relatÓrio de consulta pÚblica -...

32
1 RELATÓRIO DE CONSULTA PÚBLICA Blocos de Rega de Cinco Reis - Trindade(AIA 2389) Junho 2011

Upload: dinhbao

Post on 27-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

RELATÓRIO DE CONSULTA PÚBLICA

“Blocos de Rega de Cinco Reis - Trindade”

(AIA 2389)

Junho 2011

2

EQUIPA DE TRABALHO

Elaboração:

Margarida Grossinho

Secretariado:

Maria Odete Cotovio Olga Mendonça

3

ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 2. PERÍODO DE CONSULTA PÚBLICA 3. DOCUMENTOS PUBLICITADOS E LOCAIS DE CONSULTA 4. MODALIDADES DE PUBLICITAÇÃO

5. FORMAS DE ESCLARECIMENTO E PARTICIPAÇÃO DOS INTERESSADOS

6. SÍNTESE DO PROJECTO 7. PROVENIÊNCIA DOS PARECERES RECEBIDOS 8. ANÁLISE DOS PARECERES RECEBIDOS

ANEXO I

Órgãos de Imprensa e Entidades convidados a participar na Consulta Pública

ANEXO II

Lista de Presença na Reunião Técnica de Esclarecimento ANEXO III

Pareceres Recebidos

4

RELATÓRIO DE CONSULTA PÚBLICA

“Blocos de Rega Cinco Reis - Trindade”

1. INTRODUÇÃO Em cumprimento do preceituado no artigo 14º do Decreto – Lei n.º 69/2000 de 3 de Maio alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro, procedeu-se à Consulta Pública do “Blocos de Rega Cinco Reis - Trindade ” 2. PERÍODO DE CONSULTA PÚBLICA Considerando que o Projecto se integra na lista do anexo II do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro, a Consulta Pública decorreu durante 25 dias úteis, entre o dia 11 de Maio e o dia 15 de Junho de 2011. 3. DOCUMENTOS PUBLICITADOS E LOCAIS DE CONSULTA O Estudo de Impacte Ambiental (EIA), incluindo o Resumo Não Técnico (RNT), foi disponibilizado para consulta nos seguintes locais:

o Agência Portuguesa do Ambiente – APA o Câmara Municipal de Beja o Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo

O Resumo Não Técnico foi disponibilizado para consulta nas seguintes freguesias:

o Junta de Freguesia de Albernoa o Junta de Freguesia de Mombeja o Junta de Freguesia de Santa Clara de Louredo o Junta de Freguesia de Santa Vitória o Junta de Freguesia de Santiago Maior o Junta de Freguesia da Trindade

4. MODALIDADES DE PUBLICITAÇÃO A publicitação do Estudo de Impacte Ambiental, incluindo o Resumo Não Técnico, foi feita por meio de: - Afixação de Anúncios na Câmara Municipal e Juntas de Freguesia acima referidas; - Publicação de um anúncio, envio de RNT e de nota de imprensa para o Correio da Manhã - Envio de nota de imprensa e RNT para os jornais, revista e rádios que constam no Anexo I - Divulgação na Internet no site da APA com anúncio e RNT.

5

- Envio de ofício circular e RNT às entidades constantes no Anexo I. 5. FORMAS DE ESCLARECIMENTO E PARTICIPAÇÃO DOS INTERESSADOS No âmbito da Consulta Pública, a Junta de Freguesia da Trindade solicitou a realização de uma reunião técnica de esclarecimento que teve lugar no dia 9 de Junho, no Auditório da Biblioteca Municipal de Beja, pelas 10h30m.

A folha de registo das presenças na reunião técnica de esclarecimento encontra -se no Anexo II do presente Relatório.

Na reunião, estiveram presentes representantes da APA, do proponente e seus consultores, tendo sido prestados todos os esclarecimentos às questões colocadas pelos interessados.

6. SÍNTESE DO PROJECTO “Com a implantação dos Blocos de Rega de Cinco Reis – Trindade, compostos pelo Bloco de Cinco-Reis, Bloco de Trindade e Bloco de Chancuda, prevê-se beneficiar uma área de cerca de 5 615 ha, pertencente ao concelho de Beja, permitindo uma substituição progressiva das produções de sequeiro por culturas de regadio. O sistema de rega irá, assim, permitir um aumento da produção agrícola e uma progressiva alteração do modelo cultural da agricultura da região, com a introdução de novas culturas, tipicamente de regadio, e por isso mais exigentes em água, mas também com maiores opções produtivas e de maior rentabilidade. Deste modo, o Projecto poderá contribuir para a dinamização económica da região e para uma tentativa de inversão da tendência actual de desertificação e, localmente, para a criação de emprego e melhoria dos acessos viários. Os Blocos de Rega de Cinco Reis – Trindade dividem-se em três Blocos de Rega: Cinco Reis, Chancuda e Trindade que perfazem cerca de 5 615,5 ha. Estes Blocos serão abastecidos com água que tem origem na Albufeira de Cinco Reis, onde são armazenados os volumes transferidos do canal Alvito-Pisão através do troço de ligação Pisão-Beja. A adução ao perímetro de rega dos Blocos, a partir da albufeira de Cinco Reis, é garantida através de uma conduta adutora gravítica (conduta gravítica de Cinco Reis). A água do canal Alvito-Pisão, por sua vez, tem origem, sucessivamente, da transferência de água da albufeira de Alqueva para as albufeiras de Álamos, destas para a albufeira de Loureiro – todas na bacia hidrográfica do rio Guadiana – e da albufeira do Loureiro para a albufeira de Alvito – esta já na bacia hidrográfica do rio Sado. O presente estudo foi desenvolvido para a globalidade do Projecto de Execução dos Blocos de Rega de Cinco Reis – Trindade, que inclui a Rede de Rega, a Rede Viária, a Rede de Drenagem e, ainda, uma Estação de Filtragem localizada no final da conduta gravítica de Cinco Reis. No que se refere à Rede de Rega, procurou-se que a cada boca de rega estivesse associado um único prédio. Contudo, para algumas situações tal não foi possível, nomeadamente, nas situações de muito pequena propriedade (Quadro 1). Assim, nestas situações procedeu-se, sempre que tecnicamente possível, à definição de um limite de área mínima equivalente a 5 ha, associando-se numa mesma boca de rega todos os prédios adjacentes com áreas inferiores desde que esta partilha não seja efectuada por um número superior a seis regantes. Quanto à Rede Viária esta será constituída por dois tipos de caminhos: caminhos secundários e caminhos secundários de acesso. Os caminhos secundários caracterizam-se por estarem ligados a um caminho principal ou a outro caminho secundário, possuem pouco tráfego e

6

permitem o acesso aos prédios beneficiados; os caminhos secundários de acesso permitem o acesso às infra-estruturas secundárias das redes de rega. Relativamente à Rede de Drenagem na área de estudo foram detectados locais onde era necessário realizar uma intervenção, resultado de uma análise integrada das condições de drenagem superficial e interna, assim como das características físicas das linhas de água em que foram analisadas: as secções médias; infra-estruturas existentes (passagens hidráulicas, confluência, açudes, etc.) zonas de erosão e zonas com sinais de alagamento.” (RNT, p. 2, 4, 6 e 7) 7. PROVENIÊNCIA DOS PARECERES RECEBIDOS No âmbito da Consulta Pública foram recebidos 7 pareceres com a seguinte proveniência: Autarquias:

Junta de Freguesia de Trindade

Entidades

ANA, Aeroportos de Portugal, SA ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações AFN – Autoridade Florestal Nacional DGEG – Direcção Geral de Energia e Geologia Estado Maior da Força Aérea Portuguesa REFER – Rede Ferroviária Nacional

8. ANÁLISE DOS PARECERES RECEBIDOS

No período de Consulta Pública foram recebidos 7 pareceres apresentados por uma autarquia e seis Entidades. Os originais dos pareceres recebidos encontram-se arquivados no processo administrativo na Agência Portuguesa do Ambiente.

Junta de Freguesia de Trindade Considera esta autarquia que o projecto em nada vem beneficiar a freguesia pois tendo esta cerca de 10 mil hectares só serão beneficiados 100 hectares, incluídos na Herdade das Marzalonas).

ANA – Aeroportos de Portugal, SA

Constata a ANA, SA não existirem no RNT referências às condicionantes aeronáuticas civis. No parecer enviado à PROCESL, no âmbito do desenvolvimento do EIA, salientou-se a necessidade de contemplar as condicionantes aeronáuticas decorrentes da proximidade ao Aeroporto de Beja, e a balizagem, caso se venha a revelar necessária. A avaliação de impacte ambiental deve contemplar as condicionantes aeronáuticas relativas ao aeroporto de Beja, bem como das situações de balizagem aeronáutica. Estas são as seguintes, de acordo com ofício anexo ao parecer remetido:

7

Limitações aeronáuticas relativas a outras infra-estruturas aeronáuticas:

Proximidade de heliportos - os terrenos situados no interior de um círculo com 2100 m de raio e centro no ponto central do heliporto.

Proximidade dos aeródromos, a área delimitada por um círculo de raio de 8 km a partir do seu ponto central prolongando-se por uma faixa até 17 km de comprimento e 4,8 km de largura, na direcção das entradas ou saídas das pistas.

Situações de Sinalização / Balizagem:

Contemplar situações de sinalização / balizagem dos elementos que constituem os Blocos de Rega que se enquadrem na caracterização de “obstáculos à navegação aérea” da Circular de Informação Aeronáutica nº 10/03, de 6 de Maio, do Instituto Nacional de Aviação Civil. Estas balizagens poderão dar origem a impactes paisagísticos relevantes.

Estabelecer um programa de monitorização e manutenção tendo em vista assegurar o seu permanente bom estado e funcionamento ininterrupto, devendo ser comunicada à ANA, SA qualquer alteração verificada.

Deverão ser consultadas as entidades gestoras dos meios afectos ao combate a incêndios florestais e a Força Aérea Portuguesa.

ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações

A ANACOM informa não existirem servidões radioeléctricas constituídas ou em vias de constituição que imponham condicionantes sobre a área em causa. Assim, O ICP/ANACOM não coloca objecção à implementação do projecto.

AFN - Autoridade Florestal Nacional O parecer apresentado por esta entidade é favorável à implementação do projecto. Refere a AFN que o projecto se desenvolve em áreas agrícolas onde ocorrem sobreiros e azinheiras espécies protegidas (DL 169/2001, de 25 de Maio com as alterações introduzidas pelo DL 155/2004, de 30 de Junho. Salienta que embora o projecto esteja abrangido pelo DL nº 21-A/98, de 6 de Fevereiro, que declara a utilidade pública do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, é indispensável a marcação das árvores a abater e a sua comunicação à Autoridade Florestal Nacional. Deverá ser cumprida a legislação relativa à Defesa da Floresta contra Incêndios (DL 124/2006, de 28 de Junho, alterado pelo DL 17/2009, de 14 de Janeiro) especialmente durante o período de obra, salientando-se o referido no artigo 30º “Maquinaria e Equipamento: “Durante o período crítico, nos trabalhos e outras actividades que decorram em todos os espaços rurais e com eles relacionados, é obrigatório que as máquinas de combustão interna e externa a utilizar, onde se incluem todo o tipo de tractores, máquinas e veículos de transporte pesados, sejam dotadas de dispositivos de retenção de faíscas ou faúlhas e de dispositivos tapa-chamas nos tubos de escape ou chaminés, e estejam equipados com um ou dois extintores de 6 kg, de acordo com a sua massa máxima, consoante esta seja inferior ou superior a 10 000 kg” A AFN recomenda que a escolha dos locais de implantação de estaleiros, parques de materiais e outras infra-estruturas de apoio à obra seja feita de forma a assegurar a protecção dos sobreiros e azinheiras, cumprindo artigo 16º e o nº 4 do artigo 17º do DL 169/2001, de 25 de Maio, com as alterações introduzidas pelo DL 155/2004, de 30 de Junho: Artigo 16º - Restrições às práticas culturais. Nos povoamentos de sobreiro ou azinheira não são permitidas:

8

a) Mobilizações de solo profundas que afectem o sistema radicular das árvores ou aquelas que provoquem destruição de regeneração natural; b) Mobilizações mecânicas em declives superiores a 25%; c) Mobilizações não efectuadas segundo as curvas de nível, em declives compreendidos entre 10% e 25%; d) Intervenções que desloquem ou removam a camada superficial do solo.

Nº 4 do Artigo 17º - Manutenção 4 - É proibida qualquer operação que mutile ou danifique exemplares de sobreiro ou azinheira, bem como quaisquer acções que conduzam ao seu perecimento ou evidente depreciação, nomeadamente as podas executadas com inobservância do disposto no artigo 15.º e as acções de descortiçamento que provoquem danos no entrecasco.

DGEG – Direcção Geral de Energia e Geologia A DGEG informa que na área do projecto se sobrepõem duas grandes unidades geotectónicas, a Norte a “Zona Ossa - Morena” onde ocorrem os “Gabros de Beja” e a Sul “Zona Sul Portuguesa” formada por xistos, em parte cobertos por depósitos mais recentres da Bacia do Sado e por solos aluviais e coluviais modernos. Salienta-se ainda o facto do projecto se sobrepor a áreas afectas a recursos geológicos, com direitos concedidos ou requeridos:

Área com contrato de prospecção e pesquisa de depósitos minerais: AGG – Minas de Portugal Unipessoal, Lda. (ouro, prata, cobre, chumbo, zinco e estanho) MNPP00606

Área para concurso público para prospecção e pesquisa (faixa piritosa) o Albernoa (Ouro, prata, cobre, chumbo, zinco e estanho)

Área com pedido de prospecção e pesquisa mineira de depósitos mineiras

o MAEPA – Empreendimentos Mineiros e Participações, Lda. (cobre, chumbo, zinco, ouro e prata) MNPPP0235. Este pedido será informado desfavoravelmente.

A DGGEG conclui que apesar de existirem sobreposições com áreas afectas a recursos minerais não é expectável que sejam gerados impactes negativos significativos pelo que emite parecer favorável condicionado à adopção das medidas de minimização e à implementação dos programas de monitorização propostos.

Estado Maior da Força Aérea Portuguesa Informa o Estado Maior da Força Aérea que não há impedimento em termos de servidão. Salienta os inconvenientes para os utilizadores decorrentes da proximidade à Base Aérea.

REFER – Rede Ferroviária Nacional A rede de rega do projecto em apreço interfere com a Linha do Alentejo, para a qual a REFER informa não estarem previstos, a médio prazo, novos investimentos que alterem o seu traçado actual. Estando previstos diversos atravessamentos desta ferrovia o desenvolvimento do projecto deve ter em conta os seguintes aspectos:

A drenagem da linha de caminho de ferro deve ser salvaguardada, evitando a sobrecarga dos elementos de drenagem quer longitudinal, quer transversal e assegurando a protecção da infra-estrutura. No que se refere aos atravessamentos devem ser estudadas passagens hidráulicas com adequada capacidade de vazão, garantindo o bom funcionamento da plataforma da via-férrea.

9

O projecto a implementar deve garantir a estabilidade das estruturas existentes e a manutenção da secção de vazão no caso de pontes e passagens hidráulicas.

O desenvolvimento do projecto e a execução da obra deverão salvaguardar o Domínio Público Ferroviário respeitando as condicionantes previstas nos artigos 15º e 16º do DL 276/2003, de 4 de Novembro:

“Artigo 15.º Zonas non aedificandi 1 — Nos prédios confinantes ou vizinhos das linhas férreas ou ramais ou de outras instalações ferroviárias em relação às quais se justifique a aplicação do presente regime, nomeadamente as subestações de tracção eléctrica, é proibido:

a) Fazer construções, edificações, aterros, depósitos de materiais ou plantação de árvores a distância inferior a 10 m, sem prejuízo do disposto no nº 2; b) Fazer escavações, qualquer que seja a profundidade, a menos de 5 m da linha férrea, sem prejuízo do disposto no n.º 3.

2 — Quando se verifique que a altura das construções, edificações, aterros, depósitos de terras ou árvores é superior, real ou potencialmente, a 10 m, a distância a salvaguardar deve ser igual à soma da altura, real ou potencial, com o limite da alínea a). 3 — Quando a linha férrea estiver assente em aterro, a escavação não pode ocorrer senão a uma distância equivalente a uma vez e meia a altura do aterro; em qualquer caso, quando a profundidade das escavações ultrapasse os 5 m de profundidade, a distância a salvaguardar deve ser igual à soma da profundidade com o limite da alínea b). 4 — Os limites dos nos 1, 2 e 3 do presente artigo podem, por ocasião da construção, ampliação ou remodelação da infra-estrutura ferroviária, ser alterados por meio de despacho do ministro da tutela, precedendo parecer do INTF, por solicitação do gestor da infra-estrutura ou do operador de transporte ferroviário, com fundamento em questões de segurança do transporte ferroviário. 5 — Os limites dos n.os 1, 2 e 3 do presente artigo serão estabelecidos pela mesma forma prevista no número anterior, aquando da construção de linhas de velocidade elevada, igual ou superior a 220 km/h, ou da renovação de linhas existentes que permitam idênticas velocidades de circulação, nunca podendo ser inferiores a 25 m para os casos das alíneas a) e b) do n.º 1, sem prejuízo da aplicação dos n.os 2 e 3. Artigo 16.º Proibições de actividade 1 — É ainda proibido, nos casos previstos no n.º 1do artigo anterior: a) Utilizar elementos luminosos ou reflectores que, pela sua cor, natureza ou intensidade, possam prejudicar ou dificultar a observação da sinalização ferroviária ou da própria via ou ainda assemelhar-se a esta de tal forma que possam produzir perigo para a circulação ferroviária; b) Exercer nas proximidades da linha férrea qualquer actividade que possa, por outra forma, provocar perturbações à circulação, nomeadamente realizar quaisquer actividades que provoquem fumos, gases tóxicos ou que impliquem perigo de incêndio ou explosão; c) Proceder ao represamento de águas dos sistemas de drenagem do caminho-de-ferro e, bem assim, depositar nesses mesmos sistemas lixos ou outros materiais ou para eles encaminhar águas pluviais, de esgoto e residuais e ainda descarregar neles quaisquer outras matérias; d) Manter actividades de índole industrial a distância inferior a 40 m. 2 — Aplica-se ao presente artigo, com as devidas adaptações, o disposto nos n.os 2 a 5 do artigo anterior.” Uma vez que se prevê a realização de diversos atravessamentos da via-férrea e assentamentos ao longo da mesma e, não sendo possível avaliar pela escala da cartografia incluída no Resumo não Técnico se as condições acima referidas se verificam, os projectos de detalhe deverão ser Submetidos à REFER. Assim, deverão ser entregues na REFER elementos de maior pormenor (também em suporte informático AUTOCAD) que permitam

10

avaliar as interferências com a Rede Ferroviária Nacional e comprovem o cumprimento das condicionantes acima referidas. O parecer final da REFER fica assim dependente do envio, pelo promotor, do projecto de detalhe e da sua concertação com a REFER no sentido de precaver no desenvolvimento do projecto a articulação com a Rede Ferroviária Nacional. Concluindo: Genericamente, os pareceres apresentados no âmbito da consulta pública não se opõem à implementação do projecto. Apenas a REFER não se pronuncia definitivamente sobre o mesmo, aguardando a entrega de elementos de detalhe que lhe permitam avaliar, mais concretamente, as interferências do projecto com o Domínio Público Ferroviário e a salvaguarda do bom funcionamento das suas infra-estruturas (Linha do Alentejo). A ANACOM nada tem a objectar à implementação do projecto dado não existirem servidões radioeléctricas constituídas ou em vias de constituição. Posição semelhante apresenta o

Estado Maior da Força Aérea que informa não existirem impedimentos, ao projecto em apreço, em termos de servidão. A Junta de Freguesia da Trindade critica o desenvolvimento dos Blocos de Rega referindo que em nada vem beneficiar a freguesia pois dos cerca de 10 mil hectares que a constituem, só serão beneficiados 100, incluídos na Herdade das Marzalonas. As outras exposições apresentadas identificam interferências do projecto com direitos ou infra-estruturas da sua competência. A DGEG considera que, apesar de existirem sobreposições com áreas afectas a recursos geológicos com direitos concedidos ou requeridos, não é expectável que sejam gerados impactes negativos significativos pelo que emite parecer favorável condicionado à adopção das medidas de minimização e à implementação dos programas de monitorização propostos [no EIA]. As outras entidades salientam a necessidade de respeitar um conjunto de condicionantes: ANA, SA

Respeitar as condicionantes impostas pela proximidade dos Blocos de Rega ao Aeroporto de Beja que se enquadrem nas zonas sujeitas a servidões aeronáuticas;

Contemplar situações de sinalização/balizagem dos elementos que constituem os Blocos de Rega que se enquadrem na caracterização de “obstáculos à navegação aérea” da Circular de Informação Aeronáutica nº 10/03, de 6 de Maio, do Instituto Nacional de Aviação Civil;

Estabelecer um programa de monitorização e manutenção tendo em vista assegurar o seu permanente bom estado e funcionamento ininterrupto, devendo ser comunicada à ANA, SA qualquer alteração verificada.

Recomendação: Consultar as entidades gestoras dos meios afectos ao combate a incêndios florestais e

a Força Aérea Portuguesa.

11

AFN :

Cumprimento da legislação de protecção a sobreiros e azinheiras (DL 169/2001, de 25 de Maio com as alterações introduzidas pelo DL 155/2004, de 30 de Junho);

Cumprimento da legislação relativa à Defesa da Floresta contra Incêndios (DL 124/2006, de 28 de Junho, alterado pelo DL 17/2009, de 14 de Janeiro);

Comunicação obrigatória da marcação e abate de sobreiros e azinheiras (conquanto o projecto esteja abrangido pelo DL nº 21-A/98, de 6 de Fevereiro, que declarada a utilidade pública do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva);

Assegurar que a escolha dos locais de implantação de estaleiros, parques de materiais e outras infra-estruturas de apoio à obra é feita de forma a proteger sobreiros e azinheiras, cumprindo, nomeadamente, o disposto no artigo 16º (Restrições às práticas culturais) e o nº 4 do artigo 17º (Manutenção) do DL 169/2001, de 25 de Maio, com as alterações introduzidas pelo DL 155/2004, de 30 de Junho

REFER

Entrega, pelo promotor, de elementos de projecto com maior detalhe (também em formato AUTOCAD), que apresentem as interferências do projecto com a Linha do Alentejo e permitam verificar o cumprimento de diversas condições, nomeadamente:

Salvaguardar a drenagem da linha de caminho de ferro, evitando a sobrecarga dos

elementos de drenagem quer longitudinal, quer transversal, assegurando a protecção da infra-estrutura;

Estudar, nos atravessamentos, passagens hidráulicas com adequada capacidade de vazão, garantindo o bom funcionamento da plataforma da via-férrea;

Garantir a estabilidade das estruturas existentes e a manutenção da secção de vazão, no caso de pontes e passagens hidráulicas;

Salvaguardar, no desenvolvimento do projecto e na execução da obra, o Domínio Público Ferroviário respeitando as condicionantes previstas nos artigos 15º (zonas non aedificandi) e 16º (proibição de actividades) do DL 276/2003, de 4 de Novembro:

12

RELATÓRIO DE CONSULTA PÚBLICA

“Blocos de Rega Cinco Reis - Trindade”

Agência Portuguesa do Ambiente

Junho de 2011

13

ANEXO I

Órgãos de Imprensa e Entidades convidadas a participar na Consulta Pública

LISTA DE ENTIDADES

- Blocos de Rega de Cinco Reis - Trindade -

-

1

NOME MORADA LOCALIDADE

Associação Nacional de Municípios Portugueses

Av. Elias Garcia, 7 – 1º 1000-146 LISBOA

Secretariado Nacional da Associação Nacional de Conservação da Natureza - QUERCUS

Apartado 4333 1508 LISBOA CODEX

Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente – CPADA

Rua Bernardo Lima, 35 – 2.º F 1150-075 LISBOA

Centro de Estudos da Avifauna Ibérica – CEAI

Rua do Raimundo, 119 Apartado 535

7002-506 ÉVORA

Frente Ecológica Portuguesa – FEP

Rua Nova da Trindade, 1 – 4.º Frente 1200 LISBOA

Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da FCT /UNL

Quinta da Torre 2825 MONTE DA CAPARICA

Grupo de Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente - GEOTA

Travessa Moinho de Vento, 17-c/v Dtª 1200 LISBOA

Liga para a Protecção da Natureza - LPN

Estrada do Calhariz de Benfica, 187 1500 LISBOA

Sociedade Portuguesa de Ecologia – SPECO

Faculdade de Ciências da Univ. de Lisboa Edifício C4 – 4.º Piso – Campo Grande

1749-016 LISBOA

Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves - SPEA

Av.ª da Liberdade, 105 – 2.º Esq.º 1250-140 LISBOA

REFER – Rede Ferroviária Nacional

Estação de Santa Apolónia

1100 - 105 Lisboa

Rio Narcea Gold Mines, SA

Rua Circular Poente Bloco 36 – Loja 1 Parque Industrial e Tecnológico de Évora

7005-328 ÉVORA

ANA – Aeroportos de Portugal

Rua D – Edifício 120 – Aeroporto de Lisboa

1700-008 LISBOA

Estado Maior da Força Aérea Portuguesa

Av. Leite de Vasconcelos Alfragide

2614-508 AMADOrA

ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações

Av.ª José Malhoa, 12 1099-017 LISBOA

DGEG – Direcção Geral de Energia e Geologia

Av. 5 de Outubro, nº 87

1069-039 LISBOA

Direcção Regional de Economia do Alentejo

Rua da República, 40

7000 - 656 ÉVORA

AFN - Autoridade Florestal Nacional

Av. João Crisóstomo, 26-28 - 1069-040 LISBOA

INAG – Instituto da Água

Av. Almirante Gago Coutinho, nº 30 - 1049-066 LISBOA

REN - Redes Energéticas Nacionais

Avenida dos Estados Unidos da América, 55 1749-061 LISBOA

LISTA DE ENTIDADES

- Blocos de Rega de Cinco Reis - Trindade -

-

2

NOME MORADA LOCALIDADE

IGP – Instituto Geográfico Português

Rua Artilharia Um, 107 1099-052 LISBOA

Associação dos Agricultores do Baixo Alentejo

Rua Mira Fernandes, 2 - 1º

7800 - 500 BEJA

Associação para a Defesa do Património Cultural da Região de Beja

R. Capitão João F Sousa Nº 30, 1º

7800-451 BEJA

Escola Superior Agrária de Beja

Rua Pedro Soares

7800-295 BEJA

Centro de Convívio e Recreio de Albernoa

Rua do Dr. Jaime Palma Mira, 5 Albernoa

7800-601BEJA

Grupo Desportivo e Cultural de Mombeja

Largo da Igreja, 7800-641 MOMBEJA

Associação Juvenil e Cultural de Mombeja

Traseiras da Rua Pablo Neruda n.º 5 no Bairro Social 7800-327 BEJA

Centro de Cultura e Desporto de Santa Vitória

7800-732 SANTA VITÓRIA

Associação Cultural e Desportiva do Penedo Gordo

Rua Miguel Fernandes, 12

7800-361BEJA

Centro Cultural e Desportivo Louredense

,

7800-721 SANTA CLARA DE LOUREDO

Associação Cultural e Recreativa da Freguesia da Trindade

Junta de Freguesia da Trindade

7800-761 TRINDADE

LISTA DOS ORGÃOS DE IMPRENSA

Blocos de Rega de Cinco Reis - Trindade

1

NOME MORADA LOCALIDADE Redacção do Correio

da Manhã

Av.ª João Crisóstomo, 72 1069-043

LISBOA

Redacção do Jornal de

Notícias

Rua Gonçalo Cristóvão, 195-219 4049-011

PORTO

Redacção da Rádio

Renascença

Rua Ivens, 14 1200-227

LISBOA

Redacção RDP

Antena 1

Av.ª Marechal Gomes da Costa, 37 1800-255

LISBOA

Redacção da T.S.F.

Rádio Jornal

A/c Sr. José Milheiro

Rua 3 da Matinha – Edifício Altejo – Piso 3 – Sala 301

1900 LISBOA

Redacção da Rádio

Comercial

Rua Sampaio Pina, 24 / 6 1070-249

LISBOA

Redacção do Jornal “O

Expresso”

Edifício S.Francisco de Sales

Rua Calvet de Magalhães, 242

2770-022 PAÇO

DE ARCOS

Redacção do Jornal

Semanário Sol

Rua de São Nicolau, 120 – 5.º 1100-550

LISBOA

Redacção do Jornal

Público

Rua Viriato, 13 1069-315

LISBOA

Redacção do Diário de

Notícias

Av.ª da Liberdade, 266 1200 LISBOA

Redacção do Jornal

Correio do Alentejo

Rua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 7800-498 BEJA

Redacção da Agência

Lusa

Rua Dr. João Couto

Lote C – Apartado 4292

1507 LISBOA

CODEX

Redacção da RTP Av.ª Marechal Gomes da Costa, 37 1849-030

LISBOA

Redacção da SIC Estrada da Outurela, 119

Carnaxide

2795 LINDA-A-

VELHA

Redacção da TVI Rua Mário Castelhano, 40

Queluz de Baixo

2745 QUELUZ

Redacção da Rádio

Pax

Rua de Angola, Torre C - 11º

7800 BEJA

Redacção da Rádio

Voz da Planície

Rua da Misericórdia, 4

7800-285 BEJA

14

ANEXO II

Listas de Presenças nas Reuniões Técnicas de Esclarecimento

15

ANEXO III

Pareceres Recebidos