relatorio invesor cc-ca exp3_rev_b
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Rio de Janeiro, 19 de Julho de 2010
LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA
Inversores CC-CA
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Profo: Luis Guilherme B. Rolim
2010/1
Alunos:
Daniel Ferreira Cruz DRE: 106036636
Felipe Ribeiro da Silva DRE: 105089636
Vinicius Ribeiro Cardoso DRE: 106035761
Vitor Dutra Ribeiro DRE: 106088031
Sumário1 Objetivos..............................................................................................................................3
2 Fundamentação Teórica.......................................................................................................3
2.1 Introdução....................................................................................................................3
3 Resultados Experimentais....................................................................................................6
3.1 Onda Quadrada............................................................................................................6
3.1.1 Análise de Fourier da tensão e corrente na carga................................................7
3.1.2 Cálculo da admitância para cada harmônico......................................................10
3.2 Modulação PWM........................................................................................................11
3.2.1 Análise de Fourier do sinal de controle e tensão de saída no PWM...................12
3.2.2 Cálculo da admitância para cada harmônico......................................................16
3.3 Acionamento de Motor Monofásico CA.....................................................................17
4 Conclusões.........................................................................................................................18
5 Bibliografia.........................................................................................................................18
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1 Objetivos
Esta experiência consiste em verificar o comportamento de um inversor monofásico CC-CA para o entendimento de inversores trifásicos.
2 Fundamentação Teórica
2.1 Introdução
A fim de verificar o comportamento na prática do inversor CC-CA monofásico faz-se necessário realizar um prévio estudo do seu comportamento teórico.
Figura 1: Inversor CC-CA Monofásico com carga RL
Quando a chave T1 estiver fechada, a tensão na saída do inversor será positiva (+Vcc),
e quando a chave T2 estiver fechada a tensão na saída do inversor será negativa (-Vcc). O
circuito de controle das chaves não pode acioná-las ao mesmo tempo, pois há assim um curto
circuito entre as fontes de tensão.
Para as chaves semicondutoras reais, existe um tempo de atraso entre o comando de
ligamento e o desligamento da chave, este tempo é da ordem de 1µs. Pode ocorrer, nesse
período de tempo, de a chave T2 ser ligada antes da chave T1 deixar de conduzir causando um
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curto circuito. Portanto, os controles das chaves devem levar este tempo em consideração,
atrasando o comando de ligar de uma chave com a ação de desligamento da outra. No nosso
caso, a bancada já possui um circuito próprio que já considera esse atraso para o disparo da
chave.
O inversor CC-CA pode ser utilizado no modo de operação dos quatro quadrantes,
tendo em vista que, além de se conseguir tensão positiva e negativa na saída, também é
possível obter correntes positivas e negativas na carga. Esta última afirmação deve-se ao fato
de que a corrente no indutor não pode mudar instantaneamente de sentido quando há
mudança na polaridade da tensão.
A Figura 2 abaixo mostra o resultado da simulação do circuito da Figura 1. Os valores dos componentes são:
R=30 ohm L=46 mH D=50%
0.07 0.072 0.074 0.076 0.078 0.08 0.082 0.084
-20
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
tempo(s)
Ten
são
e co
rren
te n
a ca
rga
(V,A
)
Gráfico da inversor CC-CA (1 indutor de 13.3 mH)
Tensão (V)
Corrente (A)
Figura 2 - Gráfico da tensão e corrente de carga no inversor utilizando 1 indutor de 13.3 mH
A forma de onda na saída do Inversor CC-CA é composta por vários harmônicos. A carga
RL atua como um filtro passa-baixa com uma freqüência de corte constante e igual a ω c=R/L.
Assim, a forma de onda na saída do inversor CC-CA depende da diferença entre a freqüência
de corte e a freqüência fundamental (freqüência de chaveamento). E desta forma, os sinais UFRJ LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA
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provenientes das componentes harmônicas farão parte da corrente e tensão de saída na carga.
Considerando que o resistor utilizado foi R=30Ω e o valor da indutância é L=10 mH, com
frequência de 100 Hz, pode-se concluir que:
Frequência de corte ωc= 1/τ,
Onde τ é igual à constante de tempo do circuito RL. Logo:
τ= LR
=0 .33ms
A resposta em frequência possui uma relação direta com a resposta no domínio no
tempo. A resposta em frequência baseia-se na decomposição do sinal como uma soma de
sinais exponenciais que, no caso de sinais periódicos, esta decomposição baseia-se na série de
Fourier. Através do Matlab, pode-se analisar a resposta em frequência do sistema em malha
aberta conforme a figura 3.
102
103
104
105
-35
-30
-25
-20
-15
-10
-5
0
Mag
nitu
de (
dB)
System: GFrequency (rad/sec): 3e+003Magnitude (dB): -3.01
Bode Diagram
Frequency (rad/sec)
Figura 3: Diagrama de Bode para o circuito RL
O ponto principal desenvolvido nesta análise consiste na frequência de corte,
característica importante associado tanto à velocidade de resposta do sistema como à banda
passante ou faixa de passagem. A frequência de corte é definida como o valor para o qual o
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sistema tem uma redução de -3 dB com relação ao valor de regime. De acordo com a figura 3,
podemos inferir que o valor da frequência de corte do sistema é aproximadamente é 3000
rad/s.
Logo, a frequência de corte em rad/s convertida para Hz dá um valor de:
ωc=2 π . f c∴ f c=30002π
=477 .46Hz
3 Resultados Experimentais
3.1 Onda Quadrada
O através do micro-processador o sinal de controle foi feito utilizando o programa Code
Warrior. Foi definido uma onda triangular com freqüência fs = 100 Hz e um sinal de controle
constante. Com isso, o sinal de controle das chaves é do tipo onda quadrada.
As formas de onda de corrente e tensão para os diferentes valores de indutância são
apresentadas nas figuras 4, 5 e 6. Sendo a curva em azul a tensão de saída e a rosa a corrente
no indutor.
Figura 4: Tensão e corrente da saída para um indutor de 10 mH.
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Figura 5: Tensão e corrente da saída para um indutor de 20 mH.
Figura 6: Tensão e corrente da saída para um indutor de 30 mH.
Pode-se observar que quanto menor a indutância, mais rápido é o descarregamento do
indutor.
3.1.1 Análise de Fourier da tensão e corrente na carga
Utilizando o software MatLab, foi feito um programa para fazer decomposição de um
determinado sinal em série de Fourier, lembrando que na análise de harmônicos, realiza-se
estudos que consiste em representar uma função periódica por uma série de Fourier. Sendo
assim, podemos representar uma determinada função periódica, f (t ) , por meio de senos e UFRJ LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA
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cossenos. Nas figuras 6 e 7, verifica-se os sinais de tensão e corrente na carga para cada
harmônico, onde a análise de Fourier foi feita até o 20º harmônico.
10
1
2
3
4
5
6
7Espectro das Amplitudes da Tensão: Valor Absoluto
Harmônicos
Mód
ulo
da t
ensã
o [V
]
Figura 7: Módulos da decomposição harmônica da tensão na carga
Figura 8: Módulo da decomposição harmônica da corrente na carga
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A fim de validar os valores obtidos durante a experiência, foram plotados os gráficos
originais e os gráficos obtidos por meio da análise de Fourier conforme figuras 9 e 10,
representando os sinais de corrente e tensão, respectivamente.
0 0.001 0.002 0.003 0.004 0.005 0.006 0.007 0.008 0.009 0.01-0.025
-0.02
-0.015
-0.01
-0.005
0
0.005
0.01
0.015Gráfico da série de Fourier para a corrente até 20º harmônico
fourier
real
Figura 9: Gráfico da série de Fourier para o sinal de corrente até o 20º harmônico
0 0.001 0.002 0.003 0.004 0.005 0.006 0.007 0.008 0.009 0.01-8
-6
-4
-2
0
2
4
6Gráfico da série de Fourier para a tensão até 20º harmônico
fourier
real
Figura 10: Gráfico da série de Fourier para o sinal de tensão até o 20º harmônico
Até o 20º harmônico, percebe-se que as curvas ficaram bem sobrepostas, mostrando
que a série de Fourier mostrou-se em conformidade com os sinais originalmente aquisitados
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durante a experiência. Observa-se também que à medida que o número de harmônicos
aumenta, o sinal da grandeza coletada diminui, o que era de ser esperado. Outro fator
importante é a característica da forma de onda quadrada possuir somente harmônicos
ímpares.
3.1.2 Cálculo da admitância para cada harmônico
Conhecendo-se o módulo da tensão e corrente na carga para cada harmônico, podemos
calcular o módulo da admitância (Y) da carga para cada harmônico. Basta dividir o módulo da
corrente pelo módulo da tensão para cada harmônico.
I (s )V (s )
= 1s . L+R
=Admitância
Onde , s= j .ω
Tabela 3.1.2.1: Valores de Tensão e Corrente na Carga
Harmônico (n)
Tensão (V)
Fase da Tensão (º)
Corrente (A)
Fase da Corrente(º
)1 6,4372 -179,714 0,173 -26,07983 2,1552 -179,75 0,0378 -52,18175 1,2978 179,9643 0,0154 -65,61987 0,9281 179,6079 0,0086 -68,45659 0,7231 179,3053 0,006 -71,4306
11 0,5882 179,5523 0,0045 -77,456413 0,4988 179,3325 0,0027 -77,00715 0,4295 178,6946 0,0021 -81,931717 0,3762 179,5293 0,0013 -87,47619 0,3338 177,0366 0,0016 -94,2825
Tabela 3.1.2.2: Valores de Resistência e Indutância
Harmônico (n)
R (Ω) L (mH)
1 33,34 26,33 34,75 245 34,8 24,47 40,14 22,79 39,74 20,1
11 29,64 18,613 43,73 2215 33,77 21,717 15,64 28
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19 4,76 17,3Média 31,031 22,51
De acordo com a tabela 3.1.2.2, podemos verificar que o valor de R médio calculado deu
muito próximo ao esperado (30 Ω) enquanto o valor de L médio teve um desvio bastante
grande (30mH). Esta não-conformidade pode ser atribuída a erros durante a medição dos
sinais, dos instrumentos de medida e dos tratamentos dos sinais realizados.
3.2 Modulação PWM
Para o modo de operação PWM, foi gerado um sinal senoidal através do
microprocessador, e com isso realizar uma modulação bipolar. Este sinal foi gerado no Matlab
e importado para o Code Warrior de modo a gerar o sinal de controle desejado conforme
figura 11.
0 1 2 3 4 5 60
1
2
3
4
5
6x 10
4
tempo [s]
Vco
ntro
l
Sinal de controle discretizado
Figura 11: Sinal senoidal gerado no Matlab
Script para o sinal senoidal gerado:
x=[0:19]*2*pi/20;M=0.7;y=M*sin(x);%plot(x,y,'*');shgtabela = fix((y + 1)*65535/2)
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plot(x,tabela,'*');shg
As formas de onda de corrente e tensão, para o mesmo circuito da figura 3 com um
indutor de 10 mH, são apresentadas na figura 12, sendo a forma de onda em azul
correspondente à tensão de saída e a forma de onda em rosa, a corrente no indutor.
Figura 12: Sinal de controle e tensão de saída (gerados no osciloscópio) com indutância de 10 mH.
3.2.1 Análise de Fourier do sinal de controle e tensão de saída no PWM
Realizando o mesmo procedimento anteriormente utilizado, será feita a análise
harmônica do sinal de controle constante e da tensão de saída, a partir dos dados coletados de
corrente e tensão apresentados nas figuras 13 e 14, respectivamente.
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Figura 13: Corrente no resistor na modulação PWM
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Figura 14: Tensão de saída.
Fazendo novamente a análise de Fourier, observa-se a distribuição das componentes
harmônicas de corrente e tensão para uma carga de indutância de 10 mH, conforme as figuras
15 e 16.
10
0.01
0.02
0.03
0.04
0.05
0.06
0.07Espectro das Amplitudes da Corrente: Valor Absoluto
Figura 15: Módulos da decomposição harmônica da corrente.
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10
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
4.5
5Espectro das amplitudes da tensão: valor absoluto
harmônicos
tens
ão [
V]
Figura 16: Módulo da decomposição harmônica da tensão na carga
As figuras 17 e 18 mostram, respectivamente, as formas de onda de corrente e tensão
e a corrente para até o 20º harmônico, comparando-as com as ondas originalmente coletadas
pelo osciloscópio.
0 0.001 0.002 0.003 0.004 0.005 0.006 0.007 0.008 0.009 0.01-0.025
-0.02
-0.015
-0.01
-0.005
0
0.005
0.01Gráfico da série de Fourier para a corrente até 20º harmônico
tempo [s]
corr
ente
[A
]
fourier
real
Figura 17: Comparação entre as correntes original e a obtida por meio da série de Fourier
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0 0.001 0.002 0.003 0.004 0.005 0.006 0.007 0.008 0.009 0.01-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8Gráfico da série de Fourier para a tensão até 20º harmônico
tempo [s]
tens
ão [
V]
fourier
real
Figura 18: Comparação entre as tensões original e a obtida por meio da série de Fourier
Observa-se que a análise de Fourier permite concluir a presença de inúmeros
harmônicos nas formas de ondas aquisitadas durante a experiência. Este fato justifica-se em
virtude da curva coletada apresentar sinais demasiados de ruído, o que implica na adição de
níveis de harmônicos na análise.
3.2.2 Cálculo da admitância para cada harmônico
Utilizando o mesmo procedimento do item 3.1.2, os valores de admitância calculados
estão apresentados na tabela 3.2.2.1.
Tabela 3.2.2.1: Valores de Tensão e Corrente na Carga
Harmônico (n)
Tensão (V)
Fase da Tensão (º)
Corrente (A)
Fase da Corrente
(º)1 1,306 164,4545 0,0358 159,23063 0,7189 169,0501 0,0152 149,77955 4,5624 -59,0394 0,0667 -108,81447 0,5077 -32,9511 0,0059 -103,92359 1,5717 -34,6244 0,0141 -90,2332
11 0,1296 -147,9559 0,0019 -150,693913 0,0982 63,2992 0,0011 178,447815 1,2345 84,3786 0,0056 48,820617 0,1608 126,841 0,0013 149,082519 0,5237 -43,6077 0,004 -96,4607
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Tabela 3.2.2.2: Valores de admitância
Harmônico (n)
R (Ω) L (mH)
1 36,33 8,83 47,75 13,85 44,18 27,77 28,26 31,19 60,06 27,2
11 66,46 0,813 39,67 17,2215 180,8 22,917 117,04 7,519 79,13 14,6
Média 69,97 17,16
De acordo com a tabela 3.2.2.1, podemos verificar que para a componente fundamental
os valores de R e L calculados deram muito próximos ao esperado. No entanto, os valores de
R médio e L médio sinalizam para uma não-conformidade durante a apresentação dos dados, o
que pode ser atribuído a erros durante a medição dos sinais, dos instrumentos de medida ou
dos tratamentos dos sinais realizados.
3.3 Acionamento de Motor Monofásico CA
Conforme as perguntas deste relatório, segue:
Seria possível acionar um motor CA monofásico, com capacitor auxiliar de partida e chave
centrífuga?
Como o motor possui o comportamento similar ao de um filtro RL, o mesmo poderia ser
acionado dentro das condições nominais. Porém, todos os componentes mencionados acima
são projetados para um funcionamento a 60 Hz (fundamental). Para o acionamento de
motores CA, usa-se uma forma de controle escalar, no qual a tensão e freqüência aplicadas ao
motor devem sempre ser proporcionais, operando assim em outras freqüências. Desta forma,
o torque máximo desenvolvido pelo motor não é alterado.
Outro aspecto relevante seria a presença de harmônicos na tensão de alimentação do
estator do motor de indução monofásico poderia provocar alteração no torque
eletromagnético do motor. Logo, operando com tensão irregular, o motor poderia levar a uma
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vida útil menor do equipamento e por isso a melhor opção seria tentar reduzir as
componentes harmônicas.
4 Conclusões
Verificando o funcionamento do inversor CC-CA pôde-se confirmar a teoria apresentada
para o mesmo. Para fontes chaveadas, onde a tensão de alimentação são pulsos de corrente
contínuos, no qual cargas RL atuam como filtros passa-baixas, deixando passar somente parte
dos harmônicos. Foi visto também que a adição de indutores à carga RL ao sistema comprova a
atenuação da componente fundamental, atrasando a corrente em relação à tensão.
Foi verificada coerência na comparação entre os valores obtidos e esperados da
resistência e indutância do circuito para as componentes fundamentais. Alguns dados
apresentaram-se errôneos, em virtude de possíveis erros tais como: instrumentos de medição
e tratamento dos dados.
5 Bibliografia
[1] Notas de aula de Eletrônica de Potência I
[2] MOHAN Ned; UNDELAND Tore M.; ROBBINS William P. Power Electronics – Converters, Applications and Design. 2 ed. New York: John Wiley & Sons, Inc., 1995.
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