relatÓrio e contas 2015 - resinorte.pt · análise financeira e patrimonial 55 4.3. passivo e...

104
RELATÓRIO E CONTAS 2015

Upload: phamduong

Post on 09-Nov-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

RELATÓRIO E CONTAS 2015

RELATÓRIO E CONTAS 2015

ÍNDICE

MENSAGEM DO PRESIDENTE 13

A EMPRESA 15

RELATÓRIO DE GESTÃO 23

1. Envolvente 25 1.1. Enquadramento Macroeconómico 25 1.2. Enquadramento do Setor 28 1.3. Regulação 302. Governo Societário 323. Atividade operacional 41 3.1. Cadeia de Valor 41 3.2. Produção 42 3.3. Gestão de Recursos Humanos 47 3.4. Responsabilidade Empresarial 514. Desempenho Financeiro 53 4.1. Análise Económica 53 4.2. Análise Financeira e Patrimonial 55 4.3. Passivo e outras responsabilidades 55 4.4. Evolução do PMR 56 4.5. Investimento 56 4.6. Financiamento 56 4.7. Tarifas 565. Perspetivas para 2016 576. Factos relevantes após o termo do exercício 577. Considerações finais 578. Proposta de aplicação de resultados 579. Anexo ao relatório 58

CONTAS AO EXERCÍCIO 61

1. Nota introdutória 672. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras 68 2.1. Referencial contabilístico 68 2.2. Adoção pela primeira vez das NCRF 683. Principais Políticas Contabilísticas 72 3.1. Bases de apresentação 72 3.2. Ativos intangíveis 72 3.3. Locações 72 3.4. Subsídios ao investimento 73 3.5. Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes 73 3.6. Ativos e passivos financeiros 73 3.7. Rédito 74

6 || RC 2015

3.8. Imparidade de ativos intangíveis 74 3.9. Imposto sobre o rendimento 75 3.10. Especialização dos exercícios 75 3.11. Inventários 76 3.12. Encargos financeiros com empréstimos obtidos 76 3.13. Juízos de valor, pressupostos críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas 76 3.14. Acontecimentos após a data do balanço 764. Caixa E Depósitos Bancários 765. Políticas Contabílisticas, Alterações nas Estimativas e Erros 776. Ativos Intangíveis 777. Inventários 798. Clientes 799. Outras Contas a Receber 8110. Diferimentos Ativos 8111. Imposto sobre o Rendimento 8212. Estado e Outros Entes Públicos 8413. Capital, Reservas e outros Instrumentos de Capital 8514. Subsídios ao Investimento 8715. Financiamentos Obtidos 8816. Locações 8917. Outras Contas a Pagar 8918. Fornecedores 9019. Partes Relacionadas 9020. Vendas e Prestação de Serviços 9421. Fornecimentos e Serviços Externos 9422. Gastos com o Pessoal 9423. Outros Rendimentos e Ganhos 9524. Outros Gastos e Perdas 9525. Gastos de Amortizações 9526. Juros e Outros Rendimentos e Gastos Similares 9527. Ativos e Passivos Contingentes 9528. Resultado por Ação 9629. Gestão de Riscos Financeiros 9630. Informação Sobre o Contrato de Concessão 97

Relatório e Parecer do Concelho Fiscal 99Certificação Legal das Contas 101

RC 2015 || 7

ÍNDICEACRÓNIMOS

APA Agência Portuguesa do Ambiente BAR Base de Ativos Regulados CDR Combustível derivado de resíduos CITVRSU Centro integrado de Tratamento e Valorização de Resíduos CMVMC Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas CRP Contas Reguladas Previsionais EGF EGF – Empresa geral de Fomento, SA ERSAR Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, I.P. ETAL Estação de Tratamento de Águas Lixiviadas FSE Fornecimentos e Serviços Externos IHPC Índice harmonizado de preços ao consumidor MAMB Ministério do Ambiente PEC Programa de Estabilidade e Crescimento PERSU 2020 Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos 2014-2020 PI2016-18 Plano de Investimentos 2016-2018 POSEUR Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos RCD Resíduos da Construção e Demolição RESINORTE RESINORTE - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. RNU Resíduos Não urbanos RS 3F Recolha Seletiva Multimaterial (Trifluxo) RSU Resíduos Sólidos Urbanos RTR Regulamento Tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos RU Resíduos Urbanos SMM Sistema multimunicipal TB Tratamento Biológico TM Tratamento Mecânico TMB Unidade de tratamento mecânico e biológico TMS Unidade de Tratamento mecânico simples UPBO Unidade de Produção de Boticas UPCB Unidade de Produção de Celorico de Basto UPLA Unidade de Produção de Lamego UPRA Unidade de Produção de Riba de Ave VC Valor de contrapartida VFV Resíduos de veículos em fim de vida VIC Valor de informação complementar

8 || RC 2015

ÍNDICEFIGURAS

Fig. 1 - Organigrama 20Fig. 2 - Cadeia de Valor 41Fig. 3 - Recolha seletiva – papel/cartão 43Fig. 4 - Recolha seletiva – embalagens de plástico/metal 43Fig. 5 - Recolha seletiva – Vidro 43Fig. 6 - Colaboradores por UP 47Fig. 7 - Colaboradores por género 48Fig. 8 - Estrutura Etária 48Fig. 9 - Nível académico 48Fig. 10 - Sindicalizados 49Fig. 11 - Trabalho suplementar 2015 49Fig. 12 - Trabalho suplementar – evolução anual 49Fig. 13 - Taxa de Absentismo 50Fig. 14 - Taxa de absentismo – evolução anual 50Fig. 15 - Evolução do número de reclamações externas 52Fig. 16 - Evolução do número de acidentes de trabalho 52Fig. 17 - Evolução do número de dias perdidos por acidente de trabalho 52Fig. 18 - Evolução do Índice de Frequência 52Fig. 19 - Evolução do Índice de Gravidade 52

RC 2015 || 9

ÍNDICEQUADROS

Quadro I - Estrutura acionista em 31.12.2015 18Quadro II - Principais indicadores económico-financeiros 19Quadro III - Principais indicadores de atividade 19Quadro IV - Crescimento económico mundial 25Quadro V - Taxa de Inflação (taxa de variação do índice de preços no consumidor, valores médios) 26Quadro VI - Taxa de desemprego (em percentagem da população ativa) 26Quadro VII - Enquadramento macroeconómico e previsões governamentais 27Quadro VIII - Balança de pagamentos (em percentagem do PIB) 28Quadro IX - Quantidades recebidas da recolha indiferenciada por instalação 42Quadro X - Resíduos recolhidos – Recolha seletiva (total) 42Quadro XI - Recolha seletiva trifluxo 43Quadro XII - Outra Recolha Seletiva 43Quadro XIII - Retomas 3F Totais 44Quadro XIV - Retomas 3F por fileira 44Quadro XV - Retomas 3F - capitações 44Quadro XVI - Tratamento mecânico e biológico de RU com origem na recolha indiferenciada 45Quadro XVII - Triagem dos valorizáveis obtidos na TM 45Quadro XVIII - Valorização energética do biogás de aterro 46Quadro XIX - Confinamento técnico 47Quadro XX - Colaboradores por UP 48Quadro XXI - Evolução da distribuição dos colaboradores por género 48Quadro XXII - Evolução do nível académico 48Quadro XXIII - Saídas por tipologia 48Quadro XXIV - Análise económica - Resultados 53Quadro XXV - Estrutura de Gastos 53Quadro XXVI - Estrutura de rendimentos 54Quadro XXVII - Estrutura do Balanço 55Quadro XXVIII - Responsabilidades bancárias 55Quadro XXIX - Prazo Médio de Recebimentos (dias) 56Quadro XXX - Aplicação de resultados 57Quadro XXXI - Lista de acionistas 58

MENSAGEM DO PRESIDENTE

A manutenção do foco no serviço público, apesar da

alteração acionista, determinou que fosse continuada

a estratégia definida pela RESINORTE ao longo dos

últimos anos, a qual associada a uma gestão operacional

cuidada, permitiu que 2015 tenha sido, mais uma vez,

um ano com evolução positiva quer do ponto de vista

operacional, quer económico e financeiro.

RC 2015 || 13MENSAGEM DO PRESIDENTE

Caros Acionistas,

O ano de 2015 foi um ano de consolidação das alterações de enquadramento legislativo, regulatório e estratégico do setor dos resíduos urbanos em Portugal iniciadas em 2014.

Assim, 2015 ficou marcado pela efetivação da privatiza-ção da EGF, acionista maioritária das concessionárias de 11 Sistemas Multimunicipais de tratamento e valorização de resíduos, incluindo a RESINORTE. A conclusão da opera-ção, após pronúncia positiva da Autoridade da Concorrên-cia, realizou-se a 28 de julho de 2015, com a transmissão efetiva das ações representativas do capital, passando a EGF a ser detida diretamente pela SUMA Tratamento, S.A. e portanto indiretamente pelo Grupo MOTA-ENGIL e URBASER. Decorrente deste processo a EGF adquiriu as ações anteriormente detidas pela AMAVE, reforçando a sua maioria de capital na empresa.

Como consequência direta desta privatização, a RESINORTE deixou de integrar o Setor Público Empresarial e foi assina-da a Reconfiguração do Contrato de Concessão, de acordo com o DL 96/2014, de 25 de junho (Bases das Concessões aplicáveis aos Sistemas Multimunicipais de Tratamento e Recolha seletiva de Resíduos Urbanos com maioria de ca-pital privado), adaptando-o a esta nova realidade e compri-mindo o prazo de Concessão de 2039 para 2034.

Apesar destas alterações muito relevantes na vida da RE-SINORTE, mantém-se a sua génese de empresa prestado-ra de um serviço público essencial para as populações. A manutenção do foco no serviço público, apesar da altera-ção acionista, determinou que fosse continuada a estraté-gia definida pela RESINORTE ao longo dos últimos anos, a qual associada a uma gestão operacional cuidada, permitiu que 2015 tenha sido, mais uma vez, um ano com evolução positiva quer do ponto de vista operacional, quer económi-co e financeiro.

O Volume de Negócios ultrapassou pela primeira vez os 20 M€, em consequência de um aumento significativo das vendas de energia, que quase triplicou, e da venda de recicláveis (13 %), em particular a venda dos derivados do tratamento mecânico de resíduos, que duplicou. Este in-cremento superou o aumento dos gastos obtendo-se um resultado líquido próximo dos 3,958 M€.

A Recolha Seletiva aumentou 4,7%, francamente acima do incremento de 1,7 % verificado nos Resíduos Indiferencia-dos. As retomas de materiais valorizáveis de Tratamento Mecânico aumentaram mais de 74%, atingindo uma quan-tidade total de 6.232 toneladas, a que acresce o incremen-to das vendas de composto em 43%, fruto da operação das instalações de Riba de Ave próximo da sua capacidade máxima atual (mais de 143 mil toneladas). A energia elé-trica produzida a partir do biogás de aterro atingiu os 22,4 GWh, o que corresponde a um incremento de 147%.

Tanto ou mais importante foi também a redução (em mais de 52%) da dívida vencida dos clientes municipais, atin-gindo pela primeira vez valores da ordem dos 4,7 M€, im-pensáveis há poucos anos e que só foram possíveis pelo esforço da generalidade dos municípios, enquanto clien-tes, e que não me canso, não só de salientar, mas também de agradecer.

Para o futuro, saliento os desafios da implementação do novo Regulamento Tarifário aprovado pela ERSAR, e o início do novo ciclo de investimentos necessários ao cum-primento das metas intercalares e para 2020 definidas no Despacho 3350/2015 de 1 de abril. Estou convicto que a RESINORTE, com o empenho e dedicação amplamente demonstrado pelos seus colaboradores, continuará a en-contrar e implementar as soluções mais adequadas que lhe permita atingir e superar todos estes desafios.

Por fim, e mais uma vez, deixo um agradecimento especial a todos os colaboradores da empresa e um voto de con-fiança no seu compromisso, empenho e capacidade para enfrentar o futuro, sem deixar de referir a importância que têm para nós os municípios e a população servida, que afi-nal são a motivação para o nosso trabalho de todos os dias.

Tomás de Oliveira Serra

Presidente do Conselho de Administração

MENSAGEM DO PRESIDENTE

A EMPRESA

RC 2015 || 17A EMPRESAA EMPRESA

A EMPRESA

A Empresa - destaquesA RESINORTE - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., adiante designada abreviadamente RESI-NORTE, é uma sociedade anónima, constituída em 20 de outubro de 2009 através do Decreto-Lei n.º 235/2009 de 15 de setembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 106/2014 de 2 de julho.

Com sede em Codessoso, Celorico de Basto, é a sociedade concessionária do Sistema Multimunicipal de Triagem, Re-colha, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urba-nos do Norte Central, que tem como utilizadores 35 municí-pios: Alijó, Amarante, Armamar, Baião, Boticas, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Chaves, Cinfães, Fafe, Guima-rães, Lamego, Marco de Canaveses, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Penedono, Peso da Régua, Resende, Ribeira de Pena, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Santo Tirso, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Trofa, Valpaços, Vila Nova de Famalicão, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real e Vizela.

Missão

A RESINORTE tem como Missão a Exploração e Gestão do Sistema Multimunicipal de Triagem, Recolha, Valoriza-ção e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Norte Central, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região e do país e para a maximização do bem-estar humano, através da criação de valor e respeitando as exi-gências legais instituídas para a sua área de atividade.

Política de Responsabilidade Empresarial

Para atingir os objetivos expressos na sua missão, o Con-selho de Administração da RESINORTE definiu a sua po-lítica de responsabilidade empresarial, que contempla os seguintes compromissos:

R Estabelecer, de acordo com o princípio da melhoria contínua, objetivos e metas, avaliando de forma sis-temática os resultados obtidos para um aumento da eficácia do sistema, com a preocupação constante na otimização dos custos;

R Implementar de forma objetiva e continuada, proces-sos, procedimentos e práticas de trabalho orientados para a satisfação das expectativas das partes Inte-ressadas e para a minimização e controlo dos riscos laborais e dos aspetos ambientais significativos;

R Zelar pelo cumprimento da legislação, dos compro-missos contratualmente assumidos e dos regula-mentos aplicáveis;

R Prevenir a poluição, as doenças profissionais, os in-cidentes e os danos para a saúde dos trabalhadores através da utilização das melhores técnicas dispo-níveis e das melhores práticas utilizadas no setor da gestão de resíduos sólidos;

R Providenciar formação e sensibilização regular e adequada aos colaboradores, visando a melhoria contínua das suas competências e do desempenho das funções que lhes são atribuídas;

R Estabelecer mecanismos de comunicação com as partes Interessadas, de forma a promover o envolvi-mento de todos os agentes na estratégia de desen-volvimento da RESINORTE.

18 || RC 2015

Acionista Nº ações % particip.

EGF, SA 6 008 940 75,112%

AMVDN 423 683 5,296%

Município de Amarante 244 470 3,056%

Município de Armamar 28 428 0,355%

Município de Baião 83 105 1,039%

Município de Boticas 67 832 0,848%

Município de Cabeceiras de Basto 70 348 0,879%

Município de Celorico de Basto 78 972 0,987%

Município de Chaves 67 832 0,848%

Município de Cinfães 81 448 1,018%

Município de Lamego 104 033 1,300%

Município de Marco de Canaveses 218 745 2,734%

Município de Moimenta da Beira 43 657 0,546%

Município de Mondim de Basto 33 073 0,413%

Município de Montalegre 67 832 0,848%

Município de Penedono 13 202 0,165%

Município de Resende 46 423 0,580%

Município de Ribeira de Pena 67 832 0,848%

Município de São João da Pesqueira 32 251 0,403%

Município de Sernancelhe 24 084 0,301%

Município de Tabuaço 24 922 0,312%

Município de Tarouca 33 224 0,415%

Município de Valpaços 67 832 0,848%

Município de Vila Pouca de Aguiar 67 832 0,848%

8 000 000 100%

Quadro I - Estrutura acionista em 31.12.2015

Acionistas

A RESINORTE é, desde 28 de julho de 2015, uma em-presa de capitais maioritariamente privados, com capital social de 8.000.000 de euros integralmente realizado, distribuído pela EGF - Empresa Geral de Fomento, S.A., na percentagem de 75,11% e, na parte restante, pela AMVDN – Associação dos Municípios do Vale do Douro Norte e por

22 dos 35 municípios utilizadores do Sistema. A atual es-trutura acionista resultou do processo de reprivatização da EGF, enquadrado pelo Decreto-Lei n.º 45/2014, de 20 de março, no âmbito do qual a AMAVE – Associação de Muni-cípios do Vale do Ave, alienou à EGF a sua participação de 24,11% no capital social da RESINORTE.

RC 2015 || 19A EMPRESA

Principais Indicadores

Ind. económico-financeiros 2013 20142014

(reexpresso)2015

Solvabilidade GeralCapital Próprio/Passivo Total

9,00% 10,02% 76,25% 82,58%

Autonomia FinanceiraCapital Próprio/Ativo Total

8,26% 9,11% 43,26% 45,23%

Liquidez GeralAtivo Corrente/Passivo Corrente

64,83% 158,10% 161,49% 232,62%

Liquidez Reduzida(Ativo Corrente-Existências)/Passivo Corrente

151,28% 153,74% 158,09% 227,69%

Liquidez Imediata(Caixa+Dep.Ordem)/Passivo Corrente

47,40% 75,52% 76,79% 94,04%

Rendibilidade do Capital PróprioResultado Líquido/Capital Próprio

14,02% 20,27% 4,30% 7,05%

Prazo Médio de PagamentosPrazo Médio de Recebimentos

67312

60197

60197

21146

Capital SocialCapital PróprioAtivo Líquido Total

8.000.00011.194.026

135.544.405

8.000.00012.169.882

133.650.701

8.000.00057.775.140

133.541.197

8.000.00056.123.424

123.503.597

Endividamento 42.831.772 40.330.073 40.677.506 29.468.658

Clientes – Dívida TotalClientes – Dívida Vencida

14.071.00312.066.237

12.562.1939.898.460

12.562.1939.898.460

8.158.4824.741.827

Volume de NegóciosEBITDA

17.669.7327.761.283

18.446.5229.140.216

18.446.5228.941.934

20.426.38410.321.600

Investimento 2.608.623 3.311.423 3.311.423 2.915.185

Quadro II - Principais indicadores económico-financeiros

Para a gestão e de forma a garantir a comparabilidade com base nos anos anteriores, o volume de negócios e as amortizações do exercício apresentadas no ano 2015, não

contemplam a reclassificação contabilística que decorreu da transição para o RTR no montante 2.351.042,36 Euros.

Indicadores de Atividade 2013 2014 2015

N.º de Concelhos 35 35 35

População Residente(1) 940.777 933.811 926.897

N.º Trabalhadores 249 220 228

RU recolhidos e recebidos(2) (ton) 337.719 348.606 364.725

RNU recebidos(3) (ton) 5.244 18.698 4.553

Retomas Totais de produtos valorizáveis (ton) 32.349 32.042 39.041

Retomas 3F (ton) 30.323 29.208 29.929

Capitação RU (Kg/hab.ano) 359 373 393

Capitação Retomas Totais (Kg/hab.ano) 34 34 42

Capitação Retomas 3F (Kg/hab.ano) 32 31 32

Composto vendido (ton) 6.638 4.662 6.140

Energia produzida (GWh) 6,47 9,07 22,44(1) Fonte: 2013 - População residente (NUTS - 2002), por ciclos de vida, Anual - INE, jun.2014; 2014 - População residente (NUTS - 2013), por ciclos de vida, Anual - INE, Jun.2015;

2015 - Estimativa mantendo a tendência de diminuição entre 2013 e 2014, Resinorte, Dez.2015(2) Recolha Seletiva, Recolha Indiferenciada, Resíduos de Jardins e parques e Escorias da incineração de resíduos(3) RCD, Pneus, RIB, VFV

Quadro III - Principais indicadores de atividade

20 || RC 2015

Principais acontecimentos

O ano de 2015 ficou marcado pela reprivatização da EGF, consumada a 28 de julho, o que alterou o enquadramento jurídico das entidades gestoras dos sistemas multimunici-pais de tratamento, entre os quais a RESINORTE.

Através do Decreto-Lei 96/2014, de 25 de junho, foram aprovadas as novas bases da concessão da exploração e gestão, em regime de serviço público, dos sistemas multi-municipais de tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos, atribuída a entidades de capitais exclusiva ou maio-ritariamente privados. Foi também aprovado o regime regu-latório transitório a vigorar em 2015, bem como um novo regime regulatório a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2016.

Complementarmente, a 30 de setembro, o contrato de concessão foi objeto de reconfiguração contratual, adap-tando o seu conteúdo às novas bases da concessão, e re-duzindo o período de concessão de 2039 para 2034.

Em 21 de setembro foram eleitos novos corpos sociais para o triénio 2015-2017 e alterado o modelo de gestão e dire-ção da empresa, deixando de existir uma Comissão Execu-tiva e criando a figura de Diretor-geral.

No plano operacional, foram destaques do ano:R A conclusão e entrada em funcionamento das no-

vas instalações de exploração energética do biogás de aterro (abril: 2.º motor de biogás de Codessoso; junho: Bigorne)

R A Renovação da certificação do Sistema de Gestão (Qualidade, Segurança e Ambiente) em outubro

Estrutura OrganizacionalO organigrama da RESINORTE, em vigor depois de 21 de setembro de 2015, é o seguinte:

INFRAESTRUTURA / OPERAÇÃO SERVIÇOS TRANSVERSAIS

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DIREÇÃO-GERAL

SECRETARIADO DA DIREÇÃO-GERAL

DIRECÇÃO DE PRODUÇÃO

APOIO TÉCNICO

DE

PAR

TAM

EN

TO

DE

GE

STÃ

O D

E E

QU

IPA

ME

NT

OS

E M

AN

UT

EN

ÇÃ

O GABINETE DE RECURSOS HUMANOS

GABINETE DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

UNIDADE DE PRODUÇÃO DE BOTICAS

UNIDADE DE PRODUÇÃO DE CELORICO DE BASTO

UNIDADE DE PRODUÇÃO DE RIBA D’AVE

UNIDADE DE PRODUÇÃO DE LAMEGO

GABINETE DE APROVISIONAMENTO

DIRECÇÃO ADMINISTRATIVAE FINANCEIRA

GABINETE DE RESPONSABILIDADE

EMPRESARIAL E AUDITORIA

Fig. 1 - Organigrama

RC 2015 || 21A EMPRESA

As direções centralizam e tratam a informação e coordenam e interagem de forma integrada e bidirecional com os respon-sáveis operacionais de cada uma das unidades de produção, e com os serviços transversais, implementando as políticas e estratégias definidas pela Administração. Sintetizando, as principais funções de cada unidade são as seguintes:

Diretor-geral (DG)

Coordena a elaboração das propostas e a implementação dos planos estratégicos e operacionais aprovados pela Ad-ministração, praticando os atos de administração neces-sários. Em articulação com os respetivos Coordenadores, define as políticas e objetivos específicos de cada área e monitoriza a sua implementação. Coordena a relação com os clientes, em particular com os Municípios-clientes, vi-sando manter a melhor relação possível através da identi-ficação e resolução atempada de eventuais dificuldades e/ou das expectativas desses clientes.

Direção Administrativa e Financeira (DIAF)

Assegura o acompanhamento da evolução económico-fi-nanceira da RESINORTE e produz os relatórios financeiros operacionais periódicos e do exercício. Garante o acompanha-mento e coordenação das atividades financeiras, contabilísti-cas e administrativas, assegurando o cumprimento de prazos e requisitos legais. Assume o controlo da tesouraria, gestão de fundos e imobilizado da empresa. Assegura a negociação das operações financeiras e a gestão dos recursos financeiros tendo em vista a maximização da sua rentabilidade. Coordena a elaboração e controla a execução de orçamentos e planos de investimento procedendo à respetiva análise de viabilidade económica e controlo financeiro e de gestão. Gere a assesso-ria jurídica no âmbito societário, comercial e fiscal.

Direção de Produção (DIPR)

Dirige a execução das atividades de exploração e de manu-tenção das infraestruturas e as de tratamento e valorização dos resíduos, desenvolvidas nas unidades de produção, definindo objetivos e metas operacionais, controlando os indicadores de desempenho e garantindo uma adequada gestão dos recursos materiais, humanos e financeiros. Co-labora na definição de programas de exploração que visem a otimização das operações e racionalização de recursos. Assegura o registo e tratamento global de dados técnicos e demais informação estatística, emitindo os respetivos re-latórios periódicos e do exercício. Assegura a instrução e manutenção de licenciamentos.

Gabinete de Responsabilidade Empresarial (GARE)

Gere o Sistema de Responsabilidade Empresarial da RESI-NORTE (qualidade, segurança e saúde no trabalho e ambien-te), auditando a sua implementação. Faz a gestão de recla-mações e audita a implementação das medidas corretivas.

Gabinete de Recursos Humanos (GARH)

Assegura a gestão administrativa da relação laboral da RESINORTE com os funcionários. Assegura o apoio téc-nico e administrativo às unidades e serviços em matéria de gestão dos recursos humanos. Gere, com o respetivo responsável técnico, os serviços de medicina do trabalho. Promove e mantém o processo de identificação de neces-sidades de formação e de definição e implementação do plano de formação.

Gabinete de Aprovisionamento (GAPR)

Assegura o processamento administrativo das operações de compra e o controlo de existências, bem como os pro-cessos de procura, negociação e classificação de fornece-dores, satisfazendo, em tempo e nas melhores condições de mercado, as necessidades da organização.

Gabinete de Sistemas de Informação (GASI)

Administra o sistema de informação (SI) da empresa. Asse-gura a gestão das infraestruturas (Hardware e Software) de suporte ao SI e das comunicações. Presta assistência téc-nica à organização e gere os contratos da especialidade.

Unidades de Produção (UP)

Gerem as infraestruturas e recursos a si alocados. Pla-neiam, implementam e conduzem todas as atividades de exploração desenvolvidas na UP, em cumprimento das políticas e planos estratégicos da empresa, visando atingir os objetivos e metas operacionais definidos. Participam na definição estratégica de políticas e programas de explora-ção que visem a otimização das operações e racionaliza-ção de recursos. Promovem e controlam a manutenção das devidas condições em matéria de segurança e saúde no trabalho. Registam, processam e analisam dados técni-cos e estatísticos da atividade de produção.

Planeiam e implementam as ações estratégicas e opera-cionais no âmbito da ação comercial, da comunicação e da sensibilização dos públicos servidos pela empresa, contri-buindo para a consolidação e manutenção de uma política consistente de desenvolvimento sustentado.

Departamento de Gestão de Equipamento e Manutenção (DGEM)

Gere a manutenção da frota de ligeiros e pesados e do parque de equipamentos pesados fixos e móveis. Presta serviços de oficina mecânica. Regista, processa e analisa dados técnicos e estatísticos da atividade de manutenção.

RELATÓRIODE GESTÃO

RC 2015 || 25RELATÓRIO DE GESTÃORELATÓRIO DE GESTÃO

1. Envolvente

1.1. Enquadramento Macroeconómico

O ritmo de crescimento da economia MUNDIAL desacele-rou ligeiramente em 2015, apesar da aceleração do cresci-mento das economias de mercado avançadas. A economia mundial cresceu 3,1%, o que resultou de um crescimento de 2,0% das economias avançadas e de 4,0% das econo-mias de mercado emergentes e em desenvolvimento (Ta-bela 1). Este crescimento, em termos mundiais, representa uma ligeira desaceleração face a 2014 e reflete dinâmicas em sentido contrário entre as economias avançadas, que cresceram mais que no ano anterior, e as economias de mercado emergentes e em desenvolvimento, que cres-

ceram menos. Enquanto as economias avançadas, em particular Estados Unidos e Reino Unido, tiveram o apoio dos preços baixos do petróleo, condições de financiamento favoráveis, melhoria do mercado de trabalho e crescimento da confiança dos operadores, em contraste, nas economias de mercado emergentes (EME) mantiveram-se as limita-ções ao crescimento provenientes de impedimentos es-truturais e de desequilíbrios macroeconómicos, ampliados pelas restrições de financiamento a estes mercados e pela redução dos preços de matérias-primas, são exemplos de desaceleração económica, em 2015, a Rússia e o Brasil.

Na área do EURO, após a recuperação da atividade eco-nómica em 2014, registou-se um crescimento de 1,5%. A economia da área do euro registou um crescimento eco-nómico ligeiramente superior ao observado no ano anterior. Esta evolução continuou a ser revestid a de uma elevada heterogeneidade entre países. Na Alemanha verificou--se um crescimento do PIB de 1,5%, em linha com o ano anterior; em França a atividade económica cresceu 1,2%, acelerando face ao ano anterior; em Itália registou-se um crescimento de 0,8% após três anos consecutivos de re-cessão; e, em Espanha, o crescimento do PIB revelou uma intensificação muito significativa, tendo aumentado 3,1%, muito acima da média da área do euro.

RELATÓRIODE GESTÃO

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Economia mundial 5,4 4,2 3,4 3,3 3,4 3,1

Economias avançadas 3,1 1,7 1,2 1,1 1,8 2,0

EUA 2,5 1,6 2,2 1,5 2,4 2,6

Japão 4,7 -0,5 1,7 1,6 -0,1 0,6

Área do Euro 2,0 1,6 -0,8 -0,3 0,9 1,5

Alemanha 3,9 3,7 0,6 0,4 1,6 1,5

França 2,0 2,1 0,2 0,7 0,2 1,2

Itália 1,7 0,6 -2,8 -1,7 -0,4 0,8

Espanha 0,0 -0,6 -2,1 -1,2 1,4 3,1

Reino Unido 1,9 1,6 0,7 1,7 3,0 2,5

Economia de mercado emergentes e em desenvolvimento 7,5 6,3 5,2 5,0 4,6 4,0

(taxa de variação real do PIB, em percentagem)Fonte: FMI (World Economic Outlook, outubro de 2015).Nota: Detalhes sobre os grupos de países e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org. A previsão do OE/2014 tem subjacente o cenário do World Economic Outlook de outubro de 2013.

Quadro IV - Crescimento económico mundial

26 || RC 2015

Em paralelo com a ligeira desaceleração do crescimento económico mundial, verificou-se a diminuição da taxa de INFLAÇÃO na economia MUNDIAL, resultante da des-cida dos preços das matérias-primas energéticas e não energéticas. No que se refere às economias de mercado emergentes e em desenvolvimento, verificou-se a acele-ração da taxa de inflação. Na área do EURO, em termos médios anuais, a taxa de inflação situou-se em 0,2% em 2015, abaixo do observado no ano anterior. Esta evolução dos preços no consumidor é consistente com a redução do preço do petróleo, tendo o preço do brent diminuído, em termos médios, de 74,2 euros/barril em 2014 para 47,2 euros/barril em 2015. Também os preços das matérias pri-mas não energéticas registaram uma diminuição generali-zada ao longo de 2015, mantendo a tendência de descida iniciada anteriormente.

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Economia mundial 3,8 5,2 4,2 3,9 3,5 3,3

Economias avançadas 1,5 2,7 2,0 1,4 1,4 0,3

EUA 1,6 3,1 2,1 1,5 1,6 0,1

Japão -0,7 -0,3 0,0 0,4 2,7 0,7

Área do Euro 1,6 2,7 2,5 1,3 0,4 0,2

Alemanha 1,2 2,5 2,1 1,6 0,8 0,2

França 1,7 2,3 2,2 1,0 0,6 0,1

Itália 1,6 2,9 3,3 1,3 0,2 0,2

Espanha 1,8 3,2 2,4 1,4 -0,2 -0,3

Reino Unido 3,3 4,5 2,8 2,6 1,5 0,1

Economia de mercado emergentes e em desenvolvimento 5,8 7,3 6,0 5,8 5,1 5,6

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Economia mundial

Economias avançadas 8,3 8,0 8,0 7,9 7,3 6,8

EUA 9,6 8,9 8,1 7,4 6,2 5,3

Japão 5,1 4,6 4,3 4,0 3,6 3,5

Área do Euro 10,2 10,2 11,4 12,0 11,6 11,0

Alemanha 7,0 5,9 5,4 5,2 5,0 4,7

França 9,3 9,1 9,7 10,3 10,3 10,2

Itália 8,4 8,4 10,6 12,2 12,7 12,2

Espanha 19,9 21,4 24,8 26,1 24,5 21,8

Reino Unido 7,9 8,1 8,0 7,6 6,2 5,8

Fonte: FMI (World Economic Outlook, outubro de 2015). Nota: Detalhes sobre os grupos de países e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org.

Quadro V - Taxa de Inflação (taxa de variação do índice de preços no consumidor, valores médios)

A taxa de DESEMPREGO diminuiu na generalidade das economias MUNDIAIS avançadas, mantendo-se em ní-veis muito elevados na área do EURO. Na área do euro, a taxa de desemprego ainda que permanecendo em níveis muito elevados registou, em 2015, o segundo ano conse-cutivo de diminuição para 11% da população ativa. Esta taxa de desemprego reflete, em grande medida, a situação do mercado de trabalho em Espanha onde a taxa de desem-prego apesar de ter diminuído se mantém em níveis muito elevados (21,8%). Genericamente, embora as famílias, em muitos países, estejam ainda submetidas a processos de ajustamentos, esses processos parecem não constituir já uma restrição ao consumo privado como nos últimos anos.

Fonte: FMI (World Economic Outlook, outubro de 2015). Nota: Detalhes sobre os grupos de países e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org.

Quadro VI - Taxa de desemprego (em percentagem da população ativa)

RC 2015 || 27RELATÓRIO DE GESTÃO

Neste enquadramento e após a recuperação moderada no ano anterior, a ECONOMIA PORTUGUESA deverá ter crescido 1,6% em 2015. O crescimento observado deve-rá resultar do contributo positivo da procura interna, ate-nuado pelo contributo negativo das exportações líquidas, sendo que esta dinâmica representa uma inversão em re-lação aos anos anteriores. Em relação à procura interna,

o contributo positivo para a taxa de variação do PIB real em 2015 deverá decorrer sobretudo do consumo privado e do investimento. O consumo público deverá contribuir negativamente, em linha com o observado desde 2010. Por seu turno, as exportações líquidas poderão registar um contributo negativo, ou nulo, devido ao forte aumento das importações e aumento em menor escala das exportações.

2013 2014 2015

Data abr-15 out-15 dez-15

Documento: INE INE PE/2015-19 FMI BP

PIB-ótica de despesa

PIB real -1,1 0,9 1,6 1,6 1,6

Consumo Privado -1,2 2,2 1,9 1,7 2,7

Consumo Público -1,9 -0,5 -0,7 -0,5 0,1

Investimento (FBCF) -5,1 2,5 3,8 4,2 4,8

Exportações 6,9 3,9 4,8 5,5 5,3

Importações 4,7 7,2 4,6 4,5 7,3

Contributos para o crescimento do PIB (em p.p.)

Procura Interna -2,0 2,2 1,6 2,1 -

Exportações Líquidas 0,8 -1,2 0,1 -1,2 -

Desemprego e Preços

Taxa de Desemprego 16,2 13,9 13,2 13,4 -

Inflação (IHPC/IPC) 0,4 -0,2 -0,2 0,6 0,5

Deflator do PIB 2,3 1,0 1,3 1,0 -

PIB Nominal 1,2 1,9 2,9 2,6 -

Fontes: INE, Ministério das Finanças, FMI e Banco de Portugal.

Quadro VII - Enquadramento macroeconómico e previsões governamentais

Em relação à evolução dos preços na atividade económi-ca, o deflator do PIB deverá aumentar entre 1% e 1,3%, em linha com o observado no ano anterior, já o IHPC foi, em 2015, de 0,5%. A previsão para a taxa de variação anual do deflator do PIB para 2015 situou-se em 1,3%, de acordo com o Ministério das Finanças, ou em 1% de acordo com o FMI. Para esta evolução deverá continuar a contribuir a descida do preço do petróleo, e, em menor dimensão, a subida dos preços dos bens de investimento. O Índice Har-monizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, de acordo com informação de janeiro de 2016 do INE, regis-tou uma taxa de variação média de 0,5% em 2015, ligeiro crescimento face aos -0,2% no ano anterior.

Ao nível do mercado de trabalho, registou-se uma diminui-ção da taxa de desemprego ao longo de 2015, mantendo--se ainda uma ligeira diminuição da população ativa. Nos primeiros três trimestres do ano, observou-se uma desci-da, em média, para 12,5% que resultou de uma diminuição do número de desempregados, continuando-se a verificar contudo, também uma redução da população ativa. Esta descida é mais acentuada do que o previsto inicialmente pelo Ministério das Finanças.

No que se refere às contas externas em termos nominais, deverá verificar-se um aumento do excedente da balança corrente e de capital. O saldo da balança corrente e de ca-pital deverá aumentar para valores acima de 2% do PIB, em resultado da melhoria em ambas as balanças. A me-lhoria esperada do saldo da balança corrente ocorre apesar do aumento das importações mais forte do que o aumento das exportações. Esta evolução deverá ser, contudo, posi-tiva em termos nominais pela dinâmica dos preços mais favorável à economia portuguesa, isto é, diminuição dos preços das importações de forma mais acentuada do que a diminuição dos preços das exportações, resultando em ganhos nos termos de troca, em linha com o observado nos últimos anos.

28 || RC 2015

2012 2013 2014 2015

Data abr-15 out-15 dez-15

Documento: INE INE INE PE/2015-19 FMI BP

Financiamento da economia (em % do PIB)

Balança Corrente e de Capital 0,0 2,3 1,7 2,1 - 2,4

Balança Corrente -2,0 0,7 0,3 0,5 1,1 -

Balança de Capital 2,6 1,6 1,4 1,6 - -

Fontes: INE e Ministério das Finanças. | Nota: Os dados referem-se à conta do setor institucional Resto do Mundo, publicada pelo INE, sendo que os dados do INE são de acordo com a nova metodologia SEC2010 e BPM6 enquanto as previsões do M. Finanças utilizam a anterior metodologia.

Quadro VIII - Balança de pagamentos (em percentagem do PIB)

1.2. Enquadramento do Setor

Em 2015 assistiu-se à concretização de algumas das me-didas traçadas em anos anteriores para o setor dos resí-duos, das quais se destaca:

Privatização da EGF

Em 2015 concretizou-se a efetiva privatização de parte do setor dos resíduos, antes pertencente ao Grupo Águas de Portugal através da holding EGF – Empresa Geral do Fomen-to, S.A, detentora de participações sociais em 11 Sistemas Multimunicipais de tratamento e valorização de resíduos.A assinatura do contrato de compra e venda do capital so-cial da EGF – Empresa Geral do Fomento, S.A., realizou-se em novembro de 2014, entre a AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A., e a SUMA - Tratamento, SA, empresa que re-sultou da formalização do agrupamento vencedor do con-curso público internacional. O closing da operação, após pronúncia positiva da Autoridade da Concorrência, reali-zou-se em 28 de julho de 2015, com a efetiva troca das ações representativas do capital e o pagamento do preço.

Os acionistas de referência da SUMA - Tratamento, SA, e concomitantemente da EGF e das Concessionárias suas participadas, são O Grupo MOTA-ENGIL, SA, a URBASER, SA e a SUMA - Meio Ambiente, SA.

Bases dos Contratos de Concessão

O Decreto-Lei nº 96/2014, de 25 de junho, que aprova as bases do contrato de concessão aplicáveis aos sistemas multimunicipais de tratamento e de recolha seletiva de re-síduos sólidos urbanos, com maioria de capital privado. Este novo regime jurídico estabelece o relacionamento e partilha de riscos e obrigações entre o Estado Concedente e as Con-cessionárias, a fixação de uma caução em garantia do cum-primento do contrato, e define detalhadamente os objetivos de serviço público a que as Concessionárias se obrigarão.

Este novo enquadramento contratual assenta no respeito dos seguintes princípios:

R Garantia da acessibilidade das populações aos ser-viços de resíduos mediante a adequação das tarifas à respetiva capacidade económica;

R Clarificação do regime aplicável aos futuros contra-tos de concessão da exploração e gestão da reco-lha e tratamento de resíduos urbanos, com defesa do interesse público nacional e municipal e garan-tias de transferência para os Municípios das infraes-truturas afetas à concessão no termo do seu prazo;

R Poderes de fiscalização e regulação do Estado e da ERSAR, na arbitragem da relação entre as empre-sas concessionárias e os Municípios;

R Garantias de transparência, equidade territorial e sustentabilidade económico-financeira dos siste-mas, à luz do novo regulamento tarifário e das me-tas previstas no PERSU 2020;

R Manutenção ou melhoria da qualidade do serviço público prestado às populações.

Regulamento Tarifário de Resíduos Urbanos

No domínio da regulação, haverá que referir a homolo-gação por Despacho do Senhor Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, publicado em Diá-rio da República, 2ª série, nº 74, de 15 de Abril, do novo Regulamento Tarifário aplicável aos serviços de gestão de resíduos. Este Regulamento Tarifário, cujos trabalhos para início do primeiro período regulatório, 2016-18, tiveram já o seu reflexo em 2015, assenta num novo modelo de regula-ção económica com as seguintes bases:

R Modelo do tipo “Revenue Cap”, com definição de proveitos permitidos para cobertura dos custos de capital, estimados através da remuneração de uma base de ativos, e dos custos de exploração;

R Introdução de incentivos à eficiência produtiva na base de custos controláveis pelo operador, incluí-dos nos custos de exploração a suportar pelos pro-veitos permitidos;

R Remuneração dos ativos em exploração e com in-centivos para decisões eficientes de investimento, no que diz respeito aos incrementos da base de ativos a remunerar, incluindo a partilha de infraes-truturas com vista ao maior aproveitamento da ca-pacidade de tratamento instalada no país;

R Remuneração da base de ativos por referência a um custo de capital definido pelo regulador, como incenti-vo para a otimização dos custos e estrutura de capital.

RC 2015 || 29RELATÓRIO DE GESTÃO

PERSU – 2020 - Plano estratégico para o setor dos resíduos

O PERSU 2020 - o Plano Estratégico dos Resíduos Sóli-dos Urbanos, foi aprovado, pela Portaria n.º 187-A/2014, publicada em DR (I Série) n.º 179, de 17 de setembro de 2014, e encerra a visão estratégica para o setor no horizon-te 2014-2020.

Este Plano prossegue como objetivo garantir um alto ní-vel de proteção ambiental e da saúde humana, através do uso de processos, tecnologias e infraestruturas adequa-das no setor dos resíduos. Promove ainda a minimização da produção e da perigosidade dos resíduos e procura integra-los nos processos produtivos como materiais se-cundários por forma a reduzir os impactes da extração de recursos naturais.

Estabelece ainda um modelo que, pela primeira vez, per-mite definir individualmente e para cada sistema de gestão de RU, as seguintes metas: a) Metas de retomas de recolha seletiva; b) Metas de desvio de RUB de aterro; c) Metas de preparação para reutilização e reciclagem.

Portugal 2020 / POSEUR

O POSEUR é o instrumento nacional, inserido nas Estraté-gias “Europa 2020” e “Portugal 2020” para o campo da sustentabilidade e uso eficiente de recursos, agregador de 2.2 mil milhões de euros de financiamento comunitário. A sua intervenção abrange a totalidade do território nacional.

O POSEUR integra, 3 eixos de atuação, sendo o Eixo III – “Proteger o Ambiente e Promover a Eficiência na utili-zação dos recursos”, aquele em que se integram as es-tratégias para o setor dos resíduos e nomeadamente as candidaturas de projetos que visem a concretização das metas nacionais e comunitárias inseridas no PERSU 2020, Plano estratégico dos Resíduos Urbanos para o período 2014-2020. Para a globalidade do setor, e duran-te o período referido, estão previstos apoios comunitários, na ordem dos 306 M€.

Legislação do setor publicada em 2015

Durante 2015 foram emitidos e publicados diversos diplo-mas legais que regulam áreas específicas do setor dos re-síduos, cujos mais importantes apresentamos abaixo:

R Despacho n.º 850-A/2015, de 27 de janeiro - Es-tabelece a forma de regularização dos stocks de sacos de plástico leves;

R Despacho N.º 3350/2015, de 1 de Abril - Define as metas intercalares por Sistema de Gestão de Resíduos Urbanos relativamente à deposição de resíduos urbanos biodegradáveis em aterro, pre-paração para reutilização e reciclagem e retomas com origem em recolha seletiva, para o período 2016-2020;

R Decreto-Lei n.º 48/2015, de 10 de abril - Procede à sexta alteração ao Decreto-Lei n.º 366-A/97, de 20 de dezembro, no sentido da introdução de regras no domínio das especificações técnicas, na qualificação de operadores de gestão de resíduos de embala-gens, na metodologia para a definição dos modelos de cálculo de valores de contrapartidas financeiras e na atualização das capitações e das objetivações dos sistemas de gestão de resíduos urbanos;

R Portaria n.º 158/2015, de 29 de maio - Primeira alte-ração à Portaria n.º 29-B/98, de 15 de janeiro, que es-tabelece as regras de funcionamento dos sistemas de consignação aplicáveis às embalagens reutilizáveis e às não reutilizáveis, bem como as do sistema integra-do aplicável apenas às embalagens não reutilizáveis;

R Despacho n.º 7110/2015, de 29 de junho- Define a metodologia para elaborar os requisitos e as regras para o processo de qualificação de operadores de gestão de resíduos, no âmbito do Sistema Integra-do de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE), regulado pelo Decreto-Lei n.º 366-A/97, de 20 de dezembro, na sua redação atual;

R Despacho n.º 7111/2015, de 29 de junho - Define as metas de retoma para os Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos (SGRU) no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE), regulado pelo Decreto-Lei n.º 366-A/97, de 20 de dezembro, na sua redação atual;

R Despacho n.º 7112/2015, de 29 de junho - Define a metodologia a utilizar para a definição das especifica-ções técnicas a aplicar aos resíduos de embalagens, domésticos e semelhantes, cuja produção diária por produtor não exceda os 1100 litros, no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Emba-lagens (SIGRE), regulado pelo Decreto-Lei n.º 366-A/97, de 20 de dezembro, na sua redação atual;

R Despacho n.º 8376-C/2015, de 29 de julho - Determi-na os valores das contrapartidas financeiras decorren-tes das operações de recolha e triagem efetuadas pe-los Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos (SGRU).

R Portaria n.º 345/2015, de 12 de outubro - Estabele-ce a lista de resíduos com potencial de reciclagem e ou valorização

R Portaria n.º 368/2015, de 19 de outubro - Fixa o valor das taxas a cobrar pela autoridade de AIA no âmbito do procedimento de avaliação de impacte ambiental.

R Portaria n.º 395/2015, de 4 de novembro - Esta-belece os requisitos técnicos formais a que devem obedecer os procedimentos previstos no regime ju-rídico de avaliação de impacte ambiental e revoga a Portaria n.º 330/2001, de 2 de abril.

R Portaria n.º 399/2015, de 5 de novembro - Esta-belece os elementos que devem instruir os pro-cedimentos ambientais previstos no regime de Licenciamento Único de Ambiente, para atividades industriais ou similares a industriais, nomeadamen-te, operações de gestão de resíduos e centrais ter-moelétricas, exceto centrais solares.

30 || RC 2015

1.3. Regulação

A atividade de gestão de resíduos urbanos, desenvolvida pelas empresas concessionárias do Grupo EGF é um ser-viço de interesse económico geral, indispensável ao bem--estar das populações, ao desenvolvimento da atividade económica e à proteção do meio ambiente.

No ano de 2014 e 2015 verificaram-se alterações signifi-cativas em matéria regulatória neste setor, e em especial para os sistemas multimunicipais de titularidade estatal, as empresas do Grupo EGF, onde a forma de organização destas empresas e o modelo de interação com a Entidade Reguladora sofreram modificações estruturais.

Em 6 de março, foi publicada a Lei n.º 10/2014, que apro-vou os novos Estatutos da Entidade Reguladora dos Ser-viços de Águas e Resíduos (ERSAR). Esta publicação vem no decurso da Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, que apro-vou a lei-quadro das entidades administrativas indepen-dentes com funções de regulação da atividade económica dos setores privados, público e cooperativo. De acordo com os novos estatutos, a ERSAR viu aumentada a sua inde-pendência de atuação (artigoº 2º), expandido o universo de entidades sujeitas a regulação (artigo 4.º) e reforçados os seus poderes e atribuições sobre as entidades reguladas (artigos 5º, 7º, 9º, 10º e 11º).

Também durante o ano de 2014, o RTR - Regulamento Ta-rifário do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos (RTR) foi aprovado pela deliberação 928/2014 do Conselho Diretivo da ERSAR de 17 de Fevereiro de 2014, homologado pelo Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Ener-gia em 28 de Fevereiro de 2014, e publicado no Diário da Republica nº 74 de 15 de Abril. Posteriormente, a ERSAR aprovou pela Deliberação nº 1152/2015 de 8 de Junho o aditamento do artigo 95º-A por forma a compatibilizar o calendário regulatório com o processo de reprivatização da EGF e consequentemente com a aplicação do Decreto-Lei nº 96/2014 de 25 de junho (Novas Bases das Conces-sões de RU-Resíduos Urbanos para empresas de Capitais maioritariamente privados). Este regulamento acarreta uma alteração do modelo regulatório em vigor, passando de um modelo de custo de serviço (cost plus) para um mo-delo de proveitos permitidos (revenue cap), que remunera uma base de ativos ao custo de capital eficiente e permite a recuperação dos gastos operacionais num cenário de efi-ciência produtiva.

A gestão do risco regulatório, pelo impacto que a atuação deste passa a poder ter na esfera patrimonial das empre-sas reguladas, torna-se uma matéria ainda mais fulcral para estas e para os seus acionistas.

Regulação económica

Em 2015, coexistiram nas Concessionárias de tratamento de resíduos os 2 modelos regulatórios.

Por um lado, nos termos da legislação vigente, foi praticada pela RESINORTE, a tarifa aprovada pelo Concedente para o ano de 2015, ainda ao abrigo do sistema anterior. Assim, o ciclo regulatório anual iniciou-se com a apresentação ao Concedente e à Entidade Reguladora das propostas de or-çamento e projeto tarifário para o ano de 2015, em Setembro de 2014, sendo que após a emissão do projeto de parecer pela Entidade Reguladora e o exercício de contraditório por parte da RESINORTE, a tarifa foi aprovada pelo Concedente.

Com a publicação do RTR, as empresas de Tratamento e Valorização de Resíduos do Grupo, passaram a reger-se pelos Novos Contratos de Concessão, os quais se baseiam nas Novas Bases das Concessões de RU e também no que respeita à definição, ao cálculo e à revisão das tarifas no RTR. Neste novo regime, as tarifas, passam a ser definidas pelo ERSAR, e o seu cálculo baseia-se agora num modelo “Revenue Cap”, apuramento de um Volume de “Proveitos Permitidos”, em cada período regulatório de 3 a 5 anos, sendo que o primeiro período regulatório é de 3 anos e abrange o período de 2016 a 2018.

As disposições aplicáveis aos sistemas de titularidade es-tatal, caso da empresa em questão, está definido no capí-tulo II do RTR o modelo de determinação das tarifas das atividades reguladas, sendo de realçar:

A determinação dos proveitos permitidos faz-se de acordo com a seguinte expressão:

Proveitos Permitidos = Custo de Capital + Custo de explo-ração + Incentivos + Ajustamentos – Benefícios das ati-vidades complementares – Receitas adicionais – Ganhos Financeiros Derivados de Juros Bonificados

Por sua vez, o cálculo do Custo de Capital faz-se a partir da expressão:

Custo de Capital = Base de Ativos Regulados x Taxa Máxima de Remuneração dos Ativos + Amortizações do Exercício

A Base de Ativos Regulados é constituída pelos ativos afetos à exploração das atividades principais e respetivas atividades complementares. Dispõe o RTR no número 3 do seu artigo 29º o seguinte:

Quanto ao cálculo da Tarifa, ele está referenciado no art. 49º do RTR e é dado pela seguinte expressão:

Tarifa de RU = Proveitos Permitidos Totais / Quantidades de RU indiferenciado a receber

Ainda em 2015, e ao abrigo do calendário estabelecido no art. 95º-A do RTR, foram publicados pela ERSAR, em 16 de Novembro e na sequência da realização de audiência prévia de interessados, os parâmetros regulatórios genéri-cos para determinação dos proveitos permitidos no âmbito do RTR para o serviço de gestão de resíduos urbanos para

RC 2015 || 31RELATÓRIO DE GESTÃO

o período regulatório 2016-2018, e dirigidos às entidades gestoras concessionárias de sistemas multimunicipais com capitais maioritariamente privados, isto é, as empre-sas do Grupo EGF. Estes parâmetros incluem a taxa de re-muneração dos ativos e respetivas componentes (taxa de juro sem risco, estrutura de financiamento regulatória, beta dos capitais próprios, prémio de risco de mercado, taxa de remuneração dos capitais alheios e taxa de imposto) e as taxas de variação do IHPC.

Posteriormente, e durante o mês de Novembro a RESI-NORTE remeteu à ERSAR o seu Plano de Investimentos para o mesmo período, o qual se encontra em análise pelo regulador. Durante o mês de Março de 2016, serão também remetidas ao Regulador as Contas Reguladas históricas e previsionais, de modo a serem calculados os Proveitos Per-mitidos e a tarifa a praticar no triénio, os quais estarão defi-nidos, após audiência prévia, em meados de Julho de 2016.

Regulação da qualidade do serviço

Nos termos dos seus estatutos compete à Entidade Regu-ladora assegurar a regulação da qualidade de serviço pres-tado aos utilizadores pelas entidades gestoras, avaliando o desempenho dessas entidades. Deste modo, a qualidade de serviço de gestão de resíduos urbanos prestado pelas entidades gestoras é avaliada anualmente, e atualmente, através da aplicação da 2.ª geração do sistema de avalia-ção com recurso a de indicadores desempenho de quali-dade do serviço. Os resultados deste sistema de avaliação são parte integrante do Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal (RASARP).

Regulação ambiental

As entidades gestoras dos serviços resíduos urbanos do grupo EGF estão também sujeitas à intervenção da Agên-cia Portuguesa do Ambiente (APA), o regulador ambiental.

A APA desenvolve ainda atribuições no âmbito dos resí-duos enquanto Autoridade Nacional de Resíduos, caben-do-lhe entre outras:

R o controlo operacional da informação das opera-ções de gestão de resíduos,

R o planeamento e gestão de resíduos de todas as ti-pologias de resíduos e as diversas origens,

R assegurar o tratamento de informação no âmbito do SIRER e SILOGR,

R garantir a validação da informação necessária à aplicação do regime económico e financeiro da gestão de resíduos e diligenciar no sentido da im-plementação do regulamento relativo à aplicação da Taxa de Gestão de Resíduos (TGR),

R definir, implementar e acompanhar as políticas e es-tratégias nacionais para a gestão de resíduos setoriais,

R assegurar a elaboração dos planos e dos progra-mas de gestão de resíduos, acompanhar a sua exe-cução e proceder à respetiva monitorização,

R aprovar os modelos técnicos de gestão de resíduos, R assegurar uma abordagem integrada de licencia-

mento das operações de gestão de resíduos, coor-denar e harmonizar os critérios a adotar para o licen-ciamento pelas Autoridades Regionais de Resíduos e acompanhar as auditorias técnico-ambientais ou económico-financeiras à atividade exercida por operadores de gestão de resíduos bem como proce-der à análise técnica de processos de candidatura a fundos comunitários relativos a infraestruturas para operações de gestão de resíduos urbanos.

No âmbito do modelo de regulação económica previsto no RTR, a APA será chamada a dar parecer sobre o alinha-mento dos investimentos propostos pelas entidades ges-toras que integrarão a base de ativos a remunerar com as políticas nacionais em matéria de resíduos urbanos.

32 || RC 2015

2. Governo SocietárioNa reunião de 21 de setembro de 2015 da Assembleia Geral procedeu-se à eleição dos corpos sociais para o triénio 2015-2017, razão pela qual se indica a composição destes órgãos até 21 de setembro e depois desta data.

Até 21 de setembro de 2015

Mesa da Assembleia Geral

Presidente

Município de Mesão Frio, representado por Alberto Monteiro Pereira

Vice-Presidente

EGF – Empresa Geral de Fomento SA.

Secretário

Alexandra Isabel Martins Varandas Colaço

Conselho de Administração

Presidente

Tomás Joaquim de Oliveira Serra

Vogais Executivos

Gerardo José Sampaio da Silva Saraiva de MenezesCarlos Manuel Sanches Gonçalves

Vogais não Executivos

Artur João Lopes CabeçasJosé João dos Anjos Pinto RodriguesAMVDN, representada por Miguel de Matos EstevesMunicípio de Lamego, representado por Francisco Manuel LopesMunicípio de Boticas, representado por Fernando Pereira CamposAMAVE, representada por Joaquim Barbosa Ferreira Couto

Conselho Fiscal

Presidente

Município de Vila Pouca de Aguiar, representado por Domingos Manuel Batista Dias

Vogais

João Paulo Raimundo Henriques FerreiraPaulo Jorge de Sousa da Fonseca Ferreira

Suplente

Pedro João Reis de Matos Silva

Revisor Oficial de Contas (ROC)

O ROC foi a Ernst & Young Audit & Associados - SROC, SA, representada por:

ROC Efetivo

Rui Manuel da Cunha Vieira

ROC Suplente

João Carlos Miguel Alves

Auditor Externo

O auditor externo da RESINORTE designado pelo Conse-lho de Administração da AdP para o triénio 2012-2014, foi a Ernst & Young Audit & Associados - SROC, SA.

A partir de 21 de setembro de 2015

Mesa da Assembleia Geral

Presidente

Município de Armamar, representado por João Paulo Soares Carvalho Pereira da Fonseca

Vice-Presidente

EGF – Empresa Geral de Fomento SA.

Secretário

Alexandra Isabel Martins Varandas Colaço

Conselho de Administração

Presidente

Tomás Joaquim de Oliveira Serra

Vogais não Executivos

Pablo Barreiro BlancoMaria José de Andrade LagesMaria Gabriela Certã VenturaLuis Fernando Adrada GuajardoJoaquim Monteiro da Mota e SilvaAMVDN, representada por Carlos Manuel Gomes Matos da SilvaMunicípio de Lamego, representado por Paulo Jorge Nazaré CorreiaMunicípio de Boticas, representado por Fernando Pereira Campos

RC 2015 || 33RELATÓRIO DE GESTÃO

Vogal não Executivo

Pablo Barreiro Blanco

Data de nascimento: 03/03/1960

Habilitações Académicas:– Licenciado em Economia pela Universidade Complu-

tense de Madrid.

Carreira Profissional:– 2009 à presente data - Vice-Presidente do Conselho

de Administração da SUMA - Serviços Urbanos e Meio Ambiente S.A.

– 2006 - 2009 - Diretor Regional de Marrocos da Urbaser– 2004 - 2006 - Membro da Direção da Feira Internacio-

nal da Galícia;– 2003 - 2004 - Membro do Conselho Diretivo da Caixa

Rural Galega;– 1999 - 2003 - Consultor adjunto / Gerente geral da

Universidade Complutense de Madrid;– 1990 - 2003 - Diretor Gerente - Agroconsulting Galicia– Diretor Gerente - Sociometricts - Estudos de investiga-

ção de mercado e opinião pública. Entre clientes públi-cos e privados entre outros: o Grupo ACS e Dragados;

– 1983 - 1990 Gerente da Organização do CDS;

Vogal não Executivo

Maria José de Andrade Lages

Data de nascimento: 05/05/1968

Habilitações Académicas:– Em 1991 licenciou-se em Economia na Faculdade de

Economia da Universidade Nova de Lisboa,

Carreira Profissional:– Iniciou a sua carreira na Shell Portuguesa, onde ingres-

sou em Novembro de 1991 e permaneceu até janeiro de 1996, com responsabilidades no sector de Planeamen-to e posteriormente como coordenadora da implemen-tação dos módulos financeiros do ERP JD Edwards.

– Em janeiro de 1996, em Moçambique, trabalhou na Cimentos de Moçambique (Grupo Cimpor), inicialmen-te como consultora na área financeira (pela Coopers & Lybrand) e a partir de setembro de 1996 como respon-sável pela Direcção Financeira da empresa.

– Em março de 1997 reingressou no Grupo Shell, na Shell Moçambique, como responsável pela Direcção Admi-nistrativa e Financeira, participando no estabelecimento da empresa no país.

Notas curriculares dos membros do Conselho de Administração

Presidente

Tomás Joaquim de Oliveira Serra

Data de nascimento: 13/12/1965

Habilitações Académicas: – Licenciado em Engenharia Mecânica, Ramo Termo-

dinâmica Aplicada, pelo Instituto Superior Técnico (1983/1988), complementou mais tarde a sua forma-ção em gestão através de programas promovidos pela Universidade Católica e pelo ISCTE.

Carreira Profissional:– Iniciou a sua carreira profissional na EDP em Dezem-

bro de 1988, onde desempenhou funções técnicas em projetos associados a diversas Centrais Termoelétricas, e já como PROET – empresa de engenharia da área ter-moelétrica do grupo EDP participou no projeto e cons-trução da CTRSU – Central de Tratamento de RSU da VALORSUL.

– A partir de Abril de 2001 passou a integrar o grupo So-mague em empresas da área do ambiente (AGS e HI-DURBE) para implementação da Prestação de Serviços de Operação da Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos da Meia Serra, Madeira. Neste âmbito foi Admi-nistrador e Diretor Geral da OTRS – Operação da ETRS da Meia Serra durante mais de 6 anos.

– Entre Maio de 2008 e Fevereiro de 2012 assumiu fun-ções de Administrador Executivo da VALORSUL, SA. Durante este período fez ainda parte da Direção da AVA-LER – Associação de Entidades de Valorização Energé-tica de RSU.

– De fevereiro de 2012 a julho de 2015 foi Administrador da Empresa Geral do Fomento, SA.

Funções Atuais:– Desde 30 de abril de 2012 é Presidente da Resinorte, SA.– Desde setembro de 2015 é Presidente da RESIESTRELA,

SA e da ALGAR, SA e Vogal do CA das empresas RESULIMA, SA, SULDOURO, SA, VALORLIS, SA e VALNOR, SA.

– Desde fevereiro de 2012 que mantém as funções de Administrador não-executivo da VALORSUL, SA.

34 || RC 2015

– Ainda em Moçambique passou a integrar os quadros do Gru-po Águas de Portugal em dezembro de 1999, como respon-sável pela Direcção Financeira da Águas de Moçambique.

– Em setembro de 2002, já em Portugal, integrou os qua-dros diretivos da AdP Serviços como responsável pela Direcção de Contabilidade e Consolidação do Grupo AdP.

– A partir de novembro de 2003 passou a ser responsá-vel pela Direcção Financeira da Aquapor, (sub-holding do Grupo AdP), assumindo também a coordenação da função financeira das empresas que esta detém 100% – Luságua Alcanena, Luságua Serviços Ambientais, Águas do Vouga, Águas da Teja, Águas do Planalto e Águas do Lena.

– Em junho de 2005 foi nomeada vogal do Conselho de Administração das Águas do Vouga, Águas da Teja, Águas do Planalto e Águas do Lena.

– Em abril de 2008 foi nomeada vogal do Conselho de Administração da Trevo Oeste – Tratamento e Valoriza-ção de Resíduos Pecuários, S.A., empresa participada minoritariamente pela AdP SGPS.

– Em janeiro de 2009 foi nomeada vogal executiva do Conselho de Administração da AdP Internacional, cargo que ocupou até Abril do mesmo ano.

– Em abril de 2009 foi nomeada vogal executiva do Con-selho de Administração da AdP Energias, S.A.

– De novembro de 2011 a abril de 2012 desempenhou fun-ções como gerente da empresa Miese Vila Real/Alijó, Lda.

– Em 22 de fevereiro de 2012, foi eleita Vogal do Conselho de Administração da Empresa Geral do Fomento, SA, para o mandato 2012/2014

– Em 12 de março foi eleita Vogal não executiva do Con-selho de Administração da Valorsul, SA, para o mandato 2010/2012

– Em 14 de março foi eleita Presidente não executiva do Conselho de Administração da ERSUC, SA, para o man-dato 2011/2013.

Funções Atuais– Em Setembro de 2015, foi nomeada pela EGF: Presi-

dente do Conselho de Administração da Suldouro S.A.; da Ersuc, S.A.; da Valorlis, SA e da Amarsul, S.A. (Comis-são Executiva,); Vogal do Conselho de Administração da Resulima, S.A; da Valorminho, SA; da Resinorte, S.A.; da Resiestrela, S.A. e da Valnor, S.A..

Vogal não Executivo

Maria Gabriela Certã Ventura

Data de nascimento: 22/05/1964

Habilitações Académicas:– Licenciada em Direito, com especialização em Direito

Público, Ciências Jurídico-Políticas, pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa Pós-Gradua-ção em Relações Internacionais. Advogada

Carreira Profissional:– Em 1989 desempenhou funções de Assessora do Tribu-

nal Arbitral de Conflitos de Consumo, Lisboa. – De 1990 a 1995 desempenhou as funções de Assis-

tente da Faculdade de Direito da Universidade Eduar-do Mondlane, Maputo; Assessora do Supremo Tribunal Administrativo, Maputo; Assessora do Ministro da Ad-ministração Estatal, (Maputo), com responsabilidade na conceção, elaboração e negociação do pacote legislati-vo relativo à reforma do Estado e descentralização ad-ministrativa; Assessora do Ministro da Defesa Nacional, (Maputo), com responsabilidade na conceção, elabora-ção e negociação do pacote legislativo relativo à reforma do sistema de defesa nacional; Coordenadora do projeto do Banco Mundial “Capacity Buliding”/Reforma do Es-tado, no Maputo; Consultora da Agência Sueca para o Desenvolvimento (SIDA), (Maputo) e Formadora contra-tada pelo Programa das Nações Unidas para o Desen-volvimento (PNUD), em ações de formação dirigidas a magistrados judiciais e do Ministério Público e quadros da polícia de instrução criminal, sobre princípios funda-mentais do Estado de Direito.

– De 1995 a 1998 esteve como Assessora na Presidência do Conselho de Ministros, Lisboa, com responsabilidade pela organização do processo legislativo e negociação dos diplomas aprovados pelo Governo e Chefe de Ga-binete do Secretário de Estado da Presidência do Con-selho de Ministros, (Lisboa), com responsabilidade pela organização do Conselho de Ministros e articulação, em matéria legislativa, com a Assembleia da República e a Presidência da República.

– No período de 1999 a 2004 desempenhou funções de Conselheira Técnica Principal na Representação Per-manente de Portugal junto da União Europeia (REPER), em Bruxelas.

– Em 2004 até 2006 desempenhou funções como As-sessora da Comissão Executiva, Grupo Mota-Engil/Sub-Holding Concessões de Transportes, (Lisboa).

– Durante os anos de 2006 a 2008 desempenhou fun-ções como Gestora do Fundo Europeu para o Contro-lo de Fronteiras, Ministério da Administração Interna, (Lisboa); Gestora do Fundo Europeu para o Combate à Imigração Ilegal, Ministério da Administração Interna, (Lisboa); Gestora do Fundo Europeu para a Integração, Ministério da Administração Interna, (Lisboa); Gestora

RC 2015 || 35RELATÓRIO DE GESTÃO

do Fundo Europeu para os Refugiados, Ministério da Ad-ministração Interna, (Lisboa); Gestora do Eixo “Preven-ção e Gestão de Risco” do Programa Operacional para a Valorização do Território, Ministério da Administração Interna, (Lisboa).

– De 2008 a 2009 foi nomeada Diretora Internacional no Grupo Mota-Engil/SGPS.

– De 2009 a 2014 desempenhou funções de Diretora do Gabinete de Planeamento e Políticas, Ministério da Agricultura, (Lisboa); Gestora do Programa para o De-senvolvimento Rural (PRODER), Ministério da Agricultu-ra, (Lisboa); Gestora do Programa Rede Rural Nacional, Ministério da Agricultura, (Lisboa).

Funções Atuais:– Em julho de 2015 foi nomeada Administradora Execu-

tiva da Empresa Geral do Fomento, S.A. (EGF), (Lisboa). – Em Setembro de 2015, foi nomeada pela EGF: Presi-

dente do Conselho de Administração da Valorminho S.A.; da Resulima, S.A. e da Valnor, S.A.; Vogal do Con-selho de Administração da Valorsul, S.A.; da Resinorte, S.A.; da Amarsul, S.A. (Comissão Executiva) e da Re-siestrela, S.A.

Vogal não Executivo

Luis Fernando Adrada Guajardo

Data de nascimento: 04/05/1973

Habilitações Académicas:– Licenciado em Ciências Económicas, especialidade em

Economia Internacional e Desenvolvimento, pela Uni-versidade Complutense de Madrid.

Carreira Profissional:– De 2000 a 2006 desempenhou funções na área de

Administração e Finanças na Urbaser, em Espanha.– De 2006 a Julho 2015 desempenhou funções na Ur-

baser em Marrocos como Diretor Administrativo e Fi-nanceiro do grupo Urbaser espanhol.

– Em Julho de 2015 foi nomeado vogal do conselho de administração da Empresa Geral do Fomento, S.A.

– Desde Setembro de 2015 foi nomeado vogal do Conse-lho de Administração da Algar, S.A., da Resinorte, S.A., da Suldouro, S.A. e da Valorsul, S.A..

Vogal não Executivo

Joaquim Monteiro da Mota e Silva

Data de Nascimento: 09/11/1971

Habilitações Académicas:– Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas

na Universidade Católica do Porto, concluída em Julho de 1996;

– Curso Técnico-profissional de Contabilidade e Gestão frequentado no Colégio de S. Gonçalo em Amarante.

Carreira Profissional:– Desde Abril de 2005 até Outubro de 2009, Administra-

dor da REBAT - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos do Baixo Tâmega, SA;

– Desde Maio de 2004 até Outubro de 2009, Presidente do Conselho de Administração da Empresa Municipal Qualidade de Basto;

– Desde Outubro de 1999 até Outubro de 2009, exerci as funções de Vereador dos Pelouros da Cultura, Desporto, Acão Social, Educação, Desenvolvimento Local, Turis-mo, Comunicação, Sanidade Pecuária e Juventude, na Câmara Municipal de Celorico de Basto;

– Em 2001, Deputado à Assembleia da República, durante seis meses.

– Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, desde 30 de Outubro de 2009.

– Estágio de quatro meses na Caixa Geral de Depósitos, na agência de Felgueiras. Seguido de contrato iniciado em Março de 1998, na Direção Regional de Viana do Castelo;

– Estágio de seis meses na “Mota & Companhia SA”, na direção de controlo de Gestão. Tendo, posteriormente, trabalhado quatro meses na área de Recursos Huma-nos no estaleiro central desta empresa;

– Sócio-gerente da firma “Alves Teixeira & Lemos” com sede em Celorico de Basto. A participação de 33% no capital foi adquirida em Outubro de 1994, tendo sido vendida em Novembro de 1996;

– Sócio da firma “Conta Empresarial, Lda”, dedicada à consultoria e contabilidade, criada em Novembro de 2004, cuja participação no capital é de 80%.

Atividades de carácter associativo:– Desde Janeiro de 2007, Presidente da direcção da As-

sociação de Futsal de Celorico de Basto– Desde 2007, Presidente da Assembleia-Geral da Asso-

ciação de Ciclismo de Celorico de Basto.– Desde o início de 2006, vice-presidente da Assem-

bleia-Geral da Fena-Florestas– Desde Dezembro de 2004, Presidente do Conselho Lo-

cal de Agricultura e Desenvolvimento Rural.– Desde Dezembro de 2004, Presidente da direcção da As-

sociação de Solidariedade de Santo André de Codessoso.– Desde Maio de 2004, Presidente da direcção da Asso-

ciação de Solidariedade Social de Basto.

36 || RC 2015

– Desde Outubro 2003, Presidente da Comissão de Pro-tecção de Crianças e Jovens de Celorico de Basto.

– Desde Setembro de 2003, Presidente do Conselho Mu-nicipal de Educação.

– Desde Agosto de 2003, Presidente do Mota Futebol Clube.

– Desde Abril de 2003, Presidente da direcção da Coo-perbasto/Casa do Agricultor.

– Entre 2002 e 2004, presidente da direcção do Basket Clube de Celorico

– Desde Agosto de 2002, Presidente do Conselho Local de Acção Social.

– De Junho de 1999 até início de 2004, Presidente do Conselho Municipal da Juventude de Celorico de Basto.

– Em 1998 e 1999, Presidente da Comissão Executiva da Semana da Juventude de Celorico de Basto.

– De 1991 até 1994, Presidente da Direcção da Associação Acção Jovem.

– Durante o período de 1991/93 Vice-Presidente e di-rector do Departamento de Exchange da Associação Internacional de Estudantes de Ciências Económicas e Empresariais (AIESEC) no comité da Católica - Porto.

– Em 1992 “Jovem promotor de Saúde” para o concelho de Celorico de Basto, nomeado pelo Instituto Português da Juventude.

– No período 1990/91, Vogal da direcção da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa.

Funções partidárias:– De 1995 até Fevereiro de 1998, Presidente da Comis-

são Política de Secção da JSD, em Celorico de Basto.– De 1996 até ao início de 2000, vogal e Vice-Presidente

da Comissão Política Distrital de Braga da JSD.– De finais de 1998 a metade de 2000, Vice-Presidente

dos JASD – Jovens Autarcas Social Democratas.– De Setembro de 1998 a Outubro de 2000, Conselheiro

Nacional da JSD.– De 1998 até 2006, Vogal da Comissão Política Distrital

de Braga do PSD.– De 2006 até 2008, Tesoureiro da Comissão Política

Distrital de Braga do PSD.– Desde Março de 2006, Presidente da Comissão Política

de Celorico de Basto do PSD.– Desde Janeiro de 2008 a 2010, Secretário-Geral da

Distrital de Braga do PSD. – Desde 2010, Vice-Presidente da Distrital de Braga do PSD

Vogal não Executivo

Paulo Jorge Nazaré Correia

Data de Nascimento: 13/09/1970

Habilitações Académicas:– Licenciatura e Pós graduação. Técnico Superior.

Carreira Profissional:– Presidente do Conselho de Administração da Sociedade La-

mego Renova – Construção e Gestão de Equipamentos, SA– Chefe de Divisão da Câmara Municipal de Lamego.– Administrador Executivo da Empresa Municipal – Lame-

go Convida EM. | Comissão de Serviço (2006/2009);– Administrador Executivo da Empresa Municipal – Lame-

go Convida EEM. | Comissão de Serviço (11/2009/2013);– Membro Efectivo na Ordem dos Economistas n.º 9 245

| Representação para os Distritos de Viseu, Guarda e Castelo Branco (2001/2009).

Anterioridade:– Presidente da Direcção Associação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de Viseu | Voluntariado/Serviço Cívico (2007/2010);

– Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Lamego, Eng.º Francisco Lopes | Comissão de Servi-ço (2005/2006);

– Vogal Executivo do Conselho de Administração do Hospital Distrital de Lamego | Comissão de Serviço (2004/2005);

– Professor Assistente na Universidade Católica Portu-guesa – Centro Regional das Beiras;

– Administrador-Delegado do Hospital Distrital de Lame-go | Comissão de Serviço, com efeitos a 31/10/2003, por Sua Excelência o Ministro da Saúde (2003/2004);

– Técnico Superior no Gabinete de Auditoria Interna do Instituto de Financiamento e Apoio ao Turismo | Titular de Carreira (2002/2003);

– Adjunto da Administração da Sociedade Frisomat, S.A. - Bélgica (2001);

RC 2015 || 37RELATÓRIO DE GESTÃO

Vogal não Executivo

Carlos Manuel Gomes Matos da Silva

Data de Nascimento: 22/03/1965

Habilitações Académicas:– Licenciatura em Engenharia Florestal pela Universidade

de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) em 1993 com a classificação final de 14,00 valores.

– Curso de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Flo-restais pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Dou-ro (UTAD) no ano de 2002 / 2003 com a classificação final de 14,32 valores.

– Mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) em 2011 com a classificação fina de 15,00 valores.

Funções Atuais:– Atualmente desempenha as funções de Vereador a

tempo inteiro da Câmara Municipal de Vila Real, tempo sido eleito em 2013, com tutela dos pelouros do Am-biente, Segurança e Proteção Civil, Desenvolvimento Rural e é Presidente da Assembleia Geral da Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Vila Real (EMARVR).

Exercício de cargos dirigentes ou funções de relevante interesse público

– Em 14 de Maio de 1997 foi nomeado Responsável da Divisão de Proteção e Conservação Florestal da Direção de Serviços das Florestas, por despacho (nº 15/97) do Sr. Diretor Regional de Agricultura da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes.

– Em 27/11/1998 tomou posse na categoria de Técnico Superior de 2ª Classe da Carreira de Engenheiro do quadro da Direção Regional de Agricultura de Trás-os--Montes, com efeitos a 01.09.1992, em consequência do processo resultante da aplicação do Dec-Lei nº 81-A (Despacho nº 20818/98, de 27/11).

– Em 19 de Março de 1999 foi nomeado Chefe de Divisão em regime de substituição da Divisão de Proteção e Con-servação Florestal da Direção de Serviços das Florestas da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, conforme Despacho nº 8913/99, de 1999/05/05 do Sr. Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural pu-blicado na II Série do DR de 1999/05/05.

– Em 19 de Setembro de 1999 é prorrogado o prazo da chefia de Divisão em regime de substituição da Divisão de Proteção e Conservação Florestal da Direção de Ser-viços das Florestas da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, conforme Despacho nº 21033/99 de 1999/11/05 do Sr. Secretário de Estado do Desenvolvi-mento Rural publicado na II Série do DR de 1999/11/05.

– Em 29/11/1999 foi nomeado, mediante concurso, em Comissão de Serviço, para o cargo de Chefe de Divisão da Divisão de Proteção e Conservação Florestal da Di-

reção de Serviços das Florestas da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, conforme Despacho nº 69/2000 do Sr. Secretário de Estado do Desenvolvi-mento Rural publicado na II Série do DR de 2000/01/04.

– Nomeado “Coordenador Regional de Trás-os-Montes da Estrutura de Coordenação do Programa de Sapadores Florestais” de acordo com o Despacho nº 1974/2001, de 31 de Janeiro de 2001 do Sr. Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural publicado na II Série do DR da mesma data.

– Em 13/03/2001 tomou posse na categoria de Técnico Superior de 1ª Classe da Carreira de Engenheiro do qua-dro da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Mon-tes, conforme despacho nº 4952/2001, de 2001/03/12 do Sr. DR da DRATM.

– De 30/11/2002 a 29/05/2003 exerceu o cargo de Chefe de Divisão da Divisão de Proteção e Conservação Florestal da DRATM em regime de gestão corrente.

– Através do Despacho Conjunto dos Srs. Secretários de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas de 27.04.2004, nomeado Coordenador do Centro de Prevenção e Deteção (CPD) de Incêndios Florestais do distrito de Vila Real.

– Em 10/01/2006 foi nomeado, mediante concurso, em Comissão de Serviço, para o cargo de Chefe de Divisão do Núcleo Florestal do Barroso e Padrela da Circunscri-ção Florestal do Norte da Direção Geral dos Recursos Florestais, conforme Despacho nº 2220/2006 do Sr. Diretor Geral dos Recursos Florestais, publicado na II Série do DR de 2006/01/27.

– Em 15/03/2006 foi nomeado, em Comissão de Servi-ço, por um período de três anos, Comandante Opera-cional Distrital do Comando Distrital de Operações de Socorro de Vila Real do Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil, conforme Despacho nº 9858/2006, de 05.05.2006 do Sr. Presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil.

– Em 24/04/2007 através do Despacho nº 15.242/2007, de 12 de Julho (II Série), do Sr. Presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, foi nomeado, em Comissão de Serviço, por um período de três anos, Comandante Opera-cional Distrital do Comando Distrital de Operações de So-corro de Vila Real da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

– Em 31.01.2008, através do Louvor nº 285/2008, de 02 de Abril de 2008 (II Série), é louvado pelo Sr. Secre-tário de Estado da Proteção Civil.

– Em 16.10.2009, através do Louvor nº 921/2009, de 30 de Outubro de 2009 (II Série), é louvado pelo Sr. Secre-tário de Estado da Proteção Civil.

– Em 19.03.2010, através do Despacho nº 4944/2010, de 19 de Março (II Série, nº 55), é renovada, por um pe-ríodo de três anos, a Comissão de Serviço de Coman-dante Operacional Distrital do Comando Distrital de Operações de Socorro de Vila Real da Autoridade Na-cional de Proteção Civil.

– Em consequência de Eleições Autárquicas, é eleito Vereador a tempo inteiro da Câmara Municipal de Vila Real, cargo que ainda desempenha.

38 || RC 2015

– Em 15.11.2013, é designado Presidente da Assembleia Geral da Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Vila Real (EMARVR).

– Em 21.09.2015, é nomeado para o triénio 2015-2017, em representação da Associação de Municípios do Vale do Douro Norte (AMVDN), vogal do Conselho de Admi-nistração da Resinorte – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A..

Vogal Não Executivo

Fernando Pereira Campos

Data de nascimento: 17/05/1951

Habilitações Académicas:– Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais – Master in Public Administration / U. Católica – Auditor de Defesa Nacional / IDN

Carreira Profissional:– Técnico do Ministério da Agricultura

Outros cargos:– Presidente da Câmara Municipal de Boticas (1994/

2013)– Vice-Presidente da Associação Nacional de Municípios

Portugueses (1994/ 2013)– Vogal do Conselho de Administração da RESAT – Va-

lorização e Tratamento de Resíduos Sólidos do Baixo Tâmega, SA entre 2000 e 2009

– Vogal do Conselho de Administração da RESINORTE desde 2009

– Presidente da Assembleia Municipal de Boticas– Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Boticas– Presidente da Assembleia Geral do Grupo Desportivo de

Chaves– Membro do Secretariado Nacional das Misericórdias

Portuguesas

Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal da RESINORTE tem a composição que se detalha no quadro seguinte:

Presidente

Município de Amarante, representado por José Luís Gaspar Jorge

Vogais

Carlos Afonso Dias Leite Freitas dos SantosEduardo Manuel Fonseca Moura

Suplente

Tiago Nuno Correia da Cruz

Notas curriculares dos membros do Conselho Fiscal

Presidente

José Luís Gaspar Jorge

Data de nascimento: 01/07/1967

Habilitações Académicas: – José Luís Gaspar Jorge nasceu em França a 1 de Julho

de 1967. Ainda criança, veio para Aboadela, Concelho de Amarante, de onde são oriundos os seus pais. Foi na es-cola desta Freguesia que completou a instrução primária.

– Depois de completar o ensino secundário, no Colégio de S. Gonçalo, ingressou na Universidade Lusíada, concluindo a Licenciatura em Gestão no ano de 1995. Em 1998 con-cluiu a pós-graduação em Gestão Financeira Internacional.

Carreira Profissional:– Em 1996, ingressou nos quadros da Associação Em-

presarial de Amarante - AEA, tendo desempenhado as seguintes funções:

1996 a 2013– Responsável pelo Gabinete de Apoio ao Empresário

criado no âmbito do PROCOM– Consultor e coordenador do programa Formação PME

nas edições de 1997 a 2013, sendo a Entidade Gestora a Associação Empresarial de Portugal e a Entidade Pro-motora a ACIA

– Coordenador do Programa Inovar na Região do Baixo-Tâmega– Diretor do CNO da AEA– Coordenador Técnico - Pedagógico da Formação Pro-

fissional no âmbito da Formação Profissional Contínua; Formação Inicial com Certificação Profissional e Escolar; Qualificação e Inserção Profissional de Desempregados; Formação dos Profissionais das Políticas de Emprego e Formação e, Aprendizagem ao Longo da Vida.

RC 2015 || 39RELATÓRIO DE GESTÃO

– Paralelamente, nesse mesmo ano de 1996, fundou a Consultâmega, empresa com atividade na área da con-sultoria e formação.

– No período de 2002 a 2005, decidiu aceitar o convi-te para integrar o Conselho Executivo do Hospital de S. Gonçalo como Administrador. Frequentou, durante esse tempo, o Programa Avançado em Gestão Empresarial Hospitalar, pelo ISCTE.

– De 2007 a 2012 passou a exercer o cargo de Adminis-trador na Associação Empresarial de Amarante

– Exerceu, ainda, o cargo de vereador, em regime de não permanência, na Câmara Municipal de Amarante nos mandatos 2001-2005 e 2009-2013.

– Aos 46 anos tomou posse como Presidente da Câmara Municipal a 20 de Outubro de 2013.

– Além de Presidente da Câmara Municipal de Amarante é, atualmente, Presidente da Associação de Municípios do Baixo Tâmega e Vice-Presidente da Comunidade In-termunicipal do Tâmega e Sousa e Presidente de Con-selho Fiscal da RESINORTE-Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A..

Vogal

Carlos Afonso Dias Leite Freitas dos Santos

Data de nascimento: 03/08/1974

Habilitações Académicas: – Revisor Oficial de Contas, desde 2007.– Curso de Preparação para Revisor Oficial de Contas

pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, Outubro de 2004 a Setembro de 2005

– Licenciatura em Gestão, pela Universidade Lusíada do Porto, concluída em 1998.

– Contabilista Certificado, desde 1998.

Carreira Profissional:– Revisor Oficial de Contas na “António Magalhães & Carlos

Santos – SROC” sendo Revisor Oficial de Contas execu-tor ou orientador em diversas Sociedades Comerciais, As-sociações, Fundações, Instituições Financeiras e outras.

Outras Funções atuais– Presidente do Conselho Fiscal da VALORSUL — Valori-

zação e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S. A.;

– Presidente do Conselho Fiscal da AMARSUL – Valoriza-ção e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.;

– Vogal do Conselho Fiscal da ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, S.A.;

– Vogal do Conselho Fiscal da ALGAR – Valorização e Tra-tamento de Resíduos Sólidos, S.A.;

– Vogal do Conselho Fiscal da Liberty Seguros, S.A.– Consultor Financeiro da Jerisa – Empresa de Confec-ções, Lda. (ISA Sallmann, AG Group)

Anteriores Funções– Técnico de Auditoria na António Magalhães & Carlos

Santos – SROC, “Sénior” de Outubro de 2002 a Setem-bro de 2007 e “Júnior” de Outubro de 1998 a Setembro de 2002;

– Técnico de Contas, em regime livre, em diversas empresas.

Cursos, seminários e conferências– Desde 1998 até à data, participação em inúmeros Con-

gressos, Seminários, Conferências, Colóquios, Encon-tros profissionais, Cursos de formação contínua, etc., promovidos por Entidades Acreditadas tanto nacional como internacionalmente, destacando a Ordem dos Re-visores Oficiais de Contas

Línguas– Domínio do Inglês, Francês e Espanhol.

Organismos em que se encontra inscrito– Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, sob o nº.1 314,

da lista de Revisores Oficiais de Contas, desde 2007.– Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, sob o nº 44 857,

da lista de Técnicos Oficiais de Contas, desde 1998.– Ordem dos Economistas, sob o nº 7 285 – Membro

efectivo – Colégio de Especialidade de Economia e Ges-tão Empresariais, desde 1998.

– Membro Efetivo da Associação Fiscal Portuguesa, des-de 2011.

40 || RC 2015

Vogal

Eduardo Manuel Fonseca Moura

Habilitações Académicas: – Bacharelato em Contabilidade e Administração pelo IS-

CAP (Instituto Superior de Contabilidade e Administra-ção do Porto).

– Qualificação como Revisor Oficial de Contas em 2002, estando desde essa data inscrito na Ordem dos Reviso-res Oficiais de Contas.

– Instrutor em vários cursos de formação para auditores / empresas a nível nacional.

– Frequência regular de cursos de formação profissional em Portugal e no Estrangeiro.

Carreira Profissional:Projetos mais relevantes realizados – Colaboração na adoção das Normas Internacionais de

Relato Financeiro em diversas entidades do sector fi-nanceiro e não financeiro.

– Experiência relevante na revisão de procedimentos de controlo interno em diversas entidades do sector finan-ceiro, incluindo o cumprimento dos requisitos da Lei Sarbanes-Oxley.

– Experiência relevante em auditoria a entidades do sec-tor financeiro e não financeiro.

– Experiência na realização de due-diligences associadas a processos de aquisição de empresas.

– Revisor Oficial de Contas e Fiscal Único de algumas em-presas do setor financeiro em Portugal.

Breve descrição da carreira profissional– Integração dos quadros profissionais da *ex-Arthur An-

dersen, S.A. em 1994, na Divisão de Auditoria e Consul-toria Financeira, na área das grandes empresas indus-triais, de distribuição e serviços financeiros.

– Promoção a Director em 1999, a Senior Manager em 2003, a Associate Partner em 2007 e a Partner em 2013.

– Ingresso na Mota-Engil, SGPS, S.A. a partir de setembro de 2015.

Principais clientes em que desenvolveu a sua carreira pro-fissional– Grupo BPI– Grupo Santander-Totta Portugal– Grupo CGD– Grupo BPN– Grupo Mota-Engil– Grupo Martifer– Grupo Sonae– Grupo Novobanco

Revisor Oficial de Contas (ROC)

O ROC é a Deloitte & Associados, SROC, SA, representada por:

ROC Efetivo

Nuno Miguel Cabaço da Silva

ROC Suplente

António José Araújo Beja Neves

Comissão de Fixação de Vencimentos

Presidente

Jorge Agostinho Fernandes Rodrigues

Vogal

Luís Filipe Cardoso da Silva

RC 2015 || 41RELATÓRIO DE GESTÃO

RECOLHA TRATAMENTO

Aterro Sanitário Energia

Composto

Vidro, Papel,Metal, Plástico

Vidro, Papel,Metal, Plástico

TriagemRecicláveis

Indiferenciados Tratamento Biológico

Tratamento Mecânico

Estações de Transferência

VALORIZAÇÃO

3. Atividade operacional

3.1. Cadeia de Valor

A RESINORTE atua numa extensa e complexa cadeia de valor de acordo com o modelo técnico da empresa, con-gregando um conjunto interdependente de competências e valor acrescentado, desde a identificação dos recursos até à entrega dos produtos finais aos clientes como sejam as entidades gestoras, SPV, VALORPNEU, Amb3E, ERP, ECOPILHAS.

Na fig. 2 representa-se esquematicamente a cadeia de valor do negócio do tratamento e valorização dos resíduos com a especificação das diferentes atividades de operação.

Fig. 2 - Cadeia de Valor

42 || RC 2015

3.2. Produção

3.2.1. Receção de resíduos

Durante o ano 2015 foram recebidos os resíduos urbanos provenientes de recolhas municipais e de particulares dos 35 municípios da área de intervenção da RESINORTE, com a descriminação que se apresenta de seguida.

Recolha IndiferenciadaAs quantidades de RU com origem na recolha indiferen-ciada, rececionadas nas quatro unidades de produção da RESINORTE, foram as seguintes:

Recolha Indiferenciada (Ton.) Entradas Destinos

2013 2014 2015 Dep. Dir. Aterro TMS / TMB

UPLA 32.026 34.040 34.101 34.101 0

UPBO 28.435 29.238 30.146 30.146 0

UPCB 101.038 104.430 92.830 74.999 17.831

UPRA 137.287 142.163 158.203 23.562 134.641

Total 298.786 309.871 315.281 162.808 152.472

Quadro IX - Quantidades recebidas da recolha indiferenciada por instalação

Constata-se assim que houve um ligeiro acréscimo de 1,7% em relação ao ano transato.

Recolha SeletivaA recolha seletiva realizada divide-se em dois grandes grupos: i) Recolha seletiva multimaterial (3F) - Os resíduos com

origem na recolha seletiva multimaterial trifluxo (3F) são encaminhados para as unidades de triagem, onde são separados, dando origem às retomas de embala-gens de vidro, de papel/cartão, de plástico e de metal.

ii) Outra recolha seletiva - Nos ecocentros recebem-se também, de forma seletiva, outros resíduos para além dos considerados na recolha seletiva 3F, nomeada-

mente, resíduos elétricos e eletrónicos, pneus, madei-ras e metais, entregues por munícipes, por pequenas entidades particulares e também por Municípios.

No Quadro seguinte apresenta-se um resumo das quanti-dades recebidas seletivamente nas diferentes unidades de produção. Este quadro mostra que, na globalidade, a cap-tação de valorizáveis com origem na recolha seletiva regis-tou em 2015 um aumento de 4,7% relativamente a 2014.

Recolha seletiva (total)

3FOutra recolha seletiva

Total 2015 2014 2013Urbanos* Pneus

UPBO 3.068 77 360 3.504 3.231 3.198

UPCB 5.277 56 0 5.332 4.428 4.125

UPLA 3.500 111 896 4.507 4.970 5.551

UPRA 19.077 1.429 0 20.506 19.691 19.721

Total 30.921 1.672 1.256 33.849 32.320 32.595

Quadro X - Resíduos recolhidos – Recolha seletiva (total)

* - Inclui Metais, REEE, Plásticos duros, Madeira, P&A e OAU (ton)

RC 2015 || 43RELATÓRIO DE GESTÃO

Recolha Seletiva Multimaterial (3F)No quadro seguinte detalham-se as quantidades 3F rece-bidas por tipo de resíduo:

Recolha Seletiva 3F (ton)

UPPapel / Cartão Plástico Vidro

2015 2014 2013 2015 2014 2013 2015 2014 2013

UPBO 1.273 1.149 1.057 466 473 460 1.329 1.219 1.160

UPCB 2.050 1.588 1.618 768 600 579 2.459 2.215 2.032

UPLA 1.162 1.589 1.780 710 932 975 1.628 1.466 1.744

UPRA 4.791 4.646 4.615 3.697 3.707 3.337 10.588 10.363 10.741

Total 9.276 8.972 9.070 5.641 5.712 5.351 16.004 15.236 15.677

Var. ano n-1 3,40% -1,10% -1,20% 6,70% 4,90% -2,60%

Quadro XI - Recolha seletiva trifluxo

Constata-se assim que, no total, a RS 3F em 2015 teve um aumento de 3,3% em relação a 2014, pese embora o decréscimo verificado no plástico.

Esta evolução não foi uniforme em toda a área da conces-são, verificando-se que a recolha de Papel/Cartão melho-rou nas UP de Boticas, Celorico de Basto e Riba de Ave e piorou na UP de Lamego. Por sua vez, a recolha de emba-lagens de plástico e de metal, melhorou na UP de Celorico de Basto e piorou nas restantes, em especial na UP de La-mego. Por fim, a recolha de vidro melhorou em todas as UP.

Os gráficos seguintes ilustram a evolução em cada UP por tipo de resíduo.

473 600 768 932

3.707 3.697

5.712 5.641

710466

UPBO UPCB UPLA UPRA TOTAL

Fig. 4 - Recolha seletiva – Embalagens de plástico/metal

1.219 1.3292.215 2.459

1.466 1.628

10.363

15.26316.004

10.588

UPBO UPCB UPLA UPRA TOTAL

Fig. 5 - Recolha seletiva – Vidro

Outra recolha seletivaNo quadro seguinte apresenta-se um resumo das quan-tidades recebidas nas diferentes UP relativas a “outra re-colha seletiva” e a sua variação em relação a 2014. Pode verificar-se entretanto que esta esta é uma atividade com reduzida expressão.

OUTRA RECOLHA SELETIVA

Res. Urbanos 2015 2014Metais 189 112

REEE 213 204

Plásticos duros 293 0

Madeira 926 828

Pilhas e acumuladores 13 4

OAU 0 12

Total 1.633 1.160

Var. v ano n-1 40,8%

Res. Não Urbanos 2015 2014Pneus 1.257 1.267

VFV 1 0

RCD 3.005 11.483

RIB* 290 217

Total 4.553 12.967Var. v ano n-1 -64,9%

* Apenas são recebidos nos aterros de Lamego e Boticas

Quadro XII - Outra Recolha Seletiva

UPBO

1.149 1.273 1.588 2.050

4.646

8.972 9.276

4.791

1.1621.589

UPCB UPLA UPRA TOTAL

Fig. 3 - Recolha seletiva – Papel/cartão

2014 2015

2014 2015

2014 2015

44 || RC 2015

3.2.2. Tratamento, Valorização e Confinamento Técnico

TriagemNas quatro unidades de triagem de que a empresa dispõe deram entrada 30,9 mil toneladas de resíduos provenien-tes da Recolha Seletiva 3F, que originaram retomas totais de valorizáveis de 29,9 mil toneladas.

Nos quadros seguintes apresentam-se as retomas totais por UP e por tipo de produto:

RETOMAS 3F (ton)

Total 2015 2014 2013

UPBO 2.949 2.681 2.615

UPCB 3.927 3.936 4.027

UPLA 4.039 3.634 4.018

UPRA 19.014 18.956 19.663

Total 29.929 29.208 30.323

Var. v ano n-1 2,5% -3,7%

Quadro XIII - Retomas 3F Totais

RETOMAS 3F (ton)

UPPapel/cartão Plástico Vidro

2015 2014 2013 2015 2014 2013 2015 2014 2013

UPBO 1.206 1.061 1.059 407 402 345 1.336 1.219 1.211

UPCB 1.535 1.406 1.658 230 344 328 2.161 2.186 2.040

UPLA 1.670 1.615 1.845 472 512 481 1.897 1.508 1.692

UPRA 5.295 4.942 5.076 3.069 3.644 3.677 10.651 10.370 10.909

Total 9.706 9.024 9.639 4.178 4.901 4.832 16.045 15.283 15.852

Var. v ano n-1 7,6% -6,4% -14,8% 1,4% 5,0% -3,6%

Quadro XIV - Retomas 3F por fileira

Fazendo a análise das capitações e comparando-as com a primeira meta intercalar estabelecida para o Sistema Norte-Central (Despacho do Secretário de Estado do Am-biente nº 3350/2015 de 10 de março, publicado no Diário

Retomas 3F2015 2014 2013

recolha Capitação recolha Capitação recolha Capitação

UPBO 2.949 26,4 2.681 24,0 2.615 23,4

UPCB 3.927 20,0 3.936 20,0 4.027 20,5

UPLA 4.039 25,3 3.634 22,7 4.018 25,1

UPRA 19.014 40,2 18.956 40,1 19.663 41,6

Total 29.929 31,8 29.208 31,0 30.323 32,2

Meta 2016 30.105 32 0 0

(ton) (kg/hab.ano) (ton) (kg/hab.ano) (ton) (kg/hab.ano)

Quadro XV - Retomas 3F - capitações

Tratamento Mecânico e Valorização OrgânicaNo ano de 2015 foram recebidas e processadas na TMB de Riba de Ave 143.297 toneladas de RU com origem na recolha indiferenciada, tendo sido 134.641 ton recebidas diretamente e 8.656 ton oriundas da TMS de Celorico de Basto. Por sua vez a TMS de Celorico de Basto recebeu e processou 17.831 toneladas do mesmo tipo de resíduos.

da República de 1 de abril), conclui-se que a RESINORTE teve um desempenho em 2015 que a posiciona bem para o cumprimento do objetivo fixado para 2016.

RC 2015 || 45RELATÓRIO DE GESTÃO

O quadro seguinte resume o processamento destes resíduos e os resultados:

TMS 2015 2014 2013

ENTRADAS 17.831 n.a. n.a.

SAÍDAS

Valorizáveis 87 0,5% n.a. n.a.

Para TM(TMB) 8.656 49% n.a. n.a.

Refugos/rejeitados 8.888 50% n.a. n.a.

Humidade e perdas 200 1% n.a. n.a.

TM(TMB) 2015 2014 2013

ENTRADAS DIR. 134.641 106.990 52.804

Entradas da TMS 8.656 n.a. n.a.

SAÍDAS

Valorizáveis 6.196 4% 5.416 5% 3.650 7%

Para VO 116.245 81% 86.000 80% 42.000 80%

Refugos outros 20.856 15% 15.574 15% 7.154 14%

Humidade e perdas 0 0% 0 0% 0 0%

VO 2015 2014 2013

ENTRADAS 116.245 86.000 42.000

SAÍDAS

Composto 6.666 6% 4.662 5% 6.140 15%

Refugos outros 97.869 84% 72.013 84% 31.660 75%

Humidade e perdas 11.737 10% 9.325 11% 4.200 10%

(ton) (%) (ton) (%) (ton) (%)

Quadro XVI - Tratamento mecânico e biológico de RU com origem na recolha indiferenciada

A parcela valorizável, depois de triada, permitiu as seguintes retomas:

Retomas TMS/TMB 2015 2014 2013

Retomas totais 6.232 4,1% 3.579 3,3% 3.615 6,8%

filme 4.248 2,6% 2.757 2,6% 1.685 3,2%

cartão 0 0,0% 0 0,0% 268 0,5%

vidro 0 0,0% 0 0,0% 28 0,1%

PET 534 0,1% 98 0,1% 404 0,8%

PEAD 414 0,1% 102 0,1% 220 0,4%

Mistos 779 0,3% 336 0,3% 351 0,7%

ECAL 25 0,0% 25 0,0% 254 0,5%

metal 232 0,2% 261 0,2% 404 0,8%

Refugo 51 0,0% 1.838 1,7% 35 0,1%

(ton) (%) (ton) (%) (ton) (%)

percentagens por referência ao total entrado nas TMS e TMB

Quadro XVII - Triagem dos valorizáveis obtidos na TM

46 || RC 2015

A TMB encontra-se já a trabalhar praticamente no limite da sua capacidade de produção, esperando-se que rapi-damente se possa levar a cabo o projeto da sua ampliação, de forma a conseguir cumprir os objetivos fixados para o Sistema no PERSU2020.

A produção e venda de composto mantém a tendência de su-bida, consoante se vai otimizando o seu processo de produção.

Das 118.726 ton de refugo gerado na TMB, 12.113 ton (10,2%) foram encaminhadas para valorização energética na LIPOR - Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resí-duos do Grande Porto, no âmbito de uma parceria que en-volve também a receção de escórias que são valorizáveis como cobertura de aterros.

A TMS de Celorico está num processo de crescente produ-ção, esperando-se que até ao final do 1º semestre de 2016 esteja a funcionar em pleno.

Valorização Energética do BiogásPese embora as vicissitudes na execução das respetivas empreitadas, foi possível pôr em exploração as instalações de valorização energética do biogás dos aterros de Codes-soso (2º motor) e de Bigorne.

O volume das vendas de energia tem naturalmente vindo a crescer com a entrada em funcionamento das diferentes instalações e com a otimização da sua exploração.

Assim, em 2015 produziram-se 22.439 MWh dos quais se injetaram na rede 21.947 MWh, o que significou, em rela-ção a 2014, um incremento de cerca de 150% na produção e injeção de energia na rede.

Os principais indicadores apresentam-se na tabela seguinte.

APROVEITAMENTO ENERGETICO DO BIOGÁS 2015 2014 2013

Celorico de Basto - (M1=800KW + M2=600KW)

Energia produzida (kWh/ano) - M1 5.417.572 5.204.616 6.473.695

Energia injetada na rede (kWh/ano) - M1 5.311.344 5.102.564 6.346.856

Energia Produzida / potencial (%) - M1 77% 74% 92%

Energia produzida (kWh/ano) - M2 2.368.644

Energia injetada na rede (kWh/ano) - M2 2.322.200

Energia Produzida / potencial (%) - M2 60%

Boticas (800KW)

Energia produzida (kWh/ano) 4.539.902 1.230.093

Energia injetada na rede (kWh/ano) 4.450.884 1.205.973

Energia Produzida / potencial (%) 65% 30%

Guimarães (800KW)

Energia produzida (kWh/ano) 10 45.257

Energia injetada na rede (kWh/ano) 10 44.370

Energia Produzida / potencial (%) 0% 1%

Santo Tirso (800KW)

Energia produzida (kWh/ano) 5.902.122 127.461

Energia injetada na rede (kWh/ano) 5.786.394 124.962

Energia Produzida / potencial (%) 84%

Bigorne (400KW)

Energia produzida (kWh/ano) 1.062.715

Energia injetada na rede (kWh/ano) 1.041.877

Energia Produzida / potencial (%) 52%

Vila Real (400KW)

Energia produzida (kWh/ano) 3.147.604 2.461.733

Energia injetada na rede (kWh/ano) 3.034.405 2.356.179

Energia Produzida / potencial (%) 90% 70%

TOTAL

Energia produzida (kWh/ano) 22.438.568 9.069.160 6.473.695

Var. Energia produzida v ano n-1 147% 40%

Energia injetada na rede (kWh/ano) 21.947.114 8.834.048 6.346.856

Var. Energia injetada v ano n-1 148% 39%

Quadro XVIII - Valorização energética do biogás de aterro

RC 2015 || 47RELATÓRIO DE GESTÃO

Confinamento TécnicoEm 2015 foram depositadas em aterro 278.819 toneladas de resíduos, aproximadamente a mesma quantidade de-positada no ano anterior.

O quadro seguinte apresenta a natureza e a origem destes resíduos:

Confinamento Técnico (Ton)

UP Aterro

2015

2014Δ

2015 / 2014

2013Deposição diretaTotal

RSU/REU RIB RNU Refugos

UPBO Boticas 29.797 0 0 53 29.850 30.177 -1% 30.000

UPLA Bigorne 33.904 290 0 173 34.368 34.960 -2% 32.884

UPCB Vila Real 38.799 0 0 0 38.799 39.442 -2% 38.088

Codessoso 35.941 0 0 34.753 70.694 66.198 7% 63.745

UPRA Santo Tirso 23.562 0 0 81.545 105.107 114.960 -9% 120.818

Total 162.003 290 0 116.525 278.819 285.736 -2% 285.535

Quadro XIX - Confinamento técnico

Foram ainda recebidas 14.423 ton de resíduos inertes, 12.326 ton provenientes dos Municípios e 2.097 ton de particulares, resultantes de construção e demolição (RCD), e 4.525 ton de escória resultante da valorização energética de RSU (LIPOR), que foram recebidas em Bigorne. Estes resíduos, pelas suas caraterísticas, foram valorizadas como terras de cobertura e na execução de caminhos de acesso.

Outras AtividadesA RESINORTE prestou ainda e esporadicamente, alguns outros serviços complementares da sua atividade (v.g. alu-guer de caixas e limpeza de coletores de esgotos), serviços estes sem expressão no volume de negócios da empresa (0,05%).

3.3. Gestão de Recursos Humanos

Principais políticas de RH A empresa mantém uma Política Social e de Recursos Humanos que, valorizando o potencial humano, visa o progresso permanente da Resinorte e de todos os seus colaboradores.

Perante um contexto de forte mudança, seja pela altera-ção do enquadramento legal e regulatório da atividade seja pela transição do SEE para o sector privado e, em particu-lar, para o seio de um grupo com uma cultura empresarial forte e consolidada, a RESINORTE tem em curso um plano de ajustamento ponderado, que, promovendo e distinguin-do o empenho e a eficiência e mantendo o investimento na melhoria contínua das condições de trabalho, pretende sustentar uma força de trabalho motivada e empenhada no alcance dos objetivos globais da organização.

Número total de ColaboradoresA 31 de Dezembro de 2015 o Quadro de Pessoal da Empre-sa integrava 228 colaboradores (226 ativos e 2 com con-trato suspenso), encontrando-se distribuídos pelas diferen-tes Unidades de Produção e Serviços da seguinte forma:

1

3528 28

113

6

17

DIREÇÃOGERAL

UPCB UPBO UPLA UPRA DGEM SERV.TRANSV

Fig. 6 - Colaboradores por UP

Situação Profissional Dos 226 colaboradores mencionados, 203 apresentam um vínculo efetivo, enquanto os restantes 23 colaboradores se encontram contratados a termo. A evolução verificada ao longo dos últimos anos é a referida no quadro seguinte:

2012 2013 2014 2015

Efetivos 182 187 175 203

Contratados 89 63 45 23

Total 271 250 220 226

Quadro XX - Colaboradores por UP

48 || RC 2015

Diversidade GéneroDo universo de 226 trabalhadores, a distribuição por sexo e a evolução verificada ao longo dos últimos anos são as referidas nos quadros seguintes:

Diversidade Género 2015

Nível AcadémicoO nível académico dos funcionários e a sua evolução recente mostram-se nos quadros seguintes:

Estrutra Etária

Masculino 83% (188)

Feminino 17% (38)

Ensino Básico 74% (168)

Ensino Secundário 15% (35)

Ensino Superior 10% (23)

Fig. 7 - Colaboradores por género

Fig. 9 - Nível académico

Género 2012 2013 2014 2015

Feminino 41 38 37 38

Masculino 230 212 183 188

Total 271 250 220 226

Quadro XXI - Evolução da distribuição dos colaboradores por género

5

14

24

5044

2926 25

9

0

[18;24] [25;29] [30;34] [35;39] [40;44] [45;49] [50;54] [55;59] [60;64] > 65

Fig. 8 - Estrutura Etária

Nível Académico 2012 2013 2014 2015

Ensino Básico 202 185 161 168

Ensino Secundário 36 39 35 35

Ensino Superior 33 26 24 23

Total 271 250 220 226

Quadro XXII - Evolução do nível académico

Saídas por Tipologia e DepartamentoNo período em análise foram admitidos 19 novos colabora-dores, resultado da conversão de trabalho temporário em contratos de trabalho e efetuadas 12 desvinculações.

Saídas por Tipologia UPBO UPCB UPRA UPLA SVTRV DGEM TOTAL

Acordo Revogação Contrato Trabalho 0 0 1 1 0 0 2

Iniciativa do Trabalhador 1 1 2 1 0 1 6

Caducidade Contrato Trabalho 0 2 0 0 0 0 2

Ação Disciplinar 0 0 1 0 0 0 1

Outros 0 0 1 0 0 0 1

Total 1 3 5 2 0 1 12

Quadro XXIII - Saídas por tipologia

RC 2015 || 49RELATÓRIO DE GESTÃO

Sindicalizados 31.12.2015

Trabalho Suplementar 2015

Trabalho Suplementar - Evolução

Sindicalizados 23% (51)

Não Sindicalizados 77% (175)

Fig. 10 - Sindicalizados

No ano de 2015 existiu a necessidade de recorrer a tra-balho temporário, pelo que a 31 de dezembro de 2015 existiam 17 trabalhadores vinculados a um contrato desta natureza: 2 na UPLA e 15 na UPRA.

SindicalizadosDe entre os 226 colaboradores da Empresa, 23 % encon-tram-se filiados em Associações Sindicais.

Neste indicador houve um ligeiro decréscimo (1%) relativa-mente a 2014 (24%).

A percentagem de colaboradores sindicalizados tem-se mantido na média de 24% nos últimos anos (2012-2015).

Trabalho suplementarNo ano de 2015 foram realizadas 7.267 horas de traba-lho suplementar, representando um custo anual no valor de 38.722€. Comparando com o ano anterior, registou-se um decréscimo de cerca de 6,3%, embora os encargos tenham aumentado, fruto das alterações legais aplicáveis.

jan

UPCB UPBO UPLA UPRA OUTROS TOTAL

fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

1.000,00

900,00

800,00

700,00

600,00

500,00

400,00

300,00

200,00

100,00

0,00

20.000

18.000

16.000

14.000

12.000

10.000

8.000

6.000

4.000

2.000

0

horas

horas

UPBO UPCB UPRA UPLA DGEM ST

2011 2012 2013 2014 2015

Com exceção da UPCB, todas as UP consumiram menos trabalho suplementar, apesar do nível de serviço da em-presa ter aumentado significativamente.

Fig. 11 - Trabalho suplementar 2015

Fig. 12 - Trabalho suplementar – evolução anual

50 || RC 2015

As áreas onde tem havido necessidade de maior recurso a este tipo de trabalho são a de transportes de resíduos e refugos entre as instalações da RESINORTE (aterros, es-tações de transferência e ecocentros) e a da Recolha Se-letiva com o arranque experimental de novas soluções de recolha, concretamente o lançamento da recolha porta-a--porta nos municípios de Santo Tirso, Trofa, Vila Nova de Famalicão e Vizela.

Taxa absentismoEvolução da taxa de absentismo mensal, por unidade de produção e serviço, no decurso do ano de 2015.

Taxa de Absentismo 2015

Taxa de Absentismo 2015 - Evolução

UPBO UPCB

UPCB UPBO UPLA UPRA DGEM ST Global

UPRA UPLA DGEM ST

40,00%

35,00%

30,00%

25,00%

20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%

25,00%

20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2012 2013 2014 2015

Fig. 13 - Taxa de Absentismo

Fig. 13 - Taxa de Absentismo - evolução anual

Relativamente ao ano de 2014, registou-se uma diminui-ção na taxa de absentismo em cerca de 3,33% devido ao decréscimo do número de horas perdidas por motivos de ausência inerentes a baixas médicas, licenças de mater-nidade/paternidade e parentalidade e baixas por acidentes de trabalho. A taxa de absentismo para 2015 fixou-se em 8,44% sendo os principais motivos:

a) Baixas Médicas: dias perdidos por doença natural (doen-ça prolongada), intervenções cirúrgicas, contribuindo com mais de metade da taxa global do ano. À exceção da DGEM que aumentou os dias perdidos nesta rúbrica (1 trabalhador), todas as unidades de produção diminuí-ram os dias perdidos, ainda assim, com uma média de 2 trabalhadores por unidade nestas circunstâncias.

b) Baixas por Acidentes de Trabalho: todas as unidades de produção tiveram uma diminuição no número de dias per-didos em resultado de acidentes de trabalho. Esta causa tem um peso de 20% na taxa de absentismo anual.

RC 2015 || 51RELATÓRIO DE GESTÃO

Saúde no Trabalho Foram desenvolvidos trabalhos de natureza diversa, no âmbito da Saúde no Trabalho, que visaram a promoção das condições de segurança e saúde dos trabalhadores, de acordo com a legislação, normas e procedimentos in-ternos, dos quais se destacam:

R A realização de 151 consultas médicas aos colabo-radores, totalizando um volume para o ano de 2015 de 70 visitas do médico de medicina no trabalho e 303 horas de trabalho, o que representa uma mé-dia de 25 horas por mês:

R Vacinação gratuita para todos os Trabalhadores que a desejaram tomar, tendo a vacina da gripe sazonal sido ministrada a 117 colaboradores;

R Promoção, pelos serviços de medicina no trabalho, de ações de formação às equipas de primeiros so-corros incluídas no Plano de Segurança Interno de todas as unidades de produção;

R O serviço de medicina teve também uma forte in-tervenção na fiscalização das baixas médicas e por acidente de trabalho, acompanhando e avaliando o estado clínico dos seus colaboradores.

FormaçãoForam providenciadas ações de formação e sensibilização aos colaboradores, visando a melhoria contínua das suas competências e do desempenho das funções que lhes são atribuídas.

Em 2015 foram ministradas 2.558 horas de formação dis-tribuídas pelas áreas de Higiene, Saúde e Segurança no Tra-balho, Técnico-profissional, Operações e Comportamental.

Face aos processos de mudança e fusão das empresas que hoje integram a RESINORTE, identificou-se a neces-sidade de desenvolver em todos os colaboradores compe-tências que acelerem a promoção de trabalho em equipa, a apreensão da cultura e missão da empresa como uma só, alterando e consolidando novos hábitos e comportamentos que facilitem a colaboração entre todos os colaboradores e entre as várias unidades que constituem a organização. Assim, a RESINORTE promoveu um programa específico na área comportamental, promovendo durante o ano de 2015 várias ações de formação e de acompanhamento individualizado aos seus trabalhadores, tendo-se registado uma reação muito positiva dos participantes.

Foram também concluídos os planos formativos previstos para as áreas da Operação de estações de tratamento me-cânico e Operação e manutenção primária de sistemas de aproveitamento Energético do Biogás.

3.4. Responsabilidade Empresarial

Na sua política de responsabilidade empresarial, a RESI-NORTE assume o compromisso do cumprimento de todos os requisitos legais e outros aplicáveis, decorrentes de obri-gações legais, políticas de grupo, contrato de concessão e requisitos normativos. Para dar cumprimento a todos estes requisitos, foi implementado um sistema de responsabi-lidade empresarial certificado pelas normas NP EN ISO 9001:2008 (Qualidade), NP EN ISO 14001:2004 (Am-biente), OHSAS 18001: 2007/NP 4397:2008 (Segurança e Saúde do Trabalho) que, desde 2014, abrange toda a área de influência da RESINORTE e todas as suas atividades.

A empresa dispõe de um serviço – o Gabinete de Respon-sabilidade Empresarial – que reporta diretamente ao Diretor--geral e foi especificamente criado para a gestão do sistema de responsabilidade empresarial e para a auditoria interna.

Da atividade desenvolvidas em 2015, destacam-se as se-guintes ações:

R dezasseis auditorias internas aos diferentes proces-sos e práticas em vigor na empresa, por forma a mo-nitorizar a evolução e implementação do Sistema de Responsabilidade Empresarial, acompanhadas de formação/sensibilização, sempre que necessário.

R a avaliação da satisfação dos clientes realizada em Maio.

R a auditoria externa realizada pela ERSAR em junho, no âmbito do processo de avaliação da qualidade do serviço prestado aos utilizadores em 2014, es-pecificamente orientada à receção e tratamento de RSU (alta), cujos resultados evidenciaram uma me-lhoria global relativamente ao ano anterior.

R a auditoria externa de renovação do processo de Cer-tificação de acordo com os referenciais normativos da Qualidade, Ambiente e Segurança, da RESINORTE, realizada pela entidade certificadora APCER em ou-tubro, que concluiu pela revalidação da certificação;

R duas consultas aos colaboradores no âmbito da SST (julho e dezembro), recolhendo contributos para a melhoria das condições de Segurança na empresa;

Ao longo do ano foram monitorizadas e devidamente en-caminhadas as reclamações de clientes, tendo-se assegu-rado tempos de resposta inferiores a uma semana. Como decorre da leitura da figura seguinte, registou-se um ligei-ro aumento do número de reclamações, sendo que duas delas, que tinham sido exaradas no livro de reclamações, foram consideradas improcedentes pela ERSAR.

52 || RC 2015

2

1012

2013

2013

2013

45

40

35

30

25

20

15

10

5

0

10.000

8.000

6.000

4.000

2.000

0

2014

2014

2014

2015

2015

2015

Fig. 15 - Evolução do número de reclamações externas

Reclamações Externas (2011 a 2015)

Nº total de acidentes

Nº dias perdidos com acidentes que originaram baixa

Como se explicou no último relatório, o incremento de 2013 para 2014 reflete a maior eficiência no registo e controlo das reclamações, nomeadamente por efeito do seu enca-minhamento automático para o GARE iniciado em 2014.

Segurança e Higiene no TrabalhoDa análise dos gráficos exibidos nas figuras seguintes, conclui-se que, em 2015, a empresa reduziu o número de acidentes de trabalho, ainda que, por força do acidente mortal que ocorreu no dia 17 de julho, na recolha seletiva de ecopontos, o indicador de gravidade se apresente muito elevado. Se este acidente não tivesse ocorrido, o indicador de gravidade ter-se-ia quedado por 993, traduzindo o re-sultado da atenção que empresa tem dedicado ao tema da SST e do esforço que tem feito no sentido de melhorar o desempenho nesta matéria.

Nº total de acidentes Acidentes com baixa

Nº de dias perdidos

Fig. 16 - Evolução do número de acidentes de trabalho

Fig. 17 - Evolução do número de dias perdidos por acidente de trabalho

Pese embora o registo do índice de gravidade relativo a 2015, os demais indicadores confirmam o percurso posi-tivo que a empresa tem feito desde a sua fundação. Não obstante, o acidente ocorrido a 17 de julho, foi e é encarado pela empresa como evidência de que tem de manter e re-forçar até, como já o fez no segundo semestre deste ano, o esforço de sensibilização e formação, envolvendo pessoal próprio e terceiros a trabalhar para a RESINORTE.

2013

2013

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

0

60

50

40

30

2014

2014

2015

2015

Evolução do Índice de Gravidade (2013 a 2015)

Evolução do Índice de Frequência (2013 a 2015)

Nº de dias perdidos

Fig. 19 - Evolução do Índice de Gravidade

Fig. 18 - Evolução do Índice de Frequência

983

2.134

20.085

Gestão Ambiental - MonitorizaçãoTendo em vista assegurar independência e isenção a ges-tão e controlo do sistema de monitorização ambiental pas-sou a ser da responsabilidade do GARE.

A monitorização ambiental do sistema foi realizada através das campanhas de análise, quer da qualidade das águas subterrâneas e superficiais envolventes ao sistema, quer dos lixiviados produzidos e dos efluentes descarregados no meio recetor, bem como das emissões atmosféricas e controlo de enchimentos e assentamentos nos aterros sanitários.

A caraterização meteorológica foi efetuada com recur-so aos valores registados pelas estações meteorológicas existentes nas instalações.

RC 2015 || 53RELATÓRIO DE GESTÃO

A periodicidade das monitorizações foi efetuada em con-cordância com a legislação em vigor e respetivas licenças ambientais e de exploração. Os resultados obtidos, para além de serem objeto de avaliação interna pelo GARE, são enviados ao longo do ano às autoridades competentes e são reportados no relatório ambiental anual.

O número de monitorizações ambientais realizadas em 2014 foi inferior às de 2013, apenas porque as osmoses in-versas das Unidades de Produção de Boticas, Celorico de Basto e Lamego estiveram inativas ao longo do ano, para efeitos de reabilitação.

Não se registaram situações anómalas dignas de registo.

4. Desempenho FinanceiroNeste capítulo apresenta-se a análise Económica e Finan-ceira da empresa nos últimos dois anos.

Para a gestão e de forma a garantir a comparabilidade com base nos anos anteriores, o volume de negócios e as amortizações do exercício apresentadas no ano 2015, não contemplam a reclassificação contabilística que decorreu da transição para o novo regulamento tarifário no montante 2.351.042,36 Euros.

Descrição2014

(reexpresso)2015

Resultados Operacionais 4.957.416 € 6.390.572 €

Resultados Financeiros -1.388.441 € -1.015.407 €

Resultados antes de Impostos

3.568.976 € 5.375.166 €

Imposto sobre Rendimento -1.082.561 € -1.416.990 €

Resultado Líquido 2.486.414 € 3.958.175 €

Quadro XXIV - Análise económica - Resultados

4.1. Análise Económica

O resultado líquido do período de 2015 cifra-se em 3.958.175 EUR positivos cuja descrição é a seguinte:

O Resultado Líquido apurado foi influenciado negativa-mente pelos Resultados Financeiros, ainda que estes te-nham sofrido uma melhoria de 2014 para 2015 (26,87%) em virtude da diminuição do endividamento em 2015.

Por sua vez, os resultados operacionais aumentaram apro-ximadamente 28,91%, impulsionados pelo aumento do volume de negócios em 10,7% conjugado com o aumento dos gastos operacionais em apenas 1,8%.

Dos Gastos A 31.12.2015 os gastos, no montante de 18.241.946 EUR, apresentaram a seguinte estrutura:

2014 (reexpresso) 2015

Custo das vendas/Variação de inventários 0 € 0 €

Fornecimentos e Serviços Externos (FSE) 6.173.351 € 6.625.548 €

Gastos com pessoal 3.610.320 € 3.512.130 €

Amortizações, depreciações e Reversões do Exercício 6.580.487 € 6.639.063 €

Provisões e Reversões do Exercício 0 € 0 €

Perdas por imparidade e reversões 138.373 € -134.260 €

Outros Gastos e Perdas Operacionais 382.902 € 539.036 €

Gastos e Perdas de Financiamento 1.456.761 € 1.060.429 €

Total 18.342.194 € 18.241.946 €

Quadro XXV - Estrutura de Gastos

54 || RC 2015

Em 2015, os gastos de natureza operacional (FSE, gas-tos com pessoal e outros gastos e perdas) sofreram, face a 2014, um aumento de cerca de 296 mil euros. Este aumento deveu-se essencialmente à variação dos FSE (7,3%) cujo detalhe se encontra evidenciado na nota 24 às demonstrações financeiras.

Os gastos financeiros diminuíram 396 mil euros face a 2015, desde logo pela manutenção em baixa das taxas de juro, mas também e em especial pela redução significativa do capital em divida, decorrente da amortização de supri-mentos e do empréstimo MLP num total de 7,25 milhões de euros. De referir que 60,2% dos gastos financeiros são encargos com o financiamento de MLP.

Dos RendimentosOs rendimentos, no montante de 23.658.648 EUR, tive-ram a seguinte estrutura:

2014 (reexpresso) 2015

Vendas 6.638.812 € 8.732.812 €

Prestação de Serviços 11.807.710 € 11.693.572 €

Subsídios ao Investimentos 2.443.791 € 2.518.722 €

Outros rendimentos e ganhos Operacionais 835.952 € 668.519 €

Juros, Dividendos e Outros Rendimentos Similares 68.320 € 45.023 €

Total 21.794.584 € 23.658.648 €

Quadro XXVI - Estrutura de rendimentos

A 31.12.2015 o volume de negócios da RESINORTE atingiu o montante de 20.426.384 EUR, incrementando-se em 10,7% por referência a 2014. Este aumento alicerça-se no aumento das vendas (31,5%) de materiais recicláveis e de energia. Ao invés, as prestações de serviços diminuíram li-geiramente em 2015 (-1%) devido à quebra acentuada dos serviços para particulares.

A rubrica “Outros rendimentos e ganhos operacionais”, por força da transição de IFRS para SNC, não contém os juros de mora cobrados aos clientes, porquanto estes pas-saram a configurar na demonstração de resultados como rendimentos operacionais, reexpressando-se as contas em 2014 para que haja comparabilidade de análise. Nesta rubrica verifica-se uma redução de cerca de 75 mil euros em 2015, resultante da melhoria da cobrança dos clientes.

Relativamente aos rendimentos financeiros, estes reduzi-ram-se em 23 mil euros, face a 2014 também por efeito da baixa das taxas de juro.

Com esta evolução, a RESINORTE confirma o percurso de redução da dependência da tarifa municipal que tem vindo a fazer nos últimos anos.

RC 2015 || 55RELATÓRIO DE GESTÃO

4.2. Análise Financeira e Patrimonial

O Balanço apresentava a 31.12.2015 a seguinte estrutura:

2014 (reexpresso) 2015

Ativos não Correntes 116.901.043 € 109.505.834 €

Ativos Correntes 16.640.154 € 14.583.090 €

Total do Ativo 133.726.197 € 124.088.923 €

Capital Próprio 57.775.140 € 56.123.423 €

Passivos não Correntes 65.462.023 € 61.696.360 €

Passivos Correntes 10.304.034 € 6.269.140 €

Total do Capital Próprio e Passivo 133.541.197 € 124.088.923 €

Quadro XXVII - Estrutura do Balanço

Quadro XXVIII - Responsabilidades bancárias

Destaques:R Redução dos ativos não correntes em resultado

quer das amortizações do período, quer da reclas-sificação do fundo de reconstituição de capital em depósitos a prazo no montante de 1.442.623 EUR, operada na sequência da entrada em vigor do novo enquadramento legal;

R Redução dos ativos correntes originada pela dimi-nuição das disponibilidades em caixa e depósitos bancários;

R Redução do Capital Próprio provocada pelo reco-nhecimento em resultados de 1.868.657 EUR de subsídios ao investimento;

R Redução dos passivos correntes e não correntes devi-do à redução do montante dos financiamentos obtidos.

4.3. Passivo e outras responsabilidades

A 31.12.2015 a RESINORTE tinha as seguintes responsa-bilidades:

2014 (reexpresso) 2015

Empréstimos bancários - banca comercial 23.576.496 21.104.580

Empréstimos - Locação financeira

Empréstimos - Empresa-mãe 8.250.000 5.500.000

Não correntes 31.826.496 26.604.580

Descobertos bancários 0 0

Empréstimos bancários - banca comercial 2.500.000 2.500.000

Empréstimos - Locação financeira 3.578 0

Empréstimos - Conta corrente não Concessionada 4.000.000 0

Empréstimos - Empresa-mãe 2.000.000 0

Correntes 8.503.578 2.500.000

Total de empréstimos 40.330.074 29.104.580

56 || RC 2015

Por comparação com 2014, salientam-se os seguintes aspetos:R Amortização do financiamento de médio e longo

prazo em mais 2.500.000 EUR;R Amortização de suprimentos em 4.750.000 EUR;R Amortização das contas correntes caucionadas em

4.000.000 EUR.R Amortização da divida de remuneração acionista

em 1.793.732,74 EUR.

Estas situações configuram o acentuado decréscimo do endividamento da RESINORTE.

4.4. Evolução do PMR

O prazo médio de recebimento (PMR) repetiu, em 2015, a tendência decrescente que já tinha experimentado em 2014. A 31.12.2015 a RESINORTE apresentava um PMR de 146 dias, o que traduz o esforço realizado pelos Mu-nicípios para cumprirem com as suas responsabilidades dentro do prazo acordado.

PMR

1ºT 2014 2ºT 2014 3ºT 2014 4ºT 2014

1058 442 302 197

1ºT 2015 2ºT 2015 3ºT 2015 4ºT 2015

639 303 191 146

Quadro XXIX - Prazo Médio de Recebimentos (dias)

4.5. Investimento

Durante o ano de 2015 a RESINORTE realizou um inves-timento firme no montante de 2.145.395 EUR, nomeada-mente em:

R Conceção, construção, fornecimento, montagem execução das obras dos sistemas de aproveita-mento energético de Biogás (Codessoso – 2.º mo-tor – e Bigorne) (1.119.434 EUR);

R Conceção, construção, fornecimento, montagem e execução das obras de reabilitação das osmoses inversas de Boticas, Lamego e Codessoso, e insta-lação e uma nova no aterro sanitário de Vila Real, (659.750 EUR);

R Requalificação ambiental do aterro de Gonça (353.898 EUR);

R Conceção, construção, fornecimento, montagem execução das obras dos sistemas de aproveita-mento energético de Biogás (Boticas, Gonça e San-to Tirso) (134.390 EUR);

R Aquisição de terrenos do aterro de Santo Tirso (205.195 EUR);

R Aquisição de ecopontos (81.534 EUR);R Aquisição de telas e tapetes para a estação de

tratamento mecânico de Codessoso e Riba d’Ave (58.202 EUR);

R Aquisição de viaturas operacionais (39.622 EUR).

Relativamente ao investimento em curso, aguarda-se a conclusão do investimento relativo ao alargamento do aterro de Celorico de Basto (900.000 EUR).

4.6. Financiamento

O financiamento da componente não elegível dos investimen-tos realizados em 2015, foi financiado com meios próprios.

A divida financeira total da RESINORTE tem, em 31.12.2015, a seguinte estrutura:

R Sindicato bancário BPI/Millennium BCP com um saldo de 23,75 milhões de euros.

R Suprimentos com a EGF com um saldo de 5,5 mi-lhões de euros.

4.7. Tarifas

A RESINORTE durante o ano de 205 aplicou a tarifa de 36,48€/ton de RU, fixada por decisão da ERSAR de 2 de março de 2015.

RC 2015 || 57RELATÓRIO DE GESTÃO

5. Perspetivas para 2016O ano de 2016 inicia-se com um elevado nível de incerte-za, porquanto está ainda por fixar ou determinar o impacto do novo regime regulatório. Não obstante, a RESINORTE mantém elevadas expectativas quer no que aos investi-mentos diz respeito, quer no que concerne à manutenção do crescimento da sua atividade e da sua eficiência.

Neste sentido, a RESINORTE submeteu ao POSEUR, em janeiro de 2016, um ambicioso projeto de investimento no domínio da recolha seletiva, para o triénio 2016-18, identi-ficado como indispensável para o cumprimento das metas fixadas no PERSU2020 para o Sistema Norte-Central.

Ademais, durante o exercício de 2016 dar-se-á cumpri-mento ao plano de investimentos já apresentado à ERSAR em 16 de novembro, de que se destacam as seguintes in-tervenções:

R Projeto “RECOLHA SELETIVA MULTIMATERIAL” abrangendo investimento em viaturas e equipa-mentos para o desenvolvimento da recolha seletiva segundo quatro linhas orientadoras:B Recolha seletiva porta-a-porta nos principais

núcleos urbanos do Sistema;B Reforço da cobertura da rede de recolha seletiva

por ecopontos;B Recolha seletiva com base numa rede de ecoi-

lhas;B Recolha seletiva protocolada com instituições

de solidariedade social e similares;R Construção da unidade de tratamento mecânico

simples em Vila Real;R Arranque da construção da Estação de Transferên-

cia e Ecocentro Marco de Canaveses / BaiãoR Ampliação da TMB de Riba D’Ave;R Construção da célula 2 do aterro sanitário de Vila

Real;R Construção da nova triagem de filme na TMS de

Celorico de Basto;R Otimização das Triagens;R Novas instalações sociais da UPLA;R Execução do projeto de ampliação do aterro sanitá-

rio de Celorico de Basto;R Execução do projeto do novo aterro sanitário no

Vale do AveR Reforço da intervenção em matéria de sensibiliza-

ção e comunicação das populações

6. Factos relevantes após o termo do exercício Não existem fatos relevantes após o termo do exercício.

7. Considerações finaisO Conselho de Administração deseja expressar o seu pro-fundo reconhecimento:

Aos Acionistas Câmaras Municipais e Associações de Mu-nicípios, o agradecimento pela participação nos diversos aspetos da atividade da empresa.

Ao Acionista EGF pelo contínuo apoio que tornou possível a boa execução dos objetivos da Empresa durante o exer-cício decorrido.

Aos Revisores Oficiais de Contas, Auditor e Conselhos Fis-cais pela disponibilidade e colaboração prestada.

Ao Auditor Independente pela colaboração prestada.

À ERSAR, APA, CCDR-N e ARH-N pela colaboração prestada.

A todos os colaboradores da empresa, que com a sua de-dicação e competência tornaram possível a concretização dos objetivos definidos.

8. Proposta de aplicação de resultadosO Conselho de Administração propõe que o resultado lí-quido do exercício de 2015, no valor de 3.958.175,38 EUR positivos, tenha a seguinte aplicação:

APLICAÇÃO DE RESULTADOS (EUR)

Reserva Legal (5%) 197.908,77

Resultados Transitados 593.726,31

Resultados atribuídos 3.166.540,30

Quadro XXX - Aplicação de resultados

58 || RC 2015

9. Anexo ao relatórioO capital social da RESINORTE – Valorização e Tratamen-to de Resíduos Sólidos Urbanos, SA era, a 31.12.2015, inte-gralmente detido pelos acionistas que constam do quadro seguinte.

Acionista Nº ações % particip.

EGF, SA 6 008 940 75,112%

AMVDN 423 683 5,296%

Município de Amarante 244 470 3,056%

Município de Armamar 28 428 0,355%

Município de Baião 83 105 1,039%

Município de Boticas 67 832 0,848%

Município de Cabeceiras de Basto 70 348 0,879%

Município de Celorico de Basto 78 972 0,987%

Município de Chaves 67 832 0,848%

Município de Cinfães 81 448 1,018%

Município de Lamego 104 033 1,300%

Município de Marco de Canaveses 218 745 2,734%

Município de Moimenta da Beira 43 657 0,546%

Município de Mondim de Basto 33 073 0,413%

Município de Montalegre 67 832 0,848%

Município de Penedono 13 202 0,165%

Município de Resende 46 423 0,580%

Município de Ribeira de Pena 67 832 0,848%

Município de São João da Pesqueira 32 251 0,403%

Município de Sernancelhe 24 084 0,301%

Município de Tabuaço 24 922 0,312%

Município de Tarouca 33 224 0,415%

Município de Valpaços 67 832 0,848%

Município de Vila Pouca de Aguiar 67 832 0,848%

8 000 000 100%

Quadro XXXI - Lista de acionistas

RC 2015 || 59RELATÓRIO DE GESTÃO

Codessoso, 01 de março de 2016O Conselho de Administração,

Pablo Barreiro Blanco

Maria Gabriela Certã Ventura

Joaquim Monteiro da Mota e Silva

Paulo Jorge Nazaré Correia

Maria José de Andrade Lages

Luis Fernando Adrada Guajardo

Fernando Pereira Campos

Carlos Manuel Gomes Matos da Silva

Tomás Joaquim de Oliveira Serra

CONTASAO EXERCÍCIO

RC 2015 || 63CONTAS AO EXERCÍCIOCONTAS AO EXERCÍCIO

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014(Montantes expressos em Euros)

ATIVO Notas 20152014

(reexpresso)

ATIVO NÃO CORRENTE

Ativos intangíveis 6 e 16 104.796.509 107.424.999

Outros ativos financeiros 4 107 1.442.623

Clientes 8 - 4.371.880

Ativos por impostos diferidos 11 4.709.218 3.661.541

Total do ativo não corrente 109.505.834 116.901.043

ATIVO CORRENTE

Inventários 7 308.923 350.460

Clientes 8 7.676.635 7.574.206

Estado e outros entes públicos 12 89.983 89.983

Outras contas a receber 9 388.094 507.680

Diferimentos 10 224.115 204.841

Caixa e depósitos bancários 4 5.895.341 7.912.984

Total do ativo corrente 14.583.090 16.640.154

Total do ativo 124.088.923 133.541.197

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO

Capital realizado 13 8.000.000 8.000.000

Reserva legal 13 261.548 138.229

Outras reservas 13 1.565.270 1.565.270

Resultados transitados (217.352) (237.384)

Outras variações no capital próprio 13 42.555.782 45.822.611

Resultado líquido do exercício 3.958.175 2.486.414

Total do capital próprio 56.123.423 57.775.140

PASSIVOS

PASSIVO NÃO CORRENTE

Financiamentos obtidos 15 21.430.098 23.825.710

Acionistas 19 5.500.000 10.250.000

Passivos por impostos diferidos 11 17.044.373 15.457.421

Subsídios ao investimento 14 3.892.376 4.054.558

Outras contas a pagar 17 13.829.513 11.874.334

Total do passivo não corrente 61.696.360 65.462.023

PASSIVO CORRENTE

Fornecedores 18 e 19 1.064.461 1.045.342

Estado e outros entes publicos 12 1.603.336 1.389.047

Financiamentos obtidos 15 2.538.560 6.601.796

Outras contas a pagar 17 1.050.250 1.267.850

Diferimentos 12.533 -

Total do passivo corrente 6.269.140 10.304.034

Total do passivo 67.965.500 75.766.057

Total do capital próprio e do passivo 124.088.923 133.541.197

64 || RC 2015

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014(Montantes expressos em Euros)

RENDIMENTOS E GASTOS Notas 20152014

(reexpresso)

Vendas e serviços prestados 20 18.075.342 15.998.307

Variação nos inventários da produção 7 (41.537) 116.585

Fornecimentos e serviços externos 21 (6.625.548) (6.173.351)

Gastos com o pessoal 22 (3.512.130) (3.610.320)

Imparidade de dívidas a receber 8 134.260 (138.373)

Outros rendimentos e ganhos 23 668.519 835.952

Outros gastos e perdas 24 (539.037) (382.902)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 8.159.870 6.645.898

Gastos de amortização 6 e 25 (4.288.020) (4.132.272)

Subsídio ao investimento 14 2.518.722 2.443.791

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 6.390.571 4.957.417

Juros e rendimentos similares obtidos 26 45.023 68.320

Juros e gastos similares suportados 26 (1.060.429) (1.456.761)

Resultado antes de impostos 5.375.165 3.568.976

Impostos sobre o rendimento do exercício 11 (1.416.990) (1.082.561)

Resultado líquido do exercício 3.958.175 2.486.414

Resultado por ação 29 0,49 0,31

RC 2015 || 65CONTAS AO EXERCÍCIO

(Montantes expressos em Euros)

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

Descrição NotasCapital

realizadoReserva

legalOutras

ReservasResultados transitados

Outras variações no capital

próprio

Resultado liquido do exercício

Total do capital próprio

Saldo em 1 de janeiro de 2014 8.000.000 59.780 1.565.270 - - 1.568.975 11.194.026

Ajustamentos de transição para NCRF 2 - - - (237.384) 45.166.673 - 44.929.289

Saldo em 1 de janeiro de 2014 (reexpresso)

8.000.000 59.780 1.565.270 (237.384) 45.166.673 1.568.975 56.123.315

Aplicação do resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2013

13 - 78.449 - 1.490.526 - (1.568.975) -

Distribuição de dividendos 13 - - - (1.490.526) - - (1.490.526)

Resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 (reexpresso)

- - - - - - 2.486.414 2.486.414

Subsídios ao investimento obtidos no exercício

13 - - - - 1.607.297 - 1.607.297

Subsídios ao investimento reconhecidos no exercício

13 - - - - (2.281.609) - (2.281.609)

Impostos diferidos para subsídios ao investimento

11 - - - - 1.330.249 - 1.330.249

Saldo em 31 de dezembro de 2014 (reexpresso)

8.000.000 138.229 1.565.270 (237.384) 45.822.611 2.486.414 57.775.140

Aplicação do resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 (reexpresso)

13 - 123.319 - 2.363.095 - (2.486.414) -

Distribuição de dividendos 13 - - - (2.343.063) - - (2.343.063)

Resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2015

- - - - - - 3.958.175 3.958.175

Subsídios ao investimento obtidos no exercício

13 - - - - 409.776 - 409.776

Subsídios ao investimento reconhecidos no exercício

13 - - - - (2.356.540) - (2.356.540)

Impostos diferidos para subsídios ao investimento

11 - - - - (1.320.065) - (1.320.065)

Saldo em 31 de dezembro de 2015 8.000.000 261.548 1.565.270 (217.352) 42.555.782 3.958.175 56.123.423

66 || RC 2015

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014(Montantes expressos em Euros)

Notas 2015 2014

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 28.611.425 25.640.808

Pagamentos a fornecedores (8.500.878) (8.044.565)

Pagamentos ao pessoal (2.893.745) (2.219.914)

Fluxos gerados pelas operações 17.216.802 15.376.329

Pagamento do imposto sobre o rendimento (2.292.516) (2.412.988)

Outros pagamentos (2.278.650) (3.168.710)

Fluxos das atividades operacionais (1) 12.645.636 9.794.631

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Pagamentos respeitantes a:

Ativos intangíveis (2.196.222) (3.399.178)

Outros ativos - (262.295)

(2.196.222) (3.661.473)

Recebimentos provenientes de:

Outros ativos - 30.278

Subsídios ao investimento 427.032 1.607.297

427.032 1.637.575

Fluxos das atividades de investimento (2) (1.769.190) (2.023.898)

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Financiamentos obtidos 585.000 4.000.000

Outras operações de financiamento 899 -

585.899 4.000.000

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos (11.838.578) (6.531.459)

Juros e gastos similares (740.969) (1.160.317)

Dividendos 13 (2.343.063) (1.490.526)

(14.922.611) (9.182.302)

Fluxos das atividades de financiamento (3) (14.336.712) (5.182.302)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (3.460.266) 2.588.431

Reclassificação do fundo de reconstituição de capital 4 1.442.623 -

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 4 7.912.984 5.324.553

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 4 5.895.341 7.912.984

RC 2015 || 67CONTAS AO EXERCÍCIO

1. Nota introdutóriaA RESINORTE - Resíduos Sólidos do Centro S.A. (“Resi-norte” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima, consti-tuída a 20 de outubro de 2009, através do Decreto-Lei nº 235/2009, posteriormente alterado pelo Decreto-Lei nº 106/2014 de 2 de julho, com sede social em Codessoso e tem como objeto social exclusivo, em regime de conces-são de serviço público, a exploração e a gestão do sistema multimunicipal de triagem, recolha seletiva de resíduos ur-banos, valorização e tratamento de resíduos sólidos urba-nos, integrando como utilizadores originários os municípios de Alijó, Amarante, Armamar, Baião, Boticas, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Chaves, Cinfães, Fafe, Guima-rães, Lamego, Marco de Canaveses, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Penedono, Peso da Régua, Resende, Ribeira de Pena, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Santo Tirso, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Trofa, Valpaços, Vila Nova de Famalicão, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real e Vizela.

Nos termos do Decreto-Lei n.º 45/2014, de 20 de mar-ço, o Governo privatizou a Empresa Geral do Fomento, S.A. (“EGF”), que anteriormente permanecia como uma sub-holding do Grupo Águas de Portugal para o setor dos resíduos. A alienação do capital social da EGF à Suma Tra-tamento, S.A. (“Suma Tratamento”, empresa detida maiori-tariamente pelo Grupo Mota-Engil) teve como consequên-cia a alteração do enquadramento jurídico das entidades gestoras dos sistemas multimunicipais de tratamento de resíduos, nas quais se inclui a RESINORTE e das quais a EGF é acionista maioritária. Neste quadro, o Governo reviu o regime jurídico aplicável à atuação das entidades gesto-ras de sistemas multimunicipais de tratamento e de reco-lha seletiva de resíduos urbanos.

Desta forma, através do Decreto-Lei 96/2014, de 25 de junho, foram aprovadas as bases da concessão da explo-

ração e gestão, em regime de serviço público, dos sistemas multimunicipais de tratamento e de recolha seletiva de re-síduos urbanos, atribuída a entidades de capitais exclusiva ou maioritariamente privados. Foi também aprovado atra-vés deste decreto o regime regulatório transitório a vigorar em 2015, bem como um novo regime regulatório a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2016. Adicionalmente, decorrente destas alterações, o contrato de concessão da Empresa foi objeto de reconfiguração contratual, com vista à adaptação do seu conteúdo às novas bases da concessão. Assim são de destacar:

R Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 vigorou um regime regulatório transitório. As-sim, as tarifas que foram aplicadas pelas conces-sionárias, foram as aprovadas pela ERSAR, sendo que, de modo a privilegiar a estabilidade tarifária, o Regulador aprovou uma tarifa média, entre a apu-rada pelas regras existentes no regime anterior, até à data da produção de efeitos do Decreto-Lei nº 96/2014 de 25 de junho e a que resultaria das ta-rifas em vigor em 2014, atualizada de acordo com o índice de preços, após a data de produção de efei-tos do referido Decreto-Lei.

R Foi definido um novo regime remuneratório a vi-gorar a partir de 1 de janeiro de 2016, o qual esta-belece novas regras para definição dos proveitos permitidos, assentando numa lógica de “Revenue Cap”, permitindo às concessionárias recuperarem os custos de exploração e obter uma determinada remuneração sobre os ativos que integram a Base de ativos regulados (“BAR”).

R Os bens afetos à BAR foram redefinidos, bem como as suas vidas úteis, sendo que, no fim da conces-são, os existentes, irão reverter para o concedente pelo seu valor líquido contabilístico.

R Em 2016, tendo como referência as demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2015, a Empresa deverá aferir a existência de um “saldo”, correspon-dente aos montantes dos acréscimos de gastos re-ferente a amortizações acumuladas de investimen-to contratual por realizar, deduzido do montante de imposto diferido que lhe está associado e do valor contabilístico líquido de amortização e subsídios do conjunto de bens e ativos que não venham a inte-grar a base de ativos regulados relevante para efei-to de apuramento dos proveitos permitidos. Caso esse “saldo” seja positivo, gerar-se-á uma respon-sabilidade “Passivo Regulatório”, sendo negativo, estaremos perante um “Ativo Regulatório”, ou “Di-reito Contratual”. Subsequentemente, quando seja estimada uma variação anual de tarifas superior a 2% aos proveitos anualmente permitidos à Empre-sa, o excedente àquele valor pode ser deduzido ao Passivo regulatório, quando este exista. No final da concessão, caso ainda exista Passivo regulatório, o correspondente montante será deduzido ao valor residual da BAR a que a concessionária terá direi-

68 || RC 2015

to. Caso se venha a apurar um “Direito Contratual”, o mesmo será amortizado ao longo do período da concessão.

R O período de concessão, no caso da RESINORTE, foi antecipado de 2039 para 2034.

Em virtude de no exercício de 2015 vigorar um período tran-sitório, onde a forma de remuneração da concessão, o modo como os ativos geram benefícios, assim como as responsa-bilidades da Empresa para com o concedente, não se alte-raram significativamente face aos exercícios anteriores, as alterações regulatórias acima referidas, não produziram efei-tos significativos nas demonstrações financeiras da Empresa em 31 de dezembro de 2015. À data de aprovação destas demonstrações financeiras, encontram-se em aprovação pela ERSAR, a base de ativos regulados, o plano de investi-mento da Empresa, assim como a definição da tarifa a apli-car no período regulatório iniciado em 1 de janeiro de 2016.

As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros, dado que esta é a moeda utilizada preferencial-mente no ambiente económico em que a Empresa opera.

Adicionalmente, estas demonstrações financeiras serão in-cluídas nas demonstrações financeiras consolidadas da EGF.

É entendimento do Conselho de Administração que estas demonstrações financeiras refletem de forma verdadeira e apropriada as operações da Empresa, bem como a sua po-sição e desempenhos financeiros e fluxos de caixa.

2. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras

2.1. Referencial contabilístico

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, em con-formidade com o Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, e de acordo com a estrutura concetual, Normas Contabi-lísticas e de Relato Financeiro (“NCRF”) e Normas Inter-pretativas (“NI”) consignadas, respetivamente, nos avisos 15652/2009, 15653/2009 e 15655/2009, de 27 de

agosto de 2009, as quais no seu conjunto constituem o Sistema de Normalização Contabilística (“SNC”). De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas genericamente por “NCRF” ou “SNC”.

O SNC estabelece que, sempre que as NCRF não deem resposta às necessidades dos utilizadores em termos de tratamento contabilístico de determinadas situações, es-tes deverão supletivamente recorrer, em primeiro lugar, às Normas Internacionais de Relato Financeiro, adotadas pela União Europeia (“IFRS”), de seguida, às outras IFRS ainda não adotadas pela União Europeia.

Neste contexto, é entendido como aplicável ao caso das concessões de serviço público em geral, e ao caso da Em-presa em particular, a interpretação efetuada pelo Interna-tional Accounting Standards Board (“IASB”) relativamente a esta temática e vertida na IFRIC 12 - Acordos de Conces-são de Serviços (“IFRIC 12”).

2.2. Adoção pela primeira vez das NCRF

Até 31 de dezembro de 2014, a Empresa elaborou, aprovou e publicou, para efeito do cumprimento da legislação co-mercial vigente, demonstrações financeiras de acordo com as disposições das IFRS.

Em 2015, a Empresa passou a adotar as NCRF, pelo que o balanço em 31 de dezembro de 2014 e as demonstrações dos resultados por naturezas, das alterações no capital próprio e dos fluxos de caixa, bem como as respetivas no-tas anexas do exercício findo naquela data, apresentados para efeitos comparativos, foram ajustados em conformi-dade com as NCRF. Os ajustamentos determinados com efeito a 1 de janeiro de 2014 foram efetuados de acordo com as disposições da NCRF 3 – Adoção pela Primeira Vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro e registados na rubrica “Resultados transitados” e estão, essencialmente relacionados com o registo dos subsídios do Governo não reembolsáveis, e com a apresentação de determinados ativos, passivos, gastos e rendimentos.

A reconciliação do capital próprio em 1 de janeiro de 2014 (data de transição) e em 31 de dezembro de 2014, é como segue:

Rubrica 01-01-2014 31-12-2014

Capital próprio de acordo com o anterior referencial contabilístico 11.194.026 12.169.882

Reclassificação dos subsídios ao investimento, liquidos de impostos diferidos 45.166.673 45.822.611

Correção nas bases dos impostos diferidos (237.384) (217.352)

Ajustamento total ao capital próprio 44.929.289 45.605.259

Capital próprio de acordo com as NCRF 56.123.315 57.775.141

RC 2015 || 69CONTAS AO EXERCÍCIO

Os efeitos, no balanço em 1 de janeiro de 2014 e 31 de de-zembro de 2014, derivados da conversão das demonstra-ções financeiras preparadas de acordo com as IFRS para as demonstrações financeiras reexpressas em conformi-dade com as NCRF, detalham-se como se segue:

01-01-2014

ATIVO IFRSAjustamentos /

reclassificações de conversão para NCRF

NCRF

ATIVO NÃO CORRENTE:

Ativos intangíveis 108.339.863 - 108.339.863

Ativos fixos tangíveis 74.271 - 74.271

Outros ativos financeiros 1.180.328 - 1.180.328

Clientes 4.952.106 - 4.952.106

Ativos por impostos diferidos 3.668.813 (202.400) 3.466.413

Total do ativo não corrente 118.215.381 (202.400) 118.012.981

ATIVO CORRENTE:

Inventários 334.594 (100.719) 233.875

Clientes 10.758.118 - 10.758.118

Estado e outros entes públicos 89.983 - 89.983

Outras contas a receber 821.776 - 821.776

Diferimentos - 100.719 100.719

Caixa e depósitos bancários 5.324.553 - 5.324.553

Total do ativo corrente 17.329.024 - 17.329.024

Total do ativo 135.544.405 (202.400) 135.342.005

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO:

Capital realizado 8.000.000 - 8.000.000

Reserva legal 59.780 - 59.780

Outras reservas 1.565.270 - 1.565.270

Resultados transitados - (237.384) (237.384)

Outras variações no capital próprio - 45.166.673 45.166.673

Resultado líquido do exercício 1.568.975 - 1.568.975

Total do capital próprio 11.194.026 44.929.289 56.123.315

PASSIVO:

PASSIVO NÃO CORRENTE:

Financiamentos obtidos 36.296.735 (9.992.927) 26.303.808

Acionistas - 10.274.959 10.274.959

Passivos por impostos diferidos 3.096.570 14.064.475 17.161.045

Subsídios ao investimento 63.412.904 (59.196.164) 4.216.740

Outras contas a pagar 10.310.067 - 10.310.067

Total do passivo não corrente 113.116.277 (44.849.657) 68.266.619

PASSIVO CORRENTE:

Fornecedores 1.437.577 - 1.437.577

Estado e outros entes publicos 2.187.385 - 2.187.385

Acionistas - - -

Financiamentos obtidos 6.535.038 70.829 6.605.867

Outras contas a pagar 1.074.103 (352.861) 721.242

Total do passivo corrente 11.234.102 (282.032) 10.952.070

Total do passivo 124.350.379 (45.131.689) 79.218.690

Total do capital próprio e do passivo 135.544.405 (202.400) 135.342.005

70 || RC 2015

31-12-2014

ATIVO IFRSAjustamentos /

reclassificações de conversão para NCRF

NCRF

ATIVO NÃO CORRENTE:

Ativos intangíveis 107.424.999 - 107.424.999

Outros ativos financeiros 1.442.623 - 1.442.623

Clientes 4.371.880 - 4.371.880

Ativos por impostos diferidos 3.846.861 (185.320) 3.661.541

Total do ativo não corrente 117.086.363 (185.320) 116.901.043

ATIVO CORRENTE:

Inventários 456.817 (106.357) 350.460

Clientes 7.574.206 - 7.574.206

Estado e outros entes públicos 89.983 - 89.983

Outras contas a receber 507.680 - 507.680

Diferimentos 98.484 106.357 204.841

Caixa e depósitos bancários 7.912.984 - 7.912.984

Total do ativo corrente 16.640.154 - 16.640.154

Total do ativo 133.726.517 (185.320) 133.541.197

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO:

Capital realizado 8.000.000 - 8.000.000

Reserva legal 138.229 - 138.229

Outras reservas 1.565.270 - 1.565.270

Resultados transitados - (237.384) (237.384)

Outras variações no capital próprio - 45.822.611 45.822.611

Resultado líquido do exercício 2.466.382 20.032 2.486.414

Total do capital próprio 12.169.882 45.605.259 57.775.140

PASSIVO:

PASSIVO NÃO CORRENTE:

Financiamentos obtidos 31.826.496 (8.000.786) 23.825.710

Acionistas - 10.250.000 10.250.000

Passivos por impostos diferidos 2.726.146 12.731.275 15.457.421

Subsídios ao investimento 62.576.411 (58.521.853) 4.054.558

Outras contas a pagar 11.874.334 - 11.874.334

Total do passivo não corrente 109.003.387 (43.541.364) 65.462.023

PASSIVO CORRENTE:

Fornecedores 1.045.342 - 1.045.342

Estado e outros entes publicos 1.389.047 - 1.389.047

Financiamentos obtidos 8.503.578 (1.901.782) 6.601.796

Outras contas a pagar 1.615.282 (347.432) 1.267.850

Total do passivo corrente 12.553.248 (2.249.214) 10.304.034

Total do passivo 121.556.636 (45.790.578) 75.766.057

Total do capital próprio e do passivo 133.726.517 (185.320) 133.541.197

RC 2015 || 71CONTAS AO EXERCÍCIO

Adicionalmente, a reconciliação do resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 de acordo com as IFRS e as NCRF é como segue:

De acordo com as IFRS 2.466.382

Correção nas bases dos impostos diferidos 20.032

Efeito total 20.032

De acordo com as NCRF 2.486.414

O efeito na demonstração dos resultados do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 é detalhado como se segue:

Exercício findo em 31 de dezembro de 2014

RENDIMENTOS E GASTOS IFRSAjustamentos /

reclassificações de conversão para NCRF

NCRF

Vendas e serviços prestados (Nota 20) 18.446.522 (2.448.215) 15.998.307

Variação nos inventários da produção 116.585 - 116.585

Custo das mercadorias vendidas e das materiais consumidos (101.496) 101.496 -

Fornecimentos e serviços externos (6.071.855) (101.496) (6.173.351)

Gastos com o pessoal (3.610.320) - (3.610.320)

Imparidade de dívidas a receber (138.373) - (138.373)

Outros rendimentos e ganhos 199.420 636.532 835.952

Outros gastos e perdas (382.902) - (382.902)

Resultado (antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos)

8.457.581 (1.811.683) 6.645.898

Gastos de amortização (Nota 20) (6.580.487) 2.448.215 (4.132.272)

Subsídios ao investimento 2.443.791 - 2.443.791

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)

4.320.885 636.532 4.957.417

Juros e rendimentos similares obtidos 704.852 (636.532) 68.320

Juros e gastos similares suportados (1.456.761) - (1.456.761)

Resultado antes de impostos 3.568.976 - 3.568.976

Imposto sobre o rendimento do exercício (1.102.593) 20.032 (1.082.561)

Resultado líquido do exercício 2.466.382 20.032 2.486.414

72 || RC 2015

3. Principais Políticas Contabilísticas

3.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as NCRF em vigor à data da elaboração das demonstrações financeiras.

As principais políticas contabilísticas adotadas são apre-sentadas a seguir.

3.2. Ativos intangíveis

Ativos da concessão – IFRIC 12 – Acordos de concessão de serviçosOs ativos adquiridos/construídos pela Empresa, ao abri-go do contrato de concessão (Nota 31), são ativos afetos à concessão.

A IFRIC 12 aplica-se a contratos de concessão de serviço público nos quais o concedente controla (regula):

R os serviços a serem prestados pela concessionária (mediante a utilização da infraestrutura), a quem e a que preço; e

R quaisquer interesses residuais sobre a infraestrutura no final do contrato.

A IFRIC 12 aplica-se a infraestruturas:R construídas ou adquiridas pelo operador a terceiros;R já existentes e às quais é dado acesso ao operador.

Desta forma, e atendendo ao acima descrito, a concessão da Empresa encontra-se abrangida no âmbito desta IFRIC pelas seguintes razões:

R a Empresa possui um contrato de concessão de serviço público celebrado com o Estado Português (“Concedente”) e por um período pré-definido;

R A Empresa efetua a prestação de serviços públicos mediante a utilização de infraestruturas, conforme definido em detalhe na Nota 31;

R o concedente controla os serviços prestados e as condições em que são prestados, através do regu-lador ERSAR;

R os diversos ativos utilizados para a prestação dos serviços revertem para o concedente no final do contrato de concessão.

Esta interpretação estabelece os princípios genéricos de reconhecimento e mensuração de direitos e obrigações ao abrigo de contratos de concessão com as características mencionadas anteriormente.

Deste modo e atendendo aos termos da concessão da Em-presa, nomeadamente no que se refere ao modelo de re-munerações, foi entendido que as operações da Empresa são enquadráveis no modelo do ativo intangível (quando a Empresa recebe do concedente o direito de cobrar uma tarifa em função da utilização da infraestrutura), em virtude, essencialmente, da Empresa assumir o risco de existirem alterações no modelo de remuneração (tarifário), dado que é imposto pelo regulador, a ERSAR, assumindo simulta-neamente os riscos operacionais, os riscos de investimento e de financiamento da concessão.

Atendendo ao enquadramento acima descrito, os ativos afetos à concessão (ativos intangíveis) encontram-se va-lorizados ao custo de aquisição ou de produção, deduzidos de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são reconhecidas numa base sistemática/linear durante a vida útil estimada dos ativos intangíveis. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhe-cido prospectivamente na demonstração dos resultados.

Para fins de amortização dos ativos afetos à concessão, foi tido em consideração o método que melhor reflete o modelo pelo qual se espera que os benefícios económicos futuros dos ativos sejam consumidos pela Empresa, o que atendendo à tipologia do modelo remuneratório em vigor até 31 de dezembro de 2015, corresponde à sua amortiza-ção em função da taxa de amortização dos ativos durante o período de concessão, por ser esta a base do seu rendi-mento anual, ou seja, os ativos concessionados são amor-tizados em conformidade com o modelo de remuneração subjacente ao regulamento tarifário. Importa ainda referir, que o direito atribuído no âmbito do contrato de concessão consiste na possibilidade da Empresa cobrar tarifas em função dos custos incorridos com as infraestruturas.

Os ativos em curso refletem os ativos da concessão ain-da em fase de construção encontrando-se registados pelo custo de construção deduzidos de eventuais perdas de imparidade, sendo amortizados a partir do momento em que os projetos de investimento estejam concluídos ou disponíveis para utilização, sendo que as amortizações de investimento futuro são regularizadas para amortizações de investimento firme.

3.3. Locações

As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente todos os riscos e recompensas associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os ativos adquiridos mediante contratos de locação finan-ceira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o

RC 2015 || 73CONTAS AO EXERCÍCIO

justo valor dos ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. As locações financeiras são reparti-das entre encargos financeiros e redução da responsabi-lidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade.

As locações operacionais são reconhecidas como gasto numa base linear durante o período da locação.

3.4. Subsídios ao investimento

Os subsídios do Governo apenas são reconhecidos, quan-do existe uma certeza razoável que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua atribuição.

Os subsídios do Governo não reembolsáveis, relacionados com a aquisição de ativos intangíveis, são reconhecidos inicialmente no capital próprio, juntamente com os res-petivos passivos por impostos diferidos, transferidos sub-sequentemente numa base sistemática para rendimento do exercício, de forma consistente e proporcional com as amortizações dos ativos cuja aquisição se destinam.

Os subsídios do Governo reembolsáveis são registados no passivo e reconhecidos numa base sistemática como ren-dimento do exercício, de forma contratual e proporcional com as amortizações dos ativos cuja aquisição se destina.

Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na demonstração dos resultados de acordo com os gastos incorridos.

3.5. Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes

ProvisõesSão reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um acontecimento passado, é provável que para a liqui-dação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.

O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato dos recur-sos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.

As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletirem a melhor estimativa a essa data.

Passivos contingentesOs passivos contingentes não são reconhecidos nas de-monstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando

benefícios económicos não seja remota, nem provável.

Ativos contingentesOs ativos contingentes não são reconhecidos nas demons-trações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.

3.6. Ativos e passivos financeiros

Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Empresa se torna parte das correspon-dentes disposições contratuais.

Os ativos financeiros e os passivos financeiros são mensu-rados ao custo ou ao custo amortizado deduzido de even-tuais perdas de imparidade acumuladas (no caso de ativos financeiros), quando:

R Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida; eR Tenham associado um retorno fixo ou determinável; eR Não sejam ou não incorporem um instrumento fi-

nanceiro derivado.

O custo amortizado corresponde ao valor pelo qual um ativo financeiro ou um passivo financeiro é mensurado no reconhecimento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa, usando o méto-do da taxa de juro efetiva, de qualquer diferença entre esse montante na maturidade. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos fu-turos estimados no valor líquido contabilístico do ativo ou passivo financeiro.

Os ativos e passivos financeiros ao custo ou ao custo amortizado incluem:

R Clientes;R Outras contas a receber;R Fornecedores;R Outras contas a pagar;R Financiamentos obtidos.

Caixa e equivalentes de caixaA rubrica de caixa e seus equivalentes inclui numerário e depósitos bancários com vencimento inferior a três meses que possam ser imediatamente mobilizáveis ou com risco insignificante de alteração de valor.

Imparidade de ativos financeirosOs ativos financeiros são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais ativos financeiros encontram--se em imparidade quando existe uma evidência objetiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocor-ridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afetados negativamente.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo amorti-zado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e o

74 || RC 2015

valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respetiva taxa de juro efetiva original.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e a melhor estimativa do justo valor do ativo.

As perdas por imparidade são registadas em resultados no período em que são determinadas.

Subsequentemente, se o montante da perda por impa-ridade diminui e tal diminuição pode ser objetivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efetuada até ao limite do montante que estaria reconhecido (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é refletida em resultados.

Desreconhecimento de ativos e passivos financeirosA Empresa desreconhece ativos financeiros apenas quan-do os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade o controlo dos ati-vos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os ativos financeiros transferidos relativamente aos quais a Empresa reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.

A Empresa desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cance-lada ou expire.

3.7. Rédito

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito reconhecido está deduzido do montante de descontos e outros abatimentos. O rédito é reconhecido líquido de impostos.

O rédito proveniente da venda de energia e produtos valo-rizáveis é reconhecido quando todas as seguintes condi-ções são satisfeitas:

R Todos os riscos e vantagens associados à proprie-dade dos bens foram transferidos para o comprador;

R A Empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;

R O montante do rédito pode ser mensurado com fia-bilidade;

R É provável que benefícios económicos futuros as-sociados à transação fluam para a Empresa;

R Os gastos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade.

O rédito proveniente da prestação de serviços de tratamen-to e valorização de resíduos urbanos é reconhecido com base nas quantidades de resíduos tratados, desde que to-das as seguintes condições sejam satisfeitas:

R O montante do rédito pode ser mensurado com fia-bilidade;

R É provável que benefícios económicos futuros as-sociados à transação fluam para a Empresa;

R Os gastos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade;

R A fase de acabamento do serviço pode ser mensu-rada com fiabilidade.

A tarifa encontra-se suportada pela aprovação anual do concedente e do regulador.

Os juros de mora debitados aos clientes são reconhecidos como rédito quando são acordados e aceites pelos seus clientes.

3.8. Imparidade de ativos intangíveis

Sempre que exista algum indicador que os ativos intangí-veis possam estar em imparidade, é efetuada uma estima-tiva do seu valor recuperável a fim de determinar a exten-são da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar o valor recuperável de um ativo indivi-dual, é estimada o valor recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence. Para os ativos afetos ao contrato de concessão, considera-se que os ativos perten-cem à mesma única unidade geradora de caixa.

O valor recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre: (i) o justo valor deduzido de custos para vender; e (ii) o valor de uso. Na determina-ção do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto que reflita as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do ativo ou da uni-dade geradora de caixa relativamente aos quais as estima-tivas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.

Sempre que o valor líquido contabilístico do ativo ou da unidade geradora de caixa for superior ao seu valor recu-perável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resultados.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem evidên-cias de que as perdas por imparidade reconhecidas ante-riormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados. A reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite do montante que estaria reconhecido (líquido de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada.

RC 2015 || 75CONTAS AO EXERCÍCIO

3.9. Imposto sobre o rendimento

Os impostos sobre o rendimento correspondem à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os im-postos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando os impostos diferidos se relacio-nam com itens registados diretamente no capital próprio. Nestes casos, os impostos diferidos são igualmente regis-tados no capital próprio.

Os impostos correntes sobre o rendimento são calculados com base no lucro tributável do exercício. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diver-sos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis em exercícios subsequentes, bem como gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis de acordo com as regras fiscais em vigor.

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributa-ção, bem como os resultados de benefícios fiscais obtidos e de diferenças temporárias entre o resultado fiscal e contabilístico.

São geralmente reconhecidos passivos por impostos dife-ridos para todas as diferenças temporárias tributáveis.

São reconhecidos ativos por impostos diferidos para as di-ferenças temporárias dedutíveis, porém tal reconhecimen-to unicamente se verifica quando existem expectativas

razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos. Em cada data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferi-dos, sendo os mesmos ajustados em função das expecta-tivas quanto à sua utilização futura.

Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensura-dos utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que estejam formalmente emitidas na data de relato.

3.10. Especialização dos exercícios

Os gastos e rendimentos são reconhecidos no período a que dizem respeito, de acordo com o princípio da especiali-zação de exercícios, independentemente da data/momen-to da sua faturação. Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Os gastos e rendimentos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e receitas que já ocorre-ram, mas que respeitam a períodos futuros e que serão im-putadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde, são registados nas rubricas de diferimentos.

76 || RC 2015

3.11. Inventários

As mercadorias, bem como as matérias-primas, subsidiárias e de consumo, encontram-se valorizadas ao custo de aqui-sição, utilizando-se o custo médio como método de custeio.

Os subprodutos, produtos acabados e intermédios encon-tram-se valorizados ao seu custo de produção.

O valor líquido de realização representa o preço de venda estimado deduzido de todos os custos estimados necessá-rios para concluir os inventários e para efetuar a sua venda. Nas situações em que o valor do custo/produção é supe-rior ao valor líquido de realização são registadas perdas por imparidade pela respetiva diferença.

As variações do exercício nas perdas por imparidade de inventários é registada na demonstração dos resultados.

3.12. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gastos à medida que são incorridos.

3.13. Juízos de valor, pressupostos críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efetuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afetam o valor contabilístico dos ativos e passivos, assim como os rendimentos e gastos do período.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram de-terminados com base no melhor conhecimento existente

à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiên-cia de eventos passados e/ou correntes. Contudo, pode-rão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormen-te à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de in-certeza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras anexas foram os seguintes:

R Registo dos subsídios do Governo atendendo às condições que determinam ou não o seu reembolso;

R Perdas por imparidade de contas a receber;R Registo de impostos diferidos;R Registo de provisões.

3.14. Acontecimentos após a data do balanço

Os acontecimentos após a data do balanço que proporcio-nem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações finan-ceiras. Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais.

4. Caixa E Depósitos BancáriosEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, os componentes da rubrica de caixa e depósitos bancários tinham a seguinte composição:

2015 2014

Caixa 1.250 1.299

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 2.201.468 1.911.684

Outros ativos financeiros 3.692.623 6.000.000

Caixa e depósitos bancários 5.895.341 7.912.984

RC 2015 || 77CONTAS AO EXERCÍCIO

Em 31 de dezembro de 2015, a rubrica outros ativos finan-ceiros não correntes inclui o montante de 107 Euros, relati-vo ao fundo de garantia de compensação do trabalho.

Em 31 de dezembro de 2014, a rubrica outros ativos finan-ceiros inclui o montante de 1.442.623 Euros, relativo a um fundo de reconstituição de capital, constituído em exercí-cios anteriores, sob a forma de certificados especiais de dívida de curto prazo, emitidos pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, E.P.E., decorrente de obrigações constante dos contratos de concessão em vigor até 30 de setembro de 2015, data de assinatura da reconfiguração dos contratos de concessão. Os novos con-tratos de concessão reconfigurados não preveem a exis-tência deste mecanismo de retenção de capitais, podendo a Empresa dispor na sua atividade dos valores acumula-dos anteriormente no fundo de reconstituição de capital, preferencialmente, ou sempre que exista dívida bancária, afetar os mesmos na sua amortização.

5. Políticas Contabílisticas, Alterações nas Estimativas e Erros

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, de-corrente da adoção do normativo NCRF, as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foram reexpressas, tendo-se procedido a ajustamentos de transposição de normativos contabilísticos.

6. Ativos IntangíveisDurante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os movimentos ocorridos nos ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações e perdas por imparida-de acumuladas, foram os seguintes:

Direito de utilização de infraestruturas

2015 2014

Ativo bruto

Saldo inicial 166.632.737 161.111.522

Adições 2.145.395 4.052.084

Alienações e abates - (467.425)

Outros movimentos - 1.936.556

Saldo final 168.778.132 166.632.737

Amortizações e perdas por imparidade acumuladas

Saldo inicial 59.207.739 52.771.659

Amortizações do exercício 4.288.020 4.132.272

Transferências 485.864 2.303.808

Saldo final 63.981.623 59.207.739

Valor líquido 104.796.509 107.424.999

78 || RC 2015

O Direito de Utilização de Infraestruturas inclui diversas classes de investimentos, conforme segue:

2015

Terrenos e recursos

naturais

Edifícios e outras

construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos intangíveis

Investimentos em curso

Total

Ativo bruto:

Saldo em 1 de janeiro de 2015

7.518.099 104.165.883 41.843.154 9.671.689 966.255 757.579 1.710.077 166.632.737

Adições 205.195 3.360 168.847 39.622 12.027 - 1.716.344 2.145.395

Transferências 254.668 (3.271.778) 5.721.376 (531.346) 588.407 (275.192) (2.486.134) -

Saldo em 31 de dezembro de 2015

7.977.962 100.897.464 47.733.377 9.179.966 1.566.689 482.387 940.287 168.778.132

Amortizações e perdas por imparidade acumuladas:

Saldo em 1 de janeiro de 2015

1.266.758 34.922.514 16.112.513 4.958.572 879.963 1.067.418 - 59.207.739

Amortizações do exercício 230.604 2.718.469 1.102.614 202.657 23.682 9.994 - 4.288.020

Transferências (Nota 17) 567.935 (538.056) 1.927.354 (506.531) (142.041) (822.797) - 485.864

Saldo em 31 de dezembro de 2015

2.065.297 37.102.927 19.142.481 4.654.699 761.604 254.615 - 63.981.623

Valor líquido 5.912.665 63.794.538 28.590.896 4.525.267 805.085 227.772 940.287 104.796.509

2014

Terrenos e recursos

naturais

Edifícios e outras

construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros ativos intangíveis

Investimentos em curso

Total

Ativo bruto:

Saldo em 1 de janeiro de 2015

7.985.524 103.661.798 38.216.945 8.585.570 954.858 737.411 969.416 161.111.522

Adições - 50.288 175.344 2.024 10.779 - 3.813.649 4.052.084

Alienações e abates (467.425) - - - - - - (467.425)

Transferências - 453.797 3.450.865 1.084.095 619 20.169 (3.072.988) 1.936.557

Saldo em 31 de dezembro de 2015

7.518.099 104.165.883 41.843.154 9.671.689 966.255 757.579 1.710.077 166.632.738

Amortizações e perdas por imparidade acumuladas:

Saldo em 1 de janeiro de 2015

1.046.717 32.087.795 14.506.587 3.671.161 863.911 595.489 - 52.771.659

Amortizações do exercício 220.041 2.767.508 477.211 201.755 13.997 451.760 - 4.132.272

Transferências (Nota 17) - 67.211 1.128.715 1.085.657 2.057 20.168 - 2.303.808

Saldo em 31 de dezembro de 2015

1.266.758 34.922.514 16.112.513 4.958.572 879.965 1.067.418 - 59.207.739

Valor líquido 6.251.342 69.243.369 25.730.641 4.713.117 86.290 (309.838) 1.710.077 107.424.999

Relativamente ao imobilizado em curso, no ano de 2015, foram transferidos para firme os investimentos relacionados com os sistemas de aproveitamento energético do Biogás. O valor que está em curso em 2015, é essencialmente relativo ao alargamento do aterro de Celorico de Basto.

RC 2015 || 79CONTAS AO EXERCÍCIO

7. InventáriosEm 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os inventários têm a seguinte composição:

Produtos acabados: 2015 2014 (reexpresso)

Papel 27.305 19.344

Embalagens 257.712 304.293

Vidro 3.727 7.247

Outros 20.179 19.576

308.923 350.460

Produtos acabados: 2015 2014 (reexpresso)

Saldo inicial 350.460 233.875

Saldo final (308.923) (350.460)

Variação dos inventários da produção

41.537 (116.585)

A variação dos inventários da produção dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, tinha a seguinte composição:

8. ClientesEm 31 de dezembro de 2015 4 2014, a rubrica de clientes é conforme segue:

2015 2014

Montante brutoImparidade acumulada

Montante líquido

Montante brutoImparidade acumulada

Montante líquido

Não correntes:

Clientes municipais - - - 4.371.880 - 4.371.880

Outras entidades - - - - - -

- - - 4.371.880 - 4.371.880

Correntes:

Clientes municipais 5.081.076 - 5.081.076 6.361.578 - 6.361.578

Outras entidades 3.077.406 (481.847) 2.595.559 1.828.735 (616.107) 1.212.628

8.158.482 (481.847) 7.676.635 8.190.313 (616.107) 7.574.206

8.158.482 (481.847) 7.676.635 12.562.193 (616.107) 11.946.086

Relativamente ao exercício de 2015, não existe saldo em clientes não correntes, pelo facto de à data só existir um cliente com acordo de pagamento, Município de Vizela, que termina o acordo em março de 2016.

Relativamente à divida vencida, o exercício de 2015 desta-cou-se pelo facto de ter diminuído cerca de 4,3 milhões de euros face a 2014, consequência da regularização de divi-das vencidas de clientes com quem a RESINORTE tinha ce-lebrado acordos de pagamento e que abaixo de identificam:

R Município de ChavesR Município de ValpaçosR Município de Santo TirsoR Município de Peso da Régua

80 || RC 2015

2015 2014

Faturação corrente

Juros de mora

Dívida corrente total

Faturação corrente

Juros de mora

Dívida corrente total

Dívida não corrente

Clientes municipais:

Sem acordo de pagamento

Municipio de Boticas 129.151 5.048 134.199 73.016 - 73.016 -

Municipio de Chaves 98.154 15.108 113.262 - - - -

EMAR - Águas e Resíduos de Vila Real

302.616 - 302.616 - - - -

Municipio de Guimarães 397.376 - 397.376 196.995 - 196.995 -

Municipio de Vila Nova Famalicão

291.592 - 291.592 140.492 - 140.492 -

Trofáguas 1.663.900 534.716 2.198.616 2.135.630 468.438 2.604.068 -

Outros 1.577.781 46.012 1.623.793 1.138.774 60.283 1.199.057 -

4.460.570 600.885 5.061.454 3.684.906 528.722 4.213.628 -

Com acordo de pagamento

Municipio de Chaves - - - 454.395 125.231 579.626 1.159.252

Municipio de Resende - - - 101.107 - 101.107 -

Municipio de Santo Tirso - - - 178.528 - 178.528 87.895

Municipio de Valpaços - - - 292.390 12.145 304.535 740.079

Municipio de Vila Pouca de Aguiar

- - - 193.070 - 193.070 -

EMAR - Águas e Resíduos de Vila Real

- - - 350.829 - 350.829 36.206

Municipio de Vizela 19.620 - 19.620 106.440 - 106.440 19.622

SMAES de Santo Tirso - - - 254.117 79.696 333.814 2.328.827

Outros - - - - - - -

19.620 - 19.620 1.930.877 217.072 2.147.949 4.371.880

4.480.190 600.885 5.081.075 5.615.784 745.794 6.361.578 4.371.880

Outras entidades:

Sociedade Ponto Verde, S.A. 1.913.076 - 1.913.076 1.027.423 - 1.027.423 -

Outros 1.155.387 8.945 1.164.332 726.018 75.294 801.312 -

3.068.462 8.945 3.077.407 1.753.441 75.294 1.828.735 -

7.548.653 609.829 8.158.482 7.369.225 821.088 8.190.313 4.371.880

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os clientes detalham-se conforme segue:

RC 2015 || 81CONTAS AO EXERCÍCIO

A antiguidade de saldos de clientes em 31 de dezembro de 2014 e 2015 têm a seguinte composição:

2015

Vencido até 2013

Vencido até 2014

Vencido até 2015

Total vencido

Acordo de pagamento

Não Vencido

Dívida total

Clientes municipais 1.803.276 279.857 1.126.591 3.209.724 26.162 1.845.539 5.081.425

Outras entidades 451.934 33.778 1.046.391 1.532.104 - 1.544.954 3.077.057

2.255.210 313.635 2.172.982 4.741.828 26.162 3.390.493 8.158.482

2014

Vencido até 2012

Vencido até 2013

Vencido até 2014

Total vencido

Acordo de pagamento

Não Vencido

Dívida total

Clientes municipais 3.654.964 3.619.481 1.851.589 9.126.033 4.371.880 1.607.425 10.733.458

Outras entidades 541.563 34.925 195.939 772.427 - 1.056.308 1.828.735

4.196.527 3.654.405 2.047.528 9.898.460 4.371.880 2.663.732 12.562.193

No decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as perdas por imparidade em dívidas a rece-ber, apresentavam o seguinte movimento:

2015 2014

Saldo inicial 616.107 468.371

Reforços 32.418 170.509

Reversões (166.678) (32.136)

Utilizações - 9.363

Saldo final 481.847 616.107

2015 2014

Seguros 130.271 98.484

Combustíveis 29.480 57.794

Outros 64.364 48.563

224.115 204.841

2015 2014

Devedores por acréscimo de rendimentos

147.012 65.510

AMVDN 127.139 225.585

Outros devedores 111.638 140.769

Adiantamentos a fornecedores

2.304 75.816

388.093 507.680

9. Outras Contas a ReceberEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, as contas a receber têm a seguinte composição:

O valor da rubrica de devedores por acréscimos de rendi-mento, é relativo ao seguinte:

R Especialização da faturação para a Sociedade Ponto Verde, no montante de 98.887 Euros, resultante do despacho n.º 8376-C/2015 que aprova as novas con-trapartidas financeiras a partir de setembro de 2015.

R Especialização de Juros a receber, no montante de 48.124 Euros, por conta de depósitos a prazo consti-tuídos e que se vencem no primeiro trimestre de 2016.

Na rubrica Outros devedores, destaca-se o valor a receber da Associação de Municípios do Vale Douro Norte (“AM-VDN”) ainda relativo ao processo de integração na RESI-NORTE das infraestruturas daquela Associação, no mon-tante de 127.139 Euros.

10. Diferimentos AtivosEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica de diferi-mentos ativos apresenta o seguinte detalhe:

82 || RC 2015

11. Imposto sobre o RendimentoA Empresa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendi-mento das Pessoas Coletivas (“IRC”) à taxa de 21% para a matéria coletável, acrescida de derrama à taxa de 0,7 % sobre o lucro tributável, resultando numa taxa de imposto agregada de, no máximo, 21,7%.

Adicionalmente, os lucros tributáveis do exercício findo em 31 de dezembro de 2015 que excedam os 1.500.000 Eu-ros são sujeitos a derrama estadual, nos termos do artigo 87º-A do código do IRC, às seguintes taxas:

R 3% para lucros tributáveis entre 1.500.000 Euros e 7.500.000 Euros;

R 5% para lucros tributáveis entre 7.500.000 Euros e 35.000.000 Euros; e

R 7% para lucros tributáveis superiores a 35.000.000 Euros.

No exercício de 2015, a dedução dos gastos de financia-mento líquidos na determinação do lucro tributável está condicionada ao maior dos seguintes limites:

R 1.000.000 Euros;R 50% do resultado antes de depreciações, gastos de

financiamento líquidos e impostos.

Adicionalmente, para o exercício de 2016, a dedução dos referidos gastos é condicionada em cada ano, progressiva-mente até 2017, ao maior dos seguintes limites:

R 1.000.000 Euros;R 40% (30% em 2017) do resultado antes de deprecia-

ções, gastos de financiamento líquidos e impostos.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fis-cais estão sujeitas a revisão e correção por parte das au-toridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenha ha-vido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações casos estes em que, dependendo das cir-cunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. As-sim, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2012 a 2015 ainda poderão estar sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração entende que eventuais cor-reções resultantes de revisões ou inspeções fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2015.

O prazo de dedução dos prejuízos fiscais reportáveis (PFR) é de doze períodos de tributação.

Adicionalmente, a dedução dos PFR encontra-se limitada a 70% do lucro tributável.

Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

Em 2015 a RESINORTE não tem qualquer prejuízo fiscal por utilizar.

Em 31 de dezembro de 2014 e 2015, a rubrica de imposto sobre o rendimento têm a seguinte composição:

20152014

(reexpresso)

Imposto corrente 2.028.860 1.465.142

Imposto diferido gerado no exercício

(780.789) (568.504)

Excesso/Insuficiência de estimativa

168.919 185.923

1.416.990 1.082.561

RC 2015 || 83CONTAS AO EXERCÍCIO

a) Movimentos nos ativos e passivos por impostos diferidos O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos, de acordo com as diferenças temporárias que os

geraram, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, foi o seguinte:

2015

Demonstração de resultados Capital próprio

Saldo inicial

Constituição/(reversão)

Alteração da taxa

Constituição/(reversão)

Alteração da taxa

Saldo final

Ativos por impostos diferidos

Diferenças temporárias (base)

Ajustamento de transição - amortizações/subsídios

16.873.466 2.130.642 - - - 19.004.108

16.873.466 2.130.642 - - - 19.004.108

Ativos por impostos diferidos resultantes

Ajustamento de transição - amortizações/subsídios

3.661.542 527.973 519.703 - - 4.709.217

3.661.542 527.973 519.703 - - 4.709.218

Passivos por impostos diferidos

Diferenças temporárias (base)

Subsídio de investimento futuro 12.710.500 (502.810) - - - 12.207.690

Subsídio ao investimento 58.521.853 - - (1.946.765) - 56.575.088

71.232.353 (502.810) - (1.946.765) - 68.782.779

Passivos por impostos diferidos resultantes

Subsídio de investimento futuro 2.758.179 (124.596) 391.483 - - 3.025.065

Subsídio ao investimento 12.699.242 - - (482.408) 1.802.473 14.019.307

15.457.421 (124.596) 391.483 (482.408) 1.802.473 17.044.373

2014

Demonstração de resultados Capital próprio

Saldo inicial(reexpresso)

Constituição/(reversão)

Alteração da taxa

Constituição/(reversão)

Alteração da taxa

Saldo final(reexpresso)

Ativos por impostos diferidos

Diferenças temporárias (base)

Ajustamento de transição - amortizações/subsídios

14.626.217 2.247.249 - - - 16.873.466

14.626.217 2.247.249 - - - 16.873.466

Ativos por impostos diferidos resultantes

Ajustamento de transição - amortizações/subsídios

3.466.413 487.653 (292.524) - - 3.661.542

3.466.413 487.653 (292.524) - - 3.661.542

Passivos por impostos diferidos

Diferenças temporárias (base)

Ajustamento de transição - amortizações/subsídios

13.213.310 (502.810) - - - 12.710.500

Subsídio ao investimento 59.196.164 - - (674.311) - 58.521.853

72.409.474 (502.810) - (674.311) - 71.232.353

Passivos por impostos diferidos resultantes

Ajustamento de transição - amortizações/subsídios

3.131.554 (109.110) (264.266) - - 2.758.179

Subsídio ao investimento 14.029.491 - - (146.326) (1.183.923) 12.699.242

17.161.045 (109.110) (264.266) (146.326) (1.183.923) 15.457.421

84 || RC 2015

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as diferenças tempo-rárias resultam dos ajustamentos de transição apurados, em 2009, por força da alteração do POC para os IFRS. Tais diferenças resultam, essencialmente, de acréscimos de gastos para investimento contratual realizado e de amor-tizações referentes a investimentos realizados, bem como do reconhecimento dos respetivos subsídios, as quais, face às disposições normativas aplicáveis, serão relevadas, para efeitos fiscais, durante o período remanescente do contrato de concessão ou em 5 anos, consoante respeitem a investimento futuro ou realizado, respetivamente. As res-tantes diferenças temporárias decorrem, essencialmente, do registo da especialização de amortizações para investi-mento contratual futuro (Nota introdutória) e do registo de subsídios em capital próprio.

b) Reconciliação da taxa de imposto:

2015 2014

Resultado antes de impostos 5.375.166 3.568.976

Variações patrimoniais 149.489 149.489

Diferenças temporárias 2.835.827 2.696.976

Lucro tributável 8.360.482 6.415.441

Taxa nominal de imposto 21,00% 21,00%

Derrama municipal 0,70% 0,70%

Derrama estadual 3,00% 3,00%

Imposto sobre o rendimento 1.755.701 1.347.243

Derrama Municipal 58.523 44.908

Derrama Estadual 205.815 147.463

Tributação autónoma 8.821 9.297

2.028.860 1.548.911

Ajustamentos à coleta - (83.769)

Imposto corrente 2.028.860 1.465.142

12. Estado e Outros Entes PúblicosEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, as rubricas de “Estado e outros entes públicos” têm a seguinte composição:

2015 2014

Ativo Passivo Ativo Passivo

IRC:

Pagamentos por conta - (1.515.067) - (1.296.716)

Retenções na fonte - (9.651) - (10.097)

Estimativa de imposto (Nota 11) - 2.028.860 - 1.513.433

Imposto sobre o Valor Acrescentado - 93.298 - 12.993

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares:

Retenções de impostos sobre o rendimento - 22.190 - 22.146

Taxa de Gestão de Resíduos (i) - 917.266 - 1.081.021

Contribuições para a Segurança Social - 66.440 - 66.267

Outros impostos 89.983 - 89.983 -

89.983 1.603.336 89.983 1.389.047

(i) A taxa de gestão de resíduos corresponde a valores faturados a clientes e que serão devolvidos à Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

RC 2015 || 85CONTAS AO EXERCÍCIO

13. Capital, Reservas e outros Instrumentos de Capital

Capital realizadoEm 31 de dezembro de 2015, o capital da Empresa en-contrava-se totalmente subscrito e realizado e estava re-presentado por 8.000.000 ações com o valor nominal de 1,00 Euros.

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o capital da Empresa era detido como segue:

2015

Acionista Número de ações Montante Percentagem de participação

AMVDN 423 683 423 683 5,30%

EGF 6 008 940 6 008 940 75,11%

Municipio de Amarante 244 470 244 470 3,06%

Municipio de Armamar 28 428 28 428 0,36%

Municipio de Baião 83 105 83 105 1,04%

Municipio de Boticas 67 832 67 832 0,85%

Municipio de Cabeceiras de Basto 70 348 70 348 0,88%

Municipio de Celorico de Basto 78 972 78 972 0,99%

Municipio de Chaves 67 832 67 832 0,85%

Municipio de Cinfães 81 448 81 448 1,02%

Municipio de Lamego 104 033 104 033 1,30%

Municipio de Marco de Canaveses 218 745 218 745 2,73%

Municipio de Moimenta da Beira 43 657 43 657 0,55%

Municipio de Mondim de Basto 33 073 33 073 0,41%

Municipio de Montalegre 67 832 67 832 0,85%

Municipio de Penedono 13 202 13 202 0,17%

Municipio de Resende 46 423 46 423 0,58%

Municipio de Ribeira de Pena 67 832 67 832 0,85%

Municipio de São João da Pesqueira 32 251 32 251 0,40%

Municipio de Sernancelhe 24 084 24 084 0,30%

Municipio de Tabuaço 24 922 24 922 0,31%

Municipio de Tarouca 33 224 33 224 0,42%

Municipio de Valpaços 67 832 67 832 0,85%

Municipio de Vila Pouca de Aguiar 67 832 67 832 0,85%

8 000 000 8.000.000 100,00%

86 || RC 2015

2014

Acionista Número de ações Montante Percentagem de participação

AMAVE 1 928 940 1 928 940 24,11%

AMVDN 423 683 423 683 5,30%

EGF 4 080 000 4 080 000 51,00%

Municipio de Amarante 244 470 244 470 3,06%

Municipio de Armamar 28 428 28 428 0,36%

Municipio de Baião 83 105 83 105 1,04%

Municipio de Boticas 67 832 67 832 0,85%

Municipio de Cabeceiras de Basto 70 348 70 348 0,88%

Municipio de Celorico de Basto 78 972 78 972 0,99%

Municipio de Chaves 67 832 67 832 0,85%

Municipio de Cinfães 81 448 81 448 1,02%

Municipio de Lamego 104 033 104 033 1,30%

Municipio de Marco de Canaveses 218 745 218 745 2,73%

Municipio de Moimenta da Beira 43 657 43 657 0,55%

Municipio de Mondim de Basto 33 073 33 073 0,41%

Municipio de Montalegre 67 832 67 832 0,85%

Municipio de Penedono 13 202 13 202 0,17%

Municipio de Resende 46 423 46 423 0,58%

Municipio de Ribeira de Pena 67 832 67 832 0,85%

Municipio de São João da Pesqueira 32 251 32 251 0,40%

Municipio de Sernancelhe 24 084 24 084 0,30%

Municipio de Tabuaço 24 922 24 922 0,31%

Municipio de Tarouca 33 224 33 224 0,42%

Municipio de Valpaços 67 832 67 832 0,85%

Municipio de Vila Pouca de Aguiar 67 832 67 832 0,85%

8 000 000 8.000.000 100,00%

A alteração acionista resultou do processo de reprivatiza-ção da EGF, conforme descrito na nota introdutória deste relatório (Acontecimentos do ano) e da venda pela AMAVE da sua participação no capital, aproveitando as condições do processo de reprivatização da EGF.

Reserva legalDe acordo com a legislação comercial em vigor, pelo me-nos 5% do resultado líquido anual se positivo, tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta repre-sente 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Outras variações no capital próprioEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica cor-responde a subsídios ao investimento, os quais são ini-cialmente reconhecidos no capital próprio, sendo depois reconhecidos em resultados como rendimentos em base sistemática de forma a balanceá-los com os gastos a que dizem respeito.

RC 2015 || 87CONTAS AO EXERCÍCIO

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 o movimento ocorrido na rubrica de subsídios ao investimento foi o seguinte:

Fundo de coesão inicial Integração de património Total

Saldo em 1 de janeiro de 2014 (reexpresso) 17.946.798 41.249.367 59.196.164

Aumentos 1.607.297 - 1.607.297

Rendimentos reconhecidos (691.626) (1.589.983) (2.281.609)

Saldo em 31 de dezembro de 2014 (reexpresso) 18.862.469 39.659.384 58.521.853

Aumentos - 409.775 409.775

Rendimentos reconhecidos (809.578) (1.546.962) (2.356.540)

Saldo em 31 de dezembro de 2015 18.052.891 38.522.198 56.575.088

Imposto diferido (Nota 11) - - (14.019.307)

18.052.891 38.522.198 42.555.782

Aplicação do resultado líquido do exercícioO resultado líquido do ano de 2013 de 1.568.975 Euros foi aplicado em 78.449 Euros para reserva legal e 1.490.526 Euros para distribuição de dividendos, conforme delibera-do na Assembleia Geral de 14 de março de 2014.

De acordo com a Assembleia Geral de Acionistas de 20 de março de 2015, o resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 no montante de 2.466.382,36 Eu-ros, apurado de acordo com o normativo IFRS, foi aplicado em 123.319 Euros para reserva legal e 2.343.063 Euros para distribuição de dividendos. O efeito dos ajustamentos de conversão para SNC sobre os resultados de 2014 foi transferido para resultados transitados.

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os dividendos foram distribuídos aos acionistas, líquidos das respetivas retenções.

14. Subsídios ao InvestimentoO movimento ocorrido nesta rubrica durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foi o seguinte:

Montante

Saldo em 1 de janeiro de 2014 (reexpresso) 4.216.740

Aumentos -

Rendimentos reconhecidos (162.182)

Saldo em 31 de dezembro de 2014 (reexpresso) 4.054.558

Aumentos -

Rendimentos reconhecidos (162.182)

Saldo em 31 de dezembro de 2015 3.892.376

O rendimento reconhecido referente a subsídios ao investi-mento nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foi conforme segue:

2015 2014

Subsídios reembolsáveis 162.182 162.182

Subsídios não reembolsáveis (Nota 13)

2.356.540 2.281.609

2.518.722 2.443.791

Estes montantes correspondem a subsídios recebidos, para os quais, decorrente das alterações regulatórias ve-rificadas em 2015 (Nota introdutória), de acordo com a estimativa da Empresa, irão concorrer para o cálculo do Passivo Regulatório, adoção, não foram registados no ca-pital próprio.

88 || RC 2015

15. Financiamentos ObtidosOs Financiamentos Obtidos Em 31 De Dezembro 2015 E 2014 Têm A Seguinte Composição:

2015 2014

Não correntes Correntes Não correntes Correntes

Empréstimos bancários - banca comercial 21.430.098 2.538.560 23.825.710 2.537.755

Locações financeiras - - - 3.632

Contas-correntes caucionadas - - - 4.060.409

21.430.098 2.538.560 23.825.710 6.601.796

2015 2014

Valor de Balanço Valor Nominal Valor de Balanço Valor Nominal

Empréstimos bancários

BPI 11.984.329 11.984.329 13.211.964 13.211.964

Millenium BCP 11.984.329 11.984.329 13.211.964 13.211.964

23.968.658 23.968.658 26.423.928 26.423.928

2015 2014

Limite Montante Utilizado Limite Montante Utilizado

Contas- correntes caucionadas

Caixa Geral de Depósitos 2.000.000 - 2.000.000 2.000.000

Millennium BCP 1.000.000 - 1.000.000 1.000.000

Banco BPI - - 1.000.000 1.000.000

3.000.000 - 4.000.000 4.000.000

Locações Financeiras

Caixa Geral de Depósitos - - - 3.577

3.000.000 - 4.000.000 4.003.577

O plano de pagamentos dos empréstimos bancários é o seguinte:

2015 2014

Até 1 ano 2.500.000 8.503.578

Até 2 anos 8.000.000 10.750.000

Até 3 anos 2.500.000 2.500.000

Até 4 anos 2.500.000 2.500.000

Até 5 anos 2.500.000 2.500.000

Mais de 5 anos 5.968.658 3.673.927

23.968.658 30.427.505

RC 2015 || 89CONTAS AO EXERCÍCIO

16. LocaçõesLocações financeirasEm 31 de dezembro de 2015 a empresa não possui nenhum contrato de locação financeira. Em 31 de dezembro de 2014, as locações financeiras são conforme segue:

2014

Ativo bruto Depreciações acumulados Ativo líquido

Equipamento de transporte 188.800 65.653 123.147

Ativo bruto Juros Total

Até 1 ano 3.578 - 3.578

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as responsabilidades da Empresa por rendas vincendas de locação financeira, incluindo capital e juros, ascendem a 0 Euros e 3.578 Eu-ros, respetivamente, sendo que relativamente ao valor em divida a 31.12.2014, a última prestação foi liquidada em ja-neiro de 2015.

Locações operacionaisA Empresa não é locatário em contratos de locação ope-racional.

17. Outras Contas a PagarEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, as outras contas a pagar são como segue:

2015 2014

Corrente Não corrente Corrente Não corrente

Credores por acréscimos de gastos:

Remunerações a liquidar 415.311 - 380.069 -

Fornecedores de Investimentos - 25.000 535.204 25.000

Outros 137.120 - 148.493 -

Adiantamentos por conta de tarifas futuras (a) - 13.714.513 - 11.849.334

Outros credores 497.819 90.000 204.084 -

1.050.250 13.829.513 1.267.850 11.874.334

(a) Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o movimento ocorrido nesta rubrica foi conforme segue:

2015 2014

Saldo inicial 11.849.334 9.842.642

Reforços 2.351.042 2.448.215

Transferências (Nota 6) (485.864) (441.523)

Saldo final 13.714.513 11.849.334

Esta rubrica foi apresentada até 2014, como “Acréscimos de gastos relativo a investimento contratual por realizar” que, decorrente das alterações regulatórias verificadas em 2015, irá concorrer para a determinação do Passivo Regu-latório em 2016 (Nota Introdutória).

O reforço desta rubrica corresponde à estimativa das amortizações para investimento contratual futuro, que no momento da sua concretização, eram transferidas para amortizações acumuladas, de forma a linearizar durante o período da concessão, a amortização dos ativos intangíveis.

90 || RC 2015

18. FornecedoresEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Fornecedores” tem a seguinte composição:

2015 2014

Fornecedores, conta corrente:

Fornecedores gerais 878.161 858.608

Partes relacionadas (Nota 23) 186.300 186.734

1.064.461 1.045.342

Relativamente ao exercício de 2014, o valor referente a partes relacionadas, dizem respeito à AdP.

19. Partes Relacionadas AcionistasConforme mencionado na Nota 13, a Empresa é detida maioritariamente (75,11%) pela EGF.

Transações com partes relacionadasNo decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foram efetuadas as seguintes transações com partes relacionadas:

2015

Vendas e prestação de serviços

Fornecimentos e serviços externos

Juros e gastos similares suportados

Acionistas:

EGF - 311.136 393.351

Municipio de Amarante 617.109 - -

Municipio de Armamar 73.662 - -

Municipio de Baião 203.132 - -

Municipio de Boticas 64.937 - -

Municipio de Cabeceiras de Basto 159.561 - -

Municipio de Celorico de Basto 159.570 - -

Municipio de Chaves 520.864 - -

Municipio de Cinfães 187.672 - -

Municipio de Lamego 381.798 - -

Municipio de Marco de Canaveses 625.925 - -

Municipio de Moimenta da Beira 119.239 - -

Municipio de Mondim de Basto 74.192 - -

Municipio de Montalegre 118.017 - -

Municipio de Penedono 35.486 - -

Municipio de Resende 119.071 - -

Municipio de Ribeira de Pena 63.699 - -

Municipio de São João da Pesqueira 99.742 - -

Municipio de Sernancelhe 55.240 - -

Municipio de Tabuaço 67.848 - -

Municipio de Tarouca 87.523 - -

Municipio de Valpaços 182.462 - -

Municipio de Vila Pouca de Aguiar 130.743 - -

Outras partes relacionadas:

Via Verde - 38.140 -

Suma Douro 647 - -

Suma Matosinhos - 951 -

Real Verde - 496.961 -

Ascendi O&M - 131 -

RTA - 150 -

4 148 139 847 469 393 351

RC 2015 || 91CONTAS AO EXERCÍCIO

2014

Vendas e prestação

de serviços

Fornecimentos e serviços

externos

Outros gastos

e perdas

Outros rendimentos

e ganhos

Juros e gastos similares

suportados

Acionistas:

EGF - 310.603 - - 550.065

Municipio de Amarante 616.583 - - - -

Municipio de Armamar 75.201 - - - -

Municipio de Baião 202.635 - - - -

Municipio de Boticas 63.765 - - - -

Municipio de Cabeceiras de Basto 161.201 - - - -

Municipio de Celorico de Basto 157.432 - - - -

Municipio de Chaves 521.633 - - - -

Municipio de Cinfães 186.874 - - - -

Municipio de Lamego 394.551 - - - -

Municipio de Marco de Canaveses 628.802 - - - -

Municipio de Moimenta da Beira 110.973 - - - -

Municipio de Mondim de Basto 77.880 - - - -

Municipio de Montalegre 231.038 - - - -

Municipio de Penedono 36.527 - - - -

Municipio de Resende 123.032 - - - -

Municipio de Ribeira de Pena 137.488 - - - -

Municipio de São João da Pesqueira 99.808 - - - -

Municipio de Sernancelhe 56.450 - - - -

Municipio de Tabuaço 69.893 - - - -

Municipio de Tarouca 86.697 - - - -

Municipio de Valpaços 178.083 - - - -

Municipio de Vila Pouca de Aguiar 135.684 - - - -

Empresas do Grupo EGF:

Ersuc - 4.393 - - -

Suldouro - 732 - - -

Valorlis - - - 19.828 -

Outras partes relacionadas:

Águas de Trás os Montes e Alto Douro - 918 2.817 - -

AdP - Serviços Ambientais, SA - 46.469 - - -

4 352 233 363 115 2 817 19 828 550 065

92 || RC 2015

2015

Clientes FornecedoresOutras Contas

a PagarAcionistas

Acionistas:

EGF - 98.866 74.929 5.500.000

Municipio de Amarante 60.601 - - -

Municipio de Armamar 39.925 - - -

Municipio de Baião 38.393 - - -

Municipio de Boticas 134.199 - - -

Municipio de Cabeceiras de Basto 16.321 - - -

Municipio de Celorico de Basto 29.268 - - -

Municipio de Chaves 113.262 - - -

Municipio de Cinfães 17.988 - - -

Municipio de Lamego 74.959 - - -

Municipio de Marco de Canaveses 60.672 - - -

Municipio de Moimenta da Beira 35.658 - - -

Municipio de Mondim de Basto 600 - - -

Municipio de Montalegre (2.340) - - -

Municipio de Penedono 7.659 - - -

Municipio de Resende 56.751 - - -

Municipio de Ribeira de Pena 10.711 - - -

Municipio de São João da Pesqueira 42.664 - - -

Municipio de Sernancelhe 5.244 - - -

Municipio de Tabuaço 52.121 - - -

Municipio de Tarouca 65.952 - - -

Municipio de Valpaços (6.107) - - -

Municipio de Vila Pouca de Aguiar 71.915 - - -

Empresas do Grupo EGF:

Ersuc - 185 - -

Outras partes relacionadas:

Via Verde - - 281 -

Suma Douro 104 - - -

Real Verde - 87.249 - -

926.520 186.300 75.210 5.500.000

Saldos com partes relacionadasEm 31 de dezembro de 2015 e 2014, a Empresa apresen-tava os seguintes saldos com partes relacionadas:

RC 2015 || 93CONTAS AO EXERCÍCIO

2014

Clientes FornecedoresOutras Contas

a PagarAcionistas

Acionistas:

EGF - 165.573 16.856 10.250.000

Municipio de Amarante 111.661 - - -

Municipio de Armamar 58.753 - - -

Municipio de Baião 36.904 - - -

Municipio de Boticas 73.016 - - -

Municipio de Cabeceiras de Basto 11.026 - - -

Municipio de Celorico de Basto 27.969 - - -

Municipio de Chaves 1.738.878 - - -

Municipio de Cinfães 18.317 - - -

Municipio de Lamego 112.915 - - -

Municipio de Marco de Canaveses 58.055 - - -

Municipio de Moimenta da Beira 36.373 - - -

Municipio de Mondim de Basto 6.417 - - -

Municipio de Montalegre 885 - - -

Municipio de Penedono 8.133 - - -

Municipio de Resende 101.107 - - -

Municipio de Ribeira de Pena 44.849 - - -

Municipio de São João da Pesqueira 73.830 - - -

Municipio de Sernancelhe 4.851 - - -

Municipio de Tabuaço 45.908 - - -

Municipio de Tarouca 56.738 - - -

Municipio de Valpaços 1.044.614 - - -

Municipio de Vila Pouca de Aguiar 193.070 - - -

Empresas do Grupo EGF:

Ersuc - 2.532 - -

Outras partes relacionadas:

Águas de Trás os Montes e Alto Douro 2.817 918 - -

AdP - Serviços Ambientais, SA - 855 - -

3.867.085 169.876 16.856 10.250.000

A rubrica Acionistas corresponde a suprimentos obti-dos, com um prazo de reembolso de 18 meses, os quais vencem juros à taxa Euribor a 3 meses, acrescida de um spread de 5,3%.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2015, a Empresa reembolsou suprimentos no montante de 2.000.000 Euros.

94 || RC 2015

20. Vendas e Prestação de ServiçosDurante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica vendas e serviços prestados foram con-forme se segue:

20152014

(reexpresso)

Vendas 8.732.812 6.638.813

Serviços prestados 9.342.530 9.359.495

18.075.342 15.998.307

2015 2014

Material reciclável 6.766.122 5.959.068

Energia - Biogás 1.966.690 679.745

8.732.812 6.638.813

2015 2014

Tratamento de resíduos a municípios

11.415.780 11.427.684

Tratamento de resíduos a particulares

277.792 199.195

Tratamento de resíduos - atividade não concessionada

- 180.831

11.693.572 11.807.710

Adiantamento por conta de tarifas futuras (Nota 17)

(2.351.042) (2.448.215)

9.342.530 9.359.495

2015 2014

Remunerações do pessoal 2.522.145 2.629.965

Remunerações dos órgãos sociais

231.754 268.592

Encargos sobre as remunerações 569.219 546.142

Seguros 147.012 135.956

Outros gastos com o pessoal 42.001 29.664

3.512.131 3.610.319

2015 2014

Subcontratos 1.782.141 1.586.910

Trabalhos especializados 180.617 213.687

Deslocações e estadas 48.268 45.370

Conservação e reparação 1.220.082 1.135.862

Energia e fluídos 1.982.122 1.872.151

Vigilância e segurança 227.085 210.947

Seguros 225.532 185.727

Materiais 135.767 159.299

Outros fornecimentos e serviços externos

823.934 763.398

6.625.548 6.173.351

VendasAs vendas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 referem-se, essencialmente, a materiais reci-cláveis resultantes da recolha seletiva e do tratamento dos resíduos provenientes da recolha indiferenciada, e energia de Biogás.

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Vendas” detalha-se conforme segue:

Prestação de serviçosOs serviços prestados nos exercícios findos em 31 de de-zembro de 2015 e 2014 referem-se, essencialmente, ao tratamento e valorização de resíduos provenientes da re-colha indiferenciada a clientes municipais.

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Prestação de serviços” detalha-se conforme segue:

Por força de aplicação do novo Regime regulatório, dimi-nui-se de prestações de serviços o mesmo montante que se anulou de amortizações de investimento futuro.

21. Fornecimentos e Serviços ExternosOs fornecimentos e serviços externos dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 tinham a seguinte composição:

22. Gastos com o PessoalA rubrica de “Gastos com o pessoal” nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, tem a seguinte composição:

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a Empresa teve em média 213 e 218 trabalhadores ao seu serviço, respetivamente.

RC 2015 || 95CONTAS AO EXERCÍCIO

2015 2014

Juros suportados 1.032.338 1.427.000

Outros gastos e perdas financeiros

28.091 29.761

1.060.429 1.456.761

2015 2014

Juros obtidos de aplicações financeiras

44 760 68 230

Outros rendimentos e ganhos financeiros

263 90

45.023 68.320

2015 2014

Garantias bancárias 922.326 -

922.326 -

2015 2014

Rendimentos suplementares 71.882 63.799

Subsídios à exploração 2.674 3.547

Outros rendimentos e ganhos 593.963 768.606

668.519 835.952

2015 2014

Impostos 247.821 264.158

Donativos 5.464 6.176

Outros gastos e perdas 285.752 112.568

539.037 382.902

2015 2014

Gastos de amortização 4.288.020 4.132.272

23. Outros Rendimentos e GanhosA rubrica de “Outros rendimentos e ganhos” nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 tem a seguinte composição:

Os outros rendimentos e ganhos dizem respeito aos juros de mora cobrados aos municípios.

24. Outros Gastos e PerdasA rubrica de “Outros gastos e perdas” nos exercícios fin-dos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 tem a seguinte composição:

25. Gastos de AmortizaçõesNos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica, tem a seguinte composição:

26. Juros e Outros Rendimentos e Gastos Similares

Os juros e gastos similares suportados nos exercícios fin-dos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 tinham a seguinte composição:

Os juros e rendimentos similares obtidos nos exercícios fin-dos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 tinham a seguinte composição:

27. Ativos e Passivos ContingentesEm 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, a Empresa tinha solicitado a prestação a favor de terceiros de garantias, como segue:

O valor das garantias acima referido não inclui o valor de 893.046 Euros, referente ao contrato de concessão anti-go e que foram anuladas em janeiro de 2016, deixando de existir essa responsabilidade.

A garantia do novo contrato de concessão é de 922.326 Euros.

96 || RC 2015

28. Resultado por AçãoO resultado por ação básico e diluído dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foi calculado tendo em consideração os seguintes montantes:

2015 2014

Resultado para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico e diluído 3.958.175 2.486.414

"Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico e diluído" 8.000.000 8.000.000

Resultado líquido por ação básico e diluído 0,49 0,31

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 não existiram efeitos diluidores, pelo que os resultados por ação básico e diluído são idênticos.

29. Gestão de Riscos FinanceirosA Empresa encontra-se exposta, essencialmente, aos se-guintes risco de financeiros:

Risco de taxa de juroOs riscos da taxa de juro estão essencialmente relaciona-dos com os juros suportados com a contratação de diver-sos financiamentos com taxas de juro variáveis.

Caso as taxas de juro de mercado tivessem sido superiores ou inferiores em 1% durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o resultado líquido daqueles exercícios teria diminuído ou aumentado em, aproxima-damente, 292 mil Euros e 324 mil Euros, respetivamente, não considerando o respetivo efeito fiscal.

Risco de liquidezO risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financia-mento, como sejam os fluxos de caixa operacionais, de desinvestimento, de linhas de crédito e os fluxos de caixa obtidos de operações de financiamento, não satisfizerem as necessidades de financiamento, como sejam as saídas de caixa para atividades operacionais e de financiamento, os investimentos, a remuneração dos acionistas e o reem-bolso de dívida.

Para reduzir este risco, a Empresa procura manter uma posição líquida e uma maturidade média da dívida que lhe permita a amortização da sua dívida em prazos adequa-dos. No entendimento do Conselho de Administração, ten-do em consideração as principais projeções de cash-flow para 2016 e a estrutura e tipologia dos seus ativos, a Em-presa não antevê dificuldades em liquidar a suas respon-sabilidades financeiras correntes.

Risco RegulatórioOs ganhos registados em cada exercício por cada Empresa resultam essencialmente dos pressupostos considerados pelo regulador ERSAR na definição das tarifas reguladas para o sector do tratamento e gestão de resíduos.

Em 6 de março, foi publicada a Lei n.º 10/2014, que apro-vou os novos Estatutos da Entidade Reguladora dos Ser-viços de Águas e Resíduos (ERSAR). Esta publicação vem na sequência da Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, que aprovou a lei-quadro das entidades administrativas inde-pendentes com funções de regulação da atividade eco-nómica dos setores privados, público e cooperativo. De acordo com os novos estatutos, a ERSAR viu aumentada a sua independência de atuação (artigoº 2.º), expandido o universo de entidades sujeitas a regulação (artigo 4.º) e re-forçados os seus poderes e atribuições sobre as entidades reguladas (artigos 5.º, 9.º, 10.º e 11.º). Em face das altera-ções em concretização no sector dos resíduos, o reforço dos poderes da ERSAR constitui um desafio significativo quer para a entidade reguladora quer para as entidades re-guladas. É expetativa que, com este reforço de poderes da ERSAR, o sector integre uma agenda consentânea com a fase de desenvolvimento em que se encontra, colocando--se o enfoque na sustentabilidade de forma integrada, nas vertentes económica, social e ambiental.

Durante o ano de 2014, em concretização do novo poder regulamentar da ERSAR, foi aprovado pela Deliberação n.º 928/2014 o RTR- Regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos, publicado em Diário da Repú-blica, 2.ª série, de 15 de abril. Este regulamento produzirá efeitos em 1 de janeiro de 2016, e acarreta uma alteração do modelo regulatório em vigor, passando-se de um mode-lo de custo de serviço (cost plus) para um modelo de pro-veitos permitidos (revenue cap), o qual remunera uma base de ativos ao custo de capital e permite a recuperação dos gastos operacionais num cenário de eficiência produtiva.

RC 2015 || 97CONTAS AO EXERCÍCIO

30. Informação Sobre o Contrato de ConcessãoA concessão em regime exclusivo por um período de 19 anos, com termo em 2034, da exploração e da gestão do Sistema multimunicipal de tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos Norte Central, em regime de serviço público, foi atribuída à RESINORTE através do Decreto-Lei nº 106/2014 de 2 de julho que veio alterar o Decreto-Lei nº 235/09 de 15 de setembro.

A atividade objeto da concessão compreende o tratamento dos resíduos urbanos gerados nas áreas dos municípios utilizadores, incluindo a sua valorização e a disponibiliza-ção de subprodutos, assim como a recolha seletiva de re-síduos urbanos, encontrando-se os municípios obrigados a entregar à RESINORTE todos os resíduos urbanos cuja gestão se encontre sob sua responsabilidade.

A fiscalização da concessão é da competência da ERSAR, sendo também desta entidade a competência da definição das tarifas a aplicar, assim como a aprovação das Contas Reguladas e dos planos de investimento da RESINORTE.

A exploração e gestão, anteriormente referida, compreen-de também a conceção, a construção, a aquisição, a exten-são, a reparação, a renovação, a manutenção e a otimiza-ção de obras e equipamentos necessários ao exercício da atividade da Empresa.

As bases da concessão definem que a RESINORTE terá como atividade principal, a atividade relativa à exploração e à gestão do sistema multimunicipal de resíduos urbanos, compreendendo o tratamento de resíduos urbanos resul-tantes da recolha indiferenciada e a recolha seletiva de resíduos urbanos, incluindo a triagem, e como atividades complementares, as atividades que, não se se integrando na atividade principal, utilizam ativos afetos a esta, per-mitindo otimizar a respetiva rentabilidade. O exercício das atividades complementares dependem de autorização do concedente, precedida de pareceres da Autoridade da Concorrência e da ERSAR.

Consideram-se como bens afetos à concessão:R As infraestruturas relativas ao tratamento e valoriza-

ção de resíduos urbanos indiferenciados e seletivos, bem como os bens utilizados na recolha seletiva de resíduos urbanos: as estações de transferência, os ecocentros, as centrais de processamento, triagem e valorização e os respetivos acessos, as infraes-truturas associadas, os aterros, os ecopontos e os meios de transporte de resíduos;

R Os equipamentos necessários à operação das in-fraestruturas e ao acompanhamento e controlo da sua exploração;

R Todas as obras, máquinas e aparelhagem e respe-tivos acessórios utilizados para a receção e trata-mento dos resíduos e para a manutenção dos equi-pamentos e gestão do sistema multimunicipal não referidos acima;

R Os equipamentos, máquinas, veículos, aparelha-gem e respetivos acessórios utilizados para a reco-lha seletiva de resíduos urbanos.

Adicionalmente, são também considerados como ativos afetos à concessão:

R Os imóveis adquiridos por via do direito privado ou mediante expropriação para implantação das in-fraestruturas;

R Os direitos privativos de propriedade intelectual e industrial de que a Empresa seja titular;

R Outros bens e direitos que se encontrem relacio-nados com a continuidade da exploração da con-cessão, nomeadamente laborais, de empreitada, de locação e de prestação de serviços.

A RESINORTE deve elaborar e manter o inventário dos bens e direitos afetos à concessão, devendo, anualmente, enviar à ERSAR informação detalhada sobre os mesmos, assim como dos abates efetuados.

A Empresa tem a obrigação de, durante o prazo de vigên-cia da concessão, manter o bom estado de funcionamento, conservação e segurança dos ativos e meios a ela afetos, efetuando todas as reparações, renovações e adaptações necessárias para a manutenção dos ativos nas condições técnicas requeridas.

A Empresa mantém o direito de explorar os ativos afetos à concessão até à extinção desta. Os ativos afetos à con-cessão apenas podem ser utilizados para o fim previsto na concessão. Na data da extinção da concessão, os bens a ela afetos revertem para uma Entidade Intermunicipal, As-sociação de municípios, o conjunto dos Municípios utiliza-dores, ou o Estado, mediante o exercício do respetivo direi-to de opção e o pagamento à concessionária, nos termos previstos nas Bases e no contrato de concessão, de uma indemnização correspondente ao valor líquido contabilís-tico daqueles bens.

O regime remuneratório da concessão baseia-se no reco-nhecimento à Empresa dos proveitos permitidos, a serem refletidos nas tarifas a aplicar aos utilizadores do sistema. A Empresa é responsável pelos riscos inerentes à con-cessão nos termos da legislação aplicável, assumindo os respetivos riscos operacionais. A Empresa é responsável pela obtenção do financiamento necessário ao desenvolvi-mento do objeto da concessão, por forma a cumprir cabal e atempadamente as obrigações assumidas no contrato de concessão, assumindo os respetivos riscos de investimen-to e de financiamento.

98 || RC 2015

Os proveitos permitidos anualmente à Empresa, no âmbi-to da atividade concessionada, são definidos pela ERSAR para um horizonte temporal de três a cinco anos (Período regulatório). O modelo regulatório é fixado pela ERSAR e assenta, entre outros, nos seguintes pressupostos:

R Elegibilidade dos custos de exploração, para efei-tos de determinação dos proveitos permitidos, por referência a um cenário de eficiência produtiva da exploração e gestão do sistema multimunicipal;

R Remuneração do capital com base no custo médio ponderado, com parâmetros definidos em referên-cia a valores de mercado e ao desempenho de enti-dades representativas comparáveis;

R Definição de uma base de ativos, constituída pelos bens afetos à concessão, como incidência da remu-neração do capital;

R Adoção de mecanismos de incentivo à eficiência;R Repercussão adequada nos proveitos permitidos

das diferenças registadas entre as quantidades es-timadas e as quantidades de resíduos urbanos en-tregues à Empresa.

Adicionalmente, a definição da base de custos de explora-ção deve atender ao seu controlo efetivo pela Empresa, às tecnologias e capacidades instaladas, bem como às osci-lações da procura.

Assim, as tarifas a aplicar aos utilizadores devem propor-cionar à Empresa os proveitos permitidos nos termos das bases anteriores e correspondem ao resultado da divisão dos proveitos permitidos anualmente à Empresa pelas quantidades estimadas de consumo para esse ano.

O contrato de concessão a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2016, permitirá um equilíbrio contratual nas condições de uma gestão eficiente, promovendo um investimento mais racional e uma maior eficiência operacional, através do re-conhecimento dos custos de investimento, de operação e manutenção e na adequada remuneração dos ativos afetos à concessão, a serem refletidos nas tarifas aplicáveis à Em-presa, as quais permitirão recuperar os custos de explora-ção e obter uma determinada remuneração sobre os ativos.

A concessão pode ser extinta por acordo entre as partes, por rescisão, por resgate e pelo decurso do prazo. A extin-ção da concessão opera a transmissão para os Municípios ou para o Estado dos bens e meios a ela afetos.

O contrato de concessão poderá ser rescindido pelo con-cedente se ocorrer qualquer uma das situações a seguir descritas, com impacto significativo nas operações da concessão: desvio do objeto da concessão; interrupção prolongada da exploração por facto imputável à Empresa; oposição reiterada ao exercício da fiscalização ou repetida desobediência às determinações do concedente ou, ainda, sistemática inobservância das leis e regulamentos aplicá-veis à exploração; recusa em proceder à adequada conser-vação e reparação das infraestruturas; cobrança reiterada

de valores superiores aos fixados nos contratos de conces-são e nos contratos celebrados com os utilizadores; disso-lução ou insolvência da Empresa; trespasse da concessão ou subconcessão não autorizadas; alienação não autori-zada de participações no capital da Empresa; oneração de participações no capital da Empresa em inobservância do disposto no contrato de concessão; aumento ou redução não autorizados, quando aplicável, do capital social da Em-presa; falta de prestação da caução ou de renovação do respetivo valor nos termos e prazos previstos; e recusa ou impossibilidade da Empresa em retomar a concessão.

O concedente pode resgatar a concessão, assumindo a gestão direta do serviço público concedido, sempre que motivos de interesse público o justifiquem e decorrido que seja pelo menos dois terços do prazo contratual, mediante aviso prévio feito à Empresa, por carta registada com aviso de receção, com, pelo menos, um ano de antecedência re-lativamente à data de produção de efeitos do resgate.

Pelo resgate, a Empresa tem direito a uma indemnização que deve atender ao valor contabilístico à data do resgate dos bens revertidos, do valor dos créditos existentes, bem como ao valor de eventuais lucros cessantes, tendo em consideração o número de anos que restem para o termo da concessão.

RC 2015 || 99CONTAS AO EXERCÍCIO

Relatório e Parecer do Concelho Fiscal

100 || RC 2015

RC 2015 || 101CONTAS AO EXERCÍCIO

Certificação Legal das Contas

102 || RC 2015