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Gesp.007.03 INSTITUTO ESCOLA S RELA AN RELATÓRIO PARA A O POLITÉCNICO DA GUARDA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃ TÓRIO DE ESTÁGI NA RITA FRANCISCO D OS SANTOS A OBT ENÇÃO DO DIPLOMA DE ESPE TECNOLÓGICA EM CONDUÇÃO DE OBRA Setembro/2009 (Conclusão do estágio) ÃO IO ECIALI ZAÇÃO

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Gesp.007.03

INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E

R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

ANA RITA FRANCISCO D

RELATÓRIO PARA A OBT

INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

ANA RITA FRANCISCO DOS SANTOS

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO DIPLOMA DE ESPECIALI

TECNOLÓGICA

EM CONDUÇÃO DE OBRA

Setembro/2009 (Conclusão do estágio)

ESTÃO

R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

DIPLOMA DE ESPECIALIZAÇÃO

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Agradecimentos:

Após a conclusão desta etapa, quero agradecer a todos aqueles, que de alguma forma

contribuíram para edificar esta construção.

Principalmente a Ti por toda a dedicação, apoio, paciência, carinho e amor que

sempre me deste. Aos meus pais e mano por existirem e me fazerem crescer e aprender.

Ao meu Avô. A todos os colegas e amigos, pela companhia, pelas convivências. Aos

Professores, por tudo o que nos ensinaram e pelo apoio dado. À empresa Construções

Fortunato Canhoto & Filhos, Lda., e aos seus colaboradores a oportunidade que me

proporcionaram para a aplicação em contexto real de trabalho, dos conhecimentos

teóricos adquiridos, durante e após o estágio curricular.

Aos que não refiro, mas que estão no meu pensamento.

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Ficha de identificação:

Identificação da Estudante / Estagiária:

Nome: Ana Rita Francisco dos Santos

Morada: Quinta Cimeira 6250 – 173 Belmonte

Contactos:

Tel. 968 168 238

E-mail: [email protected]

Identificação da instituição:

Nome: Construções Fortunato Canhoto & Filhos, Lda.

NIF: 505 757 923

Sede: Sítio Fonte do Soldado 6250 – 074 Belmonte

Tel. 275 911 870

Fax. 275 912 011

E-mail: [email protected] Web: www.cfcf.web.pt

Data de início de estágio: 01 / 07 / 2009

Data de fim de estágio: 17 / 09 /2009

Nome do tutor na instituição: Exmo. Sr. José Manuel Fortunato Canhoto

Nome do orientador da ESTG: Professor Eng.º José Carlos Almeida

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Plano de estágio curricular:

No decorrer do estágio curricular, pretende-se incidir nos seguintes factores:

* organização de processos para concursos públicos;

* documentação (organização); contacto com fornecedores – pedido de

cotações; auxílio/colaboração na análise de projectos e detecção de erros e

omissões; cálculo de preço unitário (custos de mão-de-obra, equipamento e

materiais), elaboração de lista de preços unitários para o dono de obra;

* auxílio na elaboração de programa de trabalhos definitivo, elaboração de

listagem de materiais a aplicar em obra, auxílio no planeamento da

empreitada, controlo de quantidades / custos (material, mão-de-obra,

equipamento). Auxílio em medições e processamento de autos e respectiva

facturação no programa existente;

* acompanhamento de obras.

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Resumo

Serve o presente para apresentação do relatório de estágio do Curso de

Especialização Tecnológica de Condução de Obra e obtenção do Diploma de nível 4 em

Condução de Obra.

Irão ser apresentadas as actividades desenvolvidas nas empreitadas executadas pela

empresa Construções Fortunato Canhoto & Filhos, Lda., com sede em Belmonte,

durante o período de estágio.

Foram acompanhados concursos, analisados projectos e apresentadas propostas para

obras públicas, efectuados controlos de custos e materiais, assim como a sua

quantificação, estudada uma hipótese para a travessia de uma pequena ribeira e

trabalhos relativos a pavimentações de caminhos rurais e agrícolas.

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Índice de texto:

1 - Caracterização da Instituição ...................................................................................... 1

Quadro de equipamento ................................................................................................ 4

2 - Objectivos do Trabalho ............................................................................................... 8

3. Metodologia utilizada ................................................................................................... 9

4. Trabalho desenvolvido ............................................................................................... 10

4.1. Enquadramento .................................................................................................... 10

4.1.1. Medições de projecto e em obra .................................................................... 10

4.1.2. Decreto-Lei 18/2008, de 29 de Janeiro ......................................................... 12

4.1.3. Selecção de materiais e pedido de cotação .................................................... 16

4.1.4. Aprovisionamento de materiais ..................................................................... 17

4.1.5. Cálculo de materiais ...................................................................................... 17

4.1.6. Orçamentação / Elaboração de lista de preços unitários ............................... 18

4.1.7. Celebração de Contratos................................................................................ 21

4.1.8. Auto de consignação ..................................................................................... 22

4.1.9. Auto de medição............................................................................................ 22

4.1.10. Autos de recepção provisória e definitiva ................................................... 22

4.1.11. Pagamentos.................................................................................................. 23

4.1.12. Processos construtivos................................................................................. 23

4.2. Acompanhamento de obras .................................................................................. 26

4.2.1. Construção de pavilhão - 2.5 Vinhos de Belmonte ....................................... 26

4.2.2. Pavimentação de diversos caminhos Agrícolas/Rurais: ................................ 32

4.2.3. Conservação/beneficiação das estradas: Maçaínhas / Olas / cruzamento dos Trigais / Inguias. ...................................................................................................... 42

4.2.4. Pontão do Moinho Redondo .......................................................................... 46

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.2.5. Requalificação urbana da EM 504, entre a Lanofabril e a ponte de Cantar Galo ......................................................................................................................... 49

4.2.6. Reparação de roturas em condutas de abastecimento de águas .................... 51

5. Conclusão ................................................................................................................... 54

6. Bibliografia ................................................................................................................. 56

7. Anexos ........................................................................................................................ 57

8. Peças desenhadas ........................................................................................................ 78

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Índice de figuras:

Fig. 1 – Planta de estaleiro central. ................................................................................... 3

Fig. 2 – Construção de adega: início de movimentação de terras .................................. 26

Fig. 3 - Construção de adega: escavação em rocha ........................................................ 27

Fig. 4 – Construção de adega: zona de aterro. ................................................................ 27

Fig. 5 – Construção de adega: fase de montagem de estrutura pré-fabricada do edifício. ........................................................................................................................................ 28

Fig. 6 – Construção de adega: abertura de valas para rede de águas pluviais, no interior do edifício. ...................................................................................................................... 28

Fig. 7 – Construção de adega: colocação e compactação de ABGE .............................. 29

Fig. 8 – Caminho da Fonte do Soldado: sinalização de informação de obra. ................ 33

Fig. 9 – Caminho Fonte do Soldado: após pavimentação e execução de bermas. ......... 34

Fig. 10 – Caminho Grasil: início dos trabalhos. ............................................................. 34

Fig. 11 – Caminho Grasil: início dos trabalhos. ............................................................. 35

Fig. 12 – Caminho Grasil: após execução de base em ABGE. ...................................... 35

Fig. 13 – Caminho Grasil: colocação de camada de desgaste, com mistura betuminosa a quente. ............................................................................................................................ 36

Fig. 14 – Caminho Grasil: camada de desgaste, antes de compactação. ........................ 36

Fig. 15 – Caminho Grasil: temperatura da mistura betuminosa, após aplicação. .......... 37

Fig. 16 – Caminho Rural São Marcos: corte transversal do pavimento. ........................ 37

Fig. 17 – Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: intervenção em curva, incluindo fresagem, saneamento, execução de sobrelargura e reforço com mistura betuminosa a quente. ...................................................................................................... 42

Fig. 18 - Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: intervenção em recta, incluindo fresagem, saneamento e reforço com mistura betuminosa a quente. .... 43

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Fig. 19 – Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: intervenção em curva, incluindo fresagem, saneamento, execução de sobrelargura e reforço com mistura betuminosa a quente. ...................................................................................................... 43

Fig. 20 – Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: aplicação de Slurry Seal. ................................................................................................................................ 44

Fig. 21 – Pontão do Moinho Redondo: encontros no leito da ribeira. ............................ 46

Fig. 22 – Pontão do Moinho Redondo: lajes alveolares e armadura em malhasol. ........ 47

Fig. 23 – Pontão do Moinho Redondo: plataforma após execução de lâmina de compressão e acessos...................................................................................................... 47

Fig. 24 – Requalificação urbana EM 504 e a ponte de Cantar Galo: local de início da intervenção – zona dos passeios. .................................................................................... 49

Fig. 25 – Requalificação urbana EM 504 e a ponte de Cantar Galo: zona de intervenção. ........................................................................................................................................ 50

Fig. 26 – Requalificação urbana EM 504 e a ponte de Cantar Galo: zona de intervenção. ........................................................................................................................................ 50

Fig. 27 – Reparação de rotura em Caria: escavação ....................................................... 52

Fig. 28 – Reparação de rotura em Maçaínhas: Tubo PVC. ............................................ 53

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Índice de quadros

Quadro 1 – Unidades de medida base ............................................................................ 10

Quadro 2 – Mapa comparativo de preços – camada mistura betuminosa a quente ........ 17

Quadro 3 – Baridade de materiais .................................................................................. 18

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Índice de anexos:

Anexo I – Alvará de Construção n.º 43412 .................................................................... 58

Anexo II – Pedido de garantia bancária da pavimentação do caminho da Horta da Pimenta ........................................................................................................................... 60

Anexo III – Ficha técnica de material britado de granulometria extensa aplicado na base dos caminhos efectuados

Anexo I – Alvará de Construção n.º 43412 .................................................................... 58

Anexo II – Pedido de garantia bancária da pavimentação do caminho da Horta da Pimenta ........................................................................................................................... 60

Anexo III – Ficha técnica de material britado de granulometria extensa aplicado na base dos caminhos efectuados ................................................................................................ 61

Anexo IV – Pedido de cotação de emulsão catiónica ..................................................... 62

Anexo V – Medições das peças desenhadas n.º 1 e 2 do Caminho do Depósito Velho (parciais) ......................................................................................................................... 63

Anexo VI – Envio de erros e omissões caminho do Depósito Velho............................ 64

Anexo VII – Elaboração de proposta caminho Depósito Velho – declaração conforme anexo I do CCP e proposta ............................................................................................ 65

Anexo VIII – Declaração conforme anexo II do CCP: ................................................. 69

Anexo IX – Auto de medição caminho da Grasil ........................................................... 71

Anexo XI – Desenho pormenor das lajes aplicadas no pontão ...................................... 75

Anexo XII – Guia de remessa de betão aplicado em betonagem no pontão do Moinho Redondo .......................................................................................................................... 76

Anexo XIII – Auto de reparação de roturas ................................................................... 77

........................................................................................................................................ 61

Anexo IV – Pedido de cotação de emulsão catiónica ..................................................... 62

Anexo V – Medições das peças desenhadas n.º 1 e 2 do caminho do Depósito Velho (parciais) ......................................................................................................................... 63

Anexo VI - Envio de erros e omissões caminho do Depósito Velho ............................ 64

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Anexo VII – Elaboração de proposta caminho Depósito Velho – declaração conforme anexo I do CCP e proposta ............................................................................................ 65

Anexo VIII - Declaração conforme anexo II do CCP: .................................................. 69

Anexo IX - Auto de medição caminho da Grasil ........................................................... 71

Anexo X – Dimensionamento do pontão do Moinho Redondo ..................................... 72

Anexo XI – Desenho pormenor das lajes aplicadas no pontão ...................................... 75

Anexo XII – Guia de remessa de betão aplicado em betonagem no pontão do Moinho Redondo .......................................................................................................................... 76

Anexo XIII – Auto de reparação de roturas ................................................................... 77

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Índice de peças desenhadas:

Peça desenhada n.º 1 – perfil transversal do caminho do Depósito Velho ..................... 79

Peça desenhada n.º 2 – perfil longitudinal do caminho do Depósito Velho ................... 82

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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1 - Caracterização da Instituição

A sociedade por quotas Construções Fortunato Canhoto & Filhos, Lda., constituída a

26 de Setembro de 2001, pelos sócios José Manuel Fortunato Canhoto, Tiago Miguel

Fernandes Canhoto e Cátia Daniela Fernandes Canhoto, com sede em Sítio Fonte do

Soldado – 6250-074 Belmonte, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de

Belmonte sob o nº 214, com o capital social de €149.000,00 é detentora do Número de

Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC) 505757923 e tem como objecto social a

construção civil e obras públicas, demolições, terraplanagens, compra e venda de bens

imóveis e comércio de materiais de construção.

A constituição da referida empresa assenta já sobre mais de 25 anos de experiência

do sócio-gerente, na altura enquanto empresário em nome individual, no ramo da

silvicultura (exploração florestal), da construção civil (nomeadamente de vários blocos

habitacionais). Com esta alteração pretendeu-se sobretudo diversificar os serviços

prestados.

Com início de actividade no ano de 2002, a empresa começou a laborar na área das

obras públicas, através de subempreitadas, maioritariamente com a realização de

trabalhos de movimentação de terras. A experiência e o “know-how” adquiridos nas

empreitadas executadas, bem como as oportunidades de negócio surgidas, fazem com

que a tendência seja a especialização nas seguintes áreas: vias de comunicação

(construção/ beneficiação/ requalificação) e infra-estruturas hidráulicas. Desde o início,

tem realizado obras particulares e públicas, representado estas últimas cerca de 70 % do

volume de negócios anual, da globalidade das obras executadas 85 % são realizadas

directamente com o dono de obra.

Desde a sua existência que está habilitada para a realização de obras de construção,

possuindo Alvará de Construção nº 43412, emitido pelo Instituto da Construção e do

Imobiliário (InCI), o qual têm mantido inalterado com a 4ª classe, para a execução de

obras no valor máximo de 1.328.000,00 €uros, tenciona-se a curto prazo revalidar com a

mesma classe máxima, embora aumentando as categorias/ subcategorias detidas (em

número e valor).

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Em virtude da dimensão da empresa, as obras que realiza centram-se sobretudo na

Beira Interior, sem contudo descurar a possibilidade de execução de obras noutras

zonas, quando seja viável a deslocação de meios e equipamentos e a obra se inserir nas

áreas de actuação da empresa.

As Construções Fortunato Canhoto & Filhos, Lda. possuem um quadro de recursos

humanos com carácter permanente, com diversas qualificações e especializações, cujo

objectivo consiste sempre em obter a melhor solução no mais curto espaço de tempo,

nunca perdendo de vista a relação custo/benefício, bem como a total segurança dos

intervenientes no processo, desta forma a formação contínua dos trabalhadores é uma

preocupação constante.

O quadro de recursos humanos da empresa é composto por:

1 – Gerente

1 – Engenheiro Civil

1 – Engenheiro Técnico Civil

1 – Medidor Orçamentista

1 – Assistente Administrativa

10 – Funcionários de produção (encarregado, manobradores de equipamentos,

motoristas, pedreiro, serventes, calceteiro e canalizador)

No estaleiro central da empresa, encontra-se instalada a oficina de manutenção para

equipamentos e viaturas, armazém de materiais, escritórios, parque de máquinas e

equipamentos.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Possui um parque de viaturas/equipamentos com capacidade para assegurar todos os

trabalhos adjudicados de modo eficiente e rápido, sem ter de recorrer permanentemente

ao mercado de aluguer. O referido equipamento tem uma idade média inferior a 8 anos e

encontra-se em perfeito estado de conservação/manutenção. Investe-se continuamente

na modernização tecnológica de viaturas e equipamentos.

Fig. 1 – Planta de estaleiro central – fonte www.google.pt/maps

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

Quadro de equipamento

CET Condução de Obra

quipamento

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

CET Condução de Obra

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

CET Condução de Obra

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

CET Condução de Obra

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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2 - Objectivos do Trabalho

Os objectivos a que a estagiária se propôs, incidem fundamentalmente na área de

actuação da Empresa de acolhimento, nomeadamente obras públicas, terraplanagens,

obras de abastecimento de água e saneamento. Pretende-se para além do desempenho da

função, a sua realização com eficácia, e a percepção dos actos efectuados.

Tem-se por objectivo a realização de propostas para concursos públicos, a

interpretação e análise de projectos, as suas medições, o acompanhamento de obras, os

controlos de custos e matérias, entre outros elementos, e tarefas que surgiam ao longo

do estágio, tendo como conteúdos base a formação teórica ministrado no ano lectivo e a

absorção/aquisição de novos conhecimentos e técnicas necessárias para o

desenvolvimento das actividades.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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3. Metodologia utilizada

No decorrer do estágio a realização de trabalho de escritório / administrativo

desempenhou um papel maioritário, sendo efectuadas visitas às obras com o

acompanhamento quer do Engenheiro quer do Medidor - orçamentista, podendo

também contar com a colaboração dos restantes funcionários da empresa

Os métodos utilizados para a realização de medições, de cálculos de quantidades de

materiais para orçamentação e aplicação em obra foram explicados passo a passo, com

recurso a exemplos reais e acompanhamento dos mesmos por parte de toda a equipa de

trabalho de forma a minimizar possíveis erros e falhas.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4. Trabalho desenvolvido

4.1. Enquadramento O estágio decorreu na Empresa onde a estagiária já desempenhava as funções de

Assistente administrativa desde Outubro de 2008. Após a frequência do Curso de

Especialização Tecnológica em Condução de Obra foram adquiridos novos

conhecimentos, que resultaram na expansão e melhoria das tarefas executada até à data,

nomeadamente:

4.1.1. Medições de projecto e em obra

As medições são uma peça essencial pois condicionam vários elementos e fases do

projecto/obra. Consistem na quantificação objectiva, global e específica dos diversos

tipos de trabalhos constituintes da empreitada.

No quadro 1, apresentam-se algumas unidades de medida.

Quadro 1 – Unidades de medida base

Unidades de medida base

Unidade Designação Símbolo

Genérica unidade un

Comprimento metro m

Superfície metro quadrado m²

Volume metro cúbico m³

Massa quilograma kg

Força quilonewton kN

Tempo hora, dia h, d

As medições efectuadas, incidiram sobre as obras de pavimentação em caminhos

agrícolas e rurais, como o caminho agrícola da Grasil, Fonte do Soldado e a

conservação / beneficiação das estradas: Maçaínhas / Olas / cruzamento dos Trigais /

Inguias em fase de obra, da Horta da Pimenta, do Depósito Velho e São Marcos quer

em projecto, que em obra, sobre as seguintes rubricas:

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.1.1.1. Terraplanagens

Desmatação e decapagem: remoção de espécies herbáceas existentes e terra vegetal à

profundidade máxima de 0,25 m, incluindo a escavação, carga, transporte, descarga e

transporte a vazadouro. A unidade de medida é o m2 e a medição efectuada segundo as

áreas determinadas em projecção horizontal.

Reperfilamento e regularização de terreno: é feito o nivelamento do terreno de forma a

eliminar pequenas lombas / depressões existentes. A unidade de medida é o metro

quadrado (m2).

Escavação: engloba as operações de escavação, baldeação, carga, transporte (com

indicação da distância média a percorrer e do local do depósito) e descarga. A unidade

de medida é o metro cúbico (m3), sendo realizada em função dos perfis transversais e da

profundidade de escavação.

4.1.1.2. Drenagens

Podendo ser efectuadas de diversas formas, o tipo maioritariamente executado

durante o estágio foi em pré-fabricados: meias canas (drenagem longitudinal), canos de

valeta (para serventias), manilhas (passagens hidráulicas / aquedutos). São medidas ao

metro linear (m) do trabalho efectivamente realizado. Em relação aos aquedutos tem de

ser executadas bocas em aterro ou escavação, contabilizadas à unidade (un) na

quantidade de duas bocas para um aqueduto.

4.1.1.3. Pavimentação

Base: refere-se à execução de camada em agregado britado de granulometria extensa

(adiante designado de ABGE), com uma espessura média de 20 cm, após compactação,

medidos ao metro quadrado (m2).

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Rega de colagem: espalhamento de emulsão para ligação entre a base e a camada

betuminosa, é o resultado do produto da extensão pela largura (média) do pavimento a

aplicar, sendo a unidade o metro quadrado (m2) e igual à área de betuminoso.

Camada de mistura betuminosa a quente - camada de desgaste: os trabalhos de

pavimentação são medidos ao metro quadrado (m2). A área a calcular corresponde à

área teórica que resulta do produto da extensão em que a camada é aplicada pela sua

largura efectiva, considerando-se esta, como a largura da respectiva mediana

determinada nos desenhos de construção (perfil transversal tipo). Assim, na medição da

área pavimentada, têm-se em consideração as sobrelarguras, resultantes da espessura

das camadas e do facto das faces laterais não serem verticais. As camadas aplicadas em

todas as obras de pavimentação, apresentavam uma espessura de 0,06 m.

4.1.1.4. Tratamentos Superficiais

Slurry seal: estes trabalhos medem-se ao metro quadrado (m2) e corresponde à área do

pavimento tratado, ou seja, ao produto do comprimento pela largura média do

pavimento.

Como em todos os sectores, a construção civil, especificamente na vertente das obras

públicas, rege-se por leis e decreto-leis que tendem a tornar os concursos e contratos o

mais claro possível. Assim sendo, e para se perceber um pouco melhor a contratação

pública, apresentam-se algumas considerações importantes do decreto-lei actual.

4.1.2. Decreto-Lei 18/2008, de 29 de Janeiro

O Decreto-Lei, estabelece o regime pelo qual se rege a contratação pública e os seus

contratos, revogou o Decreto-Lei 59/99 de 2 de Março. O Decreto-Lei 18/2008 (Código

dos Contratos Público, adiante designado de CCP) introduziu alterações na contratação

pública, nomeadamente, e traduzindo em casos práticos na construção, a detecção de

erros e omissões na fase de concurso pelas entidades concorrentes, condicionando a

apresentação de trabalhos a mais, o preço base como o máximo valor que a entidade

contratante admite pagar para a execução de determinada empreitada, entre outras.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.1.2.1. Tipos de procedimentos

Ajuste directo (artigo 112.º): procedimento em que a entidade adjudicante convida

directamente uma ou várias entidades, à sua escolha, a apresentar proposta, podendo

com elas negociar aspectos da execução do contrato a celebrar.

Concursos públicos (artigo 130.º): procedimento publicitado no Diário da República

através de anúncio, ao qual podem concorrer empresas ou agrupamentos de empresas,

que possuam as habilitações solicitadas.

Existem outros tipos de procedimentos, para além dos acima descritos, os quais não

são comentados, uma vez que não se enquadram no tipo de procedimentos respondidos

pela empresa. Para as obras caminho da Horta da Pimenta, Depósito Velho e São

Marcos foi respondido ao procedimento de ajuste directo e as obras de Pavimentação da

E.M. 18-3 e Aeródromo municipal de Ponte de Sôr – 2ª fase – modelação de taludes

seguiram o procedimento de concurso público.

4.1.2.2. Esclarecimentos (artigo 50.º)

Os esclarecimentos necessários à boa compreensão e interpretação das peças do

procedimento devem ser solicitados, por escrito, no primeiro terço do prazo fixado para

a apresentação das propostas. Até ao termo do segundo terço do prazo fixado para a

apresentação das propostas, a entidade adjudicante deverá responder, por escrito, a

todos os interessados.

4.1.2.3. Erros e Omissões

Segundo o artigo 61.º do CCP, devem ser apresentados até ao quinto sexto do prazo

de entrega das propostas, expondo inequivocamente os erros e omissões detectados na

análise do projecto/visita ao local dos trabalhos, entre eles, espécie ou quantidade de

prestações estritamente necessárias à integral execução do objecto do contrato a

celebrar. A apresentação dos mesmos por qualquer concorrente suspende o prazo de

entrega das propostas, até a entidade adjudicante se expressar sobre os mesmos até ao

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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termo do prazo fixado para apresentação das propostas, considerando-se rejeitados

todos os que não sejam por ele expressamente aceites. Foram apresentados erros e

omissões para o caminho da Horta de Pimenta, Depósito Velho e São Marcos após

visita ao local e análise das peças desenhadas, nomeadamente perfil transversal e

longitudinal. As mesmas apresentadas nas peças desenhadas n.º 1 e 2, relativas ao

caminho do Depósito Velho.

4.1.2.4. Elaboração de propostas

Durante o estágio, e conforme indicado anteriormente, para a elaboração de propostas seguiram-se as seguintes regras:

Documentos (apresentação de propostas):

Regulamentados pelo artigo 57.º, do CCP, de acordo com o tipo de procedimento e o

solicitado no Programa de Concurso, os documentos necessários são:

* Declaração de aceitação do conteúdo do caderno de encargos, elaborada em

conformidade com o modelo do anexo I do CCP;

* Proposta: onde consta o valor pelo qual se propõem a executar a empreitada em

algarismos e por extenso, assim como o prazo de execução;

* Lista de Preços Unitários, com todas as espécies de trabalho prevista e mencionadas

no Mapa de Quantidades fornecido com as restantes peças de concurso;

* Um plano de trabalhos, como definido no art. 361.º, destinando-se, com respeito

pelo prazo de execução da obra, à fixação da sequência e dos prazos parciais de

execução de cada uma das espécies de trabalhos previstas e à especificação dos

meios com que o empreiteiro se propõe a executá-los, bem como à definição do

correspondente plano de pagamentos (Plano de Trabalhos, Plano de Mão-de-Obra,

Plano de Equipamentos e Plano de Pagamentos com cronograma financeiro). Para

elaboração destes planos, têm-se em consideração todos os factores relativos a

estes, nomeadamente, rendimentos de mão-de-obra/equipamentos, etc.

Nota: Algumas entidades adjudicantes podem solicitar mais documentos ou suprimir a

entrega de outros, pelo que o estipulado anteriormente nem sempre é aplicável.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.1.2.4. Modo de entrega

Suporte papel e plataformas electrónicas. A partir de 1 de Novembro de 2009, a

entrega das mesmas, assim como todas as suas peças constituintes e em todos os tipos

de procedimentos, ocorrerá através das plataformas electrónicas. O modo de entrega

durante o estágio, correspondeu à entrega em suporte papel, encerrada dentro de

envelope opaco, mencionando o nome da Empreitada e o Dono de Obra. A entrega da

mesma nos serviços competentes era registada, com data e hora da mesma.

4.1.2.5. Entrega de documentos, após intenção de adjudicação

* Documentos de habilitação (artigo 81.º CCP):

Declaração conforme anexo II do CCP;

Documentos comprovativos de não impedimentos, previstos nas seguintes

alíneas do artigo 55.º:

b) “Tenham sido condenadas por sentença transitada em julgado por

qualquer crime que afecte a sua honorabilidade profissional, se entretanto não tiver

ocorrido a sua reabilitação, no caso de se tratar de pessoas singulares, ou, no caso

de se tratar de pessoas colectivas, tenham sido condenados” – Registo Criminal da

pessoa que tenha poderes para obrigar a Sociedade;

d) “Não tenham a sua situação regularizada relativamente a contribuições

para a segurança social em Portugal ou, se for o caso, no Estado de que sejam

nacionais ou no qual se situe o seu estabelecimento principal” - Declaração emitida

pelo Instituto Nacional de Segurança Social, em como a Empresa não possui

dívidas a favor daquela instituição;

e) “Não tenham a sua situação regularizada relativamente a impostos

devidos em Portugal ou, se for o caso, no Estado de que sejam nacionais ou no qual

se situe o seu estabelecimento principal” – Declaração emitida pelo Serviço de

Finanças, em que esteja mencionado a regularização de impostos e o fim a que se

destina tal declaração;

i) “Tenham sido condenadas por sentença transitada em julgado por algum

dos seguintes crimes, se entretanto não tiver ocorrido a sua reabilitação, no caso de

se tratar de pessoas singulares, ou, no caso de se tratar de pessoas colectivas,

tenham sido condenados pelos mesmos crimes os titulares dos órgãos sociais de

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

Página | 16

administração, direcção ou gerência das mesmas e estes se encontrem em

efectividade de funções, se entretanto não tiver ocorrido a sua reabilitação:

i) Participação em actividades de uma organização criminosa, tal como

definida no n.º 1 do artigo 2.º da Acção Comum n.º 98/773/JAI, do Conselho;

ii) Corrupção, na acepção do artigo 3.º do Acto do Conselho, de 26 de

Maio de 1997, e do n.º 1 do artigo 3.º da Acção Comum n.º 98/742/JAI,

do Conselho;

iii) Fraude, na acepção do artigo 1.º da Convenção relativa à Protecção

dos Interesses Financeiros das Comunidades Europeias;

iv) Branqueamento de capitais, na acepção do artigo 1.º da Directiva n.º

91/308/CEE, do Conselho, de 10 de Junho relativa à prevenção da utilização do

sistema financeiro para efeitos de branqueamento de capitais;

* Alvará (ou títulos de registo) emitido pelo Instituto da Construção e do Imobiliário,

I. P., contendo as habilitações adequadas e necessárias à execução da obra a realizar

(anexo I);

* Exigido pelo Caderno de Encargos, a apresentação de caução sob a forma de

garantia bancária, no valor de 5% do preço contratual, devendo apresentar um

documento pelo qual um estabelecimento bancário legalmente autorizado assegure,

até ao limite do valor da caução, o imediato pagamento de quaisquer importâncias

exigidas pela entidade adjudicante em virtude do incumprimento de quaisquer

obrigações a que a garantia respeita. Apresenta-se no anexo II, pedido de garantia

bancária à instituição bancária, para os caminhos adjudicados.

4.1.3. Selecção de materiais e pedido de cotação

Após recepção de qualquer programa de concurso ou pedido de orçamentação, é

elaborada uma lista com o material e quantidades necessárias à sua execução, para

posteriormente, ser efectuado contacto com os fornecedores e solicitar a sua cotação. O

pedido de cotação é realizado, por escrito, antecedido ou não de contacto telefónico e/ou

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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presencial, solicitando o preço do material a aplicar, os descontos efectuados,

características dos materiais, entre outras.

Aquando resposta dos mesmos, é elaborado um quadro comparativo, onde constam

os dados necessários para avaliação da cotação e selecção do valor com o qual se vai

efectuar o orçamento, assim como o fornecedor.

Quadro 2 – Mapa comparativo de preços – camada mistura betuminosa a quente

Mapa comparativo de preços - camada mistura betuminosa a quente

Fornecedor Preço por

tonelada (ton) Facturação

Condições de pagamento (dias)

Local de carga

0001 30,45 € Mensal 15 Guarda

0005 33,78 € Quinzenal 30 Covilhã

0006 29,50 € Diária 15 Castelo Branco

4.1.4. Aprovisionamento de materiais

O aprovisionamento de materiais tem como principal objectivo, a determinação das

quantidades de materiais a aplicar em obra, tendo de ter conhecimento dos rendimentos

diários do equipamento/mão-de-obra, de forma a estes não faltarem em obra.

4.1.5. Cálculo de materiais

O cálculo dos materiais a aplicar é efectuado com respeito pelo definido nas peças

constituintes do convite/concurso. Para definir as quantidades de materiais a aplicar em

cada obra, tem, necessariamente de se saber à priori o tipo e dimensões do mesmo.

Neste caso, e para obter essas quantidades, é necessário ter em consideração as áreas e

espessuras a aplicar, assim como a baridade de cada material. A baridade é definida

como a massa por unidade de volume do agregado contida num recipiente, ou seja, o

volume inclui os espaços entre as partículas do agregado. A classificação da baridade é

equivalente à classificação segundo a massa volúmica. No quadro seguinte apresentam-

se algumas baridades utilizadas (são consideradas as baridades após compactação).

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Quadro 3 – Baridade de alguns materiais

Baridade de materiais:

Descrição do material Fornecedor Baridade

Tout-Venant 1ª 0015 1,8

Betuminoso 0006 2,3 Fórmula de obtenção de quantidades de material = área x espessura x baridade Área - m² Espessura - m Baridade - ton/m³

4.1.6. Orçamentação / Elaboração de lista de preços unitários

A elaboração do orçamento/ lista de preços unitários por parte das empresas de

construção, para a obtenção do preço pelo qual se propõem a executar as empreitadas,

sendo um importante instrumento no condicionamento da angariação de obras e os seus

resultados financeiros.

O orçamento é a soma das despesas que as empresas prevêem ter em determinada

empreitada, acrescido da previsão de lucro. As despesas, habitualmente dividem-se em:

- custos directos;

- custos de estaleiro;

- custos indirectos.

4.1.6.1. Custos directos

São os custos imputáveis, sem margem de erro significativa, a cada uma das

actividades ou tarefas em que se divide a obra. A lista de actividades é a mesma que dá

origem à lista de medições.

Aos custos directos podem atribuir-se quatro tipos de recursos:

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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* custos de mão-de-obra: despesas com salários do pessoal envolvido directamente na

produção, incluindo os respectivos encargos sociais previstos na lei ou da iniciativa

da empresa, transporte, alojamento, etc.

* materiais: os custos com os materiais devem incluir encargos com IVA, desde que

não dedutível (o IVA é dedutível nas empreitadas e não dedutível na promoção

imobiliária) e transporte até ao local da obra.

* equipamento: consideram-se apenas, neste tipo de custos, os equipamentos

utilizados directamente na realização dos trabalhos e em que seja possível valorizar

a sua comparticipação em cada tarefa com algum rigor. Por exemplo, uma grua, que

realize inúmeros trabalhos e cujo custo está mais associado à permanência em obra

do que à sua produção, logo, não deve ser aqui ponderada.

* serviços de terceiros: fornecimento de produtos ou prestação de serviços, por

terceiros, correspondendo às subempreitadas, gerando trabalho produtivo e podem

consistir no fornecimento conjunto de qualquer dos três tipos de recursos anteriores.

4.1.6.2. Custos de estaleiro

Despesas que podendo ser imputáveis a uma determinada obra, não são imputáveis

separadamente a actividades ou tarefas directas.

Igualmente, devem-se incluir nestes custos as despesas que, embora atribuíveis a

actividades bem definidas, sejam contabilizadas com mais rigor de forma global do que

individualmente, por actividade.

Genericamente, os custos de estaleiro podem ser discriminados da seguinte forma:

a) Montagem de estaleiro:

* plataformas, acessos e vedação;

* infra-estruturas provisórias;

* montagem de instalações de estaleiro;

* montagem de equipamento.

* manutenção do Estaleiro.

b) Mão-de-obra do estaleiro, incluindo os respectivos encargos:

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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* pessoal técnico e administrativo da obra (director de obra, controladores,

preparadores de obra, etc.);

* apontadores;

* chefia (encarregados, seguidores);

* ferramenteiros;

* manobradores (do equipamento não directo – gruas, centrais betoneiras, dumpers

(cujo o custo não esteja incluído no respectivo aluguer);

* guardas;

* mecânicos e electricistas;

* pessoal para cargas, descargas, arrumações e limpezas;

* cozinheiros e ajudantes;

* enfermeiros, etc.

* aluguer de equipamento;

* aluguer de instalações;

* aluguer de equipamento produtivo (gruas, britadores, centrais de betão, etc.) e

equipamento ligeiro (vibradores, bombas, escadas, etc.);

* aluguer de mobiliário de escritório, camas, mesas, etc.

* despesas gerais do estaleiro (Consumos de água, electricidade e combustível do

equipamento não directo; telecomunicações, seguros, taxas, impostos e outras

despesas correntes).

c) Desmontagem de estaleiro:

* desmontagem do equipamento e instalações do estaleiro e arranjo final da zona

envolvente.

4.1.6.3. Custos indirectos

Os custos indirectos compreendem as despesas suportadas pela empresa e que não

podem ser imputadas directamente a qualquer das suas obras. Dividem-se em:

a) Custos de estrutura:

* vencimentos e encargos do pessoal dirigente e administrativo da empresa;

* honorários de consultores especializados;

* gastos de exploração e conservação da sede social;

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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* amortizações e conservações do mobiliário e equipamento da direcção dos serviços

centrais;

* consumo corrente;

* amortização e consumos de viaturas ao serviço da direcção e serviços centrais;

* seguros (quando não imputáveis aos custos directos ou de estaleiro);

* encargos financeiros;

* despesas de carácter comercial (contencioso, publicidade, despesas de

representação, etc);

* contribuições e taxas.

b) Custos industriais:

* vencimentos e encargos do pessoal técnico (engenheiros, arquitectos, medidores,

controladores, planeadores, etc.) quando não imputáveis aos custos do estaleiro;

* vencimentos e encargos do pessoal afecto ao serviço de admissão e gestão do

pessoal;

* custos de patentes e licenças;

* gastos com o estaleiro central da empresa (carpintaria, serralharia, parque de

máquinas, armazém, etc.) quando não imputáveis em obra.

4.1.7. Celebração de Contratos

Devem ser reduzidos a contrato escrito, os procedimentos do qual resulte um valor

contratual superior a 15.000,00 €, devendo o contrato conter os seguintes elementos:

* a identificação das partes e dos respectivos representantes, assim como do título a

que intervêm, com indicação dos actos que os habilitem para esse efeito;

* a indicação do acto de adjudicação e do acto de aprovação da minuta do contrato;

* a descrição do objecto do contrato;

* o preço contratual;

* o prazo de execução objecto do contrato;

* os ajustamentos aceites pelo adjudicatário;

* a referência à caução prestada pelo adjudicatário.

Fazem ainda parte do contrato, os seguintes elementos:

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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* os suprimentos de erros e omissões do caderno de encargos identificados pelos

concorrentes, desde que esses erros e omissões tenham sido expressamente aceites

pelo órgão competente para a decisão de contratar;

* os esclarecimentos e as rectificações relativos ao caderno de encargos;

* o caderno de encargos;

* a proposta adjudicada;

* os esclarecimentos sobre a proposta adjudicada prestados pelo adjudicatário (caso

existam).

4.1.8. Auto de consignação

A consignação deve ser efectuada após 30 dias da assinatura do contrato, mediante

convocação do Dono de Obra, e será formalizado o Auto de consignação, a partir do

qual se iniciará a Empreitada e a contagem dos prazos de execução da mesma.

4.1.9. Auto de medição

A medição é efectuada mensalmente, devendo estar concluída até ao 8.º dia do mês

imediatamente seguinte àquele a que respeita. As medições são feitas no local da obra

com a colaboração do empreiteiro e são formalizadas em auto. As regras de medição a

aplicar são definidas no Caderno de Encargos, e na sua ausência devem ser elaboradas

de acordo com legislação em vigor (LNEC, Normas Nacionais em vigor). As medições

efectuadas pela estagiária têm por base as normas referidas anteriormente.

4.1.10. Autos de recepção provisória e definitiva

Regulamentado pelo artigo 394.º, do CCP, a recepção provisória deve ocorrer por

meio de vistoria à obra, assim que a mesma esteja concluída, devendo ser solicitada por

escrito ou por iniciativa do Dono de Obra, tendo em conta o termino do prazo de

execução. Da vistoria é lavrado um auto, no qual deve ser mencionado se a obra está em

condições de ser recebida. Caso seja solicitada pelo empreiteiro, e o Dono de Obra não

agende a vistoria para assinatura desse no prazo de 30 dias, a obra considera-se

tacitamente recebida.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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A recepção definitiva – artigo 398.º – deve ser formalizada em auto, antecedido de

vistoria, na qual deverá ser observada a existência de deficiência que possam ser

imputadas ao Empreiteiro.

4.1.11. Pagamentos

Os pagamentos são efectuados após 30 dias (indicação do Caderno de Encargos),

após recepção de factura, emitida posteriormente ao processamento do auto de medição

e sua aprovação por parte do Dono de obra. Aquando do pagamento é efectuado um

reforço da caução (artigo 353.º) apresentada, com um valor de 5% sob os valores a

liquidar, sem o respectivo valor do IVA, tal como sucedido na liquidação de uma

factura do Caminho da Grasil. Esse valor será liquidado, mediante solicitação, aquando

a recepção definitiva da obra, se a mesma não apresentar defeitos.

4.1.12. Processos construtivos

4.1.12.1. Terraplanagens

Desmatação e decapagem: remoção do cobrimento (também designado de coberto) da

terra vegetal, assim como das espécies herbáceas e arbustos até 1,20 m de altura e um

diâmetro inferior a 0,10 m, e a escavação, a uma profundidade não superior a 0,25 m.

Reperfilamento de terreno: regularização da faixa de rodagem (incluindo bermas), sobre

a qual será executada a base em material britado de granulometria extensa.

Escavação: com recurso a equipamentos como rectroescavadoras e giratórias é retirado

o solo que se pretende remover até determinada profundidade. Por vezes, em zonas

rochosas é também necessário recorrer ao uso de explosivos. O transporte é realizado

com recurso a dumpers ou camiões, e após descarga no local de aterro o solo é

compactado e observado o teor em água do mesmo, se necessário, será reposto através

de rega.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.1.12.2.Drenagens

Valetas: as valetas em meias canas de betão pré-fabricadas são assentes sobre almofada

de areia. Posteriormente o betão preparado em obra, é colocado nas uniões de cada meia

cana e nas extremidades laterais. Deve ter-se cuidado no seu manuseamento e

colocação, a fim de não colocar artefactos danificados na construção.

Canos de valeta: posteriormente à betonagem da base de assentamento e colocação dos canos

de valeta pré-fabricados, estes são totalmente envoltos em betão.

Passagens hidráulicas e respectivas bocas de aterro e escavação: bocas de entrada e

saída das passagens hidráulicas de secção circular, inclui o fornecimento e a colocação

de todos os materiais necessários de acordo com o especificado no projecto e/ou

Caderno de encargos, assim como todas as operações necessárias à sua construção,

designadamente a terraplenagem, a modelação do terreno, as cofragens, moldes e

escoramentos, a bombagem e o esgoto de eventuais águas ocorrentes ou afluentes.

4.1.12.3. Pavimentação:

Base: após o espalhamento do material deve ser utilizada motoniveladora ou

equipamento similar adequado, que permita uma modelação homogénea da superfície,

próxima da forma definitiva da camada, e que a sua espessura, após compactação, seja a

prevista no projecto (0,20 m). Antes da compactação é verificado o teor de água do

material e, se necessário, procede-se à sua correcção através de rega com recurso a

cisterna de água. A compactação é efectuada com cilindro vibrador, o acabamento final

da camada deve ser uma superfície lisa e uniforme, isenta de material solto. Apresenta-

se no anexo III, ficha técnica do material aplicado.

Rega de colagem: as emulsões, utilizadas habitualmente, para a rega de colagem, são do

tipo ECR (Emulsão Catiónica de rotura Rápida). Esta rega consiste na aplicação da

emulsão sobre uma camada tratada com ligantes hidrocarbonados ou com ligantes

hidráulicos, efectuadas antes da aplicação da camada betuminosa. É aplicada com

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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auxílio de uma caldeira com aquecimento e espalhador manual, instalado num veículo

de 19 toneladas (ton).

Camada de mistura betuminosa a quente - camada de desgaste: a camada betuminosa só

é colocada após a rotura da emulsão aplicada em rega de colagem. O espalhamento é

realizado de forma contínua e executado com tempo seco e com uma temperatura

ambiente nunca inferior a 10 ºC.

No caso de rampas acentuadas com extensão significativa o espalhamento realiza-se,

no sentido ascendente. O cilindro utilizado na compactação das misturas nas

pavimentações dos caminhos acompanhados é autopropulsionável, sendo utilizado o

cilindro de rolo liso. O cilindro dispõe de um sistema de rega adequado e a sua

velocidade deve ser contínua e regular de modo a não provocar desagregação da

mistura, a superfície acabada deve ficar bem desempenada, com perfis longitudinal e

transversal correctos e livres de depressões, alteamentos e vincos.

O cilindro vibrador dispõe de dispositivos automáticos de corte da vibração, um

certo tempo antes de chegar ao ponto de mudança de direcção, início e fim do troço.

Alguns dispositivos existentes no pavimento, tais como caixas de visita, podem ficar

danificados pela passagem dos rolos vibradores. Nestes casos a vibração é desligada

0,50 m antes desses e empregue apenas compactação estática.

O trânsito nunca deverá ser estabelecido sobre a mistura betuminosa nas 2 horas

posteriores ao término da compactação, devendo, no entanto, o prazo ser aumentado

sempre que possível.

4.1.12.4. Tratamentos superficiais

Slurry seal: a mistura é fabricada à temperatura ambiente, com emulsão betuminosa,

agregados e água. É fabricado em misturadoras móveis, que realizam simultaneamente a

sua aplicação. A mistura passa do misturador para a grade de espalhamento, que se

desloca sobre a superfície a tratar e que é munida com um dispositivo que reparte

uniformemente a mistura. Na realização da conservação / beneficiação das estradas de

Maçaínhas / Olas / cruzamentos dos Trigais / Inguias, foi realizada por em duas fases,

embora a largura da via não seja elevada, só dessa forma se obteria um bom resultado

em que não ficaria nenhuma zona por tratar.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.2. Acompanhamento de obras

Nota: Todos os valores monetários [€uros] calculados/assumidos neste relatório, são

fictícios, uma vez que os valores reais podem constituir valores de propostas futuras,

caso existam obras de idêntica natureza/localização das apresentadas.

4.2.1. Construção de pavilhão - 2.5 Vinhos de Belmonte

A construção do referido empreendimento, surgiu quando 5 sócios, produtores

vitivinícolas, com terrenos dispersos por 2 concelhos, daí o nome 2.5 Vinhos de

Belmonte, decidiram face a actual situação de instabilidade no sector das cooperativas,

tentarem obter mais rentabilidade com a produção resultante das suas culturas.

4.2.1.1. Objecto da empreitada

A empreitada principal consiste na construção de um pavilhão industrial, albergando

nessa construção a

zona de adega,

linha de

engarrafamento,

armazém de

expedição e cais

de carga/descarga,

caves e instalações

para os serviços

técnicos e

administrativos.

A par da construção do respectivo edifício surge a necessidade de execução de

inúmeros trabalhos, tais como: terraplanagens e movimentação de terras (fig. 2 a 4),

infra-estruturas viárias, ligação a rede pública de águas pluviais, rede eléctrica e rede de

Fig. 2 – Construção de adega: início de movimentação de terras

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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abastecimento e águas (fig.6 e 7), construção de uma ETAR, montagem de balança,

entre outros, trabalhos esses adjudicados a empresa da estagiária.

Sendo este um projecto muito complexo e de grande investimento, apenas é feita

referência aos trabalhos realizados até ao fim do período de estágio.

Fig. 4 – Construção de adega: zona de aterro.

Fig. 3 - Construção de adega: escavação em rocha

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Fig. 5 – Construção de adega: fase de montagem de estrutura pré-fabricada do edifício.

Fig. 6 – Construção de adega: abertura de valas para rede de águas pluviais, no interior do edifício.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.2.1.2. Actividades desenvolvidas:

Cálculo de custos.

4.2.1.3. Exemplo:

Cálculo do custo unitário [€/m3] para a movimentação de terra no dia 22 de Julho:

Marca/Modelo/Características dos equipamentos utilizados:

- Escavadora Hidráulica Caterpillar 330 BLN – Peso em operação: 37 toneladas,

capacidade balde: 2,0 m3

- Camião Mercedes-Benz 2638 AK 6x6 – Capacidade de carga 11,5 m3

- Camião Mercedes-Benz 3234 K 8x4 – Capacidade de carga 14,0 m3

- Tractor de rastos Komatsu D60A-8 – Peso em operação 19 toneladas

- Tractor de rodas John Deere 6310, com cisterna Jopper de 8.000 litros

- Cilindro misto Caterpillar CS-563C – Peso em operação 13,5 toneladas.

Fig. 7 – Construção de adega: colocação e compactação de ABGE

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Cálculos efectuados / resultados apurados:

Equipamento Tempo de trabalho [horas]

Preço unitário [€uros/hora]

Custo equipamento [€uros/dia] Capacidade [m3]

Escavadora hidráulica Caterpillar 330 BLN 8,00 100,00 € 800,00 € Balde 2,0

Camião Mercedes-Benz 2638 AK 6x6 8,00 40,00 € 320,00 € Caixa carga 11,5

Camião Mercedes-Benz 3234 K 8x4 8,00 45,00 € 360,00 € Caixa carga 14,0

Tractor de rastos Komatsu D60A-8 8,00 60,00 € 480,00 €

Tractor de rodas John Deere 6310, cisterna 8.000 litros 8,00 35,00 € 280,00 €

Cilindro misto Caterpillar CS-563C 8,00 60,00 € 480,00 €

Sub-total

2.720,00 €

Duração unitária de cada transporte Valores totais

Equipamento Nº ciclos Aproximação excesso

Tempo carregamento

[minutos]

Tempo transporte [minutos]

Tempo total

[minutos]

Eficiência [%]

Tempo total

[minutos]

Total ciclos

[8 horas]

Aproximação defeito

Volume transportado

[m3]

Camião Mercedes-Benz 2638 AK 6x6

5,75 6 6 6 12 92,50 % 12,9 37,21 37 425,50

Camião Mercedes-Benz 3234 K 8x4

7,00 7 7 6 13 92,50 % 14,0 34,29 34 476,00

Sub-total 901,50

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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O custo [€uros] por metro cúbico [m3], de movimentação de terras é dado pela seguinte fórmula:

Custo total do equipamento [€uros] / Total volume transportado [m3] = 2.720,00 / 901,50 = 3,017193 €/m3

Em suma, o valor para esta rubrica é de 3,02 €/m3.

Observações:

Para o cálculo do custo [€uros/m3], na movimentação de terras, foram tidos em conta os seguintes factores:

* a distância média entre a zona de escavação e aterro, era de 800 m;

* os veículos de transportes, tinham uma velocidade de circulação média de 8 km/h, tendo em conta o tempo demorado e a distância de

transporte;

* no final do dia de trabalho, obteve-se um factor de eficiência de 90%, que pode ser associado ao tempo dos veículos “parados” durante o

cruzamento deste no trajecto de transporte, tempo de espera para descarga pois as zonas de aterro não tinham grande dimensão e

experiência dos motoristas/operadores dos equipamentos;

* o ciclo para a escavadora, cortar o terreno, encher o balde, esvaziar na caixa de carga e voltar a posição de corte, era cerca de 1 minuto;

* não foi considerado empolamento, porque o mesmo já se encontra incluído nos cálculos apresentados;

* como o trajecto de transporte era exclusivamente "dentro de obra" e como as velocidades médias não eram elevadas o tempo de

transporte das viaturas envolvidas era muito semelhante;

* o valor indicado corresponde apenas aos custos directos, a este é necessário contabilizar os custos de estaleiro, custos indirectos e

margem de lucro da empresa, para posterior orçamentação;

* o volume de água gasto, diariamente era cerca de 128.000 litros, 2 descargas da cisterna em cada hora.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.2.2. Pavimentação de diversos caminhos Agrícolas/Rurais:

Caminho agrícola da Fonte do Soldado - 800 ml

Caminho agrícola da Grasil - 500 ml

Caminho rural de S. Marcos - 200 ml

Caminho agrícola da Horta da Pimenta - 1700 ml

Caminho agrícola do Depósito Velho - 400 ml

4.2.2.1 Objecto das empreitadas

As obras mencionadas, enquadram-se no domínio público e todas elas são de

natureza idêntica daí se abordarem de uma forma conjunta, perfazem no total cerca de

3.600 ml correspondendo estes a 14.120,00 m2. Todos os caminhos acima referidos

encontravam-se em terra batida e não reuniam as melhores condições de circulação,

como se pode observar nas fig. 10 e 11, as quais eram agravadas pelo sistema de

drenagem praticamente inexistente, originando por isso a degradação progressiva da

plataforma, bem como o arrastamento de inertes no período de inverno, provocando

sulcos e regueiros profundos, dificultando a circulação de veículos e pessoas.

Desta forma foi decidida uma intervenção, para a execução das operações

necessárias, para a melhoria das condições de circulação, assim sendo:

No capítulo das terraplanagens, foi considerada a regularização/nivelamento do

fundo de caixa, bem com a remoção de eventuais afloramentos rochosos a profundidade

de 20 cm, enchimento e compactação com saibro nas zonas de maiores “depressões”, o

novo traçado sobrepõe-se em altimetria/planimetria ao traçado existente, de forma a

evitar expropriações.

Capítulo de drenagem – Contempla a construção de passagens hidráulicas ou em

alguns casos a recuperação das já existentes, incluindo o total envolvimento em betão, a

construção de bocas de aqueduto e a execução ao longo do traçado de valetas pré-

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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fabricadas, em betão, de secção semi-circular, com diâmetros compreendidos entre 200

e 400 mm.

Pavimentação – execução de base em ABGE (agregado britado de granulometria

extensa, vulgarmente designado de tout-venant), com uma espessura de 0,20 m, após

compactação, numa largura variável entre 4 a 5 metros (fig. 12). A aplicação de camada

de mistura betuminosa a quente, com características de desgaste, com uma espessura de

0,06 m, numa largura oscilante entre 3 a 4 metros, incluindo rega de emulsão catiónica

de rotura rápida – 1 (ECR-1), à taxa de 1kg/m2,como apresentado na fig. 13, e na fig. 14

a aplicação da mistura betuminosa, sem ter sofrido compactação. Na fig. 16, é

apresentado um exemplo da temperatura a que a mesma é aplicada. Por sua vez, as

bermas, executadas com material igual ao aplicado na base, com uma largura de 0,50 m

para cada lado da via.

Na fig. 17, é apresentado um corte transversal do pavimento.

Montagem/desmontagem de estaleiro:

Como proposto, e aceite pelo Dono de Obra no plano de estaleiro apresentado, o

estaleiro que serviu de apoio às obras supramencionadas foi o estaleiro principal da

empresa, uma vez que as mesmas se situavam muito próximas.

Fig. 8 – Caminho da Fonte do Soldado: sinalização de informação de obra.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Fig. 10 – Caminho Grasil: início dos trabalhos.

Fig. 9 – Caminho Fonte do Soldado: após pavimentação e execução de bermas.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Fig. 11 – Caminho Grasil: início dos trabalhos.

Fig. 12 – Caminho Grasil: após execução de base em ABGE.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Fig. 13 – Caminho Grasil: colocação de camada de desgaste, com mistura betuminosa a quente.

Fig. 14 – Caminho Grasil: camada de desgaste, antes de compactação.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.2.2.2. Actividades desenvolvidas nas diversas obras

* apoio na análise do processo de concurso/Peças desenhadas/Caderno de Encargos;

* pedido de preços (anexo IV – pedido de cotação de emulsão ECR-1);

* apuramento de erros/omissões (anexo V – análise das peças desenhadas n.º 1 e 2 do

caminho do Depósito Velho e medições efectuadas – parciais e anexo VI envio de

erros e omissões);

* organização do processo para concurso;

Fig. 15 – Caminho Grasil: temperatura da mistura betuminosa, após aplicação.

Fig. 16 – Caminho Rural São Marcos: corte transversal do pavimento.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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* apresentação de proposta (anexo VII - Anexo I do CCP, proposta do Caminho do

Depósito Velho);

* entrega dos documentos solicitados/garantias bancárias, após adjudicação (anexo

VIII – entrega de Anexo II do CCP referente ao caminho da Horta da Pimenta);

* consignação e colaboração na preparação da empreitada, que consistiu na revisão

de cálculos efectuados, para a quantidade de materiais;

* aprovisionamento de materiais;

* elaboração de autos de medição, conforme exemplo de auto de medição da Grasil

no anexo IX;

* cálculo de custos/despesas – resultado final;

* recepção provisória da obra.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.2.2.3. Exemplo

Cálculo de materiais a aplicar nas empreitadas:

Obra Material

Medições obra Dados material Quantidades

Comprimento [m]

Largura [m]

Espessura [m]

Baridade [ton/m3]

Custo unit. [€/ton]

Teóricas [m3]

Desperdícios [%]

Prevista [ton]

Custo material [€/m2]

Fonte do Soldado ABGE 800,00 4,00 0,20 1,80 10,00 € 1.152,00 12,50% 1.296,00 4,05 €

Grasil ABGE 500,00 4,00 0,20 1,80 10,00 € 720,00 12,50% 810,00 4,05 €

S. Marcos ABGE 200,00 5,00 0,20 1,80 10,00 € 360,00 12,50% 405,00 4,05 €

Horta da Pimenta ABGE 1.700,00 3,60 0,20 1,80 10,00 € 2.203,20 12,50% 2.478,60 4,05 €

Dpto. Velho ABGE 400,00 4,50 0,20 1,80 10,00 € 648,00 12,50% 729,00 4,05 €

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Obra Material

Medições obra Dados material Quantidades

Comprimento [m]

Largura [m]

Espessura [m]

Baridade [ton/m3]

Custo unit.

[€/ton]

Teóricas [m3]

Desperdícios [%]

Prevista [ton]

Custo material [€/m2]

Fonte do Soldado Betuminoso

desgaste 800,00 3,00 0,06 2,30 45,00 € 331,20 5,00% 347,76 6,52 €

Grasil Betuminoso

desgaste 500,00 4,00 0,06 2,30 45,00 € 276,00 5,00% 289,80 6,52 €

S. Marcos Betuminoso

desgaste 200,00 5,00 0,06 2,30 45,00 € 138,00 5,00% 144,90 6,52 €

Horta da Pimenta Betuminoso

desgaste 1.700,00 3,00 0,06 2,30 45,00 € 703,80 5,00% 738,99 6,52 €

Dpto. Velho Betuminoso

desgaste 400,00 4,00 0,06 2,30 45,00 € 220,80 5,00% 231,84 6,52 €

Obra Material

Medições obra Dados material Quantidades

Comprimento [m]

Largura [m]

Área [m2]

Consumo [kg/m2]

Custo unit. [€/ton]

Teóricas [kg]

Desperdícios [%]

Prevista [ton]

Custo material [€/m2]

Fonte do Soldado ECR-1 800,00 3,00 2.400,00 1,00 560,00 € 2.400,00 7,50% 2,58 0,60 €

Grasil ECR-1 500,00 4,00 2.000,00 1,00 560,00 € 2.000,00 7,50% 2,15 0,60 €

S. Marcos ECR-1 200,00 5,00 1.000,00 1,00 560,00 € 1.000,00 7,50% 1,08 0,60 €

Horta da Pimenta ECR-1 1.700,00 3,00 5.100,00 1,00 560,00 € 5.100,00 7,50% 5,48 0,60 €

Dpto. Velho ECR-1 400,00 4,00 1.600,00 1,00 560,00 € 1.600,00 7,50% 1,72 0,60 €

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Observações:

* O custo apresentado para os vários materiais, foram valores aproximados em excesso, e incluem o preço de transporte para as

referidas obra.

* Nos quadros acima indicado pode ser feita a análise da quantidade de materiais para aprovisionamento e posterior aplicação em cada

obra, bem como da sua quantidade teoricamente prevista, excluindo percentagem de desperdícios/excedentes e o seu custo unitário

[€/m2].

Material

Medições Obra Dados Material Quantidades

Comprimento [m]

Largura [m]

Espessura [m]

Baridade [ton/m3]

Custo unit.

[€/ton]

Teóricas [m3]

Desperdícios [%]

Prevista [ton]

Custo material [€/m2]

Resumo materiais

ABGE 3.600,00 Variável 0,20 1,8 10,00 € 5.083,20 12,50% 5.718,60 4,05 €

Betuminoso desgaste 3.600,00 Variável 0,06 2,3 45,00 € 1.669,80 5,00% 1.753,29 6,52 €

Comprimento [m]

Largura [m]

Área [m2]

Consumo [kg/m2]

Custo unit.

[€/ton]

Teóricas [kg]

Desperdícios [%]

Prevista [ton]

Custo material [€/m2]

ECR-1 3.600,00 Variável 1.600,00 1,0 560,00 € 12.100,00 7,50% 13,01 0,60 €

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.2.3. Conservação/beneficiação das estradas: Maçaínhas / Olas / cruzamento dos Trigais / Inguias.

4.2.3.1. Objecto da empreitada

A referida empreitada contemplou trabalhos de manutenção na EM 1050, entre a

povoação de Maçaínhas e o cruzamento das Olas. Teve como principais tarefas a

fresagem/remoção do pavimento, em zonas pontuais, onde por vezes o nível freático, se

situava ao nível do pavimento, provocando a degradação deste; alargamento da via nas

zonas de curva, por motivo da sobrelargura ser inexistente e os veículos terem

necessidade de desviar para a bermas; regularização de algumas zonas, nas quais tinham

sido efectuadas recargas manuais de betuminoso e o mesmo não se encontrava

uniforme, trabalhos ilustrados pelas fig. 17, 18 e 19. Posteriormente foi efectuado um

tratamento superficial em Slurry seal (fig. 20), com o intuito de conservar a respectiva

via por mais algum tempo sem necessidade de intervenções profundas e de forma a

melhorar as condições de circulação para os utentes da via a longo prazo, pois a mesma

não possui um volume de tráfego significativo.

Fig. 17 – Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: intervenção em curva, incluindo fresagem, saneamento, execução de sobrelargura e reforço com mistura betuminosa a quente.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Fig. 18 - Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: intervenção em recta, incluindo fresagem, saneamento e reforço com mistura betuminosa a quente.

Fig. 19 – Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: intervenção em curva, incluindo fresagem, saneamento, execução de sobrelargura e reforço com mistura betuminosa a quente.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.2.3.2. Actividades desenvolvidas

Ao iniciar o estágio a obra já se encontrava na sua fase final, sendo portanto

acompanhados os trabalhos de Slurry seal, neste caso e como os serviços foram

prestados por uma empresa externa, a função da estagiária, resumiu-se a revisão de

pedidos de cotações e medições, após conclusão da respectiva obra.

4.2.3.3. Exemplo

O Slurry seal possui uma consistência muito fluida, que permite um fácil

espalhamento sobre a superfície do pavimento. Ao endurecer a sua coesão e dureza

aumentam, proporcionando uma superfície resistente à acção do tráfego. É um

tratamento eficaz para impermeabilizar e tratar pavimentos envelhecidos e obter uma

superfície de desgaste com boas características antiderrapantes. A superfície final, deve

apresentar uma profundidade mínima de 0,7 mm.

Fig. 20 – Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: aplicação de Slurry seal.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Apresenta-se, em seguida, mapa de medições (parcial):

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.2.4. Pontão do Moinho Redondo

4.2.4.1. Objecto da empreitada

É umas das obras do tipo concepção/construção, pois neste caso foi solicitado à

empresa a apresentação de uma solução para a travessia da ribeira, no Moinho Redondo,

em Caria, com uma capacidade para 30 toneladas rolantes. Desta forma a solução

proposta foi obtida, aliando os conhecimentos da empresa em obras de idêntica natureza

e trabalhando com os técnicos da empresa fornecedora dos materiais pré-esforçados,

para os quais são apresentados os cálculos no anexo X.

Assim sendo, foi proposta a construção dos encontros em pedra, paralelos ao leito da

ribeira, tal como a fig. 21 permite visualizar, seguido da execução de plataforma com

lajes alveolares, fabricadas em betão pré-esforçado (fig. 22), lâmina de compressão com

armadura, guardas de segurança em construção na fig. 23 e aterro na zona dos

encontros.

Fig. 21 – Pontão do Moinho Redondo: encontros no leito da ribeira.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.2.4.2. Actividades desenvolvidas

Cálculo dos materiais a aplicar, conhecimento das características dos mesmos, que se

apresentam no anexo XI.

Fig. 22 – Pontão do Moinho Redondo: lajes alveolares e armadura em malhasol.

Fig. 23 – Pontão do Moinho Redondo: plataforma após execução de lâmina de compressão e acessos.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.2.4.3. Exemplo

Cubicar o valor do betão e especificar o tipo de betão utilizado na lâmina de

compressão, assim como o tipo de ponte:

Quant.

Comprimento [m]

Largura [m]

Espessura [m] Betão [m3]

Superfície lajes 1 6,00 4,80 0,08 2,30 Acabamento lateral 2 6,00 0,10 0,33 0,40 Acessos 2 0,50 5,00 0,33 1,65 Quantidade teórica 4,35 Coeficiente de adensamento 35% 1,52 Quantidade Total 5,87

Observações:

* O valor considerado para o adensamento do betão e a entrada do mesmo

pelos orifícios das lajes alveolares (que propositadamente não foram

obstruídos por qualquer material, uma vez que a entrada deste ajuda na

ligação dos acesso com as referidas lajes), provêm da experiência da empresa

na realização de obras similares.

* Não foi descontado o volume ocupado pela armadura, pois considerou-se o

valor da mesma pouco significante.

O betão C25/30, possui uma resistência mínima em provetes cilíndricos de 25

N/mm2 e de 30 N/mm2 em provetes cúbicos de 15 cm de aresta. A classificação de

exposição ambiental corresponde à erosão induzida por carbonatação, numa classe XC2,

em que o ambiente de aplicação é húmido e raramente seco. No anexo XII, apresenta-se

guia de remessa do betão aplicado em obra.

No anexo X, apresentam-se duas hipóteses de construção, sendo consideradas para

pontes de classe I. Após consulta do Regulamento de Segurança de Acções para

Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA), Decreto-Lei 235/83, de 31 de Maio, e análise do

artigo 40.º, alínea 4, a classe I corresponde a pontes que sirvam vias de comunicação

susceptíveis de tráfego intenso ou pesado, nomeadamente estradas nacionais, vias

urbanas e certas estradas municipais e florestais.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.2.5. Requalificação urbana da EM 504, entre a Lanofabril e a ponte de Cantar Galo

4.2.5.1. Objecto da empreitada

A referida empreitada, teve como objectivo o melhoramento das condições de

circulação para pessoas e veículos na ligação entre a cidade da Covilhã e a freguesia de

Cantar Galo, a empreitada consistiu na remoção e depósito a vazadouro de calçada em

cubos de granito, execução da rede de águas pluviais, rede de abastecimento de gás,

execução de passeios e aplicação de pavê, sendo as fig. 24, 25 e 26 exemplo do mesmo,

regularização de fundo de caixa e execução de base.

Fig. 24 – Requalificação urbana EM 504 e a ponte de Cantar Galo: local de início da intervenção – zona dos passeios.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Fig. 25 – Requalificação urbana EM 504 e a ponte de Cantar Galo: zona de intervenção.

Fig. 26 – Requalificação urbana EM 504 e a ponte de Cantar Galo: zona de intervenção.

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4.2.5.2. Actividades desenvolvidas

Realização de funções de controlo de materiais e proveitos/custos.

4.2.5.3. Exemplo

Devido à fase avançada em que a obra se encontrava, foram apenas elaborado pela

estagiária, a análise das quantidades de materiais aplicadas em obra, comparando-as

com as definidas/previstas inicialmente, assim como a análise do preço dos materiais,

mão-de-obra e equipamentos.

4.2.6. Reparação de roturas em condutas de abastecimento de águas

4.2.6.1. Objecto da empreitada

No seguimento da prestação de serviços para a empresa Águas do Zêzere e Côa, S.

A., a estagiária, pode também ter contacto com o serviço de abastecimento de águas, o

qual é de importância fundamental para as populações e o que quando interrompido o

seja pelo menor tempo possível, razão pela qual é necessário por vezes executar

serviços fora do horário normal de trabalho, como em fins-de-semana, feriados, horários

nocturnos, o que não ocorreu durante o período de estágio.

Este tipo de serviço, segue normalmente o seguinte procedimento:

* informação prévia por parte das Águas do Zêzere e Côa, S. A. à empresa (e-mail,

fax ou telemóvel), após indícios de rotura, obtidos através de controlo dos

reservatórios, normalmente pelo serviço de telegestão;

* caso ainda não tenha sido detectado o local exacto, é necessário identificar o

mesmo;

* início da reparação de rotura. Nesta fase é interrompida a circulação de água na

conduta e iniciados os trabalhos de escavação, como o acontecido na fig. 27. Os

trabalhos têm de ser executados com a rapidez possível;

* sinalização do local, caso a reparação ocupe parcialmente a via pública;

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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* durante a reparação é feito o controlo permanente do nível de água no depósito que

a referida conduta abastece, de forma a ter sempre presente a capacidade existente

no depósito, bem como o volume de água consumida em determinado dia, a

determinada hora (serviço realizado pelo técnico das Águas do Zêzere e Côa,

presente no local);

* após substituição de tubagem, colocação de juntas de ligação, vulgarmente

designadas de uniões (fig. 28), aterro inicial e compactação , sendo reposta a

circulação de água na conduta e esperando os trabalhadores, até que a mesma atinja

um nível de carga considerável;

* caso não se verifique qualquer tipo de fuga, inicia-se cuidadosamente o aterro e

compactação da zona envolvente da tubagem e na zona das juntas de ligação (com

materiais seleccionados: secos e isentos de pedras, raízes, etc.);

* reposição do pavimento, de acordo com o existente (terra batida, betuminoso,

calçada com cubos de granito);

* finalmente é removida a sinalização temporária e estabelecido contacto com o

técnico presente de forma a certificar a boa execução do serviço e informar do

restabelecimento do normal funcionamento da conduta.

Fig. 27 – Reparação de rotura em Caria: escavação

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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4.2.6.2. Actividades desenvolvidas

A estagiária, realizou as funções de gestão de stock, elaboração/envio de autos.

4.2.6.3. Exemplo

Apresenta-se no anexo XIII, modelo de auto de reparação de roturas elaborado pela

estagiária.

Fig. 28 – Reparação de rotura em Maçaínhas: Tubo PVC.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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5. Conclusão

Com o término das duas fases constituintes do CET - Condução de Obra, teórica e

prática, esta última realizada em contexto laboral, ambas foram essenciais para a

ampliação, tanto quantitativa como qualitativa, dos conhecimentos da estagiária nesta

área.

Foi possível com a realização do estágio, aplicar diversos conhecimentos obtidos

durante a formação teórica e ter uma ideia mais precisa de como é transpor as obras do

“desenho para o terreno”.

É uma área de actuação bastante vasta, mas qualquer que seja o seu domínio,

construção, terraplanagem, infra-estruturas hidráulicas, todos os trabalhos têm de ser

realizados de forma objectiva, sendo por isso necessário um planeamento antecipado o

qual têm de ser rigoroso e eficaz.

Durante a sua execução os trabalhos têm de ser acompanhados sistematicamente, e

permanentemente comparados com o planeado de forma a não originar erros graves,

tanto a nível pessoal, para os seus intervenientes directos, como a nível monetário, para

a empresa responsável pelo decurso dos trabalhos.

Com o decorrer do estágio fiquei tinha uma noção mais exacta do quão é importante

a contribuição da Engenharia Civil, no quotidiano das pessoas, pois todos os dias temos

contacto com várias construções/infra-estruturas (escolas, hospitais, vias de

comunicação, habitações particulares) que melhoram e facilitam a vida do ser humano e

ter a oportunidade de aprender, para posteriormente contribuir para o seu

melhoramento.

Durante o estágio e com o aparecimento de diversas dúvidas, sobre variadas

matérias, foi gratificante contar com o apoio prestado pelos Sócios, funcionários e

colaboradores da empresa Construções Fortunato Canhoto e Filhos, Lda., sem os quais

o presente estágio teria sido bem menos interessante/produtivo.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Desta forma é possível afirmar que os objectivos inicialmente propostos foram

atingidos, tudo isto graças ao apoio prestado pela instituição de ensino e empresa de

estágio.

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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6. Bibliografia

* Guia para a utilização da norma NP EN 206-1

A Especificação Do Betão

4.ª Edição: Maio de 2008

APEB

* Caderno de Encargos Tipo

Estradas de Portugal, E.P..

* Curso Sobre Regras de Medição na Construção

Reimpressão de 2009

M. Santos Fonseca

* Manual de pavimentação Cepsa Betumes

Novembro 2007

Félix Edmundo Pérez Jiménez

* Organização e Gestão de Obras

Edição 2008

A. Correia dos Reis

* Decreto-Lei 18/2008, de 29 de Janeiro

* Decreto-Lei 235/83, de 31 de Maio

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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7. Anexos

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Anexo I – Alvará de Construção n.º 43412

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Anexo II – Pedido de garantia bancária da pavimentação do caminho da Horta da Pimenta

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Página | 61

Anexo III – Ficha técnica de material britado de granulometria extensa aplicado na base dos caminhos efectuados

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Página | 62

Anexo IV – Pedido de cotação de emulsão catiónica

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Anexo V – Medições das peças desenhadas n.º 1 e 2 do Caminho do Depósito Velho (parciais)

Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Anexo VI – Envio de erros e omissões caminho do Depósito Velho

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Página | 65

Anexo VII – Elaboração de proposta caminho Depósito Velho – declaração conforme anexo I do CCP e proposta

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Anexo VIII – Declaração conforme anexo II do CCP:

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Anexo IX – Auto de medição caminho da Grasil

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Anexo X – Dimensionamento do pontão do Moinho Redondo

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Anexo XI – Desenho pormenor das lajes aplicadas no pontão

CARACTERÍSTICAS

Designação

Altura

Altura

Peso

Peso

Betão.Compl.

Pavimento Prancha Pavimento Mrd* Vrd Mfctk* EI Armadura

e (m) h (m) (kN/m2) (kN/m2) (kNm/m) (kN/m) (kNm2/m) (kNm2/m) Distribuição

LAP 25-25

-

0,25

3,50

3,81

Min.:60.6

79,1

Min.:43.2

36576

Variável

Máx.: 212.6 Máx.: 94.8

LAP 25-30

0,05

0,30

3,50

5,01

Min.: 75.2

96,7

Min.:42.1

60184

Variável

Máx.: 250.6 Máx.: 109.4

LAP 25-33

0,08

0,33

3,50

5,73 Min.: 85.2

107,2 Min.: 49.0

78014

Variável

Máx.:278.7 Máx.: 127.3

* Dependente do n.º de aços de pré-esforço

MATERIAIS Betão: C 35/45; Armaduras pré-esforço: Aço f puk 1 770 Mpa baixa relaxação

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Anexo XII – Guia de remessa de betão aplicado em betonagem no pontão do Moinho Redondo

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Anexo XIII – Auto de reparação de roturas

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Página | 78

8. Peças desenhadas

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Página | 79

Peça desenhada n.º 1 – perfil transversal do caminho do Depósito Velho

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Relatório de estágio – CET Condução de Obra

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Peça desenhada n.º 2 – perfil longitudinal do caminho do Depósito Velho