relatório técnico - agência nacional de energia elétrica... · 2 1.0 introdução em 6 de...
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Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas
Computacionais do Setor Elétrico – CPAMP
Relatório Técnico
”Desenvolvimento, implementação e
testes de validação da metodologia
para internalização do mecanismo de
aversão a risco CVaR no programa
computacional DECOMP para estudos
energéticos e formação de preço”
Membros:
(Coordenação) MME CCEE ONS
EPE ANEEL CEPEL
Brasília, 27 de setembro de 2013
1
Índice
1.0 Introdução................................................................................................................. 2
2.0 Inclusão do Mecanismo de Aversão a Risco CVAR nos programas computacionais para estudos energéticos e formação de preço ........................ 5
2.1 Primeira Etapa – Modelo NEWAVE .....................................................................5
2.2 Segunda Etapa – Modelo DECOMP .....................................................................6
3.0 Valor Condicionado a um Dado Risco - CVaR ................................................ 8
3.1 Aplicação ao Modelo DECOMP ...........................................................................9
4.0 Avaliação da incorporação do CVaR no modelo DECOMP - Estudo Sequencial NEWAVE/DECOMP PMOs 2011 a 2013 ................................................ 12
4.1 Energia Armazenada Final .................................................................................. 13
4.2 Geração Térmica ................................................................................................. 23
4.3 Custo Marginal de Operação ............................................................................... 31
5.0 Conclusões e Recomendações ........................................................................ 39
5.1 Conclusões ......................................................................................................... 39
5.2 Recomendações .................................................................................................. 40
6.0 Referências............................................................................................................. 42
2
1.0 Introdução
Em 6 de março do corrente ano, o Conselho Nacional de Política Energética - CNPE editou a
Resolução no 3 [1], a qual estabeleceu diretrizes para a internalização de mecanismos de
aversão a risco nos programas computacionais para estudos energéticos e formação de preço,
conforme seu Art. 1º:
“Art. 1º Determinar que a Comissão Permanente para Análise de
Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico – CPAMP
desenvolva e implemente metodologia para internalização de mecanismos de
aversão a risco nos programas computacionais para estudos energéticos e
formação de preço, realizando os ajustes necessários nas disposições
referentes ao atendimento energético, à formação de preço e aos Encargos de
Serviços do Sistema.
§ 1º O Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – CEPEL deverá
implementar a metodologia, nos termos definidos no caput, internamente aos
programas computacionais até 31 de maio de 2013.
§ 2º A CPAMP realizará os testes de validação da metodologia,
definida no caput, e internalizada nos programas computacionais até 31 de
julho de 2013.
§ 3º Caberá à Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL
disciplinar a aplicação das disposições, a que se refere o caput, pelo Operador
Nacional do Sistema Elétrico – ONS e pela Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica – CCEE.
O Centro de Pesquisas de Energia Elétrica - CEPEL cumpriu, tempestivamente, o
determinado no § 1º do art. 1º da Resolução e em 31 de maio de 2013 colocou à disposição da
CPAMP uma nova versão do Programa Computacional NEWAVE. Nessa nova versão do
Programa NEWAVE, foram desenvolvidas e implementadas internamente ao mesmo duas
metodologias de aversão a risco, denominadas Superfície de Aversão a Risco – SAR e Valor
Condicionado a um dado Risco – CVaR, descritas em [2] e [3]1. O CEPEL também
implementou as adaptações necessárias no Programa DECOMP para permitir que o mesmo
passasse a ler a nova Função de Custo Futuro do NEWAVE, obtida com a utilização desses
mecanismos de aversão ao risco.
De posse das novas versões dos Programas NEWAVE e DECOMP, a Comissão Permanente
para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico - CPAMP
realizou, dentro do prazo estabelecido na Resolução CNPE no 3, de 2013, os testes de
1 As Notas Técnicas contém uma revisão bibliográfica do desenvolvimento de ambas as metodologias
3
validação das metodologias, cujos principais resultados foram apresentados no Relatório
Técnico “Desenvolvimento, implementação e testes de validação das metodologias para
internalização de mecanismos de aversão a risco nos programas computacionais para
estudos energéticos e formação de preço” [4]. Com base nos estudos realizados nos testes de
validação, realizados por uma força-tarefa composta por cerca de 60 técnicos do CEPEL,
Ministério de Minas e Energia - MME, Operador Nacional do Sistema - ONS, Empresa de
Pesquisa Energética - EPE e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, a
CPAMP concluiu que ambas as metodologias SAR e CVaR apresentaram bom desempenho.
Entretanto, considerando o estágio atual de desenvolvimento de ambas as metodologias, os
resultados dos valores para os elementos de escolha listados anteriormente, inclusive o tempo
processamento, a CPAMP concluiu que o mecanismo de aversão a risco que apresentou o
melhor compromisso entre o aumento da segurança e os impactos nos custos do sistema e
que, em consequência, deve ser adotado no momento é o CVaR com parâmetros e
= 25%.
Ressalta-se que, seguindo ainda a orientação do § 1º do art. da Resolução CNPE no 3, de
2013, a versão do DECOMP disponibilizada anteriormente já contemplava os mecanismos de
aversão a risco SAR e CVaR, de forma que sua utilização pudesse tornar ainda mais efetiva a
utilização destes mecanismos no futuro.
Dessa forma, em consonância com as recomendações do Relatório da CPAMP [4], o Ofício no
515/2013-GM-MME [5], de 25 de julho de 2013, enviado pelo MME à Agência Nacional de
Energia Elétrica - ANEEL, no seu item 9 determinou: “Este Ministério determinou ainda que
a CPAMP realize, até o final do mês de setembro de 2013, teste de validação sendo um para
incorporar a representação do atendimento à restrição de vazão mínima no processo de
determinação da política ótima de operação calculada pelo programa NEWAVE e outro com
a nova versão do programa DECOMP, que incorpora o mecanismo CVaR em sua
metodologia”. Ainda nesse Ofício, em seu item 3, está colocado “Dessa forma, tanto a
metodologia para internalização de mecanismo de aversão a risco nos programas
computacionais para estudos energéticos e formação de preço, quanto os parâmetros
associados, os aprimoramentos e modificações deverão ser definidos pela CPAMP,
coordenada pelo Ministério de Minas e Energia, na qual a ANEEL é representada pelo seu
dirigente máximo.”. Sendo assim, nesta validação serão mantidos para o DECOMP a
metodologia CVaR com os parâmetros (=50% e = 25%).
4
Dando prosseguimento aos estudos para incorporação de mecanismo de aversão ao risco
(MAR) nos programas computacionais para estudos energéticos e formação de preço, este
relatório apresenta os resultados dos testes de validação da incorporação da metodologia
CVaR com parâmetros (=50% e = 25%) no programa DECOMP,
5
2.0 Inclusão do Mecanismo de Aversão a Risco CVAR nos programas computacionais para estudos energéticos e formação de preço
2.1 Primeira Etapa – Modelo NEWAVE
A primeira etapa do processo de incorporação de mecanismo de aversão ao risco (MAR) nos
programas computacionais adotados nos estudos energéticos e para formação de preço foi a
escolha da metodologia. Nessa etapa, o foco do estudo foi o programa computacional
NEWAVE e foram consideradas duas metodologias: Superfície de Aversão a Risco – SAR e
Valor Condicionado a um Dado Risco – CVaR, conforme descrito em [4].
Os elementos que foram considerados para a escolha do MAR a ser adotado, bem como dos
parâmetros associados, foram a relação entre o aumento do custo de geração térmica e a
redução do custo correspondente aos déficits de energia, a variação dos níveis médios de
armazenamento dos reservatórios, a frequência de trajetórias que atingem níveis de
armazenamentos muito baixos, a variação dos valores dos custos marginais de operação
(CMOs) e vertimentos; o tempo de processamento dos casos foi considerado um critério
complementar.
Foram também realizadas diversas análises complementares [4], incluindo, inclusive, a
simulação sequencial NEWAVE/DECOMP, comparando-se o desempenho da alternativa
MAR escolhida com relação ao mecanismo vigente à época. Com base nessas análises, foi
verificado que o mecanismo CVaR com parâmetros e = 25% apresentou coerente e
satisfatório ratificando sua escolha como o mecanismo que deveria ser adotado.
Considerando o estágio de desenvolvimento de ambas as metodologias e os resultados dos
elementos de escolha listados anteriormente, inclusive o tempo processamento, a CPAMP
concluiu que o mecanismo de aversão a risco que apresentou o melhor compromisso entre o
aumento da segurança e os impactos nos custos do sistema e que, em consequência, deveria
ser adotado no momento foi o CVaR com parâmetros e = 25%.
Sendo assim, a CPAMP validou e recomendou homologar a nova versão do NEWAVE com
CVaR parâmetros e = 25%, bem como a nova versão do DECOMP para ler a
função de custo futuro produzida por esta versão do NEWAVE, a fim de que ambas pudessem
ser utilizadas no Programa Mensal de Operação Energética (PMO) de setembro de 2013. Por
6
sua vez, o Ministério de Minas e Energia, por meio do Ofício no 515/2013-GM-MME [5] em
seu item 8, recomendou à ANEEL envidar todos os esforços para homologar as novas versões
dos programas.
Em 30 de julho de 2013, a Diretoria Colegiada da ANEEL decidiu pela abertura de Audiência
Pública – AP 086/2013 por intercâmbio documental, no período de 31 de julho a 19 de
agosto, e sessão presencial em 15 de agosto de 2013.
Seguindo o processo usual de validação no âmbito do Acordo Operacional ONS-CCEE, as
versões dos modelos foram validadas pelas Forças-Tarefas NEWAVE e DECOMP entre os
dias 30 de julho e 14 de agosto de 2013, sendo seus resultados encaminhados à ANEEL em
14 de agosto de 2013. As novas versões dos programas computacionais foram aprovadas pela
ANEEL, por meio do Despacho nº 2978, de 27 de agosto de 2013, para uso no Programa
Mensal de Operação (PMO) e para formação de preço a partir de setembro de 2013, conforme
recomendado pela CPAMP,.
Ressalta-se que a versão homologada do NEWAVE já incorporou a representação do
atendimento a restrições de vazão mínima no processo de determinação da política ótima de
operação.
2.2 Segunda Etapa – Modelo DECOMP
A CPAMP recomendou ainda iniciar a segunda etapa do processo de incorporação do MAR
nos modelos para estudos energéticos e formação de preço. Desta vez, além de ler a nova
função de custo futuro produzida pelo modelo NEWAVE obtida com a utilização do
mecanismo CVaR, o modelo DECOMP também deveria ter internalizado o mecanismo
CVaR, considerando os mesmos parâmetros e = 25% utilizados no modelo
NEWAVE.
Nesse sentido, o MME, por meio do Ofício no 515/2013-GM-MME [5], determinou ainda que
a CPAMP realizasse, até o final de setembro de 2013, os testes de validação com a nova
versão do programa DECOMP, incorporando o mecanismo CVaR em sua metodologia.
Este relatório descreve a metodologia para internalização do mecanismo CVaR no programa
computacional DECOMP e os estudos realizados visando a utilização dessa nova versão do
programa a partir do PMO de novembro de 2013.
7
Assim como na primeira etapa, a nova versão do programa DECOMP deverá ser validada
pela Força-Tarefa DECOMP no âmbito do Acordo Operacional ONS-CCEE.
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3.0 Valor Condicionado a um Dado Risco - CVaR
Os modelos NEWAVE e DECOMP, utilizados para o planejamento da operação a longo,
médio e curto prazos, consideram o problema de otimização com o critério de mínimo custo,
onde o objetivo é obter uma política de operação que minimize o valor esperado da geração
térmica e eventuais cortes de carga, considerando-se um dado conjunto de possíveis cenários
de afluências futuras aos reservatórios. Até agosto de 2013, era utilizada como mecanismo de
aversão a risco uma curva de armazenamento mínimo, denominada CAR (Curva de Aversão a
Risco).
Recentemente, vide revisão bibliográfica em [6], tem sido proposto introduzir a medida de
risco adicional denominada Valor Condicionado a um Dado Risco ou Conditioned Value at
Risk – CVaR no contexto da Programação Dinâmica Dual Estocástica (PDDE), seja através
do uso de variáveis artificiais [7-8] ou por uma abordagem direta [6]. Atualmente, parece
haver um consenso de que a abordagem direta, por ser bastante intuitiva e de fácil
implementação, é mais eficiente para resolver esse problema, visto que também tem sido
adotada em outros trabalhos relacionados ao planejamento da operação [9-10]. O mecanismo
de aversão a risco CVaR foi implementado pelo CEPEL no modelo NEWAVE, através de
uma abordagem direta, como detalhado na Nota Técnica 66 do projeto NEWAVE [3].
O mecanismo de aversão a risco CVaR visa dar maior importância aos cenários hidrológicos
de custo mais elevado no cálculo da política de operação, da seguinte forma:
a função objetivo, além de minimizar o valor esperado do custo total de operação com
um determinado peso (1), considera também uma parcela adicional referente ao custo
dos cenários hidrológicos mais críticos, com um peso ;
O conjunto de cenários hidrológicos mais críticos é identificado por meio de um
parâmetro , relacionado ao nível de proteção, que indica o percentual do total dos
cenários daquele período que será considerado com custo adicional na função objetivo,
como ilustrado em vermelho à direita na Figura 3.1.
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Figura 3.1 – Indicação dos cenários mais críticos em cada estado do modelo NEWAVE
A expressão a seguir mostra a função objetivo do problema com os termos referentes ao
CVaR, considerando, para facilitar a exposição, o caso simples de um problema de dois
estágios, onde ctxt corresponde ao custo de geração térmica mais déficit no estágio t.
No modelo NEWAVE, a ponderação mostrada acima é realizada em cada estado de cada
estágio (período) na recursão backward do processo iterativo do modelo NEWAVE, conforme
detalhado em [4]-[6].
3.1 Aplicação ao Modelo DECOMP
A metodologia CVaR é aplicada no modelo DECOMP dando-se um peso maior para os %
cenários de custo mais elevado do conjunto de cenários filhos a cada nó da árvore de cenários,
como mostra a Figura 3.2 abaixo:
% cenários
mais críticos
10
w21
w24
w22
w23
w4...w3...
Figura 3.2 – Indicação dos % cenários mais críticos do conjunto de cenários filhos de cada
nó da árvore de cenários, no modelo DECOMP
Uma vez definidos os valores dos parâmetros e , pode-se aplicar diretamente a
metodologia de CVaR na PDDE para a resolução do problema multi-estágio, de acordo com o
seguinte procedimento:
resolver os subproblemas para todos os K cenários filhos;
identificar os % maiores valores de custo (zt,w);
construir cortes levando em consideração tanto o valor esperado como o CVaR.
A Figura 3.3 ilustra o procedimento de cálculo dos cortes de Benders, onde os termos em
vermelho indicam a participação dos cenários de custo mais elevado no cálculo dos seus
coeficientes.
11
Figura 3.3 – Procedimento de cálculo dos cortes de Benders no modelo DECOMP, quando é
considerado o mecanismo CVaR.
Observa-se que, apesar da função de custo futuro ter a mesma estrutura em relação à
minimização do valor esperado (vide expressão no retângulo da Figura 3.3), os valores da
água naturalmente serão mais elevados na abordagem CVaR, visto que os termos que
correspondem aos cenários de custo mais elevado, dos quais se quer proteger, possuem peso
maior em relação aos demais.
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4.0 Avaliação da incorporação do CVaR no modelo DECOMP - Estudo Sequencial NEWAVE/DECOMP PMOs 2011 a 2013
Os testes de validação da metodologia relativa à incorporação do mecanismo CVaR no
modelo DECOMP foram realizados por um grupo de trabalho composto por técnicos do
CEPEL, MME, ONS, EPE e CCEE. Nesta seção, são apresentados os principais resultados
obtidos.
Os elementos considerados para a avaliação foram: geração térmica, níveis de armazenamento
dos reservatórios e custos marginais de operação (CMOs). Como os conjuntos de dados
utilizados nos planejamento da operação e para a formação do preço são similares, os testes
foram realizados considerando, exclusivamente, casos utilizados no planejamento da operação
(PMO). Foram avaliados os PMOs de janeiro de 2011 a setembro de 2013 e suas revisões
semanais, através de uma simulação sequencial com os modelos NEWAVE e DECOMP, com
as seguintes opções:
Caso 1: CAR no modelo NEWAVE, utilizada até agosto de 2013
Caso 2: CVaR apenas no NEWAVE, sem restrição de atendimento a vazão mínima; o
modelo DECOMP não contempla diretamente os mecanismos de aversão a risco,
apenas considera a leitura da nova função de custo futuro produzida pelo NEWAVE.
Caso 3: CVaR no NEWAVE sem restrição de vazão mínima e no DECOMP
Caso 4: CVaR no NEWAVE, com restrição de atendimento a vazão mínima, e no
DECOMP
Entende-se como simulação seqüencial um estudo prospectivo com os modelos NEWAVE e
DECOMP, onde se simula sequencialmente a realização dos PMOs e suas revisões. Ressalta-
se que o modelo DECOMP foi executado semana a semana considerando a função de custo
futuro avessa ao risco do NEWAVE ao final do segundo mês correspondente. Considerou-se,
no modelo DECOMP, como volumes iniciais dos reservatórios em cada PMO/Revisão os
volumes finais correspondentes a primeira semana da revisão anterior, e como energia
armazenada inicial dos subsistemas no modelo NEWAVE as energias armazenadas finais
correspondentes a primeira semana da última revisão do mês anterior.
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As variáveis selecionadas para análise foram: energia armazenada final dos subsistemas e
total do Sistema Interligado Nacional - SIN, geração térmica dos subsistemas e total do SIN, e
custo marginal da operação (CMO) dos subsistemas. Os itens a seguir apresentam a evolução
de cada uma dessas variáveis por subsistema e ano. Ressalta-se que todos os resultados
apresentados são referentes à primeira semana do horizonte de estudo do modelo DECOMP.
4.1 Energia Armazenada Final
Os gráficos a seguir mostram a evolução da energia armazenada final (EARM) ao longo dos
PMOs / Revisões do modelo DECOMP.
a) Ano de 2011
EARM- SE
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
180000
200000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.1 – Energia Armazenada Subsistema SE, ano 2011.
14
EARM- S
0
5000
10000
15000
20000
25000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.2 – Energia Armazenada Subsistema S, ano 2011.
EARM- NE
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
45000
50000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.3 – Energia Armazenada Subsistema NE, ano 2011.
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EARM- N
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.4 – Energia Armazenada Subsistema N, ano 2011.
EARM- TOTAL
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.5 – Energia Armazenada SIN, ano 2011.
No subsistema SE, houve variações apenas a partir do segundo semestre, enquanto o
subsistema S apresentou maiores oscilações entre as alternativas: entre maio e agosto os
níveis dos casos com CAR foram menores e, entre setembro e novembro, maiores.
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No Nordeste, torna-se significativa a importância da inclusão da penalidade de vazão mínima
no NEWAVE na abordagem com CVaR, para evitar um maior deplecionamento desse
subsistema, devido ao impacto de suas restrições de vazão mínima. Esse comportamento já
havia sido observado no estudo apresentado em [4].
Em relação ao Norte, a diminuição do armazenamento a partir de outubro nos casos com a
introdução de CVaR pode ser entendida como um reflexo do impacto das restrições de vazão
mínima no Nordeste. A incorporação da penalidade de vazão mínima no caso com CVaR não
recuperou níveis de armazenamento similares aos dos resultados da CAR porque não há
restrição impactante de vazão mínima para o próprio subsistema Norte.
Analisando a energia armazenada final do SIN, observa-se que a introdução do CVaR não
teve impacto tão significativo no ano de 2011, pelo fato desse ano ter apresentado uma
hidrologia favorável.
b) Ano de 2012
EARM- SE
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
180000
200000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.6 – Energia Armazenada Subsistema SE, ano 2012.
17
EARM- S
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.7 – Energia Armazenada Subsistema S, ano 2012.
EARM- NE
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
45000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.8 – Energia Armazenada Subsistema NE, ano 2012.
18
EARM- N
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.9 – Energia Armazenada Subsistema N, ano 2012.
EARM- TOTAL
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.10 – Energia Armazenada SIN, ano 2012.
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No subsistema Sudeste, a diferença significativa no armazenamento entre os casos com CAR
e com CVaR mostra a importância da incorporação da modelagem CVaR no modelo
NEWAVE. A incorporação do CVaR também no DECOMP resulta em uma segurança
adicional, embora as variações não sejam tão impactantes em relação às diferenças entre os
casos CAR e CVaR apenas no NEWAVE. Uma análise mais detalhada dos resultados com a
metodologia CVaR indicou que o maior armazenamento obtido no caso com CAR nos meses
de janeiro a março deve-se ao efeito acumulativo originado da obtenção, na metodologia
CVaR, de soluções com armazenamento menor porém de mesmo custo em relação a uma
solução com armazenamento igual ao da CAR. No subsistema Sul, a importância da
incorporação do CVAR também no DECOMP torna-se mais evidente.
Para o subsistema Nordete, o aumento do armazenamento nos casos com CVaR só é
observado quando se considera a penalidade na restrição de vazão mínima, como já discutido
anteriormente. Finalmente, no subsistema Norte o comportamento é similar ao do ano de
2011.
O aumento na energia armazenada final do SIN torna evidente a necessidade da incorporação
da modelagem CVaR nos modelos NEWAVE e DECOMP, em especial para anos com
hidrologia menos favorável como o de 2012.
Comparando os comportamentos de 2012 e 2011, observa-se que, embora a metodologia
CVaR em geral seja mais conservadora, o impacto é mais significativo em períodos com
hidrologia desfavorável.
c) Ano de 2013
O comportamento da energia armazenada, em geral, seguiu aproximadamente o mesmo
padrão dos anos anteriores. Destaca-se apenas a grande elevação da energia armazenada no
subsistema Nordeste no caso com penalidade de vazão mínima em relação aos casos com
CVaR. Isto pode ser atribuído ao fato de, dentre os anos considerados, este ser o que
apresenta os menores níveis de armazenamento para este subsistema, que é particularmente
afetado por esta restrição.
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EARM- SE
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
180000
200000
1 2 3 4 5 6 7 8 9
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.11 – Energia Armazenada Subsistema SE, ano 2013.
EARM- S
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
20000
1 2 3 4 5 6 7 8 9
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.12 – Energia Armazenada Subsistema S, ano 2013.
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EARM- NE
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
1 2 3 4 5 6 7 8 9
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.13 – Energia Armazenada Subsistema NE, ano 2013.
EARM- N
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
1 2 3 4 5 6 7 8 9
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.14 – Energia Armazenada Subsistema N, ano 2013.
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EARM- TOTAL
0
50000
100000
150000
200000
250000
1 2 3 4 5 6 7 8 9
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.15 – Energia Armazenada SIN, ano 2013.
A Figura 4.16 consolida os resultados do subsistema NE em todo o horizonte do estudo.
EARM- NE
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
45000
50000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.16 – Energia Armazenada no subsistema NE, Jan/2011 a Set/2013.
23
4.2 Geração Térmica
As figuras a seguir mostram a evolução da geração térmica (GTERM) ao longo dos PMOs /
Revisões do modelo DECOMP.
a) Ano de 2011
Em geral, para todos os subsistemas observou-se um acréscimo de geração térmica com a
adoção do CVaR no modelo NEWAVE, exceto em algumas semanas, onde as gerações
térmicas foram semelhantes.
Houve variações muito pequenas ao se introduzir o CVaR também no DECOMP, pelo fato
deste ano ter apresentado uma hidrologia favorável, como explicado no item (a). Ressalta-se
que não houve geração térmica no subsistema Norte.
GTERM- SE
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.17 – Geração Térmica do Subsistema SE, ano 2011.
24
GTERM- S
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.18 – Geração Térmica do Subsistema S, ano 2011.
GTERM- NE
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.19 – Geração Térmica do Subsistema NE, ano 2011.
25
GTERM- TOTAL
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.20 – Geração Térmica do SIN, ano 2011.
b) Ano de 2012
GTERM- SE
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.21 – Geração Térmica do Subsistema SE, ano 2012.
26
GTERM- S
0
500
1000
1500
2000
2500
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.22 – Geração Térmica do Subsistema S, ano 2012.
GTERM- NE
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.23 – Geração Térmica do Subsistema NE, ano 2012.
27
GTERM- TOTAL
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.24 – Geração Térmica do SIN, ano 2012.
Observa-se o mesmo comportamento geral em relação à energia armazenada: um impacto
grande na incorporação do CVaR no NEWAVE, seguida de uma variação menor quando essa
metodologia foi aplicada também no modelo DECOMP. As diferenças de geração térmica
entre os casos CVaR e CAR para este ano foram bem mais significativas do que a verificada
para o ano de 2011, pelo fato de 2012 ter sido um ano com hidrologia desfavorável.
É importante ressaltar que os níveis de partida para as diferentes metodologias não são os
mesmos em cada PMO/Revisão, devido ao estudo ter sido feito de forma seqüencial2.
Portanto, as gerações térmicas de cada caso entre as metodologias devem ser avaliadas
levando-se em consideração os armazenamentos iniciais do caso correspondente, mostrados
nas figuras do item (a). Por exemplo, no mês de novembro, a geração térmica total do SIN no
caso com CAR foi superior ao caso com CVaR pelo fato dos níveis de armazenamento na
primeira situação terem sido inferiores ao do caso CVaR.
2 Os níveis de partida só foram os mesmos no início do estudo, ou seja, em janeiro de 2011.
28
c) Ano de 2013
GTERM- SE
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
1 2 3 4 5 6 7 8 9
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.25 – Geração Térmica do Subsistema SE, ano 2013.
GTERM- S
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
1 2 3 4 5 6 7 8 9
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.26 – Geração Térmica do Subsistema S, ano 2013.
29
GTERM- NE
0
500
1000
1500
2000
2500
1 2 3 4 5 6 7 8 9
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.27 – Geração Térmica do Subsistema NE, ano 2013.
GTERM- N
0
500
1000
1500
2000
2500
1 2 3 4 5 6 7 8 9
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.28 – Geração Térmica do Subsistema N, ano 2013.
30
GTERM- TOTAL
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
1 2 3 4 5 6 7 8 9
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.29 – Geração Térmica do SIN, ano 2013.
Novamente, verifica-se um padrão semelhante com os anos anteriores. Observam-se,
entretanto, picos de geração térmica isolados em alguns casos, como por exemplo, no caso
CAR para o subsistema NE no mês de agosto. Embora o caso com CAR tenha maior
armazenamento nesse subsistema na referida revisão (Figura 4.13), esta maior geração
térmica pode ser justificada pelo menor armazenamento no SIN para o caso com CAR (Figura
4.15).
31
4.3 Custo Marginal de Operação
As figuras a seguir mostram a evolução do custo marginal de operação (CMO) ao longo dos
PMOs/Revisões do modelo DECOMP.
a) Ano de 2011
CMO- SE
0
20
40
60
80
100
120
140
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.30 – CMO do Subsistema SE, ano 2011.
32
CMO- S
0
20
40
60
80
100
120
140
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.31 – CMO do Subsistema S, ano 2011.
CMO- NE
0
20
40
60
80
100
120
140
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.32 – CMO do Subsistema NE, ano 2011.
33
CMO- N
0
20
40
60
80
100
120
140
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.33 – CMO do Subsistema N, ano 2011.
Observa-se que há um acréscimo significativo no CMO com a incorporação do CVaR nos
modelos, mesmo em anos com hidrologia favorável como em 2011. A incorporação do
mecanismo também no DECOMP resulta em novos acréscimos em relação ao CVaR somente
no NEWAVE, o que pode acontecer mesmo que os montantes de geração térmica sejam os
mesmos entre os casos. Finalmente, verifica-se que o impacto da penalidade de vazão mínima
é mais sensível no CMO em relação ao ocorrido com as outras variáveis.
b) Ano de 2012
As mesmas observações feitas para o ano de 2011 se aplicam em geral para o ano de 2012,
embora as variações absolutas de CMO com a incorporação do CVaR terem sido maiores pelo
fato de 2012 ter sido um ano com hidrologia desfavorável. Assim como para a geração
térmica, a comparação do CMO entre as metodologias, para cada PMO/Revisão, deve ser
feita em conjunto com a avaliação do armazenamento inicial em cada situação. Constata-se
que, apesar do acréscimo relativo de CMO com a adoção da penalidade de vazão mínima ter
sido menor em 2012 em comparação com 2011, as variações absolutas de CMO nos dois anos
são da mesma ordem.
34
CMO- SE
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.34 – CMO do Subsistema SE, ano 2012.
CMO- S
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.35 – CMO do Subsistema S, ano 2012.
35
CMO- NE
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.36 – CMO do Subsistema NE, ano 2012.
CMO- N
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.37 – CMO do Subsistema N, ano 2012.
36
b) Ano de 2013
CMO- SE
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
1 2 3 4 5 6 7 8 9
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.38 – CMO do Subsistema SE, ano 2013.
CMO- S
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
1 2 3 4 5 6 7 8 9
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.39 – CMO do Subsistema S, ano 2013.
37
CMO- NE
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
1 2 3 4 5 6 7 8 9
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.40 – CMO do Subsistema NE, ano 2013.
CMO- N
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
1 2 3 4 5 6 7 8 9
NWV-CAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP NWV-CVAR-DCMP-CVAR NWV-CVAR-DC-CVAR-VZM
Figura 4.41 – CMO do Subsistema N, ano 2013.
38
O padrão apresentado pelo CMO nos outros anos também se repete em 2013. Os picos de
CMO observados em algumas semanas de março e abril no subsistema NE estão compatíveis
com o acréscimo de geração térmica observado nesse subsistema para o mesmo período.
39
5.0 Conclusões e Recomendações
Nesta seção, são apresentadas as principais conclusões dos testes de validação, no âmbito da
CPAMP, das metodologias de aversão a risco no modelo DECOMP, bem como as
recomendações associadas.
5.1 Conclusões
Um objetivo relevante de mecanismos de aversão a risco (MARs) é encontrar uma solução de
compromisso entre o aumento da segurança e os impactos nos custos do sistema. Assim, em
sistemas hidrotérmicos, estes mecanismos buscam antecipar o despacho de geração térmica
com custos variáveis unitários de operação (CVUs) mais baixos, com o intuito de evitar o
atingimento, no futuro, de níveis indesejáveis de armazenamento nos reservatórios das usinas
hidroelétricas e, com isso, minimizar o risco de déficits de energia, mas sem onerar em
demasia os custos de operação do sistema.
A internalização nos modelos para estudos energéticos e formação de preço de mecanismos
de aversão a risco traz ainda como benefício, além do aumento da segurança, o adequado
reflexo da formação do preço de liquidação no mercado de curto prazo e uma maior coerência
entre as atividades de planejamento e operação.
A forma com que se dará a antecipação do despacho térmico no horizonte de estudo
dependerá, entre outros fatores, da composição do parque hidrotérmico, das interligações
entre os subsistemas, da carga, das condições hidrológicas e do grau de aversão a risco
desejado, sendo este último caracterizado pelos parâmetros do mecanismo de aversão a risco
adotado.
Assim, nos estudos da primeira etapa, que consistiram na internalização dos MARs no
modelo NEWAVE, entre os elementos considerados para a escolha do MAR a ser adotado,
bem como dos parâmetros associados, incluíram-se: geração térmica, déficits de energia (risco
e valor esperado), níveis de armazenamento dos reservatórios, trajetórias do sistema por
níveis de armazenamentos indesejáveis, custos marginais de operação (CMOs) e vertimentos.
Adicionalmente, foram considerados, nessas análises, elementos do planejamento da
expansão de geração, tais como carga crítica do SIN e expansão adicional aos casos do Plano
40
Decenal de Energia necessária para o atendimento aos critérios de planejamento, em função
da introdução dos mecanismos de aversão ao risco. É importante ressaltar que, tanto no caso
da SAR quanto no caso do CVaR, os valores dos elementos considerados para a escolha do
MAR a ser adotado foram obtidos por meio de uma análise paramétrica.
Nos estudos da segunda etapa, que consistiu na internalização do mecanismo CVaR
parâmetros ( e = 25%) no modelo DECOMP, as variáveis consideradas foram: a
energia armazenada, a geração térmica e o custo marginal da operação dos subsistemas. Estas
variáveis foram analisadas com base nos resultados de simulações sequenciais dos PMOs de
janeiro/2011 a setembro/2013 utilizando os modelos NEWAVE e DECOMP.
Considerando que o Ministério de Minas e Energia tem competência legal para zelar pelo
equilíbrio conjuntural e estrutural entre a oferta e a demanda de energia elétrica no país,
estabelecida pelo Decreto nº 7.798, de 12 de setembro de 2012, e considerando ainda o
disposto na Resolução CNPE No 03, de 2013, tanto a metodologia para internalização de
mecanismos de aversão a risco nos programas computacionais para estudos energéticos e
formação de preço, quanto os parâmetros associados, assim como aprimoramentos nas
metodologias e modificações nos seus parâmetros, deverão ser definidos pela CPAMP.
Com base nos estudos realizados nos testes de validação, realizados por uma força-tarefa
composta por técnicos do CEPEL, MME, ONS, EPE e CCEE, a CPAMP concluiu que a
metodologia CVaR, adotando-se os parâmetros e = 25%, quando considerada
também no modelo DECOMP, apresentou desempenho coerente e satisfatório, assegurando
níveis de armazenamento ainda mais seguros e custos marginais de operação ainda mais
aderentes à realidade operativa
Ratifica-se, portanto, a adoção do mecanismo CVaR parâmetros ( e = 25%) no
modelo DECOMP.
5.2 Recomendações
A CPAMP recomenda que se envide todos os esforços para homologar a nova versão do
modelo DECOMP CVaR com parâmetros e = 25%, a fim de que possa ser
utilizada no Programa Mensal de Operação Energética (PMO) de novembro de 2013.
41
Não obstante, a CPAMP recomenda ainda que o CEPEL continue aprimorando ambas as
metodologias SAR e CVaR, e que a mesma acompanhe e teste esses desenvolvimentos com
vistas a subsidiar decisões futuras desta Comissão com relação a mecanismos de aversão a
risco.
42
6.0 Referências
[1]http://www.mme.gov.br/mme/galerias/arquivos/conselhos_comite/CNPE/resolucao_2013/
Resolucao_CNPE_3_2013.pdf
[2]CEPEL, “Mecanismos Alternativos de Aversão a Risco: Superfície de Aversão a Risco –
SAR”, Nota Técnica 65 do Projeto NEWAVE, Rio de Janeiro, Maio de 2013.
[3]CEPEL, “Mecanismos Alternativos de Aversão a Risco: Valor Condicionado a um Dado
Risco”, Nota Técnica 66 do Projeto NEWAVE, Rio de Janeiro, Maio de 2013.
[4]CPAMP, Relatório Técnico – Desenvolvimento, implementação e testes de validação das
metodologias para internalização de mecanismos de aversão ao risco nos programas
computacionais para estudos energéticos e formação de preço, Julho 2013.
[5]MME, Ofício no 515/2013-GM-MME, Atendimento ao art. 1
o da Resolução CNPE n
o 3, de
6 de março de 2013, Julho 2013.
[6] A.L.Diniz, M.P. Tcheou, M.E.P. Maceira, “Uma abordagem direta para consideração do
CVAR no problema de planejamento da operação hidrotérmica” XII SEPOPE -
Symposium of Specialists in Electric Operational and Expansion Planning, Maio 2012.
[7] A.B. Philpott, V.L. Matos, “Dynamic sampling algorithms for multi-stage stochastic
programs with risk aversion”, Eur. J. Oper. Res, v. 218, 470-483, 2012 (Technical report
presented on Optimization Online in Dec. 2010).
[8] A. Shapiro, W. Tekaya, “Report for technical cooperation between Georgia Institute of
Technology and ONS – Operador Nacional do Sistema”, Technical Report, Georgia
Institute of Technology, 2011.
[9] A. Shapiro, W. Tekaya, J.P. Costa, M.P. Soares, “Risk neutral and risk averse Stochastic
Dual Dynamic Programming method”, Eur. J. Oper.Res., v.224, n.2, pp. 375-391, Jan.
2013 (Technical report presented on Optimization Online in Jan. 2012).
[10] A.B. Philpott, V.L. Matos, E.C. Finardi, “On solving multistage stochastic programs with
coherent risk measures”, Optimization Online, Aug. 2012.