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AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROJETO DE EXPANSÃO DO TERMINAL 1 DO PORTO DO RIO DE JANEIRO 1 RELATÓRIO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROJETO DE EXPANSÃO DO TERMINAL 1 DO PORTO DO RIO DE JANEIRO Dia 31 de Maio de 2011 – Centro - RJ

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AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROJETO DE EXPANSÃO DO TERMINAL 1DO PORTO DO RIO DE JANEIRO

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RELATÓRIO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DOPROJETO DE EXPANSÃO DO TERMINAL 1 DO

PORTO DO RIO DE JANEIRO

Dia 31 de Maio de 2011 – Centro - RJ

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AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROJETO DE EXPANSÃO DO TERMINAL 1DO PORTO DO RIO DE JANEIRO

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ANEXO IXTRANSCRIÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

Presidente da Mesa, Antônio Carlos Gusmão - Nesse momento é o momento da licença inicialda qual é verificada a concepção do projeto, se o projeto está de acordo com as regrasambientais. Como parte desse processo de licenciamento inicial, que é a licença prévia. Alegislação define que uma das etapas do licenciamento é a realização da audiência pública,como exercício de democracia, cidadania, no qual a população é apresentada aoempreendimento. È discutido aqui e apresentado o relatório de impacto ambiental que está alina frente das pessoas na entrada que querem dar uma verificada nos termos do relatório,que vai ser apresentado aqui.A dinâmica consistente na apresentação da empresa Libra Terminais, em seguida a palavra épassada para a empresa que fez o estudo de impacto ambiental, que nesse empreendimentoé a Concremat. Em seguida, o representante do grupo técnico do Inea que está analisandoesse pedido de licenciamento mostra aqui para as pessoas os procedimentos administrativosque foram realizados até o momento dentro desse processo, que é um processoadministrativos, que está tramitando no Inea. Após isso, nos procedemos aqui os debates, asperguntas. O objetivo é esse. Vocês terem as informações, fazerem contribuições,manifestações. Objetivo é a melhoria do licenciamento , obtendo informações,complementações e contribuições aqui na audiência pública. Após a audiência, o processocontinua em tramitação no Inea e ainda há um prazo de 10 dias para que sejamencaminhadas novas idéias, novas sugestões. Após isso, é elaborado um relatório técnico,um parecer técnico do grupo técnico do Inea e um parecer jurídico da procuradoria de Inea.Em seguida, isso é encaminhado a Ceca,(Comissão Estadual de Controle Ambiental), que naestrutura administrativa ambiental do estado do Rio de Janeiro, ela tem a competência paraconceder ou não , através de seus conselheiros, a licença que foi solicitada. Isso tudo é parao processo inicial. Depois as outras etapas do processo de licenciamentos tem seusprocedimentos, seus ritos, até chegar a licença de operação. Nesse caso, o que vai expostovai ser esse pedido de expansão da área do cais do porto, onde já existe a atividade dessaempresa, Libra Terminais.Durante as apresentações, vocês vão tirar suas dúvidas, suas idéias. Existe uma folha deperguntas que está dentro do folheto de divulgação da audiência. Vocês vão preenchendo eentregando as pessoas que vão recolher. Isso vem para mesa e nós vamos distribuindo ecolocando as perguntas para quem vocês quiserem tirar as dúvidas. Esse é o momentoesperado pela sociedade para discussão do projeto que está licenciado nesse momento.Queria convidar meu colega Maurício Porto do Inea, que faz parte do grupo de trabalho doInea.(Aplausos)Queria que as palmas fossem espontâneas para você. Você é uma pessoa muito querida noambiente. Meu colega Marco Antônio, da Ceca, que vai secretariar a audiência.(Aplausos)Convidar também os representantes da empresa Libra, os senhores Ricardo e DanielDomingues, farão a apresentação pela empresa.

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TRANSCRIÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

(Aplausos) Boa noite e obrigado. E também os colegas da Concremat, que vão apresentar o relatório deimpacto ambiental, a senhora Josefina Cortes e seu Tiago Miranda.(Aplausos)Queria também registrar a presença dos meus colegas do Ministério Público, presentes aqui dogrupo de apoio técnico, doutor Marcos Leal. Obrigado pela presença, sempre prestigiando evalorizando as audiências. E também convidar para compor a mesa, o conselheiro da Ceca,professor Alberico Mendonça. Obrigado pela presença, sempre prestigiando as audiências.(Aplausos)Então a dinâmica é essa. Inicialmente, é feita a apresentação pela empresa. Vocês dois vãoapresentar. Quem elaborou o EIA/RIMA faz a apresentação seguinte. As perguntas sãodirecionadas a quem vocês quiserem, aqui na mesa a gente seleciona. Após a apresentação doscolegas da Concremat, o analista ambiental Mauricio Porto vai mostrar como o processo tramitouno Inea desde seu requerimento.Em seguida, a palavra é passada ao doutor Marcos Leal do Ministério Público, que vai iniciar oscomentários e abrir os debates com a sociedade. Agradecer a presença de todos novamente. Aaudiência pública é uma etapa muito importante do processo de licenciamento, é um exercício decidadania, de democracia. É um momento que as pessoas que não trabalharam, que não sãotécnicos, tem oportunidade de trazer contribuições e sugestões para que o objetivo sejaalcançado, que é a melhor decisão possível em relação ao pedido.Então, nesse momento eu solicito para nossa turma de apoio a execução do hino nacional. Ogrupo de apoio técnico somos mesmos. Então, com muita emoção.(Hino Nacional e Aplausos)Então, a turma fica atenta às apresentações para fazer as perguntas. Vamos hoje, bater o recordebrasileiro das perguntas recebida na mesa, está combinado. Então, passamos a palavra, aapresentação para os colegas da Libra.Representante da Libra: Boa noite a todos. Meu nome é Ricardo Arten, diretor geral da LibraTerminais no Rio de Janeiro. Primeiramente, eu gostaria de saudar e cumprimentar o pessoal doministério Público Estadual, doutor Marcos Leal, promotor de Justiça, senhor Rodrigo Ventura esenhora Isabela do apoio técnico especializado no Ministério Público. Associação do Caju, napessoa do senhor João Brandão, que está aqui presente. A Associação dos Moradores do Cajutambém o senhor Marcelo Souza. Gostaria de externar meus cumprimentos a toda associação emnome de Marcelo Souza e também a dona da Associação das Mulheres do bairro do Caju, dasenhora Iraildes Pinheiro. Gostaria de agradecer a presença de todos vocês. È um prazer estaraqui. Na realidade, com dois objetivos. Apresentar um pouco a Libra Terminais,. O que é o grupoLibra? Grande parte de vocês mora no Caju e nem sabem que a empresa existe, qual de fato é anossa atividade. Muitos de vocês sabem, mas, a intenção, uma das intenções, é apresentar ogrupo Libra. Mostrar o que a empresa representa no cenário brasileiro em termos demovimentação de contêineres, o que essa atividade representa para o comércio mundial e o queela representa em termos de arrecadação para o município e também para o estado do Rio deJaneiro.

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TRANSCRIÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

A segunda parte, acho que a mais importante, é de fato apresentar nosso projeto de expansão.Vou falar aqui, fazer uma apresentação breve. Se eu estiver sendo muito chato vocês podemgritar, falar diminuiu isso. vamos para o que interessa.Mas, depois a Josefina, que é da empresa concremat, que contratada para fazer o estudo e defato é uma empresa bastante respeita sobre esse tema, do EIA/RIMA. è uma empresa queconhece, que detem muito conhecimento em relação a esse tema. A gente pediu que ela fossemuito criteriosa de fato com relaçao a esse EIA/RIMA. Porque vocês vão ver. É um EIA/RIMAque foi muito bem elaborado e além disso .mostrar para vocês os impactos que essa expansãopode ter na comunidade, no em torno, na economia. Os possíveis impactos, se é que tem.Vou começar. Só para fazer uma retificação. Quero agradecer presença, estou vendo bastantescolaboradores da empresa, do Grupo Libra. Gostaria de agradecer a presença de vocês etambém da representantes dos nossos acionisstas, a doutora Celina Carmem, que aqui tambémestá.Bom gente. Quem é o grupo Libra? O grupo Libra, na realidade, um grupo 100% brasileiro, umgrupo que iniciou suas atividades há cerca de 65 anos atrás. Uma empresa familiar e, maisimportante, carioca. Uma familia carioca, que ela cuida bastante. Depois a gente podeapresentar o que a gente faz com a nossa comunidade e depois o que a gente pretende fazermais ainda com a nossa comunidade. Não só no Caju, mas, com toda a comunidade do Rio deJaneiro.Basicamente nos temos uma operação. São tr~es unidades de negócios, basicamente. Umaunidade de terminais de contêineres, terminais marítimos portuários, que se chama LibraTerminais. Temos também outra unidade de negócios, que se chama Libra Logística e umaoutra unidade de negócios que se chama Libra Participações.A Libra Terminais, como o próprio nome diz, tem aquelas empresas do grupo que tratam deoperações marítimas portuárias. Então temos aqiui a Libra Terminais Rio, onde eu sou alocado,e também temos a Terminal 37, em Santos, que é o segundo maior operador portuário daAmérica Latina. Temos um projeto em Ibituba, que é um porto privado. Ma, por enquanto está sóno projeto, ok?A Libra Logística é uma outra unidade de negócios que abriga quatro empresas, entre elas, aLibra Cubatão, no estado de São Paulo. A Libra Valombo, também no estado de São Paulo, ficaem Santos. É um terminal multimodal, que principalmente acomod e faz a ligação do modalrodoviário para o modal ferroviário.E temos a Libra Campinas, que é um porto seco, que fica no interior do estado, fica emCampinas. Temos a Libra Transporte, que faz toda a união de todas essas empresas. Temos aLibra Participações, que é uma empresa que tem participações em empresas. Mas, de fato, nãotem nada haver com logística e nem com terminais, somos um grupo bem diversificado.Mas, vamos ao que interessa o objetivo dessa audiência pública, que é a Libra Terminais. ALibra Terminais, só para vocês terem uma idéia, movimentou 630 mil contêineres no anopassado. Isso nos coloca como a segunda maior operadora de contêineres da América Latina,não é só do Brasil não

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TRANSCRIÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

A gente teve um faturamento de R$ 860 milhões no ano passado e a gente emprega quase2,8 mil trabalhadores diretamente, além dos avulsos que temos em Santos e os terceirizadosem todas as empresas do grupo. É importante frisar também que fomos a primeira companhiaa vencer uma concessão para um terminal público aqui no Brasil, que foi o terminal 37, emSantos. Isso foi em 1995.Bom, aqui eu já expliquei como é a estrutura. Basicamente tem a Libra Terminais, a LibraLogísitca, a Libra Participações. Nós estamos aqui, na Libra Terminais Rio. A gente tem umamarca registrada, somos fortemente representados na região sudeste. É uma região queconcentra 56% do PIB brasileiro. É uma região bastante rica e estamos trabalhando aqui.Por ser uma região muito rica, todo mundo quer estar por aqui. Sendo a segunda maioroperadora da América Latina. Uma coisa muito importante, que está nas nossas veais, nonosso sangue de fato tem dois pilares muito fortes. Acho que é bem concreto com a gente.Somos pessoas de sustentabilidade. Uma coisa puxa a outra. Sustentabilidade não é só meioambiente.A gente pensa que é plantgar arvorezinha lá e ficar cuidando, botando água. Não.Sustentabilidade é na realidade... Esse é um dos pliares da sustentabilidade. O meioambiente faz parte da sustantabilidade. Mas, temos outros três, que são vertenteseconômicas, que, lógico, precisam se pagar, que estão muito ligados a própria gestão depessoas. Não adianta você ter um ambiente sustentável, tudo bonitinho. Mas, não tem aspesssoas que trabalham de forma desenvolvida. As pessoas que aqui trabalham precisamestar felizem com o que fazem. Uma das coisas que temos colocado muito nas nossascabeças e nas veias é a segurança do trabalho;A gente está em lugares perigosos, o local onde trabalhamos. O porto é um lugar muitoperigoso, não é verdade? O que a gente percebe é que é uma cultura secular, do séculopassado. A pessoa que chega e diz: eu conheço esse troço aqui e nada vai acontecer comigo.Eu sou um super homem. O que a gente percebe é que não acontece dessa forma.Então, a gente colocou inicialmente nos nossos gestores e permeamos dentro da nossaatividade, na cadeia dos colaboradores, buscando que eles também sentissem.Basicasmente, que já que ele chegou, graças a Deus, bem para trabalhar, nós queremosentregá-lo da mesma forma para suas famílias Isso é de fato um valor que temos dentro dogrupo Libra.Outra coisa importante em termos de sustentabilidade é o pliar da comunidade em torno. Nósprocuramos reduzir o consumo de combustíveis fósseis. Temos um refeitório, não porque eusou diretor, mas, é a coisa mais linda. Nunca vi um refeitório que nem o nosso em nenhumporto do porto do mundo. Se vocês tiverem a oportunidade, estão todos convidados paraconhecer. Esse refeitório foi recém inaugurado e teve em todos os seus princípios, em todasas suas vertentes, os princípios de sustentabilidade. Plantamos grama para ter consumomenor de ar condicionado. Colocamos um vidro especial para rebater as radicações solarespara utilizar menos ar condicionado. A água é reaproveitada para limpar banheiro. Então,todos os nossos projetos tem sempre um viés de 100% de sustentabilidade

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TRANSCRIÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

Então, quando a gente fala em sustatabilidade aqui, não pense só em meio ambiente. Pensetambém como gestão de pessoas e no nosso em torno, onde grande parte de vocês estão efazem parte desse em torno. Aqui, para vocês terem idéia, grande parte de vocês, tenhocerteza que alguém de vocês já participou de akgum evento que nós fizemos para a sociedade,para a comunidade, perdão.A gente teve um agora, no final de fevereiro, que se chamou Libra Terminas Rio Solidário.Tivemos a oportunidade de colocar assistência jurídica para pessoas que necessitávamnaquele momento. Colocamos ali alguns exames. Às vezes, as pessoas tem dificuldades de iraos postos de saúde para tirar um sangue, para fazer um exame devista. Disponibilizamostodos esses serviços em um sábado. Isso simplesmente com nossos colaboradores chegandoe dizendo: eu me disponho a fazer isso. Vimos várias pessoas de diversas partes da empresase colocando a disposição da comunidade para prestar umm serviço social. Isso é muitoimportante.Isso aqui não é uma coisa que estamos fazendo agora, é uma coisa que já vem de muitotempo. Acho que alguns de vocês sabem o que nos temos. O Fred está por aí? Ele estava aquiagora há pouco, Se não me engano, segundas e quartas-ferias que temos a ginástica laboralpara as senhoras do Caju patrocinadas, que é de fato bem animado, o pessoal gosta muito.Entim, nós temos uma ligação muito forte com a comunidade nesse sentido e, agora, cada vezmais.Agora, a apresentação de fato da nossa empresa. A gente começou nossas operações em1998, até então, era feito pela Companhia Docas do Rio de Janeiro. Alguns operadoresutilizam o porto público para fazerem operações e nós ganhamos essa concessão em 1998. Èum contrato válido por 25 anos. Está para terminar em 2023, mas, é renovável por mais 25anos. Isso está contratado. Basicamnete nosso contrato vai até 2048.Nós já investimos mais de R$ 120 milhões em equipamentos, sistemas e infraestrutura noPorto do Rio de Janeiro. A nossa produtividade, para quem não sabe o que é produtividade, onosso principal indicador é quantos contêineres, quantas caixinhas conseguimos tirar e colocarde um navio por hora. Antes da privatixação, em 1998, tinhamoss uma média de 19contêineres por hora, hoje temos uma média de 42/ contêineres por hora. Isso aí, logicamentenão é só gestão. Mas, sim os investimentos que de fato colocaram o Porto do Rio em umpatamar dos melhores do Brasil. Posso dizer a vocês que a produtividade do Porto do Rio deJaneiro da Libra Terminais é uma das maiores do Brasil. Todos os investimentos que foramfeitos aqui, R$ 120 milhões. Para você ter uma idéia, esses equipamentos são caríssimos,cerca de 10 milhões de euros e que de fato você consegue uma produtividade muito melhor doque era feito com aqueles guindastes, que demoravam muito tempo para carregar edescarregar .

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TRANSCRIÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

O grupo Libra, a família, acreditou no Porto do Rio de Janeiro, investiu, viu que deu certo e vaicontinuar investindo. Acho que a grande mensagem aqui é fazer com que vocês entendam queo grupo está a fim de investir no Porto do Rio de Janeiro, desenvolver a economia local e omais importante, nos temos aí, uma tendência comércio mundial e a cidade. Os holofotes estãotodos virados para o Rio. A tendência da carga é muito grande, tem diversosempreendimentos, diversos projetos, a indústria farmaceutica, a indústria de base. A própriaOlimpíadas, a Copa, uma série de eventos que vão acontecer nos próximos anos, que a genteprecisa estar preparado para receber carga. Porque, senão não vai ter jeito. A realidade é umasó. A carga existe vai aumentar e a gente precisa dar um jeito de acondicionar paramovimentar essa carga, fazer infraestrutura que comporte esse aumento de carga.Outra coisa importante é mostrar o tempo de espera das embarcações. Em 98, era por volta de16 horas e agora, em 2010, tivemos 2 horas, em média,o navio esperando na barra. Navioesperando na barraé dinheiro jogado fora para o armador. Você quer ver um armador furiososé dizer que o navio dele está parado, sem movimentação. O armador ganha dinheiro quandoestá transportando. Igual a empresa de ônibus. O ônibus ganha dinheiro quando está rodando,entrando gente e saíndo gente, girando aquele troço.Se você tem uma quantidade de contêineres que está parada naquele navio, ele não vaiconseguir colocar todos os contêineres, então, ele está perdendo dinheiro. Então, o que agente conseguiu fazer foi passar de 16 horaas para 2 horas na média do ano passado. Isso érecolocar o Porto do Rio no cenário nacional. Antigamento, o pessoal quando o navio estavaatrasado, tinha que correr, tinha que atender Santos, Paranaguá, Rio Grande, esses portos quesçao mais disputados, ele chegava simplesmente e pulava o Porto do Rio de Janeiro, que eraum porto secundário. Demorava 16 horas para atracar, ficava muito tempo aguardando, Era umporto secundário, não tinha tanta carga.Agora não gente, a gente fez com que o porto do Rio de Janeiro se tornasse um porto prtincipalnas operações de comércio mundial no Brasil. Isso agora é uma vista geral do terminal paraquem não conhece. Da entrada do terminal, da entrada de Docas, a principal. Nós entramosaqui. Toda essa área em amarelo é área do terminal. Nós temos um berço de 545 metroslinear. Nós temos dois berços, conseguimos colocar dois navios. Vanos mostrar para vocêsporque a gente quer essa expansão. A tendência dos navios é cada vez ficarem maiores. Nóstemos três porteiras, que são esses equipamentos aqui em verdes, temos 13 empilhadeirasgrandes, que movimentam uma grande capacidade, até 45 toneladas. Nós temos 24caminhões internos que sobem no porto fazendo carrocel, que ´é a operação portuária. Elepega o contêineres do navio e desce para empilhadeira e tira da empilhadeira para embarcarno navio. Ele fica só fazendo isso.Nossa capacidade sçao 11,2 mil TEUs. Não é o que é meu, é uma sigla em inglês. É umacaixinha com 20 pés. O contêiner tem basicamente duas dimensões:20 pés e 40 pés. Quandofala que tem dois contêineres de 20, são 2 TEUs. Quando se fala que é um contêiner de 20 pése outro de 40 pés, são dois contêineres, mas, são 3 TEUs. Porque cada 40 pés são 2 TEUs.

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TRANSCRIÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

Nossa capacidade é de 11,2 mil. A gente tem 270 tomadas e um armazém de quase 8,6 milmetros quadrados, muito grande, e uma área de 184 mil metros quadrados.Mas, o mais importante é a movimentação. Para vocês entenderem a tendência de crescimentoe a evolução de crescimento de desde 1998. Se vocês perceberem aqui, tirando, 2003 e 2004,que de fato foram anos muito fortes em termos de exportação para o Brasil e aqui no Rio deJaneiro não foi diferente. Tirando esses dois anos e também tirando 2009,que foi o ano da crise,a crise de recessãoque aconteceu por causa nos Estados Unidos, a gente percebe que é umacurva regular, o ritmo é muito contínuo. Percebe também que se a gente verificar quanto a gentemovimentava em 1998 e quando movimentou em 2010, a gente percebem que movimentou otriplo de contêineres. Em 1998, foram 51 mil contêineres e em 2010 foram 144 mil contêineres.Isso a gente está fazendo a mesma área só que, logicamente, com equipamentos queconseguem acondicionar mais contêineres. A tecnologia nos ajuda muito. Nos temos sistemasque conseguem fazer que a nossa operação seja facilitada no sentido que consegue acomodaros contêineres de uma forma mais correta, impedindo movimentos improdutivos. Quando eu vouarrumar um terminal, eu tenho que colocar esses contêineres de forma bastante didática paraque seja facilmente embarcado. Se eu misturar tudo e deixar uma bagunça, eu vou ter que ficararrumando esses contêineres druante a operação, que, de fato, vai atrapalhar muito nossaprodutividade.Então, os nossos sistemas de TI, tecnologia da Informação nos ajuda bastante. Para você teruma idéia, o recado é que com a mesma área qiue nós tinhamos, a gente está movimentandotrês vezes o que a gente quando a gente começou nossas operações.Se a gente for imaginarum crescimento de 7% e a gente está sendo bastante otimista, comrelação aos próximos cinco anos, a gente chega na nossa capacidade máxima, que é de 214 milcontêineres em 2015. Então, de fato a gente precisa fazer alguma coisa. A carga vai chegar eela não vai ter por onde sair e ela vai ter que sair por outros portos, deixando a economia do Rioum pouquinho mais pobre. Essa não ´é a nossa intenção.Aqui, como eu falei. Acho que aqui é o grande pulo do gato. Aqui, a gente percebe são asgerações de navios, a capacidade dele com o comprimento dele. A primeira gertação de 60/70.Quando passou para a segunda geração, de 70/80, isso pulou de 180 para 220 e demorou 10anos.Olha como está sendo rápida essa transformação que está acontecentdo agora. De 2005 a2006, essa geração aqui, super para supersize, demorou cinco anos, metade do tempo epassou de 70 metros Essa é a tendência, navios cada vez maiores, mais largos para colocarmais contêineres para fazer economia de escala. Isso é uma tendência mundial. E a genteprecisa ter. Com 545 metros de cais, a gente não consegue atracar dois navios. Tá certo queesse aqui ainda não chegou, mas, esse aqui já está chegando. Essse aqui de 322 metros jáestá chegando. Dois navios de 322 metros, dão 644 metros, além da diferença de um navio parao outro. A gente tem 545 metros de cais. Não dá para fazer isso. Com essa movimentaçãoprevista. A gente não consegue operar. De fato é necessário para o Porto do Rio de Janeiroessa expansão.

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TRANSCRIÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICAO projeto de expasnsão do Porto do Rio, para quem não conhece é o projeto Porto do SéculoXXI, do governo do Rio junto com a Prefeitura e a iniciativa privada, principalmente a Libra, quetem apoiado e pressionado muito para que saia. Esse é um projeto que faz com que os acessosao Porto do Rio sejam feitos de maneira mais fácil e gradativa. São acessos marítimos,rodoviarios, ferroviários. Todos os três acessos já estão sendo tratados de uma maneirabastante... Isso depende do estado, da Prefeitura. O que nós temos feito em parceria com ogoverno e fazer com que essas obras aconteçam.Por exemplo, ano passado foi inaugurado a primeira fase da avenida alternativa. Todos devemconhecer a avenida alternativa, a rua prefeito Júlio Coutinho, que depois tem uma segunda fase.O alargamento do binário para facilitar o transito no Caju. Mais para a frente tem uns slides emrelaçao ao projeto, vocês vão entender melhor. Mas, qual mensagem desse slide aqui. É mostrarque a libra não está parada em relaççao a esse projeto aqui. Ela tem apoiado muito, pressionadopara que esse projeto aconteça o mais rápido possível.Esse novo acesso rodoviário, que é uma grande preocupação nossa por causa do trânsito quehoje já está muito complicado no Caju. é uma realidade. Não precisa dessa expansçao para agente perceber que o trânsito no Caju hoje já estpa muito complicado. Com esse projeto de novoacesso rodocviário, o que tem sido feito é a reforma dessa parte aqui. A avenida alternativa já foifeita, a primeira fase, depois que chegar aqui, a reforma da rua Carlos Seidl e aqui, na realidade,é expandir. Hoje, entra e sai os caminhões carregados por aqui. A intenção do governo é alargaressas ruas e fazer com que elas cheguem aqui e saiam por aqui. Depois tem a adequação dasalças do viaduto, o que vai melhorar muito a entrada no porto do Rio.Uma coisa muito importante mensionada aqui é o Truck Center. Uma coisa que o Sindicato dasOperadoras Portuárias do Rio de Janeiro, da qual a Libra participa muito forte, ela patrocinou R$4 milhões em todas os estudos de dragagem e do próprio Truck Center.É importante dizer isso para vocês porque a chegada dos caminhões hoje no Caju é feita de umaforma desorganizada. Chega o caminhão, ele vai entrando e vai saindo. Aquele transito que ficano Vaju. Com o Truck Center a gente vai organizar a entrada dos caminhões no Caju. Oscaminhões só vão se direcionar ao Porto do rio de Janeiro quando eles forem chamados. Isso vaidar maior oranização. Vai mudar totalmente o ambiente em relação ao transito no Caju. Aqui paravocê terem um idéia, uma visualização do projeto de expansão. Hoje, aquela área ali é a atualnós temos aqui a primeira fase, a fase 1A, que a expansão do nosso cais para a gente conseguircolcoar dois navios maiores. Depois, o chamado piscinão, que é uma área totalmente degradadahoje, nós sabemos disse e o estudo da Concremat vai mostrar isso. O aterro, só que narealidade ele vai ser feito com areia. Existe duas possibilidades de aterrar essa área. A primeirapossibilidadeé utilizar areia e pedras da escavação do metro.Hoje, o governo do estado gasta com bota fora cerca R4 400 milhões para colocar esse material,que está sendo tirado no bota fora. Colocando essa areia e essa pedra, que são materiaisnobres, materiais originais, vão gastar por volta de R$ 180 milhões. è uma economia muitogrande para o estado. A segunda opção é uma opção até mais viável porque tiraria até o transitode caminhões entrando e saindo no porto. É colocar essa areia

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TRANSCRIÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

Hoje, já existe dragagem no canal do fundão devidamente autorizado pelo órgão ambiental. Essematerial é tratado e pode ser colocado por balsa, vindo por aqui e colocado aqui. Esse é ummaterial vindo da Baia da Guanabara, que vai para a Baia da Guanabara. De fato é uma opçãobastante inteligente e ambientalmente correta.Aqui é a segunda fase, aumenta em 245 metros. Então, é de fato uma opção que nos deixariacom um cais de 800 metros e conseguiríamos atender toda essa demanda para os próximosanos, mais uns 20 a 30 anos pela frente.Uma coisa que é importante dizer é que nós compramos equipamentos, acabamos de importaralguns equipamentos para a tender essa demanda. Nós queremos ser de fato um porto bastantecompetitivo. A gente quer ser de fato um benchmark aqui no Brasil. Queremos que a LibraTerminais seja olhada como objeto de desejo e perseguição dos nossos concorrentes. a gentegtem trabalhado para isso.Nós compramos mais 12 portenhas, aquelas que eu tinha mostrado para vocês, com capacidadetremenda. São equipamentos muito modernos, com tudo de bom que tem aí no mercado, muitoatual. A gente comprou tabém alguns RTG. RTG são esses monstrinhos aqui. Esse é o últimoslide. Depois vocês vão ver um vídeo.Hoje, o equipamente tem que pegar os contêineres pela frente da pilha. Uma pilha pode ter até25 contêineres. Vamos supor que voc~e tenha que trazer aquele contêiner lá do alto. Você temque tirar 24 contêineres para pegar aquele contêiner lá. O que dá 24 movimentos improdutivos.Você tem uma enorme emissão de monóxido de carbono à toa. A gente comprou esseequipamento aqui. A gnete comprou quatro, que vem em cima da ´pilha. Se tiver que tirar oúltimo da pilha, ele vai ter que tirar só quatro contêineres para tirar o último lá. Vai diminuir osmovimentos improdutivos e a emissão de monóxido de carbono. Nós compramos o que temmelhor no mercado em termos de meio ambiente. Esses tem um sistema Siemens, chamadoEcosistem. Quando o contêiner está descendo, ele consegue capacitar aquela energia que elevai reutilizar quando ele for levantar outro contêiner. Ele economia até 45% de consumo de óleodiesel de um RTG normal.É de fato uma empresa preocupada com o meio ambiente, fazendo com que nossas emissõessejam as menores possíveis. è claro que a gente gera, tudo gera. Um carro quando está andandoestá gerando. Isso é inerente a nossa atividade. Só que a gente tenta fazer de uma maneira maisconsciente, que se emita menos esses gases poluentes. Temos visto na ONGs, nas reportagens.São notícias bastantes preocupantes. Vou passara agora um vídeo sobre o projeto. para vocêsentenderem visualmente o que é o projeto.(VÍdeo)Presidente da Mesa - Associação de moradores. Muito Obrigado pela presença de vocês.Também agradeço a presença dos alunos da UERJ, dos alunos da pós-graduação. Vocês queestão de pé tem lugar aqui na frente, pode sentar. Também aos alunos do curso de extensão daCoppe. Os colegas do grupo de apoio técnico do Mininstério Público. Enfim, todas as pessoaspresnetes aqui valorizando a nossa audiência.

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TRANSCRIÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

Após a apresentação da empresa Libra vamos ouvir a apresentação da empresa Concremat.A audiência pública quando mais enriquecida com recursos audivisuais, filmes, DVDs curtos.Acredito que esse DVD mostre a evolução do projeto naquela área, onde voc~e disse que é opiscinão. Deve mostrar qual é a evolução e qual a perspectiva de ampliação. Qual é o tempodo vídeo? Quatro minutos(Vídeo)Representante da Concremat - Boa noite a todos. Meu nome é Josefina, faço parte da equipetécnica que desenvolveu o estudo ambiental para as obras de expansão do terminal do Portodo Rio e vou apresentar agora para vocês esse estudo. Inicialmente, para a gente alinharconceitos.O EIA-Rima é o estudo de impacto ambiental e seu respectivo relatório de impacto ambiental .Para que serve o EIA-Rima? O EIA é o estudo que é a base técnica que vai direcionar ouembasar o processo de licenciamento. É onde são discutidas as questões técnicas eambientais do estudo. E o Rima é um documento que simplifica, que sintetiza essainformação de forma completa e ele é usado para a divulgação das informações.Quando é preciso desenvolver um EIA-RIMA? Pela legislação, o Eia-Rima é desenvolvidoquando se tem empreendimentos cujas atividades modifiquem o cenário ambiental atual.Geralmente quando se tratam de empreendimentos de grande impacto, como construções deestrada, de ferrovias, de portos de minérios, de terminais de petróleo e produtos químicos,aeroportos, oleodutos, emissários de esgoto, atividades de extração de minério, hidrelétrica,entre outros.Então, como vocês viram há pouco na apresentação, nós estamos diante de umempreendimento que é uma expansão de um porto que vai movimentar cargas. Então aprimeira pergunta que surge é porque nós estamos aqui tratando e um EIA-RIMA, que comojá foi explicado anteriormente é o mais complexo dos estudos ambientais dentro de umprocesso de licenciamento. Por que é necessário, então, desenvolver um EIA RIMA para aexpansão de um Terminal Um do porto do Rio? E a resposta é: devido a sua localização, queé a Baía de Guanabara.Todos nós sabemos, pela história que já escutamos, que a Baía de Guanabara há poucosanos atrás, não tantos assim, era um ambiente muito mais saudável do que é hoje. A Baía seencontra extremamente deteriorada, e esse deterior tem avançado nas últimas décadas.Existe uma preocupação muito grande em todos os segmentos da sociedade em melhorar ascondições ambientais da Baía de Guanabara e evitar qualquer tipo de degradação adicional.Então por esse motivo, como já foi aqui expresso, todo cuidado é pouco. E dentro dessecuidado existe a previsão de desenvolver o mais completo dos estudos ambientais, ainda quese trate de um empreendimento que potencialmente não deverá apresentar demasiadosimpactos ao meio ambiente.Então, alinhado a essa questão do processo de licenciamento em si vamos ao estudo deImpacto Ambiental. Nós vamos, dentro do Estudo de Impacto Ambiental, desenvolver quatrotemas: área de influência, o diagnóstico ambiental, os impactos ambientais propriamente ditose as medidas mitigadoras e os planos e programas ambientais propostos.

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Então, vamos começar pela delimitação da área de influência. O que é a área de influência deum empreendimento? A área de influência é a área que potencialmente – a gente dizpotencialmente porque a gente não tem certeza de que isso vá acontecer, mas existe algumindicativo a partir da avaliação que está sendo feita de possa vir a ser afetada – então, é a áreaque potencialmente pode ser pode ser de forma direta, ou de forma indireta, vir a ser afetadapelo empreendimento.Afetada de que forma? Afetada pelos três compartimentos principais de um ambiente que sãosuas características físicas: o clima, o relevo, estamos falando de ambiente marinho, então, aprofundidade, a qualidade da água, o sedimento; as características biológicas: seres vivos, osecossistemas da área do entorno, as unidades de conservação; e as característicassocioeconômicas, que se referem basicamente às pessoas: as características econômicas,tudo o que se refere a emprego, tudo o que se refere a transporte, a circulação de veículos.Muito bem. Como nós determinamos a área de influência de um empreendimento de expansãodo Terminal Um da Libras? Vocês estão vendo uma foto de cima. Essa área escura é o mar,com a ponte. Aqui está em azul a área atual do Terminal Um e aqui essa aqui é a área daexpansão, como já foi apresentado. Então a área atual do terminal um e a área de expansãofazem parte da aera de influência direta do empreendimento. Como foi comentado naapresentação anterior, a expectativa do material para preenchimento desse aterro seja oriundoda própria baía, do Canal do Mangue.Então, o que pode acontecer é que tecnicamente haja alguma sobra desse material e, se issoocorrer, esse material será descartado adequadamente fora da Baía de Guanabara. Então, sea gente olhar.... bem, tem um área também, perdão, de 700 metros no entorno dessa área queé a área onde nós estimamos que pode chegar a ser alcançada pelo sedimento que vai sermobilizado durante a obra.Então, olhando um pouquinho mais de longe, aqui está o Terminal Um, eu comentava comvocês que parte do material que iria ser descartado de qualquer forma do canal do mangue,num outro processo de licenciamento, já está previsto este descarte. Mas parte vai serutilizada. E se houve alguma sobra desse material ele vai ser descartado como estava previstooriginalmente. Portanto, a rota do trajeto das balsas até a área de descarte oceânica, fora daBaía de Guanabara, também está inserida na área de influência direta do empreendimento.A área de influência indireta do empreendimento, olhando um pouco mais de longe, é toda aárea da Baía de Guanabara. Isso para os compartimentos físico e biótico. E em relação àsocioeconomia, qual é a área de influência do empreendimento? Novamente temos aqui oTerminal Um, a área da expansão. Então, a área de influência direta do empreendimento é aárea toda do bairro do Caju.E a área de influência indireta é todo o município do Rio deJaneiro, com especial atenção para os bairros da área portuária: Santo Cristo, Gamboa eSaúde.Ok. Uma vez delimitada a área de influência do empreendimento, isto é, a área que a gente vaiprecisar estudar e avaliar, nós partimos para o diagnóstico ambiental dessa área, em relação aesses três compartimentos.

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Para o meio físico, nós avaliamos esses aspectos: relevo, clima, ventos e correntes, sedimentosno fundo, qualidade da água e dos sedimentos, a batimetria, que é a profundidade, qualidade doar e nível dos ruídos. Vocês estão vendo aqui uma foto, aqui o piscinão. E a primeiraconstatação que a gente fez foi o estado de degradação em que se encontra nesse momento opiscinão. Isso que vocês estão vendo são fotos do local. Há um acúmulo contínuo, apesar docontínuo movimento de manutenção e limpeza da área, pela sua própria localização e pela açãodas correntes, há um depósito contínuo de lixo, particularmente após eventos de chuva. Então,a área está bastante degradada.A previsão, a proposta do projeto, é que essa área seja aterrada. Adicionalmente estudamos orelevo e a batimetria. E o que nós vemos, voltando aqui um pouquinho, a gente vê essa mesmafigura em outra perspectiva, com o piscinão aqui. O que a gente vê é o seguinte: o azul maisescuro representa a profundidade maior do mar. O azul mais claro, as áreas mais rasas. Opiscinão tem no máximo cinco metros de profundidade, ele é bem raso.Aqui , mostrando então a segunda fase da expansão, voltando aqui um pouquinho, então comofoi comentado, esse píer será colocado sobre estacas. Isso quer dizer que a água vai continuarcirculando aqui por baixo. Então foi feito um estudo simulando o que acontece com as correntesmarinhas nesse local. Então, essa figura que a gente está vendo é o seguinte. Essas setinhas,de novo, esse aqui é o piscinão, como ele é hoje. Essas setas mostram a direção da água. Essaaqui é a maré enchente, entrando na Baía de Guanabara. A gente está vendo a direção dacorrente aqui. As cores representam a velocidade crescente da corrente. Então, quanto maisvermelho, maior a velocidade da corrente. Então o que a gente está vendo aqui? O movimentonatural da maré enchendo e vazando; a entrada e a saída da água na Baía de Guanabara,especificamente no nosso ponto de interesse. Então a gente vê que na altura no piscinão há umaumento da velocidade de corrente. Essa é a situação hoje.Como fica a situação após a obra? Agora a gente está vendo aqui essa área já aterrada, e onovo píer, que é vazado. Então, vocês estão vendo que a movimentação de entrada e saída nãoé alterada. Pelo contrário. Há um aumento na velocidade das correntes na área.Muito bem. Nós avaliamos também a qualidade do ar, as emissões, na área Baía de Guanabarae no entorno. E constatamos que a expressiva ocupação industrial, as emissões dosescapamentos dos veículos, e a queima de lixo, que infelizmente continua sendo uma prática naregião, levam ao cenário de altas concentrações de poluentes na atmosfera, decorrente doefeito combinado principalmente desses três fatores.Nós fizemos uma simulação de emissões de vários componentes. Em relação ao monóxido decarbono, por exemplo, nós observamos o seguinte: essa figura, essa nuvenzinha aqui naverdade é um desenho, uma simulação, que mostra concentrações de monóxido de carbono.Nós estamos aqui em cima do terminal um. Então, essa é a situação atual da emissão demonóxido de carbono. A expectativa que se tem é que essa emissão tenda aumentar com osanos, naturalmente, por conta do aumento da movimentação portuária. Mas também se tem aexpectativa que com as tecnologias, e com o aumento da capacidade e da eficiência dearmazenamento de contêineres dentro da área, essas emissões possam ser atenuadas.

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Esse microfone que vocês veem aqui fez parte do nosso levantamento de dados primários. Agente avaliou o nível de ruído no terminal. E o que a gente concluiu é que os níveis altos de ruídossão devidos muito mais a fontes próximas das comunidades do entorno do que propriamente aoterminal um, que teve pouca contribuição na dispersão.Aí em relação ao meio físico, avaliamos a qualidade da água e a qualidade dos sedimentos. Osresultados são bastante conhecidos de todos. O esgoto doméstico é realmente a maior fonte depoluição da Baía de Guanabara. Os coliformes estão concentrados nos fundos da baía,particularmente nas ilhas do Governador e do Fundão, outras áreas têm concentrações maisbaixas. Em relação aos sedimentos, há presença de sedimentos mais baixos.Essa figura mostra as unidades de conservação da área de interesse. Então, nos temos toda aBaia da Guanabara considerada área de relevante interesse ecológico. Também temos a área deeinfluencia, a área de proteção ambiental de Iguapemirim e a estação ecológica da Guanabara.Aproveitando essa figura. Nós inseriamos aqui essa parte cinza que representa a área de vida deuma das espécies, que é considerada um indicador de qualidade ambiental da Baia daGuanabara, que é o boto cinza. Ele é objeto de diversos estudos. Por exemplo, do projeto Mapada UERJ há muitos anos. E aqui nós vemos a área de vida desses botos. Aqui, considerandonosso foco, nosso empreendimento, fica afastado da área central da baia da Guanabara. Nósentendemos que não há interferência com a população dos botos;Em relação ao ecosistema. Nós temos preponderantemente quatro ecosistemas ocorrentes, quesão os manguezais, principalmente no fundo da Baia. Em relação aos seres vivos, a flora terrestre.É uma flora não nativa. Na área do empreendimento, nós não temos. vegetação da Mata Atlântica.temos só espécies plantadas, introduzidas. Aqui, na área prevista para ser aterrada nos temos cicae alguns arbustos.Ainda falando de flora, essa é a flora marinha da Baia da Guanabara. Essas são algas, pequenas,algumas microscópias, que não podem ser vistas a olho nú, mas, são muito importantes porqueque são a base da cadeia alimentat. Temos também fauna marinha responsável porcamaronzinhos e larvas de peixes. Temos diversas espécies de organismos que vivem junto aofundo, como estrelas do mar, caranguejos, mexilhões. Temos espécies que nadam livremente,como tartarugas e os próprios botos, peixes. Curvino, que é uma das espécies mais pescadas naBaia da Guanabara, garopa, tainha. Diversas espécies de aves marinhas.Em relação aos recursos naturais. De uma forma geral sçao bastante exauridos pelo uso intenso einadequado que vem sendo dado nas últimas décadas, com exceção de algunas áreas maispreservadas. Com relação a pesca, temos ainda pesca artezanal, os principais pescados sãocurvina, bagre e tainha também.Com relação ao sócioeconomia, essa relação as pessoas que ocupam essa área, que tambémfazem parte do ambiente. Nós avaliamos no diagnóstico ambiental como é o uso e a ocupação dosolo nessas áreas de influencia. Como tem sido a dinâmica da população, a renda da população, apossibilidade de emprego direto e indireto gerado pelo empreendimento, a saúde, os impostos e opatrimônio cultural. E o resultado que encontramos são esses:

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Na zona portuária, representada pelos bairros da Gamboa, Santo Cristo e Caju, o cenárioencontrado é amplos armazéns vazios, galpões e linhas ferroviárias subutilizadas, ruas quasesem calçamento ou muito mal asfaltadas. Moradias em estado precário, com iluminaçãodeficientee grandes avenidas com tréfego pesado.A ocupação, agora falando especificamente do bairro do Caju. 30% do bairro é ocupado por trêscemitérios, 30% por comunidades, 30% por estaleiros e 10% por espaços públicos e moradias declasse baixa. Como tem sido a dinâmica da população do bairro do Caju? Na década de 60, oavanço da tecnologia no setor portuário fez com que se diminuisse a quantidade de empregosdisponíveis. Então, houve uma diminuição no número de empregos e uma mudança do espaçourbano.Houve a necessidade de se abrir ruas porque aumentou o movimento portuário. Nadécada de 70, isso foi um fenomeno no Rio de Janeiro todo, o aumento das obras de construçãocivil, em particular nas áreas do porto, e a instalação de grandes estaleiros trouxeram umamigração do campo para a cidade.E atualmente qual é o cenário? Certos problemas importantes persistem como, por exemplo, oproblema da segurança, o problema da habitação, da saúde, educação e também o ambiental,como saneamento, poluição dos rios e queima de lixo. Esse é o diagnóstico de hoje em relaçãoao cenário social. Mas, esse cenário está sendo rapidamente modificado por uma série deiniciativas do governo ligadas, principalmente, ao projeto Rio Século XXI, que já se encontra emimplantação e já está começando a gerar mudanças significativas nesse cenário apresentadoaqui.Em relação a pesca. Existe na Baia da Guanabara cinco colonias de pesca e 11 associações demoradores. Pesca de tainha, bagre e curvina, principalmente.Em relação a geração de emprego. O que está previsto de emprego direto, associado as obrasdiretamente, e emprego indireto, relacionado ao ramo de alimentos, transporte e aquisição debens e serviços. O que está previsto é que na fase de implantação sejam gerados um total de450 novos empregos e na fase de operação um total de 150 novos postos de trabalho.Finalmente, na questão sócioeconômica. Nós avaliamos o patrimônio arquiológico sócio cultural.Em termos culturais está presente na área e, merece destaque, a Casa de Banho Dom João VI,mas, o empreendimento não interfere, nem como esse, nem com outros testemunhos de valorarqueológico cultural presente na área.Agora, vamos a parte mais importante do nosso estudo. Nós avaliamos, detalhamos essa área.Fizemos uma foto de como ela se encontra atualmente em termos físicos, biológico esócioeconômico e agora estamos em condições de cruzar informações do empreendimento comas informações do diagnóstico ambiental e levantar quais são os impactos potencias que esseempreendimento pode ter nessa área e quais as medidas que devemos ter em relação a essesimpactos.A avaliação de impacto ambiental permite identificar esses problemas, avaliar adequadamenteesses problemas, o que passa por metodologias consagradas. Indicar medidas em relação aesses impacto. Isso para termos um empreendimento ambientalmente seguro. É disso que trata oestudo de impacto ambiental.

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O que é o impacto ambiental? É tudo que modifica o estado do ambiente. Tudo que modifica parapior ou para melhor. Quando essa modificação traz beneffícios para o ambiente, nós falamos deimpactos positivos. As medidas, as ações para esses impactos devem ser medidas potencializemesses impactos positivos. Quando esse impacto altera o ambiente de forma negativa nos temosque prescrever medidas que diminuam esses impactos, que minimizem esses impactos, entãofalamos de aplicar medidas mitigadoras.Nosse nosso estudo, nós identificamos um total de 20 impactos. Olha só pessoal, o azul claro.Signficância. O que é significância? É se o impacto é muito importante ou pouco importante.Então, quanto mais alta a significância, mais alto esse impacto. Então, temos que nos deter nele,compreender e propor medidas importantes para ele.Nesse caso, o que nos temos . Dos 20 impactos, 70%, ou seja 14 impactos, foram qualificados debaixa significância; 10%, ou seja, 2 impactos, como alta e 20%, quatro impactos, como médiasignificância. Olhando mais de perto, particularmente aqueles de média e alta significâmcia, o quea gente percebe é que os dois de alta signficância são positivos, melhoram as característicasambiental da área e estão associados ao meio sócioeconômico.Entre os de média significância. Dois são positivos, ligados ao meio sócioeconômico, e os outrosdois são negativos, um associado ao médio físico e o outro associado ao biótico.Aqui vocês vem nossa matriz de impactos. Aqui os 20 impactos listados. Esse degrade de cinza, ocinza mais clarinho é baixa significância, o cinza média significância e o cinco escuro altasignificância. Nós fizemos essa avaliação para toda a fase do empreendimento. Em verde, nósselecionamos impactos positivos e, em vermelho, impactos negativos, considerando aqueles quetem média ou alta signficância para a gente discutir aqui.Dentro do impacto positivo nos temos um aumento da demanda de bens e serviços com altasignificância e o aumento da arrecadação de impostos com média significância. Ou seja aexpansão vai tomar uma mobilização, isso vai aumentar a demanda da economia, em particular,da demanda de bens e serviços. Isso é muito positivo. Isso é muito importância com altasignificância, Consequentemente, vai haver um aumento na arrecadação de impostos. Então, qualvai ser a medida que o estudo ambiental vai indicar. Tem que ser uma medida potencializadorapara que esse impacto positivo seja o mais intenso possível. A medida proposta é estimular acompra de produtos e serviços na área de influencia de modo que a arrecadação de impostos sereverta para o municiípio do Rio de Janeiro e para a população localizada na área doempreendimento.Outro aspecto com alta significância é o aumento da capacidade operacional instalada no terminal,e o aumento da segurança de operações portuárias, de média significância. Como são impactospositivos, a gente propôe medidas que estimulem a ocorrência desses impactos. Quais são elas?A implantação de um programa chamado Programa Ambiental da Construção, com treinamento demão-de-obra e saúde e segurança da mão-de-obra e a implantação de um programa degerencialmente de risco e um programa de ação de emergencia, que já vem sendo desenvolvidodentro do terminal, que vão ser adequados e otimizados em função das obras de expansão. Muitoimportante é manter atualizado esses programas. Para potencializar essa segurança nasoperações portuárias.

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Avaliando os impactos negativos. A principal preocupação de todos nós é a interferência namalha viária de acesso ao terminal 1, que foi por nós classificada como um impacto de médiasignificância. Vai aumentar a mobilização de contêineres, então, vai aumentar a mobilização decaminhões, então, vai aumentar a interferência na malha viária de acesso ao terminal 1.Então, o que estamos propondo aqui são medidas mitigadoras ou que minimizem a ação dessesimpactos. O que está sendo proposto? A implantação de um Programa Ambiental para aConstrução, que contemple um programa específico para o controle do tráfego, que prevê efetuarantecipadamente um planejamento para o tráfego pesado. E atuar em conjunto com osresponsáveis pelo tráfego no município para sinalizar adequadamente o acesso ao porto,alertando sobre a frequencia do tráfego para motoristas e pedestres.Esses são os programas ambientais no ambito do EIA/RIMA. Mas, acho importante comentaraqui. Vocês vem como são hoje os acessos. Nesse contexto é importante mencionar uma sériede investidas do governo que já estão em prática e que também fazem parte e são essenciaispara que esse impacto seja minimizado. Com certeza, isso deve ocorrer, parte das medidas jáestão sendo implementadas. Vocês estão vendo que o acesso ferroviário, já tem a faixa dedomínio liberada. No acesso rodoviário, a implementação de diversas melhorias. Com apoio dediversas empresas, com apoio do Sindicato dos operadores Portuários, da Libra terminais, háexpectativa de instalação, mais do que uma expectativa, um fato: a implantação de um batalhãoda PM para melhorar a segurança da área.Também está previsto a promoção de uma operação de ordem, que vai gerenciar, planejar,melhorar, a reforma das ruas, a iluminação. Isso são iniciativas do governo do estado. Estáprevista também a fase 2 da avenida alternativa, que foi inaugurada em dezembro, que já foimuito explicada e abordada. O Truck Center, que foi explicado há pouco.Dentro dos impactos negativos. Outro impacto que merece um olhar mais aprofundado já que temsignificância média é o impacto das interferências sobre áreas e ambientes protegidos pelalegislação. A medida que estamos propondo é a criação de um Programa de Educação Ambientalvoltado para os trabalhadores durante as obras para evitar qualquer degradação dessesambientes protegidos. Também diversos programas de monitoramento ambiental que estãosendo propostos pelo estudo.Bem, que planos e programas são esses? Primeiro, um Plano de Gestão Ambiental, que inclua anecessidade de fazer uma supervisçao da gestão ambiental durante toda a obra, monitorando eacompanhando todas as condicionantes que forem estabelecidas pelas licenças ambientais.Como carro-chefe desse Plano de Gestão Ambiental, tem o progrma de comunicação social.Esse programa já vem sendo implementado pela Libra Terminais e vai ser aprimorado eadequado as obras que estão sendo propostas. Tem como objetivo criar e aprimorar o canal decomunicação entre o empreendedor e a sociedade, garnatindo o acesso ás informações aqualquer momento. informando sobre postos de trabalho, qual o perfil da mão-de-obra doempreendimento, visando a contratação de funcionários da área e contribuindo para a reduçãode qaalquer conflito que possa vir a ocorrer em decorrência do empreendimento através de umaouvidoria, que vai ser instalada durante a implantação.

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Outro carro-chefe do Programa de Gestão Ambiental é a educação ambiental. Também aqui fotodo local. O objetivo é desenvolver ações educativas, contribuir para prevenir e reduzir impactos. Agente fala em educação ambiental e pensa em crianças. Mas, na verdade, a educação ambiental épara todos.Ainda, sensibilizar e conscientizar os trabalhadores sobre procedimentos ambientais adequados,relacionados a obra. Também é extremamente importante, o Programa Ambiental de Construção.Ele conta com seis subprogrmas e garante que em toda a obra seja levada em consideração aquestão saúde e segurança da mão-de-obra, além de controle de emissões e controle de tráfego.Ainda há o programa de monitoramento ambiental em três vertentes. Monitorar a quantidade deágua e de sedimentos na área de influencia do empreendimento, Monitorar os seres vivosaquátgicos na área de influencia e monitorar a hidrodinâmica e os sedimentos na área deinfluencia. E ainda, o Programa de Garantia de Risco e o Programa de Ação Emergência. Essesprogramas já estão em desenvolvimento. A preocupação é que eles sejam permanentementeatualizados.Bom, qual é a conclusão que a gente chegou? A gente estudou a área, levantou os impactos. E aconclusão que a gente chegou foi que a expansão do terminal é viável do ponto de vista ambiental.Ou seja, o empreendimento é ambientalmente seguro desde que as recomendações desse estudoem relação as medidas propostas sejam obedecidas e os compromissos de programas ambientaissejam atendidos. É isso, em nome da equipe técnica que elaborou o estudo agradeço a atençãode vocês.Presidente da Mesa - Com licença, é agora o momento da audiência pública, lembrando quetodas as perguntas podem ser feitas ou devem ser feitas no formulário que está, em um folhetoque foi distribuído Representante do Inea - Boa noite senhoras e senhores, meu nome é Maurício Couto eu souengenheiro civil e sanitarista do Inea e faço parte do grupo de trablaho responsável pela análisedesse estudo de impacto ambiental. Conforme Doutor Gusmão falou na abertura da audiência, aaudiência pública não tem caráter decisório ou deliberativo, ou seja, ninguém aqui vai decidir pelaexpedição ou não da licença, essa prerrogativa é da comissao estadual de controle ambiental queapós os trâmites posteriores à audiência pública será feito o pareceer final pelos ténicos do Inea eesse parecer será submetido a procuradoria do Inea e a procuradoria vai encaminhar à Ceca, e àcomissão então em seu plenário vai decidir pela expedição ou não da licença prévia. O objetivo da audiência é recolher as informações, manifestações de diversos elementos queestão aqui participando sugestoes reclamacoes e os diversos segmentos da csociedade que seraoafetados pelo emprendimento, entao voces ja viram a apresentacao dos projetyos detalhados pelaemrpesa e os estudos de impacto ambeintal.Entao, voces ja viram o projeto apresentado detalhadamente pela empresa e voces viram tambema avaliacao do estudo de impacto ambiental os pricniapis topicos desse estudo principalem,net osimpactos que foram identidficados, as areas de influencia que foram definidos e as propostas demitigacao e as definicoes dos planos e programas.

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Na verdade a prosicao do Inea aqui hoje e apresentar o rito do licenciamento em que pe que estaa fase que stsamos no meomtno, ou seja, estamos aguardanod a manifestacao todas asmanifestacoes que forem apresentadas aqui serão incorporadas aos autos do processo e fazemparte do processo de lic enciamento que sera submetido a Ceca. Essa audiencia publica estasendo gravada, ela sera transcrita e todos os documentos fazem parte do autos do processo.O processo de licenciamento esse é o numero do processo de licencia previa, o processoadministrativo do ineae, e ai sao as referencias ao licenciamento ambiental, a fase que nósestamos de licenciamento ambiental, o licenciamento ambiental é um procedimento administrativoque autoriza a localização prévia no caso que nós estamos a de instalacao, ja no caso paraimplantacao dos projetos ampliação e operacao, o empreendeimento ou atividade com significtaivopotencial de degracao dependerá da elaboracao de estudo de imapcto ambientalIsso foi dito pela consultora, ela citou a legislação federal conama 01 de 86, mas, no estado temosa lei estadual 1356 de 88 que lista quais sao os emrpeendimentos com obrigatoriedade aapresentacao de estudo de impacto ambiental, no caso uma ampliacao de terminal portuarioportanto se enquadra nessa legislacao e foi exigido entao aa peresentacao de estudo de impactoambeintal, nesse caso específico, alem de ser teminal portuario e por estar inserido dentro na baiade guanabara existe uma outra legislacao especifica que e lei 1.700 de 1990 que determina quequalquer empreendimento qu necessite realizar um aterro sob o espelho d'agua da baia deguanabara devera ser obejto de estudo de impacto ambeintal e da realizacao de uma audienciapublica indemepnte do tamanho desse aterroComo eu disse pra voces estamos na fase incial licença prévia, a fase preliminar, que consite naanalise do projeto do empreendiomento a ser licenciado quangto a sua loc alizacao, concepcao eviabilizade ambiental. Ou seja, só obtendo a licenca previa voce nao tem o direito, nesse caso aempresa, de iniciar as obras, na verade com essa licenca previa ela tem direito de desenvolver osprojetos executvos todos necessario s para a implantacao do emrpreendimento, para depois elaapresentar o PBA, o Plano Basico Ambiental, sendo analisdao pelo mesmo grupo que analisou oimpacto ambiental e ai sim e emitira um outro pareceer que <será> submetivo à ceca para obter alicença de instalação.Como eu disse estamos na fase de licença previa e dentro do rito de licença mabiental e a partirdo momento qu eo empreendimento foi enquadrado como tal que tem a obrigatoriedade daapresentacao do estduop, a presidecia do Inea nomeia um grupo de trabalho uma equipemultidisciplinar formado por servidores do Inea e os servidores fazem uma visitam a campo eelaboram um termo de referencia que e uma instrucao tecnica e essa instrucao tecnica vai norteara elaboracao do estudo de impacto ambientalFeita a elaboracao do estudo, a empresa apresenta ao Inea, ele faz uma analise previa emrelacao se foi atendido ou não a Instrucao Tecnica, e da um aceite nesse estudo de impactoambiental para análise entao esse estudo e distribuido para diversos orgaos nesse caso foi para aprefeitura do rio de janeiro, camara municapal, minsiterio publico federal capitania dos portos,ibama se nao me engano até o chico mendes tambem recebeu uma copia desse estudos..

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Por força da legislação diversos orgaos alem desses recebem o estudo para impacto ambiental...é feita então uma publicação e essa publicacao diz onde os estudos estaop e tem idponibilizao nabiblitoteca do Inea e tambem dispnibilizacao de um site de um resumo do rima porque em funcaode ser pedsado os arquivos serem pesados é impossivel voce dispor da totalidade..Entao, um rima de uma forma reduzida é colocado tambem na homepage da Inea para acesso,mas sempre ifnformando que nesses lociais todos o estudo de impacto ambiental fica deisponivekpara coinsulta..é aguardado, tem uma prazo para manifestações, ele é de no mínimo 45 dias eapós esse prazo entao e feito um pacever preliminar e é submetivo à comissão de controleambiental para que seja deliberada a realizacao da audiencia publica que é exatamente a faseque nós estamos aqui.Entao, dentro desse historico do licenciamento desse empreendimento foi requerida licençaprevia em 28 de abril do ano passado, foi criada o grupo de trabalho emitida a notificacaoencoaminhando o termo de referencia e 10 de dezembro de 2010 foi notificado o aceite do estudode impacto ambiental ou seja, a empresa demorou em torno de 7 meses de maio a 10 dedezmebro para apresentacoa cdde estudo de impacto ambeintal e esse estduo foi distribuido paradiversas orgaos...Entre os orgaos que receberam o estduo de impacto ambiental o minist publico do estado do riode janeiro encaminhou oficio em 15 de fevreiro deste ano solicitando incformacoes para auxiliar aanalise dop processo , o grupo de trabalho Inea fez reuniao com a equiep consultora queapresentou a resposta ao squeedstioanmentos do ministrerio publico e foi encomaainhadotambem oficio pelo Inea o oficio 094 de 20111 de 20 de abril com os questiomanetos desseminsiterio publico estaduial, foi encoaminha tambem pqelo minsitrio publico federal umquetionamento em relacao em relacao a questao da area de relevante interesse ecológico que ea baia de gaunabara e a area de preservacao permaneten que tambem é classificada como tal..Foi explicado pelo minsiterio publido federal a nossa legislacao estadual especifica e que osprocc edimentosde licenciamento estavam sendo tomados em cima dessa lei especifica lei 1.700de 1990. Posteriormente, seguindo o rito de licneciamento ambiental a ceca entao deliberou nodia 26 de abril desse ano, através da deliberacao 5.321 a convocacao dessa audiencia publicaque foi opublicada no diario ofcial no dia 13 de maio.Então, lembnrando a voces que alem das manifestaçõess que vao ser apresentadas agora nasegunda fase nós vamos aguardar ainda 10 dias para as manifestacoes essas manifestacoesdebvem ser encaminhadas tanto a seca como a Inea os endereços estão no folheto que vocesreceberam O Inea fica na Fonseca Teles 121 8o andar e a Ceca na avenida venezuela 110 noquinto andar. Esse aí é o grupo de trabalho respondavel pela analise preliminar, do estudoambiental e estamos aguardando aqui a fase de debate qualquer esclarecimento que fornecessário

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PERGUNTASRetomar a mesa. Então, secretário, .algum comentário, alguma colocação por enquanto? O presidente da mesa, Antônio Carlos Gusmão, seleciona uma pergunta na platéia - A senhoraIdaildes. Nada mais justo do que inaugurar com a Associação das mulheres do Brasil. É verdade.A senhora tem idéia. Não sei como vou chegar em casa hoje e explicar que estava em umaaudiência pública, chegar mais tarde. Mas, elas estão mandando mesmo, a senhora tem razão. Asenhora Idaildes, da associação de moradores, das mulheres do bairro do Caju. (Faz a perguntada integrante da platéia) Solicito maiores explicação sobre o acesso viário dentro dos limites dobairro do Caju até o terminal 1. Uma vez que perspectiva empresarial considerou um impacto demédia significância e isso se tornou o mais grave reclame da população local. Haveria mudançanos principais logradores de acesso. Em caso positivo, quais seriam?Tem uma pergunta parecida com a da dona Idaildes, na mesma linha, é do senhor ReinaldoArantes. Obrigado pela presença senhor Reinaldo. (Faz a pergunta do integrante da platéia) Nãofoi mostrado de forma clara dados sobre as alterações viárias previstas no projeto e neminformações concentras sobre os impactos na mobilidade urbana na área do bairro do caju,particularmente na comunidade da Quinta do Caju. Existem números, quais são? Então, nessamesma linha das duas perguntas em relação à movimentação e o acesso viário dentro dos limitesdo bairro do Caju, especificamente também na comunidade da Quinta do Caju. Certo?Representante da Libra - Bom pessoal. Hoje, o problema do transito, o tráfego no Caju já é umarealidade. A gente percebe que independe da expansão do terminal e todos os projetos deexpansão, hoje, está um caos no transito.Percebe aí, uma avenida que acabou de ser inaugurada, pelo menos a primeira fase, que é aAvenida Prefeito Júlio Coutinho, sendo subutilizada ou utilizada até de uma forma irregular. Agente tem pressionado muito, tanto prefeitura como governo, acho que se depois o subsecretariode transporte quiser enriquecer nossa discussão. Mas, o fato é que o transito no caju já é umarealidade independente da nossa expansão. Esse é um fato.A tendência do comércio mundial é de crescimento. Nós vamos ter por aí dois ou três eventosesportivos e até econômicos. Nós temos o Comperj, que está sendo desenvolvido lá em Itaboraí.Além desse empreendimento, vem aí Olimpíadas, Copa do Mundo, vem aí outras indústrias debase, que estão se estabelecendo no estado do Rio de Janeiro. Que para isso, para ela levantar,ela vai demandar implantação de carga, que vai aumentar o volume.O que estamos falando aqui é uma tendência natural do comércio mundial. Não estou falandonada aqui do projeto de expansão da Libra. O fato é, crescendo o movimento, ou ele vai ser feito -a movimentação: navio/pátio, pátio/navio – pela Libra ou pelos concorrentes que estão no próprioporto. De uma forma mais desorganizada, de uma forma pior, com mais movimentos improdutivos,com mais emissão de carbono, de monóxido de carbono, porque vai ser de uma forma nãoplanejada. A gente não está crescendo simplesmente por crescer. A gente está crescendo porqueestá visualizando lá frente uma tendência do comércio. Isso vai acontecer pessoal. Vai acontecer.

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O fato em relação ao transito do Caju. Primeiro, não há uma interferência direta da Libra emresolver o transito do Caju. Nós nem temos condições de fazer isso. Nossa atividade, ela sim, elamovimenta, ela faz com que caminhões entrem no porto, mas, é uma atividade que está lá. Não éa Libra que vai crescer a movimentação, o porto do Rio Janeiro é que vai crescer movimentação,naturalmente. Não tem jeito pessoal. Não tem jeito. Se nós não pressionarmos o governo federal,o governo estadual, o governo municipal, principalmente, para fazer aqueles quatros slides que eucoloquei para vocês, que vocês viram, que é o projeto do porto século XXI. É uma forma deplanejar a entrada desses caminhões dentro do porto. Se não gente, vai continuar essa bagunça evai ser cada vez pior. Mas, isso não tem nada haver com o projeto de expansão do terminal. Éuma evolução natural das coisas. Essa expansão, a primeira fase, para vocês terem uma idéia, aprimeira da avenida alternativa, que foi inaugurada no ano passado, era para ter sido inauguradahá 10 anos e não foi. Se a gente deixar para acontecer, fazer alguma coisa, tentar fazer algumacoisa, quando essa movimentação maior chegar, aí sim vai virar o caos. Vai virar o caos.O que a gente está tentado fazer é planejar. A movimentação vai existir, é inevitável. O queestamos tentando fazer é que essa movimentação seja planejada. Que o caminhão entre no Cajua partir do momento em que ele é chamado naquele Truck Center. A partir do momento que tenhaum choque de ordem naquelas ruas do Caju, evitando que caminhões estacionem em cima decalçadas, evitando que, como se fala. Desculpa, eu sou paulista e não sei muito bem, enfim. Hoje,você pega a avenida Julio Coutinho, acabou de ser inaugurada. O que você tem naquela avenida:entulho, entulho. O caminhão passa e, às vezes, eles não tem a dignidade de parar paradescarregar o entulho, eles baixam a caçamba e vão andando. Então de fato tem que ter umafiscalização muito mais atuante na Prefeitura. Essa é que vai ser a nossa ação, provocar aPrefeitura, provocar o governo para que isso aconteça. Porque assim não vai ter jeito. Não éverdade?Quando você pega um Truck Center organizado, com caminhão chegando na hora que tem quechegar no porto, evitando aglomeração dentro do porto ou no em torno. Fazendo com que asavenidas consigam ser projetadas, quando falo avenida são os acessos, de uma forma inteligente,que não haja transito, com choque de ordem, com batalhão instalado no Caju, botando ordemnaquele negócio. Essa é a salvação do Caju. Não vai haver outra forma, porque a movimentaçãovai acontecer de qualquer forma, com a expansão ou sem a expansão.

Presidente da Mesa: Senhor Reinaldo está satisfeito com a resposta, queria algum comentário? Asenhora Ildes também?

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TRANSCRIÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICAPlatéia – Eu queria saber onde que vai haver as entradas, as operações, porque diz que vaihaver abertura de ruas, que deve ser. O Caju é um bairro que não se expandiuurbanisticamente. Aquelas ruas, ainda são ruas do tempo do império, então, elas são pequenasrealmente para ter esse fluxo de transito, que tem. Então, é isso que eu quero saber. Vocêsdisseram que ali vai ter abertura de ruas para poder entrar. É isso que eu estou preocupando.Onde que vai abrir. Ali diz Rua Carlos Seidl, tudo bem, e mais como vai entrar isso. Inclusiveaquela avenida que se fez está entregue as moscas, abandonada completamente. Eu já passeinela, você não vê ninguém, até faz medo de ser assaltada e ninguém vê nada. Porque é assim,complemente fora do que deveria ser. Se é que ela foi proposta para a entrada das carretas,não está acontecendo isso. Eu queria saber com as ruas pequenas que temos lá, quase tudo émão dupla, como seria entrar no Caju sem ter uma expansão de ruas. As ruas não dão para ocarreto que vem, elas são muito pequena e o fluxo é grande. A Libra está pensando no futuro defazer esse Truck Center, vocês já estão pensando, mas, e as outras empresas que operam noCaju. Minha maior preocupação mesmo é desapropriar áreas, abrir avenidas e tirar o povo, éisso, está entendendo.Representante da Libra: Só para esclarecer. Isso não faz parte do escopo do projeto. Nossoprojeto é fazer uma expansão do terminal. A expansão do terminal pode causar alguma coisa,como foi levantada pelo Concremat, que fez um estudo muito sério e detalhado pedido por nósmesmos. Nós gostaríamos de saber o que de fato pode acontecer, qual o impacto que isso vaigerar no bairro do Caju. Mas, segurança pública, a Libra não tem como gerar segurança pública,não é verdade, Eu concordo com a senhora, eu tenho medo de passar por lá. Eu não passo ali,eu dou a volta, saiu pela 24, saiu pela rua do cemitério. Não passo pela Júlio Coutinho.Agora, não é a Libra, por causa desse projeto de expansão, que vai resolver o problema desegurança pública. A gente tem que saber dividir o que é um problema de segurança e o que éum problema de investimento, o impacto que o investimento vai fazerEntão isso que a senhora não tem nada haver, não é objetivo do escopo do nosso projeto deexpansão. Tudo que eu estou falando, na realidade, essas cobranças tem que ser feitas emoutros ambientes. E não para esse projeto de expansão. As pessoas ficam... Lógico que aspessoas ficam espantadas com o que possa acontecer. Poxa, vou ser desapropriado, podeacontecer isso ou aquilo. A libra não tem poder de desapropriar ninguém e nem quer. Nossouniverso é movimentar caixinha no porto, não é verdade? Não é nosso escopo, isso não fazparte do nosso escopo. Nem segurança pública, nem outra coisa que tenha haver com choquede ordem pública. O que a gente faz, na realidade, por estar afetando, é provocar quem éresponsável por isso. Que no caso é a Prefeitura, que tem a CET-Rio e a gente tem reuniõescom eles quase mensalmente.Hoje já está atrapalhando muito. Porque da mesma forma que atrapalha a parte viária do Caju,esses caminhões estão carregando contêineres que vão ser embarcados naquele momento e onavio fica esperando. Então, é uma coisa que hoje já atrapalha nossa atividade fim, fora o queatrapalha a própria população, a própria comunidade.Concordo com a senhora, acho que de fato temos um problema de acesso ao Caju, mas, é umproblema de segurança pública. Infelizmente, eu sou refém dessa situação também.Infelizmente, não é a Libra que vai resolver esse problema, é um problema de segurançapública.

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TRANSCRIÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICAPlatéia (Reinaldo) – Nós temos sim um problema de mobilidade, mobilidade urbana, que já vemde longa data, que vem se agravando conforme a economia vai aumentando de volume. Só queaté agora eu não vi nenhum número sobre isso, eu vi número de calado do navio, eu vi númerode dinheiro, de reais que vão ser mobilizados com isso. Mas, eu ainda não sei se estandomorando na Quinta do Caju, como hoje já acontece, se eu passar mal como vou me deslocar emdeterminados horários para um hospital e, se for um caso grave, se eu vou conseguir me salvar(Aplausos)É claro que aqui todos sabem que o poder público que é responsável por garantir isso. Eu achoque é por isso que está ocorrendo essa audiência aqui. Agora, também dizer que isso não estáno escopo do projeto acho que a coisa fica fácil para a Libra. Dizer que isso não é objeto depreocupação do projeto. Eu acho que tem que ser objeto de preocupação do projeto porque alimoram pessoas e esse é um dos principais problemas que aquelas pessoas enfrentam no dia-a-dia.Representante da Libra – Qual o nome do senhor? Reinaldo. Em momento algum eu disse quenão era preocupação da Libra, pelo contrário, eu disse que ele não está no escopo. A libra nãotem nem direito, nem poder para fazer qualquer alteração no sistema viário da onde quer queseja. Mas, é uma preocupação sim. A Libra poderia estar sentada em uma cadeira esperandoaquelas quatro coisas que a gente colocou nos slides para vocês. Acontecer simplesmente poracontecer. Se acontecer. É uma preocupação muito grande sim e não é só da Libra. Essa é umapreocupação da comunidade portuária como um todo. Agora, estou falando como Sindsuper.Você tem as empresas, os operadores portuários do Porto do Rio, que tem preocupação sim emcomo fazer com que o transito naquela região seja melhorado. Mas, não é a comunidadeportuária que vai resolver o problema do transito do Caju. É a mesma coisa. Isso aqui é umproblema. Sinceramente, é um problema de acumulo. Tem duas formas de se povoar uma região.Uma é a população chegar próximo de onde tem emprego ou ela simplesmente já está lá eacontece alguma outra coisa. O porto está ali há 105 anos. Recentemente, a Docas, no anopassado, comemorou 100 anos de operação do porto no Rio de Janeiro. Ele já existe a 100 ano.A mesma coisa com os aeroportos, quando você pega. Não consigo fazer expansão dosaeroportos porque tem a população do lado. É verdade, porque não foi planejado dessa forma. Oque acontece é que se você pegar essa população e não trabalhar de uma forma consciente. Apopulação são todas aquelas pessoas que participam, sejam empresas, seja a comunidade,sejam as transportadoras e planejar uma forma mais eficiente, isso não vai dar certo.A gente não tem como, Reinaldo, acertar um problema viário. Eu não tenho como chegar e dizerque vou construir cinco quilômetros de estrada, fazer binários. Eu não tenho como fazer issoporque sou uma empresa privada e não tenho nada haver com isso. O que eu preciso fazer éestimular, e a gente tem feito muito, é estimular as autoridades competentes para que façam.

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Platéia – Minha questão é muito simples. A coisa está ruim e vai ser ampliada.Presidente de Mesa – Senhor Reinaldo, um minutinho, por favor. Várias perguntas foram feitassobre o mesmo tempo, claro de pessoas que moram por ali, e estão sentindo que já estãoprejudicadas e com a expansão vão ter sua condição ampliada, mais prejudicada. Maurício,que participa do grupo de trabalho, já está anotando isso para fazer parte das conclusões daaudiência. Mas, acho que o subsecretário de transporte podia dar um esclarecimento. Quandoos nossos colegas da libra, dizia que não estava no escopo, é que vocês não tem poder dealargar uma rua.

Representante da Libra – Claro que estamos preocupados. Talvez eu tenha me explicado mal.Presidente da Mesa – Mas, já está esclarecido. Outras perguntas, senhor Reinaldo e dona Ilda,como de Luiz Carlos Joaquim, Cristina Fernandes. Boa noite. Vamos ler as perguntas de vocêsna íntegra. Senhor Manuel Antônio das Neves. Boa noite. A senhora Deise de Oliveira. Elesestão preocupados, senhor subsecretário, com a movimentação, principalmente na rua GeneralGurjão, ali na Carlos Seidl, e vocês já conhecem o dia-a-dia ali. Um empreendimento desse, oobjetivo da audiência é mesmo discutir todos esses impactos. Os impactos são diferenciados.Às vezes, os impactos são da desapropriação das pessoas. Olha, a angústia que cria isso. Amovimentação, a dificuldade. O Reinaldo falou que viu muitos números, mas, que não viunúmeros relativos a melhoria viária ou como se pode desatar o nó. O Ricardo (representanteda Libra) demonstrou que conhece a região, apesar de ser paulista. Acho que o nosso colegapoderia dar um esclarecimento do Estado.Subsecretário de Transporte – Boa noite, senhoras e senhores. È um prazer estar aqui parafalar de um projeto que a Secretaria de Transporte está fazendo em conjunto com a Prefeiturado Rio e o governo federal. Nós temos um problema bom. O problema bom é o seguinte: emmuitos empreendimentos produtivos estão em fase de recuperação forte na região do Caju.Isso é muito bom porque vai garantir que essa região no futuro seja pujante, seja forteeconomicamente.Com relação aos acessos hoje, nós temos hoje o acesso principal para chegar nessa região doCaju bastante congestionado. Na verdade, as principais vias do Caju são largas. A Carlos Seidlé uma rua bem larga. Vamos na Tijuca ver quantas ruas tem a largura da Carlos Seidl. Qual oproblema da Carlos Seidl e de muitas outras ruas? É que todo mundo que vem para essaregião, seja para trazer carga. Quero lembrar do tempo do estaleiro Ishikawajima funcionava,há 15 anos atrás, quando ele tinha seis mil funcionários. Platéia se manifestaSubsecretário de Transporte – Calma, pessoal calma. Quero lembrar do tempo que essa regiãoera bastante produtiva. Então, o que acontece. Hoje, temos um conjunto de empreendimentosque está se recuperando. Esse estaleiro, 80% da área dele foi arrendada pela Petrobras paraser feito o estaleiro Inhaúma. Então, isso aqui vai ser um motor econômico forte. Vai ser umafábrica de empregos.Platéia questiona sobre desapropriação

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Subsecretário de Transporte – Se o senhor deixar eu terminar, o senhor fala com maistranqüilidade. Deixa eu acabar aqui, que fica mais fácil. Nós temos o estaleiro Caneco, aquina frente. Todo mundo está rezando para o estaleiro Caneco conseguir assinar novamente oscontratos de construção dos tais barcos, que parece são da Petrobras. Todo mundo quer veremprego nessa região. Todo mundo quer ver emprego e quer ver a região melhorar. Então,nós temos que contar com isso também. Ao mesmo tempo, temos essas melhorias no Portodo Rio e vocês vão perceber que tem uma série de áreas que estão sendo utilizadas no Cajupara colocação de Contêineres também. Aqui em cima, na beira da linha Vermelho, perto daCarlos Seidl. Então, prevendo que tudo isso vai acontecer em um tempo relativamente curto,o que nós planejamos? Nós planejamos uma série de novos acessos. Primeiro, queremos quemuita carga entre e saia do porto por trem. Para isso, nós fizemos a recuperação daquela viaferroviária, onde a favela tinha, inclusive, se construído em cima de uma parte das linhas. Naverdade, essa é até uma fotografia que não demonstra bem a realidade do que estava lá.Porque tinha casas de três andares em cima da linha e existia uma linha exatamente igual aessa aqui, aqui.Quando o trem da MRS entrava, o pessoal ainda tinha que tirar as mesinhas porque ficavatodo mundo jogando e tomando cerveja no meio da rua do trem. Então, primeira coisa queacontece em qualquer lugar do mundo é procurar dar uma prioridade para o trem, seja o tremde carga ou de passageiros. No caso, o trem é de carga. Então, vocês vão perceber que nóstemos largura para colocar três linhas ao invés de uma. Nós ainda temos um trecho para fazeressa adequação, mas, a montante. Para a MRS, empresa do trem, está em condições trazeroutros tipos de cargas, até mesmo automóveis pela linha do tremA segunda coisa. Essa avenida nova, que eu não sei se tem fotografia. Essa avenida nova foiconstruída, nesse trecho que se chama Júlio Coutinho, já foi bolada para reduzir osengarrafamentos em alguns dos acessos da Avenida Brasil por ali. O que percebemos e, issoé fácil de percebe, que sem ter um bom controle não adianta fazer uma obra desse tipo.Então, o que estamos fazendo? O governador Sérgio Cabral autorizou a implantação de ummini-batalhão. Porque um mini-batalhão? Não é porque é pequeno. É porque um batalhão daPolícia Militar parece que tem 400 homens. Então, o mini-batalhão tem um número menor,mas, um número grande de PMs, que vão ficar alocados nessa região.

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Já posso até adiantar para vocês onde é o negócio aqui. É nessa área aqui. Aqui é a entradapara a usina de lixo. Aqui, entre a Carlos Seixas, na beira da Carlos Seidl praticamente. Isso jávai ajudar muito a Prefeitura a coibir o vazadouro de entulhos que o pessoal faz ilegalmente láem cima. Qual é o jeito. O jeito é prender os caminhões. Eu até se fosse em outro país. Sefosse fazer isso na Inglaterra, o cara que despejou o caminhão, o caminhão vai a leilão na horae ele vai preso, fica um ano na cadeia. Porque quando ele despeja o entulho dele ali, quemestá pagando a retirada do entulho dele somos nós. Ele ganha e a gente paga. Então isso, jávai melhorar muito e vai permitir um conjunto, como o Truck Center. O que é o Truck Center éum centro de apoio ao caminhoneiro, que será nessa área aqui. Nós já estamos em fase finalde entendimento com a Comlurb, tive em reunião com a presidente da Comlurb na semanapassada novamente. Essa área aqui, com mais ou menos 40 mil metros quadrados, ela vai serdestinada ao centro de apoio ao caminhoneiro, que chamamos de Truck Center, Truck porqueé caminhão, centro de caminhões.O que vai ter nesse Truck Center. Vai ter civilização. Primeiro, uma avenida larga como aCarlos Seidl, que fica estreita porque para caminhão de três metros de um lado e três metrosdo outro. Não tem Avenida Rio Branco ia dar certo. Os caminhões vão ser proibidos de pararlá, vão ser guinchados e vão ser obrigados a vir para cá. A tarifa que vai ser cobrada para elespoderem operar aqui vai ser simbólica, muito pequeninha. Não adianta querer ganhar dinheiroem cima do cara, porque senão ele não vai parar o caminhão ali. Então, vai ser uma coisasimbólica. Ali vai poder ter uma coisa que vai dar um pouquinho de dignidade ao trabalho doscaras. Onde estão a maioria dos borracheiros, dos eletricistas e dos mecânicos do Caju? Nomeio da rua. O que também faz o que? Toma espaço e aí é mais engarrafamento. Então, vaivir tudo aqui para dentro organizadamente. Vai haver banheiros para as pessoas, segurançaspara os caminhões. Isso vai fazer uma retirada, compreendeu? Qual é mesmo o seu nome,que perguntou sobre a mobilidade? Reinaldo. O Caju tem ruas de boas larguras. O problema éque não tem rua que segure caminhão parado dos dois lados, caminhão, carro ou qualquercoisa.Então, com a retirada desses veículos para vir para cá e uma programação que vai ser feitapelas empresas no porto. O caminhão só vai poder entrar no porto a hora que ele tiverconfirmado pelo telefone. Vai aquela mensagenzinha, SMS, pode entrar. Aí, o caminhão vaiestar com a placa anotada lá no portão e ele não pode esperar. Ele vai ter que sair daqui parair para lá. No caso do estaleiro da Petrobras, se ele não puder entrar de imediato, ele tambémvai ter que fazer a mesma coisa. Vai ter que vir para cá e esperar a senha. Nós não estamosinventando nada, isso é comum em outros países e começou a chegar no Brasil. Afinal decontas, o Brasil está chegando ao século XXI, já, já a gente está chegando lá.

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Então isso, vai permitir que as ruas do Caju tenham flexibilidade para as coisas acontecerem. Omini-batalhão da PM vai dar mais segurança aquela região e, ao mesmo tempo, existe umprojeto, projeto não é idéia, de um viaduto enorme em cima da linha do trem, que não vai afetarninguém. Porque em cima da linha do trem é terreno do trem. Ele vai estar trepado em cima dalinha do trem. O viaduto vai ligar mais ou menos o arsenal de guerra, a ponte Rio-Niterói, nosentido de Niterói para o Rio, linha Vermelha e Avenida Brasil. Além disso, ainda vai ter esseoutro acesso para os caminhões que realmente estiverem chegando com horário marcado. Faltacinco minutos para ele entrar no porto, o caminhão não vai precisar entrar aqui (Truck Center),ele vai poder fazer isso direto.Ao mesmo tempo, quem estiver no Caju vai poder acessar esse viaduto, próximo ao arsenal deGuerra. É claro que vamos ter que ver com o comando de Exército, já estamos vendo, umaautorização para deixar a gente colocar uma rampa lá. Aí vamos poder sair direto na LinhaVermelha ou na Avenida Brasil. Isso vai melhorar bastante a circulação viária.Com relação a mobilidade que você estava falando. A Prefeitura está estudando com aimplantação de todos os empreendimentos que eu falei, o estaleiro Inhaúma, o estaleiro Canecoreativado, as coisas do Porto e as outras coisas que estão acontecendo ali, ela está, nessemomento, fazendo um estudo para que a partir da hora que estivermos com o Truck Center e omini-batalhão implantados e; nós vamos fazer muita força para isso poder estar pronto até ofinal do ano que vem, não posso prometer para esse ano, porque não seria verdade; ela vaifazer um plano de melhoria de aumentos das linhas de ônibus. Não posso dizer quais são aslinhas porque isso é com a Prefeitura. Então, essa questão da mobilidade com a ferrovia, quevocês viram, o famoso trem bala brasileiro. Não se vocês lembram, quando o trem foiinaugurado em 1997, nós tomamos foi muito tiro, porque o trem incomodou muita gente. Agoraacabou, eles se acostumaram com o trem, o negócio acabou.A expectativa que nós temos é que o movimento de trem aumente de três a cinco vezes em umperíodo de cinco anos. Para isso, a gente ainda precisa da continuidade de mais um trechoacima daquelas construções irregulares. Esse grande viaduto que vai ficar em cima da linha dotrem em curso de autorização do governo federal e da ANTT. Uma parte do custo desse viadutovai ser pago possivelmente pela concessionária da Ponte Rio-Niterói. É um viaduto bastantecaro porque ele é bem grande. Essas melhorias, inclusive, nós temos aqui um projeto pronto deque a partir do momento que o Truck Center esteja funcionando, que esteja conseguindomobilizar melhor essa região aqui, já há uma duplicação dessa via, vindo pelo lado, se vocêsrepararem já tem o terreno guardado para isso, vai descer por aqui, só que em vez de vir pelolado, vai descer por aqui. Nossa intenção é incorporar no futuro uma parte desse terreno para oTruck Center, essa área da Polícia Civil. Um estande da Polícia Civil, uma parte da Comlurb ese tiver que sobrar alguma coisa um pouquinho para a Polícia Civil ainda. Então, nós vamos teruma outra chegada aqui também e uma saída boa para o Caju.

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Realmente, as coisas não aconteceram no cronograma que a gente imaginava que seria possívelporque, como o Ricardo (representante da Libra) falou essa obra aqui já era para ter sido feita hámuitos anos. Demorou muito para começar, depois tiveram embargos judiciais. O arrendatário sesentiu prejudicado, entrou na Justiça, freou esse negócios dois anos, quase perdemos o recurso.Agora, o governador autorizou essa instalação desse chamado mini-batalhão e Comlurb estápraticamente certo dela liberar para a gente isso aqui. Então, a melhoria lá é enorme.Vai resolver todos os problemas. Não, na vida a gente nunca consegue resolver tudo. Mas, vaimelhorar muito. Acho que vocês que moram na região vão ter uma melhora muito grande, eles quetrabalham na região vão ter uma melhoria muito grande, o governo, então, vai ter melhoria muitogrande porque a partir do momento em que o negócio começa a melhorar para todo mundo, para ogoverno também fica melhor. Está bom pessoal.Presidente da Mesa: Só um minutinho. Seu nome é Cristina. A Cristina fez algumas perguntasmuito interessantes também. Acho que você já foi contemplada com as respostas. A Eliane estáaqui.Platéia – A Libra disponibilizou um ônibus para trazer os moradores. A reunião não acabou e a Libradisse que tem que sair agora se não perde o ônibus. (Áudio baixo)Presidente da Mesa: Isso não pode acontecer, deve estar havendo algum... Mas, isso não pode. Foimuito bom você lembrar dona Eliane. A senhora é a dona Eliane. Só um minutinho porque éexatamente em cima do que o subsecretário falou. Não queria perder. Já vai resolver dona Eliane,muito obrigado. A turma não pode ir embora. Eu também vi e ia comentar. Dona Eliane pergunta seampliando a linha do trem, subsecretário, ela continuará passando no meio da Monsenhor ManuelGomes?Platéia – Era exatamente essa pergunta que eu ia fazer também.Presidente da Mesa: Você ia fazer isso também. Eu vi pela sua expressão que você ia perguntarisso. Por isso, que eu juntei as duas perguntas. A gente faz muita audiência pública, passaadivinhar as coisas. Fazendo que os moradores e outros fiquem esperando o trem passara.Platéia – Eu mora lá desde que nasci...Presidente da Mesa: Secretário, entendeu a pergunta?Platéia – Sempre sofri, todos nós sofremos com esse trem...Presidente da Mesa: Dona Cristina, eu sabia que a senhora ia perguntar isso pela sua angustia. Eusabia que podia juntar essas perguntas.Platéia – No discurso da Libra foi citado o alargamento do binário e adequar alças do viaduto. Nodiscurso da Concremat foi citado a avenida alternativa fase 2. Imagino que pela explicação,secretário, esse alargamento do binário seria o alargamento dessa via.

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Subsecretário de transporte– Não. Existe um conjunto então de coisas pequenas ealgumas, um pouco maiores, que precisam ser feitas. Por exemplo, o caminhão tem o mauhábito, a carreta, ela precisa de muita área para fazer uma curva. Então, paradeterminados caminhões, como as cegonheiras poderem fazer as curvas, nós vamos terque acertar essa alça desse viaduto Marechal Taumaturgo, aqui na Avenida Brasil, emfrente ao sabão português. O Objetivo do projeto do Porto. Não tem nada haver com aLibra. A situação do jeito que está hoje é insustentável. Nós não podemos dizer, que vaiaumentar um pouco o momento, vai piorar um pouco mais. Simplesmente pelo seguinte.Ninguém bota sua carga em um navio para vir para um porto que é encalhado, onde ocaminhão não consegue entrar ou sair e o trem não entra e sai. Porque tempo é dinheiro.Então, por isso, que nós precisamos resolver esses acessos porque senão esse porto serámal visto pela população e aí ele começa a ter dificuldades.Olha o que aconteceu com o aeroporto de Congonhas. Começou a chatear muito opessoal com o negócio de movimento à noite. O pessoal foi lá e fez reduzir o número dehoras que o aeroporto opera. Nós temos que conseguir separar o número de cargas deentrada e a carga de saída do porto. Para isso tem um portão que funciona, mas, nãofunciona bem, funciona fraco, ali do lado do arsenal de Guerra, perto do Corpo deBombeiros. Aquele será o portão de entrada para o porto. Não adianta ter um portãoenorme, como tem mais um pouco mais na frente, como quem vai lá para o Ishikawajima.Aquele negócio enorme, metade daquele portão nunca abriu, a não ser na inauguração.Chega os caminhões lá dentro é uma confusão, um virando para um lado, o outro para ooutro lado. O que acontece? Forma fila na entrada do porto. Os caminhões alinhados paraentrar no porto vão congestionando o Caju inteiro. Então com a separação desses portões,portão de entrada, a carga só entra por aqui e no outro só por lá, isso já vai praticamenteacabar com engarrafamento. O objetivo é acabar com os engarrafamentos. Para isso, temo filtro, que eu mostrei para vocês, que é o centro de apoio ao caminhoneiro.Qual foi a outra coisa que você perguntou? Sobre a linha do trem. Não posso estar aquipara mentir para vocês. Infelizmente, nós não temos como fazer um viaduto para o trempor geometricamente é impossível. Porque é impossível. Porque o trem tem uma rampade 1% que ele pode subir. O trem de carga é uma coisa, o trem de passageiro tem umarampa um pouco mais forte. Mas, não é como o caminhão. Na hora que vocêatravessasse o trem por um viaduto na General Gurjão não ia ter distancia suficiente noporto do Rio para ele fazer a rampa de subida e descida. Entendeu? Ia ter que ter um1,5km quase de caimento.Platéia – Áudio impossível de ouvirSubscretário de transporte – Você tem toda a razão. Aí estamos usando a engenhariapara resolver o problema. Qual é o problema da engenharia? Não dá para descer, porqueo que ele gasta de rampa para subir, ele gasta para descer. A mesma coisa.

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Platéia – Áudio Impossível de ouvirSubscretário de transporte– Isso nós nunca pensamos. Mas, vou dizer o que nóspensamos. O mergulhão pode se transformar facilmente em um piscinão. Mas, o que nósestamos prevendo ali é uma melhoria grande na entrada do trem no porto para que o trempossa acessar as áreas de estacionamento do porto muito mais rápido do que hoje. Sevocês olharem ali, vocês vão ver que aqueles dormentes estão meio descoberto, chega láfrente na entrada do porto o negócio não tem uma rapidez nas liberações, linha não estáboa. Isso vai ser tudo reformado, do jeito que foi mostrado na primeira parte. O que euposso te dizer é que, mesmo aumentando em três vezes, vai ficar mais melhor do que hojeem termos de velocidade de passagem do trem.Não dá para falar para vocês que vamos fazer um viaduto porque não tem rampa. O tremsó sobe, não vai descer nunca. Agora, o que eu quero lembrar a vocês é que existirãooutros acessos ao Caju, como esse do viaduto que eu mostrei para vocês, que vai darmelhores alternativas de acessos para vocês. Ao mesmo tempo, que essa duplicação aquipara a avenida Brasil. Então vocês vão ter um acesso aqui, que é esse vermelho. Essetrabalho é da secretária de transporte do estado. È um documento oficial. Esse aqui é que éo viaduto. Acho que o cara subir no viaduto para sair do outro lado da Avenida Brasil é maistrabalhoso, não sei. Se tiver motorizado, de carro, vai poder. Mas, não posso dizer paravocês se é mais fácil de ir à pé ou não.Como eu falei tem uma rampa que nós estamos pedindo autorização para o exército,porque a gente não pode esquecer que ele é o dono do Arsenal de Guerra. Mas, como oÉxercito já esta usando a área do Arsenal de Guerra muito coisa para carga. Eles não estãovendo como muito problema a gente colocar uma rampa de acesso para poder, tanto osveículos de passageiros, quanto os caminhões, subirem essa rampa e chegarem aoviaduto. Esses caminhões todos vão deixar de passar no Caju e vão passar por cima. Oque vai aliviaro tráfego.Platéia - (Audio muito baixo) Já fiquei e contei 54 vagões e a gente parada ali.Subsecretário de transporte - Entre os projetos das melhorias. O que eu estou falando,pessoal, não são idéias, são projetos de engenharia. Tem uma pilha de plantas. Então,nossos projetos de melhorias para trem tem a implantação de três área internas demanobras no porto. Para que as manobras possam acontecer ou no porto ou no pátio doArara, preferencialmente no porto, onde tem uma extensão e a gente pode colocar...Sópara você ter idéia nos já contamos, dá três linhas com 80 vagões cada uma. E nós nãoestamos esperandoque vá entrar todos com 80 vagões no Porto do Rio, porque o Porto doRio não mexe com minério de ferro. Vai dar três linhas paralelas dentro da área do porto oujunto ao pátio do Arara para fazer manobras ali.

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O documento Porto do Rio Século XXI foi lançado na Associação Comercial e daqui a mais oumenos um mês, um mês e meio, nós vamos apresentar a revisão dele. Pessoal, não adianta agente querer fazer um projeto de carga mal feito porque senão essa carga vai para Vitóiria oupara Santos. São bons projetos. São os melhores projetos do mundo? Certamente, que não.Mas, são projetos que vão melhorar muito a condição operacional da gente.Platéia - Existe algum órgão...Subsecretário de transporte- Isso é na secretaria de Transporte do estado. Eu não tenhocerteza se no nosso site tem esse projeto, mas, você poderia procurar a secretaria detransporte e nos vamos fornecer para vocês.Platéia - Como é de interesse de muita gente. Acho que isso deveria ser público...Secretário de transporte - É público. Mas, eu não tenho certeza que está no site ou não..Platéia - Mas, não é de fácil acesso. Fica a especulação. O senhor está explicando bem. Mas,se quiser explicar isso para outra pessoa depois fica complicado fazer isso só no discurso....secretário - Eu posso, se vocês quiserem, deixar o telefone da secretaria. Se vocês quiseremeu pego um CD lá e dou para vocês. Mas, a versão nova, com a atualização, vai ficar prontaem um mês, um mês e meio, e vai ser lançada aqui na Associação Comercial.Platéia - OKPresidente da Mesa - Agora, só queria a compreensção de vocês porque todas as pessoasque estavam ansiosas pelas informações relativas a movimentação de transporte, abertura deruas, alterações da malha viária, o nosso subsecretário, acho que atendeu e deixou adisposição um canal aberto para vocês. Então, a presença do subsecretário aqui foi demaisnesse sentido. A turma ali das auditorias estão todos calados. Isso são coisas que a gentenão tem poder. O subsecretário, vindo de Vitória, foi uma vitória aqui para o nosso grupo.Então, eu queria passar para uma outra categoria de perguntas, inclusive pela turma quevoltou, capitaniada pela dona Carly. Dona Carly, só um instante, para deixar claro dona Deise,que as suas duas perguntas relativas a transporte, nós neutralizamos aqui. Mas, tem outrosassuntos que vamos colocar.Dona Carly, a senhora Eliane e Ana Carolina. Boa noite pata toda a turma do Caju. senhorJosé Luiz. Boa Noite. Todos estão preocupados em relação a desapropriação; Outro temaque afeta a sociedade e a turma lá do Caju; Se houver desapropriação qual será osparâmetros indenizatórios que será usado? Para a expansão do Terminal 1 será necessáriodescolocar moradores. Do Carly, gostaria de saber se vocês vão mexer com os moradores darua circular, onde a poluição já é muito grande. Dona Eliane pergunta se para fazer essaexpansão vai mover moradores da Quintão Caju. Essas são as perguntas, nossos colegasestão preocupados com a desapropriação.Representante do Grupo Libra - Primeiro, gostaria de falar sobre o transporte. Algumassenhoras de mais idade solicitaram para que fossem deslocadas para suas residências. Mas,a van está indo e retornando para buscar vocês.

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Gente, com relação a expansçao do terminal. Quero deixar bem claro que a expansão vaiocorrer dentro do porto. De forma bem clara para vocês entenderem, deixa eu pegar umafoto mais para a frente. Muito bem, o projeto é esse, dentro do porto. Nessa área aquinão tem casa, não tem nada para desapropriar. Nada. Tirem isso da cabeça. O projeto deexpansão da Libra Terminais não tem nada para desapropriar a não ser o entulho que seacumula naquele famoso piscinão. E que vai ser desapropriado. É uma forma bastanteclara para vocês entenderem. Primeiro, não existe residenciais. Depois, é dentro de umaárea portuária. Nada de desapropriação em lugar nenhum.Presidente da Mesa- Ficou satisfeita. Dona Carly?Platéia - Gostaria de solicitar se vocês não poderia fazer uma apelo aos donos decaminhões que eles concertassem, pelo menos, porque as carretas soltam muita fumaçae acabam assim, com a saúde da gente, principalmente a minha. Faço o uso demedicamento respiratório de dia e de noite pela poluição, a poeira do porto e dasfumaças das carretas. É uma coisa pavorosa. Se passa duas carretas, quase que mata.Não tem como respirar.Presdidente da Mesa - O maurício está anotando sua solicitação...Platéia - Eu estou com planos de mudar, eu gostaria até que vocês desapropriassem.Porque eu estou com planos de me mudar. Não aguento mais a poeira e a fumaça doCaju. Vocês ganhararam dinheiro, ampliaram o negócio, mas, podiam pensar umpouquinho também na gente. Eu nçao tenho nada contra. Gosto até de apreciar. Eu morobem pertinho do porto. A poluição é grande demais. Você trabalha a semana e no final desemana vê sua casa toda preta de minério.(Aplausos)Mesa: Tem algum comentário?Representante da Libra - Dona Carly, concordo com a senhora. Gostartia que a senhoraentendesse que faz parte da atividade. A mesma fumaça que a senhora respira, eutambém respiro quando vou trabalhar. O que temos feitos junto as transportadoras é queelas tenham de fato um programa de renovação da frota que reduza as emissões depoluentes. Isso faz parte do novo programa de sustentabilidade. A gente olha, inclusiveos fornecedores que trabalham conosco. Mas, isso infelizmente é gradual. Não possochegar e proibir um caminhão de entrar dentro do porto. O que termos que fazer éconcentização junto as transportadoras para que eles façam uma renovação gradativada frota.Presidente da Mesa - Dona Carly, o que a senhora está falando é muito importante. Aqui,no Rio de Janeiro é o único estado, onde se faz vistoria de veículos para verificar o nívelde fumaça. Se os caminhões são do Rio, eles tem que fazer a vistoria, como nósfazemos nos nossos carros. Quem já fez vistoria esse ano já deve ter verificado que ocertificado não sai mas se não fizer a vistoria de gases. Isso diminuiu consideravelmentea emissão de gasses em áreas urbanas, onde a grande vilão são os veículos. Verificarum carro soltando fumaça negra, fora dos padrões, hoje não é comum. Então, essapolítica é uma política do estado de vistoriar os carros no sentido de melhorar ascondições de controle dos gases.

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Só para a se ter idéia, isso foi a nova regra para venda de automotores, que foi estabelecidana sexta-feira passada. Isso é uma boa notícia. Não só para a senhora, como para toda apopulação do Rio de Janeiro porque os veículos vão ser controlados na fonte, na emissão, navistoria.Platéia - Com licença, mas, queria pedir também que os caminhões não fiquem estacionadosnas calçadas porque a gente não tem como andar. Eu fui vítima, levei três meses para meupé se recuperar, ainda não estou recuperada.Presidente da Mesa: Senhor Rodrigo Ventura gostartia de saber. Na apresentação da Libraterminas, comentaram sobre uma dragagem na Baia da Guanabara. No entanto, não foidetalhado sua finalidade. Gostaria de saber se existe planos de dragagem na Baia paraatender embarcações do tipo Panamax.Representante da Libra - Já existem uma licença, também não é fruto do nosso processo. 4milhões cúbicos, essa licença já foi dada pelo órgão ambiental. Então, quando eu falei dedragagem, já tem essa licença ambiental para ajustar todo o trafego de navegação nospróximos anos. O calado, calado para quem não sabe é a distância que fica a linha d´água dochão, que hoje é de 13 metros está indo para 15 metros. Mas, isso também não tem nadahaver com o nosso projerto, é da secretaria estadual dos portos. É uma coisa do governofederal. È importante para quem chega essas embarcações.Mas, já é fato que já existe umalicença para que essa dragagem seja feita, inclusive é uma obra que já está chegando aos92% de efetivação. Quando a gente fala em dragagem, de fato, 92% dessa dragagem já estárealizada. Essa obra foi iniciado no Carnaval de 2010.Presidente da mesa:A senhora Rosângela Soares. Boa noite, obrigado pela presença. A donaRosângela, que é moradora do Caju, ela está preocupada em relação a colonia Z12, que temsua estrutura. O que aconteceu coma a pescaria que utiliza a Baia da Guanabara irãoconviver com os navios..Representa da Libra - Senhora Rosângela. Aumentar o comprimento do navio ou a boca donavio não vai impactar de maneira nenhuma a atividade pesqueira na baia. A gente estáfalando de um aumento que é paralelo ao pier hoje, onde já existe um cais. Não vai terimpacto em relação a atividade pesqueira. O que pode haver é que quandovocê esticar o cais,ele vai esticar de uma forma. A gente está tentando colocar a foto. Você vai prolongar o cais.Mas, não vai ter impacto nenhum. Não influencia na atividade pesqueira porque ela não é feitana região. Naquela região é feita operações de navios, navios de contêineres. O local que nósestamos não tem relação com atividade pesqueira. Bem, se quiser Josefina falar umpouquinho porque vocês fizeram um estudo sobre isso. Vocês perceberam na apresentaçãoda Comcremat, o que eles detalharam no estudo da atividade pesqueira. Acho que a Josefinapode ajudar.Concremat - Vou pedir para os mebros da minha equipe de sócioeconômica, Maria Helena,Luane e Andre.

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Concremat (outro representante) - O que nós podemos observar é que a atividade pesqueirana Baia da Guanabara já teve um impacto grande e hoje tem arrefecido bastante em funçãoaté da estratégia de degradação ambiental da própria baia. Ela hoje continua mais comouma atividade que tem grande sentido social para a comunidade do que em funçãoeconomica. Continua persistindo a associação de pesca, a colonia de pesca. Mas, não éuma atividade que tenhaimportância economica em torno da renda. Como estratégia desobrevivencia para aquela população é muito importante, não tenho dúvida. Quantospescadores sobrevivem na Quinta do Caju, por causa da pesca. Muito mais no sentido socialdo que econômico. Uma atividade tradicional.Platéia - ruído da platéia.Concremat - Não estamos afirmando que não há pescador. Quanto de voc~es está no Z12?Platéia - ruído da platéia.Concremat (outro porta voz) - Só queria complementar, dizendo que no estudo a genteconsidera sim esse impacto. Com a interferência sobre a atividade pesqueira foi consideradoum impacto negastivo tanto na fase das obras, quanto na fase de operação. Nas obras,associadas as barcaças de sedimentos que vem do conal do Fundão e na operação devido oaumento na movimentação de navios, mas, que, na verdade, esse impacto foi consideradode baixa significância , A operação portuária ocorre dentro de uma área delimitada para tal.A expansão ocorre dentro da área de Docas, que já é uma área portuária. A pesca nãoocorre nessas áreas e o impacto foi considerado de baixa significancia.Representante da Libra - Só para complementar. Só para esclarecer, deixar bem claro para asenhora que esse prolongamento aqui e aqui vai ser aterro. Hoje, não tem pesca nenhumaali. Especificamente aqui, onde poderia passar peixes. Nos acreditamos que passam peixesde fato. Toda essa área aqui não vai ter aterro. Vai ser mar sobre estacas. O peixinha quehoje passa, vai continuar passado. Tudo que passa por aqui vai continuar passado. Acorrente marinha vai aumentar a velocidade. Nessa obra de você aterrar aqui, essa obra vaiaumentar a velocidade e o cardume vai junto. Aumenta pouca coisa, mas, aumenta. Seriapior se diminuísse. Não vai haver impacto de obstrução que posssa prejudicar a pesca.Presidente da Mesa - Senhora Rosângela. Essa é a explicação que eles tem. Não é emrelação se tem ou não tem. Não é em relação se tem ou não tem atividade de pesca no local.A importãncia a gente sabe que tem para as pessoas, mas, que a conclusão do estudo deimpacto ambiental é que essa área que vai ser aterrada não há atividade nenhuma, não há oque pescar e no prolongamento, segundo vocês, concluíram, nçao vai alterar amovimentação de peixe no localBem, a senhora Deise e a senhora Luzinete. Boa noite. Elas estão preocupadas com aatividade emergencial. A expansão do terminal pode influenciar na reabertura do HospitalSão Sebastião no setor de emergencias. A senhora Deise. A reforma da rua Carlos Seidlserá afetado o Hospital Anchieta? Ou seja, será extinto ou retirado, prejudicando assim osatendimentos, os usuários. São essas duas unidades médicas que o pessoal está querendosaber se vai ter alguma melhoria ou possibilidade de recuperação.

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Acho que vocês não tem uma resposta para isso. Subsecretário, o senhor tem algumainformação dos colegas de saúde? Maurício você anotou essas duas coisas?(Ruído na Platéia)Presidente da Mesa - O hospital Anchieta pelo que entendi está desativado. Não, foi o SãoSebastião. Leva o microfone na dona Deise. É importante seu depoimento. O maurício anotouaqui.Platéia - O São Sebastião era um hospital de doença infectocontagiosa e referencia no Rio deJaneiro. Só que inclusive ele é centenário. Só que ele terminou e, com isso, nós ficamos comaquele hospital desativado, como já aconteceu no Caju de outros hospitais serem desativadose virarem favelas. Acho que vai virar outra favela. Então, o que acontece no Caju não temosuma emergência. Só que isso não é para ser tatado aqui. Nós vamos ter agora a conferênciadistrital de saúde, agora, mem parece que é seis de junho. Mas, eu posso passar para asenhora, porque eu sou uma delegada de saúde.Presidente da Mesa; A senhora foi de uma sensibilidade total. Isso não é objeto da nossaconversa. Mas, tudo que aconcetece, como Ricardo falou é uma questão de sustentabilidadeno em torno. Apesar daqui não ser o foro específico para isso. Mas, acho que essa reunião desaúde...Platéia - O povo do Caju. O Caju é um bairro terminal. Até pela característica dele. Primeiro,começa a morte para a morte está lá trás. Quando a gente diz que mora no Caju, as pessoasfalam, que lá só tem cemitério. Só que a morte começa frente e nós que somos a vida estamoslá trás. O que acontece aqui é que falta de tudo. Quando as pessoas vem em um debatedesses, elas querem colocar tudo para fora.Presidente da Mesa: A Saúde fica perto do Caju...Essa é boa. Vamos um pouco para o ladotécnico. João Sampaio. Muito obrigado. Tomas Coelho. João Meirelles. Estão preocupadoscom o plano de emergência da Baia da Guanabara, com a expansão do terminal, se vocêsestão incluídos no plano, se tem alguma participação. As perguntas são se vocês estãoparticipando do Plano de Ajuda Mútua, estão de acordo com a MR 29, se estão incluídos noPlano de Emergência Ambiental e se a Concremat participa de algum projeto para despoluir aBaia da Guanabara.Na realidade, no licenciamento ambiental, a lei do óleo, como vocês sabem, tem que fazer umPlano de Emergência, obrigado a fazer.. Essa pergunta é importante de ser respondida. Comoé envolvimento dentro do plano de Emergência e de Ajuda Mútua e também dos recursosprovientes de uma situação acidentalRepresentante da Concremat . Existe um plano de Ação de Emergência do Porto do Rio deJaneiro. Não deve ser um plano de ação exclusivo, é um plano de ação sinérgico para toda aárea do porto. É uma série de medidas que estão previstas especificamente para esseempreendimento. Ou seja, para as obras e a operação decorrente desse empreendimento.Dentro dos programas previstos no estudo ambiental está a adequação específica do Plano deAção de Emergência, que já está sendo implementado, e do Plano de Gerenciamento de Riscoao cenário do empreendimento. Não sei se respondi a sua pergunta.

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Platéia - Boa noite, O que vocês apresentaram aqui nós princípios de impacto do projeto deexpansão do terminal 1, vocês falam em segurança e saúde ocupacional dos trabalhadores,que é regido pela MR29. Vocês aqui vem comentando que vocês vão ter o PAR, PGR...EssePAR é de vocês ou é do porto. Junto com esses vocês vão ter que ter o PAM, que é oPrograma de Ajuda Mútua.Representante da Livra. Josefina, depois você pode falar a questão técnica. O que eu possodizer é que nós atendemos o MR29 em 100%, completamente A legislação é muito clara e eleé atendida. Hoje, inside um plano que é atendido pelo Porto. A Hidroclean pe a empresacontratada para fazer isso. Fora a Hidroclean atender o porto, nós contratamos a empresa paraqualquer outros problema que acontece nas imediações. A hidroclean é contratada para oporto para a Baia da Guanabara como um todo, esse rateio é feito com todas as operadoras.Agora, se alguma coisa acontece no cais da Libra. Além da Hidroclean, contratada para oporto, nos também contratamos essa mesma empresa para se houver um vazamento emnossas operações.Platéia - Quero me referir ao Programa de ajuda Mútua. Se a área do Caju, na Avenida Brasil,Gamboa, Santo Cristo se alguma carreta com seu contêiner transportada tem um derrame quala assistência muita das empresas que estão ao redor do Caju.Representante da Libra - Fora do porto. Não vou saber responder tecnicamente essa questão.Sei que, internamente no porto, dentro da Baia da Guanabara, é atendido. Posso levantar essaquestão e te responder depois

Platéia - Porque isso faz menção ao MR 29. Outra pergunta que gostaria de fazer é na áreaportuária existe muita mão-de-obra terceirizada e muita mão-de-obra avulsa. Pelo MR 29, essepessoal vai ter todos os treinamentos de saúde e segurança?Representante da Libra - A Libra não tem mais trabalhadores avulsos. A Libra temterceirizados. Esses terceirizado tem os mesmos tratamentos que os colaboradores.Platéia - Quando você contrata esses terceirizados você pede para ele todos os documentos?Representante da Libra - Toda a documentação.Platéia - Saúde e segurança também...Representante da Libra - Eles participam de todos treinamentos, saúde e seguranaça dotrabalho também. Hoje, já é assim.Platéia- Como contratantes vocês exigem isso?Representante da Libra - ExigimosPlatéia - E eles comprovam?Representante da Libra - Sim, senão eles não entram.Representante da Concremat - Você não tem ações de sustentabilidade se você não atingirtoda a cadeia de valor. Então, necessariamente, quando você se diz sustentável, você trabalhatambém seus terceirizado. Essa é uma forma de garantir que a sustentabilidade ocorra é aalcance toda a cadeia produtiva.Platéia - Mas, vc recebe só o papel ou você fiscaliza?

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TRANSCRIÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

Representante da Libra - São detalhes que, de fato, a gente tem que verificar.Platéia - Eu tenho um programa de Gerenciamento de Risco na minha empresa, mas, tenho sóno papel. Queria saber se na sua empresa e, com a sustentabilidade que vocês falam queaplicam, se vocês fiscalizam com auditores os terceirizados.Representante da Libra - Toda empresa que é contratada pela Libra Terminais é, primeiramente,cadastrada, com todos os documentos que precisam ter. Não é saúde e segurança do trabalho,não. Também meio ambiente. Tudo referente a MR 29. A gente entra no mínimo do mínimo. Agente paga mais caro por um transportador porque esse tem e o outro não tem. A fiscalização éfeita quando você solicita a documentação e é verificada se de fato a documentação procede.Platéia - Então, vou fazer uma pergunta. A senhora ali falou de fumaça preta. Existe naLegislação ambiental que todo caminhão que trabalha com óleo tem que fazer o testo da fumaçapreta. Você pede o teste?Representante da Libra - Não. Porque esse transportador não é nosso. Ele é um terceiro. Oexportador que chega e fala que não vai contratar esse terceiro.Platéia - Mas, você faz movimentação de contêineres?Representante da Libra - SimPlatéia - Você aluga os contêineres?Representante da Libra - NãoPlatéia - Você só move metro?Representante da Libra - SimPlatéia - Aí, eu estou levando um produto para você movimentar em uma carreta que polui oambiente. Você não tem responsabilidade?Representante da Libra - Ele não é contratado por mim. Quem tem que ser autuado, quem temque ser fiscalizado é a própria transportadora que não tem nenhum contato comercial conosco.Platéia - Eu não concordo com isso. Você está falando em sustentabilidade o tempo todo. Aí umterceiro vai dentro do teu estabelecimento....Representante da Libra - A sustentabilidade que eu falo é algo que eu tenho poder de influenciaralguma coisa. Neste caso eu nçao posso chegar para ele e dizer, o senhor não pode....Platéia - Você não pode exigir de quem contratou?Representante da Libra - Isso a gente faz.Platéia - Você não pode também exigir de quem está movimentando a carga essa atitude....Representante da Libra - Não tenho condições de fazer isso. Não é um contrato meu. Imagina asrodovias....Platéia - Assim fica difícil.Platéia - Não é o órgão ambiental. O órgão ambiental já tem a lei que diz com relação a fumaçapreta. Cabe a transportadora fazer avaliação que tem que ser feita. Existe uma lei, se vocês estãofalando em sustentabilidade o tempo todo... Essa minha opinião, minha opinião técnica.Subsecretario de transporte - Pessoal, nós temos que entender como funciona o porto. O portotem uma área de cais público, qualquer um pode operar lá. A maioria desses caminhões, quase atotalidade desses caminhões que são altamente poluentes, são caminhões que operam no caispilhas com cargas avulsos.

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Não tem nada haver com o terminal de contêineres, com o terminal de veículos ou o terminalsiderúrgico, que são terminais privados, onde há programas de qualidade. Mas, o porto é muitomais do que o cais privado. Se você entrar no porto, você vai perceber, como todo mundo quemora no Caju sabe, que aqueles caminhões esculhambados, que, inclusive estão com placasvencidas e que não fazem vistoria, eles operam no cais público.Platéia - Então, o estado não está agindo na forma da lei. Existe uma lei estadualSubsecretário de transporte - Posso continuar? A responsabilidade primeiro é de cada cidadãoque é dono do veículo. Se você anda com um carro que poluiu na rua, independente dosíndico do seu prédio fazer alguma coisa, porque ele não tem poder nenhum. Você quando forfazer a vistoria, você vai ser penalizado e não vai conseguir fazer a renovação. Segundo, vocêpode ter seu carro autuado e apreendido na rua. Então, o porto, na verdade, tem uma série deveículos que não se destinam necessariamente aos terminais. Se você entende da logísticaportuária, você vai ver que os que operam nos terminais privados são os melhores veículos do´porto e os que operaram no cais públicos são os piores. É só ir lá para ver.Então, o que tem que ser feito é em uma operaçãode choque de ordem se fiscalizar issotambém. Só isso.Platéia - Na Petrobras....Subsecretário de transporte - A Petrobras, não é uma área pública, é uma empresa privada naqual o governo tem 50%Platéia - Mas, entra caminhão com fumaça preta?Subsecretário de transporte - Não entra caminhão com fumaça preta da mesma maneira quenão entrada na dele, se ele não quiser.Platéia - Se ele não quiser? Ele tem que cumprir a lei...Subsecretário de transporte - Peraí, mestre. É uma opinão dele. É uma obrigação, mas, é aopinião dele. Tanto que tem muita gente que prefere ser assaltante. É uma opção. Éilegal,mas, é uma opção. Quem entra em uma unidade da Petrobras, está entrando em umaunidade privada e o privado tem direito. Se você, por exemplo, tiver entrando com um carro defumaça na minha casa. Eu posso dizer que você não vai parar ai. As instalações da Petrobrássão privadas. As instalações que você, muito provavelmente, está falando são do terminalpúblico. Não tem nada haver com a sustentabilidade da empresa. O porto é muito mais do queterminais privados, o porto tem muito mais quilometros públicos do que arrendados.Presidente da Mesa: Deixa eu fazer uma colocação aqui. Eu acho que entendi a pergunta dele.Deu um enroscada. Acho que o que ele quer saber é de os caminhões que operam hoje noterminal da Libra são veículos em bom estado de manutenção e que fizeram vistoria? Não é oveículo que transita no cais ou na rua. A tua pergunta é esse? Da mesma forma que elefiscaliza os terceirizados, se chegar um caminhão dentro do terminal dele hoje emitindo fumaçaalém dos padrões ou sem ter feito a vistoria, se for do Rio de Janeiro, se vocês tem algumamedida para controlar isso. Não deixar entrar ou até para mandar documentos para oscontratantes, dizendo que a transportadora não entra mais.

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Representante da Libra - Toda a transportadora que trabalha com a Libra tem a documentaçãovista e fiscalizada. Tenho 24 caminhões que são totalmemte regularizados e quando eu precisosubcontratar nós contratamos empresas que passam por esse mesmo crivo; Com relações aesses outros caminhões, a grande maioria, a gente não tem esse problema. Se eu falar que umou outro passa, eu não vou estar mentindo.O que a gente faz neses casos. A gente faz umacomunciação formal para as transportadoras que ela está emitindo ou está possivelmenteemitindo. Porque, eu não tenho equipamento para isso. A gente nçao é um órgão fiscalizador.A anuência para fazer isso é da guarda portuáriua, ela que tem poder para fazer isso.Eu não tenho condições de dizer hoje você não entra no meu terminal. O que posso garantir éque a maioria dos caminhões que entram na Libra está em uma condição regulada. Melhor quea maioria dos caminhões que circulam pelo porto.Concremat - Se me permitem uma explicação, no que trata o objeto desse processo delicenciamento que é o projeto de expansão está presente no estudo de impacto ambiental umprograma específico controle de emissões atmosférica.E dentro desse programa, que vai ser oportunamente detalhado no plano básico ambiental,está presente o controle e o monitoramente dos equipamentos e veículos que vão fazer parteda obra. Dentro do objeto que está sendo licenciado agora, que é a expansão do terminal, estáprevisto, tanto na fase de obras, como na fase da operação, a implatação de um programa quevai fazer o controle das emissões.para esse empreendimento.Presidente da Mesa: A sua contribuição, sua manifestação já gerou aqui uma restrição, umaexigência para a licença, que a implantação desse plano, tanto na fase de obras, como na fasede operação. Esse é o objetivo da audiência pública, trazer esse tipo de a gente vai anotandoaqui.A gente agradece a idéia de vocês. O início do desentendimento foi em função do Ricardo terentendido que era porque qualquer caminhão do porto, mas, era para quem entrar no terminal,porque a responsabilidade é solidária. Esse é o objetivo da audiência pública que é trazer daspessoas aquelas contribuições. Mas, isso vai fazer parte da restrição da licença.Platéia - Queria sasber qual é o órgão responsável, que deveria fiscalizar e não fiscaliza. Quempode punir esses carreteiros. Porque a gente se sente refém. Queria saber quem ´é o omissodessa história, porque se eu tenho um carro e paro em um local proibido estacionar, eu soumultada, meu carro é rebocado. Mas, porque esses caras não são punidos. É uma carreta, édifícil de rebocar...Presidente da mesa: Já entendi. Esses veículos automotores são objetos de que fiscalização.A fiscalização é para...Esse veículos, todos eles, tem que fazer vistorias para ficar nalegalidade. Você faz no seu carro. Presta a atenção no que eu vou te perguntar. Você concordaque o número de carros hoje jogando fumaça preta é significativamente menor do que há 5 ou10 anos atrás?Platéia - No Caju?Presidente da Mesa: Digo no geral. No Caju, eu vou esporadicalmetne.Platéia - O senhor trabalha lá? Eu vivo e trabalho lá. É muita fumaça, barulho e poeira...

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Presidente da Mesa: Cristina, eu não estou defendo nem atacando ninguém. Minha postura é deneutralidade; Mas, tem um limite. As emissões, seja no Caju, centro, elas diminuiram porque osíndices dizem isso. Uma política de governo de vistoria de veículos faz com que os carrosfiquem regulados porque senão eles não licença para trafegar na legalidade. Mas, se você meperguntar tem carro que trafega na ilegalidade? Tem. Então, sua pergunta é quem fiscalizaisso. O órgão ambiental vai fazer a verificação presente do nível de fumaça e vai fazer tambémo de rúído. Isso a gente investiu no Rio e São Paulo passou a fazer. Quem tem a competênciade fazer isso no Rio de Janeiro acho que a Guarda Municipal de transito...Mas, se a gente sair daqui da audiência, conversando sobre outros problemas que existem, agente sabe que existem, então, a gente, essa audiência não vai ter fim. A minha missão aqui étentar conter a ansiedade de vocês em relação aos outros problemas, que não são decompetência da Libra. Claro, que a gente compreende que todos os outros problema, como ohospital que não funciona, o outro que era referência pode se favelizar. Isso a gentecompreende. A gente está aqui para distribuir perguntas. Temos que ter equilíbrio na audiência.Direcionar nossa ansiedade e as nossas perguntas, como o colega fez há pouco sobre ocaminhão que entra a Libra e solta fumaça e foi dada uma resposta para ele e já foi colocadoaqui uma inserção nas restrições das licenças.Agora, conversar sobre um tema, que não é objetivo, que ninguém vai sair convencido deexplicação nenhuma porque não há niguém da secretaria municipal, aí de fato a gente vaiperder tempo.Platéia - Mas, eu posso dar a resposta. Sabe porque não vai ser punido? Porque todo o final desemana a patrulhinha vai lá pegar o dinheiro.(Aplausos)Presidente da Mesa: Vamos voltar ao foco. Mas, perguntas interessantes aqui. Letícia, cade aLetícia. A empresa considera que o material de dragagem a ser utilizado contaminado e odescarte do mesmo de acordo com os modelo hidrodinamico voltaria a baia? Ninguém faloucanal do Fundão....Letícia esclarece sua dúvida.Platéia - Gostaria de saber porque o descarte, o local do descarte de acordo com o modelohidrodinâmico, esse material contaminado retornaria para a Baia?Representante da Concremat - Primeiro lugar, ninguém vai colocar material contanimado emlugar nenhum. Muito pelo contário, Nós sabemos que há sedimentos contaminados no fundo dabaia. Isso foi comentado no diagnóstico ambiental. Talvez na hora da apresentação não tenhaficado claro. Vai ser um feito, o aproveitamento do material que está sendo degregado no CanalCunha. Esse material vai ser descontaminado dentro de outro processo, que já está sendolicenciado. Você deve estar vendo aquela movimentação toda na área do Fundão. Esse materialtodo já tem licença ambiental e está previsto que ele seja descartado. Só materialdescontaminado pode ser descartado . Ele está previsto para ser descartado em uma área debota fora oceânica. O que está sendo proposto nesse projeto, que é uma soluçãooperacionalmente interessante é, ao invés da comprar areia para fazer o aterro, aproveitar partedesse material que de qualquer forma seria destinado ao bota fora oceânico.

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Parte desse material descontaminado vai ser usado para o preenchimento da área do piscinãoda Libra. Vai haver no final do processo uma sobra material. Essa sobra pode ser distribuidapara outras obras de aterro no porto ou vai ser descarta em um bota fora oceânico. Mas,jamais material contanimado. Jamais.Presidente da Mesa: Esclareceu? A preocupação é com esse material contaminado. Temtambém outra opção, que é usar o material do metrô. A Letícia pergunta também quais são asmedidas mitigadas socioambientais em relação ao mangue? Se a empresa previu umpercentual de catadores de caranguejos?Platéia - Não é isso não. Gostaria de saber se a empresa previu alguma ação mitigadora paraa ação no mangue e a redução. Socialmente, o pessoal do Caju utiliza desse recurso, oscaranguejos...Representante da Concremat - Deculpa te interromper. Quando a gente faz avaliação. Odiagnóstico da área, a gente fala da área de influencia direta e da área de influencia indireta.Platéia - Você falou sobre os catadores de carangueijos, que tinham uma significancia mínima.E uma magnitude, nem foi levantada. Mas, significancia é mínima, sendo que, socialmente,essa significancia não é mínima. Pelo menos, para os moradores do Caju. Outra pergunta queeu quero fazer é se a empresa tem planos de aproveitar a mão-de-obra do Caju? Algumpercentual?Representante da Concremat - A primeira pergunta que é uma preocupação com o meioambiental do mangezal. Realmente, o meio ambiente de mangezal é um dos mais frágeis, maissensíveis. É uma preocupação grande. Quando fizemos a descrição do diagnóstico, um poucoantes, na hora de falar da área de influencia. A gente explicou que tem a área de influenciadireta e indiretaSe der uma olhada na Baia da Guanabara. A área do Manguezal está muito mais distante daárea de empreendimento. Na área do Caju não há mangezal, Na área onde vai ser feito oaterro, onde vai ter o alargamento do pier não tem mangezal. Portanto, a influencia doscatadores de caragueijos é nula. Por isso, que esse impacto foi avaliado da forma como ele foiavaliado. Avaliado de uma forma geral o impacto como intereferência em uma área denegócios. Como a Baia da Guanabara está protegida legalmente. Realmente, comoempreendimento está na Baia da Guanabara. Há um influencia em uma área protegida, que éa própria Baia da Gunabara.Em relação ao segundo pontos que você mencionou. Eu queria te mostrar.Representante da Mesa: Letícia, quantos empregos vai gerar o empreendimento, olha paramim?Platéia - Não dá para lembrar todosRepresentante da Mesa: Estava escrito no slidePlatéia - 150 na operaçãoRepresentante da Libra - Para a nossa atividade não é pouco, é muito.Representante da Concremat - Letícia, 450 empregos na fase de obra e 150 na faseoperacional.

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TRANSCRIÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICAIsso a gente comentava no diagnóstico. Depois, a gente fez a avaliação de impacro ambiental.É que é muito informação...A gente colocou aqui. Peraí que a gente vai achar. Estimular acompra de produtos e serviços na área de influencia. Respondo a tua pergunta?Platéia - NãoRepresentante da Libra - Deixa eu falar um pouco. A intenção é utilizar a mão-de-obra do Caju.Platéia - Mas, o percentual. Quantos porcentos dessses trabalhadores são do Caju.Representante da Libra - Não posso te dizer quantos porcentos. Mas, eu gostaria que fosse100%. O que podemos dizer é que é uma mão-de-obra muito qualificado, por incrível quepareça. Temos equipamentos, que logicamente, não são baratos e que precisam de umaqualificação. Temos idéia de fazer alguns convênios, como o que já temos com Sesc, queforma motoristas para trabalhar na operação portuária. Não posso te falar qual nossa idéia emtermos percentuais. Mas, posso te falar que nossa intenção é utilizar sim a mão-de-obra doCaju.Representante da Concremat - Letícia, dá uma olhadinha nos objetivos do programa decomunicação social, informar a quantidade e o perfil da mão-de-obra necessária para oempreendimento, usando a contratação da mão-de-obra da região. Está previsto como objetivono programa de comunicação socil e vai ser detalhado na hora do plano basico ambiental.Nesse momento, não dá para definir qual o percentual de cada categoria.Representante da Libra - Só para deixas bastante claro. A empresa gostaria muito de terpessoas morando próxima a empresa. O sonho de qualquer empresário é ter os colaboradoresmorando no em torno. Além de reduzir custo com transporte, a gente consegue trabalhar, umacoisa que a gente trabalhou...Eu tentei colocar uma creche para mães. Não consegui porque apenas 17% dos trabalhadoresda Libra moram no Caju. Eu quis fazer uma creche para crianças de até seis anos e nãoconsegui. Porque a maioria morar fora e teria que trazer as crianças de ônibus, às quatro, cincohoras da manhã. Não faz sentido. Para mim seria muito melhor se fossem pessoas quemorassem na área do Caju para eu colocar esse projeto em funcionamento. Faz sentido, faztodo o sentido. O empresário que não quer uma mão-de-obra que não more perto doempreendimento, não é empresário. Nossa intenção de fato é que a grande maioria more noCaju, faz sentido com tudo que a gente está pensando para o nosso futuro.Presidente da Mesa: Letícia, está satisfeita?Platéia - Já que você quer que os funcionários perto. Que o senhor também olhe para o que agente falou aqui. Os funcionários morando perto tem que estar bem de saúde.Representante da Libra - Com que a gente apresentou aqui, se não deu para perceber apreocupação da Libra com a região. Talvez, a gente tenha que passar novamente aapresentação. Eu acho que aqui a gente não vai resolver o problema do Caju. Acho que aqui agente está focando, colocando toda energia dos problemas do Caju nesse projeto, que não é.Eu entendo muito bem a ansiedade e a angústia de vocês. Só que não é nesse projeto, que vaiser resolvido todos os problemas do Caju. O que nós pudermos fazer para ajudar, nós vamosfazer. O secretário está aqui, ele pode ajudar a testemunha viva do esforço que a gente temfeito para conseguir que só aqueles quatro slides acontecerem.Encerramos a sessão por aqui.-FIM-