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E OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO

CONTAGEMRELATÓRIO ODM

Ano 1 - Número 1 - Julho de 2012

ISSN

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RELATÓRIO ODM CONTAGEM

E OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO

Ano. 1 N. 1

Julho - 2012

CONTAGEM ISSN:

Rel. ODM Contagem e os Obj. de Desen. Do Mil. Ano 1 n. 1 p. xx-xx Julho - 2012

SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

Chefe de GabineteAndré Teixeira Moreira

Controlador GeralCarlos Frederico Pinto e Netto

Secretária de AdministraçãoCleudirce Cornélio de Camargos

Secretário de FazendaDalmy Freitas de Carvalho

Secretário de SaúdeEduardo Caldeira de Souza Penna

Secretária de Planejamento e Coordenação GeralEugênia Bossi Fraga

Secretário de GovernoHamilton Reis

Secretário de Desenvolvimento UrbanoIsnard Monteiro HortaSecretário de Meio AmbienteJander Muniz Filatetti

Secretário de Direitos e CidadaniaJosé de Souza Lima Filho

Secretário de Desenvolvimento EconômicoLeonardo Antunes

Secretário de Obras e Serviços UrbanosLeonardo Borges de Castro

Secretário de Educação e CulturaLindomar Diamantino Segundo

Secretária de Trabalho e RendaMaria Lúcia Guedes

Secretário de Desenvolvimento SocialMaurício Rangel de Souza

Secretário de Defesa SocialPaulo César Funghi

Secretário de Esporte e LazerPaulo George Lacerda

Procurador GeralDr. Zulman da Silva Galdino

PRESIDENTES DAS AUTARQUIAS

Presidenta da ConparqCélia Cristina Zatti Lima

Presidente da TransconHermiton Quirino

Presidenta da FunecTelma Fernanda Ribeiro

EXPEDIENTE

PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM

Prefeita: Marília Aparecida CamposVice-Prefeito: Agostinho Silveira

Coordenação GeralSecretaria Municipal de Planejamento e Coordenação GeralSecretária: Eugênia Bossi Fraga

Coordenadoria de Modernização e Gestão da InformaçãoGirlene Galgani Reis de Oliveira

Diretoria de Informações TécnicasRegina Fróes DolabelaAlessandra Angelini GerdarthLeonardo Ribeiro

Colaboradores das Secretarias:

Adalete Paxeco, Anderson Cunha Santos, Cláudia Ocelli Costa, Cláudio Gualberto, Dalbo Diaquines, Dimas Rocha,Ernani Gomes, Fabiana M. Abreu Santos, Francisco Naldo de Assis Filho, Gláucia Lucas Coelho, Iara Silva Lúcio,Isabela Farnezi Veloso, Jarbas da Cunha e Silva, José Doniseti Silva, Juliana B. Diniz Valério, Letícia da Penha,Luciane Mitraud Carvalho, Luciene Azeredo Silveira, Marcelo Silva Lino, Márcio Luiz, Maria Auxiliadora Gomes, MariaElisa de Assis Campos, Nerice Ventura, Petrúcia de Melo Andrade, Pollyanna Lima M. Oliveira, Renata Hungari,Samuel osé Gomes, Thiago Barbabela, Wagner P. Rodrigues, Wander do Prado Moura.

Projeto Gráfico e Diagramação:Assessoria de Comunicação Social do Gabinete da PrefeitaDaniel Renna, Fernanda Diniz, Mário Fabiano

Fotografias:Benedito Maia, Elias Ramos, Ronaldo Leandro, RicardoLima, Odilon Rocha.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM

Praça Presidente Tancredo Neves, 200 - Camilo Alves32.017-900 - Contagem - MG - BrasilTelefone: 0055 021 31 3352 5000Fax:0055 021 31 3352 5159E-mail: [email protected] eletrônico: www.contagem.mg.gov.brPublicação anual

Contagem. Minas Gerais. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação Geral

Relatório ODM Contagem e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Contagem: Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação Geral, Ano 1, nº 1, Julho 2012.

ISSN 2238-8273

1- Problemas sociais. 2- Políticas Públicas - Periódico. 3- Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. 4- Município de Contagem. I- Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação Geral.

CDD: 361.6105

TEXTO DE ABERTURA

É com grande satisfação que apresentamos o Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milê-nio em Contagem. Por meio desta iniciativa, é possível que toda a sociedade conheça o trabalho re-alizado no Município na busca do cumprimento das metas do milênio.

Nos últimos sete anos, diversos projetos municipais foram criados no intuito de trazer melhorias pa-ra as cidadãs e cidadãos que vivem e moram em Contagem, o que tem proporcionado ganhos nas áre-as da saúde, direitos de cidadania, assistência social, educação e meio ambiente. Alguns desses proje-tos obtiveram reconhecimento nacional e internacionalmente, devido à notoriedade das ações e capa-cidade de mobilização dentro das comunidades, proporcionando grandes benefícios aos envolvidos.

Atingir as metas do milênio é um grande desafio, mas a Prefeitura tem buscado se aproximar das comunidades para discutir seus interesses e pontuar as prioridades com o propósito de diminuir a pobreza e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Nossa gestão trabalha de forma intersetorial, no qual todas as secretarias se unem, cada uma com a sua competência, para proporcionar melhorias no resultado de cada Objetivo do Milênio proposto, ou seja:

1. Acabar com a Fome e a Miséria

2. Educação Básica de Qualidade para Todos

3. Igualdade entre os Sexos e Valorização da Mulher

4. Reduzir a Mortalidade Infantil

5. Melhorar a Saúde da Gestante

6. Combater o HIV/AIDS, a Dengue e outras Doenças

7. Qualidade de Vida e respeito ao Meio Ambiente

8. Todo Mundo trabalhando pelo Desenvolvimento

Este relatório visa nortear cada etapa, cada processo do trabalho que o município vem realizando para atingir as metas dentro dos prazos determinados, pois, todos nós, gestores públicos e popula-ção em geral, sabemos que a busca dos Oito Objetivos do Milênio é necessária para a formação de uma cidade cada dia melhor.

Prefeita de Contagem

SUMÁRIO

1

4

23

OS OBJETIVOS DO MILÊNIO E SUA MUNICIPALIZAÇÃO EM CONTAGEM

O COMPROMISSO DO MUNICÍPIO DE CONTAGEM COM OS OBJETIVOS DO MILÊNIO

A PARTICIPAÇÃO CIDADÃ EM ESPAÇOS DE ARTICULAÇÃO ENTRE POLÍTICAS SOCIAIS, POLÍTICAS URBANAS E OS OBJETIVOS DO MILÊNIO

CONTAGEM E OS OBJETIVOS DO MILÊNIO

4

54

16

31

5678

SISTEMATIZAÇÃO DAS AÇÕES DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS ODM

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GLOSSÁRIO

ANEXOS

101

106

109

111

OS OBJETIVOS DO MILÊNIO E SUA MUNICIPALIZAÇÃO EM CONTAGEM1

Relatório de Objetivos de Desenvolvimento do Milênio em Contagem 4

Pista de Caminhada da Av. Francisco Firmo de Mattos.

Prefeitura Municipal de Contagem 5

1.1 Contagem e as diretrizes gerais dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio em Contagem foram elaborados segundo as dire-trizes da Organização das Nações Unidas (ONU) que, na ocasião da Declaração do Milênio, deli-neou os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) a serem alcançados, até 2015, por meio de ações de combate à pobreza e à fome, promoção da educação, da igualdade de gênero, de políticas de saúde, saneamento, habitação e meio ambiente. A Declaração do Milênio é um docu-mento histórico referente ao pacto internacional firmado em setembro de 2000 em prol da elimi-nação da pobreza no mundo e do desenvolvimento sustentável, do qual participaram como sig-natários 147 chefes de Estado e de Governo de 191 países, dentre eles o Brasil.

Dentro do sistema ONU, existe o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, que é coordenador dos ODM, presidente do Grupo de Desenvolvimento da ONU e também lí-der geral da campanha dos ODM. O reconhecimento do município como espaço privilegiado para construção de políticas sociais efetivas levou o PNUD a coordenar ações para a municipalização das metas e indicadores dos ODM entre os países integrantes do Pacto do Milênio.

Em sua dimensão internacional, os oito objetivos foram desdobrados em 18 metas e 48 indicado-res de monitoramento que, juntos, possibilitam determinar o que é possível implementar, men-surar e comparar em escala mundial, permitindo que as nações possam construir sociedades mais equânimes em termos de desenvolvimento econômico e social.

No âmbito nacional, o governo brasileiro assumiu o compromisso de trabalhar para cumprir, até 2015, as metas internacionais propostas pelos Estados membros da ONU. Essa decisão parte da admissão, pelo governo brasileiro, de que os ODM relacionam-se diretamente com a Constitui-

1. OS OBJETIVOS DO MILÊNIO E SUA MUNICIPALIZAÇÃO EM CONTAGEM


ção Federal de 1988, e do reconhecimento de que a desigualdade social coloca-se como o grande desafio a ser enfrentado no milênio.

Da perspectiva municipal, Contagem “compreende” que os oito Objetivos de Desenvolvi-mento do Milênio estabelecem uma nova forma de entendimento e enfrentamento da de-sigualdade social, o que vem a contribuir com a erradicação da extrema pobreza no Brasil.

Em termos de comparativo internacional, o dólar (Paridade de Poder de Compra) é utilizado pelo Banco Mundial como referência para estabelecer se uma pessoa encontra-se em condição de pobreza. Por sua vez, no Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio em Con-tagem foi utilizado como medida comparativa a “linha da pobreza”, famílias com renda de até um meio de salário mínimo per capita por mês, e a “linha da indigência” famílias com renda de até um quarto de salário mínimo per capita (pobreza extrema ou indigência como tratado pelo PNUD). Na página 62, “Referencial do Desenvolvimento Social” (primeiro Objetivo do Milênio em Contagem), o leitor terá acesso à construção do conceito de pobreza, bem como a definição das linhas (de pobreza e indigência) que servem de parâmetros comparativos para estudos téc-nicos e institutos de medida.

O QUADRO 1 a seguir apresenta a matriz de relacionamento entre os oito Objetivos do Milênio e artigos da Constituição Federal brasileira de 1988.

Vista aérea da Prefeitura Municipal de Contagem


OBJETIVOSDE DESENVOLVIMENTO

DO MILÊNIOARTIGOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Erradicar a extrema pobreza e a fome

Artigo 3º, Inciso III - Erradicar a pobreza e a marginalizaçãoe reduzir as desigualdades sociais e regionais

Atingir o ensino básico universal

Artigo 3º, Inciso I - Construir uma sociedade livre, justa e solidáriaArtigo 205º - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho

Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres

Artigo 3º, Inciso IV - Promover o bem-estar de todos, sem preconceitos de raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação

Reduzir a mortalidade infantil

Artigo 3º, Inciso IV - IdemArtigo 196º - A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação

Melhorar a saúde maternaArtigo 3º, Inciso IV - IdemArtigo 196º - Idem

Combater o HIV/aids, a malária e outras doenças

Artigo 3º, Inciso IV - IdemArtigo 196º - Idem

Garantir a sustentabilidadeambiental

Artigo 3º, Inciso IV - IdemArtigo 225º - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações

Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento

Artigo 3º, Inciso II - Garantir o desenvolvimento nacionalArtigo 4º, Inciso IX - Cooperação entre os povos para oprogresso da humanidade

QUADRO 1 A Relação entre os oito ODM e os Artigos da Constituição Federal de 1988

Fonte: Associação Paranaense do Ministério Público e Constituição Federal apud BRASIL, 2009b, p. 12Nota: Quadro extraído do Guia para a Municipalização dos Objetivos do Milênio, 2009b.


Por reconhecer que o esforço de cumprimento das metas envolve a participação de todos os municípios brasileiros, o governo federal estabelece caminhos por meio dos quais os municípios possam almejar a redução das desigualdades sociais e o desenvolvimento humano em sua Agenda de compromissos com os municípios no período de 2009-2012. No documento que formaliza tais intenções e compromissos é possível identificar quais são os programas federais relacionados a cada um dos objetivos. (BRASIL, 2009c)1.É do entendimento do governo federal que a proposta de municipalização de metas e indi-cadores no âmbito dos municípios brasileiros deve sustentar-se no entendimento da res-ponsabilidade compartilhada no delineamento de políticas públicas entre instâncias fede-radas, como também entre os diversos atores sociais e setores da sociedade civil organi-zada. Na esfera pública, os governos locais passam a assumir o papel de protagonistas em relação aos Objetivos do Milênio e na condução de soluções para questões locais, uma vez que, a despeito dos avanços médios alcançados nas condições de vida dos cidadãos brasi-leiros, são identificadas certas particularidades que exigem tratamento localizado deman-dando adaptações em metas nas agendas locais.

De acordo com a Agenda firmada entre o governo federal e os municípios brasileiros pa-ra o período 2009-2012, as metas e os indicadores acordados anteriormente entre países signatários do pacto deverão ser submetidas à revisão, ajustes e adaptações periódicas em função, não somente dos avanços alcançados pelo Brasil em relação à proposta original, como também, das dificuldades encontradas (especialmente nos Objetivos 1, 2, 5 e 6, co-mo veremos adiante). A seguir será apresentado o QUADRO 2 das Metas do Brasil firma-das no Pacto do Milênio, bem como suas adequações e novas propostas.

1 BRASIL. Agenda de Compromissos do Governo Federal e Municípios 2009-2012. [2009c].

Avenida João César de Oliveira



DO MILÊNIOMETAS BRASILEIRAS

Erradicar a extrema pobreza e a fome

1A Brasileira - Reduzir a um quarto, entre 1990 e 2015, a proporção da populaçãocom renda inferior a um dólar PPC (paridade do poder de compra, que elimina adiferença de custo de vida entre os países) por dia1B - Alcançar o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos, incluindo mulheres e jovens1C Brasileira - Erradicar a fome entre 1990 e 2015

Atingir o ensino básico universal

2A Brasileira - Garantir que, até 2015, as crianças de todas as regiões do país,independentemente de cor e sexo, concluam o Ensino Fundamental

Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres

3A - Eliminar a disparidade entre os sexos no ensino primário e secundário até 2005

Reduzir a mortalidade infantil

4A - Reduzir em dois terços, até 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos

Melhorar a saúde materna

5A - Reduzir em três quartos, até 2015, a taxa de mortalidade materna5B Brasileira - Promover, na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), coberturauniversal por ações de saúde sexual e reprodutiva até 20155C Brasileira - Até 2015, ter detido o crescimento da mortalidade por câncer demama e de colo de útero, invertendo a tendência atual

Combater o HIV/aids, a malária e outras doenças

6A - Até 2015, ter detido e começado a reverter a propagação do HIV/aids6B - Garantir, até 2010, acesso ao tratamento para HIV/aids para todos os queprecisam6C Brasileira - Até 2015, ter reduzido a incidência da malária e da tuberculose6D Brasileira - Até 2010, ter eliminado a hanseníase

QUADRO 2. Objetivos e Metas Brasileiras firmadas no Pacto do Milênio: adequações e novas propostas



DO MILÊNIOMETAS BRASILEIRAS

Garantir a sustentabilidadeambiental

7A - Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais até 20157B - Até 2010, reduzir significativamente a perda da biodiversidade7C - Reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população sem acesso sustentável à água potável segura7D - Até 2020, alcançar uma melhora significativa nas vidas de pelo menos 100 milhões de habitantes de bairros degradados

Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento

8A - Avançar no desenvolvimento de um sistema comercial e financeiro aberto,baseado em regras, previsível e não discriminatório8B - Atender às necessidades especiais dos países menos desenvolvidos. Inclui: um regime isento de direitos e não sujeito a quotas para as exportações dos países menos desenvolvidos; um programa reforçado de redução da dívida dos países pobres muito endividados (PPME); e anulação da dívida bilateral oficial; e uma ajuda pública mais generosa para o desenvolvimento aos países empenhados na luta contra a pobreza8C - Atender às necessidades especiais dos países sem acesso ao mar e dospequenos Estados insulares em desenvolvimento (mediante o Programa deAção para o Desenvolvimento Sustentável dos Pequenos Estados Insulares emDesenvolvimento e as conclusões da vigésima segunda sessão extraordinária da Assembleia Geral)8D - Tratar globalmente o problema da dívida dos países em desenvolvimento,mediante medidas nacionais e internacionais e de modo a tornar sua dívidasustentável a longo prazo8E - Em cooperação com as empresas farmacêuticas, proporcionar o acesso amedicamentos essenciais a preços acessíveis, nos países em desenvolvimento8F - Em cooperação com o setor privado, tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial das tecnologias de informação e de comunicações

Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD apud BRASIL, 2009b, p. 13.Nota: Quadro extraído do Guia para a Municipalização dos Objetivos do Milênio, 2009b.


No Objetivo 1, “Erradicar a extrema pobreza e a fo-me”, a meta 1A - Reduzir à metade o número de pes-soas vivendo com menos de um Dólar por dia (extre-ma pobreza), e a meta 1B - Alcançar emprego integral produtivo e trabalho decente para todas(os), incluin-do mulheres e jovens foram superadas antes de 2015, segundo o Guia para Municipalização dos Objetivos do Milênio (BRASIL, 2009b, p. 13); Desta forma, o pa-ís decidiu propor duas metas mais ousadas. A meta 1A Brasileira - propõe reduzir a um quarto, a quantidade de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza, e a meta 1C Brasileira – que calcula a completa erradica-ção da fome até 2015.

Em relação ao Objetivo 2, “Atingir o Ensino Básico universal”, o acesso ao ensino fundamental no Brasil já está praticamente universalizado, entretanto os al-tos índices de evasão escolar e a defasagem idade-sé-rie levaram o governo brasileiro a rever seu indicador, o novo desafio é proporcionar, a um maior número de crianças, condições de concluir o ensino fundamental dentro da idade esperada; dessa revisão nasceu a meta 2A Brasileira “garantir que, até 2015, as crianças ma-triculadas em escolas de todas as regiões do país, inde-pendentemente da cor, raça e gênero, concluam o En-sino Fundamental.”

No que diz respeito à saúde da mulher, torna-se pre-mente um novo posicionamento político para enfren-tamento dos desafios pertinentes ao Objetivo 5 do Milênio. Na última década o Brasil avançou considera-velmente suas ações no que tange a promoção e aten-ção à saúde materna, porém, a taxa de mortalidade das gestantes brasileiras ainda é alta, segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/DATASUS) do Ministério da Saúde, em 2010, para ca-da cem mil nascidos vivos morriam cerca de cinquen-ta e cinco mulheres. Nos países desenvolvidos o nú-mero de óbitos maternos é de seis a vinte por cem mil. Assim, no 5º Objetivo, “Melhorar a Saúde Materna”,

além da meta 5A – “Reduzir em três quartos, até 2015, a taxa de mortalidade materna” foram incluídas mais duas novas metas. A meta 5B Brasileira busca promo-ver a cobertura universal na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de ações de saúde sexual e re-produtiva até 2015. A meta 5C Brasileira propõe que a mortalidade decorrente dos cânceres de mama e de co-lo de útero no país seja estagnada e que, até 2015, se comece a inverter a tendência de alta nesses números.

Pela mesma razão, no que diz respeito ao Objetivo 6 - “Combater o HIV/AIDS, a Malária e Outras Doen-ças” - o Brasil conseguiu estabilizar o crescimento da epidemia de AIDS graças a uma eficiente estratégia de enfrentamento da doença (BRASIL, 2009b). Portan-to, não houve necessidade de readequar as duas metas originais (6A – Até 2015, ter detido e começado a re-verter a propagação do HIV/AIDS; E 6B – Garantir, até 2010, acesso ao tratamento para HIV/AIDS para todos que precisam). Apesar disso, o país constatou a neces-sidade de propor duas novas metas, a saber: 6C Brasi-leira – Deter o avanço e reduzir a incidência da malária e da tuberculose; e a 6D Brasileira – que propõe elimi-nar completamente a hanseníase no país até 2010.

Já o Objetivo 8, “Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento”, foi adaptado a realidade na-cional, ficando acordado que essa parceria envolveria diretamente uma cooperação entre governo federal, estados e municípios.

Além de serem acordadas adaptações em metas e indi-cadores no Guia para municipalização dos Objetivos do Milênio, a Agenda de Compromissos do governo fede-ral e municípios 2009-2012, por sua vez, acrescentou aos oito ODM mais dois compromissos de caráter estri-tamente nacional: a “erradicação do sub-registro de nas-cimentos” e o “fortalecimento da gestão municipal e da participação cidadã”. De acordo com o próprio governo federal, a Agenda caracteriza-se como “um instrumen-

2 Os dez compromissos são: erradicar a extrema pobreza e a fome; educação básica de qualidade para todos; promover a igualdade entre sexos e a autonomia da mulher; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde materna; combater o HIV/Aids e outras doenças; erradicar o sub-registro civil de nascimento; garantir qualidade vida e sustentabilidade ambiental; Estabelecer parceria Governo Federal, Estados e Municípios para desenvolvimento e, qualificar a gestão dos municípios e fortalecer a participação cidadã.


to de adesão dos municípios e do governo aos dez2 com-promissos nela propostos. Ela representa um pacto em torno da urgência de promover a melhoria da qualidade de vida de milhões de brasileiros e de sua cidade” (BRA-SIL, 2009c, p. 4). A Agenda de Compromissos vem se consolidando como uma ferramenta importante, pois incentiva os gestores públicos municipais a acompanhar seu próprio desempenho. O instrumento ainda reco-nhece a importância das administrações municipais pa-ra alcançar os compromissos estabelecidos.

É oportuno esclarecer que tanto a adaptação quanto a criação de metas no contexto nacional demandaram o desenvolvimento de novos indicadores, processo que contou com a participação de diversos ministérios e órgãos do governo federal, além de programas e orga-nismos das Nações Unidas.

1.2 As Etapas de Municipalização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no município de Contagem

Em Contagem, a municipalização dos ODM teve co-mo base a primeira proposta do governo federal e su-as posteriores alterações apresentadas no guia de mu-nicipalização. Ambas propostas foram confrontadas com a realidade socioeconômica do município, passan-do por novas adaptações e ajustes em função dos desa-fios a serem vencidos em termos de recursos orçamen-tários e novas competências assumidas pela municipa-lidade após a Constituição de 1988.

Esse é o caso da saúde, assim como dos Objetivos 4, 5 e 6, a ela associados. Desde 1988, os governos muni-cipais ficaram legalmente obrigados a investir no mí-nimo 15% do total de suas receitas na área de saúde. Também é o caso da educação, área que o município deve necessariamente investir no mínimo 25% de suas receitas. A garantia do acesso gratuito a Educação In-fantil (creches e pré-escolas) e ao Ensino Fundamen-tal (1° ao 9°ano) já estão previstas desde a promulga-ção da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

de 19963. São exatamente essas as metas do ODM 2, que também impactam no ODM 3, no que tange a di-minuição da desigualdade de gênero. Os municípios também assumiram competências relacionadas à ges-tão ambiental a partir da criação do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), que possui como com-petência criar normas e critérios de controle e manu-tenção da qualidade do meio ambiente nos territórios. É ainda responsabilidade da gestão local a elaboração de políticas públicas que atendam as diretrizes básicas da política de desenvolvimento urbano estabelecidas no plano diretor municipal e que possui forte impac-to na sustentabilidade ambiental (ODM 7). No âmbito das políticas sociais, é também de responsabilidade da gestão municipal os principais programas de combate à pobreza, como o Bolsa Família, com impacto signifi-cativo na redução das famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza (ODM 1) e na melhoria das con-dições de educação (ODM 2).

A seguir apresentamos as etapas de municipalização seguidas pelo município de Contagem para definição das metas e indicadores adequados à realidade local:

1. Pesquisa documental/bibliográfica com a análise das seguintes publicações do governo federal:

1.1. o Guia de Municipalização dos Objetivos do Milênio, elaborado pela Secretaria de Assun-tos Federativos (2009b), que busca orientar a adaptação de indicadores e metas à realida-de municipal, disponível no Portal Federativo (www.portalfederativo.gov.br);

1.2. o quadro de objetivos e metas de origem da proposta brasileira, publicados pelo governo federal, disponíveis no Portal ODM (www.por-talodm.com.br) e;

1.3. o quadro atualizado de Objetivos do Milênio do país, proposto para o Brasil, disponível no Portal Federativo, link publicações (www.por-talfederativo.gov.br) e reproduzido neste do-cumento (QUADRO 2, p. 10);

3 Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.


2. Articulação com a rede ODM Brasil e o trabalho coope-rativo com outros municípios, com o objetivo de troca de saberes no processo de municipalização dos ODM; a parceria com a equipe da Secretaria de Planejamen-to, Orçamento e Informação da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte; e a inclusão do município de Conta-gem no Observatório do Milênio de Belo Horizonte;

3. Ações intersetoriais entre os diversos órgãos de gestão pública municipal com a finalidade de trocar experiências por meio da aproximação dos repre-sentantes técnicos das áreas envolvidas;

4. Realização de encontros e debates sobre as metas e indicadores internacionais, nacionais e de outros municípios (participantes da Rede ODM) e a busca para adaptá-los ao atual contexto vivido pelo muni-cípio de Contagem;

5. Identificação, pelos técnicos das áreas afins, dos principais desafios impostos à realidade de Conta-gem com o levantamento das variáveis explicati-vas dessa realidade, observados todas as formas de desigualdades seja de gênero e/ou espécie, os défi-cits sociais e urbanos, com o desenvolvimento lo-cal sustentável. (No Anexo 1 – Objetivos de Desen-volvimento do Milênio: comparativo entre o Mu-nicípio de Contagem, Minas Gerais e Brasil - apre-sentamos alguns indicadores que serviram de refe-rência para avaliação do desempenho de Contagem nos contextos regional e nacional);

6. Seleção das metas e indicadores ODM Contagem a par-tir: dos instrumentos de referência da esfera federal de governo (etapa 1); do diagnóstico (etapas 3 a 5); e do diálogo e articulação entre os principais instrumentos de planejamento e gestão governamental do município de Contagem (Planejamento Estratégico de Contagem - PEC e Plano Plurianual de Ação - PPA)4.

7. Obtenção de dados sistemáticos de fontes primá-

rias e secundárias com o objetivo de acompanhar e avaliar as metas do ODM Contagem por meio dos indicadores selecionados na etapa anterior;

8. Análise da forma de mensurar o esforço do Poder Executivo em termos de dispêndio de recursos do Te-souro Municipal e de recursos vinculados aplicados nas diversas ações e programas de governo que con-templam os objetos/despesas tratados em cada ODM. A localização e estimativa das despesas referentes aos ODM no orçamento municipal basearam-se em três critérios utilizados discricionariamente, caso a caso:

8.1. foram considerados os indicadores escolhidos e sua vinculação com o órgão executor das po-líticas públicas que contemplam as despesas referenciadas em cada ODM;

8.2. a vinculação das despesas com a Função de Governo e os respectivos órgãos; em alguns casos foi necessário expurgar/selecionar al-guns itens das dotações orçamentárias;

8.3. aplicação de um percentual do Orçamento base-ado nas ações do PPA em relação ao Orçamento geral do órgão, ou em estimativa, como foi o ca-so dos ODM da área da Saúde, calculados pela própria Secretaria Municipal de Saúde5;

9. Validação, cálculo e ajustes dos indicadores selecio-nados com a finalidade de assegurar que até 2015 as metas propostas pelo Município serão cumpridas.

Cumpridas as fases acima, iniciou-se a sistematização das informações e formatação do presente documen-to. Pode-se destacar que a concretização dessa inicia-tiva só foi possível por meio da prática de trabalho in-tersetorial, modalidade de gerenciamento que vem sendo progressivamente experimentada nos campos de gestão municipal de Contagem, nas áreas social, ambiental e urbana nesses dois últimos períodos ad-ministrativos: 2005-2008 e 2009-2012.

4 Veja a parte 3.4 “Diretrizes gerais para a promoção da Articulação entre Planejamento Estratégico, Planejamento Plurianual de Ação e Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”, matriz de relacionamento entre os dois instrumentos e os ODM no QUADRO 3 pág. 53.

5 É necessário pontuar que se trata de uma estimativa aproximada entre o orçamento municipal destinado aos oito Objetivos do Milênio de Contagem, uma vez que o mesmo está sujeito à variabilidade do volume das despesas efetivamente realizadas de ano para ano. Os gráficos das aplicações orçamentárias do município de Contagem nos Objetivos do Milênio (GRAF. 1,2,3) podem ser consultados na pág. 15.


Numero Indice

Índice de variação de recursos orçamentários destinados aos Objetivos do MilênioODMS 2009 2010 2011/Previsto ODMS 2009 2010 2011ODM 1 14.750.351 15.678.588 22.176.073 ODM 1 1 1,06 1,50ODM 2 181.486.092 201.304.133 229.110.200 ODM 2 1 1,11 1,26ODM 3 307.499 506.562 755.300 ODM 3 1 1,65 2,46ODM 4 20.630.691 21.142.865 24.925.113 ODM 4 1 1,02 1,21ODM 5 32.092.186 32.888.901 38.772.398 ODM 5 1 1,02 1,21ODM 6 1.146.150 1.174.604 1.384.729 ODM 6 1 1,02 1,21ODM 7 115.584.370 151.393.009 312.145.025 ODM 7 1 1,31 2,70ODM 8 24.668.898 26.758.482 59.673.800 ODM 8 1 1,08 2,42

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

2009 2010 2011

1 1,06

1,50

1 1,11 1,2

6

1

1,65

2,46

1 1,02 1,2

1

1 1,02 1,2

1

1 1,02 1,2

1

1

1,31

2,70

1 1,08

2,42

Fonte: Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento /COGEOR, 2011Elaborado por Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITECNota: Dados trabalhados número índice (2009 Base =1)

Gráfico 1. Índice de variação na aplicação de recursos orçamentários destinados aos Objetivos do Milênio 2009-2011

ODM 1

ODM 2

ODM 3

ODM 4

ODM 5

ODM 6

ODM 7

ODM 8

Página 1

Evolução

2009 2010 2011 Previsto 2012Orçamento Município -Total da Despesa Empenhada – Sem Câmara 756.535 848.792 1.005.077 1.234.189ODM´s Realizado – Despesa Empenhada 390.666 450.847 525.098 654.971ODM Proporção do Orçamento Municipal 51,64% 53,12% 52,15% 53,07%

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

2009 2010 2011 Previsto 2012

756.535848.792

1.005.077

1.234.189

390.666 450.847525.098

654.971

Fonte: Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COGEOR, 2011Elaborado por PMC/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITECNota: Dados em Reais (R$)

Gráfico 2. Recursos Orçamentários destinados aos ODM 2009-2012 (em Milhares)

Orçamento Município -Total da Despesa Empenhada – Sem Câmara

ODM´s Realizado –Despesa Empenhada

51,64%

53,12%

52,15%

53,07%

50,50%

51,00%

51,50%

52,00%

52,50%

53,00%

53,50%

2009 2010 2011 Previsto 2012

Gráfico 3. Proporção do Orçamento Municipal 2009-2012 destinados aos ODM

ODM Proporção do Orçamento Municipal

Fonte: Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COGEOR, 2011Elaborado por Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITEC

Página 1

Evolução

2009 2010 2011 Previsto 2012Orçamento Município -Total da Despesa Empenhada – Sem Câmara 756.535 848.792 1.005.077 1.234.189ODM´s Realizado – Despesa Empenhada 390.666 450.847 525.098 654.971ODM Proporção do Orçamento Municipal 51,64% 53,12% 52,15% 53,07%

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

2009 2010 2011 Previsto 2012

756.535848.792

1.005.077

1.234.189

390.666 450.847525.098

654.971

Fonte: Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COGEOR, 2011Elaborado por PMC/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITECNota: Dados em Reais (R$)

Gráfico 2. Recursos Orçamentários destinados aos ODM 2009-2012 (em Milhares)

Orçamento Município -Total da Despesa Empenhada – Sem Câmara

ODM´s Realizado –Despesa Empenhada

51,64%

53,12%

52,15%

53,07%

50,50%

51,00%

51,50%

52,00%

52,50%

53,00%

53,50%

2009 2010 2011 Previsto 2012

Gráfico 3. Proporção do Orçamento Municipal 2009-2012 destinados aos ODM

ODM Proporção do Orçamento Municipal

Fonte: Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COGEOR, 2011Elaborado por Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITEC

Página 1

GRÁFICOS DE APLICAÇÕES DE RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS


2A PARTICIPAÇÃO CIDADÃ EM ESPAÇOS DE ARTICULAÇÃO ENTRE POLÍTICAS SOCIAIS, POLÍTICAS URBANAS E OS OBJETIVOS DO MILÊNIO


Votação do Orçamento Participativo


2. A PARTICIPAÇÃO CIDADÃ EM ESPAÇOS DE ARTICULAÇÃO ENTRE POLÍTICAS SOCIAIS, POLÍTICAS URBANAS E OS OBJETIVOS DO MILÊNIO

2.1 A participação de Contagem no Observatório do Milênio de Belo Horizonte

O Observatório do Milênio de Belo Horizonte iniciou suas atividades em 2006 a partir de um Projeto-Piloto da Organização das Nações Unidas (ONU) intitulado: “Localizando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio” que tinha como finalidade sugerir às cidades o acompanhamento periódico das metas relativas aos Objetivos do Milênio até 2015.

O Observatório caracteriza-se como uma rede descentralizada e autônoma que tem como objetivo produzir, ana-lisar e disponibilizar informações de natureza urbana, social e econômica. Participam desta rede, universida-des, fundações, poder público municipal e estadual, além de federações e programas da ONU. Os partícipes con-tribuem de forma colaborativa, compartilhando seus recursos técnicos e humanos com vistas a ampliar e qualifi-car seus conhecimentos, facilitando a proposição de ações conjuntas que beneficiem o desenvolvimento urbano com sustentabilidade ambiental.

Além do Observatório de Belo Horizonte existem outros observatórios espalhados por todo o mundo, o que re-sultou na criação de uma rede mundial de informações capazes de ampliar as capacidades de gestão urbana. Estes observatórios estão conectados entre si e com o Observatório Urbano Global da cidade de Nairóbi no Quênia.

Em maio de 2009, o município de Contagem formalizou sua participação no Observatório do Milênio tornando--se membro desta rede. A partir desta data, o Município vem atuando de forma colaborativa com todos os inte-grantes visando combater a pobreza e melhorar a qualidade de vida das populações urbanas com sustentabilida-de ambiental.

Dentre as principais atividades do Observatório do Milênio destacam-se as publicações: Revista do Observatório do Milênio, o Relatório de Acompanhamento dos ODM e a cartilha dos ODM que podem ser consultadas no link: Publicações do sítio eletrônico do Observatório do Milênio6.

6 OBSERVATÓRIO DO MILÊNIO BELO HORIZONTE. Disponível em: <http://observatoriodomilenio.pbh.gov.br/?q=home>. Acesso em: 02 fev. 2012.


2.2 Contagem e a Rede de Cooperação Local ODM – América Latina e Caribe/Rede ODM Brasil

A Rede ODM América Latina & Caribe nasceu em 2007 a partir da união de cidades da América do Sul e Caribe cuja finalidade é possibilitar a troca de informações e conheci-mentos com ênfase no intercâmbio de experiências favorecendo a construção de uma so-ciedade mais justa e equânime no que tange alcançar o desenvolvimento humano de for-ma sustentável por meio do cumprimento dos oito Objetivos do Milênio propostos pe-la Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o portal da Prefeitura de Be-lo Horizonte, atualmente a rede possui 33 municípios como partícipes. Além de Belo Ho-rizonte e Contagem (Brasil), participam da rede Latina as cidades de Belmopan (Belize), Georgetown (Guiana), León (México), Paramaribo (Suriname), Rosário (Argentina), Cas-tries (Santa Lucia), Cuenca (Equador), Guayaquil (Equador), Quito (Equador) e Montevi-déu (Uruguai).

A Rede ODM Brasil foi criada pelos municípios de Belo Horizonte (MG) e Santos (SP), e conta com o apoio da Organização da Sociedade Civil “Agenda Pública” e do PNUD, ten-do como um de seus principais integrantes a Prefeitura de Contagem. O objetivo princi-pal desta rede é articular e apoiar os municípios brasileiros na incorporação da plataforma dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio em suas agendas de governo que visa fo-mentar a adesão de outros municípios e de suas respectivas organizações da sociedade ci-vil, com notório reconhecimento necessário para que os novos participantes reforcem e favoreçam o cumprimento dos ODM.

Em maio de 2009, o município de Contagem formalizou sua participação no Observatório do Milênio tornando-se membro desta rede. A partir desta data, o Município vem atuando de forma colaborativa com todos os integrantes visando combater a pobreza e melhorar a qualidade de vida das populações urbanas com sustentabilidade ambiental.


2.3 Contagem no Prêmio ODM Brasil.

O Prêmio ODM Brasil, que teve sua primeira edição em 2005, é promovido pelo governo federal em parce-ria com o Movimento Nacional pela Cidadania e Soli-dariedade e o Programa das Nações Unidas para o De-senvolvimento (PNUD) buscando incentivar, valori-zar e dar visibilidade a práticas que contribuam para o desenvolvimento das diversas políticas públicas. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) são os coordenadores técnicos do Prêmio ODM Brasil.

Em 2009, Contagem concorreu ao Prêmio ODM Bra-sil 3ª edição na categoria Governos Municipais com o projeto “Doulas Comunitárias”, destacando-se entre as prefeituras finalistas. Doulas, do grego “aquela que serve a outra mulher” são voluntárias da comunida-de local que cumprem um plantão de doze horas, uma vez por semana, acolhendo e acompanhando as mu-lheres que vêm a Maternidade Municipal de Conta-gem em busca de assistência ao parto.

Nesta mesma ocasião, o projeto “Juventude fazendo gênero”, realizado pelo Consórcio Regional de Promo-ção da Cidadania Mulheres das Gerais, consórcio públi-co formado pelos municípios de Contagem, Betim, Sa-bará e Belo Horizonte, que tem como objetivo a pre-venção e a garantia de direitos de mulheres vítimas de violência, foi uma das 20 práticas vencedoras da tercei-ra edição do Prêmio ODM Brasil. Esse projeto consti-

tuiu-se enquanto uma importante ferramenta pedagó-gica de desenvolvimento comunitário para efetivação de ações voltadas à prevenção da violência contra as mulheres. As oficinas de formação e capacitação con-taram com a participação de cerca de 90 jovens mora-dores destes municípios. Entre as ações realizadas es-tão atividades de mobilização, mapeamento do próprio território e oficinas de teatro que buscaram reconhecer as habilidades e talentos dos participantes. Neste pro-jeto, pode-se destacar que a maior conquista foi o de-senvolvimento de uma lógica de governança metropo-litana, que possibilitou o intercâmbio de experiências e o (re)conhecimento das realidades de cada município e de cada comunidade, como também, a tomada de cons-ciência destes jovens do importante papel social que ocupam perante as suas comunidades.

Em Setembro de 2011, foi lançado na cidade de Belo Horizonte a 4ª edição do Prêmio ODM Brasil. O mu-nicípio de Contagem escreveu três projetos, dentre eles, o Projeto “Entre Gêneros – nova educação para as relações de gênero”. O propósito desse projeto ali-nha-se diretamente ao Objetivo 3 – “Igualdade entre Sexos e Valorização da Mulher”, e ao Objetivo 8 – “To-do Mundo Trabalhando pelo Desenvolvimento”, pois, mobilizou as comunidades locais, por meio do Progra-ma Escola Aberta para Todos, com ações de formação e capacitação buscando constituir grupos regionaliza-dos para o debate acerca das questões de gênero, na perspectiva de construir e consolidar estratégias de enfrentamento à violência contra as mulheres.


2.4 A participação de Contagem em Fóruns e outras Redes de Cooperação

Cidades e Governos Locais Unidos- CGLU

A rede Cidades Unidas e Governos Locais Unidos (CGLU) representa e defende os interesses dos go-vernos locais no cenário mundial, independente-mente do tamanho das comunidades que servem. Sediado em Barcelona, o programa de CGLU se con-centra em:

• Reforçar o papel e a influência dos governos lo-cais e suas organizações representativas no cená-rio global;

• Tornar-se a principal fonte de apoio à participação democrática, de forma eficaz aproximando governo e cidadão por meio de práticas inovadoras locais;

• Garantir uma organização eficaz e democrática global.

A CGLU apoia a cooperação internacional entre as ci-dades e as suas associações, facilita programas, redes e parcerias para aumentar a capacidade dos governos locais. Promove o papel das mulheres na tomada de decisões locais, e é um portal para informações rele-vantes sobre o governo local em todo o mundo.

Contagem é membro do CGLU, vinculação esta que se realiza por meio da Federação Latinoamericana de Ci-

dades, Municípios e Associações de Governos Locais – FLACMA, entidade representativa da CGLU para os países da América Latina.

A Comissão de Inclusão Social e Democracia Participativa – CISDP/CGLU

Esta comissão, integrante da CGLU - Cidades e Gover-nos Locais Unidos trabalha no campo da inclusão so-cial, democracia participativa e direitos humanos des-de 2005. Em particular ela tem se esforçado para in-tegrar os direitos humanos nas políticas locais, tra-balhando com governos locais do mundo e, para isso, dotou-se de dois instrumentos: a Carta-Agenda Mun-dial dos Direitos Humanos na Cidade e a Carta Euro-peia dos Direitos Humanos na Cidade.

Contagem é membro da CISDP e, neste sentido, cola-bora com as iniciativas desta Comissão para a conse-cução dos seus objetivos, fazendo-se presente nos de-bates internacionais, presenciais e à distância, pro-movidos por esta.

Fórum de Autoridades Locais pela Inclusão Social e Democracia Participativa - REDE FAL

A Rede FAL (Fórum de Autoridades Locais pela Inclu-são Social e Democracia Participativa) é uma rede in-ternacional de instituições e autoridades locais aber-tas a participação de redes de movimentos sociais que identifica e apoia o desenvolvimento do Fórum Social Mundial (FMS), convicta de que outro mundo é possí-vel, começando nas vilas e cidades.


A FAL tem como objetivo promover e realizar o in-tercâmbio de iniciativas locais de inclusão social de democracia participativa, com a participação de mo-vimentos sociais, assim como ampliar a capacida-de de intervenção política e social dos poderes locais e desenvolver iniciativas comuns, bem como ampliar a capacidade de intervenção política e social das autar-quias locais e desenvolver iniciativas conjuntas.

Contagem tem participado das iniciativas promovi-das pela Rede FAL por ocasião do Fórum Social Mun-dial, a exemplo do FSM de Belém e do próximo FSM de Dakar, bem como dos encontros do Fórum Urbano Mundial e de outras iniciativas realizadas nos interva-los destes fóruns, com participação em debates e me-sas redondas.

Fórum de Autoridades Locais de Periferia para Metrópoles Solidárias - REDE FALP

A Rede FALP tem como objetivo mobilizar autorida-des locais de periferias populares para enfrentar o de-safio de construir metrópoles sustentáveis, participa-tivas, solidárias com sua população e com as gerações futuras, bem como fazer ouvir as urgências que vivem sobre seus territórios e no espaço metropolitano que compartilham frente às tensões sociais e da destruição do meio ambiente, observando as condições globais.

Contagem integra a Rede FALP e participa das refle-xões e iniciativas da mesma na promoção de seus ob-jetivos, por meio da elaboração de documentos de dis-cussão e debates internacionais, a exemplo do encon-tro em Nantere e na Universidade de Paris 8.

Observatório Internacional de Democracia Participativa - OIDP

Trata-se de um espaço aberto a todas as cidades do mundo, assim como entidades, organizações e cen-

tros de investigação, que queiram conhecer, trocar ou aplicar experiências sobre democracia participativa no âmbito local para aprofundar a democracia no governo das cidades, para conhecer práticas inovadoras de par-ticipação ativa dos cidadãos e cidadãs na planificação e gestão urbana, para promover a integração de todos os habitantes no governo local e para aplicar políticas lo-cais de desenvolvimento sustentável e coesão social.

Contagem participa do OIDP, com o qual mantém uma correspondência com os chamados para apresentação das boas práticas em gestão local participativa e rece-be regularmente seus comunicados e produção de re-flexões sobre o tema.

Cooperação Descentralizada Brasil-França

A Cooperação Descentralizada Brasil-França represen-ta uma estratégia para os governos locais franceses e brasileiros de construir vínculos privilegiados basea-dos na vontade mútua de contribuir para o desenvolvi-mento local, fortalecendo a articulação federativa, am-pliando as possibilidades de acordos e amadurecendo o debate institucional sobre essa ação.

As Partes entendem, por cooperação descentralizada, as formas de cooperação e ação internacional estabele-cidas entre entidades territoriais francesas e entes fe-derativos brasileiros, bem como os respectivos atores da sociedade civil, no intuito de reforçar os laços entre os dois países, em consonância com as políticas exter-nas conduzidas pelos governos nacionais e com a le-gislação interna de cada parte.

Contagem participou do Encontro da Cooperação Des-centralizada em Lyon, a partir do qual passou a fazer parte de sua estrutura e estabeleceu uma negociação com a Agência Francesa de Desenvolvimento – AFD, para negociar recursos para financiamento do trans-porte metropolitano.


Progetti 100 Città – Lotta Alla Violenza Contro Le Donne ( Brasil – Itália – Argentina – Uruguai)

Enfrentamento à violência contra a Mulher – EVCM (Projeto - Entre Gêneros: nova educação para as relações de gênero)

O projeto “100 cidades para 100 projetos Itália-Brasil” é resultado de uma parceria de cooperação internacio-nal descentralizada, firmada entre os dois países e co--financiada pela União Europeia.

Os objetivos deste projeto são:

1. consolidar a rede e as ações de cooperação descen-tralizada dentro das instituições e das administra-ções públicas italianas e sul-americanas, tendo co-mo tema central os direitos das mulheres;

2. compartilhar e fortalecer as iniciativas de enfren-tamento à todas as formas de violência contra as mulheres.

Em 2006, data do “II Encontro de Cooperação Descen-tralizada Brasil - Itália” no âmbito do Projeto 100 Cit-tà, Contagem passou a integrar o projeto, acompa-nhando os trabalhos da mesa referente à unidade te-mática dos Direitos das Mulheres.

Em meados de 2008, a Província de Torino, propôs à União Europeia um projeto de cooperação entre mu-nicípios Europeus e Latinos Americanos direcionado ao Grupo Temático Direitos das Mulheres, mais espe-cificamente sobre o tema “Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres – EVCM”.

No Brasil as cidades que tiveram os projetos aprova-dos para compor o EVCM foram Contagem, Belo Ho-

rizonte e Teófilo Otoni em Minas Gerais; Araraquara e Santos em São Paulo, Recife em Pernambuco; na Itália, Torino, Borgiallo, Milano, Collegno e Alessandria; na Argentina, Pergamino e Rosário e no Uruguai a Pro-víncia de Canelones, sendo que, para cada cidade lati-na havia uma cidade parceira Italiana.

Contagem, por seu protagonismo em políticas para as mulheres, apresentou o projeto “Entre Gênero: nova edu-cação para as relações de gênero”, uma articulação que envolveu a Coordenadoria de Políticas para as Mulheres (Secretaria Municipal de Direitos e Cidadania), Coorde-nadoria de Modernização e Gestão da Informação (Secre-taria Municipal de Planejamento e Coordenação Geral), Diretoria de Diversidade, Inclusão e ações afirmativas (Secretaria Municipal de Educação e Cultura) e programa “Escola Aberta para Todos” do governo federal.

O projeto “Entre Gêneros” buscou contemplar ações de enfrentamento as diversas formas de violência con-tra as mulheres, e teve como objetivo o empodera-mento de gênero reforçando a capacidade de mulhe-res e homens identificar formas de violência e viola-ções de direitos. O Projeto envolveu os participantes do programa “Escola Aberta para todos” e foi desen-volvido de forma descentralizada nas escolas munici-pais, situadas em sete das oito regionais administra-tivas da cidade: E.M Avelino Camargos, E.M. Cândida Rosa, E.M. José Lucas Filho, E.M. Prof. Hilton Rocha, E.M. Cel. Joaquim, E.M. Wancleber Pacheco, E.M. Hil-da Nunes dos Santos.

Muitos teóricos apontam que o combate ao sexismo exige a interrupção da (re)produção de uma visão bi-polarizada e hierarquizada entre os gêneros, e isso só

O projeto “Entre Gêneros” buscou em sua metodologia aprofundar nos aspectos que

reforçam as desigualdades e violência de gênero, mapeando carências e buscando formas

de prevenção e reparação de direitos violados.


é possível quando criamos espaços de diálogo, refle-xão, troca de experiências e de construção de novas possibilidades no que diz respeito ao modelo hegemô-nico da masculinidade e feminilidade que impera em nossa cultura. O projeto “Entre Gêneros” buscou em sua metodologia aprofundar nos aspectos que reforçam as desigualdades e violência de gênero, mapeando carên-cias e buscando formas de prevenção e reparação de di-reitos violados.

As ações de formação propostas pelo projeto ocorreram a partir de diversas oficinas desenvolvidas durante o ano de 2011, e organizadas em duas partes. A primeira foi de sensibilização, realizada pelos coordenadores munici-pais do projeto, e a segunda parte, de formação, organi-zada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher – NEPEM/UFMG, que trabalhou com os seguintes te-mas: Identidade(s), Igualdade(s) e Diferença(s); Relações de Gênero: Feminilidades e Masculinidades; Relações et-nicorraciais; sexualidades; Direitos Humanos e Ações Afirmativas. No encerramento do processo de formação, cada grupo participante elaborou um plano local de en-frentamento à violência contra a mulher a ser aplicado na própria comunidade.

No final de 2011, o projeto “Entre Gêneros” foi inscrito na 4ª Edição do Prêmio ODM Brasil, ação do governo fe-deral que tem por objetivo valorizar e reconhecer publi-camente as práticas sociais que contribuam com o alcan-ce das metas do milênio.

O Projeto “Entre gêneros” foi um dos 20 vencedores, ali-nhando-se diretamente ao terceiro ODM - “Igualdade entre sexos e Valorização da Mulher” e ao oitavo ODM

- “Todo Mundo Trabalhando pelo Desenvolvimento”. A edição do Prêmio Objetivos do Milênio 2011 contou ao todo com 1.638 práticas inscritas, sendo 918 relativas a organizações da sociedade civil e 720 a prefeituras de to-do o Brasil.

O reconhecimento do projeto “Entre Gêneros” reafir-ma a importância do diálogo intersetorial a partir do en-contro entre atores sociais, que neste caso, envolveu o governo municipal, academia e comunidades locais. Juntos, reconheceram a complexidade que envolve o enfrentamento à violência contra as mulheres, des-pertando para os desafios e responsabilidades de cada grupo em torno dos aspectos relativos à gestão de po-líticas públicas, à disseminação do conhecimento e da informação, que possibilitam o balizamento conceitu-al, e à importância do ativismo comunitário nas situ-ações de violência. Essas responsabilizações ajudam a propiciar o fortalecimento e efetividade das ações ela-boradas e compartilhadas por todos. Assim, os pla-nos locais de enfrentamento à violência contra a mu-lher, elaborados pelos participantes do projeto “Entre Gêneros” emergiram naturalmente como resultado de um processo construído a partir da escuta, da troca de experiências e de novos conhecimentos.

Este projeto possibilitou o encontro das diversas per-cepções que envolvem a violência contra as mulheres, apontando novas possibilidades a partir do diálogo entre gêneros, propostos mediante processos educa-tivos que rompem com as barreiras impostas por uma cultura machista, preconceituosa e conservadora ain-da muito presente na sociedade brasileira.

Os planos locais de enfrentamento à violência contra a mulher, elaborados pelos participantes do projeto “Entre Gêneros” emergiram naturalmente como resultado de um processo construído a partir da escuta, da troca de experiências e de novos conhecimentos.


Programa de Capacitação de Jovens de Países em Reconstrução

O Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC--G) oferece oportunidades de formação superior a cida-dãos de países em desenvolvimento ou em reconstrução com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e cul-turais. Desenvolvido pelos ministérios das Relações Exte-riores e da Educação, em parceria com universidades pú-blicas - federais e estaduais - e particulares, o PEC-G sele-ciona estrangeiros, entre dezoito e vinte e cinco anos, com ensino médio completo, para realizar estudos de gradua-ção no país, assim o aluno estrangeiro selecionado cursa gratuitamente a graduação.

Esta iniciativa de ajuda humanitária é operacionalizada nos municípios por meio da proposta de qualificação via estágio, tendo como principal objetivo melhorar o exercí-cio profissional destes estudantes a fim de que os mesmos possam adquirir conhecimentos práticos na organização e gestão pública para aplicá-los em seu país de origem.

A Prefeitura Municipal de Contagem, por intermédio da Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral e da Secretaria de Administração, recebeu estudantes estran-geiros originários do Haiti, que estão temporariamen-te no Brasil para graduação em áreas diversas no Institu-to Isabela Hendrix, com o objetivo de realizarem estágio curricular no poder executivo municipal.

A parceria foi firmada por meio de convênio celebrado entre a Prefeitura Municipal de Contagem, Prefeitura de Belo Horizonte, Prefeitura de Betim e o Instituto Meto-dista Isabela Hendrix.

O Estado de Minas Gerais recebeu 22 estudantes, dentre os quais cinco foram direcionados para cumprirem está-gio curricular na Prefeitura Municipal de Contagem e os demais nos municípios de Belo Horizonte (12 estudantes) e Betim (5 estudantes).

No ano de 2011, dois dos cinco estudantes que realiza-ram estágio na Prefeitura de Contagem concluíram seus cursos de graduação e retornaram ao país de origem.

Fundo Andaluz de Municípios para a Solidariedade Internacional - FAMSI

O FAMSI é uma rede Andaluz de governos locais e ou-tras entidades, nascida em 2000, com a finalidade de co-ordenar os interesses e os recursos técnicos e financeiros para a cooperação internacional visando o desenvolvi-mento humano em nível local e tem como objetivos:

• Facilitar a troca de experiências entre a Andaluzia e outras partes da geografia do mundo;

• Participar no desenvolvimento de estratégias regio-nais, nacionais e cooperação internacional para o de-senvolvimento;

• Vincular os atores da cooperação descentralizada local andaluza com os de outros países do sul e do norte, e com comunidades em processos de desenvolvimento econômico, com o apoio da cooperação internacional.

Contagem mantém relações de cooperação com o FAM-SI, por meio da Rede Brasileira de OP, por meio do qual é convidado a participar dos espaços de formação e de ini-ciativas promovidas pela cooperação espanhola.


Rede Mercocidades

A Rede Mercocidades é uma rede de cooperação hori-zontal existente desde 1995, formada por mais de du-zentos e cinquenta cidades dos países que integram o MERCOSUL (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Pa-raguai, Peru e Uruguai), cuja população ultrapassa os mais de oitenta milhões de cidadãos. Hoje é uma importante ferramenta de articulação política e so-cial que aproxima os governos locais dos órgãos deci-sórios do MERCOSUL, tornando o processo de inte-gração regional no Cone Sul mais democrático. Suas ações se realizam em torno de um Plano de Trabalho aprovado nas cúpulas anuais da Rede.

Contagem integra a Rede Mercocidades pelas Unida-de Temática de Planejamento Estratégico - UT (onde é subcoordenadora) juntamente com a cidade Argen-tina de Morón; e pela Unidade Temática de Gênero e Municípios - UTGM, avaliada em 2011, pela Secreta-ria Executiva e pela Secretaria Técnica Permanente de Mercocidades com nota máxima, alcançando a ca-tegoria PROATIVA. Essa Instância Temática promo-ve espaços de trocas com a sociedade civil, contribui na elaboração de políticas públicas e promove pesqui-sas, além de socializar experiências exitosas das ges-tões locais.

Como município integrante da UTGM, Contagem de-senvolve a Política Pública para Mulheres partindo do conceito de cidadania ativa, que deve contar com a par-ticipação de todos e todas, para a necessária mudan-ça social consolidada em valores éticos e democráticos. Nesta perspectiva, assume relevância a contribuição das mulheres e homens, do Projeto “Entre Gêneros: no-va educação para as relações de gênero”, cuja ação trans-

formadora é capaz de gerar a força coletiva para o esta-belecimento de novas relações humanas e sociais.

Esta cidadania múltipla é ativa, consciente, co-respon-sável, construtora de parcerias e se traduz na emergên-cia do feminino. Vai além do exercício pleno da cida-dania das mulheres ou da sua busca por condições de igualdade com os homens porque ela possibilita tecer redes, integrar políticas e conectar vidas. Esta experi-ência exitosa vem de forma contundente contribuindo para a efetivação dos Objetivos para o Desenvolvimen-to do Milênio - ODM, tanto no eixo 3 - Pela Igualdade Entre Sexos e Valorização da Mulher, quanto no eixo 8 - Todo Mundo Trabalhando pelo Desenvolvimento.

Rede Brasileira de Orçamento Participativo - OP

A Rede Brasileira de Orçamento Participativo funciona como um espaço para reunir, articular, fortalecer e con-solidar as experiências de Orçamento Participativo das cidades brasileiras. Esta iniciativa almeja, acima de tu-do, ser uma facilitadora para que um número cada vez maior de cidadãs(os) possa participar da gestão pública de sua cidade tendo como principais objetivos:

1. Buscar o reforço de iniciativas das cidades que possuem uma visão de democracia participativa;

2. Enfrentar os dilemas e impasses que se consti-tuem em desafios a estas iniciativas na perspectiva de criação de alternativas a tais enfrentamentos;

3. Buscar o enriquecimento, aprimoramento e avan-ço qualitativo das experiências das cidades que de-senvolvem Orçamento Participativo;

4. Consolidar e fortalecer os processos desenvolvi-


dos, por meio de avaliação dos resultados alcança-dos buscando a criação ou aplicação de metodolo-gias de avaliação do impacto das práticas de OP na qualidade de vida da população beneficiada;

5. Promover ações e estudos no sentido de registrar a memória das experiências de OP desenvolvidas no Brasil durante as duas últimas décadas.

Contagem integra a Rede Brasileira de OP e exerce a coordenação do Grupo de Trabalho de Cooperação da mesma.

Projeto Segurança com Cidadania

O Programa Conjunto “Segurança com Cidadania: prevenindo a violência e fortalecendo a cidadania, com foco em crianças, adolescentes e jovens em con-dições vulneráveis nas comunidades brasileiras” é um dos projetos da ONU no Brasil que visam contri-buir para o progresso e o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio a partir do desenvol-vimento de capacidades locais e do fortalecimento e modernização institucional de estados e municípios.

Financiado pelo Fundo Espanhol para Alcance dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, é compos-to por ações dirigidas a alcançar a redução da violência

O Programa Conjunto “Segurança com Cidadania é composto por ações dirigidas a alcançar a redução da violência que afeta crianças, jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade”.

que afeta crianças, jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade, por meio do cumprimento voluntá-rio das regras de convivência social, da auto-regulação do comportamento e da promoção de mecanismos de controle social.

O Programa tem ainda a intenção de construir e refor-çar as capacidades dos atores locais para garantir que as ações sejam levadas a cabo no âmbito da plena con-vivência cidadã e de um plano de segurança, assim co-mo o reforço das condições de governança local que as-segurem a sustentabilidade das ações.

Contagem (MG), Lauro de Freitas (BA) e Vitória (ES) foram os municípios brasileiros selecionadas para o de-senvolvimento do Programa, em áreas específicas dos seus territórios, escolhidas com base em critérios so-cioculturais, taxas de criminalidade e violência e con-dições de sustentabilidade.

O público do programa tem entre 10 e 24 anos, parti-cularmente vulneráveis por serem excluídos do siste-ma educativo, vítimas de violência doméstica ou inter-geracional, estarem envolvidos em atividades relacio-nadas com drogas ou pertencerem a uma comunida-de afetada pela presença de capital social perverso ou prejudicial.


O Programa Conjunto é uma experiência inovadora que estimula a ação intersetorial, tan-to dos gestores locais quanto das agências da ONU envolvidas, e a governança local, forta-lecida pela participação cidadã no desenvolvimento de suas estratégias, dentre elas:

1. Fortalecimento da capacidade local para prevenir e reduzir a violência e promover a convivência e cultura cidadã.

2. Estímulo a mudanças comportamentais sustentáveis a partir da prática do esporte, da cultura e das artes como meios de estímulo para a convivência comunitária, participa-ção e criação de vínculos sociais e de pertencimento.

3. Promoção de espaços urbanos seguros.

4. Difusão e implementação de práticas de resolução pacífica de conflitos nas comunida-des para prevenir a violência doméstica e social entre as mulheres e fortalecer as iden-tidades étnico-raciais.

5. Redução de fatores causadores de vulnerabilidade à violência entre jovens, crianças e adolescentes.

As ações do programa Conjunto “Segurança Cidadã” são norteadas por três conceitos: convi-vência, segurança cidadã e desenvolvimento humano. De acordo com o marco conceitual de interpretação–ação do PNUD (2007)7, a convivência “é definida como a qualidade que tem o conjunto de relações cotidianas que ocorrem entre os membros de uma sociedade quando se harmonizam os interesses individuais com os coletivos e, portanto, os conflitos se adminis-tram de maneira construtiva” e adquire, neste contexto, uma conotação de ausência de vio-lência nas relações interpessoais e sociais.

O conceito de desenvolvimento humano refere-se ao aumento das categorias e de oportu-nidades de escolha das pessoas, e a segurança humana implica que os indivíduos façam uso dessas opções de maneira segura e absolutamente livre, o que inclui as seguranças econômi-ca, alimentar, ambiental, pessoal, comunitária e política. No âmbito da segurança humana, a segurança cidadã diz respeito à sociabilidade, ao bem-estar das pessoas e aos direitos hu-manos, o que reposiciona a cidadania, incorporando o princípio da convivência humana.

7 PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. 2007, 33 p.


Frente Nacional de Prefeitos

A Frente Nacional de Prefeitos - FNP é uma entidade supra-partidária que há vinte anos congrega prefeitos e prefeitas das cidades brasileiras. A criação da FNP, em 1989, deu-se em contexto de esperança e de preocupação para os muni-cípios. A esperança vinha da recém-promulgada Constitui-ção de 1988, que assegurava aos municípios autonomia po-lítica inédita. A preocupação consistia em viabilizar meios para o cumprimento desse novo papel, combinado aos de-safios permanentes de melhorar a qualidade de vida da po-pulação e assegurar a democracia recém-reconquistada.

Contagem participa de iniciativas da FNP, a exemplo da XV Cúpula da Rede Mercocidades e a 58ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) sediada por Belo Horizonte.

Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis

A Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentá-veis foi lançada em 8 de julho de 2008 em Belo Horizon-te (MG) por um conjunto de organizações e movimentos da sociedade civil brasileira.

O Município “entende” que o tema sustentabilidade exige soluções para o enfrentamento de problemas antigos, visando sempre avançar a um novo modelo de desenvolvimento.

Sua missão é: “comprometer a sociedade e sucessivos go-vernos com comportamentos éticos e com o desenvolvi-mento justo, democrático e sustentável de suas cidades.” (PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS, 2012).

A rede ainda visa elaborar ferramentas de conhecimen-to e monitoramento sobre a qualidade de vida nos muni-cípios, qualificar o controle social dos poderes públicos, atuar como atores de interlocução e proposição junto aos legislativos e executivos municipais, contribuir com a formação de uma nova cultura política na relação esta-do/sociedade.

Em abril de 2012, Contagem passou a integrar esta re-de. O Município “entende” que o tema sustentabilidade exige soluções para o enfrentamento de problemas an-tigos, visando sempre avançar em um novo modelo de desenvolvimento. A visão do Município está alinhada à da Rio+20 conferência que trará para o Brasil essa dis-cussão e que terá a participação do município de Con-tagem.


Praça da Glória


3 CONTAGEM E OS OBJETIVOS DO MILÊNIO

Praça da Glória


3.1 Painel da realidade Socioeconômica e Ambiental do Município

O município de Contagem está localizado na região central do estado de Minas Gerais. In-tegra o núcleo polarizador de atividades industriais, de comércio e serviços da Região Me-tropolitana de Belo Horizonte, fazendo limites com a capital do Estado, Belo Horizonte. Detêm 5,4% de participação no PIB mineiro (15, 4 bilhões em 2009), ocupando a quar-ta posição entre as maiores concentrações do produto interno mineiro. Detém a terceira posição no Estado, contribuindo com 5,5% do Valor Adicionado (VA) da indústria minei-ra, contribuição atribuída, principalmente, aos segmentos industriais da metalurgia, quí-mica, de refratários, máquinas e equipamentos e material elétrico, eletrônico e comunica-ções. O Valor Adicionado Industrial de Contagem corresponde a 32,4% do Valor Adiciona-do total do Município (MINAS GERAIS. FJP, 2010).

Contagem é o terceiro município mais populoso do Estado de Minas: 603.442 mil habi-tantes no Censo Demográfico de 2010; neste mesmo ano registra uma taxa de urbaniza-ção de 99,7%. Desde o penúltimo Censo Demográfico, do ano de 2000, o Município já ab-sorvia 12% do contingente populacional metropolitano, mantendo a tendência de au-mento de participação nesse contexto em 2010, quando atinge o percentual de 12,35%. Em termos da dinâmica populacional, por três décadas, e desde a ocupação do Distrito In-dustrial Cel. Juventino Dias nos anos de 1950, o Município manteve taxas de crescimen-to populacional em níveis superiores a 10%. Após experimentar um ciclo expansionista de alta expressividade, só a partir da década de 1970/1980 que seu crescimento desacelera, até atingir o nível da média metropolitana na última década: 1,15% a.a.

Assim como outras cidades de base industrial instaladas em território brasileiro, a cida-de de Contagem não deixou de ser atingida pela perda de dinamismo econômico brasileiro dos anos 80, pelos processos de abertura e internacionalização da economia dos anos 90, e pela desarticulação do aparato institucional de suporte ao processo de industrialização do Estado que, conjugados a outros fatores macro e micro econômicos, levaram à perda do dinamismo da indústria local. Essa perda de dinamismo acontece em via dupla, por um la-

3. CONTAGEM E OS OBJETIVOS DO MILÊNIO


do, em relação aos outros setores econômicos menos intensivos de tecnologia e conheci-mento, como o comércio e serviços pessoais de baixa qualificação, pouco dinâmicos em termos de geração de renda, por outro, em relação a outras plantas mais modernas locali-zadas fora dos limites da cidade industrial de Contagem, com maior poder de atratividade de novos investimentos (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, 2005, v. 1).

Em contraposição à década de 80, de forte estagnação econômica, a década de 90 marcou a retomada da produtividade industrial brasileira. A abertura econômica comercial no início da década e a estabilização dos preços com o advento do Plano real em 1994, propiciaram mudanças na estrutura produtiva do país. Por outro lado, a terceirização do trabalho vai ga-nhando importância nesse período e assume fundamental importância no setor serviços.

Na primeira década de 2000 ocorre a recuperação do emprego formal, o que, em temos se-toriais, retrata a explosão da indústria da construção civil, impulsionada pela expansão de novas moradias e pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), aliado ao bom desem-penho da indústria de transformação e do setor serviços que, por sua vez, continua sendo o segmento com maior criação de empregos em termos absolutos.

O crescimento do emprego formal no município de Contagem e no País, como um todo, nesta década foi tão expressivo que além de possibilitar a absorção do aumento da Popu-lação Economicamente Ativa (PEA), também permitiu a recolocação de indivíduos desem-pregados no mercado de trabalho. Podemos observar a posição de destaque do município de Contagem em relação ao estado de Minas Gerais e ao Brasil na TAB. 1 que apresenta um retrato do mercado de trabalho com relação a novos empregos formais no período de 2003 a agosto de 2011.

TABELA 1

MERCADO DE TRABALHO NOVOS EMPREGOS 2003 A 08/2011

Relação Empregos Formais Quantidade Variação

CONTAGEM 197.884 83.325 72,73%

MINAS GERAIS 4.876.211 1.829.849 60,07%

BRASIL 45.893.737 17.209.824 60,00%

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE- RAIS-CAGED / BRASIL. Portal Federativo, 2011.Elaborado por: Prefeitura do Município de Contagem/SEPLAN/COMODER/DITEC


Apesar da primeira crise internacional no ano de 2008, no balanço dos anos de 2000 não houve queda signi-ficativa do nível de emprego no mercado de trabalho brasileiro, pois as medidas anticíclicas adotadas pe-lo governo federal aliadas às medidas de fortalecimen-to do mercado interno, como aumento do salário míni-mo, expansão da oferta de crédito e a manutenção dos programas de transferência de renda, auxiliaram o pa-ís a atravessar a crise sem traumas, ou seja, o merca-do de trabalho brasileiro continuou apresentando bom dinamismo. No âmbito municipal, ações da Prefeitu-ra dirigidas para geração de emprego e renda permiti-

ram que o Município continuasse a manter um bom de-sempenho econômico, se destacando, principalmen-te, na área da Indústria e Serviços, conforme podemos constatar pela TAB. 2, acumulado mão-de-obra no pe-ríodo de 2003 a 2010. Esses são os casos da atuação de Contagem na intermediação de mão-de-obra; na quali-ficação profissional; na assessoria a grupos de geração de renda no modelo da Economia Solidária; na criação da Unidade Móvel do SINE Municipal8, e na ampliação da inclusão social por meio de programas como o Bolsa Família, que incorporou até 2011 mais de 8 mil famí-lias (vide TAB. 3).

TABELA 2

EVOLUÇÃO ESTOQUE DA MÃO-DE-OBRA POR SETORES DE ATIVIDADE IBGE, 2003-2010

SETOR ATIVIDADE IBGE 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

AGRICULTURA, SILVICULTURA, CRIAÇÃO DE ANIMAIS, EXTRATIVISMO VEGETAL

752 776 722 1.232 908 654 514 552

TOTAL INDÚSTRIA 38.262 45.584 47.996 50.966 54.091 59.100 60.648 64.356

TOTAL COMÉRCIO 32.161 35.635 38.864 41.099 44.863 49.216 50.662 56.818

TOTAL SERVIÇOS 43.260 46.212 47.460 54.006 53.964 54.723 58.981 60.944

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E AUTÁRQUICA

11.826 11.369 10.438 9.269 10.402 8.819 10.180 9.319

TOTAL 126.261 139.576 145.480 156.572 164.228 172.512 180.985 191.989

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE-RAIS, 2003-2010.Elaborado por: Prefeitura do Município de Contagem/SEPLAN/COMODER/DITEC

8 O Sine Móvel é um ônibus adaptado, que trabalha em parcerias com as administrações regionais do Município e empresas, facilitando o acesso dos trabalhadores que moram nas regiões mais distantes da Cidade.


A segunda crise internacional (2010), a crise financei-ra europeia, exigiu do Governo Federal medidas “macro prudenciais” de política monetária que podem ser visua-lizadas, sobretudo, pelo aumento da taxa básica de juros e restrição ao crédito, medidas adotadas com o intuito de frear o consumo interno e conter focos de aceleração do processo inflacionário. Almeja-se com tais medidas uma desaceleração do nível de atividade e, consequente-mente uma redução nos níveis de emprego.

Adicionalmente aos efeitos do baixo dinamismo econô-mico das duas últimas décadas e das sucessivas crises in-ternacionais, e seus reflexos internos na economia local, no caso das cidades metropolitanas ao redor do mundo, a combinação entre elevadas taxas de crescimento ur-bano e de industrialização acaba por conduzir à precari-zação das condições de vida e deterioração do meio am-biente urbano. Como era de se esperar, também em Con-tagem a urbanização acelerada traduziu-se pela perda de poder aquisitivo e maior concentração de renda da po-pulação, e em pressões crescentes da demanda sobre a oferta de serviços públicos da área social.

Tratando-se dos indicadores de renda, em 2000 a par-ticipação dos 20% mais ricos na renda era 17 vezes su-perior a dos 20% mais pobres: 54,7% e 3,3%, respec-tivamente; entre 1991 e 2000 a participação dos 20% mais pobres da população na renda passou de 4,2%, pa-ra 3,3%, ou seja, houve um aumento nos níveis de de-sigualdade da população de Contagem no período. En-tre os dois Censos o número de indigentes manteve--se no patamar próximo de 7% com ligeiro aumento: de 6,82% passou para 6,96%, segundo Atlas de Desenvol-vimento Humano. Também da mesma fonte: o núme-ro de responsáveis por domicílio sem rendimento subiu de 2,42 para 8,76; o percentual de idosos morando sozi-nhos, ou da população acima de 65 anos, subiu de 8,45% para 11,35% no mesmo período alcançando 12,63% em 2010. A indisponibilidade dos demais indicadores acima para o Censo de 2010, na forma apresentada nos Censos de 1991 e 2000, não nos permite avaliar a evolução das condições sociais e de renda da população e dos domicí-lios pós 2000. No entanto, é possível constatar uma me-lhoria nas condições médias da população e domicílios das seguintes perspectivas de análise:

TABELA 3

AVANÇO NO ATENDIMENTO DE FAMíLIAS PELO PROGRAMA BOLSA FAMíLIA NO MUNICíPIO DE CONTAGEM (2005-2008), ATÉ ABRIL DE 2012Número de Famílias Atendidas pelo Programa Bolsa Família

Anos anteriores Período 2005-2008 Até abril 2012

13.568 19.179 22.008Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social - MDS, 2012. Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social, 2008.

Elaborado por: Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITEC


1º. Entre 1991 e 2010, a proporção de pessoas com ren-da domiciliar per capita de até meio salário mínimo re-duziu em 37,0%; no mesmo período a proporção dos domicílios com acesso à rede de água geral passou de 95.8% para 99,3%, e mais expressivos ainda são os re-sultados apresentados para os domicílios que possuem formas de esgotamento sanitário consideradas adequa-das, cujo indicador subiu de 61.7% para 92,6% no perío-do entre censos; em valores nominais a renda média da população de dez anos e mais passou de R$ 597,24 pa-ra R$ 1.148,95. Em termos de renda média per capita ocorreu um crescimento real de 3,63% entre os dois úl-timos censos, período em que o indicador passou de R$ 547,749 para R$ 782,44, segundo dados divulgados pe-lo IBGE, Censo 2000 e Sinopse dos Resultados do Cen-so 2010, elaborado e disponibilizado pelo Sítio Eletrôni-co da Fundação João Pinheiro – (MINAS GERAIS. FJP, 2010)10.

2º. Com base no PIB municipal divulgado pela FJP, po-demos inferir sobre a desigualdade de uma perspectiva regional. Ainda que Contagem detenha posição de desta-que no Estado em termos de valor agregado total - ocupa a quarta posição entre as maiores concentrações do PIB mineiro em 2009, posiciona-se em 41º lugar quando se trata da distribuição desse indicador econômico per ca-pita: R$ 24.641 no mesmo ano. Para efeito comparati-vo, da análise feita pela FJP, é possível constatar que os dez municípios de maior PIB per capita registraram va-lores entre R$42.920 e R$187.402. Entre eles, seis pos-suem população inferior a dez mil habitantes. Esse qua-dro desfavorável levou que políticas e programas públi-cos priorizassem ações de minimização dos efeitos ex-

cludentes de ocupação da cidade nesses oito últimos anos de administração, e os primeiros resultados do Censo Demográfico de 2010 são de validação das esco-lhas feitas em termos de ações implementadas.

A definição de prioridades e eixos contemplados pelas políticas sociais do município de Contagem levam, ain-da, em consideração:

• o processo acelerado de envelhecimento da população de Contagem, registrado no Censo de 2010 em relação aos Censos de 2000 e de 1991 (GRAF. 4). Em 1991 es-se indicador correspondia a 11,4%; passa para 14,4% em 2000 e chega em 27,9% em 2010. De acordo com Shryock e Siegel (1976) um índice de envelhecimento superior a 30% pode ser considerado de uma popula-ção idosa. De acordo com esses autores, Contagem es-taria em situação intermediária, porém bem próxima do limite desse nível: de 15 a 30%.

• a queda do percentual da população de zero a qua-tro anos de idade (de 9,07% em 2000 para 6,47% em 2010) e do aumento da população acima da faixa etá-ria de sessenta e cinco anos (de 3,95% em 2000 pa-ra 5,98% em 2010), que corroboram o envelhecimen-to populacional;

• a redução do contingente populacional em idade esco-lar (infantil e fundamental): a queda da população na faixa de zero a quatro é a mais expressiva: de 4,6% pa-ra 3,2%, que equivale a uma redução de 9.770 crianças no grupo etário; no grupo de cinco a nove anos houve uma redução de 1%, que corresponde a 6.532 crianças a menos no 1º ciclo do ensino fundamental; se a esse contingente acrescermos a variação encontrada na fai-

9 A renda de 2000 foi corrigida pelo INPC acumulado do período (fator de correção = 1,95209).

10 MINAS GERAIS. Renda per capita dos municípios de Minas Gerais (Censo Demográfico - 2010), 2010.


xa de dez a quatorze anos (2º ciclo do ensino funda-mental) teremos uma redução de demanda por ensino fundamental correspondente a “7.771 crianças”.

Seja em função da dinâmica populacional, urbana ou econômica, merece destaque a posição alcançada por Contagem, como o terceiro município mineiro em rela-ção ao tamanho da população e em relação à sua espe-cialização industrial, conquistada ao longo de seu cres-

cimento econômico, esta aliada à sua complementarida-de com a capital do Estado, Belo Horizonte. Acrescenta--se às condições acima as economias externas decorren-tes de sua proximidade às rodovias federais, do aeropor-to internacional, de Universidades e Centros de Pesquisa de excelência e do Parque Tecnológico de Belo Horizon-te, ativos intangíveis de considerável valor para o desen-volvimento local sustentável.

Planilha3

Faixa etária Porcentagem Homens C Porcentagem Homens Porcentagem Mulheres Porcentagem Mulheres Censo 20100 a 4 anos 4,6% 3,3% 4,5% 3,2%5 a 9 anos 4,5% 3,5% 4,4% 3,4% 9,1% 6,8% 8,9% 6,6%10 a 14 anos 4,7% 4,1% 4,6% 4,0%15 a 19 anos 5,1% 4,2% 5,2% 4,2% 9,8% 8,3% 9,9% 8,2%20 a 24 anos 5,3% 4,7% 5,3% 4,7%25 a 29 anos 4,5% 4,9% 4,6% 5,0% 9,9% 9,6% 9,9% 9,7%30 a 34 anos 4,2% 4,6% 4,4% 4,7%35 a 39 anos 3,8% 3,9% 4,2% 4,1% 8,1% 8,5% 8,6% 8,8%40 a 44 anos 3,4% 3,6% 3,6% 3,8%45 a 49 anos 2,6% 3,1% 2,9% 3,5% 6,0% 6,7% 6,5% 7,4%50 a 54 anos 2,0% 2,7% 2,2% 3,1%55 a 59 anos 1,4% 2,0% 1,5% 2,4% 3,4% 4,8% 3,7% 5,5%60 a 64 anos 1,1% 1,5% 1,2% 1,8%65 a 69 anos 0,7% 1,0% 0,9% 1,3% 1,8% 2,5% 2,2% 3,0%70 a 74 anos 0,5% 0,7% 0,6% 0,9%75 a 79 anos 0,2% 0,4% 0,4% 0,6% 0,7% 1,1% 1,0% 1,6%80 a 84 anos 0,1% 0,2% 0,2% 0,4%85 a 89 anos 0,1% 0,1% 0,1% 0,2% 0,2% 0,3% 0,3% 0,6%90 a 94 anos 0,0% 0,0% 0,0% 0,1%95 a 99 anos 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,1%Mais de 100 anos 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010Nota: Dados Trabalhados levando como base a população do Município de Contagem nos Censos de 2000 e 2010População do Município de Contagem Censo 2000 - 538.017População do Município de Contagem Censo 2010 - 603.442

-5,5% 0,0% 5,5%

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 a 84 anos

85 a 89 anos

90 a 94 anos

95 a 99 anos

Mais de 100 anos

Gráfico 4. Pirâmide Etária referente a distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade Contagem (MG) - Comparativo entre Censo 2000 e Censo 2010

Porcentagem Homens Censo 2000 Porcentagem Homens Censo 2010 Porcentagem Mulheres Censo 2010 Porcentagem Mulheres Censo 2000

Página 1

Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000, 2010.Elaborado por Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITECNota: Dados Trabalhados levando como base a população do Município de Contagem nos Censos de 2000 e 2010População do Município de Contagem Censo 2000 - 538.017População do Município de Contagem Censo 2010 - 603.442


Desde 2004 a política social de Contagem tornou-se uma prática intersetorial, modalidade de gestão que busca na intersetorialidade meios para resolução de problemas comuns às diversas secretarias municipais

3.2. Políticas Sociais do município de Contagem: proposta de prática intersetorial em gestão pública municipal

Desde 2001 a política social do município de Contagem orienta-se segundo programas so-ciais do governo federal, a exemplo do Bolsa Escola, Auxílio Gás e Bolsa Alimentação. Es-ses programas foram implementados segundo especificidades locais, entre elas uma popu-lação com uma alta mobilidade social e pontos elevados de graus de vulnerabilidade, con-forme dados constatados pelo Ministério da Saúde.

Em 2004 o governo federal criou o Programa Bolsa Família, unificando todos os progra-mas de transferência de renda e subordinando-os ao Ministério do Desenvolvimento So-cial e Combate à Fome. Nesse ano a administração municipal de Contagem, instituiu a Ge-rência do Cadastro Único na Secretaria de Desenvolvimento Social, com o intuito de via-bilizar a centralização de toda a execução técnica e operacional necessária à manutenção dos cadastros dos programas que compõem a rede de proteção social do Município. Em ja-neiro de 2005, a Gerência do Cadastro Único é reformulada e assume o status de Direto-ria dos Programas de Transferência de Renda cujas funções alcançam um grau de comple-xidade maior tornando-se bem mais abrangentes.

Entendida como marco em inovação, desde 2004 a política social de Contagem tornou-se uma prática intersetorial, modalidade de gestão que busca na intersetorialidade meios pa-ra resolução de problemas comuns às diversas secretarias municipais. Com esse intuito, vem trabalhando em conjunto com outras instâncias políticas na medida em que segue as diretrizes e determinações constantes das diversas leis federais dos setores de saúde (SUS - Sistema Único de Saúde), de assistência social (LOAS - Lei Orgânica da Assistência So-cial), da criança e adolescente (ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente), de educação (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e de política urbana.


Essa modalidade de atuação, a prática intersetorial, des-de então passa a envolver a cooperação e a coordenação entre as várias políticas setoriais, uma vez que a melho-ra de um setor pode depender de investimentos em ou-tra política setorial com grande interface, a exemplo dos setores de saúde e saneamento, educação e assistência social, meio ambiente urbano e qualidade de vida huma-na, entre outros. O aprendizado que resulta dessa práti-ca permite ao município aceitar o desafio de assumir os compromissos do Pacto do Milênio, de combater a po-breza e a fome em Contagem, uma vez que esta em ple-nas condições de associar compromissos institucionais de sua agenda política, de incorporação dos vários gru-pos sociais que vivem hoje na marginalidade à cidadania plena, aos recursos, metas e ações definidas no planeja-mento estratégico municipal e ao cumprimento dos oito Objetivos do Milênio.

3.3 Iniciativas e ações municipais no campo dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Ao assumir o compromisso para o alcance dos oito Obje-tivos de Desenvolvimento do Milênio, Contagem refor-ça sua agenda política de desenvolvimento local, ou seja, de incorporação dos vários grupos sociais que vivem ho-je na vulnerabilidade à cidadania plena, pela definição de metas setoriais acordadas no Pacto do Milênio. No con-junto dos esforços realizados pelos diversos órgãos e ins-tâncias políticas de governo que trabalham em prol dos Objetivos do Milênio, metas e indicadores de medida vi-sam o enfrentamento de problemas específicos da locali-dade afetos à pobreza, às desigualdades de qualquer na-

tureza e ao desequilíbrio ambiental. A ordem do dia é a inclusão social e a promoção da qualidade de vida no meio urbano.

Caminhando nessa direção, as ações da Prefeitura pa-ra a ampliação da inclusão social e a promoção da quali-dade de vida no meio urbano ganham novo impulso em termos de compromisso com o governo federal (agen-da 2009-2012) e o Pacto do Milênio. São exemplos de ações, programas e benefícios na área da assistência so-cial os CRAS/Casas da Família – Centro de Referência da Assistência Social e os Plantões Sociais, que juntos, con-seguiram descentralizar as demandas pelos serviços, o que resultou em uma maior rapidez no atendimento aos solicitantes. As pessoas com deficiência e/ou mobilida-de reduzida e os/as idosos/as foram atendidos (as) com programas como o Sem Limite (transporte gratuito), Cartão Ótimo Especial e Cartão Ótimo Sênior que con-tribuíram para a melhoria da acessibilidade e mobilidade urbana. Na área de trabalho e renda, a Economia Solidá-ria alcançou status de política pública, o SINE (Sistema Nacional de Emprego) foi municipalizado e ainda conta com uma unidade especial, o SINE Móvel, que tem como objetivo facilitar o acesso dos cidadãos que moram em regiões mais distantes. Sua agenda é divulgada nas Re-gionais Administrativas, nas escolas, e por meio de fai-xas nos bairros. Os serviços disponíveis são: cadastro, retorno e encaminhamento para vagas de emprego.

Em Contagem, a segurança alimentar estrutura-se em programas que tem como finalidade enfrentar o proble-ma da fome no município, como por exemplo, o Cen-tro Municipal de Agricultura Urbana e Familiar; o pro-grama Cozinha Comunitária que atende mais de cento

11 Dados referentes ao período de governo (2005-2008). Prefeitura do Município de Contagem /Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social


e quarenta famílias e distribui cerca de novecentas re-feições/dia; e o Banco de Alimentos que atende mais de cinco mil pessoas/dia e já distribuiu mais de onze mil cestas básica11. Desde 2005 o município de Conta-gem é parceiro do Ministério do Desenvolvimento So-cial e Combate à Fome (MDS) em vários programas e projetos de segurança alimentar e nutricional. Além dos programas mencionados, o Município também executa o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), no qual, a Prefeitura realiza a aquisição de alimentos agroecológicos provenientes de agricultores familiares de 16 municípios mineiros para doação, por meio do Banco de Alimentos. Essa ação beneficia diretamen-te agricultores e instituições com sede no município. CONTAGEM (2011, p. 78).

No âmbito educacional, constatamos que o bom de-sempenho de Contagem em avaliações como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB - Mi-

nistério da Educação) é fruto dos investimentos na formação continuada dos trabalhadores da educação, implementação do plano de carreira com valorização salarial, ampliação de recursos nos caixas escolares, re-formas e investimentos em infraestrutura e em pro-jetos de ampliação da jornada educativa dos estudan-tes, fortalecimento dos conselhos escolares e da parti-cipação da comunidade na escola, o que vem em dire-ção ao segundo objetivo do Pacto do Milênio. A parce-ria entre município e governo federal vem estruturan-do uma rede de Centros Municipais de Educação In-fantil (CEMEIS) que atendem as oito Regionais Muni-cipais, ofertando ensino de qualidade, em tempo in-tegral, com uma infraestrutura que possui: mobiliá-rio, brinquedos, além de espaços físicos com acessibi-lidade para melhor atender as crianças. De acordo com dados do Relatório de Gestão 2011, o número de edu-candos matriculados nos CEMEIS aumentou mais de 146% em cinco anos. Em 2005 eram “2.295” educan-

A parceria entre município e governo federal vem estruturando uma rede de Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIS) que atendem as oito Regionais Municipais, ofertando ensino de qualidade, em tempo integral

Cemei Jardim Laguna


dos passando para “5.656” em 2010. Ações como a dis-tribuição de Kits Escolares, melhoria da merenda escolar (fornecimento de cardápios nutricionalmente balance-ados à faixa etária atendida) e programas como o “Nos-sa Escola”, que tem como finalidade estimular os pais no acompanhamento dos filhos com os deveres de casa, contribuem para a redução de indicadores como a distor-ção idade-série, a evasão escolar e a razão entre meninas e meninos nos ciclos do ensino fundamental asseguran-do a igualdade de gêneros.

O “Escola Integral”, “Programa de Educação Integral e Integrada” tem como objetivo ampliar os tempos, espa-ços e estratégias educativas integrando as políticas so-ciais nos territórios regionais, garantindo o acesso a di-reitos e a proteção social às crianças, adolescentes e jo-vens. Busca também a oferta de atividades educativas para a comunidade em variados espaços públicos e co-munitários da cidade. O Programa foi instituído em 12 de abril de 2010, pela Lei nº 4.335/2010, e é fruto de uma construção intersetorial que possibilitou o diálogo das secretarias que integram a Câmara de Políticas So-ciais da Prefeitura de Contagem. As ações são desenvol-

vidas em 17 territórios da cidade que articulam uma re-de de serviços e equipamentos para atendimento inte-gral e integrado aos estudantes e à população. O Territó-rio Educativo-Educador – TED, além da rede de serviços sociais, compreende a escola e demais equipamentos que também educam a exemplo das praças, centros cultu-rais, bibliotecas, empresas, salões comunitários, quadras esportivas, instituições da sociedade civil, dentre ou-tros. O “Escola Integral” promove a integração de diver-sas ações, projetos, e programas na perspectiva da inter-setorialidade e em consonância com o conceito de “Cida-de Educadora”.

A política cultural do Município de Contagem avançou significativamente nos últimos anos. O Programa de Educação Patrimonial “Por Dentro da História” tornou--se uma referência nacional ao conquistar o Prêmio Ro-drigo de Melo Franco de Andrade do IPHAN - Ministério da Cultura em 2008. As ações buscam fortalecer o sen-timento de pertencimento das cidadãs(os) à cidade por meio do conhecimento da história do município e de seu patrimônio cultural. A criação, revitalização e restaura-ção dos espaços públicos, como praças, parques, alguns

O “Escola Integral”, “Programa de Educação Integral e Integrada” tem como objetivo ampliar os tempos, espaços e estratégias educativas integrando as políticas sociais nos territórios regionais, garantindo o acesso a direitos e a proteção social às crianças, adolescentes e jovens.


bens tombados e equipamentos culturais, potencializou ações de descentralização de eventos e atividades de ca-ráter cultural nas diversas regiões da cidade.

No âmbito da igualdade de gênero e raça, iniciativas co-mo o Consórcio Regional de Promoção da Cidadania “Mulheres das Gerais” (Belo Horizonte, Betim, Conta-gem e Sabará), por sua vez, reforçam o compromisso dos municípios de acordo com os Objetivos 3 “Igualda-de entre Sexos e Valorização da Mulher” e 8 “Todo Mun-do Trabalhando pelo Desenvolvimento” para edificação de uma sociedade mais justa e democrática. O Consórcio caracteriza-se como:

“[...] um instrumento viabilizador de ações cooperadas e coordenadas entre os entes federativos, para ampliar o alcance, aumentar a efetividade da aplicação de recursos públicos, alavancando assim o impacto das políticas públicas de responsabilidade partilhada entre os entes consorciados. Assim, o objetivo de interesse comum a ser realizado pelo consórcio é a prevenção e enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres, entendido como uma forma de violação dos direitos humanos. (CONSÓRCIO, 2008 p. 06 apud OLIVEIRA, 2011, p. 39).

Seguindo essa linha de ação ajustada aos preceitos do terceiro Objetivo do Milênio, em 2005 a Prefeitura ins-titucionalizou a Coordenadoria de Políticas para as Mu-lheres (COPOM) a qual é responsável por elaborar, im-plantar, monitorar e avaliar atividades, ações, progra-mas e projetos direcionados a garantia dos direitos das mulheres de Contagem. As linhas de trabalho dessa Co-

ordenadoria, alinhadas ao Plano Nacional de Políticas para Mulheres, são: “Enfrentamento à violência contra as mulheres; Educação inclusiva, não sexista e não ho-mofóbica; Geração de trabalho e renda; Formação de li-deranças femininas; Saúde da mulher e direitos sexuais e reprodutivos; Desenvolvimento de projetos nacionais e internacionais; e a articulação com os movimentos so-ciais e com a sociedade civil” (SOUZA; VALÉRIO, 2011).

Vinculado à Coordenadoria de Políticas para as Mulhe-res, foi criado, em 2007 o Centro de Referência de Aten-dimento à Mulher em Situação de Violência “Espaço Bem me Quero” - que acompanha as normas técnicas nacionais no atendimento e acompanhamento das mu-lheres contagenses que vivem em situação de violência.

Articulando a Rede Municipal de Proteção e Garantia dos Direitos das Mulheres, por meio de ações interseto-riais, Contagem possibilita que mais mulheres sejam be-neficiadas com iniciativas que visam sua autonomia em diversos níveis, seja: social, político, econômico/finan-ceiro e educacional.

No que diz respeito ao tema da valorização da Diversida-de Sexual e do combate à Homofobia, a cidade avançou estabelecendo um importante diálogo entre Governo, Movimentos Sociais e Universidade. Em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais desenvolve o pro-jeto Educação sem Homofobia que, a partir da formação continuada de educadores/as e outros/as agentes públi-cos, tem como principal objetivo a construção de ações

A criação, revitalização e restauração dos espaços públicos, como praças, parques, alguns bens tombados e equipamentos culturais, potencializou ações de descentralização de eventos e atividades de caráter cultural nas diversas regiões da cidade.


que deem visibilidade e possam combater a homofobia (re)produzida nas escolas e demais instituições públicas.

Na Rede Municipal de Educação, uma resolução garante a adoção do nome social, nos registros escolares, por es-tudantes, servidores/as e familiares de travestis e tran-sexuais, respeitando o direito à identidade de gênero; e o Programa Gênese (Gênero, Sexualidade e Educação) de-senvolve ações com professores/as e estudantes que vi-sam a eliminação da homofobia nas escolas.

Na articulação com os Movimentos Sociais, Contagem tem apoiado desde 2005, o projeto “Contagem sem ho-mofobia” uma ação do CELLOS (Centro de Luta pela Li-vre Orientação Sexual de Contagem) que promove ci-clo de debates, mostra de filmes, exposições de arte com a temática da diversidade sexual e a realização anual da Parada do Orgulho LGBT.

A cidade de Contagem avança, também, nas Políticas de Promoção da Igualdade Racial na perspectiva de garan-

tir a efetividade e transversalidade da Política de Promo-ção da Igualdade Racial e de Combate ao Racismo. Con-siderando a importância do estudo da pesquisa e da pro-dução do conhecimento sobre a estruturação do racismo na humanidade e seus impactos na sociedade, foi cria-do o “Espaço NEGRA” (Núcleo de Estudos sobre Gêne-ro Raça/Etnia e Africanidades), que articula e promove uma agenda permanente de seminários, palestras e es-tudos sobre a temática étnica, racial e de gênero, dialo-gando com agentes públicos, comunitários, movimen-tos sociais, universidades, estudantes, comunidades tra-dicionais, sempre na perspectiva de ampliar, fortalecer e qualificar as políticas afirmativas de promoção da igual-dade racial. A transversalidade da política de promoção da igualdade racial foi garantida na saúde, educação, cul-tura, segurança alimentar e nutricional.

A instituição do fórum municipal de promoção da igual-dade, composto por representantes do governo, univer-sidade, comunidades tradicionais e diversas representa-

A transversalidade da política de promoção da igualdade racial foi garantida na saúde, educação, cultura, segurança alimentar e nutricional.

3ª Parada LGBT de Contagem


ções do movimento negro no Município, vem asseguran-do um ganho efetivo na articulação, planejamento e mo-nitoramento de ações para a implementação da políti-ca de promoção da igualdade racial no âmbito municipal. A política de promoção da igualdade racial vem se con-cretizando em diversas ações e parcerias. Está presente na agenda política do Município o lançamento da CAM-PANHA POR UMA INFÂNCIA SEM RACISMO, junto ao UNICEF - Fundo Internacional de Emergência das Na-ções Unidas para a Infância, na perspectiva de realizar um conjunto de ações intersetoriais para enfrentamento e combate ao racismo na infância.

A Prefeitura, por meio das políticas de igualdade ra-cial e de segurança alimentar, está em processo de diá-logo com as comunidades tradicionais, com o objetivo de construir propostas de valorização dos saberes locais, tendo em vista a possibilidade de executar projeto de ge-ração de renda, na perspectiva da economia solidária, com valorização da cultura negra tão fortemente marca-da na história do Município.

Contagem ainda investe na formação de profissionais na área da educação e da saúde para assegurar o comba-te ao racismo institucional, o reconhecimento das espe-cificidades da saúde da população negra e a implementa-ção da Lei Federal nº 10.639/2003 que tornou obrigató-rio o ensino de história e cultura africana e afrobrasileira nas escolas. Para tanto foi criado no âmbito municipal o Programa “Negro em Foco” e instituída a Semana Muni-cipal de Combate ao Racismo, assegurando investimento em material didático pedagógico para bibliotecas das Es-colas Municipais.

Para alcançar suas metas com relação à saúde da gestan-

te e a redução da mortalidade infantil, o Município pas-sa a contar, em 2012, com uma poderosa ferramenta pa-ra este enfrentamento; trata-se do novo Centro Mater-no-Infantil de Contagem. O objetivo principal é pres-tar assistência humanizada e de alta qualidade ao par-to e nascimento, à mulher e à criança (usuários do siste-ma público municipal de saúde). Este novo espaço con-tará com diversos projetos que visam: dar apoio emocio-nal à gestante no pré e pós-parto; estimular a presença do pai e da família nas visitas à UTI; fortalecer o vínculo entre a usuária e a instituição, dentre outros. O Centro pretende se tornar referência em Minas Gerais no quesi-to atendimento à mãe e ao bebê, e integra-se ao Progra-ma Rede Cegonha do governo federal, estratégia do Mi-nistério da Saúde operacionalizada pelo SUS, fundamen-tada nos princípios da humanização e assistência, a mu-lheres e recém nascidos. Já o atendimento à pessoa com doença falciforme no Sistema Único de Saúde – SUS mu-nicipal foi redimensionado, assegurando humanização no atendimento de urgência e emergência, bem como o atendimento integral às gestantes com doença falcifor-me, assegurando investigação durante a evolução da gra-videz e acompanhamento multidisciplinar das gestantes com a doença. A anemia falciforme é uma doença gené-tico-hereditária, predomina em negros, mas pode perfei-tamente manifestar-se nos brancos, desde que o gene al-terado seja obrigatoriamente transmitido pelo pai e pela mãe. A doença caracteriza-se por uma alteração nos gló-bulos vermelhos que perdem a forma arredondada e ma-leável, adquirem o aspecto de uma foice (essa é a origem do nome falciforme) e enrijecem, dificultando a passa-gem do sangue pelos vasos de pequeno calibre compro-metendo a oxigenação dos tecidos.

7ª Corrida da Avenida João César de Oliveira


Na área do Esporte e Lazer a Prefeitura de Contagem vem promovendo uma série de ações que tem como ob-jetivo: integrar a população, valorizando a terceira idade, a pessoa com deficiência, a mulher e a família, por meio do incentivo à adoção de práticas mais saudáveis. São exemplos de atividades promovidas no Município: a tra-dicional corrida da João César de Oliveira que já está na sua 7ª edição e tem como finalidade receber as famílias numa das principais avenidas da cidade de Contagem (a prova conta com as modalidades, corrida - adultos, corrida - pessoas com deficiência, maratoninha para as crianças e a caminhada livre); a socialização nos espaços esportivos, ou seja, ocupar o espaço como forma social e atrativa, realizando trabalhos de socialização das infor-mações toda a vez que a cidade receber grandes eventos esportivos, dando oportunidade para a população co-nhecer melhor a modalidade esportiva, levando-a à prá-tica diversificada da atividade; a reforma e construção de novos Ginásios Esportivos, seguindo normas internacio-nais de acessibilidade para as pessoas com deficiência, o incentivo à prática do esporte amador, dentre outros. Dentro do âmbito dos ODM em Contagem, a área espor-tiva vem contribuindo por meio de ações preventivas na área da saúde, nas atividades diversificadas, na reeduca-ção, conscientização e elaboração de novas propostas pa-ra um futuro mais saudável.

Com relação ao meio ambiente, Contagem deu um im-portante passo para a preservação de suas áreas verdes ao investir em políticas ambientais de caráter globali-

zante, afinal de contas córregos, riachos e rios ultrapas-sam os limites de um único município. A criação da Área de Proteção Ambiental - APA Vargem das Flores tem co-mo finalidade: proteger, preservar e conservar a diversi-dade biológica e os recursos hídricos desta região, além de ordenar o correto uso e ocupação do solo, asseguran-do um abastecimento de água de alto padrão de quali-dade ao público da Região Metropolitana de Belo Hori-zonte - RMBH. A barragem hidrográfica Vargem das Flo-res foi criada em 1974 e está localizada na divisa entre os municípios de Contagem / Betim e possui uma ex-tensão total de 12.263 hectares. “O sistema de abaste-cimento da Vargem das Flores atende aproximadamen-te 15% da demanda da RMBH o que corresponde a mais de 700 mil habitantes” (CONTAGEM, 2009, p. 61). Ou-tras ações estão sendo implantadas pela Prefeitura co-mo, por exemplo, curso de qualificação e capacitação em educação ambiental, Programa de Recuperação Ambien-tal e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha – Propam, e a Agenda 21 de Contagem, que é o resultado de uma parceria entre governo municipal, entidades lo-cais e o Ministério do Meio Ambiente. A agenda 21 pre-tende contribuir para alcançar “um modelo de desenvol-vimento que compatibilize as necessidades de melhoria econômica, considerando os princípios da Carta da Ter-ra12 para a redução da pobreza e a conservação ambien-tal” (Ibdem, 2011, p. 91).

O destino do lixo também é uma preocupação para vá-rios municípios brasileiros. Contagem possui vários

Contagem deu um importante passo para a preservação de suas áreas verdes ao investir em políticas ambientais de caráter globalizante, afinal de contas córregos, riachos e rios ultrapassam os limites de um único município.

12 É uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, no século 21, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Entre os participantes incluem-se instituições internacionais, governos nacionais e suas agências, associações universitárias, organizações não-governamentais e grupos comunitários, governos locais, grupos ecumênicos, escolas e negócios – assim como milhares de indivíduos. http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/index.html


equipamentos e ações que tem como objetivo tratar e dar o correto destino do lixo produzido no Município. Segun-do dados do último Censo Demográfico, 99,44% das resi-dências possuem coleta de lixo o que representa mais de 183 mil domicílios. Dentre os principais ações destacam--se a Central de Tratamento de resíduos sólidos (Aterro Sanitário Municipal), equipamento construído sob nor-mas técnicas de engenharia e de acordo com a legislação ambiental, tendo como finalidade dispor adequadamen-te os resíduos sólidos com características domiciliares ge-rados no município; e a coleta seletiva, realizada Pela Pre-feitura por meio da parceria com a Associação dos Cata-dores Autônomos de Materiais Recicláveis de Contagem - ASMAC, organização beneficiária. Essa coleta é realizada com caminhão em empresas e instituições doadoras, in-cluindo as repartições públicas, e porta a porta com car-rinho, sendo realizada por catadores em algumas locali-dades. O programa Municipal de Coleta Seletiva contem-pla seis projetos: Escolas, Repartições Públicas, Grandes Geradores Comerciais, Corredores Comerciais, Conjuntos Habitacionais, Porta a Porta. A implantação dos projetos de coleta seletiva está se desenvolvendo de forma gradati-va em diversos pontos da cidade e tem como meta alcan-

çar o atendimento mais amplo do município. Esse é um trabalho lento, pois necessita de uma mudança cultural de comportamento. Empresas e população precisam conhe-cer mais sobre a importância da reciclagem e, principal-mente, qual a maneira correta de separar o próprio lixo. O trabalho que a Prefeitura tem realizado visa educar a to-dos, de forma que, a cada dia, mais lixos sejam reciclados, evitando a superlotação do aterro sanitário.

Visando a modernização administrativa municipal, Con-tagem tem investido em ações de Geoprocessamento, que é o conjunto de técnicas e tecnologias que reúne, organiza e disponibiliza a informação de forma espacializada, per-mitindo assim um olhar diferenciado sobre o território municipal, melhorando as ações de planejamento e ges-tão. O Geoprocessamento é capaz de visualizar e analisar de forma integrada informações provindas do meio am-biente, regulação urbana, habitação, saúde, educação, la-zer, entre outros, fornecendo um panorama mais comple-to e dinâmico do Município. Para integrar todas as ações de Geoprocessamento, a Prefeitura criou o Sistema de In-formações Geográficas Municipal – SIGM, que traz gran-des benefícios ao Município, uma vez que permite a uni-

Segundo dados do último Censo Demográfico, 99,44% das residências possuem coleta de lixo, o que representa mais de 183 mil domicílios.


ficação de sua base de dados e traz ferramentas que facili-tam a utilização, o compartilhamento e a atualização das informações já existentes, permitindo maior agilidade nos serviços prestados ao cidadão.

Em relação à transparência da administração pública municipal, desde 2005, o município de Contagem desen-volve ações no sentido de promovê-la por meio da divul-gação de informações sobre gestão, ações dos poderes executivo e legislativo e realização de gastos públicos. Um exemplo exitoso desse trabalho é a informatização do Diário Oficial de Contagem - DOC, jornal periódico que tem a principal função dar publicidade aos atos ad-ministrativos do município, atendendo, em concomitân-cia, aos objetivos de controle social da cidade. Já em par-ceria com a Câmara Municipal, foram implantadas Au-diências Públicas de prestação de contas da execução or-çamentária e financeira, atividade realizada trimestral-mente e que conta com a participação efetiva da socie-dade. Ainda com o mesmo propósito, de transparência e responsabilidade fiscal, o Governo Eletrônico de Con-tagem implantou recentemente o Portal da Transparên-cia, em conformidade com Lei Complementar nº 101 ,

de 27 de maio de 2009 e Decreto nº7.185, de 27 de maio de 2010. Na atualidade o Portal está em fase de aperfei-çoamento, mas já é possível a qualquer cidadão ou cida-dã, obter relatórios de gestão, acessar a legislação perti-nente, e consultar acessar na íntegra as peças orçamen-tárias do Município (LOA e PPA), as informações bási-cas sobre a gestão financeira do Município, a exemplo dos dados de arrecadação, despesa, receita, obras, diá-rias de viagem, originados das movimentações financei-ras do Município.

Outra iniciativa de destaque no Município é a criação de um portal que reúne informações municipais. O “Portal da Infor-mação” orienta-se pelas diretrizes políticas da UNESCO para a área da Informação, alinha suas ações ao que estabelece o Objetivo 8 “Todo Mundo Trabalhando pelo Desenvolvimen-to Local” e ratifica o que preconiza o Programa de Informa-ção para Todos - IFAP, ou seja, “explorar as oportunidades ge-radas pela era da informação para criar sociedades mais equi-tativas por meio do acesso universal à informação”.

A Prefeitura acredita que a disponibilização de serviços e produtos informacionais que priorizem o livre acesso ao

Coleta de lixo em Contagem


conhecimento e à informação produzida pelo Município possa, de alguma forma, contribuir para que o usuário-ci-dadão tenha mais subsídios para exercer sua plena cida-dania, que passa pelo direito de acesso aos serviços públi-cos e se completa no poder de controle das ações governa-mentais. Na visão da Prefeitura, toda escolha consciente é baseada na informação. Sem acesso à informação o cida-dão estará limitado no seu poder de reflexão, de manifes-tação de vontade, de exercício democrático e, por conse-quência, na expressão de sua verdadeira cidadania.

Em síntese, o município de Contagem “entende” que agindo de forma isolada não será possível implemen-tar políticas públicas e garantir investimentos para me-lhorar a vida de seus habitantes. Para que todos possam contribuir para o desenvolvimento local, torna-se ne-cessário a implantação de parcerias públicas e privadas; sem esquecer-se do trabalho em conjunto com os mora-dores. A Prefeitura, seja através do Planejamento Estra-tégico de Contagem – PEC ou da participação popular das Regionais, estimula a formação de conselhos, con-ferências, assembleias, e comissões para acompanha-mento de obras no município. Nas esferas públicas des-tacam as parcerias com o governo federal, estadual e ou-tros municípios da RMBH. A população tem como resul-tado um aumento dos investimentos em Programas co-mo o PAC Arrudas13, PAC Ferrugem14, saneamento de córregos da Bacia da Pampulha (parceria entre Conta-gem e Belo Horizonte), conclusão de avenidas, revita-lização de Ginásios, praças/parques e requalificação do sistema viário urbano. Trabalhar de forma a integrar to-

Trabalhar de forma a integrar todos os segmentos da sociedade possibilita um ganho para a cidadã/o e a certeza de alcançar até 2015 as metas propostas no Pacto do Milênio.

dos os segmentos da sociedade possibilita um ganho pa-ra a cidadã/o e a certeza de alcançar até 2015 as metas propostas no Pacto do Milênio.

3.4 Diretrizes gerais para a promoção da Articulação entre Planejamento Estratégico, Planejamento Plurianual de Ação e Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Como mencionado anteriormente, Contagem tem sua formação espacial fortemente vinculada ao processo de industrialização, sendo sua estrutura urbana defini-da pela ocupação não planejada. Essa característica re-flete no traçado da cidade, nos loteamentos descontínu-os, nos grandes vazios urbanos, na formação e adensa-mento de áreas de ocupação populacional subnormais, a dinâmica acompanhada pela desarticulação espacial do sistema viário intra-urbano, pela fragilidade e dispersão da rede de centros urbanos e escassez de espaços públi-cos adequadamente tratados.

Para a definição de uma agenda política conciliadora entre o desenvolvimento econômico, a inclusão social e a susten-tabilidade urbana e ambiental, a Prefeitura de Contagem considera tais condicionantes históricos, déficits sociais, e de bens e serviços públicos, bem como a lógica excludente de produção da cidade. Seu objetivo final é garantir a liber-dade e os direitos coletivos, pela incorporação dos vários grupos sociais excluídos à cidadania plena. (UNIVERSIDA-DE FEDERAL DE MINAS GERAIS, 2005, v. 1).

13 O PAC Arrudas é um projeto de requalificação urbana e ambiental do Ribeirão Arrudas.

14 O PAC Ferrugem é um projeto de requalificação urbana e ambiental e controle de cheias do córrego Ferrugem.


Respeitando-se o diálogo público, modelo de gestão par-ticipativa adotada progressivamente como prática muni-cipal, procurou-se construir uma Contagem que se orien-te por objetivos e indicadores de uma cidade democrática, inclusiva e, desta forma, menos desigual socialmente. Re-ferendados por consistentes instrumentos de gestão pú-blica, é desejo da Prefeitura edificar uma cidade que se-ja compartilhada por todos, identificar e eleger de modo prioritário as iniciativas, ações, projetos e programas ne-cessários para a tradução desta intencionalidade em con-cretude, em anos vindouros não muito distantes.

Assim, a agenda do governo municipal baliza suas ações segundo dois principais instrumentos de gestão: o Plano Plurianual de Ação – PPA 2010/201315 e o Planejamen-to Estratégico de Contagem – PEC 2009/2012, tendo si-do eleitas a estruturação urbana e a apropriação dos es-paços de uso coletivo, por parte das comunidades, como principais diretrizes deste segundo instrumento.

Ao definir as duas principais diretrizes do Planejamen-to Estratégico, o governo municipal se propõe a instituir políticas públicas que contribuam para a alteração da ló-gica produtiva excludente da cidade e que concomitan-temente deem conta de promover a universalização sus-tentável do acesso da população aos bens e serviços pú-blicos. A instituição de tais políticas públicas dialoga com a abordagem referendada por Santos (2000), de que as desigualdades sociais se dão a partir de desigualdades territoriais, sendo necessário considerar a territorialida-de para que se consiga efetivamente promover o exercí-cio da cidadania plena16, onde todo indivíduo seja igual, independente do lugar onde esteja.

Os objetivos, os programas, os projetos e as ações do PPA e do PEC estão balizadas com a perspectiva de al-cance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM, pacto proposto pela Organização das Nações Uni-das – ONU. O compromisso com os ODM tem sido pro-gressivamente adotado em âmbito internacional como

um modelo de enfrentamento da pobreza e das desigual-dades sociais no mundo inteiro. Contagem integra a Re-de Brasileira e Latino-Americana de monitoramento do cumprimento das metas dos Objetivos do Desenvolvi-mento do Milênio, no âmbito dos municípios.

A implementação do Planejamento Estratégico objeti-va ampliar as possibilidades de garantia de execução de iniciativas específicas que traduzam em ações práticas, os macros objetivos do PPA, associados aos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio. Neste sentido, a estrutu-ra do Planejamento Estratégico de Contagem está orga-nizada em dez Programas com seus respectivos projetos: Saneamento; Morar Bem; Espaços Coletivos; Mobilida-de Urbana; Caminho Livre; Saúde Integrada; Criança na Escola; Inclusão Social e Produtiva; Cidade Mais Legal e Orçamento Participativo.

A metodologia intervencional do Planejamento Estra-tégico prevê a intersetorialidade entre as políticas seto-riais mediante a interlocução entre os dez (10) progra-mas desenvolvidos a partir nos trinta e um (31) projetos e 3.214 ações. A dinâmica de efetivação das ações visa garantir não apenas os investimentos em infraestrutura urbana, mas, também investimentos sociais.

Quanto à infraestrutura e requalificação do espaço urba-no, estão contempladas a universalização do acesso ao sistema de esgotamento sanitário, a prevenção a inun-dações, a regularização fundiária, a construção de unida-des habitacionais de interesse público e as intervenções preventivas em áreas de risco.

Já na área social, estão inseridos investimentos na rede integrada de serviços de saúde, melhoria da qualidade e quantidade de leitos adequados, a implantação da rede de educação infantil, inclusão social e produtiva da po-pulação em vulnerabilidade social e a potencialização do uso e apropriação dos espaços de uso coletivo com me-lhorias da acessibilidade e da segurança.

15 Instituído pela Lei nº 4.318, de 30 de dezembro de 2009.

16 No modelo de sociedade em que vivemos lamentavelmente o exercício da cidadania não se dá de modo igual e nem todos podem ser plenamente considerados cidadãos, exatamente pelo fato de não terem acesso a esse conjunto de direitos. Aquele que tenha garantido a titularidade dos três grupos de direitos, segundo Carvalho (2011, p. 9) pode ser tido como cidadão pleno.


PLANEJAMENTO ESTRATÉGICOMACRO OBJETIVOS PPA

2010-2013OBJETIVOS DO MILÊNIO

1. SANEAMENTOObjetivo:Universalizar o acesso ao sistema de esgotamento sanitário ambientalmente adequado e reduzir impactos negativos causados pelas inundações nas áreas urbanas. Metas:1) 95 % dos imóveis com esgoto coletado até 2013;2) 95 % dos imóveis com esgoto tratado até 2013;3) Reduzir em 50% o número de famílias atingidas por inundações até 2012.

V. Garantir a sustentabilidade ambiental;VI. Reorganizar e requalificar o uso e ocupação do território municipal

2. MORAR BEMObjetivo: Promover a redução do déficit habitacional com a melhoria das condições de habitabilidade.Metas:1) Reduzir em 20% o número de assentamentos precários até 2012; 2) Promover a melhoria das condições de habitabilidade para 19.986 famílias de baixa renda até 2012.


3. ESPAÇOS COLETIVOSObjetivo: Potencializar a ocupação dos espaços de uso coletivo destinados às funções de socialização; de lazer e recreação; de entretenimento e passeio, contribuindo para alcance da finalidade de apropriação por parte das comunidades.Metas:1) Aumentar em 70% até 2012 o número de espaços de uso coletivo destinados às funções de socialização; de lazer e recreação; de entretenimento e passeio;2) Aumentar em 70% até 2012 a frequência em espaços de uso coletivo destinados às funções de socialização, de lazer/recreação, de entretenimento e passeio.

I. Garantir direitos, promover a cidadania e a qualidade de vida;II. Promover uma gestão democrática, descentralizada e integrada, na perspectiva municipal e metropolitana;VI. Reorganizar e requalificar o uso e ocupação do território municipal

QUADRO 3

A articulação entre Planejamento Estratégico, Macro Objetivos do Planejamento Plurianual de Ação e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.




4. MOBILIDADE URBANAObjetivo:Melhorar as condições de acessibilidade, segurança, conforto e fluidez para pessoas e mercadorias, no sistema rodoviário principal, e assegurar equilíbrio da oferta e demanda do transporte Coletivo Urbano.Metas:1) Índice de Desempenho Operacional – IDO – acima de 95% até 2012;2) Índice de Satisfação do Usuário – ISU – acima de 60% até 2012;3) Índice de Mobilidade – IM – das vias tratadas igual a 1 até 2012;4) Reduzir a severidade de acidentes em 20% até 2012.

II. Promover uma gestão democrática, descentralizada e integrada, na perspectiva municipal e metropolitana;VI. Reorganizar e requalificar o uso e ocupação do território municipalVII. Assegurar a mobilidade Urbana da população

5. CAMINhO LIVREObjetivo: Propiciar o fluxo seguro e confortável dos pedestres nas calçadas das vias públicas dos centros comerciais.Metas:1) Atingir o padrão em 100% das calçadas dos centros comerciais das regiões Industrial (Rua Tiradentes), Riacho (Rua Rio Mantiqueira), Petrolândia (Rua Refinaria Duque de Caxias), Ressaca (Rua Extrema )e Nova Contagem até 2012;2) 100% das calçadas dos centros comerciais das regiões Industrial, Riacho, Petrolândia, Ressaca, Nova Contagem e Eldorado sem obstruções ocasionadas pelo comércio informal até 2012.

VI. Reorganizar e requalificar o uso e ocupação do território municipalVII. Assegurar a mobilidade urbana da população




6. SAúDE INTEGRADAObjetivo: Garantir a melhoria do acesso aos serviços de saúde na atenção básica e a oferta de leitos adequados às necessidades da população.Metas:1) Atingir 1 leito por 1.000 habitantes até 2012, ampliando em 12.000 a capacidade de internação do município;2) Garantir a 180.000 habitantes, vinculados ao Programa Saúde da Família, o acesso a serviços de enfermagem e odontologia nas unidades integradas de USFI até 2012.

VIII. Garantir a oferta e a qualidade do atendimento e da gestão dos serviços de saúde

7. CRIANÇA NA ESCOLAObjetivo: Atender a demanda de educação infantil próximo à residência das crianças.Metas:1) Atender 100% da demanda declarada das crianças de 4 e 5 anos na escola até 2012;2) Atender 20% da demanda declarada de crianças de 0 a 3 anos em creches da rede conveniada até 2012.

IX. Garantir a educação básica e profissional de qualidade

8. INCLUSÃO SOCIAL E PRODUTIVAObjetivo: Aumentar a inclusão social e produtiva da população.Metas:1) Reduzir em 5% o percentual da população em situação de vulnerabilidade social até 2012, em relação ao PNAD 2006;2) Incluir 4000 trabalhadores no mercado de trabalho ou na geração de renda, sendo que 1000 desses trabalhadores devem ser jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social até 2012;3) Garantir que 60% jovens formados na Fundação de Ensino de Contagem (FUNEC) ingressem no mercado de trabalho;4) 25% das vagas dos novos empreendimentos destinadas a moradores de Contagem.

III. Consolidar a participação popular e o Controle SocialIV. Promover o desenvolvimento sustentável na perspectiva da promoção social e da geração de trabalho e renda




9. CIDADE MAIS LEGALObjetivo:Garantir a utilização ordenada e legal do espaço urbano de Contagem nas regiões definidas pelo plano de fiscalização.Metas:1) Nenhuma área, identificada no plano de fiscalização, ocupada irregularmente;2) 100% de áreas de relevante interesse ambiental, atualmente preservadas e identificadas no plano de fiscalização, atendendo sua função ambiental, localizadas em Zona Especial Interesse Turístico (ZEIT), Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) e Área de Especial Interesse Urbanístico (AIURBs) 1 e 3;3) 50% de áreas de relevante interesse ambiental, atualmente preservadas e identificadas no plano de fiscalização, localizadas nas demais regiões do município;4) 100% de áreas públicas protegidas (segundo inventário da SEAD), para a ocupação pretendida;


10. ORÇAMENTO PARTICIPATIVOObjetivo:Reduzir as diferenças socioambientais na cidade a partir da participação popular na deliberação e acompanhamento de intervenções urbanas (obras e equipamentos) nos territórios regionais.Metas:1) Atingir 2 % de participação da população do município acima de 16 anos nas assembleias regionais;2) Ampliar em 10% os recursos do OP destinados a regional com maior desigualdade de renda;3) Aumentar em 10 % os recursos de investimento do município de uma edição do OP para a anterior.

I. Garantir direitos, promover a cidadania e a qualidade de vida;II. Promover uma gestão democrática, descentralizada e integrada, na perspectiva municipal e metropolitana;III. Consolidar a participação popular e o Controle SocialVI. Reorganizar e requalificar o uso e ocupação do território municipal

FONTE: Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral/COMODER/DITEC/Planejamento Estratégico, 2011.Notas: PPA - Planejamento Plurianual de AçãoPEC - Planejamento Estratégico de ContagemODM - Objetivos do Milênio


4O COMPROMISSO DO MUNICÍPIO DE CONTAGEM COM OS OBJETIVOS DO MILÊNIO


Avenida João César de Oliveira


Os oito Objetivos do Milênio de Contagem constam de uma releitura do Pacto Federal com os municípios à luz dos condicionantes e recursos locais envolvidos na implementa-ção de ações de sustentabilidade e desenvolvimento social. Assim, implicaram na adoção de uma nova linguagem em termos de compromissos assumidos, ou seja, novas metas fo-ram estabelecidas, definindo o que Contagem deseja alcançar em relação à sua atual situa-ção e na seleção de indicadores de medida apropriados ao acompanhamento e avaliação de seu desempenho.

Ao trazer para si a responsabilidade de conduzir o processo de definição de objetivos e es-tabelecimento dos caminhos para alcançá-los, o Poder Público Municipal ressalta que o compromisso de Contagem não se circunscreve a um governo, nem ao setor público como instituição, mas depende das ações articuladas entre o público e o privado, da participa-ção de grupos sociais mais vulneráveis, do engajamento das organizações da sociedade ci-vil, universidades, empresas e indivíduos em prol de uma cidade que todos almejam ter e conviver em 2015.

O que entendemos por Objetivos, Metas e Indicadores:

O que são os Objetivos?

É o que se deseja alcançar em termos de sustentabilidade e desenvolvimento social.

O que são as Metas?

É o estabelecimento de quantidades e prazos para que o objetivo pretendido seja alcançado.

O que são Indicadores?

É o instrumento para monitorar e medir o alcance das metas e avaliar se os resultados de-sejados estão próximos de serem alcançados.

4. O COMPROMISSO DO MUNICÍPIO DE CONTAGEM COM OS OBJETIVOS DO MILÊNIO


Em síntese, foram concebidas 16 metas locais de monitoramento periódico por meio de 51 indicadores de medida. No geral, Contagem endossa as metas da proposta do Pacto Fe-derativo com os municípios: Agenda de Compromissos - Governo Federal e Municípios 2009-2012 e propõe novas metas, adequadas à realidade local.

Abaixo está a releitura dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio para Contagem. O ANEXO 2 deste documento apresenta um quadro que traça um comparativo entre as metas firmadas no Pacto Federal, suas adaptações e novas metas, bem como a proposta de Contagem.

1. Acabar com a Fome e a Miséria

2. Educação Básica de Qualidade para Todos

3. Igualdade entre os Sexos e Valorização da Mulher

4. Reduzir a Mortalidade Infantil

5. Melhorar a Saúde da Gestante

6. Combater o HIV/AIDS, a Dengue e outras Doenças

7. Qualidade de Vida e respeito ao Meio Ambiente

8. Todo Mundo trabalhando pelo Desenvolvimento


ODM 1: Acabar com a Fome e a MisériaPode-se dizer que a fome tem sua origem na pobreza, ambas possuem um caráter multidimensional e estão ligadas a diversos fatores, tais como o desemprego, falta de acesso a saneamento básico, assistência social, etc. O rompimento desta condição de-pende da união de todas as camadas da sociedade. Viver sem fo-me é condição primordial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Contagem assumiu o compromisso de reduzir pela metade até 2015, a proporção da população que vi-ve abaixo da linha da pobreza e que sofre com a fome.

Fonte: CONTAGEM, 2011

Creche conveniada da Prefeitura de Contagem


META 1.1: Reduzir pela metade em até 2015, a proporção da população que vive abaixo da linha da pobreza

INDICADORES DESCRIÇÃO 2010 2015

Proporção da população que vive abaixo da linha de pobreza.

Distribuição percentual da população que vive com até meio do salário mínimo familiar per capita em 2010.

14,1% 7,05%

Proporção da população que vive abaixo da linha de indigência.

Distribuição percentual da população que vive com até um quarto do salário mínimo familiar per capita em 2010.

5,6% 2,8%

META 1.2: Erradicar até 2015, a proporção da população que sofre com a fome

INDICADOR DESCRIÇÃO 2010 2015

Proporção de crianças menores de dois anos desnutridas em 2010.

Distribuição percentual de crianças com menos de dois anos em relação ao total de crianças da mesma idade que se encontravam abaixo do peso no município em 2010.

1,9% 0%

A proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo reduziu em 37,0% entre 1991 e 2010.


Segundo dados preliminares do censo Demográfico de 2010, existiam 30.902 domicílios particulares perma-nentes com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de até meio salário mínimo, que equivalem a 16,7% do total de domicílios particulares permanentes do município de Contagem. A proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo reduziu em 37,0% entre 1991 e 2010. Considerando-se a meta pactuada nacionalmente para os municípios bra-sileiros, de redução de 50% em 15 anos, o Município de-verá atingir o percentual de 15,6% em 2015. Em Minas

Gerais, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo passou de 48,4%, em 1991, para 28,7% em 2000.

Segundo dados do SIAB/DATASUS (BRASIL. Ministério da Saúde, 2008), em 2010, o número de crianças pesa-das pelo Programa Saúde Familiar era de 48.605; destas, 1,9% estavam desnutridas. A evolução da curva desse in-dicador mostra uma redução sensível entre 1999, iní-cio da série disponível e o ano 2010. Em 1999 existiam 19,6% de crianças com problemas de desnutrição, ou se-ja, um percentual 10% acima do encontrado para 2010.

ODM 1

Proporção de moradores abaixo da linha da pobreza e indigência - 2010

Acima da linha da pobreza 80,4%Entre a linha da indigência e pobreza 14,1%Abaixo da linha da indigência 5,6%

Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 2010

Proporção de crianças menores de 2 anos desnutridas - 1999-2011

Ano Porcentagem1999 19,6%2000 14,8%2001 13,6%2002 13,3%2003 10,5%2004 9,1%

2005 5,5%

2006 3,8%

80,4%

14,1%

5,6%

Gráfico 5. Proporção da população abaixo da linha da pobreza e indigência 2010

Acima da linha da pobreza

Entre a linha da indigência e pobreza

Abaixo da linha da indigência

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010Nota: Adaptado de PORTAL ODM. Relatórios Dinâmicos - indicadores municipais, 2009.

Página 1

Situação de Contagem em relação ao ODM 1 (Acabar com a Fome e a Miséria)


ODM 1

2007 3,0%2008 2,5%2009 2,2%2010 1,9%2011 1,5%

Fonte: SIAB - DATASUS

Pessoas de 10 anos ou mais de idade residentes no Município de Contagem por classes de rendimento nominal mensal Censo IBGE 2010

Até 1/4 de salário mínimo

Mais de 1/4 a 1/2 salário mínimo

Mais de 1/2 a 1 salário mínimo

Mais de 1 a 2 salários mínimos



Mais de 5 salários mínimos

3.616 6.688 100.280 114.246 41.455 29.830 179.947 476062

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

19,6%

14,8% 13,6% 13,3%10,5% 9,1%

5,5%3,8% 3,0% 2,5% 2,2% 1,9% 1,5%

Fonte: Ministério da Saúde. SIAB - DATASUSNota: Adaptado de PORTAL ODM. Relatórios Dinâmicos - indicadores municipais, 2009.

Gráfico 6. Proporção de crianças menores de 2 anos desnutridas1999-2011

Página 2

ODM 1

3.616 6.688

100.280114.246

41.455 29.830

179.947

20.00040.00060.00080.000

100.000120.000140.000160.000180.000200.000

Até 1/4 de salário mínimo

Mais de 1/4 a 1/2 salário mínimo

Mais de 1/2 a 1 salário mínimo




Mais de 5 salários mínimos

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010Resultado do UniversoElaborado por Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral/COMODER/DITEC

Gráfico 7. Pessoas de 10 anos ou mais de idade residentes no Município por rendimento nominal mensal 2010

Página 3


Referencial do Desenvolvimento Social

Dimensões socioeconomicas e ambientais da pobreza, fome e miséria no Brasil. Algumas considerações sobre a multivariedade de fatores associados à principal questão afeta ao desenvolvimento Social de Contagem

A questão dos direitos humanos

Os direitos e garantias do ser humano à proteção do estado, às condições mínimas de vida com igualdade, liberdade, acesso à educação, saúde, entre outras con-dições de vida associadas à dignidade humana é ga-rantido pela Declaração Universal de Direitos Huma-nos17 desde 1948, que refletiu um ideal comum de to-das nações que assistiram a morte de mais de 12 mi-lhões de pessoas provocada pela fome e miséria após a duas grandes guerras mundiais. Assim como trata-do na Declaração Universal de Direitos Humanos, o direito humano à alimentação adequada consta, tam-bém, da Convenção dos Direitos da Criança, que trata de matéria especial da fome e desnutrição infantil.

Segundo dados da FAO publicados no Relatório Anu-al da ONU de 2009 e divulgado em Roma em outubro de 2010, o número de famintos no mundo aumentou em 100 milhões em relação ao ano de 2008. Esse con-tingente atingiu 1,02 bilhão de pessoas, maior núme-ro alcançado desde 1970, o que equivale dizer que um em cada seis habitantes do planeta passavam fome

naquele ano. Para as Nações Unidas a fome é a maior ameaça ao século 21, previsto para se transformar no século da fome, caso essa tendência não seja revertida por intervenções governamentais, programas humani-tários ou pela união de esforços de toda a sociedade.

A questão conceitual

Na prática dos programas de inclusão social do Gover-no Federal a renda familiar e per capita são as princi-pais referências para identificação da população em situação de pobreza. No entanto, além de não existir um critério único para definição de qual seria o limi-te mínimo de renda para identificação da linha da po-breza, o conceito de pobreza não se circunscreve ao poder aquisitivo de uma dada população, mas à pri-vação de capacidades básicas, assim como argumenta Sen (1999). Nessa mesma direção, o estudo de Lourei-ro e Suliano (2009) mostra que as metodologias de de-finição das linhas de pobreza, e de seu desdobramen-to em extrema pobreza, variam entre instituições que as mensuram. A falta de um consenso, impossibilita a identificação, portanto, de uma linha de pobreza ofi-cial no Brasil, comprometendo comparações quando não observadas tais diferenças metodológicas.

Estudos científicos em âmbitos internacional e nacio-nal tendem a considerar a capacidade de aquisição de produtos e serviços como medida para cálculo da li-nha da pobreza em termos de renda. O Banco Mun-dial adota como medida um dólar/dia por pessoa pa-

17 Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.


ra traçar o limite abaixo do qual seria possível dimensio-nar a pobreza. No Brasil a referência mais comum é a de meio salário mínimo por mês.

Como foi dito no início do trabalho, os estudos de pobre-za têm estabelecido duas linhas básicas para a constru-ção do conceito de pobreza, como é o caso daqueles ela-borados pelo Programa das Nações Unidas para o Desen-volvimento – PNUD. As famílias com renda per capita familiar de até um meio de salário mínimo encontram--se na condição de pobres (linha da pobreza), e as famí-lias que possuem renda até um quarto de salário mínimo per capita estão categorizadas como extremamente po-bres ou indigentes (linha de indigência).

Alternativamente, alguns institutos consideram como re-ferência de medida uma cesta mínima de consumo, mas a adoção da renda como medida continua fundamental na mensuração da pobreza, uma vez que a renda acaba sendo a limitação para o acesso aos bens, produtos e serviços.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD/IBGE 2004 apud ROCHA, 2006, define pobres os indiví-duos cuja renda familiar per capita é inferior ao valor que corresponderia ao necessário para atender a todas as ne-cessidades básicas (alimentação, habitação, transporte, saúde, lazer, educação, etc.), enquanto que indigentes são aqueles cuja renda familiar per capita seria inferior ao va-lor necessário para atender tão-somente às necessidades básicas de alimentação (linha de indigência).

Para efeito de acompanhamento das metas e indicadores do objetivo 1: Acabar com a fome e a miséria, a linha da pobreza circunscreve-se ao rendimento de pessoas com até meio salário mínimo no Brasil, e a linha da indigên-cia compreende a população com até um quarto de salá-rio mínimo.

O Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo - USP define pobreza como a condição de não satisfação de necessidades humanas elementares como comida, abrigo, vestuário, educação, assistência à saú-de, entre várias outras necessidades. As deficiências nu-tricionais decorrem do aporte alimentar insuficiente em

energia e nutrientes. Com alguma frequência, associam--se ao inadequado aproveitamento biológico dos alimen-tos ingeridos, quadro que pode ser agravado pela presen-ça de doenças, em particular doenças infecciosas (MON-TEIRO, 2003). Já a fome, pode ser identificada em fun-ção de graus e formas de manifestação, mas sua concei-tuação é bastante controversa. Ainda de acordo com a USP, a fome aguda equivale à urgência de se alimentar, a um grande apetite. Diferencia-se da fome crônica, per-manente, esse sim quadro de maior preocupação por parte dos programas sociais, tendo sua ocorrência atri-buída a situações em que a alimentação diária, habitual, não propicia ao indivíduo energia suficiente para a ma-nutenção do seu organismo e para o desempenho de su-as atividades cotidianas. Nesse sentido, a fome crônica resulta em uma das modalidades de desnutrição: a defi-ciência energética crônica.

O Brasil e as Dimensões da Pobreza

O Governo brasileiro reconhece que a fome é um dos mais graves problemas sociais a serem enfrentados nes-te século, a despeito dos avanços das políticas públicas brasileiras da área, reconhecidos pelo atual diretor-geral do Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agri-cultura - FAO, José Graziano, e das particularidades das manifestações da pobreza no Brasil.

No Brasil, a pobreza está fortemente relacionada à desi-gualdade de distribuição de renda e oportunidades entre os mais ricos e os mais pobres que, por sua vez, guardam relação com o desenvolvimento regional desigual (LO-PES; MACEDO; MACHADO, 2003). Apesar das caracte-rísticas particulares desse fenômeno no país, nosso mo-delo de políticas públicas de combate à miséria tornou--se referência para implantação de programas de comba-te à miséria em países africanos, motivando a assinatu-ra de parceria do Governo Federal com a FAO em feve-reiro do ano vigente. Além de financiar o projeto, o Bra-sil vai repassar o conhecimento desenvolvido no Progra-ma “Brasil Sem Miséria”, experiência de aquisição de ali-mentos provenientes de pequenos produtores para se-

18 Este ensaio atualiza dados e análises apresentados no seminário “Pobreza, fome e desnutrição no Brasil”, organizado pelo Instituto de Estudos Avançados – IEA da USP em 2 de dezembro de 1994, e publicados em número especial da Revista do IEA em 1995 (Monteiro, 1995).

19 Fala de José Graziano da Silva na abertura do Fórum Social Temático de 2012 na cidade de Porto Alegre.


rem distribuídos aos grupos de vulnerabilidade social, incluindo crianças e adolescentes atendidos por pro-gramas de merenda escolar.

No Programa “Brasil sem Miséria” estão incluídos o Bolsa Família, a Fome Zero, e outros específicos de in-clusão produtiva que buscam não somente comba-ter a fome mas atuar no controle e eliminação de suas causas. Sob essa perspectiva, e como fenômeno mul-tidimensional, a pobreza é acompanhada da fome e da falta de alimentos que, por sua vez, são manifesta-ções de quadros sociais e econômicos de pobreza e fal-ta de renda. Sejam por razões individuais, domicilia-res ou sociais, pobreza e fome estão associadas à fal-ta de oportunidades de trabalho, de acesso à terra, de educação, saneamento básico, numa cadeia de multi--causalidade que levam a doenças e estados agudos de desnutrição. Como um círculo vicioso, doença e des-nutrição provocam o baixo rendimento e produtivi-dade econômica que agravam os quadros de pobreza e fome numa dada sociedade.

Os resultados e análises de inquéritos nutricionais realizados pelo IBGE entre 1970 e 1990, atualiza-dos por Monteiro (2003), revelam o seguinte panora-ma da pobreza, fome e miséria no Brasil ao final dos anos de 1990: A pobreza, medida pela insuficiência de renda, alcançava mais de um quarto da população brasileira, ocorrendo em todas as regiões e áreas do país. As regiões geográficas mais comprometidas pe-lo fenômeno eram o Norte e Nordeste, em especial a população rural do nordeste. Considerando-se o retar-do de crescimento infantil como indicador da desnu-trição, identificou-se 10% da população infantil nes-sa situação com distribuição regional semelhante à da pobreza. Novamente, a região em situação menos fa-

vorável foi o Nordeste rural, localidade em que o proble-ma afetava uma em cada quatro crianças. Esse quadro aproximava a condição de desnutrição das crianças nor-destinas a das crianças dos países mais pobres de mun-do. Confirmando a particularidade da pobreza no Brasil, no outro extremo, a ocorrência de crianças de baixa es-tatura era um fenômeno raro de se encontrar na região Centro Sul, com frequência ligeiramente superior à ob-servada em países desenvolvidos.

Finalmente, o estudo de Monteiro permite concluir que é ausente o risco do problema da fome nas áreas urba-nas da região Sudeste, com grande chance disso acon-tecer nas áreas urbanas do Nordeste e rurais do Sudes-te, uma vez que a fome relacionada à deficiência ener-gética crônica apresentou baixas frequências em todo território brasileiro. Foram também identificados co-mo baixos os riscos de deficiência energética crônica nas áreas rurais do Nordeste, ainda assim, quando es-ses casos ocorriam, tratavam-se de situações muito dis-tantes daquelas documentadas em países sujeitos a um quadro endêmico de fome.

A Incidência da pobreza extrema na população e a re-dução da proporção de pessoas que passam fome são as metas mundiais para se alcançar o objetivo de erradica-ção da extrema pobreza e da fome. Como abordado na primeira parte desse documento, que trata da municipa-lização dos ODM, o Brasil tem tentado fazer mais do que a ele caberia para alcançá-lo, estabelecendo para si metas mais ousadas do que as acordadas pela comunidade in-ternacional: de redução percentual pela metade do con-tingente populacional em situações de pobreza extre-ma e fome no mundo. Sua meta é reduzir a um quarto a quantidade de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza e erradicar a fome no país até 2015.


Pobreza e Miséria em Contagem, Minas Gerais: a realidade local

Segundo dados da PNAD/IBGE 2006, a estimativa de famílias pobres no município de Contagem é da ordem de 22.874 (vinte e duas mil, oitocentos e setenta e quatro), com um percentual de cobertura de 96,21% do programa Bolsa Família, ou seja, quase a to-talidade das famílias pobres de Contagem são atendidas pelo programa.

No gráfico abaixo pode-se observar a evolução de famílias atendidas pelo programa Bolsa Família no período de 2004 a 2012.

O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência direta de renda com condicionalidades que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o País. O Bolsa Família integra o Plano Brasil Sem Miséria (BSM), que tem co-mo foco de atuação os 16 milhões de brasileiros com renda familiar per capita inferior a R$ 70 mensais, e está baseado na garantia de renda, inclusão produtiva e no acesso aos serviços públicos. O GRAF. 8 apresenta evolução das famílias atendidas pelo pro-grama Bolsa Família no município de Contagem.

mil23

18,4

13,8

9,2

4,6

mil

mil

mil

mil

02004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Grá�co 8. Evolução de famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família no munícipio de Contagem 2004-2012

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social - MDSNota: Grá�co extraído de MDS/ Relatório de Informações Sociais


O Bolsa Família atende mais de 13 milhões de famí-lias em todo território nacional e possui três eixos principais: transferência de renda, condicionalidades e ações e programas complementares. A transferên-cia de renda promove o alívio imediato da pobreza. As condicionalidades reforçam o acesso a direitos so-ciais básicos nas áreas de educação, saúde e assistên-cia social. Já as ações e programas complementares objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários consigam superar a situação de vulnerabilidade.

A Assistência Social propõe como foco prioritário de in-tervenção a família e tem, no território, a base de orga-nização dos serviços, programas, projetos e benefícios.

Os Serviços Socioassistenciais implicam na produção de ações continuadas e por tempo indeterminado, vol-tadas à proteção social da população usuária da rede de assistência social. Tais serviços dividem-se em:

Proteção Social Básica – PSB;

Proteção Social Especial – PSE;

PSE de Média Complexidade;

PSE de Alta Complexidade;

Proteção Social é a garantia de inclusão a todas as ci-dadãs (os) que se encontram em situação de vulnerabi-lidade e/ou em situação de risco, inserindo-as na rede de Proteção Social local. A Proteção Social é hierarqui-zada em Básica e Especial.

A proteção social especial é a modalidade de atendimen-to assistencial destinada a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e / ou psí-quicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras.

Em Contagem, a Assistência Social é executada por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social em seus diversos equipamentos: nos Centros de Referen-cia da Assistência Social - CRAS/ Casas da Família e em outras unidades básicas e públicas de Assistência Social, bem como de forma indireta nas entidades e organizações de Assistência Social conveniadas com a Prefeitura de Contagem.

Há também o Centro de Referência Especializado de As-sistência Social (CREAS) que oferta serviços especiali-zados e continuados a famílias e indivíduos em situa-ção de ameaça ou violação de direitos (violência física, psicológica, sexual, tráfico de pessoas, cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto, etc.).

O município possui Conselho Municipal de Assistên-cia Social desde o ano de 1997, bem como Fundo Mu-nicipal e Plano Municipal de Assistência Social. Possui ainda Comitê Gestor do Bolsa Família e política de Se-gurança Alimentar e Nutricional.

Os serviços socioassistenciais são prestados nas uni-dades físicas da rede socioassistencial distribuídos da seguinte forma apresentada no 4:


QUADRO 4. Número de equipamentos da rede socioassistencial no município de Contagem

UNIDADE FíSICA SOCIOASSISTENCIAL NÚMERO DE UNIDADES

Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) 08

Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) 01

Casa Lar 08

Casa de acolhida para pessoa em situação de rua 01

Casa de Passagem 01

Abrigo 15

Banco de Alimentos 02

Cozinha Comunitária 02

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – 2012Nota: Elaborado por Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITEC

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Censo Demográfico 2010 indicava que o município de Contagem contava com 11.382 pessoas na extrema pobreza, ou seja, recebendo entre 1/8 e me-nos de 1/8 do salário mínimo (de acordo com critérios estabelecidos pelo Programa Bolsa Família), o que em termos percentuais significa que 1,9% da população está na extrema pobreza.


ODM 2: Educação Básica de qualidade para todos O acesso a uma educação de qualidade é um direito de todos. In-felizmente muitas pessoas não chegam a completar o ensino fundamental. Na maioria das vezes, crianças e jovens são obri-gados a abandonar os estudos para ajudar no sustento da famí-lia. A falta do ambiente escolar compromete a sociabilidade do indivíduo, além de prejudicar a sua formação humana e profis-sional. O município de Contagem assumiu o compromisso de ga-rantir que, até 2015, 95% dos estudantes concluam os anos ini-ciais do ensino fundamental dentro da idade correta.

Fonte: CONTAGEM, 2011

Alunos da Escola Municipal Heitor Villa Lobos


META 2.1: Garantir que, até 2015, 95% dos estudantes, independentemente da cor, raça e gênero, concluam os anos iniciais do ensino fundamental na idade esperada.

INDICADORES DESCRIÇÃO 2009 2010 2015

Percentual de estudantes da rede pública municipal matriculados no ciclo da alfabetização (1º ciclo) posicionados no nível baixo desempenho em leitura.

Indicador calculado a partir das médias de desempenho na avaliação realizada pelo governo estadual de MG no ciclo da alfabetização (proficiência em língua portuguesa).

32,5% 24,9% 5%

Percentual de abandono dos estudantes do Ensino Fundamental da rede pública municipal.

Número de estudantes evadidos dividido pelo número de estudantes matriculados, no ano correspondente (x100)

... 1,3% 0,5%

Percentual de estudantes reprovados no Ensino Fundamental da rede pública municipal.

Número de estudantes reprovados no Ensino Fundamental dividido pelo Nº de estudantes matriculados, no ano correspondente (%).

... 5,4% 3%

Percentual de estudantes em distorção idade/ciclo no Ensino Fundamental, na rede pública municipal.

Número de estudantes em distorção idade/ciclo dividido pelo número de estudantes matriculados no Ensino Fundamental, no ano correspondente (x100).

... 13,6% 5%

Nota: (...) Não dispõe do dado.

INDICADOR DESCRIÇÃO ANO LíNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA

Percentual de estudantes da rede pública municipal que apresentam baixo desempenho em leitura, conhecimentos lógico-matemáticos e resolução de problemas, em cada ciclo de formação humana.

Indicador calculado a partir das médias de desempenho na avaliação realizada pelo Município em cada ciclo de formação (proficiência em língua portuguesa e matemática).

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo

2007 31,2% 39,5% 28,4% 31,2% 48,0% 41,8%

2010 18,9% 27,5% 30,4% 18,9% 27,5% 30,4%

2015 10% 10% 10% 10% 10% 15%

INDICADOR DESCRIÇÃO ANO SÉRIES INICIAIS (1) SÉRIES FINAIS (2)

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB

Indicador calculado a partir de 2 componentes: taxa de rendimento escolar (aprovação) e médias de desempenho nos exames padronizados (proficiência em língua portuguesa e matemática).

2007 4,4 4,3

2009 5,2 4,1

2013 5,7 4,5

2015 6 4,9

Nota: O Ideb foi criado pelo Inep em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática.(1) Séries Iniciais: Até a 4ª Série


(2) Séries Finais: 5ª até a 8ª Série

Situação de Contagem em relação ao ODM 2 (Educação Básica de qualidade para todos).

ODM 2

Distorção idade-série no ensino fundamental e médio - 2010

Grau de Ensino PorcentagemFundamental 14,0%Médio 30,3%

Fonte: Ministério da Educação – INEP

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) - 2007/20092007 2009

4ª SÉRIE 4,6 5,38ª SÉRIE 4,1 4,8


14,0%

30,3%

Gráfico 9. Distorção idade-série no ensino fundamental e médio 2010

Fundamental

Médio

Fonte: Ministério da Educação - INEPNota: Adaptado de PORTAL ODM. Relatórios Dinâmicos - indicadores municipais, 2009.

4ª SÉRIE

8ª SÉRIE

0

1

2

3

4

5

6

2007

2009

4,6 5,34,1 4,8


Gráfico 10. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)2007/2009

Página 1

ODM 2

Distorção idade-série no ensino fundamental e médio - 2010

Grau de Ensino PorcentagemFundamental 14,0%Médio 30,3%


Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) - 2007/20092007 2009

4ª SÉRIE 4,6 5,38ª SÉRIE 4,1 4,8


14,0%

30,3%

Gráfico 9. Distorção idade-série no ensino fundamental e médio 2010

Fundamental

Médio


4ª SÉRIE

8ª SÉRIE

0

1

2

3

4

5

6

2007

2009

4,6 5,34,1 4,8


Gráfico 10. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)2007/2009

Página 1


ODM 3: Igualdade entre os Sexos e Valorização da MulherDurante muito tempo os homens e as mulheres não tinham os mesmos direitos e deveres. Infelizmente em alguns países essa si-tuação pouco mudou. Para equilibrar esse quadro, os participan-tes do Pacto do Milênio se comprometeram em estabelecer ações com o objetivo de que meninas e meninos tenham condições equâ-nimes para estudar. Outras disparidades estão ligadas à discri-minação da mulher no mercado de trabalho e na política. Para es-te Objetivo o município de Contagem assumiu o compromisso de eliminar as disparidades entre os sexos no ensino fundamental e médio, se possível até 2005, e em todos os níveis de ensino, o mais tardar até 2015.

Maria da Penha, motorista de ônibus.


META 3.1 Eliminar as disparidades entre os sexos no ensino fundamental e médio, se possível até 2005, e em todos os níveis de ensino, o mais tardar até 2015.


Razão entre mulheres e homens no ensino Fundamental, na rede pública municipal.

Número de mulheres matriculadas no Ensino Fundamental dividido pelo número de homens matriculados no Ensino Fundamental, no ano correspondente. (1)

0,95 0,95

Razão entre mulheres e homens em distorção idade/ciclo, no Ensino Fundamental, na rede pública municipal.

Número de mulheres em distorção idade/ciclo matriculadas no Ensino fundamental dividido pelo número de homens em distorção idade/ciclo matriculados no Ensino Fundamental, no ano correspondente. (2)

0,54 0,85

Nota: 1. Quando este indicador for superior a 1, significa que existe maior número de mulheres para cada 100 homens. Portanto, neste indicador, para cada 100 homens havia 95 mulheres.2. O aumento deste indicador representa a diminuição da diferença entre homens e mulheres com relação à distorção idade/ciclo correspondente ao Ensino Fundamental na rede pública municipal.

INDICADOR DESCRIÇÃO2007 2015

PAIS MÃES PAIS MÃES

Percentual de mães e pais dos estudantes do Ensino Fundamental da rede municipal que não estudaram ou não concluíram o Ensino Fundamental

Número de mães e pais de estudantes do Ensino Fundamental que ao responderem pesquisa específica afirmam não ter estudado ou não ter concluído o Ensino Fundamental dividido pelo total de respondentes da pesquisa (x100). (1)

55,6% 54,5% 20% 20%

Nota: (1) A redução deste indicador representa propiciar aos estudantes uma melhor condição de concluírem seus estudos,

bem como aos pais que poderão pleitear melhores postos de trabalho.


Situação de Contagem em relação ao ODM 3 (Igualdade entre os Sexos e Valorização da Mulher).

ODM 3

Percentual do rendimento feminino em relação ao masculino segundo ocupação formal e escolarização - 2010

Grau de Ensino PorcentagemFundamental incompleto 63,8%Fundamental completo 64,2%Ensino Médio 65,9%Ensino Superior 53,8%

Fonte: Ministério do trabalho e Emprego – RAIS 2010

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0%

Fundamental incompleto

Fundamental completo

Ensino Médio

Ensino Superior

63,8%

64,2%

65,9%

53,8%

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - RAIS 2010Nota: Adaptado de PORTAL ODM. Relatórios Dinâmicos - indicadores municipais, 2009.

Gráfico 11. Percentual do rendimento feminino em relação ao masculino segundo ocupação formal e escolarização 2010

Página 1


Referencial da Educação

O Monitoramento do Sistema Municipal de Ensino de Contagem: Diretrizes Políticas para o ODM 20

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira INEP, órgão do Ministério de Educação (MEC), criou o Sistema de Avaliação do Ensino Básico-SAEB e aplicou o primeiro teste nacional para avaliação do ensino básico em 1991. A partir dessa data, de dois em dois anos, são aplicados testes cognitivos e questionários contextuais, em amostras de escolas públicas e particulares do Ensino Fundamental e Médio. Outro teste para avaliação sistêmica é a Prova Brasil que é aplicada desde 2005 em estudantes do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental. A prova Brasil compõe o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB que relaciona as notas dos estudantes na Prova Brasil com o fluxo escolar ocorrido em cada escola (abandono e retenção). O propósito dessas avaliações nacionais é medir o rendimento dos estudantes e monitorá-lo, bem como elaborar conclusões sobre o desempenho da educação brasileira.

Os resultados dessas avaliações do sistema de ensino brasileiro fornecem elementos para decisões políticas e gerenciais por meio de resultados de desempenho dos estudantes e monitoramento das práticas educati-vas realizadas nas escolas municipais brasileiras.

Em 2007, o município de Contagem realizou sua pri-meira avaliação sistêmica e, em 2010, a segunda. A re-de municipal de Contagem já conta, portanto, com dados das duas edições do Aprova Contagem e pode compará-los, no seu contexto, bem como interpretar seus resultados relacionando-os com os resultados de sua rede na Prova Brasil e no IDEB. Com esses dados, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura - SEDUC monitora o desenvolvimento escolar de seus estudan-tes, as condições das escolas para atendê-los e o resul-

tado da educação oferecida no município.

Pesquisas internacionais e nacionais buscam locali-zar fatores que influenciam no desempenho escolar dos estudantes. O Aprova Contagem estudou os fa-tores que, no contexto da rede de ensino do municí-pio, alteram o rendimento dos estudantes para mais ou para menos. Algumas situações aparecem como influentes, positiva ou negativamente, no desempe-nho dos estudantes. Dentre elas, é possível salientar: a relação entre idade e ano escolar esperado; o fluxo escolar (abandono e repetência); a existência de cer-to número de livros em casa; a realização do dever de casa e o tempo gasto com ele diariamente; a discri-minação sofrida na escola; atividade de trabalho do estudante; graus de escolaridade e natureza do tra-balho dos pais; dentre outros. Resultados da avalia-ção, em relação aos educadores, revelam que os edu-cadores da Rede Municipal de Contagem têm, em sua maioria, grande experiência na docência (43,2% têm de oito a dezoito anos de experiência), têm formação superior e pós-graduação. Os educadores têm par-ticipado de atividades de formação continuada co-mo projetos, cursos e eventos, eles informam que tais atividades modificam, positivamente, sua prá-tica pedagógica. Contudo, há ações que os educa-dores realizam que ainda não são coerentes com a proposta pedagógica da rede e outras ainda que não influenciam positivamente o desempenho dos estudantes. No segmento do grupo familiar do alu-no, identificou-se que os pais e responsáveis pelos estudantes da Rede Municipal de Contagem apre-sentam grau de escolaridade bastante baixo, fator que tem um impacto negativo no desempenho es-colar dos estudantes. A natureza do trabalho dos pais, fator também influente no rendimento esco-lar, apresenta-se da seguinte forma: 51% dos pais e 35% das mães são empregados, de acordo com a avaliação, essa situação é considerada positiva pa-ra o bom desenvolvimento dos estudantes. Outra

20 CONTAGEM. Relatório Sistêmico da Educação Aprova Brasil. 2010. pdf. Não publicado.


informação relevante deste estudo é o hábito de lei-tura da população pesquisada. Mais da metade dos entrevistados, ou seja, 55% das famílias declararam possuir de 1 a 20 livros em casa e 17%, de 20 a 40 li-vros. Contudo, 9,3% das famílias informaram que não possuem livros e apenas 21,5% dos pais acompanham os filhos no dever de casa.

Tomando-se como referência o segundo Aprova Con-tagem, a mais recente avaliação sistêmica municipal, de dezembro de 2010, foi possível identificar impor-tantes demandas educacionais do município, bem co-mo a eficiência dos investimentos realizados no Ensi-no Fundamental, no triênio 2007/2010. A coleta de dados foi feita por intermédio de dois tipos de ques-tionários: um contextual e outro cognitivo. Os ques-tionários contextuais coletaram informações sobre o contexto social e cultural dos estudantes, a formação e as práticas pedagógicas dos educadores, os estilos de liderança e as formas de gestão da escola, bem como os recursos pedagógicos disponíveis, a infraestrutura e os recursos humanos. Já os questionários cognitivos avaliaram o desempenho dos estudantes em relação às capacidades de leitura e escrita, aos conhecimentos ló-gico-matemáticos e à resolução de problemas. Os re-sultados apresentados permitiram a identificação de fatores que interferiram no desempenho escolar dos

Os educadores têm participado de atividades de formação continuada como projetos, cursos e eventos, eles informam que tais atividades modificam, positivamente, sua prática pedagógica.

estudantes. Esses fatores conduzem à necessidade de ampliar o debate para toda a comunidade escolar, en-volvendo todos os responsáveis pelo processo educati-vo na fixação de metas educacionais claras.

Dentre os apontamentos resultantes do Aprova Con-tagem 2010, destacamos a necessidade de:

• ampliar o trabalho com a Lei federal nº 11.645 de 10 de março de 2008, principalmente no primeiro ciclo, tendo em vista a declaração dos estudantes, que se dizem discriminados no ambiente escolar;

• melhorar os índices de proficiência em Língua Por-tuguesa e Matemática, principalmente no 3º ciclo;

• orientar as famílias quanto à importância do acom-panhamento escolar dos estudantes;

• fortalecer a relação entre escola, família e estudantes;

• reduzir o percentual de estudantes fora da faixa etá-ria esperada para cada ciclo;

• aprofundar os conceitos fundantes das diferentes áreas do conhecimento;

• atender às demandas e especificidades dos estudan-tes de cada ciclo/faixa etária.


ODM 4: Reduzir a Mortalidade InfantilDe acordo com o sítio eletrônico do PNUD “as crianças pobres têm mais do que o dobro de chance de morrer do que as ricas, e as nas-cidas de mães negras e indígenas têm maior taxa de mortalidade.” A mortalidade infantil ainda é um problema que preocupa gover-nos, sociedade e órgãos ligados à saúde. Se as crianças menores de cinco anos receberem os cuidados básicos de saúde o quadro pode ser revertido. Contagem assumiu a meta de reduzir a mortalidade infantil em dois terços entre 1999 e 2015. O Município apresen-ta uma queda vertiginosa na taxa de mortalidade de crianças com menos de cinco anos: em 1995 a taxa alcançou 76,8 e em 2009 es-se indicador foi reduzido para 15 a cada mil nascidos vivos. Uma das razões para alcançar esse resultado foi um aumento da cober-tura vacianl em crianças menores de 1 ano. (GRAF. 13)

Mãe e recém nascido na Maternidade do Hospital Municipal de Contagem


META 4.1: Reduzir em dois terços, entre 1999 e 2015, a mortalidade de crianças menores de cinco anos de idade.

INDICADORES DESCRIÇÃO 1999 2009 2010 2011 2015

Taxa de mortalidade em menores de cinco anos.

Número de óbitos de crianças residentes com menos de 5 anos de idade. Números de nascidos vivos de mães residentes (por mil).

5,0% 2,7 % 3,0% 2,7% 3,3%

Taxa de mortalidade infantil.

Número de óbitos de crianças residentes com menos de um ano de idade. Números de nascidos vivos de mães residentes (por mil).

18,7% 12,4% 12,6% 11,9% 12,5%

Taxa de mortalidade infantil neonatal.

Número de óbitos de menores de 28 dias número de nascidos vivos de mães residentes (por mil).

12,5% 7,5% 8,1% 8,9% 8,3%

Taxa de mortalidade infantil pós-neonatal.

Número de óbitos de residentes 28 a 364 dias de vida completos. Números de nascidos vivos de mães residentes (por mil).

6,2% 4,9% 4,5% 3,1% 4,1%

Taxa de cobertura vacinal da tríplice viral.

Número de doses aplicadasPopulação < 1 ano.

.. 95% 95% 95% 95%


Situação de Contagem em relação ao ODM 4 ( Reduzir a Mortalidade Infantil)ODM 4

Taxa de mortalidade de menores de 5 anos de idade a cada mil nascidos vivos - 1995-2009

Ano Taxa1995 76,8 76,8%1996 33,7 33,7%1997 47,9 47,9%1998 22,4 22,4%1999 21,6 21,6%2000 22,5 22,5%2001 18,7 18,7%2002 17,2 17,2%2003 15,5 15,5%2004 15,9 15,9%2005 16,5 16,5%2006 13,8 13,8%2007 15,3 15,3%2008 13,7 13,7%2009 15,0 15,0%2010 14,2

Fonte: Ministério da Saúde – DATASUS

Percentual de crianças menores de 1 ano com vacinação em dia – 2000-2010

Ano Percentual2000 81,1%2010 98,4%

76,8

33,747,9

22,4 21,6 22,5 18,7 17,2 15,5 15,9 16,513,8 15,3 13,7

15,0 14,2

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: Ministério da Saúde - DATASUSNota: Adaptado de PORTAL ODM. Relatórios Dinâmicos - indicadores municipais, 2009.

Gráfico 12. Taxa de mortalidade de menores de 5 anos de idade a cada mil nascidos vivos 1995-2010

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0% 81,1%98,4%


Gráfico 13. Percentual de crianças menores de 1 ano com vacinação em dia 2000/2010

2000

2010

Página 1

ODM 4

Taxa de mortalidade de menores de 5 anos de idade a cada mil nascidos vivos - 1995-2009

Ano Taxa1995 76,8 76,8%1996 33,7 33,7%1997 47,9 47,9%1998 22,4 22,4%1999 21,6 21,6%2000 22,5 22,5%2001 18,7 18,7%2002 17,2 17,2%2003 15,5 15,5%2004 15,9 15,9%2005 16,5 16,5%2006 13,8 13,8%2007 15,3 15,3%2008 13,7 13,7%2009 15,0 15,0%2010 14,2


Percentual de crianças menores de 1 ano com vacinação em dia – 2000-2010

Ano Percentual2000 81,1%2010 98,4%

76,8

33,747,9

22,4 21,6 22,5 18,7 17,2 15,5 15,9 16,513,8 15,3 13,7

15,0 14,2

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010


Gráfico 12. Taxa de mortalidade de menores de 5 anos de idade a cada mil nascidos vivos 1995-2010

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0% 81,1%98,4%


Gráfico 13. Percentual de crianças menores de 1 ano com vacinação em dia 2000/2010

2000

2010

Página 1


ODM 5: Melhorar a Saúde das GestantesMelhorar a saúde das gestantes está diretamente ligado à redu-ção da mortalidade infantil. Fatores como assistência médica ina-dequada e desnutrição contribuem de forma negativa para essa realidade. Um simples exame como o pré-natal aliado ao acompa-nhamento médico durante a gestação reduzem de forma signifi-cativa os casos de mortalidade materna e infantil (GRAF. 14). A Prefeitura assumiu o compromisso de reduzir em três quartos a razão da mortalidade materna até 2015.


META 5.1: Reduzir em três quartos a razão de mortalidade materna até 2015


Percentual de seguimento/tratamento informado de mulheres com diagnóstico de lesões intra-epiteliais de alto grau do colo do útero.

Número de mulheres com diagnóstico de lesão intra-epitelial de alto graucom seguimento informado, por número total de mulheres com diagnóstico de lesão intra-epitelial de alto grau (%). (1)

100% 100% 100%

Proporção de óbitos de mulheres em idade fértil e maternos investigados

Número de óbitos de mulheres de 10 a 49 anos e óbitos maternos fora da faixa etária de 10 a 49 anos notificados no módulo de investigação de óbitos do SIM Total de óbitos de mulheres de 10 a 49 anos e óbitos maternos fora da faixa etária de 10 a 49 anos residentes (%). (2)

100% 100% 100%

Proporção de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas de Pré-Natal

Número de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal.Número de nascidos vivos, no mesmo local e período (%)

74,4% 76,05% 78,03%

Nota:(1) Este indicador informa que todas as mulheres que apresentaram diagnóstico de lesões intra-epiteliais de alto grau no colo do útero receberam seguimento/tratamento na rede pública de saúde no município de Contagem.(2) Este indicador informa que do total de ocorrências de óbitos de mulheres em idade fértil, 100% foram investigadas as causas.

META 5.2: Promover, na rede do SUS, cobertura universal por ações de saúde sexual e reprodutiva


Manter a oferta de preservativos para 100% da população em idade reprodutiva21

Percentual de oferta em relação ao total da população de Contagem em idade reprodutiva.

100% 100% 100%

21 É considerado em idade reprodutiva o ser humano acima da idade dos 12 anos completos.


ODM 5

Taxa de mortalidade materna (a cada 100 mil nascidos vivos) - 1997-2009Ano Taxa de mortalidade materna

1997 91,51998 44,01999 62,22000 9,52001 30,32002 74,42003 44,22004 48,12005 46,82006 71,82007 0,02008 24,62009 12,92010 60,6


0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

91,5

44,062,2

9,530,3

74,4

44,248,1 46,8

71,8

0,0

24,612,9

60,6


Gráfico 14. Taxa de mortalidade materna (a cada 100 mil nascidos vivos) 1997-2010

Página 1

Situação de Contagem em relação ao ODM 5 (Melhorar a Saúde das gestantes)

META 5.3: Até 2015, ter detido o crescimento da mortalidade por câncer de mama, invertendo a tendência atual e mantendo a tendência de diminuição da mortalidade por câncer de colo de útero.


Razão entre exames citopatológicos do colo do útero na faixa etária de vinte e cinco a cinquenta e nove anos.

Número de exames citopatológicos do colo do útero, em mulheres na faixa etária de 25 a 59 anos por População feminina, nesta faixa etária.

0,17 0,20 0,20

Razão entre mamografias realizadas nas mulheres de cinquenta a sessenta e nove anos em relação à população feminina nesta faixa etária.

Número de mamografias realizadas na faixa etária de 50 a 69 anos por População feminina nesta faixa etária.

0,13 0,21 0,22


ODM 6: Combater o HIV/AIDS, a Dengue e outras doençasCombater as doenças é melhorar a saúde da população. A Prefei-tura de Contagem sabe que a prevenção é a melhor maneira de combatê-las, por meio da educação e capacitação de seus profis-sionais ela visa melhorar a qualidade da assistência prestada à população. Com relação ao ODM 6 foram assumidas as metas de combater o crescimento e propagação do HIV/AIDS, reduzir a le-talidade nos casos de dengue e manter a proporção de cura de ou-tras doenças como a tuberculose e hanseníase.

Abraço à Praça Iria Diniz, Dia Mundial do Combate à Aids.


META 6.1: Manter a tendência atual de não propagação do HIV/AIDS em menores de cinco anos

INDICADORES DESCRIÇÃO 2009 2010 2011 2015

Taxa de incidência de AIDS em menores de cinco anos de idade.

Número de casos de AIDS diagnosticados em menores de 5 anos população total residente de menores de 5 anos de idade (x 100.000).

0% 0% 0% 0%

META 6.2: Até 2015, manter a proporção de cura de tuberculose e hanseníase em 85%


Proporção de cura de casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera.

Número de casos novos (CNP+) curados de tuberculose número de casos novos pulmonares positivos tuberculose (%).

67,12% 85% 85% 85%

Proporção de cura dos casos novos de hanseníase diagnosticados nos anos das coortes22

Número de casos novos de hanseníase em residentes curadosTotal de casos novos de hanseníase residentes.

71,4% 85% 85% 85%

22 Segundo o Ministério da Saúde os anos das coortes de hanseníase dividem-se em dois tipos:

Casos residentes com data de diagnóstico no ano anterior à avaliação (tipo Paucibacilar).

Casos novos residentes com data de diagnóstico 2 anos antes do ano da avaliação (tipo Multibacilar). BRASIL (2009a, p. 33).


META 6.3: Reduzir a letalidade dos casos graves de Dengue (manter abaixo de 2%)


Taxa de letalidade das formas graves de Dengue (FHD/SCD + DCC)23

Número de óbitos confirmados de FHD/SCD + DCC número de casos confirmados de FHD/SCD + DCC (x 100).

0% 2% 2% <2%

Situação de Contagem em relação ao ODM 6 (Combater o HIV/AIDS, a Dengue e outras doenças)

ODM 6

Número de casos de doenças transmissíveis por mosquitos - 1996-2009

Ano CASOS NOTIFICADOS2001 8522002 1.3582003 4212004 2592005 382006 6772007 5712008 7002009 1.9392010 6.575

01.0002.0003.0004.0005.0006.0007.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

852 1.358421 259 38

677 571 700

1.939

6.575


Gráfico 15. Número de casos de doenças transmissíveis por mosquitos 2001-2010

Página 1

23 Febre Hemorrágica do Dengue / Síndrome do Choque do Dengue + Dengue com Complicações


Referencial da Saúde24

A Secretaria Municipal de Saúde responde pela coorde-nação e implementação da Política Municipal de Saú-de de Contagem. Atualmente, a estrutura da Secretaria conta com 154 unidades de saúde, distribuídas estrate-gicamente entre os Distritos Sanitários, sendo eles: In-dustrial, Eldorado, Ressaca, Nacional, Vargem das Flo-res, Sede e Petrolândia. A descentralização e regionaliza-ção dos serviços por meio dos distritos sanitários visam oferecer assistência equânime à população. Recursos e equipamentos de cada unidade são dimensionados para facilitar o acesso aos serviços básicos, bem como aos es-pecializados e à assistência de urgência e hospitalar.

As ações implementadas pela gestão municipal de Con-tagem seguem as diretrizes nacionais para área de saúde e buscam atender, prioritariamente, os compromissos formulados na adesão ao Pacto pela Saúde e seus com-ponentes: o Pacto pela Vida, o Pacto de Gestão e o Pacto em Defesa do SUS. O Pacto pela Vida expressa os com-promissos sanitários que os gestores do SUS firmam em torno de prioridades que apresentam impacto sobre a si-tuação de saúde da população do município. O Pacto de Gestão atende aos princípios do SUS previstos na Cons-tituição Federal de 1988 e na Lei nº 8.080/90, tendo co-mo objetivo melhorar a qualidade e eficiência da gestão do SUS. A descentralização e a regionalização integram

esse Pacto. O Pacto em Defesa do SUS expressa o com-promisso de garantir o SUS como a estratégia determi-nante da reforma sanitária brasileira, considerando as-pectos da mobilidade social e do financiamento adequado.

O índice de vulnerabilidade à saúde é a referência ao per-fil epidemiológico relacionada a grupos sociais distin-tos. A utilização do perfil epidemiológico, retratado nos diferentes graus de vulnerabilidade encontrados, permi-tiu ao município identificar particularidades dos espaços intramunicipais, distribuir recursos e definir estratégias de atuação para cada localidade.

A rede de Atenção à Saúde do Município de Contagem está organizada da seguinte forma:

Atenção Básica

Composta por oitenta e oito (88) Equipes de Saúde da Família, dezoito (18) Unidades Básicas de Saúde (Cen-tros de Saúde), oito (8) Núcleos de Apoio à Saúde da Fa-mília (NASF). Atualmente, a cobertura da Estratégia de Saúde da Família atinge, aproximadamente, 52% da po-pulação de Contagem.

A Atenção Básica configura-se como porta de entra-da para atenção integral à saúde da população, desen-volvendo ações de assistência, promoção à saúde e pre-venção de agravos. As Equipes de Saúde da Família são compostas por médico(a), enfermeiro(a), auxilia-res de enfermagem e agentes comunitários de saúde, ca-

24 Fontes de consulta: relatórios anuais da Secretaria de Saúde.


da equipe com território de responsabilidade pelo acom-panhamento de até quatro mil pessoas ou de mil famí-lias de uma determinada área. Já as Unidades Básicas de Saúde realizam ações similares, tendo na equipe clínico geral, pediatra, ginecologista, enfermeiro(a), técnico de enfermagem e equipe de saúde mental de referência.

Atenção Secundária

Nesse nível de atenção, a Atenção Especializada é com-posta por duas (02) Unidades de Consultas Especiali-zadas - UCEs, um (01) Centro de Referência à Saúde do Homem, um (01) Centro de Referência à Saúde do Tra-balhador, um (01) Centro de Testagem e Aconselhamen-to e um (01) Ambulatório de Referência aos portadores de DST/AIDS.

A Atenção Secundária do Município conta com duas uni-dades: o Centro de Consultas Especializadas Iria Diniz, principal unidade especializada de Contagem, e a Unida-de de Consultas Especializadas do Ressaca. A atenção se-cundária atua numa perspectiva de encaminhamento a partir das unidades básicas de saúde.

A gestão dos procedimentos realizados neste nível de atenção passa por critérios que qualificam a prioridade das demandas clínicas encaminhadas, para que haja um acesso tempestivo dos usuários de acordo com as neces-sidades de saúde identificadas.

A oferta de especialidades é variada e regionalizada, sen-

do que se preconiza o acesso a partir da região de resi-dência do usuário. Alguns procedimentos são realizados em outros municípios, especialmente Belo Horizonte, que é município-sede da macrorregião Centro e concen-tra dispositivos de maior complexidade.

Urgência e Emergência

A atenção à urgência é composta por cinco (05) Uni-dades de Pronto Atendimento - UPA e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU.

Atenção Terciária

Composta pelo Hospital Municipal e pela Maternidade Municipal de Contagem - MMC.

Vigilância em Saúde

A Vigilância em Saúde constitui-se de ações de promo-ção da saúde da população, vigilância, proteção, preven-ção e controle das doenças e agravos à saúde, abrangen-do: vigilância epidemiológica; vigilância em saúde am-biental; vigilância da saúde do trabalhador; vigilância sa-nitária e o controle de endemias e zoonoses.

A Vigilância em Saúde tem como objetivo a análise per-manente da situação de saúde da população, articulan-do-se num conjunto de ações que se destinam a contro-lar certos riscos e danos à saúde de populações que vi-vem em determinados territórios, garantindo a integra-lidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem indivi-


dual como coletiva dos problemas de saúde, conforme a portaria nº 3.552 de 22 de dezembro de 2009.

As ações de Vigilância em Saúde, incluindo a promoção da saúde, devem estar inseridas no cotidiano das equi-pes de Atenção Primária/Saúde da Família, com atribui-ções e responsabilidades definidas em território único de atuação, integrando os processos de trabalho, plane-jamento, programação, monitoramento e avaliação des-sas ações.

Nos últimos três anos de gestão, a partir de 2008, os equipamentos da rede de urgência e hospitalar foram alvo de investimentos vultosos, permitindo a expan-são e qualificação dessa modalidade de atenção. No ano de 2009, iniciou-se a reestruturação das unidades bási-cas, investimento que prioriza a reestruturação física e a consolidação do remodelamento do processo de trabalho na atenção primária básica.

Outros serviços

Outros serviços de apoio existentes ainda no município são os Centros de Atenção Psicossocial, que, no caso de Contagem, são três: CAPS II (adulto), CAPS I (infanto--juvenil) e CAPS AD (álcool e outras drogas). Ainda exis-

Recursos e equipamentos de cada unidade são dimensionados para facilitar o acesso aos serviços básicos, bem como aos especializados e à assistência de urgência e hospitalar.

te o Laboratório Central (LACEN) que congrega o pro-cessamento e análise dos exames para as doenças de no-tificação compulsória no município.

Ações de Promoção da Saúde e prevenção de agravos

As Academias da Cidade são equipamentos públicos ins-talados nas praças e espaços de lazer revitalizados, que propiciam a realização de atividades físicas, aeróbicas e anaeróbicas, e têm como objetivo o aumento da qualida-de de vida da população. Professores de educação física estão presentes nas academias para orientar o público e facilitar o acesso à prática sustentável de atividades físi-cas. Integra este projeto ainda, um automóvel que con-duz profissionais de saúde que realizam aferição de pres-são arterial e glicose, além de atuarem na perspectiva da educação em saúde.

As ações voltadas para prevenção de agravos e promoção da saúde são desenvolvidas pelas equipes das unidades de saúde sendo ofertadas, por exemplo: atividades edu-cativas (individuais ou coletivas), realização de campa-nhas temáticas em datas específicas para sensibilização e identificação precoce de alguns agravos e ações em par-ceria intersetorial, dentre outros.


ODM 7: Qualidade de Vida e Respeito ao Meio Ambiente Qualidade de Vida e respeito ao Meio Ambiente significa que é necessário evitar o desperdício de água, a produção excessiva de lixo e o desmatamento. Cuidar do meio ambiente é dever de todas as cidadãs e cidadãos. Buscar o crescimento econômico alinhado a sustentabilidade tem se tornado um grande desafio para o mun-do. Atenta a este quadro, a Prefeitura de Contagem assumiu me-tas e indicadores que visam melhorar a qualidade de vida do cida-dão sem esquecer que a cidade continua a crescer.

Represa Vargem das Flores


META 7.1: Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas municipais e reverter a perda de qualidade ambiental nas áreas urbanas do município.

INDICADOR DESCRIÇÃO 2011

Quantidade de áreas de propriedade particular ou pública com cobertura vegetal definidas como ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico) no Plano Diretor de Contagem (em m2) em relação à área total do município (em m2).

Corresponde a quantidade de áreas de propriedade particular ou pública com cobertura vegetal e manutenção assegurada (em m2) em relação à área total (em m2)

26,42978 km²/ 194,3 km²

INDICADORES DESCRIÇÃO 2009/2010 2011 2012

Número de praças revitalizadas.

Quantidade de praças revitalizadas no município em 2011 e estimativa para 2012.

... 100 120

Número de árvores plantadas.Quantidade de árvores plantadas em 2011 e estimativa para 2012.

... 2.500 5.000

Número de parques implantados.

Quantidade de parques implantados em 2011 e estimativa para 2012.

... 7 11

Número de pessoas atendidas em programas de educação ambiental.

Total de pessoas atendidas em programas de educação ambiental da Prefeitura.

18.314 20.000 ...



Pessoas atendidas em 2011 por programas/ações do município

1. Quinze (15) mil pessoas atendidas na Caravana Contagem Meu Ambiente (conjunto de ações de educação am-biental nas escolas, regionais e comunidades do município);

2. Formação de 168 pessoas (profissionais da educação e pessoas da comunidade) no curso de capacitação de educa-ção ambiental em parceria com a FUNEC.

3. Participação de 290 pessoas em palestras sobre as leis ambientais. Ação em parceria com o Juizado Especial de Contagem para conscientização de pessoas que cometeram crimes ambientais (transatores).

4. Participação de 1.153 pessoas nos Fóruns da Agenda 21 do Município de Contagem e nos Encontros Mineiros da Agenda 21 reunindo sociedade civil, governo e setor privado.

5. Atendimento a 1.703 crianças no Parque Gentil Diniz e no Propam em oficinas, palestras e circuito ecológico de educação ambiental.

ODM 7

Percentual de domicílios com acesso a água ligada à rede e esgoto sanitário adequado - 1991-2010

Rede de Água Esgoto Adequado1991 95,8% 61,7%2010 99,3% 92,6%

0,0%10,0%20,0%30,0%40,0%50,0%60,0%70,0%80,0%90,0%100,0%

Rede de Água Esgoto Adequado

95,8%

61,7%

99,3%92,6%

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991 e 2010Nota: Adaptado de PORTAL ODM. Relatórios Dinâmicos - indicadores municipais, 2009.

Gráfico 16. Percentual de domicílios com acesso a água ligada à rede e esgoto sanitário adequado 1991/2010

1991

2010

0%10%20%30%40%50%60%70%80%

Próprio Alugado Cedido

69%

21%9%

72%

21%7%


Gráfico 17. Proporção de domicílios segundo a condição de ocupação - 1991/2010

1991

2010

Página 1

Situação de Contagem em relação ao ODM 7 (Qualidade de Vida e Respeito ao Meio Ambiente)


Referencial do Meio Ambiente

Contagem é o maior pólo industrial do estado de Minas Gerais, seu processo de ocupação e industrialização coin-cide com o modelo de desenvolvimento brasileiro que gerou uma urbanização acelerada, intensificando o con-flito entre o meio natural e urbano. Consequentemente ao crescimento urbano e industrial da cidade é requeri-da a preservação das áreas verdes, que são instrumentos importantes e de grande relevância para o equilíbrio am-biental e qualidade de vida da população contagense.

A preocupação com a preservação desses espaços tem como finalidade garantir a sustentabilidade dos recursos naturais, comportamento que guarda relação direta com a preservação da biodiversidade existente nessas áreas, com feitos positivos na saúde e bem estar da população.

O cuidado com o verde no Município envolve ações pla-nejadas que tem como objetivo diminuir o impacto do processo de urbanização por meio de ações integradas que melhoram a qualidade de vida das cidadãs(os), per-mitindo um maior desenvolvimento sustentável da cida-de. Em parceria com o governo do estado, por meio da Copasa (Concessionária de água e esgoto), e com o go-

verno federal, a Prefeitura vem implantando um sistema integrado que visa: a implantação de interceptores pa-ra a despoluição dos córregos, o reassentamento de fa-mílias em novos conjuntos habitacionais, construções de avenidas sanitárias e pavimentação de ruas próximas dos córregos, com a implantação de novas redes coleto-ras de esgoto. Contagem está próxima de alcançar a me-ta de atender toda a população com uma rede de abaste-cimento de água e esgoto adequados (veja o GRAF. 16, na página anterior).

Contagem também possui um dos maiores programas fundiários do Brasil, no qual 3.800 famílias receberam, em mãos, as escrituras e registros dos 3.403 lotes, em Nova Contagem. O programa intitulado “Regularização Fundiária Plena de Nova Contagem” fez com que o Mu-nicípio ganhasse o prêmio Selo Mérito 2012, na catego-ria regulação fundiária. O Prêmio é realizado pela Asso-ciação Brasileira de Cohabs e Agentes Públicos de Habi-tação - ABC e o Fórum Nacional de Secretários de Habi-tação e Desenvolvimento Urbano - FNSHDU. Com a im-plantação do programa, a Prefeitura resolveu um impas-se que teve origem em 1984, quando foi criado o conjun-to Nova Contagem (Regional Vargem das Flores), visto

ODM 7

Percentual de domicílios com acesso a água ligada à rede e esgoto sanitário adequado - 1991-2010

Rede de Água Esgoto Adequado1991 95,8% 61,7%2010 99,3% 92,6%

0,0%10,0%20,0%30,0%40,0%50,0%60,0%70,0%80,0%90,0%100,0%

Rede de Água Esgoto Adequado

95,8%

61,7%

99,3%92,6%


Gráfico 16. Percentual de domicílios com acesso a água ligada à rede e esgoto sanitário adequado 1991/2010

1991

2010

0%10%20%30%40%50%60%70%80%

Próprio Alugado Cedido

69%

21%9%

72%

21%7%


Gráfico 17. Proporção de domicílios segundo a condição de ocupação - 1991/2010

1991

2010

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Contagem também possui um dos maiores programas fundiários do Brasil, no qual 3.800 famílias receberam, em mãos, as escrituras e registros dos 3.403 lotes, em Nova Contagem.

que, na ocasião, o mesmo não foi devidamente registra-do (Contagem 2011, pg. 50). O GRAF. 17 (página ante-rior) apresenta resultados da condição de ocupação do-miciliar em 1991 e 2010 no Município.

No que diz respeito ao ambiente natural, a preocupa-ção do município com a preservação desses espaços le-vou à criação da Fundação de Parques e Áreas Verdes de Contagem- ConParq, por meio da Lei Municipal nº 4.135 de 28 de dezembro de 2007 sendo regulamentada pelo Decreto nº 892 de 06 de março de 2008.

Iniciando suas atividades em 2008, a ConParq tem com objetivo gerenciar, preservar e desenvolver projetos de melhorias e implantação de parques, praças, canteiros, arborização (poda, supressão e plantio de árvores), pro-dução de espécies arbóreas (Horto) e proteger e con-servar as áreas verdes do Município, tornando os espa-ços públicos um ambiente prazeroso de encontro, la-zer e descanso para as pessoas de todas as idades, visan-do sempre a melhoria da qualidade de vida das cidadãs e dos cidadãos contagenses.

Após sua criação, foram revitalizadas e implantadas aproximadamente cem praças em várias regiões do Mu-nicípio. A ConParq também realiza revitalizações de can-teiros centrais das grandes avenidas da cidade, como a Avenida João César de Oliveira, Doutor Guilhermino de Oliveira, das Indústrias, Francisco Firmo de Mattos en-tre outras em diversas regiões de Contagem.

Além da revitalização do Parque Ecológico do Eldorado e Parque Gentil Diniz, a ConParq implantou ainda os Par-ques: Tropical, Sapucaias, São Mateus, Sarandi, Amen-doeiras, Carajás e, prepara a implantação do Parque Ar-rudas.

Dentre as suas atribuições, a ConParq ainda tem desen-volvido constantes ações no sentido de preservar as áre-as verdes. São instaladas cercas em diversos espaços, evitando degradações e contribuindo com a limpeza ur-bana, tudo isso, no intuito de evitar que essas áreas se transformem em depósitos de lixo e entulhos.

Atualmente, a arborização das cidades é considerada in-dispensável, pois o que se iniciou levando em conside-ração apenas o aspecto estético, hoje satisfaz os requisi-tos ambientais, sociais e econômicos, sendo de extrema importância a conservação das florestas urbanas sendo elas: áreas verdes, parques e praças.

Visando a revegetação da cidade, a ConParq gerou diver-sas atividades destacando entre elas o programa “Plan-tar Contagem Centenária” com a tarefa de plantio de aproximadamente 2.500 árvores em todas as regiões do município. O município de Contagem conta ainda com o programa “Uma Vida Uma Árvore” em parceria com a Rede Globo Minas, iniciado em 2010 e que, ao seu tér-mino, estima-se o plantio de 4.000 (quatro mil) árvores. Nesse programa para cada criança que nasce e é registra-da no município, planta-se uma árvore e em seguida é


enviado ao ao recém nascido um certificado com núme-ro, espécime e localização do plantio de sua árvore.

Tendo como objetivo a mobilização voluntária da comu-nidade do plantio em áreas públicas, praças e passeios, foi criada a “Brigada Verde” que conta com voluntários de todas as regiões da cidade, fomentando a responsabi-lidade ambiental no município.

No que diz respeito às intervenções de integração e equi-líbrio entre homem e ambiente urbano, coordenadas pe-la Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Conta-gem - SEMA, observa-se uma tendência de crescimen-to das suas atividades, notadamente nos últimos 3 anos de gestão do setor, fato que tem refletido na sua visi-bilidade tanto no âmbito da Prefeitura quanto na so-ciedade. Cada vez mais o trabalho realizado pela SEMA vem ganhando destaque diante da melhoria da qualida-de do serviço oferecido à população, sobretudo na efici-ência dos setores de fiscalização, de controle e de educa-ção ambiental. De Secretaria Adjunta torna-se, a partir de 2009, um setor autônomo, um marco para o municí-pio que se mostra preocupado com as questões ambien-tais do milênio e que busca o desenvolvimento com sus-tentabilidade.

A Coordenadoria de Planejamento e Educação Ambien-tal - COPLAM tem se destacado pela execução de proje-tos e pelos esforços de garantir a intersetorialidade, uma vez que para que as ações de educação ambiental sejam bem sucedidas é preciso estabelecer parceria com as de-mais secretarias. Atualmente estão consolidadas parce-rias com SEDUC, SALU, FUNEC, ConParq, Saúde, dentre outros setores da Prefeitura.

Com uma equipe multidisciplinar de educadores am-bientais, a COPLAM ampliou o atendimento a popu-lação, por meio de uma programação permanente de

educação ambiental, cultural e patrimonial para esco-las e comunidades. Desde 2009, “1.703 estudantes” já participaram da trilha ecológica, das oficinas de recicla-gem e dos circuitos de percepção ambiental de Vargem das Flores e da Pampulha. O fechamento do Parque Gentil Diniz no 1º semestre de 2010 para que o mesmo fosse revitalizado não significou redução do número de pessoas atendidas, uma vez que, com a Caravana “Con-tagem Meu Ambiente” tem sido possível levar conheci-mento e lazer a população por meio do teatro, da músi-ca, de oficinas interativas e de distribuição de material educativo. Cerca de quinze mil pessoas já foram aten-didas nos parques, nas praças, nas escolas, nas vilas e bairros da cidade.

Atualmente a COPLAM está incluída nas ações do Pro-grama Espaços Coletivos - PEC da Prefeitura de Conta-gem. Dois projetos estão sob responsabilidade da coor-denadoria: realização da Caravana “Contagem Meu Am-biente” e promoção do curso de formação de educado-res ambientais em parceria com a Fundação de Ensi-no de Contagem (FUNEC). Já são 168 pessoas que reali-zam o curso de formação em educação ambiental, entre as quais estão educadores e pessoas das comunidades do município.

A parceria da SEMA com o Juizado Especial de Con-tagem também merece destaque. Cerca de 290 pesso-as que cometeram crimes ambientais, conhecidos co-mo transatores, já participaram de palestras sobre as leis ambientais. Cabe ressaltar a participação “1.153 pesso-as” nos fóruns da Agenda 21 de Contagem e Encontros Mineiros. É a SEMA assumindo a responsabilidade de garantir o monitoramento do plano de desenvolvimen-to sustentável na luta por um município que valoriza o meio ambiente.


ODM 8: Todo Mundo trabalhando pelo Desenvolvimento Enfim o último objetivo... O ODM 8! Iniciou-se essa jornada anali-sando a questão da pobreza e fome, e da educação, também foram analisadas a igualdade de gêneros, a mortalidade infantil e mater-na, as doenças e a questão da sustentabilidade ambiental. O Ob-jetivo do Milênio 8 diz respeito à construção de uma forte parceria entre poder público, iniciativa privada e sociedade civil com a finali-dade de juntos contribuírem para o desenvolvimento local. Com re-lação ao último Objetivo do Milênio, Todo Mundo trabalhando pe-lo Desenvolvimento, Contagem assumiu um conjunto de metas que tem a finalidade de gerar emprego e renda, além de estimular a participação da população nas decisões em conjunto com a Prefei-tura, e tornar mais acessíveis as novas tecnologias da informação e Internet em Escolas Municipais do Ensino Fundamental e Médio.


META 8.1: Aumento progressivo da participação da comunidade na elaboração e controle das matérias do Orçamento Participativo Municipal

INDICADORES DESCRIÇÃO 201125

Percentual de participação da população do município acima de dezesseis anos nas assembleias regionais.

Corresponde ao número de pessoas acima de 16 anos, em relação ao total do município, que participaram das assembleias regionais em 2011.

2%

Número de famílias beneficiadas por intervenções concluídas do OP por Regional Administrativa26

Corresponde ao percentual de famílias que foram beneficiadas por algum tipo de intervenção do OP por Regional Administrativa.

10%

META 8.2: Aumentar progressivamente a proporção da população atendida pelas iniciativas de qualificação com vistas à geração de emprego e renda.

INDICADORES (1) DESCRIÇÃO 2009 2010

Inscritos no Cadastro Único e colocados no mercado de trabalho via Sistema Público de Emprego Municipal.

Total de inscritos no cadastro único que conseguiram ser inseridos no mercado de trabalho em 2009 e 2010.

198 194

Beneficiários do Programa Bolsa Família qualificados na área da Construção Civil (Programa Próximo Passo) inseridos no mercado de trabalho.

Corresponde ao total de beneficiários do Programa Bolsa Família que receberam capacitação na área da construção Civil e foram inseridos no mercado de trabalho em 2009 e 2010.

35 135

Jovens incluídos no mercado de trabalho via Sistema Público de Emprego Municipal.

Total de jovens que conseguiram oportunidade de trabalho via Sistema Público Municipal em 2009 e 2010.

415 467

Jovens oriundos de programas sociais incluídos no mercado de trabalho via Sistema Público de Emprego Municipal.

Total de jovens oriundos de programas sociais que conseguiram trabalho via Sistema Público de Emprego Municipal em 2009 e 2010.

152 137

Número de trabalhadores qualificados por meio do Plano Territorial de Qualificação Profissional.

Corresponde ao total de trabalhadores qualificados em 2009 e 2010 por meio do Plano Territorial de Qualificação Profissional

367 356

Nota: (1) Verificar QUADRO 5 Síntese das informações – capacitação e inserção de pessoas no mercado de trabalho, pessoas oriundas de programas sociais.

25 O planejamento de metas para Orçamento Participativo é bienal.

26 O município de Contagem possui oito Regionais Administrativas: Industrial, Eldorado, Riacho, Sede, Ressaca, Nacional, Petrolândia e Vargem das Flores. A divisão do município em Regionais Administrativas obedece o artigo 11da Lei nº 060 de 14 de janeiro de 2009.


Quadro 5. Síntese das Informações - capacitação e inserção de pessoas no mercado de trabalho, pes-soas oriundas de programas sociais de Contagem 2009-2010

AÇõES DE CAPACITAÇÃO E INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO QUANTIDADE (SOMA DOS ANOS DE 2009 E 2010)

Total de pessoas qualificadas 893

Total de pessoas incluídas no mercado de trabalho (todas oriundas de programas sociais).

851

Total de jovens incluídos no mercado de trabalho – 1º emprego 882

Fonte: Prefeitura do Município de Contagem/SEPLAN/COMODER/DITECNota: É importante ressaltar que esses números referem-se à capacitação e inserção de pessoas, incluindo jovens, no mercado de trabalho, destacando-se o fato de que todos são oriundos de programas sociais, ou seja, esse resultado é a materialização do esforço conjunto e articulado entre as políticas públicas desenvolvidas no Município refletindo o compromisso do desenvolvimento de todos, sobretudo os mais vulneráveis.


Número de trabalhadores qualificados por meio do Plano Territorial de Qualificação Profissional incluídos no mercado de trabalho

Corresponde ao total de trabalhadores qualificados em 2009 e 2010 por meio do Plano Territorial de Qualificação Profissional e que conseguiram oportunidade de trabalho.

134 160

Número de trabalhadores qualificados no Centro de Formação do Trabalhador de Contagem – CEFORT. (1)

Corresponde ao total de trabalhadores qualificados em 2010 por meio do Centro de Formação do Trabalhador de Contagem.

... 269

Número de trabalhadores qualificados no Centro de Formação do Trabalhador de Contagem gerando renda – CEFORT.

Corresponde ao Total de trabalhadores qualificados por meio do Centro de Formação do Trabalhador de Contagem e que conseguiram gerar renda para o município no ano de 2010.

... 86

Nota: (...) Não dispõe do dado.(1) O CEFORT foi constituído em 2009 com o nome de Centro Público de Economia Solidária, com o objetivo de dar assessoria aos trabalhadores de economia solidária. Em 2010 deixa de ser um equipamento exclusivo para as atividades de Economia Solidária e passa a incorporar atividades de qualificação profissional em todas as outras áreas do Sistema Público de Emprego Trabalho e Renda.


Meta 8.3: Melhorar as condições de inserção no mercado de trabalho da população adulta.


Percentual de abandono da Educação de Jovens e Adultos EJA (1) da rede pública municipal.

Corresponde ao número de estudantes evadidos dividido pelo nº de estudantes matriculados no ano correspondente (%).

... 25% 25,3% 15%

Percentual de estudantes, do 2º segmento, certificados na EJA, da rede pública municipal (2).

Corresponde ao número de estudantes certificados dividido pelo nº de estudantes matriculados, no ano correspondente (%).

... 29% 27,5% 40%

Percentual de mães e pais dos estudantes do Ensino Fundamental da rede municipal que não estudaram ou não concluíram o ensino fundamental

Número de mães e pais de estudantes do Ensino Fundamental que ao responderem pesquisa específica afirmam não ter estudado ou não ter concluído o Ensino fundamental dividido pelo total de respondentes da pesquisa (%).

55% ... ... 20%

Nota: (...) Não dispõe do dado.(1) EJA – Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade educativa específica que tem como objetivo oportunizar aos sujeitos-educandos maiores de 15 anos, a conclusão do ensino fundamental.(2) 2º segmento (antiga 5ª a 8ª série);


Meta 8.4: Até 2015 tornar mais acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial das tecnologias de informação e de comunicações

INDICADORES DESCRIÇÃO 2005

Percentual de escolas do Ensino Fundamental com laboratórios de informática.

Corresponde ao percentual de Escolas Municipais do Ensino Fundamental que possuem laboratórios de informática adequadamente equipados.

97,9%

Percentual de escolas do Ensino Fundamental com computadores.

Corresponde ao percentual de Escolas Municipais do Ensino Fundamental que possuem microcomputadores.

33,1%

Percentual de escolas do Ensino Fundamental com acesso à internet.

Corresponde ao percentual de Escolas Municipais do Ensino Fundamental que possuem acesso à internet.

43,7%

Percentual de escolas do Ensino Médio com laboratórios de informática.

Corresponde ao percentual de Escolas Municipais do Ensino Médio que possuem laboratórios de informática adequadamente equipados.

96,4%

Percentual de escolas do Ensino Médio com computadores.

Corresponde ao percentual de Escolas Municipais do Ensino Médio que possuem microcomputadores.

44,6%

Percentual de escolas do Ensino Médio com acesso à internet

Corresponde ao percentual de Escolas Municipais do Ensino Médio que possuem acesso à internet.

60,7%


Referencial do Desenvolvimento Local

A proposta da ONU sobre a parceria para o desenvolvi-mento, ODM 8, implica a união de esforços dos países in-tegrantes do Pacto do Milênio, bem como da sociedade, em prol da melhoria da qualidade de vida nas cidades. A expectativa contida nessa proposta é de inclusão e de con-corrência verdadeiramente livre entre povos e nações, de participação da sociedade e utilização do potencial de ca-da segmento social para o desenvolvimento local.

A agenda de governo de Contagem, de incorporação dos vários grupos sociais à cidadania plena e de distribuição equitativa dos benefícios oriundos do desenvolvimen-to local, inclui a participação e controle popular nas deci-sões de governo quanto aos investimentos e programas e/ ou projetos de interesse da sociedade a serem aten-didos com recursos orçamentários desde 2005. O Orça-

mento Participativo de Contagem dá forma a essa par-ticipação popular nas decisões de governo e é uma das bases de referência de gestão para monitoramento do ODM 8. Nessa mesma direção caminham as políticas de educação inclusiva e as estratégias voltadas para alcance de trabalho digno e produtivo para coletividade.

No que tange a área do trabalho e geração de renda, o município possui um importante equipamento social de desenvolvimento local: o Centro de Formação do Traba-lhador de Contagem - CEFORT. O Centro Público desen-volve atividades de qualificação profissional em todas as áreas do Sistema Público de Emprego Trabalho e Ren-da além de prestar assessoria às atividades voltadas para economia popular e solidária.

Por meio de convênio estabelecido com o Ministério de Desenvolvimento Social, cinco Unidades Produtivas de Confecção foram planejadas como unidades descentra-

ODM 8

Percentual de escolas do ensino fundamental e médio com acesso a internet - 2005

Nível de Ensino Computador InternetFundamental 97,9% 43,7%Médio 96,4% 60,7%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

Computador Internet

97,9%

43,7%

96,4%

60,7%

Fonte: Ministério da Educação - INEP.Nota: Adaptado de PORTAL ODM. Relatórios Dinâmicos - indicadores municipais, 2009.

Gráfico 18. Percentual de escolas do ensino fundamental e médio com acesso a computador e internet 2005

Fundamental

Médio

Página 1

Situação de Contagem em relação ao ODM 8 (Todo Mundo trabalhando pelo Desenvolvimento)


lizadas para a incubação de pequenos grupos de confec-ção nas diretrizes da “Política Municipal de Economia Solidária”. Três unidades já se encontram em funciona-mento, desde junho de 2011, sendo uma em Nova Con-tagem, uma no Bairro Industrial e outra no CEFORT. As pessoas foram selecionadas para o projeto, após recebe-rem uma qualificação de duzentas horas em costura in-dustrial. Desde a etapa de qualificação, estes grupos são acompanhados e recebem assessoria da equipe da Secre-taria do Trabalho e Geração de Rendas – SETGER, por meio do CEFORT. Em fevereiro de 2011, iniciou-se a qualificação profissional para as primeiras 80 mulheres do Programa Bolsa Família, sendo a mesma ampliada, atendendo também pessoas interessadas, não necessa-riamente beneficiárias de programas sociais do governo, fechando o ano com cerca de 200 mulheres qualificadas em costura. Destas, uma parte está nos grupos de pro-dução, outra no mercado de trabalho formal e as demais Ano Admitidos Desligados

2006 84.647 73.6932007 88.938 85.7962008 97.246 92.1012009 90.606 86.7322010 108.242 95.800

Período: Janeiro à Dezembro

Gráfico 19. Comparativo, Trabalhadores Admitidos X Trabalhadores Desligados em Contagem

Período: Jan-Dez (2006-2010)

84.647 88.93897.246

90.606

108.242

73.69385.796

92.101 86.73295.800

0

15.000

30.000

45.000

60.000

75.000

90.000

105.000

2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, 2011Elaborado por Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITEC

Admitidos

Desligados

estão gerando renda de forma alternativa, ou autônoma.

Ainda em 2010, a SETGER motivou a organização dos tra-balhadores em Economia Solidária: o CEFORT acolheu a 1ª. Conferência Metropolitana de Economia Solidária mo-tivou os trabalhadores para organização do Fórum Muni-cipal de Economia Solidária, e articulou a implementação da parceria com o Projeto Brasil Local. Como resultado dessas ações, hoje o CEFORT acompanha e assessora no-ve grupos de Economia Solidária, que trabalham nas áre-as de costura, artesanato, alimentação e cosmético, nas regiões de Nova Contagem, Riacho, Água Branca, Ressaca, Industrial e Eldorado. Além disso, o CEFORT sedia a reu-nião do Fórum Municipal de Economia Solidária, que se reúne regularmente uma vez por mês para tratar dos as-suntos de interesse dos empreendimentos. O GRAF. 19 apresenta um comparativo entre trabalhadores admitidos e trabalhadores desligados em Contagem.


5SISTEMATIZAÇÃO DAS AÇÕES DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS ODM

Projeto de acessibilidade nas Escolas


Mais de uma década se passou desde a subscrição da Declaração do Milênio durante a Cú-pula do Milênio na cidade de Nova York, no ano 2000. Os oito Objetivos do Milênio e su-as 18 Metas trouxeram não só um compromisso com a redução da pobreza e o desenvol-vimento sustentável, mas também, uma nova esperança a bilhões de pessoas em todo o mundo que ainda vivem em condições de extrema vulnerabilidade social.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a última crise econômica mundial (de ordem financeira), provocou um forte impacto sobre a economia internacional, com re-flexos nos preços dos alimentos, acrescentando mais de cem milhões de homens, mulheres e crianças ao contingente de famintos no planeta. Recentemente, segundo cálculos da própria ONU para Agricultura e Alimentação, este número já ultrapassou a marca de um bilhão de pessoas. Apesar da insegurança gerada pela crise, ficou comprovado que países que previa-mente haviam adotado políticas públicas de combate à pobreza e de alcance dos Objetivos do Milênio, sofreram menos com seus desdobramentos (BRASIL, 2010).

O Brasil, assim como outros países que se comprometeram com os Objetivos do Milênio, se destacou dentro dessa nova convergência estratégica do século XXI por se desenvolver economicamente gerando qualidade de vida, sem esquecer da equidade social e da susten-tabilidade ambiental.

Mas, para que o Brasil se afirme na vanguarda deste novo século como uma nação justa e equânime, torna-se indispensável a união de todos os setores da sociedade, das 27 Unida-des da Federação e dos mais de cinco mil e quinhentos municípios brasileiros em prol do cumprimento das Metas e Objetivos propostos no Pacto do Milênio. A partir da publica-ção deste material, o município de Contagem materializa publicamente seu comprometi-mento e empenho por meio do monitoramento/avaliação de seus indicadores e metas pa-ra que até 2015 tenha ajudado o Brasil a alcançar os oito Objetivos do Milênio.

A coordenação do projeto ODM em Contagem e desse primeiro documento esteve a car-go da Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação Geral, sob a responsabilida-de técnica da Coordenadoria de Modernização e Gestão da Informação e apoio da Coorde-nadoria de Gestão do Orçamento. No esforço conjunto de equipes especializadas e gesto-res públicos, foi possível identificar as principais questões a serem enfrentadas no comba-te à pobreza e à fome, promoção da educação, da igualdade de gênero, de políticas de saú-de, saneamento, habitação e meio ambiente, e desenvolvimento sustentável.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS: SISTEMATIZAÇÃO DAS AÇÕES DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS ODM


Antes de vencer os desafios impostos pela superação da pobreza e desigualdade em Con-tagem, é preciso suplantar as dificuldades inerentes à rigidez característica da estrutu-ra organizacional do setor público que exigiu, a partir dos ODM, uma necessidade de ado-ção da prática intersetorial de gestão, uma vez que metas e indicadores são definidas e al-cançadas no esforço conjunto de diversas áreas de governo. Esse desafio foi enfrenta-do ao longo de todo o percurso do trabalho pela promoção de diversos encontros, fóruns e reuniões, cujo propósito girava em torno da abertura de diálogo entre pastas e da busca de consenso entre os vários públicos: áreas especializadas, técnicos e políticos envolvidos com as questões pertinentes à proposta ODM.

Com a implantação do Orçamento Participativo - OP - em 2005, a população encontrou o seu espaço de participação. Demandas esquecidas foram então colocadas na ordem do dia e trazidas para discussões, como: abertura e pavimentação de ruas, construção e reforma de escolas e postos de saúde, ginásios, cobertura e reforma de quadras esportivas, implan-tação de áreas de lazer, passarelas, aquisição de terrenos para moradias, praças, centro so-cial e cultural, planos de estudo para urbanização de vilas (os PIIN), dentre outras.

De 2005 a 2009 foram aprovadas 114 intervenções nas áreas da saúde, educação, infraes-trutura, habitação, esporte e lazer. Destas intervenções, 74% estão concluídas, 17% en-contram-se em andamento e 9% em fase de projeto. A estas somam-se as 25 intervenções aprovadas na 4ª edição do Orçamento Participativo 2011, com planejamento e execução asseguradas em 2012/2013, totalizando 139 intervenções. Nestes últimos sete anos, os resultados demonstraram uma maior mobilização ao processo de deliberação, com a par-ticipação de mais de 50 mil moradores nas reuniões, assegurando interlocução direta com a Prefeitura e consolidando a democracia participativa no município, onde, por meio das assembleias, as cidadãs(ãos) conhecem a diversidade das demandas por território, apren-dem a fazer escolhas, a respeitar as diferenças e a ser solidário. Outro aspecto importante a ser ressaltado é o acompanhamento das intervenções por meio dos representantes elei-tos pela comunidade a cada edição do OP. Esses representantes passam a fazer parte do Conselho Municipal de Prioridades Orçamentárias - COMPOR, no qual atuam como fis-calizadores do andamento das obras aprovadas. Sua missão é manter a comunidade infor-mada sobre a execução de cada intervenção.

O Orçamento Participativo vai além das escolhas de obras, pois, também possui uma im-portante tarefa de capacitação dos participantes ao promover cursos de formação pa-


ra as cidadãs(os) e representantes de outros conselhos, que passam a participar da construção de uma cidade mais inclusiva melhorando a qualidade de vida e a con-vivência em comunidade. Para isso, em 2010, teve iní-cio o Curso de “Atualização em Participação e Contro-le Social”, promovido pela “Escola da Participação”, par-ceria firmada entre a Prefeitura Municipal de Contagem e o Projeto Democracia Participativa – PRODEP/UFMG, sendo que em 2012, foi concluído o processo de capa-citação de 240 representantes da sociedade civil que se tornaram Conselheiros/as da Cidade.

A crescente participação dos moradores, cada vez mais presentes nas reuniões, indica que o Orçamento Partici-pativo vem se fortalecendo como espaço importante de planejamento e definição das várias políticas públicas. Desta forma, com a finalidade de qualificar mais a atu-ação do governo em áreas de maior vulnerabilidade so-cial, surgiu como alternativa às intervenções pontuais o “Plano de Intervenção Integrada das vilas - PIIN”, sendo um exemplo de construção coletiva, de combate à pobre-za por meio de um estudo detalhado que tem como obje-tivo apontar a urbanização ou remoção de vilas e/ou fa-velas, transformando cidadãs(ãos) invisíveis em visíveis e possibilitando a inclusão social. Por outro lado, é im-portante reconhecer que a participação democrática em ambas as formas de atuação passou a exigir maior aten-ção no que diz respeito à preservação do caráter demo-crático e participativo para o planejamento do território.

Visto como uma política municipal de fomento à parti-cipação e ao controle social por parte das cidadãs(ãos) e sua relação com a cidade, o OP tornou-se um Programa Estratégico contemplado no Planejamento Estratégico de Contagem – PEC 2009/2012 – plano que busca a re-estruturação do espaço urbano por meio da redução das diferenças socioambientais na cidade.

Para tanto, no âmbito do PEC, o Orçamento Participati-vo apresentou as seguintes metas:

1. Atingir 2% de participação da população do municí-

pio acima de 16 anos nas assembleias regionais a ca-da edição;

2. Ampliar em 10% os recursos do OP destinados à Re-gional com maior desigualdade de renda;

3. Aumentar em 10% os recursos de investimento de uma edição do OP para a anterior.

Em 2011, o Orçamento Participativo trouxe como novi-dade à votação final das assembleias em praça pública, por meio de voto eletrônico (sistema web desenvolvido pela própria Prefeitura de Contagem). Com essa inova-ção, toda cidadã(ão) que apresentasse seu título de elei-tor do município de Contagem estava apto a votar na in-tervenção do seu interesse, reforçando assim, o compro-misso do Município com a transparência do processo, além de reforçar a participação popular no planejamen-to da cidade.

Finalmente, a coordenação dos ODM Contagem - a Secre-taria Municipal de Planejamento e Coordenação Geral - destaca que o resultado final do trabalho apresentado, é apenas o início de um processo de natureza contínua, que deverá ser monitorado via acompanhamento das ações estratégicas (QUADRO 6) e dos indicadores municipais até 2015, data final firmada no Pacto do Milênio.

As ações propostas devem ser entendidas como uma po-lítica estratégica única, de contínuo aprendizado, e ba-seada numa reflexão coletiva por meio do diálogo inter-setorial entre as pastas envolvidas e do município com seus cidadãos. A estruturação e a operacionalização de uma estratégia de ações adotadas por Contagem visam acompanhar e analisar o desempenho das metas e das ações adotadas, traduzindo em um rico panorama sobre a realidade social do município, o que contribuirá para a formulação e execução de políticas públicas específicas às realidades locais.

No balanço final, foi considerado positivo o presente re-sultado, em termos de identificação e seleção de me-tas e indicadores ODM e de sua articulação com as ações


constantes dos projetos e programas contemplados nos dois principais instrumentos de gestão do Município (Plano Plurianual de Ação – PPA e o Planejamento Estra-tégico de Contagem – PEC).

Esse primeiro “Relatório de Acompanhamento dos Ob-jetivos de Desenvolvimento do Milênio em Contagem” disponibilizado para apropriação e validação dos atores sociais, pode ser considerado como um importante mar-co para acompanhamento do desempenho dos ODM no município e atenderá ao propósito de monitorar e ava-liar as ações municipais até 2015.

As informações que surgem a partir da municipalização dos indicadores que acompanharão a evolução dos ODM em Contagem, deverão ser atualizadas nas próximas pu-blicações, especialmente, no que diz respeito à pertinên-cia entre as necessidades territoriais, as ações governa-mentais e os resultados alcançados. A observância da

contínua interlocução entre estes aspectos serão funda-mentais para que, em Contagem, a meta do milênio se-ja atingida e a fome seja erradicada; os estudantes, inde-pendente da cor, deficiência, raça e gênero concluam o ensino fundamental na idade esperada; as disparidades entre os sexos no ensino fundamental e médio sejam eli-minadas; a mortalidade infantil e materna continue a re-duzir; o câncer de mama seja detido, a mortalidade por câncer de colo de útero diminua; a AIDS, a Tuberculose, a Hanseníase e os casos graves de Dengue mantenham declínio constante; a perda da qualidade ambiental nas áreas urbanas seja revertida; e por fim, que as cidadãs e cidadãos de Contagem estejam sempre presentes na ges-tão, participando e construindo, de forma democrática e popular, o desenvolvimento da cidade com sustentabi-lidade, alinhando desenvolvimento econômico com de-senvolvimentos social e, contribuindo assim, de forma decisiva, com a redução das desigualdades territoriais.

ETAPAS AÇÕES FUTURAS ATORES ENVOLVIDOSPERÍODO/ABRANGÊNCIA

ETAPA 1Designação de um grupo de monitoramento periodico dos indicadores: a criação de intrumento legal instituindo um Grupo de Trabalho - GT de acompanhamento e avalição dos OD, de Contagem.

Instância formal criada via Decreto municipal.

2012

ETAPA 2A definição de funções, cronograma de trabalho(2012*--2015), e acompanhamento( avaliação periódica dos indicadores e metas)

Grupo intersetorial de Monitoramento ODM

2012

ETAPA 3A eleboração periódica de relatórios através do Portal da Prefeitura de Contagem e do portal da Informação.

Grupo intersetorial de Monitoramento ODM.

ANUAL

ETAPA 4Disponibilização dos relatórios através do Portal da Prefeitura da Contagem e do Portal da Informação.

Grupo intersetorial de Monitoramento ODM.

ANUAL

ETAPA 5A definição de um plano contingencial para ações que envolvam correções e ajustes de rumo por parte do grupo de monitoramento, caso necessário.

**** Será avaliado pelo Grupo intersetorial de Monitoramento ODM.

2012-2015

QUADRO 6. AÇÕES FUTURAS DO PODER PúBLICO MUNICIPAL PARA O ACOMPANhAMENTO DOS OBJETIVOS DO MILÊNIO. PERÍODO 20012-2015

Fonte: Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITEC, 2012


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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Faculdade de Ciências Econômicas. CEDEPLAR. Contagem para o novo sécu-lo. Relatório de Pesquisa. Pdf. Belo Horizonte, 2005. v. 1. Não publicado.

SHRYOCK H. S.; SIEGEL J. S. The Methods and Materials of Demography. New York: Academic Press, 1976.


Biodiversidade: Conceito cunhado por biólogos e ambienta-listas. Refere-se à diversidade da natureza viva ou diversida-de biológica.

Cidadania plena: De acordo com o Historiador Jaime Pinsky (2003) significa possuir “direitos civis, políticos e sociais e es-tes, se já presentes, são frutos de um longo processo históri-co que demandou lágrimas, sangue e sonhos daqueles que fi-caram pelo caminho, mas não tombados, e sim, conhecidos ou anônimos no tempo, vivos no presente de cada cidadão do mundo, por meio do seu “ir e vir”, do seu livre arbítrio e de to-das as conquistas que, embora incipientes, abrem caminhos para se chegar a uma humanidade mais decente, livre e justa a cada dia.”

Citopatologia: é a área de atuação da Patologia que estuda as doenças a partir de observação ao microscópio de células ob-tidas por esfregaços, aspirações, raspados, centrifugação de lí-quidos e outros métodos.

Desenvolvimento sustentável: Termo criado em 1983 pe-la Assembleia das Nações Unidas e significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de de-senvolvimento social e econômico e de realização humana e cul-tural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.

Dinâmica populacional: Disciplina da área de Demografia; refere-se ao estudo das variações na abundância das popula-ções de seres vivos.

Direitos coletivos: São direitos “transindividuais, de natu-reza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma rela-ção jurídica base.” (inciso II, art. 81 do CDC).

Distrito Industrial Cel. Juventino Dias: Conhecido também como Cidade Industrial foi criada na década de 40 com o objeti-vo de superar o atraso econômico mineiro na época. Possui traços hexagonais inspirados na cidade Australiana de Camberra.

Emprego formal: Deriva da legalidade jurídica, é o trabalho no qual o empregado tem todos os direitos trabalhistas garantidos.

Epidemiologia: É uma disciplina básica da saúde pública vol-tada para a compreensão do processo saúde-doença no âmbi-to de populações.

Hanseníase: É uma doença infecciosa que afeta os nervos e a pele provocando danos severos.

Inclusão social: De acordo com o pesquisador Romeu Ka-sumi Sassaki conceitua “inclusão social” como o processo pe-lo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sis-temas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, si-multaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade.

Índice de absenteísmo: Termo utilizado para designar as ausências dos trabalhadores no processo de trabalho ou es-tudantes nas escolas, seja por falta ou atraso, devido a algum motivo interveniente.

Indústria metalúrgica: É a Indústria que possui como pro-cedimento e técnica a extração, fabricação, fundição e trata-mento dos metais e suas ligas.

Indústria de refratários: É a indústria que trabalha com materiais, em sua maioria, de cerâmica, capazes de supor-tar altas temperaturas sem perder suas propriedades físico--químicas, entre elas, resistência, alta condutividade térmica e condutividade elétrica. Usualmente são encontrados em for-nos industriais, de laboratórios de pesquisa e ensino, caldei-ras, fornos domésticos e churrasqueiras (tijolo refratário), en-tre outras aplicações.

Indústria de transformação: De acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE): a indústria de transformação compreende as atividades que envolvem trans-formação física, química e biológica de materiais, substâncias e componentes para obter produtos novos.

Linha de indigência: De acordo com o IBGE, no Brasil, a me-todologia oficial usa como referência o Salário Mínimo, isto é, 1/4 do salário mínimo familiar per capita se define uma famí-lia extremamente pobre (indigente).

Linha de pobreza:De acordo com o IBGE, no Brasil, a meto-dologia oficial usa como referência o Salário Mínimo, isto é, 1/2 do salário mínimo familiar per capita se define uma famí-lia pobre, respectivamente.

Macroeconomia: É uma parte da economia que estuda a es-trutura institucional do sistema bancário, intermediários fi-nanceiros, o Tesouro Nacional e as políticas econômicas de

7.GLOSSÁRIO


que o governo federal dispõe para controlar satisfatoriamente o nível de atividade econômica dentro da economia.

Microeconomia: Microeconomia é o ramo da ciência econô-mica voltado ao estudo do comportamento das unidades de consumo (indivíduos e famílias); ao estudo das empresas e ao estudo da produção de preços dos diversos bens, serviços e fa-tores produtivos.

Mobilidade urbana: Corresponde à capacidade de desloca-mento de pessoas e bens no espaço urbano para a realização das atividades cotidianas em tempo considerado ideal, de mo-do confortável e seguro.

Ocupação populacional subnormal: É a ocupação irregular da população. De acordo com o IBGE caracterizam-se em as-sentamentos irregulares conhecidos como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos, pa-lafitas, entre outros.

Plano Real: Lançado em 1994 no governo do ex-presidente Itamar Franco, o Plano Real foi um programa brasileiro com o objetivo promover a estabilização econômica e o controle da inflação.

Política monetária: É o controle da oferta da moeda e das taxas de juros, em um sentido mais amplo. Pode-se defini-la como o controle do sistema bancário exercido por um governo na busca da estabilidade do valor da moeda.

População economicamente Ativa: Segundo o IBGE, compre-ende o potencial de mão-de-obra com que pode contar o setor produtivo, isto é, a população ocupada e a população desocupada, assim definida: população ocupada - aquelas pessoas que, num determinado período de referência, trabalharam ou tinham tra-balho mas não trabalharam (por exemplo, pessoas em férias).

Programa Bolsa Família: De acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome, o Bolsa Famí-lia é um programa de transferência direta de renda com con-dicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. O Programa integra o Fome Zero que tem como objetivo assegurar o direito humano à alimentação adequada, promovendo a segurança alimentar e nutricional e contribuindo para a conquista da cidadania pela população mais vulnerável à fome.

Qualidade de vida: Compreende o método usado para me-dir as condições de vida, no âmbito físico, mental, psicológico, emocional, saúde, educação e outros aspectos da vida de um ser humano.

Renda domiciliar per capita: Corresponde a soma de todos

os rendimentos recebidos no mês por aqueles que compõem a família dividido pelo seu número de integrantes.

Renda média per capita: Consiste na separação da renda nacional, ou seja, toda a renda do país pela divisão da sua res-pectiva população, onde às vezes o PIB pode ser usado como um dos meios de divisão.

Sustentabilidade urbana e ambiental: Corresponde em fa-zer com que nossas populações questionem o seu modo de vi-da e fazê-las entender que os recursos do planeta não podem ser explorados de forma desenfreada sob a pressão de uma de-manda constante de consumo exacerbado.

Taxa de crescimento: Segundo o IBGE corresponde ao in-cremento médio anual da população calculado por fórmula es-pecífica.

Taxa de envelhecimento: Consiste em uma relação existen-te entre o número de idosos e a população jovem.

Taxa de mortalidade infantil: Frequência com que ocorrem os óbitos infantis (menores de um ano) em uma população, em relação ao número de nascidos vivos em determinado ano civil. Expressa-se para cada mil crianças nascidas vivas.

Terceirização: É a parceria entre as empresas especializadas em determinados ramos. Em um sentido mais estrito corres-ponde ao conjunto de transferência de produção de partes que integram o todo de um mesmo produto.

Teste cognitivo: É um método que tem a finalidade de ava-liar a capacidade cognitiva (função da inteligência ao adquirir um conhecimento) de uma pessoa em relação a sua faixa etá-ria.

Transatores: Pessoas que cometem ou cometeram algum cri-me ambiental.

Vacina Tríplice Viral: Facilmente encontrada na Rede Pública de Saúde e protege a criança de três tipos de doenças: Sarampo, Rubéola e Caxumba. É aplicada em dose única aos 12 meses de idade e um reforço entre os quatro e seis anos de vida.

Valor adicionado: Também conhecido como valor agregado ou valor econômico adicionado. Corresponde a uma noção que possibilita mensurar o valor criado por um agente econômico dentro de uma cadeia produtiva, ou seja, o valor adicional que adquirem os bens e serviços ao serem transformados durante o processo de produção.

Vulnerabilidade: Corresponde ao conjunto de fatores que pode aumentar ou diminuir o risco a que estamos expostos em todas as situações de nossa vida.


ANEXO 1 - OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO: COMPARATIVO ENTRE O MUNICÍPIO DE CONTAGEM, MINAS GERAIS E BRASIL

ANEXOS

ODM 1: Acabar com a Fome e a Miséria

TABELA 4

Comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil em relação aos Indicadores ODM 1 – Ano/Referên-cia 2000.

INDICADORES DESCRIÇÃO CONTAGEM 2000

MG 2000

BRASIL 2000

Proporção de pessoas com renda familiar per capita inferior a 1/2 salário mínimo (pobreza)

Percentual da população que vive com até 1/2 do salário mínimo familiar per capita

19% 27% 30%

Proporção de pessoas com renda familiar per capita inferior a 1/4 salário mínimo (indigência)

Percentual da população que vive com até 1/4 do salário mínimo familiar per capita

7% 11% 15%

Proporção de crianças menores de dois anos abaixo do peso (em áreas cobertas pelo programa Saúde da Família)

Percentual de crianças com menos de 2 anos que se encontravam abaixo do peso no ano 2000.

15% 11% 13%

Fonte: Portal ODM - Base de Dados Devinfo, 2012.Elaborado por Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITECNota: Valores percentuais foram arredondados automaticamente pelas bases consultadas


ODM 2: Educação Básica e de qualidade para todos

TABELA 5

Comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil em relação aos Indicadores ODM 2 – Ano/Referên-cia 2000.

INDICADORES DESCRIÇÃO CONTAGEM 2000 MG 2000 BRASIL 2000

Distorção idade série no Ensino Fundamental

É a defasagem entre a idade e a série que o aluno deveria estar cursando.

22% 23% 30%

Taxa de Reprovação em relação a dependência administrativa municipal

Número de estudantes reprovados dividido pelo número de estudantes matriculados, no ano de 2005 (%)

9% 11% 15%

Taxa de Abandono em relação dependência administrativa municipal

Número de estudantes evadidos dividido pelo total de estudantes matriculados, no ano de 2005 (%).

7% 5% 9%

Fonte: Portal ODM - Base de Dados Devinfo, 2012 .

INEP - EDUDATA BRASIL

Elaborado por Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITEC

NOTA: Valores percentuais foram arredondados automaticamente pelas bases consultadas

Domicílios até 1/4 de SM (Linha da Indigência)*

Domicílios mais de 1/4 a 1/2 SM (Linha da Pobreza)*

Domicílios mais de 1/2 a 1 SM

Brasil 10,4% 17,2% 28,7%Minas Gerais 7,8% 17,9% 33,3%Contagem 3,7% 13,1% 30,9%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

Domicílios até 1/4 de SM (Linha da Indigência)*

Domicílios mais de 1/4 a 1/2 SM (Linha da Pobreza)*

Domicílios mais de 1/2 a 1 SM

10,4%

17,2%

28,7%

7,8%

17,9%

33,3%

3,7%

13,1%

30,9%

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010Elaborado por Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITECNota: Salário mínimo R$ 510,00.*Linhas de pobreza e indigência segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Gráfico 20. Distribuição percentual de domicílios particulares permanentes com relação a renda domiciliar per capita comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil 2010

Brasil

Minas Gerais

Contagem


2005 2007 2009Brasil 3,8 4,2 4,6Minas Gerais 4,9 4,9 5,8Contagem 4,7 4,4 5,2

2005 2007 2009Brasil 3,5 3,8 4Minas Gerais 3,6 3,7 4,1

Contagem 3,7 4,3 4,1

0

1

2

3

4

5

6

2005 2007 2009

3,84,2

4,64,9 4,9

5,8

4,74,4

5,2

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira - Resultados IDEB, 2011Elaborado por Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITEC

Gráfico 21. Resultados do IDEB comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil - 4ª Série/5º Ano (Anos Iniciais)

Brasil

Minas Gerais

Contagem

00,5

11,5

22,5

33,5

44,5

2005 2007 2009

3,53,8 4

3,6 3,74,1

3,74,3 4,1


Gráfico 22. Resultados do IDEB comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil - 8ª Série/9º Ano (Anos Finas)

Brasil

Minas Gerais

Contagem

2005 2007 2009Brasil 3,8 4,2 4,6Minas Gerais 4,9 4,9 5,8Contagem 4,7 4,4 5,2

2005 2007 2009Brasil 3,5 3,8 4Minas Gerais 3,6 3,7 4,1

Contagem 3,7 4,3 4,1

0

1

2

3

4

5

6

2005 2007 2009

3,84,2

4,64,9 4,9

5,8

4,74,4

5,2


Gráfico 21. Resultados do IDEB comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil - 4ª Série/5º Ano (Anos Iniciais)

Brasil

Minas Gerais

Contagem

00,5

11,5

22,5

33,5

44,5

2005 2007 2009

3,53,8 4

3,6 3,74,1

3,74,3 4,1


Gráfico 22. Resultados do IDEB comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil - 8ª Série/9º Ano (Anos Finas)

Brasil

Minas Gerais

Contagem


TABELA 6

Comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil em relação ao Indicador ODM 3 – Ano/Referência 2000.

INDICADOR DESCRIÇÃO CONTAGEM 2000 MG 2000 BRASIL 2000

Razão entre mulheres e homens matriculados Ensino Fundamental

Número de mulheres matriculadas no Ensino Fundamental dividido pelo número de homens matriculados no Ensino Fundamental, no ano 2000. (1)

95% 94% 96%

Fonte: Portal ODM - Base de Dados Devinfo, 2012.



(1 ) Quando o percentual deste indicador for superior a 100%, significa que existe maior número de mulheres para cada cem homens.

ODM 3: Igualdade entre os Sexos e Valorização da Mulher

ODM 4: Reduzir a Mortalidade Infantil

TABELA 7

Comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil em relação aos Indicadores ODM 4 – Ano/Referência 2010.


Taxa de mortalidade de crianças menores de cinco anos

Número de óbitos de crianças residentes com menos de 5 anos de idade Números de nascidos vivos de mães residentes (por mil).

14% 15% 16%

Taxa de mortalidade infantil

Número de óbitos de crianças residentes com menos de um ano de idade Números de nascidos vivos de mães residentes (por mil).

13% 13% 14%

Proporção de crianças menores de 1 ano com vacinação em dia

Corresponde ao percentual de crianças com menos de um ano de vida com o cartão de vacinação em dia em relação ao total de crianças com menos de um ano. (1)

99% 97% 94%

Fonte: Portal ODM - Base de Dados Devinfo, 2012



(1) Indicador representa as crianças que estão em dia com todas as vacinas.

O Indicador proposto no relatório de Contagem página 77 leva em consideração apenas a taxa em relação à vacina tríplice viral.


TABELA 8



Proporção de crianças nascidas por número de consultas no pré-natal. Mais de sete Consultas

Número de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natalNúmero de nascidos vivos, no mesmo local e período (%)

73% 69% 61%

Fonte: Portal ODM - Base de Dados Devinfo, 2012 Elaborado por Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITECNOTA: Valores percentuais foram arredondados automaticamente pelas bases consultadas

ODM 5: Melhorar a Saúde das Gestantes

ODM 6: Combater o HIV/AIDS, a Dengue e outras doenças

TABELA 9



Taxa de incidência de HIV/AIDS por ano diagnóstico

Número de casos de AIDS diagnosticados pelapopulação total residente (x 100.000)

19% 13% 20%

Fonte: Portal ODM - Base de Dados Devinfo, 2012.


Nota: O indicador acima corresponde ao número de incidências sem levar em consideração a idade da pessoa infectada pelo HIV/AIDS.

O Indicador proposto no relatório de Contagem página 82 leva em consideração apenas a taxa em relação aos menores de 5 anos.



ODM 7: Qualidade de Vida e Respeito ao Meio Ambiente

ODM 8: Todo Mundo trabalhando pelo Desenvolvimento

TABELA 10

Comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil em relação ao Indicador ODM 7 – Ano/Referência 2010

INDICADORES DESCRIÇÃO CONTAGEM 2010 MG 2010 BRASIL 2010

Proporção de domicílios particulares permanentes com acesso a água potável por meio da rede geral de distribuição

Percentual de domicílios particulares permanentes que possuem acesso a água potável por meio da rede geral de distribuição pelo total de domicílios.

99,3% 86,3% 82,9%

Proporção de domicílios particulares permanentes com acesso a esgoto por rede geral ou fossa séptica

Percentual de domicílios particulares permanentes que possuem acesso a esgoto por rede geral ou fossa séptica pelo total de domicílios.

99,9% 98,7% 97,4%

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010Elaborado por Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITEC

TABELA 11


INDICADOR DESCRIÇÃO NÍVEL DE ENSINO CONTAGEM 2005 MG 2005 BRASIL 2005

Proporção de escolas com computador

Corresponde ao percentual de Escolas do Ensino Fundamental e Médio que possuem microcomputadores.

Ensino Fundamental 98% 48% 38%

Ensino médio 96% 90% 92%

Proporção de escolas com laboratório de informática

Corresponde ao percentual de Escolas do Ensino Fundamental e Médio que possuem laboratório de informática.



Proporção de escolas com acesso a internet

Corresponde ao percentual de Escolas do Ensino Fundamental e Médio que possuem acesso à internet.



Fonte: Portal ODM - Base de Dados Devinfo, 2012.Elaborado por Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria de Planejamento/COMODER/DITECNOTA: Valores percentuais foram arredondados automaticamente pelas bases consultadas


QUADRO 7

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: Metas do Pacto do Milênio, Metas Brasileiras adaptadas e Metas de Contagem.

OBJETIVOSMetas acordadas pelo Brasil no Pacto do Milênio

Novas Metas e adaptações do Brasil Metas de Contagem

1A - Reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população com renda inferior a um dólar por dia.1B - Alcançar emprego integral produtivo e trabalho decente para todos,incluindo mulheres e jovens.1C - Reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população que sofre de fome.

1A Brasileira - Reduzir a um quarto, entre 1990 e 2015, a proporção da população com renda inferior a um dólar PPC (paridade do poder de compra, que elimina a diferença de custo de vida entre os países) por dia.1B - Alcançar o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos, incluindo mulheres e jovens.1C Brasileira - Erradicar a fome entre 1990 e 2015.

1.1: Reduzir pela metade até 2015, a proporção da população que vive abaixo da linha da pobreza1.2: Erradicar até 2015, a proporção da população que sofre com a fome

2A - Garantir que, até 2015, todas as crianças, de ambos os sexos, terminem um ciclo completo do ensino básico.

2A Brasileira - Garantir que, até 2015, as crianças de todas as regiões do país, independentemente de cor e sexo, concluam o Ensino Fundamental

2.1: Garantir que, até 2015, 95% dos estudantes, independentemente da cor, raça e sexo, concluam os anos iniciais do ensino fundamental na idade esperada.

3A - Eliminar a disparidade entre os sexos nos ensinos primário e secundário, se possível até 2005, e em todos os níveis de ensino, no mais tardar até 2015.

3.1 Eliminar as disparidades entre os sexos no ensino fundamental e médio, se possível até 2005, e em todos os níveis de ensino, no mais tardar até 2015.

4A - Reduzir em dois terços, até 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos

4.1: Reduzir em dois terços, entre 1999 e 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos de idade.

ANEXO 2 – QUADRO OBJETIVOS DO MILÊNIO: METAS DO PACTO DO MILÊNIO, METAS BRASILEIRAS ADAPTADAS E METAS DE CONTAGEM


5A - Reduzir em três quartos, até 2015, a taxa de mortalidade materna5B - Garantir, até 2015, acesso universal à saúde reprodutiva

5A - Reduzir em três quartos, até 2015, a taxa de mortalidade materna5B Brasileira - Promover, na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), cobertura universal por ações de saúde sexual e reprodutiva até 20155C Brasileira - Até 2015, ter detido o crescimento da mortalidade por câncer de mama e de colo de útero, invertendo a tendência atual

5.1: Reduzir em três quartos a razão de mortalidade materna até 20155.2 Promover, na rede do SUS, cobertura universal por ações de saúde sexual e reprodutiva5.3 Até 2015, ter detido o crescimento da mortalidade por câncer de mama, invertendo a tendência atual e mantendo a tendência de diminuição da mortalidade por câncer de colo de útero.

6A - Até 2015, ter detido e começado a reverter a propagação do HIV/AIDS6B - Garantir, até 2010, acesso ao tratamento para HIV/AIDS para todos os que precisam6C - Até 2015, ter detido e começado a reverter a propagação da Malária e de outras doenças

6A - Até 2015, ter detido e começado a reverter a propagação do HIV/AIDS6B - Garantir, até 2010, acesso ao tratamento para HIV/AIDS para todos os que precisam6C Brasileira - Até 2015, ter reduzido a incidência da Malária e da tuberculose6D Brasileira - Até 2010, ter eliminado a hanseníase

6.1: Manter a tendência atual de não propagação do HIV/AIDS em menores de 5 anos6.2 Até 2015, manter a proporção de cura de tuberculose e hanseníase em 85%6.3 Reduzir a letalidade dos casos graves de Dengue (manter abaixo de 2%)

7A - Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais até 2015.7B - Até 2010, reduzir significativamente a perda da biodiversidade7C - Reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população sem acesso sustentável a água potável segura7D - Até 2020, alcançar uma melhora significativa nas vidas de pelo menos 100 milhões de habitantes de bairros degradados

7.1: Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas municipais e reverter a perda de qualidade ambiental nas áreas urbanas do município.


8A - Avançar no desenvolvimento de um sistema comercial e financeiro aberto, baseado em regras, previsível e não discriminatório8B - Atender as necessidades especiais dos países menos desenvolvidos. Inclui: um regime isento de direitos e não sujeito a quotas para as exportações dos países menos desenvolvidos; um programa reforçado de redução da divida dos países pobres muito endividados (PPME) e anulação da divida bilateral oficial; e uma ajuda publica mais generosa para o desenvolvimento aos países empenhados na luta contra a pobreza8C - Atender as necessidades especiais dos países sem acesso ao mar e dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento (mediante o Programa de Ação para o Desenvolvimento Sustentável dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento e as conclusões da vigésima segunda sessão extraordinária da Assembleia Geral)8D - Tratar globalmente o problema da divida dos países em desenvolvimento, mediante medidas nacionais e internacionais e de modo a tornar sua divida sustentável a longo prazo8E - Em cooperação com as empresas farmacêuticas, proporcionar o acesso a medicamentos essenciais a preços acessíveis, nos países em desenvolvimento8F - Em cooperação com o setor privado, tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial das tecnologias de informação e de comunicações

8.1: Aumento progressivo da participação da comunidade na elaboração e controle das matérias do Orçamento Participativo Municipal8.2: Aumentar progressivamente a proporção da população atendida pelas iniciativas de qualificação com vistas à geração de emprego e renda.8.3: Melhorar as condições de inserção no mercado de trabalho da população adulta.8.4: Até 2015 tornar mais acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial das tecnologias de informação e de comunicações

Fonte: BRASIL, 2009b; 2009cAdaptado por Prefeitura do Município de Contagem/Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação Geral/COMODER/DITEC.Nota: Informações extraídas do Guia para a Municipalização dos Objetivos do Milênio, 2009 e da Agenda de compromissos do governo federal e municípios 2009-2012.


ANEXO 3 - SAIBA MAIS (LISTA DE SÍTIOS PARA CONSULTAS)Agenda Publica (www.agendapublica.org.br)

Constituição Federal (www.senado.gov.br/sf/legislacao/const)

Declaração do Milênio – Nações Unidas (www.pnud.org.br/odm)

Fundação João Pinheiro (www.fjp.mg.gov.br)

IBGE (www.ibge.gov.br)

IPEA (www.ipea.gov.br)

MDG Monitor (www.mdgmonitor.org)

Mercocidades (www.mercocidades.org)

Ministério da Educação (www.mec.gov.br)

Ministério da Saúde (www.saude.gov.br)

Nós Podemos (www.nospodemos.org. br)

Observatório do Milênio de Belo Horizonte (http://observatoriodomilenio.pbh.gov.br)

Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade (www.orbis.org.br)

ODM Brasil (http://www.odmbrasil.org.br/)

Organização das Nações Unidas – ONU Brasil (http://www.onu-brasil.org.br/)

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (www.pnud.org.br)

Premio ODM Brasil (www.odmbrasil.org.br)

Portal ODM (www.portalodm.org.br)

Portal Federativo (www.portalfederativo.gov.br)

Rede 10 (http://rede10.ning.com)

Rede Brasileira de Orçamento (http://www.anfermed.com.br/redeop/newop/)

Rede de Saberes (http://portalrededesaberes.org.br)

Rede Interagencial de Informações para a Saúde (www.ripsa.org.br)

Rede Latinoamericana por Cidades Justas, Democráticas e Sustentáveis (http://www.cidadessustentaveis.org.br/).

Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis (http://www.cidadessustentaveis.org.br).


LISTA DE QUADROS

1. A Relação entre os oito ODM e os Artigos da Constituição Federal de 1988 ............................................................................... 80

2. Objetivos e Metas Brasileiras firmadas no Pacto do Milênio: adequações e novas propostas . ................................................... 10

3. A articulação entre Planejamento Estratégico, Macro Objetivos do Planejamento Plurianual de Ação e Objetivos do Milênio 50

4. Número de equipamentos da rede socioassistencial no município de Contagem ...................................................................... 67

5. Síntese das Informações - capacitação e inserção de pessoas no mercado de trabalho, pessoas oriundas de programas sociais Contagem 2009-2010 ......................................................................................................................................................................... 95

6. Ações Futuras do poder público municipal para o acompanhamento dos Objetivos do Milênio período 2012-2015 ............105

7. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: Metas do Pacto do Milênio, Metas Brasileiras adaptadas e Metas de Contagem ...........................................................................................................................................................................117

LISTA DE TABELAS

1. Mercado de Trabalho Novos Empregos 2003-08/2011 ................................................................................................................. 33

2. Evolução Estoque da Mão de Obra por Setores de Atividades IBGE, 2003-2010 ......................................................................... 34

3. Avanço no atendimento de famílias pelo Programa Bolsa Família no município de Contagem (2005-2008), até abril de 2012 35

4. Comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil em relação aos Indicadores ODM 1 – Ano/Referência 2000 ................111


6. Comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil em relação ao Indicador ODM 3 – Ano/Referência 2000 .....................114




10. Comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil em relação ao Indicador ODM 7 – Ano/Referência 2010 ...................116

11. Comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil em relação ao Indicador ODM 8 – Ano/Referência 2005 ...................116

LISTA DE GRÁFICOS

1. Índice de variação na aplicação de recursos orçamentários destinados aos Objetivos do Milênio 2009-2011 .......................... 15

2. Recursos Orçamentários destinados aos ODM 2009-2011 .......................................................................................................... 15

3. Proporção do Orçamento Municipal 2009-2011 destinado aos ODM .......................................................................................... 15

4. Pirâmide Etária referente a distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade Contagem (MG) – Comparativo entre Censo 2000 e Censo 2010 .......................................................................................................................................................... 37

5. Proporção da população abaixo da linha da pobreza e indigência ................................................................................................. 60

6. Proporção de crianças menores de 2 anos desnutridas 1999-2010 .............................................................................................. 61

7. Pessoas de 10 anos ou mais de idade residentes no município por rendimento nominal mensal 2010 .................................... 61


8. Evolução de famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família no município de Contagem 2004-2012 .................................... 65

9. Distorção idade-série no ensino fundamental e médio 2010 ....................................................................................................... 70

10. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) 2007/2009.......................................................................................... 70

11. Percentual do rendimento feminino em relação ao masculino segundo ocupação formal e escolarização 2010 .................... 73

12. Taxa de mortalidade de menores de 5 anos de idade a cada mil nascidos vivos 1995-2009 .................................................... 77

13. Percentual de crianças menores de 1 ano com vacinação em dia 2000/2010 .......................................................................... 77

14. Taxa de mortalidade materna (a cada 100 mil nascidos vivos) 1997-2009 ............................................................................... 80

15. Número de casos de doenças transmissíveis por mosquitos 1996-2009 ................................................................................... 83

16. Percentual de domicílios com acesso a água ligada à rede e esgoto sanitário adequado 1991/2010 ...................................... 89

17. Proporção de domicílios segundo a condição de ocupação - 1991/2010 .................................................................................. 90

18. Percentual de escolas do ensino fundamental e médio com acesso a computador e internet 2005 ........................................ 98

19. Comparativo ao longo dos anos – (Admitidos X Desligados) Período: Jan-Dez (2006-2010) ................................................... 99

20. Renda Domiciliar per capita comparativo entre Brasil, Minas Gerais e Contagem 2010 ...................................................... 112

21. Resultados do IDEB comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil - 4ª Série/5º Ano (Anos Iniciais) .........................113

22. Resultados do IDEB comparativo entre Contagem, Minas Gerais e Brasil - 8ª Série/9º Ano (Anos Finas) ...........................113

LISTA DE SIGLAS

A.A.: Ao Ano

ARIE: Área de Relevante Interesse Ecológico

AIURB: Área de Especial Interesse Urbanístico

CEFORT: Centro de Formação do Trabalhador de Contagem

COMODER: Coordenadoria de Modernização e Gestão da Informação

CONPARQ: Fundação de Parques e Áreas Verdes de Contagem

COPLAM: Coordenadoria de Planejamento e Educação Ambiental

CTA: Centro de Testagem e Aconselhamento

DCC: Dengue com Complicações

DST: Doenças Sexualmente Transmissíveis

FHD: Febre Hemorrágica do Dengue

ECA: Estatuto da Criança e do Adolescente

EJA: Educação de Jovens e Adultos

FJP: Fundação João Pinheiro

FUNEC: Fundação de Ensino de Contagem


HIV/AIDS: Vírus da Imunodeficiência Humana / Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDEB: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

INEP: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira

LOAS: Lei Orgânica da Assistência Social

MEC: Ministério da Educação

MTE: Ministério do Trabalho e Emprego

NASF: Núcleos de Apoio à Saúde da Família

ODM: Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

ONU: Organização das Nações Unidas

OP: Orçamento Participativo

PAC: Plano de Aceleração do Crescimento

PEA: População Economicamente Ativa

PEC: Planejamento Estratégico de Contagem

PIB: Produto Interno Bruto

PNUD: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PPA: Planejamento Plurianual de Ação

RAIS: Relação Anual de Informações Sociais

SAEB: Sistema de Avaliação do Ensino Básico

SALU: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana

SAMU: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

SCD: Síndrome do Choque do Dengue

SEDUC: Secretaria Municipal de Educação e Cultura

SEMA: Secretaria Municipal de Meio Ambiente

SETGER: Secretaria Municipal de Trabalho e Geração de Renda

SIAB/DATASUS: Sistema de Informação da Atenção Básica / Departamento de Informática do SUS

SINE: Sistema Nacional de Emprego

SUS: Sistema Único de Saúde

UPA: Unidade de Pronto Atendimento

VA: Valor Adicionado

ZEIT: Zona Especial Interesse Turístico


PARCERIA REALIZAÇÃO

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relatÓrio odm contagem - portal da prefeitura de contagem · 1.1 contagem e as diretrizes gerais...

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