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Relatório de Monitoramento das ações do PMV nos
municípios vinculados à Base Local Tailândia
Contrato n.º: 010/2015-NEPMV
Objeto da Contratação: Contratação de empresa
especializada na realização de serviço de
monitoramento ambiental e monitoramento de
projetos, objetivando o fortalecimento da Gestão
Ambiental Municipal através do Projeto Municípios
Verdes/Fundo Amazônia e dos Pactos Locais
firmados pelo Programa Municípios Verdes –
NEPMV e os municípios Paraenses.
Contratada: Floram Engenharia e Meio Ambiente –
Ltda.
Produto:10.1 – Relatório de Monitoramento das
ações do PMV nos municípios vinculados à Base
Local Tailândia.
Maio/2017
FICHA TÉCNICA
IDENTIFICAÇÃO DO CONTRATO
Número do contrato: 010/2015 – NEPMV
Objeto da contratação: Contratação de empresa especializada na realização de serviço de monitoramento
ambiental e monitoramento de projetos, objetivando o fortalecimento da Gestão Ambiental Municipal através do
Projeto Municípios Verdes/Fundo Amazônia e os Pactos Locais firmados pelo Programa Municípios Verdes –
NEPMV e os municípios Paraenses.
Contratante: Núcleo Executor do Programa Municípios Verdes
Contratado: Floram Engenharia e Meio Ambiente Ltda.
Produto: 10.1 – Plano de Monitoramento das ações do PMV nos municípios vinculados à Base Local Tailândia.
IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL LEGAL PELO PRODUTO (CONTRATADA)
Razão social Floram Engenharia e Meio Ambiente Ltda.
CNPJ: 02.479.401/0001-00
Inscrição Estadual: 010.775.497
Endereço: Rua 23 de Maio n° 140 – Centro – Eunápolis/BA
CEP: 45820-075
Telefone: (73) 3281-3190
Representante legal: Paulo Tarcísio Cassa Louzada
E-mail: [email protected]
EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL
ESTA EQUIPE PARTICIPOU DA ELABORAÇÃO DO PRODUTO E RESPONSABILIZA-SE
TECNICAMENTE POR SUAS RESPECTIVAS ÁREAS
Paulo Tarcísio Cassa Louzada:
Eng. Agrônomo, MBA Internacional em Meio Ambiente e Mestre em Solos CREA/MG 34.536/D / Responsável
Legal / [email protected]
Augusto Luciani Carvalho Braga:
Biólogo, MBA em Gestão Empresarial, Especializando em Direito Ambiental e Mestre em Ecologia
AplicadaCRBio 44.253/04-D / Coordenação técnica e produção de relatórios / [email protected]
Samira Kuwar:
Eng. Florestal, Especialista em Auditoria e Perícia Ambiental CREA/RS 149889 / Coordenação setorial e
produção de relatórios / [email protected]
EQUIPE DE APOIO TÉCNICO
Andréa de Oliveira Mesquita Bióloga, Mestre em Ecologia Aplicada. CRBIO 62643/04D / Produção de relatórios / [email protected] Isabel Mascarenhas Oliveira Geógrafa, Mestre em Ecologia Aplicada. CREA/MG 89.145/D/ Produção de relatórios /[email protected] Caroline de Morais Pinheiro: Engenheira Florestal, Mestre em Produção Vegetal e Especialista em Gestão Florestal CREA/BA 53405 / Produção de relatórios / [email protected] Gabriela Santos Cunha Engenheira Florestal, Mestre em Ciência Florestal CREA/BA 84660 / Produção de relatórios /[email protected] Desirée Fernandes Engenheira Florestal, Mestre em Ciências Ambientais CREA 30298 D-PA /Técnico de referência na base local/ [email protected]
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................................9
2. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 11
3. OBJETIVO ................................................................................................................................................ 13
4. METODOLOGIA ........................................................................................................................................ 15
4.1 Eixos Temáticos e Métodos de Monitoramento.................................................................................. 15
4.1.1 Métodos de levantamento e atualização das informações ............................................................. 16
4.1.2 Métodos de levantamento de dados secundários .......................................................................... 17
4.1.3 Período amostral e frequência de coleta ....................................................................................... 18
5. RESULTADOS .......................................................................................................................................... 19
5.1 Atualização da lista dos atores de interesse ...................................................................................... 19
5.2 Evidências de contato nos municípios ............................................................................................... 19
5.3 Metas do PMV .................................................................................................................................. 20
5.4 Acompanhamento dos pactos locais ................................................................................................. 25
5.4.1 Goianésia do Pará ........................................................................................................................ 25
5.4.2 Igarapé-Miri .................................................................................................................................. 26
5.4.3 Jacundá ........................................................................................................................................ 27
5.4.4 Moju ............................................................................................................................................. 29
5.4.5 Tailândia ....................................................................................................................................... 30
6. DIFICULDADES E ENTRAVES ................................................................................................................. 33
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................... 35
8. RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO ........................................................................................... 37
ANEXOS ........................................................................................................................................................... 39
Lista de Figuras
Figura 5.1- Análise percentual da situação dos compromissos assumidos no pacto do município de Goianésia do
Pará. ........................................................................................................................................................ 26
Figura 5.2 Análise percentual da situação dos compromissos assumidos no pacto do município de Igarapé-Miri 27
Figura 5.3 Análise percentual da situação dos compromissos assumidos no pacto do município de Jacundá ..... 28
Figura 5.4 Análise percentual da situação dos compromissos assumidos no pacto do município de Moju ........... 30
Figura 5.5 Análise percentual da situação dos compromissos assumidos no pacto do município de Tailândia .... 31
Lista de Quadros
Quadro 1 – Situação dos municípios da Base Local Tailândia em relação ao atendimento das sete metas do PMV
................................................................................................................................................................ 21
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1. APRESENTAÇÃO
Este relatório é apresentado em atendimento ao Contrato 010/2015 –
NEPMV, resultante do Edital de Concorrência 005/2015, que tem como objeto a
realização dos serviços de monitoramento ambiental e monitoramento de projetos,
visando o fortalecimento da Gestão Ambiental municipal através do Programa
Municípios Verdes/Fundo Amazônia.
Esta etapa corresponde à apresentação do 1º Relatório de Monitoramento
para as ações do Programa Municípios Verdes (PMV) nos 44 municípios e no Distrito
de Castelo dos Sonhos, que compõem as oito Bases Locais instaladas pelo PMV até
o momento.
O Monitoramento encontra-se organizado por temas a serem monitorados,
a saber: Pactos Municipais, Dinâmica do Desmatamento e Planos Municipais de
Combate ao Desmatamento (ações do PPCAD), Gestão Ambiental Municipal, Metas
do PMV e indicadores do PMV no âmbito do Projeto Fundo Amazônia.
A primeira campanha de monitoramento foi realizada entre os dias 22 de
novembro e 23 de dezembro de 2016.
No presente relatório as ações de monitoramento foram direcionadas para
o acompanhamento das ações previstas nos pactos locais e atualização do banco de
dados com os contatos dos atores de interesse dos municípios que integram a Base
Local Tailândia.
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2. INTRODUÇÃO
O Programa Municípios Verdes (PMV) teve sua inspiração na experiência
bem-sucedida do município de Paragominas que, em 2008, após ter sua história
associada à expansão de atividades econômicas que incentivavam o desmatamento,
lançou o projeto “Paragominas - Município Verde”. O projeto tinha como objetivo
enfrentar os altos índices de desmatamento a partir da realização de um pacto com a
sociedade local e com diversas ações empreendidas por parceiros atuantes no
município (prefeitura, sindicatos dos produtores rurais, ONGs, trabalhadores,
Ministério Público Federal, dentre outros). Dessa forma, 51 entidades atenderam ao
chamado e o status do desmatamento em Paragominas começou a ser discutido entre
a governança local e a sociedade civil (PMV, 2013).
O principal objetivo do PMV é combater o desmatamento e fortalecer a
produção rural sustentável por meio de ações estratégicas de ordenamento ambiental
e fundiário, com foco em pactos locais contra o desmatamento, implantação do
Cadastro Ambiental Rural (CAR) e estruturação da Gestão Ambiental Municipal (PMV,
2016). O primeiro passo para a adesão ao PMV é a assinatura pelo município do
Termo de Compromisso (TC) com o Ministério Público Federal (MPF), visando dar
estabilidade jurídica e política ao Programa (PMV, 2013). Dos 144 municípios do
estado do Pará, 107 já consolidaram sua adesão ao Programa, superando a meta do
PMV, que era de atingir 100 municípios em 2015 (PMV, 2016).
Nesta fase, o monitoramento contemplará os 44 municípios e o distrito de
Castelo dos Sonhos abrangidos pelas oito Bases Locais já instaladas pelo PMV, quais
sejam: Almeirim, Altamira, Dom Eliseu, Itaituba, Marabá, Redenção, Santarém e
Tailândia. A base local de Tailândia, objeto do presente relatório, é composta pelos
municípios de Goianésia do Pará, Igarapé-Miri, Jacundá, Moju e Tailândia.
Na primeira etapa do monitoramento os esforços foram direcionados para
o acompanhamento das ações para atendimento dos compromissos dos pactos locais
de combate ao desmatamento. Quatro municípios da base local realizaram a
repactuação - Goianésia do Pará, Jacundá, Moju e Tailândia – e Igarapé-Miri assinou
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em 2016 o Pacto pelo Combate ao Desmatamento, pelo Desenvolvimento Sustentável
e a Regularização Ambiental.
As informações relativas as ações do PPCAD e das recomendações de
Gestão Ambiental não foram contempladas no primeiro relatório uma vez que as
mesmas ainda não foram consolidadas junto aos municípios. Espera-se que esses
eixos sejam contemplados integralmente no 3º Relatório de Monitoramento.
Nesse contexto, a partir das informações levantadas nessa primeira etapa
de monitoramento espera-se construir os subsídios que possam direcionar a adoção
de medidas que viabilizem o cumprimento dos compromissos assumidos pelos
municípios em seus respectivos pactos locais, metas do PMV, conforme planejado no
Produto 8 – Plano de Monitoramento.
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3. OBJETIVO
Apresentar os resultados da primeira campanha de Monitoramento para as
ações do Programa Municípios Verdes (PMV) nos municípios de Goianésia do Pará,
Igarapé-Miri, Jacundá, Moju e Tailândia – integrantes da Base Local Tailândia,
considerando os compromissos assumidos nos Pactos Locais1 e metas do PMV.
1 O pacto local de combate ao desmatamento é realizado de forma voluntária e celebrado entre os gestores locais e representantes da sociedade civil, contendo ações e compromissos que permitam o alcance das metas do Programa Municípios Verdes.
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4. METODOLOGIA
O monitoramento das atividades envolveu o levantamento de informações
primárias junto aos atores de interesse relacionados à gestão dos compromissos
assumidos nos pactos.
Para o levantamento das informações foram realizados contatos com as
secretarias de meio ambiente dos municípios por telefone, e-mail, mensagens de texto
e visita técnica. Nesses momentos, buscou-se averiguar se houve avanços na
implementação das ações assumidas pelos municípios em seus respectivos
compromissos para o combate e prevenção do desmatamento, considerando os
instrumentos de gestão no âmbito do PMV (Pactos, PPCADs e Gestão Ambiental
Municipal).
Levantamento de dados secundários também embasaram a verificação do
atendimento aos compromissos assumidos e o atendimento das metas.
As informações obtidas junto às secretarias de meio ambiente foram
registradas nas planilhas de controle, conforme previsto no Plano de Monitoramento.
4.1 Eixos Temáticos e Métodos de Monitoramento
O Plano de Monitoramento (Produto 8) definiu que o monitoramento iria
abranger de forma geral três eixos de atuação: (i) atendimento aos compromissos dos
pactos; (ii) realização das ações do PPCAD e (iii) implementação das
ações/recomendações para melhoria da Gestão Ambiental Municipal.
Em caráter complementar o monitoramento também contemplaria a
situação dos municípios em relação ao atendimento das sete metas do PMV, bem
como o levantamento de informações pudessem alimentar os indicadores do PMV no
âmbito do Projeto Fundo Amazônia.
Nesta primeira etapa do monitoramento, os esforços foram direcionados
para o eixo de atendimento dos compromissos dos pactos e situação dos municípios
em relação às sete metas do PMV. Tal fato se justifica em razão do PPCAD ter sido
enviado para apreciação do PMV em dezembro de 2016 e as reuniões de
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apresentação do diagnóstico da gestão ambiental e respectivas recomendações
estarem previstas para janeiro/fevereiro de 2017, as ações destes eixos (PPCAD e
Gestão Ambiental Municipal) não foram contemplados na primeira campanha de
monitoramento, uma vez que os municípios ainda não têm ciência de seus conteúdos.
Em relação aos indicadores do PMV para o Projeto Fundo Amazônia também não
foram obtidas informações junto às secretarias de meio ambiente que pudessem
atualizá-los.
4.1.1 Métodos de levantamento e atualização das informações
O monitoramento dos compromissos assumidos incluiu visitas técnicas,
ligações telefônicas, e-mails e mensagens de texto. O levantamento das informações
foi feito junto à secretaria municipal de meio ambiente de cada município.
Como previsto no plano de monitoramento, priorizou nessa primeira etapa
os contatos por telefone, e-mail e mensagem de texto. As visitas técnicas serão
agendadas e acordadas previamente com os atores sociais envolvidos (Secretários
de Meio Ambiente, Presidentes dos Comitês Gestores e signatários do
Pacto/Repacto) a partir da 2º campanha de monitoramento, quando o governo eleito
em outubro de 2016 já tiver assumido a gestão dos respectivos municípios.
A partir de cada contato foi elaborado um checklist que teve como objetivo
monitorar todas ações que estão sendo realizadas nos municípios para atendimento
das metas dos Pactos (eixo monitorado nessa primeira campanha).
A sistematização das informações levantadas em campo foram
organizadas em planilhas do software Microsoft Excel®. A escolha desta ferramenta
se deu em função de sua praticidade e fácil operação, permitindo que os respectivos
comitês gestores dos pactos continuem alimentando essas planilhas após o
encerramento dos serviços previstos no Contrato 010/2015. A concepção e
detalhamento das planilhas foram devidamente relatadas no Plano de Monitoramento
(Produto 8).
No presente relatório foram atualizadas as listas com os contatos dos
atores de interesse em cada município da Base Local Tailândia. As informações
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encontram-se sistematizadas nas respectivas planilhas que são apresentadas no
Anexo 1. As planilhas serão disponibilizadas e atualizadas em cada campanha de
monitoramento.
A segunda planilha (Planilha 02 – Anexo 2) foi utilizada para fazer a
compilação das evidências de todos os contatos realizados junto aos municípios
durante a primeira campanha de monitoramento. Nesta planilha foram detalhadas as
informações relevantes para o monitoramento, tais como: data e horário, forma de
contato, nome completo e cargo da pessoa contatada, assuntos abordados e uma
pequena síntese das respostas obtidas e respectivos encaminhamentos.
Da mesma forma que a Planilha 01, a Planilha 02 está estruturada em
função do total de municípios da base Local Tailândia. Portanto, contém cinco abas,
sendo cada aba destinada à compilação dos contatos efetivados e/ou tentados em
cada um dos cinco municípios monitorados. A Planilha 02 é apresentada no Anexo 2
A terceira planilha, exposta no Anexo 3, apresenta outros contatos com os municípios
da base local realizados antes dos meses de monitoramento.
A quarta planilha (Planilha 04) foi utilizada para o acompanhamento da
implantação das ações relacionadas ao PMV. Com as atualizações acerca do
cumprimento dos compromissos assumidos e das demandas surgidas, esta planilha
poderá nortear a gestão ambiental em cada município. Vale reforçar que nesta
primeira campanha foram monitorados os compromissos assumidos nos pactos
(Anexo 4).
4.1.2 Métodos de levantamento de dados secundários
Para a avaliação dos municípios quanto ao cumprimento dos
compromissos do pacto e ao atendimento das metas do PMV foram considerados
dados secundários oficiais, os quais:
Atos formais realizados pelos municípios (normativas e Pactos celebrados) e
atas de reuniões do grupo de trabalho;
Dados oficiais consolidados pela SEMAS referentes ao CAR;
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Dados recebidos do PMV referentes à verificação em campo dos focos de
desmatamento;
Portarias do Ministério do Meio Ambiente (MMA) de entrada e saída da lista
dos municípios que mais desmatam na Amazônia (municípios prioritários);
Estimativa do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal
por Satélite (PRODES) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE);
Dados de áreas desmatadas do sistema de Alertas de Desmatamento (SAD)
do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON);
Lista atualizada, publicada periodicamente pela SEMAS, que apresenta os
municípios do estado do Pará aptos para exercer a Gestão Ambiental Local.
4.1.3 Período amostral e frequência de coleta
Para a primeira campanha de monitoramento o período de coleta de
informações ocorreu entre os dias 22 de novembro e 23 de dezembro de 2016. A
frequência de contatos foi realizada semanalmente, conforme demonstrado na
planilha de registro dos contatos (Anexo 2).
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5. RESULTADOS
5.1 Atualização da lista dos atores de interesse
Durante o período da primeira campanha de monitoramento, o município
de Tailândia se destacou entre os municípios da Base Local Tailândia por apresentar
um acréscimo maior ao número de atores de interesse. Em todos os municípios, a
lista foi atualizada com dados dos novos atores que assumiram as secretarias e a
gestão municipal, a partir de janeiro de 2017. Cabe ressaltar que por determinação da
justiça eleitoral o município de Tailândia ainda não tem eleitos prefeito e vice para a
gestão de 2017-2020, estando o atual Presidente da Câmara dos Vereadores como
prefeito interino do município até que novas eleições ocorram.
As listas dos atores de interesse são apresentadas no Anexo 1.
5.2 Evidências de contato nos municípios
Durante a primeira campanha a maior parte dos contatos nos municípios
se deram por telefone, e-mail e mensagens de texto. A ausência de visitas técnicas
nessa 1ª fase do monitoramento ocorreu devido ao período de transição nos
municípios. Contudo, durante a 2º Campanha de Monitoramento são previstas visitas
nos municípios de Goianésia do Pará, Igarapé-Miri, Jacundá e Moju, além de Tailândia
que é onde está localizada a sede da Base Local Tailândia.
Cabe destacar a dificuldade de contato junto às secretarias de meio
ambiente. Tal fato prejudicou o acompanhamento das ações realizadas nos
municípios, bem como os trabalhos de orientação e apoio que poderiam ser oferecidos
pela base local; o próprio agendamento das visitas técnica no município foi
prejudicado pela dificuldade de contato com as secretarias de meio ambiente.
Muitas vezes, ao conseguir realizar o contato com as secretarias, o técnico
da base não conseguiu as respostas necessárias devido à resistência de alguns
secretários quanto ao monitoramento. O período eleitoral, a troca de gestão municipal
e o recesso das secretarias de meio ambiente foram os principais motivos alegados
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pelas mesmas para o atraso quanto aos procedimentos necessários para o
cumprimento das metas estabelecidas.
A planilha com as evidências dos contatos realizados nos municípios da
Base Local Tailândia é apresentada no Anexo 2. Outros contatos com os municípios
da base local realizados antes dos meses de monitoramento encontram-se expostos
no Anexo 3.
5.3 Metas do PMV
Das sete metas previstas para o município ser enquadrado como Município
Verde, a ativação do Grupo de Trabalho e a realização do CAR são os principais
limitantes para os municípios da região, não tendo sido atendido por nenhum dos cinco
municípios da Base Local de Tailândia. O município de Moju é o que mais está distante
de atender todas as metas, tendo cumprido apenas três das sete metas estabelecidas
pelo PMV, Quadro 5.1.
Esse cenário regional reforça a importância que os municípios devem dar
ao cumprimento dos compromissos dos pactos, pois, ao fazê-lo, as metas do PMV
estarão sendo diretamente atendidas o que tornaria os municípios aptos a receberem
os benefícios relacionados ao enquadramento de “Município Verde”.
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Quadro 5.1 – Situação dos municípios da Base Local Tailândia em relação ao atendimento das sete metas do PMV
Metas do PMV
Municípios
Goianésia do Pará Igarapé-Miri Jacundá Moju Tailândia
1. Celebrar o Pacto Local contra o
desmatamento com a sociedade e governos
locais
O município assinou o Pacto pela Redução do
Desmatamento e Regularização Ambiental
em 29 de março de 2011 e o Repacto pelo Combate ao
Desmatamento, pelo Desenvolvimento
Sustentável e Regularização Ambiental em 09 de junho de 2016.
O município de Igarapé-Miri assinou o Pacto pelo
Combate ao Desmatamento, pelo
Desenvolvimento Sustentável e a
Regularização Ambiental em junho de 2016.
O município assinou o Pacto pela Redução do
Desmatamento e Regularização Ambiental
em 30 de março de 2011 e o Repacto pelo Combate à
Pesca Predatória e ao Desmatamento, pelo
Desenvolvimento Sustentável e pela
Regularização Ambiental em 13 de junho de 2016.
O município assinou o Pacto para Redução do
Desmatamento e Regularização Ambiental no
ano de 2012. Em 30 de maio de 2016, município assinou a Repactuação
pelo Combate ao Desmatamento, pelo
Desenvolvimento Sustentável e a
Regularização Ambiental.
O Pacto para Redução do Desmatamento e Regularização
Ambiente foi assinado no ano de 2011. Em agosto de 2016, o município assinou
a Repactuação pelo Combate ao Desmatamento, Combate a Degradação
Florestal, pelo Desenvolvimento Sustentável, e a Regularização
Ambiental.
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Quadro 5.1 – Situação dos municípios da Base Local Tailândia em relação ao atendimento das sete metas do PMV
Metas do PMV
Municípios
Goianésia do Pará Igarapé-Miri Jacundá Moju Tailândia
2. Criar e manter ativo o Grupo de Trabalho
municipal de combate ao desmatamento
O município assinou o Termo de Adesão para
criação do Grupo Municipal de Combate ao
Desmatamento. Contudo, até o momento, o decreto de criação do grupo ainda
não foi publicado. O GT não se encontra ativo.
No dia 03 de agosto de 2016 foi expedida a Portaria Municipal nº 407/2016 que cria o Grupo Municipal de
Combate ao Desmatamento de Igarapé-Miri. O GT não
se encontra ativo.
O Grupo de Trabalho Multifuncional e
Participativo para o Combate a Pesca
Predatória e o Desmatamento Ilegal foi
criado pelo Decreto Municipal nº 028/2016 em 25 de agosto de 2016. O GT não se encontra ativo.
O Grupo de Trabalho Multi-Institucional e Participativo
foi criado pelo Decreto Municipal nº 043/2012.
Ressalta-se que em 31 de maio de 2016 foi assinado um termo de compromisso
para formalizar a criação de um novo grupo de combate ao desmatamento contendo
novas diretrizes e novos membros. Contudo, até o presente o momento, o
novo grupo ainda não foi formalizado legalmente. O GT não se encontra ativo.
No dia 21 de setembro de 2016 ocorreu a reunião para reativar o Conselho
Municipal de Meio Ambiente e consequentemente o Grupo Municipal de Combate ao Desmatamento. Foi definido
que o grupo será composto pelas mesmas instituições membras do
Conselho Municipal de Meio Ambiente da última eleição e que as possíveis mudanças de instituições serão
registradas em atas nas próximas reuniões do Conselho. Com isso, o
decreto de criação do Grupo Municipal de Combate ao Desmatamento foi redigido e aprovado por todos os
presentes na reunião. Foi informado que o decreto será protocolado pela
SECTEMA no setor jurídico da prefeitura para posterior assinatura do prefeito de
Tailândia. Contudo, até o presente momento, o decreto ainda não foi
expedido. O GT não se encontra ativo.
3. Possuir mais de 80% da área municipal
cadastrada no Cadastro
Ambiental Rural (CAR)2.
O município de Goianésia do Pará alcançou 74,62%
da área de CAR cadastrável no município,
segundo dados da SEMAS de janeiro de 2017.
O município de Igarapé-Miri alcançou 62,74 % da área
de CAR cadastrável no município, segundo dados da SEMAS de janeiro de
2017.
O município de Jacundá alcançou 72,00 % da área
de CAR cadastrável no município, segundo dados da SEMAS de janeiro de
2017.
O município de Moju alcançou 71,43 % da área
de CAR cadastrável no município, segundo dados
da SEMAS de dezembro de 2016.
O município de Tailândia alcançou 76,36 % da área de CAR cadastrável no
município, segundo dados da SEMAS de janeiro de 2017.
2 Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS). 2016. Cadastro Ambiental Rural do Pará. Dados Disponível em:
<http://car.semas.pa.gov.br/#/consulta/dados/geral?tela=DADOS_GERAIS>Acesso em 12 de janeiro de 2017.
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Quadro 5.1 – Situação dos municípios da Base Local Tailândia em relação ao atendimento das sete metas do PMV
Metas do PMV
Municípios
Goianésia do Pará Igarapé-Miri Jacundá Moju Tailândia
4. Realizar as verificações em campo
dos focos de desmatamento ilegal e
reportar ao PMV3
Não respondeu à nenhum alerta recebido até
novembro de 2016 (05 alertas).
O município não recebeu nenhum alerta até
novembro de 2016.
Não respondeu ao alerta recebido até novembro de
2016 (01 alerta).
Dos 03 alertas recebidos respondeu apenas a um
deles.
O município recebeu 01 alerta e respondeu ao mesmo.
5. Não fazer parte dos municípios que mais
desmatam na Amazônia
Goianésia do Pará não integra a lista dos
municípios que mais desmatam na Amazônia.
Igarapé-Miri não integra a lista dos municípios que
mais desmatam na Amazônia.
Jacundá não integra a lista dos municípios que mais desmatam na Amazônia.
Moju integra a lista dos municípios que mais
desmatam na Amazônia.
Tailândia não integra a lista dos municípios que mais desmatam na
Amazônia.
6. Manter a taxa anual de desmatamento
abaixo de 40 km²4
O município de Goianésia do Pará possui taxa de
desmatamento anual menor que 40 km². A taxa de
desmatamento em 2015 ficou em 25,1 km²
(PRODES/INPE - 2015).
O município de Igarapé-Miri possui taxa de
desmatamento anual menor que 40 km².A taxa de
desmatamento em 2015 ficou em 0,6 km²
(PRODES/INPE - 2015).
O município de Jacundá possui taxa de
desmatamento anual menor que 40 km²: A taxa de
desmatamento em 2015 ficou em 3,3 km²
(PRODES/INPE - 2015).
O município de Moju possui taxa de desmatamento
anual menor que 40 km²: A taxa de desmatamento em
2015 ficou em 25,7 km² (PRODES/INPE - 2015).
O município de Tailândia possui taxa de desmatamento anual menor que 40 km²: A taxa de desmatamento em 2015 ficou
em 6,7 km² (PRODES/INPE - 2015).
3 Planilha consolidada da SEMAS encaminhada à Floram Engenharia pelo PMV com informações referentes ao número de alertas de focos de desmatamento do Sistema de
Alertas de Desmatamento (SAD) do IMAZON recebidas e respondidas pelos municípios entre janeiro e novembro de 2016. Fonte: MIGIYAMA, A. Fwd: Verificações 2016
[mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected]> em 23 jan. 2017. 4 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). 2016. Desflorestamento nos Municípios da Amazônia Legal. Disponível em:
<http://www.dpi.inpe.br/prodesdigital/prodesmunicipal.php>. Acesso em 20 de janeiro de 2016.
Programa Municípios Verdes P10.1 - Base Tailândia
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Quadro 5.1 – Situação dos municípios da Base Local Tailândia em relação ao atendimento das sete metas do PMV
Metas do PMV
Municípios
Goianésia do Pará Igarapé-Miri Jacundá Moju Tailândia
7. Possuir Gestão Ambiental Municipal
minimamente estruturada
O município possui Órgão com capacidade para
Gestão Ambiental Local, conforme Portaria SEMAS
1421/2016.
O município possui Órgão com capacidade para
Gestão Ambiental Local, conforme Portaria SEMAS
1421/2016.
O município possui Órgão com capacidade para
Gestão Ambiental Local, conforme Portaria SEMAS
1421/2016.
O município possui Órgão com capacidade para
Gestão Ambiental Local, conforme Portaria SEMAS
1421/2016.
O município possui Órgão com capacidade para Gestão Ambiental Local, conforme Portaria SEMAS
1421/2016.
ANÁLISE FINAL
O município de Goianésia do Pará cumpriu 4 das 7 metas estabelecidas pelo
PMV. As metas relacionadas ao GT, ao CAR e a verificação do
desmatamento em campo não foram totalmente
cumpridas.
O município de Igarapé-Miri cumpriu 5 das 7 metas
estabelecidas pelo PMV. As metas relacionadas ao GT
e ao CAR não foi totalmente cumprida.
O município de Jacundá cumpriu 4 das 7 metas
estabelecidas pelo PMV. As metas relacionadas ao GT, ao CAR e a verificação do desmatamento em campo
não foram totalmente cumpridas.
O município de Moju cumpriu 3 das 7 metas
estabelecidas pelo PMV. As metas relacionadas ao GT, ao CAR, a verificação do e
não estar na lista dos municípios que mais
desmatam na Amazônia não foram totalmente
cumpridas.
O município de Tailândia cumpriu 5 das 7 metas estabelecidas pelo PMV. As metas relacionadas ao GT e ao CAR não foram
totalmente cumpridas.
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5.4 Acompanhamento dos pactos locais
Conforme informado anteriormente, quatro municípios da base local
realizaram a repactuação e Igarapé-Miri assinou em 2016 o pacto. Dessa forma, o
acompanhamento da evolução no atendimento dos compromissos assumidos foram
alvo de monitoramento em todos os municípios da base e o detalhamento do status
de cada compromisso encontra-se no Anexo 4. Nesta planilha também foram detalhas
as ações informadas pela secretaria de meio ambiente e as respectivas
orientações/recomendações para se buscar atender os compromissos pactuados.
Cabe ressaltar que se considerou o Comitê Gestor do Pacto como instância
responsável para implementação das orientações/recomendações apresentadas para
o atendimento dos compromissos do pacto.
Adiante, são apresentados os resultados para cada um dos cinco
municípios da Base Local Tailândia.
5.4.1 Goianésia do Pará
Para o município de Goianésia do Pará, do total de compromissos da
repactuação, quase a metade (48%) não apresentou avanço em relação a seu
atendimento (Figura 5.1). É o caso, por exemplo, da realização de reuniões dos
signatários com periodicidade mínima trimestral e da formação de dois grupos de
trabalho temáticos. Encontra-se pendente a elaboração do Plano de Ação,
compromisso pactuado justamente com o objetivo de gerenciar as ações para que os
demais compromissos do pacto possam ser implementados de acordo com a
realidade do município, levando em conta as responsabilidades para as diferentes
instituições signatárias. Três compromissos com status de “Não atendido” se
associam à metodologia estabelecida para realizar a verificação do desmatamento em
campo dos focos de desmatamento emitidos pelo SAD (IMAZON) e repassados aos
municípios pela SEMAS. A SEMMA justificou parte do não cumprimento dos
compromissos em razão do período eleitoral e logo pela necessidade de focar os
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esforços no repasse de informações à equipe de transição uma vez que haverá
mudança na gestão municipal no período de 2017 a 2020.
Somente um compromisso, ou o correspondente a 3% figurou como
“Atendido” e se refere à manutenção de taxas de desmatamento anual inferiores a
40km².
Compromissos classificados com status de “Em andamento”, que
correspondem a 28% do total, já iniciaram as atividades para o atendimento, mas ou
ainda não contemplam todos os itens do compromisso ou não foram devidamente
evidenciados. Tem-se entre estes compromissos os referentes ao avanço do CAR, à
execução do PRA no município, e ao compromisso de fortalecimento da SEMMA.
Figura 5.1- Análise percentual da situação dos compromissos assumidos no pacto do município de Goianésia do Pará.
5.4.2 Igarapé-Miri
Houve pouco avanço no cumprimento dos compromissos assumidos no
pacto estabelecido pela primeira vez no município em 2016. Em termos percentuais
(Figura 5.2), somente 7% dos compromissos foram atendidos o que corresponde a
dois compromissos, os quais: manter as taxas desmatamento abaixo de 40 km² e de
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criação do Grupo de Combate ao Desmatamento que foi devidamente evidenciado
(Anexo 5).
Dentre os compromissos apontados com status de “Em andamento”, que
somam 29% do total, estão compromissos referente ao avanço e incentivo ao CAR no
município, compromissos que envolvem o fortalecimento da SEMMA e a realização
de campanhas de educação ambiental em escolas.
O correspondente a 43% dos compromissos não foram cumpridos. Destes
tem-se como grave o não atendimento de ações direcionadas para a estruturação da
gestão do pacto, com destaque para a ausência da estruturação de Plano de Ação e
para a falta de reuniões do Comitê Gestor do Pacto e dos signatários. Ainda, ressalta-
se que quase muitas ações que envolviam articulações entre os signatários ou com
outros atores não foram atendidas, o que demonstra pouca mobilização. Ações
instrutivas corresponderam a 21% e não foram avaliadas quanto seu ao atendimento.
Figura 5.2 Análise percentual da situação dos compromissos assumidos no pacto do município de Igarapé-Miri
5.4.3 Jacundá
No município de Jacundá, do total de compromissos da repactuação, o
correspondente a 34% já teve algum avanço em relação a seu atendimento (Figura
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5.3). Destes, se encontram com status “Atendido” (6% do total) compromissos
referentes a elaboração do Plano de Ação para o cumprimento dos
compromissos/metas previstas na repactuação (Anexo 6) e o compromisso de manter
a taxa anual de desmatamento abaixo dos 40km². Entre os compromissos que se
configuraram como “Em andamento” (28% do total), têm-se também ações que se
referem à estruturação da gestão do repacto com destaque para a realização de
reuniões periódicas do Comitê Gestor do Pacto e do Grupo de Combate ao
Desmatamento (Anexo 6). O avanço no atendimento destes compromissos é
importante e demonstra que as iniciativas têm se voltado para o fortalecimento e
estruturação da governança e gestão do repacto. Encontram-se também como
compromissos “Em andamento” compromissos que se relacionam ao CAR.
Os compromissos considerados como “Não atendidos” corresponderam a
41% do total e se referem a ações que envolviam articulações entre os signatários ou
com outros atores o que demonstra ainda mobilização e envolvimento social
incipiente. Compromissos relacionados ao procedimento de verificação do
desmatamento em campo dos focos de desmatamento emitidos pelo SAD (IMAZON)
e repassados aos municípios pela SEMAS também não foram atendidos.
Figura 5.3 Análise percentual da situação dos compromissos assumidos no pacto do município de Jacundá
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5.4.4 Moju
Em termos percentuais (Figura 5.4), 53% dos compromissos ainda não
foram atendidos ou iniciaram as medidas para seu atendimento. Soma-se a este
percentual 20% dos compromissos instrutivos os quais não foram avaliados quanto
ao atendimento e que, logo, não precisaram de comprovação de terem sido iniciados.
Ressalta-se que enorme dificuldade foi encontrada para se ter acesso à informações
do município de Moju, o que pode ter corrompido a análise ora exposta. Dentre os
compromissos não atendidos está a elaboração de Plano de Ação para o cumprimento
dos compromissos/metas previstas na repactuação, o qual pretende ser documento
norteador das ações necessárias para o atendimento dos acordos firmados no
repacto. Reuniões entre signatários e grupo de trabalho também não ocorreram e
compromissos que se relacionam aos boletins de desmatamento (SAD/IMAZON) não
foram atendidos.
Dentre os compromissos considerados com status de “Em andamento”,
que corresponde a 20% do total, está a formalização do Comitê Gestor do Pacto e a
parceria do município com o PMV. Compromissos referentes ao avanço do CAR no
município também estão em andamento, tendo sido os serviços para sua realização
nas pequenas propriedades rurais contratados pelo próprio NEPMV.
Quanto aos compromissos com status de “Atendidos”, que corresponde a
7% do total, tem-se a criação do Grupo de Trabalho a qual foi devidamente
evidenciada (Anexo 7) e manutenção das taxas desmatamento abaixo de 40 km².
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Figura 5.4 Análise percentual da situação dos compromissos assumidos no pacto do município de Moju
5.4.5 Tailândia
No município de Tailândia, os compromissos considerados como “Não
atendidos” corresponderam a 37% do total (Figura 5.5). Dentre eles, encontra-se
pendente a elaboração do Plano de Ação, compromisso pactuado justamente com o
objetivo de gerenciar as ações para que os demais compromissos do repacto possam
ser implementados de acordo com a realidade do município, levando em conta as
responsabilidades para as diferentes instituições signatárias. Reuniões entre
signatários e ativação do Grupo de Trabalho também não ocorreram.
Entre os compromissos com status de “Em atendimento” (33% do total),
tem destaque a formalização do Comitê Gestor do Pacto e do Grupo de Combate ao
Desmatamento sem que isso representasse, no entanto a realização de reuniões
periódicas destes colegiados. São ainda compromissos em atendimento aqueles
voltados para o fortalecimento da SECTMA e de adesão ao PRA.
Somente três compromissos (9% do total) configuraram como “Atendido”,
os quais: a manutenção de taxas de desmatamento anual inferiores a 40 km²; a
informação das autoridades competentes quando da ocorrência de desmatamento
áreas interesse socioambiental; e a elaboração e encaminhamento do relatório de
verificação de campo dos focos de desmatamento.
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Figura 5.5 Análise percentual da situação dos compromissos assumidos no pacto do município de Tailândia
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6. DIFICULDADES E ENTRAVES
Nesta primeira fase do monitoramento foram identificadas dificuldades e
entraves que foram previstos no Plano de Monitoramento.
O período eleitoral ocorrido no segundo semestre de 2016 representou
importante aspecto, uma vez que influenciou significativamente na dinâmica dos
municípios. Segundo reportado pelas secretarias, a articulação com os atores fica
comprometida neste período, já que muitos deles estavam envolvidos com as
campanhas eleitorais. De maneira geral, a mudança de gestão municipal se
configurou em incerteza institucional. Também pesou o recesso das secretarias de
meio ambiente em razão das festividades de fim de ano.
Tem destaque também o fato de que as ações do PPCAD e das
recomendações de Gestão Ambiental não foram contempladas neste primeiro
relatório uma vez que as mesmas ainda não foram consolidadas junto aos municípios.
Particularmente o município de Jacundá apresentou um entrave a mais que
se refere ao estado de emergência administrativa que o município se encontrava
desde o início de janeiro de 2017. No município de Moju a dificuldade de contato foi
muito grande e pode ter prejudicado o levantamento dos dados.
Não obstante, pode-se constatar que o comprometimento dos signatários,
inclusive das próprias secretarias de meio ambiente, ainda é insatisfatório. Mesmo
que na região da Base Local de Tailândia não ocorram desmatamentos acima do limite
estabelecido (40 km²), outros instrumentos de gestão ambiental e territorial precisam
avançar, por exemplo, o CAR, regularização territorial, estrutura das secretarias de
meio ambiente, periodicidade de reuniões, mobilização social e campanhas de
educação ambiental, entre outros.
Para além da falta de comprometimento dos atores que pôde ser
constatada, observa-se que poucas as evidências apresentadas pelos municípios da
Base Local de Tailândia para demonstrar o atendimento ou andamento das ações
realizadas ou mesmo evidências que servissem de justificativa do não atendimento
do compromisso. Percebe-se que o arquivamento de evidências referentes aos
compromissos não foi ainda incorporado como rotina nos municípios.
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Por fim, cabe registrar a constante dificuldade para se realizar contatos com
as secretarias de meio ambiente. Muitas vezes, as ligações não são atendidas, e-
mails e mensagens de textos não são respondidas, o que dificulta inclusive o próprio
agendamento de visitas técnicas nos municípios ou do acompanhamento do técnico
da Base Local nas reuniões de conselhos ou GTs.
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a primeira campanha de monitoramento constatou-se que o
comprometimento dos municípios da Base Local Tailândia na implementação das
ações relacionadas ao PMV pode ser considerado baixo. Isso pode ser reflexo do
pouco compromisso dos governos municipais com as questões ambientais, bem como
de uma fragilidade na estrutura e no planejamento das secretarias de meio ambiente
na implementação dos compromissos decorrentes das ações do PMV.
A maioria dos compromissos dos municípios da base local Tailândia não
estão atendidos. Apenas o município de Jacundá elaborou o Plano de Ação para o
cumprimento dos compromissos/metas previstas. Percebe-se que há uma
passividade geral quanto ao atendimento aos compromissos com ausência de
atividades voltadas para o fortalecimento e estruturação da governança e gestão do
pacto como reuniões entre signatário, dos grupos de trabalho ou comitês gestores do
pacto.
Quanto ao atendimento das metas do PMV, a manutenção da atividade dos
Grupos de Trabalho e a realização do CAR são os principais limitantes para os
municípios da Base Local de Tailândia. Os municípios de Igarapé-Miri e Tailândia são
os que mais metas atenderam enquanto o município de Moju é o que está distante de
atender o total das metas do PMV.
Nas próximas etapas do monitoramento é primordial que seja realizada
uma articulação com os novos membros dos governos municipais, tendo como
objetivo mobilizar e sensibilizar a nova gestão sobre a importância de se organizar e
planejar a implementação das medidas relacionadas às ações do PMV. Nesse
sentido, é de suma importância a mediação do NEPMV e outras instâncias
relacionadas ao PMV no sentido de sensibilizar, fiscalizar e cobrar um maior
protagonismo dos municípios na implementação de medidas de combate ao
desmatamento e promoção do desenvolvimento sustentável.
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8. RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO
A Floram Engenharia e Meio Ambiente, representada por seu Responsável
Legal e Coordenador Geral do Contrato 010/2015, Eng. Agr. Paulo Tarcísio Cassa
Louzada, pelo Coordenador Técnico do Contrato 010/2015, Biol. Augusto Luciani
Carvalho Braga e pela Coordenadora Setorial, Eng. Ftal. Samira Kuwar, se declaram
responsáveis pela elaboração do presente relatório e atestam a veracidade e
qualidade das informações ora apresentadas.
Paulo Tarcísio Cassa Louzada CREA 34.536/D Coordenador Geral Engenheiro Agrônomo Augusto Luciani Carvalho Braga CRBIO 44253/RS Coordenador Técnico Samira Kuwar CREA/RS 149889 Coordenadora Setorial
ANEXOS
Anexo 1 – Planilha Eletrônica com lista dos atores de interesse da base local.
Anexo 2 – Planilha Eletrônica para controle de contatos com os atores de interesse.
Anexo 3 – Planilha Eletrônica de contatos com os atores de interesse realizados antes
dos meses de monitoramento.
Anexo 4 – Planilha Eletrônica para acompanhamento das ações do PMV
(Pactos/Repacto).
Anexo 5 – Evidências encaminhadas pelo município de Igarapé-Miri.
Anexo 6 – Evidências encaminhadas pelo município de Jacundá.
Anexo 7 – Evidência encaminhada pelo município de Moju.