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Relatório Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS Área Territorial de Inspeção do Centro 2014 2015

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Relatório

Agrupamento de Escolas

de Miranda do Corvo

AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

Área Territorial de Inspeção

do Centro

2014 2015

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Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo

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CONSTITUIÇÃO DO AGRUPAMENTO

Jardins de Infância e Escolas EPE 1.º CEB 2.º CEB 3.º CEB ES

Escola Básica e Secundária José Falcão, Miranda do Corvo • • •

Jardim de Infância de Casais de S. Clemente, Miranda do Corvo •

Jardim de Infância de Espinho, Miranda do Corvo •

Jardim de Infância de Miranda do Corvo •

Jardim de Infância de Vidual, Miranda do Corvo •

Jardim de Infância de Cardeal, Miranda do Corvo •

Escola Básica de Moinhos, Miranda do Corvo • •

Escola Básica de Semide, Miranda do Corvo • •

Escola Básica Professor Doutor Ferrer Correia, Senhor da Serra,

Miranda do Corvo • • • •

Escola Básica de Lamas, Miranda do Corvo •

Escola Básica de Pereira, Miranda do Corvo •

Escola Básica de Miranda do Corvo •

Escola Básica de Rio de Vide, Miranda do Corvo •

Escola Básica de Vila Nova, Miranda do Corvo •

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Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo

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1 – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação

pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a

avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos

jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de

avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi

incumbida de dar continuidade ao programa de

avaliação externa das escolas, na sequência da

proposta de modelo para um novo ciclo de

avaliação externa, apresentada pelo Grupo de

Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de

março). Assim, apoiando-se no modelo construído

e na experimentação realizada em doze escolas e

agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da

Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver

esta atividade consignada como sua competência

no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de

janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da

avaliação externa do Agrupamento de Escolas de

Miranda do Corvo, realizada pela equipa de

avaliação, na sequência da visita efetuada entre

13 e 16 de abril de 2015. As conclusões decorrem

da análise dos documentos fundamentais do

Agrupamento, em especial da sua autoavaliação,

dos indicadores de sucesso académico dos alunos,

das respostas aos questionários de satisfação da

comunidade e da realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa

fomente e consolide a autoavaliação e resulte

numa oportunidade de melhoria para o

Agrupamento, constituindo este documento um

instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao

identificar pontos fortes e áreas de melhoria,

este relatório oferece elementos para a

construção ou o aperfeiçoamento de planos de

ação para a melhoria e de desenvolvimento de

cada escola, em articulação com a administração

educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa visitou a escola-

-sede do Agrupamento, a Escola Básica Professor

Doutor Ferrer Correia, as escolas básicas de

Lamas e Miranda do Corvo e o jardim de infância de Casais de S. Clemente.

A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração

demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios

EXCELENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria

das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos

respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam

na totalidade dos campos em análise, em resultado de

práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e

eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em

campos relevantes.

MUITO BOM – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e acima dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fortes predominam na

totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM – A ação da escola tem produzido um impacto em linha

com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e

dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes

nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes.

SUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens

e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas

da escola.

INSUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

muito aquém dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos

pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A

escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório do Agrupamento e o contraditório apresentados no âmbito da

Avaliação Externa das Escolas 2014-2015 estão disponíveis na página da IGEC.

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Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo

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2 – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo, situado no concelho de Miranda da Corvo, distrito de

Coimbra, foi constituído no ano letivo de 2010-2011, por agregação do Agrupamento de Escolas de

Ferrer Correia com o então Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo. É constituído por cinco

jardins de infância, duas escolas básicas com educação pré-escolar e 1.º ciclo, cinco escolas básicas com

1.º ciclo, uma escola básica com educação pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º ciclos e pela Escola Básica e

Secundária José Falcão (escola-sede). Integra uma unidade de ensino estruturado para a educação de

alunos com perturbações do espetro de autismo e é agrupamento de referência para a intervenção

precoce na infância. Apesar das unidades orgânicas que lhe deram origem terem sido avaliadas em 2008

e 2009, respetivamente, esta é a primeira vez que o Agrupamento, com a constituição atual, é objeto de

avaliação externa.

No presente ano letivo (2014-2015), a população escolar é constituída por 1490 crianças e alunos, assim

distribuídos: 142 na educação pré-escolar (10 grupos), 412 no 1.º ciclo (25 turmas), 228 no 2.º ciclo (12

turmas), 388 no 3.º ciclo (21 turmas), 180 nos cursos científico-humanísticos (sete turmas), 26 num curso

vocacional (uma turma), 15 nos cursos de educação de formação (uma turma), oito no programa

integrado de educação e formação (uma turma) e 91 nos cursos profissionais (cinco turmas). Do total dos

alunos do Agrupamento, 4% não possuem nacionalidade portuguesa, 53,3% não beneficiam de auxílios

económicos no âmbito da ação social escolar, 19,4% não têm computador com ligação à Internet. A

educação e o ensino são assegurados por 165 docentes, dos quais 93,3% pertencem aos quadros. O corpo

não docente é constituído por 65 trabalhadores (49 assistentes operacionais, 15 assistentes técnicos e

um psicólogo), a maioria em regime de contrato de trabalho em funções públicas por tempo

indeterminado.

A análise dos indicadores relativos às habilitações literárias dos pais revela que a percentagem de pais

dos alunos do ensino básico e do ensino secundário com formação superior é de 14,7% e 9,3%,

respetivamente, e com formação secundária de 24% e 23%, respetivamente. No que se refere à sua

ocupação profissional, 23% dos pais dos alunos do ensino básico e 20,3% do ensino secundário exercem

atividades profissionais de nível superior e intermédio.

De acordo com os dados de referência disponibilizados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e

Ciência relativamente ao ano letivo de 2012-2013, ano mais recente para o qual há referentes nacionais

calculados, os valores globais das variáveis de contexto do Agrupamento, quando comparados com os

das outras escolas públicas, são bastante favoráveis, embora não sejam dos mais favorecidos. Destes,

evidenciam-se a média do número de alunos por turma e a percentagem de raparigas no 9.º ano.

3 – AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e

tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação

formula as seguintes apreciações:

3.1 – RESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

Na educação pré-escolar, as aprendizagens das crianças são monitorizados de forma contínua pelas

docentes titulares de grupo e evidenciadas em grelhas de observação e portefólios individuais.

Trimestralmente são elaborados registos de avaliação com a sistematização da informação que é

entregue aos pais e encarregados de educação. Este processo constitui-se como um importante elemento

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de regulação da educação e assegura a sequencialidade das aprendizagens transição para o 1.º ciclo do

ensino básico.

No ano letivo de 2012-2013, ano mais recente para o qual há indicadores contextualizados, constata-se

que as taxas de conclusão dos 4.º, 6.º, 9.º e 12.º anos posicionam-se sempre acima dos valores esperados

para as escolas com variáveis de contexto análogas. Nas provas finais do 1.º ciclo, as percentagens de

classificações positivas a português e a matemática situam-se acima dos valores esperados, ao invés,

nas provas finais dos 2.º e 3.º ciclos e nos exames nacionais do ensino secundário de matemática A e

história A, posicionam-se aquém destes valores.

A análise comparativa dos indicadores estatísticos dos resultados obtidos pelo Agrupamento no triénio

2010-2011 a 2012-2013 com os das escolas com valores análogos nas variáveis de contexto, evidencia

uma tendência de melhoria nas taxas de conclusão dos 6.ºe 9.º anos e na prova final de português do 1.º

ciclo, bem como uma melhoria, embora não sustentada, nas taxas de conclusão dos 4.º e 12.º anos e na

prova final de matemática do 1.º ciclo. Por outro lado, os resultados nas provas finais do 2.º ciclo e nos

exames nacionais de matemática A e história A evidenciam tendência de agravamento. Verifica-se,

ainda, uma predominância de resultados menos conseguidos, mas sem propensão definida, na prova

final do de matemática do 9.º ano.

Numa análise global, verifica-se que os resultados são diversos, encontram-se de modo equilibrado tanto

acima como aquém dos valores esperados para as escolas com variáveis de contexto análogas. Assim, o

desempenho verificado ao nível académico demonstra que o Agrupamento constitui uma mais-valia para

os alunos quanto às taxas de conclusão da escolaridade básica e secundária, mas necessita de um maior

investimento nos processos de ensino e de aprendizagem com impacto direto na melhoria dos resultados

nas disciplinas de português e matemática dos 6.º e 9.º anos, bem como nas de matemática A e história

A do ensino secundário.

Em 2013-2014, primeiro ano em que há cursos profissionais de nível secundário terminados no

Agrupamento, a taxa de conclusão dos alunos (74,2%) situa-se acima da média nacional (62,3%).

Considerando o ciclo de formação (2011-2012 a 2013-2014), as taxas de conclusão e de empregabilidade

são, respetivamente, de 66,7% e 16,7% no curso de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva e de 53,8% e

64,3% no curso de Técnico de Restauração – variante Restaurante/Bar.

No triénio 2010-2011 a 2012-2013, a análise dos resultados escolares, realizada pelo Agrupamento no

seu processo de autoavaliação, evidencia taxas de conclusão dos alunos dos cursos de educação e

formação (93,9%, 94,3% e 93,9%, respetivamente) sempre acima das médias nacionais e do programa

integrado de educação e formação (90%, 100% e 64,3%, respetivamente) acima nos dois primeiros anos e

abaixo no último ano.

O abandono escolar e a desistência dos alunos são residuais, verificando-se um caso de abandono em

2013-2014.

O Agrupamento conhece os resultados internos e externos dos seus alunos, fruto de procedimentos

organizacionais consolidados e sistemáticos de monitorização e divulgação por parte dos órgãos de

direção, administração e gestão e das estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica.

Contudo, a análise dos resultados ainda não permitiu a identificação rigorosa dos fatores explicativos

internos que condicionam o sucesso dos alunos, nem a consequente definição de estratégias e ações de

melhoria potenciadoras da eficácia da ação educativa, que concorram para atingir as metas definidas.

RESULTADOS SOCIAIS

O Agrupamento dinamiza, em articulação com outros parceiros educativos, atividades e projetos (de

âmbito local, nacional e internacional) diversificados e muito participados pelas crianças e alunos de

todos os níveis de educação e ensino, cujos objetivos concorrem eficazmente para a sua formação pessoal,

cultural e social e potenciam vivências promotoras de uma cidadania ativa e solidária. As atividades

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desenvolvidas por iniciativa dos alunos e/ou da sua associação de estudantes (p. ex., rádio escolar e a

festa de finalistas), a par das assembleias periódicas de delegados e subdelegados de turma, da

atribuição de tarefas diárias às crianças e alunos mais novos e a participação dos discentes no conselho

geral, fomentam a assunção de responsabilidades e a corresponsabilização dos alunos na vida do

Agrupamento.

Os alunos revelam, em geral, um comportamento disciplinado, atuam com base nos seus direitos e

deveres e cumprem as regras e orientações de funcionamento dos diversos equipamentos e espaços

escolares, fruto de iniciativas implementadas neste âmbito (p. ex., Gabinete Disciplinar, Quadro de

Valor, Projeto de Mentorado) e de um acompanhamento próximo dos diretores de turma, dos alunos

mentores, da direção e nos casos mais graves da articulação estreita com entidades parceiras (p. ex.,

comissão de proteção de crianças e jovens). Os casos de indisciplina são pouco expressivos (29 ordens de

saída de sala de aula e dois processos disciplinares em 2012-2013 e o mesmo número de ordens de saída

de sala de aula e três processos disciplinares em 2013-2014). No entanto, os procedimentos de

monitorização implementados neste âmbito não permitem perceber o impacto desta variável no

(in)sucesso escolar dos alunos.

A dimensão solidária é trabalhada de forma consistente, envolvendo ativamente os alunos através de

iniciativas de voluntariado, de angariação de fundos e bens materiais, da doação de prémios obtidos em

concursos e do programa de voluntariado Palco dos direitos, justiça e cidadania, entre outros. De realçar

a boa integração das crianças e jovens que residem em instituições de acolhimento e dos da unidade de

ensino estruturado.

O Agrupamento conhece, em cada ano, a situação dos alunos que concluíram o ensino secundário e

foram opositores ao concurso de acesso ao ensino superior e a taxa de empregabilidade dos cursos

profissionais dentro e fora da área de formação, existindo, por esta via e sustentados nos bons

resultados alcançados por alguns desses antigos alunos, uma leitura positiva do impacto da

escolaridade.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

A comunidade escolar mostra-se globalmente satisfeita com a ação educativa do Agrupamento,

evidenciada no predomínio das opções de concordância nas respostas aos questionários aplicados no

âmbito da presente avaliação externa. Destacam-se, a este propósito, o grupo dos encarregados de

educação da educação pré-escolar como o mais satisfeito e o dos alunos dos 2.º e 3.º ciclos e ensino

secundário como o menos satisfeito.

Uma análise mais detalhada das respostas dos diferentes grupos de inquiridos permite constatar que a

disponibilidade e partilha de competências por parte da direção, a abertura ao exterior, o trabalho dos

diretores de turma e o conhecimento das regras de comportamento são áreas que evidenciam maiores

índices de satisfação. Ao invés, o serviço de refeitório, a limpeza das instalações e a utilização frequente

de computador em sala de aula são os aspetos que revelam, em regra, menor grau de satisfação.

A oferta formativa e educativa muito diversificada, impulsionadora do sucesso escolar e facilitadora da

integração no mercado de trabalho, a adesão a concursos e projetos em diferentes áreas do saber (p. ex.,

Erasmus +, Eco Escolas, Educação para a Saúde, Mentes Brilhantes, Desporto Escolar, Olimpíadas da

Matemática, da Economia e da Biologia), com a obtenção de alguns lugares de destaque (p. ex., dois

campeões nacionais das profissões na modalidade de restaurante bar) e a atribuição, em cerimónia

pública (Gala da Educação), de prémios aos alunos que procuram a excelência nas atitudes e nos

resultados escolares, concorrem para a valorização do sucesso.

Os diversos projetos e parcerias estabelecidos com sucesso com entidades externas e adequados à

realidade do meio envolvente nos domínios científico, artístico, desportivo, cultural e social,

designadamente com a câmara municipal, juntas de freguesia, instituições e empresas locais que

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acolhem os alunos na formação em contexto de trabalho, contribuem para o reconhecimento da

importância do serviço prestado pelo Agrupamento e para o desenvolvimento da comunidade

envolvente.

O impacto da ação do Agrupamento é reconhecido pela comunidade e traduz-se, por exemplo, na

atribuição de Louvor por Mérito Desportivo (2012) e Louvor por Mérito (2014) pela Câmara Municipal

de Miranda do Corvo e pela Assembleia Municipal de Miranda do Corvo.

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. O Agrupamento

apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de BOM no domínio

Resultados.

3.2 – PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

O Agrupamento tem uma oferta formativa diversificada, adaptada à realidade concelhia e articulada

com a existente em concelhos limítrofes. Os grupos disciplinares asseguram práticas coordenadas no

planeamento das atividades educativas, verificando-se ainda a monitorização do seu cumprimento ao

longo do ano letivo. A articulação vertical concretiza-se, essencialmente, através do plano anual de

atividades, sendo visível a integração de ações adaptadas ao contexto do Agrupamento e às

especificidades do meio envolvente.

Os planos dos grupos/turmas têm uma matriz comum o que facilita a sua interpretação global.

Denotam, contudo, diferentes níveis de aprofundamento, inexistência de objetivos claros a atingir e, de

uma forma geral, ausência de articulação entre ciclos. O conteúdo destes documentos não espelha de

forma eficaz a articulação entre as dificuldades diagnosticadas, as estratégias privilegiadas e os

resultados a alcançar, situação que retira a sua intencionalidade proactiva e de gestão. A promoção de

competências transversais e de articulação vertical concretiza-se no Projeto de Educação para a Saúde

(PES) e em atividades inscritas no respetivo plano anual, sendo esta última, mais evidente entre a

educação pré-escolar e o 1.º ciclo e este e o 2.º ciclo no início do ano letivo.

É evidente nos planos de grupo/turma a existência de informação explícita sobre o trajeto escolar dos

alunos, que contudo, não é utilizada intencionalmente, para o estabelecimento de percursos individuais

de sucesso (p. ex. estratégias de diferenciação pedagógica), situação que limita de forma objetiva, o

propósito dos planos/planificações e a orientação do trabalho dos docentes. Globalmente, entre os

professores, a articulação efetiva-se mais a nível informal.

Estão tipificadas, nos documentos de planeamento, diferentes modalidades de avaliação (diagnóstica,

formativa e sumativa), situação que assegura formalmente a coerência entre o ensino e a avaliação.

O Agrupamento tem planificadas atividades, a desenvolver pelo psicólogo, no âmbito da orientação

escolar, aos alunos do 9.º ano, dos cursos profissionais, programas que não abrangem com o mesmo nível

de generalização e intencionalidade os discentes do 12.º ano e os do curso de educação e formação.

PRÁTICAS DE ENSINO

As atividades educativas e do ensino procuram responder às capacidades e ritmos de aprendizagem das

crianças e dos alunos, sendo visível a atenção por parte da generalidade dos educadores e professores

em atender às necessidades de cada um. Porém, a inexistência de metas de sucesso claras e avaliáveis

anualmente e de mecanismos de supervisão e monitorização das práticas letivas condicionam a aferição

sistematizada da evolução dos alunos ao nível do sucesso académico. A diferenciação pedagógica está

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dependente essencialmente de cada docente mas desenvolve-se prioritariamente fora do contexto da

lecionação do grupo turma, nas aulas de apoio e nas atividades extracurriculares e oficinas (p. ex.,

matemática, biologia) no ensino secundário que são opcionais e destinadas sobretudo aos alunos com

melhores desempenhos.

A adequação das respostas educativas às crianças e aos alunos com necessidades educativas especiais é

concretizada através de apoios e estruturas diversificados, como sejam: intervenção precoce, unidade de

ensino estruturado para a educação de alunos com perturbações do espetro do autismo, currículos

específicos individuais integrando, nalguns casos, planos individuais de transição e alunos com

adequações curriculares individuais. Para os discentes com necessidades educativas especiais são

organizadas respostas bem articuladas entre os diversos docentes e técnicos especializados (ao nível dos

conselhos de grupo/turma), que garantem o acompanhamento adequado dos mesmos e o seu sucesso em

termos de competências e de resultados académicos. Os alunos com planos individuais de transição

desenvolvem-nos de forma adequada, no corolário de parcerias bem conseguidas com diversas

instituições. São disponibilizados apoios educativos aos alunos com dificuldades de aprendizagem, não

existindo, porém, um mecanismo fiável de aferição da eficácia dos mesmos.

A intencionalidade de práticas letivas de incentivo à melhoria dos desempenhos dos alunos, fora da sala

de aula, é concretizada nas oficinas do ensino secundário. Em contexto de sala de aula, este estímulo

está dependente de cada docente, não sendo as respetivas práticas conhecidas, partilhadas e aplicadas

de forma intencional pelos restantes elementos dos conselhos de turma.

A diversidade de contextos de educação e ensino concretiza-se essencialmente na execução dos

programas inscritos no plano de atividades e nos clubes (sendo o do Desporto Escolar o que catalisa

maior interesse, até pela diversidade de modalidades que desenvolve).

A dimensão prática e experimental é explorada regularmente na educação pré-escolar, no 3.º ciclo, no

ensino secundário e nos cursos profissionais, sendo irregular no 1.º ciclo e praticamente inexistente no

2.º ciclo. Merece especial realce o projeto Mentes Brilhantes, desenvolvido em parceria com a Fundação

Assistência Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP) e a câmara municipal (entidade

financiadora), destinado, por enquanto, apenas aos alunos do 4.º ano de escolaridade da Escola Básica

de Miranda do Corvo.

A dimensão artística tem alguma expressão curricular e extracurricular, sendo visíveis nalgumas

escolas a exposição de trabalhos gráficos e a existência de outras vertentes artísticas, caso do coro

existente na Escola Básica de Miranda do Corvo.

O ensino e a aprendizagem contam com o suporte das três bibliotecas escolares (escolas básicas de

Miranda do Corvo e Professor Doutor Ferrer Correia e Escola Básica e Secundária José Falcão) no

âmbito da promoção da leitura e na realização de atividades de enriquecimento curricular. Todavia, a

utilização generalizada e intencional destes recursos está dependente da iniciativa individual dos

docentes.

As tecnologias da informação e comunicação têm alguma expressão permitindo uma abordagem mais

ativa dos conteúdos programáticos (quadros interativos, computadores e Moodle), pese embora o seu uso

esteja ainda muito dependente da disponibilidade e da capacidade de utilização de cada docente. O

Agrupamento criou um endereço de correio eletrónico para cada professor, cuja utilização institucional

(p. ex., ao nível da direção de turma) ainda não está generalizada.

A monitorização e a supervisão da prática letiva situam-se essencialmente ao nível dos conselhos de

grupo/turma e dos grupos disciplinares. A observação de aulas não é utilizada enquanto estratégia para

a orientação e acompanhamento dos docentes, nem para o fomento e partilha de práticas científico-

pedagógicas relevantes, estando confinada apenas e esporadicamente, à resolução de situações críticas.

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MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

O processo de ensino e de aprendizagem está tipificado, de forma sistemática, através de diverso

instrumentos de avaliação (p. ex.: fichas e testes), que culminam com a realização da avaliação

sumativa, no final de cada período letivo, sendo a mesma inscrita em registos próprios que são

entregues aos encarregados de educação. Contudo, o Agrupamento fixou um prazo demasiado longo (até

à aplicação do instrumento seguinte) para a devolução dos mesmos, aos alunos, situação que na prática,

condiciona a aplicação destas fichas como verdadeiros instrumentos reguladores do ensino e das

aprendizagens. A autoavaliação é realizada por escrito no 2.º, 3.º ciclo e ensino secundário, não sendo

uma prática generalizada no 1.º ciclo.

A avaliação diagnóstica é efetivada em todos os grupos/turmas/disciplinas no início do ano letivo. No

entanto, os resultados da mesma não são analisados de forma vertical, minimizando significativamente

o seu impacto nos grupos/ciclos antecedentes e subsequentes.

No 1.º ciclo são construídas fichas formativas comuns que, no caso do 4.º ano, são realizadas com base

nas provas finais de ciclo de anos anteriores. Também no grupo disciplinar de matemática existem

algumas práticas de elaboração de testes formativos comuns. Estas rotinas ainda não se encontram

disseminadas noutros grupos disciplinares, situação que minimiza a aferição do processo de avaliação.

Não é prática a correção partilhada, entre os docentes, dos instrumentos de avaliação construídos de

forma colaborativa.

Os critérios de avaliação, definidos no conselho pedagógico, foram divulgados aos alunos e encarregados

de educação. Todavia, e apesar da existência de folhas para cálculo das respetivas ponderações

adaptadas a cada ciclo/curso/disciplina, existem situações em que a sua aplicação não é de total

transparência, dependendo em última instância, do critério de cada docente.

A monitorização do desenvolvimento do currículo acontece essencialmente em sede de grupo de

recrutamento e nos conselhos de grupo/turma, aquando do balanço, no final de cada período letivo, sobre

o cumprimento dos conteúdos programáticos lecionados. Os planos de trabalho dos grupos/turmas não

evidenciam de forma generalizada e intencional, reformulações ou adequações no âmbito das

planificações ou estratégias de diferenciação pedagógica decorrentes da avaliação realizada em sede de

conselhos de turma. Nalgumas situações, é realizada a análise do sucesso dos alunos abrangidos pelos

apoios educativos. Os apoios educativos disponibilizados apresentam algum sucesso que, no entanto,

não está ainda tratado estatisticamente.

Os resultados das crianças e dos alunos são analisados exaustivamente em diversas estruturas do

Agrupamento (conselhos de grupo disciplinar/turma, departamentos curriculares e conselho

pedagógico), mas não há a identificação precisa e generalizada dos fatores internos que concorrem para

o insucesso escolar. Existem planos de melhoria, por disciplina, traçados no horizonte temporal do

projeto educativo que não são cabalmente conhecidos pela totalidade dos respetivos docentes e que

também não são avaliados de forma intermédia.

O Agrupamento tem implementado de forma consistente e eficaz uma ação preventiva de combate à

desistência/abandono escolar, atendendo às características do meio. A oferta formativa e a ação bem

articulada dos docentes/diretores de turma/representante da CPCJ com os técnicos e serviços que

colaboram com o Agrupamento têm contribuído para os bons resultados alcançados neste domínio.

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. O Agrupamento

apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes, o que justifica a atribuição da classificação de BOM no domínio Prestação do

Serviço Educativo.

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Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo

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3.3 – LIDERANÇA E GESTÃO

LIDERANÇA

O projeto educativo do Agrupamento, elaborado para o quadriénio 2013-2016, apresenta claramente

uma missão e uma visão, centrada na prestação de um serviço educativo de qualidade e na promoção do

desenvolvimento do território educativo. No documento estão inscritas áreas de melhoria no âmbito das

quais são explicitadas as metas e estratégias a desenvolver com vista ao alcance das mesmas num

horizonte temporal coincidente com a vigência do mesmo. O plano anual de atividades, articulado com o

projeto educativo, apresenta como um objetivo específico a reelaboração antecipada dos documentos

estruturantes do Agrupamento (p. ex., projeto educativo e regulamento interno), não sendo no entanto

evidente em que se fundamenta esta necessidade de antecipação da revisão dos referidos documentos

estruturantes. É visível nas opções da liderança uma intencionalidade de agregação e uniformização de

práticas e procedimentos, e de criação de uma identidade para ao Agrupamento que, no entanto se

encontra ainda em fase de consolidação.

A direção demonstra uma muito boa capacidade de relacionamento e de mobilização de recursos da

comunidade que se concretiza na existência de inúmeros protocolos e parcerias com entidades públicas e

privadas (p. ex., Câmara Municipal de Miranda do Corvo, Fundação ADFP, Santa Casa da Misericórdia,

CEARTE – Centro de Formação Profissional do Artesanato, entre outros), no aproveitamento de

sinergias e disponibilização de variados recursos e apoio a diferentes atividades de índole social,

cultural e de formação com repercussões evidentes na prestação do serviço educativo. A participação do

Agrupamento em atividades organizadas fora do espaço escolar (p. ex., Expo Miranda) reforça a sua

imagem e a ligação à comunidade em que se insere.

A associação de pais e encarregados de educação colabora ativamente com o Agrupamento e apresenta

propostas que são enquadradas no plano anual de atividades (p. ex., III Jantar Saudável, I Corrida da

Família). Tem desempenhado um papel relevante como parceira na resolução de problemas, no

desenvolvimento de atividades (p. ex., participação na 6.ª Gala da Educação, Festival de Música, III

Trilhos Júnior) e na realização de formação para pais (p. ex., sessões sobre O que desejamos para os

nossos filhos?, Educação das Crianças, A importância da Leitura no Sucesso Escolar).

As lideranças intermédias são apoiadas e valorizadas, mas evidenciam alguma falta de assertividade na

definição, concretização e monitorização de estratégias promotoras da qualidade do sucesso escolar.

A liderança de topo incentiva e apoia ativamente o desenvolvimento de projetos nacionais e

internacionais que disponibilizam experiências enriquecedoras aos alunos participantes.

GESTÃO

O conselho geral pronuncia-se sobre as práticas de organização. O diretor planifica a sua ação de acordo

com os critérios para a constituição de turmas, elaboração de horários e distribuição de serviço,

subordinando-se ao primado pedagógico. Na distribuição de serviço, tendo em consideração a

experiência e o perfil pessoal dos docentes, segue-se prioritariamente, e sempre que possível, o critério

da continuidade pedagógica em cada nível de educação e de ensino, incluindo os diretores de turma,

contribuindo assim para fortalecer a sequencialidade das aprendizagens e a ligação da escola com as

famílias.

A alocação dos trabalhadores não docentes às funções segue critérios de adequabilidade, não havendo

um princípio de rotatividade, embora sejam asseguradas as substituições. Os assistentes operacionais

têm tido acesso a formações de cariz transversal (p. ex., internet, segurança) mas, excetuando o caso da

biblioteca, não tem sido proporcionada formação em áreas específicas (p. ex., apoio aos laboratórios). Aos

assistentes técnicos tem sido apenas proporcionada formação sobre aplicações informáticas, não

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havendo lugar a atualização técnica dos procedimentos usados. O Agrupamento elabora anualmente um

plano de formação para pessoal docente e não docente.

Os recursos materiais são objeto de uma gestão criteriosa e equitativa, possibilitando o acesso de todas

as crianças e alunos aos equipamentos disponíveis. A alocação das salas de aula a determinadas

atividades letivas é efetuada de acordo com as suas especificidades.

Tem havido um elevado esforço de melhoria na disseminação da informação e na comunicação interna.

A utilização de novas tecnologias como é o caso da criação de correio eletrónico institucional para todos

(docentes e trabalhadores não docentes), a utilização da plataforma “T-Professor” (sumários

informatizados), a divulgação de informações gerais através de painéis digitais nos espaços comuns das

escolas e a gestão atempada da página do Agrupamento, tem permitido a disseminação eficaz de

informações gerais e facilitado a fluidez da comunicação interna específica. A página do Agrupamento

possui muita e relevante informação, pelo que se constitui como um elemento estratégico importante e

de grande destaque na comunicação interna e externa.

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

O Agrupamento desenvolve práticas de autoavaliação centradas essencialmente nos resultados

académicos. Existe um observatório de qualidade que trimestralmente recolhe trata e fornece ao

conselho pedagógico, aos departamentos e à equipa de autoavaliação os dados sobre os resultados dos

alunos. A discussão e análise destes dados nos conselhos de turma e grupos disciplinares têm um

caráter sistemático com impacto na elaboração de planos de ação e na definição de estratégias de

melhoria.

A equipa de autoavaliação, constituída por elementos representativos da comunidade escolar, adotou

um modelo avaliativo próprio, estruturado com base no quadro de referência da avaliação externa das

escolas. Regularmente analisa os dados dos resultados académicos recolhidos pelo observatório de

qualidade, recolhe também outros dados em áreas consideradas prioritárias, com vista à avaliação dos

planos de ação de melhoria, e realiza inquéritos por questionário para aferir o grau de satisfação dos

elementos da comunidade educativa (p. ex., pais e encarregados de educação). Recentemente produziu

um relatório de monitorização das metas do projeto educativo referente aos três últimos anos letivos

que, embora tenha sido apresentado e aprovado no conselho pedagógico, não conduziu, até ao momento,

ao estabelecimento de ações de melhoria pertinentes e coerentes com o diagnóstico organizacional, com

repercussões no planeamento da ação educativa, na melhoria das práticas profissionais e,

consequentemente, no desenvolvimento sustentado do Agrupamento.

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. O Agrupamento

apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de BOM no domínio

Liderança e Gestão.

4 – PONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:

A dinamização de atividades e projetos diversificados que concorrem para o desenvolvimento e

formação pessoal, cultural e social das crianças e dos alunos;

A oferta formativa diversificada e adaptada às características dos discentes, com impacto

positivo na prevenção e combate ao abandono escolar;

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A boa articulação entre a equipa de educação especial, os docentes, os diretores de turma e

algumas entidades externas propiciando um apoio adequado aos alunos com necessidades

educativas especiais;

A promoção, desenvolvimento e estabelecimento de parcerias pertinentes e diversificadas com

entidades externas, com impacto na abertura ao exterior e na qualidade do serviço educativo

prestado;

A ação do diretor na capacidade de relacionamento e de mobilização de recursos da

comunidade, com repercussões no aproveitamento de sinergias e de apoios a diferentes

atividades de índole social, cultural, científica e de formação.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus

esforços para a melhoria são as seguintes:

A identificação rigorosa dos fatores internos que condicionam o sucesso dos alunos, mormente

do 2.º ciclo e do ensino secundário, com vista à implementação de ações de melhoria tendentes a

potenciar a eficácia da ação educativa, com impacto na consecução das metas estabelecidas e na

evolução sustentada dos resultados escolares;

O reforço do trabalho colaborativo entre os docentes tendo em vista aprofundar a articulação e

a sequencialidade de conteúdos programáticos e a partilha de práticas científico-pedagógicas

que contribuam para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem e dos resultados

escolares;

A generalização e sistematização de processos de acompanhamento e supervisão da prática

letiva em sala de aula, tendentes à melhoria da qualidade do ensino, da eficácia das medidas de

promoção do sucesso escolar e do desenvolvimento profissional dos docentes;

O acompanhamento eficaz, no âmbito da orientação escolar e vocacional, dos alunos do 12.º ano,

proporcionando-lhes escolhas adequadas aos seus percursos formativos;

A consolidação e aprofundamento do processo de autoavaliação, com repercussões na

implementação de ações de melhoria, no planeamento da ação educativa, nas práticas

profissionais e no desenvolvimento organizacional do Agrupamento.

29-07-2015

A Equipa de Avaliação Externa: José Azevedo, Lurdes Campos e Paula Neves.

Concordo. À consideração do Senhor

Secretário de Estado do Ensino e da

Administração Escolar, para homologação.

O Inspetor-Geral da Educação e Ciência

Homologo.

O Secretário de Estado do Ensino e da

Administração Escolar