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Relatório De Atividades

2011

INSTITUTO NACIONAL DE MEDICINA LEGAL, I.P.

Relatório de Atividades 2011

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ÍNDICE

1. NOTA INTRODUTÓRIA .............................. ............................................................................................ 5

1.1 CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS ......................................................................................................................... 7

1.2 ORIENTAÇÕES GERAIS E ESPECIFICAS PROSSEGUIDAS PELO ORGANISMO ..................................... 7

1.3 CARACTERIZAÇÃO DO INSTITUTO NACIONAL DE MEDICINA LEGAL, I.P. ............................................... 8

2. AUTOAVALIAÇÃO .................................. .............................................................................................. 13

2.1 CONCRETIZAÇÃO DO QUAR DE 2011 DO INML,I.P. ................................................................................. 15

2.1.1. QUAR 2011 – considerações prévias e avaliação global ................................................... 15

2.1.2. Concretização e análise individualizada dos objetivos do QUAR 2011 .............................. 18

2.2 AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLO INTERNO ................................................................................ 26

2.3 ANÁLISE DAS CAUSAS DE INCUMPRIMENTO DOS OBJECTIVOS .......................................................... 27

2.4 COMPARAÇÃO COM O DESEMPENHO DE SERVIÇOS IDÊNTICOS ........................................................ 27

2.5 RECLAMAÇÕES APRESENTADAS PELOS CIDADÃOS-UTENTES ........................................................... 28

2.6 APRECIAÇÃO, PELOS UTILIZADORES, DOS SERVIÇOS PRESTADOS PELO INML,I.P. ........................ 29

2.6.1. Identificação dos principais utilizadores. Metodologia aplicada à avaliação dos serviços

prestados pelo Instituto .................................................................................................................. 29

2.6.2. Questionários enviados e recebidos ................................................................................... 30

2.6.3. Descrição e análise global das questões colocadas ........................................................... 34

2.6.4. Descrição e análise individualizada dos resultados obtidos ............................................... 37

2.6.5. Conclusões. Aspetos mais e menos positivos .................................................................... 42

2.7 AUDIÇÃO DE DIRIGENTES INTERMÉDIOS E DEMAIS TRABALHADORES NA AUTOAVALIAÇÃO DOS

SERVIÇOS ........................................................................................................................................................... 43

2.7.1. Metodologia da avaliação. Questionários enviados e recebidos ........................................ 43

2.7.2. Descrição e análise individualizada dos resultados obtidos ............................................... 44

2.7.3. Conclusões. Aspetos mais e menos positivos .................................................................... 49

2.8 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PREVISTAS E NÃO PREVISTAS NO PLANO DE ATIVIDADES ............. 50

2.9 AFECTAÇÃO REAL E PREVISTA DOS RECURSOS HUMANOS E FINANCEIROS ................................... 53

2.9.1 Recursos Humanos .............................................................................................................. 53

2.9.2 Recursos Financeiros ........................................................................................................... 57

2.10 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELOS SERVIÇOS CENTRAIS E PELAS DELEGAÇÕES .................... 61

2.10.1 Serviços Centrais ................................................................................................................ 62

2.10.2 Delegação do Norte ............................................................................................................ 71

2.10.3 Delegação do Centro .......................................................................................................... 77

2.10.4 Delegação do Sul ............................................................................................................... 84

3. BALANÇO SOCIAL ................................. .............................................................................................. 90

4. AVALIAÇÃO FINAL ................................ .............................................................................................. 94



4

5. ANEXOS ................................................................................................................................................ 98

5.1 MAPA DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DAS DESPESAS DE FUNCIONAMENTO NORMAL ................... 100

5.2 MAPA DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DA DESPESA DE INVESTIMENTO ............................................. 109

5.3 MAPA DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DAS RECEITAS DE FUNCIONAMENTO NORMAL .................... 110

5.4 MAPA DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DAS RECEITAS DE PIDDAC ....................................................... 112

5.5 INDICADORES DE ACTIVIDADE DAS DELEGAÇÕES E DOS GABINETES MÉDICO-LEGAIS(2011) ..... 113



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1. NOTA INTRODUTÓRIA



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1.1 CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS

Sendo o Instituto Nacional de Medicina Legal, I.P. (INML, I.P.) um organismo da administração

Indireta do Estado deve, de acordo com o Decreto-Lei n.º 183/96, de 27 de Setembro, elaborar

anualmente o seu relatório de atividades, sendo que, com publicação da Lei n.º 66-B/2007, de

28 de Dezembro, que estabeleceu o sistema integrado de gestão e avaliação na Administração

Pública SIADAP), passou este Instituto a estar obrigado a efetuar a sua autoavaliação.

O presente relatório de autoavaliação, em consequência, encontra o seu modelo de suporte,

quer naquele que resulta das indicações do referido Decreto-Lei n.º 183/96, de 27 de

Setembro, quer no que decorre do imperativo consagrado no n.º 2 do artigo 15.º do SIADAP.

1.2 ORIENTAÇÕES GERAIS E ESPECIFICAS PROSSEGUIDAS P ELO ORGANISMO

� Orientações gerais

A modernização da Administração Pública, como um dos instrumentos essenciais da estratégia

de desenvolvimento do País - tendo como objetivo a promoção da cidadania, do

desenvolvimento económico e da qualidade dos serviços públicos -, com ganhos de eficiência

pela simplificação, racionalização e automatização, que permitam a diminuição do número de

serviços e dos recursos a eles afetos, é um instrumento fundamental para uma gestão pública

orientada para os resultados através de uma eficiente utilização dos recursos disponíveis.

A simplificação e a desburocratização são, em si, um objetivo a prosseguir incessantemente

em todas as áreas das políticas públicas, sendo que, no caso da Justiça, têm uma repercussão

significativa não só no aumento da celeridade da decisão judicial, mas também na redução de

custos, na promoção do acesso e na melhoria da própria qualidade da decisão. Observou-se

uma especial importância ao contributo da Justiça para a promoção do desenvolvimento

económico, criando condições para a segurança jurídica, a confiança e a captação de

investimento interno e externo.

� Orientações específicas

Apesar dos objetivos globais, acima definidos, manteve-se, no geral, a conceção definida para

o sistema médico-legal português, organizado em torno do Instituto Nacional de Medicina

Legal, concebido não apenas como estrutura de direção, coordenação e fiscalização da



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atividade da medicina legal e de outras ciências forenses, mas também enquanto promotor de

ensino, investigação e formação naquelas áreas.

Porém, todo o sistema de planeamento de atividades para o ano de 2011 levou em conta as

diretivas emanadas da tutela de uma forte restrição da despesa na ótica de se assegurar um

desejável equilíbrio orçamental macroeconómico. Atendendo a que se trata de um esforço de

ajustamento orçamental muito exigente, para a redução da despesa em 2011, as principais

diretivas com implicação no planeamento da atividade do INML,I.P. foram:

� Reduzir os salários dos órgãos de soberania e da Administração Pública, incluindo institutos

públicos, entidades reguladoras e empresas públicas. Medida que incidirá sobre o total de

salários e todas as remunerações acessórias dos trabalhadores, independentemente da

natureza do seu vínculo. Com a aplicação de um sistema progressivo de taxas de redução

a partir daquele limiar, obter-se-á uma redução global de 5% nas remunerações;

� Congelar as promoções e progressões na função pública;

� Congelar as admissões e reduzir o número de contratados;

� Reduzir as ajudas de custo, horas extraordinárias e acumulação de funções, eliminando a

acumulação de vencimentos públicos com pensões do sistema público de aposentação;

� Reduzir as despesas no âmbito do Programa de Investimentos e Despesas de

Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC);

Face ao exposto o INML,I.P. orientado pelas áreas estratégicas definidas superiormente e no

Orçamento do Estado para 2011, definiu os objetivos do seu Quadro de Avaliação e

Responsabilização (QUAR) para 2011 e também o seu Plano de Atividades para o mesmo

ano.

1.3 CARACTERIZAÇÃO DO INSTITUTO NACIONAL DE MEDICIN A LEGAL, I.P.

O Instituto Nacional de Medicina Legal, criado pelo Decreto-Lei n.º 146/2000, de 18 de Julho,

que aprovou a Lei Orgânica do Ministério da Justiça, tem cerca de uma década de existência

concreta, com uma estrutura organizativa, edificada a partir dos Estatutos aprovados pelo

Decreto-Lei n.º 96/2001, de 26 de Março, de cariz uniformizador, unificador e de referência,

nele se integrando todos os serviços médico-legais.

Esse modelo orgânico, inovador em termos do que, até então, fora a história da medicina legal

portuguesa, revelou-se, pela experiência colhida e pelos resultados alcançados, como o



9

instrumento mais adequado para servir a Justiça, designadamente pelas potencialidades

criadas na esfera da atividade pericial, de harmonização das práticas e procedimentos

metodológicos e doutrinais e pela crescente aproximação dos serviços prestados às

populações.

Tal modelo foi, no essencial, mantido no âmbito da reestruturação empreendida pelo Programa

de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE) e dos objetivos dos

Programas de Governo posteriores, no tocante à modernização e à melhoria da qualidade dos

serviços Públicos com ganhos de eficiência e, ainda, pelas medidas de racionalização

estrutural consagradas no Decreto-Lei n.º 206/2006, de 27 de Outubro, que aprovou a nova lei

orgânica do Ministério da Justiça.

Após a entrada em vigor daqueles documentos legislativos fundamentais, o INML, I.P. viu

alterada a sua orgânica, na sequência do Decreto-Lei n.º 131/2007, de 27 de Abril, com os

novos estatutos consagrados na Portaria n.º 522/2007 de 30 de Abril, sendo o organismo

responsável pela coordenação da atividade dos serviços médico-legais, organizados no âmbito

do Ministério da Justiça.

São atribuições do INML:

• Contribuir para a definição da política nacional na área da medicina legal e de outras

ciências forenses;

• Cooperar com os tribunais e demais serviços e entidades que intervêm no sistema de

administração da justiça, realizando os exames e perícias de medicina legal que lhe

forem solicitados, bem como prestar-lhes apoio técnico e laboratorial;

• Dirigir, coordenar e fiscalizar a atividade técnico-científica, nomeadamente das

delegações, dos gabinetes médico-legais e dos médicos contratados para o exercício

das funções periciais;

• Coordenar, orientar e supervisionar a nível nacional as atividades relacionadas com a

medicina legal e outras ciências forenses;

• Superintender a organização e a gestão dos serviços médico-legais no território

nacional;

• Fomentar programas de garantia de qualidade aplicados aos exames e às perícias de

medicina legal e promover a harmonização das suas metodologias, técnicas e

relatórios periciais, emitindo diretivas técnico-científicas sobre a matéria;

• Promover a formação, bem como a investigação e divulgação científicas no âmbito da

atividade médico-legal;



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• Programar e executar as ações relativas à formação, gestão e avaliação dos recursos

humanos afetos à área da medicina legal;

• Prestar serviços a entidades públicas e privadas, bem como aos particulares, em

domínios que envolvam a aplicação de conhecimentos médico-legais;

• Assegurar a articulação com entidades similares estrangeiras e organizações

internacionais.

O Instituto Nacional de Medicina Legal, I.P., compreende, para além da sua sede localizada em

Coimbra, as Delegações do Norte, do Centro e do Sul, cujas atribuições são genericamente as

do Instituto, sem prejuízo das competências reservadas aos órgãos e serviços centrais.

Cada uma das Delegações do Instituto Nacional de Medicina Legal dispõe dos seguintes

serviços técnicos:

- O Serviço de Patologia Forense;

- O Serviço de Clínica Forense;

- O Serviço de Toxicologia Forense;

- O Serviço de Genética e Biologia Forense;

Os Gabinetes Médico-Legais encontram-se definidos no Anexo n.º 1 à Portaria, n.º 522/2007,

de 30 de Abril, num total de 31, cobrindo todo o território nacional e funcionando na

dependência direta das delegações, em função da sua localização geográfica. Em 2010

encontravam-se instalados e em funcionamento 28 gabinetes médico-legais, de um total de 31

previstos na Lei Orgânica do Instituto, distribuídos da seguinte forma:

Na dependência da Delegação do Norte

- GML de Braga - GML de Penafiel

- GML de Bragança - GML de Santa Maria da Feira

- GML de Chaves - GML de Viana do Castelo

- GML de Guimarães - GML de Vila Real

Na dependência da Delegação do Centro

- GML de Angra do Heroísmo - GML de Leiria

- GML de Aveiro - GML da Guarda

- GML de Castelo Branco - GML de Ponta Delgada

- GML da Covilhã - GML de Tomar

- GML da Figueira da Foz - GML de Viseu

- GML do Funchal



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Na dependência da Delegação do Sul

- GML de Almada (por instalar ) - GML Santarém ( por instalar )

- GML de Beja - GML de Santiago do Cacém

- GML Cascais ( por instalar ) - GML de Setúbal

- GML de Évora - GML Torres Vedras

- GML de Faro - GML Vila Franca de Xira

- GML de Portalegre

Compete a estes gabinetes a realização das autópsias médico-legais respeitantes aos óbitos

ocorridos nas comarcas integradas na sua área de atuação, bem como de outros atos neste

domínio, designadamente de antropologia forense, de identificação de cadáveres e de

execução de embalsamamentos. Compete-lhes ainda, nas referidas comarcas, a realização de

exames e perícias em pessoas, para descrição e avaliação dos danos provocados na

integridade psicofísica, no âmbito do direito penal, civil e do trabalho.



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2. AUTOAVALIAÇÃO



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2.1 CONCRETIZAÇÃO DO QUAR DE 2011 DO INML,I.P.

2.1.1. QUAR 2011 – considerações prévias e avaliaçã o global

O quadro de avaliação e responsabilização (QUAR), relativo ao SIADAP 1/2011, do Instituto

Nacional de Medicina Legal, I.P. (INML, I.P.) foi tecnicamente validado pela DGPJ e

superiormente aprovado por Sua Excelência o Secretário de Estado da Justiça, encontrando-

se publicado na página eletrónica deste Instituto (www.inml.mj.pt ), em cumprimento do n.º 5

do artigo 10.º da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro.

São evidenciados no QUAR/2011, as referências previstas no n.º 1 da mencionada norma,

designadamente, a missão, os objetivos estratégicos e os objetivos operacionais nos seguintes

termos:

�MISSÃO: Assegurar a formação e coordenação científicas da atividade no âmbito da

medicina legal, e de outras ciências forenses, superintendendo e orientando a atividade

dos serviços médico-legais e dos peritos médicos contratados para o exercício de funções

periciais.

� OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS:

1. Otimizar a gestão financeira, assente no equilíb rio anual e na autonomia do Instituto;

2. Alargar a rede de gabinetes médico-legais;

3. Aumentar o número de exames de psiquiatria e psi cologia forenses da

responsabilidade direta do INML,I.P.;

4. Incrementar as publicações na área da medicina l egal e de outras ciências forenses;

5. Incrementar a certificação de qualidade dos serv iços técnicos laboratoriais do INML,

I.P.;

6. Aumentar as formas de colaboração com os PALOP´s no âmbito da medicina legal e

de outras ciências forenses.



16

�OBJECTIVOS OPERACIONAIS:

� EFICÁCIA

1. Aumento da rede de gabinetes médico-legais.

2. Manutenção do autofinanciamento, centrado no equ ilíbrio anual e na autonomização

financeira plena do Instituto.

� EFICIÊNCIA

3. Aumento em 5% na realização de perícias de psiqu iatria e psicologia forense da

responsabilidade direta do INML,I.P.

4. Publicação de artigos científicos em revistas in dexadas e edição de um livro em áreas

da medicina legal e das ciências forenses.

� QUALIDADE

5. Acreditação de um serviço técnico laboratorial d o INML,I.P.

6. Aumento das ações formativas no âmbito da medici na legal e de outras ciências

forenses para profissionais de países de língua ofi cial portuguesa.

Reproduz-se, no quadro seguinte, o QUAR 2011, com as alterações propostas e aprovadas

pela tutela relativas ao objetivo operacional 3., no sentido evidenciar as interligações entre

macro-objectivos e a sua operacionalização, através da desagregação destes, em objetivos

operacionais com as correspondentes ações concretas.

No quadro expressa-se ainda, os resultados absolutos alcançados em cada objetivo

operacional, de forma a dar um retrato realista da concretização e que é explicado de forma

individualizada no capítulo seguinte. Da análise do quadro verifica-se que todos os objetivos

operacionais foram cumpridos tendo quatro deles sido superados.

Remete-se para o capítulo 3 (AVALIAÇÃO FINAL) a consulta da avaliação final do INML,I.P.

de forma consolidada tendo em atenção as limitações emanadas pelo CCAS em que limita o

grau de realização dos objetivos a 135%.



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M ET A 2011T A XA

R EA LIZ A ÇÃ O

40%

20%

2009 2010(E)M ET A

2011T o lerânc ia

Valo r c rí t ico

P ESO M ês R ESU LT A D O T A XA R EA LIZ A ÇÃ O C LA SSIF IC A ÇÃ O

1 2 2 1 100,00 1 100% Atingiu

80%

2009 2010(E)M ET A

2011T o lerânc ia

Valo r c rí t ico


22* 22,5* 0,5** 100,00 0,788 157,60% Superou

30%

50%

2009 2010(E)M ET A

2011T o lerânc ia

Valo r c rí t ico


- 465 2065 100,00 2718 131,62% Superou

50%

2009 2010(E)M ET A

2011T o lerânc ia

Valo r c rí t ico


- - 16 100,00 69 431,25% Superou

30%

40%

2009 2010(E)M ET A

2011T o lerânc ia

Valo r c rí t ico


- - 1 100,00 1 100% Atingiu

60%

2009 2010(E)M ET A

2011T o lerânc ia

Valo r c rí t ico


- 2 2 0 100,00 3 150,00% Superou

* relativamente a 2009 e a 2010 os valores representam a facturação total

** relativamente a 2011 o valor apenas representa o acréscimo de facturação face a 2010

Apresentação do pedido e resposta

O6. Aumento das acções formativas no âmbito da medicina legal e de outras ciências forenses para

profissionais de países de língua oficial portuguesa.

IN D IC A D OR ES

Novas acções formativas realizadas

Número de artigos e livro publicados

Qualidade

O5. Acreditação de um serviço técnico laboratorial do INML, I.P.

IN D IC A D OR ES

NOTA EXPLICATIVA

IN D IC A D OR ES

Número de exames realizados pelo

INML,I.P.

O3. Aumento em 1600 perícias nas áreas de psiquiatria e psicologia forense da responsabilidade directa do INML, I.P.

O4. Publicação de artigos científicos em revistas indexadas e edição de um livro em áreas da medicina legal

e das ciências forenses

IN D IC A D OR ES

O2. Manutenção do auto-financiamento, centrado no equilíbrio anual e na autonomização financeira plena

do Instituto.

IN D IC A D OR ES

Aumento do valor da facturação face ao

ano anterior (milhões de euros)

Eficiência

Objectivos Operacionais

Eficácia

O1. Aumento da rede de gabinetes médico -legais

IN D IC A D OR ES

Número de Gabinetes Médico-Legais

objecto de acordo de instalação

1. Optimizar a gestão financeira, assente no equilíbrio anual e na autonomia do Instituto;


3. Aumentar o número de exames de psiquiatria e psicologia forenses da responsabilidade directa do INML, I.P.;

4. Incrementar as publicações na área da medicina legal e de outras ciências forenses;

5. Incrementar a certificação de qualidade dos serviços técnicos laboratoriais do INML, I.P.;

6. Aumentar as formas de colaboração com os PALOP´s no âmbito da medicina legal e de outras ciências forenses.

ANO:2011

Ministério da Justiça


MISSÃO: Assegurar a formação e coordenação científicas da actividade no âmbito da medicina legal, e de outras ciências forenses, superintendendo e

orientando a actividade dos seus serviços médico-legais e dos peritos médicos contratados para o exercício de funções periciais.

Objectivos Estratégicos

D ESIGN A ÇÃ O



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2.1.2. Concretização e análise individualizada dos objetivos do QUAR 2011

O procedimento sistemático a seguir nesta análise será o da ordem sequencial dos objetivos

operacionais enunciados no QUAR/2011, assentando nos respetivos indicadores, fontes de

verificação e metas.

OBJECTIVO 1. Aumento da rede de gabinetes médico-le gais.

Indicador 1: n.º de gabinetes médico-legais objeto de acordo de instalação

Fonte de verificação: acordos de instalação

Meta 2011: 2

Tolerância: 1

40%

20%

2009 2010(E)M ET A

2011T o lerânc ia

Valo r crí t ico


1 2 2 1 100,00 1 100% AtingiuNúmero de Gabinetes Médico-Legais

objecto de acordo de instalação

IN D IC A D OR ES


Eficácia








ANO:2011

O alargamento da rede de gabinetes médico-legais até à plena cobertura do território nacional,

incluindo as regiões autónomas, constitui, desde a criação do Instituto Nacional de Medicina

Legal em 2001, um propósito estratégico do Instituto, sendo que para o ano de 2010 este

objetivo e a meta fixada para o seu cumprimento (dois novos gabinetes em funcionamento),

transpareceu, desde a elaboração da respetiva proposta de QUAR, como uma aposta arrojada,

quer pelos meios financeiros, materiais e humanos envolvidos, quer pelo facto do seu ganho

estar sujeito a entidades terceiras, que se situam fora do controlo do INML, I.P. e mesmo da

sua tutela.

Tais entidades são, fundamentalmente, as instituições hospitalares em cujos espaços têm de

ser construídos e equipados os gabinetes médico-legais, com as quais o Instituto carece de

obter decisões de autorização e formas de entendimento, que se revelam complexas e

morosas.



19

Os gabinetes médico-legais encontram-se definidos no Anexo n.º 1 à Portaria n.º 522/2007, de

30 de Abril, num total de 31, cobrindo todo o território nacional e funcionando na dependência

direta das delegações, em função da sua localização geográfica. Encontram-se instalados e

em funcionamento 28 gabinetes médico-legais.

Com todas as contingências económico-financeiras e administrativas que foram reportadas no

passado e tão presentes no atual contexto da administração pública decidiu-se, por

comprovada impossibilidade na instalação dos GML’s, avançar para o compromisso de uma

futura instalação dos mesmos com as unidades hospitalares, o que na prática consiste na

celebração de acordos de instalação com as entidades hospitalares de acolhimento.

Apresenta-se o ponto de situação referente ao gabinete em falta, na dependência da

Delegação do Sul.

� SINTRA/CASCAIS

Não se conseguiu, a despeito das diligências feitas, o acordo de instalação do GML no novo

Hospital de Cascais – Hospital Dr. José de Almeida - recentemente inaugurado, tendo sido

possível encontrar uma solução alternativa, a qual dependerá, naturalmente, da colaboração

do Ministério da Saúde. A alternativa foi a possibilidade de concretizar o acordo de instalação

do GML em falta no Hospital Fernando Fonseca (Amadora/Sintra), o qual, num passado

recente, tinha encontrado fortes resistências por parte da Administração. Porém, após

decorridas diversas diligências, celebrou-se o acordo de instalação.

Este objetivo considera-se cumprido .

OBJECTIVO 2. Manutenção do autofinanciamento, cent rado no equilíbrio anual e na

autonomização financeira plena do Instituto

Indicador 2: Aumento do valor da faturação face ao ano anterior

Fonte de verificação: Valor da faturação em 2011 (milhões de euros)

Meta 2011: + 0,5 m€



20

40%

80%

2009 2010(E)M ET A

2011T o lerânc ia

Valo r crí t ico

P ESO M ês RESU LT A DO T A XA R EA LIZ A ÇÃ O CLASSIF IC A ÇÃ O

22* 22,5* 0,5** 100,00 0,788 157,60% Superou

* relativamente a 2009 e a 2010 os valores representam a facturação total

** relativamente a 2011 o valor apenas representa o acréscimo de facturação face a 2010

ANO:2011






1. Optimizar a gestão financeira, assente no equilíbrio anual e na autonomia do Instituto;


Eficácia

O2. Manutenção do auto-financiamento, centrado no equilíbrio anual e na autonomização financeira plena do Instituto.

IN D IC A D OR ES

Aumento do valor da facturação face ao

ano anterior (milhões de euros)

No quadro seguinte apresenta-se a evolução média que este indicador devia refletir para se

poder cumprir, comparando-a com a situação efetivamente verificada por quadrimestre.

ANO: 2011

MESES

VALOR

PREVISIONAL

MENSAL

VALOR POR

QUADRIMESTRE

VALOR 2º

QUADRIMESTRE

EVOLUÇÃO

MÉDIA DAS

RECEITAS TOTAIS

FACTURADO DESVIO REAL DESVIO

PERCENTUAL

JANEIRO 1.916.667 1.916.667

FEVEREIRO 1.916.667 3.833.333

MARÇO 1.916.667 5.750.000

ABRIL 1.916.667 7.666.667 7.666.667 6.953.212,96 -713.454 -9,31%MAIO 1.916.667 9.583.334

JUNHO 1.916.667 11.500.000

JULHO 1.916.667 13.416.667

AGOSTO 1.916.667 7.666.667 15.333.334 15.333.334 14.983.590,16 -349.743 -2,28%SETEMBRO 1.916.667 17.250.000

OUTUBRO 1.916.667 19.166.667

NOVEMBRO 1.916.667 21.083.334

DEZEMBRO 1.916.667 7.666.667 23.000.000 23.287.961,00 287.961 1,25%VALORES DE

REFERÊNCIA1.916.667 7.666.667 15.333.334 23.000.000 23.287.961,00 287.961 1,25%

RECEITA PREVISIONAL MÉDIA RECEITA FACTURADA

Pelo quadro apresentado demonstra-se que o valor de 23.287.961,00 € faturado pelo INML,

I.P. representa um acréscimo de 787.961,00 €, o que se traduz num desvio positivo de

287.961,00 € relativamente ao objetivo fixado.

A proposta inicial para este objetivo traduzia-se por fixar um valor para a faturação de 23

milhões de euros, valor este que garantia a autonomia financeira plena do INML,I.P. Nesta

construção, o valor de 23.287.961,00€ faturados traduziam-se apenas numa superação de

1,25% da meta fixada, conforme se constata do quadro acima.



21

Porém, a sua aprovação no sentido da medição do acréscimo face a 2010 – meta de mais

500.000,00 € –, traduz-se numa natural, mas completamente diferente, forma de constatar a

sua realização. Assim, vamos aferir a diferença entre o acréscimo definido como meta

(500.000,00 €) e o acréscimo efetivamente realizado (787.961,00 €), e que traduz face à meta

estabelecida uma taxa de realização de 151,60%, valor que parecendo imenso uma vez que

ultrapassámos o objetivo em 287.961,00€, deve ser analisado na ótica dos 23 milhões de

euros que se pretendiam alcançar como valor global para a sustentabilidade financeira do

INML,I.P.

Face ao exposto pode concluir-se que o objetivo foi superado .

OBJECTIVO 3. Aumento de 1600 perícias nas áreas de psiquiatria e psicologia forense

da responsabilidade direta do INML,I.P.

Indicador 3: Número de exames realizados pelo INML,I.P.

Fonte de verificação: Estatísticas mensais

Meta 2011: 2065

30%

50%

2009 2010(E)M ET A

2011T o lerânc ia

Valo r crí t ico

P ESO M ês RESU LT A DO T A XA R EA LIZ A ÇÃ O C LA SSIF ICA ÇÃO

- 465 2065 100,00 2718 131,62% Superou

ANO:2011






3. Aumentar o número de exames de psiquiatria e psicologia forenses da responsabilidade directa do INML, I.P.;


Eficiência

O3. Aumento em 1600 perícias nas áreas de psiquiatria e psicologia forense da responsabilidade directa do INML, I.P.

IN D IC A D OR ES

Número de exames realizados pelo

INML,I.P.

O Instituto Nacional de Medicina Legal, I.P., no QUAR de 2011, superiormente aprovado,

definiu como seu objetivo operacional de eficiência, “Aumento em 5%na realização de

perícias de psiquiatria e psicologia forense da res ponsabilidade direta do INML,I.P.” ,

apresentando-se como Indicador o “Número de exames realizados pelo INML, I.P.” e como

meta o n.º de 488, a representar um acréscimo de 23 exames relativamente a 2010 (465).



22

A opção pelo número de exames estabelecido para a aludida meta, ocorreu no âmbito da

preparação do Plano de Atividades do Instituto para 2011, equacionando-se então os meios

internos disponíveis, que, então, não permitiam a fixação de valores mais ambiciosos, que

correspondesses à desejável autonomia do INML, I.P. como auxiliar indispensável à realização

da Justiça.

Foram assim razões de realismo e de prudência que ditaram a menor ambição no valor

encontrado, tanto mais que, iniciados e desenvolvidos procedimentos concursais em 2010

destinados à contratação, em regime de prestação de serviços, de psiquiatras e de psicólogos

para a realização dos exames em causa, difícil seria arriscar quando é que se alcançaria no

terreno, após o cumprimento de todos os procedimentos legais, conseguiria o universo

estabilizado desses profissionais

Sucede, contudo, que os concursos em apreço não apenas obtiveram a necessária

confirmação da garantia da cobertura orçamental, como se desenrolaram com assinalável

celeridade, de tal forma que o INML, I.P. passou a dispor de um número razoável de

psiquiatras e psicólogos que levaram a que este Instituto conseguisse superar largamente as

expectativas iniciais, a um nível que não era quantitativamente previsível.

Verifica-se, com efeito, que no final do 2.º quadrimestre já se tinham realizado 1649 exames, o

que, significando o incremento da capacidade de resposta autónoma do INML, I.P. nestes

domínios, com enormes vantagens para a Medicina Legal e para a própria Justiça, obrigou á

reformulação do objetivo em questão, no que diz respeito à meta que foi definida.

Considerando o exposto, e ao abrigo do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 8.º da Lei n.º

66-B/2007, de 28 de Dezembro, solicitou-se à tutela a revisão do objetivo operacional n.º 3

para uma meta que expressa pela fixação para 2011 do aumento de, no mínimo, 1600 perícias

nas mencionadas áreas face ao ano anterior (2010), como melhor se explicita, pela análise dos

valores de referência quadrimestral, no quadro seguinte:



23

Janeiro 499 195Fevereiro 451 198

Março 648 206

Abril 465 202

Valor referência 1º qudrimestre: 163 2063 801Maio 648 279Junho 469 244Julho 522 185

Agosto 257 145

Valor referência 2º qudrimestre: 326 3959 1654Setembro 464 217Outubro 574 250

Novembro 744 358Dezembro 543 239

Valor referência 3º qudrimestre: 2065 6284 2718

PSIQUIATRIA FORENSE (ÁREA DE PSIQUIATRIA FORENSE E PSICOLOGIA FORENSE)

Ano 2011Perícias Requisitadas

totaisPerícias realizadas pelo

Serviço

Obteve-se uma resposta positiva da parte da tutela, datada de Março de 2012, o que permite

concluir que o objetivo teve um grau de realização de 131,62%.


OBJECTIVO 4. Publicação de artigos científicos em revistas indexadas e de um livro

em áreas da medicina legal e das ciências forenses.

Indicador 4: Número de artigos e livro publicados

Fonte de verificação: Publicações efetuadas e livro editado

Meta 2011: 16

30%

50%

2009 2010(E)M ET A

2011T o lerânc ia

Valo r c rí t ico

P ESO M ês RESU LT AD O T A XA R EA LIZ A ÇÃ O CLASSIF ICA ÇÃO

- - 16 100,00 69 431,25% SuperouNúmero de artigos e livro publicados

IN D IC A D OR ES

O4. Publicação de artigos científicos em revistas indexadas e edição de um livro em áreas da medicina legal e das ciências forenses

Eficiência


4. Incrementar as publicações na área da medicina legal e de outras ciências forenses;






ANO:2011



24

Este objetivo encontra-se largamente superado, tendo tal facto explicação pelo número

elevado de artigos e capítulos publicados no último quadrimestre de 2011. Apresenta-se abaixo

um quadro com as publicações efetuadas por Delegação e por tipo.

Artigos Capítulos Livros Total

Delegação do Sul 8 4 0 12

Delegação do Norte 23 8 1 32

Delegação do Centro 21 4 0 25

Total 52 16 1 69


OBJECTIVO 5. Acreditação de um serviço técnico lab oratorial do INML, I.P.

Indicador 5: Apresentação do pedido e resposta

Fonte de verificação: Documento de acreditação ou de resposta favorável a o pedido

Meta 2011: 1

30%

40%

2009 2010(E)M ET A

2011T o lerância

Valo r crí t ico

P ESO M ês R ESU LTA D O T A XA R EA LIZ A ÇÃ O C LA SSIF ICA ÇÃO

- - 1 100,00 1 100% AtingiuApresentação do pedido e resposta

IN D IC A D OR ES


Qualidade


5. Incrementar a certificação de qualidade dos serviços técnicos laboratoriais do INML, I.P.;






ANO:2011

Após a apresentação formal, ao Instituto Português de Acreditação, I.P. (IPAC), da

candidatura, este solicitou, durante o 1º quadrimestre, o envio de um vasto conjunto de

documentos técnicos para analisar o grau de implementação/conformidade do sistema de

gestão do serviço de Toxicologia Forense da Delegação do Centro do Instituto Nacional de

Medicina Legal, I.P. (STF-C) relativamente ao referencial normativo (NP EN ISO/IEC

17025:2005).



25

Na sequência dessa análise o IPAC deu início à instrução do respetivo processo, tendo a

documentação enviada sido considerada adequada e atribuído ao STF-C o número de registo

“L0588”. Aguardou-se, por parte do IPAC, a designação da respetiva equipa auditora e da data

de realização da avaliação externa.

Tendo o IPAC nomeado a equipa de avaliadores destinada a efetuar a respetiva Avaliação de

Concessão de Acreditação, o facto de ter, neste caso, solicitado a contribuição de avaliadores

estrangeiros, fez com que o processo tenha demorado mais tempo do que é habitual. A

avaliação ao STF de acordo com o referencial normativo NP EN ISO/IEC 17025:2005 foi,

contudo, formalmente agendada para os dias 24, 25 e 26 de Outubro de 2011.

Após ter decorrido, foi entretanto pedido um plano de ação para as constatações detetadas,

que depois de enviado foi formalmente aceite pela equipa auditora. Na sequência desta

aceitação do plano apresentado foi comunicado ao INML,I.P., já em Fevereiro de 2012 a

atribuição da acreditação do STF-C. Tendo o INML,I.P. respondido a todas as solicitações do

IPAC em tempo útil, a comunicação oficial do resultado apenas em fevereiro de 2012,

dependente apenas do IPAC, traduz o cumprimento do objetivo estabelecido.

Pelo exposto, pode considerar-se este objetivo cumprido .

OBJECTIVO 6. Aumento das ações formativas no âmbit o da medicina legal e de outras

ciências forenses para profissionais de países de l íngua oficial

portuguesa.

Indicador 6: Novas ações formativas realizadas

Fonte de verificação: Suportes informativos

Meta 2011: 2



26

30%

60%

2009 2010(E)M ET A

2011T o lerância

Valo r crí t ico

P ESO M ês R ESU LTA D O T A XA R EA LIZ A ÇÃ O C LA SSIF ICA ÇÃO

- 2 2 100,00 3 150,00% Superou

ANO:2011






6. Aumentar as formas de colaboração com os PALOP´s no âmbito da medicina legal e de outras ciências forenses.


Qualidade

O6. Aumento das acções formativas no âmbito da medicina legal e de outras ciências forenses para profissionais de países de língua

oficial portuguesa.

IN D IC A D OR ES

Novas acções formativas realizadas

Durante o ano de 2011 realizaram-se as seguintes ações de formação, especificamente para

profissionais de países de língua oficial portuguesa, no âmbito da medicina legal e de outras

ciências forenses:

- Mestrado em Medicina Legal e Ciências Forenses

- I Congresso de Medicina Legal e Ciências Forense s dos Países de Língua Oficial

Portuguesa, 15 a 17 de Setembro

– Curso de Pós-Graduação em Avaliação do Dano Corpo ral Pós-Traumático (Brasil, Belo

Horizonte, Abril a Julho)

Atento o exposto, pode concluir-se que o objetivo foi superado .

2.2 AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLO INTERNO

O controlo interno residiu nos órgãos e serviços que tinham por competência a monitorização

do QUAR/2011, escolhidos em função da sua especial responsabilidade na monitorização dos

objetivos operacionais de eficácia, eficiência e qualidade, e que eram os seguintes:

OBJECTIVO 1. Aumento da rede de gabinetes médico-legais.

Responsabilidade – Delegação do Sul/Conselho Diretivo.

OBJECTIVO 2. Manutenção do autofinanciamento, centrado no equilíbrio anual e na

autonomização financeira plena do Instituto.

Responsabilidade – DAG-DAF/Delegações do Norte, do Centro e do Sul.



27

OBJECTIVO 3. Aumento em 1600 perícias nas áreas de psiquiatria e psicologia forense da

responsabilidade direta do INML, I.P.

Responsabilidade – Delegações do Norte, do Centro e do Sul.

OBJECTIVO 4. Publicação de artigos científicos em revistas indexadas e edição de um livro

em áreas da medicina legal e das ciências forenses.


OBJECTIVO 5. Acreditação de um serviço técnico laboratorial do INML. I.P.

Responsabilidade – Conselho Diretivo/Diretor do Serviço de Toxicolog ia Forense da

Delegação do Centro.

OBJECTIVO 6. Aumento das ações formativas no âmbito da medicina legal e de outras

ciências forenses para profissionais de países de língua oficial portuguesa.


2.3 ANÁLISE DAS CAUSAS DE INCUMPRIMENTO DOS OBJECTI VOS

Conforme apresentado no capítulo 2.1., que apresenta o grau de realização do QUAR/2011,

dos seis objetivos operacionais definidos todos foram cumpridos, tendo quatro sido superados.

Verifica-se que não existe nenhum objetivo Não atingido .

2.4 COMPARAÇÃO COM O DESEMPENHO DE SERVIÇOS IDÊNTIC OS

Não existem em Portugal serviços ou organismos idênticos ao INML, I.P., pelo que é

impossível a sua comparação. No plano internacional, existem, de facto, inúmeros serviços e

organizações com quem o INML, I.P. tem relações e coopera, estando a decorrer trabalhos de

preparação de criação de uma metodologia e os modelos, na base dos quais a comparação

possa ser realizada, maxime no que diz respeito às diversas áreas da atividade pericial e de

ensino, formação e científica, as quais constituem o núcleo essencial da missão deste Instituto,

pese embora se revele complexa esta tarefa.



28

2.5 RECLAMAÇÕES APRESENTADAS PELOS CIDADÃOS-UTENTES

As reclamações exaradas no “livro amarelo” dos vários serviços médico-legais espalhados pelo

país, incluindo as regiões autónomas, constituem um elemento de significativa importância, por

parte dos cidadãos-utentes, em sede da apreciação dos serviços prestados pelo INML, I.P.

Tais reclamações são objeto de análise pelos respetivos serviços, remetidas à Sede do INML,

I.P., e por este enviadas à tutela e DGAEP, nos termos legalmente previstos, acompanhadas

de informação detalhada, bem como de cópia da resposta enviada ao reclamante.

Relativamente ao ano de 2011 foi recebido um total de 16 reclamações que podem agrupar-se

pelas seguintes áreas de “insatisfação”:

Áreas de “insatisfação” Número

Atendimento 10

Instalações 1

Atraso na realização da perícia/ envio de relatório 4

Outros 1

Considerando que no mesmo período foram realizadas 180.755 perícias médico-legais,

constata-se que o número de reclamações representa 0,00009% do total.

Apresenta-se a seguir um gráfico que compara as reclamações de 2010 com as de 2011,

estando estas agrupadas por critérios de natureza funcional e critérios físicos. Assistiu-se a

uma ligeira diminuição do número total de reclamações face a 2010, como se pode observar.



29

Apresenta-se de seguida um gráfico que expressa as reclamações apresentadas por área de

influência da Delegação e, dentro destas, entre Delegações e Gabinetes-Médico Legais.

Face a estes indicadores, à natureza dos serviços prestados pelo Instituto e ao facto da

atividade pericial nos gabinetes médico-legais ser efetuada, na maior parte das situações, por

peritos contratados em regime de prestação de serviços, geralmente em acumulação de

funções com a atividade principal no SNS, temos de concluir que o número de reclamações no

âmbito dos serviços médico-legais é muito pouco significativo, embora o Instituto tenha como

desiderato último conseguir o resultado de zero reclamações.

2.6 APRECIAÇÃO, PELOS UTILIZADORES, DOS SERVIÇOS P RESTADOS PELO

INML,I.P.

2.6.1. Identificação dos principais utilizadores. M etodologia aplicada à avaliação dos

serviços prestados pelo Instituto

Pela aludida caracterização do Instituto Nacional de Medicina Legal, I.P., verifica-se que as

suas tarefas mais relevantes se prendem com a coadjuvação dos tribunais e do Ministério

Público na realização da justiça, realizando os exames periciais que, nos termos da lei, lhes

são solicitados e cooperando com as demais entidades que atuam no sistema de

administração da justiça, bem assim como a colaboração no ensino e a promoção da formação

e investigação no âmbito da medicina legal e de outras ciências forenses.



30

Apesar dos principais destinatários dos serviços prestados serem o Ministério Público e os

Tribunais, sem prejuízo da existência de outros, como sejam a Polícia Judiciária, a Polícia de

Segurança Pública, a Guarda Nacional Republicana, os hospitais, as instituições universitárias,

as empresas seguradoras e os particulares, o objeto das perícias efetuadas são os indivíduos.

Porém, em 2011, mais do que aferir da qualidade dos serviços prestados na ótica do cidadão-

utente, deu-se primazia à auscultação dos destinatários institucionais que requereram os

serviços periciais do INML,I.P. para a realização de exames periciais a cidadãos,

nomeadamente:

- Tribunais (incluindo os de competência especializada)

- Serviços do Ministério Público

- Polícia Judiciária

- Polícia de Segurança Pública

- Guarda Nacional Republicana

Foi intenção do Instituto proporcionar, de forma organizada e sistematizada, a apreciação da

qualidade dos serviços prestados, pelo que foram enviados por correio eletrónico, sem

exceção, questionários a todos os requerentes institucionais acima referidos, para que

expressassem a sua opinião relativamente à atividade por nós desenvolvida durante o ano de

2011. Foram assim enviados 804 questionários eletrónicos sistematizados através de uma

base de dados alojada num servidor do INML,I.P. Estes inquéritos, preenchidos on-line,

garantiram que a entidade aderente preenchesse todos os campos não permitindo a

inutilização ou o preenchimento incompleto do mesmo. A avaliação de qualidade em causa

decorreu durante o mês de Fevereiro de 2012, tendo a página web sido encerrada no último

dia do mês referido.

Este questionário, assente em nove questões, uma das quais relativa ao desempenho dos

serviços e decomposta pelos quatro serviços técnicos existentes em cada uma das

delegações, reflete a atividade pericial do Instituto e as preocupações qualitativas da mesma,

numa ótica de formulação de objetivos e de cumprimento de metas que potenciem o INML, I.P.

como uma instituição verdadeiramente empenhada na qualidade e celeridade de

procedimentos essenciais à administração da Justiça.

2.6.2. Questionários enviados e recebidos

O universo de respostas a tratar revelou-se de dimensão relevante, uma vez que foram

recebidos 200 questionários e destes, 195 foram considerados válidos. Os cinco questionários



31

não considerados foram-no por motivo de serem de clientes institucionais que não trabalham

diretamente com o INML,I.P., tais como os Tribunais da Relação.

Do gráfico seguinte podemos observar que dos 804 inquéritos enviados, 442 dirigiram-se aos

tribunais de 2ª instância, judiciais, de trabalho, de família e menores e criminais; 357 para

serviços do Ministério Publico; e 5 para outras instituições, designadas por “OUTROS” (PJ,

PSP, GNR, Procuradoria Geral da República e Conselho Superior de Magistratura). Estes

valores correspondem, respetivamente, a 54,98%, 44,40% e 0,62% do total do universo.

Podemos observar no gráfico seguinte a adesão a responder por tipo de cliente institucional

atingindo o grupo de “clientes” do Ministério Público a maior percentagem de adesão (28,85%).

Questionários enviados e recebidos por grupo instit ucional

No gráfico seguinte podemos verificar a distribuição dos questionários pelas clientes

institucionais de acordo com a inclusão destes nas áreas de influência das Delegações do

INML,I.P.



32

Verifica-se que a Delegação do Sul é aquela que maior número de clientes instituições tem na

sua área de influência muito por causa da forma como está organizado o mapa judicial na área

metropolitana de Lisboa em consequência da elevada concentração populacional que aí se

verifica.

O gráfico seguinte apresenta uma síntese dos dados expostos anteriormente para uma fácil

compreensão do universo inquirido, das respostas obtidas e da sua desagregação por

Delegação. Como metodologia na elaboração deste relatório, a análise dos capítulos seguintes

será efetuada numa perspetiva de unicidade nacional do INML,I.P. pois só assim se aferirá das

tendências globais da avaliação pedida.



33

804

200 195

253

74 72

247

70 69

304

56 540

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Questionários enviados

Respostas totais

Respostas válidas


Respostas totais

Respostas válidas


Respostas totais

Respostas válidas


Respostas totais

Respostas válidas

Totais Centro Norte Sul

Questionários enviados/recebidos/válidos

Totais Questionários enviados

Totais Respostas totais

Totais Respostas válidas

Centro Questionários enviados

Centro Respostas totais

Centro Respostas válidas

Norte Questionários enviados

Norte Respostas totais

Norte Respostas válidas

Sul Questionários enviados

Sul Respostas totais

Sul Respostas válidas

Gráfico – Questionários enviados/recebidos/válidos



34

Do universo inquirido (804) obteve-se, até ao final de Fevereiro de 2012, um total de 195

questionários válidos, o que corresponde a 24,25% de adesão do universo inquirido. Da leitura

do gráfico anterior, e por Delegação, obtém-se que a adesão dos inquiridos foi de 28,46%,

27,94% e 17,76% respetivamente para a Delegação do Centro, do Norte e do Sul.

2.6.3. Descrição e análise global das questões colo cadas

Mais importante do que análises parciais interessa percecionar as opiniões dos utentes de

forma global e na perspetiva de que o INML, I.P. é uma instituição que cobre, na sua área de

atuação, a totalidade do território nacional. Este tipo de análise global revela-se mais

consistente com a verificação de tendências e problemas e, consequentemente, com a

definição de estratégias e ações concretas para atingir metas de eficiência e eficácia definidas

superiormente.

Pelo exposto mostra-se, de seguida, um quadro síntese das perguntas que constavam do

questionário e da quantidade de respostas obtidas para cada item qualitativo. Este quadro

apresenta as respostas recebidas em valores absolutos e permite analisar as mesmas.

Grau se satisfação – valores absolutos

Muito insatisfeito

InsatisfeitoRazoavelmente

satisfeitoSatisfeito

Muito satisfeito

Não sabe / Não

responde

Nº respostas

obtidas

1 Cortesia no atendimento 2 0 13 82 73 25 195

2 Clareza das informações requeridas 0 2 19 91 79 4 195

3 Tempo de resposta a pedidos de informações 9 18 55 76 35 2 195

4 Tempo de resposta para entrega de relatórios 13 29 58 65 27 3 195

5 Rigor dos procedimentos administrativos 1 3 18 86 61 26 195

6 Confiança no rigor técnico cientifico das perícias 2 3 7 53 116 14 195

7 Interesse/impacto da atividade 2 1 12 74 87 19 195

8 Apreciação do desempenho por serviço8.1 Serviço de Clínica Forense 4 4 14 70 87 16 1958.2 Serviço de Patologia Forense 3 5 14 65 69 39 1958.3 Serviço de Genética e Biologia Forense 2 4 13 58 76 42 1958.4 Serviço de Toxicologia Forense 3 5 15 59 76 37 195

9 Qualidade Global do Serviço da Delegação 2 3 25 93 68 4 195

PARÂMETROS DA AVALIAÇÃO - GRAU DE SATISFAÇÃO

O quadro seguinte apresenta as perguntas que constavam do questionário e a quantidade de

respostas por cada item qualitativo em termos percentuais, sendo depois apresentado em

gráfico para uma melhor perceção dos resultados.



35

Grau se satisfação – valores absolutos

Muito insatisfeito

InsatisfeitoRazoavelmente

satisfeitoSatisfeito

Muito satisfeito

Não sabe / Não

responde

Nº respostas

obtidas

1. Cortesia no atendimento 1,03% 0,00% 6,67% 42,05% 37,44% 12,82% 100,00%2. Clareza das informações requeridas 0,00% 1,03% 9,74% 46,67% 40,51% 2,05% 100,00%3. Tempo de resposta a pedidos de informações 4,62% 9,23% 28,21% 38,97% 17,95% 1,03% 100,00%4. Tempo de resposta para entrega de relatórios 6,67% 14,87% 29,74% 33,33% 13,85% 1,54% 100,00%5. Rigor dos procedimentos administrativos 0,51% 1,54% 9,23% 44,10% 31,28% 13,33% 100,00%6. Confiança no rigor técnico cientifico das perícias 1,03% 1,54% 3,59% 27,18% 59,49% 7,18% 100,00%7. Interesse/impacto da atividade 1,03% 0,51% 6,15% 37,95% 44,62% 9,74% 100,00%8 Apreciação do desempenho por serviço8.1. Serviço de Clínica Forense 2,05% 2,05% 7,18% 35,90% 44,62% 8,21% 100,00%8.2. Serviço de Patologia Forense 1,54% 2,56% 7,18% 33,33% 35,38% 20,00% 100,00%8.3. Serviço de Genética e Biologia Forense 1,03% 2,05% 6,67% 29,74% 38,97% 21,54% 100,00%8.4. Serviço de Toxicologia Forense 1,54% 2,56% 7,69% 30,26% 38,97% 18,97% 100,00%9. Qualidade Global do Serviço da Delegação 1,03% 1,54% 12,82% 47,69% 34,87% 2,05% 100,00%

PARÂMETROS DA AVALIAÇÃO - GRAU DE SATISFAÇÃO



36

42,05%

46,67%

38,97%

33,33%

44,10%

47,69%

59,49%

44,62% 44,62%

35,38%

38,97% 38,97%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

Cortesia no atendimento

Clareza das informações requeridas

Tempo de resposta a pedidos de

informações

Tempo de resposta para

entrega de

relatórios

Rigor dos procedimentos administrativos

Confiança no rigor técnico cientifico

das perícias

Interesse/impacto da atividade

Serviço de Clínica Forense

Serviço de Patologia Forense

Serviço de Genética e

Biologia Forense

Serviço de Toxicologia

Forense

Qualidade Global do Serviço da

Delegação

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.1. 8.2. 8.3. 8.4. 9.

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Razoavelmente satisfeito

Satisfeito

Muito satisfeito

Não sabe / Não responde

Gráfico – INML,IP., análise global das questões col ocadas



37

2.6.4. Descrição e análise individualizada dos resu ltados obtidos

Mostrando-se importante uma análise global dos resultados, que será feita na parte final deste

capítulo, ir-se-á agora analisar individualmente os resultados de cada questão colocada.

1.Cortesia no atendimento

Nesta questão 42,05% dos inquiridos mostra-se “satisfeito” com a “cortesia no atendimento”

(82 respostas ), sendo o valor de inquiridos “muito insatisfeitos” (1,03%) e “insatisfeitos”

(0,00%) residual (2 respostas no conjunto). Globalmente, 79,49% das respostas encontram-se

no leque de “satisfeito” e “muito satisfeito” (155 respostas ), com um valor de 12,82% para

inquiridos que “não sabe/não responde (25 respostas), valor este com relevo para a análise.

2.Clareza das informações requeridas

Quase metade dos inquiridos (46,67%) mostra-se “satisfeito” com a “clareza das informações

requeridas” (91 respostas ), sendo o valor de inquiridos muito insatisfeitos (0,00%) e

insatisfeitos (1,03%) não relevante (2 respostas no conjunto). Globalmente, 87,18% das

respostas encontram-se no leque de razoavelmente satisfeito a muito satisfeito (170



38

respostas ). Apenas 2,05% dos inquiridos exprimem que não sabem/não respondem (4

respostas).

3.Tempo de resposta a pedidos de informação

A percentagem dos inquiridos satisfeitos com o “tempo de resposta a pedidos de informação” é

de 38,97% (76 respostas ), sendo o valor de inquiridos “muito insatisfeitos” (4,62%) e

“insatisfeitos” (9,23%) com relevo e importância para a análise (27 respostas no conjunto).

Globalmente, 56,92% das respostas encontram-se no leque de “satisfeito” e “muito satisfeito”

(111 respostas ). Apenas 1,03% dos inquiridos que “não sabe/não responde” (2 respostas), o

que representa um valor residual.

4.Tempo de resposta para entrega de relatórios

No que respeita ao “tempo de resposta para entrega de relatórios”, 33,33% dos inquiridos

mostra-se “satisfeito” (65 respostas ), sendo o valor de inquiridos “muito insatisfeitos” (6,67%) e

“insatisfeitos” (14,87%) com grande relevância uma vez que perfaz 21,54% dos inquiridos ou



39

42 respostas no conjunto. Globalmente, 47,18% das respostas encontram-se no leque de

“satisfeito” e “muito satisfeito” (92 respostas ). Apenas 1,54% dos inquiridos “não sabe/não

responde” (3 respostas), o que é residual.

5.Rigor dos procedimentos administrativos

44,10% dos inquiridos mostra-se “satisfeito” com o “rigor dos procedimentos administrativos”


(1,54%) de pouco relevo (4 respostas no conjunto). Globalmente, 75,82% das respostas

encontram-se no leque de “satisfeito” e “muito satisfeito” (147 respostas ), sendo de 13,33% o

valor dos inquiridos que “não sabe/não responde” (26 respostas, o que tem algum relevo para

a análise.

6.Confiança no rigor técnico das perícias

No que respeita à “confiança no rigor técnico e científico das perícias”, 59,49% dos inquiridos

mostra-se “muito satisfeito” (116 respostas ), sendo o valor de inquiridos “muito insatisfeitos”



40

(1,03%) e “insatisfeitos” (1,54%) de pouco relevo (5 respostas no conjunto). Globalmente,

86,67% das respostas encontram-se no leque de “satisfeito” e “muito satisfeito” (169

respostas ). Das respostas obtidas, 7,18% dos inquiridos que “não sabe/não responde”, o que

tem algum relevo.

7.Interesse/impacto da atividade

44,62% dos inquiridos mostra-se “muito satisfeito” com o “interesse/impacto da atividade” (87

respostas ), sendo o valor de inquiridos “muito insatisfeitos” (1,03%) e “insatisfeitos” (0,51%)

irrelevante (3 respostas no conjunto). Globalmente, 82,56% das respostas encontram-se no

leque de “satisfeito” e “muito satisfeito” (161 respostas ). Um valor de 9,74% “não sabe/não

responde”, o que tem algum impacto na análise.

8.Apreciação do desempenho por serviço



41

No que respeita à “apreciação do desempenho por serviço”, os serviços de Clínica Forense e

de Patologia Forense obtêm a maior percentagem de respostas, 44,62% (87 respostas) e

35,38% (69 respostas), respetivamente, no grau de “muito satisfeito”. Globalmente, e para

estes serviços, 80,51% (157 respostas) e 68.72% (134 respostas) das respostas, encontram-

se no leque de satisfeito a muito satisfeito respetivamente. Dos inquiridos que não sabem/não

respondem são 8,21% para o serviço de Clínica Forense e de 20% para o serviço de Patologia

Forense. Os valores de inquiridos “muito insatisfeitos” e “insatisfeitos” é de 4,10% para ambos

os serviços, o que não tem pouca relevância.

No que respeita à “apreciação do desempenho por serviço”, os serviços de Genética e Biologia

Forense e de Toxicologia Forense obtêm a maior percentagem de respostas, 38,97% (76

respostas) para ambos, no grau de “muito satisfeito”. Globalmente, e para estes serviços,

68,72% (134 respostas) e 69.23% (135 respostas) das respostas, encontram-se no leque de

satisfeito a muito satisfeito respetivamente. Dos inquiridos que não sabem/não respondem são

21,54% para o serviço de Genética e Biologia Forense e de 18,97% para o serviço de

Toxicologia Forense. Os valores de inquiridos “muito insatisfeitos” e “insatisfeitos” são de

3,08% e de 4,10% respetivamente, o que tem pouca relevância.

Neste item de avaliação dos serviços importa referir que os serviços laboratoriais do Instituto,

realizando em larga escala exames complementares da realização de outras perícias,

compreende-se que as autoridades judiciais e judiciárias tenham respondido, em muitos casos,

que “não sabe/não responde.

9.Qualidade global do serviço da Delegação

47,69% dos inquiridos mostra-se “satisfeito” com a “qualidade global do serviço da Delegação”




42

(1,54%) irrelevante (5 repostas no conjunto). Globalmente, 82,56% das respostas encontram-

se no leque de “satisfeito” e “muito satisfeito” (161 respostas ). Um valor de 2,05% “não

sabe/não responde”, o que não revela impacto na análise.

2.6.5. Conclusões. Aspetos mais e menos positivos

Da análise dos dados globais verifica-se que 59,49% (116 respostas) dos inquiridos está

muito satisfeita relativamente à “confiança no rigor técnico-científico das perícias ” . Este

valor sobe para 90,26% se incluirmos os inquiridos que se consideram apenas satisfeitos ,

totalizando assim 176 respostas.

É possível extrair destes valores o reconhecimento da qualidade técnica e científica do trabalho

desenvolvido pelo INML, I.P., o que é suscetível de fornecer contributos para a credibilização

do próprio sistema de administração da justiça.

De registar também a avaliação feita à “Qualidade global do serviço das delegações” , onde

uma larga maioria dos inquiridos revelou estar satisfeita e muito satisfeita (161 respostas), o

que apresenta um valor de 82,56%.

Com resultados muito satisfatórios encontra-se o “clareza das informações requeridas” e a

“qualidade global do serviço da Delegação

Como pontos menos positivos da atividade encontra-se o “tempo de resposta a pedidos de

informações” e o “tempo de resposta para entrega de relatórios” , com 13,85% e 21,54%

de inquiridos muito insatisfeitos e insatisfeitos, respetivamente.

Dos pontos menos positivos conclui-se que o reforço de algumas categorias profissionais e

algum reforço em meios técnicos permitiria melhorar estes itens. Também a complexidade

técnico-científica de certas perícias com a consequente morosidade das mesma leva a que os

tempos de espera não sejam bem percecionados pelos utilizadores da informação requerida

Os indicadores referidos fazem com que se possa concluir, por um lado, pela consolidação da

confiança na qualidade humana e no rigor técnico-científico do trabalho pericial desenvolvido

no INML, I.P., levando, por outro lado, a que tenha de haver uma preocupação de

sensibilização no esclarecimento dos utilizadores quanto às características específicas da

atividade pericial forense.



43

2.7 AUDIÇÃO DE DIRIGENTES INTERMÉDIOS E DEMAIS TRAB ALHADORES NA

AUTOAVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS

2.7.1. Metodologia da avaliação. Questionários envi ados e recebidos

Os questionários aplicados junto dos funcionários e colaboradores foram aprovados pelo

Conselho Diretivo com o intuito de avaliar a perceção da qualidade dos funcionários e

colaboradores relativamente aos serviços por si prestados. Assim, procedeu-se à distribuição

massiva dos inquéritos, quer enviada através de correio eletrónico quer, opcionalmente, por

distribuição pessoal nos casos onde a primeira opção não se afigurava eficaz. Foram

distribuídos 123, 91 e 205 inquéritos pelas Delegações do Centro, do Norte e do Sul,

respetivamente, tendo sido recebida a quantidade expressa no quadro abaixo, desagregada

por Delegação. Verifica-se uma percentagem global de 32,22% de respostas do universo

inquirido.

Inquéritos distribuídos/recebidos por Delegação

Delegação Distribuídos Recebidos % C 123 22 17,89% S 91 29 31,87% N 205 84 40,98%

Total 419 135 32,22% Nota explicativa : C-Centro, N-Norte; S-Sul

Os inquéritos, que eram de preenchimento facultativo, compostos por nove questões,

obtiveram qualitativamente as respostas que se apresentam no quadro seguinte. Em coluna,

figuram os resultados correspondentes às perguntas designadas por algarismos e, em linha, os

resultados correspondentes às respostas qualitativas, sendo este quadro uma síntese em

valores absolutos.

GRAU DE SATISFAÇÃO - valores absolutos

Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5 Questão 6 Questão 7 Questão 8 Questão 9

MI 0 0 1 1 4 5 6 20 8

I 3 3 7 3 12 22 20 35 21

RS 17 11 23 19 27 44 25 41 43

INML,I.P. S 65 66 36 46 45 41 42 25 39

MS 34 45 24 48 45 14 35 5 24

n.r. 16 10 44 18 2 9 7 9 0

Total 135 135 135 135 135 135 135 135 135 Nota explicativa : MI – Muito insatisfeito, I -Insatisfeito; RS – Razoavelmente satisfeito; S – Satisfeito; MS – Muito satisfeito; n.r . -

não respondeu



44

Apresenta-se, de seguida, o mesmo quadro mas agora de forma percentual, o que permite

uma leitura mais intuitiva da qualidade das respostas a cada pergunta.

GRAU DE SATISFAÇÃO - percentual

Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5 Questão 6 Questão 7 Questão 8 Questão 9

MI 0,00% 0,00% 0,74% 0,74% 2,96% 3,70% 4,44% 14,81% 5,93%

I 2,22% 2,22% 5,19% 2,22% 8,89% 16,30% 14,81% 25,93% 15,56%

RS 12,59% 8,15% 17,04% 14,07% 20,00% 32,59% 18,52% 30,37% 31,85%

INML,I.P. S 48,15% 48,89% 26,67% 34,07% 33,33% 30,37% 31,11% 18,52% 28,89%

MS 25,19% 33,33% 17,78% 35,56% 33,33% 10,37% 25,93% 3,70% 17,78%

n.r. 11,85% 7,41% 32,59% 13,33% 1,48% 6,67% 5,19% 6,67% 0,00%

Total 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% Nota explicativa : MI – Muito insatisfeito, I -Insatisfeito; RS – Razoavelmente satisfeito; S – Satisfeito; MS – Muito satisfeito; n.r . -

não respondeu

2.7.2. Descrição e análise individualizada dos resu ltados obtidos

Mostrando-se importante uma análise global dos resultados, que será feita na parte final deste

capítulo, ir-se-á agora analisar individualmente os resultados de cada questão colocada.

1.Humanização no atendimento

Nesta questão 48,15% dos inquiridos mostra-se “satisfeito” com a “humanização do

atendimento” (65 respostas ), sendo o valor de inquiridos “muito insatisfeitos” (0,00%) e

“insatisfeitos” (2,22%) residual (no conjunto 3 respostas). Globalmente, 73,33% das respostas

encontram-se no leque de “satisfeito” e “muito satisfeito” (99 respostas ), com um valor de

11,85% para inquiridos que “não sabe/não responde”.



45

2.Competência do serviço

Relativamente à “competência do serviço”, 48,89% das respostas obtidas consideram-se

“satisfeito” (66 respostas ). O valor de inquiridos “muito insatisfeitos” (0,00%) e “insatisfeitos”

(2,22%) não apresenta grande relevo (3 respostas no conjunto). Globalmente, 82,22% das

respostas encontram-se no leque de “satisfeito” e “muito satisfeito” (111 respostas ),

evidenciando ainda que 3,29% dos inquiridos que “não sabe/não responde”.

3.Cumprimento dos objetivos da Delegação

A percentagem dos inquiridos “satisfeito” com o cumprimento dos objetivos da Delegação é de

26,67% (36 respostas) , sendo o valor de inquiridos “muito insatisfeitos” (0,74%) e

“insatisfeitos” (5,19%) (8 respostas no conjunto) de algum relevo. Globalmente, 44,44% das

respostas encontram-se no leque de “satisfeito” e “muito satisfeito” (60 respostas ). De

destacar que 32,59% dos inquiridos “não sabe/não responde”, o que representa um valor

extremamente importante na análise e que representa praticamente um terço das respostas.



46

4.Cumprimento dos objetivos do serviço

No que respeita ao “cumprimento dos objetivos do serviço”, 35,56% dos inquiridos mostra-se

“muito satisfeito” (48 respostas ), sendo o valor de inquiridos “muito insatisfeitos” (0,74%) e

“insatisfeitos” (2,22%) sem grande relevância (4 respostas no conjunto). Globalmente, 69,63%

das respostas encontram-se no leque de “satisfeito” e “muito satisfeito” (94 respostas ).

13,33% dos inquiridos “não sabe/não responde”, o que é um valor com alguma expressão na

análise.

5.Comunicação dentro do serviço

33,33% é simultaneamente a percentagem dos inquiridos que se mostra “muito satisfeito” e

“satisfeito” com a “comunicação dentro do Serviço” (45 respostas para cada item ), sendo o

valor de inquiridos “muito insatisfeitos” (2,96%) e “insatisfeitos” (8,89%) de relevo (16

respostas). Globalmente, 66,66% das respostas encontram-se no leque de “satisfeito” e “muito

satisfeito” (90 respostas ), sendo de 1,48% o valor dos inquiridos que “não sabe/não

responde”.



47

6.Comunicação entre os diversos Serviços

No que respeita à “comunicação entre os diversos Serviços”, 32,59% dos inquiridos mostra-se

“razoavelmente satisfeito” (44 respostas ), sendo o valor de inquiridos “muito insatisfeitos”

(3,70%) e “insatisfeitos” (16,30%) de relevo na análise (27 respostas no conjunto).


(55 respostas ). Os inquiridos que “não sabe/não responde” apresentam um valor de 6,67%, o

que tem pouco relevo na análise.

7.Comunicação com a direção

31,11% dos inquiridos mostra-se “satisfeito” com a “comunicação com a direção” (42

respostas ), sendo o valor de inquiridos “muito insatisfeitos” (4,44%) e “insatisfeitos” (14,81%)

de relevo e impacto na análise (26 respostas no conjunto). Globalmente, 57,04% das respostas

encontram-se no leque de “satisfeito” e “muito satisfeito” (77 respostas ). Um valor de 5,19%

“não sabe/não responde”, o que tem pouco impacto na análise.



48

8.Formação contínua

30,37% dos inquiridos mostra-se “razoavelmente satisfeito” relativamente ao item “formação

contínua” (41 respostas ), sendo o valor de inquiridos “muito insatisfeitos” (14,81%) e

“insatisfeitos” (25,93%) bastante relevante para a análise (55 respostas no conjunto).


(30 respostas ). Um valor de 6,67% dos inquiridos “não sabe/não responde”, o que tem

reduzido impacto na análise.

9.Conforto e limpeza das instalações

31,85% dos inquiridos mostra-se “razoavelmente satisfeito” com o “conforto e limpeza das

instalações” (43 respostas ), sendo o valor de inquiridos “muito insatisfeitos” (5,93%) e

“insatisfeitos” (15,56%) de relevo para a análise (29 respostas no conjunto). Globalmente,

46,67% das respostas encontram-se no leque de “satisfeito” e “muito satisfeito” (63

respostas ). Nenhum dos inquiridos respondeu “não sabe/não responde”.



49

2.7.3. Conclusões. Aspetos mais e menos positivos

Legenda: Questão 1 – Humanização no atendimento Questão 6 – Comunicação entre os diversos serviços Questão 2 – Competência do serviço Questão 7 – Comunicação com a direção Questão 3 – Cumprimento dos objetivos da Delegação Questão 8 – Formação contínua Questão 4 – Cumprimento dos objetivos do serviço Questão 9 – Conforto e limpeza das instalações Questão 5 – Comunicação dentro do serviço MI + I – coluna das respostas “Muito Insatisfeito” e “Insatisfeito” n.r. – coluna das respostas “não sabe/não responde RS – coluna das respostas “Razoavelmente satisfeito” RS + S + MS – coluna das respostas ”Razoavelmente Satisfeito”, S + MS – coluna das respostas ”Satisfeito” e “Muito Insatisfeito” “Satisfeito” e “Muito Insatisfeito”

Da análise dos dados globais verifica-se que 90,37% das respostas dos inquiridos se

encontram no leque de “razoavelmente satisfeito” a “muito satisfeito” relativamente à

“competência do serviço” (questão 2), o que equivale a 194 respostas. Este valor representa

uma perceção sobre a competência do serviço prestado de rigor e qualidade que interessa

manter e potenciar. A perceção da qualidade do serviço por parte dos colaboradores é um que

poderá ser motivacional na melhoria global dos serviços prestados. É possível extrair destes

valores o reconhecimento da qualidade técnica e científica do trabalho desenvolvido pelo

INML, I.P., o que é suscetível de fornecer contributos para a credibilização do próprio sistema

de administração da justiça

Também às questões relativas à ”humanização no atendimento” (questão 1) e

“comunicação dentro do serviço” (questão 5) se verificam elevadas percentagens de

respostas positivas, respetivamente 85,93% e 86,67% no leque de “razoavelmente satisfeito” a

“muito satisfeito”. Da análise da primeira denota-se a preocupação com o utente-cidadão que é

corroborada pelos dados analisados no ponto 2.5 Reclamações apresentadas pelos

cidadãos-utentes , em que o aumento face a 2010 se explica por uma caracterização mais

rigorosa das reclamações recebidas.



50

Como pontos menos positivos da avaliação encontram-se o “conforto e limpeza das

instalações” e a “formação contínua” , com 21,48% e 40,74% de inquiridos muito

insatisfeitos e insatisfeitos, respetivamente. Se quanto à primeira se poderá, com alguma

facilidade, alterar a perceção dos colaboradores através de uma maior exigência de qualidade

dos servições que são prestados ao INML,I.P.; já, quanto à segunda, será com um maior

diálogo e um maior empenhamento da hierarquia na valorização dos recursos humanos que se

poderá melhorar o resultado.

Como pontos menos respondidos da avaliação encontram-se o “cumprimento dos objetivos

da Delegação” e o “cumprimento dos objetivos do serviço” , com 32,59% e 13,33% de

inquiridos que “não sabe/não responde”, o que levanta naturais preocupações sobre as linhas

de comunicação hierárquica no sentido da interiorização e participação dos funcionários e

colaboradores na prossecução dos objetivos estabelecidos, o que em último caso poderá

comprometer a realização das metas definidas.

2.8 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PREVISTAS E NÃO PREVIS TAS NO PLANO DE

ATIVIDADES

Neste ponto pretende-se efetuar a análise das atividades que prevista, ou não, no Plano de

Atividades, têm pela sua dimensão ou relevância um lugar de destaque face às demais

atividades correntes e operacionais do INML,I.P. Nesta perspetiva podemos apontar a

organização do 19th IAFS (International Association of Forensic Sciences) Triennial Meeting

que decorreu em simultâneo com o 9th WPMO (World Police Medical Officers) Triennial

Meeting e com o 5th MAFS (Mediterranean Academy of Forensic Sciences) Meeting e que foi

uma organização conjunta com a Policia Judiciária.

De referir, ainda, a candidatura à acreditação do Serviço de Genética e Biologia Forense da

Delegação do Sul, que decorreu de forma extremamente célere em função da experiência

adquirida em anteriores processos de acreditação encetados pelo INML,IP.

Ambas as atividades serão explanadas de forma mais pormenorizada nos pontos seguintes.

� 19th IAFS (International Association of Forensic Sc iences) Triennial Meeting

Este congresso internacional decorreu no Funchal entre os dias 12 e 17 de Setembro de 2011.

A sua organização envolveu uma vasta equipa de elementos, das três Delegações do INML,IP,



51

que utilizaram os recursos técnicos disponíveis, o que permitiu a cabal execução de todas as

tarefas de conceção e implementação de um evento desta amplitude. Também a partilha da

organização com a Polícia Judiciária criou uma dinâmica muito positiva e profícua nos

resultados alcançados, tendo sido considerado, pelos participantes, um dos melhores

congressos, em termos de organização, na área das ciências forenses. A magnitude deste

evento deveu-se à realização em simultâneo de diversos eventos independentes, todos

relacionados com as ciências forenses, que decorreram de forma integrada e harmoniosa.

Como congressos principais temos:

� 19TH WORLD MEETING OF THE INTERNATIONAL ASSOCIATION OF FORENSIC

SCIENCES

� 5TH MEETING OF THE MEDITERRANEAN ACADEMY OF FORENSIC SCIENCES

� 9TH WORLD POLICE MEDICAL OFFICERS TRIENNIAL MEETING

Como congressos paralelos destacam-se os seguintes:

�10º Congresso Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses

�IV Congresso Ibérico de Medicina Legal

�I Congresso de Medicina Legal e Ciências Forenses dos Países de Língua Oficial

Portuguesa

�5º Encuentro de la Red Iberoamericana de Instituciones de Medicina legal y Ciencias

Forenses

Outros dados relevantes:

� Workshops pré-Congressos: 16

� Reuniões de Direção/Assembleias Gerais de Sociedades Científicas no âmbito da

Medicina Legal e Ciências Forenses: 12

�Países participantes: 98

�Participantes inscritos: 1700

�Comunicações apresentadas (orais e escritas): 1000

� Apresentação do pedido de acreditação do SGBF-S

Sendo o INML,IP um instituto único mas com vários laboratórios em atividade, interessa adotar

as melhores metodologias e garantir que o trabalho desenvolvido corresponde qualitativamente

aos padrões internacionais relevantes e aceites. Assim a certificação de qualidade dos

laboratórios assume-se como um objetivo importante da qualidade dos serviços que se

prestam.



52

Pela especificidade pericial em que assenta a natureza dos laboratórios do INML,IP, não

existem, a nível nacional entidades com o objeto de atividade dos nossos serviços técnicos.

Assim, a acreditação como processo de melhoria contínua, tornou-se um dos objetivos

fundamentais do Instituto, a par da responsabilidade que sobre nós recai de dar respostas de

elevada qualidade às questões forenses e legais levantadas pelo sistema de justiça, ou mesmo

pelos particulares. A par do referido, também as imposições legais internacionais relativas à

qualidade das análises efetuadas têm vindo a ganhar considerável relevância, uma vez que a

comparabilidade entre análises e a sua validade como prova ao serviço dos diferentes

sistemas de justiça dos mais diversos países passou a ser uma área de preocupação e de

ação.

Neste sentido o INML pretendeu acreditar todos os seus serviços laboratoriais, trabalho este

que começou em 2007 com a acreditação do Serviço de Toxicologia Forense da Delegação do

Sul. Com a experiência adquirida avançou-se para a acreditação do Serviço de Toxicologia

Forense da Delegação do Centro que, tal como referido na análise do QUAR/2011, foi

conseguida durante o ano de 2011, com a comunicação oficial do resultado no início de 2012.

Esta tarefa de estruturar o Sistema da Qualidade, em dois serviços técnicos até à data, veio a

refletir o know-how adquirido na forma célere em como foi possível, ainda em 2011, estruturar

o sistema da Qualidade para o Serviço de Genética e Biologia Forense da Delegação do Sul,

conseguindo-se formalizar, em 25-10-2011, o pedido de acreditação e tendo este sido aceite e

atribuído, pelo Instituto Português de Acreditação, IP, (IPAC) o n.º de processo L0632.

Aguarda-se, atualmente, o agendamento pelo IPAC da respetiva avaliação externa, que

certamente irá decorrer durante o ano de 2012.

Este processo de acreditação de todos os serviços laboratoriais do INML,I.P., que tendo sido

formalmente lançado em simultâneo como desafio às três Delegações, previa-se que

decorresse com uma certa morosidade, até pelo facto de ser inovador ao nível nacional e de

decorrer em simultâneo com a atividade pericial em serviços com elevado número de

requisições periciais, revelou-se mais célere do que o previsto.

Pelo apontado, não se previu como atividade a realizar em 2011, o processo de acreditação do

SGBF-S, pelo que, este, decorre de um ganho de eficiência dos profissionais do serviço

técnico visado em função da experiência adquirida nas anteriores acreditações e, na saudável

partilha de experiências entre os profissionais dos serviços já acreditados e aqueles que

pretendem obter a acreditação.



53

Fruto desta antecipação, prevê-se mesmo uma diminuição do prazo de concretização do

complexo processo de acreditação dos serviços laboratoriais do INML,IP, continuando a ser,

em todo o caso, um objetivo estratégico, logo de prazo alargado e que se operacionaliza em

objetivos anuais de laboratórios específicos a acreditar.

2.9 AFECTAÇÃO REAL E PREVISTA DOS RECURSOS HUMANOS E FINANCEIROS

2.9.1 Recursos Humanos

O INML,IP. apresenta o seguinte organograma, a nível central a ao nível das delegações, que

corresponde à estrutura orgânica funcional.

ORGANOGRAMA

O Instituto dispõe de um mapa de pessoal único, que substituiu os quadros antes repartidos

pelos extintos Institutos de Medicina Legal de Lisboa, Porto e Coimbra. Para além do conselho

diretivo, os restantes órgãos do Instituto são o Conselho Médico-Legal e o Fiscal Único.

Apresenta-se a seguir um organograma das Delegações em que se percebe de forma distinta

quais as áreas técnicas existentes e o apoio administrativo que necessitam que se estende até

aos Gabinetes Médico-Legais.



54

P LA N EA D OS R EA LIZ A D OS D ESVIO

54,9 54,9 0,0

161,7 160,6 -1,2

472,7 452,0 -20,6

130,2 123,6 -6,6

48,9 47,6 -1,3

2,9 2,9 0,0

81,8 79,9 -1,9

81,4 69,8 -11,6

20,1 16,7 -3,4

145,5 137,2 -8,3

18,3 14,4 -3,9

Total 1218,3 1159,5 -58,7

1,3

53,1

Assitente operacional

Coordenador Técnico / Assistente Técnico

49,9

4,3

3,4

3,4Informática

2,0

13,7

8,5

7,6

4,2

1,8

2,9

Recursos Humanos

P ON T UA ÇÃ O

93,8

2,9

140,6

499

169

51,4

P LA N EA D OS

1284,9

22,1

154,8

21

80,4Técnico Superior / Técnico Superior de

Saúde

Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica

Enfermeiros

Técnicos Ajudantes de Medicina Legal

Especial istas Superiores de Medicina Legal

Médicos de Medicina Legal e outros

Dirigentes - Direcção intermédia

Dirigentes - Direcção Superior

D ESIGN A ÇÃ O

55,7

1,5

2,1

3,5

3,8

4,7

2,9

1,8

4,5

8,6

9,4

12,9

P ON T UA ÇÃ O

Da análise do quadro acima evidenciado ressaltam alguns dados que carecem de explicação.

A evidência da diminuição da pontuação deve-se às reduções remuneratórias concretizadas

com o OE/2011 e que, na elaboração do QUAR/2011, não eram possíveis de prever, com

exceção no que se refere ao dirigentes de direção superior. A pontuação aumenta, apesar das

referidas reduções remuneratórias, devido a uma atualização remuneratória efetuada ao abrigo

dos estatutos do INML, I.P, que apesar de estar prevista desde 2007 apenas foi aplicada

efetivamente em 2011.



55

Os desvios evidenciados nas carreiras de Médicos de Medicina Legal e dos Técnicos

Superiores devem-se, no caso dos primeiros, ao facto de ter ocorrido a saída de um elemento,

de outro se encontrar com licença sem vencimento em parte do ano e de três elementos

apresentarem um elevado número de faltas por motivo de doença. Relativamente aos Técnicos

Superiores, verificou-se a aposentação de dois elementos no primeiro trimestre de 2011 e de

três elementos com um número de ausências elevado por doença (2) e maternidade (1).

No que respeita às carreiras de Especialista Superior de Medicina Legal e de Assistente

Técnico, verifica-se, no primeiro caso, um elevado absentismo de 5 elementos por motivo de

doença num total de 40 trabalhadores; enquanto que, no segundo, se verificou a saída de 2

elementos e um elevado absentismo por motivo de doença em 11 elementos, num total de 88

trabalhadores que constituem este grupo.

Existe ainda, de acordo com a referida lei orgânica, um quadro complementar, a exemplo dos

hospitais escolares, de forma a rentabilizar a colaboração pericial dos professores das

universidades públicas e a permitir-lhes a necessária componente prática.

No início de 2011 o INML, I.P. apresentava os seguintes efetivos:

Pessoal do INML, I.P., por carreiras e relação jurí dica - Janeiro 2011

CTFP T o ta l CTFP P rest. Serv. T o t a l CTFP P rest. Serv. Total CTFP P rest. Serv.

Dirigente 6 6 10 10 6 6 22 22

Médica ( M edicina legal e out ras especialidades médicas)

19 99 a) 118 20 86 106 20 84 104 59 2 6 9 328

Especialista Superior de Medicina Legal 10 2 12 11 1 12 10 10 3 1 3 34

Técnica Superior/ Técnica Superior de Saúde (Psicologia)

5 3 8 9 9 7 7 2 1 3 24

Informática 2 1 3 3 3 2 2 7 1 8

Técnica de Diagnóstico e Terapêutica/ Enfermagem

4 4 8 1 9 9 9 2 1 1 22

Técnica A judante de Medicina Legal 10 9 19 9 19 28 7 13 20 26 4 1 67

Assistente Técnico 20 3 23 32 2 34 22 2 24 74 7 81

Assistente operacional 4 4 6 6 5 5 15 15

Total por re lação jur ídica e de legação 8 0 117 197 10 8 10 9 217 8 8 9 9 187 2 7 6 3 2 5 601

T o t a l po r c a rre ira s

D e le ga ç ã o do S ul S e de e D e le ga ç ã o do C e nt ro D e le ga ç ã o do N o rt eT o t a is po r re la ç ã o

jur í d ic a

P rest. Serv.Carreiras

Locais de trabalho/ Relação

juridica

a) Inclui os médicos contratados para as comarcas a abranger pelos novos Gabinetes Médico-Legais de Almada, Cascais,

Santarém e Setúbal.

No final de 2011 o INML, I.P. apresentava os seguintes efetivos



56

Pessoal do INML, I.P., por carreiras, delegações e relação jurídica - Dezembro 2011

CTFPPrest. Serv.

Total CTFPPrest. Serv.



Dirigente 6 6 11 11 6 6 23 0 23

Médica ( Medicina legal e outras especialidades médicas) - d)

21 106 127 21 76 97 20 89 109 62 271 333

Especialista Superior de Medicina Legal 12 1 13 16 16 12 12 40 1 41

Técnica Superior/ Técnica Superior de Saúde -Psicologia f)

6 12 18 9 6 15 7 10 17 22 28 50

Informática 1 1 3 3 2 2 6 0 6

Técnica de Diagnóstico e Terapêutica/ Enfermagem

4 4 7 1 8 9 9 20 1 21

Técnica Ajudante de Medicina Legal 16 5 21 11 13 24 13 8 21 40 26 66

Assistente Técnico 23 23 39 39 24 24 86 0 86

Assistente operacional 2 2 6 6 5 5 13 0 13

Total por relação jurídica e delegação 91 124 215 123 96 219 98 107 205 312 327 639

Delegação do Sul a) Sede e Delegação do Centro b) Delegação do Norte c)Totais por relação

jurídica Total por

carreirasCarreiras

Locais de trabalho/ Relação

juridica

a) Inclui o pessoal da Delegação e de 9 GML's (Beja, Évora, Faro, Santiago do Cacém, Portalegre, Portimão, Torres Vedras, Setúbal e Vila Franca de Xira) b) Inclui o pessoal da Sede, da Delegação e de 11 GML's (Aveiro, Angra do Heroísmo, Castelo Branco, Covilhã, Figueira da Foz, Funchal, Guarda, Leiria, Ponta Delgada, Tomar e Viseu). c) Inclui o pessoal da Delegação 8 GML's (Braga, Bragança, Chaves, Guimarães, Penafiel, Santa Maria da Feira, Viana do Castelo e Vila Real). d) No pessoal em RCTFP estão incluídos os internos do internato da especialidade de medicina legal. e) Inclui os médicos contratados em prestação de serviços para as comarcas a abranger pelos novos Gabinetes Médico-Legais de Almada, Cascais e Santarém. f) Os contratos de prestação de serviços referem-se exclusivamente a psicólogos para realização de perícias de psicologia forense.

Da análise comparativa dos quadros anteriores verifica-se um aumento do número total de

recursos, mais trinta e oito elementos, o que corresponde a um aumento de 6,32% face ao

inicio do ano.

Apresenta-se de seguida um quadro onde se pode ver a variação dos recursos humanos por

delegação e por relação jurídica

Comparação do Pessoal, por carreiras, delegações e relação jurídica – Jan/Dez 2011

CTFP P. Serv. CTFP P. Serv. CTFP P. Serv. CTFP P. Serv.

Jan/2011 80 117 108 109 88 99 276 325 601

Dez/2011 91 124 123 96 98 107 312 327 639

Variação 13,75% 5,98% 13,89% -11,93% 11,36% 8,08% 13,04% 0,62% 6,32%

NorteCentro SulTOTAL

Total por tipo contrato

Do quadro apresentado, retira-se que o crescimento dos recursos humanos se deve ao

aumento dos trabalhadores do mapa de pessoal, com expressão idêntica nas três delegações.

Por sua vez, os prestadores de serviços mantêm-se quase inalterados, fruto da anulação do



57

seu crescimento nas delegações do Sul e do Norte com um decréscimo equivalente na

delegação do Centro.

Conclusivamente pode afirmar-se que a gestão de pessoal decorreu de forma a atingir os

objetivos de estabilidade de recursos humanos, embora se deva salientar a complexidade que

envolve a situação num contexto geográfico abrangente de todo o território nacional e com as

carências conhecidas de pessoal médico.

2.9.2 Recursos Financeiros

O Instituto iniciou, desde a sua criação, um processo gradual tendente à autonomização

financeira absoluta, com suporte nos valores oficiais, aprovados por portaria, para os serviços

por si prestados, só tendo sido possível alcançar à custa do significativo crescimento das

receitas próprias verificado desde a criação do INML, I.P., devido em parte à atualização do

valor das perícias médico-legais, mas que ocorreu em simultâneo com o plano de instalação

dos gabinetes médico-legais visando a plena cobertura de todo o território nacional.

Apresenta-se a seguir um quadro síntese da execução financeira apenas tendo em conta

apenas as despesas próprias provenientes de receitas próprias (fonte de financiamento 510).

Execução financeira planeada versus executada (FF 5 10)

UT ILIZ Á VEL EXEC UT A D OS D ESVIO

Orçamento de funcionamento

Despesas c/Pessoal 13.923.684,00 13.598.702,79 -324.981,21

Aquisições de Bens e Serviços 4.867.040,00 3.427.181,56 -1.439.858,44

Outras despesas correntes 8.065.600,00 8.052.536,53 -13.063,47

Aquisição de bens de capital 483.099,00 227.898,26 -255.200,74

PIDDAC 2.955.495,00 757.550,68 -2.197.944,32

TOTAL (OF+PIDDAC+Outros) 30.294.918,00 26.063.869,82 -4.231.048,18

2.969.600,00

908.475,00

1.638.506,00

5.341.962,00

16.927.283,00

D ESIGN A ÇÃ O

Recursos Financeiros

P LA N EA D OS / P R OP OST OS

27.785.826,00

As grandes diferenças verificadas devem-se à rubrica de Aquisição de Bens e Serviços, de

Outras Despesa Correntes e do PIDDAC. Se relativamente à Aquisição de Bens e Serviços e

ao PIDDAC se observam reduções acentuadas da execução face ao planeado/utilizável, no

que respeita às Outras Despesas Correntes aparece uma transferência não prevista pra a

tutela. Estas situações são explicadas com mais detalhe nos pontos seguintes.



58

� Execução da despesa

Em 31 de Dezembro de 2011, a despesa total executada, pelas diversas fontes de

financiamento, totalizou 27.262.980 €, conforme o quadro abaixo.

PROG MEDCLASS

ECONOMICADESPESA

RECEITAS

PROPRIAS (

510 )

FEDER ( 412 ) SPA ( 319 )TOTAL

DESPESAS

011 009 01 DESPESAS COM O PESSOAL 13.598.703 9.096 13.607.799

011 009 02 AQUISIÇÃO DE BENS / SERV CORRENTES 3.427.182 4.015 3.431.196

011 009 04 TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 8.041.387 1.186.000 9.227.387

011 009 06 OUTRAS DESPESAS CORRENTES 11.149 11.149

011 009 07 AQUISIÇÃO DE BENS CAPITAL 227.898 0 227.898

DESPESA DE FUNCIONAMENTO 25.306.319 0 1.199.110 26.505.429

011 012 01 DESPESAS COM O PESSOAL 0 0 0

011 012 07 AQUISIÇÃO DE BENS CAPITAL 757.551 0 757.551

DESPESA DO PIDDAC 757.551 0 0 757.551

TOTAL DO SERVIÇO 26.063.870 0 1.199.110 27.262.980

FONTE FINANCIAMENTO

A despesa total executada compõe-se de 97% de despesas de funcionamento e de 3% de

despesas de investimento conforme se pode observar no gráfico seguinte.

DESPESA DE FUNCIONAMEN

TO

; 26.505.429; 97%

DESPESA DO PIDDAC

; 757.551; 3%

REPARTIÇÃO DA DESPESA TOTAL

DESPESA DE FUNCIONAMENTO

DESPESA DO PIDDAC

Na despesa total de funcionamento, executada por subagrupamento, verifica-se uma

repartição de 51% para as despesas com o pessoal, de 13% para as despesas com aquisição

de bens e serviços, de 35% para transferências correntes, de um valor muito próximo de 0%

para as outras despesas correntes e de 1% para as despesas com aquisição de bens de

capital, conforme o gráfico seguinte. Salienta-se o elevado volume transferido para a tutela,

que foi completamente impossível de prever aquando da construção do Orçamento para 2011,

e que se deveu a fatores externos ao próprio planeamento e gestão do Instituto. Esta evidência



59

encontra-se perfeitamente refletida no quadro inicial deste subcapítulo na comparação entre

despesa planeada e utilizável.

13.607.799; 51%3.431.196; 13%

9.227.387; 35%

11.149; 0%227.898; 1%

REPARTIÇÃO DAS DESPESAS FUNCIONAMENTO

DESPESAS COM O PESSOAL

AQUISIÇÃO DE BENS / SERV CORRENTES

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES

OUTRAS DESPESAS CORRENTES

AQUISIÇÃO DE BENS CAPITAL

A despesa executada no orçamento do PIDDAC totalizou 757.550,68 €, sendo totalmente

executada no subagrupamento de aquisição de bens de capital, conforme se observa no

gráfico seguinte e completamente proveniente de receitas próprias.

AQUISIÇÃO DE BENS CAPITAL;

757.551;

100,00%

REPARTIÇÃO DAS DESPESAS DE PIDDAC

DESPESAS COM O PESSOAL

AQUISIÇÃO DE BENS CAPITAL

� Execução da receita

Em 31 de Dezembro de 2011, a receita executada no orçamento de Receita Própria totalizou

23.287.961 €, conforme se pode verificar no quadro seguinte.



60

PROG MEDCLASS

ECONOMICARECEITA

RECEITAS

PROPRIAS (

510 )

FEDER ( 412 ) SPA ( 610 )TOTAL

RECEITAS

011 009 06 03 07 TRANSF CORR / ASS REPUBLICA 0 0

011 009 07 02 99 VENDAS DE BENS / SERV CORRENTES 22.914.193 22.914.193

011 009 08 01 99 OUTRAS RECEITAS CORRENTES 0 0

011 009 15 01 01 REPOSIÇÕES N ABATIDAS NOS PAGAMENTOS 0 0

RECEITAS DE FUNCIONAMENTO 22.914.193 0 0 22.914.193

011 009 07 02 99 VENDAS DE BENS/SERV CORRENTES 373.768 373.768

011 009 10 09 01 TRANSF CAPITAL / EU - FEDER 0 0

RECEITAS DE PIDDAC 373.768 0 0 373.768

TOTAL DO SERVIÇO 23.287.961 0 0 23.287.961

FONTE FINANCIAMENTO

RECEITAS DE FUNCIONAMEN

TO

; 22.914.193; 98%

RECEITAS DE PIDDAC

; 373.768; 2%

REPARTIÇÃO DA RECEITA TOTAL

RECEITAS DE FUNCIONAMENTO

RECEITAS DE PIDDAC

Na repartição da receita total, verifica-se que as receitas de funcionamento valem 98% do total

das receitas, sendo os restantes 2% relativos a receitas de PIDDAC.

VENDAS DE BENS / SERV CORRENTES;

22.914.193; 100,00%

REPARTIÇÃO DAS RECEITAS DE FUNCIONAMENTO

TRANSF CORR / ASS REPUBLICA

VENDAS DE BENS / SERV CORRENTES

OUTRAS RECEITAS CORRENTES

REPOSIÇÕES N ABATIDAS NOS PAGAMENTOS



61

A repartição das receitas de funcionamento e das receitas de PIDDAC é exclusivamente

proveniente da venda de serviços, como se pode ver no gráfico anterior e no gráfico seguinte,

respetivamente.

VENDAS DE BENS/SERV

CORRENTES;

373.768; 100%

REPARTIÇÃO DAS RECEITAS DE PIDDAC

VENDAS DE BENS/SERV CORRENTES

TRANSF CAPITAL / EU -FEDER

Toda a informação sobre a despesa pode ser consultada nos Anexos 5.1 e 5.2; enquanto a

informação relativa às Receitas nos anexos 5.3, e 5.4, permitindo análises técnicas mais

aprofundadas

2.10 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELOS SERVIÇOS CENTRA IS E PELAS

DELEGAÇÕES

Como atrás foi referido, quanto à caracterização do INML, I.P., este dispõe de Serviços

Centrais, Delegações (do Norte, do Centro e do Sul) e Gabinetes médico-legais, cabendo

aquelas prosseguir, nas respectivas áreas de actuação, as atribuições do Instituto, sem

prejuízo das competências reservadas aos órgãos e serviços centrais.

Na sede do Instituto, em Coimbra, localizam-se, para além dos órgãos executivos e consultivos

organicamente previstos, os seguintes serviços centrais do INML, I.P.:

• Departamento de Administração Geral (DAG);

• Departamento de Investigação, Formação e Documentação (DIFD);

• Gabinete de Assessoria Jurídica (GAJ).



62

Os supra referidos serviços, que desenvolvem as competências previstas na lei, para além do

pessoal dirigente provido nos correspondentes lugares consagrados no mapa anexo aos

Estatutos aprovados pela Portaria 522/2007, de 30 de Abril, não dispõem de pessoal próprio,

pelo que se socorrem de trabalhadores afectos à Delegação do Centro do INML. O défice de

recursos humanos com que o INML se tem debatido permanentemente, origina dificuldades no

que respeita ao desempenho concreto das competências que cabem aos serviços centrais, o

que tem sido minimizado pela disponibilidade do pessoal que com os mesmos colabora.

A direcção de cada delegação é assegurada, por inerência, pelos vogais do conselho directivo

que para o efeito são designados.

Cada delegação dispõe dos seguintes serviços técnicos:

- O Serviço de Patologia Forense;

- O Serviço de Clínica Forense;

- O Serviço de Toxicologia Forense;

- O Serviço de Genética e Biologia Forense;

Sem prejuízo do desenvolvimento e da realização dos objectivos e das estratégias definidos no

QUAR/2011 e consequentemente no plano de atividades para o ano de 2011, reside na

actividade pericial a componente mais relevante da atividade das delegações e, é sobre ela,

que incidiram as preocupações mais relevantes, na perspectiva do reforço da qualidade dos

serviços prestados, enquanto contributo fundamental para o adequado funcionamento do

sistema de administração da justiça.

De seguida, apresentam-se de forma resumida as atividades de maior relevo dos serviços

centrais e das delegações, que poderão ser verificados de forma pormenorizada nos relatórios

de atividades dos Serviços Centrais e de cada uma das Delegações. A atividade pericial das

Delegações e dos GML’s pode ser verificada no Anexo 5.5.

2.10.1 Serviços Centrais

� Departamento de Administração Geral (DAG)

O Departamento de Administração Geral (DAG) é um serviço central do Instituto,

compreendendo as seguintes divisões:

• A Divisão Administrativa e Financeira (DRH);

• A Divisão de Recursos Humanos (DRH);



63

• A Divisão de Informática

A DAG dispõe das seguintes competências, prevista na lei orgânica do INML,I.P::

a) Assegurar as actividades e executar as tarefas imprescindíveis à gestão e administração

financeira e patrimonial do Instituto;

b) Elaborar proposta de plano e o relatório anual de actividades do instituto, com base nos

planos e relatórios elaborados pelas delegações;

c) Dar orientações e directivas às delegações para assegurar uma gestão administrativa e

financeira integrada a nível regional, bem como garantir o seu cumprimento;

d) Acompanhar e avaliar a actividade das delegações a nível administrativo e financeiro;

e) Assegurar a gestão e administração dos recursos humanos dos serviços centrais do INML,

I. P., das delegações e dos gabinetes médico-legais e promover a gestão integrada destes

recursos;

f) Assegurar a gestão de uma base de dados dos recursos humanos dos serviços do INML, I.

P.;

g) Acompanhar e coordenar os projectos de informatização e actualização tecnológica, bem

como apoiar as restantes unidades orgânicas e funcionais e os utilizadores, em articulação

com o organismo do Ministério da Justiça responsável por esta área;

h) Assegurar a existência de uma página electrónica com os conteúdos previstos na lei;

i) Prestar apoio às delegações que não disponham de gabinete de administração ou cujo

respectivo lugar de direcção não esteja provido.

Atividades desenvolvidas:

� Divisão Administrativa e Financeira

• Melhoria das formas de organização e de controlo e dos métodos de trabalho

relacionados com a gestão financeira, contabilística e patrimonial do Instituto,

através do desenvolvimento da aplicação SIAG-AP (ERP);

• Diligenciou-se pelo pagamento atempado dos encargos devidos pela prestação

de serviços médico-legais e pela realização de perícias solicitadas por diversas

entidades, sensibilizando para o efeito o Instituto de Gestão Financeira e de

Infra-Estruturas da Justiça;

• Criação das adequadas rotinas de orientação, acompanhamento e avaliação

das actividades das delegações e dos gabinetes médico-legais, no âmbito das

competências do departamento;



64

� Divisão de Recursos Humanos

• Desenvolveu, acompanhou e concluiu os procedimentos de concurso a nível

nacional, prestando o apoio solicitado pelos respectivos júris;

• Celebrou, quando superiormente autorizado pela tutela e no respeito pelas

disponibilidades orçamentais, os contratos individuais de trabalho

imprescindíveis para o exercício de funções específicas nos gabinetes médico-

legais e nas delegações;

• Garantiu a gestão da base de dados de recursos humanos do Instituto, no

âmbito da sua gestão integrada e promoveu a afectação racional dos efectivos

pelos diversos serviços e unidades funcionais;

• Promoveu, em conjugação com o Departamento de Investigação, Formação e

Documentação, a frequência de acções de formação de pessoal, nas áreas por

que se desenvolve a actividade do departamento, tendo em conta,

designadamente, os novos diplomas que introduzam alterações nos regimes

gerais e especiais reguladores da Administração Pública em geral e dos

Institutos Públicos em particular.

� A Divisão de Informática

Os objetivos superiormente definidos para a Divisão de Informática para o ano de 2011 foram:

1.Melhorar o serviço de apoio prestado

2.Melhorar o desempenho dos sistemas de informação, nomeadamente dos sistemas

SIAG-AP, LIMS e MedLeg

3.Contribuir para a conceção de um novo sistema de informação para as áreas Médico-

Periciais

4.Contribuir para a implementação e consolidação dos sistemas de videoconferência e

telemedicina

5.Responder com qualidade e atempadamente às solicitações de pareceres e informação

técnica

6.Manter atualizada a informação institucional na página eletrónica do INML, IP

7.Contribuir com propostas inovadoras e fundamentadas para a melhoria do serviço

� Atividades Desenvolvidas

•Suporte ao Funcionamento (Obj. SIADAP -1,4,6)

i.Administração da rede informática e equipamentos – hardware e software:

- Auditoria, manutenção e gestão da rede informática da Sede e Delegação do Centro e

respetivos Gabinetes Médico-Legais;



65

ii.Sistemas de informação

- Administração dos sistemas MEDLEG;

- Administração do sistema STARLIMS;

- Administração do sistema SIAG-AP;

- Administração do sistema MilleniumPlus;

- Administração do sistema OCS Inventory;

- Administração dos sistemas de numeração de ofícios de diversos serviços;

iii.Melhoria e atualização das instalações

- Reestruturação da rede elétrica da sala dos servidores;

- Reafectação e distribuição correta da carga dos bastidores de servidores pelas

diversas UPS;

iv.Segurança de dados e auditoria informática

v.Outras atividades

- Preparação e coordenação de informação institucional no âmbito de pedidos

realizados pela tutela e outras instituições da Administração Pública, nomeadamente

informação estatística;

- Júri de concurso para Especialista de Informática para a Delegação do Norte;

- Apoio informático aos Curso de Mestrado e Curso Superior de Medicina Legal.

•Projetos Desenvolvidos no Âmbito Nacional (Obj. SIADAP - 2,3,7)

Base de dados genéticos

- Participação em diversas reuniões internacionais relacionadas com grupo de trabalho

europeu Techinal Work Group – DNA (TWG - DNA), grupo de trabalho europeu Ad Hoc

Group on Information Exchange e grupo de trabalho europeu Working Group on

Information Exchange and Data Protection (DAPIX) para implementação do Tratado de

Prüm (Decisões do Conselho Europeu 2008/615/JHA e 2008/616/JHA);

- Implementação das decisões do Conselho Europeu 2008/615/JHA e 2008/616/JHA;

- Estabelecimento de comunicação com êxito, com congéneres do tratado de Prüm;

- Instalação do sistema CODIS 7.0 e respetivos trabalhos de implementação da

infraestrutura, incluindo migração de dados e formação no estrangeiro (Amesterdão);

Sistema de informação SIAG-AP

- Apoio na parametrização contínua do sistema;

- Desenvolvimento da aplicação para integração da informação de faturação da

Delegação do Sul;

- Implementação do sistema de distribuição automática dos talões de vencimento;

Apoio ao congresso internacional IAFS2011

- Conceção e desenvolvimento de melhorias e atualizações da página eletrónica oficial;



66

- Administração do sistema de informação de suporte à página eletrónica oficial do

congresso IAFS2011;

- Apoio informático à equipa da organização.

Sistema de informação MEDLEG

- Aquisição dos módulos de Emissão e Registo de Expediente, Estatística e Indicadores

de Gestão, Faturação, Geração de relatórios e de Preenchimento de Modelo offline

para o Sistema de Informação MedLeg.Net (Clínica Forense e Patologia Forense);

- Introdução do sistema automático de faturação para as aplicações CF da Delegação

do Centro incluindo os respetivos GMLs;

- Atualização do sistema de acordo com a nova tabela de custos das perícias médico

legais (portaria Portaria n.º 175/2011 de 28 de Abril);

Sistema de informação STARLIMS

- Apoio à implementação do módulo de Genética Forense;

- Atualização sucessiva para versões mais recentes do sistema;

- Auditoria ao desempenho do sistema, salvaguarda dos dados;

- Prestação de consultoria técnica ao funcionamento do sistema;

Sistema de Monitorização de Procedimentos de Aquisi ção

- Conceção e desenvolvimento de um sistema de gestão de aquisições para as

Unidades de Aprovisionamento para verificação das conformidades da contratação

pública;

- Desenvolvimento sucessivo de novas funcionalidades;

- Introdução do sistema nas Delegações;

- Ações de formação inicial.

•Coordenação, Gestão e Formação (Obj. SIADAP – 3,5,7)

- Elaboração e diversos pareceres técnicos de suporte à decisão;

- Elaboração do processo de avaliação SIADAP 3 de 2010;

- Definição de objetivos SIADAP 3 para 2011;

- Elaboração do relatório de atividades de 2010;

- Elaboração do Orçamento para 2012

� Departamento de Investigação, Formação e Documentaç ão (DIFD)

O DIFD é um serviço central do Instituto Nacional de Medicina Legal, competindo-lhe:

a) Promover a coordenação científica da actividade de medicina legal e de outras ciências

forenses;



67

b) Promover e coordenar as actividades de investigação, no domínio da medicina legal e de

outras ciências forenses;

c) Elaborar, executar e coordenar os planos de formação técnico-científica;

d) Coordenar a realização dos estágios de ingresso nas carreiras dos quadros de pessoal do

INML, I. P.;

e) Coordenar a realização de cursos de formação e o ensino pré-graduado e pós-graduado na

área de medicina legal e outras ciências forenses;

f) Aprovar acções científicas e de formação, no domínio médico-legal e de outras ciências

forenses, para as quais se pretenda o reconhecimento oficial do Ministério da Justiça;

g) Promover o intercâmbio científico com entidades públicas e privadas, nacionais ou

estrangeiras, no âmbito da medicina legal e de outras ciências forenses;

h) Coordenar o funcionamento dos arquivos técnico-científicos da sede, das delegações e dos

gabinetes médico-legais do INML, I. P.;

i) Coordenar o funcionamento da biblioteca e serviços de documentação da sede, das

delegações e dos gabinetes médico-legais do INML, I. P.;

j) Promover e desenvolver um sistema integrado de arquivo, biblioteca e documentação.

a) No domínio da investigação :

• Prosseguiu os projectos de investigação em curso com Universidades e/ou

Institutos de Medicina Legal estrangeiros e incentivou a criação de novos

projectos a desenvolver em parceria com essas Instituições e também com

instituições científicas nacionais, nomeadamente universitárias e hospitalares;

Incentivou a apresentação dos resultados dessas investigações, quer através de

comunicações em congressos ou outras reuniões científicas, quer através da

publicação de artigos em revistas nacionais e estrangeiras.

b) No domínio da formação

• Promoveu a realização do Curso Superior de Medicina Legal e de outros cursos

de pós-graduação, nomeadamente o de Avaliação do Dano Corporal Pós-

Traumático;

• Deu continuidade à colaboração com as Universidades de Coimbra, Lisboa e

Porto no que respeita à realização dos respectivos Mestrados em Medicina

Legal e Ciências Forenses;

• Dinamizou a divulgação de conhecimentos médico-legais a nível das forças de

segurança, profissionais de saúde e juristas

• Organizou reuniões científicas para actualização e divulgação dos

conhecimentos médico-legais, nomeadamente:



68

c) No domínio da documentação

• Continuou o processo de informatização do catálogo da biblioteca,

• Prosseguiu a implementação do sistema de arquivo da sede do Instituto

• Continuar, através de contactos com o Gabinete de Política Legislativa e

Planeamento do Ministério da Justiça, o trabalho de registo e cruzamento de

dados estatísticos relativos à actividade pericial, a nível nacional;

� Gabinete de Assessoria Jurídica (GAJ)

Nos termos dos Estatutos do Instituto Nacional de Medicina Legal, IP (INML, IP), aprovados

pela Portaria n.º 522/2007, de 30 de Abril, ao Gabinete de Assessoria Jurídica (GAJ) compete

prestar apoio jurídico ao Conselho Diretivo, de que depende, bem como aos serviços centrais e

às delegações do INML, I. P., nomeadamente:

a) Participar na análise e na preparação de projetos de diplomas legais e de normas

administrativas de execução permanente, conjuntamente, sendo caso disso, com o

Departamento de Administração Geral (DAG) e com os restantes serviços;

b) Elaborar ou apreciar minutas de contratos, acordos, protocolos e despachos referentes

a atos administrativos de gestão ou administração que lhe sejam solicitados;

c) Emitir pareceres, elaborar informações e proceder a estudos sobre quaisquer assuntos

que lhe sejam submetidos;

d) Preparar os projetos de resposta de recursos administrativos;

e) Instruir os processos, nomeadamente disciplinares, e acompanhar os processos

administrativos e contenciosos;

f) Pronunciar-se sobre assuntos de natureza jurídica suscitados no âmbito das

atribuições do Instituto.

1. A atividade do GAJ versou sobre o exercício de todas aquelas competências, destacando-

se as seguintes atividades:

�Elaboração de pareceres e informações a solicitação do Conselho Diretivo, do Diretor

do DAG, e dos Serviços Técnicos sobre diversos assuntos, tais como:

- Nomeação de peritos e intervenção pericial dos serviços médico-legais;

- Faturação de perícias;

- Acesso a documentos periciais;

- Pareceres do Conselho Médico-Legal;

- Depósito e destruição de amostras;



69

- Atos urgentes;

- Realização de autópsias médico-legais;

- Realização de perícias a título particular;

- Procedimentos nos casos de crimes sexuais;

- Composição de juntas médicas;

- Intervenção dos peritos em audiência de julgamento;

- Funções de coordenação dos GML;

- Disposição e utilização de cadáveres;

- Bases de dados de perfis de ADN;

- Distribuição de exames de psiquiatria forense;

- Delegação e subdelegação de competências.

- Questões do regime jurídico-funcional dos trabalhadores do INML (Avaliação de

desempenho. Mudança de posição remuneratória; Concurso. Candidatura. Ingresso e

acesso. Aplicação do regime contido no Regulamento de Incentivos para militares em

regime de voluntariado (RV) e regime de contrato (RC); Dia de férias suplementar.

Contagem de tempo de serviço. Prestação de serviços; Ingresso na Administração

Pública Mobilidade. L. P.C. - INML. Determinação do vencimento base e mudança de

escalão).

- Colheitas no âmbito de Investigação biológica de parentesco. Consentimento e

legitimidade para requerer;

- Perícias colegiais de clínica forense e sua realização nos GML’s;

- Realização de exames em menores. Legitimidade para requerer. Consentimento.

Audição do menor;

- Peritos médicos. Exercício de funções periciais (artºs 27.º a 29.º da Lei n.º 45/2004 de

19 de Agosto. Atividade pericial privada e o impedimento contido nos nºs 8 e 9 do

referido art.º 29.º;

�Instrução do processo relativo à obtenção junto do INFARMED da autorização de

importação de substâncias controladas para realização de perícias toxicológicas;

�Elaboração de projetos de nova lei orgânica e de novos estatutos do Instituto Nacional

de Medicina Legal.

�Elaboração de protocolos relativos à:

- Colaboração pedagógica, científica e pericial;

- Instalação de gabinetes médico-legais;

- Prestação de serviços periciais a entidades terceiras.



70

�Participação em grupos de trabalho :

- Grupo de trabalho relativo à desmaterialização do certificado de óbito (em colaboração

com a Direcção-Geral de Saúde, a Procuradoria-Geral da República, e o ITIJ;

- Grupo de Trabalho encarregue da apresentação de um projeto de decreto-lei sobre a

realização de perícias de investigação biológica da filiação a título particular;

- Grupo de Trabalho para acompanhamento da gestão das bases de dados de perfis de

ADN.

�Intervenção nos procedimentos de registo e qualificação das solicitações das

autoridades judiciárias e judiciais para recolha de amostras e realização de perícia de

determinação de perfis de ADN, no âmbito da Lei n.º 5/2008, de 12 de Fevereiro.

�Instrução de 3 processos disciplinares.

�Análise, pareceres preliminares, diligências interc alares e pareceres finais:

- em 67 casos de requerimentos de perícias de investigação biológica de parentesco que

deram entrada em 2011, para além de continuação de diligências em casos que

entraram no ano anterior;

- em casos de requerimentos de perícias no âmbito da genética forense, em cabelos e

peças de vestuário.

�Atendimento e consultoria em assuntos vários e, designadamente, na apreciação de

contratos no âmbito de processos de aquisição de bens e serviços, e de Despachos

referentes a atos administrativos de gestão ou informações a prestar pelo Presidente do

Conselho Diretivo ou pelo Diretor do DAG, bem como em matéria de investigação

biológica de parentesco.

2. Além do estrito exercício das suas competências legais, o GAJ desenvolveu outras

atividades como contributo para a afirmação da qualidade do serviço prestado pelo GAJ e

pelo INML, e manifestação da sua inserção junto da comunidade académica e científica:

- Acolhimento de estágio na área da medicina legal de licenciado em Direito no âmbito de

protocolo firmado com a Universidade de Coimbra (Estágio de Ana Clara Heeren);

- Orientação de tese de Mestrado na Faculdade de Medicina da Universidade de

Coimbra (tese de Karen Brito Silva);

- Lecionação de aulas no ensino pré e pós-graduado da Universidade de Coimbra e da

Universidade do Porto, e em ações de formação profissional promovidas pelo INML;



71

- Colaboração com associações que prosseguem finalidades de investigação e

divulgação científica no âmbito da medicina legal e de outras ciências forenses: a

CENCIFOR - Centro de Estudos em Ciências Forenses, e a SPECAN - Sociedade

Portuguesa para o Estudo da Criança Abusada e Negligenciada.

� Publicidade institucional

No estrito cumprimento do estipulado no n.º 10 da Resolução do Conselho de Ministros

47/2010, de 25 de Junho, e de acordo com o enquadramento evidenciado na alínea n) do

artigo 4º da mesma, o INML,I.P. realizou apenas acções de publicidade institucional

relacionadas com as obrigações de publicitação previstas na lei, tais como as acções de

recrutamento de recursos humanos e as acções de aquisição ou contratação de bens e

serviços no âmbito da contratação publica.

2.10.2 Delegação do Norte

A atividade da DNINML continuou orientada na perspetiva da organização médico-legal,

operada pelo Decreto-Lei nº 11/1991, de 24 de janeiro, pela Lei 45/2004, de 19 de agosto e,

mais recentemente, pelo Decreto-Lei 131/2007, de 27 de abril, e Portaria 522/2007, de 30 de

abril, no sentido de desenvolver e promover um trabalho articulado e de elevada qualidade a

nível nacional, garantindo-se, também, maior celeridade na realização e conclusão das

perícias, o que tem passado pela implementação de diversas estratégias, designadamente no

âmbito da definição de normas e consequente harmonização de procedimentos e práticas

periciais, administrativas e de gestão.

No ano de 2011 as diversas atividades periciais no âmbito médico-legal e forense foram, uma

vez mais, desenvolvidas tendo em vista a promoção da harmonização das metodologias e dos

modelos de relatórios periciais, bem como o acompanhamento da atividade pericial,

particularmente a nível dos Gabinetes Médico-Legais (GML), não obstante a persistência de

uma série de condicionalismos que continuam a limitar de forma substancial a capacidade de

resposta desta Delegação. Esses condicionalismos são, sobretudo, as condições logísticas e a

carência de recursos humanos, muito em especial a nível de pessoal técnico superior (médicos

e especialistas superiores de medicina legal). Este facto implica, entre outros

constrangimentos, o recurso a contratos de avença celebrados com peritos e instituições, de



72

forma a manter a capacidade de resposta às solicitações periciais, solução esta que começou

a perigar no final de 2011 devido aos elevados cortes orçamentais previstos para esta rubrica

no ano de 2012. Note-se, contudo, que tem sido feito um investimento significativo

relativamente à admissão de novos médicos internos, apesar de não nos ser atribuído o

número de lugares requerido, ou seja, de que temos necessidade e para os quais temos

capacidade formativa. Assim, contamos com 2 médicos em 2008, 2 em 2009, 1 em 2010 e 2

em 2011, o que, ainda assim, fica muito aquém das necessidades.

Os restantes constrangimentos têm a ver com as condições em que as colaboradoras e os

colaboradores são obrigados a trabalhar, na grande maioria dos casos sem as necessárias

garantias de segurança e higiene, sendo muitas delas degradantes do seu estatuto de

trabalhador, condições estas para as quais continuam a não se vislumbrar alterações de

monta, dado que não avançou o projeto de construção das novas instalações no Campus da

Justiça do Porto, nem foi encontrada uma situação alternativa que, como atempadamente

propusemos, poderia ter passado pela construção de um pavilhão pré-fabricado no atual

parque de estacionamento da DNINML ou pela ampliação da Delegação para os antigos

espaços confinantes do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do

Porto (ICBAS). Assim, os serviços de apoio técnico e administrativo continuam instalados num

piso de prédio na Rua das Carmelitas, mantendo-se a distanciação física entre estes serviços e

os serviços técnicos, o que constitui um obstáculo à mais direta interação entre colaboradores,

apenas superado com algum esforço adicional; os restantes Serviços Técnicos continuam com

um espaço diminuto e desadequado, embora tenham sido, entretanto, concluídas as obras de

remodelação do Serviço de Patologia Forense (divisão do seu pé direito) e do Serviço de

Genética e Biologia Forense (aproveitamento do sótão da Delegação).

É de realçar que o GML de Braga foi transferido para o novo Hospital “Escala Braga”, cuja

construção resultou de uma parceria público-privada, motivo pelo qual passou a ter instalações

condignas com a atividade pericial exercida, ainda que não esteja concluído o processo de

cedência de todos os espaços necessários ao GML.

As principais preocupações da direção durante 2011 continuaram a ser, tal como no ano

anterior: (a) a contenção dos gastos, promovendo a implementação das medidas que, neste

sentido, foram preconizadas pelo Conselho Diretivo; (b) a promoção da motivação dos

recursos humanos e a sua gestão, de forma a conseguir níveis e qualidade de resposta pericial

adequados, para que os utentes não ficassem grandemente prejudicados pelas muito precárias

condições em que se trabalha nesta Delegação e em alguns GML; (c) a procura de soluções

que permitissem minorar o problema que as instalações representam; (d) a harmonização dos



73

procedimentos gerais a nível técnico e de gestão; (e) o funcionamento da rede informática; (f) a

qualidade da atividade pericial na Delegação e GML dela dependentes; (g) a formação pré e

pós-graduada (visando contribuir para a formação de profissionais melhor preparados para dar

resposta às questões médico-legais e forenses com que se possam deparar no exercício da

sua atividade profissional).

Deu-se cumprimento à grande parte dos objetivos traçados para este período, sobretudo

aqueles que dependiam unicamente da Delegação, tendo muitos sido superados, como

adiante se explicitou detalhadamente no relatório de atividades da Delegação do Norte.

Os objetivos estruturais fixados para a Delegação do Norte em 2011, previstos no seu Plano de

Atividades, eram os que a seguir se indicam, tendo sido todos atingidos e 8 superados:

1. Alargar a oferta de serviços no âmbito de psiquiatria e psicologia forenses – objetivo

claramente superado (taxa de aumento de 473%);

2. Diminuição do tempo médio para a conclusão de perícias – objetivo claramente

superado (taxa de redução de pendências de 62.5%);

3. Promoção da qualidade da resposta pericial através da criação de uma “Unidade de

Auditorias Internas” que promova este tipo de procedimentos nos Gabinetes

Médico-Legais – objetivo atingido; não foi superado pois apenas um membro da

equipa efetuou formação na área da Qualidade e não se validou nenhuma das

fichas;

4. Implementação do Sistema da Qualidade no Serviço de Genética e Biologia Forense,

com vista a melhoria e segurança dos resultados - objetivo atingido (não houve

superação pois não se chegaram a concretizar as auditorias);

5. Implementação do Sistema da Qualidade no Serviço de Toxicologia Forense, com

vista a melhoria e segurança dos resultados - objetivo concretizado (não houve

superação pois não se chegaram a concretizar as auditorias);

6. Submissão de 4 artigos científicos para publicação em revista científica indexada –

objetivo claramente superado (15 artigos publicados e 23 submetidos);

7. Candidatura da Delegação a, pelo menos, 4 projetos de investigação - objetivo

claramente superado (15 candidaturas efetuadas);

8. Organização de ações de formação - objetivo claramente superado (6 cursos de

formação contínua acreditados, 3 workshops internacionais e 2 congressos

internacionais);

9. Colaboração no ensino pré e pós-graduado de medicina legal e outras ciências

forenses - objetivo claramente superado (19 unidades curriculares na pré-

graduação e 22 cursos de pós-graduação, com 29 docentes da Delegação);



74

10. Contribuir para a manutenção do equilíbrio financeiro da Delegação, tendo em vista

a manutenção do autofinanciamento do INML, I.P., centrado no equilíbrio anual e

na autonomização plena do Instituto – objetivo claramente superado (foram

apresentadas as análises semestrais de receita e despesa por Departamento

dentro dos prazos previstos).

11. Desencadear, havendo cabimento orçamental, os processos de aquisição de bens e

serviços, respeitantes à Delegação e a todos serviços de Patologia Forense do

INML, I.P. – objetivo claramente superado (foi efetuado um ficheiro em suporte

informático, com os dados relativos a cada um dos procedimentos e foram

desencadeados e concluídos os procedimentos até à data prevista).

12. Organização e registo do inventário – objetivo atingido (o primeiro inventário foi

organizado até à data prevista, tal como o segundo, ficando contudo a faltar a

colocação de etiquetas nos bens inventariados na segunda fase em virtude da

aplicação informática SIAG não ter permitido a sua emissão).

Apesar de todas as contrariedades e constrangimentos ao normal desenvolvimento da sua

atividade, muito particularmente a nível das condições logísticas relativas ao espaço e

condições de higiene e segurança, sobre as quais temos constantemente vindo a alertar as

devidas instâncias, condições estas que condicionam fortemente o cumprimentos dos

objetivos, desde logo no que à produção pericial, científica e de formação concerne, logrou

esta Delegação, mercê do elevado empenho das suas colaboradoras e colaboradores,

conseguir atingir um elevado índice de concretização e superação dos seus objetivos ,

como acabou de se demonstrar.

Para além da concretização dos objetivos referidos e como resumo de toda a atividade em

2011, assinale-se que a Delegação:

a)Realizou 69918 exames periciais , que representaram mais 3401 exames do que no

ano anterior (taxa de crescimento de 5%);

b)Diminuiu o nível de pendências dos relatórios periciais em 62.5% (de 0.8% para

0.3%);

c) Promoveu a avaliação da satisfação dos utentes na área da clínica forense, na

Delegação e todos os GML dela dependentes, sendo esta francamente favorável ;

a avaliação dos utilizadores (tribunais, órgãos de polícia criminal, etc.), foi

desencadeada pela sede;

d)Promoveu a avaliação da satisfação das suas colaboradoras e co laboradores ,

sendo esta favorável ;



75

e)Garantiu a manutenção das receitas próprias como única fonte d e

financiamento ;

f)Garantiu um resultado positivo de 2.973.149€ , resultante do diferencial entre

proveitos (faturação) que ascenderam a 9.236.577€ e das despesas que totalizaram

6.263.428€;

g)Efetuou uma análise da receita e despesa por departamento (semestral e anual),

comparando com o semestre e com o ano anterior, revelando todos os

departamentos um saldo positivo ;

h)Além das aquisições correntes, promoveu a aquisição do material de consumo

clínico de Patologia Forense a nível nacional , com inclusão de consumíveis e

matérias para os laboratórios de Anatomia Patológica;

i)Desencadeou todos os procedimentos concursais, a nível nacional , relativos aos

Serviços de Patologia Forense (incluindo laboratórios de Anatomia Patológica);

j)Logrou a admissão de 2 médicos internos ;

k) Participou eficazmente no projeto da aplicação informática MEDLEG.NET , na área

da Patologia Forense e Clínica Forense;

l)Participou eficazmente no processo de implementação do Sistema de Qualidade nos

serviços de Genética e Biologia Forense e de Toxicologia Forense;

m)Promoveu a qualidade da atividade pericial através do acompanhamento técnico-

científico junto dos GML ;

n)Manteve a tendência crescente do nível de produção científica , através de

projetos de investigação científica submetidos, de trabalhos científicos apresentados

e de publicações: (1) submeteu 15 projetos e esteve envolvida em 5 projetos de

investigação financiados, além de 69 não financiados (teses de mestrado e

doutoramento); (2) apresentou 149 trabalhos científicos em reuniões nacionais e

internacionais; (3) publicou 32 trabalhos científicos, deixando 19 aceites para

publicação e 7 submetidos em 2012;

o)Manteve a tendência crescente a nível da organizaçã o de reuniões científicas,

ações de formação e estágios organizados (13 e 50, respetivamente),

importando referir diversos cursos de formação profissional acreditados pela

Direção Geral do Ensino Superior;

p)O seu pessoal participou em 20 eventos científicos, 17 cursos de

formação/ workshops , 20 reuniões técnico-científicas internas e 12 est ágios

externos ;

q)Colaborou a nível do ensino superior em 19 unidades curriculares na pré-

graduação ;



76

r)Colaborou em 22 cursos de pós-graduação , destacando-se a conclusão de mais

uma edição do Curso Superior de Medicina Legal e do Curso de Pós-Graduação em

Avaliação do Dano Corporal Pós-Traumático, na Delegação do Norte, ambos já na

versão adaptada aos critérios de Bolonha;

s) Colaborou em diversos programas de mestrado e douto ramento , destacando-se

os cursos de Mestrado e de Doutoramento em Ciências Forenses da Universidade

do Porto.

Considerando as limitações orçamentais a que a Delegação estará sujeita no ano de 2012,

importará prosseguir na prossecução dos objetivos até agora alcançados, mas tendo sobretudo

em mente otimizar os aspetos que se referem, explorando até ao limite as soluções que se

revelarem possíveis:

a)O espaço disponível nas instalações da Delegação, designadamente através da

ampliação do espaço para o exterior, enquanto não houver possibilidade de se

beneficiar de um novo edifício, sempre cientes dos riscos que as atuais condições

colocam para o funcionamento da Delegação;

b)A atividade pericial e administrativa concretizada pelo pessoal do mapa da

Delegação, tendo em vista aumentar a sua produtividade e, simultaneamente,

reduzir os custos com os peritos contratados, cientes dos riscos que tal pode

implicar para a atividade pericial (sobretudo a nível da celeridade na entrega dos

relatórios) e para as receitas da Delegação.

Obviamente que, dada a gravidade da situação e, apesar das referidas restrições, se

continuará a “lutar” pela efetivação do processo de construção do edifício-sede desta

Delegação.

Reiterando a conclusão do relatório de 2010, reafirmamos que não obstante os resultados

conseguidos na prossecução dos objetivos para 2011, e mesmo reconhecendo como possível

a manutenção do empenho demonstrado pelas colaboradoras e colaboradores na

concretização de novos objetivos, devemos ter sempre presente que estamos a trabalhar numa

situação limite, bastando qualquer pequena rutura para inviabilizar a manutenção dos índices

de produtividade e a eficiência e a eficácia da atividade desta Delegação.



77

2.10.3 Delegação do Centro

A Delegação do Centro possui características específicas motivadas pela circunstância de se

encontrar localizada junto à Sede. Tais características particulares não se observam a nível dos

serviços técnicos, em que a atividade pericial se desenvolve de acordo com parâmetros

científicos que tendem para a harmonização, mas observam-se de forma muito notória a nível

dos serviços de gestão administrativa de recursos humanos e financeiros. No que se refere a

esta área, a Delegação do Centro não possui pessoal autónomo, existindo uma sobreposição

de tarefas que não permite a distribuição adequada de responsabilidades. As solicitações

diárias enquadráveis nas atribuições da Sede, como por exemplo resposta a ofícios, a e-mails,

receção de visitantes, atendimento de telefonemas, etc., sobrepõem-se usualmente às

necessidades internas da Delegação. Refira-se que tal apoio é feito sempre com empenho e

gosto, no entanto prejudica a concretização de iniciativas e acompanhamento da atividade da

Delegação. Na vertente técnico-científica, esse apoio consegue ser prestado sem prejuízo

notório da atividade pericial. Na vertente administrativa e de gestão, torna-se bastante mais

difícil atendendo ao facto de a Delegação do Centro não possuir um Chefe de Gabinete de

Administração e de não possuir autonomia de pessoal em determinadas áreas. Assim, as

prioridades são naturalmente dirigidas para os compromissos que a Sede possui com

entidades externas, ficando os assuntos da Delegação para quando há disponibilidade. É

também frequente que seja dado apoio prioritário às restantes Delegações, que se encontram

afastadas da Sede, relativamente aos problemas locais da Delegação do Centro, cuja

resolução se vai adiando para quando não existem solicitações exteriores. Estando a área de

recursos humanos e financeira da Sede extremamente deficitárias em pessoas (esta última

agravada pela saída de um dos seus elementos para a administração de outra Delegação) e

não tendo a Delegação do Centro qualquer trabalhador específico nestas áreas, vive

dificuldades acrescidas só colmatadas pelo enorme esforço individual de todos os seus

elementos.

Assim, o maior problema da Delegação do Centro consiste na inexistência de Chefe de

Gabinete de Administração (não obstante o esforço do Sr. Diretor do Departamento de

Administração Geral) e de pessoal autónomo nas áreas de gestão de recursos humanos e

financeiros. No âmbito da revisão orgânica do INML que criou os lugares de Chefe de Gabinete

de Administração nas restantes Delegações não foi possível criar o lugar de Chefe de Gabinete

de Administração na Delegação do Centro pelo facto de, segundo foi à data transmitido pela

tutela, ter sido atingido o número máximo de lugares dirigentes atribuíveis ao Instituto.

Atendendo ao facto de as restantes Delegações se encontrarem afastadas da Sede foi

unânime a proposta de que os lugares fossem atribuídos às Delegações do Norte e do Sul. No



78

entanto, tal decisão veio provocar significativos constrangimentos à Delegação do Centro, que

se têm vindo a acentuar à medida que o volume de iniciativas e responsabilidades vai

aumentando, como reflexo do aumento e diversificação da atividade do Instituto. Apesar

desses constrangimentos, a Delegação do Centro tem dado resposta, no prazo, às solicitações

que lhe são dirigidas, embora muitas sem o aprofundamento que desejaria.

A título de exemplo refira-se que o presente Relatório de Atividades, cuja elaboração compete

ao Chefe de Gabinete de Administração, nos termos do artigo 15º dos Estatutos do INML, IP.,

foi elaborado por um elemento da Divisão Administrativa e Financeira e pelo Diretor da

Delegação, sendo a vertente de gestão financeira e administrativa da Delegação do Centro /

Sede elaborada pelo Diretor do Departamento de Administração Geral no Relatório de

Atividades global do INML, IP, à semelhança de anos anteriores.

A Delegação do Centro tem vindo a orientar a sua atuação no sentido do cumprimento dos

objetivos estabelecidos para o INML, I.P., de acordo com as orientações emanadas pelo

Conselho Diretivo. Os seus elementos têm assumido uma postura de unidade nacional no que

diz respeito a iniciativas e procedimentos que se desejam ver harmonizados. Tal harmonização

implica, frequentemente, uma alteração da forma de proceder e o aparecimento de dificuldades

naturais decorrentes do desconhecimento. Contudo, tem sido observado um esforço

assinalável dos seus trabalhadores no sentido da colaboração necessária com as restantes

Delegações, o que está subjacente à criação do INML, I.P.

Com todos os Gabinetes Médico-Legais instalados e em funcionamento, tem sido preocupação

dos dirigentes e restantes elementos da Delegação do Centro uma articulação forte com esses

serviços do INML, I.P.. Apesar de serem em número elevado (11) e das dificuldades naturais

relativas ao funcionamento dos serviços nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira,

tem sido possível uma harmonização progressiva de procedimentos. Para tal tem contribuído a

existência de encontros ou deslocações de elementos da Delegação aos GMLs bem como

uma cada vez maior facilidade de comunicação através da utilização de ferramentas

informáticas comuns. Apesar da existência ainda de algumas dificuldades na utilização do

sistema MedLeg, tem vindo a ocorrer uma maior disponibilidade para a resolução dos

problemas existentes.

No que se refere ao funcionamento dos diversos serviços da Delegação, o maior problema

consistia, no início do ano, no elevado número de pendências dos exames de histologia. Tal

facto ocorria pela circunstância de que a Delegação do Centro tinha de recorrer a uma

empresa prestadora de serviços que havia ganho o concurso para o efeito. Tal empresa –



79

CEDAP – possui qualidade reconhecida nesta área, mas tem capacidade limitada na resposta

ao número de solicitações. Por múltiplas ocasiões foram realizados contactos e reuniões no

sentido de se ultrapassar o problema, mas o CEDAP nunca conseguiu recuperar o passivo,

apesar da boa vontade sempre manifestada. A deslocação de uma médica especialista em

Anatomia Patológica para a Delegação do Centro constituiu uma mais-valia que permitiu o

controlo desta situação. Assim, foi possível a recuperação das pendências de histologia. Após

diversas intervenções ao longo de muito tempo, foi finalmente possível colocar em ordem um

serviço cuja atividade se repercute não apenas na Patologia Forense mas em todos os GMLs.

No final do ano, e face à necessidade de recuperar o passivo de exames de uma outra

Delegação do INML, IP, bem como a um período de baixa prolongada da única médica

anatomo-patologista da Delegação do Centro, o número de pendências teve de subir, o que foi

assumido como consequência necessária. Concluída a maioria dos exames relativos à outra

Delegação, o processo de eliminação de pendências da Delegação do Centro foi retomado.

Acrescente-se que a Delegação do Centro intermediou e apoiou também o processo de

aquisição de serviços a uma outra anatomo-patologista com o objetivo único da realização dos

exames dessa outra Delegação.

No que se refere às instalações físicas, mantém-se a preocupação pelo facto de não se

observar o início de construção da nova Sede e Delegação do Centro do INML, I.P., apesar

dos diversos contactos estabelecidos com o Instituto de Gestão Financeira do Ministério da

Justiça e dos anúncios públicos feitos pelo seu Presidente relativos à data de início da obra.

Um outro aspeto a realçar prende-se com a supervisão técnico-científica efetuada não apenas

aos serviços da Delegação como aos GMLs. É feita a supervisão da quase totalidade dos

relatórios de autópsia elaborados por peritos médicos contratados para os GMLs da região

centro do País. As supervisões técnico-científicas possuem naturalmente apenas uma função

pedagógica e de alerta, tornando-se progressivamente um mecanismo de controlo de

qualidade de grande relevância. Os peritos médico-legais sabem que os seus relatórios podem

ser supervisionados por especialistas e que é cada vez mais importante a objetividade e

fundamentação das suas conclusões.

No sentido da contribuição para a manutenção do autofinanciamento, continuou a controlar-se

pormenorizadamente o processo de faturação, na Delegação e nos GMLs. Foram tomadas

medidas no sentido de aumentar a faturação de determinado tipo de exames, que passaram

para a alçada da Delegação.



80

A Delegação do Centro deu um contributo muito significativo, também com o apoio das

Delegações do Norte e do Sul, para o funcionamento da Base de Dados de Perfis de ADN. São

realizadas reuniões periódicas, pelo sistema de videoconferência, para harmonização de

procedimentos. A Base de Dados tem vindo a crescer exponencialmente o que implica um

cada vez maior volume de trabalho e complexidade dos problemas. Em Julho de 2011, após

uma visita inspetiva à Sede e Delegação do Centro do INML, Portugal foi autorizado a dar

início ao intercâmbio automatizado de perfis de ADN com os restantes Estados-Membros

(Decisão do Conselho de 19 de Julho de 2011 (2011/472/EU).

O Aprovisionamento da Delegação do Centro deu cumprimento à incumbência das aquisições

nacionais na área da Genética Forense, tendo o processo corrido bem na maioria das

aquisições necessárias.

A Delegação do Centro continua a orientar as suas atividades também no sentido da

investigação, com a realização dos trabalhos, apresentação de comunicações, de publicações,

orientações de teses, que se encontram discriminadas na atividade de cada um dos serviços.

Também no que se refere à atividade formativa, os elementos da Delegação do Centro

continuam a colaborar em múltiplas ações de formação, seminários, visitas de estudo à

Delegação, o que se encontra também discriminado na atividade de cada um dos serviços

técnicos. Diversos elementos da Delegação do Centro continuaram a dar apoio à formação

pós-graduada e pré-graduada, bem como em inúmeros encontros científicos, além de projetos

de investigação que se discriminam no relatório de atividades da Delegação do Centro.

Face aos objetivos previstos no QUAR 2011 para o INML, IP. e excluindo os que não tinham

aplicação direta nos serviços da Delegação (que mereceram iniciativas autónomas), foram

fixados os seguintes objetivos para os serviços da Delegação:

�Serviço de Patologia Forense:

•Inexistência de pendências de relatórios periciais.

Indicador de medida: número de pendências inferior a 10.

Indicador de clara superação: número de pendências inferior a 5.

•Melhoria da qualidade da atividade pericial desenvolvida nos GMLs da área de atuação da

Delegação, com supervisão a cada um desses Gabinetes pelo menos anualmente.

Indicador de medida: verificação do número de supervisões efetuadas através da

elaboração e apresentação dos respetivos relatórios, apresentando os resultados



81

relativos à supervisão com base numa ficha de recolha de dados aprovada pelo

Conselho Diretivo.

Indicador de clara superação: realização de mais ações de supervisão a todos os

Gabinetes e apresentação dos respetivos relatórios.

•Publicação de 2 artigos científicos promovidos pelo Serviço em revista científica

internacional.

Indicador de medida: demonstração da aceitação ou publicação dos artigos não

previamente envolvidos em processo de avaliação.

Indicador de clara superação: aceitação ou publicação de pelo menos 4 artigos.

•Realização de 3 projetos de investigação sob coordenação do Serviço.

Indicador de medida: apresentação dos relatórios referentes aos projetos.

Indicador de clara superação: realização de pelo menos 5 projetos de investigação.

•Apresentação de 15 trabalhos científicos promovidos pelo Serviço (comunicações orais ou

posters) em reuniões científicas.

Indicador de medida: demonstração da apresentação dos trabalhos.

Indicador de clara superação: apresentação de pelo menos 20 trabalhos.

�Serviço de Clínica Forense:




•Melhoria da qualidade da atividade pericial desenvolvida nos GMLs da área de atuação da

Delegação, com supervisão a cada um desses Gabinetes pelo menos anualmente.

Indicador de medida: verificação do número de supervisões efetuadas através da

elaboração e apresentação dos respetivos relatórios, apresentando os resultados

relativos à supervisão com base numa ficha de recolha de dados aprovada pelo

Conselho Diretivo.

Indicador de clara superação: realização de mais ações de supervisão a todos os

Gabinetes e apresentação dos respetivos relatórios.


internacional.









82





�Serviço de Toxicologia Forense:




•Organização e realização de pelo menos três horas de formação teórico-prática para

peritos e técnicos dos GMLs dependentes da área de atuação da Delegação, visando a

promoção dos conhecimentos teóricos e práticos especializados.

Indicador de medida: concretização das horas de formação no decurso do ano de

2011, mediante a apresentação de relatório com respetivo programa e avaliação

dos resultados.

Indicador de clara superação: realização de pelo menos o dobro do tempo de

formação previsto.


internacional.











�Serviço de Genética e Biologia Forense:




•Organização e realização de pelo menos três horas de formação teórico-prática para

peritos e técnicos dos GMLs dependentes da área de atuação da Delegação, visando a

promoção dos conhecimentos teóricos e práticos especializados.



83

Indicador de medida: concretização das horas de formação no decurso do ano de

2011, mediante a apresentação de relatório com respetivo programa e avaliação

dos resultados.

Indicador de clara superação: realização de pelo menos o dobro do tempo de

formação previsto.


internacional.











Os serviços técnicos cumpriram globalmente os objetivos fixados, como se encontra

discriminado no relatório da delegação, apesar de todos os constrangimentos conhecidos no

plano económico-financeiro, que se refletiram numa gestão bastante rigorosa, quer dos

recursos financeiros, quer dos recursos materiais sem esquecer também um rigoroso

planeamento dos recursos humanos disponíveis.

No ano de 2011, os serviços da Delegação do Centro do INML,I.P. conseguiram alcançar os

objetivos que lhe foram estabelecidos contribuindo para melhor servir os seus utilizadores,

salvaguardando um relacionamento eficiente e criando as condições para atingir mais-valias no

que à administração do sistema judicial respeita.

A atividade pedagógica e científica dos diversos serviços encontra-se compilada no seguinte

quadro:

DELEGAÇÃO DO CENTRO 2011

Atividade pedagógica desenvolvida

Atividade pedagógica Formação pré-graduada 26

Formação pós-graduada 40

Colaboração/estágios com estabelecimentos

Secundário 28

Superior 20



84

de ensino Outros estágios 16

Atividade científica desenvolvida Projetos de

investigação Em curso 18

Teses Mestrado 66

Doutoramento 6

Prémios e louvores 6

Trabalhos científicos apresentados

Conferências 19

Comunicações livres 7

Posters 100

Publicações Revistas 21

Capítulos de livro 3

Salientam-se as dificuldades inerentes à inexistência de chefe de gabinete de administração da

Delegação do Centro, bem como de trabalhadores autónomos na área de gestão financeira e

de recursos humanos, impedindo a completa concretização das intenções da direção da

Delegação nessa área. A título de exemplo refira-se que, face à inexistência de chefe de

gabinete de administração, o presente relatório de atividades foi elaborado, no tempo

disponível, por um trabalhador da divisão administrativa e financeira da Sede e pelo Diretor da

Delegação do Centro. Por tal circunstância, a vertente de gestão financeira e administrativa da

Delegação do Centro / Sede é elaborada pelo Diretor do Departamento de Administração Geral

no Relatório de Atividades global do INML, IP, à semelhança de anos anteriores.

2.10.4 Delegação do Sul

Apesar de muitos dos novos procedimentos desenvolvidos pelo INML se encontrarem já em

plena execução, em 2011 a atividade da Delegação do Sul (DS-INML) prosseguiu a orientação

decorrente da organização médico-legal operada pelo Decreto-Lei nº 96/2001, de 26 de Março,

e pela Lei nº 45/2004, de 19 de Agosto, que estabelece o regime jurídico dos exames e

perícias médico-legais, visando promover e desenvolver um trabalho articulado a nível

nacional, designadamente a harmonização de procedimentos e práticas periciais e

administrativas.

A despeito das graves dificuldades com que esta Delegação continua a debater-se, as quais

condicionam seriamente a sua capacidade de resposta, manteve-se o esforço que vinha do

antecedente no sentido de contribuir para a melhoria da harmonização das metodologias e dos

relatórios periciais, incrementando-se, tanto quanto possível, o acompanhamento da atividade

pericial nos GML da sua área geográfica.



85

Estes condicionalismos resultaram, fundamentalmente, da grande carência de recursos

humanos e do indispensável apoio logístico que há muito se fazem sentir, constrangimentos

estes que têm vindo a ser assinalados em anteriores relatórios, em especial no que se refere

ao escasso número de médicos, técnicos superiores e funcionários administrativos.

Tais circunstâncias afetaram muito significativamente a resposta às solicitações periciais em

diversas áreas, que não foi possível compensar mediante recurso a médicos contratados em

regime de avença.

Por outro lado, o número de médicos interessados em desempenhar funções periciais em

regime de avença quer na Delegação, quer nos GML da sua área de influência geográfica, tem

vindo a diminuir pondo em causa o regular funcionamento destes serviços médico-legais,

designadamente em Portimão e Beja, onde estas carências atingem proporções dramáticas,

obrigando a repetidas deslocações pontuais de médicos quer da Delegação do Sul, quer da

área geográfica das outras duas Delegações para acudirem a situações especialmente críticas,

sem que, a despeito das medidas que têm vindo a ser propostas, se vislumbre a possibilidade

de reverter tão precárias condições de funcionamento.

As condições de trabalho têm vindo a ser progressivamente melhoradas, através de obras de

remodelação das instalações, embora condicionadas pelo espaço físico que se encontra no

limite do seu aproveitamento, parte do qual alocado a áreas de arquivo com escassa ou nula

utilização.

As principais preocupações da Direção durante o ano 2011 incidiram, tal como nos anos

precedentes, na concretização dos seguintes objetivos: tentativa de manter níveis de resposta

pericial adequados às solicitações, procurando satisfazer, com qualidade, as necessidades das

entidades requisitantes e dos cidadãos-utentes; harmonização dos procedimentos técnicos e

administrativos; investimento no processo de acreditação do Serviço de Toxicologia Forense e

no desencadeamento dos procedimentos tendentes a obter a acreditação do Serviço de

Genética e Biologia Forenses; melhoria da rede de informática e das condições de trabalho nos

sectores mais carenciados; formação pré e pós-graduada em diversos domínios (visando

contribuir para a formação de profissionais vocacionados para a medicina legal e ciências

forenses), e divulgação da medicina legal e ciências forenses, com vista a reverter uma

representação social ainda frequentemente associada à ideia de uma “medicina dos mortos”.

As condições adversas atrás assinaladas não poderiam deixar de se repercutir negativamente

na concretização de alguns dos objetivos definidos para a Delegação, em especial no número



86

de relatórios pendentes devido à substituição da anterior diretora do Serviço de Patologia

Forense e às longas ausências ao trabalho por parte de vários médicos nos Serviços de

Patologia Forense e de Clínica Forense.

No ano de 2011 entrou em funcionamento o Gabinete Médico-Legal de Setúbal, ultrapassadas

que foram as vicissitudes relacionadas com o atraso nas obras e ulterior instalação, conforme

assinalado no relatório do ano transato.

A Delegação do Sul continua a orientar as suas atividades também no sentido da investigação,

com a realização dos trabalhos, apresentação de conferências, comunicações, publicações,

orientações de teses e outras tarefas conexas, que se encontram discriminadas na atividade

de cada um dos serviços.

Também no que se refere à atividade formativa, os elementos da Delegação do Sul continuam

a colaborar em múltiplas ações de formação, seminários, workshops, sessões científicas,

visitas de estudo à delegação, o que se encontra também discriminado na atividade de cada

um dos serviços.

Os objetivos fixados para a Delegação só parcialmente foram atingidos, ainda que tenham sido

realizadas 44.144 perícias na sede e 12.772 nos Gabinetes Médico-Legais da sua área

territorial, num total de 56.916. A questão não se coloca tanto a nível do número de perícias

realizadas, que, em grande parte dos serviços, excedeu o número registado no ano de 2010,

mas no número de relatórios periciais pendentes nos Serviços de Patologia Forense e de

Clínica Forense. Foram tomadas medidas, que, permitindo inverter a tendência, não lograram,

todavia, resolver uma pendência ainda relativamente elevada.

Em relação ao Serviço de Patologia Forense, cabe aqui referir elevado rácio de cerca de 322

autópsias perito/ano. O atraso não resulta da pesada carga pericial, pois as autópsias têm

vindo a ser efetuadas, por via de regra, no prazo de 24 a 48 horas após a admissão do

cadáver, mas da morosidade na realização dos exames complementares de histopatologia,

onde as dificuldades registadas ao longo dos dois últimos anos levaram à acumulação de um

passivo, que só, nos últimos dois meses, se começou a inverter. As causas são por demais

conhecidas, ficando a dever-se, sobretudo, à ausência de especialista em anatomia-patológica

por falta de interessados.

No que diz respeito ao Serviço de Clínica Forense, há a registar não apenas o reduzido

número de médicos especialistas que aí trabalharam em 2011, mas também a extrema



87

escassez de assistentes técnicos, alguns dos quais saíram por concurso para outras

instituições da área de Lisboa, motivados por melhores condições de trabalho e/ou

remuneração.

Em ambos os serviços médicos – Patologia Forense e Clínica Forense –, embora não apenas

nestes, o elevado absentismo registado por alguns dos trabalhadores contribuiu para agravar

consideravelmente a situação com impactes negativos aos mais diversos níveis. Não

representando uma idiossincrasia regional, não podemos, ainda assim, deixar de assinalar a

grande mobilidade dos trabalhadores, nomeadamente assistentes técnicos, na região de

Lisboa, estreitamente associada à lei da oferta e da procura.

Durante o ano de 2011, o Gabinete de Administração conheceu quatro chefes, dos quais dois

viriam a sair ao cabo de muito tempo, pretextando não disporem de condições para exercerem

essas funções. Falta de condições ditada, fundamentalmente, pela quase inexistência de

assistentes técnicos afetos aos serviços administrativos. Assinale-se, que, durante longos

períodos, parte das unidades funcionais esteve quase paralisada por não dispor de

trabalhadores a tempo inteiro.

A Unidade de Formação, Investigação e Documentação, dispondo embora de uma única

trabalhadora - Técnica Superior de Biblioteca e Documentação -, conseguiu, todavia, superar

os objetivos fixados, confirmando as qualidades profissionais de uma colaboradora, que tem

evidenciado notáveis qualidades pessoais e profissionais.

Ao invés, os Serviços de Toxicologia Forense e de Genética e Biologia Forenses atingiram ou

superaram mesmo os objetivos fixados, embora se desenhe uma contração no número de

perícias requisitadas, com a consequente repercussão negativa na faturação.

A atividade pedagógica continuou a ser intensa, à custa do esforço dos poucos médicos e

especialistas superiores de medicina legal do quadro, reforçada, em 2011, pela colaboração de

dois médicos internos.

A investigação científica ficou, também ela, aquém do projetado, sacrificada que foi ao

investimento prioritário na atividade pericial.

No que se refere aos Gabinetes Médico-Legais da zona Sul, há a assinalar a entrada em

funcionamento do Gabinete Médico-Legal de Setúbal. O número de exames periciais

realizados nos Gabinetes Médico-Legais da área de competência desta Delegação continua a



88

ser inferior ao de outras regiões, o que pode dever-se, não apenas ao menor número de

Gabinetes em funcionamento na zona Sul, mas também pela menor densidade populacional

das regiões que servem. Os GML’s de Faro e Portimão registam, todavia, uma considerável

atividade pericial, embora o número de peritos médicos que aí prestam serviço seja reduzido,

sobretudo em Portimão.

Importa reforçar a necessidade, já anteriormente assinalada, da criação de incentivos, não

necessariamente pecuniários, em função do cumprimento de objetivos, para os colaboradores

mais empenhados e esforçados, pois os mecanismos previstos no SIADAP não constituem,

por si sós, aliciante bastante, tanto mais que os profissionais das carreiras médica e técnica de

diagnóstico e terapêutica não se encontram ainda sujeitos a avaliação, gerando, assim, uma

assimetria geradora de mal-estar institucional.

Finalmente, e à semelhança do que tem vindo a ser dito em relatórios anteriores, a situação na

região sul do país não se resolverá enquanto não forem abertas vagas para os respetivos

Gabinetes Médico-Legais, forçando a mobilidade e, consequentemente, uma mais adequada

distribuição dos jovens especialistas e uma melhor prestação de serviços à justiça e à

comunidade, com menores encargos para o INML.



89



90

3. BALANÇO SOCIAL



91



92

Com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 190/96, de 9 de Outubro, tornou-se obrigatório,

para todos os Serviços e Organismos da Administração Pública, proceder à elaboração do

respectivo Balanço Social. Ainda, de acordo com a alínea e), do artigo 8.º da Lei n.º 66-B/2007,

de 28 de Dezembro, o balanço social deve integrar o relatório de actividades.

O balanço social é um instrumento privilegiado da avaliação qualitativa da gestão social de um

organismo, permitindo, designadamente, a identificação dos aspectos positivos e negativos da

sua gestão de recursos humanos e a sua melhoria na perspectiva da procura de um equilíbrio

entre a realização pessoal dos seus trabalhadores, o seu nível de identificação com os

objectivos prosseguidos pela Instituição, e a melhoria do serviço público prestado.

Pelos referidos motivos, e sem prejuízo do rigoroso cumprimento dos critérios de recolha de

informação definidos pelo Decreto-Lei n.º 190/96, de 9 de Outubro, o balanço social do

INML,I.P., referente ao ano de 2011, para além dos aspectos constantes do formulário previsto

no referido diploma, procurou incluir outros elementos que, de acordo com a especificidade da

sua missão, atribuições e competências, melhor dessem a conhecer a realidade do Instituto.

Considerando a extensão do Balanço Social o documento é apresentado de forma separada e

independente ao presente relatório de actividades. Porém as principais questões levantadas

pela gestão dos recursos humanos foram expostas no 2.9.1 Recursos Humanos



93



94

4. AVALIAÇÃO FINAL



95



96

A expressão qualitativa e quantitativa da avaliação do INML,I.P. resulta do grau de

concretização do QUAR (vd. 2.1). Para além da concretização do QUAR, o INML,I.P.

apresenta neste Relatório diversa informação adicional, prevista no artigo 15.º, n.º 2, da Lei n.º

66-B/2007, de 28 de Dezembro, que permite uma avaliação global e aprofundada da sua

atividade e dos respetivos resultados da mesma.

Apresenta-se a seguir um quadro síntese da concretização dos objetivos do QUAR/2011, com

a menção quantitativa e qualitativa do desempenho.

AVALIAÇÃO FINAL PESOTAXA

REALIZAÇÃOCLASSIFICAÇÃO

Avaliação Final

do Serviço

Bom 127%Eficácia 40% 128,00% 51%

20% 100% Atingiu

80% 135% Superou

Eficiência 30% 133,31% 40%

50% 131,62% Superou

50% 135% Superou

Qualidade 30% 121,00% 36%

40% 100% Atingiu

60% 135% Superou

O2. Manutenção do auto-financiamento, centrado no equilíbrio anual e na autonomização financeira plena

do Instituto.


O3. Aumento em 1600 perícias nas áreas de psiquiatria e psicologia forense da responsabilidade directa do

INML, I.P.


O4. Publicação de artigos científicos em revistas indexadas e edição de um livro em áreas da medicina legal

e das ciências forenses

O6. Aumento das acções formativas no âmbito da medicina legal e de outras ciências forenses para

profissionais de países de língua oficial portuguesa.

Da análise do QUAR de 2011 do INML,I.P. verifica-se que, em termos quantitativos, a

avaliação final do serviço foi de 127%, de acordo com as limitações impostas e refletidas no

quadro acima. Dos seis objetivos operacionais expressos no QUAR, todos foram cumpridos,

sendo que quatro destes foram superados (Objetivos: 2, 3, 4 e 7).

Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo resultante da execução orçamental proveniente de

receitas próprias foi de (-) 3.975.019 €, que não deve ser analisado apenas pelo valor negativo,

pois se descontada a transferência extraordinária (9.227.387 €) já referida, seria

substancialmente positivo.

No que concerne à comparação do INML,I.P. com o desempenho de serviços idênticos,

concluiu-se que a nível nacional tal não é possível, mas, que de futuro, poderá ser feita com

organismos idênticos internacionais, apesar de ser necessário remover algumas dificuldades.

De futuro poder-se-á efetuar a comparabilidade entre serviços após a implementação de

algumas metodologias de avaliação.



97

No ano de 2011, o INML,I.P. alcançou todos os objetivos que lhe foram estabelecidos e,

decerto, contribuiu para melhor servir os seus beneficiários, salvaguardando um

relacionamento eficiente com os utilizadores, e criou as condições para atingir mais-valias no

que à administração do sistema judicial respeita.

Assim, e dando cumprimento ao disposto no n.º1 do artigo 18º da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de

Dezembro, e com base nos resultados que bem se ilustram no presente relatório, por se terem

atingido, nalguns casos superado, os objetivos, justifica-se propor que a avaliação final do

desempenho do INML,I.P. seja expressa qualitativamente pela menção de “ Desempenho

bom ”.



98

5. ANEXOS



99



100

5.1 MAPA DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DAS DESPESAS DE FUN CIONAMENTO NORMAL



101



102



103



104



105



106



107



108



109

5.2 MAPA DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DA DESPESA DE INVES TIMENTO



110

5.3 MAPA DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DAS RECEITAS DE FUN CIONAMENTO NORMAL



111



112

5.4 MAPA DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DAS RECEITAS DE PID DAC



113

5.5 INDICADORES DE ACTIVIDADE DAS DELEGAÇÕES E DOS GABINETES MÉDICO-LEGAIS(2011)

Delegações

Descrição NORTE CENTRO SUL

Cadáveres Admitidos 959 308 1164Autópsias efectuadas 804 274 943Relatórios efectuados e entregues 878 281 1027

Anatomia Patológica Forense Processos requisitados (1) 1327 1078 443Exames efectuados 5837 7078 3013Relatórios efectuados e entregues 1392 1283 505

Clinica Médico-LegalProcessos requisitados (1) 15909 3578 6725Exames efectuados (2) 12965 3207 7844Relatórios efectuados e entregues 14066 3112 7675

Toxicologia ForenseProcessos requisitados (1) 3654 3862 4217Exames efectuados 21892 21750 26916Relatórios efectuados e entregues 3429 3745 4542

Genética e Biologia ForenseProcessos requisitados (1) 1060 1609 952Exames efectuados 3544 3093 3741Relatórios efectuados e entregues 654 1631 932

Psiquiatria ForenseProcessos requisitados (3) 1691 1633 1984Exames efectuados (4) 911 433 603Relatórios efectuados e entregues 1036 429 313

(2) Incluem exames periciais dos foros penal, cível e de trabalho

(3) Incluem os exames distribuídos a Instituições de Saúde M ental

(4) Correspondem aos exames efectuados na Delegação

2011

Patologia Forense

(1) Cada processo pode envolver a realização de diversos exames



114

INDICADORES DE ACTIVIDADE DOS GABINETES MÉDICO-LEGA IS DEPENDENTES DA DELEGAÇÃO DO NORTE

Cadáveres Admitidos 349 91 53 266 253 203 161 140Autópsias efectuadas 349 91 53 265 243 118 143 137Relatórios efectuados e entregues 368 124 60 300 294 119 143 163

Clinica Médico-LegalProcessos requisitados 6015 1226 616 4034 5228 3372 2775 1861Exames efectuados (1) 5172 961 495 3823 4591 2796 2077 1598Relatórios efectuados e entregues 5363 993 468 3751 4708 2847 2521 1616

Psiquiatria ForenseProcessos requisitados 0 2 37 32 229 118 27 268Exames efectuados 0 0 37 27 165 92 26 205Relatórios efectuados e entregues 0 0 40 66 196 73 9 242

Patologia Forense

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE SANTA MARIA DA FEIRA

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE VIANA

DO CASTELO

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE VILA

REAL

2011 - GMLGABINETE MÉDICO-LEGAL DE BRAGA

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE

BRAGANÇA

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE CHAVES


GUIMARÃES

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE PENAFIELDescrição



115

INDICADORES DE ACTIVIDADE DOS GABINETES MÉDICO-LEGA IS DEPENDENTES DA DELEGAÇÃO DO CENTRO

Cadáveres Admitidos 64 306 127 66 169 437 147 161 128 215 241Autópsias efectuadas 63 212 87 41 111 224 111 159 113 201 236Relatórios efectuados e entregues 69 201 111 55 157 201 140 196 174 214 286

Clinica Médico-LegalProcessos requisitados 411 2851 690 504 1617 1552 1155 1906 1048 1998 2234Exames efectuados (1) 460 3847 606 532 1342 1475 923 1913 1074 1971 2538Relatórios efectuados e entregues 453 3851 610 530 1342 1435 966 1799 1105 2020 2427

Psiquiatria ForenseProcessos requisitados 0 24 31 0 16 0 0 105 0 70 0Exames efectuados 0 21 28 0 13 0 0 99 0 44 0Relatórios efectuados e entregues 0 13 28 0 18 0 0 84 0 43 0

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE PONTA

DELGADA

GABINETE MÉDICO-LEGAL DA GUARDA

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE LEIRIA

GABINETE MÉDICO-LEGAL DO FUNCHAL

Patologia Forense

2011 - GMLGABINETE MÉDICO-

LEGAL DE COVILHÃ


CASTELO BRANCO

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE AVEIRO

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE ANGRA

DO HEROÍSMO

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE VISEU

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE TOMAR


FIGUEIRA DA FOZDescrição



116

INDICADORES DE ACTIVIDADE DOS GABINETES MÉDICO-LEGA IS DEPENDENTES DA DELEGAÇÃO DO SUL

Cadáveres Admitidos 179 161 514 58 514 110 223 222 164Autópsias efectuadas 121 111 361 46 246 111 142 164 164Relatórios efectuados e entregues 131 108 367 53 317 127 131 173 171

Clinica Médico-LegalProcessos requisitados 643 999 1704 502 1528 423 1354 2055 1827Exames efectuados (1) 688 984 1678 421 1803 637 1186 1947 1985Relatórios efectuados e entregues 711 1093 1677 444 1855 643 1174 2254 2005

Psiquiatria ForenseProcessos requisitados 0 0 0 0 0 0 0 0 0Exames efectuados 0 0 0 0 0 0 0 0 0Relatórios efectuados e entregues 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2011 - GMLGABINETE MÉDICO-

LEGAL DE BEJAGABINETE MÉDICO-LEGAL DE ÉVORA

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE FARO


PORTALEGRE

Patologia Forense


PORTIMÃO


SANTIAGO DO CACÉM

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE SETÚBAL

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE TORRES

VEDRAS

GABINETE MÉDICO-LEGAL DE VILA

FRANCA DE XIRADescrição



117

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