relatório de gestão interno

71
Ministério do Meio Ambiente Instuto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 2013 RELATÓRIO DE GESTÃO

Upload: dinhthuy

Post on 10-Jan-2017

241 views

Category:

Documents


8 download

TRANSCRIPT

Page 1: Relatório de Gestão interno

Ministério do Meio AmbienteInstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

2013

RELATÓRIO DE GESTÃO

Page 2: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013Relatório de Gestão 2013

Presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da BiodiversidadeRoberto Ricardo Vizentin

Diretoras de Planejamento, Administração e LogísticaSilvana Canuto Medeiros Anna Flávia de Senna Franco

Diretores de Criação e Manejo de Unidades de ConservaçãoPedro de Castro da Cunha Menezes Giovanna Palazzi

Diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em Unidades de ConservaçãoJoão Arnaldo Novaes Júnior

Diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da BiodiversidadeMarcelo Marcelino de Oliveira

Organização do materialMaria Iolita Bampi Pedro Eymard Camelo Melo

RevisãoFernanda Oliveto

ColaboraçãoFernanda Cunha

Projeto gráficoEduardo Giovani Guimarães/DCOM

Fotos (Capa)Leonardo Milano/DCOM

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

Arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) - Parque Nacional da Serra da Bodoquena-MS (Leonardo Milano/ICMBio)

Page 3: Relatório de Gestão interno

Relatório de Gestão 2013Relatório de Gestão 2013

Sumário

Siglas ..............................................................................................................................................................6

Listas ..............................................................................................................................................................8

Figuras ..............................................................................................................................................................8

Gráficos ............................................................................................................................................................8

Tabelas ............................................................................................................................................................10

Avançar é o nosso lema! .....................................................................................................................12

Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO .......14

Pesquisa e Monitoramento da Biodiversidade ...............................................................................................15

Avaliação de Impactos Ambientais – Autorização para Licenciamento .........................................................33

Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN ........................46

Criação, Planejamento e Avaliação de Unidades de Conservação .................................................................47

Uso Público e Negócios ..................................................................................................................................52

Proteção Ambiental ........................................................................................................................................61

Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial – DISAT ......................70

Gestão Socioambiental ..................................................................................................................................71

Consolidação Territorial .................................................................................................................................77

Populações Tradicionais .................................................................................................................................80

Diretoria de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN ....................................88

Gestão de Pessoas ..........................................................................................................................................89

Planejamento Operacional e Orçamento .....................................................................................................105

Finanças e Arrecadação ................................................................................................................................111

Administração e Tecnologia da Informação .................................................................................................115

Presidência do ICMBio .......................................................................................................................120

Procuradoria Federal Especializada – PFE ....................................................................................................121

Interlocução e Controle Social .....................................................................................................................122

Comunicação Social ...................................................................................................................................... 124

Anexos ......................................................................................................................................................128

Projetos Implementados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ........................129

Unidades de Conservação Federais – UC .....................................................................................................130

Centros Especializados do ICMBio ................................................................................................................136

Coordenações Regionais – CR ......................................................................................................................137

Unidades Avançadas de Administração e Finanças – UAAF .........................................................................137

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

Pingo-de-ouro (Oncidium sp.) - Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange-PR (Leonardo Milano/ICMBio)

Page 4: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013Relatório de Gestão 2013

Siglas

Acadebio – Centro de Formação em Conservação da Biodiversidade

AGU – Advocacia-Geral da União

APA – Área de Proteção Ambiental

ARIE – Área de Relevante Interesse Ecológico

Arpa – Programa Áreas Protegidas da Amazônia

CCDRU – Contratos de Concessão de Direito Real de Uso

CNPCT – Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável para Povos e Comunidades Tradicionais

CNUC – Cadastro Nacional de Unidades de Conservação

Conab – Companhia Nacional de Abastecimento

CR – Coordenação Regional

Deter – Detecção de Desmatamento em Tempo Real

Encea – Estratégia Nacional de Educação Ambiental e Comunicação

Esec – Estação Ecológica

Flona – Floresta Nacional

Funai – Fundação Nacional do Índio

GEF – Fundo Global para o Meio Ambiente

GDAEM – Gratificação de Desempenho de Atividade de Especialista Ambiental

Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

IN – Instrução Normativa

Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

Jica – Agência de Cooperação Internacional do Japão

MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário

MDS – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

MTur – Ministério do Turismo

MMA – Ministério do Meio Ambiente

Mona – Monumento Natural

PAA – Programa de Aquisição de Alimentos

PAN – Plano de Ação Nacional

Parna – Parque Nacional

PGMU – Plano Geral de Metas de Universalização

PGPM – Política de Garantia de Preços Mínimos

Pibic – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

PM – Plano de Manejo

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PNGATI – Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas

PPA – Plano Plurianual

PSA – Pagamentos por Serviços Ambientais

Prodes – Projeto Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite

RDS – Reserva de Desenvolvimento Sustentável

REB – Relação de Extrativistas Beneficiários

Rebio – Reserva Biológica

Resex – Reserva Extrativista

RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural

RVS – Refúgio de Vida Silvestre

Sisbio – Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade

SMI – Sala de Monitoramento e Informações Ambientais

Snuc – Sistema Nacional de Unidades de Conservação

SPU – Secretaria de Patrimônio da União

TAC – Termo de Ajustamento de Conduta

TI – Terra Indígena

UC – Unidade de Conservação

Page 5: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013Relatório de Gestão 2013

GráficosGráfico 1 - Projetos de pesquisa e monitoramento apoiados com recursos orçamentários, PNUD e Probio

entre 2010 e 2013 .......................................................................................................................15

Gráfico 2 - Seminários de pesquisa .............................................................................................................. 17

Gráfico 3 - Número de publicações científicas pelos centros de pesquisa ...................................................19

Gráfico 4 - Evolução do percentual de solicitações de autorização analisadas antes do término do prazo de 2010 a 2013 .................................................................................................................................21

Gráfico 5 - Evolução do tempo médio de análise de solicitações de autorização, em dias corridos, de 2010 a 2013 .........................................................................................................................................21

Gráfico 6 - Unidades de conservação com maior quantidade de autorizações Sisbio emitidas em 2013 (não foram contabilizadas as renovações de autorizações anteriormente emitidas) .........................22

Gráfico 7 - Classes de tempo oferecidas para manter os dados das pesquisas sigilosos e a frequência das escolhas dos pesquisadores ........................................................................................................23

Gráfico 8 - Número de indivíduos registrados por grupo taxonômico verificado a partir dos relatórios recebidos por meio do Sisbio ......................................................................................................24

Gráfico 9 - Número de ocorrências por grupo taxonômico verificado a partir dos relatórios recebidos por meio do Sisbio .............................................................................................................................24

Gráfico 10 - Número de publicações, por tipo, a partir das informações prestadas nos relatórios recebidos por meio do Sisbio ......................................................................................................................25

Gráfico 11 - Número de espécies dos grupos de indicadores obrigatórios do programa de monitoramento in situ da biodiversidade amostradas em três UC da Caatinga: Flona Contendas do Sincorá, Esec Raso da Catarina e Parna da Serra da Capivara ..........................................................................32

Gráfico 12 - Número de espécies avaliadas (valor acumulado) a partir de 2008 ...........................................35

Gráfico 13 - Número de oficinas realizadas por ano .......................................................................................35

Gráfico 14 - Número de pesquisadores envolvidos no processo por ano ......................................................36

Gráfico 15 - Percentual de espécies ameaçadas de cada grupo taxonômico protegidos em UC ...................37

Gráfico 16 - Número de espécies ameaçadas e número de espécies ameaçadas contempladas em PAN por grupo taxonômico .......................................................................................................................38

Gráfico 17 - Situação da implementação das ações dos Planos de Ação monitorados ..................................39

Gráfico 18 - Total de planos de manejo publicados por categoria de unidade de conservação – 313 UC .....50

Gráfico 19 - Situação atual dos planos de manejo .........................................................................................50

Gráfico 20 - Visitação nas UC federais e nos parques nacionais (de 2006 a 2013) .........................................52

Gráfico 21 - Tipos de PSA registrados nas UC federais ..................................................................................60

Gráfico 22 - Número de PSA por biomas .......................................................................................................60

Gráfico 23 - Unidades de conservação com os maiores índices de desmatamento Prodes preliminar 2013 (ha) .... 63

Gráfico 24 - Áreas atingidas por incêndio nas unidades de conservação federais entre os anos de 2010 a 2013 ....67

Gráfico 25 - Percentual de áreas atingidas por incêndio em UC ....................................................................67

Gráfico 26 - Evolução na construção de aceiros no período de 2010 a 2013 .................................................68

Gráfico 27 - Situação dos conselhos em 2013 nas UC federais ......................................................................72

Gráfico 28 - Temas tratados pelos conselhos em 2013 ..................................................................................72

Gráfico 29 - Projetos dos Ciclos de Gestão Participativa ................................................................................ 74

Gráfico 30 - Acompanhamento de servidores capacitados e capacitações 2013 Base SIAPE de dezembro/2013 ...91

Gráfico 31 - Servidores, capacitados e capacitações distribuídos por Unidade da Federação ......................92

Gráfico 32 - Percepção de excelência em planejamento didático, instrutoria, percepção de aprendizado e aplicação .................................................................................................................................93

Gráfico 33 - Percepção de aplicação e benefícios a partir de cursos realizados em 2012/2013 – Avaliação 2013 ...94

Gráfico 34 - Previsão de despesas 2013 (ITENS DA PORTARIA nº 28) ..........................................................108

Gráfico 35 - Resumo da arrecadação de 2008 a 2013 Demonstrativo da Arrecadação da Fonte 50 ...........109

Gráfico 36 - Resumo do orçamento de 2010 a 2014 – Despesas Discricionárias .........................................110

Gráfico 37 - Gráfico da evolução das principais receitas de arrecadação ....................................................114

FigurasFigura 1 - Distribuição dos espécimes de aves registrados do Sisbio .............................................................25

Figura 2 - Mapa de localização das unidades de conservação do Bioma Caatinga com programa de monitoramento da biodiversidade em implementação ..................................30

Figura 3 - Ações de sensibilização e mobilização social ..................................................................................75

Figura 4 - Malha fundiária do Parque Nacional de Aparados da Serra/RS/SC ................................................77

Figura 5 - Mapa estratégico da Acadebio – 2013/2014 ..................................................................................90

Figura 6 - Mapa estratégico do ICMBio 2013-2014 ......................................................................................106

Page 6: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013Relatório de Gestão 2013

Tabela 19 - UC com acordos de gestão elaborados ........................................................................................81

Tabela 20 - Balanço do cadastramento de famílias extrativistas em 2013 .....................................................83

Tabela 21 - UC e número de famílias contempladas na primeira chamada pública .......................................84

Tabela 22 - Capacitados e capacitações em 2013 ..........................................................................................97

Tabela 25 - Plano Anual de Capacitação 2013 – Quadro de cursos realizados ...............................................98

Tabela 26 - Aposentadorias no ICMBio até 2013 ..........................................................................................100

Tabela 27 - Previsões de aposentadorias de 2014 a 2019 ............................................................................102

Tabela 28 - Contratações e desligamentos em 2013 ....................................................................................103

Tabela 29 - Quantitativo de servidores efetivos em 2013 ............................................................................104

Tabela 30 - Evolução dos valores depositados na Caixa Econômica Federal ................................................111

Tabela 31 - Evolução da execução dos recursos de compensação ambiental ..............................................111

Tabela 32 - Evolução da execução por ação no período de 2009 a 2013 .....................................................112

Tabela 33 - Demonstrativo da estimativa e arrecadação das receitas próprias ...........................................113

Tabela 34 - Análise e evolução da arrecadação no período de 2009 a 2013 por tipo de receita .................113

Tabela 35 - Quadro resumo de veículos .......................................................................................................115

Tabela 36 - Documentos elaborados pela PFE ..............................................................................................121

Tabela 37 - Atividades da Auditoria ..............................................................................................................122

Tabela 38 - Demandas da Ouvidoria .............................................................................................................122

Tabela 39 - Demandas dos cidadãos .............................................................................................................123

Tabela 40 - Projetos gráficos desenvolvidos pela DCOM em 2013 ...............................................................127

Tabelas

Tabela 1 - Número de espécies avaliadas por grupo taxonômico em 2013 ...................................................34

Tabela 2 - Total de espécies ameaçadas por grupo taxonômico ....................................................................36

Tabela 3 - Estudos para criação de UC............................................................................................................47

Tabela 4 - Reservas Particulares do Patrimônio Natural criadas em 2013 .....................................................48

Tabela 5 - Unidades de conservação federais – planos de manejo finalizados em 2013 ...............................49

Tabela 6 - Reservas Particulares do Patrimônio Natural – planos de manejo aprovados em 2013 ................49

Tabela 7 - Número de visitantes registrados nas UC federais de 2006 a 2013 ...............................................53

Tabela 8 - Projetos para implementação de novas trilhas ..............................................................................55

Tabela 9 - Projetos para melhorias de trilhas em UC ......................................................................................56

Tabela 10 - Portarias de ordenamento de serviços prestados por autorizados. ............................................56

Tabela 11 - Concessão no Parque Nacional da Tijuca .....................................................................................57

Tabela 12 - Parcerias para desenvolvimento do uso público em UC ..............................................................58

Tabela 13 - Histórico das unidades de conservação com as maiores taxas de desmatamento no período de 2003 a 2013 ................................................................................................................................62

Tabela 14 - UC com áreas atingidas por incêndio monitoradas ......................................................................65

Tabela 15 - Conselhos criados em 2013 .........................................................................................................71

Tabela 16 - Servidores capacitados em gestão participativa .......................................................................... 74

Tabela 17 - Número de projetos e de pessoas que participaram de ações de educação ambiental em 2013 ......75

Tabela 18 - Número de famílias de comunidades tradicionais distribuídas por categoria de UC...................80

Page 7: Relatório de Gestão interno

12

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

13

Apresentação

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio apresenta seu Relatório de Gestão de 2013, período de significativos avanços na gestão das unidades de conservação federais – UC e dos centros nacionais de pesquisa e conservação da biodiversidade.

O ano de 2013 foi marcado pelo enfrentamento de grandes desafios à luz dos ajustes orçamentários efetuados pelo Governo Federal, que obrigaram o Instituto a rever e a adequar suas metas.

Tais ajustes exigiram esforços adicionais visando a melhoria da qualidade da gestão das UC, bem como das ações de conservação das espécies ameaçadas da fauna brasileira, das políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais renováveis e do apoio ao extrativismo e às comunidades tradicionais nas UC de uso sustentável.

Alguns dos avanços revelam-se, neste Relatório, nas ações de proteção desenvolvidas pelo Instituto como, por exemplo, a redução do desmatamento para o índice de 3% no interior das UC da Amazônia e a área queimada nas UC que sofreu redução significativa, quando comparado 2013 com os anos de 2012 e 2011.

A visitação nas unidades de conservação federais foi outro setor que cresceu, chegando aos seis milhões de visitantes em 2013, fato este que contribuiu para a maior arrecadação própria já registrada – que ultrapassou os R$ 75 milhões.

No que se refere à participação social na gestão e na tomada de decisão dessas áreas protegidas, superou-se o patamar de 80% das UC com seus Conselhos Gestores instalados. Ao mesmo tempo, vários outros espaços foram ampliados na relação do Instituto com os segmentos da sociedade e outras instâncias do poder público, merecendo destaque o diálogo com o Congresso Nacional, Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal, com os movimentos sociais e setores empresariais associados aos fins das unidades de conservação.

Por meio de programas de pesquisa, houve uma aproximação da Academia com as UC, o que resultou em diversas descobertas científicas. Atualmente 99,25% das demandas de pesquisadores são atendidas antes do prazo dos 45 dias estabelecidos na norma que regulamenta essa atividade.

Atingiu-se o marco de 99,4% das UC com projetos de pesquisa sendo conduzidos em seu interior (311 das 313 UC federais). No período, foram emitidas 1.334 autorizações de pesquisa científica envolvendo 2.700 pesquisadores. Ao todo, de 2007 a 2013, somaram-se 12.700 autorizações concedidas a 34.342 pesquisadores cadastrados desde que o ICMBio foi criado.

Em 2013, foram avaliadas 3.016 espécies da fauna brasileira, em 14 oficinas, que contaram com a participação de mais de 270 especialistas da comunidade científica brasileira e estrangeira. Ao todo, entre 2008 e 2013, foram avaliadas 7.666 espécies.

Em outras frentes, os avanços foram mais modestos, porém não menos importantes. Foi alcançada a cifra de 45% das unidades de conservação com planos de manejo elaborados e em implementação. Outros 96 planos estão em curso indicando o grau de prioridade conferido ao tema. Na regularização fundiária, cerca de 10 mil hectares foram desapropriados e incorporados ao patrimônio do Instituto. No entanto, seguramente mais importante do que esse resultado foi o aperfeiçoamento da abordagem metodológica e operacional de análise dominial e o

desenho da malha fundiária das UC, um passo qualitativo fundamental para ampliar a escala do processo de regularização fundiária vislumbrada com as possibilidades abertas pelo novo Código Florestal.

Tendo como foco sua missão, o ICMBio segue aprimorando os mecanismos de gestão e buscando o fortalecimento institucional por meio do incremento no quadro de pessoal e de novas fontes de recursos. E sobre a marcha da sua prática, o Instituto vai se repensando graças à capacidade crítica e ao compromisso do conjunto dos seus servidores, das contribuições que emergem das experiências de criação e implementação de UC em todos os biomas, e, principalmente, do constante movimento de aproximação e diálogo com a sociedade.

Com este Relatório, o Instituto pretende prestar contas à sociedade demonstrando, a partir de resultados concretos, os esforços de suas ações para proteger, com eficiência e eficácia, o patrimônio natural e promover o desenvolvimento com sustentabilidade.

Roberto Ricardo Vizentin Presidente do ICMBio

Trilha do Boi - Parque Nacional de Aparados da Serra-RS/SC (Júnior Scandolara Claudino)

Relatório de Gestão 2013

Page 8: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

15Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIOTrilha do Boi – Parna de Aparados da Serra (Júnior Scandolara Claudino)

Fomentar e gerar conhecimento para a conservação da biodiversidade e a gestão de unidades de conservação; executar pesquisas que respondam a demandas específicas; e gerar informações contínuas visando o monitora-mento do estado de conservação da biodiversidade.

Pesquisa e Monitoramento da Biodiversidade

Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

tivo mais amplo de estimular o pensamento e de ge-rar o conhecimento sobre temas considerados chave para o manejo de unidades de conservação e para a recuperação de espécies ameaçadas de extinção.

Anualmente é implementado um conjunto de ações para apoio à pesquisa, seja ela realizada diretamente por técnicos do Instituto, com diversas parcerias, seja por pesquisadores de outras instituições, com o obje-

1. Fomento e execução de pesquisa para conservação da biodiversidade

Apoio a projetos com recursos orçamentários

Nesta linha, projetos propostos por técnicos do Insti-tuto Chico Mendes são apoiados com as respectivas parcerias. Em 2013 foram apoiados 46 projetos, den-tre os 84 avaliados.

Os relatórios são disponibilizados na página do Ins-tituto, por meio do link: http://www.icmbio.gov.br/portal/o-que-fazemos/pesquisa-e-monitoramento/projetos-apoiados.html.

Em 2013 foi possível dar continuidade a projetos de pesquisas socioambientais iniciados em 2012.Ademais, a DIMAN disponibilizou recursos do

BRA 008-023 para o apoio a pesquisas com foco em manejo de espécies exóticas invasoras, visita-ção e fogo.

Além de projetos de pesquisa, são apoiados anual-mente seminários coordenados pelos centros de pesquisa e conservação do Instituto Chico Mendes e pelas unidades de conservação – considerados im-portantes fóruns de compartilhamento de conheci-mentos e de articulação de ações.

No gráfico 1, os seminários estão computados junto aos projetos de pesquisa.

IMAGEM

Gráfico 1 - Projetos de pesquisa e monitoramento apoiados com recursos orçamentários, PNUD e Probio entre 2010 e 2013

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

Floresta Nacional do Tapajós-PA (Leonardo Milano/ICMBio)14

Page 9: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

17Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO

Até 2013 dois empreendimentos tiveram valores de com-pensação ambiental significativos destinados a ações de pesquisa, gerenciados de formas distintas, a saber:

Compensação do empreendimento de Integração do Rio São Francisco

Houve o lançamento, em 2011, da chamada de pro-jetos de pesquisa CNPq/ICMBio nº 13 para a seleção de 16 projetos envolvendo as Estações Ecológicas de Aiuaba, do Seridó e do Raso da Catarina e os Parques Nacionais da Serra da Capivara, da Serra das Confu-sões, de Sete Cidades, de Ubajara, do Catimbau e da Chapada Diamantina.

Os resultados finais dos projetos foram apresentados em seminário realizado em Natal – RN, entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro de 2013, que contou com a presença dos pesquisadores, gestores de UC, re-presentantes das Coordenações Regionais do ICMBio, coordenadores do Conselho Nacional de Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico – CNPq e avaliadores ad hoc (para esta finalidade) do programa e dos projetos.

Os resultados das pesquisas demonstraram expressi-vo avanço no conhecimento sobre a caracterização da biodiversidade nas unidades de conservação do Bioma Caatinga, com a descoberta de 90 espécies novas de invertebrados (insetos e nematóides), três novas espé-cies de peixes, seis de anfíbios e répteis, quatro novas espécies de plantas, 18 novas espécies de fungo, in-

cluindo um novo gênero, além de vários registros novos de espécies no Bioma Caatinga, com o incremento de 20% no conhecimento acerca da diversidade de peixes das bacias hidrográficas estudadas, tendo sido apon-tado o potencial para bioprospecção (medicamentos, plantas ornamentais, biocombustíveis e plantas poten-ciais para fabricação de inseticidas).

No contexto do entorno das unidades de conserva-ção, as pesquisas demonstram a importância dessas áreas protegidas como habitats de reprodução e ali-mentação de espécies migratórias e como fonte de refúgio em uma área muitas vezes degradada. Foram também estabelecidas recomendações para a ges-tão do entorno das unidades de conservação.

Compensação do empreendimento Linha de Trans-missão Cacimbas Catu

Os recursos da compensação ambiental do empreen-dimento resultaram em ações de pesquisa em 15 UC.

Projetos de pesquisa estão sendo implementados sob a coordenação dos analistas ambientais do Par-que Nacional da Serra dos Órgãos e do Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas e do Parque Nacional dos Campos Gerais.

Além dos projetos de pesquisa, estão sendo implemen-tadas melhorias nos alojamentos e outras estruturas de apoio à pesquisa dos Parques Nacionais da Serra dos Órgãos e do Itatiaia, ambos no Rio de Janeiro.

O Programa de Iniciação Científica do ICMBio é re-alizado em parceria com o CNPq desde 2007, com contrapartida em bolsas pelo Centro de Integração Empresa Escola – CIEE.

Em 2013 foram encerrados os trabalhos dos 21 bol-sistas e de cinco voluntários de iniciação científica selecionados em 2012.

Apoio a projetos com recursos de compensação ambiental

Seminários de pesquisa

Programa de Iniciação Científica – PIBIC – CNPq/ICMBio

O número de bolsas aumentou para 22 e foram sele-cionados para o período 2013/2014, além de 22 bol-sistas, quatro voluntários.

Os projetos são avaliados, selecionados e acompanha-dos pelos Comitês Interno e Externo, permanecendo disponíveis ao acesso público no link: http://www.icm-bio.gov.br/portal/o-que-fazemos/pesquisa-e-monito-ramento/iniciacao-cientifica.html.

Acesso a bases bibliográficas

Por meio de termo de cooperação entre a Coordena-ção de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supe-rior – CAPES e o MMA, houve ampliação das bases de periódicos científicos disponibilizadas para con-

sulta via sítio eletrônico do Instituto Chico Mendes (link direto: http://www.icmbio.gov.br/portal/o-que-fazemos/pesquisa-e-monitoramento/revistas-cienti-ficas.html) a partir de qualquer computador.

O V Seminário de Pesquisa e o V Encontro de Inicia-ção Científica do ICMBio abordou o tema “Gestão do

Conhecimento” e contou com 181 participantes, um recorde de público, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2 - Seminários de pesquisa

Floresta Nacional do Tapajós-PA (Leonardo Milano/ICMBio)

16

Page 10: Relatório de Gestão interno

Relatório de Gestão 2013

19Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

Anais do V Seminário de Pesquisa e Iniciação Científica

Revista Biodiversidade Brasileira

Foi lançado o número temático de avaliação do estado de conservação de crocodilianos e carnívoros. Em sua 5ª edi-ção, a revista trouxe os resultados do processo de avaliação das seis espécies de crocodilianos e das 28 espécies de car-nívoros (famílias Canidae, Felidae, Mustelidae, Procyonidae e Mephitidae) que ocorrem no Brasil. A publicação está dis-ponível no link http://www.icmbio.gov.br/revistaeletronica/index.php/BioBR/issue/view/28.

A Revista Biodiversidade Brasileira tem como objetivo forta-lecer a discussão sobre gestão e manejo das espécies e das áreas protegidas, com temas diversos, de modo a promover uma visão mais ampla e aprofundada de cada tema, favore-cendo, ainda, o diálogo entre pesquisadores e gestores.

Revista Biodiversidade Brasileira

O sexto número da Revista Biodiversidade Brasileira apresen-tou 17 artigos que trataram de espécies exóticas invasoras em áreas protegidas, incluindo lista de espécies exóticas em unidades de conservação federais. O objetivo é consolidar informações, registrar experiências de manejo e fomentar o debate e a tomada de decisão visando conservar a biodiver-sidade nessas áreas. Se há alguns anos existia a expectativa do controle efetivo e da erradicação de espécies exóticas em áreas protegidas, atualmente as palavras mais frequentes são prevenção, convivência e manejo adaptativo, o que requer total integração entre manejo, planejamento, geração de co-nhecimento e monitoramento.

A edição está disponível no link http://www.icmbio.gov.br/revistaeletronica/index.php/BioBR/issue/view/31.

Publicações pelos centros de pesquisa e UC

18

Em 2013 foram apresentados 86 trabalhos e estiveram representadas 36 unidades descentralizadas do ICMBio.

As mesas redondas e conferências abordaram a integra-ção dos sistemas de informação, a inovação tecnológica, a disponibilização da informação e a apropriação do conheci-mento no âmbito das organizações.

Os anais do encontro encontram-se disponíveis no link: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/o-que-fazemos/7outANAISVSPIC2013.pdf.

vação da biodiversidade, conforme a distribuição no gráfico 3. De acordo com dados do SIGE, os servido-res lotados em unidades de conservação contribuí-ram com 121 publicações em 2013.

Gráfico 3 - Número de publicações científicas pelos centros de pesquisa

Os centros de pesquisa do ICMBio alcançaram o pa-tamar de 123 publicações científicas em 2013, entre artigos em revistas indexadas, capítulos de livro e teses de doutorado, com foco em manejo e conser-

Page 11: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

2. Gestão da informação

Além do gerenciamento do Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade – Sisbio, em 2013 foi iniciada a integração dos sistemas do ICMBio,

tos, incluindo 12.700 autorizações e 1.246 licenças permanentes. Hoje, há 34.352 pesquisadores cadas-trados no Sistema.

Em 2013, 99,25% das solicitações de autorização fo-ram analisadas antes do término de 45 dias úteis, prazo estipulado na instrução normativa que regulamenta a atividade. Ao mesmo tempo, caiu para 14 a média de dias transcorridos para a análise das solicitações, con-siderando a manifestação de todas as UC e dos centros envolvidos até o recebimento da resposta.

Esse resultado representa uma evolução significativa no desempenho dos servidores na operação do Sis-bio, conforme pode ser observado nos gráficos 4 e 5.

O Sisbio permite aos pesquisadores a solicitação, à distância, de autorizações para a realização de pes-quisas e a coleta de material biológico em todo o território nacional, sobretudo aquelas que envolvem espécies ameaçadas, pesquisa em unidades de con-servação federais ou em cavernas.

Opera de forma descentralizada, conferindo celerida-de à tramitação das solicitações de autorização. Ao longo de 2013, o Sisbio concedeu 2.356 documentos que contemplaram projetos a serem executados den-tro ou fora das UC federais, incluindo 2.277 autoriza-ções e 79 licenças permanentes.

Considerando o período de 2007 (ano de lançamento do Sisbio) a 2013, foram emitidos 13.946 documen-

bem como a construção de portal para disponibi-lizar os dados à sociedade.

Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade – Sisbio

Gráfico 4 - Evolução do percentual de solicitações de autorizaçãoanalisadas antes do término do prazo, de 2010 a 2013

Gráfico 5 - Evolução do tempo médio de análise de solicitações de autorização, em dias corridos, de 2010 a 2013

Relatório de Gestão 2013

21Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO2020

Inventário de espécies de peixes na APA Meandros do Rio Araguaia-MT/GO (Leonardo Milano/ICMBio)

Page 12: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

22

Relatório de Gestão 2013

23Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO

Ao analisar os períodos de carência selecionados, verificou-se que cerca de 33% dos pesquisadores optam por disponibilizar seus dados imediatamente (gráfico 7), sendo que aproximadamente 60% deles

optam por disponibilizar os dados em até dois anos, indicando que os dados poderão ser disponibilizados publicamente em um período curto.

Gráfico 7 - Classes de tempo oferecidas para manter os dados das pesquisas sigilosos e a frequência das escolhas dos pesquisadores

Pesquisas em unidades de conservação federais

maior número de autorizações emitidas em 2013 es-tão elencadas abaixo (gráfico 6):

Gráfico 6 - Unidades de conservação com maior quantidade de autorizações Sisbio emitidas em 2013 (não foram contabilizadas as renovações de autorizações anteriormente emitidas)

Dados de biodiversidade provenientes dos projetos autorizados

Entre os avanços relacionados ao Sisbio nos últimos anos, vale destacar a disponibilização do Módulo Re-latório, que permite ao pesquisador informar acerca dos resultados e produtos da sua pesquisa.

As informações fornecidas são armazenadas em um banco de dados, que facilita a busca e permite a sua utilização para planejamento e manejo de espécies, ecossistemas e unidades de conservação.

Foram autorizados, em 2013, 1.334 projetos de pes-quisa científica em UC federais, envolvendo a parti-cipação de cerca de 2.700 pesquisadores. As UC com

Até o momento, foram submetidos 8.719 relatórios. A análise dos dados encaminhados permitiu identifi-car que os estudos não foram realizados em 22% dos projetos autorizados.

Os dados gerados pela pesquisa são de propriedade in-telectual do pesquisador que, ao preencher o relatório, informa o período de carência para os dados relatados, que pode variar de zero a cinco anos.

Ameerega trivittata (Paulo Bernadete)

Page 13: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

24

Relatório de Gestão 2013

25Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO

Até o momento, foram registrados nos estudos au-torizados 19.836.534 indivíduos da biodiversidade brasileira. A distribuição por grupo taxonômico pode ser observada no gráfico 8. Os relatórios ainda per-mitem conhecer o quantitativo de registros de ocor-rência (coordenadas geográficas) de táxons dentro e fora de unidades de conservação (83.319 e 177.770,

respectivamente), o quantitativo dos registros de ocorrência por grupo taxonômico (gráfico 9) e das publicações originadas das pesquisas realizadas. As publicações são anexadas ao formulário de relatório e ficam disponíveis para consulta pelos servidores do ICMBio cadastrados no Sisbio.

Gráfico 8 - Número de indivíduos registrados por grupo taxonômico verificado a partir dos relatórios recebidos por meio do Sisbio

Gráfico 9 - Número de ocorrências por grupo taxonômico verificado a partir dos relatórios recebidos por meio do Sisbio

A sistematização dos dados gerados nos estudos auto-rizados e sua futura disponibilização constituem um im-portante mecanismo para possibilitar o acesso e uso da

informação (gráfico 10) sobre a biodiversidade nacional pela comunidade científica, pelos tomadores de decisão, formuladores de políticas ambientais e educadores.

Gráfico 10 - Número de publicações, por tipo, a partir das informações prestadas nos relatórios recebidos por meio do Sisbio

Figura 1 - Distribuição dos espécimes de aves registrados do Sisbio

Page 14: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

27Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO

Foi realizado na EPUSP, em junho, um workshop para promover estudos de caso de integração de sistemas do ICMBio, envolvendo dados de ocorrên-cia e biologia de espécies para a capacitação dos gestores e técnicos do Instituto. Para o evento, os participantes levaram uma amostra das bases de

dados dos sistemas: Sisbio, Sistema Nacional de Anilhamento – SNA, Sagu-i e Sisquelonios. Foi re-alizado o mapeamento de registros dos bancos de dados com base em protocolos internacionais de metadados de ocorrências e biologia de espécies (DarwinCore e PlinianCore).

Com o apoio da Educação Corporativa do ICMBio fo-ram realizados, nas instalações da EPUSP em São Paulo, em setembro de 2013, dois módulos de capacitação:

um deles voltado para gestores e outro para técnicos de sistemas de informação. Ao todo, aproximadamente 30 gestores e técnicos do ICMBio foram capacitados.

Participantes do módulo 2 da capacitação em Ferramentas para Integração de Sistemas e Bancos de Dados de Biodiversidade. Instalação das ferramentas de integração nas bases de dados e no ICMBio

(Arquivo Dibio)

Próximos passos

pelos próprios técnicos do Instituto Chico Mendes, com o apoio dos pesquisadores da EPUSP.

Capacitação em Ferramentas para Integração de Sistemas e Bancos de Dados de Biodiversidade

Workshop para testes de integração de bases de dados de biodiversidade

Os próximos passos consistem na implementação das ferramentas de integração nos diferentes sistemas de informação e bases de dados mantidos pelos centros,

3. Monitoramento in situ da biodiversidade

Relações entre biodiversidade e Clima

O Projeto Monitoramento da Biodiversidade com Relevância para o Clima é coordenado pelo MMA e pelo ICMBio, no contexto da Cooperação Brasil-Ale-manha, no âmbito da Iniciativa Internacional de Pro-teção ao Clima – IKI, do Ministério do Meio Ambien-te, da Proteção da Natureza e da Segurança Nuclear da Alemanha – BMU.

Com apoio técnico da GIZ, o projeto iniciou suas ativi-dades em dezembro de 2010, e em 2013 foram defini-dos os grupos de indicadores biológicos e protocolos básicos: mamíferos de médio e grande porte, aves cinegéticas (que são alvo de caça), tais como cracíde-os (exemplos: jacus, jacutingas, aracuãs e mutuns) e tinamídeos (exemplos: macucos e inhambus), plantas

lenhosas e borboletas frugívoras. Após a definição desses grupos de indicadores, foram organizados três módulos de execução dos protocolos.

Foram selecionadas 18 UC federais para a imple-mentação do programa, nos Biomas Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado, sendo seis em cada bio-ma. No final de 2013, tiveram início ações de imple-mentação dos protocolos em campo, com a seleção das áreas elegíveis, a abertura e as demarcações dos módulos (transectos e parcelas) nas seguintes unidades: Parques Nacionais da Chapada dos Vea-deiros, da Serra da Bodoquena e da Chapada dos Guimarães, Estação Ecológica Serra Geral Tocantins e Floresta Nacional do Jamari.

Visando a Integração de Sistemas de Informação e Ban-cos de Dados de Biodiversidade do ICMBio, foi iniciado em 2013 projeto em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – EPUSP, com o apoio da Agência de Cooperação Alemã para o Desenvolvimen-to (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusamme-narbeit – GIZ). O objetivo é agregar conhecimentos e apoiar a gestão de informação de biodiversidade gera-da ou custodiada pelo Instituto Chico Mendes.

Levantamento dos sistemas e bases de dados sobre biodiversidade nos centros do ICMBio

A primeira atividade realizada no âmbito desse pro-jeto foi o levantamento dos sistemas e bases de

dados sobre biodiversidade existentes nos centros nacionais de pesquisa e conservação do ICMBio.

Esse levantamento foi realizado por meio da apli-cação de um questionário solicitando informa-ções sobre os sistemas, bases de dados e infra-estrutura de tecnologia da informação existentes nesses locais.

Também foram realizadas visitas técnicas aos centros para complementação e aprofundamen-to das informações. Os resultados apontam que o ICMBio custodia aproximadamente 1,2 milhão de coordenadas de ocorrência de espécies em seus diferentes sistemas.

Projeto de integração de dados de biodiversidade

26

Sempre-viva - Reserva Biológica Contagem-MG (Nelson Yoneda/ICMBio)

Page 15: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

28

Relatório de Gestão 2013

29Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO

Capacitação para monitoramento de biodiversidade e clima

Foram formadas duas turmas no curso de capacitação em Monitoramento da Biodiversidade, Módulo de Pro-tocolo de Monitoramento Terrestre, ambas no Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

Entre os objetivos do curso estavam: apresentar o sistema de monitoramento da biodiversidade, em implementação nas 18 UC dos Biomas Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado, e promover treinamentos com relação à aplicação dos protocolos dos indica-dores selecionados. Além disso, a capacitação possi-bilitou aos participantes ampliar os conhecimentos e

res, analistas e colaboradores envolvidos nas ativida-des de monitoramento.

O encontro foi uma oportunidade para identificar possíveis melhorias nos aspectos operacionais do programa, coordenado desde 2010 pelo ICMBio. Na ocasião foi estabelecido um cronograma de expe-dições de coleta e de capacitação para 2014, bem como definidas ações prioritárias para a geração de

desenvolver as habilidades necessárias à implemen-tação do sistema integrado de monitoramento da biodiversidade em unidades de conservação, e às de políticas de conservação em diferentes escalas.

Ao final, foram capacitados 31 alunos, entre eles: 24 servidores do ICMBio e pontos focais do monito-ramento das UC, seis consultores do Projeto Fundo Clima, do Programa das Nações Unidas para o De-senvolvimento – PNUD e um consultor, por meio da parceria do ICMBio com a Fundação Moore – IPÊ.

Guias de campo para o módulo básico de monitoramento terrestre

Para facilitar a aquisição de dados do módulo básico de monitoramento, em 2013 foram elaborados oito guias de campo que tiveram como foco as metodo-logias para o monitoramento e as espécies a serem monitoradas. Essas publicações foram realizadas no

âmbito do Projeto “Monitoramento da Biodiversidade com Relevância para o Clima em nível de UC, conside-rando medidas de adaptação e mitigação”. As publica-ções estão disponíveis no link http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/publicacoes.html?shwall=&start=5.

Bioma marinho e costeiro

O ano de 2013 foi marcado pela continuidade das atividades do Programa de Monitoramento dos Reci-fes de Coral em UC federais, que utiliza metodologia adaptada do protocolo Global Reef Check e permite o acompanhamento da saúde dos ecossistemas re-cifais nas UC participantes, assim como gera alertas sobre o branqueamento de corais (um possível efei-to da mudança climática global) e sobre pressões de turismo ou pesca.

Ações de aplicação do protocolo de monitoramento foram realizadas em cinco unidades: Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, Área de Proteção Ambiental da Costa dos Corais, Parque Nacional Marinho de Fer-

nando de Noronha, Reserva Extrativista Marinha do Corumbau e a Reserva Biológica do Atol das Rocas.

Foram iniciadas em 2013 as discussões para o moni-toramento de Costões Rochosos em UC federais. A princípio, três áreas foram selecionadas pela repre-sentatividade desses ecossistemas. São elas: Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, Estação Ecológica dos Tupiniquins e Estação Ecológica Tupinambás.

Em novembro de 2013 foi realizada na Sede do ICMBio, em Brasília/DF, a Reunião de Avaliação do Programa de Monitoramento de Recifes de Corais (metodologia Reef Check), que contou com a participação de gesto-

novas informações voltadas para a gestão das UC com presença de recifes de coral.

A reunião sobre Monitoramento de Costões Ro-chosos ocorreu em novembro de 2013 e permitiu uma discussão sobre metodologias e indicadores a serem adotados no programa de monitoramento desse ecossistema marinho.

Participantes do módulo 2 da Capacitação em ferramentas para Integração de Sistemas e Bancos de Dados de Biodiversidade. Reunião de Avaliação do Monitoramento de Recifes de Coral e Reunião sobre Monitoramento de Costões Rochosos. (Arquivo Dibio)

Page 16: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

31Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO

Bioma Caatinga

O Programa de Monitoramento in situ da Biodiversida-de em UC da Caatinga é o primeiro a ser implemen-tado no ambiente terrestre pelo ICMBio, com apoio dos centros nacionais de pesquisa e conservação, a saber: Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Caatinga – Cecat, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres – Cemave, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – Cenap e Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios – RAN.

Entre os apoiadores estão ainda os gestores das uni-dades de conservação federais, comunitários locais das UC, pesquisadores e instituições parceiras. O programa adota como grupos de indicadores obri-gatórios da biodiversidade os mamíferos de médio e

grande porte, cactáceas e répteis da ordem Squa-mata (escamados), além das aves como indicado-res optativos.

Em 2013 foram desenvolvidas principalmente ativi-dades relacionadas à continuidade da implementa-ção do programa nas UC previamente selecionadas, a saber: Parque Nacional da Serra da Capivara, Flo-resta Nacional Contendas do Sincorá e Estação Eco-lógica Raso da Catarina.

Tais atividades envolveram a realização de oito ex-pedições a campo, sendo cinco pelo RAN e três pelo Cemave, de modo a continuar as coletas dos dados para o monitoramento de répteis-squamatas e de aves, respectivamente.

Figura 2 - Mapa de localização das unidades de conservação do Bioma Caatinga

com programa de monitoramento da biodiversidade em implementação

30

Relatório de Gestão 2013

Instalação de pitfalls e funnel trap e de coleta de dados para o monitoramento de répteis-squamatas em UC da Caatinga. Fotos RAN, 2013

Montagem de armadilha de queda (pitfall)na ESEC Raso da Catarina, Bahia

Montagem de armadilha de queda (pitfall)no Parna Serra da Capivara, Piauí

Armadilha de funil (funnel trap) instalada naFlona Contendas do Sincorá, Bahia

Montagem de armadilha de queda (pitfall)na Flona Contendas do Sincorá, Bahia

(Arquivo Dibio)

Page 17: Relatório de Gestão interno

33Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO

Relatório de Gestão 2013

Estabelecer e condicionar o controle do poder público com relação às ativi-dades sujeitas ao licenciamento ambiental, conforme a legislação vigente.

Avaliação de Impactos Ambientais Autorização para Licenciamento

O ICMBio tem como uma de suas atribuições a emis-são de Autorização para o Licenciamento Ambiental – ALA de empreendimentos e atividades que possam afetar as unidades de conservação ou sua zona de amortecimento, assim considerado pelo órgão li-cenciador, com fundamento em Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, conforme disposto no artigo 36, da Lei nº 9.985 (SNUC), de 18 de junho de 2000. Para as atividades não sujeitas ao processo de licencia-mento ambiental, que possam afetar diretamente as

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

UC federais ou sua zona de amortecimento, o ICMBio autoriza diretamente as atividades de acordo com as regras estabelecidas no plano de manejo da referida unidade de conservação, bem como nos objetivos de sua criação.

No exercício de 2013, o Instituto Chico Mendes emi-tiu 165 autorizações, envolvendo as demandas de licenciamento ambiental regidas pela Resolução Co-nama nº 428/2010, e internamente, pelas Instruções Normativas nº 04/2009 e 05/2009.

32

Gráfico 11 - Número de espécies dos grupos de indicadores obrigatórios do programa de monitoramento in situ da biodiversidade amostradas em três UC da Caatinga: Flona

Contendas do Sincora, Esec Raso da Catarina e Parna da Serra da Capivara

Ainda em 2013 foram iniciadas as análises dos da-dos coletados no período de 2012 e 2013, com al-guns resultados, conforme ilustrado no gráfico 11. Até o momento, o programa amostrou 25 espécies de mamíferos de médio e grande porte, 25 espécies de cactáceas, 50 espécies de répteis-squamatas em três UC e 174 espécies de aves na Estação Ecológica Raso da Catarina.

Foram coletadas duas novas espécies de lagartos, que estão em processo de descrição, 12 espécies ameaça-das (sete de mamíferos, duas de cactáceas e três de aves) e ainda foi possível registrar sete novas ocorrên-cias para aves na Estação Ecológica Raso da Catarina. As demais análises estatísticas estão em fase de pro-cessamento e, em breve, estarão disponíveis.

Cateto (Tayassu tajacu) - Parque Nacional da Serra da Bodoquena-MS (Leonardo Milano/ICMBio)

Page 18: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

34

Relatório de Gestão 2013

35Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO

Ao todo foram avaliadas 7.635 espécies, em 55 ofi-cinas de trabalho com participação de mais de 800 especialistas. Nesse universo estão 6.909 espécies de vertebrados, representando 75% de todos os ver-tebrados descritos para o Brasil.

Gráfico 12 - Número de espécies avaliadas (valor acumulado) a partir de 2008

Gráfico 13 - Número de oficinas realizadas por ano

Desenvolver ferramentas de gestão da biodiversidade voltadas para a redução do impacto de atividades humanas sobre as espécies.

Manejo para Conservação

Promove o levantamento, a organização e análise de dados de todos os vertebrados do Brasil e se-letivamente dos invertebrados (universo amostral: 10 mil espécies), em um processo executado pelos centros de pesquisa e conservação do ICMBio. Em 2013 foram realizadas 14 oficinas com a participa-

1. Avaliação do estado de conservação da fauna brasileira

Tabela 1 - Número de espécies avaliadas, por grupo taxonômico, em 2013

Grupos Nº de espécies Responsável

Roedores 248 CenapAves 719 CemaveLagartos 162 RANPeixes continentais 1098 Cepam/CeptaPeixes marinhos 341 CepsulCrustáceos 135 CepsulColêmbolos 313 Coabio/DibioTotal 3016 -

No âmbito da ação referente à conservação das es-pécies da fauna, foi possível alcançar 80% da meta prevista para 2013, o que corresponde a 20 novas espécies da fauna ameaçadas de extinção beneficia-das com Planos de Ação Nacionais – PAN.

Os recursos do plano orçamentário referentes à ação “Conservação das Espécies Ameaçadas e Mi-gratórias” são utilizados para todas as atividades re-ferentes à conservação das espécies da fauna brasi-leira e incluem quatro grandes eixos temáticos:

ção de mais de 270 especialistas da comunidade científica brasileira e estrangeira para avaliação do risco de extinção de 3.016 espécies. Foi dada conti-nuidade às variações de peixes, crustáceos e aves e também realizada a avaliação dos roedores, lagar-tos e colêmbolos.

Ao longo do processo de avaliação, cada vez mais in-tegrantes da comunidade científica foram incorpora-dos por meio da participação em oficinas do forneci-mento de material, entre outras contribuições, o que tem conferido às avaliações um caráter participativo e técnico científico.

Page 19: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

36

Relatório de Gestão 2013

37Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO36

Gráfico 14 - Número de pesquisadores envolvidos no processo por ano

Os resultados foram encaminhados ao MMA para dis-cussão no âmbito da Comissão Nacional de Biodiversi-

dade – Conabio e subsídio à atualização da Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção.

Foram também compiladas e organizadas bases de infor-mação para estudos de vulnerabilidade das espécies que serão utilizadas em 2014 no Projeto Vulnerabilidades. Com base nas informações coletadas, estima-se que 482 espécies ameaçadas ocorram nas UC federais (77%).

Em 2013 não foi possível atualizar o diagnóstico da presença de espécies ameaçadas em unidades de conservação, sendo então mantidos os dados de 2012, a saber: 369 espécies ameaçadas protegidas por/em UC (59%).

2. Identificação de cenários de oportunidades de conservação e risco de extinção de espécies

Tabela 2 - Total de espécies ameaçadas por grupo taxonômico

Grupo biológicoTotal de espécies

ameaçadasNúmero de espécies registradas em UC

Anfíbios 16 12Aves 160 145Invertebrados aquáticos 78 42Invertebrados terrestres 130 44Mamíferos 69 57Peixes 154 56Répteis 20 13Total 627 369

Gráfico 15 - Percentual de espécies ameaçadas de cada grupo taxonômico protegido em UC

Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) - Esec Raso da Catarina-BA (Leonardo Milano/ICMBio)

Page 20: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

38

Relatório de Gestão 2013

39Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO

Foram realizadas 25 oficinas de monitoria, contem-plando 25 PAN. Ao todo, 42% das ações previstas em PAN estão em andamento ou concluídas. Estiveram

4. Implementação dos Planos de Ação Nacionais – PAN

Gráfico 17 - Situação da implementação das ações dos PAN monitorados

presentes nessas oficinas 418 participantes e 240 instituições. Além disso, 34 projetos de implemen-tação de planos de ação foram realizados em 2013.

Os resultados alcançados devem-se principalmente ao aporte financeiro oriundo do Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para Biodiver-sidade – Probio II, cujos recursos são oriundos de doação internacional.

O pequeno montante de recurso orçamentário des-tinado diretamente às ações finalísticas e a falta de analistas ambientais foram os principais fatores li-mitantes para a elaboração de novos planos de ação e, principalmente, na implementação das ações estratégicas definidas nos PAN já existentes. Atual-mente a principal limitação para a implementação dos PAN tem sido a dificuldade de assegurar o seu fi-

nanciamento (50% das ações estão atrasadas ou com problemas de execução).

O acompanhamento da série histórica dessa ação de-monstra que o custo por espécie beneficiada tende a aumentar, pois para cada espécie contemplada em novos planos de ação implica a responsabilidade insti-tucional de implementar e monitorar a sua execução até que a espécie seja retirada da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção.

Na implementação dos PAN destacam-se as seguintes realizações do centros de pesquisa e conservação:

Gráfico 16 - Número de espécies ameaçadas e número de espécies ameaçadas contempladas em PAN por grupo taxonômico

com PAN (49%), além de outras 383 espécies não ameaçadas de extinção também contempladas nos planos de ação.

As oficinas de elaboração contaram com a presença de 106 participantes e de 65 instituições envolvidas. Em virtude da limitação do orçamento do ICMBio, não foi possível a elaboração de todos os planos de ação previstos para 2013, sendo priorizado o moni-toramento dos PAN existentes.

Os Planos de Ação Nacionais – PAN identificam as ações estratégicas para evitar a extinção das espé-cies ameaçadas da fauna brasileira (universo amos-tral = 627) e do patrimônio espeleológico. O ICMBio coordenou a elaboração de três novos planos em 2013, sendo eles: PAN Aves do Cerrado e Pantanal, PAN Pequenos Felinos e PAN Fauna Aquática da Ba-cia do Rio São Francisco. Esses três contemplaram 21 novas espécies, totalizando 307 espécies ameaçadas

3. Elaboração de Planos de Ação Nacionais – PAN

Todos os planos de ação são coordenados pelos cen-tros nacionais de pesquisa e conservação do ICMBio, seguindo uma lógica de descentralização dos proces-sos. Os centros são responsáveis por todas as etapas de elaboração e acompanhamento da incrementação do PAN, desde as reuniões preparatórias para a orga-nização do planejamento, bem como sua logística e organização do documento final do PAN para publi-

cação. Também coordenam as monitorias anuais dos PAN, os momentos de averiguação do andamento das ações pactuadas e as avaliações, momento de análise de eficácia e efetividade do plano quando se verifica se as mudanças de patamar necessárias à conserva-ção das espécies ameaçadas estão ocorrendo. Além disso, a articulação de diversas ações é assumida pe-los centros nas oficinas de planejamento dos PAN.

Page 21: Relatório de Gestão interno

41Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

Em 2013 o Centro monitorou lagos e estudou a ecologia ali-mentar desse mamífero aquático, em uma parceria com os comunitários das Resex Tapajós-Arapiuns e Flona do Tapajós. Ex-caçadores de peixe-boi também participaram da pesquisa e hoje são aliados na conservação da espécie.

Fonte: Cecat (Ricardo Augusto Gomes)

Cepam mapeia a ocorrência de peixe-boi-amazônico (Trichechus inunguis) no Baixo Tapajós

Os mapas dos corredores ecológicos foram publicados na revista especializada Cat News da IUCN e no periódico PLOS One. A criação efetiva dos corredores propostos pode au-xiliar na recuperação de populações em risco, como nos Biomas Mata Atlântica e Caatinga.

Onça-pintada (Panthera onca)Fonte: Cenap (Adriano Gambarini)

Em 2013 o Cepene completou 14 anos de parceria com a Universidade Federal de Pernambuco e a APA da Costa dos Corais. Juntos promovem a implementação de área de exclusão de pesca, turismo e atividades náuticas em Tamandaré – PE visando a conservação dos recifes costei-ros que abrigam diversas espécies ameaçadas, tais como peixes néon (Elacantinus Fígaro e Gramma brasiliensis) e o coral-de-fogo (Millepora alcicornis). Estudos atestam re-sultados e corroboram essa estratégia.

Fonte: Cepene (Antônio Henrique)

Cepene e parceiros contribuem para conservação de ambientes recifais

Cenap identifica corredores que podem ajudar a salvar a onça pintada de extinção

A espécie foi encontrada nos arredores do Parque Na-cional da Serra da Canastra. Essa população pode ser a maior das três populações conhecidas, e a única que ainda está fora de perigo. A descoberta da nova popula-ção poderá reduzir o risco de ameaça da espécie, porém ações de manejo devem ser estabelecidas no entorno da UC para garantir a conservação dessa borboleta. O artigo descrevendo tais achados foi submetido para pu-blicação na revista CheckList. Borboleta (Parides burchellanus)

Fonte: Cecat (Ricardo Augusto Gomes)

Cecat e seus parceiros encontram terceira população de Parides burchellanus, espécie ameaçada de extinção

O Cecav tem se destacado no manejo e na conserva-ção das cavidades naturais subterrâneas brasileiras por meio do aprimoramento dos instrumentos de gestão ambiental do patrimônio espeleológico e da melhoria da capacidade técnica dos profissionais que atuam no licenciamento ambiental. Além disso, tem desenvolvido projetos técnicos, destacando-se o Inventário Anual do Patrimônio Espeleológico e o Monitoramento e Avalia-ção de Impactos sobre o Patrimônio Espeleológico.

Fonte: Cecav

Cecav desenvolve projetos e aprimora instrumentos de gestão

Entre os vários sucessos do centro no tocante à implementação de PAN, evidencia-se o crescimento populacional da arara-azul-de-lear, Anodorhynchus leari, notado nos últimos anos, que permitiu baixar uma categoria na avaliação do seu estado de conservação. Enquadrada como Criticamente em Perigo (CR) em 2006, a população da arara-azul-de-lear, com números gi-rando em torno de 1.300, indivíduos foi enquadrada na catego-ria Em Perigo (EN) em 2012.

Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) Fonte: Cemave (Ciro Albano)

Cemave alcança ótimo resultado na recuperação de espécie

Relatório de Gestão 2013

40

Page 22: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

42

Relatório de Gestão 2013

43Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO

Relatório de Gestão 2013Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

Em 2013 o centro acompanhou pela primeira vez a ativida-de, avaliando os impactos sobre as espécies ameaçadas que se utilizam dessas águas. Com a iniciativa foi possível esta-belecer políticas convergentes entre o Uruguai e o Brasil, e gera importantes subsídios para a criação de uma área ma-rinha protegida, localizada na região do Albardão – litoral do extremo sul do Estado, onde nascem espécies criticamente ameaçadas, como os cações-anjo do gênero Squatina, e a toninha (Pontoporia blainvillei).

Fonte e Foto: Ceperg

Ceperg qualifica e quantifica a pesca de lance de praia do litoral do Rio Grande até o Chuí

Após o acidente químico de 2008, quando milha-res de litros de endosulfan atingiram o rio, este é o primeiro e único registro de uma população apa-rentemente estável da espécie surubim do paraíba,

Surubim-do-Paraíba (Steindachneridion parahybae) Fonte: Cepta (Osvaldo T. Oykaywa)

Cepta localiza nova população de espécie criticamente ameaçada de extinção em trecho fluminense da bacia do rio Paraíba do Sul

Steindachneridion parahybae. Esforços de conser-vação in situ devem ser envidados pelo centro a fim de proteger o local.

As atividades de monitoramento na costa norte em 2013 revelaram o impacto sobre espécies da Lista Oficial de Es-pécies Ameaçadas, como tartarugas marinhas (Chelonia mydas e Lepidochelys olivacea), e sobre outras espécies avaliadas como ameaçadas, como o mero (Epinephelus ita-jara) e o tubarão-martelo (Sphyrna tiburo). Estudos identi-ficaram também pontos de agregação de espécies, avalia-dos para possível criação de áreas de exclusão de pesca ou unidades de conservação marinha.

Fonte e Foto: Cepnor

Cepnor monitora impacto de pesca sobre espécies ameaçadas na costa Norte

Pesquisas desenvolvidas pelo centro contribuíram para a inclusão das espécies de tubarão-martelo Sphyrna lewini, Sphyrna mokarran e Sphyrna zygaena no apêndice II da CI-TES (Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção). Assim, o comércio internacional dessas espécies passa a ser regulado, evitando que se agrave ainda mais seu risco de extinção. Tal ação está inserida no PAN Tubarões, coordenado pelo Cepsul.

Cepsul contribui para inclusão de tubarões-martelo na CITES

43

Fonte e foto: CNPT

O Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas e de Importância Socioeconômica do Ecossis-tema Manguezal na Costa Brasileira (PAN Manguezal) obje-tiva promover a conservação das espécies de importância socioeconômica e ameaçadas de extinção dos manguezais brasileiros, dos seus territórios e processos ecológicos e evolutivos, considerando a inclusão do saber tradicional e o fortalecimento do capital social necessário à implemen-tação do PAN.

CNPT coordena a elaboração de PAN com 26 espécies ameaçadas e 49 com importância socioeconômica em 32 áreas estratégicas da costa brasileira

42

Tubarão-martelo (Sphyrna sp.) Fonte: Cepsul (Guy Marcovaldi)

A identificação genética das populações foi de fundamental importância para a conservação da espécie. Os filhotes resga-tados e reabilitados passaram a ser soltos com base na sua in-formação genética e da população a que pertencem, evitan-do problemas como a depressão endogâmica e exogâmica. O trabalho foi enviado aos parceiros (United States Geologycal Survey – USGS e Universidade da Flórida – UF, ambas dos EUA) para finalização e submissão à revista científica internacional.

CMA e instituições parceiras identificam populações de peixe-boi marinho (Trichechus manatus) no litoral do Brasil

Peixe-boi marinho (Trichechus manatus)Fonte: CMA (Fabia Luna)

Page 23: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBioInstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

O diagnóstico identificou os 125 fragmentos florestais com ocorrência da espécie e seus limites de distribuição. Também na Mata Atlântica nordestina foram definidas as 20 áreas im-portantes para a conservação do macaco-prego-galego (Sa-pajus flavius) e do guariba-de-mãos ruivas (Alouatta belzebul). Para o barbado-vermelho (Alouatta guariba guariba), listado entre os 25 primatas mais ameaçados do mundo, foram desco-bertas quarto novas populações.

Macaco-prego galego (Sapajus flavius)Fonte: CPB (Adriano Gambarini)

CPB concluiu diagnóstico sobre o guigó (Callicebus coimbrai) em Sergipe e na Bahia

RAN trabalha na implementação de cinco planos de ação

Em cooperação com a Fundação Pró-Tamar e com parceiros distribuídos ao longo da costa brasileira, o centro comemorou também 33 anos de ações de conservação e pesquisa sobre tartarugas marinhas. Três das cinco espécies que ocorrem no Brasil iniciaram processo de recuperação de suas populações desovantes. Quinze milhões de visitantes passaram pelos cen-tros de educação ambiental mantidos nas principais bases de pesquisa e conservação.

Tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) Fonte e Foto: Tamar

Tamar comemorou 15 milhões de filhotes protegidos e liberados ao mar

Destacam-se os estudos e o manejo do cágado-de-hogei (Mesoclemmys hogei) na Bacia do Paraíba do Sul/MG, es-pécie atualmente incluída na lista dos 25 quelônios mais ameaçados do planeta; e como exemplo das descobertas de novas populações, as da população do lagarto (Placo-soma cipoense) na Serra do Espinhaço/MG e do sapinho-narigudo-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus macro-granulosus), na região sul do Brasil, que atenuam o grau de ameaça dessas espécies.Cágado-de-hogei (Mesoclemmys hogei)

Fonte e foto: RAN

44 45Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO

Relatório de Gestão 2013

CECAV - Gruta Mangabeira-BA (Mauro Gomes)

Page 24: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

46

Relatório de Gestão 2013

47Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN

Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

46 Trilha Sete Quedas - Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros-GO (Leonardo Milano/ICMBio)

Desenvolver e implementar ferramentas e ações para a criação e gestão de unidades de conservação federais.

Criação, Planejamento e Avaliação de Unidades de Conservação

No período houve a participação ativa no processo de criação do Parque Nacional Marinho da Ilha dos Currais, no âmbito do Congresso Nacional. Foi finalizada a instru-ção dos processos de criação do Parque Nacional da Ser-

Criação de unidades de conservação

As ações relacionadas à criação, ao planejamento e à avaliação de unidades de conservação desenvolvidas pelo ICMBio tomam como norte a consolidação das áre-as enquanto ferramenta do Sistema Nacional de Meio Ambiente – Sisnama, contribuindo assim para um meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito fun-

damental, gerando impactos positivos na sociedade. Neste sentido, o Instituto tem buscado fortalecer a ges-tão das unidades de conservação por meio da elabora-ção, monitoria e revisão dos planos de manejo e subsí-dios para a criação de novas unidades, bem como tem buscado aferir a efetividade de gestão das UC.

NOME DA ÁREA Categoria Proposta Estado Fase

Córrego-Tamanduá-Poções Resex MGEstudos socioeconômico

e fundiário

Domo do Araguainha Mona MT Estudo fundiário

Marapanim Resex PA Estudo socioambiental

Magalhães Barata Resex PA Estudo socioambiental

Araí-Peroba Resex PA Ampliação

Faxinal São Roquinho RDS PREstudos socioambiental

e fundiário

Faxinal Bom Retiro RDS PREstudos socioambiental

e fundiário

São Caetano de Odivelas – Ilha Pratiqueira Resex PA Estudo socioambiental

Tabela 3 - Estudos para criação de UC

ra da Gandarela e da Reserva de Desenvolvimento Sus-tentável Nascentes Geraizeiras, ambos em Minas Gerais, bem como o acompanhamento e a análise de estudos para a criação das UC abaixo listadas:

Page 25: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

48

Relatório de Gestão 2013

49Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN

Foram também realizadas consultas públicas sobre a proposta de redelimitação do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, e a ampliação da Estação Ecológica

do Taim. Por fim, em 2013, foram criadas 20 Reser-vas Particulares de Patrimônio Natural – RPPN, con-forme tabela 4:

Nome da RPPN Estado Área ha

01 Maria Maria BA 4,11

02 Cícero Almeida CE 36

03 Ilha Encantada CE 18,6

04 Reserva Natural Francisco Braz de Oliveira CE 4,8

05 Luizinho Alencar CE 200

06 Vó Belar CE 14,99

07 Fonte de Luz CE 7

08 Integra o Parque GO 310,89

09 São Bartolomeu GO 72,9

10 Maria Batista GO 47,7

11 Ponte da Pedra GO 112,75

12 Catingueiro GO 60

13 Parque Botânico dos Kaiapós GO 80,37

14 Prata MA 90,84

15 O Bosque RS 6,85

16 Amplus Lucidus SC 13,5

17 Reserva Rio das Furnas II SC 43,51

18 Canto da Araponga SC 45,46

19 Rio Vermelho SP 22,91

20 Águas Claras SP 14,43

Área Total 1.207,61

Planos de manejo publicados em 2013

Flona de Caxiuanã/PA Portaria nº 141, de 15/01/2013

APA da Costa dos Corais/PE/AL Portaria nº 144, de 01/02/2013

Flona de Goytacazes/ES Portaria nº 175, de 28/03/2013

Parna da Serra da Bodoquena/MS Portaria nº 178, de 03/04/2013

Flona de Chapecó/SC Portaria nº 224, de 30/08/2013

Resex do Lago do Capanã Grande/AM Portaria nº 226, de 12/09/2013

APA Anhatomirim/SC Portaria nº 245, de 30/10/2013

Esec de Pirapitinga/MG Portaria nº 246, de 13/11/2013

Resex Marinha de Caeté-Taperaçu/PA Portaria nº 265, de 12/12/2013

Nome da RPPN e estado Portaria do Plano de Manejo

Reserva Natural Sítio Palmeiras/CE Portaria nº 140, de 07/01/2013

Serra da Pacavira/CE Portaria nº 148, de 19/02/2013

Monte Alegre/CE Portaria nº 188, de 17/05/2013

Santuário do Caraça/MG Portaria nº 189, de 17/05/2013

Reserva Serra das Almas/CE Portaria nº 191, de 22/05/2013

Alto da Boa Vista I e II/MG Portaria nº 195, de 29/05/2013

Reserva Ecológica Amadeu Botelho/SP Portaria nº 214, de 07/08/2013

Ronco do Bugio/SC Portaria nº 232, de 03/10/2013

Fazenda Palmital/SC Portaria nº 234, de 11/10/2013Elaboração e revisão de planos de manejo

das UC, entre elas a ferramenta de Padrões Abertos para a conservação.

Além disso, merece destaque a conclusão e publica-ção de nove planos de manejo de unidades de con-servação federais e nove planos de manejo de RPPN.

Tabela 5 - Unidades de conservação federais – Planos de manejo finalizados em 2013

Tabela 6 - Reservas particulares do patrimônio natural – Planos de manejo aprovados em 2013

Tabela 4 - RPPN criadas em 2013

Envidaram-se esforços no sentido de dinamizar o procedimento adotado para a elaboração e revisão dos planos de manejo. Para tanto, diversos trabalhos internos foram conduzidos com o propósito de va-lidar diferentes metodologias para o planejamento

Page 26: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

50

Relatório de Gestão 2013

51Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN

Monitoramento e avaliação da gestão de unidades de conservação

Foi implementado o Projeto Monitoramento da Gestão de Unidades de Conservação, em parceria com o WWF, que prevê a aplicação de um questionário em 116 UC, atividade que encontra-se em curso, e que permitirá aferir a efetividade de gestão de um conjunto de UC.

Houve, ainda, o apoio à auditoria operacional nas unidades de conservação da Amazônia, realizada pelo Tribunal de Contas da União – TCU, que, por meio de metodologia própria, diagnosticou o estado de implementação das UC daquele bioma.

Mosaicos e corredores

O Projeto Corredor Ecológico da Região do Jalapão (ICMBio – JICA) foi concluído em 2013, período em que também se capacitou o conselho consultivo do mosaico Jalapão e foi lançado o plano estratégico para a gestão integrada do mosaico.

Ainda em 2013 publicou-se o Atlas do Corredor Eco-lógico do Jalapão e foi implementado o Projeto Corre-dores Ecológicos (ICMBio – MMA), além de oferecido apoio técnico e orientação aos Projetos Corredor Eco-lógico das Onças e Corredor Ecológico Alto Paranapa-nema/Mico-Leão-Preto (ICMBio – IPÊ).

Houve também o apoio na execução das ações do Projeto Manguezais do Brasil (GEF) junto ao Mosaico

do Lagamar, bem como a formação e capacitação do conselho consultivo deste mosaico.

Também foi supervisionado o desenvolvimento do plano operacional junto aos mosaicos abrangidos pelo Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica e elaborados os subsídios técnicos para orientar a gestão dos sítios do patrimônio mun-dial brasileiros.

Além disso, o Instituto acompanhou e apoiou o pro-cesso de proposição de novas áreas no âmbito da Convenção de Ramsar, que culminou com o reconhe-cimento do Parque Nacional do Cabo Orange, e acom-panhou as demandas das reservas da biosfera.Atualmente 70 planos de manejo estão em fase de

elaboração e 19 em revisão, totalizando 89 planos de manejo sendo trabalhados, conforme demonstra-do nos gráficos abaixo.

Gráfico 18 - Total de planos de manejo publicados por categoria de unidade de conservação – 313 UC

Gráfico 19 - Situação atual dos planos de manejo

Corredor Ecológico do Jalapão (Leonardo Milano/ICMBio)

Page 27: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

52

Relatório de Gestão 2013

53Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN

Qualificar, normatizar, estruturar e promover as atividades de visitação, uso público e recreação, além de viabilizar negócios que gerem receitas para o sistema de unidades de conservação federais.

Uso Público e Negócios

Em 2013 foram registrados 6.306.140 visitantes nas UC federais, sendo que, das 313 criadas, 57 foram responsáveis por este registro, nas seguintes catego-rias: parques nacionais, florestas nacionais, reservas biológicas e áreas de proteção ambiental.

Implementar as unidades de conservação federais para receber, mais e melhor, o público que procura visitar e conhecer as peculiaridades e as belezas cênicas das UC criadas pela União é um dos principais objetivos do Instituto Chico Mendes, que deseja sensibilizar esse pú-blico acerca da importância dessas áreas.

Uso público

Gráfico 20 - Visitação nas UC federais e nos parques nacionais de 2006 a 2013

A previsão de visitação para 2012 e 2013 foi de 5,5 mi-lhões e 6,2 milhões, respectivamente. Sendo contabiliza-dos, em 2012, 5.703.706 e, em 2013, 6.306.140 visitantes – ambos os anos com superação da meta estabelecida.

Importante ressaltar que em 2012 e 2013, 95% da visi-tação registrada ocorreu em parques nacionais. Confira o número de visitantes registrados nas unidades de con-servação federais, no período de 2006 a 2013.

ANO Parques nacionais

Florestas nacionais

Reserva biológica

Área de proteção

ambiental

Número de visitantes

2006 1.802.010 103.520 ... ... 1.905.530

2007 2.997.450 184.367 ... ... 3.181.817

2008 3.383.794 207.826 ... ... 3.591.620

2009 3.914.709 236.132 ... ... 4.150.841

2010 3.990.658 195.715 1.078 ... 4.187.451

2011 4.781.139 183.661 864 ... 4.965.664

2012 5.431.373 270.989 1.398 ... 5.703.760

2013 5.941.857 228.550 768 134.965 6.306.140

TOTAL 32.242.990 1.610.760 4.108 134.965 33.992.823

Tabela 7 - Número de visitantes registrados nas UC federais de 2006 a 2013

construção de infraestrutura de apoio ao turista no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.

No Maranhão, uma parceria semelhante envolveu ICMBio, MTur e Secretaria de Estado do Meio Am-biente e Recursos Naturais do Maranhão – SEMA/MA para construção de portal e centro de visitantes no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

Entre 2012 e 2013 foram contratados projetos e implementadas infraestruturas, com recursos de dotação orçamentária do ICMBio, da compensação ambiental, do termo de ajustamento de conduta celebrado pelo Ministério Público Federal – MPF be-neficiando o ICMBio, de emenda parlamentar e de doações de parceiros do setor privado como o Grupo EBX, além de acordos de Cooperação Internacional como a GIZ, da Sociedade Alemã para a Cooperação Internacional e de concessionários de serviços.

O processo de estruturação das UC federais para rece-ber a visitação teve como foco principal a continuidade do Projeto Parques da Copa, elaborado em 2009. Em 2013 o ICMBio e os Ministérios do Meio Ambiente e do Turismo priorizaram 16 parques nacionais, a saber: Parques Nacionais de Anavilhanas, dos Lençóis Mara-nhenses, de Jericoacoara, de Ubajara, da Chapada Dia-mantina, Marinho de Fernando de Noronha, de Brasília, da Chapada dos Guimarães, da Chapada dos Veadeiros, da Serra do Cipó, da Tijuca, de Itatiaia, da Serra dos Ór-gãos, do Iguaçu, de Aparados da Serra e da Serra Geral.

Em dezembro de 2013, o MTur e o ICMBio formali-zaram um Termo de Cooperação para a execução de melhorias na infraestrutura de visitação de parte dos parques priorizados no projeto.

Neste mesmo ano, por meio de parceria envolvendo ICMBio, MTur e Secretaria de Desenvolvimento do Turismo do Mato Grosso – SEDTUR/MT, foi iniciada a

Estruturação das unidades de conservação

Page 28: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

54

Relatório de Gestão 2013

55Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

54

As unidades de conservação que receberam inves-timentos dessa natureza foram: Parques Nacionais de Brasília, da Chapada dos Guimarães, do Pantanal Matogrossense, do Caparaó, da Serra do Cipó, das Cavernas do Peruaçu, da Tijuca, do Itatiaia, da Serra

dos Órgãos, Restinga de Jurubatiba, de Aparados da Serra, Serra Geral, dos Lençóis Maranhenses,de Ana-vilhanas, Marinho de Fernando de Noronha, Marinho de Abrolhos e do Iguaçu, a Reserva Biológica União e as Florestas Nacionais de Ipanema e de Canela.

Desenvolvimento de novos atrativos

o Seminário Internacional de Trilhas de Longo Curso, no Rio de Janeiro; e o Curso de Planejamento e Manejo de Trilhas Especiais, no Parque Nacional de Itatiaia, que culminou com a criação de um grupo de trabalho para discutir Turismo de Base Comunitária – TBC.

A participação no Congresso Avistar Brasil 2013, para tratar do turismo de observação de aves, foi impor-tante para iniciar uma pesquisa de opinião sobre as lacunas no atendimento e infraestrutura destinada aos observadores de aves em UC federais. Essa pes-quisa foi repetida também no “Avistar-BH”, evento complementar local voltado ao público de Belo Hori-zonte/MG e região.

Unidade de Conservação Projeto Tipo de trilha Ext. (km)

Parna da Chapada dos Veadeiros

Travessia das Sete Quedas Travessia pedestre 27

Parna da Serra do Divisor Trilha Sul Trilha pedestre 10

Parna das Emas Circuito para bicicleta Circuito bicicleta 60

Flona de SilvâniaTrilha de bicicleta Flona de Silvânia

Trilha bicicleta moutain bike 5

Parna Grande Sertão Veredas

Circuito Três Irmãos Trilha pedestre 34

Resex Extrativista do Rio Ouro Preto

Trilha da Borracha Trilha pedestre 15

Parna da Serra das Confusões e Parna da Serra da Capivara

Travessia de cicloturismo Confusões/Capivara

Estrada (prática de cicloturismo)

300

Parna da Chapada dos Guimarães

Travessia Casa do Morro Travessia pedestre 20

Flona de Lorena Circuito LorenaCircuito de caminhada/corrida

15

Parna da Serra do CipóTravessia Retiro – Braúnas - Areias

Travessia a pé 30

Parna da Serra do CipóTravessia Alto Palácio – Travessão – Retiro

Travessia a pé 20

Os projetos demonstrados na tabela 8, com exceção da Travessia das Sete Quedas, foram iniciados em 2013 e compreendem a realização de estudos pre-liminares para a implantação de atividades de cami-nhada e/ou ciclismo, com levantamento dos dados,

Tabela 8 - Projetos para implementação de novas trilhas

Com o objetivo de estabelecer critérios uniformes e preocupados com a segurança do visitante, a abertu-ra de novos atrativos e trilhas foram balizadas pelos seguintes documentos: Rol de Oportunidades de Vi-sitação em Áreas Protegidas – ROVAP, Fundamentos do Planejamento de Trilhas e Manual de Construção e Manutenção de Trilhas, ambos do US Foreste Service – USFS, Instrução Normativa ICMBio nº 08 de 2008.

Foram realizados os seguintes eventos: Oficina de Ges-tão de Segurança, Busca e Salvamento em Áreas Remo-tas, com a participação de especialistas e gestores de UC – ocasião em que teve início a construção dos pro-tocolos de procedimentos de segurança e salvamento;

definição do traçado e mapeamento e determinação de prioridades de manejo. Estes projetos totalizam 536 km de trilhas. Na Travessia das Sete Quedas, houve a implantação da trilha, com início da ativida-de em março de 2013.

Projetos de novas trilhas

Trilha Sete Quedas - Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros-GO (Leonardo Milano/ICMBio)

Page 29: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

57Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN56 57Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN 57

Concessões

Parque Nacional da Tijuca Empresa

Controle de ingresso, acesso rodoviário e transporte de visitantes no trecho Paineiras-Corcovado, estacionamento, alimentação, lojas de conveniência e centro de visitantes.

Empresa Paineiras Corcovado Ltda.Contrato 001/2012 (30/05/2012)Prazo: 20 anos

Foi realizado um teste no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha com o objetivo de avaliar o cumprimento contratual das concessões e a quali-dade dos serviços prestados pelas concessionárias.

Na sequência, recomendou-se a aplicação da mesma metodologia nos demais parques onde há concessões. O mecanismo de monitoramento e de avaliação das con-cessões está em fase de definição de procedimentos.

O ICMBio firmou acordo de cooperação técnica com o MMA e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG e está oficializando termo de reciproci-dade com o Instituto Semeia. O objetivo é a elaboração de estudos para a concessão de atividades e serviços

de apoio ao uso público, à pesquisa, à proteção e às de-mais ações de conservação da biodiversidade em par-ques nacionais. Estão sendo contemplados os Parques Nacionais de Jericoacoara, de Sete Cidades, de Ubajara, da Serra das Confusões e da Serra da Bocaina.

Foi publicada a Portaria nº 211/2013, que atualiza os preços dos ingressos de acesso às UC federais e os de-mais serviços e atividades de uso público.

Tabela 11 - Concessão no Parque Nacional da Tijuca

Monitoramento das concessões

Parcerias Público-privadas – PPP

Cobrança de ingressos em UC

Unidade de conservação Projeto Tipo de trilha Ext. (km)

Parna da Chapada dos Veadeiros

Trilhas para os Saltos e Cânions

Trilha pedestre 15

Parna da Chapada Diamantina

Trilha de acesso à cachoeira da Fumaça

Trilha pedestre 6

Parna da Chapada dos Guimarães

Circuito das Cachoeiras Trilha pedestre 6

Parna Marinho de Fernando de Noronha

Trilhas do Parna Marinho de Fernando de Noronha

Trilhas para os atrativos 40

Flona de BrasíliaTrilhas de bicicleta Flona de Brasília

Trilha bicicleta moutain bike 80

UC Objeto Portaria

Parna de Itatiaia

Condutores de visitantes

Portaria nº 204, de 10 de julho de 2013

Parna da Chapada dos VeadeirosPortaria nº 205,

de 11 de julho de 2013

Parna de UbajaraPortaria nº 263,

de 10 de dezembro de 2013

Parna da Serra da CanastraPortaria nº 262,

de 10 de dezembro de 2013

Em 2013 foram publicadas normas de ordenamento de serviços prestados por autorizados, conforme deta-lhamento na tabela 10:

Tabela 9 - Projetos para melhorias de trilhas em UC

Tabela 10 - Portarias de ordenamento de serviços prestados por autorizados

Projetos de intervenção para melhoria em trilhas existentes

Serviços de apoio à visitação

locais em planejamento, diagnóstico e manejo de trilhas.

A tabela 9 demonstra os projetos de melhorias em trilhas existentes e inclui o treinamento das equipes

Trilha Sete Quedas - Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros-GO (Leonardo Milano/ICMBio)

Page 30: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

58

Relatório de Gestão 2013

O objetivo das parcerias tem sido apoiar a estrutura-ção das UC contempladas no Projeto Parques da Copa e viabilizar Parcerias Público-Privadas – PPP para o de-

No ano de 2013, foi gerado um total de R$ 6.031.700,00 (seis milhões trinta e um mil e setecentos reais) refe-rentes à venda direta de madeira de 58 hectares ma-nejados de florestas plantadas em florestas nacionais e na exploração de 333 hectares no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, em cumprimento a um plano de erradicação de espécies exóticas.

Essa exploração foi possível mediante a publicação de sete editais para a venda direta de madeira em UC. Desses editais, dois foram na Floresta Nacional de Capão Bonito, e os outros foram no Parque Na-cional da Lagoa do Peixe e nas Florestas Nacionais de São Francisco de Paula, de Canela, de Chapecó e de Ibirama.

Serviços ambientais

Tem como premissa promover estudos com vistas à implementação de mecanismos de pagamento por serviços ambientais e propor a normatização e a im-plementação de mecanismos de cobrança pelos servi-ços ecossistêmicos prestados pelas UC.

Em 2013 foram identificados 19 projetos e processos de Pagamento por Serviços Ambientais – PSA, con-templando 24 UC federais, sendo: cinco projetos para a Redução de Emissões, por Desmatamento e Degra-dação (REDD), sete para a manutenção da qualidade e quantidade dos recursos hídricos, seis para a proteção da biodiversidade, dois para a proteção da beleza cêni-ca e nove para a mudança das práticas do uso do solo.

Em um mesmo projeto podem estar associados mais de um tipo de pagamento por serviços ambientais, conforme gráfico 21. Outro fator que merece desta-que é o grande número de projetos desenvolvidos no Bioma Mata Atlântica, como está ilustrado no gráfico 22. Os projetos encontram-se em diferentes níveis, desde a fase de elaboração até a efetivação do paga-mento pelo serviço ambiental prestado.

A maioria dos projetos foram propostos por institui-ções parceiras sendo que, dentre elas, evidencia-se a The Nature Conservancy – TNC, que propôs ao ICMBio um termo de reciprocidade para desenvolver um pro-jeto piloto de REDD nas unidades da Terra do Meio.

59Diretora de Criação e Manejo de Unidades de Conservação - DIMANDiretora de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN

Tabela 12 - Parcerias para desenvolvimento do uso público em UC

Parcerias para o uso público

senvolvimento de atividades de apoio ao uso público, além de realizar ações de capacitação e de desenvolvi-mento de outros projetos, de acordo com a tabela 12:

Negócios florestais

Parceiros Objetivo

MTur

Conjugar esforços para o fortalecimento das relações e melhoria da infraestrutura de uso público dos parques nacionais brasileiros. O interesse é aprimorar a qualidade dos serviços prestados à sociedade por meio do acesso à informação da divulgação e da gestão mais eficiente das UC.

Sebrae

Viabilizar estudos de mercado e de viabilidade econômica para subsidiar decisões sobre a implantação de novos negócios e a delegação de atividades e serviços de apoio ao uso público em 22 parques nacionais, além de ações de fomento ao empreendedorismo e desenvolvimento sustentável de negócios. A contrapartida do ICMBio é implantar infraestrutura de apoio à visitação e ao desenvolvimento do turismo nessas UC.

USFS

Apoiar ações de capacitação do ICMBio relacionadas ao uso público. Essa parceria será ampliada com a inclusão de duas universidades americanas (West Virginia e Montana) e novas ações, como: a implementação de projetos demonstrativos de planejamento e manejo da visitação em dois parques nacionais brasileiros; o apoio para a estruturação de um programa de voluntariado para o uso público; intercâmbios entre técnicos de áreas protegidas no Brasil e Estados Unidos para a capacitação em uso público; participação em cursos, seminários, simpósios e congressos nos EUA sobre temas relativos ao uso público.

Instituto Semeia

Elaborar estudos prévios de análise de viabilidade econômico-financeira para o estabelecimento de concessões e outras formas de parcerias entre o setor público e privado em parques nacionais; ações e estudos que contribuam para a divulgação das UC junto ao setor privado e possibilitem sua inclusão em processos de concessão; e outras ações que fortaleçam a gestão do uso público nas unidades de conservação, visando sensibilizar a sociedade para sua importância.

GIZApoiar o projeto e a implantação de um centro de visitantes em um flutuante situado em Novo Airão e que deverá atender às três UC do Baixo Rio Negro, Parques Nacionais de Anavilhanas, do Jaú e Reserva Extrativista Unini.

Grupo EBXApoiar a implantação de infraestrutura em três unidades: Parques Nacionais dos Lençóis Maranhenses, do Pantanal Matogrossense e Marinho de Fernando de Noronha.

BID/FOMIN e IBAMAnalisar modelos e arranjos de parcerias com o setor privado e terceiro setor, contribuindo para a gestão das unidades de conservação federais.

Fumdham Gestão compartilhada do uso público com o Parque Nacional da Serra da Capivara.

Floresta Nacional do Tapajós-PA (Leonardo Milano/ICMBio)

Page 31: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

60

Relatório de Gestão 2013

Gráfico 21 - Tipos de PSA registrados nas UC federais

Gráfico 22 - Número de PSA por biomas

60

Desenvolver mecanismos e implementar ações de modo a assegurar a pro-teção ambiental das unidades de conservação federais.

Proteção Ambiental

degradação ambiental, como a extração seletiva e o corte raso de madeiras, os garimpos, dentre outros.

Nesse contexto, destacam-se as ações de proteção das unidades de conservação na área de influência da BR 163, num total de 19 áreas protegidas federais que jun-tas somam cerca de 15 milhões de hectares de florestas e rios. Essas ações concentraram-se sobretudo nas Flo-nas do Jamanxim, do Trairão e de Altamira.

Quanto às ações rotineiras, foram contabilizadas, aproximadamente, 293 fiscalizações relacionadas aos mais diversos ilícitos, tais como: degradação, caça, tráfico, pesca, poluição, ocupação irregular do solo e impactos causados por empreendimentos. Tais ações contaram com a presença de 2.626 agen-tes de fiscalização do ICMBio e outros agentes públi-cos, e foram executadas pelas equipes das UC.

Houve importantes resultados com a manutenção dessas bases fixas em pontos estratégicos, possibili-tando a redução do desmatamento em unidades de conservação críticas como, por exemplo, a Florestas Nacionais de Altamira, de Itaituba II e a Reserva Bio-lógica do Gurupi.

As ações de fiscalização desenvolvidas pelo ICMBio baseiam-se na premissa do aumento da presença institucional do Estado Brasileiro nas áreas de abran-gência das unidades de conservação federais. Dessa maneira são priorizadas as atividades de caráter per-manente e de médio/longo prazos, em detrimento de ações pontuais com grande uso de efetivos e insumos.

Em 2013 foram realizadas 84 operações contínuas nas UC, sendo mantidas sete bases operacionais fixas no Bioma Amazônia, com funcionamento quase ininter-rupto, envolvendo um efetivo de 583 servidores pú-blicos de diversas instituições, dentre eles agentes de fiscalização do ICMBio.

Essas bases foram instaladas nas UC da área de in-fluência da BR 163 (PA), nas Reservas Biológicas do Gupuri, do Jaru, do Abufari, do Lago Piratuba, Flores-ta Nacional do Bom Futuro e na Reserva Extrativista Verde para Sempre.

Cabe esclarecer que a estratégia de manutenção de bases operacionais visa proteger um conjunto de UC que tem sofrido maiores ameaças, principalmente as relacionadas à ocupação irregular de terras e à

Fiscalização ambiental

Reserva Biológica Jaru-RO (Luciano Malanski/ICMBio)

61Diretora de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN

Page 32: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

63Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN62

Relatório de Gestão 2013

Combate ao desmatamento

Durante o ano de 2013, foram intensificadas as ações de combate ao desmatamento em áreas prio-ritárias, determinadas a partir de análise de dados de desmatamento dos últimos 10 anos de 2003 a 2013 disponibilizados pelo Projeto Prodes – Moni-toramento de Floresta Amazônica por Satélite, do

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe. Ou-tro indicativo utilizado para a priorização das ações foi o de áreas atingidas por incêndios florestais em UC federais em 2013. Neste caso, observou-se a predominância das mesmas unidades pressionadas pelo avanço do desmatamento.

Tabela 13 - Histórico das unidades de conservação com as maiores taxas de desmatamento no período de 2003 a 2013

As células destacadas em cinza indicam taxas anteriores a criação da UC.

UC UF 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Prodes

Preliminar

Flona do Jamanxim PA 8.251,20 31.238,58 8.703,52 7.374,54 14.019,02 7.399,97 10.293,50 1.186,74 1.301,28 2.975,89 6.462,44

APA do Tapajós PA 6.397,52 5.051,84 1.625,23 669,82 1.805,32 1.667,96 1.530,03 854,34 1.356,14 2.267,56 3.162,28

Flona de Altamira PA 280,78 546,21 860,01 120,19 136,24 878,52 1.498,89 264,84 1.292,79 5.064,28 2.469,59

Rebio do Gurupi MA 5,90 7.455,06 5.092,73 1.274,90 1.054,77 3.649,15 2.771,43 1.170,53 696,58 839,74 669,91

Parna do Araguaia TO - 0,72 496,07 - - 78,34 18,39 13,65 53,37 576,26 558,66

Parna do Jamanxim PA 743,36 1.821,99 1.766,09 610,29 664,84 1.146,76 299,15 180,07 101,09 179,59 518,69

Resex Chico Mendes AC 3.724,68 4.075,53 3.934,80 519,96 193,60 1.128,29 363,30 630,23 1.187,01 1.226,33 508,37

Resex do Rio do Cautário RO - 5,76 13,32 50,18 - - - 0,07 2,73 - 443,39

Flona de Itaituba II* PA 412,32 935,56 547,45 497,44 490,22 497,73 165,33 167,01 444,35 818,41 416,06

Resex do Rio Ouro Preto RO 1.069,76 1.785,02 1.179,58 401,72 266,20 586,38 296,38 96,03 137,02 126,67 399,75

Parna Mapinguari* AM/RO 542,85 438,96 1.314,07 1.993,28 1.854,36 1.173,99 74,84 130,79 370,82 1.024,29 290,85

Resex Verde para Sempre PA 17.932,35 3.004,54 5.748,61 409,21 1.820,96 1.159,43 1.727,48 1.300,63 817,28 242,59 242,56

Resex Renascer PA 2.955,68 220,27 278,74 1.034,79 446,79 883,73 282,68 455,19 201,77 69,48 229,88

Flona de Roraima AM/RR 178,17 15,10 53,56 - - 268,40 46,53 216,69 168,57 26,38 193,27

Parna dos Campos Amazônicos*RO/MT/

AM 555,03 302,48 200,44 157,31 288,62 272,89 77,59 10,22 13,04 48,60 190,39

Resex do Cazumbá-Iracema AC 1.744,21 81,40 636,96 3,16 27,13 96,04 72,68 230,10 275,72 187,23 177,07

Flona do Bom Futuro* RO 4.194,58 11.942,89 10.678,29 5.939,84 14.706,30 3.368,15 1.203,82 157,80 219,84 108,87 161,36

Flona do Iquiri AM 281,98 811,76 501,38 2.804,10 873,38 565,62 282,22 52,96 308,04 61,57 139,18

Parna da Amazônia AM/PA 586,96 642,40 147,60 130,97 265,70 215,48 196,56 91,76 106,82 54,48 106,09

Flona do Tapirape-Aquiri PA 35,28 9,85 4,48 22,80 0,25 308,27 784,84 91,02 51,84 6,32 100,34

As células destacadas em cinza indicam taxas anteriores à criação da UC. * Unidades de conservação com alteração de limites no período.

Gráfico 23 - Unidades de conservação com os maiores índices de desmatamento Prodes preliminar 2013 (ha)

O corte seletivo, aliado ao aumento das apreensões de madeira retirada ilegalmente, podem ser consi-derados os principais vetores de pressão sobre as UC na Amazônia Legal. Nesse cenário, o levanta-mento de informações via sensoriamento remoto ganhou relevância no planejamento das ações em-preendidas pelo ICMBio.

Por meio de levantamentos em campo, dos dados oriundos das ações de monitoramento aéreo e da análise temporal de imagens de satélite, o ICMBio in-

Os dados indicam, ainda, que mesmo com a rever-são da tendência de queda da taxa de desmatamen-to na Amazônia Legal, o desmatamento no interior das UC federais caiu de 19.161,22 ha, em 2012, para 18.398,80 ha em 2013, que corresponde a 3% da taxa total na Amazônia.

Destacam-se, com os maiores índices de áreas des-matadas e com maior incremento anual de desmata-mento, as UC localizadas no Estado do Pará, em es-pecial na área de influência da BR-163, a saber: Flona Jamanxim, Área de Proteção Ambiental do Tapajós e Floresta Nacional de Altamira, nas quais foram prio-rizadas as ações fiscalizatórias.

tensificou os trabalhos na identificação da dinâmica de abertura de novos ramais de exploração e de indí-cios de áreas de exploração ilegal de madeira.

Importante ressaltar que as unidades de conser-vação sofrem diversas pressões além do desmata-mento a corte raso. Portanto, ilícitos relacionados à mineração irregular, invasões de terras com caráter especulativo, invasões para exploração seletiva de madeira e de produtos não madeireiros, caça e pes-ca também foram monitorados e coibidos.

Page 33: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

64

Relatório de Gestão 2013

Considerando que grande parte dos problemas enfren-tados nas ações de proteção no âmbito das unidades de conservação não se restringem às questões ambien-tais, tornou-se imprescindível o fortalecimento de par-cerias e a implementação de ações conjuntas.

Questões gerais ligadas a segurança pública, violên-cia no campo, altos índices de roubo e assassinatos, grilagem de terras públicas, sonegação fiscal, insta-lação de pistas de pouso clandestinas, entre outros agravantes, exigem uma atuação orquestrada de di-versos setores dos governos federal e estadual.

Nesse sentido, o ICMBio participou em 2013 da Ope-ração Hileia Pátria, que ocorreu em diversas regiões do território nacional que apresentam grandes ín-dices de degradação florestal. As diretrizes e a exe-cução dessa ação de combate ao desmatamento foram feitas pelo Gabinete Permanente de Gestão Integrada para a Proteção do Meio Ambiente – GGI/

MA, composto por diversos órgãos, tais como: Exér-cito Brasileiro, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, Polícia Rodoviária Federal – PRF e Agência Brasileira de In-teligência – Abin.

A participação do ICMBio nesse fórum permitiu o es-treitamento de relações com tais órgãos e a criação de uma rede de troca de informações estratégicas, que deverá ser mantida e ampliada em 2014.

Pode-se afirmar que o fortalecimento das parcerias en-tre ICMBio e outras instituições de comando e controle permitiram a otimização dos esforços e uma maior efe-tividade das ações de fiscalização nas UC mais críticas, como: Florestas Nacionais do Jamanxim, de Itaituba I e II e do Bom Futuro; Parques Nacionais do Jamanxim, dos Campos Amazônicos e Mapinguari; Reservas Extra-tivistas Riozinho do Anfrísio, Verde para Sempre; e Re-serva Biológica do Gurupi.

65Diretora de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN

Algumas questões referentes ao processo de imple-mentação das unidades de conservação refletem fortemente nas atividades de proteção das mesmas, como os processos de regularização fundiária, a de-marcação, a sinalização dos principais acessos e a de-finição dos tipos de utilização compatíveis às unidades de uso sustentável, como a caça, as roças em áreas de preservação permanentes e a criação de gado.

Outra questão importante que atualmente represen-ta obstáculo à fiscalização consiste na restrição orça-mentária. No ano de 2013, o orçamento do ICMBio para as ações de fiscalização foi de 7,7 milhões de reais – valor inferior ao orçamento do ano anterior, para atender uma demanda crescente bastante su-perior à execução de 2012. Além disso, o limite de diárias para o desenvolvimento de ações de fiscaliza-ção do ICMBio mostrou-se incompatível com a rea-

natural e promoção do desenvolvimento socioam-biental (missão do ICMBio). Foram realizados dois encontros de capacitação e discussão sobre manejo integrado e adaptativo do fogo: Primeiro Encontro de Gerentes do Fogo do ICMBio; e I Seminário Inter-nacional sobre Manejo Integrado do Fogo em Áreas Protegidas do Brasil.

Essa competência aprimorada somou-se à medi-ção sistematizada das áreas atingidas por incêndios (AAI) e ao gerenciamento dos alertas de incêndios por meio do Sispro, permitindo orientar o planeja-mento das UC para melhorar as práticas de controle do fogo. Foi dado ênfase à confecção de aceiros, for-malização de acordos de queima nas comunidades residentes e projetos de pesquisa.

O ICMBio vem incrementando sua estrutura para pre-venir e aumentar seu poder de controle do fogo no in-terior das UC federais. Inicialmente, privilegiou-se o for-talecimento do programa de capacitação, contratação e gestão das brigadas temporárias de prevenção e com-bate a incêndios florestais, aumentando tanto o efetivo contratado e as UC atendidas quanto a qualificação de servidores especializados, em especial instrutores de brigada. Posteriormente investiu-se em estruturação para o combate, com diversas aquisições realizadas em 2011 e 2012.

O ano de 2013 foi marcado por grandes discussões técnico-científicas voltadas para potencializar o gerenciamento dos incêndios florestais, enquanto fator de interferência na proteção do patrimônio

Prevenção e Combate a Incêndios Florestais

Monitoramento da Área Atingida por Incêndio – AAI

Foram monitoradas 28 unidades de conservação federais com fins de medição e análise da AAI. A tabela 14 apresenta a lista completa das UC moni-

UC Bioma Área queimada (ha) Área UC (ha) % da UC

Esec de Cuniã Amazônia 4.451,25 189.879,45 2,34

Esec de Uruçuí-Una Cerrado 12.267,56 137.148,00 8,94

Esec do TaimMarinho Costeiro

3.930,44 10.938,64 35,93

Esec Serra Geral do Tocantins Cerrado 192.624,89 707.087,56 27,24

Flona de Brasília Cerrado 406,75 9.336,14 4,36

Continua...

lidade, complexidade e gravidade da situação viven-ciada nas unidades de conservação.

Diante desse cenário, agravado pelo aumento de cus-tos operacionais das ações, como passagens, combus-tível etc., e tendo em vista o número de ações plane-jadas e o montante de recursos disponíveis, foram priorizadas algumas regiões do país em detrimento de outras, também importantes para a proteção dos re-cursos naturais e conservação da biodiversidade.

Apesar do significativo avanço na estruturação de uma área de comando e controle no ICMBio, ainda existe um longo caminho a ser percorrido. Essa jorna-da inicia-se pela estruturação das UC de maneira com-patível com as atribuições da autarquia, pela consoli-dação de uma doutrina operacional condizente com a realidade das unidades de conservação federais no país e a correspondente adequação orçamentária.

toradas, bem como a medição da área queimada. O monitoramento é realizado diariamente por meio de imagens do satélite MODIS.

Tabela 14 - UC com áreas atingidas por incêndio monitoradas

Parcerias

Dificuldades e desafios às ações de fiscalização

Page 34: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

66

Relatório de Gestão 2013

67Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN

UC Bioma Área queimada (ha) Área UC (ha) % da UC

Flona do Bom Futuro Amazônia 85,17 97.385,25 0,09

Flona do Itacaiunas Amazônia 153,85 54.532,15 0,28

Flona do Jamanxim Amazônia 2.508,46 1.301.643,53 0,19

Parna da Chapada das Mesas Cerrado 34.850,85 159.951,00 21,79

Parna da Chapada Diamantina Caatinga 2.733,59 152.143,88 1,80

Parna da Chapada dos Veadeiros Cerrado 453,14 64.795,37 0,70

Parna da Serra da Canastra Cerrado 12.548,18 197.809,00 6,34

Parna da Serra das Confusões Caatinga 11.092,05 823.843,08 1,35

Parna Serra de ItabaianaMata

Atlântica549,80 7.999,11 6,87

Parna das Emas Cerrado 854,47 132.642,00 0,64

Parna das Nascentes do Rio Parnaíba Cerrado 163.208,52 724.329,32 22,53

Parna de Pacaás Novos Amazônia 4.366,76 708.669,71 0,62

Parna de São JoaquimMata

Atlântica157,73 42.775,02 0,37

Parna do Araguaia Cerrado 140.009,01 555.517,00 25,20

Parna do Pantanal Matogrossense Pantanal 9.534,24 135.607,56 7,03

Parna dos Campos Amazônicos Amazônia 442,67 961.326,38 0,05

Parna Grande Sertão Veredas Cerrado 2.430,84 230.853,42 1,05

Parna Mapinguari Amazônia 1.241,64 1.776.928,11 0,07

Rebio da Contagem Cerrado 263,53 3.426,02 7,69

Rebio do Guaporé Amazônia 6.627,41 615.776,16 1,08

Rebio do Gurupi Amazônia 178,71 271.201,35 0,07

Resex de Recanto das Araras de Terra Ronca

Cerrado 1.628,45 12.349,18 13,19

Revis das Veredas do Oeste Baiano Cerrado 2.638,87 128.048,99 2,06

TOTAL 612.238,85 10.213.942,35 5,99

Gráfico 24 - Áreas atingidas por incêndio nas unidades de conservação federais entre os anos de 2010 a 2013

Gráfico 25 - Percentual de áreas atingidas por incêndio em UC

As ações de combate restringiram-se basicamente a eventos de nível 1. Isso porque as UC encontram-se melhor estruturadas e organizadas para o com-bate. Além disso, a boa distribuição de chuvas ao longo do ano conservou a vegetação úmida por mais tempo, desfavorecendo, desse modo, a ocor-rência de grandes incêndios, o que tornou viável a extinção do fogo com recursos de primeiro nível.

Assim como nos anos anteriores, Esec Serra Geral do Tocantins, Parna das Nascentes do Rio Parnaí-ba, do Araguaia, da Serra da Canastra e da Chapa-da das Mesas estão entre as unidades com maior AAI. O gráfico 25 mostra que as três primeiras fo-ram responsáveis por aproximadamente 80% de toda AAI em 2013, que foi pouco superior a 600 mil hectares.

Page 35: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

69Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação – DIMAN

Vale ressaltar que os incêndios florestais não ocorrem apenas nas UC federais, mas principalmente fora delas, sendo a maior concentração dos focos de calor detec-tados pelo sistema do Inpe localizado fora das áreas

sob responsabilidade do ICMBio. Esse fato explicita a necessidade de uma política de prevenção e controle de queimadas e incêndios florestais para todo o terri-tório nacional.

Quanto às ações de prevenção a incêndios florestais nas UC federais, destaca-se a confecção de aceiros externos e internos como uma das melhores estraté-gias para auxiliar o controle dos incêndios, pois pro-move a descontinuidade do combustível, funciona como acesso às brigadas e facilita o combate direto.

A extensão dos aceiros vem aumentando ano a ano. Ademais, está se adotando o manejo adaptativo, no

qual as redes de aceiros são construídas interligando as cicatrizes de incêndio de anos anteriores com lar-guras variando de acordo com o comportamento de propagação do fogo. Na Esec Serra Geral do Tocan-tins, por exemplo, alguns aceiros foram replanejados de 20 metros de largura para 150 metros, pois even-tos demonstraram que o fogo propaga-se a longas distâncias somente por irradiação e convecção po-tencializada pelo vento forte da região.

Gráfico 26 - Evolução na construção de aceiros no período de 2010 a 2013

Parcerias interinstitucionais

Com a consciência de que a questão do fogo no Bra-sil não será resolvida apenas pelo ICMBio, mesmo dentro das UC federais, uma vez que estão inseridas em uma matriz socioeconômica atualmente depen-dente do uso do fogo, em 2013 deu-se continuidade à construção de parcerias.

Nessa esfera, evidenciam-se as seguintes iniciativas: formalização de acordo com a Fundação Nacional do Índio – Funai e com a Força Tarefa Previncêndio em Minas Gerais; início da construção de acordo com o governo do Tocantins e com a defesa Civil Nacional; trabalhos conjuntos com os Corpos de Bombeiros Mi-litares de Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Bahia, Rondônia, Mato Grosso e Amapá; parceria com o Prevfogo/Ibama, cujo apoio foi fundamental tanto na disponibilização de pessoal como de equipamentos.

Ressalta-se também a instalação, pelo quarto ano, do Centro Integrado Multiagências de Ação Opera-cional (CIMAN – Nacional), o qual visa a discussão e o apoio mútuo de ações conjuntas de combate a incêndios florestais, com a participação do MMA, ICMBio, Prevfogo/Ibama, Defesa Civil Nacional, Corpos de Bombeiros Militares do Distrito Federal e de Goiás, Funai e Força Nacional.

Destaca-se ainda a ampliação do projeto Bilate-ral Brasil/Alemanha Cerrado – Jalapão Prevenção e Controle de Queimadas Irregulares e Incêndios Florestais no Cerrado, com a participação do MMA, ICMBio, Ibama, Inpe, Governo do Estado do Tocantins, GIZ e BMU, e o projeto de cooperação Brasil/Reino Unido para mitigação das mudanças climáticas no cerrado brasileiro.

Desafios às ações de prevenção e combate a incêndios

Como desafios a serem superados com vistas ao aumen-to da efetividade das ações voltadas à redução das quei-madas irregulares e incêndios florestais, sobressaem-se:

a) aumentar o aporte de recursos orçamentários e financeiros de modo a garantir a continuidade e melhoria das ações, bem como isentar as unida-des de conservação com maior risco de incêndios das contingências orçamentárias, para que elas tenham equipamentos e logística adequados ao pronto emprego nos combates;

b) alterar o modelo de contratação dos brigadistas: de temporário de seis meses, com carência de 24 meses, para um modelo que possibilite a recontra-tação sem carência, bem como realizar a contrata-ção de forma mista – parte da brigada contratada por seis meses, no período crítico, e parte da bri-gada contratada por 12 meses, com possibilidade de recontratação em anos seguintes;

c) aumentar a presença institucional nas áreas prioritárias com realização de investigação de

causa e origem de incêndios florestais, com ações de fiscalização específica para o fogo, e com a disponibilização de especialistas para po-tencializar os esforços das equipes gestoras nas épocas críticas;

d) implementar projetos e programas de sensibili-zação e educação ambiental, nos moldes de pro-gramas similares já executados na esfera pública, como o Programa de Combate a Dengue, onde todas as instâncias da sociedade civil, organiza-da ou não, e os três níveis do governo, assumam suas responsabilidades; e

e) criar um programa institucional voltado ao manejo integrado e adaptativo do fogo. Atual-mente deve ser considerado que as questões referentes aos incêndios florestais vão além da execução de ações de prevenção e com-bate, extrapolando para aspectos ecológicos e culturais importantes para a conservação da biodiversidade.

Ações de prevenção

68

Page 36: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

70

Relatório de Gestão 2013

71Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial – DISAT

Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial – DISAT

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

70 Extrativismo (Leonardo Milano/ICMBio)

Gestão Socioambiental

Nacional de Unidades de Conservação, e no Decreto nº 5.758/2006, que institui o Plano Estratégico Na-cional de Áreas Protegidas – PNAP.

Ao longo de 2013 foram criados oito conselhos de unidades de conservação, perfazendo um total de 253 criados, do conjunto de 313 UC.

Os conselhos das unidades de conservação consti-tuem importante instrumento para a efetividade da gestão, contribuindo para o envolvimento e a partici-pação da sociedade no estabelecimento de diretrizes e na gestão dessas áreas protegidas. Sua implemen-tação está prevista na Lei nº 9.985/2000, do Sistema

Conselhos de unidades de conservação

Promover a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento so-cioambiental por meio do envolvimento da sociedade na gestão das unidades de conservação e dos centros nacionais de pesquisa e con-servação no contexto municipal, estadual e nacional. Estruturar esse processo na participação social, no diálogo interinstitucional e no de-senvolvimento e institucionalização de estratégias integradas de ges-tão territorial e da biodiversidade.

UC PORTARIA ICMBIO

Parna Mapinguari 166, de 08/03/2013

Rebio do Guaporé 171, de 14/03/2013

Flona Mário Xavier 173, de 30/03/2013

Arie dos Manguezais da Foz do Rio Mamanguape 185, de 02/05/2013

Rebio do Gurupi 190, de 17/05/2013

Resex Renascer 201, de 02/07/2013

Rebio do Atol das Rocas 213, de 26/07/2013

Rebio de Comboios 247, de 13/11/2013

Com a publicação da portaria que criou o conselho da Resex Renascer, foi concluído o processo de criação de todos os conselhos deliberativos das Resex e RDS – totalizando 60 unidades de conservação. A formação

de todos os conselhos das unidades de conservação constitui meta a ser atingida até 2015, mediante su-porte técnico para as equipes locais e apoio financeiro às atividades de mobilização de agentes envolvidos.

Tabela 15 - Conselhos criados em 2013

Page 37: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

72

Relatório de Gestão 2013

Em termos percentuais, 86% das unidades que contam com equipes gestoras possuem conselhos constituídos, 8% estão em formação e outros 6%

terão os procedimentos iniciados no decorrer de 2014 para a sua constituição, conforme mostra o gráfico 27.

Gráfico 27 - Situação dos conselhos em 2013 – UC federais

Gráfico 28 - Temas tratados pelos conselhos em 2013

Com a ampliação do número de conselhos, o Ins-tituto passa a direcionar esforços para imprimir maior qualidade na sua atuação e no pleno atendi-mento de seus objetivos.

Os diferentes temas referentes à gestão das unida-des tratados nas reuniões demostram o potencial dos conselhos como fóruns de excelência para a gestão efetiva das unidades de conservação, com vistas a ampliar as parcerias com a sociedade para a

conservação da biodiversidade brasileira. Analisan-do-se as pautas tratadas nas reuniões realizadas em 107 UC no ano de 2013, observou-se que, no caso dos conselhos mais recentes, a discussão predomi-nante está centrada na forma de funcionamento do conselho e na capacitação dos conselheiros. Já nos conselhos mais antigos, tratam-se temas mais abrangentes, ligados às mais diversas interfaces de gestão da unidade (vide gráfico 28).

Esse primeiro levantamento temático permite ao ICMBio analisar e priorizar abordagens e ações de ca-pacitação visando apoiar e qualificar os conselheiros,

de modo a ampliar a contribuição desses colegiados na conservação e melhorar a inserção das unidades de conservação no contexto territorial.

73Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial – DISAT

Ciclo de Capacitação em Gestão Participativa

Mobilização de conselheiros da Resex do Rio Iriri (Arquivo DISAT)

O Ciclo de Gestão Participativa é um curso realizado no âmbito dos planos anuais de capacitação e tem como objetivo principal capacitar gestores públicos para o aprimoramento da gestão sobre a participa-ção social na gestão ambiental.

O curso visa contribuir para o alcance dos objetivos estratégicos do ICMBio, ao qualificar a interação das equipes gestoras com os diversos segmentos da so-ciedade em busca da efetividade da conservação e do uso sustentável da biodiversidade.

Ao longo do curso são elaborados e implementados projetos ligados aos mais diversos temas de gestão junto às unidades de conservação, coordenações re-gionais e centros de pesquisa do Instituto, conforme demonstra o gráfico 29.

Page 38: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

74

Relatório de Gestão 2013

75Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial – DISAT

Edição Servidores ICMBio Servidores OEMA/MMA/Ibama

1° Ciclo (2010) 36 5

2° Ciclo (2011) 26 4

3° Ciclo (2012) 28 4

4° Ciclo (2013) 26 3

TOTAL 116 16

O curso Ciclo de Capacitação em Gestão Participati-va apresenta uma das maiores demandas pelos qua-dros técnicos do Instituto para formação corporativa

Educação ambiental

É também competência do ICMBio implementar as diretrizes da Política Nacional de Educação Ambien-tal – Pnea e da Estratégia Nacional de Comunicação

e dispõe da melhor avaliação pedagógica e de impac-to local, conforme dados da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas.

e Educação Ambiental – Encea nas UC federais e cen-tros de pesquisa e conservação. O foco se dá no for-talecimento de ações institucionais finalísticas que

Quantidade de projetos N° de pessoas envolvidas

143 16.283

Tabela 17 - Número de projetos e de pessoas que participaram de ações de educação ambiental em 2013

Figura 3 - Ações de sensibilização e mobilização social

Foi concluído o terceiro e iniciado o quarto Ciclo de Capacitação em Gestão Participativa voltados tanto para servidores do ICMBio quanto para representan-

tes de órgãos estaduais de meio ambiente, envolven-do mais de 100 técnicos e gestores públicos, confor-me mostra a tabela 16.

Tabela 16 - Servidores capacitados em gestão participativa

75

Gráfico 29 - Projetos dos Ciclos de Gestão Participativa promovam a educação para a conservação da biodi-versidade e a promoção da sociobiodiversidade.

Por meio do processo educativo, busca-se pro-mover a compreensão e a superação das causas estruturais dos problemas ambientais, através da ação coletiva e organizada.

Para a sua implementação, conta com as seguin-tes estratégias:

� formação de educadores ambientais;� promoção da educação ambiental nas UC e CPC;� comunicação e produção de materiais pe-

dagógicos;

� articulação intra e interinstitucional, de modo a contribuir para a qualificação dos processos de gestão das unidades de conservação.

Com vistas à promoção da educação ambiental nas UC e centros de pesquisa, bem como à melhoria da articulação intra e interinstitucional, para contri-buir na qualificação dos processos de gestão e con-servação da biodiversidade, foram implementados diversos projetos estruturados em educação am-biental, envolvendo diferentes públicos, tais como: comunidade escolar no interior e entorno de UC, gestores e conselheiros de UC, jovens e mulheres extrativistas, além de comunitários no interior de UC de uso sustentável.

Também foram realizadas várias ações de sensibiliza-ção e mobilização social, com enfoque em diversos te-mas afetos à conservação da biodiversidade e expecta-tivas das unidades, em relação ao público que interage com a realidade territorial das UC bem como a ativida-

des de conservação de espécies ameaçadas, para sen-sibilizar e demonstrar a importância dessas áreas es-pecialmente protegidas e das espécies foco das ações de conservação. A figura abaixo exemplifica os locais dessas ações e o número de pessoas sensibilizadas.

• Centro de visitantes• Conselhos gestores• Envolvimento de comunidades• Integração com entorno• Escolas• outros

Número de pessoas sensibilizadas e/ou mobilizadas

163.680 pessoas

Ações de sensibilização e mobilização social

Page 39: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

As ações de regularização fundiária abrangem a transfe-rência de domínio de terras públicas, a desapropriação de imóveis rurais privados, a indenização de benfeitorias, o recebimento de imóveis privados em doação, especial-mente pelo mecanismo de compensação de reserva legal, bem como a assistência técnica às Procuradorias Federais nas desapropriações judiciais e o controle da malha fundiária. Tais condições são essenciais para a implantação, o planejamento e a execução das ações de gestão e proteção das unidades de conservação federais.

Em 2013 foram incorporados cerca de 65 imóveis, cor-respondendo a uma área de 10,8 mil hectares. Destes,

Regularização fundiária

Regularizar a situação fundiária e consolidar os limites das unidades de conser-vação federais – condições essenciais para a implantação, o planejamento e a execução das ações de gestão desses espaços protegidos.

Consolidação Territorial

50 imóveis foram obtidos por desapropriação, totali-zando 9,1 mil hectares, para os quais foram investidos R$ 10 milhões. Outros 15 imóveis, com cerca de 1,7 mil hectares foram recebidos em doação, através do meca-nismo da compensação de reserva legal em UC.

Além dos já adquiridos, foi realizada a análise domi-nial em cerca de 350 imóveis inseridos em UC federais, abrangendo aproximadamente 290 mil hectares, visan-do obtenções futuras por doação ou desapropriação. Essa iniciativa representa um importante avanço na definição da malha fundiária das UC federais, conforme pode ser observado no exemplo abaixo, que ilustra a ma-lha fundiária do Parque Nacional de Aparados da Serra:

77Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial – DISAT

Figura 4 - Malha fundiária do Parque Nacional de Aparados da Serra/RS/SC

Gestão de conflitos territoriais

Conflitos territoriais são consequência de divergên-cias de interesses e de necessidades que surgem com a criação e a gestão de unidades de conservação, de qualquer grupo e categoria.

A partir de uma gestão qualificada sobre as formas de conflitos existentes, são estabelecidas estratégias de interação, presenciais ou não, para se gerar um diálo-go adequado com as partes interessadas, reduzindo a polarização e ampliando assim as possibilidades de

construção de soluções, minimizando o impacto ou a pressão ambiental sobre as UC.

Com o objetivo de qualificar a capacidade insti-tucional para o gerenciamento dos conflitos ine-rentes à gestão das UC e demais interfaces ter-ritoriais, foi realizado o 1º Curso de Gestão de Conflitos, contemplando 26 gestores de UC.

Foram assistidos 120 casos de conflitos territo-riais no período.

Em consonância com a Encea, foram atualizados o conteúdo do sítio do Instituto, o canal Educachico (www.youtube.com/user/educachico‎ ) e a página no Facebook (www.facebook.com/educachico?fref=ts), por meio da produção de entrevistas e vídeos, totalizando 13 materiais audiovisuais produzidos em 2013.

Esses materiais de comunicação abordaram os se-guintes conteúdos: gestão ambiental, monitoramen-

to local da biodiversidade, ecossistemas e socioe-conomia no interior de UC, IV Conferência Nacional de Meio Ambiente, IV Conferência Infantojuvenil de Meio Ambiente, gestão socioambiental e comunida-des tradicionais em UC, Jovens Protagonistas, Encea e levantamento socioeconômico em unidades de conservação de uso sustentável.

76

Reserva Extrativista Mata Grande-MA (Leonardo Milano/ICMBio)

Page 40: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

A ação de consolidação de limites abrange a análise da área total da UC, disponibilização dos arquivos ve-toriais, produção de mapas, sinalização e demarca-ção dos limites oficiais das unidades de conservação.

Os dados vetoriais das UC federais disponibiliza-dos no sítio eletrônico do ICMBio foram originados ao longo dos anos. Nesse intervalo de tempo, as geotecnologias avançaram bastante, por esse mo-tivo pode haver inconsistências entre o disposto no ato legal de criação ou ampliação das UC e as poligonais disponibilizadas.

Consolidação de limites

Tais arquivos estão sendo analisados e, sempre que constatadas inconsistências, eles são corrigidos. Nos casos onde se verifica a necessidade de correção dos atos legais é dado o encaminhamento requerido para cada caso.

Em 2013 foram realizadas análises de limites de 31 UC, sendo que para duas delas as correções deverão ser efetuadas no seus respectivos atos de criação; para as outras foram apenas atualizados e disponibilizados os dados no sítio eletrônico do ICMBio e no Cadastro Na-cional de Unidades de Conservação – CNUC.

Sinalização de limites da Resex Cururupu. (Arquivo DISAT) Participantes do Seminário sobre Cartografia e Sinalização Náutica em UC. (Arquivo DISAT)

A demarcação das UC envolve o georeferenciamen-to, a confecção de planta, a elaboração de memorial descritivo e a sinalização do perímetro. No período foram demarcadas e sinalizadas 13 Reservas Extrati-vistas, com recursos oriundos de doação do Governo da Noruega/PNUD. Outras quatro UC foram demar-cadas em parceria com a Secretaria do Patrimônio da União – SPU e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, Programa Terra Legal, e uma UC foi demar-cada com recursos de compensação ambiental.

Realizou-se ainda o Seminário sobre Cartografia e Sinalização Náutica em unidades de conservação

federais. O seminário contou com a participação de 54 pessoas, entre gestores de UC, representantes de coordenações gerais e da coordenação regional do ICMBio em Belém, representantes da Marinha do Brasil, do Ministério Público Federal – MPF, e da pre-feitura do município de Tracuateua – PA, local onde se realizou a oficina.

Como resultado houve o nivelamento de conhecimen-tos técnicos entre a Marinha do Brasil e o ICMBio quan-to aos procedimentos para inserção das UC nas cartas náuticas e formularam-se regras para a sinalização náu-tica nas UC.

7978 Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial – DISAT

Page 41: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

80 81Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial – DISAT

Populações Tradicionais

Para esse fim, as ações estão voltadas para as Resex, RDS e Flona que possuem populações tradicionais reconhecidas.

Esse conjunto totaliza 77 unidades, nas quais resi-dem cerca de 65 mil famílias de comunidades tradi-cionais, conforme tabela 18:

Nas UC do grupo uso sustentável, o ICMBio tem a dupla missão de garantir a conservação e a manu-tenção da biodiversidade conciliando-as com a inte-gridade dos aspectos culturais e do modo de vida das populações que ocupam esses territórios.

Proteger os meios de vida e a cultura de populações extrativistas tradi-cionais e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios necessários para a reprodu-ção e melhoria dos modos e da qualidade de vida de populações tradi-cionais, bem como valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente desenvolvidos por estas populações (art. 20, I, Lei nº 9.985/00).

Categorias de UC

Quantidade de UC

Área (ha) % de área

(ha)Núm. estimado

de famílias%

Resex 59 12.200.000 62,68% 62.094 95,50%

Flona 17 7.200.000 36,99% 2.742 4,22%

RDS 1 64.500 0,33% 187 0,29%

Total 77 19.464.500 100% 65.023 100%

Tabela 18 - Número de famílias de comunidades tradicionais distribuídas por categoria de UC

Das 77 UC com população tradicional, a maior parte está nas Resex. Cerca de 40% vivem em ambiente de floresta ombrófila densa e cerca de 60% no litoral, ambientadas entre os mangues e o mar, nas Resex costeiras e marinhas.

A estratégia para abordagem junto às populações tradicionais extrativistas, que têm nas unidades de conservação seus territórios de reprodução social e espaços de produção coletiva, está fundamentada no fortalecimento do extrativismo integrado à con-

servação dos ambientes e no uso sustentável dos re-cursos naturais.

Os instrumentos essenciais para a implantação dessas áreas protegidas são: i) gestão participativa; ii) normas de gestão e regras de uso; iii) apoio ao extrativismo; iv) proteção ambiental; e v) monitoramento ambiental.

A quase totalidade dessas UC conta com um órgão colegiado para o fortalecimento da gestão da unida-de – o conselho deliberativo (para as Resex e RDS) ou o consultivo (para Flona).

Acordos de gestão

e Flona. Sua construção conta com a ampla par-ticipação das comunidades e está regulamentado pela Instrução Normativa ICMBio nº. 29/2012.

Flona de São Francisco

Flona do Amapá

Flona de Balata Tufari

Flona de Humaitá

Flona de Jacundá

Flona do Macauã

Resex do Alto Tarauacá

Resex Arióca Pruanã

Resex Barreiro das Antas

Resex Chapada Limpa

Resex de Cururupu

Resex Gurupá Melgaço

Resex Marinha do Delta do Parnaíba

Resex Rio Unini

Resex Tapajós Arapiuns

Em 2013 foram elaborados acordos de gestão em 15 unidades de conservação, conforme a tabela 19:

O acordo de gestão é um protocolo de regramento básico sobre o uso dos recursos naturais por comu-nidades tradicionais extrativistas em Resex, RDS

Tabela 19 - UC com acordos de gestão elaborados

Relatório de Gestão 2013

(Arquivo DISAT)

Page 42: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

82

Relatório de Gestão 2013

83Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial – DISAT

Cadastramento de famílias e diagnóstico socioprodutivo

Nos casos das unidades de uso sustentável com po-pulações tradicionais, uma das medidas essenciais é a definição das famílias beneficiárias de Resex, RDS e Flona, segundo preconiza a Lei do SNUC.

Da mesma forma, para se garantir o acesso às políti-cas públicas que promovem a inclusão social dessas famílias, é necessário obter os dados individuais de cada um desses extrativistas.

Foi iniciada uma nova estratégia voltada para a am-pliação e padronização do cadastramento de todas

as famílias beneficiárias de Resex, RDS e Flonas. A meta é concluir esse trabalho em 2014.

Equipes de entrevistadores vão a campo cadastrar cada família extrativista. O trabalho é feito com a ajuda de tablets, que agilizam a sistematização dos dados. Após a conclusão desse trabalho, as comunidades são reu-nidas para discutir sobre o perfil de beneficiários de cada UC, conforme orienta a Instrução Normativa nº 35/2013. O resultado desse processo é levado ao con-selho deliberativo ou consultivo da UC para deliberação final sobre o perfil e a relação dos beneficiários.

Cadastramento de famílias. (Arquivo DISAT)

Para um conjunto de 25 unidades em que foi identi-ficada uma maior complexidade para a definição do perfil e das famílias beneficiárias estão sendo reali-zados Diagnósticos Rápidos Participativos – DRP, que qualificam previamente as informações necessárias para apoiar a gestão da UC.

Com o objetivo de otimizar o esforço de campo, o ICMBio está elaborando o diagnóstico sociopro-dutivo das comunidades tradicionais de todas as Resex, RDS e Flona.

Tal diagnóstico tem por finalidade oferecer um pa-norama do acesso às políticas públicas e o perfil do

A ação de cadastramento das famílias e diagnóstico socioprodutivo conta com a parceria do MDS, por meio da transferência de recursos para o ICMBio da

ordem de R$ 3,1 milhões, e da Universidade Federal de Viçosa, no apoio tecnológico, em capacitações e na análise de dados.

Nº de UC com levantamento de campo concluído 45

Nº de famílias entrevistadas 38.000

Nº de UC com diagnóstico rápido participativo 08

Nº de UC com diagnóstico socioprodutivo 18

Nº de UC com mapa de residência elaborado 11

Tabela 20 - Balanço do cadastramento de famílias extrativistas em 2013

Programa Bolsa Verde

A partir do cadastramento das famílias nas UC está sendo possível ampliar a sua inclusão nos programas sociais e nas demais políticas públicas, como o acesso ao Bolsa Família, ao Bolsa Verde e aos créditos e inves-timentos do Programa Nacional de Reforma Agrária.

O Programa Bolsa Verde é a base de uma ação es-truturante de fortalecimento do extrativismo nas unidades de conservação. Além do resultado inicial que está associado ao incremento imediato na ren-da das famílias em situação de extrema pobreza, o programa articula diversas ações integradas visando promover a emancipação socioeconômica das famí-lias beneficiárias das UC.

Fortalecendo as cadeias produtivas do extrativismo, com transferência de tecnologia e apoio à organiza-ção produtiva das comunidades tradicionais, o Pro-grama Bolsa Verde promove a conservação da biodi-versidade mediante o apoio ao uso sustentável dos

recursos naturais, levando melhoria da qualidade de vida para as famílias extrativistas.

No ano de 2013 houve o incremento de 57% no nú-mero de famílias em UC ingressas no programa, totali-zando 17.443 famílias beneficiárias, em 66 unidades de unidades conservação de uso sustentável.

O MMA firmou cooperação com o ICMBio para o es-tabelecimento de estratégias, infraestrutura, insumos e procedimentos para a ampliação da cobertura do Programa Bolsa Verde.

As ações estão relacionadas com a coleta de assinatura de beneficiários do programa, a realização de oficinas de capacitações para acesso aos programas do merca-do institucional, e com os mutirões de cadastramento no Cadastro Único para Programa Sociais do Governo Federal – CadÚnico no Pará. O total de recursos trans-feridos foi da ordem de R$ 2,6 milhões, também do Programa Brasil sem Miséria, do MDS.

extrativismo praticado pela comunidade. Com a ob-tenção desses dados será possível qualificar as ações voltadas para a melhoria das condições de sustenta-

bilidade ambiental e da qualidade de vida das comu-nidades tradicionais.

Page 43: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

85Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial – DISAT84

Relatório de Gestão 2013

Assistência técnica ao extrativismo

A Assistência Técnica ao Extrativismo Rural – Ater tem como base o modelo que surge a partir da Lei nº 12.188/2010, que instituiu a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – Pnater e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Exten-são Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrá-ria – Pronater, que define os princípios e os objetivos dos serviços de Ater.

Adaptada para oferecer assistência técnica voltada a apoiar a qualificação da produção extrativista em Re-sex, RDS, Flonas e Assentamentos Extrativistas do Insti-tuto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, esse novo formato de Ater é fruto de uma parceria pio-neira entre o MMA, o ICMBio, o MDS, o MDA e o Incra.

Foi realizada a primeira chamada pública, que con-templou as seguintes UC:

UC Número de famílias

1. Resex do Cazumbá Iracema 320

2. Resex Chico Mendes 2.087

3. Resex do Alto Juruá 1.493

4. Resex Verde para Sempre 1.849

5. Resex Tapajós Arapiuns 3.562

6. Resex de São João da Ponta 460

7. Resex Chocoaré Mato Grosso 865

8. Resex Mãe Grande Curuçá 2.000

Total de famílias 12.636

O total de recursos a serem aplicados nessa atividade de Ater para as UC é da ordem de R$ 78 milhões, e os recursos são do Programa Brasil sem Miséria, do MDS. Essa ação resultou na assinatura do Termo de Coope-ração Técnica entre o ICMBio e o Incra, cujo objeto é o desenvolvimento de ações conjuntas para o acompa-nhamento e a fiscalização dos serviços de assessoria técnica, ambiental e social para famílias residentes ou beneficiárias em unidades de conservação.

A partir dessa chamada pública, o MDA e o Minis-tério da Pesca e Aquicultura – MPA lançaram outro edital para atender a 10 mil famílias de pescadores artesanais em 17 UC onde a pesca é um atividade economicamente importante nas áreas de águas continentais e marinhas.

Beneficiamento da castanha na Resex Rio Unini – AM. (Arquivo DISAT)

Manejo florestal comunitário na Floresta Nacional do Tapajós. (Arquivo DISAT)

Implantação de arranjos produtivos

Em função da importância que representam para as famílias que vivem nessas unidades, algumas ações de manejo têm projeção destacada, como é o caso da promoção e sustentabilidade do manejo florestal comunitário.

Cinco unidades de conservação possuem planos de manejo florestais madeireiros elaborados em bases sustentáveis e comunitárias, a saber: Flona do Tapajós, Flona do Purus, Resex Chico Mendes, Resex Verde para Sempre e Resex Ituxi.

Para as quatro primeiras UC, os planos estão apro-vados e em operação. Na Flona do Tapajós a coope-rativa dos beneficiários da UC conseguiu, em 2013, a certificação internacional da madeira, manejando 0,2% da UC, o que gerou uma receita de R$ 3,7 mi-lhões/ano.

As contratações das prestadoras do serviço estão previstas para o primeiro trimestre de 2014. O mon-tante de recursos investidos pelos dois Ministérios (MDA e MPA) foi de R$ 33 milhões, e teve como fon-te o Plano Safra.

Tabela 21 - UC e número de famílias contempladas na primeira chamada pública

Page 44: Relatório de Gestão interno

86

Relatório de Gestão 2013

87Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial – DISAT

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

Manejo de pirarucu na Resex do Médio Juruá. (Arquivo DISAT)

O manejo sustentável do pirarucu é realidade nas Resex Baixo Juruá, Rio Jutaí, Médio Juruá e AuatÍ-Paraná, no Estado do Amazonas, que contam com pesca manejada e mercado consolidado nas cidades próximas e em Ma-naus. No ano de 2013, na Resex Médio Purus, também no Amazonas, teve início o projeto de manejo susten-tável do pirarucu. Em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro – SFB, e com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal, foi lançado o edital FNDF 02/2013, no valor de R$ 2 milhões de reais.

O objetivo é atender demandas por capacitação e asses-soria para o fortalecimento da comercialização de pro-dutos florestais oriundos de empreendimentos comuni-tários localizados em UC federais.

Com foco no uso sustentável da floresta e na geração de renda para extrativistas beneficiários de unidades de conservação federais no Amazonas e Pará, foram selecionados projetos que irão atender às comunida-des, da Resex Verde para Sempre, Tapajós Arapiuns, Ituxi e da Flona de Caxiunã.

Relatório de Gestão 2013

87

A partir de 2012, o manejo de crocodilianos é realizado na Resex do Lago do Cuniã. Desde a etapa da definição das áreas manejadas, a quantidade de animais a serem abatidos até a comercialização dos diferentes cortes da carne, embala-dos na própria Resex, todas as fases da cadeia estão funcionando.

Uma cooperativa dos extrativistas é a responsável pela gestão do negócio cuja assessoria técnica é do RAN. Em 2013 as comunidades da Resex do Lago do Cuniã comercializaram 3.717 kg de carne de jacaré, ao preço médio de R$ 20,00 o quilo.

Manejo sustentável do jacaré com beneficiamento por extrativistas da Resex do Lago do Cuniã. (Arquivo DISAT)

86

Page 45: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

88

Relatório de Gestão 2013

89Diretoria de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN

Diretoria de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

88 (Leonardo Milano / ICMBio)

Desenvolver, pessoal e profissionalmente, os servidores do ICMBio, visando agregar, aplicar, avaliar, recompensar, manter e monitorar o capital huma-no por meio de ações éticas e responsáveis, orientadas para resultados.

Gestão de Pessoas

1. Educação corporativa

A educação corporativa tem como principal atribui-ção o planejamento e a execução de um conjunto de práticas educacionais continuadas, visando pro-mover o desenvolvimento do servidor do ICMBio, de modo a contribuir com a sua atuação eficiente e efi-caz no contexto do trabalho.

Em dezembro de 2008 foi publicada a Política de De-senvolvimento de Pessoas – PDP/ICMBio, alinhada à Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoal

(Decreto nº 5.707/06). A consolidação da PDP/ICMBio tem se dado por meio da implementação dos Planos Anuais de Capacitação – PAC.

O PAC é fruto de uma ampla consulta junto aos ser-vidores do Instituto, buscando-se a definição dos melhores critérios de priorização das ações de ca-pacitação, tendo o Comitê Gestor de Capacitação – CGCAP como espaço deliberativo para a definição de cada PAC.

Curso de fotografia - Acadebio (Leonardo Milano / ICMBio)

Page 46: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

91Diretoria de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN90

2. Centro de Formação em Conservação da Biodiversidade – Acadebio

A Acadebio faz parte de uma estratégia institucional para propiciar ao quadro de servidores uma formação e capacitação continuadas, em uma estrutura própria e adequada. Em setembro de 2013 a Acadebio comple-tou quatro anos de existência.

A maioria dos cursos do Plano Anual de Capaci-tação são realizados na Acadebio, assim como outros eventos do ICMBio e alguns eventos de outras instituições. Em 2013 foram realizados,

Destaca-se aqui a reavaliação das diretrizes estraté-gicas da Acadebio para o biênio 2013-2014, dentro do Programa de Gestão para Resultados do ICMBio, com a definição do mapa estratégico, conforme a figura 5 abaixo:

Figura 5 - Mapa estratégico da Acadebio – 2013/2014

ao todo, 55 eventos de capacitação, envolvendo 1.981 participantes - cerca de 40% abaixo da pre-visão. Isso devido ao cancelamento de 24 eventos em virtude de corte orçamentário.

3. Comitê Gestor de Capacitação – CGCAP

4. Principais ações da capacitação 2013

Em 2013 o CGCAP realizou nove reuniões, incluin-do a avaliação de meio termo do PAC, deliberando quanto à participação dos servidores em progra-

� Plano Anual de Capacitação 2013 – PAC 2013

Aprovado pela Portaria nº 468, de 21 de de-zembro de 2012.

Realizaram-se 38 cursos para os servidores contemplados em 12 ciclos que, somados aos processos individuais de capacitação, geraram 981 vagas para capacitações e 661 diferentes

mas de pós-graduação e à concessão de Gratifica-ção de Qualificação.

servidores capacitados. Também foram reali-zadas 2.855 capacitações de servidores tem-porários que atuam como brigadistas de in-cêndios florestais em 97 cursos, totalizando assim: 136 cursos, 3.836 vagas para capacita-ções e 3.516 capacitados.

Total de servidores efetivos do ICMBio: 1.642.

Gráfico 30 - Acompanhamento de servidores capacitados e capacitações 2013 Base SIAPE de dezembro/2013

Acadebio no

entorno da Acadebio/Flona

Acadebio de

da Acadebio

Page 47: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

92

Relatório de Gestão 2013

� Avaliações de reação aos cursos do PACForam avaliadas, no nível de reação, 96 disciplinas de cursos do PAC. O gráfico 32 demonstra que a maior parte das discipli-nas ministradas foi considerada excelente

pela maioria dos aprendizes em todos os fatores avaliados, com destaque para a figura do instrutor(a), que apresentou a maior pontuação.

Gráfico 32 - Percepção de excelência em planejamento didático, instrutoria, percepção de aprendizado e aplicação

IMAGEM

Imagens de cursos realizados na Acadebio. (Arquivo DIPLAN)

Gráfico 31 - Servidores, capacitados e capacitações distribuídos por Unidade da Federação

93Diretoria de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN

Acadebio (Priscila Galvão - Wajdi Mishmish/ICMBio)

Page 48: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

95Diretora de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN94

Gráfico 33 - Percepção de aplicação e benefícios a partir de cursos realizados em 2012/2013 – Avaliação 2013

� Implementação da avaliação de impacto dos cursos do PAC realizados em 2012

A capacitação do ICMBio utiliza, desde 2012, o modelo de avaliação de reação e em 2013 implementou a avaliação de impacto. Nes-te último ano foram avaliados 19 cursos do PAC 2012 e quatro do PAC 2013, totalizando 23 cursos avaliados.

Um dos dados levantados diz respeito à média de percepção de impacto de cada curso. A concordância dos participantes e seus chefes de que o curso está sendo apli-cado e gerando benefícios para o Instituto variou de 36% a 69%, já a discordância va-riou entre 1% e 27%, conforme gráfico 33:

� Cursos de prevenção e combate a incêndios florestaisForam realizados 97 cursos de prevenção e combate a incêndios florestais envolvendo

102 UC federais, totalizando 2.855 briga-distas formados.

Normas

� Portaria nº 177, de 28 de março de 2013Instituiu as áreas do conhecimento, os critérios e o quantitativo de vagas relativos à participa-ção de servidores do ICMBio em programas de pós-graduação no Brasil e no exterior, com ou sem afastamento, nos exercícios de 2013-2014.

� Portaria nº 468, de 27 de setembro de 2013Atualizou o quadro de instrutores. Em 2013, 29 novos instrutores foram formados. Até dezem-bro foi contabilizado o total de 269 instrutores capacitados e nomeados por meio de porta-rias, em diversas áreas do conhecimento.

Imagens de cursos de brigadistas realizados em 2013 (Arquivo CGGP)

Page 49: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

96 97Diretora de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN

Avaliação de Necessidades de Capacitação – ANC

Educação a distância

O trabalho voltado para a educação a distância – EaD tem hoje 32 ambientes abertos de dis-ponibilização de material de apoio, acompanha-mento, divulgação das ações da educação cor-porativa e vídeos no Portal CGGP (www.icmbio.

Parcerias

� Jardim Botânico do Rio de Janeiro Apoio à participação de servidores no mestra-do profissional Biodiversidade em Unidades de Conservação, da Escola Nacional de Botânica Tropical e do Jardim Botânico. Em 2011, foram aprovados oito servidores. Em 2012, foram sete que, somados aos cinco apro-vados em 2013, totalizam 20 mestrandos.

� US Forest Service – USFS Destacam-se os cursos voltados para a gestão do uso público, seminários, congressos, ofici-nas e workshops realizados com o apoio do USFS, totalizando 15 ações de capacitação.

� Tribunal de Contas da União – TCU Oferta de vagas ilimitadas aos servidores para participação em cursos a distância voltados às temáticas de administração e finanças.

� Agência Nacional das Águas – ANA

Apoio à realização da segunda edição do Cur-so de Formação de Instrutores.

� GIZ Apoio à realização do Ciclo de Gestão Partici-pativa e de Monitoramento da Biodiversidade.

Projeto Político Pedagógico – PPP

gov.br/cggp), na produção visual e criação de espaços virtuais. Além disso, estão em funcionamento na plata-forma de educação a distância cinco salas de cursos específicos do PAC, dois espaços para

O Projeto Político Pedagógico – PPP é um documen-to que explicita as concepções filosóficas, políticas, pedagógicas e metodológicas que servem de base para o planejamento e a execução das ações forma-tivas do ICMBio. É um instrumento que orienta as práticas educativas da instituição, tendo em vista sua trajetória histórica, missão, visão e a construção da identidade institucional.

O processo de construção participativa e dialógica do PPP teve início em 2010, em parceria com a Uni-versidade Federal de São Carlos – UFSCar, Campus Sorocaba, e consultoria da GIZ. Com a assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre o ICMBio e a UFSCar, em maio de 2013, o tra-balho teve continuidade.

Foi realizado o processo de avaliação das necessidades de capacitação para o ano de

Número de capacitados em 2013

Vinculação Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Totais

Servidores 3 128 169 37 93 46 12 99 36 0 8 30 661

Brigadistas 0 0 0 810 795 430 260 110 90 150 210 0 2855

Número de capacitações em 2013

Vinculação Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Totais

Servidores 3 130 191 49 166 78 21 178 71 1 16 77 981

Brigadistas 0 0 0 810 795 430 260 110 90 150 210 0 2855

textos e referências, duas comunidades de pes-quisa e aprendizagem e quatro ambientes vol-

tados ao Programa de Planejamento de Gestão de Uso Público.

Tabela 22 - Capacitados e capacitações em 2013

2014, junto aos servidores.

Page 50: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

99Diretora de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN

Nº Nome do curso Mês de realização Local Servidores

capacitados

1Geoprocessamento - Módulo

intermediário (Curso de GPS, Track Maker e Google Earth)

Julho Acadebio 20

2 Geoprocessamento - Módulo básico Agosto Acadebio 18

3Formadores em Negociação

e Gestão de ConflitosJunho Acadebio 27

4

Gestão de Conflitos Territoriais: dupla afetação e sobreposição de UC com

territórios de povos tribais (Curso de formação em política nacional

de gestão territorial e ambiental de terras indígenas (PNGATI)

Agosto Acadebio 02

5Ciclo de Gestão por Resultados -

Módulo IMaio Acadebio 21

6 Avaliação de Desempenho – EaD Fevereiro EaD 66

7Gestão de Equipe (Papel do Gerente

na Gestão de Equipe - ENAP)Agosto ENAP 27

8Licitação e Contratos Adminstrativos - EaD

EaD TCU 05

9 Planejamento e Manejo de Trilhas Abril Parna Itatiaia 21

10

Busca e Salvamento em Smbientes Naturais (Oficina de Gestão da

Segurança e Busca e Salvamento em Áreas Remotas)

Novembro CIEE/DF 08

11Viabilidade Econômico-Financeira de Serviços de Apoio à Visitação

Julho Acadebio 18

12Sinalização e Interpretação

AmbientalMarço Acadebio 42

13Formação em Fiscalização Ambiental

com módulo de armamento e tiroMaio Acadebio 72

14

Fiscalização de Flora (Curso de Formação de Fiscalização Ambiental - módulos fiscalização fauna/flora; degradação; pesca; planejamento; ação fiscalizatória e abordagem)

Maio Acadebio 55

15

Ciclo de Proteção - Curso de Armamento, Abordagem e Emprego

de Tecnologias Menos Letais para Renovação de Porte de Arma

Agosto Acadebio 80

Tabela 25 - Plano Anual de Capacitação 2013 – Quadro de cursos realizados

Nº Nome do curso Mês de realização Local Servidores

capacitados

16 Formação de Brigadas Contratadas Abril a NovembroDiversas Unidades

2855 brigadistas

17 Oficina de Gerentes do Fogo Março Acadebio 56

18Formação de Instrutores -

Módulo DidáticaJunho Acadebio 21

19IV Ciclo de Gestão Participativa -

Módulo IAbril Acadebio 27

20Planejamento e Orçamento

Público EaDEaD TCU 10

21Prestação de Contas

e Convênios EaDEaD TCU 05

22Modelagem e Distribuição de

Espécies - PNMADezembro Goiânia/GO 14

23Protocolos de

Monitoramento TerrestreAgosto

Parna da Serra dos Órgãos

09

24 Anilhamento de Aves Silvestres JunhoParna do Pantanal

Motogrossense07

25Fundamento Teórico-Conceitual da Gestão da Conservação e do

Monitoramento da BiodiversidadeAgosto

Parna da Serra dos Órgãos

09

26 Oficina de Gestão Estratégica Fevereiro Acadebio 62

27I Seminário de Cartografia e

Sinalização Náutica das UC Federais Marinhas e Costeiras

Março Acadebio 42

28II Curso de Formação em Educação

Ambiental na Gestão Pública da Biodiversidade

Março Acadebio 16

29III Ciclo Gestão Participativa -

Seminário MonitoramentoAbril Acadebio 24

30Ciclo de Gestão por Resultados -

Módulo IIJunho Acadebio 21

31II Curso de Formação de Instrutores

- Módulo DidáticaAgosto UnB 11

32Ciclo de Gestão por Resultados -

Módulo IIIAgosto Acadebio 22

33Integração de Dados e Sistema

de BiodiversidadeSetembro USP 23

Page 51: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

101Diretora de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN100

Nº Nome do curso Mês de realização Local Servidores

capacitados

34IV Ciclo de Gestão Participativa -

Módulos IV e VOutubro Acadebio 24

35II Curso de Avaliação de

Desempenho – EaDMaio EaD 37

36III Ciclo de Gestão Participativa -

Seminário de EncerramentoAgosto Acadebio 25

37Protocolos de Monitoramento

Terrestre - Turma IISetembro

Parna da Serra dos Órgãos

14

38IV Ciclo de Gestão Participativa -

Módulo II e IIIAgosto Acadebio 27

39Operação do Sistema de Autorização

e Informação em Biodiversidade - Sisbio

Dezembro Cepene 06

Administração de pessoal

Destaca-se a concessão de aposentadoria, conforme tabela 26 abaixo.

Aposentadorias desde a criação do Instituto até 2013

Aposentadorias no exercício de 2013

Cargo Quant. Cargo Quant.

Analista ambiental 51 Analista ambiental 21

Analista administrativo 20 Analista administrativo 9

Técnico administrativo 98 Técnico administrativo 22

Técnico ambiental 52 Técnico ambiental 19

Auxiliar administrativo 14 Auxiliar administrativo 2

Total 235 Total 73

Tabela 26 - Aposentadorias no ICMBio até 2013

Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (Luciano Malanski/ICMBio)

Page 52: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

102 103Diretoria de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN

Relatório de Gestão 2013

2014 2015

Cargo Quant. Cargo Quant.

Analista ambiental 17 Analista ambiental 17

Analista administrativo 5 Analista administrativo 5

Técnico administrativo 23 Técnico administrativo 25

Técnico ambiental 13 Técnico ambiental 22

Auxiliar administrativo 2 Auxiliar administrativo 4

Total 60 Total 73

2016 2017

Cargo Quant. Cargo Quant.

Analista ambiental 14 Analista ambiental 19

Analista administrativo 1 Analista administrativo 10

Técnico administrativo 25 Técnico administrativo 28

Técnico ambiental 15 Técnico ambiental 6

Auxiliar administrativo 3 Auxiliar administrativo 6

Total 58 Total 69

2018 2019

Cargo Quant. Cargo Quant.

Analista ambiental 17 Analista ambiental 12

Analista administrativo 6 Analista administrativo 0

Técnico administrativo 27 Técnico administrativo 30

Técnico ambiental 10 Técnico ambiental 13

Auxiliar administrativo 7 Auxiliar administrativo 3

Total 67 Total 58

Tabela 27 - Previsões de aposentadorias de 2014 a 2019 Brigadas

As brigadas de incêndio presentes nas unidades de conservação têm como objetivo atuar em todas as ações de prevenção e de combate aos incêndios

florestais. A tabela 28 demonstra a atual situação do quadro de brigadistas no Instituto.

Data de ingresso Quantitativo Data de exclusão Quantitativo

Janeiro 5 Janeiro 230

Fevereiro 24 Fevereiro 147

Março 3 Março 82

Abril - Abril 53

Maio 160 Maio 145

Junho 686 Junho 51

Julho 356 Julho 1

Agosto 205 Agosto 4

Setembro 61 Setembro -

Outubro 59 Outubro -

Novembro 51 Novembro 133

Dezembro 57 Dezembro 592

Total ingresso 1667 Total desligamentos 1438

Total geral cadastro brigadistas 3105

Tabela 28 - Contratações e desligamentos em 2013

Brigada de incêndio / Corredor Ecológico do Jalapão (Aurelice Vasconcelos)

Page 53: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

Acadebio (Priscila Galvão - Wajdi Mishmish/ICMBio)

Centro de visitantes - Parque Nacional da Serra dos Órgãos-RJ (Tamirys Mota / Arquivo ICMBio)

105Diretora de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN

Servidores do quadro efetivo x cargo

Cargo Total

Analista administrativo 57

Analista ambiental 1101

Assistente administrativo 1

Auxiliar administrativo 59

Técnico administrativo 354

Técnico ambiental 195

Total 1667

Tabela 29 - Quantitativo de Servidores Efetivos - 2013

Concurso Público 2014

Foi publicada a portaria nº 419, de 1º de novembro de 2013, autorizando a realização de concurso públi-

co para o provimento de 241 cargos pertencentes ao quadro de pessoal efetivo do ICMBio. Promover a modernização administrativa por meio de ferramentas e

metodologias que ampliem a efetividade da gestão institucional.

Planejamento Operacional e Orçamento

1. Planejamento operacional

Foi realizada a revisão do mapa estratégico do ICMBio e dos indicadores e metas institucionais para o ano de 2013, cuja execução foi acompanhada, ao longo do ano, pelo Sistema Integrado de Gestão Estratégica – SIGE.

No segundo semestre, iniciou-se processo de rees-truturação dos instrumentos de gestão estratégi-ca do ICMBio. Para isso, foram realizadas oficinas temáticas a fim de aprofundar as reflexões sobre os objetivos estratégicos da Instituição, focando a discussão nos seguintes temas, definidos a partir de uma perspectiva territorial:

1. Conhecimento sobre Biodiversidade como Subsídio para uma Estratégia Territorial de Conservação;

2. Criação de unidades de conservação;

3. Consolidação Territorial (Regularização Fundiária);

4. Planos de Manejo;

5. Produção Sustentável (extrativismo, manejo e con-cessão florestal);

6. Uso Público (turismo e visitação);

7. Estratégia de Proteção e Prevenção; e

8. Autorização para Licenciamento.

Participaram das oficinas temáticas o Presidente, os Diretores, os Coordenadores-gerais e demais Coor-denadores. Os produtos gerados serão objeto de aprofundamento das discussões, envolvendo tam-bém as Coordenações Regionais e as Unidades Avan-çadas de Administração e Finanças – UAAF, instân-cias de gestão descentralizadas do Instituto.

Em 2014, a partir dos insumos obtidos, pretende-se realizar uma revisão mais aprofundada do mapa estratégico 2013/2014 e dos objetivos estratégicos, assim como a modelagem dos processos prioritários.

Relatório de Gestão 2013

104

Page 54: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

107Diretoria de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN106

Figura 6 - Mapa estratégico do ICMBio 2013-2014

Quanto ao SIGE, foram desenvolvidas atividades de inserção de dados/informações relativos à definição/revisão dos indicadores, a mensuração e inserção

desses no Sistema, além do monitoramento quanto à análise, em conjunto com as equipes, dos indicado-res e metas definidos, validação e aceite das metas.

Revisão do modelo de gestão

Algumas informações relevantes para a gestão do ICMBio foram coletadas e compiladas, de modo a fornecer subsídios para uma reflexão inicial acerca do modelo de gestão do Instituto. Essas informa-

ções serão complementadas e aprofundadas, em processo a ser desenvolvido em 2014, que pretende proporcionar ampla discussão sobre o atual modelo de gestão.

Mapeamento de processos

Foi retomado o trabalho de mapeamento dos proces-sos. Em 2014 serão mapeados processos priorizados, previstos no planejamento estratégico e em oficinas

Melhorias organizacionais

Estão em curso as tratativas finais, junto ao MMA e MPOG, da proposta (Projeto de Lei, Exposição de Motivos e Notas Técnicas) de ampliação de 147 cargos comissionados para o ICMBio, com base na transformação de cargos de DAS em Funções Co-missionadas específicas da área ambiental – FCA, de forma a viabilizar a revisão do Decreto de Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão do Instituto.

Em 2013 foi elaborado o documento intitulado Modelo Organizacional de Gestão Integrada – Itaituba e Altamira – PA, medida adotada para enfrentar a situação diagnos-ticada no Plano de Estruturação Emergencial para Uni-dades de Conservação com Vulnerabilidade de Gestão.

O arranjo proposto será também considerado quan-do da revisão do atual modelo de gestão do ICMBio.

Foi publicada a Portaria nº 271, de 27 de dezembro de 2013, normatização a ser adotada na elaboração e expedição de atos administrativos (Portaria, Instrução Normativa, Norma de Execução, Ordem de Serviço e Resolução), no âmbito do ICMBio.

Ainda foram publicadas as Portarias nº 305, de 26 de julho de 2013, para divulgação dos resultados do desempenho do Instituto, no período de 1º de junho de 2012 a 31 de maio de 2013; e nº 427, de 16 de outubro de 2013, que fixou as metas institu-cionais globais do ICMBio para 1º de junho de 2013 a 31 de maio de 2014, considerando que esses re-sultados impactam diretamente parte do pagamen-to da Gratificação de Desempenho de Atividade de Especialista Ambiental.

Orçamento

Foi aprovado por meio da Lei Orçamentária Anual nº 12.798, de 04 de abril de 2013, o orçamento do ICMBio no valor de R$ 489.713.553,00. No decorrer do exercício foram realizadas suplementações de crédito no orçamento que implicaram o incremen-to de recursos, finalizando o ano com o montante de R$ 591.151.606,00.

O ano de 2013 foi extremamente impactante do ponto de vista orçamentário, visto que já no primei-ro semestre houve contingenciamento de recursos (Decreto nº 8.021, de 29 de maio), seguido de novo corte em julho (Decreto nº 8.062, de 29 de julho).

Esses cortes afetaram de imediato a prestação de ser-viços básicos essenciais ao cumprimento da missão institucional do ICMBio, pois afetaram a contratação de serviços e a concessão de diárias e passagens, que passaram a ter limites específicos determinados pelo MPOG (Portaria nº 268, de 30 de julho).

Impactaram, de maneira particular, aquelas institui-ções cuja missão é predominantemente de gestão como o Instituto, cuja maior parte do orçamento discricionário é destinado a despesas de custeio dos meios para provimento de serviços básicos e de ma-nutenção de suas atividades (serviços de apoio admi-nistrativo, vigilância, limpeza, material de consumo, fornecimento de energia elétrica, entre outros).

O gráfico 28 abaixo apresenta a composição percentual dos itens de despesas de contratação de bens e servi-ços e concessão de diárias e passagens constantes da portaria, considerando o contexto de custos do ICMBio. Note-se que os valores relativos a apoio administrativo e vigilância correspondem a mais de 50% do total dos gastos com despesas discricionárias.

O ICMBio dispõe de 388 estruturas físicas em suas unidades descentralizadas (UC, CPC, CR, UAAF, Ba-ses avançadas do CPC e Acadebio).

realizadas, bem como nas entregas acordadas com o Ministério do Meio Ambiente, possibilitando suas me-lhorias e otimização de recursos.

Page 55: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

108 109Diretora de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN

Cerca de 80% do orçamento discricionário do Ins-tituto é destinado a despesas de custeio básico dessas estrututuras. Entretanto, os recursos rece-bidos não têm sido acrescidos do montante neces-sário para fazer face a tais demandas, o que im-

plicou a necessidade de redução de despesas por meio da supressão de postos de trabalho (prin-cipalmente de vigilância), reajustes contratuais, desmobilização de estruturas e redução de gastos com passagens e diárias.

Gráfico 34 - Previsão de despesas 2013 ITENS DA PORTARIA nº 28

Apesar do esforço realizado pelo ICMBio no sen-tido de ampliar sua receita própria, provenien-te da visitação em unidades de conservação e prestação de serviços ambientais, o recurso pro-

veniente desse excesso de arrecadação não foi incorporado na totalidade ao orçamento do Ins-tituto, o que agravou sobremaneira o equilíbrio das contas institucionais.

Gráfico 35 - Resumo da arrecadação de 2008 a 2013 Demonstrativo da arrecadação da Fonte 50

Os recursos orçamentários do ICMBio, se analisa-dos numa perspectiva absoluta, demonstram in-cremento no ano de 2013 em relação a 2012, o que de fato aconteceu, fechando o exercício passado com R$ 277.978.496,00 de recursos discricionários.

Todavia, se for incorporada a vertente do prazo e da destinação na análise, verifica-se que a partir de maio, quando ocorreu o primeiro corte, de julho, quando ocorreu o segundo, o instituto foi obrigado a ajustar suas despesas aos limites ali estabeleci-dos, o que implicou cortes de serviços.

Apenas nas vésperas de encerramento do exer-cício foram autorizados créditos suplementares que equalizaram minimamente a questão. Quan-to à destinação, mais de R$ 51 milhões de reais do montante discricionário foi destinado à regu-larização fundiária, mas não houve liberação do respectivo limite de empenho, o que inviabilizou sua execução. Portanto, apesar do incremento ab-soluto do orçamento, houve redução significativa no total de recursos aplicados em despesas de ma-nutenção básica.

Centro de Visitantes - Parque Nacional da Serra dos Órgãos-RJ (Fabiana Bicudo/ICMBio)

Page 56: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

111Diretoria de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN

Gráfico 36 - Resumo do orçamento de 2010 a 2014 Despesas discricionárias

O orçamento liberado foi, portanto, insuficiente para via-bilizar o custeio de diversas ações previstas nas compe-

tências do Instituto Chico Mendes, imobilizando e com-prometendo a capacidade de resposta da Instituição.

110

Promover a operacionalização dos recursos do Orçamento Geral da União, tanto as fontes de receita quanto os recursos de despesa.

Finanças e Arrecadação

1. Compensação ambiental

Tabela 30 - Evolução dos valores depositados na Caixa Econômica Federal

Tabela 31 - Evolução da execução dos recursos de compensação ambiental

ANO DEPóSITO ANUAL EM CONTAS ESCRITURAIS

2009 41.779.783,072010 88.945.359,942011 32.247.648,882012 35.307.206,772013 19.319.953,70

TOTAL 217.599.952,36

ANO EXECUÇÃO ANUAL

2009 158.917,452010 5.725.860,742011 16.353.540,342012 15.434.818,092013 18.732.506,65

TOTAL 56.405.643,27

R$ 1,00

R$ 1,00

Fonte: CONCAM/CGFIN/DIPLAN

Fonte: CONCAM/CGFIN/DIPLAN

Com relação ao exercício de 2013, o baixo va-lor depositado deve-se ao Acordão nº 1.853, de 17 de julho de 2013, no qual o TCU determinou providências ao ICMBio no sentido de abster-se de autorizar os empreendedores a cumprirem a

autorização mediante depósito em contas escri-turais na Caixa Econômica Federal, e ao MMA e ICMBio para incorporarem no prazo de 120 dias os saldos existentes em conta no Orçamento Ge-ral da União.

A compensação ambiental, prevista no Art. 36 da Lei n. 9985, é originária dos licenciamentos de empreen-dimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelos órgãos licenciadores.

O ICMBio, autarquia responsável pela gestão das uni-dades de conservação federais, é beneficiário destes

recursos quando suas unidades são direta ou indireta-mente afetadas pelo empreendimentos, obedecendo os critérios estabelecidos pelos órgãos licenciadores.

Abaixo apresentamos o histórico dos valores aporta-dos pelos empreendedores à Caixa Econômica Fede-ral, para a gestão e execução pelo Instituto.

Cataratas do Iguaçu - Parque Nacional do Iguaçu-PR (Leonardo Milano/ICMBio)

Page 57: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

113Diretoria de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN

Tabela 32 - Evolução da execução por ação no período de 2009 a 2013

AÇÃOEXECUÇÃO

2009 2010 2011 2012 2013 TOTAL

Regularização fundiária e demarcação de terras

0,00 1.419.051,40 3.547.140,10 5.527.466,80 9.991.361,91 20.485.020,21

Elaboração, revisão e/ou implantação de plano de manejo

0,00 0,00 58.842,70 155.229,69 40.402,45 354.474,84

Aquisição de bens e serviços: implantação, gestão monitoramento e proteção

158.917,45 4.306.809,34 9.080.057,54 9.752.121,60 8.394.504,53 31.692.410,46

Desenvolvimento de estudos necessários à criação de UC

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Desenvolvimento de pesquisas para o manejo de UC

0,00 0,00 3.667.500,00 0,00 206.237,76 3.873.737,76

TOTAL 158.917,45 5.725.860,74 16.353.540,34 15.434.818,09 18.732.506,65 56.405.643,27

Fonte: CONCAM/CGFIN/DIPLAN

Da análise realizada na tabela acima, constata-se:

a) no item “Visitação” houve uma redução de R$ 482.767,49 (quatrocentos e oitenta e dois mil, setecentos e sessenta e sete reais e quarenta e nove centavos);

b) no item “Arrendamento” foi constatado um acrés-cimo no exercício de 2013 de R$ 8.471.142,13 (oito milhões, quatrocentos e setenta e um mil, cento e quarenta e dois reais e treze centavos) em relação ao ano anterior, correspondendo a 69,88% do va-

2. Arrecadação de receitas

Tabela 33 - Demonstrativo da estimativa e arrecadação das receitas próprias

Tabela 34 - Análise e evolução da arrecadação no período de 2009 a 2013 por tipo de receita

ANO VALOR ESTIMADO VALOR ARRECADADO

% ARRECADADO/PREVISTO

% ARRECADADO /ARRECADADO NO

ANO ANTERIOR

2009 31.897.101,00 34.932.670,84 106,19%

2010 21.411.379,00 36.808.452,56 171,91% 105,37%

2011 43.317.472,00 50.598.371,37 116,81% 137,46%

2012 45.432.901,00 72.313.001,79 159,16% 142,92%

2013 64.810.293,00 78.215.761,64 120,68% 108,16%

TOTAL 207.869.146,00 272.868.258,20 131,27%

TIPO 2009 2010 2011 2012 2013 TOTAL

Visitação 14.782.928,86 19.821.059,20 24.377.889,48 26.755.547,38 26.272.779,89 112.010.204,81

Arrendamento 7.758.578,97 8.382.013,72 11.425.534,47 12.122.629,15 20.593.771,28 60.282.527,59

Licenciamento 10.645.783,73 7.079.359,60 13.405.452,41 32.091.229,39 26.691.145,29 89.912.970,42

Outras receitas 1.745.379,28 1.526.020,04 1.389.495,01 1.343.595,87 4.658.065,18 10.662.555,38

TOTAL 34.932.670,84 36.808.452,56 50.598.371,37 72.313.001,79 78.215.761,64 272.868.258,20

lor arrecadado. Essa variação ocorreu em virtude da transferência de 75% do valor recolhido para o ICMBio antes destinados à Secretaria do Patrimô-nio da União, referente ao Trem do Corcovado; e

c) no item “ Licenciamento” ocorreu uma redução no ano de 2013 de R$ 5.400.084,10 (cinco mi-lhões, quatrocentos mil e oitenta e quatro reais e dez centavos) em relação a 2012, representando 16,83% de redução.

Da análise realizada na tabela acima, constata-se:

a) o total arrecadado em 2013, foi superior a 2012 em R$ 5.902.759,85 (cinco milhões, no-vecentos e dois mil, setecentos e cinquenta e

nove reais e oitenta e cinco centavos), repre-sentado um incremento de 8,16%;

112

Na tabela 31, verifica-se que, do total executado, R$ 18.732.506,65 foi no exercício de 2013, correspon-dendo a 33,21% do total arrecadado. Se comparado

com o ano anterior, a execução de compensação am-biental no exercício de 2013, cresceu R$ 3.297.588,56, o que corresponde a 21,38% do executado em 2012.

Page 58: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

114 115Diretoria de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN

Gráfico 37 - Gráfico da evolução das principais receitas de arrecadação

Fazer a gestão de recursos logísticos e tecnológicos de modo integrado e estratégico, otimizando assim o uso dos recursos.

Administração e Tecnologia da Informação

ximização de projetos pilotos, bem como, iniciativas visando a promoção ao público geral do conhecimen-to sobre a missão institucional do ICMBio.

O ano de 2013 foi marcado pela inovação e consoli-dação de algumas práticas administrativas, que possi-bilitaram, dentre outros, a economia de escala, a ma-

1.1 Gestão de frota

A partir do ano de 2008, com a implantação do sis-tema informatizado e integrado, a gestão da frota do ICMBio passou a ser monitorada e disponibilizada com segurança aos usuários.

Em 2013, com o final da vigência do contrato, houve contração de nova empresa que agregou, à meto-dologia já aplicada, novas possibilidades de acom-

1. Contratos

O Instituto, no período, foi responsável pela gestão de 130 contratos vigentes e 55 novos contratos fo-ram firmados. Merecem destaque na gestão contra-tual e na administração dos processos a consolidação

de boas práticas administrativas e a inovação. Como exemplos de boas práticas podemos citar os seguin-tes contratos: i) gestão de frotas; ii) gestão de obras; iii) almoxarifado virtual; e iv) Projeto Park View.

panhamento, garantia de abastecimento e manu-tenção dos veículos, considerando a capilaridade e localização das UC.

Por meio do sistema, o Instituto garantiu o abas-tecimento e a manutenção dos veículos nas loca-lidades mais remotas, assegurando economia e efetividade do serviço.

Grupo Quantidade Idade médiaMotos 75 10,07Veículo leve (Fiesta, Uno, Gol, Parati, etc.) 234 9,90Veículo tração 4x4 764 7,47Utilitários (caminhões, vans, etc.) 64 12,91

Tabela 35 - Quadro resumo de veículos

Parque Nacional da Tijuca-RJ (Bernardo Issa/ICMBio)

Page 59: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

116

Relatório de Gestão 2013

117Diretoria de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN

1.2 Gestão de obras

No mês de outubro de 2013, o Instituto adquiriu o Sis-tema de Gerenciamento de Obras – Sisgos, que permi-te o cadastramento e a execução das obras previstas no orçamento. Ao longo do ano foram emitidas 128 ordens de execução de obras cadastradas no Sisgos. Como cenário para 2013, os seguintes estados tiveram contratos para execução de obras firmados: Alagoas,

Amazonas, Acre, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Espí-rito Santo, Goiás, Sergipe, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Roraima e Paraíba. Os demais estados não foram contemplados nesse contrato por falta de interessados no certame e serão contemplados no pró-ximo processo licitatório, a ser concluído em 2014.

1.3 Almoxarifado virtual

Esse processo, concluído e ampliado em 2013, possibili-ta o gerenciamento dos recursos financeiros e permite o suprimento de materiais de escritório, de combate a incêndios e outros insumos necessários ao atendimen-to das demandas das unidades de conservação.

O projeto caracteriza-se por disponibilizar uma cesta com mais de 600 itens, sendo que cada UC possui uma cota de produtos. Em se tratando de um contra-to nacional, com previsão de entrega dos produtos nas diversas localidades, grande parte em regiões de difícil acesso, esse contrato permite um melhor

gerenciamento dos recursos financeiros, evitando a estocagem desnecessária e dispendiosa.

Conforme enfatizado pelo Tribunal de Contas da União, essa prática foi premiada no 17º Concurso Inovação na Gestão Pública Federal, promovido pela Escola Nacional de Administração Pública – Enap, rea-lizado no exercício de 2012.

Diante do sucesso do projeto, em 2013 foi ampliado o quantitativo de itens contratados contemplando o fornecimento de alimentos.

1.4 Projeto Park View

O Park View é uma parceria firmada entre o ICMBio e a Google com o objetivo de contribuir para a divul-gação das UC, em sua maioria parques nacionais, ao possibilitar o passeio virtual como forma de melhor conhecimento visual da biodiversidade.

Além de despertar e promover o interesse de possí-veis futuros turistas para a visitação, o projeto tam-

bém busca propiciar à sociedade o entendimento de pertencer e valorizar o patrimônio natural.

Vale registrar que o Projeto, pelo seu caráter de ino-vação, foi elogiado pelo TCU, por meio da Auditoria Operacional, sendo considerado um mecanismo de difusão à sociedade do papel das unidades de con-servação para a preservação da biodiversidade.

2. Licitações

Em 2013 foram realizados os seguintes certames:

a) 29 pregões eletrônicos;

b) 01 concorrência;

c) 02 tomadas de preços;

d) 50 dispensas de licitação; e

e) 14 inexigibilidades de licitação.

Destacamos a aquisição de equipamentos de campo para utilização pelos centros nacionais de pesquisa e

conservação e pelas unidades de conservação, bem como a aquisição de equipamentos de combate a in-cêndios florestais.

Computadores pessoais do tipo tablet foram adqui-ridos para o cadastramento de famílias nas UC de uso sustentável, bem como feita a contratação de serviços de vigilância armada e limpeza, e a aquisi-ção e instalação de estações meteorológicas para o Projeto Validação dos Efeitos da Mudança do Clima, entre outras.

3. Terceirização

Desde sua criação, em 2007, o Instituto mantém seu quadro funcional composto grande parte por tercei-rizados – em sua maioria, nas áreas administrativas. Em 2010, intensificaram-se as tratativas junto ao MPOG e MMA e, ainda, aos órgãos de controle sobre a necessidade de autorização de concurso público como forma de implementação da substituição da mão-de-obra terceirizada por concursados.

Como resultado o MPOG autorizou por meio da pu-blicação da Portaria nº 419, de 1º de novembro de 2013, a realização de concurso público e o provimen-to de 241 cargos pertencentes ao quadro de pessoal efetivo do Instituto.

4. Patrimônio mobiliário e imobiliário

Merece destaque a implantação do Sistema de Re-gistro e Acompanhamento de Obras e do Sistema de Administração Patrimonial – Solução Integrada de Gestão de Patrimônio Mobiliário e Imobiliário.

O sistema de administração patrimonial teve sua implantação iniciada no Parque Nacional de Brasília em 2012. A partir da implementação do sistema, em 2013, foram realizadas, no âmbito nacional, as se-guintes ações:

a) treinamento de todos os gestores das UAAF;

b) Importação de 92 mil itens da base de dados do Ibama;

c) padronização e saneamento da base de dados migrada;

d) conclusão do mapeamento de processos; e

e) disponibilização do sistema no endereço: http://asi.icmbio.gov.br/asi/.

Page 60: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

118

1) Regularização normativa

1.1 Comitê de Tecnologia da Informação e Comu-nicação – CGTIC

O Comitê foi reestruturado com a publicação da Portaria nº 235, de 11 de outubro de 2013, que estabelece a natureza de comitê estratégico e de-liberativo, e da Portaria nº 236, de 11 de outubro de 2013, que institui o seu Regimento Interno.

1.2 Comitê de Segurança da Informação e Comu-nicações – CSIC

Foi aprovada pelo Comitê e publicada a Portaria nº 222, em 23 de agosto de 2013, que institui a Política de Segurança da Informação e Comunica-ção – POSIC.

2) Implementação de sistemas

Considerando as necessidades em reforçar a seguran-ça e a organização de dados, foi realizada a migração do software livre Apache-Subversion; além do aspecto da segurança inclusive passou-se a ter um maior con-trole das máquinas, permitindo que fosse realizada a evolução do sistema de autenticação Samba, da ver-são 3 para a versão 4.

Com foco no tráfego da rede de computadores, bus-cando maior eficiência na comunicação e dos aspec-tos da segurança, foi implementado o Projeto Mac Au-thentication baseado em software livre. E, por último, foi adotado o Squid e o Desguardian (software livre) em substituição ao Proxy McAfee.

Realizou-se uma reestruturação da conectividade, que envolveu a revisão e avaliação de todos os rotea-dores trazendo melhor infraestrutura de acesso para as unidades de conservação. Diante da necessidade de melhoria contínua, de segurança e de desempe-nho dos bancos de dados, foi adotada nova estrutura PostgresSQL – PGPool II.

Para prestar melhores serviços no atendimento ao usuário, foi implementado o sistema CITSmart para problemas, incidentes e catálogo de serviços. Para supervisão de Help Desk, passou a ser adotado no ICMBio o Flash Operator Panel.

Tecnologia da informação

Foi priorizada a regularização das normativas inter-nas e a implementação de diversos sistemas.

119Diretoria de Planejamento, Administração e Logística – DIPLAN

Parque Nacional de Fernando de Noronha-RN (Nelson Yoneda) Relatório de Gestão 2013

Page 61: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

120

Relatório de Gestão 2013

121Presidência do ICMBio

Presidência do ICMBio

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

120 Presidente Roberto Vizentin (Leonardo Milano/ICMBio)

Procuradoria Federal Especializada – PFETais dados não consideram a notória e elevada quantidade de reuniões e correspondências eletrô-nicas trocadas ao longo do ano e que são objeto de esforço para que cada vez mais passem a ser con-tabilizadas, já que se constituem em efetiva e rele-vante atuação institucional.

Por fim, é preciso registrar que por trás dos números reside a diretriz da Procuradoria de auxiliar o Institu-to no seu papel de transformação da realidade am-biental do país dentro da legalidade.

* Não foram computados os dados das unidades da Pro-curadoria junto às Coordenações Regionais 4 e 10.

* Não foram computadas as produções da CR4 e CR10, pois não tiveram procuradores durante todo o ano de 2013.

A Procuradoria Federal Especializada junto ao Ins-tituto Chico Mendes constituem-se em unidade de execução da Procuradoria-Geral Federal, vinculada à Advocacia-Geral da União. No exercício da missão de prestar consultoria e assessoramento jurídicos ao Instituto, a PFE/ICMBio produziu 7.054 manifestações no ano de 2013, das quais 2.442 foram de pareceres*.

O expressivo quantitativo deve ser atribuído não só à unidade sede da Procuradoria, mas também às divisões da PFE/ICMBio junto às Coordenações Regionais. Consi-derando que 2013 teve 253 dias úteis, a média de produ-tividade da Procuradoria foi de 27,88 manifestações por dia e 9,65 pareceres por dia.

Cotas Despachos Pareceres Notas Memorandos

PFE-Sede 865 1067 734 164 750

CR-1 1 2 251 3 27

CR-2 211 113 187 11 90

CR-3 14 47 91 37

CR-4 **

CR-5 13 10 116 1

CR-6 84 2 201 3 85

CR-7 130 72

CR-8 109 215 16 68

CR-9 70 15 277 26 218

CR-10 **

CR-11 40 233 298 14 73

1407 1619 2442 238 1348

Cotas Despachos Pareceres Notas Memorandos

1407 1619 2442 238 1348

Tabela 36 - Documentos elaborados pela PFE

Page 62: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

122

Relatório de Gestão 2013

Interlocução e Controle Social

dações anteriores, além de auxiliar a Presidência do ICMBio no atendimento a outros órgãos de controle da Administração Pública, tais como Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União – CGU e Ministério Público Federal – MPF, conforme quadro abaixo:

Auditoria

No exercício de 2013 foram realizadas auditorias e le-vantamentos de informações solicitadas pela Presidên-cia do Instituto e pelo Departamento de Polícia Federal, bem como acompanhamento das medidas adotadas pelas unidades auditadas visando atender recomen-

Atividades Realizações %

Auditoria 2 1,9

Levantamento 3 2,8

Acompanhamentos 80 76,19

Diligências:

TCU 2 1,6

CGU 17 16,19

MPF 1 1,02

Total 105 100

Serviço de Informação ao Cidadão – SIC

Manifestações Quantidade %

Denúncias 204 34,89

Solicitações 9 1,53

Reclamações 70 11,96

Consultas 272 46,50

Sugestões 19 3,24

Elogios 11 1,88

Total 585 100

Atividades Realizações %

Denúncias 208 52,65

Solicitações 9 2,27

Reclamações 55 13,92

Consultas 123 31,16

Sugestões - -

Total 395 100

Ouvidoria

Foram recebidas em 2013, no âmbito da Auditoria Interna, por meio eletrônico, 585 manifestações re-ferentes a assuntos de ouvidoria, das quais foram

atendidas 395 (representando 67,52%); as 190 res-tantes (32,48%) encontram-se em atendimento, con-forme demonstrado no quadro a seguir:

Quadro I (recebidas) Quadro II (atendidas)

Tabela 37 - Atividades da Auditoria

Tabela 38 - Demandas da Ouvidoria

Tabela 39 - Demandas dos cidadãos

Descrição2012 2013

Totaljun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai

Pedidos recebidos 18 17 265 21 28 15 4 18 14 20 19 23 442

Pedidos atendidos 18 17 265 21 8 15 4 18 14 20 19 23 442

Pedidos indeferidos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pedidos reencaminhados 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

123Presidência ICMBio

Canion Fortaleza - Parque Nacional da Serra Geral-SC/RS (Deonir Zimmermann/ICMBio)

Page 63: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio Relatório de Gestão 2013

124 125

Comunicação Social

Garantir a difusão da informação para a sociedade no que se refere às atribuições do Instituto Chico Mendes, contribuir para a construção e a consolidação da imagem da autarquia e promover o fluxo de informação no âmbito interno e externo da instituição.

A Revista Eletrônica ICMBio em Foco ganhou escala, com nova diagramação e formatação já no final de 2012, quando passou a ser adotado o aplicativo FlippingBook e disponibilizada por meio web, a partir do software Joomla, no qual o portal do ICMBio foi criado.

Comunicação interna

O boletim virtual ICMBio em Foco completou seis anos de existência em 2013, reforçando o fluxo de comunicação interna. Durante o ano foram elabo-radas 47 edições, que seguiram do número 220, em janeiro, até o número 267, em dezembro.

Portal e comunicação Web

Em 2012 e 2013 novas ferramentas foram adiciona-das à versão do portal do ICMBio, tais como a fer-ramenta ‘Conheça a natureza do Brasil’, que traz o rol de 40 unidades de conservação com estrutura de visitação e abertas oficialmente à visitação de turis-tas. O endereço é http://www.icmbio.gov.br/portal.

O número de visitas/dia às páginas do portal che-gou, em 2013, ao patamar de 130 mil, fundamen-talmente do Brasil, Estados Unidos e Inglaterra, sendo o tempo médio gasto em leituras do conte-údo por página considerado expressivo: maior do que três minutos.

Assessoria de imprensa

Em 2012 e 2013 a Newsletter da Agência de Notícias do Instituto Chico Mendes-AGBio consolidou-se na imprensa com solicitações de novas inserções no rol do mailling de jornalistas cadastrados.

O atendimento às demandas de imprensa cresceu, saindo de um patamar de três demandas/dia, em

2011 para uma média de cinco a oito demandas/dia em 2012 e 2013, respectivamente. Parte dessas demandas são de entrevistas acerca de temas rela-cionados à missão do ICMBio, nos veículos: jornais, rádios, TV e sites de notícia. Cresceu consideravel-mente o número de solicitações de imagens relacio-nadas às atividades do Instituto.

Eventos

� Organização e coordenação da solenidade em comemoração ao 5º e 6º aniversários do ICMBio.

� Organização e lançamento das exposições fotográficas “Patrimônios Naturais – Edição Espécies Ameaçadas”, ocorrida em 2012, e “Patrimônios Naturais – Edição Populações Tradicionais”, ocorrida no final de 2013.

� Exibição da exposição fotográfica “Patri-mônios Naturais – Edição Parques Nacio-nais Brasileiros” em 13 locais, incluindo Câmara dos Deputados, Jardim Botânico de Brasília, Aeroporto Internacional de Brasília, entre outros.

� Lançamento dos uniformes do ICMBio.

Sistemas

� Lançamento do Sismídia e disponibilização à sociedade por meio do endereço eletrônico: https://sicae.sisicmbio.icmbio.gov.br/usuario-externo/login.

� Foram diversas as incursões em unidades de conservação para a captação de imagens e posterior inserção no Sismídia:

i. Resex Chico Mendes;

ii. Parna Montanhas do Tumucumaque;

iii. Esec Serra Geral de Tocantins;

iv. Parna da Chapada dos Veadeiros;

v. Resex Gurupá Melgaço; e

vi. Resex do Lago do Cedro.

Ampliação de informações no portal

� Ampliação das informações disponíveis à so-ciedade por meio do portal http://www.icm-bio.gov.br/portal, tais como:

i. incremento de dados e números acerca da es-truturação da visitação em UC;

ii. oferta de mapa contendo as unidades descen-tralizadas do ICMBio georreferenciado;

iii. atlas digital da biodiversidade brasileira;

iv. disponibilização de todos os sistemas do ICMBio voltados para a sociedade em uma mesma página;

v. melhoria na apresentação das informações acerca das espécies ameaçada de extinção; e

vi. disponibilização do Painel da Conservação da Fauna Brasileira, entre outros.

Presidência ICMBio

Page 64: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

126

Redes sociais

� Estruturação e ampliação do rol de imagens do ICMBio, capturadas em expedições realizadas por profissional na DCOM junto às unidades de conser-vação e centros nacionais de pesquisa e conserva-ção – disponíveis no endereço: https://www.face-book.com/ICMBio/photos_stream.

� Nas redes sociais o ICMBio consolidou em 2013 o patamar de 30 mil seguidores no Facebook, 5 mil seguidores no Twitter e 72 vídeos – entre repor-tagens e produções em parcerias, no Canal Oficial do ICMBio no Youtube.

Parcerias

� Assinatura de termo de reciprocidade com a em-presa Arcos Dourados Comércio de Alimentos, que representa o McDonald’s. Como resultado da par-ceria, durante todo o mês de junho a lâmina da ban-deja utilizada pela lanchonete utilizou a temática es-pécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção e os riscos a que estão sujeitas, além de exibir a marca do Instituto Chico Mendes e uma breve explicação sobre o trabalho da autarquia. O produto apresen-tou tiragem superior a um milhão de exemplares.

� Assinatura de termo de reciprocidade com a Editora Empresa das Artes. A parceria viabilizou a produção do livro Parques Nacionais – Brasil, com informa-ções e imagens das 69 unidades de conservação da-quela categoria, além da exibição da marca do Ins-tituto como apoiador. Com tiragem total de três mil exemplares, ao ICMBio coube 10%, o equivalente a 300 unidades.

Produtos gráficos

Durante o ano de 2013 foram atendidas 81 unidades de conservação e 69 demandas de produções grá-ficas advindas da Sede do Instituto e cinco centros nacionais de pesquisa e conservação. Ao todo foram cumpridos e entregues 305 produtos, detalhados conforme tabela 40:

Entre as UC contempladas com esses produtos, estão: APA Serra da Ibiapaba, Esec da Terra do Meio, Flo-

na de Roraima, Parna da Serra dos Órgãos, Rebio do Gurupi, Resex Rio Unini e RVS do Rio dos Frades. No rol dos centros nacionais de pesquisa e conservação, estiveram: Cecat, Cecav, Cemave, Cepam e CNPT. Ou-tros produtos foram demandados sem terem relação direta com UC ou centros, tais como: Corredor Central da Amazônia – CR2, Corredor das Onças, GICJ – Cuniã-Jacundá e UAAF Arembepe.

Normativas

Foi publicada Portaria Normativa nº 219, que dis-põe sobre a produção de sítios eletrônicos e logo-

Produtos Qtde

Banners 20

Bilhetes 1

Calendários 4

Cartazes 6

Convites 15

Embalagens 1

Exposições 4

Fluxogramas/Infográficos 5

Folders 22

Informativos 66

Produtos Qtde

Logo e identidade visual 37

Mapas 4

Outdoors 1

Painéis 7

Papelaria 7

Placas 78

Publicações 11

Redes sociais 5

Vestuário 10

TOTAL 305

127Presidência ICMBio

Relatório de Gestão 2013

Tabela 40 - Projetos gráficos desenvolvidos pela DCOM em 2013

marcas das unidades descentralizadas do ICMBio.

Portfólio de produtos gráficos (DCOM/ICMBio)

Page 65: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

128

Relatório de Gestão 2013

129Anexos

ANEXOS

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

128 Gavião Real (Harpia harpyja) - Parque Nacional da Serra da Bodoquena-MS (Arquivo/ICMBio)

Projetos Implementados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Nº PROJETO SIGLA Vigência DiretoriaInstituição doadora/

Fonte

Instituição parceira na execução

1 Conservação e Uso Sustentável

Efetivos de Ecossistemas Manguezais no Brasil

BRA/07/G32

De 2009 a 31/12/2016

DIPLAN/ DISAT

GEF/BIRD PNUD

2

Gestão das Reservas Extrativistas Federais na

Amazônia Brasileira – Governo Norueguês

BRA/08/002De 22/04/2008 a

31/05/2013DIPLAN/

DISATGov. da

NoruegaPNUD

3Conservação da Biodiversidade e Promoção do Desenvolvimento

SocioambientalBRA/08/023

De 17/07/2009 a 31/12/2016

DIPLAN OGU PNUD

4Gestão Florestal para a

Produção Sustentável na Amazônia

KFW/ Flona

De 01/2012 a 12/2015

DIPLAN KfWExecução Di-reta (ICMBio)

5 Projeto de Proteção da

Biodiversidade do Cerrado GEF

CerradoDe 09/2010 a

12/2014 DIPLAN/ DIMAN

GEF/BIRD Execução Di-reta (ICMBio)

6 Programa Nacional do Meio

Ambiente PNMA 2014 DIBIO BIRD

Execução Di-reta (ICMBio)

7Programa Áreas Protegidas da

AmazôniaARPA 2015 DIMAN

KfW, BNDES e GEF/BIRD

FUNBIO

8Projeto de Consolidação de

Unidades de Conservação na Região da Terra do Meio

Terra do Meio

2014 DIMANCom.

EuropéiaFUNBIO

9

Prevenção Controle e Monitoramento de Queimadas

Irregulares e Incêndios Florestais no Cerrado

Projeto Cerrado Jalapão

2014 DIMAN KfW CEF

10Projeto Nacional de Ações

Integradas Público-Privadas para Biodiversidade

PROBIO-II 2014 DIBIO BIRD CEF

Para o alcance dos resultados apresentados no presente relatório de gestão, o ICMBio teve o apoio de projetos com recursos de diversas fontes que estão elencados na planilha abaixo:

128

Page 66: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

130

Relatório de Gestão 2013

131Anexos

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL – APA

APA Bacia do Rio Paraíba do Sul MG/RJ/SP

APA Cananéia-Iguape-Peruíbe SP

APA Carste de Lagoa Santa MG

APA Cavernas do Peruaçu MG

APA de Chapada do Araripe PI/CE/PE

APA Costa das Algas ES

APA da Costa dos Corais PE/AL

APA da Bacia do Rio Descoberto GO/DF

APA da Bacia do Rio São Bartolomeu

DF

APA da Bacia do Rio São João/Mico-Leão-Dourado

RJ

APA da Baleia Franca SC

APA da Barra do Rio Mamanguape PB

APA da Serra da Mantiqueira MG/RJ/SP

APA das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná

SP/PR/MS

APA das Nascentes do Rio Vermelho BA/GO

APA de Cairuçu RJ/SP

APA de Fernando de Noronha - Rocas - São Pedro e São Paulo

PE

APA de Guapi-Mirim RJ

APA de Guaraqueçaba SP/PR

APA de Piaçabuçú AL

APA Delta do Parnaíba MA/PI/CE

APA Anhatomirim SC

APA do Ibirapuitã RS

APA do Igarapé Gelado PA

APA do Planalto Central GO/DF

APA do Tapajós PA

APA Meandros do Rio Araguaia MT/GO

APA Morro da Pedreira MG

APA Petrópolis RJ

APA Serra da Ibiapaba PI/CE

APA Serra da Meruoca CE

APA Serra da Tabatinga MA/PI

ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLóGICO – Arie

Arie Buriti de Vassununga SP

Arie Capetinga-Taquara DF

Arie Cerrado Pé-de-Gigante SP

Arie Cocorobó BA

Arie Floresta da Cicuta RJ

Arie Ilhas de Queimada Pequena e Queimada Grande

SP

Arie Javari-Buriti AM

Arie llha do Ameixal SP

Arie Manguezais da Foz do Rio Mamanguape

PB

Arie Mata de Santa Genebra SP

Arie Matão de Cosmópolis SP

Arie Pontal dos Latinos e Pontal do Santiago

RS

Arie Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais

AM

Arie Seringal Nova Esperança AC

Arie Serra da Abelha/Rio da Prata SC

Arie Vale dos Dinossauros PB

ESTAÇÃO ECOLóGICA – Esec

Esec da Guanabara RJ

Esec da Mata Preta PR/SC

Esec da Serra das Araras MT

Esec da Terra do Meio PA

Esec de Aiuaba CE

Esec de Aracuri-Esmeralda RS

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO FEDERAIS – UC

Esec de Caracaraí RR

Esec de Carijós SC

Esec de Cuniã RO/AM

Esec de Guaraqueçaba PR

Esec de Iquê MT

Esec de Jutaí-Solimões AM

Esec de Maracá RR

Esec de Maracá-Jipioca AP

Esec de Murici AL

Esec de Pirapitinga MG

Esec de Taiamã MT

Esec de Tamoios RJ

Esec de Uruçuí-Una PI

Esec do Castanhão CE

Esec do Jari PA/AP

Esec do Seridó RN

Esec do Taim RS

Esec dos Tupiniquins SP

Esec Juami-Japurá AM

Esec do Mico-Leão-Preto SP

Esec Niquiá RR

Esec Raso da Catarina BA

Esec Rio Acre AC

Esec Serra Geral do Tocantins BA/TO

Esec Tupinambás SP

FLORESTA NACIONAL – Flona

Flona Contendas do Sincorá BA

Flona da Mata Grande GO

Flona da Restinga de Cabedelo PB

Flona de Açu RN

Flona de Altamira PA

Flona de Anauá RR

Flona de Assungui PR

Flona de Balata-Tufari AM

Flona de Brasília GO/DF

Flona de Caçador SC

Flona de Canela RS

Flona de Capão Bonito SP

Flona de Carajás PA

Flona de Caxiuanã PA

Flona de Chapecó SC

Flona de Cristópolis BA

Flona de Goytacazes ES

Flona de Humaitá AM

Flona de Ibirama SC

Flona de Ipanema SP

Flona de Irati PR

Flona de Itaituba 1 PA

Flona de Itaituba 2 PA

Flona de Jacundá RO

Flona de Lorena SP

Flona de Mulata PA

Flona de Negreiros PE

Flona de Nísia Floresta RN

Flona de Pacotuba ES

Flona de Palmares PI

Flona de Paraopeba MG

Flona de Passa Quatro MG

Flona de Passo Fundo RS

Flona de Pau-Rosa AM

Flona de Piraí do Sul PR

Page 67: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

132

Relatório de Gestão 2013

133Anexos

Flona de Ritápolis MG

Flona de Roraima AM/RR

Flona de Santa Rosa do Purus AC

Flona de São Francisco AC

Flona de São Francisco de Paula RS

Flona de Saracá-Taquera PA

Flona de Silvânia GO

Flona de Sobral CE

Flona de Tefé AM

Flona de Três Barras SC

Flona do Amana PA

Flona do Amapá AP

Flona do Amazonas AM/RR

Flona do Araripe-Apodi CE

Flona do Bom Futuro RO

Flona do Crepori PA

Flona do Ibura SE

Flona do Iquiri AM

Flona do Itacaiunas PA

Flona do Jamari RO

Flona do Jamanxim PA

Flona do Jatuarana AM

Flona do Macauã AC

Flona do Purus AM

Flona do Rio Preto ES

Flona do Tapajós PA

Flona do Tapirapé-Aquiri PA

Flona do Trairão PA

Flona Mapiá-Inauini AM

Flona Mário Xavier RJ

MONUMENTO NATURAL – Mona

Mona do Arquipélago das Ilhas Cagarras

RJ

Mona do Rio São Francisco BA/SE/AL

Mona dos Pontões Capixabas ES

PARQUE NACIONAL – Parna

Parna de Itatiaia MG/RJ

Parna Cavernas do Peruaçu MG

Parna da Amazônia AM/PA

Parna da Chapada das Mesas MA

Parna da Chapada Diamantina BA

Parna da Chapada dos Guimarães MT

Parna da Chapada dos Veadeiros GO

Parna da Furna Feia RN

Parna da Lagoa do Peixe RS

Parna da Restinga de Jurubatiba RJ

Parna da Serra da Bocaina RJ/SP

Parna da Serra da Bodoquena MS

Parna da Serra da Canastra MG

Parna da Serra da Capivara PI

Parna Serra da Mocidade AM/RR

Parna da Serra das Confusões PI

Parna da Serra das Lontras BA

Parna da Serra do Cipó MG

Parna da Serra do Divisor AC

Parna da Serra do Itajaí SC

Parna da Serra do Pardo PA

Parna da Serra dos Órgãos RJ

Parna da Serra Geral SC/RS

Parna da Tijuca RJ

Parna das Araucárias SC

Parna das Emas MS/GO

Parna Marinho das Ilhas dos Currais PR

Parna das Nascentes do Rio Parnaíba MA/PI/BA

Parna das Sempre-Vivas MG

Parna de Anavilhanas AM

Parna de Aparados da Serra SC/RS

Parna de Boa Nova BA

Parna de Brasília DF

Parna de Ilha Grande MS/PR

Parna de Jericoacoara CE

Parna de Pacaás Novos RO

Parna de Saint-Hilaire/Lange PR

Parna de São Joaquim SC

Parna de Sete Cidades PI

Parna de Ubajara CE

Parna do Alto do Cariri BA

Parna do Araguaia TO

Parna do Cabo Orange AP

Parna de Caparaó ES/MG

Parna do Catimbau PE

Parna do Descobrimento BA

Parna do Iguaçu PR

Parna do Jamanxim PA

Parna do Jaú AM/RR

Parna do Juruena AM/MT

Parna do Monte Roraima RR

Parna do Pantanal Matogrossense MS/MT

Parna do Pau Brasil BA

Parna do Pico da Neblina AM

Parna do Rio Novo PA

Parna do Superagui SP/PR

Parna do Viruá RR

Parna dos Campos Amazônicos RO/MT/AM

Parna dos Campos Gerais PR

Parna dos Lenções Maranhenses MA

Parna e Histórico do Monte Pascoal BA

Parna Grande Sertão Veredas BA/MG

Parna Mapinguari AM/RO

Parna Marinho de Fernando de Noronha

PE

Parna Marinho dos Abrolhos BA

Parna Montanhas do Tumucumaque AP

Parna Nascentes do Lago Jari AM

Parna Serra da Cutia RO

Parna Serra de Itabaiana SE

RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – RDS

RDS de Itatupã-Baquiá PA

RESERVA BIOLóGICA – rebio

Rebio Augusto Ruschi ES

Rebio Bom Jesus PR

Rebio da Contagem DF

Rebio da Mata Escura MG

Rebio das Araucárias PR

Rebio das Perobas PR

Rebio de Comboios ES

Rebio de Pedra Talhada PE/AL

Rebio de Poço das Antas RJ

Rebio de Saltinho PE

Page 68: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

134

Relatório de Gestão 2013

135Anexos

Rebio de Santa Isabel SE

Rebio de Serra Negra PE

Rebio de Sooretama ES

Rebio de Una BA

Rebio do Abufari AM

Rebio do Atol das Rocas PE

Rebio do Córrego do Veado ES

Rebio do Córrego Grande ES

Rebio do Guaporé RO

Rebio do Gurupi MA

Rebio do Jaru RO

Rebio do Lago Piratuba AP

Rebio do Rio Trombetas PA

Rebio do Tapirapé PA

Rebio do Tinguá RJ

Rebio do Uatumã AM

Rebio Guaribas PB

Rebio Marinha do Arvoredo SC

Rebio Nascentes da Serra do Cachimbo

PA

Rebio União RJ

RESERVA EXTRATIVISTA – resex

Resex Acaú Goiana PB/PE

Resex Arapixi AM

Resex Arióca Pruanã PA

Resex Auatí-Paraná AM

Resex Barreiro das Antas RO

Resex Chapada Limpa MA

Resex Chico Mendes AC

Resex Chocoaré-Mato Grosso PA

Resex da Mata Grande MA

Resex de Canavieiras BA

Resex de Cassurubá BA

Resex de Cururupu MA

Resex de Recanto das Araras de Terra Ronca

GO

Resex de São João da Ponta PA

Resex do Alto Juruá AC

Resex do Alto Tarauacá AC

Resex do Baixo Juruá AM

Resex do Batoque CE

Resex do Cazumbá-Iracema AC

Resex do Ciriaco MA

Resex do Extremo Norte do Tocantins

TO

Resex do Lago do Capanã Grande AM

Resex do Mandira SP

Resex do Médio Juruá AM

Resex do Médio Purus AM

Resex do Quilombo Flexal MA

Resex do Rio Cajari AP

Resex do Rio do Cautário RO

Resex do Rio Jutaí AM

Resex do Rio Ouro Preto RO

Resex Gurupá-Melgaço PA

Resex Ipaú-Anilzinho PA

Resex Ituxi AM

Resex Lago do Cedro GO

Resex do Lago do Cuniã RO

Resex Mãe Grande de Curuçá PA

Resex Mapuá PA

Resex Maracanã PA

Resex Marinha da Baia do Iguapé BA

Resex Marinha da Lagoa do Jequiá AL

Resex Marinha de Araí-Peroba PA

Resex Marinha de Caeté-Taperaçu PA

Resex Marinha de Gurupi-Piriá PA

Resex Marinha de Soure PA

Resex Marinha de Tracuateua PA

Resex Marinha do Arraial do Cabo RJ

Resex Marinha do Corumbau BA

Resex Marinha do Delta do Parnaíba MA/PI

Resex Marinha do Pirajubaé SC

Resex Prainha do Canto Verde CE

Resex Renascer PA

Resex Rio Iriri PA

Resex Rio Unini AM

Resex Rio Xingu PA

Resex Riozinho da Liberdade AC/AM

Resex Riozinho do Anfrísio PA

Resex Tapajós-Arapiuns PA

Resex Terra Grande Pracuúba PA

Resex Verde para Sempre PA

REFúGIO DA VIDA SILVESTRE – revis

Revis das Veredas do Oeste Baiano BA

Revis de Boa Nova BA

Revis de Santa Cruz ES

Revis de Una BA

Revis do Rio dos Frades BA

Revis dos Campos de Palmas PR/SC

Revis da Ilha dos Lobos RS

Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros-GO (Leonardo Milano/ICMBio)

Page 69: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

136

COORDENAÇÕES REGIONAIS – CR

UNIDADES AVANÇADAS DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS – UAAF

NOME CóDIGOS

Coordenação Regional 1ª Região CR 1 Porto Velho/RO

Coordenação Regional 2ª Região CR 2 Manaus/AM

Coordenação Regional 3ª Região CR 3 Santarém/PA

Coordenação Regional 4ª Região CR 4 Belém/PA

Coordenação Regional 5ª Região CR 5 Teresina/PI

Coordenação Regional 6ª Região CR 6 Cabedelo/PB

Coordenação Regional 7ª Região CR 7 Porto Seguro/BA

Coordenação Regional 8ª Região CR 8 Rio de Janeiro/RJ

Coordenação Regional 9ª Região CR 9 Florianópolis/SC

Coordenação Regional 10ª Região CR 10 Cuiabá/MT

Coordenação Regional 11ª Região CR 11 Lagoa Santa/MG

NOME UAAF

UAFF Cabedelo

UAFF Rio de Janeiro

UAFF Atibaia

UAFF Foz do Iguaçu

UAFF Belém

UAFF Goiânia

UAFF Manaus

UAFF Teresópolis

UAFF Arembepe

Relatório de Gestão 2013

137Anexos

CENTROS ESPECIALIZADOS DO ICMBio

SIGLA NOME SEDE UF

Cecav Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas Brasília DF

Cemave Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres Cabedelo PB

CenapCentro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros

Atibaia SP

CepamCentro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônia

Manaus AM

CeptaCentro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais

Pirassununga SP

CMACentro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos

Ilha de Itamaracá PE

CNPTCentro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais

São Luís MA

CecatCentro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Caatinga

Brasília DF

CPBCentro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros

João Pessoa PB

RAN Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios Goiânia GO

TamarCentro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas

Arembepe BA

CepeneCentro de Pesquisa e Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros do Litoral Nordeste

Tamandaré PE

CepenorCentro de Pesquisa e Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros do Litoral Norte

Belém PA

CepsulCentro de Pesquisa e Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul

Itajaí SC

CepergCentro de Pesquisa e Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros Lagunares e Estuarinos

Rio Grande RS

Page 70: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

138 Parque Nacional Serra da Capivara-PI (Arquivo ICMBio)

Relatório de Gestão 2013

139

Page 71: Relatório de Gestão interno

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio

140

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

EQSW 103/104, Bloco “C”, Complexo Administrativo, Setor Sudoeste

CEP 70.670-350 Brasilia - DF 61 3341-9101

www.icmbio.gov.br