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  • 8/18/2019 Relatório de consultoria de apoio à estruturação e execução de um programa de financiamento de projetos de de…

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    Mecanismos deSeleção ENTREGA 04

    Consultoria de apoio à estruturação e execução de um programa de

    financiamento de projetos de desenvolvimento tecnológico e de geração deriqueza econômica baseado em princípios de desenvolvimento sustentávelda Amazônia Internacional

    CONSULTOR: LUCAS ASSUNÇÃO

    ABRIL DE 2014

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    Sumário Introdução ........................................................................................................................... 3

    Objetivo ................................................................................................................................ 4

    Metodologia ........................................................................................................................ 4

    Fundo Amazônia ................................................................................................................. 6

    Objetivo ............................................................................................................................ 7 Financiamento ................................................................................................................. 7

    Seleção............................................................................................................................ 8

    Acompanhamento ......................................................................................................... 9

    CT Petro .............................................................................................................................. 11

    Objetivo .......................................................................................................................... 11

    Financiamento ............................................................................................................... 12

    Seleção.......................................................................................................................... 13

    Acompanhamento ....................................................................................................... 14 CT Amazônia ................................................................................................................... 15

    Objetivo .......................................................................................................................... 15

    Financiamento ............................................................................................................... 16

    Seleção........................................................................................................................... 16

    Acompanhamento ....................................................................................................... 18

    CT Agro ............................................................................................................................ 20

    Objetivo .......................................................................................................................... 20

    Financiamento ............................................................................................................... 21 Seleção........................................................................................................................... 22

    Acompanhamento ....................................................................................................... 24

    Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal FNDF ................................................ 25

    Objetivo .......................................................................................................................... 25

    Financiamento ............................................................................................................... 26

    Seleção........................................................................................................................... 26

    Acompanhamento ....................................................................................................... 29

    Fundo Socioambiental da CEF FSA .............................................................................. 30

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    Objetivo .......................................................................................................................... 31

    Financiamento .............................................................................................................. 32 Seleção .......................................................................................................................... 33

    Acompanhamento ....................................................................................................... 35

    Fundo Nacional do Meio Ambiente FNMA ................................................................. 37

    Objetivo .......................................................................................................................... 38

    Financiamento .............................................................................................................. 38

    Seleção .......................................................................................................................... 40

    Contrapartida ................................................................................................................ 43

    Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil PPG7 .............. 45 Objetivo .......................................................................................................................... 46

    Financiamento .............................................................................................................. 46

    Seleção .......................................................................................................................... 47

    Acompanhamento ....................................................................................................... 48

    CRIATEC .............................................................................................................................. 50

    Objetivo .......................................................................................................................... 51

    Financiamento .............................................................................................................. 51

    Seleção do Gestor ........................................................................................................ 52 Taxas ............................................................................................................................... 56

    Critérios de Seleção ......................................................................................................... 59

    Conclusão ......................................................................................................................... 67

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    IntroduçãoA aprovação de um projeto deve passar por um criterioso mecanismo de seleçãoque avalie e eleja aquele que mais se adeque ao objetivo e as condições daoportunidade de financiamento estabelecida.

    Para a estruturação de um programa de financiamento é importante observarcritérios utilizados por outros programas similares Todos os Fundos deFinanciamentos apresentados nas Entregas 02 e 03 exibem em seus editais echamadas públicas os critérios de seleção de projetos, dados referentes a valorinvestido além de outras informações como, por exemplo, mecanismos deavaliação e indicadores de sucesso que são de extrema importância para oplanejamento, execução e acompanhamento daquele(s) que é(são) o(s)projeto(s) selecionado(s) para receber o investimento do fundo.

    Um projeto de financiamento bem estruturado aliado a alguns outros fatores

    pode gerar resultados muito satisfatórios. Pode-se citar como exemplo a empresaAmazon Dreams que recebeu apoio do Fundo CRIATEC e conseguiu resultadosexpressivos no desenvolvimento de seus produtos que são basicamentecompostos bioativos extraídos de frutas e folhas da Floresta Amazônica e sãodiferenciados no mercado por serem altamente concentrados e possuíremcertificação orgânica das matérias-primas. A inovação tecnológica trazida pelacompanhia foi reconhecida nacionalmente no ano de 2012 ela ganhou o premioFinep de Inovação na categoria Micro e Pequena Empresa. A Amazon Dreamstambém é referencia mundial em compostos bioativos da Amazônia que sãoricos em antioxidantes.

    Pode-se destacar também os resultados apresentados pela empresa Natura. Hámais de dez anos a companhia desenvolveu uma nova linha de produtos cujasmatérias primas eram oriundas de comunidades e cooperativas extrativas daAmazônia. O sucesso de tal linha ajudou a empresa a se consolidar como a maiorcompanhia de cosméticos do país e hoje ela possui programas dedesenvolvimento científico, tecnológico e sustentável na região Amazônica.

    Estabelecer critérios de escolha e acompanhamento de um projeto que visa umresultado específico possui uma importância muito grande visto que o êxito

    obtido é fruto de um trabalho galgado passo a passo.

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    ObjetivoApresentar mecanismos de seleção de fundos que visem desenvolvimentotecnológico e geração de riqueza na Amazônia e estabelecer recomendaçõesquanto a critérios de seleção, indicadores de sucesso e avaliação além demecanismos de financiamento que assegurem consistência ao programa.

    MetodologiaPara a escolha dos mecanismos de financiamento que seriam apresentadosneste trabalho buscou-se utilizar como base informações já coletadas nasentregas anteriores.

    Para tanto utilizou-se o método a seguir:

    1 – Levantamento dos mecanismos de seleção dos fundos presentes nas Entregas02 e 03 cujas informações sobre as iniciativas eram acessíveis;

    2 – Contemplação de linhas temáticas dos fundos relacionadas comdesenvolvimento de tecnologias e geração de riqueza;

    3 – Investigação dos mecanismos de seleção dos processos de seleção maisrecentes caso o fundo apresentasse mais de um.

    Para a construção da Planilha de Critérios de Seleção levou-se em consideraçãoas Entregas 02 e 03, cujo conteúdo é um registro dos fundos públicos e privadosque apoiam iniciativas de desenvolvimento de tecnologia e geração de rendana Amazônia. Através desses relatórios foi possível estabelecer uma lista decritérios que comumente são levados em consideração para a escolha deiniciativas. Esses critérios de seleção são apresentados neste documento, maisespecificamente nos subtópi cos “Seleção”.

    Excetuando- se os fundos classificados como “Sem acesso as informações sobre asiniciativas” (das Entregas 02 e 03) e o Programa Criatec, que contém diversasparticularidades de seleção de iniciativas, os demais fundos foram considerados

    na construção da planilha.

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    Para que pudesse ser feito o registro da quantidade média de vezes que aparece

    determinado critério de seleção nos diferentes fundos os tópicos de seleçãoforam divididos por temas, sendo eles, Geração de Trabalho e Renda,Sustentabilidade – Meio Ambiente, Sucesso do Projeto, Estratégia de Ação, Mérito,Metodologia, Capacidade Técnica, Mercado, Abrangência, Custos, LocalEspecífico, Envolvimento com a Comunidade e Instituições de Pesquisa Locais,Uso de Matéria-Prima Local, Inovação e Desenvolvimento de Tecnologia, Infra-Estrutura, Políticas Públicas e Estabelecimento de Parcerias.

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    Fundo Amazônia

    Estabelecido pelo Decreto nº 6.527, de 1º de agosto de 2008, o Fundo Amazôniaaprovou 36 projetos, no valor total de R$ 439.778.543,59 no período de junho de

    2009 a dezembro de 2012, segundo o seu relatório anual de 2012. A execuçãodos projetos varia de um a cinco anos, com um tempo médio de três anos.

    Os projetos contemplados por esse fundo visam o fomento a atividadesprodutivas sustentáveis, monitoramento de propriedades rurais com recuperaçãode áreas degradadas e de proteção permanente, regularização ambiental efundiária, consolidação e manutenção de áreas de preservação, a estruturaçãofísico-operacional de órgãos governamentais de gestão ambiental além daampliação do conhecimento acerca da biodiversidade da região Amazônica.

    No ano de 2012 o Fundo Amazônia elaborou uma chamada pública cujo objetivoera selecionar iniciativas que buscassem o desenvolvimento de atividadeseconômicas e de uso sustentável da floresta Amazônica. No presente trabalho foinecessário compilar algumas informações que fossem relevantes para aelaboração da conclusão e que estão presentes nesta Chamada Pública deProjetos Produtivos Sustentáveis – Fundo Amazônia. Os dados extraídos sãodescritos nos tópicos que se seguem e cabe ressaltar que foram obedecidos oscritérios estabelecidos na metodologia.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6527.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6527.htm

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    Objetivo

    O objetivo da Chamada Pública consistiu em selecionar propostas candidatas aobter apoio financeiro não reembolsável para o desenvolvimento de atividadeseconômicas de uso sustentável da floresta e da biodiversidade, conforme afinalidade, regras e diretrizes do Fundo Amazônia. As propostas poderiam serapoiadas desde que atendessem às exigências e procedimentos ordinários doFundo Amazônia e do BNDES para enquadramento, análise, aprovação econtratação de propostas com recursos não reembolsáveis do referido fundo,bem como de acordo com a disponibilidade orçamentária do Fundo

    Financiamento

    As propostas apresentadas deveriam ser da modalidade aglutinadora, ou seja,empreendimento gerenciado por uma entidade e composto por subprojetos deoutras entidades.

    O valor financiável de cada proposta selecionada pelo Fundo Amazônia foi

    limitado, no mínimo, a R$ 2.000.000,00 e, no máximo, a R$ 10.000.000,00. Cadasubprojeto ficou limitado a, no máximo, R$ 500.000,00.

    Foram selecionadas propostas até que o valor total do apoio de R$ 50.000.000,00fosse atingido e, desde que estas alcançassem a nota mínima. O apoio financeirotinha caráter não reembolsável.

    Os bens financiados nas propostas e subprojetos que fossem apoiados deveriamser utilizados exclusivamente nas finalidades contratadas, só podendo servendidos, doados ou dados em garantia com expressa anuência do BNDES.

    A solicitação e a liberação de recursos para as propostas contratadas junto aoBNDES foram feitas conforme o cronograma de desembolso apresentado emediante o cumprimento das condições estabelecidas no contrato celebradoentre o BNDES e as entidades proponentes.

    A liberação de recursos para atividades que utilizassem recursos naturais ouenvolvessem atividades potencial ou efetivamente poluidoras estariacondicionada a apresentação de licença ambiental de instalação emitida peloórgão ambiental competente, bem como ao cumprimento de demais exigênciasestabelecidas no contrato celebrado entre a entidade proponente e o BNDES.

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    Seleção

    A classificação e a seleção das propostas foram realizadas pela Comissão deSeleção e Classificação de Projetos composta por uma pessoa indicada peloMinistério do Meio Ambiente – MMA; uma indicada pelo Ministério doDesenvolvimento Agrário – MDA; uma indicada pelo Ministério de Pesca eAquicultura – MPA; uma indicada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia eInovação – MCTI; uma indicada pelo Serviço Florestal Brasileiro – SFB; umaindicada pela bancada da sociedade civil do Comitê Orientador do FundoAmazônia; uma indicada pela bancada dos governos estaduais do Comitê

    Orientador do Fundo Amazônia; uma indicada pelo Fórum de SecretáriosEstaduais de Meio Ambiente da Amazônia Legal e quatro indicadas pelo BNDES.

    Esta comissão atribuiu notas de 1 a 4 (onde a nota 1 indica baixo atendimento e anota 4 alto atendimento) de acordo com os critérios e pesos definidos na Tabela1. A nota dada a cada critério deveria ser multiplicada pelo peso definido natabela e o resultado de cada multiplicação deve ser somado de forma adeterminar a pontuação final de cada proposta.

    Tabela 1 – Pesos – Critérios de Seleção – Fundo Amazônia

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    As propostas foram classificadas em ordem decrescente de pontos.

    Em caso de empate na pontuação, seriam priorizadas as propostas com maiorpontuação nos critérios de maior peso.

    Seriam eliminadas as propostas que não atingissem a nota mínima de 96 pontosou não atendessem aos requisitos mínimos da proposta previstos na Chamada.

    As propostas não eliminadas seriam selecionadas até que o montante totalprevisto na Chamada Pública fosse alcançado.

    Foram publicadas no site do Fundo Amazônia (www.fundoamazonia.gov.br), asnotas de todos as propostas avaliadas pela Comissão, não cabendo recurso doresultado.

    A classificação da proposta não conferia direito subjetivo à contratação dacolaboração financeira nem ao efetivo aporte de recursos por parte do FundoAmazônia.

    As propostas selecionadas pela Comissão de Seleção e Classificação de Projetosforam encaminhadas ao Comitê de Enquadramento e Crédito do BNDES (CEC)

    para verificação de sua adequação às Políticas Operacionais do BNDES e demaisnormas aplicáveis ao Fundo Amazônia.

    As propostas enquadradas pelo Comitê de Enquadramento e Crédito do BNDESpassaram, na ordem de classificação, para a fase de análise técnica e jurídica,realizada pelo BNDES. Esta fase visava verificar as informações fornecidas peloproponente e quaisquer outras informações que o BNDES julgasse necessárias,podendo ser solicitados documentos complementares não solicitadosanteriormente.

    Acompanhamento

    A responsabilidade pelo acompanhamento das atividades previstas na proposta,pela prestação de contas, assim como pelo atendimento às condiçõescontratuais dependeram das especificidades de cada proposta apoiada e foramdefinidas no instrumento contratual.

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    Além do valor financiável pelo Funda Amazônia, a proposta deveria apresentar

    contrapartida, no mínimo, equivalente a 10% (dez por cento) do valor solicitadoao Fundo Amazônia.

    Independentemente de a contrapartida ser oferecida em bens e/ou serviços,deverá ser comprovável e constar do orçamento da proposta.

    O BNDES reservou o direito de divulgar, distribuir e exibir os produtos de divulgaçãodecorrentes da realização das propostas selecionados na Chamada Pública, emquaisquer meios e suportes de comunicação.

    Os projetos selecionados pelo Funda Amazônia devem apresentar um relatório deacompanhamento que apresente o andamento da iniciativa. Dentre asinformações que devem ser descritas neste relatório estão: atividades realizadas egrau de execução física do projeto, principais ocorrências, cronograma deexecução física, quadro de usos e fontes detalhado, relação de pagamentos,listagem de máquinas e equipamentos adquiridos, movimentações financeiras,indicadores do plano de monitoramento e aspectos ambientais.

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    CT-PetroCriado em 1999 visa estimular a inovação na cadeia produtiva do setor depetróleo e gás natural através do desenvolvimento de projetos entre empresas,universidades, instituições de ensino superior e centros de pesquisas do país.Busca reduzir preços e custos além de melhorar a produção e os produtos do

    setor.Dados da edição 315 da revista Petro e Química revelam que de 1999 a 2008 ofundo investiu mais de R$ 500.000.000,00 em projetos.

    No ano de 2005 o CT-Petro, juntamente com outros fundos e através do edital CT-Petro/CT-Amazônia/CT-Info/CT-Aquaviário nº 032/2005, selecionou alguns projetosque buscavam estimular o desenvolvimento tecnológico na região amazônica

    por meio da fixação de recursos humanos além da execução de pesquisas eestudos.

    As informações mais relevantes para este trabalho que estavam presentes noEdital foram compactadas nos tópicos que seguem este capítulo.

    Objetivo

    Estimular a interatividade e a fixação de recursos humanos qualificados na regiãoamazônica visando o desenvolvimento tecnológico e a execução de estudos epesquisas em temas prioritários para a região, por meio de concessão de bolsas eauxílios do Programa de Estímulo à Fixação de Recursos Humanos de Interesse dosFundos Setoriais (PROSET).

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    Financiamento

    As propostas aprovadas foram financiadas com recursos no valor global estimadode até R$4.000.000,00; sendo de até R$ 2.000.000,00 (para o ano de 2005),oriundos do Comitê Gestor dos Fundos Setoriais CT-PETRO (R$ 500.000,00), CT-AMAZONIA (R$500.000,00), CT-INFO (R$ 500.000,00) e CT-AQUAVIÁRIO (R$500.000,00) e de até dois milhões para o ano de 2006, com a mesma distribuição.

    A concessão do financiamento foi formalizada mediante a firmatura de Termo deConcessão e Aceitação de Apoio ao Financiamento de Projeto de Pesquisa

    Científica e/ou Tecnológica, entre o solicitante e o CNPq, onde as partesassumiram, fundamentalmente, os seguintes compromissos:

    a) Coordenador do Projeto: responsabilidade por todas as obrigaçõescontratuais, permitindo que o CNPq, a qualquer tempo, possa confirmar averacidade das informações prestadas; e fornecimento das informaçõessolicitadas pelo CNPq para o bom acompanhamento do desenvolvimentode projeto aprovado;

    b) Instituição de Execução do Projeto: fiscalização e acompanhamento daexecução do projeto, adotando todas as medidas necessárias ao seu fiel

    cumprimento, sendo responsável solidária pelas obrigações contratuais;c) CNPq: liberação dos recursos, de acordo com a disponibilidade financeira

    e orçamentária.

    A existência de alguma inadimplência do proponente com a AdministraçãoPública Federal direta e indireta, não regularizada num prazo máximo de 30(trinta) dias após a divulgação dos resultados, consistiria em fator impeditivo paraa contratação da proposta.

    A concessão do apoio financeiro seria cancelada pela Diretoria do CNPq, porocorrência, durante sua implementação, de fato cuja gravidade justificasse ocancelamento, sem prejuízo de outras providencias cabíveis.

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    Seleção

    O processamento das propostas apresentadas em resposta ao Edital foi realizadopor intermédio de análises e avaliações comparativas. Para tanto, foramestabelecidas as seguintes etapas:

    - Etapa I: Análise de enquadramento pela área técnica do CNPq: Esta etapaconsistiu na análise preliminar das propostas apresentadas, realizada pela áreatécnica do CNPq, quanto à sua adequação ao Edital, caracterizando ademanda qualificada, em atendimento às características obrigatórias e demais

    exigências.

    - Etapa II: Análise de mérito por consultoria ad hoc : Consistiu de análiseaprofundada, quanto ao mérito individual de cada pleito, realizada porespecialistas que atuam na mesma linha de pesquisa da proposta.

    - Etapa III: Análise e julgamento por Comitê Técnico: O Comitê Técnico,constituído por pesquisadores, técnicos e especialistas em função da demandaqualificada, realizou o julgamento das propostas, levando em consideração a

    análise dos consultores “ad hoc”, e mediante análise comparativa do conjuntode solicitações, face ao mérito de cada pedido, com base nas seguintes critériosde julgamento:

    - relevância do projeto proposto, considerando-se: a importância, para o setor,do tema de pesquisa; os impactos socioambientais; a perspectiva decontribuição do projeto, em termos de desenvolvimento científico e tecnológicoregional; e a adequação da metodologia e do plano de trabalho apresentados;

    - competência, no tema proposto, do candidato e da instituição a serembeneficiados, considerando-se: a formação acadêmica e a produtividade docandidato; a sua experiência profissional, destacando-se a eventual produção depatentes correlatas ao tema proposto; a compatibilidade entre o projetoproposto e as linhas de atuação da instituição executora; e a disponibilidade eadequação de infraestrutura laboratorial; e

    - adequação da proposta ao presente Edital, considerando-se: a disponibilidadede documentação completa para análise do pleito; e a aderência entre oprojeto proposto e os objetivos do Edital.

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    As propostas foram recomendadas em ordem decrescente de pontuação,conforme o disposto abaixo:

    - Foi utilizado um formulário padrão para registrar o parecer do Comitê de acordocom a pontuação alcançada dentro dos critérios estabelecidos.

    - Nos pareceres das propostas não recomendadas, foram registradas as justificativas sobre a não aprovação. Esses formulários foram assinados por todosos membros do Comitê.

    - Ao concluir seus trabalhos, o Comitê de Avaliação deveria elaborar ata de

    reunião, assinada por todos os seus membros. Esta conteria a listagem daspropostas em ordem decrescente de pontuação para fins de classificação erecomendações, se julgadas necessárias.

    - Etapa IV: Decisão final da Diretoria Executiva do CNPq: O resultado da avaliaçãodo Comitê de Avaliação foi encaminhado à Diretoria Executiva do CNPq, queemitiu a decisão final sobre a aprovação das propostas a serem contratadas,observado o limite orçamentário.

    AcompanhamentoAo final da vigência, o proponente deveria apresentar a prestação de contasfinanceira, com apresentação de comprovantes de despesas, e relatório técnicode acordo com o Termo de Concessão e Aceitação de Apoio ao Financiamentode Projeto de Pesquisa Científica e/ou Tecnológica e demais normas do CNPq. OCNPq reservou-se o direito de, durante a execução do projeto, promover visitastécnicas ou solicitar informações adicionais a aperfeiçoar o sistema de Avaliaçãoe Acompanhamento.

    O programa deveria ser submetido a avaliações quanto à sua eficácia eefetividade a cada período de 2 anos.

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    CT– AmazôniaDesde 2004 o CT- Amazônia visa fomentar atividades de desenvolvimento epesquisa na região amazônica tendo como sua fonte de recursos parte dofaturamento das empresas que produzem bens e serviços de informáticaalocadas na Zona Franca de Manaus.

    Segundo dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) do anode sua criação até 2012 o fundo investiu mais de R$ 80.000.000,00 nos maisdiversos projetos que estivessem em consonância com sua finalidade.

    Em 2009 o CT-Amazônia em conjunto com o FNDCT – Ação Transversal, CT-Biotece Bionorte, selecionaram projetos cujo objetivo era desenvolver pesquisastecnológicas e científicas de inovação na região Amazônica.

    As informações mais relevantes para a elaboração deste trabalho e que estavampresentes no edital anteriormente citado são apresentadas nos itens destecapítulo.

    Objetivo

    Apoiar projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação que visassem contribuirsignificativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico do País eintegrar competências para a consolidação da Rede de Biodiversidade eBiotecnologia da Amazônia Legal (Rede BIONORTE), por meio do apoio a projetose formação de doutores com foco na biodiversidade e biotecnologia, visandogerar conhecimentos, processos e produtos que contribuam para odesenvolvimento sustentável da Amazônia.

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    Financiamento

    O Edital previa a aplicação de recursos financeiros, não reembolsáveis, no valorglobal estimado de R$ 13.000.000,00, sendo R$ 9.000.000,00 provenientes doFNDCT – Ação Transversal, conforme previsto na Lei nº 11.540, de 12 de novembrode 2007, R$ 2.000.000,00 oriundos do CT-Amazônia e R$ 2.000.000,00 oriundos doCT-Biotecnologia, a serem liberados de acordo com a disponibilidadeorçamentária e financeira do CNPq.

    Os recursos apresentados no Edital foram liberados em três parcelas, da seguinteforma:

    - Em 2009, R$ 1.000.000,00 do CT-Amazônia e R$ 2.000.000,00 do CT-Biotecnologia;

    - Em 2010, R$ 5.000.000,00 do FNDCT – Ação Transversal e R$ 1.000.000,00 do CT-Amazônia;

    - Em 2011, R$ 4.000.000,00 do FNDCT – Ação Transversal.

    Cada proposta deveria ter o valor máximo para gastos com custeio, capital ebolsas de até R$ 1.800.000,00, distribuídos da seguinte forma: até 35% para capital,até 30% para bolsas e o restante para custeio.

    Seleção

    Os critérios para classificação das propostas quanto ao mérito técnico-científico esua adequação orçamentária são apresentados na Tabela 2:

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    Tabela 2 – Critérios de Seleção – CT-Amazônia

    A pontuação final de cada projeto foi aferida pela média das notas atribuídaspara cada item. Em caso de empate, seria utilizado o critério de maior nota nosomatório dos itens F e G.

    A seleção das propostas submetidas ao CNPq, em atendimento ao Edital, foirealizada por intermédio de análises e avaliações comparativas. Para tanto,

    foram estabelecidas as seguintes etapas:

    - Etapa I – Análise pela Área Técnica do CNPq: Esta etapa, realizada pela áreatécnica do CNPq, consistiu na análise das propostas apresentadas quanto aoatendimento às disposições pré-estabelecidas.

    - Etapa II – Análise, Julgamento e Classificação pelo Comitê Julgador: Aspropostas foram avaliadas e classificadas nesta etapa considerando a análise daetapa e os critérios de elegibilidade e julgamento.

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    Após a análise de relevância e mérito de cada proposta e da adequação de seu

    orçamento, o Comitê Julgador, dentro dos limites orçamentários estipulados pelaDiretoria Executiva do CNPq, poderia recomendar:

    a) aprovação, com ou sem cortes orçamentários; ou

    b) não aprovação.

    Os cortes no orçamento dos projetos não poderiam ultrapassar 30% do valorsolicitado ao CNPq. Caso o Comitê sugerisse cortes superiores a este valor, oprojeto seria automaticamente excluído da concorrência.

    O parecer do Comitê sobre as propostas, dentro dos critérios estabelecidos, foiregistrado em Planilha Eletrônica, contendo a relação das propostas julgadas,recomendadas e não recomendadas, com as respectivas pontuações finais, emordem decrescente, assim como outras informações e recomendações julgadaspertinentes. Para propostas recomendadas, será definido o valor a ser financiadopelo CNPq. Para propostas não recomendadas, seroa emitido parecercircunstanciado contendo as justificativas para a não recomendação. A PlanilhaEletrônica será assinada pelos membros do Comitê.

    - Etapa III –

    Análise pela Diretoria Executiva (DEX) do CNPq:Todas as propostasanalisadas pelo Comitê Julgador foram submetidas à apreciação da DiretoriaExecutiva do CNPq que, depois de ouvidos os Secretários de Ciência eTecnologia dos estados parceiros e/ou presidentes das Fundações de Amparo àPesquisa envolvidos, emitiram a decisão final sobre sua aprovação, observados oslimites orçamentários deste Edital.

    Acompanhamento

    Durante a execução, o projeto seria acompanhado e avaliado, em todas as suasfases, de acordo com o estabelecido no Termo de Concessão.

    O CNPq assegurou que, durante a execução do projeto, promover visitas técnicasou solicitar informações adicionais visando aperfeiçoar o sistema deAcompanhamento e Avaliação.

    O Coordenador do projeto deveria encaminhar em Formulário On line específico,no prazo de até 60 (sessenta) dias após o término da vigência do projeto, emconformidade com o Termo de Concessão e demais normas do CNPq:

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    – A prestação de contas financeira, com apresentação de comprovantes de

    despesas, em conformidade com as normas de Prestação de Contas;

    – O relatório técnico final, com detalhamento de todas as atividadesdesenvolvidas durante a execução do projeto e o registro de todas asocorrências que afetaram o seu desenvolvimento.

    – Quando solicitado pelo CNPq, o Coordenador deveria preencher formulário deavaliação e acompanhamento do projeto de pesquisa aprovado.

    As informações geradas com a implementação das propostas selecionadas e

    disponibilizadas na base de dados do CNPq foram de domínio público.

    Caso os resultados do projeto ou o relatório em si viessem a ter valor comercial oupudessem levar ao desenvolvimento de um produto ou método envolvendo oestabelecimento de uma patente, a troca de informações e a reserva dosdireitos, em cada caso, dariam de acordo com o estabelecido na Lei deInovação nº 10.973, de 02 de dezembro de 2004, regulamentada pelo Decreto nº5.563, de 11 de outubro de 2005, e pela Resolução Normativa nº 013/2008.

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    CT– Agro

    Desde 2002 o fundo busca, por meio de financiamentos, aumentar acapacitação científica e tecnológica nas áreas de agronomia, biotecnologia,economia e sociologia agrícola, veterinária; atualização tecnológica da indústria

    agropecuária além de aumentar os investimentos em biotecnologia e difusão denovas tecnologias na área agrícola.

    Dados financeiros do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), desde2002 o fundo já investiu mais de R$ 300.000.000,00 em projetos.

    No ano de 2004 o CT-Agro em conjunto com o CNPq, CT-Amazônia, Fundo VerdeAmarelo e o CT-Petro por meio do edital MCT/CNPq/CT-Amazônia/CT-Agro/FVA/CT-Petro nº 028/2004 selecionou projetos que visavam odesenvolvimento e inovação tecnológica através de pesquisas sobre a produçãode oleaginosas nos estados da região norte do país.

    Os dados de maior relevância para este trabalho que foram apresentados noedital anteriormente citado foram listados nos tópicos deste capítulo.

    Objetivo

    O Edital teve por objetivo apoiar atividades de pesquisa científica, tecnológica ede inovação, mediante o apoio financeiro a projetos que visassem ao estudo daprodução de oleaginosas nos Estados da Região Norte.

    As Linhas de Apoio/Temas que o edital contemplou foram:

    Tema 1: Zoneamento hídrico e térmico das áreas desmatadas dos Estados daRegião Norte.

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    Tema 2: Seleção de material genético de dendê adaptado para os Estados da

    Região Norte.

    Tema 3: Desenvolvimento de tecnologia para a micro propagação do dendê.

    Tema 4: Levantamento da biodiversidade dos Estados da Região Norte compotencial para produção de biodiesel.

    Financiamento

    As propostas aprovadas foram financiadas com recursos no valor global estimadode R$ 1.570.000,00, recursos estes oriundos de:

    - CT-Amazônia - R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais);

    - CT-Agro - R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), para gastos em custeio e capital;

    - Fundo Verde-Amarelo - R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), para gastos emcusteio;

    - CT-Petro - R$ 70.000,00 (setenta mil reais), para gastos em custeio e capital.

    Os recursos foram distribuídos da seguinte forma:

    Os projetos inseridos nos Temas 1, 2 e 3 tiveram o valor máximo de R$ 100.000,00,para gastos com itens de custeio e capital enquanto os projetos inseridos no Tema4 tiveram o valor máximo de R$ 200.000,00 , para gastos com custeio e capital.

    Os projetos aprovados foram contratados como auxílio individual, em nome doCoordenador, com a aceitação da entidade por ele representada (instituição deexecução do projeto), mediante assinatura de Termo de Concessão e Aceitaçãode Apoio Financeiro a Projeto de Pesquisa Científica e/ou Tecnológica.

    No Termo de Concessão, as partes assumiram fundamentalmente os seguintescompromissos:

    a) coordenador do Projeto:

    - responsabilidade por todas as obrigações contratuais, permitindo que o CNPq, aqualquer tempo, pudesse confirmar a veracidade das informações prestadas; e

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    - fornecimento das informações solicitadas pelo CNPq para o acompanhamento

    do desenvolvimento de projeto aprovado.

    b) instituição de execução do projeto:

    - fiscalização e acompanhamento da execução do projeto, adotando todas asmedidas necessárias ao seu fiel cumprimento, sendo responsável solidária pelasobrigações contratuais.

    c) CNPq:

    - liberação dos recursos, de acordo com a disponibilidade financeira eorçamentária.

    - A existência de alguma inadimplência do proponente com a AdministraçãoPública Federal Direta ou Indireta, não regularizada no prazo máximo de 30 diasapós a divulgação dos resultados, constituiria fator impeditivo para a contrataçãodo projeto.

    Seleção

    A seleção das propostas submetidas ao CNPq, em atendimento ao Edital, foirealizada por intermédio de análises e avaliações comparativas. Para tanto, sãoestabelecidas as seguintes etapas e critérios:

    - análise preliminar pela área técnica do CNPq quanto ao enquadramento daspropostas às condições e exigências do Edital;

    - julgamento do mérito das propostas por Comitê Temático designado pela

    Diretoria Executiva do CNPq;

    - aprovação pela Diretoria Executiva (DEX) do CNPq.

    - Etapa I - Análise pela Área Técnica do CNPq – Enquadramento: Esta etapaconsistiu na análise preliminar das propostas apresentadas em resposta aopresente Edital, a ser realizada por técnicos do CNPq. As propostas que nãoatendessem às características obrigatórias e demais exigências do Edital seriamdesconsideradas para análise e julgamento de mérito e relevância.

    - Etapa II - Análise pelo Comitê Temático do CNPq - Julgamento e Classificação: A análise do mérito e o julgamento das propostas enquadradas foram realizados

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    por um Comitê Temático, designado pelo CNPq, de acordo com a necessidade

    qualitativa e quantitativa da demanda analisada. Neste processo as propostasforam avaliadas e priorizadas tomando por base os critérios a seguir detalhados:

    a) adequação da infraestrutura disponível e de apoio técnico;

    b) adequação do cronograma ao objetivo proposto;

    c) caráter interdisciplinar e/ou interinstitucional, quando necessário à execuçãodo projeto de pesquisa;

    d) experiência da equipe em relação aos objetivos gerais e específicos da

    proposta;e) estratégias de divulgação dos resultados das pesquisas;

    f) expectativa de geração de produtos, processos ou serviços especializados;

    g) explicitação e coerência das metodologias e procedimentos adotados;

    h) mérito, pertinência e viabilidade de execução da proposta;

    i) potencial de posterior fixação de recursos humanos na região;

    j) relevância da proposta para o avanço do conhecimento científico,tecnológico e de inovação sobre oleaginosas.

    Após a análise de mérito e relevância de cada proposta e da adequação de seuorçamento, o Comitê Temático, dentro dos limites orçamentários definidos noEdital, poderiam recomendar um projeto:

    - aprovação, sem cortes orçamentários;- aprovação, com cortes orçamentários, desde que não inviabilizem a execuçãodo projeto;- não aprovação, para propostas com baixo mérito ou baixa relevância.

    Foi utilizado um formulário padrão para registrar o parecer do Comitê Temáticosobre as propostas, de acordo com a pontuação alcançada, dentro dos critériosestabelecidos. Para propostas recomendadas, foi explicitado o mérito e definidoo valor a ser financiado pelo CNPq. O Comitê Temático poderia recomendaradequações no orçamento e cronograma propostos. Para propostas nãorecomendadas foi emitido parecer consubstanciado contendo as justificativaspara a não recomendação. Os formulários foram assinados por todos os membrosdo Comitê.

    As propostas foram recomendadas em ordem decrescente de pontuação.

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    - Etapa III- Aprovação pela Diretoria Executiva (DEX) do CNPq:As propostasrecomendadas pelo Comitê Temático foram submetidas à apreciação daDiretoria Executiva do CNPq, que emitiu a decisão final sobre sua aprovação,observados os limites orçamentários do Edital.

    Acompanhamento

    O projeto deveria ser acompanhado até o final de sua vigência, por meio de:

    - análise dos relatórios técnicos parciais de execução do projeto;

    - visitas técnicas e científicas de consultores Ad hoc e de técnicos do CNPq e doMCT;

    - relatório técnico final circunstanciado, apresentando os resultados, conclusões eprodutos obtidos, devendo ser encaminhado ao CNPq pelo coordenador, até 60(sessenta) dias após o prazo de encerramento do projeto;

    - apresentação, pelo coordenador, de publicações de artigos em revistas ou

    Anais de Congressos nacionais ou estrangeiros ou, ainda, artigos submetidos arevistas e que se encontrem no prelo;

    - seminários de avaliação (quando pertinentes).

    O CNPq poderia, durante a execução do projeto, promover visitas técnicas ousolicitar informações adicionais visando a aperfeiçoar o sistema de Avaliação eAcompanhamento.

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    Fundo Nacional deDesenvolvimentoFlorestal - FNDF

    Criado pela Lei de Gestão de Florestas Públicas (Lei n° 11.284/2006) eregulamentado pelo Decreto n° 7.167/2010 o Fundo Nacional deDesenvolvimento Florestal busca fomentar o desenvolvimento de atividadessustentáveis em florestas brasileiras promovendo a inovação tecnológica dosetor.

    Gerido pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) desde 2010 já financiou projetos naAmazônia que ultrapassaram os R$ 6.000.000,00

    Em 2013 o FNDF, por intermédio da Chamada Pública FNDF/FNMC Nº 01/2013,selecionou projetos que visavam gerar capacitação e assessoria parafortalecimento na gestão de empreendimentos florestais comunitários naAmazônia.

    Foram levantadas algumas das informações presentes na chamada que seriamrelevantes para este trabalho e tais informações são listadas nos itens presentesneste capítulo.

    Objetivo

    Selecionar, por meio de projetos apresentados por cooperativas, instituiçõespúblicas ou privadas sem fins lucrativos, demandas de capacitação e

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    assessoramento para o fortalecimento da gestão de empreendimentos florestais

    de base comunitária em regiões priorizadas na Amazônia.

    FinanciamentoPara apoio às demandas apresentadas nos projetos selecionados no conjuntodas Chamadas Públicas lançadas em 2013 pelo FNDF, foram aplicados até R$2.000.000,00. As aplicações seguiram as diretrizes previstas no Plano Anual deAplicação Regionalizada – PAAR 2013 do FNDF e no Plano Anual de Aplicação deRecursos – PAAR 2013 do FNMC. O montante total dependeu da demanda e daqualidade dos projetos.

    Seleção

    No contexto da Chamada Pública, o FNDF selecionou beneficiários por meio dosprojetos apresentados, por instituições demandantes.

    Em seguida, foi constituído um comitê de seleção composto por servidores dasinstituições públicas promotoras da Chamada para avaliar quais eram os projetospassíveis de apoio. Uma vez selecionados, o FNDF realizou a contratação, pormeio de licitação, de instituição com capacidade técnica para prestarcapacitação e assessoria em gestão de empreendimentos florestais de basecomunitária.

    A forma de operação é ilustrada pelo fluxograma da Figura 1.

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    Figura 1 – Fluxograma - FNDF

    Foram ofertadas para cada instituição beneficiária selecionada os seguintestemas e subtemas:

    a. Administração Estratégica;

    b. Gestão Administrativa, Financeira e Contábil;

    c. Assessoria para regularização do empreendimento.

    Os municípios que poderiam ser contemplados são listados na Figura 2.

    Figura 2 – Possíveis municípios contemplados - FNDF

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    A seleção dos projetos foi conduzida pelo Comitê de Seleção e envolveu asseguintes etapas:

    1. Etapa Eliminatória:

    1.1 Verificação da elegibilidade da instituição demandante;

    1.2 Verificação do atendimento do projeto aos objetivos da chamada;

    2. Etapa Classificatória:

    2.1 Análise técnica do conteúdo dos projetos2.2 Atribuição de notas conforme critérios classificatórios;

    2.3 Classificação, por ordem decrescente, dos projetos, com recomendação deapoio pelo FNDF;

    2.4 Avaliação final pelo Conselho Diretor do Serviço Florestal Brasileiro, queconsiderará a classificação proposta pelo Comitê de Seleção e os recursosfinanceiros disponíveis.

    Os critérios eliminatórios e classificatórios para seleção de demandas dasinstituições, apresentados por meio de projetos, envolveram os seguintesaspectos:

    Eliminatórios

    O projeto devia atender aos requisitos de perfil dos beneficiários, tema, áreade abrangência dessa chamada;

    O projeto devia ser apresentado por uma instituição pública ou privada sem

    fins lucrativos, incluindo cooperativas, com no mínimo três anos de fundação; O projeto devia ser apresentado conforme as exigências de prazo, conteúdoe documentação (item Apresentação de Projetos);

    Devia ser apresentada ata de fundação da instituição beneficiária e seuestatuto;

    Devia ser apresentada ata de eleição da atual diretoria; Devia ser apresentado ofício de interesse da diretoria ou conselho de

    administração da instituição beneficiária, acompanhada da ata de eleiçãodos seus membros, no qual concordariam com o teor do projeto e secomprometem, no caso da aprovação, a participar das atividades a seremofertadas e contribuir de forma ativa com a assessoria.

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    ClassificatóriosOs critérios classificatórios foram utilizados para classificar e priorizar os projetosque receberiam apoio, conforme a disponibilidade do recurso. Esses critériosestão dispostos na Tabela 3.

    Tabela 3 – Critérios - FNDF

    AcompanhamentoOs projetos foram monitorados por técnicos do SFB, por intermédio de avaliaçõesde resultados e de impacto a serem conduzidas durante o apoio e após o seutérmino.

    Os beneficiários e as instituições demandantes foram convidados a participar daestratégia de monitoramento e avaliação da execução dos serviços,colaborando na avaliação das atividades.

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    FundoSocioambiental daCEF– FSAO Fundo Socioambiental da Caixa (FSA) tem como objetivo ampliar e consolidara atuação da caixa econômica federal no incentivo a ações que promovam odesenvolvimento sustentável. Os projetos de investimento devem se encaixarprincipalmente nas áreas de habitação de interesse social, saneamentoambiental, gestão ambiental, geração de trabalho e renda, saúde, educação,esporte, cultura, justiça, alimentação, desenvolvimento institucional edesenvolvimento rural. A fonte de recursos do fundo é da própria CEF que investe2% de seu lucro no FSA.

    Segundo a Caixa, de 2010 até fevereiro de 2013, 171 mil pessoas forambeneficiadas indiretamente pelos 123 projetos financiados pelo fundo eespalhados pelo Brasil.

    Em 2011 o Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal selecionou, porintermédio da chamada Pública 001/2011, projetos que visassem odesenvolvimento sustentável através de geração de renda em algumaslocalidades. Dentre os locais selecionados estavam alguns municípios do estadodo Amapá cujo território está dentro do bioma amazônico.

    São fornecidas, nos itens deste capítulo, informações relevantes constantes nachamada e importantes para a elaboração deste trabalho.

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    Objetivo

    Selecionar projetos que objetivassem o desenvolvimento local sustentável e oalcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - ODM, destinados aopúblico-alvo em situação de vulnerabilidade socioambiental, discriminado naTabela 4:

    Tabela 4 – Estados contemplados - FSA

    Foi selecionado 01 projeto em cada um dos municípios constantes na Tabela 4vinculados às Superintendências Regionais da CAIXA, a quem cabe oacompanhamento das atividades.

    Os projetos deveriam ser desenvolvidos nos focos abaixo discriminados:

    - Educação

    - Geração de Trabalho e Renda

    Os projetos deveriam, sobretudo, respeitar o modo de vida, as práticas e culturastradicionais das mulheres/povos indígenas, agricultores (as) familiares ecomunidades tradicionais da região.

    A linha temática do FSA priorizada é o Desenvolvimento Local Sustentável, e,dessa forma, os projetos deviam buscar os seguintes eixos de atuação:

    I. Comunidades do Saber/ Conhecimento

    Apoio a projetos de fortalecimento da educação cidadã, de capacitaçãoprofissional e do acesso à educação básica e alfabetização de adultos.

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    II. Comunidades Produtivas/ Produção

    Apoio a projetos de economia solidária, arranjos produtivos locais oufortalecimento de grupos cooperativos de modo a dinamizar a economia localpor meio de investimento em máquinas, equipamentos e insumos necessáriospara estruturar a atividade produtiva, associados ou não a investimentos decapacitação técnica.

    III. Comunidades Integradas/ Infraestrutura

    Apoio a projetos comunitários por meio da destinação de recursos parainvestimento em infraestrutura física, tendo como foco a construção ourecuperação de espaços comunitários ou centros de convivência destinados aodesenvolvimento de ações de interesse coletivo nas áreas de educação, cultura,esporte, lazer, cívicas e/ou geração de trabalho e renda.

    Tabela 5 – Municípios do Amapá contemplados - FSA

    Financiamento

    O investimento seria de no máximo R$ 120.000,00 por projeto e a liberação sedaria conforme itens a seguir:

    - Os recursos seriam liberados em 8 parcelas trimestrais mediante a apresentaçãode comprovante de utilização do recurso relativo a cada parcela.

    - O FSA/ODM CAIXA anteciparia, a título de adiantamento, a liberação daprimeira parcela em 20% (vinte por cento) do valor total previsto no regulamento,ficando a liberação das demais parcelas condicionada à comprovação dautilização da parcela de adiantamento.

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    - A última parcela do Acordo somente seria paga mediante a apresentação dorelatório final, sendo atestada a realização integral do projeto e o cumprimentode todas as contrapartidas, bem como a apresentação da Prestação de Contas.

    - Para liberação das parcelas, a entidade deveria apresentar relatório financeiroe de progresso do projeto com as seguintes informações/documentos:

    - Notas fiscais, RPA (Recibo de Pagamento Autônomo) e/ou recibos quecomprovem as despesas realizadas;

    - Certidões atualizadas de INSS e FGTS;

    - Apresentar no mínimo 3 (três) orçamentos para compra deequipamentos e de reparos de infraestrutura.

    - Ateste pelo Comitê Regional em modelo a ser fornecido pelo FSA/ODMCAIXA.

    Seleção

    Foram selecionados os projetos que alcançaram maior pontuação global, noâmbito de cada uma das Superintendências Regionais obtida a partir dos critériosdefinidos na Tabela 6 - Critérios socioambientais.

    Os projetos foram avaliados e ponderados pelo peso de cada critério e serápontuado numa escala de 1 a 3, conforme a seguir:

    1- Não atende = O item foi avaliado como insatisfatório;

    2- Atende parcialmente = O item foi avaliado como parcialmente satisfatório;

    3- Atende = O item foi avaliado como satisfatório.

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    Tabela 6 – Critérios Socioambientais - FSA

    Em caso de empate na nota final, prevaleceu o projeto que tinha maiorpontuação no item 3 dos Critérios Socioambientais definidos na Tabela 6.

    Mantido o empate, prevaleceria o projeto que apresentasse maior pontuação noitem 1 dos Critérios Socioambientais definidos na Tabela 6.

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    Persistindo o empate, prevaleceria o projeto com maior pontuação no item 5 dos

    Critérios Socioambientais definidos na Tabela 6 a saber: Matéria-Prima, Produçãoe Venda.

    Após análise de projetos, a documentação foi analisada, sendo classificados osprojetos que estavam devidamente regularizados.

    Acompanhamento

    Quando da solicitação de ressarcimento, a entidade deveria encaminhar aoFSA/ODM CAIXA:

    - Relatório de Atividades, a ser disponibilizado posteriormente;

    - Notas fiscais, RPA e /ou recibos que comprovem as despesas realizadas;

    - Certidões negativas de débito junto ao INSS e de Regularidade de Situação doFGTS;

    - Fotografias, lista de presença ou demais documentos que caracterizem aexecução das atividades definidas no projeto.

    Na prestação de contas final deveriam ser apresentados todos os comprovantesde recolhimento dos impostos inerentes ao projeto, nas esferas Federal, Estadual eMunicipal.

    A última parcela do Acordo seria paga mediante a apresentação do RelatórioFinal, sendo atestada a realização integral do projeto e o cumprimento de todasas contrapartidas, assim como a apresentação dos documentos financeiros e

    Planilha de Avaliação Final.

    O FSA/ODM CAIXA, por meio do Comitê Regional do Programa CAIXA ODM,realiza o monitoramento da execução dos projetos fomentados pelo FSA daCAIXA, abordando os aspectos físico, financeiro e socioambiental.

    Os projetos são acompanhados por meio de instrumentos e ferramentas definidospela CAIXA e têm por finalidade obter informações do projeto e subsidiar aavaliação e verificar a eficiência, a eficácia e, portanto, a efetividade doinvestimento social privado que a CAIXA está realizando.

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    A entidade proponente deve manter ordenadamente, pelo prazo de 15 (quinze)

    anos após a conclusão do Projeto, registros, arquivos e controles contábeiscompletos, em boa ordem e estado de conservação, que comprovem aaplicação dos recursos recebidos, obrigando-se, nesse período, a providenciar,compilar e disponibilizar quaisquer registros ou informações que o FSA/ODM CAIXAvenha requisitar em relação aos resultados da aplicação do projeto nacomunidade.

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    Fundo Nacional doMeio Ambiente – FNMA

    Criado em 1989 pela Lei n° 7.797 visando desenvolver projetos para o usosustentável e racional dos recursos naturais do Brasil o que inclui melhorar aqualidade de vida da população brasileira. As reservas do fundo sãoprovenientes do orçamento federal, de doações, juros de investimento docapital e de multas aplicadas com base na lei de crimes ambientais.

    Sua administração está a cargo de um Conselho de Gestão com poder dedecisão dentro do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O fundo já investiu maisde R$ 170.000.000,00 em mais de 1.300 projetos.

    Em 2006 o Fundo Nacional do Meio Ambiente selecionou projetos que visavampromover o desenvolvimento rural sustentável na Amazônia além de prestação

    de assistência técnica a agricultores familiares e trabalhadores rurais por meio doedital Edital FNMA no. 01/2006.

    Os itens pertencentes a este capítulo apresentam algumas informações presentesno edital supramencionado e que são relevantes para este trabalho.

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    Objetivo

    O Edital tinha por objetivo selecionar os melhores projetos que:

    a) Promovessem o desenvolvimento rural sustentável no Bioma Amazônia, pormeio da formação de agentes multiplicadores e técnicas de manejo dos recursosnaturais, com ênfase na produção florestal sustentável de uso múltiplo e;

    b) Prestassem assistência técnica e extensão rural em atividades florestais aagricultores familiares e trabalhadores rurais por intermédio da elaboração,implantação e acompanhamento de projetos, com ênfase na pratica de manejoflorestal sustentável de uso múltiplo, sistemas agroflorestais e silvicultura.

    Financiamento

    Os recursos seriam aplicados de acordo com a Tabela 7.

    Tabela 7 – Recursos - FNMA

    Houve restrições quanto como seria gasto do valor cedido pelo fundo.

    As ressalvas foram:

    - O dispêndio com despesas de capital estaria limitado a 20% do valor solicitadoao FNMA e poderia ser empregado para a aquisição de equipamentos emateriais permanentes estritamente necessários a execução do projeto.

    - Seria possível, com os recursos solicitados ao FNMA e/ou de contrapartidaadquirir equipamentos de informática, audiovisuais, geoposicionamento global,material de campo e veículos automotores adequados as atividades de ATERessencias a execução do projeto.

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    Não seriam financiadas, com os recursos do FNMA, as despesas referentes a:

    - Aquisição de bens imóveis;

    - Aquisição de bens móveis usados;

    - Compra de ações, debentures ou outros valores mobiliários;

    - Despesas com tributos referentes à parte patronal (20% da Instituição);

    - Despesas gerais de manutenção das instituições proponentes ou executoras doprojeto;

    - Despesas com publicidade que contenham nomes, símbolos ou imagens quecaracterizem promoção pessoal de autoridades ou pessoas, servidores ou não,das instituições proponentes ou parceiras.

    - Diárias e passagens a militares, servidores e empregados públicos da ativa,ressalvado, no caso de entidade de direito público, o destinado aos quadros depessoal exclusivo do convenente e do interveniente. No que tange as diárias doscoordenadores, membros da equipe técnica e/ou beneficiários do projeto quenão se encaixassem no texto acima, os valores máximos de diários (R$) a serconcedido deveriam ser observados conforme determinam os Decreto no. 343 de19/11/1991 e Decreto no. 5.554, de 04/10/2005 e alterações.

    - Elaboração do projeto apresentado ao FNMA;

    - Financiamento de dívida;

    - Gratificação, consultoria, assistência técnica ou qualquer espécie deremuneração adicional ao pessoal com vinculo empregatício com as instituiçõesproponentes ou parceiras do projeto;

    - Gratificação, consultoria, assistência técnica ou qualquer espécie deremuneração adicional a integrantes das diretorias das instituições proponentes;

    - Gratificação, consultoria, assistência técnica ou qualquer espécie deremuneração adicional a servidores da administração publica ou empregado deempresa publica ou sociedade de economia mista, conforme determina a Lei de

    Diretrizes Orçamentarias - LDO, vigente na publicação do Edital;- Pagamento de taxas bancárias, multas, juros ou correção monetária, inclusive asdecorrentes de pagamentos ou recolhimentos fora dos prazos;

    - Pagamento de dividendos ou recuperação de capital investido;

    - Salário do coordenador e responsável financeiro do projeto;

    - Taxa de administração, gerencia e ou similar.

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    Seleção

    O Edital continha duas Chamadas (I e II) para apresentação de projetos.

    Chamada I - Projetos visando a Formação de Agentes Multiplicadores paradesenvolver ações que proporcionassem a elaboração e implantação deprojetos, com ênfase na prática de manejo florestal sustentável, sistemasagroflorestais, silvicultura, adequação ambiental das propriedades rurais e/ouassentamentos de reforma agrária, incorporação de atividades florestais no

    planejamento das propriedades, beneficiamento e comercialização daprodução madeireira e não madeireira, incluindo metodologias participativas demobilização e de organização comunitária de agricultores familiares etrabalhadores rurais.

    Chamada II - Projetos visando à prestação de Assistência Técnica e ExtensãoRural em Atividades Florestais aos Agricultores Familiares no Bioma Amazônia,cujas propriedades situem-se no Bioma Amazônia de forma a ampliar a áreadestinada a prática sustentável do manejo florestal, sistemas agroflorestais ereflorestamentos, incrementando a renda desses agricultores e promovendo aconservação e o uso sustentável dos recursos naturais nas propriedades rurais,assentamentos de reforma agraria, reservas de desenvolvimento sustentável,terras indígenas e reservas extrativistas.

    Encerrado o prazo para recebimento de projetos, a Diretoria do FNMA verificou oatendimento das exigências quanto ao encaminhamento e habilitação dasinstituições proponentes, a partir dos documentos exigidos e do enquadramentodos projetos aos termos do Edital.

    As instituições habilitadas tiveram seus projetos avaliados por uma Câmara

    Técnica Temporária, composta por especialistas convidados pelo FNMA,instituições e órgãos parceiros envolvidos com o presente Edital. O processo deanalise técnica ocorreu conforme os procedimentos e critérios descritos no Edital,dentre os quais se destacam:

    . Qualidade técnica do projeto;

    · A clareza e pertinência dos objetivos, metas e resultados esperados;

    · A factibilidade dos objetivos, metas e atividades no tempo fixado;

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    · Os impactos sociais, econômicos e ambientais decorrentes da execução do

    projeto;

    · A experiência institucional do proponente e das instituições parceiras;

    · A capacidade técnica da equipe executora do projeto;

    · A adequação do orçamento as atividades a serem desenvolvidas.

    Os projetos foram classificados por pontos obtidos, conforme os critérios descritosnas Tabelas 8 a 13, sendo, posteriormente, submetidos a julgamento peloConselho Deliberativo do FNMA. As avaliações também envolveram a

    consistência e a adequação orçamentaria do projeto, os diagnósticos e asestratégias solicitadas. Para tal, foram observados o referencial teórico, ametodologia adotada, a clareza, a objetividade e a factibilidade das açõespropostas.

    Para a Chamada I

    Tabela 8 – Critérios de Seleção 1 - FNMA

    Tabela 9 – Critérios de Seleção 2 - FNMA

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    Tabela 10 – Critérios de Seleção 3 - FNMA

    Para a Chamada II

    Tabela 11 – Critérios de Seleção 4 - FNMA

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    Tabela 12 – Critérios de Seleção 5 - FNMA

    Tabela 13 – Critérios de Seleção 6 - FNMA

    Critérios de desempate

    Os projetos que apresentassem maior pontuação na sua estrutura técnica teriamprioridade na seleção. Caso ainda persistisse o empate, seria utilizada a maiorpontuação obtida no critério da qualificação e experiência do conjuntoinstitucional e, posteriormente, nos aspectos orçamentários do projeto.

    Equipe de Escolha

    A instancia administrativa competente para homologar o resultado final daseleção de projetos e o Conselho Deliberativo do FNMA, com base nasrecomendações feitas pela Câmara Técnica Temporária e nas prioridadespoliticas governamentais, principalmente no que diz respeito a Politica Nacional

    do Meio Ambiente. As decisões pertinentes a anulação ou revogação, assimcomo aquelas relativas a aplicação das penalidades previstas, observado odevido processo legal, seriam publicadas no DOU.

    Contrapartida

    Entenda-se como Contrapartida – CP a materialização do esforço da instituição

    proponente e/ou parceiras para a execução do projeto. O esforço pode ser em

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    recursos monetários (dinheiro), recebendo, assim, a denominação de CP-

    Financeira, ou em bens e serviços economicamente mensuráveis, denominadaCP-Mensurada.

    CP-Financeira: constituída de recursos financeiros que seriam utilizados naexecução do projeto, tais como: custeio de diárias, material de consumo,passagens e despesas com locomoção, outros serviços de terceiros pessoa físicae/ou jurídica, equipamentos e materiais permanentes e obras e instalações.

    CP-Mensurada: constituída de bens e/ou serviços economicamente mensuráveisda instituição proponente e/ou parceiras, disponibilizados durante o período de

    execução do projeto, tais como: disponibilização de bens (equipamentos ematerial permanente) e serviços prestados por profissionais com vinculoinstitucional (equipe técnica disponibilizada para a execução do projeto) etc.

    A CP disponibilizada refere-se ao valor total de recursos do projeto e não somentedos recursos solicitados ao FNMA, ser compatível com a capacidade instalada oude mobilização da instituição proponente, guardando proporcionalidade com omontante de recursos necessários para a execução do projeto e com a natureza jurídica da instituição.

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    Programa Piloto paraa Proteção dasFlorestas Tropicais doBrasil – PPG7Sendo uma das mais importantes iniciativas do governo brasileiro com acomunidade internacional e a sociedade civil o fundo PPG7 visava difundirestratégias inovadoras para uso e proteção dos recursos existentes nas florestastropicais tentando transformar todo o conhecimento gerado em subsídios para

    políticas públicas.Nos seus 17 anos investiu US$ 463,1 milhões e apoiou 26 iniciativas na MataAtlântica e na Amazônia buscando sempre aquelas que pudessem gerar rendae melhorar a qualidade de vida da população.

    Em 2005 o Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7)em conjunto com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e O CNPqselecionaram, para financiamento e por meio do Edital MCT/CNPq/PPG7 nº48/2005, projetos que objetivavam criar sub-redes de pesquisa para disseminarpesquisas científicas e tecnológicas na região Amazônica.

    Algumas informações presentes no edital de grande relevância para aestruturação deste trabalho foram compiladas nos itens deste capítulo.

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    Objetivo

    O objetivo do edital foi apoiar sub-redes de pesquisa, cada uma formada por nomínimo quatro projetos de pesquisa, com finalidade de promover e disseminar, deforma coordenada e cooperativa, pesquisas científicas e tecnológicas em temase subtemas prioritários, contribuindo para a conservação e o desenvolvimentosustentável da Região Amazônica.

    Financiamento

    As propostas aprovadas foram financiadas com recursos no valor global estimadode R$ 11.061.450,00, provenientes da Agência Norte-Americana para oDesenvolvimento Internacional – USAID, do Fundo Fiduciário de Florestas Tropicais

    – RFT e de contrapartida do Governo do Brasil. Cada Real corresponde, em 17 deagosto de 2005, a 2,35 dólares americanos.

    O valor máximo para financiamento de cada sub-rede seria de até R$2.115.000,00. Cada projeto de pesquisa poderia utilizar até 30% do recurso total doprojeto de pesquisa em bolsas.

    O início do desembolso de recursos esteve condicionado à participação docoordenador do projeto de pesquisa e de seu assistente administrativo-financeiroem treinamento, a ser organizado pelo CNPq, com duração de uma semana,sobre procedimentos de aquisições, licitações e prestação de contas. Em caso deextrema necessidade e devidamente justificado para decisão da DiretoriaExecutiva do CNPq, o coordenador poderia ser substituído por outro membro da

    equipe do projeto de pesquisa.Quando a liberação dos recursos ocorresse em 03 (três) ou mais parcelas, aterceira ficaria condicionada à apresentação de prestação de contas daprimeira parcela liberada e assim sucessivamente até a última parcela.

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    Seleção

    A seleção das propostas de formação de sub-rede e de projetos de pesquisasubmetidas ao CNPq, em atendimento ao Edital, foi realizada por intermédio deanálises e avaliações comparativas. Para tanto, foram estabelecidas as seguintesetapas:

    Etapa I - Análise pela equipe técnica do CNPq – Enquadramento: Esta etapaconsistia na análise preliminar das propostas apresentadas que seria realizadapela equipe técnica do CNPq, quanto à sua adequação aos critérios deelegibilidade, características obrigatórias e às demais exigências do Edital,caracterizando a demanda qualificada.

    Houve uma análise aprofundada, quanto ao mérito técnico-científico de cadaproposta de formação de sub-rede e sua adequação aos critérios de julgamento.Foram atribuídas notas de 0 (zero) a 10 (dez) para cada critério de julgamentodefinido, sobre os quais foram aplicados a ponderação abaixo descrita.

    Os critérios de julgamento das propostas de formação de sub-rede sãoapresentados na Tabela 14.

    Tabela 14 – Critérios de Seleção – PPG7

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    Etapa II - Análise pelo Comitê de Especialistas – Julgamento e Classificação: Esta

    etapa consistia na análise aprofundada da demanda qualificada, quanto aomérito técnico-científico de cada proposta de formação de sub-rede e deprojeto de pesquisa.

    O Comitê de Especialistas elaborou uma ata da reunião ao concluir seustrabalhos, que foi assinada por todos os seus membros. Esta ata conteve asseguintes informações: identificação da atividade (local, horário, nomes dospresentes, propósitos), ordenação das propostas de acordo com a pontuaçãoobtida, comentários, críticas e recomendações às propostas devidamente justificadas.

    O resultado da avaliação do Comitê de Especialistas foi encaminhado à DiretoriaExecutiva do CNPq, que emitiu a decisão final sobre a aprovação das propostasa serem contratadas, observando o limite orçamentário do Edital.

    Cada projeto de pesquisa deveria alocar um assistente administrativo-financeirocom vínculo empregatício/funcional na instituição sede, para auxiliar ocoordenador de projeto de pesquisa nas tarefas administrativas e financeirascomo parte da contrapartida institucional.

    Em seguida à contratação dos projetos, o coordenador de projeto de pesquisa eseu assistente administrativo-financeiro receberiam treinamento emprocedimentos de aquisições, licitações e prestação de contas. A participaçãode ambos no treinamento foi considerada condição para o desembolso dosrecursos.

    Acompanhamento

    O CNPq foi responsável pelo monitoramento e avaliação das sub-redes e dosprojetos de pesquisa selecionados pelo Edital e contou com o auxílio deespecialistas – assessores científicos do CNPq. O monitoramento e a avaliaçãocompreenderam um conjunto de atividades que visavam verificar odesenvolvimento, o cumprimento dos objetivos e das metas específicas, tendoem vista o atendimento ao objetivo global do SPC&T e do PPG7. Essas atividadesforam realizadas por meio de relatórios, reuniões de sub-rede e visitas in loco demonitoramento e avaliação, de acordo com o Manual Operativo do Acordo deDoação celebrado entre o Governo Brasileiro e o BIRD e seus Anexos.

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    Deveria ser comunicada ao CNPq, pelo Coordenador do Projeto, qualqueralteração relativa à execução do projeto, acompanhada da devida justificativa.O CNPq reserva-se o direito de, durante a execução, solicitar informaçõesadicionais visando aperfeiçoar o sistema de monitoramento e avaliação.

    Contrapartida

    As instituições de execução dos projetos de pesquisa deveriam aportar ao projetoa contrapartida mínima de 30% de recursos financeiros e/ou não-financeiros.Poderia se constituir em moeda, material, recursos humanos, incluindo despesascom contratação ou complementação salarial de pessoal técnico eadministrativo, despesas de rotina como as contas de luz, água, telefone, correioe similares, ou quaisquer outros recursos, desde que fossem demonstráveis,mensuráveis economicamente e que, obrigatoriamente, estivessem disponíveis erelacionados com a pesquisa proposta.

    A prestação de contas financeira deveria ser realizada pelo Coordenador decada projeto.

    Os Coordenadores de projeto de pesquisa deveriam providenciar o pagamento

    das despesas e comprová-las por meio da Declaração de Gastos (SOEs),utilizando, em até 60 (sessenta) dias, contados da data do crédito em sua conta,pelo menos 80% dos recursos financeiros recebidos. Os demais recursos financeirosdeveriam ser utilizados e comprovados nos 30 dias subsequentes à primeiracomprovação, totalizando os 100% recebidos.

    Cancelamento da Concessão

    A concessão do apoio financeiro poderia ser cancelada pela Diretoria do CNPq:

    a) por ocorrência, durante sua implementação, de fato cuja gravidade justifique

    o cancelamento, sem prejuízo de outras providências cabíveis;

    b) pela ausência do proponente do país, a qualquer título, por prazo superior anoventa dias, a partir da data de divulgação dos resultados;

    c) caso o Termo de Concessão não fosse firmado até 90 dias após a divulgaçãodos resultados, por motivo alheio ao CNPq.

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    CRIATEC

    Criado em 2007 para investir em empresas emergentes que buscam inovação.Por sua primeira chamada houve investimentos em empresas que tivessem umfaturamento anual de até R$ 6.000.000,00. Possuiu um patrimônio comprometido

    de R$ 100.000.0000,00 dos quais R$ 80.000.000,00 eram do BNDES e R$20.000.000,00 do Banco do Nordeste.

    A princípio o fundo investiu em 36 empresas embasado na análise de gestoresregionais dos estados de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,Pernambuco, Ceará e Pará. Apoiou empreendimentos dos mais variados setorestais como biotecnologia, software, novos materiais, automação, nanotecnologia,microeletrônica. O fundo visava o desenvolvimento e a inserção das companhiasselecionadas no mercado. As empresas da carteira de financiamentoreceberam assessoria em diversos aspectos de negócio tais como contratação

    de executivos que fossem qualificados, planejamento financeiro e estruturaçãode estratégias de propriedade intelectual.

    No ano de 2012 foi apresentado o edital do CRIATEC II. Este fundo foi feitovoltado para empresas inovadoras com faturamento de até R$ 10.000.000,00,líquido, anual. Ele deveria ter um gestor nacional e pelo menos seis gestoresregionais.

    Em 2012 o fundo lançou uma chamada pública (Edital - Chamada Pública FundoCRIATEC II) no qual visava selecionar o gestor nacional para o fundo que elegeriaos gestores regionais e por conseguinte fariam a seleção das empresas nas quaiso fundo investiria.

    Algumas informações relevantes para este trabalho que estavam presentes noedital são apresentadas nos itens deste capítulo.

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    Objetivo

    Fundo de Investimento com a finalidade de capitalizar as micro e pequenasempresas inovadoras e de lhes prover um adequado apoio gerencial. O Fundoterá como base legal a Instrução CVM nº 391.

    Financiamento

    O Fundo deve ter duração de 10 anos, sendo que os quatro primeiros anosreferem-se ao Período de Investimentos. O período de duração do Fundo poderáser prorrogado por até mais 5 anos, a critério da Assembleia Geral de Cotistas.

    O Patrimônio Comprometido do CRIATEC II deve ser de no mínimo R$ 170 milhões,sendo que a participação do BNDES pode alcançar até 80% do PatrimônioComprometido do Fundo(limitado a R$ 136 milhões). O BNB (comprometimentode R$ 30 milhões), o BADESUL(comprometimento de R$ 10 milhões) eo BDMG (comprometimento de R$ 10 milhões) também foram cotistas do Fundo,fazendo com que o esse Fundo tivesse que investir nas suas regionais de atuação(região Nordeste, Rio Grande do Sul e Minas Gerais) o mesmo valorcomprometido por esses investidores.

    Política de Investimentos

    Podem ser apoiadas empresas com faturamento líquido de, no máximo, R$ 10milhões, no ano imediatamente anterior à aprovação do investimento peloFundo, sendo que:

    O Fundo é voltado para realizar investimentos em empresas inovadorasque atuem prioritariamente nos setores de TIC, Biotecnologia, NovosMateriais, Nanotecnologia, Agronegócios;

    No mínimo 25% do portfólio do Fundo deve ser investido em empresas comfaturamento inferior a R$ 2,5 milhões.

    O valor máximo de investimento por empresa será de R$ 2,5 milhões.

    Poderá haver uma segunda capitalização pelo Fundo em algumas dasempresas investidas, podendo o investimento máximo por empresa

    alcançar até mais R$ 3,5 milhões.

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    Seleção do Gestor

    O Fundo deve ter 1 Gestor Nacional e, no mínimo, 6 pólos de atuação espalhadospor 4 regiões do País, nos quais são constituídos os Gestores Regionais e suasrespectivas equipes de gestão. Somente o Gestor Nacional deve ser selecionadoem um primeiro momento pelos investidores do Fundo, enquanto os 6 GestoresRegionais devem ser aprovados pelo Comitê de Investimentos do Fundo dentrodos 12 primeiros meses de funcionamento do Fundo. Os pólos de atuação do

    CRIATEC II serão distribuídos nas seguintes localidades: 1 no Rio Grande do Sul;

    1 em São Paulo;

    1 em Minas Gerais;

    1 no Rio de Janeiro;

    1 no Distrito Federal e/ou em Goiás;

    1 na Bahia, e/ou Ceará e/ou Rio Grande do Norte.

    O Fundo pode ter mais de 6 polos de atuação, inclusive fora dos polos listadosacima, desde que aprovado pelo Comitê de Investimentos do Fundo. Outrascaracterísticas do Fundo são:

    Cabe ao Gestor Nacional do Fundo a responsabilidade pela contrataçãodos Gestores Regionais, pelo estabelecimento das melhores práticasrelacionadas à prospecção de oportunidades, aceleração das investidase desinvestimentos do portfólio, buscando uma uniformidade de atuação

    do Fundo perante todos os Gestores Regionais;

    Até o final do primeiro ano de funcionamento do Fundo, o GestorNacional do Fundo deve contratar, às suas expensas e após a aprovaçãopelo Comitê de Investimentos do Fundo, todos os 6 Gestores Regionais nosquais o Fundo estabelece polos de atuação. Caso não consiga atingiressa meta, a Gestora pode ser destituída pelos investidores;

    Os Gestores Regionais são os responsáveis pela construção do pipeline deoportunidades no seu polo de atuação, pela seleção das empresas a

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    serem investidas, além do monitoramento e posterior desinvestimento das

    empresas pertencentes ao seu portfólio, sempre em consonância com oGestor Nacional do Fundo e aprovado pelo Comitê de Investimentos doFundo;

    Os Gestores Regionais atuam nos polos regionais elencados anteriormente,além de outros que podem ser aprovados pelo Comitê de Investimentosdo Fundo. Entretanto, podem realizar investimentos em empresaslocalizadas fora do seu polo de atuação, desde que em consonânciacom o Gestor Nacional do Fundo e aprovado pelo Comitê de

    Investimentos do Fundo;

    Com exceção das despesas com due diligence e as despesas jurídicaspara proteção dos direitos dos investidores, fica a expensas das investidasou do Gestor do Fundo as despesas relativas à estrutura gerencial a serdisponibilizada para as empresas investidas, tais como: assessoria jurídica,contábil, comercial, financeira etc;

    Caso a BNDESPAR tenha uma participação acima de 50% no PatrimônioComprometido do Fundo, esta deve ter o direito de veto de qualqueroperação do Fundo. Para fins de aprovação dos investimentos edesinvestimentos a serem realizados pelo Fundo e para a aprovação dosGestores Regionais, o quórum necessário será de maioria simples dosinvestidores.

    Criação de um Comitê Consultivo Interno, com periodicidade mínimaanual, no qual os Gestores Regionais e o Gestor do Fundo Nacionalpossam buscar uma maior integração, troca de experiências e sinergiaentre todos os agentes.

    O processo de seleção do Gestor Nacional do Fundo tem como base os critériospreviamente aprovados pela Diretoria do BNDES. As propostas recebidas dosGestores devem ser avaliadas em duas fases, de acordo com os seguintes critérioseliminatórios e classificatórios:

    Critérios eliminatórios

    (i) a existência de conflito de interesses na proposta de gestão do Fundo;

    (ii) o não alinhamento do modelo e/ou foco de investimento do Fundo definido

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    na Chamada Pública e com as p