relatório estágio outorga do direito de uso da Água

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UNIVERSIDADE TIRADENTES JÉSSICA MARIA NASCIMENTO ÁVILA OUTORGA DO DIREITO DE USO DA ÁGUA ARACAJU 2014

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OUTORGA DO DIREITO DE USO DA ÁGUA

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  • UNIVERSIDADE TIRADENTES

    JSSICA MARIA NASCIMENTO VILA

    OUTORGA DO DIREITO DE USO DA GUA

    ARACAJU

    2014

  • JSSICA MARIA NASCIMENTO VILA

    OUTORGA DO DIREITO DE USO DA GUA

    Relatrio de estgio apresentado Universidade Tiradentes como um dos pr-requisitos para a obteno do grau de bacharel em Engenharia Ambiental.

    Prof: Elayne Emilia Santos Souza

    ARACAJU

    2014

  • OUTORGA DO DIREITO DE USO DA GUA

    RESUMO

    Como uma forma de controlar a qualidade e o consumo dos recursos hdricos do

    pas, foi criada a Lei Federal n 9.433/1997, conhecida como Lei das guas, que

    institui a Poltica Nacional de Recursos Hdricos, cria o Sistema Nacional de

    Gerenciamento de Recursos Hdricos. Um dos instrumentos da Poltica Nacional

    dos Recursos Hdricos a outorga de direito de uso da gua. A outorga tem como

    objetivo assegurar o controle qualitativo e quantitativo dos usos da gua retirada

    de um corpo dgua. O rgo estadual de Sergipe que tem a responsabilidade de

    avaliar e emitir parecer sobre os pedidos de outorga a Secretaria de Estado do

    Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos por meio da Superintendncia de

    Recursos Hdricos (SRH). O presente estudo descreve as atividades envolvidas

    na SRH, tais como o acompanhamento nos processos de solicitao de outorga,

    recuperao dos dados dos processos de outorgas das bacias hidrogrficas do

    estado para preenchimento de planilha para o Cadastro Nacional dos Usurios de

    Recursos Hdricos (CNARH), alm da atualizao de dados fluviomtricos, de

    forma a obter maior conhecimento sobre o tpico principal deste estudo.

    Palavras chave: SEMARH, Outorga de direito de uso dos recursos hdricos,

    Recursos Hdricos, CNARH.

  • OUTORGA DO DIREITO DE USO DA GUA

    ABSTRACT

    As a way to control the quality and the use of water resources in the country, was

    established the Federal Law 9.433/1997, known as the Water Law, which

    establishes the National Water Resources Policy and creates the National System

    of Water Resources Management. One of the instruments of the National Water

    Resources Policy is the granting of rights to use the water. The granting aims to

    ensure the quality and quantity control of the use of water withdrawls from a body

    of water. The state agency of Sergipe that is responsible for the evaluation and

    emission an opinion on applications for grantings is the Secretary of State for the

    Environment and Water Resources by the Superintendency of Water Resources

    (SRH). The present study describes the activities involved in SRH, such as

    monitoring the granting application processes, data recovery of the granting

    processes of river basins of the state to fill the spreadsheet for the National

    Register of Water Resources Users (CNARH) in addition to the update of runoff

    data, in order to obtain more knowledge about the main topic of this study.

    Keywords: SEMARH, Granting of right of use of water resources, water

    resources, CNARH.

  • Sumrio

    1 INTRODUO ................................................................................................. 5

    2 CARACTERIZAO DA EMPRESA ............................................................... 6 2.1 Identificao da empresa ............................................................................ 6 2.2 Responsvel Tcnico ........................................................................................ 7

    3 REVISO BIBLIOGRFICA ............................................................................ 8 3.1 A Importncia da gua ..................................................................................... 8 3.2 Bacias Hidrogrficas de Sergipe...................................................................... 8 3.3 Outorga de Direito de Uso da gua .............................................................. 10 3.3.1 Aspectos Legais....................................................................................... 10 3.3.2 Outorga no Estado de Sergipe ............................................................... 12 3.3.3 Passos pa a Obteno da Outorga ....................................................... 16 3.4 Fiscalizao ..................................................................................................... 20 3.4.1 Infraes e Penalidades ......................................................................... 20 3.4.2 Fiscalizao ....................................................................................... 22

    4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .................................................................. 23 4.1 Cadastro Nacional de Usurios de Recursos Hdricos ............................... 23 4.2 Vista Tcnica Barragem Jaime Uberlino ................................................. 25

    5 CONCLUSO ................................................................................................. 27

    6 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 28

    7 ANEXOS ......................................................................................................... 30

  • 5

    1. INTRODUO

    O estgio supervisionado apresentado nesse estudo foi realizado na

    Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos -

    Superintendncia de Recursos Hdricos (SEMARH/SRH), na Coordenadoria de

    Vistoria e Outorga do Departamento de Administrao e Controle de Recursos

    Hdricos, que tem o objetivo de adquirir e aprimorar os conhecimentos e as

    habilidades essenciais ao exerccio profissional, com a funo de integrar teoria e

    prtica.

    A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos tem a

    funo de programar, organizar, executar e acompanhar o desempenho,

    expanso, desenvolvimento e acompanhamento das atividades referentes ao meio

    ambiente e aos recursos hdricos da poltica do Governo do Estado, e das demais

    atividades relacionadas s suas reas de competncia.

    A outorga de direito de uso de recursos hdricos, um dos instrumentos da

    Poltica Nacional de Recursos Hdricos, assegura o controle quantitativo e

    qualitativo dos usos da gua bruta e os direitos de acesso mesma. A

    Superintendncia de Recursos Hdricos uma instituio outorgante que faculta o

    direito de uso de recursos hdricos ao outorgado.

    O presente estudo ir discutir as atividades desenvolvidas durante o

    perodo de estgio, que teve como objetivo principal a aprendizagem da profisso

    pertinente ao curso de Engenharia Ambiental, visando o desenvolvimento

    profissional.

  • 6

    2. CARACTERIZAO DA EMPRESA

    2.1 IDENTIFICAO DA EMPRESA

    A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos

    (SEMARH), resultado da transformao da antiga SEMA que, com base na lei n

    6.130, de 02 de abril de 2007, incorporou s atribuies de meio ambiente o as

    aes do gerenciamento dos recursos hdricos do Estado.

    Com a viso de consolidar o Sistema estadual de meio ambiente com

    participao e controle social para que Sergipe torne-se referncia em qualidade

    ambiental, a SEMARH tem a misso de garantir a proteo dos recursos naturais,

    formulando e executando polticas de gesto ambiental com a participao

    socialpara que possa promover o desenvolvimento ecologicamente equilibrado de

    forma integrada.

    A Superintendncia de Recursos Hdricos SRH um rgo operacional

    da SEMARH, dela faz parte o Departamento de Administrao e Controle de

    Recursos Hdricos, no qual est incluso a Coordenadoria de Vistoria e Outorga

    que coordena o uso da gua no Estado de Sergipe.

    O atual Secretrio do Meio Ambiente o Bilogo, Psiclogo e Mestre em

    Sade e Meio Ambiente, Genival Nunes Silva. O diretor responsvel pelo

    Departamento de Administrao e Controle de Recursos Hdricos o Gelogo

    Joo Carlos Santos Rocha, e as coordenadoras de vistoria e outorgas so a

    Qumica Industrial Renilda Gomes de Souza e a Engenheira Civil Ana Paula

    Barbosa vila Macedo.

  • 7

    Figura 1 Organograma detalhando a hierarquia

    2.2 RESPONSVEL TCNICO

    O responsvel tcnico pelo estgio foi a Qumica Industrial Renilda Gomes

    de Souza.

    Governo do Estado de Sergipe

    Secretaria de Estado do Meio Ambiente e

    dos Recursos Hdricos

    Superintendncia de Recursos Hdricos -

    SRH

    Departamento de de Administrao e

    Controle de Recursos Hidricos

    Coordenadoria de Vistoria e Outorga

    Coordenadoria de Informaes sobre Recursos Hdricos

    Departamento de Planejamento e Coordenao de

    Recursos Hdricos

    Coordenadoria de Planos e Projetos

    Coordenadoria de Avaliao e

    Acompanhamento

  • 8

    3. REVISO BIBLIOGRFICA

    3.1 IMPORTNCIA DA GUA

    A gua um importante recurso oferecido pela natureza, essencial para a

    existncia de vida na Terra. Alm de estar presente no ar, lagos, rios, mares e

    depsitos subterrneos, participa da constituio do solo, dos animais e das

    plantas.(SEIXAS 2004)

    A Terra dispe de 1,4 bilhes de quilmetros cbicos de gua, porm

    deste volume somente 2,7% so de gua doce, e desses 37,8 milhes de

    quilmetros cbicos de gua doce somente 7,16% esto acessveis, dos quais

    50% dos mananciais existentes na terra esto comprometidos devido

    contaminao e assoreamento.

    Desse modo, imprescindvel a preservao dos recursos hdricos e

    manejo adequado desta gua, para que se possa evitar problemas de escassez

    nos prximos anos.

    3.2 BACIAS HIDROGRFICAS DE SERGIPE

    Uma bacia hidrogrfica um conjunto de terras que fazem a drenagem da

    gua das precipitaes para os cursos de gua e rios menores que desaguam em

    rios maiores (afluentes) e formada atravs dos desnveis dos terrenos que

    orientam os cursos da gua, sempre das reas mais altas para as mais baixas.

    (CBH SEMARH)

    Existem 08 (oito) Bacias Hidrogrficas no Estado de Sergipe, so elas as

    bacias do Rio So Francisco, Rio Vaza Barris, Rio Real, Rio Japaratuba, Rio

    Sergipe, Rio Piau, Grupo de bacias Costeiras 1 (GC1) e Grupo de bacias

    Costeiras 2 (GC2), como mostra a figura 2.As bacias dos rios Japaratuba, Sergipe

    e Piau esto dentro do Estado de Sergipe, exceto por uma pequena rea dos rios

  • 9

    Sergipe e Piau, que recobre terras baianas, por esse motivo elas so

    consideradas Estaduais. (SIRHSE)

    Figura 2 Bacias hidrogrficas de Sergipe.

    Fonte: SIRHSE

    A Bacia Hidrogrfica do Rio Japaratuba possui uma rea geogrfica de

    1.735km2, equivalentes a 7,65% do territrio estadual e abrange 20 municpios,

    com uma populao urbana com 122.879 habitantes e 79.052 na rea rural. A

    bacia constituda pelo rio Japaratuba e tem como principais afluentes: os rios

    Japaratuba mirim, Lagartixo, Siriri, Cancelo e Riacho do Prata. (SIRHSE)

    A Bacia Hidrogrfica do Rio Sergipe abrange 26 municpios, com populao

    residente de 1.010.523 habitantes, equivalendo a 56,6% do total do Estado. Cerca

    de 86,8% da populao reside em reas urbanas, e 13,2% situam-se na zona

    rural, o que comprova o acelerado processo de urbanizao em curso na bacia

    hidrogrfica. (SIRHSE)

    A Bacia Hidrogrfica do Rio Piau possui uma rea geogrfica de 4.150

    km, equivalentes a 19% do territrio estadual e abrange 15 municpios, com uma

    populao de 432.000 habitantes aproximadamente. Localizada na parte sul do

  • 10

    estado, um dos mais importantes componentes da rede hidrogrfica do estado

    de Sergipe. Constitudo pelo curso dgua principal do rio Piau, e por diversos

    afluentes de grande porte, destacando-se, pela margem direita, os rios Arau e

    Pago, e, pela margem esquerda, os rios Jacar, Piauitinga e Fundo. (SIRHSE)

    3.3 OUTORGA DE DIREITO DE USO DA GUA

    3.3.1 Aspectos Legais

    Segundo a Constituio Federal de 1988, a gua um bem de domnio ou

    da Unio ou dos estados. A Lei Federal n 9.433/1997, conhecida como Lei das

    guas, estabelece em seu artigo 1, que a gua um bem de domnio pblico.

    Essa determinao das guas como sendo de domnio pblico gerou a

    necessidade da utilizao de uma forma de autorizao do Estado para uso

    desses recursos hdricos por terceiros, a qual realizada atravs de ato

    administrativo, publicado no Dirio Oficial da Unio ou nos Dirios Oficiais dos

    Estados ou Distrito Federal.

    Essa autorizao apresentada na Lei Federal n 9.433 por meio do

    instrumento de outorga de direito de uso de recursos hdricos, e tem tem os

    objetivos de assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da gua e o

    efetivo exerccio dos direitos de acesso gua.

    A outorga deve ser solicitada por todos aqueles que usam, ou pretendem

    usar, os recursos hdricos, seja para captao de guas, superficiais ou

    subterrneas, para qualquer ao que interfira no regime hdrico existente. Os

    corpos de domnio da Unio so os rios ou lagos que banham mais de um estado.

    Aqueles de domnio dos Estados se referem s guas superficiais que nascem e

    desguam no seu territrio, s guas subterrneas e s guas fluentes. (ANA,

    2005)

    Segundo a Lei n 9.433, os usos de recursos hdricos sujeitos a outorga so

    os seguintes:

  • 11

    I. Derivao ou captao de parcela da gua existente em um corpo de

    gua para consumo final, inclusive abastecimento pblico, ou insumo de processo

    produtivo;

    II. Extrao de gua de aqufero subterrneo para consumo final ou

    insumo de processo produtivo;

    III. Lanamento em corpo de gua de esgotos e demais resduos lquidos

    ou gasosos, tratados ou no, com o fim de sua diluio, transporte ou disposio

    final;

    IV. Aproveitamento dos potenciaishidreltricos;

    V. Outros usos que alterem o regime, quantidade ou a qualidade da gua

    existente em um corpo de gua.

    A legislao de recursos hdricos define que a outorgapoder ser suspensa

    parcial ou totalmente, em definitivo ou por prazo determinado, em tais casos:

    descumprimento dos termos da outorgapelo outorgado;

    ausncia de uso por trs anos consecutivos;

    necessidade de gua para atender a situaes de calamidade, incluindo

    aquelas resultantes de situaes climticas adversas;

    necessidade de prevenir ou reverter grave degradao ambiental;

    necessidade de atendimento a usos prioritrios (consumo humano e

    dessedentao de animais), de interesse coletivo, quando no se possui fontes

    alternativas;

    indeferimento ou cassao da licena ambiental; e

    necessidade de manuteno da navegabilidade do corpo dgua.

    Alm da outorga de direito de uso da gua, existem mais dois tipos, a

    outorga prvia e a outorga de obra.

    A outorga prvia declara a existncia de disponibilidade hdrica para o uso

    requerido, garantindo a existncia de volume outorgvel quando comparado ao

  • 12

    volume outorgado, possibilitando ao investidor efetuar o planejamento, projeto e

    implantao daqueles empreendimentos que demandam a utilizao de gua.

    A outorga de obra um documento expedido ao interessado em construir obras

    ou servios de oferta hdrica que possam interferir no regime hdrico de um

    determinado manancial superficial ou subterrneo, tanto na quantidade como na

    qualidade. No caso de perfurao de poos tubulares profundos, o poder pblico

    outorgante concede ao requerente uma Licena Tcnica (ANA, 2011).

    Para anlise criteriosa de um pedido de outorga, necessrio conhecer:

    dados de estaes de monitoramento quali-quantitativo, com sries histricas

    consistentes, possibilitando o clculo da quantidade de gua disponvel com alto

    grau de certeza; conhecimento da demanda por gua, no s em termos

    quantitativos, mas tambm os tipos de usos preponderantes; existncia de

    instrumentos regradores dos usos das guas na bacia, tais como enquadramento.

    O prazo mximo legal de vigncia das outorgas segundo a Lei das guas

    de 35 anos, podendo ser renovada. Entretanto, essa definio da vigncia de cada

    ato de outorga deve ser avaliada caso a caso.

    3.3.2 Outorga no Estado de Sergipe

    Todos os estados tm leis com previso para a emisso de outorgas,

    porm nem todos aplicam esse instrumento. No Estado de Sergipe, a lei que

    dispe sobre a Poltica Estadual de Recursos Hdricos e o Sistema Estadual de

    Gerenciamento de Recursos Hdricos a Lei Estadual 3.870/97. O rgo pblico

    estadual outorgante no Estado de Sergipe a Secretaria de Estado do Meio

    Ambiente e dos Recursos Hdricos SEMARH, atravs da Superintendncia de

    Recursos Hdricos SRH.

    No Nordeste, no processo de outorga, os aspectos de qualidade das guas

    so verificados nos reservatrios utilizados para aquicultura, principalmente

    piscicultura em tanques-rede, enquanto que na Regio Sul e Sudeste, os aspectos

    da qualidade da gua so fundamentais nos usos para diluio de efluentes.

  • 13

    A aplicao do mecanismo da outorga de direito de uso da gua obedece

    ao disposto da Lei Estadual 3.870 de 25 de setembro de 1997, e regulamentada

    pelo Decreto n 18.456 de 03 de dezembro de 1999, o qual diz, no Art.5, que os

    usos de recursos hdricos sujeitos a outorga so os seguintes:

    I - a implantao de qualquer empreendimento que possa demandar a

    utilizao de recursos hdricos e que implique alterao do regime, da quantidade

    ou da qualidade da gua existente em um corpo hdrico superficial ou subterrneo;

    II - a execuo de obras ou servios que configurem interferncia e

    impliquem alterao do regime, da quantidade ou da qualidade da gua existente

    em um corpo hdrico superficial ou subterrneo;

    III - a derivao ou captao de parcela de gua existente em um corpo

    hdrico, para consumo final, inclusive abastecimento pblico ou insumo de

    processo produtivo;

    IV lanamento, em corpo hdrico, de esgotos e demais resduos lquidos

    ou gasosos, tratados ou no, com o fim de sua distribuio, transporte ou

    deposio final;

    V - o uso para fins de aproveitamento de potenciais hidreltricos.

    Segundo o Art. 21da Lei Estadual 3.870/97, a outorga de direito de uso de

    recursos hdricos poder ser suspensa, parcial ou totalmente, em definitivo ou por

    prazo determinado, nas seguintes circunstncias:

    I - no cumprimento, pelo outorgado, dos termos de outorga;

    II - ausncia de uso por trs anos consecutivos;

    III - necessidade premente de gua para atender a situaes de

    calamidade, inclusive as decorrentes de condies climticas adversas;

    IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradao ambiental;

    V - necessidade de se atender a usos prioritrios, de interesse coletivo,

    para os quais no se disponha de fontes alternativas;

    VI - necessidade de serem mantidas as caractersticas de navegabilidade

    do corpo de gua.

    Conforme a Resoluo n. 01/2001 do CONERH, art. 1, os usos que

    independem de outorga so:

  • 14

    I. usurios que utilizem os recursos hdricos para satisfao das

    necessidades de pequenos ncleos populacionais distribudos no meio rural

    inferiores ou iguais a 80 casas ou 400 habitantes;

    II. captao a fio dgua com vazes inferiores a 2.500 l/h (2,5 m/h ou

    0,7 l/s);

    III. perfuraes de poos rasos, com profundidade inferior a 20 m e

    com vazo de at 2.500 L/h (2,5 m/h) e, ainda, poos com carter exclusivo de

    pesquisa, exceto em aquferos sedimentares considerados estratgico ou

    diretamente alimentados por rios perenes;

    IV. perfurao de poos medianamente profundos (20 a 60 m) e

    profundos (maior que 60 m) com vazes inferiores a 2.500L/h (2,5 m/h), exceto

    quando se tratar de poos de responsabilidade de rgos pblicos;

    V. construes de audes com volume de acumulao de at 50.000

    m, ou com rea de espelho dgua inferior ou igual a 10 tarefas (3 ha), ou com

    altura de barramento inferior a 7 m;

    VI. construo de barragens de derivao ou regularizao de nvel

    cuja bacia de contribuio no exceda 3 km.

    VII. obras de transferncia entre bacias hidrogrficas de vazes

    inferiores a 2.500 L/h (2,5 m/h).

    Deve solicitar a outorga qualquer pessoa fsica ou jurdica que deseje fazer

    uso de gua em um corpo hdrico superficial ou subterrneo, com a finalidade de:

    Abastecimento pblico;

    Irrigao;

    Aquicultura;

    Abastecimento industrial (insumo de processo produtivo);

    Abastecimento comercial e servios;

    Abastecimento animal;

    Obras hidrulicas;

    Aproveitamento hidreltrico;

    Lanamento de efluentes;

  • 15

    Consumo humano;

    Extrao mineral em leito de curso dgua;

    Outros usos.

    Em caso de escassez, o Decreto n 18.456/99, no Art. 9, afirma que as

    prioridades de uso so o consumo humano e dessedentao animal.

    de competncia do requerente o pagamento dos emolumentos

    necessrios cobertura dos custos operacionais inerente ao processo de outorga

    (Decreto n 18.456/99). Estes custos, que so fixados em Unidade Fiscal Padro

    UFP do Estado de acordo com a categoria de outorga (Quadro 01) devem ser

    recolhidos previamente conta do Fundo Estadual de Recursos Hdricos

    FUNERH.

    CATEGORIA N UFP

    OUTORGA PRVIA

    Implantao de empreendimento de grande porte. 13

    OUTORGA DE OBRA

    Execuo de obras de barramentos em rios e riachos;

    barragens e audes. 16

    Perfurao de poo tubular profundo. 13

    Canalizao, retificao, dragagem, desassoreamento,

    drenagem, limpeza de margens, proteo de leito de rio etc. 13

    Construo ou execuo de qualquer obra hidrulica ou

    qualquer obra que interfira no regime, na quantidade ou

    qualidade da gua.

    13

    Construo de estrutura de lanamento de efluentes, de

    guas residurias ou de esgotos domsticos. 13

    OUTORGA DE DIREITO DE USO DE RECURSOS HDRICOS

    Captao, derivao ou extrao de gua para qualquer

    empreendimento rural, exceto irrigao, comunitrio ou no. 13

  • 16

    Captao, derivao ou extrao de gua para irrigao, com

    rea at 3,0 hectares, comunitria ou no. 1

    Captao, derivao ou extrao de gua para irrigao, com

    rea de 3,0 hectares at 20,0 hectares, comunitria ou no. 1 + 0,05/ha

    Captao, derivao ou extrao de gua para irrigao, com

    rea superior a 20,0 hectares, comunitria ou no. 11 + 0,05/ha

    Captao, derivao ou extrao de gua para abastecimento

    de gua, urbano ou rural. 28

    Captao, derivao ou extrao de gua para

    empreendimento industrial: processamento, resfriamento,

    caldeira, uso sanitrio, combate a incndios, etc.

    28

    Captao, derivao ou extrao de gua para

    empreendimento comercial: usos consultivos diversos. 28

    Lanamento de efluentes lquidos ou gasosos sobre

    manancial superficial, com finalidade de diluio e disposio. 28

    Quadro 01 Custos Operacionais Inerentes ao Processo de Outorga.

    Fonte: Adaptado da Cartilha do Usurio Outorga de direito de uso dos recursos hdricos em

    Sergipe.

    Conforme a Lei n. 3.870/1997, art. 22, o prazo da outorga no superior a

    35 anos. No Decreto n. 18.456/1999, art. 18, consta que o prazo no superior a

    30 anos. Segundo a Resoluo n. 01/2001, art. 5 do CONERH, o prazo no

    superior a 2 anos.

    A renovao dever ser requerida com antecedncia mnima de 180 dias

    do final da validade da outorga. (Decreto n. 18.456/1999, art. 19)

    3.3.3 Passos para a Obteno de Outorga

    Quando o usurio necessita de uma outorga de direito de uso da gua de

    um manancial de domnio federal, deve solicit-la ANA, para isso o interessado

    dever cadastrar o seu empreendimento no Cnarh (www.cnarh.ana.gov.br),

  • 17

    imprimir a Declarao de Uso e enviar juntamente com os formulrio se estudos

    especficos de cada finalidade de uso para a Superintendncia de Regulao

    (SRE). Os formulrios encontrados necessrios para dar entrada com os pedidos

    de outorga e a lista dos documentos e os estudos especficos podem ser

    encontrados na pgina da ANA (www.ana.gov.br) e podem ser entregue

    diretamente no Protocolo Geral da ANA ou enviada pelos Correios.

    A solicitao de outorga na ANA gratuita, bem como a sua publicao. Os

    usurios de recursos hdricos podero solicitara outorga de direito de uso de

    recursos hdricos, a sua renovao, alterao ou transferncia de titularidade. A

    renovao da outorga dever ser requerida ANA com antecedncia mnima de

    90 dias da data de trmino do prazo de validade da outorga.

    Para o caso do manancial ser de domnio estadual, o pedido de outorga de

    direito de uso de recursos hdricos deve ser requerido Superintendncia de

    Recursos Hdricos SRH, e instrudo com as seguintes informaes mnimas,

    como disposto no Art. 14 do Decreto 18.456/99:

    I - em todos os casos:

    a) identificao do requerente;

    b) localizao geogrfica do ponto de captao, lanamento ou interferncia,

    incluindo a identificao do corpo hdrico;

    c) especificao dos tipos de usos previstos para a gua;

    d) certido da Prefeitura Municipal declarando que o local e o tipo do

    empreendimento esto em conformidade com a legislao aplicvel ao uso e

    ocupao do solo;

    e) quando requerida pela legislao ambiental em vigor, a respectiva licena

    ambiental;

    f) comprovao do recolhimento dos emolumentos fixa dos para outorga neste

    decreto;

    II- quando se tratar de derivao de gua oriunda de corpo hdrico

    superficial ou subterrneo, o volume mensal que se pretenda derivar ou captar e

    seu regime de variao;

  • 18

    III - quando se tratar de lanamento de esgotos e demais resduos lquidos

    ou gasosos, tratados ou no, com o fim de sua diluio, transporte ou disposio

    final:

    a) volume mensal a ser lanado no corpo dgua receptor e regime de variao do

    lanamento;

    b) concentraes e cargas de poluentes fsicos, qumicos e biolgicos.

    IV - quando se tratar de construo de obras hdricas que configurem

    interferncia e implique em alterao do regime, da quantidade ou da qualidade da

    gua existente em um corpo hdrico, a ficha tcnica da obra hidrulica.

    Segundo o Art. 16 do Decreto supracitado, tambm deve constar do ato de

    outorga:

    I - localizao geogrfica e hidrogrfica, quantidade, qualidade, nvel de

    garantia e finalidade a que se destinem as guas, e tipo de obra;

    II - prazo no superior a 30 (trinta) anos;

    III - obrigao de recolher os valores da cobrana pelo uso dos recursos

    hdricos, quando exigvel;

    IV - os volumes outorgados para captao, derivao e ou lanamentos de

    efluentes;

    V - condio de que a outorga cessar seus efeitos jurdicos se certides,

    alvars ou licenas de qualquer natureza, exigidas pela legislao federal,

    estadual ou municipal forem indeferidas definitivamente; e

    VI - situao ou circunstncia em que ocorrer a suspenso ou extino da

    outorga.

    A tramitao e anlise do pedido de outorga segue o fluxograma da figura

    3:

  • 19

    Figura 3 Tramitao e Anlise do Pedido de Outorga.

    Fonte: Adaptado da Cartilha do Usurio Outorga de direito de uso dos recursos hdricos em

    Sergipe.

    A figura 4 mostra a distribuio espacial no das outorgas de direito de uso

    de recursos hdricos estado de Sergipe, emitidas pela SRH at o presente

    momento.

    Anlise da documentao

    Entrada no Protocolo da SEMARH/SRH

    Anlise Tcnica de (Disponibilidade e Demanda Hdrica)

    ProcessoDeferido?

    Emisso da Portaria de Outorga ou Ofcio de Parecer Negativo

    ComunicaaoRequerente

    Publica no DOE

    Consulta ao Requerente sobre Possiveis Ajustes

    PossvelAjustar? SIM

    SIM NO

    NO

  • 20

    Figura 4 Outorgas emitidas no Estado de Sergipe

    Fonte: Atlas Digital sobre Recursos Hdricos 2011

    3.4 FISCALIZAO

    3.4.1 Infraes e Penalidades

    Segundo a Lei Estadual n. 3.870/1997, Art. 54, constitui infrao das

    normas de utilizao dos recursos hdricos superficiais ou subterrneos:

    I - derivar ou utilizar recursos hdricos, qualquer que seja a finalidade, sem a

    respectiva outorga de direito de uso;

    II - iniciar ou implantar empreendimento relacionado com a derivao ou a

    utilizao de recursos hdricos, superficiais ou subterrneos, que implique

    alteraes no regime, quantidade ou qualidade dos mesmos, sem autorizao dos

    rgos ou entidades competentes;

  • 21

    III - utilizar-se dos recursos hdricos ou executar obras ou servios

    relacionados com os mesmos em desacordo com as condies estabelecidas na

    outorga;

    IV - perfurar poos para extrao de gua subterrnea ou oper-los, sem a

    devida autorizao;

    V - fraudar as medies dos volumes de gua utilizados ou declarar valores

    diferentes dos medidos;

    VI - infringir normas estabelecidas na regulamentao desta Lei e nas

    normas regulamentares administrativas, compreendendo instrues e

    procedimentos fixados pelos rgos ou entidades competentes;

    VII - obstar ou dificultar a ao fiscalizadora das autoridades competentes

    no exerccio de suas funes.

    Para coibir essas infraes, conforme o Art. 55, o infrator, a critrio da

    autoridade competente, ficar sujeito s seguintes penalidades,

    independentemente de sua ordem de enumerao:

    I - advertncia, por escrito, no qualo usurio oficialmente informado que

    est infringindo a legislao e lhe estabelecido fixado um prazo para a correo

    das irregularidades.

    II - multa, simples ou diria, proporcional gravidade da infrao, de 10

    (dez) a 1.000 (mil) vezes o valor da Unidade Fiscal Padro do Estado de Sergipe -

    UFP/SE, ou qualquer outro ndice pblico que a substituir, mediante conservao

    de valores;

    III - embargo provisrio, por prazo determinado, para execuo de servios

    e obras necessrias ao efetivo cumprimento das condies de outorga ou para o

    cumprimento de normas referentes ao uso, controle, conservao e proteo dos

    recursos hdricos;

    IV - embargo definitivo, com revogao da outorga, se for o caso,

    estabelece ao usurio que recupere os leitos e margens dos cursos dgua

    situao anteriorpara repor incontinente. No caso de poos de guas

    subterrneas, a imposio de que os poos sejam tamponados.

  • 22

    3.4.2 Fiscalizao

    A fiscalizao uma atividade de controle dos recursos hdricos, voltada

    garantia dos mltiplos da gua, pelo qual o poder pblico exerce o poder de

    polcia. Com o objetivo de fazer com que os usurios de recursos hdricos

    cumpram a legislao e, ao mesmo tempo, conscientizar os mesmo da

    importncia de preservar e conservar a gua, alm de informar sobre os

    procedimentos tcnicos e administrativos para sua regularizao.

    A outorga e a fiscalizao so atividades intimamente relacionadas,

    exercidas pela mesma instituio gestora. Em corpos dgua de domnio da Unio

    so de competncia da ANA e naqueles de domnio dos estados e do Distrito

    Federal so competncia dos respectivos rgos gestores, no caso de Sergipe, a

    Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos SEMARH,

    atravs da Superintendncia de Recursos Hdricos SRH (ANA 2011).

    A ao de fiscalizao da ANA tem sido direcionada de duas formas

    principais:

    Fiscalizao pontual atividade de carter corretivo. motivada por

    denncias que podem ser informadas por meio de ofcios, e-mails, ou mesmo

    demandas de outras entidades. Nesse caso, a vistoria realizada pontual e direta

    ao usurio denunciado.

    Fiscalizao sistemtica atividade proativa e planejada, visa

    regularizao de usos de uma bacia ou de um setor usurio. Nesse sentido,

    definida a bacia hidrogrfica que ser fiscalizada, e decidir a estratgia a ser

    utilizada. Essa estratgia, de carter preventivo e educativo, visa atingir o maior

    nmero de usurios ainda no regularizados, prevenindo possveis conflitos

    futuros pelo uso da gua, e buscando a regularizao dos usurios irregulares.

    Em sntese, a fiscalizao vem sendo realizada, inicialmente, com uma

    ao proativa de aplicao de advertncias, visando regularizao das

    interferncias e dos usos existentes. Caso os usurios no atendam chamada

    para regularizao, entra o papel repressivo da atividade de fiscalizao, por meio

  • 23

    da aplicao de penalidades mais incisivas, como as multas e os termos de

    embargos.

    Apesar de a fiscalizao ser uma atividade tpica do poder pblico, a

    sociedade pode ter um papel atuante por meio da apresentao de denncias

    responsveis, relatando autoridade outorgante as infraes s normas de usos

    dos recursos hdricos vigentes. importante que a denncia seja redigida de

    forma clara e contenha informaes precisas sobre o fato denunciado. A ausncia

    de dados pode impossibilitar ou retardar o atendimento da denncia.

    4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

    4.1 CADASTRO NACIONAL DE USURIOS DE RECURSOS HDRICOS

    A lei n 9.433/1997 estabelece como um dos instrumentos da Poltica

    Nacional de Recursos Hdricos o Sistema Nacional de Informaes sobre

    Recursos Hdricos (SNIRH). Entre as informaes fundamentais para promover a

    gesto das guas, est o cadastro de usurios de recursos hdricos (CNARH), que

    foi institudo pela Resoluo ANA n 317, de 26/08/2003 para registro obrigatrio

    de pessoas fsicas e jurdicas de direito pblico ou privado usurias de recursos

    hdricos.

    O CNARH, base de dados que reflete o conjunto de usos de recursos

    hdricos, alimentado pelo processo de cadastramento de usurios com o

    objetivo de reunir e disponibilizar as informaes sobre usurios e demandas de

    recursos hdricos existentes em todo o pas, auxiliando no planejamento e

    alocao de gua para atendimento a usos de recursos hdricos, na identificao

    de conflitos pelo uso da gua, na uniformizao de informaes sobre demandas

    em nvel nacional e na integrao da atuao dos diversos rgos gestores de

    recursos hdricos. (ANA, )

  • 24

    Todos os usurios de recursos hdricos no territrio nacional podero se

    cadastrar no CNARH por meio do acesso pgina http://cnarh.ana.gov.br na qual

    o usurio pode preencher a declarao em formato eletrnico e atualizar as

    informaes a qualquer tempo. Cabe a cada rgo gestor formalizar a emisso da

    outorga de direito de uso de recursos hdricos ou indicar as condies para que o

    usurio possa ter acesso gua. (ANA, 2011)

    O contedo do CNARH deve conter informaes sobre: vazes utilizadas;

    locais de captao; denominao e localizao do curso dgua e demais

    informaes (enquadramento, domnio, cdigo da bacia etc.); caractersticas do

    empreendimento usurio e interveno que pretende realizar, tais como derivao,

    captao, lanamento de efluentes e barramento; entre outras. (ANA, 2011)

    Qualquer usurio de gua bruta, que realiza alguma interferncia (captao

    de gua ou lanamento de efluentes) diretamente em corpo hdrico, deve se

    cadastrar no CNARH. O objetivo principal do CNARH permitir o conhecimento

    do universo dos usurios das guas superficiais (de todos os domnios) e

    subterrneas em determinada rea, bacia ou em mbito nacional. Por esse

    motivo, a ANA passou a exigir que todas as outorgas realizadas sob o domnio de

    um rgo estadual, estejam cadastradas no CNARH. Para isso foi necessrio

    realizar a organizao dos dados requeridos de todas as outorgas existentes

    (ANEXO 03) no Estado de Sergipe, para serem disponibilizadas Agncia

    Nacional de guas (ANA).

    Visando cumprir a meta estabelecida pela ANA, as atividades

    desenvolvidas nesses dois meses de estgio se basearam basicamente na

    implementao dos dados das outorgas para o CNARH, analisando cada

    processo.

  • 25

    4.2 VISITA TCNICA BARRAGEM JAIME UBERLINO

    Alm da implementao dos dados do CNARH, durante o perodo de

    atividades desenvolvidas na SRH, foi realizada uma visita tcnica, acompanhando

    a vistoria de uma das 18 barragens no estado de Sergipe, pelo grupo de inspeo

    de barragens de Sergipe, formado por representantes da Coordenadoria Especial

    de Defesa Civil CEDEC, da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do So

    Francisco e Parnaba CODEVASF, do Departamento Nacional de Obras Contra

    a Seca DNOCS, da Secretaria de Estado do Planejamento e da Cincia e

    Tecnologia de Sergipe SEPLANTEC / Superintendncia de Recursos Hdricos

    SRH e da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hdricos e Irrigao de

    Sergipe COHIDRO.

    O grupo de inspeo de barragens foi criado com o intuito de prevenir e

    minimizar os riscos relacionados segurana das mesmas, devido aos desgastes

    pelo tempo e pela falta de manuteno, que acabam por representar um perigo

    real para os habitantes e as propriedades existentes a jusante.

    A metodologia seguida pelo grupo baseava-se no preenchimento de um

    check list, a qual iria sendo respondida conforme analisavam os diversos pontos

    da barragem. A partir do check list seria construdo um relatrio da barragem, no

    qual seriam apontados os pontos observados e os que deveriam ser corrigidos e

    suas recomendaes.

    O grupo de inspeo realizou diversas visitas em algumas das 18

    barragens existentes no Estado de Sergipe. Porm somente em uma houve o

    acompanhamento, a barragem Jaime Unberlino, popularmente conhecida como

    barragem do Rio Poxim (Figuras 5 e 6).

  • 26

    Figura 5 - Vertedouro da barragem do Rio Poxim.

    Figura 6 - Vertedouro da barragem do Rio Poxim.

  • 27

    5. CONCLUSO

    Durante os dois meses na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos

    Recursos Hdricos / Superintendncia de Recursos Hdricos (SEMARH/SRH),

    ocupando o cargo do estgio supervisionado, pode-se concluir que foi de grande

    importncia para adquirir conhecimentos na rea de recursos hdricos e sobre

    suas regulamentaes.

    Foi importante para entender que a outorga de direito de uso da gua de

    fundamental importncia na gesto dos recursos hdricos, para que esse recurso

    to necessrio para a vida dos seres vivos no seja utilizado de forma indevida e

    para que no ocorra seu esgotamento.

    Portanto, as atividades desenvolvidas durante o perodo de estgio

    proporcionaram alm do conhecimento sobre o Plano Nacional de Recursos

    Hdricos e seus instrumentos, uma experincia na rea administrativa.

  • 28

    6. REFERNCIA BIBLIOGRFICA

    SIRHSE Sistema de Informao sobre Recursos Hdricos. Informaes de Outorga. Disponvel em Acesso em 20 de Nov. de 2014.

    SIRHSE Sistema de Informao sobre Recursos Hdricos. As Bacias Hidrogrficas de Sergipe. Disponvel em Acesso em 20 de Nov. de 2014.

    SEMARH/SE Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hdricos. Misso. Disponvel em Acesso em 18 de Out. de 2014.

    SEMARH/SE Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hdricos. Viso. Disponvel em Acesso em 18 de Out. de 2014.

    SEMARH/SE Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hdricos. Secretario. Disponvel em Acesso em 18 de Out. de 2014.

    SEMARH/SE Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hdricos. Comit de Bacias Hidrogrficas. O que uma Bacia Hidrogrfica. Disponvel em Acesso em 20 de Nov. de 2014.

    SERGIPE. Lei N 3.870 de 25 de Setembro de 1997, dispe sobre a Poltica Estadual de Recursos Hdricos e o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hdricos e da outras providencias. Disponvel em: Acesso em 20 nov. 2014

  • 29

    SERGIPE. Decreto N 18.456 de 03 de Dezembro de 1999, regulamenta a outorga de direito de uso de recursos hdricos, de domnio do Estado, de que trata a Lei n 3.870, de 25 de setembro de 1997, e da providencias correlatas. Disponvel em: Acesso em 20 nov. 2014

    SERGIPE. Resoluo N 01/2001 de 19 de Abril de 2001, dispe sobre Critrios para a Outorga de Uso de Recursos Hdricos. Disponvel em: Acesso em 20 nov. 2014

    ANA - Agncia Nacional das guas. Outorga de Direito de Uso Dos Recursos Hdricos. Cadernos de Capacitao em Recursos Hdricos; v.1 vol. 6. Braslia: SAG, 2011.

    ANA - Agncia Nacional das guas. Diagnstico da Outorga de Direito de Uso de Recursos Hdricos no Pas - Diretrizes e Prioridades. Cadernos de Recursos Hdricos. Braslia: MMA, 2005.

    CNARH Cadastro Nacional de Usurios de Recursos Hdricos. Disponvel em Acesso em 25 de Nov. de 2014

    Outorga de direito de uso dos recursos hdricos em Sergipe. CARTILHA DO USURIO. Aracaju-SE, 2010.

    SEIXAS, BRALIO LUIZ SAMPAIO. gua: usos, caractersticas e potencialidades; edio e reviso: Francisco Adriano de C. Pereira, Greice Ximena Santos Oliveira. Cruz das Almas, BA: Nova Civilizao, 2004.

  • 30

    7. ANEXOS

    Anexo 01 Mapa de outorga de direito de uso da gua pela ANA.

    Fonte: SNIRH Sistema Nacional de Informaes sobre Recursos Hdricos, ANA.

  • 31

    Anexo 02 Documentos especficos para diversos usos.

    Fonte: Cartilha do Usurio, 2002

    Usos Formulrios

    Projeto de

    Demanda

    Hdrica

    Estudo

    Hidrolgico e

    Cpia da

    Outorga da

    Obra Hidrulica

    (caso de

    barragem com

    regularizao

    de vazo)

    Relatrio Tcnico,

    Licena tcnica e

    Anlises Fsico

    Qumica e

    Bacteriolgica

    (caso de guas

    subterrneas)

    Projeto de

    Lanamento

    de Efluente

    Cpia do

    Requerimento

    de Pesquisa,

    do Alvar de

    Pesquisa ou da

    Portaria de

    Lavra emitido

    pelo DNPM (*)

    Abastecimento

    Pblico

    ADM-OUT-

    B.005 T-OUT-A.002 IT-OUT-C.002 IT-OUT-B.001

    Irrigao ADM-OUT-

    B.006 T-OUT-A.001 IT-OUT-C.002 IT-OUT-B.001

    Aquicultura ADM-OUT-

    B.007 T-OUT-A.004 IT-OUT-C.002 IT-OUT-B.001

    Abastecimento

    Industrial

    ADM-OUT-

    B.008 T-OUT-A.003 IT-OUT-C.002 IT-OUT-B.001

    No caso de uso de

    gua mineral,

    termal, gasosa ou

    potvel de mesa.

    Abastecimento

    Comercial e

    Servios

    ADM-OUT-

    B.009

    T-OUT-A.002 IT-OUT-C.002 IT-OUT-B.001

    No caso de uso de

    gua mineral,

    termal, gasosa ou

    potvel de mesa.

    Dessedentao

    Animal

    ADM-OUT-

    B.010 (**) IT-OUT-C.002 IT-OUT-B.001

    Lanamento de

    Efluentes

    ADM-OUT-

    B.016

    IT-OUT-E.001

    Efluentessanitri

    os

    IT-OUT-E.002

    Efluentes

    industriais

    Extrao

    Mineral em

    Leito de Curso

    dgua

    ADM-OUT-

    B.017

    (*) Departamento Nacional de Produo Mineral.

  • 32

    (**) No caso de produo intensiva, o projeto deve conter: descrio geral

    doempreendimento, com dados de produtividade, converso alimentar, nmero de ciclos por ano,

    sistema de produo, entre outros.

    Anexo 03 Planilha de dados de outorga para CNARH.

    Fonte: SEMARH, SRH.

  • 33

    Anexo 04 Documentao Bsica para obteno de outorga para uso de gua

    subterrnea para fins de abstecimento humano.

    Fonte: SNIRH Sistema Nacional de Informaes sobre Recursos Hdricos.

  • 34

    Anexo 05 Formulrio de Dados Cadastrais.

    Fonte: SNIRH Sistema Nacional de Informaes sobre Recursos Hdricos, ANA.

    3. Endereo (Av, Rua, Praa, Zona Rural, etc.)*:

    4. Complemento 5. Nmero:

    8. Estado*:

    9. CEP: 12. FAX:

    13. e-mail:

    15. Nome Fantasia:

    17. Inscrio Estadual: 18. Inscrio Junta Comercial: 19. Cadastro no Incra:

    20. Endereo do Estabelecimento (Av, Rua, Praa, Zona Rural, etc.)*: 21. Nmero*:

    24. Estado*:

    26. Telefone*:

    2. CPF/CNPJ* :

    31. Forma de Ocupao:

    ( ) Prprio ( ) Arrendamento ( ) Comodato ( ) Cesso de Uso ( ) rea Desapropriada

    Outros_______________

    25. Nome do proprietrio*:

    23. Municpio*:

    * Campo com preenchimento obrigatrio.

    Declaro que as informaes prestadas so a expresso da verdade, sujeitando-me s penas da Lei.

    ____________________,______de___________________ de __________

    Nome:__________________________________________

    Ass._______________________________

    Nome e Assinatura do Requerente (Representante Legal ou Procurador)

    30. Principal Produto ou

    Explorao:

    28. rea Total da Propriedade (ha):

    22. Bairro / Povoado:

    29. N Total de Empregados

    Fixos:

    27. Ttulo de propriedade (n. matrcula):

    16. CNPJ*:

    14. Nome da Propriedade*:

    ADM-OUT-B.002-REV01

    7. Municpio*:

    11. Telefone para Contato*:

    1. Nome / Razo Social*:

    6. Bairro / Povoado:

    10. DDD:

    IDENTIFICAO DO REQUERENTE

    IDENTIFICAO DO EMPREENDIMENTO

    GOVERNO DO ESTADO

    DE SERGIPE

    DESCRIO: DADOS CADASTRAIS

    SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HDRICOS

    SUPERINTENDNCIA DE RECURSOS HDRICOS

    FORMULRIO DE OUTORGA:

  • 35

    Anexo 06 Formulrio de caracterizao de manancial superficial.

    Fonte: SNIRH Sistema Nacional de Informaes sobre Recursos Hdricos, ANA.

    2. Bacia hidrogrfica: 3. Municpio*:

    6. ( ) Particular ( ) Pblico 7. Ano da construo:

    Altura (m):

    Altura (m):

    Modelo*: Marca*:

    ( ) Concreto ( ) Terra ( ) Enrocamento

    4. Coordenadas do ponto de captao/derivao/uso (UTM)*: SAD 69 SIRGAS

    ( ) a fio d'gua ( ) barragem de nvel ( ) barragem com vazo regularizada

    CARACTERSTICAS DA BARRAGEM EXISTENTE

    8. rea de drenagem (km)*:

    9. Volume mx. acumulado* (m): 11. Vazo regulariz.* (m/h):10. rea mx. do espelho dgua* (ha):

    19. Nome do projetista da barragem:

    N da Outorga:

    16. Vazo mx. no vertedor (m/s):15. Lmina dgua mx. vertida (m):

    13. Dimenses da barragem:

    Altura mxima (m)*:

    SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HDRICOS

    SUPERINTENDNCIA DE RECURSOS HDRICOS

    FORMULRIO DE OUTORGA:

    DESCRIO:

    ADM-OUT-B.003-REV01

    CARACTERIZAO DE MANANCIAL SUPERFICIAL

    Quando? ________________________

    IDENTIFICAO DO MANANCIAL SUPERFICIAL

    ______________________N

    1. Nome do manancial (rio, riacho, lago, barragem, aude etc.)*:

    ______________________EFUSO - 24

    5. Tipo de captao/derivao/uso*:

    Base Maior (m) :

    GOVERNO DO

    ESTADO DE

    SERGIPE

    Assinatura: ___________________________________________

    ( ) diesel ( ) eltrica ( ) outro____________

    Potncia Nominal (CV)*:

    Altura Manomtrica (m.c.a)*: Energia*:

    Modelo*:

    Base Menor (m) :

    ( ) Outro tipo - Especificar dimenses:

    Comprimento da crista (m):

    12. Tipo de material construtivo da barragem:

    ( ) Retangular: Largura (m) :

    ( ) Trapezoidal:

    RESPONSVEL (NOME LEGVEL/ CREA / TELEFONE):

    20. Nmero do CREA:

    17. Perodo de retorno (anos):

    ( ) Misto ( ) Outro: ________________

    14. Tipo de vertedor

    18. A barragem j rompeu em alguma ocasio? ( ) Sim ( ) No ( ) Sem Informaes

    ( ) Submersa ( ) de SuperfcieMarca*:

    21. A barragem possui outorga:

    * Campo com preenchimento obrigatrio.

    22. Motor: 23. Bomba:

    ( ) Sim ( ) No

    N do Processo:

    Vazo (m/ h)*:

    CARACTERSTICAS DO SISTEMA DE RECALQUE

  • 36

    Anexo 07 Formulrio para irrigao.

    Fonte: SNIRH Sistema Nacional de Informaes sobre Recursos Hdricos.

    1

    2

    3

    4

    5

    Janeiro

    Fevereiro

    Maro

    Abril

    Maio

    Junho

    Julho

    Agosto

    Setembro

    Outubro

    Novembro

    Dezembro

    7. Correes do

    Coeficiente de

    Cultura (Kaj)*

    3. rea

    (ha)*

    4. Mdulo de

    Irrigao

    (L/s/ha)*

    5. Vol. mx.

    mensal

    requerido

    (m/ms)*

    6.Coeficiente de

    cultura (Kc)*

    * Campo com preenchimento obrigatrio.

    Assinatura: ___________________________________________

    14. Precipitao

    efetiva (mm)*

    17. Ms de maior demanda:

    FORMULRIO DE OUTORGA: ADM-OUT-B.006-REV01

    GOVERNO DO

    ESTADO DE

    SERGIPE

    SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HDRICOS

    SUPERINTENDNCIA DE RECURSOS HDRICOS

    DESCRIO: IRRIGAO

    RESPONSVEL (NOME LEGVEL/ CREA / TELEFONE):

    15. Evapotransp.

    (mm)*

    16. Vazo mx. requerida p/ outorga (m/h)*:

    Total:

    10. Ms11. Vazo

    (m/h)*

    CULTURA(S) E REA(S) IRRIGADA(S)

    ( ) Asperso autopropelido ______________ ha ( ) Asperso com piv central ____________ ha

    8. O projeto faz utilizao de agrotxicos e fertilizantes:

    2. Cultura*

    ( ) Outros - Especificar:______________________________ ha

    CARACTERSTICAS DA IRRIGAO

    13. Perodo

    (dias/ms)*

    9. Qual o produto:

    1. Mtodo de irrigao e sua respectiva rea*:

    ( ) Asperso com canho ______________ ha

    ( ) Gotejamento _______________ ha

    12. Tempo

    (h/dia)*

    ( ) Asperso convencional _______________ ha

    ( ) Microasperso ________________ ha

    DADOS TCNICOS DA CAPTAO PARA FINS DE OUTORGA

    ( ) Sim ( ) No

  • 37

    Anexo 08 Formulrio de cadastro de uso que independe de outorga.

    Fonte: SNIRH Sistema Nacional de Informaes sobre Recursos Hdricos.

    6. Bairro/Distrito/Povoado:

    8. UF:

    9. CEP: 10. DDD: 12. FAX:

    19. UF:

    SAD 69 SIRGAS

    ( ) Centrfuga ( ) Injetora ( ) Outra: Marca*:

    Marca*: Modelo*:

    Modelo*:

    Local e Data: , de de

    Ass.:

    13. e-mail:

    * Campo com preenchimento obrigatrio

    16. Complemento:

    ( ) Irrigao ( ) Indstria ( ) Abastecimento animal ( ) Abastecimento pblico

    ( ) Aquicultura ( ) Outros: _________________________________________________

    25. Nome do corpo hdrico*:

    17. Bairro/Distrito/Povoado*:

    Nome e Assinatura do Usurio (Representante Legal ou Procurador)

    DADOS DO SISTEMA DE RECALQUE

    Declaro, para fins de Cadastramento de Usurios que Independem de Outorga de Direito de Uso de Recursos

    Hdricos, que todas as informaes prestadas neste formulrio so a expresso da verdade e de minha inteira

    responsabilidade, sujeitando-me s penas da Lei e me comprometendo em atender todas as exigncias legais

    vigentes da Poltica de Recursos Hdricos.

    31. Bomba* 32. Motor

    Vazo (m/h)*: ( ) Outra:

    7. Municpio*:

    1. Nome/Razo Social*:

    4. Endereo*:

    3. CPF/CNPJ*:2. Nome fantasia:

    5. Complemento:

    DADOS DO USURIO

    GOVERNO DO

    ESTADO DE

    SERGIPE

    SUPERINTENDNCIA DE RECURSOS HDRICOS

    SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HDRICOS

    DESCRIO: CADASTRO DE USO QUE INDEPENDE DE OUTORGA

    FORMULRIO DE OUTORGA: ADM-OUT-B.022-REV01

    18. Municpio*:

    20. CNPJ:

    21. Nome do proprietrio*:

    DADOS DO EMPREENDIMENTO

    14. Nome da propriedade*:

    15. Endereo*:

    ______________________N

    22. Ttulo de propriedade (n matrcula):

    DADOS USO / MANANCIAL

    26. Bacia hidrogrfica:

    11. Telefone:

    ( ) Proprietrio ( ) Comodato ( ) Cesso de uso ( ) Arrendamento ( ) rea desapropriada ( ) Outras

    23. Forma de ocupao:

    28. Vazo utilizada (m/h)*: 29. Tempo (hora/dia)*: 30. Perodo (dia/ms)*:

    ______________________E

    27. Coordenadas UTM do ponto de captao/derivao/uso*:

    24. Finalidade de uso*:

    FUSO 24

    Potncia Nominal (CV)*:

    Altura Manomtrica (m.c.a.)*: Energia*: ( ) Eltrica ( ) Diesel

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    Anexo 07 Formulrio para obteno das informaes de outorga.

    Fonte: Agncia Nacional das guas, ANA, 2005.

    Estado: SERGIPE

    Contato(s): Renilda Gomes de Souza

    Telefone: XX (79)214-4976

    Data: 11/11/2004

    1- Situao atual do sistema de outorga:

    a) Nome do rgo gestor de recursos hdricos:

    Secretaria do Planejamento Cincia e Tecnologia - SEPLANTEC

    b) Endereo, Cep, telefone:

    RUA: Vila Cristina 1051 Bairro So Jos Tel XX (79)214-6645 CEP: 49020-470 Aracaju-SE

    c) Site

    www.seplantec-srh.gov.br

    d) rea dentro do rgo que analisa as outorgas:

    Coordenadoria de Outorga, subordinada ao Departamento de Administrao eControle dos Recursos Hdricos que por sua vez subordinada a Superintendncia de Recursos Hdricos.

    e) Legislao referente outorga

    Lei Estadual 3.870 de 25/09/97 Decretos Estaduais 18.456 de 03/12/99 e 18.931 de 03/07/00 Resolues CONERH/SE n 01/2001, e 03/2004.

    f) Quem analisa e concede as outorgas?

    A Superintendncia de Recursos Hdricos

    g) Estrutura existente para outorga: Equipe (n de tcnicos e funcionrios administrativos e formao de cada um)

    01 Especialista em recursos hdricos de nvel superior, 3 tcnicos terceirizados nvel superior, sendo 01 mestre em hidrologia e 01 em agronomia e 2 funcionrios administrativos de nvel mdio .

    h) rgo gestor possui unidades regionais? Quantas e o que fazem com relao outorga?

    No.

    i) Comit de bacia participa em algum momento do processo?

    No

    j) Possui banco de dados de outorgas? Ex: Access, Excel, Oracle, SQL, etc.

    Sim, possui um Sistema de Controle de Outorgas emitidas em Excel espacialmente visualizado em ArcGis.

  • 39

    k) Demanda mdia em nmero de pedidos de outorgas por ms e por ano.

    Em mdia so solicitadas cerca de 5 outorgas/ms e 60 por ano.

    l) A equipe tcnica atual suficiente (em termos de quantidade e formao)? Quantos mais seriam necessrios para ser suficiente?

    No. Necessrio um gelogo e pessoal para fiscalizao, alm da efetivao dos tcnicos terceirizados.

    m) A equipe tcnica existente para anlise de outorgas efetiva do rgo gestor? Ou contratos temporrios ou cargos comissionados, etc.

    A equipe que analisa os pedidos de outorga no do quadro efetivo da SRH, existem tcnicos disposio, como tambm contratos temporrios.

    2- Critrios de Outorga

    a) Critrio para outorga de captao de guas superficiais e documento que determina.

    Usualmente utiliza como mximo outorgvel o correspondente vazo de referncia da Q90, at que sejam estabelecidos, com maior preciso, os Estudos de Disponibilidade de gua e demanda de Recursos Hdricos. Utiliza, ainda, como critrio, a prioridade do uso da gua.

    b) Possui critrio para captao mxima autorizada para usurio individual?

    Usualmente utiliza como mximo outorgvel para usurios individualmente o correspondente a 30% da Q90. Entretanto, no est determinado em legislao especfica.

    c) Possui algum critrio para priorizao de demandas por finalidades?

    Sim, Conforme o que destinado.

    d) Possui critrio para usos insignificantes? Informar legislao correlata.

    Sim. Resoluo N 01/2001. Que considera como uso insignificante qualquer captao com vazo inferior a 2.500L/h

    e) Possui outorga para lanamento de efluentes? Critrios utilizados e parmetros analisados.

    No. Estamos em processo de contratao de uma consultoria para implementao desta modalidade de outorga, devendo respeitar a classe em que o corpo de gua estiver enquadrado.

    f) Possui critrio para outorga de guas subterrneas?

    Sim.

    g) Possui critrios especficos para definio de vazes ecolgicas ou mnimas a jusante de barramentos e verificao de metodologias alternativas aplicveis para determinao das vazes ecolgicas?

    No.

    h) Outros critrios utilizados para outros usos ou intervenes como barragens sem captao, canalizaes, retificaes, desvios, etc.

  • 40

    Barragens sem captao: verificao das estruturas de extravasamento e manuteno de vazo residual mnima a jusante. Pontes: verificao do escoamento de cheias ordinrias na seo mnima de escoamento e atendimento s condies de navegabilidade, mediante manifestao da Capitania dos Portos.

    i) Possui critrios para classificao de portes de empreendimentos para efeito de anlise de pedidos de outorga?

    No.

    3- Procedimentos Administrativos

    a) Possui legislao especfica disciplinando (protocolo, documentao necessria, prazos de anlise, etc.)?

    Sim. Decreto Estadual n 18.456/1999.

    b) Faz pr-anlise para autuao ou protocolo dos pedidos de outorga?

    Sim. Os processos so autuados apenas caso o formulrio esteja devidamente preenchido e instrudo com a documentao relativa ao uso pretendido.

    c) Possui formulrios especficos para pedidos de outorga? Esto disponibilizados no site do rgo gestor?

    Sim. Todos os formulrios de outorga esto disponibilizados no site da SRH.

    d) Publica o pedido de outorga em dirio oficial? E em jornal de circulao? E no site do rgo?

    No. As solicitaes das outorgas so encaminhadas para a Superintendncia atravs do setor de protocolo, que por sua vez encaminha ao Departamento de Administrao e Controle dos Recursos Hdricos .

    e) Possui procedimentos para transferncias, renovaes, alteraes ou retificao de informaes da outorga?

    Para transferncia, alterao ou retificao de informaes, devem ser encaminhados: novo requerimento com os formulrios prprios disponibilizados no site e a documentao que confirma a necessidade. No caso de renovao so encaminhados requerimento e formulrios e devem conter ainda a cpia da Portaria do processo anterior.

    f) Qual o ato de outorga?

    Resoluo.

    g) Publica as Portarias ou Resolues de outorga? Onde?

    Sim. As Portarias de outorga so publicadas em dirio oficial do Estado.

    h) Publica outros atos como retificao, suspenso, cancelamento, indeferimento, etc?

    Sim. Todos os atos so publicados.

    i) Quando um usurio outorgado (ou indeferido, portaria cancelada, retificada, etc) encaminhado algum documento para ele informando o fato? Quais documentos?

  • 41

    Sim. Atravs de um ofcio.

    j) Divulga as outorgas concedidas no site do rgo na Internet?

    No.

    k) Cobra emolumentos para anlise e publicao de outorgas?

    Sim. Decreto n 18.456/99.

    l) Tipos de autorizao de uso ou interferncia no corpo hdrico.

    Outorga Prvia, Outorga de Obra, Outorga de direito de uso de recursos hdricos e Outorga de lanamento de efluentes.

    m) Modalidades de outorga (qual a diferena entre elas?)

    Autorizao.

    n) Prazo de validade normalmente concedido para as outorgas. Possui critrios para a sua definio?

    O prazo de validade das outorgas normalmente adotado de dois anos, a critrio da Superintendncia de Recursos Hdricos, conforme Art.5 da resoluo n.01/2001 do CONERH.

    o) Integrao outorga-licenciamento. Existe integrao? H alguma legislao especfica?

    No existe integrao da outorga com o licenciamento.O rgo Gestor dos Recursos Hdricos est vinculado SEPLANTEC e o Licenciamento Ambiental SEMA.

    4- Anlise dos pedidos de outorga

    a) Intervenes em recursos hdricos para as quais se concede outorga.

    Captaes superficiais a fio d'gua e em reservatrios, lanamento de efluentes, aproveitamentos hidreltricos e outros usos que alterem a quantidade, qualidade ou o regime de um corpo de gua.

    b) Descrio das etapas de anlise dos pedidos de outorga. Faz anlise jurdica? Tcnica? De empreendimento?

    Os pedidos de outorga passam somente por anlises hdricas, tendo em vista que esta Superintendncia vinculada a Administrao Direta.

    c) Possui base digitalizada de hidrografia? Qual escala e qual software utiliza?

    Utiliza base hidrogrfica em ArcView em escala 1:1.000.000

    d) Faz vistorias para anlise dos pedidos de outorga? So cobradas?

    Sim, faz vistorias. Antes de emitir o Parecer Tcnico feito uma vistoria ao local do empreendimento, com o objetivo tambm de fazer o georreferenciamento e registro fotogrfico.

    e) Metodologias utilizadas para a anlise de cada tipo de interveno.

    * Captao: Para clculo de disponibilidade hdrica utiliza estudos j desenvolvidos e que estabelecem vazes especficas para as diferentes unidades

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    de planejamento do Estado, tendo como base os histricos de estaes flu ou pluviomtricas. * Possui metodologia em desenvolvimento para anlise de empreendimentos de irrigao, aqicultura em tanques rede, aqicultura em tanques escavados e consumo industrial. * Para lanamento de efluentes, estaremos implementando com auxlio de consultoria especializada.

    5- O rgo possui algum tipo de ao proativa de regularizao de usurios de gua?

    * Cadastro dos usurios de gua superficiais e subterrneas das bacias existente no Estado. * Cadastro das outorgas emitidas contendo o uso a que se destina, por bacia hidrogrfica, bem como volume outorgado.

    6- Principais problemas verificados e sugestes de melhoria.

    * Necessidade de maior integrao com o rgo de licenciamento ambiental do Estado. Falta de tcnicos efetivo no quadro de funcionrios da Superintendncia.