relatório de monitorização, 2013
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RELATORIO DE MONITORIZAÇÃO
2013
JUNHO DE 2013
Monitorização Carta Educativa do Porto
1
Ficha Técnica
Entidade Promotora
Câmara Municipal do Porto
Pelouro do Conhecimento e Coesão Social
Departamento Municipal de Educação
Supervisão
Departamento Municipal de Educação
Ana Maria Magalhães
Equipa Técnica
Divisão Municipal de Gestão Escolar
Paula Pimentel
Divisão Municipal de Ciência e Conhecimento
Manuela Rodrigues
Contactos
Câmara Municipal do Porto
Departamento Municipal de Educação
Rua O Comercio do Porto, 55/59
4050-211 PORTO
Tel 22 206 1750/51
2
Índice
Pag.
Introdução ………………………………………………………………………………………………… 4
Contextualização …………………………………………………………………………………….. 7
Metodologia ……………………………………………………………………………………………… 18
I - O Território Educativo do Porto de Competência Municipal .... 22
I.1 – A Requalificação da Rede Escolar ……………………………………………………. 26
I.2 – O Reordenamento da Rede Escolar …………………………………………………. 37
I.2.1 – Reconfiguração da Rede Escolar ………………………………………………….. 38
I.2.2 – Áreas de Influência ………………………………………………………………………. 42
I.3 – Dimensão da Oferta e da Procura na Rede Escolar ………………………. 47
I.4 – Apetrechamento e Segurança do Parque Escolar …………………………. 54
II – A Ação Educativa Municipal …………………………………………..……………. 64
II.1– Ação Educativa Municipal no âmbito das Competências Legais……… 69
II.2 – Ação Educativa Municipal de âmbito Inovador ……………………………… 100
II.3– Evolução das Lógicas e Dinâmicas da Ação Educativa
Municipal………………………………………………………………………………………………………. 117
II.4 – Os Atuais Referenciais Normativos e Estratégicos ………………………… 123
III– Sistema Educativo do Porto – alguns contornos …………………….. 146
III.1 – Rede Escolar do Concelho do Porto do pré-escolar ao secundário ….. 147
III.2 - Caracterização da Procura de Educação no Concelho do Porto do
pré-escolar ao secundário ……………………………………………………………………....
161
IV - Quadros Estatísticos no Domínio Demográfico e
Socioeconómico ……………………………………………………………………………………….. 190
Conclusões …………………………………………………………………………………………………. 204
Fontes de informação ………………….……………………………………………………………. 209
Anexos ………………………………………………………………………………………………………… 211
3
Índice de anexos
ANEXOS QUADROS ASSOCIADOS
ANEXO 1 - Intervenções executadas
por ano em matéria de
Requalificação no período 2007-2013
- Quadro 1 – Estabelecimentos escolares
construídos, reconstruídos e extintos
- Quadro 2 – Requalificações desde 2007
- Quadro 3 – Obras de beneficiação desde 2007
- Quadro 4 – Reserva de terrenos
ANEXO 2 - Evolução da rede escolar
de competência municipal 2007-2013
- Quadro 1 - Rede escolar de competência
municipal em 2007
- Quadro 2 - Rede escolar de competência
municipal em 2013
ANEXO 3 - Oferta/Procura na rede
escolar municipal
- Quadro 1 – Distribuição da oferta e da procura
na rede 1º CEB publica
- Quadro 2 – Distribuição da oferta e da procura
na rede pré-escolar de competência municipal
- Quadro 3 – Distribuição dos recursos humanos
de competência municipal pelos jardins de
infância
ANEXO 4
- Grelha das conclusões dos traços
caracterizadores do sistema educativo do Porto
segundo a CEP,2007
ANEXO 5 - Apoios complementares
associados à ação social escolar
- Quadro 1 – Projeto Escola Solidária
- Quadro 2 – KIT escolar
- Quadro 3 – Regime da fruta e lanche escolar
ANEXO 6 - Oferta educativa do Plano Municipal de
Educação por vetores de atuação, ciclos de
ensino e grupos etários
ANEXO 7 – Quadros Estatísticos –
Censos 2011
- Quadro 1 - População empregada por local de
residência e grupo etário
- Quadro 2 - População desempregada por nível de
escolaridade
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Introdução
No presente relatório encontra-se plasmada informação inerente à atualização
da Carta Educativa do Porto em 2013, (adiante designada de CEP)
materializando as opções definidas nesta fase de atualização apresentadas na
metodologia.
Esta informação está estruturada em 3 capítulos que abordam os seguintes
assuntos inerentes à atualização da CEP, 2013:
O primeiro capítulo denominado “O Território Educativo do Porto de
Competência Municipal”, integra informação relativa à primeira matéria em
atualização: a ação da autarquia no sentido da valorização dos
estabelecimentos/espaços escolares apresentando por um lado, os
resultados da intervenção em matéria de requalificação e de
reordenamento da rede escolar ao nível do 1º CEB e pré-escolar com base
nas recomendações da CEP em 2007 e por outro lado, os resultados da
intervenção ao nível de apetrechamento informático e segurança.
Neste capítulo, entendeu-se importante também, apresentar dados sobre a
evolução da dimensão da oferta e da procura na rede de competência
municipal, especificamente nos parâmetros: salas, turmas, alunos (pré-escolar
e 1º CEB) e pessoal não docente do pré-escolar.
No segundo capítulo denominado “A Ação Educativa Municipal” é abordada
a segunda matéria definida como conteúdo a atualizar que respeita à oferta de
projetos e ações socioeducativos e formativos promovidos pela autarquia quer
no âmbito das suas competências em matéria de educação, quer no âmbito da
ação que transpõe o legalmente definido, denominada de ação inovadora.
5
Neste capítulo apresentam-se os desenvolvimentos das ações caracterizando
sempre que possível a situação presente por relação à situação em 2007 (ano
de publicação da CEP).
Tal como para as ações de competência municipal associadas às
requalificações, reordenamento e apetrechamento da rede escolar segue-se
para as restantes ações de competência municipal a mesma abordagem
analítica – uma abordagem específica por ação que procura identificar os seus
vários componentes e dimensão.
Para as restantes ações educativas, no domínio das designadas ações
inovadoras, é apresentada uma análise global das ações do Departamento da
CMP com conteúdo funcional específico em matéria de Educação
(Departamento Municipal de Educação) e apresentada uma análise das lógicas
e dinâmicas da autarquia em termos de ação conjunta no âmbito da Educação.
Ainda neste capítulo é apresentada a terceira matéria a atualizar, a saber os
referenciais estratégicos e normativos, onde se plasma a legislação atual, as
novas competências, as novas estratégias.
Nos capítulos III e IV apresentam-se alguns dados disponíveis que enformam
traços caracterizadores do Porto ao nível do sistema educativo e no domínio
demográfico e socioeconómico.
Apesar do diagnóstico aprofundado da CEP não ter sido definido como domínio
a atualizar nesta fase de monitorização, pois tal impunha um cronograma mais
dilatado no tempo; uma estrutura técnica multidisciplinar e
interdepartamental; a montagem de um circuito/sistema de comunicação e
informação privilegiado e articulado com as principais fontes de dados (INE;
ME; agrupamentos de escolas; Departamento de Urbanismo…), considerou-se
útil, seguindo a estrutura do Diagnóstico da CEP, perfilar já um conjunto de
informação estatística disponível sobre a atual realidade educativa,
6
demográfica e socioeconómica do Concelho do Porto, como mote para os
próximos trabalhos de monitorização.
Previamente à apresentação da informação por capítulos, que enforma a
atualização da CEP em 2013, é apresentada a metodologia inerente a este
processo e entendeu-se importante apresentar também uma contextualização
que enquadra o objeto desta atualização: a Carta Educativa do Porto enquanto
produto temporalmente finalizado.
Assim, este relatório de atualização tem uma estrutura própria, não perfilada
com a estrutura da CEP por se tratar de um documento de
monitorização/atualização e não de revisão, no entanto, vai sendo efetuada ao
longo do texto, remissão aos volumes, capítulos e subcapítulos da CEP (objeto
de atualização).
Em suma, o que se apresenta nesta fase de monitorização da CEP, consiste
essencialmente num relato descritivo de informações e dados que atualizam
conteúdos da CEP, relatando o que tem sido a ação da CMP em matéria de
educação desde 2007, ano de publicação da CEP.
Nesta fase, a pretensão não foi avaliar pois, para tal, é necessário um
dispositivo para medição de indicadores pré-definidos e um sistema de
informação integrado que o suporte, mas entendeu-se útil compilar num único
documento informação dispersa, que permita perceber por um lado, como
evoluiu a ação da CMP na Educação tendo em conta as propostas da CEP e
por outro, constituir uma base condensada de dados que forneçam pistas para
futuras análises e para montagem de um sistema integrado e articulado de
avaliação da ação.
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Contextualização
Tendo o processo de atualização materializado neste relatório como objeto a
CEP, importa desde logo sintetizar este produto temporalmente finalizado.
Assim, passamos a apresentar uma contextualização relativa à dimensão e
conteúdos da CEP publicada em 2007:
De acordo com o Decreto-lei n.º 7/2003 de 15 de Janeiro, art.º 10.º, o
conceito de Carta Educativa apresenta-se da seguinte forma:
«A Carta Educativa é, a nível municipal, o instrumento de planeamento e
ordenamento prospetivo de edifícios e equipamentos educativos a localizar no
concelho, de acordo com as ofertas de educação e formação que seja
necessário satisfazer, tendo em vista a melhor utilização dos recursos
educativos, no quadro do desenvolvimento demográfico e socioeconómico de
cada município».
Neste conceito está presente a ideia de que as Cartas Educativas devem estar
associadas ao Plano Diretor Municipal (PDM) e a ideia de que constituem um
instrumento fundamental de planeamento dos sistemas de educação e
formação informador de decisão estratégica para:
- Nortear os redimensionamentos do sistema educativo num determinado
território por forma a adequar a rede educativa à dinâmica social e ao
desenvolvimento urbanístico (decidindo quanto à construção, encerramento ou
readaptação física e funcional dos espaços escolares).
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Por outro lado, a carta educativa encerra uma conceção dinâmica de
planeamento, não constituindo um documento acabado, apresentando-se
como uma prática sistemática e continuada de análise e intervenção na
realidade educativa. Desenvolve-se baseado na participação de diferentes
entidades envolvidas no processo educativo, as quais, a cada momento, se
deverão disponibilizar para que a Carta Educativa se mantenha como
instrumento permanentemente operacional de desenvolvimento da política
educativa.
Assim, deve ser considerada numa dupla perspetiva: como produto,
temporalmente finalizado e como processo, assumindo-se em permanente
construção e renovação.
Enquanto produto temporalmente finalizado dá-se seguidamente conta, de
forma sinóptica, da dimensão da Carta Educativa do Porto, que é o resultado
de um longo processo (2003-2007) de análise da realidade educativa e de
definição de uma estratégia de desenvolvimento dos sistemas de educação e
de formação. A sua elaboração implicou o trabalho sistemático e contínuo de
uma equipa intersectorial e multidisciplinar composta por um conjunto de 11
elementos e 1 coordenador (9 elementos da Câmara Municipal do Porto: 7 do
Gabinete de Estudos e Planeamento, 2 do Departamento Municipal de
Educação e 1 da Direção Municipal de Urbanismo e 1 elemento da Direção
Regional de Educação do Norte).
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Dimensão da Carta Educativa enquanto produto temporalmente
finalizado
A elaboração da Carta Educativa do Porto envolveu um processo de construção
com 3 etapas implicando um trabalho exaustivo de análise de informação de
cariz quantitativo e qualitativo desenvolvido ao longo de cerca de 4 anos.
A tabela seguinte integra uma súmula do trabalho realizado com vista à
construção do diagnóstico dos sistemas de educação e de formação que
contou com a participação efetiva da comunidade educativa em diversos
momentos e em moldes diferenciados (etapa 1).
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Etapa 1 – Diagnostico estratégico
Tipos de análise Extensão/explanação das análises Equipa envolvida Fontes/método
Caracterização física
e funcional das
escolas
Foram caracterizadas 58 EB1´s e 14 JI`s e produzidas
fichas de caracterização respetivas.
Levantamento exaustivo do parque escolar do
município que abrange uma caracterização física e
funcional dos diversos equipamentos, bem como o seu
estado de conservação
Trabalho que integra um volume de 219 páginas.
Técnicos do Centro de Estudos
da Faculdade de Arquitetura
da Universidade do Porto, em
colaboração com a Faculdade
de Arquitetura de Pescara da
Universidade de Chieti.
Recolha de
dados direta no
terreno a partir
de parâmetros
pré-definidos.
Estudo de avaliação
do funcionamento
dos agrupamentos
verticais de escolas
(avaliação externa)
Foi produzida informação destinada a conhecer os
resultados alcançados com este modelo organizacional
e equacionar a necessidade de uma eventual
redefinição da estrutura dos agrupamentos. Foi ouvido
o corpo docente destes estabelecimentos de ensino
tendo as suas recomendações sido incorporadas no
trabalho da CEP.
Faculdade de Psicologia e de
Ciências da Educação da
Universidade do Porto
Inquérito dirigido
ao corpo docente
destes
estabelecimentos
de ensino.
Caracterização ao
nível demográfico,
económico, educativo
e urbanístico: análise
de cariz quantitativo
Foi efetuado o tratamento e a análise de informação
pertinente para caracterização do processo de
reestruturação territorial a nível metropolitano, nos
domínios com influência direta sobre os sistemas de
educação e de formação, como é o caso da demografia
e da economia e procedeu-se ao estudo da evolução
da procura e da oferta de ensino e ainda dos principais
fenómenos associados à educação.
Equipa intersectorial e
multidisciplinar composta por
11 elementos e 1 Coordenador
Recolha de
dados junto de
fontes oficiais
(INE; Ministério
da educação) e
junto de
agrupamentos
de escolas.
11
Tipos de análise
Extensão/explanação das análises Equipa envolvida Fontes/método
Auscultação de
agentes educativos
Sessões de divulgação e de debate sobre a Carta
Educativa que envolveram associações de pais,
associações profissionais e outras, educadores e docentes,
estabelecimentos de ensino privado, restantes municípios
da Área Metropolitana do Porto, comunidades migrantes,
ordens religiosas e universidades seniores.
Equipa intersectorial e
multidisciplinar composta
por 11 elementos e 1
Coordenador
Reuniões e
Fóruns.
Auscultação de
outras opiniões
Foi aberto um espaço próprio no “site” do município para
dar a conhecer o trabalho em curso de elaboração da CEP.
Esta linha de ação tinha também subjacente uma outra
intenção, a de contribuir para que se verificasse uma
apropriação, por parte de todos os atores do processo, do
conhecimento que se ia produzindo ao longo do tempo,
numa lógica de aprendizagem conjunta que se pretendeu
fomentar.
Equipa intersectorial e
multidisciplinar composta
por 11 elementos e 1
Coordenador
Lançamento de
um inquérito on-
line com recurso
à ferramenta de
análise SWOT
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Tipos de análise
Extensão/explanação das análises Equipa envolvida Fontes/método
Análise de
perceções diferenciadas
envolvendo a participação de
agentes diversos
Análise de cariz
qualitativo – dimensão1
Envolvimento do CME – recolha do
posicionamento de cada membro do
CME face a um conjunto de aspetos
considerados como as principais
fragilidades, potencialidades,
oportunidades ou ameaças que atingem
os sistemas de educação e de formação
e, ainda, o contexto socioeconómico da
realidade local.
Equipa intersectorial e
multidisciplinar
composta por 11
elementos e 1
Coordenador
Participação do
CME num
exercício SWOT
Análise
qualitativa –
dimensão 2
Participação das escolas, públicas e
privadas - foram entrevistados todos os
Conselhos Executivos dos agrupamentos
verticais de escolas, bem como escolas
secundárias, uma escola profissional,
uma escola artística, uma escola de
música e estabelecimentos de ensino
privado, num total de 26 entidades.
Equipa intersectorial e
multidisciplinar
composta por 11
elementos e 1
Coordenador
Adotou-se o
esquema da
entrevista
semiestruturada.
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Tipos de análise Extensão/explanação das análises
Equipa envolvida Fontes/método
Análise de perceções diferenciadas
envolvendo a participação de
agentes diversos
Análise de cariz qualitativo –
dimensão3.
Análise da perceção dos alunos
tendo sido inquiridos 1.850
estudantes. Esta operação contou
com a colaboração dos 55
estabelecimentos de ensino
destes estudantes.
Centro de Estudos e
Sondagens de Opinião
da Universidade
Católica Portuguesa.
Lançamento de
inquéritos.
Os estudantes inquiridos
foram selecionados
aleatoriamente.
Análise
qualitativa –
dimensão 4.
Análise da perceção das famílias
que integrou 800 famílias
representativas da totalidade dos
agregados familiares residentes
no Porto e com filhos
dependentes a estudar na cidade
e em qualquer nível de ensino,
com exceção do ensino superior.
Centro de Estudos e
Sondagens de Opinião
da Universidade
Católica Portuguesa.
O inquérito às famílias
foi realizado por
entrevista direta no
domicílio.
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Etapa 2 - Estratégia de Intervenção
A segunda etapa deste processo de elaboração da CEP consistiu na definição
da estratégia e do quadro global de intervenções (estratégia in CEP,2007
Volume III, Cap. VI e VII).
Estratégia de intervenção – registada in CEP,2007:
Ressalve-se, desde já, que todo o trabalho anterior de diagnóstico permitiu
que emergissem e se fossem consolidando algumas ideias força que marcam a
estratégia de intervenção. Isto é, esteve sempre subjacente à forma de
abordagem das questões do diagnóstico não só a caracterização dos problemas
como também a discussão sobre as vias de solução a adotar e mesmo sobre as
ações tipo a implementar. Um desafio que permanentemente era lançado a
todas as entidades com responsabilidades no CME durante as reuniões de
trabalho conjuntas realizadas, tinha a ver com a seguinte pergunta: “o que se
pode fazer melhor e qual o contributo adicional de cada entidade para se
resolverem os problemas detetados?”. Em suma, procurou-se que o
diagnóstico abrisse o caminho para a discussão da estratégia.
Assim os grandes objetivos que presidiram à definição das estratégias de
atuação que consubstanciam a CEP são os seguintes:
Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de educação e de
formação.
Permitir o acesso de todos à educação e à formação “ao longo da
vida”.
Abrir os sistemas de educação e de formação ao mundo.
15
No contexto específico do Porto, foi efetuado um trabalho de análise e reflexão
no sentido de perceber o que significava cada objetivo concreto, foram
explicitadas as várias dimensões que lhes estão associadas, e discutidas as
estratégias que permitiriam concretizá-los. Ou seja, para cada objetivo
estratégico procurou-se identificar os objetivos intermédios, de natureza mais
operacional, que contribuem para a sua realização e que, por sua vez, foram
materializados em linhas de atuação determinadas. Por fim, a cada objetivo
intermédio associam-se ainda, a título exemplificativo, um conjunto de ações-
tipo e apontam-se as entidades com competências nessas matérias.
Este processo foi desenvolvido por interações sucessivas, trabalho este que
envolveu, em particular, o Conselho Municipal de Educação e os órgãos de
gestão dos Agrupamentos Verticais e das Escolas Secundárias.
O resultado final consubstancia, na prática, um vasto programa de atuação
em matéria de Educação que responsabiliza um conjunto alargado de
entidades tratando-se de uma carta de compromisso, não assinada, que
deveria originar posteriormente um programa de ação concreto.
A CEP registou a consciência de que a opção de se alargar substancialmente o
leque de intervenções a inscrever em quadro estratégico, abarcando-se
matérias que extravasam em muito a competência estrita do município, é
polémica e questionável, e, sobretudo, de eficácia incerta. Mas foi este o
desafio assumido face à leitura que se fez da importância do tema, da sua
oportunidade e do papel que pode desempenhar um município como
catalisador de recursos e de vontades em prol de uma cidade melhor.
16
Etapa 3 - Proposta de reordenamento da rede escolar
A última etapa deste processo consistiu no desenvolvimento da proposta de
reordenamento da rede escolar da responsabilidade municipal, jardins de
infância e escolas do 1º ciclo, que constitui uma das componentes obrigatórias.
Conforme percebemos, a construção do diagnóstico estratégico da CEP,2007
reflete os resultados de dois tipos de abordagem complementares: uma de
natureza quantitativa, e uma segunda de natureza qualitativa, resultado da
auscultação e participação da comunidade educativa (in CEP,2007,VolumeII,
cap.V,pag.50).
Assim, a visão dos agentes educativos articulada com a análise quantitativa dos
fenómenos revelou-se fundamental para a definição do quadro estratégico
inscrito na CEP onde estão definidas, tendo por base a identificação das áreas
problemáticas a priorizar, as linhas orientadoras e as propostas de ações
exemplificativas/inovadoras associadas, e identificados os agentes com
responsabilidade nas várias matérias a considerar no desenvolvimento da
educação na cidade do Porto.
De salientar ainda, que a própria construção do diagnóstico assentou numa
metodologia de construção partilhada, sendo que, à medida que iam sendo
produzidos relatórios de análise de informação os agentes educativos iam sendo
confrontados com os resultados de forma a obter o seu feedback em termos de
considerações a tecer.
Deste modo, a identificação dos problemas do sistema educativo da cidade do
Porto e das áreas problemáticas a priorizar, espelha as preocupações de todos
os agentes educativos bem como do Conselho Municipal de Educação
(metodologia CEP,2007 - volume I, cap.II).
17
Assim, tendo por objeto não só a qualificação/valorização do espaço
físico e o seu redimensionamento mas também a ação
educativa/educadora municipal, a Carta Educativa do Porto lançou um
desafio a todos os agentes educativos: Atuarem concertada e
articuladamente em prol de objetivos comuns e segundo linhas de
atuação pré-definidas (volume III, cap.VI, p.1-50).
O desafio foi este!
18
Metodologia
Tendo por objetivo elaborar um relatório de atualização da Carta Educativa do
Porto em 2013, foi constituída uma equipa técnica composta por dois
elementos: 1 da Divisão Municipal de Gestão Escolar e 1 da Divisão Municipal
de Ciência e Conhecimento, supervisionada pelo Departamento Municipal de
Educação.
As etapas do processo cujo cumprimento culminou no produto documental
materializado neste relatório são as que a seguir se identificam:
ETAPA 1 - Definição dos conteúdos a atualizar
Os conteúdos da CEP a atualizar em 2013, apresentados na introdução deste
relatório, foram definidos em sede de reunião pelo Departamento Municipal de
Educação e validados pelo Pelouro do Conhecimento e Coesão Social da Câmara
Municipal do Porto, sendo que, os aspetos que estiveram na base das opções
inerentes à atualização da Carta Educativa em 2013, são os que a seguir se
apresentam:
1. A estratégia de intervenção da Carta Educativa do Porto (CEP) tem na sua
base um diagnóstico local exigente.
2. Apesar da importância da atualização de dados de diagnóstico (avaliando
tendências e mudanças nos domínios demográfico, educativo, urbanístico e
socioeconómico), os condicionalismos temporais cruzados com o fator da
escassez de informação atual disponível nas fontes oficiais desagregada aos
Concelhos, constituem obstáculos importantes à atualização do diagnóstico da
CEP.
19
É de salientar, a este propósito, que após pedidos e contactos efetuados,
resultou o entendimento de que era necessário disponibilidade de tempo
aguardando que o Instituto Nacional de Estatística fosse disponibilizando todos
os dados necessários à atualização do diagnostico da CEP referentes aos censos
2011, pois a informação desagregada aos Concelhos, era ainda insuficiente e o
mesmo aconteceu com a Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência
para os dados necessários à atualização integral do capítulo da CEP, 2007
referente aos sistemas de educação e formação.
3. A fase de revisão em que o PDM se encontrava não facilitava a atualização
de informação da CEP ao nível urbanístico.
4. A estratégia CEP apresenta propostas que vão além da
requalificação/redimensionamento do parque escolar, englobando também a
identificação de um conjunto de ações de âmbito educativo alinhadas aos eixos
da estratégia de Lisboa.
5. As viragens nas estratégias europeias – estratégia de Lisboa, 2000 à qual a
estratégia de intervenção da CEP se encontra perfilada em termos de propostas
de ação educativa que é substituída em 2010 pela atual estratégia (estratégia
"Europa 2020").
Assim, face aos aspetos considerados, definiram-se os seguintes
parâmetros da atualização da CEP em 2013:
Apesar de alguns dos fatores apresentados inviabilizarem uma atualização em
extensão e profundidade da CEP, abrangendo os dois domínios de análise
configurados nos processos de monitorização (diagnóstico(s) e intervenção),
decorridos 6 anos da sua publicação e implementação importa dar continuidade
ao seu processo de monitorização iniciado em 2011, congregando e
sistematizando os dados pertinentes e disponíveis que atualizam por um lado
informação respeitante às intervenções no parque escolar e por outro,
informação atinente à oferta educativa (interna) atualizando dados respeitantes
20
à estratégia de intervenção do volume 3 da CEP; abordar a evolução da ação
educativa da CMP atualizando informação do volume 2 da CEP; informação
relativa aos referenciais, normativos e aspetos concetuais atualizando
informação do volume 1 da CEP.
ETAPA 2 – RECOLHA DE INFORMAÇÃO
Depois de definidos os conteúdos objeto de atualização, inscritos na CEP, que
constituíram a base de partida do trabalho, foram definidas as fontes e criados
os instrumentos de recolha de informação ajustados aos objetivos pré-
definidos.
Assim, foram realizadas reuniões, preenchidas grelhas de informação e
analisados documentos (planos, relatórios globais intermédios – relatórios
trimestrais; relatórios de execução por ação) e foi efetuada pesquisa de
informação em sites oficiais do governo, do ministério da educação, INE, e da
Câmara Municipal do Porto.
ETAPA 3 – SISTEMATIZAÇÃO E ANÁLISE DE INFORMAÇÃO
A recolha e a sistematização de informação foram processos que foram
decorrendo concomitantemente, por uma questão de otimização de tempo,
tendo a análise ficado para uma fase posterior do processo.
A sistematização da informação respeitou uma estrutura pré-definida, de
acordo com o tipo de informação e conteúdos a retratar, o que facilitou a sua
análise subsequente que, procurou sobretudo, realçar aspetos atinentes à
evolução das ações no período 2007-2013.
21
ETAPA 4 – REVISÃO E VALIDAÇÃO DO PRODUTO
Foram produzidos no âmbito da validação dos trabalhos uma grelha operativa,
pontos de situação mensais e apresentado um relatório preliminar para
exposição dos conteúdos estruturados e da lógica de organização da
informação.
22
I - O Território Educativo do Porto de Competência Municipal
A escola desempenha um papel basilar na formação do individuo contribuindo
fortemente para a construção dos seus conhecimentos e competências. A
modernização das escolas e a sua adaptação constante às necessidades da
procura são matéria de relevo dada a importância do espaço escolar, qual
cenário de excelência, onde se ministra conhecimento e se criam dinâmicas de
funcionamento e de inter-relação importantes no sucesso educativo.
A requalificação da rede escolar pública, de competência municipal, do Concelho
do Porto, que visa criar as condições ambientais e físicas fundamentais no
sentido de assegurar a qualidade funcional dos estabelecimentos de ensino,
converge na melhoria da educação pré-escolar e na promoção do sucesso
educativo ao nível do 1º CEB.
Não é demais sublinhar a importância da rede escolar, em termos das suas
condições físicas e funcionais, para a qualidade do sistema educativo. O espaço
da escola, como o demonstram os inquéritos e as entrevistas realizados, é um
dos factores valorizados com vista à criação de um ambiente propício ao ensino
e à aprendizagem. Por outro lado, convirá reter que a requalificação da rede
escolar foi apontada como uma das prioridades de intervenção do Município do
Porto, devidamente assinalada, aliás, na estratégia proposta a nível da CEP. A
melhoria das condições de funcionamento dos Jardins-de-infância e das Escolas
do 1º ciclo passa muito, no que compete à esfera de actuação municipal, pela
reabilitação do parque escolar (CEP, 2007, volume II – cap.VII, p.1).
É portanto útil, neste ponto, perceber os métodos que estiveram na base das
propostas da CEP relativamente à matéria valorização do espaço escolar.
23
A proposta de reordenamento da rede escolar conforme enunciado na
CEP, 2007 - volume I, cap. II, p.9
A proposta de reordenamento da rede escolar da responsabilidade municipal,
jardins-de-infância e escolas do 1º ciclo centrou-se na análise prospetiva da
evolução da procura relativa à educação pré-escolar e ao 1º ciclo de
escolaridade, a curto e médio prazo, isto é, para um período de 4 e 9 anos (in
CEP, 2007, volume III, cap.VII).
Depois de quantificadas e analisadas as componentes da procura escolar
(caracterização da situação existente em 2001, com base na informação dos
Censos, em termos das taxas de escolarização, dos níveis de insucesso escolar,
do grau de atratividade das escolas do Porto sobre a população residente
noutros concelhos, e ainda quanto à expressão que assume a procura do ensino
público na cidade do Porto, isto é, o seu peso relativo), identificaram-se as
carências atuais de salas de aula, por estabelecimento e por Agrupamento, para
que todos os alunos pudessem usufruir de uma escola a tempo inteiro, com
todas as turmas a funcionarem em regime normal, e traçaram-se cenários
quanto à evolução da procura do ensino público para 2010/11 e para 2015/16,
com base num conjunto de premissas sobre cada uma das componentes
referidas. Como resultado final estimaram-se as necessidades futuras de salas
de aula (idem).
Face a estes resultados, à análise das condições físicas e funcionais das escolas,
e às expectativas de desenvolvimento urbanístico da cidade do Porto definiram-
se propostas de intervenção na rede escolar tendo em vista três objetivos
(idem):
� Alargar a cobertura da educação pré-escolar pública;
� Generalizar a regime normal de funcionamento das EB1;
� Melhorar as condições dos JI e das EB1.
24
Estas propostas traduzem-se em intervenções de requalificação e
ampliação de escolas, na definição de novos centros escolares a
implantar nas zonas de crescimento urbanístico que estão em fase
adiantada de estudo e, por fim, na utilização de espaços escolares do
Ministério da Educação que resultem da reestruturação da rede dos 2º e
3º ciclos e do ensino secundário (idem)
A concretização destas propostas de valorização do espaço da escola contribui
fortemente para a criação de um ambiente propício ao ensino e à
aprendizagem, como é preocupação do município do Porto (idem).
25
Componentes da proposta de reordenamento da rede
De salientar a seguinte visão inscrita na CEP, 2007 “Há, contudo, a plena
consciência da necessidade de se vir a dispor de um quadro de referência
a nível metropolitano em matéria de rede escolar, que não resulte da
mera soma das “partes concelhias”, por motivos de racionalização e
otimização dos investimentos a realizar e por razões que se prendem
com a própria realidade deste território. As dinâmicas de funcionamento do
espaço metropolitano, que é uma estrutura territorial cada vez mais complexa e
interdependente, traduzem-se, nomeadamente, na intensificação dos fluxos
diários de estudantes entre concelhos, o que exige uma outra escala espacial de
análise, em termos de rede de equipamentos educativos” (capitulo II, p.9).
26
I.1 – A Requalificação da Rede Escolar
O diagnóstico da CEP indicando os principais constrangimentos e
potencialidades identificados no concelho do Porto em vários domínios (volume
II, cap.V, pag.1-101 e volume I, cap.IV, p.1-25), proporcionou as bases para a
definição de uma ação estratégica para o desenvolvimento dos sistemas de
educação e formação no domínio dos espaços/equipamentos escolares (rede
de equipamentos) do território educativo e no domínio da ação educativa que
se refletem na política educativa municipal.
No domínio dos espaços escolares da rede educativa, a estratégia de
planeamento e programação dos equipamentos escolares de competência
municipal, encontra-se perspetivada no cap.V da CEP, 2007, com base nas
principais características demográficas do município.
A Câmara Municipal do Porto, tem vindo a desenvolver esforços, no sentido da
melhoria das condições da educação e do ensino da rede pública, respondendo
às necessidades da procura, em sintonia com as propostas da CEP e com as
necessidades que surgiram posteriormente.
Assim, neste ponto do relatório de monitorização, importa dar conta dos
resultados das ações levadas a cabo no sentido da requalificação e
beneficiação dos edifícios e espaços escolares, bem como do
redimensionamento/reorganização da rede de equipamentos de educação de
competência municipal, formando e divulgando o retrato da situação presente
da rede escolar do 1º CEB e pré-escolar pública.
27
Em matéria de requalificação, a Carta Educativa do Porto inscreve esta ação,
de competência municipal, em quadro estratégico, da seguinte forma:
OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO
Alinhamento da ação com a estratégia da CEP, 2007 para o desenvolvimento dos
sistemas de educação e de formação - volume III - cap.VI.
Identificação da ação Obras de requalificação
Objetivo estratégico Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de
educação e formação
Objetivo intermedio Requalificar a rede das EB´s
Justificação Estado de conservação das instalações
Requalificação da rede de escolas municipais
OBS Esta ação está inscrita em quadro estratégico (CEP,2007,
volume III, cap.VI), associada às linhas de atuação:
estabelecimento de um plano de intervenção anual.
Integrada no programa escola viva (cap.V, p.111).
Vertente da ação na política municipal de educação
(CEP,2007, volume II, cap.V): Administração dos edifícios escolares
do 1º ciclo do ensino básico, jardins de infância e parques
infantis municipais.
Área de atuação integrada no domínio: Planeamento e Gestão
Escolar (CEP, 2007, volume II, cap.V)
28
Antes de passarmos a dar conta dos resultados e dimensão da ação desde a
publicação da Carta Educativa, importa rever o histórico da ação inscrito na
CEP, que retrata os seus desenvolvimentos ocorridos no período (2004-2006).
Ações de requalificação no âmbito do Programa Escola Viva
(Histórico da ação – período:2004-2006)
Tipo de Intervenções por ano civil Intervenções concluídas em 2004
� Grandes Intervenções (Escolas: Fernão Magalhães, Lagarteiro, Constituição,
Vilarinha, Caramila, Pasteleira, Correios);
� Médias Intervenções (Escolas: Lomba);
�Pequenas Intervenções (Escolas: Bom Pastor, Sé, Lordelo, Fontinha);
�Outras intervenções diversas:
- Medidas de segurança com implementação em todas as 57 escolas de sistemas
centralizados de alarme;
- Instalação de água quente e aquecimento nas 57 escolas;
- Colocação de extintores nas 57 escolas;
- Sinalização das 57 escolas.
� Empreitadas de eliminação de barreiras arquitectónicas com vista à dotação de
acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida (Escolas: Condominhas, Torrinha,
Paulo da Gama, Fonte da Moura, Padre Américo, Viso, Praça da Alegria, Costa Cabral, Agra
do Amial, Montebelo, Flores, Ribeiro de Sousa).
Intervenções concluídas em 2005
� Grandes intervenções (Escolas: Corujeira, Monte Aventino, Fonte da Moura,
Cerco do Porto);
� Pequenas intervenções (Escolas: Covêlo, S. Tomé, Falcão, S. Miguel);
� Elaboração e implementação de Planos de Emergência em 3 agrupamentos verticais.
Estes planos traduzem-se na criação de uma organização e de uma estratégia dentro das
escolas, para que em caso de acidente (incêndios, etc.), haja uma evacuação ordenada;
� Grande intervenção na escola de Nª Srª de Campanhã ;
� Empreitadas de eliminação de barreiras arquitectónicas (Escolas: Falcão, Covêlo).
Intervenções concluídas em 2006
� Grande Intervenção na escola João de Deus;
� Obras de requalificação (Escolas: Alegria, Flores, Fontinha, Sé, Ponte, Cruzes).
� Pequenas intervenções em 17 escolas;
� Elaboração e implementação de Planos de Emergência nos restantes 14
agrupamentos verticais.
Instalação provisória de salas pré-fabricadas para funcionamento das
actividades de enriquecimento curricular (Escolas: Cerco, Costa Cabral, Constituição,
S. João da Foz, Bom Sucesso, S. Roque da Lameira, Ribeiro de Sousa e Torrinha)
Fonte: CEP,2007, volume II, cap.V
Notas: Programa “Escola Viva”- O município, através da empresa municipal Domus Social, assumiu de uma forma
organizada e sistemática a sua competência em matéria de realização de investimentos nos domínios da construção,
apetrechamento e manutenção dos estabelecimentos de educação pré-escolar e das escolas do 1º ciclo do
ensino básico, através da implementação de um programa concebido para o efeito designado por Escola Viva. O
Programa Escola Viva tem como finalidade requalificar as escolas públicas da cidade do Porto sob a alçada
municipal, ou seja, melhorar as condições dos espaços escolares, sob o ponto de vista físico e funcional (CEP,
2007, volume II, cap. V, p.111).
29
Relativamente ao período em análise (2007-2012), em termos de
requalificação do parque escolar e para efeitos de monitorização da Carta
Educativa, interessa desde já reter, em síntese, que foi construído 1 Centro
Escolar e extintas 5 escolas de 1º CEB, 14 edifícios escolares foram objeto
de obras de requalificação, em 8 destas escolas requalificadas foram também
instalados equipamentos de recreio no seu espaço exterior e em 5 edifícios
escolares requalificados, os recreios foram também alvo de
requalificação. Em 14 edifícios escolares, 6 sofreram também obras de
ampliação.
Em termos de obras de beneficiação, 11 escolas foram alvo de operações a
este nível havendo a destacar que em 4 escolas foram criadas salas para
ampliação do Jardim-de-infância (JI); em 3 foi instalado parque infantil e em 2
foi criado JI.
Importa também referir que estão ainda previstas obras de requalificação em 3
escolas neste ano de 2013, a saber, EB Paulo da Gama; EB Fernão Magalhães;
EB Fonte da Moura.
Seguidamente serão apresentados discriminadamente os desenvolvimentos da
ação ocorridos, apresentando por freguesia, as intervenções em matéria de
requalificação e beneficiação dos edifícios e espaços escolares efetuadas na
rede pública pré-escolar e 1º CEB desde 2007, bem como, as novas construções
e extinções.
Assim, nos últimos 5 anos foram realizadas as seguintes intervenções no
edificado e espaços escolares com vista à sua valorização e qualificação física e
funcional tendo em conta as recomendações da Carta Educativa nesta matéria e
Dimensão/resultados da ação
Descritivo de operações executadas no período 2007-2012
30
com vista à adequação dos espaços à procura resultado quer das dinâmicas
demográficas quer dos novos reordenamentos escolares1.
Foi construído em 2010, um equipamento escolar de raiz, equiparado a
um Centro Escolar - EB das Antas (com JI integrado), localizado na
freguesia de Campanhã e pertencente ao agrupamento de escolas
António Nobre.
O Centro Escolar das Antas teve um investimento na ordem dos 2
milhões de euros.
O Centro Escolar das Antas, construído na denominada zona habitacional das
Antas, responde agora às necessidades identificadas nos estudos realizados no
âmbito do reordenamento escolar constantes na Carta Educativa do Porto.
Este novo equipamento permite não só responder adequada e eficazmente em
termos de oferta educativa ao nível da educação pré-escolar bem assim o
descongestionamento da EB1 de Montebello permitido a passagem do seu
regime de horário para regime normal. Desta forma se potenciará o conceito de
“ Escola a Tempo Inteiro” corporizado no Programa Municipal de Enriquecimento
Curricular “ Porto de Atividades” aumentando a sua taxa de cobertura ao nível
concelhio.
Importa ainda referir que a conceção deste Centro Escolar está imbuído, na sua
essência, de forte carácter inovador quando propõe espaços de uso coletivo
como Gabinete Médico, Sala Polivalente, Biblioteca, Sala de Informática, Sala
de Professores, Gabinete de Atendimento a Pais, Cantina e Refeitório, Sala de
Pessoal não docente e recreio escolar coberto que fomentando a partilha e bem
estar de todos que dele farão uso. A preocupação é conceber um espaço novo,
1 Ver quadros do anexo 1
31
de recorte inovador e que facilite a atividade letiva, extra curricular bem como o
envolvimento de toda a comunidade educativa.
A sua centralidade favorecida por uma boa rede de acessibilidades, aliada a
fatores tão importantes como corpo docente estável, projetos educativos
inovadores fará deste equipamento um Centro Escolar de referência. De referir,
que todo este processo foi devidamente trabalhado e participado com toda a
comunidade educativa sobretudo no que concerne à aplicação de materiais e
técnicas ao nível da construção que permitam dotar o Centro Escolar de
melhores condições de conforto de ensino/aprendizagem.
CENTRO ESCOLAR DAS ANTAS
32
É também de destacar, a grande intervenção de requalificação com
construção associada para efeitos de ampliação (Construção com
aproveitamento do edifício pré-existente) realizada em 2011, na EB de S.
Miguel de Nevogilde com JI integrado pertencente ao agrupamento
Garcia de Orta, freguesia de Aldoar. Esta grande intervenção englobou
não só o edifício mas também o recreio.
A intervenção na EB de S. Miguel de Nevogilde teve um investimento na
ordem dos 3 milhões de euros.
EB DE S. MIGUEL DE NEVOGILDE
33
Para além da construção de raiz mencionada e da grande requalificação
efetuada com construção associada, vejamos como se distribuem as
obras de requalificação nas 14 escolas que foram alvo deste tipo de
intervenção, por ano.
Em 2007, foram alvo de requalificação a EB/JI do Falcão, a EB/JI do
Covelo, e a EB/JI da Torrinha, nas freguesias de Campanhã, Paranhos e
Cedofeita, respetivamente, tendo nestas duas últimas escolas, sido também
instalados equipamentos de recreio.
Em 2008, foram contempladas a EB/JI Campo 24 de Agosto e EB/JI
Viso, nas freguesias do Bonfim e Ramalde respetivamente.
Em 2009, foram requalificadas a EB/JI de S. Tomé, a EB do Bom
Sucesso e a EB/JI de Lordelo (Freguesias de Paranhos, Cedofeita e Lordelo
do Ouro, respetivamente).
Em 2010, nas freguesias de Campanhã e de Ramalde, foram requalificadas
a EB/JI da Noeda e a EB/JI dos Castelos.
A EB da Noeda para além de requalificada, foi também ampliada e alvo de
colocação de equipamentos de recreio. Na EB dos Castelos para além de
requalificada foi também efetuada colocação de equipamentos de recreio.
Em 2011, foram objeto de requalificação a EB/JI Miosótis e a EB Costa
Cabral ambas na freguesia de Paranhos.
A EB/JI Miosótis para além de requalificada foi ampliada tendo sido o recreio
também alvo de requalificação.
Na EB Costa Cabral foi também requalificado o recreio para além do edificado e
em 2012, esta escola, sofreu também ampliação para incorporação do JI que
agora a integra.
34
Em 2012, foram alvo de requalificação a EB Bom Pastor (JI integrado) e a EB
Campinas (JI integrado)+(unidade especial) nas freguesias de Paranhos e
Ramalde respetivamente.
Na EB Bom Pastor para além do edifício também foi requalificado o recreio, tal
como na EB Campinas, sendo que, esta também foi alvo de ampliação.
O investimento de obra realizado em construções e requalificações no período
de 4 anos (de 2007 a 2011), tendo em conta os dados disponíveis, esteve na
ordem dos 12 milhões de euros2.
Em matéria de valorização e qualificação dos espaços escolares, as escolas, vão
também sendo alvo de beneficiações para promoção de melhorias no seu
funcionamento. Nesta matéria, que também importa dar a conhecer neste
capítulo, foram realizadas de 2007 a 2012 beneficiações3 em 11 escolas (JI
Barbosa du Bocage; EB S. João de Deus (JI integrado); EB Campinas (JI
integrado); EB Bandeirinha (JI integrado); EB Monte Belo (JI integrado); EB
Fernão Magalhães (JI integrado); EB Paulo da Gama (JI integrado); EB Fontinha
(JI integrado); EB Fonte da Moura (JI integrado); EB Augusto Lessa (JI
integrado); EB António Aroso (JI integrado) – ver especificações destes
melhoramentos em anexo 1 – quadro 3.
2 Em próximo relatório de monitorização será possível apresentar os investimentos a partir de 2011
em obras de requalificação bem como as obras por escola realizadas a partir de 2012.
3 A Câmara Municipal do Portal efetua desde 2008 a gestão de pedidos de pequenas e médias intervenções no parque escolar através de uma plataforma eletrónica, designada de Portal Extranet. Este aplicativo de gestão autárquica veio melhorar substancialmente a comunicação entre os vários intervenientes e otimizar custos de funcionamento. Assim, a empresa municipal Domus social assegura a gestão das intervenções e manutenções no parque escolar em plataforma
dinâmica de conexão entre os vários intervenientes.
35
Relativamente aos recreios, conforme já mencionado, a Câmara Municipal
do Porto tem vindo a proceder à sua requalificação à medida que as escolas
vão sendo objeto de requalificação, sendo de salientar que a CMP
reconhecendo a importância do espaço do recreio, matéria também relevada
na CEP e referenciada enquanto objeto das propostas estratégicas, já tem
planeadas as intervenções de requalificação dos recreios escolares
ainda não requalificados de modo a que estes espaços privilegiados de
atividade física e social cumpram da forma mais otimizada possível os
objetivos associados à sua apropriação e utilização.
A este respeito, Marques, Neto, Angulo, & Pereira (2001)4 defendem que no
contexto da escola, o recreio escolar é reconhecidamente um tempo e um
espaço importante no âmbito da promoção de atividade física em crianças.
Segundo Mota et al (2005)5, o espaço de recreio tem sido referido por
entidades na área da saúde pública como um contexto importante para a
promoção da atividade física bem como uma oportunidade para acumular
atividade física ao longo do dia com importantes benefícios para a saúde.
Wechsler et al (2000)6 salienta ainda, que a apropriação do recreio escolar,
espaço de atividade física não estruturada e jogos, integrada no horário escolar
é uma oportunidade de atividade física para as crianças à qual estão
associados acrescidos benefícios sociais e cognitivos.
Também Telama (1998)7 refere que a manutenção de níveis adequados de
atividade física em idade escolar, por um lado, promove o crescimento e
4 Marques, A. R., Neto, c., Angulo, J. c., & Pereira, B. O. (2001). Um olhar sobre o recreio, espaço de jogo,
aprendizagem e alegria mas também de conflito e medo. Paper presented at the Indiscipline et Violence à L'Ecole, Lis. Universidade de Lisboa. 5 Mota, J., Silva, P., Santos, M. P., Ribeiro, J. c., Oliveira, J.,& Duarte, J. A. (2005). Physical activity and school
recreation time: differences between the sexes and the relationship between children's playground physical activity:habitual physical activity. J Sports Sci, 23(3), 269-275. 6 Wechsler, H., Devereaux, A., Davis, M., & Collins, J. (2000). Using the school to promote physical activity and heathy
eating. Prev Med, 31, 121-137. 7 Telama, R (1998). A saúde e o estilo de vida activo nos jovens. ln Omniserviços (Ed.), A Educação para O papel da
Educação Física na Promoção de Estilos de Vida Saudáveis (pp. 77-89).
36
desenvolvimento saudável e normal, e por outro lado propicia a criação de
hábitos de atividade física que se irão prolongar ao longo da vida.
Interessa ainda salientar que a requalificação das escolas permitiu dar
continuidade à ação inerente ao programa de bibliotecas escolares (PRBE).
O PRBE foi lançado em 1996, pelos ministérios da Educação e da Cultura. Tem
como objetivo instalar e desenvolver bibliotecas em escolas públicas de todos
os níveis de ensino. A construção da rede processa-se por candidatura, sendo
selecionadas as escolas que apresentam as condições necessárias
à instalação da biblioteca.
O município do Porto aderiu a este programa, desde logo, tendo as primeiras
escolas sido integradas na rede de bibliotecas escolares (RBE) em 1998, sendo
que, até 2012 foram integradas na RBE, um total de 33 escolas do 1º CEB.
A RBE foi alvo de um importante reforço associado à requalificação da rede
escolar no período (2007-2012) tendo sido integradas desde 2007, neste
processo articulado, 6 bibliotecas na rede escolar possibilitando que 33 escolas
estejam integradas na RBE.
Em 2009, foram integradas e equipadas 3 bibliotecas na rede escolar em
escolas inseridas em 3 agrupamentos, na EB da Corujeira (AE do Cerco); na
EB Agra (AE Pêro Vaz de Caminha) e EB Caramila (AE Fontes Pereira de Melo).
Em 2010, foi contemplada com biblioteca a EB do Conservatório de Musica do
Porto.
Em 2011, foi integrada biblioteca escolar na EB das Antas pertencente ao AE
do Cerco e em 2012 o AE Pêro Vaz de Caminha foi novamente contemplado
com a integração de mais 1 biblioteca desta vez na EB Miosótis.
37
Tendo sido apresentada informação referente às intervenções executadas desde
2007, com vista à requalificação e beneficiação das escolas públicas (pré-
escolar e 1º CEB) do Porto no sentido da valorização e qualificação do espaço
escolar, importa expor os desenvolvimentos em matéria de reordenamento da
rede, apresentando a reconfiguração atual do território educativo bem como
conhecer a sua evolução.
I.2 – O Reordenamento da Rede Escolar
O Território Educativo do Porto encontra-se atualmente reconfigurado por força
do reordenamento da rede escolar consagrada num articulado regulamentar -
Resolução do Conselho de Ministros n.º 44/2010, de 1 de Junho; Portaria n.º
1181/2010, de 16 de Novembro; Despacho n.º 4463/2011, de 11 de Março.
Estes processos de reorganização implicaram a alteração da composição da
rede escolar por agrupamento e das suas áreas de influência que importa
retratar neste ponto de monitorização da CEP.
38
I.2.1 – Reconfiguração da Rede Escolar
A rede escolar sofreu desde a publicação da CEP em 2007, 2 processos de
reordenamento tendo o ultimo iniciado em 2011, conforme já mencionado.
Na sequência da reorganização da rede dos estabelecimentos educativos
resultaram em alguns casos, a constituição de agrupamentos de escolas que
integram 1 escola secundária e 1 ou mais agrupamentos de escolas.
Importa ainda salientar que houve situações de agrupamentos de escolas e
escolas secundárias que mantiveram a sua organização administrativa, ou seja,
não agruparam.
Neste ponto, retrata-se a composição atual dos agrupamentos, resultado do
recente reordenamento, apresentando informação concernente ao resultado das
agregações e revelando também os agrupamentos que não agregaram neste
processo.
Para ter uma ideia da evolução da rede de escolas (1º CEB e JI), que
compunham em 2007 a rede escolar, e as escolas que a compõem atualmente,
são apresentados, em anexo, quadros com a identificação das escolas que
integravam a rede em 2007 e com as escolas que integram a rede atualmente
(ver anexo 2).
Essa informação constitui uma base para um futuro trabalho de análise a esse
nível, útil em termos de histórico.
Dando continuidade a este trabalho de atualização de informação da rede
escolar do Porto também seria útil a próxima etapa de monitorização incidir
sobre a atualização física e funcional das atuais escolas da rede de competência
municipal agora reconfigurada e redimensionada (e requalificada).
39
Vejamos então quais as transformações ocorridas nos agrupamentos de escolas
do Porto em matéria de reordenamento, apresentando nominalmente os
resultados da sua nova configuração.
O atual agrupamento de escolas Alexandre Herculano resultou da
agregação desta escola secundária com os agrupamentos de escolas
Ramalho Ortigão e Pires de Lima, que integravam 3º, 2º e 1º ciclo e pré-
escolar. É composto por 1 escola secundária, 3 escolas de 3º ciclo, 2 de 2º ciclo
e 6 escolas de 1º ciclo (todas com pré-escolar integrado).
O atual agrupamento de escolas António Nobre resultou da agregação
desta escola secundária com o agrupamento de escolas das Antas e Areosa
que integravam 3º, 2º e 1º ciclo e pré-escola. É composto por 2 escolas
secundárias, 3 escolas de 3º ciclo, 2 de 2º ciclo e 4 escolas de 1º ciclo (todas
com pré-escolar integrado).
O atual agrupamento de escolas Aurélia de Sousa resultou da agregação
desta escola secundária com o agrupamento de escolas de Augusto Gil, que
integrava 3º, 2º e 1º ciclo. Atualmente é composto por 1 escola secundária,
2 de 3º e 2º ciclo e 4 de 1º ciclo (2 com JI integrado). Integra também 1 JI em
edifício próprio.
O atual agrupamento de escolas do Cerco mantém a sua denominação
anterior sendo a sua composição atual resultado da agregação da escola
secundária do Cerco com o agrupamento anterior de escolas do Cerco
que integravam e integram escolas de 3º, 2º e 1º ciclo. Atualmente é composto
por 1 escola secundária, 1 de 2º e 3º ciclo e 6 escolas de 1º ciclo (todas com JI
integrado). Integra também 1 JI de gestão partilhada.
40
O agrupamento de escolas Pêro Vaz de Caminha apenas alterou a sua
denominação sendo anteriormente designado de Agrupamento do Amial
contudo, mantém-se inalterado na sua composição (1 escola de 2º e 3º ciclo) e
4 de 1º ciclo (3 com JI integrado).
O agrupamento de escolas do Viso mantém a sua denominação e da sua
composição consta 1 escola de 2º e 3º ciclo, 3 escolas de 1º CEB (todas com JI
integrado) e 1 JI de gestão partilhada.
O atual agrupamento de escolas Fontes Pereira de Melo resultou da
agregação desta escola secundária também de 3º CEB com o agrupamento de
escolas Maria Lamas com 3º e 2º CEB e 3 escolas de 1º CEB (todas com JI
integrado).
O agrupamento de escolas Eugénio de Andrade mantém a sua
denominação e a mesma composição integrando 1 escola de 2º e 3º ciclo e 3
escolas de 1º ciclo (Todas com JI integrado).
O atual agrupamento de escolas Garcia de Orta resultou da agregação
desta escola secundária também de 3º CEB com o agrupamento de escolas
Francisco Torrinha com 3º e 2º CEB e 3 escolas de 1º CEB (2 com JI
integrado).
O atual agrupamento de escolas Infante D. Henrique resultou da
agregação desta escola secundária também de 3º CEB com o agrupamento
de escolas Gomes Teixeira com 3º e 2º CEB e 1 escola de 1º CEB (com JI
integrado em edifício próprio).
O atual agrupamento de escolas Carolina Michaelis resultou da agregação
desta escola secundária também de 3º CEB com o agrupamento de escolas
Irene Lisboa com 3º e 2º CEB e 3 escolas de 1º CEB (todas com JI integrado),
sendo de salientar que 2 escolas de 1º CEB funcionam no mesmo edifício.
41
O agrupamento de escolas Leonardo Coimbra (Filho) mantém a sua
denominação e a mesma composição integrando 1 escola de 2º e 3º ciclo e 3
escolas de 1º ciclo (todas com JI integrado).
O agrupamento de escolas Manoel de Oliveira mantém a sua denominação
e na sua composição integra 1 escola de 2º e 3º CEB e 4 escolas de 1º CEB (3
com JI integrado). Uma das suas escolas foi extinta (EB1 S. Martinho de
Aldoar).
O agrupamento de escolas Clara de Resende mantém a sua denominação e
a mesma composição integrando 1 escola secundária também com 2º e 3º CEB
e 1 escola de 1º CEB.
O atual agrupamento de escolas Rodrigues de Freitas resultou da
agregação desta escola secundária também de 3º CEB com o agrupamento de
escolas de Miragaia com 3º e 2º CEB e 4 escolas de 1º CEB (2 com JI
integrado). Integra também mais 1 JI de gestão partilhada.
Por fim, é de assinalar que neste processo de reordenamento último, as escolas
TEIP tinham a prerrogativa de não agregar durante o período de vigência do
projeto TEIP.
Assim foi o caso do agrupamento de escolas (AE) do Viso; AE do Amial; AE
Leonardo Coimbra, filho e AE Manoel de Oliveira.
Outros houve que sendo TEIP agregaram (ex - agrupamento da Areosa; ex -
agrupamento Ramalho Ortigão).
O AE do Cerco é TEIP mas agregou dentro do seu próprio Agrupamento inicial
mantendo a mesma freguesia na sua área de influência.
Terminada esta análise, importa agora perceber como cada um dos
agrupamentos se encontram circunscritos em termos de localização geográfica,
tendo em conta o grupo de escolas que o integram – matéria abordada no
ponto seguinte.
42
I.2.2 – Áreas de Influência
Outra componente importante inerente a estes processos diz respeito às
transformações que ocorrem em termos das áreas de influência dos
agrupamentos, cuja recomposição pode originar alterações em termos de
abrangência ou influência territorial inerente à localização das várias escolas
que cada novo agrupamento congrega por freguesia.
Esta análise descritiva foi efetuada tendo como ponto de partida a realidade da
rede escolar em 2007, ou seja, os agrupamentos iniciais referenciados na CEP e
como ponto de chegada os atuais agrupamentos de escolas (AE).
O AE Clara de Resende não sofreu alterações em relação à sua área de
influência mantendo a abrangência na freguesia de Ramalde.
O AE das Antas e o AE da Areosa extinguiram-se dando lugar a novo
agrupamento: AE António Nobre que passa a abranger as áreas
administrativas respeitantes às freguesias dos agrupamentos iniciais, agora
agregados: Campanhã e Paranhos.
O AE de Augusto Gil reconfigurou-se dando lugar ao AE Aurélia de Sousa,
que abrange as áreas administrativas respeitantes às freguesias do
agrupamento inicial que integra: Bonfim e Santo Ildefonso.
O AE de Miragaia reconfigurou-se ao agregar com o Agrupamento
Rodrigues de Freitas (agrupamento que surgiu depois da publicação da CEP,
2007), fazendo surgir um novo agrupamento, designado AE Rodrigues de
Freitas que abrange uma área administrativa composta pela freguesia do
anterior agrupamento de Miragaia mais 3 freguesias, integrando no total as
freguesias de Miragaia, de Cedofeita, S. Nicolau e Vitória.
43
O AE do Amial (agora designado Agrupamento Pêro Vaz de Caminha)
não sofreu alterações em relação à sua área de influência mantendo a
abrangência na freguesia de Paranhos.
O AE do Cerco permaneceu inalterado quanto à sua área de influência
continuando a abranger a freguesia de Campanhã, apesar de ter associado
uma escola secundária.
O AE do Viso não sofreu alterações em relação à sua área de influência
mantendo a abrangência na freguesia de Ramalde.
O AE Eugénio de Andrade não sofreu alterações em relação à sua área de
influência mantendo a abrangência na freguesia de Paranhos.
O AE Francisco Torrinha reconfigurou-se dando lugar ao novo agrupamento,
designado AE Garcia de Orta que passa a abranger as áreas administrativas
respeitantes às freguesias do anterior agrupamento mais uma, integrando as
freguesias de Foz do Douro, Nevogilde e Aldoar.
O AE Gomes Teixeira reconfigurou-se emergindo no seu lugar o AE Infante
D. Henrique, cuja área de influência ficou confinada à freguesia de
Massarelos, deixando de integrar as outras duas freguesias do anterior
agrupamento: freguesia da Vitória e freguesia de Cedofeita.
O AE Irene Lisboa reconfigurou-se dando lugar ao AE Carolina Michaelis,
abrangendo a mesma área administrativa do anterior agrupamento: freguesias
de Cedofeita e de Paranhos.
O AE Leonardo Coimbra filho não sofreu alterações em relação à sua área de
influência mantendo a abrangência na freguesia de Lordelo do Ouro.
44
O AE Manoel de Oliveira não sofreu alterações em relação à sua área de
influência mantendo a abrangência na freguesia de Aldoar.
O AE Maria Lamas reconfigurou-se emergindo o AE Fontes Pereira de Melo
que mantém a área de influência respeitante ao anterior agrupamento
integrando as freguesias de Ramalde e Paranhos.
O AE Pires de Lima e o AE Ramalho Ortigão reconfiguraram-se dando lugar
ao AE Alexandre Herculano passando este a abranger as freguesias relativas
aos anteriores agrupamentos (Bonfim, Sé e Campanhã).
Em suma, quanto às áreas de influência dos atuais 15 agrupamentos escolares
do Concelho do Porto, 12 permaneceram inalterados, mantendo a sua situação
inicial, 2 alargaram a sua área de influência e 1 reduziu. A freguesia de
Paranhos é a que congrega mais agrupamentos de escolas na sua área, seguida
das freguesias de Ramalde e Campanhã (ver quadro 1).
O agrupamento que integra maior nº de freguesias na sua área de influência é
o AE Rodrigues de Freitas, abrangendo 4 freguesias seguido dos AE Garcia
de Orta e Alexandre Herculano abrangendo cada um destes agrupamentos
na sua área de influência, 3 freguesias.
Nos restantes agrupamentos, 8 integram na sua área de influência 1 freguesia
(AE do Cerco; AE do Amial; AE do Viso; AE Eugénio de Andrade; AE Infante D.
Henrique; AE Leonardo Coimbra, filho; AE Manoel de Oliveira; AE Clara de
Resende) e 4 integram 2 freguesias (AE Carolina Micaelis; AE Fontes Pereira de
Melo; AE Amélia de Sousa; AE António Nobre).
45
Quadro 1 – Evolução das áreas de influência dos agrupamentos (2007-2013)
Agrupamentos em 2007
Agrupamentos em 2013
Áreas de Influencia
Freguesias
Clara de Resende Mantém-se Sem alteração
Ramalde
Pêro Vaz de Caminha (Amial)
Mantém-se Sem alteração
Paranhos
Cerco Mantém-se Sem alteração
Campanhã
Viso Mantém-se Sem alteração
Ramalde
Eugénio de Andrade Mantém-se Sem alteração
Paranhos
Leonardo Coimbra, filho Mantém-se Sem alteração
Lordelo do Ouro
Manoel de Oliveira Mantém-se Sem alteração
Aldoar
Antas Ag. António Nobre Sem alteração Campanhã
Areosa
Paranhos
Augusto Gil Ag. Aurélia de Sousa Sem alteração Bonfim; Santo Ildefonso
Miragaia Ag. Rodrigues de Freitas Alargou a área de
influencia a mais 3 freguesias
Miragaia + Cedofeita;
S. Nicolau; Vitória
Francisco Torrinha Ag. Garcia de Orta Alargou a área de influência a mais
1freguesia
Foz do Douro; Nevogilde +Aldoar
Gomes Teixeira Ag. Infante D. Henrique Reduziu de 3 para 1 freguesia deixando de
integrar Vitória e Cedofeita
Massarelos
Irene Lisboa Ag. Carolina Micaelis Sem alteração Cedofeita; Paranhos
Maria Lamas Ag. Fontes Pereira de Melo
Sem alteração Ramalde; Paranhos
Pires de Lima Ag. Alexandre Herculano Sem alteração Bonfim; Sé
Ramalho Ortigão Campanhã
46
De salientar que a reconfiguração do território educativo do Porto ao nível de
áreas de influência, está sujeita a novas transformações, pois além dos
reordenamentos escolares cuja configuração foi retratada acima, está previsto
um novo reordenamento do território em termos da organização administrativa
do Concelho por freguesias, o que implicará outras transformações quando o
regulamentado for levado à prática, passando o Porto a integrar 7 freguesias
em vez de 15. (lei nº 11-A/2013 de 28 de janeiro e lei nº 22/2012, de 30 de
maio).
Esta reorganização administrativa do território resultará na agregação das
freguesias de Foz do Douro e Nevogilde na freguesia de Aldoar; Santo Ildefonso,
Sé, Miragaia, S. Nicolau e Vitória agregarão a Cedofeita e Massarelos agregará
com Lordelo do Ouro.
Bonfim, Campanhã, Paranhos e Ramalde manterão a mesma organização.
Esquema síntese das agregações
Freguesias antes da agregação
Freguesias pós agregação
Aldoar
Aldoar Foz do Douro
Nevogilde
Cedofeita
Cedofeita
Santo Ildefonso
Sé
Miragaia
São Nicolau
Vitória
Lordelo do Ouro Lordelo do Ouro
Massarelos
Bonfim Bonfim
Campanhã Campanhã
Paranhos Paranhos
Ramalde Ramalde
Fonte: lei nº 11-A/2013 de 28 de janeiro
47
Após esta abordagem aos resultados dos processos de requalificação e
reordenamento da rede escolar de competência municipal, neste capítulo sobre
o território educativo do Porto de competência municipal, apresenta-se também
uma análise relativa aos resultados da adequação da oferta às necessidades da
procura escolar - vertente também associada a estes processos, que resultaram
nas alterações de nível quantitativo que se descrevem no ponto seguinte.
I.3 – Dimensão da Oferta e da Procura na Rede Escolar
Após a apresentação daquilo que tem sido a ação da CMP em matéria de
requalificação e reordenamento da rede escolar é útil divulgar a informação que
dimensiona a oferta e a procura atual no território educativo do Porto de
competência municipal. Oferta em termos de espaços disponíveis (escolas e
salas) e em termos de recursos humanos coordenados e geridos pela autarquia
e procura em termos de número de crianças abrangidas.
Vejamos desde logo, qual a dimensão da rede escolar em termos do nº de
estabelecimentos por agrupamento:
48
Quadro 2 – Distribuição dos agrupamentos segundo o nº de escolas de 1º CEB e jardins de
infância
Agrupamentos Escolas 1º CEB Escolas 1º CEB
com JI
JI não integrados
em EB
Nº Nº Nº
AE Alexandre Herculano 6 6 0 AE Pêro Vaz de Caminha
Amial
4 3 0 AE António Nobre 4 4 0 AE Aurélia de Sousa 4 2 1 AE Carolina Micaelis 3 3 0 AE Cerco 6 6 1 AE Clara de Resende 1 0 0 AE Leonardo Coimbra
(Filho)
3 3 0 AE Eugénio de Andrade 3 3 0 AE Fontes Pereira de Melo 3 3 0 AE Garcia de Orta 3 2 0 AE Infante D. Henrique 1 0 1 AE Manoel de Oliveira 4 3 0 AE Rodrigues de Freitas 4 2 1 AE Viso 3 3 1
Total 52 43 5 Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar/agrupamentos de escolas. Informação recolhida e
sistematizada em março 2013
Os dados apresentados nas tabelas seguintes espelham um trabalho de
ajustamento na relação espaços-alunos (oferta-procura) desde logo
representada pela inexistência de carências de salas de aula em 13 dos 15
agrupamentos de escolas, verificando-se no entanto, ainda nos agrupamentos
Clara de Resende e Cerco um total de 13 salas a disponibilizar (quadro 3).
Interessa relembrar, nesta matéria, que em 2007, no conjunto de
agrupamentos verticais de escolas (17), haviam sido identificados um total de
90 carências de salas de aula.
49
Quadro 3 - Identificação de carências de salas na rede escolar de competência municipal
-1º CEB (ano letivo 2012/2013)
Agrupamento de Escolas Carências Sala de aulas
Denominação da Escola
Clara de Resende
EB João de Deus 8
Cerco
EB Corujeira 3
EB Falcão 1
EB S. Roque da Lameira 1
Total 13
Fonte: agrupamentos de escolas (atualização 18/9/2012). Informação sistematizada em
março 2013
Estes dados refletem os resultados do trabalho de requalificação, ampliação,
melhoramentos e reorganização da rede escolar com vista a adequar a oferta à
procura com respostas de qualidade.
A oferta do município ao nível do 1º CEB que totaliza 15 agrupamentos de
escolas e 52 estabelecimentos escolares integra nesta sua composição
distribuída pelo território do Porto, 405 salas de aula servindo um total de 7376
alunos (quadro 4)8
8 Ver também dados desagregados por escola no anexo 3 - quadro 1
50
Quadro 4 – distribuição de alunos, salas e turmas por agrupamento no ano letivo 2012/2013
Fonte: agrupamentos de escolas (atualização:18-09-2012). Informação agregada e sistematizada em
março 2013
Agrupamento de Escolas
Total de salas Total de
alunos EB
Alunos Alunos Alunos Alunos Total de Turmas
EB1 Turmas
EB1 Carências
de aula
EB1 1. Ano 2 Ano 3. Ano 4. Ano Turmas
EB1 Reg.
Normal Reg
Duplo Sala de aulas
António Nobre 34 509 116 152 107 134 21 21 0 0
Aurélia de Sousa 26 492 116 118 136 122 21 21 0 0
Pêro Vaz de Caminha 21 376 95 101 79 101 19 19 0 0
Clara de Resende 8 399 104 98 101 96 16 0 16 8
Cerco 38 758 185 180 210 183 40 31 9 5
Alexandre Herculano 51 740 136 215 179 210 37 37 0 0
Dr. Leonardo Coimbra Filho 18 235 49 80 47 59 13 13 0 0
Eugénio de Andrade 31 577 141 136 145 155 29 29 0 0
Garcia da Orta 34 697 191 206 136 164 30 30 0 0
Infante D. Henrique 14 258 63 60 65 70 12 12 0 0
Carolina Michaelis 21 387 76 89 109 113 18 18 0 0
Manoel de Oliveira 29 544 132 146 142 124 27 27 0 0
Fontes Pereira de Melo 19 300 74 90 69 67 14 14 0 0
Rodrigues de Freitas 34 649 169 157 166 157 30 30 0 0
Viso 23 363 97 96 81 89 18 18 0 0
Conservatório de Música do Porto 4 92 22 22 23 25 4 4 ---- ----
Totais 405 7376 1766 1946 1795 1869 349 324 25 13
51
Em termos de oferta e procura ao nível do pré-escolar, estão em funcionamento
nos 15 agrupamentos compostos por 47 Jardins de Infância, 104 salas de
atividades abrangendo 2249 crianças entre os 3-5 anos de idade, sendo que
1969 destas crianças almoçam na escola e 1056 têm prolongamento de horário
(ver quadro 5)9
As atividades de prolongamento que decorrem a partir das 15:30, são
realizadas em espaços diversos dos estabelecimentos de ensino (salas de
atividades, polivalentes, bibliotecas, recreios…), sendo de salientar que em
algumas escolas existem salas específicas para o horário de prolongamento
tendo sido contabilizadas no conjunto das escolas 71 salas para esse efeito.
Em termos de recursos humanos o município disponibiliza 156 Assistentes (66
Assistentes técnicas e 90 Assistentes operacionais) que auxiliam as Educadoras
de Infância na apropriação destes espaços por parte das crianças no
cumprimento dos objetivos da educação pré-escolar durante a componente
letiva e acompanham e dinamizam a componente de apoio à família e os
tempos de prolongamento no sentido do reforço da educação pré-escolar (um
dos eixos prioritários do município do Porto) - ver quadro 610.
9 Dados desagregados por escola (nível pré-escolar) no anexo 3 – quadro 2
10 Dados desagregados por escola no anexo 3 – quadro 3
52
Quadro 5 - Distribuição dos alunos do pré-escolar por agrupamento no ano letivo
2012/2013
Agrupamento de Escolas Total de alunos
Alunos c_almoço
Alunos c/ prolongamento
António Nobre 199 175 73
Aurélia de Sousa 222 218 92
Pêro Vaz de Caminha 140 101 83
Clara de Resende 0 0 0
Cerco 264 233 38
Alexandre Herculano 218 150 105
Dr. Leonardo Coimbra Filho 100 85 19
Eugénio de Andrade 125 114 97
Garcia da Orta 217 191 134
Infante D. Henrique 79 79 55
Carolina Michaelis 140 119 62
Manoel de Oliveira 118 112 80
Fontes Pereira de Melo 105 87 42
Rodrigues de Freitas 119 117 97
Viso 203 188 79
Total 2249 1969 1056
Fonte: agrupamentos de escolas (atualização:18-09-2012). Informação agregada e sistematizada
em março 2013
Quadro 6 - Distribuição da oferta municipal (salas e recursos humanos) na rede
pré-escolar, por agrupamento no ano letivo 2012/2013
Agrupamento de Escolas
Total de salas atividades
salas de prolongamento
Total assistentes
tecnicas
Total Assistentes
Operacionais
António Nobre 8 5 8 7
Aurélia de Sousa 11 7 5 9
Pêro Vaz de Caminha 7 4 5 6
Clara de Resende 0 0
Cerco 12 7 7 8
Alexandre Herculano 10 8 7 11
Dr. Leonardo Coimbra Filho 5 3 3 6
Eugénio de Andrade 6 5 5 6
Garcia da Orta 10 7 3 9
Infante D. Henrique 4 3 3 3
Carolina Michaelis 6 3 3 5
Manoel de Oliveira 5 5 4 4
Fontes Pereira de Melo 5 4 6 5
Rodrigues de Freitas 6 5 3 3
Viso 9 5 4 8
Total
104 71 66 90
Fonte: agrupamentos de escolas (atualização:18-09-2012). Informação agregada e sistematizada
em março 2013
53
Os dados que retratam a evolução da oferta e da procura no território
educativo do Porto de competência municipal entre 2007-2013 são de uma
forma global, os seguintes:
Em 2007, a rede escolar era constituída por um total de 17 agrupamentos, 57
escolas de 1º ciclo (37 com JI integrado e 20 sem JI integrado) e 14 jardins de
infância (JI) de gestão partilhada (CMP e Juntas de freguesia), 370 salas de
aula e 448 turmas no 1º ciclo do ensino básico e 99 salas de atividades no
ensino pré-escolar respondendo a um total de 9.111 alunos no 1º ciclo do
ensino básico e a 2.038 crianças do pré-escolar.
Em 2013, a rede escolar integra até ao momento, as mesmas 15 freguesias
(prevendo-se que diminuam para 7), é composta por 15 agrupamentos de
escolas, 48 jardins de infância (43 inseridos em estabelecimentos do 1.º CEB
e 5 em edifícios autónomos), 52 estabelecimentos do 1.º CEB e 1 escola do
ensino artístico especializado (Conservatório de música do Porto) dando
resposta a um total de 9.625 crianças (7376 alunos do 1.º CEB e 2249 do pré-
escolar). Em relação aos JI´s de gestão partilhada mantêm-se 3, a saber, o JI
Falcão, o JI Ferreira de Castro e o JI da Vitória, os restantes foram integrados
nas EB do respetivo agrupamento.
É de referenciar ainda, que a Divisão Municipal de Gestão Escolar encontra-se
no momento a encetar mais uma etapa de análise das necessidades da procura
escolar no sentido de operacionalizar mais um ajustamento na oferta no sentido
da adequação do nº de escolas e do nº de salas por estabelecimento escolar às
necessidades. Interessa pois acompanhar esta operação para efeitos da
próxima atualização de dados da CEP, desde logo quanto aos critérios dos
ajustamentos e quanto à dimensão dos seus resultados por estabelecimento
escolar.
54
Uma outra componente de competência municipal em matéria de educação diz
respeito ao apetrechamento da rede escolar, sendo todas as escolas do
território educativo do município equipadas com os materiais necessários ao seu
adequado funcionamento.
I.4 – Apetrechamento e Segurança do Parque Escolar
De acordo com o n.º 1, do artigo 19.º, da lei n.º 159/99, de 14 de Setembro é
da competência dos órgãos municipais participar no planeamento e na gestão
dos equipamentos educativos e realizar investimentos em vários domínios, a
saber:
a) Construção, apetrechamento e manutenção dos estabelecimentos de
educação pré-escolar;
b) Construção, apetrechamento e manutenção dos estabelecimentos das escolas
do ensino básico.
O município do Porto tem dado especial atenção à requalificação do seu parque
escolar, bem como ao seu apetrechamento e segurança no sentido de qualificar
o contexto/ambiente educativo relativo ao pré-escolar e 1º CEB.
O investimento na vasta rede escolar da sua competência inerente à aquisição e
fornecimento de mobiliário e materiais de educação, cultura, recreio encerra os
seguintes objetivos:
- Assegurar o apetrechamento dos materiais e equipamentos necessários à
prossecução dos objetivos dos jardins de infância e escolas do 1º CEB.
- Dotar todas as escolas de equipamento informático multimédia, potenciando
sinergias e rentabilizando recursos.
55
Neste relatório irá ser apresentada informação específica relativa ao
apetrechamento de equipamento informático multimédia, concretamente
relacionado com o projeto Crescer Interativo, sendo que em relação ao
apetrechamento a outros níveis (mobiliário, materiais…) não possuímos ainda
todos os dados coligidos de modo a efetuar uma análise completa pelo que será
uma componente a apresentar em próximo relatório de monitorização.
Interessa ainda expor a nota de que na concretização de alguns dos objetivos
em matéria de apetrechamento e manutenção dos edifícios escolares, dando
cumprimento ao estipulado na lei 159/99 de 14 de Fevereiro, procede-se à
celebração de protocolos de colaboração entre o município e os agrupamentos
de escolas, no âmbito do Programa Descentralização e Autonomia dos
Agrupamentos (DAA), para fazer face a despesas decorrentes do
funcionamento dos estabelecimentos de ensino (1º CEB e pré-escolar),
nomeadamente: logística (atividades de exterior), consumíveis de informática,
material de desgaste, apoio socioeducativo e outros.
56
APETRECHAMENTO INFORMATICO – Crescer interativo
Alinhamento da ação com a estratégia da CEP, 2007 para o desenvolvimento dos
sistemas de educação e de formação - volume III – cap.VI.
Componentes e Desenvolvimento da Ação
Denominação da ação
Apetrechamento informático - Crescer Interativo
Enquadramento legal Lei n.º 159/99, de 14 de Setembro
Objetivos Gerais:
- Disponibilizar a alunos e professores os recursos necessários para o desenvolvimento de aptidões no sentido da utilização do potencial das tecnologias de informação e comunicação (TIC) a
favor da educação. - Apetrechar as escolas com os recursos necessários para que
as capacidades e competências adquiridas no âmbito das TIC sejam exploradas e facilitem o acesso ao conhecimento.
Específicos: - Adquirir, instalar e configurar redes locais estruturadas,
quadros interativos e videovigilância, em estabelecimentos de ensino público do primeiro ciclo básico, do município do Porto.
- Garantir a adequada utilização dos sistemas instalados no contexto pedagógico-didático e colaborativo em contexto de sala de aula e pela comunidade escolar.
Identificação da ação
Apetrechamento informático - Crescer Interativo
Objetivo estratégico Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de educação e formação
Objetivos intermédios
Promoção do acesso de todos às tecnologias de informação e comunicação (TIC)
Justificação Importância da literacia tecnológica
Fosso digital Formação abrangente
OBS Esta ação está inscrita em quadro estratégico (CEP,2007, volume
III, cap.VI), associada às linhas de atuação: Promoção do acesso de todos às TIC Vertente da ação na política municipal de educação (CEP,2007,
volume II, cap.V): Apetrechamento ao nível informático dos estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1º ciclo da rede
pública. Área de atuação integrada no domínio: Planeamento e gestão escolar (CEP, 2007, volume II, cap.V)
57
Destinatários Todas as crianças de 3º e 4º ano que frequentam as escolas do ensino básico do Porto.
Professores de 1º CEB das escolas públicas.
Fontes de
financiamento Co - financiado pela Câmara Municipal do Porto e pelo Programa Operacional da Sociedade do Conhecimento (POSC) recorrendo ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
Nova candidatura: QREN - Crescer Interativo 2.0.
Ano de implementação
da ação
2008 – 1ª fase 2011 – 2ª fase
Periodicidade da ação O projeto integra uma diversidade de ações de execução técnica variável em termos temporais, sendo que a temporalidade global
está associada aos períodos de realização previstos nas candidaturas.
Síntese Descritiva
O projeto Crescer Interativo nasceu em 2008 após aprovação de candidatura ao QREN - Programa Sociedade do Conhecimento, (1ª candidatura – crescer
interativo subprojecto). Foi alvo de uma segunda candidatura (Crescer Interativo 2.0).
O projeto integrou várias fases de execução contemplando as seguintes ações:
• Aquisição e instalação/montagem de equipamentos informáticos (1 por sala).
• Instalação de infraestruturas de rede.
• Colocação de quadros interativos com ligação à internet e projetor de vídeo
(pelo menos 1 nas salas de 4º ano).
• Disponibilização do software com conteúdos didáticos interativos (os quadros interativos integram softwares com conteúdos curriculares na área da
matemática, estudo do meio, língua portuguesa e inglês).
• Formação a professores integrando duas vertentes – formação básica em TIC e formação específica na utilização dos quadros interativos (estratégias de uso
das plataformas e manuseamento dos softwares educativos.
• Constituição equipa helpdesk da CMP no sentido de prestar apoio técnico aos
utilizadores dos sistemas instalados no âmbito do projeto (PC’s, comunicações telefónicas e Internet, impressoras, endereços eletrónicos e avaliação/resolução
das situações referentes ao quadro interativo respetiva estrutura de suporte, ao vídeo projetor e ao comando).
58
• Instalação de sistemas de videovigilância.
O projeto integra ainda um âmbito de partilha de boas práticas intra e inter escolas, em rede protegida, através das seguintes plataformas, conteúdos e
colaborativas que aloja:
- MOBIUS – conteúdos curriculares e plataforma de ensino assistido (acesso reservado a professores, alunos e encarregados de educação das EB´s do Porto.
Plataforma moodle de gestão do ensino aprendizagem.
- Turmix - é o protótipo de uma rede social entre alunos, pais e professores que frequentam o 1º ciclo de rede pública da cidade do Porto.
- Escolinhas – plataforma colaborativa para os professores, alunos e encarregados de educação das EB1´s do Porto com acesso reservado (projeto
desenvolvido pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que integrou o CI numa fase piloto no ano letivo 2008/2009), O projeto mantem-se
numa versão FREE para as escolas que o pretenderem utilizar. Consiste numa funcionalidade on-line do CI numa lógica de rede intra e/ou interescolas para
partilhas várias entre a comunidade educativa.
Wiki Docentes - avaliar a possibilidade, em parceria com a APD de constituição
de uma WiKi para docentes para criação de um espaço virtual, onde os docentes possam disponibilizar sistematicamente conteúdos produzidos por si, com o
objetivo de constituição de um banco de troca de experiências pedagógicas e de conteúdos.
Principais
intervenientes CMP (Divisão Municipal de Gestão escolar; DMSI; DM Compras; GEP…);
Empresa Teclacolorida; APD; FEUP; Universidade de Aveiro, Associação
Porto Digital; Empresa DOMUS Social.
Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar, maio 2013
59
Dimensão/resultados da ação
Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar. Informação recolhida e sistematizada em maio 2013
De 2008 a 2011 verificou-se uma taxa de cobertura de cerca de 38%
de instalação de quadros interativos em salas de aula.
2008 2011
Nº salas de aula 369 383
N.º de QI colocados 114 30
% de salas abrangidas 30,89 7,83
Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar. Informação recolhida e sistematizada em maio 2013
Componentes
1ª fase de candidatura
2008
2ª fase de candidatura
2011
Extensão da ação Extensão da ação
Instalação de Quadros interativos
Nº escolas abrangidas: todas
as escolas do 1º ciclo do
ensino básico.
Nº salas de aula abrangidas:
144 salas de aula do 3º e 4º
ano de escolaridade.
Nº escolas abrangidas: 30
escolas do 1º ciclo do ensino
básico. (1 quadro por cada escola do 1º ciclo do Ensino Básico, com 5 ou mais salas de aula até um máximo de 1 quadro interativo por cada 3 salas de aula)
Instalação/disponibilização
de Conteúdos didáticos
Nº escolas abrangidas: todas
as escolas do 1º ciclo do
ensino básico.
Nº salas de aula abrangidas:
144 salas de aula do 3º e 4º
ano de escolaridade.
Nº escolas abrangidas: 30
escolas do 1º ciclo do ensino
básico.
(conteúdos didáticos fornecidos por
cada quadro instalado)
Instalação de sistemas de vídeo-vigilância
Nº escolas abrangidas: 8 (Instalação em escolas do 1º ciclo do Ensino Básico, com 10 ou mais salas de aula)
Instalação de redes locais estruturadas
Nº escolas abrangidas: 38
escolas do 1º ciclo do ensino
básico. (1 instalação de rede por cada escola do 1º ciclo do Ensino Básico, com 5 ou mais salas de aula)
Formação (geral -TIC´s e específica em quadros interativos e conteúdos)
Todos os professores do 3º e 4.º
ano do 1.º ciclo que requisitaram
60
Em matéria de Segurança têm sido várias as ações que a CMP tem vindo a
realizar nesta área (ver quadro escola viva) no entanto, desde 2010, têm vindo
a ser implementados processos e desenvolvidas ações de forma estruturada
cujas componentes e dimensão se encontra retratada na grelha informativa
seguinte:
SIMULACROS - Projeto Prevenir para Proteger
Alinhamento da ação com a estratégia da CEP, 2007 para o desenvolvimento dos
sistemas de educação e de formação - Volume III – Cap.VI.
Identificação da ação Simulacros - Projeto Prevenir para Proteger
Objetivo estratégico Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de
educação e formação.
Objetivo intermedio Garantir condições de segurança na escola e na sua envolvente.
Justificação Preocupações reveladas pelos pais no inquérito realizado no âmbito da elaboração da CEP (2007).
OBS Esta ação está inscrita em quadro estratégico (CEP,2007,
volume III, Cap.VI), com a designação Simulacros nas escolas
associada às linhas de atuação: fomento de atitudes de prevenção e de adoção de posturas e regras de segurança.
Vertente da ação na política municipal de educação (CEP,2007 - VOLUME 2 - CAP.V): Administração dos edifícios escolares do 1º ciclo do ensino básico, jardins de infância e parques infantis
municipais. Área de atuação integrada no domínio: Planeamento e
gestão escolar (CEP, 2007, volume II, cap.V)
61
Componentes e Desenvolvimento da ação
Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar, abril, 2013
Denominação da
ação Simulacros - Projeto Prevenir para Proteger
Enquadramento
legal Decreto-lei 7/2003 de 15 de Janeiro – regula as competências das autarquias nomeadamente em matéria de construção, apetrechamento e
manutenção de estabelecimentos de educação e ensino.
Decreto-lei 220/2008 de 12 de Novembro – regulamenta a segurança
contra incêndios aplicável a todos os edifícios e recintos nomeadamente, escolares.
Portaria 1532/2008 de 29 de Dezembro – regulamento técnico de
segurança contra incêndios em edifícios Objetivos Gerais:
- Prevenir os riscos contra incêndios. - Implementar os planos de segurança.
Específicos:
- Reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndios. - Limitar o desenvolvimento de eventuais incêndios, circunscrevendo e
minimizando os seus efeitos.
Destinatários Todas as escolas da rede pública pré-escolar e 1º CEB
Fontes de
financiamento Município.
Ano de
implementação
da ação
O Projeto Prevenir para Proteger foi criado de uma forma estruturada
em 2010 complementando as ações no domínio da segurança implementadas anteriormente no âmbito do Programa Escola Viva (ver
quadro 7)
Periodicidade da
ação Ação desenvolvida sempre que se verifiquem alterações no edificado e/ou de funcionamento da escola.
Síntese Descritiva
O desenvolvimento deste projeto encontra-se associado às ações de reordenamento
e requalificação da rede escolar, pelo que houve necessidade de
reajustamentos/reelaborações de planos de segurança internos existentes e elaboração de planos para as novas construções escolares.
Em 2010, todas as ações no domínio da segurança contra incêndios passaram a estar inscritas num projeto abrangente que contempla para além dos exercícios de
simulacros de incêndios, ações de sensibilização, prevenção e formação no domínio dos dispositivos de primeira intervenção contra incêndios.
Entre 2010 e 2013 foram realizados um total de 75 simulacros (ver quadro 8)
Principais
intervenientes
CMP (Divisão Municipal de Gestão Escolar; Batalhão Sapadores Bombeiros; PSP
– Escola Segurança; Proteção Civil; INEM).
62
Quadro 7 - Ações no domínio da segurança no âmbito do programa Escola Viva
Intervenções no âmbito do programa Escola Viva
Intervenções concluídas em 2004 Outras intervenções diversas: - Colocação de extintores nas 57 escolas;
- Sinalização das 57 escolas.
Intervenções concluídas em 2005 Elaboração e implementação de planos de
emergência em 3 agrupamentos verticais. Estes
planos traduzem-se na criação de uma
organização e de uma estratégia dentro das
escolas, para que em caso de acidente (incêndios,
etc.), haja uma evacuação ordenada;
Intervenções concluídas em 2006 Elaboração e implementação de planos de
emergência nos restantes 14 agrupamentos
verticais.
Fonte: CEP,2007,volume II, cap.V
63
Dimensão/resultados da ação
Quadro 8 - Realizações de simulacros por escola e por ano letivo
Simulacros realizados
2009/2010 2011/2012 2012/2013
EB1 Montebello
EB1 /JI Monte Aventino
EB1/JI S. João de Deus
EB1/JI Lagarteiro
EB1/JI Flores
EB1/JI Lomba
EB1/JI Noêda
EB1/JI Campinas
EB1/JI Correios
EB1/JI Cruzes
EB1/JI Viso
EB1 S. João da Foz
EB1/JI Paulo da Gama
EB1 S. Miguel Nevogilde
EB1 Constituição
EB1 Ribeiro de Sousa
EB1 Fonte da Moura
EB1/JI António Aroso
EB1/JI Vilarinha
EB1/JI Caramila
EB1/JI Castelos
EB1/JI Padre Américo
EB1/JI Campo 24 Agosto
EB1/JI Alegria
EB1/JI Covelo
EB1 S. Nicolau
EB1 Carlos Alberto
EB1 João de Deus
EB1 S. Nicolau
EB1 Carlos Alberto
EB1 /JI Monte Aventino
EB1/JI S. João de Deus
EB1/JI Fontinha
EB1 João de Deus
EB1/JI Cerco do Porto
EB1/JI Corujeira
EB1/JI Falcão
EB1/JI S. Roque da Lameira
EB1/JI Nª Srª Campanhã
EB1/JI Alegria
EB1/JI Condominhas
EB1/JI Pasteleira
EB1 Ponte
EB1/JI Castelos
EB1/JI Torrinha
EB Montebello
EB Miosótis
EB S. Tomé
EB Azenha
EB Agra do Amial
EB Lagarteiro
EB Campo 24 Agosto
EB Alegria
EB Sol
EB Flores
EB Lomba
EB Noêda
EB Condominhas
EB Lordelo
EB Pasteleira
EB Augusto Lessa
EB Costa Cabral
EB Covelo
EB S. João da Foz
EB Bom Sucesso
EB Constituição
EB Fonte da Moura
EB António Aroso
EB Vilarinha
EB Caramila
EB Padre Américo
EB Bandeirinha
EB Carlos Alberto
EB Viso
EB Correios
Nº simulacros executados por ano letivo
2009/2010 2011/2012 2012/2013
30 15 30 Fonte: Divisão municipal de Gestão Escolar, abril 2013
64
II – A Ação Educativa Municipal
As propostas estratégicas da Carta Educativa do Porto encontram-se ancoradas
no desafio lançado pela estratégia de Lisboa, 2000 com os desenvolvimentos
seguintes de 2005 cuja meta global a alcançar assente em princípios sociais e
económicos era a UE transformar-se, até 2010, na economia baseada no
conhecimento mais dinâmica e competitiva do mundo, capaz de garantir um
crescimento económico sustentável, com mais e melhores empregos e com
maior coesão social (CEP,2007, cap.VI, p.1). A implementação desta estratégia
requeria não só uma transformação radical da economia europeia, mas também
um programa estimulante para (...) modernizar os sistemas (...) de
ensino (idem).
Estes desígnios associados às preocupações decorrentes dos principais
problemas do sistema educativo identificados através do diagnóstico
aprofundado acerca da realidade do Porto comparada com outras unidades
territoriais, designadamente a realidade Portuguesa no seu todo, derivaram
naquilo que são as propostas estratégicas da CEP para o desenvolvimento dos
sistemas de educação e formação.
As considerações finais plasmadas na CEP, 2007 que resultaram do diagnóstico
realizado definem os traços caracterizadores do sistema educativo do Porto
(CEP, 2007, cap.V, p.117)11.
11 Conclusões do diagnóstico CEP,2007 sobre os Sistemas de Educação e Formação -
anexo 4.
65
Estas propostas de ação encontram-se alinhadas aos objetivos da estratégia de
Lisboa para as áreas de educação e formação, apresentadas no Relatório
sobre os objetivos futuros concretos dos sistemas de educação e de
formação, aprovado no Conselho Europeu de Estocolmo em Fevereiro de 2001
e que têm na sua base o princípio/reconhecimento de que a educação assume
um papel preponderante e privilegiado no fortalecimento da coesão
social e na consolidação da competitividade e do dinamismo europeus.
OBJETIVOS DA CEP, 2007
ALINHADOS À ESTRATÉGIA DE LISBOA:
Objetivos estratégicos Objetivos meio
EIXO1
Aumentar a qualidade e a
eficácia dos sistemas de
educação e de formação
EIXO1 – A
Objetivos e propostas a
dinamizar pelo Município do
Porto
A.1.1-Estimular o interesse pela matemática, pelas
ciências e pelas tecnologias desde uma idade precoce, de
modo a aumentar o número de estudantes que
frequentam cursos nessas áreas.
A.1.2-Identificar e desenvolver novas competências
essenciais à sociedade do conhecimento e harmonizá-las
com as competências tradicionais.
A.1.3-Garantir a melhor ocupação dos tempos dedicados
às atividades extracurriculares.
A.1.4-Desenvolver programas e projetos de combate ao
abandono, absentismo, saídas antecipadas e insucesso
escolar.
A.1.5- Focalizar a atividade dos serviços municipais nas
questões relacionadas com as crianças e os jovens.
A.1.6- Aumentar o interesse pela língua materna.
A.1.7-Generalizar e valorizar os bons Projetos Educativos.
A.1.8- Melhorar a formação dos educadores e professores,
através da formação contínua, numa perspetiva de
aprendizagem ao longo da vida.
A.1.9- Reforçar a coesão interna dos Agrupamentos
Verticais de Escolas.
A.1.10- Requalificar a rede do 1º Ciclo do Ensino Básico.
A.1.11- Garantir condições de segurança na escola e na
sua envolvente.
66
Fonte: CEP, 2007
Eixo1 - B. Objetivos e
propostas recomendados no
âmbito da CEP
B.1.1-Reforçar a autonomia das escolas.
B.1.2-Assegurar condições para que os professores
possam prestar apoio nas escolas, fora do horário letivo.
B.1.3-Promover a avaliação e a autoavaliação das escolas.
B.1.4- Garantir um forte desenvolvimento do ensino
profissional e profissionalizante.
B.1.5- Flexibilizar o modelo do ensino de segunda
oportunidade
EIXO2
Facilitar o acesso de todos à
educação e à formação
Eixo 2 - A. Objetivos e
propostas a dinamizar pelo
Município do Porto
A.2.1- Tornar a aprendizagem mais atrativa para os jovens
que estão no sistema de ensino, incentivando-os a
prosseguir a sua formação para além da escolaridade
obrigatória.
A.2.2- Generalizar a frequência da educação pré-escolar.
A.2.3- Prestar informações, aconselhamento e orientação
sobre os tipos de aprendizagem disponíveis.
A.2.4- Reforçar a ação social.
Eixo 2 - B. Objetivos e
propostas recomendados no
âmbito da CEP
B.2.1 - Tornar a aprendizagem mais atrativa para os
jovens que estão fora do sistema de ensino, incentivando-
os a retomar a sua formação para além da escolaridade
obrigatória.
B.2.2 – Valorizar a aprendizagem e a formação ao longo
da vida.
B.2.3 – Promover a criação de redes de instituições de
educação e de formação a vários níveis, no contexto da
aprendizagem ao longo da vida.
EIXO3
Abrir os sistemas de educação
e de formação ao mundo
A. Objetivos e propostas a
dinamizar pelo Município do
Porto
3.1- Reforçar as ligações com o mundo do trabalho, a
investigação e a sociedade em geral.
3.2- Reforçar a ligação entre a escola e a comunidade
local.
3.3- Fomentar aprendizagens de cidadania e de
democracia.
3.4- Valorizar a partilha intergeracional de experiências e
de conhecimentos.
67
Estes objetivos abarcam um conjunto de áreas/vetores de atuação implicando
um conjunto de agentes (Autarquia, Juntas de Freguesia, Ministério da
Educação; Estabelecimentos de Ensino, Empresas; Instituto de Emprego e
Formação profissional; Centros de Formação e Associações de Escolas, Saúde;
ANEFA, Associações de Pais, ARS, União das IPSS, Segurança Social, PSP),
áreas estas que englobam atuações ao nível da educação formal, não formal e
informal numa perspetiva de educação ao longo da vida assente numa lógica de
cidade educadora entendida como uma cidade que considera que a educação
das crianças, dos jovens e da população em geral não é apenas da
responsabilidade das entidades tradicionalmente ligadas a estas matérias
(Estado, escola e família), mas também das associações, das instituições
culturais, das empresas, dos meios de comunicação social, enfim, de todas as
instâncias da sociedade.
O entendimento que presidiu à constituição da rede de Cidades Educadoras é o
de que a cidade tem de tirar proveito do enorme manancial educativo que o seu
património cultural e humano lhe proporciona, colocando-o ao serviço da
construção da sociedade. Estas são cidades que não estão fechadas sobre si
mesmas, que se relacionam com o que as rodeia, com o objetivo de aprender,
trocar experiências e, portanto, enriquecer a vida dos seus habitantes (CEP,
2007, cap.III, p.5).
Neste relatório de monitorização da CEP, iremos apresentar concretamente uma
atualização de informação relativa apenas à ação da autarquia em matéria de
educação retratando muito especificamente os desenvolvimentos das ações
educativas da CMP naquelas que são as suas responsabilidades decorrentes da
lei e que concorrem para a elevação da oferta, para a promoção da igualdade de
oportunidades e da inclusão e que respondem, por seu turno aos objetivos
estratégicos e operativos traçados na CEP, 2007, bem como divulgar as ações
educativas da autarquia que não emergindo do quadro legislativo que enforma a
68
competência das autarquias em matéria de educação prestam um forte
contributo, reforçando e ampliando a elevação da oferta educativa municipal.
Assim, em termos de metodologia e estrutura apresenta-se primeiramente a
evolução da atividade do Departamento Municipal de Educação (de 2007 a
2013) retratando especificamente as ações de competência municipal em
grelhas de informação uniformizadas.
Relativamente às restantes ações denominadas de ações inovadoras são
retratadas as promovidas pelo Departamento Municipal de Educação e em
quadro geral será apresentada a ação inscrita em Plano Municipal de Educação
que engloba toda a CMP e entidades participadas.
Seria igualmente importante diagnosticar o sentido da ação de todos os agentes
implicados em quadro estratégico da CEP rumo à operacionalização das suas
recomendações, contudo, esta é uma empreitada que carece de um tempo mais
dilatado desde logo para planeamento dos processos de acompanhamento
dessa ação.
69
II.1 – Ação Educativa Municipal no âmbito das Competências Legais
Este ponto integra informação acerca do desenvolvimento da ação educativa
de competência municipal no período 2007-2013, apresentando a sua
evolução em termos das componentes e respostas que a caracterizam e
expondo a sua dimensão e os seus resultados abrangendo as áreas de
atuação da Politica Municipal de Educação agregadas ao domínio 1 -
Planeamento e gestão escolar (CEP, 2007, volume II, cap.V).
Assim, neste domínio, cada ação ou área de atuação aparece estruturada
numa moldura de análise de composição uniformizada onde, desde logo, se
apresenta o seu alinhamento no quadro estratégico da CEP, 2007 (volume
III, cap.VI).
70
ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR
PORTO DE ATIVIDADES
Alinhamento da ação com a estratégia da CEP, 2007 para o desenvolvimento
dos sistemas de educação e de formação - volume III – cap.VI.
Identificação da ação Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC)
Objetivo estratégico Aumentar a qualidade e a eficácia dos sistemas de
educação e formação
Objetivo intermedio Garantir a abertura das EB1 para além do horário letivo e criar
condições para o reforço da componente extracurricular.
Justificação Orientações do governo
OBS Esta ação está inscrita em quadro estratégico com a designação “AEC” associada às linhas de atuação: promoção da prática desportiva; promoção de atividades lúdico-pedagógicas.
Inscrição da ação na política municipal de educação (CEP,2007, volume II, cap.V): Atividades de Enriquecimento Curricular
Área de atuação integrada no domínio: Planeamento e gestão escolar (CEP, 2007, volume II – cap.V)
Componentes e Desenvolvimento da ação
Denominação atual Programa Municipal de Enriquecimento Curricular -
Porto de Atividades (PA)
Enquadramento legal
Despacho 14460/08 de 26 de maio, alterado e republicado pelo Despacho nº 8683/2011 de 28 de Junho (estabelece as
orientações inerentes à implementação das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) nas escolas de 1.º ciclo da
rede pública). Decreto-Lei nº 6/2001, de 18 de Janeiro – define a natureza das AEC (artigo 9º)
Objetivos
Gerais
- Garantir a todos os alunos, no espaço da escola e de forma gratuita, a oferta de um conjunto de aprendizagens
enriquecedoras do currículo. - Promover a articulação entre o funcionamento da escola e o fornecimento de respostas úteis no domínio do apoio às famílias.
Específicos - Garantir que os tempos não letivos são pedagogicamente
ricos e contribuem para o desenvolvimento de aprendizagens associadas à aquisição das competências básicas.
71
- Promover oferta diversificada e global aos alunos. - Promover uma Política de equidade para as crianças e para
as famílias. - Rentabilizar os tempos escolares dos alunos. - Incrementar mudanças organizacionais.
Destinatários Todas as crianças que frequentam o 1º CEB
Fontes de
financiamento
Programa cofinanciado pelo ministério da educação. Anualmente o município do Porto apresenta uma candidatura
ao ministério de educação e ciência para a implementação das atividades de enriquecimento curricular nas escolas do 1º ciclo da rede pública.
Ano de implementação
A ação teve início no ano letivo 2005/2006 resultado da
medida do ministério da educação de alargamento do horário de funcionamento das Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico, que passaram a desenvolver a sua atividade até às 17h30.
Ação de continuidade anual (decorre todos os anos letivos)
Síntese descritiva
Inscrita na CEP em 2007, mantém a sua essência na sua continuidade até 2013, alargando no entanto as áreas do plano de atividades:
Desenvolvimento de atividades de enriquecimento curricular (AEC) nas escolas do 1º ciclo da rede pública, para assegurar a ocupação do tempo pós letivo de
forma pedagogicamente rica constituindo um complemento às aprendizagens
curriculares.
Pretensão: implementar o conceito de “escola a tempo inteiro”, garantindo
maior compatibilidade dos horários dos estabelecimentos do 1º ciclo do ensino básico público com as necessidades das famílias, a exemplo do que ocorre no
ensino particular.
Áreas abrangidas no plano de atividades Situação em 2007 Situação atual
1 - Inglês
2 - Musica
3 - Atividade física e desportiva
4 - Artes Plásticas
5 - Expressão dramática
6 - Apoio ao Estudo
1 - Inglês
2 - Exp. Musical
3 - Atividades física e desportiva
4 - Exp. Plástica
5 - Exp. Dramática
6 - Apoio ao Estudo
7 - Matemática
8 - Informática
As atividades de enriquecimento curricular visam dar resposta às necessidades
emergentes das famílias face às mudanças da sociedade (tornar os horários
dos estabelecimentos de ensino mais compatíveis com as necessidades das famílias, i.e. dar resposta social indispensável na conciliação entre a vida
72
familiar, profissional e escolar, bem como proporcionar novas oportunidades de aprendizagem aos alunos deste nível de ensino).
Em todas as escolas do 1º ciclo é proporcionado aos alunos a integração em atividades pedagogicamente ricas e complementares das aprendizagens
associadas à aquisição das competências básicas em horário alargado (após a
atividade letiva até às 17:30)12.
É de salientar que os alunos do 3º e 4º ano das escolas de 1º CEB que
frequentem pela 1ª vez a natação no âmbito das AEC beneficiam de uma
oferta de um Kit desportivo (KIT natação), composto por mochila, toalha,
touca, chinelos e óculos de natação.
Assim, é facultado um equipamento desportivo uniforme indispensável à
prática da natação no âmbito do Porto de Atividades.
Mas para além das atividades do plano desenvolvidas diariamente nas escolas por docentes contratados, este programa tem uma vertente dinâmica
importante a divulgar, apresentando-se as suas componentes inerentes ao desenvolvimento do programa no ano letivo 2011/2012 retratadas no seu
relatório de execução:
Atividades diferenciadas no PA em 2011/2012
O PA é um programa dinâmico e no ano letivo 2011/2012 realizaram-se
diversas iniciativas integradoras e enriquecedoras demonstrando a amplitude
deste projeto.
Projeto Hand by hand – Ciência e Música de mãos dadas
Integrado no Programa Municipal de Enriquecimento Curricular – “Porto de
Atividades”, foram realizados vários concertos pedagógicos em algumas
escolas do 1º CEB da rede pública da cidade do Porto.
O objetivo primordial deste projeto foi sensibilizar para o estudo da música e
da ciência. Foi apresentado um repertório específico que permitiu demonstrar
como a ciência e a música têm estado ligadas de uma forma ou de outra na
história da humanidade.
12 A Câmara Municipal do Porto promove o Programa PA em todos os agrupamentos à exceção dos
Agrupamentos Clara de Resende e Viso, onde as atividades de enriquecimento curricular (AEC) são promovidas
pela junta de freguesia de Ramalde. De mencionar ainda que nas escolas Padre Américo e Castelos,
pertencentes ao AE Fontes Pereira de Melo e na escola da Vilarinha pertencente ao AE Manoel de Oliveira é a
junta de freguesia de Ramalde que desenvolve as AEC no âmbito de protocolo de colaboração com a CMP no
quadro das leis 159/99 de 14 de setembro e 169/99, de 18 de setembro.
73
Com a colaboração dos professores de música do enriquecimento curricular e
dos docentes das escolas foram realizados trabalhos paralelos e de suporte aos
concertos realizados, tendo constituído um reforço das aprendizagens.
Ainda integrado nesta iniciativa, decorreu um ciclo de conferências abordando
os seguintes temas: “Fatores comuns entre a notação matemática e a notação
musical; Interação entre engenharia de computação, software e música;
Estudo sobre a influência dos sons de baixa frequência na saúde; Ciência e
Música porquê?”.
Sons do mundo
Este projeto foi implementado numa escola tendo em conta as condições sócio
económicas destes alunos e do meio envolvente.
Esta atividade decorreu durante uma semana e consistiu na realização de aulas
específicas e mais dinâmicas, mais apropriadas e de curta duração.
Posteriormente o resultado deste trabalho foi apresentado aos pais e
encarregados de educação, em que as crianças foram excelentes atores,
dramatizando e verbalizando os sons do mundo.
Foi igualmente realizada uma formação aos docentes de música, na qual se
promoveram métodos e ferramentas que permitam a estes, adaptar a
atividade de música aos alunos de 1º ciclo, de forma criativa e distinta.
Judo adaptado
Tendo em conta que a atividade física e desportiva incorpora a oferta das atividades de enriquecimento curricular, e sendo reconhecidos os benefícios da
prática do Judo por crianças invisuais foi incluído o programa “Judo Total” nas AEC como projeto-piloto num estabelecimento escolar de referência na
cegueira congénita. A sua implementação ocorreu no 3º período do ano letivo 2011/2012, uma vez
por semana, numa turma mista (50% invisuais e 50% normo visuais).
As turmas que incluíam crianças invisuais praticaram o atelier do Judo e as
restantes turmas participaram nos ateliers em sistema rotativo, permitindo
assim que estes últimos visualizassem o atelier do Judo. Esta demonstração
pública aos pais e encarregados de educação das 7 crianças invisuais que
estavam integradas em 4 turmas desta escola, permitiu demonstrar que as
modalidades desportivas adaptam-se às capacidades de cada um e que todos
as podem realizar.
Estes ateliers foram dinamizados pelos professores da atividade física e
74
desportiva das AEC e os professores de Inglês e Música acompanharam
igualmente as suas turmas nas atividades.
Encerramento do Torneio McDonalds Inter Escolas 2012 – Euro CupEdition
O Torneio Mcdonalds – Inter Escolas Euro Cup Edition é considerado o 1º torneio de futebol da vida das crianças, enquanto réplica do Campeonato da
Europa de Futebol onde cada escola representa um dos países presentes no Europeu.
O torneio destinou-se a crianças entre os 7 e os 10 anos, tendo havido
previamente uma inscrição gratuita, de acordo com a disponibilidade relativa ao número de inscrições. Este torneio foi organizado pela entidade “Toda a
Prova”, com o apoio da Câmara Municipal do Porto, através da Porto Lazer e
participaram várias escolas públicas e privadas do concelho do Porto.
Ténis (O Ténis vai à escola)
Com o apoio da Federação de Ténis do Porto, o projeto “o ténis vai à escola” decorreu em algumas escolas de forma regular. O objetivo foi contribuir para a aquisição de competências fundamentais
potenciando a aprendizagem de jogos desportivos e coletivos, e promover uma
maior mobilização e fidelização das camadas infantis e juvenis da população para a prática desportiva do ténis.
Corta mato
Ainda decorrente das diversas modalidades desportivas que as escolas
poderiam aderir, importa referir a participação de uma EB na atividade Corta-
Mato CAE Porto 2012 - Fase Regional (Santo Tirso).
Principais intervenientes CMP (DMGE); Entidade participada: Porto Lazer;
KnowHow - Soc. Ens. Línguas e Ação Social Uni.
Lda
Fontes: CEP,2007 e Divisão Municipal de Gestão Escolar, março 2013
75
Dimensão/resultados da ação
Frequências e taxas de cobertura (AEC) – evolução:
Quadro 9 - Distribuição de alunos abrangidos pelo programa (AEC)
Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar (Relatório de execução 2011/2012) - Consulta em março de 2013
Quadro 10 - Taxas de cobertura (AEC)
Ano letivo Taxas
(%)
2006/2007 59,0
2007/2008 64,6
2008/2009 71,9
2009/2010 74,3
2010/2011 74,6
2011/2012 83,0 Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar (Relatório de execução 2011/2012) - consulta em março
de 2013
Ano letivo Nº total de alunos Nº de alunos abrangidos
2006/2007 8187 5054
2007/2008 7827 5331
2008/2009 7758 5577
2009/2010 7323 5439
2010/2011 7222 5388
2011/2012 6804 5645
76
Infraestruturação do Programa (dados referentes ao ano letivo
2011/2012)
Quadro 11 - Distribuição dos docentes por atividade no ano letivo 2011/2012
Atividades Nº docentes
Música 67 Inglês 81
Atividades lúdico – expressivas (*) 31
Atividade Física e Desportiva 108
Total 287
Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar (Relatório de execução 2011/2012) - consulta em março de 2013
Nota (*) estão integradas nas atividades lúdico-expressivas: Plástica, Dramática, Matemática e Informática.
Avaliação/conclusões:
Breve síntese de resultados de avaliação – AEC na sua implementação
2011/2012
Da avaliação intercalar realizada no mês de março de 2012, que resultou da
aplicação de questionários efetuados às Direções dos agrupamentos de escola e
do Conservatório de Música e às Coordenações das 46 escolas básicas de 1º CEB
da rede pública, resultou a seguinte conclusão que se salienta:
As atividades de enriquecimento curricular realizaram-se conforme o esperado
para cerca de 83% dos agrupamentos – ver gráfico 1
77
Gráfico 1 – Resultados da questão sobre a importância das AEC
Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar (Relatório de execução 2011/2012)
As sugestões de melhoria para o ano letivo 2012/2013, apontadas pelos
agrupamentos vão no sentido de haver maior acompanhamento aos docentes
AEC por parte dos fornecedores, maior cuidado na seleção de docentes face ao
público-alvo (adequação do perfil do docente) e maior articulação entre os
prestadores de serviços e as direções de agrupamento.
Destaca-se, entre vários, o seguinte aspeto revelado pela equipa:
Melhoria significativa em 2011/2012 na articulação e colaboração da
comunidade educativa no desenvolvimento do Porto de Atividades. Tal
envolvimento facilitou, não só o arranque do Porto de Atividades na maioria
das escolas no 1º dia letivo, bem como contribuiu quotidianamente para uma
integração efetiva do corpo docente do Projeto na dinâmica das escolas.
78
Escola a tempo inteiro – outro complemento
No conceito de escola a tempo inteiro na senda da satisfação das necessidades
das famílias também se integra um novo programa “Programa das 8 às 8”
que complementa a resposta das AEC abrangendo outros tempos
associado à componente de apoio à família no 1º ciclo (CAF – 1º CEB).
A componente de apoio à família no 1º ciclo do ensino básico, destina-se a
assegurar o acompanhamento dos alunos antes e depois das atividades
curriculares e de enriquecimento e/ou durante os períodos de interrupção
letiva conforme previsto ponto 26 do Despacho 14460/08 de 26 de Maio,
alterado e republicado pelo Despacho 8683/2011 de 28 de junho.
Constitui uma oferta que visa criar condições de estabilidade e de apoio às
escolas, às famílias e aos alunos, com garantias de igualdade e respeito pela
diversidade, reconhecendo a importância de continuar a adaptar os tempos de
permanência dos alunos na escola.
Neste sentido os alunos que necessitem são acompanhados em horário não
letivo com atividades de animação socioeducativa nos períodos entre as 8:00 e
as 9:00 e das 17:30 às 19:30.
É uma oferta garantida por um conjunto de intervenientes, pelas juntas de
freguesia ao nível da coordenação e do desenvolvimento das atividades e pela
autarquia em articulação estreita com os agrupamentos de escolas através da
cedência/disponibilização de espaços nas instalações escolares sempre que
possível (salas de aula, salas polivalentes, ginásios…) e outros (centros de
recursos…), indo assim de encontro às necessidades das famílias.
79
De salientar que também as Associações de Pais também assumem um papel
relevante no desenvolvimento deste Programa.
Assim, associadas à componente de apoio à família no 1º CEB, são
desenvolvidas ações pela CMP envolvendo as Associações de Pais por se
considerar que estas desempenham um papel importante nos estabelecimentos
de ensino. Tratam-se de ações de proximidade para reforçar o elo de ligação
entre todos os agentes educativos afetados por esta oferta, no sentido de
contribuir para uma melhor escola e melhor integração dos alunos através da
assunção de compromissos e metodologias de atuação.
A CAF – 1º CEB constitui uma estratégia complementar do sistema educativo
com base na educação não formal concretizando-se essencialmente em
atividades de animação socioeducativa. É uma componente não pedagógica de
Apoio à Família que visa enriquecer o plano pedagógico escolar como um
complemento ocupacional de qualidade no prolongamento de horário escolar.
Atualmente as atividades CAF abrangem a totalidade das EB cobrindo as suas
necessidades na componente de apoio à família a 100%, beneficiando os
alunos, e apoiando os pais.
80
AÇÃO SOCIAL ESCOLAR
Alinhamento da ação com a estratégia da CEP, 2007 para o desenvolvimento dos
sistemas de educação e de formação - volume III, cap.VI.
Componentes e Desenvolvimento da ação
Denominação da ação Ação social escolar
Enquadramento legal Decreto-lei nº 399 - A/34 de 28 de dezembro e Lei 159/99, de 14
de setembro – regulamenta a atribuição de competências aos municípios, ao nível da Ação Social Escolar, nomeadamente no que
concerne à rede pública da educação pré-escolar e ensino básico. Despacho nº. 12284/2011 de 19 de setembro e Despacho nº.
11886-A/2012 de 6 de setembro - normativos que estabelecem os valores mínimos a atribuir no ano letivo 2012/2013 (valores
anualmente definidos). Decreto-Lei nº 55/2009 de 2 de março -artigo 10º, e Decreto-Lei
n.º 176/2003, de 2 de agosto - artigos 9.º e 14.º - normativos enquadradores dos escalões de apoio para efeitos de atribuição do
abono de família.
OBS: Têm direito ao subsídio de ação social escolar os agregados que se encontram inseridos nos escalões de apoio - 1.º e 2.º em termos de atribuição do abono de família.
A atribuição e funcionamento dos apoios no âmbito da Ação Social Escolar, rege-se pelos princípios da equidade, coesão e
solidariedade social.
Identificação da ação Ação social escolar
Objetivo estratégico Aumentar a qualidade e eficácia dos sistemas de educação e formação.
Objetivo intermedio Reforçar a ação social.
Justificação Abandono escolar; educação enquanto instrumento de coesão social; existência de muitas famílias carenciadas.
OBS Inscrita em quadro estratégico com a designação: Prestação de apoios por parte do município associada à linha de atuação:
Disseminação de apoios (saúde, material escolar, transportes, alimentação, etc.) Área de atuação integrada no domínio: Planeamento e gestão
escolar (CEP, 2007, volume II, cap.V)
81
Objetivos Geral:
Promover a inclusão social e a igualdade de acesso às oportunidades educativas.
Contribuir para a promoção do sucesso educativo.
Específicos: Contribuir para a redução dos níveis de insucesso e abandono escolar com medidas de apoio social.
Garantir condições para que todas as crianças cumpram a
escolaridade obrigatória consolidando a universalidade do ensino básico.
Garantir o exercício do Direito à ação social escolar às famílias mais carenciadas das crianças que frequentam os JI´s e as escolas do 1º
CEB da rede pública.
Destinatários Crianças que frequentam as EB e JI do concelho e que tenham
direito a beneficiarem deste apoio.
Fontes de financiamento
Município e Ministério da Educação
Ano de implementação da
ação
Entre 1984 e 1999
Periodicidade da
ação
Anual
Síntese Descritiva
A ação mantém a sua essência descrita na CEP 2007, evoluindo na sua
dinâmica.
Respostas no âmbito da ação social escolar in CEP, 2007, volume II, cap. V, p. 102-103), que permanecem:
- Auxílios económicos (subsídios destinados a comparticipar nas despesas
escolares do aluno inerentes à frequência das aulas. O Município procede neste âmbito à comparticipação nos custos, designadamente de aquisição de livros e
material escolar, e garante a gratuitidade das refeições ou 50% do custo das
mesmas às crianças que frequentam as EB1 e JI do concelho e que tenham direito a beneficiarem deste apoio.
Este apoio é dirigido aos alunos inseridos em agregados familiares cuja situação
socioeconómica determine a necessidade de comparticipação nas despesas escolares e de alimentação.
82
Dinâmica da ação atualmente:
Em termos de ação social escolar o município continua a garantir a continuidade
dos apoios legalmente estabelecidos (subsidio de ação social escolar (SASE) e gestão do serviço de refeições) adotando no SASE as orientações vinculadas
atualmente pelo Ministério da Educação, quer quanto às condições de aplicação, quer aos valores mínimos de comparticipação.
Mas a Autarquia do Porto tem ido mais além reforçando o apoio socioeducativo aos alunos do 1º ciclo dos estabelecimentos da rede pública da cidade
desenvolvendo outros apoios (apoios complementares) com a preocupação de corresponder a algumas das atuais necessidades das famílias
nomeadamente, projeto escola solidária; lanche escolar; Kit escolar.
São apoios complementares que visam assegurar a igualdade de oportunidades
para todas as crianças.
O projeto escola solidária consiste na disponibilização de refeição de almoço completa, em períodos de pausa letiva a todas as crianças que frequentam as
escolas públicas de 1º CEB do Porto e irmãos com idades dos 3 aos 10 anos mediante inscrição prévia (ver especificação no anexo 5 - quadro 1).
O Kit escolar consiste na oferta de um Kit Escolar, composto por um conjunto
diversificado de material escolar (mochila, canetas, lápis (cores) estojo, régua, borracha, aguça, capa de arquivo, cadernos, entre outros), a cada aluno que
frequenta o 1º Ciclo do Ensino Básico da Rede Pública sendo entregue no 1º dia de aulas de cada ano letivo (ver especificação no anexo 5 – quadro 2).
O regime da fruta e lanche escolar consiste no fornecimento de Lanche
Escolar, iniciativa que se cruza com a medida interministerial de Regime de Fruta
Escolar -Portaria nº 1242/2009 - programa de comparticipação de fornecimento
de fruta às crianças do 1º ciclo do ensino básico (2 dias por semana) - (ver
especificação no anexo 5 – quadro 3).
De salientar que em relação ao subsidio de ação social escolar o valor do escalão
A passou a ser diferenciado por frequência do ano escolar de acordo com a especificação do Despacho nº. 12284/2011 de 19 de setembro. Principais
intervenientes Câmara Municipal do Porto (Divisão Municipal de Gestão Escolar);
Agrupamentos de Escolas.
Fontes: CEP, 2007 e Divisão Municipal de Gestão Escolar, abril, 2013
83
Dimensão/resultados da ação
1. Subsídio de ação social escolar – evolução de valores de atribuição
Situação em 2007 – valores SASE atribuídos no ano letivo 2006/2007
Dois escalões de subsídios, em função do rendimento do agregado familiar, a que correspondiam os seguintes apoios:
Escalão A – 40,00€ para aquisição de livros e material escolar e
acesso gratuito às refeições escolares. Escalão B – 28,50€ para aquisição de livros e material escolar e comparticipação de 50% no custo das refeições escolares.).
Fonte: CEP,2007
Quadro 12 – Valores de SASE atribuídos no ano letivo 2012/2013
Escolaridade Escalão A Escalão B
1º CEB
1º 40,00 28,50
2º 40,00 28,50
3º 45,80 28,50
4º 45,80 28,50
Pré-escolar 40,00 28,50 Fonte: Site CMP – consulta em 6 de Junho 013
Nota: os valores mínimos são estipulados pelo ministério da educação (ME), no entanto, no caso do Porto, os valores atribuídos são superiores por decisão municipal, com exceção do Escalão A 3º e 4ºanos no qual é cumprido o legalmente estabelecido pelo ME.
84
Quadro 13 – Evolução do nº de crianças abrangidas com SASE segundo o escalão atribuído e
verbas totais
Fonte: CEP,2007 Tabela in cap. V, pag. 103
Notas: As verbas constantes do quadro através do subsídio de ação social escolar dizem respeito exclusivamente ao apoio financeiro na aquisição de livros e material escolar. Será útil em próxima etapa de monitorização dar continuidade a este acompanhamento da ação verificando a progressão/recessão do número de alunos abrangidos.
2 . Apoios complementares ASE – dados disponíveis
Quadro 14 – Abrangência do apoio Escola Solidária por ano letivo
Ano letivo Nº incritos alunos contemplados
2010/2011
294 Alunos do EPE, 1º ciclo da rede
pública e irmãos dos 3-10 anos que
se inscrevem no apoio. 2011/2012 338
2012/2013 164
Total 796
Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar. Informação recolhida e organizada em Maio 2013. Nota: será útil em próxima etapa de monitorização avaliar o impacto do apoio tendo em conta os
objetivos a que se destina em termos de apoio socioeducativo às famílias mais carenciadas.
Ano Letivo
Alunos abrangidos
Escalão A Escalão B Total Montante total
atribuído
2003/2004 4.079 386 4.465 174.161,0
2004/2005 3.917 414 4.331 168.479,0
2005/2006 3.762 373 4.135 161.110,5
2006/2007 3.561 392 3.953 153.635,0
2007/2008 3479 353 3.832 149.232,00
2008/2009 3668 1368 5.036 185.708,00
2009/2010 3589 1489 5.078 193.666,50
2010/2011 3180 1494 4.674 176.994,60
2011/2012 2575 1580 4.155 154.456,40
2012/2013 3219 1448 4.667 177.243,00
85
Quadro 15 – Abrangência do apoio Regime da fruta e lanche escolar em 2012/2013
Dimensões 2012/2013
Totais
Nº alunos abrangidos
7376
Nº de lanches distribuídos
98.000
Nº peças de fruta fornecidas
60.000
Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar. Informação recolhida e organizada em Maio 2013 Nota: será útil em próxima etapa de monitorização avaliar a evolução do apoio em termos das suas
dimensões e investimento desde a sua implementação.
Quadro 16 – Abrangência do apoio Kit escolar por ano letivo
Ano letivo Nº Kit´s distribuidos alunos contemplados
2009/2010 8700 Alunos do 1º ciclo da rede pública de
todos os anos de escolaridade. 2010/2011 1500 Alunos do 1º ano do 1º ciclo da rede
pública. 2011/2012 1908
2012/2013 2400
Total 14.508
Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar. Informação recolhida e organizada em Maio 2013 Nota: será útil em próxima etapa de monitorização avaliar também o investimento desde a implementação do apoio.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
86
GESTÃO DOS REFEITORIOS ESCOLARES
Alinhamento da ação com a estratégia da CEP, 2007 para o desenvolvimento dos
sistemas de educação e de formação - volume III – cap.VI.
Identificação da ação Gestão dos refeitórios escolares
Objetivo
estratégico Aumentar a qualidade e eficácia dos sistemas de educação e
formação.
Objetivo intermedio Reforçar a ação social.
Justificação Abandono escolar; educação enquanto instrumento de coesão
social; existência de muitas famílias carenciadas.
OBS Inscrita em quadro estratégico com a designação: Prestação de
apoios por parte do município associada à linha de atuação: Disseminação de apoios (saúde, material escolar, transportes,
alimentação, etc.).
Componentes/Desenvolvimento da ação
Denominação da
ação Gestão dos refeitórios escolares
Enquadramento legal Dec.lei 7/2003 de 15 de Janeiro - Artigo 25º
Transição de competências 1 - As competências exercidas pelo Conselho Consultivo de Ação
Social Escolar e pelo Conselho Consultivo dos Transportes Escolares, nos termos, respetivamente, dos Decretos-Leis nºs 399-A/84, de 28 de Dezembro, e 299/84, de 5 de Setembro,
passam a ser exercidas, nos termos do presente diploma, pelos conselhos municipais de educação.
2 - As referências feitas em diplomas normativos, ou outros, ao Conselho Consultivo de Ação Social Escolar e ao Conselho Consultivo dos Transportes Escolares passam a considerar-se
feitas aos conselhos municipais de educação.
Lei nº 159/99 Estabelece o quadro de transferência de atribuições e competências para as autarquias locais - “…Compete aos
órgãos municipais no que se refere à rede pública…Assegurar a gestão dos refeitórios dos estabelecimentos de educação pré-
escolar e do ensino básico”.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
87
Despacho nº22 251/2005 Estabelece o Programa de Generalização do Fornecimento de
Refeições Escolares aos Alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico que visa garantir a todas as crianças que frequentam o 1º ciclo do ensino básico uma refeição equilibrada.
Regulamento (CE) nº178/2002 e 852/2004 do Parlamento
Europeu e do Conselho Regulamenta as normas gerais de higiene e segurança alimentar a que estão sujeitos todos os géneros alimentícios e
consequentemente as refeições escolares.
Circular nº14/2007 – Ministério da Educação Orientações emanadas pelo Ministério de Educação (Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular), no que
respeita à alimentação nas escolas, estabelecendo os alimentos autorizados e não autorizadas.
Objetivos Acompanhamento e monitorização da qualidade dos serviços na área da alimentação/nutrição prestados nos refeitórios das escolas do 1ºciclo do Ensino Básico e ensino pré-escolar da
autarquia.
Destinatários Todas as crianças que frequentam os JI´s e 1º CEB da rede
pública
Fontes de
financiamento
Município e Ministério da Educação
Ano de
implementação da
ação
Entre 1984 e 1999
Periodicidade da
ação
Anual com gestão diária
Síntese Descritiva
A ação mantém a sua essência desde 2007 em termos daquilo que é a
gestão do serviço de refeições, no entanto alarga as suas componentes
numa lógica de educação alimentar e para a saúde.
A gestão dos refeitórios engloba a componente material e física relacionada com o espaço, o equipamento e o apetrechamento dos refeitórios escolares; a
componente nutricional relacionada com a qualidade das refeições fornecidas aos alunos e a componente socioeconómica relacionada com o acesso às
refeições e respetivo custo.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
88
O financiamento das refeições escolares foi da exclusiva responsabilidade dos
Municípios até finais de 2005. A partir desta data e com o Programa Nacional de Generalização do Fornecimento de Refeições Escolares aos Alunos do 1º
Ciclo do Ensino Básico, a Administração Central passou a comparticipar esta despesa.
São objetivos do Município do Porto, em matéria do fornecimento de refeições:
- Garantir o fornecimento das refeições escolares a todas as crianças do
primeiro ciclo do ensino básico e dos jardins de infância da rede pública da cidade do Porto;
- Elevar a qualidade dos serviços na área da alimentação/nutrição prestados a
estas crianças;
- Contribuir, por esta via, para o sucesso escolar dos alunos do 1º ciclo do ensino básico.
Para este efeito, o Município do Porto procedeu ao apetrechamento das EB1 e dos JI, da rede pública da cidade, com os equipamentos e materiais
indispensáveis ao bom funcionamento das cantinas.
O fornecimento das refeições está a cargo de uma empresa externa, a quem foi adjudicada a prestação deste serviço.
Sendo a qualidade alimentar das refeições uma preocupação do Município, foi
celebrado, em Maio de 2003, um Protocolo renovado anualmente de Colaboração com a Universidade do Porto – Faculdade de Ciências da Nutrição
e Alimentação, com a finalidade de se garantir um acompanhamento diário do serviço de fornecimento de refeições nas escolas, bem como a avaliação da sua
qualidade nutricional e a monitorização da qualidade dos serviços prestados pela empresa fornecedora de refeições (vol.II-cap.V-pag.103).
Para além do fornecimento de refeições e da monitorização da qualidade
alimentar uma outra ação é basilar no funcionamento adequado deste serviço:
a gestão de palamenta.
A existência de palamenta adequada (material destinado ao funcionamento dos refeitórios e cantinas escolares) é fundamental, sendo que a autarquia solicita
anualmente aos agrupamentos de escolas as carências de unidades de palamenta (exemplos destas unidades: copos, talheres, pratos, panelas…) a
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
89
fim de se efetuar a sua reposição geral em tempo útil colmatando as
necessidades identificadas.
Nesta componente da gestão de refeitórios também se vão gerindo pedidos
avulsos ao longo do ano avaliando quebras e necessidades efetivas.
Dinâmicas da ação
A partir de 2008 e no sentido de agilizar e modernizar procedimentos, as
refeições passaram a ser marcadas e geridas online (diariamente) através do Portal Extranet que suporta o aplicativo Escola 3.0, o que permite um maior
controlo no processamento das encomendas e cobranças das refeições aos consumidores.
Em termos da sua lógica, atualmente esta ação surge associada não só à
preocupação de apoiar crianças oriundas de famílias carenciadas (vertente da ação social escolar), mas também de colmatar uma necessidade atual da
maioria das famílias face à sua indisponibilidade para fornecer a alimentação (almoço) às suas crianças devido à falta de retaguarda familiar em conjunto
com a necessidade de cumprimento de horários de trabalho.
Em termos de gestão importa salientar a importância dada ao
acompanhamento e avaliação do serviço prestado numa ótica de melhoria contínua, sendo de acentuar a avaliação qualitativa das ementas; a elaboração
de cláusulas técnicas estabelecidas em Caderno de Encargos da responsabilidade da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da
Universidade do Porto por forma a assegurar o cumprimento dos requisitos legais, bem como, uma oferta alimentar equilibrada e adequada a todas as
crianças; a verificação do cumprimento do Caderno de encargos através de monitorização realizada diariamente; as auditorias de Higiene e Segurança
Alimentar e a avaliação da satisfação com o serviço de refeições – por parte das crianças e escolas.
É de salientar também a oferta de alimentação específica para crianças a
frequentar as escolas públicas do 1º ciclo do ensino básico e do ensino pré-
escolar, que por motivos de saúde ou culturais necessitem de uma alimentação específica.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
90
Mas para além das componentes inerentes à gestão de refeitórios, a ação em
matéria alimentar não fica por aqui, sendo desenvolvidas ações diversas associadas à promoção da saúde através da educação para aquisição de
hábitos alimentares saudáveis.
Como exemplos de ações associadas ao domínio da educação alimentar
salientam-se o Projeto Mundo dos Sabores; Memórias com Sabor e o Projeto BAP
Projeto Mundo dos Sabores
Este projeto visa promover a educação alimentar alertando e sensibilizando para a promoção da saúde e de uma alimentação saudável.
É dirigido a alunos do 2º ciclo do ensino básico, organizado pelo Pelouro do
Conhecimento e Coesão Social da CMP, com a colaboração da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da universidade do Porto (FCNAUP).
Cada turma implicada participa em sessões programadas, desenvolve atividades associadas na escola e o produto do seu trabalho é a apresentação
de um registo em forma de livro de receitas e/ ou produtos únicos criados pelos participantes para decoração de mesas de jantar temáticas. O projeto
culmina com a sessão de encerramento, na qual se desenvolve uma “Feira de sabores”, onde são apresentados os trabalhos desenvolvidos ao longo do
projeto.
Projeto Memórias com sabor
Projeto que promove a educação alimentar envolvendo a participação de
grupos de séniores de centros de dia em diversas atividades em museus, bibliotecas e arquivo municipal. É organizado pelo Pelouro do Conhecimento e
Coesão Social da CMP, e conta com a colaboração da FCNAUP. Desenvolve-se em torno da gastronomia e inscreve a visita da Nutricionista a cada instituição com uma exposição acerca do tema “Comer com gosto e
medida”.
No âmbito desta iniciativa convidam-se todos a produzir receitas e a
reinventar elementos tradicionalmente associados à preparação, confeção e consumo de alimentos.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
91
Fontes: CEP,2007 e Divisão Municipal de Gestão Escolar, abril, 2013
O projeto tem também uma dimensão cultural de registo das memórias
individuais e coletivas, que irão ser recolhidas pelos animadores culturais de cada centro.
Projeto BAP – Bebe Água do Porto
Este projeto tem como objetivos motivar os mais jovens e a respetiva comunidade educativa, a beber a água da rede pública, informando e
formando quanto à sua qualidade e reduzir o uso de produtos descartáveis, minimizando os gastos com energia e matéria-prima bem como diminuindo a
quantidade de resíduos no meio envolvente.
É um projeto promovido pela CMP em parceria com a Ordem dos
Nutricionistas.
Principais
intervenientes
CMP (Divisão Municipal de Gestão escolar); Faculdade de Ciências da
Nutrição e Alimentação da Universidade de Porto; Empresa prestadora
de serviço das refeições escolares.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
92
Dimensão/resultados da ação
1.035.929 Refeições fornecidas no ano letivo 2012/2013 no conjunto dos
estabelecimentos escolares de competência municipal (período de referencia
dos dados: 1/09/2012 a 11/06/2013)
Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar (Aplicativo Escola 3.0.).
Nota: será útil no âmbito da monitorização da CEP ir acompanhando e avaliando esta ação
medindo o nº de refeições fornecidas por escola e agrupamento segundo os utilizadores do
serviço (professores, alunos, outros…) e articular com dados relativos a investimento.
10.225 Unidades de Palamenta distribuídas em 2013 no conjunto dos
estabelecimentos escolares de competência municipal com um investimento total na
ordem dos 5.900 euros.
Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar (faturas de palamenta adquira para o ano de 2013).
Nota: será útil no âmbito da monitorização da CEP ir acompanhando e avaliando esta ação.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
93
COMPONENTE DE APOIO À FAMILIA
NO CONTEXTO PRÉ-ESCOLAR
Alinhamento da ação com a estratégia da CEP, 2007 para o desenvolvimento
dos sistemas de educação e de formação - volume III – cap.VI.
Identificação da ação Componente de Apoio à Família (CAF) – pré-escolar
Objetivos estratégicos Permitir o acesso de todos à Educação e à formação
Objetivo intermedio Generalizar a frequência do ensino pré-escolar
Justificação Revisão dos horários de funcionamento dos JI´s
OBS Inscrição da ação na política municipal de educação
(CEP,2007 - VOLUME II - CAP.V): Administração da componente de apoio à família nos jardins de infância
da rede pública. Área de atuação integrada no domínio: Planeamento e
gestão escolar (CEP, 2007, volume II, cap.V)
Componentes e Desenvolvimento da ação
Denominação da ação Componente de Apoio à Família (CAF).
Enquadramento legal Lei quadro da educação pré-escolar (lei 5/97 de 10 de
Fevereiro). D.L. 147/97 de 11 de Julho. Portaria 583/97 (horários dos estabelecimentos de
educação pré-escolar). Portaria 1044-A/2008 (rácio dos trabalhadores por J.I e
1º ciclo). Desp. Conjunto 300/97 (normas que regulam as
comparticipações às famílias).
Objetivos - Dar resposta social indispensável na conciliação entre a vida familiar, profissional e escolar.
-Acompanhar as crianças do pré-escolar nos tempos não-
letivos proporcionando momentos lúdicos e ofertas diversificadas.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
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Destinatários Crianças integradas nos JI´s da rede pública
Fontes de
financiamento
Municipal
Ano de
implementação da
ação
S.I
Periodicidade da ação Ação de continuidade anual (decorre todos os anos letivos)
Síntese Descritiva
Inscrita na CEP em 2007 para a educação pré-escolar mantendo a sua essência na sua continuidade até 2013:
Atendimento à criança em idade pré-escolar no prolongamento do horário letivo
desenvolvendo atividades de carater lúdico de grande grupo por pessoal não
docente coordenado pelo Departamento de Educação sendo a supervisão técnica da responsabilidade dos agrupamentos. São atividades desenvolvidas em horário
não letivo (in CEP,2007).
O serviço da componente de apoio à família compreende o período da manhã anterior ao tempo letivo, o período do almoço, os períodos após as atividades
letivas, assim como o das interrupções letivas.
Dinâmica atual:
Atualmente as atividades CAF abrangem a totalidade dos J.I´s cobrindo as suas necessidades na componente de apoio à família a 100%, beneficiando os alunos,
e apoiando os pais.
Para além das atividades lúdicas passaram a ser promovidas atividades
estruturadas de expressão musical, designadas de “Crescer com a Musica”.
O projeto "Crescer com a Música" tem como principal objetivo promover a
inserção social e o combate à exclusão através do desenvolvimento de um conjunto de ações que criam oportunidades de valorização pessoal através de
diferentes instrumentos de carácter cívico e de promoção da cidadania de caráter cultural, social e de animação.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
95
Deste modo, esta oferta educativa, promove o enriquecimento curricular no
domínio da música em tempo pós letivo.
A música será, um importante elo de ligação entre os adultos e as crianças, promovendo a satisfação das necessidades da criança ao nível lúdico, da
expressão e criação.
A Componente de Apoio à Família (CAF) no pré-escolar integra o Programa de
Desenvolvimento da Educação Pré-escolar resultante de um compromisso da CMP materializado num protocolo com a Associação Nacional de Municípios.
Este programa integra as seguintes ações:
- Colocação de assistentes técnicos e operacionais para desenvolvimento de atividades CAF
- Fornecimento de refeições. - Manutenção das instalações e equipamentos.
A supervisão da CAF é do órgão de gestão.
As Educadoras colaboram na coordenação das atividades procurando assegurar
uma certa continuidade educativa entre os dois momentos garantindo a diversidade.
A CAF não assume a forma de intencionalidade pedagógica, a gestão dos
espaços CAF encerra uma componente lúdica e informal no sentido da satisfação dos destinatários no desenvolvimento das atividades definidas. Constitui um
espaço espontâneo de livre escolha pretendendo-se que haja uma quebra em relação às atividades letivas proporcionando dinâmicas diferentes.
A otimização do espaço do recreio é importante na dinâmica CAF.
A criação de espaços de debate entre todos os profissionais CAF é de extrema
utilidade para avaliar, refletir e partilhar boas práticas.
As Assistentes Técnicas que constituem os recursos humanos que dinamizam as
atividades dos tempos CAF são contempladas com formação de acordo com as
necessidades que vão sendo detetadas. A título de exemplo, em 2011, todas as
funcionárias que integraram de novo a função oriundas de uma prática diferente
tiveram formação inicial especifica na área da educação de infância. As
Assistentes Operacionais também são alvo de formação pois constituem um
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
96
apoio importante nos tempos CAF. Em 2012 foi feita formação específica a todas
as técnicas de prolongamento de horário e a todas as Assistentes Operacionais
de enriquecimento e valorização profissional com repercussões na qualidade do
serviço que prestam às crianças, às famílias e à escola.
Ação de melhoria CAF – pré-escolar (iniciada em 2012):
O Porto de Apoio à Família – Projeto que concretiza uma mudança na
estratégia indo além do legalmente estabelecido. Pretende-se promover ações de qualificação do serviço prestado.
Este projeto surge de uma avaliação efetuada à CAF por parte da equipa para introdução de melhorias nas ações e no desempenho.
É um projeto de parceria com a Escola Superior Paula Frassineti que se encontra
em fase de construção e que tem como finalidade: Dinamizar a CAF elevando a
qualidade da educação pré-escolar. Pretende-se desafiar as equipas CAF à construção de um plano de intervenção
fundamentado para 2013/2014
A Escola Paula Frassineti assume neste processo a monitorização e acompanhamento da CAF com os seguintes propósitos:
1- Fazer um diagnóstico desta componente e identificar necessidades 2- Colaborar na definição e implementação de planos de ação adequados a cada
realidade. 3- Disponibilizar acompanhamento técnico e a capacitação das equipas.
4- Avaliar o impacto do trabalho desenvolvido no sentido da promoção de melhorias.
5- Produzir fundamentação para o reconhecimento da CAF tornando visível a sua importância.
Trabalho desenvolvido até ao momento: - Recolha de informação através de visitas aos jardins de infância identificando
potencialidades e constrangimentos da CAF.
- Produção de um diagnóstico preliminar com informação sobre como acontece a CAF (tipo de espaços; tipo de materiais; tipo de atividades; boas práticas;
aspetos a melhorar) Principais intervenientes CMP (Divisão Municipal de Gestão Escolar); Juntas de
Freguesia; Escola Superior Paula Frassineti Fontes: CEP, 2007; Divisão Municipal de Gestão Escolar, Abril de 2013
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
97
Dimensão/resultados da ação
Situação 2007
Nº de crianças abrangidas:1600 crianças
Nº colaboradores envolvidos: 113.
Fonte: CEP, 2007
Situação em 2012/2013:
Nº colaboradores envolvidos: 156 (66 Assistentes Técnicos; 90 Assistentes
Operacionais).
Nº crianças abrangidas: 1056 em prolongamento de horário e 1969 com
alimentação num total de 2249 alunos do pré-escolar.
Fonte: Agrupamentos de escolas e Divisão Municipal de Gestão Escolar. Informação recolhida e sistematizada em maio 2013
Quadro 17 – Alunos com componente de apoio à família
Componentes da procura pré-escolar
Nº
%
Total de alunos 2249
Alunos com almoço 1969 87,5
Alunos c/ prolongamento 1056 47,0
Fonte: Agrupamentos de Escolas (atualização:18-09-2012). Informação sistematizada em maio 2013
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
98
Porto de Apoio à família – CAF pré-escolar
(Conclusões do diagnóstico preliminar)13
Boas práticas identificadas:
- Planificação conjunta (Educadoras e Assistentes).
- Avaliação conjunta das atividades.
- Articulação com as atividades da componente letiva.
- Feedback positivo dos pais.
- Participação das Educadoras no momento da refeição.
- Espaços adequados.
- Formação dos Assistentes.
- Boa relação entre os intervenientes.
- Assiduidade das equipas.
13
As conclusões deste diagnóstico foram apresentadas pela Escola Superior Paula Frassinetti aos agentes do pré-escolar e técnicos da autarquia em sessão de esclarecimento do Projeto Porto de Apoio à Família promovida pela Divisão Municipal de Gestão Escolar, realizada no Museu do Vinho do Porto no dia 15/05/2013.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
99
Nas informações supra demos conta da evolução da ação educativa da CMP no
âmbito das suas competências/atribuições legais, cuja atualização de
informação articula conteúdos do volume III da CEP, em termos do seu quadro
estratégico e do volume II, cap V, ponto 4, em termos da sua inscrição nos
domínios de ação definidos no âmbito da Política Municipal de Educação em
2007.
Dando continuidade à atualização de informação relativa ao volume II – cap V,
ponto 4 da CEP, passamos a dar conta da evolução da ação educativa da CMP
de âmbito inovador, ou seja a ação que ultrapassa as atribuições legais das
autarquias em matéria educativa.
As autarquias têm vindo a desenvolver um conjunto de projetos e ações de
âmbito social, cultural, desportivo e pedagógico para além das competências
legalmente atribuídas, de iniciativa autárquica ou enquanto parceiras em
articulação com as escolas e outros agentes educativos que representam
situações designadas por Pinhal (1997) como subsidiariedade ao contrário14.
Apresenta-se seguidamente o panorama da ação do Departamento Municipal
de Educação no domínio Programas e Projetos Inovadores que enquadra a
ação educativa de âmbito inovador pois além de ultrapassar o âmbito de
competência municipal em matéria educativa, trespassa a conceção formal de
educação abrangendo âmbitos de educação não formal e informal.
14 Pinhal, J. (1997). Os municípios e a descentralização educacional em Portugal. In A. Luís, J. Barroso, & J.
Pinhal (Org.), A administração da educação: investigação, formação e práticas. Lisboa: Fórum Português de
Administração Educacional.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
100
II.2 – Ação Educativa Municipal de âmbito Inovador
Neste ponto analisaremos a ação educativa do Departamento Municipal de
Educação (DME) – atual unidade orgânica responsável pelo desenvolvimento
das ações legalmente previstas em matéria de educação e das ações de
âmbito educativo que ultrapassam as competências legais, que designaremos
de ação inovadora.
Tal como na ação legalmente atribuída, que como vimos tem vindo a alargar
das suas componentes, em matéria de ação inovadora o DME também tem
vindo a ampliar as suas respostas.
Em 2007, segundo informação da CEP, 2007 este âmbito da ação
inovadora estava enquadrado na área da promoção da infância e
juventude “…a atuação do DMEJ, para além de assegurar o cumprimento das
atribuições legais, caracteriza-se também pelo desenvolvimento de um
conjunto de outras iniciativas de âmbito educativo, materializadas num projeto
educativo que incorpora acções no domínio do planeamento e gestão escolar e
no domínio da promoção da Infância e Juventude” (volume II, cap.V,
p.101)
Analisemos então os projetos e ações educativas municipais extra competência
legal (ação inovadora) pontuando o que se manteve até ao momento e
identificando os projetos implementados pós 2007.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
101
Em 2007, a CEP identifica 3 principais projetos no âmbito da ação inovadora,
…“Ao nível da promoção da infância e da juventude, o DMEJ assume como
principais responsabilidades o desenvolvimento dos Projetos Porto de
Crianças; O Porto a ler e Consegui. (cap.V, p.101), vejamos no quadro
seguinte os que se mantiveram e os que surgiram depois.
Quadro 18 – Evolução da ação inovadora desde 2007
PRINCIPAIS PROJETOS NO AMBITO DA AÇÃO INOVADORA
Identificação Desenvolvimentos
Programa Porto de Crianças
MANTEM
Programa O Porto a Ler
MANTEM
Programa Porto de Futuro NOVO
Programa Educação Para os Valores
NOVO
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
102
Passaremos a apresentar a caracterização atual da ação de âmbito
inovador integrando quer os principais programas/projetos quer a
restante atividade de cariz educativo/formativo, com base em
informação do Plano Municipal de Educação do Porto elaborado em
2011.
A sequência das apresentações é efetuada em função do ano de
implementação da ação num sentido crescente, sendo que a mesma vai sendo
identificada e caracterizada independentemente da sua tipologia (programa;
projeto; atividade; iniciativa; recurso…):
Programa Porto de Crianças
Ano de Implementação: 1995
Vetor de Intervenção: Coadjuvação Curricular
Destinatários: alunos/crianças e docentes das escolas do 1º ciclo do ensino
básico e dos jardins de infância da rede pública da cidade do Porto
Objetivos:
- Contribuir para o sucesso escolar e desenvolvimento integral dos
alunos/crianças, criando condições de interação máxima entre a escola/jardim
de infância e restante comunidade educativa, pela articulação de diferentes
contextos de ensino/aprendizagem - sala de aula, espaço escola, laboratório,
cidade/património, expressões artísticas.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
103
- Fomentar uma atitude positiva relativamente à aprendizagem e à escola e
uma visão plural e multifacetada da realidade.
- Fomentar a educação artística, a cultura científica, a formação cívica e para a
cidadania como ferramentas essenciais aos processos de
ensino/aprendizagem.
- Fomentar a Educação Artística, a cultura científica, a formação cívica e para a
cidadania como ferramentas essenciais aos processos de
ensino/aprendizagem.
Breve Síntese Descritiva: O Porto de Crianças é um programa de
coadjuvação curricular, dirigido aos alunos/crianças e docentes das escolas do
1º ciclo do ensino básico e dos jardins de infância da rede pública da cidade do
Porto. Através de práticas transversais e interdisciplinares procura-se inspirar,
nos alunos e professores/educadores, a sensibilidade, a imaginação, a
criatividade, a comunicação, a análise, a capacidade e a capacitação para fazer
escolhas. Promove o enriquecimento contínuo de saberes académicos, de
competências essenciais e de conhecimentos contextualizados no território; da
identidade; das expressões artísticas e da cidadania, ampliando e
enriquecendo a oferta educativa formal pelo reforço dos projetos de turma,
pela coadjuvação curricular com parceiros educativos especialistas em
diferentes áreas artísticas e científicas, a partir de um tema central.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
104
Programa O Porto a Ler
Ano de Implementação: 2006
Vetor de Intervenção: Promoção do Livro, da Leitura e da Escrita.
Destinatários: Escolas Básicas e jardins de infância da rede pública; alunos
do pré-escolar e 1º CEB.
Objetivos:
- Contribuir, a nível local, para a promoção da literacia na população em geral
e especificamente na população infantil do ensino básico (pré-escolar e 1º
ciclo).
- Contribuir para a prossecução dos objetivos e linhas estratégicas do PNL,
pela operacionalização do protocolo assinado entre a CMP e a Comissão do
Plano Nacional da Leitura.
Breve Síntese Descritiva: Programa O Porto a ler pretende dar corpo ao
Plano Nacional da Leitura (PNL) com quem a Câmara Municipal do Porto
mantêm uma parceria formalizada desde novembro de 2006.
Metodologicamente, prevê o planeamento e execução de projetos definidos
anualmente, bem como a manutenção de ações já anteriormente dinamizadas
pelo Município que, pelas suas características e avaliação positiva,
consubstanciam uma mais valia na prossecução dos objetivos e linhas
estratégicas do Plano Nacional de Leitura.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
105
Áreas de intervenção: reforço do fundo documental das escolas do 1º ciclo do
ensino básico e jardins de infância da rede pública do Porto; formação;
concursos; sensibilização / animação.
Plano de Visitas de Interesse Lúdico e Pedagógico
Ano de Implementação: 2006
Vetor de Intervenção: Recursos e Benefícios
Destinatários: Jardins e Infância e Escola Básicas da rede pública do Porto;
(alunos do pré-escolar e 1º ciclo).
Objetivos: Promover o conhecimento mais aprofundado do território local,
regional e nacional respeitando os projetos educativos das escolas e conteúdos
programáticos o Ministério da Educação.
Breve Síntese Descritiva: Plano assegura as visitas de carácter lúdico e
pedagógico, permitindo um contacto direto com a realidade e uma vivência
prática dos conteúdos programáticos abordados em consonância com os
projetos educativos de cada Agrupamento.
OBS: Ação também identificada na CEP, 2007, enquadrada no domínio Planeamento e Gestão Escolar,
embora não seja uma ação de competência municipal, com a denominação Programação de Transporte
para apoio a visitas de estudo dos jardins de infância e das escolas do 1º ciclo da rede pública (volume II,
cap. V , p.101 e 107).
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
106
Visitas aos Paços do Concelho
Ano de Implementação: 2007
Vetor de Intervenção: Recursos e Benefícios
Destinatários: Grupos, alunos dos diferentes ciclos de ensino da rede pública
e privada, sendo necessária a marcação prévia.
Objetivos: Dar a conhecer um pouco da história do edifício e aspetos políticos
da cidade contextualizados nos seus diferentes espaços.
Breve Síntese Descritiva: Visitas orientadas aos Paços do Concelho contando
a história dos espaços do Município (sala D. Maria II, Salão Nobre, a Sala de
Reuniões; átrio), e dando a conhecer o seu espólio e de momentos marcantes
do passado da cidade do Porto, dando enfoque ao séc. XIX (Liberalismo) e
Invasões Francesas (cerco do Porto).
Concertos Promenade
Ano de Implementação: 2007
Vetor de Intervenção: Recursos e Benefícios
Destinatários: Escolas da rede pública e privada do pré-escolar e 1º ciclo
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
107
Objetivos: Sensibilizar e promover a educação artística e musical dos alunos,
porque a música é um fator importante na formação e desenvolvimento
cultural das crianças e jovens em idade escolar.
Breve Síntese Descritiva: Iniciativa de âmbito educativo e cultural que
divulga a música e proporciona aos alunos e pais/ encarregados de educação,
a oportunidade de participarem em concertos didáticos de elevada qualidade
musical. Contempla a distribuição de bilhetes pelas escolas básicas do 1º ciclo
da rede pública, estabelecimentos de ensino privado.
Circo de Natal
Ano de Implementação: 2007
Vetor de Intervenção: Recursos e Benefícios.
Destinatários: Jardim de Infância e 1º Ciclo do Ensino Básico da rede pública
Objetivos: A Câmara Municipal do Porto proporciona às crianças e seus
pais/encarregados de educação momentos de convívio em família convidando-
os a assistirem ao Circo, agendado durante o período de férias escolares do
Natal.
Breve Síntese Descritiva: A Câmara Municipal do Porto, na época de Nata,
adquire bilhetes para o Circo e distribui pelos Jardim-de-infância e EB1`s da
cidade do Porto bilhetes para as crianças e respetivos Encarregados de
Educação/pais assistirem a um espetáculo de Circo.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
108
Programa Porto de Futuro
Ano de Implementação: 2007
Vetor de Intervenção: Empreendedorismo e Inovação.
Destinatários: Escolas públicas; todos os ciclos de ensino (todos < de 18
anos).
Objetivos:
- Promover uma maior participação da sociedade civil na vida das escolas;
gerar uma cultura do conhecimento baseada no mérito, na criatividade, na
inovação e no empreendedorismo.
- Promover a transferência de boas práticas e conhecimento do mundo
empresarial para as escolas.
Breve Síntese Descritiva: O Programa Porto de Futuro é pioneiro e inédito
no País e surge como resposta à necessidade de uma maior participação da
sociedade civil na vida das escolas, reconhecendo o papel fundamental da
Educação no desenvolvimento sustentado de uma sociedade mais competitiva
e dinâmica.
É um programa educativo que assenta em parcerias entre Escolas e Empresas
que, em conjunto, implementam projetos desenhados em torno de vetores de
atuação estruturantes para o desenvolvimento sustentado de uma sociedade
mais competitiva e dinâmica: consultoria de gestão, empreendedorismo e
cidadania, modelos de referência, prevenção do abandono escolar e promoção
do sucesso escolar, mérito escolar, desenvolvimento vocacional e pessoal,
promoção da saúde juvenil.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
109
Programa Eco-Escolas/Bandeira Azul
Ano de Implementação: 2008
Vetor de Intervenção: Recursos e Benefícios.
Destinatários: Escolas da rede pública e privada; alunos do 1º, 2º, 3º Ciclos
e Secundário.
Objetivos: Pretende reconhecer e encorajar ações de cariz ambiental e
premiar o trabalho desenvolvido pela escola na melhoria do seu ambiente
ambiental, sensibilizando a comunidade.
Breve Síntese Descritiva: O Eco-Escolas é um programa internacional que
pretende encorajar ações e reconhecer o trabalho de qualidade desenvolvido
pela escola no âmbito da educação ambiental. Fornece fundamentalmente
metodologia, formação, materiais pedagógicos, apoio e enquadramento ao
trabalho desenvolvida pelas escolas.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
110
Laboratório Aberto
Ano de Implementação: 2009
Vetor de Intervenção: Conhecimento e Divulgação Cientifica e Tecnológica.
Destinatários: Pré-escolar; 1º,2º, 3º Ciclo e Secundário.
Objetivos: Promover o ensino experimental da ciência.
Breve Síntese Descritiva: Atividade composta por um conjunto de
experiências científicas para diferentes faixas etárias, todas relacionadas com
um tema específico, organizadas de modo a oferecerem uma experiência rica,
coerente e interdisciplinar.
O saber fazer-saber é o convite feito aos visitantes, num espaço onde cada um
poderá, com a ajuda dos monitores, descobrir novas formas de pensar e
encontrar respostas para as suas dúvidas científicas.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
111
Sea Life
Ano de Implementação: 2009
Vetor de Intervenção: Recursos e Benefícios
Destinatários: Escolas básicas do 1º ciclo da rede pública do Porto
Objetivos: Melhorar o conhecimento sobre o meio aquático, como a fauna e a
flora marinha, alertando para a importância da proteção dos oceanos e das
espécies em perigo.
Breve Síntese Descritiva: Atribuição de 2500 entrada gratuitas por cada ano
para as crianças do ensino básico, no âmbito do protocolo de colaboração entre
o Município do Porto e o Sea Life.
Todos Somos Escola
Ano de Implementação: 2009
Vetor de Intervenção: sem vetor associado
Destinatários: Direção dos Agrupamentos de Escolas, coordenadores e
docentes dos estabelecimentos de ensino, Associações de Pais e Encarregados
de Educação.
Objetivos:
- Melhorar o relacionamento interinstitucional e reduzir obstáculos
comunicacionais.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
112
- Evidenciar a importância que o município atribui à educação e à relevância
dada a um relacionamento profícuo e de proximidade com a comunidade
educativa do Porto.
Breve Síntese Descritiva: Promoção de Encontro dirigido aos Agrupamentos
de Escolas do Porto
Programa Educação Para os Valores
Ano de Implementação: 2010
Vetor de Intervenção: Cidadania, Desenvolvimento Vocacional e Pessoal.
Destinatários: Escolas da rede pública; turmas do 3.ºciclo do ensino básico -
alunos de 9ºano.
Objetivos:
- Contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
- Sensibilizar e formar jovens de forma a incentivá-los a uma participação
ativa na prossecução da melhoria das suas competências sociais, emocionais
cognitivas, comportamentais e éticas.
Breve Síntese Descritiva: O Programa Educação para os Valores surgiu com
base na constatação de que os constantes desafios verificados na sociedade
moderna, ao nível sociocultural, que exigem respostas cada vez mais eficientes
e eficazes das Instituições. Pretende-se ainda sensibilizar e formar jovens de
forma a incentivá-los a uma participação ativa na prossecução da melhoria das
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
113
suas competências sociais, emocionais cognitivas, comportamentais e éticas.
As principais temáticas abordadas nas escolas são: relações interpessoais; a
educação para os direitos humanos; a educação sexual; a educação para a
saúde; a educação para o ambiente e desenvolvimento sustentável; a
educação para a preservação e defesa do património público; a educação para
a cultura, a educação financeira e o empreendedorismo social. A concretização
destes domínios passa pela realização de ações de formação semanais, com
duração de 90 minutos no decorrer no horário letivo, centradas em nove
unidades temáticas.
Educação Financeira – Territórios de educação financeira
Ano de Implementação: 2010
Vetor de Intervenção: Cidadania, Desenvolvimento Vocacional e Pessoal
Destinatários: Escolas públicas; níveis de ensino: 1º, 2º e 3º ciclos.
Objetivos:
- Capacitar os alunos a lidar com o dinheiro.
- Desenvolver competências que contribuam para a formação de uma
sociedade com hábitos de consumo mais responsáveis e seguros.
- Conhecer conceitos no âmbito da gestão financeira.
- Dotar os alunos de competências práticas, como por exemplo, abrir uma
conta bancária, preencher um cheque, usar o cartão de crédito ou ainda
elaborar um plano de gastos.
Breve Síntese Descritiva: Pretende-se o envolvimento das Escolas num
projeto de territorialização de educação financeira, desenvolvendo e
aprofundando conhecimentos que consciencializem os alunos para a
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
114
importância do dinheiro na vida quotidiana, bem como a aquisição de
competências que permitam uma correta tomada de decisões, designadamente
fazer escolhas cruzadas com a necessidade de pensar/aprender a fazer
orçamento e a definir objetivos financeiros específicos de acordo com a tarefa.
Bolsas Universidade Lusófona
Ano de Implementação: 2010
Vetor de Intervenção: Recursos e Benefícios
Destinatários: Alunos que concluíram o 12º ano dos Agrupamentos de
Escolas da rede pública do Porto
Objetivos: Promover a igualdade de acesso ao ensino superior de alunos.
Breve Síntese Descritiva: A Universidade Lusófona do Porto em parceria
com a Câmara Municipal do Porto vai atribuir duas bolsas de estudo integrais,
para a frequência dos cursos ministrados no polo do Porto, a estudantes
residentes no Concelho do Porto que cumpram requisitos previstos no
Regulamento próprio.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
115
Projeto Atitudes e Sinais a Aprender para Viver
Ano de Implementação: 2011
Vetor de Intervenção: Cidadania, Desenvolvimento Vocacional e Pessoal
Destinatários: alunos do 1º ciclo.
Objetivos: Promover a reflexão sobre prevenção rodoviária e difundir junto
das Escolas e alunos conceitos e comportamentos sobre a prevenção
rodoviária.
Breve Síntese Descritiva: Implementação de ações de
sensibilização/formação subordinadas a temas específicos, na temática da
prevenção rodoviária e, também, ações de cariz prático em contexto real.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
116
Descobre Outra Cidade
Ano de Implementação: 2011
Vetor de Intervenção: Cidadania, Desenvolvimento Vocacional e Pessoal
Destinatários: Escola Públicas do Porto; alunos do nível secundário
Objetivos: Promover nos jovens o conhecimento e a reflexão sobre o papel
das suas cidades no desenvolvimento do país e no contexto europeu,
destacando aspetos comuns a ambas, bem como características próprias que
as diferenciam.
Breve Síntese Descritiva: Concurso dirigido aos estudantes do ensino
secundário e profissional que decorre em simultâneo nas cidades do Porto e
Lisboa, visando aproximar e promover o intercâmbio e a partilha de
conhecimentos, de ideias e experiencias entre os jovens das duas cidades,
bem como valorizar o seu percurso académico.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
117
Retratada que está a oferta do Departamento Municipal de Educação em
termos da sua ação educativa de âmbito inovador, ou seja no âmbito da ação
que ultrapassa o âmbito das competências legalmente atribuídas, importa
perceber como globalmente esta oferta é reforçada e articulada no conjunto de
estruturas e serviços da CMP e entidades participadas e que integram o Plano
Municipal de Educação atualmente.
II.3 – Evolução das Lógicas e Dinâmicas da Ação Educativa
Municipal
Dando continuidade à atualização do volume II, cap. V – ponto 4, iremos
apresentar uma análise sobre como as lógicas e dinâmicas da ação educativa da
CMP e entidades participadas evoluíram desde 2007.
Convém então contextualizar globalmente a forma como em 2007 a ação
educativa da autarquia foi estruturada na CEP e a forma como atualmente se
encontra formatada, pois tal evidencia a evolução das lógicas e dinâmicas
associadas a esta matéria.
Assim, a Politica Municipal de Educação plasmada na CEP, 2007 no (cap. V, p.
111-117) enquadra a educação como uma área abrangida e desenvolvida por
várias unidades orgânicas da CMP que de acordo com a especificidade dos seus
respetivos conteúdos funcionais, promovem ações de âmbito educativo, daí que
são identificadas um conjunto de projetos e atividades promovidos por um
conjunto de estruturas orgânicas para além da estrutura que integrava as
competências legalmente atribuídas à Autarquia em matéria de educação –
Departamento Municipal de Educação e Juventude.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
118
Estruturas identificadas:
- DOMUS SOCIAL- Programa Escola Viva (intervenções para valorização
do espeço escolar).
- Direção Municipal de Cultura – atividades educativas desenvolvidas
pelos museus e bibliotecas municipais.
- Direção Municipal de Ambiente e Serviços Urbanos (DMASU) – oferta
pedagógica anual da rede municipal de centros de educação ambiental e
programa de oficinas sazonais.
- Fundação Ciência e Desenvolvimento – conjunto de ações educativas e
culturais dos equipamentos lúdico-pedagógicos: Pavilhão da Água e
Planetário e do serviço educativo do Teatro do Campo Alegre.
- Fundação Porto Social – conjunto de projetos e atividades de âmbito
educativo integrados na Casa das Glicínias; no Programa Urban II e no
projeto Porto Cidade de Ciência.
- Porto Lazer (empresa municipal) – conjunto de atividades de âmbito
desportivo, recreativo, e lúdico-pedagógico, dirigidas a vários grupos
específicos: crianças, jovens, adultos e idosos.
Na CEP, volume II, Cap. V, encontram-se descriminadas as ações mais
significativas desenvolvidas pelas estruturas acima identificadas.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
119
Ao analisar a forma como se encontra organizada atualmente a ação
educativa da CMP percebemos que esta lógica sistémica de abrangência
interestrutural da educação não só se mantém como é reforçada, tendo surgido
em 2011 como prova disso um documento organizador da ação educativa de
âmbito municipal que integra em fichas de ação todos os programas, projetos,
ações e atividades de âmbito educativo desenvolvidos pelas diferentes unidades
orgânicas da CMP e participadas.
Este documento foi designado de Plano Municipal de Educação (PME) e
pode ser consultado no site da CMP em:
http://www.cmporto.pt/gen.pl?sid=cmp.sections/1046
http://www.cm-porto.pt/files/pme/planeducacao.htm
Enquanto documento estratégico, o Plano Municipal de Educação pretende
promover o enriquecimento da população a nível educacional, social, ambiental,
desportivo e cultural, sobretudo para as crianças e os jovens dos 3 aos 18 anos,
e que integram o ciclo da escolaridade básica e obrigatória.
O processo de elaboração de um Plano Municipal de Educação, proporcionou
desde logo o repensar da ação educativa que foi organizada não numa lógica de
unidade orgânica mas numa lógica orientada para a ação.
A sua construção é abrangente ao universo da ação educativa no âmbito
municipal, expressando, por conseguinte, uma política educacional aos
diferentes níveis, etapas e modalidades de educação e de ensino, entendendo-
se a sua duração plurianual.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
120
O Plano Municipal de Educação afigura-se, também, como um instrumento de
divulgação das "acções educativas concretas direcionadas para as escolas, que
contribuem para o desenvolvimento global da personalidade dos alunos, o apoio
às práticas pedagógicas dos professores, o progresso social e a democratização
da sociedade." (Guedes G., 2002 in PME, p.9).
Norteada por grandes áreas de atuação, que decorrem de normativos legais e
dos objetivos subjacentes às políticas locais, organiza-se e orienta-se a oferta
educativa do município a partir de vetores de atuação específicos, que
congregam programas, projetos, ações e atividades promovidas por várias
unidades orgânicas e entidades participadas da CMP, dirigidas, não apenas à
educação pré-escolar e ao 1º ciclo do ensino básico da rede pública do Porto,
mas também aos 2º e 3º ciclos do ensino básico e ao ensino secundário, a toda
a rede privada, às famílias e a todos os jovens (até aos 18 anos) que residem
ou estão presentes na cidade – (Quadro de ações por vetores em anexo 6).
Uma outra lógica ganhou força fruto da operacionalização do conceito educação
de cidade em rede inerente ao modelo das Cidades Educadoras que a CEP
enquadra no âmbito do papel dos municípios no desenvolvimento da educação
(CEP, 2007, cap.III, p.4-6), encontrando-se em construção o designado
Projeto Educativo Municipal, que pretende agrupar e integrar não só a ação
intramunicipal (ação da autarquia) mas também a ação educativa
extramunicipal (todos os agentes educativos numa lógica de rede).
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
121
A intenção é que todos os municípios da área metropolitana do Porto organizem
a sua intervenção no domínio da educação de forma integrada e integradora
numa perspetiva de educação ao longo da vida abrangendo a educação formal,
não formal e informal.
Analisando o Projeto Educativo Municipal na fase de construção em que se
encontra podemos sistematizar os conteúdos que o enformam da seguinte
maneira:
CONTEÚDO DESCRITIVO – o que é (nesta fase)
Um pré projeto de cidade para a Educação promovido pela Câmara Municipal do
Porto perfilado a uma finalidade mais global ao nível da Área Metropolitana do
Porto que pretende agregar o conjunto de Projetos Educativos Municipais dos
vários Concelhos da AMP.
CONTEUDO DESIDERATIVO – O que pretende ser
Habita já nesta fase de construção do projeto educativo municipal ao nível da
cidade uma vontade que constitui uma expressão de possibilidades:
- De ser um projeto identitário de cidade que pretende referenciar, congregar e
potenciar a ação educativa e formativa do município, fazendo emergir o que
marca, distingue e unifica.
- De ser um projeto potenciador de desenvolvimento de um território.
- De ser um projeto que almeja na sua visão alavancar o nível de participação e
capacitação, pela mobilização e implicação das diversas organizações, agentes e
dos cidadãos na orientação dos variados espaços e diferentes níveis de
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
122
intervenção para a prossecução de um projeto educativo comum e
culturalmente corresponsável.
CONTEUDO PROJETIVO – O que pretende concretizar
- Pretende encerrar uma capacidade mobilizadora de vontades, ações e
projetos de forma integrada englobando todos os agentes educativos.
- Pretende contribuir para a consolidação de uma sociedade de conhecimento
inclusiva, estimulando a aprendizagem e a inovação articulando a educação
formal, não formal e informal na promoção do empowerment e do
desenvolvimento integral de crianças, jovens e cidadãos em geral ao longo dos
diferentes ciclos de vida e consensualizando a ação educativa no município do
Porto.
Toda a ação apresentada, representa um conjunto que enforma a atual Politica
Municipal de Educação que é balizada por um quadro normativo legal e por um
quadro de referências estratégicas e concetuais em matéria de educação,
quadros estes retratados na CEP (volume I, cap. III) e que serão atualizados no
próximo ponto.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
123
II.4 – Os Atuais Referenciais Normativos e Estratégicos
Até ao momento, o normativo legal que estabelece o quadro de atribuições e
competências das autarquias locais, nomeadamente em matéria de educação
ainda se mantém: Leis nºs 159/99 de 14 de Setembro e 169/99 de 18 de
setembro, alterada e republicada pela Lei nº 5-A/2002 de 11 de janeiro, sendo
que a lista de atribuições inscritas na CEP, 2007 consagradas no artigo 19º da
lei nº 159/99 é atual.
O Decreto-Lei nº 7/2003 de 15 de Janeiro, alterado pela Lei nº 41/2003, de 22
de Agosto, que tornou mais sólida a efetivação das atribuições definidas, em
várias matérias, nomeadamente, de constituição dos Conselhos Municipais de
Educação substituindo o conceito Conselho local de educação; de elaboração
das Cartas Educativas substituindo o conceito Carta Escolar e de construção,
apetrechamento e manutenção de estabelecimentos de educação e ensino
contínua em vigor.
Assim, as principais matérias da competência dos municípios sistematizadas na
CEP, 2007 mantêm-se atuais (volume II, cap.V – ponto 4, p.101):
- Participação no planeamento e gestão dos equipamentos educativos.
- Ação social escolar.
- Realização de investimentos nos domínios da construção, apetrechamento e
manutenção dos estabelecimentos de educação pré-escolar e das escolas do
ensino básico.
- Elaboração da Carta Educativa.
- Criação dos Conselhos Municipais de Educação.
- Apoio e desenvolvimento de atividades complementares de ação educativa.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
124
Embora os normativos essenciais que regulam as competências das autarquias
em matéria de educação permaneçam em vigor, há evoluções a registar pois as
competências das autarquias sofreram um reforço a partir de 2008 com a
transferência de novas atribuições:
- Os municípios vêm as suas competências reforçadas através do Decreto-Lei
nº 144/2008, enquadrado no lançamento de uma nova geração de políticas locais e de
políticas sociais de proximidade, assentes em passos decisivos e estruturados no caminho de uma
efectiva descentralização de competências para os municípios.
Assim, no Orçamento do Estado para 2008 o Governo ficou autorizado a
transferir para os municípios as dotações inscritas no orçamento dos ministérios
relativas a competências a descentralizar nos domínios da educação,
designadamente as relativas ao pessoal não docente do Ensino Básico, ao
fornecimento de refeições e apoio ao prolongamento de horário na educação
pré -escolar, às atividades de enriquecimento curricular no 1.º ciclo do Ensino
Básico, à gestão do parque escolar e à ação social nos 2.º e 3.º ciclos do Ensino
Básico.
Neste normativo passou a estar consagrada a transferência efetiva de
competências para os órgãos dos municípios em matéria de educação, no que
diz respeito à educação pré -escolar e ao Ensino Básico. O presente decreto-lei
contempla, ainda, a possibilidade de nas escolas básicas nas quais também é
ministrado o ensino secundário, com a designação escolas básicas e
secundárias, serem exercidas pelos municípios as atribuições a que se refere o
presente decreto-lei, mediante a celebração de um contrato específico com o
Ministério da Educação. Esta transferência efetiva de competências para os
órgãos dos municípios em matéria de educação concretiza-se, agora,
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
125
estabelecendo-se mecanismos que visam a salvaguarda da situação jurídico-
funcional do pessoal abrangido.
Assim, de acordo com o seu artigo 1º, cap.I, este decreto -lei desenvolve o
quadro de transferência de competências para os municípios em matéria de
educação, de acordo com o regime previsto na Lei nº 159/99, de 14 de
Setembro, dando execução à autorização legislativa constante das alíneas a) a
e) e h) do nº 1 do artigo 22º do Orçamento do Estado para 2008, aprovado
pela Lei nº 67-A/2007, de 31 de Dezembro.
O artigo 2º, nº 1 do cap.I define as áreas da transferência de atribuições, a
saber:
a) Pessoal não docente das escolas básicas e da educação pré-
escolar;
b) Componente de apoio à família, designadamente o fornecimento
de refeições e apoio ao prolongamento de horário na educação pré-escolar;
c) Atividades de enriquecimento curricular no 1.º ciclo do Ensino
Básico;
d) Gestão do parque escolar nos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico;
e) Ação social escolar nos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico;
f) Transportes escolares relativos ao 3.º ciclo do Ensino Básico.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
126
- A partir de 2008, inicia um processo de delegação de competências nos
municípios, em matéria de educação, por via da contratualização, o que
segundo o Conselho Nacional de Educação “não traduz uma orientação clara de
descentralização, envolve um processo de transferência de encargos para as
autarquias, atribuindo -lhes, por vezes, o papel de executores das políticas
definidas pela administração central, nem sempre em sintonia com o princípio
da autonomia do poder local e nem sempre facilitando um efetivo
aproveitamento das reais possibilidades que o princípio da subsidiariedade
comporta”(in Recomendação n.º 6/2012 sobre Autarquias e Educação, do Conselho Nacional de Educação
publicada no Diário da República, 2.ª série — N.º 227 — 23 de novembro de 2012).
- Decreto -Lei nº 75/2008, de 22 de abril, alterado pelo Decreto -Lei
n.º 224/2009, de 11 de Setembro – estabelece o regime jurídico de
autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação
pré -escolar e dos ensinos básico e secundário.
Passam assim a ser constituídos os Conselhos Gerais dos Estabelecimentos de
Ensino que constituem órgãos de direção estratégica, que têm como
responsabilidade definir as linhas orientadoras da atividade da escola.
Nestes órgãos estão representados docentes e não docentes, pais e
encarregados de educação, alunos, autarquia e comunidade local.
- Decreto-Lei nº 137/2012 de 2 de Julho - Revê o Decreto-Lei nº 75/2008,
de 22 de abril, alterado pelo Decreto -Lei nº 224/2009, de 11 de Setembro,
com vista a promover o reforço progressivo da autonomia e a maior
flexibilização organizacional e pedagógica das escolas, referindo que para
tal contribuirá a reestruturação da rede escolar, a consolidação e alargamento
da rede de escolas com contratos de autonomia, a hierarquização no exercício
de cargos de gestão, a integração dos instrumentos de gestão, a consolidação
de uma cultura de avaliação e o reforço da abertura à comunidade.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
127
Este diploma versa entre outras matérias sobre o aprofundamento da
autonomia das escolas; a reorganização da rede escolar através do
agrupamento e agregação de escolas o reforço da competência do conselho
geral.
- Proposta de Lei nº 104/XII – Pretende estabelecer o novo regime jurídico
das autarquias locais; o estatuto das entidades intermunicipais; o regime
jurídico da transferência de competências do Estado para as autarquias locais e
para as entidades intermunicipais, assim como da delegação de competências
do Estado nas autarquias locais e nas entidades intermunicipais e dos
municípios nas entidades intermunicipais e nas freguesias e regime jurídico do
associativismo autárquico.
Proposta que prevê revogar a Lei nº 159/99, de 14 de setembro, alterada pelos
Decretos-Leis nºs 7/2003, de 15 de janeiro, e 268/2003, de 28 de outubro, e
pelas Leis nºs 107-B/2003, de 31 de dezembro, 55-B/2004, de 30 de
dezembro, 60-A/2005, de 30 de dezembro, 53-A/2006, de 29 de dezembro, 67-
A/2007, de 31 de dezembro, 64-A/2008, de 31 de dezembro, 3-B/2010, de 28
de abril, e 55-A/2010, de 31 de Dezembro.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
128
Assim, em jeito de conclusão no esquema seguinte encontram-se sumariadas o
conjunto das atribuições e competências municipais em matéria de educação de
tendo em conta todo o articulado legal:
Competências das autarquias por domínios
Domínio Atribuições e competências
Conceção e planeamento do Sistema Educativo Local
Criar conselhos municipais de educação;
Elaborar a carta educativa a integrar nos planos diretores municipais;
Participar nos Conselhos Gerais dos estabelecimentos escolares;
Participar na promoção da autonomia das escolas.
Construção e gestão de
equipamentos e serviços:
Assegurar a gestão dos refeitórios dos estabelecimentos de educação pré-
escolar e do ensino básico da rede pública;
Proceder à Construção, apetrechamento e manutenção dos estabelecimentos de educação pré-escolar e as escolas do ensino básico da rede pública;
Gerir o pessoal não docente das escolas básicas e da educação pré-escolar.
Gerir o parque escolar nos 2.º e 3.º ciclos15 do Ensino Básico;
Apoio aos estabelecimentos de educação e ensino e aos alunos e famílias:
Assegurar os transportes escolares;
Garantir o alojamento aos alunos que frequentem o ensino básico, quando
deslocados obrigatoriamente da sua zona de residência, como alternativa ao transporte escolar, nomeadamente em residências, centros de alojamento e colocação familiar.
Comparticipar no apoio às crianças da educação pré-escolar e aos alunos do ensino básico, no domínio da ação social escolar;
Apoiar e desenvolver atividades complementares de ação educativa.
Desenvolver a componente de apoio à família em prol do reforço pré-
escolar (fornecimento de refeições e apoio ao prolongamento de horário na educação pré-escolar).
Implementar e desenvolver atividades de enriquecimento curricular no 1.º ciclo do Ensino Básico. Ação social escolar nos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico;
Transportes escolares relativos ao 2º 3.º ciclo do Ensino Básico.
15
A ação das autarquias no âmbito do 2º e 3º ciclos nas matérias de competência legal é definida por via de
contratualização, sendo que há autarquias em que essa contratualização não se efetivou.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
129
Apresentados os principais normativos que regulam a competência e atribuições
das autarquias em matéria de educação apresentam-se ainda neste ponto do
Relatório as reestruturações internas ao nível organizacional no setor da
educação da Câmara Municipal do Porto pois tal implica alterações aos
conteúdos funcionais e aos referenciais internos que enquadram a Politica
Municipal de Educação no cumprimento do quadro legal em vigor e em
conformidade com as orientações do executivo municipal, atualizando assim as
informações plasmadas na CEP referentes à orgânica, do setor da educação da
CMP (volume II, cap.V, ponto 4).
Desde 2007 até ao momento, a unidade orgânica da CMP responsável por
planear e operacionalizar as atribuições inerentes aos municípios em matéria de
educação bem como as preceituadas pelo Executivo Municipal tem vindo a
sofrer alterações em termos de estrutura e consequentemente em termos de
conteúdos funcionais.
O Departamento Municipal de Educação e Juventude formalmente constituído
em 2003 vinha assegurando o cumprimento da Politica Municipal de Educação
enquanto estrutura única assumindo as seguintes funções (volume II, cap.V,
ponto 4, p.101):
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
130
Departamento Municipal de Educação e Juventude
- Apoiar a atividade educativa
- Prestar apoio ao Conselho Municipal de Educação
- Elaborar a Carta Educativa
- Promover politicas de apoio à Juventude - Administrar os edifícios, equipamentos e materiais escolares
- Desenvolver e apoiar programas de formação de mabito infantil e
juvenil - Assegurar os serviços de ação social e de gestão dos refeitórios
escolares
- Assegurar a colaboração com os centros de educação pré-escolar. Fonte: CEP, 2007, volume II, cap.V, ponto 4)
Em 2006 a organização do setor educativo da CMP modifica-se desdobrando-se a
alargando a sua atuação passando a sua configuração estrutural a integrar dois
setores orgânicos associados ao Departamento Municipal de Educação e
Juventude, com os seguintes conteúdos funcionais:
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
131
Divisão Municipal de Educação (DME)
1 - Administrar os edifícios, equipamentos e materiais escolares.
2 - Garantir o apetrechamento dos estabelecimentos de educação pré-escolar
e do 1º ciclo do ensino básico.
3 - Assegurar os serviços de ação social escolar, no âmbito da educação pré-
escolar e do 1º ciclo.
4 - Gerir o pessoal não docente de educação pré-escolar.
5 - Administrar os jardins de infância da rede pública.
6 - Colaborar na elaboração da carta educativa.
7 - Cooperar com o Conselho Municipal de Educação.
8 - Garantir a administração das refeições nos estabelecimentos de educação
pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico.
9 - Implementar o sistema de informação e gestão escolar.
10 - Garantir a representação do município nas Assembleias de Agrupamentos
Verticais de Escolas.
Fonte: CEP, 2007- anexos (p.34 do volume: anexos)
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
132
Divisão para a promoção da infância e juventude (DMPIJ)
1 - Promover a política municipal de apoio à juventude.
2 - Caracterizar e atualizar o universo das associações juvenis do Porto.
3 - Propor parcerias com entidades vocacionadas para a juventude.
Realizar eventos com vista à prevenção do abandono e absentismo escolar.
4 - Colaborar em iniciativas de reconhecimento de boas práticas que conciliem
a prossecução dos estudos com a cidadania.
5 - Desenvolver e apoiar programas de formação de âmbito infantil e juvenil.
6 - Participar no apoio à educação extra curricular no 1º ciclo do ensino básico.
7 - Organizar e implementar programas de ocupação de tempo não letivo
direcionados aos alunos do 1º ciclo do ensino básico.
Apoiar e incentivar a rede de bibliotecas escolares, em articulação com a DMC.
8 - Coordenar a participação do município em programas e iniciativas para a
educação e juventude.
Fonte: CEP, 2007- anexos (p.34 do volume: anexos)
Em 2012 é aprovada a estrutura flexível do município do Porto modificando-se a
orgânica e os conteúdos do setor da educação. É criada a Divisão Municipal de
Ciência e Conhecimento, a Divisão Municipal de Educação passa a designar-se
Divisão Municipal de Gestão Escolar modificando-se as suas atribuições e a
Divisão Municipal para a Promoção da Infância e Juventude (que já havia sofrido
alteração na sua denominação para Divisão Municipal para apoio à Infância e
Juventude) é agora designada de Divisão Municipal de Educação cujas
atribuições em matéria de Juventude passam para um novo setor associado ao
Pelouro da Proteção Civil, Fiscalização e Juventude: o Gabinete da Juventude que
passa a ser o responsável pela política municipal de juventude.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
133
A designação do Departamento Municipal de Educação e Juventude conforme
mencionado na CEP, 2007 altera a sua designação para Departamento
Municipal de Educação.
Os Conteúdos funcionais da atual estrutura orgânica da Educação são os que a
seguir se descriminam de acordo com Despacho nº 13315/2012 publicado no
Diário da República, 2.ª série — Nº 196 — 10 de outubro de 2012 - aprovou a
nova estrutura nuclear do Município do Porto e com a Deliberação nº 1409/2012
publicada no Diário da República, 2.ª série — Nº 196 — 10 de outubro de 2012
que aprovou a estrutura flexível:
Departamento Municipal de Educação
a) Assegurar, de forma integrada, os recursos educativos sob
responsabilidade municipal; b) Apoiar na definição da política educativa do município;
c) Desenvolver os projetos definidos pelo município, em matéria de educação; d) Formular estratégias e planos de ação para a implementação de
projetos de educação, à luz das melhores práticas; e) Assegurar a articulação e colaboração com os Agrupamentos de
Escolas, em matérias relativas aos estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico; f) Estruturar e criar procedimentos para as iniciativas e projetos em
curso, articulando interna e externamente para a concretização das iniciativas;
g) Prestar apoio e desenvolver ações no âmbito do Conselho Municipal de Educação e de outros Conselhos ou estruturas em que o Município participe;
h) Sensibilizar a sociedade para a ciência, através de um conjunto de ações que visam promover a divulgação do conhecimento.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
134
Divisão Municipal de Educação
a) Desenvolver e apoiar programas de formação e de leitura;
b) Participar no apoio à educação extracurricular, no 1.º ciclo do ensino básico; c) Apoiar e incentivar a rede de bibliotecas escolares, em articulação
com a DMB; d) Garantir a representação do Município nos conselhos gerais das
escolas secundárias; e) Assegurar parcerias entre agrupamentos de escolas e entidades representativas do tecido empresarial;
f) Coordenar a participação do Município em programas e iniciativas para a educação.
Divisão Municipal de Gestão Escolar
a) Administrar os edifícios, equipamentos e materiais escolares sob
responsabilidade municipal; b) Garantir o apetrechamento dos estabelecimentos de educação pré- -escolar e do 1.º ciclo do ensino básico;
c) Assegurar os serviços de ação social escolar, no âmbito da educação pré -escolar e do 1.º ciclo;
d) Administrar o pessoal não docente de educação pré -escolar; e) Administrar os jardins de infância da rede pública; f) Garantir a execução de atividades de enriquecimento curricular no
1.º ciclo do ensino básico; g) Garantir a administração das refeições nos estabelecimentos de
educação pré -escolar e do 1.º ciclo do ensino básico; h) Assegurar o sistema de informação e gestão escolar;
i) Garantir a representação do Município nos conselhos gerais dos agrupamentos verticais de escolas.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
135
O referencial estratégico interno ao setor orgânico da Educação da CMP, que a
seguir se apresenta, divulgado na página 35 dos anexos da CEP,2007, que
postula ou integra a assunção entre os domínios Educação e Juventude
atravessa um processo de reajustamento conducente à sua adaptação ao atual
sistema organizativo e funcional do reconfigurado Departamento Municipal de
Educação (Dep.ME) que deixou de abranger na sua atuação o domínio
Juventude.
Divisão Municipal de Ciência e Conhecimento:
a) Colaborar em iniciativas de reconhecimento de boas práticas que conciliem a prossecução dos estudos com a cidadania;
b) Desenvolver novos projetos definidos pela CMP, internamente ou pela AMP; c) Estruturar e criar procedimentos para as iniciativas e projetos em
curso, articulando com os diferentes “clientes” internos e externos para a concretização do projeto a desenvolver;
d) Definir indicadores de controlo e estabelecer objetivos para a educação; e) Colaborar na atualização da Carta Educativa;
f) Sensibilizar a sociedade para a ciência, através de um conjunto de ações que visam promover a divulgação do conhecimento.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
136
Referencial estratégico interno associado ao
Departamento Municipal de Educação e Juventude (DMEJ)
Visão Ser um Departamento Municipal reconhecido como referência na promoção,
desenvolvimento e melhoria da qualidade da Educação e das Iniciativas para
a Juventude, com o qual os seus clientes (internos e externos) e
colaboradores se sintam identificados e valorizados.
Missão Assegurar a qualidade da educação nos jardins de infância e escolas de 1º
ciclo do ensino básico da rede pública, o direito à cidadania dos jovens e à
educação ao longo da vida, contribuindo para o fortalecimento da coesão
social da cidade do Porto. Cooperar interna e externamente com iniciativas
no âmbito educativo, atendendo aos recursos municipais disponíveis e
desenvolvimento das competências dos colaboradores.
Objetivos Estratégicos
- Melhorar a qualidade da Educação na infância, no sentido de aumentar
oportunidades e diminuir desigualdades, contribuindo para alcançar a
coesão social;
- Fomentar atividades pedagógico-didáticas e dinamizar a componente
socioeducativa;
- Promover ações que visem o enriquecimento educativo de crianças, pais,
docentes e discentes;
- Promover atividades dirigidas a jovens, no sentido de proporcionar o
desenvolvimento global da sua educação e integração como cidadãos
intervenientes na construção da cidadania;
- Garantir que o Departamento, em sinergia com as demais Direções
Municipais, alcancem uma perspetiva transversal, a redução de custos e a
otimização da relação qualidade/custo - implementando práticas de
benchmarking. Fonte: CEP, 2007
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
137
Em termos de referenciais estratégicos e concetuais tendo como ponto de
partida a informação respeitante a esta matéria que enformava a realidade em
2007 plasmada na CEP (volume I, cap.III – pontos 2 e 3) e que contextualiza ao
nível nacional, europeu e internacional conceções e metas em Educação
fornecendo pistas também para aquilo que é a assunção do papel dos
municípios na educação, percebemos seguindo o rasto da evolução nestas
matérias que há bases concetuais que se mantêm como é o caso do conceito
Cidades Educadoras associado à rede internacional das Cidades Educadoras; a
nível europeu a Estratégia de Lisboa surge alterada pela Estratégia 2020,
importando perceber a este nível o que se mantém e o que é reforçado e o que
é novo em termos de objetivos, prioridades e metas; a nível Nacional verifica-se
a alteração do programa do XVII Governo Constitucional para o Programa do
XIX Governo Constitucional – quadro 19
Quadro 19 – Evolução dos referenciais
Nível 2007 2013
Internacional Cidades Educadoras
Carta Educativa do Porto 2007, Vol.I Cap.III Pág. 5
Ibero-Americano
Programa Educação | 2015
Europeu Estratégia de Lisboa Estratégia 2020
Nacional Programa do XVII
Governo Constitucional
Programa do XIX
Governo Constitucional
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
138
Apresenta-se seguidamente uma síntese de cada uma das componentes
estratégicas e concetuais inscritas no quadro 19.
Cidades Educadoras – síntese CEP, 2007
Falar de Cidades Educadoras significa também falar do movimento de cidades,
representadas pelas respetivas autarquias, que se agrupam com o objetivo de
trabalharem conjuntamente em projetos e atividades tendentes a desenvolver o
potencial educativo latente em todos os espaços da cidade, transformando-a
numa escola aberta a toda a comunidade (CEP, 2007, vol I, cap III). Em
Portugal, o Movimento das Cidades Educadoras implantou-se a partir da
participação de Lisboa e Porto na primeira reunião de Barcelona, em 1990.
Estes dois municípios ficaram assim associados à primeira redação da Carta das
Cidades Educadoras e aos trabalhos sequentes de formalização e instalação da
AICE, que se viria a concretizar no III Congresso Internacional, realizado em
Bolonha, em 1994. No entanto, foram sobretudo dois momentos centrais que
fomentaram a sua expansão: em 2000, a realização do VI Congresso
Internacional, em Lisboa, que deu visibilidade à AICE no país, mobilizando, para
além do município de Lisboa, alguns municípios da sua área metropolitana; e
em 2005, a organização da Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras
(RTPCE).
Os compromissos assumidos na Carta das Cidades Educadoras e descritos na
CEP 2007, capitulo III volume I, pág. 5 mantêm-se em vigor significando que se
mantêm os princípios da mesma.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
139
Estratégia 2020
Em 2010, concluída a década de vigência da Estratégia de Lisboa (2000-2010),
e após o balanço/avaliação da mesma apurou-se que quatro das cinco metas
traçadas não foram cumpridas por todos os países, embora se tenham registado
progressos muito apreciáveis em quase todos os domínios. Apenas o objetivo do
crescimento do número de licenciados em Matemática, Ciência e Tecnologia foi
atingido pelo conjunto dos 27 países.
Em termos gerais, a Estratégia de Lisboa teve um efeito positivo para a UE,
apesar de os seus objetivos principais (isto é, alcançar uma taxa de emprego de
70 % e afetação de 3 % do PIB a I&D) não terem sido atingidos. A taxa de
emprego da UE atingiu 66 % em 2008 (62 % em 2000), antes de voltar a
baixar devido à crise. No entanto, a UE não conseguiu reduzir o diferencial de
crescimento da produtividade em relação aos principais países industrializados:
a despesa total em I&D na UE expressa em percentagem do PIB teve um
aumento meramente marginal (de 1,82 % em 2000 para 1,9 % em 2008) (in
Documento de Avaliação da Estratégia de Lisboa, 2010).
Com o fim deste período, a União Europeia, através do Conselho
Europeu e com suporte em documentos preparatórios da Comissão,
aprovou uma nova Estratégia para o período 2010-2020, cujo nome
tudo o indica: Europa 2020.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
140
Esta nova estratégia reflete também as mudanças ocorridas na UE desde 2000,
especialmente a necessidade premente de recuperar da crise económica
alinhada à nova estratégia económica para a Europa, orientada por um
crescimento inteligente, sustentável e inclusivo focada em assegurar a saída da
crise e preparar a economia da UE para a próxima década.
Em 2000, a resposta centrou-se na construção da sociedade do conhecimento
(em que as qualificações, a ciência e a tecnologia e a inovação são fatores-
chave de progresso), em 2010 a estratégia Europa 2020 estabelece três
prioridades (vetores de crescimento) que se reforçam mutuamente e 5
grandes objetivos.
Vetores de crescimento (Estratégia 2020)
- Crescimento inteligente: desenvolver uma economia baseada no crescimento e
na inovação.
- Crescimento sustentável: promover uma economia mais eficiente em termos
de utilização dos recursos, mais ecológica e mais competitiva.
- Crescimento inclusivo: fomentar uma economia com níveis de emprego que
assegura a coesão social e territorial.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
141
Objetivos (Estratégia 2020)
75% da população de idade compreendida entre os 20 e 64 anos deve
estar empregada.
3% do PIB deve ser investido em I&D.
Os objetivos em matéria de clima/energia «20/20/20» devem ser
cumpridos (incluindo uma subida para 30% do objetivo para a redução de
emissões, se as condições o permitirem).
A taxa de abandono escolar precoce deve ser inferior a 10% e pelo
menos 40% da geração mais jovem deve dispor de um diploma de
ensino superior.
20 milhões de pessoas devem deixar de estar sujeitas ao risco de pobreza.
Projeto Metas Educativas 2021 de Estados Ibero-americanos
Programa Educação | 2015
Portugal, no ano letivo 2010/11, para além da adesão à Estratégia 2020,
decidiu envolver-se também no Projeto Metas Educativas 2021, que decorre no
âmbito da Organização de Estados Ibero-americanos, da qual Portugal faz
parte. Este programa assume como objetivo central a melhoria da educação nos
países do espaço ibero-americano.
A melhoria das competências básicas e dos níveis de formação decorrem de
medidas destinadas a assegurar a eficiência do sistema educativo que devem
progressivamente traduzir-se em melhores resultados de aprendizagem e no
cumprimento efetivo da escolaridade obrigatória de 12 anos (compromisso que
foi também assumido pelo XIX Governo Constitucional).
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
142
Objetivos a atingir até 2015
Melhorar as competências básicas dos alunos portugueses
Assegurar a permanência no sistema de todos os jovens até aos 18 anos,
garantindo o cumprimento da escolaridade obrigatória de 12 anos.
Portugal comprometeu-se a assegurar, até 2020:
- Melhoria nos níveis de competências básicas, mensuráveis pelos resultados
obtidos pelos jovens de 15 anos nas provas de literacia, matemática e ciências
do PISA - Domínios “Competências básicas em leitura, matemática e ciências”
da EF2020 (UE) e “Competências básicas dos alunos” das Metas
Educativas2021 (OEI)
- Redução das taxas de saída precoce do sistema de ensino - Domínios
“Abandono precoce da educação e da formação” da EF2020 (UE)
Programa do XIX Governo Constitucional
No que se refere ao contexto nacional ocorreram alterações ao nível do
Governo e respetivo programa, por força do processo democrático dado que as
legislaturas/mandatos são de quatro (4) anos.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
143
Em 2007 o programa do Governo em vigor era o do XVII Governo
Constitucional -Legislatura 2005-2009 (CEP 2007, vol. I, cap. III, pag. 10)
e, atualmente, está em vigor o programa do XIX Governo Constitucional -
Legislatura 2011-2014. No que se refere à Educação, esta é assumida como
serviço público universal e estabelece como sua missão a substituição da
facilidade pelo esforço, do laxismo pelo trabalho, do dirigismo pedagógico pelo
rigor científico, da indisciplina pela disciplina, do centralismo pela autonomia,
sendo estas as principais criticas apontados pelo atual Governo aos dois
anteriores Governos.
Objetivos estratégicos
- Construir uma visão estratégica para um sistema educativo que permita
cumprir as metas assumidas no Programa 2015-2020;
- Criar consensos alargados sobre o plano estratégico de desenvolvimento
tendo como horizonte temporal o ano de 2030;
- Estabelecer e alargar contratos de autonomia que constituem uma das
políticas essenciais para garantir a diversidade e o prémio do mérito nas
escolas;
- Apostar no estabelecimento de uma nova cultura de disciplina e esforço, na
maior responsabilização de alunos e pais, no reforço da autoridade efetiva dos
professores e do pessoal não docente;
- Desenvolver progressivamente iniciativas de liberdade de escolha para as
famílias em relação à oferta disponível, considerando os estabelecimentos de
ensino público, particular e cooperativo; - Desenvolver um sistema para o
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
144
processo digital do aluno, para maior eficácia da gestão, nomeadamente nos
processos de matrícula e de transferência de alunos;
- Reforçar o Programa Escola Segura em zonas urbanas de maior risco criando
incentivos ao voluntariado da comunidade educativa;
- Lançar novas iniciativas que permitam reduzir assimetrias, potenciando os
recursos humanos já existentes nas escolas, autarquias e redes sociais locais,
no âmbito da prevenção do abandono escolar;
- Proceder a uma intensa desburocratização e à avaliação das práticas e dos
processos administrativos aplicados à gestão da Educação;
- Criar condições para a implementação de bolsas de empréstimo de manuais
escolares;
- Implementar modelos descentralizados de gestão de escolas.
Os objetivos de política económica do XIX Governo Constitucional
traduzem-se em reformas estruturais plenamente alinhadas com a Estratégia
Europa 2020. Assim, no que concerne à Educação, o objetivo é MELHOR E
MAIS EDUCAÇÃO, reconhecendo a importância da qualificação da população
para o desenvolvimento sustentável, o Governo pretende, não só, reduzir as
taxas de abandono escolar precoce mas igualmente melhorar os níveis de
educação e formação - a definição de metas de redução do abandono escolar
associada a princípios de qualidade, exigência e rigor na formação e na
avaliação dos resultados.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
145
Chegando a este ponto do relatório e terminados que estão os domínios de
atualização da CEP respeitantes à ação da autarquia do Porto em matéria de
requalificação e reordenamento da rede escolar (matérias basilares da
estratégia da CEP) em matéria de ação educativa e em matéria de referenciais
normativos e estratégicos, iremos no capítulo seguinte abordar temas
associados à componente de diagnóstico da CEP: sistema Educativo na cidade
do Porto (Cap. V, CEP,2007), muito embora o Diagnóstico da CEP não tenha
sido definido como domínio a atualizar nesta fase de monitorização.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
146
III– Sistema Educativo do Porto – alguns contornos
Este capítulo integra informação que dimensiona alguns contornos relativos à
oferta e procura escolar em alinhamento com os dados e informações da CEP,
2007, nessas matérias.
Assim, no primeiro ponto apresentaremos dados e informação que dimensiona
algumas vertentes da Rede Escolar do Porto e no segundo ponto
apresentaremos uma análise sobre a procura escolar inerente ao ensino regular
público e privado nas etapas específicas que vão do ensino pré-escolar ao
secundário.
Assim, e seguindo a lógica da estrutura do diagnóstico da CEP, 2007
apresentar-se-ão os dados possíveis no momento, que permitem perceber já
alguns traços importantes que caracterizam a rede escolar do Porto num âmbito
mais alargado e não apenas a rede de competência municipal, já retratada em
capítulos anteriores deste relatório.
Na caracterização sobre a procura escolar (ponto III.2) são observadas várias
componentes que retratam o sistema de educação e fenómenos associados em
termos quantitativos e qualitativos16.
16 Em termos de metodologia e ficha técnica esta análise foi efetuada no âmbito do Projeto Educativo Municipal – Diagnóstico preliminar, alinhada à
CEP,2007 (Volume II, Cap. V, ponto 2, pag.21-30) por elemento técnico da Divisão Municipal de Gestão Escolar que integra ambas as equipas (monitorização da CEP e PEM).
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
147
III.1 – Rede Escolar do Concelho do Porto do pré-escolar ao secundário
A cidade do Porto dispõe, no ano letivo 2012/13, de uma rede escolar
constituída por um total de 238 estabelecimentos de ensino (públicos e
privados), sendo que em 2007 eram 243 estabelecimentos de ensino (CEP
2007, volume II, capítulo V, p.2).
A imagem seguinte ilustra a distribuição da rede escolar (publica e privada) pelo
território da cidade, evidenciando que o Porto está bem equipado do ponto de
vista da oferta de estabelecimentos de ensino.
Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação (imagem retirada a 7 de maio de 2013)
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
148
No período de 2007 a 2013 ocorreu uma diminuição do número total de
estabelecimentos de ensino da cidade do Porto (menos 5 estabelecimentos de
ensino). No que concerne à rede pública verificou-se uma diminuição de 104
para 91 estabelecimentos de ensino, pese embora tenha aumentado a rede
privada17 (139 para 147 estabelecimentos de ensino) – quadro 20
Quadro 20 - Rede dos estabelecimentos de ensino da cidade do Porto (pública e privada)
Ano Nº Total de
estabelecimentos de ensino
Rede Pública Rede Privada
2007 243
104 139
2013 238
91 147
Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013 e CEP 2007 vol.
II cap V, P.2
No que se refere à distribuição de estabelecimentos de ensino da rede pública e
da rede privada pelas diferentes freguesias da cidade, Paranhos é a freguesia
com maior número de estabelecimentos de ensino (37 estabelecimentos de
ensino públicos e privados); Campanhã é a freguesia que tem maior numero de
estabelecimentos de ensino da rede publica (17) e Cedofeita é a freguesia com
maior numero de estabelecimentos de ensino da rede privada (25). Se em
todas as freguesias o número de estabelecimentos de ensino privado é maior ou
igual à rede pública, na freguesia da Vitoria isso não acontece (2 públicos e 1
privado) – quadro 21
17 O conceito de rede privada integra não só os estabelecimentos de ensino que funcionam em instituições de
ensino particular e cooperativo com fins lucrativos, mas também estabelecimentos da rede solidária (estabelecimentos que funcionam em IPSS’s ou outras instituições sem fins lucrativos).
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
149
Quadro 21- Distribuição dos estabelecimentos de ensino pelas freguesias do Concelho do
Porto, em 2013
Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013
Focando a análise na oferta da rede pública por ciclo de ensino18, em relação a
estabelecimentos de ensino pré-escolar verificou-se uma diminuição de 6
estabelecimentos (de 2007 para 2013). Na rede privada, no mesmo período
temporal, não se verificou alteração – quadro 22
Quadro 22 - Oferta de educação pré-escolar no Concelho do Porto em 2007 e 2013
Ano Nº Total de
estabelecimentos de
ensino
Rede
Pública
Rede
Privada
2007 162
55 107
2013 156
49 107
Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de maio de 2013 e CEP 2007, vol. II, cap V
18
Segundo dados do Ministério da Educação (Roteiro das Escolas) que dizem respeito à realidade
em Janeiro de 2013.
Ano Tipo de Rede Escolar Total
2013
Rede Pública Rede Privada
Aldoar 4 8 12
Bonfim 11 20 31
Campanhã 17 11 27
Cedofeita 7 25 32
Foz do Douro 2 10 12
Lordelo do Ouro 7 7 14
Massarelos 5 10 15
Miragaia 2 2 4
Nevogilde 1 4 5
Paranhos 16 21 37
Ramalde 11 15 25
Santo Ildefonso 4 6 10
S. Nicolau 1 4 5
Sé 1 1 2
Vitória 2 1 3
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
150
A freguesia com maior número de estabelecimentos de ensino com oferta de
pré-escolar é Campanhã (23), seguida por Bonfim e Paranhos (ambas com 21).
Em relação à oferta da rede pública, a freguesia de Campanhã é a que tem
maior numero de estabelecimentos com oferta de educação pré-escolar e as
freguesias de Cedofeita e Bonfim as que têm maior número de
estabelecimentos de ensino privados com oferta de educação pré-escolar
(ambas com 15) – quadro 23.
Quadro 23 - Oferta de educação pré-escolar por freguesia em 2013
Ano
Tipo de rede escolar Total
2013 Rede Pública
Pré-escolar
Rede Privada
pré-escolar
Aldoar 2 7 9
Bonfim 6 15 21
Campanhã 13 10 23
Cedofeita 2 15 17
Foz do Douro 0 9 9
Lordelo do Ouro 4 6 10
Massarelos 1 8 9
Miragaia 1 3 4
Nevogilde 1 3 4
Paranhos 9 13 21
Ramalde 7 12 19
Santo Ildefonso 1 1 2
S. Nicolau 0 3 3
Sé 1 1 2
Vitória 1 1 2 Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de maio de 2013
Em relação à oferta relativa ao 1º CEB no período de 2007 a Janeiro de 2013
verificou-se um decréscimo de 7 estabelecimentos de ensino com este ciclo de
ensino, sendo que 4 pertenciam à rede privada 3 pertenciam à rede pública –
quadro 24
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
151
Quadro 24 - Estabelecimentos de ensino com oferta do 1º CEB na cidade do Porto em
2007 e 2013
Ano Nº Total de
estabelecimentos de
ensino
Rede
Pública
Rede
Privada
2007 97
57 40
2013 90
54 36
Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação, dados recolhidos a 4 de Maio de 2013 e CEP 2007 vol. II cap V
No que se refere à distribuição dos estabelecimentos de ensino com oferta 1º
CEB (públicos e privados) por freguesia, destaca-se a Freguesia de Paranhos
com 16, seguida por Bonfim e Campanhã, ambas com 12 escolas do 1º CEB.
Relativamente à rede pública de escolas do 1º CEB, a freguesia de Campanhã
ocupa o primeiro lugar com 12, seguida por Paranhos com 10 escolas do 1º
CEB.
No que se refere à rede privada, a freguesia de Cedofeita é a que tem maior
número de estabelecimentos de ensino com o 1º CEB (8), seguida do Bonfim
com 7 estabelecimentos de ensino – quadro 25
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
152
Quadro 25 - Distribuição das escolas do 1º CEB por freguesia em 2013
Ano
Tipo de rede escolar Total
2013 Rede Pública
1º ciclo
Rede Privada
1º ciclo
Aldoar 2 2 4
Bonfim 5 7 12
Campanhã 12 0 12
Cedofeita 3 8 11
Foz do Douro 1 3 4
Lordelo do Ouro 6 2 8
Massarelos 2 3 5
Miragaia 1 0 1
Nevogilde 1 1 2
Paranhos 10 6 16
Ramalde 6 1 7
Santo Ildefonso 2 0 2
S. Nicolau 1 0 1
Sé 1 1 2
Vitória 1 0 1 Fonte: Roteiro das Escolas – Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013
No que se refere à evolução da oferta na cidade do Porto do 2º CEB (rede
pública e privada) houve um acréscimo de 3 estabelecimentos, ao contrário do
que ocorreu na oferta do pré-escolar e 1º CEB.
Analisando a evolução da oferta da rede pública, no período de 2007 a janeiro
de 2013 verificou-se um acrescimento de 4 estabelecimentos de ensino do 1º
CEB , sendo que no mesmo período ao nível da rede privada se verificou um
decréscimo (menos 1) – quadro 26
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
153
Quadro 26 - Estabelecimentos de ensino com oferta do 2º CEB na cidade do Porto em
2007 e 2013
Ano Nº Total de
estabelecimentos de
ensino
Rede Pública Rede Privada
2007
41 17 24
2013
44 21 23
Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013 e CEP 2007 vol. II
cap V
No que se refere ao total da oferta do 2º CEB por freguesia, as freguesias de
Paranhos e Bonfim ocupam o primeiro lugar com 7, seguidas por Cedofeita e
Ramalde com 6 e 5 respetivamente.
Em relação à distribuição da oferta de 2º CEB da rede pública, a freguesia de
Ramalde é que tem maior número (4) seguido por Campanhã, Cedofeita e
Paranhos em igualdade de circunstância com 3 e no que se refere à rede
privada, a freguesia do Bonfim tem maior número de estabelecimentos privados
com oferta do 2º CEB, seguida por Paranhos com 4 e Cedofeita e Foz do Douro
ambas com 3 – quadro 27
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
154
Quadro 27 - Distribuição das escolas do 2º CEB por freguesia em 2013
Ano
Tipo de rede escolar Total
2013 Rede Pública
2º CEB
Rede Privada
2º CEB
Aldoar 1 1 2
Bonfim 1 6 7
Campanhã 3 0 3
Cedofeita 3 3 6
Foz do Douro 1 3 4
Lordelo do Ouro 1 1 2
Massarelos 2 2 4
Miragaia 1 0 1
Nevogilde 0 1 1
Paranhos 3 4 7
Ramalde 4 1 5
Santo Ildefonso 1 0 1
S. Nicolau 0 0 0
Sé 0 1 1
Vitória 0 0 0 Fonte: Roteiro das Escolas – Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013
No que concerne a estabelecimentos de ensino com oferta do 3º CEB,
verificou-se um aumento de 2 escolas que passaram a integrar este ciclo,
no período 2007 a janeiro de 2013 enquanto a rede privada mantém a
mesma oferta.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
155
Quadro 28 - Estabelecimentos de ensino com oferta do 3º CEB na cidade do Porto em
2007 e 2013
Ano Nº Total de
estabelecimentos
de ensino
Rede Pública Rede Privada
2007 51
27 24
2013 53
29 24
Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013 e CEP 2007 vol. II cap V
No que se refere à distribuição da oferta do 3º CEB por freguesia, o quadro
seguinte demonstra que a freguesia do Bonfim é a que tem maior número de
estabelecimentos de ensino com oferta do 3º CEB seguida por Paranhos com
9.
Em relação à rede pública, Paranhos é a freguesia com maior número de
estabelecimentos de ensino com oferta do 3º CEB seguida por Bonfim e
Cedofeita e Ramalde todas com 4 estabelecimentos.
No que concerne à rede privada, destaca-se a freguesia do Bonfim com 7
estabelecimentos de ensino com oferta do 3º CEB, seguida por Paranhos com
4 e Cedofeita com 3. Importa ainda referir que as freguesias de S. Nicolau e
Vitória não dispõem de estabelecimentos de ensino com oferta de 3º CEB.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
156
Quadro 29 - Distribuição das escolas do 3º CEB por freguesia em 2013
Ano
2013
Rede Pública
3º ciclo
Rede Privada
3º ciclo
Total
Aldoar 2 1 3
Bonfim 4 7 11
Campanhã 3 0 3
Cedofeita 4 3 7
Foz do Douro 1 2 3
Lordelo do Ouro 1 1 2
Massarelos 3 2 5
Miragaia 1 0 1
Nevogilde 0 1 1
Paranhos 5 4 9
Ramalde 4 1 5
Santo Ildefonso 1 1 2
S. Nicolau 0 0 0
Sé 0 1 1
Vitória 0 0 0 Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013
Em termos da evolução da oferta ao nível do ensino secundário na cidade do
Porto no período de 2007-2013 a leitura do quadro seguinte permite apurar
que se verificou na rede pública um acréscimo de uma escola com ensino
secundário, enquanto na rede privada se verificou um decréscimo de dois
estabelecimentos com oferta de ensino secundário – quadro 30
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
157
Quadro 30 - Estabelecimentos de ensino com oferta do Ensino Secundário na cidade do
Porto em 2007 e 2013
Ano Nº Total de
estabelecimentos de
ensino
Rede
Pública
Rede Privada
2007
33 12 21
2013
32 13 19
Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013 e CEP 2007 vol. II cap V
Em relação à distribuição de estabelecimentos de ensino com oferta de ensino
secundário por freguesia, verifica-se que Paranhos é a freguesia com maior
número de estabelecimentos com a referida oferta (9), seguida por Cedofeita
com 7 e Bonfim com 6. Destaca-se ainda que, e tal como aconteceu no 3º CEB,
as freguesias de S. Nicolau e Vitória não dispõem de estabelecimentos com o
oferta de ensino secundário.
Em relação à rede pública verifica-se que a freguesia de Paranhos tem maior
número de estabelecimentos com oferta de ensino secundário (5), seguida por
Bonfim e Massarelos (ambas com 3). Importa evidenciar que há 6 freguesias da
cidade do Porto que não dispões de oferta do ensino secundário da rede pública.
No que se refere à rede de ensino privado, verifica-se que 4 freguesias (Vitória,
S. Nicolau, Miragaia e Campanhã) não dispõem de oferta de ensino secundário
– quadro 31
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
158
Quadro 31 - Distribuição das escolas do Ensino Secundário por freguesia em 2013
Ano
2013
Rede Pública
Secundário
Rede Privada
Secundário
Total
Aldoar 1 1 2
Bonfim 3 3 6
Campanhã 1 0 1
Cedofeita 2 5 7
Foz do Douro 0 2 2
Lordelo do Ouro 1 1 2
Massarelos 3 2 5
Miragaia 1 0 1
Nevogilde 0 1 1
Paranhos 5 4 9
Ramalde 2 1 3
Santo Ildefonso 0 1 1
S. Nicolau 0 0 0
Sé 0 1 1
Vitória 0 0 0 Fonte: Roteiro das Escolas - Ministério da Educação dados recolhidos a 4 de Maio de 2013
A análise global dos dados referentes à evolução da oferta por ciclos de ensino
no período de 2007-2013 mostra que a situação na cidade do Porto continua, e
tal como referido na CEP 2007, vol II capítulo V pág 2, acima da conhecida a
nível nacional. Este facto significa, pese embora a diminuição da população do
Porto, o volume da oferta não diminuiu na mesma proporcionalidade nem na
sua distribuição e por isso a oferta educativa/formativa é uma grandes mais-
valias da cidade uma vez que abarca todos os níveis e ciclos de ensino.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
159
Em relação à oferta da rede pública e da rede privada o que apraz referir é que,
e por relação à situação em 2007 (CEP 2007 volume II capitulo V) e tendo em
conta a reordenamento da rede, a situação pouco se alterou ou seja, a
distribuição da oferta de ambas as redes pelas freguesias é praticamente a
mesma sendo que continua a ser maior a dispersão espacial da rede pública se
confrontada com o padrão de localização da rede privada - ver mapas
Mapa rede pública
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
160
Mapa rede privada
Após ter sido apresentada informação que dimensiona a oferta de
estabelecimentos de ensino do pré-escolar ao nível secundário passamos no
ponto seguinte a apresentar a dimensão da procura escolar abrangendo os
mesmos níveis de ensino.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
161
III.2 - Caracterização da Procura de Educação no Concelho do Porto do pré-escolar ao secundário
Neste ponto é apresentada uma análise sobre a realidade escolar da cidade do
Porto no que concerne ao ensino regular, compreendendo a Educação Pré-
Escolar, o Ensino Básico e o Ensino Secundário, procurando atualizar a
informação possível alinhando a análise à CEP, 2007 (Volume 2, Cap. 5 “O
sistema educativo na cidade do Porto” (pág.21), tendo em conta os dados
disponíveis.
Procurou-se assim, efetuar comparações em termos temporais e espaciais de
forma a compreender tendências evolutivas e posições face a outros territórios
tendo sido possível, tendo em conta os dados disponíveis, situar o Concelho do
Porto no contexto do Continente e do Grande Porto e analisar a realidade
recente reportada ao ano letivo 2010/2011.
Apresentam-se também já alguns dados atuais sobre o fenómeno do
sucesso/insucesso escolar através da análise dos dados disponíveis.
Entendendo que a problemática do sucesso/insucesso escolar é complexa e
multifacetada requerendo abordagens analíticas compósitas, neste ponto
encontra-se também um breve apontamento de nível qualitativo tendo como
ponto de partida as perceções de interlocutores privilegiados inscritas na CEP,
2007, articuladas com aquilo que são as principais conceções teóricas atuais
sobre a matéria.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
162
Escolarização no Porto - evolução das frequências escolares.
O volume e extensão do Concelho do Porto enquanto território educativo é
notório tendo em conta os números das frequências escolares no sistema
público e privado. No ano letivo de 2010/2011 frequentaram a educação pré-
escolar um total de 7.816 crianças, o ensino básico 28.511 alunos e o
secundário 8.765.
Importa perceber a expressão do nº de alunos por ciclo de ensino básico
contando o 1º ciclo com 11.986 alunos, o 2º ciclo com 7.083 e o 3º ciclo com
9.442 alunos.
No gráfico seguinte está representada a distribuição dos alunos entre a escola
pública e a escola privada para cada nível de ensino no ano letivo 2010/2011.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
163
Gráfico 2 – Alunos matriculados no ensino público e privado por níveis de ensino
(2010/2011)
Fontes: Dados trabalhados a partir do Relatório Regiões em Números, Min. Educação, DGEEC, 2010/2011
Em todos os níveis de ensino à exceção do ensino pré-escolar é notório o peso
do ensino público, com uma expressão de 58% face ao total de alunos
matriculados.
No que concerne ao ensino básico, o percentual de alunos matriculados no
sistema público varia entre 64% a 69% (64% no 1º ciclo; 69% no 2º ciclo e
68,8% no 3º ciclo) e no ensino secundário o seu peso é de 60,5%.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
164
Justificando a importância de ambos os subsistemas de ensino revelada pelos
números (do total de 45.092 alunos matriculados, 26.505 frequentam o ensino
publico e 18.587 o ensino privado, absorvendo o privado 41,2% no total dos
alunos matriculados), é de salientar que nesta representatividade do privado
contribui significativamente a educação pré-escolar com um percentual de
72,7% de alunos matriculados face aos 27% de alunos matriculados no
público. Os restantes números referentes aos diferentes níveis e ciclos de
ensino não revelam aproximações entre os dois subsistemas.
Em termos da evolução das frequências escolares segundo os diferentes níveis
de ensino, registou-se em termos de variação entre 2006/2007 e 2010/2011,
uma quebra de população estudantil total de 5,6% no Concelho do Porto, no
conjunto do ensino público e privado.
Percebe-se através da análise do gráfico 3, que as variações da população
estudantil ao longo de 5 anos são pouco significativas em termos globais,
emergindo o 1º ciclo do ensino básico contrariamente a este panorama com
uma tendência decrescente acentuada.
Entre 2006/2007 e 2010/2011, o 1º ciclo do ensino básico surge com uma
taxa de variação da sua população estudantil de (- 13,7%).
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
165
Gráfico 3 – Evolução das frequências da população estudantil por níveis de ensino
(público e privado)
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
2006/07 2007/08 2008/09 2009/010 2010/011
ano letivo
População estudantil - evolução
Educação pré-escolar
1º ciclo ensinobásico2º ciclo ensinobásico
3º ciclo ensinobásico
Fonte: Dados trabalhados a partir do Relatório Regiões em Números, Min. Educação, DGEEC, 2010/2011
Em termos de evolução da população escolar em cada um dos sistemas de
ensino (no ensino público e no ensino privado) analisemos a situação ocorrida
entre 2006/2007 e 2010/2011 no Concelho do Porto em termos de taxas de
variação (ver gráfico 4).
Em termos totais regista-se no Concelho do Porto uma diminuição de
população escolar quer no ensino público quer no ensino privado com uma
taxa de variação de (- 9,3 %) no público e de (- 0,1%) no privado.
Em termos das tendências de evolução no período em avaliação por ciclo de
ensino, há a registar uma diminuição pouco significativa no ensino pré-escolar
nos dois sistemas de ensino, uma quebra mais acentuada no 1º ciclo do ensino
básico com uma taxa de variação de (-16%) no público e (-10,9%) no privado,
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
166
no 2º ciclo regista-se um aumento de população escolar embora pouco
relevante, com maior representatividade no privado com 3%, seguida do
público com 0,4%.
No 3º ciclo do ensino básico, e no ensino secundário, conforme demonstrado
no gráfico 4, há uma tendência evolutiva inversa nos dois sistemas de ensino,
registando-se um aumento de população escolar no privado e uma diminuição
no público.
Salienta-se que a maior redução de população escolar entre 2006/2007 e
2010/2011 é ao nível do 1º ciclo de ensino básico no sistema público (-16% de
taxa de variação) e o maior aumento regista-se ao nível do ensino secundário
no sistema privado (11,8% de taxa de variação).
Gráfico 4 – Taxas de variação dos alunos no Porto no ensino público e privado
entre 2006/07 e 2010/2011, por nível de ensino.
Fonte: Dados trabalhados a partir do Relatório Regiões em Números, Min. Educação, DGEEC, 2010/2011
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
167
O fenómeno do sucesso/insucesso escolar no Porto
Dimensão quantitativa
Após esta breve incursão analítica pelo fenómeno da evolução das frequências
escolares no ensino regular segue-se uma análise aos dados estatísticos
disponíveis que medem o fenómeno do sucesso/insucesso escolar no Porto.
Ressalva-se que a dimensão do insucesso/sucesso escolar requer a
comparação e a análise articulada de um conjunto de indicadores essenciais
para os quais ainda não existem dados disponíveis na sua totalidade
desagregados ao Concelho19.
Com base na informação estatística mais atual, acessível, revelaremos dados
concernentes a taxas de retenção e desistência, de transição/conclusão, de
abandono escolar e de escolarização, que se encontram disponíveis nas fontes
oficiais.
Tendo em conta os dados mais recentes do Ministério da Educação, analisa-se a
realidade recente reportada a 2010/2011, comparada sempre que possível com
a realidade em 2006/2007 (ano de publicação da Carta Educativa) e tendo em
conta dados do INE analisa-se informação de 2011 comparada com informação
de 2001 e de 1991.
19
Indicadores essenciais para medição do insucesso escolar: Taxa de retenção e desistência; Taxa de retenção e desistência
por insucesso; por abandono; por absentismo; Taxa de abandono escolar; Taxa de abandono/saída escolar precoce; Taxa de saída antecipada; Taxa de transição de ano (do 2º ao 12º); Taxa de conclusão de ciclo; Taxa real de pré-escolarização (aos 3, 4 e 5 anos); Taxa bruta de escolarização (ensino básico e ensino secundário) comparada com a Taxa real de escolarização (ensino básico e ensino secundário).
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
168
A realidade do Concelho do Porto é comparada com a realidade do Continente
e do Grande Porto.
Taxa de retenção e desistência
O indicador de resultados escolares medido pela taxa de retenção e
desistência20 revela que esta assume em termos globais uma tendência
decrescente entre 2006/2007 e 2010/2011 no Concelho do Porto, no Grande
Porto e no Continente, quer no conjunto do ensino básico em termos totais,
quer no ensino secundário (gráficos 5 e 6).
Gráfico 5 – Taxas de retenção e desistência no ensino básico em 2006/2007 e 2010/2011
Fonte: Dados trabalhados a partir do Relatório Regiões em Números, Min. Educação, DGEEC, 2010/2011
20 Taxas de retenção e desistência: Relação percentual entre o número de alunos que não podem
transitar para o ano de escolaridade seguinte e o número de alunos matriculados, nesse ano letivo
(M.E)
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
169
Gráfico 6 - Taxas de retenção e desistência no ensino secundário em 2006/2007 e
2010/2011
Fonte: Dados trabalhados a partir do Relatório Regiões em Números, Min. Educação, DGEEC, 2010/2011
Analisando o fenómeno por ciclo de ensino, a posição do Concelho do Porto em
2010/2011 é na generalidade próxima das realidades do Continente e do
Grande Porto, notando-se alguma disparidade de resultados ao nível do 2º
ciclo, embora pouco significativa, apresentando o Concelho do Porto uma taxa
de retenção mais elevada em 1,6 pontos percentuais face ao Grande Porto e
em 1,1 pontos percentuais face ao Continente (quadro 32).
Situação inversa ocorre nos ciclos de ensino subsequentes, apresentando o
Concelho do Porto, taxas de retenção mais baixas relativamente ao
Continente, em 2,1 pontos percentuais no 3º ciclo e em 2,5 pontos percentuais
no secundário e face ao Grande Porto em 1,2 pontos percentuais, no 3º ciclo e
em 1,0 ponto percentual no secundário (quadro 32).
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
170
Quadro 32 - Taxas de retenção e desistência por ciclo de ensino básico e ensino
secundário unidade territorial e ano letivo
Unidades
Territoriais
Ano letivo
2006/07 2010/2011
1º
ciclo
2º ciclo 3º ciclo Sec. 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Sec.
Continente 3,9 10,3 18,4 24,6 3,2 7,1 12,9 20,5
Grande Porto 3,1 10,2 19 22,3 2,8 6,6 12 19
Porto 3 10,1 15,8 20,3 3,2 8,2 10,8 18
Fonte: Dados trabalhados a partir do Relatório Regiões em Números, Min. Educação, DGEEC,
2010/2011
Observando a evolução do fenómeno em termos temporais entre 2006/2007 e
2010/2011, no Concelho do Porto, percebe-se que a retenção e desistência
escolar assume uma tendência decrescente em quase todos os ciclos de ensino
à exceção do 1º ciclo do ensino básico, que apresenta valores de 3,0 % em
2006/2007 e de 3,2 % em 2010/2011 (gráfico 7), muito embora esta taxa
esteja equiparada à que o Continente apresenta em 2010/2011.
Ressalta-se que é no 3º ciclo do ensino básico que se assinala a maior quebra
de retenção, em 5,0 pontos percentuais, seguida do ensino secundário com
uma diminuição de 2,3 pontos percentuais e do 2º ciclo com uma quebra de
1,9 pontos percentuais (gráfico 7).
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
171
Gráfico 7 - Taxas de retenção e desistência no Concelho do Porto entre 2006/2007 e 2010/2011
por ciclo de ensino
3
10,1
15,8
20,3
3,2
8,2
10,8
18
0 5 10 15 20 25
1º ciclo
2º ciclo
3º ciclo
Secundário
(%)
Taxas de retenção e desistência no Porto (evolução)
2010/2011
2006/2007
Fonte: Dados trabalhados a partir do Relatório Regiões em Números, Min. Educação, DGEEC, 2010/2011
Comparando tendências temporais entre unidades territoriais, observa-se que
no Continente e no Grande Porto entre 2006/2007 e 2010/2011 a evolução do
fenómeno da retenção e desistência escolar sofre uma quebra em todos os
ciclos de ensino incluindo o 1º ciclo do ensino básico, que no Concelho do Porto
assume tendência oposta, conforme já referido (ver quadro 32).
É de salientar que tal como no Concelho do Porto, no Continente e no Grande
Porto, o decréscimo mais acentuado na taxa de retenção, ocorre no 3º ciclo do
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
172
ensino básico com uma quebra respetivamente de 5,5 e 7,0 pontos
percentuais.
Taxa de transição e conclusão
Medindo o sucesso/insucesso escolar através da taxa de transição e
conclusão21 percebemos que este índice em termos totais aumentou do ano
letivo 2006/2007 para o ano letivo 2010/2011 nas três unidades territoriais
analisadas (Concelho do Porto, Grande Porto e Continente), quer no conjunto
do ensino básico, quer no ensino secundário (ver quadros 33; 34, 35 e 36).
Particularizando a análise ao ciclo de estudos face à situação em 2010/2011,
não se verificam disparidades significativas entre a realidade do Porto e as
realidades do Grande Porto e Continente, sendo no entanto de salientar que no
3º ciclo do ensino básico, o Porto apresenta maior taxa de transição e
conclusão que o Grande Porto e o Continente, com 89,2%; 88,0% e 87,1%,
respetivamente (quadro33), ocorrendo situação inversa no 2º ciclo,
apresentando o Porto uma taxa de 91,8%, o Grande Porto 93,4% e o
Continente 92,9%.
No 1º ciclo, as taxas de transição e conclusão surgem muito equiparadas nas 3
unidades territoriais (quadro33).
21
Taxa de transição/conclusão – Relação percentual entre o nº de alunos, que no final de um ano letivo, obtêm aproveitamento (podendo transitar para o ano de escolaridade seguinte), e o nº de alunos matriculados nesse ano letivo (INE)
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
173
Quadro 33 - Taxas de transição/conclusão segundo o ciclo de estudos e ano de escolaridade
em 2010/2011 (ensino publico e privado)
Unidades territoriais
Total
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo (1)
Total 1º
ano 2º
ano 3º
ano 4º
ano Total
5º ano
6º ano
Total 7º
ano 8º
ano 9º
ano
Continente 92,7 96,8 100,0 93,6 97,6 96,4 92,9 92,8 92,9 87,1 85,0 90,0 86,4
Grande Porto 93,3 97,2 100,0 95,0 98,0 96,2 93,4 93,9 92,9 88,0 86,4 91,0 86,6
Porto 93,0 96,8 100,0 94,0 97,9 95,5 91,8 92,5 91,1 89,2 87,8 93,0 86,7
Fonte: Dados trabalhados a partir de informação do Ministério da Educação, DGEEC
Nota (1) – Inclui os cursos profissionais
Quadro 34 - Taxas de transição/conclusão segundo o ciclo de estudos e ano de escolaridade
em 2006/2007 (ensino publico e privado)
Unidades territoriais
Total
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo (1)
Total 1º
ano 2º
ano 3º
ano 4º
ano Total
5º ano
6º ano
Total 7º
ano 8º
ano 9º
ano
Continente 90,0 96,1 100,0 92,5 96,8 95,5 89,7 90,0 89,5 81,6 79,4 85,9 79,8
Grande Porto 90,1 96,9 100,0 94,4 97,8 95,6 89,8 90,5 89,1 81,0 77,5 86,0 80,1
Porto 91,3 97,0 100,0 95,0 97,4 95,6 89,9 90,7 89,1 84,2 79,4 88,7 85,1
Fonte: Dados trabalhados a partir de informação do Ministério da Educação, DGEEC
No ensino secundário a taxa de transição e conclusão em 2010/2011 assume na
generalidade uma tendência mais baixa nas 3 unidades territoriais por
comparação com as taxas inerentes aos 3 ciclos do ensino básico (quadro33 e
quadro 35).
Particularizando a análise das taxas de transição/conclusão no ensino
secundário segundo a orientação curricular percebe-se que o Porto apresenta
uma taxa de transição e conclusão mais elevada que o Grande Porto e
Continente nos Cursos Gerais assumindo um valor acrescido em 3,2 pontos
percentuais em relação ao Grande Porto e 5,0 pontos percentuais em relação ao
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
174
Continente (quadro 35). Situação inversa ocorre em relação aos Cursos
Tecnológicos e Profissionais em que o Porto apresenta uma taxa mais baixa em
relação ao Grande Porto e ao Continente em 2,2 e 1,2 pontos percentuais,
respetivamente (quadro 35).
Quadro 35- Taxas de transição/conclusão no ensino secundário segundo a orientação curricular
e o ano de escolaridade em 2010/2011 (ensino publico e privado)
Fonte: Dados trabalhados a partir de informação do Ministério da Educação, DGEEC
Quadro 36 - Taxas de transição/conclusão no ensino secundário segundo a orientação
curricular e o ano de escolaridade em 2006/2007 (ensino publico e privado)
Unidades Territoriais
Orientação Curricular
C. Gerais Tecnológicos e Profissionais
Cursos Gerais Cursos Tecnológicos e
Profissionais
Total 10º ano
11º ano
12º ano
Total 10º ano
11º ano
12º ano
Total 10º ano
11º ano
12º ano
Continente 75,4 80,1 84,1 63,3 76,3 82,5 84,0 63,4 71,3 67,4 84,7 62,8
Grande Porto 77,7 81,7 86,0 66,5 78,4 82,8 85,6 67,7 74,9 76,7 87,2 62,3
Porto 79,7 83,4 85,9 71,7 81,2 85,5 86,4 73,3 66,4 60,1 82,5 57,4
Fonte: Dados trabalhados a partir de informação do Ministério da Educação, DGEEC
Vejamos em pormenor como a situação evoluiu de 2006/2007 para 2010/2011
no concelho do Porto.
É notório como tanto em 2006/2007 como em 2010/2011 se mantem uma
superioridade em termos de transição/conclusão no conjunto do ensino básico
por comparação com o ensino secundário. Em 2006/2007 as percentagens de
Unidades Territoriais
Orientação Curricular
C. Gerais Tecnológicos e Profissionais
Cursos Gerais Cursos Tecnológicos e
Profissionais
Total 10º ano
11º ano
12º ano
Total 10º ano
11º ano
12º ano
Total 10º ano
11º ano
12º ano
Continente 79,5 82,6 89,2 65,7 78,0 82,5 87,0 63,4 81,9 82,8 92,8 69,5
Grande Porto 81,0 83,0 89,5 70,0 79,8 82,7 87,8 67,9 82,9 83,5 92,1 73,1
Porto 82,0 83,4 89,9 72,4 83,0 85,2 88,8 74,4 80,7 81,0 91,5 69,5
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
175
alunos, que no final de um ano letivo, obtiveram aproveitamento podendo
transitar para o ano de escolaridade seguinte no conjunto do ensino básico foi
de 91,3% e de 79,7% no ensino secundário, observando-se uma tendência
equiparada em 2010/2011 com taxas de transição/conclusão de 93% no
conjunto do ensino básico e de 82% no ensino secundário (gráfico 8).
É de salientar a melhoria do índice de transição/conclusão nas realidades
temporais observadas registando-se em 2010/2011 um aumento em 1,7 pontos
percentuais no ensino básico e de 2,3 pontos em relação a 2006/2007.
Gráfico 8 – Evolução da taxa de transição/conclusão no Porto no conjunto do ensino
básico e ensino secundário
Fonte: Dados trabalhados a partir de informação do Ministério da Educação, DGEEC
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
176
Em termos de disparidades na evolução da taxa de transição/conclusão por
ciclos do ensino básico, verifica-se que nas realidades de 2006/2007 e
2010/2011, a tendência é existirem taxas mais elevadas no 1º ciclo e mais
baixas no 3º ciclo (gráfico 9). É de salientar nesta trajetória temporal a
diminuição embora ligeira de 0,2 pontos percentuais na taxa de
transição/conclusão em 2010/2011 por relação a 2006/2007 contrariamente ao
ocorrido nos restantes ciclos em que se verifica um aumento de 1,9 pontos
percentuais no 2º ciclo e de 5,0 pontos percentuais no 3º ciclo (gráfico 9).
Gráfico 9 – Evolução da taxa de transição/conclusão no Porto segundo os ciclos do ensino
básico
Fonte: Dados trabalhados a partir de informação do Ministério da Educação, DGEEC
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
177
Em termos de evolução da taxa de transição/conclusão no ensino secundário
por ano de escolaridade comparando 2006/2007 e 2010/2011 é de assinalar a
melhoria ocorrida ao nível do 11º ano onde se regista um aumento na taxa em
4,0 pontos percentuais. Interessa ainda assinalar a melhoria, embora menos
significativa em termos estatísticos, de 0,7 pontos percentuais no 12º ano.
Ao nível do 10º ano, a taxa não sofreu alterações (gráfico 10).
Gráfico 10 – Evolução da taxa de transição/conclusão no Porto no ensino secundário por
ano de escolaridade
Fonte: Dados trabalhados a partir de informação do Ministério da Educação, DGEEC
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
178
Taxas de escolarização
Analisando o fenómeno da escolarização em termos de participação de alunos
no sistema de ensino, percebe-se que a pré-escolarização no Porto, em termos
brutos,22 é superior no ano de 2011 à pré-escolarização no Continente e no
Grande Porto. Em termos reais23 e ao nível dos 4 anos de idade também se
observa no Porto, uma taxa superior em 4,1 pontos percentuais por relação ao
Grande Porto e em 3,7 pontos percentuais por relação ao Continente. Ao nível
dos 5 anos de idade observam-se taxas equivalentes nas três unidades
territoriais (quadro 37).
Quadro 37- Taxas de pré-escolarização, em 2011
Unidades Territoriais Taxa bruta de pré-escolarização
3-5 anos
Taxa real de pré-escolarização nos
4 anos
Taxa real de pré-escolarização nos 5
anos
Continente 87,3 77,3 83,2
Grande Porto 85,4 76,9 83,7
Porto 94,0 81,0 83,4 Fonte: Dados do INE trabalhados a partir de informação da CCDRN – Relatório Escolarização na Região do Norte, Março 2013 (
anexo2)
22 Taxas brutas de escolarização: Proporção da população residente que está a frequentar um grau de ensino, relativamente ao total da
população residente do grupo etário correspondente às idades normais de frequência desse grau de ensino.
23 Taxa real de escolarização – Relação percentual entre o número de alunos matriculados num determinado ciclo de estudos, em idade
normal de frequência desse ciclo, e a população residente dos mesmos níveis etários.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
179
A participação no sistema de ensino entre os 12 e os 23 anos de idade assume
em 2011 uma tendência decrescente nas três unidades territoriais observadas,
com taxas específicas de escolarização24 equiparadas (ver quadro 38).
No Porto, em 2011, encontravam-se a frequentar a escola 97,6% dos jovens
com idades entre 12-14 anos; 93,5% com idades entre os 15-17 anos e 59,7%
com idades entre os 18-23 anos (quadro 38)
Quadro 38 - Taxas específicas de escolarização por grupo etário, em 2011 e síntese
evolutiva 1991-2011
Unidades Territoriais
Grupos etários Evolução, em pontos percentuais, da taxa de escolarização no grupo etário 15-17 anos (1991-2011)
12-14 anos 15-17 anos 18-23 anos
Continente 97,8 93,2 52,9 30,6
Grande Porto 97,8 93,6 53,6 32,0
Porto 97,6 93,5 59,7 21,0
Fonte: Dados do INE trabalhados a partir de informação da CCDRN – Relatório Escolarização na Região do Norte, Março 2013 (
anexo2)
A evolução da participação no sistema de ensino no Porto tem sido positiva
desde 1991. A taxa específica de escolarização no grupo etário 12-14 anos
sofreu uma melhoria significativa de 1991 a 2001, mantendo-se estável nos
últimos 10 anos. No grupo etário 15-17 anos a evolução da taxa tem sido
contínua no sentido positivo sendo em 1991 de 60%, em 2001 de 79%, e em
2011 de 93,5%. No grupo etário 18-23 anos esta taxa sofreu um aumento
significativo de 18,0 pontos percentuais entre 1991 e 2001 (passando de 29%
para 47%), continuando a aumentar entre 2001 e 2011 em 12,7 pontos
percentuais (passando de 47% para 59,7) – ver gráfico 11
24 Taxa especifica de escolarização: A relação, expressa em percentagem, entre o número de indivíduos de um determinado grupo etário
que frequenta qualquer nível de escolaridade e o número total de indivíduos residentes desse grupo etário.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
180
Gráfico 11 – Evolução da taxa específica de escolarização no Porto
Fontes: Situação 2011 - dados do INE trabalhados a partir de informação da CCDRN – Relatório Escolarização na Região do Norte,
Março 2013 (anexo2) / Situação 1991 e 2001 - dados do INE trabalhados a partir do Relatório Retrato Juvenil do Porto, Gabinete de Estudos e Planeamento, CMP, 2009
Apesar da tendência de melhoria nestas taxas observada ao longo dos anos
retratada no gráfico 11, em 2011, 40,3% dos jovens entre os 18-23 anos de
idade não se encontrava no sistema de ensino, observando-se, uma quebra nas
taxas de escolarização a partir dos 17 anos em 2011 - quadro 38 (refletindo as
saídas antecipada e precoce do sistema de ensino).
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
181
Em termos de taxas reais de escolarização25, que refletem situações de
retenção e não transição/conclusão, o percentual de alunos integrados no ciclo
de estudos, correspondente à sua idade, em 2011, no Porto, tinha a seguinte
configuração estatística:
- 75,8% dos alunos do grupo etário 10-11 anos encontrava-se integrado no 2º
ciclo do ensino básico, no Porto (taxa superior ao Continente em 0,9 pontos
percentuais e inferior ao Grande Porto em 1,3 pontos percentuais).
- 75,1% dos alunos do grupo etário 12 -14 anos, frequentava o 3º ciclo do
ensino básico (taxa inferior ao Continente e ao Grande Porto em 1,2 e 2,5
pontos percentuais, respetivamente).
- 61,4% dos alunos do grupo etário 15-17 anos, frequentava o ensino
secundário, no Porto (taxa equiparada ao Continente que apresenta um valor de
61,7% e inferior ao Grande Porto em 2,3 pontos percentuais).
- 36,4% dos alunos do grupo etário 18-23 anos integrados no sistema de
ensino encontravam-se no nível de ensino adequado à sua idade, ou seja,
encontra-se integrado no ensino superior (taxa superior ao Continente e Grande
Porto, em 7,4 e 5,4 pontos percentuais, respetivamente).
25 Taxa real de escolarização – Relação percentual entre o número de alunos matriculados num determinado ciclo de estudos, em idade
normal de frequência desse ciclo, e a população residente dos mesmos níveis etários.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
182
Quadro 39 - Taxas reais de escolarização por grupo etário, em 2011
Unidades Territoriais Grupos etários
10-11 anos 12-14 anos 15-17 anos 18-23 anos
Continente 74,9 76,3 61,7 29,0
Grande Porto 77,1 77,6 63,7 31,0
Porto 75,8 75,1 61,4 36,4 Fonte: Dados do INE trabalhados a partir de informação da CCDRN – Relatório Escolarização na Região do Norte, Março 2013 (
anexo2)
Taxas de abandono escolar e de saída precoce do sistema de educação e
formação
No que concerne ao indicador abandono escolar26 vejamos qual a sua evolução
entre 2001 e 2011.
Em 2001, no Concelho do Porto, 2,6% dos alunos entre 10 e 15 anos saíram
do sistema de ensino antes da conclusão do 3º ciclo do ensino básico, sendo
de referir que o Concelho do Porto posicionava-se de forma equiparada ao
Continente e Grande Porto em termos de taxas de abandono escolar.
Em 2011, no Concelho do Porto, a taxa de abandono escolar diminuiu um
ponto percentual por relação ao valor em 2001, apresentando um valor de
1,6%.
26 Abandono escolar: Saída do sistema de ensino antes da conclusão da escolaridade obrigatória, dentro dos
limites etários previstos na lei (INE-metainformação). Em 2011 o conceito e a formula de calculo associados ao índice de abandono escolar de acordo com pesquisa efetuada no site do INE contínua a abranger o grupo de alunos entre os 10 e os 15 anos que deveriam estar integrados no sistema de ensino até conclusão do 3º ciclo. Saliente-se que a lei atual prevê outros limites etários para frequência obrigatória do sistema de educação e formação - Decreto-Lei n.º 176/2012 de 2 de agosto – artigo 6 nº1 “Todos os alunos com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos devem frequentar o regime de escolaridade obrigatória”.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
183
Tal como em 2001, a situação do Concelho do Porto é muito semelhante à
situação no Grande Porto e no Continente, com diferenças pouco significativas
(gráfico 12).
Gráfico 12 – Taxa de abandono escolar em 2001 e 2011
Fonte: INE, Censos 2011
Quanto ao abandono/saída precoce do sistema de educação e formação27, no
Porto, em 2001, 29,4% dos indivíduos entre os 18-24 anos não concluíram o
ensino secundário e não se encontravam a frequentar a escola, tendo este
índice diminuído em 10 anos, 6 pontos percentuais apresentando um valor de
23,4% em 2011.
É de referir que em 2001 o Concelho do Porto posicionava-se de forma dispare
em termos de abandono precoce apresentando situações de menor dimensão
27 Saída ou abandono precoce do sistema de educação e formação: Situação dos indivíduos, num escalão etário
(normalmente entre os 18-24 anos), que não concluíram o ensino secundário e não se encontram a frequentar a
escola.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
184
estatística, de expressão significativa em relação ao Continente, situação que se
esbateu em 2011 pelo facto deste índice ter diminuído substancialmente no
Continente (em 18,3 pontos percentuais) passando de 44,8% para 26,5%.
Muito embora em 2011 o Porto se encontre, em relação às unidades territoriais
em análise, numa posição mais equiparada, mantém uma taxa mais baixa de
abandono precoce - ver quadro 40.
Quadro 40 - Taxa de abandono precoce de educação e formação em 2001 e 2011
Unidades Territoriais Ano
2001 2011
(%) (%)
Continente 44,8 26,5
Grande Porto --- 26,2
Porto 29,4 23,4 Fontes: Situação 2011 - dados do INE trabalhados a partir de informação da CCDRN – Relatório Escolarização na Região do Norte,
Março 2013 (anexo2) / Situação 2001 – dados Carta Educativa do Porto, 2007
Legenda: ---- (sem informação)
É de salientar que a matéria abandono escolar nas suas várias dimensões tem
vindo a ser analisada quer no âmbito da Carta Educativa sendo sinalizadas em
2007 como problema a minorar no domínio do insucesso escolar, quer no
âmbito do diagnóstico social do Porto (DSP), ancorado no qual subjaz o plano de
desenvolvimento local inerente à rede social.
O DSP, publicado em 2009, informa na componente de educação e formação
que, “em relação às gerações mais jovens, problemas como o insucesso e o
abandono escolar precoce continuam no topo das preocupações sociais da
cidade que, a este nível, acompanha as tendências verificadas no plano
municipal, como no plano regional” (in DSP, pag.18)28.
28 Diagnóstico Social do Porto (DSP) “Porto Solidário” elaborado pela Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Educação e
Psicologia UCP/FEP), na sequência de um protocolo celebrado com a Câmara Municipal do Porto/Fundação Porto Social (CMP/FPS) e
o Núcleo Executivo do Conselho Local da Acção Social do Porto (CLASP).
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
185
Dimensão qualitativa do fenómeno do sucesso/insucesso escolar
No âmbito da elaboração da Carta Educativa do Concelho do Porto foi recolhida
em 2006 informação respeitante ao fenómeno do absentismo e do abandono
escolar enquanto objeto de análise por parte das Comissões de Proteção de
Crianças e Jovens em perigo do Porto (CPCJ), que sendo “... Instituições
oficiais não judiciárias com autonomia funcional que visam promover os
direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações susceptíveis
de afectar a sua segurança, saúde, educação ou desenvolvimento integral”,
exercem a sua intervenção também em todas as dimensões relacionadas com
o absentismo e o abandono escolar, procedendo à avaliação, análise,
acompanhamento, intervenção e encaminhamento (se necessário) das
situações que vão sendo sinalizadas pelas escolas.
Em termos de informação geral há que salientar o seguinte:
- Os casos de absentismo e abandono escolar sinalizados às CPCJ do Porto
inscrevem-se em contextos familiares e sociais desfavorecidos, com problemas de
carácter estrutural difíceis de minorar.
- Há uma relação muito acentuada entre os níveis de absentismo e o insucesso
escolar, traduzido em retenções, por vezes sucessivas.
- A maioria dos processos analisados (62%) refere-se a crianças e jovens do sexo
feminino.
- Nos casos de absentismo escolar sinalizados, destaca-se o grupo etário dos 13 aos
15 anos de idade (48%).
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
186
- Uma percentagem significativa de menores sinalizados por abandono escolar tinha
concluído apenas o 1º ciclo do ensino básico (47%).
- Verificou-se uma maior intensidade de sinalizações de abandono escolar em relação
a jovens a frequentar os Agrupamentos Verticais de Escolas Leonardo Coimbra,
Miragaia e Gomes Teixeira.
- A freguesia de Lordelo do Ouro destacou-se pela maior intensidade de sinalizações,
praticamente o triplo das que correspondem às freguesias que se lhe sucediam,
Aldoar e Ramalde.
Em termos da perceção dos técnicos que lidam com a problemática surgiu
como entendimento unânime que a falta de atração destas crianças e jovens
pela escola resulta de diversos fatores associados, alguns de ordem pessoal e
familiar e outros mais relacionados com a escola.
- Nas razões de ordem pessoal/familiar são apontadas as seguintes: A baixa auto-estima.
As dificuldades de traçarem um projeto de vida.
A falta de expectativas em relação ao futuro, alimentadas, na esmagadora
maioria dos casos, pelos restantes membros da sua família que já sentiram as
mesmas dificuldades em relação à escola, identificadas através da análise do seu
discurso e da verificação das suas baixas habilitações literárias.
Os baixos rendimentos familiares.
A desvalorização do papel da escola.
- Nas razões atinentes à realidade da escola, sobressaem:
A falta de identificação com discursos e métodos demasiado abstratos –
massificação do ensino.
A falta de acompanhamento e orientação psicopedagógica.
A falta de proximidade e relação afetiva com a escola.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
187
É interessante notar que a perceção destes interlocutores privilegiados bem
como a informação geral disponibilizada que caracteriza a problemática do
insucesso escolar sinalizada, é coincidente no essencial com as atuais
explicações teóricas que defendem que são vários os fatores que estão na base
deste fenómeno, ou seja que estão na génese e no desenvolvimento da
aprendizagem escolar e das suas dificuldades, vejamos:
Ao analisar a apreciação de vários autores, compreende-se que o insucesso
escolar apresenta as seguintes características (Benavente & Correia, 1980)29;
(Formosinho & Fernandes, 1987)30; Gomes, 1987)31:
- É massivo, constante, precoce, seletivo e cumulativo.
- Estende-se a todos os graus de ensino.
- Surge intensamente nos primeiros anos de escolaridade, concentrando-se
nas classes mais desfavorecidas e qualquer repetição aumenta a probabilidade
de voltar a ocorrer uma segunda retenção.
Fonseca (2004)32, acrescenta, que o insucesso escolar aparece precocemente
no percurso escolar da criança, sendo que, a prevenção do problema deve
ocorrer no início da escolaridade pois se a intervenção retardar, o insucesso
escolar tem fortes probabilidades de se assumir como tendência.
Como menciona Fonseca (2004), o conceito de insucesso escolar é amplo e
não excetua qualquer tipo de causa integrando fatores exógenos e endógenos.
29 - Benavente, A. & Correia, P. A. (1980). Obstáculos ao sucesso na escola primária. Lisboa: Instituto de estudos para o desenvolvimento – caderno 3. 30 - Formosinho, J. & Fernandes, A. S. (1987). A Influência dos Factores Escolares. In O Insucesso Escolar em Questão. Área de Análise Social e Organizacional da Educação (pp.29-34). Braga: Universidade do Minho. 31 - Gomes, C. A. (1987). A interacção selectiva na escola de massas. Sociologia, Problemas e Práticas, 3, 35-49.
32 - Fonseca, V. (2004). Dificuldades de aprendizagem, abordagem neuropsicológica e psicológica ao insucesso escolar. Lisboa: Âncora Editora.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
188
Segundo García et al., (1998)33, o sucesso, ou insucesso, depende do
funcionamento da escola, da sua interação com o meio social e das
características da própria criança.
Através da análise de vários autores percebe-se que quando analisamos o
fenómeno do sucesso/ insucesso escolar, é importante ter em conta três
realidades: o aluno, o meio social e familiar e a instituição escolar (Fonseca,
2004; Almeida, 1998; Benavente, 1976)34. É a partir, portanto, destas
realidades que se evidenciam os fatores de insucesso e a compreensão das
suas causas.
A perspetiva atual observa que não é possível estabelecer uma relação de
causalidade linear, pois o insucesso escolar congrega uma constelação de
variáveis de vários níveis (psicológicas, sociais, ambientais, culturais…) que se
correlacionam num sistema complexo.
Face à complexidade e diversidade de causas que estão na base do
sucesso/insucesso escolar, esta problemática multidimensional requer uma
abordagem multivariada com recurso a vários tipos de estratégias e
intervenções de níveis diferenciados, congregando esforços de toda a
comunidade educativa e de todos os agentes com responsabilidades em
matéria de educação.
33 - Garcia, A. T., et al. (1998). Fracaso escolar y desventaja sociocultural. Una propuesta de intervención. Madrid: Narcea, S. A. Ediciones. 34 - Almeida, L. & Tavares (1998). Conhecer, aprender, avaliar. In Almeida (1998). Aprendizagem escolar – Dificuldades de aprendizagem. Porto: Porto Editora. - Benavente, A. (1976). A escola na sociedade de classes: o professor primário e o insucesso escolar. Lisboa: Livros Horizont .
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
189
No capítulo que se segue plasmam-se um conjunto de dados e informações
que dimensionam ao nível quantitativo a realidade do Concelho do Porto no
domínio demográfico e socioeconómico, apresentando-se um elenco de
quadros estatísticos alinhados à estrutura do Diagnóstico da CEP, 2007.
É uma abordagem que não representa uma caracterização e muito menos um
diagnóstico socioeconómico do Porto, mas reúne e ostenta os dados
disponíveis no momento, desagregados ao Concelho e que revelam alguns
traços dessas dinâmicas.
Apesar da impossibilidade de atualização do Diagnóstico da CEP, 2007,
justificada em ponto anterior, e este não ter sido domínio definido como objeto
de atualização, pois tal ainda não é possível, julgou-se no entanto útil, já neste
relatório de monitorização coligir a informação disponível existente no INE no
âmbito dos Censos 2011 no âmbito da informação mais recente disponibilizada
desagregada ao nível de Concelho e Freguesia.
Por um lado, envolvemo-nos desde já no desiderato do conhecimento da
realidade socioeconómica do Porto constituindo uma base de trabalho para
uma próxima etapa no âmbito da monitorização da CEP e por outro lado, esta
sistematização de estatísticas que medem um conjunto de indicadores poderá
ter utilidade para agentes educativos e gentes/interventores sociais.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
190
IV-Quadros Estatísticos no Domínio Demográfico e
Socioeconómico
Neste ponto passamos a dar conta das estatísticas disponíveis que foi possível
recolher, desagregadas ao Concelho que atualizam dados da CEP relativos ao
Capítulo IV. A cidade do Porto, P1. Principais tendências evolutivas.
Saliente-se que para além dos dados possíveis alinhados à CEP, 2007 que
permitem perceber a evolução dos principais traços caracterizadores da
estrutura da população residente, acrescentaram-se outros dados sobre
dinâmicas demográficas e dinâmicas socioeconómicas que se consideraram
complementares.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
191
Dinâmicas demográficas
Quadro 41 - Evolução da População residente por local de residência em 2001 e 2011
Local de residência População residente
Período de referência dos dados
2001 2011
Nº Nº
Portugal 10.356.117 10.562.178
Continente 9869343 10047621
Norte 3687293 3689682
Grande Porto 1.260.680 1.287.282
Porto 263.131 237.591
Fre
gue
sias
do
Po
rto
Aldoar 13957 12843
Bonfim 28578 24265
Campanhã 38757 32659
Cedofeita 24784 22077
Foz do Douro 12235 10997
Lordelo do Ouro 22212 22270
Massarelos 7756 6789
Miragaia 2810 2067
Nevogilde 5257 5018
Paranhos 48686 44298
Ramalde 37647 38012
Santo Ildefonso 10044 9029
São Nicolau 2937 1906
Sé 4751 3460
Vitória 2720 1901 Fonte: INE, Censos 2011
Nota analítica:
Em termos de evolução da população residente35, contrariamente às tendências
verificadas ao nível do Continente, Zona Norte e Grande Porto onde se verifica aumento
populacional no período 2001-2011, o Concelho do Porto perdeu 25.540 residentes. A
35 POPULAÇÃO RESIDENTE - conjunto de pessoas que, independentemente de estarem presentes ou ausentes num determinado
alojamento no momento de observação, viveram no seu local de residência habitual por um período contínuo de, pelo menos, 12 meses anteriores ao momento de observação, ou que chegaram ao seu local de residência habitual durante o período correspondente aos 12 meses anteriores ao momento de observação, com a intenção de aí permanecer por um período mínimo de um ano. Fonte: INE
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
192
CEP; 2007, Capítulo IV – pag.2 indica igual tendência no período decenal antecedente
(entre 1991 e 2001 o Porto perdeu 39.341 residentes).
Verificou-se um decréscimo de população residente em todas as freguesias do Concelho
do Porto entre 2001-2011, com exceção das freguesias de Lordelo do Ouro e Ramalde.
OBS: ver figura 4.1 do Cap. IV, vol I, pag. 2 da CEP 2007
Quadro 42 - População residente por grupo etário segundo local de residência em 2001
e 2011
Fonte: INE, Censos 2011
Nota analítica:
Em termos de evolução da população residente por grupo etário na década de 2001-2011, de
uma forma geral (nas unidades territoriais selecionadas) verifica-se um decréscimo de
população nos grupos etários dos 0-14 anos e dos 15-24 anos. O grupo etário dos 25-64 anos
surge com tendência de crescimento no Continente, Norte e Grande Porto e de decréscimo no
Porto. Por sua vez, os grupos etários dos 65 e mais anos refletem uma tendência de
crescimento no Continente, Norte, Grande Porto e Porto.
Verifica-se um aumento generalizado de população idosa e uma diminuição de população em
idade ativa, no entanto, a Zona Norte e o Grande Porto no grupo específico dos 25-64 anos (que
constitui uma franja de população em idade ativa) contraria esta tendência.
Local de residência
População residente
0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 e mais anos
Período de referência dos dados
2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011
N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º
Continente 1557934 1484120 1399635 1079493 5283178 5546220 1628596 1937788
Norte 644948 557233 558278 425876 1969309 2075134 514758 631439
Grande Porto 205776 191683 181396 139623 707916 742443 165592 213533
Porto 34584 28379 36850 25017 140694 129112 51003 55083
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
193
Quadro 43 - Variação da população residente por local de residência em 2001 e 2011
Local de residência Variação populacional
Período de referência dos dados
2001 2011
Nº Nº
Portugal 63895 -30323
Continente 58876 -27031
Norte 16592 -6361
Grande Porto 7092 -2424
Porto -1761 -4985 Fonte: INE, Censos 2011
Nota analítica:
Em termos de variação populacional36 no período de 2001-2011, em 2001 no Concelho do
Porto verificava-se uma tendência de crescimento negativa, ao contrário do Continente e
Grande Porto. Em 2011 a tendência de decréscimo da população residente afeta todo o
território nacional.
36
VARIAÇÃO POPULACIONAL - Diferença entre os efetivos populacionais em dois momentos do tempo (habitualmente dois fins de ano
consecutivos) - É a diferença entre os efetivos populacionais em dois momentos de observação, geralmente em 31 de Dezembro de dois
anos consecutivos (entre os momentos "0" e "t"). A variação populacional também pode ser calculada através do somatório do saldo
natural e do saldo migratório. Traduz o "crescimento efectivo da população" (positivo ou negativo). Fonte: INE
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
194
Quadro 44 – Taxa de variação da população residente por grupos etários (2001-2011)
Local de residência
Taxa de variação (2001-2011)
Grupo etário
Total 0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 - 74 anos 75 e mais anos
% % % % % %
Portugal 1,99 -5,09 -22,46 5,54 5,65 37,15
Continente 1,81 -4,74 -22,87 4,98 5,88 37,50
Norte 0,06 -13,60 -23,72 5,37 9,64 41,86
Grande Porto 2,11 -6,85 -23,03 4,88 16,07 48,87
Porto -9,71 -17,94 -32,11 -8,23 -6,37 27,02 Fonte: INE, Censos 2011
Nota analítica:
A taxa de variação de população residente37 por grupo etário ao longo de uma década,
evidencia que no total das unidades territoriais selecionadas, a cidade do Porto é o local
com a variação negativa mais elevada e o Grande Porto com a variação positiva mais
elevada. No Concelho do Porto o grupo etário dos 15 aos 24 anos é o que sobressai com
a taxa de variação mais negativa (-32,11%), sendo que, o grupo etário dos 75 e mais
anos é o único que apresenta uma taxa positiva (27,02%).
37 TAXA DE VARIAÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE - relação entre o crescimento percentual da população residente por local de residência
entre dois períodos de tempo distintos, podendo este ser negativo ou positivos. A fórmula de cálculo é “(total de indivíduos ano 1 - total de indivíduos ano 0) / total de indivíduos ano 0 * 100” e a unidade de medida é a percentagem (%).
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
195
Quadro 45 - Variação da população residente por freguesias do Concelho do Porto e
grupo etário (2001-2011)
Freguesias Taxa de variação (2001-2011)
Grupo etário
Total 0 - 14 anos 15 - 24 anos
25 - 64 anos
65 - 74 anos 75 e mais anos
% % % % % %
Aldoar -7,98 -17,28 -26,54 -6,87 -1,59 37,54
Bonfim -15,09 -20,83 -36,26 -14,72 -13,19 12,49
Campanhã -15,73 -28,86 -34,21 -14,35 -11,68 31,97
Cedofeita -10,92 -17,27 -43,84 -9,43 -4,28 29,33
Foz do Douro -10,12 -22,59 -19,52 -16,29 20,07 39,46
Lordelo do Ouro 0,26 -5,40 -19,65 1,75 3,12 38,26
Massarelos -12,47 -23,86 -40,36 -9,44 -7,50 23,60
Miragaia -26,44 -44,27 -49,62 -20,88 -32,85 3,74
Nevogilde -4,55 -4,77 -25,10 -7,25 6,93 43,75
Paranhos -9,01 -20,62 -36,12 -7,02 -0,02 33,81
Ramalde 0,97 -2,75 -18,63 1,82 -1,56 41,84
Santo Ildefonso -10,11 -13,29 -33,41 -2,70 -25,16 2,94
São Nicolau -35,10 -47,51 -55,06 -30,88 -35,84 -6,32
Sé -27,17 -42,30 -46,13 -21,03 -33,78 -5,38
Vitória -30,11 -42,86 -45,77 -25,27 -38,73 -13,33 Fonte: INE, Censos 2011
Nota analítica:
Em termos de taxas de variação de população residente por grupo etário, a situação das
freguesias do Porto segue a tendência do Concelho do Porto, pois os valores negativos
mais elevados ocorrem no grupo etário dos 15 aos 24 anos e os valores positivos mais
elevados situam – se no grupo etário dos 75 e mais anos.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
196
Quadro 46 - Variação das famílias clássicas residentes por Concelho e freguesias do Porto
entre 2001 e 2011
Local de residência Taxa de variação das famílias
%
Concelho do Porto 0,13
Fre
gues
ias
do
Po
rto
Aldoar 1,68
Bonfim -7,81
Campanhã -6,03
Cedofeita 1,03
Foz do Douro 2,94
Lordelo do Ouro 10,09
Massarelos -0,81
Miragaia -10,62
Nevogilde 4,92
Paranhos -0,56
Ramalde 11,77
Santo Ildefonso 2,75
São Nicolau -25,21
Sé -15,80
Vitória -20,18 Fonte: INE, Censos 2011
Nota analítica:
A leitura deste quadro permite aferir que ao longo da década 2001-2011, a evolução da
taxa das famílias clássicas38 no Concelho do Porto é positiva com uma taxa de 0,13%,
embora em algumas freguesias se tenha verificado decréscimo, surgindo a freguesia de
Miragaia com maior decréscimo (-25,21%) seguida da freguesia da Vitória (-20,18%).
No que se refere às freguesias com evolução positiva, destaca-se Ramalde (11,77%) e
Lordelo do Ouro (10,09%).
38 FAMÍLIA CLÁSSICA - Conjunto de pessoas que residem no mesmo alojamento e que têm relações de parentesco (de direito ou de facto)
entre si, podendo ocupar a totalidade ou parte do alojamento. Considera-se também como família clássica qualquer pessoa independente
que ocupe uma parte ou a totalidade de uma unidade de alojamento. Fonte: INE
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
197
Quadro 47 - Taxas de natalidade e mortalidade por unidades territoriais em 2001 e
2011
Local de residência Taxa bruta de natalidade (%) Taxa bruta de mortalidade (%)
Período de referência dos dados Período de referência dos dados
2001 2011 2001 2011
% % % %
Portugal 10,9 9,2 10,1 9,7
Continente 10,8 9,1 10,1 9,8
Norte 11,2 8,5 8,7 9,6
Grande Porto 11,2 9,2 8,4 8,3
Porto 9,2 8,4 12,4 12 Fonte: INE, Censos 2011
Nota analítica:
A natalidade e a mortalidade diminuíram concomitantemente ao longo destes 10 anos. No
que se refere à taxa bruta de natalidade39 verifica-se, de uma forma geral um decréscimo
quer a nível nacional, quer a nível local, seguindo o Concelho do Porto também esta
tendência, e o mesmo acontece com a taxa de mortalidade40 sendo de ressalvar que no
Norte, contrariamente, a taxa de mortalidade aumentou em 0,9 pontos percentuais.
39
TAXA BRUTA DE NATALIDADE - Número de nados vivos ocorrido durante um determinado período de tempo, normalmente um ano
civil, referido à população média desse período (habitualmente expressa em número de nados vivos por 1000 (10^3) habitantes). Fonte:
INE
40 TAXA BRUTA DE MORTALIDADE - Número de óbitos observado durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil,
referido à população média desse período (habitualmente expressa em número de óbitos por 1000 (10^3) habitantes). Fonte: INE
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
198
Dinâmicas Socioeconómicas
Quadro 48 - População empregada por local de residência em 2001 e 2011
Local de residência
População empregada (à data dos Censos 2001)
População empregada (à data dos Censos 2011)
N.º N.º
Portugal 4650947 4361187
Continente 4450711 4150252
Norte 1656103 1501883
Grande Porto 595529 532190
Porto 113593 88452
Fre
gue
sias
do
Po
rto
Aldoar 6164 4809
Bonfim 12254 8799
Campanhã 15380 10319
Cedofeita 11140 8654
Foz do Douro 5493 4429
Lordelo do Ouro 9745 8427
Massarelos 3537 2803
Miragaia 1129 726
Nevogilde 2421 2128
Paranhos 21161 16663
Ramalde 17304 15281
Santo Ildefonso 4028 3212
São Nicolau 1120 601
Sé 1750 1034
Vitória 967 567 Fonte: INE, Censos 2001 e Censos 2011
Nota analítica:
No Concelho do Porto, verifica-se que a diminuição do número de indivíduos empregados de
2001 a 2011 é cerca de três mil. No que se refere às freguesias em todas se verificou uma
diminuição de população empregada, destacando-se a freguesia de S. Nicolau cuja
diminuição aproxima-se dos 50%.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
199
Quadro 49 - População residente empregada segundo o nível de escolaridade em 2011
por local de residência
Nível de escolaridade Nível de escolaridade da população empregada residente à data dos censos 2011
Continente Norte Grande Porto
Porto Lisboa Grande Lisboa
N.º N.º N.º N.º N.º N.º
Total 4150252 1501883 532190 88452 1223276 898041
Nenhum nível de escolaridade 46623 14345 4633 713 16139 12144
Ensino básico - 1º ciclo 683841 288172 81413 10697 141900 103088
Ensino básico - 2º ciclo 486820 234755 58750 5713 84535 59789
Ensino básico - 3º ciclo 772093 289611 94527 11604 201078 139434
Ensino secundário 1023398 323624 122580 16635 336553 236813
Ensino pós-secundário 57208 17697 7381 996 19925 14528
Bacharelato 95102 26859 14584 3162 36591 27923
Licenciatura 776965 242765 114978 28055 300263 232987
Mestrado 166080 50958 25459 7518 68921 56272
Doutoramento 42122 13097 7885 3359 17371 15063 Fonte: INE, Censos 2011
Nota analítica:
A grande maioria da população empregada residente do Concelho do Porto possui
licenciatura (32%), seguida da população empregada possuindo o ensino secundário que
ocupa o 2º lugar com 19%
No pólo inverso, surge a população empregada sem nenhum nível de escolaridade com
uma representatividade de apenas 0,8% no total de população empregada residente no
Concelho (88.452), seguido da população empregada com ensino pós-secundário com
1,1%.
Ver anexo 7 - quadro 1 - População empregada por local de residência e grupo etário; e o quadro 2 - População desempregada por nível
de escolaridade
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
200
Quadro 50 - População residente nas freguesias do Concelho do Porto empregada, por
nível de escolaridade em 2011
Fonte: INE, Censos 2011
Nota: Referência em 2001 - CEP 2007, volume I, capítulo IV, pagina 9.
Local de residência (à data dos
Censos 2011)
População empregada/ Nível de escolaridade
Nível de escolaridade
Nenhum nível de
escolaridade
Ensino básico - 1º ciclo
Ensino básico - 2º
ciclo
Ensino básico - 3º
ciclo
Ensino secundário
Ensino pós-secundário
Bacha relato
Licencia tura
Mes trado
Douto ramento
N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º
Porto 713 10697 5713 11604 16635 996 3162 28055 7518 3359
Aldoar 36 524 302 583 780 41 214 1688 420 221
Bonfim 69 944 582 1233 1838 106 336 2683 711 297
Campanhã 127 2237 1199 2029 2208 120 209 1635 415 140
Cedofeita 65 741 420 912 1590 121 349 3146 881 429
Foz do Douro
29 238 143 309 660 36 222 2002 540 250
Lordelo do Ouro
77 1040 528 1002 1312 74 315 2910 800 369
Massarelos 21 255 139 325 427 32 81 1034 315 174
Miragaia 6 169 66 123 122 13 14 151 37 25
Nevogilde 9 73 23 81 302 14 133 1076 294 123
Paranhos 122 1923 1003 2220 3254 203 551 5301 1456 630
Ramalde 82 1586 887 1901 2917 161 597 5257 1310 583
Santo Ildefonso
32 413 195 454 751 49 110 864 256 88
São Nicolau 8 179 68 121 128 5 5 67 15 5
Sé 22 243 111 215 234 9 19 129 37 15
Vitória 8 132 47 96 112 12 7 112 31 10
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
201
Quadro 51 - População empregada por local de residência e por ramo de atividade em
2011
Fonte: Censos 2011
Atividade económica (CAE Rev. 3)
População empregada/Local de residência
Local de residência (à data dos Censos 2011)
Portugal Norte Grande Porto
Porto Lisboa Grande Lisboa
Lisboa
N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º
Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca
133386 43023 6966 242 8810 3992 685
Indústrias extrativas 12880 4470 369 35 880 483 87
Indústrias transformadoras 713367 362099 86355 8341 113130 75433 12121
Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio
27235 8362 3301 562 7554 5215 1385
Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição
28980 9193 3702 433 8086 5633 810
Construção 372247 149724 33614 3262 73491 52227 9792
Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos
753295 261852 104871 15148 204118 148911 29837
Transportes e armazenagem 161258 42913 21999 2589 59636 44359 9588
Alojamento, restauração e similares 291761 80656 34143 5977 88463 65641 16183
Atividades de informação e de comunicação
102359 21841 12866 2849 58301 46158 15424
Atividades financeiras e de seguros 104553 25786 13952 3456 52381 41330 13525
Atividades imobiliárias 26349 7171 4002 983 11185 8747 2974
Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares
179620 52563 27115 7329 76415 61974 23898
Atividades administrativas e dos serviços de apoio
190054 49096 25600 4792 79618 60455 14928
Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória
314631 78663 27265 4769 102196 69953 19259
Educação 376743 128220 49732 11459 98943 72056 21575
Atividades de saúde humana e apoio social
356598 109017 47186 10546 102672 75022 21763
Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas
43726 11563 6034 1346 17022 13281 4463
Outras atividades de serviços 89371 29018 12088 2008 30419 22587 5423
Atividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e atividades de produção das famílias para uso próprio
81585 26558 10954 2294 29152 23898 5577
Atividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
1189 95 76 32 804 686 269
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
202
Quadro 52 - População empregada por local de residência e por ramo de atividade em
2001
Fonte: INE, Censos 2001
Atividade económica (CAE Rev. 2.1)
População empregada /Local de residência (à data dos Censos 2001)
Local de residência
Portugal Continente Norte Grande Porto
Porto Lisboa Grande Lisboa
Lisboa
N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º
Agricultura, produção animal, caça e silvicultura
215598 197766 74780 6717 390 12235 6589 1111
Pesca 16048 13837 3946 3125 30 2429 582 92
Indústrias extrativas 18093 17875 6958 483 56 1528 901 153
Indústrias transformadoras 1009842 994547 527077 146507 17236 171607 117437 21459
Produção e distribuição de eletricidade, gás e água
34446 32168 10267 4465 812 11146 7676 1889
Construção 570257 537086 213777 58449 5980 124935 87726 17271
Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico
767210 738588 264496 114854 22071 221675 166042 38330
Alojamento e restauração (restaurantes e similares)
257661 241475 68673 29618 6305 80251 60169 15543
Transportes, armazenagem e comunicações
208584 198963 52142 28289 5497 88307 67546 18177
Atividades financeiras 95985 93294 24449 14606 4459 48695 39289 12563
Atividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas
269596 261991 70779 41712 11631 130699 104124 35231
Administração pública, defesa e segurança social obrigatória
368517 344619 86173 32419 7346 130373 93341 26887
Educação 325463 308786 107124 43480 12751 89465 67254 22299
Saúde e ação social
262098 249771 75715 37213 10551 84445 63322 20126
Outras atividades de serviços coletivos, sociais e pessoais
117155 112230 33823 16467 3962 47469 37281 11938
Atividades das famílias com empregados domésticos e atividades de produção das famílias para uso próprio
113000 107061 35848 17065 4487 38892 31343 8183
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
1394 654 76 60 29 522 445 192
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
203
Quadro 53 - População residente empregada por sector de atividade em 2001 e 2011
Local de residência
População empregada/Sector de atividade económica
População empregada /Sector de atividade económica
Período de referência dos dados Período de referência dos dados
2001 2011
Sector de atividade económica Sector de atividade económica
Sector primário
Sector secundário
Sector terciário (social)
Sector terciário
(económico)
Sector primário
Sector secundário
Sector terciário (social)
Sector terciário
(económico)
N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º
Portugal 231646 1632638 1187627 1599036 133386 1154709 1254273 1818819
Continente 211603 1581676 1123121 1534311 121055 1115357 1179316 1734524
Norte 78726 758079 338759 480539 43023 533848 379768 545244
Grande Porto 9842 209904 146704 229079 6966 127341 151793 246090
Porto 420 24084 39126 49963 242 12633 32226 43351
Lisboa 14664 309216 391166 569627 8810 203141 377982 633343
Grande Lisboa 7171 213740 292986 437170 3992 138991 275104 479954
Lisboa 1203 40772 89625 119844 685 24195 77885 126801 Fonte: INE, Censos 2011 e Censos 2001
Nota analítica:
Os sectores de atividade que abrangem mais população empregada residente no Concelho do
Porto são o sector terciário económico e o sector terciário social quer em 2001 quer em 2011.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
204
Conclusões
A ação municipal em matéria de educação fica assim desenhada num
documento que pretende fornecer a base para que se perspetivem outras
análises e pistas de monitorização, acompanhamento, avaliação da ação numa
lógica de melhoria continua.
A CEP como produto publicado em 2007 constituiu o ponto de partida deste
trabalho tendo as assunções plasmadas no Volume III, Cap. VI (p.48-49)
constituído o mote organizador das lógicas e opções metodológicas intrínsecas a
este documento tendo o foco das análises sido aquilo que é entendido na
CEP como nuclear em termos de atuação municipal em matéria de
educação.
Os constrangimentos temporais não permitiram alavancar uma análise em
extensão e intensidade à atuação de todos os agentes educativos desafiados
pela CEP a organizar os seus projetos em consonância com as linhas de atuação
propostas em quadro estratégico para desenvolvimento dos sistemas de
educação e formação no Porto – o que seria um desafio, desta vez, à equipa de
monitorização da CEP (talvez o próximo…).
A CEP define no seu volume III a estratégia de desenvolvimento do sistema
educativo do Porto que consubstancia, na prática, um vasto programa de
atuação que responsabiliza um conjunto alargado de entidades abrangendo
várias áreas de atuação no domínio educativo e formativo. Trata-se, de facto…,
de uma carta de compromisso, não assinada, que deverá originar
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
205
posteriormente um programa de ação concreto (CEP, 2007, Capítulo VI, p.
48).
Apesar do desafio que a CEP lança a todos os agentes educativos da cidade,
salienta que “Há a plena consciência que a CEP contempla várias e distintas
propostas de intervenção ou recomendações quanto a medidas de política ou a
ações concretas, passíveis de virem a ser concretizadas a curto ou a médio
prazo. Tal não quer significar que não se reconheçam as questões tidas
como prioritárias, ou seja, os aspetos nucleares da estratégia
assumida” (idem).
Neste relatório centrámo-nos muito particularmente nas informações relativas
aquilo que a CEP denomina de aspetos nucleares da estratégia
assumida/questões prioritárias no que respeita à intervenção
municipal, sendo que estas ações são identificadas na CEP como integrando
3+1 vetores-chave, inseridos em dois conjuntos. No primeiro conjunto
inserem-se o reforço da educação pré-escolar de modo a se garantir uma
melhor e mais generalizada oferta, a requalificação da rede escolar quanto a
JI e a EB1, e ainda, a continuação de uma aposta forte no desenvolvimento
de atividades extracurriculares em articulação estreita com as escolas.
No segundo conjunto surge o compromisso do Município do Porto de continuar o
trabalho de mobilização e dinamização da comunidade para a valorização
da educação como condição de desenvolvimento (CEP, 2007, Volume III, Cap.
VI, p.49).
Podemos constatar como a ação da autarquia tem vindo a evoluir no sentido da
melhoria nas matérias nucleares mencionadas na Carta Educativa:
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
206
No reforço da educação pré-escolar, no tocante aos estabelecimentos
escolares e espaços associados, a requalificação, os melhoramentos, as
ampliações de salas, as beneficiações e requalificações dos recreios retratadas
no capitulo 1 deste relatório revelam a preocupação da autarquia neste
vetor/eixo prioritário. A componente de apoio à família (CAF) no pré-escolar
tem revelando também na sua ação uma lógica de melhoria contínua
comprovada pelo recente projeto Porto de Apoio à família (apresentado no
cap.II).
Na Requalificação da rede escolar, o município tem levado a cabo um
conjunto de intervenções importantes para a valorização do espaço escolar
como fator de desenvolvimento da educação no pré-escolar e 1º CEB.
Estas intervenções que são retratadas no capítulo I deste relatório foram
também indispensáveis ao processo de reordenamento da rede tendo por
base as propostas da CEP e em ajustamento com as posteriores necessidades
identificadas. Acompanhámos e divulgámos as mudanças ocorridas neste
processo em consonância com o Decreto-Lei nº 7/2003 de 15 de Janeiro, no
seu ponto 3, artigo 11º “A carta educativa deve promover o desenvolvimento
do processo de agrupamento de escolas, com vista à criação nestas das
condições mais favoráveis ao desenvolvimento de centros de excelência e de
competências educativas, bem como as condições para a gestão eficiente e
eficaz dos recursos educativos disponíveis”.
O desenvolvimento das atividades extracurriculares tem sido um facto
revelado pelos números apresentados da grelha de ação respetiva (capitulo II),
em articulação estreita com as escolas, sendo de salientar também a lógica da
qualidade que se tem tentado imprimir neste vetor demonstrada pela realização
de um estudo de impacto da ação.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
207
A dinâmica do Programa para o Desenvolvimento das Atividades
Extracurriculares promovido e coordenado pela autarquia, apresentada neste
relatório é o espelho de uma ação concertada em prol da operacionalização do
conceito de Escola a tempo inteiro com qualidade!
O segundo capítulo deste relatório revela também no seu ponto II.2 como o
Município do Porto deu continuidade ao trabalho de mobilização e
dinamização da comunidade para a valorização da educação no sentido
do desenvolvimento e qualificação dos jovens, dos que se encontram e dos que
saíram do sistema formal de ensino.
Têm sido vários os projetos socioeducativos que, quer o Departamento
Municipal de Educação, quer as restantes Unidades Orgânicas e Entidades
Participadas têm vindo a promover nesta linha de atuação identificada na CEP
como o 4º vetor nuclear.
Exemplos disso são o Programa Porto de Futuro; Porto de Crianças; Educação
para os Valores, etc.
Para além dos aspetos nucleares retratados, materializados em intervenções e
projetos concretos, abordados, também conseguimos perceber através duma
análise às lógicas de atuação que as mesmas têm evoluído, no reforço duma
dinâmica que se pretende concertada e articulada em consonância com as
recomendações da CEP.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
208
O Plano Municipal de Educação, elaborado em 2011 consubstanciou um
impulso nesta direção, na qual veio posteriormente a convergir o Projeto
Educativo Municipal, em construção.
O Projeto Educativo Municipal pretende operacionalizar capazmente o conceito
de Cidade Educadora, consensualizando de forma integrada a ação da cidade
em matéria de educação tentando levar à prática o desafio lançado a todos os
agentes educativos na Carta Educativa em 2007, assumindo nesta senda, a
Autarquia um papel de agente mobilizador de vontades em prol do
desenvolvimento dos sistemas de educação e formação da cidade.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
209
Fontes de Informação
Legislação Consultada
- Lei nº159/99 de 14 de Setembro
- Lei nº169/99 de 18 de setembro
- Lei nº5-A/2002 de 11 de janeiro
- Lei nº41/2003, de 22 de Agosto
- Decreto-Lei nº 7/2003 de 15 de Janeiro
- Decreto -Lei nº 75/2008, de 22 de abril
- Decreto -Lei nº 224/2009, de 11 de Setembro
- Decreto-Lei nº 137/2012 de 2 de Julho
- Proposta de Lei nº 104/XI
- Lei nº 5/97 de 10 de Fevereiro
- Decreto - Lei nº 147/97 de 11 de Julho
- Portaria 583/97
- Portaria 1044-A/2008
- Desp. Conjunto nº 300/97
- Decreto-lei nº220/2008 de 12 de Novembro
- Portaria 1532/2008 de 29 de Dezembro
- Despacho nº14460/08 de 26 de maio
- Despacho nº 8683/2011 de 28 de Junho
- Decreto-Lei nº 6/2001, de 18 de Janeiro
- Decreto-lei nº 399 - A/34 de 28 de dezembro
- Despacho nº 12284/2011 de 19 de setembro
- Despacho nº 11886-A/2012 de 6 de setembro
- Decreto-Lei nº 55/2009 de 2 de março - artigo 10º
- Decreto-Lei nº 176/2003, de 2 de agosto - artigos 9.º e 14.º
- Despacho nº22251/2005
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
210
Sites consultados
http://www.cm-porto.pt/
http://www.dgeec.mec.pt/np4/home
http://www.gepe.min-edu.pt/np4/estatisticas
http://roteiro.min-edu.pt/
http://www.ine.pt/
http://www.portugal.gov.pt/
http://europa.eu/index_pt.htmeurostat
http://ec.europa.eu/portugal/comissao/destaques/20100303_europa_2020_pt.htm
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
211
ANEXOS
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
212
ANEXO 1
Intervenções executadas por ano em matéria de Requalificação no
período 2007-2013
Quadro 1 – Estabalecimentos escolares construídos, reconstruídos e
extintos
Construções Novas (de raíz)
Estabelecimentos
Construídos
Ano Agrupamento Freguesia OBS
EB das Antas
(com JI integrado) 2010 AE António Nobre Campanhã
Entidade gestora: GOP
(EB – 1º CEB – com
características de Centro
Escolar)
Construção com aproveitamento do edifício pré-existente
EB S. Miguel de
Nevogilde
(JI integrado)
2011 Garcia de Orta Aldoar Entidade gestora: GOP
Foi requalificado e ampliado.
Requalificação do recreio.
Extinções
EB1 Gólgota; EB1 Pinheiro; EB1 das Cruzes; EB1 S. Martinho de Aldoar e EB1 do Aleixo
Fonte: Departamento Municipal de Educação - documento com dados coligidos em Janeiro de 2012 (intervenções até 2010) e Divisão Municipal de Gestão Escolar, Maio 2013- dados recolhidos em reunião com técnico responsável pelo acompanhamento da ação: requalificações/beneficiações escolares
(intervenções a partir de 2010).
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
213
Quadro 2 – Requalificações desde 2007
Requalificações desde 2007
Estabelecimentos
requalificados (EB – 1º CEB)
Ano Agrupamento Freguesia da EB OBS
EB Covelo
(JI integrado)
2007 Eugénio de
Andrade
Paranhos Entidade gestora: GOP
Para além de Requalificado
foi também efetuada
colocação de equipamentos
de recreio
EB Falcão
(JI integrado)
2007 Cerco Campanhã Entidade gestora: GOP
EB Torrinha
(JI integrado)
2007 Rodrigues de
Freitas
Cedofeita Entidade gestora: GOP
Para além de Requalificado
foi também efetuada
colocação de equipamentos
de recreio.
EB Campo 24 de Agosto
(JI integrado)
2008 Alexandre
Herculano
Bonfim Entidade gestora: GOP
EB Viso
(JI integrado)
2008 Viso Ramalde Entidade gestora: GOP
Foi requalificado, ampliado
e alvo de colocação de
equipamentos de recreio
EB S. Tomé
(JI integrado)
2009 Amial Paranhos Entidade gestora: GOP
Para além de Requalificado
foi também efetuada
colocação de equipamentos
de recreio
EB Bom Sucesso
2009 Infante D.
Henrique
Cedofeita Entidade gestora: GOP
Foi requalificado, ampliado
e alvo de colocação de
equipamentos de recreio.
EB Lordelo
(JI integrado)
2010 Leonardo
Coimbra
Lordelo do Ouro Entidade gestora: GOP
Para além de Requalificado
foi também efetuada
colocação de equipamentos
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
214
Fonte: Departamento Municipal de Educação - documento com dados coligidos em Janeiro de 2012
(intervenções até 2010) e Divisão Municipal de Gestão Escolar, Maio 2013- dados recolhidos em reunião com técnico responsável pelo acompanhamento da ação: requalificações/beneficiações escolares (intervenções a partir de 2010).
de recreio.
EB Noeda
(JI integrado)
2011 Alexandre
Herculano
Campanhã Entidade gestora: GOP
Foi requalificado, ampliado
e alvo de colocação de
equipamentos de recreio.
EB Castelos
(JI integrado)
2010/20
11
Fontes Pereira de
Melo
Ramalde Entidade gestora: GOP
Para além de Requalificado
foi também efetuada
colocação de equipamentos
de recreio
EB Miosótis
(JI integrado)
2011 Amial Paranhos Entidade gestora: GOP
Foi requalificado e
ampliado.
Requalificação do recreio.
EB Costa Cabral
(JI integrado)
2011 Eugénio de
Andrade
Paranhos Entidade gestora: GOP
Foi requalificado e
ampliado.
Requalificação do recreio.
Em 2012 foi integrado JI.
EB Bom Pastor
(JI integrado)
2012 Carolina Micaelis Paranhos Entidade gestora: GOP
Requalificação do edifício.
Requalificação do recreio.
EB Campinas
(JI integrado)+(Unidade especial)
2012 Viso Ramalde Entidade gestora: GOP
Foi requalificado e
ampliado.
Requalificação do recreio.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
215
Quadro 3 – Obras de Beneficiação desde 2007
Obras de Beneficiação
Estabelecimentos (EB –
1º CEB)
Ano Agrupamento atual Freguesia da EB OBS
JI Barbosa du Bocage 2008 Infante D. Henrique Massarelos Entidade gestora: DOMUS
Social
Beneficiação
EB S. João de Deus
(JI integrado)
2009 António Nobre Campanhã Entidade gestora: DOMUS
Social
Beneficiação
EB Campinas
(JI integrado)
2010 Viso Ramalde Entidade gestora: sem
informação
Beneficiação da cantina
EB Bandeirinha
(JI integrado)
2010 Rodrigues de Freitas Miragaia Entidade gestora: DOMUS
Social
Pintura geral.
EB Monte Belo
(JI integrado)
2011 António Nobre Campanhã Entidade gestora: DOMUS
Social.
Criação de mais 2 salas
para ampliação do JI.
EB Fernão Magalhães
(JI integrado)
2012 Aurélia de Sousa Bonfim Entidade gestora: DOMUS
Social
Criação de JI (3 salas)
Instalação de parque
infantil no recreio.
EB Paulo da Gama
(JI integrado)
2012 Garcia de Orta Foz do Douro Entidade gestora: GOP e
DOMUS Social
Criação de mais 2 salas
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
216
Fonte: Departamento Municipal de Educação - documento com dados coligidos em Janeiro de 2012 (intervenções até 2010) e Divisão Municipal de Gestão Escolar, Maio 2013- dados recolhidos em reunião
com técnico responsável pelo acompanhamento da ação: requalificações/beneficiações escolares (intervenções a partir de 2010).
para ampliação do JI.
Obras de beneficiação de
2 salas no JI
Instalação de parque
infantil no recreio.
EB Fontinha
(JI integrado)
2012 Aurélia de Sousa Sto Ildefonso Entidade gestora: DOMUS
Social e GOP
Criação de mais 2 salas
para ampliação do JI.
Instalação de parque
infantil no recreio.
EB Fonte da Moura
(JI integrado)
2012 Manoel de Oliveira Aldoar Entidade gestora: DOMUS
Social
Criação de JI (2 salas)
Instalação de parque
infantil no recreio.
EB Augusto Lessa
(JI integrado)
2012 Eugénio de Andrade Paranhos Entidade gestora: DOMUS
Social
Criação de mais 2 salas
para ampliação do JI.
EB António Aroso
(JI integrado)
2012 Manoel de Oliveira Aldoar Entidade gestora: DOMUS
Social
Obras de beneficiação no
edifício a nível interior.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
217
Quadro 4 – Reserva de Terrenos
Fonte: DMGE , Maio 2013- dados recolhidos em reunião com técnico responsável pelo acompanhamento da ação: requalificações/beneficiações escolares
Notas:
- Requalificações – implicam obras gerais no edifício escolar.
- Requalificação dos recreios - implicam obras gerais no espaço de recreio escolar.
- Beneficiação – implica obras de melhoramentos nas escolas.
- Ampliações – Implicam a realização de intervenções destinadas à ampliação do edifício escolar para criação de
novas salas de aula; ginásios; refeitórios e outros espaços.
- Colocação de equipamentos de recreio – implica a instalação no espaço do recreio de equipamentos destinados
a atividades desportivas e de lazer.
- Instalação de parques Infantis – Implica a instalação de equipamentos infantis destinados a crianças dos 3-10
anos)
Reserva de terrenos
Até ao momento encontram-se reservados 2 terrenos para novas construções escolares (UOPG1 e
UOPG17)
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
218
ANEXO 2
Evolução da rede escolar de competência municipal (2007-2013)
Quadro 1 - Rede escolar de competência municipal em 2007
Agrupamento
Estabelecimentos Freguesias
Ag. Clara de Resende EB 1 João de Deus (nº 47) Ramalde
Ag. das Antas
EB 1 Montebello (nº 15)
Campanhã EB 1/JI Monte Aventino (nº 22)
JI Dó Ré Mi II (Rua de Contumil)
Ag. da Areosa EB1 /JI S. João de Deus (nº 58) Paranhos
Ag. Augusto Gil
EB1 Fernão de Magalhães (nº 4)
Bonfim
Stº Ildefonso
EB1 Florinhas (nº5)
EB1 José Gomes Ferreira (nº24)
EB1/JI Fontinha (nº 23)
JI Stº Ildefonso (Rua João das Regras) - GP
JI Stº Ildefonso (Travessa da Regeneração) - GP
JI Bonfim (Rua Dr. António de Sousa) - GP
Ag. de Miragaia EB1 de S. Miguel (nº19)
Miragaia EB1/JI da Bandeirinha (nº42)
EB1/JI de S. Nicolau (nº50)
Ag. do Amial EB1 dos Miosótis (nº18)
Paranhos EB1/JI de S. Tomé (nº20)
EB1/JI da Azenha (nº21)
EB1/JI da Agra (nº49)
Ag. do Cerco EB1/JI da Corujeira (nº6)
Campanhã
EB1/JI do Falcão (nº7)
EB1/JI do Cerco do Porto (nº9)
EB1/JI de S. Roque da Lameira (nº12)
EB1/JI Nossa Srª de Campanhã (nº13)
JI Dó Ré Mi I (Rua do Falcão) – GP
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
219
Ag. do Viso EB1/JI do Viso (nº 37)
Ramalde
EB1/JI das Cruzes (nº44)
EB1/JI dos Correios (nº48)
EB1/JI das Campinas (nº 54)
JI de Ramalde (Av. Vasco da Gama) - GP
Ag. Eugénio de Andrade EB1 Augusto Lessa (nº 16)
Paranhos EB1 de Costa Cabral (nº17)
EB1/JI do Covelo (nº28)
Ag. Francisco Torrinha EB1 S. João da Foz (nº33)
Foz do Douro
Nevogilde
EB1 S. Miguel de Nevogilde (nº43)
EB1/JI Paulo da Gama (nº32)
JI Nevogilde (Rua de Corte Real)
JI Foz do Douro (Rua Burgal de Cima/Pe. Luís Cunha)
Ag. Gomes Teixeira EB1 Bom Sucesso (nº38)
Massarelos
Vitória
Cedofeita
EB1 de Gólgota (nº40)
EB1 Carlos Alberto (nº51)
EB1 S. Pinheiro (nº55)
EB1/JI Torrinha (nº27)
JI Vitória (Rua de Cedofeita) - GP
JI Massarelos (Rua Barbosa du Bocage) – GP
Ag. Irene Lisboa EB1 da Constituição (nº31)
Cedofeita
Paranhos
EB1/JI Ribeiro de Sousa (nº30)
EB1/JI Bom Pastor (nº57)
JI Miminho (Rua das Águas Férreas)
Ag. Leonardo Coimbra
filho
EB1 Condominhas (nº34)
Lordelo do Ouro
EB1/JI Lordelo (nº35)
EB1/JI Pasteleira (nº46)
EB1/JI Aleixo (nº56)
JI Lordelo do Ouro (Rua do Estoril/Esposende)
Ag. Manoel de Oliveira
EB1 S. Martinho de Aldoar (nº26)
Aldoar
EB1 Ponte (nº36)
EB1 Fonte da Moura (nº52)
EB1/JI Vilarinha (nº39)
EB1/JI António Aroso (nº53)
JI Aldoar (Rua de Angola) – GP
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
220
Fonte: CEP, 2007
Ag. Maria Lamas
EB1/JI dos Castelos (nº29) Ramalde
Paranhos EB1/JI da Caramila (nº41)
EB1/JI do Padre Américo (nº45)
Ag. Pires de Lima
EB1/JI do Campo 24 de Agosto (nº1)
Bonfim
Sé
EB1/JI da Alegria (nº3)
EB1/JI da Sé (nº25)
JI da Sé (Largo Actor Dias) – GP
Ag. Ramalho Ortigão
EB1/JI das Flores (nº8)
Campanhã EB1/JI do Lagarteiro (nº 10)
EB1/JI da Lomba (nº11)
EB1/JI de Noeda (nº14)
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
221
Quadro 2 - Rede escolar de competência municipal em 2013
Agrupamento Escola Ciclo de ensino regular Freguesias do
agrupamento de escolas
Alexandre Herculano
ES Alexandre Herculano Secundário + 3º CEB
Bonfim
campanhã
EB Ramalho Ortigão 2º e 3º CEB
EB Pires de Lima 2º e 3º CEB
EB Flores Pré-escolar + 1º CEB
EB Lomba Pré-escolar + 1º CEB
EB Noeda Pré-escolar + 1º CEB
EB Campo 24 de Agosto Pré-escolar + 1º CEB
EB Alegria Pré-escolar + 1º CEB
EB Sol Pré-escolar + 1º CEB
Pêro Vaz de Caminha
(Amial)
EB Pêro Vaz de Caminha EB 2/3
Paranhos
EB Miosótis Pré-escolar + 1º CEB
EB S. Tomé Pré-escolar + 1º CEB
EB Azenha 1º CEB
EB Agra Pré-escolar + 1º CEB
António Nobre
ES António Nobre Secundário + 3º CEB
Paranhos
Campanhã
EB Nicolau Nasoni 2º e 3º CEB
EB Areosa 2º e 3º CEB
EB Antas (Centro Escolar) Pré-escolar + 1º CEB
EB Montebello Pré-escolar + 1º CEB
EB Monte Aventino Pré-escolar + 1º CEB
EB S. João de Deus Pré-escolar + 1º CEB
Aurélia de Sousa
ES Aurélia de Sousa Secundário + 3º CEB
Bonfim EB Augusto Gil 2º e 3º CEB
EB Fernão de Magalhães Pré-escolar + 1º CEB
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
222
EB Florinhas 1º CEB Stº Ildefonso
EB Fontinha Pré-escolar + 1º CEB
EB José Gomes Ferreira 1º CEB
JI Aurélia de Sousa Pré-escolar
Carolina Michaellis
ES Carolina Michaellis Secundário + 3º CEB
Cedofeita
Paranhos
EB Irene Lisboa 2º e 3º CEB
EB Constituição Pré-escolar + 1º CEB
EB Ribeiro de Sousa Pré-escolar +1º CEB
EB Bom Pastor Pré-escolar + 1º CEB
Cerco
ES Cerco Secundário + 3º e 2º CEB
Campanhã
EB Corujeira Pré-escolar + 1º CEB
EB Falcão Pré-escolar + 1º CEB
EB S. Roque da Lameira Pré-escolar + 1º CEB
EB N. Srª. de Campanhã Pré-escolar + 1º CEB
EB Lagarteiro Pré-escolar + 1º CEB
EB Cerco do Porto Pré-escolar + 1º CEB
JI da Rua do Falcão Pré-escolar
Clara de Resende
EB Clara de Resende Secundário + 3º e 2º CEB Ramalde
EB João de Deus 1º CEB
Leonardo Coimbra
(Filho)
EB Leonardo Coimbra Filho 2º e 3º CEB
Lordelo do Ouro EB Condominhas Pré-escolar + 1º CEB
EB Lordelo Pré-escolar + 1º CEB
EB Pasteleira Pré-escolar + 1º CEB
Eugénio de Andrade
EB Paranhos 2º e 3º CEB
Paranhos EB Augusto Lessa Pré-escolar + 1º CEB
EB Costa Cabral Pré-escolar + 1º CEB
EB Covelo Pré-escolar + 1º CEB
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
223
Fontes Pereira de
Melo
ES Fontes Pereira de Melo Secundário + 3º CEB
Ramalde
Paranhos
EB Maria Lamas 2º e 3º CEB
EB Caramila Pré-escolar + 1º CEB
EB Castelos Pré-escolar + 1º CEB
EB Padre Américo Pré-escolar + 1º CEB
Garcia de Orta
ES Garcia de Orta Secundário + 3º CEB
Aldoar
Foz do Douro
Nevogilde
EB Francisco Torrinha 2º e 3º CEB
EB S. João da Foz 1º CEB
EB Paulo da Gama Pré-escolar + 1º CEB
EB S. Miguel de Nevogilde Pré-escolar + 1º CEB
Infante D. Henrique
ES Infante D. Henrique Secundário + 3º CEB
Massarelos EB Gomes Teixeira 2º e 3º CEB
EB Bom Sucesso 1º CEB
JI Barbosa du Bocage Pré-escolar
Manoel de Oliveira
EB Manoel de Oliveira Secundário + 3º CEB
Aldoar
EB Fonte da Moura Pré-escolar + 1º CEB
EB António Aroso Pré-escolar + 1º CEB
EB Ponte 1º CEB
EB Vilarinha Pré-escolar + 1º CEB
Rodrigues de Freitas
EB Rodrigues de Freitas Secundário + 3º CEB
Miragaia
Cedofeita
S. Nicolau
Vitória
EB Miragaia 2º e 3º CEB
EB Torrinha Pré-escolar + 1º CEB
EB Bandeirinha Pré-escolar + 1º CEB
EB S. Nicolau 1º CEB
EB Carlos Alberto 1º CEB
JI Vitória Pré-escolar
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
224
Viso
EB Viso 2º e 3º CEB
Ramalde
EB do Viso Pré-escolar + 1º CEB
EB Correios Pré-escolar + 1º CEB
EB Campinas Pré-escolar + 1º CEB
JI Ferreira de Castro Pré-escolar + 1º CEB
Escola não agrupada
de ensino artístico Cons. de Música do Porto Secundário + 3º , 2º e 1º CEB Cedofeita
Fonte: Departamento Municipal de Educação, 2013
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
225
ANEXO 3
Oferta/Procura Rede Escolar Municipal
Quadro 1 – Distribuição da oferta e da procura na rede 1º CEB publica
Agrupamento de Escolas
Total de salas Total de
alunos EB
Alunos Alunos Alunos Alunos Total de Turmas
EB1 Turmas
EB1 Carências
Denominação da Escola
de aula EB1 1. Ano 2 Ano 3. Ano 4. Ano
Turmas EB1
Reg. Normal
Reg Duplo
Sala de aulas
António Nobre 34 509 116 152 107 134 21 21 0 0
EB Montebello 9 179 26 49 52 52 7 7
EB Monte Aventino 5 97 25 25 23 24 4 4
Centro Escolar Antas 8 197 52 69 26 50 8 8
EB S. João de Deus 12 36 13 9 6 8 2 2
Aurélia de Sousa 26 492 116 118 136 122 21 21 0 0
EB Fernão de Magalhães 7 150 32 39 41 38 6 6
EB Florinhas 4 103 27 26 26 24 4 4
EB José Gomes Ferreira 5 88 20 18 27 23 4 4
EB Fontinha 10 151 37 35 42 37 7 7
JI Aurélia de Sousa 0
Amial 21 376 95 101 79 101 19 19 0 0
EB Miosótis 8 168 45 47 35 41 8 8
EB S. Tomé 5 80 20 22 19 19 4 4
EB Azenha 4 56 13 12 8 23 3 3
EB Agra 4 72 17 20 17 18 4 4
Clara de Resende 8 399 104 98 101 96 16 0 16 8
EB João de Deus 8 399 104 98 101 96 16 0 16 8
Cerco 38 758 185 180 210 183 40 31 9 5
EB Corujeira 5 157 40 38 39 40 8 2 6 3
EB Falcão 6 142 30 42 38 32 8 6 2 1
EB S. Roque da Lameira 4 83 21 22 21 19 4 4 0 1
EB N. Srª. de Campanhã 4 77 23 17 18 19 4 4 0 0
EB Cerco do Porto 8 171 35 42 52 42 9 8 1 0
EB Lagarteiro 11 128 36 19 42 31 7 7 0
JI Rua do Falcão 0 0
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
226
Alexandre
Herculano 51 740 136 215 179 210 37 37 0 0
EB Campo 24 de Agosto 11 227 28 68 50 81 10 10
EB Alegria 10 94 17 39 23 15 5 5
EB Sé 7 109 21 27 29 32 5 5
EB Flores 9 156 38 40 41 37 8 8
EB1 Lomba 9 98 18 23 24 33 5 5
EB Noeda 5 56 14 18 12 12 4 4
Dr. Leonardo Coimbra Filho 18 235 49 80 47 59 13 13 0 0
EB Condominhas 7 101 20 35 16 30 5 5
EB Lordelo 5 72 14 28 16 14 4 4
EB Pasteleira 6 62 15 17 15 15 4 4
Eugénio de Andrade 31 577 141 136 145 155 29 29 0 0
EB Augusto Lessa 11 160 37 45 38 40 10 10
EB Costa Cabral 12 271 78 48 63 82 12 12
EB Covelo 8 146 26 43 44 33 7 7
Garcia da Orta 34 697 191 206 136 164 30 30 0 0
EB S.João da Foz 12 261 61 65 70 65 12 12
EB Paulo da Gama 8 87 26 20 20 21 4 4
CE S. Miguel de Nevogilde 14 349 104 121 46 78 14 14
Infante D. Henrique 14 258 63 60 65 70 12 12 0 0
EB Bom Sucesso 14 258 63 60 65 70 12 12
JI Rua Barbosa du Bocage 0 0
Carolina Michaelis 21 387 76 89 109 113 18 18 0 0
EB Constituição 8 124 20 42 41 21 6 6
EB Ribeiro de Sousa 9 204 39 47 43 75 9 9
EB Bom Pastor 4 59 17 0 25 17 3 3
Manoel de Oliveira 29 544 132 146 142 124 27 27 0 0
EB Fonte da Moura 8 148 34 40 33 41 8 8
EB António Aroso 6 75 14 22 20 19 4 4
EB Ponte 7 157 42 40 52 23 7 7
EB Vilarinha 8 164 42 44 37 41 8 8
Fontes Pereira de Melo 19 300 74 90 69 67 14 14 0 0
EB Caramila 6 79 18 19 20 22 4 4
EB Castelos 8 160 46 54 35 25 7 7
EB Padre Américo 5 61 10 17 14 20 3 3
Rodrigues de Freitas 34 649 169 157 166 157 30 30 0 0
EB Bandeirinha 5 105 25 32 30 18 5 5
EB S. Nicolau 7 73 21 16 19 17 4 4
EB Carlos Alberto 6 110 23 23 36 28 5 5
EB Torrinha 16 361 100 86 81 94 16 16
JI da Praça de Carlos Alberto 0 0
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
227
Fonte: Agrupamentos de Escolas (atualização:18-09-2012)
Viso 23 363 97 96 81 89 18 18 0 0
EB Viso 8 168 47 40 39 42 7 7
EB Correios 7 116 31 39 20 26 7 7
EB Campinas 8 79 19 17 22 21 4 4
JI Ferreira de Castro Ramalde 0 0
Conservatório de Música do Porto 4 92 22 22 23 25 4 4
TOTAIS 405 7376 1766 1946 1795 1869 349 324 25 13
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
228
Quadro 2 – Distribuição da oferta e da procura na rede pré-escolar de competência
municipal
Agrupamento de Escolas
Total de salas
Total de
alunos
Alunos Alunos c/ salas de horário
Denominação da Escola atividades c_almoço prolongamento prolongamento JI
António Nobre 8 199 175 73 5
EB Montebello 3 75 58 9 1
EB Monte Aventino 1 25 21 13 1
Centro Escolar Antas 3 75 74 43 2
EB S. João de Deus 1 24 22 8 1
Aurélia de Sousa 11 222 218 92 7
EB Fernão de Magalhães 4 84 84 35 3
EB Fontinha 3 52 50 27 2
JI Aurélia de Sousa 4 86 84 30 2
Amial 7 140 101 83 4
EB Miosótis 2 43 22 37 2 8:45-17:30
EB S. Tomé 2 41 38 25 1 9:00-17:30
EB Azenha
EB Agra 3 56 41 21 1 9:00-17:30
Clara de Resende 0 0 0 0 0
EB João de Deus
Cerco 12 264 233 38 7
EB Corujeira 2 50 40 9 1
EB Falcão 1 23 17 2 1
EB S. Roque da Lameira 1 25 18 4 1 9:00-18:00
EB N. Srª. de Campanhã 1 25 22 2 1 8:30-18:00
EB Cerco do Porto 2 36 32 5 1
EB Lagarteiro 2 46 45 1 1
JI Rua do Falcão 3 59 59 15 1
Alexandre Herculano 10 218 150 105 8
EB Campo 24 de Agosto 1 25 18 7 1
EB Alegria 1 24 14 1 1
EB Sol 3 56 43 56 3
EB Flores 1 25 13 8 1
EB1 Lomba 2 46 29 19 1
EB Noeda 2 42 33 14 1
Dr. Leonardo Coimbra Filho 5 100 85 19 3
EB Condominhas 2 39 35 10 1
EB Lordelo 2 38 28 3 1
EB Pasteleira 1 23 22 6 1
Eugénio de Andrade 6 125 114 97 5
EB Augusto Lessa 3 59 57 50 2
EB Costa Cabral 2 45 37 32 2
EB Covelo 1 21 20 15 1
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
229
Fonte: Agrupamentos de escolas atualização em 23-10-2012
Garcia da Orta 10 217 191 134 7
EB S.João da Foz
EB Paulo da Gama 4 77 63 29 2
CE S. Miguel de Nevogilde 6 140 128 105 5
Infante D. Henrique 4 79 79 55 3
JI Rua Barbosa du Bocage 4 79 789 55 3
Carolina Michaelis 6 140 119 62 3
EB Constituição 4 90 81 45 2
EB Ribeiro de Sousa
EB Bom Pastor 2 50 38 17 1
Manoel de Oliveira 5 118 112 80 5
EB Fonte da Moura 2 47 46 39 2
EB António Aroso 1 21 18 8 1
EB Ponte
EB Vilarinha 2 50 48 33 2
Fontes Pereira de
Melo 5 105 87 42 4
EB Caramila 1 21 18 6 1
EB Castelos 3 64 51 32 2
EB Padre Américo 1 20 18 4 1
Rodrigues de Freitas 6 119 117 97 5
EB Bandeirinha 2 27 27 20 1
EB Torrinha 2 49 47 34 2 8:30-18:30
JI da Praça de Carlos Alberto 2 43 43 43 2
Viso 9 203 188 79 5
EB Viso 1 24 20 8 1
EB Correios 1 25 23 17 1
EB Campinas 5 109 106 37 2
JI Ferreira de Castro Ramalde 2 45 39 17 1
Totais 104 2249 1969 1056 71
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
230
Quadro 3 – Distribuição dos recursos humanos de competência municipal pelos jardins de
infância
AGRUPAMENTOS/JI CATEGORIA
Total
AE ALEXANDRE HERCULANO
Assistente
Técnico
Assistente
Operacional
Nº Nº
EB da Alegria 1 1 2
EB do Campo 24 de Agosto 1 1 2
EB das Flores 1 1 2
EB da Lomba 1 2 3
EB de Noêda 1 2 3
EB do Sol 2 4 6
Total 7 11 18
AE AMIAL Nº Nº
EB Agra do Amial 2 2 4
EB dos Miosótis 1 2 3
EB de S. Tomé 2 2 4
Total 5 6 11
AE ANTÓNIO NOBRE Nº Nº
EB das Antas 2 3 5
EB do Monte Aventino 1 1 2
EB de Montebello 4 2 6
EB de S. João de Deus 1 1 2
Total 8 7 15
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
231
AE AURÉLIA DE SOUSA Nº Nº
JI Aurélia de Sousa 1 1 2
JI Agostinho de Jesus e Sousa 1 1 2
EB de Fernão Magalhães 1 4 5
EB da Fontinha 3 2 5
Total 6 8 14
AE CAROLINA MICHAELIS Nº Nº Total
EB do Bom Pastor 2 2 4
EB da Constituição 1 3 4
Total 3 5 8
AE CERCO DO PORTO Nº Nº Total
EB do Cerco do Porto 1 2 3
EB da Corujeira 1 2 3
EB do Falcão 1 1 2
EB do Lagarteiro 2 1 3
EB Nª S. Campanhã 1 1 2
EB de S. Roque da Lameira 1 1 2
Total 7 8 15
AE DR. LEONARDO COIMBRA Nº Nº Total
EB das Condominhas 1 3 4
EB da Pasteleira 1 1 2
EB de Lordelo 1 2 3
Total 3 6 9
AE EUGÉNIO DE ANDRADE Nº Nº Total
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
232
EB Augusto Lessa 2 3 5
EB de Costa Cabral 1 2 3
EB do Covelo 2 1 3
Total 5 6 11
AE FONTES PEREIRA DE MELO Nº Nº Total
EB da Caramila 1 1 2
EB dos Castelos 4 3 7
EB de Padre Américo 1 1 2
Total 6 5 11
AE GARCIA DE ORTA Nº Nº Total
EB de Paulo da Gama 1 4 5
EB S. Miguel de Nevogilde 2 5 7
Total 3 9 12
AE INFANTE D. HENRIQUE Nº Nº Total
J I Barbosa Du Bocage 3
3 6
AE MANOEL DE OLIVEIRA Nº Nº Total
EB António Aroso 1 1 2
EB da Fonte da Moura 1 2 3
EB da Vilarinha 2 1 3
Total 4 4 8
AE RODRIGUES DE FREITAS Nº Nº Total
EB da Bandeirinha 1 1 2
EB da Torrinha 2 2 4
Total 3 3 6
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
233
AE VISO Nº Nº Total
EB das Campinas 2 5 7
EB dos Correios 1 1 2
EB do Viso 1 2 3
Total 4 8 12
Fonte: Divisão Municipal de Gestão Escolar, Maio 2013
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
234
Anexo 4
Grelha das Conclusões dos traços caracterizadores do sistema educativo
do Porto segundo a CEP,2007
Informações da CEP,2007 em termos das conclusões
por domínios de análise
Referencia
5.1 - A oferta e a procura de educação Capítulo V ,
P.118, 119
Na última década, a tendência de evolução das frequências escolares foi marcada por uma diminuição
do número de alunos matriculados em todos os níveis de ensino, embora tenha havido uma ligeira
inversão desta tendência nos dois últimos anos lectivos. O pré-escolar escapa a esta tendência ao
apresentar dois movimentos distintos: até 2001/02 um aumento significativo da frequência dos
jardins-de-infância, a que se seguiu uma redução até ao presente. Não obstante esta diminuição
generalizada, a verdade a que a cidade continua a concentrar uma população escolar de grande
dimensão que muito ultrapassa os seus limites administrativos. Apesar da maior expressão do ensino
público, as escolas particulares têm grande representatividade no Porto, sendo as principais
responsáveis pela atracção exercida sobre a população em idade escolar residente nos concelhos
vizinhos.
Após a escolaridade obrigatória, ou seja, a nível do ensino secundário, a escolha claramente
dominante centra-se nos cursos gerais, havendo uma procura cada vez menor de cursos do ensino
tecnológico. Esta aposta nos cursos gerais, geralmente vocacionados para o prosseguimento de
estudos a nível do ensino superior, justifica em parte a falta acentuada de técnicos e profissionais de
nível intermédio. A valorização deste tipo de ensino, inclusivamente desde o 3º ciclo do ensino básico,
aparece como uma necessidade, sendo mesmo apontada como uma medida fundamental por alguns
dos agentes educativos inquiridos (é o caso, entre outros, dos órgãos de gestão das escolas e de
alguns membros do Conselho Municipal de Educação). Esta aposta passa, também, pela necessidade
de combater uma certa imagem negativa e algo desqualificada que se tem do ensino tecnológico e
profissional, mais vocacionado para a inserção na vida activa. Esta desvalorização ficou bem patente
na opinião recolhida junto dos alunos e das famílias: uma grande maioria aspira à obtenção de um
diploma do ensino superior, sendo muito poucos os que desejam frequentar um curso profissional.
Um corpo docente experiente e com competências diversificadas contribui para tornar o ensino
atractivo e de qualidade. A cidade do Porto beneficia deste capital. As novas condições criadas em prol
de uma maior estabilidade dos professores, essencialmente no caso do 1º ciclo, constitui uma
melhoria muito positiva ao evitar a sua elevada rotatividade e ao permitir um trabalho continuado ao
longo de todo o 1º ciclo.
A melhoria da qualidade e da atractividade da formação profissional é um desafio determinante para o
futuro, conforme é reconhecido a todos os níveis. A oferta de formação profissional no Porto tem
aumentado significativamente e novas modalidades têm sido implementadas. Esta é uma via a
prosseguir. Convém, no entanto, ter presente a reduzida aposta na formação ao longo da vida,
fundamental para se garantir a requalificação dos recursos humanos e a sua adaptação às constantes
transformações da economia e da própria sociedade.
Os indicadores de escolarização no Porto revelam fragilidades que urge resolver. É hoje consensual a
importância fundamental que se atribui à educação pré-escolar pelas mais valias que traz ao nível do
desenvolvimento psicológico, cognitivo e social da criança, ou seja, é absolutamente claro que o
investimento no pré-escolar é uma medida necessária com vista à prevenção do insucesso escolar e à
promoção da inclusão social. A realidade da cidade do Porto fica ainda aquém do que seria desejável
em termos de grau de cobertura da educação pré-escolar, sobretudo em determinadas áreas da
cidade como é o caso do centro histórico e da zona oriental. Ressalve-se, no entanto, a evolução
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
235
favorável registada ultimamente, de acordo com os dados obtidos por via dos inquéritos aos alunos e
às famílias.
Mais graves são as elevadas taxas de insucesso escolar que potenciam, frequentemente, situações de
abandono escolar ou de saída do sistema de ensino. Embora globalmente negativo, este fenómeno
assume contornos de maior gravidade quando se regista sobretudo ao nível da escolaridade
obrigatória. É, aliás, no grupo etário que frequenta o 3º ciclo que se registam as sinalizações mais
elevadas de abandono escolar (ao nível das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens). Saliente-
se, ainda, que uma parte considerável destas sinalizações ocorre em escolas da cidade que
concentram alunos de origens sociais desfavorecidas, residentes em áreas problemáticas, onde
fenómenos como a pobreza e a exclusão social estão bem presentes. No Porto, a distribuição dos
alunos segundo os resultados escolares e segundo o número total de anos de escolaridade concluídos,
em função do seu local de residência, segue muito de perto o padrão de disparidades intra-urbanas do
ponto de vista económico e social.
Os fenómenos do insucesso e abandono escolar aparecem, inclusivamente, como dois dos problemas
mais críticos, segundo os próprios responsáveis das escolas do Porto. Atendendo a que a aposta na
qualificação dos recursos humanos é decisiva para se garantir o crescimento económico e a
competitividade, a resolução daqueles problemas é uma prioridade, a nível nacional e a nível local.
A melhoria do rendimento escolar dos alunos e a sua permanência no sistema de ensino após a
escolaridade obrigatória passa, necessariamente, pela diversificação das ofertas educativas e pelo
desenvolvimento de actividades extra-curriculares que tornem a escola mais atractiva. O reforço da
autonomia de gestão das escolas e a aposta na construção de projectos educativos abertos ao meio
envolvente e adaptados à realidade constituem, igualmente, soluções a implementar. O protocolo de
cooperação recentemente assinado entre os Agrupamentos Verticais de Escolas do Porto e um vasto
conjunto de empresas prestigiadas, de diversos sectores empresariais e que estão localizadas na
cidade do Porto, é um bom exemplo do trabalho a desenvolver nesta matéria. Este protocolo,
patrocinado pelo Município do Porto e que contou com a adesão da Direcção Regional de Educação do
Norte, abre perspectivas muito promissoras quanto ao envolvimento da sociedade civil, através dos
seus agentes mais dinâmicos, na vida das escolas, contribuindo muito favoravelmente para a
promoção da qualificação das organizações educativas e para a melhoria dos serviços educativos
prestados.
O combate ao abandono e ao insucesso escolares não pode esquecer outras áreas de intervenção,
nomeadamente o trabalho com as famílias mais carenciadas, no sentido de promover, quer a sua
integração social, quer o desenvolvimento de competências parentais.
A par destes problemas, não poderíamos deixar de chamar a atenção para os fenómenos da saída
precoce e antecipada do sistema de ensino que colocam Portugal claramente atrás dos restantes
países da União Europeia e que conduzem à perpetuação das baixas qualificações da população activa
num mundo cada vez mais competitivo e exigente. Mesmo no caso do Porto, as taxas de saída
precoce e antecipada, apesar de mais favoráveis do que a média nacional, continuam bem acima do
que se regista a nível europeu.
5.2. Problemas e potencialidades das escolas Capítulo V,
P.120, 121
O sucesso dos alunos e o gosto pelo estudo e pela escola (independentemente do tipo de ensino ou
curso que se frequenta) depende, no que extravasa as características eminentemente individuais, das
condições sócio-económicas familiares, como o demonstram inúmeros estudos, e também dos
atributos da própria escola, nomeadamente em termos físicos e em termos pedagógicos. Do ponto de
vista das
infra-estruturas, uma parte considerável das escolas do 2º e 3º ciclos e do ensino secundário tem
problemas estruturais (degradação das instalações, más condições térmicas, entre outros), a exigir
intervenção. Por outro lado, face à importância e ao papel decisivo do professor na aprendizagem e,
como tal, no sucesso escolar, foi salientado nas entrevistas realizadas a necessidade de se apostar
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
236
crescentemente na formação contínua dos docentes e de se reforçar o seu envolvimento e a sua
motivação, dado o contexto mais complexo em que decorre a actividade docente. Vejamos os casos
da indisciplina e do mau comportamento na escola, o clima de desautorização com que os docentes se
sentem cada vez mais confrontados, para se perceber as dificuldades crescentes que se põem ao
trabalho de um professor. É de referir, aliás, que este ambiente foi apontado pelos próprios alunos e
pelas famílias como um dos problemas que os preocupa e que penaliza o funcionamento das aulas.
O desenvolvimento das actividades e da oferta educativa extra-curriculares constitui uma aposta forte
das escolas, nomeadamente ao nível das TIC, do desporto e das línguas. É de salientar, igualmente, o
leque muito diversificado de actividades promovidas pelo Município do Porto no âmbito do Projecto
Educativo Municipal e que se podem discriminar em dois eixos: as acções de apoio infantil e juvenil e
de apoio sócio-educativo, e as acções de carácter inovador, com o objectivo de lançar novas
experiências educativas, realizadas em parceria com outras entidades.
São os agrupamentos com maior estabilidade dos órgãos de gestão, aqueles que tendem a apresentar
melhores resultados, o que leva a concluir que a estabilidade é fundamental para que as mudanças se
consolidem, as boas práticas se enraízem e se crie uma verdadeira cultura de escola. A lógica de
funcionamento das escolas em agrupamentos verticais, pese embora as reticências iniciais face ao
modo como foi implementada a medida, não é percepcionada negativamente pelos docentes,
conforme se constatou no inquérito realizado. Porém, a existência de constrangimentos muito
objectivos, como os que se prendem com as dificuldades de comunicação entre docentes de diferentes
níveis de ensino ou com o problema de gestão dos recursos materiais disponíveis, são apontados
como factores que condicionam o correcto funcionamento dos mesmos.
A aposta na auto-avaliação por parte dos estabelecimentos de ensino foi apresentada, nos contactos
estabelecidos com os responsáveis das escolas, como um elemento fundamental para se melhorar o
seu desempenho. A capacidade de equacionar os próprios constrangimentos e de criar planos de
intervenção para os solucionar é um exercício que constitui uma mais-valia para a escola. A
importância atribuída à auto-avaliação não deverá, contudo, descurar o papel complementar e
enriquecedor da avaliação externa. A utilidade da avaliação será tanto mais efectiva quanto maior for
a autonomia da escola quer ao nível da gestão de recursos (humanos e financeiros, por exemplo),
quer ao nível da gestão dos curricula, com vista uma maior flexibilidade na sua adopção.
O sucesso de muitas escolas situadas em zonas problemáticas da cidade mostra à evidência a
importância de factores como a motivação do corpo docente, a atenção a dar à diversidade da
população escolar, a interligação com a comunidade envolvente e a abertura para a realização de
trabalhos conjuntos com outros agentes sociais. Estas são as escolas que mais contribuem para a
integração dos alunos com dificuldades de adaptação a uma cultura escolar frequentemente estranha
à sua cultura de origem.
5.3. A percepção dos agentes educativos Capítulo V , P.
122
Pese embora os problemas detectados no sistema educativo do Porto, que de resto não são muito
distintos dos problemas vividos a nível nacional, é de realçar que a educação é fortemente valorizada
quer pelos alunos, quer pelas famílias. Os níveis de satisfação face à escola são globalmente elevados,
salientando-se apenas pela negativa as instalações, o que aliás vem de encontro ao que já foi referido
anteriormente.
A existência de actividades extracurriculares, bem como de espaços importantes do ponto de vista
lúdico-pedagógico (laboratórios, bibliotecas/ludotecas, salas de informáticas, espaços desportivos) é
bastante valorizada pelos alunos e apontada como um aspecto positivo da escola que frequentam.
Para além disso, a qualidade dos recursos humanos (docentes e não docentes) é também uma mais
valia que é claramente reconhecida pelos alunos e pelas famílias. São sobretudo os problemas que
decorrem da degradação das instalações, da falta de limpeza e de segurança que integram os
aspectos avaliados mais negativamente.
Como foi dito, a população escolar e suas famílias atribuem grande importância à escola e à educação
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
237
e manifestam elevadas expectativas quanto ao prosseguimento de estudos superiores. Este discurso,
que deve ser enaltecido, pois marca uma diferença significativa relativamente ao passado, não resiste,
contudo, à evidência dos factos. Há um forte desfasamento entre as aspirações demonstradas e os
resultados que se conhecem. O sucesso escolar é baixo no País e no Porto. E este é um problema
central a resolver. A existência de constrangimentos objectivos por parte das famílias e o próprio
funcionamento do sistema de ensino acabam por gorar as expectativas destes jovens. Se é
necessário, então, criar um “ambiente propício” ao sucesso escolar, conforme tem sido apontado ao
longo destas páginas, é igualmente urgente veicular uma cultura de exigência e de responsabilidade
junto das famílias e, em particular, dos alunos. A interiorização da responsabilidade de cada um pelo
seu sucesso educativo, muito evidente de acordo com os resultados dos inquéritos lançados aos
alunos, se devidamente orientada pela família e pela escola, constitui um elemento importante para a
alteração do actual panorama a nível escolar.
Embora as escolas apontem o desinteresse de algumas famílias pelo percurso escolar dos filhos, a
verdade é que estas continuam a ser um dos suportes fundamentais para os jovens em matéria de
apoio à aprendizagem. Evidentemente que estes dados não invalidam que efectivamente algumas
famílias tenham com a escola uma relação muito pontual e sintam uma certa descrença face à sua
utilidade para a vida dos jovens. Aliás, a fraca participação dos pais nas actividades de carácter
cultural e recreativo promovidas pela escola, mais evidente no ensino público, mostra um pouco esse
desinteresse.
Conclusão final: Ao longo deste capítulo pretendeu-se apontar os principais traços que caracterizam
o sistema educativo na cidade do Porto. A conclusão é clara: trata-se de uma realidade complexa e
muito diversificada, com problemas conhecidos mas que encerra em si as condições necessárias para
que os objectivos de melhoria do seu funcionamento e o sucesso escolar se possam concretizar a bem
de um futuro melhor. A vontade dos agentes educativos e as boas práticas já implementadas são
disso exemplo
Capítulo V –
P.122
CEP, 2007, Cap.V, Pag. 117-122
Nota:
As características do sistema educativo do Porto na CEP 2007 foram equacionadas segundo três
pontos de vista complementares: a oferta e a procura de educação, os problemas enfrentados pelas
escolas e a perceção dos agentes educativos.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
238
ANEXO 5
Apoios complementares associados à ação social escolar
Quadro 1 – Projeto Escola Solidária
Apoios
complementares
Objetivos Escolas
contempladas
Nº Crianças
envolvidas
Caracterização do apoio OBS
Projeto escola
solidária
Promover a
satisfação de
necessidades
humanas
básicas no
sentido do
reforço da ação
social e garantir
que todas as
crianças do 1º
ciclo do ensino
básico possam
ter acesso à
refeição de
almoço
completa, em
períodos de
pausa letiva.
Todas as
escolas
públicas de 1º
ciclo.
Todas as
crianças que
frequentam as
escolas públicas
de 1º CEB do
Porto e irmãos
com idades dos
3 aos 10 anos
mediante
inscrição
prévia.
O apoio tem vindo a ser implementado desde 2010
até à data e materializa-se na abertura dos
refeitórios escolares durante os períodos de pausas
letivas.
Esta medida é também alargada aos irmãos dos
alunos das escolas básicas do 1º ciclo e Jardins de
Infância da rede pública, que têm entre 3 e 10 anos
e que podem usufruir deste serviço mesmo que não
frequentem um estabelecimento de ensino da rede
pública do Porto.
A refeição é gratuita para as crianças com mais
dificuldades económicas abrangidas pelo escalão A
do subsídio de ação social escolar e para as
restantes o valor da refeição é o mesmo do
praticado no ano letivo respetivo.
Entidades intervenientes –CMP (Divisão
Municipal de Gestão escolar); Agrupamentos de
escolas, empresa fornecedora.
Fontes de financiamento – Municipal
Desde 2010
foi efetuado
um
investimento
na ordem dos
10.000€ em 6
pausas letivas
(férias de
natal e
páscoa)
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
239
Quadro 2 – KIT escolar
Apoios
complementa
res
Objetivos Escolas
contempladas
Nº
Crianças
envolvidas
Caracterização do apoio OBS
KIT escolar Objetivo geral:
Promover a igualdade
de oportunidades, a
inclusão social e
contribuir para a
promoção do sucesso
educativo.
Objetivos específicos:
Promover a equidade
entre os alunos no
que respeita ao
material escolar,
como um contributo
positivo e motivador
do sucesso
académico, no início
de cada ano escolar.
Oferecer um Kit com
material escolar a
alunos com menores
rendimentos.
Todas as
escolas da rede
pública do
Porto ao nível
do 1º CEB
Todas as
crianças que
frequentam
o 1º CEB
das escolas
da rede
pública do
Porto
O Kit Escolar é uma medida de apoio essencial no
âmbito da Ação Social Escolar, que consiste na
oferta de um Kit Escolar, composto por um
conjunto diversificado de material escolar
(mochila, canetas, lápis (cores) estojo, régua,
borracha, aguça, capa de arquivo, cadernos,
entre outros), a cada aluno que frequenta o 1º
Ciclo do Ensino Básico da Rede Pública.
O Kit escolar é entregue no 1º dia de aulas de
cada ano letivo, tendo uma periodicidade anual.
Ciente das políticas educativas que tem vindo a
definir para o concelho do Porto e tendo por base
que a escolaridade obrigatória deve ser
complementada por um serviço gratuito ou de
menor esforço para as famílias, entendeu este
executivo dar continuidade a este serviço já
implementado no ano anterior.
Entidades intervenientes: CMP (Divisão
Municipal de Gestão escolar), Agrupamentos de
escolas, entidade fornecedora.
Fontes de financiamento – Municipal
Decreto-lei nº
399 - A/34 de 28
de dezembro e
Lei 159/99, de
14 de setembro.
No domínio da
ação social
escolar a Câmara
Municipal do
Porto tem
adotado para
além orientações
vinculadas pelo
Ministério da
Educação, outro
tipo de apoios
complementares
nos quais esta
ação se inscreve.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
240
Quadro 3 – Regime da fruta e lanche escolar
Apoios
complementares
Objetivos Destinatários Caracterização do apoio OBS
Regime da fruta e lanche escolar
Objetivo geral:
Promover a
igualdade de
oportunidades e a
inclusão social
diversificando os
apoios sociais e
contribuir para a
aquisição de
hábitos
alimentares
saudáveis em
contexto escolar.
Objetivos
específico:
Disponibilizar aos
alunos das escolas
da rede pública do
1º CEB lanches
saudáveis
compostos por
fruta.
Todas as crianças
que frequentam o
1º CEB das
escolas da rede
pública do Porto.
No domínio da ação social escolar a Câmara Municipal do
Porto tem adotado para além orientações vinculadas pelo
Ministério da Educação, outro tipo de apoios
complementares nos quais esta ação se inscreve.
A concretização da medida prevista pelo Executivo
Camarário relativamente à diversificação e aumento de
apoios às famílias das crianças e alunos que frequentam
as escolas de 1º ciclo da rede pública do concelho do
Porto, diz respeito ao fornecimento de Lanche Escolar,
iniciativa que se cruza com a medida interministerial de
Regime de Fruta Escolar -Portaria nº 1242/2009 -
programa de comparticipação de fornecimento de fruta às
crianças do 1º ciclo do ensino básico (2 dias por semana).
O município suporta a distribuição do lanche escolar nos
restantes 3 dias da semana.
Entidades intervenientes: CMP (Divisão Municipal de
Gestão escolar; Agrupamentos)
Fontes de financiamento – Municipal e co financiado
com fundos comunitários.
Decreto-lei nº 399 -
A/34 de 28 de
dezembro e Lei
159/99, de 14 de
setembro.
Portaria nº
1242/2009.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
241
ANEXO 6
Oferta educativa do Plano Municipal de Educação por vetores de
atuação, ciclos de ensino e grupos etários
Vetores de Intervenção Designação
Grupos alvo
Ciclos Grupos etários
pré 1º 2º 3º Sec 0-3 3-6 6-10 10-
12
12-
15
15-
18 <18 Todos
Ambiente e
Sustentabilidade
Os jardins da Quinta do
Sacramento
Vem Viver os Jardins da
Quinta da Macieirinha
Ecoescolas
Comemorações de dias
temáticos
Concurso “À velocidade do
Sol”
Projeto Fio Condutor
Oficina “à conversa com os
animais”
Oficina “Anfíbios: uma vida
dupla"
Oficina “As árvores do
Parque”
Oficina “As grandes árvores
do Porto”
Oficina “As quatro estações
no Parque”
Oficina ” Ecossistemas na
Cidade”
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
242
Oficina “ Faça-se luz!”
Oficina “Granja, Ribeira de
tantos nomes”
Oficina “Historias de
ambientar”
Oficina “Horta pedagógica”
Oficina “Mil e uma patas”
Oficina “O Ambiente na
cozinha”
Oficina “Os 4 elementos”
Oficina “Ovos, bicos e
penas”
Oficina “Percurso
Interpretativo a linhas de
água do Concelho do Porto”
Oficina “Pim, pam, shiuuu !
…que se vai fazer ruído”
Oficina “ Reciclarium”
Oficina “Rochas: suporte da
nossa vida quotidiana”
Oficina “Trilho dos sentidos”
Oficina “Vivo na água, mas
não sou peixe…”
Oficinas Sazonais
Programa de palestras “a
falar é que a gente se
ambienta”
Semana da Energia e do
Ambiente
Animação e Tempos
Livres Férias na Quinta
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
243
Os brinquedos
Oficina de Eco-Animação e
Chocolate Biológico –
Projeto Sair da Gaveta
Carnaval na Invicta
Festa da Criança
Missão verão
Arte e Cultura
A ida para a cama - o
quarto de dormir
A moda no séc. XIX
A profissão de pintor na
Casa Oficina António
Carneiro
A Talha Barroca na Coleção
da Casa Oficina António
Carneiro
Ser colecionador na Casa
Museu Guerra Junqueiro
Fantoches & Companhia
Dança
Música
Poesia
Quintas de Leitura
Teatro
À volta de um biombo
pintado por Aurélia de
Souza
Sentir o Porto através da
escultura
O barroco na cidade
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
244
A pintora Aurélia de Souza
O álbum das glórias
Aurélia de Souza –
diferentes técnicas de
pintura
Os arquitetos somos nós
Cidadania,
Desenvolvimento
Vocacional e Pessoal
Atendimento aos cidadãos –
Europ Direct Porto
A Europa vai à Escola
Atitudes e Sinais a
Aprender para Viver
Educação Para os Valores
Educação Financeira –
Territórios de Educação
Financeira
Concursos “Descobre Outra
Cidade”
Atendimento Personalizado
- Cidade das Profissões
Club Exploração Vocacional
Cresce a Aparece
Escolas Conscientes,
Escol(h)as Consequentes
(És)tudo
Setor de Atividade em
Análise
Fórum Anual sobre o
Voluntariado
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
245
Cidade, Memória e
Património
Percurso na cidade que tem
como ponto de partida
temas das coleções
municipais
Percursos de uma família
portuense
O comércio e as lojas
emblemáticas do Porto
A cidade de Garrett
À descoberta da Sé -
pedipapper
A História da Casa de
Saboia - percurso de uma
família
Acontecimentos no Porto
em 1881
Carlos Alberto de Saboia,
Rei de Piemonte e
Sardenha
O Porto – uma janela aberta
sobre o Porto dos finais do
século XIX
O Porto que o Rei Carlos
Alberto de Saboia viu na 1º
metade do séc. XIX
Os 27 dias de viagem do
Rei Carlos Alberto - de
Navarra a…
Um dia no nº 219 da Rua de
Entre Quintas em 1880
A Lenda dos Tripeiros
Descobrir o porto do Porto
Da Sé à Ribeira -
Pedipapper
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
246
Oficina do Escrivão
Os Romanos entre nós
Porto Lúdico
Qual é a Mensagem?
Um dia no Porto
Descida de Barco Rabelo
Aulas na Biblioteca Pública
Municipal do Porto
Coadjuvação
Curricular Porto de Crianças
Conhecimento e
Divulgação Científica e
Tecnológica
A Alma e a procura das
origens – sessão do
Planetário
À Descoberta do Sistema
Solar – Laboratório de
astronomia
A Dinâmica da Terra -
Laboratório de Astronomia
A Impressão Digital dos
Astros
A Nossa Estrela O Sol
A Paralaxe - um método
para medir a distância às
estrelas
Conhecer a Terra, a Lua e o
Sol
Ótica, a nossa janela para o
Universo – Laboratório de
Astronomia
Visões dos Cosmos
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
247
Vitor à descoberta do
sistema solar – sessão do
Planetário
Vitor vai à Lua - sessão do
Planetário
Rotas da Ciência
Laboratório Aberto
Ciência e poesia de mãos
dadas
Crescer Interativo
Portal Extranet
Formação em novas
tecnologias de informação e
comunicação - TIC
Desporto e Saúde Estrelas vão à Escola
Kit da higiene
Mundo dos Sabores
Empreendedorismo e
Inovação Porto de Futuro
Enriquecimento
Curricular Crescer com a Música
Porto de Atividades
Ensino Articulado Música para Todos
Promoção do Livro, da
Leitura e da Escrita O Porto a Ler
Kit sobre a leitura no séc.
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
248
XIX
A rimar e a adivinhar à casa
de Guerra Junqueiro eu vou
Hora do conto para a
infância
Cartas e Vinhos
História da Dona Uva
Fantasmas de papel
A Casa dos Livros
Comemoração de Dias
Mundiais
Exposições Temáticas -
BPMP
Leitura Animada
Ler também é brincar
O fio da memória –
pesquisa nos catálogos
convencionais da BPMP
Teatro de Sombras
Uma Biblioteca com História
– visita guiada
Visita guiada às exposições
na BPMP
Bibliocarro - Serviço de
Apoio às Escolas sem
Biblioteca
Conta-me um conto
Está-se a ler
Histórias à Lupa
Mistério na Biblioteca
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
249
Poesia é fixe
Projeto de Animação
Comum - SABE
Teatro de fantoches
Visita guiada à BMAG
Recursos e Benefícios
Biblioteca de assuntos
portuenses – atendimento
ao público
Cartão Jovem Municipal
(DMAIJ)
Circo de Natal
Concertos Promenade –
distribuição de bilhetes
Espaço Multimédia
Perfis Profissionais e
Sistema de Ensino
Exposições itinerantes
Escola Solidária
Kit Escolar
Plano de Visitas de
Interesse lúdico pedagógico
Protocolo Sea Life
Programa Municipal
Generalização Refeições
Regime de Fruta escolar e
Lanche escolar
Planos de Segurança –
Prevenir para Proteger
Programa Municipal de
Expansão e
Desenvolvimento de
Educação Pré-Escolar
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
250
Programa das 8 às 8
Descentralização e
Autonomia dos
Agrupamentos
Vistas ao Parque de Nova
Sintra
Visitas aos Subterrâneos –
Arca de Água
Visita ao Pavilhão da Água
Visitas aos Paços de
Concelho
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
251
ANEXO 7
Quadros Estatísticos – Censos 2011
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
252
Quadro 1 - População empregada por local de residência e grupo etário
Local de residência População empregada (N.º) por Local de residência e Grupo etário
Grupo etário
Total 15 - 19 anos
20 - 24 anos
25 - 29 anos
30 - 34 anos
35 - 39 anos
40 - 44 anos
45 - 49 anos
50 - 54 anos
55 - 59 anos
60 - 64 anos
65 - 69 anos
70 - 74 anos
75 ou mais anos
N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º
Continente 4150252 38230 255907 470082 593029 629876 572260 545255 468462 337196 172552 43331 14730 9342
Norte 1501883 18399 104277 176641 213784 228241 211570 201928 166081 111718 50958 11503 4031 2752
Grande Porto 532190 4433 31247 61026 75686 82083 73895 71437 60814 43148 20287 5096 1809 1229
Porto 88452 535 4460 10055 11052 11533 10717 12047 11310 9190 4834 1518 676 525
Aldoar 4809 26 236 477 479 604 548 680 712 610 292 81 34 30
Bonfim 8799 69 442 991 1124 1134 1019 1113 1181 870 533 161 102 60
Campanhã 10319 112 757 1180 1062 1192 1250 1437 1443 1125 534 145 50 32
Cedofeita 8654 30 371 1091 1208 1138 971 1025 1012 906 560 177 84 81
Foz do Douro 4429 15 154 340 454 520 614 721 610 492 293 131 50 35
Lordelo do Ouro 8427 56 388 869 994 1151 1065 1262 1106 855 429 131 69 52
Massarelos 2803 12 128 359 394 348 305 394 345 256 167 47 27 21
Miragaia 726 4 57 87 94 76 74 93 88 76 50 17 9 1
Nevogilde 2128 4 51 187 184 265 305 326 273 244 149 67 36 37
Paranhos 16663 96 857 2151 2261 2118 1921 2221 2074 1690 831 260 101 82
Ramalde 15281 71 639 1558 2014 2296 2124 2144 1877 1535 695 202 73 53
Santo Ildefonso 3212 17 219 469 518 432 282 362 317 287 189 68 26 26
São Nicolau 601 2 60 66 66 58 57 73 94 77 37 5 4 2
Sé 1034 17 72 138 124 134 122 132 117 105 47 12 5 9
Vitória 567 4 29 92 76 67 60 64 61 62 28 14 6 4
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
253
Quadro 2 – População desempregada por nível de escolaridade e local de residência em 2011
Local de residência (à data dos Censos 2011)
População desempregada /Nível de escolaridade
Nível de escolaridade
Nenhum nível de escolaridade
Ensino básico - 1º ciclo
Ensino básico - 2º ciclo
Ensino básico - 3º ciclo
Ensino secundário
Ensino pós-secundário
Bacharelato Licenciatura Mestrado Doutoramento
N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º
Portugal 9392 137575 88785 157788 158039 10778 9090 71961 17558 1214
Continente 8916 129593 82874 150217 151820 10196 8915 69893 17099 1188
Norte 2958 63167 38964 59137 52636 3331 2668 24729 6230 362
Grande Porto 1191 23368 14546 24825 22955 1487 1622 11495 2827 232
Porto 206 3416 2468 4483 4062 263 404 2681 805 91
Aldoar 5 197 149 220 179 8 21 140 55 5
Bonfim 30 268 235 419 448 28 42 269 76 8
Campanhã 59 868 555 912 546 43 22 235 45 7
Cedofeita 12 187 160 329 406 37 44 337 109 15
Foz do Douro 1 52 43 82 126 15 37 151 36 5
Lordelo do Ouro 19 355 249 417 313 25 46 228 58 9
Massarelos 1 62 46 97 116 3 9 110 37 3
Miragaia 1 48 31 46 44 3 7 18 11 2
Nevogilde 0 9 2 20 49 4 18 73 24 3
Paranhos 32 565 386 851 796 48 70 507 188 18
Ramalde 27 443 348 653 684 29 61 469 115 10
Santo Ildefonso 7 144 113 212 224 16 23 105 40 5
São Nicolau 1 68 27 71 36 2 0 12 2 1
Sé 10 101 79 97 57 2 2 13 4 0
Vitória 1 49 45 57 38 0 2 14 5 0
Fonte: INE, Censos 2011
Monitorização da Carta Educativa do Porto 2013
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