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RELATÓRIO E CONTAS 31 de Dezembro de 2015

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RELATÓRIO

E CONTAS

 

31 de Dezembro de 2015 

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 4 

ENQUADRAMENTO ECONÓMICO ............................................................................................................. 6 

EVOLUÇÃO BOLSISTA .............................................................................................................................. 8 

ACTIVIDADE DO GRUPO ......................................................................................................................... 10 

SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL ........................................................... 14 

ANÁLISE FINANCEIRA ............................................................................................................................. 17 

ACTIVIDADE DESENVOLVIDA PELOS MEMBROS NÃO-EXECUTIVOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ..................................................................................................................................... 20 

PROPOSTA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO INDIVIDUAL ............................................................................................................................................... 21 

PERSPECTIVAS PARA 2016 .................................................................................................................... 22 

GOVERNO DA SOCIEDADE ..................................................................................................................... 25 

DISPOSIÇÕES LEGAIS ............................................................................................................................. 60 

CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................... 62 

DECLARAÇÃO NOS TERMOS DO ART.º 245, 1, AL. C) DO CÓDIGO DE VALORES MOBILIÁRIOS .. 65 

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE .............................................................................................. 65 

ANEXO I ..................................................................................................................................................... 66 

 

 

Relatório de Gestão

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 I. Relatório de Gestão

Senhores accionistas

O Conselho de Administração da Altri, SGPS, S.A., no cumprimento dos preceitos legais e estatutários aplicáveis, apresenta o Relatório e Contas relativo ao exercício de 2015, tendo, ao abrigo do número 6 do art.º 508º – C do Código das Sociedades Comerciais, decidido apresentar um Relatório de Gestão único, sendo aqui cumpridos todos os preceitos legais exigidos.

INTRODUÇÃO O ano de 2015 foi um ano excepcional para o grupo Altri no qual foram atingidos níveis recorde em termos de produção e de vendas de pasta. Esta performance operacional reflectiu-se em todos os indicadores financeiros, nomeadamente, ao nível do EBITDA, do resultado operacional, do resultado líquido e da geração de fluxos de caixa livres. A Altri foi constituída em Março de 2005, como resultado do processo de cisão da Cofina SGPS, S.A.. A Empresa é um produtor europeu de referência de pasta de papel de eucalipto e está cotada na Euronext Lisbon, integrando o seu índice de referência, o PSI-20. Para além da produção de pasta de papel e de pasta solúvel, a Altri está também presente no sector de energias renováveis de base florestal, nomeadamente a cogeração industrial através de licor negro e da biomassa. A estratégia florestal assenta no aproveitamento integral de todos os componentes disponibilizados pela floresta: pasta, licor negro e resíduos florestais. Nos últimos anos a Altri investiu em Portugal aproximadamente 540 milhões de Euros nas suas unidades industriais. Actualmente, a Altri detém três fábricas de pasta de papel em Portugal com uma capacidade instalada de produção de 1 milhão de toneladas/ano de pasta de eucalipto em 2015. Estão em curso um conjunto de pequenos projectos de optimização da eficiência produtiva. A floresta é um activo estratégico da Altri. Embora sob diversas formas jurídicas, em finais de 2015 a Altri mantinha sob sua intervenção 82.120 hectares de terrenos florestais em Portugal, integralmente certificados pelo Forest Stewardship Council® (FSC®)1 e pelo Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC), duas das mais reconhecidas entidades certificadoras a nível mundial. Nestes terrenos o eucalipto destaca-se como a principal cultura da floresta da Altri, ocupando mais de 65,500 hectares e garantindo um auto-abastecimento em madeira e biomassa complementar ao abastecimento proveniente do mercado. A gestão praticada pela Altri Florestal encontra-se certificada pelos principais sistemas de certificação de gestão florestal sustentável e representa uma garantia para a prossecução dos objectivos da Empresa, hoje e no futuro. Os recursos florestais da Altri, embora se encontrem dispersos em todo o País, na sua grande maioria estão concentrados no Vale do Tejo, conferindo-lhes uma importância acrescida face à sua proximidade aos centros fabris da Altri. Esta proximidade tem uma grande importância estratégica pois permite uma optimização dos custos de transporte, assim como uma grande eficácia na mobilização de madeira quando comparada com a produção de madeira localizada a maiores distâncias A prossecução da estratégia industrial da Altri assenta na gestão florestal integrada em Portugal, que visa a optimização da floresta, garantindo um aproveitamento integral de todos os seus componentes. Assim, o eucalipto é processado nas fábricas da Altri, produzindo pasta de papel e energia eléctrica (cogeração), sendo que a casca, os ramos e os desperdícios florestais são utilizados para produzir energia eléctrica através de biomassa. A estratégia de desenvolvimento da Altri está claramente assente no reforço da eficiência operativa e, simultaneamente, na diversificação das fontes de receita para segmentos de maior valor acrescentado e que possibilitem uma evolução na cadeia de valor. Assim, para competir confortavelmente no mercado das commodities, e num contexto adverso de taxa de câmbio, a Empresa tem que reduzir os custos de operação e, por outro lado, investir na produção de produtos de maior valor acrescentado que permitam o crescimento do grupo, apesar dos

                                                            1 FSC-C004615 

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aumentos da capacidade de produção de pasta de papel que têm ocorrido nos últimos anos e os que já se encontram anunciados para um futuro próximo em vários pontos do Mundo. A Altri pretende ser o produtor mais eficiente na colocação da pasta de papel à porta dos seus clientes. Com esse objectivo, a Altri desenvolveu uma estratégia assente em três pilares:

Redução do cash-cost por tonelada: os projectos levados a cabo nos últimos anos e em curso não implicam aumento dos custos fixos, conduzindo a uma diluição do cash-cost por tonelada;

Localização estratégica da base de clientes: a localização privilegiada dos clientes da Altri é a Europa Ocidental e Central, o que permite optimizar a relação entre a qualidade de serviço aos clientes e o custo de transporte mínimo;

Auto-suficiência de madeira: a Altri tem sob sua intervenção cerca de 82.000 hectares de floresta em Portugal, o que lhe assegura um nível potencial de auto-suficiência de madeira na ordem dos 25%.

Até Junho de 2008, a Altri possuía uma outra actividade industrial, através da F. Ramada, que se dedicava ao retalho de aços e ao desenvolvimento de soluções industriais de sistemas de armazenagem. Em Junho de 2008, efectivou-se a cisão da F. Ramada, que deixou de integrar a Altri. O racional estratégico desta operação prendeu-se com a focalização exclusiva da Altri no seu core business, a gestão florestal e a produção de pasta de papel. Desde a sua génese o grupo tem adquirido diversas unidades operacionais (Celtejo em 2005 e Celbi em 2006), que permitiram à Altri reforçar a sua posição nos mercados onde opera pelo desenvolvimento de um conjunto de projectos de expansão da actividade. Para uma melhor valorização dos recursos florestais, a Altri adquiriu, em 2005, 50% da EDP Produção – Bioeléctrica, S.A. para, em parceria com a EDP, produzir energia eléctrica a partir de biomassa florestal. Esta Empresa é líder no seu segmento de mercado, com uma quota de licenças de produção de energia eléctrica através de biomassa florestal de 50%. Actualmente, a estrutura orgânica funcional do grupo Altri pode ser representada como segue:

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ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

O ano de 2015 ficou marcado, em termos geopolíticos, por vários acontecimentos entre eles o Daesh e o terrorismo, colocando as fortes disputas entre a Rússia e a Ucrânia em segundo plano. Como no ano anterior, 2015 ficou igualmente marcado pela forte valorização do dólar contra a maioria das moedas mundiais, bem como a constante queda do petróleo ameaçada pelo excesso de produção diário.

Na Europa, 2015 foi um ano mais agitado: além da constante preocupação em torno da Grécia vinda de anos anteriores juntaram-se ainda o escândalo da Volkswagen e os ataques terroristas em Paris. O crescimento voltou a ser muito baixo e a economia tarda em ganhar dinamismo. A política monetária acomodatícia prosseguida pelo BCE, particularmente o programa de expansão quantitativa lançado em Março, originou efeitos a nível económico em 2015, assumiu um papel fundamental e ajudou a combater a força do Euro, tendo assim levado a uma diminuição da amplificação do impacto negativo do abrandamento da procura global e a uma redução do risco de um período de inflação negativa prolongado.

O crescimento na zona euro diminuiu durante o ano tendo estagnado em 0,3%, sendo este insuficiente para estimular a inflação que encerrou nos 0,2% em termos homólogos. Os elevados níveis de desemprego (10,5% em Novembro) impediram uma pressão inflacionista por via dos salários.

Face aos riscos recentes, a queda do preço do petróleo, a incerteza nas economias emergentes e os riscos geopolíticos, é expectável que o BCE continue com a sua política monetária acomodatícia.

A economia portuguesa, de acordo com os dados do INE, em 2015 apresentou uma recuperação moderada tendo os dados preliminares do PIB indicado um crescimento de 1,5%.

Em Portugal o consumo privado voltou a ser relevante com a melhoria da confiança das famílias e da sua situação financeira, beneficiando das medidas do BCE que se traduziram num aumento do crédito concedido pelos bancos e da baixa de preços do petróleo que se reflectiu num maior rendimento disponível.

O desequilíbrio estrutural da economia portuguesa continuou: sempre que o consumo privado ou o investimento aceleram, o mesmo acontece com as importações. As exportações beneficiaram da desvalorização do euro e foram penalizadas pela desaceleração das exportações para Angola influenciadas pelos efeitos negativos na actividade e nas condições de financiamento devido à forte queda dos preços do petróleo.

Os últimos meses do ano destacaram-se pelas eleições legislativas e a reversão de algumas medidas do anterior governo o que trouxe alguns receios às instituições internacionais.

As previsões para 2016 reflectem a continuidade do processo de recuperação moderado da economia, bem como do ajustamento gradual dos desequilíbrios macroeconómicos, com o Banco de Portugal a prever um crescimento de 1,7% para este ano.

Estas projecções situam-se em linha com as da Comissão Europeia (as da OCDE e do FMI são mais moderadas) e assumem uma manutenção do crescimento ao nível das exportações, assim como uma aceleração do investimento – a evolução da procura interna deverá permanecer, compatível com a redução do nível de alavancagem das famílias e empresas não financeiras.

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No que se refere à economia americana, depois de um primeiro trimestre com uma contracção no crescimento, muito por culpa das condições climáticas extraordinariamente adversas, aquela acabou por crescer 3,7% no segundo trimestre. No 3º trimestre a economia voltou a desacelerar devido à diminuição do investimento e da despesa pública. A redução na acumulação de inventários por parte das empresas foi o factor relevante no quarto trimestre para uma desaceleração ainda mais acentuada.

Após longos meses de especulação, em Dezembro a Reserva Federal norte-americana (FED) avançou com a primeira subida de taxas de juro desde 2006, uma decisão já amplamente esperada e sustentada sobretudo na solidez do mercado de trabalho. É expectável que o ciclo de subidas continue de forma gradual em 2016, mas que tal não constitua uma limitação relevante à expansão da economia.

No que toca ao Japão a economia tarda em dar sinais de maior dinamismo. De acordo com os primeiros dados do PIB japonês, este terá avançado apenas 0,4% em 2015, com projecções do FMI de uma aceleração para 1,0% em 2016.

Na China, a desvalorização do yuan por parte do banco central e o colapso das bolsas chineses influenciaram a desaceleração nos dois últimos trimestres, sendo que o crescimento anual nos próximos anos deverá ser os 6,5% anunciados como objectivo pelo governo Chinês no seu plano quinquenal para o período 2016-2020.

Em termos de previsões futuras para a economia mundial, o FMI reviu em baixa as previsões para 2016 e 2017, para os 3,4% e 3,6%, respectivamente. A instituição considera que um dos problemas é o abrandamento do comércio com a China e os preços baixos das commodities.

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EVOLUÇÃO BOLSISTA (Nota: O PSI 20 foi considerado como um índice com valor inicial idêntico ao do título em análise, de forma a possibilitar uma melhor comparação das variações das cotações.)

As acções da Altri registaram uma valorização de 92,1% em 2015, tendo superado fortemente o índice que obteve uma valorização de 10,7% no mesmo período.

  A cotação bolsista da Altri encerrou o ano de 2015 nos 4,77 Euros por acção. A capitalização bolsista no final de 2015 era de cerca de 978 milhões de Euros. Durante o ano de 2015, as acções da Altri foram transaccionadas a uma cotação máxima de 5,24 Euros por acção e a mínimos de 2,498 Euros por acção. No total, foram transaccionadas 133 milhões de acções da Altri naquele período, o que equivale a 65% do capital emitido. Os principais eventos que marcaram a evolução dos títulos da Empresa durante o exercício de 2015 podem ser descritos cronologicamente do seguinte modo:

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Em 20 de Fevereiro de 2015, a Sociedade informou ter assumido, com efeitos nessa data, a posição

contratual detida pela sua participada Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. no empréstimo obrigacionista “CELBI 2014/2020”, emitido por subscrição particular, a 16 de Abril de 2014, no montante de Euro 50.000.000 (cinquenta milhões de euros), pelo prazo de seis anos, empréstimo esse que passou a denominar-se “ALTRI 2014/2020”;

Em 26 de Fevereiro, o grupo informou ao mercado que a sua participada Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista, por subscrição particular, no montante de 35.000.000 Euros, pelo prazo de seis anos, com a designação “Celbi 2015/2021”;

Em 26 de Fevereiro, o grupo divulgou ao mercado a performance financeira relativamente ao exercício de 2014, fixando-se o resultado líquido consolidado em cerca de 37 milhões de Euros. As receitas totais consolidadas ascenderam a 553 milhões de Euros, o que representa uma redução de 3% face a 2013. O EBITDA consolidado cifrou-se em 114 milhões de Euros. Naquela data as acções encerraram a cotar nos 3,024 Euros por acção;

No comunicado efectuado a 23 de Abril de 2015, a Altri anunciou que os dividendos relativos ao exercício de 2014, correspondentes a 0,08 Euros por acção, seriam pagos a partir de 11 de Maio;

Através de comunicado efectuado a 8 de Maio, o grupo publicou os resultados do primeiro trimestre de 2015. No decorrer deste período as receitas totais consolidadas atingiram 154 milhões de Euros. O EBITDA atingiu cerca de 46,6 milhões de Euros ao passo que o resultado líquido consolidado se fixou nos 22,2 milhões de Euros;

Em 30 de Julho, a Altri comunicou ao mercado os resultados do 1º semestre de 2015 tendo apresentado receitas de cerca de 313 milhões de Euros (+19%), EBITDA de cerca de 100 milhões de Euros (+92%) e resultado líquido de cerca de 50 milhões de Euros (+296%);

Em 30 de Outubro foram divulgados os resultados do 3º trimestre. O grupo atingiu receitas totais de 494,3 milhões de Euros (+21,5%); o EBITDA foi de cerca de 163,2 milhões de Euros (+98,3%) e o resultado líquido de cerca de 84,7 milhões de Euros (+270%). Nessa mesma data o grupo comunicou ao mercado a intenção de efectuar uma distribuição antecipada de lucros do exercício no montante de 51.282.918 Euros, equivalente a 0,25 Euros por acção;

No dia 16 de Novembro de 2015, a Altri anunciou a aprovação do referido dividendo antecipado para pagamento a partir de 15 de Dezembro.

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ACTIVIDADE DO GRUPO A Altri teve a sua génese no processo de reestruturação do grupo Cofina, ocorrido em 2005, cujo objectivo foi agregar numa holding separada as áreas de actividade industrial. Até 1 de Junho de 2008 a Altri detinha interesses nos sectores de Pasta de Papel e nos Aços e Sistemas de Armazenagem, data em que procedeu à cisão da actividade de Aços e Sistemas de Armazenagem para a F. Ramada Investimentos SGPS, S.A.. Esta reestruturação inseriu-se numa lógica de focalização e transparência dos negócios da Altri, visando conferir a cada uma das áreas uma maior visibilidade e percepção de valor pelo mercado.

As principais participações financeiras da Altri são as seguintes:

- Caima – Indústria de Celulose (Constância) – produção e comercialização de pasta solúvel;

- Celulose Beira Industrial (Celbi) (Figueira da Foz) – produção e comercialização de pasta de papel;

- Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo (Vila Velha de Ródão) – produção e comercialização de pasta de papel;

- Altri Florestal (Constância) – unidade gestora dos recursos florestais do grupo.

Adicionalmente, com o objectivo de apoiar as suas necessidades energéticas e expandir a sua actividade para um sector considerado interessante do ponto de vista estratégico, o grupo detém ainda uma participação de 50% no capital da EDP Bioeléctrica.

Localização das unidades industriais do grupo Altri Localização das centrais de produção de energia

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Em 31 de Dezembro de 2015 a estrutura completa de participações do grupo Altri é a seguinte:

O produto da Altri

A Celbi e a Celtejo produzem pastas papeleiras de eucalipto, pelo processo ao sulfato, ou Kraft. A Caima produz pasta solúvel, para aplicações na indústria têxtil, pelo processo ao sulfito.

A pasta Celbi é branqueada sem utilização de cloro elementar (pasta ECF, elemental chlorine free). As pastas da Celtejo e da Caima são pastas TCF (totally chlorine free), isto é, são branqueadas sem a utilização de compostos clorados.

No caso das pastas papeleiras da Celbi e da Celtejo a utilização do eucalipto globulus como matéria-prima, conjugada com o processo produtivo, confere-lhes características especiais que as tornam particularmente adequadas à produção de determinados tipos de papel ou cartão.

Estas características recomendam, no caso da Celbi, a sua utilização na produção de papéis finos de impressão e escrita, papeis para laminados decorativos e papeis destinados a servirem de suporte à impressão de elevada qualidade. No caso da Celtejo a pasta é particularmente adequada à produção de papéis tissue.

A Caima produz pasta solúvel (dissolving pulp) utilizando o eucalipto globulus como matéria-prima. Esta pasta é utilizada na produção de viscose, uma das matérias-primas da indústria têxtil, a par do algodão e do poliéster, estando em curso trabalho de desenvolvimento que permitirá, no futuro, a utilização desta pasta num leque muito alargado de produtos, com aplicações na indústria dos detergentes e farmacêutica, esponjas, etc.

Os mercados alvo das pastas papeleiras são a Europa ocidental, a Europa de leste e a bacia do Mediterrâneo. As pastas solúveis são vendidas sobretudo na China, que é o maior produtor mundial de viscose.

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Para além da pasta solúvel a Caima vende ainda lenhossulfonato de magnésio, que é maioritariamente utilizado na indústria de construção, como aditivo para o betão.

As pastas de papel produzidas estão aprovadas pelo Nordic Ecolabelling of Paper Products (Celbi e Celtejo) e pelo European Ecolabel (Celbi), para poderem ser utilizadas em produtos que pretendam utilizar este rótulo ambiental.

Estes são ambos programas de rotulagem ambiental baseados na análise do ciclo de vida do produto.

Mercado da pasta de papel

De acordo com os dados do Pulp and Paper Products Council (PPPC) World 20, em 2015 a procura total de pastas hardwood cresceu cerca de 5,5%, o que se materializou num crescimento incremental absoluto de 1,2 milhões de toneladas.

O 4º trimestre de 2015, em termos de evolução do preço da pasta BEKP, ficou caracterizado por uma ligeira subida de 1% do preço em EUR face ao trimestre anterior. Assim, o preço médio registado no último trimestre do ano ascendeu a 732 EUR/ton o que compara com um preço médio de mercado (PIX) no 3º trimestre de cerca de 724 EUR/ton.

Evolução do preço da pasta BEKP na Europa desde 2003 até final de 2015 (EUR)

Fonte: Hawkins Wright

O exercício de 2015 foi, uma vez mais, um ano record em termos de produção e de vendas de pasta. Assim, durante o ano foram produzidas cerca de 1,022 milhões de toneladas de pasta (+3,2%), das quais cerca de 97,5 mil toneladas foram de pasta solúvel (DP).

300

400

500

600

700

800

900

1000

USD EUR

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Vendas de pasta por região e por utilização

Assim, em 2015, as receitas totais da Altri atingiram cerca de 664,8 milhões de Euros o que corresponde a um crescimento de cerca de 20,3% face a 2014. As receitas da venda de pastas ascenderam a cerca de 564,7 milhões de Euros, representando um crescimento de cerca de 25,9% face às receitas de 2014. Em termos de destino geográfico das vendas da Altri, a Europa (excluindo Portugal) é o principal mercado de destino das vendas do grupo, representando 75% das vendas, ou seja, cerca de 760 mil toneladas. O segundo maior mercado é a Ásia, representando de cerca de 9% das vendas de pasta sendo o mercado de destino da pasta solúvel actualmente produzida na Caima. Em termos de utilização da pasta os produtores de papel de tissue são os principais clientes da Altri com uma quota de 49%.

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SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL A Altri acredita que a utilização de matéria-prima renovável, tecnologias limpas, processos de produção mais eficientes em termos de energia e de uso de água e práticas de gestão florestal sustentáveis, são fundamentais para mitigar as alterações climáticas e superar outros desafios ambientais que nos preocupam, assim como às nossas partes interessadas.

A situação ideal, que à Empresa agradaria, seria a de uma indústria sem resíduos depositados em aterro, sem emissões, sem odores e sem águas residuais.

Apesar de actualmente ser idealista e utópica, é uma visão que é assumida pela Altri, sendo um dos vectores fundamentais aquando da tomada de decisão relativa a novos investimentos, modernizações e optimizações das capacidades de produção das unidades fabris do grupo.

A Altri assumiu sempre a sua responsabilidade de melhorar continuamente o seu desempenho ambiental e social, procurando um aumento contínuo do retorno de capital dos seus accionistas.

A Altri entende que o bem-estar dos seus stakeholders, que incluem os accionistas, os seus clientes, os seus fornecedores, os seus colaboradores e a sociedade em geral,, depende do sucesso contínuo da Empresa e do seu comprometimento com o desenvolvimento sustentável.

Certificação dos Sistemas de Gestão: Todas as unidades industriais da Altri têm os seus sistemas de gestão certificados em conformidade com os requisitos das Normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001 e têm os seus laboratórios de apoio ao processo acreditados pela Norma ISO/IEC 17025. A Celbi e a Celtejo têm implementados sistemas de gestão da energia, certificados segundo a Norma ISO 50001. A Celbi e a Caima estão também registadas no EMAS, que é um Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria da União Europeia. A Celtejo tem o seu sistema de Investigação, Desenvolvimento e Inovação certificado segundo a norma NP 4457. As suas cadeias de responsabilidade de abastecimento de madeira estão também certificadas através de normas internacionais de gestão florestal (FSC – Forest Stewardship Council e PEFC – Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes), o que demonstra o compromisso estabelecido na Politica de Abastecimento da Altri com o controlo da origem da madeira ao longo da cadeia de fornecedores.

Ambiente: Matéria-prima renovável proveniente de florestas geridas de forma sustentável é a base para a produção da pasta de papel da Altri, que gere em Portugal uma grande área de floresta certificada, sendo que toda a madeira produzida nestas áreas tem como destino as suas unidades fabris. A Altri é auto-suficiente em energia eléctrica, utilizando sistemas de cogeração onde é feita uma produção combinada de energia térmica e energia eléctrica para uso industrial. O excedente de electricidade é colocado na rede eléctrica nacional. O investimento em novas tecnologias e a aposta nas melhores práticas de eficiência energética permitiram que praticamente toda a energia fosse produzida a partir da queima de biocombustíveis, sendo evidente a redução gradual das emissões de CO2 fóssil a partir de 2013. Tem sido feito um grande esforço na optimização do balanço de energia eléctrica nas fábricas da Altri, o que reflecte a importância do tema energia para o grupo. Também o uso da água tem vindo a decrescer ao longo dos anos.

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A emissão de alguns poluentes gasosos também sofreu uma redução significativa, o que demonstra o empenho do grupo na melhoria contínua do seu desempenho ambiental.

 

80%

100%

120%

140%

2012 2013 2014 2015

Emissões CO2 fóssil

80%

85%

90%

95%

100%

2012 2013 2014 2015

Uso específico de água

85%

90%

95%

100%

2012 2013 2014 2015

Consumo específico de energia elétrica

70%

80%

90%

100%

2012 2013 2014 2015

Emissões específicas de sólidos suspensos totais no efluente

70%

80%

90%

100%

2012 2013 2014 2015

Emissões específicas de carência química de oxigénio no efluente

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Os restantes indicadores de eco-eficiência e de desempenho ambiental, nos domínios da água, ar, resíduos e recursos naturais, têm-se mantido estáveis e em consonância com as melhores técnicas disponíveis definidas para o sector da pasta e do papel reflectidas nas licenças ambientais das três unidades fabris da Altri. Responsabilidade social: Na sua relação com a sociedade, a Altri dinamiza a economia das zonas em que opera, nomeadamente através da geração de emprego directo e indirecto. Tem também uma política de concessão de estágios, quer profissionais quer de complemento de curriculum escolar, que permitem aos jovens a possibilidade de terem um contacto com a realidade empresarial. Em parceria com diversas instituições locais, são desenvolvidas e apoiadas iniciativas e actividades essenciais para a criação de relacionamentos relevantes com a comunidade envolvente. Através de donativos e de apoio logístico, a Empresa procura identificar e apoiar projectos com mérito e com impacto significativo na qualidade de vida das populações.

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ANÁLISE FINANCEIRA A informação financeira consolidada da Altri foi preparada de acordo com os princípios de reconhecimento e mensuração das Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas pela União Europeia. Os principais dados e indicadores da actividade consolidada do grupo Altri podem ser resumidos como segue:

As receitas totais da Altri atingiram em 2015, cerca de 664,8 milhões de Euros, o que corresponde a um crescimento de cerca de 20,3% face a 2014. As receitas da venda de pastas ascenderam a 564,7 milhões de Euros o que corresponde a um aumento de 25,9% face a 2014. Os custos totais, excluindo amortizações, custos financeiros e impostos, em 2015, ascenderam a cerca de 443,7 milhões de Euros, o que corresponde a um crescimento de 1% face a 2014.

Analisando com a maior detalhe as principais rubricas verifica-se que o custo das vendas diminuiu cerca de 6,6%, sendo de realçar o contributo dos projectos de redução do consumo de madeira e de químicos. No que concerne à evolução dos fornecimentos e serviços externos o aumento em relação ao ano anterior ficou a dever-se essencialmente ao incremento do preço de pool da energia eléctrica.

O EBITDA de 2015 atingiu cerca de 221,1 milhões de Euros, um aumento significativo de 95% face ao EBITDA registado no ano anterior, tendo a margem atingido os 33,3% (+12,7 p.p.). O resultado operacional (EBIT) registado no ano foi de cerca de 168 milhões de Euros, o que compara com 65 milhões de Euros registados no ano anterior.

milhares de Euros2014 2015

2015/2014 Var%

Receitas totais 552.858 664.825 20,3%

Custo das vendas 254.825 237.903 -6,6%Fornecimento de serviços externos 152.040 162.836 7,1%Custos com o pessoal 29.778 35.277 18,5%Outros custos 2.759 4.049 46,8%Provisões e perdas por imparidade -78 3.652 ss

Custos totais (a) 439.323 443.717 1,0%

EBITDA (b) 113.535 221.108 94,7%margem 20,5% 33,3% +12,7 pp

Amortizações e depreciações 48.520 52.834 8,9%

EBIT (c) 65.015 168.274 158,8%margem 11,8% 25,3% +13,6 pp

Resultados relativos a empresas associadas 2.741 2.950 7,6%Custos financeiros -34.506 -31.946 -7,4%Proveitos financeiros 7.365 8.274 12,3%

Resultado financeiro -24.401 -20.722 -15,1%

Resultado antes de imposto 40.614 147.552 263,3%

Impostos sobre o rendimento -3.223 -29.879 ssInteresses sem controlo 9 17 90,3%

Resultado Líquido Consolidado atribuivel aos accionistas da empresa mãe 37.382 117.656 214,7%

(a) custos operacionais ex cluindo amortizações, custos financeiros e impostos

(b) EBITDA = resultado antes de resultados financeiros, impostos, amortizações e depreciações

(c) EBIT = resultado antes de resultados financeiros e impostos

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 I. Relatório de Gestão

O resultado financeiro cifrou-se num encargo líquido de 20,7 milhões de euros. O custo médio ponderado da dívida total actual é inferior a 3%. A rubrica “resultados relativos a empresas associadas” refere-se essencialmente à apropriação de 50% do lucro da EDP Bioeléctrica, empresa detida em 50% pela Altri e que é consolidada através do método da equivalência patrimonial.

O resultado líquido consolidado da Altri atingiu cerca 117,7 milhões de Euros (37,4 milhões de Euros em 2014).

Principais indicadores de balanço

milhares de Euros 2014 2015 Var%

Activ os biológicos 105.158,8 101.472,9 -4%

Activ os fix os tangív eis 384.285,5 364.119,6 -5%

Goodw ill 265.531,4 265.531,4 0%

Inv estimentos disponív eis para v enda 10.691,2 10.691,1 0%

Outros 43.226,9 42.756,7 -1%

Activos não correntes 808.893,7 784.571,7 -3%

Inv entários 54.725,4 56.396,6 3%

Clientes 88.868,1 91.521,3 3%

Caix a e equiv alentes de caix a 260.855,0 243.154,2 -7%

Outros 25.913,7 19.597,6 -24%

Activos correntes 430.362,3 410.669,6 -5%

Activo total 1.239.256,0 1.195.241,4 -4%

Capital próprio e int. sem controlo 272.264,0 322.349,6 18%

Empréstimos bancários 103.837,5 153.587,5 48%

Outros empréstimos 278.276,9 413.733,4 49%

Incentiv os reembolsáv eis 11.723,8 17.439,1 49%

Outros 48.330,3 45.566,5 -6%

Passivos não correntes 442.168,5 630.326,6 43%

Empréstimos bancários 77,2 10.775,0 13852%

Outros empréstimos - parcela de curto prazo 398.648,0 105.438,1 -74%

Incentiv os reembolsáv eis 9.082,8 558,9 -94%

Fornecedores 61.686,4 61.243,4 -1%

Outros 55.329,1 64.549,8 17%

Passivos correntes 524.823,5 242.565,3 -54%

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 I. Relatório de Gestão

O investimento líquido total (CAPEX) realizado em 2015 pelas unidades industriais do grupo ascendeu a 32 milhões de Euros.

O endividamento nominal remunerado deduzido de disponibilidades da Altri em 31 de Dezembro de 2015 ascendia a 442,6 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de cerca de 82,8 milhões de euros face à dívida líquida de 525,4 milhões de Euros, registada no final de 2014. Tendo em conta que no decorrer de 2015 a Altri pagou cerca de 67,7 milhões de Euros de dividendos, o free cash flow to equity gerado no exercício de 2015 ascendeu a cerca de 150,5 milhões de Euros.

A Empresa prosseguiu, deste modo, a sua estratégia financeira prioritária que assenta na redução anual sistemática do endividamento líquido, através do free cash flow gerado pela actividade operacional. Assim, refira-se que entre 2009 e 2015 a dívida líquida foi reduzida em cerca de 357 milhões de Euros.

Evolução do free cash flow to equity desde 2010

72,039,7

58,156,5

48,3

82,8

4,1 4,1 5,1 8,6

67,772,0

43,862,2 61,6 56,9

150,5

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Redução dívida (M€) Dividendos (M€) Free cash flow equity (M€)

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 I. Relatório de Gestão

ACTIVIDADE DESENVOLVIDA PELOS MEMBROS NÃO-EXECUTIVOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Durante o exercício de 2015, os administradores não executivos cumpriram de forma regular e com eficácia as suas funções de acompanhamento e monitorização da actividade dos membros executivos.

Entre outros, em 2015, os membros não-executivos do Conselho de Administração participaram activa e regularmente nas reuniões do Conselho de Administração, tendo analisado as diversas questões discutidas e manifestado a sua posição relativamente às directrizes estratégicas do grupo. Sempre que necessário, aqueles administradores mantiveram um contacto estreito e directo com os responsáveis operacionais e financeiros do grupo. No exercício de 2015, e no âmbito das reuniões do Conselho de Administração, os Administradores executivos prestaram todas as informações que foram requeridas pelos demais membros do Conselho de Administração.

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 I. Relatório de Gestão

PROPOSTA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO INDIVIDUAL

A Altri, S.G.P.S., S.A., na qualidade de holding do grupo, registou nas suas contas individuais preparadas de acordo com os princípios de reconhecimento e mensuração das Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia um resultado líquido de 103.489.990,30 Euros. O Conselho de Administração deliberou, em 16 de Novembro de 2015, proceder ao adiantamento sobre lucros do exercício no montante de 51.282.918,00 Euros, correspondendo a um dividendo ilíquido de Euro 0,25 (vinte e cinco cêntimos) por acção. Tendo em conta o resultado líquido do exercício no montante de 103.489.990,30 Euros e o valor de 51.282.918,00 Euros já pago a título de antecipação de lucros do exercício de 2015, o Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral a seguinte aplicação: Reserva legal 791.793,55 Reservas livres 132.360,75 Distribuição de dividendos 102.565.836,00 * ----------------------- 103.489.990,30 ============= * O dividendo total por acção de 2015 ascende a 0,50 Euros por acção; tendo em consideração que, em Novembro de 2015, foi deliberado um adiantamento dos lucros do exercício, o valor remanescente a distribuir aos accionistas será de 51.282.918 Euros, correspondendo a 0,25 Euros por acção.

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 I. Relatório de Gestão

PERSPECTIVAS PARA 2016

O ano de 2015 caracterizou-se pela conclusão de alguns projectos relevantes como a conversão da unidade industrial Caima para pasta solúvel.

Neste contexto, o exercício de 2016 será marcado por um reforço de pequenos projectos de melhoria contínua que se realizam regularmente em todas as unidades produtivas e que visam melhorar a rentabilidade operacional, nomeadamente, em termos de custos variáveis através da redução dos consumos específicos.

Em termos de evolução do mercado de pasta serão de esperar algumas oscilações no preço de venda das pastas produzidas. Sublinhe-se, no entanto, a forte alavancagem operacional gerada pela desvalorização do Euro em relação ao USD, na medida em que as receitas de venda de pastas estão directamente relacionadas com aquela taxa de câmbio.

 

   

Relatório de Governo da Sociedade

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

GOVERNO DA SOCIEDADE

PARTE I – INFORMAÇÃO SOBRE ESTRUTURA ACIONISTA,

ORGANIZAÇÃO E GOVERNO DA SOCIEDADE

A. ESTRUTURA ACIONISTA

1. Estrutura de capital

O capital social da Altri, SGPS, S.A. (daqui em diante abreviadamente designada por “Sociedade” ou “Altri”) é de € 25.641.459,00 (vinte e cinco milhões, seiscentos e quarenta e um mil, quatrocentos e cinquenta nove Euros), integralmente subscrito e realizado e é composto por 205.131.672 (duzentas e cinco milhões, cento e trinta e uma mil, seiscentas e setenta e duas) acções, ordinárias, escriturais e ao portador, cada uma com o valor nominal de 12,5 cêntimos de Euro.

Da totalidade dos direitos de voto emitidos, 69,32% são, tanto quanto é do conhecimento da Sociedade, imputados aos titulares de participações qualificadas listados em II.7.

A totalidade das acções representativas do capital social está admitida à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon.

2. Restrições à transmissibilidade das acções e à titularidade de acções

As acções da Sociedade não têm qualquer restrição quanto à sua transmissibilidade ou titularidade, uma vez que não existem accionistas titulares de direitos especiais. Assim, as acções da Altri são livremente transmissíveis de acordo com as normas legais aplicáveis.

3. Acções próprias

A Sociedade não detém quaisquer acções próprias em carteira, por referência a 31 de Dezembro de 2015.

4. Acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da sociedade na sequência de uma oferta pública de aquisição, bem como os efeitos respectivos

Não existem acordos significativos celebrados pela Altri que incluam quaisquer cláusulas de mudança de controlo (inclusivamente na sequência de uma oferta pública de aquisição), i.e., que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem nessas circunstâncias, assim como não existem quaisquer condições específicas que limitem o exercício de direitos de voto pelos accionistas da Sociedade, susceptíveis de interferir no êxito de Ofertas Públicas de Aquisição.

Alguns contratos de financiamento contêm cláusulas tipo de reembolso antecipado, em caso de alteração de controlo accionista das subsidiárias (e não da Sociedade). A Sociedade entende que a sua divulgação lhe seria prejudicial, ao mesmo tempo que não acrescentaria qualquer vantagem para os accionistas e considera que estas cláusulas, habituais neste tipo de contratos, não têm em vista a adopção de quaisquer medidas de garantia ou blindagem em casos de mudança de controlo ou de alteração na composição do órgão de administração.

I. Estrutura de capital

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

5. Regime a que se encontre sujeita a renovação ou revogação de medidas defensivas, em particular aquelas que prevejam a limitação do número de votos susceptíveis de detenção ou de exercício por um único accionista de forma individual ou em concertação com outros accionistas

A Altri não adoptou quaisquer medidas defensivas.

6. Acordos parassociais que sejam do conhecimento da sociedade e possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto

Desconhece-se a existência de quaisquer acordos parassociais tendo por objecto a Sociedade.

7. Participações qualificadas

Em 31 de Dezembro de 2015, nos termos e para os efeitos do disposto nos Artigos 16º e 20º do Código de Valores Mobiliários e no Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que as sociedades e/ou pessoas singulares que têm uma participação social qualificada que ultrapasse os 2%, 5%, 10%, 20%, 33% e 50% dos direitos de voto, e de acordo com as notificações recebidas pela Sociedade, são como segue:

Norges Bank

Nº acções detidas

em 31-Dez-2015

% capital social

com direito de voto

Directamente 4.149.572 2,02%

Total imputável 4.149.572 2,02%

JP Morgan Asset Management Holdings Inc.

Nº acções detidas

em 31-Dez-2015

% capital social

com direito de voto

Indirectamente através da sua subsidiária JP Morgan Asset Management (UK) Limited 4.251.854 2,07%

Total imputável 4.251.854 2,07%

1 Thing, Investments SGPS, S.A.

Nº acções detidas

em 31-Dez-2015

% capital social

com direito de voto

Directamente 11.555.000 5,63%

Através do seu administrador Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira 2.804.708 1,37%

Total imputável 14.359.708 7,00%

Paulo Jorge dos Santos Fernandes

Nº acções detidas

em 31-Dez-2015

% capital social

com direito de voto

Directamente 650.000 0,32%

Através da sociedade Actium Capital - SGPS, S.A. (da qual é accionista dominante e administrador) 22.925.168 11,18%

Total imputável 23.575.168 11,49%

Domingos José Vieira de Matos

Nº acções detidas

em 31-Dez-2015

% capital social

com direito de voto

Através da sociedade Livrefluxo - SGPS, S.A. (da qual é accionista dominante e administrador) 23.900.110 11,65%

Total imputável 23.900.110 11,65%

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Nº acções detidas

em 31-Dez-2015

% capital social

com direito de voto

Através da sociedade CADERNO AZUL - SGPS, S.A. (da qual é accionista e administrador) 30.000.000 14,62%

Total imputável 30.000.000 14,62%

Promendo - SGPS, S.A.

Nº acções detidas

em 31-Dez-2015

% capital social

com direito de voto

Directamente (a) 41.954.552 20,45%

Através do seu administrador José Manuel de Almeida Archer 1.500 0,00%

Total imputável 41.956.052 20,45%

(a) - as 41.954.552 acções correspondem ao total das acções da Altri, SGPS, S.A. detidas directamente pela sociedade Promendo - SGPS, S.A. que se consideram igualmente imputáveis a Ana

Rebelo de Carvalho Menéres de Mendonça, administradora e accionista dominante da sociedade Promendo - SGPS, S.A. e administradora da Altri, SGPS, S.A.

II. Participações Sociais e Obrigações detidas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

A Altri não foi notificada de quaisquer participações acima de 33% dos direitos de voto.

8. Número de acções e obrigações detidas por membros dos órgãos de administração e de fiscalização, nos termos do n.º 5 do art.º 447º do Código das Sociedades Comerciais (CSC)

As acções e obrigações detidas pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização na Sociedade e em sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Sociedade, directamente ou através de pessoas relacionadas, encontram-se divulgadas em anexo ao Relatório Anual de Gestão nos termos exigidos pelo artigo 447.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC) e pelo número 7 do artigo 14.º do Regulamento 5/2008 da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) 9. Poderes do Conselho de Administração relativos a aumentos do capital

O artigo 4.º dos estatutos da Sociedade, na redacção que lhe foi dada por deliberação tomada a 31 de Março de 2006, atribuía ao Conselho de Administração a possibilidade de deliberar, com parecer prévio do órgão de fiscalização da Sociedade, o aumento do capital social, por uma ou mais vezes, até ao limite de 35 milhões de Euros, mediante novas entradas em dinheiro. Esta disposição estatutária, nos termos da alínea b) do número 2 do artigo 456.º do CSC, vigorou pelo prazo de cinco anos, não tendo sido renovada, nos termos do número 4 da mesma disposição legal, pelo que, a 31 de Março de 2011 cessou a sua vigência, data a partir da qual tal competência passou a residir, exclusivamente, na Assembleia Geral. 10. Relações significativas de natureza comercial entre os titulares de participações qualificadas e a Sociedade

No ano de 2015 não foram realizados negócios ou transacções comerciais significativos entre a Sociedade e os titulares de participações qualificadas notificadas à Sociedade, excepto os que, fazendo parte da actividade normal desta, foram realizados em condições normais de mercado para operações semelhantes. Refira-se, no entanto, que os montantes envolvidos não são materiais.

B. ÓRGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES

a) Composição da mesa da assembleia geral

11. Identificação e cargo dos membros da mesa da assembleia geral e respectivo mandato

A 31 de Dezembro de 2015, a Mesa da Assembleia Geral era composta pelos seguintes membros:

Presidente: José Francisco Pais da Costa Leite Secretária: Cláudia Alexandra Gonçalves dos Santos Dias O mandato teve início em 2014 e terá o seu termo em 2016. b) Exercício do direito de voto 12. Eventuais restrições em matéria de direito de voto

O capital social da Sociedade é integralmente representado por uma única categoria de acções, correspondendo a cada acção um voto, não existindo limitações estatutárias ao número de votos que podem ser detidos ou exercidos por qualquer accionista.

I. ASSEMBLEIA GERAL

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

A Sociedade não emitiu acções preferenciais sem direito a voto.

A participação dos accionistas em Assembleia Geral depende da comprovação da qualidade de accionista por referência à “Data do Registo” nos termos legais aplicáveis.

Os accionistas individuais e as pessoas colectivas poderão fazer-se representar por quem designarem para o efeito mediante documento de representação escrito, dirigido ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, por carta entregue na sede social até ao final do terceiro dia útil anterior à data da Assembleia Geral.

Um accionista pode ainda, nos termos legais aplicáveis, designar diferentes representantes em relação às acções de que seja titular em diferentes contas de valores mobiliários, sem prejuízo do princípio da unidade de voto e da votação em sentido diverso legalmente prevista para os accionistas a título profissional.

Os accionistas da Sociedade podem votar por correspondência em relação a todas as matérias sujeitas à apreciação da Assembleia Geral, o qual poderá ser exercido por declaração escrita, com a identificação do accionista e a sua assinatura devidamente reconhecida, nos termos legais aplicáveis. De acordo com os estatutos da Sociedade, a declaração de se pretender exercer o voto por correspondência deve ser entregue na sede social, até ao final do terceiro dia útil anterior ao dia designado para a reunião, com identificação do remetente, dirigido ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, não se encontrando prevista a possibilidade do exercício de direito de voto por via electrónica. Quanto a este ponto, a Sociedade não desencadeou ainda os mecanismos necessários à sua implementação uma vez que essa modalidade nunca lhe foi solicitada por qualquer accionista e por considerar que tal circunstância não consubstancia qualquer constrangimento ou restrição ao exercício do direito de voto por parte dos accionistas, exercício esse que a Sociedade promove e incentiva nos termos amplamente descritos neste Relatório.

A Sociedade divulga, dentro dos prazos legais aplicáveis, e em todos os locais impostos por lei, em português e inglês, a convocatória das Assembleias Gerais, que contém informação sobre a forma de habilitação dos accionistas para participação e exercício do direito de voto, bem como sobre procedimentos a adoptar para o exercício do voto por correspondência ou para designação de representante. A Sociedade divulga ainda, nos termos legais aplicáveis, as propostas de deliberação, as informações preparatórias exigidas por lei e as minutas de carta de representação e de boletins de voto para o exercício do voto por correspondência, tudo no sentido de garantir, promover e incentivar a participação dos accionistas, por si ou por representantes por si designados, nas Assembleias Gerais.

13. Percentagem máxima dos direitos de voto que podem ser exercidos por um único accionista ou por accionistas que com aquele se encontrem em alguma das relações do n.º 1 do art.º 20.º

Não existe qualquer limitação no número de votos que pode ser detido ou exercido por um único accionista ou grupo de accionistas.

14. Deliberações accionistas que, por imposição estatutária, só podem ser tomadas com maioria qualificada

De acordo com os Estatutos da Sociedade, as deliberações sociais são tomadas por maioria dos votos emitidos, seja qual for a percentagem do capital social representado na assembleia, excepto quando seja exigida por lei uma diferente maioria.

Numa segunda convocatória, a Assembleia Geral pode deliberar independentemente do número de accionistas presentes e do capital social que representem.

O quórum deliberativo da Assembleia Geral está em conformidade com o disposto no CSC.

II. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

a) Composição

15. Identificação do modelo de governo adoptado

A Altri adopta o modelo de governo denominado monista, que contempla uma estrutura de administração centralizada num Conselho de Administração e uma estrutura de fiscalização centralizada num Conselho Fiscal e num Revisor Oficial de Contas. O Conselho de Administração é, assim, o órgão responsável pela gestão dos negócios da Sociedade na consecução do objecto social. 16. Regras estatutárias sobre requisitos procedimentais e materiais aplicáveis à nomeação e substituição dos membros, consoante aplicável, do Conselho de Administração

Os membros do Conselho de Administração da Sociedade são eleitos em Assembleia Geral para mandatos com duração de três anos, podendo ser reeleitos uma ou mais vezes. O Conselho de Administração é constituído por três a nove membros, accionistas ou não, eleitos em Assembleia Geral. Na Assembleia Geral eleitoral proceder-se-á à eleição isolada de um, dois ou três administradores, consoante o respectivo número total for de três ou quatro, cinco ou seis, sete ou mais de sete, entre pessoas propostas em listas subscritas por grupos de accionistas desde que nenhum desses grupos possua acções representativas de mais de vinte por cento e de menos de dez por cento do capital social. Cada uma das listas referidas anteriormente deverá propor pelo menos duas pessoas elegíveis por cada um dos cargos a preencher, sendo uma delas designada como suplente. Nenhum accionista poderá subscrever mais do que uma das referidas listas.

A Assembleia Geral não poderá proceder à eleição de quaisquer outros administradores enquanto não tiverem sido eleitos um, dois ou três administradores, em conformidade com o acima exposto, salvo se não forem apresentadas tais listas. Faltando administrador eleito, nos termos anteriores, será chamado o respectivo suplente e, na falta deste, realizar-se-á nova eleição, à qual serão aplicadas, com as necessárias adaptações, as regras acima descritas.

17. Composição do Conselho de Administração

O Conselho de Administração composto actualmente por 7 membros, tem por incumbência praticar todos os actos de gestão na concretização de operações inerentes ao seu objecto social, tendo por fim o interesse da Sociedade, accionistas e demais stakeholders. Em 31 de Dezembro de 2015 este órgão era composto pelos seguintes elementos:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes – Presidente e Co-CEO João Manuel Matos Borges de Oliveira – Vice-Presidente e Co-CEO Domingos José Vieira de Matos – Vogal Laurentina da Silva Martins – Vogal Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira – Vogal Ana Rebelo de Carvalho Menéres de Mendonça – Vogal José Manuel de Almeida Archer – Vogal

Todos os membros do Conselho de Administração foram eleitos na Assembleia Geral realizada no dia 24 de Abril de 2014 para o triénio 2014/2016, com excepção do Dr. José Manuel de Almeida Archer, eleito por cooptação a 29 de Setembro de 2015, para o preenchimento do lugar deixado vago no Conselho na sequência da cessação de funções, por óbito, do vogal do Conselho, Pedro Macedo Pinto de Mendonça.

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

NOME

PRIMEIRA NOMEAÇÃO

DATA DE TERMO DO MANDATO

Paulo Jorge dos Santos Fernandes Março de 2005 31 de Dezembro de 2016 João Manuel Matos Borges de Oliveira Março de 2005 31 de Dezembro de 2016 Domingos José Vieira de Matos Março de 2005 31 de Dezembro de 2016 Laurentina da Silva Martins Março de 2009 31 de Dezembro de 2016 Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira Abril de 2014 31 de Dezembro de 2016 Ana Rebelo de Carvalho Menéres de Mendonça José Manuel de Almeida Archer

Abril de 2014 Setembro de 2015

31 de Dezembro de 2016 31 de Dezembro de 2016

18. Distinção dos membros executivos e não executivos do Conselho de Administração e, relativamente aos membros não executivos, identificação dos membros que podem ser considerados independentes

A composição do Conselho de Administração cumpre um equilíbrio entre o número de administradores executivos e não executivos.

Em 31 de Dezembro de 2015, o Conselho de Administração, composto por sete membros, incluía três membros não executivos: Laurentina da Silva Martins, Ana Rebelo de Carvalho Menéres de Mendonça e José Manuel de Almeida Archer.

O Conselho de Administração não inclui membros que cumpram os critérios de independência referidos na recomendação II.1.7. do Código de Governo das Sociedades da CMVM uma vez que a administradora não executiva Laurentina da Silva Martins foi colaboradora da subsidiária Caima – Indústria de Celulose, S.A., a administradora não executiva Ana Rebelo de Carvalho Menéres de Mendonça é administradora e accionista dominante da Sociedade Promendo SGPS, S.A. e o administrador não executivo José Manuel de Almeida Archer é igualmente accionista e administrador da Sociedade Promendo, SGPS, S.A..

Não obstante este circunstancialismo, a Sociedade desenvolveu mecanismos tendentes a permitir aos administradores não executivos, tomadas de decisão independentes e informadas, tais como:

Envio prévio e atempado, a todos os membros que integram o Conselho de Administração, das convocatórias das reuniões daquele órgão, incluindo ordem de trabalhos, mesmo que provisória, da reunião, acompanhadas da demais informação e documentação relevante;

Disponibilidade dos administradores executivos para o fornecimento, aos administradores não executivos, de toda a informação adicional que entendam relevante ou necessária, bem como para proceder a estudos e análises mais aprofundados em relação a todas as matérias que sejam objecto de deliberação ou que, não o sendo, estejam em análise, de alguma forma, na Sociedade;

Disponibilização dos livros de actas, registos, documentos e restantes antecedentes de operações realizadas na Sociedade ou nas subsidiárias, para examinação, bem como, disponibilização e promoção de um canal directo de obtenção de informação junto dos administradores e responsáveis operacionais e financeiros das várias empresas que integram o grupo, sem que seja necessária qualquer intervenção dos administradores executivos nesse processo.

A Sociedade ponderou e reflectiu sobre este circunstancialismo considerando, por um lado, o modelo societário adoptado e, por outro, a composição e o modo de funcionamento dos seus órgãos sociais como um todo, (nomeadamente o Conselho de Administração enquanto órgão colegial, o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas, com a independência que lhes é inerente) tendo concluído que a eventual designação, por razões meramente formais, de administradores independentes, não traria valias significativas para o desempenho da Sociedade, ou para um (eventual) melhor funcionamento do modelo adoptado, considerando que quer aquele, quer este, que se têm vindo a revelar positivos, pertinentes, adequados e eficientes.

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

Acrescente-se que o relatório de gestão inclui, no seu capítulo “Actividade desenvolvida pelos membros não-executivos do Conselho de Administração”, uma descrição da actividade desenvolvida pelos administradores não executivos durante o exercício de 2015.

19. Qualificações profissionais dos membros do Conselho de Administração

A qualificação profissional dos actuais membros do Conselho de Administração da Altri, actividade profissional desenvolvida e a indicação de outras empresas onde desempenham funções de administração é apresentada no anexo I.

20. Relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas, dos membros do Conselho de Administração com accionistas a quem seja imputável participação qualificada superior a 2% dos direitos de voto

Em 31 de Dezembro de 2015, o Presidente do Conselho de Administração e Co-CEO Paulo Jorge dos Santos Fernandes é administrador e accionista dominante da sociedade ACTIUM CAPITAL – SGPS, S.A., sociedade detentora de 11,18% acções no capital da Altri.

O Vice-Presidente do Conselho de Administração e Co-CEO João Manuel Matos Borges de Oliveira é administrador e accionista da CADERNO AZUL – SGPS, S.A., sociedade detentora de uma participação de 14,62% no capital da Altri.

O administrador Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira é Presidente do Conselho de Administração da sociedade 1 THING, INVESTMENTS, SGPS, S.A., sociedade detentora de uma participação de 5,63% do capital da Altri e é irmão do administrador João Manuel Matos Borges de Oliveira.

O administrador Domingos José Vieira de Matos é administrador e accionista dominante da LIVREFLUXO – SGPS, S.A., sociedade detentora de uma participação de 11,65% no capital da Altri.

A administradora Ana Rebelo de Carvalho Menéres de Mendonça é administradora e accionista dominante da sociedade Promendo SGPS, S.A., sociedade detentora de uma participação de 20,45% do capital da Altri.

21. Organogramas ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais, comissões e/ou departamentos da sociedade, incluindo informação sobre delegações de competências, em particular no que se refere à delegação da administração quotidiana da sociedade

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES ASSEMBLEIA GERAL

SECRETÁRIO

CONSELHO FISCAL

REVISOR OFICIAL DE CONTAS

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

De acordo com a estrutura actual de Governo da Sociedade, o Conselho de Administração funciona de forma colegial, sendo responsável pela gestão e coordenação das diferentes empresas do grupo e é constituído actualmente por um presidente e seis vogais, sendo três deles não executivos. O Conselho de Administração tem vindo a exercer a sua actividade em diálogo permanente com o Conselho Fiscal e com o Revisor Oficial de Contas, prestando a colaboração solicitada com transparência e rigor, em observância dos respectivos regulamentos de funcionamento e das melhores práticas de governo societário. Não existe limitação ao número máximo de cargos acumuláveis pelos administradores em órgãos de administração de outras sociedades, pelo que os membros do Conselho de Administração da Altri integram, na maioria dos casos, os órgãos de administração das subsidiárias mais relevantes do grupo, assegurando um acompanhamento próximo e permanente das respectivas actividades. O Conselho de Administração considera que, face à sua estrutura organizativa, a única comissão especializada imprescindível, tendo em conta a sua dimensão e complexidade, é a Comissão de Remunerações, tal como explicitado no ponto 28 infra. A Comissão de Remunerações é o órgão responsável pela avaliação de desempenho e aprovação das remunerações dos membros do Conselho de Administração e demais órgãos sociais, em cumprimento da política de remuneração da Sociedade, aprovada pelos accionistas em Assembleias Geral.

A área de Corporate Finance da Altri, dada a sua visão integrada e transversal a nível de todas as sociedades do grupo, é responsável, por um lado, pela definição de estratégias e políticas de gestão financeira e, por outro, por assegurar o interface com os mercados de capitais, de dívida e bancários. Cabe-lhe ainda o desenvolvimento dos mecanismos necessários à implementação das estratégias e políticas de gestão financeiras delineadas. A área de planeamento e controlo de gestão da Altri presta apoio na implementação das estratégias corporativas e/ou dos negócios, seguidas pelo grupo. Esta área prepara e analisa a informação de gestão a nível de todas as sociedades do grupo, bem como ao nível consolidado, seja mensal, trimestral, semestral e anual, monitorizando desvios em relação ao orçamento e propondo as necessárias medidas correctivas. Assume ainda a responsabilidade pela construção de planos de negócio, integrando as equipas de trabalho multidisciplinares criadas para este efeito, actividades que vai desenvolvendo a par com a permanente realização e estudos técnicos e de benchmarking dos negócios existentes, de modo a monitorizar a performance da Altri tendo em conta a sua posição estratégica no mercado. A área legal presta apoio jurídico em todas as áreas de actividade do grupo, monitorizando e garantindo, por um lado, a legalidade das actividades desenvolvidas, e assegurando, por outro, as relações com a Euronext Lisbon, com a CMVM e com os accionistas sempre que em causa estejam matérias legais. Esta área é igualmente responsável pelo acompanhamento da política de governo das sociedades com vista ao cumprimento das melhores práticas neste domínio. Cabe-lhe ainda a responsabilidade da elaboração e/ou análise de contratos que permitam maximizar a segurança e reduzir riscos legais e custos potenciais, a gestão dos aspectos relativos à propriedade intelectual e industrial usados pelo grupo, tais como marcas e patentes, logotipos, domínios e direitos de autor, exercendo ainda as funções de secretariado societário numa permanente monitorização de conformidade jurídica, apoiando o Conselho de Administração na implementação das suas estratégias. A área de relações com investidores da Altri estabelece a relação entre o grupo e a comunidade financeira, divulgando permanentemente informação relevante e actualizada sobre a actividade do mesmo. Cabe-lhe ainda prestar apoio ao Conselho de Administração no fornecimento de informação actualizada sobre o mercado de capitais bem como prestar apoio à gestão das relações institucionais da Altri, estabelecendo contacto permanente com investidores institucionais, accionistas e analistas e representando o grupo em associações, fóruns ou eventos (nacionais ou internacionais). Acrescente-se que as empresas operacionais do grupo Altri possuem órgãos próprios de controlo de gestão que exercem a sua actividade a todos os níveis das empresas participadas, elaborando relatórios mensais periodicamente reportados aos respectivos Conselhos de Administração.

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

A distribuição de pelouros entre os diversos membros do Conselho de Administração é efectuada do seguinte modo:

Os administradores da Altri centram a sua actividade, essencialmente, na gestão das participações do grupo e na definição das suas linhas estratégicas. As decisões relativas a matérias estratégicas são tomadas pelo Conselho de Administração enquanto órgão colegial composto pela totalidade dos seus membros, executivos e não executivos, no normal desempenho das suas funções. A gestão corrente das sociedades operacionais é desempenhada pela administração de cada uma das subsidiárias, as quais integram igualmente, por regra, alguns dos administradores da Altri, para além de outros administradores com competências e pelouros especificamente definidos. Deste modo, e tendo em consideração o desenvolvimento da actividade dos membros do Conselho de Administração quer na Altri quer nas respectivas subsidiárias, o organigrama funcional pode ser apresentado do seguinte modo:

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b) Funcionamento

22. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do Conselho de Administração

O regulamento de funcionamento do Conselho de Administração encontra-se disponível para consulta na página na internet da Sociedade (www.altri.pt) (separador “Acerca da Altri”, secção “Governance”).

23. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade de cada membro do Conselho de Administração às reuniões realizadas

Os estatutos da Sociedade estabelecem que o Conselho de Administração reunirá sempre que for convocado pelo seu presidente, por iniciativa deste ou a pedido de qualquer outro administrador e, pelo menos, uma vez por mês.

Durante o ano de 2015, o Conselho de Administração reuniu treze vezes com uma assiduidade de 100% em nove dessas reuniões. Nas restantes quatro reuniões esteve ausente apenas o administrador Pedro Macedo Pinto de Mendonça, o qual apresentou, nos quatro casos, justificação para a ausência.

As reuniões do Conselho de Administração são marcadas e preparadas com antecedência, e atempadamente disponibilizada documentação referente às matérias constantes da respectiva ordem de trabalhos, no sentido de assegurar a todos os seus membros as condições necessárias ao exercício das suas funções e à adopção de deliberações de forma amplamente informada. De igual modo as respectivas convocatórias e posteriormente as actas das reuniões, são enviadas ao presidente do Conselho Fiscal.

24. Indicação dos órgãos da sociedade competentes para realizar a avaliação de desempenho dos administradores executivos

A Comissão de Remunerações é o órgão responsável pela avaliação de desempenho e aprovação das remunerações dos membros do Conselho de Administração e demais órgãos sociais, em cumprimento da política de remuneração da Sociedade, aprovada pelos accionistas em Assembleias Geral.

A avaliação tem por base as funções desempenhadas pelos membros que integram o Conselho de Administração e demais órgãos sociais na Altri, considerando as responsabilidades assumidas por cada um desses membros, o valor acrescentado por cada um e o conhecimento e experiência acumulados no exercício da função.

25. Critérios pré-determinados para a avaliação de desempenho dos administradores executivos

A remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração inclui uma componente variável de médio prazo (período de 2014 a 2016, correspondente ao mandato) calculada com base no retorno total para o accionista, no somatório dos resultados líquidos desse período e na evolução dos negócios da Sociedade.

26. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho de Administração com indicação dos cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, e outras actividades relevantes exercidas pelos membros daqueles órgãos no decurso do exercício

A actividade profissional dos actuais membros do Conselho de Administração da Altri, a indicação de outras empresas onde desempenham funções de administração e outras actividades relevantes exercidas é apresentada no anexo I.

Refira-se, no entanto, que os membros do Conselho de Administração demonstraram total comprometimento e disponibilidade no exercício das suas funções na Sociedade, tendo estado presentes e participado com uma assiduidade muito próxima de 100% em todas as reuniões daquele órgão.

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c) Comissões no seio do órgão de administração ou supervisão e administradores delegados

27. Identificação das comissões criadas no seio do Conselho de Administração e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento

O Conselho de Administração considera que, face à estrutura organizativa da Sociedade, a única comissão especializada imprescindível, tendo em conta a sua dimensão e complexidade, é a Comissão de Remunerações. A Altri tem actualmente definida uma Comissão de Remunerações para o triénio 2014/2016 cuja composição é como segue:

João da Silva Natária – Presidente José Francisco Pais da Costa Leite – Vogal Pedro Nuno Fernandes de Sá Pessanha da Costa – Vogal

A Comissão de Remunerações dispõe de um regulamento de funcionamento válido para o mandato em curso, aprovado em sede de reunião dessa mesma comissão, realizada em Dezembro de 2014 e que se encontra disponível para consulta no website da sociedade (www.altri.pt) (separador “Acerca da Altri”, secção “Governance”).

28. Composição, se aplicável, da comissão executiva e/ou identificação de administrador(es) delegado(s)

A Altri, considerando a sua estrutura organizativa, e a reduzida dimensão do Conselho de Administração que é composto por sete membros, entende desnecessária uma designação formal de uma Comissão Executiva no seio do Conselho de Administração.

No entanto, e tal como referido no ponto 18 do presente Relatório, dos 7 membros que integram o Conselho de Administração, 4 desempenham funções de cariz executivo - mais prático ou operacional – observando o seguinte:

(i) envio prévio e atempado, a todos os membros que integram o Conselho de Administração, das convocatórias das reuniões daquele órgão, incluindo ordem de trabalhos, mesmo que provisória, da reunião, acompanhadas da demais informação e documentação relevante;

(ii) disponibilidade para o fornecimento, aos administradores ditos não executivos, de toda a informação adicional que entendam relevante ou necessária, bem como para proceder a estudos e análises mais aprofundados em relação a todas as matérias que sejam objecto de deliberação ou que, não o sendo, estejam em análise, de alguma forma, na Sociedade, e ainda,

(iii) disponibilização dos livros de actas, registos, documentos e restantes antecedentes de operações realizadas na Sociedade ou nas subsidiárias, para examinação, bem como, disponibilização e promoção de um canal directo de obtenção de informação junto dos administradores e responsáveis operacionais e financeiros das subsidiárias do grupo, sem que seja necessária qualquer intervenção dos administradores ditos executivos nesse processo.

Desta forma, considera a Sociedade, estarem garantidas as condições necessárias para que as decisões relativas a matérias estratégicas sejam, tal como são, tomadas pelo Conselho de Administração enquanto órgão colegial composto pela totalidade dos seus membros, executivos e não executivos, no normal desempenho das suas funções, de forma esclarecida e informada, totalmente focada na criação de valor para os accionistas.

Não obstante, o Conselho de Administração tem reflectido regularmente sobre a adequação da sua estrutura organizativa, tendo vindo sempre a resultar dessas reflexões a conclusão da conformidade de tal estrutura com as melhores práticas de governo das sociedades, o que se tem vindo a materializar no desempenho positivo da Sociedade.

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

29. Indicação das competências de cada uma das comissões criadas e síntese das actividades desenvolvidas no exercício dessas competências

Tal como referido nos pontos 27 e 28, o Conselho de Administração considera que, face à estrutura organizativa da Sociedade, a única comissão especializada imprescindível, tendo em conta a sua dimensão e complexidade, é a Comissão de Remunerações. De acordo com os estatutos da Sociedade, a Comissão de Remunerações é o órgão responsável pela avaliação de desempenho e aprovação das remunerações dos membros do Conselho de Administração e demais órgãos sociais, em cumprimento da política de remuneração da Sociedade, aprovada pelos accionistas em Assembleias Geral.

A avaliação tem por base as funções desempenhadas pelos membros que integram o Conselho de Administração e demais órgãos sociais na Altri, considerando as responsabilidades assumidas por cada um desses membros, o valor acrescentado por cada um e o conhecimento e experiência acumulados no exercício da função.

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

a) Composição

30. Identificação do órgão de fiscalização correspondente ao modelo adoptado

O Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas são, no modelo de governo adoptado, os órgãos de fiscalização da Sociedade.

31. Composição do Conselho Fiscal, com indicação do número estatutário mínimo e máximo de membros, duração estatutária do mandato, número de membros efectivos, data da primeira designação, e data do termo de mandato de cada membro

O Conselho Fiscal é designado pela Assembleia Geral, para mandatos com duração de três anos, podendo ser reeleitos uma ou mais vezes, e é composto por três membros e um ou dois suplentes, competindo-lhe a fiscalização da sociedade, bem como a designação do Revisor Oficial de Contas ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. Em 31 de Dezembro de 2015 este órgão era composto pelos seguintes elementos:

Pedro Nuno Fernandes de Sá Pessanha da Costa – Presidente André Seabra Ferreira Pinto – Vogal José Guilherme Barros Silva – Vogal Luis Filipe Alves Baldaque de Marinho Fernandes – Suplente

Os membros do Conselho Fiscal foram eleitos, pela primeira vez, em Abril de 2014 para o triénio 2014/2016.

32. Identificação dos membros do Conselho Fiscal que se considerem independentes, nos termos do art.º 414.º, n.º 5 do CSC

Como órgão colegial que é, a aferição da independência do Conselho Fiscal é feita a todos aqueles que o compõem, dada a aplicabilidade do nº 6 do art.º 414 do CSC, considerando-se independência de acordo com a definição que é dada nos termos do nº 5 do art.º 414 e incompatibilidade de acordo com a definição do nº 1 do art.º 414-A ambos do CSC. Todos os membros que compõem o Conselho Fiscal da Sociedade cumprem assim as regras de incompatibilidade e de independência acima identificadas, declarando-o através da renovação de declarações escrita emitidas individualmente.

33. Qualificações profissionais de cada um dos membros do Conselho Fiscal e outros elementos curriculares relevantes

Relativamente à competência para o exercício de funções consideramos que todos os membros possuem competências adequadas ao exercício das respectivas funções e o Presidente está adequadamente apoiado pelos restantes membros do Conselho Fiscal. No Anexo I são apresentadas as qualificações profissionais e as actividades profissionais exercidas pelos membros do Conselho Fiscal.

b) Funcionamento

34. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do Conselho Fiscal

O regulamento de funcionamento do Conselho Fiscal está disponível para consulta no website da Sociedade (www.altri.pt) (separador “Acerca da Altri”, secção “Governance”).

35. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade às reuniões realizadas de cada membro do Conselho Fiscal

III. FISCALIZAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

Durante o ano de 2015 o Conselho Fiscal da Sociedade reuniu 4 vezes, tendo existido apenas uma ausência numa reunião, a qual foi devidamente justificada. As correspondentes actas encontram-se registadas no livro de actas do Conselho Fiscal. 36. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho Fiscal com indicação dos cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, e outras actividades relevantes exercidas Os membros do Conselho Fiscal demonstraram disponibilidade no exercício das suas funções tendo estado presentes em todas as reuniões do Conselho Fiscal. A informação relativa a outros cargos exercidos, qualificações e experiência profissional dos membros do Conselho Fiscal encontra-se detalhada no Anexo I. c) Competências e funções

37. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos de contratação de serviços adicionais ao auditor externo

O Conselho Fiscal analisa e aprova o âmbito de quaisquer serviços adicionais a prestar pelo auditor externo, avaliando se os mesmos colocam em causa a sua independência. No exercício das suas competências e em cumprimento dos seus deveres, o Conselho Fiscal fiscaliza a independência do Auditor Externo da Sociedade, designadamente, no tocante à prestação de serviços adicionais e o âmbito dos respectivos serviços. Adicionalmente, o Conselho Fiscal recebe anualmente a declaração de independência do Auditor Externo na qual são descritos os serviços prestados por este e por outras entidades da mesma rede, respectivos honorários pagos, eventuais ameaças à sua independência e as medidas de salvaguarda para fazer face às mesmas. Todas as potenciais ameaças à independência do Auditor Externo são avaliadas e discutidas com este assim como as respectivas medidas de salvaguarda. Por outro lado, o Conselho de Administração, na solicitação dos projectos atribuídos ao Auditor Externo pelas empresas do grupo, assegura, antes da sua adjudicação, que a estes e à sua rede não são contratados serviços que, nos termos da Recomendação da Comissão Europeia n.º C (2002) 1873, de 16 de Maio, possam pôr em causa a sua independência. 38. Outras funções dos órgãos de fiscalização

A fiscalização da sociedade compete ao Conselho Fiscal que exerce na Altri as responsabilidades, tal como previstas no artigo 420.º do CSC.

O Conselho Fiscal representa ainda a Sociedade junto do Auditor Externo e Revisor Oficial de Contas, competindo-lhe, designadamente, propor o prestador destes serviços e a respectiva remuneração, zelando igualmente para que sejam asseguradas, dentro do grupo, as condições adequadas à prestação daqueles serviços. O Conselho Fiscal é o primeiro destinatário dos relatórios emitidos pelo Auditor Externo bem como o interlocutor do grupo no relacionamento com aquela entidade. O Conselho Fiscal é, assim, responsável por elaborar anualmente relatório sobre a sua acção fiscalizadora e dar parecer sobre o relatório e contas e propostas apresentadas pela administração e fiscalizar a eficácia do sistema de gestão de risco e de controlo interno. O Conselho Fiscal, em articulação com o Conselho de Administração, analisa e supervisiona regularmente a elaboração e divulgação da informação financeira, no sentido de obviar o acesso, indevido e extemporâneo, de terceiros, à informação relevante. Adicionalmente, o órgão de fiscalização intervém, emitindo parecer sobre as transacções entre administradores da Altri e a própria Sociedade ou entre a Altri e sociedades que estejam em relação de grupo ou domínio com aquela em que o interveniente é administrador, independentemente do montante, nos termos do artigo 397º do Código das Sociedades Comerciais.

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

O Auditor Externo, no âmbito do processo de auditoria anual, analisa o funcionamento de mecanismos de controlo interno e reporta deficiências identificadas; verifica se os principais elementos dos sistemas de controlo interno e gestão de risco implementados na Empresa relativamente ao processo de divulgação de informação financeira são apresentados e divulgados na informação anual sobre o Governo das Sociedades e emite uma certificação legal das contas e Relatório de Auditoria, no qual atesta se aquele relatório divulgado sobre a estrutura e as práticas de governo societário inclui os elementos referidos no artigo 245º – A do Código dos Valores Mobiliários. Durante o exercício de 2015, o Revisor Oficial de Contas acompanhou o desenvolvimento da actividade da Sociedade e procedeu aos exames e verificações por si considerados necessários à revisão e certificação legais das contas, em interacção com o Conselho Fiscal, e com plena colaboração do Conselho de Administração. Adicionalmente, o Revisor Oficial de Contas pronunciou-se sobre a actividade por si desenvolvida no exercício de 2015 nos termos do seu relatório anual de auditoria sujeito a apreciação da Assembleia Geral anual de accionistas.

39. Identificação do revisor oficial de contas e do sócio revisor oficial de contas que o representa

O revisor oficial de contas da Sociedade para o triénio 2014/2016 é a Deloitte & Associados, SROC S.A., tendo o seu representante passado a ser, desde Abril de 2014, Jorge Manuel Araújo de Beja Neves ou Miguel Nuno Machado Canavarro Fontes.

40. Indicação do número de anos em que o revisor oficial de contas exerce funções consecutivamente junto da sociedade e/ou grupo

A Deloitte & Associados, SROC, S.A. é responsável pela revisão oficial de contas da Sociedade e das sociedades do grupo desde 2005, tendo sido reeleita para um novo mandato, sob proposta do Conselho Fiscal, na Assembleia Geral de 24 de Abril de 2014. A proposta apresentada pelo Conselho Fiscal para eleição da Deloitte & Associados, SROC, S.A. para um novo mandato foi suportada por estudo prévio em que foram ponderadas as condições de independência do auditor e as vantagens e inconvenientes da sua manutenção tendo apresentado tal proposta baseados na convicção de que a qualidade do trabalho desenvolvido pela Deloitte & Associados, SROC, S.A. e experiência acumulada no sector onde a Altri actua, sobrepõem-se a eventuais inconvenientes da sua manutenção. Terá sido, seguramente, convicção daquele órgão de que a manutenção da Deloitte & Associados, SROC, S.A. nas funções não anularia nem prejudicaria a idoneidade e a independência com que as mesmas continuariam a ser exercidas na Sociedade. 41. Descrição de outros serviços prestados pelo ROC à sociedade

O revisor oficial de contas é, simultaneamente, Auditor Externo da Sociedade conforme detalhado nos pontos abaixo.

42. Identificação do auditor externo designado para os efeitos do art. 8.º e do sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções, bem como o respectivo número de registo na CMVM

O Auditor Externo da Sociedade, designado para os efeitos do art.º 8.º do CVM, é a Deloitte & Associados, SROC, S.A., registada sob o n.º 231 na CMVM, representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves ou Miguel Nuno Machado Canavarro Fontes.

IV. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

V. AUDITOR EXTERNO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

43. Indicação do número de anos em que o auditor externo e o respectivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções exercem funções consecutivamente junto da sociedade e/ou do grupo

O Auditor Externo foi eleito pela primeira vez em 2005, tendo cumprido três mandatos completos, tendo o seu representante sido alterado em Abril de 2014.

A proposta apresentada pelo Conselho Fiscal para eleição da Deloitte & Associados, SROC, S.A. para um novo mandato foi suportada por estudo prévio em que foram ponderadas as condições de independência do Auditor e as vantagens e inconvenientes da sua manutenção tendo apresentado tal proposta baseados na convicção de que a qualidade do trabalho desenvolvido pela Deloitte & Associados, SROC, S.A. e experiência acumulada no sector onde a Altri actua, sobrepõem-se a eventuais inconvenientes da sua manutenção. Terá sido, seguramente, convicção daquele órgão que a manutenção da Deloitte & Associados, SROC, S.A. nas funções não anularia nem prejudicaria a idoneidade e a independência com que as mesmas continuariam a ser exercidas na Sociedade. 44. Política e periodicidade da rotação do auditor externo e do respectivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções

A política adoptada pelo Conselho Fiscal quanto a esta matéria, tem sido a de, previamente à apresentação de proposta para a eleição do Auditor Externo para um novo mandato, proceder a uma avaliação criteriosa sobre as vantagens e inconvenientes da manutenção em funções desse mesmo auditor, e apenas não adoptará o princípio da rotação no final de três mandatos, se dessa avaliação resultar a convicção de que a permanência em funções, para além desse período, não faz perigar a exigível e necessária independência do referido Auditor. Não obstante o resultado dessa avaliação, foi designado, em 2014 um novo sócio revisor oficial de contas que representa o Auditor Externo. 45. Indicação do órgão responsável pela avaliação do auditor externo e periodicidade com que essa avaliação é feita O Conselho Fiscal, no exercício das suas funções, efectua anualmente uma avaliação da independência do Auditor Externo. Adicionalmente, o Conselho Fiscal promove, sempre que necessário ou adequado em função dos desenvolvimentos da actividade da Empresa ou da configuração do mercado em geral, uma reflexão sobre a adequação do Auditor Externo ao exercício das suas funções. 46. Identificação de trabalhos, distintos dos de auditoria, realizados pelo auditor externo, bem como indicação dos procedimentos internos para efeitos de aprovação da contratação de tais serviços e indicação das razões para a sua contratação Os outros serviços de garantia de fiabilidade prestados pelo Auditor Externo em 2015 incluíram, essencialmente, serviços relacionados com a validação de candidaturas a apoios e subsídios governamentais. Os serviços de consultoria fiscal e outros serviços referem-se essencialmente a revisão de processos de documentação fiscal e apoio prestado nesta área. Os outros serviços são prestados por técnicos diferentes dos que estão envolvidos no processo de auditoria, pelo que se considera que a independência do auditor é absolutamente assegurada. O Conselho Fiscal analisou e aprovou o âmbito dos referidos serviços tendo concluído que os mesmos não punham em causa a independência do Auditor Externo. Neste aspecto particular, a contratação da Deloitte & Associados, SROC, S.A. mostrou-se como a mais adequada, à luz da sua sólida experiência e capacidade técnica no campo da fiscalidade e dos incentivos fiscais. Acresce que, frequentemente, a actuação daquela entidade nestas matérias foi articulada com técnicos e especialistas independentes daquela consultora ou de qualquer outra entidade da sua rede, nomeadamente, consultores. Em 2015, os honorários facturados pela Deloitte & Associados, SROC, S.A. ao grupo Altri representaram menos de 1% do total da facturação anual da Deloitte & Associados, SROC, S.A. em Portugal. O sistema de qualidade do

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

Auditor Externo controla e monitoriza os riscos potenciais de perda de independência ou de eventuais conflitos de interesses existentes com a Altri. 47. Indicação do montante da remuneração anual paga ao auditor e a outras pessoas singulares ou colectivas pertencentes à mesma rede e discriminação da percentagem respeitante aos seguintes serviços:

C. ORGANIZAÇÃO INTERNA

48. Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade As alterações estatutárias seguem os termos legais aplicáveis, nomeadamente no CSC, os quais exigem a maioria de dois terços dos votos emitidos para a aprovação dessa deliberação.

49. Meios e política de comunicação de irregularidades ocorridas na sociedade A Altri dispõe de um Código de Ética e de Conduta que reflecte os princípios e as regras que deverão nortear as relações internas e externas estabelecidas entre todas as empresas do grupo Altri com os seus stakeholders e tem como objectivo primordial orientar a conduta pessoal e profissional de todos os seus colaboradores, independentemente do cargo ou função que desempenhem, tendo por base princípios éticos comuns.

O Código de Ética e de Conduta foi amplamente divulgado a todos os Colaboradores e Parceiros e está publicado no website da Sociedade, (www.altri.pt) (separador “Acerca da Altri”, secção “Governance”).

O Código de Ética e de Conduta aplica-se a todos os colaboradores do grupo Altri, incluindo órgãos sociais de todas as empresas do grupo, bem como – com as necessárias adaptações – aos mandatários, auditores externos, clientes, fornecedores e outras pessoas que lhes prestem serviços a qualquer título, seja permanente ou ocasionalmente. Todos os Colaborares do grupo Altri devem orientar a sua conduta pelos seguintes princípios:

2015 2014

Pela Sociedade

Valor dos serviços de revisão de contas (€) 1.000 0,2% 1.000 0,2%

Valor dos serviços de garantia de fiabilidade (€) ‐ 0,0% 5.000 0,8%

Valor dos serviços de consultoria fiscal (€) 10.000 1,5% 30.500 4,8%

Valor de outros serviços (€) 4.500 0,7% ‐ 0,0%

Por entidades que integram o grupo

Valor dos serviços de revisão de contas (€) 252.944 38,3% 260.258 41,1%

Valor dos serviços de garantia de fiabilidade (€) 48.200 7,3% 139.234 22,0%

Valor dos serviços de consultoria fiscal (€) 183.075 27,8% 31.968 5,0%

Valor de outros serviços (€) 159.877 24,2% 165.480 26,1%

Total

Valor dos serviços de revisão de contas (€) 253.944 38,5% 261.258 41,2%

Valor dos serviços de garantia de fiabilidade (€) 48.200 7,3% 144.234 22,8%

Subtotal serviços de auditoria 302.144 45,8% 405.492 64,0%

Valor dos serviços de consultoria fiscal (€) 193.075 29,3% 62.468 9,9%

Valor de outros serviços (€) 164.377 24,9% 165.480 26,1%

659.596 100,0% 633.440 100,0%

I. Estatutos

II. Comunicação de irregularidades

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

Estrito cumprimento da lei, dos regulamentos, das recomendações e das disposições estatutárias, bem

como das regras internas, das políticas e das linhas de orientação do grupo Altri; Integridade, ética, transparência e honestidade na tomada das decisões; Cooperação e profissionalismo nas relações com os parceiros e com as comunidades locais em que cada

empresa do grupo Altri se insere; Condução dos negócios dentro de um quadro de lealdade, rigor e boa-fé no cumprimento dos objectivos

do grupo Altri; Elevada consciência da necessidade de tratamento confidencial de toda a informação que se produz ou à

qual se tem acesso no exercício das funções; Tratamento diligente e parcimonioso de todos os instrumentos de trabalho ou bens das empresas do

grupo Altri, zelando pela sua protecção e pelo seu bom estado de conservação abstendo-se de qualquer utilização em benefício próprio.

O Conselho Fiscal é o órgão ao qual deverão ser dirigidas quaisquer comunicações de irregularidades, por parte de qualquer Colaborador, Parceiro, Fornecedor ou qualquer outro Stakeholder. O grupo Altri dispõe de um mecanismo específico para a comunicação de irregularidades que consubstanciem violações de natureza ética ou legal com impacto significativo nos domínios da contabilidade, da luta contra a corrupção e do crime bancário e financeiro (Whistleblowing). Se ao Conselho de Administração chegar algum pedido de esclarecimento ou manifestação de preocupação relacionado com o sistema de Whistleblowing, remetê-lo-á este órgão, de imediato, para o Conselho Fiscal. O reporte ao Conselho Fiscal de qualquer irregularidade ou indício de irregularidade, deverá ser efectuado através de carta em envelope fechado com a menção da sua confidencialidade, para a seguinte morada: Rua do General Norton de Matos, número 68, R/C, 4050-424 no Porto. Só serão aceites e tratadas denúncias anónimas a título excepcional.

50. Pessoas, órgãos ou comissões responsáveis pela auditoria interna e/ou pela implementação de sistemas de controlo interno A gestão de risco, enquanto pedra basilar dos princípios de bom governo da sociedade, é uma área considerada fundamental na Altri, que promove a consciencialização permanente de todos os seus colaboradores, nos diferentes níveis da organização, inculcando-lhes tal responsabilidade em todas os processos de tomadas de decisão. A gestão de risco, apesar de não se consubstanciar num departamento formalmente constituído, é assegurada ao nível de cada uma das diversas unidades operacionais com base na identificação e prioritização prévia de riscos críticos, desenvolvendo estratégias de gestão de risco, com vista a pôr em prática os procedimentos de controlo considerados adequados à mitigação do risco. A Altri tem vindo a monitorizar a apropriação deste modelo de gestão de risco que se tem vindo a revelar totalmente adequado face à estrutura organizativa da Sociedade. 51. Explicitação das relações de dependência hierárquica e/ou funcional face a outros órgãos ou comissões da sociedade Cabe ao Conselho Fiscal avaliar o funcionamento dos mecanismos de gestão de risco, e é a este órgão que são reportados os procedimentos de controlo considerados adequados à respectiva mitigação. É, assim, responsabilidade deste órgão a supervisão das acções desencadeadas na Sociedade nestas matérias.

III. Controlo interno e gestão de riscos

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O Auditor Externo, no exercício das suas funções, verifica a adequação dos mecanismos e procedimentos em causa assegurando o reporte das suas conclusões ao Conselho Fiscal. Ao Conselho de Administração cabe a responsabilidade de monitorizar tais mecanismos e procedimentos. 52. Existência de outras áreas funcionais com competências no controlo de riscos O Conselho de Administração é o órgão responsável pela definição das políticas estratégicas gerais do grupo, encontrando-se devidamente suportado pelas equipas de gestão das subsidiárias, que asseguram não só a monitorização permanente, como o reporte, ao conselho de administração da Altri, das situações detectadas, no sentido de assegurar um controlo permanente e efectivo de risco. A gestão de riscos é, assim, assegurada pelas diversas unidades operacionais da Altri, com base na seguinte metodologia, que inclui várias etapas:

Numa primeira fase são identificados e priorizados, os riscos internos e externos que podem afectar de forma materialmente relevante a prossecução dos objectivos estratégicos do grupo;

Os responsáveis operacionais das várias unidades operacionais do grupo identificam os factores de risco e eventos que podem afectar as operações e actividades da Altri, assim como eventuais processos e mecanismos de controlo;

Adicionalmente, o impacto e a probabilidade de ocorrência de cada factor de risco são ponderados e consoante o nível de exposição é avaliada a necessidade de resposta ao risco; e

As acções de mitigação de risco são acompanhadas e o nível de exposição aos factores críticos é constantemente monitorizado.

Cabe ao Conselho de Administração decidir, a cada momento, qual o nível de exposição assumido pelo grupo nas suas diferentes actividades e, sem prejuízo da delegação de funções e responsabilidades, definir limites globais de risco e assegurar que as políticas e procedimentos de gestão de risco são seguidos. Na monitorização do processo de gestão de risco o Conselho de Administração, enquanto órgão responsável pela estratégia da Altri, tem o seguinte quadro de objectivos e responsabilidades:

Conhecer os riscos mais significativos que afectam o grupo; Assegurar a existência, no interior do grupo, de níveis apropriados de conhecimento dos riscos que

afectam as operações e forma de os gerir; Assegurar a divulgação da estratégia de gestão de risco a todos os níveis hierárquicos; Assegurar que o grupo tem capacidade de minimizar a probabilidade de ocorrência e o impacto dos riscos

no negócio; e Assegurar que o processo de gestão de risco é adequado e que se mantém uma monitorização rigorosa

dos riscos com maior probabilidade de ocorrência e impacto nas operações do grupo. As subsidiárias gerem os seus próprios riscos, dentro dos critérios e delegações estabelecidas.

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53. Identificação e descrição dos principais tipos de riscos (económicos, financeiros e jurídicos) a que a sociedade se expõe no exercício da actividade O Conselho de Administração considera que o grupo se encontra exposto aos riscos normais decorrentes da sua actividade, nomeadamente ao nível das unidades operacionais. Destacam-se os seguintes factores de risco: Risco de Crédito À semelhança de qualquer actividade que envolva uma componente comercial, o risco de crédito é um factor primordial tido em consideração pela administração nas unidades operacionais. Este risco é monitorizado e controlado através de um sistema de recolha de informação financeira e qualitativa, prestada por entidades credíveis que fornecem informação de riscos, que permite avaliar a viabilidade dos clientes quanto ao cumprimento das suas obrigações, visando minorar o risco associado à concessão de crédito. A avaliação do risco de crédito é efectuada numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo adoptados procedimentos correctivos sempre que tal se julgue conveniente. O risco de crédito é minorado pela gestão da concentração de riscos da carteira de clientes e pela rigorosa selecção de contrapartes bem como pela contratação de seguros de crédito junto de instituições especializadas e que cobrem uma parte expressiva do crédito concedido. Risco de Mercado Risco de Taxa de Juro Tendo em consideração o endividamento a que se encontra exposto o grupo, eventuais variações sobre a taxa de juro poderão ter um impacto indesejado sobre os resultados. Neste sentido, a adequada gestão do risco de taxa de juro leva a que o grupo tente optimizar o balanceamento entre o custo da dívida e a exposição à variabilidade das taxas. Assim, quando se considera ultrapassado o limite desejado de exposição ao risco de taxa de juro, são contratados swaps de taxa de juro que cubram a exposição da Sociedade ao risco e que atenuem a volatilidade dos seus resultados. A exposição do grupo à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor. Risco de Taxa de Câmbio Efectuando um elevado volume de transacções com entidades não residentes e fixadas em moeda diferente de Euro, a variação de taxa de câmbio poderá ter um impacto relevante sobre a performance do grupo. Deste modo, sempre que considerado necessário, o grupo procura efectuar uma cobertura da sua exposição à variabilidade da taxa de câmbio através da contratação de instrumentos financeiros derivados para reduzir a volatilidade dos seus resultados. Risco de variabilidade nos preços de commodities Desenvolvendo a sua actividade num sector que transacciona commodities (pasta de papel), o grupo encontra-se particularmente exposto a variações de preço, com os correspondentes impactos nos seus resultados. No entanto, a inserção nestes sectores permite-lhe a celebração de contratos de cobertura de variação de preços de pasta de papel, pelos montantes e valores considerados adequados às operações previstas, atenuando assim a volatilidade dos seus resultados. Risco de Liquidez O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como sejam os fluxos de caixa operacionais, de desinvestimento, de linhas de crédito e os fluxos de caixa obtidos de operações de financiamento, não satisfizerem as necessidades de financiamento, como sejam as saídas de caixa para actividades operacionais e de financiamento, os investimentos, a remuneração dos accionistas e o reembolso de dívida. O principal objectivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que o grupo tem disponível, a todo o momento, os recursos financeiros necessários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as

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estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam devidos, através de uma adequada gestão da maturidade dos financiamentos. O grupo adopta assim uma estratégia activa de refinanciamento pautada pela manutenção de um elevado nível de recursos imediatamente disponíveis para fazer face às necessidades de curto prazo e pelo alongamento ou manutenção de maturidades da dívida de acordo com os cash-flows previstos e a capacidade de alavancagem do seu balanço. Risco Legais, Fiscais e Regulatórios A Altri, bem como o seu negócio, dispõem de assessoria legal, fiscal e regulatória permanente, que funciona em articulação com as áreas de negócio, assegurando, preventivamente, a protecção dos interesses do grupo no cumprimento escrupuloso das disposições legais aplicáveis às áreas de negócio da Sociedade. Esta assessoria é igualmente apoiada a nível nacional e internacional por prestadores de serviços externos que a Altri contrata de entre firmas de reconhecida reputação e de acordo com elevados critérios de competência, rigor e profissionalismo. No entanto, a Altri e as suas participadas podem vir a ser afectadas por alterações legais ocorridas tanto em Portugal como na União Europeia ou em outros países onde desenvolve as suas actividades. A Altri não controla, naturalmente, tais alterações que, caso ocorram, poderão ter um impacto adverso nos negócios do grupo podendo, consequentemente, prejudicar ou impedir o alcance dos objectivos estratégicos. A postura do grupo é de colaboração permanente com as autoridades no respeito e observância das disposições legais. Risco Florestal A Altri, através da sua subsidiária Altri Florestal, tem sob intervenção um património florestal de cerca de 82.000 hectares dos quais o eucalipto representa 79%. A área florestal está certificada pelo FSC®2 (Forest Stewardship Council®) e pelo PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification) os quais estabelecem princípios e critérios relativamente aos quais é avaliada a sustentabilidade da gestão do património florestal nas vertentes económica, ambiental e social. Neste contexto, toda a actividade florestal é dirigida para a optimização dos recursos disponíveis salvaguardando a estabilidade ambiental e os valores ecológicos presentes no seu património e garantindo o seu desenvolvimento. Os riscos associados a qualquer actividade florestal também estão presentes na gestão da Altri Florestal. Os incêndios florestais e as pragas e doenças que podem ocorrer nas diferentes matas espalhadas por todo o território nacional são os maiores riscos com que o sector se defronta na sua actividade. Estas ameaças, se ocorrem, em função da sua intensidade, afectam o normal funcionamento das explorações florestais e a eficiência da produção. De forma a prevenir e reduzir o impacto dos incêndios florestais nas matas, a Altri Florestal participa, em conjunto com o grupo Portucel Soporcel, numa empresa denominada Afocelca que tem como finalidade a disponibilização, coordenação e a gestão dos meios disponíveis para o combate aos incêndios. Ao mesmo tempo são efectuados avultados investimentos nas áreas florestais com a limpeza da floresta para reduzir os riscos de propagação de incêndios assim como minorar os seus prejuízos. No que respeita às pragas e doenças o seu aparecimento pode reduzir de forma significativa o crescimento dos povoamentos florestais provocando danos irreversíveis na produtividade. Para o seu combate foram estabelecidos procedimentos de luta integrada, quer através de largadas de parasitóides específicos oriundos da Austrália quer através da utilização de produtos fitofármacos de modo a controlar as populações de insectos nocivos e reduzir o impacto negativo da sua presença. Por outro lado, nas áreas mais afectadas, a Altri Florestal está a utilizar material genético mais adequado nas novas plantações que, pelas suas características permitem resistir melhor a essas pragas e doenças.

                                                            2 FSC-C004615

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54. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e gestão de riscos Tal como descrito no ponto 52, o Conselho de Administração é o órgão responsável pela definição das políticas estratégicas gerais do grupo, encontrando-se devidamente suportado pelas equipas de gestão das subsidiárias, que asseguram não só a monitorização permanente, como o reporte, ao conselho de administração da Altri, das situações detectadas, no sentido de assegurar um controlo permanente e efectivo de risco. O processo de identificação e avaliação, acompanhamento, controlo e gestão de riscos na Altri funciona do seguinte modo: São identificados os riscos que o grupo enfrenta no normal desempenho da sua actividade. Em relação a todos os riscos identificados, é medido o impacto no desempenho financeiro e no valor do grupo. Posteriormente é feito um estudo comparativo do valor em risco com os custos dos instrumentos de cobertura, se disponíveis e, em consequência, é monitorizada a evolução dos riscos identificados e dos instrumentos de cobertura, o que decorre, mais ou menos, no respeito pela seguinte metodologia:

Numa primeira fase são identificados e priorizados os riscos internos e externos que podem afectar de forma materialmente relevante a prossecução dos objectivos estratégicos do grupo;

Os responsáveis operacionais das várias unidades operacionais do grupo identificam os factores de risco e eventos que podem afectar as operações e actividades da Altri, assim como eventuais processos e mecanismos de controlo;

Adicionalmente, o impacto e a probabilidade de ocorrência de cada factor de risco são ponderados e consoante o nível de exposição é avaliada a necessidade de resposta ao risco; e

As acções de mitigação de risco são acompanhadas e o nível de exposição aos factores críticos é constantemente monitorizado.

A Sociedade tem vindo a implementar estratégias adicionais de gestão de risco que visam garantir, essencialmente, que os sistemas e procedimentos de controlo e as políticas instituídas permitem responder às expectativas dos órgãos de gestão, accionistas e demais stakeholders. De entre essas estratégias destacam-se as seguintes:

Os sistemas e procedimentos de controlo e as políticas instituídas estão de acordo com todas as leis e regulamentos aplicáveis;

A informação financeira e operacional é completa, fiável, segura e reportada periódica e atempadamente; Os recursos da Altri são usados de forma eficiente e racional; e O valor para o accionista é maximizado e a gestão operacional adopta as medidas necessárias para

corrigir aspectos reportados. 55. Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira Quanto ao controlo de risco no processo de divulgação de informação financeira apenas um número muito restrito de colaboradores da Altri está envolvido no processo de divulgação de informação financeira. Todos aqueles que estão envolvidos no processo de análise financeira da Sociedade são considerados como tendo acesso a informação privilegiada, estando especialmente informados sobre o conteúdo das suas obrigações bem como sobre as sanções decorrentes do uso indevido da referida informação. As regras internas aplicáveis à divulgação da informação financeira visam garantir a sua tempestividade e impedir a assimetria do mercado no seu conhecimento. O sistema de controlo interno nas áreas da contabilidade e preparação e divulgação de informação financeira assenta nos seguintes elementos chave:

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A utilização de princípios contabilísticos, detalhados ao longo das notas às demonstrações financeiras,

constitui uma das bases do sistema de controlo; Os planos, procedimentos e registos da Sociedade e suas subsidiárias permitem uma garantia razoável

que apenas são registadas transacções devidamente autorizadas e que essas transacções são registadas em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites;

A informação financeira é analisada, de forma sistemática e regular, pela gestão das unidades operacionais, garantindo uma monitorização permanente e o respectivo controlo orçamental;

Durante o processo de preparação e revisão da informação financeira, é estabelecido previamente um calendário de encerramento de contas e partilhado com as diferentes áreas envolvidas, e todos os documentos são revistos em profundidade;

Ao nível das demonstrações financeiras individuais das várias empresas do grupo, os registos contabilísticos e a preparação das demonstrações financeiras são assegurados pelos serviços administrativos e contabilísticos. As demonstrações financeiras são elaboradas pelos técnicos oficiais de contas e revistas pela direcção financeira de cada subsidiária;

As demonstrações financeiras consolidadas são preparadas com periodicidade trimestral pela equipa de consolidação. Este processo constitui um elemento adicional de controlo da fiabilidade da informação financeira, nomeadamente, garantindo a aplicação uniforme dos princípios contabilísticos e dos procedimentos de corte de operações assim como a verificação dos saldos e transacções entre empresas do grupo;

As demonstrações financeiras consolidadas são preparadas sob a supervisão do CFO. Os documentos que constituem o relatório anual são enviados para revisão e aprovação do Conselho de Administração. Depois da aprovação, os documentos são enviados para o Auditor Externo, que emite a sua Certificação Legal de Contas e o Relatório de Auditoria; e

O processo de preparação da informação financeira individual e consolidada e o Relatório de Gestão é coordenado pelo Conselho de Administração e supervisionado pelo Conselho Fiscal. Trimestralmente, estes órgãos analisam as demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade.

No que se refere aos factores de risco que podem afectar materialmente o reporte contabilístico e financeiro, salientamos a utilização de estimativas contabilísticas que têm por base a melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras bem como o conhecimento e experiência de eventos passados e/ou presentes. Salientamos igualmente os saldos e as transacções com partes relacionadas: no grupo Altri os saldos e transacções com entidades relacionadas referem-se essencialmente às actividades operacionais correntes das empresas do grupo, bem como à concessão e obtenção de empréstimos remunerados a taxas de mercado. O Conselho de Administração analisa e supervisiona regularmente a elaboração e divulgação da informação financeira, em articulação com o Conselho Fiscal, no sentido de obviar o acesso, indevido e extemporâneo, de terceiros, à informação relevante.

56. Serviço responsável pelo apoio ao investidor, composição, funções, informação disponibilizada por esses serviços e elementos para contacto A Sociedade tem constituído um Gabinete de Apoio ao Investidor que inclui o representante para as relações com o mercado e o Investor Relations. Os contactos com vista à obtenção de informações por parte de investidores poderão ser efectuados pelas seguintes vias: Rua do General Norton de Matos, 68 – r/c 4050-424 Porto Tel: + 351 22 834 65 02 Fax: + 351 22 834 65 03 Email: [email protected]

IV. Apoio ao Investidor

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Através da sua página oficial na Internet (www.altri.pt), a Altri disponibiliza informação financeira relativamente à sua actividade individual e consolidada, bem como das suas subsidiárias. Este website é igualmente utilizado pela empresa para divulgação de comunicados previamente divulgados no Sistema de Difusão de Informação da CMVM e posterior e eventualmente efectuados à imprensa, com indicação sobre quaisquer factos relevantes para a vida societária. Nesta página encontram-se igualmente disponíveis os documentos de prestação de contas do grupo para os últimos exercícios. A generalidade da informação é disponibilizada pela Sociedade em português e inglês. 57. Representante para as relações com o mercado As funções de representante para as relações com o mercado são desempenhadas por Alfredo Luís Portocarrero Pinto Teixeira e as funções de Investor Relations por Ricardo Mendes Ferreira. 58. Informação sobre a proporção e o prazo de resposta aos pedidos de informação entrados no ano ou pendentes de anos anteriores Sempre que necessário, o representante das relações com o mercado assegura a prestação de toda a informação relevante no tocante a acontecimentos marcantes, factos enquadráveis como factos relevantes, divulgação trimestral de resultados e resposta a eventuais pedidos de esclarecimento por parte dos investidores ou público em geral sobre informação financeira de carácter público. Todas as informações solicitadas por parte dos investidores são analisadas e respondidas num prazo máximo de cinco dias úteis.

59. Endereço(s) A Altri tem disponível uma página na Internet com a informação sobre a Sociedade e o grupo. O endereço é www.altri.pt. 60. Local onde se encontra informação sobre a firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e demais elementos mencionados no artigo 171.º do Código das Sociedades Comerciais www.altri.pt \ investidores \ perfil da empresa 61. Local onde se encontram os estatutos e os regulamentos de funcionamento dos órgãos e/ou comissões www.altri.pt \ acerca da altri \ estatutos www.altri.pt \ acerca da altri \ governance 62. Local onde se disponibiliza informação sobre a identidade dos titulares dos órgãos sociais, do representante para as relações com o mercado, do Gabinete de Apoio ao Investidor ou estrutura equivalente, respectivas funções e meios de acesso www.altri.pt \ acerca da altri \ órgãos de gestão www.altri.pt \ investidores \ apoio ao accionista 63. Local onde se disponibilizam os documentos de prestação de contas, que devem estar acessíveis pelo menos durante cinco anos, bem como o calendário semestral de eventos societários, divulgado no início de cada semestre, incluindo, entre outros, reuniões da assembleia geral, divulgação de contas anuais, semestrais e, caso aplicável, trimestrais www.altri.pt \ investidores \ relatórios www.altri.pt \ investidores \ calendário financeiro 64. Local onde são divulgados a convocatória para a reunião da assembleia geral e toda a informação preparatória e subsequente com ela relacionada

V. Sítio de Internet

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www.altri.pt \ investidores \ apoio ao accionista \ assembleias gerais 65. Local onde se disponibiliza o acervo histórico com as deliberações tomadas nas reuniões das assembleias gerais da sociedade, o capital social representado e os resultados das votações, com referência aos 3 anos antecedentes www.altri.pt \ investidores \ apoio ao accionista \ assembleias gerais D. REMUNERAÇÕES

66. Indicação quanto à competência para a determinação da remuneração dos órgãos sociais A Comissão de Remunerações é o órgão responsável pela aprovação das remunerações dos membros do Conselho de Administração e restantes órgãos sociais em representação dos accionistas, de acordo com a política de remuneração aprovada pelos accionistas em Assembleia Geral.

67. Composição da comissão de remunerações, incluindo identificação das pessoas singulares ou colectivas contratadas para lhe prestar apoio e declaração sobre a independência de cada um dos membros e assessores A Altri tem, actualmente, definida uma Comissão de Remunerações, eleita em assembleia geral de accionistas para integrar um mandato de três anos, com início em 2014 e termo em 2016, e cuja composição é como segue:

João da Silva Natária – Presidente José Francisco Pais da Costa Leite - Vogal Pedro Nuno Fernandes de Sá Pessanha da Costa – Vogal

Todos os membros da Comissão de Remunerações são independentes em relação aos membros do Conselho de Administração. Adicionalmente, em 2015 não foram contratadas quaisquer pessoas ou entidades para apoiar os membros da Comissão de Remunerações. 68. Conhecimentos e experiência dos membros da comissão de remunerações em matéria de política de remunerações A experiência e qualificações profissionais dos membros da Comissão de Vencimentos estão espelhados nos curricula disponíveis no website da Sociedade em www.altri.pt, separador “Investidores”, Secção “Apoio ao Accionista/Assembleias Gerais/2014/Currículos”. A Altri considera que a experiência e percurso profissionais dos membros da Comissão de Remunerações lhes permite exercer as suas funções de forma rigorosa e eficaz. Em particular, o Dr. João da Silva Natária possui elevada experiência e conhecimentos específicos em matérias de política remuneratória. Adicionalmente, e sempre que tal se revela necessário, aquela comissão recorre a recursos especializados, internos ou externos, para suportar as suas deliberações.

69. Descrição da política de remuneração dos órgãos de administração e de fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho

I. Competência para a determinação

II. Comissão de remunerações

III. Estrutura das remunerações

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Tal como estipulado na Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, é submetida anualmente à apreciação da assembleia geral uma declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização. A política de remuneração e compensação dos órgãos sociais da Altri, aprovada na Assembleia Geral de 14 de Abril de 2015, obedece aos seguintes princípios:

Conselho de Administração:

Para o estabelecimento do valor da remuneração individual de cada administrador são tidas em conta: As funções desempenhadas na Sociedade e nas diferentes subsidiárias A responsabilidade e o valor acrescentado pelo desempenho individual O conhecimento e a experiência acumulada no exercício da função A situação económica do grupo A remuneração auferida em empresas do mesmo sector e outras sociedades cotadas na Euronext Lisboa

A remuneração global fixa do Conselho de Administração, nela se incluindo a remuneração que as sociedades participadas pagam aos membros que integram o Conselho de Administração, não pode exceder os 2.000.000 euros por ano.

1. Administração executiva Componente fixa, valor mensalmente. Componente variável de médio prazo: destina-se a alinhar de forma mais vincada os interesses dos

administradores executivos com os dos accionistas e será calculada cobrindo o período de dois mandatos, 2011-2013 e 2014-2016, tendo como base:

- Retorno total para o accionista (valorização de acção mais dividendo distribuído) - Somatório dos resultados líquidos consolidados dos 6 anos (2011 a 2016) - Evolução dos negócios da sociedade

O valor total da componente variável de médio prazo não pode ser superior a 50% da remuneração fixa auferida durante o período dos 6 anos.

2. Administração não executiva A remuneração individual de qualquer administrador não executivo não pode ultrapassar os 120.000 euros/ano, tendo carácter exclusivamente fixo.

Conselho Fiscal: A remuneração dos membros do Conselho Fiscal é baseada em valores anuais fixos, em níveis considerados adequados para funções similares. Assembleia Geral: A remuneração da mesa da Assembleia Geral será exclusivamente fixa e seguirá as práticas de mercado. Revisor Oficial de Contas: O Revisor Oficial de Contas terá uma remuneração fixa adequada ao exercício das suas funções e de acordo com a prática do mercado, sob a supervisão do Conselho Fiscal. Compensação pela cessação de funções antes ou termo dos respectivos mandatos: A política de remuneração mantém o princípio de não contemplar a atribuição de compensações aos administradores, ou membros dos demais órgãos sociais, associadas à cessação de funções antecipada ou no termo do respectivo mandato, sem prejuízo do cumprimento pela Sociedade das disposições legais em vigor nesta matéria. Acrescente-se, a este título que, em 2015 não houve lugar ao pagamento de quaisquer indemnizações a ex-administradores.

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Abrangência dos Princípios:

Os princípios a que obedecem as políticas de remuneração e compensação constantes da presente declaração abrangem não só o conjunto das remunerações pagas pela Altri mas também as remunerações que aos seus membros do Conselho de Administração sejam pagas por sociedades por ela directa ou indirectamente controladas.

70. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses de longo prazo da sociedade, bem como sobre o modo como é baseada na avaliação do desempenho e desincentiva a assunção excessiva de riscos

A política de remuneração dos administradores executivos visa assegurar uma contrapartida adequada e rigorosa do desempenho e contribuição de cada administrador para o sucesso da organização, alinhando os interesses dos administradores executivos com os dos accionistas e da Sociedade. Adicionalmente, a política de remuneração prevê uma componente variável de médio prazo, indexada ao desempenho da Sociedade, destinada a alinhar de forma mais vincada os interesses dos administradores executivos com os dos Accionistas e com os interesses de longo prazo da Sociedade. As propostas de remuneração dos administradores executivos são elaboradas, tendo em conta, as funções desempenhadas na Altri e nas diferentes subsidiárias; a responsabilidade e o valor acrescentado pelo desempenho individual; o conhecimento e a experiência acumulada no exercício da função; a situação económica da Empresa; a remuneração auferida em empresas do mesmo sector e outras sociedades cotadas na Euronext Lisbon. Em relação a este último aspecto, a Comissão de Remunerações tem em consideração, nos limites da informação acessível, todas as sociedades nacionais de dimensão equivalente, designadamente cotadas na Euronext Lisbon, e também sociedades de outros mercados internacionais com características equivalentes às da Altri.

71. Referência à existência de uma componente variável da remuneração e informação sobre eventual impacto da avaliação de desempenho nesta componente Na Assembleia Geral de 14 de Abril de 2015 foi aprovada a política de remunerações conforme detalhado no ponto 69 acima, a qual prevê uma componente variável em função do desempenho no período compreendido entre 2011 e 2016. Não estão previstos mecanismos que impeçam os administradores executivos de celebrar contratos que coloquem em causa a razão de ser da remuneração variável. Contudo, a Comissão de Remunerações tem em conta estes factores nos critérios de determinação da remuneração variável. A Sociedade não celebrou quaisquer contratos com membros do Conselho de Administração que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração, nem tem conhecimento de que existam contratos idênticos celebrados com terceiros. 72. Diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com menção do período de diferimento Não existe actualmente qualquer remuneração variável cujo pagamento tenha sido diferido no tempo. 73. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em acções A Altri não tem em vigor nem está prevista qualquer forma de remuneração em que haja lugar à atribuição de acções ou qualquer outro sistema de incentivos em acções. 74. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções A Altri não tem em vigor nem está prevista qualquer forma de remuneração em que haja lugar à atribuição de direitos sobre opções. 75. Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários

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A Altri não tem qualquer sistema de prémios anuais ou outros benefícios não pecuniários. 76. Principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores e data em que foram aprovados em assembleia geral, em termos individuais A Altri não tem regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os membros dos órgãos de administração e fiscalização. A administradora Laurentina Martins beneficia de um plano atribuído antes da sua nomeação para o Conselho de Administração em virtude de, na data da atribuição, ser colaboradora da subsidiária Caima – Indústria de Celulose, S.A. As principais características e informação sobre o referido plano encontra-se detalhada na nota 30 a) do anexo às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2015. Em 2015 não foi efectuada qualquer contribuição para o referido fundo. O valor actual das pensões em pagamento ascende a 418.859 Euros. Adicionalmente, durante o exercício, a administradora recebeu 33.705 Euros do referido fundo de pensões, a título de pensão de reforma por velhice.

77. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros dos órgãos de administração da sociedade, proveniente da sociedade, incluindo remuneração fixa e variável e, relativamente a esta, menção às diferentes componentes que lhe deram origem As remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração da Altri durante o exercício de 2015, no exercício das suas funções, incluíram apenas remunerações fixas e foram pagas directamente pela Altri, SGPS, S.A.. O montante ascendeu a 1.390.200 Euros repartido como segue: Paulo Fernandes – 392.000 Euros; João Borges de Oliveira – 392.000 Euros; Domingos Matos – 225.400 Euros; Pedro Borges de Oliveira – 225.400 Euros; Ana Mendonça – 59.500 Euros; Laurentina Martins – 59.500 Euros; José Archer – 21.250 Euros; Pedro Mendonça – 15.150 Euros. 78. Montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo ou que se encontrem sujeitas a um domínio comum As remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração foram integralmente pagas pela Altri, SGPS, S.A., não existindo, por referência a 31 de Dezembro de 2015, administradores remunerados por outras sociedades do grupo. 79. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e ou participação nos lucros foram concedidos Durante o exercício não foram pagas quaisquer remunerações a título de participação nos lucros ou sob a forma de prémios. 80. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções durante o exercício Durante o exercício não foram pagos nem são devidos quaisquer montantes relativos a indemnizações a administradores cujas funções tenham cessado. 81. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros dos órgãos de fiscalização da sociedade A remuneração dos membros do Conselho Fiscal é composta por um montante anual fixo baseado na situação da Altri e nas práticas correntes de mercado. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 a remuneração dos membros do Conselho Fiscal ascendeu a 31.620 Euros distribuída como segue: Pedro Pessanha – 15.000 Euros; André Pinto – 8.310 Euros; José Guilherme Silva – 8.310 Euros.

IV. Divulgação das remunerações

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A remuneração auferida pelo revisor oficial de contas encontra-se descrita no ponto 47 supra. 82. Indicação da remuneração no ano de referência do presidente da mesa da assembleia geral A remuneração do presidente da mesa da assembleia-geral relativa ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 ascendeu a 5.000 Euros.

83. Limitações contratuais previstas para a compensação a pagar por destituição sem justa causa de administrador e sua relação com a componente variável da remuneração A política de remunerações mantém o princípio de não contemplar a atribuição de compensações aos administradores, ou membros dos demais órgãos sociais, associadas à cessação de funções antecipada ou no termo do respectivo mandato, sem prejuízo do cumprimento pela Sociedade das disposições legais em vigor nesta matéria. 84. Referência à existência e descrição, com indicação dos montantes envolvidos, de acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração e dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade Não existem acordos entre a Sociedade e os titulares do órgão de administração ou outros dirigentes da Altri, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de pedido de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da Sociedade. Não se encontram igualmente previstos acordos com os administradores no sentido de assegurar qualquer compensação em caso de não recondução no mandato.

85. Identificação do plano e dos respectivos destinatários A Altri não possui qualquer plano de atribuição de acções ou de opções sobre acções aos membros dos órgãos sociais, nem aos seus trabalhadores. 86. Caracterização do plano A Altri não possui qualquer plano de atribuição de acções ou de opções sobre acções de aquisição de acções. 87. Direitos de opção atribuídos para a aquisição de acções (‘stock options’) de que sejam beneficiários os trabalhadores e colaboradores da empresa Não existem quaisquer direitos de opção atribuídos  para a aquisição de acções de que sejam beneficiários os trabalhadores e colaboradores da Empresa. 88. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos directamente por estes Não aplicável conforme exposto acima. E. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

V. Acordos com implicações remuneratórias

VI. Planos de atribuição de acções ou opções sobre acções (‘stock options’) 

I. Mecanismos e procedimentos de controlo

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89. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transacções com partes relacionadas Actualmente, não estão estabelecidos quaisquer procedimentos ou critérios relativos à definição do nível relevante de significância de negócios entre a Sociedade e titulares de participações qualificadas, ou entidades que com eles estejam qualquer em relação de domínio ou grupo, a partir do qual é exigida a intervenção do órgão de fiscalização. A Sociedade pauta, no entanto, a sua actuação neste domínio, por princípios de rigor e transparência, com observância escrupulosa das regras concorrenciais de mercado. 90. Indicação das transacções que foram sujeitas a controlo no ano de referência Não foram realizados quaisquer negócios ou operações significativos entre a Sociedade e os membros dos seus órgãos sociais (de administração e de fiscalização), titulares de participações qualificadas ou sociedades em relação de domínio ou grupo, excepto os que, fazendo parte da actividade corrente, foram realizados em condições normais de mercado para operações do mesmo género. Não houve negócios ou transacções com membros do Conselho Fiscal. Os serviços prestados pelo Revisor Oficial de Contas diversos dos serviços de Auditoria foram aprovados pelo Conselho Fiscal e encontram-se detalhados no ponto 47 acima. As transacções com sociedades em relação de domínio ou de grupo não são materiais, foram efectuadas em condições normais de mercado e fazem parte da actividade corrente da Sociedade, pelo que não são alvo de divulgação separada. 91. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos da avaliação prévia dos negócios a realizar entre a sociedade e titulares de participação qualificada ou entidades que com eles estejam em qualquer relação As transacções com administradores da Altri ou com sociedades que estejam em relação de domínio ou de grupo com aquela em que o interveniente é administrador, independentemente do montante, estão sujeitas à autorização prévia do Conselho de Administração com parecer favorável do órgão de fiscalização, nos termos do artigo 397º do Código das Sociedades Comerciais. Em 2015 não foi necessário o Conselho Fiscal emitir qualquer parecer dado que não ocorreram transacções passíveis de serem sujeitas à apreciação daquele órgão.

92. Indicação do local dos documentos de prestação de contas onde está disponível informação sobre os negócios com partes relacionadas A informação sobre os negócios com partes relacionadas pode ser consultada na nota 32 do Anexo às Contas Consolidadas e na nota 18 do Anexo às contas individuais da Sociedade.

II. Elementos relativos aos negócios

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PARTE II - AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO

1. Identificação do Código de governo das sociedades adoptado

O presente relatório de governo da sociedade disponibiliza uma descrição da estrutura de governo adoptada na Altri, assim como das políticas e práticas que na mesma são adoptadas. O relatório cumpre as exigências legais do artigo 245º-A do CVM bem como divulga, à luz do princípio comply or explain, o grau de observância das Recomendações da CMVM integradas no Código de Governo das Sociedades da CMVM de 2013, uma vez ser este o Código de Governo da Sociedade adoptado pela Sociedade. São igualmente cumpridos os deveres de informação exigidos pela Lei 28/2009, de 19 de Junho assim como pelos artigos 447º e 448º do Código das Sociedades Comerciais e pelo Regulamento da CMVM n.º 5/2008, de 2 de Outubro de 2008. Todas as disposições legais mencionadas no presente Relatório, bem como as Recomendações constantes do Código de Governo das Sociedades de 2013, poderão ser consultadas em www.cmvm.pt. Este Relatório deve ser lido como parte integrante do Relatório Anual de Gestão e Demonstrações Financeiras Individuais e consolidadas relativas ao exercício social de 2015. 2. Análise de cumprimento do Código de Governo das Sociedades adoptado

A Altri tem vindo a incentivar e a promover todas as acções tendentes à adopção das melhores práticas de Corporate Governance, pautando a sua política por elevados padrões éticos e de responsabilidade social.

A gestão integrada e eficaz do grupo é um desígnio do Conselho de Administração da Altri que, estimulando a transparência no relacionamento com os investidores e com o mercado, tem pautado o seu desempenho pela busca permanente da criação de valor, na promoção dos legítimos interesses dos accionistas, dos colaboradores da Sociedade e demais Stakeholders.

Para efeitos de cumprimento do disposto na alínea o) do número 1 do artigo 245.ºA do CVM, elencam-se, de seguida as Recomendações constantes do Código de Governo das Sociedades da CMVM de 2013 a cujo cumprimento a sociedade se propôs.

 

Recomendação Adopção Remissão

I. VOTAÇÃO E CONTROLO DA SOCIEDADE

I.1. As sociedades devem incentivar os seus acionistas a participar e a votar nas assembleias gerais, designadamente não fixando um número excessivamenteelevado de ações necessárias para ter direito a um voto e implementando os meios indispensáveis ao exercício do direito de voto por correspondência e por via eletrónica. Adoptada 12, 13 e 14I.2. As sociedades não devem adotar mecanismos que dificultem a tomada de deliberações pelos seus acionistas, designadamente fixando um quórumdeliberativo superior ao previsto por lei. Adoptada 13 e 14

I.3. As sociedades não devem estabelecer mecanismos que tenham por efeito provocar o desfasamento entre o direito ao recebimento de dividendosou à subscrição de novos valores mobiliários e o direito de voto de cada ação ordinária, salvo se devidamente fundamentados em função dos interessesde longo prazo dos acionistas. Adoptada 12 e 13I.4- Os estatutos das sociedades que prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único acionista, de forma individual ou em concertação com outros acionistas, devem prever igualmente que, pelo menos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação pela assembleia geral a alteração ou a manutenção dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum agravado relativamente ao legal – e que, nessa deliberação, se contam todos os votos emitidos sem que aquela limitação funcione. Adoptada 13 e 14I.5. Não devem ser adotadas medidas que tenham por efeito exigir pagamentos ou a assunção de encargos pela sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração e que se afigurem suscetíveis de prejudicar a livre transmissibilidade das ações e a livre apreciação pelos acionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração. Adoptada 2, 4, 5 e 6

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Recomendação Adopção Remissão

II. SUPERVISÃO, ADMINISTRAÇÃOE FISCALIZAÇÃOII.1 SUPERVISÃO E ADMINISTRAÇÃOII.1.1. Dentro dos limites estabelecidos por lei, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade. Adoptada 21 e 28II.1.2. O Conselho de Administração deve assegurar que a sociedade atua de forma consentânea com os seus objetivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia e as políticas gerais da sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais. Adoptada 21 e 28II.1.3. O Conselho Geral e de Supervisão, além do exercício das competências de fiscalização que lhes estão cometidas, deve assumir plenas responsabilidades ao nível do governo da sociedade, pelo que, através de previsão estatutária ou mediante via equivalente, deve ser consagrada a obrigatoriedade de este órgão se pronunciar sobre a estratégia e as principais políticas da sociedade, a definição da estrutura empresarial do grupo e as decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante ou risco. Este órgão deverá ainda avaliar o cumprimento do plano estratégico e a execução das principais políticas da sociedade. Não aplicávelII.1.4. Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração e o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo adotado, devem criar as comissões que se mostrem necessárias para: a) Assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos administradores executivos e do seu próprio desempenho global, bem assim como das diversas comissões existentes; b) Refletir sobre sistema estrutura e as práticas de governo adotado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria. Adoptada 21, 27, 28 e 29II.1.5. O Conselho de Administração ou o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo aplicável, devem fixar objetivos em matéria de assunção de riscos e criar sistemas para o seu controlo, com vista a garantir que os riscos efetivamente incorridos são consistentes com aqueles objetivos. Adoptada 52, 54 e 55II.1.6. O Conselho de Administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efetiva capacidade de acompanhamento, supervisão e avaliação da atividade dos restantes membros do órgão de administração. Adoptada 18

II.1.7. Entre os administradores não executivos deve contar-se uma proporção adequada de independentes, tendo em conta o modelo de governação adotado, a dimensão da sociedade e a sua estrutura acionista e o respetivo free float. A independência dos membros do Conselho Geral e de Supervisão e dos membros da Comissão de Auditoria afere-se nos termos da legislação vigente, e quanto aos demais membros do Conselho de Administração considera-se independente a pessoa que não esteja associada a qualquer grupo de interesses específicos na sociedade nem se encontre em alguma circunstância suscetível de afetar a sua isenção de análise ou de decisão, nomeadamente em virtude de: Não adoptada 18a. Ter sido colaborador da sociedade ou de sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo nos últimos três anos;b. Ter, nos últimos três anos, prestado serviços ou estabelecido relação comercial significativa com a sociedade ou com sociedade que com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo, seja de forma direta ou enquanto sócio, administrador, gerente ou dirigente de pessoa coletiva;c. Ser beneficiário de remuneração paga pela sociedade ou por sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo além da remuneração decorrente do exercício das funções de administrador;

d. Viver em união de facto ou ser cônjuge, parente ou afim na linha reta e até ao 3.º grau, inclusive, na linha colateral, de administradores ou de pessoas singulares titulares direta ou indiretamente de participação qualificada;e. Ser titular de participação qualificada ou representante de um acionista titular de participações qualificadas.

II.1.8. Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas. Adoptada 18II.1.9. O presidente do órgão de administração executivo ou da comissão executiva deve remeter, conforme aplicável, ao Presidente do Conselho de Administração, ao Presidente do Conselho Fiscal, ao Presidente da Comissão de Auditoria, ao Presidente do Conselho Geral e de Supervisão e ao Presidente da Comissão para as Matérias Financeiras, as convocatórias e as atas das respetivas reuniões. Adoptada 23II.1.10. Caso o presidente do órgão de administração exerça funções executivas, este órgão deverá indicar, de entre os seus membros, um administrador independente que assegure a coordenação dos trabalhos dos demais membros não executivos e as condições para que estes possam decidir de forma independente e informada ou encontrar outro mecanismo equivalente que assegure aquela coordenação. Não adoptada 18

I I .2. FISCALIZAÇÃOII.2.1. Consoante o modelo aplicável, o presidente do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria ou da Comissão para as Matérias Financeiras deve ser independente, de acordo com o critério legal aplicável, e possuir as competências adequadas ao exercício das respetivas funções. Adoptada 32 e 33II.2.2. O órgão de fiscalização deve ser o interlocutor principal do auditor externo e o primeiro destinatário dos respetivos relatórios, competindo-lhe, designadamente, propor a respetiva remuneração e zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços. Adoptada 38II.2.3. O órgão de fiscalização deve avaliar anualmente o auditor externo e propor ao órgão competente a sua destituição ou a resolução do contrato de prestação dos seus serviços sempre que se verifique justa causa para o efeito. Adoptada 45II.2.4. O órgão de fiscalização deve avaliar o funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos e propor os ajustamentos que se mostrem necessários. Adoptada 38

II.2.5. A Comissão de Auditoria, o Conselho Geral e de Supervisão e o Conselho Fiscal devem pronunciar-se sobre os planos de trabalho e os recursos afetos aos serviços de auditoria interna e aos serviços que velem pelo cumprimento das normas aplicadas à sociedade (serviços de compliance), e devem ser destinatários dos relatórios realizados por estes serviços pelo menos quando estejam em causa matérias relacionadas com a prestação de contas a identificação ou a resolução de conflitos de interesses e a deteção de potenciais ilegalidades. Não aplicável 50 e 51

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Recomendação Adopção Remissão

II.3. FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÕESII.3.1. Todos os membros da Comissão de Remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos membros executivos do órgão de administração e incluir pelo menos um membro com conhecimentos e experiência em matérias de política de remuneração. Adoptada 67 e 68II.3.2. Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no desempenho das suas funções qualquer pessoa singular ou coletiva que preste ou tenha prestado, nos últimos três anos, serviços a qualquer estrutura na dependência do órgão de administração, ao próprio órgão de administração da sociedade ou que tenha relação atual com a sociedade ou com consultora da sociedade. Esta recomendação é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular ou coletiva que com aquelas se encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação de serviços. Adoptada 67II.3.3. A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, deverá conter, adicionalmente: a) Identificação e explicitação dos critérios para a determinação da remuneração a atribuir aos membros dos órgãos sociais; b) Informação quanto ao montante máximo potencial, em termos individuais, e ao montante máximo potencial, em termos agregados, a pagar aos membros dos órgãos sociais, e identificação das circunstâncias em que esses montantes máximos podem ser devidos; c) Informação quanto à exigibilidade ou inexigibilidade de pagamentos relativos à destituição ou cessação de funções de administradores. Adoptada 69

II.3.4. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de ações, e/ou de opções de aquisição de ações ou com base nas variações do preço das ações, a membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do plano. Não aplicável 73 e 74II.3.5. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de qualquer sistema de benefícios de reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do sistema. Não aplicável 76I I I . REMUNERAÇÕESIII.1. A remuneração dos membros executivos do órgão de administração deve basear-se no desempenho efetivo e desincentivar a assunção excessiva de riscos. Adoptada 70III.2. A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração e a remuneração dos membros do órgão de fiscalização não deve incluir nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho da sociedade ou do seu valor. Adoptada 78, 81 e 82III.3. A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação à componente fixa da remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas as componentes. Adoptada 69III.4. Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos, e o direito ao seu recebimento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da sociedade ao longo desse período. Adoptada 69III.5. Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com a sociedade, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela sociedade. Adoptada 71III.6. Até ao termo do seu mandato devem os administradores executivos manter as ações da sociedade a que tenham acedido por força de esquemas de remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com exceção daquelas que necessitem ser alienadas com vista ao pagamento de impostos resultantes do benefício dessas mesmas ações. Não aplicável 73 e 74III.7. Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de exercício deve ser diferido por um prazo não inferior a três anos. Não aplicável 74III.8. Quando a destituição de administrador não decorra de violação grave dos seus deveres nem da sua inaptidão para o exercício normal das respetivas funções mas, ainda assim, seja reconduzível a um inadequado desempenho, deverá a sociedade encontrar-se dotada dos instrumentos jurídicos adequados e necessários para que qualquer indemnização ou compensação, além da legalmente devida, não seja exigível. Adoptada 69 e 83

IV. AUDITORIAIV.1. O auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação das políticas e sistemas de remunerações dos órgãos sociais, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da sociedade. Adoptada 38IV.2. A sociedade ou quaisquer entidades que com ela mantenham uma relação de domínio não devem contratar ao auditor externo, nem a quaisquer entidades que com ele se encontrem em relação de grupo ou que integrem a mesma rede, serviços diversos dos serviços de auditoria. Havendo razões para a contratação de tais serviços – que devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitadas no seu Relatório Anual sobre o Governo da Sociedade – eles não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à sociedade. Não adoptada 47IV.3. As sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou três mandatos, conforme sejam respetivamente de quatro ou três anos. A sua manutenção além deste período deverá ser fundamentada num parecer específico do órgão de fiscalização que pondere expressamente as condições de independência do auditor e as vantagens e os custos da sua substituição. Adoptada 40, 42, 43 e 44

V. CONFLITOS DE INTERESSES E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADASV.1. Os negócios da sociedade com acionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários, devem ser realizados em condições normais de mercado. Adoptada 90V.2. O órgão de supervisão ou de fiscalização deve estabelecer os procedimentos e critérios necessários para a definição do nível relevante de significância dos negócios com acionistas titulares de participação qualificada – ou com entidades que com eles estejam em qualquer uma das relações previstas no n.º 1 do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários –, ficando a realização de negócios de relevância significativa dependente de parecer prévio daquele órgão. Não adoptada 91

VI. INFORMAÇÃOVI.1. As sociedades devem proporcionar, através do seu sítio na Internet, em português e inglês, acesso a informações que permitam o conhecimento sobre a sua evolução e a sua realidade atual em termos económicos, financeiros e de governo. Adoptada 59 a 65VI.2. As sociedades devem assegurar a existência de um gabinete de apoio ao investidor e de contacto permanente com o mercado, que responda às solicitações dos investidores em tempo útil, devendo ser mantido um registo dos pedidos apresentados e do tratamento que lhe foi dado. Adoptada 56 a 58

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As recomendações II.1.7., II.1.10., IV.2. e V.2. não são integralmente adoptadas pela Altri, conforme explanado abaixo.

Recomendações II.1.7. e II.1.10.:

O Conselho de Administração não inclui membros que cumpram os critérios de independência referidos na recomendação II.1.7. e II.1.10. do Código de Governo das Sociedades da CMVM uma vez que a administradora não executiva Laurentina da Silva Martins foi colaboradora da subsidiária Caima – Indústria de Celulose, S.A., a administradora não executiva Ana Rebelo de Carvalho Menéres de Mendonça é administradora e accionista dominante da Sociedade Promendo SGPS, S.A. e o administrador não executivo José Manuel de Almeida Archer é igualmente accionista e administrador da Promendo SGPS, S.A..

Não obstante este circunstancialismo, a Sociedade desenvolveu mecanismos tendentes a permitir aos administradores não executivos, tomadas de decisão independentes e informadas, tais como:

Envio prévio e atempado, a todos os membros que integram o Conselho de Administração, das convocatórias das reuniões daquele órgão, incluindo ordem de trabalhos, mesmo que provisória, da reunião, acompanhadas da demais informação e documentação relevante;

Disponibilidade dos administradores executivos para o fornecimento, aos administradores não executivos, de toda a informação adicional que entendam relevante ou necessária, bem como para proceder a estudos e análises mais aprofundados em relação a todas as matérias que sejam objecto de deliberação ou que, não o sendo, estejam em análise, de alguma forma, na Sociedade;

Disponibilização dos livros de actas, registos, documentos e restantes antecedentes de operações realizadas na Sociedade ou nas subsidiárias, para examinação, bem como, disponibilização e promoção de um canal directo de obtenção de informação junto dos administradores e responsáveis operacionais e financeiros das várias empresas que integram o grupo, sem que seja necessária qualquer intervenção dos administradores executivos nesse processo.

A Sociedade ponderou e reflectiu sobre este circunstancialismo considerando, por um lado, o modelo societário adoptado e, por outro, a composição e o modo de funcionamento dos seus órgãos sociais como um todo, (nomeadamente o Conselho de Administração enquanto órgão colegial, o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas, com a independência que lhes é inerente) tendo concluído que a eventual designação, por razões meramente formais, de administradores independentes, não traria valias significativas para o desempenho da Sociedade, ou para um (eventual) melhor funcionamento do modelo adoptado, considerando que quer aquele, quer este, que se têm vindo a revelar positivos, pertinentes, adequados e eficientes.

Acrescente-se que o relatório de gestão inclui, no seu capítulo “Actividade desenvolvida pelos membros não-executivos do Conselho de Administração”, uma descrição da actividade desenvolvida pelos administradores não executivos durante o exercício de 2015.

Recomendação IV.2.: A Altri contratou ao auditor externo serviços diversos dos serviços de auditoria que representam mais de 30% do valor total dos serviços prestados à Sociedade pelo que a recomendação não é integralmente adoptada. No entanto, o âmbito dos referidos serviços foi aprovado pelo Conselho Fiscal, tendo-se concluído que os mesmos não colocavam em causa a independência do Auditor Externo. Neste aspecto particular, a contratação da Deloitte mostrou-se como a mais adequada, à luz da sua sólida experiência e capacidade técnica no campo da fiscalidade e dos incentivos fiscais. Recomendação V.2.: As transacções com administradores da Altri ou com sociedades que estejam em relação de domínio ou de grupo com aquela em que o interveniente é administrador, independentemente do montante, estão sempre sujeitas, por imposição legal, à autorização prévia do Conselho de Administração, depois de obtido o parecer favorável do órgão de fiscalização, tal como prescrito no artigo 397º do CSC. Actualmente não estão estabelecidos formalmente quaisquer procedimentos ou critérios relativos à definição do nível relevante de significância de negócios entre a Sociedade e titulares de participações qualificadas, ou entidades

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que com eles estejam qualquer em relação de domínio ou grupo e a partir do qual seja exigida a intervenção do órgão de fiscalização. No entanto, atendendo à imposição legal supra citada, e considerando sobretudo a exigência legal constante do mesmo dispositivo, de divulgação, no relatório anual do conselho de administração, da ocorrência destas situações, a que a Altri sempre daria integral cumprimento, consideram-se salvaguardadas não só todas as exigências legais, como também, todos os deveres de divulgação de informação aos accionistas e ao mercado de forma completa e transparente. 3. Outras informações

Em linha com o que vem sendo dito, a Altri gostaria de fazer notar que, das quarenta recomendações constantes do Código de Governo das Sociedades da CMVM de 2013, seis não lhe são aplicáveis pelas razões supra expostas, sendo que a não adopção integral de apenas quatro das recomendações está amplamente explicitada supra.

A Altri considera assim que, dado o integral cumprimento de trinta dessas recomendações, o grau de adopção da Sociedade às recomendações do Código de Governo das Sociedades de 2013 é praticamente total, o que se materializa numa gestão diligente e cautelosa, absolutamente focada na criação de valor para a Sociedade e, consequentemente, para os accionistas.

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DISPOSIÇÕES LEGAIS

Acções próprias Nos termos e para os efeitos do disposto no art.º 66 do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que em 31 de Dezembro de 2015 a Altri não detinha acções próprias, não tendo adquirido ou alienado acções próprias durante o ano. Acções detidas pelos órgãos sociais da Altri Nos termos e para os efeitos do disposto no art.º 447º do Código das Sociedades Comerciais informa-se que em 31 de Dezembro de 2015, os administradores da Altri detinham as seguintes acções:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes (a) 23.575.168 João Manuel Matos Borges de Oliveira (b) 30.000.000 Domingos José Vieira de Matos (c) 23.900.110 Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira 2.804.708 Ana Rebelo de Carvalho Menéres de Mendonça (d) 41.954.552 Laurentina da Silva Martins 0 José Manuel de Almeida Archer 1.500

(a) – Consideram-se imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes, para além de 650.00 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas a título pessoal,

22.925.168 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade ACTIUM CAPITAL – SGPS, S.A., de que é administrador e accionista dominante.

Assim, nos termos legais, consideram-se imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes um total de 23.575.168 acções, correspondentes a

11,49% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A. (b) – As 30.000.000 de acções correspondem ao total das acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade CADERNO AZUL – SGPS, S.A., da

qual o administrador João Manuel Matos Borges de Oliveira é administrador e accionista. (c) – As 23.900.110 acções correspondem ao total das acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade LIVREFLUXO – SGPS, S.A., da qual o

administrador Domingos José Vieira de Matos é administrador e accionista dominante. (d) – As 41.954.552 acções correspondem ao total das acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade PROMENDO – SGPS, S.A., da qual a

administradora Ana Rebelo de Carvalho Menéres de Mendonça é administradora e accionista dominante.

Em 31 de Dezembro de 2015, o Revisor Oficial de Contas, os membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral não possuíam acções representativas do capital social da Altri.

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Participação no Capital da Sociedade Nos termos e para os efeitos do disposto nos Artigos 16º e 20º do Código de Valores Mobiliários e no Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que as sociedades e/ou pessoas singulares que têm uma participação social qualificada que ultrapasse os 2%, 5%, 10%, 20%, 33% e 50% dos direitos de voto, e de acordo com as notificações recebidas na sede da Altri até à data, são como segue:

A Altri não foi notificada de quaisquer participações acima de 33% dos direitos de voto.

Norges Bank

Nº acções detidas

em 31-Dez-2015

% capital social

com direito de voto

Directamente 4.149.572 2,02%

Total imputável 4.149.572 2,02%

JP Morgan Asset Management Holdings Inc.

Nº acções detidas

em 31-Dez-2015

% capital social

com direito de voto

Indirectamente através da sua subsidiária JP Morgan Asset Management (UK) Limited 4.251.854 2,07%

Total imputável 4.251.854 2,07%

1 Thing, Investments SGPS, S.A.

Nº acções detidas

em 31-Dez-2015

% capital social

com direito de voto

Directamente 11.555.000 5,63%

Através do seu administrador Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira 2.804.708 1,37%

Total imputável 14.359.708 7,00%

Paulo Jorge dos Santos Fernandes

Nº acções detidas

em 31-Dez-2015

% capital social

com direito de voto

Directamente 650.000 0,32%

Através da sociedade Actium Capital - SGPS, S.A. (da qual é accionista dominante e administrador) 22.925.168 11,18%

Total imputável 23.575.168 11,49%

Domingos José Vieira de Matos

Nº acções detidas

em 31-Dez-2015

% capital social

com direito de voto

Através da sociedade Livrefluxo - SGPS, S.A. (da qual é accionista dominante e administrador) 23.900.110 11,65%

Total imputável 23.900.110 11,65%

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Nº acções detidas

em 31-Dez-2015

% capital social

com direito de voto

Através da sociedade CADERNO AZUL - SGPS, S.A. (da qual é accionista e administrador) 30.000.000 14,62%

Total imputável 30.000.000 14,62%

Ana Rebelo Carvalho Menéres de Mendonça

Nº acções detidas

em 31-Dez-2015

% capital social

com direito de voto

Através da sociedade PROMENDO - SGPS, S.A. (da qual é accionista dominante e administradora) 41.954.552 20,45%

Total imputável 41.954.552 20,45%

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CONSIDERAÇÕES FINAIS Não queremos concluir sem agradecer aos vários parceiros do grupo pela confiança demonstrada na nossa organização. Por fim, gostaríamos de expressar o nosso reconhecimento a todos os nossos colaboradores pela dedicação e empenho. Porto, 24 de Março de 2016 O Conselho de Administração __________________________________ Paulo Jorge dos Santos Fernandes

__________________________________ João Manuel Matos Borges de Oliveira

__________________________________ Domingos José Vieira de Matos __________________________________ Laurentina da Silva Martins __________________________________ Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira __________________________________ Ana Rebelo Carvalho Menéres Mendonça __________________________________ José Manuel de Almeida Archer

 

   

 

   

Anexos ao Relatório de Gestão

 

 

DECLARAÇÃO NOS TERMOS DO ART.º 245, 1, AL. C) DO CÓDIGO DE VALORES MOBILIÁRIOS Os signatários individualmente declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras Consolidadas e Individuais e demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento foram elaborados em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) tal como adoptadas pela União Europeia, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e passivo, da situação financeira e dos resultados consolidados e individuais da Altri, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição financeira da Altri, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE Os membros do Conselho de Administração da Altri, S.G.P.S., S.A. declaram assumir a responsabilidade pela presente informação e asseguram que os elementos nela inscritos são verídicos e que não existem omissões que sejam do seu conhecimento. Nos termos do art.º 21º do Decreto-Lei 411/91, de 17 de Outubro informamos que não existem dívidas em mora perante o Estado, nomeadamente perante a Segurança Social.

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ANEXO I 1. Conselho de Administração Qualificações, experiência e cargos exercidos noutras sociedades pelos membros do Conselho de Administração: Paulo Jorge dos Santos Fernandes Foi um dos fundadores da Cofina (Sociedade que deu origem à Altri, por cisão), tendo estado directamente envolvido na gestão do grupo desde a sua criação. É licenciado em Engenharia Electrónica pela Universidade do Porto, tendo posteriormente concluído um MBA na Universidade Nova de Lisboa. É accionista da Sociedade desde 2005 tendo igualmente sido nomeado administrador desde a mesma data. Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a sua experiência profissional inclui: 1982/1984 Adjunto do Director de Produção da CORTAL 1986/1989 Director Geral da CORTAL 1989/1994 Presidente do Conselho de Administração da CORTAL 1995 Administrador da CRISAL - CRISTAIS DE ALCOBAÇA, S.A. 1997 Administrador do Grupo Vista Alegre, S.A. 1997 Presidente do Conselho de Administração da ATLANTIS - Cristais de Alcobaça, S.A. 2000/2001 Administrador da SIC 2001/2005 Administrador da V.A.A., SGPS, SA. Ao longo da sua carreira, desempenhou ainda funções em diversas associações: 1989/1994 Presidente da FEMB (Fédération Européene de Mobilier de Bureau) para Portugal 1989/1990 Presidente da Assembleia Geral Assoc. Industr. Águeda 1991/1993 Membro do Conselho Consultivo Assoc. Ind. Portuense Desde 2005 Membro do Conselho Superior da Associação do Antigos Alunos de MBA 2013/2016 Presidente da Mesa do Conselho Fiscal do BCSD Desde 2006 Membro do Conselho Consultivo em Engenharia e Gestão do IST Em 31 de Dezembro de 2015, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - Actium Capital, SGPS, S.A. (a) - Alteria, S.G.P.S., S.A. (a) - Altri Abastecimento de Madeira, S.A. - Altri Participaciones Y Trading, S.L. - Base Holding, SGPS, S.A. (a) - Caima – Indústria de Celulose, S.A. - Caima Energia – Emp. Gestão e Exploração de Energia, S.A. - Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. - Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. - Cofihold - SGPS, S.A. (a) - Cofina, S.G.P.S, S.A. (a) - Cofina Media, S.A. (a) - Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a) - Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a) - Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a) - Préstimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a)

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- Ramada Aços, S.A. (a) - Ramada Storax, S.A. (a) - Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a) - Torres da Luz – Investimentos Imobiliários, S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2015, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.  

João Manuel Matos Borges de Oliveira Sendo igualmente um dos fundadores da Cofina, desempenha funções de administração da Empresa desde a sua constituição. É licenciado em Engenharia Química pela Universidade do Porto, tendo concluído o MBA do INSEAD. Desempenha funções nas áreas de media e indústria, bem como na definição estratégica do grupo. É accionista da Sociedade desde 2005 tendo igualmente sido nomeado administrador desde a mesma data. Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a sua experiência profissional inclui: 1982/1983 Adjunto do Director de Produção da Cortal 1984/1985 Director de Produção da Cortal 1987/1989 Director de Marketing da Cortal 1989/1994 Director Geral da Cortal 1989/1995 Vice-presidente do Conselho de Administração da Cortal 1989/1994 Administrador da Seldex 1992/1994 Vice-presidente da Assembleia Geral da Associação Industrial de Águeda 1995/2004 Presidente do Conselho Fiscal da Associação Industrial do Distrito de Aveiro 1996/2000 Administrador não executivo da Atlantis, S.A. 1997/2000 Administrador não executivo da Vista Alegre, S.A. 1998/1999 Administrador da Efacec Capital, SGPS, S.A. 2008/2011 Administrador não executivo da Zon Multimédia, SGPS, S.A. 2011/2013 Membro do ISCTE-IUL CFO Advisory Forum

2008/2015 Presidente do Conselho Fiscal da Porto Business School

Em 31 de Dezembro de 2015, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - Alteria, S.G.P.S., S.A. (a) - Altri Abastecimento de Madeira, S.A. - Altri Participaciones Y Trading, S.L. - Base Holding, SGPS, S.A. (a) - Caderno Azul, S.G.P.S., S.A. (a) - Caima – Indústria de Celulose, S.A. - Caima Energia – Emp. Gestão e Exploração de Energia, S.A. - Captaraíz – Unipessoal, Lda. - Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. - Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. - Cofina, SGPS, S.A. (a) - Cofina Media, S.A. (a) - Cofihold SGPS, S.A. (a) - Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a) - Indaz, S.A. (a) - Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a) - Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a) - Préstimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a) - Ramada Aços, S.A. (a)

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- Ramada Storax, S.A. (a) - Storax Limited (a) - Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a) - Torres da Luz – Investimentos imobiliários, S.A. (a) - Universal – Afir, S.A. (a) a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2015, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

Domingos José Vieira de Matos

Foi um dos fundadores da Cofina (Sociedade que deu origem à Altri, por cisão), tendo estado directamente envolvido na gestão do grupo desde a sua criação. É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, tendo iniciado actividades de gestão em 1978. É accionista da Sociedade desde 2005 tendo igualmente sido nomeado administrador desde a mesma data. Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a sua experiência profissional inclui: 1978/1994 Administrador da Cortal, SA 1983 Sócio-Fundador da Promede – Produtos Médicos, S.A. 1998/2000 Administrador da Electro Cerâmica, S.A. Em 31 de Dezembro de 2015, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - Alteria, S.G.P.S., S.A. (a) - Altri Florestal, S.A. - Base Holding, SGPS, S.A. (a) - Caima – Indústria de Celulose, S.A. - Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. - Cofina, SGPS, S.A. (a) - Cofihold SGPS, S.A. (a) - Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a) - Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a) - Livrefluxo, S.G.P.S., S.A. (a) - Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a) - Préstimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a) - Ramada Aços, S.A. (a) - Ramada Storax, S.A. (a) - Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a) - Torres da Luz – Investimentos imobiliários, S.A. (a) - Universal - Afir, S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2015, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

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Laurentina da Silva Martins Com formação em Finanças e Administração no Instituto Superior do Porto está ligada ao grupo Altri desde a sua constituição. Foi nomeada administradora da Sociedade em Maio de 2009. A sua experiência profissional inclui:

1965 Adjunta da Direcção Financeira da Companhia de Celulose do Caima, S.A. 1990 Directora Financeira da Companhia de Celulose do Caima, S.A. 2001 Administradora da Cofina Media, SGPS, S.A. 2001 Administradora da Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. 2004 Administradora da Grafedisport – Impressão e Artes Gráficas, S.A. 2005 Administradora da Silvicaima – Sociedade Silvícola do Caima, S.A. (actual Altri Florestal, S.A.) 2006 Administradora da EDP – Produção Bioeléctrica, S.A.

Em 31 de Dezembro de 2015, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. - Ródão Power – Energia e Biomassa do Ródão, S.A.

Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira É licenciado em Gestão Financeira pelo Instituto Superior de Administração e Gestão do Porto. Em 2000 concluiu o Executive MBA no Instituto Empresarial Portuense em parceria com a ESADE-Business School de Barcelona, actualmente Católica Porto Business School. Em 2009 fez o Curso de Avaliação de Empresas na EGE- Escola de Gestão Empresarial. Foi nomeado administrador da Sociedade em Abril de 2014. Para além das empresas onde exerce actualmente funções de administração, a sua experiência profissional inclui: 1986/2000 Assessor de gerência de FERÁGUEDA, Lda. 1992 Administrador da Bemel, Lda. 1997/1999 Assistente de Direcção da GALAN, Lda. 1999/2000 Adjunto de Direcção do Departamento de Serras e Ferramentas da F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. 2000 Director do Departamento de Serras e Ferramentas de F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. 2006 Administrador da Universal Afir, Aços Especiais e Ferramentas, S.A. 2009 Administrador da F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. Em 31 de Dezembro de 2015, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - Alteria, S.G.P.S., S.A. (a) - Altri Florestal, S.A. - Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. - Cofihold SGPS, S.A. (a) - Cofina, S.G.P.S., S.A. (a) - Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a) - Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a) - Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a) - Préstimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a) - Ramada Aços, S.A. (a) - Ramada Storax, S.A. (a)

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- Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a) - Torres da Luz – Investimentos imobiliários, S.A. (a) - Universal - Afir, S.A. (a) - Valor Autêntico, S.G.P.S., S.A. (a) - 1 Thing, Investments, S.G.P.S., S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2015, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

Ana Rebelo de Carvalho Menéres de Mendonça É licenciada em Economia pela Universidade Católica Portuguesa em Lisboa. Foi nomeada administradora da Sociedade em Abril de 2014. Para além das empresas onde exerce actualmente funções de administração, a sua experiência profissional inclui: 1995 Jornalista na área de economia do jornal Semanário Económico 1996 Departamento Comercial do Citibank 1996 Administradora da Promendo, S.A. 2009 Administradora da PROMENDO, SGPS, S.A. Em 31 de Dezembro de 2015, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - Cofina, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada Investimentos, SGPS, S.A. (a) - Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a) - Promendo, SGPS, S.A. (a) - Préstimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a) - Ramada Aços, S.A. (a) - Ramada Storax, S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2015, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

José Manuel de Almeida Archer É Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa (Lisboa) e Advogado inscrito na Ordem dos Advogados desde 1984. Para além das empresas onde exerce actualmente funções de administração, a sua experiência profissional inclui: (1985-1987) Administrador da Phoenix Assurance, PLC, Agência Geral em Portugal (1999-2001) Presidente do Conselho de Administração da Selecta – Sociedade Gestora do Fundo

do Investimento Imobiliário Selecto II, S.A. (1998-2001) Membro do Legal & Tax Committee (Nasdaq Europe) (2000-2014) Administrador da Companhia das Quintas SGPS, SA. (2004-2013) Administrador da Blues Group (UK) (2008-2009 e 1997-2001) Membro do Executive Board da FEE - Foundation for Environmental

Education (Denmark)

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Em 31 de Dezembro de 2015, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - ABAE - Associação Bandeira Azul da Europa (a) - Banco Finantia Sofinloc, S.A., (Espanha) (a) - Banco Finantia, S.A. (a) - Correia Afonso Archer & Associados – Sociedade de Advogados, RL (a) - Promendo SGPS, S.A. (a) - Promendo – Promoções Empresariais, S.A. (a) - Ramazzotti SGPS, SA. (a) - Ramazzotti Imobiliária, SA. (a) - Vialegis AEIE (Madrid) (a). Outros cargos em exercício: Presidente do Conselho Fiscal de: - Banco Finantia, S.A. (a) - Finatipar – SGPS, S.A. (a) - Ginásio Clube Português (a). (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2015, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

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2. Conselho Fiscal Qualificações, experiência e cargos exercidos noutras sociedades pelos membros do Conselho Fiscal: Pedro Nuno Fernandes de Sá Pessanha da Costa Habilitações: Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1981 Formação complementar em gestão e análise económico financeira de empresas na Universidade Católica Portuguesa - Escola de Direito do Porto em 1982 e 1983 Experiência profissional: Inscrito na Ordem dos Advogados desde 1983 Presidente do conselho geral e de supervisão de sociedade aberta desde 1996 até 2010, presidente da mesa da assembleia-geral de diversas sociedades cotadas e não cotadas em bolsa Co-autor do capítulo sobre Portugal no "Handbuch der Europäischen Aktien- Gesellschaft” – Societas Europaea – de Jannot / Frodermann, publicado por C.F. Müller Verlag Exercício contínuo da advocacia desde 1983, com especial dedicação ao direito comercial e das sociedades, fusões e aquisições, investimento estrangeiro e contratos internacionais Cônsul honorário da Bélgica no Porto Outros cargos em exercício: Presidente do Conselho Fiscal da Cofina, SGPS, S.A. (a) Presidente do Conselho Fiscal da F. Ramada Investimentos, SGPS, S.A. (a) Vogal da Comissão de Remunerações da Cofina, SGPS, S.A. (a) Vogal da Comissão de Remunerações da F. Ramada Investimentos, SGPS, S.A. (a) Presidente Mesa AG da Unicer Bebidas, S.A. (a) Presidente Mesa AG da SOGRAPE Vinhos, S.A. (a) Presidente Comissão Remunerações da SOGRAPE Vinhos, S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2015, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A. André Seabra Ferreira Pinto Habilitações: Licenciatura em Economia na Universidade Portucalense Revisor Oficial de Contas (ROC n.º 1.243) MBA Executivo - Escola de Gestão do Porto – University of Porto Business School Experiência profissional: Entre Setembro de 1999 e Maio de 2008, colaborador do departamento de Auditoria da Deloitte & Associados, SROC, S.A. (inicialmente como membro do staff e desde Setembro de 2004 como Manager) Entre Junho de 2008 e Dezembro de 2010, Senior Manager do departamento de Corporate Finance - Transaction Services da Deloitte Consultores Entre Janeiro de 2011 e Março de 2013, director financeiro das empresas do Grupo WireCoWorldGroup em Portugal (a) Desde Abril de 2013, administrador (CFO) do Grupo Mecwide (a)

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Administrador da MWIDE, SGPS, S.A. (a), bem como das restantes empresas integrantes do Grupo Mecwide (a) Gerente das sociedades Together We Change Investments, LDA. (a) e Virtusai, LDA. (a)

Outros cargos em exercício: Vogal do Conselho Fiscal da Cofina, SGPS, S.A. (a) Vogal do Conselho Fiscal da F. Ramada Investimentos, SGPS, S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2015, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

José Guilherme Barros Silva

Habilitações: 1990-1995 Licenciatura em Administração e Gestão de Empresa, Universidade Católica Portuguesa Experiência profissional: 1995-1997 In-Charge, Arthur Andersen, SC 1997-2010 Vice-presidente do Conselho de Administração, Detipin – Comércio de Vestuário, S.A. (a) 2004- Vogal do Conselho de Administração, SEF – Serviços de Saúde e Fisioterapia, S.A. (a) 2005-2010 Vogal do Conselho de Administração, Globaljeans – Comércio de Vestuário, S.A. (a) 2005- Vice-presidente do Conselho de Administração, SEF – Serviços de Saúde e Fisioterapia, S.A. (a) 2005-2009 Vice-presidente do Conselho de Administração, AH Business, SGPS, S.A. (a) 2006- Vogal do Conselho de Administração, Fisiofafe, S.A. (a) 2009- Vogal do Conselho de Administração, Clínica de S. Cosme de Gondomar II, Fisioterapia, S.A. (a) 2011- Presidente do Conselho de Administração, GNG – Comércio de Vestuário, S.A. (a) Outros cargos em exercício: Vogal do Conselho Fiscal da Cofina, SGPS, S.A. (a) Vogal do Conselho Fiscal da F. Ramada Investimentos, SGPS, S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2015, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

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Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais e Artigo 14.º n.º 7 do Regulamento

da CMVM n.º 5/2008

Divulgação de acções e outros título detidos por membros do Conselho de Administração e por Dirigentes, bem como por pessoas com estes estreitamente relacionadas, nos termos do Artigo 248.º B do Código dos Valores Mobiliários, e de transacções sobre os mesmos efectuados no decurso do exercício

Membro do Conselho de Administração

Nº acções detidas

em 31-Dez-2014 Aquisições Alienações Outros

Nº acções detidas

em 31-Dez-2015

Paulo Jorge dos Santos Fernandes 14.113.168 - - (13.463.168) 650.000

Paulo Jorge dos Santos Fernandes(imputação via ACTIUM CAPITAL - SGPS, S.A.) 8.202.000 14.723.168 - - 22.925.168

João Manuel Matos Borges de Oliveira (imputação via CADERNO AZUL - SGPS, S.A.) 30.000.000 - - - 30.000.000

Domingos José Vieira de Matos 13.564.432 - - (13.564.432) -

Domingos José Vieira de Matos (imputação via LIVREFLUXO - SGPS, S.A.) 9.885.850 14.014.260 - - 23.900.110

Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira 14.359.708 - - (11.555.000) 2.804.708

Ana Rebelo Carvalho Menéres de Mendonça (imputação via PROMENDO - SGPS, S.A.) 42.586.911 367.641 (1.000.000) - 41.954.552

José Manuel de Almeida Archer (1) 1.500 - - - 1.500

(1) o número de acções inicial corresponde ao número de acções detido na data em que este administrador foi eleito para o Conselho de Administração (29-09-2015)

Paulo Jorge dos Santos Fernandes

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções31-dez-2014 - - - - 14.113.168

24-mar-2015 Doação (4.800.000) 3,966000 - 9.313.168

4-nov-2015 Doação (7.763.168) 4,829000 - 1.550.000

25-nov-2015 Doação (900.000) 5,130000 - 650.000

31-dez-2015 - - - - 650.000

Paulo Jorge dos Santos Fernandes (imputação via ACTIUM CAPITAL - SGPS, S.A.)

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções31-dez-2014 - - - - 8.202.000

5-jan-2015 Compra 1.000.000 2,411000 Euronext Lisbon 9.202.000

7-jan-2015 Compra 1.675 2,598000 Euronext Lisbon 9.203.675

7-jan-2015 Compra 2 2,598000 Euronext Lisbon 9.203.677

7-jan-2015 Compra 2.000 2,599000 Euronext Lisbon 9.205.677

7-jan-2015 Compra 21.323 2,600000 Euronext Lisbon 9.227.000

7-jan-2015 Compra 772 2,629000 Euronext Lisbon 9.227.772

7-jan-2015 Compra 700 2,629000 Euronext Lisbon 9.228.472

7-jan-2015 Compra 643 2,629000 Euronext Lisbon 9.229.115

7-jan-2015 Compra 452 2,629000 Euronext Lisbon 9.229.567

7-jan-2015 Compra 548 2,629000 Euronext Lisbon 9.230.115

7-jan-2015 Compra 1.000 2,629000 Euronext Lisbon 9.231.115

7-jan-2015 Compra 2.285 2,634000 Euronext Lisbon 9.233.400

7-jan-2015 Compra 642 2,634000 Euronext Lisbon 9.234.042

7-jan-2015 Compra 641 2,639000 Euronext Lisbon 9.234.683

7-jan-2015 Compra 1.000 2,640000 Euronext Lisbon 9.235.683

7-jan-2015 Compra 5.000 2,640000 Euronext Lisbon 9.240.683

7-jan-2015 Compra 641 2,640000 Euronext Lisbon 9.241.324

7-jan-2015 Compra 5.179 2,645000 Euronext Lisbon 9.246.503

7-jan-2015 Compra 641 2,645000 Euronext Lisbon 9.247.144

7-jan-2015 Compra 641 2,645000 Euronext Lisbon 9.247.785

7-jan-2015 Compra 1.000 2,649000 Euronext Lisbon 9.248.785

7-jan-2015 Compra 2.228 2,649000 Euronext Lisbon 9.251.013

7-jan-2015 Compra 1.650 2,650000 Euronext Lisbon 9.252.663

7-jan-2015 Compra 1.500 2,650000 Euronext Lisbon 9.254.163

7-jan-2015 Compra 200 2,650000 Euronext Lisbon 9.254.363

7-jan-2015 Compra 1.111 2,650000 Euronext Lisbon 9.255.474

7-jan-2015 Compra 505 2,650000 Euronext Lisbon 9.255.979

7-jan-2015 Compra 1.806 2,650000 Euronext Lisbon 9.257.785

7-jan-2015 Compra 1.376 2,650000 Euronext Lisbon 9.259.161

7-jan-2015 Compra 2.163 2,656000 Euronext Lisbon 9.261.324

7-jan-2015 Compra 676 2,650000 Euronext Lisbon 9.262.000

8-jan-2015 Compra 1.000.000 2,411000 Euronext Lisbon 10.262.000

13-mai-2015 Compra 1.500.000 3,890000 Euronext Lisbon 11.762.000

18-mai-2015 Compra 1.500.000 3,890000 Euronext Lisbon 13.262.000

21-mai-2015 Compra 1.000.000 4,070000 Euronext Lisbon 14.262.000

4-nov-2015 Compra 7.763.168 4,829000 Euronext Lisbon 22.025.168

25-nov-2015 Compra 900.000 5,130000 Euronext Lisbon 22.925.168

31-dez-2015 - - - - 22.925.168

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

RELATÓRIO E CONTAS 2015 II. Relatório de Governo da Sociedade

Domingos José Vieira de Matos

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções31-dez-2014 - - - - 13.564.432

25-nov-2015 Doação (13.564.432) 5,130000 - -

31-dez-2015 - - - - -

Domingos José Vieira de Matos (imputação via LIVREFLUXO - SGPS, S.A.)

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções31-dez-2014 - - - - 9.885.850

8-jan-2015 Compra 257.728 2,689000 Euronext Lisbon 10.143.578

13-jan-2015 Compra 117.272 2,785000 Euronext Lisbon 10.260.850

20-jan-2015 Compra 1.782 2,878000 Euronext Lisbon 10.262.632

20-jan-2015 Compra 1.000 2,878000 Euronext Lisbon 10.263.632

20-jan-2015 Compra 3.000 2,878000 Euronext Lisbon 10.266.632

20-jan-2015 Compra 1.269 2,885000 Euronext Lisbon 10.267.901

20-jan-2015 Compra 1.000 2,879000 Euronext Lisbon 10.268.901

20-jan-2015 Compra 2.916 2,879000 Euronext Lisbon 10.271.817

20-jan-2015 Compra 1.000 2,879000 Euronext Lisbon 10.272.817

20-jan-2015 Compra 163 2,879000 Euronext Lisbon 10.272.980

20-jan-2015 Compra 1.000 2,883000 Euronext Lisbon 10.273.980

20-jan-2015 Compra 3.066 2,883000 Euronext Lisbon 10.277.046

20-jan-2015 Compra 1.000 2,883000 Euronext Lisbon 10.278.046

20-jan-2015 Compra 3.619 2,883000 Euronext Lisbon 10.281.665

20-jan-2015 Compra 1.000 2,880000 Euronext Lisbon 10.282.665

20-jan-2015 Compra 8.185 2,880000 Euronext Lisbon 10.290.850

22-jan-2015 Compra 17 2,940000 Euronext Lisbon 10.290.867

22-jan-2015 Compra 260 2,940000 Euronext Lisbon 10.291.127

22-jan-2015 Compra 610 2,940000 Euronext Lisbon 10.291.737

22-jan-2015 Compra 7.000 2,940000 Euronext Lisbon 10.298.737

22-jan-2015 Compra 500 2,940000 Euronext Lisbon 10.299.237

22-jan-2015 Compra 441 2,940000 Euronext Lisbon 10.299.678

29-jan-2015 Compra 23.521 2,992000 Euronext Lisbon 10.323.199

29-jan-2015 Compra 1.479 2,992000 Euronext Lisbon 10.324.678

29-jan-2015 Compra 11.000 2,992000 Euronext Lisbon 10.335.678

25-nov-2015 Compra 13.564.432 5,130000 Euronext Lisbon 23.900.110

31-dez-2015 - - - - 23.900.110

Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções31-dez-2014 - - - - 14.359.708

9-dez-2015 Doação (11.555.000) 4,942000 - 2.804.708

31-dez-2015 - - - - 2.804.708

Ana Rebelo Carvalho Menéres de Mendonça (imputação via PROMENDO - SGPS, S.A.)

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções31-dez-2014 - - - - 42.586.911

20-abr-2015 Compra 82.000 3,970000 Euronext Lisbon 42.668.911

21-abr-2015 Compra 85.641 3,990000 Euronext Lisbon 42.754.552

27-abr-2015 Compra 105.255 4,080000 Euronext Lisbon 42.859.807

28-abr-2015 Compra 94.745 4,060000 Euronext Lisbon 42.954.552

27-ago-2015 Venda (209.029) 3,390000 Euronext Lisbon 42.745.523

28-ago-2015 Venda (251.500) 3,360000 Euronext Lisbon 42.494.023

31-ago-2015 Venda (269.500) 3,330000 Euronext Lisbon 42.224.523

1-set-2015 Venda (269.971) 3,210000 Euronext Lisbon 41.954.552

31-dez-2015 - - - - 41.954.552

 

 

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS E NOTAS ANEXAS

Demonstrações financeiras consolidadas e notas anexas

ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DA POSIÇÃO FINANCEIRAEM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Montantes expressos em Euros)

ACTIVO Notas 31.12.2015 31.12.2014

ACTIVOS NÃO CORRENTES:Activos biológicos 11 101.472.915 105.158.777Activos fixos tangíveis 7 364.119.629 384.285.503Propriedades de investimento 8 113.310 456.936Goodwill 9 265.531.404 265.531.404Activos intangíveis 10 83.821 139.448Investimentos em empresas associadas e empreendimentos conjuntos 4.2 12.008.219 9.058.140Investimentos disponíveis para venda 4.3 e 6 10.691.097 10.691.197Outros activos não correntes 18 3.490.469 6.031.139Activos por impostos diferidos 12 27.060.866 27.541.201

Total de activos não correntes 784.571.730 808.893.745

ACTIVOS CORRENTES:Inventários 11 56.396.615 54.725.440Clientes 6, 13 e 32 91.521.269 88.868.133Outras dívidas de terceiros 6, 14 e 32 8.401.481 7.776.064Estado e outros entes públicos 15 8.469.842 15.629.003Outros activos correntes 16 2.726.281 2.508.606Caixa e equivalentes de caixa 6 e 17 243.154.160 260.855.007

Total de activos correntes 410.669.648 430.362.253

Total do activo 1.195.241.378 1.239.255.998

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 31.12.2015 31.12.2014

CAPITAL PRÓPRIO:Capital social 19 25.641.459 25.641.459 Reserva legal 19 4.336.498 3.405.143 Outras reservas 19 225.998.128 205.680.587 Adiantamento sobre lucros 19 (51.282.918) -Resultado líquido consolidado do exercício 117.656.401 37.381.548 Total do capital próprio atribuível aos accionistas da Empresa-Mãe 322.349.568 272.108.737

Interesses sem controlo 20 - 155.240

Total do capital próprio 322.349.568 272.263.977

PASSIVO:PASSIVO NÃO CORRENTE:

Empréstimos bancários 6 e 21 153.587.500 103.837.500 Outros empréstimos 6 e 21 413.733.394 278.276.931 Incentivos reembolsáveis 6 e 21 17.439.139 11.723.809 Outros credores não correntes 6, 23 e 31 - 404.350 Outros passivos não correntes 24 23.854.161 27.568.617 Passivos por impostos diferidos 12 15.871.624 15.283.810 Responsabilidades por pensões 30 778.000 -Provisões 22 5.062.741 5.073.481

Total de passivos não correntes 630.326.559 442.168.498

PASSIVO CORRENTE:Empréstimos bancários 6, 17 e 21 10.775.000 77.228 Outros empréstimos 6 e 21 105.438.128 398.648.024 Incentivos reembolsáveis 6 e 21 558.872 9.082.810 Fornecedores 6, 25 e 32 61.243.404 61.686.358 Outras dívidas a terceiros 6, 26 e 32 3.908.405 14.170.871 Estado e outros entes públicos 15 26.453.118 4.351.443 Outros passivos correntes 27 34.051.538 34.904.492 Instrumentos financeiros derivados 6 e 28 136.786 1.902.297

Total de passivos correntes 242.565.251 524.823.523

Total do passivo e capital próprio 1.195.241.378 1.239.255.998

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOSPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2015 31.12.2014

Vendas 39 646.924.400 533.678.984Prestações de serviços 39 10.049.985 8.999.558Outros rendimentos 34 7.850.855 10.179.203Custo das vendas 11 e 32 (237.903.389) (254.824.572)Fornecimento de serviços externos 31, 32 e 41 (162.836.207) (152.039.869)Custos com o pessoal 30 e 40 (35.277.030) (29.777.623)Amortizações e depreciações 37 (52.833.682) (48.520.380)Provisões e perdas por imparidade 22 (3.651.900) 78.064Outros gastos 35 (4.049.341) (2.758.737)Resultados relativos a empresas associadas e empreendimentos conjuntos 4.2 e 36 2.950.079 2.740.831Gastos financeiros 36 (31.945.538) (34.506.463)Rendimentos financeiros 36 8.273.769 7.364.552

Resultado antes de impostos 147.552.001 40.613.548

Impostos sobre o rendimento 12 (29.878.812) (3.223.068)Resultado depois de impostos 117.673.189 37.390.480

Resultado líquido consolidado do exercício 117.673.189 37.390.480

Atribuível a:Detentores de capital próprio da empresa-mãe 38 117.656.401 37.381.548Interesses sem controlo 20 16.788 8.932

117.673.189 37.390.480Resultados por acção

Básico 38 0,57 0,18Diluído 38 0,57 0,18

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS E DE OUTRO RENDIMENTO INTEGRALPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2015 31.12.2014

Resultado líquido consolidado do exercício 117.673.189 37.390.480

Outro rendimento integral:Itens que não serão reclassificados para o resultado líquido - -

- -Itens que futuramente podem ser reclassificados para o resultado líquido

Variação no justo valor dos derivados de cobertura dos fluxos de caixa 28 73.438 1.440.725Variação de reservas de conversão cambial 31.631 -Variação do justo valor de investimentos disponíveis para venda 4.3 - 34.285

105.069 1.475.010

Outro rendimento integral do exercício 105.069 1.475.010

Total do rendimento integral consolidado do exercício 117.778.258 38.865.490

Atribuível a:Accionistas da Empresa-Mãe 117.761.470 38.856.558Interesses sem controlo 20 16.788 8.932

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIOPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Montantes expressos em Euros)

Atribuível aos accionistas da Empresa-Mãe

Notas Capital socialReserva

legalOutras

reservasAdiantamento sobre lucros

Resultado líquido Total

Interesses sem controlo

Total do capital próprio

Saldo em 1 de Janeiro de 2014 19 25.641.459 2.862.981 157.811.081 - 55.347.961 241.663.482 146.308 241.809.790Aplicação do resultado consolidado de 2013 43 - 542.162 54.805.799 - (55.347.961) - - -Distribuição de dividendos 43 - - (8.615.530) - - (8.615.530) - (8.615.530)Outros - - 204.227 - - 204.227 - 204.227Total do rendimento integral consolidado do exercício - - 1.475.010 - 37.381.548 38.856.558 8.932 38.865.490

Saldo em 31 de Dezembro de 2014 19 25.641.459 3.405.143 205.680.587 - 37.381.548 272.108.737 155.240 272.263.977

Saldo em 1 de Janeiro de 2015 19 25.641.459 3.405.143 205.680.587 - 37.381.548 272.108.737 155.240 272.263.977Aplicação do resultado consolidado de 2014 43 - 931.355 36.450.193 - (37.381.548) - - -Distribuição de dividendos 43 - - (16.410.534) - - (16.410.534) - (16.410.534)Adiantamento sobre lucros 43 - - - (51.282.918) - (51.282.918) - (51.282.918)Variações de perímetro - - 22.341 - - 22.341 (172.028) (149.687)Outros - - 150.472 - - 150.472 - 150.472Total do rendimento integral consolidado do exercício - - 105.069 - 117.656.401 117.761.470 16.788 117.778.258

Saldo em 31 de Dezembro de 2015 19 25.641.459 4.336.498 225.998.128 (51.282.918) 117.656.401 322.349.568 - 322.349.568

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

ALTRI , SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXAPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2015 2014

Actividades operacionais:Recebimentos de clientes 639.795.135 533.210.945Pagamentos a fornecedores (392.461.406) (409.260.630)Pagamentos ao pessoal (33.601.440) (29.586.593)Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (9.249.198) 8.984.629Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas 1.566.945 206.050.037 9.541.581 112.889.933

Fluxos gerados pelas actividades operacionais (1) 206.050.037 112.889.933

Actividades de investimento:Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 17 - 3.707.361Activos fixos tangíveis 1.125.366 -Activos intangíveis 24.080 -Subsídios ao investimento 21 7.435.241 9.912.368Juros e proveitos similares 3.241.445 11.826.131 7.713.817 21.333.546

Pagamentos relativos a:Investimentos financeiros 17 (149.687) -Activos fixos tangíveis (36.661.671) (37.762.699)Activos intangíveis (369.029) -Subsídios ao investimento 21 (9.082.810) (46.263.197) (1.495.878) (39.258.577)

Fluxos gerados pelas actividades de investimento (2) (34.437.066) (17.925.031)

Actividades de financiamento:Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 247.271.505 107.922.600Outras operações de financiamento 395.828 247.667.333 - 107.922.600

Pagamentos respeitantes a:Juros e custos similares (22.276.995) (34.865.972)Dividendos distribuídos (67.693.452) (8.615.530)Empréstimos obtidos (346.933.477) (436.903.923) (131.000.000) (174.481.502)

Fluxos gerados pelas actividades de financiamento (3) (189.236.590) (66.558.902)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 260.777.779 232.371.780Variação de caixa e seus equivalentes: (1)+(2)+(3) (17.623.619) 28.405.999Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 17 243.154.160 260.777.779

O Anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 1 -

1. NOTA INTRODUTÓRIA A Altri, SGPS, S.A. (“Altri” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1 de Março de 2005, no

âmbito do processo de reestruturação da Cofina, SGPS, S.A. e tem sede na Rua General Norton de Matos, 68, r/c no Porto e que tem como actividade principal a gestão de participações sociais, sendo as suas acções cotadas na Euronext Lisbon.

A Altri dedica-se à gestão de participações sociais essencialmente na área industrial, sendo a empresa-mãe do

grupo de empresas indicado na Nota 4 e designado por Grupo Altri. A actividade actual do Grupo Altri centra-se na produção de pasta branqueada de eucalipto através de três unidades produtivas (a Celbi na Figueira da Foz, a Caima em Constância do Ribatejo e a Celtejo em Vila Velha de Ródão). Face a esta realidade do Grupo Altri, o seu Conselho de Administração entende que apenas existe um segmento de negócio (produção e comercialização de pasta branqueada de eucalipto) sendo que a informação de gestão é também analisada nesse pressuposto, pelo que a informação por segmentos referida na Nota 39 se encontra limitada por estes factos. As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Altri são apresentadas em Euros em valores arredondados à unidade, sendo esta a divisa utilizada pelo Grupo nas suas operações e como tal considerada a moeda funcional. As operações das sociedades estrangeiras cuja moeda funcional não seja o Euro são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com a política estabelecida na Nota 2.2.e).

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas são as seguintes:

2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação, os quais foram preparados de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas pela União Europeia, e tomando por base o custo histórico, excepto para determinados instrumentos financeiros, que se encontram registados pelo justo valor. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – International Financial Reporting Standards) emitidas pelo International Accounting Standard Board (“IASB”), as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”), emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respectivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas, respectivamente, pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e pelo Standing Interpretation Committee (“SIC”), que tenham sido adoptadas pela União Europeia. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designados genericamente por “IFRS”.

As demonstrações financeiras intercalares foram apresentadas, trimestralmente, de acordo com IAS 34 –

“Relato Financeiro Intercalar”.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 2 -

(i) Adopção de normas e interpretações novas, emendadas ou revistas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões adoptadas (“endorsed”) pela União Europeia têm aplicação obrigatória pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2015:

Norma / Interpretação Aplicável nos

exercícios iniciados em ou após

Observações

IFRIC 21 – Pagamentos ao Estado 17-jun-14

Estabelece as condições quanto à tempestividade do reconhecimento de uma responsabilidade relacionada com o pagamento ao Estado de uma contribuição por parte de uma entidade em resultado de determinado evento (por exemplo, a participação num determinado mercado), sem que o pagamento tenha por contrapartida bens ou serviços especificados.

Emenda à IFRS 3 – Concentração de actividades empresariais(incluída nos melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro – ciclo 2011-2013)

01-jan-15Clarifica que a IFRS 3 exclui do seu âmbito de aplicação a formação de um acordo conjunto nas demonstrações financeiras do próprio acordo conjunto.

Emenda à IFRS 13 – Mensuração ao justo valor(incluída nos melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro – ciclo 2011-2013)

01-jan-15Clarifica que a excepção de aplicação da norma a activos e passivos financeiros com posições compensadas se estende a todos os contratos no âmbito da IAS 39, independentemente de cumprirem com a definição de activo ou passivo financeiro da IAS 32.

Emenda à IAS 40 – Propriedades de investimento(incluída nos melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro – ciclo 2011-2013)

01-jan-15Clarifica que é necessário aplicar juízo de valor para determinar se a aquisição de uma propriedade de investimento constitui uma aquisição de um activo ou uma concentração de actividades empresariais abrangida pela IFRS 3.

O efeito nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo do exercício findo em 31 de Dezembro de 2015, decorrente da adopção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi significativo.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 3 -

(ii) Normas, interpretações, emendas e revisões que irão entrar em vigor em exercícios futuros As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adoptadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma / Interpretação Aplicável nos

exercícios iniciados em ou após

Observações

Emenda à IAS 16 – Activos fixos tangíveis e IAS 41 – Agricultura – Plantas de produção

01-jan-16Esta emenda vem excluir as plantas que produzem frutos ou outros componentes destinados a colheita e/ou remoção do âmbito de aplicação da IAS 41, passando as mesmas a estar abrangidas pela IAS 16.

Emenda à IAS 27 – Aplicação do método de equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas

01-jan-16

Esta emenda vem introduzir a possibilidade de mensuração dos interesses em subsidiárias, acordos conjuntos e associadas em demonstrações financeiras separadas pelo método da equivalência patrimonial, para além dos métodos de mensuração actualmente existentes. Esta alteração aplica-se retrospectivamente.

Emenda à norma IAS 1 – Apresentação de demonstrações financeiras – “Disclosure Iniciative”

01-jan-16

Esta emenda vem clarificar alguns aspectos relacionados com a iniciativa de divulgações, designadamente: (i) a entidade não deverá dificultar a inteligibilidade das demonstrações financeiras através da agregação de itens materiais com itens imateriais ou através da agregação de itens materiais com naturezas distintas; (ii) as divulgações especificamente requeridas pelas IFRS apenas têm de ser dadas se a informação em causa for material; (iii) as linhas das demonstrações financeiras especificadas pela IAS 1 podem ser agregadas ou desagregadas, conforme tal for mais relevante para os objectivos do relato financeiro; (iv) a parte do outro rendimento integral resultante da aplicação do método da equivalência patrimonial em associadas e acordos conjuntos deve ser apresentada separadamente dos restantes elementos do outro rendimento integral segregando igualmente os itens que poderão vir a ser reclassificados para resultados dos que não serão reclassificados; (v) a estrutura das notas deve ser flexível, devendo estas respeitar a seguinte ordem: • uma declaração de cumprimento com as IFRS na primeira secção das notas; • uma descrição das políticas contabilísticas relevantes na segunda secção; • informação de suporte aos itens da face das demonstrações financeiras na terceira secção; e

• outra informação na quarta secção

Emenda à IAS 16 – Activos fixos tangíveis e IAS 38 – Activos intangíveis – Métodos de depreciação aceitáveis

01-jan-16

Esta emenda estabelece a presunção (que pode ser refutada) de que o rédito não é uma base apropriada para amortizar um activo intangível e proíbe o uso do rédito como base de amortização de activos fixos tangíveis. A presunção estabelecida para amortização de activos intangíveis só poderá ser refutada quanto o activo intangível é expresso em função do rendimento gerado ou quando a utilização dos benefícios económicos está altamente correlacionada com a receita gerada.

Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2012-2014)

01-jan-16

Estas melhorias envolvem a clarificação de alguns aspectos relacionados com: IFRS 5 – Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas: introduz orientações de como proceder no caso de alterações quanto ao método expectável de realização (venda ou distribuição aos accionistas); IFRS 7 – Instrumentos financeiros: divulgações: clarifica os impactos de contratos de acompanhamento de activos no âmbito das divulgações associadas a envolvimento continuado de activos desreconhecidos, e isenta as demonstrações financeiras intercalares das divulgações exigidas relativamente a compensação de activos e passivos financeiros; IAS 19 – Benefícios dos empregados: define que a taxa a utilizar para efeitos de desconto de benefícios definidos deverá ser determinada com referência às obrigações de alta qualidade de empresas que tenham sido emitidas na moeda em que os benefícios serão liquidados; e IAS 34 – Relato financeiro intercalar: clarificação sobre os procedimentos a adoptar quando a informação está disponível em outros documentos emitidos em conjunto com as demonstrações financeiras intercalares.

Emenda à IFRS 11 – Acordos conjuntos – Contabilização de aquisições de interesses em acordos conjuntos

01-jan-16

Esta emenda está relacionada com a aquisição de interesses em operações conjuntas. Estabelece a obrigatoriedade de aplicação da IFRS 3 quando a operação conjunta adquirida constituir uma actividade empresarial de acordo com a IFRS 3. Quando a operação conjunta em questão não constituir uma actividade empresarial, deverá a transacção ser registada como uma aquisição de activos. Esta alteração tem aplicação prospectiva para novas aquisições de interesses.

Emenda à IAS 19 – Benefícios dos empregados – Contribuições de empregados

01-fev-15Clarifica em que circunstâncias as contribuições dos empregados para planos de benefícios pós-emprego constituem uma redução do custo com benefícios de curto prazo.

Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2010-2012)

01-fev-15

Estas melhorias envolvem a clarificação de alguns aspectos relacionados com: IFRS 2 – Pagamentos com base em acções: definição de vesting condition ; IFRS 3 – Concentração de actividades empresariais: contabilização de pagamentos contingentes; IFRS 8 – Segmentos operacionais: divulgações relacionadas com o julgamento aplicado em relação à agregação de segmentos e clarificação sobre a necessidade de reconciliação do total de activos por segmento com o valor de activos nas demonstrações financeiras; IAS 16 – Activos fixos tangíveis e IAS 38 – Activos intangíveis: necessidade de reavaliação proporcional de amortizações acumuladas no caso de reavaliação de activos fixos; e IAS 24 – Divulgações de partes relacionadas: define que uma entidade que preste serviços de gestão à Empresa ou à sua empresa-mãe é considerada uma parte relacionada; e IFRS 13 – Justo valor: clarificações relativas à mensuração de contas a receber ou a pagar de curto prazo.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 4 -

(iii) Normas e interpretações novas, emendadas ou revistas não adoptadas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, não foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adoptadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma Observações

Emenda à IFRS 10 – Demonstrações financeiras consolidadas, IFRS 12 - Divulgações sobre participações noutras entidades e IAS 28 – Investimentos em associadas e entidades conjuntamente controladas

Estas emendas contemplam a clarificação de diversos aspectos relacionados com a aplicação da excepção de consolidação por parte de entidades de investimento.

Emendas à IFRS 10 – Demonstrações financeiras consolidadas e IAS 28 – Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos

Estas emendas vêm eliminar um conflicto existente entre as referidas normas, relacionado com a venda ou com a contribuição de activos entre o investidor e a associada ou entre o investidor e o empreendimento conjunto.

Esta norma insere-se no projecto de revisão da IAS 39 e estabelece os novos requisitos relativamente à classificação e mensuração de activos e passivos financeiros, à metodologia de cálculo de imparidade e para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura. Esta norma é de aplicação obrigatória para os exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018.

Esta norma vem estabelecer os requisitos de relato, por parte de entidades que adoptem pela primeira vez as IFRS aplicáveis a activos regulados.

Esta norma vem introduzir uma estrutura de reconhecimento do rédito baseada em princípios e assente num modelo a aplicar a todos os contratos celebrados com clientes, substituindo as normas IAS 18 – Rédito, IAS 11 – Contratos de construção; IFRIC 13 – Programas de fidelização; IFRIC 15 – Acordos para a construção de imóveis; IFRIC 18 – Transferências de Activos Provenientes de Clientes e SIC 31 – Rédito - Transacções de troca directa envolvendo serviços de publicidade. Esta norma é de aplicação obrigatória para os exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018.

Esta norma vem introduzir os princípios de reconhecimento e mensuração de locações, substituindo a IAS 17 – Locações. A norma define um único modelo de contabilização de contratos de locação que resulta no reconhecimento pelo locatário de activos e passivos para todos os contratos de locação, excepto para as locações com um período inferior a 12 meses ou para as locações que incidam sobre activos de valor reduzido. Os locadores continuarão a classificar as locações entre operacionais ou financeiras, sendo que a IFRS 16 não implicará alterações substanciais para tais entidades face ao definido na IAS 17.

IFRS 15 – Rédito de contratos com clientes

IFRS 9 – Instrumentos financeiros (2009) e emendas posteriores

IFRS 14 – Activos regulados

IFRS 16 – Locações

Estas normas não foram ainda adoptadas (“endorsed”) pela União Europeia e, como tal, não foram adoptadas pelo Grupo no exercício findo em 31 de Dezembro de 2015. Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas decorrentes da adopção das mesmas. As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adoptados pelo Grupo Altri em 31 de Dezembro de 2015 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2014.

Na preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IFRS, o Conselho de Administração da Empresa adoptou certos pressupostos e estimativas que afectam os activos e passivos reportados, bem como os proveitos e custos incorridos relativos aos períodos reportados. Todas as estimativas e assunções efectuadas pelo Conselho de Administração foram efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras consolidadas, dos eventos e transacções em curso.

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em

Assembleia Geral de Accionistas. O Conselho de Administração do Grupo Altri entende que as mesmas serão aprovadas sem alterações.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 5 -

2.2 PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO Os princípios de consolidação adoptados pelo Grupo Altri na preparação das suas demonstrações financeiras

consolidadas são os seguintes:

a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo Altri detenha, directa ou indirectamente, mais

de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas são apresentados separadamente na demonstração da posição financeira consolidada e na demonstração dos resultados consolidada nas rubricas “Interesses sem controlo”. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras pelo método de consolidação integral encontram-se detalhadas na Nota 4.1.

O rendimento integral total é atribuído aos proprietários da empresa-mãe e dos interesses sem controlo,

mesmo que isso resulte num saldo deficitário ao nível dos interesses sem controlo. Nas concentrações empresariais ocorridas após a data de transição para as Normas Internacionais de

Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia – IFRS 1 (1 de Janeiro de 2004), os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição conforme estabelecido pela IFRS 3 – “Concentrações de actividades empresariais”. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como goodwill. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor de activos e passivos líquidos adquiridos (incluindo passivos contingentes) seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito do exercício após reconfirmação do justo valor atribuído. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações de

resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda, respectivamente. Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para

adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação.

Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim

específico (“Special Purpose Entities” – SPE’s), ainda que não possua participações de capital directamente ou indirectamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, não existiam este tipo de entidades nas demonstrações financeiras consolidadas anexas.

b) Empresas controladas conjuntamente

Os investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente (entendendo o Grupo como tal as empresas onde detém o controlo conjunto das mesmas através da participação nas decisões financeiras e operacionais da empresa - geralmente investimentos representando 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, os investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente são inicialmente contabilizados pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido do valor correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. As participações financeiras são posteriormente ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas controladas conjuntamente por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. Adicionalmente, os dividendos destas empresas são registados como uma diminuição do valor do investimento, e a parte proporcional nas variações dos capitais próprios é registada como uma variação do capital próprio do Grupo.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 6 -

As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da empresa controlada conjuntamente na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas como goodwill e mantidas no valor da rubrica “Investimentos em empresas associadas e empreendimentos conjuntos”. Se essas diferenças forem negativas, após reconfirmação do justo valor atribuído, são registadas como rendimento do exercício na rubrica “Resultados relativos a empresas associadas e empreendimentos conjuntos”. É efectuada uma avaliação dos investimentos em empresas controladas conjuntamente quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir são objecto de reversão. Os ganhos não realizados em transacções com empresas controladas conjuntamente são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na empresa por contrapartida do investimento nessa mesma empresa controlada conjuntamente. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade. Os investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente encontram-se detalhados na Nota 4.2.

c) Investimentos financeiros em empresas associadas

Os investimentos financeiros em empresas associadas (entendendo o Grupo como tal as empresas onde

exerce uma influência significativa mas em que não detém o controlo ou o controlo conjunto das mesmas através da participação nas decisões financeiras e operacionais da empresa - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, os investimentos financeiros em empresas

associadas são inicialmente contabilizados pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido do valor correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. As participações financeiras são posteriormente ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. Adicionalmente, os dividendos destas empresas são registados como uma diminuição do valor do investimento, e a parte proporcional nas variações dos capitais próprios é registada como uma variação do capital próprio do Grupo.

As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada

na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas como goodwill e mantidas no valor da rubrica “Investimentos em empresas associadas”. Se essas diferenças forem negativas, após reconfirmação do justo valor atribuído, são registadas como proveito do exercício na rubrica “Resultados relativos a empresas associadas”.

É efectuada uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo

possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir são objecto de reversão.

Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o

investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo, excepto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada, registando nesses casos uma provisão para fazer face a essas obrigações.

Os ganhos não realizados em transacções com empresas associadas são eliminados proporcionalmente

ao interesse do Grupo na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade.

Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na Nota 4.2.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 7 -

d) Goodwill

As diferenças entre o preço de aquisição dos investimentos financeiros em empresas do Grupo (subsidiárias), acrescido do valor dos interesses sem controlo, e o montante atribuído ao justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando positivas são registadas na rubrica “Goodwill” e quando negativas, após uma reavaliação do seu apuramento, são registadas directamente na demonstração dos resultados. As diferenças entre o preço de aquisição dos investimentos financeiros em empresas associadas e empresas controladas conjuntamente e o montante atribuído ao justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando positivas, são mantidas na rubrica “Investimentos em empresas associadas e empreendimentos conjuntos” e, quando negativas, após uma reavaliação do seu apuramento, são registadas directamente na demonstração dos resultados. As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em filiais sedeadas no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas filiais à data da sua aquisição, são registadas na moeda de reporte dessas filiais, sendo convertidas para a moeda de reporte do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica “Reservas de conversão” incluída na rubrica “Outras reservas”. O Grupo Altri, numa base de transacção a transacção (para cada concentração de actividades empresariais), opta por mensurar qualquer interesse sem controlo na empresa adquirida ou pelo justo valor ou pela parte proporcional dos interesses sem controlo nos activos líquidos identificáveis da adquirida. Até 1 de Janeiro de 2010, os interesses sem controlo eram valorizados exclusivamente de acordo com a proporção do justo valor dos activos e passivos adquiridos. O valor dos pagamentos contingentes futuros é reconhecido como passivo no momento da concentração empresarial de acordo com o seu justo valor, sendo que qualquer alteração ao valor reconhecido inicialmente é registada em contrapartida do valor de “Goodwill”, mas apenas se ocorrer dentro do período de mensuração (12 meses após a data de aquisição) e se estiver relacionada com eventos anteriores à data de aquisição, caso contrário deverá ser registada por contrapartida da demonstração dos resultados. Transacções de compra ou venda de interesses em entidades já controladas, sem que tal resulte em perda de controlo são tratadas como transacções entre detentores de capital afectando apenas as rubricas de capital próprio sem que exista impacto na rubrica “Goodwill” ou na demonstração dos resultados. No momento em que uma transacção de venda gerar uma perda de controlo, deverão ser desreconhecidos os activos e passivos dessa entidade, e qualquer interesse retido na entidade alienada deverá ser remensurado ao justo valor, e a eventual perda ou ganho apurada com a alienação é registada na demonstração dos resultados. O Grupo testa anualmente a existência de imparidade do goodwill. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados com base no cálculo dos valores de uso. Estes cálculos exigem o uso de pressupostos que são efectuados com base em estimativas de circunstâncias futuras cuja ocorrência poderá vir a ser diferente da estimada.

e) Conversão de demonstrações financeiras de filiais expressas em moeda estrangeira

Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras incluídas na consolidação

são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio à data da demonstração da posição financeira e os custos e proveitos bem como os fluxos de caixa são convertidos para Euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no exercício. A diferença cambial resultante é registada na rubrica de capitais próprios “Reservas de conversão”.

O valor do goodwill e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são

tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos para Euros de acordo com a taxa de câmbio em vigor no final do exercício.

Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na

demonstração de resultados como um ganho ou perda na alienação, no caso de existir controlo, ou transferido para interesses sem controlo, no caso de não haver perda de controlo.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 8 -

A cotação utilizada na conversão para euro das contas da filial em moeda estrangeira foi como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Final do exercício Média do exercício Final do exercício Média do exercício

Franco Suíço 1,0835 1,0679 1,2024 1,2146

2.3 PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

Os principais critérios valorimétricos usados pelo Grupo Altri na preparação das suas demonstrações

financeiras consolidadas são os seguintes:

a) Activos intangíveis

Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Os activos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de desenvolvimento para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu

desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo no período em que são incorridas.

Os gastos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como

custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações os custos são capitalizados como activos intangíveis.

As amortizações são calculadas, após os bens estarem disponíveis para uso, pelo método das quotas

constantes em conformidade com o período de vida útil estimado (genericamente 3 a 5 anos).

b) Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) encontram-se registados ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas por imparidade.

Os activos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição,

deduzido das correspondentes amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após a data em que os bens estejam disponíveis para serem utilizados, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada: Anos Terrenos e recursos naturais 20 a 50 Edifícios e outras construções 10 a 50 Equipamento básico 2 a 15 Equipamento de transporte 2 a 10 Equipamento administrativo 2 a 10 Outros activos fixos tangíveis 3 a 10 As perdas por imparidade detectadas no valor de realização dos activos fixos tangíveis são registadas no

ano em que se estimam, por contrapartida da rubrica “Provisões e perdas por imparidade” da demonstração dos resultados.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 9 -

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos activos nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos activos fixos tangíveis são registadas como gasto do exercício em que incorridas.

Os activos fixos tangíveis em curso representam imobilizado ainda em fase de construção, encontrando-se

registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estes activos fixos são amortizados a partir do momento em que os activos subjacentes estejam disponíveis para uso e nas condições necessárias para operar de acordo com o pretendido pela gestão.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do activo fixo tangível são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo registadas na demonstração dos resultados nas rubricas “Outros rendimentos” ou “Outros gastos”.

c) Propriedades de investimento

As propriedades de investimento do Grupo Altri correspondem a imóveis não afectos à actividade do Grupo, não se destinando ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para fins administrativos ou para venda no curso ordinário dos negócios. As propriedades de investimento são inicialmente mensuradas ao custo (que inclui custos de transacção) e, subsequentemente, são mantidas ao custo de aquisição ou produção, deduzido de eventuais perdas por imparidade acumuladas.

d) Locações

A classificação das locações como financeiras ou operacionais é realizada em função da substância dos contratos em causa e não da sua forma.

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos

substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse ou como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

A análise de transferência de riscos e benefícios inerentes à posse do activo toma em consideração

diversos factores, nomeadamente, se a posse está ou não contratualmente condicionada a assumir a propriedade do bem, o valor de pagamentos mínimos a efectuar ao abrigo do contrato, a natureza do activo sob locação e a duração do contrato tendo em consideração a possibilidade de renovação.

Os activos fixos adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes

responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no activo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme descrito na Nota 2.3.b), são registados como gastos na demonstração dos resultados do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas referentes a bens adquiridos neste

regime são reconhecidas como gastos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

e) Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas Os subsídios recebidos no âmbito de programas de formação profissional ou subsídios à exploração, são

registados na rubrica “Outros rendimentos” da demonstração consolidada dos resultados do exercício em que estes programas são realizados, independentemente da data do seu recebimento.

Os subsídios atribuídos a fundo perdido para financiamento de activos fixos tangíveis são registados na

demonstração da posição financeira como “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” relativamente às parcelas de curto prazo e de médio e longo prazo respectivamente, e reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações dos activos fixos tangíveis subsidiados.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 10 -

f) Imparidade dos activos, excepto goodwill É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos do Grupo à data de cada demonstração da posição

financeira e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é

reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”.

A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda

líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando se conclui

que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Outros rendimentos”. Esta reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

g) Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo

na demonstração dos resultados do exercício de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção

ou produção de activos fixos tangíveis são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponíveis para utilização ou no final da construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso.

h) Inventários

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao custo médio de

aquisição, deduzido do valor dos descontos de quantidade concedidos pelos fornecedores, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são

valorizados ao custo de produção, que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, e que é inferior ao valor de mercado. Dentro desta óptica, a madeira cortada em posse do Grupo encontra-se valorizada ao custo de produção, que inclui os custos incorridos com o corte e “rechega” da madeira, assim como a parte proporcional à área cortada dos custos acumulados de estabelecimento, manutenção e gastos administrativos com estes activos.

O Grupo procede ao registo das correspondentes perdas por imparidade para reduzir, quando aplicável, os

inventários ao seu valor realizável líquido ou preço de mercado.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 11 -

i) Activos biológicos

Parte da actividade do Grupo Altri consiste no cultivo de várias espécies florestais, principalmente eucalipto, as quais são basicamente utilizadas como matéria-prima para a produção de pasta de papel. Em 31 de Dezembro de 2015 o Grupo Altri é proprietário de diversas florestas destinadas a esta actividade, as quais se encontram classificadas na rubrica “Activos biológicos”. Os solos florestais que são propriedade do Grupo estão valorizados de acordo com a política contabilística referida na Nota 2.3 b) e são apresentados na rubrica “Activos fixos tangíveis” da demonstração consolidada da posição financeira.

Dada a inexistência de um mercado activo em Portugal onde se transaccionem estas espécies florestais e dada a impossibilidade de estimar de forma fiável o valor presente dos fluxos de caixa futuros gerados por esses activos biológicos, o Conselho de Administração do Grupo Altri optou por registar os activos biológicos ao seu custo histórico deduzido de perdas por imparidade, o qual inclui todos os encargos incorridos com a sua plantação e desenvolvimento.

O custo da madeira é transferido para custos de produção quando a respectiva madeira é cortada e incorporada no produto final de forma proporcional à área cortada nesse exercício face à área total da propriedade na qual foi cortada a madeira, sendo que os cortes de madeira própria são valorizados ao custo específico de cada mata atribuído a cada corte.

Apesar de não ser possível estimar de forma fiável o justo valor dos activos biológicos pelas razões atrás mencionadas, é no entanto convicção do Conselho de Administração da Empresa que o mesmo é superior ao seu valor contabilístico. Este entendimento assenta no facto da actividade de gestão florestal se encontrar concentrada na filial Altri Florestal, S.A. a qual tem vindo a gerar uma situação de exploração recorrente equilibrada sendo que as unidades industriais do Grupo Altri adquirem a matéria-prima à Altri Florestal, S.A. a preços similares ao que a adquirem a terceiros.

j) Provisões As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tenha uma obrigação presente (legal

ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano

formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas. k) Complementos de reforma

Algumas empresas do Grupo assumiram compromissos de conceder aos seus empregados prestações

pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez. Para cobrir essas responsabilidades existem os correspondentes fundos de pensões autónomos, cujos encargos anuais, determinados de acordo com cálculos actuariais são registados como custos ou proveitos do exercício, em conformidade com a IAS 19 – “Benefícios dos empregados”.

O efeito da mensuração das responsabilidades por planos de benefícios definidos, incluindo ganhos e

perdas actuariais, e o rendimento dos activos do plano (quando aplicável) líquido de juros é reconhecido de imediato na demonstração de rendimento integral (em capital próprio, na rubrica de resultados transitados), sem impacto na demonstração de resultados. Tal mensuração não é objecto de reclassificação para a demonstração de resultados em exercícios subsequentes.

O juro líquido é reconhecido na demonstração de resultados, bem como o custo dos serviços passados é

reconhecido na demonstração dos resultados nos exercícios em que os mesmos são prestados pelos trabalhadores.

Qualquer insuficiência de cobertura por parte dos fundos de pensões autónomos face às responsabilidades

por serviços passados é registada como um passivo nas demonstrações financeiras do Grupo. Quando a situação patrimonial dos fundos de pensões autónomos é superior às responsabilidades por

serviços passados, o Grupo Altri regista um activo nas suas demonstrações financeiras na medida em que o diferencial corresponda a menores necessidades de dotações para os fundos de pensões no futuro.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 12 -

As responsabilidades actuariais são calculadas de acordo com o “Projected Unit Credit Method” utilizando

os pressupostos actuariais e financeiros considerados adequados (Nota 30). A partir de Maio de 2014, as empresas do Grupo passaram a conceder esses complementos de reforma

através de planos de contribuição definida (com excepção das subsidiárias Celtejo, Caima Indústria e Altri Florestal em que coexistem as duas situações), sendo a contribuição da Empresa reconhecida em gastos do exercício.

l) Instrumentos financeiros

i) Investimentos Os investimentos detidos pelo Grupo são classificados como segue:

Investimentos detidos até à maturidade, designados como activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada, e relativamente aos quais existe a intenção positiva e a capacidade de os deter até à maturidade. Estes investimentos são classificados como Activos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira.

Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados fazem parte de uma carteira de

instrumentos financeiros geridos com o objectivo de obtenção de lucros no curto prazo e são classificados como Activos correntes.

Investimentos disponíveis para venda, designados como todos os restantes investimentos que

não sejam considerados como detidos até à maturidade ou mensurados ao justo valor através de resultados, sendo classificados como Activos não correntes.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço

pago sendo que no caso dos investimentos detidos até à maturidade e investimentos disponíveis para venda são incluídas no valor do activo as despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os

investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data da demonstração da posição financeira, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os investimentos detidos até à maturidade são mensurados pelo custo amortizado usando o método da taxa de juro efectiva.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis

para venda são registados no capital próprio, na rubrica de “Reservas de cobertura” incluída na rubrica “Outras reservas” até o investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que a perda acumulada é transferida para a demonstração dos resultados.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos

respectivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira. No caso de investimentos em partes de capital classificados como disponíveis para venda considera-

se que um investimento se encontra em imparidade quando ocorre um declínio significativo ou prolongado do seu justo valor abaixo do seu custo de aquisição.

Os investimentos detidos até ao vencimento são registados ao custo amortizado através da taxa de

juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 13 -

ii) Clientes e outras dívidas de terceiros As dívidas de “Clientes” e as “Outras dívidas de terceiros” são registadas pelo seu valor nominal e

apresentadas na demonstração da posição financeira consolidada deduzidas de eventuais perdas por imparidade para que as mesmas reflictam o seu valor presente realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto.

As perdas por imparidade são registadas em sequência de eventos ocorridos que indiquem,

objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades, bem como informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do

saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.

iii) Empréstimos e contas a pagar não correntes Os empréstimos e as contas a pagar não correntes são registados no passivo pelo custo amortizado

utilizando o método da taxa de juro efectiva. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a pagar de muito curto prazo cujos valores a reconhecer sejam imateriais, e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico dos empréstimos caso não sejam liquidados durante o exercício.

Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar activos e passivos e o Conselho

de Administração pretenda liquidar numa base líquida ou realizar o activo e liquidar simultaneamente o passivo, os mesmos são compensados, e apresentados na demonstração da posição financeira pelo seu montante líquido.

iv) Fornecedores e outras dívidas a terceiros As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não

vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial.

v) Instrumentos derivados

O Grupo Altri utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos

de caixa respeitam a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos, de taxa de câmbio, bem como de cobertura do preço da pasta de papel. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. Os índices de preços aos quais estão indexados os contratos de futuros de cobertura do preço da pasta de papel, são os mais utilizados pelas empresas do Grupo como referencial do preço de venda da sua pasta de papel.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de

cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

- a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada; - existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura; e - a transacção objecto de cobertura é altamente provável.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 14 -

Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes

instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica “Reservas de cobertura”, sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efectuada com recurso a sistemas

informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por base a actualização, para a data da demonstração da posição financeira, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo e do “leg” variável do instrumento derivado.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se

vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas até então, que se encontram registadas em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertura”, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração dos resultados.

Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo específico de

cobertura de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afectam directamente a demonstração de resultados, nas rubricas “Rendimentos financeiros” e “Gastos financeiros”.

vi) Passivos financeiros e Instrumentos de capital próprio Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a

substância contratual da transacção, independentemente da forma legal que assumem. São considerados instrumentos de capital próprio os que evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos, sendo registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.

vii) Acções próprias As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital

próprio. Os ganhos e perdas inerentes à alienação das acções próprias são registadas na rubrica “Outras reservas”, não afectando o resultado do exercício.

viii) Letras descontadas e contas a receber cedidas em “factoring”

O Grupo desreconhece activos financeiros nas suas demonstrações financeiras, unicamente quando o direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais activos já tiver expirado, ou quando o Grupo transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais activos para uma terceira entidade. Se o Grupo retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais activos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica “Outros empréstimos” a contrapartida monetária pelos activos cedidos. Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em factoring à data de cada demonstração da posição financeira, com excepção das operações de “factoring sem recurso” (e para as quais seja inequívoco que são transferidos os riscos e benefícios inerentes a estas contas a receber) são reconhecidas nas demonstrações financeiras do Grupo até ao momento do seu recebimento.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 15 -

ix) Caixa e equivalentes de caixa Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de

caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de valor.

Ao nível da demonstração consolidada dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa”

compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica do passivo corrente “Empréstimos bancários”.

x) Activos classificados como detidos para venda ou em descontinuação

Os activos e os passivos são classificados como detidos para venda ou em descontinuação, quando a

sua realização se espera efectivar não pelo uso mas pela venda. O Grupo classifica os activos e os passivos nesta rubrica quando existe uma elevada probabilidade da venda se realizar nos dozes meses seguintes e os activos e passivos estão disponíveis para venda imediata.

Os activos classificados como detidos para venda ou em descontinuação são valorizados ao mais

baixo do seu valor contabilístico à data da decisão de venda ou do seu justo valor deduzido dos custos da venda.

m) Activos e passivos contingentes

Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência

somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa mas

unicamente objecto de divulgação quando é provável a existência de um benefício económico futuro. Os passivos contingentes são definidos pela Empresa como: (i) obrigações possíveis que surjam de

acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da empresa; ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afecte benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo, sendo os

mesmos objecto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objecto de divulgação.

n) Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas

incluídas na consolidação e considera a tributação diferida. O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas

incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor. A generalidade das empresas incluídas no perímetro de consolidação do Grupo Altri pelo método integral

são tributadas segundo o regime especial de tributação de grupos de sociedades, de acordo com o art.º. 69º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade da demonstração da

posição financeira e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou substancialmente em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 16 -

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de

valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

o) Rédito e especialização dos exercícios

O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quando (i)

são transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o controlo efectivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensurada, (iv) seja provável que os benefícios económicos associados com as transacções fluam para o Grupo e (v) os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção possam ser fiavelmente mensurados. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos na demonstração dos resultados do período em que é decidida a sua atribuição.

As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios

pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas rubricas “Outros activos correntes”, “Outros passivos correntes”, “Outros activos não correntes” e “Outros passivos não correntes”.

Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja conhecido são estimados com base na melhor avaliação

dos Conselhos de Administração das Empresas do Grupo.

p) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando as

taxas de câmbio oficiais vigentes à data da demonstração da posição financeira. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio

em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração consolidada dos resultados do exercício, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

q) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem provas ou informações adicionais sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras do Grupo. Os eventos após a data da demonstração da posição financeira que sejam indicativos de condições que surgiram após a data da demonstração da posição financeira (“non adjusting events”), quando materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

r) Informação por segmentos

Em cada exercício, são identificados os segmentos relatáveis aplicáveis ao Grupo mais adequados tendo

em consideração as actividades desenvolvidas. Actualmente, o Grupo Altri apenas tem um segmento de negócio (Produção e comercialização de pasta

branqueada de eucalipto) na medida em que o reporte interno de informação à gestão é efectuado nesse pressuposto.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 17 -

s) Julgamentos e estimativas Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com os IAS/IFRS, o

Conselho de Administração do Grupo adoptou certos pressupostos e estimativas que afectam os activos e passivos, bem como os proveitos e custos incorridos relativos aos períodos reportados. Todas as estimativas e assunções efectuadas pelo Conselho de Administração foram efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transacções em curso.

Os principais juízos de valor e estimativas mais significativas efectuadas utilizadas na preparação nas

demonstrações financeiras consolidadas incluem:

a) Vidas úteis dos activos fixos tangíveis e intangíveis; b) Testes de imparidade do goodwill, de outros activos biológicos, activos fixos tangíveis e intangíveis,

bem como de investimentos financeiros; c) Registo de imparidade aos valores do activo, nomeadamente, inventários e contas a receber; d) Cálculo da responsabilidade associada aos fundos de pensões; e) Apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados; e f) Provisões.

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas na demonstração de resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8 – Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros.

2.4 GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO

O Grupo Altri encontra-se exposto essencialmente ao: (i) risco de mercado; (ii) risco de liquidez; e (iii) risco de crédito. O principal objectivo da Administração ao nível da gestão de risco é o de reduzir estes riscos a um nível considerado aceitável para o desenvolvimento das actividades do Grupo. As linhas orientadoras da política de gestão de risco são definidas pelo Conselho de Administração da Altri, o qual determina quais os limites de risco aceitáveis. A concretização operacional da política de gestão de risco é levada a cabo pela Administração e pela Direcção de cada uma das empresas participadas. a) Risco de mercado Revestem-se de particular importância no âmbito da gestão de risco de mercado o risco de taxa de juro, o risco de taxa de câmbio, o risco da variabilidade nos preços de commodities e os riscos relacionados com a gestão florestal e produção de eucalipto. O Grupo, quando entende necessário, utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos de mercado a que está exposto como forma de garantir a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação ou especulação.

i) Risco de taxa de juro A exposição do Grupo à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor. O Grupo utiliza instrumentos derivados ou transacções semelhantes para efeitos de cobertura de riscos de taxas de juro consideradas significantes. Três princípios são utilizados na selecção e determinação dos instrumentos de cobertura da taxa de juro:

Para cada derivado ou instrumento de cobertura utilizado para protecção do risco associado a um

determinado financiamento, existe coincidência entre as datas dos fluxos de juros pagos nos financiamentos objecto de cobertura e as datas de liquidação ao abrigo dos instrumentos de cobertura;

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 18 -

Equivalência perfeita entre as taxas base: o indexante utilizado no derivado ou instrumento de

cobertura deverá ser o mesmo que o aplicável ao financiamento/transacção que está a ser coberta; e

Desde o início da transacção, o custo máximo do endividamento, resultante da operação de cobertura realizada, é conhecido e limitado, mesmo em cenários de evoluções extremas das taxas de juro de mercado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadrável no custo dos fundos considerado no plano de negócios do Grupo.

Uma vez que a totalidade do endividamento do Grupo Altri se encontra indexado a taxas variáveis, são utilizados swaps de taxa de juro, quando tal é considerado necessário, como forma de protecção contra as variações dos fluxos de caixa futuros associados aos pagamentos de juros. Os swaps de taxa de juro contratados têm o efeito económico de converter os respectivos empréstimos associados a taxas variáveis para taxas fixas. Ao abrigo destes contratos o Grupo acorda com terceiras partes (Bancos) a troca, em períodos de tempo pré-determinados, da diferença entre o montante de juros calculados à taxa fixa contratada e à taxa variável da altura da refixação, com referência aos respectivos montantes nocionais acordados.

As contrapartes dos instrumentos de cobertura estão limitadas a instituições de crédito de elevada qualidade creditícia, sendo política do Grupo privilegiar a contratação destes instrumentos com entidades bancárias que formem parte das suas operações de financiamento. Para efeitos de determinação da contraparte das operações pontuais, o Grupo Altri solicita a apresentação de propostas e preços indicativos a um número representativo de bancos de forma a garantir a adequada competitividade destas operações.

Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo Altri utiliza determinados métodos, tais como modelos de avaliação de opções e de actualização de fluxos de caixa futuros, e utiliza determinados pressupostos que são baseados nas condições de taxas de juro de mercado prevalecentes à data da demonstração da posição financeira consolidada. Cotações comparativas de instituições financeiras, para instrumentos específicos ou semelhantes, são utilizados como referencial de avaliação.

O Conselho de Administração do Grupo Altri aprova os termos e condições dos financiamentos considerados materiais para a Empresa, analisando para tal a estrutura da dívida, os riscos inerentes e as diferentes opções existentes no mercado, nomeadamente quanto ao tipo de taxa de juro (fixo/variável).

O objectivo do Grupo é limitar a volatilidade dos cash-flows e resultados tendo em conta o perfil da sua actividade operacional através da utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa fixa e variável. A política do Grupo permite a utilização de derivados de taxa de juro para redução da exposição às variações da Euribor e não para fins especulativos.

A maior parte dos instrumentos derivados utilizados pelo Grupo na gestão do risco taxa de juro são definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa por configurarem relações perfeitas de cobertura. Os indexantes, as convenções de cálculos, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados. No entanto, existem alguns instrumentos derivados que, embora tenham sido contratados com o objectivo de cobertura do risco da taxa de juro, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura. A análise da sensibilidade dos resultados do Grupo Altri a alterações da taxa de juro encontra-se na Nota 21.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 19 -

ii) Risco de taxa de câmbio

O Grupo está exposto ao risco de taxa de câmbio nas transacções relativas a vendas de produtos acabados em mercados internacionais em moeda diferente do Euro.

Sempre que o Conselho de Administração considere necessário, para reduzir a volatilidade dos seus resultados à variabilidade das taxas de câmbio, a exposição é controlada através de um programa de compra de divisas a prazo (forwards) ou de outros instrumentos derivados de taxa de câmbio.

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 os saldos (em Euros) expressos em USD, que é a principal moeda diferente do Euro, são como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Contas a receber 18.702.921 13.340.951 Contas a pagar 53.202 702.603 Depósitos bancários (Nota 17) 7.999.537 5.644.642 Factoring (Nota 21) 4.340.785 2.205.502

31.096.446 21.893.698

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 os saldos (em Euros) expressos em moeda diferente do Euro e do USD são como se segue:

31.12.2015 31.12.2014

Contas a pagar 17.053 122.022

17.053 122.022

O Conselho de Administração do Grupo entende que eventuais alterações da taxa de câmbio não terão um efeito significativo sobre as demonstrações financeiras consolidadas quer pela dimensão dos activos e passivos expressos em moeda estrangeira, quer pela reduzida maturidade dos mesmos.

iii) Risco de variabilidade nos preços de commodities

Desenvolvendo a sua actividade num sector que transacciona commodities (pasta de papel), o Grupo encontra-se particularmente exposto a variações do seu preço, com os correspondentes impactos nos seus resultados. No entanto, para gerir este risco foram celebrados contratos de cobertura de variação de preços da pasta de papel, pelos montantes e valores considerados adequados às operações previstas, atenuando assim a volatilidade dos seus resultados.

O aumento/diminuição de 5% do preço da pasta de papel transaccionada pelo Grupo Altri durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 teria implicado um aumento/diminuição dos resultados operacionais2 de, aproximadamente, 28,25 Milhões de Euros, sem considerar o efeito dos derivados de pasta de papel (Nota 28) e mantendo-se tudo o resto constante.

iv) Riscos relacionados com a gestão florestal e produção de eucalipto A Altri, através da sua subsidiária Altri Florestal, tem sob intervenção um património florestal de cerca de 82 mil hectares (84 mil hectares em 2014) dos quais o eucalipto representa 80%. A área florestal está certificada pelo FSC ® (Forest Stewardship Council ®1) e pelo PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification) os quais estabelecem princípios e critérios relativamente aos quais é avaliada a sustentabilidade da gestão do património florestal nas vertentes económica, ambiental e social.

1 FSC-C004615 2 Resultados operacionais = Resultados antes de imposto + Gastos financeiros – Rendimentos financeiros – Resultados relativos a empresas associadas e empreendimentos conjuntos

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 20 -

Neste contexto, toda a actividade florestal é dirigida para a optimização dos recursos disponíveis salvaguardando a estabilidade ambiental e os valores ecológicos presentes no seu património e garantindo o seu desenvolvimento. Os riscos associados a qualquer actividade florestal também estão presentes na gestão da Altri Florestal. Os incêndios florestais e as pragas e doenças que podem ocorrer nas diferentes matas espalhadas por todo o território nacional são os maiores riscos com que o sector se defronta na sua actividade. Estas ameaças, se ocorrem, em função da sua intensidade, afectam o normal funcionamento das explorações florestais e a eficiência da produção. De forma a prevenir e reduzir o impacto dos incêndios florestais nas matas, a Altri Florestal participa no agrupamento Afocelca, em parceria com o grupo Portucel, que tem como finalidade a disponibilização, coordenação e a gestão dos meios disponíveis para o combate aos incêndios. Ao mesmo tempo são efectuados recorrentemente investimentos significativos nas áreas florestais com a limpeza da floresta para reduzir os riscos de propagação de incêndios assim como minorar os seus prejuízos. No que respeita às pragas e doenças, o seu aparecimento pode reduzir de forma significativa o crescimento dos povoamentos florestais provocando danos irreversíveis na produtividade. Para o seu combate foram estabelecidos procedimentos de luta integrada, quer através de largadas de parasitóides específicos oriundos da Austrália quer através da utilização de produtos fitofármacos de modo a controlar as populações de insectos nocivos e reduzir o impacto negativo da sua presença. Por outro lado, nas áreas mais afectadas, a Altri Florestal está a utilizar material genético mais adequado nas novas plantações que, pelas suas características, permitem resistir melhor a essas pragas e doenças. O aumento/diminuição de 5% do preço da madeira durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 teria implicado uma diminuição/aumento nos resultados operacionais de, aproximadamente, 10,6 Milhões de Euros mantendo-se tudo o resto constante.

b) Risco de liquidez

O principal objectivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que o Grupo tem disponível, a todo o momento, os recursos financeiros necessários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam devidos, através de uma adequada gestão da maturidade dos financiamentos.

O Grupo prossegue assim uma política activa de refinanciamento pautada: (i) pela manutenção de um nível elevado de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face a necessidades de curto prazo; e (ii) pelo alongamento ou manutenção da maturidade da dívida de acordo com os cash-flows previstos e a capacidade de alavancagem do seu balanço.

A análise de liquidez para instrumentos financeiros é apresentada junto da nota respectiva a cada classe de passivos financeiros. c) Risco de crédito O Grupo está exposto ao risco de crédito no âmbito da sua actividade operacional corrente. Este risco é controlado através de um sistema de recolha de informação financeira e qualitativa, prestada por entidades reconhecidas que fornecem informação de riscos, que permitem avaliar a viabilidade dos clientes no cumprimento das suas obrigações, visando a redução do risco de concessão de crédito. A avaliação do risco de crédito é efectuada numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo adoptados procedimentos correctivos sempre que tal se julgue conveniente. O risco de crédito é limitado pela gestão da concentração de riscos e uma rigorosa selecção de contrapartes bem como pela contratação de seguros de crédito junto de instituições especializadas e que cobrem uma parte significativa do crédito concedido em resultado da actividade desenvolvida pelo Grupo. Os ajustamentos para contas a receber são calculados tendo em consideração; (i) o perfil de risco do cliente; (ii) o prazo médio de recebimento; e (iii) as condições financeiras do cliente.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 21 -

Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas por imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, estando portanto ao seu justo valor.

3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS

Não ocorreram durante o exercício alterações de políticas contabilísticas não tendo igualmente sido corrigidos erros materiais relativos a exercícios anteriores.

4. INVESTIMENTOS

4.1 INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS

As empresas incluídas na consolidação pelo método integral, respectivas sedes, proporção do capital detido e

actividade desenvolvida em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 são as seguintes:

Denominação social Sede

Percentagem efectiva de

participação

Percentagem efectiva de

participação Actividade principal2015 2014

Empresa mãe:

Altri, SGPS, S.A. Porto Sociedade gestora de participações sociais

Subsidiárias:

Altri Abastecimento de Madeira, S.A. Figueira da Foz 100% 100% Comercialização de madeira

Altri Florestal, S.A. Figueira da Foz 100% 100% Exploração silvícola

Altri Sales, S.A. Nyon, Suiça 100% 100% Serviços de apoio à gestão do grupo

Altri, Participaciones Y Trading, S.L. Madrid, Espanha 100% 100% Comercialização de pasta de papel

Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. Constância 100% 100% Produção de energia térmica e eléctrica

Caima Indústria de Celulose, S.A. Constância 100% 100% Produção e comercialização de pasta de papel

Captaraíz Unipessoal, Lda. Figueira da Foz 100% 100% Compra e venda de imóveis

Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. Vila Velha de Ródão 100% 99,83% Produção e comercialização de pasta de papel

Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. Figueira da Foz 100% 100% Produção e comercialização de pasta de papel

Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A. Figueira da Foz 100% 100% Exploração silvícola

Pedro Frutícola, Sociedade Frutícola, S.A. Constância 100% 100% Produção agrícola

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. Óbidos 100% 100%Produção de plantas em viveiros e prestação de

serviços agro-florestais e paisagísticos Estas empresas filiais foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Altri pelo método

de consolidação integral, conforme indicado na Nota 2.2 a). 4.2 INVESTIMENTOS EM EMPRESAS ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

As empresas associadas e os empreendimentos conjuntos, proporção do capital detido e actividade

desenvolvida em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 são como segue:

Denominação social Sede Social Demonstração da posição financeira Percentagem efectiva de participação Actividade2015 2014 2015 2014

Empresas associadas:

Operfoz – Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda. Figueira da Foz 697.453 616.581 33,33% 33,33% Operação em portos

Empreendimentos conjuntos:

EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. Lisboa 11.310.766 8.441.559 50% 50% Produção de energia eléctrica

12.008.219 9.058.140

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 22 -

Estas empresas associadas e empreendimentos conjuntos foram incluídos nas demonstrações financeiras

consolidadas do Grupo Altri pelo método de equivalência patrimonial, conforme indicado nas Notas 2.2 b) e 2.2. c).

Os movimentos ocorridos no saldo desta rubrica nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 são como segue:

31.Dezembro.2015 31.Dezembro.2014

Operfoz EDP Bioeléctrica (a) Operfoz EDP Bioeléctrica (a)

Saldo inicial 616.581 8.441.589 513.365 8.128.943

Devolução de Suprimentos - - - (2.325.000)

Equivalência patrimonial:Efeitos em ganhos e perdas relativos a empresas associadas e empreendimentos conjuntos

80.872 2.869.207 103.216 2.637.646

Saldo final 697.453 11.310.796 616.581 8.441.589

Demonstração da posição financeira

O valor de balanço, o activo, o capital próprio e o resultado líquido do exercício findo em 31 de Dezembro de

2015 das principais empresas associadas e empreendimentos conjuntos são como segue:

31.12.2015 31.12.2014EDP Bioeléctrica (b) EDP Bioeléctrica (b)

Activos não correntes 126.905.069 135.778.922Activo corrente 15.245.714 9.558.601

Passivos não correntes 70.276.436 79.420.813Passivos correntes 44.620.574 43.661.460

Capital Próprio atribuível aos accionistas da empresa-mãe 27.253.773 22.255.250

Volume de negócios 40.049.682 40.612.712

Resultados líquido do exercício 4.998.523 4.867.928

Total do rendimento integral 4.998.523 4.867.928

(a) Inclui suprimentos concedidos

(b) A EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. é detentora de acções representativas da totalidade do capital social da Ródão Power – Energia e Biomassa do Ródão,

S.A..

As políticas contabilísticas usadas por estas empresas associadas e empreendimentos conjuntos não diferem significativamente das utilizadas pelo Grupo Altri, facto pelo qual não houve necessidade de qualquer harmonização de políticas contabilísticas.

4.3 INVESTIMENTOS DISPONÍVEIS PARA VENDA Os investimentos disponíveis para venda em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 e o seu valor de balanço nessas

datas, podem ser detalhados como segue:

2015 2014

Rigor Capital - Produção de Energia, Lda. 10.527.397 10.527.397

Outros investimentos 163.700 163.800

10.691.097 10.691.197

Demonstração da posição financeira

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 23 -

É entendimento do Grupo Altri que o valor contabilístico dos investimentos disponíveis para venda, que correspondem a participações financeiras inferiores a 20%, nas quais o Grupo Altri não tem influência significativa na gestão e que se encontram registadas ao custo de aquisição, deduzido de perdas por imparidade de acordo com a política contabilística referida no Nota 2.3 l) i), não difere de forma significativa do seu justo valor.

5. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 não existiram alterações ao perímetro de consolidação.

6. CLASSES DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os instrumentos financeiros, de acordo com as políticas contabilísticas descritas na Nota 2.3.l), foram classificados como segue:

31 de Dezembro de 2015 NotasEmpréstimos e

contas a receberDisponíveis para

vendaTotal

Activos não correntesInvestimentos disponíveis para venda 4.3 - 10.691.097 10.691.097

- 10.691.097 10.691.097

Activos correntes

Clientes 13 91.521.269 - 91.521.269

Outras dívidas de terceiros 14 8.401.481 - 8.401.481

Caixa e equivalentes de caixa 17 243.154.160 - 243.154.160

343.076.910 - 343.076.910

343.076.910 10.691.097 353.768.007

31 de Dezembro de 2014 NotasEmpréstimos e

contas a receberDisponíveis para

vendaTotal

Activos não correntesInvestimentos disponíveis para venda 4.3 - 10.691.197 10.691.197

- 10.691.197 10.691.197

Activos correntes

Clientes 13 88.868.133 - 88.868.133

Outras dívidas de terceiros 14 7.776.064 - 7.776.064

Caixa e equivalentes de caixa 17 260.855.007 - 260.855.007

357.499.204 - 357.499.204

357.499.204 10.691.197 368.190.401

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 24 -

31 de Dezembro de 2015 Notas

Passivos financeiros

registados ao custo amortizado

Derivados Total

Empréstimos bancários 21 153.587.500 - 153.587.500

Outros empréstimos 21 413.733.394 - 413.733.394

Incentivos reembolsáveis 21 17.439.139 - 17.439.139

584.760.033 - 584.760.033

Passivos correntesEmpréstimos bancários 21 10.775.000 - 10.775.000

Outros empréstimos - parcela de curto prazo 21 105.438.128 - 105.438.128

Incentivos reembolsáveis 21 558.872 - 558.872

Fornecedores 25 61.243.404 - 61.243.404

Outras dívidas a terceiros 26 3.908.405 - 3.908.405

Instrumentos financeiros derivados 28 - 141.283 141.283

181.923.809 141.283 182.065.092

766.683.842 141.283 766.825.125

31 de Dezembro de 2014 Notas

Passivos financeiros

registados ao custo amortizado

Derivados Total

Empréstimos bancários 21 103.837.500 - 103.837.500

Outros empréstimos 21 278.276.931 - 278.276.931

Incentivos reembolsáveis 21 11.723.809 - 11.723.809

Outros credores não correntes 23 404.350 - 404.350

394.242.590 - 394.242.590

Passivos correntesEmpréstimos bancários 21 77.228 - 77.228

Outros empréstimos - parcela de curto prazo 21 398.648.024 - 398.648.024

Incentivos reembolsáveis 21 9.082.810 - 9.082.810

Fornecedores 25 61.686.358 - 61.686.358

Outras dívidas a terceiros 26 14.170.871 - 14.170.871

Instrumentos financeiros derivados 28 - 1.902.297 1.902.297

483.665.291 1.902.297 485.567.588

877.907.881 1.902.297 879.810.178

Passivos não correntes

Passivos não correntes

Instrumentos financeiros reconhecidos a justo valor O quadro seguinte detalha os instrumentos financeiros que são mensurados a justo valor após o

reconhecimento inicial, agrupados em 3 níveis de acordo com a possibilidade de observar no mercado o seu justo valor:

Nível 1: o justo valor é determinado com base em preços de mercado activo;

Nível 2: o justo valor é determinado com base em técnicas de avaliação. Os principais inputs dos modelos de avaliação são observáveis no mercado; e

Nível 3: o justo valor é determinado com base em modelos de avaliação, cujos principais inputs não são

observáveis no mercado.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 25 -

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3

Passivos financeiros mensurados a justo valor:Derivados (Nota 28) - 141.283 - - 1.902.297 -

31.12.201431.12.2015

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 não existem activos financeiros cujos termos tenham sido renegociados e que caso não tivessem sido renegociados estariam vencidos ou em imparidade.

7. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 o movimento ocorrido no valor dos activos

fixos tangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte:

2015

Activo brutoTerrenos e

recursos naturaisEdifícios e outras

construçõesEquipamento

básicoEquipamento de

transporteEquipamento administrativo

Outros activos fixos tangíveis

Activos fixos tangíveis em curso

Adiantamentos por conta de activos fixos Total

Saldo inicial 26.923.633 104.634.114 963.560.240 4.073.810 10.101.282 14.197.956 41.345.338 509.889 1.165.346.262

Aumentos 17.887 34.937 29.061.346 247.816 188.402 87.124 3.468.969 955 33.107.436

Alienações e abates (107.910) - (13.093.982) (354.876) (164.827) (219.199) (184.733) - (14.125.528)

Transferências - 165.000 40.654.697 - 206.300 - (40.822.503) - 203.495

Saldo final 26.833.610 104.834.051 1.020.182.302 3.966.750 10.331.157 14.065.881 3.807.072 510.844 1.184.531.666

Amortizações acumuladasTerrenos e

recursos naturaisEdifícios e outras

construçõesEquipamento

básicoEquipamento de

transporteEquipamento administrativo

Outros activos fixos tangíveis Total

Saldo inicial 7.733.478 88.047.528 659.207.379 3.123.241 9.621.223 13.327.910 781.060.759

Aumentos 308.577 1.439.290 50.346.487 305.471 200.862 145.906 52.746.593

Alienações e abates - - (12.884.581) (328.591) (164.827) (218.417) (13.596.416)

Transferências - - - - 201.101 - 201.101

Saldo final 8.042.055 89.486.818 696.669.285 3.100.121 9.858.359 13.255.398 820.412.037

18.791.554 15.347.233 323.513.017 866.629 472.799 810.482 3.807.072 510.844 364.119.629

2014

Activo brutoTerrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros activos fixos tangíveis

Activos f ixos tangíveis em

cursoAdiantamentos por

conta de activos fixos Total

Saldo inicial 26.708.802 104.142.183 955.503.841 3.409.092 10.248.878 14.247.674 8.995.973 583.212 1.123.839.655

Aumentos 303.323 897.677 5.439.396 704.211 59.382 26.190 35.429.653 - 42.859.832

Alienações e abates (97.847) (405.746) (54.172) (39.493) (237.056) (123.859) - - (958.173)

Transferências 9.355 - 2.671.175 - 30.078 47.951 (3.080.288) (73.323) (395.052)

Saldo f inal 26.923.633 104.634.114 963.560.240 4.073.810 10.101.282 14.197.956 41.345.338 509.889 1.165.346.262

Amortizações acumuladasTerrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros activos fixos tangíveis Total

Saldo inicial 7.492.997 86.891.472 613.193.500 2.860.382 9.682.772 13.205.994 733.327.117

Aumentos 315.441 1.263.256 46.027.905 296.555 175.507 245.778 48.324.442

Alienações e abates (74.960) (107.200) (14.026) (33.696) (237.056) (123.862) (590.800)

Saldo f inal 7.733.478 88.047.528 659.207.379 3.123.241 9.621.223 13.327.910 781.060.759

19.190.155 16.586.586 304.352.861 950.569 480.059 870.046 41.345.338 509.889 384.285.503

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 as amortizações do exercício ascenderam a 52.746.593 Euros e 48.324.442 Euros, respectivamente, as quais foram registadas na rúbrica da demonstração de resultados “Amortizações e depreciações” (Nota 37). As aquisições de equipamento no exercício respeitam essencialmente ao projecto de ampliação de capacidade produtiva da unidade industrial Celbi, iniciado no exercício de 2013 e concluído em 2015, bem como ao

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 26 -

projecto de conversão da unidade industrial Caima para produção de pasta solúvel. Já as alienações/abates correspondem a bens que foram substituídos no âmbito dos dois projectos anteriormente referidos. A rubrica “Activos fixos tangíveis em curso” em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 refere-se aos seguintes projectos:

31-12-2015 31-12-2014

Nova turbina 1.260.643 -

Optimização fabril 509.667 -

Reengenharia do aterro de resíduos 367.658 -

Máquina de secagem 333.189 -

Aumento da capacidade produtiva 163.593 16.999.692

Arruamentos 157.747 -

Remodelação da instalação fabril de evaporação - 22.571.867

Outros projectos 1.014.575 1.773.779

3.807.072 41.345.338

8. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO O montante registado na rubrica “Propriedades de investimento” em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 é referente, essencialmente, a terrenos que não se encontram afectos à actividade operacional do Grupo Altri. O Conselho de Administração entende que o justo valor das propriedades de investimento é superior ao valor líquido contabilístico. Os movimentos da rubrica “Propriedades de investimento” durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 foram como se segue:

2015 2014Activo Bruto Activo Bruto

Saldo inicial 839 227 803 046 Aumentos - 78 988 Alienações (336 246) (42 807)

Saldo final 502 981 839 227

Amortizações acumuladas Amortizações acumuladas

Saldo inicial 382 291 342 419 Aumentos 7 381 61 041 Alienações - (21 169)

Saldo final 389 672 382 291

Valor líquido 113 310 456 936

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 as amortizações do exercício das propriedades de investimento ascenderam a 7.381 Euros e 61.041 Euros, respectivamente, e foram registadas na rubrica “Amortizações e depreciações” (Nota 37).

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 27 -

9. GOODWILL

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 não ocorreram movimentos no Goodwill, sendo a sua composição como segue:

Celbi 253.391.251 Outros 12.140.153

265.531.404

O goodwill não é amortizado, sendo efectuados testes de imparidade numa base anual e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável é reconhecida uma perda por imparidade. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, não foram registadas quaisquer perdas por imparidade relativas a goodwill. No exercício de 2015, por forma a aferir da existência, ou não, de imparidade para o principal valor do goodwill que resultou da aquisição da Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. no exercício de 2006, no montante de 253.391.251 Euros, o Grupo procedeu à avaliação desta empresa filial, tendo concluído pela inexistência de imparidade ao nível daquele goodwill. Aquela avaliação foi efectuada com base no desempenho histórico da Celbi e numa estimativa dos fluxos de caixa descontados tendo por base um plano de negócios da Celbi a 7 anos (uma vez que é entendimento do Conselho de Administração ser este o período mais adequado face à natureza cíclica das operações do Grupo), tendo sido considerado um preço de venda da pasta de papel de médio e longo prazo, não influenciado pelas oscilações positivas ou negativas de curto prazo. Os principais pressupostos utilizados neste cálculo com referência a 31 de Dezembro de 2015 e 2014 foram os seguintes:

2015 2014

Taxa de inflação 1,00% 0,50%

Taxa de desconto 7,35% 7,90%

Taxa de crescimento na perpetuidade 2,00% 2,00%

A taxa de desconto líquida de imposto (líquida de imposto pelo facto dos fluxos de caixa utilizados nas projecções financeiras serem também líquidos de imposto) utilizada no exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 foi de 7,35% (7,90% em 2014), a qual foi calculada com base na metodologia WACC (Weighted Average Cost of Capital), considerando os seguintes pressupostos:

2015 2014

Taxa de juro sem risco 2,42% 4,99%

Prémio de risco dos capitais próprios 6,00% 5,00%

Prémio de risco da dívida 1,87% 2,78%

O Grupo Altri procedeu a uma análise de sensibilidade desta avaliação a variações em pressupostos chave, tendo concluído que caso tivesse considerado uma taxa de desconto de 8,35% em conjunto com uma taxa de crescimento na perpetuidade nula as conclusões da inexistência de imparidade no goodwill da filial Celbi mantinham-se válidas. Em relação ao restante goodwill no montante de 12.140.153 Euros, por forma a aferir da existência ou não de perdas de imparidade com referência a 31 de Dezembro de 2015, o Grupo procedeu a uma comparação dos meios libertos líquidos gerados anualmente por cada empresa, bem como múltiplos de mercado, com os respectivos contributos líquidos para as demonstrações financeiras consolidadas incluindo goodwill, tendo concluído pela inexistência de imparidade.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 28 -

10. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o movimento ocorrido no valor dos activos

intangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte:

2015Activo bruto

Propriedade industrial e

outros direitos SoftwareOutros activos

fixos intangíveis Total Saldo inicial 1.320 8.112.944 25.600 8.139.864 Aumentos - 24.080 - 24.080 Saldo final 1.320 8.137.024 25.600 8.163.944

Amortizações acumuladasPropriedade industrial e

outros direitos SoftwareOutros activos

fixos intangíveis Total

Saldo inicial 1.320 7.973.496 25.600 8.000.416 Aumentos - 79.708 - 79.708 Saldo final 1.320 8.053.203 25.600 8.080.123

- 83.821 - 83.821

2014Activo bruto

Propriedade industrial e

outros direitos SoftwareOutros activos

fixos intangíveis Total Saldo inicial 1.320 8.032.884 25.600 8.059.804 Aumentos - 80.060 - 80.060 Saldo final 1.320 8.112.944 25.600 8.139.864

Amortizações acumuladasPropriedade industrial e

outros direitos SoftwareOutros activos

fixos intangíveis Total

Saldo inicial 1.320 7.838.599 25.600 7.865.519 Aumentos - 134.897 - 134.897 Saldo final 1.320 7.973.496 25.600 8.000.416

- 139.448 - 139.448

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 as amortizações dos activos intangíveis ascendiam 79.708 Euros e a 134.897 Euros, respectivamente as quais foram registadas na Demonstração de Resultados na rúbrica “Amortizações e depreciações” (Nota 37).

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 29 -

11. INVENTÁRIOS E ACTIVOS BIOLÓGICOS Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o montante registado na rubrica “Activos biológicos” corresponde às

florestas e encargos incorridos com as plantações efectuadas pelo Grupo, podendo o seu valor ser detalhado como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Valor bruto 101.852.921 105.538.783

Perdas por imparidade acumuladas em activos biológicos (Nota 22) (380.006) (380.006)

101.472.915 105.158.777

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a área total de intervenção da Altri ascendia a, aproximadamente, 82.000 hectares e 84.000 hectares, respectivamente. A área relativa a eucalipto apresentava a seguinte distribuição por idades:

31-12-2015 31-12-2014

0 - 5 anos 31.748 32.000

6 -10 anos 20.221 22.193

> = 10 anos 13.466 11.908

65.435 66.101

A restante área de intervenção refere-se a outras espécies florestais residuais de menor relevância. Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o montante registado na rubrica “Inventários” pode ser detalhado como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 41.090.037 41.019.801

Produtos e trabalhos em curso 594.728 575.585

Produtos acabados e intermédios 22.096.632 18.016.209

63.781.397 59.611.596

Perdas por imparidade acumuladas (Nota 22) (7.384.783) (4.886.156)

56.396.615 54.725.440

O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro 2015 ascendeu a 237.903.389 Euros e foi apurado como segue:

Matérias primas, subsidiárias e de

consumoProdutos acabados

e intermédios

Produtos e trabalhos em

curso Activos biológicos Total

Saldo inicial 41.019.801 18.016.209 575.585 105.538.783 165.150.378

Compras 237.927.615 - 19.143 - 237.946.758

Regularização de existências 624.616 - - (184.045) 440.571

Existências finais (41.090.037) (22.096.632) (594.728) (101.852.921) (165.634.318)

238.481.995 (4.080.423) - 3.501.817 237.903.389

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 30 -

O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 ascendeu a 254.824.572 Euros e foi apurado como se segue:

Matérias primas, subsidiárias e de

consumoProdutos acabados

e intermédios

Produtos e trabalhos em

curso Activos biológicos Total

Saldo inicial 38.456.603 20.945.066 313.802 107.502.958 167.218.429

Compras 254.479.369 - - - 254.479.369

Regularização de existências (1.578.071) - - (144.777) (1.722.848)

Existências finais (41.019.801) (18.016.209) (575.585) (105.538.783) (165.150.378)

250.338.100 2.928.857 (261.783) 1.819.398 254.824.572

12. IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa e suas subsidiárias dos anos de 2012 a 2015 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2015 e 2014. O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 foi como segue:

2015Activos por impostos

diferidosPassivos por impostos

diferidos

Saldo em 1.1.2015 27.541.201 15.283.810

Efeitos na demonstração dos resultados:

Aumento/(Redução) de provisões e perdas por imparidade 285.947 -

Harmonização de taxas de amortização (13.220) -

Prejuízos fiscais reportáveis (736.798) -

Outros efeitos 45.832 587.814

Total de efeitos na demonstração dos resultados (418.239) 587.814

Efeitos em capitais próprios:

Justo valor de instrumentos derivados (Nota 28) (62.096) -

Saldo em 31.12.2015 27.060.866 15.871.624

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 31 -

2014Activos por impostos

diferidosPassivos por impostos

diferidos

Saldo em 1.1.2014 31.165.814 17.896.214

Efeitos na demonstração dos resultados:

Aumento/(Redução) de provisões e perdas por imparidade 12.114 -

Harmonização de taxas de amortização 968.953 -

Alteração da taxa de imposto sobre lucros em Espanha (2.785.226) (2.987.259)

Outros efeitos (1.073.985) 703.050

Total de efeitos na demonstração dos resultados (2.878.144) (2.284.209)

Efeitos em capitais próprios:

Justo valor de instrumentos derivados (Nota 28) (746.469) (328.195)

Saldo em 31.12.2014 27.541.201 15.283.810

O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é como segue:

31.12.2015 31.12.2014Activos por impostos

diferidosPassivos por impostos

diferidosActivos por impostos

diferidosPassivos por impostos

diferidos

Provisões e perdas por imparidade não aceites fiscalmente 3.297.714 - 3.011.768 -

Justo valor dos instrumentos derivados - - 62.096 -

Harmonização de políticas contabilísticas 9.928.375 - 9.941.595 -

Prejuízos fiscais reportáveis 13.190.079 - 13.926.877 -

Amortização fiscal do goodw ill - 15.558.642 - 14.936.296

Outros 644.698 312.982 598.865 347.514

27.060.866 15.871.624 27.541.201 15.283.810

De acordo com a legislação em vigor o Grupo utiliza para cálculo dos impostos diferidos relativos às filiais portuguesas uma taxa de 22,5%, resultando a mesma da soma da taxa aprovada para estar em vigor em 2016 e nos anos seguintes que ascende a 21% para o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas e da derrama cuja taxa é 1,5% para o Grupo Altri, excepto no que respeita a activos por impostos diferidos resultantes de prejuízos fiscais reportáveis, situação em que é utilizada uma taxa de 21%. Relativamente à filial Altri, SL sedeada em Espanha a taxa utilizada no cálculo dos activos e passivos por impostos diferidos foi de 25% por ser a taxa de imposto aprovada para estar em vigor naquele país a partir de 2016. De acordo com a legislação em vigor em Portugal, para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 a taxa base de imposto sobre os rendimentos em vigor foi de 21% (23% em 2014). Adicionalmente, de acordo com a legislação em vigor em Portugal durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 a derrama estadual correspondeu à aplicação de uma taxa adicional de 3% sobre a parte do lucro tributável entre 1,5 e 7,5 milhões de Euros, de 5% sobre a parte do lucro tributável entre 7,5 e 35 milhões de Euros e de 7% sobre o lucro tributável acima de 35 milhões de Euros.

Em 31 de Dezembro de 2015 foram avaliados os impostos diferidos a reconhecer resultantes de prejuízos fiscais, os quais só são registados na medida em que seja provável que ocorram lucros tributáveis no futuro e que possam ser utilizados para recuperar as perdas fiscais ou diferenças tributárias dedutíveis. Em 31 de Dezembro de 2015 os activos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais são provenientes da Altri SL sendo que atendendo às perspectivas de resultados fiscais dos anos seguintes é convicção do Conselho de Administração da Altri que os mesmos são recuperáveis na totalidade.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 32 -

De acordo com as declarações fiscais das empresas que registam activos por impostos diferidos por prejuízos fiscais, em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 os mesmos eram reportáveis como segue:

31.Dezembro.2015 31.Dezembro.2014

Prejuízo fiscalActivos por

impostos diferidosData limite de

utilizaçãoPrejuízo fiscal

Activos por impostos diferidos

Data limite de utilização

Com data limite de utilizaçãoGerados em 2007 18.870.508 4.717.626 2025 21.817.695 5.454.424 2025Gerados em 2008 16.666.932 4.166.733 2026 16.666.932 4.166.733 2026Gerados em 2009 12.004.490 3.001.123 2027 12.004.490 3.001.123 2027Gerados em 2010 5.095.252 1.273.813 2028 5.095.252 1.273.813 2028Gerados em 2011 123.134 30.784 2029 123.134 30.784 2029

52.760.316 13.190.079 55.707.503 13.926.877

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos na demonstração dos resultados dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 podem ser detalhados como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Imposto corrente (28.872.759) (2.629.133)Imposto diferido (1.006.053) (593.935)

(29.878.812) (3.223.068)

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do exercício é como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Resultado antes de Imposto 147.552.001 40.613.548

Taxa de Imposto (incluindo taxa máxima e derrama) 22,50% 24,50%

(33.199.200) (9.950.319)

Benefícios fiscais 12.490.236 11.013.360

Derrama estadual (7.509.085) (1.374.693)

Outros efeitos (1.660.763) (2.911.416)

Imposto sobre o rendimento (29.878.812) (3.223.068)

Os benefícios fiscais em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 correspondem à utilização da parte do crédito de imposto atribuído pelo Estado Português às filiais Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. e Caima – Indústria de Celulose, S.A. no âmbito do incentivo fiscal ao investimento no aumento da capacidade produtiva (Nota 21).

13. CLIENTES

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2015 31.12.2014

Clientes, conta corrente 91.785.794 89.132.659 Clientes de cobrança duvidosa 43.116 44.632

91.828.910 89.177.291 Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 22) (307.641) (309.158)

91.521.269 88.868.133

A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da sua actividade

operacional. Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber se aproximam do seu justo valor, uma vez que as mesmas não vencem juros e o efeito de desconto é considerado imaterial.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 33 -

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a antiguidade do valor líquido do saldo de clientes pode ser analisada como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Não vencido 81.381.124 72.698.705

Vencido mas sem registo de imparidade 0 - 30 dias 9.551.950 14.805.977 30 - 90 dias 454.474 797.098 + 90 dias 133.721 566.353

91.521.269 88.868.133

O Grupo contratou seguros de crédito para cobrir o risco de incobrabilidade de parte destas contas a receber, como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Com seguro de crédito 75.278.254 69.534.338Sem seguro de crédito 16.550.656 19.642.954

91.828.910 89.177.292

O Grupo não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os prazos de pagamento definidos (em média 60 dias) estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em situações extremas. O Conselho de Administração entende que as contas a receber que não se encontram vencidas serão integralmente realizadas, tendo em conta o histórico de pagamentos e as características das contrapartes.

14. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2015 31.12.2014

Adiantamentos a fornecedores 22.927 - Outros devedores 11.791.909 10.039.419

11.814.836 10.039.419

Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 22) (3.413.355) (2.263.355)8.401.481 7.776.064

Em 31 de Dezembro de 2015, a rubrica “Outros devedores” inclui um montante de, aproximadamente

4.300.000 euros relativo a Imposto sobre o Valor Acrescentado a receber de administrações tributárias de outros países em resultado de vendas e compras efectuadas via portos desses países. Esta rubrica inclui também, em 31 de Dezembro de 2015, o montante de 1.147.450 Euros (1.221.000 Euros em 31 de Dezembro de 2014) a receber fruto da alienação da Sócasca – Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A..

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outros devedores” inclui ainda contas a receber relativas a

cauções para contratos de arrendamento e a outras contas a receber, para parte das quais foram constituídas perdas de imparidade.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 34 -

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a antiguidade do valor líquido dos saldos de “Outras dívidas de terceiros” pode ser analisada como se segue:

31.12.2015 31.12.2014

Não vencido 8.169.934 6.554.814

Vencido mas sem registo de imparidade 0 - 30 dias - - 30 - 90 dias - - > 90 dias 231.547 1.221.250

231.547 1.221.250

8.401.481 7.776.064

Os devedores que não estão vencidos não apresentam qualquer sinal de imparidade, o valor contabilístico dos activos líquidos de imparidade é considerado como estando próximo do seu justo valor, sendo imaterial o efeito do seu desconto financeiro. O Conselho de Administração entende que as contas a receber que não se encontram vencidas serão integralmente realizadas, tendo em conta o histórico e características das contrapartes.

15. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos” em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 é o seguinte:

Valores devedores: 31.12.2015 31.12.2014Imposto sobre o rendimento - 6.937.154Retenções na fonte - 26.155Imposto sobre o valor acrescentado 8.469.842 8.391.616Outros Impostos - 274.078

8.469.842 15.629.003

Valores credores:Imposto sobre o rendimento (23.490.106) -Retenção na Fonte - IRS trabalho dependente (1.934.792) (1.116.430)Contribuições para a Segurança Social (576.766) (489.313)Imposto sobre o valor acrescentado (150.315) (2.726.639)Outros Impostos (301.139) (19.061)

(26.453.118) (4.351.443) O saldo em 31 de Dezembro de 2015 e de 2014 da rubrica “Imposto sobre o rendimento” corresponde a pagamentos por conta e pagamentos especiais por conta efectuados, líquidos da estimativa de imposto do exercício.

16. OUTROS ACTIVOS CORRENTES Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2015 31.12.2014

Acréscimos de proveitos:Outros proveitos a facturar 357.494 727.040

Custos a reconhecer:Rendas e alugueres pagos antecipadamente 1.152.563 1.317.256Seguros pagos antecipadamente 627.887 266.976Outros custos pagos antecipadamente 588.337 197.334

2.726.281 2.508.606

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 35 -

17. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o detalhe da rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” era como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Caixa 356.715 15.551Depósitos bancários 242.797.445 260.839.456

243.154.160 260.855.007

Descobertos bancários (Nota 21) - (77.228)

Caixa e equivalentes 243.154.160 260.777.779

Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com instituições financeiras, incluídos na demonstração da posição financeira na rubrica “Empréstimos bancários” (Nota 21).

Conforme indicado na Nota 2.4) a) ii), em 31 de Dezembro de 2015 e de 2014 os saldos de caixa e

equivalentes em moeda diferente do Euro ascendem a 7.999.537 Euros e 5.644.642 Euros, respectivamente. Dado que estes montantes correspondem a depósitos à ordem que são constantemente movimentados, os efeitos resultantes de alterações de taxas de câmbio sobre caixa e seus equivalentes detidos no início e no fim dos exercícios de 2015 e 2014 para efeito da demonstração dos fluxos de caixa são imateriais.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 não houve recebimentos relativos a investimentos financeiros.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 os recebimentos relativos a investimentos financeiros foram os seguintes:

Valor da Valor transacção recebido

EDP – Produção Bioelétrica, S.A. (a) 2.325.000 2.325.000 Investimentos disponíveis para venda (Nota 4.3) 1.351.836 1.351.836 Sócasca –Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. (b) 2.300.000 30.525 --------------- ---------------- 5.976.836 3.707.361 ========= =========

(a) Devolução de empréstimos concedidos.

(b) Empresa alienada em 2011.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 não foram efectuados pagamentos relativos a investimentos financeiros. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 foi efectuado um pagamento no montante de 149.687 Euros relativo à aquisição das restantes acções representativas do capital social da Celtejo.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 36 -

18. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Outros activos não correntes” era composta conforme segue:

31.12.2015 31.12.2014

Imposto sobre o Valor Acrescentado (Nota 22) 3.210.260 3.210.260 Rendas pagas antecipadamente 280.209 2.820.879

3.490.469 6.031.139

19. CAPITAL SOCIAL E RESERVAS

Capital social

Em 31 de Dezembro de 2015, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e era composto por 205.131.672 acções com o valor nominal de 12,5 cêntimos de Euro cada.

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 não existiam pessoas colectivas com uma participação no capital

subscrito de, pelo menos, 33%.

Reserva legal

A legislação comercial portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da “Reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as demonstrações financeiras individuais da Empresa apresentava o montante de 4.336.498 Euros e 3.405.143 Euros relativo à reserva legal, respectivamente, a qual não pode ser objecto de distribuição aos accionistas a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada em capital.

Outras reservas

31.12.2015 31.12.2014

Reservas de cobertura (136.786) (219.605)Outras reservas e resultados transitados 226.134.914 205.900.192

225.998.128 205.680.587

A rubrica “Reservas de cobertura” diz respeito ao justo valor dos instrumentos financeiros derivados classificados como de cobertura de fluxos de caixa na componente eficaz da cobertura, líquido dos respectivos impostos diferidos (Nota 28). Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado com base nas demonstrações financeiras individuais da Empresa, apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas pela União Europeia, sendo que, em 31 de Dezembro de 2015 o montante de reservas distribuíveis ascende a 67.051.654 Euros.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 37 -

20. INTERESSES SEM CONTROLO

O movimento desta rubrica durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 foi o seguinte:

31.12.2015 31.12.2014Saldo inicial 155.240 146.308

Variações de perímetro (172.028) - Resultado do exercício atribuível aos interesses sem controlo 16.788 8.932

Saldo final - 155.240

21. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS, OUTROS EMPRÉSTIMOS E INCENTIVOS REEMBOLSÁVEIS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o detalhe das rubricas “Empréstimos bancários”, “Outros empréstimos” e

“Incentivos reembolsáveis” é como segue:

2015Valor nominal Valor contabilístico

Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total

Empréstimos bancários 11.000.000 154.000.000 165.000.000 10.775.000 153.587.500 164.362.500

Empréstimos bancários - 154.000.000 165.000.000 10.775.000 153.587.500 164.362.500

Papel comercial 64.000.000 115.500.000 179.500.000 63.519.337 115.500.000 179.019.337 Empréstimos obrigacionistas - 299.376.900 299.376.900 - 298.233.394 298.233.394 Outros empréstimos 41.918.791 - 41.918.791 41.918.791 - 41.918.791

Outros empréstimos 105.918.791 414.876.900 520.795.691 105.438.128 413.733.394 519.171.522

Incentivos reembolsáveis 558.872 17.439.139 17.998.011 558.872 17.439.139 17.998.011

106.477.663 586.316.039 703.793.702 116.772.000 584.760.033 701.532.033

2014Valor nominal Valor contabilístico

Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total

Empréstimos bancários - 105.000.000 105.000.000 - 103.837.500 103.837.500 Descobertos bancários (Nota 17) 77.228 - 77.228 77.228 - 77.228

Empréstimos bancários 77.228 105.000.000 105.077.228 77.228 103.837.500 103.914.728

Papel comercial 108.600.000 5.000.000 113.600.000 107.220.536 5.000.000 112.220.536 Empréstimos obrigacionistas 251.300.682 275.000.000 526.300.682 250.704.640 273.276.931 523.981.571 Outros empréstimos 40.722.848 - 40.722.848 40.722.848 - 40.722.848

Outros empréstimos 400.623.530 280.000.000 680.623.530 398.648.024 278.276.931 676.924.955

Incentivos reembolsáveis 9.082.810 11.723.809 20.806.619 9.082.810 11.723.809 20.806.619

409.783.568 396.723.809 806.507.377 407.808.062 393.838.240 801.646.302

Empréstimos bancários:

(i) Empréstimos bancários Celbi Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no montante de 75.000.000 Euros, o qual foi renegociado em Junho de 2014, que vence juros a uma taxa correspondente à Euribor a três meses acrescida de spread e cujo reembolso será efectuado em 5 prestações anuais sucessivas de 5.000.000 Euros cada, a primeira das quais em Junho de 2016 e numa prestação final de 50.000.000 Euros em 2021, pelo que o montante de 5.000.000 Euros encontra-se classificado como dívida corrente e o restante valor encontra-se classificado como dívida não corrente. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no montante de 30.000.000 Euros, que vence juros a uma taxa correspondente à Euribor a três meses acrescida de spread. Este empréstimo será liquidado em 24 prestações mensais iguais e sucessivas, com início em Julho de 2017, pelo que o montante total do empréstimo encontra-se classificado como dívida não corrente.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 38 -

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no montante de 30.000.000 Euros, que vence juros a uma taxa correspondente à Euribor a seis meses acrescida de spread. Este empréstimo será liquidado em 5 prestações anuais e sucessivas, com início em Janeiro de 2016, pelo que o montante de 6.000.000 Euros encontra-se classificado como dívida corrente e o restante valor encontra-se classificado como dívida não corrente. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no montante de 30.000.000 Euros, que vence juros a uma taxa correspondente à Euribor a três meses acrescida de spread. Este empréstimo será liquidado em 3 prestações anuais e sucessivas, com início a Fevereiro de 2018, pelo que o montante total do empréstimo encontra-se classificado como dívida não corrente.

(ii) Contas correntes caucionadas Em 31 de Dezembro de 2015 existiam contas caucionadas contratadas no montante de, aproximadamente, 15,5 milhões de Euros que não se encontravam utilizadas, igual montante em 31 de Dezembro de 2014. (iii) Descobertos bancários

Em 31 de Dezembro de 2015 existiam descobertos bancários contratados no montante de 15 milhões de Euros que não se encontravam utilizados (em 31 de Dezembro de 2014, existiam descobertos bancários utilizados no montante de 77.228 Euros). Outros empréstimos:

(i) Papel comercial O Grupo tem contratados programas de papel comercial renováveis com garantia de colocação no montante máximo de 388.500.000 Euros em 31 de Dezembro de 2015 (338.500.000 Euros em 31 de Dezembro de 2014), subscritos por diversas empresas do Grupo Altri os quais vencem juros a uma taxa de juro correspondente à Euribor do prazo de emissão respectivo (entre 7 e 364 dias) acrescida de spread, sendo que em 31 de Dezembro de 2015 o montante total utilizado ascende a 179.500.000 Euros (113.600.000 Euros em 31 de Dezembro de 2014). A parcela classificada como dívida corrente inclui o montante de 64.000.000 Euros, uma vez que, de acordo com os contratos respectivos, ambas as partes podem denunciar o programa mediante um pré-aviso definido de 30 a 60 dias. Caso os programas não sejam denunciados por nenhuma das partes antes do seu vencimento, apenas serão reembolsados entre os anos 2016 e 2022, dos quais o montante de 115.500.000 Euros entre os anos de 2017 a 2022, sendo convicção do Conselho de Administração que não haverá denúncia de qualquer das partes às renovações destes programas de papel comercial.

(ii) Empréstimos obrigacionistas

A Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. em Fevereiro de 2007 procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista no montante de 300.000.000 Euros. As obrigações tinham um prazo de 8 anos, tendo o seu vencimento em 2015, sendo os juros semestrais e postecipados a partir da data de subscrição, a uma taxa igual à Euribor a 6 meses adicionada de spread. A 31 de Dezembro de 2014, o passivo do Grupo relativo ao mesmo ascendia a 251.300.682 Euros, uma vez que durante o exercício de 2014 adquiriu obrigações próprias pelo montante de 48.699.318 Euros. Em Fevereiro de 2015, este empréstimo obrigacionista foi totalmente reembolsado. No primeiro semestre de 2008 a Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. procedeu à emissão de dois empréstimos obrigacionistas adicionais, nos montantes de 50.000.000 Euros e 25.000.000 Euros. As obrigações têm o prazo de 10 anos, tendo o seu vencimento em 2018. Em Agosto de 2015 foi efectuado o reembolso antecipado, hipótese prevista. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, a Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. procedeu à emissão de dois empréstimos obrigacionistas. Um no valor de 80.000.000 Euros com um prazo de 5 cinco anos, em Março, sendo que o passivo do Grupo, em 31 de Dezembro de 2015, relativo ao mesmo ascendia a 90.623.100 Euros, uma vez que durante o exercício de 2015 foram adquiridas obrigações próprias pelo montante de 10.623.100 Euros. Outro empréstimo tem o valor de 50.000.000 Euros e um prazo de 6 anos, em Abril. Relativamente a este último, em 20 de Fevereiro de 2015, a Altri SGPS assumiu a posição contratual detida pela sua participada Celbi, passando o empréstimo obrigacionista a denominar-se “ALTRI 2014/2020”.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 39 -

Por sua vez, a Altri SGPS procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista no montante de 70.000.000 Euros com vencimento em 2018.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015, a Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. procedeu à emissão de três empréstimos obrigacionistas: um no valor de 35.000.000 Euros com um prazo de 6 anos, em Fevereiro, outro no valor de 35.000.000 Euros com um prazo de 2,5 anos, em Agosto, e um outro no valor de 40.000.000 Euros com um prazo de 4 anos, em Agosto, vencendo juros a taxa igual a Euribor 6 meses adicionada de spread. As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, encontrando-se estas a ser reconhecidas ao longo do período de vida do respectivo empréstimo (Nota 36).

(iii) Factoring O Grupo Altri tem em vigor contratos de factoring com duas instituições bancárias, com duração inicial de um ano, segundo os quais poderá ceder contas a receber até ao limite de 55.000.000 Euros, os quais são renovados automaticamente por iguais períodos se não forem denunciados por nenhuma das partes com antecedência mínima de 60 dias contratuais. Sobre os valores descontados o Grupo pagará uma taxa de juro de Euribor a 3 meses acrescida de spread, sendo que em 31 de Dezembro de 2015 o montante utilizado ascendia a 41.918.791 Euros (40.722.848 Euros em 31 de Dezembro de 2014).

O Grupo Altri considera que os riscos e benefícios associados às contas a receber não foram transmitidos para a entidade com quem realizou este contrato de factoring, facto pelo qual apenas desreconhece as contas a receber cedidas em factoring no momento em que forem liquidadas pelo devedor original, de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.3 l) viii).

Incentivos reembolsáveis: Durante o exercício de 2006 iniciou-se a candidatura do PRIME no âmbito do projecto de branqueamento da pasta de papel da unidade da Celtejo. Este investimento tinha um montante global estimado de cerca de 72.000.000 Euros tendo sido concluído em 2008. O valor total do investimento financeiro atribuído no âmbito do POE consubstanciou-se em: (i) um incentivo reembolsável até ao montante de 15.323.000 Euros; (ii) um prémio de realização sob a forma de incentivo não reembolsável que poderia atingir o valor máximo de 12.317.330 Euros, a deduzir aos valores a reembolsar do subsídio referido. O prémio de realização seria atribuído mediante o grau de cumprimento do contrato, apurado nas medições a efectuar no final dos anos de 2010, 2011 e 2013. A Celtejo efectuou uma estimativa dos rácios contratuais exigidos para o ano de 2013 tendo concluído que os mesmos estão cumpridos, conferindo-lhe o direito a um prémio de realização estimado de, aproximadamente, 3.050.000 Euros, o qual foi classificado em “Outros passivos não correntes” e “Outros passivos correntes” (Notas 24 e 27) líquido do montante que tem vindo a ser reconhecido directamente como proveito na demonstração dos resultados (Nota 34) na proporção da parte já amortizada dos activos fixos tangíveis subsidiados de acordo com a política contabilística da Nota 2.3 e). Em Janeiro de 2007 a Celbi e a Altri assinaram um contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de Setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o Estado Português considerado de interesse nacional (PIN) este projecto de expansão da capacidade produtiva da Celbi. O Projecto de Investimento decorreu entre 1 de Janeiro de 2007 e 30 de Junho de 2010 e o valor contratado foi de 320.000.000 Euros, sendo que o Estado Português concedeu um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 16,5% das despesas elegíveis. Caso a Celbi cumpra com os objectivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2009, 2010, 2013 e 2016 o Estado Português concederá ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 80% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português concedeu também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante de 12% das aplicações relevantes. O montante total de incentivo reembolsável recebido pela Celbi ascendeu a 51.644.921 Euros. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 a Celbi solicitou à AICEP a antecipação da última medição de grau de cumprimento do projecto dado que no exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 a Celbi já cumpria os rácios exigidos para a medição de 2013. A AICEP concordou com a suspensão dos pagamentos, contudo, remeteu a conclusão da atribuição do prémio para o exercício findo de 31 de Dezembro de 2013 dado que existiam requisitos que só poderiam ser avaliados na data da medição. Dado que, com base na performance alcançada com referência a 31 de Dezembro de 2013 encontram-se cumpridos os requisitos necessários à atribuição do prémio de realização no montante de 16.526.400 Euros, a Celbi classificou aquele montante em “Outros passivos não correntes” e “Outros passivos correntes” líquido do montante que tem vindo a ser reconhecido directamente como proveito na demonstração dos resultados (Nota 34) na proporção da parte já

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 40 -

amortizada dos activos fixos tangíveis subsidiados de acordo com a política contabilística da Nota 2.3 e). Em 31 de Dezembro de 2015 este subsídio encontra-se totalmente liquidado. Em Janeiro de 2014 a Celbi assinou um novo contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de Setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o projecto, de modernização e expansão da unidade fabril, sido considerado pelo Estado Português de interesse estratégico e de relevância para a economia nacional. O Projecto de Investimento teve início a 19 de Agosto de 2013, a decorrer até 30 de Junho de 2015 e o valor contratado ascendia a 30.251.000 Euros, sendo que o Estado português irá conceder um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 20% das despesas elegíveis. Caso a Celbi cumpra com os objectivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2016, 2017 e 2019 o Estado Português concederá ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 75% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português concederá também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante máximo de 15% das aplicações relevantes. Até 31 de Dezembro de 2015 a Celbi recebeu o montante de 5.712.999 Euros referente ao incentivo reembolsável. A Caima Indústria no decorrer do exercício de 2011 obteve um incentivo reembolsável financeiro ao abrigo do Decreto-Lei n.º 287/2007 concedido pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal para um montante de investimento global de 8.815.500 Euros. O período de investimento deste projecto decorreu entre 2010 e 2013. O incentivo atribuído corresponde a 45% das despesas que se considerem elegíveis. A última tranche do subsídio foi recebida no decorrer do exercício de 2014, totalizando 3.437.000 Euros. Em 2015 foi reembolsado o montante de 450.399 Euros pelo que em 31 de Dezembro de 2015 a Empresa tinha em dívida relativamente a este incentivo reembolsável, aproximadamente, 2.288.800 Euros, dos quais o montante de 558.872 Euros encontra-se classificado como dívida corrente. Adicionalmente, a Caima Indústria no decorrer do exercício de 2014 obteve um incentivo reembolsável financeiro ao abrigo do Decreto- Lei n.º 287/2007 concedido pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal para um montante de investimento global de 35.161.000 Euros. O período de investimento deste projecto decorreu entre 2013 e 2015. O valor máximo do incentivo reembolsável ascende a 10.511.850 Euros, que corresponde a 30% das despesas elegíveis, tendo a Empresa já recebido 9.996.226 Euros, cujo reembolso ocorrerá entre 2017 e 2022, estando o mesmo, em 31 de Dezembro de 2015, classificado como dívida não corrente. Caso a Caima Indústria cumpra com os objectivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2016, 2017 e 2019 será concedido ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 48% do montante de incentivo reembolsável. Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a sensibilidade do Grupo a alterações no indexante da taxa de juro de mais ou menos 1 ponto percentual, medida como a variação nos resultados financeiros, pode ser analisada como segue, não considerando o efeito de cobertura dos instrumentos financeiros derivados (Nota 28):

31.12.2015 31.12.2014

Juros suportados (Nota 36) 15 840 301 18 943 968

Diminuição de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à (6 900 000) (7 857 000)totalidade do endividamento

Aumento de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à 6 900 000 7 857 000totalidade do endividamento

A análise de sensibilidade acima foi calculada com base na exposição à taxa de juro existente à data do final de cada exercício. Para esta análise foi tido como pressuposto base que a estrutura de financiamento (activos e passivos remunerados) se manteve estável ao longo do ano e semelhante à apresentada no final de cada exercício e mantendo-se tudo o resto constante.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 41 -

O prazo de reembolso dos empréstimos bancários, dos outros empréstimos e dos incentivos reembolsáveis, bem como dos juros associados é como segue:

31-12-2015

2016 2017 2018 2019 >2019 Total

Empréstimos bancáriosCapital 11.000.000 18.500.000 36.000.000 28.500.000 71.000.000 165.000.000 Juros (a) 3.646.350 3.403.260 2.994.427 2.198.860 1.569.035 13.811.932

Papel comercialCapital 64.000.000 28.000.000 - - 87.500.000 179.500.000 Juros (a) 5.657.355 3.640.248 2.757.764 2.757.764 2.757.764 17.570.894

Empréstimos obrigacionistasCapital - - 105.000.000 109.376.900 85.000.000 299.376.900 Juros (a) 7.574.573 7.574.573 7.574.573 4.917.955 2.150.596 29.792.270

Outros empréstimosCapital 41.918.791 - - - - 41.918.791 Juros (a) 586.863 - - - - 586.863

Incentivos reembolsáveisCapital 558.872 3.115.183 3.121.502 7.468.303 3.734.151 17.998.011 Juros (a) - - - - - -

TotalCapital 117.477.663 49.615.183 144.121.502 145.345.203 247.234.151 703.793.702 Juros 17.465.141 14.618.081 13.326.764 9.874.578 6.477.395 61.761.958

134.942.804 64.233.264 157.448.266 155.219.781 253.711.546 765.555.660

31-12-2014

2015 2016 2017 2018 >2018 Total

Empréstimos bancáriosCapital - 5.000.000 5.000.000 12.500.000 82.500.000 105.000.000 Juros (a) 2.991.300 2.991.300 2.848.857 2.706.414 2.350.307 13.888.178

Descobertos bancáriosCapital 77.228 - - - - 77.228 Juros (a) 1.390 - - - - 1.390

Papel comercialCapital 108.600.000 - 5.000.000 - - 113.600.000 Juros (a) 4.040.811 177.853 177.853 - - 4.396.517

Empréstimos obrigacionistasCapital 251.300.682 - - 75.000.000 200.000.000 526.300.682 Juros (a) 6.038.322 5.267.667 5.267.667 5.267.667 3.831.030 25.672.353

Outros empréstimosCapital 40.722.848 - - - - 40.722.848 Juros (a) 601.069 - - - - 601.069

Incentivos reembolsáveisCapital 9.082.810 558.872 3.115.183 3.051.390 4.998.364 20.806.619 Juros (a) - - - - - -

TotalCapital 409.783.568 5.558.872 13.115.183 90.551.390 287.498.364 806.507.377Juros 13.672.892 8.436.820 8.294.377 7.974.081 6.181.337 44.559.507

423.456.460 13.995.692 21.409.560 98.525.471 293.679.701 851.066.884

(a) Considerando a informação disponível à data de fecho do exercício relativa à evolução das taxas de juro e que a amortização do capital é realizada no final de cada ano.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 42 -

22. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE

O movimento verificado nas provisões e perdas de imparidade durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 pode ser detalhado como segue:

31/12/2015

Provisões

Perdas de imparidade em contas a receber(Notas 13 e 14)

Perdas de imparidade em inventários e activos biológicos (Nota 11) Total

Saldo inicial 5 073 481 2 572 513 5 266 162 12 912 156

Aumentos 300 000 1 150 000 3 000 000 4 450 000Utilizações (14 013) (1 517) - (15 530)Reversões (296 727) - (501 373) (798 100)

Saldo final 5 062 741 3 720 996 7 764 789 16 548 526

31/12/2014

Provisões

Perdas de imparidade em contas a receber(Notas 13 e 14)

Perdas de imparidade em inventários e activos biológicos (Nota 11) Total

Saldo inicial 5 123 914 4 239 817 5 266 162 14 629 893

Aumentos - - - -Utilizações - (1 639 673) - (1 639 673)Reversões (50 433) (27 631) - (78 064)

Saldo final 5 073 481 2 572 513 5 266 162 12 912 156

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 a subsidiária Caima Indústria de Celulose, S.A.

procedeu ao pagamento de uma liquidação adicional de Imposto sobre o Valor Acrescentado de anos anteriores às autoridades fiscais alemãs, no montante de 2.722.651 Euros, o qual registou na rubrica “Outros activos não correntes” por não concordar com os fundamentos daquela liquidação (Nota 18). Durante o mês de Janeiro de 2014 procedeu a um pagamento adicional de Imposto sobre o Valor Acrescentado às mesmas entidades de, aproximadamente, 700.000 Euros. Para fazer face ao risco daquelas liquidações adicionais se tornarem definitivas o Grupo Altri registou, em 2013, um passivo na rubrica “Provisões” por contrapartida da rubrica “Outros impostos indirectos” da demonstração de resultados.

O valor registado na rubrica “Provisões” em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 corresponde à melhor estimativa

da Administração para fazer face à totalidade das perdas a incorrer com processos actualmente em curso. 23. OUTROS CREDORES NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2015 31.12.2014

Fornecedores de activos fixos (Nota 31.2) - 404.350

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 43 -

24. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica dizia respeito integralmente às parcelas de subsídios ao investimento não reembolsáveis (Notas 21 e 27) a qual tinha a seguinte decomposição:

31-12-2015 31-12-2014

TotalCorrente (Nota 27) Não corrente Total

Corrente (Nota 27) Não corrente

CeltejoPOE 1.101.467 403.476 697.991 1.504.943 557.395 947.548 PRIME 2.864.869 1.052.222 1.812.647 3.926.346 1.060.987 2.865.359 Outros subsídios - - - - - -

3.966.336 1.455.698 2.510.638 5.431.289 1.618.382 3.812.907 Celbi

PIN 22.569.645 2.958.170 19.611.475 25.621.960 3.039.485 22.582.475 22.569.645 2.958.170 19.611.475 25.621.960 3.039.485 22.582.475

Caima IndústriaSIME 400.121 133.374 266.747 533.494 133.373 400.121PRIME - - - - - -QREN 471.174 94.897 376.277 501.703 62.713 438.990Outros subsídios - - - - - -

871.295 228.271 643.024 1.035.197 196.086 839.111 Altri Florestal

Proder 1.264.979 175.955 1.089.024 395.719 61.595 334.124 1.264.979 175.955 1.089.024 395.719 61.595 334.124

ViveirosProder 332.520 332.520 - - - -

29.004.775 5.150.614 23.854.161 32.484.165 4.915.548 27.568.617

25. FORNECEDORES

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2015 0-90 dias 90-180dias >180 diasFornecedores, conta corrente 41.880.360 41.880.360 - - Fornecedores, facturas em recepção e conferência 19.363.043 19.363.043 - -

61.243.403 61.243.403 - -

31.12.2014 0-90 dias 90-180dias >180 diasFornecedores, conta corrente 42.443.990 42.425.317 1.273 17.400Fornecedores, facturas em recepção e conferência 19.242.368 19.242.368 - -

61.686.358 61.667.685 1.273 17.400

A Pagar

A Pagar

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Fornecedores” respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das actividades do Grupo. O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo valor.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 44 -

26. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” pode ser detalhada como segue:

31.12.2015 0-90 dias 90-180dias >180 diasFornecedores de activos f ixos 1.252.476 1.252.476 - - Outras dívidas 2.655.929 2.573.330 9.908 72.691

3.908.405 3.825.806 9.908 72.691

31.12.2014 0-90 dias 90-180dias >180 diasFornecedores de activos f ixos 6.241.656 6.208.322 8.749 24.584 Outras dívidas 7.929.215 7.496.366 37.134 395.715

14.170.871 13.704.688 45.883 420.299

A Pagar

A Pagar

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a linha “Fornecedores de activos fixos” inclui os montantes de 492.092 Euros e 153.763 Euros, respectivamente, relativos a locações financeiras (Nota 31.2).

27. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Encargos a liquidar

Encargos com energia e gás a liquidar 5.137.376 5.854.874

Remunerações a liquidar 3.690.009 3.274.976Juros a liquidar 2.705.294 4.524.803Descontos a liquidar 1.317.624 3.870.317Rendas a liquidar 1.124.673 1.588.671Taxas hidrícas a liquidar 843.294 1.099.212Outros encargos a liquidar 13.973.441 9.722.589

- - Proveitos a reconhecer - -

Subsídios ao investimento (Notas 21 e 24) 5.150.614 4.915.548Outros proveitos a reconhecer 109.213 53.502

34.051.538 34.904.492

A linha “Outros encargos a liquidar” em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 diz respeito a despesas relacionadas com a actividade operacional já incorridas e ainda não liquidadas.

28. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 as empresas do Grupo Altri tinham em vigor contratos relativos a instrumentos financeiros derivados associados a cobertura das variações da taxa de juro sendo esses instrumentos registados de acordo com o seu justo valor. As empresas do Grupo Altri apenas utilizam derivados para cobertura de fluxos de caixa associados às operações geradas pela sua actividade.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 45 -

(i) Derivados de taxa de juro

Por forma a reduzir a sua exposição à volatilidade das taxas de juro, o Grupo contratou “swaps” de taxa de juro. Estes contratos foram avaliados de acordo com o seu justo valor em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica “Instrumentos financeiros derivados”.

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o Grupo Altri tinha em vigor contratos de derivados de taxa de juro cujos montantes totais são como segue:

Justo valor Justo valor

Tipo Montante Maturidade Juro 31.12.2015 31.12.2014

Interest rate sw ap (a) 25.000.000 08-02-2015 Paga combinação de diversas taxas e recebe Euribor a 6M - (655.029)

Interest rate sw ap (b) 80.000.000 09-02-2015 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M - (1.247.268)

Interest rate sw ap (b) 5.000.000 16-04-2020 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M (27.673) -

Interest rate sw ap (b) 5.000.000 16-04-2020 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M (35.581) -

Interest rate sw ap (b) 5.000.000 16-04-2020 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M (32.265) -

Interest rate sw ap (b) 10.000.000 16-04-2020 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M 2.528 -

Interest rate sw ap (b) 5.000.000 16-04-2020 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M (13.201) -

Interest rate sw ap (b) 5.000.000 16-04-2020 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M (30.594) -

(136.786) (1.902.297)

(a) Apesar de terem sido contratados com um objectivo de cobertura de risco (e não de especulação), estes contratos não cumpriam com todos os requisitos necessários para serem qualificados como de cobertura, (Nota 2.3 l) v)) pelo que a variação do seu justo valor era registada por contrapartida da demonstração dos resultados (Nota 36). (b) De acordo com as políticas contabilísticas adoptadas estes derivados cumprem com os requisitos para serem designados como instrumentos de cobertura de taxa de juro (Nota 2.3 l) v)).

O apuramento do justo valor dos derivados contratados pelo Grupo foi efectuado pelas respectivas contrapartes (instituições financeiras com quem foram celebrados tais contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e., utilizando as Par Rates de Swaps, cotadas no mercado interbancário, e disponíveis nas páginas Reuters e/ou Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respectivas taxas forwards e factores de desconto que servem para descontar os cash flows fixos (leg fixo) e os cash flows variáveis (leg variável). O somatório das duas parcelas resulta no Valor Actualizado Líquido dos cash flows futuros ou justo valor dos derivados.

No início de 2015, na data da sua maturidade, os derivados foram liquidados, sendo o valor da liquidação muito semelhante ao justo valor a 31 de Dezembro de 2014. (ii) Derivados de cobertura de preço da pasta de papel Por forma a mitigar a sua exposição à volatilidade do preço da pasta de papel, o Grupo contratou derivados de cobertura do preço da pasta de papel, consubstanciado na compra de opções de venda de estilo asiático (“asian put options”) sobre o “FOEX PIX Pulp BHKP”, para cada um dos doze meses do ano de 2016, para um volume de 5.000 toneladas por mês (total de 60.000 toneladas).

(iii) Derivados de taxa de câmbio

A Altri utiliza derivados de taxa de câmbio, fundamentalmente, de forma a efectuar a cobertura de fluxos de caixa futuros. Desta forma, a Altri, durante o exercício de 2015, contratou “opções” e “forwards” de taxa de câmbio de dólares dos Estados Unidos, de forma a gerir o risco de taxa de câmbio a que está exposta.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 46 -

Relativamente às opções, o Grupo contratou opções de venda de estilo europeu sobre o dólar dos Estados Unidos, na razão de USD 7 milhões por mês para o 1.º semestre de 2016 e USD 3 milhões por mês para o 2.º semestre de 2016. O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros derivados durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 pode ser detalhado como segue:

2015Derivados de cobertura

de preço da pastaDerivados de taxa de

juro Total

Saldo inicial - (1.902.297) (1.902.297)

Variação do justo valor Efeitos em capitais próprios (Nota 19) - 134.470 134.470 Efeitos na demonstração de resultados (Nota 36) - (272.764) (272.764) Efeitos no balanço - 1.899.308 1.899.308

Saldo final - (141.283) (141.283)

2014Derivados de cobertura

de preço da pastaDerivados de taxa de

juro Total

Saldo inicial 720.362 (6.004.727) (5.284.365)

Variação do justo valor Efeitos em capitais próprios (Nota 19) (720.362) 2.579.361 1.858.999 Efeitos na demonstração de resultados (Nota 36) - 1.523.069 1.523.069

Saldo final - (1.902.297) (1.902.297)

Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2015, dos instrumentos de cobertura na parte não corrida (conforme denominados nos termos do IAS 39), no montante de 134.470 Euros (1.858.999 Euros durante o exercício de 2014), foram registados directamente em rubricas de capitais próprios líquidos dos correspondentes impostos diferidos, no montante de (62.096) Euros ((418.274) Euros em 31 de Dezembro de 2014) (Notas 12 e 19). Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2015, dos instrumentos de cobertura na parte corrida, dos instrumentos que embora tenham sido contratados com o objectivo de cobertura, não cumprem com os requisitos para serem classificados como tal e a parte ineficaz dos instrumentos de cobertura foram registados directamente na demonstração de resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 (Nota 36).

29. GARANTIAS E PASSIVOS CONTINGENTES Em 31 de Dezembro de 2015 e de 2014, as garantias prestadas tinham o seguinte detalhe:

31.12.2015 31.12.2014

AICEP/API (Nota 21) 7.676.315 13.839.190Outros 1.468.674 1.468.674

9.144.989 15.307.864

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 47 -

30. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUIDOS NA DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO

FINANCEIRA a) Fundos de pensões

Algumas empresas do Grupo Altri possuem compromissos relacionados com encargos com fundos de reforma não incluídos na demonstração da posição financeira consolidada, uma vez que tais compromissos se encontram cobertos por fundo de pensões autónomos, como de seguida se detalha.

O Fundo de Pensões Caima e Altri Florestal, constituído por escritura de 31 de Dezembro de 1987 e administrado pela “BPI Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.”, destina-se a garantir aos trabalhadores (i) que à data normal da reforma ou (ii) na cessação contratual do contrato de trabalho com a Empresa, tenham pelo menos 57 anos de idade e 10 anos de serviço contínuo, o direito a um complemento de reforma, a partir da idade normal de reforma, cujo valor tem por base a média dos vencimentos ilíquidos dos últimos dois anos ao serviço da empresa. Por decisão da Administração da Caima, o Fundo de Pensões Caima e Altri Florestal foi dividido em dois fundos autónomos em Dezembro de 1998, após autorização do Instituto de Seguros de Portugal. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, a Caima e a Altri Florestal transferiram as quotas-partes das adesões colectivas que detém junto do BPI Pensões para o plano da Celtejo. Esta transferência foi requerida ao Instituto de Seguros de Portugal em 23 de Setembro de 2010 tendo este deliberado favoravelmente em 3 de Março de 2011, pelo que em Abril de 2011 o património de fundo de pensões da Altri Florestal e da Caima foi incorporado no fundo de pensões Celtejo.

Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente da Celtejo com mais de cinco anos de serviço, têm direito após a passagem à reforma ou numa situação de invalidez a um complemento mensal de pensão de reforma ou invalidez. Este complemento está definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal líquida actualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos. Para cobrir estas responsabilidades existe um fundo de pensões autónomo denominado Fundo de Pensões Tejo. Em Maio de 2014, foi alterado o regime associado ao Fundo de Pensões Tejo passando do regime de benefício definido para contribuição definida. A 30 de Abril de 2014, foi dada a opção aos trabalhadores da Celtejo, no activo com contrato sem termo, de escolher entre transitar ou não para o plano de contribuição definida. No caso da Caima e Altri Florestal, os trabalhadores com contrato sem termo foram automaticamente transferidos para o plano de contribuição definida, com excepção dos trabalhadores que já possuíam, à data de 30 de Abril de 2014, direitos adquiridos (tempo de serviço maior ou igual a 10 anos e idade igual ou superior a 57 anos), a quem foi dada a opção de escolher entre transitar ou não para o plano de contribuição definida. Assim, a 31 de Dezembro de 2015 coexistem os dois sistemas. Até 2013, a Celbi atribuía aos seus colaboradores, com contrato de trabalho subordinado sem prazo, que se reformassem ao seu serviço, um conjunto de benefícios de complementos de reforma definidos no Regulamento do Fundo de Pensões da Empresa, publicado no Diário da República nº 221-III série, de 21 de Setembro de 1999, posteriormente alterado conforme Aviso publicado no Diário da República nº 294-III série, de 20 de Dezembro de 2002. Em 2014 a Celbi alterou o plano de pensões de benefício definido para um plano de contribuição definida, alteração aprovada pelo Instituto de Seguros de Portugal em 25 de Setembro de 2014 com efeitos a 1 de Maio de 2014 (gastos suportados no exercício com estes planos encontram-se descritos na Nota 40). Com esta aprovação, o valor do Fundo foi repartido pelos participantes de acordo com as responsabilidades por serviços passados à data de 30 de Abril de 2014, tendo a Entidade gestora aberto uma conta individual em nome de cada participante com este crédito inicial. A partir de Maio de 2014, a Celbi efectua uma contribuição para o Fundo de Pensões, que varia anualmente em função dos resultados do Grupo Altri, atribuindo a cada trabalhador do quadro permanente uma percentagem do seu salário pensionável em função do seu tempo de serviço. Com o novo regime de contribuição definida, a Celbi contabiliza como custo no exercício as contribuições que efectua, deixando de.ter responsabilidades por benefícios futuros relacionado com o Fundo de Pensões.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 48 -

De acordo com os estudos actuariais realizados pelas sociedades gestoras dos fundos com referência a 31 de Dezembro de 2015, 2014 e 2013, o valor actual das responsabilidades por serviços passados para os colaboradores no activo e para os reformados, bem como a situação patrimonial dos fundos de pensões, naquelas datas, eram como segue:

Caima/Celtejo/Altriflorestal Celbi Total

Responsabilidades actuais por serviços passados 12.997.878 N.a. 12.997.878

Situação patrimonial dos fundos de pensões 12.220.331 N.a. 12.220.331

Caima/Celtejo/Altriflorestal Celbi Total

Responsabilidades actuais por serviços passados 14.984.919 N.a. 14.984.919

Situação patrimonial dos fundos de pensões 14.950.902 N.a. 14.950.902

Caima/Celtejo/Altriflorestal Celbi Total

Responsabilidades actuais por serviços passados 15.100.475 7.951.521 23.051.996

Situação patrimonial dos fundos de pensões 15.096.391 8.140.208 23.236.599

2013

2015

2014

N.a. – Não aplicável O movimento verificado no valor actual das responsabilidades por serviços passados durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 é como segue:

2015 2014

Responsabilidades no início do exercício 14.984.919 23.051.996

Transferência para contribuição definida (2.266.405) (7.951.521)

Benefícios pagos pelos Fundos de Pensões (850.079) (822.040)

Custo dos serviços correntes 104.179 189.576

Custo dos juros 697.035 707.067

Perdas/(Ganhos) actuariais 328.229 (190.159)

Responsabilidades no f im do exercício 12.997.878 14.984.919

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 49 -

O movimento verificado na situação patrimonial dos fundos de pensões durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 é como segue:

2015 2014

Valor dos Fundos de Pensões no início do exercício 14.950.902 23.236.599

Transferência para contribuição definida (1.955.466) (8.140.208)

Pensões pagas (850.079) (822.040)

Rendimento/Retorno do Fundo - 676.551

Outros 74.974 -

Valor dos Fundos de Pensões no f im do exercício 12.220.331 14.950.902

Considerando a diferença entre o valor das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2015 e o valor do fundos de pensões à mesma data, no exercício foi constituído um passivo no montante de 778.000 Euros para fazer face a possíveis responsabilidades relacionadas com os planos de pensões em vigor. As responsabilidades relativas ao plano de Pensões Celtejo em 31 de Dezembro de 2015 foram determinadas com base nos seguintes pressupostos:

(i) Método de cálculo “Projectedt Unit Credit”; (ii) Tábuas de Mortalidade TV 88/90; (iii) Taxa de rendimento/desconto 3,75%; (iv) Taxa de crescimento dos salários 1%;

O Fundo de Pensões Celtejo tem as seguintes características:

(i) Composição da carteira: a. 11,20 % acções; b. 68,27 % obrigações a taxa fixa; c. 10,30 % obrigações a taxa variável; e d. 10,23% Liquidez e outros activos.

(ii) Retorno esperado dos activos do plano no longo prazo 3,75%.

As responsabilidades relativas ao plano de Pensões Celtejo em 31 de Dezembro de 2014 foram determinadas com base nos seguintes pressupostos:

(v) Método de cálculo “Projected Unit Credit”; (vi) Tábuas de Mortalidade TV 88/90; (vii) Tábuas de Invalidez EKV-80; (viii) Taxa de rendimento/desconto 4,5%; e (ix) Taxa de crescimento salarial 0%.

O Fundo de Pensões Celtejo tem as seguintes características:

(iii) Composição da carteira: a. 13,64 % acções; b. 68,39 % obrigações a taxa fixa; c. 9,86 % obrigações a taxa variável; e d. 10,11% Liquidez e outros activos.

(ii) Retorno esperado dos activos do plano no longo prazo 4,5%.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 50 -

b) Outros compromissos

Em 31 de Dezembro de 2015, os compromissos contratuais para aquisição de imobilizado assumidos pelas empresas do Grupo Altri são de, aproximadamente, 4.311.000 Euros (22.255.500 Euros em 31 de Dezembro de 2014) (Nota 7).

31. LOCAÇÕES

31.1 LOCAÇÕES OPERACIONAIS Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 foi reconhecido como custo do exercício o montante de, aproximadamente, 10.150.000 Euros (9.800.000 Euros durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014) relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional, fundamentalmente relativos a terrenos explorados pelo Grupo. Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 os pagamentos mínimos fixados àqueles contratos de locação operacional vencem-se como segue:

Ano 2015 2014

Até 1 ano 9 377 248 10 523 634 Entre 1 ano e 5 anos 35 406 375 33 295 243 Mais de 5 anos 77 802 569 96 224 287

122 586 192 140 043 164

31.2 LOCAÇÕES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as responsabilidades reflectidas na demonstração da posição financeira do Grupo relativas a locações financeiras eram como segue:

Ano 2015 2014

Até 1 ano (Nota 26) 492.092 153.763 Entre 1 e 5 anos (Nota 23) - 404.350 Mais de 5 anos - -

492.092 558.113

Em 31 de Dezembro de 2015 e de 2014, estima-se que o justo valor das obrigações financeiras em contratos de locação financeira corresponda, aproximadamente, ao seu valor contabilístico.

As obrigações financeiras por locações são garantidas pela reserva de propriedade dos bens locados.

32. PARTES RELACIONADAS

As participadas do Grupo Altri têm relações entre si que se qualificam como transacções com partes relacionadas, as quais foram efectuadas a preços de mercado. Nos procedimentos de consolidação as transacções entre empresas incluídas na consolidação pelo método de integração global são eliminadas, uma vez que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam informação da detentora e das suas subsidiárias como se de uma única empresa se tratasse, pelo que não são divulgadas nesta nota.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 51 -

Os saldos a 31 de Dezembro de 2015 e 2014 e as transacções com entidades relacionadas durante os exercícios findos naquelas datas podem ser resumidos como segue:

Transacções 31.12.2015 31.12.2014 31.12.2015 31.12.2014 31.12.2015 31.12.2014Empresas associadas e empreendimentos conjuntos (a) 2 439 999 2 989 095 15 875 568 15 101 881 239 431 293 417Outras partes relacionadas (b) 8 286 852 8 185 557 132 238 124 305 - -

10 726 851 11 174 652 16 007 806 15 226 186 239 431 293 417

Saldos 31.12.2015 31.12.2014 31.12.2015 31.12.2014 31.12.2015 31.12.2014Empresas associadas e empreendimentos conjuntos (a) 284 249 46 356 2 550 399 2 165 278 11 544 780 11 553 565Outras partes relacionadas (b) 6 365 430 6 322 445 2 650 057 3 336 721 - -

6 649 680 6 368 801 5 200 456 5 501 999 11 544 780 11 553 565

Compras e serviços recebidos Vendas e prest. de serviços Juros auferidos

Contas a pagar Contas a receber Empréstimos concedidos

(a) Todas as entidades consolidadas pelo método da equivalência patrimonial em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 conforme Nota 4.2 e investimentos disponíveis para venda conforme Nota 4.3;

(b) Foram consideradas como outras partes relacionadas as empresas descritas abaixo. Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, não ocorreram transacções com os Administradores do Grupo nem lhes foram concedidos empréstimos. Para além das empresas incluídas na consolidação (Nota 4) as entidades consideradas relacionadas em 31 de Dezembro de 2015 podem ser apresentadas como segue:

Actium Capital, S.G.P.S., S.A. Adcom Media Anúncios e Publicidade, S.A. Alteria, S.G.P.S., S.A. Caderno Azul, S.G.P.S., S.A. Cofihold, S.G.P.S., S.A. Cofina Media, S.A. Cofina, SGPS, S.A. Destak Brasil – Editora de Publicações, S.A. Destak Brasil – Empreendimentos e Participações, S.A. Elege Valor, S.G.P.S., S.A. F. Ramada – Investimentos, SGPS, S.A. F. Ramada II, Imobiliária, S.A. Grafedisport – Impressão e Artes Gráficas, S.A. Livrefluxo, S.G.P.S., S.A. Malva – Gestão Imobiliária, S.A. Mercados Globais – Publicação de Conteúdos, Lda. Ramada – Aços, S.A. Ramada Storax, S.A. Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. Storax Benelux, S.A. Storax España, S.L. Storax Limited Storax S.A. Torres da Luz – Investimentos Imobiliários, S.A. Universal Afir, S.A. Valor Autêntico, SGPS, S.A. VASP – Sociedade de Transportes e Distribuições, Lda.

33. COMPENSAÇÕES DOS GESTORES CHAVE

As compensações atribuídas aos gestores chave, que, dado o modelo de governação do Grupo, correspondem aos membros do Conselho de Administração da Altri, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 ascenderam a 1.390.200 Euros e 1.412.195 Euros, respectivamente, e referem-se unicamente a remunerações fixas. As remunerações do exercício de 2015 foram integralmente pagas pela Sociedade ao passo que em 2014 tinham sido pagas pelas subsidirárias. Nos termos do artigo 3º nº 28/2009 de 19 de Junho, informa-se que as remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração podem ser repartidas como segue: Paulo Fernandes – 392.000 Euros; João Borges de Oliveira – 392.000 Euros; Domingos Matos – 225.400 Euros; Pedro Borges de Oliveira – 225.400

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 52 -

Euros; Ana Mendonça – 59.500 Euros; Laurentina Martins – 59.500 Euros; José Archer – 21.250 Euros; Pedro Mendonça – 15.150 Euros. Em 31 de Dezembro de 2015, não existem: (i) planos ou sistemas de incentivos relacionados com a atribuição de acções aos membros do Conselho de Administração; (ii) regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores; ou (iii) benefícios não pecuniários considerados como remuneração. A administradora Laurentina Martins beneficia de um plano atribuído antes da sua nomeação para o Conselho de Administração em virtude de, na data da atribuição, ser colaboradora da subsidiária Caima – Indústria de Celulose, S.A.. As principais características e informação sobre o referido plano encontra-se detalhada na Nota 30 a). Em 31 de Dezembro de 2015 o valor actual das pensões em pagamento afectas a esta colaboradora ascendiam a 418.859 Euros, não tendo sido efectuada qualquer contribuição para o referido fundo em 2015. A Altri, S.G.P.S., S.A. não possui qualquer plano de atribuição de acções ou de opções de aquisição de acções aos membros dos órgãos sociais, nem aos seus trabalhadores.

34. OUTROS RENDIMENTOS A rubrica da demonstração dos resultados “Outros rendimentos” no exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 era composta como se segue:

31.12.2015 31.12.2014

Subsídios ao investimento e à exploração 5.138.483 5.140.018Ganhos obtidos na alienação e abate de activos fixos 487.179 1.266.670Ganhos da parte corrida de contratos derivados de commodities (Nota 28) 305.060 512.132Outros 1.920.132 3.260.383

7.850.855 10.179.203

35. OUTROS GASTOS

A rubrica da demonstração dos resultados “Outros gastos” no exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 era composta como se segue:

31.12.2015 31.12.2014

Impostos directos e taxas 1.775.215 1.827.048

Perdas da parte corrida de contratos derivados de commodities (Nota 28) 28.355 -

Licenças de CO2 706.000 286.731

Outros 1.539.771 644.958

4.049.341 2.758.737

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 53 -

36. RESULTADOS FINANCEIROS

Os gastos e rendimentos financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 podem ser detalhados como segue:

31.12.2015 31.12.2014Gastos f inanceiros:

Juros suportados (Nota 21) (15.840.301) (18.943.968)Diferenças de câmbio desfavoráveis (6.379.199) (1.213.849)Perdas em instrumentos derivados (3.257.100) (2.953.653)Outros gastos e perdas f inanceiras (6.468.939) (11.394.993)

(31.945.538) (34.506.464)

Rendimentos f inanceiros:Juros obtidos 2.584.521 4.833.916 Diferenças de câmbio favoráveis 5.129.561 2.506.662 Outros rendimentos e ganhos f inanceiros 559.687 23.974

8.273.769 7.364.552

A rubrica “Perdas em instrumentos derivados” corresponde a perdas resultantes da variação do justo valor de derivados em vigor no final de cada exercício e a perdas em instrumentos derivados resultantes de juros corridos e do vencimento ou liquidação de instrumentos derivados (Nota 28). A rubrica “Outros custos e perdas financeiras” inclui entre outros, despesas incorridas com a montagem de empréstimos, que se encontram a ser reconhecidas como custo ao longo do período de vida do respectivo empréstimo (Nota 21). Os “Resultados relativos a empresas associadas” correspondem à apropriação da quota-parte do Grupo dos resultados nos investimentos em associadas (Nota 4.2).

37. AMORTIZAÇÕES E DEPRECIAÇÕES

A rubrica da demonstração de resultados “Amortizações e depreciações” relativa a exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 é composta como segue:

31-12-2015 31-12-2014

Activos fixos tangíveis (Nota 7) 52.746.593 48.324.442

Propriedades de investimento (Nota 8) 7.381 61.041

Activos intangíveis (Nota 10) 79.708 134.897

52.833.682 48.520.380

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 54 -

38. RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 foram calculados em função dos seguintes montantes:

31-12-2015 31-12-2014

Número de acções para efeito de cálculo do resultado líquido básico e diluído 205.131.672 205.131.672

Resultado para efeito do cálculo do resultado por acção 117.656.401 37.381.548

Resultado por acção

Básico 0,57 0,18

Diluído 0,57 0,18

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 não existem efeitos diluidores do número de acções em circulação.

39. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

Em 16 de Abril de 2008, o Conselho de Administração da ALTRI, S.G.P.S., S.A. aprovou um projecto de cisão-simples desta sociedade. Nos termos do referido projecto de cisão-simples, a reorganização projectada teve como objectivo a separação das duas unidades de negócio autónomas da ALTRI correspondentes ao exercício da actividade da gestão de participações sociais, respectivamente, no sector da pasta e papel e no sector do aço e sistemas de armazenagem. Esta reorganização inseriu-se numa lógica de focalização e transparência dos negócios da ALTRI, visando conferir a cada uma das áreas uma maior visibilidade e percepção de valor pelo mercado, e que permitiu ao grupo Altri concentrar a actividade no seu core business, a produção de pasta branqueada de eucalipto, pelo que o seu Conselho de Administração considera existir um único segmento de negócio relatável, sendo que a informação de gestão é também preparada e analisada nesse pressuposto.

Geograficamente, a repartição das vendas e prestações de serviços do Grupo por mercado é como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Mercado interno 123.551.976 115.065.667

Mercado externo 533.422.409 427.612.875

656.974.385 542.678.542

40. GASTOS COM PESSOAL

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 o número médio de pessoal ao serviço das empresas incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral foi de 666 e 662, respectivamente.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 55 -

Em 31 de Dezembro 2015 e 2014 a rubrica “Gastos com o pessoal” apresenta o seguinte detalhe:

31.12.2015 31.12.2014

Remunerações 24 232 014 20 861 003

Encargos sobre remunerações 4 735 135 4 365 067

Benefícios ao pessoal 2 128 513 1 838 915

Indemnizações 1 707 751 151 936 Seguros 671 754 655 855

Outros 1 801 863 1 904 847

35 277 030 29 777 623

41. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Em 31 de Dezembro 2015 e 2014 a rubrica “Fornecimentos e serviços externos” apresenta o seguinte detalhe:

31.12.2015 31.12.2014

Energia 40.762.611 38.515.515

Transportes de mercadoria 30.612.214 21.659.963

Combustíveis 20.095.613 22.630.258 Plantações 16.156.437 14.346.594

Conservação e reparação 13.685.738 14.944.577

Rendas e Alugueres 10.722.571 10.459.472

Outros 30.801.023 29.483.490

162.836.207 152.039.869

42. HONORÁRIOS DO REVISOR OFICIAL DE CONTAS

As remunerações pagas aos auditores do Grupo Altri e a outras pessoas singulares ou colectivas pertencentes à mesma rede, pelas empresas em relação de domínio ou de grupo, relativas aos exercícios de 2015 e 2014, foram como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Serviços de auditoria e revisão legal das contas 253.944 261.258

Outros serviços de garantia de f iabilidade 198.044 144.234

Serviços de consultoria f iscal 55.453 62.468

Outros serviços 152.155 165.480

659.596 633.440

43. APLICAÇÃO DO RESULTADO LIQUÍDO

No que respeita ao exercício de 2014, o Conselho de Administração propôs, no seu relatório anual, que o resultado líquido individual da Altri, SGPS, S.A. no montante de 18.627.109,20 Euros fosse transferido para Reserva legal – 931.355,46 Euros, o montante de 1.285.219,98 Euros fosse transferido para Reservas Livres e o valor de 16.410.533,76 Euros fosse distribuído sob a forma de dividendos, tendo aquelas propostas sido aprovadas em Assembleia Geral realizada em 14 de Abril de 2015. Durante o exercício de 2015 foi aprovado um adiantamento sobre lucros no montante de 51.282.918 Euros.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 56 -

No que respeita ao exercício de 2015, o Conselho de Administração propõe, no seu relatório anual, que o resultado líquido da Altri, SGPS, S.A. no montante de 103.489.990,30, tendo em conta o montante de 51.282.918,00 Euros já pago a título de antecipação de lucros do exercício de 2015, Euros seja aplicado como segue:

Reserva legal 791.793,55 Reservas livres 132.360,75 Distribuição de dividendos 102.565.836,00* ----------------------- 103.489.990,30 ============= * O dividendo total por acção de 2015 ascende a 0,50 Euros por acção; tendo em consideração que, em Novembro de 2015, foi deliberado um adiantamento dos lucros do exercício, o valor remanescente a distribuir aos accionistas será de 51.282.918 Euros, correspondendo a 0,25 Euros por acção.

44. INFORMAÇÃO RELATIVA A MATÉRIAS AMBIENTAIS No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases de efeito de estufa. Neste contexto, foi emitida uma Directiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas “Licenças de emissão de CO2”, entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é aplicável, a partir de 1 de Janeiro de 2005, entre outras, à indústria de pasta e papel. Pela publicação do Despacho conjunto nº 38/2013 de 15 de Março de 2013, foi efectuada a distribuição pelo Governo Português das “Licenças de emissão de CO2” às diversas empresas portuguesas abrangidas, estando prevista a atribuição, a título gratuito, de licenças para a emissão de 91.633 toneladas de CO2 às empresas do Grupo para o ano de 2015. Caso as emissões reais sejam superiores às “Licenças de emissão de CO2” atribuídas, o Grupo terá que adquirir as licenças em falta no mercado. A entrega das “Licenças de emissão de CO2”, correspondente às emissões reais realizadas num exercício, é efectuada no início do ano seguinte, estando os valores apresentados pelas empresas relativos às emissões reais efectuadas sujeitos a certificação por uma entidade independente.

Considerando que estas licenças se referem ao período 2013-2020, com base nos dados previsionais de emissão de CO2 para o ano de 2012, não se estimam encargos significativos para o Grupo em consequência da entrada em vigor desta legislação para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015. Em 31 de Dezembro de 2015 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer passivo de carácter ambiental nem é divulgada qualquer contingência ambiental, por ser convicção do Conselho de Administração que não existem, a essa data, obrigações ou contingências provenientes de acontecimentos passados de que resultem encargos materialmente relevantes para o Grupo Altri.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 57 -

45. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 24 de Março de 2016. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral de Accionistas.

O Conselho de Administração

_______________________________________________ Paulo Jorge dos Santos Fernandes

_______________________________________________ João Manuel Matos Borges de Oliveira

_______________________________________________ Domingos José Vieira de Matos

_______________________________________________ Laurentina da Silva Martins

_______________________________________________

Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira

_______________________________________________ Ana Rebelo de Carvalho Menéres de Mendonça

_______________________________________________ José Manuel de Almeida Archer

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E NOTAS ANEXAS

Demonstrações financeiras individuais e notas anexas

ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Montantes expressos em Euros)

ACTIVO Notas 31.12.2015 31.12.2014

ACTIVOS NÃO CORRENTES:Activos fixos tangíveis 47.286 3.193 Activos intangíveis - 179 Investimentos em empresas do grupo 4 143.068.646 143.068.646 Empréstimos a empresas do grupo 6 e 18 - 52.574.331

Total de activos não correntes 143.115.932 195.646.349

ACTIVOS CORRENTES:Estado e outros entes públicos 6 e 8 - 6.448.799 Clientes 6 e 18 1.537.500 1.537.500 Outras dívidas de terceiros 6, 9 e 18 37.788.137 32.854.582 Empréstimos a empresas do grupo 6 e 18 52.574.331 - Outros activos correntes 6 e 10 626.219 498.251 Outros activos financeiros 6 e 18 10.623.100 18.638.300 Caixa e equivalentes de caixa 6 e 7 35.764.807 987.650

Total de activos correntes 138.914.094 60.965.082

Total do activo 282.030.026 256.611.431

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 31.12.2015 31.12.2014

CAPITAL PRÓPRIO:Capital social 11 25.641.459 25.641.459 Reserva legal 11 4.336.498 3.405.143 Outras reservas 11 15.499.593 14.351.159 Adiantamento sobre lucros 21 (51.282.918) - Resultado líquido do exercício 20 103.489.990 18.627.109

Total do capital próprio 97.684.622 62.024.870

PASSIVO:PASSIVO NÃO CORRENTE:

Outros empréstimos 6 e 12 160.047.408 69.751.082 Provisões 10 479.712 479.712

Total de passivos não correntes 160.527.120 70.230.794 PASSIVO CORRENTE:

Empréstimos bancários 6, 7 e 12 - 77.228 Outros empréstimos 6 e 12 3.344.311 58.412.490 Fornecedores 6 15.965 31.650 Outras dívidas a terceiros 6, 13 e 18 44.496 64.868.361 Estado e outros entes públicos 6 e 8 19.329.210 423.565 Outros passivos correntes 6 e 14 947.516 542.473 Instrumentos derivados 6 e 15 136.786 -

Total de passivos correntes 23.818.284 124.355.767

Total do Passivo 184.345.404 194.586.561

Total do passivo e capital próprio 282.030.026 256.611.431

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZASPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2015 31.12.2014

Prestação de serviços 18 5.000.000 1.250.000 Outros rendimentos 525.451 270.894Fornecimento e serviços externos (2.185.325) (247.182)Gastos com o pessoal 19 (1.767.090) (359.081)Amortizações e depreciações (9.183) (3.026)Outros gastos (478.834) (203.612)Ganhos em empresas do grupo 16 105.000.000 20.000.000Gastos financeiros 17 e 18 (5.054.446) (5.097.962)Rendimentos financeiros 17 e 18 2.555.022 2.097.523

Resultado antes de impostos 103.585.595 17.707.554

Impostos sobre o rendimento 5 (95.605) 919.556Resultado líquido do exercício 20 103.489.990 18.627.109

Resultados por acçãoBásico 20 0,505 0,091Diluído 20 0,505 0,091

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS E DE OUTRO RENDIMENTO INTEGRALPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2015 31.12.2014

Resultado líquido do exercício 20 103.489.990 18.627.109

Outro rendimento integral:Itens que não serão reclassificados para o resultado líquido - -

- -

Itens que futuramente podem ser reclassificados para o resultado líquidoVariação no justo valor dos derivados de cobertura de fluxos de caixa (136.786) -

(136.786) -

Outro rendimento integral do exercício (136.786) -

Total do rendimento integral do exercício 103.353.204 18.627.109

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIOPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Montantes expressos em Euros)

NotasCapital social

Reserva legal

Outras reservas

Adiantamento sobre lucros

Resultado líquido

Total do capital próprio

Saldo em 1 de Janeiro de 2014 11 25.641.459 2.862.981 12.665.615 - 10.843.236 52.013.291Aplicação do resultado de 2013 - 542.162 10.301.074 - (10.843.236) -Distribuição de dividendos - - (8.615.530) - - (8.615.530)

Total do rendimento integral do exercício - - - - 18.627.109 18.627.109Saldo em 31 de Dezembro de 2014 11 25.641.459 3.405.143 14.351.159 - 18.627.109 62.024.870

Saldo em 1 de Janeiro de 2015 11 25.641.459 3.405.143 14.351.159 - 18.627.109 62.024.870Aplicação do resultado de 2014 21 - 931.355 17.695.754 - (18.627.109) -Distribuição de dividendos 21 - - (16.410.534) - - (16.410.534)Adiantamento sobre lucros 21 - - - (51.282.918) - (51.282.918)

Total do rendimento integral do exercício (136.786) - 103.489.990 103.353.204Saldo em 31 de Dezembro de 2015 11 25.641.459 4.336.498 15.499.593 (51.282.918) 103.489.990 97.684.622

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

ALTRI , SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2015 31.12.2014

Actividades operacionais:Recebimentos de clientes 6.150.000 -Pagamentos a fornecedores (3.667.329) (264.378)Pagamentos ao pessoal (1.640.598) (322.323)Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional 157.558 98.570Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (2.522.270) 2.146.212

Fluxos gerados pelas actividades operacionais (1) (1.522.639) 1.658.081

Actividades de investimento:Recebimentos provenientes de:

Dividendos 18 125.000.000 -Outros activos financeiros 18 18.638.300 -Juros e proveitos similares 508.309 90.368

Pagamentos relativos a:Activos fixos tangíveis (50.700) -Investimentos financeiros 7 - (50.000)Outros activos financeiros 18 (10.623.100) (18.638.300)

Fluxos gerados pelas actividades de investimento (2) 133.472.809 (18.597.932)

Actividades de financiamento:Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 50.000.000 70.077.228Pagamentos respeitantes a:

Juros e custos similares (18.702.333) (4.504.883)Dividendos 20 (67.693.452) (8.615.530)Empréstimos obtidos (60.700.000) (44.254.455)

Fluxos gerados pelas actividades de financiamento (3) (97.095.785) 12.702.360

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 7 910.422 5.091.081Caixa e seus equivalentes transferidos por fusão - 56.831Variação de caixa e seus equivalentes: (1)+(2)+(3) 34.854.385 (4.237.491)Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 7 35.764.807 910.422

O Anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014

(Montantes expressos em Euros)

- 1 -

1. NOTA INTRODUTÓRIA A Altri, SGPS, S.A. (“Altri” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1 de Março de 2005, com sede

na Rua General Norton de Matos, 68, r/c no Porto e que tem como actividade principal a gestão de participações sociais (Nota 4), sendo as suas acções cotadas na Euronext Lisbon.

A Altri dedica-se à gestão de participações sociais essencialmente na área industrial, sendo a empresa-mãe do

grupo de empresas designado por Grupo Altri, cuja actividade actual se centra na produção de pasta branqueada de eucalipto através de três unidades produtivas (a Celbi na Figueira da Foz, a Caima em Constância do Ribatejo e a Celtejo em Vila Velha de Ródão). No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, concretizou-se a fusão por incorporação da participada Celulose do Caima SGPS, S.A. (Caima SGPS) (sociedade incorporada) na Altri SGPS, S.A. (sociedade incorporante), com produção de efeitos a 1 de Janeiro de 2014. A fusão realizou-se na modalidade prevista na alínea a) do nº 4 do artigo 97º do Código das Sociedades Comerciais mediante a transferência global do património da Celulose do Caima, SGPS, S.A., com a consequente extinção do património da sociedade incorporada. As demonstrações financeiras da Altri são apresentadas em Euros em valores arredondados à unidade, sendo esta a divisa utilizada pelo Grupo nas suas operações e como tal considerada a moeda funcional.

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas pela União Europeia. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – International Financial Reporting Standards) emitidas pelo International Accounting Standard Board (“IASB”), as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”), emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respectivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas, respectivamente, pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e pelo Standards Interpretation Committee (“SIC”), que tenham sido adoptadas pela União Europeia. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designados genericamente por “IFRS”. As demonstrações financeiras intercalares foram apresentadas, trimestralmente, de acordo com a IAS 34 – “Relato Financeiro Intercalar”.

(i) Adopção de normas e interpretações novas, emendadas ou revistas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões adoptadas (“endorsed”) pela União Europeia têm aplicação obrigatória pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2015:

Norma / Interpretação Aplicável nos

exercícios iniciados em ou após

Observações

IFRIC 21 – Pagamentos ao Estado 17/jun/14

Estabelece as condições quanto à tempestividade do reconhecimento de uma responsabilidade relacionada com o pagamento ao Estado de uma contribuição por parte de uma entidade em resultado de determinado evento (por exemplo, a participação num determinado mercado), sem que o pagamento tenha por contrapartida bens ou serviços especificados.

Emenda à IFRS 3 – Concentração de atividades empresariais(incluída nos melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro – ciclo 2011-2013)

01/jan/15Clarifica que a IFRS 3 exclui do seu âmbito de aplicação a formação de um acordo conjunto nas demonstrações financeiras do próprio acordo conjunto.

Emenda à IFRS 13 – Mensuração ao justo valor(incluída nos melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro – ciclo 2011-2013)

01/jan/15Clarifica que a excepção de aplicação da norma a activos e passivos financeiros com posições compensadas se estende a todos os contratos no âmbito da IAS 39, independentemente de cumprirem com a definição de activo ou passivo financeiro da IAS 32.

Emenda à IAS 40 – Propriedades de investimento(incluída nos melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro – ciclo 2011-2013)

01/jan/15Clarifica que é necessário aplicar juízo de valor para determinar se a aquisição de uma propriedade de investimento constitui uma aquisição de um activo ou uma concentração de actividades empresariais abrangida pela IFRS 3.

O efeito nas demonstrações financeiras da Altri do exercício findo em 31 de Dezembro de 2015, decorrente da adopção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi significativo.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 2 -

(ii) Normas, interpretações, emendas e revisões que irão entrar em vigor em exercícios futuros As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adoptadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma / Interpretação Aplicável nos

exercícios iniciados em ou após

Observações

Emenda à IAS 19 – Benefícios dos empregados – Contribuições de empregados

01/fev/15Clarifica em que circunstâncias as contribuições dos empregados para planos de benefícios pós-emprego constituem uma redução do custo com benefícios de curto prazo.

Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2010-2012)

01/fev/15

Estas melhorias envolvem a clarificação de alguns aspectos relacionados com: IFRS 2 – Pagamentos com base em acções: definição de vesting condition ; IFRS 3 – Concentração de actividades empresariais: contabilização de pagamentos contingentes; IFRS 8 – Segmentos operacionais: divulgações relacionadas com o julgamento aplicado em relação à agregação de segmentos e clarificação sobre a necessidade de reconciliação do total de activos por segmento com o valor de activos nas demonstrações financeiras; IAS 16 – Activos fixos tangíveis e IAS 38 – Activos intangíveis: necessidade de reavaliação proporcional de amortizações acumuladas no caso de reavaliação de activos fixos; e IAS 24 – Divulgações de partes relacionadas: define que uma entidade que preste serviços de gestão à Empresa ou à sua empresa-mãe é considerada uma parte relacionada; e IFRS 13 – Justo valor: clarificações relativas à mensuração de contas a receber ou a pagar de curto prazo.

Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2012-2014)

01/jan/16

Estas melhorias envolvem a clarificação de alguns aspectos relacionados com: IFRS 5 – Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas: introduz orientações de como proceder no caso de alterações quanto ao método expectável de realização (venda ou distribuição aos accionistas); IFRS 7 – Instrumentos financeiros: divulgações: clarifica os impactos de contratos de acompanhamento de activos no âmbito das divulgações associadas a envolvimento continuado de activos desreconhecidos, e isenta as demonstrações financeiras intercalares das divulgações exigidas relativamente a compensação de activos e passivos financeiros; IAS 19 – Benefícios dos empregados: define que a taxa a utilizar para efeitos de desconto de benefícios definidos deverá ser determinada com referência às obrigações de alta qualidade de empresas que tenham sido emitidas na moeda em que os benefícios serão liquidados; e IAS 34 – Relato financeiro intercalar: clarificação sobre os procedimentos a adoptar quando a informação está disponível em outros documentos emitidos em conjunto com as demonstrações financeiras intercalares.

Emenda à IFRS 11 – Acordos conjuntos – Contabilização de aquisições de interesses em acordos conjuntos

01/jan/16

Esta emenda está relacionada com a aquisição de interesses em operações conjuntas. Estabelece a obrigatoriedade de aplicação da IFRS 3 quando a operação conjunta adquirida constituir uma actividade empresarial de acordo com a IFRS 3. Quando a operação conjunta em questão não constituir uma actividade empresarial, deverá a transacção ser registada como uma aquisição de activos. Esta alteração tem aplicação prospectiva para novas aquisições de interesses.

Emenda à norma IAS 1 – Apresentação de demonstrações financeiras – “Disclosure Iniciative”

01/jan/16

Esta emenda vem clarificar alguns aspectos relacionados com a iniciativa de divulgações, designadamente: (i) a entidade não deverá dificultar a inteligibilidade das demonstrações financeiras através da agregação de itens materiais com itens imateriais ou através da agregação de itens materiais com naturezas distintas; (ii) as divulgações especificamente requeridas pelas IFRS apenas têm de ser dadas se a informação em causa for material; (iii) as linhas das demonstrações financeiras especificadas pela IAS 1 podem ser agregadas ou desagregadas, conforme tal for mais relevante para os objectivos do relato financeiro; (iv) a parte do outro rendimento integral resultante da aplicação do método da equivalência patrimonial em associadas e acordos conjuntos deve ser apresentada separadamente dos restantes elementos do outro rendimento integral segregando igualmente os itens que poderão vir a ser reclassificados para resultados dos que não serão reclassificados; (v) a estrutura das notas deve ser flexível, devendo estas respeitar a seguinte ordem: • uma declaração de cumprimento com as IFRS na primeira secção das notas; • uma descrição das políticas contabilísticas relevantes na segunda secção; • informação de suporte aos itens da face das demonstrações financeiras na terceira secção; e • outra informação na quarta secção

Emenda à IAS 16 – Activos fixos tangíveis e IAS 38 – Activos intangíveis – Métodos de depreciação aceitáveis

01/jan/16

Esta emenda estabelece a presunção (que pode ser refutada) de que o rédito não é uma base apropriada para amortizar um activo intangível e proíbe o uso do rédito como base de amortização de activos fixos tangíveis. A presunção estabelecida para amortização de activos intangíveis só poderá ser refutada quanto o activo intangível é expresso em função do rendimento gerado ou quando a utilização dos benefícios económicos está altamente correlacionada com a receita gerada.

Emenda à IAS 16 – Activos fixos tangíveis e IAS 41 – Agricultura – Plantas de produção

01/jan/16Esta emenda vem excluir as plantas que produzem frutos ou outros componentes destinados a colheita e/ou remoção do âmbito de aplicação da IAS 41, passando as mesmas a estar abrangidas pela IAS 16.

Emenda à IAS 27 – Aplicação do método de equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas

01/jan/16

Esta emenda vem introduzir a possibilidade de mensuração dos interesses em subsidiárias, acordos conjuntos e associadas em demonstrações financeiras separadas pelo método da equivalência patrimonial, para além dos métodos de mensuração actualmente existentes. Esta alteração aplica-se retrospectivamente.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 3 -

(iii) Normas e interpretações novas, emendadas ou revistas não adoptadas

As seguintes alterações, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, não foram até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma Observações

Emenda à IFRS 10 – Demonstrações financeiras consolidadas, IFRS 12 - Divulgações sobre participações noutras entidades e IAS 28 – Investimentos em associadas e entidades conjuntamente controladas

Estas emendas contemplam a clarificação de diversos aspectos relacionados com a aplicação da excepção de consolidação por parte de entidades de investimento.

Emendas à IFRS 10 – Demonstrações financeiras consolidadas e IAS 28 – Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos

Estas emendas vêm eliminar um conflito existente entre as referidas normas, relacionado com a venda ou com a contribuição de activos entre o investidor e a associada ou entre o investidor e o empreendimento conjunto.

Esta norma insere-se no projecto de revisão da IAS 39 e estabelece os novos requisitos relativamente à classificação e mensuração de activos e passivos financeiros, à metodologia de cálculo de imparidade e para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura. Esta norma é de aplicação obrigatória para os exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018.

Esta norma vem estabelecer os requisitos de relato, por parte de entidades que adoptem pela primeira vez as IFRS aplicáveis a activos regulados.

Esta norma vem introduzir uma estrutura de reconhecimento do rédito baseada em princípios e assente num modelo a aplicar a todos os contratos celebrados com clientes, substituindo as normas IAS 18 – Rédito, IAS 11 – Contratos de construção; IFRIC 13 – Programas de fidelização; IFRIC 15 – Acordos para a construção de imóveis; IFRIC 18 – Transferências de Activos Provenientes de Clientes e SIC 31 – Rédito - Transacções de troca directa envolvendo serviços de publicidade. Esta norma é de aplicação obrigatória para os exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018.

Esta norma vem introduzir os princípios de reconhecimento e mensuração de locações, substituindo a IAS 17 – Locações. A norma define um único modelo de contabilização de contratos de locação que resulta no reconhecimento pelo locatário de activos e passivos para todos os contratos de locação, excepto para as locações com um período inferior a 12 meses ou para as locações que incidam sobre activos de valor reduzido. Os locadores continuarão a classificar as locações entre operacionais ou financeiras, sendo que a IFRS 16 não implicará alterações substanciais para tais entidades face ao definido na IAS 17.

IFRS 15 – Rédito de contratos com clientes

IFRS 9 – Instrumentos financeiros (2009) e emendas posteriores

IFRS 14 – Ativos regulados

IFRS 16 – Locações

Estas normas não foram ainda adoptadas (“endorsed”) pela União Europeia e, como tal, não foram adoptadas pelo Grupo no exercício findo em 31 de Dezembro de 2015. Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da adopção das mesmas. As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adoptados pela Altri em 31 de Dezembro de 2015 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2014.

Na preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IFRS, o Conselho de Administração da Empresa adoptou certos pressupostos e estimativas que afectam os activos e passivos reportados, bem como os rendimentos e gastos incorridos relativos aos períodos reportados. Todas as estimativas e assunções efectuadas pelo Conselho de Administração foram efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras consolidadas, dos eventos e transacções em curso.

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em Assembleia Geral de

Accionistas. O Conselho de Administração do Grupo Altri entende que as mesmas serão aprovadas sem alterações. 2.2 PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS Os principais critérios valorimétricos utilizados pela Empresa na preparação das suas demonstrações financeiras são

os seguintes:

a) Activos intangíveis

Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Os activos fixos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa, sejam controláveis pela Empresa e se possa medir razoavelmente o seu valor.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 4 -

As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração dos resultados quando incorridas.

As despesas de desenvolvimento para as quais a Empresa demonstre capacidade para completar o seu

desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo no período em que são incorridas.

Os gastos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como gastos na

demonstração dos resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes gastos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a Empresa. Nestas situações os gastos são capitalizados como activos incorpóreos.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em

conformidade com o período de vida útil estimado (genericamente 3 a 5 anos).

b) Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis que correspondem sobretudo a equipamento administrativo encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das correspondentes amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após os bens estarem em condições de serem utilizados, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

As taxas de amortização utilizadas correspondem ao seguinte período de vida útil estimada: Anos Equipamento administrativo 3 a 10 Equipamento de transporte 4 a 8 As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos activos nem resultem em

benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos activos fixos tangíveis são registadas como custo do exercício em que são incorridas.

Os activos fixos tangíveis em curso representam activos ainda em fase de construção, encontrando-se registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estes activos são amortizados a partir do momento em que os activos subjacentes estejam em condições de serem utilizados.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de activos fixos tangíveis são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo registadas na demonstração dos resultados nas rubricas “Outros rendimentos” ou “Outros gastos”.

c) Imparidade dos activos fixos tangíveis e dos activos intangíveis, excepto Goodwill

É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos à data de cada balanço e sempre que seja identificado um

evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é

reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”.

A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é o

montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos gastos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 5 -

Quando as perdas por imparidade, reconhecidas em exercícios anteriores, deixem de existir, são objecto de

reversão. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Outros rendimentos”. Esta reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

d) Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são usualmente reconhecidos como custo na

demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Nos casos em que são contratados empréstimos com o fim específico de financiar activos fixos, os juros

correspondentes são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos inicia-se após o início da preparação das actividades de construção, e cessa quando o activo se encontra pronto para utilização ou caso o projecto seja suspenso.

e) Provisões

As provisões são reconhecidas quando, e somente quando a Empresa: (i) tenha uma obrigação presente (legal

ou construtiva) resultante de um evento passado; (ii) seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos; e (iii) o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa do Conselho de Administração a essa data.

As provisões para gastos de reestruturação são reconhecidas sempre que exista um plano formal e detalhado de

reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas. Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa necessários para liquidar tal

obrigação, a mesma é registada pelo valor actual dos mesmos.

f) Instrumentos financeiros

i) Investimentos em subsidiárias

Os investimentos em partes de capital de empresas subsidiárias são mensurados de acordo com o estabelecido na “IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas”, ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

ii) Investimentos

Os investimentos detidos pela Empresa são classificados como segue:

Investimentos registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas

subcategorias: “Activos financeiros detidos para negociação” e “Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados”. Um activo financeiro é classificado nesta categoria se for adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo ou a sua performance e estratégia de investimento sejam analisadas e definidas pelo Conselho de Administração com base no justo valor do activo financeiro. Os instrumentos derivados são também classificados como detidos para negociação, excepto se estiverem afectos a operações de cobertura. Os activos desta categoria são classificados como activos correntes no caso de serem detidos para negociação ou se for expectável que se realizem num período inferior a 12 meses da data do balanço;

Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria inclui os activos financeiros, não derivados,

com reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos mesmos até à data do seu vencimento; e

Investimentos disponíveis para venda: incluem-se aqui os activos financeiros, não derivados, que são

designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos activos não correntes, excepto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num período inferior a 12 meses da data do balanço.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 6 -

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago incluindo as despesas de transacção, no caso dos investimentos detidos até ao vencimento e investimentos disponíveis para venda.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados e os

investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a gastos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os investimentos detidos até à maturidade são mensurados pelo custo amortizado usando o método da taxa de juro efectiva.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para

venda são registados no capital próprio, na rubrica “Reservas de justo valor” incluída na rubrica “Outras reservas” até o investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que a perda acumulada é transferida para a demonstração dos resultados.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos

contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira.

iii) Dívidas de terceiros

As dívidas de clientes, de outros devedores e de outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas na demonstração da posição financeira deduzido de eventuais perdas por imparidade reconhecidas na rubrica “Perdas por imparidade acumuladas”, para que os activos reflictam o seu valor realizável líquido. Estas rubricas, quando correntes, não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente

e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, a Empresa tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

- a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas; - se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte; ou - se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.

iv) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo seu valor nominal deduzido dos gastos de transacção que

sejam directamente atribuíveis à emissão desses passivos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar activos e passivos e o Conselho de

Administração pretenda liquidar numa base líquida ou realizar o activo e liquidar simultaneamente o passivo, os mesmos são compensados, e apresentados na demonstração da posição financeira pelo seu montante líquido.

v) Contas a pagar

As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é substancialmente

equivalente ao seu justo valor.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 7 -

vi) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de caixa,

depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de valor.

Ao nível da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” compreende

também os descobertos bancários incluídos na rubrica do passivo corrente “Empréstimos bancários”.

vii) Instrumentos derivados

A Altri utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação.

Os instrumentos derivados utilizados pela Altri definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa

respeitam a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos.

Os critérios utilizados pela Altri para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos

de caixa atribuíveis ao risco coberto; - a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada; - existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura; e - a transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes

instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica “Reservas de cobertura”, sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efectuada com recurso a sistemas

informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por base a actualização, para a data da demonstração da posição financeira, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo e do “leg” variável do instrumento derivado.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se vence

ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas até então, que se encontram registadas em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertura”, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração dos resultados.

Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo específico de cobertura

de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afectam directamente a demonstração de resultados, nas rubricas “Rendimentos financeiros” e “Gastos financeiros”.

Em 31 de Dezembro de 2015 a Empresa não tem contratados quaisquer instrumentos financeiros

derivados.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 8 -

g) Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes são definidos pela Empresa como (i) obrigações que surjam de acontecimentos

passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afecte benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa, sendo os mesmos

objecto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objecto de divulgação.

Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência

somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa mas unicamente

objecto de divulgação quando é provável a existência de benefícios económicos futuros.

h) Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis da Empresa de

acordo com as regras fiscais em vigor e considera a tributação diferida. A Empresa é tributada segundo o Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”), de

acordo com o artigo 69º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, sendo a Altri SGPS, S.A. a sociedade dominante do Grupo fiscal.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou substancialmente em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros

fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de valores

registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

i) Rédito e especialização dos exercícios

O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quando (i) são

transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o controlo efectivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensurada, (iv) seja provável que os benefícios económicos associados com as transacções fluam para a Empresa e (v) os gastos incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção possam ser fiavelmente mensurados. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros gastos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os dividendos são reconhecidos como rendimentos na demonstração dos resultados do período em que é

decidida a sua atribuição.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 9 -

Os restantes rendimentos e gastos são registados de acordo com o princípio da especialização de exercícios

pelo qual estes são reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas rubricas “Outros activos correntes” e “Outros passivos correntes”.

j) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem provas ou informações adicionais sobre

condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do balanço (“non adjusting events”), quando materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

k) Demonstração dos fluxos de caixa

A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método directo. A Empresa

classifica na rubrica “Caixa e seus equivalentes” os investimentos com vencimento a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em actividades operacionais (que englobam os

recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a actividade operacional), de financiamento (que incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e pagamento de dividendos) e de investimento (que incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de activos fixos tangíveis).

l) Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efectuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afectaram as quantias relatadas de activos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do exercício.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transacções em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transacções em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na preparação das demonstrações financeiras anexas foram os seguintes:

Testes de imparidade de investimentos financeiros; Registo de provisões e perdas por imparidade; e Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis.

m) Política de gestão de risco

A Empresa encontra-se exposta basicamente a (i) riscos de mercado, (ii) riscos de crédito e (iii) riscos de liquidez. O principal objectivo da gestão de risco é o de reduzir estes riscos até um nível considerado aceitável.

Os princípios gerais da gestão de riscos são aprovados pelo Conselho de Administração, sendo a sua implementação e acompanhamento supervisionados pelos administradores e directores.

(i) Risco de mercado

Reveste-se de particular importância no âmbito da gestão de risco de mercado o risco de taxa de juro.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 10 -

A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos de mercado a que está exposta como forma de garantir a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação ou especulação.

A exposição da Empresa à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor.

O objectivo da Empresa é limitar a volatilidade dos cash-flows e resultados tendo em conta o perfil da sua actividade operacional através da utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa fixa e variável. A política da Empresa permite a utilização de derivados de taxa de juro para redução da exposição às variações da Euribor e não para fins especulativos.

No entanto, podem existir alguns instrumentos derivados que, embora tenham sido contratados com o objectivo de cobertura do risco da taxa de juro, não se enquadram nos requisitos necessários para classificação como instrumentos de cobertura.

(ii) Risco de crédito

A exposição da Empresa ao risco de crédito está maioritariamente associada às contas a receber decorrentes da sua actividade operacional e de tesouraria. O risco de crédito refere-se ao risco da contraparte incumprir com as suas obrigações contratuais, tal resultando numa perda para a Empresa.

A avaliação do risco de crédito é efectuada numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo adoptados procedimentos correctivos sempre que tal se julgue conveniente.

A Empresa não possui risco de crédito significativo concentrado em nenhum cliente ou grupo de clientes em particular ou com características semelhantes, na medida em que dada a actividade da Empresa as contas a receber são maioritariamente das empresas do Grupo Altri.

As imparidades para contas a receber são calculadas tendo em consideração (i) o perfil de risco do cliente, (ii) o prazo médio de recebimento, e (iii) as condições financeiras do cliente.

Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas por imparidade para cobranças duvidosas estimadas, estando portanto ao justo valor.

(iii) Risco de liquidez

O objectivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que a Empresa tem capacidade para liquidar ou cumprir as suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas, cumprindo todos os compromissos assumidos com terceiros no prazo estipulado.

A Empresa define como política activa (i) manter um nível suficiente de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face aos pagamentos necessários no seu vencimento, (ii) limitar a probabilidade de incumprimento no reembolso de todas as suas aplicações e empréstimos negociando a amplitude das cláusulas contratuais e (iii) minimizar o custo de oportunidade de detenção de liquidez excedentária no curto prazo.

Procura ainda compatibilizar os prazos de vencimento de activos e passivos, através de uma gestão agilizada das suas maturidades.

3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015, não ocorreram alterações de políticas contabilísticas não tendo igualmente sido corrigidos erros materiais relativos a exercícios anteriores.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 11 -

4. INVESTIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2015 e de 2014 a rubrica “Investimentos” era constituída pelas seguintes participações financeiras:

31-12-2015 31-12-2014

Empresa NotaPercentagem de detenção

Demonstração da posição financeira

Demonstração da posição financeira

Altri, Participaciones Y Trading, S.L. (b) 100% 142.168.546 142.168.546Pedro Frutícola, Sociedade Frutícola, S.A. (b) 0,13% 100 100Inflora - Sociedade de Investimentos Florestais, S.A. (b) 100% 850.000 850.000Altri Abastecimento de Madeira, S.A. (c) 100% 50.000 50.000

143.068.646 143.068.646

(a) Investimentos provenientes da fusão da Caima SGPS em 31 de Dezembro de 2014(b) Empresa constituída em Dezembro de 2014 Adicionalmente, a Altri preparou demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os princípios de mensuração e reconhecimento das Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas na União Europeia, as quais apresentam os principais dados financeiros seguintes:

31-12-2015 31-12-2014

Total do activo líquido consolidado 1.195.241.378 1.239.255.998Total do capital próprio consolidado (a) 322.349.568 272.263.977Resultado consolidado do exercício 117.656.401 37.381.548

(a) – Incluindo interesses sem controlo

Os testes de imparidade efectuados pela Altri sobre as suas participações financeiras nas contas individuais permitiram verificar a inexistência de imparidade. Os testes de imparidade foram efectuados com base num conjunto diverso de informação sobre as empresas participadas da Altri SL. entre as quais, para a principal unidade produtiva, uma estimativa dos fluxos de caixa descontados. Aquela avaliação foi efectuada com base no desempenho histórico e numa estimativa dos fluxos de caixa descontados tendo por base um plano de negócios a 7 anos (uma vez que é entendimento do Conselho de Administração ser este o período mais adequado face à natureza cíclica das respetivas operações do Grupo), tendo sido considerado um preço de venda da pasta de papel de médio e longo prazo, não influenciado pelas oscilações positivas ou negativas de curto prazo. Os principais pressupostos utilizados neste cálculo com referência a 31 de Dezembro de 2015 e 2014 foram os seguintes:

2015 2014

Taxa de inflação 1,00% 0,50%

Taxa de desconto 7,35% 7,90%

Taxa de crescimento na perpetuidade 2,00% 2,00% A taxa de desconto líquida de imposto (líquida de imposto pelo facto dos fluxos de caixa utilizados nas projecções financeiras serem também líquidos de imposto) utilizada no exercício findo em 31 de Dezembro de 2015 foi de 7,35% (7,90% em 2014), a qual foi calculada com base na metodologia WACC (Weighted Average Cost of Capital), considerando os seguintes pressupostos:

2015 2014

Taxa de juro sem risco 2,42% 4,99%

Prémio de risco dos capitais próprios 6,00% 5,00%

Prémio de risco da dívida 1,87% 2,78%

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 12 -

Procedeu-se a uma análise de sensibilidade desta avaliação a variações em pressupostos chave, tendo concluído que caso tivesse sido considerada uma taxa de desconto de 8,35% em conjunto com uma taxa de crescimento na perpetuidade nula as conclusões da inexistência de imparidade sobre os investimentos financeiros mantinham-se válidas.

5. IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOS De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das

autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa desde 2012 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão.

A Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das

autoridades fiscais àquelas declarações fiscais não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2015 e 2014.

Nos termos do artigo 88º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas a Empresa encontra-se

sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

Adicionalmente, de acordo com a legislação em vigor, a Empresa encontra-se sujeita a derrama estadual. A Empresa encontra-se abrangida pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”), sendo

a Altri a sociedade dominante do Grupo fiscal o qual, desde 1 de Janeiro de 2015, é constituído pelas seguintes entidades:

- Altri Florestal, S.A.; - Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A.; - Caima Indústria de Celulose, S.A.; - Captaraíz Unipessoal, Lda.; - Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A.; - Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A.; - Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A.; - Pedro Frutícola, Sociedade Frutícola, S.A.; - Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.; e - Altri Abastecimento de Madeira, S.A.. Cada uma das sociedades abrangidas por este regime regista o imposto sobre o rendimento nas suas contas

individuais por contrapartida da rubrica “Empresas do grupo”. Nos casos em que as filiais contribuem com prejuízos é registado, nas contas individuais, o montante de imposto correspondente aos prejuízos que vierem a ser compensados pelos lucros das demais sociedades abrangidas por este regime (Nota 18).

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do exercício é como segue:

31-12-2015 31-12-2014

Resultado antes de imposto 103.585.592 17.707.554 Taxa de imposto 21% 23%

21.752.974 4.072.737

Dividendos não tributados (22.050.000) (4.600.000)Outros 392.631 (392.293)

95.605 (919.556)

Em 31 de Dezembro de 2015 e de 2014 não existem prejuízos fiscais reportáveis.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 13 -

6. CLASSE DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os instrumentos financeiros, de acordo com as políticas contabilísticas descritas na Nota 2, foram classificados como segue:

Activos financeiros:

31 de Dezembro de 2015 Empréstimos e contas a receber

Activos não abrangidos pelo

IFRS 7 Total

Activos correntesClientes (Nota 18) 1.537.500 - 1.537.500Outras dívidas de terceiros (Nota 9) 37.788.137 - 37.788.137Empréstimos a empresas do Grupo (Nota 18) 52.574.331 - 52.574.331Outros activos correntes (Nota 10) - 626.219 626.219Outros activos f inanceiros (Nota 18) 10.623.100 - 10.623.100Caixa e equivalentes de caixa (Nota 7) 35.764.807 - 35.764.807

138.287.875 626.219 138.914.094138.287.875 626.219 138.914.094

31 de Dezembro de 2014 Empréstimos e contas a receber

Activos não abrangidos pelo

IFRS 7 Total

Activos não correntesEmpréstimos a empresas do Grupo (Nota 18) 52.574.331 - 52.574.331

Activos correntesEstado e outros entes públicos (Nota 8) - 6.448.799 6.448.799Clientes (Nota 18) 1.537.500 - 1.537.500Outras dívidas de terceiros (Nota 9) 32.854.582 - 32.854.582Outros activos correntes (Nota 10) - 498.251 498.251Outros activos f inanceiros (Nota 18) 18.638.300 - 18.638.300Caixa e equivalentes de caixa (Nota 7) 987.650 - 987.650

54.018.032 6.947.050 60.965.083106.592.364 6.947.050 113.539.414

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 14 -

Passivos financeiros:

31 de Dezembro de 2015Passivos

registados ao custo amortizado

Instrumentos f inanceiros derivados

Passivos não abrangidos pelo

IFRS 7 Total

Passivos não correntesOutros empréstimos (Nota 12) 160.047.408 - - 160.047.408

Passivos correntesOutros empréstimos (Nota 12) 3.344.311 - - 3.344.311 Fornecedores 15.965 - - 15.965 Outras dívidas a terceiros (Nota 13) 44.496 - - 44.496 Estado e outros entes publicos (Nota 8) - - 19.329.210 19.329.210 Outros passivos correntes (Nota 14) - - 947.516 947.516 Instrumentos f inanceiros derivados (Nota 15) - 136.786 - 136.786

3.404.772 136.786 20.276.726 23.818.284 163.452.180 136.786 20.276.726 183.865.692

31 de Dezembro de 2014Passivos

registados ao custo amortizado

Instrumentos f inanceiros derivados

Passivos não abrangidos pelo

IFRS 7 Total

Passivos não correntesOutros empréstimos (Nota 12) 69.751.082 - - 69.751.082

Passivos correntesEmpréstimos bancários (Nota 12) 77.228 - - 77.228 Outros empréstimos (Nota 12) 58.412.490 - - 58.412.490 Fornecedores 31.650 - - 31.650 Outras dívidas a terceiros (Nota 13) 64.868.361 - - 64.868.361 Estado e outros entes publicos (Nota 8) - - 423.565 423.565 Outros passivos correntes (Nota 14) - - 542.473 542.473

123.389.729 - 966.038 124.355.767 193.140.811 - 966.038 194.106.849

7. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o detalhe da rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” era como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Caixa 1.956 2.891 Depósitos bancários 35.762.851 984.759 Caixa e equivalentes 35.764.807 987.650

Descobertos bancários (Nota 12) - (77.228)

35.764.807 910.422 Em 31 de Dezembro de 2015 a empresa tem registado na rubrica “Depósitos bancários” 35.000.000 Euros relativos a depósitos a prazo. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 os pagamentos de investimentos financeiros dizem respeito à realização do capital social da Altri Abastecimento Madeira (Nota 4).

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 15 -

8. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 estas rubricas do activo e do passivo tinham a seguinte composição:

31.12.2015 31.12.2014

Saldos devedores:

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - 6.448.799

- 6.448.799

31.12.2015 31.12.2014

Saldos credores:

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 19.209.996 134.650

Imposto sobre o Valor Acrescentado 56.572 264.005

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 34.069 12.934

Contribuições para a Segurança Social 28.573 11.976

19.329.210 423.565

O saldo credor de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas em 31 de Dezembro de 2015 refere-se ao imposto a pagar líquido dos pagamentos por conta e pagamentos especiais por conta efectuados pelo grupo fiscal do qual a sociedade é a dominante (Nota 5).

9. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Outras dívidas de terceiros” era composta como se segue:

31.12.2015 31.12.2014

Empresas do Grupo (Nota 18) 37.787.863 32.854.582

Outros 274 -

37.788.137 32.854.582

10. OUTROS ACTIVOS CORRENTES

O detalhe dos “Outros activos correntes” em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 é como se segue:

31.12.2015 31.12.2014

Acréscimo de proveitos:

Juros a receber 132.419 -

Custos a reconhecer:

Outros custos 493.800 498.251

626.219 498.251 A rubrica “Outros activos correntes” inclui a 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o montante de 479.712 Euros

referente ao pagamento de uma liquidação adicional em sede de IRC relativo ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2003, que foi efectuada no exercício de 2008 pela Celulose do Caima SGPS, S.A. (empresa fusionada no exercício de 2014). A Celulose do Caima SGPS, S.A. liquidou esse montante e registou em “Outros activos correntes”, uma vez que impugnou esta liquidação, sendo convicção do Conselho de Administração que esta liquidação adicional foi indevida. No entanto, por prudência, aquela Empresa constituiu uma provisão de igual montante.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 16 -

11. CAPITAL SOCIAL E RESERVAS

Capital Social Em 31 de Dezembro de 2015, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e era

composto por 205.131.672 acções com o valor nominal de 12,5 cêntimos de Euro cada acção. Em 31 de Dezembro de 2015 não existiam pessoas colectivas com uma participação no capital subscrito de, pelo

menos, 33%. Reserva legal A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado

ao reforço da “reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Outras reservas

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Outras reservas” tinha a seguinte composição:

31.12.2015 31.12.2014

Reservas de cobertura (136.786) - Outras reservas e resultados transitados 15.636.379 14.351.159

15.499.593 14.351.159 A rubrica “Reservas de cobertura” diz respeito ao justo valor dos instrumentos financeiros derivados classificados como de cobertura de fluxos de caixa na componente eficaz de cobertura, líquido dos juros corridos e dos respectivos impostos diferidos (Nota 15). A linha de “Outras reservas e resultados transitados” corresponde a resultados transitados e reservas livres, as quais de acordo com a legislação em vigor são distribuíveis aos accionistas da Empresa, após a consideração do resultado líquido do exercício e de adiantamentos sobre lucros. Consequentemente, em 31 de Dezembro de 2015 o montante de reservas distribuíveis ascende a 67.051.654 Euros.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 17 -

12. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS E OUTROS EMPRÉSTIMOS Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o detalhe das rubricas “Empréstimos Bancários” e “Outros empréstimos” é

como segue:

31-12-2015

Corrente Não Corrente Corrente Não Corrente

Outros empréstimos:Papel Comercial 3.500.000 40.500.000 3.344.311 40.500.000 Empréstimo Obrigacionista - 120.000.000 - 119.547.408

Total 3.500.000 160.500.000 3.344.311 160.047.408

31-12-2014

Corrente Não Corrente Corrente Não Corrente

Empréstimos bancários:Descobertos bancários (Nota 7) 77.228 - 77.228 ‐ 

77.228 - 77.228 - Outros empréstimos:Papel Comercial 58.600.000 - 58.412.490 ‐ 

Empréstimo Obrigacionista - 70.000.000 ‐  69.751.082 Total 58.677.228 70.000.000 58.489.718 69.751.082

Valor Nominal Valor Contabilístico

Valor Nominal Valor Contabilístico

As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal e são reconhecidas como juro ao longo do período de vida dos empréstimos (Nota 17). Papel Comercial Em 31 de Dezembro de 2015 o montante máximo contratado de programas de papel comercial ascendia a 111.650.000 Euros, sendo que a essa data o montante utilizado ascendia a 44.000.000 Euros, dos quais 40.500.000 Euros se encontravam integralmente classificados como dívida não corrente, dado que os mesmos têm associado uma garantia de tomada firme pelo período de vigência do contrato e é intenção do Conselho de Administração manter aquele nível utilização. Estes contratos vencem juros a uma taxa de juro correspondente à Euribor do prazo de emissão respectivo (entre 7 e 364 dias) acrescido de spread. Em 31 de Dezembro de 2014 o montante máximo contratado de programas de papel comercial ascendia a 131.000.000 Euros, sendo que a essa data o montante utilizado ascendia a 58.600.000 Euros, os quais se encontravam integralmente classificados como dívida corrente dado que as condições contratuais em vigência concedem a qualquer uma das partes o direito de denunciar o contrato desde que comuniquem a sua intenção com um pré-aviso de 30 a 60 dias relativamente à data da renovação automática do contrato.

Empréstimo obrigacionista

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, a Altri SGPS procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista no valor de 70.000.000 Euros com vencimento em 2018, pelo que este se encontra classificado como dívida não corrente a 31 de Dezembro de 2015.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2015, a empresa Celbi cedeu a posição contratual à Altri SGPS na emissão de um empréstimo obrigacionista no valor de 50.000.000 Euros com vencimento em 2020, pelo que este também se encontra classificado como dívida não corrente.

Análise de sensibilidade a variações da taxa de juro

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a sensibilidade da Empresa a alterações no indexante da taxa de juro de mais ou menos um ponto percentual, medida como a variação nos resultados financeiros pode ser analisada como segue:

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 18 -

31.12.2015 31.12.2014 31.12.2013

Juros suportados (Nota 17) 4.572.452 4.517.870 2.653.001

Aumento de 1 p.p. na taxa de juroaplicada à totalidade do endividamento 1.640.000 1.286.772 (676.500)

Diminuição de 1 p.p. na taxa de juroaplicada à totalidade do endividamento (1.640.000) (1.286.772) 676.500

A análise de sensibilidade acima foi calculada com base na exposição à taxa de juro existente à data de final de cada exercício. Para esta análise foi tido como pressuposto base que a estrutura de financiamento (activos e passivos remunerados) se manteve estável ao longo do ano e semelhante à apresentada no final do exercício. O prazo de reembolso dos empréstimos bancários, dos outros empréstimos e dos incentivos reembolsáveis, bem como dos juros associados é como segue:

31/12/2015

2016 2017 2018 2019 >2019 Total

Papel comercialCapital 3 500 000 28 000 000 - - 12 500 000 44 000 000 Juros (a) 416 110 383 010 118 213 118 213 118 213 1 153 760

Empréstimos obrigacionistasCapital - - 70 000 000 - 50 000 000 120 000 000 Juros (a) 3 692 800 3 692 800 3 692 800 1 538 667 1 538 667 14 155 733

TotalCapital 3 500 000 28 000 000 70 000 000 - 62 500 000 164 000 000 Juros 4 108 910 4 075 810 3 811 013 1 656 880 1 656 880 15 309 493

7 608 910 32 075 810 73 811 013 1 656 880 64 156 880 179 309 493

31/12/2014

2015 2016 2017 2018 >2018 Total

Descobertos bancáriosCapital 77 228 - - - - 77 228 Juros (a) 1 390 - - - - 1 390

Papel comercialCapital 58 600 000 - - - - 58 600 000 Juros (a) 1 984 011 - - - - 1 984 011

Empréstimos obrigacionistasCapital - - - 70 000 000 - 70 000 000 Juros (a) 2 153 200 2 153 200 2 153 200 2 153 200 - 8 612 800

TotalCapital 58 677 228 - - 70 000 000 - 128 677 228Juros 4 138 601 2 153 200 2 153 200 2 153 200 - 10 598 201

62 815 829 2 153 200 2 153 200 72 153 200 - 139 275 429 (a) Considerando a informação disponível à data de fecho do exercício relativa à evolução das taxas de juro e que a

amortização do capital é realizada no final de cada ano.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 19 -

13. OUTRAS DIVIDAS A TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2015 31.12.2014

Empresas do Grupo (Nota 18) 44.356 64.868.221

Outros 140 140

44.496 64.868.361

14. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue:

31.12.2015 31.12.2014

Encargos a liquidar

Remunerações a liquidar 135.624 46.590

Outros encargos a liquidar 807.395 495.883

943.019 542.473

Os “Outros encargos a liquidar” correspondem essencialmente a juros a pagar.

15. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Em 31 de Dezembro de 2015 a Empresa tinha em vigor contratos relativos a instrumentos financeiros derivados registados de acordo com o seu justo valor.

Na Empresa apenas se utiliza derivados para cobertura de fluxos de caixa associados às operações geradas pela sua actividade.

Por forma a reduzir a sua exposição à volatilidade das taxas de juro, a Empresa contratou “swaps” de taxa de juro. Estes contratos foram avaliados de acordo com o seu justo valor em 31 de Dezembro de 2015, tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica “Instrumentos financeiros derivados”.

Em 31 de Dezembro de 2015 encontravam-se estabelecidos contratos de derivados de taxa de juro cujos montantes totais são como segue:

Justo valor

Tipo Nocional Maturidade Juro 31.12.2015

Interest rate sw ap (a) 5.000.000 16-04-2020 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M (27.673)Interest rate sw ap (a) 5.000.000 16-04-2020 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M (35.581)Interest rate sw ap (a) 5.000.000 16-04-2020 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M (32.265)Interest rate sw ap (a) 10.000.000 16-04-2020 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M 2.528 Interest rate sw ap (a) 5.000.000 16-04-2020 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M (13.201)Interest rate sw ap (a) 5.000.000 16-04-2020 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M (30.594)

(136.786)

(a) De acordo com as políticas contabilísticas adoptadas estes derivados cumprem com os requisitos para serem

designados como instrumentos de cobertura de taxa de juro.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 20 -

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 pode ser detalhado como segue:

2015Derivados de taxa

de juro

Saldo inicial -

Variação do justo valor/cessação Efeitos em capitais próprios (136.786) Efeitos na demonstração de resultados (4.497)

Saldo final (141.283)

16. GANHOS EM EMPRESAS DO GRUPO

A rubrica da demonstração dos resultados “Ganhos em empresas do grupo” diz respeito a dividendos deliberados distribuir pelas participadas (Nota 18).

17. RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 podem ser detalhados como segue:

31-12-2015 31-12-2014

Custos financeirosJuros suportados (Notas 12 e 18) 4.572.452 4.517.870 Outros gastos e perdas financeiras 481.994 580.092

5.054.446 5.097.962

Proveitos financeirosJuros obtidos (Nota 18) 1.994.858 2.077.473 Outros rendimentos financeiros 560.164 20.050

2.555.022 2.097.523

Em 31 de Dezembro de 2015, a rubrica “Outros gastos e perdas financeiras” refere-se essencialmente a perdas em instrumentos derivados, custos suportados com a emissão de papel comercial e a comissões relativas a serviços bancários (Notas 12 e 15).

18. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS

As empresas do Grupo Altri têm relações entre si que se qualificam como transacções com partes relacionadas. Todas estas transacções são efectuadas a preços de mercado.

Os principais saldos com entidades relacionadas a 31 de Dezembro de 2015 são detalhados como se segue:

Saldos devedores Saldos credores (Nota 13)

Empréstimos concedidos

(Nota 6)Clientes(Nota 6)

Outros activos financeiros

(Nota 6)RETGS (Nota 9)

Outras dívidas de terceiros (Nota 9) RETGS

Outras dívidas a terceiros Saldo

Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. - 307.500 - 7.078.201 - - - 7.385.701

Altri Florestal, S.A. - 92.250 - (2.021) - - - 90.229

Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A. - 1.538 - 300.041 - - - 301.578

Caima Indústria de Celulose, S.A. - 153.750 - 1.830.510 - - - 1.984.260

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. - 2.768 - 58.856 - - - 61.623

Pedro Frutícola, Sociedade Frutícola, S.A. - 1.538 - (2.063) - - - (526)

Captaraíz Unipessoal, Lda. - 1.538 - 19.835 - - - 21.373

Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. - 30.750 - 684.822 - - - 715.572

Altri Abastecimento de Madeira, S.A. - - - 621.293 - - - 621.293

Altri S.L. 52.574.331 - - - 11.176.762 - - 63.751.094

Celulose da Beira Industrial (Celbi), SA - 945.870 10.623.100 16.021.626 - - 44.356 27.634.952

52.574.331 1.537.500 10.623.100 26.611.100 11.176.762 - 44.356 102.567.150

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 21 -

Os principais saldos com entidades relacionadas a 31 de Dezembro de 2014 são detalhados como se segue:

Saldos devedores Saldos credores (Nota 13)Empréstimos concedidos

(Nota 6)Clientes(Nota 6)

Outros activos financeiros

(Nota 6)RETGS (Nota 9)

Outras dívidas de terceiros (Nota 9) RETGS

Outras dívidas a terceiros Saldo

Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. - 307.500 - 1.807.200 - - - 2.114.700

Altri Florestal, S.A. - 92.250 - - (663.181) - (570.931)

Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A. - 1.538 - 301.528 - - - 303.066

Caima Indústria de Celulose, S.A. - 153.750 - 1.347.436 - - - 1.501.186

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. - 2.768 - 4.292 - - - 7.060

Pedro Frutícola, Sociedade Frutícola, S.A. - 1.538 - - - (34) - 1.504

Captaraíz Unipessoal, Lda. - 1.538 - - - (323) - 1.215

Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. - 30.750 - 350.363 - - - 381.113

Altri S.L. 52.574.331 - - - 29.043.763 - - 81.618.095

Celulose da Beira Industrial (Celbi), SA - 945.870 18.638.300 - - (4.460.594) (59.744.089) (44.620.513)

52.574.331 1.537.500 18.638.300 3.810.819 29.043.763 (5.124.132) (59.744.089) 40.736.493

Os saldos devedores de empréstimos concedidos vencem juros a taxas de mercado, os quais a 31 de Dezembro de 2015 se encontram por liquidar. Em 31 de Dezembro de 2015, a rubrica “Outros activos financeiros” respeita a obrigações da Celbi adquiridas em mercado pela Altri SGPS que se vencem em Março de 2019 e cujo valor contabilístico é similar ao seu justo valor. Em 31 de Dezembro de 2014 o saldo daquela rubrica era também constituído por obrigações da Celbi adquiridas em mercado pela Altri SGPS que se venceram em Fevereiro de 2015.

Em 31 de Dezembro de 2014 os saldos credores referidos na coluna “Outras dívidas a terceiros” com a Celulose da Beira Industrial (Celbi), S.A. incluíam empréstimos correntes obtidos para cobertura de carência de tesouraria, que venciam juros a taxas de mercado. Estes empréstimos e respectivos juros foram integralmente liquidados em Fevereiro de 2015. As principais transacções com entidades relacionadas em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 são como se segue:

31.12.2015 31.12.2014

Serviços Proveitos Custos Serviços Proveitos Custosprestados financeiros financeiros prestados financeiros financeiros

Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. 1.000.000 - - 250.000 - -

Altri Florestal, S.A. 300.000 - - 75.000 - -

Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A. 5.000 - - 1.250 - -

Caima Indústria de Celulose, S.A. 500.000 - - 125.000 - 72.440

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. 9.000 - - 2.250 - -

Pedro Frutícola, Sociedade Frutícola, S.A. 5.000 - - 1.250 - -

Captaraíz Unipessoal, Lda. 5.000 - - 1.250 - -

ima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. 100.000 - - 25.000 - -

Altri S.L. - 1.914.294 - - 2.013.405 -

Celulose da Beira Industrial (Celbi), S.A. 3.076.000 - 110.990 769.000 - 1.354.759

5.000.000 1.914.294 110.990 1.250.000 2.013.405 1.427.199

Os serviços prestados pela Altri SGPS às restantes empresas do grupo correspondem a serviços de cariz estratégico, de gestão e administrativo, bem como serviços de prospecção e celebração de contratos de financiamento. Durante o exercício de 2015 a subsidiária Altri SL aprovou a distribuição de reservas no montante de 83.000.000 Euros e adiantamentos sobre lucros do exercício no montante de 22.000.000 Euros, inteiramente liquidados no exercício.

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 22 -

19. NÚMERO DE PESSOAL

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 o número médio de pessoal ao serviço da Empresa foi de 10 e 6, respectivamente.

20. RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 foram calculados em função dos seguintes montantes:

31-12-2015 31-12-2014

Número de acções para efeito de cálculo do resultado líquido básico e diluído 205.131.672 205.131.672

Resultado para efeito do cálculo do resultado por acção líquido e diluído 103.489.990 18.627.109

Resultado por acçãoBásico 0,505 0,091Diluído 0,505 0,091

21. APLICAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO

No que respeita ao exercício de 2014 o Conselho de Administração propôs, no seu relatório anual, que o resultado líquido individual da Altri, SGPS, S.A. no montante de 18.627.109,20 Euros fosse transferido para Reserva legal – 931.355,46 Euros, o montante de 1.285.219,98 Euros fosse transferido para Reservas Livres e o valor de 16.410.533,76 Euros fosse distribuído sob a forma de dividendos, tendo aquelas propostas sido aprovadas em Assembleia Geral realizada em 14 de Abril de 2015. Durante o exercício de 2015 foi aprovado um adiantamento sobre lucro no montante de 51.282.918 Euros. No que respeita ao exercício de 2015, o Conselho de Administração propõe, no seu relatório anual, que o resultado líquido da Altri, SGPS, S.A. no montante de 103.489.990,30 Euros seja aplicado como segue:

Reserva legal 791.793,55

Reservas livres 132.360,75

Distribuição de dividendos 102.565.836,00

---------------------

103.489.990,30

============

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

- 23 -

22. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 24 de Março de 2016. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral de Accionistas. O Conselho de Administração

______________________________ Paulo Jorge dos Santos Fernandes ______________________________ João Manuel Matos Borges de Oliveira ______________________________ Domingos José Vieira de Matos ______________________________ Laurentina da Silva Martins ______________________________ Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira _____________________________ Ana Rebelo de Carvalho Menéres de Mendonça _____________________________ José Manuel de Almeida Archer

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria

 

 

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL Aos Accionistas da ALTRI, SGPS, S.A. 1. Relatório Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi confiado, submetemos à vossa apreciação este Relatório e Parecer sobre o Relatório de Gestão e restantes documentos de prestação de contas individuais e consolidados da ALTRI, SGPS, S.A. (“Empresa”), relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2015, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração. Ao longo do exercício em apreço, o Conselho Fiscal acompanhou a evolução da actividade da Empresa e suas participadas, a regularidade dos registos contabilísticos, o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor e a eficácia e integridade dos sistemas de gestão de riscos e de controlo interno, tendo efectuado reuniões com a periodicidade e extensão que considerou adequadas e obtido da Administração e dos Serviços da Empresa e das suas participadas as informações e esclarecimentos solicitados. No âmbito das suas atribuições, o Conselho Fiscal examinou a Demonstração da Posição Financeira Individual e Consolidada em 31 de Dezembro de 2015, as Demonstrações Individuais e Consolidadas dos Resultados, do Rendimento Integral, das Alterações no Capital Próprio e dos Fluxos de Caixa para o exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos. Adicionalmente procedeu à análise do Relatório de Gestão do exercício de 2015, exerceu as suas competências em matéria de supervisão das habilitações, independência e execução das funções do Auditor Externo e do Revisor Oficial de Contas da Empresa e apreciou a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria emitida pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas da Empresa, que mereceu o seu acordo. 2. Parecer Face ao exposto, o Conselho Fiscal é de parecer que o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras individuais e consolidadas estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovadas em Assembleia Geral de Accionistas.

3. Declaração de responsabilidade De acordo com o disposto no art. 8º nº 1, alínea a) do Regulamento da CMVM nº5/2008, os membros do Conselho Fiscal declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras individuais e consolidadas elaboradas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia, bem como os demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento dão uma imagem verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, do activo e do passivo, da situação financeira e do resultado da Empresa em 31 de Dezembro de 2015 e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da ALTRI, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam. Desejamos manifestar ao Conselho de Administração e aos diversos Serviços da Empresa e das empresas participadas o nosso apreço pela colaboração que nos prestaram. Porto, 29 de Março de 2016 O Conselho Fiscal ___________________________________ Pedro Pessanha Presidente do Conselho Fiscal ___________________________________ André Seabra Ferreira Pinto Vogal do Conselho Fiscal ___________________________________ José Guilherme Barros Silva Vogal do Conselho Fiscal

 

 

ALTRI, SGPS, S.A.

Rua do General Norton de Matos, 68 - R/C 4050 – 424 Porto PORTUGAL

Tel: + 351 22 834 65 02

www.altri.pt