Relatório de Atividades 2011—

Seja bem-vindo ao Relatório de Atividades 2011 do Fundo Vale para o Desenvolvimento Sustentável. Aqui estão reunidas as principais informações sobre o nosso trabalho neste ano, bem como algumas perspectivas para o futuro.

Esta é a versão resumida do relatório. Os três pilares de nossa atuação — integração–transformação–desenvolvimento — é o   o condutor que direcionará sua leitura. O relato completo das ações do Fundo Vale no período está disponível no site www.fundovale.org.Boa leitura!

SOBREO RELATÓRIO—

Fundo Vale Relatório de Atividades 2011—

MENSAGEM DA PRESIDENTE—

Ao redor do mundo muito tem se discutido sobre estratégias para recursos de investimento social privado, mas na prática poucos resultados têm se mostrado e� cientes. Ter o Fundo Vale como indutor de iniciativas em prol da conservação da natureza e do desenvolvimento socioeconômico e cultural vem revelando que sim, é possível construir um legado que transforma realidades.

Em 2011, o Fundo Vale continuou o seu caminho de expansão e consolidação. A entrada em áreas antes não atendidas, como o Acre e o Corredor Xingu, e a consolidação das ações nas regiões onde já atuávamos nos permitiram de� nir os seguintes territórios estratégicos: Calha Norte, Corredor do Xingu, leste do Pará, Marajó, Acre, noroeste de Mato Grosso e sul do Amazonas.

Conquistamos nossos dois primeiros prêmios — o BenchMais e o prêmio Brasil de Ação Ambiental 2011 — e recebemos também nosso primeiro aporte externo, da Dow AgroSciences, que destinou recursos para o projeto Pecuária Verde, em Paragominas (pa).

Fundo Vale Relatório de Atividades 2011—

Os números que estão neste relatório mostram o quanto crescemos nesse período. Os projetos apoiados passaram de oito para 21, somando, ao todo, aproximadamente R$ 29,3 milhões em aportes até o � nal de 2011. O escopo, antes focado em aspectos ¡ orestais, hoje abarca também cadeias de valor, como pecuária verde, cacau e ecoturismo.

Continuamos a trabalhar de forma articulada com nossos parceiros, fomentando o diálogo e a busca conjunta por soluções. Nossa atuação integrada também será nossa marca na Pan-Amazônia, onde já começamos a atuar. Esperamos, em 2012, estruturar nossa entrada e operação nessa área.

Internamente, elaboramos nosso primeiro planejamento estratégico, para o período 2012-2015, com metas de crescimento e ganho de escala. Também daremos início à construção de indicadores que nos possibilite avaliar o impacto direto de nossas ações.

Nosso modo de gestão e crescimento no volume de operações também foram reconhecidos pelo nosso primeiro processo de auditoria externa independente, cujo resultado se encontra neste relatório.

Tantos resultados em tão pouco tempo de ação reforçam o compromisso do Fundo Vale em trazer e� ciência na integração, na transformação e no desenvolvimento para a sustentabilidade do planeta.

VANIA SOMAVILLA

APRESENTAÇÃO—O Fundo Vale para o Desenvolvimento Sustentável é o maior fundo de cooperação de origem privada do Brasil. Com base em uma visão sistêmica, apoia projetos que promovam soluções em escala e possuam alto potencial de replicação. Trabalha em rede, articulando parcerias com o terceiro setor, o governo e as empresas para estimular ações coletivas que produzam e disseminem conhecimento, práticas e novos modelos institucionais. Seu foco de atuação inicial é a Amazônia, onde já apoiou 21 projetos, realizados em diferentes territórios, com aportes no total de R$ 29,3 milhões até 2011.

O Fundo Vale apoia 21 projetos, com R$ 29,3 milhões aportados até 2011, e é o maior fundo de cooperação de origem privada voltado para iniciativas de sustentabilidade no Brasil

Nossas ações e as de nossos parceiros estão contribuindo para transformar a realidade na região amazônica, como em Paragominas (pa), que antes integrava a lista dos municípios que mais desmatam no Brasil e que está, agora, transformando-se em modelo de gestão sustentável; São Félix

Fundo Vale Relatório de Atividades 2011—

do Xingu, também no Pará, que segue os mesmos passos e já alcançou dois dos três critérios para sair da lista de desmatamento; Terra do Meio, na área central do Pará, onde moradores de reservas extrativistas estão reativando cadeias produtivas sustentáveis que estavam paralisadas; e Apuí, no estado do Amazonas, onde uma rede de sementes começa a dar seus primeiros frutos.

QUEM SOMOSCriado em 2009 e reconhecido como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), o Fundo Vale para o Desenvolvimento Sustentável atua em parceria com diversos setores da sociedade na busca de soluções em conjunto que conciliem a preservação e a conservação ambiental com o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde atua. O Fundo trabalha articulando recursos � nanceiros, intelectuais e de estratégia para gestão de projetos de sustentabilidade.

Como re¡ exo da experiência de sua criadora e mantenedora — a Vale S.A. —, o Fundo Vale tem como marcas de gestão o foco em metas, resultados e gerenciamento de desempenho. Trata-se de uma iniciativa inovadora que vai além do aporte de recursos a projetos.

Esse modelo de atuação chamou a atenção de organizações, como Unesco e União Internacional para a Conservação da Natureza (iucn, na sigla em inglês), que se transformaram em parceiros do Fundo Vale.

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APORTES A PROJETOS—

ABRANGÊNCIA—

12010

Pará

42011

Acre, Amazonas,

Mato Grosso e Pará

TOTAL 29,3

PROJETOS APOIADOS

EQUIPE

Ano

Ano

Projetos

Pessoas

Instituições

2010

2010

2011

2011

8

4

21

8

712

2010

2011

2009

EM MILHÕES DE REAIS

NOSSOS NÚMEROS EM 2011—

1.000km2

da � oresta no Pará foram preservados, com 40% de redução no avanço do desmatamento

60%das áreas cobertas por Unidades de Conservação Estaduais no Pará com integridade garantida, com validação de planos de manejo e fomento a cadeias de valor

- 90%retrocesso na destruição da � oresta em Paragominas

+A íntegra da auditoria fi nanceira e o parecer dos auditores externos encontram-se disponíveis em www.fundovale.org

5.2

7.0

17,1

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Integração— O Fundo Vale acredita que as soluções para os desa� os da sustentabilidade passam, necessariamente, pelo diálogo, pelo trabalho colaborativo e pela formação de parcerias. Por isso, mais do que simplesmente aportar recursos, ele fomenta a união dos diversos atores locais para a construção, em conjunto, de novos paradigmas de desenvolvimento baseados em sustentabilidade, buscando potencializar resultados

TRABALHO EM REDEO Fundo Vale busca não só somar esforços, mas também interligar habilidades, conhecimentos e experiências, potencializando resultados.

Essa característica esteve presente em 2011, por exemplo, na organização de encontros de parceiros, em que todas as instituições apoiadas se reuniram para troca de experiências e aprendizado, e nos fóruns temáticos, nos quais representantes do Ministério do Meio Ambiente e do Serviço Florestal Brasileiro, técnicos, produtores rurais e também estudantes, discutiram desa� os e soluções relacionados a temas alinhados à atuação do Fundo. Os encontros de parceiros foram no Pará, no Amazonas e no Espírito Santo, e os fóruns temáticos, em Belém e Paragominas, no Pará. Ocorreram ainda inúmeras reuniões com parceiros diretos e indiretos e visitas aos projetos.

COMUNICAÇÃO E ENGAJAMENTOA mobilização da sociedade local é fator-chave para o sucesso de um projeto na Amazônia, contando também com o engajamento de governos, associações, moradores, empresas e instituições para conquistar mudanças.

O Fundo Vale acredita na comunicação. Em 2011, implementou um plano de comunicação e focou o fortalecimento e a integração das equipes que trabalham nessa área nas instituições parceiras.

Integração—

PROJETOS E PARCEIROSVisando contribuir para a maior e� cácia dos projetos, o Fundo Vale mantém um relacionamento próximo com as instituições parceiras, participando da estratégia, do desenvolvimento, da governança e da gestão dos projetos apoiados e realizando reuniões periódicas para avaliação e ajuste.

Os projetos selecionados atendem a pelo menos três dos cinco componentes considerados essenciais pelo Fundo Vale: Ordenamento Territorial, Promoção da Nova Economia, Monitoramento Estratégico, Fortalecimento Social e Infraestrutura.

PARCEIROS DO FUNDO VALE EM 2011—

AMIGOS DA TERRA — AMAZÔNIA BRASILEIRA

FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO (FRM)

INSTITUTO CENTRO DE VIDA (ICV)

INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO AMAZONAS (IDESAM)

INSTITUTO DE MANEJO E CERTIFICAÇÃO FLORESTAL E AGRÍCOLA (IMAFLORA)

INSTITUTO DO HOMEM E MEIO AMBIENTE DA AMAZÔNIA (IMAZON)

INSTITUTO FLORESTA TROPICAL (IFT)

INSTITUTO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO DO BRASIL (IEB)

INSTITUTO PEABIRU

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA)

SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS DE PARAGOMINAS (SPRP)

THE NATURE CONSERVANCY (TNC)

“Enquanto eu estiver vivo, a mata não vai ser derrubada. Antigamente, não tínhamos essa noção, mas hoje percebemos que manter a ¡ oresta em pé é a melhor opção”— Altamiro Lourenço, agricultor, São Félix do Xingu

Integração—

“Enquanto eu estiver vivo, a mata não vai ser derrubada. Antigamente, não tínhamos essa noção, mas hoje percebemos que manter a ¡ oresta em pé é a melhor opção”— Altamiro Lourenço, agricultor, São Félix do Xingu

A AMAZÔNIATrata-se do maior bioma brasileiro, com maior potencial hidrelétrico do País e palco futuro de grandes obras de infraestrutura, no qual 12 instituições de renome, com histórico de sucesso em ações na Amazônia e comprovada reputação, já realizaram 21 projetos apoiados pelo Fundo Vale.

A Amazônia é a maior fonte de água doce do Brasil, a região com a maior rede hidrográ� ca do planeta e o maior bioma brasileiro em extensão, além de ser a maior reserva biológica do mundo. Seus problemas, complexos, passam pelo avanço de desmatamento, exploração ilegal de madeira e con¡ itos fundiários, relacionados à falta de articulação da sociedade, ao enfraquecimento de instituições locais e às condições socioeconômicas dos povos tradicionais.

O Fundo Vale está presente no Pará, no Acre, em Mato Grosso e no Amazonas, cobrindo territórios vitais como Calha Norte, Corredor do Xingu, leste do Pará, Marajó, sul do Amazonas, noroeste de Mato Grosso e Vale do Rio Acre.

Integração—

A AMAZÔNIA BRASILEIRA—

POPULAÇÃO 23,79 MILHÕES

POVOS INDÍGENAS 170

ÁREA 5.006.316 KM2 (58,8% DO TERRITÓRIO BRASILEIRO)

DENSIDADE DEMOGRÁFICA 4,7 HAB/KM2

ÁREA DESMATADA (ATÉ 2008) 719 MIL KM2

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Transformação— Transformar um território é mudar mentalidades, quebrar paradigmas, estabelecer ou reestabelecer conceitos.Esse pilar orienta as ações do Fundo Vale para que mudanças estruturais e realmente transformadoras ocorram nos territórios de atuação dos projetos, deixando um legado permanente às populações locais, pois são essas as únicas com possibilidade de se tornarem efetivamente permanentesFo

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UM NOVO MODELO DE FUNDO Os números comprovam: em 2011, o Fundo Vale cresceu 30% em volume de operação. Em relação a 2010, a carteira de projetos quase triplicou, o número de organizações apoiadas � cou quase duas vezes maior e a equipe interna da instituição dobrou de tamanho.

Os projetos também aumentaram de escopo, indo além do componente ¡ orestal, abrangendo o fortalecimento de cadeias de valor (pecuária verde, cacau, redes de sementes etc.). Além das parcerias institucionais com Unesco e iucn, o Fundo recebeu o apoio da Dow AgroSciences, que, reconhecendo seu modelo de gestão, decidiu aportar recursos para o projeto “Paragominas, Modelo de Agropecuária Verde”. A experiência de sucesso de Paragominas, onde a atuação dos parceiros do Fundo Vale foi vital, inspirou o governo do Pará a criar o Programa Municípios Verdes, para apoiar outros municípios que queiram seguir esse caminho.

O Fundo também avançou em seus processos de gestão, com a implantação de um software para a área administrativo-� nanceira que será integrado aos dos demais parceiros, agilizando a prestação de contas e a contratação de auditoria externa independente. Além disso, avançou na estruturação de sua governança. Para 2011, a meta é continuar crescendo rumo à Pan-Amazônia e a um novo bioma brasileiro.

Transformação—

DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVELPara superar os desa� os da implementação das áreas protegidas no Brasil, o Fundo Vale adota nesse eixo uma estratégia integrada, que inclui o envolvimento das comunidades do entorno e a capacitação dos moradores locais para que possam conseguir a sua sustentabilidade � nanceira a partir do ambiente em que vivem.

Em 2011, o Instituto Socioambiental (isa) iniciou um curso de Gestão Territorial, com duração de três anos, para 40 lideranças das três reservas, na bacia do Rio Xingu, que tem 51 milhões de hectares de extensão, engloba 48 municípios nos estados de Mato Grosso e Pará e possui, aproximadamente, 400 mil habitantes e 24 povos indígenas.

EVOLUÇÃO DOS PROJETOS—

2010

2011

2009

8 PROJETOS

9 PROJETOS

21 PROJETOS

5.2

Aportes de Projetos

Contrapartidas / Recursos de Terceiros

1.5

0.2

9.4

7.0

17.1

EM MILHÕES DE REAIS

“Tenho 67 anos e carteira de seringueiro, com muito orgulho. (…) Dos meus � lhos, só o mais velho aprendeu a cortar borracha. Mas neste ano já vou ensinar a pro� ssão para os outros dois”— Herculano de Oliveira, seringueiro da Associação dos Moradores da Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio

Transformação—

“Tenho 67 anos e carteira de seringueiro, com muito orgulho. (…) Dos meus � lhos, só o mais velho aprendeu a cortar borracha. Mas neste ano já vou ensinar a pro� ssão para os outros dois”— Herculano de Oliveira, seringueiro da Associação dos Moradores da Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio

EIXO TEMÁTICO Os projetos apoiados pelo Fundo Vale estão agrupados em três eixos: Monitoramento Estratégico, Áreas Protegidas e Biodiversidade e Municípios Verdes.

COMBATE AO DESMATAMENTOEstancar desmatamento e, ao mesmo tempo, promover a melhoria das condições de vida das populações locais é um desa� o que é possível enfrentar.

Em 2010, Paragominas, no Pará, conseguiu sair da lista de municípios que mais desmatam a Amazônia, divulgada anualmente pelo Ministério do Meio Ambiente. São Félix do Xingu, no mesmo estado, conseguiu preencher, em 2011, dois dos três critérios exigidos para sair desse rol. Esse controle para evitar o desmatamento também pode ser visto e acompanhado em municípios como Cotriguaçu (mt) e Apuí (am).

Para ajudar no controle do desmatamento, é vital o monitoramento estratégico da Amazônia, que detecta pontos críticos de desmatamento, subsidiando intervenções públicas. Aliando imagens de satélite em alta resolução e o trabalho em campo com lideranças locais, o projeto de monitoramento estratégico, sob comando do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), identi� ca pontos críticos de desmatamento e de pressão humana sobre a ¡ oresta. Em 2011, toda a Amazônia Legal foi monitorada com o apoio do Fundo Vale.

+saiba mais sobre os eixos temáticos e a forma de atuação do Fundo Valewww.fundovale.org

Transformação—

EDUCAÇÃO PARA O MANEJO FLORESTALCapacitar pro� ssionais a atuar com o manejo ¡ orestal sustentável é o objetivo do projeto Educação para o Manejo Florestal, lançado em 2011 pela Fundação Roberto Marinho (frm), em parceria com o Fundo Vale. Para atingir o maior número de participantes, a frm usará uma metodologia na qual é referência: os telecursos. As famosas tele-aulas, que já proporcionaram a 6 milhões de brasileiros a conclusão da educação básica, agora serão usadas para ensinar como manejar a ¡ oresta sem destruí-la.

No curto prazo, até 2016, para que seja possível implantar de 11 a 13 milhões de hectares de concessões ¡ orestais, a Amazônia vai precisar de 10 mil pro� ssionais treinados em manejo ¡ orestal, pois se percebeu a falta de pro� ssionais quali� cados nessa atividade.

A implementação do projeto começará no Pará — pois concentra o maior número de ¡ orestas passíveis de concessão, cerca de 65% — e, depois, será estendido para Amazonas e Acre. A meta do projeto é repassar conhecimento sobre o manejo não apenas para pro� ssionais e técnicos, mas também a estudantes.

O conteúdo das tele-aulas já está sendo produzido. Em 2011, a frm reuniu especialistas de vários setores ligados ao manejo. O debate serviu para embasar tecnicamente o conteúdo pedagógico e adaptá-lo à realidade do manejo.

MODELOS QUE INSPIRAM POLÍTICAS PÚBLICASEm março de 2010, depois de um pacto contra o desmatamento que envolveu toda a sociedade local, Paragominas se tornou o primeiro município a sair da lista vermelha do Ministério do Meio Ambiente, com a participação fundamental do Fundo Vale. Desde 2009, o Fundo apoiava a iniciativa Paragominas Município Verde, que visava promover o desenvolvimento sustentável e estancar desmatamento.

Transformação—

O Fundo Vale investiu cerca de R$1,5 milhão no fortalecimento da gestão ambiental pública e no Programa Estadual de Municípios Verdes no Pará

Um ano após a cidade ter sido retirada da lista, o governo do Pará lançou o Programa Municípios Verdes, que objetiva replicar a outros municípios paraenses a experiência de Paragominas. O Fundo Vale integra o Conselho Gestor desse programa.

Atentos a essa situação, os projetos apoiados pelo Fundo Vale estão engajados em olhar a relação humana com a ¡ oresta e o importante papel das comunidades locais na preservação e conservação da Amazônia.

Em 2011, o número de projetos apoiados pelo Fundo mais que dobrou: de oito para 21 projetos, cobrindo territórios de grandes dimensões.

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Desenvolvimento— O Fundo Vale objetiva promover o desenvolvimento da realidade local, das pessoas e das regiões onde atua buscando dar condições para que elas possam gerir de forma mais sustentável os territórios onde vivem e aumentando as oportunidades de desenvolvimento pessoal e de trabalho, com melhoria da qualidade de vida

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CADEIAS PRODUTIVASO Fundo Vale fomenta o fortalecimento das cadeias produtivas locais de copaíba, borracha, castanha, cacau e pecuária verde, para que possam se tornar uma alternativa sustentável de geração de renda. O projeto Pecuária Verde, em Paragominas (pa), é uma amostra, no qual os pecuaristas estão conhecendo técnicas para aumentar a produtividade sem derrubar a ¡ oresta, abrindo novas áreas de pasto.

Essas boas práticas também estão disseminadas em Apuí (am) e Cotriguaçu (mt) e, em 2011, serão foco da ação em municípios do Vale do Rio Acre (ac) e em Alta Floresta (mt).

Em São Félix do Xingu, o Instituto de Manejo e Certi� cação Florestal e Agrícola (Ima¡ ora) promove o conhecimento de práticas mais adequadas de produção de cacau, focando na sustentabilidade.

O Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) trabalha em Apuí, desde 2007, para in¡ uenciar a mudança de atitude em relação ao uso da terra naquele município. Em 2011, o Idesam recebeu apoio do Fundo Vale para iniciar o projeto Semeando Sustentabilidade em Apuí.

Já o projeto Cotriguaçu Sempre Verde começou a ser desenvolvido pelo Instituto Centro de Vida (icv) em 2011 e tem como objetivo promover uma nova trajetória de desenvolvimento social e econômico para o município, numa abordagem integrada e inclusiva.

Desenvolvimento—

RESULTADOSDa produção de diagnósticos a servir como fonte de inspiração para políticas públicas, o Fundo Vale encerrou o ano de 2011 alcançando resultados relevantes em seus projetos. Entre eles estão: apoio ao primeiro projeto de pecuária verde já realizado na Amazônia, e, inspirado pela experiência do Pará, o Cadastro Ambiental Rural (car) foi normatizado por meio de lei no Amazonas.

A ferramenta Alerta Fone, integrada ao ImazonGeo, emitiu 72 alertas de desmatamento e 1.482 de queimadas. Foram elaborados os planos de manejo para Calha Norte e Terra do Meio. Houve o lançamento do documentário Expedição Viva Marajó, além da conclusão do diagnóstico socioeconômico de Marajó.

Foram formadas as Redes de Sementes do Xingu e de Apuí, e ocorreu a consolidação do desenvolvimento da cadeia produtiva do cacau em São Félix do Xingu, além do diagnóstico de produtos agro¡ orestais de Almeirim. E a lista continua…

+conheça mais detalhes sobre os resultados das nossas ações na Amazôniawww.fundovale.org

Desenvolvimento—

“Estar aqui é uma vitória. Espero que, até o � m destes três anos, nós possamos administrar nossa reserva com mais sabedoria, buscando o conhecimento que nos foi repassado” — Ciane, moradora da Resex do Rio Xingu

“Estar aqui é uma vitória. Espero que, até o � m destes três anos, nós possamos administrar nossa reserva com mais sabedoria, buscando o conhecimento que nos foi repassado” — Ciane, moradora da Resex do Rio Xingu

NOVAS FRENTESEm 2011, o Fundo Vale aumentou o seu portfólio de ações nos estados de Amazonas, Acre e Mato Grosso. No Amazonas, abrange Boca do Acre, Lábrea, Humaitá, Manicoré, Nova Aripuanã, Canutama e Apuí, onde é maior a pressão pelo desmatamento.

No Acre, eles serão centradas nos municípios do Vale do Rio Acre. Em Mato Grosso, em Alta Floresta, Cotriguaçu e no Parque Indígena do Xingu. As ações incluem a articulação de parcerias entre sociedade civil e prefeituras visando à temática da conservação da biodiversidade.

DESAFIOS FUTUROSEstruturar sua atuação na Pan-Amazônia é uma das metas futuras do Fundo Vale. Ao longo de 2011, a instituição procurou atrair parceiros e organizações dos demais países que compartilham o bioma para estruturar estratégias de atuação.

Para avaliar a efetividade de suas ações, em 2012 o Fundo Vale de� nirá indicadores de monitoramento e avaliação do impacto direto e indireto.

Em 2011, o Fundo Vale elaborou o seu primeiro planejamento estratégico. Entre as frentes de atuação de� nidas estão a ampliação da Rede de Relacionamento do Fundo Vale e a consolidação e disseminação do conhecimento diferencial gerado pela atuação do Fundo Vale.

Desenvolvimento—

+para conhecer as ações em cada uma dessas localidadeswww.fundovale.org

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Mapa dos Projetos— Os projetos apoiados pelo Fundo Vale estão divididos em três eixos temáticos: Monitoramento Estratégico, Áreas Protegidas e Biodiversidade, e Municípios Verdes. Promovemos o desenvolvimento sustentável em territórios, como leste do Pará, Calha Norte, Terra do Meio, noroeste de Mato Grosso e sul do Amazonas, regiões vitais que enfrentam desa� os tais como o desmatamento e baixa qualidade de vida de seus habitantesFo

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MAPA DE PROJETOSEm 2011, o Fundo Vale apoiou 17 projetos em diferentes regiões da Amazônia

Mapa dos Projetos—

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1. FUNDAMENTOS ECONÔMICOS PARA UMA PECUÁRIA MAIS SUSTENTÁVEL NO PARÁInstituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) Contribuir para que os investimentos em pecuária sustentável no Pará sejam guiados por sólidos fundamentos técnicos para fomentar o potencial econômico da atividade, aliado à conservação ambiental.Eixo temático: Municípios Verdes

2. AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) Fortalecer e aperfeiçoar os mecanismos independentes de monitoramento do desmatamento e da degradação � orestal na Amazônia Legal, bem como o monitoramento dos planos de manejo � orestal no estado do Pará.Eixos temáticos: Monitoramento Estratégico, Áreas Protegidas e Biodiversidade, e Municípios Verdes

3. APOIO ESTRATÉGICO PARA A CALHA NORTE PARAENSEInstituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) Implementar os Planos de Manejo (Planos de Gestão) de 12,8 milhões de hectares de Unidades de Conservação (UCs) Estaduais da Calha Norte e fortalecer as comunidades locais.Eixos temáticos: Áreas Protegidas e Biodiversidade

4. CAPACITAÇÃO DOS CONSELHOS DAS FLORESTAS ESTADUAIS E DAS COMUNIDADES LOCAIS PARA CONTRIBUÍREM COM A PROTEÇÃO DO MOSAICO DE UCS DA CALHA NORTEInstituto de Manejo e Certi  cação Florestal e Agrícola (Ima� ora) Capacitar conselheiros das Florestas Estaduais (Flotas) de Faro, Trombetas e Paru para melhor participarem da gestão dessas UCs, com envolvimento da população local no monitoramento delas.Eixo temático: Áreas Protegidas e Biodiversidade

5. PRODUÇÃO E MERCADO DE CACAU COM RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL: SÃO FÉLIX DO XINGU COMO LOCAL DE DISSEMINAÇÃO DE PRÁTICAS INOVADORAS PARA A AMAZÔNIAInstituto de Manejo e Certi  cação Florestal e Agrícola (Ima� ora) Proporcionar a melhoria de renda das comunidades através da agregação de valor da produção de cacau, com implementação de práticas mais sustentáveis de produção e melhoria da qualidade do produto.Eixo temático: Municípios Verdes

6. CORREDOR XINGU DE SOCIODIVERSIDADEInstituto Socioambiental (isa) Fortalecer processos em andamento de sustentabilidade socioambiental e cultural das áreas protegidas, com foco na região das cabeceiras do Xingu e no Parque Indígena do Xingu, e disseminar a “Rede de Sementes do Xingu”.Eixo temático: Municípios Verdes e Áreas Protegidas e Biodiversidade

Mapa dos Projetos—

7. APOIO À CONSOLIDAÇÃO DO MOSAICO DAS UCS DA TERRA DO MEIO, COM ÊNFASE NAS TRÊS RESEXInstituto Socioambiental (isa) Desenvolver um conjunto integrado de ações voltadas a contribuir com a consolidação do Mosaico de Unidades de Conservação da Terra do Meio, situado no Pará.Eixo temático: Áreas Protegidas e Biodiversidade

8. DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL NO SUL DO AMAZONASInstituto Internacional de Educação do Brasil (ieb) Elaborar planos de trabalho pelos coletivos locais com a participação ativa do poder público municipal e organizações da sociedade civil, visando con� uir agendas em prol do desenvolvimento local sustentável.Eixo temático: Municípios Verdes

9. XINGU AMBIENTE SUSTENTÁVEL Instituto Internacional de Educação do Brasil (ieb) Fomentar uma re� exão regional sobre sustentabilidade, com foco na pactuação para a diminuição do desmatamento, consolidando alternativas econômicas sustentáveis aplicadas aos agricultores familiares de São Félix do Xingu.Eixo temático: Municípios Verdes

10. ALMEIRIM: UM NOVO PARADIGMA DE MUNICÍPIO VERDE — FASE IIInstituto Floresta Tropical (ift) e Instituto Peabiru Desenvolver em Almeirim e municípios circundantes, no Pará, o fortalecimento de cadeias produtivas de base � orestal e agro� orestal, com aumento da segurança alimentar e do bem estar social.Eixo temático: Municípios Verdes

11. SEMEANDO SUSTENTABILIDADE EM APUÍInstituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) Estruturar um programa modelo de desenvolvimento sustentável, com base em uma economia de base � orestal e de baixo carbono, e consolidação de uma rede de coleta de sementes e produção de mudas.Eixo temático: Municípios Verdes

12. MUNICÍPIOS VERDES NA AMAZÔNIAThe Nature Conservancy (tnc) Fortalecer a governança ambiental, que resulte no controle e monitoramento do desmatamento, através da implementação do Cadastro Ambiental Rural (car) para a regularização das atividades agropecuárias.Eixo temático: Municípios Verdes

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+Saiba mais sobre nossos projetos acessandowww.fundovale.org

13. PARAGOMINAS, MODELO DE AGROPECUÁRIA VERDESindicato dos Produtores Rurais de Paragominas (sprp) Apoiar a adoção de melhores práticas em seis fazendas da região leste do Pará para que sirvam de modelo sustentável à atividade pecuária e disseminar amplamente os resultados.Eixo temático: Municípios Verdes

14. PROGRAMA VIVA MARAJÓInstituto Peabiru Contribuir para a implementação e consolidação de áreas protegidas do Arquipélago do Marajó, para a melhoria da qualidade de vida, a conservação da biodiversidade e da cultura e promoção da sustentabilidade.Eixo temático: Áreas Protegidas e Biodiversidade

15. FOMENTO À ADOÇÃO DE BOAS PRÁTICAS PARA A PECUÁRIA BOVINA SUSTENTÁVEL NO ACRE E EM MATO GROSSOAmigos da Terra — Amazônia Brasileira Contribuir para frear, no médio prazo, a pressão exercida pela pecuária bovina sobre a � oresta e o cerrado na Amazônia Legal, com um projeto piloto no vale do Rio Acre e em Alta Floresta (mt).Eixo temático: Municípios Verdes

16. FLORESTABILIDADE: EDUCAÇÃO PARA O MANEJO FLORESTALFundação Roberto Marinho (frm) Difundir, em larga escala, a importância, as vantagens e as técnicas do manejo � orestal nos estados do Pará, Amazonas e Acre, por meio da capacitação de professores da rede pública e de pro  ssionais da extensão rural.Eixo temático: Áreas Protegidas e Biodiversidade

17. COTRIGUAÇU SEMPRE VERDEInstituto Centro de Vida (icv) Dar apoio à estruturação da gestão ambiental municipal e à implantação de programas setoriais para promover a adoção de boas práticas no manejo � orestal e na pecuária de corte e leite.Eixo temático: Municípios Verdes

EXPEDIENTE—

Fundo Vale Relatório de Atividades 2011—

REDAÇÃO E EDIÇÃOReport Comunicaçãowww.reportcomunicacao.com.br

REVISÃOAssertiva Produções Editoriais

PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E PRODUÇÃO GRÁFICAReport Comunicação

IMPRESSÃO E ACABAMENTOGrá  ca MinisterTiragem: 1.000 exemplaresPapel: miolo Polén Soft 70g/m2 e Couché Matte 115g/m2 Capa: DuoDesign 250g/m2

FAMÍLIA TIPOGRÁFICApmn Caecilia, Peter Matthias Noordzij, 1990.Flama, Mário Feliciano, 2008

FUNDO VALETel: (21) 3814.4730contato@fundovale.orgwww.fundovale.org

CONSELHO FISCALRosana Taboas, Robson Aguiar e Marcelo Habibe

CONSELHO GESTORGleuza Jesué, Eduardo Bartolomeu e Luiz Eduardo Lopes

DIRETORIADIRETORA-PRESIDENTEVania SomavillaDIRETOR-EXECUTIVORicardo PiquetDIRETORA DE OPERAÇÕESMirela Sandrini

EQUIPEGERÊNCIAMirela SandriniRELAÇÕES INSTITUCIONAISCarina PimentaADMINISTRATIVO-FINANCEIROCintia Andrade e Danielle QuintãoGESTÃO DE PROJETOSAna Luiza Clementino, Erika Queiroz, Inesa Salomão e Mirella DomenichGESTÃO DA INFORMAÇÃOMárcia Soares e Michelle Dantas Com o objetivo de minimizar

o impacto ambiental desta publicação, a impressão foi feita com tintas à base de óleos vegetais.

SELO FSC

FUNDO VALE PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELwww.fundovale.org