à unidade (grupo de unidades), seja significativo em comparação com o valor contábil total do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) ou dos ativos intangíveis com vida útil indefinida reconhecidos pela entidade:

(c) a base sobre a qual o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) tenha sido determinado (por exemplo, valor em uso ou o valor justo líquido de despesas de alienação);

(d) se o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) tiver sido baseado no valor em uso:

(iii) o período sobre o qual a administração projetou os fluxos de caixa, baseada em orçamento ou previsões por ela aprovados e, quando um período superior a cinco anos for utilizado para a unidade geradora de caixa (grupo de unidades), uma explicação do motivo por que um período mais longo é justificável;

(v) a taxa de desconto aplicada às projeções de fluxo de caixa;

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205Good Group | EY

CPC 1.134 A entidade deve divulgar as informações requeridas nas alíneas (a) a (f) abaixo para cada unidade(d) (i, ii) geradora de caixa (grupo de unidades) cujo valor contábil do ágio por expectativa de

rentabilidade futura (goodwill) ou dos ativos intangíveis com vida útil indefinida, alocados à unidade (grupo de unidades), seja significativo em comparação com o valor contábil total do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) ou dos ativos intangíveis com vida útil indefinida reconhecidos pela entidade:

(d) se o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) tiver sido baseado no valor em uso:

(i) cada premissa-chave na qual a administração tenha baseado suas projeções de fluxo de caixa para o período coberto pelo mais recente orçamento ou previsão. Premissas-chave são aquelas para as quais o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) é mais sensível;

(ii) descrição da abordagem utilizada pela administração para determinar o valor sobre o qual estão assentadas as premissas-chave; se esses valores refletem a experiência passada ou, se apropriado, são consistentes com fontes de informação externas, e, caso contrário, como e por que esses valores diferem da experiência passada ou de fontes externas.

Sensibilidade a mudanças nas premissasCPC 01 (R1). A entidade deve divulgar as informações requeridas nas alíneas (a) a (f) abaixo para cada unidade134 (f) (i,ii,iii) geradora de caixa (grupo de unidades) cujo valor contábil do ágio por expectativa de

rentabilidade futura (goodwill) ou dos ativos intangíveis com vida útil indefinida, alocados à unidade (grupo de unidades), seja significativo em comparação com o valor contábil total do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) ou dos ativos intangíveis com vida útil indefinida reconhecidos pela entidade:

(f) se uma possível e razoável mudança em uma premissa-chave sobre a qual a administração tenha baseado sua determinação de valor recuperável da unidade (grupo de unidade) poderia resultar em um valor contábil superior ao seu valor recuperável:

(i) o montante pelo qual o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) excede seu valor contábil;

(ii) o valor sobre o qual está assentada a a premissa-chave; e

(iii) o novo valor sobre o qual deve estar assentada a premissa-chave, após a incorporação de quaisquer efeitos derivados dessa mudança em outras variáveis utilizadas para mensurar o valor recuperável, a fim de que o valor recuperável da unidade (grupo de unidades) fique igual ao seu valor contábil.

18. EstoquesCPC 16 (R1). As demonstrações contábeis devem divulgar:36 (b), (e)

(b) o valor total escriturado em estoques e o valor registrado em outras contas apropriadas para a entidade;

(e) o valor de qualquer redução de estoques reconhecida no resultado do período de acordo com o item 34.

CPC 26 (R1).78 O detalhamento proporcionado nas subclassificações depende dos requisitos dos (b), (c) pronunciamentos, interpretações e orientações e da dimensão, natureza e função dos montantes

envolvidos. Os fatores estabelecidos no item 58 também são usados para decidir as bases a se utilizar para tal subclassificação. As divulgações variam para cada item, por exemplo:

(b) as contas a receber são segregadas em montantes a receber de clientes comerciais, contas a receber de partes relacionadas, pagamentos antecipados e outros montantes;

(c) os estoques são segregados, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 16 – Estoques, em classificações tais como mercadorias para revenda, insumos, materiais, produtos em processo e produtos acabados.

19. Clientes e outras contas a receber (circulante)CPC 26 (R1). O detalhamento proporcionado nas subclassificações depende dos requisitos dos78 (b) pronunciamentos, interpretações e orientações e da dimensão, natureza e função dos montantes

envolvidos. Os fatores estabelecidos no item 58 também são usados para decidir as bases a se utilizar para tal subclassificação. As divulgações variam para cada item, por exemplo:

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206 Good Group | EY

(b) as contas a receber são segregadas em montantes a receber de clientes comerciais, contas a receber de partes relacionadas, pagamentos antecipados e outros montantes;

CPC 40 (R1).6 Quando este pronunciamento exigir divulgação por classe de instrumento financeiro, a entidade deve agrupar instrumentos financeiros em classes apropriadas de acordo com a natureza da informação divulgada e levando em conta as características desses instrumentos financeiros. A entidade deve fornecer informação suficiente para permitir conciliação com os itens apresentados no balanço patrimonial.

CPC 40.37 A entidade deve divulgar por classe de ativo financeiro:

(a) uma análise da idade dos vencimentos dos ativos financeiros (aging analysis) que estão vencidos ao final do período de reporte, incluindo os fatores que a entidade considerou determinantes para qualificá-los como tal;

(b) uma análise dos instrumentos financeiros que estão individualmente considerados sujeitos à não recuperabilidade (impaired) ao término do período de reporte, incluindo os fatores que a entidade considera determinantes para qualificá-los como tal;

20. Caixa e equivalentes de caixaCPC 03 (R2).48 A entidade deve divulgar, acompanhados de comentário da administração, os saldos

significativos de caixa e equivalentes de caixa mantidos pela entidade que não estejam disponíveis para uso do grupo.

CPC 03.(R2) Informações adicionais podem ser relevantes para que os usuários entendam a posição \.50(a) financeira e a liquidez da entidade. A divulgação de tais informações, acompanhada de

comentário da administração, é encorajada e pode incluir:

(a) o montante de linhas de crédito obtidas, mas não utilizadas, que podem estar disponíveis para futuras atividades operacionais e para satisfazer compromissos de capital, indicando restrições, se houver, sobre o uso de tais linhas de crédito.

CPC 03 (R2).45 A entidade deve divulgar os componentes de caixa e equivalentes de caixa e deve apresentar uma conciliação dos montantes em sua demonstração dos fluxos de caixa com os respectivos itens apresentados no balanço patrimonial.

21. Capital social e reservasCPC 26 (R1).78 O detalhamento proporcionado nas subclassificações depende dos requisitos dos

pronunciamentos, interpretações e orientações e da dimensão, natureza e função dos montantes envolvidos. Os fatores estabelecidos no item 58 também são usados para decidir as bases a se utilizar para tal subclassificação. As divulgações variam para cada item, por exemplo:

(a) os itens do ativo imobilizado são segregados em classes de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado;

(b) as contas a receber são segregadas em montantes a receber de clientes comerciais, contas a receber de partes relacionadas, pagamentos antecipados e outros montantes;

(c) os estoques são subclassificados, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC R1 16 – Estoques, em classificações tais como mercadorias para revenda, insumos, materiais, produtos em processo e produtos acabados;

(d) as provisões são segregadas em provisões para benefícios dos empregados e outros itens; e

(e) o capital e as reservas são segregados em várias classes, tais como capital subscrito e integralizado, prêmios na emissão de ações e reservas.

CPC 26 (R1). A entidade deve divulgar o seguinte no balanço patrimonial, na demonstração das mutações79 (a) (i), (iii), do patrimônio líquido ou nas notas explicativas:(iv), (vi), (b) (a) para cada classe de ações do capital:

(i) a quantidade de ações autorizadas.

(iii) o valor nominal por ação, ou informar que as ações não têm valor nominal.

(iv) a conciliação da quantidade de ações em circulação no início e no fim do período.

(vi) ações ou quotas da entidade mantidas pela própria entidade (ações ou quotas em tesouraria) ou por controladas ou coligadas.

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(b) uma descrição da natureza e da finalidade de cada reserva dentro do patrimônio líquido.

ICPC 08 (R1).9 Devido a essas características especiais de nossa legislação, considera-se que o dividendo mínimo obrigatório deva ser consignado como uma obrigação na data do encerramento do exercício social a que se referem as demonstrações contábeis. Essa já vem sendo a prática adotada pelas empresas brasileiras que têm apresentado demonstrações contábeis de acordo com a prática contábil norte-americana, notadamente as que têm registro na Comissão de Valores Mobiliários daquela jurisdição (SEC), bem como aquelas empresas brasileiras que já vêm elaborando e divulgando demonstrações contábeis de acordo com as normas internacionais emitidas pelo IASB.

ICPC 08 (R1).11 Visando atender à conceituação de obrigação presente que consta do item 8 desta interpretação, a parcela do dividendo mínimo obrigatório, que se caracterize efetivamente como uma obrigação legal, deve figurar no passivo da entidade. Mas a parcela da proposta dos órgãos da administração à assembleia de sócios que exceder a esse mínimo obrigatório deve ser mantida no patrimônio líquido, em conta específica, do tipo “dividendo adicional proposto”, até a deliberação definitiva que vier a ser tomada pelos sócios. Afinal, esse dividendo adicional ao mínimo obrigatório não se caracteriza como obrigação presente na data do balanço, já que a assembleia dos sócios ou outro órgão competente poderá, não havendo qualquer restrição estatutária ou contratual, deliberar ou não pelo seu pagamento ou por pagamento por valor diferente do proposto.

CPC 26 (R1). Para cada componente do patrimônio líquido, a entidade deve apresentar, ou na demonstração106A das mutações do patrimônio líquido ou nas notas explicativas, uma análise dos outros resultados

abrangentes por item (ver item 106 (d)(ii)).

22. Dividendos pagos e propostosCPC 26 (R1). A entidade deve apresentar, na demonstração das mutações do patrimônio líquido ou nas notas107 explicativas, o montante de dividendos reconhecidos como distribuição aos proprietários durante

o período e o respectivo montante dos dividendos por ação.

CPC 26 (R1). A entidade deve divulgar nas notas explicativas:137(a)

(a) o montante de dividendos propostos ou declarados antes da data em que as demonstrações contábeis foram autorizadas para serem emitidas e não reconhecido como uma distribuição aos proprietários durante o período abrangido pelas demonstrações contábeis, bem como o respectivo valor por ação ou equivalente;

CPC 46.93 (d) para mensurações do valor justo recorrentes e não recorrentes classificadas no Nível 2 e no(d), (e), (h) Nível 3 da hierarquia de valor justo, a descrição das técnicas de avaliação e as informações

(inputs) utilizadas na mensuração do valor justo. Se houve mudança na técnica de avaliação (por exemplo, mudança de abordagem de mercado para abordagem de receita, ou o uso de técnica de avaliação adicional), a entidade deve divulgar essa mudança e as razões para adotá-la. Para mensurações do valor justo classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, a entidade deve fornecer informações quantitativas sobre dados não observáveis significativos utilizados na mensuração do valor justo. A entidade não está obrigada a criar informações quantitativas para cumprir esse requisito de divulgação se dados não observáveis quantitativos não forem desenvolvidos pela entidade ao mensurar o valor justo (por exemplo, quando a entidade utiliza preços de transações anteriores ou informações de precificação de terceiros sem ajuste). Contudo, ao fornecer essa divulgação, a entidade não pode ignorar dados não observáveis quantitativos que sejam significativos para a mensuração do valor justo e que estejam disponíveis para a entidade;

(e) para mensurações de valor justo recorrentes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo, uma conciliação dos saldos iniciais com os saldos finais, divulgando separadamente as mudanças durante o período atribuíveis ao seguinte:

(i) ganhos ou perdas totais para o período, reconhecidos no resultado, e as rubricas no resultado nas quais esses ganhos ou perdas são reconhecidos;

(ii) ganhos ou perdas totais para o período, reconhecidos em outros resultados abrangentes, e as rubricas em outros resultados abrangentes nas quais esses ganhos ou perdas são reconhecidos;

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208 Good Group | EY

(iii) compras, vendas, emissões e liquidações (cada um desses tipos de mudanças divulgado separadamente);

(iv) os valores de quaisquer transferências para o (ou do) Nível 3 da hierarquia de valor justo, as razões para essas transferências e a política da entidade para determinar quando se considera que ocorreram as transferências entre níveis (vide item 95).

As transferências para o Nível 3 devem ser divulgadas e discutidas separadamente das transferências do Nível 3;

(h) para mensurações do valor justo recorrentes classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo:

(i) para todas essas mensurações, uma descrição narrativa da sensibilidade da mensuração do valor justo a mudanças em dados não observáveis, se uma mudança nesses dados para um valor diferente puder resultar na mensuração do valor justo significativamente mais alta ou mais baixa. Se houver inter-relações entre esses dados e outros dados não observáveis utilizados na mensuração do valor justo, a entidade deve fornecer também a descrição dessas inter-relações e de como elas poderiam intensificar ou mitigar o efeito de mudanças nos dados não observáveis sobre a mensuração do valor justo. Para satisfazer esse requisito de divulgação, a descrição narrativa da sensibilidade a mudanças em dados não observáveis deve incluir, no mínimo, os dados não observáveis divulgados ao satisfazer o item (d);

(ii) para ativos financeiros e passivos financeiros, se a mudança de um ou mais dos dados não observáveis para refletir premissas alternativas razoavelmente possíveis puder mudar o valor justo de forma significativa, a entidade deve indicar esse fato e divulgar o efeito dessas mudanças. A entidade deve divulgar como o efeito de uma mudança para refletir uma premissa alternativa razoavelmente possível foi calculado. Para essa finalidade, a importância deve ser avaliada em relação ao resultado e aos ativos totais ou passivos totais ou, quando as mudanças no valor justo forem reconhecidas em outros resultados abrangentes, ao patrimônio líquido total;

23. Provisões Garantias de manutenção

CPC 25.85 A entidade deve divulgar, para cada classe de provisão:

(a) uma breve descrição da natureza da obrigação e o cronograma esperado de quaisquer saídas de benefícios econômicos resultantes;

(b) uma indicação das incertezas sobre o valor ou o cronograma dessas saídas. Sempre que necessário para fornecer informações adequadas, a entidade deve divulgar as principais premissas adotadas em relação a eventos futuros, conforme tratado no item 48; e

(c) o valor de qualquer reembolso esperado, declarando o valor de qualquer ativo que tenha sido reconhecido por conta desse reembolso esperado.

CPC 25.84 Para cada classe de provisão, a entidade deve divulgar:

(a) o valor contábil no início e no fim do período;

(b) provisões adicionais feitas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes;

(c) valores utilizados (ou seja, incorridos e baixados contra a provisão) durante o período;

(d) valores não utilizados revertidos durante o período; e

(e) o aumento durante o período no valor descontado a valor presente proveniente da passagem do tempo e o efeito de qualquer mudança na taxa de desconto.

Não é exigida informação comparativa.

24. Subvenções governamentaisCPC 07 (R1). A entidade deve divulgar as seguintes informações:39 (b), (c)

(b) a natureza e a extensão das subvenções governamentais ou assistências governamentais reconhecidas nas demonstrações contábeis e uma indicação de outras formas de assistência governamental de que a entidade tenha diretamente se beneficiado;

(c) condições a serem regularmente satisfeitas e outras contingências ligadas à assistência governamental que tenha sido reconhecida.

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209Good Group | EY

25. Receita diferidaCPC 30 (R1).36 A entidade deve divulgar quaisquer ativos contingentes e passivos contingentes de acordo com o

Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Os passivos contingentes e os ativos contingentes podem surgir de itens tais como custos de garantia, indenizações, multas ou perdas possíveis.

26. Planos de previdência e outros benefícios pós-empregoCPC 33 (R1). A entidade deve divulgar informações que:135

(a) expliquem as características de seus planos de benefício definido e os riscos a eles associados (vide item 139);

(b) identifiquem e expliquem os montantes em suas demonstrações contábeis decorrentes de seus planos de benefício definido (vide itens 140 a 144); e

(c) descrevam como seus planos de benefício definido podem afetar o valor, o prazo e a incerteza dos fluxos de caixa futuros da entidade (vide itens 145 a 147).

CPC 33 (R1). Para atingir os propósitos do item 135, a entidade deve considerar todos os seguintes itens: 136 (a) o nível de detalhamento necessário para atender aos requisitos de divulgação;

(b) quanto de ênfase se deve dar a cada um dos diversos requisitos;

(c) quanto de agregação ou desagregação se deve efetuar; e

(d) se os usuários das demonstrações contábeis necessitam de informações adicionais para avaliar as informações quantitativas divulgadas.

CPC 33 (R1). A entidade deve avaliar se a totalidade ou parte das divulgações deve ser desagregada para138 distinguir planos ou grupos de planos com riscos significativamente diferentes. Por exemplo,

a entidade pode efetuar divulgações desagregadas sobre planos, mostrando uma ou mais das seguintes características:

(a) diferentes localizações geográficas;

(b) diferentes características, tais como planos de previdência de salário fixo, planos de previdência de salário final ou planos de assistência médica pós-emprego;

(c) diferentes ambientes regulatórios;

(d) diferentes segmentos;

(e) diferentes modalidades de financiamento (por exemplo, totalmente não custeado, total ou parcialmente custeado).

CPC 33 (R1). A entidade deve divulgar uma descrição de quaisquer estratégias de confrontação de ativos/146 passivos utilizadas pelo plano ou pela entidade patrocinadora, incluindo o uso de anuidades e

outras técnicas, tais como swaps de longevidade, para gerenciamento do risco.

CPC 33 (R1). Cada conciliação listada no item 140 deve apresentar cada um dos itens a seguir, se aplicáveis: 141 (a) custo do serviço corrente;

(b) receita ou despesa de juros;

(c) remensurações do valor líquido de passivo (ativo) de benefício definido líquido, apresentando separadamente:

(i) o retorno sobre os ativos do plano, excluindo valores de juros considerados em (b);

(ii) ganhos e perdas atuariais decorrentes de mudanças nas premissas demográficas (vide item 76(a));

(iii) ganhos e perdas atuariais decorrentes de mudanças nas premissas financeiras (vide item 76(b));

(iv) mudanças no efeito limitador de ativo de benefício definido líquido ao teto de ativo (asset ceiling), excluindo valores de juros considerados em (b). A entidade deve divulgar também como determinou o benefício econômico máximo disponível, ou seja, se esses benefícios seriam na forma de reembolso, reduções nas contribuições futuras ou a combinação de ambas;

(d) custo do serviço passado e ganhos e perdas resultantes de liquidações. Conforme permite o item 100, o custo do serviço passado e ganhos e perdas decorrentes de liquidações não precisam ser destacados se estes ocorrerem de forma simultânea;

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210 Good Group | EY

(e) o efeito de mudanças nas taxas de câmbio;

(f) contribuições feitas para o plano, apresentando separadamente aquelas efetuadas pelo empregador e pelos participantes do plano;

(g) pagamentos provenientes do plano, apresentando separadamente o montante pago referente a quaisquer liquidações;

(h) os efeitos de combinações e alienações de negócios.

CPC 33 (R1). A entidade deve alocar o valor justo dos ativos do plano em classes que distingam a natureza e o142 risco desses ativos, subdividindo cada classe de ativos do plano entre aquelas que possuem valor

de mercado cotado em mercado ativo (tal como definido no CPC 46 – Mensuração do Valor Justo) e aquelas que não têm. Por exemplo, considerando-se o nível de divulgação requerido no item 136, a entidade pode distinguir entre:

(a) caixa e equivalentes de caixa;

(b) instrumentos patrimoniais (segregados por tipo de setor, porte da empresa, geografia etc.);

(c) instrumentos de dívida (segregados por tipo de emissor, qualidade do crédito, geografia etc.);

(d) imóveis (segregados por geografia etc.);

(e) instrumentos derivativos (segregados por tipo de risco subjacente especificado em contrato, por exemplo, contratos de taxa de juros, contratos de câmbio, contratos de ações, contratos de crédito, swaps de longevidade etc.);

(f) fundos de investimento (segregados por tipo de fundo);

(g) títulos lastreados em ativos; e

(h) dívida estruturada.

CPC 33 (R1). A entidade deve divulgar o valor justo dos instrumentos financeiros de sua própria emissão143 mantidos como ativos do plano e o valor justo de ativos do plano que sejam imóveis ocupados

pela entidade ou outros ativos por ela utilizados.

CPC 33 (R1). A entidade deve divulgar as premissas atuariais significativas utilizadas para determinar o valor144 presente da obrigação de benefício definido (vide item 76). Referida divulgação deve ser em

termos absolutos (por exemplo, como porcentagem absoluta, e não apenas como margem entre diferentes porcentagens ou outras variáveis). Quando a entidade elaborar divulgações totais por agrupamento de planos, ela deve fornecer essas divulgações na forma de médias ponderadas ou na forma de faixas restritas.

CPC 33 (R1).

145 A entidade deve divulgar:

(a) análise de sensibilidade para cada premissa atuarial significativa (divulgadas em conformidade com o item 144) no final do período a que se referem as demonstrações contábeis, demonstrando como a obrigação de benefício definido teria sido afetada por mudanças em premissa atuarial relevante que eram razoavelmente possíveis naquela data;

(b) métodos e premissas utilizados na elaboração das análises de sensibilidade exigidas por (a) e as limitações desses métodos;

(c) mudanças, em relação ao período anterior, nos métodos e premissas utilizados na elaboração das análises de sensibilidade e as razões dessas mudanças.

CPC 33 (R1). Para fornecer uma indicação do efeito do plano de benefício definido sobre os seus fluxos de147 caixa futuros, a entidade deve divulgar:

(a) descrição de quaisquer acordos de custeio e política de custeamento que afetem contribuições futuras;

(b) contribuições esperadas ao plano para o próximo período das demonstrações contábeis;

(c) informações sobre o perfil de vencimento da obrigação de benefício definido. Isso inclui a duração média ponderada da obrigação de benefício definido e pode incluir outras informações sobre os prazos de distribuição de pagamentos de benefícios, tais como uma análise de vencimentos dos pagamentos de benefícios.

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27. Planos de remuneração baseados em ações Plano para a alta administração CPC 10 (R1).46 A entidade deve divulgar informações que permitam aos usuários das demonstrações contábeis

entender como foi determinado, durante o período, o valor justo dos produtos ou serviços recebidos ou o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados.

Plano de opção de ações a funcionáriosCPC 10 (R1).45 Para tornar efetivo o cumprimento do disposto no item anterior, a entidade deve divulgar,

no mínimo, o que segue:

(a) A descrição de cada tipo de acordo de pagamento baseado em ações que vigorou em algum momento do exercício social, incluindo, para cada acordo, os termos e condições gerais, tais como as condições de aquisição, o prazo máximo das opções outorgadas e a forma de liquidação (em dinheiro ou em ações). Quando a entidade tem substancialmente tipos similares de acordos de pagamento baseados em ações, ela pode agregar essa informação, a menos que a divulgação separada para cada acordo seja necessária para atender ao princípio contido no item 44;

(b) A quantidade e o preço médio ponderado de exercício das opções de ação para cada um dos seguintes grupos de opções:

(i) em circulação no início do período;

(ii) outorgadas durante o período;

(iii) com direito prescrito durante o período;

(iv) exercidas durante o período;

(v) expiradas durante o período;

(vi) em circulação no final do período; e

(vii) exercíveis ao final do período.

(c) Para as opções de ações exercidas durante o período, o preço médio ponderado das ações na data do exercício. Se opções forem exercidas em base regular durante o período, a entidade pode, em vez disso, divulgar o preço médio ponderado das ações durante o período;

(d) Para as opções em circulação ao final do período, a faixa de preços de exercício e a média ponderada da vida contratual remanescente. Se a faixa de preços de exercício for muito ampla, as opções em circulação devem ser divididas em faixas que possuam um significado para avaliar a quantidade e o prazo em que ações adicionais possam ser emitidas e o montante em caixa que possa ser recebido quando do exercício dessas opções.

Direito de valorização de ações

CPC 10 (R1). Se a entidade tiver mensurado o valor justo dos produtos ou serviços recebidos indiretamente, 47(a) tomando como referência o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados, para tornar

efetivo o princípio contido no item 46, a entidade deve divulgar no mínimo o que segue:

(a) Para opções de ação outorgadas durante o período, o valor justo médio ponderado dessas opções, na data da mensuração, e informações de como esse valor justo foi mensurado, incluindo:

(i) o modelo de precificação de opções utilizado e os dados de entrada do modelo, incluindo o preço médio ponderado das ações, preço de exercício, volatilidade esperada, vida da opção, dividendos esperados, a taxa de juros livre de risco e quaisquer dados de entrada do modelo, incluindo o método utilizado e as premissas assumidas para incorporar os efeitos do exercício antecipado esperado;

(ii) como foi determinada a volatilidade esperada, incluindo uma explicação da extensão na qual a volatilidade esperada foi baseada na volatilidade histórica; e

(iii) se e como quaisquer outras características da opção outorgada foram incorporadas na mensuração de seu valor justo, como, por exemplo, uma condição de mercado.

CPC 10 (R1). Para tornar efetivo o princípio contido no item 50, a entidade deve divulgar no mínimo o que segue:

51 (a), (b) (a) o total da despesa reconhecida no período decorrente de transações com pagamento baseado em ações por meio das quais os produtos ou os serviços recebidos não tenham sido qualificados para reconhecimento como ativo e, por isso, foram reconhecidos imediatamente como despesa, incluindo divulgação em separado da parte do total de despesas que decorre de transações contabilizadas como transações com pagamento baseadas em ações liquidadas em instrumentos patrimoniais;

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(b) para os passivos decorrentes de transações de pagamento baseadas em ações:

(i) saldo contábil no final do período; e

(ii) valor intrínseco total no final do período dos passivos para as quais os direitos da contraparte ao recebimento em caixa ou outros ativos tenham sido adquiridos (had vested) ao final do período (como, por exemplo, os direitos sobre a valorização das ações concedidas que tenham sido adquiridos).

28. Fornecedores e outras contas a pagar (circulante)CPC 40 (R1).39 A entidade deve divulgar:

(a) uma análise dos vencimentos para passivos financeiros não derivativos (incluindo contratos de garantia financeira) que demonstre os vencimentos contratuais remanescentes; e

(b) uma análise dos vencimentos para os instrumentos financeiros derivativos passivos. A análise dos vencimentos deve incluir os vencimentos contratuais remanescentes para aqueles passivos financeiros derivativos para os quais o vencimento contratual é essencial para o entendimento do momento de recebimento dos fluxos de caixa (ver item B11B).

(c) uma descrição de como ela administra o risco de liquidez inerente a (a) e (b).

29. Informações sobre partes relacionadasCPC 5 (R1).18 Se a entidade tiver realizado transações entre partes relacionadas durante os períodos cobertos pelas

demonstrações contábeis, a entidade deve divulgar a natureza do relacionamento entre as partes relacionadas, assim como informações sobre as transações e saldos existentes, incluindo compromissos, necessárias para a compreensão dos usuários do potencial efeito desse relacionamento nas demonstrações contábeis. Esses requisitos de divulgação são adicionais aos referidos no item 17. No mínimo, as divulgações devem incluir:

(a) montante das transações;

(b) montante dos saldos existentes; e

(i) seus prazos e condições, incluindo eventuais garantias, e a natureza da contrapartida a ser utilizada na liquidação; e

(ii) detalhes de quaisquer garantias dadas ou recebidas;

(c) provisão para créditos de liquidação duvidosa relacionada com o montante dos saldos existentes; e

(d) despesa reconhecida durante o período a respeito de dívidas incobráveis ou de liquidação duvidosa de partes relacionadas.

18A. Valores incorridos pela entidade para a prestação de serviços de pessoal-chave da administração, que são fornecidos por entidade administradora separada, devem ser divulgados.

CPC 45.15 Se, durante o período de reporte, a controladora ou quaisquer de suas controladas tiver, sem ter a obrigação contratual de fazê-lo, fornecido suporte financeiro ou outro a uma entidade estruturada consolidada (por exemplo, adquirindo ativos da entidade estruturada ou instrumentos emitidos por ela), a entidade deve divulgar:

(a) o tipo e o valor do suporte fornecido, incluindo situações nas quais a controladora ou suas controladas tenham auxiliado a entidade estruturada na obtenção de suporte financeiro; e

(b) as razões para o fornecimento do suporte.

CPC 05 (R1).21 Seguem exemplos de transações que devem ser divulgadas, se feitas com parte relacionada:

(a) compras ou vendas de bens (acabados ou não acabados);

(b) compras ou vendas de propriedades e outros ativos;

(c) prestação ou recebimento de serviços;

(d) arrendamentos;

(e) transferências de pesquisa e desenvolvimento;

(f) transferências mediante acordos de licença;

(g) transferências de natureza financeira (incluindo empréstimos e contribuições para capital em dinheiro ou equivalente);

(h) fornecimento de garantias, avais ou fianças;

(i) assunção de compromissos para fazer alguma coisa para o caso de um evento particular ocorrer ou não no futuro, incluindo contratos a executar (reconhecidos ou não); e

(j) liquidação de passivos em nome da entidade ou pela entidade em nome de parte relacionada.

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Transações com outras partes relacionadas CPC 05 (R1).17 A entidade deve divulgar a remuneração do pessoal-chave da administração no total e para cada(a), (b), (e) uma das seguintes categorias:

(a) benefícios de curto prazo a empregados e administradores;

(b) benefícios pós-emprego;

(e) remuneração baseada em ações.

30. Compromissos e contingências Compromissos de arrendamento mercantil operacional – Grupo como arrendatárioCPC 05 (R1).19 As divulgações requeridas no item 18 devem ser feitas separadamente para cada uma das(d), (e) seguintes categorias:

(d) coligadas;

(e) empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) em que a entidade seja investidor conjunto;

CPC 45.23 (a) A entidade deve divulgar:

(a) compromissos relacionados com seus empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures), separadamente do valor de outros compromissos, conforme especificado nos itens B18 a B20

CPC 45. B18. A entidade deve divulgar o total de compromissos assumidos, mas não reconhecidos na dataB18-B19 de reporte (incluindo sua parcela de compromissos assumidos em conjunto com outros investidores que

tenham o controle conjunto de empreendimento controlado em conjunto (joint venture)), em relação às suas participações em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures). Compromissos são aqueles que podem dar origem a uma saída futura de caixa ou de outros recursos.

B19. Compromissos não reconhecidos que podem dar origem a uma saída futura de caixa ou de outros recursos incluem:

(a) compromissos não reconhecidos de fornecer recursos financeiros (funding) ou recursos como resultado de, por exemplo:

(i) constituição ou contratos de aquisição de empreendimento controlado em conjunto (joint venture) (que, por exemplo, exijam que a entidade aporte recursos ao longo de um período específico);

(ii) projetos intensivos em capital conduzidos por empreendimento controlado em conjunto (joint venture);

(iii) obrigações de compra incondicionais, que compreendam a aquisição de equipamentos, estoques ou serviços que a entidade esteja comprometida a adquirir de empreendimento controlado em conjunto (joint venture) ou em nome dele;

(iv) compromissos não reconhecidos de conceder empréstimos ou outro suporte financeiro a empreendimento controlado em conjunto (joint venture);

(v) compromissos não reconhecidos de aportar recursos a empreendimento controlado em conjunto (joint venture), como, por exemplo, ativos ou serviços;

(vi) outros compromissos não reconhecidos e não canceláveis relativos a empreendimento controlado em conjunto (joint venture);

(b) compromissos não reconhecidos de adquirir a participação de outra parte (ou parcela dessa participação) em empreendimento controlado em conjunto (joint venture) se evento específico ocorrer ou não ocorrer no futuro.

CPC 06 (R1). Os arrendatários, além de cumprir os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 40 – Instrumentos Financeiros: 35 (a), (d) Evidênciação, devem fazer as seguintes divulgações relativas aos arrendamentos mercantis operacionais:

(a) total dos pagamentos mínimos futuros dos arrendamentos mercantis operacionais não canceláveis para cada um dos seguintes períodos:

(i) até um ano;

(ii) mais de um ano e até cinco anos;

(iii) mais de cinco anos.

(d) descrição geral dos acordos de arrendamento mercantil significativos do arrendatário, incluindo, mas não se limitando, o seguinte:

(i) base pela qual é determinado o pagamento contingente;

(ii) existência e termos de renovação ou de opções de compra e cláusulas de reajustamento; e

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(iii) restrições impostas por acordos de arrendamento mercantil, tais como as relativas a dividendos e juros sobre o capital próprio, dívida adicional e posterior arrendamento mercantil.

Compromissos de arrendamento mercantil operacional – Grupo como arrendadorCPC 06 (R1). Os arrendatários, além de cumprir os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 40 – Instrumentos Financeiros: 31(e) Evidenciação, devem fazer as seguintes divulgações para os arrendamentos mercantis financeiros:

(e) descrição geral dos acordos relevantes de arrendamento mercantil do arrendatário, incluindo, mas não se limitando, o seguinte:

(i) base pela qual é determinado o pagamento contingente a efetuar;

(ii) existência e condições de opção de renovação ou de compra e cláusulas de reajustamento; e

(iii) restrições impostas por acordos de arrendamento mercantil, tais como as relativas a dividendos e juros sobre o capital próprio, dívida adicional e posterior arrendamento mercantil.

CPC 06 (R1). Os arrendadores, além de cumprir os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 40 – Instrumentos Financeiros: 56(c) Evidenciação, devem fazer as seguintes divulgações para os arrendamentos mercantis operacionais:

(c) descrição geral dos acordos de arrendamento mercantil do arrendador.

Arrendamento mercantil financeiro e compromissos de arrendamentoCPC 06 (R1). Os arrendatários, além de cumprir os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 40 – Instrumentos 31(b) Financeiros: Evidenciação, devem fazer as seguintes divulgações para os arrendamentos mercantis financeiros:

(b) conciliação entre o total dos futuros pagamentos mínimos do arrendamento mercantil ao final do período e o seu valor presente. Além disso, a entidade deve divulgar o total dos futuros pagamentos mínimos do arrendamento mercantil ao final do período, e o seu valor presente, para cada um dos seguintes períodos:

(i) até um ano;

(ii) mais de um ano e até cinco anos;

(iii) mais de cinco anos.

Compromissos de capitalCPC 27.74(c) As demonstrações contábeis também devem divulgar:

(c) o valor dos compromissos contratuais advindos da aquisição de ativos imobilizados.

Processo judicialCPC 25.86 A menos que seja remota a possibilidade de ocorrer qualquer desembolso na liquidação, a entidade deve

divulgar, para cada classe de passivo contingente na data do balanço, uma breve descrição da natureza do passivo contingente e, quando praticável:

(a) a estimativa do seu efeito financeiro, mensurada conforme os itens 36 a 52;

(b) a indicação das incertezas relacionadas ao valor ou momento de ocorrência de qualquer saída; e

(c) a possibilidade de qualquer reembolso.

GarantiasCPC 05 (R1). Seguem exemplos de transações que devem ser divulgadas, se feitas com parte relacionada:21(h) (h) fornecimento de garantias, avais ou fianças.

CPC 25.86 A menos que seja remota a possibilidade de ocorrer qualquer desembolso na liquidação, a entidade deve divulgar, para cada classe de passivo contingente na data do balanço, uma breve descrição da natureza do passivo contingente e, quando praticável:

(a) a estimativa do seu efeito financeiro, mensurada conforme os itens 36 a 52;

(b) a indicação das incertezas relacionadas ao valor ou momento de ocorrência de qualquer saída; e

(c) a possibilidade de qualquer reembolso.

31. Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro CPC 40 (R1).33 Para cada tipo de risco decorrente de instrumentos financeiros, a entidade deve divulgar:

(a) a exposição ao risco e como ele surge;

(b) seus objetivos, políticas e processos para gerenciar os riscos e os métodos utilizados para mensurar o risco; e

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(c) quaisquer alterações em (a) ou (b) do período anterior.

CPC 40 (R1).40 A menos que a entidade cumpra o item 41, ela deve divulgar:

(a) uma análise de sensibilidade para cada tipo de risco de mercado aos quais a entidade está exposta ao fim do período contábil, mostrando como o resultado e o patrimônio líquido seriam afetados pelas mudanças no risco relevante variável que sejam razoavelmente possíveis naquela data;

(b) os métodos e os pressupostos utilizados na elaboração da análise de sensibilidade; e

(c) alterações do período anterior nos métodos e pressupostos utilizados, e a razão para tais alterações.

CPC 40 (R1).36 A entidade deve divulgar por classe de instrumento financeiro:

(a) o montante que melhor representa sua exposição máxima ao risco de crédito ao término do período contábil de reporte sem considerar quaisquer garantias mantidas, ou outros instrumentos de melhoria de crédito (por exemplo, contratos que permitam a compensação pelo valor líquido – netting agreements, mas que não se qualificam para compensação segundo o Pronunciamento Técnico CPC 39 – Instrumentos Financeiros: Evidenciação); essa divulgação não é requerida para instrumentos financeiros cujos valores contábeis melhor representem a máxima exposição ao risco de crédito.

(b) descrição da garantia mantida como título e valor mobiliário (security) e de outros instrumentos de melhoria de crédito, e seus efeitos financeiros (por exemplo: quantificação da extensão na qual a garantia e outros instrumentos de melhoria de crédito mitigam o risco de crédito) com relação ao montante que melhor representa a exposição máxima ao risco de crédito (quer seja divulgado de acordo com o item (a) ou representado por meio do valor contábil do instrumento financeiro);

(c) informações sobre a qualidade do crédito de ativos financeiros que não estão nem vencidos nem com evidências de perdas; e

(d) o valor contábil de instrumentos financeiros que, de outra forma, estariam vencidos ou perdidos se cujos termos tivessem sido renegociados.

CPC 40 (R1).39 (c) A entidade deve divulgar:

(c) uma descrição de como ela administra o risco de liquidez inerente a (a) e (b).

CPC 40 (R1).B8 O item 34(c) requer divulgação acerca de concentrações de risco. Concentrações de risco decorrem de instrumentos financeiros que possuem características similares e que são afetados de forma similar por variações nas condições econômicas. A identificação da concentração dos riscos requer julgamento levando em consideração as circunstâncias da entidade.

Divulgações sobre concentrações de risco devem incluir:

(a) descrição de como a administração determina essas concentrações;

(b) descrição das características comuns que identificam cada concentração (por exemplo, contraparte, área geográfica, moeda ou mercado);

(c) o montante de exposição ao risco associado com todos os instrumentos financeiros que possuem essa mesma característica. A entidade deve divulgar:

(a) o valor contábil de ativo financeiro que é usado como garantia para passivos ou passivos contingentes, incluindo montantes que tenham sido reclassificados em consonância com o item 37(a) do Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração; e

(b) os termos e as condições relativos à garantia.

CPC 40 (R1).15 Quando a entidade possuir garantias (de ativos financeiros ou não financeiros) e estiver autorizada a vender ou reapresentar a garantia na ausência de descumprimento por parte do detentor da garantia, a entidade deve divulgar:

(a) o valor justo da garantia possuída;

(b) o valor justo de qualquer garantia vendida ou renovada, e se a entidade tiver obrigação de devolvê-la; e

(c) os termos e as condições associados ao uso da garantia.

CPC 40 (R1). A entidade deve divulgar por classe de instrumento financeiro:36 (b) (b) descrição da garantia mantida como título e valor mobiliário (security) e de outros instrumentos

de melhoria de crédito, e seus efeitos financeiros (por exemplo: quantificação da extensão na qual a garantia e outros instrumentos de melhoria de crédito mitigam o risco de crédito) com relação ao montante que melhor representa a exposição máxima ao risco de crédito (quer seja divulgado de acordo com o item (a) ou representado por meio do valor contábil do instrumento financeiro);

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CPC 40 (R1).38 Quando a entidade obtém ativos financeiros ou não financeiros durante o período, por meio da posse de garantias que mantém como títulos e valores mobiliários (securities) ou outros instrumentos que visem melhorar o nível de recuperação do crédito (por exemplo, garantias), e tais ativos satisfizerem o critério de reconhecimento previsto em outros pronunciamentos técnicos do CPC, a entidade deve divulgar para esses ativos mantidos na data de reporte:

(a) a natureza e o valor contábil dos ativos; e

(b) quando os ativos não são prontamente conversíveis em caixa, a política adotada pela entidade para alienação de tais ativos ou para seu uso em suas operações.

Risco de liquidezCPC 40 (R1).33 Para cada tipo de risco decorrente de instrumentos financeiros, a entidade deve divulgar:

(a) a exposição ao risco e como ele surge;

(b) seus objetivos, políticas e processos para gerenciar os riscos e os métodos utilizados para mensurar o risco; e

(c) quaisquer alterações em (a) ou (b) do período anterior.

CPC40 (R1).39 (a) uma análise dos vencimentos para passivos financeiros não derivativos (incluindo contratos de garantia financeira) que demonstre os vencimentos contratuais remanescentes; e

(b) uma análise dos vencimentos para os instrumentos financeiros derivativos passivos. A análise dos vencimentos deve incluir os vencimentos contratuais remanescentes para aqueles passivos financeiros derivativos para os quais o vencimento contratual é essencial para o entendimento do momento de recebimento dos fluxos de caixa (ver item B11B).

Gestão do capital socialCPC 26 (R1) Algumas divulgações feitas de acordo com o item 122 são requeridas por outros pronunciamentos técnicos, .124 orientações e interpretações técnicas emitidos pelo CPC. Por exemplo, o Pronunciamento Técnico CPC 45–

Divulgação de Participações em outras entidades requer que a entidade divulgue os julgamentos que foram feitos ao determinar se a entidade controla outra entidade. O Pronunciamento Técnico CPC 28 – Propriedade para Investimento requer a divulgação dos critérios utilizados pela entidade para distinguir a propriedade de investimento da propriedade ocupada pelo proprietário e da propriedade mantida para venda no curso ordinário dos negócios, nas situações em que a classificação das propriedades é difícil.

CPC 26 (R1). As entidades devem divulgar informações que permitam aos usuários das demonstrações contábeis avaliar134 seus objetivos, políticas e processos de gestão de capital.

GarantiaCPC 03 (R2).48 A entidade deve divulgar, acompanhada de um comentário da administração, os saldos significativos de caixa

e equivalentes de caixa mantidos pela entidade que não estejam disponíveis para uso pelo grupo.

Provisão para perda com créditoCPC 40 (R1).38 Quando a entidade obtém ativos financeiros ou não financeiros durante o período, por meio da posse de

garantias que mantém, como títulos e valores mobiliários (securities) ou outros instrumentos que visem melhorar o nível de recuperação do crédito (por exemplo, garantias), e tais ativos satisfizerem o critério de reconhecimento previsto em outros Pronunciamentos Técnicos do CPC, a entidade deve divulgar para esses ativos mantidos na data de reporte:

(a) a natureza e o valor contábil do ativo obtido; e

(b) quando os ativos não são prontamente conversíveis em caixa, a política adotada pela entidade para alienação de tais ativos ou para seu uso em suas operações.

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32. Eventos subsequentesCPC 24.10 A entidade não deve ajustar os valores reconhecidos em suas demonstrações contábeis por eventos

subsequentes que são indicadores de condições que surgiram após o período contábil a que se referem as demonstrações.

CPC 24.21 Se os eventos subsequentes ao período contábil a que se referem as demonstrações contábeis são significativos, mas não originam ajustes, sua não divulgação pode influenciar as decisões econômicas a serem tomadas pelos usuários com base nessas demonstrações. Consequentemente, a entidade deve divulgar as seguintes informações para cada categoria significativa de eventos subsequentes ao período contábil a que se referem as demonstrações contábeis que não originam ajustes:

(a) a natureza do evento;

(b) a estimativa de seu efeito financeiro ou uma declaração de que tal estimativa não pode ser feita.

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Anotações

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Sobre a EY

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No Brasil, a EY é a mais completa empresa de Auditoria, Impostos, Transações Corporativas e Consultoria, com 5.000 profissionais que dão suporte e atendimento a mais de 3.400 clientes de pequeno, médio e grande portes.

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