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AGERSA - Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cachoeiro de Itapemirim RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO RF / DSB / 02/2012 Sistema de Esgotamento Sanitário SES de Córrego dos Monos Cachoeiro de Itapemirim - ES Janeiro/2013

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AGERSA - Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cachoeiro de Itapemirim

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO RF / DSB / 02/2012

Sistema de Esgotamento Sanitário SES de Córrego dos Monos

Cachoeiro de Itapemirim - ES Janeiro/2013

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SUMÁRIO:

Capítulo Título Página

1. IDENTIFICAÇÃO DA AGERSA: ........................................................................................................... 4

2. IDENTIFICADOR DO PRESTADOR DE SERVIÇO: ................................................................................. 5

3. CARACTERÍSTICAS DA FISCALIZAÇÃO: .............................................................................................. 6

4. OBJETIVO....................................... ................................................................................................. 7

5. METODOLOGIA: ............................................................................................................................... 8

5.1 CRONOGRAMA DE TRABALHOS............................................................................................................ 8

5.2 ÁREAS E SEGMENTOS AUDITADOS ....................................................................................................... 9

6. DESCRIÇÃO DO SISTEMA EXISTENTE: ..............................................................................................10

6.1 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO BRUTO: ........................................................................................ 10

6.2 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO – ETE CÓRREGO DOS MONOS ..................................................... 10

Descrição do Processo .................................................................................................... 10

Estrutura Física e Recursos Humanos para Operação: .................................................. 13

7. DESCRIÇÃO DOS FATOS LEVANTADOS: ...........................................................................................15

7.1 ÁREA FISCALIZADA: TÉCNO-OPERACIONAL .......................................................................................... 15

7.2 ÁREA FISCALIZADA: CONTROLE ......................................................................................................... 20

7.3 ÁREA FISCALIZADA: QUALIDADE ........................................................................................................ 21

8. CONSTATAÇÕES E NÃO CONFORMIDADES: ....................................................................................25

9. DETERMINAÇÕES: ...........................................................................................................................25

10. RESPONSÁVEL PELA AÇÃO DE FISCALIZAÇÃO:.................................................................................26

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LISTA DE QUADROS:

Quadro 1 – Padrões de Lançamento estabelecidos no artigo 34 da Resolução CONAMA nº

430/2011...................................................................................................................................23

Quadro 2 – Padrões de Lançamento estabelecidos na Portaria de Outorga nº 855 de 09 de

Novembro de 2010....................................................................................................................24

Quadro 3: Determinação dos parâmetros Físico-químicos e bacteriológicos das amostras

coletadas no dia 13/02/2012 (AGERSA/CETAN).....................................................................25

Quadro 4: Determinação dos parâmetros Físico-químicos e bacteriológicos das amostras

coletadas no dia 13/02/2012 (FOZ DO BRASIL/BIOAGRI)......................................................25

LISTA DE FOTOS:

FOTO 1 – Quadro de Comando da Elevatória..........................................................................16

FOTO 2 – Córrego ao lado da Estação Elevatória de Córrego dos Monos..............................16

FOTO 3: Placa de identificação da ETE...................................................................................17

FOTO 4: Vista da entrada da ETE............................................................................................17

FOTO 5: Aviso de área restrita.................................................................................................18

FOTO 6: Aviso de Risco Biológico............................................................................................18

FOTO 7: Muro de delimitação da área da ETE.........................................................................18

FOTO 8: Lançamento do efluente tratado no córrego ao lado da ETE....................................19

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1. IDENTIFICAÇÃO DA AGERSA:

AGERSA

Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos

Delegados de Cachoeiro de Itapemirim

Endereço: Rua Prof. Quintiliano Azevedo, 31 – Ed. Guandu Center – 6º andar – Guandu – CEP: 29300-195

Cidade: Cachoeiro de Itapemirim - ES

Telefone: (28) 3511-7077 / (28) 9917-3262

CNPJ: 03.311.730/0001-00

Responsável:

Nome: Daisy Fiorio Tirelo de Carvalho

Função: Diretora Técnica de Saneamento

Telefone: xxxxxxxxxxxxxxx

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2. IDENTIFICADOR DO PRESTADOR DE SERVIÇO:

EMPRESA:

FOZ DO BRASIL S.A.

UNIDADE: FOZ DE CACHOEIRO S.A.

Endereço: Praça Alvim Silveira, nº 1, Ilha da Luz

Cidade: CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – ES

Telefone: (28) 2101-3300

C.N.P.J. : 02.628.150/0001-70

Área: TRATAMENTO DE ESGOTO

Responsável: Rodrigo Ismael Lacerda

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3. CARACTERÍSTICAS DA FISCALIZAÇÃO:

Tipo de Fiscalização Fiscalização INICIAL

Unidade Fiscalizada Estação de Tratamento de Esgoto do Distrito de Córrego dos

Monos - Cachoeiro de Itapemirim – ES.

Localidade Córrego dos Monos

Escopo Sistema de Esgotamento Sanitário – Técnico Operacional e

Comercial

Data da inspeção de

campo

29/11/2012

Legislação Resolução CONAMA nº 430/2011

Lei Federal nº 11.445/2007

Contrato de Concessão 029/98

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4. OBJETIVO:

Este relatório detalha a ação de fiscalização direta realizada pela AGERSA, de acordo com a

localidade e escopo selecionados, em cumprimento dos termos estabelecidos no

CONTRATO DE CONCESSÃO 029/98.

O objetivo desta ação de fiscalização é realizar um diagnóstico das condições técnicas e

operacionais e determinar o grau de conformidade do sistema fiscalizado levando-se em

consideração os requisitos de qualidade que o serviço deve oferecer, em concordância com

as legislações pertinentes, dando ênfase à verificação do cumprimento, pela FOZ DE

CACHOEIRO S.A., das metas estabelecidas no citado Contrato de Concessão.

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5. METODOLOGIA:

A metodologia para desenvolvimento das ações compreendeu os procedimentos de vistorias

técnicas, levantamentos em campo, coleta de amostras de esgoto, obtenção de informações

e dados gerais do sistema, identificação e frequência de ocorrências.

A vistoria foi acompanhada pelo Sr. Rodrigo Ismael Lacerda, responsável pelo tratamento de

esgoto da Concessionária e pelo Sr. Leonardo, responsável pelo laboratório da ETE, que se

encarregaram de explicar a operação e a função de cada unidade operacional e

equipamentos.

5.1 Cronograma de Trabalhos

PERÍODO 5ª FEIRA (29/11/2012)

MANHÃ Inspeção nas estações elevatórias de esgoto;

Inspeção na ETE e corpo receptor; Inspeção na rede coletora de esgoto.

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5.2 Áreas e Segmentos Auditados

A seguir, estão apresentadas as áreas fiscalizadas, constando todos os itens e segmentos

que orientaram os trabalhos de fiscalização.

ÁREA FISCALIZADA ITEM FISCALIZADO SEGMENTO FISCALIZADO

TÉCNICO-

OPERACIONAL

Rede Coletora - Operação e manutenção;

- Limpeza e inspeção.

ETE - Segurança, conservação e

limpeza;

- Operação e manutenção;

- Corpo receptor.

CONTROLE Controle da qualidade do esgoto tratado

- Monitoramento do sistema de

tratamento de esgoto.

QUALIDADE Controle do esgoto tratado em atendimento à legislação ambiental

- Laudos gerados pelo

monitoramento da Foz de

Cachoeiro.

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6. DESCRIÇÃO DO SISTEMA EXISTENTE:

6.1 Coleta e Transporte de Esgoto Bruto:

Rede Coletora

A extensão total da rede coletora de esgoto que lança os efluentes na ETE de Córrego dos

Monos é de 550 metros, o que representa cerca 300 ligações prediais ativas de coleta de

esgoto.

Estação Elevatória de Esgoto:

O Distrito de Córrego dos Monos, cujo efluente é tratado na ETE Córrego dos Monos, possui

em seu Sistema de Esgotamento Sanitário – SES (Mapa em Anexo) uma Estação Elevatória

de Esgoto Bruto – EEEB com as especificações apresentadas no Quadro abaixo.

Estação Elevatória Quantidade Vazão (l/s) Potência (CV)

EEE – Córrego dos Monos 1 1,16 5

6.2 Estação de Tratamento de Esgoto – ETE Córrego dos Monos

Descrição do Processo

O sistema consiste em uma unidade de pré-tratamento (subdividido em quatro unidades de

tratamento, a saber: gradeamento, desarenação, calha Parshall e caixa de gordura), seguido

por um sistema de fossa séptica e filtro anaeróbio, com decantação final.

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Figura 01 – Fluxograma do sistema de tratamento de esgoto de Córrego dos Monos

A grade tem por finalidade reter os sólidos de dimensões superiores a 15,00 mm de modo a

impedir que esses materiais venham causar problemas operacionais nas unidades

subsequentes do processo. Existem duas grades de limpeza manual que estão localizadas

entre a câmara de chegada do esgoto e o desarenador. Os sólidos com dimensões maiores

que 15,00 mm ficarão retidos pelas barras paralelas das grades e serão removidos,

manualmente, através de um rastelo, e armazenados em contentores com capacidade de 100

litros. Após cheio, o contentor será transportado para a área do aterro sanitário, em Cariacica.

O desarenador tem como finalidade extrair do esgoto bruto, por sedimentação, areia grossa

e fina, partículas minerais diversas, evitando não só sedimentos nas canaletas e tubulações,

mas também a abrasão de equipamentos e de unidades subsequentes, que possam

comprometer a fase seguinte do tratamento. A cada período de 15 a 20 dias, o desarenador

deverá ser limpo. A areia poderá ser removida, manualmente, após a drenagem do líquido, ou

através de sucção do caminhão limpa fossa. A areia poderá ser colocada em uma caçamba

ou conteiners, devidamente fechados, e levada para o aterro sanitário, ou se coletada pelo

caminhão limpa fossa, poderá ser destinada ao sistema de gerenciamento de sólidos da ETE

da Sede.

A calha Parshal é um medidor de vazões instantâneas, horárias e diárias dos esgotos

afluentes à ETE. A correlação da vazão diária com outros dados permitirá o monitoramento

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adequado da estação de tratamento. O operador da ETE deverá verificar se não existe

qualquer tipo de obstrução na garganta da Calha Parshall, para que não ocorram erros de

leitura.

A finalidade da caixa de gordura é a separação e a retirada de óleos e graxa do meio líquido

afluente à ETE e se localiza a jusante da calha Parshall. A sua operação consiste apenas na

retirada do sobrenadante, quando houver bastante acúmulo de material. O material

descartado será depositado no mesmo contentor utilizado para acumular material do

gradeamento.

A caixa divisora de vazão tem a função de dividir equitativamente a vazão total afluente à

ETE entre os dois módulos de tratamento previstos. Caso apenas um dos módulos da ETE

seja sendo utilizado, poderá ser feita a retirada de um dos vertedores e no lugar inserido um

stop-log.

A finalidade dos tanques sépticos é deter os despejos domésticos por um período de tempo

previamente estabelecido, de modo a permitir a decantação de sólidos e retenção de

materiais graxos que por ventura estão contidos nos esgotos, propiciando a decomposição

dos sólidos orgânicos decantados no seu próprio interior e acumular temporariamente os

resíduos, com volume reduzido pela digestão anaeróbia, até que sejam removidos. Como

resultado final há uma redução da carga orgânica e da carga de sólidos no efluente da

unidade. A limpeza é realizada pelos tubos guias , localizados nos canais de inspeção do

tanque, para retirada do lodo em excesso. O lodo proveniente da limpeza do tanque séptico é

sugado por caminhões tanques que dará a destinação adequada ao lodo retirado. Não é

recomendável que seja retirado todo o lodo (ativado) do tanque séptico. É conveniente que se

deixe cerca de 20% deste lodo para facilitar o reinício do processo, após a limpeza.

O filtro anaeróbio consiste em um tanque contendo material inerte que serve de suporte

para aderência e desenvolvimento de microorganismos, constituindo um leito com elevado

grau de vazios. O principal objetivo dos reatores anaeróbios com fluxo através de lodo ativo é

propiciar maior tempo de retenção celular, para obter contato longo entre a biomassa ativa e o

esgoto a ser tratado. Os filtros anaeróbios são a segunda unidade de tratamento, localizados

a jusante do tanque séptico. A limpeza será realizada pelos tubos guias, localizados nos

canais de inspeção do filtro, para retirada do lodo em excesso, abaixo do fundo falso. O lodo

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proveniente da limpeza será sugado por caminhões tanques, que dará a destinação

adequada ao lodo retirado.

O decantador é uma unidade de tratamento final que tem como objetivo clarificar o efluente

final, removendo sólidos sedimentáveis em suspensão e fica localizado a jusante dos filtros

anaeróbios. Ao realizar a limpeza do decantador, o efluente líquido remanescente deverá ser

succionado por caminhões tanques e encaminhado ao sistema gerencial de lodo.

A discriminação completa das características das unidades operacionais e das informações

técnicas do Sistema de Esgotamento Sanitário do Distrito de Córrego dos Monos consta no

Processo AGERSA Nº 1135391 (protocolo 42141/2012).

Estrutura Física e Recursos Humanos para Operação:

A equipe é composta por um Responsável pelo Programa de Tratamento de Esgoto, um

Analista de Laboratório, dois Operadores e um responsável pela limpeza da área (Quadro

abaixo). Além dessa, há equipes de apoio que auxiliam na manutenção da estação, tais

como:

Obras: capina, calçamento, pintura;

Manutenção Eletromecânica: reparos em bombeamentos, válvulas, iluminação;

Manutenção de Redes: interligação de redes de água e esgoto, limpeza de pátio.

Essa equipe tem como base a ETE da Sede do município. Quando necessário, eles se

deslocam até o distrito para fazer o atendimento necessário.

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Estrutura operacional local de apoio às atividades de tratamento de esgoto:

Quantidade Turno de trabalho

Regime de trabalho Dias da semana

Função

1 8:00-18:00 Administrativo Segunda a

sexta

Responsável pelo Programa de Tratamento

de Esgoto

2 6:00-18:00 Escala de

revezamento (2 por 2) Segunda a domingo

Operador de tratamento

1 7:00-17:30 Administrativo Segunda a

sexta Analista de Laboratório

1 7:00-17:00 Administrativo Segunda a

sexta Serviços Gerais

Nota: Acima são destacados os integrantes que trabalham diretamente na ETE. Vale ressaltar que dentre os serviços de apoio ao funcionamento da estação estão: P&O, Saude, Segurança do Trabalho, Qualidade e Meio Ambiente, Administrativo, Financeiro, Suprimentos, TI, Manutenção de Redes, Manutenção Eletromecânica, Obras.

Veículos:

Tipo de Veículo Quantidade

Carro 1

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7. DESCRIÇÃO DOS FATOS LEVANTADOS:

Neste item serão listados os fatos verificados durante a inspeção de campo no Sistema de

Esgotamento Sanitário de Córrego dos Monos, como também os fatos apurados em função

das informações coletadas junto a Foz do Brasil.

7.1 Área Fiscalizada: Técno-Operacional

Rede Coletora

Segmento Fiscalizado – Operação e Manutenção

- A Foz do Brasil possui cadastro técnico da rede coletora do SES de Córrego dos Monos;

- A concessionária possui controle operacional do SES de Córrego dos Monos realizando

limpezas periódicas nas caixas especiais com a retirada de areia e entulho retido nos

gradeamentos instalados em locais estratégicos ao longo das redes coletoras. Além disso,

sempre que uma nova rede significativa de esgoto é construída, são analisados e

considerados os parâmetros hidráulicos como: tensão trativa, raio hidráulico, lamina d’água.

Segmento Fiscalizado – Limpeza e Inspeção

- As manutenções preventivas são realizadas pelas áreas (Eletromecânica: equipamentos;

Manutenção de Redes: rede coletora, gradeamento; Obras: limpeza área externa das

unidades) conforme programação anual e/ou de acordo com a demanda observada ao longo

da operação. Em cada área há uma equipe que executa essas manutenções, que são

acompanhadas mensalmente pelo líder da área;

- As manutenções corretivas são efetuadas sempre que há alguma demanda. Essas são

sinalizadas pelo Cliente, AGERSA ou a própria equipe da Foz.

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Elevatória

Segmento Fiscalizado – Operação e Manutenção

- O material da ETE do distrito de Córrego dos Monos, inclusive da Elevatória, é retirado pela

equipe de manutenção de redes que deposita os resíduos em uma caçamba específica

localizada na ETE Coronel Borges. Posteriormente o resíduo é destinado para aterro

sanitário em Cariacica.

- Na EEE de Córrego dos Monos foi constatado (FOTO 1):

- Ausência de extintor de incêndio;

- Ausência de Iluminação externa no quadro de comando do conjunto

moto-bomba;

- Ausência de placa de identificação da elevatória;

-Ausência de grupo gerador.

FOTO 1 – Quadro de Comando da Elevatória

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- Existe extravasor na EEE, caso seja necessário, lança esgoto bruto no córrego localizado ao

lado da estação elevatória.(FOTO 2)

FOTO 2 – Córrego ao lado da Estação Elevatória de

Córrego dos Monos

ETE

Segmento Fiscalizado – Segurança, operação e Manutenção

- A ETE de Córrego dos Monos é composta por uma unidade de pré tratamento, seguido por

um sistema de fossa séptica e filtro anaeróbio, com decantação final;

- A ETE de Córrego dos Monos apresenta placa de identificação; (FOTOS 3 e 4)

- A ETE de Córrego dos Monos possui placas de identificação de acesso restrito e de riscos

biológicos; (FOTOS 5 e 6)

- A Foz do Brasil possui manual de operação e manutenção da ETE, inclusive programa de

manutenção preventiva e corretiva; (Ofício GOP Nº 152/2012 – Protocolo AGERSA Nº

42141/2012)

- A Foz do Brasil possui as licenças necessárias para a operação do SES de Córrego dos

Monos (Ofício GOP Nº 152/2012 – Protocolo AGERSA Nº 42141/2012)

- O muro de delimitação da área está em bom estado de conservação, exceto em uma das

paredes, que existe um buraco. (FOTO 7)

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FOTO 3: Placa de identificação da ETE FOTO 4: Vista da entrada da ETE

FOTO 5: Aviso de área restrita FOTO 6: Aviso de Risco Biológico

FOTO 7: Muro de delimitação da área da ETE

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Segmento Fiscalizado: Tratamento Preliminar

- A unidade de tratamento preliminar é composta de gradeamento, desarenação, Calha

Parshall e caixa de gordura, em bom estado de conservação e funcionamento.

- O material retido no gradeamento é retirado manualmente, através de uso de rastelo e pá, e

lançados em caçambas e encaminhados para a ETE da SEDE. Posteriormente o resíduo é

transportado para o aterro sanitário.

- O material retido nas demais etapas do processo é retirado através do caminhão limpa fossa

e encaminhados para a ETE principal.

Segmento Fiscalizado: Corpo Receptor

A ETE de Córrego dos Monos lança o efluente tratado em um córrego ao lado da Estação. De

acordo com o técnico da Foz do Brasil, já está no cronograma da empresa o envelopamento

do tubo por onde passa o efluente tratato. (FOTO 8)

FOTO 8: Lançamento do efluente tratado no córrego ao lado da ETE

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Segmento Fiscalizado: Saúde Ocupacional dos Empregados

Os integrantes que atuam na estação de tratamento de esgoto são submetidos ao programa

de Saúde Ocupacional da Foz do Brasil. Seguem algumas ações do programa de controle

para risco biológico:

Controle médico clínico periodicamente;

Controle sorológico para hepatite B;

Vacinação contra hepatite A e B;

Parasitológico de fezes;

Treinamentos específicos sobre risco biológico;

Aplicação de medidas de controle especifica (Equipamento de proteção Coletivo e/ou

individual).

7.2 Área Fiscalizada: Controle

Controle de qualidade do esgoto tratado

Segmento Auditado: Monitoramento do Sistema de Tratamento

de Esgoto

- Através do ofício OF. AGERSA/Foz do Brasil Nº 158/2012 (Protocolo 42141/2012) a

AGERSA solicitou a Foz do Brasil informações sobre o tratamento de esgoto do SES de

Córrego dos Monos. A concessionária se manifestou através do OFÍCIO GOP Nº 152/2012

(Protocolo 42141/2012).

- O plano de monitoramento e controle da ETE de Córrego dos Monos (Foz do Brasil)

determina Frequência Mensal para os parâmetros: oxigênio dissolvido, temperatura, DQO,

DBO, pH, SSTotais, SSFixos, SSVoláteis, Coliformes termotolerantes, sólidos sedimentáveis

e vazão ( Entrada, Fossa + Filtro e Saída) e Frequência Trimestral para os parâmetros:

oxigênio dissolvido, temperatura DQO e DBO (a Montante e a Jusante do emissário da ETE

Córrego dos Monos).

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7.3 Área Fiscalizada: Qualidade

Qualidade do esgoto tratado e atendimento à legislação ambiental

Segmento Fiscalizado: Laudos Gerados pelo monitoramento da Foz do Brasil

- O lançamento de efluentes líquidos em corpos d´água no Estado do Espírito Santo está

submentido a dois instrumentos legais: a Resolução CONAMA nº 430/2011 (legislação

federal) e a Outorga emitida pelo IEMA - Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos

Hídricos (legislação estadual).

- A Resolução CONAMA 430/2011 estabelece em seu artigo 4, os padrões de lançamento

aos quais deverão obedecer quaisquer efluentes provenientes de fonte poluidora a serem

lançados, direta ou indiretamente, nos corpos d´água. (Quadro 1)

Quadro 1 – Padrões de Lançamento estabelecidos no artigo 34 da Resolução CONAMA nº

430/2011.

Parâmetro Mínimo Máximo Unidade

pH 5,0 9,0 -

Sólidos sedimentáveis - 1,0 mL/L

Amônia - 5,0 mgN/l

Sulfeto - 1,0 mgS/L

Óleos Minerais - 20 mg/L

Óleos vegetais e gorduras animais - 50 mg/L

Ausência de materiais flutuantes - - -

- A Portaria de OUTORGA Nº 855 de 09 de Novembro de 2010 dispõe sobre padrões e

condições para lançamento de efluentes no Córrego dos Monos, região hidrográfica do Rio

Itapemirim, Município de Cachoeiro de Itapemirim, requerida através do processo IEMA nº

50793853.

- O Quadro 2, a seguir, apresenta os principais padrões de lançamento de efluentes no

Córrego dos Monos, de acordo com a Portaria de OUTORGA nº 855, de 09 de Novembro de

2010.

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Quadro 2 – Padrões de Lançamento estabelecidos na Portaria de Outorga nº 855 de 09 de

Novembro de 2010.

Parâmetro

Portaria de Outorga nº 855 de 09 de

Novembro de 2010

(Valores Máximos)

Concentração Máxima de DBO no

Efluente lançado

65 mg/L

Dados de Lançamento 4,5 L/s

Segmento Fiscalizado: Campanha de Amostragem pela AGERSA em conjunto

com a Foz do Brasil

- As amostras foram coletadas pela AGERSA em conjunto com a Foz do Brasil, no dia

13/02/2012. A coleta das amostras da AGERSA foi realizada pelo laboratório CETAN

acompanhados por técnicos da agência.

- As amostras bacteriológicas e físico-químicas foram analisadas por meio de amostras

simples. Os resultados (folas 15 e 16, 52 a 57 do processo AGERSA nº 1118688, protocolo

16874/2012) estão apresentados nos quadros 3 e 4, a seguir:

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Quadro 3: Determinação dos parâmetros Físico-químicos e bacteriológicos das amostras

coletadas no dia 13/02/2012 (AGERSA/CETAN).

CETAN

Ensaio Resultado Unidade

pH 6,5 ± 0,1

DBO 236 ± 1,9 mg/LO₂

Óleos Minerais 26,9 ± 0,87 mg/L

Óleo Vegetais / Gorduras animais

82,3 ± 1,6 mg/L

Sólidos Sedimentáveis 3,5 ± 0,056 mL/L

Nitrogênio Amoniacal 45,0 ± 1 mg/L

Sulfeto 1,9 ± 0,043 mg/L

Sólidos Suspensos Totais 294 ± 6 mg/L

Oxigênio Dissolvido ˂ 0,85 mg/LO₂

DQO 350 ± 2,8 mg/LO₂

Sulfato 45,1 ± 1 mg/L

Coliformes Termotolerantes 1,6 x10⁸ NMP/100mL

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Quadro 4: Determinação dos parâmetros Físico-químicos e bacteriológicos das amostras

coletadas no dia 13/02/2012 (FOZ DO BRASIL/BIOAGRI)

FOZ DO BRASIL / BIOAGRI

Ensaio Resultado Unidade

pH 6,84 uPh

DBO 40 mg/L

Óleos Minerais 4 mg/L

Óleo Vegetais / Gorduras animais

4 mg/L

Sólidos Sedimentáveis ˂0,1 mL/L

Nitrogênio Amoniacal 40,9 mg/L

Sulfeto ˂1 mg/L

Sólidos Suspensos Totais 38 mg/L

Oxigênio Dissolvido 2,02 mg/L

DQO 147 mg/L

Sulfato ˂20 mg/L

Coliformes Termotolerantes 2,4 x10⁵ NMP/100mL

- De acordo com os resultados obtidos, todos os parâmetros estão em conformidade

com as legislações vigentes.

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8. CONSTATAÇÕES E NÃO CONFORMIDADES:

CONSTATAÇÃO (C1):

Na elevatória:

- Ausência de extintor de incêndio;

- Ausência de Iluminação externa no quadro de comando do conjunto moto-bomba;

- Ausência de placa de identificação da elevatória;

-Ausência de grupo gerador.

CONSTATAÇÃO (C2):

Na ETE:

- Parte do muro danificada.

CONSTATAÇÃO (C3):

No CORPO RECEPTOR:

- Tubulação do emissário não está envelopada.

9. DETERMINAÇÕES:

A Foz do Brasil deverá apresentar a AGERSA justificativas quanto à ausência dos

equipamentos mencionados na constatação C1, bem como um cronograma para realização

da C2 e C3.

PRAZO PARA ATENDIMENTO: 30 DIAS

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10. RESPONSÁVEL PELA AÇÃO DE FISCALIZAÇÃO:

Engenheira Civil: Daisy Fiorio Tirelo de Carvalho – AGERSA

Diretora Técnica de Saneamento