relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

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Page 1: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006
Page 2: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

AAuuttoo--AAvvaalliiaaççããoo RR ee ll aa tt óó rr ii oo

Belém agosto/2006

Page 3: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

Reitor Alex Bolonha Fiúza de Mello

Vice-Reitora Regina Fátima Feio Barroso

Chefe de Gabinete Sílvia Helena Arruda Câmara Brasil

Pró-Reitor de Ensino de Graduação Licurgo Peixoto de Brito

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Roberto Dall’Agnol

Pró-Reitora de Extensão Ney Cristina Monteiro de Oliveira

Pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional Sinfronio Brito Moraes

Pró-Reitora de Administração Iracy de Almeida Gallo Ritzmann

Pró-Reitora de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal Sibele Maria Bitar de Lima Caetano

Prefeito Marcus Vinicius Menezes Neto

Procuradora Geral Sandoval Alves da Silva

Diretor Executivo da FADESP João Farias Guerreiro

Assessora Especial de Educação a Distância Selma Dias leite

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

Page 4: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

2

DIRIGENTES DAS UNIDADES ACADÊMICAS

Diretora do Centro de Ciências Agrárias Maria de Nazaré Ângelo Menezes

Diretor do Centro de Ciências Biológicas José Luiz Martins do Nascimento

Diretor do Centro de Ciências Exatas e Naturais Geraldo Narciso da Rocha Filho

Diretor do Centro de Ciências Jurídicas Luiz Fernando de Paiva Neves

Diretora do Centro de Ciências da Saúde Eliete da Cunha Araújo

Diretora do Centro de Educação Josenilda Maria Maués da Silva

Diretora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas Maria de Nazaré dos Santos Sarges

Diretor do Centro de Geociências José Geraldo das Virgens Alves

Diretor do Centro de Letras Luiz Roberto Vieira de Jesus

Diretora do Centro Sócio-Econômico Maria Elvira Rocha de Sá

Diretor do Centro Tecnológico José Augusto Lima Barreiros

Coordenadora do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos Edna Maria Ramos de Castro

Coordenador do Núcleo de Medicina Tropical Luiz Carlos de Lima Silveira

Coordenador do Núcleo de Meio Ambiente Gilberto de Miranda Rocha

Coordenadora do Núcleo Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico Terezinha Valin Óliver Gonçalves

Coordenador do Núcleo Pedagógico Integrado Walter Silva Júnior

Coordenador do Instituto de Ciências da Arte José Afonso Medeiros Souza

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

Page 5: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

3

Coordenador do Campus de Abaetetuba Valdir Ferreira de Abreu

Coordenador do Campus de Altamira Rainério Meireles da Silva

Coordenadora do Campus de Bragança Rosa Helena Sousa de Oliveira

Coordenador do Campus de Breves Carlos Élvio das Neves Paes

Coordenador do Campus de Cametá Gilmar Pereira da Silva

Coordenador do Campus de Castanhal Dário Azevedo dos Santos

Coordenador do Campus de Marabá Erivan Souza Cruz

Coordenador do Campus de Santarém Elinei Pinto dos Santos

Coordenadora do Campus de Soure Maria Luizete Sampaio Sobral Carliez

DIRIGENTES DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS

Diretora do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza Elizabeth Carvalho Silva Salgueiro

Diretor do Hospital Universitário João de Barros Barreto Luiz Alberto Moraes

Page 6: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

4

PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

Sinfrônio Brito Moraes

EQUIPE TÉCNICA:

Aluízio Marinho Barros Filho Diretor do Departamento de Informações

Madeleine Mônica Athanázio Diretora do Departamento de Planejamento

Sandra Maria de Azevedo Carvalho Diretora do Departamento de Avaliação

Luiz Armando Souza Pinheiro Assessor da PROPLAN

__________________________

Organização e elaboração

Sandra Carvalho (coordenação)

Luiz Armando Souza Pinheiro

Apoio

Ana Paula Ribeiro Amaral Estagiária

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

Page 7: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

5

APRESENTAÇÃO

Num mundo cada vez mais sistêmico, interdependente, de transformações

permanentes e radicais e de significativa efemeridade dos fenômenos e padrões institucionais,

a prática da avaliação, isto é, a cultura da reflexão, do autocontrole, da verificação de

qualidade das práticas e ações em curso e da reprogramação contínua dos objetivos e metas

coletivos torna-se um imperativo inescapável.

Avaliação, aqui entendida, não se constitui em controle punitivo, burocratização,

racionalidade instrumental voltada para a simples satisfação de índices e o cumprimento de

obrigações. Antes, deve ser, de um lado, a busca da realização da utopia, do dever-ser pelo

aperfeiçoamento ou reformulação do planejamento e das práticas quotidianas em vista do

cumprimento das finalidades da Instituição; de outro, a prestação de contas públicas dos

investimentos, para a Instituição, canalizados.

A Universidade Federal do Pará, ao criar um Departamento de Avaliação

Institucional, na PROPLAN, e uma Comissão Própria de Avaliação, atendendo à Lei do

SINAES e a Portaria Ministerial nº 2.051, materializa um dos principais objetivos

preconizados em seu Plano de Desenvolvimento Institucional e se organiza, assim, a

responder aos desafios da eficiência e da qualidade que serão cada vez mais exigidos nos

quadros dinâmicos do século XXI, além de oferecer à sociedade em geral e ao Estado

Brasileiro, seu mantenedor, maior transparência administrativa, como requer uma cultura

democrática e republicana.

Prof. Dr. Alex Bolonha Fiúza de Mello Reitor da Universidade Federal do Pará

Page 8: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

6

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.............................................................................................................. 5

LISTA DE FIGURAS.......................................................................................................... 8

LISTA DE QUADROS........................................................................................................ 9

LISTA DE FOTOGRAFIAS.............................................................................................. 10

LISTA DE GRÁFICOS....................................................................................................... 11

LISTA DE TABELAS......................................................................................................... 14

LISTA DE SIGLAS............................................................................................................. 15

1 DADOS DA INSTITUIÇÃO................................................................................... 20

2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................. 21

3 UNIVERSO INSTITUCIONAL............................................................................. 33

4 METODOLOGIA.................................................................................................... 42

5 DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO........................................................................... 45

5.1 A MISSÃO E O PLANO DE DESENVOLVIMENTO............................................ 45

5.1.1 A Construção do Plano Estratégico....................................................................... 47

5.1.2 A Estrutura do Plano de Desenvolvimento........................................................... 49

5.1.3 Implantação do Plano.............................................................................................. 62

5.1.4 Principais Resultados.............................................................................................. 63

5.1.5 Enquete sobre a Percepção e o Grau de Satisfação da Sociedade acerca do Cumprimento da Missão Institucional.................................................................. 65

5.1.6 Elaboração do Plano de Gestão 2005-2009 – UFPA XXI..................................... 66

5.2 PERSPECTIVA CIENTÍFICA E PEDAGÓGICA FORMADORA: políticas, normas e estímulos para o ensino, a pesquisa e a extensão....................................... 70

5.2.1 Ensino de Graduação.............................................................................................. 70

5.2.2 Ensino de Pós-Graduação....................................................................................... 99

5.2.3 Pesquisa.................................................................................................................... 106

5.2.4 Extensão e Inclusão Social...................................................................................... 110

5.3 RESPONSABILIDADE SOCIAL............................................................................ 117

5.4 COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE............................................................... 130

5.5 POLÍTICAS DE PESSOAL, CARREIRA, APERFEIÇOAMENTO,

Page 9: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

7

CONDIÇÕES DE TRABALHO............................................................................... 138

5.5.1 Corpo Docente e Corpo Técnico-Administrativo................................................. 140

5.6 ORGANIZAÇÃO E GESTÃO.................................................................................. 145

5.7 INFRA-ESTRUTURA FÍSICA E RECURSOS DE APOIO.................................... 150

5.8 PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO........................................................................ 159

5.8.1 Planejamento............................................................................................................ 159

5.8.2 Avaliação da Gestão 2001-2005.............................................................................. 162

5.9 POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AOS ESTUDANTES....................................... 165

5.9.1 Estudantes................................................................................................................ 165

5.9.2 Egressos.................................................................................................................... 170

5.10 SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA................................................................... 172

5.10.1 A Crise no Financiamento das IFES.................................................................. 172

5.10.2 Os esforços empreendidos pela UFPA na busca da Sustentabilidade Financeira.............................................................................................................................

172

5.10.3 Recursos Orçamentários (Outras Despesas Correntes e de Capital) — Tesouro.................................................................................................................................

174

5.11 ENSINO TÉCNICO, PROFISSIONALIZANTE E BÁSICO.................................. 178

5.11.1 Instituto de Ciências da Arte.............................................................................. 178

5.11.2 Núcleo Pedagógico Integrado............................................................................ 183

5.12 – HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS.............................................................................. 188

5.12.1 Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza................................................. 188

5.12.2 Hospital Universitário João de Barros Barreto................................................ 193

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 200

DOCUMENTOS E SISTEMAS PESQUISADOS............................................................ 201

GLOSSÁRIO........................................................................................................................ 204

ANEXOS............................................................................................................................... 206

ANEXO A – FORMULARIOS DE AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UFPA............................................................................ 207

ANEXO B – PROGRAMA DE AUTO-AVALIAÇÃO DA UFPA................................. 211

ANEXO C – FORMULÁRIO ELETRÔNICO DE PESQUISA COM OS EGRESSOS DA UFPA................................................................................. 248

Page 10: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

8

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Forma de operacionalização da avaliação institucional na UFPA.................... 22

Figura 2 – Operacionalização do projeto de avaliação dos cursos de graduação da UFPA...............................................................................................................

28

Figura 3 – Organograma da PROPLAN............................................................................ 30

Figura 4 – Organograma da UFPA.................................................................................... 38

Figura 5 – Diagrama do processo de auto-avaliação......................................................... 43

Figura 6 – Capa do Plano de Desenvolvimento 2001-2010.............................................. 45

Figura 7 – Eixos e Metas do Plano de Desenvolvimento.................................................. 60

Figura 8 – Capa do Plano de Gestão 2005-2009 – UFPA XXI........................................ 66

Figura 9 – Capa do Relatório da Gestão 2001–2005......................................................... 164

Page 11: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

9

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Resumo das observações apresentadas no relatório do CRE.......................... 25

Quadro 2 – Número de cursos e de alunos matriculados................................................... 35

Quadro 3 – Estrutura organizativa da UFPA..................................................................... 37

Quadro 4 – Eixos Estruturantes do Plano de Desenvolvimento da UFPA 2001–2010..... 39

Quadro 5 – Eixos de Ação do Plano da Gestão 2005–2009 – UFPA XXI........................ 40

Quadro 6 – Resultados das avaliações para reconhecimento e/ou renovação de reconhecimento de cursos..............................................................................

81

Quadro 7 – Cursos envolvidos no Processo de Avaliação da PROEG.............................. 83

Quadro 8 – Programas/Cursos de Pós-Graduação da UFPA............................................. 100

Quadro 9 – Tipos e quantidade de obras intelectuais......................................................... 107

Quadro 10 – Relação dos programas e projetos de extensão contemplados com bolsas do PIBEX.......................................................................................................

115

Quadro 11 – Ações da Associação dos Amigos da UFPA................................................ 135

Quadro 12 – Relação das bibliotecas por área de conhecimento....................................... 155

Quadro 13 – Distribuição da carga horária docente ocupada – 1º/2005............................ 161

Quadro 14 – Número de bolsas de pós-graduação em 2005, por programa...................... 167

Quadro 15 – Especialidades médicas do HUBFS.............................................................. 188

Quadro 16 – Números dos Programas de Residência Médica do HUBFS........................ 192

Quadro 17 – Produção hospitalar do HUBFS.................................................................... 190

Quadro 18 – Números dos Programas de Residência Médica no HUJBB........................ 196

Quadro 19 – Produção hospitalar do HUJBB.................................................................... 198

Quadro 20 – Indicadores de produtividade do HUJBB..................................................... 199

Page 12: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

10

LISTA DE FOTOGRAFIAS

Fotografia 1 – Seminário sobre avaliação institucional da UFPA..................................... 29

Fotografia 2 – Vista aérea da UFPA.................................................................................. 34

Page 13: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

11

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Evolução do número de alunos matriculados na graduação........................... 35

Gráfico 2 – Número de vagas ofertadas nos processos seletivos de ingresso na UFPA... 77

Gráfico 3 – Resultados das avaliações para reconhecimento e/ou renovação de reconhecimento de cursos...............................................................................

82

Gráfico 4 – Número de cursos envolvidos no processo de avaliação da PROEG............. 85

Gráfico 5 – As salas de aula estão adequadas às atividades didáticas?............................. 87

Gráfico 6 – O acervo das bibliotecas atende às suas necessidades?.................................. 87

Gráfico 7 – O atendimento nas bibliotecas é satisfatório?................................................. 87

Gráfico 8 – Os laboratórios estão adequados aos objetivos das disciplinas e do curso como um todo?.................................................................................................

87

Gráfico 9 – Os recursos de informática que a Universidade dispõe atendem às necessidades do curso?.....................................................................................

87

Gráfico 10 – Projetos especiais, tais como coleções didáticas, museus, herbários, biotérios etc., disponíveis na UFPA, contribuem para a sua aprendizagem?

87

Gráfico 11 – Em que medida os recursos audiovisuais utilizados nas atividades de ensino contribuem para a sua aprendizagem?................................................

87

Gráfico 12 – Orienta o percurso acadêmico dos alunos deixando claro o Projeto Pedagógico ou grade curricular do curso?.....................................................

88

Gráfico 13 – Estimula a organização de eventos (ciclo de palestras, visitas monitoradas, etc.)?.........................................................................................

88

Gráfico 14 – Mantém um bom relacionamento com os alunos?........................................ 88

Gráfico 15 – É disponível para atendimento aos alunos?.................................................. 88

Gráfico 16 – Demonstra conhecer as estruturas acadêmico-administrativas da UFPA?... 88

Gráfico 17 -– Os (As) secretários (as) estão disponíveis para atendimento aos alunos?... 88

Gráfico 18 – Em que medida você consegue resolver questões acadêmicas com o apoio das secretarias?...............................................................................................

88

Gráfico 19 – As atividades ficam comprometidas pela ausência do apoio técnico?......... 89

Gráfico 20 – Os técnicos que dão suporte às atividades de seu curso desempenham satisfatoriamente as suas funções?.................................................................

89

Gráfico 21 – Os técnicos e secretários demonstram cordialidade no relacionamento com os alunos?...............................................................................................

89

Gráfico 22 – Em uma escala de 0 a 10, qual nota você daria para seu curso?................... 89

Gráfico 23 – Em uma escala de 0 a 10, qual nota você daria para a instituição UFPA?... 89

Gráfico 24 -– Em uma escala de 0 a 10, qual nota você daria para você como estudante. 90

Gráfico 25 – Situação atual do processo de reformulação dos projetos pedagógicos....... 91

Page 14: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

12

Gráfico 26 – Evolução do número de cursos na graduação............................................... 92

Gráfico 27 – Número de cursos de graduação em 2006.................................................... 93

Gráfico 28 – Evolução do número de alunos matriculados na graduação......................... 93

Gráfico 29 – Número de alunos matriculados na graduação em 2006.............................. 93

Gráfico 30 – Número de matriculas trancadas................................................................... 95

Gráfico 31 – Número de alunos diplomados..................................................................... 95

Gráfico 32 – Conceitos obtidos pelos cursos de doutorado............................................... 99

Gráfico 33 – Conceitos obtidos pelos cursos de mestrado................................................. 99

Gráfico 34 – Número de cursos de pós-graduação da UFPA............................................ 101

Gráfico 35 – Teses e Dissertações defendidas................................................................... 102

Gráfico 36 – Evolução dos cursos de doutorado da UFPA................................................ 102

Gráfico 37 – Alunos matriculados nos cursos de doutorado da UFPA.............................. 102

Gráfico 38 – Evolução dos cursos de Mestrado da UFPA................................................. 103

Gráfico 39 – Alunos matriculados nos cursos de Mestrado da UFPA............................... 103

Gráfico 40 – Evolução dos cursos de Especialização da UFPA........................................ 103

Gráfico 41 – Alunos matriculados nos cursos de Especialização da UFPA...................... 104

Gráfico 42 – Monografias defendidas................................................................................ 104

Gráfico 43 – Número de servidores envolvidos com pesquisa.......................................... 106

Gráfico 44 – Número de projetos de pesquisa e de pesquisadores.................................... 108

Gráfico 45– Programas e projetos de extensão.................................................................. 113

Gráfico 46 – Recursos humanos envolvidos nas ações de extensão.................................. 114

Gráfico 47 – Número de pessoas atendidas nas ações de extensão................................... 114

Gráfico 48 – Evolução do nº de bolsas ofertadas pelo PIBEX.......................................... 115

Gráfico 49 – Evolução do corpo de docentes efetivos....................................................... 141

Gráfico 50 – Número de docentes efetivos com doutorado............................................... 141

Gráfico 51 – Número de docentes efetivos com mestrado................................................ 141

Gráfico 52 – Percentual de docentes efetivos doutores e mestres em 2006....................... 142

Gráfico 53 – Percentual de docentes efetivos do ensino superior doutores e mestres....... 142

Gráfico 54 – Evolução do corpo técnico-administrativo................................................... 142

Gráfico 55 – Número de técnico-administrativos com doutorado..................................... 143

Gráfico 56 – Número de técnico-administrativos com mestrado....................................... 143

Gráfico 57 – Percentual de técnico-administrativos doutores e mestres............................ 143

Gráfico 58 – Número de técnico-administrativos com especialização.............................. 144

Gráfico 59 – Número de técnico-administrativos com graduação..................................... 144

Gráfico 60 – Número de técnico-administrativos com ensino fundamental e médio........ 144

Page 15: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

13

Gráfico 61 – Número de livros publicados pela EDUFPA – 2001/2005........................... 158

Gráfico 62 – Recursos captados com a venda de livros..................................................... 158

Gráfico 63 – Percentual da carga horária docente ocupada – 1º/2005............................... 161

Gráfico 64 – Total de bolsas de graduação concedidas no período de 2001 a 2005.......... 166

Gráfico 65 – Total de bolsas de pós-graduação concedidas no período de 2001 a 2005... 166

Gráfico 66 – Número de refeições servidas no RU............................................................ 169

Gráfico 67 – Evolução do orçamento no período 2001 a 2006.......................................... 174

Gráfico 68 – Recursos orçamentários gerenciados pela FADESP..................................... 177

Gráfico 69 – Percentual de docentes do ICA..................................................................... 181

Gráfico 70 – Percentual de docentes do NPI..................................................................... 184

Gráfico 71– Alunos do NPI matriculados e aprovados no período 2000 a 2005.............. 185

Gráfico 72 – Taxa anual de aprovação no NPI.................................................................. 185

Gráfico 73 – Taxa de aprovação na educação infantil....................................................... 186

Gráfico 74 – Taxa de aprovação no ensino fundamental................................................... 186

Gráfico 75 – Taxa de aprovação no ensino médio/educação geral.................................... 186

Gráfico 76 – Taxa de aprovação no ensino médio/magistério........................................... 187

Gráfico 77 – Taxa de aprovação no ensino supletivo........................................................ 187

Page 16: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

14

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resultado da enquete sobre a Missão Institucional.......................................... 65

Tabela 2 – Cursos de oferta permanente e número de vagas ofertadas no PSS/2006 — Período Letivo Regular..................................................................................

70

Tabela 3 – Cursos de oferta permanente e número de vagas ofertadas no PSS/2006 — Período Letivo Intervalar...............................................................................

74

Tabela 4 – Número de vagas ofertadas nos processos seletivos de ingresso na UFPA..... 76

Tabela 5 – Desempenho dos estudantes da UFPA no ENADE 2004............................... 78

Tabela 6 – Desempenho dos estudantes da UFPA no ENADE 2005............................... 78

Tabela 7 – Recursos humanos envolvidos e clientela atendida nas ações de extensão..... 113

Tabela 8 – Área física construída, reformada e adaptada.................................................. 153

Tabela 9 – Investimentos em infra-estrutura...................................................................... 153

Tabela 10 – Acervo Geral das Bibliotecas da UFPA, em dezembro de 2005................... 156

Tabela 11 – Recursos orçamentários aplicados na aquisição de acervos........................... 157

Tabela 12 – Número de bolsas concedidas aos alunos de graduação e de pós-graduação, no período de 2001 a 2005..........................................................

166

Tabela 13 – Evolução do orçamento, no período de 2001 a 2006..................................... 173

Tabela 14 – Estrutura programática do PGO..................................................................... 175

Tabela 15 – Número de alunos do NPI matriculados e aprovados no período 2000/2005, por modalidade de ensino...........................................................

185

Page 17: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

15

LISTA DE SIGLAS

AAEPA Associação de Arte-Educadores do Estado do Pará

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ACG Avaliação dos Cursos de Graduação

AIDPI Ação Integrada das Doenças Prevalentes da Infância

ALUNORTE Alumina do Norte do Brasil

AMBADE Ambulatório de Ansiedade e Depressão

ARNI Assessoria de Relações Nacionais e Internacionais

ASSEAI Assessoria Especial de Avaliação Institucional

BASA Banco da Amazônia

BC Biblioteca Central

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

CA Centro Agropecuário

CAM Centro de Atividades Musicais

CAP Comitê de Apoio Pedagógico

CAPACIT Centro de Capacitação

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior

CCB Centro de Ciências Biológicas

CCEN Centro de Ciências Exatas e Naturais

CCJ Centro de Ciências Jurídicas

CCS Centro de Ciências da Saúde

CE Centro de Educação

CEBRAN Central de Biotecnologia da Reprodução Animal

CEFET-PA Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará

CENP Centro Nacional de Primatas

CEPLAC Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira

CESUPA Centro de Estudos Superiores do Pará

CFCH Centro de Filosofia e Ciências Humanas

CG Centro de Geociências

CIEE Centro de Integração Empresa-Escola

CLA Centro de Letras e Artes

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

CODEINFRA Coordenação de Infra-Estrutura

Page 18: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

16

CODESAU Coordenação do Serviço de Alimentação Universitária

CODESEG Coordenação de Segurança Patrimonial e Comunitária

CONAES Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior

CONSEP Conselho Superior de Ensino e Pesquisa

CONSUN Conselho Universitário

CPA Comissão Própria de Avaliação

CRE Clube de Reitores Europeus

CRPM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

CSE Centro Sócio-Econômico

CVRD Companhia Vale do Rio Doce

DAC Departamento de Apoio Didático-Científico

DAVES Departamento de Apoio ao Vestibular

DEARTE Departamento de Arte

DEAVI Departamento de Avaliação Institucional

DEINF Departamento de Informações

DEPLAN Departamento de Planejamento

DERCA Departamento de Registro e Controle Acadêmico

DST Doenças Sexualmente Transmissíveis

EDUFPA Gráfica e Editora Universitária da UFPA

ELETRONORTE Centrais Elétricas do Norte do Brasil

EMATER Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

ENADE Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes

ENAPE Escola Nacional de Administração Pública

FADESP Fundação de Amparo ao Desenvolvimento da Pesquisa

FAEB Federação de Arte-Educadores do Brasil

FINEP Financiadora de Estudos e Projetos

FUNDEF Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério

HUBFS Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza

HUJBB Hospital Universitário João de Barros Barreto

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICA Instituto de Ciências da Arte

IDESIGN Incubadora de Design

IDH Índice de Desenvolvimento Humano

Page 19: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

17

IEC Instituto Evandro Chagas

IEL/PA Instituto Euvaldo Lodi

IES Instituição de Ensino Superior

IESAM Instituto de Ensino Superior da Amazônia

IETIC Incubadora de Tecnologia da Informação e Comunicação

IFES Instituições Federais de Ensino Superior

IFNOPAP O Imaginário nas Formas Narrativas Orais Populares da Amazônia

INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

INDESP Instituto Nacional do Desenvolvimento do Desporto

INEP Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais

IP Internet Protocol

IQCD Índice de Qualificação do Corpo Docente

LOA Lei Orçamentária Anual

MCT Ministério da Ciência e Tecnologia

MEC Ministério da Educação

METROBEL Rede Metropolitana de Belém

MPEG Museu Paraense Emílio Goeldi

NAEA Núcleo de Altos Estudos Amazônicos

NMT Núcleo de Medicina Tropical

NPADC Núcleo Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico

NPI Núcleo Pedagógico Integrado

NUAR Núcleo de Arte

NUMA Núcleo de Meio Ambiente

OCC Despesas de Custeios e Capital

PAIUB Programa Nacional de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras

PGO Plano de Gestão Orçamentária

PIAPA Programa Interisntitucional de Apoio a Produção Acadêmica

PIBEX Programa Institucional de Bolsas de Extensão

PIBIC Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

PIEBT Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica da UFPA

PIEBT Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica

PMC Prefeitura Multicampi

POEMA Programa Pobreza e Meio Ambiente na Amazônia

POEMATEC Comércio de Tecnologia Sustentável para a Amazônia

Page 20: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

18

PQI Programa de Qualificação Institucional

PRAP Programa Rotativo de Aprendizagem Progressiva

PROAD Pró-Reitoria de Administração e Coordenação de Órgãos Suplementares

PROAVI Projeto de Avaliação Institucional

PROEG Pró-Reitoria de Ensino de Graduação e Administração Acadêmica

PROEX Pró-Reitoria de Extensão

PROGEP Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoal

PROINFRA Programa de Recuperação da Infra-Estrutura Física

PROINT Programa Integrado de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão

PROMEG Programa de Melhoria do Ensino de Graduação

PRONERA Programa Nacional de Educação para a Reforma Agrária

PROPESP Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

PROPLAN Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento

PSS Processo Seletivo Seriado

REDECOMEP Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa

RNP Rede Nacional de Pesquisas

RU Restaurante Universitário

SAAD Sistema de Acompanhamento de Atividades Docentes

SAM Serviço de Atividades Musicais

SEEL Secretaria Executiva de Esporte e Lazer

SESMA Secretaria Municipal de Saúde

SESPA Secretaria Executiva de Saúde Pública do Pará

SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira

SIAPE Sistema Integrado de Administração de Pessoal

SIB Sistema de Bibliotecas da UFPA

SIDOR Sistema Integrado de Dados Orçamentário

SIE Sistema de Informação para o Ensino

SIG Sistema de Informações Gerenciais

SINAES Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

SISCA Sistema de Controle Acadêmico

SISPLO Sistema de Planejamento e Orçamento

SPG Sistema de Pós-Graduação

SUS Sistema Único de Saúde

TCC Trabalho de Conclusão de Curso

UAB Universidade Aberta do Brasil

Page 21: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

19

UEPA Universidade Estadual do Pará

UFAM Universidade Federal do Amazonas

UFBA Universidade Federal da Bahia

UFPA Universidade Federal do Pará

UFRA Universidade Federal Rural da Amazônia

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

UNAMA Universidade da Amazônia

UNAMAZ Associação de Universidades Amazônicas

UNIVERSITEC Rede UFPA de Inovação Tecnológica

USP Universidade de São Paulo

UTI Unidade de Terapia Intensiva

Page 22: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

20

1 DADOS DA INSTITUIÇÃO

1.1 NOME: Universidade Federal do Pará

1.2 CÓDIGO: 0569

1.3 ESTADO: Pará

1.4 MUNICÍPIO SEDE: Belém

1.5 COMPOSIÇÃO DA CPA

Adelino Ferranti Docente

Amaury Braga Datas Docente

Licurgo Peixoto de Brito Docente

Ney Cristina Monteiro de Oliveira Docente

Paulo Sérgio de Sousa Gorayeb Docente

Carlos Barbosa Pena Técnico Administrativo

Luiz Armando Souza Pinheiro Técnico Administrativo

Sandra Maria de Azevedo Carvalho* Técnico Administrativo

Raoni Beltrão do Vale Discente

Tatiana Cibelle da Silva Oliveira Discente

José Miguel da Conceição Ferreira Sociedade Civil

José Olímpio Bastos Sociedade Civil *Coordenadora.

1.6 ATO DE DESIGNAÇÃO DA CPA: Portaria nº 2098/2004 de 11/06/2004

Page 23: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

21

2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Com o firme propósito de sistematizar a avaliação institucional, a Universidade

Federal do Pará (UFPA) criou, em abril de 2006, o Departamento de Avaliação Institucional

(DEAVI), unidade da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento (PROPLAN),

responsável por “coordenar e executar a política de avaliação interna da UFPA e de definir

procedimentos técnicos a serem adotados para a execução das ações de auto-avaliação”.

A criação do Departamento de Avaliação Institucional é o desdobramento de um

processo iniciado em 1995, quando a UFPA vinculou suas ações de avaliação interna ao

Programa Nacional de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB) através

de seu Projeto de Avaliação Institucional.

O seminário sobre planejamento universitário e avaliação do ensino, realizado em

setembro de 1993 com o título: Universidade: o desafio da qualidade foi um marco

importante na obtenção de subsídios para a elaboração de uma proposta de Avaliação para

Universidade Federal do Pará. Das análises e reflexões demandadas após a realização desse

seminário, decidiu-se realizar uma pesquisa social na UFPA, com a finalidade de estabelecer

metodologicamente os parâmetros que permitiriam uma análise crítica das avaliações

desenvolvidas internamente em algumas unidades acadêmicas. Surge, então, o Projeto de

Avaliação institucional da UFPA (PROAVI), com o objetivo geral de: Rever e analisar criticamente as condições como se processa o seu Projeto Pedagógico relativo ao ensino, bem como a pesquisa, a extensão e a gestão acadêmica, em função da identificação das necessidades da comunidade acadêmica, visando proporcionar, em conseqüência, a definição de metas e ações capazes de aprimorar o seu desempenho.

O PROAVI foi amplamente discutido pelos sujeitos acadêmicos1 por meio de vários

seminários internos, ocasião em que eram apresentados e analisados seus aspectos

metodológicos e operacionais. Também foram realizados, até dezembro de 1996, cursos e

treinamentos sobre os procedimentos a serem adotados na realização da pesquisa.

Em junho de 1996 foi realizado importante Simpósio de Avaliação Institucional, com

a seguinte temática: Avaliação Institucional e o desafio da Universidade diante de um novo

século. Em março de 1997 a UFPA foi a instituição anfitriã do III Workshop de Avaliação

Institucional das Universidades do Nordeste e Norte.

A execução do PROAVI deu-se em nível administrativo de cada unidade acadêmico-

administrativa e sua operacionalização obedecia à forma de Módulos. Havia um Módulo

Central constituído por uma equipe técnica, com a função de coordenar todo o processo 1 O termo “sujeitos acadêmicos” compreende os corpos docente, técnico-administrativo e discente.

Page 24: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

22

avaliativo, e os Módulos Setoriais ou Específicos, formados pelos Centros de formação

acadêmica e produção do conhecimento, Núcleos de produção e integração do conhecimento,

Campi do interior e Hospitais Universitários. Os Módulos Setoriais possuíam equipes técnicas

próprias constituídas — de acordo com suas necessidades e especificidades — dos

coordenadores de cursos, docentes, discentes e técnico-administrativos, com as atribuições de

planejar e executar a sua avaliação interna. A FIGURA 1 ilustra a forma como era

operacionalizada a avaliação institucional na UFPA.

Figura 1 – Forma de operacionalização da avaliação institucional na UFPA.

O PROAVI constituiu o primeiro ciclo avaliativo da UFPA e permitiu uma avaliação

participativa de docentes, técnico-administrativos e alunos, bem como o conhecimento da

realidade acadêmica no que se refere ao ensino, à pesquisa, à extensão e à gestão,

proporcionando a definição de diretrizes capazes de favorecer o pleno desenvolvimento

Módulo Setorial: HOSPITAIS

UNIVERSITÁRIOS

Módulo Setorial:CAMPI

DO INTERIOR

Módulo Setorial:NÚCLEOS DE PRODUÇÃO E

INTEGRAÇÃO DO CONHECIMENTO

Módulo Setorial:CENTROS DE FORMAÇÃO

ACADÊMICA E PRODUÇÃO DO

CONHECIMENTO

MÓDULO CENTRAL

Page 25: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

23

institucional e foi implementado nos Campi Universitários de Abaetetuba, Altamira, Belém,

Bragança, Cametá, Castanhal, Marabá e Santarém, por meio de entrevistas e de aplicação de

formulários.

O Projeto de Avaliação Institucional da UFPA buscava, num primeiro momento,

identificar as condições do ensino de graduação e suas interfaces com a pesquisa e com a

extensão. Num segundo momento, seriam processadas a avaliação da pós-graduação e a

avaliação externa. O resultado deste trabalho destaca que dos quarenta e três cursos de

graduação existentes na época, 95,35% aderiram ao Projeto. Com a implantação do PROAVI,

a Universidade Federal do Pará alcançou um diagnóstico preciso da sua realidade e avançou

em direção ao seu processo de auto-avaliação, tornando-o irreversível e sistemático.

Outra iniciativa de avaliação surge em 1998, por ocasião da criação do “Fórum de

Acadêmicos”, que se constituiu em um espaço de debates entre os melhores alunos dos cursos

de graduação da instituição, onde um dos pontos abordados foi a sugestão de medidas que

visassem à melhoria da qualidade de ensino dos Cursos de Graduação e do processo de

aprendizagem.

Nessa ocasião, a preocupação estava voltada para o desempenho docente e a qualidade

dos cursos. Daí surgiu a idéia de avaliação dos cursos sugerida pelos discentes que faziam

parte deste Fórum.

Em março de 1999 constituiu-se uma comissão para discutir e implantar o processo de

avaliação do ensino. Após ser submetido à apreciação nos Fori da Graduação e das

Licenciaturas — instâncias em que se estabelecem amplos debates sobre a graduação na

UFPA — foi implantado, no segundo semestre do mesmo ano, o Projeto de Avaliação de

Disciplinas, com o objetivo de “dar visibilidade à real situação do ensino de graduação”. Uma

equipe interdisciplinar elaborou questionários de avaliação de docentes e discentes, abordando

questões referentes à qualidade do ensino, às disciplinas, à organização dos cursos e ao

relacionamento interpessoal em sala de aula e com o corpo técnico-administrativo dos cursos.

O projeto teve a adesão de cinco Centros de Formação Acadêmica e Produção do

Conhecimento: Ciências Jurídicas, Exatas e Naturais, Geociências, Sócio-econômico e

Tecnológico, e previa a criação de um banco de dados para dar suporte às decisões

administrativas: No entanto, problemas operacionais impediram a elaboração final do banco

de dados. Os resultados obtidos com a aplicação dos questionários foram encaminhados, à

época, aos Centros. Por falta de sistematização e acompanhamento, o projeto foi cancelado.

Motivada a avaliar suas práticas estratégicas de gerenciamento e atraída pela

experiência européia, a UFPA solicitou avaliação externa ao Clube de Reitores Europeus

Page 26: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

24

(CRE), que possui um Programa de Avaliação Institucional desenvolvido por universidades

daquele continente com a finalidade de: Ajudar dirigentes de universidades (em diversos níveis) a melhorar a estrutura, a organização e o modo de funcionamento de sua instituição e, conseqüentemente, a qualidade de suas atividades e seu nível geral de atuação. A avaliação focaliza, em particular, a capacidade de mudança da universidade, sua condição de adaptação às condições externas e oportunidades de influenciar a sociedade de diferentes maneiras.

O grupo de avaliadores do CRE efetivou a avaliação na UFPA por meio da realização

de duas visitas — uma preliminar e outra denominada de principal — e do relatório de auto-

avaliação realizada pela UFPA no ano de 1999. Nesse relatório estavam contidas as

aspirações da UFPA em relação ao seu futuro, aqui resumidas:

ressaltar o fato de que atividades de ensino, pesquisa e extensão constituem a

essência do trabalho na universidade;

dar aos cursos uma estrutura curricular flexível que alie a teoria à prática, bem como

um caráter interdisciplinar;

implementar nova legislação através da qual as qualificações para o ensino sejam

elevadas;

aprofundar conhecimento em áreas relacionadas às necessidades regionais, com

vistas à sustentabilidade dos recursos naturais e à melhoria da qualidade de vida na

região;

buscar parcerias mais efetivas com as autoridades estaduais e regionais para o

treinamento de professores da educação básica e para expandir o acesso à educação

superior.

Estas aspirações estavam em perfeita sintonia com as recomendações da UNESCO,

declaradas na Conferência Mundial sobre Educação Superior, realizada em Paris, em outubro

de 1998.

A visita preliminar dos avaliadores do Clube de Reitores Europeus ocorreu em junho

de 1999. A visita principal foi realizada em setembro do mesmo ano, durante a qual os campi

de Belém e de Castanhal foram visitados. Nessas visitas, o grupo de avaliadores dialogou com

aproximadamente 400 pessoas em 26 encontros.

Ao longo da avaliação externa, dois tópicos dominaram as discussões na UFPA:

1. a missão institucional — “conhecer a região Amazônica e universalizar esse

conhecimento, bem como formar pessoal técnico-científico” — e formas de melhor

implementá-la;

Page 27: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

25

2. a falta de recursos, visível de forma direta pela baixa qualidade das instalações

físicas e de equipamentos.

Este trabalho constituiu o terceiro ciclo avaliativo da UFPA. Nesse período, realizou-

se avaliação sobre o ambiente, senso de identidade, atividades, recursos, organização,

qualidade de gerenciamento e capacidade geral de mudança.

O relatório de avaliação construído pelo grupo de avaliadores do CRE contempla

observações sobre as realizações da UFPA, seus pontos fortes e fracos e um sumário de

recomendações. O QUADRO 1 apresenta um resumo dessas observações.

As Realizações

As Recomendações

De uma série de diferentes iniciativas e de instituições de ensino superior, a UFPA está gradualmente evoluindo para ser uma verdadeira universidade;

A UFPA tem desenvolvido algumas iniciativas notáveis, como os campi do interior e os cursos intervalares;

Pesquisas relevantes a têm sido desenvolvidas, como por exemplo nas áreas de Geologia e Biologia;

Importante contribuição tem sido dada à preparação de novas gerações para o trabalho nas esferas profissionais (advogados, médicos, professores, etc.), e para postos na administração municipal, estadual e federal, bem como para empresas privadas e nos campos da Engenharia e da Saúde;

Mais de 50% dos estudantes vêm de meios sócio-econômicos deficientes e muitos pertencem à primeira geração de suas famílias a freqüentar o ensino

A baixa média de idade dos docentes;

O forte programa de capacitação e reciclagem dos servidores;

A genuína confiança que a larga maioria de estudantes parece ter em relação aos professores.

Falta de coesão dentro da instituição e de confiança mútua nas intenções e capacidades de outros indivíduos e grupos;

Comunicações internas e externas muito fracas;

Vagarosos e burocráticos processos internos de tomada de decisões, envolvendo muitas instâncias e colegiados.

Intensificar as relações com outras Universidades da região;

Aproveitar a participação na Associação de Universidades Amazônicas (UNAMAZ) para desenvolver cursos de pós-graduação em parceira com outras IES, implementar o projeto de capacitação do corpo docente e como ponto de partida para as atividades internacionais;

Desenvolver uma estratégia pró-ativa para estabelecer acordos de cooperação institucional na região;

Tornar explícito na missão institucional o desejo de expandir suas ações às mais remotas regiões do Estado;

A integração entre o ensino, a pesquisa e a extensão deve ocorrer em todos os níveis;

Promover processo de reforma organizacional;

Melhorar a comunicação interna e externa;

Os Pontos Fortes Os Pontos Fracos

Page 28: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

26

superior;

Importante senso de boa vontade tem sido construído na sociedade em larga escala. Todos os representantes de parcerias externas expressam alta expectativa em relação às contribuições futuras da universidade.

Buscar gerenciamento de qualidade por meio de um sistema de avaliação cíclica;

Implementar o planejamento estratégico;

Aumentar a capacidade de mudança de modo a se consolidar como universidade autoconsciente e autoconfiante.

Quadro 1 – Resumo das observações apresentadas no relatório do CRE.

O relatório produzido foi discutido com todos os segmentos da comunidade acadêmica

em diferentes seminários, reuniões e encontros, com o objetivo de traçar metas, compromissos

e ações da Universidade para o presente e o futuro. Com base neste trabalho, foram detectados

problemas, identificadas soluções e implantadas novas políticas institucionais com o objetivo

de rever e definir mais claramente a missão da UFPA.

O processo de avaliação nos cursos de graduação tem sua continuidade assegurada por

meio dos projetos denominados: Avaliação e Acompanhamento dos Cursos de Graduação da

UFPA e Avaliação das Formas de Ingresso na Instituição.

O projeto de Avaliação e Acompanhamento dos Cursos de Graduação da UFPA inicia

o quarto ciclo avaliativo da UFFA. Este projeto foi elaborado por uma Comissão constituída

por profissionais de diferentes áreas de atuação com o objetivo de sistematizar procedimentos

prevendo a avaliação semestral do desempenho de docentes e discentes, a avaliação anual de

técnicos e gestores e a avaliação bianual da infra-estrutura dos cursos. A implantação deste

projeto, ocorrida em 2003, materializa uma das linhas de ação do eixo estruturante

Reestruturação do Modelo de Ensino que integra o Plano de Desenvolvimento 2001–2010 da

Universidade Federal do Pará — e está configurado no Plano de Gestão 2005–2009.

A Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PROEG), por meio da Comissão de

Avaliação do seu Departamento de Apoio Didático-Científico (DAC), é a unidade

responsável pela coordenação e operacionalização do referido projeto.

Comprometida com a implantação sistemática da avaliação nos cursos de graduação

de todos os Campi da UFPA, a PROEG está estimulando e assessorando os cursos de

graduação a promoverem a sua avaliação interna. A coleta de dados — realizada por meio de

questionários (Anexo B) e entrevistas —, a análise dos resultados, a sua divulgação e as

Page 29: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

27

providências para a solução dos problemas revelados na pesquisa são procedimentos

efetuados pelos Colegiados dos Cursos, sistematizados em relatórios, internamente às

unidades didático-científicas às quais o curso se vincula.

A operacionalização da pesquisa constitui-se de três momentos, com demandas

específicas. São elas:

1º) Demanda Espontânea: compreende os cursos que voluntariamente procuram a

PROEG, solicitando apoio para iniciar o processo de avaliação e aqueles que já

realizam suas avaliações;

2º) Demanda Induzida: compreende os cursos que, ao tomar conhecimento do

processo de avaliação realizado em outros cursos, são estimulados a participar do

processo de avaliação;

3º) Demanda Estimulada: compreende os cursos incentivados diretamente a

participar do projeto, por meio de reuniões de Colegiados e Departamentos, com

base nos resultados obtidos por outros cursos.

Cabe à Comissão de Avaliação da PROEG a elaboração do relatório anual e a

divulgação dos resultados no âmbito da instituição, destacando as ações administrativas e

técnicas implementadas para resolver os problemas apontados pela avaliação.

A FIGURA 2 ilustra a forma como é operacionalizado o atual projeto de avaliação e o

acompanhamento dos cursos de graduação da UFPA.

Page 30: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

28

O terceiro momento do projeto, o da Demanda Estimulada, iniciou-se em 2005. Os

registros desse ciclo avaliativo indicam que, até dezembro de 2005, foram avaliados 50 cursos

de graduação, ou seja, 28% dos 181 cursos de graduação financiados pelo Ministério da

Educação (MEC).

O quinto ciclo avaliativo da Universidade Federal do Pará tem seu inicio registrado no

ano de 2004, com o processo de adequação e de integração do seu Programa de Avaliação

Institucional ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), instituído

em 14/04/2004 pela Lei nº 10.861.

Naquela ocasião, a UFPA constitui sua Comissão Própria de Avaliação (CPA) e em

2005 instituiu a Assessoria Especial de Avaliação Institucional (ASSEAI), com a finalidade

de propor ações destinadas à superação das dificuldades no processo avaliativo e de propor

procedimentos, mecanismos, metodologias e instrumentos para a avaliação interna da UFPA,

3º Momento: Demanda

Estimulada

2º Momento: Demanda Induzida

1º Momento: Demanda

Espontânea

Figura 2 – Operacionalização do projeto de avaliação dos cursos de graduação da UFPA.

Page 31: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

29

em uma ação conjunta com a CPA, que culminou com a realização do Seminário Sobre

Avaliação Institucional da UFPA: Desafios e Perspectivas do SINAES, com 251 pessoas

inscritas e a participação

efetiva de 232 representantes

da UFPA e de outras IES do

Pará, Amapá e Roraima.

O seminário foi

realizado com o objetivo de:

aprofundar o conhecimento

sobre os princípios

fundamentais do SINAES e de

buscar maior envolvimento

dos participantes no processo

de avaliação interna da UFPA.

Os palestrantes, com competência em avaliação da educação superior, representavam a

UFPA, a Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES) e o INEP.

Em abril de 2006, a Administração Superior da UFPA iniciou um processo de

reestruturação e ampliação de suas ações de avaliação, que culminou com a extinção da

Assessoria Especial de Avaliação Institucional e a criação do Departamento de Avaliação

Institucional, unidade vinculada à Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento e

integrada pela Divisão de Auto-Avaliação e pela Divisão de Instrumentação e Estatística,

conforme ilustrado pela FIGURA 3.

O resultado desse processo de reestruturação estabelece a gestão das ações de auto-

avaliação em dois níveis:

1º) Comissão Própria de Avaliação: que tem as atribuições definidas no seu

Regimento Interno, aprovado pelo Conselho Universitário em 28/06/2006, atua

como órgão colegiado na definição de políticas e diretrizes do programa de auto-

avaliação, na orientação dos processos de avaliação internos, de sistematização e

de prestação das informações solicitadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas

Educacionais.

2º) Departamento de Avaliação Institucional: coordena e executa a política de

avaliação interna e define procedimentos técnicos a serem adotados para a

execução das ações de auto-avaliação.

Fotografia 1 – Seminário sobre avaliação institucional da UFPA. Crédito: Aluízio Barros Filho.

Page 32: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

30

Figura 3 – Organograma da PROPLAN.

PROPLAN

SECRETARIA EXECUTIVA

DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÕES INSTITUCIONAIS

(DEINF)

DIVISÃO DE INFORMAÇÕES

DIVISÃO DE PESQUISA INSTITUCIONAL

DIVISÃO DE PLANEJAMENTO

ACADÊMICO

DIVISÃO DE MODERNIZAÇÃO

ADMINISTRATIVA

DIVISÃO DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO

DIVISÃO DE INSTRUMENTAÇÃO E

ESTATÍSTICA

DIVISÃO DE AUTO-AVALIAÇÃO

DEPARTAMENTO DE

PLANEJAMENTO (DEPLAN)

DEPARTAMENTO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

(DEAVI)

Page 33: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

31

O Departamento de Avaliação Institucional manteve em andamento os trabalhos que

vinham sendo desenvolvidos pela ASSEAI e, numa ação compartilhada com a CPA, o

Departamento de Avaliação redesenhou a

proposta de avaliação encaminhada ao INEP

em março de 2005, transformando-a no

Programa de Avaliação Institucional da UFPA

(Anexo C), pautado nos seguintes princípios

básicos:

Democracia e participação: a natureza democrática e participativa da avaliação é

fundamental para o desenvolvimento e aprimoramento do sistema de avaliação

institucional e esta participação deve ser exercida por todos os atores envolvidos. A

proposta é garantir uma auto-avaliação participativa, dinâmica, ativa e de adesão

voluntária, tornando o processo atraente e convidativo.

Globalidade: as experiências anteriores reportam somente à avaliação do ensino da

graduação. A proposta atual é de avaliar a Universidade como um todo e não em

partes fragmentadas, o que permitirá uma visão geral e abrangente da Instituição.

Neste caso, a avaliação far-se-á em todas as dimensões do ensino, da pesquisa e da

extensão, da gestão, dos docentes, dos técnico-administrativos, dos alunos e de

todos os atores e todas as atividades desenvolvidas pela UFPA.

Gradualidade: a avaliação interna na UFPA não se reduzirá ao simples

levantamento de dados, sua análise e a produção de um relatório final. A proposta é

de construção de um processo gradual, permanente e sistemático, capaz de

mensurar a relação entre o Projeto Pedagógico Institucional, o Plano de

Desenvolvimento da UFPA e a sua execução, e de garantir, outrossim, a qualidade

de suas atividades visando uma melhor eficiência das ações futuras da instituição.

Legitimidade: a avaliação institucional na UFPA deve revestir-se de elevado grau

de seriedade e correção, utilizando critérios avaliativos com ampla legitimidade

técnica (que requer o uso de metodologias adequadas, de modo a garantir a

identificação de indicadores de natureza quali-quantitativa) e política (conquistada

pela efetiva participação de toda a comunidade na construção do processo

avaliativo e no uso dos resultados por ele gerados).

Não premiação e não punição: premiar ou punir não é o objetivo da proposta. A

avaliação deve identificar pontos fortes e pontos fracos como meio de apoiar o

Page 34: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

32

contínuo aperfeiçoamento do desempenho da instituição e de avaliar o efeito e a

eficiência das estratégias implantadas para o alcance da excelência.

Respeito à Identidade Institucional: o desempenho institucional deve ser

analisado em função de sua missão, sua visão, seus princípios, seus projetos, sua

relevância social, sua cultura institucional e sua realidade social, econômica e

política.

Transparência: a auto-avaliação, em suas diferentes etapas, fases e procedimentos,

deve ser a mais transparente possível, assegurando o debate e a divulgação dos seus

resultados a toda a comunidade.

Cada um desses princípios contribui significativamente para que o processo de auto-

avaliação da UFPA seja o mais abrangente, transparente e fidedigno possível.

Considerando-se que a proposta da UFPA é de institucionalização do processo de

auto-avaliação, as ações desenvolvidas neste âmbito não estão atreladas a datas marcadas para

início e fim e se caracterizam pela presença permanente ao longo do tempo. Contudo,

determinadas atividades de avaliação às vezes são priorizadas por questões relacionadas aos

planos e projetos institucionais.

A execução da presente proposta prevê a ocorrência de quatro etapas, algumas das

quais são desenvolvidas simultaneamente e outras ocorrem em momentos distintos,

dependendo do grau de sensibilização e de amadurecimento dos atores envolvidos em relação

às ações que se desenvolvem em suas unidades acadêmico-administrativas. Estas etapas

encontram-se detalhadas no item 4 deste relatório, que trata da metodologia adotada.

O Processo de Auto-Avaliação na Universidade Federal do Pará permite potencializar

e desenvolver a instituição e propicia ações pró-ativas que viabilizem uma atuação qualificada

e socialmente relevante em favor da região amazônica.

A Universidade Federal do Pará, por meio do presente Relatório, apresenta e divide,

com a comunidade acadêmica e com a sociedade, os resultados do trabalho de auto-avaliação

institucional realizado no período de abril de 2004 a dezembro de 2005. Salientamos que foi

de fundamental importância, na obtenção dos resultados, a relação de transparência e

acessibilidade estabelecida entre as unidades acadêmicas e administrativas.

O conteúdo deste Relatório, orientado pelas dez dimensões do SINAES, contempla um

referencial histórico que compreende o período de 2000 a 2005.

Page 35: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

33

3 UNIVERSO INSTITUCIONAL

A proposta de criação de uma Universidade Federal na Amazônia, com sede em

Belém, surgiu no final da década de 1940, com o parecer do Senador Álvaro da Silveira sobre

o projeto que disciplinava o sistema universitário brasileiro.

Tal Universidade, segundo o referido relator:

Teria por fim não só elevar o nível cultural do meio, quanto ao exame de problemas ligados à produção da riqueza, como dar unidade de orientação ao sistema de ensino e de uniformidade aos métodos de exploração e racionalização dessa produção.

Em 1955, a idéia evoluiu para a criação de uma Universidade da Amazônia, com uma

estrutura física que permitisse dotar o ensino superior na região de modernas técnicas

educacionais.

Dois anos depois, em 02 de julho de 1957, foi sancionada pelo Presidente Juscelino

Kubitscheck de Oliveira a Lei n° 3.191, instituidora da Universidade do Pará. Este ato

agregou sete escolas superiores, já existentes e até então isoladas, atribuindo-lhes nova escala

de grandeza e novo ritmo de ação. São elas:

Faculdade de Direito do Pará, fundada em 1902, é o mais antigo estabelecimento

de ensino superior da Amazônia e a segunda no Norte do País;

Faculdade de Odontologia do Pará, fundada em 4 de julho de 1914;

Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará, fundada em 9 de janeiro de 1919;

Escola de Engenharia do Pará, fundada em 10 de abril de 1931;

Faculdade de Farmácia de Belém do Pará, fundada em 16 de julho de 1941;

Faculdade de Ciências Econômicas, Contábeis e Atuariais do Pará, fundada em 3

de dezembro de 1947 e,

Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Pará, fundada em 17 de janeiro de

1948.

O ato de instalação da UFPA ocorreu em 31 de dezembro de 1959 e, como toda

instituição do gênero, surgiu sob uma complexa política de fins a cumprir. Assim é que, nos

termos do artigo 1° do Estatuto original, ela teria por finalidade:

manter e desenvolver o ensino nas unidades que a compõem, bem assim outras

modalidades de ensino, necessários à plena realização de seus objetivos;

promover a pesquisa científica, filosófica, literária e artística, aperfeiçoar os

métodos de estudo, de investigação e de crítica, inclusive no que concerne à

Page 36: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

34

Amazônia brasileira, como complexo geográfico e sociológico digno de exploração

cultural – para perfeito domínio de suas possibilidades;

formar elementos habilitados para o exercício das profissões técnico-científicas,

liberais, de magistério e das altas funções da vida pública;

concorrer para o engrandecimento da nação;

estimular os estudos relativos à formação moral e histórica da civilização brasileira,

em todos os seus aspectos;

desenvolver harmonicamente e aperfeiçoar, em seus aspectos moral, intelectual e

físico, a personalidade dos alunos.

Em consonância com esses fins, no artigo 2° vem definida a orientação da política

educacional da UFPA: “A formação universitária obedecerá aos princípios fundados no

respeito à dignidade da pessoal humana e terá em vista a realidade brasileira e o sentido da

unidade nacional”.

A Universidade Federal do Pará tornou-se uma força integradora da Amazônia no

contexto nacional e o reconhecimento de sua importância para a região foi publicizado pelo

ministro da Educação e Cultura, Clóvis S. da Gama, no seu discurso de instalação da UFPA:,

“A criação da UFPA foi ato de clarividência política. No contexto histórico da Nação, surge

este Instituto como propulsor de civilização e instrumento de conquista definitiva do

território.”

A idéia de construção

de um Campus próprio para

reunir todas as faculdades foi

concretizada em 1963, com a

inauguração do Campus

Pioneiro do Guamá, que hoje

possui área total de

2.064.755,90m2, dos quais,

216.858,06m2 são de área

construída.

Contando com pouco mais de mil alunos por ocasião de sua criação, vinte anos depois

foi registrado um aumento considerável da ordem de 1.199,3%, visto que a UFPA possuía,

em 1987, 12.976 alunos regularmente matriculados nos 38 cursos de graduação.

Fotografia 2 – Vista aérea da UFPA. Crédito: http://www.deec.ufpa.br/ppgee/imagens/foto_aerea_ufpa.gif

Page 37: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

35

O GRÁFICO 1 apresenta a evolução do número de alunos matriculados na UFPA,

desde a sua criação até os dias atuais.

Nº de Alunos 1.082 2.986 11.169 12.976 20.788 35.213 37.508

1957 1967 1977 1987 1997 2005 2006

Hoje a Universidade Federal do Pará possui 43.345 alunos matriculados na graduação

e na pós-graduação, conforme demonstra o QUADRO 2.

312 cursos1 de graduação com 37.508 alunos matriculados em 2006.

94 cursos de especialização com 3.759 alunos matriculados em 2006.

37 programas de mestrado2 com 1.655 alunos matriculados em 2006.

15 programas de doutorado com 423 alunos matriculados em 2006.

Quadro 2 – Número de cursos e de alunos matriculados. 1 Incluído cursos de contrato. 2 Um profissionalizante. Fonte: Departamento de Informações/PROPLAN.

A Universidade Federal do Pará é, hoje, a maior instituição de ensino e pesquisa de

todo o Norte do Brasil e, de acordo com o seu Estatuto — recentemente reformulado pelo

Conselho Universitário (CONSUN) —, a sua prática institucional objetiva os seguintes fins:

gerar, sistematizar, aplicar e difundir o conhecimento em suas várias formas de

expressão e campos de investigação;

ampliar e aprofundar a formação humanista e ética para o exercício profissional, a

reflexão crítica e a melhoria da qualidade de vida, particularmente do amazônida;

formar e qualificar continuamente profissionais nas diversas áreas do

conhecimento, de modo a contribuir para o pleno exercício da cidadania e a

promoção do bem público;

cooperar para o desenvolvimento regional, nacional e internacional, firmando-se

como suporte técnico e científico de excelência às demandas sócio-político-

Gráfico 1 – Evolução do número de alunos matriculados na graduação.Fonte: Departamento de Informações/PROPLAN.

Page 38: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

36

culturais para uma Amazônia economicamente viável, ambientalmente segura e

socialmente justa.

A partir de 1971 a UFPA deu início ao seu Programa de Interiorização, expandindo

suas atividades para o interior do Estado com a realização de Cursos Especiais de

Licenciatura Curta, nas áreas de Letras, Estudos Sociais e Ciências Naturais, destinados à

preparação de docentes de 1º e 2º graus e de Cursos de Licenciatura Plena destinados à

formação de Administradores e de Supervisores Escolares. Em 1986 a interiorização foi

redimensionada e, por meio do I Projeto de Interiorização, levou a oito municípios —

destinados a serem pólos regionais de atuação — cursos de Licenciatura voltados à

capacitação e formação de professores para a rede de ensino, cuja quase totalidade era

formada por professores leigos. Em 1994 essas atividades já eram desenvolvidas em 117

municípios. Ao longo do tempo, o Programa se consolidou como meio de democratização do

acesso ao ensino superior no extenso território paraense e alcançou reconhecimento nacional

ao ser adotado como referência em várias universidades.

Diante das restrições orçamentárias, da necessidade de revisão dos critérios até então

adotados e dentro de uma visão de universidade-rede — de integração entre os seus dez campi

—, a Universidade Federal do Pará desencadeou, em 2001, uma série de estudos e de reuniões

no interior do Estado, que culminaram com a criação do modelo de Universidade Multicampi

para, dentre outras ações:

promover a implantação de novos cursos de Graduação no interior;

implantar programas de Pós-Graduação nos pólos do interior;

modernizar a gestão acadêmico-administrativa;

dotar os campi de pessoal técnico-administrativo;

dotar os campi de equipamentos adequados e promover a melhoraria de infra-

estrutura;

estabelecer novas relações institucionais entre os campi.

A natureza e os procedimentos orientadores deste novo modelo estabelecem princípios

que norteiam a gestão da Universidade Multicampi. São eles:

oferta de ensino público, gratuito e com qualidade;

flexibilidade curricular;

integração com a sociedade civil e cooperação interinstitucional;

atenção às especificidades regionais.

Page 39: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

37

Ao longo dos seus 49 anos, a UFPA se consolidou e, hoje, a Instituição abriga um

contingente de aproximadamente 53.000 pessoas, distribuídas entre docentes, técnico-

administrativos e discentes. A constituição de sua estrutura organizativa está representada no

QUADRO 3 e na FIGURA 4, a seguir:

11 Centros e 1 Instituto de formação acadêmica e de produção de conhecimento

5 Núcleos de produção de conhecimento 9 Campi no interior do Estado. O mais próximo está a 70 km de Belém, e o mais distante

a 800 km. 2 Hospitais Universitários

33 Bibliotecas Universitárias 1 Central 32 Setoriais localizadas na capital e nos

Campi do interior 1 Sistema de Incubadora de Empresas

1 Centro de Capacitação

Quadro 3 – Estrutura organizativa da UFPA.

Page 40: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

38

Figura 4 – Organograma da UFPA.

CONSELHO UNIVERSITÁRIO - CONSUN

CONSELHO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO - CONSAD

CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA - CONSEP

CONSELHO DE CURADORES – CONCUR

REITORIA

PROCURADORIA GERAL

COMISSÃO PERMANENTE DE PESSOAL DOCENTE - CPPD

COMISSÃO PERMANENTE DE PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO - CPPTA

SECRETARIA DOS ÓRGÃOS DELIBERATIVOS DA ADMINISTRAÇÃO

SUPERIOR - SEGE

SECRETARIA GERAL

ASSESSORIA DE RELAÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS - ARNI

ASSESSORIA ESPECIAL

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

MUSEU DA UFPA

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO

REDE UFPA DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA - UNIVERSITEC

AUDITORIA INTERNA - AUDIN SECRETARIA ESPECIAL DE EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA - SEAD SISTEMA DE BIBLIOTECAS - SIBI

EDITORA UNIVERSITÁRIA

MEDICINA TROPICAL - NMT

ALTOS ESTUDOS AMAZÔNICOS - NAEA

MEIO AMBIENTE –NUMA

PROPLAN PROEX PROPESP PROEG PROAD PMC

CENTROS E INSTITUTO

LETRAS E ARTES

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

EDUCAÇÃO

CIÊNCIAS JURÍDICAS

FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS

CIÊNCIAS DA SAÚDE

TECNOLÓGICO

SÓCIO-ECONÔMICO

GEOCIÊNCIAS

AGROPECUÁRIO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA

ARTE

N Ú C L E O S

PEDAGÓGICO INTEGRADO – NPI

APOIO AO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO - NPADC

CASTANHAL MARABÁ ALTAMIRA ABAETETUBA CAMETÁ

SANTARÉM SOURE BREVES BRAGANÇA

CAMPI NO INTERIOR

Page 41: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

39

Caracterizada como universidade multicampi, a Universidade Federal do Pará tem por

princípios:

a universalização do conhecimento;

o respeito à ética e à diversidade étnica, cultural e biológica;

o pluralismo de idéias e de pensamento;

o ensino público e gratuito;

a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;

a flexibilidade de métodos, critérios e procedimentos acadêmicos;

a excelência acadêmica;

a defesa dos direitos humanos e a preservação do meio ambiente.

O Planejamento Estratégico das ações da UFPA está configurado no Plano de

Desenvolvimento 2001–2010, elaborado dentro dos princípios da Administração Pública,

através de um processo de planejamento contínuo e construído conjuntamente pelos mais

variados segmentos da comunidade universitária. Mais de quatro mil pessoas participaram das

discussões promovidas pela Administração Superior da UFPA, em reuniões realizadas em

Belém, no interior do Estado e consulta pública por meio da Internet. Nele, encontram-se

delineadas vinte Metas, cinqüenta Estratégias e duzentas e vinte e sete Linhas de Ação,

traduzidas em forma de sete Eixos Estruturantes, listados no QUADRO 4.

Universidade Multicampi

Integração com a Sociedade

Reestruturação do Modelo de Ensino

Pesquisa e Desenvolvimento Amazônico

Valorização dos Recursos Humanos

Ambiente Adequado

Modernização da Gestão

Quadro 4 – Eixos Estruturantes do Plano de Desenvolvimento da UFPA 2001–2010.

São fundamentos do Plano de Desenvolvimento:

1. A Missão:

Gerar, difundir e aplicar o conhecimento nos diversos campos do

saber, visando à melhoria da qualidade de vida do ser humano em

geral, e em particular do amazônida, aproveitando as potencialidades

Page 42: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

40

da região mediante processos integrados de ensino, pesquisa e

extensão, por sua vez sustentados em princípios de responsabilidade,

de respeito à ética, à diversidade biológica, étnica e cultural,

garantindo a todos o acesso ao conhecimento produzido e acumulado,

de modo a contribuir para o exercício pleno da cidadania, fundada

em formação humanística, crítica, reflexiva e investigativa.

2. A Visão

Tornar-se referência local, regional, nacional e internacional nas

atividades de ensino, pesquisa e extensão, consolidando-se como

instituição multicampi e firmando-se como suporte de excelência para

as demandas sócio-políticas de uma Amazônia economicamente

viável, ambientalmente segura e socialmente justa.

Em 2005, após a reeleição do atual Reitor, foi elaborado o Plano de Gestão para o

período 2005/2009 que, em consonância com o Plano de Desenvolvimento 2001–2010,

incorporou as metas alcançadas no período 2001/2005 e estabelece diretrizes que ratificam a

relação transformadora entre a universidade e a sociedade. Estas diretrizes estão traduzidas

em três grandes eixos de ação. São eles:

Eixos de Ação Objetivo Geral

Implementação de um Amplo Projeto Acadêmico Integrado – UFPA XXI

Implementar um amplo projeto acadêmico integrado — aqui denominado de UFPA XXI e inspirado no Projeto Pedagógico Institucional —, conceitual e funcionalmente articulado, contemporâneo e aberto a inovações, à cooperação interinstitucional, promotor de maior inclusão social, concebido segundo diretrizes de formação do alunado que integre a pesquisa, a extensão e outros experimentos acadêmicos, conforme o caso, às atividades regulares de formação e treinamento, flexibilizando-se e diversificando-se as estratégias e modalidades de transmissão e aquisição de conhecimentos, bem como a oferta de cursos, tudo em atenção às novas exigências e desafios postos à geração de conhecimentos pelo novo contexto mundial e regional e o perfil das competências e habilidades profissionais requeridas nesse novo cenário.

Colegialidade, Modernização, Transparência da gestão e Valorização do Servidor

Dar continuidade à política de gestão colegiada, em todos os níveis institucionais, e ao trabalho de reestruturação dos setores de apoio técnico da UFPA, com a finalidade de torná-los mais qualificados, eficientes, transparentes e integrados à vida acadêmica.

Reforma, Ampliação e modernização da Infra-estrutura e Aperfeiçoamento da Política de Segurança

Dar continuidade ao trabalho de construção de novos espaços físicos, reformas prediais, modernização de laboratórios, salas de aulas, bibliotecas, espaços culturais e hospitais universitários e melhorias na urbanização dos diversos campi, com atenção especial à política de saúde e segurança do trabalhador.

Quadro 5 – Eixos de ação do Plano de Gestão 2005–2009.

Page 43: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

41

Nos últimos seis anos, a Universidade Federal do Pará busca consolidar, por meio do

fortalecimento do planejamento, uma cultura administrativa pró-ativa, a partir da qual as

unidades acadêmico-administrativas planejam suas ações, definem metas e estabelecem

indicadores que possibilitam o acompanhamento, a avaliação e mudanças de rumo, quando

necessário.

Page 44: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

42

4 METODOLOGIA

O universo da avaliação institucional no âmbito da Universidade Federal do Pará é

constituído dos servidores (docentes e técnico-administrativos), dos discentes, dos cursos de

graduação e de pós-graduação (lato e stricto sensu), dos projetos de pesquisa, dos programas

e projetos de extensão integrados ao ensino e/ou à pesquisa, dos hospitais universitários e dos

setores administrativos.

A institucionalização do processo de auto-avaliação atribuiu às ações desenvolvidas na

área da avaliação institucional um caráter permanente e cíclico, tendo em vista que tanto a

comunidade universitária quanto os planos e projetos institucionais são dinâmicos e estão em

constante mudança.

Nesse ciclo avaliativo foi implementada uma nova proposta de auto-avaliação,

elaborada pelo Departamento de Avaliação Institucional e pela Comissão Própria de

Avaliação.

Os aspectos metodológicos inerentes ao processo de auto-avaliação proposto pela

Universidade Federal do Pará estão distribuídos em quatro etapas/fases, a saber: preparação,

sensibilização, execução e consolidação, expressos no diagrama a seguir:

Page 45: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

43

Para esse ciclo do processo de auto-avaliação, realizado no período de abril de 2004 a

junho de 2006, contemplando um referencial histórico que compreende o período de 2000 a

2005, as atividades de avaliação não se deram de forma homogênea, uma vez que se optou

por atribuir maior ênfase à avaliação das dimensões voltadas às atividades acadêmicas e às de

planejamento, gestão e infra-estrutura, em função das prioridades institucionais estabelecidas

no Plano de Desenvolvimento da UFPA 2001-2010.

Principais tipos de dados e técnicas utilizados nesse ciclo avaliativo:

Dados Primários – obtidos mediante a aplicação de:

Questionários estruturados

Formulários semi-estruturados

Enquete por meio eletrônico

Preparação

Execução da

Proposta

Consolidação

Sensibilização

FIGURA 5 – Diagrama do Processo de Auto-Avaliação

Page 46: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

44

A aplicação de questionários e formulários foi utilizada no processo de avaliação dos

cursos de graduação, enquanto que a enquete por meio eletrônico foi utilizada para verificar a

percepção dos sujeitos acadêmicos e da sociedade em geral se a UFPA cumpre a sua missão

de gerar, difundir e aplicar o conhecimento.

Dados Secundários – obtidos mediante a utilização de:

Documentos disponíveis na Instituição

Sistemas Gerenciais

Relatórios de avaliações anteriores

Relatórios de Gestão

Anuários Estatísticos

Foram utilizados dados secundários para avaliar as demais dimensões da auto-

avaliação, tendo em vista que os instrumentos a serem utilizados para a avaliação das ações

desenvolvidas pela UFPA ainda se encontram em fase de elaboração e discussão com as

unidades acadêmico-administrativas envolvidas no processo.Considerando-se que a proposta

da UFPA é de institucionalização do processo de auto-avaliação, as ações desenvolvidas neste

âmbito não estão atreladas a datas marcadas para início e fim e caracterizam-se pela presença

permanente ao longo do tempo. Contudo, determinadas atividades de avaliação podem ser

priorizadas por questões relacionadas aos planos e projetos institucionais.

Page 47: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

45

5 DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO

5.1 A MISSÃO E O PLANO DE DESENVOLVIMENTO

&

PLANO DE DESENVOLVIMENTO

INSTITUCIONAL

Figura 6 – Capa do Plano de Desenvolvimento 2001–2010. Crédito: Edison Farias

Gerar, difundir e aplicar o conhecimento nos diversos campos do saber, visando à melhoria da qualidade de vida do ser humano em geral, e em particular do amazônida, aproveitando as potencialidades da região mediante processos integrados de ensino, pesquisa e extensão, por sua vez sustentados em princípios de responsabilidade, de respeito à ética, à diversidade biológica, étnica e cultural, garantindo a todos o acesso ao conhecimento produzido e acumulado, de modo a contribuir para o exercício pleno da cidadania, fundada em formação humanística, crítica, reflexiva e investigativa.

MISSÃO

Page 48: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

46

No segundo semestre de 2001, a Universidade Federal do Pará iniciou a construção do

seu Plano Estratégico Institucional de médio e longo prazos para o horizonte 2001-2010.

Baseado na aplicação dos fundamentos da administração estratégica, essa iniciativa permitiu

introduzir na administração acadêmica uma mudança paradigmática no que se refere à sua

cultura organizacional e inspirou uma visão mais ampla e orgânica das diretrizes de sua

atuação institucional.

O Plano de Desenvolvimento, aprovado pela Resolução nº 604, em reunião

extraordinária do Conselho Universitário, realizada em 21/11/2002, apresenta análises do

ambiente interno e externo, envolve o estudo de tendências e o desenho de cenários sócio-

econômicos para a Amazônia e o Estado do Pará, permitindo identificar processos e atores

sociais presentes em cena, com a finalidade de apontar programas, projetos e ações que

valorizem e norteiem a atuação da UFPA nesse contexto. Trata-se de um diagnóstico que, de

forma sintética, busca equilibrar as dimensões técnica e política de análise e, dentro de uma

metodologia de planejamento participativo — uma das marcas do Plano —, fornece as

informações necessárias para uma escolha mais adequada das estratégias de desenvolvimento

institucional a serem implementadas ao longo da década.

O trabalho contextualizou a Universidade e o seu papel histórico, os desafios de sua

função pública, enfatizando os imperativos das relações de interdependência com um

ambiente (globalizado), em que a única certeza é a da contínua mudança das estruturas, da

transformação ininterrupta das legalidades, na moldura de dinamismos sociais cada vez mais

céleres e de ritmos progressivamente intensificados. Situou-se, na esteira do argumento, o

compromisso da construção da cidadania por meio da produção do conhecimento, do fomento

das idéias, da formulação de soluções sociais inovadoras e da formação de quadros

profissionais de qualidade colocados a serviço da sociedade. De forma clara, assumiu-se

como escopo o avanço social e econômico da região, respeitando-se, como fundamento da

proposta, o ideário do desenvolvimento sustentável. Celebrou-se, ademais, a construção de

uma universidade multicampi, verdadeira universidade-rede — certamente uma das mais

importantes conquistas da trajetória histórica da UFPA —, mercê das adversidades e

distâncias do espaço geográfico de sua atuação, fato que não a impediu de perseguir o

objetivo de firmar-se como referência nacional e internacional nas atividades de ensino,

pesquisa e extensão na Amazônia.

O documento final apresentou, então, uma seleção de metas, traduzidas em estratégias

concretas e linhas de ação, organizadas e sistematizadas sob a égide de grandes Eixos

Estruturantes, e que traduzem os verdadeiros temas referenciais do Plano Estratégico.

Page 49: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

47

O Plano encerra uma análise do nosso presente, da nossa situação atual e um olhar

sobre o futuro. É o norte da instituição, a partir do qual todas as unidades organizacionais

procuram pautar suas ações de forma cooperativa, integrada e harmônica.

5.1.1 A Construção do Plano Estratégico

a) Princípios do Plano de Desenvolvimento 2001-2010

O Plano de Desenvolvimento, o processo decisório e as ações da instituição estão

pautados de acordo com os princípios básicos definidos para a gestão, fundamentados na

missão institucional e que contemplam:

defesa do ensino público, gratuito e de qualidade;

autonomia universitária;

gestão democrática;

indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão;

busca da excelência acadêmica;

desenvolvimento sustentável;

compromisso social e o fortalecimento das parcerias e do diálogo com a sociedade.

b) Missão da UFPA:

Gerar, difundir e aplicar o conhecimento nos diversos campos do saber, visando à melhoria da qualidade de vida do ser humano em geral, e em particular do amazônida, aproveitando as potencialidades da região mediante processos integrados de ensino, pesquisa e extensão, por sua vez sustentados em princípios de responsabilidade, de respeito à ética, à diversidade biológica, étnica e cultural, garantindo a todos o acesso ao conhecimento produzido e acumulado, de modo a contribuir para o exercício pleno da cidadania, fundada em formação humanística, crítica, reflexiva e investigativa.

c) Visão Estratégica da UFPA:

Tornar-se referência local, regional, nacional e internacional

nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, consolidando-se

como instituição multicampi e firmando-se como suporte de

excelência para as demandas sócio-políticas de uma Amazônia

economicamente viável, ambientalmente segura e socialmente

justa.

Page 50: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

48

d) Bases Metodológicas

A missão da UFPA que foi incorporada pelo Plano de Desenvolvimento 2001-2010

aprovado pela Resolução nº 604/2002 do Conselho Universitário, foi elaborada a partir da

realização de Cursos “Governo e Planejamento — Planejamento Estratégico Situacional” —

da Fundação Altadir-Stratégia para os integrantes da Administração Superior, Diretores de

Unidades, Professores e Técnicos, de cujos trabalhos realizados no período de fevereiro a

dezembro de 1998, resultaram além da definição da missão, a identificação e análise dos

macro problemas institucionais, estudo e redesenho de microprocessos administrativos, um

Programa de Modernização com a proposição de reformas, estratégias e ações para a

otimização da governabilidade e a eficácia na atuação acadêmica e administrativa.

Os estudos desenvolvidos utilizaram o referencial teórico do Planejamento Estratégico

Situacional proposto por Carlos Matus, e a partir dele a Universidade pode levantar toda a sua

análise de ambiente interno. Foram processados os principais problemas identificados na

Instituição, com o envolvimento direto de pelo menos 750 servidores entre dirigentes,

professores e técnicos. A partir de 2001, o diagnóstico do ambiente interno e externo foi

sempre atualizado. O vasto material existente nestes estudos — realizados na gestão

imediatamente anterior — foi analisado e considerado.

O exercício de construção de cenários foi determinante à análise do ambiente externo;

ao mesmo tempo, estabeleceu-se parâmetros de percepção de como as variáveis circundantes

e transversais ao ambiente institucional tenderiam a atuar, em médio e longo prazos, segundo

determinados fatores.

A construção referida não se aprofundou na avaliação dos quadros econômico, político

e social e em um exercício analítico-hipotético mais alargado para projetar diversas visões

possíveis de futuro. Para os objetivos do Plano, apresentou-se tão somente o cenário e as

tendências da sócio-economia regional para a presente década, com base na crítica aos

diversos estudos disponíveis, mesmo reconhecendo não ser este o arcabouço tradicional para

estudos mais completos que utilizam essa importante ferramenta de planejamento.

Assim, foram avaliadas as mudanças do mundo econômico e as trajetórias da

sociedade contemporânea, seus reflexos sobre a conjuntura atual e as formas como elas se

traduziam em ameaças e oportunidades à realização da missão institucional.

Cumprindo este mapeamento diagnóstico preliminar, o documento apresentou, então,

uma seleção de metas, traduzidas em estratégias concretas e linhas de ação, organizadas e

sistematizadas sob a égide de Eixos Estruturantes.

Page 51: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

49

5.1.2 A Estrutura do Plano de Desenvolvimento

Consideradas as análises diagnósticas da UFPA, do contexto histórico mundial, das

características da região amazônica e aí delineados os cenários possíveis, foram eleitos 7

(sete) os principais eixos estruturantes do Plano de Desenvolvimento e que, de forma

transversal, orientam as principais linhas de atuação institucional:

Universidade Multicampi

Integração com a Sociedade

Reestruturação do Modelo de Ensino

Pesquisa e Desenvolvimento Amazônico

Valorização dos Recursos Humanos

Ambiente Adequado

Modernização da Gestão

Os eixos organizam 20 (vinte) metas, 50 (cinqüenta) estratégias e 228 (duzentas e

vinte oito) linhas de ação:

UNIVERSIDADE MULTI CAMPI 1 – Definir e implantar um modelo de Universidade Multicampi 1.1 – promover a melhoria da infra-estrutura e a modernização da gestão acadêmica e administrativa dos Campi. 1.1.1 – discutir e implementar o conceito de pólo regional de formação acadêmica; 1.1.2 – promover e implantar novos cursos de Graduação no interior do Estado e reavaliar a oferta dos cursos atuais, conforme as necessidades e demandas do desenvolvimento econômico e social; 1.1.3 – criar e implantar programas de Pós-Graduação modulares e/ou intervalares, prioritariamente nos pólos do interior, para atendimento, de forma mais efetiva, aos docentes da UFPA; 1.1.4 – criar um programa de incentivo à transferência de recursos humanos da capital para o interior; 1.1.5 – priorizar a contratação de pessoal (docente e técnico-administrativo) através de concurso público, a partir de matriz de necessidades, visando à consolidação de um quadro permanente de recursos humanos da UFPA nas várias localidades; 1.1.6 – formular política de contratação de professores visitantes para viabilizar necessidades específicas; 1.1.7 – definir prioridades para implantar laboratórios básicos nos Campi do interior; 1.1.8 – dotar os Campi de estrutura física e equipamentos adequados, garantindo a sua manutenção. 1.2 – estabelecer novas relações institucionais entre os Campi. 1.2.1 – criar e implementar um fórum permanente, de caráter propositivo, formado pelas administrações superior e intermediária para o planejamento das ações institucionais; 1.2.2 – definir projetos didático-pedagógicos para cursos permanentes e temporários, com grau elevado de compatibilização, de forma a facilitar a regência de disciplinas nos vários Campi, bem como o trânsito de professores; 1.2.3 – criar a representatividade dos Campi nos Conselhos Superiores da UFPA. 1.3 – instituir um novo arcabouço legal-institucional, que defina e regulamente a Universidade Multicampi.

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INEGRAÇÃO COM A SOCIEDASDE 2 – Promover a integração permanente entre a Universidade e a sociedade 2.1 – instituir políticas de ensino, pesquisa e extensão que, através de programas/projetos integrados, possibilitem a interface entre a Academia e os diferentes segmentos da sociedade. 2.1.1 – elaborar e implementar projetos de ensino, de pesquisa e de extensão comprometidos com a solução de problemas amazônicos, com a melhoria da qualidade de vida, com a preservação do meio ambiente e com a busca do desenvolvimento com sustentabilidade; 2.1.2 – intensificar a interação da Universidade com o setor produtivo, com a comunidade local e com os segmentos populares, a partir da ampliação dos programas/projetos de ensino, pesquisa e extensão; 2.1.3 – promover fori de debates articulados com a sociedade civil e/ou organismos governamentais, para discussões e proposições de alternativas para os problemas sócio-ambientais; 2.1.4 – contribuir para a adoção de diretrizes políticas dentro da visão de desenvolvimento sustentável, visando ao incremento de mecanismos de apoio e ao assessoramento a organizações públicas e privadas; 2.1.5 – fortalecer o intercâmbio com organizações da sociedade, estabelecendo mecanismos de troca de experiências e informações; 2.1.6 – contribuir com a elevação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das cidades amazônicas, através de programas integrados e gerenciamento participativo voltados ao desenvolvimento local sustentável; 2.1.7 – ampliar a participação da UFPA nos fori de gestão de projetos e programas, ações e políticas governamentais e nãogovernamentais, com ênfase nas questões amazônicas; 2.1.8 – criar canais de interlocução entre a Universidade e a sociedade, para que a instituição absorva as demandas comunitárias que subsidiem a elaboração e a implementação de projetos de ensino, pesquisa e extensão. 2.2 – consolidar e ampliar os projetos de extensão de caráter permanente. 2.2.1 – desenvolver programas de extensão para os períodos letivos regular e intervalar, associando-os ao ensino e à pesquisa; 2.2.2 – propor e incentivar a participação de estudantes, professores e técnico-administrativos em programas de ação solidária a grupos especiais da população; 2.2.3 – buscar parcerias com instituições públicas e privadas para ampliar a participação da UFPA na alfabetização e escolarização de jovens e adultos no Estado; 3 – promover a socialização de conhecimentos produzidos e acumulados na academia 3.1 – implantar e fortalecer a Escola de Extensão da UFPA. 3.2 – implementar e consolidar programas de prestação de serviços e/ou consultorias a instituições públicas e privadas. 3.3 – estimular a produção de materiais pedagógicos de divulgação e socialização do conhecimento produzido/acumulado nas ações de ensino, pesquisa e extensão na UFPA. 3.4 – disponibilizar as bases de dados e as informações sobre a UFPA para a comunidade acadêmica e a sociedade em geral. 4 – Estimular e apoiar projetos voltados para o Empreendedorismo 4.1 – incentivar o Empreendedorismo. 4.1.1 – estimular, ampliar e apoiar a criação de escritórios-modelo de empresas-júnior e a experiência de incubação de empresas de base tecnológica na Universidade; 4.1.2 – ampliar parcerias com órgãos/empresas públicas, privadas e/ou Organizações Não-Governamentais – ONG’S, para incentivo ao empreendedorismo; 4.1.3 – estimular a criação de cursos voltados para a formação empreendedora; 4.1.4 – discutir e redimensionar processos produtivos alternativos (solidários); 4.1.5 – ampliar e diversificar a interação universidade setor produtivo.

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REESTRUTURAÇÃO DO MODELO DE ENSINO 5 – Democratizar o acesso e a permanência com sucesso 5.1 – redefinir o modelo de acesso. 5.1.1 – promover a Avaliação Institucional permanente dos processos seletivos de ingresso na UFPA; 5.1.2 – debater e avaliar a adoção de mecanismos alternativos de ingresso na Instituição; 5.1.3 – rever a legislação que trata da Matrícula Especial; 5.1.4 – definir modelo de acesso para os cursos a distância. 5.2 – expandir a oferta de vagas. 5.2.1 – promover estudos visando à expansão das vagas dos cursos existentes; 5.2.1.1 – ampliar a oferta de cursos noturnos; 5.2.1.2 – ampliar o número de vagas nos cursos existentes, quando os estudos realizados demonstrarem sua necessidade; 5.2.1.3 – implantar cursos e/ou disciplinas na modalidade a distância; 5.2.1.4 – debater e avaliar a criação e a implantação de cursos seqüenciais; 5.2.1.5 – ofertar novos cursos de Graduação e Pós-Graduação em áreas estratégicas para o desenvolvimento regional; 5.2.1.6 – promover estudos visando a ampliação da oferta de vagas em cursos de Pós-Graduação nos Campi do interior. 5.3 – promover a melhoria das condições de oferta dos cursos. 5.3.1 – melhorar as condições de oferta dos Cursos Regulares e Intervalares de Graduação; 5.3.2 – melhorar as condições de oferta dos cursos de Pós-Graduação. 5.4 – possibilitar a integralização curricular em tempo hábil. 5.4.1 – implementar ações permanentes de orientação acadêmica; 5.4.2 – efetivar uma política de acompanhamento pedagógico e avaliação do processo de ensino-aprendizagem; 5.4.3 – realizar estudos diagnósticos que identifiquem causas e apontem possíveis soluções da distorção ingresso/conclusão dos cursos de Graduação; 5.4.4 – ampliar e fortalecer uma política de assistência estudantil; 5.4.5 – adequar a oferta dos cursos de Graduação aos turnos de maior demanda. 5.5 – atualizar a política institucional de estágio. 5.5.1 – definir e implementar uma política integrada para discentes; 5.5.2 – buscar e ampliar parcerias institucionais para a oferta e garantia de campos de estágio; 5.5.3 – ampliar os campos de estágio dentro da própria Instituição; 5.5.4 – definir e implementar uma política integrada de bolsas para discentes, transformando a própria instituição em espaço privilegiado para estágios; 5.5.5 – revitalizar a central de estágio para discentes. 6 – Construir um modelo de ensino sintonizado com a produção/socialização do conhecimento com compromisso ético e social 6.1 – redefinir a concepção paradigmática da política curricular do ensino de Graduação. 6.1.1 – propor diretrizes curriculares para os cursos de Graduação, sintonizadas com as demandas loco-regionais; 6.1.2 – fomentar e contribuir para a incorporação curricular, nos cursos de Graduação, de atividades de extensão, conforme prevê o Plano Nacional de Educação, lei nº 10.172, de 09 de janeiro de 2001; 6.1.3 – promover a revisão do Projeto Pedagógico da Instituição visando à atualização de currículos e à adoção de estratégias inovadoras comprometidas com a melhoria do processo ensino aprendizagem; 6.1.4 – redefinir a prática de ensino e de estágio dos cursos de licenciatura; 6.1.5 – restabelecer e ampliar o conceito pedagógico-educacional do Núcleo Pedagógico Integrado-NPI como escola modelo e espaço privilegiado para estudos, aplicação de metodologias educacionais e treinamentos pedagógicos; 6.1.6 – orientar e acompanhar a construção dos projetos pedagógicos dos cursos de Graduação. 6.2 – ressignificar o projeto educativo de espaços de integração Universidade Sociedade.

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6.2.1 – fomentar política de integração dos cursos de Graduação e projetos de pesquisa com os espaços de integração da Instituição (Núcleo de Artes – NUAR, Núcleo de Meio Ambiente-NUMA, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos – NAEA etc.); 6.2.2 – fortalecer e ampliar os Hospitais Universitários – HU’s como espaços de formação acadêmica dos cursos de Graduação e de Pós-Graduação. 7 – Desenvolver e implementar tecnologias inovadoras de ensino 7.1 – incrementar a modernização pedagógica e tecnológica do processo ensino-aprendizagem. 7.1.1 – implementar uma política Institucional de educação a distância; 7.1.2 – dotar os cursos de Graduação e de Pós-Graduação de modernos recursos didáticos e tecnológicos; 7.1.3 – estimular atividades curriculares a distância em cursos presenciais; 7.1.4 – criar sistema de suporte tecnológico a software educacional. 8 – Planejar e implementar programas especiais de formação de docentes para a educação básica. 8.1 – desenvolver e implementar pólos regionais de formação de professores no Estado do Pará, com base no Protocolo de Integração das Instituições de Ensino Superior – IES paraenses, convênios com a Secretaria de Estado de Educação e Prefeituras Municipais. 8.1.1 – definir e conferir formato próprio para essa atividade, com aplicação durante cinco anos.

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PESQUISA E DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO 9 –Promover atividades acadêmicas multi, inter e transdisciplinares 9.1 – apoiar os projetos que propiciem sinergismo entre ensino, pesquisa e extensão. 9.1.1 – consolidar o Programa Integrado de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão-PROINT como Programa de ações integradas com ênfases distintas (extensão – pesquisa e ensino; ensino – pesquisa e extensão; pesquisa – ensino e extensão); 9.1.2 – desenvolver ações de pesquisa que proporcionem contribuições teóricas e práticas ao ensino e à extensão; 9.1.3 – contribuir para a formação de uma cultura de pesquisa integrada ao ensino e à extensão; 9.1.4 – criar e desenvolver sistema de bolsas de pesquisa, ensino e extensão; 9.1.5 – estimular a premiação anual dos destaques discentes em ensino, pesquisa e extensão. 9.2 – integrar consórcios nacionais e regionais. 9.2.1 – integrar a UNIREDE 9.2.2 – integrar o Campus Net da Amazônia 9.2.3 – integrar a Unitrabalho 9.2.4 – integrar a Rede Nacional de Extensão – RENEX. 10 – Institucionalizar e fortalecer programas de pesquisa interdisciplinares e interinstitucionais 10.1 – apoiar as atividades de pesquisa em todas as áreas do conhecimento. 10.1.1 – implantar mecanismos de captação de recursos para o fomento à pesquisa; 10.1.2 – apoiar grupos consolidados e grupos emergentes e incentivar a criação de novos grupos de pesquisa; 10.1.3 – integrar as atividades de pesquisa aos programas da Graduação e Pós-Graduação; 10.1.4 – incentivar a discussão de temas científicos de fronteira; 10.1.5 – adequar todos os Programas de Pós-Graduação da UFPA ao sistema de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES; 10.1.6 – criar mecanismos de apoio aos novos programas de Pós-Graduação, tendo em vista seu reconhecimento junto à CAPES; 10.1.7 – elaborar e implementar macroprogramas de Pesquisa e Pós-Graduação para as áreas estratégicas definidas pela UFPA; 10.1.8 – criar um banco de informação da produção intelectual; 10.1.9 – fomentar a elaboração e a execução de programas e projetos interdisciplinares de pesquisa, particularmente em áreas estratégicas para a região Amazônica; 10.1.10- estimular a criação de plataformas e redes temáticas de pesquisas interinstitucionais. 11- Estimular as atividades de iniciação científica 11.1 – fortalecer e ampliar o Programa de Iniciação Científica. 11.1.1 – estimular as atividades de iniciação científica integradas a projetos de ensino, extensão e/ou da Pós-Graduação; 11.1.2 – fortalecer Programas Acadêmicos, como o Programa Especial de Treinamento PET e a formação de grupos tutoriados; 11.1.3 – reformular e consolidar o Programa Integrado de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão – PROINT; 11.1.4 – implementar, junto à UFPA, programa de iniciação científica e/ou divulgação científica voltado para estudantes de ensino médio.

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VALORIZAÇÃO DO RECURSOS HUMANOS 12 – Estruturar e implantar políticas de desenvolvimento e fixação de recursos humanos 12.1 – promover a capacitação dos recursos humanos. 12.1.1 – elevar o Índice de Qualificação do Corpo Docente – IQCD institucional; 12.1.2 – criar o Índice de Qualificação do Corpo Técnico-Administrativo – IQCTA; 12.1.3 – induzir a formação de novos doutores para as áreas estratégicas definidas pela UFPA; 12.1.4 – definir política de atração de pessoal qualificado/titulado para os programas institucionais; 12.1.5 – incentivar e promover a capacitação continuada dos servidores técnicos e administrativos, inclusive em nível de Pós-Graduação; 12.1.6 – criar e implantar programa continuado de capacitação para a gestão pública; 12.1.7 – criar e implementar programas de educação continuada para professores formadores de professores da UFPA (financiamento CAPES); 12.1.8 – fomentar a criação/incremento de programas de formação de professores em nível de Atualização e Especialização, autofinanciados; 12.1.9 – incentivar a realização de cursos de pesquisa-ação para extensionistas da UFPA. 12.2 – promover a valorização dos Recursos Humanos. 12.2.1 – criar propostas de desenvolvimento humano para a comunidade da UFPA (servidores), utilizando períodos de recesso letivo; 12.2.2 – equiparar a valorização de atividades de extensão às de pesquisa, na Gratificação de Estímulo à Docência – GED e na Gratificação de Incentivo à Docência – GID; 12.2.3 – instituir sistema de prêmios e recompensas visando reter o capital intelectual da UFPA; 12.2.4 – disponibilizar atendimento médico-psico-social aos servidores, desenvolvendo ações integradas proativas e reativas; 12.2.5 – instituir o Programa de Medicina do Trabalho; 12.2.6 – avaliar a viabilidade de implantação de uma creche e de uma brinquedoteca para os filhos dos servidores, que além de atenderem às suas necessidades, sirvam como espaço de estudo e estágio à comunidade acadêmica. 12.3 – desenvolver e implantar o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Humanos. 12.3.1 – redimensionar o quadro de pessoal visando à alocação otimizada dos recursos humanos; 12.3.2 – realizar estudo sobre o perfil dos recursos humanos para a definição de política de relotação de pessoal e �r�iódico dos programas de capacitação; 12.3.3 – criar o Banco de Talentos da UFPA, para veicular oferta e demanda de habilitações, habilidades e a disponibilização de docentes e técnico-administrativos, com vistas ao atendimento das necessidades institucionais; 12.3.4 – reformular o Sistema de Avaliação de Desempenho vigente.

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AMBIENTE ADEQUADO 13 – Ampliar, revitalizar e redimensionar a infra-estrutura física e os recursos materiais às necessidades acadêmicas e administrativas 13.1 – criar o Programa de Recuperação da Infra-estrutura Física da UFPA (PROINFRA). 13.1.1 – restaurar, reformar, ampliar, atualizar e construir laboratórios, salas de aula, salas multi-meios, de tele-conferência e administrativas, em todos os Campi; 13.1.2 – definir critérios para aquisição, atualização e aproveitamento dos recursos de informática já disponíveis; 13.1.3 – equipar o maior número possível de salas de aula com recursos audiovisuais, mobiliário adequado e conforto ambiental; 13.1.4 – buscar a implantação de laboratórios avançados, visando colocar a UFPA em um novo patamar tecnológico; 13.1.5 – ampliar o sistema de abastecimento de água do Campus do Guamá, adequando a qualidade da água às necessidades gerais de consumo humano, e as particulares de alguns laboratórios, assim como realizar análises e intervenções com vistas à melhoria do abastecimento de água dos demais Campi; 13.1.6 – reequipar a frota de veículos da UFPA, sobretudo aqueles destinados à pesquisa de campo, atividades de extensão e de ensino, incluindo a frota dos Campi do interior; 13.1.7 – reconfigurar a rede elétrica dos Campi e implantar programa de conservação de energia; 13.1.8 – ampliar a rede lógica do Campus do Guamá; 13.1.9 – consolidar a intranet e implantar a internet II, com vistas, sobretudo, à mudança do paradigma de ensino na UFPA; 13.1.10 – restaurar e ampliar a rede de drenagem pluvial do Campus do Guamá; 13.1.11 – planejar e apoiar ações para a implantação de um sistema de tratamento de esgoto no Campus do Guamá; 13.1.12 – promover o fortalecimento infra-estrutural dos Hospitais Universitários; 13.1.13 – criar unidades de apoio à manutenção de equipamentos científicos. 13.2 – planejar a urbanização dos Campi, dotando-os de equipamentos e serviços de infra-estrutura urbana. 13.2.1 – criar, aprovar e aplicar um Código de Posturas, estabelecendo critérios de uso, preservação e intervenção nas áreas e nas edificações dos Campi; 13.2.2 – definir planos diretores de implantação de novos Campi e da expansão urbana de outros; 13.2.3 – reformar o sistema de acesso aos espaços, na perspectiva de inclusão social; 13.2.4 – otimizar a orientação do usuário através de comunicação visual eficaz e durável; 13.2.5 – repensar, projetar e desenvolver design urbano e paisagístico que eleve a qualidade da paisagem natural e construída, dotando o Campus do Guamá de estrutura que acentue a sua vocação natural de atração turística para a cidade de Belém; 13.2.6 – expandir, revitalizar e otimizar os espaços de convivência, considerando-se a remodelação das passarelas, a implantação de abrigos de passageiros e praças, assim como fomentar o estabelecimento de lojas de conveniências no Campus do Guamá; 13.2.7 – promover a arte pública na cultura urbana do Campus; 13.2.8 – planejar a construção do Centro de Convenções e do Hotel Escola da UFPA no Campus do Guamá; 13.2.9 – reestruturar o Restaurante Universitário – RU, melhorando a qualidade de atendimento à comunidade interna e, tendo em vista sua localização privilegiada, expandir seus serviços para o turismo receptivo; 13.2.10 – proceder à coleta seletiva e à reciclagem dos resíduos sólidos gerados nos Campi; 13.2.11 – remanejar, organizar e otimizar os espaços de oferta de serviços de alimentação, controlando a qualidade dos alimentos. 13.3 – modernizar e ampliar os acervos bibliográficos e o acesso a acervos digitais.

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13.3.1 – implantar sistemas modernos de pesquisa bibliográfica via internet na Biblioteca Central – BC e nas bibliotecas setoriais; 13.3.2 – manter, ampliar e preservar o acervo impresso e em meio eletrônico, da UFPA; 13.3.3 – adquirir acervo para completar coleções, áreas emergentes, áreas desatualizadas, áreas que atendem às linhas de pesquisa da UFPA; 13.3.4 – estabelecer política de desenvolvimento de coleções para a BC e Setoriais da capital e dos Campi do interior; 13.3.5 – implantar um programa de preservação de acervo. 13.4 – melhorar a infra-estrutura do sistema de bibliotecas. 13.4.1 – modernizar os prédios das bibliotecas, recuperando as suas condições físicas e ambientais; 13.4.2 – adquirir e instalar sistema de detecção anti-furto nas bibliotecas; 13.4.3 – instalar câmeras e sensores infra-vermelhos em locais predeterminados nas bibliotecas; 13.4.4 – reorganizar o layout das bibliotecas; 13.4.5 – implantar Sistema de Sinalização para o acervo, bem como para os serviços internos das bibliotecas; 13.4.6 – reformar e modernizar o auditório da Biblioteca Central – BC. 13.5 – restaurar o patrimônio arquitetônico e histórico da UFPA. 13.5.1 – articular, com as unidades afins, a definição da identidade e função dos prédios históricos da UFPA, restaurando-os e revitalizando-os; 13.5.2 – resgatar a memória da UFPA, inclusive com projetos de levantamento, catalogação, registro, sistematização e publicação das informações referentes à evolução do espaço físico da UFPA. 14 – Garantir o bem estar individual e coletivo da comunidade universitária 14.1 – estimular a produção de cultura, arte, esporte e lazer. 14.1.1 – possibilitar aos usuários do sistema multicampi acesso e fruição dos eventos culturais e artísticos, criando espaços dialogais onde a interação entre os diversos segmentos universitários se processe num clima de prazer e lazer construtivo; 14.1.2 – propiciar a exploração do sistema viário e do rio Guamá para a prática de esportes de finais de semana, como kart, ciclismo, aeromodelismo, canoagem, remo, vela e motonáutica; 14.1.3 – criar a Orquestra e o Coro da UFPA; 14.1.4 – estabelecer calendário anual de eventos; 14.1.5 – estimular a realização de oficinas e cursos de curta duração para a promoção das linguagens múltiplas da cultura, dirigidas preferencialmente à comunidade universitária; 14.1.6 – estimular a prática de esportes, formando equipes competitivas, em níveis local, nacional e internacional. 14.2 – articular mecanismos de promoção social. 14.2.1 – melhorar as condições de funcionamento das casas de estudantes; 14.2.2 – criar casas universitárias nas cidades-pólo, para acolhimento de discentes e docentes de outras localidades. 14.3 – estabelecer políticas de segurança comunitária e patrimonial. 14.3.1 – aprimorar os sistemas de segurança dos Campi, através da capacitação dos vigilantes, inclusive com especialização em áreas específicas e acompanhamento com métodos de motivação ao trabalho; 14.3.2 – trabalhar o conceito de segurança imbricado com o conceito de responsabilidade, na visão de que a segurança é atribuição de todos e responsabilidade da Prefeitura do Campus; 14.3.3 – cadastrar os usuários, membros ou não da comunidade universitária, possibilitando identificação estudantil e funcional, com o objetivo de facilitar o acesso e a convivência segura dentro do Campus; 14.3.4 – sedimentar a relação estabelecida entre a UFPA e a segurança pública para tratar dos casos de polícia como casos de polícia; 14.3.5 – adquirir e implantar sistemas de segurança, monitorados por alarmes e imagens para os acessos principais e para os estacionamentos;

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14.3.6 – complementar o sistema de vigilância com a ampliação das rondas motorizadas e a intercomunicação entre as unidades fixas e móveis. 15 – Inovar e dinamizar a gestão da infra-estrutura 15.1 – promover a reestruturação administrativa da Prefeitura do Campus. 15.1.1 – eliminar as dicotomias e as superposições de funções existentes na atual estrutura; 15.1.2 – adequar a estrutura administrativa da Prefeitura do Campus Universitário – PCU ao caráter multicampi da UFPA; 15.1.3 – estruturar e adequar o serviço de vigilância para que o mesmo atinja patamares afinados com as demandas e com os desafios provocados pelo contexto social e histórico do campus universitário, culminando com a criação do Departamento de Segurança da Prefeitura Multicampi da UFPA; 15.1.4 – ampliar as ações da assessoria da Prefeitura, que deverá dispor de profissionais que planejem, proponham e critiquem programas nos âmbitos da política e assistência social, cultural e técnica, à luz da inovação da gestão pública, não perdendo de vista, portanto, o seu compromisso com a produção do conhecimento sobre si própria, seu espaço e sua ação, em perfeito compartilhamento com a Academia e a comunidade em geral. 15.2 – adotar política intensiva de planejamento, programação e captação de recursos para a infra-estrutura. 15.2.1 – desenvolver projetos de extensão para o bem-estar social das comunidades das redondezas, inclusive com a geração de trabalho e de renda, buscando-se junto aos agentes financiadores o apoio para essas atividades, que terão interface direta com algumas necessidades infra-estruturais da UFPA; 15.2.2 – estabelecer parcerias com as unidades acadêmicas afins, para a solução de problemas de natureza urbana e seus desdobramentos, multiplicando-se os saberes produzidos dentro do sistema Prefeitura Multicampi. 15.3 – aprimorar a gestão, o gerenciamento e a otimização dos recursos. 15.3.1 – avançar na gestão de contratos de limpeza, vigilância, manutenção predial e serviços de telefonia, com vistas à otimização da aplicação dos recursos e maior eficácia dos serviços; 15.3.2 – estabelecer política de abertura da UFPA para a comunidade circundante, no sentido de proporcionar-lhe trabalho e renda, reduzindo os custos operacionais e substituição parcial dos serviços prestados por empresas, consolidando assim sua função social no sentido de contribuir para o resgate da cidadania;

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MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO 16 – Modernizar a Gestão Acadêmica 16.1 – promover a melhoria da qualidade dos processos administrativos. 16.1.1 – desenvolver e implantar um sistema de informação gerencial integrado para a UFPA; 16.1.2 – atualizar e divulgar o Catálogo dos Cursos de Graduação; 16.1.3 – criar e divulgar catálogo eletrônico de programas, projetos, cursos e serviços de extensão à sociedade; 16.1.4 – simplificar as rotinas de trabalho, aumentando a comunicação por meio da intranet; 16.1.5 – unificar o sistema de matrícula da Pós-Graduação; 16.1.6 – disponibilizar o sistema de matrícula da Graduação e da Pós-Graduação via �r�iódic; 16.1.7 – contribuir para a transformação da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa – FADESP em instrumento efetivo de apoio ao desenvolvimento da pesquisa e da extensão no âmbito da UFPA; 16.1.8 – desenvolver estudos e regulamentar o Sistema Integrado de Bibliotecas SIBI. 16.2 – desenvolver mecanismos para mudança na estruturação e nos procedimentos de gestão acadêmica. 16.2.1 – estimular a integração dos procedimentos administrativos dos Departamentos e Colegiados de Curso, nas várias subunidades; 16.2.2 – modernizar o controle acadêmico; 16.2.3 – desburocratizar e descentralizar os mecanismos de administração acadêmica; 16.2.4 – criar e consolidar uma Secretaria de Cursos Lato Sensu; 16.2.5 – criar e consolidar uma Secretaria de Apoio aos Campi, sediada em Belém; 16.2.6 – criar e implementar o Comitê Gestor do Programa Integrado de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão – PROINT (instituir uma câmara integrada); 16.2.7 – criar e implementar o Comitê Gestor do Programa de Recuperação da Infra-estrutura Física da UFPA – PROINFRA (instituir uma câmara integrada); 16.2.8 – criar e implementar o Comitê Gestor do Programa �r�i de Formação de Professores; 16.2.9 – rever as resoluções que orientam e regulamentam a prestação de serviços à comunidade, com ressarcimento à UFPA; 16.2.10 – disponibilizar normas para a apresentação de trabalhos acadêmicos (Trabalho de Graduação Interdisciplinar, elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia de Curso de Especialização, Dissertação e Tese). 16.3 – democratizar a Informação. 16.3.1 – montar e disponibilizar banco de dados para aproximar os nossos graduandos e egressos do mercado de trabalho; 16.3.2 – criar e implantar home page de professores, técnicos e administrativos; 16.3.3 – disponibilizar, na página da UFPA, os catálogos dos cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão; 16.3.4 – disponibilizar os procedimentos de registro e fornecimento de informação via intranet; 16.3.5 – integrar e centralizar as bases de informação e manter atualizadas as bases de dados e os indicadores de desempenho da UFPA; 16.3.6 – manter atualizado o Portal da Amazônia. 16.4 – democratizar a Gestão. 16.4.1 – implementar a gestão colegiada nas Pró-Reitorias de Ensino de Graduação PROEG, de Extensão – PROEX e de Pesquisa e Pós-Graduação – PROPESP; 16.4.2 – estimular a participação dos discentes nas diversas instâncias decisórias da universidade; 16.4.3 – criar uma Ouvidoria na UFPA; 16.4.4 – manter interlocução permanente com entidades representativas dos docentes, técnico-administrativos e discentes; 16.5 – concluir o processo de elaboração do novo Estatuto e do novo Regimento da UFPA, incorporando o modelo de universidade multicampi. 16.5.1 – criar Comissão Sistematizadora da documentação disponível.

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16.6 – estabelecer e implantar uma política editorial de qualidade acadêmica, que venha a ser reconhecida nacional e internacionalmente. 16.6.1 – dinamizar a produção editorial; 16.6.2 – promover o crescimento quantitativo e qualitativo da produção editorial; 16.6.3 – incrementar a divulgação da produção editorial; 16.6.4 – buscar alternativas para a ampliação da distribuição da produção editorial. 17 – Instituir processo permanente de avaliação institucional 17.1 – atualizar e dinamizar o projeto acadêmico da UFPA. 17.1.1 – intensificar e aperfeiçoar a avaliação permanente do ensino de Graduação; 17.1.2 – promover a avaliação interna dos cursos permanentes de Graduação; 17.1.3 – criar e consolidar mecanismos de avaliação da pesquisa, da extensão e da gestão universitária; 17.1.4 – divulgar os resultados da avaliação à comunidade acadêmica e à sociedade; 17.1.5 – instituir a Auditoria Acadêmica. 17.2 – promover o acompanhamento e a otimização das ações de avaliação institucional. 17.2.1 – criar e consolidar a Secretaria de Avaliação Institucional subordinada à Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento – PROPLAN; 17.2.2 – criar e implementar Comitês Executivos de Avaliação; 18 – Estruturar a prestação de serviços e a captação de recursos financeiros 18.1 – promover a revisão dos instrumentos legais para maior agilidade e controle da execução de projetos. 18.1.1 – reformular resoluções e normas internas para maior agilidade e controle dos projetos; 18.1.2 – rever os procedimentos de estabelecimento de contratos e convênios. 18.2 – ampliar e fortalecer as alternativas de captação de recursos financeiros. 18.2.1 – incentivar a busca de recursos externos através da prestação de serviços; 18.2.2 – ofertar cursos à comunidade; 18.2.3 – criar e implementar a Secretaria de Apoio à Captação de Recursos; 18.2.4 – integrar o acompanhamento das ações de interesse comum da instituição; 18.2.5 – apoiar a ação da comunidade universitária junto aos órgãos de fomento da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico; 18.2.6 – estimular a incubação de empresas de base tecnológica, aproximando o setor produtivo da Academia; 18.2.7 – promover e apoiar a participação da universidade em projetos multi-institucionais de desenvolvimento regional; 18.2.8 – consolidar o processo de patenteamento e de licenciamento das pesquisas realizadas e dos processos e produtos desenvolvidos pela universidade; 18.2.9 – incentivar a criação e o fortalecimento de incubação de empresas e de cooperativas no âmbito social, para a criação de novos postos de trabalho, contribuindo para o desenvolvimento sustentável local; 18.2.10 – desenvolver projetos/programas que promovam a geração de renda, otimizando o aproveitamento sustentável de recursos naturais próprios das respectivas localidades; 18.2.11 – fortalecer a parceria entre a UFPA e a Unitrabalho. 19 – Intensificar a inserção internacional e ampliar as parcerias com a sociedade 19.1 – desenvolver ações integradas com outras instituições universitárias e não-universitárias. 19.1.1 – consolidar e ampliar o Protocolo de Integração estabelecido entre as instituições de ensino superior do Estado do Pará; 19.1.2 – propor e implementar a formação de redes cooperativas regional e nacionalmente; 19.1.3 – fortalecer a Assessoria de Relações Nacionais e Internacionais ARNI, transformando-a em Secretaria; 19.1.4 – estabelecer parcerias com as bibliotecas das instituições participantes do Protocolo de Integração das IES paraenses. 19.2 – estimular a cooperação e intercâmbio nacional e internacional. 19.2.1 – fortalecer o pacto panamazônico de instituições universitárias, através da Associação de Universidades Amazônicas – UNAMAZ;

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19.2.2 – desenvolver a inserção internacional da Graduação, da Pós-Graduação e da Pesquisa; 19.2.3 – facilitar a estada e a participação de professores nacionais e estrangeiros nas atividades acadêmicas da UFPA. 20 – Planejar de forma integrada as ações institucionais 20.1 – aprimorar o sistema de planejamento institucional. 20.1.1 – estabelecer uma cultura de planejamento participativo na Instituição; 20.1.2 – estabelecer uma agenda permanente de eventos com a finalidade de repensar objetivos, estratégias e modos de atuação, envolvendo todos os segmentos da UFPA.

A FIGURA 7 ilustra os Eixos Estruturantes e as Metas do Plano de Desenvolvimento:

EIXOS ESTRUTURANTES METAS

UNIVERSIDADE MULTICAMPI

Definir e implantar um Modelo de Universidade Multicampi

INTEGRAÇÃO COM A SOCIEDADE

Estimular e apoiar projetos voltados para o

Promover a socialização de conhecimentos produzidos na

Academia

Promover a integração permanente entre a Universidade e a Sociedade

REESTRUTURAÇÃO DO MODELO DE ENSINO

Planejar e implementar programas especiais de formação de docentes

para a educação básica

Desenvolver e implementar tecnologias inovadoras de ensino

Construir um modelo de ensino sintonizado com a

produção/socialização do conhecimento com compromisso

social

Democratizar o acesso e a permanência com sucesso

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MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO

Modernizar a gestão acadêmica

Planejar de forma integrada as ações institucionais

Instituir processo permanente de avaliação institucional

Intensificar a inserção internacional e ampliar as parcerias com a sociedade

Estruturar a prestação de serviços e a captação de recursos financeiros

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

AMAZÔNICO

Promover atividades acadêmicas multi, inter e transdisciplinares

Institucionalizar e fortalecer programas de pesquisa

interdisciplinares e interinstitucionais

Estimular as atividades de iniciação científica

VALORIZAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS

Estruturar e implantar políticas de desenvolvimento e fixação de recursos

humanos

Ampliar, revitalizar e redimensionar a infra-estrutura física e os recursos

materiais às necessidades acadêmicas e administrativas

Garantir o bem estar individual e coletivo

Inovar e dinamizar a gestão da infra-estrutura

AMBIENTE ADEQUADO

Figura 7 – Eixos e Metas do Plano de Desenvolvimento.

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5.1.3 Implantação do Plano

a) Facilidades

Uma das principais facilidades da implantação do Plano decorreu do fato de que o

mesmo foi construído de forma participativa e, assim, os vários atores que necessitavam

participar da sua execução tinham sido, de uma forma ou de outra, os seus construtores. Além

disso, e de forma decisiva, o sucesso da sua implantação tem muito a ver com o engajamento

da Administração Superior em todos os momentos e uma firme decisão política do próprio

Reitor em implementá-lo.

A proposta de funcionamento da UFPA dentro da visão multicâmpica, uma

universidade-rede e a descentralização do poder, implícita na concepção do Plano com a

criação de várias instâncias propositivas, espaços de discussão que antes não existiam,

motivou fortemente a participação de toda a administração intermediária, aonde acontece

verdadeiramente o fazer na Universidade.

Assim, pode-se dizer que um novo clima institucional e a perspectiva de mudança da

cultura organizacional foram fatores facilitadores da implantação do Plano e do seu sucesso.

Deve-se acrescentar, como fator facilitador, a iniciativa da Administração Central da

UFPA enquanto instância coordenadora e impulsionadora de todo o processo de

planejamento, de apresentar uma proposta concreta como base para as discussões, no caso os

Eixos Estruturantes com as respectivas metas, estratégias e principais linhas de ação, que

foram criticadas, trabalhadas, enriquecidas e ampliadas durante as fases descritas, resultando,

portanto, no documento final aprovado.

b) Dificuldades

O passivo histórico acumulado por longos anos de falta de investimentos em infra-

estrutura, da não reposição de quadros funcionais, de desestruturação organizacional, do

crescimento e proliferação de cursos, sobretudo no interior, muitas vezes sem uma análise

criteriosa de pertinência, o distanciamento operacional entre o campus-sede e os campi do

interior, entre outros, afetaram as relações de solidariedade, a busca de objetivos comuns,

ameaçando organicamente a Instituição.

Esse quadro inicial canalizou, em um primeiro momento, todos os esforços na busca

de uma repactuação universitária, da solução de problemas institucionais graves de infra-

estrutura e de pessoal, de recursos financeiros entre outros, de tal maneira que as mudanças

contidas no Plano não puderam ser efetivadas de imediato, só ganhando escala a partir do

segundo semestre de 2002.

Page 65: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

63

As restrições orçamentárias sempre presentes e a descrença de várias áreas quanto à

funcionalidade de um Plano de Desenvolvimento em uma Instituição Federal de Ensino

Superior (IFES) configuram-se em obstáculos que desafiam a capacidade gerencial, a

determinação, a perseverança e a criatividade de todos os que compõem a Instituição e têm a

responsabilidade de colocar um plano em marcha. Entretanto, não chega a inviabilizar diante

da potencialização dos aspectos positivos.

5.1.4 Principais Resultados

Após esses três anos e oito meses da efetiva implantação do Plano podemos assinalar

de forma sintética, alguns avanços significativos por eixo estruturante. Os aspectos mais

significativos desses e de outros avanços serão objeto de detalhamento nas demais dimensões

da auto-avaliação.

Universidade Multicampi: ao definir e implantar um modelo de universidade

multicampi, a UFPA investiu em um modelo alternativo de gestão acadêmica

voltado para o desenvolvimento do Estado. Hoje, a UFPA está presente em 10

campi e 115 municípios paraenses, o que representa uma cobertura de 80% dos

municípios do Estado, contribuindo com a diminuição das diferenças regionais,

conseqüentemente com o progresso do Estado do Pará.

Integração com a Sociedade: nos últimos três anos, a UFPA vivencia efetiva e

progressiva integração entre a Academia e os diferentes segmentos da sociedade na

busca do bem comum — entendido como aquele que satisfaz as necessidades de

uma comunidade e da sociedade como um todo, não apenas as de um indivíduo ou

de um grupo. Uma credencial significativa dessa integração é a criação da

Associação dos Amigos da UFPA. Entidade sem fins lucrativos, formada sobretudo

por pessoas de fora da instituição, com o objetivo de contribuir para o seu

fortalecimento em todas as áreas possíveis, seja na ciência, na tecnologia, nas artes,

na cultura e até mesmo na parte física.

Reestruturação do Modelo de Ensino: as atividades direcionadas ao processo de

reformulação e construção dos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Graduação

abriram o caminho para a melhoria do ensino de graduação e para a modernização

pedagógica e tecnológica do processo de aprendizagem. Já foram reformulados e

regulamentados 25 projetos pedagógicos dos cursos, tanto na capital como no

interior.

Page 66: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

64

Pesquisa e Desenvolvimento Amazônico: a UFPA trabalha para firma-se como um

pólo de geração de pesquisas. Esse trabalho vem sendo materializado por meio da

implantação de novos cursos de pós-graduação — lato e stricto sensu — e a

celebração de novos convênios com agências de fomento nacionais e

internacionais; como p.ex.: a criação do Acordo Multilateral de Cooperação

Técnico-Científica em Saúde das Instituições da Amazônia — cujo principal

objetivo é incentivar pesquisas em rede nas áreas prioritárias para a região — e, a

criação do Campus Flutuante da UFPA, originado de um convênio assinado entre a

UFPA, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o corpo de Bombeiros do

Pará, para permitir o ensino (em nível de graduação), a pesquisa e a extensão às

regiões ribeirinhas do Estado.

Valorização dos Recursos Humanos: as políticas de desenvolvimento, fixação e

valorização de recursos humanos iniciaram-se em agosto de 2002 com a criação e

execução do Programa de Capacitação do Pessoal Técnico-Administrativo e

culminaram com a criação da Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal

(PROGEP). Criada em junho de 2005, a PROGEP desenvolve atividades centradas

em ações prioritárias para o crescimento da qualidade e condições de vida do

pessoal da Instituição.

Ambiente Adequado: a infra-estrutura da UFPA foi submetida a um processo

coletivo de avaliação, cujo resultado ratificou o que se inferia: prédios, instalações e

equipamentos não mais atendiam às demandas institucionais. Com vistas a reverter

essa situação, foi criado e implementado o Programa de Recuperação da Infra-

estrutura Física da UFPA (PROINFRA), com resultados extraordinários na

recuperação e ampliação do patrimônio institucional.

Modernização da Gestão: no conjunto de ações que compõem o Programa de

Modernização da Gestão na UFPA, foi traçado um plano de ação que privilegia

ações multidisciplinares a partir da transversalidade dos temas que aborda. O

Desenvolvimento e implantação de diversos sistemas voltados para o Planejamento

Acadêmico (SAAD), Planejamento Orçamentário (SISPLO), Financiamento de

Projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão (SISPROL), Planejamento da Pós-

graduação (SPG), Acompanhamento Jurídico da Procuradoria (SJPG), Controle

informatizado de identificação de bens e gerenciamento de projetos (GPF), que

deverão compor o novo Sistema de Informações Gerenciais da UFPA, atualmente

em fase de implantação, imprimiu efetividade e a transparência na gestão.

Page 67: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

65

5.1.5 Enquete sobre a percepção e o grau de satisfação da sociedade acerca do

cumprimento da missão institucional.

O Departamento de Avaliação Institucional realizou uma enquete por meio do portal

da UFPA, no período de 16/06 a 01/07/2006, com o objetivo de avaliar a percepção e o grau

de satisfação da sociedade e, particularmente, dos sujeitos acadêmicos, atualmente constituído

de aproximadamente 51.000 pessoas, entre docentes, técnico-administrativos e alunos, em

relação ao cumprimento da missão institucional. O resultado da enquete está descrito na

TABELA 1.

Resultado da Enquete: Na sua opinião, a UFPA cumpre com a sua missão de gerar,

difundir e aplicar o conhecimento?

Tabela 1- Resultado da enquete sobre a Missão institucional.

Alternativas Votos Porcentagem (%)

Sim 530 31.2

Parcialmente 852 50.2

Não tenho opinião sobre o assunto 50 2.9

Não 266 15.7

Total 1.698 100

Fonte: Departamento de Avaliação Institucional.

O resultado foi positivo para a Instituição, se considerarmos a receptividade da

comunidade — 1.698 pessoas, ou 3,3% dos sujeitos acadêmicos, opinaram num curto período

de 16 dias — e a percepção e o grau de satisfação em relação ao cumprimento da missão

institucional expressaram que: 81,4% das opiniões estão entre os que acham que a UFPA

cumpre total e parcialmente sua missão, enquanto 15,7% acham que a Instituição não cumpre

o seu papel.

Devemos considerar também que apenas 2,9% não têm opinião sobre o assunto — o

que nos leva a inferir que, deste universo (1.698), um número reduzido de pessoas (50)

desconhece a missão da UFPA.

Page 68: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

66

Figura 8 – Plano de Gestão 2005–2009. Crédito: Jefferson Galvão.

5.1.6 Elaboração do Plano de Gestão 2005/2009 – UFPA XXI

A partir de julho de 2005, após a

recondução do atual Reitor para mais um

mandato de quatro anos, a UFPA elaborou o

Plano de Gestão 2005-2009, que tem o

objetivo principal de formalizar os desafios

priorizados pela Administração Superior

para serem enfrentados no período, bem

como as suas respectivas ações, de modo a

cumprir o preceito constitucional da

transparência com vistas ao controle social e a responsabilidade social da UFPA. Tendo como

referencial o Plano Estratégico Institucional, o chamado Plano de Desenvolvimento 2001-

2010, procedeu-se uma revisão dos principais cenários e uma atualização das análises de

ambiente externo e interno, incorporando os efeitos das realizações ocorridas no período

2001-2005.

O imenso desafio que se coloca agora é o de se conceber um significativo e bem

articulado Projeto Acadêmico para a Instituição, devidamente integrado e de longo prazo, que

vise dar uma contribuição substantiva e inovadora na construção de um modelo de

desenvolvimento viável e sustentável para a Amazônia. Nesse sentido, e como prerrogativa à

consistência e alcance da ação institucional, torna-se imprescindível que a UFPA entre outros

aspectos:

oferte um ensino de graduação voltado às necessidades loco-regionais, por meio de

uma política de gerenciamento que articule sistematicamente avaliação e

planejamento na execução dos projetos pedagógicos, tendo em vista a melhoria das

condições de oferta e qualidade do corpo de servidores;

amplie a articulação entre ensino de graduação, pesquisa e extensão, de modo a

superar a tendência atual de dissociação entre os mesmos, valorizando todos os

aspectos que contribuam para a formação plena do estudante e sua integração com a

sociedade;

consolide os programas de pós-graduação, com a melhoria de desempenho em áreas

já tradicionalmente constituídas (buscar-se, minimamente, conceitos 4 e 5) e

incentive a criação de novos doutorados em campos do conhecimento que já

possuam mestrados em funcionamento e a expansão de novos em áreas ainda não

Page 69: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

67

cobertas que se demonstrem estratégicas para o desenvolvimento da região e para

sua integração com o conhecimento universal;

induza o replanejamento de atividades acadêmicas de modo a colocar teoria e

prática como aspectos complementares e indissociáveis, além de indispensáveis à

aprendizagem significativa;

crie os mecanismos necessários ao efetivo cumprimento das Diretrizes Curriculares

dos cursos de graduação da UFPA, aprovados pela resolução nº 3.186 de

28/06/2004 do Conselho Superior de Ensino e Pesquisa (CONSEP);

redefina o papel do Núcleo Pedagógico Integrado (NPI) como campo de aplicação

de propostas metodológicas inovadoras e espaço de integração entre a formação

docente para a Educação Básica e a própria Educação Básica;

favoreça a capacitação docente para que esses possam planejar e executar atividades

acadêmicas voltadas mais para a aprendizagem do que para o ensino, na perspectiva

da aprendizagem significativa;

promova a integração dos programas próprios de pós-graduação com programas

atuantes nas mesmas áreas em outras regiões do país ou da Amazônia, fortaleça as

trocas e a recepção e transmissão de experiências e conhecimento, e estimule as

ações de solidariedade intra e inter-regional, visando à formação mais acelerada de

mestres e doutores;

impulsione grupos e programas de pesquisa, sobretudo aqueles voltados a temáticas

estratégicas para a região, a alcançar padrões organizativos e de pessoal qualificado

capazes de dotá-los de maior pertinência científica, dinamismo produtivo,

sustentabilidade material e inserção social;

descentralize as atividades de pesquisa, disseminando-a gradualmente nas suas

diferentes unidades, em particular nos campi do interior;

fortaleça, prioritariamente por meio do Protocolo de Integração das Instituições de

Ensino Superior do Estado do Pará, os laços já existentes com as demais instituições

de ensino superior e pesquisa atuantes em nosso Estado e, particularmente, em

Belém;

busque manter e criar mecanismos que viabilizem a formação de novos docentes

doutores, assim como a atração daqueles formados em outras regiões, gerando ao

mesmo tempo condições para a sua fixação e atuação adequadas;

resgate à extensão o status devido na dinâmica da vida acadêmica, transformando-a,

definitivamente, por meio de políticas indutoras e articuladas com o ensino e a

Page 70: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

68

pesquisa, em arena permanente e prioritária de formação acadêmica e cidadã e, ao

mesmo tempo, de serviço qualificado à comunidade, afirmando assim a

responsabilidade social da UFPA;

amplie os laços de cooperação nacional e internacional, contribuindo para reduzir a

endogenia e permitindo às várias instâncias universitárias as interlocuções

estratégicas à permanente renovação e intercâmbio de idéias, atualidade de projetos

acadêmicos e de formação científica, qualificação de quadros, contemporaneidade

de propósitos e reconhecimentos nacional e internacional à sua produção de

conhecimento;

renove e valorize os quadros técnicos da Instituição, qualificando-os a desempenhar

funções essenciais de apoio acadêmico e assessoria didático-pedagógica, em todas

as instâncias que lhes são pertinentes: gestão de pessoas, planejamento estratégico,

administração e finanças, pesquisa institucional, secretariado executivo, tecnologias

de informação, assessoria de comunicação, gestão de laboratórios etc;

altere a cultura interna da Instituição, mediante a execução de uma inovadora

política de recursos humanos, comprometendo toda a comunidade acadêmica com

códigos de postura pautados em valores e normas que priorizem o mérito no

trabalho e no estudo, o sentido de pertencimento público do patrimônio institucional

e o zelo pela sua manutenção, a civilidade e o respeito no tratamento das pessoas e

ao pluralismo de idéias, além da vontade pelo esforço permanente de crescimento

individual e coletivo;

coloque em pleno funcionamento um sistema de informação integrado, abrangente e

de amplo acesso, permanentemente atualizado, que disponibilize em tempo real

todos os dados de interesse para a comunidade acadêmica e para aqueles que

interagem com ela, transmitindo uma visão transparente da UFPA para todos os

cidadãos;

utilize, de maneira eficiente, a Tecnologia da Informação e Comunicação, de

maneira a suprir a gestão, em todos os seus níveis, de informação privilegiada,

visando à efetivação de suporte à decisão e ao planejamento e;

impulsione o estabelecimento de uma política institucional de educação a distância

e de inclusão de novas tecnologias de ensino.

As principais diretrizes definidas no Plano de Gestão consubstanciam-se em três

grandes eixos de ação, interdependentes, com seus objetivos específicos, denominados de

Page 71: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

69

desafios, e as correspondentes ações traduzidas por prioridades e metas a partir de indicadores

estabelecidos. São eles:

Implementação de um Amplo Projeto Acadêmico Integrado – UFPA XXI;

Colegialidade, Modernização, Transparência da Gestão e Valorização do Servidor;

Reforma, Ampliação e Modernização da Infra-estrutura e Aperfeiçoamento da

Política de Segurança.

O Plano de Gestão 2005/2009 é composto das Ações (Projetos e Atividades) que estão

sendo desenvolvidas pelas macroestruturas organizacionais, as Pró-Reitorias, e pactuadas com

as unidades acadêmicas, de forma a atender os Eixos de Ação estabelecidos na Proposta

aprovada para o quadriênio 2005/2009 e decompostos em Desafios a serem respondidos.

As Ações definidas pelas Pró-Reitorias e pactuadas com as unidades acadêmicas serão

compatibilizadas a partir do registro mediante acesso ao módulo “Sistema Aplicativo de

Administração Orçamentária e Financeira”, do Sistema de Informação Gerenciais (SIG), que

está sendo substituído pelo Sistema de Informação para o Ensino (SIE), que integrará os

diversos sistemas de informação da UFPA, tanto no âmbito acadêmico quanto no âmbito

administrativo. Ressalte-se, que antes do registro no sistema, as unidades deverão promover o

agrupamento das Ações em Programas setoriais, que responderão aos Desafios e Metas

definidos como prioritários para atendimento.

Page 72: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

70

5.2 PERSPECTIVA CIENTÍFICA E PEDAGÓGICA FORMADORA: políticas, normas e estímulo para o ensino, a pesquisa e a extensão.

5.2.1 Ensino de Graduação

A Pró-Reitoria de Ensino de Graduação e Administração Acadêmica (PROEG) detém

a coordenação das atividades didático-pedagógicas e de administração acadêmica da

Instituição. Ela promove os estudos necessários para viabilizar as mudanças na política

educacional da UFPA, adequando-a à realidade do Estado e em conformidade com a

legislação determinada pelo Governo Federal.

Além disso, trata das questões pertinentes ao alunado, desde o Concurso Vestibular —

que é executado pelo Departamento de Apoio ao Vestibular (DAVES), passando pelo controle

e acompanhamento dos alunos, no que se refere aos documentos apresentados para matrícula,

créditos e conceitos recebidos nas disciplinas para a integralização curricular, até chegar à

colação de grau — tarefas pertinentes ao Departamento de Registro e Controle Acadêmico

(DERCA). O outro departamento que integra a PROEG é o de Apoio Didático Científico, que

faz o assessoramento técnico-pedagógico às unidades acadêmicas responsáveis pelo ensino de

graduação.

É missão da PROEG “Propor, coordenar, acompanhar e sistematizar as políticas

educacionais da UFPA visando à formação de profissionais éticos e competentes nas

diversas áreas do conhecimento”.

O ensino de graduação na Universidade Federal do Pará é voltado à formação

profissional de nível superior, articulado com a iniciação científica e a extensão, com ênfase

na formação cidadã. O acesso aos cursos de graduação se dá por meio da oferta de vagas no

Processo Seletivo Seriado (PSS). Nas TABELAS 2 e 3 estão listados os cursos de oferta

permanente da Universidade, nos períodos letivos regular e intervalar, respectivamente, com o

número de vagas ofertadas no Processo Seletivo Seriado no ano de 2006, por turno.

Tabela 2 – Cursos de oferta permanente e número de vagas ofertadas no PSS/2006 — Período Letivo Regular.

VAGAS CURSO/HABILITAÇÃO/MUNICÍPIO CHT TP M V N

BELÉM Administração 3.000 4 40 — — Administração 3.000 5 — — 40 Arquitetura e Urbanismo 3.600 5 251 252 — Biblioteconomia 2.500 41/2 30 — — Biblioteconomia 2.500 41/2 — — 30

Page 73: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

71

VAGAS CURSO/HABILITAÇÃO/MUNICÍPIO CHT TP M V N

Biomedicina 3.200 4 40 — — Ciências Biológicas – Bacharelado 2.500 4 — 30 — Ciências Biológicas – Licenciatura 2.500 4 30 — — Ciências Biológicas – Licenciatura 2.500 5 — — 25 Ciências Contábeis 2.700 4 40 40 — Ciências Contábeis 2.700 5 — — 40 Ciência da Computação – Bacharelado 3.000 5 — 35 — Ciências Econômicas 2.700 4 40 — Ciências Econômicas 2.700 5 — — 40 Ciências Sociais – Bacharelado/Licenciatura 2.200 4 40 — — Ciências Sociais – Bacharelado/Licenciatura 2.200 4 — — 40 Comunicação Social – Jornalismo 2.700 4 301 — — Comunicação Social – Publicidade e Propaganda 2.700 4 201 — — Direito 3.300 5 60 60 — Direito 3.300 5 — — 60 Educação Artística – Habilitação em Música 2.500 4 — 302 — Educação Artística – Licenciatura – Habilitação em Artes Plásticas 2.500 4 — 302 —

Educação Física – Licenciatura 2.985 4 — 45 — Enfermagem 3.500 5 — 403 402 Engenharia de Alimentos 3.600 5 — 35 — Engenharia Civil 3.600 5 70 — — Engenharia Civil 3.600 6 — — 70 Engenharia de Computação 3.600 41/2 — 30 30 Engenharia Elétrica 3.600 5 — 30 30 Engenharia Naval 3.645 5 — 204 — Engenharia Mecânica 3.600 5 — 801 — Engenharia Química 3.600 5 — — 502

Engenharia Sanitária 3.600 5 — — 40 Estatística – Bacharelado 2.700 4 — — 402

Farmácia 2.475 4 — 701 — Filosofia – Bacharelado/Licenciatura 2.200 4 — — 402

Física – Bacharelado/Licenciatura 2.760 5 — 501 — Física – Licenciatura 2.500 41/2 — — 30 Geofísica – Bacharelado 3.200 4 201 — — Geografia – Bacharelado/Licenciatura 2.200 5 30 — 30 Geologia 3.600 5 401 — — História – Bacharelado/Licenciatura 2.200 5 — — 45 Letras – Licenciatura/Habilitação em Língua Portuguesa 2.200 4 501 — — Letras – Licenciatura/Habilitação em Língua Portuguesa 2.200 4 — — 50 Letras – Licenciatura/Habilitação em Língua Inglesa 2.200 4 251 — —

Page 74: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

72

VAGAS CURSO/HABILITAÇÃO/MUNICÍPIO CHT TP M V N

Letras – Licenciatura/Habilitação em Língua Inglesa 2.200 4 — — 25 Letras – Licenciatura/Habilitação em Língua Francesa 2.200 4 251 — — Letras – Licenciatura/Habilitação em Língua Alemã 2.200 4 251 — — Letras – Licenciatura/Habilitação em Língua Espanhola 2.200 4 — — 25 Matemática – Bacharelado/Licenciatura 2.200 4 40 40 — Matemática – Licenciatura/Modalidade a Distância 3.600 5 50 Medicina 7.200 6 1501 — — Meteorologia – Bacharelado 2.880 4 40 — — Nutrição 2.880 5 30 30 — Oceanografia 3.000 4 301 — — Odontologia 4.000 5 904 — — Pedagogia 2.400 5 45 — — Pedagogia 2.400 5 — — 90 Psicologia – Formação do Psicólogo 4.050 5 30 30 — Química – Bacharelado 2.800 41/2 — 152 — Química – Licenciatura 2.500 4 451 — — Química Industrial 2.880 4 — 302 — Serviço Social 2.700 41/2 40 40 — Serviço Social 2.700 41/2 — — 40 Sistemas Informação 3.000 4 — — 35 Turismo 1.600 4 25 — — Turismo 1.600 4 — — 25

ABAETETUBA Letras 2.835 4 — 40 — Pedagogia 2.380 41/2 40 — — Matemática 2.400 4 50 — —

ALTAMIRA Agronomia 2.380 41/2 303 — — Ciências Biológicas – Licenciatura 3.255 5 301 — —

BRAGANÇA Ciências Biológicas – Licenciatura 3.255 5 401 — — Engenharia de Pesca 4.046 5 301 — — Pedagogia 2.415 41/2 — 50 —

CAMETÁ Letras 2.835 4 — — 50 Pedagogia 2.415 41/2 — — 50

CAPANEMA Letras – Habilitação em Língua Portuguesa 2.835 5 — — 40

CASTANHAL Educação Física 2.985 4 — 40 — Letras – Habilitação em Língua Portuguesa 2.835 4 — — 40

Page 75: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

73

VAGAS CURSO/HABILITAÇÃO/MUNICÍPIO CHT TP M V N

Matemática – Licenciatura 2.400 4 — — 40 Medicina Veterinária 3.200 5 301 — — Pedagogia 2.790 41/2 — 40 —

MARABÁ Agronomia 2.400 41/2 303 — — Ciências Sociais – Bacharelado/Licenciatura 2.850 5 — — 40 Direito 3.300 5 — — 40 Engenharia de Minas de Meio Ambiente 3.600 5 301 — — Engenharia de Materiais 3.650 5 301 — — Geologia 3.735 5 301 — — Letras – Licenciatura 2.835 4 — — 50 Matemática – Licenciatura 2.400 4 401 — — Sistemas de Informação 3.200 4 — — 40

SANTARÉM Ciência Biológica – Licenciatura 3.255 5 — 40 — Direito 3.300 5 — — 40 Física Ambiental – Licenciatura 2.895 5 40 — — Letras – Licenciatura/Habilitação em Língua Portuguesa 2.835 4 30 — — Matemática – Licenciatura 2.400 4 — 30 — Pedagogia 2.415 41/2 — — 40 Sistemas de Informação 2.650 4 — — 30

TUCURUÍ Engenharia Civil 3.495 5 301 — — Engenharia Elétrica 3705 5 301 — —

TOTAL 1.785 1.125 1.510 Total Geral 4.420

Fonte: DAVES. Legenda:

CHT é a carga horária do curso. TP é o tempo previsto de integração curricular do curso, em anos. M é o número de vagas oferecidas e de alunos matriculados no turno da manhã. V é o número de vagas oferecidas e de alunos matriculados no turno da tarde. N é o número de vagas oferecidas e de alunos matriculados no turno da noite. 1 Matutino–Vespertino. 2 Vespertino–Noturno. 3 Matutino–Nortuno. 4 Matutino–Vespertino–Noturno.

Page 76: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

74

Tabela 3 – Cursos de oferta permanente e número de vagas ofertadas no PSS/2006 — Período Letivo Intervalar.

CURSO/HABILITAÇÃO/MUNICÍPIO CHT TP VAGAS BRAGANÇA

Letras – Habilitação em Língua Inglesa 2.835 5 35 Matemática – Licenciatura 2.400 5 40

BREVES Letras – Licenciatura/Habilitação em Língua Portuguesa 2.835 4 50 Pedagogia 2.415 5 50

CASTANHAL Pedagogia 2.790 5 40

CONCÓRDIA DO PARÁ Pedagogia 2.380 6 40

SOURE Ciências Biológicas – Licenciatura 3.255 5 30 Educação Artística – Habilitação em Música 3.077 6 25 Letras – Habilitação em Língua Alemã 2.835 4 25 História – Bacharelado Licenciatura 2.288 5 50

TOTAL 385

Fonte: DAVES. Legenda:

CHT é a carga horária do curso. TP é o tempo previsto de integração curricular do curso, em anos.

A partir de 2005 a UFPA passou a priorizar as vocações e demandas loco-regionais,

como critério fundamental para a implantação de novos cursos, cuja principal característica é

a formação técnico-acadêmica de profissionais para responder aos desafios propostos pelo

desenvolvimento das regiões nas quais eles estão inseridos. São eles:

Engenharia de Minas e Meio Ambiente, Engenharia de Materiais e Geologia.–

implantados no Campus de Marabá em parceria com a Companhia Vale do Rio

Doce (CVRD). Para capacitar professores aos novos cursos, promoveu um curso de

especialização em Engenharia de Minas, já concluído com sucesso.

Engenharia de Pesca – criado no município de Bragança, o qual, num futuro

próximo, com a formação de profissionais qualificados e associando-se ao curso de

Ciências Biológicas, possibilitará a exploração sustentada da biodiversidade

aquática, com vistas ao aumento da produção e à verticalização da cadeia do

pescado na região e particularmente no Estado do Pará.

Engenharia Elétrica e Engenharia Civil – implantados no município de Tucuruí,

na trilha da expansão na geração de energia e o conseqüente estímulo aos

Page 77: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

75

investimentos para a implantação de indústrias de transformação no sudeste

paraense. Neste município também está prevista a abertura do curso de Engenharia

Mecânica.

Física Ambiental – criado em 2005, no município de Santarém, veio preencher

uma lacuna numa das regiões mais ricas em biodiversidade do planeta. A UFPA

juntamente com as demais IES instaladas na região, o poder público, o setor

produtivo e a sociedade civil organizada, têm o compromisso e o dever de definir

um modelo de desenvolvimento sustentável para uma das áreas mais ricas em

biodiversidade do planeta, possibilitando à população que habita aquela região, ter

acesso à renda e ao emprego, sem agredir ao meio ambiente, diminuindo assim, as

profundas desigualdades sociais existentes na Amazônia gerada em nome de sua

preservação.

Engenharia Naval – criado no Campus de Belém, com vistas a suprir uma lacuna

existente na região que, por suas características, utiliza o transporte fluvial como

principal meio de deslocamento da população ribeirinha.

As imensas potencialidades do Estado do Pará no Setor Produtivo Animal e Agrícola

requerem a introdução e adoção de tecnologias destinadas ao aproveitamento mais racional

das potencialidades desses setores e à elevação dos padrões de desempenho econômico e de

desenvolvimento. Nesse contexto, é de fundamental importância a manutenção e a

qualificação do Curso de Medicina Veterinária, não apenas na região metropolitana de

Belém, mas também em outras regiões do Estado, além de dar nova dimensão aos cursos de

Agronomia em Marabá e Altamira, agregando-lhes Programas de Pós-Graduação, lato e

stricto sensu.

Em 2007, a UFPA está se estruturando para criar os Cursos de Engenharia de

Alimentos, no Campus de Santarém e o de Ciências Biológicas, no Núcleo de Oriximiná,

que, associados aos já existentes na região, trarão uma contribuição inestimável para o

desenvolvimento sustentável daquela região.

a) Processo seletivo de ingresso na UFPA

A partir do ano de 2004, o Vestibular — tradicional processo seletivo de ingresso na

Universidade Federal do Pará — foi substituído por um novo modelo de avaliação para o

acesso aos cursos de graduação ofertados pela UFPA: o Processo Seletivo Seriado (PSS).

Este novo modelo de ingresso dos estudantes de ensino médio à Universidade Federal

do Pará se constitui um instrumento hábil na parceria com escolas públicas e no estreitamento

Page 78: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

76

das relações da UFPA com as escolas do ensino básico. Na sua proposta de criação foi

considerado, fundamentalmente:

A valorização do processo ensino-aprendizagem em todos os níveis do ensino

médio, e não somente no terceiro, como induzia o antigo Vestibular;

um melhor aproveitamento, pelo aluno, de todas as disciplinas previstas para a sua

formação, por possibilitar uma avaliação mais abrangente;

a diluição, no tempo, do volume dos conteúdos cobrados em um só momento pelo

antigo modelo;

uma maior flexibilização das oportunidades de acesso, com possibilidade de

recuperação e de melhor planejamento dos estudos;

um maior estreitamento entre a Universidade e a Secretaria Executiva de Educação

do Pará e todo o sistema público de ensino, referente à elaboração dos conteúdos.

Com este processo, a UFPA propicia uma integração mais efetiva com o Ensino

Médio como conseqüência natural da própria essência e das características da modalidade

seriada de seleção, que permite determinar, em suas propostas, o acompanhamento do

desempenho dos candidatos ao longo da avaliação, indicando, às instituições de ensino

superior e às escolas de ensino médio, re-orientações teórico-metodológicas de suas incursões

pedagógicas.

A TABELA 4 e o GRÁFICO 2, a seguir, mostram o número de vagas ofertadas nos

processos seletivos de ingresso na UFPA, no período de 2000 a 2006.

Tabela 4 - Número de vagas ofertadas nos Processos Seletivos de ingresso na UFPA/AnoVAGAS CAMPI 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Capital 2.990 3.035 3.020 3.060 3.010 3.060 3.140Processo Seletivo Seriado – PSS Cursos Regulares Interior 1.280 1.320 1.490 1.155 1.340 1.885 1.280Processo Seletivo Seriado – PSS Cursos Intervalares Interior 303 130 * 310 890 325 385

Capital 700 735 632 531 413 513 369Processo Seletivo à Mobilidade Acadêmica(Vestibulinho) Interior 312 181 218 54 147 166 117

Capital — 50 331 299 — 40 47Contrato Interior 628 1.678 1.588 200 — 210 242Capital 3.690 3.820 3.983 3.890 3.423 3.613 3.556TotalInterior 2.523 3.309 3.296 1.719 2.377 2.586 2.024

Total Geral 6.213 7.129 7.279 5.609 5.800 6.199 5.580Fonte: DAVES/DERCA/DEINF. (*) Em 2002 não houve oferta de vagas para os cursos intervalares nos campi do interior.

Page 79: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

77

6.213

7.129 7.2795.6

095.8

006.1

995.9

10

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

O aumento do número de vagas evidenciado nos anos de 2001 e 2002 é fruto do que

foi denominado de “convênio das licenciaturas”. Uma parceria estabelecida entre a UFPA, a

Universidade Estadual do Pará (UEPA) e a Universidade da Amazônia, que — por meio da

assinatura convênios com o Governo do Estado e com algumas prefeituras — ampliaram suas

ofertas de vagas para investir na formação de professores do Ensino Básico das redes públicas

Estadual e Municipais de Ensino, com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento

do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF).

b) Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), que integra o Sistema

Nacional de Avaliação da Educação Superior, foi instituído pela Lei 10.861/2004.

Coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira-

INEP, tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação

aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.

O ENADE é realizado por amostragem e a participação no Exame constará no

histórico escolar do estudante ou, quando for o caso, sua dispensa pelo MEC. O INEP/MEC

constituirá a amostra dos participantes a partir da inscrição, na própria instituição de ensino

superior, dos alunos habilitados a fazer a prova.

A primeira edição do ENADE ocorreu em novembro de 2004. As áreas avaliadas pelo

ENADE naquele ano foram: Agronomia, Educação Física, Enfermagem, Farmácia,

Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia,

Serviço Social, Terapia Ocupacional e Zootecnia. Os cursos da Universidade Federal do Pará

que participaram desta primeira edição do Exame estão listados na TABELA 5, que apresenta,

também, o desempenho dos estudantes ingressantes e concluintes.

Gráfico 2 – Número de vagas ofertadas nos processos seletivos de ingresso na UFPA. Fonte: DAVES/DERCA/DEINF.

Page 80: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

78

Tabela 5 – Desempenho dos estudantes da UFPA no ENADE 2004. Número de Estudantes Média do Componente

Específico Município Curso Ingressante Concluinte

Média da Formação

Geral Ingressante Concluinte

Média Final Conceito

Altamira Agronomia 8 — 2.5 3.8 — — SC Belém Enfermagem 62 6 2.7 3 0 1.1 2 Belém Farmácia 44 69 2.4 2.6 2.8 2.7 3 Belém Medicina 80 141 2.8 1.6 3.1 2,8 3 Belém Nutrição 25 17 2.7 2.1 2.8 2.7 3 Belém Odontologia 43 42 3.5 3.6 3.6 3.6 4 Belém Serviço Social 121 115 0.5 0.3 0.8 0.6 1 Marabá Agronomia 5 — 2.4 4.1 — — SC Fonte: INEP/MEC.

O baixo conceito aferido ao Curso de Serviço Social pode ser atribuído ao fato de que

os alunos recusaram-se a responder as questões do ENADE, como represália à realização do

mesmo.

Em 2005 participaram da segunda edição do Exame Nacional de Desempenho de

Estudantes os alunos do primeiro e último ano das áreas de Arquitetura e Urbanismo,

Biologia, Ciências Sociais, Computação, Engenharia, Filosofia, Física, Geografia, História,

Letras, Matemática, Pedagogia e Química. Nesta edição do ENADE foi avaliado o

desempenho dos estudantes de sessenta (65) cursos, cujos resultados estão expressos na

TABELA 6.

Tabela 6 – Desempenho dos estudantes da UFPA no ENADE 2005.

MFG MCE Média Geral Município Curso

ING CON ING CON ING CON

Enade Conceito (1 a 5)

IDD Índice (-3 a 3)

IDD Com- ceito (1 a 5)

Abaetetuba Letras 65.4 56.4 26.5 25.2 36.2 33 3 -1.320041 2 Alenquer Pedagogia — 52.1 — 49.1 — 49.9 SC — — Altamira Geografia — 72.7 — 40.7 — 48.7 SC — — Augusto Correa Pedagogia — 49.7 — 49.4 — 49.5 SC — —

Aurora do Para Pedagogia — 49.7 — 38.8 — 41.5 SC — —

Belém Arquitetura e Urbanismo — 54.7 — 41.3 — 44.7 SC — —

Belém Biologia 66.4 61.2 24.5 29.2 35 37.2 4 -0.1458798 3

Belém Ciências Sociais 60.8 60.7 51.2 56.1 53.6 57.2 4 -0.8705192 2

Belém Bacharelado em Ciências

da 25.9 58.9 11.4 28.8 15 36.4 2 -1.12017 2

Page 81: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

79

MFG MCE Média Geral Município Curso

ING CON ING CON ING CON

Enade Conceito (1 a 5)

IDD Índice (-3 a 3)

IDD Com- ceito (1 a 5)

Computação

Belém

Bacharelado em Sistemas

de Informação

66.7 67.4 26 46.6 36.2 51.8 4 -1.12017 2

Belém Engenharia Civil 58.9 57.5 30.1 39 37.3 43.6 3 0.2033318 3

Belém Engenharia

de Computação

55.8 63.1 33.3 36.2 39 42.9 3 -0.2055964 3

Belém Engenharia Eletrotécnica 51.8 56.4 21.8 32.7 29.3 38.6 2 -0.2055964 3

Belém Engenharia de Alimentos 73.3 63.6 37.1 49.6 46.1 53.1 4 -0.9748095 2

Belém Engenharia Química 68 62.7 28.9 34.2 38.7 41.3 3 -0.9748095 2

Belém Engenharia- Mecânica 44.1 6.8 22 5.7 27.5 6 1 — —

Belém Filosofia — 30.5 — 16 — 19.6 SC — — Belém Física 40 40.1 18.2 22.9 23.6 27.2 2 — — Belém Geografia 34.4 29.8 16.9 18 21.2 21 — 1.196662 4 Belém História 34 38.4 25.5 29 27.6 31.4 2 -1.915307 1 Belém Letras 49.6 50.4 27.9 29.2 33.4 34.5 3 -0.6028867 2 Belém Matemática 58.5 49 27.7 24.6 35.4 30.7 3 -1.847321 1 Belém Pedagogia 51.5 43.4 34 36.9 38.4 38.6 2 -0.1457734 3 Belém Química 41.6 44.3 18 22 23.9 27.6 2 -1.323763 2

Belterra Letras — 56.4 — 26.3 — 33.8 SC — — Bragança Biologia 70.9 65 23.9 30.1 35.6 38.9 4 0.4292921 3 Bragança Letras 55.5 62.8 20.8 31 29.5 39 3 1.092025 4 Bragança Pedagogia 56.1 57 33.7 48.1 39.3 50.3 3 0.5611735 4

Breu Branco Geografia — 47.2 — 20.2 — 26.9 SC — —

Breves Letras 67 — 26.8 — 36.8 — SC — — Breves Pedagogia 52.7 58.2 42 50.1 44.7 52.2 4 0.3980017 3 Cametá Geografia — 68 38.5 — 45.9 SC — — Cametá História 63.7 — 41.4 — 47 — SC — — Cametá Letras 55 57 21.2 32.8 29.7 38.9 3 1.203861 4 Cametá Pedagogia 51.2 53.9 32.7 45.9 37.3 47.9 3 0.3872421 3

Castanhal Geografia 53.7 33.1 38.3 SC — — Castanhal Letras 12.3 24.4 5 14.2 6.8 16.8 1 — — Castanhal Matemática 57.7 56.6 28.3 24.3 35.7 32.4 3 -1.622988 2 Castanhal Pedagogia 53.8 32.1 26.5 27.9 33.3 29 1 0.7268674 4

Curuá Letras 55.1 — 28.3 — 35 — SC — — Irituia Pedagogia — 49.5 — 48 — 48.3 SC — —

Page 82: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

80

MFG MCE Média Geral Município Curso

ING CON ING CON ING CON

Enade Conceito (1 a 5)

IDD Índice (-3 a 3)

IDD Com- ceito (1 a 5)

Itaituba Letras 54.4 — 28.6 — 35 — SC — — Mãe do

Rio Letras — 45.6 — 26.4 — 31.2 SC — —

Marabá Ciências Sociais 32.8 54 15.5 45.3 19.8 47.4 3 — —

Marabá Geografia — 58 — 31.6 — 38.2 SC — — Marabá Letras 53 49.1 22.3 29.3 30 34.3 3 0.3523031 3 Marabá Matemática 6.2 10.1 0.8 3.5 2.2 5.1 1 — — Marabá Pedagogia 51.9 57.1 37.1 50.3 40.8 52 4 1.216184 4

Marapanim Pedagogia — 56.4 — 47 — 49.4 SC — — Novo

Progresso Pedagogia — 54.4 — 55.9 — 55.5 SC — —

Óbidos Letras 64.8 — 30.1 — 38.8 — SC — — Santarém Biologia 69 67.6 27.4 26.5 37.8 36.8 4 -0.7586735 2

Santarém

Bacharelado em Sistemas

de Informação

60.7 — 26 — 34.6 — SC — —

Santarém Geografia — 73.4 — 50.4 — 56.2 SC — — Santarém Letras 60.1 64.3 32 42.5 39.1 48 4 1.828414 4 Santarém Matemática 62 64.7 21 28.5 31.3 37.6 3 0.2762127 3 Senador

José Porfírio

Pedagogia — 38.7 — 31.7 — 33.5 SC — —

Soure Letras 57.2 63.9 25.1 28.2 33.2 37.1 3 0.1117655 3 Soure Matemática — 44.5 — 17.2 — 24 SC — —

Tailândia Matemática — 61 — 5.3 — 19.3 SC — — Tomé-Açú Matemática 51 — 17.9 — 26.2 — SC — —

Tucuruí Geografia — 0 — 0 — 0 SC — — Tucuruí Química — 69.6 — 17.6 — 30.6 SC — — Uruará Matemática — 54.9 — 24.2 — 31.9 SC — — Viseu Pedagogia — 53.5 — 42.5 — 45.2 SC — —

Fonte: INEP/MEC. Legenda:

MFG: média da formação geral. MCE: média do componente específico. ING: ingressante. CON: concluinte. IDD: indicador de diferença entre os desempenhos observado e esperado.

c) Avaliação dos Cursos de Graduação (ACG)

Page 83: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

81

A avaliação dos cursos de graduação, que integra o Sistema Nacional de Avaliação da

Educação Superior, é um procedimento utilizado pelo MEC para o reconhecimento ou

renovação de reconhecimento dos cursos de graduação representando uma medida necessária

para a emissão de diplomas.

Esta avaliação passou a ser realizada de forma periódica com o objetivo de cumprir a

determinação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Superior, a fim de garantir a

qualidade do ensino oferecido pelas Instituições de Educação Superior.

O Formulário eletrônico, instrumento de informações preenchido pelas Instituições,

permite a análise prévia pelos avaliadores da situação dos cursos, possibilitando uma melhor

verificação in loco de comissões externas designadas pelo Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais. Este formulário é composto por três grandes dimensões: a qualidade

do corpo docente, a organização didático-pedagógica e as instalações físicas, com ênfase na

biblioteca.

A portaria de reconhecimento e/ou renovação do curso avaliado é gerada após a

validação do relatório elaborado pela equipe de avaliadores. O QUADRO 6 e o GRÁFICO 3

apresentam o resultado de algumas avaliações realizadas de 2004 a 2006, cujos relatórios de

avaliação já foram validados e disponibilizados.

AVALIAÇÃO CÓDIGO CURSO CAMPUS

DATA PP CD IE 53101 Agronomia Altamira 10.11.2004 CMB CB CR53243 Agronomia Marabá 10.11.2004 CMB CMB CB20886 Ciências Agrárias Marabá 10.11.2004 CMB CMB CB53087 Ciências Naturais/Lic. Abaetetuba 25.11.2004 CMB CMB CB21849 Educação Física Castanhal 01.06.2004 CB CMB CR21850 Engenharia de Alimentos Belém 05.10.2004 CB CB CB12015 Medicina Belém 21.12.2004 CB CB CB21848 Oceanografia Belém 13.05.2004 CB CB CR65021 Ciências Naturais/Lic. Breves 29.05.2005 CB CB CR53193 Engenharia da Computação Belém 26.01.2005 CMB CMB CB12017 Odontologia Belém 08.04.2005 CMB CB CI 12001 Engenharia Civil Belém 09.06.2006 CR CMB CB

Quadro 6 – Resultados das avaliações para reconhecimento e/ou renovação de reconhecimento de cursos. Fonte: PROEG. Legenda:

PP: projeto pedagógico. CD: corpo docente. IE: infra-estrutura. CMB: condições muito boas. CB: condições boas. CR: condições regulares. CI: condições insuficientes.

Page 84: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

82

8,3%

33,4% 58,3%

50% 50%

8,3%

41,7% 50,0%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Infra-Estrutura

CorpoDocente

ProjetoPedagógico

InadequadaRegularBomMuito Bom

É consenso entre os atores envolvidos nesse processo de que o mesmo ainda está

muito lento. O tempo decorrido entre a abertura do formulário eletrônico, para preenchimento,

e a validação do relatório da avaliação externa dura, em média, quatro meses.

d) Projeto de Avaliação dos Cursos de Graduação da UFPA

O atual Projeto de Avaliação e Acompanhamento dos Cursos de Graduação da

Universidade Federal do Pará é um trabalho coletivo coordenado pela Pró-reitoria de Ensino e

Graduação Acadêmica por meio do DAC, que desde o ano de 2003 vem executando o

trabalho, em uma ação compartilhada com os coordenadores dos cursos de graduação. O

Projeto tem por finalidade o conhecimento da situação dos cursos, e desta forma contribuir

para a elaboração de um perfil diagnóstico dos mesmos, e, por meio desse perfil, propor

soluções e planejar estratégias para a construção do Projeto Político Pedagógico, que

representa mais uma etapa do processo avaliativo, resultante do interesse da comunidade

universitária, envolvida na construção sistemática do conhecimento e na melhoria dos cursos

em toda a sua extensão.

Apesar dos obstáculos causados pela greve dos servidores das IFES — ocorrida no

período de 23/08 a 16/12/2005 —, foi possível reunir servidores (técnico-administrativos e

docentes) e discentes em um evento denominado “I Seminário Preparatório da Avaliação dos

Cursos de Graduação”, para relato das experiências vivenciadas pelos atores dos cursos até

então avaliados e a socialização dos resultados com os representantes da comunidade

acadêmica dos cursos que estavam iniciando seus processos de avaliação. O grau de interesse

Gráfico 3 – Resultados das avaliações para reconhecimento e/ou renovação de reconhecimento de cursos.

Fonte: PROEG.

Page 85: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

83

que o assunto vem despertando na comunidade acadêmica, o reconhecimento e importância

do mesmo pode ser medido pelo significativo número de participantes no evento.

Um dos resultados positivos do Seminário diz respeito às informações que foram

geradas pelos diversos integrantes dos cursos — discentes, docentes e técnicos — o que,

indubitavelmente, contribuiu para que a equipe de coordenação do projeto de avaliação

pudesse estabelecer parâmetros entre os indicadores do perfil dos cursos e o que de fato neles

é efetivado. Considera-se que esses primeiros dados foram importantíssimos para garantir o

prosseguimento das ações.

A adesão da comunidade acadêmica ao processo tem sido bastante animadora, embora

dificuldades de operacionalização estejam impedindo a efetivação de algumas etapas. Entre

essas dificuldades, destacam-se:

Os instrumentos de coleta de dados não contemplam as especificidades de alguns

cursos;

a impossibilidade, até o momento, de realização de reuniões sistemáticas e

seminários periódicos, com a comunidade universitária, para manter e/ou ampliar o

nível de sensibilização dos atores acadêmicos;

o percentual de formulários aplicados tem sido incompatível com o quadro de

pessoal e de discentes dos cursos avaliados;

o não estabelecimento, no calendário acadêmico, de períodos para aplicação dos

formulários;

a falta de uma cultura de avaliação e as resistências advindas dessa situação;

o reduzido número de membros nas equipes envolvidas no processo.

A partir da constatação destas e de outras dificuldades, a equipe coordenadora

elaborou um plano de ação para orientar os comitês setoriais de avaliação na criação de

estratégias de minimização e/ou solução dos problemas.

No QUADRO 7 estão listados os cursos submetidos ao Processo de Avaliação no

período 2003 a 2005, por campus/curso e o GRÁFICO 4 ilustra o número de cursos

envolvidos no processo de avaliação.

CAMPUS/CENTROS CURSOS 2003 2004 2005 Letras Matemática ABAETETUBA Pedagogia Ciências Agrárias Letras ALTAMIRA Pedagogia

Page 86: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

84

CAMPUS/CENTROS CURSOS 2003 2004 2005 BELÉM

Ciências Biológicas Ciências Biológicas Biomedicina Estatística Física Ciências Exatas e Naturais Matemática

Ciências Jurídicas Direito Farmácia Medicina Nutrição

Ciências da Saúde

Odontologia Filosofia e Ciências Humanas História

Geofísica Geologia Meteorologia

Geociências

Oceanografia Comunicação Social Letras Educação Artística Administração Biblioteconomia Serviço Social Ciências Contábeis

Sócio-Econômico

Turismo Arquitetura Eng. Civil Eng. Da Computação Eng. De Alimentos Eng. Elétrica Eng. Naval

Tecnológico

Eng. Química Ciências Biológicas Engenharia de Pesca BRAGANÇA Pedagogia Letras BREVES Pedagogia Letras CAMETÁ Pedagogia Educação Física Letras Matemática Medicina Veterinária Pedagogia

CASTANHAL

Sistemas de Informação Ciências Sociais Ciências Agrárias Direito História

MARABÁ

Pedagogia SANTARÉM Biologia

Page 87: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

85

CAMPUS/CENTROS CURSOS 2003 2004 2005 Direito Física Ambiental Letras Matemática Pedagogia

Sistemas de Informação Letras Pedagogia SOURE Turismo

Total 63 9 17 45

Quadro 7 – Cursos envolvidos no processo de avaliação da PROEG. Fonte: PROEG.

9 1745

0

20

40

60

2003 2004 2005

Os resultados da pesquisa qualitativa apontam dois grandes conjuntos de posições, um

mais proativo e propositivo, com sugestões e críticas voltadas para o aperfeiçoamento dos

resultados considerados satisfatórios; outro, mais crítico, que aponta carências e fragilidades

que precisam ser superadas tendo em vista a melhoria das condições de ensino/aprendizagem

na Instituição.

Algumas sugestões e críticas:

abertura da biblioteca da pós-graduação à graduação;

ampliação do acesso à Internet;

ampliação espacial dos quadros magnéticos;

construção de alojamentos e ambulatórios;

construção de estacionamento para bicicletas;

construção de salas específicas para determinadas disciplinas;

higienização e climatização das salas;

iluminação e segurança dos pavilhões de aulas;

melhoria do aproveitamento dos espaços disponíveis;

necessidade de contratação de professores;

Gráfico 4 – Número de cursos avaliados pela PROEG. Fonte: PROEG.

Page 88: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

86

necessidade de hospital veterinário;

reforma da instalação elétrica;

reforma e ampliação dos auditórios;

reforma e higienização dos banheiros;

reforma das bibliotecas setoriais.

Algumas carências e fragilidades:

acervo bibliográfico defasado;

carência de avaliação dos semestres;

carência de equipamentos didáticos para professores e alunos;

carência de salas de vídeo;

demora no concerto dos equipamentos;

escassez de água potável nos blocos de salas de aulas;

estrutura inadequada para os portadores de necessidades especiais;

dificuldade de acesso aos projetos especiais;

falta de espaço para outras atividades;

falta de estímulo aos alunos para o conhecimento da estrutura da Universidade;

insuficiência de servidores técnico-administrativos;

baixo incentivo à pesquisa e à extensão;

falta de material pedagógico sofisticado;

falta de mobiliário para canhotos;

baixo nº de projetos e de bolsas de iniciação científica;

precária sinalização dos campi;

insatisfação com a assiduidade e disciplina de alguns docentes;

mobiliários desconfortáveis e quebrados;

número insuficiente de salas de aulas;

circulação de animais nos campi;

segurança insuficiente.

Os GRÁFICOS de 5 a 24 apontam os níveis de satisfação da comunidade universitária

com a UFPA, medidos nas pesquisas quantitativas realizadas durante os períodos letivos dos

anos de 2004 e 2005, junto a 1.522 alunos de 7 cursos de graduação em 4 campi.

Page 89: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

87

INFRA-ESTRUTURA

GRÁFICO 5 - As salas de aula estão adequadas às atividades didáticas?

29%

34%

36%0%

Baixa Média Alta Nulo

GRÁFICO 6 - O acervo das bibliotecas atende às suas necessidades?

49%

31%

19% 1%

Baixa Média Alta Nulo

GRÁFICO 7 - O atendimento nas bibliotecas é satisfatório?

28%

29%

42%

1%

Baixa Média Alta Nulo

GRÁFICO 8 - Os laboratórios estão adequados aos objetivos das disciplinas

e do curso como um todo?

52%25%

18% 5%

Baixa Média Alta Nulo

GRÁFICO 9 - Os recursos de informática que a Universidade dispõe

atendem às necessidades do curso?

51%21%

21% 2%

Baixa Média Alta Nulo

GRÁFICO 10 - Projetos especiais, tais como coleções didáticas, museus,

herbários, biotérios etc., disponíveis na UFPA, contribuem para a sua

aprendizagem?

58%21%

18% 3%

Baixa Média Alta Nulo

GRÁFICO 11 - Em que medida os recursos audiovisuais utilizados nas

atividades de ensino contribuem para a sua aprendizagem?

36%

27%

34%3%

Baixa Média Alta Nulo

Page 90: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

88

COORDENADOR DO CURSO

GRÁFICO 12 - Orienta o percurso acadêmico dos alunos deixando claro o Projeto Pedagógico ou grade curricular

do curso?

40%

24%

34%2%

Baixa Média Alta Nulo

GRÁFICO 13 - Estimula a organização de eventos (ciclo de palestras, visitas

monitoradas, etc.)?

50%

21%

26%3%

Baixa Média Alta Nulo

GRÁFICO 14 - Mantém um bom relacionamento com os alunos?

32%

18%

48%

2%

Baixa Média Alta Nulo

GRÁFICO 15 - É disponível para atendimento aos alunos?

33%

26%

39%2%

Baixa Média Alta Nulo

GRÁFICO 16 - Demonstra conhecer as estruturas acadêmico-administrativas da

UFPA?

17%

16%51%

4%

Baixa Média Alta Nulo

TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

GRÁFICO 17 - Os (as) secretários(as) estão disponíveis para atendimento aos

alunos?

29%

29%

40%1%

Baixa Média Alta Nulo

GRÁFICO 18 - Em que medida você consegue resolver questões acadêmicas

com o apoio das secretarias?

36%

29%

24%2%

Baixa Média Alta Nulo

Page 91: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

89

GRÁFICO 19 - As atividades ficam comprometidas pela ausência do apoio

técnico?

34%

25%

37%3%

Baixa Média Alta Nulo

GRÁFICO 20 - Os técnicos que dão suporte às atividades de seu curso

desempenham satisfatoriamente as suas funções?

34%

30%

33%3%

Baixa Média Alta Nulo

GRÁFICO 21 - Os técnicos e secretários demonstram cordialidade no

relacionamento com os alunos?

29%

28%

39%

4%

Baixa Média Alta Nulo

REFERÊNCIA DE NOTAS

0%5%10%15%20%25%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

GRÁFICO 22 - Em uma escala de 0 a 10, qual nota você daria para seu curso?

0%5%10%15%20%25%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

GRÁFICO 23 - Em uma escala de 0 a 10, qual nota você daria para a instituição UFPA?

Page 92: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

90

0%5%10%15%20%25%30%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

GRÁFICO 24 - Em uma escala de 0 a 10, qual nota você daria para você como estudante?

Nos dias 28 e 29 de agosto de 2006, a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação coordenou

importante Seminário Internacional de Avaliação Educacional, com mais de 400 pessoas

inscritas e a participação efetiva de representes das três categorias acadêmicas da UFPA, de

alunos e profissionais de outras instituições de educação do Pará. O Seminário foi realizado

com o objetivo de: estimular o debate na área da avaliação educacional; propor medidas para

a melhoria da educação superior no Estado; e a socialização de resultados alcançados — pela

UFPA e por outras instituições educacionais do Estado. Os palestrantes representavam cursos

já submetidos a processos de avaliação interna. Coube ao Prof. Dr. Almerindo Janela Afonso,

da Universidade do Minho/Portugal, a conferência de abertura do evento, com o tema

“Sociologia da Avaliação Educacional”.

e) Reformulação dos Projetos Pedagógicos

O Projeto Pedagógico representa o instrumento fundamental para definir a identidade

de um curso de Graduação, por meio de uma dinâmica de construção coletiva a partir, não só,

de orientações legais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação, mas também em

conformidade com a missão institucional estabelecida no Plano de Desenvolvimento 2001–

2010, e ainda considerando as exigências atuais do mundo do trabalho.

O novo modelo de ensino pretendido pela UFPA passa pela revisão do Projeto

Pedagógico da Instituição, com a adoção de currículos flexíveis, atualizados e mais

condizentes com as mudanças da realidade mundial e regional, em que os saberes se inter-

relacionem e se complementem através da utilização de modernas tecnologias de ensino.

Pretendem-se reformas que atendam a um maior número de alunos e permitam o aumento da

produção do conhecimento científico, formando profissionais mais atualizados, competentes e

capazes de intervir na realidade.

Page 93: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

91

Na Universidade Federal do Pará, o compromisso com a atualização e mudanças na

organização curricular de seus cursos de graduação vem sendo assumido desde 1996, com a

realização do Seminário: Os currículos de graduação frente ao desafio de um novo milênio,

que teve por objetivo provocar as indagações necessárias sobre os currículos de graduação.

A fim de orientar a construção e/ou revisões de Projetos Pedagógicos, foram

instituídas em junho de 2004, pelo Conselho Superior de Ensino e Pesquisa, as Diretrizes

Curriculares para os Cursos de Graduação da Universidade Federal do Pará, após ampla

discussão no Fórum da Graduação da Instituição.

O cenário atual da UFPA em relação aos Projetos Pedagógicos reflete o resultado das

estratégias de sensibilização que vêm sendo adotadas pela PROEG, dentre as quais se

destacam:

Simpósio sobre Projetos Pedagógicos;

capacitação Docente para elaboração de Projetos Pedagógicos;

assessoria na Implementação e Acompanhamento de Novos Projetos;

aprovação das Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação da UFPA;

publicação do CADERNO 7 da PROEG e;

o Programa Integrado de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (PROINT).

O GRÁFICO 25 apresenta a situação atual do processo de reformulação dos projetos

pedagógicos.

A mobilização dos cursos de graduação da UFPA retrata o comprometimento dos

mesmos com a formação de profissionais inseridos na dinâmica do contexto educacional

contemporâneo.

Gráfico 25 – Situação atual do processo de reformulação dos projetos pedagógicos. Fonte: DAC/PROEG.

8

1

18

9

16

64

12 10

15

Capital Interior

Sistematização noCurso

No DAC para análisepreliminar

No Curso paraadequação

Na Câmera de Ensino

Regulamentados eimplementados

Page 94: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

92

A organização curricular, parte integrante do Projeto Pedagógico dos Cursos de

Graduação, pauta-se, no âmbito da UFPA, nos seguintes princípios:

integração da pesquisa e da extensão às atividades de ensino;

articulação permanente de conhecimentos e saberes teóricos, com a aplicação em

situações reais ou simuladas;

adoção de múltiplas linguagens que permitam ao aluno a identificação e a

compreensão do seu papel profissional social;

liberdade acadêmica e gestão curricular democrática e flexível, possibilitando a

participação do aluno em múltiplas dimensões da vida universitária.

Com a adoção do modelo de universidade multicampi, torna-se imperativo interiorizar,

também, o apoio pedagógico às diversas ações didático-científicas. Tal apoio, por ter estrutura

diminuta e estar centralizado no âmbito do DAC, não tem atendido plenamente às demandas,

o que impõe a necessidade de uma ação integrada que tenha como meta principal a otimização

das situações de aprendizagem e que esteja articulada à realização do Projeto Pedagógico

Institucional e dos Projetos Pedagógicos dos cursos. A proposta é de criação dos Comitês de

Apoio Pedagógico (CAPs) com o objetivo de promover a integração mais efetiva do

Departamento de Apoio Didático-Científico com os sujeitos acadêmicos dos cursos de

graduação, em especial, docentes e discentes, tendo em vista a necessidade da socialização da

discussão pedagógica e a construção conjunta de propostas que possam atender às diferentes

necessidades de aprendizagem, difundindo e multiplicando experiências inovadoras e

estimulantes com vistas a melhorar a graduação na UFPA.

f) Alguns números da graduação

Os GRÁFICOS 26, 27, 28 e 29 expressam os números da graduação na UFPA, no que

se refere aos cursos e alunos matriculados.

Nº deCursos

153 172 202 241 242 274 312

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Gráfico 26 – Evolução do número de cursos na graduação. Fonte: DEINF.

Page 95: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

93

74%

26%

Capital: 81 Interior: 231

No período de 2000 a 2006, houve um aumento de 103,9% no número de cursos de

graduação ofertados pela UFPA. Disso decorreu um salto expressivo no número de alunos

matriculados.

26.421

28.921

33.198

33.164

33.915

35.213

37.508

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

62%

38%

0%

50%

100%

Capital: 23.106 Interior: 14.402

Nos últimos 7 anos (2000/2006), a Universidade Federal do Pará apresentou um

aumento expressivo no número de alunos matriculados em seus atuais 312 cursos de

Gráfico 27 – Número de cursos de graduação em 2006. Fonte: DEINF.

Gráfico 28 – Evolução do número de alunos matriculados na graduação. Fonte: DEINF

Gráfico 29 – Número de alunos matriculados na graduação em 2006. Fonte: DEINF.

Page 96: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

94

Graduação, passando de 26.421 alunos em 2000, para 37.508 em 2006, um incremento da

ordem de 41,9% no período.

Aqui, foram computados, também, os alunos dos cursos de contratos financiados pelo

FUNDEF, convênios com Prefeituras e com a Secretaria de Estado de Educação, para a

formação de professores do Ensino Básico das Redes Públicas Estadual e Municipais de

Ensino, que somam 3.626 alunos matriculados.

A relação aluno/professor é de 19,1 e, em que pese estar dentro dos parâmetros

estabelecidos pelo MEC, refere-se à média Institucional, uma vez que em alguns campi do

interior esta relação atinge 45. Diante desse quadro, constata-se que a UFPA está no limite de

sua capacidade operacional, principalmente em seus Campi localizados no interior, para a

absorção da demanda crescente de alunos que buscam o ingresso no Ensino Superior em todo

o Estado.

A relação aluno/técnico-administrativo (excluídos os Hospitais Universitários) é de

15,8. Apesar de ser considerada satisfatória, ainda apresenta desequilíbrio entre as unidades,

com destaque para os Campi do interior e alguns setores estratégicos que exigem pessoal

técnico qualificado de nível superior.

Vale ressaltar que o número de alunos matriculados nos cursos de graduação ofertados

no interior do Estado passou de 8.905, em 2000, para 14.402, em 2006, um aumento

expressivo de 61,8%. Observa-se ainda que o número de alunos matriculados em 2006, nos

nove campi do interior, representa 38.4% do total de alunos matriculados na UFPA, o que

confirma o sucesso do Modelo de Universidade Multicampi.

Apesar dos índices até aqui apresentados serem favoráveis ao desempenho

institucional, o número de alunos com matrícula trancada cresceu significativamente nos

últimos cinco anos, com exceção do ano de 2004, que apresenta um declínio — conforme se

observa no GRÁFICO 30.

Page 97: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

95

2000 914 46

2001 1.041 117

2002 1.083 149

2003 1.094 159

2004 947 133

2005 1.072 218

Capital Interior

O GRÁFICO 31 domonstra que os números evoluíram no tocante aos alunos que

concluíram seus cursos. Em 2000, o total de alunos anualmente diplomados perfazia 2.580; já

em 2005, o número de graduados totalizou 5.361 alunos: um crescimento de 107,8%. Se

comparados com o número de vagas ofertadas no PSS de 2005, 6.199 vagas, o sucesso das

colações de grau naquele ano deve ser considerado excelente, já que a razão é de

praticamente um para um entre ingressantes e concluíntes.

2.580

2.425

3.615

4.503

4.923

5.361

2000

2001

2002

2003

2004

2005

Nessa evolução houve um crescimento paralelo de alguns cursos, que passaram a

diplomar o dobro de alunos que estavam sendo graduados em anos anteriores. Entende-se que

esse salto se deve ao desempenho dos Coordenadores dos Colegiados dos Cursos em realizar,

em um breve tempo de gerenciamento, mecanismos que resultaram no retorno do aluno às

Gráfico 30 – Número de matriculas trancadas. Fonte: DEINF.

Gráfico 31 – Número de alunos diplomados. Fonte: DEINF.

Page 98: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

96

salas de aula, na valorização da matrícula e no desempenho, com um número maior de

aprovações. Para a obtenção desses resultados, o DERCA contribuiu com dados e

informações jurídicas que subsidiaram os Coordenadores a realizar um melhor

acompanhamento junto ao alunado.

g) Programa de Melhoria do Ensino de Graduação (PROMEG)

No momento em que os sujeitos acadêmicos compreendem a necessidade da

construção, implementação e avaliação contínua e sistemática dos projetos pedagógicos.dos

cursos da UFPA, surge o Programa de Melhoria do Ensino da Graduação como uma iniciativa

de apoio didático e científico por meio de ações concretas e complementares, dirigidas ao fim

último de bem formar cidadãos. A Pró-Reitoria de Graduação, ao implantar este Programa,

tem a perspectiva de que o desenvolvimento de seus eixos estruturantes, a seguir descritos,

possa contribuir para promover a melhoria do ensino de graduação, incrementar a

modernização pedagógica e tecnológica do processo de aprendizagem, fortalecer o

acompanhamento e a auto–avaliação dos cursos e implementar a política institucional de

estágio.

Eixos estruturantes do PROMEG:

Assessoramento e acompanhamento à construção dos Projetos Pedagógicos dos

cursos de graduação;

avaliação a acompanhamento dos cursos de graduação;

formação de coordenadores de cursos;

acompanhamento dos Comitês de Apoio Pedagógico;

socialização de informações e experiências pedagógicas;

sensibilização para a transformação das ações pedagógicas cotidianas;

modernização da Central de Estágio.

Estes eixos são contemplados pelo desenvolvimento de projetos integrados,

desenvolvidos para fortalecer a relação ensino-prática profissional e a integração professor–

aluno na “investigação e busca de esclarecimentos e propostas de soluções específicas e

originais para diferentes situações, possibilitando o aprendizado vivencial e a autonomia de

pensamento”.

h) Educação a Distância

Um número cada vez maior de pessoas tem encontrado dificuldades para freqüentar as

salas de aula, devido a uma série de fatores, dentre eles a falta de recursos humanos e

Page 99: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

97

financeiros no sistema educacional brasileiro, em especial na rede pública, além das

limitações no que se refere ao aporte na estrutura física. Esse é um problema que só será

resolvido com investimentos massivos em educação, o que não se espera em curto prazo.

Nesse contexto, a educação a distância surge como uma alternativa para atender à

demanda excluída do ensino presencial. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, o

objetivo social de democratizar a educação tem sido a principal motivação para o crescimento

da educação a distância que já é uma realidade na Universidade Federal do Pará.

Em 2004, a UFPA implantou o seu primeiro curso de graduação na modalidade

Licenciatura em Matemática. Com 330 alunos, abrange 14 municípios — de Juruti, na

fronteira com o Amazonas, a Vigia, no nordeste do Pará. Os municípios de mais baixo Índice

de Desenvolvimento Humano (IDH), como os do Marajó, foram os mais favorecidos. Em

junho de 2006 foi implantado o curso de graduação em Administração a distância. Foram

ofertadas 500 vagas destinadas exclusivamente a servidores públicos da rede municipal,

estadual e federal e funcionários do Banco do Brasil. Das vagas ofertadas, 375 foram

preenchidas por funcionários do Banco, 35 por servidores públicos da própria Universidade e

as demais por funcionários de outras instituições públicas. A iniciativa pretende melhorar a

qualificação dos servidores e funcionários públicos e faz parte do Programa de educação a

distância Universidade Aberta do Brasil (UAB), do MEC. O curso será realizado a distancia

quase que integralmente. Os 30% de aula presencial serão realizados nos pólos de ensino

locais, laboratórios tecnológicos construídos para a realização do projeto UAB. Ao todo, são

seis pólos que funcionarão em Altamira, Belém, Capanema, Marabá e Santarém.

Até 2009, a UFPA deverá ter cerca de 5 mil alunos no modelo de ensino a distância.

Além dos cursos de Licenciatura em Matemática e de Administração, já oferece os cursos de

graduação em Letras, Química e Biologia. Na pós-graduação são ofertadas especializações

nas áreas de recursos hídricos, direito ambiental e letras, além de planejamento e gestão da

Amazônia que já está na terceira versão do curso.

Em 2005, a UFPA investiu 100 mil para a construção, na Biblioteca Central, da sua

primeira sala de vídeo-conferência interativa, e repassou 60.mil para a elaboração de

materiais didáticos dos cursos. A Secretaria de Educação a Distância do MEC apoiou com

recursos da ordem de 300 mil a elaboração de material didático e deslocamento de tutores.

Estima-se que a UFPA terá, em 2010, em torno de 10 mil alunos na modalidade. Para

as dimensões geográficas continentais do estado do Pará, que dificultam o deslocamento,

além do alto índice de pobreza, a metodologia a distância pode, efetivamente, ser a melhor

Page 100: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

98

forma de democratização do acesso à educação superior e formar quadros qualificados para o

ensino básico nos municípios mais distantes dos principais centros urbanos.

Page 101: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

99

5.2.2 Ensino de Pós-Graduação

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESP) da UFPA é a responsável

pela coordenação das atividades de pesquisa e pós-graduação da instituição.

Estão implementados 33 programas de pós-graduação stricto sensu, incluindo 12

cursos de Doutorado, 32 de Mestrado Acadêmico e 01 de Mestrado Profissional. Esses

programas atendem em seu conjunto 423 alunos de doutorado e 1.655 alunos de mestrado,

totalizando 2.078 alunos matriculados. No período de 2000 a 2005 foram concluídas 203 teses

de doutorado e 1.759 dissertações de mestrado.

Os Programas de Pós-Graduação stricto sensu ofertados pela UFPA sofreram

variações diferenciadas nos últimos seis anos, com destaque para os cursos de doutorado que

tiveram um aumento de mais de 70%. Em 2000, foram ofertados 30 cursos de pós-graduação

stricto sensu sendo, 7 de doutorado e 23 de mestrado.

Houve um aumento significativo em relação ao número de alunos matriculados, tendo

em vista que em 2000 haviam 956 alunos matriculados, sendo 172 nos cursos de doutorado e

784 nos cursos de mestrado, enquanto que em 2005 esse número subiu para 2.078 alunos

matriculados, sendo 423 nos cursos de doutorado e 1.655 nos cursos de mestrado,

verificando-se um aumento de 117%.

Em 2005, a média ponderada dos conceitos atribuídos pela CAPES, foi de 3,74. Os

GRÁFICOS 32 e 33 ilustram, respectivamente, os conceitos obtidos pelos cursos de

doutorado e de mestrado ofertados pela UFPA.

67%

8%8%17%

C3 C4 C5 C6

36%55%

3%6%

C3 C4 C5 C6

Quanto à pós-graduação lato sensu, a UFPA retomou gradativamente a oferta dos

cursos em nível de especialização, os quais foram reduzidos consideravelmente ao longo dos

anos, principalmente por restrições orçamentárias para o financiamento destes.

Estão em execução 40 cursos de Especialização em diferentes áreas do conhecimento.

No decorrer de 2005 foram concluídos 54 cursos e 1.073 monografias.

Gráfico 32 – Conceitos obtidos pelos cursos de doutorado Fonte: PROPESP.

Gráfico 33 – Conceitos obtidos pelos cursos de mestradoFonte: PROPESP.

Page 102: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

100

O QUADRO 8 e os GRÁFICOS de 34 a 42, a seguir, expressam os números da Pós-

Graduação na UFPA.

GRANDE ÁREA ÁREA PROGRAMA NÍVEL CONCEITO

CAPES ANO

INICIO

Psicologia Teoria e Pesquisa

do Comportamento

Mestrado/ Doutorado 5 1987/1999

Sociologia (Ms 1999)/

Antropologia (Ms 1994)

Ciências Sociais: Antropologia,

Sociologia

Mestrado/ Doutorado 3 Dr–2003

Educação Educação Mestrado 4 2003 História História Mestrado 3 2004

Geografia Geografia Mestrado 3 2004

Ciências Humanas/

Sociais

Psicologia Psicologia Clínica e Social Mestrado 3 2005

Direito Direito: Direito Público

Mestrado/ Doutorado 4 1984/2003 Ciências Sociais

Aplicadas Serviço Social Serviço Social Mestrado 3 2003

Letras e Artes Letras/ Lingüística

Letras: Lingüística e

Teoria Literária Mestrado 3 1987

Engenharias IV Engenharia Elétrica

Mestrado/ Doutorado 4 1986/1998

Engenharias IV

Engenharia Elétrica:

Processos Industriais

Mestrado Profissio-

nal 4 2000

Engenharias II Engenharia Química Mestrado 3 1992

Engenharias III Engenharia Mecânica Mestrado 3 1994

Engenharias

Engenharias I Engenharia Civil Mestrado 3 2001

Zoologia I Zoologia Mestrado/ Doutorado 4 1996/1999

Ciências Biológicas I

Genética e Biologia

Molecular

Mestrado/ Doutorado 4 2001

Parasitologia

Biologia de Agentes

Infecciosos e Parasitários

Mestrado/ Doutorado 4 2004/2005

Ciências Biológicas

Neurociências e Biologia Celular

Mestrado/ Doutorado 4 2004

Ciências Biológicas

Oceanografia Biológica

Biologia Ambiental Mestrado 3 2000

Medicina II Doenças Tropicais Mestrado 3 1994 Ciências da Saúde

Odontologia Odontologia Mestrado 3 2004

Page 103: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

101

GRANDE ÁREA ÁREA PROGRAMA NÍVEL CONCEITO

CAPES ANO

INICIO

Zootecnia Ciência Animal Mestrado 3 1999

Agronomia Agriculturas Amazônicas Mestrado 4 2000

Ciências Agrárias Ciência de Alimentos

Ciência e Tecnologia de

Alimentos Mestrado 3 2004

Geociências Geologia e Geoquímica

Mestrado/ Doutorado 6 1973/1992

Geociências Geofísica Mestrado/ Doutorado 4 1992/1992

Química Química Mestrado/ Doutorado 4 1987/2005

Física Física Mestrado 3 2003 Matemática/

Probabilidade e Estatística

Matemática e Estatística Mestrado 3 2004

Ciências Exatas e da Terra

Computação Ciência da Computação Mestrado 3 2005

Multidisciplinar Desenvolvimento

Sustentável do Trópico Úmido

Mestrado/ Doutorado 5 1977/1994

Ensino de Ciências e

Matemática

Educação em Ciências e

Matemáticas Mestrado 3 2002 Multidisciplinar

Multidisciplinar Ciências

Ambientais Mestrado 3 2005

Quadro 8 – Programas/Cursos de Pós-Graduação da UFPA. Fonte: PROPESP.

12

32

105

101520253035

Doutorado Mestrado MestradoProfissional

Gráfico 34 – Número de cursos de Pós-Graduação da UFPA. Fonte: PROPESP.

Page 104: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

102

Teses 19 26 33 28 28 32

Dissertações 138 167 246 226 237 355

2000 2001 2002 2003 2004 2005

1212

109

77

2000 2001 2002 2003 2004 2005

172206

251 256 274

423

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 36 – Evolução dos cursos de Doutorado da UFPA. Fonte: PROPESP.

Gráfico 37 – Alunos matriculados nos cursos de Doutorado da UFPA. Fonte: PROPESP.

Gráfico 35 – Teses e Dissertações defendidas. Fonte: PROPESP.

Page 105: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

103

33

2320

2327

31

2000 2001 2002 2003 2004 2005

784936 850

1.0311.165

1.655

2000 2001 2002 2003 2004 2005

2736

57 55

90 94

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 38 – Evolução dos cursos de Mestrado da UFPA.Fonte: PROPESP.

Gráfico 39 – Alunos matriculados nos cursos de Mestrado da UFPA. Fonte: PROPESP.

Gráfico 40 – Evolução dos cursos de Especialização da UFPA. Fonte: PROPESP.

Page 106: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

104

893 931

1.7202.027

3.877 3.750

2000 2001 2002 2003 2004 2005

662346 289

678399

1.073

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Para permitir uma melhor avaliação dos cursos de Especialização e de questões gerais

de interesse da Câmara de Pesquisa do CONSEP, foi estruturado um comitê assessor para a

mesma, com a finalidade de apoiá-la. As ações desencadeadas por este comitê possibilitaram

um re-ordenamento da sistemática de aprovação, acompanhamento e avaliação dos cursos de

Especialização, seguindo as normas definidas pelo MEC e pela própria UFPA. Em particular,

foi exigido um projeto pedagógico para cada novo curso proposto, seguindo o modelo

fornecido pela SESu/MEC.

Foi efetivada no segundo semestre de 2005 a realização do I Seminário da Pós-

graduação da UFPA, com participação efetiva de todos os 33 Programas existentes, em sete

reuniões organizadas por grandes áreas de conhecimento. Essas reuniões permitiram

visualizar a situação dos diferentes programas e suas adaptações às críticas recebidas durante

a avaliação trienal (2001-2003) da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível

Superior (CAPES). Pretende-se manter, a organização periódica de seminários análogos ao

que foi realizado, como forma de potencializar o diálogo, disseminar informações e promover

a interação entre os diferentes programas e destes com a PROPESP.

O Catálogo dos Cursos da Pós-Graduação da UFPA, lançado em 2005, sintetiza as

principais informações sobre os programas existentes na UFPA e permite uma visão geral da

Gráfico 41 – Alunos matriculados nos cursos de Especialização da UFPA. Fonte: PROPESP.

Gráfico 42 – Monografias defendidas.Fonte: PROPESP.

Page 107: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

105

atuação da instituição na pós-graduação stricto sensu. No segundo semestre, o catálogo foi

disponibilizado na página da UFPA, estando acessível permanentemente também em meio

eletrônico.

Page 108: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

106

5.2.3 Pesquisa

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, por meio de seu Departamento de

Pesquisa, mantém convênio com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq) para viabilização de bolsas do PIBIC/CNPq aos pesquisadores e alunos

da UFPA, a fim de desenvolver a iniciação científica na UFPA. Em 2005 foram contemplados

123 pesquisadores e 231 alunos. Entretanto, visando alcançar um universo maior, a UFPA

entra com recursos próprios e, por meio do Programa PIBIC/UFPA, contempla mais 105

alunos e 83 pesquisadores.

A UFPA é a instituição de ensino superior mais importante da região Norte. No que

diz respeito à pesquisa, também é a que mais produz do ponto de vista quantitativo e

qualitativo. Segundo dados recentes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico, a Universidade tem 24% dos grupos de pesquisa da Amazônia. Além disso,

45% de mestres e doutores em atividade na região também estão na UFPA.

Em 2005 foram concluídos 34 projetos de pesquisa em todas as áreas do

conhecimento, envolvendo 61 docentes. Atualmente, em execução, há 381 projetos com 594

docentes-pesquisadores e 42 técnicos, com ações no campus de Belém e em cinco campi do

interior. O GRAFICO 43 demonstra o número de servidores envolvidos com projetos de

pesquisa.

594

42 470

Capítal Interior

DocentesTécnicos

Como todos os anos, estes projetos são apresentados em seminários e os resumos

publicados nos respectivos Anais. O de 2002 contou com a participação do Setor de

Documentação e Informação, que deu uma nova formatação à estrutura dos Anais, a fim de

facilitar o acesso à informação, com acréscimo de dados usualmente utilizados pelo CNPq e

normalizado segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

O Setor de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia contabilizou, em

2005, o registro de 94 obras intelectuais, 9 marcas e 4 patentes. Este Setor também emite

Gráfico 43 – Número de servidores envolvidos com pesquisa. Fonte: PROPESP.

Page 109: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

107

pareceres em contratos e/ou convênios de interesse da UFPA, os quais são solicitados pela

Procuradoria Geral. No QUADRO 9 estão descritos os tipos e a quantidade dessas obras.

DESCRIÇÃO QUANTIDADE Poesia 13

Romances 3 Didático/Pedagógico 18 Música (Letras e Partituras) 20 Teatro (Peças) 5 Técnico/Científico 6 Teses/Monografias 6 Contos/Crônicas 5 Cinema/TV 5 Político/Filosófico 1 Personagens/Desenhos 1 Biografias 1 Outros 10 TOTAL 94 Quando 9 – Tipos e quantidades de obras intelectuais. Fonte: PROPESP.

No novo milênio, a UFPA trabalha para se consolidar como um pólo de geração de

conhecimento, buscando maior interação com o setor produtivo e passando, pouco a pouco, a

interferir nas cadeias produtivas do Estado.

Para tanto, estabeleceu-se um canal permanente de articulação com os pesquisadores,

de importância fundamental para o crescimento registrado no setor. A exemplo do Comitê de

Pesquisa, que já existia, foi criado um Comitê de Pós-Graduação, onde são discutidos

propostas e projetos. Nenhuma idéia nova vai para a Coordenação de Aperfeiçoamento do

Pessoal de Nível Superior, Ministério da Ciência e Tecnologia, Financiadora de Estudos e

Projetos (Finep), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico ou outro

órgão de fomento sem que antes tenha sido discutida amplamente no Comitê.

O trabalho de captação de recursos financeiros foi ampliado, viabilizando a

modernização e ampliação da infra-estrutura e dos serviços de apoio à pesquisa. Foram

captados recursos — Tesouro, Fundos Setoriais, Contratos e Convênios — destinados às

reformas e construção de laboratórios, aquisição de equipamentos, ampliação de bibliotecas e

construção de novos espaços para aulas.

Entre os setores que mais avançaram, destacam-se as pesquisas nas áreas de recursos

hídricos, energia, tecnologia de alimentos e biologia.

Quanto ao número de artigos científicos publicados, a Universidade responde por 46%

de toda a produção científica regional, conforme evolução demonstrada no GRÁFICO 44.

Page 110: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

108

495 462 430570 633

328 374 390 379 415

2001 2002 2003 2004 2005

Projetos Pesquisadores

Claro que, em termos nacionais, a produção da UFPA ainda representa muito pouco.

Ainda existe uma disparidade acentuada em relação a outras regiões, em função do número

reduzido de pesquisadores na Amazônia. Em conseqüência disso, os investimentos são

menores, se comparados a outros centros, transformando-se tal fenômeno num círculo

vicioso. A saída é investir na formação de recursos humanos qualificados para desenvolver

pesquisa. E isso tem sido feito de forma muito positiva, principalmente no Pará e no

Amazonas, por meio da UFPA, da EMBRAPA Amazônia Oriental, do Museu Emílio Goeldi,

da Universidade Federal Rural da Amazônia, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

e da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Em 2004 foi firmado, entre as instituições que fazem pesquisa na área de saúde, o

Acordo Multilateral de Cooperação Técnico-Científica em Saúde das Instituições da

Amazônia. O objetivo dessa iniciativa é reverter um quadro também preocupante: o número

de pesquisadores, de doutores e, conseqüentemente, a produção científica na área de saúde

ainda é muito aquém das necessidades regionais. Para mudar esse panorama, as instituições

estão procurando unir esforços para incentivar pesquisas em rede nas áreas prioritárias para a

região e incentivar a formação de pessoal e a captação de recursos.

São propostas do acordo:

Identificar os grupos de pesquisa em saúde na região;

incentivar a criação de fundações de apoio à pesquisa nos Estados que ainda não as

criaram;

aproximação com os gestores e parlamentares da região para incentivar o

financiamento de atividades de pesquisa;

identificar instituições nacionais e internacionais com potencial para financiar

pesquisas em saúde na região;

Gráfico 44 – Número de projetos de pesquisa e de pesquisadores. Fonte: PROPESP.

Page 111: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

109

descentralizar cursos stricto sensu, criando cursos que possam beneficiar mais de

um Estado.

Como resultado desse acordo pode-se destacar a criação do Curso de Mestrado em

Saúde, Sociedade e Endemias, aprovado pela Capes e desenvolvido numa parceria entre a

UFPA, a UFAM e Instituto Oswaldo Cruz. São 15 alunos da UFPA e 14 da UFAM.

Há um esforço coletivo das universidades da Amazônia, que vêm buscando estratégias

para a superação dos fatores impeditivos ao desenvolvimento da pesquisa na região, seja por

meio da formação de doutores, seja pela contratação e incentivo à fixação de doutores

formados em outros centros. Mas isso ainda é um desafio a ser vencido.

Page 112: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

110

5.2.4 Extensão e Inclusão Social

Cada vez mais a sociedade está a demandar a participação da Universidade na

discussão de aspectos importantes para o desenvolvimento humano, social e econômico e,

conseqüentemente, para a melhoria da qualidade de vida das populações.

Há cerca de 130 anos começaram as atividades de Extensão Universitária na Inglaterra

e, há cerca de 70, no Brasil. Durante todo este tempo, o conceito de Extensão vem sendo

construído, uma vez que sofre decididamente influências da evolução do conhecimento ou da

ciência em contextos históricos diferenciados, especialmente no século passado. Inicialmente

(e até bem pouco tempo) tal conceito esteve muito ligado ao assistencialismo. O foco da ação

extensionista era, assim, as comunidades de baixa renda e a Extensão Universitária era

compreendida como ponte entre a Universidade e essas populações.

No momento presente, apesar das ações assistenciais continuarem sendo, de certa

forma, ainda necessárias, principalmente em regiões do país com grandes bolsões de exclusão

social, compreende-se a Extensão Universitária de modo mais amplo, sendo uma ação

integradora das várias áreas do conhecimento, imbricando-se tanto à Pesquisa como ao

Ensino. Com base no Plano Nacional de Extensão, podemos dizer que a Extensão

Universitária constitui-se em um processo educativo, científico e cultural realizado por meio

de ações integradas com a pesquisa e o ensino na sociedade, situando-se numa perspectiva

transformadora, de modo a contribuir quer para a formação cidadã do estudante

universitário quer para o desenvolvimento sustentável local.

Discutindo sucintamente a concepção acima, podemos dizer que o processo

extensionista é:

Educativo, enquanto ação que, em todos os seus níveis, envolve o ensinar e o

aprender. Pela lei 10.072, de 09 de janeiro de 2001, pelo menos 10% dos créditos

para integralização curricular de cursos de graduação devem ser correspondentes à

participação dos alunos em atividades de Extensão. Este é um aspecto que parece

muito importante como contribuição da Universidade para a formação cidadã dos

seus graduandos. Além disso, ao oferecer serviços à sociedade ou atender às suas

demandas, a universidade torna acessível o conhecimento — produzido/acumulado

em seu âmbito — aos cidadãos, cumprindo uma das suas importantes funções

transformadoras na sociedade.

Científico, enquanto possibilidade e campo de produção de conhecimento. Toda

atividade de Extensão pode produzir, pelo menos, uma pergunta de pesquisa, que

Page 113: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

111

pode dizer respeito a questões metodológicas ou tecnológicas do trabalho em si, ou

a estudos específicos sobre o objeto de trabalho. Não se pode, entretanto, confundir

esta visão com o trabalho de investigação que se utiliza certa clientela para a

construção de dados de uma pesquisa. Para que se constitua um trabalho de

Extensão com Pesquisa é necessário que a ação desenvolvida na e com a

comunidade tenha em vista a transformação social, quer como acesso ao

conhecimento, quer como melhoria da qualidade de vida de modo mais amplo.

Neste sentido, a Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), responsável pela política de

extensão da UFPA, tem procurado atender a esse novo marco conceitual de Extensão

Universitária, destacando que:

A Extensão Universitária é um processo educativo, cultural e científico que articula

o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora

entre Universidade e Sociedade;

a Extensão é uma via de mão-dupla, com trânsito assegurado à comunidade

acadêmica, que encontra, na sociedade, a oportunidade de elaboração da práxis de

um conhecimento acadêmico;

o fluxo que estabelece a troca de saberes sistematizados, acadêmico e popular, terá

como conseqüências a produção do conhecimento resultante do confronto com a

realidade brasileira e regional, a democratização do conhecimento acadêmico e a

participação efetiva da comunidade na atuação da Universidade.

Com esse objetivo, a PROEX, por meio da Resolução nº 3.298, de 7 de março de

2005, normalizou as ações de extensão, com os seguintes princípios:

A Extensão Universitária é um conjunto de atividades acadêmicas, de caráter

múltiplo e flexível, que se constitui num processo educativo, cultural e científico,

articulado ao ensino e à pesquisa, de forma indissociável, e que viabiliza, através de

ações concretas e contínuas, a relação transformadora entre a Universidade e a

sociedade;

são consideradas Atividades de Extensão as ações de contribuição à sociedade,

segundo uma metodologia contextualizada e constituída a partir do objetivo de

obtenção de resultados em curto prazo, condizentes com o sentido de

responsabilidade social, desenvolvidas sob a forma de programas, projetos, cursos,

eventos, prestação de serviços e produção, publicação e outros produtos

acadêmicos;

Page 114: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

112

as atividades de extensão devem ser desenvolvidas, preferencialmente, de forma

multidisciplinar e devem propiciar a participação dos vários segmentos da

comunidade universitária, privilegiando ações integradas com as administrações

públicas, em suas várias instâncias, e com as entidades da sociedade civil.

Enquanto apoio para estudantes de graduação, a Pró-Reitoria de Extensão busca

implementar o Programa UFPA CIDADÃ, a partir de articulações com os Colegiados de

Cursos, Departamentos e Fórum de Extensão, com vistas a assegurar a participação dos

estudantes universitários em programas e projetos de extensão com contagem de créditos

acadêmicos.

A socialização dos conhecimentos produzidos e acumulados no âmbito acadêmico e a

sistematização dos conhecimentos regionais são viabilizadas por meio da articulação e

proposição da Política de Divulgação e Publicação, estabelecida pela Pró-Reitoria de

Extensão, baseada em ações estratégicas, a saber:

Implantar e fortalecer mecanismos para a institucionalização de programas de

cursos, eventos, assessorias, consultorias e prestação de serviços à sociedade;

estimular a realização de eventos, palestras, oficinas e cursos, tendo em vista a

promoção dos vários saberes e expressões culturais;

elaborar e divulgar catálogos anuais, eletrônicos e impressos, de programas,

projetos, cursos, assessorias, consultorias, oficinas e eventos em geral promovidos

pela UFPA, em suas diferentes áreas do conhecimento;

apoiar a produção e divulgação de produtos, tais como cartilhas, vídeos, cd-rom,

livros e coletâneas, visando à socialização de conhecimentos para a sociedade.

Os Departamentos de Ação Comunitária e Cultural da PROEX atuam como unidades

articuladoras dos programas e projetos de extensão por meio de convênios e parcerias que

contemplam a troca de saberes entre a Academia e a Sociedade, com o objetivo de estimular a

convivência dos estudantes universitários com as comunidades urbanas e rurais do Pará, por

meio da participação em projetos diversos. Enquanto exercitam ações práticas dentro de áreas

específicas, os estudantes travam conhecimento com realidades culturais, econômicas e

sociais diferentes. Essa convivência tende a estimular a formação de profissionais mais

comprometidos com a Sociedade. A TABELA 7 e os GRÁFICOS 45, 46 e 47 apresentam o

número de recursos humanos envolvidos e da clientela atendida nas ações de extensão, no

período compreendido entre os anos de 2000 a 2005.

Page 115: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

113

Tabela 7 – Recursos humanos envolvidos e clientela atendida nas ações de extensão.

Recursos Humanos Envolvidos Ano Nº de

Programas Nº de

Projetos Nº de Docentes

Nº de Técnicos*

Nº de Discentes**

Nº de Pessoas

Atendidas

2000 10 43 144 125 1.004 59.597

2001 18 76 99 76 853 50.083

2002 14 38 195 134 1.599 102.850

2003 9 32 117 156 631 128.943

2004 24 117 239 307 1.300 155.747

2005 23 113 234 172 1.167 135.295

Total 98 419 1.028 970 6.554 632.515

Fonte: PROEX. *Técnicos e/ou colaboradores da UFPA e/ou de outras instituições. ** Da graduação e da pós-graduação.

1018 14

9

24 23

43

76

3832

117 113

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 45 – Programas e Projetos de Extensão. Fonte: PROEX.

Programas Projetos

Page 116: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

114

14412

5

1.004

99 76

853

19513

4

1.599

11715

6

631

239 30

7

1.300

234

172

1.167

2000 2001 2002 2003 2004 2005

DocentesTécnicosDiscentes

59.5

97

50.0

83

102.

850 12

8.94

3

155.

747

135.

295

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX), instituído a partir de 2003,

destina-se a alunos de graduação dos Campi da UFPA e é desenvolvido junto a Programas e

Projetos de Extensão. O QUADRO 10 apresenta a relação dos programas e projetos de

extensão contemplados com bolsas do PIBEX no período de 2003 a 2005 e o GRÁFICO 48

apresenta a evolução do número de bolsas ofertadas no mesmo período.

PROGRAMAS/PROJETOS A Importância do Resgate da Saúde Pública e

Cidadania para os Moradores do Bairro da Área da Liberdade

Programa de Extensăo Museu de Zoologia

A Política dos Serviços de Saúde Mental do Município de Belém

Programa de Multivacinação

Arte na escola Programa Infância e Adolescęncia –

Gráfico 47 – Número de Pessoas Atendidas nas Ações de Extensão. Fonte: PROEX.

Gráfico 46 – Recursos Humanos Envolvidos nas Ações de Extensão. Fonte: PROEX.

Page 117: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

115

PIA/Projeto de Apoio ao programa de enfrentamento ao trabalho infantil doméstico – TID no Pará

Exames Complementares e Análises Clínicas Projeto : “A terceira Idade na Amazônia : Arte e Cultura ”

GETI-Grupo de Estudos da Terceira Idade Projeto Ambulatorio de Especialidades Pediátricas

Identificaçăo e caracterizaçăo bioquímica e molecular dos erros inatos do metabolismo na populaçăo do Estado do Pará

Projeto Através do Cinema: Os Nossos Modos de Ser

O Auto do Círio Projeto de Atençăo Multiprofissional ao Paciente Diabético

Políticas publicas e seguridade social Projeto de Extensăo Esporte Participativo Prgrama Laboratório de Aptidão Física –

LAFIS Projeto Luamim

Programa : Universidade da Terceira Idade – UNITERCI

Projeto Orientação Profissional a Estudantes e Trabalhadores – OPET

Programa de Atençăo a Criança de 0 a 5 Anos com Desnutriçăo Primária

Projeto Patologia Endócrinas na Infância e Adolescencia

Programa de Atividades Artísticas do Núcleo de Artes. Projeto XXXII Encontro de Arte de Belém-ENARTE

Qualidade de Vida e Saúde da Mulher no Climatério

Programa de Extensão do Depto de Psicologia Clínica

QUADRO 10 – Relação dos programas e projetos de extensão contemplados com bolsas do PIBEX. Fonte: PROEX.

0

50

100

150

200

2003 2004 2005

A Universidade realizou em dezembro de 2005, a sua VIII Jornada de Extensão

Universitária. Intitulado “Multirresponsabilidades para inclusão social na Região

Amazônica”, o tema da jornada mostrou que a UFPA está cada vez mais ligada aos problemas

da sociedade paraense e não tem medido esforços para ajudar e contribuir com a mudança do

quadro social. Ao todo foram realizados 11 minicursos, 13 oficinas, 16 prestações de serviços, 69

apresentações de pesquisas de extensão. Toda esta gama de assuntos envolveu a participação

direta de 1.149 pessoas.

Gráfico 48 – Evolução do nº de bolsas ofertadas pelo PIBEX. Fonte: PROEX.

Page 118: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

116

A Extensão trabalha para dar aos seus projetos um caráter permanente e sistemático,

integrando suas atividades ao Ensino e à Pesquisa, proposta pelo modelo estrutural

multicampi. Trata-se de uma profunda mudança na forma de fazer Extensão Universitária, até

então vista como um setor de criatividade, improviso e de iniciativas de caráter temporário e

extemporâneo. Efetivamente, a Extensão é parte indissociável do processo de aprendizagem.

Page 119: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

117

5.3 RESPONSABILIDADE SOCIAL

No início da década de 1970, na Europa, particularmente na França, Alemanha e

Inglaterra, a sociedade iniciou uma cobrança por maior responsabilidade social das

instituições e consolidou-se a necessidade de divulgação dos chamados balanços ou relatórios

sociais.

Além do aspecto ético e humano que a responsabilidade social envolve, ela também

ajuda a promover um maior, melhor e mais justo desenvolvimento humano, social e

ambiental. O balanço social é um indicador de como as instituições desenvolvem o conceito

de responsabilidade social corporativa e instrumento fomentador de ações responsáveis,

visando minimizar a pobreza, a exclusão e as injustiças sociais.

As relações da Universidade Federal do Pará com os diferentes setores vem sendo

materializada por meio da implementação de alguns programas, a seguir detalhados;

UNIVERSITEC: No âmbito da pesquisa aplicada e serviços tecnológicos, a

Universidade Federal do Pará do Pará conta com o apoio da UNIVERSITEC,

estrutura articuladora entre a UFPA e os diversos segmentos do setor produtivo,

governamental e a sociedade em geral, com vistas a disponibilizar os meios

necessários à integração de competências da UFPA para direcioná-las ao

desenvolvimento científico, tecnológico e sócio-econômico da região.

Essa rede de integração articulada pela UNIVERSITEC é formada por dois programas

estruturantes – o Programa de Consultorias e Serviços Tecnológicos e o Programa de

Incubação de Empresas e Parques Tecnológicos – e tem como principais objetivos:

Promover, no âmbito da UFPA, a agregação dos diversos grupos de pesquisa para o

atendimento de demandas por projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação

tecnológica requeridas pelos vários segmentos do setor produtivo e governamental

sediados na região, preferencialmente no Estado do Pará;

estimular e promover processos legais de transferência de tecnologia,

preferencialmente aquela produzida no País e/ou na região, para os setores privado e

governamental;

articular a prestação de serviços aos interessados, dando ênfase ao uso da infra-

estrutura laboratorial e aos recursos humanos oriundos da Universidade;

operacionalizar um Banco de Dados sobre serviços técnicos, laboratoriais e outros

serviços tecnológicos disponíveis na UFPA, no Estado e em todo o País, assim

Page 120: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

118

como um guia de sites de interesse, na Internet, com informações para todos os

segmentos interessados;

organizar eventos, simpósios e exposições pertinentes;

buscar estabelecer formas de cooperação com as entidades representativas da

sociedade civil organizada;

apoiar e/ou articular projetos de normatização, metrologia e certificação;

zelo continuo pelo fomento à política de propriedade intelectual.

Programa Pobreza e Meio Ambiente na Amazônia (POEMA): programa de

pesquisa e desenvolvimento da Universidade Federal do Pará com o fim de garantir

o fomento da produção local dos pequenos produtores rurais da Amazônia,

fornecedores de matéria-prima, como a fibra de coco e látex, apoiando-os com

conhecimentos tecnológicos, comerciais, ambientais e em questões de

responsabilidade social. Os parceiros comprometem-se em preservar a

biodiversidade e os ecossistemas da Amazônia, assim como em manejar, de

maneira sustentável, as áreas degradadas e em verticalizar sua produção agrícola.

Com essa cadeia produtiva foram criados novos empregos, melhorando

consideravelmente as condições de vida das pessoas beneficiadas pelo Programa.

Uma das experiências exitosas foi a criação da empresa POEMATEC – Comércio

de Tecnologia Sustentável para a Amazônia. As atividades da POEMATEC tiveram

início em março de 2001, com a construção da fábrica mais moderna do mundo, no

que diz respeito à produção de artefatos de fibra de coco e látex. A POEMATEC

também vem finalizar uma cadeia produtiva sustentável no Estado do Pará, que tem

seu início na coleta dos recursos naturais, passando pelo processamento até chegar

ao produto final para ser comercializado. As principais aplicações dos materiais são

assentos e bancos para a indústria automobilística, substituindo produtos à base de

petróleo, como a espuma de poliuretano.

O projeto piloto de processamento de fibra de coco foi iniciado na Ilha do Marajó,

na comunidade de Praia Grande e no município de Ponta de Pedras, sendo este

último o local onde a empresa comunitária PRONAMAZON produz encostos de

cabeça e para-sóis para caminhões da marca Mercedes-Benz. Essa experiência foi o

ponto decisivo para a implantação de uma série de unidades de processamento de

fibras, fornecedoras de matéria-prima para a fábrica da empresa POEMATEC.

Page 121: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

119

Central de Biotecnologia da Reprodução Animal (CEBRAN): vinculada ao

Centro Agropecuário da UFPA, voltada para a Biotecnologia da Reprodução

Animal, em especial de bubalinos e bovinos. Foram frutos desse pioneirismo o

congelamento de sêmen e a inseminação artificial em bubalinos e o domínio da

técnica de fertilização in vitro, biotecnologias desenvolvidas pela primeira vez no

Brasil, colocando a UFPA na vanguarda entre as demais Universidades brasileiras e

do mundo, sendo, portanto, hoje considerada uma Instituição de referência nacional

e internacional para o uso dessas tecnologias.

Com o funcionamento da CEBRAN, um novo patamar surgiu na pecuária do Estado

do Pará, pois detém-se em nível regional o que existe de mais moderno em

equipamentos e inovações tecnológicas, conduzidas por uma equipe do mais alto

nível técnico, possibilitando, com isso, a troca de informações entre centros

similares no Brasil e em outros países do mundo, interessados em permutar

recíprocos conhecimentos, colocando, assim, a região permanentemente atualizada

em termos científicos e tecnológicos. Foi o reconhecimento destes fatores que

levaram a Universidade Federal do Pará, através da CEBRAN, a colocar à

disposição de toda a comunidade pecuarista do Pará e do Brasil todo esse potencial

de desenvolvimento do setor.

Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica da UFPA (PIEBT):

fundada há doze anos, é uma estrutura especialmente criada para estimular o

desenvolvimento de novos empreendimentos e modernizar os já existentes,

atuando, principalmente, como um mecanismo de transferência de tecnologia entre

a universidade e o setor produtivo, oferecendo suporte gerencial, científico,

tecnológico e apoio em infra-estrutura.

O Programa é formado por três incubadoras e pelo projeto denominado de “Pré-

Incubação”. Dele participam vinte e duas empresas — residentes, associadas e

graduadas — e doze projetos de pré-incubação. O PIEBT está assim configurado:

Incubadora de Base Tecnológica — que se caracteriza por ser genérica e

atuar nas diversas áreas do conhecimento. É importante destacar que a

maioria das empresas incubadas representa novos nichos de produtos

extremamente promissores e que contam com uma extraordinária demanda

nos mercados nacionais e internacionais. São os produtos naturais da

biodiversidade da Amazônia — cosméticos, óleos naturais e essenciais,

Page 122: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

120

fitoterápicos e fármacos — que contribuem com a mudança da base

produtiva do Estado, que hoje dependem dos minérios e do setor madeireiro,

produtos extrativos em mais de 90% da matriz produtiva do Estado.

Algumas das empresas incubadas hoje se sobressaem em suas atividades no

cenário nacional, seja através de lojas próprias (instaladas em vários

estados), seja por meio de franquias;

Incubadora de Tecnologia da Informação e Comunicação (IETIC): atua

predominantemente na área de informática. As principais temáticas

trabalhadas incluem sistemas baseados na Web, projetos de redes de

computadores tradicionais e de alta velocidade (inclusive óticas),

desenvolvimento de aplicativos baseados em software livre, aplicação de

inteligência artificial (mineração de dados, lógica Fuzzy etc.) em sistemas de

informação geográfica, técnicas de automação e controle para indústria,

jogos eletrônicos e avaliação de desempenho de sistemas (inclusive os de

tempo real), entre outras;

Incubadora de Design (Idesign): segmentada, atua no desenvolvimento de

embalagens e biojóias, utilizando resíduos de madeira nobre certificada na

região Amazônica e artefatos de madeira (confecção de embalagens de

madeira certificada) e beneficia duas empresas, sendo uma associada e uma

graduada;

Projeto Pré-Incubação: visa ao amadurecimento tecnológico e gerencial de

uma idéia até a definição do Plano de Negócios de futuros empreendimentos

nas áreas de atuação do PIEBT.

Os Empreendedores participam da Pré-Incubação através de diversas

atividades, como Instrutorias, Consultorias Específicas, Workshops,

Palestras, etc.

O Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica da UFPA, conforme

demonstrado, já registrou avanços significativos e possui o reconhecimento de

órgãos e instituições de apoio à pesquisa e ao setor produtivo do Estado. Constitui-

se em um instrumento estratégico para a Universidade, pois, além de fomentar a

pesquisa e transferir tecnologia às empresas, muitos alunos conseguem trabalhar e

fazer estágios na incubadora e nas empresas. A partir de suas práticas, produzem

trabalhos de conclusão de cursos e monografias sobre os processos de incubação e a

experiência das empresas incubadas. Na Incubadora é possível exercer o

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121

empreendedorismo de forma concreta, real e contribuir com um dos maiores

desafios da universidade: formar empreendedores. Finalmente, a Incubadora —

além de incubar empresas — é hoje, de fato, um espaço aberto para o debate sobre

inovação tecnológica, desenvolvimento regional e o movimento das pequenas e

microempresas do Estado. Durante o processo de incubação, as empresas adquirem

os conhecimentos necessários para atuar de maneira competitiva e asseguram sua

permanência e inserção no mercado — objetivo maior de qualquer empresa.

Programa de Extensão Multicampi Saúde: coloca-se como importante

instrumento pedagógico de responsabilidade social, ao propor a inserção dos

estudantes em programas de saúde pública. O Programa prevê a participação dos

estudantes do ciclo básico em grandes campanhas de ações preventivas e

promocionais.

No ciclo profissionalizante, eles estão incorporados às redes de atenção

referenciadas. O último ano da faculdade é dedicado, de forma sistemática e com

carga horária estabelecida, à experiência vivencial nos municípios do interior, em

hospitais, ambulatórios e postos de saúde.

Projeto Formiguinha de prevenção ao diabetes na infância: A doença tem uma

estreita relação com a cavidade bucal, pois nela fica possível observar alguns

primeiros sinais da doença. Por isso, o “Projeto Formiguinha”, do Curso de

Odontologia, realiza um trabalho preventivo, no qual atende pacientes infantis

diabéticos ou com tendência para a doença.

O Projeto é um serviço de atendimento odontológico que possui características

educativas, preventivas e curativas das conseqüências do diabetes na cavidade

bucal. Aberto à comunidade, atende crianças de 0 a 12 anos de idade por meio de

acadêmicos do curso de Odontologia da UFPA, com a supervisão de docentes do

Curso. O Projeto é desenvolvido por meio de palestras em escolas, onde as crianças

ficam sabendo sobre a doença e suas repercussões para a boca. O trabalho de

divulgação é feito pelos estudantes que ensinam hábitos saudáveis, métodos de

escovação e de higiene buco-dental, às crianças. A idéia é chamar a atenção para as

conseqüências da doença se não for tratada.

A parte prática do projeto Formiguinha é desenvolvida na Clínica de

Odontopediatria da UFPA, onde são feitas aplicações de flúor nos dentes das

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crianças, tratamentos de lesões já instaladas na cavidade bucal e acompanhamento

dos pacientes participantes do projeto.

O Projeto Formiguinha começou como um programa de iniciação cientifica, onde o

objetivo da pesquisa era levantar a quantidade de pacientes diabéticos ou com

tendência para a doença. A idéia agora é transformá-lo em um projeto de extensão

para que possa atender a um número maior de pacientes e realizar um melhor

trabalho preventivo. Atualmente 20 crianças são atendidas pelo projeto, que já

ganhou vários prêmios em congressos de odontologia infantil e foi tema de muitos

trabalhos científicos.

Programa Multicampiartes – Circuito de Arte e Cultura da UFPA: através das

artes a UFPA busca apresentar à sociedade contribuições ao seu processo de

desenvolvimento material, cultural e espiritual que se realiza pelo caráter interativo

de aperfeiçoamento da visão humanista da vida e a formação de comunidades

emocionais, que a mesma proporciona, além de contribuir com a qualidade do saber

acadêmico, de modo direto e informal, e ao aprimoramento social.

A legitimação social do modelo de trabalho de uma universidade é o alicerce da

compreensão que a sociedade passa a ter dela. Sendo assim, no momento em que a

Universidade Federal do Pará começa a implantar um novo modelo de

relacionamento interno e externo, é estratégico que por todos os meios, esse novo

formato estrutural, seus conceitos, sua metodologia, sejam amplamente

socializados.

O Multicampiartes pode ser um exemplo concreto de aplicação prática desse novo

modelo. O desenho multicâmpico em implantação é lógico, harmônico e auto–

explicativo, na medida em que a espacialização atual da UFPA já é uma base para

essa outra modalidade, coroando e aperfeiçoando o trabalho acadêmico,

amadurecido em seus 10 campi. É um modelo adequado às necessidades de um

equilibrado avanço do ensino, das pesquisas, da extensão; à distribuição geográfica

do Estado; às novas possibilidades de desenvolvimento do Estado; ao maior

equilíbrio de valor conceitual, científico e técnico, entre as pessoas que vivem na

capital e no interior, à distribuição eqüitativa e estratégica de possibilidades na

formação de quadros técnicos para a exigência de competência cada vez maior, do

Pará no contexto amazônico do mundo como “terra-pátria”.

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Por essa razão, o Projeto Multicampiartes já nasce dentro dessa filosofia e no

conceito de trabalho articulado em rede, na realidade multicâmpica da UFPA.

Trata-se de uma forma de se fazer circular as artes nos campi, e dos campi entre si.

Os resultados terão sua culminância no campus de Belém, para promover

repercussão e legitimação do Programa, através dos meios de comunicação

existentes em Belém, como capital do Estado.

O Programa Multicampiartes pretende valorizar e reconhecer as atividades artísticas

nos municípios onde estão instalados os campi da UFPA, garantindo, com isso, o

fortalecimento do vínculo institucional da Universidade com a realidade social,

numa relação mutuamente alimentadora. Outro aspecto, inerente ao Programa é a

democratização das oportunidades de teoria e prática das artes, próprio do caráter

social dessas formas simbólicas da cultura.

Recentemente, a UFPA inaugurou a exposição permanente Jardim das Esculturas

— espaço cultural localizado na área externa do Museu da UFPA, com obras de

artes de renomados artistas paraense.

Campus Flutuante: Os municípios de Soure, Salvaterra, Cachoeira do Arari e

Santa Cruz do Arari, na Ilha do Marajó, serão as primeiras localidades beneficiadas

com a criação do Campus Flutuante da UFPA. Um convênio assinado entre UFPA,

MCT e o Corpo de Bombeiros do Pará para viabilizar a ida dos pesquisadores da

instituição a essas regiões. O MCT disponibilizará recursos financeiros na ordem de

670 mil e o Corpo de Bombeiros fará a cessão do barco Grão Pará — equipado com

laboratórios e biblioteca e com capacidade para 400 pessoas — durante três anos,

período de duração do convênio. Trata-se de uma iniciativa pioneira de

mapeamento completo de todas as áreas de rios da Amazônia para minimizar os

desastres naturais, como enchentes e desabamentos nas encostas dos rios. O

Campus Flutuante é o resultado maior de projetos anteriores, como o IFNOPAP:

projeto integrado da UFPA, de caráter interdisciplinar, denominado O Imaginário

nas Formas Narrativas Orais Populares da Amazônia, concebido no segundo

semestre de 1995; embora exista na forma de programa de pesquisa desde 1993.

Iniciado no Campus de Belém, está hoje implantado nos Campi do interior e este

ano fará sua décima expedição — desta vez, ao município de Bragança. O

IFNOPAP surgiu para investigar e conhecer os mitos das florestas e rios da

Amazônia e significar o imaginário na forma narrativa, oral e popular da Amazônia.

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O projeto tem contribuído de forma significativa para a formação acadêmica de

alunos, tanto da graduação quanto da pós-graduação. Por meio do IFNOPAP já

foram produzidos 12 livros, 17 dissertações de mestrado e 6 teses de doutorado.

Atlas do Esporte no Pará: site www.atlasdoesportepara.com.br, lançado pelo O

Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Pará, em parceria

com a Secretaria Executiva de Esporte e Lazer (SEEL) disponibiliza para o público

em geral o desenvolvimento das atividades esportivas dentro do Estado do Pará. A

idéia é proporcionar um maior reconhecimento nas atividades físicas de saúde,

esporte e lazer, além de competição, danças e jogos realizadas no Estado. O

conteúdo do site também mostra as iniciativas das instituições que apóiam o

desenvolvimento de atividades esportivas, como federações, clubes e academias.

Programa Nacional de Educação para a Reforma Agrária (PRONERA):

Programa do governo federal, que, no Pará, é realizado em parceria com a UFPA,

visa contribuir para a melhoria da qualidade de vida e a conquista da cidadania do

homem do campo. Os trabalhos vêm sendo desenvolvidos nos municípios de

Altamira, Santarém, Bragança, Marabá, Castanhal e Abaetetuba, além de Belém. O

Programa teve início com a alfabetização de pessoas que moram em assentamentos

do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Muitos destes

alfabetizados já concluíram o ensino fundamental e agora estão no médio. Uma

parte das pessoas que já tinha o ensino médio está hoje estudando na UFPA. Em

pouco tempo muitos assentados que começaram a estudar no curso de alfabetização

estarão na universidade. Isso é inclusão social eficiente. Já há o curso de técnicas

agrícolas em nível médio em Castanhal e Altamira. No ensino superior, os cursos

de engenharia agronômica e de pedagogia são os mais procurados pelos assentados.

Em Altamira, a UFPA já iniciou o curso de técnico na área de saúde. Por meio da

UFPA, o PRONERA beneficiou 20 mil pessoas diretamente até agora. A meta é

chegar a 100 mil pessoas nos próximos quatro anos.

As principais entidades parceiras no Programa, além da Universidade Federal do

Pará, são: a Superintendência Regional e Unidades Executoras do INCRA, o

Governo Estadual e secretarias afins, os Governos Municipais e secretarias, as

entidades ligadas à área rural (EMATER, CEPLAC, Casa da Família Rural, etc.), os

Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, as Associações de Trabalhadores Rurais, as

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Cooperativas de Produtores Rurais, e outras organizações sociais presentes na área

de abrangência desse programa.

A UFPA, por meio dos Centros Sócio-Econômico, de Educação e do Campus de

Altamira, elaborou a proposta pedagógica, selecionou e capacita monitores, alunos

universitários e coordenadores locais para a implementação da proposta, organizou

o levantamento da demanda inicial, mobilizou os parceiros e garante a execução do

projeto de acordo com o Plano de Trabalho estabelecido.

Riacho Doce: Surgiu em 1993, como alternativa para melhorar o problema de

segurança do Complexo Esportivo da Universidade Federal do Pará, que enfrentava

um processo desordenado de ocupação das áreas vizinhas.

No início, objetivou a aproximação com a comunidade através de turmas de

iniciação esportiva para crianças e adolescentes, levando à conscientização dos seus

responsáveis da necessidade de colaborarem na manutenção da segurança da

Instituição. Duas vezes por semana, aproximadamente 100 alunos iam praticar

esportes e o objetivo dos professores era apenas a dimensão educacional, sem

preocupação com a performance.

Em pouco tempo, o projeto ganhou outras dimensões, despertando o interesse de

mais participantes. Então, tornou-se necessário aumentar a estrutura existente, o que

só foi possível com a parceria, na época, da Secretaria de Esporte do MEC, depois

substituída pelo Instituto Nacional do Desenvolvimento do Desporto (INDESP) e

mais tarde também com o apoio do Instituto Ayrton Senna.

Hoje, o Projeto é uma proposta acadêmico-social de ação complementar à escola,

desenvolvido pelo Departamento de Educação Física do Centro de Educação da

UFPA, com o apoio do Instituto Ayrton Sena, do Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Secretaria Nacional de

Esportes e do Banco da Amazônia (BASA). Seu principal objetivo é “dar

oportunidade para que crianças e adolescentes de 07 a 14 anos desenvolvam o seu

potencial pela busca da formação integral, com o aprimoramento de competência

pessoais, sociais e cognitivas para o sucesso na vida e na escola, capazes de

promover melhorias na qualidade de vida”. Esta atividade de extensão promove

uma forma de integração da Instituição com a comunidade residente no Campus

Universitário do Guamá, utilizando o esporte como eixo estruturador dos seus

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projetos didáticos e oferecendo atividades esportivas, pedagógicas e arte-educativas,

complemento alimentar, além de atendimento odontológico e de enfermagem.

O projeto atende 700 crianças e jovens e conta com o envolvimento de 150

participantes do Grupo de Pais, 30 egressos do Projeto, 6 alunos do ensino médio,

20 educadores e 40 alunos universitários de vários cursos da área de convergência

do esporte educacional, a saber:

Administração: a participação dos alunos se dá por meio da

operacionalização das atividades gerais, tais como controle de banco de

dados, acompanhamento dos processos de compras, do fluxo de caixa, do

consumo de material, do almoxarifado e coordenam programas de

motivação;

Comunicação Social: os discentes produzem peças publicitárias para

divulgação (cartaz, folder, out door, vídeo), materiais de relações públicas

(camisas, bonés) além da composição de cartilhas e folhetos educativos;

Educação Artística: os estagiários do projeto criam situações que ajudam a

desenvolver a capacidade criativa e sensitiva e, por meio delas, provocar

estímulos que possibilitem o entendimento da Arte num contexto histórico-

social mais abrangente;

Educação Física: O Projeto Riacho Doce elege, anualmente, um tema central

para os seus projetos didáticos, na busca de responder uma necessidade da

sociedade e/ou da comunidade atendida, que suscite o fortalecimento das

competências pessoais, sociais, produtivas e cognitivas. Em 2005, o tema

abordado foi “Educação Física e Esporte: Uma largada para a educação, a

saúde e a paz”, encampando o documento da Assembléia Geral da

Organização das Nações Unidas (ONU) que instituiu para 2005 o Ano

Internacional do Esporte e da Educação Física. Os alunos orientam

atividades esportivas e buscam promover entre os participantes o respeito

pelas diferenças e o desenvolvimento das potencialidades por meio do

esporte educacional.

Enfermagem: os alunos trabalham com a comunidade conteúdos sobre os

efeitos das atividades no desenvolvimento do corpo humano, a importância

da alimentação saudável no desenvolvimento humano, etc.

Nutrição: os alunos avaliam as condições nutricionais, procurando orientar

para os cuidados com a saúde por meio da higiene alimentar, adequadas a

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realidade sócio-econômica das famílias e oferecem um complemento

alimentar as suas necessidades alimentares diárias;

Odontologia: os discentes proporcionam condições para que a saúde bucal,

das crianças e adolescentes, possa ser melhorada, por meio de métodos de

promoção da saúde — prevenção e restauração;

Pedagogia: os alunos do curso conduzem orientações de estudos para as

principais disciplinas escolares, promovem leituras orientadas e coordenam

o desenvolvimento de temas geradores, garantindo um espaço de

complemento à escola;

Serviço Social: os alunos realizam ações que visam maior aproximação com

as famílias dos participantes, permitindo um melhor acompanhamento dos

benefícios individuais proporcionados pelas atividades.

Participam, também alunos do curso de Ciências da Computação e Psicologia.

Resultados de um processo contínuo de avaliação do Instituto Ayrton Senna

indicam que entre os participantes, há mais de um ano no Projeto Riacho Doce, é

quase nulo o índice de evasão escolar e se aproxima muito de 100% o

aproveitamento nos estudos seriados.

Observatório Paraense de Políticas Municipais: Foi criado em 2002 com a

perspectiva de fortalecer as políticas locais buscando respostas às demandas

municipais e tem por objetivo o incentivo às políticas públicas para a assistência

social em Belém, tendo como eixos estratégicos a criação de instrumentos, a

qualificação dos empreendedores populares e o monitoramento do trabalho. O

fortalecimento desta iniciativa se deu por meio da aprovação de alguns projetos

integrados, a saber:

Laboratório de Gestão de Políticas Municipais: tem como objetivo a

disponibilização de instrumentos de referência para o desenvolvimento da

gestão pública nos municípios;

Grupo de Estudo e Produção de Planejamento Municipal da Amazônia:

composto pelos cursos de Serviço Social, Administração, Ciências

Contábeis, Turismo, Biblioteconomia e Economia, Esse projeto sistematiza

estudos sobre planejamento municipal e a discussão de novos conceitos,

metodologias e paradigmas sobre o planejamento. A idéia é de se produzir

material referencial sobre planejamento municipal na Amazônia;

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Sistema de Informação Municipal da Mulher: esse sistema apresenta quatro

eixos fundamentais. O primeiro chama-se Base de Dados Sócioeconômicos,

Culturais e Políticos e vai auxiliar os formuladores de políticas e entidades

que trabalham na área ao fornecer dados para a produção de relatórios. Esse

eixo tende a ser um aglutinador de outras bases de dados, como as do

Governo do Estado, das prefeituras municipais, do IBGE e de órgãos de

pesquisa.

O segundo eixo, denominado Redes de Serviços, reuni informações dentro

do município quanto ao desenvolvimento de ações, programas, projetos e

serviços envolvidos pelas entidades governamentais e não-governamentais

voltados às mulheres. Em breve, este mapeamento estará disponível na Web

para alimentação e consultas.

Em um terceiro eixo, o sistema será alimentado com informações das

usuárias, que terão sua identidade preservada. O objetivo é montar um perfil

de quem usa a rede. Para facilitar o acesso à Internet, o Programa deverá

buscar apoio no Ministério da Ciência e Tecnologia.

O quarto eixo trata da produção de conhecimento sobre a questão da

mulher. Nesse eixo serão disponibilizados artigos, monografias, dissertações

e teses para que os interessados no tema. O sistema também incluirá um

fórum on-line para debater as temáticas femininas e estimular novas

pesquisas

A Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó solicitou ao Observatório

a realização de um diagnóstico socioeconômico completo. Para traçar o diagnóstico

dos municípios do Marajó, os pesquisadores buscarão estudos sobre as populações

que estão residindo nesses municípios. Além de levantar dados in loco com as

fontes primárias também serão utilizadas fontes secundárias, como as bases do

IBGE, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e de outras

organizações.

Conexões dos saberes: diálogos entre a universidade e as comunidades populares é

um projeto de abrangência nacional, financiado pelo MEC, que vem sendo

desenvolvido no Pará pelo Observatório Paraense de Políticas Municipais. No

primeiro semestre de 2005, ocorreu a realização da pesquisa “Universidade pública:

(re) conhecendo diferenças”, que atingiu uma amostra de 2.561 alunos da graduação

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matriculados no campus de Belém. A pesquisa forneceu informações importantes

para a realização de políticas que possam incentivar a presença e a permanência dos

alunos de camadas populares na UFPA.

Isenções ao pagamento das taxas de inscrição no PSS: cumprindo sua

responsabilidade social, a UFPA disponibiliza, anualmente, um número

significativo de isenções de pagamento à taxa de inscrição no seu Processo Seletivo

Seriado, aos candidatos considerados carentes — após análise das condições sociais

e econômicas daqueles que se inscrevem para concorrer a tal isenção. No processo

seletivo de 2006 concorram 40.0000 candidatos ao preenchimento de 9.000 vagas.

Além dos registros aqui efetivados, o desenvolvimento humano, social e ambiental,

promovido pela UFPA, está presente nas demais dimensões, visto que o compromisso com a

responsabilidade social é transversal a todas as ações Institucionais.

Page 132: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

130

5.4 COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE

a) Assessoria de Imprensa

A responsabilidade pelas atividades de comunicação na Universidade Federal do Pará

é atribuída a Assessoria de Comunicação Social, denominação que a Divisão de Imprensa,

criada em 1985, passou a apresentar no organograma institucional a partir de 1996. O setor

tem suas origens no inicio da década de 1970, com a criação do Serviço de Rádio e Tv

Universitária.

Atuando com recursos humanos, em sua maioria temporários, a Assessoria de

Imprensa procura desenvolver esforços no sentido de expandir as ações de comunicação e

adequá-las, de forma planejada e diversificada, às novas demandas e tecnologias para

atendimento às necessidades comunicacionais do público interno e externo. No entanto, suas

ações ainda estão aquém das necessidades ditadas pelo crescimento institucional, destacando-

se a adoção do modelo de universidade multicampi que requer maior integração entre os

Campi institucionais.

b) Jornal Beira do Rio

O Jornal Beira do Rio, criado em 1986, teve sua produção suspensa por 2 longos

períodos (1993 a 1997 e 1997 a 2002). Sua produção foi retomada por meio de um convênio

com a Fundação de Amparo ao Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP), em setembro de

2002. O Beira do Rio é o instrumento mais demandado para divulgação da produção científica

da Instituição e está consolidado como instrumento de divulgação científica na região, haja

visto que muitos dos temas abordados em suas matérias são pautadas pela grande imprensa

(tv, rádio, jornal e sites) para veiculação em matérias especiais. A recepção do jornal também

é muito boa tanto junto ao público interno quanto externo, sendo, inclusive, procurado por

pesquisadores de fora do Estado. No entanto, sua tiragem limitada em apenas 2 mil

exemplares — dos quais 342 são distribuídos para outros órgãos (fundações, assembléia

legislativa, imprensa, secretarias estatuais e municipais, entre outros) — contempla apenas

15,6% da população universitária.

c) Portal da UFPA

Consiste em estratégias de disponibilizar as informações da Universidade em forma

racional e dinâmica ao público interessado, ação esta inserida no eixo “Modernização da

Gestão” do Planejamento Estratégico da UFPA.

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131

O Portal foi reformulado em outubro de 2004. A nova proposta, implementada com

recursos avançados, apresenta-se como uma vitrine da Instituição na Internet, apoiado pelo

moderno Sistema On-line de Informação e Comunicação (sistema de gerência de conteúdo)

com um design contemporâneo, versátil e arrojado, onde toda a comunidade universitária

participa do sistema, atualizando o conteúdo virtual de forma descentralizada, dinâmica e em

tempo real. O Portal pretende ser um gerenciador informacional dentro da Universidade e um

pólo centralizador de todo o conhecimento nela produzido.

Funcionando com várias opções de recuperação e diferentes mecanismos de busca, o

Sistema disponibiliza informações de todas as unidades, núcleos e órgãos que compõem a

Universidade, tais como: informações acadêmicas, notícias, serviços e estatísticas.

A inserção de conteúdos no link Noticias possibilita a visibilidade mundial das ações

administrativas e produção científica da Universidade. Por meio do link Agenda é possível

divulgar toda a gama de eventos que ocorrem diariamente no ambiente acadêmico. O link

Enquête tem possibilitado à comunidade a manifestação de opiniões sobre temas relevantes

de interesse da sociedade, como p.ex. a avaliação institucional, a reforma universitária e

greves.

d) Página Ciência em Ação

A Assessoria de Imprensa também é responsável pela produção de matérias para

veiculação semanal na página Ciência em Ação, publicada no jornal Diário do Pará. Este

espaço é fruto da parceria estabelecida entre as instituições paraenses de ensino superior com

o referido jornal. Durante o ano de 2005 foram produzidas 50 matérias de divulgação das

pesquisas institucionais.

e) Serviço de Divulgação

O Serviço de Divulgação da UFPA é um serviço de correio eletrônico da UFPA

gerenciado pela Assessoria de Imprensa desde 2003. É o canal de comunicação mais

demandado pela comunidade acadêmica para divulgação de suas ações administrativas,

eventos e demais serviços. A veiculação diária é de aproximadamente 10 mensagens. O

Serviço, embora eficiente, atinge apenas 4 mil usuários, já que nem todos os sujeitos

acadêmicos possuem conta de correio eletrônico vinculada ao servidor de Internet da UFPA.

Por meio de parceria estabelecida com o Departamento de Comunicação do Curso de

Comunicação Social da UFPA, a Assessoria de Imprensa viabilizou, durante o ano de 2005,

estágio supervisionado a 4 estudantes do Curso, oportunizando-lhes o exercício da produção

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132

de textos jornalísticos para o Portal da UFPA e para o Jornal Beira do Rio, além do

conhecimento e vivencia peculiares ao cotidiano de uma Assessoria de Imprensa Institucional.

O relacionamento com a grande imprensa — local e nacional —, implementado pela

Assessoria de Imprensa, favorece a divulgação das ações institucionais. Em 2005 foram

contabilizadas mais de 160 solicitações de jornalistas para a indicação de pesquisadores da

UFPA como fontes de credibilidade às matérias publicadas sobre ciência & tecnologia,

educação, saúde e outros temas estudados na academia.

f) Programa Academia Amazônia/Programa Minuto da Universidade

O Programa ACADEMIA AMAZÔNIA foi produzido durante seis anos pela

Academia Amazônia — produtora de vídeo da FADESP/UFPA, que presta serviços tanto à

Universidade quanto ao mercado externo. Criada em 1991, a Academia Amazônia produz

vídeos de qualquer natureza, e detém o maior know how da região em telejornalismo

científico, documentários sobre ciência, tecnologia, cultura e meio ambiente e vídeos

didáticos, nestas e em outras áreas.

O Programa ACADEMIA AMAZÔNIA iniciou com de 30 minutos de exibição pela

TV Liberal — afiliada da Rede Globo — e, posteriormente, passou a ser transmitido,

nacionalmente, pela TV Educativa. Traduzia para o grande público o conhecimento científico

e tecnológico produzido nos meios acadêmicos e em instituições de pesquisa da Amazônia,

caracterizando-se, também, pela difusão e discussão de temas ligados à cultura e ao meio

ambiente da região.

A Universidade Federal do Pará foi a primeira instituição pública de ensino superior a

transmitir, em rede nacional, um programa numa TV aberta com trinta minutos de duração. O

ACADEMIA AMAZÔNIA cobria todas as instituições de pesquisa da região amazônica.

Foram 6 anos de produção de mais de 250 programas.

O Programa MINUTO DA UNIVERSIDADE é produzido pelo Projeto Academia

Amazônia e patrocinado pelo Grupo Y. Yamada — um dos principais grupos empresariais do

Estado— com parceria da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa. O “Minuto

da Universidade” foi criado em janeiro de 1999 com o objetivo de aproximar a UFPA da

comunidade e, assim, prestar contas à população do seu produto acadêmico. É um programa

de divulgação para a sociedade do que é gerado na UFPA, em termos de pesquisa e

experimentos, a partir dos seus projetos de ensino, pesquisa e extensão. Além de aproximar a

instituição da sociedade, contribui com o corpo acadêmico, visto ser importante instrumento

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133

para captação de recursos, prestação de contas e relatórios junto aos agentes financiadores da

pesquisa.

O Programa semanal MINUTO DA UNIVERSIDADE foi exibido durante sete anos

ininterruptos pela TV Liberal. Ficou fora do ar por quatro meses por falta de patrocínio, e no

dia seis de julho, teve a sua reestréia na Rede Brasil Amazônia de Comunicação. É exibido

pela Rede Bandeirantes/TV RBA aos sábados, no intervalo do Jornal da Band, e reprisado às

segundas-feiras, no intervalo do Programa Barra Pesada. Em 2003 o grupo Y. Yamada foi o

vencedor do Prêmio TOP SOCIAL 2003 de Responsabilidade Social, oferecido pela

Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil com o case Minuto da

Universidade.

g) Rede Metropolitana de Belém (MetroBel)

A Universidade Federal do Pará está na coordenação local do Projeto, que consiste na

interligação de 12 instituições públicas e privadas de ensino e pesquisa de Belém e

Ananindeua por meio de cabos de fibra ótica utilizando tecnologia Gigabit Ethernet. Será o

primeiro sistema institucional a operar com esse modelo no Brasil. A interligação dessas

instituições permite o aumento significativo da capacidade de tráfego de dados entre elas,

gerando novas aplicações, aumentando a colaboração em projetos interinstitucionais e

reduzindo custos com serviços de telecomunicações. Além de possibilitar maior integração

entre as instituições de ensino e pesquisa participantes, a MetroBel trará as seguintes

vantagens:

Maior facilidade de acesso a serviços com Internet (bibliotecas digitais, portais de

conhecimento, repositórios de dados públicos etc.);

implantação de uma infra-estrutura de rede com alta capacidade, proporcionando

aumento da banda de acesso à Internet destas instituições pelo menos uma centena

de vezes;

utilização e desenvolvimento de pesquisa de aplicações avançadas como:

videoconferências, ensino a distância, telefonia sobre Internet Protocol (IP), tele-

medicina;

redução de custos com serviços de telecomunicações, entre outras.

São instituições participantes do Projeto: a UFPA, Universidade Federal Rural da

Amazônia, Universidade do Estado do Pará, Instituto de Ensino Superior da Amazônia

(IESAM), Universidade da Amazônia, Instituto Evandro Chagas (IEC), Centro Nacional de

Primatas (CENP), EMBRAPA, Museu Emílio Goeldi, Centro Federal de Educação

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134

Tecnológica do Pará (CEFET-PA), Centro de Estudos Superiores do Pará (CESUPA) e a

Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CRPM). Reunidas em um protocolo, as

instituições particulares terão que arcar com uma contrapartida de R$ 300 mil para colocar o

sistema em funcionamento. A UFPA investirá cerca de meio milhão para trocar

computadores e demais equipamentos.

A Rede MetroBel foi lançada em novembro do ano passado, quando o ministro da

Ciência e Tecnologia esteve em Belém assinando convênio para o investimento de R$ 1,1

milhão para implementação do Projeto, o qual também terá apoio financeiro da Rede

Nacional de Pesquisas (RNP).

A iniciativa pioneira da Metrobel serviu de base para o MCT propor o Projeto Redes

Comunitárias de Educação e Pesquisa (REDECOMEP) a 26 regiões metropolitanas do país,

através de cabos de fibra ótica utilizando tecnologia Gigabit Ethernet,

h) Associação dos Amigos da UFPA

A Associação dos Amigos da UFPA é uma associação civil, sem fins lucrativos, que

tem por objetivo fundamental apoiar projetos e ações que favoreçam o desempenho, a

qualidade e uma melhor ambientação da Universidade. Surgiu da idéia de resgatar e valorizar

a importância da UFPA para a sociedade, com o objetivo de fomentar, junto a cada cidadão,

um sentimento de “pertencimento” da UFPA — como um patrimônio da sociedade paraense

— e de constituir um fórum amplo da sociedade civil para debater e formar uma organização

sem fins lucrativos, visando à implementação dos objetivos propostos.

Hoje, a Associação possui, aproximadamente, 300 amigos —15 pessoas jurídicas e

285 pessoas físicas — e nove empresas âncoras: Alumina do Norte do Brasil (ALUNORTE),

Vale do Rio Doce, Albrás, Banco do Brasil, Nassau, Rede Celpa, Daime Crysler, Mineração

Rio do Norte, Centrais Elétricas do Norte do Brasil (ELETRONORTE). A meta é associar

cinco mil pessoas físicas, 500 pessoas jurídicas e 20 empresas âncoras. As entidades de classe

são parceiras decisivas para a conquista de amigos — cerca de 103 mil pessoas já passaram

pela universidade ao longo de seus 49 anos e a primeira idéia no segmento de pessoas físicas é

buscar os egressos da UFPA.

O principal objetivo da Associação dos Amigos da UFPA é a captação de recursos

financeiros junto a pessoas físicas ou jurídicas para aplicação em ações de recuperação e

investimento em infra-estrutura e, assim, mudanças de patamar da qualidade das ações

acadêmicas. A meta da associação é arrecadar mensalmente R$300.000,00.

Page 137: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

135

No QUADRO 11 estão listadas algumas das iniciativas e obras realizadas pela

Associação dos Amigos da UFPA.

• Revitalização e recuperação de muros e

do pórtico principal do Campus do

Guamá;

• Revitalização e recuperação da passarela

do acesso principal do Campus;

• Revitalização do bosque Paul Le Doux;

• Reforma do Ginásio de Esportes;

• Recuperação e revitalização do Setor de

Recreação e Atividades Estudantis;

• Recuperação da Capela Ecumênica;

• Participação na Campanha “em defesa do

patrimônio público”.

• Quadro 11 – Ações da Associação dos Amigos da UFPA.

A criação da Associação dos Amigos da UFPA é uma idéia socialmente relevante.

Afinal, não há futuro promissor possível sem instituições sólidas que promovam ensino

superior de qualidade, ciência, tecnologia e inovação. Este é o papel da UFPA.

i) Protocolo de Integração das Instituições de Ensino Superior do Estado do Pará

O Protocolo de Integração das Instituições de Ensino Superior do Estado do Pará,

criado em 27 de setembro de 2001, é uma iniciativa conjunta da Universidade Federal do

Pará, Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, Universidade da Amazônia, Universidade do

Estado do Pará, Centro Universitário do Pará e Centro Federal de Educação Tecnológica do

Pará e tem por objetivo originário e fundamental congregar as participantes em ações comuns

de cooperação, visando a melhoria da qualidade do ensino e o desenvolvimento e

aprimoramento de todas as demais expressões da atividade acadêmica no estado do Pará e na

região amazônica.

Aberto à adesão de outras instituições congêneres, desde que cumpridos os pré-

requisitos básicos da participação, o Protocolo é uma iniciativa singular e inovadora, pois

articula instituições de ensino superior públicas e privadas sinalizando que, para além das

especificidades inerentes à diversidade de suas naturezas jurídicas, é a função social comum

Page 138: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

136

— a educação — o elemento que permite criar unidade e coesão de propósitos entre as

signatárias.

Num contexto histórico em que a globalização da economia, a mundialização da

cultura e a planetarização da política impõem novas agendas e estratégias de inserção no

cenário nacional e mundial, esta opção por ações em rede por certo fortalece as instituições de

ensino e pesquisa da Região Norte do Brasil, abrindo caminhos alternativos à sua

consolidação, ao seu crescimento e conseqüente engajamento no processo de

desenvolvimento regional.

O Protocolo de Integração das IES do Pará tem por objetivos:

Estabelecer, de forma planejada e sistemática, integração acadêmica e de

gerenciamento administrativo entre as entidades convenentes;

construir uma rede de cooperação que permita ações conjugadas em favor do

desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão;

favorecer iniciativas inovadoras e criativas, além de programas integrados de

atividades científicas e profissionais;

contribuir para o fortalecimento institucional dos pares e a melhoria da qualidade de

vida da sociedade paraense e da região amazônica.

São critérios para aceitação de novos membros:

ter cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação;

possuir um Programa de Investimento à Iniciação Científica;

ter formado a primeira turma de alunos;

desenvolver programas de Extensão Universitária;

possuir um Plano de Capacitação Docente;

ter um Plano de Desenvolvimento Institucional.

j) Serviço de Ouvidoria

Visando estabelecer um canal direto e permanente da sociedade com a Universidade,

em junho de 2006, por meio da Resolução nº 1.211, a UFPA instituiu o seu Serviço de

Ouvidoria, responsável pelo encaminhamento, à administração das UFPA, das interpelações

individuais ou coletivas de membros da sociedade civil e da comunidade universitária, em

prol da melhoria do serviço público prestado pela Instituição. São objetivos do Serviço de

Ouvidoria da UFPA:

Assegurar a participação da comunidade na Instituição em vista do aperfeiçoamento

das atividades nela desenvolvidas;

Page 139: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

137

garantir ao cidadão/usuário resposta às suas manifestações;

atuar com autonomia, transparência, imparcialidade e de forma personalizada no

controle da qualidade dos serviços e no exercício da cidadania; e

encaminhar as demandas sobre o funcionamento administrativo e acadêmico da

Universidade, com o fim de contribuir para uma gestão institucional mais eficiente.

Mais do que dialogar, debater temáticas ou servir de fórum, a Universidade tem de

ouvir a sociedade para responder, concretamente, aos seus anseios, com os instrumentos de

que dispõe. Em uma região como a amazônica, caracterizada pela fragilidade da organização

social, pela pobreza da maioria da população, por uma crescente destruição dos recursos

naturais, a Universidade Federal do Pará atua como propulsora e líder de processos de

desenvolvimento, de fortalecimento da cidadania, enfim, como instituição a serviço da

sociedade.

Page 140: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

138

5.5 POLÍTICAS DE PESSOAL, CARREIRA, APERFEIÇOAMENTO, CONDIÇÕES DE TRABALHO

A Universidade Federal do Pará materializa mais uma meta do seu Plano de

Desenvolvimento 2001–2010 ao estruturar e implantar políticas de desenvolvimento e fixação

de recursos humanos. A Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoal (PROGEP),

criada pelo Conselho Universitário em junho de 2005, detém a coordenação dessas políticas

de pessoal, com a missão de “atuar como agente de mudança desenvolvendo políticas de

gestão de pessoas que contribuam para o alcance dos objetivos institucionais”.

A PROGEP constitui-se de três grandes Coordenações:

Gestão de Pessoal: tem por finalidade manter atualizados os registros referentes à

vida funcional de servidores e pensionistas da UFPA, visando à garantia de seus

direitos e deveres e a subsidiar, com informações precisas e just-in-time, o processo

decisório nos vários níveis hierárquicos da Instituição;

Desempenho e Desenvolvimento: sua missão é prover a Instituição de pessoal

qualificado, por meio do recrutamento e seleção, capacitação e programas de gestão

de melhoria do desempenho e carreira;

Saúde e Qualidade de Vida: seu alvo é a promoção da saúde integral e segurança do

servidor visando a sua qualidade de vida e à responsabilidade social da Instituição

junto à comunidade interna.

Atualmente, a Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoal, por meio de suas

coordenações, desenvolve quatro programas estratégicos voltados, dentre outros, para a

qualificação dos servidores e melhoria da qualidade de vida dos mesmos, a saber:

Programa de Dimensionamento de Pessoal: iniciado em abril de 2006, objetiva

dimensionar o quadro de pessoal técnico-administrativo da UFPA, qualitativa e

quantitativamente;

Programa de Avaliação de Desempenho: desenvolvido para prover a Instituição de

pessoal qualificado, por meio do recrutamento e seleção, capacitação e programas

de gestão de melhoria do desempenho e carreira;

Programa de Escolarização Básica: um dos principais objetivos da PROGEP é a

formação do corpo técnico-administrativo por meio da complementação de

escolaridade, incluindo o crescimento individual e coletivo e a sua formação ética.

Para a consecução desse objetivo, a PROGEP iniciou, em abril de 2006, em parceria

com o Núcleo Pedagógico Integrado (NPI) uma ação de escolarização e certificação de

Page 141: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

139

Ensino Fundamental e Médio para atender aos técnico-administrativos da UFPA — 67 para o

ensino fundamental e 170 para o ensino médio. A proposta pedagógica tem como

pressupostos ações educativas que favoreçam a troca de saberes e de construção e organização

coletiva dos conhecimentos;

Programa de Desenvolvimento Gerencial: com o objetivo de propiciar um espaço de

reflexão em torno dos avanços e conquistas do conhecimento no campo da gestão

pública, que possibilite a construção de visão compartilhada da gestão pública

adequada à institucionalidade universitária, de forma a desenvolver técnicas gerenciais

e favorecer o alinhamento do corpo gerencial em torno de missão, objetivos e metas

institucionais.

O Centro de Capacitação (CAPACIT) da Universidade Federal do Pará tem como

missão executar a política de capacitação da UFPA alinhada aos seus objetivos estratégicos,

visando, prioritariamente, a melhoria do desempenho dos servidores (docentes e técnico-

administrativos), abrangendo também servidores públicos de outros órgãos, no sentido de

aumentar a produtividade e qualidade no serviço público federal.

Concentra suas atividades na capacitação de docentes e técnico-administrativos da

UFPA, além de manter parcerias com órgãos públicos federais, dentre eles, a Escola Nacional

de Administração Pública (ENAP), visando a capacitação de servidores públicos federais do

Estado do Pará.

Atua em sete áreas: administrativa, gerencial, comportamental, acadêmica,

informática, técnico-operacional e saúde, segurança e meio ambiente.

Em 2005 foram capacitados 963 servidores da UFPA, sendo 42 docentes e 921

técnico-administrativos.

A Universidade Federal do Pará tem claro que os investimentos em tecnologia, em

facilidades e aparatos técnicos, materiais e infraestruturais são absolutamente ineficientes sem

igual preocupação com os recursos humanos. Com as ações deflagradas pela PROGEP, a

UFPA inicia um amplo movimento de mudança e sintetiza sua visão e preocupação

institucional em ter quadros que permitam uma mudança qualitativa de patamar dos serviços.

Page 142: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

140

5.5.1 Corpo Docente e Corpo Técnico-Administrativo

O processo de recomposição dos quadros docente e técnico-administrativo das IFES,

que vinham sofrendo um esvaziamento desde o final da década de 1980, vem se dando de

forma lenta, positiva, ainda que aquém do desejado, a considerar a defasagem histórica

acumulada de pessoal e a expansão das unidades descentralizadas e atividades implementadas

nos últimos 10 anos pelas IFES. Mas já é um bom recomeço.

Como forma de potencializar as contratações de docentes e técnico-administrativos, a

UFPA estabeleceu, entre 2001 e 2006, uma política criteriosa para a alocação dessas vagas,

tanto para a categoria docente, quanto para a dos técnico-administrativos. Para a categoria

docente, estabeleceu-se como prioridades:

os Campi do interior, que demandavam a constituição e a fixação de seus quadros

de ensino;

os programas de pós-graduação, que necessitavam de densidade docente para a sua

expansão e consolidação;

a recomposição dos quadros daqueles Departamentos com maior defasagem

histórica. Com relação aos técnico-administrativos, as contratações tiveram como

prioridade os Campi do interior e os Hospitais Universitários.

Nesse período foram contratados por meio de concurso público 309 docentes e 416

técnico-administrativos, enquanto que, no mesmo período, 175 docentes e 159 técnico-

administrativos foram excluídos dos quadros da instituição por motivos diversos, dentre eles,

aposentadorias, óbitos e exonerações.

Outro aspecto importante foi o investimento na qualificação do corpo docente, que já

começa a apresentar resultados, tendo em vista que, em 2000, o número de doutores era de

apenas 315. Em agosto de 2006, esse número ultrapassou os 700 docentes doutores, com

previsão de 1.000 até o final de 2009. O Índice de Qualificação do Corpo Docente (IQCD)

passou de 2,94, em 2001, para 3,34, no primeiro semestre de 2006. Se for considerado

somente o quadro docente do ensino superior, o IQCD é de 3,54.

Os GRÁFICOS 49 a 60 apresentam a evolução do corpo docente e técnico-

administrativo no período compreendido entre os anos de 2000 a 2006.

Page 143: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

141

1.564

1.826

1.831

1.818

1.860

1.933

1.982

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

Gráfico 49 – Evolução do corpo de docentes efetivos. Fonte: Anuário Estatístico/2005 e SIAPE agosto/2006..

315 337420

491545

634706

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Gráfico 50 – Número de docentes efetivos com doutorado. Fonte: Anuário Estatístico/205 e SIAPE agosto/2006.

602644 704 723 745 761 760

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Gráfico 51 – Número de docentes efetivos com mestrado. Fonte: Anuário Estatístico/2005 e SIAPE agosto/2006.

Page 144: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

142

35,6%

38,3%

Doutores Mestres

Gráfico 52 – Percentual de docentes efetivos doutores e mestres em 2006. Fonte: SIAPE agosto/2006.

Se forem considerados somente os docentes efetivos do ensino superior, o percentual

de doutores e de mestres passa a ter a seguinte configuração:

58,6%

61,8%

69,3%

74,5%76,4%

78,7%

80,6% 2000200120022003200420052006

Gráfico 53 – Percentual de docentes efetivos do ensino superior

doutores e mestres. Fonte: Anuário Estatístico/2005 e SIAPE–agosto/2006.

1.575

2.116

2.138

2.189

2.354

2.342

2.379

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

Gráfico 54 – Evolução do corpo técnico-administrativo. Fonte: Anuário Estatístico /2005 e SIAPE agosto/2006.

Page 145: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

143

34

34

54

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 55 – Número de técnico-administrativos

com doutorado. Fonte: Anuário Estatístico/2005..

20 25 25 29 34 39

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 56 – Número de técnico-administrativos

com mestrado. Fonte: Anuário Estatístico/2005.

1,5%

1,4%

1,3%1,5%

1,70%

1,8% 200020012002200320042005

Gráfico 57 – Percentual de técnico-administrativos doutores e mestres.

Fonte: Anuário Estatístico/2005.

Page 146: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

144

112168 166 193 205 244

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 58 – Número de técnico-administrativos

com especialização. Fonte: Anuário Estatístico/2005.

528

715

695

751

849

812

2000

2001

2002

2003

2004

2005

Gráfico 59 – Número de técnico-administrativos com graduação. Fonte: Anuário Estatístico/2005.

912 1.2

041.2

491.2

121.2

611.2

43

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 60 – Número de técnico-administrativos

com ensino fundamental e médio. Fonte: Anuário Estatístico/2005.

Page 147: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

145

5.6 ORGANIZAÇÃO E GESTÃO

A Universidade Federal do Pará é uma instituição pública de educação superior,

organizada sob a forma de autarquia especial, criada pela Lei nº 3.191, de 2 de julho de 1957,

estruturada pelo Decreto nº 65.880, de 16 de dezembro de 1969, modificado pelo Decreto nº

81.520, de 4 de abril de 1978.

A UFPA goza de autonomia didático-científica, disciplinar, administrativa e de gestão

financeira e patrimonial, nos termos da lei e do seu Estatuto. Caracteriza-se como

universidade multicampi, com atuação no Estado do Pará e foro legal na cidade de Belém.

São instrumentos institucionais da Universidade Federal do Pará:

a legislação federal pertinente;

o Estatuto;

o Regimento Geral;

o Plano de Desenvolvimento Institucional;

as resoluções dos órgãos colegiados de deliberação superior;

os regimentos das unidades.

Os órgãos de administração superior da Universidade Federal do Pará são aqueles

diretamente responsáveis pela superintendência e definição de políticas gerais da

Universidade, referentes às matérias acadêmicas e à administração, em estreita interação com

os demais órgãos universitários. São eles:

Os Conselhos Superiores;

A Reitoria; a Vice-Reitoria; as Pró-Reitorias; a Prefeitura; e a Procuradoria-Geral.

Os Conselhos Superiores são órgãos de consulta, de deliberação e de recurso no

âmbito da Universidade Federal do Pará. São Conselhos Superiores da UFPA:

Conselho Universitário (CONSUN), é o órgão máximo de consulta e deliberação da

UFPA e sua última instância recursal. É integrado pelo Reitor, como presidente,

pelo Vice-Reitor e pelos membros que compõem os outros dois Conselhos. Entre as

suas atribuições destacam-se:

aprovar e supervisionar a política de desenvolvimento e expansão

universitária expressa em seu Plano de Desenvolvimento Institucional,

estabelecer a política geral da UFPA em matéria de administração e

gestão orçamentária, financeira, patrimonial e de recursos humanos;

criar, desmembrar, fundir e extinguir Órgãos e Unidades da UFPA.

Page 148: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

146

Conselho Superior de Ensino e Pesquisa, é o órgão de consultoria, deliberação e

supervisão em matéria acadêmica. São membros do CONSEP:

o Reitor, como presidente;

o Vice-Reitor;

os Pró-Reitores;

o Prefeito do Campus;

os representantes docentes das Unidades Acadêmicas, da Escola de

Aplicação e dos campi do interior;

os representantes dos servidores técnico-administrativos;

os representantes discentes da graduação e da pós-graduação;

os representantes do Diretório Central dos Estudantes;

os representantes sindicais.

Entre as suas atribuições destacam-se:

aprovar as diretrizes, planos, programas e projetos de caráter didático-

pedagógico, culturais e científicos, de assistência estudantil e seus

desdobramentos técnicos e administrativos;

fixar normas complementares às deste Estatuto e do Regimento Geral

em matéria de sua competência;

decidir sobre criação e extinção de cursos.

Conselho Superior de Administração (CONSAD), é o órgão de consultoria,

supervisão e deliberação em matéria administrativa, patrimonial e financeira. São

membros do CONSAD:

o Reitor, como presidente;

o Vice-Reitor;

os Pró-Reitores;

o Prefeito do Campus;

os coordenadores de campi do interior;

os Diretores-Gerais de Unidades Acadêmicas e de Unidades

Acadêmicas Especiais;

os representantes dos servidores técnico-administrativos;

os representantes discentes da graduação e da pós-graduação;

os representantes da sociedade civil.

os representantes do Diretório Central dos Estudantes;

os representantes sindicais

Page 149: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

147

Entre as suas atribuições destacam-se:

propor e verificar o cumprimento das diretrizes relativas ao

desenvolvimento de pessoal e à administração do patrimônio, do material e

do orçamento da Universidade;

assessorar os órgãos da administração superior nos assuntos que afetam

a gestão das Unidades;

apreciar proposta orçamentária.

À Reitoria, como órgão executivo superior, cabe a superintendência, a fiscalização e o

controle das atividades da Universidade, competindo-lhe, para esse fim, estabelecer as

medidas regulamentares cabíveis. A Reitoria é integrada pelo Reitor, pelo Vice-Reitor, pela

Secretaria Geral e pelas Assessorias Especiais.

As Pró-Reitorias, em número de seis, são subordinadas ao Reitor e encarregadas dos

seguintes assuntos:

Ensino de Graduação (PROEG);

Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESP);

Extensão (PROEX);

Planejamento e Desenvolvimento Institucional (PROPLAN);

Administração (PROAD);

Desenvolvimento e Gestão de Pessoal (PROGEP).

A Universidade promove a integração entre o ensino, a pesquisa e a extensão,

especialmente por meio:

dos projetos pedagógicos dos cursos;

de programas de apoio institucional, de parcerias com agentes nacionais e

internacionais, tendo em vista o desenvolvimento da investigação cultural,

científica e tecnológica e seus efeitos educativos;

do intercâmbio com instituições, estimulando a cooperação em projetos comuns;

da ampla divulgação de resultados dos programas/projetos de ensino, pesquisa e

extensão desenvolvidos em suas unidades;

da realização de congressos, simpósios, fóruns, seminários e jornadas, dentre

outros, para estudo e debate de temas culturais, científicos e tecnológicos.

A gestão colegiada implantada na UFPA incentivou e apoiou a criação e o

fortalecimento de diversos Fori constituídos na UFPA. Foram criados os Fori: dos Dirigentes;

dos Coordenadores dos Campi do interior; dos Diretores de Centros e Coordenadores de

Page 150: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

148

Núcleos; da Pós-Graduação; das Licenciaturas, etc., que passaram a discutir e a deliberar, de

forma colegiada, os assuntos de interesses comuns de cada instância, fortalecendo a

participação das unidades acadêmico-administrativas no processo decisório da UFPA.

Fórum de Graduação

É um fórum propositivo, capaz de identificar problemas e propor soluções a serem

encaminhadas à Administração Superior, visando a melhoria na qualidade de Ensino de

Graduação.

Competências:

Propor diretrizes institucionais para o Ensino de Graduação;

sugerir políticas de estágios e de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC);

incentivar a extensão e a pesquisa.

Composição:

coordenadores dos Colegiados dos Cursos, ou seus representantes legais.

um representante discente de cada Colegiado

o dirigente máximo da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação, órgão coordenador do

Fórum.

Participam também:

chefes de Departamentos.

diretores e vice-diretores de Centros.

São convidados:

Reitor e Vice-Reitor.

Pró-Reitores.

Coordenadores de Campi.

Fórum das Licenciaturas

O Fórum de Licenciaturas é o espaço de discussão das questões pertinentes à formação

de professores pela UFPA. Foi criado em 1995 a partir da necessidade de se estabelecer ações

acadêmicas para os Cursos das Licenciaturas e promover sua integração no âmbito da UFPA,

reduzindo, assim, o descompasso entre a licenciatura da UFPA e a Educação Básica.

Objetivos:

Discutir e propor políticas e diretrizes acadêmicas para os Cursos de Licenciaturas;

incentivar programas que promovam a melhoria do ensino dos cursos de

Licenciaturas;

Page 151: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

149

definir ações que visem a articulação entre o ensino de graduação e a Educação

Básica;

acompanhar as discussões, em nível nacional, acerca da formação dos profissionais

de educação.

Participam:

diretores e vice-diretores de centros.

coordenadores dos Cursos das Licenciaturas.

coordenadores dos Campi.

representante de Alunos das Licenciaturas.

dirigente máximo da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação, órgão coordenador do

Fórum.

chefes de Departamentos

São convidados:

Reitor e Vice-Reitor.

Pró-Reitores.

A materialização desse modelo de gestão se deu em 2001, quando a administração

superior da UFPA convocou toda a comunidade universitária e a sociedade em geral a

participar do processo de construção do Plano de Desenvolvimento 2001–2010, documento

que definiu os rumos da UFPA para a década atual.

A gestão colegiada tem sido adotada, também, em todas as decisões sobre temas

relevantes na Instituição, como a reformulação do Estatuto, a implantação do Processo

Seletivo Seriado, da Política de Pós-Graduação, dentre outros.

Page 152: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

150

5.7 INFRA-ESTRUTURA FÍSICA E RECURSOS DE APOIO

Há sete, a Universidade Federal do Pará deixava transparecer a sensação de que havia

passado por um processo de involução das condições de infra-estrutura. Prédios, instalações e

equipamentos já não mais atendiam às demandas da comunidade universitária porque estavam

ultrapassados ou depredados. Além disso, a área de segurança estava em situação caótica,

com gangues de arrombadores e assaltantes agindo livremente no Campus do Guamá. A

própria unidade responsável pela área, a prefeitura do Campus, carecia de uma profunda

reformulação administrativa para responder aos desafios que se apresentavam.

Reconhecendo que não há auto-estima em ambiente de trabalho precário, a

administração superior da UFPA lançou um grande plano de revitalização e ampliação das

instalações físicas da UFPA, com vistas a tornar o espaço adequado para o desenvolvimento

das atividades acadêmicas, de acordo com o estabelecido pelo Plano de Desenvolvimento da

UFPA 2001–2010, sexto eixo estruturante. Sua execução exigiu um formidável empenho da

institucional na captação de recursos orçamentários e extra-orçamentários.

A partir de 2001, Centros, Núcleos e Campi conquistaram maior autonomia financeira

e se tornaram parceiros da Prefeitura Multicampi no trabalho de revitalização, ampliação e

conservação das condições físicas da UFPA, por meio do Programa de Recuperação da Infra-

estrutura Física da UFPA.

A reformulação administrativa processada no interior da Prefeitura Multicampi foi

outra ação igualmente importante para o plano de revitalização.

A Prefeitura Multicampi se organizou, no exercício de 2004, ainda de maneira

experimental, em uma estrutura de coordenadorias.

Essa nova estrutura foi projetada, acima de tudo, para a atualização de uma estrutura

organizacional, antes conflitante e obsoleta, tudo em consonância com a nova ordem

estabelecida na Instituição no sentido de atingir os principais objetivos e metas estabelecidas

no Plano de Desenvolvimento da UFPA 2001–2010. Os resultados alcançados têm

demonstrado que as medidas e rotas adotadas no planejamento e execução das ações estavam

corretas, notadamente quando foram estabelecidos os programas que ora orientam as ações da

unidade, a saber:

Programa de Reestruturação Funcional e Administrativa;

Programa Prefeitura Acadêmica e,

Programa de Infra-estrutura.

Page 153: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

151

A Prefeitura Multicampi desenvolveu, por meio de suas unidades, no período 2002–

2005, diversas ações visando à melhoria da qualidade de vida e o bem-estar de toda a

comunidade universitária conforme demonstrado a seguir:

Acompanhamento das ações atinentes à Coordenação de Infra-Estrutura

(CODEINFRA), Coordenação de Segurança Patrimonial e Comunitária

(CODESEG) e Coordenação do Serviço de Alimentação Universitária

(CODESAU), na área de planejamento, gestão e desenvolvimento de atividades no

Campus do Guamá;

coordenação e planejamento da melhoria do aspecto urbanístico do Campus

Guamá;

acompanhamento ao apoio técnico e logístico exercido pela CODEINFRA e

CODESEG junto aos demais campi;

manutenção das relações de parcerias com instituições públicas e privadas para a

melhoria das condições físicas do Campus do Guamá;

planejamento e acompanhamento da construção do Sistema de Acompanhamento e

Controle SIGAS WEB, que irá otimizar o atendimento ao usuário e possibilitar

agilidade e desburocratização dos processos dentro das unidades da Prefeitura;

participação e apoio à comissão constituída para implantar a melhoria dos trâmites

de processos em conjunto com a PROPLAN e demais unidades;

gestão junto à Administração Superior para a aprovação da Política de Segurança

dentro da UFPA;

supervisão e acompanhamento das execuções de Planos Básicos para a captação de

recursos extra-orçamentários;

planejamento e acompanhamento para a expansão da frota de veículos locada nos

campi; coordenação da equipe de pesquisa e realização do Projeto

UniverS/Cidade;

elaboração da minuta do Código de Posturas da UFPA;

viabilização de ações favoráveis à implantação do Sistema de Gestão Ambiental da

UFPA, como o Programa Integrado de Gerenciamento Ambiental, ao qual estarão

vinculadas as ações relacionadas à coleta seletiva, coleta de resíduos

potencialmente perigosos (hospitalar e químico), fazendo parte de uma grande

ação “guarda-chuva”, a Educação Ambiental, interfaciado com a academia;

desenvolvimento de Cursos envolvendo a temática Qualidade e Meio Ambiente

para os funcionários da empresa prestadora de serviços de conservação e limpeza,

Page 154: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

152

estimulando a auto-estima e o compromisso na preservação do patrimônio da

UFPA;

implementação de infra-estrutura para melhoria no atendimento às demandas da

Instituição, bem como para facilitar os serviços de manutenção da frota;

estabelecimento de relações organizacionais na área da limpeza e conservação das

áreas externas e internas da UFPA;

implantação do sistema de transporte de passageiros dentro do Campus do Guamá

durante 15 horas ininterruptas;

reestruturação e revitalização do Restaurante Universitário;

intensificação do controle da produção e comercialização de alimentos;

integração com a Academia através da oferta e concretização de estágio para

alunos do curso de Nutrição, Ciências Contábeis e Engenharia de Alimentos;

intensificação de patrulhamento nos Campi básico, profissional, esportivo e no

NPI;

reforço de vigilância nos pavilhões de aulas do Campus e em eventos realizados no

Setor de Recreação e Atividades Estudantis e no Restaurante Universitário (RU);

instalação de monitoramento eletrônico nos prédios.

A recuperação do espaço físico e a aquisição de equipamentos para o desenvolvimento

das atividades acadêmicas da UFPA exigiram da Instituição um esforço substantivo para a

captação de recursos provenientes de diversas fontes — Tesouro, Próprios e Convênios —

visando ao financiamento das ações estabelecidas em seu Plano de Desenvolvimento 2001–

2010, mais especificamente no eixo estruturante Ambiente Adequado. Para tanto, foram

fixadas prioridades contemplando todos os Campi e elaborados projetos de forma

compartilhada entre a Prefeitura Multicampi e as unidades acadêmico-administrativas, que

resultaram na transformação das condições de infra-estrutura aqui explicitadas.

Nos últimos cinco anos, foram captados recursos da ordem de R$ 40.929.144,73

(quarenta milhões, novecentos e vinte e nove mil, cento e quarenta e quatro reais e setenta e

três centavos), — detalhados nas TABELAS 8 e 9 —, dos quais R$ 23.226.392,08 (vinte e

três milhões, duzentos e vinte e seis mil, trezentos e noventa e dois reais e sessenta e oito

centavos) foram destinados à construção, reforma e revitalização dos espaços físicos, e R$

17.702.752,65 (dezessete milhões, setecentos e dois mil, setecentos e cinqüenta e dois reais e

sessenta e cinco centavos) à aquisição de equipamentos.

Page 155: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

153

Tabela 8 – Área física construída, reformada e adaptada no período de 2002 a 2005. Construções, reformas e adaptações em m2

Discriminação 2002 2003 2004 2005 Total

Obras, reformas e adaptações 45.081,76 64.552,67 41.009,13 39.963,10 190.606,66

Fonte: CODEINFRA/PMC.

Tabela 9 – Investimentos em infra-estrutura. Descrição 2002 2003 2004 2005 CAPITAL 4.130.767,15 9.699.801,22 4.886.408,70 16.341.404,53

Construção/Reforma 1.048.454,79 5.978.604,99 1.633.470,17 8.695.099,00 Aquisição de Equipamentos 3.082.312,36 3.721.196,23 3.252.938,53 7.646.305,53

CUSTEIO 782.746,33 1.200.152,03 1.510.783,50 2.377.081,27 Revitalização 782.746,33 1.200.152,03 1.510.783,50 2.377.081,27

Total 4.913.513,48 10.899.953,25 6.397.192,20 18.718.485,80Fonte: DEFIN/PROAD.

a) Sistema de Bibliotecas da UFPA

A Biblioteca Central — criada em 19 de dezembro de 1962, além de exercer a função

de Biblioteca Universitária Central, como unidade, assume também a Direção Técnica do

Sistema de Bibliotecas da UFPA (SIBI), que tem como competências estabelecer

procedimentos e formatos para os serviços, política de desenvolvimento de coleções, padrões

de intercâmbio e comunicação, política de pessoal técnico (bibliotecário) e dar apoio técnico

às demais bibliotecas componentes do Sistema.

Revitalização e modernização da infra-estrutura física da Biblioteca Central

A reinauguração das obras de Revitalização da infra-estrutura física da Biblioteca

Central ocorreu em janeiro de 2004.

Nessa nova fase, a Biblioteca Central dispõe de:

ambientes iluminados e climatizados;

hall de entrada repaginado;

guarda-volumes reativado;

acervo geral sinalizado;

otimização de ambientes de acesso de usuários, como: áreas de leitura individual,

salas de estudo em grupo, espaço informal para leitura de jornais, área especial

para pesquisa à Internet e acesso ao Portal .periódicos. da Capes;

Page 156: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

154

novo layout das estanterias do acervo geral, proporcionando, assim, espaços

abertos entre as estantes para facilitar o fluxo de usuários;

reforma do mobiliário;

reprografia em novo espaço;

reforma na Seção de Periódicos;

melhorias na Sala de Obras Raras;

videoteca em novo espaço com televisão e vídeo;

reabertura da “Sala Escritora Eneida”, abrigando obras com dedicatórias

pertencentes à sua biblioteca, doada à Universidade na década de 1970;

pintura em geral;

reformas e mudanças de espaços internos da Biblioteca.

instalação do Sistema Antifurto.

O Sistema Antifurto de Tecnologia Eletromagnética dispõe de contador eletrônico

para o registro do fluxo de usuários na Biblioteca Central, o qual trouxe proteção contra furtos

e roubos e maior segurança ao acervo com a magnetização de cerca de 100.000 volumes.

instalação do Sistema Eletrônico 24 horas

O Sistema Eletrônico 24 horas trouxe maior proteção ao patrimônio material

pertencente à Biblioteca Central.

reimplantação da Seção de Conservação e Restauração

Foi instalada em um novo espaço, e o trabalho de restauro foi iniciado com cerca

da 3.000 livros danificados. Houve treinamento de funcionários e bolsistas quanto

à realização de pequenos consertos e reparos.

Ampliação do Quadro Funcional

O SIBI/UFPA teve seu quadro funcional ampliado com a admissão de 10

bibliotecários, no período 2004/2006 — por meio de Concurso Público, para provimento do

Cargo de Bibliotecário/Documentalista — para os campi de Belém, Abaetetuba, Altamira,

Bragança, Castanhal, Marabá e Santarém. Ressalte-se a lotação de sete profissionais nas

Bibliotecas Setoriais dos campi do interior, uma vez que nunca essas bibliotecas haviam sido

chefiadas por um bibliotecário.

Capacitação de Recursos Humanos

Buscando um melhor desempenho individual e institucional, priorizou-se nos últimos

quatro anos a capacitação das equipes de bibliotecários e de servidores de apoio da Biblioteca

Page 157: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

155

Central e Setoriais, visando à prestação de serviços de qualidade, à motivação destes, ao

processo de mudanças ocorridas devido às novas tecnologias, ao enriquecimento de

conhecimentos e ao desenvolvimento de habilidades compatíveis com os perfis profissionais.

Os servidores foram contemplados com cursos e treinamentos promovidos pelo CAPACIT,

pela Biblioteca Central e outras instituições.

Ampliação e Atualização do Acervo Bibliográfico e Digital

Os acervos bibliográfico e digital cresceram expressivamente, devido à obtenção de

recursos financeiros oriundos do Orçamento da UFPA, de emendas parlamentares e de

recursos da CAPES. No período de 2002 a 2005 foram adquiridos, por compra, 15.826

exemplares de livros, 5.945 títulos — novos e/ou renovados — de periódicos estrangeiros e

18 itens de outros tipos de materiais, totalizando o valor de mais de um milhão, duzentos e

cinqüenta mil reais de recursos aplicados em acervo.

Biblioteca Central e Setoriais

O Sistema de Bibliotecas (SIBI/UFPA) da UFPA é composto por 33 bibliotecas, sendo

uma Biblioteca Central e 32 Setoriais. Destas, 21 atendem a demandas de graduação e pós-

graduação e uma biblioteca escolar em níveis fundamental e médio, estando localizadas

dentro e fora do campus da UFPA, na cidade de Belém e 9 localizadas nos seguintes

municípios: Abaetetuba, Altamira, Bragança, Breves, Cametá, Castanhal, Marabá, Santarém e

Soure. O QUADRO 12 a relação das bibliotecas, e as TABELAS 10 e 11 apresentam,

respectivamente, o acervo geral das bibliotecas e os recursos orçamentários aplicados na

aquisição de acervos impressos e em meio eletrônico da UFPA.

Áreas de Conhecimento Unidades NúmeroCiências Agrárias CA 1 Ciências Biológicas CCB 1 Ciências da Saúde CCS, NMT, HUJBB, Odontologia 4 Ciências Exatas e da Terra Química, Física, CCEN, NPADC, CG 5 Ciências Sociais e Aplicadas CSE, CCJ, CE, NAEA 4 Ciências Humanas CFCH 1 Engenharia & Tecnologia Eng. Elétrica, Mecânica, Química; Arquitetura 4 Lingüística, Letras e Artes CA, Instituto 2 Geral BC, NPI, outros campi* 11 Total 33 Quadro 12 – Relação das bibliotecas por área de conhecimento. Fonte: Biblioteca Central. * Abaetetuba, Altamira, Bragança, Breves, Cametá, Castanhal, Marabá, Santarém e Soure

Page 158: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

156

Tabela 10 – Acervo Geral das Bibliotecas da UFPA, em dezembro de 2005.

Biblioteca CentralBibliotecas

Setoriais campus Belém

Bibliotecas Setoriais Outros

campi

Total Geral SIBI/UFPA TIPO DE MATERIAL

Títulos Exemplares Títulos Exemplares Títulos Exemplares Títulos Exemplares

Livros 41.900 122.295 58.211 92.525 38.903 65.270 139.014 280.090

Coleção Eneida 339 371 0 0 0 0 339 371 Obras de Referência 1.051 3.811 0 0 0 0 1.051 3.811 Folhetos 153 414 0 0 0 0 153 414 Periódicos impressos 5.225 333.780 5.186 115.393 3.940 10.288 14.351 459.461 Coleção Amazônia 2.194 6.339 0 0 0 0 2.194 6.339 Obras Raras 263 376 0 0 0 0 263 376

Dissertações/Teses 1.586 1.807 3.989 5.321 88 89 5.663 7.217

Mapas 734 734 1.594 2.915 74 74 2.402 3.723 Discos 102 133 0 0 0 0 102 133 Fitas de áudio 65 65 0 0 0 0 65 65 Fitas VHS 548 662 1.059 1.180 311 314 1.918 2.156 Fotografias 1.109 1.109 0 0 0 0 1.109 1.109 Fotografias aéreas 0 0 4.381 6.233 0 0 4.381 6.233 Disquetes 39 157 176 247 54 54 269 458 CD-Roms 355 418 600 806 57 108 1.012 1.332 Bases de Dados 47 47 0 0 0 0 47 47 Relatórios Técnicos 0 0 1.575 2.713 0 0 1.575 2.713

Outros Materiais * 0 0 18.867 20.714 3.001 3.848 21.868 24.562

TOTAL 55.710 472.518 95.638 248.047 46.428 80.045 197.776 800.610

Fonte: Biblioteca Central.

Os acervos bibliográfico e digital cresceram vertiginosamente, devido à alocação pela

Administração Superior de recursos financeiros oriundos do Orçamento da UFPA, como

também por meio de Emenda Parlamentar e CAPES. No período de 2001 a 2005 foram

adquiridos mais de 15.800 exemplares de livros e no ano de 2006 tem uma previsão de

adquirir mais de 8.800 exemplares, periódicos e outros materiais, totalizando o valor de mais

de dois milhões de recursos aplicados em acervo (livros, periódicos, vídeos, CD e DVD). Para

o ano de 2007, a dotação destinada à acervo é cerca de R$700.000,00 do orçamento da UFPA.

Outro meio de ampliação do acervo se deu por doação de materiais, tendo sido bastante

intensificada no período 2001/2005.

A partir de 2005, os acervos da Biblioteca Central de livros, Coleção Eneida, folhetos,

dissertações, teses, Coleção Amazônia, obras raras, fitas VHS e obras de referência foram

quantificados tendo como referência o software Pergamum, ou seja, o acervo automatizado. O

Page 159: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

157

objetivo é demonstrar o número mais real possível de obras existentes e disponíveis aos

usuários na Biblioteca Central.

Tabela 11 – Recursos orçamentários aplicados na aquisição de acervos. Livros Periódicos Recursos

Aplicados Recursos Aplicados

Ano Títulos Exemplares

Fitas VHS

CD–Rom DVD

Tesouro/ Emenda

Títulos Convênio/ CAPES Tesouro

2001 — — — — — — 116 200.108,72 2002 957 3.817 — — — 170.773,07* 207 315.000,00 2003 1.549 2.691 14 4 — 200.085,69** — — 2004 1.691 4.254 — 0 — 201.937,57** — — 2005 1.752 5.123 182 0 — 341.105,49** 24 6.950,20**

2006*** 2.952 8.804 — 2 16 657.760,00** — — Total 8.901 24.689 196 6 16 1.571.661,82 347 522.058,92

Fonte: Biblioteca Central. * Recursos oriundos de Emenda Parlamentar. ** Recursos do Tesouro. *** Previsão. Em processo licitatório.

b) Sistema de Bibliotecas da UFPA

Editora e Livraria Universitária

Há 43 anos foi criada a Imprensa Universitária da UFPA que, posteriormente, passou a

ser denominada Gráfica e Editora Universitária da UFPA (EDUFPA).

A partir de 2001, a Gráfica e a Editora foram desmembradas, tornando-se

independentes, porém mantendo a harmonia em suas atividades.

Hoje a EDUFPA é notadamente uma editora universitária que se volta para o fomento

da produção de trabalhos no âmbito da UFPA, mas que se ocupa também em (re)editar

literatura e oportunizar o surgimento de novos talentos, o que é feito por meio do Concurso

de Contos da Região Norte, há mais de uma década. Os GRÀFICOS 61 e 62 ilustram o

Número de Livros Publicados pela EDUFPA no período 2001/2005 e os Recursos Captados

com a venda de Livros, respectivamente.

Page 160: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

158

14 15 1518

22

2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 61 – Número de livros publicados pela EDUFPA. Fonte: Biblioteca Central.

17.657,68

40.936,60

43.581,48

52.103,56

94.394,27

2001

2002

2003

2004

2005

Gráfico 62 – Recursos captados com a venda de livros.

Page 161: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

159

5.8 PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

5.8.1 Planejamento

A Universidade Federal do Pará, nos últimos anos, vem se estruturando fortemente na

área do planejamento e gestão, de modo a criar uma cultura administrativa que se antecipe às

oportunidades conjunturais e minimize as ameaças do ambiente externo. Para tanto, elaborou

e aprovou um plano estratégico de médio prazo, um plano de gestão com desdobramentos no

nível tático e sistemas operacionais corporativos que vêm apoiando a gestão planejada de

forma determinante.

Dentre os sistemas operacionais corporativos utilizados pelas unidades acadêmicas e

administrativas no apoio a gestão planejada, destacam-se:

a) Plano de Gestão Orçamentária: Um salto de qualidade na distribuição

orçamentária

O Plano de Gestão Orçamentária (PGO) foi elaborado em 2003, e desde sua

implantação tem se mostrado um instrumento eficaz de Planejamento e Gestão do Orçamento

da UFPA. Por meio de seu Sistema Operacional — SISPLO, desenvolvido especificamente

para este fim, o novo Plano vem possibilitando às unidades acadêmico-administrativas

planejarem a curto e médio prazo seus programas, projetos, atividades e ações; e, à

Instituição, ter uma visão global de todas as ações demandadas pelas diversas unidades nas

áreas de ensino, pesquisa, extensão, administração e infra-estrutura. Até então não havia uma

metodologia clara para a elaboração do orçamento. Os procedimentos orçamentários

consistiam na projeção das necessidades de recursos baseada em percentuais do orçamento

executado no ano anterior.

Observa-se que a sistematização do planejamento orçamentário vem induzindo, em

seus atores, a criação da “cultura do planejamento”, o que por si só já se constitui num grande

avanço.

Some-se a isso a melhoria na qualidade das informações, que tem possibilitado aos

gestores a tomada de decisão com mais segurança, e com base em critérios técnicos, acerca da

distribuição orçamentária entre as unidades e programas da UFPA.

O processo de elaboração e controle do orçamento da Instituição é realizado a partir do

registro das demandas de Programas e Ações (Projetos e Atividades) das 51 Unidades

existentes, mediante a utilização, via Internet, do Sistema de Planejamento e Orçamento

(SISPLO), associado à Matriz de Distribuição Orçamentária, e tem potencializado a aplicação

Page 162: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

160

dos recursos captados pela UFPA, possibilitando o financiamento continuado de programas

como o Programa Integrado de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão e o Programa de

Recuperação da Infra-estrutura Física da UFPA.

O Plano de Gestão Orçamentária do exercício 2005 consolidou na Instituição o

planejamento orçamentário participativo a partir do levantamento de demandas das unidades

acadêmicas que foram atendidas com dotação de recursos do limite orçamentário2 no valor de

R$ 33.098.219,00 autorizado pela Lei Orçamentária Anual (LOA) nº 11.100, de 25/01/05,

para despesas discricionárias3 da Universidade Federal do Pará.

Como metodologia aprovada pela Instrução Normativa IN-004, de 4 de junho de 2003,

o PGO faz a integração planejamento, programação e orçamentação, e estabelece a inclusão

de indicadores de desempenho e de metas a serem alcançadas pelas unidades. Assim, o

orçamento passou a ser uma espécie de contrato de desempenho pelo qual a instituição e suas

unidades orgânicas comprometem-se a alcançar resultados voltados para a sociedade — de

forma responsável e transparente.

Ressalte-se que o PGO se constitui em elo de ligação com o Plano de

Desenvolvimento da UFPA 2001–2010, Plano de Gestão 2005–2009, Sistema Integrado de

Dados Orçamentário (SIDOR) e ao Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI),

destinando-se a servir de instrumento de planejamento e controle para os gestores de unidades

da Instituição, além de atender o disposto no Art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal que

identifica o orçamento entre os instrumentos de transparência da gestão fiscal, posto que o

PGO 2005 foi publicado na página: http://www.sig.proplan.ufpa.br, cumprindo portanto essa

determinação.

b) Planejamento Acadêmico: A busca do equilíbrio na distribuição da carga horária

docente entre o Ensino, a Pesquisa e a Extensão

O processo de Planejamento Acadêmico implementado pela UFPA, no que concerne à

distribuição da carga horária docente referente às atividades de ensino, programas/projetos,

administração e afastamentos, seja para qualificação, exercício em outros órgãos ou licenças,

tem por objetivo dar visibilidade ao emprego da carga horária docente, tanto nas atividades

acadêmicas como nas administrativas.

2 “(...) valores orçamentários consignados a cada unidade orçamentária para que possa alocá-los nos programas e ações que fazem parte do conjunto de despesas discricionárias” (MTO 2005: 46). 3 "aquelas não-predeterminadas, constitucional e legalmente e, portanto, passíveis de avaliação quanto ao mérito e à quantificação das metas e dos valores orçamentários” (MTO 2005: 46).

Page 163: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

161

Para tanto, a Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento, coordenadora desse

processo, utiliza-se do Sistema de Acompanhamento de Atividades Docentes (SAAD), um

dos sistemas operacionais da UFPA, para a coleta de informações sobre as atividades

acadêmico-administrativas, lançadas on-line pelos próprios docentes. O Sistema gera

relatórios gerenciais de cada unidade e subunidade, além dos relatórios gerais que permitem

uma visão global da distribuição da carga horária docente na Instituição, subsidiando os

gestores na tomada de decisão.

O Planejamento Acadêmico da UFPA sofreu um processo de modernização em 2004

através da integração do Sistema de Acompanhamento da Atividade Docente com os demais

sistemas gerenciais do SIG/UFPA. Em 2005 essa integração apenas se fortaleceu,

aprimorando-se e adaptando-se o SAAD às necessidades das Unidades Acadêmicas e da

Administração Superior da Instituição.

A análise dos dados apresentados pelas unidades acadêmicas gerou a distribuição da

carga horária docente ocupada da UFPA, que está distribuída conforme apresenta o

QUADRO 13 e GRÁFICO 63.

Atividade % da CH Ocupada Ensino de Graduação e Orientação 57 % Ensino de Pós-Graduação e Orientação 12 % Projeto de Pesquisa 9 % Projeto de Extensão/Ensino 5 % Administração 17 % Total 100% Quadro 13 – Distribuição da carga horária docente ocupada – 1º/2005. Fonte: DEPLAN.

57

129

5

17

% Carga Horária Ocupada

Ensino de Graduação eOrientaçãoEnsino de Pós-Graduação e OrientaçãoProjeto de Pesquisa

Projeto de Extensão /EnsinoAdministração

Gráfico 63– Percentual da carga horária docente ocupada – 1º/2005.

Page 164: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

162

Observa-se que o percentual de ocupação dos docentes na atividade de ensino

(Graduação e Pós-Graduação), atinge 69% do total da carga horária ocupada. Um dos maiores

desafios para o Planejamento Acadêmico é a diminuição da carga horária ocupada destinada

ao exercício de atividades administrativas.

A disponibilização das informações, por meio de formulários ou sistema, atingiu em

2005, a marca de 100% das unidades acadêmicas, em comparação aos 96% alcançados no

ano de 2004.

Uma das mais importantes destinações da análise do Planejamento Acadêmico é a

utilização destas informações na Matriz de distribuição interna de vagas para a contratação de

professores efetivos do ensino superior. A Matriz torna-se uma importante ferramenta para a

tomada de decisão da Administração Superior da UFPA.

Outra ação relevante que vem sendo implementada pela PROPLAN é a realização de

Seminários de Orientação para a Elaboração dos Planos de Gestão das Unidades Acadêmicas

da Universidade Federal do Pará, que tem como objetivo principal, assessorar as unidades

buscando a concretização do desafio de dotar o nível intermediário da instituição de

instrumentos de planejamento e gestão compatíveis com os fundamentos da administração

estratégica e em sintonia com o planejamento estratégico institucional. Tal medida busca

aperfeiçoar o sistema de planejamento das ações da UFPA, tendo como paradigma maior a

participação dos diversos atores na elaboração dos Planos de Gestão das Unidades e, por

finalidade, integrar a atividade de planejamento, ao mesmo tempo em que pretende consolidar

uma cultura de planejamento na instituição.

5.8.2 Avaliação da Gestão 2001–2005

A avaliação de Gestão de um mandato público é, antes de tudo, uma prestação de

contas à sociedade dos investimentos realizados com os recursos oriundos dos impostos por

ela mesma pagos em favor de serviços destinados à melhoria de sua qualidade de vida e

desenvolvimento humano.

Ao encerrar-se o quadriênio da gestão 2001–2005, a Universidade Federal do Pará

colocou à disposição dos órgãos de Estado, da comunidade acadêmica e da sociedade em

geral os principais resultados de um imenso e persistente trabalho coletivo que visou

referenciar e consolidar a maior instituição de educação superior e pesquisa da região Norte

do país como pólo propulsor de desenvolvimento regional, sempre atenta às demandas sócio-

políticas.

Page 165: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

163

O processo de avaliação da gestão 2001–2005 foi coordenado pela Pró-Reitoria de

Planejamento e Desenvolvimento e a metodologia utilizada obedeceu a seis etapas:

Primeira: construção dos instrumentos de coleta de dados contemplando a obtenção do

maior número de dados e informações referentes ao período e às dimensões:

Planejamento institucional;

orçamento;

ensino de graduação;

ensino de pós-graduação, pesquisa e inovação tecnológica;

ensino técnico profissionalizante e básico;

extensão e inclusão social;

política institucional de concessão de bolsas;

educação a distância;

sistema de bibliotecas

editora e livraria universitária;

redes de cooperação nacional e internacional;

gestão de pessoal;

infra-estrutura; e

hospitais universitários.

Segunda: aplicação dos instrumentos de coleta de dados, junto às Unidades da UFPA;

Terceira: todas as unidades acadêmico-adminstrativas da UFPA procederam à

elaboração de um relato analítico-comparativo das ações desenvolvidas com base em

um referencial histórico compreendendo o período 2001–2005;

Quarta: consolidação dos dados e informações coletados;

Quinta: avaliação dos resultados alcançados, tendo como referencial, o Plano de

Desenvolvimento da UFPA–2001/2010 e a análise da coerência entre gestão e

objetivos institucionais;

Page 166: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

164

Figura 9 – Capa do Relatório da Gestão 2001–2005. Crédito: Edison da Silva Farias.

Sexta: explicitação dos resultados alcançados por meio do Relatório da Gestão 2001–

2005.

O Relatório da Gestão 2001–2005 foi constituído de textos que expressam de forma

concisa, os resultados alcançados em cada uma das dimensões avaliadas — além de tabelas,

gráficos, quadros e fotografias — e está incorporado neste documento.

Page 167: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

165

5.9 POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AOS ESTUDANTES

5.9.1 Estudantes

a) Política de Concessão de Bolsas

A UFPA desenvolve uma política vigorosa de concessão de bolsas, como estratégia de

incentivo e inserção, tanto dos alunos da graduação quanto da pós-graduação, em projetos de

ensino, pesquisa, extensão e campos de estágio, desenvolvidos no âmbito institucional e/ou

em parceria com outras entidades.

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, por meio de seu Departamento de

Pesquisa, mantém convênio com o CNPq para viabilização de bolsas do PIBIC/CNPq aos

pesquisadores e alunos da UFPA, a fim de fortalecer a iniciação científica nesta Instituição.

Em 2005 foram contemplados 231 alunos. Entretanto, visando alcançar um universo maior, a

UFPA entrou com recursos próprios e, por meio do Programa PIBIC/UFPA, contemplou mais

105 alunos. Outro Programa, o de Bolsas de Iniciação Acadêmica (PBIA), está vinculado ao

Programa Integrado de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão, que atualmente apóia 95

projetos. O PBIA, nos últimos quatro anos, concedeu uma média anual de 370 bolsas aos

alunos envolvidos nos projetos do PROINT.

O Programa de Bolsas de Extensão destina-se à concessão de bolsas aos alunos

envolvidos nos projetos de Extensão cadastrados na Pró-Reitoria de Extensão. Não havia, em

2001, nenhum apoio nesse sentido. Em 2003, foram concedidas 50 bolsas e, a partir de 2004,

houve um aumento de mais 50. Hoje já são 150 por ano. Esta modalidade de bolsa também é

concedida eventualmente, com recursos próprios, por algumas unidades acadêmicas da

UFPA.

Já o Programa de Bolsas Estágio, coordenado pela Pró-Reitoria de Administração,

demanda da necessidade dos alunos em desenvolver atividades que lhes proporcionem

condições de experiências práticas na linha de sua formação profissional, incentivando a

complementação do ensino e da aprendizagem. O Programa destina-se à concessão de bolsas

aos alunos envolvidos principalmente em atividades meio desenvolvidas pelas unidades da

Administração Superior e aquelas acadêmicas ou a elas vinculadas. Nos últimos quatro anos,

o Programa concedeu uma média anual de 450 bolsas.

Na Pós-Graduação, o Programa de Bolsas de Residência Médica é destinado aos

alunos residentes dos Hospitais Universitários da UFPA e da Santa Casa de Misericórdia do

Pará, em parceria com o MEC e o Governo do Estado. Nesta modalidade, foi concedida uma

média anual de 72 bolsas. A TABELA 12 apresenta o número de bolsas concedidas aos

Page 168: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

166

alunos de Graduação e de Pós-Graduação, no período de 2001 a 2005 e os GRÀFICOS 64 e

65 apresentam o total de bolsas de graduação e de pós-graduação, respectivamente.

Tabela 12 – Número de bolsas concedidas aos alunos de graduação e de pós-graduação, no período de 2001 a 2005.

Nível Tipos 2001 2002 2003 2004 2005 Estágio 421 394 448 539 566Extensão — 149 50 100 150PBIA 504 504 232 242 257Graduação

PIBIC (CNPq/UFPA) 211 281 310 310 336Pós-Graduação Residência Médica 62 70 67 89 91

Total 1.198 1.398 1.107 1.280 1.400Fonte: DEINF.

Houve redução no número de bolsas concedidas pelo PBIA, em função da

reestruturação do PROINT que, além de limitar em três o número de projetos apresentados

por cada unidade, passou a vincular esses projetos aos Projetos Pedagógicos dos cursos

envolvidos.

1.1361.328

1.0401.191 1.309

2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 64 – Total de bolsas de graduação. Fonte: DEINF;

62 70 67

89 91

2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 65 – Total de bolsas de pós-graduação. Fonte: DEINF.

Page 169: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

167

O QUADRO 14 apresenta o número de bolsas de pós-graduação, por programa.

PROGRAMAS Nº DE BOLSAS

Programa Institucional de Qualificação Docente – PIQD 35 Programa de Mestrado Interinstitucional – MINTER 15 Programa Institucional de Capacitação Docente e Técnica – PICDT 80 Programa de Qualificação Institucional – PQI 17

TOTAL 112 Quadro 14 – Número de bolsas da pós-graduação em 2005. Fonte: PROPESP.

b) Central de Estágio

Criada em 1999, a Central de Estágio nasceu da necessidade de organização e

unificação de procedimentos relativos ao estágio, em conformidade com o acervo de leis que

o regulamentam.

Antes da Central, não havia um setor único na UFPA que tratasse dos assuntos

relativos ao estágio. Existiam convênios, mas não se sabia ao certo quantos e em que

empresas os alunos estavam estagiando. As empresas não possuíam um referencial para

efetuar solicitações. Além disso, não existia uma política de repasse de informações para a

criação de um banco de dados referente ao assunto.

Hoje, com a Central, o controle de empresas conveniadas, de alunos cadastrados e de

alunos encaminhados, é consideravelmente mais seguro, tendo em vista que também são

realizados encaminhamentos por meio de agências de integração como o Instituto Euvaldo

Lodi (IEL-PA) e o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

A Central de Estágio atua com o objetivo de promover a interface entre o corpo

docente, discente e a comunidade e de acompanhar, com mais eficácia, os alunos que

necessitam realizar estágio curricular nos seus cursos de formação. Ao longo desses 7 anos de

existência, a Central de Estágio firmou convênio com grandes empresas, como é o caso da

Centrais Elétricas do Norte do Brasil em que a inscrição ao processo seletivo de estágio é

bastante concorrida, devendo-se a isso, a excelente qualidade nas atividades desenvolvidas

pelos alunos da UFPA, contribuindo para a formação profissional e inserção no mercado de

trabalho de profissionais qualificados.

Ao lado da ELETRONORTE, destacam-se outros campos de estágio:

Companhia de Pesquisa em Recursos Minerais (CPRM) onde o estagiário executa

atividades concernentes a sua formação;

Page 170: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

168

Fundação Aquarela — vinculada à Rede CELPA (Centrais Elétricas do Pará), — é

direcionado aos alunos da área da Educação;

ALUNORTE — oferece aos estudantes de Engenharia Mecânica.

Além da Universidade Federal do Pará desempenhar o papel de Interveniente nesse

processo, atua, também, como Concedente de estágio; é o que ocorre com a parceria

estabelecida com o CEFET/PA, na qual a UFPA encaminha seus alunos para estagiar naquele

órgão, como também, recebe os estudantes do CEFET, que atuam como estagiários em

diversos setores desta Universidade.

Em 2003 eram 160 empresas conveniadas. Em 2004 mais 140 empresas firmaram

acordo de cooperação com a UFPA e em 2005 mais 126. Cerca de 5.991 alunos cadastrados

em 2005, foram encaminhados as concedentes conveniadas, como também, as

intermediadoras de estágio (IEL e CIEE). Em 2003 foram cadastrados 3.000 alunos e em

2004, 3.500. Dos alunos cadastrados em 2005, 1.461 obtiveram estágio.

A Central de Estágio da UFPA tem por princípio, a inserção dos alunos em atividades

que contribuam efetivamente para sua formação profissional e humana, orientando as

concedentes para requisitar estagiários que, de acordo com sua formação acadêmica,

desempenhem atividades profissionais capazes de promover tanto o enriquecimento do aluno

como da empresa, evitando distorções.

c) Transporte

Desde 2004, a UFPA possui dois ônibus — doados pela Empresa de Transporte

Urbano de Belém — que trafegam dentro do Campus Universitário de Belém, facilitando o

acesso e a locomoção dos 2.100 estudantes que utilizam diariamente esse serviço.

d) Alojamento Estudantil

A Universidade Federal do Pará possui 2 alojamentos estudantis, que juntos

beneficiam 47 alunos. Um alojamento está situado em Belém com 37 estudantes, o outro, no

município de Castanhal, com 15 alunos. A manutenção mensal desses alojamentos é de,

aproximadamente, R$3.500,00

e) Facilidades de acesso aos portadores de necessidades especiais

As reformas de infra-estrutura física — passarelas, banheiros e salas de aulas —

implementadas pela UFPA contemplaram portadores de necessidades especiais. Hoje a

Page 171: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

169

Instituição possui 52 banheiros adaptados para tal fim. Os prédios em construção estão em

conformidade com as normas estabelecidas para portadores de necessidades especiais.

f) Restaurante Universitário

Com estrutura adequada às exigências da legislação sanitária e aos padrões

nutricionais, o restaurante universitário fornece alimentação sadia e nutritiva aos alunos da

UFPA no valor de R$1,00. Funcionando no sistema de “bandejão”, o Restaurante também

vende refeição aos servidores da UFPA e visitantes por R$2,00 e fornece “quentinhas” à

comunidade acadêmica ao custo de R$2,50.

Com capacidade de atendimento para 300 pessoas a cada meia hora, nos últimos sete

anos (2000/2006) o RU apresentou um aumento expressivo na média diária de refeições,

passando de 476 em 2000 para 1.200 refeições em agosto de 2006; um incremento de 52%. O

GRÁFICO 66 apresenta o número de refeições servidas no RU no período de 2002 a 2005.

26.881

66.330

72.465

42.864

2002

2003

2004

2005

Gráfico 66 – Número de refeições servidas no RU. Fonte: PROAD.

A queda no número de refeições fornecidas no ano de 2005 em relação ao ano de

2004, justifica-se pela greve dos servidores das IEFE’s ocorrida no período de setembro a

dezembro daquele ano.

Além do serviço de fornecimento de alimentação aos alunos, o restaurante

universitário mantém integração com a Academia por meio da oferta e concretização de

estágio para alunos do curso de Nutrição, Ciências Contábeis e Engenharia de Alimentos.

A política de atendimento aos estudantes é desenvolvida pela UFPA de forma

compartilhada com as pró-reitorias, especialmente PROEG, PROEX e PROAD, e seus

Departamentos, visando consolidar a formação profissional e garantir a satisfação física e o

conforto dos seus alunos.

Page 172: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

170

5.9.2 Egressos

Até 30 de agosto de 2006, a UFPA apresentava uma lacuna nas suas estratégias de

ação: a inexistência de um acompanhamento de egressos. A partir desta data esta lacuna foi

preenchida com o lançamento da Pesquisa Eletrônica com os Egressos. O sistema foi

desenvolvido pelo Departamento de Avaliação Institucional da UFPA, com o suporte técnico

do Serviço de Computação da Instituição e está disponível no site da UFPA

http://www.ufpa.br/egressos. O acesso para responder o instrumento é permitido por meio

CPF e do e-mail dos alunos egressos.

A pesquisa, parte integrante do processo de auto-avaliação da UFPA, tem por

finalidade conhecer a opinião de um universo de cerca de 103 mil pessoas que estudaram na

Universidade ao longo dos seus 49 anos de história, a respeito de sua formação acadêmica e

de sua atuação profissional, visando, principalmente, a melhoria da qualidade do ensino de

graduação ofertado por esta Instituição.

O convite aos egressos para participação na pesquisa é feito por contato telefônico,

correio eletrônico e pela mídia. Entende-se por egressos não apenas àqueles que, concluíram a

graduação. Mas, também, os que saíram da Universidade sem concluir o curso — por

desligamento ou por abandono. Pesquisar as causas que determinam essas duas formas de

saída possibilitará identificar as que são de responsabilidade da UFPA, tornando-se objeto de

intervenções futuras para sua erradicação.

O questionário de pesquisa (Anexo D) foi dividido em quatro Blocos:

informações pessoais;

informações acadêmicas (graduação e pós-gradação);

informações profissionais; e

informações Adicionais.

Os dados são armazenados diretamente em uma base de dados institucional para

posterior análise e geração de relatórios.

Na seqüência deste trabalho, buscar-se-á coletar dados junto às entidades de classe e,

desta forma, construir indicadores confiáveis para a avaliação e adequação dos currículos dos

cursos, por meio da realimentação por parte da sociedade e especialmente dos ex-alunos.

Este estudo é fundamental para que a Instituição possa conhecer o perfil dos seus

egressos, avaliar a eficácia de sua atuação e revê-la, no que for necessário, no sentido de

implementar políticas e estratégias de melhoria da qualidade do ensino de graduação e de pós-

Page 173: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

171

graduação ofertado pela UFPA de modo a garantir uma formação adequada frente às

necessidades do mercado de trabalho.

Page 174: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

172

5.10 SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA

5.10.1 A Crise no Financiamento das IFES

O financiamento das Instituições Federais de Ensino Superior começou a apresentar

um declínio expressivo a partir da segunda metade da década de 1990, quando o orçamento

do Ministério da Educação, até 2002, manteve-se praticamente inalterado em valores

nominais para o financiamento da educação superior. Para agravar este quadro, o MEC

adotou, no período de 1995 a 1999, dois modelos para alocação de recursos de Outras

Despesas de Custeios e Capital (OCC) para as IFES, cujos critérios implicaram distorções

consideráveis na distribuição de recursos entre as Instituições Federais de Ensino Superior,

uma vez que não foi levada em consideração a heterogeneidade das instituições que

compunham o Sistema. O primeiro — adaptado do modelo Holandês — baseava-se em

critérios de necessidade, desempenho e fatores históricos; o segundo — uma adaptação do

sistema Inglês — era baseado no conceito de produtividade acadêmica, o que acabou por

privilegiar as IFES das regiões Sul e Sudeste. Some-se a isto o fato de que o número de

instituições que passaram a integrar o Sistema das Instituições Federais de Ensino Superior

aumentou consideravelmente nesse período, tornando a partilha dos recursos, já escassos,

mais crítica ainda.

O impacto desses fatores no orçamento da UFPA foi desastroso. Para se ter uma idéia,

em 1996 o orçamento de OCC fora de R$ 37.080.000,00 (trinta e sete milhões e oitenta mil

reais), enquanto em 2001 esse valor havia sido reduzido em 56,37%, apesar de, nesse

período, ter sido registrada uma expansão das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Ou

seja, teve-se de administrar os impactos do crescimento da universidade e a redução nominal

(real) de recursos para o financiamento dessas ações.

5.10.2 Os esforços empreendidos pela UFPA na busca da Sustentabilidade Financeira

A atual gestão vem empregando enormes esforços, em frentes distintas, com a

finalidade de restituir e fazer crescer o orçamento da UFPA. No campo político, por meio da

ANDIFES, no sentido de aumentar os recursos no orçamento do MEC destinados ao

financiamento da Educação Superior, assim como na construção de uma nova matriz de

alocação de recursos de OCC para as IFES, ambos com resultados positivos e com impactos

bastante representativos no orçamento da Instituição para 2006. No campo técnico, com os

investimentos realizados para a melhoria da base de informações da UFPA, que possibilitaram

um aumento expressivo na captação de recursos na matriz de alocação de recursos de OCC

Page 175: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

173

para as IFES, além de subsidiarem na elaboração de projetos institucionais para a captação de

recursos externos, junto aos órgãos e agências de fomento, para o financiamento de atividades

acadêmicas, de infra-estrutura física e aquisição de equipamentos.

Com essas ações, a Universidade tem conseguido recompor progressivamente seu

orçamento de OCC captado junto ao MEC que, em 2001, havia apresentado um dos piores

desempenhos dos últimos 10 anos, com um valor de R$ 16.179.244,00 (dezesseis milhões

cento e setenta e nove mil e duzentos e quarenta e quatro reais). Em 2006, esse valor foi de

R$ 40.227.733,00 (quarenta milhões duzentos e vinte e sete mil e setecentos e trinta e três

reais), um salto de 149% — o ensino de graduação teve um aumento percentual de recursos

de 106%; a extensão aumentou mais de 3.000%; a pós-graduação um aumento de 233%; a

infra-estrutura apresentou aumento de 1.072%—, o que denota o esforço desta Administração

na recuperação e ampliação da infra-estrutura, bem como na implementação da qualidade

acadêmica, com destaque para o ensino a distância que, a partir do ano de 2005, passou a

dispor de recursos orçamentários para a realização de suas atividades. A evolução do

orçamento, no período de 2001 a 2006, está demonstrada na TABELA 13 e no GRÁFICO 67.

Tabela 13 – Evolução do orçamento no período de 2001 a 2006.

Execução Orçamentária Dotação Ações MEC

2001 2002 2003 2004 2005 2006

Acréscimo

%

Funcionamento

de Cursos de GRADUAÇÃO

15.250.277 13.149.247 13.235.918 17.018.322 25.809.424 31.413.451 106

Universidade

Aberta e À DISTÂNCIA

0,00 0,00 0,00 0,00 150.000 100.000 *

EXTENSÃO –

Serviços Sociais

à Comunidade

34.687 53.215 39.766 275.717 807.049 1.081.200 3.017

Modernização e

Recuperação da

INFRA-ESTRUTURA

Física

400.000 1.236.788 2.514.034 2.239.057 4.014.385 4.689.866 1.072

ACERVO

BIBLIOGRÁFICO

destinado as

IFES e Hospitais

0,00 0,00 200.086 202.666 450.000 526.341 *

Page 176: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

174

Universitários

Funcionamento

de Cursos de PÓS-

GRADUAÇÃO

494.280 675.197 670.055 446.050 950.284 1.646.000 233

Funcionamento

da EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL 0,00 0,00 140.903 248.486 317.227 350.319 *

CAPACITAÇÃO

DE

SERVIDORES

Públicos

Federais

0,00 361.905 643.042 200.000 599.850 420.556 *

Total 16.179.244 15.476.352 17.443.803 20.630.297 33.098.219 40.227.733 149

Fonte: DEPLAN. 1 A base de cálculo para o percentual de acréscimo foi a dotação de 2006 em relação à execução orçamentária de 2001. * Para as ações que não tiveram dotação orçamentária em 2001, não cabe o cálculo do percentual de acréscimo.

16.179.244

15.476.352

17.443.803

20.630.297

33.098.219

40.227.733

2001

2002

2003

2004

2005

2006

Gráfico 67 –Evolução do orçamento no período de 2001 a 2006.

5.10.3 Recursos Orçamentários (Outras Despesas Correntes e de Capital) — Tesouro

Além do aumento na captação de recursos, foi implantado, em 2003, o Plano de

Gestão Orçamentária que, associado à Matriz de Distribuição Orçamentária para as unidades

acadêmico-administrativas da UFPA, possibilitou a melhoria da qualidade e racionalização na

aplicação desses recursos, por meio do financiamento de programas e projetos de ações

continuadas, como o PROINT e o PROINFRA, medida que tem assegurado, de forma

sistemática, dotações orçamentárias anuais permitindo a implementação de políticas

permanentes direcionadas às áreas consideradas estratégicas para a Instituição.

Page 177: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

175

Para adequação às diretrizes estabelecidas no PGO, a estrutura programática passou a

ser composta de 27 Programas institucionais, sendo permitida a criação de outros programas,

desde que necessários para o funcionamento da Instituição.

A estrutura programática adotada está vinculada às grandes ações do Ministério da

Educação e é integrada, de forma indissociável, aos sete Eixos Estruturantes do Plano de

Desenvolvimento 2001–2010. Sob o conceito de transversalidade, eles regem as ações —

projetos e atividades — que são desenvolvidas no âmbito da UFPA, porque um programa,

embora esteja mais fortemente ligado a um eixo estruturante, também influencia os demais

eixos. A TABELA 14 apresenta a estrutura programática do PGO, com dotação orçamentária

para 2006:

Tabela 14 – Estrutura programática do PGO com dotação orçamentária para 2006.

Ações MEC/Programas UFPA Valor (R$)

Funcionamento da Instituição 9.325.829,00

Gestão Institucional 7.088.312,38

Matriz Orçamentária para Funcionamento de Cursos

de Graduação 3.650.006,00

PROINFRA CUSTEIO 1.682.826,85

PROINT 1.200.000,00

Apoio à Graduação 285.038,00

Viagens de Campo 297.634,00

Valorização do Discente 2.003.808,00

Reformas para Modernização da Infra-Estrutura 1.533.725,64

Interiorização 500.000,00

Programa de Segurança Universitária 40.000,00

Prefeitura Acadêmica 383.400,00

Valorização do Servidor 171.542,00

Contratos de Apoio Administrativo 2.770.220,75

Auditoria Interna 24.759,38

Planejamento Institucional 456.349,00

GRADUAÇÃO

Subtotal 31.413.451,00

Page 178: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

176

Ações MEC/Programas UFPA Valor (R$)

Pós-Graduação 710.000,00

Iniciação Científica 486.000,00

Programa Institucional de Apoio a Produção

Acadêmica - PIAPA 450.000,00

PÓS-GRADUAÇÃO

Subtotal 1.646.000,00

Multicampiarte 250.000,00

Programa Institucional de Bolsas de Extensão 475.200,00

Programa de Extensão 356.000,00 EXTENSÃO

Subtotal 1.081.200,00

ACERVO BIBLIOGRÁFICO Acervo Bibliográfico 526.341,00

Subtotal 526.341,00

CAPACITAÇÃO DE

SERVIDORES Capacitação de Servidores 420.556,00

Subtotal 420.556,00

Ações MEC/Programas UFPA Valor (R$)

Programa de Recuperação da Infra-Estrutura

(PROINFRA) 489.706,00

Aquisição de Equipamentos e Material Permanente 900.160,00

Obras e Instalações 3.300.000,00

INFRA-ESTRUTURA

(Capital)

Subtotal 4.689.866,00

Educação a Distância 100.000,00 UNIVERSIDADE ABERTA

E A DISTÂNCIA Subtotal 100.000,00

Educação Artística 350.319,00 DESENVOLVIMENTO DA

EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL E

TECNOLÓGICA Subtotal 350.319,00

Total 40.227.773,00

Fonte: DEPLAN.

Page 179: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

177

Essa configuração permitiu uma melhor alocação de recursos das ações (projetos e

atividades) a partir das demandas informadas pelas unidades interessadas, por meio do

Sistema de Planejamento e Orçamento.

A Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa tem se constituído, a seu

turno, em uma importante parceria no gerenciamento de recursos captados pela UFPA por

meio de suas unidades acadêmico-administrativas, para o financiamento de programas e

projetos nas áreas de Ensino, Pesquisa, Extensão e Desenvolvimento Institucional.

Entre 2001 e 2005, a FADESP gerenciou um volume de recursos no valor de R$

248.931.687,00 (duzentos e quarenta e oito milhões, novecentos e trinta e um mil, seiscentos e

oitenta e sete reais) — detalhados no GRÁFICO 2 — provenientes de instituições públicas,

privadas e internacionais por meio de convênios, contratos e cartas. Esses recursos, em sua

grande maioria, foram captados pela UFPA e tiveram um crescimento no período da ordem de

104,74%. O GRÁFICO 68 ilustra os recursos orçamentários gerenciados pela FADESP.

71.866.029

35.100.288

40.019.195

62.862.325

39.083.850

2001

2002

2003

2004

2005

Conforme o exposto, pode-se constatar, que os esforços empreendidos pela UFPA nos

últimos seis anos, tanto na área política quanto técnica, possibilitaram o equilíbrio na

execução orçamentária e a sustentabilidade no financiamento das ações acadêmicas,

administrativas e de infra-estrutura da Instituição.

Gráfico 68 – Recurso orçamentários gerenciados pela FADESP. Fonte: DAVES/DERCA/PROPLAN.

Page 180: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

178

5.11 ENSINO TÉCNICO, PROFISSIONALIZANTE E BÁSICO

5.11.1 Instituto de Ciências da Arte

a) Histórico

Quatro anos após sua fundação, a Universidade Federal do Pará iniciou a execução de

programas e projetos na área de artes. Em 1961, a partir da solicitação da Federação Paraense

de Teatro, foi implantado o primeiro curso voltado às atividades teatrais. Dessa maneira, a

Escola de Teatro — então, Serviço de Teatro — nasce oficialmente no dia internacional do

teatro (27 de março de 1962). Seis anos depois (1968) foi criado o Grupo Coreográfico. Essas

duas atividades deram origem à Escola de Teatro e Dança. Em 1971, um incêndio destruiu a

sede da Escola e, com ele, perderam-se os arquivos, figurinos e a biblioteca de teatro que

tinha obras raras e era referência na área.

Em 2004, a Escola de Teatro e Dança iniciou a oferta de cursos técnico-

profissionalizantes, em teatro, dança e cenografia. Atualmente, encontra-se em fase de

elaboração o projeto de oferta dos cursos de graduação em Dança e em Teatro. Esta Escola,

foi pioneira, na região, na formação de atores e bailarinos. Augusto Rodrigues, Cláudio

Barradas, Maria Silvia Nunes, Walter Bandeira, Eni Correa e Marbo Gianancini foram

mestres de várias gerações que hoje fazem as artes cênicas no Estado.

Em 1963, iniciaram-se as atividades musicais com a implantação do Coral e da

Orquestra universitários, reunidos sob a denominação de Centro de Atividades Musicais

(CAM). No começo da década de 1970, o então Serviço de Atividades Musicais (SAM) já

oferecia ensino e extensão em várias modalidades, além de manter o Madrigal e a Orquestra

Juvenil. Estas ações na área de música resultaram na criação, em 2003, da Escola de Música,

com cursos técnico-profissionalizantes em vários instrumentos e diversas habilitações. A

Escola de Música também foi um centro de confluência de grandes mestres como p. ex.

Altino Pimenta, João Bosco Castro, Nivaldo Santiago e Marina Monarcha.

Ainda em 1963, realizou-se o I Salão de Artes Plásticas da Universidade Federal do

Pará, tendo Benedito Nunes como presidente da comissão organizadora e Eneida de Moraes

como curadora da sala especial. Tal salão, marco da história da arte no Estado, consagrou a

geração de artistas abstracionistas, da qual pode-se destacar Roberto de La Rocque Soares,

Ruy Meira, Moraes Rêgo, Benedicto Melo e João Pinto, entre outros. A sala especial expôs a

obra de artistas brasileiros consagrados como Fayga Ostrower, Marcelo Grassman e Iberê

Camargo.

Page 181: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

179

Em 1973, por iniciativa do maestro Altino Pimenta, realizou-se o I Encontro de Arte–

ENARTE da UFPA congregando espetáculos, exposições, oficinas e seminários nas diversas

linguagens artísticas. Tal evento, que acontece anualmente sem interrupções, é o projeto

artístico-cultural mais longevo e ininterrupto em toda a história do Estado do Pará.

Em 1974, no Centro de Letras e Artes (CLA), criou-se o curso de graduação em

Educação Artística (Habilitação em Artes Plásticas), o primeiro curso de Arte-Educação no

norte do Brasil. Artistas consagrados como Roberto de La Rocque Soares, Emmanuel Nassar,

Dina Oliveira, Ronaldo Moraes Rêgo, Rosângela Brito e Osmar Pinheiro Júnior tornaram-se

professores do curso que foi a célula mater da Associação de Arte-Educadores do Estado do

Pará (AAEPA). Ex-alunos tornaram-se presidente e vice-presidente da Federação de Arte-

Educadores do Brasil (FAEB) e realizaram, em outubro de 1992, em Belém, o Congresso

Nacional da Federação, além de terem contribuído sobremaneira para a criação da

Associação dos Artistas Plásticos do Pará. Um dos marcos do Curso de Artes Plásticas, foi a

exposição da produção discente ocorrida na Galeria Ângelus do Theatro da Paz, em 1981, e o

painel sobre a mesma, apresentado no IV Salão Nacional de Artes Plásticas, realizado no Rio

de Janeiro, no mesmo ano. Já como Departamento de Arte (DEARTE), ofereceu-se o Curso

de Especialização Inter-relações Arte na Escola, em 1994.

Em 1991, foi implantada a Habilitação em Música do Curso de Educação Artística,

também no DEARTE/CLA. Apesar de razoavelmente novo e de ser um curso oferecido na

modalidade Licenciatura, a Habilitação em Música tem assumido a responsabilidade direta na

continuidade da formação de profissionais na área.

O Núcleo de Artes (NUAR) foi criado em 1991, tornando-se a unidade coordenadora

das Escolas de Música e de Teatro e Dança. Em conjunto com estas sub-unidades, vem

pesquisando e registrando boa parte da herança cultural local e disponibilizando esse acervo

por meio de discos e publicações. Em 2004, o NUAR implantou o primeiro curso regular de

pós-graduação — Especialização em Semiótica e Cultura Visual.

Apoiado em um projeto discutido durante 3 anos por todas essas unidades, o Conselho

Universitário criou, em fevereiro de 2006, o Instituto de Ciências da Arte (ICA) — o primeiro

da Instituição. O ICA congrega numa só unidade acadêmica todas as ações de ensino,

pesquisa e extensão realizadas pela UFPA no campo das artes. Assim, o Instituto de Ciências

da Arte reúne todos os cursos e ações que estavam dispersos entre o Núcleo de Artes e o

Centro de Letras e Artes. Atualmente, o ICA está investindo na elaboração do projeto de

mestrado em Arte e Linguagem.

Page 182: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

180

O ICA, deu continuidade a quatro grandes e importantes projetos culturais para a

comunidade:

ENARTE (33ª edição);

Auto do Círio (13ª edição);

Concurso de Contos da Região Norte (12ª edição); e

Fórum de Pesquisa em Artes (3ª edição).

Muitos profissionais egressos dos cursos técnicos e de graduação desenvolvem

atividades relevantes em museus, galerias, orquestras, institutos, fundações e grupos de teatro

e dança, bem como em escolas e faculdades que mantêm cursos de artes — dos outros 3

cursos superiores de arte existentes na cidade, ofertados por outras instituições, 2 são,

atualmente, coordenados por ex-alunos da UFPA. É importante ressaltar, também, que a

UFPA vem privilegiando nos últimos anos a qualificação dos professores de arte, mantendo

convênios com várias IFES para tal fim:

com a USP para mestrado interinstitucional em Musicologia, concluído em julho de

2003 por 12 professores;

com a UFRJ para mestrado interinstitucional em Artes Visuais, 5 professores

concluíram o curso em dezembro de 2003;

com a UFBA para mestrado interinstitucional em Artes Cênicas, concluído em

novembro de 2004 por 17 professores;

com a UFBA e UFRGS para doutorado (PQI) em Música, 6 professores concluirão o

curso em 2007.

Vale ressaltar que esses programas qualificaram, também, professores de outras

unidades da UFPA, como p.ex. Núcleo Pedagógico Integrado e Departamento de Arquitetura.

Por outro lado, o ICA mantém dois cursos de especialização:

Semiótica e Cultura Visual;

Arte, Ensino e Expressão, ofertado nos campi do interior.

Na área de artes, a UFPA foi pioneira em muitos aspectos na Amazônia: os primeiros

cursos técnicos, as primeiras graduações, as primeiras especializações e o primeiro fórum de

pesquisa interdisciplinar em artes — este, até o momento, o único em todo o Brasil.

b) Contexto

O Instituto de Ciências da Arte conta com 68 professores efetivos; destes, 7 são

doutores, 34 são mestres (16 doutorandos) e 7 são especialistas em todas as linguagens

Page 183: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

181

artísticas — teatro, dança, música e artes visuais. O quadro técnico-administrativo conta com

26 servidores. O GRÁFICO 69 ilustra o percentual de docentes do ICA, por formação

acadêmica.

10%

29%

10%

51%

Doutores Mestres Especialistas Graduados

c) Avaliação

Diante desse histórico e contexto, é inegável o crescimento da área de artes na

Universidade Federal do Pará, sobretudo no que diz respeito à qualificação de seu quadro

docente. Neste aspecto, deu-se um salto qualitativo extraordinário, considerando-se que em

2001 havia somente dois doutores em artes. O Instituto de Ciências da Arte ressente-se da

falta de profissionais técnico-administrativos qualificados nas mais diversas áreas como, p.ex.

de bibliotecários. Para suprir esta necessidade, o ICA conta com a ajuda imprescindível de

estagiários no desenvolvimento das atividades diárias.

Outro avanço importante foi a transformação dos cursos de teatro, dança e música em

cursos técnicos, o que atraiu verbas específicas da Secretaria de Ensino Técnico do MEC.

A maior dificuldade está, no setor de infra-estrutura. Embora o espaço físico do

Instituto seja suficiente para o desenvolvimento de todas as suas atividades — depois de

décadas instalados em prédios alugados e adaptados—, a infra-estrutura ainda é precária no

que diz respeito a equipamentos e laboratórios, em face, sobretudo, dos escassos recursos de

capital que impede o atendimento às suas necessidades. Pelo mesmo motivo, a aquisição de

instrumentos musicais e sua manutenção ainda estão muito aquém das reais necessidades do

ICA. O Instituto de Ciências da Arte possui prédios tombados pelo patrimônio histórico, cuja

reforma e manutenção é sempre onerosa e difícil. Acrescente-se a isso a necessidade de

tratamento acústico — imprescindível para as atividades de música, teatro e dança — e de

refrigeração.

Gráfico 69 – Percentual de docentes do ICA. Fonte: ICA.

Page 184: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

182

O Instituto não possui um laboratório de gravação que atenda às necessidades

pedagógicas de alunos e professores de música, nem um estúdio que atenda os de teatro e

dança.

Investe-se na compra de acervo para as bibliotecas setoriais, mas ainda não é o acervo

ideal para as atividades que são desenvolvidas e para o número de alunos atendidos. Este

cenário é agravante na medida em que se pretende implantar, já em 2007, um mestrado

interdisciplinar na área de artes.

Não há salas equipadas para professores exercerem condignamente as atividades de

orientação e pesquisa. Não existem espaços cênicos e de galeria adequados. Não há

computadores suficientes para as necessidades de docentes e discentes. Considerando-se que a

arte contemporânea lida cada vez mais com tecnologia de ponta, é abissal a carência nesse

sentido.

PROINFRA, PIAPA e PROINT são programas institucionais que amenizam algumas

dessas carências, mas não dão conta, nem de longe, do dever ser de uma unidade acadêmica

dedicada às artes.

Os programas de extensão como o Auto do Círio — o maior cortejo artístico da capital

do Estado e já tradicional na agenda da cidade num de seus momentos de maior expressão

cultura; o ENARTE — projeto de extensão universitária que reúne as áreas de música, artes

plásticas e cênicas — e o Fórum de Pesquisa em Artes têm sido executados graças, em grande

parte, às parcerias mantidas com outras instituições por meio das leis de incentivo à cultura.

d) Perspectivas e Potencialidades

O projeto de um teatro-escola para o ICA já foi finalizado e encontra-se em fase de

encaminhamento para captação de recursos (sobretudo por meio das leis de incentivo à

cultura). Com o orçamento existente investe-se na recuperação, lenta, mas gradual, dos

espaços. Neste sentido, foi relevante a implantação da biblioteca setorial de música, recém-

inaugurada.

Em termos acadêmicos, os projetos políticos pedagógicos de graduação em Dança, de

graduação em Teatro e de mestrado em Arte e Linguagem estão sendo elaborados. Também

se está procedendo à revisão do projeto pedagógico da graduação em Educação Artística –

Artes Plásticas, que deverá transformar-se no curso de Bacharelado e Licenciatura em Artes

Visuais. Espera-se que todos esses projetos sejam implantados no biênio 2007/2008.

O pessoal docente lotado no ICA é, de longe, o mais qualificado de toda a Região

Norte. Isso impõe a perspectiva de aprofundamento do ensino, da pesquisa extensão, além da

Page 185: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

183

implantação ou reformulação de licenciaturas e bacharelados em todas as linguagens

artísticas. Já com um número suficiente de doutores, é mister investir num curso de mestrado

interdisciplinar em artes (ora em formulação) para atender a imensa demanda reprimida.

Note-se que ele será o primeiro de toda a Região Norte.

Assim sendo, a maior das potencialidades do ICA é tornar-se, a médio prazo, o maior

centro de ensino, pesquisa e extensão na área de artes em toda a Amazônia, compreendendo

os níveis técnico, de graduação e pós-graduação.

5.11.2 Núcleo Pedagógico Integrado

Criado em 7 de março de 1963, o Núcleo Pedagógico Integrado (NPI) apresentou

muitos avanços em seus quarenta e três anos de existência e, hoje, com aproximadamente

2.000 alunos matriculados, oferece:

Educação Básica (educação infantil, ensino fundamental e médio) — dedicada,

prioritariamente, aos dependentes de servidores da UFPA;

Programa Rotativo de Aprendizagem Progressiva (PRAP) — ofertado à comunidade

externa funciona como um supletivo de 1º e 2º graus; e

Curso de Magistério.

Um desses avanços foi a mudança na política de ingresso dos alunos, que passou a

destinar à sociedade um percentual das vagas ofertadas. Em 2002, esse percentual

correspondeu a 7% das vagas ofertadas e concentrou-se mais na Educação de Jovens e

Adultos.

A queda na evasão escolar no ensino noturno, composto por alunos com mais de 18

anos, é outro sinal de avanço. Há quatro anos o NPI começou a implementar uma política de

permanência para esses alunos, que perderam a oportunidade de cursar o ensino básico

regular em função de suas necessidades de trabalho. Apesar da demanda ser maior entre os

moradores de bairros circunvizinhos ao Núcleo Pedagógico Integrado, existem alunos

matriculados oriundos de 23 bairros diferentes, como p. ex. Marambaia, Cidade Nova,

Marituba e do Distrito de Mosqueiro.

O Núcleo Pedagógico Integrado também vem se consolidando como campo de estágio

aos acadêmicos de cursos de licenciatura e bacharelado. Escola de Aplicação, cerca de 800

acadêmicos de 14 cursos de licenciatura e 8 de bacharelado passam anualmente por um dos

dois tipos de estágio oferecidos no NPI: o supervisionado, que atende a uma exigência

curricular, e o programado, que é extracurricular.

O termo “escola de aplicação” é definido como um espaço onde as teorias pedagógicas

Page 186: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

184

e as descobertas passariam pela “prova dos nove”, na prática. Apesar da crítica de que essas

escolas não representam a realidade social da escola pública, em nível de ensino Fundamental

e Médio, o NPI oferece uma experiência diferenciada, considerando aspectos como: melhor

qualificação e atendimento do professor; possibilidade de se fazer pesquisa e o número

adequado de alunos na sala de aula — na Educação Infantil o limite é de 20 alunos por turma;

nas turmas de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental, este limite é de 25, e nas de 5ª série em

diante, 30 alunos por turma.

O Núcleo Pedagógico Integrado obteve a segunda maior nota na avaliação do

ENEM/2005 no Estado e, nos últimos três anos, pelas suas ações, recebeu do Governo

Federal, o Selo e o Certificado de Reconhecimento de Escola Solidária.

O investimento na qualificação do corpo docente é outra conquista do NPI, que conta

atualmente com 204 docentes efetivos, dos quais 10 são doutores, 39 são mestres 96 possuem

especialização, 7 possuem aperfeiçoamento e 52 docentes são graduados. O GRÁFICO 70

apresenta o percentual de docentes do NPI, por formação acadêmica.

5%

19%

48%

3%

25%

Doutorado

Mestrado

Especialização

Aperfeiçoamento

Graduação

A instabilidade no calendário acadêmico do NPI, causada pelas últimas greves dos

servidores de Instituições Federais de Ensino Superior, influenciou diretamente na redução do

número de alunos matriculados no Núcleo no período de 2000 a 2005. Em 2005, ano de

ocorrência da greve mais longa da história do NPI, a taxa de evasão foi de 9,92% o que

representa em números absolutos a evasão de 210 alunos, dos quais a maior incidência foi no

ensino supletivo — 90, seguido do ensino fundamental que registrou evasão de 78 alunos e do

ensino médio com evasão de 42 alunos naquele ano. Em 2000, o NPI matriculou 2.889

alunos, já em 2005, o número de alunos matriculados foi de 2.117, uma queda de 36,5% no

número de matrículas, conforme se observa no GRÁFICO 71 que apresenta, também, o

número de alunos aprovados no mesmo período. A TABELA 15 apresenta o número de

alunos matriculados e aprovados no período, por ano e por modalidade de ensino.

Gráfico 70 – Percentual de docentes do NPI. Fonte: Anuário Estatístico/2005.

Page 187: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

185

2.889

2.621

2.245

2.180

2.1172.3

40

1.732

1.771

2.543

1.915

1.889

1.798

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Matrículados Aprovados

Tabela 15 – Número de alunos do NPI matriculados e aprovados no período 2000/2005, por modalidade de ensino.

2000 2001 2002 2003 2004 2005 Ensino M A M A M A M A M A M A Ed Infantil: Jardim/Alfa 190 175 179 91 151 150 136 136 151 139 138 138

Fundamental 1.439 1.381 1.368 1.129 1.279 1.136 1.246 1.111 1.223 1.050 1.180 1.046 Médio:

Ed. Geral 487 405 417 331 444 325 507 330 523 397 505 431 Magistério 122 101 101 70 88 62 79 46 65 39 88 46 Supletivo RAP/EJA 651 481 556 294 378 216 277 175 218 107 206 110

Total 2.889 2.543 2.621 1.915 2.340 1.889 2.245 1.798 2.180 1.732 2.117 1.771 Fonte: Anuário Estatístico/2005. Legenda: M – Matriculados. A – Aprovados.

A média anual de aprovação no NPI foi de 1.941 alunos no período 2000/2005. O

GRÁFICO 72 apresenta a taxa anual de aprovação nos últimos seis anos e os GRÁFICOS 73

a 77 ilustram as taxas dos alunos aprovados no mesmo período, por nível de ensino.

88%

73%

80%80%

79%

83%

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 71 – Alunos do NPI matriculados e aprovados no período 2000 a 2005. Fonte: Anuário Estatístico/2005.

Gráfico 72 – Taxa anual de aprovação no NPI. Fonte: Anuário Estatístico/2005.

Page 188: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

186

92%

50%

99% 100% 92% 100%

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 73 – Taxa de aprovação na educação infantil.

Fonte: Anuário Estatístico/2005.

96%

82%

88% 89%85%

88%

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 74 – Taxa de aprovação no ensino fundamental. Fonte: Anuário Estatístico/2005.

83% 79% 73%65%

75% 85%

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 75 – Taxa de aprovação no ensino médio/ed. geral. Fonte: Anuário Estatístico/2005

Page 189: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

187

82%69% 70%

58% 60%52%

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 76 – Taxa de aprovação no ensino médio/magistério. Fonte: Anuário Estatístico/2005

73%

52% 57%63%

49% 53%

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Gráfico 77– Taxa de aprovação no ensino supletivo. Fonte: Anuário Estatístico/2005

Por meio de uma proposta inovadora de ensino e da difusão de experiências

pedagógicas, o NPI — enquanto escola de aplicação — tem procurado alternativas de diálogo

entre os diferentes níveis de ensino e o fortalecimento de sua capacidade em realizar uma

educação acadêmica que valoriza o saber.

Page 190: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

188

5.12 HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS

5.12.1 Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza

Fundado em 18 de outubro de 1993, o Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza

(HUBFS) destina-se ao ensino, pesquisa e extensão como formação integral, no âmbito de

graduação e pós-graduação de profissionais da área da saúde. Seu foco de atendimento é

oftalmologia, otorrinolaringologia e crianças com problemas de desenvolvimento.

O serviço de oftalmologia do Bettina é desenvolvido com reconhecimento no nível

estadual, servindo de apoio acadêmico, por meio da preceptoria na Residência Médica e no

ensino de graduação para curso de Medicina.

Vinculado ao Ministério de Educação, o HUBFS atende ambulatoriamente 13

especialidades médicas multiprofissionais, as quais encontram-se relacionadas no Quadro 15.

1. Clínica Médica 2 Ginecologia 3. Gastroenterologia 4. Pediatria 5. Alergia e Imunologia 6. Neurologia 7. Proctologia 8. Ortopedia 9. Psiquiatria 10. Cirurgia Geral 11. Endocrinologia e Genética Médica12. Oftalmologia 13. Otorrinolaringologia Quadro 15 – Especialidades médicas do HUBFS.

Além das especialidades médicas, o HUBFS oferece atendimento em Nutrição,

Enfermagem, Serviço Social, Psicologia e Farmácia Hospitalar. Também dispõe de exames de

apoio diagnóstico em Endoscopia, Colonocospia, Ultrassonografia, Radiologia, Patologia

Clínica, Eletrocardiograma, Prevenção do Câncer Cérvio Uterino e Coloposcopia.

O Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, por meio das programações de

interesse institucional mantidas com o comprometimento do MEC/UFPA em parceria com o

Ministério da Saúde, SUS, FADESP, SESMA, SESPA, tem o compromisso acadêmico de

Page 191: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

189

desenvolver conhecimentos e ações de mútuo interesse, de cunho acadêmico, científico e

comunitário, que promovam inovações, oportunizando a inclusão social e o exercício de

cidadania.

A ausência de uma definição de Sistema Organizacional para ao HUBFS o deixa em

situação desfavorável frente às outras unidades acadêmicas da UFPA, pois, o Bettina vem

servindo apenas de locus para o desenvolvimento das várias atividades acadêmicas

desenvolvidas pelos Centros de Formação.

No ano de 2005 foram desenvolvidos 28 projetos de pesquisas e 14 projetos de

extensão das várias áreas de conhecimento de interesse na Saúde.

O constante desenvolvimento das atividades acadêmico deu origem a programas que

vêm se solidificando como atividades essenciais para a assistência e para o conhecimento,

com destaque para:

Programa Especial Caminhar: desenvolvido em parceria com a SESMA e

UNAMA, teve destaque e reconhecimento no Estado pelos métodos de tratamento

precoce adotados no auxílio ao diagnóstico preventivo de doenças em crianças

portadoras de necessidades especiais, servindo de referência para intercambio

internacional.

O Programa, de característica social, visa a solucionar necessidades essenciais

relacionadas ao atendimento à criança portadora de necessidades especiais. Atende

677 crianças. Por meio dessa ação, foram realizadas 9.910 consultas nas 13

especialidades multiprofissionais disponibilizadas pelo HUBFS, numa média de

quinze consultas anuais por criança.

Embora esse programa não se caracterize pela ação hospitalar, graças a ele, é

possível a detecção de doenças que servem de estudo e propicia o desenvolvimento

das pesquisas nas áreas da genética humana, fisioterapia, pediatria, na psicologia

infantil e no serviço social.

Na perspectiva acadêmico-assistencial, o programa desenvolveu quatro trabalhos, a

saber:

Perfil Clínico Epidemiológico das Crianças Atendidas no Programa

Caminhar do HUBFS;

Desenvolvimento Neuropsicomotor de Filhos de Mães Usuárias de Drogas

no Programa Caminhar do HUBFS;

Programa Caminhar — Diagnóstico Clínico e Funcional das Crianças

Matriculadas;

Page 192: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

190

Procedências/Causas Associadas ao Atraso no Desenvolvimento das

Crianças.

Esse último, oportunizou a realização do 1º Curso Estadual de Vigilância do

Desenvolvimento Infantil no Contexto da AIDPI-PA, para médicos e enfermeiros

dos Municípios Paraenses de Belém, Ananindeua, Barcarena e Bragança,

proporcionando o intercâmbio com paises Latinos Americanos como Chile,

Colômbia, Peru e Republica Dominicana, fortalecendo a condição do HUBFS como

integrante do Pólo de Educação Permanente.

Programa de Psiquiatria: por meio do Ambulatório de Ansiedade e Depressão

(AMBADE) tem oportunizado o desenvolvimento da área de Saúde com interface

nas Ciências Humanas e Aplicadas, na perspectiva da humanização dos serviços,

numa ação multidisciplinar, previstos pela Organização Mundial de Saúde,

diversificando e ampliando as frentes de trabalho e pesquisas. Destaca-se o Plantão

para acompanhamento de perdas da Psicologia.

O AMBADE serve de referência para estudantes de medicina que demonstram

interesse pela psiquiatria e desenvolvem trabalhos de pesquisa na área.

Programa Acadêmico Assistencial de Otorrinolaringologia: destaque na

expansão dos serviços, oportuniza o desenvolvimento da disciplina com auxílio da

prática, além de proporcionar o atendimento de qualidade na especialidade

disponibilizado aos usuários do SUS.

Este programa contribui para o desenvolvimento de novas frentes de pesquisa e pós-

graduações e em especial na Residência Médica.

Na perspectiva da multidisciplinaridade, o serviço de Nutrição tem se mantido como

suporte para o desenvolvimento de vários trabalhos acadêmicos de caráter complementar a

saúde com ações ambulatoriais das quais destaca-se:

Projeto de Acompanhamento às Crianças Recém-nascidas de Risco;

Controle de Peso de Estudantes;

Programa com Grupo de Diabéticos: atende 430 pacientes, com trabalho

educativo complementar ao serviço médico, além de atuar de forma preventiva com

familiares dos pacientes atendidos pelo programa.

O alcance desse programa está na melhoria da qualidade de vida dos pacientes face

ao controle da doença. Graças a esse trabalho não foram registrados óbitos nem

complicações crônicas no grupo de pacientes atendidos, enfatizando, assim, a

Page 193: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

191

importância do trabalho educativo, tanto de caráter preventivo quanto na inibição do

avanço da doença.

Na perspectiva da gestão para o atendimento com qualidade, o trabalho desenvolvido

pelos serviços de Ouvidoria, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e Núcleo de Apoio

Acadêmico, foram de fundamental importância estratégica para a alocação dos investimentos,

pois auxiliaram no acompanhamento das necessidades identificas no HUBFS.

A assessoria desses órgãos fortaleceu o controle da qualidade dos serviços prestados,

por meio da detecção de insatisfações de usuários. Resultando dessa assessoria:

a criação do 1º Laboratório de Informática, disponibilizado para alunos;

a ausência da infecção hospitalar, pelo trabalho preventivo;

a aquisição de medicamentos e material hospitalar, o que possibilitou a continuidade

dos serviços prestados à comunidade.

Em 2005 foram investidos R$ 396.395,83 em bens de consumo; R$614.811,06 em

obras e serviço de manutenção e R$40.754,75 em equipamentos e material permanente. Os

investimentos oportunizaram a melhoria das instalações físicas e de higiene e,

conseqüentemente, maior conforto e comodidade a todos os envolvidos nos processos do

HUBFS.

A parceria com a ELETROBRAS/ELETRONORTE, por meio de Termo de

Cooperação Técnica do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica rendeu

investimentos da ordem de R$55.725,00, utilizados na revisão das instalações elétricas e

climatização do prédio do HUBFS.

Outro ganho institucional foi a aprovação do Hospital Universitário Bettina Ferro de

Souza como Ambulatório de Especialidades pela equipe de supervisão do Programa Nacional

de Avaliação dos Serviços de Saúde do Ministério da Saúde, pois embora o HUBFS seja

considerado, na UFPA, Hospital Universitário; frente a Nova Conjuntura Nacional da Saúde

Pública caracteriza-se como ambulatório. Atualmente, o esforço institucional está canalizado

para a certificação do HUBFS como Hospital de Ensino.

Em 2005, o Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza realizou 151.741 consultas

— 140.604 de especialidades médicas, 8.577 multiprofissionais e 2.560 ambulatoriais. Foram

efetivados 256.112 exames de apoio diagnóstico, além de 20.455 cirurgias. Comparados com

os registros do ano de 2000, estes números expressam aumentos acentuados, visto que

naquele ano foram realizados 95.271 consultas (59,3%), 146.884 exames (74,4%) e 893

cirurgias (2.190%).

Page 194: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

192

Do total das cirurgias realizadas em 2005, 6.355 foram oftalmológicas. O aumento no

número das cirurgias de oftalmologia representa para esse serviço um crescimento de 521%

em relação ao ano anterior. Este dado é bastante significativo para a produção assistencial,

demonstrando a contribuição do serviço oftalmológico para o fortalecimento assistencial e

acadêmico.

Considerando a densidade médica na relação populacional do Estado do Pará que é

hoje de 1.332 habitantes para cada médico4, podemos considerar que o Hospital Universitário

Bettina Ferro de Souza vem prestando relevantes serviços à população desprovida de maiores

ofertas de assistência a Saúde pública, necessitando, reafirmar, cada vez mais, seu caráter

acadêmico assistencial por meio da ampliação de suas frentes de pesquisa e extensão.

O HUBFS é referência em oftalmologia no Estado do Pará e como tal, criou em 2005

o Programa de Residência Médica em Clínica Médica com 14 discentes matriculados. OS

QUADROS 16 e 17 apresentam, respectivamente, os números dos Programas de Residência

Médica e a Produção Hospitalar do HUBFS.

PERÍODO RESIDENTES CONCLUINTES PROGRAMAS

Início Término R1 R2 R3 Total R1 R2 R3 Total

Oftalmologia 2004 2007 2 2 — 4 — — — —

Clínica Médica 2005 2007 7 7 — 14 — — — —

Total 9 9 — 18 — — — — Quadro 16 – Números dos programas de residência médica do HUBFS. Fonte: HUBFS. Legenda: R – residência.

DESCRIÇÃO Quantidade

1. Índices de Funcionamento

Índice de Infecção Hospitalar 0

Percentual Geral de Ocupação 100%

2. assistência hospitalar, ambulatorial e de emergência

Número de Internações

Clínica Cirúrgica Clínica Ginecológica e Obstetrícia Clínica Médica Clínica Pediátrica Outras (*)

— — — — —

Número de Cirurgias Centro Cirúrgico Ambulatoriais

Total

6.355 14.100 20.455

4 Segundo o IBGE, a população do Estado do Pará é de 6.850.181 habitantes. De acordo com o Conselho Regional de Medicina, o número de médicos ativos no Pará é de 5.146.

Page 195: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

193

Total de Consultas

Médicas e Ambulatoriais Nutrição e dietética Por perícia médica Pelo pronto atendimento Outras (*)

140.604 8.577

— 2.560

Outros Procedimentos

Hospitalar, Ambulatorial e Emergencial Serviço de Enfermagem Serviço Social Serviço de Fisioterapia Outros (*)

— 26.814

6.268 2.222

19.015

Exames Complementares de Diagnóstico e Tratamento

Patologia Clínica Anatomia Patológica Hemoterapia e Hematologia Radiologia Geral Endoscopia Medicina Nuclear Outros (*)

189.713 13.819

— 46.015

2.293 —

4.2723. faturamento (R$) 3.634.960,34

Total

Sistema Único de Saúde - SUS Próprio Convênios UFPA Outros (*)

3.263.667,00 —

170.541,40 40.370,30

160.752,14Quadro 17 – Produção hospitalar do HUBFS. Fonte: HUBFS. (*) Interministerial MEC/MS

O Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza está integrado ao Sistema

informatizado de Saúde Pública e é membro do Pólo de Educação Permanente da SESPA que

inaugurou, em 2005, o Portal da Saúde Pública — por meio do qual será possível implementar

o Programa de Saúde a Distância para várias localidades do Estado do Pará, abrindo assim,

novas frentes de trabalho na Unidade.

Unindo o binômio educação/saúde, o HUBFS reafirma seu compromisso com o

desenvolvimento Institucional nas mais variadas áreas, buscando oferecer projetos e

programas que visem à melhoria da qualidade de vida da população. O Hospital Universitário

Bettina Ferro de Souza quer primar, sobretudo, pela qualidade de seus serviços. Para tanto,

não deixa de unir esforços neste sentido.

5.12.2 Hospital Universitário João de Barros Barreto

O Hospital Universitário João de Barros Barretos (HUJBB) começou a funcionar em

15 de agosto de 1959, como sanatório para tratamento de tuberculose. Na década de 1980

tornou-se referência nacional no tratamento de Aids; foi suporte contra a cólera nos anos 90 e,

nos dois últimos anos (2004 e 2005), referência no surto de raiva humana. Hoje, se prepara

Page 196: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

194

para enfrentar a gripe aviária e tem o câncer como terceira causa de internação hospitalar, o

que determinou a implantação de uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, em

parceria com o Instituto Nacional do Câncer.

O HUJBB tem como missão “prestar assistência à saúde da população, por meio do

Sistema Único de Saúde, como também atuar na área de Ensino e Pesquisa e na geração e

sistematização de conhecimentos”.

Em 2004, depois de ser avaliado com critérios rigorosos por uma Comissão

Interministerial, o Hospital Universitário João de Barros Barreto foi certificado como Hospital

de Ensino, pois respeita o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

Oferece Internato em Medicina, dispõe de Programas de Residência Médica, assegura

acompanhamento docente para os estudantes de graduação; desenvolve atividades de

pesquisa; possui instalações adequadas ao ensino; dispõe de biblioteca atualizada e

especializada na área da saúde; é participante ativo do Pólo de Educação Permanente em

Saúde e participa das políticas prioritárias do Sistema único de Saúde (SUS).

Os últimos seis anos foram marcados por conquistas que fortaleceram as ações dessa

instituição hospitalar. Dentre essas conquistas, destacam-se:

Na área de atenção à saúde

referência estadual em endocrinologia e diabetes;

referência especializada em assistência ao idoso;

referência em oncologia e patologia bucal;

referência nacional em DST/AIDS;

referência regional em infectologia;

referência regional em pneumologia;

assistência à saúde da população, na área ambulatorial e de internação, nas

especialidades: clínica médica, pneumologia, pediatria, cirurgia geral, cirurgia de

cabeça e pescoço, cirurgia torácica, cirurgia vascular, urologia, nefrologia,

endocrinologia, cardiologia e doenças infecto-parasitárias;

atenção às doenças emergentes e reemergentes;

centro especializado no tratamento da tuberculose;

centro de informações toxicológicas;

unidade de alta complexidade em oncologia;

laboratório de imunohistoquímica;

hemodiálise para pacientes agudos;

Page 197: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

195

programa de assistência ao paciente portador de tuberculose multiresistente;

programa de assistência ao paciente portador de fibrose cística;

programa de assistência a pacientes adultos e crianças, portadores de asma grave;

programa de assistência na área de psicologia clínica;

programa de controle de infecção hospitalar;

programa de humanização inclusive aos pacientes, servidores e discentes da graduação

e da pós-graduação;

dispensão de medicamentos para mal de Alzheimer, mal de Parkinson, hormônio do

crescimento, asma e hipertensão;

implantação de novos exames como dosagem hormonal, marcadores tumorais e

reações de infectibilidade;

ativação de cinco leitos de UTI;

aumento de seis leitos de AIDS.

Em 2005 o número de internações hospitalares (5.698) apresentou um crescimento de

8,5% em relação ao ano de 2001 que registrou 5.254 internações. O total de consultas

médicas passou de 83.987, em 2001, para 103.521, um aumento de 23,3%. Em 2005 foram

realizados 568.393 serviços de diagnose e terapia, 2.566 cirurgias e 1.474 cirurgias

ambulatoriais.

Na área do ensino, extensão e tecnologia

implantação da residência médica em gastroenterologia clínica, endocrinologia e

cirurgia digestiva;

formação de grupos de pesquisa clínico-cirúrgico, morfológico, citogenético e

genético do câncer gástrico, infectologia, endocrinologia/diabetes, toxicologia,

hepatopatias crônicas e psicologia clínica;

cursos de educação permanente nas áreas de referência do hospital;

termo de cooperação com o Núcleo de Medicina Tropical da UFPA;

implantação da liga de hepatites virais;

convênio com o Instituto Evandro Chagas para realização de pesquisas nas áreas de

infectologia;

projeto com financiamento em pesquisa clínica e de farmácia hospitalar;

campo de formação para alunos de cursos da área de saúde, biológica, humanas,

educação, tecnológica e exatas da UFPA;

Page 198: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

196

campo de aula prática para alunos de cursos da área de saúde da UFPA e de outras

instituições de ensino superior, públicas e privadas;

programa de internato nas clínicas médicas e cirúrgicas, com expansão para as áreas

de infectologia pediátrica;

programa de residência médica nas áreas de: pneumologia, infectologia, cirurgia geral,

clínica médica, com expansão nas áreas de endocrinologia, cirurgia digestiva e

gastroenterologia;

convênio com o Instituto Evandro Chagas;

realização de 137 cursos e eventos de extensão, com 3.592 concluintes e uma carga

horária de 3.726 horas;

programa de extensão na área de saúde e meio ambiente efetivado, com 6.409

beneficiários;

realização da VIII Jornada de Extensão, sob o título CINEMED: Aprendizagem de

ética em saúde de discentes de graduação e de pós- graduação no HUJBB;

realização de projetos de pesquisa em Infectologia, Endocrinologia, Epidemiologia das

Infecções, Anatomia Patológica e Farmácia.

O QUADRO 18 apresenta os números dos Programas de Residência Médica no

HUJBB.

Período Residentes Concluintes PROGRAMAS/ ÁREAS Início Término R1 R2 R3 Total R1 R2 R3 Total

Cirurgia Geral 02.02.05 02.02.07 7 7 — 14 — 7 — 7Grastroenterologia 03/02/05 03/02/07 2 — — 2 — — — — Cirurgia digestiva 02.02.05 02.02.07 3 — — 3 — — — — Clinica médica 02.02.05 02.02.07 8 8 — 16 — 8 — 8Infectologia 22/03/05 22/03/07 3 2 2 7 — — 2 2Endocrinologia 03/02/05 03/02/07 2 — —- 2 — — — —

Total 25 17 2 44 — 15 2 17Quadro 18 – Os números dos programas de residência médica do HUJBB. Fonte: HUJBB. Legenda: R – residência.

Na área da gestão hospitalar

consolidação do HUJBB como Unidade Acadêmica Especial;

implantação da Coordenadoria de Recursos Humanos;

implantação do Conselho Gestor;

instalação da Comissão de Acompanhamento do Plano Operativo Anual;

Page 199: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

197

implantação do Sistema de Gerenciamento Hospitalar;

instalação da Gerência de Risco;

criação do Núcleo de Vigilância Epidemiológica;

ampliação e modernização do espaço físico acadêmico e aquisição de equipamentos

multimídia;

certificação como hospital de ensino;

contratualização;

Unidade Gestora própria.

Uma conquista muito importante em 2005 foi à inserção do HUJBB no Programa

Nacional de Reestruturação Hospitalar (Termo de Contratualização), que lhe permitiu maior

equilíbrio entre receita e despesa e melhor desempenho dos serviços assistenciais e do ensino

de graduação, pós-graduação e da pesquisa.

Entre os principais benefícios da passagem oficial do hospital para a UFPA, foi o que

lhe permitiu ter uma Unidade Gestora própria, condição importante para sua autonomia

gerencial.

A implementação de mecanismos na gestão hospitalar proporcionou novas

modalidades de compras, permitindo o abastecimento mais regular do hospital, assim como

induziu uma padronização mais adequada na aquisição do material cirúrgico/hospitalar e dos

medicamentos. Tais adequações favoreceram em muito o suprimento do hospital, condição

necessária para enfrentar a gravidade do quadro das moléstias da população atendida, cuja

média de permanência de internação superou 20 dias, especialmente, na AIDS, nas moléstias

cardiovasculares, nos esclarecimentos de diagnóstico de câncer e de infecções concorrentes

(mais de 290 casos/ano), no aumento de casos de Leishmaniose visceral (calazar), sobretudo

em crianças (mais de 81 casos/ano) e no surto de raiva humana transmitida por morcegos

(mais de 14 casos/ano).

Os incentivos financeiros advindos da contratualização além de permitirem o

abastecimento regular do hospital, possibilitaram o investimento na melhoria dos meios

clínicos, superando diversos gargalos, no atendimento das várias referências do hospital.

Em 2005, o orçamento do Hospital apresentou um incremento acentuado de 88%,

passando dos R$12.489.678,00 em 2001 para R$23.467.318,00. O número de leitos passou de

276 em 2001, para 300; um aumento 8,7%. O quadro de pessoal apresentou um acréscimo de

233 funcionários, passando dos 906 servidores em 2001 para 1.139 em 2005. Um aumento

Page 200: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

198

significativo de 25,7%. O número de funcionário/leito passou de 3,24 em 2001,para 3,8 em

2005.

Alem da aprovação, pela FINEP e CNPq, dos projetos de pesquisa que financiarão a

Pesquisa Clinica e a Farmácia Hospitalar, também foram contínuos os financiamentos

externos para pesquisa em endocrinologia e diabetes.

A captação de recursos no Ministério da Saúde para construção e reinstalação da casa

de caldeiras, instalação de uma lavanderia e para a educação permanente, no montante de R$

1.420.215,06, bem como a captação de recursos junto ao Governo do Estado para a 2ª etapa

das obras da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, no valor de R$ 3.500.000,00,

representaram um fator decisivo para a melhoria da infra-estrutura e na expansão de serviços

no Hospital.

Os QUADROS 19 e 20 apresentam a Produção Hospitalar e os Indicadores de

Produtividade do HUJBB, respectivamente.

Descrição Quantidade 1. Índices e Funcionamento

Índice de Infecção Hospitalar 2,6

Percentual Geral de Ocupação 92,00

2. Assistência Hospitalar, Ambulatorial e de Emergência

Número de Internações

Clínica Médica Clínica Cirúrgica Clínica Pediátrica Clínica DIP Clínica Pneumológica

634 1.370

701 1.301 1.683

Número de Cirurgias Centro Cirúrgico Ambulatoriais

2.566 1.474

Total de Consultas Médicas e Ambulatoriais Outras consultas de prof. de nível superior

80.558 22.963

Outros Procedimentos

Palestra Terapia Individual Visita Domiciliar Administração de Medicamentos Glicemia Capilar

- -

1.184 11.266

997

Exames Complementares de Diagnóstico e Tratamento

Patologia Clínica Anatomia Patológica Radiologia Geral Ecocardiograma Tomografia Ultrassonografia Endoscopia Broncoscopia Eletrocardiograma Eletroencefalograma Prova de Função Respiratória

504.160 3.663

27.401 2.558 4.831 4.957 1.070

278 8.264

527 -

Page 201: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

199

3. Faturamento (R$) 27.846.558,22

Total

Sistema Único de Saúde Recursos do Tesouro – MEC/SESu Outros Convênios Ministério da Saúde (Portaria 775)

25.477.777,25 1.075.592,31

319.438,66 973.750,00

Quadro 19 – Produção hospitalar do HUJBB. Fonte: HUJBB.

ANO INDICADORES

2004 2005 VALOR DE REFERÊNCIA

Nº Leitos Ativados 300 300 —

Nº Servidores 1.100 1.139 —

Relação servidor/leito 3,7 3,8 4,5 A 5,7 funcionários PROHASA

Taxa Média de Permanência 15,59 15,83 14 dias (referência HUJBB)

Taxa de Ocupação Geral 92,51 92,00 85% a 90% (PT: 3046/82 tx INAMPS)

Índice de Substituição 1,83 1,77 3% A 3,5 %

Média de doente/dia 244,86 248,26 215,00

Total de Altas 5.765 5.659 6.540 saídas

Total de Óbitos 654 689 — Taxa de Infecção Hospitalar por 1.000 pacientes/dia 2,7 2,59 2,8 A 3,0 para 1000

paciente/dia

Faturamento Médio Mensal 668.331,55 2.123.148,101.955.610,99 - média mensal conforme contrato de metas /

2005 Quadro 20 – Indicadores de produtividade do HUJBB. Fonte: HUJBB. Nota: Em 2005 o HUJBB funcionou com novo contrato de metas que considera o faturamento geral da

produção de serviços.

Com ampla visão de futuro, o Hospital Universitário João de Barros Barreto está

elaborando o seu Plano de Gestão Hospitalar até o ano 2016, refletindo sobre seu papel e

inserção integrada na rede do Sistema Único de Saúde e na Educação em Saúde, a partir do

cenário epidemiológico do Estado do Pará.

Page 202: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

200

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O relatório final de avaliação interna aqui apresentado, expressa o resultado de uma

trajetória de discussão, de análise e interpretação dos dados advindos do processo de auto-

avaliação, realizado de abril de 2004 a junho de 2006 contemplando um referencial histórico

que compreende o período de 2000 a 2005.

Neste contexto, ao abordar as conclusões advindas do trabalho executado, fica

demonstrado, mais uma vez, o empenho da UFPA de aprimorar os seus esforços em favor da

sociedade, no âmbito da educação superior e de viabilizar a implementação das condições

necessárias para que a instituição concretize a sua missão

Ao promover seu autoconhecimento, a UFPA garante a eficácia de seu compromisso

em difundir, aprofundar e produzir conhecimento e cultura. O que se pretende, agora, é dar

prosseguimento ao trabalho já realizado no campo da avaliação institucional — apoiando-se

nas experiências exitosas — e a consolidação de uma avaliação contínua e sistemática da

qualidade das funções Institucionais.

Page 203: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

201

DOCUMENTO E SISTEMAS PESQUISADOS

ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA UFPA. Ofício de apresentação. Belém, 2006.

BRASIL. Mistério da Educação. Avaliação externa de instituições de educação superior: diretrizes e instrumentos. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2006.

__________. Diretrizes para a avaliação das instituições de educação superior. Brasília: Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior, [2004?].

__________. Instrumento de avaliação de cursos de graduação. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2006.

__________. Manual de avaliação institucional (versão preliminar). Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira / Diretoria de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior, 2002.

__________. Roteiro de auto-avaliação institucional 2004. Brasília: Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior, 2004.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Orientações para o cálculo dos indicadores de gestão: Decisão TCU n° 408/2002-Plenário. Foz do Iguaçu, 2002. Versão revisada em jan. 2005. Digitado.

CARVALHO, Sandra Maria de Azevedo. Subsídios para a implantação do processo permanente de uma política de avaliação institucional na Universidade Federal do Pará. Belém, 2003. Monografia.

COSTA, Maria José Jackson (Org.). Avaliação institucional: desafio da Universidade diante de um novo século. Belém, 1997.

PINTO, Walter. História de avanços através das décadas. Beira do Rio. informativo da Universidade Federal do Pará. Ano I. Nº 11, Belém, jul. 2003. p. 6 e 7.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Avaliação. Belém, 1989.

__________. Relatório de auto–avaliação. Belém, 1999.

__________. UFPA XXI – Plano de Gestão 2005–2009. Universidade Federal do Pará. Belém: EDUFPA, 2005.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Assessoria de Imprensa. Relatório de atividades 2005. Belém, 2005.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Hospital Bettina Ferro de Souza. Relatório de atividades 2005. Belém, 2005.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Hospital Universitário João de Barros Barreto. Relatório de atividades 2005. Belém, 2005.

Page 204: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

202

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Instituto de Ciências da Arte. Histórico e Avaliação / José Afonso Medeiros Souza. Belém, 2006.

__________. Relatório de atividades. Belém, 2005.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Núcleo Pedagógico Integrado. Relatório de atividades 2005. Belém, 2005.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Prefeitura do Campus. Relatório de atividades 2005. Belém, 2005.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARPA. Pró-Reitoria de Administração e Coordenação de Órgãos Suplementares. Avaliação institucional da PROAD 2000–2005. Belém, 2005.

__________. Relatório de atividades 2005. Belém, 2005.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Ensino de Graduação e Administração Acadêmica. Avaliação dos cursos de graduação da UFPA: relatório 2004–2005. Belém, 2006.

__________. Programa de melhoria do ensino de graduação. Belém, 2006.

__________. Projeto de avaliação institucional da Universidade Federal do Pará, 1995–1996. Belém, 1995.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Extensão. Relatório de atividades 2005. Belém, 2005.

__________. Avaliação institucional da Pró-Reitoria de Extensão 2000–2005. Belém, 2006.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal. A linguagem no meio ambiente institucional: construindo novos saberes com jovens e adultos / Eunice Ferreira dos Santos, Maria Helena de Freitas Vale. Belém, 2005.

__________. Plano de Gestão 2005–2009. Belém, 2005.

__________. Programa de desenvolvimento gerencial. Belém, 2006.

__________. Relatório de atividades 2005. Belém, 2005.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Relatório de atividades 2005. Belém, 2005.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento. Anuário Estatístico 1979. Belém, 1980.

__________. Anuário Estatístico 1987. Belém, 1988.

__________. Anuário Estatístico 1997. Belém, 1998.

__________. Anuário Estatístico 2000. Belém, 2001.

Page 205: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

203

__________. Anuário Estatístico 2005. Belém, 2006.

__________. Orientações para elaboração dos Planos de Gestão das Unidades Acadêmico-Administrativas da UFPA / Madeleine Mônica Athanázio, Luiz Armando Souza Pinheiro. Belém: EDUFPA, 2006.

__________. Plano de desenvolvimento da UFPA: 2001-2010 / Universidade Federal do Pará. Belém: EDUFPA, 2003.

__________. Programa de Auto–Avaliação da UFPA / Luiz Armando Souza Pinheiro, Sandra Maria de Azevedo Carvalho. Belém, 2006.

__________. Relatório da gestão 2001–2005 / Universidade Federal do Pará. Belém: EDUFPA, 2005.

__________. Relatório de gestão 2002. Belém, 2003.

__________. Relatório de gestão 2003. Belém, 2004.

__________. Relatório de gestão 2004. Belém, 2005.

__________. Relatório de gestão 2005. Belém, 2006.

__________. UFPA por dentro. Belém, [199—].

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Serviço de Ouvidoria. Regulamento Interno do Serviço de Ouvidoria da UFPA. Belém, 2006.

__________. Sistema de acompanhamento de atividades docentes.

__________. Sistema de Controle Acadêmico.

__________. Sistema de Planejamento e Orçamento.

__________. Sistema de Pós-Graduação.

__________. Vice-Reitoria – Marlene Rodrigues Medeiros Freitas. Universidade Multicampi – conhecimento e tecnologia em favor do desenvolvimento do Pará – 2001-2005 / Universidade Federal do Pará. Belém: EDUFPA, 2005.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Disponível em http://www.deec.ufpa.br/ppgee/imagens/foto_aerea_ufpa.gif, Acesso em: 3. fev. 2006.

WORKSHOP DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DAS UNIVERSIDADES DO NORDESTE E NORTE. O desafio das Universidades diante de um Novo Milênio: a importância da avaliação institucional, 3. 1997, Belém. Anais... Belém: UFPA, 1997.

Page 206: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

204

GLOSSÁRIO

Concluinte: Estudante que, no prazo estipulado pela legislação referente ao ENADE daquele ano, tenha cumprido o percentual estabelecido para aquele grupo, isto é, tenha cumprido, até a data inicial do período de inscrição, pelo menos 80% da carga horária mínima do currículo do curso da IES, ou ainda aquele que tenha, independentemente do percentual já realizado, condições de concluir o curso durante o ano letivo no qual será realizado o exame da área.

ENADE Conceito: Calcula-se o conceito pela média ponderada da nota padronizada dos concluintes no componente específico, da nota padronizada dos ingressantes no componente específico e da nota padronizada em formação geral (concluintes e ingressantes), possuindo estas, respectivamente, os seguintes pesos: 60%, 15% e 25%. Assim, a parte referente ao componente específico contribui com 75% da nota final, enquanto a referente à formação geral contribui com 25%. O conceito é apresentado em cinco categorias (1 a 5) sendo que 1 é o resultado mais baixo e 5 é o melhor resultado possível.

Formação Específica: A prova, na parte de formação específica, é elaborada com base nas Diretrizes Curriculares, aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e também no perfil profissional de cada curso, contemplando os saberes fundamentais exigidos em cada área profissional.

Formação Geral: O componente de Formação Geral não deve ser confundido com uma prova de conhecimentos gerais. As questões desta parte da prova são de natureza transdisciplinar e exploram habilidades e competências importantes para os estudantes de todas as áreas do conhecimento: capacidade de relatar, analisar, sintetizar, inferir, comunicar-se com clareza e coerência, usar adequadamente em diferentes contextos a língua portuguesa.

Ingressante: Estudante que, no prazo estipulado pela legislação referente ao ENADE daquele ano, tenha cumprido o percentual estabelecido para aquele grupo, isto é, tenha cumprido entre 7% a 22% inclusive, da carga horária mínima do currículo do curso da IES.

Temas contemplados na parte de Formação Geral: sociodiversidade: multiculturalismo e inclusão; exclusão e minorias; biodiversidade; ecologia; novos mapas sócio e geopolíticos; globalização; arte e filosofia; políticas públicas: educação, habitação, saúde e segurança; redes sociais e responsabilidade: setor público, privado, terceiro setor; relações interpessoais (respeitar, cuidar, considerar e conviver); vida urbana e rural; inclusão/exclusão digital; cidadania; violência; terrorismo, avanços tecnológicos, relações de trabalho.

SC: – Quando não tem ingressante ou concluinte que participou efetivamente do ENADE através da realização da prova; – Para o caso das engenharia tinha menos de 10 cursos participantes.

IDD Índice

O Indicador de Diferença Entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) tem o propósito de trazer às instituições informações comparativas dos desempenhos de seus estudantes concluintes em relação aos resultados obtidos, em média, pelas demais instituições cujos perfis de seus estudantes ingressantes são semelhantes. Entende-se que essas informações são boas aproximações do que seria considerado efeito do curso.

O IDD é a diferença entre o desempenho médio do concluinte de um curso e o desempenho médio estimado para os concluintes desse mesmo curso e representa, portanto, quanto cada

Page 207: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

205

curso se destaca da média, podendo ficar acima ou abaixo do que seria esperado para ele baseando-se no perfil de seus estudantes.

O IDD Índice varia, de modo geral, entre -3 e +3, sendo o desvio padrão sua unidade de medida da escala do IDD. Assim se um curso possui IDD positivo, como IDD=+1,5, isso significa que o desempenho médio dos concluintes desse curso está acima (1,5 unidades de desvios padrão) do valor médio esperado para cursos cujos ingressantes tenham perfil de desempenho similares. Valores negativos, por exemplo, IDD=-1,7, indicam que o desempenho médio dos concluintes está abaixo do que seria esperado para cursos com alunos com o mesmo perfil de desempenho dos ingressantes.

IDD Conceito O Indicador de Diferença Entre os Desempenhos Observado e Esperado - IDD Conceito é uma transformação do IDD Índice, de forma que ele seja apresentado em cinco categorias (1 a 5) sendo que 1 é o resultado mais baixo e 5 é o melhor resultado possível no IDD Conceito.

SC: – Menos de 10 ingressantes e/ou concluintes; – Nota zero.

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206

_________________________

ANEXOS _________________________

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ANEXO A – FORMULÁRIOS DE AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UFPA

207

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210

210

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ANEXO B – PROGRAMA DE AUTO AVALIAÇÃO DA UFPA

agosto/2006

211

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Reitor

Alex Bolonha Fiúza de Mello

Vice-Reitora

Regina Fátima Feio Barroso

Chefe de Gabinete

Silvia Helena Arruda Câmara Brasil

Pró-Reitor de Graduação

Licurgo Peixoto de Brito

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação

Roberto Dall’Agnol

Pró-Reitora de Extensão

Ney Cristina Monteiro de Oliveira

Pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional

Sinfronio Brito Moraes

Pró-Reitora de Administração

Iracy de Almeida Gallo Ritzmann

Pró-Reitora de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal

Sibele Maria Bitar Lima Caetano

Prefeito do Campus

Marcus Vinicius Menezes Neto

Procurador Geral

Sandoval Alves da Silva

Diretor da FADESP

João Farias Guerreiro

Assessora Especial de Educação a Distância

Selma Dias Leite

212

Page 215: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

CRÉDITO TÉCNICOS

Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional

Pró-Reitor

Sinfronio Brito Moraes

Diretora do Departamento de Avaliação Institucional

Sandra Maria de Azevedo Carvalho

Diretora do Departamento de Planejamento

Madeleine Mônica Athanázio

Diretor do Departamento de Informações Institucionais

Aluízio Marinho Barros Filho

Assessoria Técnica

Luiz Armando Souza Pinheiro

_________________________ Organização e elaboração

Sandra Carvalho (coordenação) Luiz Armando Souza Pinheiro

213

Page 216: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

SUMÁRIO

p.

LISTA DE SIGLAS---------------------------------------------------------------------------------- 215

1 CARCTERIZAÇÃO DA UFPA----------------------------------------------------------------- 217

2 JUSTIFICATIVA ---------------------------------------------------------------------------------- 220

3 OBJETIVOS ---------------------------------------------------------------------------------------- 223

4 DIRETRIZES--------------------------------------------------------------------------------------- 224

5 METODOLOGIA---------------------------------------------------------------------------------- 227

REFERÊNCIAS -------------------------------------------------------------------------------------- 231

ANEXOS ----------------------------------------------------------------------------------------------- 232

214

Page 217: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

LISTA DE SIGLAS

ACG Avaliação dos Cursos de Graduação

AVALIES Avaliação das Instituições de Educação Superior

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento do pessoal de Nível Superior

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

CONAES Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior

CONSEP Conselho Superior de Ensino e Pesquisa

DAC Departamento de Apoio Didático-Científico

DEAVI Departamento de Avaliação Institucional

ENADE Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes

ENEM Exame Nacional do Ensino Médio

FADESP Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa

INEP Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais

PAIUB Programa Nacional de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras

PROAD Pró-Reitoria de Administração

PROEG Pró-Reitoria de Ensino de Graduação e Administração Acadêmica

PROEX Pró-Reitora de Extensão

PROGEP Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal

PROPESP Pró-Reitoria de Pesquisa e pós-Graduação

PROPLAN Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional

SAAD Sistema de Acompanhamento das Atividades Docentes

SAEB Sistema de Avaliação da Educação Básica

SIAPE Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos

SIE Sistema de Informações para o Ensino

SINAES Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

SISCA Sistema de Controle Acadêmico

215

Page 218: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

SISPLO Sistema de Planejamento e Orçamento

SPG Sistema de Pós-Graduação

SISRH Sistema de Recursos Humanos

UFPA Universidade Federal do Pará

216

Page 219: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

1 CARCTERIZAÇÃO DA UFPA

A Universidade Federal do Pará (UFPA), criada pela Lei nº 3.191, de 2 de julho de

1957 é, hoje, a maior instituição de ensino e pesquisa de todo o Norte do Brasil. É uma

instituição pública de ensino superior, organizada sob a forma de autarquia especial, mantida

pela União. Caracteriza-se como Universidade multicampi, regulamentada por meio da

Resolução nº 3.211, de 03/11/2004 — CONSEP, que reconhece formal e legalmente a

dinâmica acadêmica da UFPA, caracterizada por sua presença permanente e crescente em

vários municípios e regiões do interior do Estado e que tem como missão:

gerar, difundir e aplicar o conhecimento nos diversos campos do saber, visando à melhoria da qualidade de vida do ser humano em geral, e em particular do amazônida, aproveitando as potencialidades da região mediante processos integrados de ensino, pesquisa e extensão, por sua vez sustentados em princípios de responsabilidade, de respeito à ética, à diversidade biológica, étnica e cultural, garantindo a todos o acesso ao conhecimento produzido e acumulado, de modo a contribuir para o exercício pleno da cidadania, fundada em formação humanística, crítica, reflexiva e investigativa (PLANO DE DESENVOLVIMENTO 2001-2010. UFPA 2003, p.25).

A Visão Estratégica da UFPA é

tornar-se referência local, regional, nacional e internacional nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, consolidando-se como instituição multicampi e firmando-se como suporte de excelência para as demandas sócio-políticas de uma Amazônia economicamente viável, ambientalmente segura e socialmente justa (PLANO DE DESENVOLVIMENTO 2001-2010. UFPA, 2003, p.29).

A estrutura organizativa da Universidade Federal do Pará está constituída de 11

Centros e 1 Instituto de formação acadêmica e de produção de conhecimento; 5 Núcleos de

produção e integração de conhecimento; 9 Campi no interior do Estado; 2 Hospitais

Universitários; 33 bibliotecas universitárias, sendo 1 Biblioteca Central e 32 Setoriais

localizadas na capital e nos campi do interior; 1 Sistema de Incubadoras de Empresas e 1

Centro de Capacitação.

A Instituição abriga um contingente de aproximadamente 53.000 pessoas, distribuídas

entre docentes, técnico-administrativos e alunos, conforme demonstra o Quadro I, que

apresenta também os números gerais da UFPA.

217

Page 220: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

ESPECIFICAÇÃO QUANTIDADE

UNIDADES

Campi 10 Centros Acadêmicos 11 Instituto 1 Núcleos 5 Departamentos 72 Bibliotecas 33 Hospitais 2

CURSOS

Cursos de Graduação 312 Cursos de Especialização 94 Programas de Mestrado 371

Programas de Doutorado 15

RECURSOS HUMANOS

Docentes 2.4332

Técnico-administrativos 2.373

PROCESSO SELETIVO SERIADO 2006

Inscritos 43.279 Vagas Ofertadas 4.805

ALUNOS MATRICULADOS (2005) Ensino Fundamental e Médio e Educação Infantil 2.116

Ensino Técnico e Profissionalizante e Cursos Livres 3.645

Graduação3 37.508 Especialização 3.759 Mestrado 1.655 Doutorado 423

ALUNOS FORMADOS (2005)

Graduação 5.3.61 Especialização 1.073 Mestrado 355 Doutorado 32

Quadro 1: Números Gerais da UFPA. Fonte: UFPA em números 2005/PROPLAN, PROPESP; SIAPE; DAVES. (1) Um profissionalizante. (2) 1960 efetivos e 473 substitutos. (3) 2º semestre/2006. Incluídos cursos de contrato.

218

Page 221: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

O Plano de Desenvolvimento 2001—2010 da UFPA, elaborado dentro dos princípios

da Administração Pública, fundamenta-se na aplicação da administração estratégica e está

pautado nos princípios básicos definidos para a atual gestão e que contemplam:

defesa do ensino público, gratuito e de qualidade;

autonomia universitária;

gestão democrática;

indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão;

busca da excelência acadêmica;

desenvolvimento sustentável;

compromisso social e o fortalecimento das parcerias e do diálogo com a sociedade.

No Plano de Desenvolvimento encontram-se delineados sete Eixos Estruturantes,

vinte Metas, cinqüenta Estratégias e duzentos e vinte e sete Linhas de Ação. Uma dessas

metas é a implantação de um Processo Permanente de Avaliação Institucional que integra o

Eixo Estruturante Modernização da Gestão, onde está prevista a criação e consolidação de

uma Secretaria de Avaliação Institucional “com a adoção do controle por resultados e a

disponibilização de informações institucionais, como forma de imprimir transparência aos

atos dos gestores” (PLANO DE DESENVOLVIMENTO 2001-2010. UFPA, 2003, p.124).

Dentro desse contexto, espera-se potencializar e desenvolver a instituição por meio de

processo permanente e contínuo de avaliação do seu desempenho acadêmico e administrativo,

de modo a facilitar e viabilizar uma atuação qualificada e socialmente relevante em favor da

Região.

219

Page 222: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

2 JUSTIFICATIVA

O processo de avaliação do ensino superior no Brasil surgiu com a Reforma

Universitária – Lei nº 5.540. de 28/11/1968. De lá para cá, mudanças significativas têm sido

observadas. Já estão estruturados processos de avaliação em quase todos os níveis: de

desempenho do sistema de educação básica, por meio do SAEB; de conclusão do ensino

médio, tendo em vista introduzir um exame nacional que substitua o vestibular para ingresso

no ensino superior, por meio do ENEM; e institucional e de desempenho do ensino superior,

por meio do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES).

Criado em 2004 pela Lei nº 10.861 e coordenado pela Comissão Nacional de

Avaliação da Educação Superior (CONAES), o Sistema Nacional de Avaliação da Educação

Superior é composto da Avaliação dos Cursos de Graduação (ACG), do Exame Nacional de

Avaliação de Desempenho dos Estudantes (ENADE) e da Avaliação das Instituições de

Educação Superior (AVALIES), esta realizada em dois momentos: auto-avaliação e avaliação

externa.

O SINAES tem por finalidade:

a melhoria da qualidade da educação superior, a orientação da expansão da sua oferta, o amento permanente da sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social e especialmente a promoção do aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais das instituições de educação superior, por meio da valorização de sua missão pública, da promoção dos valores democráticos, do respeito à diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e da identidade institucional. (MINISTÉRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, 2004).

Na Universidade Federal do Pará, as ações voltadas à avaliação interna antecedem o

SINAES, visto que, em 1995, vinculou-se ao PAIUB através de Projeto de Avaliação

Institucional, com o objetivo geral de

rever e analisar criticamente as condições como se processa o seu Projeto Pedagógico relativo ao ensino, bem como a pesquisa, a extensão e a gestão acadêmica, em função da identificação das necessidades da comunidade acadêmica, visando proporcionar, em conseqüência, a definição de metas e ações capazes de aprimorar o seu desempenho (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, 1995).

Naquela ocasião, a UFPA desencadeou seu processo de avaliação institucional nos

Campi Universitários de Abaetetuba, Altamira, Belém, Bragança, Cametá, Castanhal, Marabá

e Santarém por meio de entrevistas e de aplicação de formulários. Algumas unidades não

estavam sintonizadas com o objetivo da proposta, surgindo em alguns Centros e Núcleos

movimentos contrários à execução do referido projeto, que previa a realização de uma

220

Page 223: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

pesquisa institucional direcionada para a avaliação. Entendida por parte da comunidade

universitária como uma avaliação unilateral e punitiva, seus opositores alegavam que as

finalidades da pesquisa não estavam suficientemente esclarecidas. Os resultados desse

trabalho foram registrados sob a forma de relatórios, em um livro (COSTA, 1997) e em Anais

(WORHSHOP DE AVALIAÇÃO INSTIUCIONAL DAS UNIVERSIDADES DO

NORDESTE E NORTE, 1997). A divulgação desses resultados foi efetivada com tanto atraso

que a informação, na ocasião, em grande parte, já estava defasada.

No primeiro semestre de 1999 surgiu o Projeto de Avaliação de Disciplinas, com o

objetivo de dar visibilidade à real situação do ensino de graduação. Uma equipe

interdisciplinar elaborou questionários de avaliação de docentes e discentes que abordavam

questões referentes à qualidade do ensino, às disciplinas, à organização dos cursos e ao

relacionamento interpessoal em sala de aula e com o corpo técnico-administrativo dos cursos.

O projeto previa a criação de um banco de dados para dar suporte às decisões administrativas;

no entanto, problemas operacionais impediram a elaboração final do banco de dados. Os

resultados obtidos com a aplicação dos questionários foram encaminhados aos Centros. Por

falta de sistematização e acompanhamento, o projeto foi cancelado.

Atualmente a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PROEG), através do

Departamento de Apoio Didático-Científico (DAC), está estimulando e assessorando os

cursos de graduação a promoverem a sua avaliação interna. Implantado em 2003, esse projeto,

denominado Avaliação e Acompanhamento dos Cursos de Graduação da UFPA , foi

elaborado por uma Comissão constituída por profissionais de diferentes áreas de atuação com

o objetivo de sistematizar procedimentos prevendo a avaliação semestral do desempenho de

docentes e discentes, a avaliação anual de técnicos e gestores e a avaliação bianual da infra-

estrutura dos cursos. A coleta de dados — realizada por meio de questionários e entrevistas —

a análise dos resultados, a sua divulgação e as providências para a solução dos problemas

revelados na pesquisa são procedimentos efetuados pelos Colegiados dos Cursos,

sistematizados em relatórios, internamente às unidades didático-científicas às quais o curso se

vincula. Cabe à Comissão de Avaliação da PROEG a elaboração do relatório anual e a

divulgação dos resultados no âmbito da instituição, destacando as ações administrativas e

técnicas implementadas para resolver os problemas apontados pela avaliação.

No momento em que a Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior, como

órgão colegiado de supervisão e coordenação do SINAES, estabelece as diretrizes, critérios e

estratégias para o processo de avaliação, torna-se necessário que a Universidade Federal do

Pará integre seu Projeto de Avaliação de modo a permitir ações pró-ativas que viabilizem esse

221

Page 224: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

processo e que superem as exigências legais, ou seja, que as ações de avaliação a serem

realizadas na UFPA não sejam entendidas apenas como cumprimento às determinações da Lei

nº 10.861, mas, sim, como um processo contínuo e permanente. Neste sentido, faz-se

necessário descobrir e desenvolver procedimentos que envolvam e comprometam os

servidores com a missão da instituição, minimizando os equívocos dos tradicionais métodos

de avaliação e corrigindo os erros praticados nas experiências anteriores. É dentro dessa

perspectiva que se coloca a presente Proposta de Avaliação Institucional.

222

Page 225: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

3 OBJETIVOS

Analisar a eficiência, a eficácia e a relevância científica e social dos programas e

projetos da Universidade Federal do Pará;

contribuir para a construção de uma cultura de avaliação que possibilite permanente

atitude de tomada de consciência sobre a missão e as finalidades acadêmica e social

da Universidade Federal do Pará;

estimular a implantação do processo permanente de uma política de avaliação

institucional na UFPA;

fornecer subsídios para a tomada de decisões que favoreçam o desenvolvimento

institucional;

propor ações que visem melhorar o desempenho, maximizar os recursos e aumentar

o grau de satisfação da comunidade acadêmica e da sociedade.

223

Page 226: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

4 DIRETRIZES

Conforme apresentadas anteriormente, as iniciativas de avaliação institucional na

Universidade Federal do Pará não são de hoje. As experiências já desenvolvidas permitem

identificar as principais dificuldades e os desafios para a sua consolidação, que se situam

principalmente no nível das condições para a sua operacionalização e na sensibilização e

adesão da comunidade acadêmica.

A adequada implantação de uma política de avaliação institucional na UFPA, a

implantação e implementação de um processo permanente de avaliação voltado para a

instituição como um todo e a obtenção de resultados satisfatórios pressupõem alguns

requisitos básicos, a saber:

compromisso explicito por parte dos dirigentes;

envolvimento direto e coletivo da comunidade acadêmica em seus diferentes

momentos;

existência de uma equipe de coordenação;

informações válidas e confiáveis;

participação de membros da comunidade externa;

uso efetivo dos resultados.

Implantar uma política de avaliação institucional não é tarefa simples. O esforço neste

sentido será recompensado pela construção de um processo contínuo de aperfeiçoamento do

desempenho acadêmico, do planejamento da gestão institucional e de prestação de contas à

sociedade. Esses procedimentos serão concretizados mediante a articulação entre as

atividades-meio e as atividades-fim e tendo por base os princípios estratégicos aqui propostos:

Democracia e participação: a natureza democrática e participativa da avaliação é

fundamental para o desenvolvimento e aprimoramento do sistema de avaliação

institucional e esta participação deve ser exercida por todos os atores envolvidos. A

proposta é garantir uma auto-avaliação participativa, dinâmica, ativa e de adesão

voluntária, tornando o processo atraente e convidativo.

Globalidade: as experiências anteriores reportam somente à avaliação do ensino da

graduação. A proposta atual é de avaliar a Universidade como um todo e não em

partes fragmentadas, o que permitirá uma visão geral e abrangente da UFPA. Neste

caso, a avaliação far-se-á em todas as dimensões do ensino, da pesquisa e da

extensão, da gestão, dos docentes, dos técnico-administrativos, dos alunos e de

todos os atores e todas as atividades desenvolvidas pela UFPA.

224

Page 227: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

Gradualidade: a avaliação interna na UFPA não se reduzirá ao simples

levantamento de dados, sua análise e a produção de um relatório final. A proposta é

de construção de um processo gradual, permanente e sistemático, capaz de

mensurar a relação entre o Projeto Pedagógico Institucional, o Plano de

Desenvolvimento da UFPA e a sua prática, e de garantir, outrossim, a qualidade de

suas atividades visando uma melhor eficiência das ações futuras da instituição.

Legitimidade: a avaliação institucional na UFPA deve revestir-se de elevado grau

de seriedade e correção, utilizando critérios avaliativos com ampla legitimidade

técnica (que requer o uso de metodologias adequadas, de modo a garantir a

identificação de indicadores de natureza quali-quantitativa) e política (conquistada

pela efetiva participação de toda a comunidade na construção do processo

avaliativo e no uso dos resultados por ele gerados).

Não premiação e não punição: premiar ou punir não é o objetivo da proposta. A

avaliação deve ser formativa e identificar pontos fortes e pontos fracos como meio

de apoiar o contínuo aperfeiçoamento do desempenho da instituição e de avaliar o

efeito e a eficiência das estratégias implantadas para o alcance da excelência.

Respeito à Identidade Institucional: o desempenho institucional deve ser

analisado em função de sua missão, sua visão, seus princípios, seus projetos, sua

relevância social, sua cultura institucional e sua realidade social, econômica e

política.

Transparência: a auto-avaliação, em suas diferentes etapas, fases e procedimentos,

deve ser a mais transparente possível, assegurando o debate e a divulgação dos seus

resultados a toda a comunidade.

Cada um desses princípios contribui significativamente para que o processo de auto-

avaliação da UFPA seja o mais abrangente, transparente e fidedigno possível.

Lembramos que a avaliação requer parâmetros e decisões claros; a definição de um

caminho legítimo para a sua concretização; a construção coletiva dos instrumentos de coleta

de dados e a composição criteriosa da equipe de gestores da avaliação interna.

A gestão da avaliação institucional no âmbito da UFPA será exercida de forma

compartilhada pela Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional

(PROPLAN) e pela Comissão Própria de Avaliação da UFPA (CPA/UFPA).

A PROPLAN, por meio do seu Departamento de Avaliação Institucional (DEAVI),

deverá:

225

Page 228: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

coordenar e executar a política de avaliação interna e;

definir procedimentos técnicos a serem adotados para a execução das ações de auto-

avaliação.

A CPA, que tem suas atribuições definidas no artigo 11 da Lei do SINAES, atuará

como órgão colegiado na definição de políticas e diretrizes do programa de auto-avaliação, na

orientação dos processos de avaliação internos, de sistematização e de prestação das

informações solicitadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (INEP).

Nas unidades acadêmicas e administrativas e nas demais unidades de ponta, a

execução das atividades de avaliação dar-se-á por meio das divisões responsáveis pelas

atividades, conforme o caso.

As dimensões consideradas no processo de avaliação interna (Anexo A) serão aquelas

estabelecidas pela Lei nº 10.861/2004, Art. 3º, e outras que sejam consideradas relevantes

pelos atores envolvidos, tendo em vista a compreensão da missão, identidade institucional e

especificidades institucionais.

Os mecanismos de avaliação interna da UFPA devem contemplar as especificidades

institucionais, permitir o autoconhecimento crítico, a análise das ações propostas no Plano de

Desenvolvimento e o contínuo aperfeiçoamento do desempenho institucional.

226

Page 229: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

5 METODOLOGIA

O universo da avaliação institucional no âmbito da Universidade Federal do Pará é

constituído dos sujeitos acadêmicos1, dos cursos de graduação e de pós-graduação (lato e

stricto sensu), dos projetos de pesquisa, dos programas e projetos de extensão integrados ao

ensino e/ou à pesquisa, dos hospitais universitários e dos setores administrativos.

Considerando-se que a proposta é de institucionalização do processo de auto-

avaliação, as ações desenvolvidas neste âmbito não deverão estar atreladas a datas marcadas

para início e fim e devem se caracterizar pela presença permanente ao longo do tempo.

Contudo, determinadas atividades de avaliação podem ser priorizadas por questões

relacionadas aos planos e projetos institucionais.

A execução desta proposta de auto-avaliação prevê a ocorrência de quatro etapas,

algumas das quais podem ser desenvolvidas simultaneamente e outras podem ocorrer em

momentos distintos, dependendo do grau de sensibilização e de amadurecimento dos atores

envolvidos em relação às ações que se desenvolverão em suas unidades acadêmico-

administrativas. São etapas:

1ª) Preparação

elaboração da proposta de avaliação.

2ª) Sensibilização

realização de eventos de sensibilização e de apresentação do SINAES e da

proposta de avaliação.

3ª) Execução da Proposta

sistematização de demandas;

elaboração do roteiro de auto-avaliação;

construção dos instrumentos de coleta de dados;

construção do formato dos relatórios;

definição da metodologia de análise e interpretação dos dados;

coleta, análise e interpretação dos dados.

4ª) Consolidação

elaboração de relatórios;

publicação dos resultados;

balanço crítico; 1 O termo sujeitos acadêmicos compreende os corpos docente, técnico-administrativos e discentes.

227

Page 230: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

uso efetivo dos resultados;

meta-avaliação.

Diagrama do Processo de Auto-Avaliação

Preparação

Execução da

Proposta

Consolidação

Sensibilização

Os dados quantitativos serão extraídos dos relatórios das unidades acadêmicas e

administrativas; do Censo da Educação Superior — realizado pelo INEP; da Fita Espelho do

Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE) e dos Sistemas

Corporativos que integrarão o Sistema de Informações para o Ensino (SIE/UFPA), a saber:

— Sistema de Acompanhamento das Atividades Docentes (SAAD);

— Sistema de Controle Acadêmico (SISCA);

— Sistema de Planejamento e Orçamento (SISPLO);

— Sistema de Pós-Graduação (SPG);

— Sistema de Recursos Humanos (SISRH).

228

Page 231: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

Os dados qualitativos serão coletados por meio de instrumentais criados a partir da

elaboração do Roteiro de Auto-Avaliação.

Os resultados da Avaliação dos Cursos de Graduação e do Exame Nacional de

Avaliação de Desempenho dos Estudantes também serão incorporados ao processo de auto-

avaliação da UFPA.

Considerando a importância e abrangências distintas das dez dimensões avaliativas do

SINAES, é fundamental observar a natureza das atividades contempladas nas diferentes

dimensões. Algumas, apresentam maior importância com vistas à concretização do projeto

institucional e, por isso, dizem respeito às atividades finalísticas, enquanto outras se referem

aos procedimentos organizativos e operacionais.

As atividades finalísticas abrangem os recursos necessários à execução do ensino, da

pesquisa e da extensão, incluindo suas responsabilidades e compromissos com a sociedade.

As dimensões com estas características são:

Dimensão 2: Perspectiva Científica e Pedagógica Formadora: políticas, normas

e estímulos para o ensino, a pesquisa e a extensão (abrange todos os resultados

do trabalho acadêmico, considerando as atividades de ensino de graduação e

pós-graduação, pesquisa e extensão);

Dimensão 3: Responsabilidade Social da IES (avalia a interação e o

cumprimento dos compromissos da instituição para com a sociedade, do ponto

de vista da missão educativa e científica de uma IES);

Dimensão 5: Políticas de Pessoal, Carreira, Aperfeiçoamento, Condições de

Trabalho;

Dimensão 7: Infra-Estrutura Física e Recursos de Apoio.

Os processos avaliativos destas dimensões serão coordenados pelo DEAVI e pela

CPA, que atuarão de forma articulada com as comissões de avaliação das Pró-Reitorias afins.

É importante observar a transversalidade da dimensão 3 e destacar que as dimensões 5 e 7

envolvem todos os recursos humanos, físicos e de infra-estrutura disponíveis para a realização

das atividades acadêmicas.

As demais dimensões dizem respeito aos procedimentos organizativos e operacionais e

a coordenação de seus processos avaliativos far-se-á de forma compartilhada entre a equipe

do DEAVI e membros da CPA, que juntos articularão com representantes da comunidade

acadêmica que atuam na área referente a cada uma dessas dimensões com vistas a obter

subsídios para a criação dos instrumentos e procedimentos de avaliação.

229

Page 232: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

O projeto de Avaliação e Acompanhamento dos Cursos de Graduação da UFPA

deverá ser implementado e os atores envolvidos devem ter a clareza de que tanto a política de

ensino da instituição como um todo, como os projetos pedagógicos de cada um de seus 312

cursos necessitam de acompanhamento e avaliação que forneçam informações relevantes

quanto à eficiência e eficácia de suas políticas, programas e projetos.

No que diz respeito às avaliações relativas à pós-graduação e à pesquisa, que

atualmente utilizam sistemas externos de avaliação já consolidados pela Coordenação de

Aperfeiçoamento Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (CAPES) e

pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), será

necessário a criação de sistemas próprios nessas áreas.

Quanto à extensão, que historicamente não possuía a cultura de avaliação, será

necessário, no âmbito da UFPA, ampla discussão e análise dos indicadores criados por meio

do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras,

propostos para a construção de diretrizes conceituais e políticas relacionadas às seguintes

dimensões: política de gestão, infra-estrutura, relação universidade – sociedade e plano

acadêmico. Assim sendo, tanto no âmbito local quanto nacional, ainda deverá ser percorrido

um longo caminho para que se consolide um sistema de avaliação para as atividades de

extensão.

O Planejamento e a Gestão Universitária devem ser avaliados mediante critérios

estabelecidos internamente, através de indicadores que abranjam processos, produtos e

resultados, observando-se o equilíbrio entre a gestão administrativa e a acadêmica.

É necessário assegurar que todo este esforço garanta a utilidade da avaliação para a

melhoria do ensino, da pesquisa, da extensão e da gestão. Para tanto, é preciso periodicamente

refletir sobre os objetivos definidos, sobre os atores envolvidos, sobre as estratégias

estabelecidas e sobre os instrumentos utilizados. Isto requer o planejamento de ações que

permitam a meta-avaliação: elemento fundamental para que a UFPA possa avaliar o seu

próprio sistema de avaliação e estabelecer procedimentos futuros para o alcance da

excelência.

230

Page 233: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, Sandra Maria de Azevedo. Subsídios para a implantação do processo

permanente de uma política de avaliação institucional na Universidade Federal do Pará.

Belém, 2003. Monografia

COSTA, Maria José Jackson (Org.). Avaliação institucional: desafio da Universidade diante

de um novo século. Belém, 1997.

MINISTÉRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Comissão Nacional de Avaliação da

Educação Superior. Avaliação externa de Instituições de Educação Superior: diretrizes e

instrumento. Brasília: MEC, 2004

__________. Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior. Roteiro de auto-

avaliação institucional 2004. Brasília: MEC, 2004.

__________. Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004.

__________. Portaria nº 2.051, de 9 de julho de 2004.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Pró-Reitoria de Ensino de Graduação e

Administração Acadêmica. Projeto de avaliação institucional da Universidade Federal do

Pará, 1995 - 1996. Belém, 1995.

__________. Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento. Plano de desenvolvimento

da UFPA, 2001-2010. Belém: EDUFPA, 2003.

__________. Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento. Universidade Federal do

Pará em Números 2005. Belém, 2005.

WORKSHOP DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DAS UNIVERSIDADES DO

NORDESTE E NORTE. O desafio das Universidades diante de um Novo Milênio: a

importância da avaliação institucional, 3., 1997, Belém. Anais... Belém: UFPA, 1997.

231

Page 234: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

A N E X O

232

Page 235: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

ANEXO A

DIMENSÕES DA AUTO-AVALIAÇÃO

As dimensões a serem consideradas no processo de auto-avaliação foram estabelecidas pela Lei nº 10.861/04, art.3º. No quadro a seguir, são apresentados alguns tópicos que permitem a operacionalização dessas dimensões:

Elementos Centrais: explicitados com a finalidade de nortear a elaboração dos instrumentos e das ações pertinentes ao desenvolvimento da auto-avaliação; Núcleo Básico: contempla tópicos que devem integrar o processo de avaliação; Indicadores, Dados e Documentos: sugestões de indicadores, dados e documentos que podem contribuir para fundamentar e justificar as análises e interpretações.

DIMENSÕES ELEMENTOS CENTRAIS NÚCLEO BÁSICO INDICADORES/DADOS/ DOCUMENTOS

COORDENAÇÃO DE AVALIAÇÃO

1) A Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional

Natureza das atividades: procedimentos organizativos e

operacionais

A missão, finalidades, objetivos e compromissos declarados nos

documentos oficiais da instituição explicitam sua política de oferta de

formação, de autonomia, responsabilidade e participação dos

estudantes e sua política de pesquisa, extensão e produção do

conhecimento, caracterizando o perfil institucional em relação com a

sociedade;

O Plano de Desenvolvimento (PD) articula a proposição da instituição

com o Projeto Pedagógico dos Cursos. Estes documentos, de conhecimento da comunidade

acadêmica, são avaliados e atualizados periodicamente, além de

usados como referência para programas e projetos desenvolvidos

Finalidades, objetivos e compromissos da instituição, explicitados em

documentos oficiais;

Concretização das práticas pedagógicas e administrativas e suas relações com os

objetivos centrais da instituição, identificando resultados, dificuldades,

carências, possibilidades e potencialidades;

Características básicas do Plano de Desenvolvimento e suas relações com o contexto social e econômico em que a

instituição está inserida;

Articulação entre o Plano de Desenvolvimento e o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) no que diz respeito às atividades de ensino, pesquisa, extensão,

gestão acadêmica, gestão e avaliação institucional.

Plano de Desenvolvimento;

Projeto Pedagógico Institucional;

Projeto Pedagógico dos Cursos;

Efetiva utilização do PD como referência para programas e projetos desenvolvidos pelas unidades acadêmicas e pela

administração (Reitoria, Pró-Reitorias);

Avaliação e atualização do PD (realização de seminários,

reuniões, consultas);

Descrição do perfil de egressos (conhecimentos e competências

que devem adquirir durante a sua permanência na Instituição);

Descrição do perfil de

DEAVI e CPA em articulação com

representantes da área.

233

Page 236: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

DIMENSÕES ELEMENTOS CENTRAIS INDICADORES/DADOS/ COORDENAÇÃO DE NÚCLEO BÁSICO

DOCUMENTOS AVALIAÇÃO pelas unidades acadêmicas e pela

administração central da instituição. ingressantes: com base nas

demandas regionais e nacionais (conhecimentos e competências

que devem apresentar).

2) Perspectiva Científica e Pedagógica Formadora:

políticas, normas e estímulos para o ensino, a pesquisa e a extensão (abrange todos os

resultados do trabalho acadêmico, considerando as

atividades de ensino de graduação e pós-graduação,

pesquisa e extensão)

Natureza das atividades: atividades finalísticas

Ensino de Graduação e Pós-Graduação

Relação das atividades de ensino com as demandas locais, regionais,

nacionais e/ou internacionais, com os Projetos Pedagógicos dos Cursos e

suas propostas curriculares, formuladas dentro de padrões de qualidade científica e pedagógica

objetivando qualificação profissional e a formação cidadã;

Apoio aos estudantes de graduação e pós-graduação por meio de bolsas

de monitoria, bolsas de iniciação científica, tutorias, ofertas de estudos

compensatórios gratuitos, bolsas trabalho entre outros, com vistas à

qualificação da sua formação;

Articulação e proposição de uma política de ensino de graduação e/ou

pós-graduação que estimule inovações e a melhoria do ensino,

incluindo a qualificação pedagógica dos docentes (atuação de setor de

apoio pedagógico; espaços de partilha de experiências; ambientes

de estudo para professores e estudantes com infra-estrutura de apoio; recursos para projetos de

ensino inovadores; carga horária para

Ensino de Graduação

Concepção de currículo e organização didático-pedagógica (métodos,

metodologias, planos de ensino e de aprendizagem e avaliação da

aprendizagem) de acordo com os fins da instituição, as diretrizes curriculares e a

inovação da área;

Práticas pedagógicas, considerando a relação entre a transmissão de

informações e a utilização de processos participativos de construção do

conhecimento;

Pertinência dos currículos (concepção e prática), tendo em vista os objetivos institucionais, as demandas sociais

(científicas, econômicas, culturais etc.) e as necessidades individuais;

Práticas institucionais que estimulam a melhoria do ensino, a formação docente, o

apoio ao estudante, a interdisciplinaridade, as inovações

didático-pedagógicas e o uso das novas tecnologias no ensino.

Ensino de Pós-Graduação

Políticas institucionais para criação, expansão e manutenção da pós-graduação

lato e stricto sensu;

Currículos e programas de estudos;

Mecanismos, acordos e conclusões da revisão, atualização

e renovações dos currículos e programas de estudo;

Responsáveis pelas ações de atualização dos documentos da

instituição;

Sistematização das atividades de extensão (programas, descrição

de atividades, número de estudantes participantes);

Acompanhamento e avaliação do impacto das atividades de

extensão;

Grupos de trabalho, bolsas outorgadas, estímulos à pesquisa;

Convênios e acordos com outras instituições públicas e

privadas, organizações profissionais e empresariais,

associações, centros assistenciais;

Indicadores de atividades científicas (publicações,

existência de grupos de pesquisa, patentes, entre outros);

DEAVI e CPA em articulação com as

Comissões de Avaliação da

PROEG, PROPESP e PROEX.

234

Page 237: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

DIMENSÕES ELEMENTOS CENTRAIS INDICADORES/DADOS/ COORDENAÇÃO DE NÚCLEO BÁSICO

DOCUMENTOS AVALIAÇÃO reuniões e preparação de atividades de ensino; apoio à participação em

cursos de pós-graduação e em eventos acadêmicos entre outros);

Relação dos cursos de Mestrado, Doutorado, de Especialização e de

Educação Continuada com o ensino de graduação e de acordo com a

produção científica da instituição;

Desenvolvimento de projetos estimulando as inovações

curriculares e metodológicas.

Pesquisa

Relação das atividades de pesquisa com a dimensão curricular do ensino

de graduação e pós-graduação, incluindo uma política de pesquisa

concretizada em carga horária docente e infra-estrutura de apoio;

Apoio para estudantes de graduação e pós-graduação

participarem de pesquisas e de sua socialização, incluindo bolsas de

iniciação científica, bolsas-sanduíche, estágios e participação em

eventos científicos;

Articulação e proposição de uma política de produção científica que

inclua divulgação, publicação, relações inter-institucionais,

convênios, cooperações e intercâmbios nacionais e

internacionais e/ou parceria com os

Política de melhoria da qualidade da pós-graduação;

Integração entre graduação e pós-graduação;

Formação de pesquisadores e de profissionais para o magistério superior.

Pesquisa

Relevância social e científica da pesquisa em relação aos objetivos

institucionais, tendo como referência as publicações científicas, técnicas e

artísticas, patentes, produção de teses, organização de eventos científicos,

realização de intercâmbios e cooperação com outras instituições nacionais e

internacionais, formação de grupos de pesquisa, políticas de investigação e de

difusão dessas produções;

Vínculos e contribuição da pesquisa para o desenvolvimento local/regional;

Políticas e práticas institucionais de pesquisa para a formação de

pesquisadores (inclusive iniciação científica);

Articulação da pesquisa com as demais atividades acadêmicas;

Critérios para o desenvolvimento da pesquisa, participação dos pesquisadores

em eventos acadêmicos; publicação e divulgação dos trabalhos.

Extensão

Conceitos da CAPES;

Indicadores de atuação profissional dos egressos;

Indicador de publicações (livros e capítulos de livros,

artigos publicados em revistas científicas indexadas, trabalhos

publicados em anais, propriedade intelectual, publicações

eletrônicas).

235

Page 238: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

DIMENSÕES ELEMENTOS CENTRAIS INDICADORES/DADOS/ COORDENAÇÃO DE NÚCLEO BÁSICO

DOCUMENTOS AVALIAÇÃO movimentos sociais, setores

produtivos, agências governamentais e sistemas de ensino.

Extensão

Relação das atividades de extensão com a dimensão curricular do ensino

de graduação e pós-graduação, incluindo uma política de extensão,

concretizada com a cobertura de carga horária docente e infra-estrutura de apoio, em linhas e

prioridades, de acordo com a missão da UFPA;

Apoio para estudantes de graduação e pós-graduação

participarem de projetos de extensão e de sua socialização, incluindo bolsas de extensão, estágios e

participação em eventos;

Articulação e proposição de uma política de extensão que inclua

divulgação, publicação, relações inter-institucionais, convênios,

cooperações e intercâmbios e/ou parcerias com os movimentos

sociais, setores produtivos, agências governamentais e sistemas de ensino.

Concepção de extensão e de intervenção social afirmada no Plano de

Desenvolvimento;

Articulação das atividades de extensão com o ensino e a pesquisa e com as

necessidades e demandas do entorno social;

Participação dos estudantes nas ações de extensão e intervenção social e o

respectivo impacto em sua formação.

3) Responsabilidade Social da IES (avalia a interação e o

cumprimento dos compromissos da instituição para com a

sociedade, do ponto de vista da missão educativa e científica de

Inclusão Social

Relação das políticas institucionais com processos de inclusão social, envolvendo a alocação de recursos

que sustentem o acesso e permanência dos estudantes (bolsas

Transferência de conhecimento e importância social das ações

universitárias e impactos das atividades científicas, técnicas e culturais, para o desenvolvimento regional e nacional;

Natureza das relações com os setores

Critérios que a instituição utiliza para a abertura de cursos e

ampliação de vagas;

Contribuição da instituição na criação de conhecimentos para o

desenvolvimento científico,

A natureza das atividades

contempladas nessa dimensão deve

permear as demais dimensões.

236

Page 239: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

DIMENSÕES ELEMENTOS CENTRAIS INDICADORES/DADOS/ COORDENAÇÃO DE NÚCLEO BÁSICO

DOCUMENTOS AVALIAÇÃO uma IES)

Natureza das atividades: atividades finalísticas

de estudo, subvenção para alimentação, transporte e alojamento

estudantil, facilidades para portadores de necessidades especiais, financiamentos alternativos e outros).

Desenvolvimento Econômico e Social

Ações e programas que concretizem e integrem as diretrizes curriculares com os setores sociais e

produtivos, incluindo o mercado profissional, podendo expressar-se

por relações com escolas, assistência judiciária, associações de bairro, movimentos sociais, conselhos

tutelares, campanhas de saúde, postos de saúde, cooperativas, incubadoras,

empresas juniores, escritórios tecnológicos, escritórios de captação

de recursos, estágios em setores profissionais específicos, prestação de serviços, parcerias de trabalho com órgãos públicos e privados;

Experiências de produção e transferência de conhecimentos,

tecnologias e dispositivos decorrentes das atividades científicas,

técnicas e culturais, que atendam a demandas de desenvolvimento local,

regional, nacional e internacional, bem como do meio rural e/ou meio urbano, incluindo o registro de seus

resultados.

Meio Ambiente

público e produtivo, com o mercado de trabalho e com instituições sociais,

culturais e educativas de todos os níveis;

Ações voltadas ao desenvolvimento da democracia, promoção da cidadania, de

atenção a setores sociais excluídos, políticas de ação afirmativa etc.

técnico ou cultural;

Caracterização e pertinência das atividades da UFPA nas áreas de educação, saúde, lazer, cultura,

cidadania, solidariedade, organizações econômicas e

sociais, meio ambiente, patrimônio cultural, planejamento

urbano, desenvolvimento econômico, entre outras;

Descrição e sistematização das atividades relacionadas com cooperativas, ONGs, corais,

centros de saúde, escolas, clubes, sindicatos, partidos políticos ou

outras;

Evidências da vinculação dessas atividades com o

desenvolvimento das finalidades da instituição;

Dados sobre bolsas, descontos e outras evidências de políticas

institucionais de inclusão de estudantes em situação econômica

desfavorecida;

Lista de estudantes, docentes e técnico-administrativos

portadores de necessidades especiais. Estratégias pedagógico-

didáticas empregadas;

Convênios e acordos com outras instituições públicas e

privadas, organizações

237

Page 240: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

DIMENSÕES ELEMENTOS CENTRAIS INDICADORES/DADOS/ COORDENAÇÃO DE NÚCLEO BÁSICO

DOCUMENTOS AVALIAÇÃO Ações e programas que

concretizem e integrem as diretrizes curriculares com as políticas

relacionadas com a preservação do meio ambiente, estimulando parcerias e transferência de

conhecimentos;

Experiências de produção e transferência de conhecimentos,

tecnologias e dispositivos decorrentes das atividades científicas, técnicas e culturais que sirvam para a

preservação e melhoria do meio ambiente no âmbito local e regional,

em espaços rurais e/ou urbanos.

Preservação da memória e do Patrimônio Cultural

Ações e programas que concretizem e integrem as diretrizes

curriculares com as políticas relacionadas ao patrimônio histórico e cultural, visando sua preservação e estimulando parcerias e transferência

de conhecimentos;

Experiências de produção e transferência de conhecimentos,

tecnologias e dispositivos decorrentes das atividades científicas,

técnicas e culturais que sirvam à preservação da memória e do

patrimônio cultural no âmbito local, regional, nacional/internacional.

profissionais e empresariais, associações, centros assistenciais.

238

Page 241: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

DIMENSÕES ELEMENTOS CENTRAIS INDICADORES/DADOS/ COORDENAÇÃO DE NÚCLEO BÁSICO

DOCUMENTOS AVALIAÇÃO

4) Comunicação com a Sociedade

Natureza das atividades: procedimentos organizativos e

operacionais

Consistência e exeqüibilidade das propostas de comunicação com a sociedade, constituindo-se como

referência na identificação e solução de problemas de natureza social,

técnica, organizacional, econômica, cultural e ecológica;

Consistência e exeqüibilidade das propostas de comunicação com a

comunidade interna, favorecendo a socialização das informações e

qualificando a participação coletiva nas atividades da UFPA, envolvendo

a relação entre os cursos e demais instâncias acadêmicas.

Estratégias, recursos e qualidade da comunicação interna e externa;

Imagem pública da instituição nos meios de comunicação social.

Meios e canais de comunicação utilizados para publicizar as atividades da instituição na

comunidade externa;

Regimentos e manuais de circulação interna informando

sobre procedimentos;

Folhetos e jornais para divulgação interna, existência de

páginas na internet para divulgação. Análises sobre sua

eficácia;

Guias do aluno ou semelhante que contenha informações sobre

Projeto Pedagógico do curso, disciplinas, créditos, horários de

funcionamento e outros;

Questionários destinados aos membros dos diversos segmentos

da instituição avaliando a efetividade da comunicação e a circulação das informações na

instituição;

Questionários para os estudantes, docentes e técnico-

administrativos indagando e avaliando as estratégias mais eficazes e os problemas na circulação das informações;

Procedimentos de recepção de sugestões e procedimentos de

resposta.

DEAVI e CPA em articulação com

representantes da área.

239

Page 242: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

DIMENSÕES ELEMENTOS CENTRAIS INDICADORES/DADOS/ COORDENAÇÃO DE NÚCLEO BÁSICO

DOCUMENTOS AVALIAÇÃO

5) Políticas de Pessoal, Carreira, Aperfeiçoamento,

Condições de Trabalho

Natureza das atividades: atividades finalísticas

Coerência entre objetivos e compromissos institucionais e

políticas de admissão, acompanhamento e desenvolvimento

profissional do pessoal docente e técnico-administrativo;

Relação entre regime de trabalho, tarefa docente ou técnica, titulação

docente e técnica e o perfil institucional;

Congruência das iniciativas de formação continuada com as

atividades realizadas por professores e pessoal técnico-administrativo.

Planos de carreira regulamentados para docentes e funcionários técnico-

administrativos com critérios claros de admissão e de progressão;

Programas de qualificação profissional e de melhoria da qualidade de vida para os docentes e técnico-administrativos;

Clima institucional, relações inter-pessoais, estrutura de poder, graus de

satisfação pessoal e profissional.

Docentes

Nº de docentes em tempo integral, parcial e substitutos;

Nº de docentes doutores, mestres e especialistas com

respectivo regimes de trabalho;

Experiência profissional no magistério superior;

Experiência profissional fora do magistério superior;

Formação didático-pedagógica;

N.º de publicações por docente;

Critérios de ingresso na instituição e de progressão na

carreira;

Políticas de capacitação e de avaliações de desempenho;

Pesquisas e/ou estudos sobre as condições de trabalho dos

docentes;

Conceito da CAPES/MEC para a Pós-graduação stricto sensu*;

Índice de Qualificação do Corpo Docente (IQCD);

Produção acadêmica/docentes;

Aluno tempo integral/professor equivalente*;

Grau de envolvimento com

Comissão de Avaliação da

PROGEP.

240

Page 243: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

DIMENSÕES ELEMENTOS CENTRAIS INDICADORES/DADOS/ COORDENAÇÃO DE NÚCLEO BÁSICO

DOCUMENTOS AVALIAÇÃO pós-graduação;

Grau de envolvimento com pesquisa;

Grau de envolvimento com extensão.

Técnico-Administrativo

Nº de servidores técnico-administrativos;

Escolaridade dos servidores técnico-administrativos;

Envolvimento de servidores técnico-administrativos com

pesquisa e extensão;

Experiência profissional;

Critérios de ingresso na instituição;

Critérios de progressão na carreira;

Políticas de capacitação;

Avaliações de desempenho;

Pesquisas e/ou estudos sobre a satisfação dos servidores técnico-administrativos com as condições

de trabalho e formação;

Pessoal técnico-administrativo equivalente/docente equivalente;

Aluno tempo integral/pessoal técnico-administrativo

241

Page 244: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

DIMENSÕES ELEMENTOS CENTRAIS INDICADORES/DADOS/ COORDENAÇÃO DE NÚCLEO BÁSICO

DOCUMENTOS AVALIAÇÃO equivalente.

6) Organização e Gestão da Instituição (a estrutura

organizacional constante dos documentos da Instituição e sua

coerência com a gestão institucional; o funcionamento

dos órgãos colegiados)

Natureza das atividades: procedimentos organizativos e

operacionais

Independência e autonomia dos colegiados na relação com a

mantenedora, atendendo a critérios de representatividade e participação

dos diferentes atores na gestão;

Adequação da gestão ao cumprimento dos objetivos e metas

constantes no Projeto de Desenvolvimento Institucional e

coerente com a estrutura organizacional real.

Existência de plano de gestão e/ou plano de metas: adequação da gestão ao cumprimento dos objetivos e projetos

institucionais e coerência com a estrutura organizacional oficial e real;

Funcionamento, composição e atribuição dos órgãos colegiados;

Uso da gestão e tomadas de decisão institucionais em relação às finalidades

educativas;

Uso da gestão estratégica para antecipar problemas e soluções;

Modos de participação dos atores na gestão (consensual, normativa,

burocrática);

Investimento na comunicação e circulação da informação (privativa da

gestão central ou fluida em todos níveis).

Atas dos órgãos colegiados;

Regulamentos internos, normas acadêmicas, regimentos e estatutos da instituição;

Funcionamento do sistema de registro acadêmico;

Funcionamento do sistema e recursos de informação;

Mecanismos de controle de normas acadêmicas;

Organogramas.

DEAVI e CPA em articulação com

representantes da área.

7) Infra-Estrutura Física e Recursos de Apoio

Natureza das atividades: atividades finalísticas

Adequação da infra-estrutura física da instituição a suas funções,

dimensão e objetivos, em relação visível entre meios e fins e

desenvolvimento de práticas pedagógicas e científicas inovadoras;

Política de atualização e reposição de equipamentos, de manutenção e

atualização do acervo das bibliotecas, atendendo exigências de qualidade

acadêmica e necessidades de professores e estudantes;

Adequação da infra-estrutura (salas de aula, biblioteca, laboratórios, áreas de

lazer, transporte, hospitais, equipamentos de informática, rede de informações e outros) em função das atividades de

ensino, pesquisa e extensão;

Políticas institucionais de conservação, atualização, segurança e de estímulo à

utilização dos meios em função dos fins;

Utilização da infra-estrutura no desenvolvimento de práticas pedagógicas

N.º de salas de aula;

N.º de instalações administrativas;

N.º e condições das salas de docentes;

N.º e condições das salas de reuniões;

N.º e condições dos gabinetes de trabalho;

N.º e condições das salas de

Comissão de Avaliação da

PROAD e Prefeitura

Multicampi.

242

Page 245: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

DIMENSÕES ELEMENTOS CENTRAIS INDICADORES/DADOS/ COORDENAÇÃO DE NÚCLEO BÁSICO

DOCUMENTOS AVALIAÇÃO Preocupação com o conforto das instalações, com segurança no campus, com o bem estar da

comunidade acadêmica, incluindo condições de acesso e permanência

dos portadores de necessidades especiais.

inovadoras. conferência e auditórios;

N.º e condições das instalações sanitárias;

Existência de áreas de convivência;

Acessos para portadores de necessidades especiais;

N.º de equipamentos (informática, laboratórios, apoio

administrativo);

N.º de Bibliotecas (central e setoriais);

Acesso a bases de dados e bibliotecas virtuais;

No. de livros, periódicos e títulos em geral;

N.º e condições de laboratórios de informática;

Nº. de equipamentos de informática e condições de uso e

acesso pelos estudantes;

N.º e condições de laboratórios específicos;

Descrição do plano de segurança, proteção de riscos e

proteção ambiental;

Questionários de satisfação dos usuários sobre as instalações em

geral e especialmente sobre a biblioteca, laboratórios e

243

Page 246: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

DIMENSÕES ELEMENTOS CENTRAIS INDICADORES/DADOS/ COORDENAÇÃO DE NÚCLEO BÁSICO

DOCUMENTOS AVALIAÇÃO equipamentos de informática.

8) Planejamento e Avaliação

Natureza das atividades: procedimentos organizativos e

operacionais

Relação entre o Plano de Desenvolvimento, os Projetos

Pedagógicos dos Cursos e a auto-avaliação institucional, incluindo a definição de ações futuras com a

participação da comunidade acadêmica;

Desenvolvimento de metodologias participativas de auto-avaliação; de

análise e reflexão sobre os resultados alcançados na avaliação.

Adequação e efetividade do (plano estratégico) planejamento geral da

instituição e sua relação com o Projeto Pedagógico Institucional e com os projetos pedagógicos dos cursos;

Procedimentos de avaliação e acompanhamento do planejamento

institucional, especialmente das atividades educativas.

Projeto Pedagógico Institucional;

Projeto Pedagógico dos cursos;

Relatórios parciais de auto-avaliação;

Ações decorrentes das conclusões das avaliações já

realizadas;

Nº de eventos e seminários de difusão dos processos de auto-

avaliação.

DEAVI e CPA em articulação com

representantes da área.

9) Políticas de Atendimento aos Estudantes

Natureza das atividades: procedimentos organizativos e

operacionais

Impacto das políticas de seleção e acompanhamento de estudantes

definidas nos objetivos institucionais sobre sua permanência e sucesso

acadêmico;

Estímulo à participação dos estudantes concretizada em posições

de gestão acadêmica, de ação comunitária e de representação

política;

Existência de programas de educação continuada com base nas

demandas da sociedade e dos egressos, incluindo a manutenção de

serviços e programas que visem o apoio às necessidades dos estudantes

atuais.

Estudantes

Políticas de acesso, seleção e permanência de estudantes (critérios

utilizados, acompanhamento pedagógico, espaço de participação e de convivência) e sua relação com as políticas públicas e

com o contexto social;

Políticas de participação dos estudantes em atividades de ensino (estágios,

tutoria), Iniciação Científica, Extensão, avaliação institucional, atividades de

intercâmbio estudantil;

Mecanismos/sistemáticas de estudos e análises dos dados sobre ingressantes, evasão/abandono, tempos médios de

conclusão, formaturas, relação professor/aluno e outros estudos tendo em

Pesquisas ou estudos sobre os egressos e/ou empregadores dos

mesmos;

Dados sobre a ocupação dos egressos;

Evidências de atividades de formação continuada para os

egressos;

Nº de Candidatos;

Nº de Ingressantes;

Nº de Estudantes matriculados por curso;

Nº de Estudantes com bolsas;

Nº médio de estudantes por turma;

DEAVI e CPA em articulação com

representantes da área.

244

Page 247: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

DIMENSÕES ELEMENTOS CENTRAIS INDICADORES/DADOS/ COORDENAÇÃO DE NÚCLEO BÁSICO

DOCUMENTOS AVALIAÇÃO vista a melhoria das atividades educativas;

Acompanhamento de egressos e de criação de oportunidades de formação

continuada.

Egressos

Inserção profissional dos egressos;

Participação dos egressos na vida da Instituição.

Nº de bolsas e estímulos concedidos;

Nº de intercâmbios realizados;

Nº de eventos realizados;

Nº de participações em eventos;

Nº de trabalhos de estudantes publicados;

Taxa de Sucesso na Graduação (TSG);

Grau de Participação Estudantil (GPE);

Grau de Envolvimento Discente com Pós-Graduação

(GEPG);

Tempo médio de conclusão do curso;

Aluno tempo integral/professor;

Aluno tempo integral/pessoal técnico-administrativo

equivalente.

10) Sustentabilidade Financeira

Natureza das atividades: procedimentos organizativos e

operacionais

Relação compatível entre a quantidade e o tipo de cursos e

atividades oferecidas e os recursos necessários para viabilizá-los,

assegurando o padrão de qualidade proposto no Plano de

Sustentabilidade financeira da instituição e políticas de captação e

alocação de recursos;

Políticas direcionadas à aplicação de recursos para programas de ensino,

Custo corrente/aluno equivalente;

Aluno tempo integral/técnico-administrativo;

Planilha de contratação de

DEAVI e CPA em articulação com

representantes da área.

245

Page 248: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

DIMENSÕES ELEMENTOS CENTRAIS INDICADORES/DADOS/ COORDENAÇÃO DE NÚCLEO BÁSICO

DOCUMENTOS AVALIAÇÃO Desenvolvimento;

Congruência entre planos de desenvolvimento de pessoal,

incluindo obrigações trabalhistas, atualização de infra-estrutura e apoio e às condições para implementá-los;

Controle demonstrativo das despesas efetivas em relação às

despesas correntes, de custeio, de pessoal e investimentos, e

cumprimento das obrigações legais.

pesquisa e extensão. pessoal docente;

Planilha de contratação de pessoal técnico-administrativo;

Planilha financeira que compõe o PDI;

Tabela de cursos oferecidos (graduação, pós-graduação,

seqüenciais e a distância) pela IES;

Folhas de pagamento dos docentes e dos técnico-

administrativos (últimos 6 meses);

Planilha de liberação de verbas para capacitação de docentes e

técnico-administrativos;

Planilha de liberação de verbas para auxílio de custo para

participação em eventos pelos discentes;

Planilha de gastos com multas (trabalhistas e outras);

Relação orçamento/gastos (semestral e anual);

Relação ingressantes/concluintes;

Relação docentes em capacitação/docentes capacitados

(em nível de pós-graduação – especialização, mestrado e

doutorado);

246

Page 249: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

DIMENSÕES ELEMENTOS CENTRAIS INDICADORES/DADOS/ COORDENAÇÃO DE NÚCLEO BÁSICO

DOCUMENTOS AVALIAÇÃO Relação dos técnicos-

administrativos em capacitação/ capacitados (em nível de pós-

graduação: especialização, mestrado e doutorado).

247

Page 250: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

ANEXO C – FORMULÁRIO ELETRÔNICO DE PESQUISA COM OS EGRESSOS DA FPA

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA

EGRESSOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ A PARTIR DO ANO DE 1990

Prezado(a) ex-aluno(a), Este é um instrumento de auto-avaliação da Universidade Federal do Pará, que tem por finalidade conhecer a sua opinião acerca de sua formação acadêmica e de sua atuação profissional, visando, principalmente, a melhoria da qualidade do ensino de graduação ofertado por esta Instituição. Sua opinião é muito importante para nós que fazemos a UFPA. Seja parceiro(a) na construção de uma Universidade comprometida com os princípios da qualidade, eficiência e excelência acadêmica. Ressaltamos que as informações são confidenciais e serão utilizadas apenas para avaliação e estudos institucionais. Maiores informações pelo telefone (91) 3201-7290 ou pelo endereço eletrônico [email protected].

BLOCO I – INFORMAÇÕES PESSOAIS

Número de Matrícula:

Nome do Curso:

Nome: (preencha este campo somente se existir alguma diferença entre o seu nome atual e à época em que era discente)

1. Endereço eletrônico:

2. Gênero:

Masculino Feminino

3. Cor ou Raça:

Branca Negra Parda Amarela Indígena

4. Portador(a) de necessidades especiais:

Nenhuma Auditiva Física Visual Mental Múltiplas

248

Page 251: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

5. Data de nascimento: (dd/mm/aaaa)

6. Nacionalidade:

Brasileira Estrangeira

7. Naturalidade: (Cidade/Estado)

8. Endereço residencial:

R., Av., Tv.

Número:

Bairro:

Cidade:

Estado:

Acre Paraíba Alagoas Paraná Amapá Pernambuco Amazonas Piauí Bahia Santa Catarina Ceará São Paulo Distrito Federal Sergipe Espírito Santo Rio de Janeiro Goiás Rio Grande do Norte Maranhão Rio Grande do Sul Mato Grosso Rondônia Mato Grosso do Sul Roraima Minas Gerais Tocantins Pará Outros Países

Telefone: Celular:

9. Estado civil:

Solteiro(a) Casado(a) Separado(a)/desquitado(a)/divorciado(a) Viúvo(a) Outro

BLOCO II – INFORMAÇÕES ACADÊMICAS

GRADUAÇÃO

10. Quantidade de cursos realizados na UFPA:

249

Page 252: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

11. Forma de ingresso:

Vestibular Processo Seletivo à Mobilidade Acadêmica (Vestibulinho) Transferência

Semestre/ano de ingresso:

Semestre/ano de saída:

12. Forma de saída:

Diplomado Desistente Excluído Prescrito Transferido Se desistente, excluído ou transferido, informe o por quê e passe para o Bloco IV. Se diplomado, passe para as questões seguintes.

13. Em relação à duração do curso, acha que o tempo foi suficiente?

Sim Não Se não, qual a sua sugestão:

Aumentar

Diminuir

14. Marque, a seguir, a(s) atividade(s) acadêmica(s) da(s) qual(is) você participou durante o seu Curso de Graduação na UFPA:

Estágio Extensão Monitoria Programa de Bolsas de Iniciação Acadêmica (PBIA) Programa Especial de Treinamento (PET) Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) Programa de Iniciação a Pesquisa (PIPES) Empresa Júnior Participação em eventos científicos em sua área de formação Não participei de nenhuma atividade extracurricular Outras

Qual(is)?

15. Quanto ao processo de ensino/aprendizagem, marque a opção que melhor se adequa: Organização do currículo (distribuição da grade curricular)

Muito satisfatório Satisfatório Insatisfatório Se insatisfatório, por que?

250

Page 253: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

Relação entre aulas teóricas e práticas

Muito satisfatório Satisfatório Insatisfatório Se insatisfatório, por que?

Acervo bibliográfico disponível

Muito satisfatório Satisfatório Insatisfatório Se insatisfatório, por que?

Método de avaliação

Muito satisfatório Satisfatório Insatisfatório Se insatisfatório, por que?

Atividades relacionadas à extensão

Muito satisfatório Satisfatório Insatisfatório Se insatisfatório, por que?

16. Quanto às atividades práticas de campo/estágio, marque a opção que melhor se adequa:

Campos de estágio

Muito satisfatório Satisfatório Insatisfatório Se insatisfatório, por que?

Estratégia de supervisão

Muito satisfatório Satisfatório Insatisfatório Se insatisfatório, por que?

Aprendizado proporcionado

Muito satisfatório Satisfatório Insatisfatório

251

Page 254: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

Se insatisfatório, por que?

Tempo e duração

Suficiente Insuficiente

17. É possível detectar, no conjunto de disciplinas do seu curso, áreas mais prestigiadas ou com franca expansão no seu campo profissional?

Sim Não Se positivo, qual(is)?

18. Além do que você já mencionou anteriormente, você poderia destacar outros pontos fortes do seu curso?

19. Analisando o conjunto de disciplinas do seu curso, é possível detectar alguma(s) desnecessária(s) ou ultrapassada(s)?

Sim Não Se positivo, qual(is)?

20. Além do que você já mencionou anteriormente, você poderia destacar outros pontos a melhorar do seu curso?

21. Com os conhecimentos adquiridos no curso, qual das opções a seguir melhor se adequa à sua capacidade de desempenhar suas funções profissionais?

Capaz de lidar, interagir com quem domina tais funções profissionais Capaz de desempenhar essas funções mediante treinamento adicional Capaz de desempenhar essas funções sob supervisão Capaz de desempenhar tais funções com pouco auxílio no âmbito geral do campo profissional Capaz de desempenhar tais funções no âmbito pleno do campo profissional, com autonomia e mesmo sobre pressão

22. Quanto ao corpo docente, marque a opção que melhor se adequa:

Domínio dos conteúdos das disciplinas

Muito satisfatório Satisfatório Insatisfatório

252

Page 255: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

Recursos didático-pedagógicos

Muito satisfatório Satisfatório Insatisfatório

Assiduidade

Muito satisfatório Satisfatório Insatisfatório

Pontualidade

Muito satisfatório Satisfatório Insatisfatório

Atendimento extra-classe

Muito satisfatório Satisfatório Insatisfatório

Estímulo ao aprendizado

Muito satisfatório Satisfatório Insatisfatório

Adaptação do método de trabalho às características da turma

Muito satisfatório Satisfatório Insatisfatório

23. Você pretende retornar à Universidade para participar de outra atividade educacional?

Curso de Graduação Presencial Curso de Graduação a Distãncia Curso de Extensão Curso de Especialização/Aperfeiçoamento Curso de Mestrado ou Doutorado na área Curso de Mestrado ou Doutorado em outra área Curso de Pós-Doutorado Cursos de curta duração Não

24. Você pretende retornar à Universidade para participar de alguma outra atividade?

Cultural Artística Esportiva/Recreativa Seminário/Conferências/Palestras Não

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Page 256: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

25. Indique seu grau de satisfação em relação à formação adquirida na UFPA:

Muito satisfeito Satisfeito Insatisfeito Se insatisfeito, por que?

PÓS-GRADUAÇÃO

26. Você concluiu ou está cursando algum curso de pós-graduação?

Sim Não

27. Caso você tenha concluído mais de um curso de pós-graduação, por favor responda apenas sobre o de maior nível:

Nível:

Especialização Mestrado Doutorado Grande Área:

Área:

Programa/Curso:

Local:

Na UFPA Outra instituição brasileira Outra instituição estrangeira

Conclusão: (aaaa)

28. Por que a opção pela pós-graduação? (assinalar mais de uma alternativa, caso necessário) Seguir carreira acadêmica/pesquisa Aprimorar os conhecimentos Exigência do mercado de trabalho Opção financeira imediata Outra

Qual?

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Page 257: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

BLOCO III – INFORMAÇÕES PROFISSIONAIS (as questões 30 a 32, se referem à formação na graduação)

29. Durante sua graduação na UFPA você exercia alguma atividade remunerada?

Sim, na área de formação Sim, em outra área Não

30. Com referência a sua área da atuação, marque a opção que melhor se adequa:

Nunca atuei em minha área de formação Já atuei em minha área de formação, no momento não Atuo em minha área de formação. Neste caso, passe para a questão 32

31. Caso não esteja atuando em sua área de formação, marque o item que caracteriza seu ingresso em outra área:

Falta de emprego em minha área de formação Já trabalhava em outras atividades antes de me formar Salário mais atrativo/melhores oportunidades Formação insuficiente Progressão funcional Outro Qual?

32. Quanto tempo decorreu desde a sua formatura até o ingresso no seu primeiro emprego em sua área de formação?

Até 3 meses De 3 a 6 meses De 6 a 12 meses Acima de 12 meses Nunca trabalhei em minha área de formação

33. Qual é a sua atual situação profissional?

Aposentado/militar da reserva/reformado e pensionista da previdência Aposentado/militar reformado ou pensionista da previdência portador de moléstia grave Beneficiário de pensão alimentícia judicial Bolsista Capitalista, auferiu rendimentos de capital, inclusive alugueis Empregado de empresa privada, exceto de instituições financeiras Empregado de empresa publica ou de economia mista municipal Empregado de instituições financeiras públicas e privadas Empregado/contratado de organização internacional ou organização não-governamental Empregado/empresa pública ou sociedade de economia mista estadual e do DF exceto instituições financeiras Empregado/empresa pública ou sociedade de economia mista federal, exceto instituições financeiras Espólio Membro ou servidor público da administração direta estadual e do DF Membro ou servidor público da administração direta federal Membro ou servidor público da administração direta municipal Militar Profissional liberal ou autônomo sem vinculo de emprego Proprietário/empresa ou firma individual ou empregador-titular

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Page 258: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

Servidor público de autarquia ou fundação federal Servidor público de autarquia ou fundação estadual e do DF Servidor público de autarquia ou fundação municipal Não estou trabalhando (neste caso passe para a questão 39)

34. Qual é a área de atuação da organização em que você atua?

Comércio Ensino Financeira Industria Prestação de Serviços Outra Qual?

35. Exerce alguma atividade acadêmica na Educação Superior?

Sim Não Se sim, indique o(s) nome(s) da(s) insituição(es) de ensino superior?

36. Indique seu grau de satisfação em relação às atividades profissionais desenvolvidas:

Muito satisfeito Satisfeito Insatisfeito Se insatisfeito, por que?

37. Qual sua faixa salarial bruta atual por mês?

Até 1 salário mínimo Mais de 1 a 2 salários mínimos Mais de 2 a 3 salários mínimos Mais de 3 a 5 salários mínimos Mais de 5 a 10 salários mínimos Mais de 10 a 20 salários mínimos Mais de 20 salários mínimos

38. Indique seu grau de satisfação com a remuneração recebida em sua profissão:

Muito satisfeito Satisfeito Insatisfeito Muito insatisfeito

39. Você acredita que o mercado de trabalho na sua área de atuação nos próximos 10 anos estará:

Em retração Estável Em expansão

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Page 259: relatório de auto-avaliação da ufpa 2004-2006

BLOCO IV – INFORMAÇÕES ADICIONAIS

40. Você mantém contato com a UFPA ou, em particular, com alguma de suas unidades?

Sim Não Se positivo, quais as unidades?

41. Que críticas você faria à UFPA?

42. Sugestões/Observações: (utilize este espaço com informações que julgar relevantes/necessárias)

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