relatório técnico (período- maio-2005 – março-2006)

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    RELATRIO TCNICOUniversidade Estadual de Feira de Santana

    CONVNIO: 010105.00/2004/PPBIOPerodo: Maio/2005 Maro/2006

    Abril de 2006

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    Introduo

    Este relatrio apresenta um resumo das atividades realizadas durante o

    primeiro ano do PPBio do Semi-rido. Como previsto no Plano de Trabalho e

    conforme os objetivos gerais do PPBio, foram realizados diagnsticos sobre os

    acervos biolgicos do Nordeste e os inventrios no Semi-rido, iniciados

    levantamentos em seis reas de Extrema Importncia Biolgica da Caatinga

    Senhor do Bonfim (BA), Raso da Catarina (BA), Dunas do So Francisco (BA),

    Buque (PE), Serid (PB) e Serra das Confuses (PI) e iniciadas a

    informatizao e a integrao dos dados biolgicos. Alm dessas atividades esto

    em andamento 12 estudos em biodiversidade relacionados a quatro projetos

    temticos.

    Inicialmente, apresentada uma viso geral sobre a estruturao da

    coordenao. Em seguida, so expostos, de maneira sinttica, os levantamentos

    biolgicos realizados no Semi-rido, incluindo os inventrios nas reas

    selecionadas pelo PPBio, a situao dos acervos biolgicos do Nordeste e a

    informatizao dessas colees. Esses tpicos esto divididos por grupo de

    organismos: 1) Plantas, 2) Fungos & Microorganismos, 3) Invertebrados e 4)

    Vertebrados, cada qual subdividido em inventrios e colees. Na terceira parte,

    apresentado um panorama dos estudos desenvolvidos nos quatro projetostemticos: 1) Filogenia e Variabilidade Gentica, 2) Fitoqumica, 3) Bioprospeco

    de Microorganismos e 4) Biologia Reprodutiva. O relatrio concludo com a

    sntese das atividades realizadas e uma breve apreciao sobre os progressos e

    as perspectivas do PPBio do Semi-rido.

    1. Estrutura da CoordenaoO PPBio do Semi-rido foi implementado em dezembro de 2004. A primeira

    parte dos recursos foi liberada no final de abril de 2005 e as atividades iniciadas

    em maio, com uma reunio geral da coordenao da UEFS (Ncleo Co-executor).

    Houve uma dificuldade para que as coordenaes na UEFS interagissem de

    maneira efetiva com as coordenaes nas demais instituies. Essa falta de

    comunicao apesar de detectada logo, no foi simples de ser resolvida,

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    prejudicou a consolidao das redes de inventrios e colees e levou

    modificao da Estrutura da Coordenao e substituio de alguns

    coordenadores.

    Inicialmente, foi sugerido que a Dra Ktia Porto (UFPE) fosse uma das

    coordenadoras do PPBio do Semi-rido e responsvel pela organizao das

    atividades no ncleo de Pernambuco. Ela no mostrou interesse e, em setembro,

    foi substituda pela Dr. Adriana Y. Melo (UFPE). Apesar de insistentes tentativas,

    dois outros coordenadores nunca responderam pelo PPBio do Semi-rido e foram

    recentemente substitudos. Um deles foi o Dr. Antnio Creo (UFPB), indicado

    para coordenao de colees de invertebrados e substitudo pelo Dr. Fernando

    Zanella (UFCG), e o outro foi o Dr. Ricardo Rosa (UFPB), indicado para a

    coordenao de inventrio de vertebrados e substitudo pelo Dr. Robson T.C.Ramos (UFPB).

    Em dezembro de 2005, o coordenador adjunto do PPBio no MCT visitou a

    coordenao da UEFS e orientou o andamento do projeto, preparando a

    participao da equipe na COP-8 e organizando uma reunio geral da

    coordenao do PPBio no MCT. Em fevereiro de 2006, houve a primeira reunio

    geral do PPBio do Semi-rido, em Braslia. Ela contou com a participao de um

    coordenador do ncleo do Piau (Dr. Roseli, UFPI), um representante do ncleo de

    Pernambuco (Dr. Ana Luza, IPA), uma coordenadora (dos cinco coordenadores)

    do ncleo da Paraba (Dr. Maria Regina, UFPB) e 8 (dos 10) coordenadores do

    ncleo da Bahia (Dr. Alexandre Clistenes, Dra Flora, Dr. Freddy, Dra Anglica, Dr.

    Luciano, Dr. Luis, Dra Ana Paula e Dr. Flvio).

    Foram realizadas tambm reunies especficas para integrao das

    equipes responsveis pelos componentes e grupos de organismos. Em dezembro

    de 2005, foi realizada a primeira dessas reunies, em Recife. Coordenada pelo Dr.

    Luis (UEFS), ela estabeleceu os protocolos gerais para a coleta de fungos. Uma

    reunio em Feira de Santana, coordenada pelo Dr. Flvio Frana (UEFS),

    aconteceu em fevereiro de 2006 e estabeleceu os protocolos de inventrios de

    plantas. Em maro, os curadores das colees de microorganismos do Nordeste

    se reuniram em Recife e estabeleceram metas e estratgias para a

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    disponibilizao de suas informaes online, objetivos articulados em acordo com

    o projeto Rede de Colees de Microorganismos do Norte e Nordeste do Brasil

    (RENNEBRA, CNPq). Outras duas reunies, uma em Feira de Santana,

    coordenada pelo Dr. Freddy (UEFS), e outra em Joo Pessoa, coordenada pelo

    Dr. Alexandre (UEFS), esto acontecendo em abril para definirem os protocolos

    para inventrios e colees de invertebrados e vertebrados, respectivamente.

    Com essas reunies, as redes de inventrios e colees do PPBio deram

    um grande avano para sua consolidao. A dificuldade para a estruturao da

    rede e definio de protocolos e a falta de recursos para a rubrica de material

    permanente, apesar de terem limitado a execuo do plano de trabalho, no

    impediram que os trabalhos fossem iniciados e os resultados j so detectados.

    2. Grupos de Organismos2.1. Plantas2.1.a. InventriosCoordenao:Flvio Frana (UEFS) & Rosli Faria Melo de Barros (UFPI)

    Desde 1986, foram publicados 26 levantamentos florsticos em regies do

    Semi-rido (as dissertaes e teses no foram includas de maneira sistemtica).

    A maioria desses levantamentos esto localizados na Chapada Diamantina (8) enas Depresses Sertanejas Meridional e Setentrional (6, cada), principalmente nos

    Estados da Bahia (14) e Pernambuco (6). reas pouco amostradas do Bioma das

    Caatingas, como as Dunas do So Francisco, o Raso da Catarina e a Serra das

    Confuses, cada qual com um nico estudo apenas, esto atualmente sendo

    inventariadas pelo PPBio.

    Foram realizadas 24 expedies para a coleta de plantas pelo PPBio do

    Semi-rido (Tabela 1, Fig. 1A). Foram realizadas tambm duas expedies foradas reas selecionadas pelo PPBio, uma para a regio da Serra do Ramalho

    (setembro de 2005) e outra para o Norte de Minas (janeiro de 2006) (Tabela 1).

    Ambas so alternativas em potencial para a seleo de novas reas para

    inventrios pelo PPBio na Bahia.

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    Tabela 1. Calendrio de expedies para a coleta de plantas entre junho de 2005 e meados deabril de 2006, incluindo localidade e instituies responsveis pelas viagens.PLANTAS junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro janeiro fevereiro maro abril Bonfim UEFS 2 UEFS UEFS UEFS UEFS

    Raso UEFS UEFS UEFS CEPEC

    Dunas UEFS UEFS UEFS UEFS

    Buque IPA IPA IPA

    Serid UFPB UFPB2UFPB

    Confuses UFPI UFPI UFPI

    OUTRAS UEFS UEFS

    At o momento, foram incorporadas cerca de 2.000 exsicatas (incluindo

    aproximadamente 150 fungos) do PPBio no herbrio HUEFS provenientes da

    Bahia, aumentando a coleo em cerca de 2%: 1.265 colees da regio de

    Senhor do Bonfim, 350 do Raso da Catarina e 290 das Dunas do So Francisco.

    Foram 351 colees provenientes da regio de Buque, Pernambuco, e 285colees da Serra das Confuses, Piau, todas j incorporadas ao banco de dados

    do IPA e do TEPB, respectivamente. Os dados para o Serid, Paraba, esto

    incompletos, apenas as 22 coletas realizadas em setembro de 2005 (Fig. 2).

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    Bonfim Raso Dunas Buque Serid Confuses

    Fig. 1a. Quantidades de expedies paracoleta de plantas em cada rea do PPBioentre junho de 2005 e meados de abril de2006.

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    1400

    Bonfim Raso Dunas Confuses Buque Serid

    Fig. 2.Quantidades de espcimes de plantascoletados (dados incompletos) em cada reado PPBio entre junho de 2005 e meados deabril de 2006.

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    2.1.b. ColeesCoordenao: Luciano Paganucci de Queiroz (UEFS) & Maria Regina de

    Vasconcellos Barbosa (UFPB)

    As colees botnicas do Nordeste integram os acervos de 30 herbrios.

    Juntos, eles renem pouco mais de 820 mil espcimes de todos os grandes

    grupos de plantas (brifitas, pteridfitas e fanergamas), algas e fungos. Cerca de

    80% dos espcimes depositados nesses herbrios (aproximadamente 660 mil

    espcimes) encontram-se em apenas nove herbrios, destacando-se os herbrios

    HUEFS e CEPEC, com mais de 100.000 exsicatas cada, completamente

    informatizados, o ALCB, o HRB, o IPA e o URM (principalmente fungos), com mais

    de 50.000 espcimes cada (Tabela 2). O PPBio tem atuado em consonncia como Projeto de Colees (CNPq CT Biotecnologia) coordenado pela Dr. Maria

    Regina. At o momento, trs pessoas (Silvia Karla Almeida dos Santos,

    Alexsandro de Matos Souza Gada e Adriana Reis de Jesus) foram contratadas

    para corrigir os dados informatizados da coleo geral do HUEFS e organizar e

    incluir o material de fungos macroscpicos daquele herbrio. Outros herbrios

    esto iniciando a informatizao como auxlio de pessoas contratadas pelo PPBio.

    Esse o caso do herbrio TEPB, que conta com dois estudantes (Elisangela

    Ftima da Silva e Rubens Mendes Cordeiro), e do ALCB, que conta com mais dois

    estudantes (Eliomar da Cruz Menezes e Mrcio Lima de Lima). Alm disso, est

    sendo financiada a participao de um representante do Nordeste no curso de

    BRAHAMS que ser ministrado em Manaus, em abril.Tabela 2.Lista dos herbrios do Nordeste.Sigla Estado Cidade Instituio Coleo(n. exsicatas)

    MAC AL Macei Instituto do Meio AdbMA 27.000

    MUFAL AL Macei Universidade Federal de Alagoas 2.600

    CEPEC BA Itabuna Centro de Pesquisas do Cacau 106.0 00

    ALCB BA Salvador Universidade Federal da Bahia 81.000

    HRB BA Salvador Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica 55.000

    HUEFS BA Feira de Santana Universidade Estadual de Feira de Santana 103.0 00

    BAH BA Salvador Empresa Baiana de Pesquisa Agropecuria 13.000

    HUNEB BA Alagoinhas Universidade do Estado da Bahia 7.700

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    HUESB BA Jequi Universidade Estadual do Sudoeste 2.500

    HUESC BA Ilhus Universidade Estadual de Santa Cruz 14.00 0

    EAC CE Fortaleza Universidade Federal do Cear 35.00 0

    URCA CE Crato Universidade Regional do Cariri 3.700

    UVA CE Sobral Universidade Estadual Vale do Acara 4.700

    SLS MA So Lus Universidade Federal do Maranho / Farmcia ?

    UFMA MA So Lus Universidade Federal do Maranho / Botnica 20.00 0

    JPB PB Joo Pessoa Universidade Federal da Paraba / Joo Pessoa 35.00 0

    EAN PB Areia Universidade Federal da Paraba / Areia 9.500

    URM PE Recife Universidade Federal de Pernambuco 78.70 0

    IPA PE Recife Instituto de Pesquisa Agropecuria 70.000

    PEUFR PE Recife Universidade Federal Rural de Pernambuco 48.00 0

    UFP PE Recife Universidade Federal de Pernambuco 48.50 0

    HST PE Recife Universidade Federal Rural de Pernambuco 13.00 0

    HUCPE PE Recife Universidade Catlica de Pernambuco 3,00HTSA PE Petrolina Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecurias ?

    TEPB PI Teresina Universidade Federal do Piau 21.00 0

    HAF PI Teresina Universidade Estadual do Piau 3.100

    HUNP RN Natal ?

    UFRN RN Natal Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2.800

    MOSS RN Mossor Escola Superior de Agricultura de Mossor 7.600

    ASE SE Aracaj Universidade Federal de Sergipe 7.000

    O PPBio tem apoiado tambm a visita de estudantes a herbrios dereferncia no Sul e Sudeste (Paula Dib de Carvalho, Janaina Gelma Alves do

    Nascimento, Elnatan Bezerra de Souza e Simone Fiza Conceio, em outubro de

    2005), ao herbrio IPA (Maria Jos Gomes de Andrade, janeiro de 2006) e ao

    herbrio de UB (Paula Dib de Carvalho, maro de 2006).

    2.2. Fungos Microorganismos2.2.a. InventriosCoordenao:Luis Fernando Pascholati Gusmo (UEFS) & Adriana Yano Melo

    (UFPE)

    Baseado em bibliografia e dados de herbrios, foram apontados 951

    registros de fungos no Semi-rido, a maior parte das coletas em Pernambuco,

    seguido de perto pela Bahia (Fig. 3). No PPBio, foram realizadas 12 expedies

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    para a coleta de fungos ou com participantes responsveis por colet-los (Tabela

    3). As amostras de cada expedio so ento distribudas entre as instituies

    participantes. A UFPE recebe fungos micorrzicos, Zygomycota, fungos do solo,

    Myxomycota, fungos zoospricos, Basidiomycota (Aphyllophorales, Agaricales), a

    UFPI fungos zoospricos, a UFRN Basidiomycota (Gasteromycetes) e a UEFS

    fungos do folhedo e Basidiomycota.Tabela 3.Calendrio de expedies para a coleta de fungos entre junho de 2005 e maro de 2006,incluindo localidade e instituies responsveis pelas viagens.

    FUNGOS junho julho agosto setembro outubro Novembro dezembro janeiro fevereiro MaroBonfim UEFS UEFS UEFSRaso UEFS UEFSDunas UEFS UEFSBuque UFPE UFPESerid UFRN UFRNConfuses UFPI

    At o momento, foram verificados 152 espcimes de fungos nas reas do

    PPBio: 58 espcimes em Senhor do Bonfim, 26 no Raso da Catarina, oito nas

    Dunas do So Francisco, 49 em Buque e 11 no Serid (Fig. 4). Dessas amostras,

    14 espcies so ocorrncias novas para o Brasil, outras esto sendo

    referenciadas pela primeira vez para o Semi-rido, e vrias esto tendo sua rea

    de distribuio ampliada, como as espcies de fungos zoospricos, que

    representam novas citaes para Pernambuco, por exemplo. Como resultado

    desses inventrios, esto sendo publicados trs artigos. Um deles, submetido

    Mycotaxon (EUA), porpe duas novas espcies de Brachydesmiella (B.

    brasiliensis e B. obclavata), alm de duas novas combinaes no gnero

    Repetophrgama. Este trabalho foi desenvolvido em colaborao com o

    pesquisador Dr. Rafael Felipe Castaeda Ruiz, do Instituto de Investigaciones

    Fundamentales en Agricultura Tropical Alejandro de Humbold (INIFAT), Cuba,

    que visitou a coleo da UEFS com apoio do PPBio. Um artigo aceito pela revistaMycologia descreve uma nova espcies de Beltrania e o terceiro, submetido

    Acta Botanica Brasilica, aponta um registro notvel de fungo xerfilo (Battarrea

    stevenii) Persoon para o Brasil.

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    Fig. 3.Nmero de registros de fungos porEstado do Nordeste.

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    20

    30

    40

    50

    60

    70

    Bonfim Raso Dunas Buque Serid

    Fig. 4.Quantidades de espcimes de fungosverificados nas reas do PPBio entre junho de2005 e meados de abril de 2006.

    2.2.b. ColeesCoordenao: Ana Paula Trovatti Uetanabaro (UEFS) & Leonor Costa Maia

    (UFPE)

    As colees de fungos so tradicionalmente divididas em fungos

    macroscpicos, incorporados aos herbrios (nesse relatrio, tratado na coleo de

    plantas, acima), e fungos microscpios, incorporados s Colees de Cultura de

    Microorganismos (CCMs, tratadas neste tpico).

    Foram localizadas sete CCMs no Nordestes, trs na Bahia, trs em

    Pernambuco e uma no Piau. Dessas, destacam-se as colees de Pernambuco

    URM, com 6.000 amostras de leveduras e fungos filamentosos, e DAUFPE, com4.500 amostras de bactrias e actinomicetos. Apenas duas CCMs do Nordeste

    encontram-se completamente informatizadas: UNICAP, com 619 amostras entre

    bactrias, leveduras e fungos filamentosos, e CCMB-UEFS, com 290. A

    informatizao da CCMB foi concluda pela estudante Carla Santos Ribeiro e a

    informatizao da coleo da UFPE est sendo iniciada com o apoio de dois

    estagirios, Hebert L.N. Pinheiro e Marcela Clementino Araujo, os trs contratados

    pelo PPBio.

    Pernanbuco Bahia Piau Paraba Cear Alagoas Rio Grande

    do Norte

    Minas

    Gerais

    Sergipe

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    400

    450

    500

    550

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    Tabela 4.Lista das Colees de Cultura de Microorganismos do Nordeste.Curador /Pesquisador / nome daColeo / Instituio

    Credenciadacomo FielDepositriano MMA

    Acervo (nmero deacessos) / grupo demicrorganismos

    Tipo de preservaoutilizada

    Informatizada

    1) Aldo Trindade / Coleo de Fungos

    Micorrzicos Arbusculares /EMBRAPA / BA

    NO 40 / fungos

    micorrzicosarbusculares

    Secagem em solo

    estril

    0%

    2) Ana Paula Trovatti Uetanabaro /Coleo de Culturas deMicrorganismos da Bahia / UEFS / BA

    SIM 290 / bactrias,leveduras e fungosfilamentosos

    Congelamento (-80C), gua destilada(mtodo de Catellani),leo mineral

    100%

    3) Cristina Souza Motta / MicotecaURM / UFPE / PE

    NO 6.000 / leveduras efungos filamentosos

    Liofilizao, guadestilada (mtodo deCatellani), leomineral

    0%

    4) Galba Takaki / Coleo daUniversidade Catlica de Pernambuco

    / UNICAP / PE

    NO 619 / bactrias,leveduras e fungosfilamentosos

    Liofilizao, leomineral

    100%

    5) Hermes Peixoto / Coleo deFungos Fitopatgenos / EMBRAPA /BA

    NO 280 / Fungosfilamentososfitopatgenos

    Em gua destilada(Mtodo de Castellani)

    0%

    6) Janete Magali / Coleo deMicrorganismos do Departamento deAntibiticos (DAUFPE) / UFPE / PE

    NO 4.500 / bactrias eactinomicetos Liofilizao, leomineral 0%

    7) Jos Ribamar / Coleo de FungosZoospricos / UFPI / PI

    NO 100 / fungoszoospricos

    Em meio de cultura(sob refrigerao etemperaturaambiente)desidratadas(estruturas deresistncia deAllomycesspp.)substratos orgnicos

    0%

    2.3. Invertebrados (Insetos)2.3.a. InventriosCoordenao:Cndida Maria Lima Aguiar (UEFS) & Celso Martins (UFPB)

    Foram realizados aproximadamente 40 levantamentos de insetos no Semi-

    rido da Bahia. So 17 inventrios de abelhas (cobrindo principalmente reas de

    caatinga, como Canudos e Casa Nova, e de campos rupestres, cerrados e matas,

    principalmente da Chapada Diamantina), 11 de besouros (principalmente na

    Chapada Diamantina), oito de vespas (principalmente na Chapada Diamantina,mas tambm em Itatim e Cruz das Almas) e trs de formigas (Itatim, Feira de

    Santana e Cruz das Almas). O levantamento dos inventrios de insetos no Semi-

    rido dos demais Estados foi realizado pela estagiria Fbia Gergia Santos de

    Andrade, contratada pelo PPBio e sob orientao do Dr. Clemens (UFPE). Ela

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    listou apenas 18 estudos publicados sobre insetos nesses Estados, a grande

    maioria com temtica ecolgica. Apenas oito podem ser considerados

    levantamentos de insetos do Semi-rido: trs de Sphingidae (Lepidoptera), dois de

    abelhas, dois de besouros e um de formigas. Em conjunto, esses trabalhos

    apontam aproximadamente 240 espcies de insetos, muitos ainda no

    identificados at o nvel de espcie. Se compararmos esse nmero de insetos com

    o obtido no levantamento de vertebrados (mais de 1.200, veja abaixo),

    entendemos quo pouco conhecido da diversidade da entomofauna do Semi-

    rido brasileiro.

    Foram realizadas 14 expedies para a coleta de insetos pelo PPBio do

    Semi-rido (Tabela 5). Esses inventrios procuraram coletar as vrias ordens de

    insetos, fazendo uso de vrias estratgias de captura: armadilhas luminosas,redes entomolgicas, malaise, armadilhas com essncias para abelhas Euglossini,

    com iscas para borboletas e com iscas de solo.Tabela 5. Calendrio de expedies para a coleta de invertebrados entre junho de 2005 e marode 2006, incluindo localidade e instituies responsveis pelas viagens.

    INVERT junho julho agosto Setembro outubro novembro dezembro janeiro fevereiro maroBonfim UEFS UEFS UEFSRaso UEFS UEFS UEFSDunas UEFS UEFS UEFSBuque UFPE UFPESerid UFPB UFPBConfuses UFPI

    As primeiras expedies em regies da Bahia (Senhor do Bonfim e Raso da

    Catarina) coletaram mais de 3.000 espcimes de insetos representando entre 10 e

    15 ordens em cada regio respectivamente, enquanto a primeira coleta em Buque

    totalizou 416 insetos representando as principais ordens (Coleoptera, Lepidoptera

    e Hymenoptera). So estimados cerca de 35.000 espcimes de insetos coletados

    apenas nas trs reas da Bahia, representando 21 ordens, praticamente

    duplicando a coleo do MUZUEFS.

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    2.3.b. ColeesCoordenao:Freddy Bravo (UEFS) & Fernando Csar Vieira Zanella (UFCG)

    Entre as 15 maiores colees entomolgicas do Brasil, nenhuma est

    localizada no Nordeste. Entretanto, a Regio possui 13 colees entomolgicas

    importantes, oito das quais com mais de 15.000 amostras, destacando-se a

    Coleo Entomolgica do Departamento de Sistemtica e Ecologia da UFPB, o

    MZUEFS- diviso entomologia, a Coleo do Museu de Zoologia da UFBA e a

    coleo da UFPE. Parte dessas colees encontra-se informatizadas, mas apenas

    duas so cadastradas como fiel depositria no CGEN (UFPB e MUZUEFS)

    (Tabela 6).Tabela 6.Lista das colees entomolgicas do Nordeste.Nome Coleo Instituio Estado Acervo Responsveis Credenciamento no CGENColeoEntomolgica doDepartamento deSistemtica eEcologia

    UFPB Paraba 20.00 0 Celso F. Martins SIM

    Coleo da UFPE UFPE Pernambuco 30.00 0 Clemens Schlindwein. NOColeo da UFPI UFPI Piau ----- Paulo Ramalho NOColeo da UFRN UFRN Rio Grande do

    Norte------ Mrcio Zikan Cardoso NO

    Coleo do Museude Zoologia daUFBA (inclu as doslaboratrios deabelhas)

    UFBA Bahia 40.00 0 Luiz Augusto Mazzarolo NO

    Coleo de insetosda Empresa baianade DesenvolvimentoAgrcola

    EBDA Bahia 25.00 0 Marina S. Castro NO

    FIOCRUZ FIOCRUZ Bahia 25.000(desativao)

    talo Sherlock NO

    CEPLAC CEPLAC Bahia 20.00 0 Jacques Delabie eoutros

    NO

    UESB UESB Bahia 2.300 ? NOUESC UESC Bahia 17.500 ? NOMZUEFS- divisoentomologia

    UEFS Bahia 40.00 0 Freddy Bravo SIM

    EMBRAPA EMBRAPA Bahia ?? --- NOAgronomia UF do

    recncavoBahia ?? Carlos Alfredo e Oton

    Meira MarquesNO

    A freqncia de coletas (expedies mensais nos ltimos 10 meses, no

    caso da equipe da UEFS) tem acumulado um volume gigantesco de amostras. A

    equipe de entomologia da UEFS conta com oito pesquisadores, quatro tcnicos e

    cinco estudantes de Iniciao Pesquisa. Ainda assim, mais quatro pessoas (Ana

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    Paula Assuno Lago, Camila da Cruz Martins, Leila Mara Cruz Nascimento,

    Rodrigo Marques Vieira) foram contratadas pelo PPBio para ajudar na triagem,

    montagem e digitalizao do material inventariado e novas contrataes sero

    necessrias. Do material coletado pelo PPBio, 4.000 esto montados e

    etiquetados e 3.338 informatizados, representando mais de 1/3 do banco de dados

    total do MZUEFS. Foi contratada tambm uma estagiria da UFPB (Marcella

    Pereira Peixoto) para auxiliar na informatizao daquela coleo) Alm disso, o

    PPBio tem apoiado a visita de pesquisadores do PPBio a acervos de referncia

    (Priscila Lopes Paixo coleo entomlgica na UFLA, Rodrigo Marques Vieira ao

    MUZUSP e Gilberto Marcos de Mendona Santos ao CEPLAC), bem como

    convidando especialistas de outras instituies (Dr. Cludio Jos Barros de

    Carvalho da UFPR, especialista em Muscidae Diptera, e Dr. Orlando TobiasSilveira, do Museu Goeldi, especialista em Vespidae Hymenoptera) para

    auxiliarem na identificao das colees do semi-rido.

    2.4. Vertebrados2.4.a. InventriosCoordenao:Alexandre Clistenes de Alcantra dos Santos (UEFS) & Robson

    Ramos (UFPB)

    A partir de levantamentos bibliogrficos e identificaes em acervos

    biolgicos foi possvel listar 1.239 espcies de vertebrados para o Semi-rido

    brasileiro. So 268 espcies de peixes (31 famlias), 97 de anfbios (07 famlias),

    176 de rpteis (21 famlias), 545 de aves (59 famlias) e 153 de mamferos (29

    famlias) (Flvia Maria Pires Lima, biloga/mestre contratada pelo PPBio, dados

    no publicados). Com as coletas pelo PPBio esse nmero deve aumentar. At o

    momento, foram realizadas 11 expedies para a coleta de vertebrados nas reas

    do PPBio do Semi-rido (Tabela 7):Peixes. Foram realizadas duas viagens pela equipe de ictiologia da UEFS,

    uma para as Dunas do So Francisco e outra para a regio de Senhor do Bonfim.

    Foram coletadas cerca de 40 espcies com apenas cinco comuns s duas reas.

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    Parte das identificaes foi realizada pela Dr. ngela Maria Zanata (UFBA),

    taxonomista convidada pelo PPBio para auxiliar nesses estudos. Oito espcies

    esto identificadas at o nvel de gnero e as identificaes de sete espcies

    aguardam confirmao. Duas delas, coletadas em Senhor do Bonfim, devem

    representar espcies novas.Anfbios. Foram realizadas trs viagens pelas equipes da UEFS em

    colaborao com a UFBA, duas em Senhor do Bonfim e uma nas Dunas do So

    Francisco. Juntas, essas viagens totalizaram 284 colees (77 em Senhor dos

    Bonfim e 207 nas Dunas de So Francisco). Cerca de 1/3 das colees

    corresponde a Bufos granulosus, mas foram identificados 14 espcies (11 em

    Senhor do Bonfim e 8 nas Dunas do So Francisco) e 10 gneros no total, e

    aproximadamente 50 colees no foram identificadas at o nvel de espcie. Aves.Foram realizadas duas viagens pela equipe de ornitlogos da UEFS,uma para a regio de Senhor do Bonfim e outra para as Dunas do So Francisco.

    O levantamento da avifauna do Raso da Catarina no foi considerado prioritrio

    neste momento, pois j existem levantamentos em reas dessa regio, os quais

    produziram uma lista de 191 espcies, a grande maioria documentada

    fotograficamente (Cerqueira-Lima et al. 2003). Foram reconhecidas 165 espcies

    de aves nas duas reas visitadas pelo PPBio (141 em Senhor do Bonfim e 89 nas

    Dunas do So Francisco), 65 delas ocorrendo nas duas reas.

    Em janeiro de 2006, foi realizada uma expedio para Serra das Confuses

    e em maro, foram realizadas viagens para a coleta de mamferos e rpteis na

    regio do Serid e para a coleta de peixes nas regies do Serid e de Buque.

    Essa ltima coletou 1.033 peixes representando 22 espcies. Alm disso, no

    comeo de abril saiu uma expedio para a coleta de anfbios e peixes no Raso

    da Catarina. Os resultados dessas viagens ainda esto sendo processados, mas

    j contabilizam 270 espcimes coletados apenas pela equipe de herpetofauna da

    UFPI.

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    Tabela 7.Calendrio de expedies para a coleta de vertebrados entre julho de 2005 e meados deabril de 2006, incluindo localidade e instituies responsveis pela viagem.VERTEBR julho agosto Setembro outubro novembro dezembro janeiro fevereiro maro AbrilBonfim AnfbiosUEFS AvesUEFS PeixesUEFS AnfbiosUEFSRaso

    AnfbiosPeixesUEFS

    Dunas PeixesUEFS AvesUEFS AnfbiosUFBABuque PeixesUFPB

    SeridRpteisMamferosPeixesUFPB

    ConfusesAvesRpteisMamferosUFPI

    2.4.b. ColeesCoordenao:Flora Acua Junc (UEFS) & Alexandre R. Percequillo (UFPB)

    Os acervos de vertebrados da regio Nordeste esto locados em

    Universidades e nenhuma apresenta uma coleo que contempla todos os

    grandes grupos de vertebrados. Aproximadamente 99.450 espcimes, cerca de

    90% do material depositado no Nordeste, esto depositados em oito colees,

    restritas a apenas quatro universidades: UFPB, UFBA, UFC e UEFS (Tabela 8), a

    maior parcela representada por peixes e a menor por aves. Algumas dessas

    colees esto parcialmente informatizadas e o PPBio tem apoiado ainformatizao das colees de vertebrados do MUZUEFS com a contratao de

    duas pessoas responsveis pela colees de peixes (Michele da Silva Brito) e de

    anfbios e rpteis (Alessandra Silva de Santana). Atualmente, o banco de dados

    de peixes j conta com 1.521 registros, cerca de 20% dos lotes de toda coleo,

    representando 70 famlias, a maioria de gua doce. A maior parte (85%) da

    coleo de anfbios e rpteis j encontra-se informatizada e 80% da sonoteca, que

    inclui mais de 200 sons representando cerca de 50 espcies de anuros, est com

    os cantos digitalizados e cadastrados. A inteno apoiar a contratao de

    digitalizadores para as demais colees do Nordeste, comeando por aquelas

    locadas na UFPB e na UFBA.

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    Tabela 8.Lista das principais colees de vertebrados do Nordeste.Seo Curador Coleo

    UFPB

    Ictiologia Ricardo S. Rosa 20.00 0 (6.000 lotes)

    Herpetologia Alexandre R. Percequillo 6.100

    Mastozoologia Alexandre R. Percequillo 5.500

    UFBA

    Ictiologia Marcelo F. Napolis 7.000

    Herpetologia Marcelo F. Napolis 4.800 (1800 rpteis e 1800 anfbios)

    Mastozoologia Marcelo F. Napolis 500? (385 Chiroptera)

    UFC

    Herpetologia Maria Borja-Nojosa 10.50 0 (6.000 rpteis e 4.500 anfbios)

    UEFS-MUZUEFS

    Ictiologia Paulo Roberto Lopes 50.00 0 (8.000 lotes)

    Herpetologia Flora Acua Junc 5.100 (2.100 rpteis e 3.000 anfbios)

    3. Projetos TemticosCoordenao:Aristteles Ges Neto (UEFS) & Anglica Maria Lucchese (UEFS)

    Este componente inclui 12 projetos temticos em quatro temas gerais

    bastante eclticos em termos de abordagem, metodologias e resultados

    esperados. No cabe aqui apresentar um resumo detalhado dos doze projetos.

    Seus andamentos esto em fases distintas e apresentam desafios intrnsecos a

    cada um. Dois deles foram concludos, levando a defesa de duas dissertaes de

    mestrado, uma delas gerando dois artigos, o primeiro publicado esse ano noAnnals of Botany. Outros dois projetos esto em fase de concluso, quatro

    apresentaram problemas experimentais que esto sendo solucionados apenas

    agora e os demais esto dentro do cronograma planejado.3.1. Filogenia molecular e variabilidade gentica de espcies vegetais doSemi-rido. Coordenadores especficos: Cssio van den Berg e AlessandraSelbach Schnadelbach.

    Estudo 1 Diversidade aloenzimtica e morfomtrica em Melocactus glaucescensBuining e Brederoo e M. pauscispinus G. Heiman & R. Paul (Cactaceae)espcies

    ameaadas de extino da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil.

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    Responsvel: Sabrina Lambert (Mestrado do PPG Botnica, sob orientao do Dr.

    Eduardo Leite Borba, defendida em fevereiro de 2006).

    Estudos aloenzimticos e morfomtricos foram desenvolvidos em dez

    populaes de Melocactus glaucescens e M. pauscispinus, M. concinnus, M.

    ernestii e supostos hbridos coletados na Chapada Diamantina, Bahia. Os dados

    levantados revelaram baixa variabilidade gentica, dficit de heterozigotos e

    baixos nveis de diversidade morfolgica. A anlise morfomtrica revelou alta

    variabilidade morfolgica para as espcies analisadas. Com relao

    conservao de M. glaucescens, o baixo nmero de populaes associado ao

    reduzido nmero de indivduos motivo suficiente para afirmarmos seu status de

    espcie criticamente ameaada de extino, segundo a classificao propostapela IUCN (2001). Tal situao agravada pelo fato dessas populaes ocorrerem

    sempre prximas a reas antropizadas ou a rodovias, tornam-nas ainda mais

    susceptveis a extino.

    Essa dissertao levou a publicao de trabalho no Annals of Botany e

    outro trabalho, j foi enviado para revista internacional.

    Estudo 2 Variabilidade gentica e morfolgica inter e intrapopulacional emSygonanthus mucugensis Giul. e S. curralensis Moldenke (Eriocaulaceae),

    espcies ameaadas de extino da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil.

    Responsvel: Ana Carina Pereira (Mestrado do PPG Botnica, sob orientao do

    Dr. Eduardo Leite Borba, co-orientao Ana Maria Giulietti, defendida em fevereiro

    de 2006).

    Foi apresentado um estudo multipopulacional utilizando isozimas e anlise

    morfomtrica multivariada, com espcies de Syngonanthus Ruhland

    (Eriocaulaceae). Foram estudadas 24 populaes de seis localidades da Chapada

    Diamantina, Bahia. O trabalho incluiu Syngonanthus mucugensis Giul. e o

    complexo S. curralensis Moldenke, S. hatschbachii Moldenke e S. harleyi

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    Moldenke e dois outros morfos, inicialmente designados como S.aff. harleyie S.

    aff. curralensis.

    As anlises para S. mucugensis revelaram uma elevada diferenciao

    gentica e morfolgica entre as populaes de Mucug comparadas com as de

    Rio de Contas e Catols, sendo proposta nova subespcie para as populaes

    das duas ltimas localidades: S. mucugensis subsp.riocontensis. Desta forma, S.

    mucugensis subsp. mucugensis, a mais importante sempre-viva utilizada

    comercialmente, um txon micro-endmico, o que agrava o seu status de

    conservao.

    Para o complexo S. curralensis a variabilidade gentica e morfolgica foi

    considerada baixa para as populaes de S. curralensis, sendo ainda menor em

    S. hatschbachii, S. harleyi e S. aff. curralensis. Foram encontradas diferenasgenticas e morfolgicas entre as populaes de Morro do Chapu e as de Delfino

    e Seabra, sendo propostas duas novas espcies: Syngonanthus seabrensis e S.

    delfinensis.Os resultados obtidos bem como observaes em campo sustentam o

    reconhecimento de S. hatschbachiieS. curralensiscomo dois txons distintos. Os

    txons reconhecidos nesse trabalho so praticamente todos, endmicos restritos,

    estando ameaados de extino.

    O projeto aqui descrito ser apresentado durante o IX Congresso Latino-

    americano de Botnica a ser realizado de 18-23 de junho de 2006, em Santo

    Domingo (Repblica Dominicana). Tambm, j foram enviados dois trabalhos para

    revistas internacionais.

    Estudo 3 Variabilidade gentica de Cattleya elongata Barb. Rodr. Atravs demarcadores de RAPD.

    Responsvel: Daiane T. Cruz (Mestranda, PPG Botnica, sob orientao de Dr.

    Eduardo Borba e co-orientao de Alessandra S. Schnadelbach, em andamento).

    Esse trabalho tem como objetivo determinar a variabilidade gentica de

    Cattleya elongata utilizando marcadores genticos e morfolgicos. Esto sendo

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    estudadas nove populaes da espcie, compreendendo toda a distribuio da

    mesma, restrita a Chapada Diamantina, BA. A anlise morfomtrica consta de

    uma lista de 27 caracteres florais que esto sendo examinados para os 180

    indivduos estudados da espcie. A concluso do trabalho est prevista pra

    fevereiro de 2007.

    Estudo 4 Sistemtica e filogenia da famlia Eriocaulaceae com nfase emPaepalanthusMart. srieLeptocephaliRuhland.

    Responsvel: Maria Jos Gomes de Andrade (Doutoranda, PPG Botnica, sob

    orientao de Ana M. Giulietti e co-orientao de Cassio van den Berg, em

    andamento).

    O gnero Paepalanthus inclui mais de 580 espcies das quais mais de 400

    no Brasil, dessas, 51 ocorrem no Nordeste. A srie Leptocephali inclui 33

    espcies com distribuio da Amrica Central at Minas Gerais, com maior

    concentrao da Amaznia at a Bahia. O objetivo principal desse trabalho

    verificar a monofilia do grupo, utilizando marcadores moleculares especialmente

    ITS. At o presente foram estudadas 47 espcies da famlia, incluindo 30 do

    gnero Paepalanthus, sendo nove da srie Leptocephali.

    Associado ao trabalho filogentico, est sendo elaborada a reviso

    taxonmica do grupo e o estudo dos cromossomos. A concluso do trabalho est

    prevista para setembro de 2006.

    Estudo 5 Sistemtica e filogenia molecular do gnero Galeandra Lindl.(Orchidaceae).

    Responsvel: Silvana H. Monteiro (Doutoranda, PPG Botnica, sob orientao de

    Cssio van den Berg, em andamento).

    Trabalho em andamento com Tese de Doutoramento sendo iniciada.

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    3.2: Prospeco de compostos bioativos e genes de microrganismos(fungos e bactrias) do semi-rido brasileiro.Coordenador especfico: Aristteles Ges Neto.

    Estudo 1 Prospeco de atividades antimicrobiana e enzimtica demicrorganismos isolados da regio semi-rida.

    Responsvel: Dra. Ana Paula Trovatti Uetanabaro.

    O trabalho visa isolar e avaliar a atividade antimicrobiana de

    microrganismos endofticos e de solos da regio do semi-rido. O material

    estudado para obteno de microrganismos enofticos constituiu-se de quatro

    espcies de plantas pertencentes famlia Cactaceae:Tacinga palmadora (Britton& Rose) N.P. Taylor & Stuppy Tacinga inamoena (Karl Schumann) N.P. Taylor &

    Stuppy Pilosocereus catingicola (Grke) Byles & G.Rowley Pilosocereus

    tuberculatus (Werdermann) Byles & G.Rowley. At o momento, foi isolado o total

    de 100 microrganismos, sendo 57 deles fungos filamentosos. Estes ltimos sero

    utilizados para os testes de atividade antimicrobiana contra bactrias

    reconhecidamente resistentes a antibiticos. Outros fungos ainda esto sendo

    isolados.

    Foram tambm isoladas leveduras de amostras de solo da cidade de

    Mucug/BA. Para atividade de lipase e protease, foram testadas sete leveduras,

    dentre as quais foram identificadas pelo sistema automatizado de identificao

    VITEK (Biomeriux) como pertencentes s espcies Cryptococcus laurentii (1

    amostra), Rhodotorula mucilaginosa (1 amostra), Pichia ohmeri (2 amostras),

    sendo outras trs ainda no identificadas. At o presente momento, nenhuma das

    leveduras apresentou atividade para as enzimas testadas. A ausncia de

    resultados positivos pode ser explicada por diversos fatores: no secreo das

    enzimas pelos isolados testados inadequao da metodologia de induo da

    produo de enzimas ou inadequao da metodologia de deteco das enzimas

    secretadas. Estas hipteses esto investigadas por meio de alteraes na meto

    dologia de teste. Outros isolados de leveduras esto sendo processados e

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    preparados para os testes de atividade enzimtica, sendo as amostras de solo

    provenientes da Estao Ecolgica do Raso da Catarina, municpio de Paulo

    Afonso e de Feira de Santana/BA.

    Estudo2: Prospeco e diversidade de genes relacionados ao estresse salinoatravs do metagenoma do solo rizosfrico de plantas do semi-rido.

    Responsvel: Dr. Milton Ricardo de Abreu Roque.

    Foram obtidas 22 linhagens bacterianas, com crescimento em meio Kings

    B (fluorescentes) e YPGA (biosurfactantes) que esto sendo triadas para a

    verificao do crescimento em meio salino e indutor de biosurfactantes. Estas

    linhagens foram selecionadas, aps enriquecimento e diluio seriada, a partis desolos rizosfericos de plantas (Actinocephalus spp, Syngonanthus mucugensis e S.

    mucugensis giulleti(Eriocaulaceae).

    Em outra coleta foram isoladas rizobactrias, relacionadas ao estresse

    salino, obtidas aps a inoculao de fraes da diluio seriada em meio de

    cultura mnimo suplementado com NaCl (0,5-2,0 M). As linhagens esto sendo

    utilizadas para testes iniciais de expresso da enzima ACC deaminase e obteno

    de DNA genmico para prospeco de genes relacionados ao estresse salino.

    Para o metagenoma foram testadas e adaptadas 4 metodologias visando a

    obteno de DNA total do solo, com determinao de protocolo para a obteno e

    posterior purificao de fragmentos entre 10-20 kb.

    3.3. Aspectos de biologia reprodutiva de animais do semi-rido brasileiro.Coordenador especfico: Dr. Alexandre Clistenes de Alcntara Santos.

    Estudo 1. Aspectos reprodutivos de peixes do mdio curso do Rio Paraguau,Bahia.

    Responsvel: Dr. Alexandre Clistenes de Alcntara Santos.

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    Foram realizadas 02 expedies de coleta (dezembro de 2005 e maro de

    2006) com durao de quatro dias, em cinco localidades no mdio curso do rio

    Paraguau (Castro Alves, Rafael Jambeiro, Iau, Marcionlio Souza e Itaet).

    Nestas coletas foram utilizados apetrechos de pesca variados: redes-de-espera,

    tarrafa, picares, arrasto. Todos os pontos de coletas foram georeferenciados com

    o auxlio de um aparelho GPS. Outros dados como tipo de vegetao, drenagem,

    localizao do ponto de coleta no municpio, temperatura da gua e do ar e

    transparncia, foram determinados utilizando-se uma ficha padro de coleta.

    Os peixes coletados foram imediatamente colocados em bombonas com

    uma soluo de formol diludo a 10%, garantindo uma boa fixao dos

    exemplares. Nos exemplares maiores do que 15cm de comprimento padro foi

    injetado formol na cavidade abdominal e na musculatura dorsal e lateral do corpo,logo aps a coleta. No laboratrio de Ictiologia da UEFS, os peixes coletados

    foram lavados, triados e conservados em lcool 70% dentro de frascos de vidro, e

    posteriormente sero tombados na coleo cientfica do Laboratrio.

    Est sendo avaliada a importncia das espcies e definidas as mais

    importantes na rea em estudo a partir do ndice Ponderal ou ndice de

    Importncia Relativa. Aps esta definio ser iniciado o estudo da reproduo, a

    partir da dissecao dos exemplares e da classificao quanto ao sexo e estdio

    de maturao gonadal.

    Estudo 2. Biologia de nidificao de abelhas e vespas sociais na ChapadaDiamantina.

    Responsvel: Dra. Cndida Maria Lima Aguiar.

    Foram realizadas 05 excurses Chapada Diamantina, com objetivo de

    localizar ninhos de abelhas e de vespas para estudos de biologia reprodutiva, e de

    coletar espcimes de abelhas para estudos de variabilidade populacional

    (aproximadamente 100 indivduos das espcies alvo foram obtidos) e 05

    excurses s reas de trabalho do PPBIO com objetivo de localizar ninhos de

    vespas para estudos de biologia reprodutiva. Em Mucug foram instalados ninhos-

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    armadilha em Mucug para obteno de ninhos de abelhas que nidificam em

    cavidades, visando estudos de biologia reprodutiva (nfase em Centris tarsata).

    Os ninhos-armadilhas (Mucug) foram inspecionados mensalmente dos e os

    ninhos fundados removidos para o laboratrio (LENT/UEFS) para obteno dos

    indivduos recm-emergidos a serem usados em estudos de variabilidade intra-

    populacional. O protocolo de extrao de DNA foi padronizado para espcies de

    Xylocopa e o protocolo de amplificao do gene citocromo oxidase I foi testado

    para espcies de Xylocopa. As fmeas de Polybia sericeaprovenientes de ninhos

    capturados em Senhor do Bonfim foram dissecadas para anlise do padro de

    desenvolvimento ovariano.

    Estudo 3. Reproduo das espcies de anuros em campos rupestres e matas degaleria no Parque Nacional da Chapada Diamantina.

    Responsvel: Dra. Flora Acua Junc.

    Atividades em andamento, na sua etapa inicial.

    4.4: Determinao de composio qumica e atividade antimicrobiana deleos volteis extrados de plantas aromticas. Coordenadora especfica: Dra.Anglica Maria Lucchese.

    Estudo 1.Caracterizao fitoqumica de alcalides de espcies de Orchidaceae.Responsvel: Dra. Anglica Maria Lucchese e Rodrigo Santos Damascena

    Este projeto tem como objetivo identificar os alcalides presentes em

    espcies de gneros brasileiros da subtribo Pleurothallidinae (Orchidaceae), com

    nfase nas espcies Acianthera, Anathallis, Octomeria, Stelis, Specklynia,

    Myoxanthuse Pleurothallisocorrentes no estado da Bahia.Foram investigadas 04espcies pertencentes aos gneros Acianthera e Pleurothallis, com extrao dos

    alacalides pirrolizidnicos e anlise por cromatografia a gs acoplada a

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    espectrometria de massas e cromatografia a gs com detector de ionizao de

    chama. Os resultados obtidos at o momento no foram reprodutveis, estando em

    investigao as variveis experimentais para determinao da causa deste erro.

    Estudo2 : Composio qumica e atividade antimicrobiana de leos essenciaisextrados de espcies da famlia Labiatae.

    Responsvel: Dra. Anglica Maria Lucchese

    Este projeto visa estudar a composio qumica de leos essenciais, com

    potencial antimicrobiano, extrados de no mnimo 10 espcies da famlia Labiatae.

    At o momento foram extrados 36 leos essenciais de folhas, flores e/ ou caules

    de 16 espcies da famlia Labiatae, pertencentes aos gneros Hyptis (08), Eriope(05), Hypenia (01), Raphiodon (01), Marsyphiantes (01) coletados no estado da

    Bahia. A composio qumica destes leos foi determinada por cromatografia a

    gs acoplada a espectrometria de massas e cromatografia a gs com detector de

    ionizao de chama.

    Dos leos extrados 10 (pertencentes aos gneros Hyptis) foram avaliados

    quanto ao potencial antimicrobiano frente a Bacillus cereus, Escherichia coli,

    Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Staphylococcus choleraesuise

    Candida albicans. Os resultados mais promissores foram obtidos contra C.

    albicans, com halos de inibio de at 3 x superiores ao antifngico de referncia

    (nistatina). Dos 26 leos restantes, apenas 12 esto em avaliao antimicrobiana,

    pois os demais 14 leos foram obtidos com rendimento muito baixos

    impossibilitando o uso da tcnica de difuso em disco. Duas alternativas propostas

    esto em andamento para a soluo deste problema: a utilizao do mtodo de

    bioautografia na determinao da atividade antimicrobiana para os leos com

    baixos rendimentos e a coleta do mesmo material vegetal para novas extraes.

    Est tambm em andamento, no caso dos leos com resultados mais promissores

    na atividade antimicrobiana, a determinao da concentrao inibitria mnima.

    Os resultados obtidos at o momento foram apresentados no Simpsio

    Brasileiro de leos Essenciais (01 resumo) e no Congresso de Microbiologia (01

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    resumo), bem como aceito para apresentao na Reunio Anual da SBQ (01

    resumo). Esto sendo encaminhados 02 artigos para publicao no Journal of

    Chromatography e no Journal of Essential Oil Research.

    4. Consideraes GeraisSeguindo as atividades propostas no Plano de Trabalho (includo no aditivo

    e expandido at dezembro de 2007, Anexo I), foi realizado o levantamento dos

    inventrios no Semi-rido (Atividade 1.A1). Identificou-se 26 inventrios de plantas

    e 48 de insetos, 951 registros de fungos e 1.239 espcies de vertebrados no

    Bioma.

    Foram definidas seis reas para coletas, metodologia (Anexo II) e

    cronograma de viagens (Atividade 1.A2). Os dados reunidos ainda so

    insuficientes para definir um cronograma para as reas pouco amostradas

    (Atividade 1.A3). Assim, com base nos critrios previamente adotados (Extrema

    Importncia Biolgica), outras duas reas esto sendo selecionadas (Projeto

    Complementar) para novos inventrios.

    Devido a ausncia de recursos de capital no projeto, no houve aquisio

    de material permanente e, portanto, melhoria significativa na infra-estrutura pararealizao de amostragens (Atividade 1.B1). Essa atividade ficou restrita a compra

    de um bote para coleta de peixes, um decibilmetro para inventrio de anuros e um

    computador com impressora para auxiliar na coordenao do projeto,

    equipamentos adquiridos com parte dos recursos (R$ 6.025,00) concedidos pelo

    CNPq (Projeto Universal, processo 478994/2004-4).

    Os inventrios na Bahia tiveram incio em junho de 2005, com a primeira

    viagem exploratria visitando as trs reas selecionadas pelo PPBio no Estado:

    Senhor do Bonfim, Raso da Catarina e Dunas do So Francisco. A partir de ento

    as coletas nessas reas tm sido sistemticas (Fig. 5): coletas mensais dos quatro

    grupo de organismos e trimestrais em cada rea eventualmente combinando as

    coletas de plantas e fungos. Por problemas na estruturao das coordenaes

    (acima) e atrasos na obteno das licenas de coleta, os levantamentos nas reas

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    O intercmbio entre especialistas e o apoio a formao de pessoal tm

    incrmentado a identificao do material depositado nos acervos e uma lista

    preliminar para as plantas do Semi-rido est sendo preparada (Atividade 1.C1).

    Foi realizado o levantamento dos acervos biolgicos do Nordeste (Atividade

    2.A1), o qual identificou 59 acervos (30 herbrios, 7 CCMs, 13 colees

    entomolgicas e 9 principais colees de vertebrados). O intercmbio entre

    especialistas tem colaborado para o levantamento geral das colees do Semi-

    rido em acervos no Nordeste e fora dele (Atividades 1.A2 e 1.A3).

    As colees esto sendo digitalizadas e corrigidas e tabelas de

    correspondncias esto sendo formatadas para padronizao dos dados

    biolgicos para disponibilizao online (Atividades 2.A4 e 2.A5). Esse processo

    est sendo realizado em quatro herbrios (ALCB, HUEFS, JPB, TEPB), duasCCMs (da UEFS e da UFPE), duas colees entomolgica (MUZUEFS e UFPB) e

    duas de vertebrados (de peixes e de anfbios & rpteis do MUZUEFS). Outras

    colees sero includas nesse processo de informatizao. Alm de 17

    estagirios contratados para organizar, corrigir e digitalizar os dados biolgicos,

    foram contratados tambm quatro estagirios do Centro Referencial de

    Informao de Sade (CRIS-UEFS, Erivelto Alves Moitinho, Jorge Augusto

    Vasconcelos Lima, Paloma Sacramento Santos, Robrio Kilmann Almeida Filho),

    que, sob a coordenao do Dr. Andr Barboni, esto preparando as tabelas de

    correspondncia, os programas, estruturando as particularidades de cada coleo

    e elaborando o layoutda pgina do PPBio do Semi-rido. Atravs dessa pgina, o

    usurio poder acessar informaes sobre as colees, os participantes do PPBio

    podero programar viagens, consultar informaes restritas, solicitar suprimento,

    etc., e os curadores e responsveis pelas colees podero adicionar, corrigir e

    atualizar dados, bem como gerenciar seus acervos, programando e registrando

    permutas, doaes, emprstimos, etc., respeitando suas individualidades

    (Atividade 2.B1).

    A dificuldade na estruturao da coordenao atrasou a definio de

    protocolos e polticas de dados, e por conseqncia o termo de adeso do PPBio.

    Entretanto, reunies mais recentes deram conta de completar os termos de

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    compromissos que estavam faltando (Atividade 2.B2). Atualmente, os 10

    coordenadores do PPBio esto cientes de suas responsabilidades e esto

    dispostos a coordenarem as atividades do PPBio conforme as metas

    estabelecidas no programa.

    O nmero de expedies realizadas na Bahia (Fig. 5 e 6 Tabela 5) e o

    volume de material biolgico resultante dessas coletas j imenso, apontando a

    necessidade eminente de expanso do herbrio HUEFS e dos acervos que

    compem o MUZUEFS, onde est sendo depositado esse material. Mais uma vez,

    devido a ausncia de recursos de capital no projeto, no houve aquisio de

    material permanente e pouco foi feito em relao adequao da infra-estrutura

    das colees (Atividade 2.C2).

    Dois dos doze projetos temticos (Atividades 3A1-A4 ) j foram concludos,mais alguns sero concludos at o final desse semestre e outros projetos

    temticos sero adicionados, ampliando a gama de abordagens desse

    componente.

    Alm das atividades planejadas, foi organizado um livro de divulgao dos

    estudos em biodiversidade desenvolvidos no Semi-rido (Queiroz et al. 2006).

    Publicado pelo MCT, esses livro conta com mais de 25 captulos abordando

    projetos, colees biolgicas, grupos de organismos e ps-graduaes. Ele

    acompanhado por um CD-ROM com as verses em ingls e portugus do

    contedo do livro, alm de fotos, tabelas e listas no includas na verso impressa.

    Esse material foi lanado e distribudo em maro, durante a COP-8, em Curitba,

    e, juntamente com a exposio do poster e a distribuio de folders do PPBio do

    Semi-rido deve ter contribudo para a divulgao do Programa em mbito

    internacional.

    Observando a evoluo da aplicao dos recursos financeiros do PPBio do

    Semi-rido durante esse perodo (Fig. 7), facil notar um crescimento contnuo,

    gradual em 2005, com um aumento brusco em 2006. Esse aumento foi causado

    por trs fatores principais: a compra de material de consumo para projetos

    temticos, a contratao de estagirios para atividades de colees e a

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    participao efetiva das demais instituies, iniciando as atividades de coleta na

    Serra das Confuses e no Serid.

    Trs quartos dos recursos do PPBio foram utilizados no componente de

    inventrios, principalmente em dirias, material de consumo e passagens areas.

    Desses recursos, cerca de 90% foi utilizado para a realizao de expedies de

    coleta e 10% (a maior parte, passagens areas) para reunies da coordenao

    visando a definio de metas e estruturao da rede. Apenas 10% dos recursos

    foi utilizado para o componente de coleo, mais da metade apenas para a

    contratao de servios de terceiros para a informatizao dos acervos. Esse

    processo, no entanto, teve incio apenas em dezembro de 2005. A porcentagem

    aplicada nesse componente, no entanto, pode ser uma subestimativa do que

    realmente foi investido nas colees. Isso porque boa parte do material adquiridocom recursos includos nos inventrios contribui diretamente para a manuteno

    dos acervos. O valor utilizado pelos temticos corresponde a 15% do total, e mais

    de 90% desses recursos foram utilizados na compra de material de consumo,

    principalmente reagentes (Fig. 8 Anexo III).

    0

    10000

    20000

    30000

    40000

    50000

    60000

    70000

    80000

    90000

    IV V VI VII VIII IX X X I XII I II III

    Fig. 7. Evoluo da aplicao geral derecursos financeiros no PPBio do Semi-rido

    (R$) entre abril de 2005 e maro de 2006.

    Inventrios

    Coleo

    Temticos

    Fig. 8. Porcentagem da aplicao dosrecursos em cada componente do PPBioentre abril de 2005 e maro de 2006.

    5. ConclusoEste relatrio demonstra que o ncleo executor do PPBio do Semi-rido

    tem atuado intensamente na estruturao da rede e, paralelamente, nos

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    inventrios, informatizao dos acervos e nos projetos temticos. O nmero de

    participantes do programa tem aumentado e o envolvimento deles com o projeto

    tambm. Isso pode ser verificado pelo aumento contnuo da aplicao dos

    reursos. Os resultados comeam a aparecer. O projeto tem se disseminado na

    comunidade cientfica e gradualmente conquistado reconhecimento e aceitao

    dos pesquisadores. preciso agora consolidar o ncleo executor, melhorar a

    infra-estrutura dos inventrios e das colees, ampliar a formao de pessoal

    qualificado e disponibilizar os resultados das pesquisas em biodiversidade para

    um pblico maior, fortalecendo a popularizao desse conhecimento.6. RefernciasCerqueira Lima, P., Santos, S.S. & Lima, R.C.F.R. 2003. Levantamento e

    anilhamento da ornitofauna na Ptria da Arara-azul-de-Lear (Anadorhynchus

    leari, Bonaparte, 1856): um complemento ao levantamento realizado por H.

    Sick, L.P. Gonzaga e D.M. Teixeira, 1987. Atualidades Ornitolgicas 112.

    11p.

    Queiroz, L.P., Rapini, A. & Giulietti, A.M. 2006. Towards Greater Knowledge of the

    Brazilian Semi-arid Biodiversity. Ministrio de Cincias e Tecnologia, Braslia,

    DF.

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    colees lquidas com material do

    semi-rido

    2 A3 Levantamento preliminar dos

    espcimes provenientes do semi-

    rido depositados em acervos fora

    do Nordeste

    Museus e

    Herbrios e

    colees

    4 12/2005 07/2007 0

    2 A4 Informatizao de 20% do total de

    colees levantadas para o semi-rido e incio da disponibilizao

    on line

    Museus e

    Herbrios ecolees

    20-30 05/2005 07/2007 9

    2 A5 Disponibilizao on line de

    cerca de 50% do acervo de

    animais, plantas e fungos

    Museus e

    Herbrios e

    colees

    3 01/2006 03/2007 02 B Estabelecimento de Protocolo2 B1 Estabelecimento de protocolos

    padres para a incorporao,

    manuteno e digitalizao das

    colees do Nordeste

    Museus e

    Herbrios e

    colees

    20-30 07/2005 03/2006 10

    2 B2 Definio e aceitao do termo de

    adeso rede de colees do NE

    Museus e

    Herbrios ecolees

    20-30 10/2005 03/2006 102 C Adequao das condies doacervo2 C2 Manuteno de colees Museus e

    Herbrios e

    colees

    20-30 05/2005 11/2007 03 TEMTICOS3 A Caracterizao molecular emorfolgica da biodiversidadede espcies selecionadas3 A1 Filogenia molecular e

    variabilidade gentica de espciesornamentais de famlias

    selecionadas

    estudos 5 05/2005 052007 2

    3 A2 Quimiotaxonomia de famlias

    aromticas do semi-rido

    famlia 2 05/2005 05/2007 03 A3 Biologia reprodutiva de plantas,

    animais e fungos visando a

    sistemtica do grupo

    estudos 3 05/2005 05/2007 03 A4 Sistemtica de fungos atravs de

    dados morfolgicos, bioqumica e

    atividade biolgica

    estudos 5 05/2005 05/2007 0

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    Anexo IIMetodologia de coletas

    Em grades georreferenciada de 5 X 5 km, sero estabelecidas unidasamostrais de 1 X 1 km, ou pontos de coleta, seguindo o perfil desenhado pelo

    PPBio da Amaznia. Os pontos de coleta sero selecionados de acordo com os

    grupos de organismos inventariados e as coletas seguiro as respectivas

    particularidades.AngiospermasAna Luza du Bucage (IPA)

    Ftima Agra (UFPB)

    Flvio Frana (UEFS)

    Luciano Paganucci de Queiroz (UEFS)

    Roseli de Barros (UFPI)

    Ser realizada a coleta de material frtil, com flores e/ou frutos, nos pontos

    de coleta. Cada material ter, sempre que possvel, pelo menos trs duplicatas,

    uma a ser incorporada ao herbrio local, outra para ser enviada ao HUEFS,

    herbrio referncia do PPBio do Semi-rido, e outra para ser enviada aoespecialista. O material dever ser fotografado e ter amostras desidratadas em

    silica gel para incorporao ao banco de DNA do LAMOL-UEFS. Os pontos sero

    amostrados na grade at a estabilidade da curva do coletor.Fungos

    Adriana Mayumi Yano-Melo (UFPE, fungos micorrzicos arbusculares)

    Aristteles Ges Neto (UEFS, gasterides)Iuri Goulard Baseia (UFRN, gasterides)

    J. Ribamar S. Rocha (UFPI, zoosprico)

    Laise de Holanda Cavalcanti (UFPE, Myxomycota)

    Luis Fernando Pascholati Gusmo (UEFS, folhedo)

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    Zoospricos. Remover cerca de 1 cm de solo superficial exposto insolao ou o folhedo. Cavar, recolhendo aproximadamente 200 gr de solo em

    saco plstico. Amarrar o saco e identific-lo. No h necessidade de secar solo

    mido, mas, se possvel, a temperatura do ar e do solo deve ser medida. Para a

    anlise de solo (e.g. fertilidade) essas informaes devem ser enviadas

    imediatamente. Devero ser realizadas cinco coletas em cada ponto de coleta.Folhedo. Misto: coletar cerca de 20 folhas mortas, pecolos, ramos (de

    plantas diferentes) no ponto de coleta, inclusive em locais midos, como riachos.

    Identificado: com a identificao da planta, pode-se coletar o folhedo que esta

    prximo a ela. Pede-se o mesmo nmero de folhas, 20. Nos dois casos, deve-se

    priorizar a coleta de folhas mais decompostas, retirando-se a primeira camada do

    folhedo, e pegando as que estejam comidas por insetos, e em processo dedecomposio avanado. O material deve ser acondicionado em um saco de

    papel identificado.Gasterides.Privilegiar a estao chuvosa. Coletar aleatriamente nos

    pontos, devendo-se percorrer a unidade num transecto, procurando sempre

    abranger reas ainda no visitadas. O material coletado consistir de basidiomas,

    que neste grupo pode variar muito de tamanho, sendo que os menores podem

    apresentar cerca de 5 mm dim., enquanto outros podero atingir mais de 10 cm.

    As frutificaes geralmente ocorrem sobre o solo arenoso e prximo de algum tipo

    de vegetao, gramneas ou at mesmo rvores. Tambm ocorrem com

    freqncia na madeira ou folhas em decomposio, ou com menos freqncia

    sobre excrementos de herbvoros. Fotografar antes de remov-los do substrato, e

    em seguida retir-los manualmente ou com auxlio de faca. O substrato, quando

    pequeno (at cerca de 10 cm) dever ser coletado juntamente com o basidioma.

    Os espcimes devero ser acondicionados em sacos de papel ou caixas de

    papelo individualmente para evitar a mistura de esporos. Os sacos devem ser

    devidamente identificados quanto ao local, data, coletor, habitat (exposio aos

    raios solares e natureza do substrato) e basidiomas (forma, consistncia, modo de

    insero no substrato, colorao e dimenses).

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    Micorrzicos arbusculares. Coletar aproximadamente 200 gr. de solo. recomendvel adicionar mais 100 g para o isolamento de outros grupos de fungos

    (Zygomycetes e Deuteromycetes). Coletar trs amostras de solo por planta

    (pontos equidistantes) at a profundidade de 20 cm, com auxlio de um trado na

    projeo da copa do vegetal ou a 15 cm de raio do caule. As trs amostras de solo

    por planta constituiro uma amostra composta e devero estar contidas em saco

    plstico devidamente etiquetado: espcie vegetal (se possvel) ou alguma

    informao que qualifique, porte da planta e local de coleta. Caso as amostras

    estejam muito midas, os sacos devem ser deixados abertos a temperatura

    ambiente, fechando-os quando for envi-los.Mixomycota. Estabelecer transectos de 50 m, separados por 245 m de

    longitude com 4 m2 de poro circular (raio = 1,13 m) com 5 m de intervalos. As

    coordenadas de cada ponto inicial do transecto sero definidas por GPS. Sero

    explorados diferentes substratos no campo, como troncos mortos e a necromassa

    terrestre e area, dando especial ateno s plantas suculentcolas (famlias

    Agavaceae, Bromeliaceae, Cactaceae e Euphorbiaceae), crtex de rvores

    arbustos e fezes de herbvoros, no caso de regies semi-ridas. Detectando-se a

    presena de mixomicetos, recolhe-se a parte do substrato que apresenta

    esporocarpos e acondiciona-os em caixas de tamanho apropriado ao da amostra,para um transporte seguro at o laboratrio. Para o cultivo em cmara-mida, no

    entanto, pores representativas dos diferentes substratos, sero coletados e

    acondicionados em sacos plsticos e em seguida sero transportados para o

    laboratrio onde sero colocados em placas de Petri.

    InvertebradosCndida Maria L. Aguiar (UEFS)

    Celso Feitosa Martins (UFPB)

    Clemens Schlidwein (UFPE)

    Fernando C. V. Zanella (UFCG)

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    Freddy R. Bravo Quijano (UEFS)

    Luciana Iannuzzi (UFPE)

    Paulo Roberto Ramalho Silva (UFPI)

    Cada rea de coleta ser visitada por trs dias.Armadilha Malaise. Armadilha de interceptao de vo de insetos. Estas

    armadilhas capturam vrias famlias, principalmente de Diptera, Hymenoptera e

    Coleoptera. As armadilhas ficaro no ponto de coleta durante um ano, sendo

    trocados os potes com lcool a cada semana. A cada ms, o material coletado

    ser recolhido, o lote devidamente identificado, e enviado para triagem no

    laboratrio.Armadilha luminosa tipo Luiz de Queiroz. Armadilhas para captura de

    insetos vespertinos e noturnos com uma lmpada de luz branca de 12 V. Esta

    armadilha captura insetos de vrias ordens, como Diptera, Coleoptera,

    Hymenoptera, Psocoptera, Lepidoptera, Mecoptera, Trichoptera, Ephemeroptera,

    etc. Elas sero montadas a 1 m de altura do solo, sempre na lua nova para

    otimizar a coleta. Os pontos de coleta devero ser amostrados por uma armadilha

    luminosa durante 3 dias. Os potes sero separados por ponto de coleta. Armadilha para captura de insetos de solo, pit fall, com isca. Sero

    utilizada armadilhas iscadas para amostragem de insetos de solo, especialmente

    de besouros e formigas que usam carcaas. Em cada ponto amostral deve ser

    demarcado um transecto, ao longo do qual devem ser dispostas 16 armadilhas (8

    de cada lado do transecto), distantes pelo menos 30 m uma da outra. Cada

    armadilha dever ser composta de um balde plstico de 15 cm de abertura por 10

    cm de profundidade, enterrado com a abertura ao nvel do solo, e ser colocada

    em seu interior uma soluo de gua com detergente a 2%. Acima de cada

    armadilha suspenso, atravs de uma armao metlica, um recipiente plsticocom cerca de 40 g de bao bovino apodrecido por 48 h em temperatura ambiente.

    O conjunto armadilha e isca coberto com uma cobertura de borracha disposta a

    cerca de 20 cm do solo para proteger o conjunto da chuva, preservando o poder

    de atrao da isca. As armadilhas devem ser deixadas no campo por 48 h. Em

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    cada rea de coleta, ao menos um ponto dever ser amostrado com esta

    metodologia.Rede Entomolgica: mtodo tradicional para captura de insetos na

    vegetao. Em cada ponto de coleta ser estabelecido um transecto de 2 Km com

    50 m aos dois lados onde ser efetuada a coleta. As coletas comearo as 6:00h

    at as 11:00 h e reiniciaram as 15:00 at as 18:00 h. Durante esse perodo o

    coletor dever passar a rede entomolgica 5 vezes pela vegetao e todo o

    material de coleta dever ser colocado em um saco de plstico no qual ser

    inserido um chumao embebido em acetato de etila. Todo o material ser

    identificado por perodo do dia, manh ou tarde.Coleta seletiva de Isoptera. O protocolo de levantamento de riqueza de

    espcie cupins ser o mesmo descrito em SENA et al. (2003, Sociobiology 42(3):753-760). Esse protocolo constitudo por seis transectos de 65 X 2 m que devem

    ser estabelecidos aleatoriamente dentro de cada rea, em pontos com ausncia

    aparente de distrbios antrpicos. Ao longo de cada transecto so marcadas cinco

    parcelas de 5 X 2 m com espaamento de 10 m uma da outra. O delineamento

    experimental com seis transectos constitudos por parcelas espaadas umas das

    outras tem por objetivo evitar pseudo-replicaes das colnias de cupins. O tempo

    de coleta em cada parcela de 1 h/pessoa. Durante esse perodo, os cupins so

    procurados nos mais variados microhabitats, como em ninhos, solo (at cerca de

    15 cm de profundidade), em tneis, em troncos de rvores vivas, no interior ou sob

    troncos e galhos mortos cados, no folhio, sob casca de rvores. A padronizao

    da rea amostral e do tempo de coleta visa facilitar a comparao das faunas de

    reas distintas e maior segurana na interpretao dos resultados. Os espcimes

    coletados sero acondicionados em vidros com lcool 75% e devidamente

    etiquetados.Coleta seletiva de Apoidea, Vespidae e outros visitantes florais. A

    amostragem destes insetos ser realizada por coletas randomizadas (varredura)

    por 10 min em cada patch florido ao longo de uma trilha de aproximadamente 2

    km, que ser percorrida continuamente por coletor experiente. A captura ser

    realizada com rede entomolgica. As coletas tero durao de trs dias

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    consecutivos, entre 06:00 e 18:00h, e ocorrero em intervalos de trs meses. Em

    paralelo, sero instaladas armadilhas contendo essncias para atrao de machos

    de abelhas euglossneas (eugenol, eucaliptol, salicilato de metila, acetato de

    benzila e betaionona). A armadilha ser inspecionada e o material ser recolhido

    no final de cada dia.Coleta seletivas de Membracidae (Hemiptera). A amostragem destes

    insetos ser realizada por coletas randomizadas (varredura) por 5 min em cada

    grupo de vegetao ao longo de uma trilha de 3 Km durante 5 horas. Coleta seletiva de formigas. Em cada ponto de coleta sero retiradas 50

    amostras de um metro quadrado de serrapilheira, utilizando-se uma peneira de

    campo (extrao grosseira no campo) e o extrator de Winkler (minwinkler, no

    laboratrio), a uma distncia mnima de 200 m (quando possvel) dos limites darea para evitar efeitos de borda. Para garantir a independncia das amostras, um

    intervalo de 50 m respeitado entre amostras consecutivas. Outra srie de coletas

    usar armadilhas pitfall distribudas de forma similar e em quantidade igual.

    Adicionalmente, sero realizadas amostragens de espcies de formigas com

    armadilhas iscadas. Estas amostragens tero periodicidade trimestral e sero

    realizadas na mesma rea onde os extratores de Winkler sero instalados.Coleta seletivas Lepidoptera. O levantamento das borboletas ser

    realizado atravs de captura utilizando-se dois mtodos. 1) Redes entomolgicas:

    reas predeterminadas sero percorridas em busca dos insetos, de modo

    aleatrio e principalmente em locais onde se encontram plantas em florao. As

    borboletas sero capturadas utilizando-se pus, registrando-se as visitaes. 2)

    Armadilhas: sero dispostas nas mesmas reas descritas acima, armadilhas

    especficas para Lepidoptera. Estas consistem de um cilindro de tela fina, fechado

    na extremidade superior, suspenso sobre uma plataforma de madeira, onde so

    colocadas as iscas. As iscas utilizadas consistiro de frutas fermentadas,

    principalmente banana, alm caldo de cana fermentado, colocados dentro de

    pequenos pratos plsticos para manter a umidade.Coleta seletiva de Sphingidae (Lepidoptera). Os esfingdeos sero

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    atrados por uma fonte de luz mista de vapor de mercrio de 160 watts e por uma

    fonte de luz negra posicionadas contra um lenol branco estendido.Coleta seletiva de aranhas (Arthropoda, Aranae). Sero utilizadas (1)

    Armadilhas de queda: empregadas na captura de animais de solo, de pequeno e

    mdio porte. Estas armadilhas consistem de potes de plstico enterrados em fila a

    intervalos regulares, ao nvel do solo, com lquido conservante. Cada pote recebe

    uma cobertura para impedir a entrada da gua da chuva. (2) Coleta utilizando

    Extrator de Winkler em 1 m2 de serrapilheira. (3) Coleta crptica: consiste da busca

    manual de animais crpticos em troncos em processo de putrefao, sobre pedras.

    Cada hora de coleta contnua, pelo mesmo coletor ser considerada uma amostra.

    Ser obtida uma amostra diria por coletor. (4) Guarda-chuva entomolgico:

    tcnica empregada na amostragem de animais arborcolas diurnos, em estratosflorestais e arbustivos de at 2 m alt. O instrumento consiste de um quadrado de

    pano branco fixado pelos cantos em dois cabos cruzados, presos entre si no

    centro. colocado sob os ramos das rvores e arbustos, os quais so agitados

    com um basto, de forma que os animais caiam sobre o instrumento, onde so

    facilmente capturados. Cada hora de coleta contnua, pelo mesmo coletor e hora

    do dia, ser considerada uma amostra. Sero obtidas duas amostras dirias por

    coletor. As aranhas sero fixadas em lcool a 70%.VertebradosAlexandre Clistenes (UEFS, peixes)

    Alexandre Percequilo (UFPB, mamferos)

    Flora Junca (UEFS, anfbios)

    Robson Tamar (UFPB, peixes)Mamferos.Sero campanhas de 13 dias, potencializando 10 dias de

    armadilhas abertas, amostando dois pontos de coleta por viagem, cada qual com

    40pitfalls, 60 funiltraps, 100 shermans, 100 gaiolas. Para morcegos, sero

    aplicadas seis redes de 12 metros por ponto.Aves.Sero observadas ao longo de trilhas especialmente pela manh e

    ao anoitecer com esforo amostral medido por observador/hora/extenso. Sero

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    realizadas coletas em dois pontos de coleta por viagem, cada qual com 10 redes

    de 12 m.

    Rpteis.Sero usados pitfalls e funiltraps como no caso dos mamferos.Anfbios.Alm do material que cair nos pitfalls, coletas ativas noturnas nos

    ambientes aquticos, quatro noites - duas em cada unidade amostral com gua.

    Tambm ser realizada coleta ativa de girinos nesses pontos, com o uso de redes.

    O esforo ser medido por homem/hora/rea do corpo de gua. Sero gravados

    anuros em vocalizao ativa, como ferramenta para identificao.

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    Anexo IIIRelatrio financeiro simplificado por atividade

    Componente Atividade Rubrica Valor (R$)Inventario 1.2 Dirias 3.328

    Consumo 100Passagem 17.110,762.2 Dirias 93.331,91

    Consumo 71.102,26PF 1.901,08PJ 29.047,92Passagem 550,68Contratos 6.342,40

    3.1 PF 2.780Contratos 3.713,40Total 229.308

    Componente Atividade Rubrica ValorColeo 1.1 Dirias 148,45

    Passagem 274,551.2 Dirias 1.125,00

    Consumo 200Passagem 3.196,52

    1.3 Dirias 1.325Consumo 78,15Passagem 613,56

    1.4 Contratos 19.605,06

    2.1 Diarias 592Passagem 4.076,983.2 Consumo 3.313Total 31.351,75

    Componente Atividade Rubrica Valor (R$)Tematicos 1.1 Diarias 1.000

    Consumo 17.719,53Passagem 220,88PF 200

    PJ 1.0001.2 Consumo 11.534,741.3 Diarias 200

    Consumo 6.3511.4 Diarias 300

    Consumo 5.578Total 44.104