relatÓrio do pnc: histórico e resultados obtidos · grande do sul, santa catarina e são ......
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SUMÁRIO
Apresentação do relatório 4Parte 1 – Contextualização e Histórico 5
1.1 Antecedentes 51.2 Parcerias 61.3 Breve histórico das atividades do PNC 9
Parte 2 – EXECUÇÃO (Projetos Estaduais) 102.1 Acre 102.2 Bahia 132.3 Ceará 172.4 Espírito Santo 222.5 Goiás 272.6 Pará 322.7 Pernambuco 372.8 Rio de Janeiro 412.9 Rio Grande do Norte 482.10 Rio Grande do Sul 542.11 Santa Catarina 582.12 São Paulo 60
Parte 3. Novos projetos e demandas 64Parte 4 – Desdobramentos do PNC e resultados consolidados 66
4.1.1 Curso presencial sobre Administração Ambiental de Projetos Municipais de Mineração no Espírito Santo
66
4.2 Videoconferências no estado do Espírito Santo sobre Diversos Temas em parceria com Instituto do Banco Mundial / MMA / IEMA / UFES
67
4.3 Encontros Nacionais de Coordenadores do PNC 674.4 Curso à distância de Gestão de Resíduos Sólidos 68
4.5 Curso à distância de Licenciamento Ambiental 694.6 Seminários Temáticos à distância. 704.7 Desdobramentos de Projetos Estaduais 734.8 Esforços para elaboração de novo programa de apoio à gestão ambiental
nos municípios77
4.9. Consolidação dos principais resultados do PNC 78Parte 5– Impactos do PNC 93Parte 6 – Análise das parcerias 96Parte 7 – Conclusões 97
2
Anexos 98Anexo 1 – Portaria
Anexo 2 – Termo de Referência PNC
Anexo 3- Relatório do curso GIRS
Anexo 4 - Síntese dos Resultados apresentados pelos estados durante o I e II Encontro Anual do PNCAnexo 5 - Relatório do curso LIA
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APRESENTAÇÃO
Fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) foi uma das
prioridades identificadas na I Conferência Nacional de Meio Ambiente, realizada pelo Ministério
do Meio Ambiente (MMA) em novembro de 2003, como uma das linhas de orientação para a
política ambiental integrada do MMA. O Programa Nacional de Capacitação de Gestores
Ambientais (PNC) é um das ações do governo para este fortalecimento.
Este Programa tem foco nacional e se fundamenta na lógica da gestão ambiental
compartilhada entre municípios, Estados e União, sempre consideradas as especificidades locais
e regionais.
O Programa tem como pontos focais de articulação as Comissões Tripartites Estaduais.
Sua construção, em conjunto com a Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio
Ambiente (ABEMA), a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA)
e a Confederação Nacional de Municípios (CNM) contribui para essa articulação, contemplando
os diversos interesses e garantindo a sua sustentabilidade.
Nos primeiros três anos de PNC participaram do programa doze Estados: Acre, Bahia,
Ceará, Espírito Santo, Goiás, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Dos quais dez foram com recursos da Petrobras e
dois (AC e ES) foram com recursos do MMA.
Para além dos projetos nos estados, foram promovidas atividades desencadeadas pela
Coordenação Nacional, tais como: Seminários Temáticos (através de videoconferências), Cursos
à Distância e Semi-presenciais.
Nestes anos do PNC foram alcançados diversos resultados e impactos no que diz
respeito ao fortalecimento do SISNAMA. Dentre eles, destacam-se: a capacitação de diversos
gestores ambientais nos Estados conveniados, a criação de Órgãos/Secretarias Municipais de
Meio Ambiente, a formação de redes de gestores ambientais, a criação de agendas de
compromisso, a criação de Conselhos e Fundos Municipais de Meio Ambiente e municípios que
passaram a licenciar. Estes resultados são fundamentais para o processo de descentralização da
gestão ambiental, pois indicam o fortalecimento do sistema de gestão ambiental nos níveis
municipal e Estadual.
Com o intuito de apresentar os resultados obtidos, as dificuldades encontradas ao longo
do processo e as perspectivas e desafios futuros é que apresentamos esse documento.
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Parte 1 – Contextualização e Histórico1.1 Antecedentes
A capacidade de atuação do Estado na área ambiental está fundada na idéia de
responsabilidades compartilhadas entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e entre os
diversos setores da sociedade. Essa concepção tem origem na Lei nº 6.938, de 31 de agosto de
1981, que estabelece a Política Nacional de Meio Ambiente e também institui o Sistema Nacional
do Meio Ambiente – SISNAMA.
Em 34 anos de política ambiental no País, com a criação da Secretaria Especial de Meio
Ambiente – SEMA, e passados mais de 27 anos da Política Nacional estabelecida pela Lei 6.938/
1981, a situação do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, segundo dados do IBGE
(2005) indica limitações evidentes de implementação: 58% dos municípios não têm legislação
ambiental, 66% não têm conselhos de meio ambiente, 82% não têm fontes de recursos
financeiros, e somente 8,1% têm os três instrumentos.
Entre os entes federados, a demanda maior por organização do sistema se encontra nos
municípios, não apenas por serem eles os que menos contam com estruturas e instrumentos de
gestão em aplicação, mas também porque será para eles a transferência de diversas atribuições
no processo de descentralização pelo qual o SISNAMA deverá passar. Especialmente com a
regulamentação do Artigo 23 da Constituição Federal, espera-se a definição das competências e
o estabelecimento de normas de cooperação entre União, Estados, DF e Municípios, o que
certamente aumentará ainda mais a necessidade de fortalecimento da gestão ambiental nos
municípios.
Em função desse cenário, a Comissão Tripartite Nacional propôs a elaboração do
Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais - PNC, para auxiliar na
consolidação do sistema público de gestão ambiental no Brasil. Promovido em articulação com
os governos estaduais, representantes dos municípios e órgãos ambientais municipais, e tendo
como clientela prioritária as prefeituras e conselhos municipais de meio ambiente, o PNC tem
como propósito criar as bases de estruturação dos sistemas municipais de gestão ambiental, a
partir da capacitação dos diversos segmentos sociais para exercer com autonomia as ações de
gestão ambiental no âmbito de suas competências, de acordo com a realidade sócio-econômica
e ambiental regional, na perspectiva do desenvolvimento sustentável, como parte do
fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA.
O PNC foi instituído formalmente através da Portaria nº286/2005 (Anexo1) e lançado
oficialmente em 23 de agosto de 2005 e tem como pontos focais de articulação as Comissões
Tripartites Estaduais. Sua construção, em conjunto com a Associação Brasileira de Entidades
Estaduais de Meio Ambiente (ABEMA), a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio
Ambiente (ANAMMA) e a Confederação Nacional de Municípios (CNM) contribui para essa
articulação, contemplando os diversos interesses e garantindo a sua sustentabilidade e resultou5
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no Termo de Referência que norteou a elaboração e execução dos projetos estaduais (Anexo 2).
O Termo de Referência contém: Objetivos, Diretrizes, Eixos Temáticos, Estratégias de
Implementação, Critérios de Seleção, Proposta de Encaminhamento, além de anexos.
O Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais dá subsídios à construção
da estrutura institucional para o fortalecimento do SISNAMA nos municípios (conselho, fundo,
legislação própria e secretaria de meio ambiente), corroborando com a descentralização
adequada para gestão ambiental em todo o território nacional.
1.2 Parcerias firmadasO PNC ao longo desses anos conseguiu estabelecer parcerias em âmbito nacional, além
de diversas parcerias angariadas pelos projetos estaduais.
1.2.1 PetrobrasEm 2005, o MMA e a Petrobras iniciaram negociações para viabilizar o PNC, na ocasião
seriam necessários recursos na ordem de R$12 milhões de reais para atingir a totalidade dos
municípios brasileiros e a proposta então apresentada era da ordem de quatro milhões de reais,
divididos em duas etapas em 2005 e 2006.
A parceria com a Petrobras foi firmada através de um Protocolo de Intenções, em 2005,
com o objeto de que “as instituições empenharão seus melhores esforços, no âmbito de cada
uma, para a formalização de um convênio para a implantação do Programa Nacional de
Capacitação para Gestores Municipais e Conselheiros do SISNAMA”
Com a Petrobras foram firmados 10 convênios com a interveniência do MMA. Esses
convênios representavam uma expectativas de recursos de quase R$3,5 milhões, com mais de R
$ 720 mil em contrapartida, representando um total de R$ 4.219.745,50, conforme tabela:
UF Valor solicitado a Petrobrás R$ (1)
Valor da Contrapartida R$ (2)
Valor Total do projetoR$ 3 (1+ 2)
BA 373.680,00 41.520,00 415.200,00
CE 299.988,00 62.400,00 362.388,00
GO 344.908,50 39.710,00 384.618,50
PA 450.000,00 50.000,00 500.000,00
PE 431.804,00 47.996,00 479.800,00
RJ 347.760,00 88.200,00 435.960,00
RN 213.900,00 139.992,00 353.892,00
RS 359.852,00 83.035,00 442.887,00
SC 176.000,00 44.000,00 220.000,00
SP 500.000,00 125.000,00 625.000,00
Total 3.497.889,50 721.868,00 4.219.745,50A situação da execução desses convênios encontra-se na parte II e IV do relatório.
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1.2.2 Instituto do Banco Mundial - WBIA parceria com o WBI iniciou em 2005, por ocasião da implementação do PNC, quando o
WBI propôs à Coordenação como colaboração para a capacitação dos gestores ambientais
municipais, a realização de seminários temáticos por videoconferência seguidos de duas
semanas de discussão on-line, apresentando temas demandados pelos gestores ambientais nos
estados e municípios. Antes do início dos seminários temáticos, foi realizada uma reunião sobre
a implementação do PNC por videoconferência em outubro de 2005, a fim de familiarizar a
equipe do MMA com esta nova ferramenta, tendo sido essa a primeira atividade de comunicação
à distância realizada pelo PNC. A partir de fevereiro de 2006, foram iniciados os seminários
temáticos, os quais ocorrem mensalmente desde então, com poucas exceções. Até novembro de
2008, já foram realizados 22 seminários temáticos.
Com a realização destes seminários temáticos, o tema de mineração apresentou uma
grande demanda de capacitação no estado de Espírito Santo. Como resposta a essa demanda,
em novembro de 2006 o WBI apoiou a realização de um curso presencial sobre Mineração no
estado do Espírito Santo. Em 2007, o tema de gestão de resíduos sólidos foi identificado como
demanda dos 6 estados que já haviam concluído o primeiro ano de capacitação do PNC,
utilizando o material impresso nos 5 cadernos do PNC. Em novembro de 2007 o WBI apoiou a
realização de um curso piloto à distância sobre Gestão Integrada de Resíduos Sólidos com a
participação desses estados. No mesmo ano, o tema de licenciamento ambiental também foi
demandado pelos estados, principalmente como conseqüência da regulamentação do Artigo 23
da Constituição, que trata da descentralização dessa atividade. Em atenção a essa demanda, e à
necessidade de capacitar também os municípios dos outros estados que ainda não haviam
participado das atividades dessa parceria, em abril de 2008 o WBI apoiou o desenvolvimento e a
realização do curso à distância sobre Licenciamento Ambiental. A primeira versão desse curso
envolveu 17 estados e cerca de 800 participantes.
Além das atividades citadas acima, o WBI apoiou a realização do I e II Encontro Anual do
PNC, ocorridos respectivamente em novembro de 2006 e dezembro de 2007, onde foram
apresentados os resultados das capacitações realizadas nos estados e o planejamento para a
continuidade do programa. Adicionalmente, em julho de 2008 o WBI apoiou a realização de um
retiro (workshop) para possibilitar à equipe do MMA discutir os resultados alcançados e lições
aprendidas durante estes dois primeiros anos de PNC e para planejar as metas e atividades do
PROGAM – Programa de Apoio à Gestão Ambiental Municipais até 2010
Apesar dessa parceria existir desde 2005 e produzir, desde então, resultados
significativos, não existe um documento formal entre o WBI e o MMA que oficialize esse trabalho
conjunto, uma vez que a parceria não envolve o repasse de recursos financeiros. É uma parceria
essencialmente técnica, com bom entendimento entre as equipes, convergência de objetivos e
bons resultados.
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O WBI também facilitou a parceria com o GDLN – Rede Global de Desenvolvimento da
Aprendizagem, sediada hoje na UnB – Universidade de Brasília, que promove a logística para as
videoconferências. Houve por parte do MMA todo esforço para a celebração de Acordo de
Cooperação Técnica, mas por conta de problemas com a Fundação Universidade de Brasília o
acordo não foi assinado, porém sem prejuízos para a realização das videoconferências.
1.2.3 Caixa Econômica FederalA parceria com a Caixa Econômica Federal também foi iniciada em 2005, quando foi
assinado um Acordo de Cooperação Técnica para promover o PNC, com duração de dois anos,
vencidos em agosto de 2007.
Entre os objetivos específicos constavam:
apoiar a organização e fortalecimento dos sistemas municipais de meio ambiente;
contribuir com o processo de divulgação da gestão ambiental no âmbito municipal e a
valorização da importância dos municípios no SISNAMA;
Participar da Comissão Tripartite Nacional e do Grupo Técnico Tripartite dos Estados;
Intermediar repasses financeiros e/ou orçamentários entre parceiros e Estados
conveniados e
Apoiar o financiamento da estruturação dos órgãos ambientais municipais por meio de
linhas de crédito disponibilizadas pela CAIXA.
Havia uma intenção de que a Caixa Econômica Federal fizesse o acompanhamento da
prestação de contas dos projetos conveniados com a Petrobras, entretanto, isso não foi possível
de acordo com a Instrução Normativa que regulamenta o uso do dinheiro público. Havia uma
outra intenção de que a Caixa patrocinasse o projeto gráfico do PNC, como, banner, folder,
cartaz, vídeo, cadernos e CDs. O MMA produziu os materiais gráficos, incluindo a logomarca da
Caixa Econômica Federal como apoio institucional e a Caixa imprimiu três mil cadernos do
volume metodológico do PNC (6º caderno). A Caixa também disponibilizou o seu espaço cultural
para o lançamento do Programa.
Mais recentemente, a Caixa participou dos cursos à distância de gerenciamento de
resíduos sólidos (2007) disponibilizando equipe para atuar como instrutores e publicações com
essa temática. No curso de licenciamento foram oferecidas 60 vagas para a participação de
técnicos das gerências descentralizadas da Caixa, com o intuito das equipes darem apoio ao
projetos que demandam de licenciamento. O curso foi finalizado em julho e há um potencial a
ser negociado com a Caixa na forma de contribuição desses técnicos nos projetos que requerem
licenciamento e que são financiados pela Caixa.
Em 2008, a Caixa apresentou interesse de reforçar a parceria com o MMA no que diz
respeito a ações que possam levar ao fortalecimento da gestão ambiental aos municípios seja
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através de assistência técnica, seja pela contribuição para a estruturação de fundos municipais.
Entretanto, as negociações foram suspensas por conta das mudanças de gestão no MMA.
1.3 Breve histórico das atividades do PNC
Ano Principais Ações2003 Demanda da I Conferência Nacional do Meio Ambiente - criação de um
programa de capacitação para os municípios2004 Elaboração do Programa2005 Negociação com a Petrobras
Lançamento do Programa 23 de agosto/2005 Assinatura do primeiro convênio com ES em setembro/2005
2006 I Workshop de elaboração da proposta de acompanhamento do PNC (fevereiro) Inicio dos Seminários Temáticos Mensais com o WBI, através de
videoconferência com os Estados participantes (fevereiro) I Reunião do GT de monitoramento (junho)
Assinatura dos convênios Acre, Bahia, Ceará, Goiás, Pará, Pernambuco, Rio
Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo
I Encontro Nacional do PNC (agosto)
Início da capacitação - Acre e Rio Grande do Norte (agosto)
Realização do Curso Presencial sobre “Administração Ambiental de Projetos
Municipais de Mineração no Estado do Espírito Santo” em parceria com o WBI
em novembro2007 II Encontro Nacional do PNC (novembro)
Realização do curso à distância sobre Gestão de Resíduos Sólidos, em parceria
com o WBI, envolvendo os estados do Acre, Ceará, Goiás, Pernambuco, Rio de
Janeiro e Rio Grande do Norte (novembro a dezembro)
Finalização dos convênios AC, RN2008 Realização do curso semi-presencial sobre Licenciamento Ambiental em parceria
com o WBI, com os órgãos licenciadores e envolvendo os estados do Acre,
Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará,
Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São
Paulo, Santa Catarina, Sergipe (março a junho)
Finalização dos convênios CE, ES, GO, PE, RJ, RS, SC e SP Nova negociação com a Petrobras
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Parte 2 – Execução - Projetos Estaduais
2.1. ACRE
Entidade Executora: Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais – SEMA
Coordenação: Maria de Fátima Ferreira da Silva
O Programa de Capacitação de Gestores Ambientais e Conselheiros do SISNAMA do
Estado do Acre foi planejado e elaborado de forma participativa e coletiva. Nesse sentido, o
IBAMA, a SEMA e as prefeituras do Alto e Baixo Acre, Purus, Tarauacá e Envira se reuniram para
elaborarem um projeto que viesse a atender aos anseios e necessidades dos 22 (vinte e dois)
municípios acreanos.
Estratégia de Mobilização dos municípios• Envio de correspondências às prefeituras, câmaras municipais e aos conselhos
municipais de meio ambiente;
• Visitas aos cinco municípios pólos;
• Realização de seminários de lançamentos do PNC/AC nos cinco municípios sedes das
regionais do Estado.
A equipe de execução do projeto conseguiu mobilizar 19 (dezenove) dos 22 (vinte e dois)
municípios acreanos no processo que envolveu seminários e capacitações.
Metodologia A metodologia adotada pelos instrutores favoreceu a construção de conhecimentos a
partir da realidade local e da experiência que cada capacitando trouxe de suas atividades diárias.
Desta forma, foi possível visualizar o SISNAMA na estrutura municipal e avaliar a capacidade
instalada em cada município para assumirem suas funções no controle ao acesso dos bens
naturais e na gestão ambiental. Trabalhando em regionais foi possível comparar diferenças e
semelhanças entre os problemas enfrentados e soluções encontradas por cada município e
começar a pensar ações conjuntas como a realização de consórcios.
Os conteúdos dos módulos tiveram um enfoque voltado à gestão ambiental e à
organização administrativa dos sistemas de meio ambiente, totalizando 100 horas de
capacitação. É importante destacar que foi deliberado aos Estados a escolha dos conteúdos de
acordo com as necessidades locais.
Módulo 1 – Políticas e Instrumentos de Gestão Ambiental, com carga horária de 30
horas, foi abordado o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), discutido suas
competências e componentes. Também neste módulo, foram repassados aos capacitandos
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conteúdos que permitiam melhor compreensão e execução de trabalhos de gestão, como
legislação ambiental (âmbito federal, estadual e municipal), educação ambiental, agendas
ambientais, Sistema Nacional de Informações de Meio Ambiente (SINIMA) e suas configurações
regional e estadual. Houve ainda, o repasse de informações sobre algumas fontes de recursos
(próprias, nacionais e externas) e normas de elaboração de projetos, enfatizando a visão de
planejamento.
Módulo 2 – Criação, Organização e Estruturação do Sistema Municipal de Meio Ambiente, com carga horária de 20 horas, foram trabalhados conteúdos tomando por base os
conhecimentos adquiridos no primeiro módulo, como licenciamento, fundos municipais, poder de
polícia, criação de Unidades de Conservação (UC’s), áreas protegidas, e os mecanismos para
que o município possa responsabilizar-se por atividades de fiscalização e controle do meio
ambiente. Demonstrando aos capacitandos que para exercer tal papel, os municípios precisam
de uma organização mínima, como a criação de secretarias, conselhos, instrumentos de gestão
(códigos, Plano Diretor, Agenda 21, entre outros) e legislação municipal.
Módulo 3 – Meio Ambiente e Gestão Urbana, com 30 horas de duração, os instrutores
enfocaram as características locais dos municípios, como sua história, economia e
características naturais. Foi discutindo com os capacitandos, de forma pontual, os instrumentos
de gestão das cidades (uso e ocupação do solo, Zoneamento Ecológico-Econômico, Códigos de
Posturas, Código de Obras, Código Sanitário e outros), formas de utilização e transformação da
anuência prévia e alvarás em instrumentos de política ambiental. E ainda, os instrumentos de
planejamento mais utilizados na atualidade, como: zoneamento, Agenda 21 Local, Plano de
desenvolvimento, Políticas de Integração Internacionais (MAP – Madre de Dios/Bolívia,
Pando/Peru e Acre/Brasil, entre outros).
Módulo 4 – Gestão de Resíduos Sólidos, com carga horária de 20 horas, este módulo
foi requisitado pelos representantes municipais que participaram da elaboração do projeto, sendo
um módulo estruturado especificamente para o Acre, com informações básicas sobre o tema,
legislação, licenciamento, métodos de coleta, transporte, tratamentos e disposição final dos
resíduos. Foram trabalhados os desafios das cidades frente às questões referentes aos resíduos,
visão de planejamento e estratégias de ação para que através destas informações os
capacitandos tornem-se aptos à elaboração de projeto.
Perfil dos participantes
Os cursos atingiram um total de 162 (cento e sessenta e dois) participantes,
representantes das esferas federal, estadual e municipal do poder público, de ONGs, sindicatos e
associações, com forte potencial de multiplicação dos conhecimentos adquiridos. Receberam
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capacitação com temas de relevante importância para o fortalecimento do SISNAMA e para a
gestão ambiental estadual e municipal.
Público Alvo
44%
19%
15%
7%6% 4% 3%
1%
1%
servidor municipal servidor estadualong, fundação ou associação servidor federalcâmara de vereadores sindicatonão informado setor privadoestudante
AvaliaçãoAs capacitações no Estado do Acre atingiram o público almejado, uma vez que em
todos os municípios houve a presença de servidores públicos (âmbitos federal, estadual e
municipal), vereadores e servidores do quadro efetivo das câmaras de vereadores,
representantes de sindicatos e de organizações não governamentais e servidores de empresas
privadas.
Para 52,9% dos participantes o curso foi ótimo, 34% foi muito bom, 10,7% bom. O
desempenho dos instrutores foi avaliado positivamente nas capacitações, onde 58% dos
capacitandos avaliaram a instrutoria como ótimo e 30% afirmaram ter sido muito bom.
Principais Resultados
162 pessoas capacitadas; 19 municípios beneficiados; 19 prefeitos assinaram o Termo de Adesão; 283 pessoas participaram dos seminários de mobilização.
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2.2. BAHIAEntidade Executora: Secretaria do Meio Ambiente do estado da Bahia
Coordenação: Ricardo Azevedo Duarte
A elaboração do projeto no estado da Bahia teve forte apoio da Comissão Técnica
Tripartite Estadual, que mobilizou grande número e diversidade de organizações no processo de
construção. O projeto proposto pelo Estado da Bahia visa dotar o município de conhecimento e
de habilitação satisfatória para a condução de mecanismos e de aplicação dos instrumentos
gerenciais indispensáveis para o exercício da gestão ambiental. Pretende capacitar os
municípios para a prática de mecanismos de controle social, dos procedimentos gerenciais de
aplicação dos instrumentos técnicos e institucionais, de participação pública, de monitoramento
ambiental, etc. O projeto da Bahia encontra-se em vigência até junho de 2009.
Estratégia de Mobilização dos municípiosForam estabelecidos diversos critérios para a seleção dos municípios a serem selecionados:
Municípios que compõem as sete Mesorregiões (Extremo Oeste Baiano, Vale
Sanfranciscano da Bahia, Centro Norte Baiano, Nordeste Baiano, Metropolitana de
Salvador, Centro Sul Baiano, Sul Baiano) e 32 Microrregiões Geográficas, segundo Atlas
Escolar Bahia (2004);
Existência de: sociedade civil organizada, comunidades tradicionais, cidades
estratégicas, identificação de riscos ambientais; escritório local do IBAMA/ Gerências
regionais/ Unidades de Conservação, Campus de Universidade Pública, municípios que
possuem em seu quadro funcional, técnicos com título de especialista certificado pelo
Curso de Pós-graduação (Especialização) Lato sensu em Gestão Ambiental Municipal
(NEAMA/CRA/SEMARH, UNEB, SENAI-CETIND)
Busca do atendimento do maior número de municípios
Em conformidade com os critérios estabelecidos foram destacados 22 municípios pólos
onde serão realizados cursos de capacitação, no período 2006 a 2009, contemplando 88
municípios de todas as mesorregiões, que representam 21,10% dos municípios da Bahia. Foram realizadas visitas prévias para sensibilização dos municípios, a partir de reuniões
com os prefeitos, secretários, técnicos municipais e conselheiros para com base nos conteúdos
temáticos iniciar o processo de discussão e detalhamento, quanto aos procedimentos conforme
as características regionais, municipais e o perfil dos capacitandos.
Foram assinados, pelos prefeitos, 88 Termos de Adesão ao Programa Estadual de
Capacitação de Gestores Ambientais. Os Termos de Adesão registram os compromissos
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assumidos: apoiar a divulgação do programa no município mobilizando a sociedade civil
organizada; garantir a participação dos funcionários inscritos e selecionados no PNC nos dias e
horários de realização dos cursos; implementar os instrumentos de gestão, resultantes do
processo de capacitação, para integração ao Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA;
assegurar que os servidores municipais capacitados permaneçam exercendo funções
relacionadas às questões ambientais no município; viabilizar ida a Salvador de no mínimo 03
capacitandos eleitos para participar do seminário de avaliação final do programa e assegurar a
multiplicação dos conhecimentos da capacitação com os municípios da sua região.
O Compromisso das 22 prefeituras pólos foi disponibilizar local para realização dos
cursos; disponibilizar infra-estrutura física e recursos áudio-visuais para realização dos cursos.
Foram organizadas visitas para formação de comissões regionais (Grupo de nível 3 -
G3) que têm como atribuição: divulgar o PNC no município e na região, operacionalizar as
atividades para a capacitação conforme o termo de adesão, desenvolver e propor conteúdos das
demandas específicas locais para inserir na capacitação e selecionar os capacitandos, mediante
diretrizes orientadoras da Comissão Estadual do PNC (Grupo de nível 2 - G2).
Perfil dos participantesTécnicos das instituições executivas da gestão ambiental, preferencialmente os agentes
públicos com vínculo permanente com as prefeituras, com 2o grau completo e ou nível superior;
conselheiros e técnicos das Câmaras de Vereadores e segmentos sociais organizados. Até o
presente a distribuição dos participantes pode ser vista no gráfico abaixo
Metodologia da capacitação
Os cursos têm uma estrutura modular com uma metodologia desenvolvida a partir de uma
temática específica e seqüencial, de modo a permitir uma coerência lógica entre os
módulos/disciplinas. A questão ambiental é abordada de maneira interdisciplinar e transversal,
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Executiv o Legislativ oSociedade Civ il
permeando todo o conteúdo programático trabalhado nos cursos, superando a fragmentação do
conhecimento, buscando-se uma síntese abrangente e sistêmica da questão ambiental em nível
local.
Para dar essa abordagem a SEMARH/BA contratou a Fundação de Administração e
Pesquisa Econômica -Social - FAPES, por ser uma parceira direta das Universidades Estaduais
da Bahia, e também por apresentar a proposta financeira com menor valor global. A seleção dos
instrutores foi amparada por critérios técnicos previamente estabelecidos pela Equipe de
Coordenação da Bahia. E promoveu-se o nivelamento dos conteúdos através de seminário com
os professores e técnicos da Comissão Tripartite Estadual.
As turmas são compostas por no máximo quarenta capacitandos, dez de cada
município, com uma carga horária total de 80 horas. Os cursos são realizados em duas etapas
de 40 horas cada, de segunda à sexta feira, com intervalo entre as etapas de no máximo 35 dias.
Os alunos terão direito ao certificado: tendo freqüência de 75% nos cursos e mediante entrega
do Plano Ambiental Municipal, tarefa final do curso, realizada em grupo.
Diante da diversidade de estágios em que se encontram os municípios baianos, o
conteúdo temático tem uma abordagem ampla, capaz de atender as especificidades locais.
Na 1ª Etapa do Curso foram trabalhados dentre outros assuntos:
− Conceito e Fundamentos da Gestão Ambiental,
− Formas de Atuação e Instrumentos de Gestão,
− Estrutura do Sistema Municipal de Meio Ambiente e Metodologia de Planejamento Ambiental
Municipal.
Na 2ª Etapa foi orientada a Elaboração de Plano Ambiental Municipal e a Modelagem do
Sistema Municipal de Meio Ambiente enfatizando a Estruturação do Sistema Municipal de Meio
Ambiente: órgão ambiental, conselho, fundo e legislação ambiental municipal.
Avaliação dos cursosRepresentantes do Grupo de Assessoramento à Coordenação do Programa Estadual de
Capacitação estão acompanhando e monitorando em tempo integral os cursos de capacitação
nos diversos pólos, por meio de presença nas salas de aula, na secretaria dos cursos, e por meio
de registros e análises das avaliações. Foram realizadas ao final de cada etapa do curso,
avaliações dos instrutores, do conteúdo dos módulos e da metodologia utilizada.
Segundo o Coordenador do PNC na Bahia, os resultados das avaliações, por pólo, de
modo geral foram muito bons, mas foram destacados:
Pontos positivos:
- Pólo de Porto Seguro - realizado em uma escola municipal de ensino fundamental e o espaço
do auditório foi considerado bastante satisfatório. A equipe de instrutores foi uma das melhores
que conseguimos reunir. A avaliação dos alunos foi bastante positiva e este pólo foi o que teve a
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maior integração entre os capacitandos contando por diversas vezes com a presença do prefeito
local.
- Pólo de Paulo Afonso - Nesta capacitação a integração entre os capacitandos foi o ponto alto,
além da interação com os instrutores que na sua totalidade eram da universidade estadual local.
Pontos negativos:
- Pólo de Valença - quanto a avaliação do local realizada pelos alunos, houve uma pequena
restrição quanto ao tamanho da sala da Faculdade de Ciências Educacionais.
- Pólo de Juazeiro - tiveram sérios problemas nessa capacitação com a logística disponibilizada
pela Prefeitura, em função de questões políticas locais. Esse fato foi a razão da baixa avaliação
quanto a Organização e Coordenação e a Localização do Evento .
- Pólo de Barreiras - também nesse pólo o espaço dos locais da capacitação influíram
negativamente na avaliação realizada pelos capacitandos.
A execução do PNC foi bastante prejudicada pelo período eleitoral do 2º semestre
de 2006 e pela Copa do Mundo. Em função disso, as articulações com prefeituras e a própria
interação dentro do G2 não foram satisfatórias. Houve também limitações em relação ao material
de divulgação. Como resultado, o cronograma de execução que previa o início das capacitações
em outubro/06 teve que ser adiado para 2007.
Obs: Com o termino da capacitação no pólo de Oliveira dos Brejinhos na 1ª
semana de junho de 2008, os cursos foram suspensos temporariamente por conta das eleições
municipais.
Principais resultados até abril de 2008
− formação dos Grupos nível 3 (G3) em 20 pólos regionais envolvendo 71 municípios e 994
participantes
− Produção de 4400 fôlderes, 3 banners, 900 blocos personalizados e 900 Cds com material
regional e cópias das aulas expositivas do Programa estadual
− realização de 15 cursos, envolvendo 59 municípios e 467 capacitandos
− participação de prefeita de Medeiros Neto como aluna do Curso de Capacitação no Pólo de
Teixeira de Freitas;
− elaboração de 18 planos ambientais municipais, a partir de diagnóstico local, orientados pelos
instrutores dos cursos, como trabalho final da capacitação dos municípios de Barra do Choça,
Itapetinga, Teixeira de Freitas, Vitória da Conquista, Názaré, Medeiros neto, Prado,
Alagoinhas, Jiquiriçá, São Felix, Inhambupe, Serrinha, Jequié, São Francisco do Conde, Feira
de Santana, Valença, Salvador e Madre de Deus
− Realização de Seminário de Gestão Compartilhada, em abril/2008, em Salvador e entrega
16
de 173 certificados aos capacitados que obtiveram 75% de freqüência nas duas etapas do
curso e entregaram Plano Ambiental Municipal como trabalho final da capacitação.
− Ao iniciar os Cursos de Capacitação de Gestores Ambientais foi criada uma rede na internet,
[email protected] , para discutir além dos encaminhamentos do PNC na
Bahia, outras questões de interesse ambiental entre os capacitados, professores, equipe
SEMARH e equipe MMA. Até abril a rede contava com 302 participantes.
2.3. CEARÁ
Entidade Executora: APRECE – Associação dos Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará Coordenação: Elaine Paiva
A execução física desenvolvida pelo Programa Nacional de Capacitação de Gestores
Ambientais no estado do Ceará teve o foco em sensibilizar e motivar os gestores municipais
para uma gestão ambiental participativa e responsável. A equipe que executou o projeto
estadual preocupou-se não só com a execução pedagógica do curso mas também com a parte
logística tais como o espaço físico para alojar os capacitandos, auditório e salas de aulas
adequadas, equipe técnica e pedagógica afinada com os objetivos do projeto, essa estratégia
adotada contribuiu bastante para obtenção dos resultados qualitativos da capacitação.
Estratégia de Mobilização dos municípios Identificação de entidades/lideranças da sociedade civil organizada e seus espaços ou
fóruns de atuação;
Sensibilização dos prefeitos, secretários municipais, vereadores e conselheiros
municipais, através do envio de material de divulgação por diferentes formas e meios
(Fax, correio convencional, correio eletrônico e principalmente através de contatos ) para
lançamento e divulgação do programa estadual;
Elaboração e implementação de planos de divulgação, com objetivo de produzir materiais
institucionais (spot para rádio, release para jornais, fôlderes, cartazes, faixas, etc.),
comunicação institucional (interna e externa), divulgação por mídias diversas
Articulação dos 105 pontos focais do Programa Selo Município Verde cadastrados na
SOMA
Identificação e engajamento dos membros dos COMDEMA
Metodologia da capacitação
A experiência do PNC no Ceará foi concebida através de 06 oficinas com
encontros presenciais e à distância. Cada oficina com 3 módulos, cada módulo com carga
horária de 32h/a presenciais e estudos orientados à distância com 24 h/a, resultando na carga
17
horária total de 120h/a. As atividades de ensino/aprendizagem foram desenvolvidas durante a
fase presencial dos Módulos I, II e III. Essa etapa da metodologia proposta ocorreu em 05 datas
diversas. A capacitação das turmas A e B foi realizada em 2006, nas seguintes períodos:
Turma A: Módulo I de 16 a 20 de outubro; Módulo II de 20 a 24 de novembro; Módulo III de 11 a
15 de dezembro.
Turma B: Módulo I de 23 a 27 de outubro; Módulo II de 27 de novembro a 1º de dezembro;
Módulo III de 11 a 15 de dezembro.
Módulo 1: Serão trabalhados os conteúdos dos Cadernos de Formação Volume 01 e Volume 02, com
carga horária de 24h/a presenciais e 24 horas de estudos orientados à distancia e atividades
indicadas nos Cadernos de Formação, atividades práticas no próprio município, atividades on line
e estudos de bibliografia complementar. Volume 01 - Política Nacional de Meio Ambiente
Política Nacional de Meio Ambiente: a gestão ambiental chega aos municípios.
Introdução: importância da recuperação e da preservação ambiental. O que o município
ganha com isso?
Capacitando-se para realizar a gestão ambiental: o PNC, o que pretende e como
funciona. Trabalho realizado em parceria entre Gov. Federal e estados, dentro do marco
das Comissões Tripartites.
A implementação do SISNAMA: potencialidades e desafios. A situação atual dos
municípios. Remete a um diagnóstico do próprio município em que vive o/a leitor/a.
A Política Nacional do Meio Ambiente: como e porque surgiu, o que é, quem elabora,
quem coordena, quem implementa
O Sistema Nacional do Meio Ambiente (com diagrama): quem compõe, como funciona,
quais são as competências de cada ente do sistema.
As atribuições do município dentro do Sistema: legislar, fiscalizar, licenciar e monitorar.
O SINIMA: o que é, para que serve, como se integrar e como acessar: (1) para buscar e
(2) para fornecer informações.
Volume 02 - Como Estruturar o Sistema Municipal de Meio Ambiente
O dia-a-dia da gestão ambiental municipal I: estruturando o sistema municipal de meio
ambiente
Mobilização: o início e a finalidade de todo o processo. Conselho Municipal de Meio
Ambiente. O que é, para que serve, quem participa, como se faz (incluindo minutas).
Órgão Municipal de Meio Ambiente. O que é, para que serve, como se faz.
Fundo Municipal de Meio Ambiente. O que é, para que serve, como se faz, fontes de
recursos.
18
Legislar: uma atribuição que também é municipal artigos da constituição e da legislação
federal com rebatimento nos municípios – legislação comentada
Como elaborar a legislação ambiental municipal
Licenciamento de competência municipal. Como fazer.
Oitivas e audiências públicas. O que são, para que servem, como participar.
Como realizar monitoramento ambiental.
Módulo 2: Volume 03 - Planejando a intervenção ambiental no município
O dia-a-dia da gestão ambiental municipal II: sistema municipal de meio ambiente e os
demais instrumentos de gestão
Ambiente de atuação dos órgãos ambientais municipais e sua interface com outros
instrumentos de gestão do território (remetendo, quando for o caso, para informações
adicionais):
Zoneamento / Plano de diretor
Códigos de obras
Licenças
Estatuto das Cidades
Consórcios municipais
Comitê de Bacias Hidrográficas/consórcios de recursos hídricos
Como interferir nos códigos existentes a favor do meio ambiente.
A relação com o órgão estadual de meio ambiente.
A relação com a Câmara dos Vereadores (diferenciando papéis de conselheiros e
vereadores).
A relação com a Assembléia Legislativa.
A relação com o Ministério Público.
Volume 04 - Planejando a intervenção ambiental no município
Planejando a intervenção ambiental no município
Como fazer o diagnóstico participativo da realidade local
Do muro das lamentações às agendas positivas
Como realizar o planejamento participativo das ações ambientais
A importância da Educação Ambiental para o município
Somando esforços com outras iniciativas locais:
Agenda 21 Local, Conselhos de Meio Ambiente nas Escolas, Conselhos de Juventude
etc.
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Módulo 3: Serão trabalhados os conteúdos dos Cadernos de Formação Volume 05, e
estratégias de intervenção nos municípios, com carga horária de 24h/a presenciais
Volume 05 - Recursos para a Gestão Ambiental Municipal O mapa da mina: recursos para a gestão ambiental municipal
Como montar um projeto
Quais os tipos de projetos predominantes
Onde buscar recursos para as ações:
Por meio do FMMA
Sem FMMA
Metodologias participativas de monitoramento e avaliação da implementação de projetos
Avaliação do cursoFoi elaborado 01 questionário de avaliação contendo 14 questões e entregue aos
capacitandos com o objetivo de avaliar o curso em todos os seus aspectos, desde a escolha dos
temas das palestras; os conteúdos abordados pelos palestrantes; a metodologia adotada; os
recursos didáticos utilizados; o tempo /horário das atividades; os comitês constituídos; o material
didático distribuído; os orientadores; o ambiente do curso, sala de aula; a coordenação geral e
pedagógica; o apoio logístico, as atividades de lazer e entretenimento; as dinâmicas e vivências
e por último os lanches e refeições servidos.
Cada participante atribuiu uma nota de 1 a 10 para cada questão, considerando os
seguintes intervalos para conceituá-la: De: 01 a 04 – RUIM, De: 05 a 06 – REGULAR, De: 07
a 08 - BOM e De 09 a 10 - ÓTIMO . A avaliação de cada item foi seguida de justificava
(comentário) para cada nota atribuída.
Dos 216 questionários entregues, foram devolvidos 199, ou seja, 92,12% dos
participantes avaliaram o módulo. Segundo a avaliação dos participantes foi considerado, em
média, ÓTIMO por 57,2% e BOM por 32,4%, o que significa dizer que foi considerado Bom e
Ótimo por 89,6% dos participantes. Enquanto que 8,2% deles avaliaram Regular e apenas 1,8%
consideraram Ruim.
Principais resultados Mobilização de 184 municípios, através da sensibilização de gestores municipais e
sociedade civil.
237 pessoas capacitadas,
116 municípios beneficiados,
136 Termos de Adesão assinados pelos prefeitos;
O governo de estado incorporou no PPA a ação de capacitação de gestores municipais e
destinou recursos próprios para dar continuidade ao Programa e já promoveram
iniciativas que estão descritas no item desdobramentos do PNC nos estados.
20
Os participantes do PNC/CE fizeram um depoimento conjunto em um documento com o
título “Carta do Céu”, no qual eles se comprometem a trabalharem juntos na municipalização da
gestão ambiental no Estado do Ceará. Neste sentido, a Carta de Céu propõe incentivar a criação
de Sistemas Municipais de Gestão Ambiental, contemplando os seguintes instrumentos:
Criar Conselhos Municipais de Meio Ambiente paritários, deliberativos e recursais e/ou
reativar os já existentes;
Elaborar Legislação Ambiental Municipal;
Criar Fundos Municipais de Meio Ambiente;
Fortalecer e/ou criar um órgão ambiental municipal;
Elaborar Planos Diretores Participativos e, quando necessário, criar legislação
complementar;
Implementar o ICMS Ecológico;
Capacitar efetivo ambiental na Guarda Municipal;
Construir a Agenda 21 Local;
Capacitar servidores de carreira para atuarem na área ambiental; caso não haja pessoal
com essa especificação, realizar concurso público;
Dar continuidade ao Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais,
fundamentado na mobilização da sociedade civil e da sensibilização e compromisso dos
representantes legítimos dos poderes constituídos em suas diferentes esferas.
21
2.4 ESPÍRITO SANTO
Entidade Executora: Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Espírito
Santo por meio do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – IEMA
Coordenação: Maria Aparecida Sodré Dias
O Programa Estadual de Capacitação de Gestores Ambientais e Conselheiros do SISNAMA nasceu da junção de esforços entre os entes da Comissão Tripartite Estadual, vindo ao encontro a uma política de governo de apoio à descentralização da gestão ambiental.
Estratégia de Mobilização dos municípiosA escolha dos municípios prioritários para implementação do programa foi baseada no
diagnóstico elaborado pela SEAMA/IEMA e ANAMMA em 2004, explicitando as condições
estruturais (legais, técnicas e operacionais) dos municípios.
Foi encaminhado um questionário a todos os 78 municípios do estado, sendo que 40 deram retorno. Os questionários respondidos foram divididos segundo os níveis definidos no Seminário sobre o Programa de Capacitação Nacional, ocorrido em Brasília em setembro de 2004.
Foram escolhidos para participação na 1ª etapa da capacitação 33 municípios, de acordo com os seguintes critérios:
Nível 1: com estrutura legal, técnica e operacional (10 pontos);
Nível 2: com alguma estrutura montada, mas deficiente em alguns requisitos (4 a 9 pontos);
Nível 3: sem estrutura para atender às atribuições mínimas (0 a 3 pontos).
A escolha das duas regiões (Costeira e Serrana), de maior atratividade para o
desenvolvimento econômico estadual e como prioritárias para a implementação do Programa
Estadual de Capacitação refletiu o momento de necessidade de estruturação e qualificação dos
municípios componentes para bem exercerem suas competências.
Apesar de ter sido o 1º Estado a assinar o convênio com o Ministério do Meio Ambiente o
repasse de recursos só foi efetivado em 31 de agosto de 2006, devido a pendências do Governo
do Estado junto ao Governo Federal.
Durante esse período, o IEMA realizou junto aos municípios envolvidos várias ações, a
saber: 05 municípios foram contemplados no Programa com municípios pólos (Domingos
Martins, Vitória, São Mateus, Colatina e Cachoeiro de Itapemirim) e tiveram como objetivo
apresentar o Programa e o termo de adesão, e formar o G3 – grupo de articulação regional.
Como o Termo de Adesão dos Municípios foi assinado em 2005, foi feita uma nova consulta aos
mesmos para ratificação e/ou retificação dos técnicos indicados. Inicialmente haviam selecionado
22
para participação do Programa 33 municípios, mas com os atrasos na implantação do programa
e devido a grande procura por parte dos outros municípios esse número subiu para 42 .
Metodologia da capacitaçãoA capacitação foi realizada por meio de contratação da Empresa Brasileira de Ensino,
Pesquisa e Extensão SA - Faculdade UNIVIX. Foi elaborado um questionário de levantamento de informações que serviu de subsídio para a construção das apostilas regionais. Foram realizadas também reuniões com os secretários de meio ambiente para levantamento de expectativas e sugestões com objetivo de construir a capacitação de acordo com as necessidades dos municípios.
A capacitação foi realizada em 03 módulos – básico, intermediário e avançado. A princípio os representantes da sociedade civil participariam só dos módulos básico e intermediário, mas como houve um grande apelo por parte deles e como o número de participantes ficou abaixo do que havia sido previsto, abriu-se o módulo avançado para a participação popular.
Como estratégia de implantação, o curso foi ministrado em cinco regiões (metropolitana, centro-serrana, norte São Mateus, norte Colatina e Sul) para evitar o deslocamento dos alunos até a capital; mesmo assim alguns alunos reclamaram da distância que tiveram que percorrer até o município sede de sua região.
Foi elaborado conteúdo técnico diferenciado para cada região levando em conta as informações colhidas no formulário aplicado aos municípios sendo as aulas presenciais com visitas de campo a empresas e Unidades de Conservação.A carga-horária total dos 3 módulos foi de 140 horas/aula:Módulo Básico – 20 horasMódulo Intermediário – 40 horasMódulo Avançado – 80 horas Atividades extra classe: Módulo I – realizada em grupo, Tema - Identificação dos problemas ambientais encontrados nos municípios , cujos relatórios foram utilizados como referencias para elaboração das apostilas dos Módulos Intermediário e Avançado;Módulo II – 1º Tema - Gestão Urbana ( 2 questionários ) e o 2º Tema – Estatutos das cidades.A realidade dos municípios do estado do Espírito Santo impediu de desenvolver a capacitação de uma forma mais condensada.
Conteúdo ProgramáticoOs conteúdos dos três módulos foram desenvolvidos por meio de uma metodologia/didática
interativa que contemplam a problematização das experiências locais (estudos de meio, situação problema, visitas de campo, exemplos de legislação municipais, aulas-debate, uso de material áudio-visual, entrevistas).
23
Módulo Básico (20h)
A) SISNAMA (8h)
Instrumentos de organização e gestão; Atores públicos e privados; Legislação; Visão de
planejamento e estratégias; Pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças locais
e regionais.
B) Gestão e Participação (12h)
Liderança democrática ; Mobilização e envolvimento; Trabalho em equipe ;
Gerenciamento de conflitos e capacidade de comunicação ; Identificação/diagnóstico dos
atores; Os desafios da cidade frente às questões ambientais; Gestão ambiental
participativa e transversal.
Módulo Intermediário (40 horas)A) Meio Ambiente e Gestão Urbana (20h)
Meio ambiente e os instrumentos de gestão das cidades; Como incluir diretrizes
ambientais nos diversos instrumentos de políticas, como: uso e ocupação do solo, Código
de Posturas, Código de Obras, Código Sanitário, e outros; Como utilizar e transformar a
anuência prévia e alvarás em instrumentos de política ambiental; Instrução inicial em
avaliação de impactos ambientais de atividades e empreendimentos de potencial poluidor
e/ou degradador; Como incluir ou criar mecanismos de fiscalização e controle do meio
ambiente por meio da estrutura organizacional dos municípios; Desenvolvimento
sustentável
B) Criação, organização e estruturação do Sistema Municipal de Meio Ambiente (20h)
Legislação: Licenciamento, Fundos Municipais, Poder de polícia, criação de UC ;Modelos
de estruturação: secretaria individualizada ou compartilhada com outros setores;
organização e competência, estrutura de recursos humanos e materiais, capacitação;
Criação e organização de COMDEMAS; Articulação e integração com políticas setoriais
PDU, PDD, e códigos municipais; Modelos e formas de articulação com IEMA e IBAMA:
parceria, cooperação técnica, trabalho em conjunto, descentralização, etc; Articulação
com municípios vizinhos e/ou programas e atividades afins.
Módulo Avançado (80 horas)A) Políticas e instrumentos de gestão ambiental (40 h)
SISNAMA/ Competências – papel dos municípios; Legislação básica – federal, estadual e
municipal; Instrumentos de planejamento: zoneamento ecológico-econômico, Agenda 21
Local, Plano de desenvolvimento, dentre outros; Políticas de Recursos Hídricos;
Licenciamento; Auditorias; Fiscalização/controle/monitoramento; Fontes de recursos:
próprias, nacionais e externas, normas de elaboração de projetos e SINIMA
B) Meio Ambiente e Setor agrícola e florestal (40h)
Agrotóxicos e fertilizantes, barragens e degradação do solo; Poluição hídrica; Poluição
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atmosférica; Poluição sonora; Recursos naturais: Biodiversidade, Áreas protegidas e
Unidades de Conservação/criação e gestão; Saneamento Ambiental, gestão de resíduos
sólidos, coleta e tratamento de esgotos sanitário; Mineração; Educação ambiental.
Perfil dos capacitandos:
Para o Programa atingir seus objetivos foram definidos os seguintes atores para formar o
perfil dos capacitandos: - Gestores ambientais municipais; - Conselheiros Municipais, membros
de Comitês de Bacias e para os casos de não existência de Conselhos, envolver instituições que
possam compor os futuros conselhos; - Vereadores e técnicos do legislativo municipal;
O Programa só foi implantado nos municípios em que houve o comprometimento do Prefeito
em se integrar ao SISNAMA, através de assinatura do Termo de Adesão ao Programa.
Avaliação
Ao final de cada módulo foi aplicada uma avaliação com 10 itens quantitativos padronizados
com os conceitos. Também houve avaliação para as manifestações qualitativas.
Avaliaram que a capacitação deve ser estendida aos outros municípios que não foram
contemplados na primeira oportunidade e fica a sugestão de realização de encontros
semestrais com grupos de municípios, localizados em regiões próximas e que tenham as
mesmas características econômicas, porte populacional e grau de amadurecimento no processo
da gestão para discutir, socializar e encontrar soluções via cooperação técnica, parceria,
consórcios e outras articulações possíveis para otimização no uso de recursos a serem
empreendidos, objetivando o uso sustentável dos recursos naturais e obtenção de qualidade de
vida para a população .
Principais resultados Positivos
-Integração e troca de experiências entre os municípios;
- Esclarecimento de dúvidas quanto ao papel do município e suas responsabilidades;
- Fortalecimento dos municípios que estão com o processo de municipalização em andamento;
- Fortalecimento das ações do Estado já implantadas e apoio àquelas em andamento.
- O grande ganho advindo do Programa foi a interação entre os técnicos dos municípios. Essa
interação se fortaleceu ainda mais com o curso de licenciamento à distância realizado pelo MMA
e o WBI.
Negativos, destacados pelos alunos e pelos coordenadores regionais:
- a falta de experiência de campo de alguns professores, o que acabou causando certa
frustração entre os alunos;
25
- as aulas tinham carga-horária diária extensa – 08 horas / aula que causava cansaço;- a falta de apoio da Comissão Tripartite Estadual. Mesmo com a intervenção da Secretária Estadual de Meio Ambiente tentando sensibilizar os demais membros da Comissão, não houve uma participação efetiva dos outros Órgãos. - pouco apoio por parte dos municípios; apesar dos prefeitos terem assinado o Termo de Adesão, alguns alunos tiveram problemas para participar das aulas como falta de verba, falta de transporte, não liberação para participar das aulas.
Desdobramentos do Programa de Capacitação:
- projeto de implantação de unidades de informação do IEMA em cada município do estado (a ser
instalado no ano de 2009);
- fortalecimento do programa de apoio a municipalização desenvolvido pelo IEMA;
- programa de capacitação continuada para os técnicos das prefeituras que será desenvolvido
com a participação dos técnicos do IEMA e de outras prefeituras que já estejam licenciando.
- municípios que participaram da capacitação estão em vias de assumir a plena gestão
ambiental, são eles: Muniz Freire, Guarapari, Alegre, Vila Velha, Guaçuí, Linhares, Presidente
Kennedy, São Gabriel da Palha e o Consórcio do Caparaó.
“Esse curso foi de grande importância que nos vai levar a um
trabalho de atividade de licenciamento ambiental a nossa secretaria
municipal de meio ambiente.”
“Foi percebida pelos instrutores a crescente interação dos
capacitandos entre os municípios da região, possibilitando que os técnicos
com mais experiência no dia-a-dia nos municípios que já assumiram a
gestão para o licenciamento ambiental de baixo impacto pudessem
contribuir e ilustrar os assuntos abordados nas salas de aula.”
“Reconhecemos que o programa de capacitação iniciado com carga
horária de 140 horas foi um grande avanço na direção da instalação total do
Sistema Nacional de Meio Ambiente, bem como para possibilitar a sua
capilaridade.”
26
2.5. GOIÁS
Entidade executora: • Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás SEMARH – GO
• Contrapartida: Fundo Estadual de Meio Ambiente – FEMA – GO
Coordenação: Odete Wadih Ghannam
O PNC em Goiás representou uma oportunidade para recuperar o trabalhado já
desenvolvido desde 2001 com o Programa de Ações Ambientais Integradas – PAAI, que
desenvolveu estratégias que garantiram a criação de órgãos municipais ambientais, assim como
os conselhos e fundos municipais, permitindo o repasse de responsabilidades de licenciamento e
fiscalização local e o fortalecimento dos trabalhos de educação ambiental para alguns
municípios. A partir da indicação da Comissão Técnica Tripartite Estadual a SEMARH assumiu a
coordenação do PNC, que teve como objetivo promover e fortalecer as bases institucionais para
a implementação de sistemas municipais de gestão ambiental como parte do fortalecimento do
SISNAMA.
Estratégia de mobilização dos municípios Realização de evento de lançamento do PNC em Goiânia (março de 2006)
Visitas a todos os municípios que possuíam órgãos municipais de meio ambiente.
Encaminhamento de correspondências a todas as prefeituras e câmaras do Estado,
assim como aos conselhos municipais de meio ambiente.
Metodologia de capacitação A capacitação foi proposta em duas etapas. A primeira com 40 horas presenciais
preocupou-se em nivelar o conhecimento dos cursistas sobre o conteúdo proposto e foi tratado
como Módulo Básico. A segunda etapa tinha previsto dois cursos com temas específicos:
Legislação Ambiental e Licenciamento Ambiental com carga horária de 24 horas, entretanto o
curso de licenciamento ambiental não pode ser realizado em decorrência do término do
convênio.
Material didáticoForam produzidas duas apostilas, uma para o módulo básico e outra para o curso de legislação
ambiental.
Módulo BásicoRealizados entre maio de 2006 a março de 2007, foram executados 16 cursos, de forma
descentralizada em 15 pólos regionais, sendo 2 cursos realizados em Goiânia.
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Conteúdo Programático do Módulo Básicoa) Noções de meio ambiente e gestão de recursos hídricos (8h)
Conceitos e Terminologia Básica em Meio Ambiente
Organização Geral dos Ecossistemas
Disponibilidade Hídrica e Usos Múltiplos da Água
Outorga e Legislação de Recursos Hídricos
Comitês e Consórcios de Bacias Hidrográficas
b) Cerrado e questão florestal (8h) Biodiversidade e Unidades de Conservação
Legislação Básica
Política Florestal
Zoneamento ecológico e econômico municipal
c) Noções sobre licenciamento ambiental e controle da poluição (8h) Poluição das Águas, do Ar e do Solo.
Agrotóxicos e Conservação do Solo
Licenciamento e Fiscalização Ambiental
Legislação Básica
d) Gestão ambiental e ação dos municípios (16h) Agenda 21 (nacional/estadual/local)
Sistema Nacional, Estadual e Municipal de Meio Ambiente.
Responsabilidades Ambientais dos Municípios
Educação Ambiental e participação popular nas ações ambientais
Consolidação do Sistema de Gestão Ambiental Municipal ( Secretaria, Conselho e
Fundo).
2a Etapa: Curso sobre legislação ambientalO curso sobre legislação ambiental foi dirigido a pessoas, com nível superior e que
haviam participado da primeira etapa. Foi realizado em Goiânia, entre 23 a 25 de abril, tendo
concluindo o curso 67 participantes, representando 48 municípios. Após o curso, os alunos
tiveram 20 dias para encaminhar o Trabalho de Conclusão de Curso.
Perfil dos participantes Dos 550 gestores municipais capacitados houve a representação de 40 conselhos
municipais de meio ambiente e 11 câmaras municipais. O perfil dos participantes pode ser
observado no gráfico a seguir.
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AvaliaçãoA avaliação foi realizada pelos alunos, pelos instrutores e pela coordenação do projeto. A
seguir uma síntese das avaliações. A avaliação pelos alunos:
Necessidade de integração entre os instrutores para evitar repetição de conteúdos;
Melhorar a logística dos cursos, principalmente quanto a participação das prefeituras no
apoio ao deslocamento dos alunos;
Maior objetividade na explanação para ampliar as temáticas a serem abordadas;
Necessidade de proporcionar mais curso e com maior periodicidade
Pontos positivos: dinâmicas de grupo e atividades que despertam a criatividade dos
alunos e formação da rede de articulação no estado e integração entre estado e
municípios.
Além de sugestões como: adequação do espaço físico, carteiras que permitissem apoio
para as anotações, melhoria da qualidade dos slides (tamanho das fontes), fornecimento
da apostila com antecedência para acompanhamento, evitar comentários que geraram
polêmicas, participação do mesmo instrutor durante todo o curso, sintetizar os assuntos,
exceto a legislação e ter mais atividades práticas
“a capacitação promoveu o esclarecimento de dúvidas e
acrescentou conhecimento teórico e prático, tanto em relação à vida
pessoal, quanto no desempenho profissional.”
A coordenação do projeto promoveu reuniões cujo objetivo era avaliar os cursos do PNC
e destacou:
29
necessidade de maior integração entre os instrutores para que se evitasse repetições de
conteúdos, a excessiva quantidade de conteúdos em curto espaço de tempo
necessidade de suscitar a co-responsabilidade das prefeituras;
a mobilização promovida pelo PNC foi positiva e contribuiu para a regulamentação de
medidas sobre meio ambiente, criação de secretarias municipais de meio ambiente;
nivelamento de conteúdos entre os participantes
Alguns motivos levantados pela equipe do projeto referentes a evasão dos alunos:
período eleitoral coincidente com a realização de alguns cursos, municípios sem recursos
para enviar as pessoas para os cursos de capacitação, mudanças das datas dos cursos
de capacitação, embora o índice de evasão (10,7%) tenha sido relativamente baixo. Esse
índice é relativo ao número de alunos inscritos (por meio do Termo de Adesão das
prefeituras) e os que efetivamente concluíram os cursos. Não se trata do número de
alunos previstos no projeto. Ao se fazer essa relação, número de alunos previstos (800) e
número de alunos concluintes (550), a perda foi de 37,5%.
Quanto ao projeto:
O estado de Goiás ficou inadimplente junto ao CADIN em julho de 2007, o que impediu
aditamento do convênio e encontra-se novamente inadimplente, desde março de 2008.
Entendimento diferenciado entre a CONJUR MMA e a consultoria jurídica da Petrobras, já
que no MMA foi vetado a realização de acordo proposto pela Petrobras denominado
Instrumento Particular de Ratificação de Convênios para viabilizar a continuidade do
projeto;
Sem a possibilidade de continuação, ficaram duas atividades previstas no Plano de
Trabalho sem serem realizadas: o Curso de Licenciamento Ambiental e a elaboração e
distribuição do relatório de resultados do projeto;
Houve mudança de secretario em 2008.
Principais resultados do projetos 16 cursos regionais realizados;
135 municípios beneficiados;
elaboração de 102 diagnósticos simplificados dos municípios, os mapas ambientais;
142 Termos de Adesão assinados pelos prefeitos;
criação e/ou reativação de órgãos, conselhos e fundos de meio ambiente;
criação de redes de interlocução para responder às consultas e trocas constantes das
experiências;
Criação do Fórum Estadual de secretários municipais de meio ambiente durante o curso
de legislação ambiental, em 25 de abril de 2007.
30
Execução do Programa viabilizada via Comissão Tripartite, fortalecendo as ações
parceiras entre União, Estado e Municípios.
“No Município de São Simão, Goiás, houve um interessante processo
de mobilização, envolvendo a população, administração pública local
e Ministério Público. Durante a audiência para concessão da licença
prévia para instalação da Usina Hidrelétrica de Itaguaçu, alegaram
que a implantação da Usina destruiria as cataratas do Itaguaçu,
patrimônio ambiental, protegido pela lei orgânica do município. Esse
foi considerado um exemplo prático de sucesso do trabalho dos
gestores ambientais em comunhão com a administração pública e a
sociedade.”
Apesar de o projeto ter sido um dos primeiros a ser implementado e, que portanto, muitas
coisas foram descobertas no processo, foi bem sucedido. Segundo a coordenação do estado
“o PNC reúne todas as condições para que se redimensione o papel
do gestor em relação ao meio ambiente em termos locais e deve ser
continuado...”
Verificou-se um nível de aproveitamento significativo no desempenho por parte dos
cursistas. Os órgãos, conselhos e fundos municipais de meio ambiente criados, implementados e
estruturados durante e imediatamente após a realização da capacitação é resultado
inqüestionável do alcance desta medida.
“foi fundamental a participação dos municípios no Programa,
expressa nos termos de adesão assinados durante e logo após a sua
realização, no apoio e na participação de servidores municipais. Porque as
regionais apresentaram um expressivo contingente entre participantes e os
efetivamente capacitados, na participação dos Conselhos Municipais de Meio
Ambiente, nos resultados obtidos pelos participantes de todas as regionais e
pela criação e reativação de órgãos municipais de meio ambiente.”
31
2.6. PARÁ
Entidade Executora: Secretaria de Estado de Meio Ambiente - SEMA
Coordenação: Leônidas Pompeu Leão Veloso (Coordenador), Clézio Silva Fonseca e Sineide
Wu (SEMA).
O projeto foi construído com as seguintes parcerias IBAMA, SEMA, ANAMMA, por meio
da Secretaria de Meio Ambiente de Belém e Federação das Associações de Municípios do
Estado do Pará- FAMEP. Para a execução dos cursos de capacitação, a SEMA realizou
convênio com a Escola de Governo do Estado do Pará – EGPA. Entretanto, a execução do PNC
do Pará teve diversos problemas na execução, dificultando a obtenção dos dados e
comprometendo parte dos resultados.
Estratégia de Mobilização dos municípiosCom a mudança de equipe e os atrasos no início do curso, foi alterada a estratégia de
mobilização. Foi realizado um seminário em Belém com o objetivo de articular os representantes
dos 8 (oito) pólos regionais de capacitação em abril de 2007. Em seguida, seriam realizados
seminários em cada um dos 8 (oito) pólos regionais com o objetivo de apresentar o PNC aos
municípios selecionados. Porém, foram realizados os seminários de apresentação do PNC em
apenas 2 (dois) pólos: Belém (02/05/2007) e Barcarena (inicialmente em 04/05/2007, mas como
houve baixo comparecimento dos municípios, foi realizada nova reunião em 25/05/2007, sendo
esta em Belém)
Metodologia da capacitaçãoNo estado do Pará, o PNC recebeu o nome de Curso de Formação de Agentes de
Sustentabilidade. O projeto previa beneficiar 80 municípios distribuídos em 8 (oito) pólos
regionais. Cada município poderia inscrever 3 participantes, sendo um ligado ao poder executivo
municipal, um representante da câmara dos vereadores e um representante do conselho
municipal de meio ambiente ou sociedade civil, quando não houver conselho, totalizando 240
pessoas capacitadas.
A carga-horária total prevista era de 100 horas, divididos em dois módulos:
• Módulo Básico: 60 horas
• Módulo Avançado: 40 horas
Após a realização dos cursos de capacitação, os cursistas deveriam realizar uma Oficina
de Intervenção, Construção e Socialização de Conhecimentos em seus respectivos municípios,
32
conforme a proposta inicial do PNC de formação de formadores.
Os cursos em Belém ocorreram:
Módulo Básico: de 21 a 25 de maio, sendo complementado em 26 a 29 de junho de 2007
Módulo Avançado: de 26 a 30 de novembro de 2007
Os cursos em Barcarena:
Módulo Básico: 25 a 30 de junho de 2007
Módulo Avançado: de 26 a 30 de novembro de 2007
Estrutura e Funcionamento do SISNAMA (16 h)1. Lei 6938/81 – Política Nacional do Meio Ambiente
2. SISNAMA
3. O Papel dos Municípios no SISNAMA/Sistemas Municipais de Meio Ambiente;
Articulação Vertical e Transversal no Nível Municipal.
4. Alternativas de Arranjos Institucionais (Estrutura Organizacional em Nível Municipal).
5. Elaboração de Instrumentos Legais e de Política Ambiental Municipal
6. Organização de Órgãos Executores da Política Ambiental.
Controle e participação social (8 h)1. O papel dos Conselhos na Capilarização do Sistema de Meio Ambiente, Como organizar
um colegiado atuante (modelos).
2. Formação da Rede das Instâncias de Participação (ênfase na participação das
comunidades, Conferências de Meio Ambiente).
3. Cidadania e papel do Ministério Público.
4. Metodologia do trabalho participativo (preparação para oficina).
Instrumentos de Gestão Ambiental (16 h)
1. Art.23 da CF e discussão atual sobre as competências dos entes federativos; Resolução
CONAMA 237/97 e Resolução 021/02 do COEMA
2. Licenciamento Ambiental, Fiscalização, Controle e Monitoramento de atividades e
empreendimentos de potencial poluidor/degradador.
3. Descentralização da Gestão Ambiental: Instrumentos de Gestão Ambiental Municipal,
4. Educação Ambiental, Zoneamento Ecológico-Econômico e Outros
5. Sistemas de Informações Ambientais (SINIMA e outros)
6. A organização da Legislação Municipal
7. A articulação com os planos diretores, planos de desenvolvimento, zoneamento territorial,
códigos de saúde, de vigilância sanitária, de posturas, de obras, entre outros e com os
temas regionais (noções)
33
8. Instrumentos de planejamento com base na Agenda 21 e outros documentos, Integração
de Políticas Setoriais (obras, saúde, agricultura, educação, turismo, mineração, entre
outras).
Módulo avançado - Gestão Ambiental (40 h)
1. Meio Ambiente: Aspectos Sócio-Culturais no Brasil e no Mundo.
2. Noções básicas sobre Meio Ambiente (desenvolvimento dos temas ligando-os à
competência municipal).
3. Política Nacional e Estadual de Recursos Hídricos, Manejo e Conservação de Recursos
Pesqueiros (acordos de pesca).
4. Recursos Minerais.
5. Gestão de Unidades de Conservação – constituição de unidades municipais (SNUC),
desmatamento, Manejo Florestal Sustentável (madeireiro e não madeireiro).
6. Noções de Manejo de Animais Silvestres e Controle de Fauna Silvestre em Ambiente
Urbano.
7. Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos (Coleta, Transporte e disposição final adequada).
8. Noções Básicas de Planejamento Estratégico.
Perfil dos participantesO perfil dos participantes no Pará teve a seguinte distribuição:
Avaliação do cursoOs participantes foram avaliados de forma contínua pelos instrutores e pela coordenação
pedagógica da Escola de Governo do Estado do Pará - EGPA, levando em conta a participação
nas atividades do curso e, para efeito de certificação, além do condicionante de no mínimo 75%
34
de freqüência, ao final do curso os participantes (por município) deveriam apresentar como
Trabalho de Conclusão Final, o Diagnóstico Ambiental do Município. Os alunos fizeram a
avaliação do curso e dos instrutores. No geral, o curso teve avaliação boa, com média acima de
8, em uma escala de 0 a 10.
Pontos Positivos• Mesmo com todas as dificuldades e o baixa taxa de execução, devido à grande
necessidade de capacitação das instituições municipais e os grandes desafios
existentes no estado do Pará, os alunos que participaram avaliaram o curso como
bom, conforme questionário aplicado pela EGPA.
• A integração entre os cursistas de municípios diferentes, mas que, muitas vezes,
possuem realidades semelhantes.
• Um dos instrutores possibilitou um momento de troca de experiências, no qual os
alunos puderam apresentar a realidade de seus municípios e buscar soluções
conjuntas.
Problemas
• Processo de elaboração do projeto: disputa político-partidária na Comissão
Técnica Tripartite, em função da proximidade das eleições para o governo do
estado em 2006.
• Com a mudança do governo do estado, toda a equipe que estava envolvida no
PNC foi substituída, levando tempo para que a nova equipe pudesse se apropriar
do projeto. A antiga equipe não repassou as informações para a nova, devido a
rivalidade político-partidária.
• Houve reestruturação da antiga SECTAM, que se dividiu em duas entidades, entre
elas, a SEMA, atrasando a execução.
• Baixa capacidade de operação da equipe da SEMA. Tanto a equipe técnica,
quanto o apoio financeiro.
• Em conseqüência da baixa capacidade operacional, foram realizados apenas dois
cursos, dos oito previstos. Além disso, no curso de Belém, devido ao fato da SEMA
não ter realizado o pagamento das diárias aos cursistas, muitos desistiram, já que
dos 30 que iniciaram, 15 completaram o módulo básico, mas somente oito
completaram o módulo avançado.
• O atraso no pagamento das diárias gerou atrito entre os alunos e a coordenação
do PNC, além de várias interrupções durante as aulas para tratar do problema.
• Grande atraso na prestação de contas. Não houve nenhuma prestação de contas
durante os dois anos do convênio e a prestação de contas final encontra-se quatro
35
meses atrasada.
• Atraso no repasse dos recursos da Petrobras: o convênio foi assinado em
29/06/2008 e o repasse foi feito em 29/08/2008.
• Convênio com a Escola de Governo do Estado do Pará. Houve diversos
problemas na execução do convênio com a EGPA, como desvio de temas do
PNC, divergência quanto a avaliação dos alunos entre a EGPA e a SEMA e
realização de despesas que não são permitidas.
• Faltou nivelamento entre os instrutores, acontecendo, em um caso, desvio do
tema proposto.
• A Comissão Triparte se desmobilizou após o início do PNC.
“Os professores devem ser escolhidos com mais cuidado, sendo
uma melhor escolha pessoas que conhecem a realidade dos municípios”
“o excesso de conteúdo para pouco tempo, como o público era bastante participativo, ávidos por informações, cada ponto trabalhado ultrapassa o tempo previsto;”
“Uma questão que merece ser vista com mais atenção é em relação à parte da infra-estrutura do curso.”
“Tivemos algumas perdas no processo formativo, sobretudo, de carga horária que poderia ser aproveitada nas atividades formativas. Utilizamos horas consideráveis, para se resolverem problemas dessa natureza (diárias, hospedagem, etc.). Penso que estas questões sempre aparecerão, porém, é preciso se buscar soluções para os problemas surgidos, sem que isso venha atrapalhar o processo formativo dos participantes” Raimunda, instrutora módulo Belém
Principais resultados Dos 60 participantes previstos, 56 foram inscritos, entretanto 33 concluíram o módulo
básico e apenas 21 concluíram o módulo básico e avançado.
“Por fim, considero que no geral, o curso foi bastante significativo e proveitoso, apesar de
alguns imprevistos surgidos. Os participantes estão com bastante vontade de criar
instrumentos para o processo de consolidação do SISNAMA em seus municípios. Foi uma
experiência bastante interessante e um grande aprendizado, que merece ter continuidade”
36
2.7 PERNAMBUCO
Entidade Executora: Associação Municipalista de Pernambuco - AMUPE
Coordenação: Roberto Luís Arrais de Oliveira
O PNC/PE foi, desde sua concepção, trabalhado de forma integrada, sob a orientação do
MMA, unindo os esforços técnicos do IBAMA, AMUPE, Secretaria Estadual de Ciência,
Tecnologia e Meio Ambiente/SECTMA, ANAMMA, Universidade Federal de Pernambuco/UFPE,
Fundação Joaquim Nabuco/ FUNDAJ e Universidade de Pernambuco/UPE. Portanto, a sua
elaboração foi fruto desse esforço coletivo, em que cada etapa e conjunto de ações distintas da
execução do Projeto foi sendo elaborado visando constituir um processo articulado e global para
atingir os objetivos previstos.
Estratégia de Mobilização dos municípios
Realização de evento de lançamento do PNC/PE em Recife com a presença da Ministra
Marina Silva (julho de 2006);
Foram realizadas reuniões com os gestores municipais e representantes das
organizações da sociedade civil para repassar os fundamentos do PNC e definir os
espaços e as parcerias a serem promovidos de modo a preparar as oficinas nas regiões
pólos.
Visitas aos municípios para mobilizar e sensibilizar os gestores (prefeitos e secretários)
para a importância do PNC/PE e sobre os critérios de seleção do público alvo
( capacitandos).
Encaminhamento de correspondências as prefeituras e câmaras dos municípios, assim
como aos conselhos municipais de meio ambiente.
Metodologia da capacitaçãoA opção proposta para o Estado de Pernambuco é a de contemplar todos os 184
municípios, através de 30 oficinas organizadas a partir das regiões geográficas, atingindo 750
pessoas (gestores municipais e outros participantes). Partiu-se do princípio de que selecionar
alguns municípios, considerando apenas as melhores condições de organização e infra-estrutura,
ampliaria as desigualdades intermunicipais. Outro aspecto que levou a inclusão de todos os
municípios foi a oportunidade de se criar um momento de mobilização mais amplo e com isto
elaborar um Diagnóstico Ambiental dos Municípios Pernambucanos, considerando e
aproveitando o processo da capacitação como uma etapa essencial.
Os municípios, a partir da região geográfica, foram agrupados contando sempre com o
37
referencial de um município pólo, em função da liderança que exercia e pela melhor infra-
estrutura. Tal município seria sede de uma ou mais oficinas e as demais realizadas em
municípios escolhidos como cidades-pólo na região, sempre considerando a acessibilidade do
conjunto dos municípios.
Para atingir essa dimensão, o projeto contou com uma equipe de coordenação e equipes
técnicas executivas: coordenadores regionais, capacitadores, mobilizadores e secretaria. Com
essa organização foi possível realizar as 32 oficinas. O coordenador regional acompanhou todo
o processo de mobilização e de execução das oficinas da sua área de atuação.
Conteúdo programático e distribuição da carga horária
Carga Horária: 20 horas - Instalação dos TrabalhosO Ministério do Meio Ambiente e o Meio Ambiente no Brasil;
O Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais e Conselheiros do Sisnama;
O Programa Estadual de Capacitação de Gestores e Conselheiros Ambientais;
Apresentação e expectativas dos participantes;
Apresentação da Capacitação (Objetivos, metodologia, conteúdo, atividades e resultados
esperados).
Módulo I1. Introdução ao Tema
1.1 A questão ambiental
1.2 Instâncias e competências governamentais em Meio Ambiente – Federal, Estadual e
Municipal
1.3 Política Pública e Política Pública Ambiental
1.4 Gestão Pública e Gestão Pública Ambiental
1.5 Política e Gestão Ambiental Pública Municipal
1.6 Estrutura da Gestão Ambiental Local (Atividade)
2. Município, Meio Ambiente e Desenvolvimento2.1 A Responsabilidade Ambiental do Município
2.2 A Noção de Ambiente, Sustentabilidade e Problemas Ambientais
2.3 A Questão Ambiental no Município e seu entorno. Contextos Estadual e da Zona
Fisiográfica em que se encontra – Mata, Agreste ou Sertão
2.4 História Ambiental e Diagnóstico Ambiental do Município (Atividade)
3. A Gestão Ambiental Municipal3.1 Representatividade Local
3.2 Instrumentos Legais e Aparato Institucional
3.3 Instrumentos de Implementação
38
3.4 O Conselho Municipal de Meio Ambiente
3.5 O Suporte Econômico
3.6 A necessária interação com demais segmentos/atores endógenos e exógenos
Carga Horária: 20 horas
Módulo II 4. Requisitos à Gestão Ambiental Municipal
4.1 Criação e funcionamento efetivo do Conselho Municipal de Meio Ambiente
4.2 Planejamento Ambiental
4.3 Áreas Protegidas
4.4 Controle de Uso dos Recursos Naturais
4.5 Educação Ambiental
4.6 Infra-estrutura física e Recursos Humanos
5. Implementação dos instrumentos de Gestão Ambiental5.1 Fiscalização
5.2 Avaliação de Impactos Ambientais
5.3 Licenciamento Ambiental
5.4 Auditoria Ambiental
5.5 Certificação Ambiental
5.6 O que existe no Município? (Atividade)
6. Mecanismos para implantação da Gestão do Ambiente Municipal6.1 Montagem de um Banco de Dados Municipais para a Gestão Ambiental
6.2 Zoneamento Ecológico-econômico do Município
6.3 A utilização do ICMS Socioambiental
6.4 O Plano Diretor Municipal e seu significado na Gestão do Ambiente
6.5 Financiamento/Busca de Recursos para Projetos Ambientais
6.6 Subsídios à elaboração de Projetos para a Gestão do Ambiente (Atividade)
Total: 40 horas
Perfil dos participantesDas 847 pessoas capacitadas houve a representação de 400 funcionários das prefeituras, 2
prefeitos, 21 vereadores e 424 pessoas da sociedade civil (conselhos, sindicatos, ONG entre
outras)
39
Avaliação do cursoO PNC em Pernambuco teve repercussões positivas despertando o comprometimento de
gestores públicos e da sociedade civil e isso ficou demonstrado principalmente no número de
pessoas capacitadas (847) que ultrapassou o previsto (750). A estratégias de mobilização e
sensibilização de visitar os prefeitos e os secretários de meio ambiente para esclarecer o
objetivo da capacitação foi fundamental para o exito do Programa.
Principais resultados 184 municípios mobilizados
836 pessoas capacitadas
184 municípios beneficiados
32 oficinas realizadas abrangendo os 184 municípios
Criação de fóruns microrregionais: Ribeirão / Pesqueira / Igarassu / Caruaru / Garanhuns
I e II / Salgueiro / Angelim / Recife / Itambé / Cabo de Santo Agostinho / Buíque / Gravatá.
Diagnóstico ambiental /indicadores / acompanhamento e monitoramento.
Organização e reestruturação dos Conselhos.
Estímulo aos Comitês de Bacia / Agenda 21 / política de resíduos sólidos.
40
pref eitos técnicos pref eituras v ereadores sociedade civ il
2.8 RIO DE JANEIRO
Entidade Executora: AEMERJ – Associação de Prefeitos dos Municípios do Estado do Rio de
Janeiro
Coordenação: Janete Abrahão
Com o espírito de fortalecer o SISNAMA no Estado do Rio de Janeiro, a Comissão
Tripartite do Rio de Janeiro estabeleceu uma comissão executiva composta por: um
representante do IBAMA, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente - SEMADUR, da ANAMMA
e da AEMERJ. A AEMERJ, por sua vez, constituiu outra comissão para elaborar o projeto para
posterior apresentação à Tripartite do Rio.
Estratégia de MobilizaçãoA mobilização teve caráter contínuo. Composta por três momentos:
Momento 1: na constituição da Comissão Tripartite. Objetiva consolidar a Comissão e divulgar
sua formação, proposições e forma de organização.
Momento 2: Implica mecanismos de sensibilização e comunicação junto aos prefeitos,
secretários de meio ambiente, organizações não-governamentais, universidades e outros atores
importantes no cenário de construção de um Programa de Formação.
Momento 3: A mobilização assume seu caráter mais permanente, envolve ações que fomentam a
interação entre os diferentes atores sociais, fortalece redes já criadas e estimula a criação e
articulação de outros coletivos locais, através de estruturas como os Conselhos Municipais de
Meio Ambiente.
Enviaram ofícios e convites por meio eletrônico, correio e fax, além de ligações telefônicas
para prefeitos, vereadores, conselheiros e outros atores envolvidos nesse processo. Todos os
prefeitos receberam além dos convites os termos de adesão ao PNC/RJ. O Seminário de
Lançamento do PNC/RJ contou com a presença do vice-governador e secretário de meio
ambiente do Estado, entre outras autoridades, ocorrido em outubro de 2006, envolveu 207
participantes, sendo 10 prefeitos, 57 representações de prefeituras e 41 secretários de meio
ambiente. Do processo de mobilização 74 municípios assinaram o Termo de Adesão ao PNC/RJ,
o que representa cerca de 82% dos municípios fluminenses.
Metodologia da capacitaçãoO caminho metodológico do Rio de Janeiro pautou-se na construção de um processo
formativo, no qual os momentos de capacitação devem:
41
• Buscar a solução de conflitos locais na gestão ambiental, através do acesso à informação e da troca de experiências.
• Ampliar as possibilidades de multiplicação das experiências e de sustentabilidade das ações.
• Contribuir, de forma efetiva, para superar os entraves que prejudicam uma gestão ambiental articulada, integrada, compartilhada, descentralizada e coerente com os princípios do SISNAMA.
• Contribuir para que os municípios possam adotar, progressivamente, os procedimentos de Licenciamento e Fiscalização Ambiental.
• Criar Fóruns da Agenda 21 local nos municípios que ainda, não o possuam e potencializar a ação desses fóruns, quando já existentes.
O PNC/RJ envolveu dois módulos de capacitação. O Módulo 1 tratou sobre o SISNAMA e
Gestão Ambiental, com carga horária de 45 horas e foi direcionado aos gestores, conselheiros e
técnicos de câmaras de vereadores e dos gabinetes de prefeitos. O Módulo 2, com mais 45
horas, tratou sobre a criação e estrutura do Sistema Municipal do Meio Ambiente e de
Licenciamento Ambiental, parte dos capacitandos do primeiro módulo também participou do
segundo.
Ao final dos cursos foi produzido um Manual de Gestão Ambiental Compartilhada que
teve como objetivo ser instrumento de continuidade das ações de fortalecimento da gestão
ambiental municipal.
Além das capacitações o projeto previa assessoria aos municípios com o intuito de
contribuir no processo de fortalecimento da gestão ambiental municipal. O projeto foi encerrado
com um seminário que tratou da gestão ambiental compartilhada no estado do RJ.
Conteúdo do Módulo 1: SISNAMA e Gestão Ambiental O SISNAMA – entes, estrutura, objetivos, premissas / PNMA
Instrumentos de Gestão
Legislação Ambiental
Produção de Informações – SINIMA
Desenvolvimento Sustentável
Estudos de caso: análise de situações reais, discussão sobre os problemas e construção
de soluções
Conteúdo do Módulo 2: Gestão Ambiental Compartilhada no Estado do Rio de Janeiro – descentralização do processo de licenciamento e fiscalização ambiental
ICMS VERDE
Procedimentos Gerais de Licenciamento Ambiental no Estado do RJ
Experiência de Licenciamento Ambiental no Município do Rio de Janeiro
42
Mudanças Climáticas
Central de Atendimento: Recepção dos requerimentos e cálculo de custos
Legislação Ambiental: Lei de Crimes Ambientais, Código Florestal (APPs) e Lei da Mata
Atlântica
Zoneamento Ecológico e Econômico e Gerenciamento Costeiro
Licenciamento de projetos não Industriais – (loteamentos, residências uni e
multifamiliares, oficinas mecânicas, etc)
Empreendimentos Industriais (alimentícios, metalurgia,editoras, químico e farmacêutico e
outros de pequeno porte)
IEF - Adequação Ambiental
IEF – Fiscalização
SERLA – Cadastro de Usuários, Solicitação de outorga e FMP
Exemplo de um município que licencia
Educação Ambiental como instrumento de gestão para o Licenciamento Ambiental
Agenda 21 – como instrumento de gestão para o Licenciamento Ambiental e Conferencia
de Meio Ambiente – um espaço de diálogo e construção coletiva
O Módulo I capacitação foi realizado em 5 regiões, no período de fevereiro a maio de
2007, com 225 horas de capacitação (45 horas por região), envolvendo 82 Municípios e 399
participantes.
O Módulo II envolveu 70 municípios e 241 participantes, foi realizado no mês setembro de
2007 em parceria com a UERJ e o SEBRAE-RJ, e outras instituições de forma centralizada na
Cidade do Rio de Janeiro, em três turmas de 45 horas, totalizando 135 horas de capacitação,
durante 03 semanas consecutivas.
Ao todo foram capacitadas 462 gestores nos dois módulos conforme descrição abaixo:
Participantes apenas do Módulo 1 = 207
Participantes apenas do Módulo 2 = 60
Participantes nos dois módulos = 195
Perfil dos participantesO PNC/RJ envolveu nos dois módulos de capacitação cerca de 470 participantes,
distribuídos nas seguintes categorias, conforme gráfico.
43
AvaliaçãoPontos negativos
desarticulação da Comissão Tripartite Estadual no inicio do projeto;
a fragilidade das estruturas municipais;
as alterações na seqüência lógica do Módulo 1 nas regiões em função da ausência de
instrutores;
a dificuldade de operação do Módulo 1 nas regiões mais distantes da capital;
a dificuldade de deslocamento de parte dos municípios para a capital visando as suas
participações no Módulo 2;
a ameaça de interrupção do programa provocada pela demora na assinatura do primeiro
Termo Aditivo e a demora na aprovação do segundo Termo Aditivo ao convênio
A demora na liberação dos recursos.
Pontos positivos:
A significativa contribuição do PNC/RJ na rearticulação e fortalecimento da Comissão
Tripartite no RJ;
Aumento da capacidade de mobilização dos municípios e fortalecimento do SISNAMA no
RJ, através da criação de um ambiente de diálogo e sinergia entre os diferentes entes
federados no estado;
nivelamento de informações sobre os instrumentos de gestão ambiental e seus
mecanismos de integração;
ampliação e amadurecimento sobre a participação social como ferramenta essencial para
a eficácia na gestão ambiental;
ampliação da compreensão sobre a complexidade do licenciamento ambiental e sobre as
implicações estruturais, legais e políticas relacionadas à assunção da competência do
licenciamento pelo município;
44
secretários municipais de meio ambiente
sociedade civil – integrantes de CMMA
técnicos e analistas ambientais municipais
Legislativo municipal
fortalecimento da rede de participantes do PNC/RJ e das articulações entre municípios;
ampliação da credibilidade nas instituições executoras do PNC/RJ e das integrantes da
Comissão Tripartite, por parte dos municípios.
Principais resultados capacitação de 470 participantes;
envolvimento de 82 municípios;
publicação de mil exemplares do Manual de Gestão Ambiental Compartilhada;
290 horas de assessorias aos municípios, através de 29 visitas técnicas;
realização de um seminário de encerramento com o tema Gestão Ambiental
Compartilhada.
“A Realização do PNC/RJ contemplou uma das etapas para a
reorganização da Comissão Tripartite Estadual e a criação de canais efetivos
de comunicação entre os entes federados e deles com os Gestores Ambientais
municipais, tão urgente e essencial. Além disso, a qualificação e o
aperfeiçoamento dos gestores, suas equipes técnicas e representações da
sociedade civil integrantes dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente são pré
condições para o enfrentamento da complexidade e diversidade da gestão
ambiental e da execução de seus instrumentos como o licenciamento
ambiental.
Nossa avaliação, no entanto, é que essa foi a primeira fase de uma
ampla agenda de fortalecimento dos Sistemas Municipais de Gestão Ambiental
no Rio de Janeiro. Nossa meta é enraizarmos essas conquistas e todo
processo de articulação ora existente, através de políticas estaduais, como, por
exemplo, o apoio aos comitês de bacia hidrográfica e a agenda 21.”
Marilene Ramos – Secretária de Estado de Meio Ambiente
“Merece reconhecimento também o avanço da descentralização do
licenciamento ambiental para os municípios. O PNC /RJ contribuiu efetivamente
para a construção de um processo de compartilhamento da gestão ambiental
no Rio de Janeiro. Temos a convicção de que esse foi o início de um
movimento que necessitará de tempo para sua consolidação. A capacitação e a
mobilização de gestores ambientais, técnicos e conselheiros municipais
promovidas pelo PNC /RJ devem ter continuidade e aprofundamento. Além
disso, são essenciais as discussões sobre o financiamento dos Sistemas
45
Municipais de Meio Ambiente.”
David Loureiro – Presidente da AEMERJ
“O PNC é resultado da crescente tendência de fortalecimento dos
órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, em especial dos
órgãos municipais. Essa tendência foi expressivamente reafirmada na I
Conferência Nacional do Meio Ambiente, que aprovou a criação e
implementação do Programa e das Comissões Tripartites Estaduais.”
Rogério Rocco – Superintendente Ibama-RJ
46
2.9. RIO GRANDE DO NORTE
Entidade Executora: IDEMA - Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente
Coordenação: Hiramises Paiva de Paula
No Estado do RN a Comissão Estadual Triparte constituiu uma Comissão Executiva
composta por representantes de seus órgãos: IBAMA, Associação Nacional de Órgãos
Municipais de Meio Ambiente – ANAMMA, Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Urbanismo –
SEMURB, Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte - FEMURN e pelo IDEMA que
ficou com a responsabilidade da coordenação para elaborar o projeto para implementação do
PNC no estado. Entre os diferenciais do projeto do PNC/RN é que o governo do Estado,
objetivando atender a todos os municípios acrescentou mais R$ 139.992,00 a título de
contrapartida, representando cerca de 40%, sendo que o obrigatório era 10%, totalizando o valor
de R$ 353.892,00.
Estratégia de Mobilização dos MunicípiosComo estratégia de mobilização foram feitas visitas técnicas a um número amostral de 48
municípios, encaminhado correspondência e realizado um seminário de sensibilização para os
chefes do executivo dos 167 municípios a fim de disponibilizarem seus servidores para
participarem da capacitação.
O Seminário de Sensibilização – Gestão Ambiental Compartilhada contou com
representantes do Executivo Municipal e Presidentes de Câmaras de todo o Estado e foi
realizado com recursos do Governo do Estado/IDEMA, antes da assinatura do convênio com a
Petrobras, que em razão de entraves administrativos na celebração do convênio foi assinado no
mês seguinte.
Para participar dos cursos de capacitação os critérios foram: ter no mínimo o 2º grau,
experiência ou afinidade com as questões ambientais, serem servidores das prefeituras
municipais ou representantes da sociedade civil organizada.
Metodologia de Capacitação
A metodologia adotada no processo de capacitação de gestores ambientais está
referenciada na pedagogia dialógica e problematizadora, uma vez que os educandos e
educadores foram sujeitos da construção e reconstrução dialógica dos saberes em um processo
participativo.
As disciplinas foram de caráter teórico e prático, elaborando-se no final do curso uma
Matriz de Problema, Potencialidade e Alternativas para as questões ambientais de cada
47
município; uma Agenda Local voltada para a estruturação de um Sistema Municipal de Meio
Ambiente. Para tanto foram selecionados instrutores com experiência em gestão de projetos e/ou
ensino na área ambiental.
Foi produzido um material didático pela equipe de instrutores, sob a supervisão da
Unidade Executiva do Programa e distribuído com os capacitandos juntamente com o kit de
Cadernos de Formação fornecidos pelo MMA:
a) Diário do Gestor – instrumento destinado ao registro de informações e vivências sobre curso,
instrutores e colegas, no sentido de subsidiar ação multiplicadora em seus municípios de origem;
b) Apostila do Módulo I – Natureza, Meio Ambiente e Sociedade;
c) Apostila do Módulo II – Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental;
d) Apostila do Módulo III – Políticas Públicas, Meio Ambiente e Gestão Urbana;
e) Apostila do Módulo IV – Ordenamento Jurídico e Instrumentos Ambientais;
f) Apostila do Módulo V – Criação, Organização e Estruturação do SISMUMA;
g) Apostila do Módulo VI – Desafios Práticos de Gestão;
h) Textos de Aprofundamento relativos aos módulos I, II, IV e V;
Esses documentos além de impressos foram gravados em CDs e distribuídos entre os
participantes. Nos CDs de execução foram também organizados materiais relativos ao
mapeamento da estrutura técnico-administrativa ambiental dos municípios do Rio Grande do
Norte, informações acerca da gastronomia das diversas regiões do Estado. Foram também
distribuídas bolsas de lona com as logomarcas das instituições promotoras do Programa.
Foram implementados doze cursos de capacitação, com carga-horária de 60horas cada,
no período de agosto de 2006 a janeiro de 2007 bem como outras atividades complementares às
capacitações. Os municípios foram divididos nos seguintes grupos: Litoral Oriental, Litoral Norte,
Agreste III, Currais Novos, Serras Centrais, Alto Apodi I, Alto Apodi II, Agreste II, Mossoró II,
Caicó, Mossoró I, Agreste I. Vale salientar que foram realizados, ainda, mais dois cursos (13º e
14º) com recursos do Governo do Estado/IDEMA.
Durante todo o período de execução das atividades de Capacitação dos Gestores
Ambientais foram realizadas algumas atividades paralelas, não menos importantes, das quais foi
destacado o levantamento da estrutura municipal de meio ambiente de cada município
participante de antes e depois da capacitação. O que pode ser observado na parte 4 do relatório
Impactos do PNC.
Outra atividade digna de registro foi o levantamento gastronômico regional que foi
documentado e degustado no inicio de cada Curso. Cada participante trazia um prato típico de
seu município, com a receita e autorização do autor, com a história do porque aquele prato é
48
representativo do local. Esse trabalho oportunizou a socialização de muitas informações
relativas aos costumes, economia e história de cada município, o que ocasionou discussão
entre o modus vivendis, o meio ambiente e os hábitos nutricionais.
Ao final de cada curso procedia-se a avaliação do processo de capacitação por parte dos
alunos, além de eleição dos articuladores do grupo regional, o estabelecimento de calendário de
reunião dos articuladores, com data e local para a realização dos Encontros Regionais.
Avaliações dos cursos
As avaliações foram realizadas durante cada curso, através de instrumentos específicos
e sistematizadas para cada grupo de capacitação.
Avaliações dos capacitandos sobre os instrutores onde se verifica um percentual elevado
de eficiência das capacitações e qualidade dos instrutores e da Unidade Executiva,
apresentando uma média de 89,3%.
Avaliações dos instrutores sobre a capacitação os dados demonstram um nível de
satisfação acima de 87%.
Auto-avaliação dos capacitandos por módulo. Cada participante avaliou seu aprendizado,
sua participação e a aplicabilidade dos conteúdos aprendidos na sua prática cotidiana. Na
auto-avaliação, os alunos afirmaram elevada participação e aprendizado, cujos
conhecimentos são adequados à aplicação em seus municípios.
De todo o processo avaliativo do curso, se depreende que a capacitação foi muito bem
executada, que atendeu às expectativas da demanda e que reafirma a pertinência do Programa,
bem como a necessidade de continuidade.
Principais resultadosO Projeto estabeleceu a meta de capacitar todos os 167 municípios do Estado, tendo
atingido o percentual de 92%, ou seja, 154 municípios foram capacitados, enquanto apenas 13
(8%) não participaram dos cursos.
Em relação ao número previsto de 501 pessoas capacitadas, ao final dos 14 cursos, foi
atingido o percentual de 80%, ou seja 403 representantes dos municípios foram capacitados.
Além destes, após detectada a viabilidade de participação nos últimos 2 cursos, e tendo ainda
vagas, foram integrados a capacitação 12 convidados de instituições parceiras ou potenciais
parceiras para as ações de continuidade. Dentre os convidados foram incluídas 3 convidadas do
Instituto Naturatins, órgão estadual de meio ambiente do Estado do Tocantins.
Os articuladores dos municípios foram eleitos no final da cada curso, com a função
primordial de mobilizar a sociedade, o Poder Executivo, o Legislativo Municipal e os próprios
gestores capacitados (para não deixar a chama se apagar), isto é, promover articulações e
49
realizar ações de continuidade.
Foram realizadas inúmeras reuniões entre os articuladores de seus respectivos grupos o
que desencadeou em diversas ações: rede de grupos de convivência na internet, troca de
experiências relativas à legislação e outras questões na área de meio ambiente, visitas às
Câmaras Municipais, promoção de Seminários, Semana do Meio Ambiente e outras atividades.
“Hoje os articuladores ambientais dos municípios se constituem em
verdadeiras “sementeiras” que fazem desenvolver “árvores e frutos” de
Educação Ambiental em todo o território potiguar.”
“O processo de capacitação serviu como uma injeção de
conhecimento e motivação. Tudo que tivemos chance de conhecer durante o
período de curso serviu para ampliar nossa capacidade de atuação na área
ambiental, favorecer a interação e o trabalho conjunto de municípios de uma
mesma região, viabilizando o processo de emancipação dos órgãos
ambientais municipais.” Ruthe Helenna Marques Correia de Melo -
Coordenadora do Meio Ambiente de Ceará Mirim
“O Programa de Capacitação de Gestores é um marco para a
política ambiental do Rio Grande do Norte, principalmente por que dará a
oportunidade dos municípios olharem os seus problemas ambientais como
seus, e encararem as responsabilidades ai incutidas, logicamente que
também estão previstos as condições para aqueles que criarem suas
estruturas ambientais se fortalecerem ainda mais. Para mim, acredito que foi
uma das melhores experiências ambientais dos últimos tempos, um dos
melhores cursos de capacitação que já participei. Quanto à criação do
sistema municipal de meio ambiente, estamos ainda terminando de digerir
as informações obtidas e traçando um planejamento para cumprir as metas
estabelecidas durante o curso.” Ms. Getson Luís Dantas de Medeiros
Geógrafo e Analista Ambiental - Coordenador de Meio Ambiente de Currais
Novos/RN
'”Só tenho a dizer que o Curso de Gestores Ambientais foi bastante
proveitoso, positivo e satisfatório. Com a capacitação oportunizou-se para
ter mais visão sobre a importância do Sistema Municipal de Meio Ambiente,
além da adoção de novos conceitos e pressupostos teóricos sobre as
diversas temáticas discutidas durante o encontro. Afirmo, que, deveria
ocorrer mais encontros posteriores com os grupos para discutirmos as
50
novas tendências e novos conceitos sobre as políticas públicas relacionadas
a realidade atual do Meio Ambiente. Parabéns, pelo Encontro e aos
Instrutores, bem como, a Coordenação Técnica que souberam em tão pouco
tempo estimular os participantes a assumirem suas responsabilidades
quanto ao Meio Ambiente.” Sérgio Enilton da Silva -Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Econômico de Acari
“Acredito que estamos vivenciando algo inédito, não só no Estado,
mas também em todo País nas questões ambientais, com fiscalizações,
programas e projetos desenvolvidos na área pelos governos Estadual e
Federal. Com essa capacitação todos nós pudemos compreender um pouco
mais de nossas competências quanto gestores e da realidade
organizacional dos nossos municípios e ver a real e urgente necessidade
nos mobilizarmos. Acredito que poderíamos ter realizado também algumas
mesas de discussões com a partição de outros profissionais que não
participaram, como biólogos, geólogos e geógrafos, todos com uma única
idéia, a proteção ao meio ambiente, contribuído assim com subsídios para
os representantes dos municípios.” Silenildo - Diretor de Meio Ambiente/São
Paulo do Potengi/RN
Outros pontos a serem ressaltados:
A decisão política do Governo do Estado, através do órgão executor do Programa o
IDEMA, de contemplar os 167 municípios do Rio Grande do Norte, só foi possível em
razão da contrapartida desse órgão de aproximadamente 40%;
A divisão do Estado em 12 (doze) grupos de municípios, considerando as microrregiões
homogêneas, definidas pelo IDEMA a partir de parâmetros ambientais e
socioeconômicos;
O compartilhamento da Comissão Tripartite Estadual – IBAMA, IDEMA, FEMURN e
SEMURB de colocar pessoal técnico à disposição do órgão executor para compor a
equipe da Unidade Executiva, responsável pela elaboração e implementação da proposta
do PNC no Estado;
O local definido para a realização dos 12 (doze) cursos, o Centro de Treinamento da
EMATER – CENTERN, no Município de São José de Mipibu, um típico hotel fazenda,
situado a 42 km de Natal, dispondo de uma boa estrutura para eventos. Espaço
reservado que permite a integração dos grupos e estimula a troca de experiências;
51
Articulação dos municípios participantes do Programa no âmbito regional, fortalecendo as
ações locais e integrando os gestores para programações compartilhadas. Foram
definidos durante a capacitação, os articuladores regionais para, em parceria com a
Unidade Executiva, planejarem e realizarem os Encontros Regionais, momentos de
grande mobilização política e de socialização das agendas de compromisso dos
municípios;
A pertinência do conteúdo programático da capacitação, sua organização e seqüência
dos módulos temáticos. Os temas foram abordados dentro de uma perspectiva dialógica,
estimulando a reflexão crítica e a troca de saberes, privilegiando a realidade dos
capacitandos;
A distribuição de mudas de essências nativas acompanhadas de ficha técnica da planta,
como estímulo ao processo de arborização dos municípios;
Os critérios de escolha dos instrutores, tendo por base não apenas o conhecimento
teórico dos temas a serem abordados, mas a experiência prática e o compromisso com a
estrutura metodológica definida no Programa;
Mapeamento da estrutura técnico-administrativa ambiental dos municípios do Rio Grande
do Norte ;
A valorização da cultura regional no evento de abertura, com destaque para a amostra de
produtos típicos da gastronomia dos municípios, uma contribuição dos próprios
participantes;
Criação de grupos de discussão na Internet envolvendo os membros da Unidade
Executiva, instrutores e capacitandos de diversas regiões do Estado
(http://br.groups.yahoo.com/group/galitoraloriental/ e www.grupos.com.br /gestoresde_rn,
este último englobando gestores de todos os grupos além de outras pessoas
interessadas, totalizando mais de 260 e-mails cadastrados;
Produção espontânea de textos, cordéis, paródias, etc. sobre temas ambientais por parte
dos gestores capacitados;
Alguns pontos representam entraves que impactaram o desenvolvimento do Programa no
Estado:
A época de realização da capacitação sofreu interferências em função da Copa do Mundo
e do Período Eleitoral;
Os materiais cedidos pelas instituições parceiras (no âmbito Federal, Estadual e
Municipal, com as devidas logomarcas) não puderam ser distribuídos aos participantes
em momento mais oportuno, em função das restrições estabelecidas pela legislação
eleitoral;
52
Falta de sensibilidade de alguns prefeitos convidados a participarem do Programa, em
razão do desconhecimento da importância da questão ambiental, resultando na não
indicação de representantes de seu município para a capacitação. Constatou-se também
alguma resistência no sentido de priorizar a estruturação da Sistema Municipal de Meio
Ambiente no âmbito das políticas públicas locais;
O PNC no RN teve grandes repercussões positivas despertando o comprometimento de
gestores públicos e da sociedade civil, resultando em mudanças de comportamento pessoal e
organizacional, registrando-se mesmo antes da conclusão do Programa alterações na estrutura
administrativa das prefeituras, novas programações nas organizações não-governamentais e um
fato de extrema importância que foi a integração interinstitucional para a resolução de problemas
ambientais regionais e a criação de redes de comunicação entre os gestores.
“Durante a execução dos cursos foi identificada uma grande
carência de pessoal qualificado nos municípios e a imensa falta de
informações e consciência ambiental, inclusive de alguns dirigentes. Essa
experiência fundamenta sugere a continuidade do trabalho iniciado com o
Programa de Capacitação de Gestores Ambientais sob dois
direcionamentos: um de informação técnica para a equipe executiva e
operacional e outra em um âmbito mais político para os dirigentes, pois a
questão ambiental para um número significativo de pessoas de decisão é
inteiramente ignorada, muitas vezes por ausência completa de informações.”
Considerando os resultados advindos da implementação desse Programa, conclui-se
sobre a sua pertinência e da necessidade de continuidade das ações, aqui voltadas para a
capacitação dos recursos humanos, o que exige uma continuidade programática com relação a
disponibilidade dos meios para concretizar as possibilidades que foram internalizadas pela
consciência produzida pela capacitação.
53
2.10. RIO GRANDE DO SUL
Entidade executora: FEDERAÇÃO DAS ASSOCIACOES DE MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE
DO SUL – FAMURS
Coordenação: Valtemir Goldmeier
A Comissão Técnica Tripartite do RS elegeu a FAMURS para a elaboração e execução do
projeto no estado.
Estratégia de mobilizaçãoForam encaminhados ofícios para todos os 496 municípios do Rio Grande do Sul,
convidando-os para o Seminário de Sensibilização dos prefeitos e lançamento do programa, que
ocorreu em 3 etapas nos dias 6,7 e 8 de março de 2007.
Metodologia de capacitação O curso foi realizado em 2 módulos: básico e intermediário. O módulo básico composto de
40 horas foi destinado aos municípios não qualificados para o licenciamento municipal e foi
realizado em 10 regiões do Estado. Para a definição dos conteúdos foram realizadas 23
reuniões. O módulo intermediário foi realizado com 176 municípios e 562 pessoas
Módulo básicoForam realizados 10 cursos regionais, de forma descentralizada em pólos: Porto Alegre, Ibirubá,
Santo Ângelo, Santa cruz do Sul, Capão da Canoa, Erechim, Frederico Westphalen, Pelotas,
Caxias do Sul, São Sepé. Foram convidados 270 municípios que não estavam habilitados para
realizar licenciamento de atividades consideradas de impacto local, contando com 4 pessoas por
município (2 do Poder Executivo, 1 do Poder Legislativo, 1 do Conselho Municipal de Meio
Ambiente).
Seminário Introdução ao SISNAMA (4h) com evento aberto a comunidade, ONG’s, prefeitos,
secretários municipais e estaduais, vereadores, universidades e imprensa.
Conteúdo do Módulo Básico (40 horas)A) Gestão e Participação (18h)
Liderança e Gerenciamento;
Liderança democrática;
Gerenciamento de conflitos e capacidade de comunicação;
54
Mobilização e envolvimento;
Trabalho em equipe;
Noções de Planejamento;
Planejamento estratégico;
Organização do tempo
Identificação de pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças locais e regionais;
Identificação e diagnóstico dos atores;
Gestão ambiental participativa e transversal;
B) Introdução ao SISNAMA e SISEPRA/RS (22h) Instrumentos de organização e gestão
Atores públicos e privados
Legislação ambiental básica
Os desafios da cidade frente às questões ambientais
Órgãos Municipais de Meio Ambiente
Organização e competências
O exercício do poder de polícia administrativa
O Sistema Integrado de Gestão Ambiental da SEMA/CONSEMA
Conselhos e Fundos Municipais de Meio Ambiente
Como material didático foi produzida uma apostila com os seguintes conteúdos: Introdução Aspectos da Gestão Ambiental Sistemas Ambientais Compartilhamento da Gestão Ambiental no Rio Grande do Sul. Planejamento Urbano Recursos Naturais Educação Ambiental Glossário Anexos Referências
Módulo Intermediário
Instrumentos de gestão das cidades A inclusão das diretrizes ambientais nos diversos instrumentos de políticas públicas –
PLANO DIRETOR e sua inter relação com uso e ocupação do solo Código de Posturas, Código de Obras, Código Sanitário, Alvará (localização,
saúde e outros) Articulação e integração com políticas setoriais, Plano Diretor, Plano Estratégico e
códigos municipais Competência, Organização, inter relação das Resoluções do CONAMA, Resoluções do
CONSEMA e Legislação pertinente Licenciamento Ambiental Ritos e Expedição de Documentos (LP, LI, LO, Autorizações, Vistorias, Laudos Técnicos) As articulações horizontais e verticais com: Municípios vizinhos e/ou programas e
atividades afins; e FEPAM/SEMA e IBAMA - parceria, cooperação técnica, trabalho em
55
conjunto, descentralização, entre outros. Taxas Ambientais Penalidades e Infrações O exercício do Poder de polícia, Responsabilidade Penal do Município na Gestão
Ambiental Local frente à Legislação Vigente e a Legislação Ambiental Municipal Organização da Estrutura Municipal e SISNAMA considerando: Municípios pequenos,
médios, grandes e Porto Alegre A inclusão ou criação de mecanismos de fiscalização e controle do meio ambiente na
estrutura organizacional dos municípios = CF de 1988, CE de 1989, CEMA 2000, LF n° 9.605
Estrutura do SISNAMA por porte: secretaria individualizada ou compartilhada com outros setores
Estrutura do SISNAMA e a necessidade mínima de recursos humanos e materiais Conselhos e Fundos Municipais de Meio Ambiente: estruturamento, funcionamento,
ações e controle / Papel do conselheiro. Capacitação de Conselheiros e Servidores de forma continuada Normas de elaboração de projetos para Fundos Municipais/Estadual/FN MMA e para
projetos na Câmara de Compensação Ambiental Fontes de recursos: próprias, nacionais e externas (compensação, TCA, TAC) A utilização de anuência prévia e de alvarás como instrumentos de política ambiental
(APP’s + Mata Atlântica + Código Florestal) Avaliação de Impactos Ambientais de atividades e empreendimentos de potencial poluidor
ou degradador Indicadores Ambientais Desenvolvimento sustentável Planos Municipais de Arborização, de Resíduos, entre outros Criação de Unidades de Conservação segundo a Legislação Federal pertinente Fiscalização e atuação integrada, envolvendo as esferas Federal, Estadual e Municipal
Avaliações
Os capacitandos consideraram o PNC/RS um instrumento eficaz que veio para auxiliar na
construção da gestão ambiental municipal.
A avaliação foi organizada em pontos negativos e positivos, descritos a seguir:
Pontos negativos Atraso no início das atividades. Devido a mudança do presidente da FAMURS, houve
atraso no repasse dos recursos por parte da Petrobras. O primeiro curso só foi realizado
em maio de 2007.
Atraso na prestação de contas: a prestação de contas da FAMURS foi encaminhada
somente em dezembro de 2007, próxima a data de encerramento de convênio. Como
veio com várias inconsistências, não foi possível realizar um novo aditivo de prazo para
continuidade do projeto e recebimento das parcelas seguintes.
Centralização da gestão e baixa participação dos demais membros da Comissão
Tripartite.
Pontos positivos Devido a sua grande capilaridade no estado do Rio Grande do Sul e as parcerias com
prefeituras e universidades, foi possível realizar praticamente todas as atividades
56
previstas por menos da metade dos recursos previstos.
A FAMURS atuou como parceira no curso de licenciamento ambiental, já que o governo
do estado está com várias dificuldades para apoiar as atividades do PNC.
Baixa participação de conselheiros.
Em Santa Cruz do Sul a abertura do curso foi feita pelo prefeito municipal.
Principais resultados 488 pessoas capacitadas;
186 municípios beneficiados.
186 Termos de Adesão assinados.
Material didático publicado: 850 apostilas, 850 pastas, 850 crachás, 850 certificados.
Pareceria: universidades comunitárias (apoio para realização dos cursos, com os
espaços).
Participação de vereadores que embora poderia ser em número maior, foi de 18
vereadores presentes nos cursos de capacitação;
“Os cursos contribuíram para fortificar as idéias de descentralização da
gestão ambiental, mostrando à maioria dos municípios do Rio Grande
do Sul a sua importância no SISEPRA e SISNAMA. Os resultados deste
programa poderão ser observados em breve com o aumento do número
de municípios habilitados pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente –
CONSEMA, e a médio prazo com a verificação da melhoria dos
indicadores da qualidade ambiental”
57
2.11. SANTA CATARINA
Entidade Executora: Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Santa Catarina
– SDS
Coordenação: Márcia Menezes Sonsini
A Comissão Técnica Tripartite Estadual de Santa Catarina indicou a Secretaria de
Desenvolvimento Sustentável do Estado de Santa Catarina - SDS - como a entidade executora
do Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais.
Conforme o plano de trabalho, o prazo de execução do convênio era de 18 meses,
com a meta de capacitar 360 gestores municipais em 120 municípios do estado até o dia 26 de
dezembro de 2007. Os municípios estariam distribuídos em 10 pólos regionais, agrupados por
bacia.
Houve atraso no início das atividades, porém, ainda no ano de 2006 foram realizadas
as seguintes atividades previstas no projeto: sintetizar os resultados da Conferência Estadual do
Meio Ambiente de 2005 e publicar documento final, elaborar o material de divulgação do curso,
realizar visitas as Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDR) para divulgar o PNC e a
realização de um Seminário Técnico sobre Gestão Compartilhada.
Após a realização dessas atividades, foi encaminhada a primeira prestação de
contas ao Ministério do Meio Ambiente. Porém, com o início do novo mandato no governo
estadual, houve alteração do secretário de desenvolvimento sustentável, acarretando mudanças
na antiga equipe do PNC/SC. Com isso, além da continuidade do projeto ficar comprometida,
também dificultou a obtenção de informações necessárias para as respostas aos
questionamentos feitos sobre a 1ª prestação de contas.
O convênio encerrou-se sem a consecução de seu objeto. Devido a problemas na 1ª.
prestação de contas e mudança no quadro de pessoal da SDS, o projeto ficou sem equipe
gerencial, o que inviabilizou a sua realização.
Estratégia de MobilizaçãoQuanto às visitas às SDRs, das 30 previstas, foram realizadas 5, entre os meses de
setembro e outubro de 2006, atingindo-se 65 municípios do estado. Ainda, como forma de
divulgação do PNC, foram enviados ofícios aos Secretários Regionais da SDS e para os
Prefeitos dos 293 municípios do estado.
Em 6 de dezembro de 2006, com vistas a promover o PNC no estado, foi realizado o
Seminário Técnico sobre Gestão Ambiental Compartilhada, em Florianópolis (SC). Conforme o
Cronograma de Execução, esta atividade estava prevista para o segundo período do projeto.
58
O evento contou com a presença de 122 participantes, sendo 5 prefeitos municipais, 36
secretários municipais de meio ambiente, 43 técnicos municipais de meio ambiente. Estavam
representados 60 municípios e 37 representantes de outros setores.
Os participantes do Seminário receberam um exemplar da publicação “Caderno de
Deliberações da II Conferência Estadual do Meio Ambiente”.
Principais Resultados Os resultados da Conferência Estadual do Meio Ambiente foram publicados, com tiragem
de 2.000 exemplares.
115 municípios assinaram o Termo de Adesão ao PNC.
Mesmo com a baixa execução, houve grande mobilização dos municípios. Devido a isso, a
Federação Catarinene de Municípios - FECAM que se disponibilizou para fazer um novo projeto
por meio de sua Escola de Gestão Pública Municipal para capacitar os municípios nas temáticas
SISNAMA e licenciamento ambiental municipal.
59
2.12 .SÃO PAULO
Entidade Executora: Associação Paulista de Municípios - APM
Coordenação: Antônio César Simão
A Comissão Técnica Tripartite participou ativamente na elaboração do projeto envolvendo
diversas organizações no processo e elegeram a APM como executora do PNC/SP.
Estratégia de Mobilização dos municípiosA estratégia de sensibilização e mobilização compreendeu as atividades preparatórias
junto aos municípios tais como: realização de pesquisa sobre a estrutura ambiental municipal,
mapeamento dos atores regionais, sensibilização e mobilização dos Prefeitos, que são os
gestores do Sistema Municipal de Meio Ambiente no contexto dos sistemas estadual e nacional
de meio ambiente e a realização de encontros regionais para a definição dos G3.
Os Encontros Regionais foram organizados pelo Instituto Ecoar, com o objetivo de
identificar os atores da sociedade civil organizada nos municípios e realizar a seleção dos
gestores das prefeituras e câmaras dos vereadores que irão participar dos cursos.
Metodologia da capacitaçãoForam constituídos 15 núcleos (Grupo de nível 3 - G3), obedecendo a distribuição
geográfica das Regiões Administrativas do Estado de São Paulo. Foram selecionados os
municípios contemplados que assinaram o Termo de Adesão ao Programa, no total de 200
municípios, sendo 5 representantes por município (3 do poder público, 1 do poder legislativo e 1
da sociedade civil organizada). Para a execução dos cursos de capacitação foi contratada a
CEPAM - Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal - Fundação Prefeito Faria
Lima - Cepam.
Os cursos totalizariam 72 horas/aula, distribuídos da seguinte forma:
Encontros Regionais dos G3s – 8 horas;
Seminários Regionais: “As contribuições do G3 ao processo de capacitação” - 8 horas.
Módulo Básico: “O Papel do Município no Fortalecimento do Sistema Nacional de Meio
Ambiente” - 16 horas;
Oficinas Municipais: “Diretrizes para a Elaboração de uma Agenda Local para o
Fortalecimento da Política Municipal de Meio Ambiente” – 16 horas.
Módulo Avançado: “O Papel do Município no Fortalecimento do Sistema Nacional de Meio
Ambiente” – 24 horas.
No Módulo Básico foram realizados sete cursos de capacitação, em sete diferentes
60
municípios correspondentes a nove regiões administrativas, com carga-horária de 16 horas cada.
REGIÃO
ADMINISTRATIVA MUNICÍPIO SEDE Data Municípios beneficiados
Número de participantes
1 Barretos e Franca* Colina 4/3/2008 10 49
2 Araçatuba Araçatuba 26 e 27/03/2008 14 41
3 Presidente Prudente Regente Feijó 9 e 10/04/2008 16 62
4 Marília Marília 16 e 17/04/2008 19 80
5 Bauru Bocaina 23 e 24/04/2008 14 49
6Central (Araraquara
e São Carlos) São Carlos 14 e 15/05/2008 14 54
7Baixada Santista e
Registro* Santos 28 e 29/05/2008 12 59
TOTAL 99 394
As oficinas municipais de meio ambiente, parte complementar do processo metodológico de
capacitação, começaram a ser realizadas após a última edição do curso de capacitação, elas
representavam atividades a serem executadas pelos alunos. Entre junho e outubro de 2007,
70% dos municípios participantes já haviam realizado suas oficinas, construindo sua pauta de
prioridades ambientais, com a participação de mais de 2.800 participantes.
Apesar de o número de pessoas atendidas no projeto ter sido próximo da meta (82,5%), o
curso ficou comprometido pela diminuição da carga-horária. Das 72 horas-aula previstas de
curso, foram efetivamente realizas 16 horas-aula de curso, que corresponde a carga-horária do
módulo básico. A esse número poderia se somar carga-horária do Encontro Regional do G3 (4
horas) e das oficinas municipais (estimativa de 8 horas), totalizando 12 horas em eventos, já
que essas atividades não podem ser consideradas como cursos. No total, entre curso e
eventos, foram realizadas 28 horas.
Perfil dos participantesO Programa de Capacitação Paulista teve como público alvo os gestores e técnicos das
unidades administrativas de meio ambiente (quando não, eram oriundos de áreas relacionadas
com o tema - planejamento, turismo, agricultura entre outras), conselheiros representantes da
Sociedade Civil e assessores técnicos legislativos.
Os resultados apresentados abaixo se referem aos cursos realizados em 2007, referentes
a 5 módulos básicos em suas respectivas regiões administrativas, do total de 15 regiões
administrativas previstas no projeto.
61
Avaliação Com relação ao curso avaliaram os seguintes critérios: estrutura local, conteúdo, material
expositivo, dinâmica, integração, participação, pontualidade e conceito final.
Quanto a estrutura local praticamente 90% consideraram entre bom e excelente. A
respeito do conteúdo 93,7% consideraram bom ou excelente. O material expositivo foi avaliado
como excelente por 70,9% dos participantes e bom por 25, 2%. Dinâmica, integração e
participação tiveram cerca de 90% de avaliação excelente ou bom. O critério pontualidade é que
teve 15% de avaliação regular, mas ainda somando os resultados bom e excelente alcançam
80%. Por fim, o conceito geral do curso teve o seguinte resultado: 4,6% regular, 44,2% bom e
51,2% excelente.
Entre os problemas identificados estão:
Falta de apoio do governo do estado.
Intensa disputa política na comissão tripartite.
Não se formou uma rede de aprendizagem, como em outros estados.
Atraso no início da execução.
Durante o curso, o CEPAM fez as seguintes pesquisas:
Desejos individuais dos participantes quanto à perspectiva futura do meio ambiente no
município. A questão mais desejada foi sobre a proteção, conservação e recuperação dos
recursos hídricos (26,1%).
62
prefeituras municipais
sociedade civil
câmara municipal
Quadro de problemas ambientais. Os principais problemas identificados foram: recursos
hídricos (24,33%) e recursos sólidos (22,9%).
Soluções para os problemas ambientais. De acordo com a avaliação dos alunos, as
soluções para os problemas ambientais estão na execução da política e gestão ambiental
municipal (20,5%) e no gerenciamento integrado de resíduos sólidos (18,96%)
Dificuldades. Falta de recursos financeiros e materiais (28,36%), política e gestão
ambiental municipal (18,17%) e sensibilização e conscientização (18,01%).
Oportunidades. Políticas públicas estaduais (15,84%), política e gestão ambiental
municipal (14,93%) e parcerias (14,82%)
Principais resultados (não estão incluídos os dados da prestação de contas final) 107 municípios beneficiados
401 pessoas capacitadas
70 oficinas municipais realizadas, com a participação de 2.830 pessoas até outubro de
2007 (segundo relatório do CEPAM)
Produção de apostila local.
A grande maioria (94%) dos municípios participantes do Módulo Básico do Programa
Nacional de Capacitação aderiu ao programa ambiental “Município Verde” da Secretaria
de Estado de Meio Ambiente de São Paulo
“A oficina no município de Guaraçaí consituiu-se uma oportunidade
ímpar de debater, refletir e propor metas junto a comunidade de forma ampla e
democrática”
Alceu Candido Caetano – Prefeito de Guaraçaí
63
Parte 3 - Novos Projetos e demandas
Em alguns estados já foi iniciado o processo de mobilização e envolvimento dos atores
para a formulação do projeto do PNC. A seguir um quadro sobre a situação da mobilização e das
demandas que surgiram nos demais estados.
UF SituaçãoSE Realizadas reuniões com a Comissão Técnica Tripartite em 2007. O estado enviou projeto
em 2007, todos os procedimentos foram feitos, entretanto, por problema no protocolo do
MMA, o convênio perdeu o prazo e não foi assinado. Já em 2008, fizeram diversos ajustes
para adequação do projeto. Forte desgaste pela não assinatura de convênio.PB Realizadas reuniões com a Comissão Técnica Tripartite em 2005. O estado enviou projeto
em 2007, todos os procedimentos foram feitos, entretanto, por problemas de
inadimplência e dificuldades de tramitação no MMA, o convênio perdeu o prazo e não foi
assinado. Forte desgaste pela não assinatura de convênio.MT Realizadas reuniões com a Comissão Técnica Tripartite em 2007. O estado enviou projeto
em 2007onde foram feitas adequações. Os procedimentos foram feitos, entretanto, por
problemas de inadimplência não assinaram convênio.MA Realizadas reuniões com a Comissão Técnica Tripartite em 2004. O estado enviou projeto
em 2007, os procedimentos foram feitos, entretanto, pela natureza jurídica da instituição
proponente (instituição privada – associação de municípios) não foi possível assinar
convênio. Em 2008, foi recebida nova demanda através da REGEAMA – Rede de Gestão
Ambiental do Maranhão.MS Realizadas reuniões com a Comissão Técnica Tripartite em 2005. O estado enviou projeto
em 2006, entretanto a Comissão Tripartite não estava mobilizada, nem tampouco a
Secretaria Estadual. AM Realizadas reuniões com a Comissão Técnica Tripartite em 2005. O estado enviou
projeto em 2005, outro em 2006, entretanto a Comissão Tripartite não estava mobilizada.
Enviaram novas versões de projetos em 2007 e 2008. PI Enviada carta da Associação de Municípios, em 2008, solicitando o apoio do MMA para
capacitação de municípios. O ICMBIO por conta do projeto de corredores ecológicos
propôs uma parceria para a capacitação de 14 municípios na região da Serra das
Confusões, o evento ocorreria em agosto, mas foi adiado por conta das mudanças no
MMA e eleições municipais.TO O estado enviou o projeto em 2008, entretanto não foi dado encaminhamento em
decorrência da demanda acumulada. Para elaborar o projeto tiveram como referência o
projeto do RN, pois três pessoas do Tocantins participaram de um Curso de Capacitação
64
de Gestores Ambientais no RN.AL Realizadas reuniões com a Comissão Técnica Tripartite em 2006. Envio de projeto em
2006, entretanto a instituição tinha muitas fragilidades, optou-se por não firmar convênio.
O projeto também precisava de adaptações que foram feitas pelo novo governo. A
Secretaria de Estado em reunião com o ex-diretor do DSIS pediu o apoio institucional para
a adequação do projeto, indicaram que até dispensariam os recursos de convênio, mas
precisavam dos kit de Cadernos de Formação e apoio técnico para adaptação da
proposta do estado.MG Realizadas reuniões com a Comissão Técnica Tripartite em 2005. Envio de projeto em
2006, o alto custo do projeto não era viável na ocasião. No mesmo período, a SEMAD
recebeu recursos do estado para capacitar municípios. Nos anos seguintes o MMA não
teve recurso disponível para tal projeto. Entretanto foi dado apoio, fornecendo kits do
PNC ao Programa de Gestão Ambiental Municipal coordenado pelo Promotor de Justiça
de Montes Claros , que promoveu capacitação de 64 municípios da Bacia do Rio São
Francisco no Norte de Minas , por meio de Termos de Ajustamento de Conduta - TAC.
Tal ação também teve o apoio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e outros órgãos.PR Realizadas reuniões com a Comissão Técnica Tripartite em 2008. Por conta de emenda
parlamentar o estado começou a organizar o projeto, junto à Comissão Estadual Tripartite.
Enviou ao MMA uma proposta, que está sendo discutida. No mês de setembro a
Coordenação do PNC do Paraná promoveu um encontro com os coordenadores do PNC
de outros estados, para através das experiências exitosas, promover o aperfeiçoamento
do projeto.RO,
RR,
AP
Reunião informal onde demostraram interesse, entretanto, nada foi formalizado.
65
Parte 4 – Desdobramentos do PNC e resultados consolidados
A partir da execução do PNC e do estabelecimento de parcerias, especialmente com o Instituto do Banco Mundial, outras atividades foram promovidas. A seguir breve apresentação das ações e seus resultados.
4.1 - Curso presencial sobre Administração Ambiental de Projetos Municipais de Mineração no Espírito Santo – parceria Banco Mundial / MMA / IEMA – Novembro 2006
No município de Cachoeiro do Itapemirim – um dos pólos da atividade de mineração – surgiu
a proposta, como um componente de apoio do Banco Mundial ao PNC, de realização de um
curso presencial para capacitar técnicos e gestores ambientais nos Municípios que participam do
PNC na Gestão Ambiental de Projetos Municipais de Mineração no Estado do Espírito Santo. A
partir de então foi realizada uma parceria entre Banco Mundial, MMA e IEMA/ES para viabilizar
dois cursos de mineração, presencial, para duas regiões do Estado – Cachoeiro do Itapemirim e
Nova Venécia, com objetivo de atender as demandas de capacitação dos Municípios sobre a
Gestão Ambiental de Projetos de Mineração de Rochas Ornamentais
- Realização dos cursos Cachoeiro de Itapemirim/ES: 20 e 21 de novembro de 2006
Nova Venécia/ES: 22 e 23 de novembro de 2006.
- Formato: Curso presencial de dois dias composto de seis módulos:
Módulo 1 – Atividades de Mineração no contexto do Ordenamento Territorial
Módulo 2 – Licenciamento Ambiental
Módulo 3 – Impacto Ambiental da Mineração
Módulo 4 – Impacto do Transporte de Rochas Ornamentais nas Estradas
Módulo 5 – Gestão de Resíduos Minerais
Módulo 6 – Arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais
- Resultados esperados: ao final dos cursos, os participantes estariam aptos a:
Compreender a gestão de projetos de rochas ornamentais em nível municipal;
Compreender aspectos detalhados de: Ordenamento territorial; Licenciamento Ambiental
Impacto Ambiental da Mineração; Impacto no Transporte de Rochas Ornamentais nas Estradas;
Gestão de Resíduos Minerais; Arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de
Recursos Minerais.
66
− Resultados:
Local do curso Nº de participantes Nº de municípios participantes
Cachoeiro do Itapemirim 43 6Nova Venécia 41 9Total 84 15
4.2 - Videoconferências no estado do Espírito Santo sobre Diversos Temas em parceria com Instituto do Banco Mundial / MMA / IEMA / UFES
Foi firmada parceria com Núcleo de Educação Aberta e a Distância da Universidade Federal
do Espírito Santo – UFES para a utilização de sua tecnologia e experiência nesta
modalidade de educação para realização das videoconferências.
Temas abordados Data Número de pessoasparticipantes
Educação Ambiental 02/02/2006 266 Fiscalização e Controle Ambiental 09/03/2006 253Resíduos Sólidos Urbanos 06/04/2006 220Recursos Hídricos 04/05/2006 158Zoneamento Ecológico Econômico 06/07/2006 134Parcelamento do Solo 17/08/2006 108Municipalização da Gestão Ambiental 05/10/2006 80Educação Ambiental 09/11/2006 36Uso de Áreas de Preservação Permanente 07/12/2006 47Total - 1.302
A realização da série de videoconferências e o curso de Administração Ambiental de
Projetos Municipais de Mineração além de trazer formação técnica, serviram também para
manter a mobilização do grupo enquanto aguardavam os cursos de capacitação que devido a
pendências administrativas atrasou um ano.
4.3 Encontros Nacionais de Coordenadores do PNCNo I Encontro Nacional do PNC, realizado dia 8 de agosto de 2006, participaram os 12
Estados que assinaram convênio com o PNC. Já no II Encontro do PNC, realizado dia 27 de
67
novembro de 2007, além dos 12 primeiros Estados que assinaram convênio, participaram
também os 6 novos Estados postulantes ao PNC em dezembro de 2007, sendo eles Sergipe,
Maranhão, Amazonas, Mato Grosso, Paraíba e Minas Gerais. Os resultados apresentados pelos
estados nestes dois encontros podem ser visualizados no ANEXO 4.
4.4 Curso à distância de Gestão de Resíduos SólidosO MMA com o apoio do Instituto do Banco Mundial promoveu o curso-piloto à distância,
sobre a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, entre 5 de novembro e 19 de dezembro de 2007.
O curso foi oferecido para 240 gestores ambientais em 6 (seis) estados conveniados ao PNC e
teve carga horária de 54h/a, distribuídas em 36 horas de trabalho no espaço Moodle e 18 em
videoconferências.
Foi a primeira experiência sistematizada do PNC utilizando a modalidade de educação à
distância, identificou-se diversos gargalos, especialmente no que diz respeito às
transmissões das Videoconferências, entretanto as ferramentas à distância representam
um potencial para a continuidade das capacitações e o desenvolvimento de habilidades
relativas à gestão ambiental municipal;
O curso piloto alcançou seu objetivo geral de continuar o fortalecimento do SISNAMA,
além de dar diversas noções sobre as questões pertinentes à gestão integrada dos
resíduos sólidos, principalmente àquelas relacionadas aos aspectos legais e institucionais
e à formulação do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PGIRS;
O curso formou 111 gestores ambientais com conhecimentos básicos sobre a Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos. Do total de alunos inscritos 51,6% receberam conceito
SATISFATÓRIO;
A plataforma Moodle utilizada na época estava instalada no servidor do Banco Mundial;
O material didático elaborado pelos professores foi de excelente qualidade;
Os monitores tiveram papel fundamental no sucesso do curso;
Ficou clara a necessidade de uma maior participação dos Coordenadores estaduais do
PNC no curso para os estados contemplados;
Os tutores do curso não deveriam compor a coordenação geral do curso, devido às
grandes demandas nas funções de tutor e membro da coordenação geral, gerando um
acúmulo de trabalho ;
Os alunos precisam ser acompanhados diariamente para evitar as desistências.
“Faço uma avaliação positiva curso Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para as funções que desempenho no município de Lucrécia (RN), como Gestor
Ambiental, Coordenador Municipal de Meio Ambiente e Professor de Ciências da Rede pública de Ensino. Aqui no município, implantamos a coleta na Zona Rural, tendo como
destino final a Usina de Reciclagem e o mini -aterro controlado. Também terceirizamos
68
a coleta e limpeza urbana que tem dado um resultado satisfatório à comunidade.” Chico Freire
Em anexo (3) o relatório com mais informações sobre o Curso de Gestão de ResíduosSólidos.
4.5 Curso à distância de Licenciamento AmbientalEm continuidade as ações do Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais
– PNC e na perspectiva de inaugurar um novo momento da relação com os municípios, o
Departamento de Coordenação do SISNAMA - DSIS, em parceria com o Departamento de
Licenciamento e Avaliação Ambiental – DLLA, com Instituto Banco Mundial (WBI) e a Rede
Global de Aprendizagem para o Desenvolvimento (GDLN), Caixa Econômica Federal, e Órgãos
Estaduais de Licenciamento Ambiental (Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás,
Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe) promoveu um curso semi-presencial de 70 horas,
sobre Licenciamento Ambiental em nível Municipal voltado aos gestores ambientais,
preferencialmente aqueles capacitados pelo PNC.
Esse curso piloto destinou-se a fortalecer a capacidade de 900 gestores municipais
responsáveis pelo licenciamento ambiental, ao tratar de elementos práticos de licenciamento
ambiental em nível municipal, incluindo temas como: legislação para licenciamento, gestão
ambiental compartilhada, qualidade ambiental, aspectos legais Federais e Estaduais referentes
ao licenciamento ambiental, aspectos sobre a divulgação de informação, etapas do
licenciamento, entre outros tópicos.
Pode-se destacar as seguintes conclusões acerca do curso:
O curso alcançou seu objetivo geral de continuar o fortalecimento do SISNAMA, além de
dar diversas noções sobre as questões pertinentes ao Licenciamento Ambiental em nível
federal, estadual e municipal, principalmente aquelas relacionadas aos aspectos legais,
institucionais, bem como os procedimentos necessários para o licenciamento das
diversas atividades de impacto local e dar ferramentas aos gestores ambientais para
atuarem como agente técnico multiplicador e licenciador municipal;
O curso formou 442 gestores ambientais com conhecimentos básicos sobre
Licenciamento Ambiental, de 375 municípios, representando 54,7 % dos alunos inscritos e
82,93% dos que entregaram TCC ;
A plataforma Moodle, sediada no MMA mostrou uma importante ferramenta, que embora
requeira ajustes, estes serão identificadas com o uso da ferramenta;
O material didático elaborado pelos professores foi de excelente qualidade;
Os tutores tiveram papel fundamental no sucesso do curso;
Ficou clara a importância da participação dos Coordenadores estaduais do PNC no curso
para os estados contemplados;
69
Os alunos precisam ser acompanhados diariamente para evitar as desistências;
Foi sugerido pelos estados a repetição deste curso no próximo ano, assim como a
realização de uma segunda etapa enfocando temas mais específicos.
O relatório completo do curso encontra-se no anexo 5.
4.6 Seminários Temáticos à distância.Os “Seminários Temáticos do SISNAMA” compõem uma ação organizada pelo
Departamento de Coordenação do SISNAMA (DSIS), pelo Instituto do Banco Mundial (WBI) e
pela Rede Global para o Desenvolvimento da Aprendizagem (GDLN).
Desde 2006 até novembro de 2008, já foram realizadas 22 videoconferências temáticas,
com salas em diferentes capitais e transmissão, ao vivo, pela internet. As videoconferências são
seguidas de quinze dias de discussão on-line. Já foram debatidos diversos temas demandados
pelos gestores municipais. Para o segundo semestre de 2008, optou-se por propor um tema
transversal único com diferentes abordagens em cada seminário. O tema transversal dessa
primeira série de seminários foi o Fortalecimento das Instâncias de Participação e Controle Social
nas Políticas Públicas Ambientais Municipais. Com essa estratégia, aumentou-se
significativamente o número de participantes e o grau de envolvimento dos mesmos.
A seguir, apresentamos a lista de videoconferências já promovidas dentro da atividade de
seminários temáticos, em parceria com o Instituto do Banco Mundial (WBI):
1. Tema: Educação Ambiental Data da VC: 9 de fevereiro de 2006 Palestrantes: Suzana /IPE e Ailton Dias/IEB, na plataforma do Dgroups/WBI
2. Tema: Fiscalização e Controle Data da VC: 9 de março de 2006 Palestrante: Luiz Márcio Bitencourt Discussão on-line: de 28 de março a 30 de abril de 2006, na plataforma
Dgroups/WBI
3. Tema: Resíduos Sólidos UrbanosData da VC: 6 de abril de 2006Palestrantes: Sylvia Astolpho e Victor Zveibil
Discussão on-line: de 02 a 20 de maio de 2006, na plataforma do Dgroups/WBI
4. Tema: Recursos HídricosData da VC: 4 de maio de 2006Palestrantes: Rogério Bigio e Marcos Neves
Discussão on-line: de 18 a 31 de maio de 2006, na plataforma do Dgroups/WBI
5. Tema: Zoneamento Ecológico EconômicoData da VC: 6 de julho de 2006 Palestrante: Marcos Del Prette
Discussão on-line: de 07 a 28 de julho de 2006, na plataforma do Dgroups/WBI
70
6. Tema: Parcelamento do SoloData da VC: 3 de agosto de 2006Palestrantes: Raquel Rolnik e André Luiz Cavalcanti de Albuquerque
Discussão on-line:de18 de agosto a 06 de setembro de 2006, na plataforma do Dgroups/WBI
7. Tema: Municipalização da Gestão Ambiental com foco na Fiscalização e no Licenciamento Ambiental
Data da VC: 5 de outubro de 2006Palestrantes: Volney Zanardi e Gustavo Trindade
Discussão on-line: de 06 a 20 de outubro de 2006, na plataforma do Dgroups/WBI
8. Tema: Educação Ambiental Data da VC: 9 de novembro de 2006Palestrantes: Marcos Sorrentino e José Quintas
Discussão on-line: de 10 a 30 de novembro de 2006, na plataforma do Dgroups/WBI
9. Tema: Uso das APPData da VC: 7 de dezembro de 2006Palestrante: Roberta Rubim Del Giudice
Discussão on-line: de 08 a 30 de dezembro de 2006, na plataforma do Dgroups/WBI
10. Tema: Uso Planejamento Ambiental Estadual Data da VC: 12 de abril de 2007
Palestrantes: Volney Zanardi Junior, Lorene Lage, Wilma do Couto Santos Cruz, Adriana Moura e Ricardo Braga
Discussão on-line: de 13 a 27 de abril de 2007, na plataforma do Dgroups/WBI
11. Tema: Comunicação para o Desenvolvimento Institucional dos Fundos Data da VC: 17 de maio de 2007 Palestrantes: Elias Araújo/FNMA, Nilo Diniz/CONAMA, Eugênio Cunha presidente da
ABEMA, Norival Silva/ANAMMA, Taciana Leme/FNMA, Jaime Gesisky/FNMA, Márcia Turcato/Jonalista, Silene Victor/Revista Com Ciência.Discussão on-line: de 18 de maio a 02 de junho de 2007, na plataforma do Dgroups/WBI
12. Tema: Financiamento do SISNAMAData da VC: 20 de junho de 2007Palestrante: Eugenio Spengler, Claudia Enk/IBAMA, Ricardo BragaDiscussão on-line: de 20 de junho a 05 de julho de 2007, na plataforma do Dgroups/ WBI
13. Tema: Financiamento do SISNAMA - Parte II: Fundos como instrumentos para a construção de um Sistema Nacional de Financiamento AmbientalData da VC: 16 de agosto de 2007Palestrantes: Regeane Papaleo / Recife, Ana Míriam Machado de Natal, Taciana Leme/FNMA, Fernando Tatagiba / FNMA, Eduardo Schroeder/Florianópolis, Rubens Borges/São Paulo, Clarismino Luiz Pereira Junior/Goiânia, Elias Araújo/FNMADiscussão on-line: de 17 a 30 de agosto de 2007, na plataforma do Dgroups/WBI
14. Tema: Programa de Gerenciamento Costeiro e Marinho - Projeto Orla e a gestão compartilhada Data da VC: 13 de setembro de 2007 Palestrantes: Ademilson Zamboni/SMCQ/MMA, Alexandra Reschke/MP/SPU, Uédio
71
Robds Leite/Gerenciamento Costeiro/AP, Djanira Oiticica/Gerenciamento Costeiro/PE, Yeda Cunha/Gerente da GRPU/RN. Discussão on-line: de 13 a 28 de setembro de 2007, na plataforma do Dgroups/WBI
15. Tema: Financiamento da CAIXA Data da VC: 24 de outubro de 2007
Palestrantes: Jean Benevides/CAIXA/SUDES/GEMEA, Dayse Cristina Ferreira de Omena /CAIXA/SUDES/GEAST, Denise Maria Lara de Souza Seabra /CAIXA/SUDES/ GEAST e Mônica dos Santos Monteiro/CAIXA/GEFUS
Discussão on-line: de 24 de outubro a 10 de novembro de 2007, na plataforma do Dgroups/WBI
16. Tema: Apresentação do PROGAM Data da VC: 13 de março de 2008 Data da VC: Paulo Muçouçah/DSIS, Renata Ferreira/DSIS e Taciana Leme/DSIS
17. Tema: Orientações sobre o momento presencial do curso de licenciamento ambiental
Data da VC: 10 de abril de 2008 Palestrante: Renata Ferreira/DSIS, Taciana Leme/DSIS, Jorge Filho/DSIS
18. Tema: Orientações sobre o momento presencial do curso de licenciamento ambiental – Parte II
Data da VC: 15 de maio de 2008 Palestrantes: Taciana Leme/DSIS, Renata Ferreira/DSIS, Jorge Filho/DSIS, Lúcia
Oliveira/DLAA
19. Tema: Encontro com as Comissões Técnicas Tripartites. Segundo semestre: Fortalecimento dos colegiados ambientais
Data da VC: 12 de junho de 2008 Palestrante: Maurício Laxe/ Consultor do MMA
20. Tema: Participação Social na construção e implementação de Políticas Públicas Data da VC: 14 de agosto de 2008
Palestrantes: Paulo Sérgio Muçouçah e Hamilton Pereira Discussão on-line: 15 a 31 de agosto de 2008, na plataforma Moodle/MMA
21. Tema: Arranjos de Participação nas Políticas Ambientais Data da VC: 11 de setembro de 2008 Palestrantes: Fabrício Barreto/FNMA e Marley Mendonça/SRHU Discussão on-line: 12 a 28 de setembro de 2008, na plataforma Moodle/MMA
22. Tema: Conselhos Municipais de Meio Ambiente Data da VC: 16 de outubro de 2008 Palestrantes: Nilo Diniz/CONAMA/MMA, Otânio Costa/ Presidente CONDEMA
Canguaretama, José Elias Martins Filho/ Presidente do CONDEMA Alto Paraíso de Goiás. Discussão on-line: 7 de outubro a 02 de novembro de 2008, plataforma Moodle/MMA
72
4.7 Desdobramentos de Projetos Estaduais O Programa Nacional de Capacitação em alguns estados gerou alguns impactos
fortalecendo ou criando programas, projetos ou iniciativas dos governos de Estado para a
continuidade do processo de fortalecimento da gestão ambiental municipal. Nesse sentido
destacam-se alguns estados como Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia.
4.7.1. Rio Grande do Norte
O RN promoveu algumas atividades que representavam desmembramentos do processo
desencadeado pelo PNC que foram: 1. Encontros Regionais e 2. Oficinas Temáticas.
Encontros Regionais Foram realizados 10 encontros por grupo regional de capacitação:
Grupo de capacitação Data realização Município realizadoGrupo Litoral Oriental 05/09/06 NatalGrupo Litoral Norte 13/09/06 MacauGrupo Agreste III 10/10/06 Vera Cruz; Grupo Currais Novos 08/11/06 AcariGrupo Serras Centrais 13/11/06 TaipuGrupo Agreste II 13/12/06 Santa Cruz;Grupo Mossoró II 18/12/06 ApodiGrupo Caicó 13/01/07 Jardim do SeridóGrupos de Alto Apodi I e II 09/02/07 Luís GomesGrupo Agreste I 09/03/07 São Paulo do Potengi
Os Encontros Regionais foram eventos abertos realizados na sede de um dos 14
municípios capacitados, com duração de 8 (oito) horas e objetivaram sensibilizar as autoridades
locais, prefeitos, vereadores, secretários municipais, entre outros, representantes do setor
produtivo e de instituições não-governamentais e governamentais da região.
O planejamento e a realização desses eventos foram de responsabilidade da Unidade Executiva,
em parceria com os Articuladores Regionais e os gestores dos municípios sede, os quais
disponibilizavam além do espaço físico, a alimentação para todos os participantes e a logística.
Na ocasião desses Encontros procurou fomentar a integração entre os municípios da região, no
sentido de desenvolver estratégias para solução de problemas ambientais comuns.
O Encontro Regional constituiu em uma importante oportunidade dos gestores capacitados
apresentarem, aos representantes do executivo municipal e a sociedade, uma prestação de
contas acerca de sua participação do Programa. Cada município apresentou sua Agenda de
73
Compromisso com as metas para criação ou fortalecimento do Sistema Municipal de Meio
Ambiente – SISMUMA, estabelecidas a curto, médio e longo prazo, relatando os passos iniciais a
serem desenvolvidos logo após o término do curso, considerando os avanços e as dificuldades.
A cada Encontro Regional as ações para o " tempo imediato" já deveriam ter sido realizadas.
Ao final dos Encontros Regionais foram aplicados instrumentos de avaliação que após
analisados e sistematizados apresentaram as considerações a seguir descritas:
94% dos participantes da Capacitação executaram as atividades planejadas para o
imediato. Somente 6% tiveram dificuldades para essa realização, que foram justificados
por conta do período de final do ano e dos compromisso administrativos e financeiros
obrigatórios da gestão pública.
84% dos participantes afirmaram que conseguiram articulação e apoio dos Prefeitos e
Secretários de Meio Ambiente (quando existiam) e desses 81% manifestaram receptivos
as propostas trazidas em conseqüência do curso.
Aspectos positivos dos Encontros Regionais:
troca ou compartilhamento de experiências entre os capacitados;
reforço do compromisso com as questões ambientais;
oportunidade de continuidade;
socialização das atividades ambientais do setor público e privado;
maior motivação e auto-estima para tratar as questões ambientais;
fortalecimento da convivência entre os municípios;
discussão e busca de soluções coletivas para as questões ambientais;
contatos e ampliação de parcerias;
levar o Programa das Agendas de Compromisso, elaboradas no curso, ao conhecimento
das autoridades e da sociedade.
Aspectos negativos nos Encontros Regionais:
ausência de alguns executivos e secretários municipais e também de alguns gestores que
justificaram não terem tido apoio para deslocamento ou autorização para ausentarem-se
do município;
tempo insuficiente para necessidade programática;
atraso no início dos trabalhos.
É relevante registrar que na grande maioria dos municípios foram articuladas parcerias
com organizações não governamentais, igrejas, sindicatos, associações comunitárias,
instituições de ensino, de modo a ativar a relação público-privado em prol das questões
ambientais.
74
Destacam -se alguns impactos incentivados pela Capacitação:
fortalecimento ou criação das estruturas de meio ambiente nas prefeituras municipais;
criação de conselhos e fundos ambientais;
criação de redes de contato entre os municípios do Estado e entre os Estados e o
Ministério do Meio Ambiente o que facilitou a troca de experiências e socialização do
conhecimento em nível nacional;
reativação ou criação de projetos e atividades na área de meio ambiente.
Considerando a análise global dos Encontros Regionais conclui-se que constituíram em
momentos de reativação do compromisso dos participantes dos cursos, de compartilhamento de
propostas de ação, de troca de informações e experiências, especialmente em uma oportunidade
para o envolvimento dos Prefeitos com as propostas do Programa.
Oficinas TemáticasAs Oficinas Temáticas representaram a forma que a Unidade Executiva do Programa
encontrou para promover um reforço às temáticas que os capacitandos, durante os cursos,
demonstraram maiores dificuldades ou interesse em dominarem o conhecimento. Participavam
das Oficinas Temáticas os capacitados e representantes dos órgãos ambientais e de
planejamento dos municípios. A sistemática logística para a execução das Oficinas foi a mesma
utilizada para a realização dos Encontros Regionais.
Oficinas realizadas decorrentes da capacitação:
4 Oficinas Temáticas sobre Fundos Socioambientais Públicos
2 Oficinas Temáticas sobre Licenciamento Ambiental
3 Oficinas Temáticas sobre Unidades de Conservação
1 Oficina Temáticas sobre Educação Ambiental
Oficinas Temáticas:
Município Data
realização
Município Data
RealizaçãoSão José de Mipibu
Parnamirim
São Miguel de Touros
Grossos
Ceará-Mirim
07/10/06
22/11/06
06/11/06
28/11/06
14/12/06
Macau
Espírito Santo
Carnaúbas
Nova Cruz
Caicó
19/12/06
21/12/06
24/04/07
27/04/07
30/05/07
Após a execução de cada Oficina foi aplicada uma rápida avaliação com registro dos
75
pontos positivos, negativos e sugestões.
Positivos: - a relevância das temáticas para o aprofundamento dos estudos quanto à prática da
gestão ambiental;
- a excelência dos técnicos e da metodologia interativa e participativa empregada;
- a oportunidade da troca de experiências;
- a importância para o esclarecimento das questões ambientais;
- muito proveitosa quanto ao aprendizado.
Negativos: - a dificuldade dos gestores capacitados se deslocarem de seus municípios de origem
para o município anfitrião da Oficina Temática, o que influenciou no número reduzido de
participantes em algumas oficinas;
- a carga horária de apenas 8 horas.
“As oficinas somente foram possíveis pelo trabalho voluntário e
comprometido das pessoas dos órgãos parceiros que se dispuseram a
ministrá-las; dos prefeitos que assumiram as despesas com local e
alimentação para os participantes, e o trabalho dos articuladores na
mobilização. “
“As Oficinas Temáticas foram importantes enquanto
instrumento de apoio a continuidade dos trabalhos de capacitação de
gestores.”
4.7.2. CearáO Estado que já vinha desenvolvendo um programa de incentivo ao fortalecimento da
gestão ambiental municipal - “Selo Município Verde”- incorporou no PPA uma ação para
capacitação de gestores municipais, dando continuidade ao PNC. Realizaram, com recursos
próprios, mais um curso de capacitação de gestores ambientais nos mesmos moldes do PNC
envolvendo 80 municípios e 160 participantes. Tal ação tem sido apoiada pelo MMA com a
disponibilização dos kits com os Cadernos de Formação do PNC e de técnicos para a
capacitação.
4.7.3. BahiaA Bahia já teve diversos programas de fortalecimento da gestão ambiental municipal e,
atualmente, está elaborando um novo programa – Gestão Ambiental Compartilhada - GAC, no
76
qual o PNC estará inserido.
4.8 Esforços para elaboração de novo programa de apoio à gestão ambiental nos municípios
Tendo em vista a regulamentação do artigo 23, os resultados do PNC e a geração de
novas demandas para o fortalecimento da gestão ambiental municipal é que houve um esforço
para a criação de um novo programa, que foi denominado PROGAM – Programa de Apoio à Gestão Ambiental Municipal.
A elaboração do programa tinha como expectava agregar e articular as inúmeras
iniciativas de apoio/ interlocução com os municípios que o MMA e os Estados dispõem.
O Programa previa 5 frentes de atuação, apresentada a seguir:
– Formação, Capacitação e Assistência TécnicaEsse eixo visa fortalecer, articular e ampliar o alcance das iniciativas de capacitação,
formação e assistência técnica destinada aos gestores municipais, conselheiros de meio
ambiente e demais atores estratégicos para a gestão ambiental municipal. Pretende-se nessa
frente disponibilizar ferramentas e estratégicas de educação a distancia, no intuito de aumentar o
acesso e manter um canal permanente e continuado de formação dos atores envolvidos com a
gestão ambiental municipal.
– Comunicação e Acesso à Informação Ambiental Este eixo de atuação tem como objetivo promover a articulação necessária para a
integração dos municípios às bases de dados e sistemas informatizados de gestão ambiental,
preferencialmente por meio de softwares livres, garantindo o envolvimento dos municípios no
SINIMA – Sistema Nacional de Informação Ambiental. As informações do MMA serão integradas
e disponibilizadas tendo em vista o recorte territorial do município.
- Cidadania, Participação e Controle SocialEste eixo congrega ações voltadas a estimular a participação e o controle social sobre a
gestão ambiental, bem como diversificar e institucionalizar os mecanismos disponíveis no âmbito
municipal, especialmente os conselhos municipais de meio ambiente.
- Planejamento e Monitoramento AmbientalAs ações relacionadas a esse eixo visam promover a transversalidade da temática
ambiental nas políticas públicas. Neste eixo pretende-se fomentar a incorporação da dimensão
ambiental no planejamento dos municípios, seja nos Planos Diretores Municipais ou nos Planos
regionais de Desenvolvimento Sustentável. Para tanto as Agendas 21 locais e o estabelecimento
77
de consórcios públicos para a gestão compartilhada aparecem como alguns instrumentos
fundamentais.
– Financiamento da Gestão AmbientalPretende-se nessa frente fortalecer os fundos municipais de meio ambiente, aumentando
sua capacidade de arrecadação, acesso e boa aplicação a recursos para o financiamento das
políticas ambientais.
Foi elaborado um levantamento de ações do MMA e vinculadas que de alguma forma
trabalhem para o fortalecimento da gestão ambiental municipal. Essas ações foram organizadas
nas 5 frentes supracitadas e foram consolidadas em um folder.
Em decorrência das mudanças de gestão ocorridas no MMA não foram dadas outras
providências para a elaboração desse programa.
4.9. Consolidação dos principais resultados do PNC O PNC firmou 12 convênios, dos quais a maioria encerrou em 2008. Restando apenas um
vigente (Bahia). A maioria dos convênios teve execução satisfatória com relação aos Projetos de
Capacitação.
Embora alguns estados terem apresentado problemas específicos, com a execução dos
projetos alcançou-se um percentual de atendimento de municípios de 43,16% e 61% de pessoas
capacitadas, com relação ao previsto.
A análise da tabela abaixo nos permite perceber que foram capacitados 1.111 municípios,
mais de 4 mil pessoas em 11 estados da federação. Desses estados, 7 (AC, CE, ES, GO, PE, RJ
e RN ) já envolveram mais de 50% dos municípios. Dos que não atingiram os 50% tem -se a
Bahia, Rio Grande do Sul e São Paulo que são estados com grande número de municípios, 417,
496 e 645, respectivamente. Já o Pará e o estado de Santa Catarina, tiveram grande dificuldade
de execução.
Levando em conta as demandas existentes nos estados atendidos, podemos perceber
que os projetos do PNC tiveram um alcance razoável (37% dos municípios desses estados e
19% dos municípios brasileiros). Esses dados indicam que ainda há uma fatia razoável para ser
atendida pelo Programa Nacional de Gestores Ambientais.
78
Número de pessoas e municípios capacitados pelo PNC.
Estado Nº de Municíp
ios Capacit
ados
Nº de Municípi
os previsto
s
Número de
Municípios do
Estado
% entre previsto/realizad
o
% de Municípios Capacitado
s no Estado
Número de pessoas previstas
Número de pessoas
capacitadas
AC 19 22 22 86,3 86,3 130 162BA 59 88 417 67 17,5 880 467CE 116 120 184 96,8 63 240 237ES 42 33 78 127 53 279 224GO 135 246 246 71 54,8 800 551PA 18 143 143 22 12,6 243 33PE 184 184 184 100 100 750 836RJ 85 92 92 170 92,5 276 470RN 154 167 167 92 92,22 501 403RS 192 496 496 45 38,7 1.532 488SC 0 293 293 0 0 360 0SP 107 645 645 53,5 16,6 1.000 401TOTAL 1.111 2.574 2.967 43,16% 37,45% 6.991 4.272
A partir dos gráficos abaixo que indicam a relação entre municípios previstos x municípios
capacitados x municípios do estado e o gráfico da relação entre pessoas capacitadas e previstas,
é possível perceber que Acre, Espírito Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro superaram suas
metas ou de municípios ou de pessoas capacitadas. Já os estados do Ceará e Rio Grande do
Norte ficaram muito próximos de suas metas. Por outro lado, o estado de Santa Catarina, por
motivos já indicados, não conseguiu promover as capacitações previstas. Ao excluir os dados de
Santa Catarina temos um resultado de 70% de alcance de municípios atendidos e 74% de
pessoas capacitadas.
79
AC
BA
CE
ES
GO
PA
PE
RJ
RN
RS
SC
SP
0 100 200 300 400 500 600 700
Nº de Municípios Capacitados Nº de Municípios previstos número de municípios do estado
No gráfico abaixo é possível perceber a relação entre municípios capacitados pelo PNC e
os demais municípios brasileiros.
A seguir, o mapa com os municípios atendidos pelo PNC nas capacitações:
80
Relação entre municípios atendidos pelo PNC e número total de municípios
Nº de muníc ipios atentidos pelo PNCNº total de municípios brasileiros
AC
BA
CE
ES
GO
PA
PE
RJ
RN
RS
SC
SP
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800
Número de pessoas previstas
Número de pessoas capacitadas
Na Tabela abaixo encontra-se a consolidação das capacitações presenciais, semi-presenciais e à distância promovidas pelo PNC.
Consolidação das capacitações promovidas pelo PNC.
CapacitaçõesNúmero de
participantesNúmero de municípios envolvidos
-Curso presencial PNC 4.272 1.111- Curso presencial Administração Ambiental de Projetos Municipais de Mineração no Espírito Santo (ES)
84 15
-Curso à distância de Gestão de Resíduos Sólidos 111 64-Curso à distância de Licenciamento 442 375-Seminários Temáticos à distância 1.400 121- Videoconferências no ES/ Diversos Temas 1.302TOTAL 7.416 *
*Não fizemos o somatório, pois há municípios coincidentes entre as atividades, mas
81
abaixo há um mapa consolidado dos municípios que participaram de alguma das atividades promovidas pelo PNC.
As informações financeiras a seguir apresentadas são apenas dos estados que tiveram como fonte recursos a PETROBRAS.
82
Informações relativas aos valores dos convênios.UF Valor
solicitado
R$
1
Valor da Contrapartida
R$
2
Valor Total do projeto
R$
3 (1+ 2)
Valor repassado
R$
4
Valor utilizado
R$
5
SaldoValor a
ser devolvido
R$
6 (3- 4)
Valores não repassados (número de parcelas)
R$
7AC 199.873,80 22.208,20 222.082,00 199.873,80 188.536,23 36.990,34
(3)0,00
BA(1)
373.680,00 41.520,00 415.200,00 185.470,00 * * -
CE 299.988,00 62.400,00 362.388,00 299.988,00 360.097,42 2.290,58 0,0
ES 246.014,40 61.503,60 307.518,00 246.014,40 235.074,00 20.214,40(3)
0,00
GO 344.908,50 39.710,00 384.618,50 344.908,50 324.261,44 53.548,04 (3)
0,00
PA(2)
450.000,00 50.000,00 500.000,00 111.395,90 87.148,44 31.259,07 338.604,10(3)
PE 431.804,00 47.996,00 479.800,00 431.804,00 479.800,00 23.445,77* 0,0
RJ 347.760,00 88.200,00 435.960,00 274.230,00 300.568,73 13.573,25 73.530,00 (1)
RN 213.900,00 139.992,00 353.892,00 149.730,00 210.265,00 33.491,08 (3)
64.170,00(1)
RS 359.852,00 83.035,00 442.887,00 108.744,00 193.072,44(3) 0,00 251.108,00(2)
SC 176.000,00 44.000,00 220.000,00 26.083,33 22.750,00 17.025,44
(3)
149.916,67(5)
SP 500.000,00 125.000,00 625.000,00 377.818,96 508.098,13 10.606,48(3) 122.181,04(1)
To-tal
3.943.780,70 805.564,80 4.749.345,50 2.756.060,89
2.373.818,14
424.644,45
999.509,81
1) Convênios em vigência (2) Aguardando prestação de contas (3) Incluindo os valores de rendimentos de aplicações financeiras.
83
Consolidação das informações dos convênios
Número de estados conveniados
Volume de recursos repassados
Volume de recursos da Contrapartida
Volume total de recursos dos projetos
12 R$ 2.756.060,89 R$ 805.564,80 R$ 4.749.345,50
Relação entre valores previstos nos projetos e repassados aos Estados.
Os estados Ceará, Goiás e Pernambuco receberam a totalidade dos recursos previstos,
entretanto, Goiás devolverá parte do recurso por dificuldades na execução. Dessa forma, dos
convênios já concluídos percebe-se que a maior parte não utilizou todo recurso previsto.
Apesar de não ter recebido todo recurso os estados da Bahia, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Norte e Rio Grande do Sul tiveram proporcionalmente mais resultados do que
recursos. Ou seja, os projetos foram mais eficientes do que o previsto, alcançaram metas com
84
BA* CE GO PA** PE* RJ** RN RS SC** SP**R$ 0,00
R$ 100.000,00
R$ 200.000,00
R$ 300.000,00
R$ 400.000,00
R$ 500.000,00
R$ 600.000,00
R$ 700.000,00
Valores dos projetos PNCFonte Petrobras
Valorsolicitado
R$
1
Valor da ContrapartidaR$
2
Valor Total do projeto
R$
3 (1+ 2)
BA* CE GO PA** PE* RJ RN RS SC** SP**R$ 0,00
R$ 200.000,00
R$ 400.000,00
R$ 600.000,00
Recursos repassados por Estado
Valor Total do projeto
R$
Valor repassado
R$
menos recursos do que inicialmente previsto. Esses dados demonstram que projetos com
recursos da mesma ordem podem atender a um número maior de municípios e participantes, ou
os projetos da mesma natureza podem envolver um volume menor de recursos.
A seguir a descrição da carga horária prevista e realizada no projeto.
Carga Horária da capacitaçãoUF Número de horas de capacitação
prevista no projetoNúmero de horas de capacitação
realizadasAC 500 500
BA 1.760 1.200
CE 768 768
ES 700 700
GO 712 680
PA 800 200
PE 1.200 1.280
RJ 175 360
RN 720 1.000
RS 520 560
SC 1080 0
SP 1080 420
O projeto da Bahia é o que teve a maior carga horária prevista e certamente será o
projeto com a maior carga horária realizada, pois até o presente momento já cumpriu 1.200 horas
de capacitação e ainda encontra-se em execução. O segundo projeto com maior carga horária é
o de Pernambuco (1.200 previstas e 1.280 realizadas). Por outro lado, o Rio de Janeiro foi o
projeto com menor carga horária prevista (175).
85
AC BA CE ES GO PA PE RJ RN RS SC SP0
200400600800
100012001400160018002000
Número de horas de capacitação prevista no projeto
Número de horas de capacitação realizadas
Comparação dos indicadores de eficiência por estado previsto x realizado
Na tabela abaixo os indicadores que demonstraram eficiência foram hachurados de verde e os hachurados de vermelho é que tiveram seus indicadores piorados.
Custo/aluno
previsto
Custo/aluno
realizado
Custo/município previsto
Custo/município realizado
Custo/ hora aula prevista
Custo/ hora aularealizada
AC 1.708,32 1.163,80 10.094,64 9.922,96 444,16 377,07
BA* 471,82 - 995,68 - 235,91 -
CE 1509,95 1.519,40 1.969,50 3.104,29 471,86 468,88
ES 1098,28 1.049,44 3.942,54 5.597,00 439,31 335,82
GO 480,77 588,50 1.563,49 2.401,94 540,19 476,86
PA 2.057,61 2.640,86 3.496,50 4.841,58 625,00 435,74
PE 639,73 548,86 2.607,61 2.493,74 399,83 358,48
RJ 1.579,57 548,86 4.738,70 2.493,74 2.491,20 358,48
RN 706,37 521,75 2.119,11 1.365,36 491,52 210,27
RS 289,09 395,64 892,92 1.005,59 851,71 344,77
SC 611,11 - 750,85 - 203,70 -
SP 625,00 1.267,08 968,99 4.748,58 578,70 1.209,76* Bahia ainda está em execução o que dificulta a obtenção dos indicadores. ** Os problemas de execução de Santa Catarina impedem a obtenção desses indicadores.
O indicador custo/ hora/ aula foi melhorado em todos os projetos, com exceção para São
Paulo. Quatro estados tiveram todos seus indicadores aprimorados Acre, Pernambuco, Rio de
Janeiro e Rio Grande do Norte. Cinco estados tiveram indicadores que melhoraram e outros
pioraram Ceará, Espírito Santo, Goiás, Pará, Rio Grande do Sul. Por fim, um único estado teve
uma piora com relação a todos os indicadores, São Paulo.
A seguir os menores e maiores valores obtidos com os indicadores apresentados.
Menor Custo/ aluno realizado
Maior Custo/aluno realizado
Menor Custo/município realizado
Maior Custo/município realizado
Menor Custo/ hora aularealizada
Maior Custo/ hora aularealizada
RSR$ 395,64
PA R$ 2.640,86
RSR$ 1.005,59
ACR$ 9.922,96
RNR$ 210,27
SPR$1.209,76
A seguir um gráfico que aponta uma relação entre o percentual de recursos recebidos e o
percentual de meta cumprida. O Estado do Rio de Janeiro se destaca no percentual de meta
atingida, por outro lado é possível perceber que foi o estado com a menor carga horária de
projeto, apenas 175, o que facilita a superação da meta.
86
A seguir a situação dos convênios e as respectivas prestações de contas.
UF Fonte de Recurso
Situação do convênio Situação da Prestação de contas
AC OGU Encerrado em 31 de março/2007
Sob análise no gabinete da SAICsaldo devolvido em 21/07/2006
BA PETROBRAS Execução até 26 de junho/2009
3ª Prestação de Contas na PETROBRASsob análise para liberação 4ª parcela
CE PETROBRAS Encerrado em 26 de dezembro/2007
PETROBRAS sob análise, para devolução saldo recurso e encerramento
ES OGU Encerrado em30 de junho/2008
MMA aguardando relatório técnico para análise técnica da prestação de contas
GO PETROBRAS Encerrado em 28 de julho/2007
MMA sob análise a prestação de contas eaguardando devolução saldo recursos
PA PETROBRAS Encerrado em 28 de junho/2008
MMA aguardando prestação de contas e devolução saldo recursos
PE PETROBRAS Execução até 19 de agosto/2008
MMA sob análise análise a prestação de contas
RJ PETROBRAS Encerrado em29 de junho/2008
MMA sob análise a prestação de contas eaguardando devolução saldo recursos
RN PETROBRAS Encerrado em26 de junho/ 2007
Finalizado.
RS PETROBRAS Encerrado em31 de dezembro/2007
MMA sob análise a prestação de contas e devolução saldo recursos
SC PETROBRAS Encerrado em 20 de dezembro/2007
PETROBRAS sob análise, para devolução saldo recurso e encerramento
SP PETROBRAS Encerrado em 24 de junho/2008
MMA sob análise a prestação de contas e devolução saldo recursos
87
BA CE GO PA PE RJ RN RS SC SP0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
% recurso recebido % meta atendida
Em 2008 a coordenação do PNC com o apoio do WBI realizou um evento, denominado
retiro, quando foram identificadas, de forma coletiva:
matriz FOFA (Fraquezas, Oportunidades, Fortalezas e Ameaças) do PNC;
as principais dificuldades, propostas de soluções;
lições aprendidas com o PNC.
Principais elementos da matriz FOFA:
InternoFORTALEZAS FRAQUEZAS- Resultados concretos do PNC
- Acúmulo de experiências
- Experiência em capacitação presencial e à
distância
- Implementação de política pública permanente e
não do governo
- Atendimento a demandas claras e objetivas
- Parcerias estabelecidas
- Recursos da Petrobras
- Baixa capacidade operacional
- Estrutura técnica operacional
- Equipe reduzida
- Demora no processo decisório
- Desarticulação das ações do MMA
- Falta de uma maior sistematização das
informações já existentes.
- Procedimentos administrativos morosos
- Ausência de informações consistentes e
adequadas às demandas da GAM
ExternoOPORTUNIDADES AMEAÇAS- Ações para fortalecimento de parcerias entre as
diversas esferas de governo
- Fortalecer e acompanhar as Comissões Tripartites
- Rede formada no PNC
- Vontade municipal de se capacitar gestores
- Regulamentação do Artigo 23 da CF
- Fortalecimento nacional dos processos de
articulação federativa e de controle social
- Utilização da ferramenta de EAD
- Recursos financeiros insuficientes
- Inadimplência do executor
- Rotatividade dos servidores municipais
- Baixa capacidade técnica dos gestores municipais
- Baixa capacidade instalada nos municípios
- Resistências à municipalização da gestão
- Pouca experiência no compartilhamento da gestão
ambiental municipal
- Desafio para trabalhar com os pequenos
municípios
A seguir os elementos mais recorrentes dessa análise.
88
Principais dificuldadesCapacidade operacionalBaixa capacidade, equipe flutuante do PNC, falta de equipe (tanto falta de perfis como a falta de técnicos para fazer a análise financeira dos projetos no DSIS)BurocraciaDificuldade para implementar instrumentosRealizar acompanhamento dos indicadoresFalta de clareza entre MMA e Petrobras em relação aos convêniosPrestação de contasDevolução de recursosArticulação externaPouca sensibilização e envolvimento dos prefeitosRestrições legais durante período eleitoral para repassesAusência de tradição de trabalho inter-federativoEnvolvimento da alta administração local (falta de apoio, prioridade)Falta de articulação das tripartites estaduais (desconhecimento da importância de ser membro da comissão) e dependência da CTTAusência de integração com os Centros de Apoio Operacional/CAOPs dos MPsArticulação dentro do MMAContinuidade normal do PNC durante o processo de reestruturação do MMADesnivelamento de informações sobre programas e ações do governo federalDesarticulação entre o PNC e outras políticas do MMAInternalização no MMA, Funcionamento do Comitê do PNCMetodologiaReplicação dos cursos EaD (onde, quem, como)Nível heterogêneo da turma (nível escolar)Interrupção no fluxo de informaçãoFalta de nivelamento metodológico para os estados na elaboração dos projetosEvasão das pessoas inscritasArticulação interna nos municípiosDificuldade de uma maior participação da sociedade civil
Propostas de SoluçõesCapacidade operacional1. Definição das metas2. Estabelecimento de um cronograma de trabalho3. Padronização de processos e projetos a partir das lições aprendidas5. Estabelecer estratégia e rotina para a implementação do sistema de monitoramento e avaliação dos programas do DSIS (PROGAM, PNC, SINIMA, PNMA)6. Sistematização dos resultados7. Ter uma equipe mais estável e realizar a capacitação da equipe do DSIS (PROGAM, PNC, SINIMA, PNMA) a fim te ter uma equipe com maior potencial e evitar sobreposição e repetição de esforços operacionais.8. Maior apoio na construção dos projetos, assistência técnica para implementação dos projetos e definição de equipes para prestação de contas no estado, intensificar as monitorias. Curso EaD para ajudar nas dificuldades operacionais nos estados9. Criar grupo para oferecer assistência técnica nos diferentes estados10. Atualizar a página do PNC11. Negociação com parceiros para aumentar a capacidade de execução (ex. Petrobras)Articulação externa1. Envolvimento da alta direção (prefeitos, secretários, etc.) 2. Capacitação das CTTs em relações interpessoais e pactuação das tripartites3. Reestruturação do G2, GTs nas CTTs para os estados (oficinas + novos parceiros) Ex. MPEs4. Integração PNC e CTTs5. Outras parcerias além da Petrobras, para financiamento dos projetos6. Alterar legislação eleitoral e outras para possibilitar + repasses
89
Articulação dentro do MMA1. Reestruturação do comitê deliberativo do PNC, arranjo institucional PNC – PROGAM2. Integrar programas e ações do MMA para chegar nos municípios3. Fortalecer e acompanhar as CTTs (representantes, coordenação)Metodologia1. Formação de rede de aprendizagem permanente2. Nos cursos EaD fazer o agrupamento por nível escolar3. Os projetos a serem apresentados pelos estados deverão ter um núcleo comum de conteúdos e atividades e um núcleo adaptado às particularidades de cada estadoArticulação interna nos municípios1. Capacitados devem atuar nos órgãos municipais de meio ambiente 2. Maior articulação com a sociedade civil
Lições AprendidasConstrução coletivaForça do conjunto de atores para o sucesso do projetoImportância da gestão participativaFortalecimento da relação OEMA/municípiosOnde houve articulação, os resultados foram melhores (PNC, tripartite – prefeituras, etc.)Construção compartilhada (União, estados, municípios)Importância das lideranças locaisRelação de confiança do MMA com os estados (G2)Importância fundamental da equipe localPlanejamentoPlanejamento, gestão (paciência e visão de longo prazo)Importância de participar de várias etapas, fases do PNCImportância de ter conceitos claros (planejamento)MetodologiaCombinação de metodologias funciona melhorComunicação: importância das redesDefinição de padrões e rotinas comuns para fluxo de informaçõesMódulo presencial em regime de internatoNecessidade constante de capacitação dos gestoresVariadosParceria entre WBI e PNC funciona (equipes pequenas)Se não tiver equipe responsável, dificilmente haverá sistematização das avaliaçõesNão conveniar com instituições que não possuam estrutura mínima e equipe envolvidaImportância do registro em publicação
Comentários:
As capacitações proporcionaram aos gestores estaduais um maior conhecimento sobre a
realidade local dos municípios, através da troca de experiências;
Maior compreensão do processo de municipalização da política pública ambiental e
participação de prefeitos e vereadores nestas discussões;
Nivelamento de informações sobre os instrumentos de gestão ambiental e seus
mecanismos de integração;
Ampliação e amadurecimento sobre a participação social como ferramenta essencial para
eficácia na gestão ambiental;
O PNC se concretizou como uma metodologia para o fortalecimento de gestão ambiental
90
municipal, exemplo disso é o caso da demanda pelo uso do material dos Cadernos de
Formação/MMA para capacitação de gestores ambientais municipais, no norte de Minas
Gerais. o Promotor de Justiça da Comarca de Montes Claros nos solicitou o apoio para
disponibilizar materiais para capacitar 64 municípios para os quais ele firmou Termos de
Ajustamento de Conduta para que os municípios se comprometessem em estruturar a
gestão ambiental local, com a criação de órgão, conselho e fundo municipal de meio
ambiente;
A criação de fóruns e redes para a discussão e cooperação continuada entre gestores
técnicos, representantes da sociedade civil e atores políticos (secretários de meio
ambiente), processo esse que representa a concretização do fortalecimento do
SISNAMA, permitindo o diálogo também entre entes da federação. Entre os grupos mais
ativos temos na Bahia mais de 400 gestores que criaram grupo do yahoo (PNC_Bahia);
RN, ES, PE, MG, além de subgrupos regionalizados que foram criados, estabelecendo
uma Rede de Aprendizagem articulada em diferentes escalas entre os entes federativos;
O aumento da capacidade de mobilização dos Municípios para o fortalecimento do
SISNAMA;
O fato do PNC ser pactuado nas Comissões Tripartites Estaduais representou uma
oportunidade para estabelecer o diálogo entre os representantes dos entes federativos
para a promoção da gestão ambiental compartilhada, em alguns estados o resultado foi
significativo;
Implementação autônoma do PNC em alguns estados, Fase II , com recursos próprios;
O estabelecimento de parcerias que permitiram a viabilização de resultados e
desdobramentos do projeto inicial (veja item 4.2);
Os projetos conseguiram proporcionalmente mais resultados com menos recursos;
Diversos impactos foram alcançados, que estão descritos na parte V do relatório.
Com relação às dificuldades e limites envolvidos na implementação do PNC:
Alguns projetos tiveram baixa execução e devolução de recursos;
Baixa capacidade operacional das instituições envolvidas (PETROBRAS, MMA e
executores);
Dificuldades nas prestações de contas pelos parceiros;
Falta de experiência da equipe MMA e dos estados com as regras da PETROBRAS;
Apoio insuficiente da equipe técnica da PETROBRAS no acompanhamento desses
convênios;
Excessiva burocracia nos procedimentos relativos á aditivos, liberação de recursos,
licitações;
Falta de padronização dos projetos;
91
Orçamentos mal estimados;
Questões políticas e dificuldade de mobilização dos prefeitos;
Períodos eleitorais e outras questões culturais (copa do mundo, festas de São João);
Limitações quanto à metodologia de formação de formadores;
Falta de articulação nas Comissões Técnicas Tripartites Estaduais;
92
Parte 5 – Impactos do PNC
O PNC representa um projeto de sucesso e diversos elementos comprovam esses
resultados. A capacitação deve ser encarada como instrumento continuado em que a maior parte
dos resultados são mensurados no longo prazo e, que portanto, é provável que muitos
resultados ainda advirão. Além disso, o processo de fortalecimento da gestão ambiental
municipal depende de um conjunto de atores para além dos envolvidos no processo de
capacitação e, que portanto, os avanços relativos à gestão ambiental municipal alcançados
representam impactos, ou seja, para além de resultados imediatos de um projeto com prazo
determinado.
A implementação do PNC representa uma estratégia bem sucedida para alcançar
avanços significativos na gestão ambiental compartilhada. Alguns elementos evidenciam tais
impactos:
fomentou Comissões Técnicas Tripartites Estaduais, como citado diversas vezes nos
resultados dos projetos;
fortaleceu ou ajudou na criação de programas/ iniciativas estaduais de fortalecimento da
gestão ambiental municipal e compartilhamento da gestão ambiental;
contribuiu para a habilitação de municípios para promover o licenciamento ambiental
municipal;
propiciou a criação de redes de intercâmbio que materializam a perspectiva sistêmica da
Política Nacional do Meio Ambiente;
gerou impactos significativos na estruturação dos Sistemas Municipais de Meio Ambiente,
embora não tenhamos dados nacionais que nos permitam comparar a realidade da
gestão ambiental antes e depois do PNC. É possível identificar a evolução do
fortalecimento do SISNAMA em diversos locais, secretaria/ órgãos, conselhos e fundos de
meio ambiente que foram criados em diversos municípios participantes do PNC,
municípios que se habilitaram ou estão em processo de habilitação para licenciar. Esses
talvez sejam os impactos mais significativos dessa ação.
gerou avanços na gestão compartilhada e incorporação dos municípios na gestão
ambiental pública, em alguns estados esses avanços foram identificados pelos
coordenadores do PNC nos estados. Os avanços identificados serão apresentados,
entretanto não há uma coleta sistematizada das informações em todos os estados que
participaram do PNC.
93
5.1. Rio Grande do NorteNo Rio Grande do Norte apenas 13 dos 167 municípios do estado não participaram do
PNC. Boa parte dos municípios teve avanços mensuráveis, melhoria na gestão ambiental
municipal, criando órgãos, conselhos e fundos ambientais.
Antes do PNC apenas dois municípios dispunham de órgão, conselho e fundo ambiental,
agora 15 municípios já dispõe dessa estrutura. Antes do PNC 65 municípios não dispunham de
nenhum instrumento de gestão, agora esse número caiu para 49 municípios (tabela abaixo)
Antes do PNC Depois do PNCNível 1 (orgão, conselho e fundo ambiental)
2 15
Nível 2 (órgão e conselho ambiental)
20 33
Nível 3 (órgão ambiental) 67 57Nível 4 (não dispõe de nenhuma estrutura)
65 49
Não participou da capacitação / não tem informação
13 13
94
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 0
10
20
30
40
50
60
70
80
Evolução da gestão nos municípios do RN
antes do PNC depois do PNC
5.2.GoiásO estado de Goiás também mensurou a evolução da gestão ambiental nos municípios.
Diversos municípios criaram ou reativaram conselhos, fundos ou órgão ambientais. Durante a
capacitação foram criados 5 órgãos municipais de meio ambiente e reativado um órgão. Além
disso foram criados 26 conselhos municipais de meio ambiente e 5 fundos municipais, por fim
reativados 7 fundos municipais. O que representa avanço na gestão ambiental de 43
instrumentos de gestão de 36 municípios.
Antes do PNC Depois do PNCNível 1 5 8Nível 2 157 172Nível 3 26 18Não participou da capacitação / não tem informação
58 48
5.3. Rio de JaneiroO PNC/RJ contribuiu efetivamente para a construção de um processo de
compartilhamento da gestão ambiental no Rio de Janeiro. Durante a implementação do projeto,
21 municípios assinaram convênio com o órgão estadual para a descentralização do
licenciamento ambiental. E mais 17 municípios estão com processo em andamento para
passarem a licenciar. Além disso, diversos municípios estão no processo de criação de
conselhos, fundos e órgãos ambientais.
95
Nível 1 Nível 2 Nível 3 0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Evolução da gestão nos municípios em GO
Antes do PNC Depois do PNC
Parte 6 – Análise das parceriasO PNC conseguiu atrair importantes parcerias. A seguir uma breve avaliação sobre as
parcerias firmadas.
6.1 Caixa Econômica Federal
Pontos Fortes Pontos Fracos• Apoio na produção dos materiais• Apoio de professores no curso
Resíduos• Equipe da CEF capacitada a
respeito dos procedimentos do licenciamento
• Tendo em vista a capilaridade da CEF a parceria foi sub-utilizada
O que pode ser melhorado Aproveitar o potencial de capilaridade da CEF para fortalecer a gestão ambiental nos
municípios; Otimizar as capacidades desenvolvidas com relação aos técnicos da CEF que
participaram do curso de licenciamento ambiental Aproveitar a expertise da CEF na gestão de recursos para fortalecer as capacidades
relativas ao financiamento da política ambiental, especialmente municipal.
6.2 Instituto do Banco Mundial
Pontos Fortes Pontos Fracos Excelente integração entre a equipe de
trabalho do MMA e do WBI; Convergência de objetivos na parceria; Facilidade de comunicação no dia a dia; Retorno rápido às demandas
apresentadas; Rápida adaptação da equipe do MMA às
novas tecnologias apresentadas pelo WBI.
Mudanças na equipe do MMA; Pequena equipe de trabalho no MMA; A página do webstreaming utilizada pelo
WBI está em inglês.
O que pode ser melhorado Aumentar o número de pessoas na equipe do MMA; Traduzir a página webstreaming do Banco Mundial.
6.3 PETROBRASPontos Fortes Pontos Fracos Recursos disponibilizados que
viabilizaram a execução de 12 projetos do PNC
liberdade entre técnicos
Diferenças de entendimento entre as consultorias jurídicas de ambas instituições;
não oficialização de procedimentos, ficando sujeitos às mudanças de entendimentos
falta de capacidade instalada em ambas instituições
O que pode ser melhorado
96
Aumentar o número de pessoas na equipe do MMA e da Petrobras, envolvidas com essa ação;
continuidade do apoio financeiro da Petrobras para disseminar o projeto em estados que ainda não promoveram o PNC e abrir novas possibilidades para os estados já participantes.
6.4 ABEMA, ANAMMA, CNM
Pontos Fortes Pontos Fracos Participação na elaboração do projeto,
através de GT ligado a Comissão Técnica Tripartite Nacional
Nem sempre estiveram presentes nos projetos estaduais
O que pode ser melhorado Participação mais ativa nas esferas estaduais Fomentar para que estados desenvolvam programas de apoio ao fortalecimento da gestão
ambiental municipal
7.Conclusões
O PNC é um programa que apresentou muitos resultados já mensurados e, que
certamente, desencadeou resultados que não conseguimos descrever nesse relatório. É um dos
programas que mais contribui efetivamente para o fortalecimento do SISNAMA, visto que
promove a gestão ambiental compartilhada através das Comissões Tripartites Estaduais, bem
como promove o fortalecimento da gestão ambiental municipal.
É fundamental a continuidade desse Programa, buscando o seu aperfeiçoamento a partir
das lições aprendidas com os projetos já desenvolvidos.
97
ANEXO 4
I e II ENCONTRO ANUAL DO PNC
Síntese dos Resultados apresentados pelos estados
Por ocasião do I Encontro Nacional do PNC, em 2006, os participantes foram
apresentados às demandas e desafios para 2007. No II Encontro foram discutidos os resultados
obtidos e dificuldades encontradas neste primeiro ano de capacitações, como apresentados
abaixo:
1. Apresentação do Acre -a) I Encontro Nacional - 2006
Destaques: o programa de capacitação foi construído de forma participativa e coletiva;
prevê a discussão de temas de amplo interesse no estado; o projeto visa atingir todos os
22 (vinte e dois) municípios acreanos; compromisso das prefeituras através da assinatura
de Termo de Adesão; planejamento de cada ação com os representantes das regionais
(Seminários e módulos); o projeto conta com a participação de uma Instituição
especializada na Capacitação de Servidores Públicos e Comunitários – FESPAC;
Desafios: obter a participação das instituições que colaboraram na elaboração do projeto
e na sua execução; executar dentro do período proposto – 2006 – considerando os
eventos deste ano; contemplar as demandas que surgem durante os encontros de
articulação e planejamento e na realização dos seminários (Ex: realizar seminários extras
em todos os municípios visando atingir, principalmente, a totalidade de gestores e
vereadores); atender à demanda de mais vagas para os cursos que estão sendo
apresentadas pelos municípios; e articular a agenda do PNC com as demais agendas
municipais.
b) II Encontro Nacional - 2007
Não houve apresentação no II Encontro Nacional do PNC
2. Apresentação da Bahia - Ricardo Duarte
a) I Encontro Nacional - 2006
Situação Municipal: pouco conhecimento, participação social incipiente, pouca
cooperação, falta de capacitação, ações sociais fragmentadas e dependência estadual;
102
Destaques: integração ao programa de gestão ambiental municipal do estado, parceria
com as universidades, caráter estruturante dos conhecimentos, utilização de servidores
públicos na capacitação;
Desafios: que os capacitados saiam com uma carga de conhecimento e a motivação do
grupo.
b) II Encontro Nacional - 2007
Resultados: a formação de uma rede com 150 gestores capacitados e professores;
criação da Secretaria de Meio Ambiente do município de Madre de Deus; multiplicação
inter-institucional dos conhecimentos do PNC; integração do PNC com o Programa
Estadual de Gestão Ambiental Compartilhada. Dificuldades: dificuldade de juntar o cronograma físico e o cronograma financeiro; a
mobilização da sociedade civil; o cumprimento do Termo de Adesão; a entrega dos Planos
Municipais.
3. Apresentação do Ceará – Elaine Paiva
a) I Encontro Nacional - 2006
Estudos orientados à distância: atividades à distância com apoio tutorial, visando
orientar o participante de forma personalizada, respondendo às dúvidas e outras
necessidades, através de: Correio Eletrônico, Correio Convencional, Fax, telefones, Portal
da APRECE, Chat etc.;
Desafios: habilidade para administrar as divergências políticas entre os níveis de
Governo; manter a Comissão Tripartite Estadual articulada; assegurar a continuidade do
Programa de Capacitação na perspectiva de avançar na formação dos gestores em nível
local e sensibilizar e comprometer efetivamente os representantes dos poderes locais
(executivo, legislativo e judiciário) para a importância da gestão ambiental compartilhada.
b) II Encontro Nacional - 2007
Principais resultados: Construção da agenda de compromissos; realização de um
diagnóstico sócio-ambiental local; elaboração do MARCO ZERO; compreensão do
processo de municipalização da política pública ambiental; criação do site do PNC no
estado; reconhecimento pelos participantes da importância de desenvolver uma base
política, técnica e operacional para implementar o sistema de gestão ambiental municipal.
Principais dificuldades: desarticulação da Comissão Tripartite local; quebra de
continuidade do Programa; atraso no repasse da última parcela do convênio.
103
4. Apresentação do Espírito Santo – Yaskara Pompermayer Trazzi
a) I Encontro Nacional - 2006
Desafios: compromisso dos municípios (manutenção ao longo do processo);
continuidade e efetivação do processo de municipalização (influência de fatores
externos); quadro de funcionários (grande número de não efetivos).
b) II Encontro Nacional - 2007
Principais resultados: integração e troca de experiências entre os municípios;
esclarecimento de dúvidas quanto ao papel do município e suas responsabilidades;
fortalecimento dos municípios que estão com o processo de municipalização em
andamento; fortalecimento das ações do estado já implantadas e apoio àquelas em
andamento; realização de um módulo específico sobre licenciamento ambiental
demandado durante o programa; implantação das unidades de informação do IEMA em
cada município do estado.
Principais dificuldades: contratação de uma universidade: visão mais teórica que
prática, envolvendo alguns professores que não atuaram em setor público; distância entre
os municípios capacitados até o município pólo; programação das aulas extensas: 08
horas/aula com o mesmo professor; apoio parcial da Comissão Tripartite Estadual;
estabelecimento de parcerias.
5. Apresentação de Goiás – Odete Wadih Ghannam
a) I Encontro Nacional - 2006
Destaques: 44 municípios participaram dos 4 cursos já ministrados; grande envolvimento
dos municípios, com demanda da formação da rede de secretarias municipais, constante
troca de informações e realização de mais cursos;
Facilidades no Processo: boa articulação da tripartite estadual, apoio técnico do
Ministério do Meio Ambiente, grande entusiasmo por parte dos municípios, definição do
processo de descentralização do licenciamento ambiental;
Principais dificuldades: demora nos procedimentos de convênio com a Petrobras,
inexperiência dos novos servidores da SEMARH e ano eleitoral.
b) II Encontro Nacional - 2007
Principais resultados: maior conhecimento sobre a realidade local; trabalho com a
diversidade de gestores e de problemas e potencialidades de cada município; criação do
104
Fórum de Secretários Municipais do Meio Ambiente; capacitação realizada em todo o
Estado de Goiás; contato continuado com as secretarias municipais de meio ambiente; 5
novos municípios com órgãos ambientais; 25 conselhos municipais de meio ambiente
criados; cerca de 20 conselhos reativados; 19 municípios fazendo licenciamento
ambiental.
Principais dificuldades: descontinuidade na composição e trabalho da equipe técnica da
comissão tripartite; ano eleitoral; problemas financeiros das prefeituras para
deslocamento dos servidores e membros dos Conselhos Municipais; Equipe da Semarh
pequena para o porte do trabalho a ser executado.
6. Apresentação do Pará – Leônidas Pompeu Leão Velloso
a) I Encontro Nacional - 2006
Desafios: logística do processo, realizar um real diagnóstico da atual situação dos
municípios, fazer com que a gestão ambiental chegue aos prefeitos.
b) II Encontro Nacional - 2007
Principais resultados: não foram apresentados.
Principais dificuldades: mudanças de governo.
7. Apresentação de Pernambuco - Roberto Arrais
a) I Encontro Nacional - 2006
Pretendem realizar um levantamento ambiental Municipal para a elaboração de um
inventário; Envolvimento das Universidades Federal e Estadual e da Fundação Joaquim
Nabuco;
Desafios: envolver (sensibilizar) 184 Municípios (prefeitos), garantir que os 750
capacitandos sejam realmente os responsáveis pela implementação das políticas
ambientais dos municípios e, por parte da sociedade, os mais expressivos interlocutores,
priorizar em 40h de oficina os aspectos essenciais dos temas abordados, garantir a
participação dos representantes da sociedade civil e ajudar os municípios a implementar
a gestão ambiental.
b) II Encontro Nacional - 2007
Principais resultados: Criação de fóruns microrregionais em: Ribeirão; Pesqueira;
Igarassu; Caruaru; Garanhuns I e II; Salgueiro; Angelim; Recife; Itambé; Cabo de Santo
Agostinho; Buíque e Gravatá. Realização do diagnóstico ambiental, de indicadores, de
105
acompanhamento e de monitoramento. A organização e reestruturação dos Conselhos. O
estímulo aos Comitês de Bacia; Agenda 21 e a política de resíduos sólidos. Um bom
resultado também foi o envolvimento dos Vereadores nas capacitações. O apoio das
Universidades foi bom.
Principais dificuldades: a capacitação dos municípios do interior
8. Apresentação de Rio de Janeiro – Janete Abrahão
a) I Encontro Nacional - 2006
Desafio: criar um núcleo firme, com a multiplicação e a inserção de outros atores; que o
projeto não fique nas pessoas e sim nas instituições; estruturação futura dos sistemas em
termos de recursos humanos e materiais; integração dos sistemas a serem criados com
os já existentes e o envolvimento dos prefeitos na descentralização proposta;
Destaque: integração para formulação do projeto com a participação dos Municípios,
Estado e da União.
b) II Encontro Nacional - 2007
Principais resultados: aumento da capacidade de mobilização dos Municípios e
fortalecimento do SISNAMA no RJ, através da criação de um ambiente de diálogo e
sinergia entre os diferentes entes federados no Estado do Rio de Janeiro; maior
articulação e organização da Comissão Tripartite Estadual; nivelamento de informações
sobre os instrumentos de gestão ambiental e seus mecanismos de integração; ampliação
e amadurecimento sobre a participação social como ferramenta essencial para eficácia na
gestão ambiental; ampliação da compreensão sobre a complexidade do licenciamento
ambiental e sobre as implicações estruturais, legais e políticas relacionadas à assunção
da competência do licenciamento pelo município; fortalecimento da rede de participantes
do PNC-RJ e das articulações entre municípios.
Principais dificuldades: a ausência de uma “cultura” de funcionamento e articulação da
Comissão Tripartite Estadual, no início do projeto; a fragilidade das estruturas municipais
ligadas à Gestão Ambiental; a enorme expectativa depositada no processo do PNC-RJ;
as alterações na seqüência lógica do Módulo 1 em função da ausência de instrutores
(Gestores Ambientais do Estado e do MMA); a dificuldade de operação do Módulo 1 nas
regiões mais distantes da Capital; a comunicação prejudicada com parte dos Municípios
e as suas ausências como conseqüência; a dificuldade de deslocamento de parte dos
Municípios para a Capital visando as suas participações no Módulo 2; a ameaça de
interrupção do programa provocada pela demora na assinatura do Termo Aditivo; a
demora na liberação dos recursos.
106
Próximos passos: colaborar nas discussões sobre os caminhos para a efetivação do
processo de gestão ambiental compartilhada, cujo foco principal é a descentralização do
licenciamento ambiental, grande expectativa dos municípios; assessorar os municípios
para consolidação e criação dos seus Sistemas Municipais de Meio Ambiente: Marco
legal, Diagnóstico locais, Montagem de equipes, Intercâmbio de experiências; buscar
estratégias de apoio aos municípios para obtenção de equipamentos e tecnologias de
informação; manter um canal efetivo de comunicação entre os envolvidos; fomentar e
fortalecer processos de Agenda 21 nos municípios, como uma estratégia para a gestão
ambiental integrada, participativa e sustentável, além de estimular a participação efetiva
dos municípios nos comitês de bacias hidrográficas.
9. Apresentação de Rio Grande do Norte – Hiramisis Paiva de Paula
a) I Encontro Nacional - 2006
Destaques: valorização do conhecimento local e da cultura regional, diagnóstico dos
municípios, realização de seminários de gestão ambiental compartilhada, contato com os
participantes da Conferência Regional de Meio Ambiente, formação de redes de trabalho;
o estado foi subdividido em 12 regiões para as capacitações;
Desafio: vencer as barreiras financeiras e de vontade política dos prefeitos para
priorizarem a estruturação do Sistema Municipal de Meio Ambiente; garantir a inclusão de
recursos orçamentários e financeiros do Governo do Estado e municípios, que possam
viabilizar a continuidade desse processo de capacitação; manutenção da estrutura física e
de recursos humanos da Unidade Executora do Programa;
b) II Encontro Nacional - 2007
Principais resultados: construção das agendas de compromissos. A participação dos
Vereadores foi positiva. Criação de uma rede no estado e a construção de um mapa com
a existência de Órgãos de meio ambiente nos municípios antes do PNC e depois das
capacitações.
Principais dificuldades: alto custo das capacitações.
10. Apresentação do Rio Grande do Sul – Valtemir Goldemeier
a) I Encontro Nacional - 2006
Destaques: primeiro estado a implantar a Comissão Tripartite; Sistema integrado de
capacitação em gestão ambiental; 131 municípios (habilitados) assinaram o licenciamento
107
ambiental;
Demanda: capacitação em licenciamento ambiental;
Desafio: maio de 2007 todos os municípios com estrutura de gestão ambiental;
b) II Encontro Nacional - 2007
Principais resultados: Mesmo com a participação de tão somente 50% dos municípios
convidados, esperamos que o RS, até março de 2008, tenha mais de 325 municípios
fazendo gestão ambiental e licenciando. Finalmente estamos criando a cultura do
SISNAMA / SISEPRA / SISMUMA; Escola Municipal de Ensino a Distância; Apoio
financeiro para treinamento continuado.
Principais dificuldades: falta de participação dos Conselheiros; falta de participação dos
Vereadores; falta de apoio da Tripartite na execução.
OBS. Estado com 27% dos municípios habilitados a licenciar
11. Apresentação de Santa Catarina – Márcia Menezes Sonsini
a) I Encontro Nacional - 2006
Destaques: Último estado a assinar o convênio; nas conferências regionais será
elaborado um documento de referência com um diagnóstico da gestão ambiental;
Demandas: falta de equipe técnica para capacitação.
b) II Encontro Nacional - 2007
Principais resultados: sem resultados ainda
Principais dificuldades: problemas de mudança de governo
12. Apresentação de São Paulo – Antônio César Simão
a) I Encontro Nacional - 2006
Desafio: capacitar 645 gestores;
b) II Encontro Nacional - 2007
Principais resultados: participação dos Prefeitos. Os gestores capacitados, no seu
retorno aos seus municípios repassavam a capacitação, capacitando assim mais gestores
através da realização de oficinas. Capacitação em cidades pequenas e sem infra-
estrutura ajudou a cidade a se organizar, dando-lhe ferramentas para iniciar a gestão
ambiental.
Principais dificuldades: capacitação no interior
108