relatório técnico da instalação da rede de lógica

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RELATÓRIO TÉCNICO DAS INSTALAÇÕES DE REDE LÓGICA DA SECRETARIA DE SAÚDE DE DOM MACEDO COSTA - BAHIA SANTO ANTONIO DE JESUS 2013

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Page 1: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

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RELATÓRIO TÉCNICO DAS INSTALAÇÕES DE REDE LÓGICA DA

SECRETARIA DE SAÚDE DE DOM MACEDO COSTA - BAHIA

SANTO ANTONIO DE JESUS

2013

Page 2: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

2

RELATÓRIO TÉCNICO DAS INSTALAÇÕES DE REDE LÓGICA DA

SECRETARIA DE SAÚDE DE DOM MACEDO COSTA - BAHIA

Elaborado por:

Samuel Mercês

Bacharel em Sistemas de Informação

Wiki Tecnologias Inteligentes

Revisão de Texto:

Juliana Pinto

Licenciada em Letras

Proibida a reprodução total ou parcial deste

documento por qualquer meio ou sistema

sem prévio consentimento do editor.

SANTO ANTONIO DE JESUS

2013

Page 3: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

3

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 – Cabos lógicos sem proteção física no forro do edifício.......................... 9

FIGURA 2 – Cabos lógicos sem canaletas ao rodapé do edifício............................ 10

FIGURA 3 – Exemplo de Rack Fechado de Piso com Ativos de Rede, Patch Panel,

Patch Cords e Acessórios (Visão Frontal)................................................................. 12

FIGURA 4 – Exemplo de Rack Fechado de Piso com Ativos de Rede, Patch Panel,

Patch Cords e Acessórios e organização dos Cabos Lógicos (Visão Lateral)......... 12

FIGURA 5 – Instalação de Central Telefônica e Cabos sem o Uso de Rack e

Acessórios................................................................................................................. 13

FIGURA 6 – Cabos do Tipo FE Rígido de dois pares e UTP Categoria 5 utilizados

nos terminais............................................................................................................. 14

FIGURA 7 – Ponto de Telefonia sem Identificação, e Ponto de Rede sem Tomada

RJ-45 Fêmea, Patch Cords, e Identificação.............................................................. 16

FIGURA 8 – Cabo Condutti modelo LANDUTTI de Categoria 5e utilizado na

instalação da Rede.................................................................................................... 17

FIGURA 9 – Tomadas RJ-45 Fêmea utilizadas na instalação. Marca

desconhecida.............................................................................................................18

Page 4: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

4

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 5

1 REDE LÓGICA ESTRUTURADA ........................................................................... 7

2 LEVANTAMENTO E DIAGNÓSTICO DA REDE LÓGICA ..................................... 9

2.1 CONSIDERAÇÕES RELACIONADAS À ESTRUTURA FÍSICA DA REDE:

NORMAS EIA/TIA 569-A......................................................................................... 9

2.1.1 Cabeamento da rede lógica sem a proteção física (tubulação ou

canaletas) ............................................................................................. 9

2.1.2 Cabeamento da rede lógica próximo aos cabos elétricos ............ 11

2.1.3 Conexão dos pontos lógicos de rede sem utilização de Rack,

Patch Panel, Patch Cord e Terminais RJ-45 Fêmea ...................... 11

2.1.4 Ativos de rede e telecomunicações em local inadequado ............ 14

2.1.5 Conexão dos pontos lógicos sem utilização de Patch Panel,

Tomadas RJ-45 Fêmea e Patch Cords ............................................ 15

2.2 CONSIDERAÇÕES RELACIONADAS AOS MATERIAIS UTILIZADOS,

NORMAS EIA/TIA 568-B E ISO/IEC 11801.......................................................... 16

2.2.1 Cabo UTP Multilan 4 pares CAT 5e .................................................. 16

2.2.2 Tomadas RJ-45 Fêmea ...................................................................... 18

2.2.3 Projeto Técnico e Documentação, norma EIA/TIA 606-A e NBR

14565.............................................................................................................. 18

3 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 20

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 21

ANEXO I.................................................................................................................... 22

Page 5: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

5

INTRODUÇÃO

O presente documento trata-se de um relatório técnico elaborado com base

nos registros fotográficos e levantamentos realizados através de visita técnica da

rede lógica (Dados e Voz) da Secretaria de Saúde do Município de Dom Macedo

Costa – Bahia em 05 de março de 2013. A construção deste retato foi motivado pela

solicitação do Sr. Bartolomeu dos Santos Sobral Filho, vice-prefeito do Município

supracitado e tem por finalidade expor um parecer técnico das instalações

realizadas no referido órgão do Município.

As considerações aqui apresentadas referem-se apenas a Rede Lógica no

aspecto de infraestrutura, para isso, foram tomados como base na elaboração deste

documento os padrões hoje adotados e as normas estabelecidas pelas entidades

competentes (ver Normas Referenciadas abaixo). Assim foram registradas

irregularidades que se manifestam no órgão diagnosticado conforme o relatório

apresentado.

Normas Referenciadas:

EIA/TIA 568-B.1 – Especificação de um sistema genérico de cabeamento de

telecomunicações para edifícios;

EIA/TIA 568-B.2 – Especificação dos componentes do cabeamento,

transmissão, modelos de sistemas e procedimentos de medição necessários

para a verificação do cabeamento de par trançado;

EIA/TIA 569-A – Caminhos e espaços de telecomunicações para a rede

interna. (Infraestrutura de cabeamento estruturado);

EIA/TIA 606-A – Administração de infraestrutura de telecomunicações;

ISO/IEC 11801 – Normas para um Sistema de Cabeamento Estruturado;

NBR 14565 – Procedimentos básicos para elaboração de projetos de

cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada;

IEEE 802 – Estabelece padrões internacionais referentes a redes locais.

Nomenclaturas:

EIA - Electronic Industries Association;

Page 6: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

6

TIA - Telecommunications Industries Association;

IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers;

IEC - International Electrotechnical Comission;

ISO - International Organization for Standardization;

ISO/IEC - A associação desenvolve um padrão de cabeação internacional

denominado de Cabeação Genérica para Instalação do Cliente (Generic

Cabling for Customer Premises), denominado de ISO/IEC 11801. A norma

ISO/IEC 11801 é equivalente a EIA/TIA 568A reeditada pela ISO;

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;

NBR – Normas Brasileiras.

Page 7: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

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1. REDE LÓGICA ESTRUTURADA

A padronização da arquitetura de cabeamento físico de uma rede lógica

estruturada é orientada pelas Normas 568 B.1 e B.2 definidas pela EIA/TIA (Eletric

Industries Association e Telecommunication Industries Association) e pela ISO/IEC

11801, esses padrões são utilizados desde 1995, neles são definidos as

especificações dos componentes a serem utilizadas neste tipo de rede, tratando o

meio físico, as interfaces de enlace e de comunicação.

A proposta de uma rede estruturada é permitir que um edifício possa ser

cabeado, permitindo a utilização de qualquer equipamento seja ele de informática

(Dados e/ou multimídia) ou telecomunicações (Voz) empregando a mesma

infraestrutura (cabos, tomadas, conectores e painéis). As normas que definem estes

padrões são a EIA/TIA 568-B e a ISO/IEC 11801 que especificam os componentes

do cabeamento, transmissão, modelos de sistemas e procedimentos de medição

necessários para a verificação do cabeamento de par trançado. Estas duas normas

tem por base as seguintes características:

Implementar um padrão genérico de cabeamento que suporte qualquer tipo

de equipamento, seja ele de telecomunicações e/ou informática

independente do fabricante;

Definir topologias, conectores, cabos e distâncias recomendadas para

diversas aplicações de transmissão de dados no edifício;

Proporcionar uma vida útil da rede de pelo menos 10 anos;

Permitir a ampliação da rede lógica sem grandes mudanças na infraestrutura,

minimizando os custos e maximizando expansividades futuras.

A escolha pela instalação de uma rede lógica estruturada é justamente

garantir a flexibilidade no que se refere à disponibilidade de pontos, centralização

das operações e a sua manutenção. Desta forma, é imprescindível a utilização de

material de primeira linha que atendam as especificidades definidas pelas normas da

EIA/TIA, além de oferecer uma estrutura física adequada para instalação dos

acessórios e passagem dos cabos que contribuem para a interoperabilidade da

rede. Para isso, é recomendável a elaboração de um projeto técnico que assegure

Page 8: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

8

os requisitos necessários para garantir uma rede com performance segura e

confiável na transmissão das informações, sejam elas Dados, Voz ou Multimídia.

O projeto deve seguir as orientações das normas EIA/TIA 569-A que se

referem aos caminhos e espaços de telecomunicações para a rede interna, como

também, a Norma Brasileira NBR 14565 de procedimentos básicos para elaboração

de projetos de cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada.

Estes parâmetros auxiliarão na escolha adequada dos materiais a serem utilizados

em cada ambiente do edifício, como por exemplo: Eletrocalhas, Eletrodutos e

Canaletas de PVC. O projeto deve contemplar dentre outras coisas, questões como

flexibilidade da estrutura física que possibilite mudanças internas de pessoal, salas,

layout, aumento do número de pontos ou até mesmo futuras instalações.

A documentação ou memorial descritivo da rede lógica é outro componente

indispensável para política de controle da estrutura de cabeamento. Ele é definido

pelas normas da EIA/TIA 606-A de administração de infraestrutura de

telecomunicações. Uma documentação de rede deve ser de fácil entendimento de

forma que, os usuários que possuam pouco ou nenhuma experiência, possam

realizar remanejamento de pontos de dados para voz por exemplo.

Para assegurar um perfeito sistema de cabeamento de uma rede lógica

estruturada alguns requisitos são fundamentais, segundo Figueiredo e Silveira

(1998) da RNP (Rede Nacional de Pesquisa), para uma instalação robusta e

confiável de uma rede lógica estruturada são recomendáveis os seguintes passos:

Instalação de dois cabos tipo UTP pelo menos Categoria 5, como

cabeamento horizontal, dos Armários de Telecomunicações (Rack) até as

estações de trabalho;

Treinamento de funcionários ou contratação de empresas especializadas de

boa referência para a instalação da estrutura;

Seguir as normas de instalação e procedimentos.

Page 9: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

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2 LEVANTAMENTO E DIAGNÓSTICO DA REDE LÓGICA

2.1 CONSIDERAÇÕES RELACIONADAS À ESTRUTURA FÍSICA DA REDE:

NORMAS EIA/TIA 569-A

2.1.1 Cabeamento da rede lógica sem a proteção física (tubulação ou

canaletas)

No levantamento realizado foi constatado que os cabos estão sem a proteção

física, principalmente na parte superior da estrutura do prédio (forro), foi possível

identificar também situações nas quais os cabos estão presos ao rodapé da parede

sem a proteção de canaletas adequada para distribuição no ambiente da rede local.

Estas considerações são apresentadas com base no levantamento e nos registros

fotográficos apresentados nas figuras 1 e 2 abaixo:

Figura 1: Cabos lógicos sem proteção física no forro do edifício

Fonte: Registro fotográfico do (Edifício da Secretaria de Saúde de Dom Macedo Costa – BA) Data do registro: 05 de março de 2013.

Page 10: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

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Figura 2: Cabos lógicos sem canaletas ao rodapé do edifício

Fonte: Registro fotográfico do (Edifício da Secretaria de Saúde de Dom Macedo Costa – BA) Data do registro: 05 de março de 2013.

Sem o uso de uma tubulação adequada (eletrodutos, eletrocalhas, canaletas),

o cabeamento tende a ficar exposto a esforços físicos, podendo causar a sua

ruptura parcial, total, ou até mesmo ser danificado por animais, como ratos por

exemplo. Outro fator importante são as interferências eletromagnéticas causadas

por conta da proximidade a cabos de energia elétrica. A indução de corrente elétrica

no cabeamento lógico pode provocar perdas de informações, travamentos e

possíveis falhas nos equipamentos de informática conectados a esta rede.

Seguindo a norma internacional da EIA/TIA 569-A e os padrões exigidos pela

IEEE, em uma rede lógica é necessário à instalação de uma tubulação ou canaletas

que proporcione a sustentação do cabeamento, fazendo a sua proteção mecânica

de forma a tornar a rede mais segura e organizada. Neste sentido, é importante a

elaboração de um projeto com todo encaminhamento da rede, dimensionamento das

tubulações considerando novas instalações e a escolha adequada do material a ser

empregado, assim é possível ter um cabeamento lógico para uma rede local dentro

dos padrões e normas existentes.

Page 11: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

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2.1.2 Cabeamento da rede lógica próximo aos cabos elétricos

Conforme mencionado no tópico anterior, foi identificada a proximidade de

cabos elétricos passando próximo e até mesmo cruzando com os cabos lógicos de

rede. Além de não possuir uma estrutura de tubulação preparada que garanta a

proteção física dos cabos lógicos, não foi constatado o afastamento mínimo entre os

cabos elétricos e os de rede. No geral, a separação entre o cabeamento lógico e

elétrico são no mínimo 30 cm, isso considerando uma estrutura física adequada de

proteção dos cabos (tubulações, canaletas, eletrocalhas).

A interferência eletromagnética (EMI) é um dos principais causadores de

falhas nas redes lógicas, este problema acontece principalmente quando os cabos

não estão instalados dentro de tubulações e canaletas adequadas. Estas

interferências podem ser originadas internamente e/ou externamente ao sistema de

comunicação, porém sua causa é proveniente de perturbações eletromagnéticas. É

interessante diferenciar os termos “interferências magnéticas” e “perturbações

magnéticas”, o primeiro designa os efeitos causados pelas perturbações magnéticas

observados nas redes lógicas de comunicações.

2.1.3 Conexão dos pontos lógicos de rede sem utilização de Rack, Patch

Panel, Patch Cord e Terminais RJ-45 Fêmea

A ligação direta dos cabos lógicos direto aos equipamentos ativos da rede

(Switch, Roteadores, Microcomputadores, etc) sem a utilização de acessórios

adequados pode comprometer o bom funcionamento da rede e torná-la vulnerável a

falhas como, por exemplo, problemas de conexão. A implantação de rede lógica sem

a utilização de Racks, Patch Panel, Patch Cords, Terminais RJ-45 Fêmea e

Acessórios foge do padrão EIA/TIA 568 e 569, consequentemente não pode ser

caracterizada como rede lógica estruturada.

Nas figuras 3 e 4 (abaixo) é possível verificar um exemplo de uma distribuição

de rede lógica estruturada, utilizando os ativos e acessórios discutidos acima.

Page 12: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

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Figura 3: Exemplo de Rack Fechado de Piso com Ativos de Rede, Patch Panel, Patch Cords e

Acessórios (Visão Frontal) Fonte:

http://www.7comtelecomunicacoes.com.br/imagensed/1301082860729383/albuns/1335982975400574/mini13359838521273084Rack_de_dados_03.JPG

Figura 4: Exemplo de Rack Fechado de Piso com Ativos de Rede, Patch Panel, Patch Cords e

Acessórios e organização dos Cabos Lógicos (Visão Lateral) Fonte:

http://www.7comtelecomunicacoes.com.br/imagensed/1301082860729383/albuns/1335982975400574/mini13359839268468445Rack_de_dados_02.jpg

Page 13: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

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No levantamento realizado, não foi possível identificar os componentes

necessários a uma rede lógica estruturada (Rack e Acessórios, Patch Panel, Patch

Cord, e Terminais RJ45 para os pontos de rede). A Central Telefônica, por exemplo,

encontra-se fixada na parede, utilizando cabeamento separado da rede de dados do

tipo Telefone FE Rígido de dois pares que não atende os padrões da EIA/TIA (Ver

Figura 5 e 6 abaixo). Para atender os padrões de uma rede estruturada, cada ponto

da estação de trabalho necessita de no mínimo a instalação de dois cabos tipo UTP

Categoria 5, ou superior conectorizados aos terminais RJ-45 Fêmea da mesma

categoria. A utilização de um cabeamento padronizado possibilita que cada ponto de

estação de trabalho possa ser configurado para utilizar voz, dados ou multimídia.

Figura 5: Instalação de Central Telefônica e Cabos sem o Uso de Rack e Acessórios.

Fonte: Registro fotográfico do (Edifício da Secretaria de Saúde de Dom Macedo Costa – BA) Data do registro: 05 de março de 2013.

Page 14: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

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Figura 6: Cabos do Tipo FE Rígido de dois pares e UTP Categoria 5 utilizados nos terminais. Fonte: Registro fotográfico do (Edifício da Secretaria de Saúde de Dom Macedo Costa – BA)

Data do registro: 05 de março de 2013.

A utilização de Rack, Patch Panel, Patch Cord, Terminais RJ-45 Fêmea são

componentes fundamentais para se obter uma rede lógica estruturada de boa

qualidade. A falta desta infraestrutura pode comprometer o bom funcionamento da

rede, além de levar maior tempo para manutenção e/ou detecção de problemas.

2.1.4 Ativos de rede e telecomunicações em local inadequado

Os ativos de redes e telecomunicações como switches, modens, roteadores e

central telefônica devem estar alocados em Racks de piso ou parede que

proporcione sua proteção física, inibindo também o acesso a pessoas não

autorizadas. No edifício da Secretaria de Saúde foram encontrados ativos de rede e

telecomunicações instalados de forma inadequada, foi possível identificar esta

situação no gabinete do Secretário, onde se encontrava um switch de 24 portas

fixado na parede bem próximo ao chão e um roteador de internet em cima da mesa

de trabalho. Estes ativos podem sofrer qualquer tipo de intervenção, como o

desligamento de forma acidental, a quebra com tombos e a desconectividade dos

Page 15: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

15

pontos de rede. Estes são alguns dos problemas que podem ocorrer quando os

ativos estão instalados de forma inadequada.

Os padrões adotados para uma rede lógica estruturada preveem que os

ativos devam ser organizados dentro de Racks com seus respectivos acessórios,

tendo a preocupação de deixar o espaçamento adequado para que possa ser

realizadas manutenções e/ou intervenções por técnicos ou administradores de rede.

Portanto, não podendo estar os equipamentos soltos, um sobre o outro, ou em

armários inadequados.

2.1.5 Conexão dos pontos lógicos sem utilização de Patch Panel, Tomadas

RJ-45 Fêmea e Patch Cords

Em uma rede lógica estruturada, na sala de telecomunicações onde esta fica

o Rack e os Ativos de Rede, partem os cabos lógicos distribuídos nos Patch Panel.

Na outra extremidade (ponto da estação de trabalho), deve ser instalado uma

Tomada RJ-45 Fêmea pelo menos de Categoria 5 em uma caixa adequada com sua

respectiva identificação. Para conectar o computador ao ponto de rede deve-se

utilizar um Patch Cord (Conector RJ 45 macho nas extremidades) com no máximo 3

metros. Desta forma, além de ter o cabeamento dentro das normas, é possível

identificar falhas de conexão e realizar uma manutenção corretiva em menor tempo.

No cenário encontrado no edifício da Secretaria de Saúde, não foi possível

identificar a utilização de alguns destes componentes como foi o caso dos Patch

Panel e Patch Cords, já as Tomadas RJ-45 foram utilizadas somente para os pontos

de telefonia e mesmo assim não possuem nenhum tipo de identificação do ponto. Já

os pontos de dados, pela forma como estão colocados possivelmente sejam

interligados diretamente aos computadores através de um Conector RJ-45 Macho,

estes também não possuem nenhum tipo de identificação o que dificulta no

momento da manutenção ou até mesmo uma possível falha na rede. Ver Figura 7

abaixo:

Page 16: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

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Figura 7: Ponto de Telefonia sem Identificação, e Ponto de Rede sem Tomada RJ-45 Fêmea, Patch

Cords, e Identificação. Fonte: Registro fotográfico do (Edifício da Secretaria de Saúde de Dom Macedo Costa – BA)

Data do registro: 05 de março de 2013.

A ligação direta dos cabos lógicos aos ativos de rede (Switch, Roteadores,

Microcomputadores, etc.) sem a utilização dos acessórios necessários, pode

comprometer o bom funcionamento da rede e pode torná-la bastante vulnerável.

Uma rede lógica estruturada deve seguir um padrão de numeração dos

pontos lógicos para que possa ser identificada com facilidade no Racks ou nos

Armários de passagem dos cabos. Toda estrutura da rede passa por subdivisões de

ambiente, e cada um deles deve ser aplicado os materiais e elementos adequados a

esta estruturação.

2.2 CONSIDERAÇÕES RELACIONADAS AOS MATERIAIS UTILIZADOS, NORMAS

EIA/TIA 568-B E ISO/IEC 11801

2.2.1 Cabo UTP Multilan 4 pares CAT 5e

Page 17: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

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O cabo utilizado na instalação da rede de dados da Secretaria de Saúde é da

marca Condutti modelo LANDUTTI 5e, conforme apresentado na Figura 8 (abaixo).

Apesar de constar no portal do fabricante (www.condutti.com.br) que este produto é

homologado ANATEL pela norma EIA/TIA 568 B.2, não foi possível encontrar as

especificações técnicas do produto. Desta forma, não é possível identificar se o

produto atende ou não as especificações das normas da EIA/TIA 568 B e a

ISSO/IEC 11801 que regem as especificações dos componentes de cabeamento,

transmissão, modelos de sistemas e procedimentos de medição necessários para a

verificação do cabeamento de par trançado.

Figura 8: Cabo Condutti modelo LANDUTTI de Categoria 5e utilizado na instalação da Rede. Fonte: Registro fotográfico do (Edifício da Secretaria de Saúde de Dom Macedo Costa – BA)

Data do registro: 05 de março de 2013.

O Anexo I deste documento refere-se às especificações técnicas de

componentes alguns componentes como Cabo Multilan, Patch Panel, Patch Cord e

Tomadas RJ-45 Fêmea.

Page 18: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

18

2.2.2 Tomadas RJ-45 Fêmea

Nas instalações encontradas no referido edifício, apenas os pontos de voz

(telefonia) foram utilizados Tomadas RJ-45 Fêmea com cabos rígidos de dois pares

do tipo FE para telefone. Não foi possível verificar a marca e o modelo das Tomadas

RJ-45 Fêmeas instaladas (ver figura 9 abaixo), desta forma não foi possível informar

se o material utilizado atende ou não os princípios da normas da EIA/TIA 568 B e a

ISSO/IEC 11801 mencionadas no tópico anterior.

Figura 9: Tomadas RJ-45 Fêmea utilizadas na instalação. Marca desconhecida

Fonte: Registro fotográfico do (Edifício da Secretaria de Saúde de Dom Macedo Costa – BA) Data do registro: 05 de março de 2013.

2.2.3 Projeto Técnico e Documentação, norma EIA/TIA 606-A e NBR 14565

Outro ponto, não menos importante de uma rede estruturada está na

documentação, no que se refere ao Projeto Técnico e Documentação da Rede. Em

entrevista informal feita com os responsáveis pela administração da Secretaria de

Saúde, constatou-se que não foi entregue nenhum projeto ou prospecto dos

caminhos por onde é passado o cabeamento da rede lógica. Conforme orientações

Page 19: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

19

das normas EIA/TIA 606-A e NBR 14565, o projeto da rede estruturada deve

apresentar em planta baixa os caminhos por onde o cabeamento precisa passar e

os materiais que serão utilizados para preparação da infraestrutura.

Page 20: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

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3 CONCLUSÃO

Como visto, este relatório apresentou as considerações técnicas sobre a rede

lógica que está sendo instalada no edifício da Secretaria de Saúde do Município de

Dom Macedo Costa - Bahia. Os tópicos abordados foram analisados com base nas

normas técnicas elaboradas pelas entidades como EIA - Electronic Industries

Association, TIA - Telecommunications Industries Association; IEEE - Institute of

Electrical and Electronics Engineers, IEC - International Electrotechnical Comission,

ISO - International Organization for Standardization e NBR - Normas Brasileiras.

Essas normas encontram-se disponíveis nos respectivos portais das entidades.

Assim, em caso de dúvida, sugere-se a consulta dos mesmos.

Page 21: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Disponível em: <http://www.abnt.org.br>. Acesso em: 03 de mar. 2013. CONDUTTI. Disponível em: <http://www.condutti.com.br>. Acesso em: 03 de mar. 2013. ELETRONIC INDUSTRIES ASSOCIATION – EIA. Disponível em: <http://www.eia.org>. Acesso em: 03 de mar. 2013. FIGUEIREDO, MESSIAS B.; SILVEIRA, ANDRÉ OLIVEIRA. Sistemas de Cabeação Estruturada EIA/TIA 568 e ISOC/IEC 11801 - Parte II. Boletim bimestral sobre tecnologia de redes, Rio de janeiro, v.2, n. 7, 1998. Disponível em: <http://www.rnp.br/newsgen/9809/cab-estr.html>. Acesso em: 03 de mar. 2013. FURUKAWA. Disponível em: <http://www.furukawa.com.br>. Acesso em: 03 de mar. 2013. INSTITUTE OF ELETRICAL AND ELETRONICS ENGINEERS. – IEEE. Disponível em: <http://www.ieee.org>. Acesso em: 03 de mar. 2013. N&R OFFICE INFORMÁTICA. Visão geral das normas EIA/TIA. Disponível em: <http://www.nroffice.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=114:visao-geral-das-normas-eiatia&catid=1:redes&Itemid=66>. Acesso em: 03 de mar. 2013. TELECOMMUNICATIONS INDUSTRIES ASSOCIATION – TIA. Disponível em: <http://www.tiaonline.org>. Acesso em: 03 de mar. 2013.

Page 22: Relatório Técnico da Instalação da Rede de Lógica

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ANEXO I