relatÓrio 2016 - votorantim€¦ · novo sistema para prevenção de perdas amplia controle sobre...
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RELATÓRIO 2016
A educação como legado Às vésperas de completar 100 anos de atividade, a Votorantim elege a educação como grande legado para as próximas gerações 16
Governança, Riscos e ComplianceLançamento do novo Código de Conduta e revisão da Política Anticorrupção são destaques no processo de aprimoramento da gestão de riscos e compliance 21
Centros de ExcelênciaNovo sistema para prevenção de perdas amplia controle sobre processos e aumenta a produtividade
29
Resiliência do Portfólio Diversidade do portfólio e disciplina financeira ajudam a atenuar os desafios impostos pelo cenário político e pela retração econômica no Brasil 51
Apresentação
O Relatório Votorantim 2016 apresenta as principais ações e resultados da holding
Votorantim S.A. no período, incluindo informações financeiras e não financeiras relativas
aos principais indicadores monitorados pela companhia.
A elaboração do conteúdo considera os princípios e diretrizes do Global Reporting
Initiative (GRI), versão G4, do International Integrated Report Council (IIRC), do Pacto
Global das Nações Unidas (Global Compact), da Organização para Cooperação e Desen-
volvimento Econômico (OCDE) e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Informações detalhadas referentes às empresas investidas (Votorantim Cimentos,
Votorantim Metais, Companhia Brasileira de Alumínio, Votorantim Siderurgia, Votoran-
tim Energia, Fibria, Citrosuco e Banco Votorantim) podem ser encontradas nos relatórios
anuais das próprias empresas.
A versão em PDF deste relatório pode ser acessada em www.votorantim.com/relatorio
e inclui as demonstrações financeiras consolidadas da holding Votorantim S.A., assim
como o índice remissivo com todos os indicadores GRI. Para continuarmos evoluindo em
nosso processo de relato e em nossa gestão, envie sua opinião, sugestões e comentários
para [email protected].
Os indicadores do Global Reporting Initiative (GRI) estão localizados nos rodapés das
páginas onde os temas são abordados.
PDF navegávelClique nos links, nos itens do índice, bem como nos {INDICADORES DO GRI} no rodapé,
para navegar pelo relatório e acessar informações complementares.
Indicadores GRI
{G4-56, G4-EC1, G4-EN13, G4-EN18, G4-EN5, G4-SO1} {G4-9}
$Receita líquida
R$ 26,7 bilhões9% menor em relação a 2015
$
Ebitda ajustadoR$ 4,3 bilhões
38% menor em relação a 2015
Investimento (capex)
R$ 3,0 bilhões6% menor em relação a 2015
R$ 15,9 bilhõesDVA – Distribuição do Valor Adicionado
27% PESSOAL E ENCARGOS
SOCIAIS
9%REMUNERAÇÃO CAPITAL PRÓPRIO
44%REMUNERAÇÃO DE CAPITAL DE
TERCEIROS22%IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES
Novo Código de Conduta
Implementação do documento após ampla revisão, que contou com a participação de todas as empresas investidas. O trabalho também incluiu a divulgação e treinamento de empregados
Política Anticorrupção
Revisão da política teve o objetivo de esclarecer situações
que expõem os empregados da holding e das empresas
investidas a situações de desvio de conduta. Em 2016, também
houve a implementação de aplicativo que registra os
encontros de executivos com representantes do poder público
O legado da educação
Celebração dos 100 anos da Votorantim, em 2018, motivou a empresa a eleger a educação como seu principal legado para
a sociedade no longo prazo, por meio de ações estruturadas
do programa Parceria Votorantim pela Educação (PVE), do Instituto Votorantim
Desenvolvimento imobiliário
Elaboração do primeiro projeto de longo prazo na área de
desenvolvimento imobiliário, de acordo com as diretrizes de um instrumento previsto no Plano
Diretor de São Paulo para áreas com potencial de transformação
na cidade
Investimentos social
Total de R$ 108 milhões investidos em 2016
Gestão ambiental R$ 591,5 milhões
investidos pela holding e pelas empresas investidas,
sendo 44% em capex e 56% em opex
Centros de excelência
Desenvolvimento de um novo sistema de prevenção de perdas, com foco nas áreas de assurance
e compliance, com o objetivo de ampliar o controle sobre os
processos
InovaçãoCriação da Rede da Inovação,
que reúne representantes da Votorantim S.A. e de oito empresas investidas com a
missão de desenvolver iniciativas em conjunto e potencializar a
busca por sinergias.
Clima Organizacional
83%Índice de favorabilidade dos
empregados da holding atinge 83% e companhia é incluída entre As melhores empresas
para você trabalhar, da revista Você S/A.
Academia Votorantim
Revisão da universidade corporativa da Votorantim S.A, com o objetivo de fortalecer e dar suporte à cultura de alta performance na organização
Energia eólica Início da construção dos sete parques eólicos no Piauí, com
investimento total previsto de R$ 1,1 bilhão e início de
operação para 2018
Legado Verdes do Cerrado
CBA e Reservas Votorantim assinam parceria com o Governo
de Goiás criando uma nova reserva privada
Legado das ÁguasSequenciamento do genoma de 50 espécies de Mata Atlântica, resultando no maior banco de
dados genéticos do Bioma.
6 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 7
Principais destaques e indicadores em 2016 RelatórioRelatório Principais destaques e indicadores em 2016
DDe
Elabode
desenacordinstru
Diretocom p
Desesistemcom fo
e code am
Le
CBAassina
de G
se
Votorantim S.A
Relatório Anual 2016 1
GERAÇÃO DE VALOR
DESEMPENHO FINANCEIRO
GENTE E CULTUR A
PORTFÓLIO
A VOTORANTIM S.A.
GOVERNANÇA, RISCOS E COMPLIANCE
NEGÓCIOS DE LONGO PRAZO
GERAÇÃO DE VALOR
C E N T R O S D E E X C E L Ê N C I A
Atuação de referência 29
I N S T I T U T O V O T O R A N T I M
Estratégias para a área socialCom foco em gestão pública, educa-ção e outros temas relevantes para a sociedade, programas do Instituto Vo-torantim contribuem para a geração de valor compartilhado entre as empresas investidas e as comunidades
32
R E S E R V A S V O T O R A N T I M
A Biodiversidade como negócio 38
D E S E N V O L V I M E N T O I M O B I L I Á R I O
Planos urbanos 40
I N O V A Ç Ã O
Convite para inovar 41
DESEMPENHO FINANCEIRO
C O N T E X T O D E M E R C A D O
Resiliência do portfólio 51
Números, destaques do período e os principais projetos e ações na área socioambiental. Um resumo das oito empre-sas investidas da Votorantim S.A.
57
S O B R E O R E L A T Ó R I O 7 4
I N D I C A D O R E S G R I 7 7
D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S 1 1 1
C A R T A D A A U D I T O R I A 2 3 5
GENTE E CULTUR A
D E S E N V O L V I M E N T O
Foco no desenvolvimento 45
A T R A Ç Ã O E R E T E N Ç Ã O
Jovens talentosParcerias com universidades e empresas juniores já preen-chem 12% das novas vagas abertas na Votorantim S.A.
47
C L I M A E E N G A J A M E N T O
Clima em altaA satisfação dos empregados, retratada na pesquisa anual de engajamento, reflete o aperfeiçoamento da gestão de pessoas na empresa e orienta os planos de ação e melhoria
48
Destaques do período
6
A VOTORANTIM S.A. Gestão de Portfólio 8
G E S T O R A D E P O R T F Ó L I O
Empresas Investidas
12
GOVERNANÇA, RISCOS E COMPLIANCE
E S T R U T U R A
O papel de cada umEmpresas em constante transformação exigem estrutura sólida de governança, com diferentes instâncias atuando em conjunto na tomada de decisões estratégicas
21
C O M P L I A N C E E P O L Í T I C A A N T I C O R R U P Ç Ã O
Autonomia responsável 24
M E N S A G E M D A A D M I N I S T R A Ç Ã O
Prontos para o futuro 4
NEGÓCIOS DE LONGO PRAZO
M O D E L O D E N E G Ó C I O
Caminho Definido
15
1 0 0 A N O S D E V O T O R A N T I M
A educação como legadoPrestes a comemorar 100 anos de atividade, a Votorantim elege a educação como seu principal legado à sociedade
16
G E S T Ã O
Desafios para o FuturoVários aspectos influenciam as atividades da Voto-rantim S.A. Saiba quais são os principais
18
ndice Votorantim S.A Votorantim S.A
2 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 3
ndice
atendidos pelo programa aumentam suas notas nas avaliações oficiais em 35%, em relação a outras cidades de perfil semelhante no Brasil.
Esse compromisso tem uma pers-pectiva de longo prazo, pois o PVE tem duração média de quatro anos em cada município, para assegurar a perenidade das conquistas. A Voto-rantim entende que uma educação de qualidade é base de uma socie-dade mais justa e inclusiva, forma cidadãos mais conscientes e prepara futuras gerações de profissionais mais qualificados, contribuindo para a melhoria do ambiente de negócios e para a competitividade do país.
Às vésperas do centenário, a Vo-torantim busca renovar-se para os desafios de um mundo cada vez mais volátil, complexo, ambíguo e incerto. Em 2016, lançamos o “18.18”, um programa de transformação da com-panhia, com olhar em grandes temas que irão afetar ou que já estão trans-formando o ambiente de negócios. Toda a alta liderança da companhia – cerca de 400 líderes – interage com referências, conteúdos e experiências, e é incentivada a criar planos de ação específicos para a realidade de cada empresa. Acreditamos que as pessoas continuam a ser o diferencial de nos-sos negócios.
O investimento previsto pela Vo-torantim em educação e desenvolvi-mento se dá num momento especial-mente desafiador para as empresas.
O ano de 2016 foi marcado por in-certezas no cenário brasileiro e mun-dial. No Brasil, tivemos o impeach- ment da presidente da República, o avanço no combate à corrupção e a maior crise econômica da história do país, com um recuo do PIB de quase oito pontos percentuais nos últimos três anos. Como resultado desse cenário, tivemos o aumento do desemprego entre a população economicamente ativa, limitação do crédito e retração acentuada em di-versos setores da economia, afetan-do diretamente os nossos negócios voltados ao mercado interno.
No cenário internacional, eventos como a decisão dos britânicos de saí- rem do bloco europeu e o resultado da eleição presidencial nos Estados Unidos trouxeram novas perspecti-vas. Além disso vimos o agravamen-to do confronto na Síria e a crise dos refugiados e dúvidas sobre a robustez do crescimento da econo-mia global.
Neste contexto, a Votorantim manteve especial atenção às suas métricas financeiras. O processo de planejamento e a visão de longo prazo permitiram que a compa-nhia se preparasse para um cenário mais desafiador, fazendo os ajustes necessários nas operações das em-presas investidas antes mesmo do agravamento da crise, de modo a mantermos a competitividade de nossos negócios.
Os investimentos planejados fo-ram mantidos, como demonstração de nossa confiança no futuro. Entre eles, estão a expansão da fábrica de celulose da Fibria, as novas plantas de cimento nos Estados Unidos e na Turquia, a extensão da vida útil em nossas minas de zinco, no Brasil e no Peru, e o início da construção dos nossos primeiros parques de ge-ração de energia eólica, no estado do Piauí. O processo de internacio-nalização da companhia iniciado em 2001 e a diversificação dos negócios nos permitiram enfrentar as turbu-lências e reduzir os impactos deriva-dos da queda no mercado brasileiro.
Ao longo de nossa história, apren-demos que os negócios têm ciclos e que é fundamental tomar decisões de investimentos com visão de longo prazo. Temos demonstrado capacida-de de responder a esse desafio. A crise econômica atual está sendo enfrenta-da com muito trabalho, planejamento e resiliência. Nossos Valores, nossas Crenças de Gestão, nossa história e nossa visão de futuro têm guiado as decisões do dia a dia e fazem a Voto-rantim continuar sólida e empreende-dora, com capacidade de se reinven-tar, crescer e superar-se sempre.
Raul Calfat, Presidente do Conselho de Administração da Votorantim S.A. e João Miranda, Diretor-presidente da Votorantim S.A.
{G4-1}
PRONTOS PARA O FUTUROA Votorantim completará 100 anos em 2018. De uma fábrica de tecidos no interior do estado de São Paulo, a companhia se transformou, ampliou seu portfólio de empresas e hoje emprega 44 mil pessoas, além de estar presente em 23 países.
Ao longo do século 20, a tra-jetória da Votorantim esteve
muito ligada à industrialização e ao desenvolvimento do Brasil. Nos últi-mos 20 anos, a companhia vem apri-morando seu modelo de governança, num processo contínuo que manteve o controle familiar com uma arquite-tura revigorada. Os acionistas migra-ram da gestão das empresas para os Conselhos; os valores da companhia foram reforçados; foram identifica-das as melhores práticas de gestão e, a partir disso, capturadas sinergias; os princípios de sustentabilidade fo-ram incorporados à nossa estratégia e foi criado o Instituto Votorantim, que passou a orientar o investimen-to social privado da companhia, em linha com a estratégia de cada em-presa do portfólio.
Nos últimos três anos, a compa-nhia acelerou esse processo de trans-formação. A estrutura de holdings foi simplificada e a Votorantim S.A.,
holding detentora das participações nas empresas, focou sua atuação na gestão do portfólio, possuindo tam-bém três centros de soluções, nas áreas de tecnologia da informação; serviços compartilhados em finanças, recursos humanos e contabilidade; e na gestão de ativos imobiliários. As empresas investidas passaram a ter maior autonomia no desenvolvimen-to de suas estratégias, foram criados comitês de assessoramento e mem-bros independentes passaram a inte-grar os Conselhos de Administração das empresas e da Votorantim S.A.
O legado dessa trajetória de qua-se 100 anos inspira as novas gerações e as pessoas que trabalham na Voto-rantim, para que possam enfrentar os desafios que virão nos próximos anos: mudanças climáticas, o acirramento de questões geopolíticas e eventos de grande impacto cada vez menos previsíveis. Para enfrentar tais desa-fios, a Votorantim continuamente
aprimora seu modo de gerir os ne-gócios, com atenção renovada nas questões ambientais e sociais.
O conceito de sustentabilidade surgiu há cerca de 30 anos, quando uma comissão da ONU publicou o relatório “Nosso Futuro Comum”, no qual desenvolvimento sustentável foi definido como uma forma de suprir as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades. Desde então, a sustentabilidade passou a fazer parte do debate público.
Ao revisitar sua história, a Votoran-tim identificou em vários momentos a preocupação com esse tema, muito antes de sua inserção no repertório empresarial. Tornou-se signatária do Pacto Global e definiu como um de seus princípios de gestão o de produ-zir de forma otimizada, respeitando as legítimas demandas da sociedade.
Para marcar a passagem do seu centenário, a Votorantim, que sempre assumiu um compromisso com a cons-trução de um futuro melhor, escolheu o tema Educação por meio do apoio à gestão escolar. A partir de 2017, a companhia vai ampliar um programa (PVE – Parceria Votorantim pela Edu-cação) que tem se mostrado bastante efetivo na melhoria do ensino público no Brasil – em média, os municípios
{G4-1, G4-6} Relatório Anual 2016 5
Mensagem da administração Relatório
4 Relatório Anual 2016
Relatório Mensagem da administração
{G4-9}{G4-56, G4-EC1, G4-EN13, G4-EN18, G4-EN5, G4-SO1}
O legado
da educaçãoCelebração dos 100 anos da
Votorantim, em 2018, motivou a empresa a eleger a educação como seu principal legado para
a sociedade no longo prazo, por meio de ações estruturadas
do programa Parceria Votorantim pela Educação (PVE), do Instituto Votorantim
Desenvolvimento imobiliário
Elaboração do primeiro projeto de longo prazo na área de
desenvolvimento imobiliário, de acordo com as diretrizes de um instrumento previsto no Plano
Diretor de São Paulo para áreas com potencial de transformação
na cidade
Investimentos
social Aproximadamente
R$ 108 milhões investidos em 2016
Gestão ambiental
R$ 583,6 milhões investidos pela holding e pelas
empresas investidas, sendo 44% em Capex
e 56% em Opex
Centros de excelência
Desenvolvimento de um novo sistema de prevenção de perdas, com foco nas áreas de assurance
e compliance, com o objetivo de ampliar o controle sobre os
processos
Inovação
Criação da Rede da Inovação, que reúne representantes
da Votorantim S.A. e de oito empresas investidas com a
missão de desenvolver iniciativas em conjunto e potencializar a
busca por sinergias.
Clima
Organizacional 83%
Índice de favorabilidade dos empregados da holding atinge 83% e companhia é incluída entre As melhores empresas
para você trabalhar, da revista Você S/A.
Academia Votorantim
Revisão da universidade corporativa da Votorantim S.A, com o objetivo de fortalecer e dar suporte à cultura de alta performance na organização
Legado Verdes
do CerradoCBA e Reservas Votorantim
assinam parceria com o governo de Goiás criando uma nova
reserva privada
$ Receita líquida
R$ 26,7 bilhões9% menor em relação a 2015
$ Ebitda ajustado
R$ 4,3 bilhões 38% menor em relação a 2015
Investimento
(Capex)R$ 3,0 bilhões
6% menor em relação a 2015
R$ 13,8 bilhões
DVA – Distribuição do Valor Adicionado
Pessoas e encargos
R$ bilhões
Impostos, taxas e contribuições
Remuneração de capitais de terceiros
Remuneração de capitais próprios
201620152014
6,0
5,6
4,1
17,3
1,7
9,8
6,0
4,6
20,8
0,4
7,1
3,5
4,4
13,8
-1,3
Novo Código de Conduta
Implementação do documento após ampla revisão, que contou com a participação de todas as empresas investidas. O trabalho também incluiu a divulgação e treinamento de empregados
Política
AnticorrupçãoRevisão da política teve o
objetivo de esclarecer situações que expõem os empregados da holding e das empresas
investidas a situações de desvio de conduta. Em 2016, também
houve a implementação de aplicativo que registra os
encontros de executivos com representantes do poder público
Energia eólica
Início da construção dos sete parques eólicos no Piauí, com
investimento total previsto de R$ 1,1 bilhão e início de
operação para 2018
Legado das ÁguasSequenciamento do genoma de 50 espécies de Mata Atlântica, resultando no maior banco de
dados genéticos do bioma
6 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 7
Principais destaques e indicadores em 2016 RelatórioRelatório Principais destaques e indicadores em 2016
cimentos, polimetálicos, alumí-
nio, aços longos, energia, celu-
lose, suco de laranja e banco.
Com sede em São Paulo, capital,
a Votorantim S.A. registrou re-
ceita líquida de R$ 26,7 bilhões
em 2016, resultado que consoli-
da o desempenho dos negócios
investidos no período.
A estrutura da holding abriga
ainda três centros de excelência
transversais que buscam gerar
competitividade por meio de so-
luções administrativas e financei-
ras às empresas investidas: o Cen-
tro de Soluções Compartilhadas
(CSC), o Centro de Competência
em Tecnologia da Informação
(CCTI) e o Centro de Soluções
Imobiliárias (CSI). Esses centros
se destacam pelo desenvolvi-
mento de sistemas e processos
de gestão, criados para gerar
ganhos de escala e aumentar a
produtividade, a estabilidade das
operações e a competitividade
dos negócios da organização
(leia mais na página 29).
Na área social, o Instituto
Votorantim atua na proposição
e condução dos programas de
investimento social privado. Com
tecnologias sociais de impacto
nas comunidades, o Instituto
oferece às empresas investidas
oportunidades de sinergia entre
a sociedade e os negócios.
Em 2015, a companhia esta-
beleceu a empresa Reservas Vo-
torantim, com a missão de trans-
formar ativos naturais e culturais
em negócios sustentáveis, capa-
zes de conservar a biodiversidade
e gerar valor compartilhado.
OS NÚMEROS DA VOTORANTIM S.A.
882 empregados
41% homens e
59% mulheres
$ 8 empresas investidas
3 centros de excelência
{G4-10, G4-17}
GESTÃO DE PORTFÓLIOA Votorantim S.A. atua para gerar consistentemente retornos financeiros superiores com impacto social e ambiental positivo, por meio do exercício de influência significativa sobre as empresas investidas
A Votorantim S.A. é uma
companhia de capital pri-
vado que constitui a holding das
empresas Votorantim. Controlada
pela família Ermírio de Moraes, é
responsável por definir e desenvol-
ver o portfólio de negócios, além
de contribuir para o desenvolvi-
mento das lideranças e zelar pela
integridade da marca corporativa.
Sua proposta de valor é ge-
rar retornos financeiros supe-
riores em seus investimentos,
com impacto social e ambiental
positivo, atuando nas áreas de
{G4-9}8 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 9
Votorantim S.A Gestão de Portfólio
8 Relatório Anual 2016
A Votorantim S.A.
IDENTIDADE VOTORANTIMA identidade da Votorantim é definida por um conjunto de valores e crenças que norteiam a atuação de todas as pessoas que trabalham na holding e nas empresas investidas.
NOSSOS VALORES
OLIDEZ – Buscar crescimento sustentável com geração de valor
TICA – Atuar de forma responsável e transparenteESPEITO – Respeito às pessoas e disposição para aprender
MPREENDEDORISMO – Crescer com coragem para fazer, inovar e investir
NIÃO – O todo é mais forte
{G4-56}
Responsável pelo Legado das
Águas, área de 31 mil hectares lo-
calizada no estado de São Paulo,
incorporou em fevereiro de 2017
a gestão de uma nova reserva no
estado de Goiás, o Legado Ver-
des do Cerrado, da Companhia
Brasileira de Alumínio, em um
território de 32 mil hectares (leia mais na página 39).
Essa visão contribuiu para
a Votorantim se consolidar, ao
longo do tempo, como um dos
maiores grupos empresariais do
Brasil, conquistando posição de
destaque e liderança nos diver-
sos setores em que atua. Em
quase 100 anos de atividade, a
serem completados em 2018, a
organização contribuiu para o
desenvolvimento do país e para
a construção de uma marca que
hoje está presente em cinco
continentes.
Às vésperas de seu centená-
rio, a corporação reafirma sua
visão de longo prazo e continua
investindo na geração de valor
para os diversos públicos estraté-
gicos, de modo que possa acom-
panhar a evolução, as mudanças
e os desafios do ambiente de
negócios e de um mundo cada
vez mais volátil e dinâmico. ▼
NOSSAS CRENÇAS
CULTIVO DE TALENTOS – Acreditamos e confiamos nas pessoas e, por isso, investimos tempo e recursos cultivando nossos talentos.
MERITOCRACIA – Acreditamos que as pessoas são únicas e, por isso, merecem ser valorizadas de forma justa e de acordo com suas entregas.
EXCELÊNCIA – Acreditamos que podemos fazer sempre mais e melhor, superando os desafios com disciplina, humildade e simplicidade.
PRAGMATISMO – Acreditamos ser essencial dedicar esforços ao que é relevante, com objetividade e sem perder a visão do todo e do futuro.
DIÁLOGO ABERTO – Acreditamos que um ambiente de confiança propicia diálogo aberto e espaço para falar e ser ouvido, em que a diversidade de opiniões constrói melhores soluções.
ALIANÇA – Acreditamos que nosso sucesso é fruto da construção conjunta, fortalecido por relações e alianças genuínas em que todos ganham.
SENSO DE DONO – Acreditamos naqueles que assumem responsabilidades, trabalham com paixão e lideram pelo exemplo, comemorando as conquistas e transformando erros em aprendizados.
Gestão de Portfólio Votorantim S.A Votorantim S.A
Relatório Anual 2016 11
Gestão de Portfólio
10 Relatório Anual 2016
Mercado de atuação:
Mercado de atuação:
Mercado de atuação:
Mercado de atuação:
Suco de laranja
Geração e comercialização de energia elétrica
Celulose
Banco de atacado, varejo e gestão de patrimônio
Presença em
8 estadosbrasileiros
Presença em
7 paísesPresença em
4 países
Presença em
4 países486 empregados
5.388 empregados
4.045 empregados
4.309 empregados
34 unidades
operacionais
47 unidades
operacionais 81
unidades
17 unidades
operacionais
{G4-4, G4-6, G4-8, G4-9}
Empresas investidasMercado de atuação:
Mercado de atuação:
Mercado de atuação:
Mercado de atuação:
Cimento, agregados, concreto e argamassa
Aços longosAlumínio e níquel
Ligas especiais de zinco e derivados
Presença em
14 países
Presença em
3 estadosbrasileiros
Presença em
3 países
Presença em
7 países 13.733 empregados
5.203 empregados
4.908 empregados
5.561 empregados
352 unidades
operacionais
9 unidades
operacionais
9 unidades
operacionais
16 unidades
operacionais
{G4-4, G4-6, G4-8, G4-9}
Gestão de Portfólio Votorantim S.A Votorantim S.A
12 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 13
A Votorantim S.A. está presente
em setores de base da indústria
por meio de sete empresas investidas,
além de atuar no segmento financeiro
com o Banco Votorantim. Juntos, esses
negócios empregam 44 mil pessoas no
mundo e somam mais de 560 unidades
operacionais, localizadas em 23 países
de cinco continentes.▼
Gestão de Portfólio
CAMINHO DEFINIDOProposta de valor da Votorantim S.A. é gerar consistentemente retornos financeiros superiores com impacto social e ambiental positivo.
A Votorantim S.A. descreveu
seu modelo de negócio por
meio da metodologia Canvas, ferra-
menta que permite a elaboração de
um mapa visual com os principais ele-
mentos que traduzem as prioridades
e responsabilidades da companhia.
Desenvolvido pela liderança e pos-
teriormente apresentado e discutido
com os empregados da holding, o
Canvas explica de maneira simples
qual é o papel da gestora de portfólio
para toda a organização. O gráfico
também mostra quais são os caminhos
e recursos necessários para a empresa
gerar valor e atingir suas aspirações,
apontando seus principais parceiros e
fornecedores, atividades-chave e re-
cursos necessários, relacionamentos,
estrutura de custos e fontes de renda,
entre outros aspectos. ▼
▶ Empresas Investidas
▶ Instituto Votorantim
▶ Comunidade financeira
▶ Consultorias e especialistas
▶ Universidades e empresas juniores
▶ Imprensa
▶ Associações
▶ Governança das empresas (Conselhos de Administração e Comitês)
▶ Fóruns de influência na “nuvem”
▶ Comunicação e engajamento interno
▶ Relacionamento com investidores e comunidade financeira
▶ Imprensa
▶ Redes sociais
▶ Acompanhamento e influência sobre empresas investidas
▶ Gestão de portfólio
▶ Gestão de riscos
▶ Desenvolvimento de negócios
▶ Execução de transações
▶ Desenvolvimento de pessoas
▶ Gestão da marca corporativa
▶ Pessoas
▶ Marca
▶ Centros de Excelência
▶ Capital
▶ Pessoas
▶ Infraestrutura
▶ Custo do capital
▶ Dividendos das empresas investidas
▶ Criação de valor nos investimentos
▶ Acionistas
▶ Empresas investidas
▶ Pessoas da Votorantim
▶ Comunidade financeira
▶ Sociedade
▶ Gerar consistentemente retornos financeiros superiores com impacto social e ambiental positivo, por meio do exercício de influência significativa sobre as empresas investidas
PARCERIAS- CHAVES
ESTRUTURA DE CUSTOS
MODELO DE RECEITAS
OFERTA DE VALOR
ATIVIDADES- CHAVES
RECURSOS CHAVES
COMUNICAÇÃO, RELACIONAMENTO E ENGAJAMENTO
STAKEHOLDERS
Negócios de longo prazo
14 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 15
Modelo de negócio
Negóciosde longo
prazo
atuais com impacto no futuro,
trabalhados por meio de cinco
grandes temas: Cultura de alta
performance, Tecnologias emer-
gentes e novas formas de consu-
mo, Business Design, Transforma-
ção Consciente e Global Mindset.
A proposta é aumentar a
consciência dos executivos e
gestores em torno das mudanças
que vêm ocorrendo na socieda-
de, para a busca de um conjunto
de soluções que garantam a pe-
renidade da companhia em um
mundo que se transforma cada
vez mais rápido.
Criado em 2016, o programa
18.18 conta com diversas ações
para ampliar a conexão das pes-
soas com tendências e movimen-
tos de impacto no futuro das
organizações, aprimorar líderes
e equipes para a implantação de
modelos compatíveis com de-
mandas emergentes, promover
o alinhamento entre propósito
e visão de futuro, e estimular
ambientes, comportamentos e
processos que fortaleçam a inte-
ligência coletiva entre diferentes
negócios e múltiplas gerações.
Para atingir esses objetivos,
o programa oferece um vasto
conteúdo para atualizar e apro-
fundar o conhecimento dos
participantes – reunido em um
portal exclusivo –, além de con-
ferências, encontros, diálogos,
pesquisas exploratórias e outras
iniciativas.
A intenção é que as ideias
e iniciativas geradas durante os
três anos do programa influen-
ciem o planejamento e as práti-
cas da Votorantim. ▼
Prestes a comemorar 100 anos de atividade, Votorantim elege a educação como seu principal legado à sociedade e cria programa para envolver todos seus empregados na modernização da empresa
A Votorant im ce lebrará
100 anos em 2018 e a pro-
ximidade de seu centenário moti-
vou a empresa a fazer uma grande
reflexão sobre qual é o legado que
pretende deixar para a sociedade
brasileira. Após uma ampla consul-
ta, que envolveu a participação de
acionistas e empregados, a holding
elegeu a educação como a principal
causa dessa celebração, por acredi-
tar que a melhoria nesse campo é
fundamental para o desenvolvimen-
to sustentável do Brasil.
Assim, por meio do Programa Parce-
ria Votorantim pela Educação (PVE), ge-
rido pelo Instituto Votorantim (leia mais na página 37), que atua na elevação da
qualidade do ensino, a Votorantim esta-
beleceu que o investimento será substan-
cialmente ampliado para que mais muni-
cípios recebam o Programa. Para 2017,
espera-se atingir a marca de 50 cidades
brasileiras atendidas.
A intenção é envolver todos os em-
pregados com o tema da educação,
desde os que atuam diretamente com
o PVE até aqueles que podem participar
mais ativamente da evolução escolar
de seus filhos e demais familiares. Para
tanto, será iniciada uma campanha de
mobilização interna, cujo principal ca-
nal será uma plataforma eletrônica que
reunirá conteúdos sobre educação e na
qual os empregados poderão interagir
com o tema.
Programa 18.18Como será a Votorantim nos próxi-
mos 100 anos? Com a proximidade do
seu centenário, a Votorantim fez essa
pergunta aos seus empregados, a fim
de estimular a reflexão sobre assuntos
{G4-24, G4-26, G4-27}
A EDUCAÇÃO COMO LEGADO
Negócios de longo prazo Negócios de longo prazo
16 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 17
100 anos de Votorantim
OS CINCO MOVIMENTOS DO 18.18[movimento de 2016] CULTURA DE ALTA PERFORMANCEComo as organizações têm se adaptado aos desafios contemporâneos:
▶ promovendo ambientes diferenciados;
▶ estimulando autonomia e comportamentos inovadores;
▶ criando e suportando estruturas complexas;
▶ desenvolvendo novos modelos de trabalho; e
▶ realizando uma governança inspiradora.
Como fomentar o desenvolvimento das lideranças por meio dos conceitos meritocracia, empatia, autogestão e transparência?
[movimento de 2017] TECNOLOGIAS EMERGENTES E NOVAS FORMAS DE CONSUMOQuais serão os impactos da evolução tecnológica e modelos de negócio nas empresas e em nossas vidas?
[próximos movimentos] BUSINESS DESIGNComo fomentar a criação, (re)desenho ou incorporação de modelos de negócio com potencial disruptivo no mercado, para:
▶ propostas inovadoras de produtos, serviços e tecnologias;
▶ canais/acesso ao mercado;
▶ comercialização e relacionamento com os clientes.
TRANSFORMAÇÃO CONSCIENTE ▶ Como provocar mudanças individuais, por meio da expansão da consciência e nova forma de ver a organização e a dinâmica dos sistemas?
▶ Quais as possibilidades de modelos de negócio nos quais valores pessoais e coletivos contribuam para o florescimento e a sustentabilidade do negócio?
GLOBAL MINDSET ▶ Como fomentar pessoas para estarem preparadas, motivadas e ativas com um pensamento global?
▶ Quais as atitudes e práticas adequadas ao contexto do mundo em que vivemos?
100 anos de Votorantim
demandas e necessidades da
sociedade em geral.
InovaçãoExistem diversas ações nas em-
presas investidas que se apoiam
na inovação para elevar a com-
petitividade do negócio, superar
desafios, aprimorar processos,
desenvolver produtos ou mesmo
melhorar a gestão. Há exemplos
de inovação nas áreas ambiental,
social e operacional que também
trazem ganhos financeiros e de
produtividade. Na holding, no
entanto, o grande desafio é
continuar a estimular, por meio
da governança, a cultura da
inovação e aplicá-la aos negócios,
de modo que se criem soluções
que acompanhem a evolução e
as necessidades do mercado. Para
tal, ações importantes estão em
andamento, como o fortaleci-
mento de um grupo de trabalho
específico para esse fim, que reú-
ne profissionais da holding e das
empresas investidas (leia mais sobre o tema na página 41).
A inovação também será funda-
mental para que a Votorantim
S.A. se mantenha competitiva
no longo prazo, esteja conecta-
da às macrotendências e possa
estar preparada para gerar valor
e atender as futuras demandas
da sociedade.
DiversidadeEm dezembro de 2016, apenas
15,5% dos cargos de liderança
eram ocupados por mulheres no
conjunto de empresas investidas
e na holding. Nesse sentido, o
esforço tem ocorrido principal-
mente nas portas de entrada da
companhia. No Programa Poten-
ciar, que integra trainees e jovens
empregados com alto potencial e
dedica-se à formação das futuras
lideranças, na seguinte propor-
ção: entre os trainees, 66% são
homens e 34%, mulheres; entre
os estagiários, são 45% homens
e 55% mulheres ▼
{G4-LA12}
Vários aspectos influenciam as atividades da Votorantim S.A. Saiba quais são os principais
Ambiente de negóciosO grande desafio da Votorantim
S.A. e das empresas investidas se
relaciona ao ambiente macroeco-
nômico, em particular no Brasil.
O modelo de gestão Votorantim
propiciou resultados melhores do
que os da maioria das corpora-
ções, apesar da variação cambial
e da volatilidade dos preços das
commodities, que são fatores que
impactam diretamente as empre-
sas investidas. Para fazer frente à
recessão econômica e manter o
nível de competitividade, vários
planos foram implementados em
cada negócio. Excelência opera-
cional e gestão rigorosa de custos
estão entre as mais importantes,
mas não são as únicas. Há, tam-
bém, iniciativas voltadas ao apri-
moramento de processos e estra-
tégias específicas e para o setor
de atuação de cada empresa.
Gestão do portfólioA diversificação do portfólio, o
planejamento e a tomada de
decisão assertiva contribuem
para a resiliência da companhia,
principalmente em tempos de
crise. A Votorantim S.A. man-
tém uma gestão ativa do port-
fólio, atenta às mudanças cada
vez mais rápidas no ambiente
de negócios. Para garantir a
perenidade da organização nos
próximos 100 anos, será preciso
que o portfólio evolua para fa-
zer frente às transformações do
mercado, bem como às novas
DESAFIOS PARA O FUTURO
Negócios de longo prazo Negócios de longo prazo
18 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 19
GestãoGestão
O PAPEL DE CADA UMEmpresas em constante transformação exigem estrutura sólida de governança, com diferentes instâncias atuando em conjunto na tomada de decisões estratégicas
Nos últimos anos, a Vo-
torantim S.A. implan-
tou um modelo de governança
que consolidou a holding como
esfera de acompanhamento e
influência sobre as empresas in-
vestidas, sendo responsável pela
definição das macrodiretrizes es-
tratégicas para o portfólio.
O órgão máximo dessa es-
trutura é o Conselho de Admi-
nistração da Votorantim S.A.,
composto por 12 membros,
cujo presidente é Raul Calfat,
que assumiu a função em 2014.
Oito integrantes fazem parte
da família Ermírio de Moraes.
Outros três são conselheiros
independentes.
As empresas investidas têm
seus próprios Conselhos de Ad-
ministração e são responsáveis
pela operação e condução dos
negócios, pelo planejamento
estratégico plurianual e pela
execução dos investimentos
necessários para alcançar suas
aspirações. Os conselhos são
compostos por executivos e
integrantes do conselho da
Votorantim S.A., e por membros
independentes.
Para refletir da forma mais
adequada a atuação em seus
negócios, a Votorantim Industrial
S.A. incorporou sua controladora
Votorantim Participações (VPAR)
em 1º de janeiro de 2016 e alte-
rou sua razão social para Voto-
rantim S.A.
Na Citrosuco, a Votorantim
S.A. divide o controle acionário
com o Grupo Fischer, na razão
de 50% de participação cada,
e conta com a representação
de dois acionistas no Conselho
de Administração da empresa.
Na Fibria, companhia de capi-
tal aberto integrante do Novo
Mercado, da BM&FBovespa,
a holding tem participação de
29,42% do capital. No Banco
Votorantim, divide o controle
acionário com o Banco do Brasil
(BB) desde 2009, quando o BB
adquiriu 50% do capital social
da instituição.
Votorantim MetaisAté junho de 2016, três negócios
foram geridos sob o nome Vo-
torantim Metais: zinco, níquel e
alumínio. A partir da segregação
dessas operações, a Votorantim
Metais (VM) concentrou sua
atuação em mineração e meta-
lurgia de zinco e outros produtos
A HEJOASSUA Votorantim S.A. é controlada pela Hejoassu, holding com 12 membros que reúne os quatro ramos da família Ermírio de Moraes, com 25% de participação cada. Dela são emanados os valores, princípios e estratégias que permeiam a Votorantim.
{G4-13, G4-34}{G4-9}20 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 21
Governança, Riscos e ComplianceGovernança, Riscos e ComplianceEstrutura
Governança, Riscos e Compliance
{G4-34}
associados a esses processos, be-
neficiando-se da integração en-
tre as minas e os smelters tanto
no Brasil quanto no Peru.
Nesse processo, a Voto-
rantim Metais ampliou a sua
participação na mineradora
peruana Milpo para 80,24%
que realizou oferta de compra
em Bolsa, adquirindo 2,75% do
seu capital. Além disso, a VM re-
cebeu investimento correspon-
dente a 10,65% do capital, de
acionistas minoritários, visando
consolidar-se entre os principais
players mundiais de zinco.
Companhia Brasileira de AlumínioA Companhia Brasileira de Alumí-
nio (CBA) atua na cadeia de valor
do alumínio, da mineração de
bauxita até a produção de alumínio
primário e produtos como chapas,
bobinas, folhas e perfis extrudados.
Os ativos de níquel, cuja suspensão
temporária foi anunciada em janei-
ro de 2016, foram incorporados
societariamente à CBA em junho
de 2016. A suspensão aconteceu
devido aos preços estruturalmente
deprimidos no mercado mundial,
inviabilizando sua operação. ▼
CONSELHO DE FAMÍLIA
O Conselho de Família existe desde 2001 e tem como estratégias desenvolver, apoiar e formar líderes e acionistas sustentáveis para a sucessão na família e nos negócios da Votorantim, bem como preservar o legado e os valores da família Ermírio de Moraes, cuidando da comunicação entre os membros e gerenciando o fluxo de informações sobre o negócio, as decisões e as relações familiares. A instância representa toda a família, que hoje já está na sua 5ª geração. A composição desse conselho conta com sete membros, da terceira e quarta gerações, com idade acima de 26 anos.
{G4-34}
Votorantim S.A.
Conselho de Administração Presidente:Raul Calfat
Conselheiros:Antonio Ermírio de Moraes FilhoCarlos Eduardo Moraes ScripillitiCláudio Ermírio de MoraesClovis Ermirio de Moraes ScripillitiFabio Ermírio de MoraesJosé Ermírio de Moraes NetoJosé Roberto Ermírio de MoraesLuis Ermirio de MoraesJosé Luiz MajoloOscar de Paula Bernardes NetoSergio Eraldo de Salles Pinto
Diretoria Diretor-PresidenteJoão Miranda
Diretor de Tesouraria e Relações com InvestidoresSergio Malacrida
Diretor de Desenvolvimento CorporativoJoão Schmidt
Diretor de Controladoria e Soluções CompartilhadasLuiz Caruso
Diretor JurídicoLuiz Marcelo Fins
Diretor de Tecnologia da InformaçãoJoão Donizeti
HEJOASSU
VotorantimSiderurgia
Conselho de Administração
Diretor-Presidente:Carlos Rotella
Companhia Brasileira deAlumínioConselho de Administração
Diretor-Presidente:Ricardo Carvalho
VotorantimEnergia
Conselho de Administração
Diretor-Presidente:Fabio Zanfelice
Banco Votorantim
Conselho de Administração
Diretor-Presidente:Elcio Jorge dos Santos
Fibria
Conselho de Administração
Diretor-Presidente:Marcelo Castelli
Citrosuco
Conselho de Administração
Diretor-Presidente:Mario Bavaresco Júnior
5050 29100 100100
VotorantimCimentos
Conselho de Administração
Diretor-Presidente:Walter Dissinger
InstitutoVotorantimConselho
Reservas VotorantimConselho Consultivo
VotorantimMetais
Conselho de Administração
Diretor-Presidente:Tito Martins
Conselho de Família
89100
Governança, Riscos e Compliance Estrutura
22 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 23
Governança, Riscos e ComplianceEstrutura
Desde a consolidação da
nova governança, em
2015, a área de Governança,
Riscos e Compliance (GRC) da
Votorantim S.A. atua de for-
ma propositiva e consultiva no
aprimoramento da estrutura,
processos e procedimentos das
empresas investidas. Com isso,
busca gradativamente, transferir
o gerenciamento dos aspectos
específicos de cada empresa,
reservando para si as atribuições
de uma gestora de portfólio,
ou seja, correlacionar riscos e
oportunidades dos diferentes
segmentos nos quais está pre-
sente, adequando o portfólio
quando necessário, e preser-
var a imagem e reputação da
Votorantim.
A atuação na uniformização
de critérios nas diferentes em-
presas se dá por meio do esta-
belecimento de princípios e di-
retrizes, os quais são discutidos,
disseminados e monitorados por
programas corporativos, grupos
de trabalho, comitês de audito-
ria, assim como pelos Conselhos
de Administração das empresas
e da holding.
Em 2016, esse movimento
de estruturação foi consolida-
do com avanços importantes.
Um deles é a implementação
do novo Código de Conduta,
único para todas as empresas
controladas, que foi revisado de
forma profunda e contou com
a participação de todas as em-
presas investidas. O documento
ganhou dois novos capítulos, re-
ferentes à política anticorrupção
e a conflitos de interesse, e, de
{G4-24, G4-56, HR3}
AUTONOMIA RESPONSÁVELVotorantim S.A. e empresas investidas aprimoram estrutura própria de gestão de riscos e compliance
Governança, Riscos e Compliance
24 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 25
Governança, Riscos e ComplianceCompliance e política anticorrupção
OS PROGRAMAS CORPORATIVOS
PROGRAMA DE COMPLIANCECriado em 2013, visa assegurar que a Votorantim S.A. gerencie seus negócios com integridade e transparência, buscando sempre altos padrões éticos. Todas as ações, decisões e relacionamentos com stakeholders devem ser pautados pelos valores da companhia: solidez, ética, respeito, empreendedorismo e união.
A evolução contínua das empresas investidas nessa área é impulsionada pelos Comitês de Auditoria e atuação do Grupo de Trabalho de Compliance, formado pelos gerentes responsáveis pelo tema nas diferentes empresas. Em reuniões periódicas, ocorrem o intercâmbio de experiências e a construção conjunta de políticas e diretrizes.
A Votorantim S.A. e suas empresas oferecem ainda a Linha Ética (0800 89 11 729), canal que esclarece dúvidas e recebe denúncias sobre condutas inadequadas.
GESTÃO DE RISCOSVisando à perenidade e sustentabilidade de seus negócios, a Votorantim S.A. mantém uma estrutura para gerenciar os riscos das mais diversas naturezas: estratégicos, regulatórios, financeiros, sociais, ambientais e políticos, entre outros.
As empresas investidas seguem o mesmo modelo de identificação e mitigação de riscos (ver diagrama na página 27), embora estejam em estágios diferentes de sua implantação. Além da área Governança, Riscos e Compliance da holding, que atua em parceria com os diferentes negócios, cada empresa possui sua própria área para o gerenciamento de riscos, reportando suas atividades por meio da estrutura de governança da companhia.
Compliance e política anticorrupção
forma geral, foi reescrito para
se tornar um guia mais claro e
objetivo sobre o que se espera
de empregados, profissionais
terceirizados e fornecedores. O
conteúdo também foi ampliado
com a elaboração de exemplos
concretos de situações com di-
lemas éticos, que serão atualiza-
dos anualmente – uma novidade
nesse tipo de documento.
A esse trabalho, seguiu-se
ampla divulgação e treina-
mento dos empregados tanto
no Brasil como no exterior. O
processo teve apoio da área de
tecnologia da informação, com
o lançamento de um e-learning
(ensino à distância) e aplicativo
para tablets e smartphones. Es-
sas ferramentas e o uso inten-
sivo de canais de comunicação
asseguraram a adesão de todo
o público interno da holding ao
conteúdo do novo código.
Política AnticorrupçãoProcesso semelhante foi a revisão
da Política Anticorrupção (ver quadro abaixo), com o objetivo
de esclarecer sobre situações que
expõem os empregados da hol-
ding e das empresas investidas a
situações de desvio de conduta. O
documento deixa claro, por exem-
plo, que é vedada a contratação
de fornecedores indicados por
representantes do poder público.
O monitoramento dos forne-
cedores passou a ser feito pelo
gestor do contrato, e não mais
pela área de compliance. O ob-
jetivo dessa medida é fortalecer a
cultura de conformidade no dia a
dia da companhia. Em 2017, um
novo questionário com foco no
tema anticorrupção será integra-
do ao processo de suprimentos
da Votorantim S.A. e disponi-
bilizado também às empresas
investidas.
Outra iniciativa relevante
no processo de aprimoramento
anticorrupção foi o desenvolvi-
mento de um aplicativo no qual
se registram os encontros de
executivos com representantes
do Poder Público.
As empresas investidas da
Votorantim são incentivadas
ainda a mapear continuamente
o arcabouço regulatório de seus
negócios, preparando-se adequa-
damente para cumprir a legisla-
ção. Elas devem, também conti-
nuamente, estruturar processos
de identificação e mitigação de
riscos específicos de seus negó-
cios, a partir de um modelo de
gestão comum. ▼
{G4-SO5}
MODELO DE GESTÃO DE RISCOS NA VOTORANTIM
ESTABELECIMENTO DO CONTEXTOCompreensão do modelo de negócios e do ambiente
interno e externo da Votorantim, sob a perspectiva
da visão de riscos. Essa etapa envolve o mapeamento
e a revisão contínua dos processos de negócio, bem
como sua avaliação e classificação em relação a
níveis de maturidade.
IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOSEm conjunto, áreas de negócio e área de riscos
identificam os eventos que ameaçam o alcance
dos objetivos. Esses eventos são classificados
de acordo com a magnitude e seguem critérios
legais, financeiros, estratégicos, operacionais e de
compliance, entre outros.
ANÁLISE DOS RISCOSConstrução colaborativa da matriz de riscos a
partir da análise da probabilidade de ocorrência
dos eventos de risco e da magnitude de seus
impactos tangíveis e intangíveis. A análise de riscos
envolve a apreciação das causas e as fontes de
riscos, suas consequências positivas e negativas,
e a probabilidade de que estas possam ocorrer. A
matriz, por sua vez, direciona os planos de ação
para o tratamento dos riscos de maior magnitude e
probabilidade de ocorrência.
AVALIAÇÃO DOS RISCOSA finalidade dessa etapa é auxiliar a tomada de
decisões com base nos resultados da análise de
riscos, incluindo a identificação de quais riscos
necessitam de tratamento e a prioridade para a
implementação desse tratamento. A avaliação de
riscos envolve, ainda, a comparação do nível de risco
encontrado com critérios de tolerância e apetite a
riscos, definidos e aprovados pelos órgãos superiores
de decisão.
TRATAMENTO DOS RISCOSTratar riscos envolve um processo cíclico composto por:
▶ a avaliação do tratamento de riscos já realizado;
▶ a decisão se os níveis de risco residual são
toleráveis;
▶ a definição e implementação de um novo
tratamento para os riscos, se não forem toleráveis,
e a avaliação da eficácia desse tratamento.
A responsabilidade pelo tratamento dos riscos é da
área de negócio, acompanhada pelo responsável
formal pelo risco (risk owner) e pela área de
Governança, Riscos e Compliance.
MONITORAMENTO DOS RISCOSO monitoramento da exposição aos riscos é realizado
pela área de gestão de riscos e reportado aos órgãos
superiores de decisão. Faz parte desse processo o
acompanhamento do contexto, a identificação de
novos riscos e a atualização de exposição por meio
de KRI (Key Risk Indicators).
AS INICIATIVAS ANTICORRUPÇÃO AO LONGO DO TEMPO
2012 20142013 2015 2016
● Elaboração da política anticorrupção orientou as ações da holding e das empresas investidas, em linha com o Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) e UK Bribery Act (UKBA)
● Inclusão dos aspectos da chamada Lei Anticorrupção no Brasil (lei 12.846);
● Conselho de Administração solicita que programas de compliance sejam transferidos para os Conselhos de Administração das empresas investidas;
● Conselho de Administração endossa as políticas e programas anticorrupção adotadas para todas as empresas e solicita que os controles sejam estendidos às unidades dos diversos países em que a Votorantim atua
● Primeira revisão e migração dos processos de comando e controle, incluindo políticas do jurídico e compliance
● Reforço do Programa Anticorrupção, em decorrência do decreto 8.420/2015; elaboração das diretrizes para os Conselhos de Administração das empresas investidas; realização de evento de compliance reúne a liderança da holding e das empresas investidas.
● Revisão da Política Anticorrupção em decorrência do novo Código de Conduta, válido para a holding e empresas investidas.
Governança, Riscos e Compliance Compliance e política anticorrupção Compliance e política anticorrupção
26 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 27
Governança, Riscos e Compliance
ATUAÇÃO DE REFERÊNCIA Centros dedicados ao desenvolvimento de processos, como o CSC e o CCTI, são cada vez mais reconhecidos pela excelência, inovação e capacidade de gerar ganhos em escala
A Votorantim foi uma das
primeiras companhias
do Brasil a implantar centros de
excelência robustos, voltados
à padronização de normas e
procedimentos, à economia de
escala e ao aumento da produ-
tividade. Ao longo do tempo,
esses centros se desenvolveram,
incorporaram novas tarefas e
ganharam atribuições que re-
sultaram na captura de siner-
gias entre as empresas investi-
das, de modo que garantissem
maior eficiência às operações e
aumentassem a competitividade
dos negócios.
Hoje, esses centros oferecem
serviços em diversas áreas e conti-
nuam expandindo seu escopo de
atuação. O maior e mais antigo é
a Votorantim Curitiba, criada há
mais de dez anos e composta pe-
las áreas de CSC (Centro de Solu-
ções Compartilhadas), Contabili-
dade Geral e Núcleo Financeiro,
que tem como principal atividade
a consolidação da contabilidade,
finanças e folha de pagamento
da Votorantim S.A. e das em-
presas investidas, além de atuar
em soluções de gestão de caixa,
gestão de riscos, middle office e
operações financeiras.
Em 2016, uma importante
ação da Votorantim Curitiba foi
o desenvolvimento de um siste-
ma de prevenção de perdas, com
foco nas áreas de assurance e
compliance, com o objetivo de
reduzir os desperdícios gerados
por fraudes e erros de processo.
Com base em um conjunto de
indicadores de riscos e diferentes
estratégias de detecção, o servi-
ço oferece um melhor ambiente
de controles internos e permitirá
que transações que não aten-
dam a padrões preestabelecidos
sejam justificadas ou bloqueadas
antes de serem finalizadas.
Esse tipo de serviço tem
enorme potencial para gerar
economia de escala e otimizar
recursos. Conhecido nas em-
presas de telecomunicações e
do mercado financeiro, é pouco
ÉTICA E CONDUTA NA SALA DE AULA
O Programa Clientar, coordenado pela Votorantim Curitiba, promove uma série de ações sociais para incentivar o voluntariado e a adoção de boas práticas que produzam impacto positivo na sociedade. Em 2016, diversas iniciativas foram realizadas na capital paranaense, com destaque para as aulas de ética e conduta conduzidas por cerca de 40 profissionais do CSC em escolas da rede pública local. Outro trabalho foi a coleta de assinaturas para a campanha 10 Medidas contra a corrupção, coordenada pelo Ministério Público Federal (MPF) em todo o território nacional – a ação na Votorantim Curitiba resultou na coleta de quase 10 mil assinaturas. Em 2016, outras iniciativas incentivaram a doação de sangue e medula óssea, além da arrecadação de alimentos, agasalhos, lacres de latas de alumínio e óleo de cozinha.
{G4-56}
Geração de valor
Relatório Anual 2016 29
Centros de excelência
28 Relatório Anual 2016
Geração de Valor
e padrões para as empresas, de
modo que elas possam focar em
seus negócios e desenvolver seus
próprios projetos com base em
um protocolo de ações seguro
e previamente definido. Além
disso, o CCTI também cuida
do ambiente único que reúne
as operações de TI da holding
e das empresas investidas, para
que a experiência do usuário, na
ponta, conte com tecnologias
e soluções atualizadas, sistema
íntegro, disponível e com exce-
lente desempenho.
Para tanto, o centro utiliza as
melhores práticas de gestão de
TI e padrões tecnológicos reco-
nhecidos mundialmente, atesta-
dos por certificações e organiza-
ções internacionais de renome.
Um diferencial do CCTI nesse
sentido é a obtenção sem res-
salva alguma do certificado ISAE
3402 (sigla para International
Standard on Assurance Engage-
ments), em 2010, que atesta a
conformidade e confiança para
relatórios de processos e contro-
les financeiros.
Essa certificação tem como
benefícios a identificação e moni-
toramento de riscos inerentes ao
negócio e a criação de mecanis-
mos capazes de identificar rapi-
damente atividades ilícitas. Dessa
forma, ajuda a prevenir fraudes e
diminui a ocorrência de audito-
rias múltiplas nas empresas, uma
vez que os relatórios gerados por
meio da ISAE 3402 servem como
instrumento formal para atestar
processos e procedimentos (veja no box as outras certificações do CCTI). ▼
AS CERTIFICAÇÕES DO CCTI
Certificação
Primeiro ano de obtenção Escopo
ISAE 3402 2010 TI com controles efetivos e compliance com a SOX
ISO 20.000 2012 Melhores práticas de gestão pelo mercado no âmbito de prestadores de serviço de TI
ISO 27.001 2013 Adequação aos melhores padrões de controle de Segurança da Informação
ISO 9.001 2013 Utiliza melhores práticas de gestão em projetos de TI
SAP CCoE Advanced
2013 Está em compliance com os melhores processos de gestão do SAP*
* Única empresa no Brasil que possui essa certificação
SOLUÇÕES IMOBILIÁRIASCom 100 anos de história, a Votorantim acumulou um patrimônio imobiliário significativo. Nos
últimos anos, a análise dessas áreas e o desenvolvimento da área imobiliária na Votorantim
S.A. levaram à criação de um centro de excelência específico para o setor. Criado em 2014,
se consolidou como esfera de apoio para a gestão do patrimônio imobiliário da Votorantim,
sendo responsável pelo atendimento centralizado de processos jurídicos, técnicos e contratuais
das empresas investidas. Em 2016, esse trabalho ganhou força com a implementação do
plano de negócio da área imobiliária, que estabeleceu as prioridades e considerou as diversas
oportunidades de atuação da Votorantim S.A. no setor (leia mais sobre o assunto na página 40).
usual no setor industrial e no
Brasil. Desenvolvido em parceria
com outro centro de excelência
da Votorantim S.A., o Centro de
Competência em Tecnologia da
Informação (CCTI) foi testado ao
longo de 2016 e estará disponí-
vel para as empresas a partir de
2017. Pela importância, ampli-
tude e resultados que apresenta,
tornou-se uma ação pioneira da
Votorantim e do CSC.
Tecnologia da informaçãoA Votorantim S.A. também
conta com um centro de exce-
lência avançado em tecnologia
da informação (TI), reconhecido
no mercado pela efetividade,
segurança e qualidade dos servi-
ços prestados. A missão do CCTI
é contribuir para a geração de
valor das empresas investidas,
incorporando melhorias e dife-
renciais competitivos às opera-
ções e processos corporativos.
Em termos práticos, esse traba-
lho tem a proposta de capturar
sinergias e estabelecer normas
Geração de valor Centros de excelência Geração de valor
30 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 31
Centros de excelência
O Instituto Votorantim, presente
em 151 cidades e 4 países (Bra-
sil, Colômbia, Argentina e Peru), atua
como um núcleo de estratégia social para
as empresas da Votorantim e presta con-
sultoria técnica em todas as etapas dos
empreendimentos – desde a fase prévia
à instalação de novas unidades, passando
pela operação e expansão, até os proces-
sos de descontinuidade de operações. O
trabalho visa potencializar os resultados
do investimento social externo nas comu-
nidades onde a empresa está presente.
A partir de um planejamento integra-
do, alinhado aos desafios e oportunidades
dos negócios, o Instituto coloca a serviço
das empresas uma série de ferramentas e
tecnologias sociais e articula parcerias ex-
ternas que agreguem novos conhecimen-
tos, ampliem o alcance e potencializem os
impactos dos investimentos sociais.
Um exemplo é o programa Apoio
à Gestão Pública (AGP), que envolve
três frentes de trabalho com foco no
fortalecimento da capacidade do poder
público como agente de desenvolvi-
mento. A frente de modernização da
gestão prevê o apoio técnico para que
as prefeituras aumentem a eficiência e
conquistem o equilíbrio financeiro. A
melhoria de processos e o desenvolvi-
mento de sistemas de gestão e controle
tributário são algumas das ações pre-
vistas no programa.
Na frente de ordenamento territo-
rial, o foco é assegurar aos municípios
os documentos norteadores da adminis-
tração pública – como planos setoriais
(Plano Diretor, Plano de Saneamento,
Habitação ou Mobilidade) e projetos
executivos –, elaborados com a partici-
pação popular e em conformidade com
os ritos legais aplicáveis. Além de es-
senciais para orientar o crescimento da
cidade, alguns desses documentos são
uma exigência legal e um pré-requisito
para o município pleitear recursos em
linhas de fomento específicas.
Em 2016, o Instituto passou a reali-
zar, em conjunto com as empresas, uma
terceira frente, voltada à participação da
sociedade na concepção e monitora-
mento de planejamentos governamen-
tais, que preveem ações estruturantes e
de longo prazo no município.
O AGP é desenvolvido em parceria
com o Banco Nacional de Desenvol-
vimento Econômico e Social (BNDES),
que divide com a Votorantim a respon-
sabilidade pelo financiamento do pro-
grama. Também conta com o apoio do
Banco Interamericano de Desenvolvi-
mento (BID) e do Instituto Arapyaú. ▼
INVESTIMENTO NAS COMUNIDADES
Em 2016, o investimento social
da Votorantim, reportado, foi de aproximadamente R$ 108 milhões, direcionados a
340 projetos, em 151 cidades, de
quatro países, beneficiando
719 mil pessoas. Os recursos
foram aplicados no desenvolvimento
local das comunidades. Entre as linhas
de ação, destacam-se: fomento à
economia local, geração de renda,
educação, qualificação técnica do
poder público e proteção de direitos
civis. Conheça algumas iniciativas nas
próximas páginas.
MOBILIZAÇÃOMais de 3 mil voluntários, 5.553 pessoas
beneficiadas, 65 unidades da
Votorantim mobilizadas no Brasil e Peru,
20.222 horas de trabalho voluntário e
24.387 ações realizadas. Esses foram os
principais resultados da segunda edição
do Desafio Voluntário, uma gincana
corporativa organizada pelo Instituto
em parceria com as empresas para
fomentar a participação dos empregados
em ações em benefício da comunidade.
Organizados em equipes e seguindo
uma série de critérios, os voluntários
são estimulados a eleger a entidade a
ser beneficiada, planejar as atividades e
estabelecer o cronograma de execução.
ITENS DOADOS (material escolar, para a prática
esportiva, de limpeza, de construção, artigos de higiene e primeiros socorros,
alimentos, roupas e brinquedos)
BENEFICIADOS (em 78 instituições sem fins lucrativos e escolas públicas)
HORAS de trabalho voluntário
VOLUNTÁRIOS (mil funcionários
e mil pessoas de fora da empresa)
UNIDADESda Votorantime do Instituto
65
3 mil20 mil
5,5 mil
24 mil
{G4-24, G4-25, G4-26, G4-SO1}
ESTRATÉGIAS PARA A ÁREA SOCIALCom foco em gestão pública, educação e outros temas relevantes para a sociedade, programas do Instituto Votorantim contribuem para a geração de valor compartilhado entre as empresas investidas e as comunidades
www.institutovotorantim.org.br
{G4-SO1}
Geração de valor Geração de valor
32 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 33
Instituto VotorantimInstituto Votorantim
Dinamizar a economiaOs baixos índices de renda e desenvolvimento econômico caracterizam quase metade dos municípios da área de atuação das empresas Votorantim considerados prioritários para a atuação social. Para estimular a economia dessas cidades, o Instituto realiza, em parceria com o BNDES e o BID, o programa Redes para o Desenvolvimento Sustentável (ReDes). A partir de estudos de viabilidade social e econômica, cooperativas e associações produtivas recebem investimento e capacitação técnica, comercial e gerencial, e são acompanhadas de perto durante quatro a cinco anos. A ideia é fortalecer os negócios para que conquistem a autossuficiência. Desde o início do programa, em 2010, o ReDes já apoiou 53 empreendimentos em 28 localidades, beneficiando 1.800 famílias. No período, as empresas da Votorantim e o BNDES investiram R$ 60 milhões nas atividades; o plano é totalizar R$ 82 milhões até 2020.
Em 2016, 27 projetos tiveram um faturamento total de R$ 560 mil mensais, a partir de lançamentos de novos produtos no mercado, estruturação de embalagens e identidade visual e acordos com grandes redes varejistas (aumento de 20% em relação aos projetos que já faturavam em 2015). Ao longo do ano, foram R$ 4,5 milhões de renda distribuída por 29 empreendimentos (crescimento de 35% em relação aos projetos que já distribuíam renda). Dos 53 empreendimentos apoiados no ano, 14 finalizaram o recebimento de recursos do programa. O plano para 2017 é ampliar para mais de cinco cidades.
{G4-24, G4-25, G4-26, G4-SO1}
NÚMEROS DO ReDes
53 empreendimentos apoiados desde 2010
1.800 famílias beneficiadas
$ R$ 60 milhões investidos nas atividades do ReDes
O AGP na prática
Na FibriaA empresa está construindo uma linha de produção de celulose no município de Três Lagoas (MS), com início de operação previsto para 2018. As atividades do AGP na cidade começaram em 2016, assim que o empreendimento foi aprovado pelo Conselho de Administração da empresa. Além das ações de qualificação da gestão e de ordenamento territorial – com a revisão do Plano Diretor –, os trabalhos também preveem a criação de um plano de ação elaborado em linha com o Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis (CES), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A metodologia do BID orientou o diagnóstico sobre a situação atual e as tendências do município em aspectos relacionados a meio ambiente/mudanças climáticas, desenvolvimento urbano/mobilidade e governabilidade/gestão fiscal. A partir da modelagem dos cenários de evolução, foram definidas, em 2016, as estratégias de intervenção urbana que a prefeitura vai colocar em prática.
Na Votorantim CimentosA metodologia do AGP é um dos componentes de um projeto que está mobilizando a iniciativa privada, o poder público, a academia e a sociedade na cidade de Sobral, no Ceará, onde a empresa mantém operações desde 1959. Ao longo de 2016, mais de 2 mil pessoas participaram dos seminários, reuniões distritais, encontros setoriais e oficinas de planejamento; os debates em fóruns virtuais somaram 45 mil interações. O resultado desse processo colaborativo foi o Plano
de Visão Sobral de Futuro, que estabelece estratégias e metas para direcionar a evolução da cidade nos próximos 30 anos em temas como crescimento econômico, valorização das tradições locais, saneamento, gestão de resíduos, ocupação do solo, mobilidade e equipamentos de lazer, entre outros.
{G4-24, G4-25, G4-26, EN23, G4-SO1}
APOIO À GESTÃO PÚBLICA EM NÚMEROS1
26 municípios
40 projetos realizados nas prefeituras
R$ 12,8 milhões investidos pela Votorantim e o BNDES
$
22 planos setoriais aprovados como leis municipais
7 projetos com financiamento aprovado
(R$ 18 milhões)
R$ 10,6 milhões alavancados com metas de equilíbrio
financeiro e captação$
1 Dados consolidados (2012-2016)
Geração de valor Instituto Votorantim Geração de valor
34 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 35
Instituto Votorantim
EducaçãoA educação é uma das principais apostas do Instituto para alavancar o desenvolvimento local em longo prazo. A partir de uma ação estruturada, que envolve prefeituras, gestores escolares, pais e alunos da rede pública, o Programa Parceria Votorantim pela Educação (PVE) busca elevar a qualidade do ensino e da gestão escolar nos municípios. A metodologia inclui a capacitação dos técnicos das secretarias municipais de educação, diretores e coordenadores escolares, além do engajamento e mobilização da comunidade. O programa busca o desenvolvimento de competências dos gestores educacionais e escolares, impactando positivamente na aprendizagem dos alunos. Ele também busca fortalecer a cultura de formação continuada de profissionais de educação e aumentar a participação da comunidade na educação.
Segundo estudo realizado por uma consultoria especializada, a ação tem impacto positivo no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Analisando os dados de 2015, o estudo mostrou que os municípios participantes do PVE evoluíram 35% mais rápido do que os demais municípios do Brasil nos resultados do Ensino Fundamental 1, e 45% mais rápido no Ensino Fundamental 2.
Também ficou provado que o desempenho dos alunos impactados pelo programa Prova Brasil é 30% superior em Matemática e 14% em Leitura, no EF. 1 e 67% e 18%, respectivamente, no EF2. Além disso, a taxa de abandono desses alunos é inferior ao padrão nacional.
Prêmio TALENTO EM SUSTENTABILIDADE
Anualmente, o Instituto Votorantim reconhece projetos desenvolvidos por empregados da companhia e que promovam benefícios ambientais, sociais e financeiros. Em 2016, foram premiados projetos em cinco categorias, escolhidos por um comitê formado por profissionais internos e externos, além de uma votação aberta a todos os empregados de todas as empresas.
{G4-24, G4-25, G4- 26, G4-SO1}
NÚMEROS DO PVE 2016
17 municípios
2.300 jovens
252 escolas
Preparar a inclusãoPara ajudar a definir uma abordagem estratégica sobre a inclusão de pessoas com deficiência no quadro funcional das empresas investidas, o Instituto realizou, em 2016, um diagnóstico na Citrosuco, CBA, Votorantim Cimentos, Votorantim Energia, Votorantim Metais e Votorantim Siderurgia, além da Votorantim S.A. . Foi coletada a percepção de 798 pessoas – entre empregados das áreas de Recursos Humanos, gestores de equipes e profissionais com deficiência. Mais da metade dos empregados enquadrados nessa categoria participaram.
O estudo centrou-se em quatro aspectos considerados fundamentais para a inclusão desses profissionais:
▶ Recrutamento e retenção: políticas e práticas, capacitação dos profissionais de RH para o tema;
▶ Acessibilidade: estruturas físicas e uso de tecnologias de assistência;
▶ Cultura organizacional: sensibilização do público interno e especialmente dos gestores, para a real integração dos profissionais;
▶ Gestão: iniciativas para direcionar o crescimento do profissional e aproveita mento do seu potencial produtivo.
Também em 2016, foi realizado um workshop sobre o tema com todas empresas que motivou a criação do GT de Inclusão, com representantes de diferentes áreas das investidas, a realização de uma iniciativa na Votorantim Cimentos, que contou com cadastramento de currículos, formação para os profissionais de Gente & Gestão (DHO) e treinamento de gestores. A partir dos aprendizados durante todo o ano, o Instituto está formulando uma metodologia que ajude as empresas a avançarem na questão de inclusão de pessoas com deficiência.
PERCEPÇÃO SOBRE O GRAU DE PREPARO DO GESTOR PARA GERENCIAR OS PROFISSIONAIS
Gestor: Bem preparado ou
preparado 51%
Inseguro; gostaria de aprimorar meus
conhecimentos
43%
Despreparado 6%
Profissional: 70% Bem preparado ou
preparado
27% Parcialmente preparado 2% Despreparado 1% Não respondeu
{G4-24, G4-25, G4-26, G4-LA12}
Categoria Empresa Projeto vencedor
Meio ambiente Citrosuco Controle biológico: uma inovação sustentável no controle do greening em pomares de citros
Produtividade e eficiência
Companhia Brasileira de Alumínio
Mecanização do processo de encostamento de carga de óxido de alumínio nas Salas Fornos
Saúde e segurança
Fibria Programa de Segurança Florestal – Preservação da Vida
Atuação social Votorantim Cimentos Primavera Sustentável – Retorno de Investimentos Sociais
Voto popular Citrosuco Grupo Comportamental – cultura de saúde e segurança
TIPO DE DEFICIÊNCIA50% Física24% Auditiva15% Visual9% Pessoa reabilitada2% Intelectual
TEMPO DE EMPRESA50% Até 5 anos
19% De 6 a 10 anos
15% De 11 a 20 anos
4% De 21 a 25 anos
12% Acima de 25 anos
ADEQUAÇÃO DOS ESPAÇOS ÀS NECESSIDADES ESPECÍFICAS1
65% Totalmente adequados
26% Parcialmente adequados
2% Não adequados
7% Não respondeu1 Com base na percepção dos profissionais
com deficiência.
Geração de valor Instituto Votorantim Geração de valor
36 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 37
processos e aprendizados das consultas lúdicas 2016
Instituto Votorantim
realização de pesquisas científi-
cas. O trabalho com as comuni-
dades locais deu origem a um
projeto robusto para o desenvol-
vimento de cadeias produtivas,
com foco em geração de empre-
go e renda para a população que
vive na região.
Abertura ao públicoEm 2016, o Legado das
Águas também deu um passo
importante para a sua abertura
à visitação pública, ao receber
grupos de empregados da Vo-
torantim S.A. e das empresas
investidas em nove eventos-
-teste, realizados entre outubro
e dezembro. Nessas ocasiões,
foram testadas, na prática, as
atividades e os roteiros prepa-
rados para 2017, permitindo
uma avaliação sobre as adequa-
ções necessárias nas estruturas
de atendimento ao público. A
abertura do Legado das Águas
ao público geral está prevista
para ocorrer em 2017.
Além da visitação pública, a
reserva desenvolveu um plano
de negócios que prevê outras
possibilidades de geração de
receitas como as compensações
ambientais e venda de mudas
provenientes do seu viveiro.
Inaugurado em 2016, o viveiro
tem potencial de produção de
200 mil mudas por ano.
No longo prazo, o objetivo
é explorar o grande potencial
da biodiversidade da reserva,
pesquisando as propriedades
da flora local para novos pro-
dutos. Para isso, o passo inicial
foi sequenciar o genoma de
50 espécies nativas da Mata
Atlântica. Esse trabalho deu ori-
gem ao maior banco de dados
genéticos do bioma, chamado
de “floresta digital”, por meio
de uma parceria inédita com
a Bio Bureau, uma startup de
base biotecnológica, incubada
na Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ). No futuro, o
mapeamento poderá permitir,
por meio da bioprospecção, o
desenvolvimento de produtos
baseados na biodiversidade da
Mata Atlântica, ao mesmo tem-
po que possibilitará a geração de
valor científico e econômico.▼
LEGADO VERDES DO CERRADO
Em fevereiro de 2017, a Companhia Brasileira de Alumínio, a Reservas Votorantim e o Governo do Estado de Goiás assinaram um protocolo de intenções para a criação do Legado Verdes do
Cerrado. Com 32 mil hectares e situado ao norte daquele estado, na cidade de Niquelândia, o território contará com mais de 80% de áreas protegidas de Cerrado, nas quais serão desenvolvidas pesquisas e negócios ligados à economia verde. Na área restante, serão desenvolvidas atividades ligadas ao agronegócio, sempre buscando a integração com a conservação e o propósito da reserva.
{G4-EN13, G4-EN31}
BIODIVERSIDADE COMO NEGÓCIOA consolidação da empresa Reservas Votorantim traz novas perspectivas para o Legado das Águas e abre caminho para as primeiras atividades de turismo ecológico já em 2017
Criada em 2015, a empresa Reser-
vas Votorantim foi instituída para
fazer a gestão dos ativos ambientais da
Votorantim S.A. e gerar valor compar-
tilhado a partir dos recursos naturais e
serviços ecossistêmicos que esses locais
oferecem. A nova empresa tem o objeti-
vo de olhar para esses ativos do ponto de
vista do negócio ao mesmo tempo que
investe na conservação da biodiversida-
de, de modo que gere ganhos sociais,
ambientais e econômicos por meio de
uma série de ações estruturadas.
A Reservas Votorantim agrega
ao conjunto de ativos da holding um
negócio associado à nova economia,
combinando conservação ambiental e
retorno financeiro de forma sustentá-
vel. Em termos práticos, sua primeira
missão é promover a gestão do Le-
gado das Águas, uma reserva privada
de 31 mil hectares de Mata Atlântica,
equivalente a 1,5% da área residual
desse bioma. Localizado no Vale do
Ribeira, no sul do estado de São Pau-
lo, o Legado das Águas abrange três
municípios – Juquiá, Miracatu e Tapi-
raí – e foi constituído pela aquisição
de diversas áreas entre as décadas de
1920 e 1950.
A visão da Votorantim na época,
vanguardista, era de que a conservação
da cobertura vegetal era a melhor for-
ma de garantir no longo prazo a dispo-
nibilidade hídrica da região, onde estão
sete usinas hidrelétricas que fornecem
energia para a CBA. Essa visão se mate-
rializou em um protocolo de intenções,
firmado em 2012 entre o Governo do
Estado de São Paulo e a Votorantim,
para a implantação de uma reserva
que ofereça um legado positivo para
a sociedade, desenvolvendo atividades
de pesquisa, educação ambiental e
turismo sustentável, além de possibili-
dades de negócios a partir dos recursos
ambientais ali presentes.
Nos últimos anos, a Votorantim
S.A. investiu continuamente na es-
truturação dessas atividades e alguns
resultados consistentes já começam a
aparecer. Com o auxílio do Programa
de Apoio à Gestão Pública (AGP), ca-
pitaneado pelo Instituto Votorantim e
com apoio financeiro do Legado das
Águas, as prefeituras das três cidades
abrangidas pela reserva desenvolveram
planos setoriais estratégicos voltados à
reorganização do espaço urbano. Par-
cerias com universidades permitiram
o mapeamento da fauna e flora local
e abriram um campo profícuo para a
www.legadodasaguas.com.br
{G4-24, G4-25, G4-26, G4-EN13, G4-EN3, G4-EN31}
Geração de valor Geração de valor
38 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 39
Reservas VotorantimReservas Votorantim
Holding e empresas investidas avançam na consolidação da cultura de inovação como parte do dia a dia de operações
A Votorantim S.A enten-
de que é fundamental
fomentar a cultura da inovação
para manter a perenidade dos
negócios, identificar as ameaças
e oportunidades de longo prazo,
fazer as adequações no seu port-
fólio e desenvolver produtos e ser-
viços que sejam relevantes para a
sociedade.
Como gestora do portfólio,
a holding incentiva as empresas
investidas a seguir esse caminho
de forma estruturada. Por isso, li-
derou a criação, em 2016, da Rede
de Inovação, que reúne represen-
tantes da Votorantim S.A. e de oito
empresas investidas com a missão
de trocar experiências e potenciali-
zar a busca por sinergias.
Essa rede promove encon-
tros bimestrais e interações
cotidianas de seus membros,
incentivando continuamente o
acompanhamento e a avaliação de
tendências, bem como a prospec-
ção conjunta de oportunidades.
Os encontros também abordam
possibilidades de fomento à pes-
quisa e inovação, além de possí-
veis parcerias com universidades
e institutos de pesquisa, e outras
organizações.
EstruturaçãoAs empresas investidas da
Votorantim encontram-se em es-
tágios diferentes na incorporação
da cultura de inovação. Uma das
missões da Rede é justamente
apoiar a estruturação de progra-
mas dedicados ao tema, com a
CONVITE PARA INOVAR PLANOS URBANOSComo o patrimônio imobiliário da Votorantim pode ser usado como indutor de valor econômico e social na maior cidade do Brasil
Uma parte relevante do
patrimônio imobiliário da
Votorantim apresenta grande po-
tencial para o desenvolvimento de
projetos que gerem valor para a
organização e para a sociedade.
São áreas de diferentes portes e
vocações, adquiridas ao longo de
décadas no entorno das fábricas
e unidades operacionais, que po-
dem dar origem a diversos tipos
de empreendimentos.
Nos últimos anos, a Votoran-
tim S.A. investiu em um amplo
trabalho de mapeamento, análise
e regularização desse patrimônio,
com foco também na identificação
dos possíveis usos e oportunidades
relacionadas aos ativos imobiliários.
Em 2016, esse trabalho atinge
um novo patamar com a elabora-
ção de um projeto de longo prazo,
idealizado para uma extensa área
na Vila Leopoldina, em São Paulo
(ver foto da região abaixo).
A proposta segue as diretri-
zes de um instrumento previsto
no Plano Diretor do município,
chamado Projeto de Interven-
ção Urbana (PIU), para áreas
subutilizadas e com potencial
de transformação na cidade. O
novo marco regulatório permi-
te a viabilização de propostas
urbanísticas formuladas a partir
da definição conjunta de estra-
tégias entre a iniciativa privada e
o poder público. O processo en-
volve diversas etapas e um amplo
debate com entes públicos e a
sociedade em geral, incluindo a
realização de consultas e audiên-
cias públicas.
O projeto da Vila Leopoldina
busca o desenvolvimento e a
revitalização da área a partir de
uma visão abrangente, indutora
de valor econômico e social. O
objetivo é aplicar soluções que
valorizem o espaço público, o
uso misto e o convívio plural,
respeitando as características da
região. O tamanho da área fa-
vorece esse tipo de intervenção,
ao permitir a mescla de unidades
residenciais, comerciais e espa-
ços de uso público. A intenção
é priorizar conceitos inclusivos
para o aproveitamento e inte-
gração mais racional da infra-
estrutura e dos equipamentos
públicos locais.
Os proponentes do projeto –
Votorantim S.A., BVEP (empresa
de empreendimentos e participa-
ções do Banco Votorantim), SDI
(empresa de gestão e desenvolvi-
mento imobiliário) e Instituto de
Urbanismo e de Estudos para a
Metrópole (Urbem) – seguiram
os ritos previstos em lei e, após
protocolo contendo diagnóstico
da região e programa de inte-
resse público, em dezembro de
2016 foram formalmente auto-
rizados pela prefeitura a elaborar
o projeto, de acordo com diretri-
zes predefinidas.
O próximo passo envolve a
condução, em conjunto com a
prefeitura, dos diversos temas
abordados – urbano, social, eco-
nômico e jurídico. Ao término,
o projeto servirá de base para
o projeto de lei de uso desse
território. ▼
Geração de valor Geração de valor
40 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 41
InovaçãoDesenvolvimento imobiliário
A INOVAÇÃO NAS EMPRESAS INVESTIDAS
VOTORANTIM CIMENTOSUma nova área de negócios foi criada em 2016, com o objetivo de viabilizar e acelerar o uso de combustíveis alternativos, substituindo os de origem fóssil, na produção de cimento. Isso está sendo feito com a aproximação de geradores de resíduos industriais, prefeituras e empresas
geradoras de biomassa e de outros materiais que podem ser aproveitados como fonte de energia. O coprocessamento não gera qualquer alteração na qualidade do cimento e atende às normas específicas de qualidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
VOTORANTIM METAISO projeto “Resíduo Zero”, da unidade Morro Agudo, localizada em Paracatu (MG), eliminou a necessidade de barragem por meio de uma nova rota tecnológica no beneficiamento. Adicionalmente, gerou-se um novo produto, o pó calcário
agrícola, cujo alto potencial nutritivo age como corretor da acidez do solo em áreas de plantio de café, milho e soja. O próximo passo será eliminar as duas barragens existentes, retornando o material depositado para o processo de beneficiamento.
COMPANHIA BRASILEIRA DE ALUMÍNIOA CBA estuda, desde 2015, o aproveitamento de lama vermelha, um resíduo do processamento de bauxita, na produção de pozolana, matéria-prima para a indústria
de cimento. No futuro, essa tecnologia abre a possibilidade de se eliminar as barragens de rejeitos na produção de alumínio.
FIBRIANos últimos 40 anos, com a clonagem de eucaliptos, a empresa dobrou sua produtividade de celulose por hectare por ano. Outro feito,
o bio-óleo fabricado a partir de biomassa florestal, pode transformar a indústria de óleo e gás quando atingir um custo de produção mais baixo.
{G4-EN3, EN21, EN23}
intenção de que todas atinjam seu
pleno potencial de inovação.
Nas primeiras reuniões, o gru-
po analisou diferentes modelos
e metodologias de inovação em-
presarial. Cada uma das empresas
apresentou suas inciativas na área,
bem como os erros e acertos desse
processo.
Esses aprendizados serviram de
referência para que todas as em-
presas aprimorassem seus próprios
modelos. No caso da Citrosuco, a
implantação começou no fim de
2016 e teve como um de seus pri-
meiros desdobramentos a parceria
entre a empresa e o Legado das
Águas – Reservas Votorantim, com
o objetivo de pesquisar componen-
tes da laranja para uso em outros
produtos de alto valor agregado.
Conexão com o mundoAo longo de 2016, também
foram realizadas quatro edições
do VotoTalks, evento que promo-
ve debates sobre temas ligados
à inovação, como interação com
startups, inovação aberta e cultura
de inovação. Cada edição conta
com a participação de um profis-
sional externo, de trajetória inspira-
dora, como Adriano Silva, autor do
livro O executivo sincero, e Maju
Azambuja, executiva mentora do
Cubo Itaú.
Aberto a todos os empregados
da holding e das empresas inves-
tidas, o VotoTalks tem o objetivo
de inspirar novas ideias, conectar
pessoas e estimular o debate para
o fortalecimento da cultura da
inovação. Para 2017, a intenção
é tornar o evento cada vez mais
interativo e inspirador.
Outro destaque do período foi
a participação da holding, Votoran-
tim Cimentos, Votorantim Metais,
Citrosuco e Fibria no Movimento
100 Open Startups, cuja proposta
é conectar grandes companhias
com empresas de base tecnológica
em estágio de desenvolvimento.
O estabelecimento dessa rede
permite a identificação e seleção
dos empreendedores com maior
potencial de colaboração no de-
senvolvimento de inovações de
alto impacto para a sociedade e
para o mercado.
Em 2016, mais de 40 com-
panhias se reuniram para definir
quais serão os grandes desafios
da sociedade no futuro, entre eles
“Cidades Inovadoras”, “Indústria
do Futuro”, “Sociedade de Infor-
mação” e “Agronegócios”. A par-
tir disso, startups do Brasil e exte-
rior foram convidadas a apresentar
projetos ligados a esses desafios.
O fim do processo, em fevereiro
de 2017, elegeu as 100 melhores
startups segundo a avaliação das
companhias participantes. A Voto-
rantim S.A. estimulou todos seus
empregados a fazer parte do pro-
cesso on-line de avaliação. Como
resultado, a empresa foi a terceira
colocada no ranking das maiores
avaliadoras, demonstrando seu
potencial de interação com esse
ecossistema.▼
CAPACIDADE DE INOVAÇÃO
A 2ª edição do Prêmio Valor Inovação Brasil, realizado em 2016, reconheceu a capacidade de inovação das empresas
Votorantim. No ranking das cem empresas mais inovadoras do país, a Fibria ficou na 31ª posição, enquanto a Votorantim Metais ficou em 44ª (3ª no setor “Base e Metalurgia”) e a Votorantim Cimentos se colocou em 85ª (5ª no setor “Base e Metalurgia”)
Geração de valor Inovação Geração de valor
42 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 43
Inovação
FOCO NO DESENVOLVIMENTOAo completar 10 anos de atuação, a Academia Votorantim se prepara para um novo modelo de atuação
A Academia Votorantim,
universidade corpora-
tiva da Votorantim S.A e das
empresas investidas, passou por
uma ampla revisão nos últimos
anos com o objetivo de fortale-
cer e dar suporte à cultura de alta
performance na organização. Ao
longo de 2016, esse trabalho
envolveu atividades de planeja-
mento, revisão da governança e
da programação, implantação de
novas ferramentas e testes-pilo-
to, entre outras ações.
Alinhadas ao Programa 18.18
(veja mais na página 16), as
mudanças na Academia também
fazem parte de um conjunto de
iniciativas que visam ao desenvol-
vimento das pessoas que ajudarão
a construir a Votorantim do futuro.
Desse modo, a partir de 2017,
as ações de desenvolvimento
promovidas pela Academia fun-
cionarão como um hub, conec-
tando pessoas, informações e
tendências de modo a catalisar
o desenvolvimento dos profis-
sionais e prepará-los para os de-
safios de longo prazo. Os temas
de gestão, portanto, passam a
ser trabalhados individualmente
pelas empresas, que poderão
aprofundar mais os conteúdos
de acordo com a realidade de
cada negócio. Assim, a Acade-
mia passa a trabalhar um conhe-
cimento transversal a todos os
modelos de negócios com foco
no debate, na evolução da atitu-
de e na preservação do DNA da
Votorantim.
No novo modelo, não há
lugar para os limites físicos da
sala de aula. Além dos cursos e
atividades presenciais, a Acade-
mia conta com plataformas de
conteúdo digital, como o portal
do Programa 18.18, além de
ações com transmissão webcast,
aumentando a abrangência das
ações de desenvolvimento.
{G4-LA9}{G4-9}
Gente e cultura
44 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 45
Desenvolvimento
Gente e Cultura
RECONHECIMENTOA Votorantim integrou a edição 2016 do ranking As melhores empresas para começar a carreira, uma iniciativa da revista Você S/A em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA) e a Cia
de Talentos.
A pesquisa reflete a satisfação de jovens de 18 a 26 anos – estagiários e contratados – com os seus empregos, e foi realizada em quase 130 empresas de diferentes setores.
Em pesquisa realizada pelo site 99jobs, o programa de trainees da Votorantim foi considerado o segundo melhor do Brasil. A
empresa também foi destaque na avaliação dos jovens que participaram da Career Week com o
melhor índice de recomendação: 97%. O evento promove visitas de universitários a empresas.
JOVENS TALENTOSAções de atração e parcerias com universidades e empresas juniores já preenchem 12% das novas vagas abertas na Votorantim S.A.
Em 2016, a Votorantim S.A.
reforçou o relacionamen-
to com jovens profissionais e
pessoas que se preparam para
entrar no mercado de trabalho.
As ações se concentraram em
parcerias com universidades e
empresas juniores, e na presença
de representantes da holding nas
principais feiras de carreiras. Os
resultados já começam a apare-
cer, com ganhos de acuracidade
nos processos de seleção e re-
crutamento. Na média, cerca de
12% das novas vagas abertas no
ano foram preenchidas por meio
das iniciativas.
Uma das principais ações
nesse sentido foi a parceria com
a Brasil Júnior, confederação que
reúne quase 400 empresas uni-
versitárias e 11 mil empresários
juniores do Brasil. Essa parceria
resulta em relacionamento com
esse público, com o suporte à
divulgação dos programas de
captação de novos talentos e
foco em jovens empreendedores,
inovadores e de alto potencial
de engajamento. A Brasil Júnior
também atua como consultoria
para estreitar os vínculos da em-
presa com pós-juniores.
Em paralelo às ações de cap-
tação, a holding também investe
no desenvolvimento dos profis-
sionais que atuam na empresa.
Os trainees e os jovens talentos
internos da organização partici-
pam conjuntamente do programa
Potenciar, que oferece formação
em temas de autoconhecimento,
comunicação, gerenciamento de
projetos, além do desenvolvimen-
to de um projeto multidisciplinar
em grupo . Além disso, eles têm
a oportunidade de trabalhar em
diversas áreas, no sistema de job
rotation. ▼
{G4-LA1, G4-LA9}
Gestão do conhecimentoEm 2017, a Academia irá oferecer
qualificações e formações que
impulsionarão os profissionais e
empresas a ampliarem sua visão
crítica e competência na busca de
resultados.
Nesse sentido, o Programa de
Formação de Mentores foi uma
das novidades da Academia em
2016. Além de aproximar dife-
rentes gerações e ser uma fer-
ramenta importante para reter
e disseminar o conhecimento
interno, a iniciativa abre espaço
para o protagonismo dos envol-
vidos – mentores e mentorados –
no próprio crescimento. A parti-
cipação é voluntária, mas pressu-
põe um firme compromisso dos
profissionais em diversas etapas
do desenvolvimento.
Para os futuros mentores, a
Academia oferece capacitação
em temas relacionados à trans-
missão de conhecimento, co-
municação, estabelecimento de
objetivos e feedback. As duplas
de trabalho são definidas a partir
do cruzamento das habilidades
específicas dos mentores capaci-
tados e dos interesses dos candi-
datos a mentorados. As sessões
de mentoring acontecem ao lon-
go de oito meses e são geridas de
forma individual pelas empresas.
A ideia é de que a formação
aconteça em cascata nos diver-
sos níveis das empresas. No pro-
jeto-piloto da Votorantim S.A,
todos os diretores passaram pela
capacitação e atuaram no desen-
volvimento de 13 mentorados. Já
foi formado um novo grupo de
mentores, com gerentes-gerais, e
para 2017 está programada uma
capacitação voltada a gerentes.
Outro exemplo é a forma-
ção de gestores e profissionais
de Desenvolvimento Humano e
Organizacional (DHO) em ferra-
mentas de autoconhecimento,
como MBTI (Myers-Briggs Type
Indicator) e Inteligência Emocio-
nal, que antes eram aplicadas na
Academia e nas empresas so-
mente por consultorias externas.
Agora, serão disseminadas por
meio de profissionais das áreas
de DHO das empresas. ▼
PREPARAR PARA O FUTUROEm uma iniciativa coordenada pelo Comitê de
Remuneração e Pessoas, vinculado ao Conselho de
Administração da Votorantim S.A., todas as empresas
participaram de um trabalho para sistematizar as
iniciativas internas e assegurar planos estruturados de
sucessão para os CEOs.
Cada empresa criou seu mapa interno de sucessão,
com a identificação das pessoas com potencial para
assumir a alta liderança, o diagnóstico do atual grau de
desenvolvimento e a definição de planos de ações –
de curto, médio e longo prazos – para dar suporte
ao seu amadurecimento profissional. Debatidos por
conselheiros e presidentes das empresas, esses mapas
foram aperfeiçoados e começam a ser colocados em
prática e monitorados em 2017.
{G4-LA9}
EDUCAÇÃO E TREINAMENTO
97 turmas da academia
+1 mil lideranças treinadas
7 mentores formados
13 mentorados supervisionados
+37 mil horas de capacitação
Gente e cultura Desenvolvimento Gente e cultura
46 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 47
Atração e retenção
corporativo e operacional para
assumir o papel de gestora de
portfólio. O trabalho envolveu
ações estruturadas de engaja-
mento dos profissionais, a revi-
são das dinâmicas de trabalho e
o alinhamento à visão de futuro
da holding. Esse novo perfil de
governança reflete a percepção
de clareza e direcionamento dos
empregados, uma vez que 85%
dizem possuir clareza sobre sua
contribuição para a Votorantim
S.A. e se sentem seguros com as
perspectivas futuras do negócio.
Ao mesmo tempo que reflete
os resultados do aperfeiçoamento
da gestão de pessoas, o monito-
ramento anual de engajamento
também ajuda a direcionar as
melhorias. Cada aspecto do
diagnóstico conta com um plano
de ação, definido em conjunto
com grupos multidisciplinares.
Os avanços são acompanhados
pela diretoria da Votorantim
S.A., e anualmente são compar-
tilhados de forma transparente
com todos os empregados.
Nas outras empresas da Vo-
torantim, a evolução do clima
interno é monitorada a cada
dois anos. ▼
{G4-LA1}
CLIMA EM ALTAA satisfação dos empregados, retratada na pesquisa anual de engajamento, reflete o aperfeiçoamento da gestão de pessoas na Votorantim S.A. e orienta os planos de ação e melhoria
Todos os aspectos monitorados pela
edição 2016 da pesquisa anual de
clima da Votorantim S.A. tiveram evolu-
ção positiva em relação a 2015. O índice
de favorabilidade, que reflete a satisfação
geral dos empregados, subiu de 80% para
83%. A referência de mercado P90 (per-
centil 90), que reúne os 10% melhores
resultados entre as empresas que aplicam
a metodologia do Korn Ferry - HayGroup,
foi de 76% para 79%. Esse foi também
o melhor índice registrado pela empre-
sa desde que a pesquisa começou a ser
realizada, em 2003. Cerca de 159 em-
pregados (99,5% do total) participaram
voluntariamente da consulta.
A holding também alcançou no-
vamente o P90 referente ao índice
de liderança, que subiu de 75% para
77%. Além disso, a busca por excelên-
cia, pautada por uma cultura de alta
performance e pelo trabalho em equi-
pe, permanece como fator de desta-
que na organização, uma vez que 93%
dos empregados reconhecem que há
um grande comprometimento com a
entrega ao cliente.
A evolução do clima interno foi
construída passo a passo e marca a
consolidação do novo modelo de go-
vernança anunciado em 2013, quan-
do a holding deixou de ser um centro
{G4-LA1}
ENTRE AS MELHORESAs práticas de gestão de pessoas levaram
a Votorantim S.A. a ocupar posição de
destaque no guia As melhores empresas
para você trabalhar, da revista Você
S/A. A empresa ficou em segundo lugar
na categoria Serviços diversos, com
74,8 pontos no Índice de Felicidade do
Trabalho, calculado com base em pesquisa
on-line com empregados, entrevistas com
empregados e gestores e avaliação das
práticas de gestão de pessoas.
O ranking é elaborado anualmente pela
revista, em parceria com a Fundação
Instituto de Administração (FIA) da Universidade de São Paulo (USP). A
edição 2016 contou com a participação de mais de 100 mil profissionais
de 345 empresas.
Em outro reconhecimento nessa área, a Votorantim S.A. foi incluída,
pela primeira vez, no ranking das empresas mais amadas do Brasil da
plataforma eletrônica Love Mondays!, que consolidou avaliações feitas
diretamente por empregados da holding.
PESQUISA DE CLIMA 2016
79%: Índice de recomendação1
83%: Índice de favorabilidade2
77%: Índice Liderança
90%: Índice Engajamento
99,5%: Adesão (159 empregados)
1 Empregados que recomendariam a empresa para amigos e familiares.2 Reflete o grau de satisfação geral, calculado com base no percentual de empregados que atribuem pontuação 4 ou 5 – em uma escala de 1 a 5 – aos aspectos pesquisados.
201620152014
72 | 95 80 | 98 83 | 99,5
FAVORABILIDADE | ADESÃO
%
Gente e cultura Clima e engajamento Gente e cultura
48 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 49
Clima e engajamento
RESILIÊNCIA DO PORTFÓLIOCenário político e retração econômica no Brasil influenciaram os resultados consolidados da Votorantim S.A. e das empresas investidas, mas a diversidade do portfólio e a disciplina financeira atenuaram os efeitos negativos
3,43 x2,79 x
2016201520142013
14,7
19,4
DÍVIDA LÍQUIDA / EBITDA
2016201520142013
26,729,3
RECEITA LÍQUIDA CONSOLIDADA R$ BILHÕES
PARTICIPAÇÃO DOS NEGÓCIOS NA RECEITA LÍQUIDA %
CimentosPolimetálicosAlumínio e NíquelAços LongosOutros
47%24%17%6%6%
2016201520142013
4,3
7,0
EBITDA AJUSTADO CONSOLIDADO (SEGMENTO INDUSTRIAL) R$ BILHÕES
PARTICIPAÇÃO DOS NEGÓCIOS NO EBITDA AJUSTADO %
CimentosPolimetálicosAlumínio e NíquelAços LongosOutros
56%28%1%7%8%
DÍVIDA LÍQUIDA R$ BILHÕES
A deterioração econômica
brasileira e a instabilida-
de política no Brasil e no mundo
tiveram grande influência no
ambiente de negócios em 2016.
Na Europa, a saída do Reino
Unido da União Europeia (Brexit)
abalou um ciclo de integração
política e comercial na zona do
euro. Em termos econômicos,
a decisão enfraquece o bloco,
trazendo incertezas sobre o rit-
mo de crescimento europeu no
curto e médio prazos.
O resultado da eleição pre-
sidencial nos Estados Unidos e
as políticas protecionistas anun-
ciadas trouxeram mudanças nas
perspectivas em relação ao fluxo
de negócios em escala global.
No Brasil, o cenário se mos-
trou ainda mais complexo e de-
safiador em 2016. O processo de
impeachment da presidente Dil-
ma Rousseff gerou turbulências
no mercado, que, aliado a de-
terioração das contas públicas,
afetou profundamente a capaci-
dade de investimento do gover-
no, comprometendo a demanda
de alguns setores em que a Vo-
torantim mantém operações –
caso do cimento, alumínio e aços
longos.
A aprovação da Proposta
de Emenda à Constituição que
determinou um teto para os
gastos públicos, em dezembro,
e o programa de infraestrutura
proposto pelo governo federal
são fatores que podem contri-
buir positivamente para o fim
da retração econômica. Apesar
de alguns sinais positivos, o país
ainda possui desafios a serem
resolvidos, como a reforma da
Previdência, por exemplo.
Alguns números dão a di-
mensão do impacto desses fato-
res no setor produtivo. O índice
de Confiança da Indústria (ICI),
medido pela Fundação Getulio
Vargas (FGV), atingiu o menor
patamar desde junho de 2015 e
encerrou 2016 em 84,8 pontos.
Segundo a Confederação Na-
cional da Indústria (CNI), o fatu-
ramento real do setor industrial
teve queda de 12% no ano, na
comparação com 2015. Adicio-
nalmente, segundo o IBGE, o de-
semprego no Brasil foi de 12%
no 4º trimestre de 2016, a maior
taxa da série, iniciada em 2012.
Nesse cenário extremamente
desafiador, a Votorantim S.A.
registrou queda de receita e
Ebitda consolidados no período.
{G4-EC1}50 Relatório Anual 2016
Desempenho financeiro
Relatório Anual 2016 51
Contexto de mercado
Desempenho financeiro
{G4-EC1}
Os efeitos da instabilidade política e
econômica no Brasil foram amenizados
pela diversificação geográfica e de ne-
gócios do portfólio, com as operações
internacionais compensando parte da
contração no mercado brasileiro – com
destaque para as operações de zinco e
para o melhor resultado das operações
de cimentos nos Estados Unidos.
Gestão responsável Em resposta ao cenário adverso nos úl-
timos anos, todas as empresas investi-
das focaram seus esforços na busca por
eficiência nas operações, por meio da
redução de custos fixos e das despesas
operacionais, bem como da melhoria
dos processos produtivos. Além disso,
há um esforço contínuo para manter
custos fixos e despesas operacionais
abaixo da inflação.
Nos últimos três anos, os planos de
investimento foram mantidos e novos
negócios e unidades operacionais já
começam a sair do papel. Em 2016,
a Votorantim Cimentos inaugurou a
unidade de Primavera, no Pará, e deu
continuidade aos projetos de expansão
da capacidade nos Estados Unidos, Tur-
quia e Bolívia, que contribuirão para o
aumento da diversificação regional.
No negócio de energia, o ano também
marcou o início da construção de sete
parques eólicos no Piauí, com investi-
mentos da ordem de R$ 1,1 bilhão e
conclusão prevista para 2018.
Vale ressaltar que este foi o último
projeto de expansão aprovado, em abril
de 2015, e que não houve aprovação
de novos projetos em 2016. O Capex
consolidado da Votorantim S.A. atingiu
R$ 3,0 bilhões em 2016, 6% abaixo do
total investido no ano anterior.
Na Fibria, empresa consolidada via
equivalência patrimonial, destaque
para a nova linha de produção de ce-
lulose de Três Lagoas, no Mato Grosso
do Sul, que soma R$ 7,5 bilhões de in-
vestimentos e deve entrar em operação
no final de 2017.
No ano de 2016, foi mantida uma
estratégia financeira prudente através
de posição de liquidez confortável,
com caixa robusto e perfil de amorti-
zação de dívidas adequado.
A posição consolidada do caixa
da Votorantim S.A. no fim do ano era
de R$ 10,2 bilhões. Em adição a esse
caixa, a Votorantim S.A. e suas empre-
sas investidas possuem US$ 1,2 bilhão
(R$ 3,9 bilhões) em duas linhas de cré-
dito rotativo (Revolving Credit Facilities)
com 14 bancos e vencimento em 2020.
Durante o ano, a Votorantim S.A.
e suas empresas investidas executaram
ações de gestão de passivos com foco
na redução do risco de refinanciamen-
to para os próximos anos. O prazo
médio dos vencimentos das operações
de empréstimos e financiamentos en-
cerrou o ano em 7,5 anos. ▼
{G4-EC1}
VOTORANTIM CIMENTOS
Nos últimos dois anos, o mercado de
construção civil foi fortemente impactado
pela recessão econômica e pela incerteza
política no Brasil. Segundo o Sindicato
Nacional da Indústria de Cimento (SNIC),
as vendas de cimento no mercado
brasileiro registraram queda de 11,7%,
apenas em 2016.
Atenta a esse cenário, a Votorantim
Cimentos deu continuidade à sua
estratégia de diversificação geográfica
por meio de expansões em regiões com
potencial de crescimento – mercados
maduros e emergentes, além de investir
em iniciativas para a gestão de custos,
eficiência operacional e produtividade, sem
perder o foco no cliente. Esta estratégia
se mostrou eficiente dado resultado
positivo das principais regiões fora do
Brasil. Nos Estados Unidos, o aumento de
lançamentos imobiliários, a expectativa
da retomada dos investimentos em
infraestrutura e o inverno mais ameno
levaram ao incremento do preço e volume
de venda de cimento e concreto na região
em que atua. Somado às iniciativas de
custo na região, garantiu Ebitda melhor
em 13% comparado a 2015. Já na Europa,
África e Ásia, o resultado da Votorantim
Cimentos apresentou melhora de 14%
no Ebitda, com destaque para Marrocos e
Tunísia que apresentaram maior volume de
vendas e maior eficiência operacional.
Ainda em 2016, como parte da sua
estratégia de negócios, a Votorantim
Cimentos implementou medidas para
reforçar sua liquidez financeira e perfil
de endividamento de longo prazo,
liderando a primeira emissão de bonds
da sua Unidade St. Marys Cement,
nos EUA, no valor de US$ 500 milhões
e vencimento em 2027. Com a
operação, a Votorantim Cimentos
reforçou seu sólido perfil de crédito,
além do melhor balanceamento da
estrutura de capital das regiões em
que atua. Adicionalmente, a gestão de
passivos permitiu alongar seu perfil
de endividamento, alcançando prazo
médio da dívida de 10 anos, e mitigar
riscos de refinanciamento e liquidez.
No consolidado do ano, a receita
líquida da Votorantim Cimentos
totalizou R$ 12,7 bilhões, 10% inferior
à apurada em 2015, enquanto o Ebitda
ajustado somou R$ 2,4 bilhões, recuo
de 25% em relação a 2015.
2016201520142013
2,4
3,2
RECEITA LÍQUIDA R$ BILHÕES DE REAIS
EBITDA AJUSTADO R$ BILHÕES DE REAIS
2016201520142013
12,714,1
VOTORANTIM METAISNo segmento de polimetálicos, o aumento
de 8% da receita líquida foi impulsionado
pelo acréscimo no volume de vendas,
reflexo do aumento da produção de
concentrados nas minas de Vazante
(Brasil), Atacocha (Peru) e Cerro Lindo
(Peru), e pela elevação dos preços em
dólar dos metais na London Metal
Exchange (LME), principalmente do zinco,
totalizando R$ 6,4 bilhões no período.
Apesar do cenário favorável, houve uma
redução de 15% do Ebitda ajustado em
2016, devido ao aumento na provisão
de passivos ambientais, ao impacto de
instrumentos derivativos e às despesas
associadas à exploração mineral em
projetos em estágio inicial, como
Aripuanã e Caçapava do Sul (Brasil).
2016201520142013
1,21,4
RECEITA LÍQUIDA R$ BILHÕES DE REAIS
EBITDA AJUSTADO R$ BILHÕES DE REAIS
2016201520142013
6,4 5,9
Desempenho financeiro Contexto de mercado
52 Relatório Anual 2016
Desempenho financeiro
Relatório Anual 2016 53
Contexto de mercado
{G4-13 , G4-EC1}{G4-EC1}
AÇOS LONGOS
Na produção de aço, os países em
que a companhia atua apresentaram
demanda menor que a esperada
em 2016. Na Argentina, a revisão
dos projetos de infraestrutura e as
medidas de ajuste fiscal tomadas pelo
novo governo federal impactaram a
demanda. Na Colômbia, a receita foi
negativamente impactada por uma
greve de caminhoneiros que durou
45 dias e impactou a distribuição
dos produtos. Com isso, a empresa
encerrou o ano com receita de R$ 1,6
bilhão e Ebtida ajustado de R$ 304
milhões, respectivamente 20% e 21%
abaixo de 2015. Os valores da receita
e Ebitda ajustado não consideram os
resultados da operação de aços longos
no Brasil, classificada como disponível
para venda nas demonstrações
financeiras de 2016.
ACORDO ENVOLVENDO OPERAÇÕES NO BRASILVotorantim S.A. e ArcelorMittal Brasil
S.A. celebraram em fevereiro de 2017 um
contrato por meio do qual a Votorantim
Siderurgia passará a ser uma subsidiária
da ArcelorMittal Brasil e a Votorantim
S.A. passará a deter uma participação
minoritária no capital da ArcelorMittal
Brasil. As operações de aços longos da
Votorantim na Argentina (Acerbrag)
e na Colômbia (PazdelRío) não foram
incluídas na transação. A combinação dos
negócios resultará em um produtor de aços
longos com capacidade anual de produção
de 5,6 milhões de toneladas de aço bruto e
de 5,4 milhões de toneladas de laminados.
O acordo inclui as plantas da ArcelorMittal
Brasil em Monlevade, Cariacica, Juiz de
Fora, Piracicaba e Itaúna, e as plantas da
Votorantim Siderurgia em Barra Mansa,
Resende, além da participação acionária
na Sitrel, em Três Lagoas.
A transação deverá gerar sinergias
de custos, logística e operacional. As
unidades de produção das empresas
combinadas são geograficamente
complementares, permitindo maior
proximidade e elevação dos níveis de
serviços para sua base de clientes.
O acordo está sujeito às aprovações
regulatórias no Brasil, incluindo a
aprovação do Conselho Administrativo
de Defesa Econômica (CADE).
Até a conclusão da operação, a
ArcelorMittal Brasil e Votorantim
Siderurgia permanecerão operando de
forma separada e independente.
2016201520142013
304 386
RECEITA LÍQUIDA R$ BILHÕES DE REAIS
EBITDA AJUSTADO R$ MILHÕES DE REAIS
2016201520142013
1,62,0
COMPANHIA BRASILEIRA DE ALUMÍNIO
No negócio de produção de alumínio,
a queda de 17% na produção de
caminhões e ônibus em 2016 em
relação a 2015, conforme divulgado pela
Associação Nacional dos Fabricantes
de Veículos Automotores (Anfavea), e
a retração do setor de construção civil
levaram a Companhia Brasileira de
Alumínio (CBA) a aumentar a produção
e exportação de produtos primários, em
detrimento de produtos transformados, de
maior valor agregado.
Em junho de 2016, a CBA também
incorporou as operações de produção
de níquel, que foram suspensas
temporariamente por causa dos baixos
preços desse metal no mercado de
commodities. No entanto, as fábricas
de níquel em São Miguel Paulista e
Niquelândia mantiveram-se em care
maintenance, o que gerou despesas
adicionais para a empresa.
A dificuldade no mercado de alumínio, a
baixa nos preços de energia elétrica e a
suspensão do níquel, somadas, levaram a
CBA a apresentar, em 2016, uma queda
de 9% na receita e de 66% no Ebtida
ajustado, em comparação ao ano anterior.
2016201520142013
275
800
RECEITA LÍQUIDA R$ BILHÕES DE REAIS
EBITDA AJUSTADO R$ MILHÕES DE REAIS
2016201520142013
4,2 4,6
FIBRIAO crescimento da demanda global por
celulose de eucalipto, aliado ao baixo
nível de estoques e a uma perspectiva
de curto prazo mais balanceada do
que o previsto, no que diz respeito à
entrada de novas capacidades, permitiu
à Fibria anunciar aumentos de preços
para a China e demais mercados no
final de 2016. A empresa encerrou o
ano com volume de vendas na ordem
de 5,5 milhões de toneladas (8%
acima de 2015) e receita líquida de
R$ 9,61 bilhões, queda de 5% em
relação ao ano anterior. O Ebitda ajustado
totalizou R$ 3,742 bilhões no período.
A posição de caixa de R$ 4,717 bilhões,
somada às linhas não sacadas
referentes ao financiamento da
expansão da unidade de Três Lagoas
(projeto Horizonte 2), é suficiente para
cobrir o restante dos investimentos
para conclusão da nova unidade e as
amortizações de dívida até o final de
2018. O Projeto Horizonte 2 encerrou
2016 com 77% de execução física e
57% de realização financeira.
2016201520142013
3,7
5,3
RECEITA LÍQUIDA R$ BILHÕES DE REAIS
EBITDA AJUSTADO R$ BILHÕES DE REAIS
2016201520142013
9,610,1
Desempenho financeiro Contexto de mercado Contexto de mercado
54 Relatório Anual 2016
Desempenho financeiro
Relatório Anual 2016 55
{G4-EC1}
BANCO VOTORANTIM
A conjuntura brasileira em 2016 levou o
Banco Votorantim a adotar uma estratégia
mais conservadora na concessão de
crédito, refletindo em uma queda de
7,1% na carteira de crédito ampliada
em relação ao ano
anterior, mantendo o foco
na rentabilização dos
negócios, no aumento da
eficiência operacional e na
diversificação das receitas.
Essas medidas permitiram
que a instituição
encerrasse 2016 com lucro
líquido de R$ 426 milhões
e patrimônio líquido de R$ 8,4 bilhões,
conforme padrão contábil BRGAAP. Além
disso, a inadimplência acima de 90 dias
encerrou 2016 em nível inferior a 2015.
O Índice de Basileia encerrou 2016 em
15,1%, com Capital Nível I de 11,2%,
acima do estabelecido pelo Banco Central.
O Banco possui um portfólio diversificado
de negócios de Varejo (Financiamento ao
Consumo), Banco de Atacado e Gestão de
Patrimônio (Wealth Management). Vale
ressaltar que o segmento de Varejo atua
principalmente no financiamento veículos
de leves usados (revendas multimarcas),
em que possui histórico de liderança
de mercado.
2016201520142013
8,47,6
LUCRO LÍQUIDO R$ MILHÕES DE REAIS
ÍNDICE DE BASILEIA%
PATRIMÔNIO LÍQUIDO R$ BILHÕES DE REAIS
2016201520142013
426482 15,2 15,1
2016201520142013
CITROSUCOA safra 2015/2016 (ano fiscal julho/
junho) foi negativamente impactada
pela queda no rendimento da fruta e no
brix médio (teor de açúcares) causados
por condições climáticas desfavoráveis,
que impactaram o custo do produto.
Em reação às projeções de estoques
mais baixos e redução da produção
americana, o mercado global apresentou
aumento nos preços do suco no último
trimestre da safra 2015-2016, ao passo
que a Citrosuco rapidamente reavaliou
sua estratégia comercial. Esses fatores
resultaram em uma receita líquida de
US$ 1,041 bilhão e Ebitda ajustado de
US$ 117 milhões, valores inferiores em
relação à safra anterior.
Apesar do cenário econômico
desfavorável no Brasil, a Citrosuco se
manteve atenta às oportunidades de
mercado e seguiu investindo na melhoria
de processos e em novos projetos.
Na safra, o total de investimentos foi
superior a US$ 53 milhões. Destes,
US$ 18 milhões foram destinados ao
aumento da capacidade de produção e
pesquisa.
2016201520142013
117
170
RECEITA LÍQUIDA US$ BILHÕES DE DÓLARES
EBITDA AJUSTADO US$ MLHÕES DE DÓLARES
2016201520142013
1,01,3
Desempenho financeiro Contexto de mercado
56 Relatório Anual 2016 Portfólio
1,6 milhão de t de argamassa vendido
24,7 milhões de t de agregados vendidos
9,2 milhões de m³ de concreto vendidos
33,8 milhões de t de cimento vendidos
Destaques ▶ Aumento no uso de combustíveis alternativos no Brasil (17% para 21%);
▶ Foco no cliente sendo demonstrado pela melhoria nos resultados da NPS (Net Promoter Score);
▶ Reforço da governança da empresa por meio da formalização do Comitê Executivo da VC e da inclusão de dois novos membros independentes no Conselho de Administração;
▶ Reforço do programa de compliance e anticorrupção
▶ Lançamento do Guia de Boas Práticas Ambientais em Mineração em Áreas Cársticas;
▶ Primeira empresa do setor no Brasil a obter declarações ambientais por meio do The International EPD System, que avalia impactos ambientais ao longo do ciclo de vida de produtos;
▶ A VC recebeu 33 prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais em 2016, entre eles, a inclusão da empresa como destaque do setor “Materiais de Construção” no Guia Exame de Sustentabilidade 2016.
{G4-9, G4-EN31, G4-SO1}
87% 13% homens mulheres
13.733 Empregados
5,3 mi 7,0 miRecursos Instituto próprios e outros
Investimento Social
27,3 mi 27,7 mi Capex Opex
Gestão Ambiental
352 unidades operacionais
www.vcimentos.com.br
Equilibrando a balançaCom diversificação geográfica e eficiência operacional, a empresa mitiga parcialmente a crise de proporções inéditas do mercado brasileiro
A Votorantim Cimentos (VC) está presente em
14 países e é uma das dez maiores empresas do mundo do setor, con-tando com capacidade produtiva de 57,6 milhões de toneladas de cimento por ano. Em 2016, a VC foi diretamente afetada pela queda de demanda no mercado brasileiro, que correspondeu por 50% de sua receita. Para minimizar os efeitos da crise, a empresa tomou medidas de otimização de custos e eficiência operacional, tais iniciativas envol-veram ajustes em sua estrutura organizacional, além de um robusto processo de controle interno e a rea-lização de orçamento base zero, para garantir a readequação da produção às condições de mercado.
As dificuldades no ambien-te de negócios brasileiro foram parcialmente compensadas pelo
desempenho das operações inter-nacionais, com destaque para o mercado norte-americano, que re-gistrou aumento de volumes comer-cializados, e nos preços, reflexos da recuperação da economia dos EUA e inverno mais brando. Aliada ao movimento de otimização de custos e melhor eficiência operacional, os resultados na região foram alavan-cados, correspondendo por 35% do Ebitda consolidado da empresa. Nas operações da Europa, África e Ásia (VCEAA), apesar da instabilidade política em algumas localidades, registrou-se melhora no resultado e na rentabilidade em quase todos os países da região, com destaque para o Marrocos, Espanha e Tunísia.
Em 2016, a empresa apresentou ao mercado de varejo a maior inova-ção de seu portfólio de produtos em 83 anos de atividade. Resultado de
uma pesquisa que envolveu mais de 400 profissionais de toda a cadeia da construção (trabalhadores de obra, varejistas, balconistas, construtoras, consumidores e associações, entre outros), o novo portfólio oferece produtos distintos para cada tipo de obra, de acordo com necessidades e demandas especificas dos clientes. Dessa forma, torna as decisões de compra pelos consumidores mais assertivas e garante maior produtivi-dade no uso dos produtos.
No período, outro marco impor-tante foi a inauguração de duas no-vas unidades produtivas de cimento: a primeira na cidade de Primavera, no Pará, com capacidade de produ-ção de 1,2 milhão de toneladas por ano; e a outra em Yacuces, na Bolívia, com capacidade de produção de 1,0 milhão de toneladas por ano. A des-peito do ambiente macroeconômico
no Brasil, a empresa manteve ainda seus projetos de expansão nos EUA, na Turquia e na Argentina, como par-te de um plano de investimentos com conclusão em 2018.
Outras ações relevantes em 2016 incluem o aumento da taxa de coprocessamento (que substitui o uso de combustíveis fósseis) de 16% para 21% e consolidou uma nova unidade de negócios, criada para desenvolver o uso de novas matérias-primas e combustíveis alternativos (AFR). A iniciativa já permitiu o avanço no aproveitamento de resíduos de outras indústrias e faz parte de um plano de investimentos de R$ 300 milhões, com o objetivo de atingir em 2020 o patamar de 40% de uti-lização de combustíveis não fósseis nas unidades brasileiras. ▼
vvv
PortfólioPortfólio
58 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 59
Contexto de mercado
Investimento Social
Gestão Ambiental
14.602 Emp.Fixos
18 startups avançam no programa MINING LAB
41,6 mil t de cobre produzidas
58,3 mil t de chumbo produzidas
416,9 mil t de zinco contido produzidas
Destaques ▶ Nova estrutura organizacional, com a criação de diretorias de Mineração e de Metalurgia, com o objetivo de promover a integração entre as duas principais atividades da empresa no Brasil e no Peru;
▶ Criação da diretoria de Desenvolvimento e Execução de Projetos, para garantir a execução da estratégia de crescimento;
▶ Consolidação da Governança, com o estabelecimento do Conselho de Administração e a nova sede da empresa, em Luxemburgo;
▶ Identificação e avaliação dos Riscos Estratégicos, que podem afetar a continuidade e estratégia da VM, e início do desenvolvimento de planos de mitigação desses riscos;
▶ Conclusão das caracterizações sociais das localidades em que possui operações, sendo o primeiro passo para o cumprimento da meta de 90% de eficácia nos planos de desenvolvimento e relacionamento com comunidades, em 2025.
{G4-9, G4-EN31, G4-LA6, G4-SO1}
95,3 mi 89,7 mi Capex Opex
16 unidades operacionais
89% 11% homens mulheres
4,6 mi 34,6 miRecursos Instituto próprios e outros
www.vmetais.com.br
Crescimento com competitividadeBeneficiada por demanda global por zinco e impulsionada por maior eficiência na operação, a empresa registra resultados positivos e mantém expansão de ativos
Com nove operações indus-triais, no Brasil e no Peru,
além de projetos e atividades de ex-ploração mineral concentrados nesses dois países, a estratégia da Votorantim Metais (VM) é crescer em mineração por meio da extensão da vida útil dos atuais ativos e do desenvolvimento de novos projetos.
Com o cenário de preços
favorável para metais como o zinco, que responde por mais de 70% do seu faturamento, a empresa está investindo na expansão de seu ne-gócio e na ampliação das atividades atuais. O objetivo é garantir que as operações sejam ainda mais competi-tivas no mercado internacional, além de permanecerem em atividade por mais tempo.
Nesse sentido, em junho de 2016 a Votorantim Metais promoveu uma mu-dança em sua estrutura organizacional para garantir o foco nas atividades de mineração e metalurgia de zinco, cobre e outros coprodutos. Com a medida, os ativos de alumínio e níquel passaram a ser geridos pela Companhia Brasileira de Alumínio.
Também no ano passado, a Votorantim Metais ampliou sua participação acionária na Milpo, que passou de 60% para 80%, e avançou nos estudos de viabilidade financeira dos projetos Aripuanã, no Mato Grosso, e Caçapava do Sul, no Rio Grande do Sul.
No Brasil, principal mercado de atuação da empresa, as vendas de zinco foram positivamente impacta-das pelo aumento das exportações
brasileiras de aço galvanizado pelas siderúrgicas e da participação direta da empresa nos mercados interna-cionais, valendo-se de sua estrutura comercial com escritórios nos EUA e na Áustria.
Além dos preços favoráveis e do aumento das vendas, os resultados também foram impulsionados pela maior utilização de concentrados de minério produzidos por unidades próprias, em comparação às maté-rias-primas importadas. Com isso, foi possível obter uma redução de 2% no custo dos produtos vendidos, na comparação com 2015.
Considerando esses fatores externos e internos, a companhia apresentou, em 2016, melhora nos principais indicadores financeiros na comparação com o ano anterior. ▼
Investimento Social
Gestão Ambiental
5.561 Empregados
{G4-9, G4-EN31, G4-SO1}
PortfólioPortfólio
60 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 61
Investimento Social
Gestão Ambiental
14.602 Emp.Fixos
12,9 milhões de t de carbonato de níquel
1,34 milhão de t de bauxita beneficiada
Destaques ▶ Criação do Conselho de Administração da CBA e de outras estruturas próprias de administração e governança, como supply chain e comitê de finanças;
▶ Incorporação do negócio níquel, com operações produtivas suspensas temporariamente, e manutenção dos compromissos socioambientais com stakeholders;
▶ Reestruturação organizacional de toda a CBA a partir da implantação das novas estratégias e separação da Votorantim Metais;
▶ Evolução da Excelência Operacional em todas as áreas do negócio de produtos primários;
▶ Mapeamento de competências críticas para o novo modelo do negócio de transformados;
▶ Implantação do Sistema de Desenvolvimento Votorantim (SDV) em 100% do nível operacional da empresa.
342,0 mil t de alumínio líquido produzidas
8,4 milhões de t de níquel eletrolítico
{G4-9, G4-EN31, G4-SO1}
1,7 mi 1,6 miRecursos Instituto próprios e outros
www.aluminiocba.com.br
9 unidades operacionais
92% 8% homens mulheres
22,1 mi 79,4 mi Capex Opex
Pronta para o futuroCBA implanta novas estratégias para se tornar referência para a indústria nacional em soluções e serviços de alumínio
A tônica da Companhia Brasileira de Alumínio
(CBA) em 2016 foi de transformação. A CBA iniciou o ano com a missão de implantar suas novas estratégias de negócios, aprovadas pelo Conselho de Administração da Votorantim S.A. no fim de 2015. Em junho, foi anun-ciada sua separação da Votorantim Metais, que terá foco no mercado internacional, enquanto a CBA con-centrará esforços na produção no Brasil e no desenvolvimento de novos mercados para o alumínio.
Após essas mudanças, a CBA pas-sou a ter duas áreas de negócio, cada qual com sua estratégia específica e com resultados apurados individual-mente. Com isso, busca-se maior foco no aproveitamento das oportunidades de dois mercados distintos.
Em produtos primários, estão as operações de mineração de bauxita e de fabricação de alumina (insumo para indústrias de vidros, refratários e cerâmicas térmicas, entre outras) e alumínio primário, vendido na forma de lingotes, tarugos, rolos caster, placas e vergalhões. Por esses produtos terem precificação definida com base na cotação de alumínio na London Metal Exchange (LME), ca-racterizando-os como commodities, o foco dessa área é a busca por excelência operacional, por meio do controle de custos, eficiência no consumo de insumos, adoção cres-cente de tecnologias e estabilidade de processos.
Em produtos transformados, de maior valor agregado, a estratégia da CBA é aumentar a participação
nos segmentos de transporte e em-balagem, e continuar atendendo a clientes estratégicos de construção civil e bens de consumo. Nesse mercado, a capacidade de inova-ção e a proximidade com o cliente é fundamental. Por isso, em 2016 a empresa reestruturou a área co-mercial, incorporando o conceito de key account management (gestão de clientes estratégicos), e criou um departamento de pesquisa e desen-volvimento, que trabalha conjunta-mente com os clientes na criação de soluções customizadas e novas aplicações para o alumínio.
Seguindo essa nova maneira de atuar, a CBA iniciou dezenas de projetos de desenvolvimento de novos produtos, sendo que um deles já está em plena operação: a
fabricação de kits de molduras de alumínio para um cliente que pro-duz painéis fotovoltaicos de energia solar.
Em 2016, apesar de medidas de readequação de custo e capacidade de produção, a retração do mer-cado brasileiro causou resultados financeiros abaixo dos esperados pela CBA. Em comparação com 2015, houve redução em volume comercializado no mercado de pro-dutos transformados, o que forçou a empresa a aumentar a produção de produtos primários, que oferecem menor rentabilidade. ▼
Investimento Social
Gestão Ambiental
5.203 Empregados
{G4-9, G4-EN31, G4-SO1}
PortfólioPortfólio
62 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 63
Investimento Social
Gestão Ambiental
14.602 Emp.Fixos
10,2% de redução no custo específico (R$/t) da destinação de resíduos
$
1,64 milhão de t aços longos produzido
+240 participantes Programa de Voluntariado
21% de redução no consumo total de água
Destaques ▶ O alcance da meta de produção de mais de 80 mil toneladas na aciaria de Resende contribuiu para a redução dos custos de produção e melhoria da estabilidade operacional;
▶ O modelo de gestão das áreas matriciais, baseado no conceito de ¨Process Owners¨ ou ¨Donos do Processo¨, levou
aos três países de atuação sinergia e padronização dos sistemas de gestão de qualidade, sustentabilidade, segurança e manutenção;
▶ O Projeto VS+ Segurança ajudou a aumentar a conscientização e as boas práticas de segurança através de três pilares de atuação: infraestrutura, gestão e pessoas.
▶ O Programa Jovens em Ação, em sua 1ª edição, trouxe oportunidade de desenvolvimento a 18 jovens talentos da empresa, que receberam capacitações em diversas competências, mentoria de executivos e desenvolvimento de projeto em equipe;
▶ O Sistema de Capacitação Conecte foi ampliado para toda a empresa, tornando-se uma estrutura de educação corporativa;
▶ Implantação do Comitê de Auditoria da VS;
▶ Acordo com a ArcelorMittal Brasil S.A. envolvendo operações da VS no Brasil.
{G4-9, EN8, G4-EN31, EN23, G4-SO1}
900 mil 2,7 miRecursos Instituto próprios e outros
www.vsiderurgia.com.br
9 unidades operacionais
89% 11% homens mulheres
14,9 mi 25,3 mi Capex Opex
Usina de ideiasEmpregados geram 10 mil ideias para a redução de custos e o aprimoramento da eficiência da empresa, que implantou em 2016 medidas para assegurar a estabilidade operacional dos processos.
A Votorantim Siderurgia (VS) está entre as três
maiores produtoras de aços longos do Brasil, além de ter o controle acionário da PazdelRío, única side-rúrgica integrada da Colômbia, e da AcerBrag, segunda maior produtora de aços longos da Argentina.
Os aços longos são usados principalmente em construção civil e mecânica, sob a forma de verga-lhões, arames, telas, perfis, barras, fios-máquina e outros produtos.
Nos três países em que a em-presa atua, a demanda do merca-do esteve abaixo do esperado em
2016, principalmente no Brasil. Por causa desse cenário, a ênfase dos negócios foi a gestão dos custos e a estabilidade operacional. No Brasil, uma das estratégias foi flexibilizar as produções das unidades de Resende e Barra Mansa, no Sul Fluminense, com rodízios das equipes para evitar perdas de produtividade e de mão de obra capacitada.
Esses temas foram objeto de campanha de fomento à geração de ideias, que convidou todos os empregados da VS Brasil a pensar em projetos de eficiência e redução de custos. Ao todo, foram geradas aproximadamente 10 mil ideias, sendo 4 mil delas selecionadas pela empresa, que estima um potencial impacto de R$ 20 milhões no Ebitda em 2017 com sua implantação.
Em fevereiro de 2017, a Vo-torantim Siderurgia anunciou a celebração de um contrato com a ArcelorMittal, ainda sujeito à apro-vação dos órgãos reguladores (ver mais detalhes na página 55).
Para o decorrer de 2017, a VS projeta a continuidade do cenário desafiador no Brasil, o que exigirá a manutenção do controle rígido de custos e gestão financeira con-servadora. No longo prazo, as pro-jeções apontam para uma gradual recuperação da demanda, de forma a atender ao déficit de infraestrutura nos países de atuação. ▼
Investimento Social
Gestão Ambiental
4.908 Empregados
{G4-9, G4-EN31, G4-SO1}
PortfólioPortfólio
64 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 65
Investimento Social
Gestão Ambiental
14.602 Emp.Fixos
$
7 parques eólicos em construção (Ventos do Piauí)
1.082 MW Comercialização de Energia
571 MW em leilões
10% de aumento no volume de energia comercializado em 2016.
Destaques ▶ Aprimoramento do programa de compliance e da gestão dos riscos da empresa, que resultou no mapeamento de 13 riscos estratégicos e 48 eventos a serem gerenciados
▶ Treinamento e ações de integração de 39 líderes da empresa por meio do programa Líder VE.
▶ Licenciamento ambiental do projeto Ventos do Piauí em prazo recorde, atendendo a todas as exigências regulatórias para a liberação das autorizações e licenças necessárias para o início das obras
▶ Lançamento do programa Nossos Passos, com o objetivo de estruturar o modelo de gestão das usinas e atingir o
nível máximo de excelência operacional e de manutenção.
▶ Revisão da estratégia de atuação da empresa para os próximos anos, com foco no portfólio de produtos e na elaboração de plano para plataformas tecnológicas
▶ Ampliação dos projetos com foco em educação ambiental
e conservação dos recursos hídricos, visando à redução de resíduos sólidos nos rios em que as barragens das usinas estão estabelecidas.
▶ Conclusão do projeto Transformação Digital, que promoveu debates sobre a incorporação e a influência de novas tecnologias no negócio da VE.
{G4-9, EN22 , G4-EN31, EN23, G4-SO1}
83% 17% homens mulheres
700 mil 1,7 miRecursos Instituto próprios e outros
400 mil 7,0 mi Capex Opex
Energia para crescerEm ano marcado pelo primeiro investimento em energia eólica, Votorantim Energia se consolida como uma das maiores comercializadoras do Brasil
Criada em 1996 para viabilizar o suprimento
energético das empresas Votoran-tim, a Votorantim Energia (VE) passou a atender clientes externos em 2013 e, desde então, estabe-leceu-se como uma das principais comercializadoras de energia elé-trica do Brasil. Independentemente do perfil do cliente – atualmente são cerca de 200 –, a VE busca propiciar estabilidade de forneci-mento, a um preço competitivo.
A VE também atua na gestão de ativos energéticos, entre eles, as 32 usinas hidrelétricas e 5 de cogeração da Votorantim. Nessa área, a empresa atua na melhoria de processos e adota tecnologias modernas de controle ambiental, proporcionando uma operação eficiente e de baixo custo.
Além de ter iniciado a constru-ção de um parque eólico no Piauí (ver quadro abaixo), o ano de
2016 ficou marcado pela busca de competitividade na gestão de ativos energéticos da Votorantim, incluindo
a gestão dos excedentes de energia das operações de produção de aço e cimento. A inteligência de comer-cialização desses excedentes gerou importantes ganhos financeiros.
A VE também iniciou, em 2016, a implantação do Programa Nossos Passos, de revisão e padronização de processos de gestão das usinas, com base nas melhores práticas internas e externas. A estimativa é de que essa iniciativa assegure maior disponibilidade das usinas, permitindo uma geração adicional de 0,5% de energia.
A VE tem um papel de crescen-te importância no portfólio da Voto-rantim. Administra 2,6 gigawatts, o que corresponde a 2% da energia elétrica no Brasil. Por isso, o futuro reserva muitas oportunidades de crescimento. ▼
VE INICIA CONSTRUÇÃO DE SETE PARQUE EÓLICOSEm 2016, a Votorantim Energia anunciou sua entrada no ramo de geração eólica, que usa a força dos ventos como fonte de energia, constituindo uma modalidade de baixo impacto ambiental.Os sete parques eólicos no Piauí, com investimentos totais de R$ 1,13 bilhão, capacidade instalada de 206 MW e 98 aerogeradores, já começaram a ser construídos e têm início de operação previsto para 2018. A energia a ser produzida nesse parque já foi comercializada, no 22º Leilão de Energia Nova, promovido pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), e será destinada ao mercado regulado, a partir de janeiro de 2018, num contrato com duração de 20 anos. Cerca de 10% dessa energia poderão ser destinados para atrair novos clientes para a autoprodução de energia eólica.Atualmente, o parque gerador possui 23 usinas e pequenas centrais hidrelétricas, 9 usinas em consórcio com outras empresas e 5 centrais de cogeração, totalizando uma capacidade instalada de 2.586 MW.
www.venergia.com.br
Investimento Social
Gestão Ambiental
486 Empregados
34 unidades operacionais
{G4-9, G4-EN31, G4-SO1}
PortfólioPortfólio
66 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 67
Investimento Social
Gestão Ambiental
14.602 Emp.Fixos
8,3% de participação na CelluForce
35% das terras destinadas à conservação
38 países exportação em 2016
5,02 milhões de t de celulose
Destaques ▶ O investimento da Fibria em inovação totalizou R$ 72 milhões em 2016;
▶ Emissão de um Green Bond no valor de US$ 700 milhões, para projetos com foco no gerenciamento de florestas, restauração de áreas nativas e gestão da água e de resíduos nas unidades e operações globais da empresa.
▶ Em dezembro de 2016, 8.283 profissionais trabalhavam simultaneamente no pico da obra do projeto Horizontes 2. Ao todo, 77% da execução física da obra foi concluída no período;
▶ O projeto Colmeias, uma iniciativa da Fibria em parceria com 67 associações de apicultores, produziu 1.600 toneladas de mel, sendo que 500 toneladas foram exportadas para outros países;
▶ Fibria adquire participação na canadense CelluForce, líder mundial na produção de celulose nanocristalina;
▶ Com carroceria mais leve, os novos caminhões da Fibria consomem menos combustível, produzem menos emissões atmosféricas e têm uma capacidade de transporte de madeira 10% superior ao restante da frota.
{G4-9, EN8, G4-EN15, G4-EN31, EN23, G4-SO1}
17 unidades operacionais
85% 15% homens mulheres
18,7 mi 6,3 miRecursos Institutopróprios e outros*
89,3 mi 84,9 mi Capex Opex
www.fibria.com.br
Inovação aplicada ao negócioDesenvolvimento de produtos e serviços não florestais abre novas perspec-tivas de atuação e já começa a trazer resultados positivos para a empresa
A inovação, a susten-tabilidade e a busca
por novos negócios são frentes estratégicas para a Fibria continu-ar crescendo e manter a posição de liderança mundial no setor de celulose. A empresa segue uma rota de diversificação que inclui o
desenvolvimento de bioprodutos, biocompostos e biocombustíveis a partir da biomassa florestal, entre outras iniciativas que começam a promover mudanças estruturais no seu modo de produção.
O desenvolvimento pioneiro da clonagem do eucalipto, por exemplo,
permitiu que a Fibria dobrasse a produtividade anual de celulose por hectare nos últimos 40 anos – um marco para qualquer empresa ou país no mundo. O manejo da paisa-gem e cultivo em mosaico ajudam a garantir o equilíbrio dos ecossis-temas em que a empresa atua. O plantio de eucaliptos consorciado com agricultura contribuiu para a Fibria distribuir e gerar renda para pequenos produtores e parceiros flo-restais, beneficiando mais de 6 mil famílias – um compromisso social que também envolve a apicultura e a produção de artesanato, entre outras ações. E, por fim, novas tec-nologias para transporte de madeira foram criadas, com redução da es-trutura e peso das carretas e ganho em volume de cerca de 18%.
Outros processos e produtos
em fase de implantação seguem a mesma tendência, e alguns estudos em andamento já apontam grande potencial para impactar significa-tivamente a empresa (veja box de destaques). Essas iniciativas levaram a Fibria a ser reconhecida na segunda edição do ranking brasi-leiro de empresas inovadoras, elabo-rado pelo jornal Valor Econômico – a empresa ficou na 31ª posição no top 100 e foi a única do setor florestal a aparecer na relação. Outro reconhe-cimento importante foi a conquista da 14ª posição no ranking “Change the World”, elaborado pela Fortune, além da manutenção na lista de empresas que figuram no Índice de Sustentabilidade Dow Jones (DJSI) Global – também a única do setor a integrar a relação.▼
Investimento Social
Gestão Ambiental
4.309 Empregados
{G4-9, G4-EN31, G4-SO1}
*Não inclui valor captado externo
PortfólioPortfólio
68 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 69
Investimento Social
Gestão Ambiental
14.602 Emp.Fixos
45 caminhões próprios
5 navios (4 próprios e 1 multicargo)
+100 países exportação em 2016
69% 31% homens mulheres
Destaques ▶ Investimentos de US$ 53 milhões no período, sendo US$ 18 milhões destinados ao aumento da capacidade de produção e pesquisa;
▶ Lançamento e capacitação no Código de Conduta para 100% dos empregados;
▶ Implantação do Sistema de Desenvolvimento Citrosuco (SDC), programa que orienta o desenvolvimento profissional e promove o reconhecimento de forma justa, contribuindo para a alta performance da organização;
▶ Redução de 36% no volume de água usada na aplicação de defensivos agrícolas;
▶ Utilização da Tamarixia Radiata, uma espécie de vespa inimiga natural do inseto transmissor do greening – doença que afeta pomares de laranja no mundo todo. A taxa de infecção nas plantações da Citrosuco se manteve inferior a 1%;
▶ Fontes renováveis responsáveis por 51% do total da energia consumida;
▶ No âmbito da governança corporativa e da cultura organizacional, a Citrosuco se fortaleceu com o aprimoramento dos programas de compliance e de gestão de riscos que, junto com o processo de auditoria interna, apoiam a administração na condução dos negócios e no planejamento de longo prazo da empresa.
7.384 EmpregadosSazonais
{G4-9, G4-EN3, G4-EN31, G4-SO1}
47 unidades operacionais
75% 25% homens mulheres
1,1 mi Rec. Próprios
3,8 mi 8,3 mi Capex Opex
Recorde de produção Safra 2015-2016 também registrou marca histórica de vendas de suco não concentrado, 10% acima do período anterior
A Citrosuco encerrou a safra 2015-2016
com um novo recorde de produção e vendas de suco não concentrado,
10% acima do período anterior. O esforço para melhorar a eficiência também gerou um ganho de 20% de produtividade no transporte
terrestre de suco e a redução de 36% na quantidade de água usada para pulverização dos pomares.
No âmbito da governança cor-porativa e da cultura organizacio-nal, a Citrosuco se fortaleceu com o aprimoramento dos programas de compliance e de gestão de riscos que, junto com o processo de au-ditoria interna, apoiam a adminis-tração na condução dos negócios e no planejamento de longo prazo da empresa.
No campo da pesquisa e ino-vação, os estudos se concentram na busca por novas aplicações e produtos da laranja, principalmente nas solu-ções para o mercado de maior valor agregado. Outra frente importante é o desenvolvimento de soluções que consideram os princípios da sustenta-bilidade e a busca de sinergias com
empresas parceiras. Em 2016, esse direcionamento deu origem a um trabalho com o Legado das Águas - Reserva Votorantim que levou ao uso da bioengenharia para obtenção de produtos renováveis.
Ainda na área de inovação, a empresa continua se destacando no controle do greening, uma praga que afeta pomares em todo o mun-do, incluindo de produtores como os Estados Unidos – a taxa de infecção da Citrosuco é inferior a 1%, núme-ro muito abaixo de plantações da Flórida, por exemplo.
Na última safra, a Citrosuco também alcançou o nível prata nos padrões da Sustainable Agriculture Initiative (SAI) Plataform para 100% de sua produção agrícola e o selo Rainforest Alliance Certified para três fazendas próprias.▼
www.citrosuco.com.br
Investimento Social
Gestão Ambiental
5.388 Empregados
* Nas operações fora do Brasil há outros 213 empregados fixos na Citrosuco
{G4-9, EN8, G4-EN31, G4-SO1}
PortfólioPortfólio
70 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 71
Investimento Social
14.602 Emp.Fixos $ $
15,1% Índice de Basileia
426 milhões de lucro líquido
R$ 103 bilhões em ativos totais
R$ 8,4 bilhões de patrimônio líquido
Destaques ▶ Implantação de diretrizes socioambientais na seleção de fornecedores, com o aprofundamento da investigação sobre trabalho escravo e infantil, crime ambiental e conformidade legal;
▶ Compensação de emissões de gases de efeito estufa do Fundo FIA de Sustentabilidade, o primeiro fundo carbono zero do Brasil;
▶ Capacitação de 753 gerentes de varejo para replicarem educação financeira com os empregados e clientes;
▶ Estabelecimento de novas parcerias comerciais, para a criação de novo cartão de fidelização e linhas de financiamento para estudantes e startups.
▶ Crescimento de 16% das receitas oriundas de serviços, que não comprometem o capital (Basileia), em
comparação com o ano anterior
▶ Lançamento do Programa de Multiplicador Interno, que definiu temas estratégicos pela liderança (Crédito, Derivativos, Riscos, etc.) e envolveu empregados para realização de capacitações internas.
{G4-9, G4-EN15, G4-EN31, G4-EN32, G4-SO1, G4-SO9}
81 unidades 53% 47% homens mulheres
150 mil 5,1 mi Rec. próprios Incentivado
Adesão aos Princípios do Equador
Na ponta do lápisPara minimizar os riscos do cenário macroeconômico, Banco Votorantim prioriza a rentabilidade e adota maior conservadorismo na concessão de crédito
Um dos dez maiores bancos brasileiros,
com um total de R$ 103 bilhões em ativos no encerramento de 2016, o Banco Votorantim prossegue com sua estratégia de se consolidar como uma das principais instituições financeiras do país, com base na rentabilização dos negócios atuais e novos, no aumento da eficiência operacional e no aprofundamento das sinergias com o Banco do Brasil, que em 2009 adquiriu 50% do seu capital social – os outros 50% são da Votorantim Finanças S.A.
Para seguir crescendo, há al-guns anos o Banco Votorantim bus-ca aumentar a diversificação dos seus negócios, tanto no Atacado quanto no Varejo.
Na primeira linha de negócios,
o banco possui operações corpo-rate, de atendimento a grandes empresas, gestão de investimentos, corretora de valores mobiliários, ges-tão de recursos de terceiros e private banking, de serviços a pessoas físi-cas de alta renda.
No varejo, a instituição atua nos ramos de cartões de crédito, corre-tagem de seguros e empréstimos consignados, além de financiamen-to de veículos usados, nicho em que possui a liderança de mercado.
Em 2016, considerando o cená-rio de desemprego e queda de renda dos brasileiros, o Banco Votorantim priorizou a rentabilização de sua carteira de clientes, em detrimento de crescimento.
Com a execução de uma polí-tica conservadora na concessão de
crédito, os índices de inadimplência de sua carteira se mantiveram em patamar adequado. Outras medidas que trouxeram retorno positivo fo-ram o aprofundamento da correta-gem de seguros, a gestão eficiente de custos, operações de tesouraria e a busca incessante por um aumento nas receitas oriundas de serviços, que geraram resultados sem com-prometimento de capital.
O ano também foi marcado pela mudança do CEO na empresa decorrente do processo estruturado de sucessão na presidência do Ban-co e pela aplicação de tecnologia de eficiência comercial, com a adoção de ferramentas de geolocalização e aplicativos que aumentaram a produtividade dos gerentes de atendimento, aumentando o
tempo disponível para prospecção de negócios.
Em 2016, o Banco Votorantim também aderiu aos Princípios do Equador, um compromisso inter-nacional de caráter voluntário que reúne critérios para a análise socio-ambiental na concessão de crédito. Ao aderir a esse compromisso, a ins-tituição reforça suas práticas nessa área, colaborando para a sustenta-bilidade socioambiental dos projetos financiados. ▼
www.bancovotorantim.com.br
Investimento Social
4.045 Empregados
{G4-9, G4-EN31, G4-SO1}
PortfólioPortfólio
72 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 73
macrodiretrizes para a condução
dos negócios, observando ques-
tões relevantes do ponto de vista
financeiro, social e ambiental.
As informações divulga-
das neste relatório consideram
também os temas relevantes
identificados no último processo
de materialidade, realizado em
2012, por meio de consultas a
diversos stakeholders – investi-
dores institucionais, setor finan-
ceiro, especialistas, mídia, ONGs
e órgãos públicos. Os temas ma-
teriais estão correlacionados com
as práticas de gestão definidas no
DNA Votorantim, para assegurar
que assuntos importantes para os
públicos estratégicos estejam ali-
nhados à gestão da companhia.
O Relatório Votorantim 2016
passou por auditoria da PwC
para os dados financeiros, e
para os dados não financeiros
por uma Asseguração Limitada.
A publicação está acessível nas
versões em português, inglês e
espanhol.
Um estudo sobre os indicadores
Em 2016, a Votorantim S.A.
encomendou um estudo à consul-
toria de gestão de ativos Corners-
tone Capital, dos Estados Unidos,
para avaliar o alinhamento dos
indicadores de sustentabilidade
publicados em suas comunica-
ções com as principais diretrizes
internacionais que orientam o
reporte de informações corpora-
tivas – como a Global Reporting
Initiative (GRI), o International In-
tegrated Reporting Council (IIRC),
as premissas do Pacto Global, da
ONU, e da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE).
A proposta do trabalho tam-
bém foi avaliar a efetividade des-
sa comunicação para o público
externo, principalmente investi-
dores, bem como identificar as
conexões dos indicadores de sus-
tentabilidade com a estratégia
de negócio da Votorantim S.A.
Por fim, o estudo da Cornestone
Capital mapeou ainda as correla-
ções desses mesmos indicadores
com os Objetivos de Desenvol-
vimento Sustentável (ODS), da
ONU, e sugeriu a inclusão de um
novo grupo de indicadores que
contemplassem aspectos mate-
riais para a companhia e suas
empresas investidas.
Os materiais de consulta
utilizados incluíram o Relatório
Anual de 2014, o Relatório de
Administração do mesmo ano,
reportes financeiros trimestrais
e as plataformas on-line que
abordam informações corporati-
vas e de sustentabilidade (como
o portal www.votorantim.com.
br), entre outros canais e do-
cumentos internos. As análises
contemplaram ainda o DNA Vo-
torantim, documento consolida-
do em 2014 que sistematizou as
práticas e processos da compa-
nhia, normatizou seus princípios
de governança e estabeleceu os
cinco pilares de gestão para a
holding e as empresas investidas.
Ainda que seja parte de um
processo preliminar e inicial de
definição da materialidade da
Votorantim S.A., o trabalho
da Cornerstone Capital trouxe
subsídios importantes para a
definição do conteúdo dos ca-
nais de comunicação da com-
panhia, incluindo este Relatório
Votorantim 2016. A consultoria
fez recomendações gerais e es-
pecíficas, além de identificar al-
guns indicadores que merecem
atenção especial da gestora de
portfólio, uma vez que são consi-
derados materiais também pelos
investidores: emissão de gases
de efeito estufa; qualidade do
ar; gestão de energia; gestão da
água; e saúde, segurança e bem
estar dos empregados.
Nesse sentido, um trecho do
estudo diz o seguinte: “A inclu-
são desses indicadores, com o
reporte de métricas detalhadas,
permitiria que os investidores
entendessem o progresso da em-
presa em questões materiais da
sustentabilidade através de suas
subsidiárias”. O trabalho da Cor-
nerstone Capital se baseou em
uma ferramenta chamada Sus-
tainability Accounting Standards
Board (SASB), muito utilizada
para identificar temas materiais
para empresas de diversos seto-
res e bastante acessada por in-
vestidores norte-americanos por
causa de seu foco em aspectos
da sustentabilidade.
No estudo, a consultoria in-
cluiu ainda uma relação com
indicadores adicionais a serem
reportados nas próximas edições
do relatório Anual da Votorantim
S.A. , ligados aos temas materiais
dos setores de atuação das em-
presas investidas. Cabe ressaltar,
no entanto, que houve alterações
importantes no escopo dos rela-
tórios anuais da gestora de por-
tfólio e das empresas investidas,
{G4-18, G4-19, G4-20, G4-21}
ORIENTAÇÕES PARA O CONTEÚDOConsultoria americana analisa relatórios e canais de comunicação da holding para avaliar a relevância dos indicadores reportados
O relatório Votorantim
S.A. 2016 apresenta
o desempenho e as principais
ações estratégicas da holding
Votorantim S.A. no período,
contemplando dados financeiros
e não financeiros e informações
consolidadas das oito empresas
que fazem parte do conglome-
rado Votorantim (Votorantim
Cimentos, Votorantim Metais,
Companhia Brasileira de Alu-
mínio, Votorantim Siderurgia,
Votorantim Energia, Citrosuco,
Fibria e Banco Votorantim).
A publicação cobre o período
de 1º de janeiro a 31 de dezem-
bro de 2016, com exceção das
informações da Citrosuco, que
se referem à safra 2015/2016,
encerrada em junho de 2016.
O relatório foi elaborado com
base nas diretrizes do Global Re-
porting Initiative (GRI), versão
G4, opção essencial, e do Inter-
national Integrated Reporting
Council (IIRC), organização in-
ternacional criada para definir
um padrão de relato para infor-
mações financeiras e não finan-
ceiras. Considerou-se também
as premissas do Pacto Global
(ONU) e da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE).
O conteúdo deste relatório
também foi definido com base no
documento DNA Votorantim, que
sistematizou as práticas e proces-
sos da companhia, normatizou
seus princípios de governança
e estabeleceu cinco pilares de
gestão para as empresas investi-
das (veja quadro). Esses pilares
abordam temas estratégicos
para a Votorantim e apresentam
{G4-17, G4-18, G4-19, G4-20, G4-21}
OS 5 PILARES DE GESTÃO Eixos que representam o jeito de gerir a holding e as empresas investidas Votorantim
GESTÃO FINANCEIRA Garante a disciplina financeira que viabiliza o perfil risco-retorno almejado;
GERAÇÃO DE VALOR Estabelece a visão, identifica o valor potencial do negócio e o traduz em planos concretos que alinham e mobilizam a organização;
EXCELÊNCIA OPERACIONAL Busca a constante melhoria dos processos por meio de práticas e sinergias relevantes entre as empresas;
PESSOAS E ORGANIZAÇÃO Preserva a cultura Votorantim por intermédio de líderes que incorporem seus valores e suas crenças;
IMAGEM E REPUTAÇÃO Preserva e promove a imagem e a reputação da Votorantim com seus diversos stakeholders.
Votorantim S.A Votorantim S.A
74 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 75
Sobre o relatórioSobre o relatório
INDICADORES GRIDescrição GRI Página(s)
Asseguração Externa (p. 77,78)
1. Estratégia e Análise
G4-1 Declaração da Administração
4, 5
2. Perfil Organizacional
G4-3 Nome da organização Votorantim S.A.1, 8
G4-4 Principais marcas, produtos e/ou serviços
Em 2016, ocorreram movimentos importantes para adequar a estrutura de governança à realidade da gestora de portfólio e das operações das empresas. Em abril, a Votorantim S.A. alienou parte da participação mantida na subsidiária Votorantim Metais (VM). Em julho, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) incorporou o acervo líquido contábil correspondente ao patrimônio líquido da VM S.A. (VMSA), que até então era controlada pela Votorantim S.A.
Essa reorganização societária faz parte da estratégia definida pela holding, da qual fazem parte a CBA e a VMSA, que tem como objetivo a redução de custos administrativos e financeiros, bem como otimizar a gestão dos negócios.
Desta forma, constam dos indicadores a seguir informações distribuídas por: Votorantim Cimentos, Votorantim Metais, Companhia Brasileira de Alumínio, Votorantim Siderurgia, Votorantim Energia, Fibria, Citrosuco e Banco Votorantim.
G4-5 Localização da sede da organização
São Paulo, SP, Brasil
G4-6 Atuação geográfica 12, 13
G4-7 Natureza jurídica A Votorantim S.A. é uma companhia de capital privado que constitui a holding das empresas Votorantim. Atua em negócios nas áreas de cimentos, polimetálicos, alumínio, aços longos, energia, celulose, suco de laranja. 15, 63
G4-8 Mercados atendidos 12, 13
G4-9 Porte da organização 12, 13, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73
G4-10 Número total de empregados
9
G4-11 Empregados cobertos por acordos de negociação coletiva
88% dos nossos empregados próprios estão cobertos por acordos de negociação coletiva.
G4-12 Cadeia de fornecedores
G4-13 Mudanças significativas na estrutura organizacional
21, 55
sobretudo a partir de 2014, de
modo que as publicações espe-
lhassem as mudanças de gestão
e governança empreendidas à
época em toda a organização.
Nesse contexto, o reporte da
Votorantim S.A deixou de publi-
car informações e indicadores
operacionais das empresas inves-
tidas, uma vez que elas começa-
ram a produzir seus próprios rela-
tórios anuais. A holding, por sua
vez, passou a priorizar as ações
e informações relacionadas à
natureza de sua atuação como
gestora de portfólio, dando
foco a questões estratégicas, de
governança e gestão de riscos,
entre outros assuntos relevantes
para os negócios da companhia
como um todo.
Ainda assim, algumas reco-
mendações da Cornerstone Ca-
pital foram consideradas já neste
Relatório Anual 2016, como a
inclusão de indicadores de água,
resíduos e qualidade do ar (G4
EN8, G4 EN21, G4 EN22 e G4
EN23) e maior detalhamento de
indicadores de emissões e ener-
gia (G3 EN3 e G4 EN15). ▼
{G4-18, G4-19, G4-20, G4-21}
COMO O ESTUDO FOI CONDUZIDO
1. AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADERevisão do alinhamento dos indicadores de sustentabilidade com as principais práticas aceitas no mercado (GRI e IIRC) – e que servem de base para a elaboração do Relatório Anual da Votorantim.
2. CORRELAÇÃO DOS INDICADORES COM OS ODSMapeamento das estratégias de negócio da Votorantim, por meio de seus comunicados e publicações, e correlação dos indicadores e ações da companhia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), adotados pela ONU em setembro de 2015.
3. INFORMAÇÕES SOBRE SUSTENTABILIDADE NOS CANAIS DE COMUNICAÇÃOAvaliação da consistência e clareza das informações publicadas nas diversas plataformas de reporte e canais de comunicação com os investidores. A análise também considerou relatórios financeiros tradicionais (Bloomberg, S&P e Moody’s) e de iniciativas como o Carbon Disclosure Project (CDP).
5. RECOMENDAÇÕES PARA APRIMORAR OS INDICADORESComo resultado das avaliações, a consultoria elaborou uma lista de recomendações para aprimorar a relevância dos indicadores reportados no Relatório da Votorantim S.A. Indicadores comuns a todas as empresas investidas podem ser inclusos em todas as comunicações, por serem relevantes aos investidores. Essa é uma forma de deixar mais clara a conexão dos compromissos da Votorantim S.A. com a estratégia do negócio.
4. COMUNICAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE PARA INVESTIDORESAvaliação da materialidade dos indicadores para a estratégia de negócio da companhia. A base utilizada foram as diretrizes do Sustainability Accounting Standards Board (SASB), desenvolvidas para orientar empresas americanas sobre temas sociais e ambientais.
GRI
INDICADORES-CHAVES
OECD e UNGCIIRC
Relatório Anual 2016 77
Índice RemissivoIndicadores GRISobre o relatórioVotorantim S.A
76 Relatório Anual 2016
Descrição GRI Página(s)Asseguração
Externa (p. 77,78)
5. Engajamento de Stakeholders
G4-24 Grupo de Stakeholders engajados
16, 25, 33, 34, 36, 37, 38
G4-25 Base de identificação e seleção de Stakeholders
33, 34, 35, 36, 37, 38
G4-26 Abordagem do engajamento
33, 34, 35, 36, 37, 38
G4-27 Principais temas e preocupações identificados e a abordagem da organização
74, 75, 76
6. Perfil do Reporte
G4-28 Período coberto pelo relatório
Este relatório contempla informações de 2016, com a exceção das informações da Citrosuco, que englobam a safra 2015/2016.
G4-29 Data do relatório mais recente
Ano de 2015
G4-30 Ciclo de emissão de relatório
Anual
G4-31 Contato 80
G4-32 Opção “de acordo” Core e Relatório de Asseguração limitada.
G4-33 Política de verificação
Desde 2008, quando foi aprovada a aderência da Votorantim ao padrão GRI pelo Conselho, a premissa solicitada pelos conselheiros foi de que todos os relatórios externos deveriam passar por auditoria externa e que qualquer número só deveria ser relatado se existisse respectivo processo de gestão.
6. Governança
G4-34 Estrutura de governança
21,22, 34
7. Ética e Integridade
G4-56 Valores, princípios e padrões de comportamento
6, 11, 25, 29
Descrição GRI Página(s)Asseguração
Externa (p. 77,78)
3. Compromisso com Iniciativas Externas
G4-14 Princípio de precaução
Contamos com uma plataforma estruturada de gestão de riscos, a qual engloba os riscos de processos, compliance e produtos, sempre com a premissa de mitigação dos impactos ambientais gerados por nossa atividade.
Todas as operações seguem os protocolos internos e as legislações pertinentes relativas aos controles ambientais, com controles do licenciamento das operações em sistema centralizado (GLM). Novos processos produtivos ou novas operações completas passam por rigoroso protocolo de avaliação de riscos, incluindo não só os impactos e suas mitigações, mas também a avaliação das tecnologias disponíveis com seus consumos e emissões por tonelada produzida.
Além disso, sempre são realizados avaliações e diálogos com as comunidades no entorno de nossas operações, para avaliar os riscos e a eficácia das medidas implantadas.
Em relação a produtos, todos seguem os padrões legais estabelecidos e a observação das melhores práticas de mercado, com suas fichas de caracterização disponíveis nos sites das empresas.
G4-15 Cartas e outras iniciativas
Desde 2011, somos signatários do Pacto Global, uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial para a adoção de valores fundamentais e práticas internacionalmente aceitos, em direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.
Em 2011, iniciou-se o Projeto de Controles Internos e, em 2014 a Votorantim S.A. obteve dos auditores independentes a Certificação SOX.
G4-16 Participação em associações
ANA PAULA DE MEDEIROS CARRACEDO - vice-presidente do Comitê de Compliance e Gestão de Riscos da Amcham; membro do Conselho Consultivo e do GT Anticorrupção do Pacto Global; membro da Comissão do Congresso de Governança Corporativa do IBGC.
DAVID CANASSA – vice-presidente da Câmara Temática de Energia e Mudança do Clima do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável) e conselheiro do Cosema (Conselho Superior de Meio Ambiente) da Fiesp.
4. Aspectos Materiais e Limites
G4-17 Limites em relação a demonstrações financeiras
9, 74
G4-18 Conteúdo e Limites do Relatório
74, 75, 76
G4-19 Aspectos materiais 74, 75, 76 4
G4-20 Limites dos aspectos materiais
74, 75, 76 4
G4-21 Limites dos aspectos materiais fora da organização
74, 75, 76 4
G4-22 Principais reformulações das informações
Asseguração externa 77 4
G4-23 Mudanças significativas de escopo e limites dos aspectos materiais
As mudanças significativas em escopo e limites estão indicadas nos comentários do índice remissivo referentes aos indicadores associados a cada aspecto. 74, 75, 76
Indicadores GRI Índice RemissivoÍndice Remissivo
78 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 79
Indicadores GRI
Composição do valor adicionado (R$/Milhões) 2014 2015 2016
Distribuição do valor adicionado
Pessoas e encargos 4.087 4.644 4380
Remuneração direta 2579 2.939 2.704
Benefícios 492 602 629
Encargos sociais 1016 1.103 3533
Impostos, taxas e contribuições 5.600 5.984 3.533
Federais 2.632 2.750 2.085
Estaduais 3.085 2.951 2.298
Municipais 32 25 18
Tributos diferidos (149) 258 -868
Remuneração de capitais de terceiros 5.983 9.821 7142
Despesas financeiras 5.760 9.404 6.814
Aluguéis 223 417 328
Remuneração de capitais próprios 1.673 382 -1250
Dividendos 850 159 89
Participação dos acionistas não controladores 85 (5) 45
Lucros (prejuízos) retidos 742 238 -1116
Prejuízo líquido de operações descontinuadas 17.343 20.831 -268
Valor adicionado distribuído 17.343 20.831 13.805
Valor econômico retido 16.806 15.942
Pessoas e encargos
Impostos, taxas e contribuições
Remuneração de capitais de terceiros
Remuneração de capitais próprios
201620152014
R$ bilhões
6,0
5,6
4,1
17,3
1,7
9,8
6,0
4,6
20,8
0,4
7,1
3,5
4,4
13,8
-1,3
Informações omitidas: Indicador não reportado pela Citrosuco.
Razões para omissão: Informações confidenciais.
Explicação para omissão: Informações confidenciais.
DESEMPENHO ECONÔMICOASPECTO DESEMPENHO ECONÔMICO
EC1 VALOR ECONÔMICO DIRETO GERADO E DISTRIBUÍDO
Dados complementares e/ou DMA p. 6, 51, 52, 53, 54, 55, 56
Composição do valor adicionado (R$/Milhões) 2014 2015 2016
VALOR ECONÔMICO DIRETO GERADO
Receitas
Vendas de produtos e serviços 33.192 37.006 31.156
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 1.013 -159 585
Reversão (complemento) da provisão para créditos de liquidação duvidosa -56 -74 -70
Total receitas 34.149 36.773 31.671
Insumos adquiridos de terceiros
Custos dos produtos vendidos e dos serviços prestados -17.605 -20.233 -18.915
Impairment -621 -658 -2151
Valor adicionado bruto 15.923 15.882 10.605
Depreciação, amortização e exaustão -2.302 -2.754 -2.664
Valor adicionado líquido produzido 13.621 13.128 7.941
Valor adicionado recebido em transferência
Equivalência patrimonial 258 311 781
Receitas financeiras e variações cambiais ativas 3.464 7.392 5.083
Total valor adicionado recebido em transferência 3.722 7.703 5.864
Valor adicionado total a distribuir 17.343 20.831 13.805
Indicadores GRI Desempenho Econômico Índice RemissivoÍndice Remissivo
80 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 81
Indicadores GRI Desempenho Econômico
DESEMPENHO AMBIENTALASPECTO ENERGIA
EN3 CONSUMO DE ENERGIA DENTRO DA ORGANIZAÇÃO
Dados complementares e/ou DMA p. 38, 39, 43, 58, 71Asseguração externa (p. 77,78) 4
Descrição 2016
Consumo total de combustíveis oriundos de fontes não renováveis 134.550.550 Gj
Consumo total de combustíveis oriundos de fontes renováveis 119.505.892 Gj
Consumo total de energia dentro da organização 270.227.060 Gj
Comentários:1. Primeiro ano de reporte deste indicador
Comentários: 1. O sistema Votorantim S.A. não possibilitou discriminar investimentos para a comunidade separadamente,
pois está contido nos custos operacionais.
Produção principais produtos
Empresa (produtos) 2014 2015 2016 Unidade
Votorantim Metais (alumínio, níquel, zinco)* 0,9 1,3 0,52* Milhões de toneladas
Votorantim Siderurgia (aços longos) 1,8 1,7 1,64 Milhões de toneladas
Votorantim Cimentos (cimento, argamassa, agregados) 68,0 65,8 60,1 Milhões de toneladas
Fibria (celulose) 5,27 5,2 5,02 Milhões de toneladas
Companhia Brasieleira de Alumínio (bauxita, alumínio líquido, carbonato de níquel, níquel eletrolítico) 1,71 Milhões de toneladas
*A partir de 2016 a produção da VM, inclui zinco, chumbo e cobre.
Informações omitidas: Indicador não reportado pela Citrosuco
Razões para omissão: Informações confidenciais
Explicação para omissão: Informações confidenciais
Indicadores GRI Desempenho Econômico Índice RemissivoÍndice Remissivo
82 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 83
Desempenho Ambiental
ASPECTO ÁGUA
EN8 TOTAL DE ÁGUA RETIRADA POR FONTE
Dados complementares e/ou DMA p. 65, 69, 70, 71 Asseguração externa (p. 77,78) 4
Descrição 2016
Água de superfície (rios, lagos, áreas úmidas, oceanos) 64.603.511,9 m3
Água subterrânea 116.992.500,9 m3
Água de chuva coletada 11.913.401,9 m3
Efluentes de outra organização 0,0 m3
Concessionária/empresa de abastecimento 524.132,3 m3
Total 194.033.546,75 m3
Comentários:1. Primeiro ano de reporte deste indicador.
2. Indicador não reportado pelo Banco Votorantim.
3. Os dados reportados pela Votorantim Cimentos consideram apenas o negócio Cimentos.
EN5 INTENSIDADE ENERGÉTICA
Dados complementares e/ou DMA p. 6Asseguração externa (p. 77,78) 4
EmpresaProduto principal
Taxa2014
Taxa2015
Taxa2016 Métrica
Tipos de energia Escopo
Fibria Celulose 20,67 21,98 20,76 GJ/t Renov./Não Renov. Dentro da organização
Votorantim Cimentos Cimentos 2,660 3,41 3,170 GJ/t Renov./Não Renov.
Dentro/Fora da organização
Agregados 0,0301 0,04 0,028 GJ/t Renov./Não Renov.Dentro/Fora da organização
Concreto 0,00003 0,07 0,145 GJ/t Renov./Não Renov.Dentro/Fora da organização
Argamassa 0,070 GJ/t Renov./Não Renov.Dentro/Fora da organização
Votorantim Metais Alumínio 16,63 12,30 * GJ/t Renov./Não Renov.
Dentro/Fora da organização
Zinco 13,21 12,63 13,61 GJ/t Renov./Não Renov.Dentro/Fora da organização
Níquel 375,50 300,47 * GJ/t Renov./Não Renov.Dentro/Fora da organização
Votorantim Siderurgia
Aço (tarugo) 2,88 2,87 2,92 GJ/t Renov./Não Renov. Dentro da organização
Aço (tarugo laminado) 1,88 1,81 1,84 GJ/t Renov./Não Renov. Dentro da organização
Companhia Brasileira de Alumínio
Alumínio 78,62 GJ/t Renov./Não Renov. Dentro da organização
Bauxita beneficiado (Mirai) 0,048 GJ/t Renov./Não Renov. Dentro da organização
Carbonato de níquel 26,72 GJ/t Renov./Não Renov. Dentro da organização
Níquel eletrolítico (produção até maio/16) 29,27 GJ/t Renov./Não Renov. Dentro da organização
Comentários:1. Citrosuco não reporta este indicador, pois a intensidade das emissões de GEE da empresa são significati-
vamente influenciadas por questões climáticas. Assim, para um cenário constante no consumo de insu-
mos, as emissões podem variar em função dos impactos climáticos sobre a produtividade nas fazendas,
tamanho e brix do fruto. Dessa forma, a intensidade das emissões de GEE não refletiriam a gestão sobre
as emissões de GEE.
2. Indicador não aplicável a VE.
3. Para o cálculo da intensidade energética foram consideradas as vendas dos principais produtos em 2016.
4. A tabela considera a reorganização societária descrita no início deste índice remissivo.
Desempenho Ambiental Índice RemissivoÍndice Remissivo
84 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 85
Desempenho Ambiental
ASPECTO EMISSÕES
EN15 EMISSÕES DIRETAS DE GASES DE EFEITO ESTUFA (GEE) (ESCOPO 1)
Dados complementares e/ou DMA p. 69, 73 Asseguração externa (p. 77,78) 4
Emissões diretas brutas de GEE (Escopo 1) em toneladas métricas de CO2 equivalente por empresa
Gases incluídos no cálculo 2016
Votorantim Siderurgia CO2 - CH4 - N2O 1.501.904
Fibria CO2 - CH4 - N2O 1.036.182
Citrosuco CO2 - CH4 - N2O 457.053
Votorantim Metais CO2 - CH4 - N2O 189.143
Votorantim Cimentos CO2 - CH4 - N2O 22.679.560
Companhia Brasileira de Alumínio CO2 - CH4 - N2O - PFCs 1.524.979
TOTAL 27.388.821
Comentários:1. Indicador não reportado pelo Banco Votorantim.
ASPECTO BIODIVERSIDADE
EN13 HABITATS PROTEGIDOS OU RESTAURADOS
Dados complementares e/ou DMA p. 6, 38, 39
Área total por empresa 2014 2015 2016
Votorantim Siderurgia 1825 1542,3 1.796,84
Fibria 29 184,3 3.102,60
Citrosuco 92 134,8 175,35
Votorantim Metais 419 271,7 14.056,09
Reservas Votorantim 310 310 299,36
Companhia Brasileira de Alumínio 236,49
Votorantim Cimentos 11.722,31
Votorantim Energia 43,46
TOTAL 2.674 2.443,1 31.432,50
Bioma2016
(Área total)
Área cujas medidas de restauração foram aprovadas por especialistas externos ou seguem parâmetros / protocolos externos
Amazônia 2.872,8 2.872,8
Caatinga 336,4 336,4
Cerrado 18.807,2 17.565,8
Mata Atlântica 7.704,6 5.701,3
Pantanal 168,5 168,5
Pampa 470,3 422,2
Outros 1.072,8 1.072,8
Área total 31.432,5 28.139,7
Comentários:1. Citrosuco não reportou dados de fora do Brasil.
2. Os habitats protegidos ou restaurados localizam-se no Brasil, nos estados de BA, CE, DF, ES, GO, MG,
MS, MT, PA, PE, PR, RJ, RO, RS, SC, SE, SP e TO, e Colômbia, na província de Boyacá.
3. Indicador não reportado pelo Banco Votorantim.
Desempenho AmbientalDesempenho Ambiental Índice RemissivoÍndice Remissivo
86 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 87
EN21 NOX, SOX E OUTRAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS SIGNIFICATIVAS
Dados complementares e/ou DMA p. 43 Asseguração externa (p. 77,78) 4
Volume de emissões atmosféricas significativas por categoria 2016
NOX 64.009 t
SOX 39.573 t
Poluentes Orgânicos Persistentes (POP) 0 t
Compostos Orgânicos Voláteis (COV) 2.071 t
Poluentes Atmosféricos Perigosos (HAP) 17 t
Material Particulado (MP) 6.255 t
Outras categorias-padrão de emissões atmosféricas identificadas em regulamentos 2.177 t
Comentários:1. Primeiro ano de reporte deste indicador.
2. Citrosuco não reportou SOX, POP e HAP, pois o parâmetro não foi estabelecido para o processo de ge-
ração de calor movidos a gás natural e bagaço de cana-de-açúcar.
3. Companhia Brasileira de Alumínio: As unidades Niquelândia e SMP não foram consideradas no cálculo.
4. Votorantim Siderurgia: não reportou POP, COV, HAP, pois não há base de dados significativas para repor-
tar emissões desses parâmetros.
5. Indicador não reportado pelo Banco Votorantim.
EN18 INTENSIDADE DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA
Dados complementares e/ou DMA p. 43 Asseguração externa (p. 77,78) 4
EmpresaPrincipal produto
Taxa 2014
Taxa 2015
Taxa 2016 Métrica Tipos de energia Gases incluídos
Fibria Celulose 0,240 0,34 0,34 tCO2eq/t Renovável/não renovável Dentro/fora da organização
Votorantim Cimentos
Cimentos 0,653 0,63 0,6329 tCO2eq/t Renovável/não renovável Dentro/fora da organização
Agregados 0,0020 0,0018 0,00142 tCO2eq/t Renovável/não renovável Dentro/fora da organização
Concreto 0,0000021 0,0053 0,01030 tCO2eq/t Renovável/não renovável Dentro/fora da organização
Argamassa 0,00228 tCO2eq/t Renovável/não renovável Dentro/fora da organização
Votorantim Metais
Alumínio 1,14 0,90 * tCO2eq/t Renovável/não renovável Dentro/fora da organização
Zinco 0,83 0,77 0,779 tCO2eq/t Renovável/não renovável Dentro/fora da organização
Níquel 30,24 23,27 * tCO2eq/t Renovável/não renovável Dentro/fora da organização
Votorantim Siderurgia
Tarugo (pallanquilla) 0,970 0,91 1,0936 tCO2eq/t Renovável/não renovável Dentro/fora da organização
Produtos acabados 1,017 0,96 tCO2eq/t Renovável/não renovável Dentro/fora da organização
Companhia Brasileira de Alumínio
Bauxita beneficiada 0,0027 tCO2eq/t Renovável/não renovável Dentro/fora da organização
Alumínio líquido 4,9912 tCO2eq/t Renovável/não renovável Dentro/fora da organização
Carbonato de níquel 8,4779 tCO2eq/t Renovável/não renovável Dentro/fora da organização
Níquel eletrolítico 2,5846 tCO2eq/t Renovável/não renovável Dentro/fora da organização
Comentários:1. Citrosuco não reporta este indicador, pois a intensidade das emissões de GEE da Citrosuco são signifi-
cativamente influenciadas por questões climáticas. Assim, para um cenário constante no consumo de
insumos, as emissões podem variar em função dos impactos climáticos sobre a produtividade nas fazen-
das, tamanho e brix do fruto. Dessa forma, a intensidade das emissões de GEE não refletiriam a gestão
sobre as emissões de GEE.
2. Indicador não aplicável a Votorantim Energia.
3. A Votorantim Siderurgia não inclui no cálculo sua atividade de mineração na Colômbia.
4. Indicador não reportado pelo Banco Votorantim.
Desempenho AmbientalDesempenho Ambiental Índice RemissivoÍndice Remissivo
88 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 89
ASPECTO CONFORMIDADE
EN29 VALOR MONETÁRIO DE MULTAS SIGNIFICATIVAS E NÚMERO TOTAL DE SANÇÕES NÃO MONETÁRIAS RESULTANTES DA NÃO CONFORMIDADE COM LEIS E REGULAMENTOS AMBIENTAIS
Dados complementares e/ou DMA -
Valor monetário em provisão (em milhões de reais) 2013 2014 2015 2016
Ambientais 381 484 539 487
Comentários: 1. O valor monetário de processos reportado está alinhado às demonstrações financeiras consolidadas de
31 de dezembro de cada ano e corresponde ao valor dos processos com probabilidade de perda avaliada
como possível, nos quais a Votorantim S.A. e suas controladas estão envolvidas.
ASPECTO EFLUENTES E RESÍDUOS
EN22 DESCARTE TOTAL DE ÁGUA POR QUALIDADE E DESTINAÇÃO
Dados complementares e/ou DMA p. 67Asseguração externa (p. 77,78) 4
2016
Descarte total de água 321.117.049 m3
Comentários:1. Indicador não reportado pelo Banco Votorantim.
2. Primeiro ano de reporte do indicador.
EN23 PESO TOTAL DE RESÍDUOS, POR TIPO E MÉTODO DE DISPOSIÇÃO
Dados complementares e/ou DMA p. 34, 43, 58, 65, 67, 69 Asseguração externa (p. 77,78) 4
Resíduos NÃO
perigososResíduos
perigosos
Compostagem 58.264 0 t
Reutilização 543.179 2.191 t
Reciclagem 205.652 23.183 t
Recuperação (incluindo recuperação de energia) 16.210 416 t
Incineração (queima de massa) 30 443 t
Aterro sanitário 25.302 10.407 t
Injeção subterrânea de resíduos 0 0 t
Armazenamento no local 191.464 805 t
Outros 722.467 23.704 t
Total 1.762.569 61.149 t
Comentários:1. Primeiro ano de reporte deste indicador.
2. Indicador não reportado pelo Banco Votorantim.
Desempenho AmbientalDesempenho Ambiental Índice RemissivoÍndice Remissivo
90 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 91
Investimentos e gastos ambientais (R$) 2013 2014 2015 2016
Educação ambiental 2.273.585,36 1.515.954,65 1.162.628,22 834.683,16
Gestão ambiental 58.710.344,81 53.486.756,77 35.071.079,58 60.633.836,81
Preservação, reflorestamento e biodiversidade 37.267.402,87 62.281.522,97 50.868.732,12 59.643.501,54
Prevenção ambiental 86.171.186,26 66.752.083,91 15.023.673,83 10.768.138,31
Tratamento de emissões atmosféricas 78.667.092,00 130.794.408,86 140.478.909,36 131.244.575,13
Tratamento de resíduos 221.980.993,32 83.112.655,10 199.761.435,32 132.188.676,28
Tratamento de efluentes 82.527.870,49 85.582.249,66 131.202.949,21 126.187.604,96
DHO - Área Ambiental 13.782.925,19 13.875.686,97 12.720.566,46 11.712.231,04
Descomissionamento/remediação de áreas contaminadas (solo e água) 11.990.289,65 16.526.159,85 14.539.726,71 25.853.956,37
Seguros ambientais 173.763,02 61.007,00 119.364,00 2.039.652,35
Outras despesas ambientais 33.090.634,18 48.995.840,88 27.486.475,53 22.485.479,07
ASPECTO GERAL
EN31 TOTAL DE INVESTIMENTOS E GASTOS COM PROTEÇÃO AMBIENTAL, POR TIPO
Dados complementares e/ou DMA p. 38, 39, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73,
Asseguração externa (p. 77,78) 4
Investimentos e gastos ambientais (R$) 2013 2014 2015 2016
Capex (Investimentos) 296.511.430 217.773.550,29 275.353.309,91 256.861.032,18
Educação ambiental 454.961,82 0 263.223,59 8.600,00
Gestão ambiental 13.843.246,30 13.435.748,06 8.720.601,77 29.241.751,59
Preservação, reflorestamento e biodiversidade 6.907.553,30 7.813.079,29 1.676.676,05 18.132.748,64
Prevenção ambiental 52.719.100,39 57.628.408,65 7.573.605,66 7.042.076,10
Tratamento de emissões atmosféricas 42.023.177,92 45.916.880,03 68.595.146,46 70.289.701,80
Tratamento de resíduos 107.315.897,27 12.174.795,34 96.880.820,93 43.937.070,48
Tratamento de efluentes 47.245.779,62 35.564.307,08 67.998.524,55 68.758.692,33
DHO - Área ambiental 880.425,16 447.384,00 95.913,39 138.662,52
Descomissionamento/Remediação de áreas contaminadas (solo e água) 4.445.883,12 7.009.872,36 2.069.563,93 4.137.328,07
Seguros ambientais 0,00 0 0 464.000,00
Outras despesas ambientais 20.675.405,39 37.783.075,48 21.479.233,58 14.710.400,65
Opex (Despesas) 330.124.657 345.210.776,34 353.082.230,44 326.731.302,83
Educação ambiental 1.818.623,54 1.515.954,65 899.404,63 826.083,16
Gestão ambiental 44.867.098,50 40.051.008,71 26.350.477,82 31.392.085,22
Preservação, reflorestamento e biodiversidade 30.359.849,57 54.468.443,68 49.192.056,07 41.510.752,90
Prevenção ambiental 33.452.085,87 9.123.675,25 7.450.068,17 3.726.062,21
Tratamento de emissões atmosféricas 36.643.914,08 84.877.528,83 71.883.762,90 60.954.873,33
Tratamento de resíduos 114.665.096,05 70.937.859,76 102.880.614,39 88.251.605,80
Tratamento de efluentes 35.282.090,88 50.017.942,58 63.204.424,66 57.428.912,63
DHO - Área ambiental 12.902.500,02 13.428.302,97 12.624.653,07 11.573.568,52
Descomissionamento/remediação de áreas contaminadas (solo e água) 7.544.406,53 9.516.287,49 12.470.162,78 21.716.628,30
Seguros ambientais 173.763,02 61.007,00 119.364,00 1.575.652,35
Outras despesas ambientais 12.415.228,79 11.212.765,40 6.007.241,95 7.775.078,42
Total 626.636.087 562.984.326,62 628.435.540,35 583.592.335,01
Desempenho AmbientalDesempenho Ambiental Índice RemissivoÍndice Remissivo
92 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 93
DESEMPENHO PRÁTICAS TRABALHISTAS E TRABALHO DECENTEASPECTO EMPREGO
LA1 NÚMERO TOTAL E TAXAS DE NOVAS CONTRATAÇÕES DE EMPREGADOS E ROTATIVIDADE DE EMPREGADOS POR FAIXA ETÁRIA, GÊNERO E REGIÃO
Dados complementares e/ou DMA -
2016
Gênero Faixa etária
Homens Mulheres
Menores que
30 anos
Entre 30 e
50 anos
Maiores que
50 anos
Empregados admitidos 4.138 1.314 2.737 2.447 256
Empregados* 36.662 7.872 10.478 27.395 6.661
Desligamentos 6.876 1.926 2.526 5.049 1.218
Taxa de novas contratações 11,3% 16,7% 26,1% 8,9% 3,8%
Turnover 18,8% 24,5% 24,1% 18,4% 18,3%
-30M
H 30–50
+50
Gênero Idade
Comentários: 1. Os valores de empregados utilizados para o cálculos das taxas em 2016 incluem trainees, estagiários e
aprendizes.
ASPECTO AVALIAÇÃO AMBIENTAL DE FORNECEDORES
EN32 PERCENTUAL DE NOVOS FORNECEDORES QUE FORAM SELECIONADOS CONSIDERANDO-SE CRITÉRIOS AMBIENTAIS
Dados complementares e/ou DMA p. 73Asseguração externa (p. 77,78) 4
Número de novos fornecedores avaliados com base em questões ambientais 2014 2015 2016
Número total de novos fornecedores 3.222 5.245 4.559
Número total de novos fornecedores avaliados com base em questões ambientais 1.043 790 669
Percentual de novos fornecedores avaliados 32,37% 15,1% 14,67%
Comentário:1. A Votorantim Cimentos em 2016 passou por um processo de revisão de todo o seu sistema de gerencia-
mento de dados de fornecedores e, por este motivo, não reportou os indicadores relativos à cadeia de
fornecimento.
EN33 IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS SIGNIFICATIVOS REAIS E POTENCIAIS NA CADEIA DE FORNECEDORES E MEDIDAS TOMADAS A ESSE RESPEITO
Dados complementares e/ou DMA p. 47, 48, 49
Descrição 2014 2015 216
Número total de fornecedores 83.184 140.769 78.990
Número fornecedores submetidos a avaliações de impacto ambiental 1.164 4.653 4.299
Percentual de fornecedores submetidos a avaliações 1,4% 3,3% 5,44%
Comentário:1. A Votorantim Cimentos em 2016 passou por um processo de revisão de todo o seu sistema de gerencia-
mento de dados de fornecedores e, por este motivo, não reportou os indicadores relativos a cadeia de
fornecimento.
Desempenho Ambiental Índice RemissivoÍndice Remissivo
94 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 95
Desempenho Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente
ASPECTO TREINAMENTO E EDUCAÇÃO
LA9 NÚMERO MÉDIO DE TREINAMENTO POR ANO, POR EMPREGADO, DISCRIMINADO POR GÊNERO E CATEGORIA FUNCIONAL
Dados complementares e/ou DMA p. 45, 46, 47Asseguração externa (p. 77,78) 4
Período 2014 2015 2016
Categoria funcional GêneroMédia de horas de
treinamento
Presidente/Diretor Mulheres 26,9 27,3 6,24
Homens 21,0 31,1 9,00
Gerente Mulheres 34,5 43,7 5,52
Homens 44,7 37,8 8,46
Coordenador/Consultor Mulheres 47,5 31,8 5,11
Homens 42,7 28,1 7,42
Técnico/Analista/Supervisor Mulheres 60,0 30,6 0,73
Homens 46,0 20,5 2,30
Trainee Mulheres 90,5 111,1
Homens 189,0 151,7
Operacional Mulheres 21,1 19,2 0,06
Homens 14,7 13,7 0,20
Estagiário Mulheres 32,1 13,9
Homens 89,5 13,3
Aprendiz Mulheres 120,2 71,1
Homens 37,2 20,8
Comentários: 1. Este indicador é composto por treinamentos realizados pela Academia de Excelência.
2. Em 2016, na categoria “Operacional”, os valores estão considerando todos os empregados dos grupos
salariais iguais ou inferiores a GS-27, ou seja, esta categoria inclui também trainees, aprendizes e esta-
giários.
ASPECTO SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
LA6 TIPOS E TAXAS DE LESÕES, DOENÇAS OCUPACIONAIS, DIAS PERDIDOS, ABSENTEÍSMO NÚMERO DE ÓBITOS RELACIONADOS AO TRABALHO, DISCRIMINADOS POR REGIÃO E GÊNERO
Dados complementares e/ou DMA p. 61Asseguração externa (p. 77,78) 4
Indicadores de saúde e segurança do trabalho (Trabalhadores próprios e terceiros permanentes)
2014 2015
Exterior Brasil Exterior Brasil
Óbitos 4 10 0 1
Horas/homens trabalhadas (Próprios e terceiros) 40.359.327 150.588.175 44.140.004 124.779.042
N° de lesões totais (Nível 1) 179 864 289 756
N° de lesões totais (Níveis 2 e 3) 352 488 245 312
N° de lesões totais com afastamento (Nível 4 até 6) 59 211 60 100
Indicadores de saúde e segurança do trabalho
2016
Empregados próprios Terceirizados
Exterior Brasil Exterior Brasil
Horas/homens trabalhadas 21.160.298 79.147.034
Nº de lesões 283 442
Nº de óbitos 0 4 5 3
N° de dias perdidos 2.426 11.478
Informações omitidas: Segregação por categoria funcional
Razões para omissão: Não disponível
Comentários:1. Para todas as empresas no cálculo de “dias perdidos”, utiliza-se dias corridos, com exceção da Votoran-
tim Metais que usa dias úteis.
2. Indicador não reportado pelo Banco Votorantim.
3. Novo modelo de reporte adotado em 2016: para empregados terceirizados o reporte inclui apenas o
número de óbitos.
Desempenho Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente Índice RemissivoÍndice Remissivo
96 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 97
Desempenho Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente
ASPECTO AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES SEGUNDO CRITÉRIOS TRABALHISTAS
LA14 PERCENTUAL DE NOVOS FORNECEDORES QUE FORAM SELECIONADOS CONSIDERANDO CRITÉRIOS DE PRÁTICAS TRABALHISTAS
Dados complementares e/ou DMA - Asseguração externa (p. 77,78) 4
Número de novos fornecedores avaliados com base em questões trabalhistas 2013 2014 2015 2016
Número total de novos fornecedores 3.131 3.222 5.245 4.559
Número total de novos fornecedores avaliados com base em questões trabalhistas 1.158 2.233 2.832 1.653
Percentual de novos fornecedores avaliados 36,98% 69,30% 54% 36,26%
Comentário:1. A Votorantim Cimentos em 2016 passou por um processo de revisão de todo o seu sistema de geren-
ciamento de dados de fornecedores e, por este motivo, não reportou os indicadores relativos a cadeia
de fornecimento.
LA15 IMPACTOS NEGATIVOS SIGNIFICATIVOS REAIS E POTENCIAIS PARA AS PRÁTICAS TRABALHISTAS NA CADEIA DE FORNECEDORES E MEDIDAS TOMADAS A ESSE RESPEITO
Dados complementares e/ou DMA p.
Descrição 2014 2015 2016
Número total de fornecedores 83.184 140.769 78.990
Número de fornecedores submetidos a avaliações de impactos em relação às praticas trabalhistas 1.205 11.163 4.065
Percentual de fornecedores submetidos a avaliações 1,4% 7,9% 5,15%
Comentário:1. A Votorantim Cimentos em 2016 passou por um processo de revisão de todo o seu sistema de gerencia-
mento de dados de fornecedores e, por este motivo, não reportou os indicadores relativos a cadeia de
fornecimento.
ASPECTO DIVERSIDADE E IGUALDADE E OPORTUNIDADES
LA12 COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS RESPONSÁVEIS PELA GOVERNANÇA CORPORATIVA E DISCRIMINAÇÃO DE EMPREGADOS POR CATEGORIA, DE ACORDO COM GÊNERO, FAIXA ETÁRIA, MINORIAS E OUTROS INDICADORES DE DIVERSIDADE
Dados complementares e/ou DMA p. 19, 36
Composição dos grupos minoritários da organização 2013 2014 2015 2016
Empregados acima de 50 anos 5.141 2.890 6.651 6.660
Mulheres 5.914 6.200 6.158 7.872
Composição órgão de governança por gênero 2013 2014 2015 2016
Masculino 66 89 92 112
Feminino 3 5 5 6
Composição órgão de governança por faixa etária 2013 2014 2015 2016
Abaixo de 30 anos 0 0 0 0
Entre 30 e 50 anos 33 73 38 50
Acima de 50 anos 36 21 59 68
Discriminação de empregados por categoria, de acordo com gênero e faixa etária
Cargos
Faixa etária (%)HOMENS
%MULHERES
%- 30
anos30 a
50+ 50
anos
Diretor / Presidente 0,0 42,4 57,6 94,9 5,1
Gerente 1,0 77,9 21,1 83,5 16,5
Coordenador / Consultor 12,0 74,2 13,7 74,6 25,4
Técnico / Analista / Supervisor 21,6 66,5 11,9 74,7 25,3
Trainee 98,2 1,8 0,0 66,1 33,9
Operacional 21,9 61,5 16,7 87,6 12,4
Estagiário 97,8 2,2 0,0 45,3 54,7
Aprendiz 98,7 1,3 0,0 60,0 40,0
TOTAL 0,0 42,4 57,6 82,3 17,7
Comentários: 1. Não inclui os empregados das Unidades de fora do Brasil da Citrosuco.
2. Não inclui empregados sazonais da Citrosuco (safristas e colhedores).
Desempenho Práticas Trabalhistas e Trabalho DecenteDesempenho Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente Índice RemissivoÍndice Remissivo
98 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 99
ASPECTO TRABALHO INFANTIL
HR5 OPERAÇÕES IDENTIFICADAS COMO DE RISCO SIGNIFICATIVO DE OCORRÊNCIA DE TRABALHO INFANTIL E AS MEDIDAS TOMADAS PARA CONTRIBUIR PARA A ABOLIÇÃO EFETIVA DO TRABALHO INFANTIL
Dados complementares e/ou DMA - Asseguração externa (p. 77,78) 4
Número de operações e fornecedores com risco de ocorrência de trabalho infantil e/ou haver jovens expostos ao trabalho perigoso 2013 2014 2015 2016
Votorantim S.A. (VC, Votorantim Metais, VS, VE, Banco Votorantim, Companhia Brasileira de Alumínio, Citrosuco e Fibria) 0 0 0 0
Comentários: 1. A Citrosuco integra o Programa Empresa Amiga da Criança, desenvolvido pela organização sem fins lucrativos
Fundação Abrinq. Desde a sua fundação, há 25 anos, o programa já beneficiou mais de 8 milhões de meninos e
meninas no Brasil.
ASPECTO TRABALHO FORÇADO OU ANÁLOGO AO ESCRAVO
HR6 OPERAÇÕES IDENTIFICADAS COMO DE RISCO SIGNIFICATIVO DE OCORRÊNCIA DE TRABALHO FORÇADO OU COMPULSÓRIO E AS MEDIDAS TOMADAS PARA CONTRIBUIR PARA A ERRADICAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE TRABALHO FORÇADO OU COMPULSÓRIO
Dados complementares e/ou DMA -
Número de operações e fornecedores com risco de ocorrência de trabalho forçado ou compulsório 2013 2014 2015 2016
Votorantim S.A. (VC, Votorantim Metais, VS, VE, Banco Votorantim, Companhia Brasileira de Alumínio, Citrosuco e Fibria) 0 0 0 0
Comentários: 1. São elaborados planos anuais de auditoria, incluindo fornecedores, com o objetivo de avaliar os principais riscos de
cada unidade de negócio. Esses planos são discutidos e validados com a alta administração das empresas de forma
que se tenha um nível de cobertura razoável, de acordo com a quantidade de unidades de cada negócio, aplican-
do-se também a rotação de ênfase. Adicionalmente, a existência de uma ouvidoria, apoiada por uma ferramenta
sistêmica que já se mostra consolidada, facilita o acesso dos empregados e demais interessados, caso observem
desvios.
DESEMPENHO DIREITOS HUMANOSASPECTO NÃO DISCRIMINAÇÃO
HR3 NÚMERO TOTAL DE CASOS DE DISCRIMINAÇÃO E AS MEDIDAS TOMADAS
Dados complementares e/ou DMA p. 25Asseguração externa (p. 77,78) 4
Casos de discriminação ocorridos 2014 2015 2016
Assédio e abuso de poder 34 14 15
Outros casos (discriminação) 14 16 12
Outros casos (discriminação e retaliação) 45 43 49
Número total de casos de discriminação 93 73 76
Total de casos de discriminação 2014 2015 2016
Denúncias recebidas pela ouvidoria 93 73 76
Casos considerados procedentes 59 54 64
Comentários: 1. Para resolver os casos de discriminação procedentes, as devidas medidas foram tomadas, incluindo
orientações, advertências, transferências, realocações e/ou demissões.
Desempenho Direitos Humanos Índice RemissivoÍndice Remissivo
100 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 101
Desempenho Direitos Humanos
ASPECTO AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES PARA PRÁTICAS DE DIREITOS HUMANOS
HR10 PERCENTUAL DE NOVOS FORNECEDORES QUE FORAM AVALIADOS/SELECIONADOS COM BASE EM QUESTÕES DE DIREITOS HUMANOS
Dados complementares e/ou DMA - Asseguração externa (p. 77,78) 4
Número de novos fornecedores avaliados com base em questões de direitos humanos 2013 2014 2015 2016
Número total de novos fornecedores 3.120 3.222 5.245 4.559
Número total de novos fornecedores avaliados com base em questões de direitos humanos 411 1.172 2.096 1.490
Percentual de novos fornecedores avaliados 14,00% 36,37% 40% 32,68%
Comentário:1. A Votorantim Cimentos em 2016 passou por um processo de revisão de todo o seu sistema de geren-
ciamento de dados de fornecedores e, por este motivo, não reportou os indicadores relativos a cadeia
de fornecimento.
HR11 IMPACTOS NEGATIVOS SIGNIFICATIVOS REAIS E POTENCIAIS EM DIREITOS HUMANOS NA CADEIA DE FORNECEDORES E MEDIDAS TOMADAS A ESSE RESPEITO
Dados complementares e/ou DMA -
Número de novos fornecedores avaliados com base em questões de direitos humanos 2014 2015 2016
Número total de fornecedores 83.184 140.769 78.990
Número de fornecedores submetidos a avaliações com base em questões de direitos humanos 1230 11.792 5.582
Percentual de novos fornecedores avaliados 0.9% 8,40% 7,07%
Comentário:1. A Votorantim Cimentos em 2016 passou por um processo de revisão de todo o seu sistema de gerencia-
mento de dados de fornecedores e, por este motivo, não reportou os indicadores relativos a cadeia de
fornecimento.
ASPECTO AVALIAÇÃO
HR9 NÚMERO TOTAL E PERCENTUAL DE OPERAÇÕES QUE FORAM SUBMETIDAS A AVALIAÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS
Dados complementares e/ou DMA -
País 2013 2014 2015
Brasil 36 19 32
2016
Número total de operações (Brasil e exterior) 565
Número de operações submetidas a análises de direitos humanos ou avaliações de impactos relacionados a direitos humanos 74
Percentual de operações submetidas a análises de direitos humanos ou avaliações de impactos relacionados a direitos humanos 13%
Comentários: 1. Além dos trabalhos de auditoria, a empresa possui canal de denúncias e código de conduta, sendo que
qualquer parte relacionada pode fazer reclamações. Os casos são investigados e respondidos aos denun-
ciantes.
2. A partir de 2016, este indicador inclui as operações fora do Brasil.
Desempenho Direitos HumanosDesempenho Direitos Humanos Índice RemissivoÍndice Remissivo
102 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 103
ASPECTO COMBATE A CORRUPÇÃO
SO5 CASOS CONFIRMADOS DE CORRUPÇÃO E MEDIDAS TOMADAS PELA ORGANIZAÇÃO
Dados complementares e/ou DMA p. 26
2014 2015 2016
Número total dos casos confirmados de corrupção 5 0 8
Empregados que foram punidos ou demitidos 5 0 3
Rescisão ou não renovação de contratos com parceiros 4 0 4
Comentários: 1. Os números de 2016 seguem sendo reportados dentro do conceito da definição dada pela Lei Anticor-
rupção, nº 12.846/2013, que pune empresas por atos de corrupção contra a administração pública.
2. A Fibria, no entanto, considera para o indicador tanto os casos envolvendo instâncias públicas, quanto
aqueles ocorridos em âmbito estritamente privado. Dos oito casos apontados em 2016, nenhum envol-
veu instâncias públicas. É também válido destacar que, dentre os oito casos, três foram concluídos como
parcialmente procedentes, mas foram considerados como “procedentes” para o reporte neste relatório.
3. Indicador não reportado pelo Banco Votorantim.
ASPECTO POLÍTICAS PÚBLICAS
SO6 VALOR TOTAL DE CONTRIBUIÇÕES POLÍTICAS, POR PAÍS E POR RECEPTOR/BENEFICIÁRIO
Dados complementares e/ou DMA p.
Ano 2013 2014 2015 2016
Valor monetário total de contribuições políticas diretas e indiretas Não houve R$ 20.080.445* Não houve Não houve
Comentário:1. Não houve contribuição política com base na Resolução 23.463/2015 – que dispõe sobre a arrecadação
e os gastos de recursos por partidos políticos e candidatos e sobre a prestação de contas nas eleições
de 2016.
DESEMPENHO SOCIEDADEASPECTO COMUNIDADES LOCAIS
SO1 PERCENTAGEM DE OPERAÇÕES COM ENGAJAMENTO DA COMUNIDADE, AVALIAÇÕES DE IMPACTO E PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO
Dados complementares e/ou DMA p. 32, 33, 34, 35, 36, 37, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73
Asseguração externa (p. 77,78) 4
Operações/Unidades que possuem programas de envolvimento comunitário, avaliação de impactos e desenvolvimento implementados em toda a organização 2013 2014 2015 2016
Total de operações 512 650 728 565
Total de operações com engajamento da comunidade 70 72 111 93
Percentual de operações com engajamento da comunidade 13,7% 11,1% 15% 16%
Comentário:1. Indicador não reportado pelo Banco Votorantim.
Desempenho Sociedade Índice RemissivoÍndice Remissivo
104 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 105
Desempenho Sociedade
ASPECTO AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES EM IMPACTOS NA SOCIEDADE
SO9 PERCENTUAL DE NOVOS FORNECEDORES SELECIONADOS COM BASE EM CRITÉRIOS RELATIVOS A IMPACTOS NA SOCIEDADE
Dados complementares e/ou DMA p. 73
Número de novos fornecedores avaliados com base em questões de impactos na sociedade 2013 2014 2015 2016
Número total de novos fornecedores 3.131 3.222 5.245 4.559
Número total de novos fornecedores avaliados com base em questões de impactos na sociedade 1.158 693 795 728
Percentual de novos fornecedores avaliados 36,98% 21,51% 15% 15,97%
Comentário:1. A Votorantim Cimentos em 2016 passou por um processo de revisão de todo o seu sistema de geren-
ciamento de dados de fornecedores e, por este motivo, não reportou os indicadores relativos a cadeia
de fornecimento.
SO10 IMPACTOS NEGATIVOS SIGNIFICATIVOS REAIS E POTENCIAIS NA SOCIEDADE E MEDIDAS TOMADAS A ESSE RESPEITO
Dados complementares e/ou DMA p. 24
Descrição 2014 2015 2016
Número total de fornecedores 83.184 140.769 78.990
Número fornecedores submetidos a avaliações de impactos na sociedade 164 3.296 3.963
Percentual de fornecedores submetidos a avaliações 0,2% 2% 5,02%
Comentário:1. A Votorantim Cimentos em 2016 passou por um processo de revisão de todo o seu sistema de gerencia-
mento de dados de fornecedores e, por este motivo, não reportou os indicadores relativos a cadeia de
fornecimento.
ASPECTO CONCORRÊNCIA DESLEAL
SO7 NÚMERO TOTAL DE AÇÕES JUDICIAIS POR CONCORRÊNCIA DESLEAL, PRÁTICAS DE TRUSTE E MONOPÓLIO E SEUS RESULTADOS
Dados complementares e/ou DMA - Asseguração externa (p. 77,78) 4
Número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio 2014 2015 2016
Citrosuco 0 0 0
Votorantim Energia 0 0 0
Votorantim Cimentos 0 0 0
Votorantim Metais 0 0 0
Votorantim Siderurgia 0 0 0
Fíbria 0 0 0
Comentário:1. Indicador não reportado pelo Banco Votorantim.
ASPECTO CONFORMIDADE
SO8 VALOR MONETÁRIO DE MULTAS SIGNIFICATIVAS E NÚMERO TOTAL DE SANÇÕES NÃO MONETÁRIAS RESULTANTES DA NÃO CONFORMIDADE COM LEIS E REGULAMENTOS
Dados complementares e/ou DMA -
Valor monetário em provisão (em milhões de reais) 2013 2014 2015 2016
Tributárias 3.564 4.230 4.983 7500
Trabalhistas e previdenciárias 278 244 429 355
Cíveis 4.736 6.067 6.766 7227
Comentários: 1. O valor monetário de processos reportado está alinhado com as demonstrações financeiras consolidadas
de 31 de dezembro de cada ano, e refere-se ao valor dos processos com probabilidade de perda avaliada
como possível nos quais a Votorantim S.A. e suas controladas estão envolvidas.
Desempenho SociedadeDesempenho Sociedade Índice RemissivoÍndice Remissivo
106 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 107
CONEXÃO COM AS DIRETRIZES DA OCDE PARA EMPRESAS MULTINACIONAIS
Neste quadro fazemos a correlação das Diretrizes da OCDE para empresas multinacionais, de acordo com
a tabela constante nas Diretrizes GRI, e de acordo com os indicadores GRI G4 que foram utilizados como
balizadores para a construção deste Relatório.
Diretrizes da OCDE Diretrizes GRI neste Relatório
IV. Direitos Humanos HR3, HR5, HR6, HR9, HR10, HR11, SO1, SO9, SO10
V. Emprego e relações industriaisG4-11, EC1, LA1, LA6, LA9, LA12, LA14, LA15, HR3, HR5, HR6, SO1
VI. Meio ambienteEN5, EN13, EN18, EN29, EN31, EN32, EN33, LA6, LA9, SO1, SO9, SO10
VII. Combate à corrupção, pedidos de propina e extorsão SO5, SO6, SO9, SO10
X. Concorrência S07, S08, SO9, SO10
XI. Tributação EC1, SO7, S08
Comentários: 1. Esta tabela inclui apenas as diretrizes OCDE que tenham indicadores GRI reportados neste Relatório.
CORRELAÇÃO COM A METODOLOGIA IIRCSeguimos em nosso reporte as diretrizes de relatório integrado do IIRC, apresentando um documento
conciso sobre como a estratégia, a governança, o desempenho e as perspectivas da Votorantim S.A, no
contexto de seu ambiente externo, levam à geração de valor em curto, médio e longo prazo.
Analisamos capitais (financeiros, manufaturados, intelectuais, humanos, sociais e de relacionamento, e
naturais) e sua relação com os nossos pilares de gestão. Desta forma, os capitais IIRC podem ser encontra-
dos nos seguintes capítulos:
Capitais IIRC Capítulo
Financeiro Gestão do Portfólio, Resiliência do Portfólio
Manufaturado Atuação de Referência, Convite para Inovar
Intelectual Foco no Desenvolvimento, Jovens Talentos
Humano Clima em Alta, Educação como Legado
Social e Relacionamento Estratégias para a área social, Planos Urbanos
Natural Biodiversidade como Legado
OUTROS COMPROMISSOSCONEXÃO COM OS “DEZ PRINCÍPIOS” DO PACTO GLOBAL DAS NAÇÕES UNIDAS
O Pacto Global é a maior iniciativa empresarial mundial focada em sustentabilidade. Desde 2005, através
das Nações Unidas, o Pacto Global reúne empresas em uma aliança mundial através de seus 10 princípios
universais em direitos humanos, meio ambiente, relações de trabalho e combate à corrupção.
Através do quadro abaixo, determinam-se as correlações das diretrizes do Pacto Global das Nações Uni-
das e os indicadores GRI (Global Reporting Initiative) que foram utilizados como balizadores para a constru-
ção deste Relatório. Desta forma é possível localizar ao longo de nosso reporte todas as ações e iniciativas
que reforçam nosso compromisso com o Pacto Global.
É importante salientar que nosso compromisso com o Pacto Global está em linha com nossas crenças
e nossas práticas de sustentabilidade. Nesse contexto, as orientações normativas do Pacto Global sobre
direitos humanos, meio ambiente, relações de trabalho, combate à corrupção e outros pontos são também
norteadoras de nossa atuação empresarial.
Princípios do Pacto Global da Organização das Nações Unidas Diretrizes GRI neste Relatório
Princípio 1. As empresas devem apoiar e respeitar a proteção dos direitos humanos reconhecidos internacionalmente HR3, HR5, HR6, HR9, HR10, HR11 SO1
Princípio 2. As empresas devem certificar-se de que não são cúmplices em abusos dos direitos humanos HR3, HR5, HR6, HR9, HR10, HR11
Princípio 3. As empresas devem defender a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva G4-11 LA1, LA6, LA9, LA12, LA14, LA15
Princípio 4. As empresas devem defender a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou análogo ao escravo HR6
Princípio 5. As empresas devem defender a erradicação efetiva do trabalho infantil HR5
Princípio 6. As empresas devem defender a eliminação da discriminação no emprego e ocupação G4-10 LA1, LA6, LA9, LA12, LA14, LA15 HR3
Princípio 7. As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva sobre os desafios ambientais EN5, EN13, EN18, EN29, EN31, EN32, EN33
Princípio 8. As empresas devem desenvolver iniciativas a fim de promover maior responsabilidade ambiental EN5, EN13, EN18, EN29, EN31, EN32, EN33
Princípio 9. As empresas devem incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente sustentáveis EN5, EN13, EN18, EN29, EN31, EN32, EN33
Princípio 10. As empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina SO5, SO6
Outros Compromissos Índice RemissivoÍndice Remissivo
108 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 109
Outros Compromissos
CORRELAÇÃO COM OS ODSOs Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU),
representam um conjunto de metas acordados internacionalmente, adotados em 2015. São objetivos de longo prazo
(2030) e tem como propósito promover o bem-estar de todos, proteger o meio ambiente e combater as mudanças
climáticas.
No quadro abaixo apresentamos como os ODS estão relacionados às iniciativas apresentadas neste Relatório.
ODS Diretrizes GRI neste Relatório
Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares
Objetivo 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável EC1
Objetivo 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades EN15, EN21, EN22, EN23, LA6
Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos LA9
Objetivo 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas EC1, HR3, LA9, LA12, LA14, LA15
Objetivo 6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos EN8, EN13, EN22, EN23
Objetivo 7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos EC1, EN3, EN5
Objetivo 8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos
HR5, EC1, LA12, HR6, LA9, LA1, EN3, EN5, G4-11, LA14, LA15
Objetivo 9. Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação EC1
Objetivo 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles
Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis
Objetivo 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis EN3, EN15, EN22, EN23
Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos* EN3, EN13, EN15, EN18, EN21
Objetivo 14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável EN3, EN13, EN15, EN18, EN21
Objetivo 15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade EN3, EN13, EN15, EN18, EN21
Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis
G4-56, HR3, HR5, EN29, SO7, SO8, LA14, LA15
Objetivo 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável
* Reconhecendo que a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima [UNFCCC] é o fórum internacional intergovernamental primário para negociar a resposta global à mudança do clima.
RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO LIMITADA DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS INFORMAÇÕES DE SUSTENTABILIDADE CONSTANTES NO RELATÓRIO VOTORANTIM 2016
Aos Administradores
Votorantim S.A.
São Paulo- SP
INTRODUÇÃOFomos contratados pela Votorantim
S.A. (“VSA” ou “Companhia”) para
apresentar nosso relatório de asse-
guração limitada sobre a compilação
das informações relacionadas com sus-
tentabilidade constantes no Relatório
Votorantim 2016 da VSA, relativas ao
exercício findo em 31 de dezembro de
2016.
RESPONSABILIDADES DA ADMINISTRAÇÃO DA COMPANHIA
A administração da VSA é responsável
pela elaboração e adequada apresen-
tação das informações constantes no
Relatório Votorantim 2016, de acordo
com as diretrizes do Global Repor-
ting Initiative (GRI-G4) e pelos
controles internos que ela de-
terminou como necessários para
permitir a elaboração dessas
informações livres de distorção
relevante, independentemente
se causada por fraude ou erro.
RESPONSABILIDADE DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Nossa responsabilidade é ex-
pressar conclusão sobre as infor-
mações constantes no Relatório
Votorantim 2016, com base no
trabalho de asseguração limi-
tada conduzido de acordo com
o Comunicado Técnico CTO 01
– “Emissão de Relatório de As-
seguração Relacionado com Sus-
tentabilidade e Responsabilidade
Social”, emitido pelo Conselho
Federal de Contabilidade – CFC,
com base na NBC TO 3000 - Tra-
balhos de Asseguração Diferente
de Auditoria e Revisão, também
emitida pelo CFC, que é equiva-
lente à norma internacional ISAE
3000 - Assurance engagements
other than audits or reviews of
historical financial information,
emitida pelo IAASB - Interna-
tional Auditing and Assurance
Standards Board. Essas normas
requerem o cumprimento de
exigências éticas, incluindo re-
quisitos de independência, e que
o trabalho seja executado com
o objetivo de obter segurança
limitada de que as informações
constantes no Relatório Voto-
rantim 2016, tomadas em con-
junto, estão livres de distorções
relevantes.
Um trabalho de asseguração
limitada conduzido de acordo
com a NBC TO 3000 e a ISAE
3000 consiste, principalmente,
em indagações à administração
e a outros profissionais da Com-
panhia que estão envolvidos na
elaboração das informações de
sustentabilidade, assim como
na aplicação de procedimentos
analíticos para obter evidência
que possibilite concluir na forma
de asseguração limitada sobre as
informações tomadas em con-
junto. Um trabalho de assegu-
ração limitada requer, também,
a execução de procedimentos
adicionais, quando o auditor in-
dependente toma conhecimento
de assuntos que o leve a acredi-
tar que as informações, tomadas
em conjunto, podem apresentar
distorções relevantes.
Os procedimentos selecionados
basearam-se na nossa compre-
ensão dos aspectos relativos à
compilação e apresentação das
informações de sustentabilidade
constantes no Relatório Voto-
rantim 2016, de outras circuns-
tâncias do trabalho e da nossa
consideração sobre áreas em
que distorções relevantes pode-
riam existir. Os procedimentos
compreenderam:
a. o planejamento dos traba-
lhos, considerando a relevân-
cia, o volume de informações
quantitativas e qualitativas e
os sistemas operacionais e de
controles internos que servi-
ram de base para a elabora-
ção das informações constan-
tes no Relatório Votorantim
2016 da VSA;
{G4-22}
Outros Compromissos Índice RemissivoÍndice Remissivo
110 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 111
Carta da Auditoria
a. o entendimento da metodo-
logia de cálculos e dos proce-
dimentos para a compilação
dos indicadores mediante
entrevistas com os gestores
responsáveis pela elaboração
das informações;
b. aplicação de procedimentos
analíticos sobre as informa-
ções quantitativas e indaga-
ções sobre as informações
qualitativas e sua correlação
com os indicadores divulga-
dos nas informações constan-
tes no Relatório Votorantim
2016;
c. confronto dos indicadores de
natureza financeira com as
demonstrações financeiras e/
ou os registros contábeis.
Os trabalhos de asseguração
limitada compreenderam, tam-
bém, a aplicação de procedi-
mentos quanto à aderência às
diretrizes do Global Reporting
Initiative (GRI-G4) aplicáveis na
compilação das informações de
sustentabilidade constantes no
Relatório Votorantim 2016.
Acreditamos que a evidência
obtida em nosso trabalho é su-
ficiente e apropriada para fun-
damentar nossa conclusão na
forma limitada.
ALCANCE E LIMITAÇÕES
Os procedimentos aplicados em
um trabalho de asseguração limi-
tada são substancialmente menos
extensos do que aqueles aplica-
dos em um trabalho de assegu-
ração razoável, que tem por ob-
jetivo emitir uma opinião sobre as
informações de sustentabilidade
constantes no Relatório Votoran-
tim 2016. Consequentemente,
não nos possibilitam obter segu-
rança razoável de que tomamos
conhecimento de todos os assun-
tos que seriam identificados em
um trabalho de asseguração que
tem por objetivo emitir uma opi-
nião. Caso tivéssemos executado
um trabalho com o objetivo de
emitir uma opinião, poderíamos
ter identificado outros assuntos e
eventuais distorções que podem
existir nas informações de susten-
tabilidade constantes no Relatório
Votorantim 2016. Dessa forma,
não expressamos uma opinião
sobre essas informações.
Os dados não financeiros estão
sujeitos a mais limitações ineren-
tes do que os dados financeiros,
dada a natureza e a diversidade
dos métodos utilizados para de-
terminar, calcular ou estimar esses
dados. Interpretações qualitativas
de materialidade, relevância e
precisão dos dados estão sujei-
tos a pressupostos individuais e
a julgamentos. Além disso, não
realizamos nenhum trabalho em
dados informados para os perío-
dos anteriores, nem em relação a
projeções futuras e metas.
CONCLUSÃOCom base nos procedimentos
realizados, descritos neste re-
latório, nada chegou ao nosso
conhecimento que nos leve a
acreditar que as informações
de sustentabilidade constantes
no Relatório Votorantim 2016
da Votorantim S.A. não foram
compiladas, em todos os aspec-
tos relevantes, de acordo com as
diretrizes do Global Reporting
Initiative (GRI-G4).
São Paulo, 15 de março de 2017
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PRICEWATERHOUSECOOPERS AUDITORES INDEPENDENTESAlameda Dr. Carlos de Carvalho, 417 – 10º AndarCuritiba - PR
PREZADOS SENHORES:1. Esta carta de representação é fornecida em
conexão com a sua auditoria das demonstrações finan-
ceiras consolidadas da Votorantim S.A. e suas controla-
das (a “Companhia”) para o exercício findo em 31 de
dezembro de 2016, com o objetivo de expressar uma
opinião se as demonstrações financeiras consolidadas
foram apresentadas adequadamente, em todos os as-
pectos relevantes de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil e normas internacionais de relatório
financeiro (IFRS). Referências subsequentes nesta car-
ta às “demonstrações financeiras” referem-se às de-
monstrações financeiras consolidadas da Companhia.
2. Confirmamos que, com base em nosso me-
lhor entendimento e opinião, depois de feitas as inda-
gações internas que consideramos necessárias com a
finalidade de nos informarmos apropriadamente:
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS3. Cumprimos nossas responsabilidades, con-
forme definidas na carta de contratação de auditoria,
pela elaboração das demonstrações financeiras de
acordo com normas internacionais de relatório finan-
ceiro (IFRS) e as práticas contábeis geralmente aceitas
no Brasil e, em particular, que as demonstrações finan-
ceiras foram adequadamente apresentadas de acordo
com a referida estrutura de relatório financeiro.
4. Todas as transações foram registradas na conta-
bilidade e estão refletidas nas demonstrações financeiras.
5. Os pressupostos significativos utilizados por
nós ao fazermos as estimativas contábeis, inclusive
àquelas avaliadas pelo valor justo, são razoáveis.
6. Todos os eventos subsequentes à data das
demonstrações financeiras para os quais exigem ajuste
ou divulgação foram ajustados ou divulgados.
7. Os efeitos das distorções não corrigidas são
imateriais, individualmente e de forma agregada, para
as demonstrações financeiras como um todo. Uma lis-
ta das distorções não corrigidas está anexada a esta
carta de representação – Anexo I.
8. Confirmamos que a lista das principais altera-
ções de percentuais de empresas consolidadas em 31 de
dezembro de 2016 está demonstrada no Anexo II. A
tabela das principais empresas consolidadas foi apresen-
tada na carta de representação anual da Companhia.
INFORMAÇÕES FORNECIDAS9. Nós lhes fornecemos:
• acesso a todas as informações das quais estamos
cientes que são relevantes para a elaboração das de-
monstrações financeiras, tais como registros e docu-
mentação, e outras;
Índice Remissivo
112 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 113
Demonstrações FinanceirasCarta de Representação Votorantim S.A.
• informações adicionais que V. Sas. nos solicitaram
para o propósito da auditoria; e
• acesso irrestrito a pessoas dentro da entidade das
quais V. Sas. determinaram necessário obter evidên-
cia de auditoria.
FRAUDE E NÃO CONFORMIDADE COM LEIS E REGULAMENTOS
10. Reconhecemos nossa responsabilidade pelo
planejamento, implementação e manutenção do con-
trole interno para evitar e detectar fraude.
11. Na nossa avaliação não temos conhecimento
de quaisquer riscos de fraude quando da preparação
das presentes demonstrações financeiras.
12. Não identificamos qualquer suspeita ou
ocorrência de fraude afetando a entidade, envolvendo:
• a administração;
• empregados com funções significativas no controle
interno; ou
• quaisquer outros, quando a fraude puder ter efeito
relevante nas demonstrações financeiras.
13. Não foram comunicadas por empregados,
ex-empregados, analistas, órgãos reguladores ou ou-
tros quaisquer suspeitas ou indícios de fraude que afe-
tem as demonstrações financeiras da Companhia.
14. Não ocorreram não conformidades ou sus-
peita de não conformidades com leis e regulamentos,
cujos efeitos devem ser considerados na elaboração
das demonstrações financeiras.
TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS15. Divulgamos a V. Sas. a identidade de todas
as partes relacionadas da Votorantim S.A. e/ou do Con-
solidado e todos os relacionamentos e transações com
partes relacionadas das quais temos conhecimento.
16. Os relacionamentos e transações com partes
relacionadas foram adequadamente contabilizados e
divulgados de acordo com as práticas contábeis ado-
tadas no Brasil e normas internacionais de relatório fi-
nanceiro (IFRS). Adicionalmente, temos conhecimento
de que não divulgamos as informações relacionadas à
remuneração da administração, bem como as caracte-
rísticas (prazos e taxas de remuneração) das principais
transações, conforme requerido pelo CPC 05 – Divul-
gação sobre partes relacionadas.
LITÍGIOS E RECLAMAÇÕES17. Divulgamos a V. Sas.: (i) o nome de todos os
consultores jurídicos internos ou externos que cuidam
de litígios, reclamações de impostos, ações trabalhistas
e quaisquer outros processos, a favor ou contra a em-
presa, bem como de qualquer outro fato que possa ser
considerado como contingência, para seu procedimento
de auditoria de confirmação de dados, conforme anexo
III; (ii) todos os reais ou possíveis litígios e reclamações
conhecidos, cujos efeitos devem ser levados em consi-
deração durante a elaboração das demonstrações finan-
ceiras. Adicionalmente, informações que esses assuntos
foram adequadamente contabilizados e divulgados de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e
normas internacionais de relatório financeiro (IFRS).
OUTROS ASSUNTOS18. Ratificamos que a Companhia efetua ope-
rações de ‘hedge’ com a utilização de instrumentos
financeiros derivativos para a proteção de certas expo-
sições, as quais são analisadas de forma centralizada e
por meio de uma estrutura de governança que inclui
Gestão de Riscos e Auditoria Interna, composto por
membros do Conselho de Administração e pelo Diretor
de Controladoria. Entendemos haver risco remoto de
questionamento fiscal, em virtude de nossos controles
de exposição consolidada.
19. O ágio gerado na aquisição das participa-
ções da Votorantim Investimentos Internacionais S.A.
é proveniente das melhores estimativas da Administra-
ção da Companhia e fundamentado adequadamente
em conformidade com as práticas contábeis vigentes
à época.
20. Com relação à vida útil do ativo imobilizado das
empresas controladas e estimativas contábeis que foram
reconhecidas e divulgadas nas demonstrações financeiras:
• utilizamos processos de mensuração adequados,
incluindo premissas e modelos relacionados, na de-
terminação da estimativa contábil no contexto das
práticas contábeis adotadas no Brasil e normas inter-
nacionais de relatório financeiro (IFRS);
• os processos de mensuração foram aplicados de ma-
neira uniforme em relação ao último exercício social
encerrado;
• as premissas refletem apropriadamente nossa inten-
ção e capacidade de realizar cursos de ação específi-
cos em nome da Companhia, quando relevante para
as estimativas contábeis e divulgações;
• as divulgações relacionadas com as estimativas con-
tábeis são completas e apropriadas de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil e de acordo com
as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS).
• nenhum evento subsequente requer ajuste para as
estimativas contábeis e divulgações incluídas nas de-
monstrações financeiras.
21. Com relação aos depósitos judiciais que fo-
ram compensados com as provisões para contingências
e o valor líquido informado, confirmamos que estamos
satisfeitos quanto ao direito legal de compensação e
confirmamos que pretendemos liquidar com base no
valor líquido ou realizar o ativo e liquidar o passivo
simultaneamente.
22. Confirmamos que conduzimos uma avaliação
adequada com relação à existência ou não de indicati-
vos de uma possível necessidade de teste de redução
ao valor recuperável do ativo imobilizados e tributos
diferidos. O CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável
dos Ativos não obriga a aplicação de um teste anual de
redução ao valor recuperável de ativos – teste de impair-
ment – a menos que existam indicativos. Identificamos
indicativos de impairment em empresas do consolidado
e efetuamos o teste que indicou a existência de provisão
no imobilizado no valor de R$ 768 milhões.
23. Efetuamos testes de impairment do ágio por
rentabilidade futura (goodwill) e identificamos a neces-
sidade de constituição de provisão no valor de R$ 82
milhões, somente.
24. A política de cobertura de seguros dos ativos
e operações da entidade é adequada no sentido de re-
duzir o risco de impedimento da continuidade normal
dos negócios.
25. Os saldos considerados como equivalentes
de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de
alta liquidez, prontamente conversíveis em um mon-
tante conhecido de caixa, sujeitas a um insignificante
risco de mudança de valor e mantidos com a finalidade
de atender a compromissos de caixa de curto prazo.
26. Nós contabilizamos e divulgamos nas de-
monstrações financeiras o impacto de todas as garan-
tias contratuais.
27. Nós consideramos a moeda local (real) como
a moeda funcional da Companhia e de todas as suas
controladas e coligadas localizadas no Brasil, de acor-
do com o CPC 02 e IAS 21, exceto para a Citrosuco
S.A. Agroindústria, que considera o dólar como moeda
funcional, uma vez que é a moeda que melhor reflete
o ambiente econômico que influencia suas operações
e o ambiente de seu setor de atuação.
Demonstrações FinanceirasDemonstrações Financeiras
114 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 115
Carta de Representação Votorantim S.A.Carta de Representação Votorantim S.A.
• não foi divulgado o limite das obrigações contra-
tuais advindas dos empréstimos e financiamentos
(covenants);
• não foram divulgadas as premissas e o stress test
utilizados no teste de recuperação de ativos (imobi-
lizado e intangível);
• não foi divulgada nota explicativa de remuneração
do pessoal chave da administração com os benefí-
cios por categoria (de curto prazo; pós-emprego e
outros de longo prazo);
• não foram divulgados maiores detalhes dos proces-
sos com probabilidade de perda provável e de causas
ativas prováveis;
• não foram divulgadas todas as condições de todas as
operações de mútuos com partes relacionadas, tais
como: explicações das origens das transações, fluxo
de pagamentos e prazos;
• não foram divulgadas as quantidades e vencimentos
das transações de excedente de energia elétrica ce-
lebradas entre a Votener e a CBA e a Votener com
distribuidoras de energia elétrica referente ao 13º
leilão de compra de energia elétrica proveniente de
empreendimentos de geração existente, realizado
pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL;
• nota do segmentado - falta de divulgação dos saldos
consolidados do cálculo de índices de alavancagem;
• não foi aberta a linha de Imposto de Renda e Con-
tribuição Social a recuperar/pagar no balanço patri-
monial;
• não foram divulgados os prazos e taxas de juros das
operações de risco sacado a pagar;
• ausência de divulgação da análise feita pela adminis-
tração das novas normas contábeis que entrarão em
vigor nos próximos exercícios;
Confirmamos que as demonstrações finan-
ceiras e respectivas notas explicativas, encontram-se,
nesta data, devidamente aprovadas para fins de divul-
gação, pelos níveis competentes na administração. Tais
demonstrações financeiras, submetidas à auditoria de
V.Sas., podem ser identificadas pelas seguintes contas
e saldos referentes ao exercício de 2016:
Em milhões de R$
Consolidado
Caixa e equivalentes de caixa 6.946
Aplicações financeiras (ativo circulante) 3.190
Estoques 3.381
Partes relacionadas ativo – não circulante 535
Investimentos 12.949
Imobilizado 25.091
Intangível 13.013
Empréstimos e financiamentos – não circulante 22.631
Patrimônio líquido 38.823
Prejuízo líquido do exercício (1.250)
Essas contas estão de acordo com os livros
da Votorantim S.A e demonstrações financeiras trans-
critas no Livro Diário e também concordarão com
quaisquer publicações ou divulgações para outros fins.
João Carvalho de Miranda Luiz Aparecido Caruso NetoDiretor Presidente Diretor de Controladoria
Paulo Cesar Santos Rafael RevaGerente Geral de Controladoria Contador
CRC PR -053271/O-0 “S” SP
28. Exceto pelo divulgado nas demonstrações fi-
nanceiras consolidadas ou nas notas explicativas às de-
monstrações financeiras, não temos conhecimento de
nenhum passivo ou contingência relevante decorrente
de assuntos ambientais, incluindo aqueles decorrentes
de atos ilegais ou possíveis atos ilegais, ou quaisquer
outros assuntos ambientais que possam ter impacto
relevante sobre as demonstrações financeiras.
29. Além disso não temos conhecimento de que
diretores ou funcionários em cargos de responsabilidade
ou confiança tenham participado ou participem da ad-
ministração ou tenham interesses em sociedades com as
quais a empresa manteve transações, exceto em relação
à participação nas seguintes empresas coligadas:
Empresa Nome
BAESA - Energética Barra Grande Cesar Augusto Conservani
Fábio Rogério Zanfelice
Raul Almeida Cadena
Mineração Rio do Norte Luciano Francisco Alves
Ricardo Rodrigues de Carvalho
30. Confirmamos que colocamos a disposição
de V.Sas. todas informações, cálculos e contratos para
suas análises quanto ao tratamento e registro contábil
das operações de compra e venda de energia elétrica,
celebradas entre a Votener – Votorantim Comercializa-
dora de Energia Ltda. e empresas terceiras. No exercício
findo em 31 de dezembro de 2016, o resultado líquido
decorrente destas transações foram reconhecidas pelo
seu valor justo, gerando uma perda no montante de R$
253 milhões, registrado como “Outras receitas (despe-
sas) operacionais líquidas”. Confirmamos que nenhum
outro contrato de comercialização de energia elétrica
foi assinado pela Companhia e suas controladas além
daqueles descritos no Anexo IV desta carta.
31. Também confirmamos as seguintes informa-
ções prestadas pela Votorantim S.A. e suas controladas:
• Confirmamos a existência de plano de utilização dos
créditos fiscais a recuperar, tanto estaduais (ICMS)
como federais (IRRF e IRPJ/CSLL, PIS e COFINS), den-
tro dos prazos estabelecidos pela legislação vigente
e normativos contábeis.
• A classificação dos instrumentos financeiros nas cate-
gorias definidas pelo CPC 38 – Instrumentos financei-
ros: Reconhecimento e mensuração foi efetuada com
base em informações fornecidas pela área de tesoura-
ria e levam em consideração, inclusive, a estratégia da
Companhia com relação à esses instrumentos.
• A Votorantim S.A. e seus administradores não têm
planos ou intenção de negócios que possam afetar
o valor e a classificação dos ativos e passivos das em-
presas pertencentes à Companhia e suas controladas.
• Existem acordos para a negociação dentre de um
ano dos ativos classificados como “mantidos para a
venda”, cujo valor de negociação supera os valores
contábeis, e sua classificação foi realizada em con-
formidade com IFRS 5/CPC 31 – Ativo não circulante
mantido para venda e operação descontinuada.
• Confirmamos o cumprimento de todas as cláusulas
restritivas estabelecidas por contratos de emprésti-
mos e financiamentos (“covenants”), nas diversas
empresas pertencentes à Companhia.
• O imposto de renda diferido ativo foi determinado
de acordo com as premissas da CPC 32 – Tributos
sobre o Lucro.
• Não temos conhecimento de qualquer contingência
ou risco material que pudesse resultar em perda, em
nossas operações “off-shores”.
32. Estamos cientes de que não foram apresenta-
das nas Demonstrações Financeiras as seguintes divul-
gações, conforme requerido nas normas de divulgação
das práticas contábeis adotadas no Brasil e das IFRS, e
entendemos que a não apresentação não resulta em
impactos materiais nas Demonstrações Financeiras:
Demonstrações FinanceirasDemonstrações Financeiras
116 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 117
Carta de Representação Votorantim S.A.Carta de Representação Votorantim S.A.
ANEXO II – VOTORANTIM S.A. E CONTROLADASEMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE
DEZEMBRO DE 2016
Percentual do capital total e votante
Localização da sedeAtividade principal2016 2015
Cimentos
Acariúba Mineração e Participação Ltda. 100,00 100,00 Brasil Holding
Interávia Transportes Ltda. 100,00 100,00 Brasil Transporte
Silcar Empreendimentos, Comércio e Participações Ltda. 100,00 100,00 Brasil Holding
Votorantim Cimentos N/NE S.A. - “VCNNE” 100,00 100,00 Brasil Cimentos
Votorantim Cimentos S.A. - “VCSA” 100,00 100,00 Brasil Cimentos
Votorantim Cement North America Inc. - “VCNA” 100,00 100,00 Canadá Holding
Votorantim Cimentos EAA Inversiones, S.L. - “VCEAA” 100,00 100,00 Espanha Holding
St. Marys Cement Inc. 100,00 100,00 EUA Cimentos
Cementos Artigas S.A. - “Artigas” 51,00 51,00 Uruguai Cimentos
Alumínio (“CBA”)
Companhia Brasileira de Alumínio - “CBA” 100,00 100,00 Brasil Alumínio
Nazca Participações Ltda. 100,00 Brasil Mineração
Níquel
Votorantim Metais S.A. 100,00 Brasil Níquel
Polimetálicos (“VMH”)
Votorantim GmbH (anteriormente denominada Votorantim Metals GmbH) 100,00 100,00 Áustria Zinco
Votorantim Investimentos Latino-Americanos S.A. - “VILA” 100,00 100,00 Brasil Holding
Votorantim Metais Zinco S.A. - “VMZ” 100,00 100,00 Brasil Zinco
US Zinc Corporation - “USZinc” 100,00 100,00 EUA Zinco
VM Holding S.A. - “VMH” 89,35 100,00 Luxemburgo Holding
Votorantim Metais Cajamarquilla S.A. - “Cajamarquilla” 99,91 99,91 Peru Zinco
Compañia Minera Atacocha S.A.A. 91,00 88,19 Peru Mineração
Compañia Minera Milpo S.A.A. - “Milpo” 80,23 60,06 Peru Mineração
Siderurgia
Acerbrag S.A. 100,00 100,00 Argentina Siderurgia
Votorantim Siderurgia S.A. - “VS” 100,00 100,00 Brasil Siderurgia
Acerías Paz del Río S.A. - “APDR” 82,42 82,42 Colômbia Siderurgia
Holding
Votorantim FinCO GmbH - “Finco” 100,00 100,00 Áustria Trading
Votorantim GmbH - “VGmbH” 100,00 Áustria Trading
ANEXO I - VOTORANTIM S.A. E CONTROLADASAJUSTES NÃO EFETUADOS E NÃO REFLETIDOS NO RELATÓRIO
Ativo circulante
Ativo não-circulante
Passivo circulante
Passivo não-
circulanteEfeito total
PL Resultado
Ajustes identificados em anos anteriores
Provisão de liquidação duvidosa de fiança honrada VFIN - (30,0) - - 30,0 30,0
Sub-total - (30,0) - - 30,0 30,0
Efeitos tributários - 10,2 - - (10,2) -
Total - (19,8) - - 19,8 30
Demonstrações FinanceirasDemonstrações Financeiras
118 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 119
Carta de Representação Votorantim S.A.Carta de Representação Votorantim S.A.
ANEXO III - VOTORANTIM S.A.CONSULTORES JURÍDICOS EXTERNOS
Advocacia Aires Barreto Mariz De Oliveira E Siqueira Campos Advogados
Advocacia Gandra Martins Mesquita Barros Advogados
Advocacia Lunardelli Moraes, Pitombo Advogados
Andrade Advogados Associados Mortari Advogados
Andrezani Advocacia Empresarial Mussi, Sandri & Pimenta Advogados
Autuori Burmann Sociedade de Advogados Oliveira Augusto Maaze Advogados
Bichara, Barata, Costa & Rocha Advogados Pacheco de Castro
Braga Nascimento e Zilio Advogados Pereira & Pereira Advogados Associados S/C
Busatto Advocacia Especializada Pereira Neto Macedo Advogados
Caldas Pereira Advogados e Consultores Associados Pereira dos Santos Quadros Advogados
Claudio Zalaf Advogados Associados Pereira Passos Sociedade de Advogados
Cunha, Oricchio, Ricca, Lopes Advogados Peroba Advogados
Demarest & Almeida Advogados Pinheiro Neto Advogados
Diehl & Cella Advogados Associados Queiroz Cavalcanti Advocacia
Dr. Domingos Leardi Neto Razão Consultoria e Assessoria Empresarial
Edgar Lourenço Gouveia Ribeiro e Sampaio Advogados
Felsberg e Associados Roberto Elias Cury Advocacia
Franceschini e Miranda Advogados Santos & Cavalcanti Advogados Associados
Gris e Teixeira Advogados Associados Souza, Schneider & Pugliese Advogados
Haertel & Haertel Advogados Associados Trench, Rossi e Watanabe Advogados Associados
Lazzarini Moretti e Moraes Advogados
Percentual do capital total e votante
Localização da sedeAtividade principal2016 2015
Santa Cruz Geração de Energia S.A. 100,00 100,00 Brasil Energia Elétrica
Ventos de São Vicente Energias Renováveis S.A. 100,00 100,00 Brasil Holding
Votener - Votorantim Comercializadora de Energia Ltda. 100,00 100,00 Brasil Energia Elétrica
Votorantim Energia Ltda. - “VE” 100,00 100,00 Brasil Holding
Votorantim Geração de Energia S.A. 100,00 100,00 Brasil Holding
Votorantim Novos Negocios Ltda. “VNN” 100,00 Brasil Holding
St. Helen Holding II B.V. “St. Helen” 100,00 Ilhas Cayman Holding
Hailstone Ltd. 100,00 Ilhas Virgens Britânicas Holding
Votorantim RE 100,00 100,00 Luxemburgo Seguros
Segmento financeiro
Votorantim Finanças S.A. 100,00 Brasil Finanças
Operações conjuntas (Joint operations)
Baesa - Energética Barra Grande S.A. 15,00 15,00 Brasil Energia Elétrica
Campos Novos Energia S.A. 44,76 44,76 Brasil Energia Elétrica
Voto - Votorantim Overseas Trading Operations IV Limited 50,00 50,00 Ilhas Cayman Holding
Fundos de aplicação financeira exclusivos
Fundo de Investimento Pentágono Multimercado - Crédito Privado 100,00 Brasil Finanças
Fundo de Investimento Pentágono VC Multimercado – Crédito Privado 100,00 Brasil Finanças
Fundo de Investimento Pentágono CBA Multimercado – Crédito Privado 100,00 Brasil Finanças
Odessa Multimercado Crédito Privado 91,17 61,17 Brasil Finanças
Odessa Multimercado Crédito Privado Fundo de investimento VC 100,00 Brasil Finanças
Odessa Multimercado Crédito Privado Fundo de investimento VM 100,00 Brasil Finanças
Demonstrações FinanceirasDemonstrações Financeiras
120 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 121
Carta de Representação Votorantim S.A.Carta de Representação Votorantim S.A.
Costão Santinho Mahle Shop. Breithaupt
Cotece Marajoara Ind. de Laticínio LTDA Shop. São Bernardo
Cromex Marisol Shop. São José
Dakota Melhoramentos CMPC Shopping ABC
DSM Mellita - Bom Jesus Solae
Ecom Meritor SP Market
EKA Metasa STAMPLINE
Elejor Mexichem Supermercado da família
Elisabeth Cimentos MISSÃO SALESIANA Suzano
Emplal Mondelez TATE & LYLE BRASIL
Energia Madeiras Moveis Novo Horizonte TCP
Energisa Moveis Palmeira Tecelagem Gaucha
EPCOS Mueller Fogoes Temper Sul
Erplasti NC ENERGIA Thermovac Embalagens Plásticas
Esmalglass Noble Comercializadora Tigre
ESPER Norfil TODIMO
FIAÇÃO FIDES Novelis Conv. Topak do Brasil
Fiação São Bento Nutriz Total Alimentos
FLORENSE Olfar Transitions
Galvani Owens Illinois TRW Automotive
General Shop OXITENO UNINORTE
Gevisa Pamplona Vulcabras
Goodyear Paranapanema Wahler
Guala Pernambucanas
Gujão PILKINGTON
ANEXO IV – VOTORANTIM S.A.OPERAÇÃO DE ENERGIA
RELAÇÃO DE CONTRATOS VIGENTES DE ENERGIA ELÉTRICA:
Contratos de compra de energia celebrados com as seguintes contrapartes:
Alcoa Duke Renova
Bolt (3 MW) Eletrosul Quanta Geração
BTG Pactual Energisa Rio Verde
CBA Juba Statkraft
CDSA Light Tractebel (50 MW)
Cemig PCH Pampeana Tractebel (97 MW)
Cesp AES Usaçucar
Contratos de venda de energia celebrados com as seguintes contrapartes:
Acearia Missner IBM Pirelli
Ajinomoto Incofios Plasmel
Aliança Indemil PLASTIBRAS
America International Paper Portobello
APA Inylbra PPG Industrial
APODI Irani PRYSMIAN
Apucarana Participações Irwin Radicifibras
Atco Plasticos Isringhausen Rexmaq
Baterias Bats J Macedo Romi
BIGFER Josapar Rondon Plaza Shopping
Bolt Komatsu Rovitex
Brandili KSPG Conv. Sabic Conv.
Brasmolde Laborprint SAINT GOBAIN
BT Latam Labortex San Marcos
Cebrace Conv. LATAM São Carlos
Cejatel Leardini São Marco
CERTA Lef Pisos Savegnago
COOP Supermercados Leggett & Platt do Brasil Ltda. Seal Energy
Demonstrações FinanceirasDemonstrações Financeiras
122 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 123
Carta de Representação Votorantim S.A.Carta de Representação Votorantim S.A.
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADOEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBROEm milhões de reais
Nota 2016 2015Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 9 6.946 6.649
Aplicações financeiras 10 3.190 3.936
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 136 180
Contas a receber de clientes 11 2.001 2.745
Estoques 12 3.381 3.888
Tributos a recuperar 13 1.527 1.376
Dividendos a receber 14 180 42
Instrumentos financeiros - compromisso firme 15 317 903
Outros ativos 580 767
18.258 20.486
Ativos classificados como mantidos para venda 34 2.125 414
20.383 20.900
Não circulante
Realizável a longo prazo
Aplicações financeiras 10 39 36
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 232 1.361
Tributos a recuperar 13 1.586 1.315
Partes relacionadas 14 535 3.188
Imposto de renda e contribuição social diferidos 21 (b) 4.055 4.065
Depósitos judiciais 23 (b) 420 349
Instrumentos financeiros - compromisso firme 15 371 65
Outros ativos 858 514
8.096 10.893
Investimentos 16 12.949 5.174
Ativos biológicos 66 81
Imobilizado 17 25.091 29.281
Intangível 18 13.013 16.570
59.215 61.999
Total do ativo 79.598 82.899
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADOEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBROEm milhões de reais
Nota 2016 2015Passivo e patrimônio líquido
Circulante
Empréstimos e financiamentos 19 1.772 2.616
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 401 476
Risco sacado a pagar 20 968 1.083
Fornecedores 2.726 3.179
Salários e encargos sociais 848 918
Tributos a recolher 422 502
Adiantamento de clientes 174 242
Dividendos a pagar 14 48 162
Uso do bem público - UBP 24 67 61
Instrumentos financeiros - compromisso firme 15 2
Receita diferida - obrigação por performance 22 244 244
Outros passivos 795 713
8.465 10.198
Passivos relacionados a ativos mantidos para venda 34 1.522
9.987 10.198
Não circulante
Empréstimos e financiamentos 19 22.631 27.915
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 342 601
Imposto de renda e contribuição social diferidos 21 (b) 1.983 2.061
Partes relacionadas 14 22 1.216
Provisões 23 2.346 2.189
Uso do bem público - UBP 24 1.119 1.064
Plano de pensão 31 317 305
Instrumentos financeiros - compromisso firme 15 10 81
Receita diferida - obrigação por performance 22 515 752
Outros passivos 1.503 519
30.788 36.703
Total do passivo 40.775 46.901
Patrimônio líquido
Capital social 25 (a) 28.656 21.419
Reservas de lucros 6.254 7.436
Ajustes de avaliação patrimonial 25 (e) 1.255 2.967
Patrimônio líquido atribuído aos acionistas controladores 36.165 31.822
Participação dos acionistas não controladores 25 (f) 2.658 4.176
Total do patrimônio líquido 38.823 35.998
Total do passivo e patrimônio líquido 79.598 82.899
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.
Demonstrações FinanceirasDemonstrações Financeiras
124 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 125
Balanço patrimonial consolidado Balanço patrimonial consolidado
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBROEm milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma
Nota 2016 2015Operações continuadas
Receita líquida dos produtos vendidos e dos serviços prestados 26 26.738 29.272
Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados 27 (20.773) (21.967)
Lucro bruto 5.965 7.305
Despesas operacionais
Com vendas 27 (1.667) (1.625)
Gerais e administrativas 27 (2.112) (2.083)
Outras despesas operacionais, líquidas 29 (2.605) (440)
(6.384) (4.148)
Lucro (prejuízo) operacional antes das participações societárias e do resultado financeiro (419) 3.157
Resultado de participações societárias
Equivalência patrimonial 16 737 299
Realização dos resultados abrangentes na alienação de investimentos 1.1 (b) 44
781 299
Resultado financeiro líquido 30
Receitas financeiras 1.397 1.071
Despesas financeiras (2.666) (2.853)
Resultado dos instrumentos financeiros derivativos (1.006) 444
Variações cambiais, líquidas 544 (564)
(1.731) (1.902)
Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social (1.369) 1.554
Imposto de renda e contribuição social 21 (a)
Correntes (481) (714)
Diferidos 868 (164)
Lucro líquido (prejuízo) do exercício proveniente de operações continuadas (982) 676
Operações descontinuadas
Prejuízo do exercício proveniente de operações descontinuadas 2.3 (b) e 34 (268) (294)
Lucro líquido (prejuízo) do exercício (1.250) 382
Lucro líquido (prejuízo) atribuível aos acionistas controladores (1.295) 387
Lucro líquido (prejuízo) atribuível aos acionistas não controladores 45 (5)
Lucro líquido (prejuízo) do exercício (1.250) 382
Quantidade média ponderada de ações - milhares 18.278.789 1j7.936.229
Lucro líquido (prejuízo) básico e diluído por lote de mil ações, em reais (controladores) -71 22
Das operações continuadas
Lucro líquido (prejuízo) básico e diluído por lote de mil ações, em reais -56 38
Das operações descontinuadas
Prejuízo básico e diluído por lote de mil ações, em reais -15 -16
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO ABRANGENTEEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBROEm milhões de reais
Nota 2016 2015
Lucro líquido (prejuízo) do exercício (1.250) 382
Outros componentes do resultado abrangente do exercício a serem posteriormente reclassificados para o resultado
Variação cambial de investimentos no exterior, atribuível a acionistas controladores 25 (e) (4.553) 6.649
Variação cambial de investimentos no exterior, atribuível a acionistas não-controladores (711) 1.502
Hedge accounting de investimentos no exterior, líquido de efeitos tributários 6.1.3 2.033 (3.948)
Hedge accounting operacional de controladas 52 28
Valor justo de ativo disponível para venda de investimentos não consolidados 227
Realização de outros resultados abrangentes na alienação de investimentos 1.1 (b) (44)
Participação em outros resultados abrangentes das investidas (59) 78
(3.055) 4.309
Outros componentes do resultado abrangente do exercício que não serão reclassificados para o resultado
Remensurações dos benefícios de aposentadoria, líquidas de efeitos tributários 31 (42) 25
Outros componentes do resultado abrangente do exercício (3.097) 4.334
Total do resultado abrangente do exercício (4.347) 4.716
Das operações
Continuadas (3.948) 5.050
Descontinuadas (399) (334)
(4.347) 4.716
Atribuível aos acionistas
Controladores (3.681) 3.219
Não controladores (666) 1.497
(4.347) 4.716
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.
Demonstrações FinanceirasDemonstrações Financeiras
126 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 127
Demonstração consolidada do resultado Demonstração consolidada do resultado abrangente
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBROEm milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma
Nota
Atribuível aos acionistas controladores
Participação dos acionistas
não controladores
Patrimônio líquidoCapital social
Reservas de lucros Lucros (prejuízos)
acumula-dos
Ajustes de avaliação
patrimonial TotalIncentivos
fiscais Legal Retenção
Em 1º de janeiro de 2015 20.363 6 635 6.638 586 28.228 3.483 31.711
Resultado abrangente do exercício
Lucro líquido (prejuízo) do exercício 387 387 (5) 382
Outros componentes do resultado abrangente 2.832 2.832 1.502 4.334
387 2.832 3.219 1.497 4.716
Transações com acionistas
Remuneração do título conversível em ações 936 (138) (830) (32) (32)
Aumento do capital social 120 120 120
Aumento de participação de acionistas não controladores - Yacuces 55 55
Aumento de participação de acionistas não controladores - Itacamba 53 53
Fair value por aumento de participação na investida Milpo 379 379 (845) (466)
Destinação do lucro líquido do exercício
Constituição de reserva legal 19 (19)
Retenção de lucros 138 (138)
Dividendos (92) (92) (67) (159)
1.056 19 138 (387) (451) 375 (804) (429)
Em 31 de dezembro de 2015 21.419 6 654 6.776 2.967 31.822 4.176 35.998
Resultado abrangente do exercício
Lucro líquido (prejuízo) do exercício (1.295) (1.295) 45 (1.250)
Outros componentes do resultado abrangente (2.386) (2.386) (711) (3.097)
(1.295) (2.386) (3.681) (666) (4.347)
Transações com acionistas
Aumento de capital 1.1 (a) e 25 (a) 7.237 7.237 7.237
Fair value por variação de participação - Polimetálicos (“VMH”) 1.1 (c) 572 572 (572)
Recompra de ações da Milpo 1.1 (c) 102 102 (191) (89)
Reversão de dividendos deliberados 25 (b) 113 113 113
Destinação do lucro líquido do exercício
Constituição de reserva de incentivos fiscais 4 (4)
Dividendos (89) (89)
Compensação do prejuízo do exercício (1.299) 1.299
7.237 4 (1.186) 1.295 674 8.024 (852) 7.172
Em 31 de dezembro de 2016 28.656 10 654 5.590 1.255 36.165 2.658 38.823
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.
Demonstrações Financeiras
Relatório Anual 2016 129
Demonstrações Financeiras
128 Relatório Anual 2016
Demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido Demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXAEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBROEm milhões de reais
Nota 2016 2015Fluxo de caixa das atividades operacionais
Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social (1.369) 1.554
Prejuízo do exercício proveniente de operações descontinuadas (268) (294)
Ajustes de itens que não representam alteração de caixa e equivalentes de caixa
Depreciação, amortização e exaustão 35 2.788 2.754
Equivalência patrimonial 16 (737) (299)
Realização de outros resultados abrangentes na alienação de investimentos 1.1 (b) (44)
Juros, variações monetárias e cambiais 962 2.567
Provisão de impairment de imobilizado, intangível e investimento 29 2.151 650
Ganho líquido na venda de imobilizado e intangível 29 (149) (345)
Ganho líquido na venda de investimento 29 (312) (265)
Perda estimada com créditos de liquidação duvidosa 11 (c) 4
Ajuste a valor justo - Resolução 4131 19 (c) (26)
Deságio na recompra de Bonds 30 (173)
Provisões 384 151
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 791 (386)
Instrumentos financeiros - compromisso firme 15 252 326
Alteração no valor justo do ativo biológico (10) 44
4.244 6.457
Decréscimo (acréscimo) em ativos
Aplicações financeiras 1.754 503
Instrumentos financeiros derivativos (72) 57
Contas a receber de clientes 522 (320)
Estoques 322 (435)
Tributos a recuperar 171 (81)
Partes relacionadas 320 (28)
Demais créditos e outros ativos (111) (33)
Acréscimo (decréscimo) em passivos
Fornecedores (300) 854
Salários e encargos sociais (20) 127
Uso do bem público - UBP 105 145
Tributos a recolher (102) (71)
Demais obrigações e outros passivos 304 (29)
Caixa proveniente das atividades operacionais 7.137 7.146
Juros pagos sobre empréstimos e uso do bem público - UBP (1.779) (1.876)
Prêmio pago na recompra de Bonds (136)
Imposto de renda e contribuição social pagos (491) (634)
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 4.867 4.500
Nota 2016 2015Fluxo de caixa das atividades de investimento
Recebimento de venda de imobilizado e intangível 379 328
Recebimento pela venda do investimento - Sirama 566 142
Recebimento decorrente da venda de outros investimentos 82 285
Recebimento de dividendos 245 716
Aumento de capital em investidas 16 (c) (22)
Aquisição de imobilizado 17 (3.026) (3.199)
Aumento de ativo biológico (5) (13)
Redução de capital em investidas 57
Aquisição de intangível 18 (181) (105)
Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (1.940) (1.811)
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Captações de recursos 19 (c) 6.162 7.191
Liquidação de empréstimos e financiamentos 19 (c) (7.376) (7.576)
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 (371) 151
Aumento de capital social 120
Aumento de participação de acionistas não controladores - Itacamba 53
Aumento de participação de acionistas não controladores - Yacuces 55
Fair value por aumento de participação na investida Milpo (466)
Juros das debêntures da VFIN (106)
Pagamento de dividendos (105) (386)
Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamento (1.690) (964)
Acréscimo em caixa e equivalentes de caixa 1.237 1.725
Aumento de caixa resultante de incorporação 1 (i) 177
Efeito de oscilações nas taxas cambiais (1.117) 1.384
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 6.649 3.540
Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 6.946 6.649
Principais transações que não afetaram o caixa
Aumento de ativos líquidos não-caixa resultante de incorporação 1 (i) 7.060
Transferência de ativos classificados como mantidos para venda 2.125 697
Deságio na recompra de Bonds 30 (173)
Transferência de passivos relacionados a ativos classificados como mantidos para venda (1.522) (105)
Aumento de capital por meio de participação acionária e outros ativos não circulantes 936
Permuta de terrenos com a investida Fibria Celulose S.A. 171
Recebimento da venda de ativos Baraúna com imobilizado 30
Captações de FINAME para aquisição de imobilizado 13
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.
Demonstrações FinanceirasDemonstrações Financeiras
130 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 131
Demonstração consolidada dos fluxos de caixa Demonstração consolidada dos fluxos de caixa
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO VALOR ADICIONADO EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBROEm milhões de reais
Nota 2016 2015
Receitas
Vendas de produtos e serviços 31.156 34.215
Perda estimada com créditos de liquidação duvidosa 11 (c) (70) (61)
Outras receitas operacionais, líquidas 585 807
31.671 34.961
Insumos adquiridos de terceiros
Matérias-primas e outros insumos de produção (18.403) (18.000)
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (512) (555)
Impairment de ágio, imobilizado, intangível e outros ativos 29 (2.151) (652)
Valor adicionado bruto 10.605 15.754
Depreciação, amortização e exaustão 27 (2.664) (2.631)
Valor adicionado líquido produzido 7.941 13.123
Valor adicionado recebido em transferência
Resultado de participações societárias 781 299
Receitas financeiras e variações cambiais ativas 5.083 7.127
5.864 7.426
Valor adicionado total a distribuir 13.805 20.549
Nota 2016 2015
Distribuição do valor adicionado
Pessoal e encargos sociais 28
Remuneração direta 2.704 2.757
Encargos sociais 1.047 1.008
Benefícios 629 554
4.380 4.319
Impostos e contribuições
Federais 2.085 3.008
Estaduais 2.298 3.242
Municipais 18 25
Diferidos (868) 164
3.533 6.439
Remuneração de capitais de terceiros
Despesas financeiras e variações cambiais passivas 6.814 9.029
Aluguéis 328 380
7.142 9.409
Remuneração de capitais próprios
Participação de acionistas não controladores 45 (5)
Dividendos 89 159
Lucros (prejuízos) retidos (1.116) 522
Prejuízo das operações descontinuadas (268) (294)
(1.250) 382
Valor adicionado distribuído 13.805 20.549
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.
Demonstrações FinanceirasDemonstrações Financeiras
132 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 133
Demonstração consolidada do valor adicionado Demonstração consolidada do valor adicionado
NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
A Votorantim S.A. (“Companhia”, “Con-
troladora” ou “VSA”), anteriormente denominada
Votorantim Industrial S.A., é uma empresa de capital
privado integralmente controlada pela família “Ermírio
de Moraes” e que constitui a holding das empresas
Votorantim. Com sede na cidade de São Paulo, tem
por objetivo administrar bens e empresas, podendo
participar em outras companhias de qualquer nature-
za, no interesse de suas finalidades.
A Companhia, por meio de suas controladas
e coligadas, atua nos segmentos de cimentos, polime-
tálicos, alumínio, energia, siderurgia, celulose, agroin-
dústria e finanças.
1.1. PRINCIPAIS EVENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO DE 2016
(a) Incorporação da Votorantim Participações S.A. – (“VPAR”)
Com o objetivo principal de refletir da forma
mais adequada a atuação em todos os seus negócios,
em 1º. de janeiro de 2016, a Companhia incorporou a
sua controladora VPAR e alterou sua razão social 9para
Votorantim S.A. O acervo líquido incorporado foi ava-
liado pelo valor dos livros contábeis para a sociedade.
Esta incorporação resultou no aumento de R$ 7.237,
no patrimônio líquido da Companhia, representado,
substancialmente, pelas participações societárias man-
tidas na Citrosuco e no Banco Votorantim, nos mon-
tantes de R$ 3.242 e R$ 4.466, respectivamente, que
continuam reconhecidas contabilmente pelo método
da equivalência patrimonial. Nesse contexto, a VSA
sucedeu a VPAR em todos os direitos e obrigações,
inclusive no cumprimento das cláusulas de covenants
dos contratos de empréstimos e, quando requeridos,
determinados índices passam a ser calculados a partir
das demonstrações financeiras da Votorantim S.A.
A seguir é apresentado o balanço patrimo-
nial resumido da VPAR utilizado para a incorporação:
1/1/2016 1/1/2016
Ativo Passivo
Circulante 539 Circulante 217
Não circulante Não circulante 1.736
Realizável a longo prazo 1.244
Investimentos 39.230 Patrimônio líquido 39.060
Votorantim Industrial S.A. 31.822
Outros 7.408
40.474
Total do ativo 41.013 Total do passivo e patrimônio líquido 41.013
(b) Alienação do investimento da Sirama Participações Administração e Transportes Ltda. – (“Sirama”)
Em 26 de janeiro de 2016, a Superinten-
dência Geral do Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (“CADE”) aprovou a venda da participação
que a controlada Votorantim Cimentos S.A. (“VCSA”)
possuía em sua investida Sirama. Em 3 de março de
2016, a referida companhia registrou o ganho líquido,
no montante de R$ 293, referente a alienação do in-
vestimento e, consequentemente, realizou a baixa da
parcela referente a variação cambial sobre investimen-
tos no exterior, registrada em “Realização dos resul-
tados abrangentes na alienação de investimento” no
resultado, no montante de R$ 44.
(c) Movimentações societárias no segmento Polimetálicos - VM Holding S.A. (“VMH”)
Em 12 de abril de 2016, a subsidiária Vo-
torantim Metais Cajamarquilla S.A. (“Cajamarquilla”)
adquiriu 264.157.507 ações da Compañía Minera
Milpo S.A.A. (“Milpo”) e aumentou sua participação
para 80,23% do capital social. O incremento na conta
de investimentos foi de R$ 1.501 (USD 424 milhões),
sendo que deste montante, R$ 604 (USD 171 milhões)
foram pagos com recursos próprios e o montante de
R$ 897 (USD 253 milhões), a título de deságio, foi re-
gistrado a crédito na rubrica de ajustes de avaliação
patrimonial no patrimônio líquido.
Em 19 de abril de 2016, a Companhia alie-
nou 10,65% da participação mantida na subsidiária
VMH. O efeito de redução em investimentos foi de
R$ 738 (USD 208 milhões), sendo que deste valor, R$
604 (USD 171 milhões) foram recebidos em moeda
corrente e o montante de R$ 133 (USD 37 milhões) foi
registrado a débito na rubrica de ajustes de avaliação
patrimonial no patrimônio líquido.
Em 20 de abril de 2016, houve deliberação
de pagamento adicional, no montante de R$ 13 (USD
4 milhões), para os acionistas minoritários da VMH.
Em 03 de maio de 2016, a subsidiária Voto-
rantim FinCo GmbH transferiu sua participação man-
tida na Votorantim GmbH (“VGmbH”) para a Voto-
rantim GmbH (anteriormente denominada Votorantim
Metals GmbH), companhia controlada integralmente
pela VMH. O resultado desta transferência na Voto-
rantim FinCo GmbH, reduziu a participação no inves-
timento em R$ 192 e foi registrado a débito na rubri-
ca de ajustes de avaliação patrimonial no patrimônio
líquido.
Em 09 de dezembro de 2016, a Milpo ad-
quiriu 2,75% de suas próprias ações, totalizando R$
102 (USD 31 milhões).
(d) Incorporação Votorantim Metais S.A. (“VMSA”)
Em 1º de julho de 2016, a Companhia Brasi-
leira de Alumínio (“CBA”) incorporou o acervo líquido
contábil, no montante de R$ 627, correspondente ao
patrimônio líquido da VMSA, que até então era con-
trolada pela VSA. Esta reorganização societária faz
parte da estratégia definida pelo conglomerado indus-
trial, do qual fazem parte a CBA e a VMSA, que tem
como objetivo a redução de custos administrativos e
financeiros, bem como otimizar a gestão dos negócios.
Como resultado desta incorporação, a CBA teve seu
capital social aumentado pelo valor do acervo líquido
contábil, avaliado pelo valor dos livros contábeis.
(e) Ativos classificados como mantidos para venda
A Companhia iniciou negociação de suas
operações de aços longos no Brasil, as quais são desen-
volvidas pela VS e, consequentemente, os ativos e pas-
sivos destas operações foram classificados como dispo-
níveis para venda. A valorização desta operação a valor
justo, gerou despesa, líquida do efeito tributário de R$
652 (Nota 34). Para mais informações, vide Nota 36 (vi).
Considerações gerais Considerações gerais Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
134 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 135
(f) Provisão para desvalorização de ativos (impairment)
A controlada CBA registrou no exercício de
2016, provisão para desvalorização de ativos imobiliza-
dos e intangíveis na Unidade Geradora de Caixa (UGC)
Níquel, nos montantes de R$ 672 e R$ 174, respectiva-
mente, totalizando impairment de R$ 846, registrados
na rubrica de “Outras despesas operacionais, líquidas”
(Nota 29).
2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E RESUMO DAS PRÁTICAS CONTÁBEIS
2.1. BASE DE APRESENTAÇÃO
(a) Demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram prepa-
radas e estão sendo apresentadas conforme as práti-
cas contábeis adotadas no Brasil, vigentes em 31 de
dezembro de 2016, o que inclui os pronunciamentos
emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis
(CPCs) e conforme as normas internacionais de Re-
latório Financeiro (International Financial Reporting
Standards (IFRS) emitidas pelo International Accoun-
ting Standards Board (IASB)) e interpretações “IFRIC”,
e evidenciam todas as informações relevantes próprias
das demonstrações financeiras, e somente elas, as
quais estão consistentes com as utilizadas pela Admi-
nistração na sua gestão.
A Companhia divulga espontaneamente sua
demonstração consolidada do valor adicionado, de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil
aplicáveis para as companhias abertas e são apresen-
tadas como parte integrante das demonstrações finan-
ceiras. Para as práticas internacionais, esta demons-
tração é apresentada como informação adicional, sem
prejuízo do conjunto das demonstrações financeiras.
A preparação das demonstrações financeiras
considerou o custo histórico como base de valor, que
no caso de certos ativos e passivos financeiros, inclusi-
ve instrumentos derivativos, mensurados a valor justo.
As demonstrações financeiras requerem o
uso de certas estimativas contábeis críticas e também
o exercício de julgamento por parte da Administração
da Companhia no processo de aplicação de suas prá-
ticas contábeis. As áreas que requerem maior nível de
julgamento e apresentam maior complexidade, bem
como as áreas nas quais premissas e estimativas são
significativas para as demonstrações financeiras, estão
divulgadas na Nota 4.
(b) Aprovação das demonstrações financeiras
A emissão destas demonstrações financeiras
foi aprovada pela Administração em 02 de março de
2017.
2.2. CONSOLIDAÇÃO
(a) ControladasAs controladas são totalmente consolidadas
a partir da data em que o controle é transferido para
a Companhia.
Transações, saldos e ganhos não realizados
em transações entre empresas da Companhia são eli-
minados. Os prejuízos não realizados também são eli-
minados, a menos que a operação forneça evidências
de uma perda (impairment) do ativo transferido. Na
aquisição, as políticas contábeis das controladas são
alteradas quando necessário, para assegurar a consis-
tência com as políticas adotadas pela Companhia.
(b) Transações com participações de não controladores
A Companhia trata as transações com não
controladores como transações com proprietários de
ativos da Companhia. Para as compras de participa-
ções de não controladores, a diferença entre qualquer
contraprestação paga e a parcela adquirida do valor
contábil dos ativos líquidos da controlada é registrada
no patrimônio líquido. Os ganhos ou perdas decorren-
tes de alienações de participações de não controlado-
Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das práticas contábeisConsiderações gerais Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
136 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 137
res também são registrados diretamente no patrimônio
líquido, na conta “Reserva de retenção de lucros”.
(c) Perda de controle em controladasQuando a Companhia deixa de ter controle,
qualquer participação retida na entidade é remensura-
da ao seu valor justo, sendo a mudança no valor con-
tábil reconhecida no resultado. Os valores reconheci-
dos previamente em ajustes de avaliação patrimonial
são reclassificados no resultado.
(d) Coligadas e empreendimentos controlados em conjunto
As operações em conjunto são contabiliza-
das nas demonstrações financeiras para representar
os direitos e as obrigações contratuais da Companhia.
Dessa forma, os ativos, passivos, receitas e despesas
relacionados aos seus interesses em operação em con-
junto são contabilizados individualmente nas demons-
trações financeiras.
Os investimentos em coligadas e joint ven-
tures são contabilizados pelo método de equivalência
patrimonial e são, inicialmente, reconhecidos pelo seu
valor de custo.
O investimento da Companhia em coligadas
e joint ventures inclui o ágio identificado na aquisição,
líquido de qualquer perda acumulada por impairment.
Os ganhos e as perdas de diluição, ocorridos
em participações em coligadas e joint ventures, são
reconhecidos na demonstração do resultado.
(e) Principais empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas
Percentual do capital total e votante
Localização da sedeAtividade principal2016 2015
Cimentos
Acariúba Mineração e Participação Ltda. 100,00 100,00 Brasil Holding
Interávia Transportes Ltda. 100,00 100,00 Brasil Transporte
Silcar Empreendimentos, Comércio e Participações Ltda. 100,00 100,00 Brasil Holding
Votorantim Cimentos N/NE S.A. - “VCNNE” 100,00 100,00 Brasil Cimentos
Votorantim Cimentos S.A. - “VCSA” 100,00 100,00 Brasil Cimentos
Votorantim Cement North America Inc. - “VCNA” 100,00 100,00 Canadá Holding
Votorantim Cimentos EAA Inversiones, S.L. - “VCEAA” 100,00 100,00 Espanha Holding
St. Marys Cement Inc. 100,00 100,00 EUA Cimentos
Cementos Artigas S.A. - “Artigas” 51,00 51,00 Uruguai Cimentos
Alumínio (“CBA”)
Companhia Brasileira de Alumínio - “CBA” 100,00 100,00 Brasil Alumínio
Nazca Participações Ltda. 100,00 Brasil Mineração
Níquel
Votorantim Metais S.A. 100,00 Brasil Níquel
Percentual do capital total e votante
Localização da sedeAtividade principal2016 2015
Polimetálicos (“VMH”)
Votorantim GmbH (anteriormente denominada Votorantim Metals GmbH) 100,00 100,00 Áustria Zinco
Votorantim Investimentos Latino-Americanos S.A. - “VILA” 100,00 100,00 Brasil Holding
Votorantim Metais Zinco S.A. - “VMZ” 100,00 100,00 Brasil Zinco
US Zinc Corporation - “USZinc” 100,00 100,00 EUA Zinco
VM Holding S.A. - “VMH” 89,35 100,00 Luxemburgo Holding
Votorantim Metais Cajamarquilla S.A. - “Cajamarquilla” 99,91 99,91 Peru Zinco
Compañia Minera Atacocha S.A.A. 91,00 88,19 Peru Mineração
Compañia Minera Milpo S.A.A. - “Milpo” 80,23 60,06 Peru Mineração
Siderurgia
Acerbrag S.A. 100,00 100,00 Argentina Siderurgia
Votorantim Siderurgia S.A. - “VS” 100,00 100,00 Brasil Siderurgia
Acerías Paz del Río S.A. - “APDR” 82,42 82,42 Colômbia Siderurgia
Holding
Votorantim FinCO GmbH - “Finco” 100,00 100,00 Áustria Trading
Votorantim GmbH - “VGmbH” 100,00 Áustria Trading
Santa Cruz Geração de Energia S.A. 100,00 100,00 Brasil Energia Elétrica
Ventos de São Vicente Energias Renováveis S.A. 100,00 100,00 Brasil Holding
Votener - Votorantim Comercializadora de Energia Ltda. 100,00 100,00 Brasil Energia Elétrica
Votorantim Energia Ltda. - “VE” 100,00 100,00 Brasil Holding
Votorantim Geração de Energia S.A. 100,00 100,00 Brasil Holding
Votorantim Novos Negocios Ltda. “VNN” 100,00 Brasil Holding
St. Helen Holding II B.V. “St. Helen” 100,00 Ilhas Cayman Holding
Hailstone Ltd. 100,00 Ilhas Virgens Britânicas Holding
Votorantim RE 100,00 100,00 Luxemburgo Seguros
Segmento financeiro
Votorantim Finanças S.A. 100,00 Brasil Finanças
Operações conjuntas (Joint operations)
Baesa - Energética Barra Grande S.A. 15,00 15,00 Brasil Energia Elétrica
Campos Novos Energia S.A. 44,76 44,76 Brasil Energia Elétrica
Voto - Votorantim Overseas Trading Operations IV Limited 50,00 50,00 Ilhas Cayman Holding
Fundos de aplicação financeira exclusivos
Fundo de Investimento Pentágono Multimercado - Crédito Privado 100,00 Brasil Finanças
Fundo de Investimento Pentágono VC Multimercado – Crédito Privado 100,00 Brasil Finanças
Fundo de Investimento Pentágono CBA Multimercado – Crédito Privado 100,00 Brasil Finanças
Odessa Multimercado Crédito Privado 91,17 61,17 Brasil Finanças
Odessa Multimercado Crédito Privado Fundo de investimento VC 100,00 Brasil Finanças
Odessa Multimercado Crédito Privado Fundo de investimento VM 100,00 Brasil Finanças
Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das práticas contábeisApresentação das demonstrações financeiras e resumo das práticas contábeis Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
138 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 139
2.3. REAPRESENTAÇÃO DE CIFRAS COMPARATIVAS
(a) Risco sacado a pagarAs subsidiárias reclassificaram as operações
de risco sacado que estavam originalmente apresenta-
das no balanço patrimonial na rubrica “Fornecedores”
e “Contas a pagar - Trading”, para a rubrica específi-
ca do passivo circulante “Risco sacado a pagar”, em
conformidade com a interpretação normativa da CVM
(Ofício Circular 01/2016) divulgada em 18 de fevereiro
de 2016. Dessa forma, as informações divulgadas em
31 de dezembro de 2015, foram reclassificadas confor-
me quadro a seguir:
Modalidade
Conforme original-mente apresen-
tado Reclas sificaçãoSaldo
reclassificado
Fornecedores 4.136 (957) 3.179
Contas a pagar - Trading 126 (126)
Risco sacado a pagar 1.083 1.083
4.262 4.262
(b) Ativos classificados como mantidos para venda
De acordo com o “IFRS 5 / CPC 31 – Ativo
não circulante mantido para venda e operação des-
continuada” a Companhia reclassificou as operações
de aço longo no Brasil de operações continuadas para
operações descontinuadas, consequentemente, os sal-
dos de resultado sofreram alterações nos valores ante-
riormente apresentados nas demonstrações financeiras
de 31 de dezembro de 2015. Deste modo, apresenta-
mos abaixo os efeitos destas reclassificações:
Conforme originalmente
apresentado
Efeito da reclassificação das operações
de aço longo Brasil Reapresentado
Operações continuadas
Receita líquida dos produtos vendidos e dos serviços prestados 31.521 (2.249) 29.272
Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados (23.532) 1.565 (21.967)
Lucro bruto 7.989 (684) 7.305
Despesas operacionais
Com vendas (1.835) 210 (1.625)
Gerais e administrativas (2.272) 189 (2.083)
Outras despesas operacionais, líquidas (817) 377 (440)
(4.924) 776 (4.148)
Conforme originalmente
apresentado
Efeito da reclassificação das operações
de aço longo Brasil Reapresentado
Lucro operacional antes das participações societárias e do resultado financeiro 3.065 92 3.157
Resultado de participações societárias
Equivalência patrimonial 311 (12) 299
Realização dos resultados abrangentes na alienação de investimento
311 (12) 299
Resultado financeiro líquido
Receitas financeiras 1.137 (66) 1.071
Despesas financeiras (2.937) 84 (2.853)
Resultado dos instrumentos financeiros derivativos 517 (73) 444
Variações cambiais, líquidas (729) 165 (564)
(2.012) 110 (1.902)
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 1.364 190 1.554
Imposto de renda e contribuição social
Correntes (714) (714)
Diferidos (258) 94 (164)
Lucro líquido do exercício proveniente de operações continuadas 392 284 676
Operações descontinuadas
Prejuízo do exercício proveniente de operações descontinuadas (10) (284) (294)
Lucro líquido do exercício 382 382
Lucro líquido atribuível aos acionistas controladores 387 387
Prejuízo atribuível aos acionistas não controladores (5) (5)
Lucro líquido do exercício 382 382
2.4. CONVERSÃO DE MOEDA ESTRANGEIRA
(a) Moeda funcional e de apresentação das demonstrações financeiras
A moeda funcional e de apresentação da
Companhia é o Real (“R$”).
(b) Transações e saldosAs operações com moedas estrangeiras são
convertidas em reais. Quando os itens são remensu-
rados, são utilizadas as taxas de câmbio vigentes nas
datas das transações ou da avaliação. Os ganhos e as
perdas cambiais resultantes da liquidação dessas tran-
sações e da conversão pelas taxas de câmbio do fim do
Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das práticas contábeisApresentação das demonstrações financeiras e resumo das práticas contábeis Demonstrações FinanceirasDemonstrações Financeiras
140 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 141
exercício, referentes a ativos e passivos monetários em
moedas estrangeiras, são reconhecidos na demons-
tração do resultado, exceto quando reconhecidos no
patrimônio como operações qualificadas de hedge de
investimento líquido.
(c) Empresas controladas com moeda funcional diferente da Companhia
Os resultados e a posição financeira de todas
as entidades da Companhia (nenhuma das quais opera
em economia hiperinflacionária), cuja moeda funcional
difere da moeda de apresentação, são convertidos na
moeda de apresentação, como segue:
(i) os ativos e passivos de cada balanço patri-
monial apresentado são convertidos pela taxa de fe-
chamento da data do balanço;
(i i) as receitas e despesas de cada demonstra-
ção do resultado são convertidas pelas taxas médias
de câmbio do período;
(i i i) todas as diferenças de câmbio resultantes
são reconhecidas como um componente separado
no patrimônio líquido, na conta “Ajuste de avaliação
patrimonial”.
Os valores apresentados no fluxo de caixa
são extraídos das movimentações convertidas dos ati-
vos, passivos e resultado, conforme detalhado ante-
riormente.
Na consolidação, as diferenças de câmbio
decorrentes da conversão do investimento líquido em
operações no exterior e de empréstimos e outros ins-
trumentos de moeda designados como hedge desses
investimentos são reconhecidos no patrimônio líqui-
do. Quando uma operação no exterior é parcialmen-
te alienada ou vendida, as diferenças de câmbio que
foram registradas no patrimônio são reconhecidas na
demonstração do resultado como parte de ganho ou
perda sobre a venda.
O ágio e valor justo, decorrentes da aquisi-
ção de uma entidade no exterior, são tratados como
ativos e passivos da entidade no exterior e convertidos
pela taxa de fechamento.
A seguir, descrevemos as moedas funcionais
definidas para as controladas relevantes no exterior:
Empresas País Moeda funcionalAtividade principal
VCNA Canadá Dólar norte americano Holding
VCEAA Espanha Euro Holding
Cajamarquilla Peru Dólar norte americano Zinco
USZinc EUA Dólar norte americano Zinco
Milpo Peru Dólar norte americano Mineração
APDR Colômbia Peso colombiano Siderurgia
Acerbrag Argentina Peso argentino Siderurgia
VMHolding Luxemburgo Dólar norte americano Holding
Votorantim GmbH (anteriormente denominada Votorantim Metals GmbH) Áustria Dólar norte americano Zinco
FinCO Luxemburgo Dólar norte americano Trading
2.5. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Incluem o caixa, os depósitos bancários e
outros investimentos de curto prazo de alta liquidez,
cujos vencimentos originais são inferiores a três meses,
que são prontamente conversíveis em um montante
conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignifi-
cante risco de mudança de valor.
2.6. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
2.6.1. Classificação, reconhecimento e mensuração
A Companhia e suas controladas classificam
seus instrumentos financeiros de acordo com a finali-
dade para a qual os mesmos foram adquiridos e deter-
mina a classificação destes no reconhecimento inicial,
conforme as seguintes categorias:
(a) Instrumentos financeiros ao valor justo por meio do resultado
Têm como característica a sua negociação
ativa e frequente nos mercados financeiros. Esses ins-
trumentos são mensurados por seu valor justo, e suas
variações são reconhecidas no resultado do exercício.
(b) Instrumento financeiro – compromisso firme
A empresa controlada Votener - Votorantim
Comercializadora de Energia Ltda. centraliza as transa-
ções de compra e venda de energia para atender as
demandas das empresas da Votorantim. Uma parte des-
sas transações assume a forma de contratos que foram
celebrados e continuam a ser realizados com a finalida-
de de receber a energia para uso próprio ou entregar a
energia de autoprodução, de acordo com as demandas
produtivas das controladas da Companhia e, por isso,
não atende a definição de instrumento financeiro.
Outra parte dessas transações se refere às
compras e vendas de energia, não utilizada no pro-
cesso produtivo das empresas da Votorantim, sendo
transacionada em mercado ativo, por isso, atende a
definição de instrumentos financeiros, devido ao fato
de serem liquidados em energia, e prontamente con-
versíveis em dinheiro. Tais contratos são contabilizados
como derivativos segundo o IAS 39 / CPC 38 e são
reconhecidos no balanço patrimonial da Companhia
pelo valor justo, na data em que o derivativo é cele-
brado, e é reavaliado a valor justo na data do balanço.
O valor justo desses derivativos é estimado
com base, em parte, nas cotações de preços publica-
das em mercados ativos, na medida em que tais dados
observáveis de mercado existam, e, em parte, pelo uso
de técnicas de avaliação, que considera: (i) preços es-
tabelecidos nas operações de compra e venda, (ii) mar-
gem de risco no fornecimento e (iii) preço de mercado
projetado no período de disponibilidade. Sempre que
o valor justo no reconhecimento inicial para esses con-
tratos difere do preço da transação, ganho ou perda,
é reconhecido no resultado do período.
(c) Mantidos até o vencimentoOs investimentos em valores mobiliários não
derivativos que a Companhia tem capacidade e inten-
ção em manter até a data de vencimento, são classifi-
cados como investimentos mantidos até o vencimento
e são registrados pelo custo amortizado. A Companhia
avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva
de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos fi-
nanceiros está registrado por valor acima de seu valor
recuperável. Quando aplicável, é reconhecida provisão
para desvalorização desse ativo.
(d) Empréstimos e recebíveisSão ativos financeiros não derivativos, com
pagamentos fixos ou determináveis não cotados em
Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das práticas contábeisApresentação das demonstrações financeiras e resumo das práticas contábeis Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
142 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 143
mercado ativo. São mensurados inicialmente a valor
justo, e subsequentemente, pelo custo amortizado,
utilizando o método de juros efetivos.
(e) Ativos financeiros disponíveis para venda
São ativos financeiros não derivativos, não
classificados nos itens anteriores. Eles são apresenta-
dos como ativos não circulantes, a menos que a admi-
nistração pretenda alienar o investimento em até 12
meses após a data do balanço.
2.6.2. 2.6.2 Impairment de ativos financeiros mensurados ao custo amortizado
É mensurado como a diferença entre o valor
contábil dos ativos e o valor presente dos fluxos de
caixa futuros estimados (excluindo-se os prejuízos de
crédito futuro que não foram incorridos), descontados
à taxa de juros em vigor dos ativos financeiros. O valor
contábil do ativo é reduzido e o valor da perda é reco-
nhecido na demonstração do resultado.
Se, em um período subsequente, o valor da
perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser
relacionada objetivamente com um evento ocorrido após
o reconhecimento do impairment (como uma melhoria
na classificação de crédito do devedor), a reversão da
perda será reconhecida na demonstração do resultado.
2.7. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS E ATIVIDADES DE HEDGE
Inicialmente, os derivativos são reconheci-
dos pelo valor justo na data de sua contratação e são,
subsequentemente, remensurados ao seu valor justo.
O método para reconhecer o ganho ou a perda resul-
tante, depende do fato do derivativo ser designado
ou não como um instrumento de hedge nos casos de
adoção da contabilidade de hedge (hedge accounting).
Sendo este o caso, o método depende da natureza do
item que está sendo protegido por hedge. A Compa-
nhia adota a contabilidade de hedge (hedge accoun-
ting) e designa certos derivativos como:
(a) Hedge de fluxo de caixaCom o objetivo de garantir a fixação de mar-
gem operacional em reais para parte da produção das
empresas que integram o segmento de polimetálicos
e alumínio, as empresas controladas contratam instru-
mentos financeiros derivativos para efetuar a venda a
termo de cada commodity em conjunto com a venda
a termo de Dólar norte americano. Há também o he-
dge de período cotacional, no qual se busca equalizar
os períodos entre compra de concentrado e venda do
produto final das plantas não integradas, de modo a
mitigar as exposições.
A parcela efetiva das variações no valor justo
dos derivativos designados e qualificados como hedge
de fluxo de caixa, é reconhecida no patrimônio líquido
na rubrica “Ajuste de avaliação patrimonial”. Ganhos
ou perdas relacionadas à parcela não efetiva são ime-
diatamente reconhecidos no resultado do período. Os
valores acumulados no patrimônio líquido são levados
ao resultado nos períodos em que se realizam as refe-
ridas exportações e/ou vendas referenciadas em preço
LME (London Metal Exchange).
(b) Hedge de valor justoCom o objetivo de manter o fluxo de recei-
tas operacionais, referenciado em preço LME, as em-
presas que integram o segmento de polimetálicos con-
tratam operações de hedge nas quais trocam de fixo
para flutuante, o preço definido nas transações comer-
ciais com clientes interessados em comprar produtos a
preço fixo. As variações no valor justo dos derivativos
designados são reconhecidas no resultado do período.
(c) Hedge de investimento líquidoHedge de investimento líquido em opera-
ções no exterior é contabilizado por similaridade ao
hedge de fluxo de caixa.
Qualquer ganho ou perda do instrumento
de hedge relacionado com a parcela efetiva do hedge
é reconhecido no patrimônio líquido, na conta “Ajus-
tes de avaliação patrimonial”. O ganho ou perda re-
lacionado com a parcela não efetiva é imediatamente
reconhecido no resultado. Ganhos e perdas acumula-
dos no patrimônio líquido são incluídos no resultado
do período, quando o investimento no exterior for re-
alizado ou vendido.
2.8. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES
Correspondem aos valores referentes à ven-
da de mercadorias ou à prestação de serviços no curso
normal das atividades da Companhia.
São inicialmente reconhecidas pelo valor jus-
to e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amor-
tizado com o uso do método da taxa de juros efetiva
menos a perda estimada com créditos de liquidação
duvidosa. As contas a receber de clientes no mercado
externo são atualizadas com base nas taxas de câmbio
vigentes na data do balanço.
2.9. ESTOQUES
Apresentados pelo menor valor entre o cus-
to e o valor realizável líquido. O custo é determina-
do pelo método do custo médio ponderado. O custo
dos produtos acabados e dos produtos em elabora-
ção compreende matérias-primas, mão de obra direta
e outros custos diretos e indiretos de produção (com
base na capacidade operacional normal). As matérias-
-primas provenientes de ativos biológicos são mensu-
radas ao valor justo, menos as despesas de vendas no
ponto da colheita, quando são transferidas do ativo
não circulante para o grupo de estoques.
O valor realizável líquido dos estoques é o
preço de venda estimado no curso normal dos negó-
cios, deduzidas as despesas para efetivação da venda.
As importações em andamento são demonstradas ao
custo acumulado de cada importação.
A Companhia, pelo menos uma vez ao ano,
realiza o inventário físico das mercadorias constantes
em seu estoque. Ajustes de inventário são registrados
na rubrica “Custo dos produtos vendidos e serviços
prestados”.
2.10. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL CORRENTE E DIFERIDO
As despesas de imposto de renda e contri-
buição social do exercício compreendem o imposto e
contribuição correntes e diferidos. O imposto sobre a
renda e a contribuição social são reconhecidos na de-
monstração do resultado, exceto na proporção em que
estiverem relacionados com itens reconhecidos direta-
mente no patrimônio líquido. Nesse caso, o imposto
e a contribuição social também são reconhecidos no
patrimônio líquido ou no resultado abrangente.
Os encargos de imposto de renda e contri-
buição social correntes e diferidos são calculados com
base nas leis tributárias promulgadas, ou substancial-
mente promulgadas, na data do balanço dos países
em que as entidades atuam e geram lucro tributável.
A Administração avalia, periodicamente, as posições
assumidas nas apurações de impostos sobre a renda e
contribuição social com relação às situações em que a
regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpre-
tações. Estabelece provisões, quando apropriado, com
base nos valores estimados de pagamento às autori-
dades fiscais.
Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das práticas contábeisApresentação das demonstrações financeiras e resumo das práticas contábeis Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
144 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 145
O imposto de renda e a contribuição social
corrente são apresentados líquidos, por entidade con-
tribuinte, no passivo quando houver montantes a pa-
gar, ou no ativo quando os montantes antecipadamen-
te pagos excedem o total devido na data do balanço.
O imposto de renda e a contribuição social
diferidos ativos são reconhecidos somente na propor-
ção da probabilidade de que lucro tributável futuro
esteja disponível e contra o qual as diferenças tempo-
rárias possam ser utilizadas.
Os impostos de renda diferidos ativos e pas-
sivos são apresentados pelo líquido no balanço quan-
do há o direito legal e a intenção de compensá-los
quando da apuração dos tributos correntes, em geral
relacionado com a mesma entidade legal e mesma au-
toridade fiscal. Dessa forma, impostos diferidos ativos
e passivos em diferentes entidades ou em diferentes
países, em geral são apresentados em separado, e não
pelo líquido.
2.11. DEPÓSITOS JUDICIAIS
São atualizados monetariamente e quando
possuírem provisão correspondente são apresentados
de forma líquida em “Provisões”. Os depósitos judiciais
que não possuem provisão correspondente são apre-
sentados no ativo não circulante.
2.12. IMOBILIZADO
É demonstrado pelo custo histórico de aqui-
sição ou de construção deduzido da depreciação acu-
mulada. O custo histórico também inclui os custos
de financiamento relacionados com a aquisição ou a
construção de ativos qualificáveis.
Os custos subsequentes são incluídos no va-
lor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo
separado, conforme apropriado, somente quando há
probabilidade de benefícios econômicos futuros asso-
ciados ao item e quando o custo do item pode ser
mensurado com segurança. O valor contábil de itens
ou peças substituídas é baixado.
Reparos e manutenções são apropriados ao
resultado durante o período em que são incorridos. O
custo das principais reformas é acrescido ao valor con-
tábil do ativo quando os benefícios econômicos futu-
ros ultrapassam o padrão de desempenho inicialmente
estimado para o ativo em questão. As reformas são
depreciadas ao longo da vida útil econômica restante
do ativo relacionado.
Os terrenos não são depreciados. A depre-
ciação dos ativos imobilizados é calculada pelo método
linear, considerados os custos e os valores residuais du-
rante a vida útil estimada, conforme nota 18.
O valor contábil de um ativo é imediatamen-
te baixado para seu valor recuperável quando o valor
contábil é maior do que o valor recuperável estimado,
de acordo com os critérios que a Companhia adota
para determinar o valor recuperável.
Ganhos e perdas de alienações são deter-
minados pela comparação do valor da venda com o
valor contábil e são reconhecidos em “Outras des-
pesas operacionais, líquidas” na demonstração do
resultado.
2.13. ARRENDAMENTO MERCANTIL
Os arrendamentos do imobilizado, nos
quais a Companhia e suas controladas detêm, subs-
tancialmente, todos os riscos e os benefícios da
propriedade, são classificados como arrendamentos
financeiros. Estes são capitalizados no início do ar-
rendamento pelo menor valor entre o valor justo do
bem arrendado e o valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento.
Cada parcela paga do arrendamento é alo-
cada, parte para amortização do passivo e parte aos
encargos financeiros. As obrigações correspondentes,
líquidas dos encargos financeiros, são incluídas em ou-
tros passivos.
Os juros são debitados à demonstração do
resultado durante o período do arrendamento para
produzir uma taxa periódica constante de juros sobre
o saldo remanescente do passivo em cada período. O
imobilizado adquirido por meio de arrendamentos fi-
nanceiros é depreciado durante a vida útil do ativo.
2.14. ATIVOS CLASSIFICADOS COMO MANTIDOS PARA VENDA
São classificados como ativos mantidos para
venda quando seu valor contábil for recuperado, prin-
cipalmente por meio de venda e quando a venda for
considerada altamente provável. Estes ativos são ava-
liados pelo menor valor entre o valor contábil e o valor
justo, deduzidos os custos de venda.
A depreciação dos ativos mantidos para ne-
gociação cessa quando um grupo de ativos é designa-
do como mantido para venda. Os ativos e passivos do
grupo de ativos descontinuados são apresentados em
linhas únicas no ativo e no passivo.
2.15. ATIVOS INTANGÍVEIS
(a) ÁgioO ágio (goodwill) é representado pela dife-
rença positiva entre o valor pago e/ou a pagar pela
aquisição de um negócio e o montante líquido do va-
lor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida.
O ágio de aquisições de controladas é registrado como
“Ativo intangível” nas demonstrações financeiras con-
solidadas. O ágio é testado anualmente para verifica-
ção de prováveis perdas (impairment) e contabilizado
pelo seu valor de custo menos as perdas acumuladas
por impairment, que não são revertidas. Os ganhos
e as perdas da alienação de uma entidade incluem o
valor contábil do ágio relacionado com a entidade ven-
dida.
O ágio é alocado às Unidades Geradoras de
Caixa (UGCs) para fins de teste de impairment. A alo-
cação é feita para as UGCs ou para os grupos de UGCs
que devem se beneficiar da combinação de negócios
da qual o ágio se originou.
(b) Direitos sobre recursos naturaisOs custos relacionados a aquisição de direi-
tos de exploração de minas, a manutenção para au-
mentar o acesso ao minério e os direitos adquiridos
relativos a exploração de recurso eólicos são capita-
lizados e amortizados usando-se o método linear ao
longo das vidas úteis, ou, quando aplicável, com base
na exaustão de minas no caso de direitos de explora-
ção de minas.
Após o início da fase produtiva da mina ou
da operação do parque eólico, esses gastos são amor-
tizados e tratados como custo de produção.
A exaustão de recursos minerais e parques eó-
licos é calculada com base na extração e utilização, res-
pectivamente, considerando-se as vidas úteis estimadas.
(c) SoftwaresOs custos associados à manutenção de sof-
twares são reconhecidos como despesa, conforme in-
corridos e são amortizados durante sua vida útil esti-
mável de três a cinco anos.
(d) Uso do bem público - UBPCorresponde aos valores estabelecidos nos
contratos de concessão relacionados aos direitos de
exploração do potencial de geração de energia hidrelé-
trica (concessão onerosa), cujo contrato é assinado na
modalidade de Uso do Bem Público - UBP.
Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das práticas contábeisApresentação das demonstrações financeiras e resumo das práticas contábeis Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
146 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 147
O registro contábil é feito no momento da
liberação da licença de operação, independentemente
do cronograma de desembolsos estabelecido no contra-
to. O registro inicial desse passivo (obrigação) e do ativo
intangível (direito de concessão) corresponde aos valores
das obrigações futuras trazidos a valor presente (valor
presente do fluxo de caixa dos pagamentos futuros).
A amortização do intangível é calculada pelo
método linear pelo prazo remanescente da concessão.
O passivo financeiro é atualizado pelo índice contratual
estabelecido e pelo ajuste a valor presente em decor-
rência da passagem do tempo e reduzido pelos paga-
mentos efetuados.
(e) Cláusulas de relacionamento com clientes e acordos de não-concorrência
Quando adquiridos em combinação de ne-
gócios são reconhecidos pelo valor justo na data de
aquisição. As cláusulas de relacionamento com clientes
e acordos de não concorrência têm vida útil finita e são
mensuradas pelo custo menos a amortização acumu-
lada. A amortização é calculada pelo método linear
sobre a vida útil estimada apresentada a seguir:
Relação com clientes 15 anos
Acordos de não concorrência 5 anos
2.16. COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS E ÁGIO FUNDAMENTADO PELA EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE FUTURA (“GOODWILL”)
A Companhia utiliza o método de aquisição
para contabilização de transações classificadas como
combinação de negócios. A contraprestação transferi-
da para a aquisição de controlada é o valor justo dos
ativos transferidos, passivos incorridos e instrumentos
patrimoniais. A contraprestação transferida inclui o va-
lor justo de algum ativo ou passivo resultante de um
contrato de contraprestação contingente quando apli-
cável. Custos relacionados com aquisição são contabi-
lizados no resultado do exercício conforme incorridos.
Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assu-
midos em combinação de negócios são mensurados
inicialmente pelos valores justos na data da aquisição.
A Companhia reconhece a participação não contro-
ladora na adquirida, tanto pelo seu valor justo como
pela parcela proporcional da participação não contro-
ladora no valor justo de ativos líquidos da adquirida.
A participação não controladora a ser reconhecida é
determinada em cada aquisição.
2.17. IMPAIRMENT DE ATIVOS NÃO FINANCEIROS
Os ativos que têm vida útil indefinida, como
o ágio, não estão sujeitos à amortização e são testa-
dos anualmente ou sempre que houver indicativo de
deterioração ou perda do valor contábil para identificar
eventual necessidade de redução ao valor recuperável
(impairment).
Os ativos que estão sujeitos à depreciação e
amortização são revisados para a verificação de impair-
ment sempre que eventos ou mudanças nas circunstân-
cias econômicas, operacionais ou tecnológicas possam in-
dicar deterioração ou perda do valor contábil. Uma perda
por impairment é reconhecida quando o valor contábil
do ativo ou unidade geradora de caixa (UGC) excede seu
valor recuperável, ajustando o valor contábil líquido ao
valor recuperável. O valor recuperável é o maior valor en-
tre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e
o seu valor em uso. Para fins de avaliação do impairment,
os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os
quais existem fluxos de caixa identificáveis separadamen-
te (UGC). Os ativos não financeiros, exceto o ágio, que
tenham sofrido impairment, são revisados posteriormen-
te para a análise de uma possível reversão do impairment,
na data do balanço.
2.18. FORNECEDORES
São obrigações por bens ou serviços que fo-
ram adquiridos no curso normal dos negócios. Sendo
inicialmente reconhecidas pelo valor justo e, subse-
quentemente, mensuradas pelo custo amortizado com
o uso da taxa de juros efetiva.
2.19. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
São reconhecidos inicialmente pelo valor
justo, líquido dos custos de transação incorridos, e
subsequentemente, são demonstrados pelo custo
amortizado. Qualquer diferença entre os valores cap-
tados (líquidos dos custos da transação) e o valor total
a pagar é reconhecida na demonstração do resultado
durante o período em que os empréstimos e financia-
mentos estejam em aberto, utilizando-se da taxa de
juros efetiva.
Os custos de financiamentos que são direta-
mente atribuíveis à aquisição, construção ou produção
de um ativo qualificável, que é um ativo que necessa-
riamente, demanda um período de tempo substancial
para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos,
são capitalizados como parte do custo do ativo quan-
do for provável que resultarão em benefícios econômi-
cos futuros para a entidade e que tais custos possam
ser mensurados com confiança. Demais custos de em-
préstimos são reconhecidos como despesa no período
em que são incorridos.
2.20. PROVISÕES
(a) Provisões de natureza tributária, cível, trabalhista, ambiental e ações judiciais
A Companhia e suas controladas são partes
envolvidas em processos tributários, cíveis, trabalhistas,
ambientais entre outras ações judiciais em andamento,
e estão discutindo essas questões tanto na esfera ad-
ministrativa quanto na judicial, as quais, quando apli-
cáveis, são amparadas por depósitos judiciais.
As provisões para as perdas decorrentes de
passivos contingentes classificadas como prováveis são
reconhecidas contabilmente, desde que: (i) haja uma
obrigação presente (legal ou não formalizada) como
resultado de eventos passados; (ii) é provável que será
necessária uma saída de recursos para liquidar a obriga-
ção; e (iii) o valor puder ser estimado com segurança. As
perdas classificadas como possíveis não são reconheci-
das contabilmente, sendo divulgadas nas notas expli-
cativas. As contingências cujas perdas são classificadas
como remotas não são provisionadas nem divulgadas,
exceto quando, em virtude da visibilidade do proces-
so, a Companhia considere sua divulgação justificada.
A classificação das perdas entre possíveis, prováveis e
remotas, baseia-se na avaliação da Administração, fun-
damentada na opinião de seus consultores jurídicos.
As provisões são mensuradas pelo valor pre-
sente dos gastos que devem ser necessários para liqui-
dar a obrigação, a qual reflete as avaliações atuais do
mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos es-
pecíficos da obrigação, essas variações são reconhecidas
no resultado do período. As provisões não são reconhe-
cidas com relação às perdas operacionais futuras.
(b) Obrigação com desmobilização de ativo
A mensuração das obrigações para desmo-
bilização de ativos envolve julgamento sobre diversas
premissas. Sob o ponto de vista ambiental, refere-se
às obrigações futuras de restaurar/ recuperar o meio
ambiente, para as condições ecologicamente similares
às existentes, antes do início do projeto ou atividade
ou de fazer medidas compensatórias, acordadas com
os órgãos competentes, em virtude da impossibilidade
do retorno a essas condições pré-existentes. Essas obri-
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148 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 149
gações surgem a partir do início da degradação am-
biental da área ocupada, objeto da operação ou a par-
tir de compromissos formais assumidos com o órgão
ambiental, cuja degradação precisa ser compensada.
A desmontagem e retirada da operação de um ativo
ocorre quando ele for permanentemente desativado,
por meio de sua paralisação, venda ou alienação.
As obrigações consistem principalmente de
custos associados com o encerramento das atividades.
O custo de desmobilização de ativos, equivalente ao
valor presente da obrigação (passivo), é capitalizado
como parte do valor contábil do ativo, que é deprecia-
do ao longo de sua vida útil. Estes passivos são regis-
trados como provisões.
(c) Obrigação para passivos ambientais O passivo ambiental deve ser reconhecido
quando existe obrigação por parte da Companhia que
incorreu em custo ambiental ainda não desembolsado,
desde que atenda ao critério de reconhecimento como
uma obrigação. Portanto, esse tipo de passivo é defi-
nido como sendo uma obrigação presente da Compa-
nhia que surgiu de eventos passados.
2.21. BENEFÍCIOS A EMPREGADOS
(a) Obrigações de aposentadoriaA Companhia, por meio das controladas no
exterior (VCNA, VCEAA, Artigas e APDR) e no Brasil
(VCNNE) participa de planos de pensão, administra-
dos por entidade fechada de previdência privada, que
provêm a seus empregados benefícios pós-emprego.
O passivo com relação aos planos de benefí-
cio definido é o valor presente da obrigação de bene-
fício definido na data do balanço, menos o valor justo
dos ativos do plano. A obrigação de benefício definido
é calculada anualmente por atuários independentes,
com o método da unidade de crédito projetada. O
valor presente da obrigação de benefício definido é
determinado mediante o desconto das saídas futuras
estimadas de caixa, usando-se taxas de juros condi-
zentes com os rendimentos de mercado, as quais são
denominadas na moeda em que os benefícios serão
pagos e têm prazos de vencimento próximos daque-
les da respectiva obrigação do plano de pensão. Em
países, como o Brasil, onde não existe mercado ativo
em tais obrigações, são utilizadas as taxas de mercado
sobre títulos do governo.
Ganhos e perdas decorrentes de mudanças
nas premissas atuariais e plano de pensão são reco-
nhecidos em “Ajustes de avaliação patrimonial”, no
período em que ocorrerem.
Os custos de serviços passados são imedia-
tamente reconhecidos no resultado, a menos que as
mudanças do plano de pensão estejam condicionadas
à permanência do funcionário no emprego, por um
período de tempo específico (o período no qual o di-
reito é adquirido). Nesse caso, os custos de serviços
passados são amortizados pelo método linear durante
o período em que o direito foi adquirido.
Para os planos de contribuição definida, a
Companhia paga contribuições para os administra-
dores dos planos de pensão em bases compulsórias,
contratuais ou voluntárias. O grupo não tem mais obri-
gações de pagamento uma vez que as contribuições
tiverem sido pagas. As contribuições são reconhecidas
como despesa de benefícios a empregados, quando
são devidas. Contribuições pagas antecipadamente
são reconhecidas como um ativo na proporção em que
um reembolso em dinheiro ou redução dos pagamen-
tos futuros estiver disponível.
(b) Assistência médica (pós-aposentadoria)
O passivo relacionado ao plano de assistên-
cia médica aos aposentados é registrado pelo valor
presente da obrigação, menos o valor de mercado dos
ativos do plano, ajustado por ganhos e perdas atuariais
e custos de serviços passados, de forma similar à me-
todologia contábil usada para os planos de pensão de
benefício definido. A obrigação da assistência médica
pós-aposentadoria é calculada anualmente por atuá-
rios independentes. O valor presente da obrigação de
benefício de assistência médica pós-aposentadoria é
determinado pela estimativa de saída futura de caixa.
Ganhos e perdas decorrentes de mudanças
nas premissas atuariais são reconhecidos integralmente
em “Ajustes de avaliação patrimonial”, no período em
que ocorrerem.
(c) Participação dos empregados no resultado
São registradas provisões para reconhecer a
despesa referente à participação dos empregados nos
resultados. Essas provisões são calculadas com base em
metas qualitativas e quantitativas definidas pela Admi-
nistração e contabilizadas no resultado como “Benefí-
cios a empregados”.
2.22. CAPITAL SOCIAL
É representado exclusivamente por ações
ordinárias que são classificadas no patrimônio líquido.
2.23. DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS
É reconhecida como um passivo nas de-
monstrações financeiras ao fim do exercício com base
no estatuto social. Qualquer valor acima do mínimo
obrigatório, 25% do lucro do exercício, somente é pro-
visionado na data de aprovação pelos acionistas, em
Assembleia Geral.
2.24. LUCRO (PREJUÍZO) BÁSICO POR AÇÃO
É calculado dividindo o lucro líquido (prejuí-
zo) atribuído aos acionistas controladores pela quanti-
dade média ponderada de ações ordinárias.
2.25. RECONHECIMENTO DA RECEITA
A receita é apresentada líquida dos impos-
tos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos,
bem como das eliminações das vendas entre empresas
consolidadas.
(a) Venda de produtos e serviçosA Companhia e suas controladas reconhe-
cem a receita quando: (i) o valor da receita pode ser
mensurado com segurança; (ii) seja provável que bene-
fícios econômicos futuros fluirão para a entidade; e (iii)
critérios específicos tenham sido atendidos para cada
uma das atividades da Companhia e suas controladas.
O valor da receita não será considerado mensurável com
segurança até que todas as condições relacionadas com
a venda tenham sido resolvidas. A Companhia e suas
controladas baseiam suas estimativas em resultados
históricos, levando em consideração o tipo de cliente,
o tipo de transação e as especificações de cada venda.
(b) Venda de energia elétricaAs operações de venda de energia, as quais
atendem a definição de instrumento financeiro, são
reconhecidas contabilmente nas demonstrações finan-
ceiras da Companhia pelo seu valor justo.
(c) Receita financeiraA receita financeira decorrente de ativos
financeiros mensurados ao custo amortizado é reco-
nhecida conforme o prazo decorrido das operações,
usando-se da taxa de juros efetiva.
Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das práticas contábeisApresentação das demonstrações financeiras e resumo das práticas contábeis Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
150 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 151
2.26. SUBVENÇÃO GOVERNAMENTAL
São reconhecidas ao valor presente quando
existe garantia razoável de que o subsídio será recebi-
do e a Companhia cumprirá todas as condições.
Subvenções governamentais relacionadas
aos custos são diferidas e reconhecidas no resultado
durante o período necessário para conciliar com os
custos que o subsídio tem a intenção de compensar.
3. MUDANÇAS NAS PRÁTICAS CONTÁBEIS E DIVULGAÇÕES
(a) Novas normas ainda não adotadasAs normas a seguir foram publicadas e serão
obrigatórias para períodos contábeis subsequentes, ou
seja, a partir de 1º de janeiro de 2018. Não houve ado-
ção antecipada dessas normas e alterações de normas
por parte da Companhia.
(i) CPC 48/IFRS 9 - “Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração”
Essa norma aborda a classificação, a mensu-
ração e o reconhecimento de ativos e passivos finan-
ceiros. O IFRS 9 tem o objetivo, em última instância, de
substituir a IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reco-
nhecimento e Mensuração. Essa norma entra em vigor
a partir de 1º de janeiro de 2018. A Administração está
avaliando os impactos de sua adoção.
(i i) CPC 47/IFRS 15 – “Receita de contratos com clientes”
Essa nova norma traz os princípios que uma
entidade aplicará para determinar a mensuração da re-
ceita e quando ela é reconhecida. Entrará em vigor a
partir de 1º de janeiro de 2018 e irá substituir as IAS 11
(CPC 17) – Contratos de construção e IAS 18 – (CPC
30) - Receitas e correspondentes interpretações. A Ad-
ministração está avaliando os impactos de sua adoção.
(i i i) IFRS 16 – “Leases”
Essa norma substitui a norma anterior de ar-
rendamento mercantil, IAS 17 – (CPC 06 (R1)) – Ope-
rações de Arrendamento Mercantil, e interpretações
relacionadas. Essa norma entra em vigor a partir de 1º
de janeiro de 2019. A Administração está avaliando os
impactos de sua adoção.
Mudanças nas práticas contábeis e divulgaçõesApresentação das demonstrações financeiras e resumo das práticas contábeis Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
152 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 153
4. ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS
Com base em premissas, a Companhia faz
estimativas com relação ao futuro. Por definição, as es-
timativas e julgamentos contábeis são continuamente
avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em
outros fatores, incluindo expectativas de eventos fu-
turos, consideradas razoáveis para as circunstâncias.
As estimativas contábeis raramente serão
iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e
premissas que apresentam um risco significativo, com
probabilidade de causar um ajuste relevante nos va-
lores contábeis de ativos e passivos para o próximo
exercício social, estão contempladas a seguir:
(a) Combinação de negóciosEm uma combinação de negócios, os ativos
identificáveis adquiridos e os passivos assumidos são
mensurados pelo valor justo na data de aquisição. As
participações de não controladores na empresa adqui-
rida são avaliadas ao valor justo ou na parte relevante
do valor justo dos ativos identificáveis líquidos da em-
presa. A mensuração desses ativos e passivos, na data
de aquisição, é sujeita a análise de recuperação, in-
cluindo estimativa de fluxo de caixa futuro, valor justo,
risco de crédito e outros, e pode ser significativamente
diferente dos resultados atuais.
(b) Valor justo de derivativos e outros instrumentos financeiros
O valor justo de instrumentos financeiros
que não são negociados em mercados ativos é deter-
minado mediante o uso de técnicas de avaliação. A
Companhia usa seu julgamento para escolher entre
diversos métodos e definir premissas que se baseiam
principalmente nas condições de mercado existentes
na data do balanço (Nota 6.1.1).
(c) Obrigações para desmobilização de ativos
A Companhia reconhece uma obrigação
segundo o valor justo para desmobilização de ativos
no período em que elas ocorrerem, tendo como con-
trapartida o respectivo ativo intangível. A Companhia
considera as estimativas contábeis relacionadas com a
recuperação de áreas degradadas e os custos de en-
cerramento de uma mina como prática contábil crítica
por envolver valores expressivos de provisão e se tratar
de estimativas que envolvem diversas premissas, como
taxas de juros, inflação, vida útil do ativo consideran-
do o estágio atual de exaustão, os custos envolvidos
e as datas projetadas de exaustão de cada mina. Estas
estimativas são revisadas anualmente pela Companhia.
(d) Imposto de renda e contribuição social diferidos
A Companhia e suas controladas estão sujei-
tas ao imposto de renda, e quando aplicável a contribui-
ção social em todos os países em que opera. A provisão
para imposto de renda e contribuição social é calculada
individualmente por entidade com base em alíquotas
e regras fiscais em vigor na localidade da entidade. A
Companhia também reconhece provisões por conta de
situações em que é provável que valores adicionais de
impostos sejam devidos. Quando o resultado final dessa
avaliação é diferente dos valores inicialmente estimados
e registrados, essas diferenças afetam os ativos e passi-
vos fiscais atuais e diferidos no período em que o valor
definitivo é determinado (Nota 21).
(e) Revisão da vida útil do imobilizado e intangível
A capacidade de recuperação dos ativos que
são utilizados nas atividades da Companhia e suas con-
troladas é avaliada sempre que eventos ou mudanças
nas circunstâncias indicarem que o valor contábil de
um ativo ou grupo de ativos pode não ser recuperável
com base em fluxos de caixa futuros. Se o valor contá-
bil destes ativos for superior ao seu valor recuperável,
o valor líquido é ajustado e sua vida útil readequada
para novos patamares.
(f) Provisões A Companhia e suas controladas é parte en-
volvida em processos tributários, cíveis, trabalhistas e
outras ações judiciais que se encontram em instâncias
diversas. As provisões constituídas para fazer face às
potenciais perdas decorrentes dos processos em curso
são estabelecidas e atualizadas com base na avaliação
da administração, fundamentada na opinião de seus
assessores legais e requerem elevado grau de julga-
mento sobre as matérias envolvidas (Nota 23).
(g) Impairment de ágios e investimentosAnualmente, a Companhia revisa o valor
contábil líquido do ágio, com o objetivo de avaliar se
houve deterioração ou perda no valor recuperável. Os
valores recuperáveis de UGCs foram determinados de
acordo com o valor em uso, efetuados com base no
modelo de fluxo de caixa descontado. O valor recupe-
rável é sensível à taxa de desconto utilizada no método
de fluxo de caixa descontado, bem como aos recebi-
mentos de caixa futuros esperados e à taxa de cresci-
mento utilizada para fins de extrapolação.
Para a apuração dos valores recuperáveis dos
investimentos, a Companhia utiliza critérios similares
aos utilizados para teste de impairment sobre ágio
(Nota 18 (c)).
(h) Uso do bem públicoO montante é originalmente reconhecido
como um passivo financeiro (obrigação) e como um
ativo intangível (direito de uso de um bem público),
que corresponde ao montante das despesas totais
anuais ao longo do período do contrato descontado a
valor presente (valor presente dos fluxos de caixa futu-
ros de pagamento).
Estimativas e julgamentos contábeis críticosEstimativas e julgamentos contábeis críticos Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
154 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 155
5. GESTÃO DE RISCO SÓCIO AMBIENTAL
A Companhia, por meio de suas controla-
das e coligadas, atua em diversos segmentos e dessa
forma, suas atividades estão sujeitas a inúmeras leis
ambientais nacionais e internacionais, regulamentos,
tratados e convenções, incluindo aqueles que regulam
a descarga de materiais para o ambiente, que obrigam
à remoção e limpeza de contaminação do ambiente,
ou relativas à proteção ambiental. As violações à regu-
lamentação ambiental existente expõem os infratores
a multas e sanções pecuniárias substanciais e poderão
exigir medidas técnicas ou investimentos de forma a
assegurar o cumprimento dos limites obrigatórios de
emissão.
A Companhia realiza periodicamente levan-
tamentos com o objetivo de identificar áreas poten-
cialmente impactadas e registra com base na melhor
estimativa do custo, os valores estimados para investi-
gação, tratamento e limpeza das localidades potencial-
mente impactadas.
A Companhia e suas controladas entendem
estar de acordo com todas as normas ambientais apli-
cáveis nos países nos quais conduzem operações.
6. GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO
6.1. FATORES DE RISCO FINANCEIRO
As atividades da Companhia e de suas con-
troladas as expõem a diversos riscos financeiros, a sa-
ber: (a) risco de mercado (moeda, preços de commo-
dities e taxa de juros); (b) risco de crédito; e (c) risco
de liquidez.
Parte significativa dos produtos vendidos
pela Companhia e suas controladas, tais como alu-
mínio, níquel e zinco, são commodities, cujos preços
têm referência nas cotações internacionais e são de-
nominados em dólares norte-americanos. Os custos,
porém, são predominantemente denominados em re-
ais, resultando em um descasamento de moedas entre
receitas e custos. Adicionalmente, a Companhia e suas
controladas possuem dívidas atreladas a indexadores e
moedas distintos, que podem afetar seu fluxo de caixa.
Para atenuar os efeitos diversos de cada
fator de risco de mercado, a Companhia e suas con-
troladas que possuem políticas financeiras próprias,
seguem a Política financeira Votorantim, aprovada
pelo Conselho de Administração, com o objetivo de
estabelecer a governança e suas macro-diretrizes no
processo de gestão de riscos financeiros, assim como
indicadores de mensuração e acompanhamento.
O processo de gestão de riscos financeiros
objetiva a proteção do fluxo de caixa e de seus com-
ponentes operacionais (receitas e custos) e financeiros
(ativos e passivos financeiros) contra eventos adversos
de mercado, tais como oscilações de preços de moe-
das, de taxas de juros e de preços de commodities, e
contra eventos adversos de crédito. Adicionalmente,
objetiva a preservação da liquidez.
Os instrumentos financeiros que podem ser
contratados para proteção e gestão de riscos finan-
ceiros são: swaps convencionais, compra de opções
de compra (calls), compra de opções de venda (puts),
collars, contratos futuros de moedas, juros ou com-
modities e contratos a termo de moedas (NDF – Non-
-Deliverable Forward). As estratégias que contemplem
compras e vendas de opções simultaneamente somen-
te serão autorizadas quando não resultarem em posi-
ção líquida vendida em volatilidade do ativo-objeto.
A Companhia não contrata instrumentos financeiros
para fins especulativos.
(a) Risco de mercado
(i) Risco cambial
Entende-se por risco cambial a exposição
da Companhia e de suas controladas às oscilações de
moedas relevantes que compõem suas relações comer-
ciais, operacionais e financeiras, e que consequente-
mente impactam seus fluxos de caixa.
A Companhia possui certos investimentos
em operações no exterior, cujos ativos líquidos estão
expostos ao risco cambial. A exposição cambial decor-
rente da participação da Companhia em operações
no exterior é protegida, principalmente, por meio de
empréstimos e financiamentos na mesma moeda des-
ses investimentos, sendo classificados como hedge de
investimento líquido, conforme descrito na Nota 2.7.
Apresentamos a seguir os saldos contábeis
de ativos e passivos indexados à moeda estrangeira na
data de encerramento dos balanços patrimoniais:
Gestão de risco financeiroGestão de risco sócio ambiental Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
156 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 157
Nota 2016 2015
Ativos em moeda estrangeira
Caixa e equivalentes de caixa 9 4.641 3.838
Aplicações financeiras 10 517 1.034
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 367 1.540
Contas a receber de clientes 855 1.680
Partes relacionadas 454 2.071
6.834 10.163
Passivos em moeda estrangeira
Empréstimos e financiamentos (*) 18.423 22.547
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 742 1.077
Fornecedores 1.828 2.923
Risco sacado a pagar 20 605 819
Partes relacionadas 585 734
22.183 28.100
Exposição líquida (15.349) (17.937)
(*) Não estão considerados neste montante os custos de captação.
(i i) Risco do fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros
O risco de taxa de juros é oriundo das osci-
lações de cada um dos principais indexadores de taxas
de juros provenientes de transações de empréstimos e
financiamentos, e de aplicações financeiras, as quais
impactam os pagamentos e recebimentos da Compa-
nhia e de suas controladas. Os empréstimos e finan-
ciamentos emitidos a taxas fixas expõem a Companhia
e suas controladas ao risco de valor justo associado à
taxa de juros.
(i i i) Risco do preço de commodities
A Política Financeira Votorantim estabelece
diretrizes para a proteção contra oscilações de preços
de commodities que afetam os fluxos de caixa de suas
subsidiárias operacionais.
As exposições de cada commodity conside-
ram as projeções mensais de produção, de compras de
insumos e os fluxos de vencimentos dos hedges a ela
associados. Os hedges executados são classificados nas
seguintes modalidades:
Operações comerciais a preço fixo - operações de
hedge que trocam de fixo para flutuante o preço con-
tratado nas operações comerciais com clientes interes-
sados em comprar produtos a preço fixo;
Hedge para “Período cotacional” - tem por objetivo
equalizar os “períodos cotacionais” entre as compras
de determinados insumos (concentrado de metais) e as
vendas de produtos provenientes do beneficiamento
desses insumos;
Hedge para “Custos de insumos” - tem por objetivo
garantir a proteção contra oscilações de preços para
exposições que afetem custos como petróleo e gás na-
tural nas subsidiárias operacionais;
Hedge de “Margem operacional” - visa a garantir a
fixação da margem operacional para parte da produ-
ção de determinadas subsidiárias operacionais.
(b) Risco de créditoOs instrumentos financeiros derivativos e as
aplicações financeiras (alocação de caixa) criam expo-
sição a risco de crédito de contrapartes e emissores. A
Companhia tem como política trabalhar com emissores
que possuam, no mínimo, avaliação de duas das se-
guintes agências de rating: Fitch, Moody’s ou Standard
& Poor’s. O rating mínimo exigido para as contrapartes
é “A+” (em escala local) ou “BBB-” (em escala global),
ou equivalente. Para ativos financeiros cujos emisso-
res não atendem às classificações de risco de crédito
mínimas anteriormente descritas, são aplicados, como
alternativa, critérios aprovados pela Diretoria de Tesou-
raria da VSA.
A qualidade de crédito dos ativos financeiros
está descrita na Nota 8. Os ratings divulgados nesta
nota, sempre são os mais conservadores das agências
mencionadas.
A metodologia utilizada para avaliar os riscos
de contraparte nas operações de instrumentos deriva-
tivos é o risco de pré-liquidação (pre-settlement risk).
Tal metodologia consiste na determinação, por meio
de simulações de “Monte Carlo”, do valor em risco
associado ao não cumprimento dos compromissos fi-
nanceiros definidos em contrato para cada contrapar-
te. A utilização da metodologia está descrita na Política
Financeira Votorantim.
São realizadas análises de crédito iniciais dos
clientes e, quando necessário, são obtidas cauções ou
cartas de crédito para proteger os interesses da Com-
panhia. Além disso, a maioria das vendas por exporta-
ção, para Estados Unidos, Europa e Ásia, está protegi-
da por cartas de crédito e seguro de crédito.
(c) Risco de liquidezO risco de liquidez é gerenciado de acor-
do com a Política Financeira da Votorantim, visando
garantir recursos líquidos suficientes para honrar os
compromissos financeiros da Companhia no prazo e
sem custo adicional. Um dos principais instrumentos
de medição e monitoramento da liquidez é a projeção
de fluxo de caixa, observando-se um prazo mínimo de
12 meses de projeção a partir da data de referência.
A gestão de liquidez e endividamento adota
métricas comparáveis fornecidas por agências classifi-
cadoras de riscos de abrangência global para riscos de
crédito BBB estável ou equivalente.
A tabela a seguir analisa os principais pas-
sivos financeiros da Companhia, por faixas de venci-
mento, correspondentes ao período remanescente no
balanço patrimonial até a data contratual do venci-
mento. Os passivos financeiros derivativos são incluí-
dos na análise quando seus vencimentos contratuais
são essenciais para um entendimento dos fluxos de
caixa temporários.
Os valores divulgados na tabela são os fluxos
de caixa contratuais não descontados, esses valores
podem não ser conciliados com os valores divulgados
no balanço patrimonial.
Gestão de risco financeiroGestão de risco financeiro Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
158 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 159
Nota Até 1 ano
Entre 1 e 3 anos
Entre 3 e 5 anos
Entre 5 e 10 anos
A partir de 10 anos Total
Em 31 de dezembro de 2016
Empréstimos e financiamentos (i) 3.824 7.242 8.524 9.921 9.368 38.879
Instrumentos financeiros derivativos 400 8 335 743
Fornecedores 2.726 2.726
Risco sacado a pagar 20 968 968
Dividendos a pagar 14 48 48
Partes relacionadas 10 12 22
Uso do bem público - UBP 78 171 193 595 1.889 2.926
8.054 7.433 9.052 10.516 11.257 46.312
Em 31 de dezembro de 2015
Empréstimos e financiamentos (i) 4.067 9.291 10.263 12.211 9.554 45.386
Instrumentos financeiros derivativos 476 455 146 1.077
Fornecedores 3.179 3.179
Risco sacado a pagar 20 1.083 1.083
Dividendos a pagar 14 162 162
Partes relacionadas 5 1.211 1.216
Uso do bem público - UBP 72 160 180 555 2.003 2.970
9.044 11.117 10.589 12.766 11.557 55.073
(i) Não considera ajuste a valor justo das operações contratadas na Resolução 4131.
6.1.1. Instrumentos financeiros derivativos
Todas as operações de instrumentos finan-
ceiros derivativos foram realizadas em mercados de
balcão.
Programa de proteção de taxa de juros
em USD – instrumentos financeiros derivativos contra-
tados com o objetivo de adequar a exposição à LIBOR
(gerada por dívidas em USD indexadas em taxas flu-
tuantes em LIBOR) aos parâmetros estabelecidos pela
política. A proteção é realizada por meio de swaps.
Programa de venda de níquel, zinco e
alumínio a preço fixo – operação de hedge que troca
de fixo para flutuante o preço contratado nas opera-
ções comerciais com clientes interessados em comprar
produtos a preço fixo, a fim de manter o fluxo de re-
ceitas operacionais da controlada atrelado aos preços
LME. As operações usualmente realizadas são compras
de níquel, zinco e alumínio para liquidação futura no
mercado de balcão.
Programa de proteção para descasamen-
to de período cotacional – tem como objetivo equa-
lizar os “períodos cotacionais” entre as compras de
determinados insumos (concentrado de metais) e as
vendas de produtos provenientes do beneficiamento
desses insumos. As operações usualmente realizadas
são compras e vendas de níquel, zinco e alumínio para
liquidação futura no mercado de balcão.
Programa de proteção de margem ope-
racional dos metais – instrumentos financeiros deri-
vativos contratados com o objetivo de reduzir a vola-
tilidade do resultado das operações de zinco, níquel
e alumínio. De modo a garantir a fixação de margem
operacional em reais para parte da produção dos me-
tais, a proteção é realizada por meio da venda a termo
de cada commodity em conjunto com a venda a termo
de Dólar americano. Adicionalmente a esse programa,
as controladas contratam instrumentos financeiros deri-
vativos com o objetivo de reduzir a volatilidade do resul-
tado de suas operações de zinco, cobre e prata no Peru.
Programa de proteção da exposição
cambial – instrumentos de proteção financeira contra-
tados com o objetivo de ajustar a exposição cambial de
acordo as diretrizes da Política Financeira Votorantim.
A proteção é realizada por meio de compra/venda a
termo de Dólar americano e Euro.
Instrumentos de proteção de dívida em
reais - instrumentos financeiros derivativos contrata-
dos com o objetivo de transformar taxas fixas de dí-
vidas contratadas em reais para flutuantes em CDI. A
proteção é realizada por meio de swaps, com a varia-
ção do valor justo registrada no resultado.
Programa de proteção de dívida to-
mada em moeda estrangeira – instrumentos de
proteção financeira contratados com o objetivo de
proteção do fluxo de caixa na investida do exterior
em moeda local. A proteção é realizada por meio de
cross currency swaps.
Gestão de risco financeiroGestão de risco financeiro Demonstrações FinanceirasDemonstrações Financeiras
160 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 161
(a) Efeito dos derivativos financeiros no balanço patrimonial e fluxo de caixaA seguir são apresentados dois quadros resumindo os instrumentos financeiros derivativos e os objetos pro-
tegidos pelos mesmos:
Detalhamento dos principais programas de derivativos
Programas
Valor principal
UnidadeCompra/ Venda
Taxa/preço FWD médio
Prazo médio (dias) Ativo Passivo
Valor justo
Ganho (perda)
realizado Valor justo por vencimento
2016 2015 2016 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021+Venda de metais a preço fixo
Termo de níquel ton (1,5) (1,6)
Termo de zinco 1 7 ton C 2.031 US$/ton 24 1,9 (0,1) 1,8 (4,0) 6,0 1,8
1,8 (5,5) 4,4 1,8
Proteção para exercício cotacional
Termo de níquel 1 ton
Termo de zinco 185 342 ton C/V 29 27,3 (13,0) 14,3 (4,8) (33,7) 14,3
Termo de prata k oz (*) 0,8 0,6
Termo de alumínio 1 3 ton C/V 19 (2,9)
14,3 (4,0) (36,0) 14,3
Proteção do resultado operacional de metais
Termo de níquel ton 14,6
Termo de zinco 11 7 ton V 2.015 US$/ton 2 (23,2) (23,2) 16,4 (23,2)
Termo de alumínio 5 8 ton V 1.615 US$/ton 2 (1,9) (1,9) 10,6 (1,9)
Termo de prata k oz (*) 0,4
Termo de dólar norte americano 16 33 USD V 4 R$/US$ 2 11,4 11,4 (24,0) 11,4
(13,7) 18,0 (13,7)
Proteção da exposição cambial
Termo de dólar norte americano USD BRL/US$ (11,9)
Termo de euro EUR US$/€ (8,7)
Termo de euro EUR BRL/€ (78,4)
(99,0)
Proteção de dívida
Swaps taxa fixa em reais vs. taxa flutuante em CDI 100 230 BRL 80,0% % CDI 165 (6,9) (3,8)
Swaps TJLP vs. taxa flutuante em CDI 28 BRL 80,0% % CDI 563 1,4 (0,4) 1,0 (0,2) (0,4) 1,4
Swaps taxa flutuante em LIBOR vs. taxaflutuante em CDI 773 673 USD 103,1% % CDI 1.011 227,6 (547,9) (320,3) 395,1 (172,5) (237,2) (36,2) (99,5) 30,2 22,4
Swaps taxa fixa em USD vs. taxa flutuante em CDI 50 50 USD 101,9% % CDI 1.365 2,4 (50,1) (47,7) 27,7 (22,4) (16,3) (12,6) (12,6) (6,2)
(368,0) 415,9 (198,9) (254,9) (47,4) (112,1) 24,0 22,4
272,0 (637,6) (365,6) 424,4 (329,5) (252,5) (47,4) (112,1) 24,0 22,4
(*) oz– Onças troy
Gestão de risco financeiroGestão de risco financeiro Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
162 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 163
Detalhamento dos principais programas de derivativos
Programas
Valor principal
UnidadeCompra/
VendaTaxa/preço FWD
médio
Prazo médio (dias) Ativo Passivo
Valor justo
Ganho (perda)
realizado Valor justo por vencimento
2016 2015 2016 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021+
Hedge accounting - cash flow hedge
Proteção do resultado operacional de metais
Termo de níquel ton 14,6
Termo de zinco 95 37 ton V 2.332 US$/ton 134 7,8 (82,7) (74,9) 69,0 5,7 (74,9)
Termo de alumínio 225 40 ton V 1.685 US$/ton 199 4,5 (15,1) (10,6) 37,2 36,6 (11,1) 0,5
Termo de cobre 1 ton V 5.926 US$/ton 139 0,7 0,7 0,7
Termo de prata k oz (*) 1,9 1,4
Termo de dólar norte americano 473 135 USD V 4,0 R$/US$ 187 81,3 (0,5) 80,8 (76,5) 24,7 78,9 1,9
(4,0) 31,6 83,0 (6,4) 2,4
Proteção para exercício cotacional
Termo de zinco 43 97 ton C/V 53 1,6 (7,2) (5,6) 2,0 38,9 (5,6)
Termo de prata k oz (*) 0,9 (2,4)
(5,6) 2,9 36,5 (5,6)
Proteção de taxas de juros em USD
Swaps taxa flutuante em LIBOR vs. taxa fixa em USD 600 USD 6,1 (23,0)
6,1 (23,0)
Hedge accounting - fair value hedge
Venda de metais a preço fixo
Termo de zinco 2 ton C 2.392 165 0,3 0,3 (0,1) 0,8 0,3
0,3 (0,1) 0,8 0,3
Proteção para período cotacional
Termo de zinco 24 ton C/V 39 0,3 0,3 (160,7) 0,3
0,3 (160,7) 0,3
96,5 (105,5) (9,0) 39,6 (63,4) (11,4) 2,4
368,5 (743,1) (374,6) 464,0 (392,9) (263,9) (45,0) (112,1) 24,0 22,4
(*) oz– Onças troy
Gestão de risco financeiroGestão de risco financeiro Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
164 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 165
As operações de derivativos reconhecidas em
ajuste de avaliação patrimonial totalizam R$ (10). Além
dessas, existem operações de hedge accounting, no va-
lor de R$ 62, em controladas não consolidadas também
reconhecidas em ajuste de avaliação patrimonial.
(b) Efeito dos derivativos financeiros no resultado financeiro
O quadro abaixo demonstra o impacto dos
derivativos financeiros no resultado financeiro do exer-
cício de 2016, conforme Nota 30:
ProgramaAjuste ao
valor justoPerda
realizada Total
Proteção da exposição cambial
Termo de dólar norte americano (11,9) (11,9)
Termo de euro (87,1) (87,1)
(99,0) (99,0)
Proteção de dívida
Swaps taxa fixa em reais vs. taxa flutuante em CDI 5,9 (3,8) 2,1
Swaps TJLP vs. taxa flutuante em CDI 1,0 1,0
Swaps taxa flutuante em LIBOR vs. taxa flutuante em CDI (658,8) (172,4) (831,2)
Swaps taxa fixa em USD vs. taxa flutuante em CDI (34,0) (22,4) (56,4)
(685,9) (198,6) (884,5)
Hedge accounting - cash flow hedge
Proteção de taxas de juros em USD
Swaps taxa flutuante em LIBOR vs. taxa fixa em USD (23,0) (23,0)
(23,0) (23,0)
(685,9) (320,6) (1.006,5)
6.1.2. Estimativa do valor justo
Os principais instrumentos financeiros ativos
e passivos são descritos a seguir, bem como as premis-
sas para sua valorização:
Ativos financeiros - considerando-se a natureza e os
prazos, os valores contabilizados aproximam-se dos va-
lores de realização.
Passivos financeiros - estão sujeitos a juros com ta-
xas usuais de mercado. O valor de mercado foi calcu-
lado tendo por base o valor presente do desembolso
futuro de caixa, usando-se taxas de juros atualmente
disponíveis para emissão de débitos com vencimentos
e termos similares.
A Companhia divulga as mensurações do
valor justo pelo nível da seguinte hierarquia de mensu-
ração pelo valor justo:
Nível 1 - Preços cotados (não ajustados) em mercados
ativos para ativos e passivos idênticos;
Nível 2 - Informações, além dos preços cotados, inclu-
ídas no nível 1 que são adotadas pelo mercado para o
ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como pre-
ços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos preços);
Nível 3 - Inserções para os ativos ou passivos que não
são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou
seja, inserções não-observáveis).
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, os ati-
vos financeiros mensurados ao valor justo e passivos
financeiros divulgados ao valor justo foram classifica-
dos no nível 1 e 2 de hierarquia do valor justo, vide
classificação abaixo.
Valor justo medido com base em 2016
Nota
Preços cotados
em mercado
ativo (Nível 1)
Técnica de valoração suportada por preços
observáveis (Nível 2) Valor justo
Ativos
Caixa e equivalentes de caixa 9 3.128 3.818 6.946
Aplicações financeiras 10 1.401 1.828 3.229
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 368 368
Instrumento financeiro - compromisso firme 15 688 688
4.529 6.702 11.231
Passivos
Empréstimos e financiamentos 19 11.252 12.011 23.263
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 743 743
11.252 12.754 24.006
Valor justo medido com base em 2015
Nota
Preços cotados em mercado ativo (Nível 1)
Técnica de valoração suportada por preços observáveis (Nível 2) Valor justo
Ativos
Caixa e equivalentes de caixa 9 3.942 2.707 6.649
Aplicações financeiras 10 1.342 2.630 3.972
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 1.541 1.541
Instrumento financeiro - compromisso firme 15 968 968
5.284 7.846 13.130
Passivos
Empréstimos e financiamentos 19 11.699 15.304 27.003
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 1.077 1.077
11.699 16.381 28.080
Gestão de risco financeiroGestão de risco financeiro Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
166 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 167
6.1.4. Demonstrativo da análise de sensibilidade
Os principais fatores de risco que impactam
a precificação dos instrumentos financeiros de caixa e
equivalentes de caixa, das aplicações financeiras, dos
empréstimos e dos financiamentos e instrumentos fi-
nanceiros derivativos são a exposição à flutuação do
dólar, euro, liras turcas, peso argentino e boliviano, das
taxas de juros LIBOR, CDI, Cupom de dólar, dos preços
de commodities e dos contratos de compra e venda
de energia elétrica. Os cenários para estes fatores são
elaborados utilizando fontes de mercado e fontes es-
pecializadas, seguindo a governança da Companhia.
Os cenários em 31 de dezembro de 2016
estão descritos abaixo:
Cenário I - Considera choque nas curvas e cotações
de mercado de 31 de dezembro de 2016, conforme
cenário base definido pela Administração para 31 de
março de 2017;
Cenário II - considera choque de + ou - 25% nas cur-
vas de mercado de 31 de dezembro de 2016;
Cenário III - considera choque de + ou - 50% nas cur-
vas de mercado de 31 de dezembro de 2016.
6.1.3. Hedge de investimentos em entidades no exterior
Foram designados como objeto de hedge os
investimentos apresentados na tabela a seguir e como
instrumento de hedge a parcela da dívida da Compa-
nhia e de suas controladas VCSA, CBA, VMSA, VMZ e
VS e St. Helen, denominadas em euros e em dólares.
2016 2015
Investi-mento Dívida
Investi-mento Dívida
Votorantim Metais Cajamarquilla S.A. (“Cajamarquilla”) (i) 3.233 2.968 7.288 6.447
US Zinc Corporation (“US Zinc”) 1.634 1.456 1.747 1.747
Votorantim Cement North America Inc. (“VCNA”) 3.173 4.540 3.826 5.560
Votorantim Cimentos EAA Inversiones, S.L. (“VCEAA”) 2.410 2.575 3.442 4.888
Hailstone Limited (“Hailstone”) 558 487
Votoratim Andina S.A (“VASA”) (i) 1.590 2.347
(i) O investimento alocado da Cajamarquilla e a correspondente dívida designada reduziram em julho de 2016, decorrentes da nova designação do hedge da Votorantim Andina e a divisão das dívidas já utilizadas anteriormente.
A Companhia documenta e avalia trimes-
tralmente a efetividade das operações de hedge de
investimento, tanto prospectivamente quanto retros-
pectivamente.
O ganho com variação cambial na conversão
das dívidas, líquido de imposto de renda e contribuição
social, reconhecido como ajustes de avaliação patrimo-
nial em 31 de dezembro de 2016, foi de R$ 2.033 (31
de dezembro de 2015, perda de R$ 3.948).
Gestão de risco financeiroGestão de risco financeiro Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
168 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 169
Fatores de Risco
Caixa e equivalentes
de caixa e aplicações
financeiras (i)
Empréstimos e financia-mentos (i)
Principal de instrumentos
financeiros derivativos Unidade
Impactos no resultado Impactos no resultado abrangente
Cenário I Cenários II & III Cenário I Cenários II & III
Choque nas
curvas de 2016
Resultados do cenário
I -25% -50% +25% +50%
Resultados do cenário
I -25% -50% +25% +50%
Câmbio
USD 4.005 15.690 1.312 USD milhões 4% 17 (71) (142) 71 142 (450) 2.698 5.022 (2.511) (5.022)
EUR 277 2.532 5% (30) 164 327 (164) (327) (79) 427 855 (427) (855)
BOB (**) 79 327 3% (17) 83 166 (83) (166)
ARS 201 2% 4 (51) (103) 51 103
TRY (***) 357 5% (32) 84 169 (84) (169)
Taxas de juros
BRL - CDI 4.988 3.810 4.403 BRL milhões -99 bps (11) (31) (61) 32 64 3 20 42 (19) (38)
LIBOR 5.416 2.142 USD milhões 15 bps 3 (17) (35) 17 35 (1) 2 5 (2) (5)
Cupom dólar 1.312 USD milhões -194 bps 137 61 125 (58) (113) (14) (7) (15) 7 14
Preço de commodities
Zinco 358.666 ton -10% (4) (10) (20) 10 20 125 304 608 (304) (608)
Alumínio 231.662 ton -7% (0) (0) (0) 0 0 82 310 620 (310) (620)
Prata 540 ton -16% 2 2 5 (2) (5)
Compromisso firme - energia elétrica
Contratos de compra e venda - valor justo 678 BRL milhões 8 15 (8) (15)
(*) Considera cesta de moedas
(**) Boliviano
(***) Lira turca
(i) Os saldos apresentados não conciliam com as notas explicativas de caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras e empréstimos e financiamentos, pois a análise realizada contemplou somente as moedas mais significativas e as taxas de juros contemplam somente o valor de principal.
Gestão de risco financeiroGestão de risco financeiro Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
170 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 171
7. INSTRUMENTOS FINANCEIROS POR CATEGORIA
Nota 2016 2015Ativos
Empréstimos e recebíveis
Caixa e equivalentes de caixa 9 6.946 6.649
Contas a receber de clientes 11 2.001 2.745
Partes relacionadas 14 535 3.188
9.482 12.582
Ativos mantidos para negociação
Aplicações financeiras 10 3.204 3.275
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 258 1.358
Instrumento financeiro - compromisso firme 688 968
4.150 5.601
Ativos disponíveis para venda
Aplicações financeiras 10 3 670
3 670
Ativos mantidos até o vencimento
Aplicações financeiras 10 22 27
22 27
Derivativos usados para hedge
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 110 183
110 183
Passivos
Ao valor justo por meio do resultado
Empréstimos e financiamentos 19 963 792
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 613 951
Instrumento financeiro - compromisso firme 2
1.576 1.743
Derivativos usados para hedge
Instrumentos financeiros derivativos 6.1.1 130 126
130 126
Ao custo amortizado
Empréstimos e financiamentos 19 23.440 29.739
Fornecedores 2.726 3.179
Instrumento financeiro - compromisso firme 8 83
Partes relacionadas 14 22 1.216
Risco sacado a pagar 20 968 1.083
Uso do bem público - UBP 24 1.186 1.125
28.350 36.425
8. QUALIDADE DOS CRÉDITOS DOS ATIVOS FINANCEIROS
2016 2015
Rating local
Rating global Total
Rating local
Rating global Total
Caixa e equivalentes de caixa
AAA 1.903 1.903
AA+ 617 617
AA 291 291
AA- 1.831 815 2.646 6 6
A+ 175 815 990 255 255
A 278 278 661 661
A- 736 736 252 252
BBB+ 479 479 652 652
BBB 409 409 106 106
BBB- 111 111 233 233
BB+ 34 34 1 1
BB 297 91 388 18 18
B+ 81 81 116 116
CCC+ 96 96 11 11
CCC 1 1
CCC- 19 19
Sem rating (i) 2 696 698 1.507 1.507
2.305 4.641 6.946 2.811 3.838 6.649
Aplicações financeiras
AAA 1.672 1.672
AA+ 59 59 851 851
AA 188 188
AA- 2.105 2.105
A+ 479 308 787 8 8
A 3 12 15 3 3
A- 17 66 83 16 358 374
BBB 3 3 1 1
BBB- 195 195
BB 23 23
CCC+ 104 104
CCC 179 179
CCC- 136 136
Sem rating (ii) 26 24 50 208 157 365
2.712 517 3.229 2.938 1.034 3.972
Qualidade dos créditos dos ativos financeirosInstrumentos financeiros por categoria Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
172 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 173
2016 2015
Rating local
Rating global Total
Rating local
Rating global Total
Instrumentos financeiros derivativos
AAA 84 84 474 474
AA+ 441 441
AA 2 2
AA- 173 173
A+ 10 1 11 402 402
A 24 24 222 222
A- 76 76
267 101 368 917 624 1.541
5.284 5.259 10.543 6.666 5.496 12.162
Os ratings decorrentes de classificação local e global foram extraídos de agências de rating (Standard&Poor’s, Moody’s e Fitch). Para apresentação foi considerado o padrão de nomenclatura da Standard&Poor’s e Fitch.
(i) Refere-se a valores aplicados em bancos no exterior que não possuem classificação nas agências de rating.
(ii) Refere-se a Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) exclusivos da Votorantim e que não possuem classificação nas agências de rating.
9. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
2016 2015
Moeda nacional
Caixa e bancos 14 16
Operações compromissadas - títulos privados 1.072 1.774
Operações compromissadas - títulos públicos 1.219 1.021
2.305 2.811
Moeda estrangeira
Caixa e bancos 1.895 2.905
Certificados de depósitos 2.746 933
4.641 3.838
6.946 6.649
O caixa e equivalentes de caixa em moeda
nacional compreendem disponibilidades em contas
correntes bancárias e títulos públicos ou de instituições
financeiras, indexados à taxa de depósito interbancá-
rio. Os equivalentes de caixa em moeda estrangeira
são compostos, principalmente, por instrumentos fi-
nanceiros de renda fixa em moeda local.
Caixa e equivalentes de caixaQualidade dos créditos dos ativos financeiros Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
174 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 175
10. APLICAÇÕES FINANCEIRAS
2016 2015
Mantidos para negociação
Certificados de Depósito Bancário - CDBs 657 592
Operações compromissadas - Títulos públicos 661 663
Letras Financeiras do Tesouro - LFTs 740 679
Operações compromissadas 603 729
Aplicações denominadas em moeda estrangeira 517 364
Quotas de fundos de investimento 26 1
Fundos de Investimento em Direitos Creditórios - FIDC (i) 243
Outras aplicações 4
3.204 3.275
Disponíveis para venda
Aplicações denominadas em moeda estrangeira 670
Certificados de Depósito Bancário - CDBs 3
3 670
Mantidos até o vencimento
Certificados de Depósito Bancário - CDBs 22 27
22 27
3.229 3.972
Circulante 3.190 3.936
Não circulante 39 36
3.229 3.972
(i) Em 2016, a Companhia passou a consolidar os saldos dos FIDCs “Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Indústria” e “Fundo de Investimento em Direitos Creditórios VID Indústria”. Em 31 de dezembro de 2016, o montante de R$ 193 foi consolidado, sendo R$ 166 alocados no grupo do “Contas a receber de clientes”, R$ 23 alocados em “Quotas de fundos de investimento”, R$ 3 alocados em “Letras Financeiras do Tesouro – LFTs” e R$ 1 em “Outros ativos”.
As aplicações financeiras possuem, em sua
maioria, liquidez imediata. As aplicações em moeda
nacional compreendem títulos públicos ou de insti-
tuições financeiras, indexados à taxa de depósito in-
terbancário. As aplicações denominadas em moeda
estrangeira são compostas, principalmente, por instru-
mentos financeiros de renda fixa em moeda local (time
deposits).
11. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES
(a) Composição
Nota 2016 2015
Clientes nacionais 1.077 1.010
Clientes estrangeiros (i) 1.057 1.825
Partes relacionadas 14 26 65
2.160 2.900
Perda estimada com créditos de liquidação duvidosa (159) (155)
2.001 2.745
(i) No primeiro trimestre de 2016, a VCNA iniciou um programa de securitização de recebíveis com instituições financeiras para a venda dos títulos a receber de suas subsidiárias americanas e canadenses para uma Sociedade que foi estabelecida com propósito específico (SPE), a qual não é controlada pela Companhia. O montante total da operação é limitado a USD 150 milhões disponíveis até 2019 (3 anos a partir da data de fechamento da transação), a depender de alguns critérios dos recebíveis. Os recebíveis foram reconhecidos no balanço patrimonial na extensão do contínuo envolvimento, assim como ativos e passivos associados. O valor contábil líquido dos ativos parcialmente transferidos e passivos associados reflete os direitos e obrigações que a VCNA manteve.
(b) Composição por moeda
2016 2015
Real 1.006 1.065
Dólar norte americano 449 758
Euro 110 139
Peso argentino 100 89
Peso colombiano 83 97
Dólar canadense 3 247
Outras 250 350
2.001 2.745
Contas a receber de clientesAplicações financeiras Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
176 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 177
(c) Movimentação para perda estimada com créditos de liquidação duvidosa
2016 2015
Saldo no início do exercício (155) (114)
Adições líquidas das reversões (70) (67)
Contas a receber de clientes baixados como incobráveis (i) 17 48
Reclassificação para ativos classificados como mantidos para venda 30
Variação cambial 19 (22)
Saldo no final do exercício (159) (155)
(i) Os valores debitados na conta de perda estimada com crédito de liquidação duvidosa são geralmente baixados quando não há expectativa de recuperação dos recursos.
(d) Vencimento
2016 2015
A vencer 1.796 2.283
Vencidos até 3 meses 169 426
Vencidos entre 3 e 6 meses 20 59
Vencidos há mais de 6 meses 175 132
2.160 2.900
12. ESTOQUES
2016 2015
Produtos acabados 700 652
Produtos semi acabados 1.396 1.539
Matérias-primas 617 866
Materiais auxiliares e de consumo 952 1.130
Importações em andamento 101 191
Outros 104 71
Estimativa de perdas (i) (489) (561)
3.381 3.888
(i) A estimativa de perdas em estoque refere-se, substancialmente, a materiais obsoletos e de baixo giro. Não há estoques dados como penhor em garantia de passivos.
13. TRIBUTOS A RECUPERAR
2016 2015
Imposto de Renda e Contribuição Social - IRPJ e CSLL 1.354 886
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS 542 529
Contribuição para o Financiamento da Seguridades Social - COFINS 386 414
Imposto sobre Valor Adicionado (empresas no exterior) - IVA 275 293
IRPJ/CSLL - Plano Verão 185 184
Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF 90 7
Programa de Integração Social - PIS 85 93
ICMS sobre ativo imobilizado 78 99
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI 29 38
Outros 89 148
3.113 2.691
Circulante 1.527 1.376
Não circulante 1.586 1.315
3.113 2.691
Tributos a recuperarContas a receber de clientes Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
178 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 179
14. PARTES RELACIONADAS
Contas a receber de clientes
Dividendos a receber Ativo não circulante Fornecedores Dividendos a pagar
Passivo não circulante
Vendas (compras), líquidas
Receita (despesa) financeira
2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015Sociedade controladora
Hejoassu Administração S.A. 2 659 39 487
Votorantim Participações S.A. (i) 152 (25)
Sociedades coligadas ou controladas em conjunto
Banco Votorantim S.A. 51
Cementos Granadilla S.L. 1 1 6 1 1 1 64 11
Citrovita Agro Industrial Ltda. (i) 1 21
Citrosuco GmbH (ii) 205 246
Citrosuco S.A. Agroindústria (iii) 302 441 12 9 15 15
Citrovita Orange Juice GmbH (i) 774 14
Fibria Celulose S.A. 4 4 116 24 1 1 4 14 59 40
Hailstone Limited (i) 20 553 (8)
Maré Cimento Ltda. 66
Mineração Rio do Norte S.A. 7 6
Mizu S.A. 74
Polimix Concreto Ltda. 175
Sitrel - Siderurgica Três Lagoas Ltda. 13 32 81
St. Helen Holding II B.V. (i) 1.003 40 24
Supermix Concreto S.A. 21 21 346
Suwannee American Cement LLC 27 41 2
Outras 23 6 1 21 43 2 3 22 115 93 98 1 (2)
26 65 180 31 535 3.188 34 91 39 152 22 1.216 228 900 15 20
Total acionistas não controladores 11 9 10
Circulante 26 65 180 42 34 91 48 162
Não circulante 535 3.188 22 1.216
26 65 180 42 535 3.188 34 91 48 162 22 1.216
(i) A eliminação dos saldos de 2016 refere-se à incorporação pela VSA, conforme Nota 1.1 (a).
(ii) Refere-se às contas a receber relacionadas a ativos excedentes à situação patrimonial básica aportados na operação Citrosuco. O prazo de realização é vinculado à realização de cada item, mediante regras contratuais estabelecidas no acordo de acionistas e memorando de fechamento assinados entre Fisher S.A. – Comércio, Indústria e Agricultura (“Fisher”) e Votorantim.
(iii) Refere-se substancialmente às contas a receber conforme acordo de associação via contratos de pré-pagamentos de exportação com vencimento em 2019, atualizadas a taxa de 2,75% a.a., no montante de R$ 226. A diferença de R$ 76, refere-se a contas a receber relacionadas a ativos excedentes à situação patrimonial básica aportados na operação Citrosuco. O prazo de realização é vinculado à realização de cada item mediante regras contratuais estabelecidas no acordo de acionistas e memorando de fechamento assinados entre Fisher e Votorantim.
Partes relacionadasPartes relacionadas Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
180 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 181
15. INSTRUMENTOS FINANCEIROS – COMPROMISSO FIRME
A Companhia, por meio de sua controlada
VOTENER - Votorantim Comercializadora de Energia
Ltda. (“Votener”), opera no Ambiente de Contrata-
ção Regulado (“ACR”) e participou do 13º leilão de
compra de energia elétrica em 30 de abril de 2014,
no qual, mediante compromisso firme, efetuou ven-
das para fornecimento até dezembro de 2019. Estas
transações, no reconhecimento inicial, resultaram em
ganho com venda de excedente de energia para a
Companhia, que foi reconhecido pelo seu valor justo.
A realização do valor justo, por meio da liquidação fí-
sica dos contratos de venda e compra de energia, no
montante de R$ 225, foi reconhecida como despesa
em “Outras despesas operacionais, líquidas”.
Adicionalmente, as demais operações rea-
lizadas pelas controladas no ACR e no Ambiente de
Contratação Livre (“ACL”), que atendem a definição
de instrumento financeiro foram na mesma forma re-
conhecidos a valor justo. A realização do valor justo,
líquida do reconhecimento, no montante de R$ 28 foi
reconhecida como despesa em “Outras despesas ope-
racionais, líquidas”.
Os valores citados acima, possuem a seguin-
te composição (Nota 29):
ACR ACL
2016 2015Alumínio (“CBA”) Energia Total Cimentos
Alumínio (“CBA”) Energia Total
Realização (175) (50) (225) (61) (61) (286) (326)
Reconhecimento (10) 43 33 33 (37)
(175) (50) (225) (10) 43 (61) (28) (253) (363)
O quadro abaixo reconcilia os saldos patrimoniais:
ACR ACL
2016 2015Alumínio (“CBA”) Energia Total Cimentos
Alumínio (“CBA”) Energia Total
Ativo
Circulante 156 46 202 5 110 115 317 903
Não circulante 290 80 370 1 (25) (24)(i) 346 65
446 126 572 6 85 91 663 968
Passivo
Circulante (2)
Não circulante (10) (10) (10) (81)
(10) (10) (10) (83)
446 126 572 (10) 6 85 81 653 885
(i) O saldo negativo da operação de ACL, apresentado no ativo, é apresentado de forma líquida, em conjunto com a operação de ACR.
16. INVESTIMENTOS(a) Composição
Informações em 31 de dezembro de 2016
Resultado de equivalência patrimonial Saldo
Patrimônio líquido
Lucro líquido
(prejuízo) do exercício
Percentual de participa-ção votante e total (%) 2016 2015 2016 2015
Investimentos avaliados por equivalência patrimonial
Coligadas
Cementos Avellaneda S.A. (i) 488 142 49,00 70 87 237 318
Cementos Bio Bio S.A. (ii) 910 103 16,70 17 21 152 202
Alunorte - Alumina do Norte S.A. (ii) 4.953 798 3,03 24 6 150 130
Mineração Rio do Norte S.A. (ii) 1.052 430 10,00 43 36 105 91
Supermix Concreto S.A. 258 18 25,00 4 12 64 64
Hutton Transport Ltda. 31 14 25,00 4 3 15 17
Sirama Participações Administração e Transportes Ltda. 1 57
Outros investimentos 16 5 310 345
Joint ventures
Banco Votorantim S.A. 8.626 332 50,00 166 4.809
Fibria Celulose S.A. (iii) 13.751 1.655 29,42 487 54 3.867 3.573
Citrosuco GmbH (i) 2.545 384 50,00 55 2.088
Citrosuco S.A. Agroindústria (i) 677 (271) 50,00 (172) 816
Suwannee American Cement LLC (i) 253 33 50,00 16 (3) 222 257
Cemento Portland S.A. 107 (3) 50,00 (2) 4 53 98
Superior Building Materials LL 84 40 50,00 20 17 42 42
Sumter Cement Co LLC 37 (7) 50,00 (3) 19 26
Trinity Materials LLC. (17) 50,00 (9) 11
737 299 12.949 5.174
Os saldos de investimentos apresentados a partir de 2016 e que não possuem base comparativa, referem-se substancialmente aos efeitos da operação de incorporação da VPAR, conforme Nota 1.1 (a).
(i) Os investimentos Cementos Avellaneda S.A., Suwannee American Cement LLC, Citrosuco S.A. Agroindústria e Citrosuco GmbH consideram, em 31 de dezembro de 2016, os montantes de R$ 2 (31 de dezembro de 2015 – R$ 56), R$ 96 (31 de dezembro de 2015 – R$ 104), R$ 478 e R$ 816 respectivamente, referentes aos ágios pagos na aquisição dos investimentos e o saldo de mais valia, que é amortizado no resultado da controladora.
(ii) Referem-se a investidas na qual a participação é menor que 20%, porém a Companhia exerce influência significativa sobre as atividades por meio de acordos estabelecidos com acionistas.
(iii) investimento contempla eliminações de lucros não realizados, no valor de R$ 178 (31 de dezembro de 2015 – R$ 178), em permuta de terrenos com a Companhia.
InvestimentosInstrumentos financeiros – compromisso firme Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
182 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 183
(b) Informações sobre as empresas investidas
Apresentamos a seguir, um resumo das in-
formações financeiras selecionadas de nossas principais
coligadas e joint ventures em 31 de dezembro de 2016:
% Partici-pação total de votante
Ativo circulante
Ativo não circulante
Passivo circulante
Passivo não circulante
Outros resultados
abran-gentes
Patrimônio líquido
Receita líquida
Resultado Opera-cional
Resultado Financeiro
Lucro líquido
(prejuízo) do
exercício
Investimentos avaliados por equivalência patrimonial
Alunorte - Alumina do Norte S.A. 3,03 8.103 3.150 4.953 5.700 788 374 798
Mineração Rio do Norte S.A. 10,00 278 1.980 568 638 1.052 1.352 472 37 430
Cementos Bio Bio S.A. 16,70 649 1.632 428 936 (369) 917 1.502 175 (47) 103
Cementos Avellaneda S.A. 49,00 418 269 194 5 (186) 488 890 195 7 142
Supermix Concreto S.A. 25,00 238 213 131 62 258 1.192 14 6 18
IMIX Empreendimentos Imobiliários Ltda. 25,00 9 7 2 14 5 5 1 5
Joint ventures
Fibria Celulose S.A. 29,42 7.517 27.009 4.016 16.692 (44) 13.818 9.615 1.545 1.616 1.655
Banco Votorantim S.A. 50,00 52.655 50.385 64.947 29.467 453 8.626 14.941 5.797 332
Citrosuco GmbH 50,00 2.852 404 342 368 (403) 2.545 3.131 495 (65) 396
Citrosuco S.A. Agroindústria 50,00 1.866 2.840 2.237 1.792 (36) 677 2.800 (266) (52) (271)
Suwannee American Cement LLC. 50,00 207 180 47 87 (87) 253 240 36 (3) 33
Cemento Portland S.A. 50,00 45 97 28 7 (27) 107 4 (6) (3)
Superior Building Materials LL. 50,00 63 53 31 1 (14) 84 315 40 40
Sumter Cement Co LLC 50,00 4 102 69 (8) 37 (6) (7)
Hutton Transport Ltda. 25,00 6 28 1 2 20 31 17 4 14
Midway Group, LLC 50,00 9 18 8 19 57 6 6
Trinity Materials LLC. 50,00 (3) (17) (17)
InvestimentosInvestimentos Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
184 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 185
(c) Movimentação
2016 2015
Saldo no início do exercício 5.174 6.270
Equivalência patrimonial 737 299
Aumento de capital 22
Variação cambial de investimentos no exterior (590) 162
Baixa das investidas da Silcar (315)
Reclassificação para ativos classificados como mantidos para venda (96) (381)
Perda em mudança de participação acionária na investida Inversiones Portland S.A. (30)
Redução de capital (57)
Dividendos (292) (730)
Efeito de controladas, coligadas e joint ventures - incorporação VPAR (Nota 1.1 (a)) 7.762
Valor justo de ativo disponível para venda - Banco Votorantim S.A. (i) 227
Provisão para impairment de investimentos no exterior (43)
Lucro não realizado entre partes relacionadas (132)
Hedge accounting de fluxo de caixa das investidas 62
Outros 38 36
Saldo no final do exercício 12.949 5.174
(i) Refere-se ao ajuste a valor justo de títulos disponíveis para venda reconhecido diretamente no patrimônio líquido do Banco Votorantim S.A., que passou a ter efeito na Companhia devido à incorporação da VPAR (Nota 1.1 (a)).
(d) Investimentos em coligadas e joint ventures com ações cotadas em bolsas de valores
2016 2015
Valor patrimonial
Valor de mercado
Valor patrimonial
Valor de mercado
Cementos Bio Bio S.A. (*) 152 141 202 127
Fibria Celulose S.A. (*) 4.046 5.197 3.573 8.414
(*) Calculado de forma proporcional à participação detida pela Companhia.
InvestimentosInvestimentos Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
186 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 187
17. IMOBILIZADO
(a) Composição e movimentação
2016 2015
Terras, terrenos e
benfeitoriasEdifícios e
construções
Máquinas, equipamentos e instalações Veículos
Móveis e utensílios
Obras em andamento
Benfeitorias em
propriedade de terceiros Outros Total Total
Saldo no início do exercício
Custo 2.206 10.893 36.095 1.437 230 3.631 560 439 55.491 46.796
Depreciação acumulada (52) (4.029) (20.220) (1.104) (168) (279) (358) (26.210) (20.759)
Saldo líquido 2.154 6.864 15.875 333 62 3.631 281 81 29.281 26.037
Adições 11 16 147 3 1 2.845 3 3.026 3.335
Baixas (25) (19) (84) (8) (9) (146) (162)
Depreciação (5) (315) (1.706) (105) (12) (21) (4) (2.168) (2.163)
Variação cambial (175) (422) (939) (36) (4) (406) (33) (2.016) 2.694
Efeito de controladas incluídas na consolidação 10 2 4 30 1 1 1 6 55
Reversão (provisão) de impairment (ii) (20) (287) (334) (2) 6 (135) 1 3 (768) (396)
Reclassificação de (para) ativos classificados como mantidos para venda (26) (573) (1.243) (3) (4) (119) (14) (1.982) 281
Transferências (i) 37 552 1.492 62 4 (2.346) 8 (191) (345)
Saldo no final do exercício 1.961 5.818 13.212 274 53 3.471 214 88 25.091 29.281
Custo 2.017 9.840 31.904 1.206 192 3.471 459 439 49.528 55.491
Depreciação acumulada (56) (4.022) (18.692) (932) (139) (245) (351) (24.437) (26.210)
Saldo no final do exercício 1.961 5.818 13.212 274 53 3.471 214 88 25.091 29.281
(i) As transferências em 31 de dezembro de 2016, incluem à reclassificação de “Obras em andamento” no grupo do imobilizado para “Software” e “Direitos sobre recursos naturais” no grupo do intangível (em 31 de dezembro de 2015, para estoques (R$ 53) e ativo intangível (R$ 292)).
(ii) Refere-se substancialmente ao registro, por parte da controlada CBA, de provisão para desvalorização de ativos (impairment) baseada nos fluxos de caixa futuros estimados da Unidade Geradora de Caixa Níquel (Nota 1.1 (f)).
(b) Revisão e ajuste da vida útil estimadaDurante o exercício de 2016, a Companhia
efetuou a revisão da vida útil do ativo imobilizado, e
com base no laudo de avaliação emitido internamente,
não houve alteração na vida útil, conforme análise da
Administração.
Imobilizado Imobilizado Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
188 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 189
(c) Obras em andamentoO saldo é composto principalmente de projetos de expansão e otimização das empresas industriais.
2016 2015
Segmentos
Cimentos 2.044 2.028
Polimetálicos (“VMH”) 737 826
Siderurgia 154 368
Alumínio (“CBA”) 257 287
Energia 242 1
Outros 37 121
3.471 3.631
Apresentamos a seguir os principais projetos em andamento por segmento de negócio:
Principais projetos em andamento - Cimentos 2016 2015Nova unidade em Yacuses - Bolívia 530 253
Nova planta em Sivas - Turquia 364 196
Expansão de capacidade produtiva de cimento - América do Norte 280 90
Equipamentos operacionais - Brasil 89 64
Nova unidade em Primavera - Brasil 81 711
Remoção de estéril - Cimentos - Brasil 47 42
Nova unidade em Ituaçú - Brasil 43 44
Moagem de cimento em Pecém - Brasil 42 6
Nova unidade em Sobral - Brasil 34 21
Novas linhas de coprocessamento - Brasil 33 9
Geologia e direitos minerários - Brasil 27 53
Meio ambiente e segurança - Brasil 26 10
Expansão de capacidade produtiva de agregados - América do Norte 22 39
Recuperações estruturais - Brasil 19
Fábrica insumos agrícolas Ponte Alta - Brasil 15
Hardwares e softwares - Brasil 10 11
Novas linhas de coprocessamento - América do Norte 7 13
Nova unidade em Edealina - Brasil 7 101
Remoção de estéril - Agregados - Brasil 4 8
Outros 364 357
2.044 2.028
Principais projetos em andamento - Polimetálicos (“VMH”) 2016 2015
Projetos Minerações (Expansão Vazante) - Brasil 256 133
Projetos de segurança, saúde e meio ambiente - Brasil 95 133
Projetos de manutenção das plantas - Peru 65 64
Construção nova linha de produção - Brasil 65 19
Extração mineral - Peru 62 87
Projetos para a modernização e aumento de produção - Brasil 33 11
Linha de tratamento de rejeitos - Peru 28 70
Central hidroelétrica Pucurhuay - Peru 28 41
Esmerilhamento de mineral - Peru 24 19
Projetos de tecnologia da informação - Peru 23 20
Projeto Santa Bárbara - Peru 14 17
Armazenamento de resíduos - Peru 9 2
Torrefação - Peru 7 48
Planta de concentrados - Peru 6 52
Serviços gerais - Peru 6 17
Outros 16 93
737 826
Principais projetos em andamento - Siderurgia 2016 2015
Revitalização e adequação da usina 43 5
Reparação de equipamentos de operação da planta 36 44
Projeto reparação bateria vertical 25 13
Modernização de equipamentos de operação da planta 19 22
Projeto programa de exploração de minério 7 7
Projetos de segurança, saúde e meio ambiente 5 32
Projeto expansão - Florestal 3 4
Projeto operação subterrânea mecanizada e semi-mecanizada de carvão metalúrgico 141
Outros 16 100
154 368
Imobilizado Imobilizado Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
190 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 191
Principais projetos em andamento - Alumínio (“CBA”) 2016 2015
Projeto Alumina Rondon 107 100
Revitalização e adequação da usina 39 25
Projetos fábrica Alumina 12 22
Modernização do sistema automação 25 22
Projetos de transformação plástica e fundição 19 44
Reforma de fornos 22 12
Projetos salas fornos 15 20
Projetos de mineração 5 13
Projetos segurança, saúde e meio ambiente 2 8
Forno de calcinação 5 5
Projeto salas fornos VIII 3 3
Outros 3 13
257 287
Principais projetos em andamento - Energia 2016 2015
Complexo Eólico Ventos de São Vicente 231 1
Projeto Corumbá 11
242 1
18. INTANGÍVEL
(a) Composição e movimentação
2016 2015
Direitos de ex-
ploração sobre
recursos naturais Ágios ARO (i)
Uso do bem
público - UBP
Con-tratos,
relação com
clientes e acor-
dosSoftwa-
res
Direitos sobre
marcas e paten-
tes Outros Total Total
Saldo no início do exercício
Custo 10.088 7.013 840 541 489 574 491 823 20.859 15.350
Amortização e exaustão acumulada (2.281) (426) (141) (283) (425) (362) (371) (4.289) (2.832)
Saldo líquido 7.807 7.013 414 400 206 149 129 452 16.570 12.518
Adições 39 3 15 1 123 181 105
Baixas (48) (36) (84) (39)
Amortização e exaustão (407) (52) (20) (25) (51) (26) (15) (596) (571)
Variação cambial (1.083) (964) (27) (33) (14) (22) (84) (2.227) 4.037
Reclassificação de (para) ativos classificados como mantidos para venda 11 (10) 1 420
Efeito de controladas incluídas e (excluídas) na consolidação 3 (774) 2 115 1 (653)
Provisão de impairment (ii) (237) (82) (33) (352) (256)
Reavaliação do fluxo de caixa 23 23 99
Atualização da taxa de juros (39) (39) (35)
Transferências 76 79 35 1 (2) 189 292
Saldo no final do exercício 6.161 5.193 368 380 148 126 198 439 13.013 16.570
Custo 8.694 5.193 873 541 408 548 481 771 17.509 20.859
Amortização e exaustão acumulada (2.533) (505) (161) (260) (422) (283) (332) (4.496) (4.289)
Saldo no final do exercício 6.161 5.193 368 380 148 126 198 439 13.013 16.570
Taxas médias anuais de amortização e exaustão - % 7 7 7 7 7 13 8
(i) Asset Retirement Obligation (obrigação para desmobilização de ativos).
(ii) Refere-se substancialmente a: registro, por parte da controlada CBA, de provisão para desvalorização de ativos (impairment) baseada nos fluxos de caixa futuros estimados da Unidade Geradora de Caixa Níquel (Nota 1.1 (f)); registro de impairment de ágio nas investidas da controlada VCSA.
IntangívelImobilizado Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
192 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 193
(b) Ágios decorrentes de aquisições
Descrição 2016 2015Cimentos
Votorantim Cimentos EAA Inversiones, S.L. 1.192 1.474
Prairie Material Sales Inc 653 782
St. Marys Cement Inc. 360 410
Prestige Materials 132 158
Prestige Gunite Inc. 94 111
Engemix S.A. 76 76
Votorantim Investimentos Internacionais S.A. 48 831
Companhia de Cimento Ribeirão Grande 47 111
CJ Mineração Ltda. 16 16
Cementos Artigas S.A. 12 13
Mineração Potilíder Ltda. 14
Pedreira Pedra Negra Ltda. 4
Outros 3 3
2.633 4.003
Polimatálicos
Compañía Minera Milpo S.A.A. 1.885 2.259
Votorantim Metais - Cajamarquilla S.A. 301 361
US Zinc Corporation 29 35
2.215 2.655
Siderurgia
Acergroup S.A. 149 149
Acerholding S.A. 18 27
Acerbrag S.A. 4 6
171 182
Alumínio
Campos Novos Energia S.A. 57 57
Metalex Ltda. 49 49
Rio Verdinho Energia S.A. 29 29
Machadinho Energética S.A. 15 15
BAESA - Energética Barra Grande S.A. 7 7
157 157
Holdings e outras
Votorantim Andina S.A. 16 16
Fazenda Bodoquena Ltda. 1
17 16
5.193 7.013
(c) Teste do ágio para verificação de impairment
A Companhia e suas controladas avaliam pelo
menos anualmente a recuperabilidade do valor contá-
bil do segmento operacional das UGCs. O processo de
estimar esses valores envolve o uso de premissas, julga-
mentos e estimativas sobre os fluxos de caixa futuros
que representam a melhor estimativa da Companhia.
A Administração da Companhia determinou a
margem bruta orçada com base no desempenho passado
e nas suas expectativas de desenvolvimento do mercado.
As taxas de desconto utilizadas são pré impostos e re-
fletem riscos específicos relacionados com o segmento
operacional ou com a UGC que estiver sendo testada.
Os cálculos do valor em uso têm como pre-
missas as projeções de fluxo de caixa, antes do cálculo
do imposto de renda e da contribuição social, e como
base os orçamentos financeiros aprovados pela Admi-
nistração para o período projetado para os próximos
cinco anos. Os valores referentes aos fluxos de caixa,
para o período excedente aos cinco anos, foram extra-
polados com base nas taxas de crescimento estimadas.
A taxa de crescimento não ultrapassa a média de lon-
go prazo para o setor.
Os cálculos do valor justo foram baseados
no modelo de fluxo de caixa descontado, e têm como
base as seguintes premissas:
Taxa de crescimento Taxa de desconto
Cimentos 0,5% a 3,0% 6,50% a 13,40%
Alumínio (“CBA”) Não utilizado 10,07% a 12,43%
Polimetálicos (“VMH”) Não utilizado 9,50% a 11,53%
Siderurgia (i) Não utilizado 11,99% a 17,10%
Holding e outros Não utilizado 9,23% a 09,37%
(i) Considera apenas as unidades localizadas no exterior (Argentina e Colômbia).
As perdas decorrentes de impairment sobre
ágio em 31 de dezembro de 2016, foram no montante
de R$ 82 (2015 - R$ 237), registradas na rubrica de
“Outras despesas operacionais, líquidas”.
O valor do ajuste de impairment refere-se a
ágio das investidas Companhia de Cimento Ribeirão
Grande (incorporada na VCSA) no montante de R$ 64,
Mineração Potilíder Ltda. em R$ 14 e Pedreira Pedra
Negra Ltda. em R$ 4.
Intangível Intangível Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
194 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 195
19. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
(a) Composição e valor justo
Modalidade Encargos anuais médios (i)
Circulante (iii) Não circulante Total Valor justo
2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015
Moeda nacional
Debêntures 115,53% CDI 252 631 3.633 4.723 3.885 5.354 3.936 4.998
BNDES TJLP + 2,69% / 4,81% Pré BRL / SELIC + 2,66% 453 668 938 1.400 1.391 2.068 1.285 1.710
Agência de fomento 8,55% Pré BRL / TJLP + 1,22% 38 10 243 219 281 229 246 158
Nota comercial TR + 12,36% 267 267 266
FINAME 4,88% Pré BRL / TJLP + 2,60% 29 32 113 143 142 175 117 119
Nota de crédito exportação 8,00% Pré BRL 101 131 100 101 231 99 216
Outros 13 11 16 18 29 29 24 30
1.153 1.483 4.943 6.603 6.096 8.086 5.973 7.231
Moeda estrangeira
Eurobonds - USD 6,28% Pré USD 122 123 9.518 9.510 9.640 9.633 9.298 8.157
Empréstimos - Resolução 4131 (ii) LIBOR USD + 1,46% / 3,10% Pré USD 6 8 2.663 3.393 2.669 3.401 2.482 3.399
Créditos de exportação (pré-pagamento) LIBOR USD + 2,07% 78 (3) 2.160 2.335 2.238 2.332 1.666 2.417
Eurobonds - EUR 3,41% Pré EUR 26 85 1.939 4.837 1.965 4.922 1.954 3.543
Empréstimos sindicalizados / bilaterais Euribor + 2,00% / 7,30% Pré 38 2 1.234 659 1.272 661 1.416 721
BNDES UMBNDES + 2,52% 122 233 150 399 272 632 268 660
Agência de fomento LIBOR USD + 1,38% 128 31 5 158 133 189 93 196
Capital de giro IBR + 3,37% / 9,25% Pré INR 90 633 90 633 89 635
Outros 9 21 19 21 28 42 24 44
619 1.133 17.688 21.312 18.307 22.445 17.290 19.772
1.772 2.616 22.631 27.915 24.403 30.531 23.263 27.003
Parcela circulante dos empréstimos e financiamentos captados a longo prazo 1.358 1.606
Juros sobre empréstimos e financiamentos 323 393
Empréstimos e financiamentos captados a curto prazo 91 617
1.772 2.616
(i) Os encargos anuais médios são apresentados apenas para os contratos com maior representatividade quanto ao montante total da dívida.
(ii) Os empréstimos relativos à Resolução 4131, possuem swaps (instrumentos financeiros derivativos) que visam tanto a troca de taxas flutuantes em LIBOR e pré-fixada para taxa flutuante em CDI, como a troca de moeda, dólar para real, e resultaram no custo médio final ponderado de 102,84 % a.a. do CDI. Estes swaps foram contratados com a instituição financeira em conjunto com empréstimo (dívida em USD + swap para BRL em % do CDI). Os termos e as condições do empréstimo e derivativo configuram-se como operação casada, de modo que economicamente a resultante seja uma dívida em % do CDI em BRL. A diferença da mensuração entre os dois instrumentos (empréstimo ao custo amortizado x derivativo ao valor justo), gera um “descasamento contábil” no resultado e para eliminar este “descasamento contábil” as contratações feitas a partir de agosto de 2015, foram designadas na modalidade “fair value”, sendo o efeito desta designação a mensuração da dívida a valor justo por meio do resultado conforme Nota 30.
(iii) O saldo apresentado como negativo refere-se a custos de captação.
Legenda:
BNDES Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social.
BRL Moeda Nacional (real).
CDI Certificado de Depósito Interbancário.
EUR Moeda da União Europeia (euro).
EURIBOR Euro Interbank Offered Rate.
FINAME Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais.
HIBOR Hong Kong Interbank Offered Rate.
IBR Inter-Bank Rate (Colômbia).
INR Rupia indiana.
LIBOR London Interbank Offered Rate.
PBoC People’s Bank of China.
SELIC Sistema Especial de Liquidação e Custódia.
TJLP Taxa de juros de longo prazo, fixada pelo Conselho Monetário Nacional. É o custo básico de financiamentos do BNDES.
TR Taxa Referencial.
UMBNDES Unidade monetária do BNDES. É cesta de moedas que representa a composição das obrigações em moeda estrangeira do BNDES. Em 31 de dezembro de 2016, o dólar norte-americano representou 99,48% dessa composição.
USD Dólar norte-americano.
Empréstimos e financiamentosEmpréstimos e financiamentos Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
196 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 197
(b) Perfil dos vencimentos
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025
A partir de
2026 Total
Moeda nacional
Debêntures 252 39 39 396 396 356 1.701 703 3 3.885
BNDES 453 387 255 95 77 51 25 19 17 12 1.391
Agência de fomento 38 38 38 38 38 30 30 28 3 281
Nota comercial (i) 267 267
FINAME 29 22 21 20 19 17 10 4 142
Nota de crédito exportação 101 101
Outros 13 11 5 29
1.153 497 358 549 530 454 1.766 754 23 12 6.096
Moeda estrangeira
Eurobonds - USD (i) 122 (6) 667 308 777 (6) 1.112 1.298 (5) 5.373 9.640
Empréstimos - Resolução 4131 (i) 6 562 647 1.128 326 2.669
Créditos de exportação (pré-pagamento) 78 469 529 594 568 2.238
Eurobonds - EUR (i) 26 (5) (5) (5) 733 1.221 1.965
Empréstimos sindicalizados / bilaterais 38 109 242 254 239 141 137 56 56 1.272
BNDES 122 83 55 10 2 272
Agência de fomento 128 2 2 1 133
Capital de giro 90 90
Outros 9 7 1 1 1 1 1 5 2 28
619 1.221 2.138 2.291 2.646 1.357 1.250 1.359 53 5.373 18.307
3,38% 6,67% 11,68% 12,51% 14,46% 7,41% 6,83% 7,42% 0,29% 29,35% 100,00%
1.772 1.718 2.496 2.840 3.176 1.811 3.016 2.113 76 5.385 24.403
7,26% 7,04% 10,23% 11,64% 13,01% 7,42% 12,36% 8,66% 0,31% 22,07% 100,00%
(i) Os saldos apresentados como negativos referem-se a custos de captação que são amortizados linearmente.
(c) Movimentação
2016 2015
Saldo no início do exercício 30.531 24.003
Captações 6.162 7.270
Provisão de juros 1.757 1.782
Reclassificação para ativos classificados como mantidos para venda (846)
Efeito de controladas incluídas na consolidação 4 417
Adições dos custos de captação, líquidas das amortizações (40) (28)
Ajuste a valor justo – Resolução 4131 (26) 10
Deságio na recompra dos Bonds (173)
Juros pagos (1.735) (1.838)
Variação cambial (3.855) 6.491
Liquidações (7.376) (7.576)
Saldo no final do exercício 24.403 30.531
(d) Composição por moeda
Circulante Não circulante Total
2016 2015 2016 2015 2016 2015
Dólar norte americano 369 224 14.396 15.631 14.765 15.855
Real 1.153 1.483 4.943 6.603 6.096 8.086
Euro 32 85 2.500 5.261 2.532 5.346
Boliviano 3 392 395
Liras turcas 27 279 306
Cestas de moedas 90 182 101 277 191 459
Yuan chinês 399 399
Dólar de Hong Kong 131 131
Outras 98 112 20 143 118 255
1.772 2.616 22.631 27.915 24.403 30.531
Empréstimos e financiamentosEmpréstimos e financiamentos Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
198 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 199
(e) Composição por indexador
CirculanteNão
circulante Total
2016 2015 2016 2015 2016 2015
Moeda nacional
CDI 252 631 3.633 4.723 3.885 5.354
TJLP 421 611 824 1.329 1.245 1.940
Taxa pré-fixada 196 233 354 491 550 724
Taxa referencial (TR) 267 267
SELIC 17 8 132 60 149 68
1.153 1.483 4.943 6.603 6.096 8.086
Moeda estrangeira
Taxa pré-fixada 235 283 12.649 14.901 12.884 15.184
LIBOR 213 34 4.671 5.588 4.884 5.622
UMBNDES 122 233 150 399 272 632
EURIBOR 5 218 424 223 424
PBoC 399 399
HIBOR 131 131
Outros 44 53 44 53
619 1.133 17.688 21.312 18.307 22.445
1.772 2.616 22.631 27.915 24.403 30.531
(f) GarantiasEm 31 de dezembro de 2016, R$ 8.828 (31
de dezembro de 2015 – R$ 9.902) do saldo de em-
préstimos e financiamentos da Companhia e suas con-
troladas estavam garantidos por avais da Companhia,
enquanto R$ 183 (31 de dezembro de 2015 – R$ 175)
estavam garantidos por bens do ativo imobilizado em
função de alienação fiduciária.
(g) Obrigações contratuais / Índices financeiros
Determinados contratos de empréstimos e
financiamentos estão sujeitos ao cumprimento de cer-
tos índices financeiros (“covenants”). Quando aplicá-
veis, tais obrigações são padronizadas para todos os
contratos de empréstimos e financiamentos.
A Companhia atendeu a todas as condições
estabelecidas nas cláusulas contratuais de empréstimos
e financiamentos, quando aplicáveis.
(h) Captações e amortizações Por meio de captações e pagamentos ante-
cipados de certas dívidas, a Companhia busca alongar
o prazo médio dos vencimentos, bem como equilibrar
a exposição a diferentes moedas dos empréstimos e
financiamentos a sua geração de caixa nestas moedas.
As principais captações efetuadas em 2016
foram as seguintes:
(i) Em 22 de fevereiro de 2016, a controlada
VCSA firmou contrato de acordo com a Resolução
4131 no montante de USD 100 milhões (R$ 404)
com vencimento em fevereiro de 2020 e custo final
de 103,00% do CDI, após realização de swap. Esta
operação possui garantia da sua controlada VCNA e
os recursos foram utilizados para o resgate antecipado
de debêntures.
(i i) Em 25 de fevereiro de 2016, a controlada
VCSA renegociou as condições contratuais do emprés-
timo de acordo com a Resolução 4131, contratado em
outubro de 2014, no valor total de USD 100 milhões
(R$ 248). A controlada estendeu o prazo final de ven-
cimento de 2017 para 2021 e repactuou o custo do
swap de 103,00% para 109,90% do CDI.
(i i i) Em 2 de março de 2016, a controlada VCSA
anunciou oferta para recomprar bonds (Tender Of-
fer) de suas emissões em Euro com vencimentos em
2021 e 2022. Em março de 2016 ainda, recomprou
EUR 69 milhões (R$ 284) de principal da emissão com
vencimento em 2021 e EUR 53 milhões (R$ 218) de
principal da emissão com vencimento em 2022. Tendo
em conjunto um desembolso de caixa total de EUR 90
milhões (R$ 368). As liquidações financeiras ocorreram
em 17 de março de 2016, e geraram uma receita (de-
ságio) de EUR 32 milhões (R$ 149).
(iv) Em 16 de março de 2016, a controlada VCSA
renegociou as condições contratuais da segunda emis-
são pública de debêntures, a qual estendeu a parcela de
amortização de R$ 200 com vencimento em outubro
de 2018 para março de 2021, mantendo as condições
originais. Em 15 de dezembro de 2016, renegociou a
segunda emissão pública de debêntures no valor de R$
1.000, alterando o custo para 118,66% do CDI e es-
tendendo o vencimento de 2019, 2020 e 2021 para
janeiro de 2023. Em 27 de dezembro de 2016, foram
renegociadas condições contratuais de três emissões pú-
blicas de debêntures (quinta, sexta e oitava) no valor de
R$1.600, alterando os custos para 118,90% do CDI e
estendendo o vencimento de 2018, 2019 e 2020, para
R$ 200 vencendo em março de 2022, R$ 700 em março
de 2023 e R$ 700 em março de 2024.
(v) Em 30 de março de 2016, a controlada Ita-
camba Cementos S.A. realizou a segunda liberação de
recursos da linha de empréstimo sindicalizado contra-
tada em 2015 no valor total de BOB 835 milhões. O
valor liberado em março de 2016, foi de BOB 278 mi-
lhões (R$ 144) e será utilizado para financiar a expan-
são da planta de cimento local. Em 05 de agosto de
2016, foi realizada a terceira liberação no valor de BOB
209 milhões (R$ 96). Em 29 de novembro de 2016,
foi realizada a última liberação no valor de BOB 139
milhões (R$ 68).
(vi) Em 27 de junho de 2016, a controlada Vote-
ner efetuou a primeira emissão de notas promissórias
comerciais, em série única, no valor total de R$ 250.
Com vencimento final em dezembro de 2017, possui
remuneração acumulada da Taxa Referencial – “TR”
apuradas e divulgadas pelo Banco Central do Brasil
acrescida de um spread e equivalente a uma taxa de
12,36% a.a.. Esta operação possui garantia da Com-
panhia e os recursos desta captação serão utilizados
para desenvolvimento de parques eólicos.
(vi i) Em 20 e 27 de junho de 2016, a investida in-
direta VCEAA contratou empréstimos no valor total de
EUR 65 milhões (R$ 230), com vencimentos em 2021
e 2023. Os recursos desta operação foram utilizados
para o pagamento antecipado de empréstimos com
vencimento em 2017. Com a mesma finalidade, em
julho de 2016 foi também contratado pela VCEAA em-
préstimos no valor total de EUR 100 milhões (R$ 358),
com vencimentos finais em 2021 e 2023.
Empréstimos e financiamentosEmpréstimos e financiamentos Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
200 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 201
(vi i i) Em 31 de agosto de 2016, a Votorantim Ci-
mento Sanayi ve Ticaret Anonim Şirketi, subsidiária da
VCEAA, contratou empréstimo no valor total de TRY
330 milhões (R$ 361) com vencimento em 2023. A
operação possui garantia da VCEAA e parte dos re-
cursos da operação foi utilizada para o pagamento do
saldo remanescente das dívidas na China.
(ix) Em 3 de outubro de 2016, a controlada
VCSA, através de sua subsidiária St. Marys Cement
Inc., emitiu títulos no mercado internacional (Bonds)
no valor de USD 500 milhões (R$ 1.617) com venci-
mento em 2027 e cupom anual de 5,75%. Com parte
dos recursos, a Companhia efetuou em 10 de outubro
de 2016, através de sua subsidiária VCEAA, a recom-
pra de bonds (Tender Offer) de suas emissões em euro
com vencimentos em 2021 e 2022. A Companhia re-
comprou EUR 332 milhões (R$ 1.189) de principal da
emissão com vencimento em 2021 e EUR 63 milhões
(R$ 227) de principal da emissão com vencimento em
2022, tendo em conjunto um desembolso de caixa to-
tal de EUR 395 milhões (R$ 1.416).
(x) Em 30 de novembro, 01 de dezembro e 09
de dezembro de 2016, a controlada VGmbH contratou
novos empréstimos de Pré-Pagamento de Exportação
no valor bruto de USD 400 milhões (R$ 1.365), com
vencimento em 2021. A operação possui garantia da
VMH, VMZ e Cajamarquilla e os recursos foram utili-
zados para pagamento de dívida com vencimento em
2016 e intenção de alongamento do perfil de amorti-
zação destes empréstimos.
20. RISCO SACADO A PAGAR
A Companhia e suas controladas firmaram
contratos junto a instituições financeiras, com o objeti-
vo de permitir aos fornecedores nos mercados interno
e externo a antecipação de seu recebimento. Nessa
operação, os fornecedores transferem o direito de re-
cebimento dos títulos das vendas das mercadorias para
as instituições financeiras.
Operações de risco sacado 2016 2015
Fornecedor - mercado interno 363 264
Fornecedor - mercado externo 605 819
968 1.083
Risco sacado a pagarEmpréstimos e financiamentos Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
202 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 203
21. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL CORRENTES E DIFERIDOS
(a) Reconciliação da despesa de IRPJ e da CSLL
Os valores correntes são calculados com base
nas alíquotas em vigor sobre o lucro tributado, acrescido
ou diminuído das respectivas adições e exclusões.
Os valores de imposto de renda e contri-
buição social demonstrados no resultado do exercício
findo em 31 de dezembro apresentam a seguinte re-
conciliação com base na alíquota nominal brasileira:
2016 2015
Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social (1.369) 1.554
Alíquotas nominais 34% 34%
IRPJ e CSLL calculados às alíquotas nominais 465 (528)
Ajustes para apuração do IRPJ e da CSLL efetivos
Equivalência patrimonial 265 106
Diferencial de alíquota de empresas no exterior (87) 66
Imposto sobre operação de mineração (37) (33)
Não constituição do diferido sobre prejuízo fiscal e base negativa, líquida (340) (177)
Reversão de IRPJ e CSLL diferidos (237)
Constituição de diferido sobre variação cambial dos ativos imobilizados 176
Outras adições permanentes, líquidas (55) (75)
IRPJ e CSLL apurados 387 (878)
Correntes (481) (714)
Diferidos 868 (164)
IRPJ e CSLL no resultado 387 (878)
Taxa efetiva - % 28% 56%
(b) Composição dos saldos de impostos diferidos
2016 2015
Créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa 1.868 2.091
Créditos tributários sobre diferenças temporárias
Variação cambial 1.496 2.544
Estimativa para perdas em investimentos, imobilizado e intangível 1.102 200
Provisões referente à processos judiciais 545 489
Benefício fiscal sobre ágio 263 4
Uso do bem público - UBP 178 183
Obrigação para desmobilização de ativos 170 127
Diferimento de perdas em contratos de derivativos 109 (115)
Estimativa para perdas de estoques 77 126
Passivos ambientais 106 31
Estimativa para baixa de ativo 7 17
Outros créditos 313 293
Débitos tributários sobre diferenças temporárias
Mais valia de ativos incorporados ao custo do imobilizado (1.669) (1.760)
Ajustes de vida útil do imobilizado (depreciação) (1.367) (1.428)
Amortização de ágio (337) (300)
Instrumentos financeiros - compromisso firme (234) (329)
Mais valia de ativos Citrosuco (148)
Juros capitalizados (133) (134)
Ajuste a valor de mercado (112) 86
Ajuste a valor presente (57) (56)
Fundos de pensão (42) (40)
Obrigação para desmobilização de ativos (25) (7)
Custo de captação de empréstimos (4) (5)
Outros débitos (34) (13)
Líquido 2.072 2.004
Impostos diferidos ativos líquidos de mesma entidade jurídica 4.055 4.065
Impostos diferidos passivos líquidos de mesma entidade jurídica (1.983) (2.061)
Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidosImposto de renda e contribuição social correntes e diferidos Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
204 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 205
(c) Efeito do imposto de renda e da contribuição social diferidos no resultado do exercício e no resultado abrangente
2016 2015
Saldo no início do exercício 2.004 692
Efeito no resultado do exercício 868 (164)
Efeito no resultado do exercício - operações descontinuadas (94)
Efeito em outros componentes do resultado abrangente - hedge accounting (906) 1.771
Efeito de variação cambial em outros componentes do resultado abrangente 155 (306)
Efeito de controladas incluídas na consolidação 2
Reclassificados para ativos classificados como mantido para venda 120
Outros (171) 105
Saldo no final do exercício 2.072 2.004
(d) Realização do imposto de renda e da contribuição social diferidos sobre prejuízo fiscal e base negativa
2016 Percentual
Em 2017 159 8%
Em 2018 192 12%
Em 2019 354 18%
Em 2020 707 38%
2021 em diante 456 24%
1.868 100%
22. RECEITA DIFERIDA – OBRIGAÇÃO POR PERFORMANCE
Em dezembro de 2014, a controlada Vote-
ner cedeu a uma instituição financeira os direitos cre-
ditórios decorrentes de contratos de Comercialização
de Energia Elétrica no Ambiente Regulado (“CCEAR”),
com vencimento até dezembro de 2019. O total da
cessão correspondeu a R$ 1.253, e não possui qual-
quer direito de regresso e/ou tipo de coobrigação da
Votener sobre os direitos creditórios. Pela cessão dos
direitos creditórios a Votener recebeu o valor total de
R$ 905, sendo que os juros a apropriar da operação
serão reconhecidos pró-rata ao resultado durante o
prazo do contrato.
Em maio de 2015, a Votener realizou uma
segunda operação de cessão de créditos, sem qualquer
direito de regresso e/ou tipo de coobrigação da contro-
lada, no valor total de R$ 368. Pela cessão dos direitos
creditórios, a Votener recebeu o valor total R$ 251, sen-
do que os juros a apropriar da operação serão reconhe-
cidos pró-rata ao resultado durante o prazo do contrato.
À medida que ocorre a entrega física de ener-
gia, a controlada Votener reconhece proporcionalmente
a receita da venda destes direitos creditórios. O valor
atualizado destas operações em 31 de dezembro de
2016 é de R$ 759 (31 de dezembro de 2015 – R$ 996).
Receita diferida – obrigação por performance Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
206 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 207
23. PROVISÕES
(a) Composição e movimentação
2016 2015
Processos judiciais
Total TotalARO (i)Reestrutu-
raçãoTributá-
riasTrabalhis-
tas Cíveis Outras
Saldo no início do exercício 1.159 20 595 180 173 62 2.189 1.910
Ajuste a valor presente 27 27 40
Adições 6 116 149 205 10 486 335
Reversões (19) (81) (123) (24) (9) (256) (313)
Depósitos judiciais, líquidos das baixas (53) (20) (3) (76) (4)
Liquidações com efeito caixa (32) (23) (40) (25) (7) (127) (233)
Liquidações com depósitos judiciais (7) (4) (11)
Transferências 8 (9) 1
Reclassificação de (para) passivos rela-cionados a ativos mantidos para venda (5) (11) (2) (18) 42
Efeito de controladas incluídas na consolidação 56 20 3 79
Atualização monetária 29 124 23 52 3 231 152
Variação cambial (111) (4) (3) (3) (12) (134) 204
Reavaliação de fluxo de caixa (43) (43) 55
Saldo no final do exercício 1.035 725 176 372 38 2.346 2.189
(i) Asset Retirement Obligation (obrigação para desmobilização de ativos).
(b) Provisões tributárias, cíveis, trabalhistas, ambientais e depósitos judiciais remanescentes
A Companhia e suas controladas são partes
envolvidas em processos tributários, trabalhistas, cíveis,
ambientais e outras ações judiciais em andamento, e
estão discutindo essas questões tanto na esfera admi-
nistrativa quanto na judicial, as quais, quando aplicá-
veis, são amparadas por depósitos judiciais.
As provisões para as perdas decorrentes de
passivos contingentes classificadas como prováveis são
reconhecidas contabilmente. As perdas classificadas
como possíveis não são reconhecidas contabilmente,
sendo divulgadas nas notas explicativas. As contingên-
cias cujas perdas são classificadas como remotas não
são provisionadas nem divulgadas, exceto quando, em
virtude da visibilidade do processo, a Companhia con-
sidere sua divulgação justificada.
Os montantes envolvidos nas contingências
são estimados e atualizados periodicamente. A classi-
ficação das perdas entre possíveis, prováveis e remotas
baseia-se na avaliação da Administração, fundamenta-
da na opinião de seus consultores jurídicos.
As provisões e os correspondentes depósitos
judiciais são apresentados a seguir:
2016 2015
Depósitos judiciais
Montante provisio-
nado Total líquido
Depósitos judiciais
remanescen-tes (i)
Depósitos judiciais
Montante provisio-
nado Total líquido
Depósitos judiciais
remanescen-tes (i)
Tributárias (562) 1.287 725 214 (509) 1.104 595 219
Cíveis (15) 387 372 104 (12) 185 173 86
Trabalhistas (97) 273 176 99 (77) 257 180 39
Outras 38 38 3 62 62 5
(674) 1.985 1.311 420 (598) 1.608 1.010 349
(i) A Companhia possui saldos depositados em processos classificados pela Administração, seguindo as indicações dos consultores jurídicos da Companhia como de perda remota ou possível, portanto, sem a respectiva provisão.
(c) ARO –”Asset retirement obligation” (obrigação para desmobilização de ativos)
A taxa de juros utilizada para trazer estas
obrigações ao valor presente, considerando a taxa
real de juros atualizada pela inflação em 2016 é de
8,47% ao ano (2015 – 7,51%). O passivo constituído
é atualizado periodicamente tendo como base essas
taxas de desconto acrescido da inflação do período de
referência.
(d) Comentários sobre as provisões com probabilidade de perda provável
(i) Provisões tributárias
Os processos tributários com probabilida-
de de perda provável estão representados por dis-
cussões relacionadas a tributos federais, estaduais e
municipais. Os que se referem a processos judiciais de
contestação de legalidade ou constitucionalidade de
obrigação tributária têm seus montantes reconhecidos
integralmente nas demonstrações financeiras.
(i i) Provisões trabalhistas
A Companhia e suas subsidiárias tem um to-
tal de 6.705 (2015 – 6.283) processos trabalhistas, mo-
vidos por ex-empregados, terceiros e sindicatos, cujos
pleitos consistem, em sua maioria, em pagamento de
verbas rescisórias, adicionais de insalubridade e peri-
culosidade, horas extras, horas in itinere, bem como
pedidos de indenização de ex-empregados ou terceiros
por supostas doenças ocupacionais, acidentes de tra-
balho, danos materiais e morais, derivados da Justiça
Comum por força da Emenda Constitucional nº 45 e
cumprimento de cláusulas normativas.
(i i i) Provisões cíveis
A Companhia e suas subsidiárias são parte
em processos cíveis de natureza administrativa e juris-
dicional. As referidas contingências são originárias de
processos com distintas naturezas jurídicas, ressaltan-
do-se ações de indenização por dano material e dano
moral, ações de cobranças, execuções e pedidos ad-
ministrativos.
Provisões Provisões Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
208 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 209
(iv) Provisões ambientais
A Companhia e suas subsidiárias estão sujei-
tas a leis e regulamentos nos diversos países em que
operam. A Companhia estabeleceu políticas e proce-
dimentos ambientais voltados ao cumprimento de leis
ambientais e outras. A Administração conduz análises
regulares para identificar riscos ambientais e para ga-
rantir que os sistemas em funcionamento sejam ade-
quados para gerenciar esses riscos.
O contencioso ambiental judicial da Compa-
nhia e de suas subsidiárias refere-se, basicamente, a
ações civis públicas e ações populares, que têm como
finalidade obstar o andamento de licenciamento am-
biental de novos projetos, a recuperação de pretensas
áreas de preservação permanente, dentre outras.
(e) Processos com probabilidade de perdas consideradas possíveis
A Companhia tem ações envolvendo riscos
de perda classificados pela administração como possí-
veis, com base na avaliação de seus assessores legais,
para as quais não há provisão constituída.
2016 2015
Tributárias 7.500 4.983
Cíveis 7.227 6.766
Ambientais 487 539
Trabalhistas e previdenciárias 355 429
15.569 12.717
(e.1) Comentários sobre passivos contingentes tributários com probabilidade de perda possível
A seguir são comentados os passivos con-
tingentes relacionados a processos tributários em an-
damento com probabilidade de perda possível, para
os quais não há qualquer provisão contabilizada. No
quadro a seguir apresentamos uma análise da relevân-
cia desses processos:
Natureza 2016 2015
ICMS – Creditamento (i) 895
Auto de infração - IRPJ/CSLL (ii) 828 154
Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais - CFEM (iii) 547 476
Glosa de créditos de PIS/COFINS (iv) 425 367
Glosa de saldo negativo IRPJ (v) 290 155
Compensação de prejuízo fiscal - trava 30% (incorporação) (vi) 271 250
ICMS - Custo de transferência (vii) 225 206
IRPJ/CSLL - Preços de transferência (viii) 222
Natureza 2016 2015
IRPJ/CSLL - Lucros no exterior (ix) 172 155
Auto de infração - ICMS (x) 146 140
IRPJ/CSLL – Dedução de despesas (xi) 86
Exigência de ICMS sobre TUSD (xii) 23 199
Demais processos de valores individuais inferiores à R$ 100 3.370 2.881
7.500 4.983
Os saldos apresentados a partir de 2016 e
que não possuem base comparativa, referem-se subs-
tancialmente aos efeitos das empresas incluídas oriun-
das da operação de incorporação da VPAR, conforme
Nota 1.1 (a).
(i) ICMS – Creditamento
Entre os anos de 2011 e 2013, foram lavra-
dos oito autos de infração e imposição de multa em
face da controlada Citrovita Agro Industrial Ltda. vi-
sando, principalmente, à cobrança do ICMS creditado,
conforme destacado em notas fiscais de transferência
de outras filiais com o fim específico de exportação,
cujas saídas não são tributadas. Os autos de infração
totalizam, em 31 de dezembro de 2016, o montante
de R$ 757.
Dos oito processos mencionados, sete deles
aguardam julgamento na esfera administrativa, sendo
que: (i) três deles com decisão totalmente desfavorá-
vel; (ii) quatro em que as decisões mantiveram os lan-
çamentos apenas em parte, reduzindo o valor autua-
do; (iii) e um deles foi encerrado de forma desfavorável
na esfera administrativa, e será discutido judicialmente
mediante o ajuizamento de ação anulatória. Em face
destas decisões, foram apresentados recursos pela
Companhia e pela Procuradoria da Fazenda Estadual
de São Paulo, que aguardam apreciação pelo Tribunal
de Impostos e Taxas.
No quarto trimestre de 2016, a Companhia
recebeu um novo auto de infração cujo valor atualiza-
do até 31 de dezembro de 2016 perfaz o montante de
R$ 138. O processo atualmente aguarda julgamento
em primeira instância administrativa.
(i i) Auto de infração – IRPJ/CSLL
Em dezembro de 2011, a controlada VCSA
foi autuada pela Receita Federal do Brasil no valor de
R$ 185 por suposta ausência de recolhimento ou pa-
gamento a menor de IRPJ e CSLL relativos ao período
entre 2006 e 2010, em função de: (i) amortização do
ágio supostamente incorreta; (ii) uso do prejuízo fiscal
acima do limite de 30% permitido pela regulamentação
tributária (incorporação); e (iii) falta de pagamento das
obrigações de IRPJ e CSLL devidos por estimativas men-
sais. A Companhia entende que a melhor estimativa de
contingência possível é de apenas R$ 168. No julgamen-
to de primeira instância, os julgadores decidiram pela
redução de aproximadamente R$ 50 do valor autuado.
Em março de 2015, houve o julgamento do recurso de
ofício e recurso voluntário interpostos junto ao Con-
selho Administrativo de Recursos Fiscais, onde restou
decidido a exclusão das multas qualificada e isolada,
além de confirmar a decisão de primeira instância no
que tange à redução mencionada acima. Atualmente,
a controlada aguarda o julgamento do recurso de ofício
e especial apresentados perante ao órgão responsável.
Provisões Provisões Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
210 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 211
Em abril de 2015, a Companhia foi autuada
pela Receita Federal do Brasil exigindo o pagamento
de IRPJ e CSLL em razão da glosa da dedutibilidade
das despesas com o REFIS (Lei 11.941/09) realizadas
no ano calendário de 2010. A impugnação foi julgada
procedente pela DRJ e o crédito tributário foi exone-
rado. Em 15 de dezembro de 2016, a Companhia foi
intimada acerca da não interposição de recurso pela
Fazenda Nacional, o que tornou definitiva a decisão
que exonerou o crédito tributário. Autos aguardando
o arquivamento. Em 31 de dezembro de 2016, o valor
atualizado autuado é de R$ 185.
Em dezembro de 2016, a VCSA foi autuada
pela Receita Federal do Brasil no valor de R$ 470 exi-
gindo a cobrança de IRPJ e CSLL relativos ao período
de 2011, em função de suposta dedução indevida de
despesas e custos operacionais. Atualmente, a compa-
nhia aguarda o julgamento da impugnação apresenta-
da junto à Delegacia Especial da Receita Federal. Em
31 de dezembro de 2016, o montante em controvérsia
é de R$ 475, cuja probabilidade de perda é possível.
(i i i) Compensação Financeira pela Ex-ploração de Recursos Minerais - CFEM
As controladas VCSA, VMZ e CBA, possuem
diversas autuações lavradas pelo Departamento Nacio-
nal de Produção Mineral (DNPM) por suposta falta de
pagamento ou recolhimento a menor de CFEM, dos
períodos de 1991 a 2012, janeiro de 1991 a dezembro
de 2000, janeiro de 1991 a dezembro de 2006 e 1991
a 2003 e 2013, respectivamente. Em 31 de dezembro
de 2016, o valor em controvérsia dessas ações totaliza
o montante de R$ 547, classificados com prognóstico
de perda possível. Atualmente os processos se encon-
tram em fase administrativa ou judicial.
(iv) Glosa de crédito de PIS/COFINS
A controlada CBA recebeu diversos despa-
chos decisórios, relativos à glosa de créditos de PIS e
COFINS relativos a itens aplicados no processo produti-
vo, que no entendimento da Receita Federal do Brasil,
não gerariam direito ao crédito das referidas contribui-
ções. O montante atualizado em 31 de dezembro de
2016, corresponde a R$ 425. Atualmente, os proces-
sos aguardam decisão na esfera administrativa.
(v) Glosa saldo negativo IRPJ
A VSA, sua controlada CBA e a Cia. Nitro-
química Brasileira Ltda.- (“CNQB”), alienada pela Com-
panhia a terceiros, receberam despachos decisórios
relativos à glosa de saldo negativo de IRPJ dos anos-
-calendário de 2006 (VSA), 2003, 2004, 2006 (CNQB)
e 2008 (CBA), totalizando um montante atualizado
de R$ 290 em 31 de dezembro de 2016. Atualmen-
te, aguarda-se julgamento das manifestações de in-
conformidade/recursos voluntários apresentadas pelas
empresas. Um dos processos foi encerrado na esfera
administrativa, e a Companhia apresentou seguro ga-
rantia e estamos discutindo o débito judicialmente.
A responsabilidade sobre eventual passivo
da CNQB, conforme contrato de compra e venda, é
da Companhia.
(vi) Compensação prejuízo fiscal – trava 30% (incorporação)
A controlada Votorantim Energia Ltda. foi
autuada pela Receita Federal do Brasil, na qualidade
de sucessora da empresa VBC Participações S.A., em
razão de compensação supostamente indevida de
prejuízo fiscal e base negativa, sem a observância da
trava de 30% (incorporação). Na fase administrativa,
foi dado provimento ao Recurso Voluntário para rejei-
tar a aplicabilidade da “trava” de 30% do lucro real
e da base de cálculo da CSLL, para compensação do
estoque de prejuízos fiscais e das bases negativas de
CSLL na extinção da pessoa jurídica. Em face de tal de-
cisão a Procuradoria interpôs recurso especial julgado
em setembro de 2016. Quanto ao mérito, por voto
de qualidade, foi dado provimento ao recurso especial
da Fazenda Nacional. Com relação à multa, a CSRF
determinou o retorno dos autos à Turma de origem
para que a matéria seja apreciada. Isso significa que a
decisão é definitiva na esfera administrativa quanto ao
mérito, de forma desfavorável aos interesses da Voto-
rantim, restando pendente a discussão apenas quanto
à exigência da multa. Quanto ao mérito, a Companhia
irá ingressar com a discussão judicial. O valor envolvido
em 31 de dezembro de 2016 é de R$ 271.
(vi i) ICMS – Custo de transferência
A controlada VMSA, incorporada pela CBA,
foi autuada por suposta falta de recolhimento de ICMS
decorrente das operações de transferência de Carbo-
nato de Níquel para sua filial localizada no Estado de
São Paulo, referente aos períodos de janeiro de 2003
a dezembro de 2003, abril de 2004 a março de 2005,
abril de 2005 a março de 2006, abril de 2006 a março
de 2007 e abril de 2007 a março de 2008. Referidas
autuações, em 31 de dezembro de 2016, perfazem a
quantia de R$ 225. Atualmente os casos aguardam
decisão na esfera administrativa ou judicial.
(vi i i) IRPJ/CSLL – Preços de transferência
Entre os anos de 2007 e 2010 foram lavra-
dos quatro autos de infração em face da controlada
Citrovita Agro Industrial Ltda. visando à cobrança de
IRPJ e CSLL e o ajuste na base de prejuízo fiscal e na
base negativa da CSLL em virtude de glosas perpetra-
das nos ajustes realizados pela empresa na realização
dos cálculos dos preços de transferência, nos exercícios
de 2003 e 2004, no montante de R$ 222, atualizado
até 31 de dezembro de 2016.
Todos os processos foram julgados pela De-
legacia da Receita Federal de Julgamento, tendo sido
em três deles desfavoráveis as decisões à Citrovita. Em
outro caso, a decisão foi parcialmente favorável. Dian-
te disso, foram apresentados os competentes recursos
que, no momento, aguardam julgamento pelo Conse-
lho Administrativo de Recursos Fiscais.
(ix) IRPJ e CSLL – Lucros no exterior
Em outubro de 2013, a controlada VCSA foi
autuada pela Receita Federal do Brasil no valor de R$
107, por suposta falta de recolhimento de IRPJ e CSLL
sobre lucros auferidos no exterior nos anos calendário
de 2008 a 2010, por meio de suas controladas e coli-
gadas. No julgamento de primeira instância, os julga-
dores decidiram pela procedência do auto de infração.
Atualmente, a controlada aguarda o julgamento do
recurso voluntário interposto junto ao Conselho Ad-
ministrativo de recursos fiscais. Em 31 de dezembro de
2016, o montante em controvérsia é de R$ 147, cuja
probabilidade de perda é possível.
Em novembro de 2013, a Companhia foi au-
tuada por autoridades da Receita Federal do Brasil por
suposta falta de recolhimento de IRPJ e CSLL sobre lu-
cros auferidos no exterior no ano calendário de 2011.
O valor envolvido em 31 de dezembro de 2016 é de
R$ 25, cuja probabilidade de perda é classificada como
possível. Atualmente, aguarda-se o julgamento do Re-
curso de Ofício da Fazenda Nacional, pelo Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais - CARF.
(x) Auto de infração - ICMS
Em setembro de 2016, a controlada VCSA foi
autuada pelo Estado do Mato Grosso por suposta ausên-
cia de recolhimento de ICMS relativo ao período de junho
de 2014 a dezembro de 2015, no valor de R$ 140. Atu-
almente, a VCSA aguarda o julgamento da impugnação
apresentada junto à Secretaria de Fazenda do Estado. Em
31 de dezembro de 2016, o montante em controvérsia é
de R$ 146, cuja probabilidade de perda é possível.
(xi) IRPJ e CSLL – Dedução de despesas
Em dezembro de 2016 a Companhia foi autu-
ada por autoridades da Receita Federal do Brasil objeti-
Provisões Provisões Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
212 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 213
vando a cobrança de Imposto sobre a Renda da Pessoa
Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, em
razão da glosa de exclusões da base de cálculos dos refe-
ridos tributos no ano-calendário de 2011. O valor exigido
pelo auto de infração, atualizado até 31 de dezembro
de 2016, perfaz o montante de R$ 86. A Companhia
pretende apresentar impugnação dentro do prazo legal.
(xi i) Exigência de ICMS sobre TUSD
As controladas VMZ e CBA receberam co-
branças de supostos débitos de ICMS incidentes sobre
a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição - TUSD. O
valor total atualizado dessas discussões em 31 de de-
zembro de 2016, corresponde a R$ 23. Atualmente,
os processos administrativos da VMZ aguardam julga-
mento pelo Conselho de Contribuintes de Minas Ge-
rais, o caso da CBA, já foi julgado favoravelmente à
empresa, sendo cabível a interposição de recurso por
parte da Fazenda Estadual. Em dezembro de 2016 a
VMZ obteve decisão definitiva favorável perante o STF
reconhecendo a não incidência do ICMS sobre a TUSD.
(e.2) Comentários sobre passivos contingentes trabalhistas com probabilidade de perda possível
As reclamações trabalhistas com probabili-
dade de perda possível são aquelas ajuizadas por ex
empregados, terceiros e sindicatos, cujos pleitos con-
sistem em sua maioria em pagamento de verbas res-
cisórias, adicionais de insalubridade e periculosidade,
horas extras, horas in itinere, bem como pedidos de in-
denização de ex-empregados ou terceiros por supostas
doenças ocupacionais, acidentes de trabalho.
(e.3) Comentários sobre passivos contingentes cíveis com probabilidade de perda possível
A seguir são comentados os passivos con-
tingentes relacionados aos processos cíveis em an-
damento com probabilidade de perda possível, para
os quais não há qualquer provisão contabilizada. No
quadro a seguir apresentamos análise da relevância
desses processos:
Natureza 2016 2015
Ação Civil Pública – Infração à ordem econômica (i) 3.630 3.309
Investigações administrativas pela Secretaria de Direito Econômico (ii) 2.128 1.919
Litígio com empresa transportadora de São Paulo (iii) 179 168
Ações de indenização (iv) 41 270
Arbitragem - Operação de Agregados Petrolina (v) 317
Demais processos 1.249 783
7.227 6.766
(i) Ação Civil Pública – Infração à ordem econômica
O Ministério Público do Rio Grande do Norte
ajuizou ação civil pública contra a VCSA, juntamente
com outras oito empresas acusadas, incluindo várias
das maiores fabricantes de cimento do Brasil, alegan-
do violação à lei brasileira antitruste, como resultado
de suposta formação de cartel, na qual buscam, entre
outras coisas, que: (1) os demandados paguem uma
indenização, em forma conjunta, no montante de R$
5.600 em favor dos autores de ação civil pública por
danos morais e coletivos; (2) os demandados paguem
10,0% do montante total pago por cimento ou con-
creto adquiridos pelos consumidores das marcas nego-
ciadas pelos réus, no período compreendido entre os
anos de 2002 e 2006, a título de indenização por da-
nos à consumidores individuais; e (3) os réus sofram as
seguintes penalidades previstas nos artigos 23, inciso
I e 24 da Lei nº 8.884 / 94: (i), além da multa referida
no item (1) acima, uma multa que varia de 1,0% a
30,0% das receitas brutas anuais relativas ao exercí-
cio social imediatamente anterior ao ano em que o
processo administrativo foi iniciado, mas não menor
do que a vantagem monetária adquirida; e (ii) proi-
bição, por um período de pelo menos cinco anos, na
obtenção de financiamentos de instituições financeiras
governamentais ou na participação em processos de
licitação realizados pelos governos federal, estadual ou
municipal entidades governamentais ou com as agên-
cias governamentais. Em virtude da quantidade total
de demandas referidas no item (1) acima no montante
de R$ 5.600 e das reivindicações alegando a respon-
sabilidade solidária, a VCSA estimou que, com base
em sua estimativa de participação de mercado, a sua
parte do passivo seria de aproximadamente R$ 2.400.
No entanto, não pode haver nenhuma garantia de que
essa repartição iria prevalecer e que a VCSA não será
responsabilizada por uma proporção diferente, o que
pode ser maior, ou para toda a quantidade dessas de-
mandas. Além disso, não pode haver garantia de que
VCSA não vai ser obrigada a pagar outros montantes
a título de indenização por danos causados aos con-
sumidores em conformidade com o item (2) acima, e /
ou a multa referida no item (3) acima.
Não houve decisão significativa sobre a ação
judicial. A expectativa de perda sobre este assunto é
considerada possível e não foi registrada provisão para
esta ação. Em 31 de dezembro de 2016, o valor atua-
lizado em controvérsia é de R$ 3.630.
(i i) Investigações administrativas iniciadas pela SDE (Secretaria de Direito Econômico), atual Superintendência Geral do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)
Em 2006, a SDE instaurou outro processo
administrativo contra as maiores empresas de cimento
do Brasil, incluindo a VCSA, relacionadas a alegações
de práticas anticoncorrenciais que incluíam a fixação de
preços e a formação de um cartel. Em 29 de julho de
2015, o Tribunal do CADE chegou aos termos finais da
sentença, aplicando diversas penalidades às empresas.
As sanções impostas à VCSA incluem uma
multa de aproximadamente R$ 1.566 e a obrigação de
a VCSA vender (1) todas as suas participações acionárias
em outras cimenteiras e empresas de concreto no Brasil,
(2) 20% de sua capacidade instalada de serviços de con-
creto no Brasil, nos mercados relevantes em que a VCSA
possua mais de uma planta de concreto e (3) um ativo
específico de cimento, que, na opinião do CADE, estava
diretamente relacionado ao suposto ato ilegal do qual a
VCSA é acusada. Além disso, outras sanções não-mone-
tárias foram impostas à VCSA, incluindo (1) a obrigação
de publicar o extrato da decisão do CADE em um jor-
nal dentre os cinco maiores periódicos nacionais; (2) a
proibição de contratação com instituições financeiras
oficiais no caso de linhas de crédito com condições de
financiamento subsidiadas por programas ou recursos
públicos disponibilizados por tais instituições; e (3) a
recomendação à Receita Federal para restringir ou li-
mitar alguns outros benefícios e incentivos fiscais. O
valor da contingência atualizado em 31 de dezembro
de 2016 é de R$ 2.128.
A VCSA ajuizou em novembro de 2015 uma
ação anulatória para a decisão proferida em âmbito
administrativo ou, ao menos, reduzir as penalidades
aplicadas. A liminar foi concedida em 24 de novembro
de 2015, para suspender os efeitos da decisão profe-
Provisões Provisões Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
214 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 215
rida pelo CADE em âmbito administrativo, impedindo
o CADE de exigir o cumprimento das obrigações e/
ou executar as penalidades até julgamento do mérito.
No momento, aguarda-se a apresentação de defesa
do CADE. A Companhia classificou a probabilidade de
perda do processo como possível e atualizou o saldo
pela taxa da Selic desde 22 de janeiro de 2014, data
de início do julgamento.
Em 18 de outubro de 2016, o Tribunal do
CADE decidiu, por unanimidade, pelo arquivamento de
processo administrativo iniciado em 2003 contra as maio-
res produtoras de concreto e cimento do Brasil, incluindo
a VCSA, sob a alegação por parte de certos produtores
de concreto de possível violação à lei antitruste brasileira
por não vender certos tipos de cimento para as empre-
sas de concreto. A autarquia reconheceu a existência de
identidade da conduta investigada nesse processo com
aquelas objeto do processo iniciado em 2006. Com tal
decisão, esse processo administrativo está encerrado, sem
qualquer imposição de penalidades à Companhia.
(i i i) Litígio com empresa transportadora de São Paulo
Em setembro de 2003, uma empresa de
transporte apresentou reclamação contra a VCB (em-
presa incorporada pela controlada VCSA) buscando
compensação por danos materiais no valor de R$ 84,
e danos morais em um valor não especificado, alegan-
do que a VCSA não cumpriu suas obrigações sob dois
contratos verbais firmados. A empresa de transporte
argumenta que essas falhas resultaram no término das
atividades de seu departamento de vendas e perdas
significativas para a sua área de transportes. A VCSA
apresentou sua resposta em setembro de 2009, argu-
mentando que: (1) o direito da transportadora pres-
creveu; (2) a VCSA não alterou as condições gerais do
acordo; e (3) a empresa de transporte foi incapaz de
fornecer os serviços contratados, o que resultou em
sua insolvência. Em agosto de 2011, o tribunal negou
o argumento referente à prescrição e determinou a
realização de perícia, conforme solicitado pelas par-
tes. A perícia foi concluída e o laudo apresentado. As
partes apresentaram suas impugnações ao laudo e o
processo foi remetido ao perito para manifestar-se a
respeito. Em junho de 2014, esclarecimentos foram
apresentados pelo perito. Em 24 de junho de 2014,
foi apresentada impugnação da VCSA. Em dezembro
de 2014 foi disponibilizada decisão declarando encer-
rada a instrução processual e intimando as partes a se
manifestarem acerca do interesse na realização de au-
diência de tentativa de conciliação. Em julho de 2016
o pedido foi julgado parcialmente procedente para
condenar a Votorantim ao pagamento de R$ 0,4. Em
outubro de 2016 foi apresentado recurso de apelação
da Votorantim. Em 31 de dezembro de 2016, o valor
atualizado em controvérsia é R$ 179.
(iv) Ações de indenização
Ações de indenização por supostos danos
materiais e morais, promovidas em face da controlada
VMZ, que apresentou defesa e aguarda julgamento.
O valor envolvido atualizado em 31 de dezembro de
2016 é de R$ 39.
Processo em fase recursal, promovidas em
face da controlada VMZ. A demanda discute diferen-
ças relativas a prestação de serviços. O valor envolvido
atualizado em 31 de dezembro de 2016 é de R$ 2.
(v) Arbitragem– Operação de agregados Petrolina
Trata-se de procedimento arbitral requerido
por Mario de Souza Gonzaga e outro em desfavor da
Pedreira Pedra Negra, controlada pela Votorantim Ci-
mentos NNE S/A, que tramita perante a Câmara de
Conciliação, Mediação e Arbitragem da CIESP/FIESP,
iniciado em janeiro de 2014, no qual se discute a ven-
da de quotas das sociedades São Francisco Zeta e Pe-
trolina Zeta para a Pedreira Pedra Negra, bem com a
obrigação dos vendedores de desenvolver um novo ne-
gócio em Palmas (TO), que seria posteriormente aliena-
do à Pedra Negra. Os Requerentes pleiteiam (i) a resci-
são do negócio jurídico firmado entre as partes, ainda
que parcialmente; (ii) a condenação da Pedra Negra
ao pagamento de indenização à título de danos ma-
teriais e morais. A Pedra Negra, por sua vez, pleiteia:
(i) a condenação dos vendedores à recompra das quo-
tas sociais da P-z e SF-z e ao pagamento dos valores
acordados com a Requerida no Acordo de Operações
de Aquisição de Quotas das sociedades São Francisco
Zeta e Petrolina Zeta, ou, subsidiariamente; (ii) resolu-
ção dos instrumentos por culpa exclusiva dos vendedo-
res, com a condenação deles à devolução dos valores
desembolsados pela Pedra Negra em tais contratos,
devidamente atualizados; e (iii) a condenação dos
vendedores ao pagamento das demais perdas e danos
relativas ao inadimplemento dos contratos celebrados
entre as partes. Em fevereiro de 2016, o Tribunal Ar-
bitral proferiu sentença de improcedência dos pedidos
de Mario Gonzaga e procedência dos pedidos da Pe-
dra Negra declarando que Mario Gonzaga recomprou
as operações determinando que este pagasse o valor
fixado no contrato à Pedra Negra no prazo de 30 dias.
Mario Gonzaga apresentou pedido de esclarecimentos
e a Pedra Negra a sua resposta. Em abril de 2016 o Tri-
bunal rejeitou o pedido de esclarecimentos e manteve
a sentença em todos os seus termos, iniciando o prazo
de 30 dias para cumprimento voluntário da decisão
por Mario Gonzaga. Antes do término do prazo Ma-
rio Gonzaga ajuizou uma ação, com pedido liminar,
para anular a decisão proferida na arbitragem, alegan-
do vícios. O Juiz concedeu a liminar para suspender
a decisão arbitral. Pedreira Pedra Negra recorreu da
decisão e o Tribunal de Pernambuco proferiu decisão
restabelecendo a sentença proferida na arbitragem,
possibilitando a sua execução pela Pedra Negra.
Em setembro de 2016 o processo arbitral
foi encerrado no relatório de contingências, tendo em
vista que não cabe mais recurso da decisão proferida
pelo Tribunal Arbitral, sem qualquer imposição de pe-
nalidades à Companhia.
(e.4) Comentários sobre passivos contingentes ambientais com probabilidade de perda possível
O contencioso ambiental judicial da Com-
panhia e de suas controladas refere-se, basicamente,
a ações civis públicas, ações populares e ações inde-
nizatórias, que tem como finalidade: obstar licenças
ambientais de novos projetos, a recuperação de pre-
tensas áreas de preservação permanente, alegada
descontaminação de terrenos, dentre outras. Em caso
de eventual condenação, estima-se o custo da elabo-
ração de novos estudos ambientais e o custo de re-
cuperação das áreas de propriedade da Companhia e
suas controladas. Os gastos com os referidos custos
são registrados como despesa no resultado do exercí-
cio, a medida de sua ocorrência. O valor restante das
demandas possíveis é representado basicamente por
ações indenizatórias. A Companhia apresentou defesa
nos autos dos processos, a refutar integralmente as
pretensões. Todos os processos ambientais com valores
relevantes e classificados como possíveis estão em fase
de instrução. Não há qualquer relevância relacionada a
processos ambientais em andamento.
(f) CompromissosAs controladas VCSA e VCNNE possuem di-
versos contratos para aquisição de insumos utilizados
na produção de cimento em substituição parcial ao clín-
quer. São contratos com usinas térmicas para cinzas de
carvão, com siderúrgicas para escória de alto forno e
com produtores de ferro-ligas para escórias metalúrgi-
cas. Os vencimentos variam de contrato para contrato,
sendo o mais longo deles com término em 2035.
Para complementar o suprimento de energia
elétrica proveniente das usinas hidrelétricas próprias, as
Provisões Provisões Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
216 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 217
controladas possuem contratos de compra de energia
de longo prazo com terceiros, garantindo assim sua
necessidade de energia.
As controladas no exterior possuem, princi-
palmente, contratos para a compra ou arrendamento
de máquinas e equipamentos e de aluguéis de imóveis.
Os vencimentos variam de contrato para contrato, sen-
do o mais longo destes com término em 2053.
24. USO DO BEM PÚBLICO - UBP
A Companhia possui ou participa de empresas
que detêm contratos de concessão do setor de energia
elétrica. Esses contratos preveem, em sua grande maio-
ria, pagamentos anuais a partir do início da operação e
reajuste pelo IGPM a título de uso do bem público - UBP.
Os contratos apresentam prazo de duração
média de 35 anos, e os valores a serem pagos anual-
mente estão demonstrados a seguir:
Usinas / Empresas Investidora
Data início
da con-cessão
Data fim da
conces-são
Data início paga-mento
Partici-pação
2016 2015
Ativo in-tangível
(Nota 18) Passivo
Ativo in-tangível
(Nota 18) Passivo
Salto Pilão Companhia Brasileira de Alumínio Nov-01 Dec-36 Jan-10 60% 204 516 214 488
Enercan - Campos Novos Companhia Brasileira de Alumínio Apr-00 May-35 Jun-06 33% 5 5
Salto do Rio Verdinho Companhia Brasileira de Alumínio Aug-02 Sep-37 Oct-10 100% 8 21 9 19
Itupararanga Companhia Brasileira de Alumínio Nov-03 Dec-23 Jan-04 100% 1 2 1 2
Piraju Companhia Brasileira de Alumínio Dec-98 Jan-34 Feb-03 100% 1 6 1 6
Ourinhos Companhia Brasileira de Alumínio Jul-00 Aug-35 Sep-05 100% 1 5 1 5
Baesa - Energética Barra Grande Companhia Brasileira de Alumínio Jun-01 May-36 Jun-07 15% 14 44 15 41
Capim Branco I e Capim Branco II Votorantim Metais Zinco S.A. Aug-01 Sep-36 Oct-07 13% 3 11 3 10
Picada Votorantim Metais Zinco S.A. May-01 Jun-36 Jul-06 100% 19 68 20 65
Enercan - Campos Novos Votorantim Metais S.A. Apr-00 May-35 Jun-06 12% 1 12 1 12
Pedra do Cavalo Votorantim Cimentos N/NE S.A. Mar-02 Apr-37 Apr-06 100% 123 501 130 477
380 1.186 400 1.125
Circulante 67 61
Não circulante 380 1.119 400 1.064
25. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(a) Capital socialEm 31 de dezembro de 2016, o capital social
totalmente subscrito e integralizado da Companhia é
de R$ 28.656 (31 de dezembro de 2015 - R$ 21.419),
composto, em 31 de dezembro de 2016 e em 31 de
dezembro de 2015, por 18.278.789 milhares de ações
ordinárias nominativas.
Em Assembleia Geral Extraordinária realizada
em 1º de janeiro de 2016, foi aprovada pela Adminis-
tração o aumento de capital social da Companhia atra-
vés da incorporação da VPAR, no valor de R$ 7.237,
sem emissão de novas ações e não contemplando al-
teração de controle acionário, conforme Nota 1.1 (a).
(b) DividendosOs dividendos são calculados com base em
25% do lucro líquido do exercício deduzido de reserva
legal, de acordo com o estatuto da Companhia.
Conforme Assembleia Geral Ordinária ocor-
rida em 29 de abril de 2016, a Companhia reverteu
R$ 113 referente aos dividendos mínimos obrigatórios
do exercício de 2015 da VPAR, empresa incorporada à
Companhia.
(c) Reserva legal e reserva de retenção de lucros
A reserva legal é constituída pela apropria-
ção de 5% do lucro líquido do exercício social ou saldo
remanescente, limitado a 20% do capital social, po-
dendo ser utilizada somente para aumento de capital
ou absorção de prejuízos acumulados.
A reserva de retenção foi constituída para
registrar a retenção do saldo remanescente de lucros
acumulados, a fim de atender principalmente ao proje-
to de crescimento dos negócios estabelecido no plano
de investimentos da Companhia.
(d) Reserva para incentivos fiscaisConstituída de acordo com o estabeleci-
do no artigo 195-A da Lei das Sociedades por Ações
(emendado pela Lei 11.638/07). Essa reserva recebe a
parcela dos incentivos fiscais, reconhecidos no resul-
tado do exercício e a ela destinados a partir da conta
de lucros acumulados. Esses incentivos não entram na
base de cálculo do dividendo mínimo obrigatório.
Patrimônio líquidoUso do bem público - UBP Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
218 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 219
(e) Ajustes de avaliação patrimonial
Variação cambial de
investimento no exterior
Hedge accounting
de inves-timentos líquidos
no exterior
Hedge accounting
operacional de
controladas
Remen su- ra ções com
benefícios de aposen-
tadoria
Outros com-ponentes
do resultado abrangente Total
Em 1º de janeiro de 2015 4.108 (2.650) (110) (23) (739) 586
Outros componentes do resultado abrangente
Variação cambial de investidas localizadas no exterior 6.649 6.649
Hedge accounting de investimentos líquidos no exterior (3.948) (3.948)
Hedge accounting operacional de controladas 28 28
Remensurações dos benefícios de aposentadoria 25 25
Participação nos outros resultados abrangentes das investidas 78 78
Transações com acionistas
Título conversível em ações (830) (830)
Fair value por aumento de participação na investida Milpo 379 379
Em 31 de dezembro de 2015 10.757 (6.598) (82) 2 (1.112) 2.967
Em 1º de janeiro de 2016 10.757 (6.598) (82) 2 (1.112) 2.967
Outros componentes do resultado abrangente
Variação cambial de investidas localizadas no exterior (4.553) (4.553)
Hedge accounting de investimentos líquidos no exterior 2.033 2.033
Hedge accounting operacional de controladas 52 52
Remensurações dos benefícios de aposentadoria (37) (37)
Valor justo de ativo disponível para venda 227 227
Realização outros resultados abrangentes na alienação de investimentos (25) (25)
Participação nos outros resultados abrangentes das investidas (83) (83)
Transações com acionistas
Fair value por variação de participação - Polimetálicos (“VMH”) 572 572
Recompra de ações da Milpo 102 102
Em 31 de dezembro de 2016 6.204 (4.565) (30) (35) (319) 1.255
(f) Participação dos acionistas não controladores
2016 2015
VM Holding S.A (Nota 1.1 (c)) 808
Refineria Cajamarquilla Ltda. 736 2.335
Compañia Minera Milpo S.A. 521 1.069
Cementos Artigas S.A. 197 222
Asment de Témara 144 173
Yacuces, S.L. 108 133
Itacamba Cemento S.A. 99 110
Shree Dijivay Cement Co. Ltd 52 49
Yibitas Yozgat Isci Birligi Insaat M.T.S 23 30
Acerías Paz Del Rio S.A. 18 89
Outros (i) (48) (34)
2.658 4.176
(i) O valor devedor apresentado é decorrente substancialmente de saldos de investidas que apresentavam patrimônio líquido negativo no encerramento do exercício.
Patrimônio líquidoPatrimônio líquido Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
220 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 221
26. RECEITA
(a) Reconciliação das receitas
2016 2015
Receita bruta
Vendas de produtos no mercado interno 14.039 15.687
Vendas de produtos no mercado externo 14.240 14.833
Fornecimento e suprimento de energia elétrica 2.527 3.072
Venda de serviços 663 869
31.469 34.461
Impostos sobre vendas, serviços e outras deduções (4.731) (5.189)
Receita líquida 26.738 29.272
(b) Informações sobre áreas geográficasA abertura da receita líquida por destino é baseada na localização dos clientes. As receitas líquidas da Com-
panhia classificadas por destino e por moeda são demonstradas como segue:
(i) Receita líquida por país de destino
2016 2015
Brasil 12.680 14.709
Estados Unidos 3.999 3.878
Peru 1.823 1.787
Argentina 1.080 1.126
Colômbia 1.005 1.080
Canadá 950 994
Turquia 701 739
Espanha 653 511
Marrocos 425 389
Luxemburgo 347 322
China 306 390
Uruguai 296 336
Suíça 287 791
2016 2015
Tunísia 258 239
Coréia do Sul 227 171
Índia 193 195
Chile 166 181
Japão 153 194
Alemanha 150 79
Cingapura 145 247
Bélgica 143 108
Bolívia 122 86
Outros países 629 720
26.738 29.272
(i i) Receita líquida por moeda
2016 2015
Reais 12.495 14.434
Dólar norte americano 8.912 9.106
Dólar canadense 953 991
Peso colombiano 854 930
Peso argentino 800 1.059
Euro 680 905
Nova lira 627 658
Dirham 425 389
Dinar 258 238
Outras moedas 734 562
26.738 29.272
ReceitaReceita Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
222 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 223
27. ABERTURA DO RESULTADO POR NATUREZA
A Administração da Companhia divulga os
gastos por função e também o custo dos produtos
vendidos, as despesas de vendas e de administração
para os períodos findos em 31 de dezembro de 2016
e 2015 são 0s seguintes:
2016 2015
Matérias-primas, insumos e materiais de consumo 14.490 15.408
Despesas com benefícios a empregados 4.380 4.319
Depreciação, amortização e exaustão 2.664 2.631
Serviços de terceiros 1.685 1.726
Despesas de transporte 1.084 1.088
Outras despesas 249 503
24.552 25.675
Reconciliação
Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados 20.773 21.967
Despesas com vendas 1.667 1.625
Despesas gerais e administrativas 2.112 2.083
24.552 25.675
28. DESPESAS COM BENEFÍCIOS A EMPREGADOS
2016 2015
Salários e adicionais 2.704 2.757
Encargos sociais 1.047 1.008
Benefícios sociais 629 554
4.380 4.319
Despesas com benefícios a empregadosAbertura do resultado por natureza Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
224 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 225
29. OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS, LÍQUIDAS
2016 2015
Ganho líquido na venda de investimentos (i) 312 265
Ganho líquido na venda de imobilizado e intangível 149 345
Beneficios fiscais 109 137
Ganho líquido com coprocessamento 11 11
Recuperação de tributos 4 25
Provisão de impairment de imobilizado, intangível e investimentos (ii) (2.151) (650)
Instrumento financeiro - compromisso firme (iii) (253) (363)
Ganho (perda) de hedge (127) 22
Despesas com obrigações ambientais (248) (39)
Gastos com projetos não ativáveis (iv) (210) (161)
Outras despesas, líquidas (201) (32)
(2.605) (440)
(i) Referem-se às operações de alienação da investida indireta Sirama, correspondendo ao ganho de R$ 293, conforme descrito na Nota 1 (ii); à alienação da participação que a Companhia e a controlada VCSA detinham na Mineração Candiota Ltda., no montante de R$ 9; e ao ganho de R$ 10 oriundo de cláusula contratual da venda da Sul Americana de Metais S.A.
(ii) Refere-se substancialmente à Provisão para impairment de investimento, efetuada pela Companhia, no montante de R$ 988, baseada no ajuste a valor de mercado das operações de aços longos localizadas no Brasil a seu valor justo (Nota 34); e à provisão para impairment, efetuada pela controlada CBA, no montante de R$ 846, baseada nos fluxos de caixa futuros estimados da Unidade Geradora de Caixa Níquel.
(iii) Refere-se ao resultado da venda de excedente de energia, reconhecida pelo valor justo dos contratos e realizada de acordo com a entrega física de energia, conforme Nota 15.
(iv) Referem-se, principalmente, aos gastos correspondentes à fase de estudos e pesquisas de projetos de mineração no segmento polimetálicos (“VMH”) em linha com a estratégia de investimento da Companhia.
30. RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO
2016 2015
Receitas financeiras
Receita de aplicações financeiras 754 555
Deságio na recompra de bonds 173
Valor justo dos empréstimos e financiamentos 115 14
Juros sobre ativos financeiros 156 152
Atualização monetária sobre ativos 131 132
Juros sobre operações com partes relacionadas (Nota 14) 15 55
Descontos obtidos 19 30
Outras receitas financeiras 34 133
1.397 1.071
Despesas financeiras
Juros sobre empréstimos e financiamentos (1.728) (1.747)
Capitalização de juros sobre empréstimos 73 87
Juros sobre antecipação de recebíveis (101) (72)
Juros e atualização monetária UBP (106) (145)
Atualização monetária sobre provisões (197) (216)
IR sobre remessas de juros ao exterior (106) (140)
Valor justo dos empréstimos e financiamentos (89) (24)
Despesas de captação (74) (94)
PIS/COFINS sobre resultado financeiro (57) (21)
Ajuste a valor presente CPC 12 (66) (55)
Descontos concedidos (20) (41)
Juros sobre operações com partes relacionadas (Nota 14) (35)
Prêmio pago na recompra de bonds (136)
Outras despesas financeiras (195) (214)
(2.666) (2.853)
Resultado dos instrumentos financeiros derivativos (Nota 6.1.1 (b))
Receitas 43 687
Despesas (1.049) (243)
(1.006) 444
Variações cambiais, líquidas 544 (564)
Resultado financeiro líquido (1.731) (1.902)
Resultado financeiro líquidoOutras despesas operacionais, líquidas Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
226 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 227
31. BENEFÍCIOS DE PLANO DE PENSÃO E SAÚDE PÓS-EMPREGO
As controladas da Companhia possuem pla-
nos de contribuição definido para seus empregados.
Algumas subsidiárias, no entanto, possuem
plano de benefício definido.
A tabela abaixo demonstra onde estão alo-
cados os saldos e atividades referentes ao benefício
pós-emprego na demonstração financeira consolidada.
2016 2015
Obrigações registradas no balanço patrimonial com:
Benefícios de plano de pensão 197 161
Beneficios de saúde pós-emprego 120 144
Passivo registrado no balanço patrimonial 317 305
Despesas reconhecidas no resultado do exercício com:
Benefícios de plano de pensão 22 26
Beneficios de saúde pós-emprego 7 10
29 36
Remensurações com:
Benefícios de plano de pensão - valor bruto 63 (42)
Imposto de renda e contribuição social diferidos (21) 17
Benefícios de plano de pensão - valor líquido 42 (25)
(a) Plano de contribuição previdenciária definida
A Companhia e suas controladas patrocinam
planos de pensão previdenciários privados que são ad-
ministrados pela Fundação Senador José Ermírio de
Moraes (FUNSEJEM), um fundo de pensão privado e
sem fins lucrativos, que está disponível para todos os
empregados. De acordo com o regulamento do fun-
do, as contribuições dos empregados à FUNSEJEM são
definidas de acordo com sua remuneração. Para em-
pregados que possuam remuneração menor do que os
limites estabelecidos pelo regulamento, a contribuição
definida é de até 1,5% de sua remuneração mensal.
Para empregados que possuam remuneração superior
aos limites, a contribuição definida é de até 6% da sua
remuneração mensal. Podem ser feitas também contri-
buições voluntárias à FUNSEJEM. Após terem sido efe-
tuadas as contribuições ao plano, nenhum pagamento
adicional é exigido pela Companhia.
(b) Plano de benefício previdenciário definido
A Companhia possui controladas com planos
de benefícios previdenciários definidos na América do
Norte, América do Sul e Europa, que seguem
padrões regulatórios similares. Os planos de benefícios
previdenciários definidos oferecem também assistência
médica e seguro de vida, entre outros. O custo dos be-
nefícios por aposentadoria e outros benefícios desses
planos, concedidos aos empregados elegíveis, é de-
terminado através do método do benefício projetado
“pro rata”, tomando como base a melhor estimativa
da Administração para o retorno dos ativos do plano,
reajuste de salários, tendências de custos e as taxas
de mortalidade e idade média de aposentadoria dos
empregados.
Os montantes reconhecidos no balanço pa-
trimonial estão demonstrados a seguir:
2016 2015
Valor presente de obrigações financiadas 865 932
Valor justo de ativos do plano (733) (849)
Déficit de planos financiados 132 83
Valor presente de obrigações não-financiadas 176 207
Déficit total de planos de benefícios previdenciários 308 290
Impacto do requerimento mínimo do fundo / máximo dos ativos 9 15
Passivos registrados no balanço patrimonial 317 305
A movimentação da obrigação do benefício definido e do valor justo dos ativos do plano durante o exercício
é demonstrada a seguir:
Valor presente
das obrigações financiadas
e não financiadas
Valor justo dos ativos do plano Total
Impacto no reque-
rimento mínimo
dos fundos/limite do
ativoTotal
2016Total
2015
Saldo no início do exercício 1.137 (849) 288 15 303 301
Custo do serviço corrente 5 5 5 6
Despesa (receita) financeira 57 (34) 23 23 28
Custo do serviço passado e reduções nos benefícios 1
62 (34) 28 28 35
Remensurações:
Retorno dos ativos, excluindo a quantia incluída como receita financeira (5) (5) (5) (10)
Perda (ganho) decorrentes de mudanças nas premissas demográficas (12) (12) (12) 1
Perda (ganho) decorrentes de mudanças das premissas financeiras 75 75 75 (61)
Perdas decorrentes da experiência 7 7 7 16
Mudanças no limite do ativo, excluindo a quantia incluída como despesa financeira 12
70 (5) 65 65 (42)
Benefícios de plano de pensão e saúde pós-empregoBenefícios de plano de pensão e saúde pós-emprego Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
228 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 229
Valor presente
das obrigações financiadas
e não financiadas
Valor justo dos ativos do plano Total
Impacto no reque-
rimento mínimo
dos fundos/limite do
ativoTotal
2016Total
2015
Variações cambiais (151) 111 (40) (40) 73
Contribuições:
Empregador (6) (6) (6) (29)
Pagamentos dos planos:
Pagamento de benefícios (82) 49 (33) (33) (33)
Saldo no final do exercício 1.036 (734) 302 15 317 305
A obrigação de benefício definido e ativos do plano estão compostos, por país, conforme abaixo:
Percentual
2016 2015
Brasil EuropaAmérica do Norte
América do Sul
Colôm-bia Total Brasil Europa
América do orte
América do Sul
Colôm-bia Total
Valor presente da obrigação 43 21 540 2 258 864 39 20 609 2 261 931
Valor justo de ativos do plano (54) (4) (559) (117) (734) (54) (5) (663) (128) (850)
(11) 17 (19) 2 141 130 (15) 15 (54) 2 133 81
Valor presente de obrigações não-financiadas 43 135 178 49 157 206
Impacto do requerimento mínimo do fundo/máximo dos ativos 8 1 9 13 3 16
(3) 60 117 2 141 317 (2) 64 107 2 133 305
As premissas atuariais usadas foram as seguintes:
2016 2015
Brasil EuropaAmérica do Norte
América do Sul
Colôm-bia Total Brasil Europa
América do Norte
América do Sul
Colôm-bia Total
Taxa de desconto 11,4% 6,2% 4,0% 10,0% 7,5% 7,8% 15,3% 8,3% 4,3% 10,0% 9,0% 9,4%
Taxa de Inflação 5,0% 0,8% 2,0% 11,5% 3,5% 4,5% 7,5% 2,3% 2,0% 11,5% 3,5% 5,4%
Aumentos salariais futuros 5,8% 7,2% 2,5% 3,0% 4,6% 8,3% 6,3% 2,5% 3,0% 5,0%
Aumentos de planos de pensão futuros 5,0% 3,5% 4,2% 7,5% 3,5% 5,5%
As premissas referentes à experiência de
mortalidade são estabelecidas com base em opinião de
atuários, de acordo com as estatísticas publicadas e a
experiência em cada território. As premissas de morta-
lidade para os países mais importantes baseiam-se nas
seguintes tábuas de mortalidade pós-aposentadoria:
(i) Brasil AT-2000 Basic segregada por sexo e tábua de
entrada em invalidez RRB-
1994, modificada e agravada em 15%, segre-
gada por sexo; (ii) Europa: CSO80 com um período de pro-
jeção de 10-15 anos; (iii) América do Norte: RP- 2000 se-
gregada por sexo com um período de projeção de 8 anos
e (IV) Colômbia: Baseia-se na tabela RV8, regulamentado
pela resolução 115-2010, sem prazo de prescrição.
(c) Benefícios pós-emprego (planos de pensão e saúde)
A Companhia opera planos de benefícios
de saúde pós-emprego através de sua subsidiária na
América do Norte, VCNA, e na Europa, VCEAA. O mé-
todo de contabilização, as premissas e a frequência
das avaliações são semelhantes àquelas usadas para
os planos de pensão de benefício definido. A maioria
desses planos não é financiada.
As obrigações referentes a estes planos es-
tão inclusas na movimentação das obrigações de bene-
fício definido, apresentada anteriormente.
Benefícios de plano de pensão e saúde pós-empregoBenefícios de plano de pensão e saúde pós-emprego Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
230 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 231
32. BENEFÍCIOS FISCAIS
A VCSA e suas controladas possuem incen-
tivos fiscais enquadrados em determinados programas
de desenvolvimento industrial estaduais e federais. Com
relação aos programas estaduais, estes tem por objetivo
atrair investimentos industriais visando a descentralização
regional, promover a geração de emprego e renda, além
de complementar e diversificar a matriz industrial dos es-
tados, estes incentivos fiscais são aprovados pelos estados
na forma de financiamento com percentual de até 75%,
crédito presumido com percentual de até 95% e diferi-
mento do pagamento de impostos ou reduções parciais
do valor devido para importações de ativos e insumos:
(a) FDI - Fundo de Desenvolvimento Industrial do Ceará
Incentivos fiscais com prazos concedidos até
2020 e 2026, no âmbito do Programa Fundo de De-
senvolvimento Industrial doa Ceará, criado nos termos
da Lei Estadual nº 10.367 de 7 de dezembro de 1979 e
Decreto Estadual nº 29.183, de 8 de fevereiro de 2008.
(b) PSDI – Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial
Incentivos fiscais com prazo concedido até
2031, no âmbito do Programa Sergipano de Desenvol-
vimento Industrial, criado nos termos da Lei Estadual
nº 3.140 de 23 de dezembro 1991 e Decreto Estadual
nº 29.935 de 30 de dezembro de 2014.
(c) Pro-Indústria - Programa de Desenvolvimento Industrial do Tocantins - Xambioá - TO
Incentivos fiscais com prazo concedido até
2023, no âmbito do Programa de Desenvolvimento In-
dustrial do Tocantins, criado nos termos da Lei Estadual
nº 1.385 de 09 de julho de 2003 e Decreto Estadual nº
2.845, de 14 de setembro de 2006.
(d) PRODEIC - Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso
Incentivos fiscais com prazos concedidos até
2021 e 2023, no âmbito do Programa de Desenvolvi-
mento Industrial e Comercial do Mato Grosso, criado
nos termos da Lei Estadual nº 7.958, de 25 de setem-
bro de 2003 e Decreto Estadual nº 1.432, de 29 de
setembro de 2003.
(e) PRODIC – Programa de Desenvolvimento Industrial, Comercial e Mineral do Estado de Rondônia
Incentivos fiscais com prazo concedido até
2018, no âmbito do Programa de Desenvolvimento In-
dustrial, Comercial e Mineral do Estado de Rondônia,
criado nos termos da Lei Estadual nº 1.558, de 26 de
dezembro de 2005 e Decreto Estadual nº 12.988, de
13 de julho de 2007.
(f) PRO MARANHÃO - Programa de Incentivo às Atividades Industriais e no Estado do Maranhão
Incentivos fiscais com prazo concedido até
2031, no âmbito do Programa de Incentivo às Ativida-
des Industriais e Tecnológicas no Estado do Maranhão,
criado nos termos da Lei Estadual nº 9.121, de 04 de
março de 2010 e Decreto Estadual nº 26.689, de 30
de junho de 2010.
(g) M.A.E. - Programa Movimento de At-ração de Empresas do Estado do Pará
Incentivos fiscais com prazo concedido até
2027, no âmbito do Programa Movimento de Atração
de Empresas no Estado do Pará, criado nos termos da
Lei Estadual nº 6.913, de 03 de outubro de 2006 e
Decreto Estadual nº 2.490, de 06 de outubro de 2010.
(h) PRODUZIR – Programa de Desenvolvimento Industrial de Goiás
Incentivos fiscais com prazo concedido até
2020, no âmbito do Programa de Desenvolvimento In-
dustrial no Estado de Goiás, criado nos termos da Lei
Estadual nº 13.591 de 18 de janeiro de 2000 e Decreto
Estadual nº 5.265, de 30 de junho de 2000.
(i) Incentivos fiscais federaisIncentivos fiscais de imposto de renda con-
cedidos pelo governo federal, através da Superinten-
dência para o Desenvolvimento do Nordeste “ SUDE-
NE” e pela Superintendência para o Desenvolvimento
da Amazônia “SUDAM”, para incentivar o desenvol-
vimento econômico e social em algumas áreas das re-
giões Norte e Nordeste do país. Esses incentivos são
registrados no resultado conforme o regime de com-
petência e destinados no final do ano para a conta de
reservas de incentivos fiscais.
Benefícios fiscaisBenefícios fiscais Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
232 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 233
33. SEGUROS
De acordo com a Política de Gestão de Se-
guros da Companhia e suas controladas, são contrata-
dos diferentes tipos de apólices de seguros, tais como
seguros de riscos operacionais e responsabilidade civil,
proporcionando proteção relacionada a possíveis per-
das com interrupção na produção, danos a terceiros e
patrimônio.
A Companhia e suas controladas mantêm
seguros de responsabilidade civil para suas operações
e seus administradores, com coberturas e condições
consideradas pela Administração adequadas aos riscos
inerentes.
A Companhia e suas controladas mantêm
seguros de riscos patrimoniais na importância de R$
53.347 e de lucros cessantes no montante de R$
7.453 em 31 de dezembro de 2016. A Administração
da Companhia considera esses valores suficientes para
cobrir possíveis danos materiais e lucros cessantes.
34. ATIVOS E PASSIVOS CLASSIFICADOS COMO MANTIDOS PARA VENDA
A companhia iniciou negociação de suas
operações de aços longos no Brasil, as quais são de-
senvolvidas pela VS e, consequentemente, os ativos e
passivos destas operações foram classificados como
disponíveis para venda. De maneira resumida, temos:
2016
Ativo Passivo
Ativos classificados como mantidos para venda - aços longos Brasil 2.125 1.522
Investimento líquido (a) 603
(a) Em atendimento à regra contábil para ativos classificados como mantidos para venda, a Companhia efetuou a valorização das operações de aços longos localizadas no Brasil a seu valor justo e reconheceu redução no montante de R$ 988, que foi registrada como despesa de impairment na rubrica de “Outras despesas operacionais, líquidas”. Os efeitos tributários, no montante de R$ 336, relativos ao imposto de renda e contribuição social diferidos foram reconhecidos nas respectivas contas da demonstração de resultado e, desta forma, o efeito líquido foi de R$ 652.
Os prejuízos operacionais da operação de
aços longos Brasil, no montante R$ 268 e R$ 292 em
2016 e em 2015, respectivamente, foram mantidos na
demonstração do resultado e reclassificados de “Opera-
ções continuadas” para “Operações descontinuadas”.
Os ativos de aços longos localizados no exte-
rior (Argentina e Colômbia) continuam sendo classifi-
cados como investimentos e consolidados nas demons-
trações financeiras.
Ativos e passivos classificados como mantidos para vendaSeguros Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
234 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 235
35. INFORMAÇÕES SUPLEMENTARES – SEGMENTOS DE NEGÓCIO
A fim de proporcionar um maior nível de
informações, a Companhia optou por divulgar infor-
mações financeiras por segmentos de negócio. As in-
formações a seguir referem-se à abertura da VSA por
segmentos de negócio e consideram as eliminações de
saldos e transações entre as empresas, antes: (i) das
eliminações entre os segmentos de negócio; e (ii) das
eliminações dos investimentos mantidos pelas empre-
sas holdings.
Adicionalmente, são destacadas as elimina-
ções e reclassificações entre as empresas, de forma
que o resultado líquido corresponda às informações
financeiras consolidadas da VSA, divulgadas como
informações suplementares. Essas informações suple-
mentares não objetivam estar de acordo e não são re-
queridas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil e
nem pelo IFRS.
(a) Gestão de capital Os índices de alavancagem financeira são
calculados de acordo com as informações dos segmen-
tos industriais, considerando a base das informações
do resultado acumulado de 12 meses, conforme cláu-
sulas restritivas de empréstimos:
Nota
Segmentos industriais
2016 2015
EBITDA ajustado
Lucro (prejuízo) líquido do exercício (1.250) 382
Adições (exclusões):
Equivalência patrimonial - operações continuadas (787) (299)
Equivalência patrimonial - operações descontinuadas (18) (12)
Resultado financeiro líquido - operações continuadas 1.759 1.902
Resultado financeiro líquido - operações descontinuadas 84 120
Imposto de renda e contribuição social - operações continuadas (395) 878
Imposto de renda e contribuição social - operações descontinuadas 3 92
Depreciação, amortização e exaustão - operações continuadas 2.664 2.631
Depreciação, amortização e exaustão - operações descontinuadas 124 122
EBITDA antes do resultado das controladas e joint ventures 2.184 5.816
Adições (exclusões):
Dividendos recebidos 188 716
Itens excepcionais
EBITDA - operações descontinuadas 75 (28)
Valor justo dos ativos biológicos (2) 45
Impairment de imobilizado e intangível 29 1.120 652
Ganho líquido na venda de investimentos 29 (312) (265)
Provisão (reversão) impairment de investimentos 29 1.031 (2)
Outros 1 29
EBITDA anualizado ajustado (A) 4.285 6.963
Dívida líquida
Empréstimos e financiamentos 19 24.403 30.531
Caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras e instrumentos financeiros derivativos (9.691) (11.085)
Dívida líquida (B) 14.712 19.446
Índice de alavancagem financeira (A/B) 3,43 2,79
Informações suplementares – Segmentos de negócio Informações suplementares – Segmentos de negócio Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
236 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 237
(b) Balanço patrimonial – Segmentos de negócio
2016
CimentosPolimetálicos
(“VMH”)Alumínio (“CBA”) Siderurgia (*)
Holding e outras
Eliminações e reclassi-
ficações
Total segmentos industriais
Votorantim Finanças
Eliminações e reclassi-
ficações Total
consolidado
Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras e instrumentos financeiros derivativos 4.094 3.373 940 246 1.510 10.163 109 10.272
Contas a receber de clientes 838 402 339 149 625 (352) 2.001 2.001
Estoques 1.448 951 604 293 85 3.381 3.381
Tributos a recuperar 622 278 323 46 175 1.444 83 1.527
Dividendos a receber 7 44 414 (295) 170 51 (41) 180
Instrumentos financeiros - compromisso firme 161 156 317 317
Outros ativos 323 94 53 23 87 580 580
7.332 5.098 2.464 757 3.052 (647) 18.056 243 (41) 18.258
Ativos classificados como mantidos para venda 2.125 2.125 2.125
Não circulante
Realizável a longo prazo
Aplicações financeiras e instrumentos financeiros derivativos 102 4 165 271 271
Tributos a recuperar 306 87 728 12 453 1.586 1.586
Instrumentos financeiros - compromisso firme 291 80 371 371
Imposto de renda e contribuição social diferidos 1.013 707 968 18 1.066 263 4.035 20 4.055
Partes relacionadas 73 1.274 361 11 2.361 (3.545) 535 535
Depósitos judiciais 205 41 127 47 420 420
Outros ativos 572 60 19 4 203 858 858
2.271 2.169 2.498 45 4.375 (3.282) 8.076 20 8.096
Investimentos 1.034 1 904 30.198 (19.138) 12.999 4.809 (4.859) 12.949
Imobilizado 12.643 5.339 4.408 928 1.772 25.090 1 25.091
Ativos biológicos 4 2 60 66 66
Intangível 5.954 6.825 631 219 157 (773) 13.013 13.013
21.902 14.334 8.445 1.194 36.562 (23.193) 59.244 4.830 (4.859) 59.215
Total do ativo 29.234 19.432 10.909 1.951 41.739 (23.840) 79.425 5.073 (4.900) 79.598
(*) Referem-se às operações de aços longos no exterior (Argentina e Colômbia).
Informações suplementares – Segmentos de negócio Informações suplementares – Segmentos de negócio Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
238 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 239
2016
Cimentos Polimetálicos
(“VMH”) Alumínio
(“CBA”) Siderurgia (*) Holding e
outras
Eliminações e reclassi-
ficações
Total segmentos industriais
Votorantim Finanças
Eliminações e reclassi-
ficações Total
consolidado
Passivo e patrimônio líquido
Circulante
Empréstimos e financiamentos 952 186 247 46 341 1.772 1.772
Instrumentos financeiros derivativos 201 122 19 59 401 401
Fornecedores 1.113 938 376 206 432 (339) 2.726 2.726
Risco sacado a pagar 602 333 1 32 968 968
Salários e encargos sociais 394 228 118 25 83 848 848
Tributos a recolher 228 71 23 62 35 419 3 422
Adiantamento de clientes 28 9 7 127 3 174 174
Dividendos a pagar 247 6 10 78 (293) 48 41 (41) 48
Uso do bem público - UBP 31 28 8 67 67
Partes relacionadas 223 (223)
Receita diferida - obrigação por performance 244 244 244
Outros passivos 440 198 61 31 64 794 1 795
4.236 2.091 1.113 529 1.347 (855) 8.461 45 (41) 8.465
Passivos relacionados a ativos mantidos para venda 1.522 1.522 1.522
Não circulante
Empréstimos e financiamentos 14.528 3.494 2.573 6 2.030 22.631 22.631
Instrumentos financeiros derivativos 317 25 342 342
Imposto de renda e contribuição social diferidos 496 1.071 247 1.814 169 1.983
Partes relacionadas 50 783 2.101 520 449 (3.881) 22 22
Provisões 844 707 614 88 93 2.346 2.346
Uso do bem público - UBP 471 521 127 1.119 1.119
Plano de pensão 176 141 317 317
Instrumentos financeiros - compromisso firme 10 10 10
Receita diferida - obrigação por performance 515 515 515
Outros passivos 247 956 66 104 130 1.503 1.503
17.139 7.011 5.875 859 3.616 (3.881) 30.619 169 30.788
Patrimônio líquido
Patrimônio líquido atribuído aos acionistas controladores 7.284 6.468 3.921 545 35.254 (17.307) 36.165 4.859 (4.859) 36.165
Participação dos acionistas não controladores 575 3.862 18 (1.797) 2.658 2.658
7.859 10.330 3.921 563 35.254 (19.104) 38.823 4.859 (4.859) 38.823
Total do passivo e patrimônio líquido 29.234 19.432 10.909 1.951 41.739 (23.840) 79.425 5.073 (4.900) 79.598
(*) Referem-se às operações de aços longos no exterior (Argentina e Colômbia).
Informações suplementares – Segmentos de negócio Informações suplementares – Segmentos de negócio Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
240 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 241
(c) Demonstração do resultado – Segmentos de negócio
2016
Cimentos
Polime-tálicos
(“VMH”)Alumínio (“CBA”)
Siderurgia (***)
Níquel (**)
Holding e outras
Elimina-ções
Total seg-mentos
industriaisVotorantim
FinançasElimina-
çõesTotal con-solidado
Receita líquida de produtos vendidos e serviços prestados 12.697 6.386 4.158 1.569 332 4.370 (2.774) 26.738 26.738
Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados (9.578) (4.801) (3.666) (1.207) (489) (3.806) 2.774 (20.773) (20.773)
Lucro (prejuízo) bruto 3.119 1.585 492 362 (157) 564 5.965 5.965
Receitas (despesas) operacionais
Com vendas (1.091) (315) (99) (111) (5) (46) (1.667) (1.667)
Gerais e administrativas (926) (437) (178) (115) (55) (387) (2.098) (14) (2.112)
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 354 (586) (1.186) (153) (42) (992) (2.605) (2.605)
(1.663) (1.338) (1.463) (379) (102) (1.425) (6.370) (14) (6.384)
Lucro (prejuízo) operacional antes das participações societárias e do resultado financeiro 1.456 247 (971) (17) (259) (861) (405) (14) (419)
Resultado de participações societárias
Equivalência patrimonial 134 169 10 389 42 743 166 (172) 737
Realização de resultados abrangentes na alienação de investimentos 44 44 44
178 169 10 389 42 787 166 (172) 781
Resultado financeiro líquido
Receitas financeiras 872 56 136 23 28 375 (123) 1.367 30 1.397
Despesas financeiras (1.675) (201) (442) (87) (37) (345) 123 (2.664) (2) (2.666)
Instrumentos financeiros derivativos (770) (13) (2) (5) (216) (1.006) (1.006)
Variações cambiais, líquidas 561 499 466 (10) 270 (18) (1.224) 544 544
(1.012) 341 158 (74) 256 (204) (1.224) (1.759) 28 (1.731)
Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social 622 587 (644) (91) 7 (676) (1.182) (1.377) 180 (172) (1.369)
Imposto de renda e contribuição social
Correntes (83) (238) (26) (74) (57) (478) (3) (481)
Diferidos (119) (99) 444 (51) 374 324 873 (5) 868
Lucro líquido (prejuízo) do exercício proveniente de operações continuadas 420 250 (226) (216) 7 (359) (858) (982) 172 (172) (982)
Operações descontinuadas
Lucro líquido (prejuízo) do exercício das operações descontinuadas 4 (272) (268) (268)
Lucro líquido (prejuízo) do exercício 424 250 (226) (216) 7 (631) (858) (1.250) 172 (172) (1.250)
Lucro líquido (prejuízo) atribuível aos acionistas controladores 370 218 (226) (160) 7 (631) (873) (1.295) 172 (172) (1.295)
Lucro líquido (prejuízo) atribuível aos acionistas não controladores 54 32 (56) 15 45 45
Lucro líquido (prejuízo) do exercício 424 250 (226) (216) 7 (631) (858) (1.250) 172 (172) (1.250)
(*) Referem-se a operação de venda de energia elétrica (Votener e Santa Cruz Energia).
(**) Corresponde ao período compreendido entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2016, tendo em vista que a VMSA foi incorporada pela CBA em 1º de julho de 2016 (Nota 1.1 (d)).
(***) Referem-se às operações de aços longos no exterior (Argentina e Colômbia).
Informações suplementares – Segmentos de negócio Informações suplementares – Segmentos de negócio Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
242 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 243
2015
CimentosPolimetálicos
(“VMH”)Alumínio (“CBA”)
Siderurgia (**) Níquel
Holding e outras Eliminações
Total consolidado
Receita líquida de produtos vendidos e serviços prestados 14.053 5.916 4.566 1.969 1.115 4.453 (2.800) 29.272
Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados (10.094) (4.696) (3.652) (1.448) (1.043) (3.834) 2.800 (21.967)
Lucro bruto 3.959 1.220 914 521 72 619 7.305
Receitas (despesas) operacionais
Com vendas (1.061) (279) (81) (150) (12) (42) (1.625)
Gerais e administrativas (985) (343) (179) (144) (110) (322) (2.083)
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 225 (216) (175) 21 (503) 341 (133) (440)
(1.821) (838) (435) (273) (625) (23) (133) (4.148)
Lucro (prejuízo) operacional antes das participações societárias e do resultado financeiro 2.138 382 479 248 (553) 596 (133) 3.157
Resultado de participações societárias
Equivalência patrimonial 202 94 12 (1.855) 1.846 299
Resultado financeiro líquido
Receitas financeiras 565 43 192 36 45 297 (107) 1.071
Despesas financeiras (1.769) (167) (480) (89) (66) (389) 107 (2.853)
Instrumentos financeiros derivativos 279 (12) (5) (11) 193 444
Variações cambiais, líquidas (439) (962) (997) (10) (448) (98) 2.390 (564)
(1.364) (1.098) (1.290) (63) (480) 3 2.390 (1.902)
Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social 976 (716) (717) 185 (1.021) (1.256) 4.103 1.554
Imposto de renda e contribuição social
Correntes (184) (184) (71) (86) (3) (186) (714)
Diferidos 13 304 359 42 (237) 1 (646) (164)
Lucro líquido (prejuízo) do exercício proveniente de operações continuadas 805 (596) (429) 141 (1.261) (1.441) 3.457 676
Operações descontinuadas
Prejuízo do exercício das operações descontinuadas (294) (294)
Lucro líquido (prejuízo) do exercício 805 (596) (429) 141 (1.261) (1.735) 3.457 382
Lucro líquido (prejuízo) atribuível aos acionistas controladores 746 (510) (429) 137 (1.261) (1.735) 3.439 387
Lucro líquido (prejuízo) atribuível aos acionistas não controladores 59 (86) 4 18 (5)
Lucro líquido (prejuízo) do exercício 805 (596) (429) 141 (1.261) (1.735) 3.457 382
(*) Referem-se a operação de venda de energia elétrica (Votener e Santa Cruz Energia).
(**) Referem-se às operações de aços longos no exterior (Argentina e Colômbia).
Informações suplementares – Segmentos de negócio Informações suplementares – Segmentos de negócio Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
244 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 245
(d) EBITDA ajustado – Segmentos de negócio
2016
CimentosPolimetálicos
(“VMH”)Alumínio (“CBA”)
Siderurgia (***) Níquel (**)
Holding e outras Eliminações
Total segmentos industriais
Votorantim Finanças
Total consolidado
Receita líquida de produtos vendidos e serviços prestados 12.697 6.386 4.158 1.569 332 4.370 (2.774) 26.738 26.738
Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados (9.578) (4.801) (3.666) (1.207) (489) (3.806) 2.774 (20.773) (20.773)
Lucro (prejuízo) bruto 3.119 1.585 492 362 (157) 564 5.965 5.965
Receitas (despesas) operacionais
Com vendas (1.091) (315) (99) (111) (5) (46) (1.667) (1.667)
Gerais e administrativas (926) (437) (178) (115) (55) (387) (2.098) (14) (2.112)
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 354 (586) (1.186) (153) (42) (992) (2.605) (2.605)
(1.663) (1.338) (1.463) (379) (102) (1.425) (6.370) (14) (6.384)
Lucro (prejuízo) operacional antes das participações societárias e do resultado financeiro 1.456 247 (971) (17) (259) (861) (405) (14) (419)
Adições:
Depreciação, exaustão e amortização - operações continuadas 1.076 951 343 146 37 111 2.664 2.664
EBITDA 2.532 1.198 (628) 129 (222) (750) 2.259 (14) 2.245
Adição:
Dividendos recebidos 68 32 88 188 57 245
Itens excepcionais
Perda (ganho) líquida na venda de investimentos (297) (2) 24 (37) (312) (312)
Provisão (reversão) de impairment - imobilizado e intangível 102 (2) 846 175 1.120 1.120
Provisão de impairment - investimentos 1.031 1.031 1.031
Valor justo do ativo biológico (2) (2) (2)
Compensação de ativos de energia 134 (134)
Outros 1 1 1
EBITDA ajustado 2.405 1.328 275 304 (223) 196 4.285 43 4.328
(*) Referem-se a operação de venda de energia elétrica (Votener e Santa Cruz Energia).
(**) Corresponde ao período compreendido entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2016, tendo em vista que a VMSA foi incorporada pela CBA em 1º de julho de 2016 (Note 1.1 (d)).
(***) Referem-se às operações de aços longos no exterior (Argentina e Colômbia).
Informações suplementares – Segmentos de negócio Informações suplementares – Segmentos de negócio Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
246 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 247
2015
CimentosPolimetálicos
(“VMH”)Alumínio (“CBA”)
Siderurgia (**) Níquel
Holding e outras Eliminações
Total segmentos industriais
Receita líquida de produtos vendidos e serviços prestados 14.053 5.916 4.566 1.969 1.115 4.453 (2.800) 29.272
Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados (10.094) (4.696) (3.652) (1.448) (1.043) (3.834) 2.800 (21.967)
Lucro bruto 3.959 1.220 914 521 72 619 7.305
Receitas (despesas) operacionais
Com vendas (1.061) (279) (81) (150) (12) (42) (1.625)
Gerais e administrativas (985) (343) (179) (144) (110) (322) (2.083)
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 225 (216) (175) 21 (503) 341 (133) (440)
(1.821) (838) (435) (273) (625) (23) (133) (4.148)
Lucro (prejuízo) operacional antes das participações societárias e do resultado financeiro 2.138 382 479 248 (553) 596 (133) 3.157
Adições:
Depreciação, exaustão e amortização - operações continuadas 988 989 316 131 97 110 2.631
EBITDA 3.126 1.371 795 379 (456) 706 (133) 5.788
Adição:
Dividendos recebidos 73 3 640 716
Itens excepcionais
Valor justo do ativo biológico 1 44 45
Provisão de impairment - imobilizado e intangível 252 36 2 359 3 652
Ganho líquido na venda de investimento (238) (27) (265)
Outros 12 (2) 7 10 27
EBITDA ajustado 3.225 1.405 800 386 (86) 1.366 (133) 6.963
(*) Referem-se a operação de venda de energia elétrica (Votener e Santa Cruz Energia).
(**) Referem-se às operações de aços longos no exterior (Argentina e Colômbia).
Informações suplementares – Segmentos de negócio Informações suplementares – Segmentos de negócio Notas explicativas da administraçãoNotas explicativas da administração
248 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 249
36. EVENTOS SUBSEQUENTES
(i) Em 03 de janeiro de 2017, a Companhia de-
liberou, em Assembleia Geral Extraordinária, o aumen-
to no montante de R$ 50 do capital social na investida
Votorantim Siderurgia.
(i i) Em 11 de janeiro de 2017, a controlada
VCSA emitiu a nona emissão de debêntures pública,
no valor de R$ 500 ao custo de 119,9% do CDI e ven-
cimento em 10 de janeiro de 2022.
(i i i) Em janeiro de 2017, a VSA renegociou as
condições contratuais dos empréstimos de acordo
com a Resolução 4131 no valor de USD 73 milhões
(R$ 235), alterando seu custo final, após realização de
swap, para 96,90% CDI e estendendo o vencimento
de 2018 para 2021.
(iv) Em janeiro de 2017, a VSA renegociou as
condições contratuais da terceira emissão pública de
debêntures no valor de R$ 550, alterando seu custo
para 118,90% CDI e estendendo o vencimento de
2018, para R$ 69 vencendo em janeiro 2022, R$ 241
em janeiro 2023 e R$ 240 em janeiro 2024.
(v) Em fevereiro de 2017, a VSA renegociou
as condições contratuais dos empréstimos de acordo
com a Resolução 4131 no valor de USD 100 milhões
(R$ 321), alterando seu custo final, após realização de
swap, para 119,80% CDI e estendendo o vencimento
de 2018 para 2021.
(vi) Em 22 de fevereiro de 2017, a ArcelorMittal
Brasil S.A. (AMB) e a Votorantim S.A. (VSA) celebraram
um contrato por meio do qual a Votorantim Siderurgia
S.A. passará a ser uma subsidiária da AMB e a VSA
passará a deter uma participação minoritária no capital
da AMB. As operações de aços longos da Votorantim
na Argentina (Acerbrag) e na Colômbia (PazdelRío)
não foram incluídas na transação. O acordo está sujei-
to às aprovações prévias regulatórias no Brasil, incluin-
do a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (CADE).
Eventos subsequentesNotas explicativas da administração
250 Relatório Anual 2016 Relatório Anual 2016 251
Votorantim S.A
{G4-31}
CRÉDITOSCOORDENAÇÃO-GERAL E ELABORAÇÃORESPONSÁVEL: David Canassa e Mariana Mayumi OyakawaCOORDENAÇÃO: Renata Vinhas Oliveira EQUIPE: Angelino Maneskul e Debora Vargas Leal OliveiraAPOIO: Renato Delmanto
ColaboraçãoPara a apuração e análise de informações para o Relatório Votorantim, agradecemos o apoio e a cooperação dos gestores e demais colegas envolvidos das áreas corporativas da Votorantim S.A. e do Instituto Votorantim, bem como das áreas de negócios e áreas técnicas das empresas investidas.
FotosBanco de Imagens Votorantim
EQUIPE EXTERNACONSULTORIA EDITORIAL, REDAÇÃO, EDIÇÃO E REVISÃO: Beto Gomes, Gustavo Magaldi e Kátia Shimabukuro (Miolo Editorial)GESTÃO, CONSULTORIA GRI, CONTEÚDO E DADOS: Melissa Rizzo Battistella (Gaido Consultoria e Conhecimento)Os dados completos dos indicadores GRI podem ser acessados no relatório versão em PDF no site da Votorantim.PROJETO GRÁFICO, CAPA, DIAGRAMAÇÃO E INFOGRÁFICOS: Pierre-Louis A. Ferrandis (Pierre Design Marketing)ÍCONES: inspirados em https://thenounproject.comAUDITORIA DOS INDICADORES GRI E INFORMAÇÕES FINANCEIRAS: Pricewaterhouse Coopers (PwC)
TraduçãoINGLÊS: Gotcha IdiomasESPANHOL: Sylvia Gómez y Artigas Belhot
IMPRESSÃO GRÁFICA : StilgrafTIRAGEM: 1.500 português e 500 inglêsTINTA: as tintas usadas na impressão deste relatório são produzidas com óleos vegetais.
FAMÍLIAS TIPOGRÁFICASFrutiger, Adrian Frutiger, 1975; Avant Garde, Herb Lubalin, 1970; e Didot, Firmin Didot, 1783.
PUBLICAÇÃOMarço/2017www.votorantim.com/relatorio
CONTATO:Votorantim S.A.Rua Amauri, 255 Itaim Bibi – São Paulo – SP CEP 01448-000A/C: Relações com InvestidoresEmail: [email protected]
Votorantim S.A
252 Relatório Anual 2016
www.votorantim.com