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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Ministério dos Transportes e Comunicações RELATÓRIO DA VISITA DE TRABALHO DO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. EMANUEL CHAVES, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA EMPRESA AEROPORTOS DE MOÇAMBIQUE, E.P. AO REINO DE CAMBOJA. 1

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

Ministério dos Transportes e Comunicações

RELATÓRIO DA VISITA DE TRABALHO DO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. EMANUEL CHAVES, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA EMPRESA AEROPORTOS DE MOÇAMBIQUE, E.P. AO REINO DE CAMBOJA.

(De 01 - 07 de Julho de 2014)

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1. INTRODUÇÃO

O Excelentíssimo senhor PCA da Empresa Aeroportos de Moçambique E.P. (ADM), efectuou uma visita de trabalho aos Aeroportos de Camboja, nomeadamente Aeroportos de Phnom Penh, e o de Siem Reap, de 01 à 07 de Julho de 2014, na qual fazia-se acompanhar pelos Senhores Artur Magalhães Administrador para o pelouro de Finanças na ADM, Ambrósio Adolfo Sitoe, Director Nacional de Estudos e Projectos no Ministério dos Transportes e Comunicações e Marcia Manjate Jurista na ADM.

A visita enquadrou-se no seguimento das recomendações da Visita de Sua Excelência o Ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique a ANA - Portugal (Aeroportos de Portugal) realizada no dia 8 de Fevereiro de 2014, bem como do convite formulado pela ANA – Portugal à Delegação Moçambicana.

2. OBJECTIVOS DA VISITA

2.1. Geral

A visita teve como objectivo geral conhecer in loco a realidade de Camboja um país do sudoeste asiático, no que diz respeito à concessão de longo prazo dos 3 principais Aeroportos comerciais atribuídos à VINCI Airports.

2.2. Específicos

Avaliar o cometimento que a concessionária dos 3 principais Aeroportos de Camboja tem para com o Estado de Camboja, fora do que é a sua atividade principal;

Inteirar-se do processo de gestão dos aeroportos concessionados a Aeroportos de Camboja;

Analisar o modelo de concessão dos Aeroportos de Camboja.

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3. DIMENSÃO EMPRESARIAL DO GRUPO VINCI

A VINCI Airports desenvolve atividades de projetos aeroportuários, coordenando todas as linhas de negócios necessárias, com vista à garantir o funcionamento e gestão otimizada dos aeroportos. A VINCI Airports, presentemente, é acionista de uma série de Aeroportos no mundo dos quais 10 na França, 10 em Portugal, 3 em Camboja e 1 em Kutaisi na Georgia. Resultante desta distribuição geográfica, a VINCI Airports opera em parceria com mais de 100 companhias comerciais e charter, com 250 Operadores Turísticos e com mais de 200 Companhias de negócios de aviação.

4. DECURSO DA VISITA E RESULTADOS ALCANÇADOS

A visita ao Reino do Camboja, teve uma breve passagem por Lisboa e Paris, para a troca de opiniões e pontos de vistas, com os Gestores dos Aeroportos de Lisboa e de Paris onde a VINCI é accionista, sobre a visita que a Delegação Moçambicana iria fazer a Camboja.

A reunião de trabalho em Portugal foi realizada na sede da ANA, S.A., com o administrador delegado Dr. Jorge Ponce Leão e o administrador Dr. Mário Lobo;

O Administrador delegado Dr. Jorge Ponce Leão foi um dos quadros mais ativos no processo de concessão dos Aeroportos de Portugal que são agora detidos em 100% pelo grupo VINCI Aeroportos.

Este referiu que a concessão é um sucesso, ou seja satisfaz o planificado pelo Governo Português, pois a gestão da Empresa Aeroportos de Portugal é baseada num Plano Quinquenal entre o concedente e o concessionário.

O Modelo Português é um modelo que garante a harmonia entre a actratividade de investimentos e os Interesses Públicos.

Na França a Delegação reuniu-se com o presidente da VINCI Aeroportos Dr Nicoles Notebaert, acompanhado pela diretora de Comunicação e por um alto quadro do departamento de marketing da empresa, o qual reiterou que Moçambique é um País

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promissor em termos de crescimento de tráfego, pelo que o seu grupo esta interessado em Investir em Moçambique.

Igualmente a Delegação Moçambicana foi informado que o Grupo VINCI Aeroportos está a elaborar uma proposta para Moçambique, com base na informação recebida dos Aeroportos de Moçambique, bem como da informação colhida a quando da visita realizada de 1 a 7 de Junho de 2014 a Moçambique, pela Delegação da ANA/VINCI, que visitou os aeroportos de Maputo, Nampula, Nacala e Pemba

No âmbito desta visita a delegação moçambicana destacou as potencialidades do turismo e dos recursos do nosso país apetecíveis para o desenvolvimento do negócio e foi demonstrada a abertura que o país tem para a entrada de investidores internacionais no que concerne ao desenvolvimento do negócio aeroportuário em Moçambique, bem como os ganhos que ambas as partes podem obter.

4.1. Visita aos Aeroportos de Camboja

A visita aos aeroportos de Camboja consistiu em Reuniões com os Gestores Seniores dos Aeroportos de Phnom Penh e Siem Reap seguidas de visitas as instalações, onde foi possível constatar o seguinte:

A Camboja Aeroportos é gerida por uma joint-venture entre a VINCI Aeroportos sediada em França detendo 70% de capital social e a construction company Muhibbah da Malaysia com 30%. O contrato de concessão inclui concepção, construção, financiamento, operação e manutenção das infraestruras aeroportuárias e, foi firmado com o governo de Camboja por um periodo de exploração de 45 anos, os Aeroportos de Phnom Penh, Siem Reap e Sihanoukvile, foi concessionada a Empresa Aeroportos de Camboja em 1995, 2001 e 2006 respectivamente,

A VINCI Aeroportos detém um tráfego total de cerca de 43 milhões de passageiros anos, dos quais cerca de 5 Milhões são de Camboja.

Apesar da VINCI Aeroportos possuir grandes projetos em Portugal e França,

considera ainda como experiencia de sucesso a concessão dos Aeroportos de Camboja, por apresentar um crescimento exponencial do tráfego, devido as suas potencialidades turísticas que são similares do nosso país.

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O tráfego no aeroporto de Phnom Penh, cresceu de cerca de 500.000 passageiros ano em 1995 para cerca de 2.400.000 em 2013.

O tráfego no aeroporto de Siem Reap, cresceu de cerca de 400.000 passageiros ano em 2001 para cerca de 2.700.000 em 2013.

O aeroporto de Sihanoukvile, esta ainda em construção. Atualmente possui um tráfego de cerca de 20.000 Passageiros ano, com perspetivas de evolução do tráfego nos próximos devido ao turismo.

Os dois aeroportos visitados estão a trabalhar perto do limite das suas capacidades;

Existe um investimento colocado pela concessionária para o aumento das capacidades dos Aeroportos com vista a duplicação das capacidades atuais; vide as figuras 1 e 2 (com infraestruturas simples que respeitam a cultura local e menos onerosa garante-se um ambiente pratico aos passageiros)

A operação é boa e é garantida na sua maioria pelos Nacionais, pois o número de expatriados é muito reduzido, limitando-se apenas aos cargos séniores de gestão;

Os Aeroportos estão certificados;

A operação de cada Aeroporto é autónoma, ou seja está descentralizada a Operação, sendo centralizado outras atividades, tal é o caso do pelouro comercial.

A concessionária desenvolve atividades do lado ar e terra, concretamente operações aeroportuárias, handling, as terminais domésticas, internacionais, carga e sala VIP;

O grupo investe na mobilização de turista, através da participação na sociedade e nas suas atividades melhorando a sua imagem, fazendo o marketing das atividades dos nacionais, criar parcerias com os diferentes atores da sociedade para impulsionar as suas atividades. Exemplo o envolvimento do Grupo na Loja de Artesanato que é um referência para todos os turistas que escalam Camboja.

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Cerca de 95% dos 15.000.000 da população de Camboja professam a religião Budista e o grupo VINCI Capitaliza a existência de templos dos Budas, que são a atrativo principal de crentes e turista;

O grupo aposta no aumento de outras actividades não aeronáuticas para garantir o equilíbrio orçamental, razão pelo qual, desde a concessão as Taxas Aeroportuárias ainda não foram atualizadas.

4.2 VANTAGENS DA CONCESSÃO EM CAMBOJA

Com a concessão dos aeroportos de Camboja assistiu-se a um crescimento assinalável do tráfego de passageiros e carga, bem como impulsionou a modernização e apetrechamento das infraestruturas aeroportuárias e, como consequência, o tráfego aéreo evolui de 500.000 passageiros para 2.400.000 por ano em Phonm Penh e de 400.000 para 2.700.000 em Siem Reap.

4.2.1 PLANOS DE BENEFICIAÇÃO E EXPANSÃO

Na perspetiva de satisfação dos Clientes utilizadores, a Camboja Aeroportos aposta na melhoria de circulação e conforto nas suas instalações aeroportuárias, através da expansão da terminal internacional de passageiros com capacidade de 2.5 milhões de passageiros por ano em Siem Reap, cuja conclusão esta prevista para 2016.

Igualmente está em curso a expansão da terminal de passageiros de Phonm Penh para atingir a mesma capacidade do aeroporto de Siem Reap em 2016, o que vai garantir:

Aumento das áreas de trabalho nos aeroportos visados Aumento da área de conforto em 36.000 m2 nos terminais dos dois Aeroportos; Duplicação dos espaços de aluguer para actividades comerciais; Introdução de mais marcas internacionais e aumento de escritórios dos

Operadores nas novas zonas de expansão dos dois terminais.

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5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1. CONCLUSÕES

A visita de trabalho do Excelentíssimo Senhor PCA dos Aeroportos de Moçambique Dr Emanuel Chaves ao Reino de Camboja atingiu os objectivos preconizados, tomando em conta que permitiu o reforço e aprofundamento das relações de amizade e cooperação com a ANA- Portugal, bem como abriu boas e novas perspetivas de cooperação para os Aeroportos da Zona norte do Pais.

Serviu em larga medida para colher experiências do funcionamento das instituições aeroportuárias no processo de parcerias público privadas, permitiu a verificação no terreno de quanto esta parceria pode incrementar o crescimento do negócio aeroportuário, tráfego e turismo, no nosso país.

As potencialidades do reino para gerar o tráfego apresentam pontos comuns com as potencialidades de Moçambique o que pressupõe o crescimento exponencial do tráfego no pais nos próximos cinco anos na zona norte.

As parcerias com grandes grupos apresentam como melhores métodos a seguir, porque o futuro mostra que o desenvolvimento será por clauster onde quem não se juntar vai ficar sozinho sem oportunidades ou seja sem a capacidade de competir.

5.2. RECOMENDAÇÕES

Apostando na parceria com o Grupo VINCI, a Empresa ADM E. P., deverá criar equipas multidisciplinares para a avaliação dos procedimentos de implementação nos diferentes sectores de actividade e, paralelamente deverá garantir um estudo minucioso das cláusulas contratuais e das principais vantagens associadas, tendo em conta a localização geográfica dos aeroportos em causa, no interesse de investimento do grupo VINCI em Moçambique.

Maputo, 14 de Julho de 2014

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