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RELATÓRIO DE ACTIVIDADES ANNUAL REPO RT

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RELATÓRIODE ACTIVIDADES

ANNUALREPORT

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ÍNDICE

VII

I

II

III

INTRODUÇÃO 3

ÓRGÃOS SOCIAIS E ESTATUTÁRIOS 5

EVOLUÇÃO DO SECTOR 9

ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS 31

PERSPECTIVAS 48

ESTATÍSTICAS DO SECTOR 50

LISTA DAS ASSOCIADAS 67VII

VI

V

082 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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I INTRODUÇÃO

O ano de 2008 fi cou marcado por uma sequência de acontecimentos que vieram afectar a confi ança nos mercados fi nanceiros, comprovando mais uma vez o carácter global da economia em que vivemos.

A actual crise fi nanceira intensifi cou-se em fi nais do terceiro trimestre e rapi-damente atingiu a economia real, com repercussões visíveis no fecho do ano, em que várias economias desenvolvidas registaram crescimentos negativos, o que, em alguns casos, signifi cou a entrada em situação de recessão técnica.

Estas circunstâncias excepcionais condicionaram naturalmente o desempenho dos sectores representados pela APFIPP. Os Fundos de Investimento Mobiliário sofreram um impacto signifi cativo, encerrando o ano com 14.343,9 milhões de euros de activos sob gestão, o que representou uma quebra de 44,3% relativamente ao ano anterior. Os Fundos de Pensões inverteram a tendência registada nos últimos anos, registando um volume sob gestão de 19.889 milhões de euros, menos 9,2% do que em 2007. Contrariamente a esta linha, apesar de moderado, os Fundos de Investimento Imobiliário apresentaram um cresci-mento de 2,54%, atingindo os 10.714,4 milhões de euros de activos sob gestão. O segmento de Gestão de Patrimónios representado pela APFIPP e que inclui apenas os montantes geridos por Sociedades Gestoras de Patrimónios e Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento Mobiliário, registou 54.852,71 milhões de Euros, menos 1,25% do que no fi nal do ano anterior.

Perante as circunstâncias adversas e extraordinárias dos mercados fi nanceiros em 2008, a Associação desenvolveu as necessárias diligências junto das au-toridades de supervisão com vista à refl exão sobre a situação dos mercados e sobre a eventual concretização de medidas excepcionais para minimizar o impacto causado, dando especial atenção ao apoio à actividade das suas As-sociadas e ao fornecimento de informação clara aos órgãos de comunicação.

No âmbito da política legislativa e regulamentar, conforme tem sido habitual, a APFIPP foi convidada a pronunciar-se em diversas consultas públicas e sem-pre que foi necessário solicitou às Entidades Governamentais e de Supervisão esclarecimento sobre matérias relacionadas com as actividades que represen-ta, de modo a obter uma interpretação clara das disposições legislativas e regulamentares em vigor.

A transposição da designada Directiva dos Activos Elegíveis assumiu especial relevo ao longo de todo ano. Para além de se submeterem contributos no âmbito da consulta pública promovida pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários sobre esta matéria, a Associação organizou um workshop exclusi-vamente dedicado ao tema, com o objectivo de auxiliar as suas Associadas na preparação e adaptação às novas regras e na identifi cação das suas principais implicações.

Comprovando a cada vez mais exigente agenda comunitária, foi também seguido com interesse, no âmbito dos Fundos de Investimento Mobiliário, o debate sobre os futuros ajustamentos e alterações à Directiva UCITS, que se materializaram no pacote legislativo “UCITS IV” apresentado em Julho de 2008. Na esfera dos Fundos de Investimento Imobiliário, é de salientar o relatório fi nal do Expert Group on Open Ended Real Estate Funds, cuja reco-mendação principal foi a criação de um quadro comunitário comum para estes fundos.

A Associação participou, sempre que possível, em reuniões e encontros, no sentido de colaborar activamente com os diferentes intervenientes no mer-cado fi nanceiro nacional, de solidifi car a sua representatividade e dar a co-nhecer melhor a actividade da Indústria de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões em Portugal.

1Dado relativo a Setembro de 2008.

083 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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A divulgação de elementos estatísticos continuou a merecer especial empenho por parte da APFIPP, na medida em que se deu continuidade ao desenvolvi-mento do tratamento estatístico e da função de provider de dados sobre os sectores que representa.

No que respeita à organização e estrutura interna da Associação, foi decido, em 2008, auscultar as oportunidades existentes no mercado de arrendamento para avaliar a possibilidade de mudança da sede da Associação, na medida em que as suas instalações começavam a constituir um factor limitativo para o efi ciente desenrolar das suas actividades. No último trimestre do ano, inici-aram-se, assim, obras de reestruturação e recuperação das novas instalações, com vista à mudança no início de 2009. Com este ambicioso projecto, a Asso-ciação pretendeu oferecer às suas Associadas um melhor serviço, mais central, e afi rmar-se enquanto espaço privilegiado de encontro das suas Associadas com peritos nas matérias que afectam as suas actividades, de refl exão e de informação, tanto das Sociedades Gestoras como de outros públicos que se interessam pelos sectores nela representados.

A Direcção da APFIPP

084 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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II ÓRGÃOS SOCIAIS E ESTATUTÁRIOS

Mesa da Assembleia Geral Representante

PRESIDENTE REFUNDOS – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, S.A. DR. VÍTOR PARANHOS PEREIRA

VOGAL BANIF GESTÃO DE ACTIVOS – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A. DR. LUÍS SOUTO

VOGALBARCLAYS WEALTH MANAGERS PORTUGAL – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A.

DRA. MARIA JOÃO TEIXEIRA

Direcção Representante

PRESIDENTE ESAF – ESPÍRITO SANTO FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A. DR. FERNANDO COELHO

VOGAL BPI PENSÕES – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. DR. JOSÉ VEIGA SARMENTO

VOGAL CAIXAGEST – TÉCNICAS DE GESTÃO DE FUNDOS, S.A. DR. JOÃO FARIA

VOGAL F&C PORTUGAL – GESTÃO DE PATRIMÓNIOS, S.A. DR. JOÃO SANTOS

VOGAL FUTURO – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. DR. JOSÉ LUÍS LEITÃO

VOGAL MILLENNIUM BCP – GESTÃO FUNDOS DE INVESTIMENTO, S.A.DR. MANUEL DE VASCONCELOS GUIMARÃES

VOGAL SANTANDER ASSET MANAGEMENT, S.A. DR. PEDRO GAIVÃO

Conselho Fiscal Representante

PRESIDENTE PREVISÃO – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. DR. VÍTOR SEQUEIRA

VOGAL CRÉDITO AGRÍCOLA GEST – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A. DR. SÉRGIO CONTREIRAS

VOGAL SILVIP – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, S.A. SR. JOÃO JOSÉ REIS

VOGAL BBVA GEST – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A. DRA. CARLA SOARES

ÓRGÃOS SOCIAIS

085 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Conselho Consultivo

MEMBROS DA DIRECÇÃO

PRESIDENTE DA COMISSÃO CONSULTIVA DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO

PRESIDENTE DA COMISSÃO CONSULTIVA DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO

PRESIDENTE DA COMISSÃO CONSULTIVA DA GESTÃO DE PATRIMÓNIOS

PRESIDENTE DA COMISSÃO CONSULTIVA DOS FUNDOS DE PENSÕES

086 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Mobiliário Representante

PRESIDENTE BPI GESTÃO DE ACTIVOS – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A. DR. JOÃO PRATAS

MEMBRO BANIF GESTÃO DE ACTIVOS – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A. DR. LUÍS SOUTO

MEMBROBARCLAYS WEALTH MANAGERS PORTUGAL – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A.

DRA. ELIANE AMARAL

MEMBRO BBVA GEST - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A. DR. MÁRIO SENNA

MEMBRO BPN GESTÃO DE ACTIVOS – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A. DR. LUÍS CASTRO E SILVA

MEMBRO CAIXAGEST – TÉCNICAS DE GESTÃO DE FUNDOS, S.A. DR. FERNANDO MAXIMIANO

MEMBRO ESAF – ESPÍRITO SANTO FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A. DR. RAMESCHANDRA KAKOO

MEMBRO MONTEPIO GESTÃO DE ACTIVOS – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO, S.A. DR. MIGUEL CARREIRA LUÍS

MEMBRO MILLENNIUM BCP – GESTÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO, S.A. DR. PEDRO CASQUINHO

MEMBRO SANTANDER ASSET MANAGEMENT, S.A. DRA. RAQUEL GARCIA

ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS

Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário Representante

PRESIDENTE FUNDIMO – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, S.A. ENG.º FILIPE AMADO

MEMBRO BANIF GESTÃO DE ACTIVOS – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A. DR. LUÍS CARITA

MEMBRO BPN IMOFUNDOS – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, S.A. DR. ANTÓNIO COUTINHO REBELO

MEMBRO ESAF – ESPÍRITO SANTO FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, S.A. DR. JOSÉ MANUEL SALGADO

MEMBRO MILLENNIUM BCP – GESTÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO, S.A.ENG.º ANTÓNIO PENA DO AMARAL

MEMBRO REFUNDOS - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, S.A. DR. VITOR PARANHOS PEREIRA

MEMBRO SELECTA - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, S.A. DR. JOSÉ ANTÓNIO DE MELLO

MEMBRO SILVIP – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, S.A. DR. PEDRO SÁRAGGA LEAL

MEMBRO BPI GESTÃO DE ACTIVOS - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A.ENG.º MIGUEL COUTINHO GOUVEIA

MEMBRO TDF - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, S.A. ARQ.º MANUEL VIEIRA PEREIRA

087 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Comissão Consultiva dos Fundos de Pensões Representante

PRESIDENTE ESAF – ESPÍRITO SANTO FUNDOS DE PENSÕES, S.A. DRA. ELISABETE AZEVEDO

MEMBRO BANIF AÇOR PENSÕES - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. DR. ARMANDO BANDEIRA

MEMBRO BBVA FUNDOS - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. DRA. ADELAIDE CAVALEIRO

MEMBRO BPI PENSÕES - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. DRA. ISABEL SEMIÃO

MEMBRO CGD PENSÕES - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. DRA. MARTA MAGALHÃES

MEMBRO FUTURO – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. DRA. ALICE PINTO

MEMBRO PEDRO ARROJA – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. DRA. FÁTIMA PEREIRA

MEMBRO PENSÕESGERE – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. DR. VALDEMAR DUARTE

MEMBRO PREVISÃO – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. DR. VÍTOR SEQUEIRA

MEMBRO SANTANDER PENSÕES – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A. DRA. RAQUEL GARCIA

MEMBRO SGF – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES, S.A.DR. JOSÉ MANUEL PINHÃO RODRIGUES

MEMBRO SOCIEDADE GESTORA DO FUNDO DE PENSÕES DO BANCO DE PORTUGAL, S.A. DRA. HELENA ADEGAS

Comissão Consultiva das Gestoras de Patrimónios Representante

PRESIDENTE BMF – SOCIEDADE GESTORA DE PATRIMÓNIOS. S.A. DR. ANTÓNIO BUSTORFF

MEMBRO BPN GESTÃO DE ACTIVOS - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A. DR. LUÍS CASTRO E SILVA

MEMBRO CAIXAGEST – TÉCNICAS DE GESTÃO DE FUNDOS, S.A. DR. RICARDO CALIÇO

MEMBRO CRÉDITO AGRÍCOLA GEST – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIOS, S.A DR. SÉRGIO CONTREIRAS

MEMBRO ESAF – ESPÍRITO SANTO GESTÃO PATRIMÓNIOS, S.A. DR. JOÃO PINA PEREIRA

MEMBRO F&C PORTUGAL – GESTÃO DE PATRIMÓNIOS, S.A. DR. PAULO FIGUEIREDO

MEMBRO FINIVALOR - SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A.DR. FRANCISCO FERREIRA DA SILVA

MEMBRO GROW INVESTIMENTOS – GESTÃO DE PATRIMÓNIOS, S.A.DRA. CARMEN RODRIGUES DOS SANTOS

MEMBRO MONTEPIO GESTÃO DE ACTIVOS – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO, S.A. DR. MIGUEL CARREIRA LUÍS

MEMBRO OREY GESTÃO DE ACTIVOS – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A. DR. ROGÉRIO CELEIRO

MEMBRO SANTANDER ASSET MANAGEMENT, S.A. DRA. RAQUEL GARCIA

MEMBRO VALOR ALTERNATIVO – SOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO, S.A. DR. RUI VILAS

088 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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III EVOLUÇÃODO SECTOR

O ano 2008 fi cou marcado pelo agravamento da crise fi nanceira iniciada no segundo semestre de 2007 e pelo seu alastramento à “economia real”. Os efeitos desta conjuntura foram particularmente visíveis no último trimestre, com várias economias desenvolvidas a registarem crescimentos negativos, o que, em alguns casos, signifi cou a entrada numa situação de recessão técnica.

Foi, ainda, caracterizado por alterações signifi cativas, ao longo do ano, no que diz respeito às condições macro-económicas. No início do ano, apesar das evi-dências do agravamento da situação fi nanceira e económica, subsistiam ainda os problemas relacionados com a infl ação que registava, no caso da Zona Euro, valores bem superiores à referência de 2%. Por este motivo, enquanto os Bancos Centrais das principais economias mundiais foram reduzindo as ta-xas de juro de referência, caso dos Estados Unidos e do Reino Unido, o Banco Central Europeu (BCE) optou, inicialmente, por mantê-la, decidindo mesmo aumentá-la, na reunião de 3 de Julho de 2008, para 4,25%. Só em Outubro, perante o agudizar das condições económicas que proporcionou, igualmente, o alívio da infl ação, o BCE decidiu baixar a sua taxa de juro de referência para 3,75%, tendo ainda voltado a reduzi-la mais duas vezes antes do fi nal do ano, para 3,25%, em Novembro e 2,50%, em Dezembro.

Ao nível do custo das matérias-primas, o início de ano caracterizou-se por uma subida generalizada dos preços, que teve a expressão máxima nas matérias agrícolas e nas fontes energéticas, designadamente no petróleo. A subida des-tes preços provocou alguma agitação social um pouco por todo o mundo, ao mesmo tempo que contribuiu para um mais rápido alastrar da crise.

Por exemplo, o custo do barril de Brent, que serve de referência para o mer-cado português, iniciou o ano um pouco acima dos 90 USD/barril, tendo re-gistado uma subida quase ininterrupta até Julho, em que atingiu o valor mais alto (133,18 USD/barril)1.

1 Preços médios mensais. Fonte: MFAP/UPE – Indicadores de Conjuntura.

FONTE: Ministério das Finanças

e da Administração Pública/Unidade

de Política Económica (MFAP/UPE)

– Indicadores de Conjuntura.

Evolução das Taxas de Juro de Referência

0.00

1.00

2.00

3.00

4.00

5.00

6.00

Dez

2007

Jan

2008

Fev

2008

Mar

2008

Abr

2008

Mai

2008

Jun

2008

Jul

2008

Ago

2008

Set

2008

Out

2008

Nov

2008

Dez

2008

Zona Euro

EUA

Japão

Reino Unido

089 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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FONTE: Ministério das Finanças

e da Administração Pública/Unidade

de Política Económica (MFAP/UPE)

– Indicadores de Conjuntura.

Evolução do preço do Brent (USD/Barril)

0

30

60

90

120

150

Dez

2007

Jan

2008

Fev

2008

Mar

2008

Abr

2008

Mai

2008

Jun

2008

Jul

2008

Ago

2008

Set

2008

Out

2008

Nov

2008

Dez

2008

Ao nível fi nanceiro, o ano fi cou marcado pela instabilidade dos mercados ac-cionistas, que registaram perdas avultadas e uma volatilidade acima da média, para a qual contribuíram factores como o colapso ou quase colapso de gran-des instituições fi nanceiras, como a Bear Stearns, a Lehman Brothers ou a AIG, ou ainda alguns escândalos fi nanceiros, como o protagonizado por Bernard Madoff (um dos de maior dimensão e que maior impacto teve nos mercados, um pouco por todo o mundo). Vários Estados foram forçados a intervir em instituições fi nanceiras, no sentido de garantir a viabilidade dessas Sociedades, a estabilidade do respectivo mercado fi nanceiro e as aplicações dos clientes.

A crise no mercado de crédito e as difi culdades das instituições fi nanceiras determinaram, ainda, o agravamento das condições do sector obrigacionista, nomeadamente no que diz respeito à dívida emitida pelos Bancos e à dívida estruturada.

Este enquadramento provocou um brusco abrandamento económico à escala mundial. De acordo com os dados avançados pela OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, o conjunto dos países membros desta organização terá registado um crescimento, em 2008, de apenas 1,2%, enquanto que, os Estados Unidos terão registado um aumento de 1,3%, o Japão 0,5%, o Reino Unido 0,7% e a Zona Euro 1%.

De acordo com os dados preliminares do INE – Instituto Nacional de Estatísti-ca, registou-se, em Portugal, um crescimento nulo, em 2008, logo, inferior à média dos seus parceiros da Zona Euro.

Em Portugal, no ano transacto, verifi cou-se um aumento ligeiro da infl ação, para 2,6%, tendo-se observado uma diminuição da taxa de desemprego mé-dia anual, para os 7,6%. No entanto, os últimos trimestres de 2008 fi cam marcados pela subida deste indicador.

O espectro da crise e da incerteza quanto ao futuro, bem como a conjuntura adversa dos mercados, teve um grande impacto na confi ança e decisões dos investidores portugueses e no mercado nacional de gestão de activos.

Ao mesmo tempo que se viam confrontados com a queda da cotação dos valores mobiliários, os investidores começaram a ser atraídos pelos Bancos para constituírem depósitos a prazo remunerados com taxas de juro bastante aliciantes, tendo em conta o nível da infl ação.

As instituições de crédito nacional, perante as difi culdades em emitir nova dívida, em resultado da situação dos mercados obrigacionistas, viram-se for-çadas a procurar novos meios de fi nanciamento. Aproveitando a alta das taxas Euribor, atraíram novos clientes, oferecendo taxas de juro superiores a 4%.

Os investidores, percepcionando a possibilidade de efectuar uma aplicação virtualmente sem risco e com uma taxa de juro interessante, optaram por esta via e, no ano que passou, só em depósitos com prazo até um ano, foram constituídos mais de 120 mil milhões de euros.

0810 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Taxas de Renumeração e Montantes aplicados em Depósitos a Prazo até 1 ano

FONTE: Banco de Portugal

– Boletim Estatístico.

0

2,000

4,000

6,000

8,000

10,000

12,000

14,000

Dez-

2007

Jan-

2008

Fev-

2008

Mar-

2008

Abr-

2008

Mai-

2008

Jun-

2008

Jul-

2008

Ago-

2008

Set-

2008

Out-

2008

Nov-

2008

Dez-

2008

0.000.501.00

1.502.002.503.003.50

4.004.505.00

10 6EURO

Taxa

Montante

Estes factores tiveram, obviamente, impacto no mercado nacional de gestão de activos. Em 2008, o valor conjunto dos Fundos de Investimento Mobiliário (F.I.M.), Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.), Fundos de Pensões e cartei-ras de Gestão de Patrimónios totalizou 98.290,8 milhões de euros2 3, o que representa um decréscimo de 13,3% em relação ao ano anterior.

A principal componente deste mercado diz respeito à Gestão de Patrimónios, com um total sob gestão de 53.018,6 milhões de euros, o que equivale a 53,9% do total. No ano transacto, este segmento registou um decréscimo de 3,2% no valor das carteiras geridas, o que representa um desempenho supe-rior à média do mercado, tendo permitido um aumento da representatividade em 5,6 pontos percentuais.

O segmento dos F.I.I. registou uma variação positiva, com o valor líquido glo-bal dos Fundos a subir 2,5%, para 10.714,4 milhões de euros. Este sector representa 10,9% do mercado de gestão de activos nacional.

Pelo contrário, os F.I.M. foram os principais prejudicados, em termos de mon-tantes geridos. O volume total sob gestão caiu mais de 44%, para 14.343,9 milhões de euros. Deste modo, a quota de mercado destes Fundos diminuiu para 14,6%, menos 8,1 pontos percentuais do que no ano anterior.

No que respeita aos Fundos de Pensões, verifi cou-se, igualmente, um decrés-cimo do volume gerido de 9,5%, tendo terminado o ano com um total sob gestão de 20.213,9 milhões de euros, o que signifi ca 20,6% do total do mer-cado português de gestão de activos.

2 Não inclui o valor da gestão de patrimónios efectuada por não-Associadas da APFIPP. Em 30 de Setem-bro de 2008, o valor gerido por estas entidades representava 13,4% do total deste mercado.3 Este valor não foi expurgado da eventual dupla contagem dos mesmos valores, por exemplo, da gestão de Fundos de Pensões ou Fundos de Investimento efectuada pela Gestão de Patrimónios, ou ainda da presença de Unidades de Participação de Fundos de Investimento em carteiras de outros Fundos de Investimento, de Fundos de Pensões ou de Patrimónios.

Mercado Nacional de Gestão de Activos

FONTE: APFIPP e ISP

– Instituto de Seguros de Portugal.

* Em 2008, os valores de Fundos de Pensões correspondem a uma estimativa da APFIPP baseada nos montantes sob gestão comunicados pelas suasAssociadas e nos dados provisórios divulgados pelo ISP.

0

15,000

30,000

45,000

60,000

F.I.I. Fundos de Pensões* F.I.M. Gestão de Patrimónios 2

10 6EURO

2007

2008

0811 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO (F.I.M.)

A deterioração das condições económicas e fi nanceiras, que se verifi cou ao longo de 2008, teve um impacto bastante negativo no mercado dos F.I.M., não só a nível interno como, também, a nível mundial.

Os investidores viram-se confrontados com a queda de valor da generalidade dos valores mobiliários (que levou a que a quase totalidade dos Fundos apre-sentasse rendibilidades reduzidas ou mesmo negativas), ao mesmo tempo que lhes eram oferecidas, pelas Instituições de Crédito, soluções de investimento alternativas, com taxas de remuneração superior e com a garantia do capital investido.

Deste modo, o ano transacto foi caracterizado por uma continuada e signifi -cativa redução dos montantes geridos pelos F.I.M., motivada pela diminuição do valor dos activos detidos por estes instrumentos e, sobretudo, pelo desin-vestimento efectuado pelos aforradores.

Ao longo do ano, o total de activos sob gestão decresceu mais de 44%, para 14.343,9 milhões de euros, o valor mais baixo desde Janeiro de 1997. No mesmo período, o saldo de subscrições menos resgates foi negativo, no valor de 8.695,9 milhões de euros, o que equivale a cerca de 76% da redução veri-fi cada no total sob gestão.

Todos os trimestres foram caracterizados por subscrições líquidas negativas, que foram particularmente elevadas no primeiro e último trimestre, em que ultrapassaram os 2.500 milhões de euros negativos. Igualmente negativo em todos os trimestres foi o efeito da (des)valorização dos activos geridos. No acumulado anual, o efeito da desvalorização dos activos estima-se em 2,7 mil milhões de euros (o que representa uma performance de -10,6%).

Apesar da diminuição dos montantes, verifi cou-se um aumento do número de Fundos em actividade. De facto, no fi nal de 2008, existiam 292 F.I.M., mais um do que no fi nal do ano anterior. Durante o ano, foram lançados 32 novos Fundos: 10 Fundos Especiais de Investimento (F.E.I.)4; 9 Fundos com Protecção de Capital; 4 Fundos Flexíveis; 3 Fundos de Fundos; 2 Fundos PPR; 2 Fundos de Tesouraria; 1 Fundo de Acções; e 1 Fundo do Mercado Monetário.

4 Inclui apenas os Fundos Especiais de Investimento que não têm uma política de investi-mentos desenhada de forma a procurar garantir, no fi nal de um prazo pré-estabelecido, o capital inicialmente investido e/ou uma rendibilidade mínima.

Total de Fundos de Investimento Mobiliário (FIM)

25,763.122,372.2 20,674.8 17,931.1

14,343.9

291 293 291288

292

Montantes Sob Gestão

(Milhões de Euros)

Nº de Fundos

Dez - 2007 Mar - 2008 Jun - 2008 Set - 2008 Dez - 2008

Crescimento dos FIM em 2008

Subscrições Líquidas

Capitalização Activos

106 EURO

Crescimento Total

0812 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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No mesmo período, 31 Fundos cessaram a actividade, dos quais 13 foram incorporados por fusão noutros Fundos e 16 chegaram ao fi m do prazo para o qual tinham sido constituídos.

Também o número de players no mercado aumentou, em 2008: 2 novas So-ciedades Gestoras iniciaram a actividade de gestão de F.I.M. – a MNF Gestão de Activos e a Optimize Investment Partners. No fi nal do ano, estas 2 Socieda-des tinham 4 Fundos sob sua gestão com um total de activos de 13,5 milhões de euros.

As principais categorias de Fundos, em termos de volumes sob gestão, conti-nuaram a ser as dos Fundos de Obrigações e dos Fundos de Tesouraria, que representam, em conjunto, 40,1% do total de F.I.M. nacionais. Foram, contu-do, das categorias mais penalizadas pelos investidores, tendo caído, respecti-vamente, 56,2% e 51,2%, ao longo de 2008, o que fez com que diminuísse a sua representatividade em mais de 8 pontos percentuais.

A principal causa foi a crise do subprime e suas consequências: numa fase inicial, deu origem a uma falta de liquidez nos mercados e instrumentos re-presentativos de dívida, determinando, consequentemente uma diminuição do valor destes activos; posteriormente, veio criar difi culdades a diversas ins-tituições fi nanceiras de referência mundial, o que veio agravar este cenário, provocando uma maior distorção entre o binómio rendibilidade/risco.

Consequentemente, estes Fundos, que historicamente apresentavam um nível de risco reduzido e uma rendibilidade consistentemente positiva, embora não muito elevada, passaram a apresentar uma maior volatilidade e, em diversos casos, rendibilidades negativas, o que contribuiu para o desinvestimento ve-rifi cado em 2008.

Também os Fundos de Acções foram bastante prejudicados em termos de vo-lumes sob gestão, embora, neste caso, grande parte da justifi cação se encon-tre na performance dos mercados accionistas que provocou a desvalorização dos valores mobiliários em carteira. Entre fi nal de 2007 e o termo de 2008, os volumes geridos por estes Fundos decresceram 66,6%, tendo sido a categoria com o pior registo em termos percentuais.

A categoria “estrela” continuou a ser a dos F.E.I. que, apesar da conjuntura menos favorável, conseguiu registar um crescimento de 16,7%, o que pro-vocou o aumento da quota no mercado de F.I.M. português em 6,6 pontos percentuais. Foi, inclusive, a única categoria a conseguir registar um aumento dos activos sob gestão. As políticas de investimento alternativas atraíram o interesse dos investidores que viram neles uma boa oportunidade para “fu-girem” dos activos tradicionais que, como referido anteriormente, estiveram bastante pressionados ao longo do último ano.

Apesar de terem registado crescimentos negativos, há que destacar, ainda, os Fundos Mistos e os Fundos com Protecção de Capital, cujo decréscimo (res-pectivamente, -22,3% e -18,5%) foi consideravelmente inferior à média do mercado, o que permitiu o aumento de quota de mercado destas 2 categorias. Deve, ainda, ser realçado, que os Fundos com Protecção de Capital foram pe-nalizados pela liquidação de 16 Fundos que chegaram ao fi m do período pelo qual se haviam constituído. No início de 2008, estes Fundos eram responsáveis pela gestão de 603,8 milhões de euros, o equivalente a 22,3% do total gerido por estes instrumentos nessa mesma data.

F. c/ Protec. Capital

Composição do Mercado dos FIM - Dezembro 2007

F. Mistos6.7%

F. Fundos5.8%

F. PPR9.8%

F. Acções11.4%

F.E.I.6.0% F. Tesouraria

23.8%

F. Obrigações24.5%

Outros Fundos0.1%

F. PPA1.4%

10.5%

0813 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Também nos restantes mercados europeus de F.I.M., a diminuição dos mon-tantes sob gestão marcou o ano 2008, pela primeira vez desde 2002. De todos os países representados pela EFAMA5 não houve um único que tenha registado um aumento dos activos geridos pelos respectivos F.I.M.. Os menos penalizados foram a Suíça, onde se verifi cou um decréscimo de 4,1%, e o Liechtenstein, com uma variação de -5,7%6. Em todos os restantes países, observou-se uma variação negativa de duas casas decimais, com especial des-taque para a Bulgária (-62,3%), a Grécia (-57%), a Eslovénia (-54,7%), a Po-lónia (-53,6%) e a Roménia (-50,9%), que registaram um decréscimo superior a 50% nos volumes sob gestão.

Em termos médios, registou-se uma redução de 23,3% dos activos sob ges-tão, para 5.931,5 mil milhões de Euros.

O mercado europeu continua a ser liderado, em termos de montantes geridos, pelo Luxemburgo (1.553,5 mil milhões de euros), pela França (1.268,3 mil milhões de euros), pela Alemanha (827,1 mil milhões de euros) e pela Irlanda (647,1 mil milhões de euros) que, em conjunto, representam quase ¾ do mer-cado europeu de F.I.M..

Portugal é o 18º país com maior volume de F.I.M., de um total de 26 países representados pela EFAMA, com uma quota de 0,2%.

5 The European Fund and Asset Management Association.6 Os últimos dados conhecidos, no que respeita ao Liechtenstein, são referentes ao fi nal de Setembro de 2008.

Composição do Mercado dos FIM - Dezembro 2008

F. c/ Protec. Capital15.4%

F. Mistos9.4%

F. Fundos4.3%

F. PPR9.9%

F. Acções6.8%

F.E.I.12.5%

F. Tesouraria20.8%

F. Obrigações19.3%

Outros Fundos0.6%

F. PPA0.9%

Crescimento dos FIM na Europa em 2008

-80.0%

-60.0%

-40.0%

-20.0%

0.0%

Áus

tria

Bélg

ica

Bulg

ária

Rep.

Che

ca

Din

amar

ca

Finl

ândi

a

Fran

ça

Ale

man

ha

Gré

cia

Hun

gria

Irlan

da

Itália

Liec

hten

stei

n

Luxe

mbu

rgo

Hol

anda

Nor

uega

Poló

nia

Port

ugal

Rom

énia

Eslo

váqu

ia

Eslo

véni

a

Espa

nha

Suéc

ia

Suíç

a

Turq

uia

Rein

o U

nido FONTE: EFAMA

Inclui Fundos harmonizados e Fundos não harmonizados.

0814 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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a) Fundos de Acções

O ano passado fi cou marcado pela queda acentuada dos principiais mercados accionistas mundiais, como se constata pela análise da performance dos res-pectivos índices accionistas de referência.

Pela negativa destaca-se o mercado português, com o PSI-20 a recuar mais de 50%, sendo o pior dos índices considerados na análise efectuada. Dos res-tantes, foram vários os que registaram um decréscimo de mais de 40%, não havendo nenhum que tivesse uma performance superior a -30%.Esta realidade condicionou, obviamente, a evolução dos Fundos de Acções,

em 2008. Por um lado, a performance dos mercados accionistas provocou uma depreciação signifi cativa dos valores em carteira, que se traduziu nas rendibilidades negativas apresentadas por todos os Fundos de Acções, sendo que, na maioria dos casos as perdas foram superiores a 50%. Por outro lado, a continuação da descida nos mercados accionistas e as perdas sofridas pelos investidores levaram à diminuição das novas subscrições, o que, sem a equi-valente redução dos resgates, levou a um saldo anual negativo de subscrições menos resgates.

Por estes motivos, os Fundos de Acções registaram, em 2008, um decréscimo de 66,6% nos montantes sob gestão, atingindo, em fi nal de Dezembro, um total de 981,3 milhões de euros, o valor mais baixo desde Março de 2003.

O Mercado dos FIM na Europa em 2008

Áus

tria

Bélg

ica

Bulg

ária

Rep.

Che

ca

Din

amar

ca

Finl

ândi

a

Fran

ça

Ale

man

ha

Gré

cia

Hun

gria

Irlan

da

Itália

Liec

hten

stei

n

Luxe

mbu

rgo

Hol

anda

Nor

uega

Poló

nia

Port

ugal

Rom

énia

Eslo

váqu

ia

Eslo

véni

a

Espa

nha

Suéc

ia

Suíç

a

Turq

uia

Rein

o U

nido FONTE: EFAMA

Inclui Fundos harmonizados e Fundos não harmonizados.

0

400,000

800,000

1,200,000

1,600,000

2,000,000

106 EURO

Performance dos mercados accionistas em 2008

-60.00%

-50.00%

-40.00%

-30.00%

-20.00%

-10.00%

0.00%

PSI 20 Ibex MIB 30 CAC Dax Footsie Nikkei S&P 500 Nasdaq

-40.54%

-51.29%

-39.43%

-48.40%-42.68% -40.37%

-31.33%

-42.12%-38.49%

0815 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Apesar da conjuntura, as Sociedades Gestoras mantiveram a confi ança neste tipo de instrumentos, como se demonstra pelo facto de não ter sido liquidado qualquer destes Fundos, tendo mesmo sido criado um novo Fundo, em 2008. Adicionalmente, houve um Fundo que migrou para a categoria de Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega, pelo que o total de Fundos de Acções em actividade, no fi nal de 2008, aumentou para 55, face aos 53 existentes no fi nal do ano anterior.

As várias categorias de Acções sofreram reduções superiores a 50% nos mon-tantes sob gestão, demonstrando a generalização e o efeito global da crise que afectou os mercados accionistas mundiais. A categoria menos penalizada foi a dos Fundos de Acções da América do Norte, cujos montantes sob gestão decresceram cerca de 55%, enquanto que a que teve o pior registo foi a dos Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega, que viu os volumes geridos diminuir quase 70% ao longo de 2008.

A categoria dos Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega con-tinua a ser a que tem maior peso nos Fundos de Acções, com 33,5% (era 36,7% no fi nal de 2007), tendo decrescido quase 70%, no ano que passou. Seguem-se os Fundos de Acções Nacionais (24,3%), os Outros Fundos de Acções Internacionais (22,2%), os Fundos de Acções Sectoriais (12,3%) e, por fi m, os Fundos de Acções da América do Norte (7,6%).

Durante o ano transacto, o saldo de subscrições menos resgates (subscrições líquidas) foi de -855,0 milhões de euros. Este valor inclui 2,8 milhões de euros resultantes da transferência de um Fundo vindo da categoria “Outros Fundos” para a categoria dos Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega. Este valor contrasta com os 212,5 milhões de euros de subscrições líquidas positivas observados em 2007.

Como foi referido anteriormente, esta inversão do fl uxo de entrada em Fundos de Acções fi cou a dever-se, essencialmente, a uma diminuição das subscrições (menos 84,3% do que em 2007), uma vez que, apesar de se ter, igualmente, verifi cado a diminuição dos resgates, esta foi bastante inferior quando compa-rada com a observada nas subscrições (23,2% relativamente a 2007).

Evolução dos Fundos de Acções

-

500.0

1,000.0

1,500.0

2,000.0

2,500.0

3,000.0

3,500.0

Dez-2007 Mar-2008 Jun-2008 Set-2008 Dez-2008

F. Acções Nacionais

F. Acç. UE, Suíça e Noruega

F. Acções Sectoriais

F. Acç. América do Norte

Outros F. Acç. Internacionais

106 EURO

Crescimento dos Fundos de Acções em 2008

Subscrições Líquidas*

Capitalização Activos

Crescimento Total

(2,500.0)

(2,000.0)

(1,500.0)

(1,000.0)

(500.0)

-

F. AcçõesNacionais

F. Acç. UE,Suíça e Noruega

F. Acç. Américado Norte

F. AcçõesSectoriais

Outros F. Acç.Internacionais

Total Fundos deAcções

106 EURO

* As Subscrições Líquidas incluem o saldo da transferência de um Fundo para a categoria de Fundos de Acções da União Europeia, Suíça e Noruega.

0816 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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As categorias de Fundos de Acções registaram, em 2008, subscrições líqui-das negativas, apresentando os Fundos de Acções da União Europeia o maior fl uxo de saídas, 348,0 milhões de euros, ou seja, cerca de 40% do total dos Fundos de Acções.

As categorias onde o fl uxo de saída foi menor são a dos Fundos de Acções da América do Norte e a dos Fundos de Acções Sectoriais, com 39,0 milhões de euros e 60,5 milhões de euros, respectivamente. Este facto proporcionou uma menor taxa de redução dos montantes geridos por estes Fundos face à média das restantes categorias de Fundos de Acções.

Na generalidade dos Fundos deste segmento, estima-se que o efeito de de-preciação dos activos em carteira, provocado pela queda dos mercados ac-cionistas, tenha ultrapassado, em 2008, os 1.100 milhões de euros, sendo responsável por 56% da quebra observada nesse período.

b) Fundos Mistos e Fundos Flexíveis

Apesar da exposição aos mercados accionistas e das consequências, em ter-mos de depreciação dos seus activos, que daí advieram, os Fundos Mistos e Fundos Flexíveis, no seu conjunto, não sofreram grande impacto negativo, no que respeita ao valor dos activos sob gestão.

De facto, estes Fundos terminaram o ano com um volume sob gestão de 1.342,5 milhões de euros, o que signifi ca uma redução de 22,35% face ao ano anterior, portanto, metade do observado no total dos F.I.M..

Foram, aliás, das categorias que registaram subscrições líquidas positivas, em 2008, no valor de 18,5 milhões de euros.

Para este facto, em muito contribuíram os 4 novos Fundos Flexíveis criados ao longo de 2008 e que geriam, no fi nal do ano, 507,2 milhões de euros, o equivalente a 37,8% do total destes Fundos em 31 de Dezembro de 2008.

A razão do decréscimo dos montantes sob gestão deveu-se, pois, à depre-ciação dos activos em carteira, estimada em 404,8 milhões de euros, o que signifi ca 23,4% do valor gerido no início de 2008.

O número de Fundos em actividade aumentou para 23, em resultado do lan-çamento de 4 novos Fundos Flexíveis, como referido atrás. Para além disto, verifi cou-se, ainda, a conversão de um Fundo Misto Predominantemente Obrigações em Fundo Flexível.

Evolução dos Fundos Mistos e Fundos Flexíveis

F. Flexíveis

F. Mistos Pred. Acções

F. Mistos Pred. Obrigações

106 EURO

-

500.0

1,000.0

1,500.0

2,000.0

2,500.0

Dez-2007 Mar-2008 Jun-2008 Set-2008 Dez-2008

0817 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Os Fundos Flexíveis são a maior categoria deste segmento, representando 94,4% do total. São, igualmente, a categoria com maior número de Fundos, num total de 15.

No ano fi ndo, estes Fundos apresentaram 104,6 milhões de euros de subscrições líquidas, um valor que inclui 3,9 milhões de euros resultantes da transformação de um Fundo Misto Predominantemente Obrigações em Fundo Flexível.

Tal não foi, contudo, sufi ciente para evitar uma diminuição de 17,6% nos montantes geridos por estes Fundos, provocada pela desvalorização dos ac-tivos em carteira.

Os Fundos Mistos Predominantemente Acções são a segunda maior categoria, com 3,4%, e os Fundos Mistos Predominantemente Obrigações são responsá-veis pelos restantes 2,4% deste segmento.

c) Fundos de Obrigações

Os Fundos de Obrigações mantiveram, no ano passado, a tendência decres-cente que se vinha registando nos últimos anos. De facto, em 2008, estes Fundos diminuíram em 56,2% os activos sob gestão, terminando o ano com um volume total de 2.768,6 milhões de euros. Os Fundos desta categoria investem, maioritariamente, em obrigações com cupão indexado às taxas de juro de curto prazo (Euribor). São, portanto, Fundos sem risco de taxa de juro e, historicamente, com volatilidade bastante reduzida, embora a rendibilidade fosse, igualmente, pouco elevada.

O bom momento dos mercados accionistas, verifi cado até meados de 2007, foi um dos motivos que contribuiu, inicialmente, para a saída dos investidores, que buscavam melhores rendibilidades para as suas aplicações. No entanto, com o estalar da crise do subprime, surgiu uma crise sem precedentes no mercado de dívida que reduziu a liquidez destes instrumentos para mínimos históricos, condicionando, dessa forma, a sua avaliação. A falência do gigante norte-americano Lehman Brothers, um dos principais Bancos de Investimen-to mundiais na área das obrigações, contribuiu, ainda mais, para o agudizar deste mercado.

Evolução dos Fundos de Obrigações

F. Obrigações Tx Indexada

F. Obrigações Tx Fixa

106 EURO

4,877.3 4,214.53,451.9

2,579.5

360.2312.7

245.7

189.15,970.8

352.9

-

1,000.0

2,000.0

3,000.0

4,000.0

5,000.0

6,000.0

7,000.0

Dez-2007 Mar-2008 Jun-2008 Set-2008 Dez-2008

* As subscrições líquidas incluem o saldo da transferência de um Fundo Misto Predominantemente Obrigação para a categoria de Fundos Flexíveis.

Crescimento dos Fundos Mistos e Fundos Flexíveis em 2008

Subscrições Líquidas*

Capitalização Activos

Crescimento Total

106 EURO

(46)

10518

(22)

(375)

(40)

(405)

(8)

(386)

(49) (68)

(270)

(500.0)

(400.0)

(300.0)

(200.0)

(100.0)

-

100.0

200.0

F. Mistos Pred.Obrigações

F. Mistos Pred. Acções F. Flexíveis Total Fundos Mistos

0818 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Assim, Fundos que eram considerados como virtualmente sem risco, como o eram os Fundos de Obrigações de Taxa Variável, sofreram um aumento assina-lável da volatilidade e começaram a apresentar rendibilidades negativas mais consentâneas com as de Fundos historicamente mais agressivos, como sejam os Fundos de Acções.

Estes instrumentos viram-se, ainda, confrontados com a concorrência de ou-tros produtos com capital garantido e rendibilidades bem acima da taxa de infl ação. A quase estagnação do mercado de dívida e a difi culdade de colocar novas emissões forçaram as entidades bancárias a recorrer a outras fontes de fi nanciamento, tendo optado pela promoção de depósitos bancários de curto prazo com taxas de remuneração muito próximas da taxa Euribor (que registou, na primeira metade de 2008, máximos históricos), com vista a captar novas aplicações e, assim, melhorar os seus rácios de liquidez.

Esta conjuntura incentivou os investidores a desviar as suas aplicações dos Fundos de Obrigações, o que se traduziu num volume de saídas anual de 4.287,3 milhões de euros. Este valor superou as novas subscrições em 3.140,7 milhões de euros. A depreciação dos activos contribuiu com mais 414,4 mi-lhões de euros para a redução dos montantes sob gestão.

Em 2008, o número de Fundos em actividade acompanhou a tendência dos montantes sob gestão. No fi nal do ano havia 40 Fundos, menos 3 do que no ano anterior, fruto da liquidação de um Fundo de Obrigações de Taxa Fixa e da fusão de 2 Fundos de Obrigações de Taxa Variável.

Os Fundos de Obrigações de Taxa Indexada representam 93,2% do total des-te segmento. Em 2008, os montantes geridos por estes Fundos diminuíram 3.391,3 milhões de euros, o que equivale a 56,8% do total registado no fi nal de 2007.

No ano de 2008, estes Fundos apresentaram um saldo de subscrições líquidas de menos 2.968,3 milhões de euros, o que representa 87,5% da quebra total nos activos sob gestão. O funcionamento dos mercados de dívida, no ano em análise, sobretudo os de dívida de empresas e dívida estruturada, que compõem a grande parte das carteiras destes Fundos, determinou uma de-preciação desses mesmos activos em cerca de 423,0 milhões de euros, o que representa 7,1% do volume gerido no início do ano.

Os Fundos de Obrigações de Taxa Fixa sofreram um efeito de contágio. Estes Fundos registaram taxas de rendibilidade positivas no ano passado, mas tal não foi sufi ciente para evitar a saída dos investidores, que se traduziu num saldo negativo de subscrições líquidas no valor de 172,4 milhões de euros, ou seja, 48,9% do volume sob gestão por estes Fundos, no início de 2008.

A descida das taxas de juro, na segunda metade de 2008, o alargamento dos spreads, a maior procura por títulos de dívida soberana, foram alguns dos argumentos que justifi cam a boa performance destes Fundos. No total, a apreciação dos activos em carteira estima-se em 8,6 milhões de euros, o que equivale a uma rendibilidade média de 2,4%.

Apesar disso, tendo em conta o efeito das saídas, verifi cou-se uma redução de 163,8 milhões de euros, o que representa uma quebra de 46,4% em relação ao ano anterior.

Crescimento dos Fundos de Obrigações em 2008

Subscrições Líquidas

Capitalização Activos

Crescimento Total

106 EURO

(2,968.3) (3,140.7)

(172.4)(414.4)(423.0)

8.6

(3,555.1)

(163.8)

(3,391.3)(4,000.0)

(3,500.0)

(3,000.0)

(2,500.0)

(2,000.0)(1,500.0)

(1,000.0)

(500.0)

-

500.0

F. Obrigações Tx Indexada F. Obrigações Tx Fixa Total Fundos Obrigações

0819 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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d) Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário

Os Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário foram das cate-gorias mais penalizadas, em 2008, em termos de montantes sob gestão. Nes-se ano, o total de activos geridos por estes Fundos decresceu 51,2%, para 2.985,4 milhões de euros.

Apesar de, em termos de depreciação dos activos e consequente rendibili-dade, o efeito ter sido bastante menor do que o verifi cado nos Fundos de Obrigações, apenas 21,8 milhões de euros (0,4% do total sob gestão no início de 2008), o nível de subscrições líquidas negativas foi similar ao verifi cado naqueles Fundos, ascendendo a 3.112,7 milhões de euros.

O número de Fundos permaneceu inalterado nos 23, em virtude do desapare-cimento de 2 Fundos do Mercado Monetário e 1 Fundo de Tesouraria devido a Fusão com outros Fundos, eventos que foram compensados pelo lançamento de 1 Fundo do Mercado Monetário e 2 Fundos de Tesouraria.

No ano, o volume de activos geridos por Fundos do Mercado Monetário caiu quase 96%, para 15,4 milhões de euros. A fusão de 2 Fundos desta categoria com Fundos de Tesouraria foi o principal motivo para o quase desaparecimen-to desta classe de Fundos. De facto, os montantes dos Fundos envolvidos na fusão representam mais de 81% do decréscimo apurado, tendo provocado uma saída de 296,0 milhões de euros. Uma vez que o saldo de subscrições líquidas registado, em 2008, pelos Fundos desta categoria de Fundos, ascen-de a -367,2 milhões, isto signifi ca que, só as fusões foram responsáveis por 80,6% deste montante.

Ainda em 2008, o efeito da valorização dos activos em carteira foi positivo, ascendendo a 2,0 milhões de euros.

Por seu lado, os Fundos de Tesouraria, apesar de benefi ciarem destes eventos, não evitaram a redução de 48,3% nos activos sob gestão, o equivalente a 2.769,3 milhões de euros. No total os subscritores retiraram, ao longo do ano, em termos líquidos, 2.745,5 milhões de euros, justifi cando, assim, a quase totalidade da quebra, uma vez que se estima que estes Fundos tenham regis-tado uma desvalorização dos respectivos activos em carteira no valor de 23,9 milhões de euros.

Evolução dos Fundos de Tesouraria e do Mercado Monetário

F. Tesouraria

F. Mercado Monetário

106 EURO

-

1,000.0

2,000.0

3,000.0

4,000.0

5,000.0

6,000.0

7,000.0

Dez-2007 Mar-2008 Jun-2008 Set-2008 Dez-2008

5,288.4 4,795.6 4,147.02,970.0

251.216.9

19.2

15.45,739.4

380.5

Crescimento dos Fundos de Tesouraria em 2008

Subscrições Líquidas

Capitalização Activos

Crescimento Total

106 EURO

(4,000.0)

(3,500.0)

(3,000.0)

(2,500.0)

(2,000.0)(1,500.0)

(1,000.0)

(500.0)

-

500.0

F. Tesouraria F. Mercado Monetário Total F. Tesouraria e do Mercado Monetário

(23.9) 2.0 (21.8)

(3,112.7)

(367.2)

(2,745.5) (2,769.3)

(365.2)

(3,134.5)

0820 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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e) Fundos de Fundos

O montante gerido por Fundos de Fundos decresceu 58,2%, para 620,2 mi-lhões de euros. Ora, uma vez que o investimento em Fundos Portugueses representa cerca de metade dos activos em carteira, esta redução teve, obvia-mente, impacto nos restantes Fundos domiciliados em Portugal.

Para além das rendibilidades negativas apresentadas pela generalidade destes Fundos (apenas 1 Fundo apresentou, em 2008, rendibilidades positivas) que se estima serem responsáveis por uma diminuição de 329,0 milhões de euros, o decréscimo dos Fundos de Fundos foi, ainda, sobretudo, provocado pela saí-da dos investidores que se traduziu em subscrições líquidas negativas de 536,0 milhões de euros. Este valor inclui o saldo das transferências de Fundos entre a categoria Fundos de Fundos e a categoria “Outros Fundos”, bem como da fu-são de um Fundo de Fundos Misto num Fundo Flexível. No ano, para além da fusão, saíram dois Fundos para a categoria de “Outros Fundos” e, em sentido inverso, houve a mudança de um terceiro Fundo. O saldo destas transferências foi desfavorável aos Fundos de Fundos em 24,8 milhões de euros, contribuin-do, assim, com 4,6% do total de subscrições líquidas registadas.

O número de Fundos de Fundos em actividade no fi nal de 2008 contraiu-se para 25, menos 6 do que no fi nal do ano anterior, em resultado do desapare-cimento de 8 Fundos, por fusão, a que se somam outros 2, transferidos para a categoria “Outros Fundos”. Em compensação, embora parcial, ocorreu a criação de 3 novos Fundos de Fundos, bem como a transferência de um Fundo vindo da categoria “Outros Fundos”.

Os Fundos de Fundos Predominantemente Obrigações são a principal catego-ria dos Fundos de Fundos, representando 71,3% do total, com 442,2 milhões de euros. Este valor traduz um acréscimo de representatividade desta catego-ria, uma vez que foram os Fundos, de entre este segmento, que registaram o menor decréscimo anual (50,4%). A depreciação dos activos foi responsável por 80,0 milhões de euros, o que equivale a 17,8% da redução observada. Os restantes 370 milhões de euros são o resultado de subscrições líquidas negativas.

Os Fundos de Fundos Mistos são a segunda maior categoria de Fundos de Fundos, com um total de 149,8 milhões de euros (24,1% do total). Em 2008, estes Fundos decresceram 323,1 milhões de euros (68,3%), dos quais 106,4 milhões de euros se deveram a subscrições líquidas negativas e os restantes 216,6 milhões de euros à depreciação dos activos em carteira.

Evolução dos Fundos de Fundos

F. Fundos Pred. Obrigações

F. Fundos Mistos

F. Fundos Pred. Acções

106 EURO

-

400.0

800.0

1,200.0

1,600.0

Dez-2007 Mar-2008 Jun-2008 Set-2008 Dez-2008

0821 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Os Fundos de Fundos Predominantemente Acções verifi caram uma redução de 76,5% nos montantes sob gestão, o que se deveu, essencialmente, a subs-crições líquidas negativas, no valor de 59,5 milhões de euros, valor para o qual muito contribuiram (56,8%) os 2 Fundos transferidos para a categoria “Outros Fundos”.

Ao nível das aplicações dos Fundos de Fundos verifi cou-se uma inversão na tendência de diminuição do investimento em Fundos domiciliados em Por-tugal que representavam, no fi nal de 2008, 51,9% do total de activos sob gestão, mais 5,2% do que no fi nal do ano anterior.

A tipologia de Fundos com maior expressão nas carteiras de Fundos de Fundos é a referente aos Fundos de Obrigações, nacionais e estrangeiros que, em con-junto, representam 51,2% do total das aplicações, um aumento signifi cativo em relação à percentagem observada no fi nal de 2007 (41,4%). Os Fundos de Acções, inversamente, diminuiram o seu peso nestes Fundos, de 32,6%, em 2007, para 20,5%, em 2008, devido, essencialmente, à desvalorização do respectivo valor mas, igualmente, a algum desinvestimento por parte dos gestores.

f) Fundos Especiais de Investimento e Fundos com Protecção de Capital

Quando tomados em conjunto, os Fundos Especiais de Investimento (F.E.I.) e os Fundos com Protecção de Capital registaram, em 2008, um decréscimo de 5,7% nos montantes geridos, para 4.011,0 milhões de euros.

Estas categorias foram, essencialmente, penalizadas pela liquidação de 16 Fundos, todos pertencentes à categoria dos Fundos com Protecção de Capital, que chegaram ao fi m do prazo para o qual foram constituídos e que geriam, no início de 2008, 603,8 milhões de euros, ou seja, 16,3% do total sob gestão na mesma altura.

Evolução das Aplicações de Fundos de Fundos

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2003 2004 2005 2006 2007 2008

F. Portugueses de Acções

F. Portugueses de Obrigações

F. Portugueses de Tesouraria

Outros F. Portugueses

F. Estrangeiros de Acções

F. Estrangeiros de Obrigações

Outros F. Estrangeiros

Liquidez + Outros Valores

Crescimento dos Fundos de Fundos

Subscrições Líquidas*

Capitalização Activos

Crescimento Total

(59)

(536)

(80) (32)

(329)(370)

(106)(217)

(865)

(92)

(323)

(450)

(1,000.0)

(800.0)

(600.0)

(400.0)

(200.0)

-

F. Fundos Pred. F. Fundos MistosObrigações

F. Fundos Pred. Acções Total F. Fundos

* As Subscrições Líquidas incluem o saldo das transferência de Fundos entre as categorias de Fundos de Fundos e a categoria "Outros Fundos".

0822 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Foi este o grande motivo para os 65,8 milhões de euros de subscrições líquidas negativas observados no ano passado. No entanto, a crise dos mercados não deixou de afectar estes Fundos, nomeadamente em termos de valorização dos activos em carteira, que se depreciaram em 178,6 milhões de euros, o equivalente a 5,7% do montante gerido no início de 2008.

Apesar do desaparecimento dos 16 Fundos, acima mencionado, o número total de Fundos destas categorias aumentou para 93, em fi nal de 2008, mais 3 do que no ano anterior, em resultado do lançamento de 10 F.E.I. e 9 Fundos com Protecção de Capital.

Os F.E.I. continuam a gozar de grande popularidade entre gestores e aforra-dores. As possibilidades permitidas por este tipo de instrumentos permitem a criação de produtos diferentes, adaptados às circunstâncias dos mercados e às necessidades dos investidores. Assim se justifi cam os 10 Fundos lançados no ano passado e que geriam, no fi nal de 2008, 647,1 milhões de euros, o equivalente a 36,0% do total gerido por F.E.I..

Foi graças a estes Fundos que os F.E.I. foram a única categoria de Fundos domiciliados em Portugal a registar, em 2008, um crescimento nos montantes sob gestão, aumentando para 1.799,6 milhões de euros, mais 16,7% do que em 2007.

De facto, apesar da depreciação dos activos geridos por estes Fundos, estima-da em 136,7 milhões de euros e do desinvestimento em alguns dos F.E.I. já existentes, a procura pelos novos produtos foi sufi ciente para que esta catego-ria registasse subscrições líquidas positivas no valor de 393,7 milhões de euros, o equivalente a 35,5% do total gerido no início do ano.

Os Fundos com Protecção de Capital, pelas suas características, continuam a merecer a confi ança dos investidores. O facto de terem políticas de inves-timento destinadas a garantirem o capital no fi nal de um período pré-deter-minado e, na maior parte dos casos, acrescido de uma rendibilidade mínima, faz com que, em alturas conturbadas dos mercados sejam particularmente procurados pelos aforradores.

Foram, contudo, penalizados pela liquidação de 16 Fundos, já mencionada atrás, que não foi totalmente compensada pelo lançamento de 9 novos Fun-dos. Em 2008, o volume de activos sob gestão por Fundos com Protecção de Capital caiu para 2.211,5 milhões de euros, menos 18,5% do que no fi nal de 2007.

Crescimento dos FEI e Fundos com Protecção de Capital em 2008

Subscrições Líquidas

Capitalização Activos

Crescimento Total

106 EURO393.7

(65.8)(136.7)

(41.8)

257.0

(244.4)

(459.6)

(178.6)

(501.4)(600)

(450)

(300)

(150)

-

150

300

450

Fundos Especiais deInvestimento

F. c/ Protecção Capital Total

Evolução dos FEI e Fundos com Protecção de Capital

1,534.9 1,553.0 1,562.5

2,646.9 2,418.3 2,353.7 2,211.5

1,799.61,542.6

2,712.9

-

900

1,800

2,700

3,600

4,500

Dez-2007 Mar-2008 Jun-2008 Set-2008 Dez-2008

Fundos Especiais de Investimento

F. c/ Protecção Capital

0823 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Estes Fundos registaram um saldo anual negativo de subscrições menos resga-tes no valor de 459,6 milhões de euros. Este valor é o resultado de um maior número de Fundos liquidados em comparação com os novos Fundos lançados. Os 9 novos Fundos geriam, no fi nal de 2008, 168,6 milhões de euros, ou seja, 7,6% do volume de activos geridos por este tipo de Fundos. Adicionalmente, verifi caram-se 41,8 milhões de euros de depreciação dos activos, responsáveis por 8,3% do decréscimo observado nos Fundos com Protecção de Capital.

FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO (F.I.I.)

Os Fundos de Investimento Imobiliário (F.I.I.) conseguiram, apesar da conjun-tura adversa, manter algum do dinamismo que vêm demonstrando nos últi-mos anos, obtendo um crescimento de 2,5% dos activos sob gestão.

Estes instrumentos atingiram, no fi nal do ano, um total de 10.714,4 milhões de euros sob gestão, repartidos por um total de 232 Fundos.

Em 2008, apareceram 32 novos Fundos, cujo valor sob gestão atingiu, no fi nal do ano, 205,9 milhões de euros, 1,9% do valor total dos F.I.I.. Destes, nove são Fundos Fechados, responsáveis por um total sob gestão, no fi nal de 2008, de 87,1 milhões de euros. Os restantes 23 são Fundos Especiais de Investimento Imobiliário (F.E.I.I.) e geriam, em Dezembro de 2008, um total de 118,8 milhões de euros. No mesmo período, foram liquidados quatro Fundos que geriam, no início de 2008, 115,9 milhões de euros.

No ano passado, surgiram quatro novas Sociedades Gestoras: a Fimoges, a Floresta Atlântica, a Invest Gestão de Activos e a MNF Gestão de Activos. Em conjunto, no fi nal do ano, estas Sociedades possuíam 5 Fundos sob sua gestão com um total de 331,1 milhões de euros.

O segmento de Fundos Fechados e F.E.I.I. continua a ser o grande dinamizador do mercado nacional de F.I.I. como se demonstra pelo facto de todos os novos Fundos pertencerem a estas categorias. Em conjunto, estas duas categorias cresceram, em 2008, 13,4%. Refi ra-se que a quase totalidade destes Fundos são Fundos Fechados de Subscrição Particular, sendo que, a maior parte deles são Fundos que têm até cinco participantes.

Os Fundos Fechados são a maior categoria de entre os F.I.I., com um total de 5.314,7 milhões de euros, o que representa 49,6% do total de F.I.I. nacionais. Em 2008, estes Fundos tiveram um aumento de 4,3%, motivado, parcialmen-te, pelos nove novos Fundos.

No entanto, foram os F.E.I.I. que registaram o maior crescimento, quer em ter-mos percentuais, com 71,7%, quer em valor absoluto, com 574,3 milhões de euros, aumentando o peso no mercado nacional de F.I.I. de 7,7%, em 2007, para 12,8%, no fi nal de 2008.

Os Fundos Abertos sofreram mais os efeitos da conjuntura adversa verifi cada em 2008. Apesar de, em termos de rendibilidade, não terem sido particular-mente afectados, a forte concorrência de outros produtos, nomeadamente dos depósitos bancários, levou a um aumento dos resgates, o que provocou o decréscimo dos montantes sob gestão em 11,5%, para 4.024,3 milhões de euros.

Evolução dos Fundos de Investimento Imobiliário

F. Abertos

F. Fechados

F. Especiais de InvestimentoImobiliário

106 EURO

-

1,500

3,000

4,500

6,000

7,500

9,000

10,500

12,000

Dez-2007 Mar-2008 Jun-2008 Set-2008 Dez-2008

4,497.2 4,413.1 4,200.7 4,024.3

5,296.4 5,256.2 5,271.1 5,314.7

4,549.7

5,097.7

1,375.4983.8801.1 862.6 943.7

0824 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Devido à possibilidade de endividamento conferida aos F.I.I., sobretudo aos Fundos Fechados de Subscrição Particular que têm até 5 Participantes, o inves-timento em terrenos e imóveis é bastante superior ao Valor Líquido Global dos F.I.I.. No fi nal de 2008, o total de imóveis (inclui terrenos) inscritos na carteira dos F.I.I. estava avaliado em 12.350,7 milhões de euros. Se a estes se soma-rem o valor dos direitos, das Unidades de Participação (UP’s) de outros F.I.I. e das Participações em Sociedades Imobiliárias, chega-se ao total do património imobiliário detido e que ascendia, em Dezembro de 2008, a 12.775,2 milhões de euros, o que equivale a 119,2% do Valor Líquido Global dos Fundos. Por seu lado, o endividamento passou de 1.892,2 milhões de euros, em 2007, para 2.527,8 milhões de euros, em 2008, o que signifi ca um aumento de 33,6%.

A percentagem de imóveis arrendados aumentou comparativamente com o ano anterior, passando de 60,3% para 64,7%, embora a percentagem de imóveis não arrendados tenha, igualmente, subido (14,7% em 2008, face aos 12,3% registados em 2007).

A liquidez, pelo contrário, registou uma diminuição, em termos do peso na estrutura da carteira dos F.I.I., representando 5,4% do total, menos 2,5% do que no ano anterior.

Não houve grandes alterações no que diz respeito às fi nalidades dos imóveis presentes nas carteiras dos F.I.I.. O sector de serviços, onde predominam os escritórios para arrendamento, continua a ser o principal segmento, repre-sentando 40,8% do total de imóveis. Verifi cou-se, contudo, uma pequena redução, já que, em 2007, este sector era responsável por 41,9% dos imóveis em carteira.

Composição da Carteira dos F.I.I. - Dezembro 2008

Terrenos

Projectos Construção

Imóveis Arrendados

20.5%

15.4%

64.7%

Imóveis não Arrendados14.7%

Up's de F.I.I.0.5%

Participações emSociedades Imobiliárias

2.4%

Liquidez5.4%

Outros Valores24.7%

Direitos1.1%

Decomposição dos Imóveis detidos pelos F.I.I.* - Dezembro 2008

Outros34.4%

Serviços40.8%

Comércio14.3%

Habitação10.5%

* Inclui apenas os imóveis dos Fundos geridos por 35 das 38 Sociedades Gestoras e que eram responsáveis, no final de 2008, por 91,8% do Valor Líquido Global dos F.I.I. e por 90,7% do valor totaldos imóveis (exclui Terrenos) detidos. Não inclui Terrenos.

0825 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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O sector “Outros”, onde predominam os imóveis destinados a armazéns e logística, foi o que registou o maior crescimento, passando de 29,2%, em 2007, para 34,4% em 2008.

Em sentido inverso evoluiu o valor dos imóveis destinados a comércio que, em Dezembro de 2008, pesavam 14,3% do total de imóveis dos F.I.I., menos 3,7% do que no ano anterior.

Destaque ainda para os imóveis destinados à habitação, que pesavam 10,8% do total. Deve-se, contudo realçar que destes, apenas 7,2% se encontram arrendados. Dos restantes, 49,3% são imóveis ainda em fase de desenvolvi-mento, a maior parte dos quais se destina à venda, e 43,5% são imóveis não arrendados em que, igualmente, a maior parte não se destina ao mercado de arrendamento mas antes a serem vendidos.

ORGANISMOS DE INVESTIMENTO COLECTIVO ESTRANGEIROS

Os Fundos Estrangeiros comercializados em Portugal foram, igualmente, bas-tante penalizados, não só pela evolução do valor dos activos geridos, como também pela saída dos investidores. Só até fi nal de Junho, o total colocado através de canais de retalho diminuiu 26,1%, para 852,8 milhões de euros. Desta diminuição, 81,2% foi provocada pelo desinvestimento por parte dos aforradores, que se traduziu em subscrições líquidas negativas no valor de 245,1 milhões de euros.

Apesar do menor interesse dos investidores e da situação dos mercados fi nan-ceiros, o número de Fundos ao dispor dos aforradores nacionais continuou a aumentar. No fi nal de 2008, havia 1.726 Fundos disponíveis para subscrição, mais 150 do que em 2007.

SOCIEDADES GESTORAS DE PATRIMÓNIOS (S.G.P.)

A actividade de Gestão de Carteiras por conta de Outrém (Patrimónios) foi, naturalmente, afectada pela crise dos mercados fi nanceiros, embora pareça que o efeito se tenha repercutido, apenas, ao nível do valor dos activos geri-dos, não se tendo registado grandes saídas por parte dos investidores.

O facto de este mercado ser dominado, ao nível dos montantes, pelas cartei-ras de grande investidores institucionais (Fundos de Pensões e Seguradoras), ajuda a explicar a relativa estabilidade do volume sob gestão.

No fi nal do ano transacto, o valor total das carteiras por conta de outrém sob gestão ascendia a 53.018,6 milhões de euros7, o que refl ecte uma diminuição de 3,2% face a 2007.

7 Apenas são considerados os valores geridos por Associadas da APFIPP. No fi nal de Se-tembro de 2008, estas Sociedades eram responsáveis por 98,2% do total de Gestão de Patrimónios efectuada por S.G.F.I.M. e S.G.P. e por 86,6% do valor total de Gestão Discricionária.

Evolução da Comercialização de Fundos Estrangeiros em Portugal

FONTE: CMVM0

200

400

600

800

1000

1200

1400

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008*

* Dados referentes ao final de Junho de 2008.

106 EURO

219.5 309.5 338.9683.3

1116.8 1154.6852.8

188.7

0826 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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* Apenas são considerados os valores geridos por 12 das 13 Associadas da APFIPP que gerem patrimónios. No final de Setembro de 2008, estas Sociedades eram responsáveis por 98,1% do total de Gestão de Patrimónios efectuada por S.G.F.I.M. e S.G.P. e por86,6% do valor total de Gestão Discricionária.

Estrutura dos Clientes das Soc. Gestoras de Patrimónios* - Dezembro 2008

Outros Institucionais72.2%

Fundos de Investimento3.0%

Fundos de Pensões23.4%

Particulares1.0%

Outros não Institucionais0.4%

Como referido, o mercado é dominado pelas carteiras de investidores ins-titucionais: 23,4% dos montantes dizem respeito a carteiras de Fundos de Pensões, 72,2% são referentes a “Outros Investidores Institucionais”, grupo que inclui, predominantemente, as Empresas de Seguros e outros 3,0% per-tencem a Fundos de Investimento. As restantes categorias de clientes, que incluem os clientes particulares, representam 1,4% do total.

No fi nal do ano passado, as carteiras sob Gestão Discricionária privilegiavam as aplicações em títulos representativos de dívida pública e privada, que ascen-diam, em conjunto, a 70,9% do valor sob gestão. Perante o mau momento dos mercados accionistas, houve um aumento do peso relativo destas classes de activos, já que se verifi cou uma diminuição do valor das acções em carteira, motivada, seguramente, pela descida das respectivas cotações e, eventual-mente e em menor escala, pelo reajustamento das carteiras face à conjuntura das bolsas mundiais.

As obrigações de empresas ganharam 2,7%, em termos de peso nas carteiras sob Gestão Discricionária, enquanto que a dívida pública aumentou 2,3%. As acções, pelos motivos expostos, reduziram a percentagem para 6,2%, menos de metade da que registavam no fi nal de 2007 (12,8%).

As aplicações em Fundos de Investimento contraíram-se, igualmente, passan-do para 8,2%, que compara com os 10,5% registados no ano anterior.

Decomposição das Aplicações das Soc. Gestoras de Patrimónios* - Dezembro 2008

UP de F. Investimento8.2% Dívida Pública

25.5%

Acções6.2%

Liquidez e Outros Activos14.7%

Obrigações45.4%

* Apenas são considerados os valores geridos por 12 das 13 Associadas da APFIPP que gerem patrimónios. No final de Setembro de 2008, estas Sociedades eram responsáveis por 98,1% do total de Gestão de Patrimónios efectuada por S.G.F.I.M. e S.G.P. e por 86,6% do valortotal de Gestão Discricionária.

0827 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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FUNDOS DE PENSÕES

Em 2008, o volume total de Fundos de Pensões atingiu 20.213,9 milhões de euros8, traduzindo um decréscimo de 9,6% em relação ao ano anterior. Considerando apenas os Fundos geridos por Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões (S.G.F.P.), verifi cou-se, igualmente, uma diminuição de 9,3% nos montantes geridos, que passaram para 19.861,0 milhões de euros. No fi nal do ano transacto, estas entidades eram responsáveis por 98,3% do volume total dos Fundos de Pensões nacionais.

A estrutura do mercado de Fundos de Pensões manteve-se praticamente inal-terada, com os Fundos Fechados a representarem a quase totalidade dos mon-tantes (95,1%), reforçando, inclusive, a sua posição face a 2007. Os (Outros) Fundos de Pensões Abertos representam 2,9% e os Fundos PPR 2,0%. Em 2008, os Fundos PPA deixaram, praticamente, de ter expressão, gerindo um total de 8,0 milhões de euros, menos de metade do valor apurado no fi nal de 2007.

Os Fundos de Pensões Abertos e os Fundos PPR tiveram uma performance semelhante em 2008. Os PPR decresceram 19,8%, enquanto que os Fundos de Pensões Abertos diminuíram 20,9%. Estes valores refl ectem o comporta-mento dos mercados fi nanceiros e as suas consequências na valorização dos activos detidos por estes Fundos. No caso dos PPR, a situação foi, ainda, agra-vada pela saída dos investidores que levantaram, em termos líquidos, cerca de 59,4 milhões de euros9.

8 Os dados referentes a 2008 correspondem a uma estimativa da APFIPP baseada nos montantes sob gestão comunicados pelas suas Associadas e nos dados provisórios divulgados pelo ISP.9 Os dados de contribuições / subscrições e pensões pagas / resgates dizem respeito apenas aos Fundos geridos pelas Associadas da APFIPP (98,1% do total).

FONTE: APFIPP e ISP

Evolução dos Montantes Geridos por Fundos de Pensões

SGFP

Empresas de Seguros

-

4,000.0

8,000.0

12,000.0

16,000.0

20,000.0

24,000.0

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 20088

14,877.718,351.4 20,636.4

548.6 462.3352.9

510.0630.3

608.2564.0521.0

15,358.0 15,719.014,298.0

21,893.8 19,861.0

106 EURO

Estrutura do Mercado de Fundo de Pensões - Dezembro 2008

Fundos Fechados95,1%

PPR, PPR/E e PPE2.0%

Outros F. PensõesAbertos

2.9%

PPA0.0%

FONTE: ISP - Montantes provisórios 2008

0828 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Os Fundos Fechados registaram um decréscimo de 8%, suavizado pelas entre-gas dos Associados de Fundos de Pensões que contribuíram, em 2008, com 1.936,4 milhões de euros para estes instrumentos. Uma vez que o valor das pensões pagas foi de apenas 1.126,3 milhões de euros, o saldo líquido foi positivo em 810,1 milhões de euros.No que respeita às aplicações efectuadas pelos gestores de Fundos de Pen-sões, verifi cou-se uma clara preferência pelo segmento obrigacionista (48,8%) e pelo imobiliário (15,2%), considerados como sectores de refúgio em situa-ções de pior desempenho do segmento accionista.

De facto, o peso conjunto destas categorias de activos aumentou de 54,9%, em 2007, para 64,1%, em 2008. Estes valores incluem o investimento indirec-to efectuado através de Fundos de Investimento.

As acções foram a classe de activos mais prejudicada, reduzindo a sua repre-sentatividade para 18,2% do valor da carteira destes Fundos, menos 16% do que no fi nal do ano anterior.

PRODUTOS DE POUPANÇA (PPA E PPR)

Os produtos de poupança não fi caram imunes à situação dos mercados pelo que, no fi nal de 2008, o total gerido por PPA e PPR ascendia a 13.760,7 mi-lhões de euros, ou seja, menos 2,1% do que no ano anterior10.

10 No caso dos instrumentos sob a forma de seguros, foi considerada uma amostra de 99,5%.

Composição da Carteira Fundos de Pensões* - Dezembro 2008

Fundos de Acções5.0%

Obrigações Tx Fixa25.7%

Liquidez + F. Tesouraria16.3%

Outros F.I.M.6.6%

Imóveis + F.I.I.15.2%

Acções Internacionais2.6%

Outras Acções Euro2.5%

Obrigações Tx Variável18.0%

Acções Portuguesas8.0%

Outros0,0%

* Apenas são considerados os Fundos geridos por 10 SGFP, Associadas da APFIPP, que, de acordo com dados provisórios do ISP, em 31 de Dezembro de 2008, representavam 84,1% do valor total dos Fundos de Pensões.

Evolução dos Montantes Geridos por PPA, PPR, PPE e PPR/E

PPR

PPA

106 EURO

-

3,000.0

6,000.0

9,000.0

12,000.0

15,000.0

2004 2005 2006 2007 2008*

* Os valores respeitantes a seguros foram fornecidos pela APS – Associação Portuguesa de Seguradores e referem-se a uma amostra de 99,5%.

FONTE: APFIPP, APS e ISP

426.2434.5 383.4 136.4

10,988.9 12,689.1 13,669.7 13,624.39,322.8

432.7

0829 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Nesse ano, verifi cou-se um total de subscrições de 2.749,9 milhões de euros11, o equivalente a 19,6% do valor total destes instrumentos no início de 2008.

Sem os benefícios fi scais de que gozaram em tempos e com a performance do mercado accionista português no ano passado, os Fundos PPA geriam, no fi nal de 2008, 136,4 milhões de euros, o que refl ecte uma descida de 64,4% nos activos sob gestão.

No que respeita aos PPR verifi cou-se, igualmente, embora em menor escala, a diminuição do valor destes instrumentos, que caíram 0,3%, para 13.624,3 milhões de euros.

De entre estes, os seguros, com 11.797,1 milhões de euros, o que signifi ca 86,6% do total, registaram, no ano transacto, um crescimento de 10,8%.

Os Fundos de Investimento e Fundos de Pensões foram, contudo, penalizados por um maior volume de resgates, que se traduziu em subscrições líquidas negativas. Assim, os PPR constituídos sob a forma de Fundos de Investimento diminuiram 43,5%, para 1.424,2 milhões de euros, enquanto que os PPR Fun-dos de Pensões decresceram 19,8%, para 403 milhões de euros.

11 Para as subscrições foi considerada uma amostra de 99.5% dos instrumentos constituí-dos sob a forma de seguros. No caso dos Fundos de Pensões, apenas foram consideradas as Associadas da APFIPP, responsáveis por 98,1% do total de Fundos de Pensões.

Empresas de Seguros *

F. Investimento

F. Pensões

106 EURO

-

3,000.0

6,000.0

9,000.0

12,000.0

15,000.0

2004 2005 2006 2007 2008**

* Provisões matemáticas do balanço.** Em 2008, os dados das Empresas de Seguros referem-se a uma amostra de 99,5%.

FONTE: APFIPP, APS e ISP

Evolução dos Montantes Geridos por PPR

7,076 8,343 9,747 10,646 11,7971,817

2,5212,457

2,200

403502485446

4301,424

0830 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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IV ACTIVIDADESDESENVOLVIDAS

O ano 2008 foi intenso e exigente para a Indústria de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões, o que naturalmente se refl ectiu nas actividades desenvol-vidas pela APFIPP. Perante um quadro conjuntural difícil e de instabilidade nos mercados fi nanceiros, o princípio da defesa dos interesses dos Participantes dos Fundos e dos Clientes das Associadas foi uma prioridade na actuação desta Associação.

Foi, pois, com empenho que se procurou fortalecer a representatividade da Associação e apoiar a actividade diária das várias Associadas, mantendo-se a preocupação constante de colaborar com as entidades Governamentais e de Supervisão, bem como com as diversas entidades ligadas aos sectores repre-sentados.

1. CONTRIBUTOS PARA REVISÕES LEGISLATIVAS E REGU-LAMENTARES

1.1. Propostas para o Orçamento do Estado

O acompanhamento dos trabalhos preparatórios do Orçamento do Estado e a apresentação de contributos relacionados com os sectores representados faz já parte integrante do conjunto de actividades anuais desenvolvidas pela APFIPP. Para este processo de análise e refl exão é especialmente relevante a participação activa de todas as Associadas e o trabalho conjunto realizado pelos diversos comités técnicos da Associação.

Nas propostas apresentadas no âmbito da preparação do Orçamento do Esta-do para 2009, a APFIPP visou essencialmente focar medidas que conferissem um novo alento ao aforro e ao investimento e promover os níveis de compe-titividade dos sectores representados, tanto ao nível interno, como ao nível externo.

Neste sentido, foi submetido ao Governo um conjunto de sugestões que permitissem: eliminar algumas assimetrias detectadas nas aplicações efectua-das nos Fundos de Investimento e nos Fundos de Pensões; corrigir perdas de competitividade que estes instrumentos fi nanceiros têm sofrido face a outros existentes no mercado; clarifi car algumas disposições legais cujas dúvidas in-terpretativas têm conduzido a uma insegurança jurídica que inibe e/ou limita os intermediários fi nanceiros na concretização de determinadas operações; conferir novo impulso dinamizador a sectores específi cos, como é o caso da reabilitação urbana e dos planos complementares de reforma das empresas, através de incentivos que se propõem de carácter temporário e extraordiná-rio.

Destas destacam-se as seguintes:

- Criação de um incentivo de carácter excepcional que impulsione os gesto-res e as empresas a decidirem constituir um plano de pensões para os seus trabalhadores. Conforme referido, este benefício assu-miria um carácter tem-porário e aplicar-se-ia a novos Planos de Pensões de natureza profi ssional a constituir em 2009 e 2010;

- Equiparação do tratamento fi scal, em sede de benefícios fi scais, das aplica-ções em Fundos Públicos de Capitalização e das contribuições para Fundos de Pensões, criando assim três níveis potenciais de dedução à colecta: os Planos de Poupança Reforma, os Fundos de Pensões e o Regime Público de Capita-lização;

0831 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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- Possibilitar que, em caso de morte de um Participante de um Fundo de Pen-sões de uma empresa, com direitos adquiridos e individualizados, possam ser transmitidos aos herdeiros os valores acumulados, quando não existam titula-res de benefício de sobrevivência;

- Adaptação do regime de tributação das aplicações de não residentes em Fundos de Investimento nacionais, segundo uma metodologia simples e sem ter uma natureza estrutural, de modo a ser de fácil implementação, no sentido de tornar neutral e equiparado o investimento realizado por residentes, ou por não residentes, através da atenuação ou eliminação do efeito da dupla tributação internacional. Tal medida permitiria às Sociedades Gestoras desen-volver soluções ao nível dos Fundos de Investimento, que possam interessar a investidores não residentes;

- Agilização do sistema de restituição de imposto aos Participantes dos Fundos que são considerados entidades isentas, de modo a não ser necessário concre-tizar uma operação de resgate e/ou de distribuição de rendimentos, conforme decorre do regime fi scal actualmente em vigor. Para tal, propôs-se a imple-mentação de uma simples regra que possibilite devolver às referidas entidades o imposto, quando se verifi que resgate e/ou distribuição de rendimentos, ou no início do ano seguinte, caso não se verifi que qualquer resgate e/ou distri-buição de rendimentos até ao dia 31 de Dezembro do ano em causa;

- Conferir aos Fundos de Investimento Imobiliário a possibilidade de:

i) Dedução dos encargos suportados com pagamentos de indemnizações, tendo em vista a igualdade de tratamento fi scal e a não discriminação da actividade desenvolvida por estes Fundos;

ii) Dedução dos juros de empréstimos contraídos e de comissões pagas aos rendimentos e mais-valias prediais;

iii) Dedução dos encargos associados à remodelação total ou reabilitação integral de imóveis que obriguem, periodicamente, a obras estruturais para manutenção do respectivo valor de mercado;

iv) Dedução, ao nível dos rendimentos prediais, do montante do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) suportado por Fundos Fechados de Subs-crição Particular, que nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 49.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF) deixaram de benefi ciar da isenção total de IMI; e

v) Reporte para os anos subsequentes das perdas apuradas num exercício pelos Fundos de Investimento Imobiliário;

- Ainda no que se refere aos Fundos de Investimento Imobiliário, foi pedida clarifi cação sobre:

i) O entendimento relativo à isenção de tributação dos rendimentos pre-diais e de mais-valias prediais, aplicáveis à habitação social sujeita a re-gimes legais de custos controlados, conforme previsto no Protocolo ce-lebrado, em 2003, entre o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação, o Instituto Nacional de Habitação e a Associação;

ii) O disposto n.º 2 do artigo 49.º do EBF, relativo aos Fundos Fechados de Subscrição Particular, no que respeita aos requisitos da sua aplicação ou do tipo de Fundos contemplados pela referida disposição; e

iii) O tratamento dos Fundos de Investimento Imobiliário em sede de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), previsto no artigo 49º do EBF, no que se refere à aplicação da regra geral da caducidade automática dos 5 anos dos benefícios fi scais prevista no n.º 3 do artigo 3º do EBF;

- Adopção de medidas incentivadoras para a passagem de activos para os Fundos de Investimento Imobiliário em recursos fl orestais, nomeadamente em situação de aquisição de direitos de superfície periódicos aos proprietários das fl orestas por contrapartida de Unidades de Participação no Fundo em ques-tão;

- Alargamento do âmbito de aplicação do Regime Extraordinário de Apoio à Reabilitação Urbana, previsto na Lei N.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro, aos Fundos de Investimento Imobiliário que, tendo sido constituídos antes de 1 de Janeiro de 2008, se enquadrem nas condições exigidas legalmente. Adicional-mente e tendo em consideração a prioridade atribuída à área da reabilitação urbana, possibilidade de aplicação dos benefícios fi scais concedidos ao abri-go do referido Regime a outros Fundos de Investimento Imobiliário que, não

0832 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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obstante os seus activos não serem predominantemente afectos a acções de reabilitação realizadas em áreas de reabilitação urbana, efectivamente realizem acções de reabilitação desta natureza;

- Na esfera do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e no âmbito da ac-tividade dos Fundos de Investimento Imobiliário foram apresentadas diversas sugestões, entre os quais a:

i) Possibilidade de renúncia à isenção quando as partes, sujeitos passivos mistos de IVA, não têm 80% de volume de negócios que confi ra direito à dedução;

ii) Possibilidade de renúncia à isenção de IVA em contratos de subloca-ção;

iii) Eliminação do impedimento à dedução de imposto incorrido após a vigência de uma locação isenta;

iv) Admissibilidade de renúncia à isenção de IVA relativamente a imóveis que não estão constituídos em propriedade horizontal; e

v) Regularização de IVA em caso de não utilização efectiva dos imóveis em fi ns da empresa por um período superior a dois anos consecutivos.

Uma vez publicada a proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2009 e depois de atentamente analisada pelas Comissões Técnicas da Associação, a APFIPP procurou, ainda, transmitir ao Governo algumas observações e suges-tões relativas ao novo regime consagrado na referida proposta de lei para os Fundos e as Sociedades de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habi-tacional, com o intuito de contribuir para o sucesso da iniciativa e para a dina-mização e o desenvolvimento do mercado de arrendamento habitacional.

1.2. Iniciativa de Better Regulation

No âmbito do exercício de Better Regulation, lançado em fi nais de 2006 por solicitação de Sua Excelência o Ministro de Estado e das Finanças, e que tem como objectivo a redução de custos de contexto anti-competitivos que per-mitam melhorar a regulação e supervisão no sector fi nanceiro, a APFIPP con-tinuou a acompanhar com empenho o desenvolvimento da iniciativa, tendo participado nas duas consultas públicas promovidas em 2008 pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (CNSF).

Assim, em Janeiro de 2008, foi submetido a escrutínio público um projecto de Regulamento da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e de um Aviso do Banco de Portugal relativo a matéria de requi-sitos de controlo interno, em especial quanto à estrutura e conteúdo dos re-latórios de controlo interno impostos pelas referidas entidades de supervisão, com vista a eliminar a sua duplicação e procurar alcançar a convergência em termos de estrutura, conteúdo mínimo e prazo de entrega. Esta medida veio, aliás, ao encontro da sugestão já apresentada oportunamente pela APFIPP, de criação de um único relatório de controlo interno e de fomentar um reporte único para as entidades de supervisão contribuindo, desse modo, para uma gestão mais efi caz e equilibrada dos recursos dos intermediários fi nanceiros.

A segunda consulta pública teve lugar em meados de Junho de 2008, materia-lizou-se em propostas desenvolvidas pelo Banco de Portugal, pelo Instituto de Seguros de Portugal e pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, em matéria de reforço da protecção dos interesses dos Participantes de Fundos de Pensões e de Fundos de Investimento, designadamente no que respeita ao incentivo à participação nas Assembleias Gerais e imposição do dever de divulgação dos termos em que são exercidos os direitos de voto.

A APFIPP continuará a manter uma participação activa em futuras iniciativas realizadas no quadro do desejado aperfeiçoamento da regulação e supervisão no sector fi nanceiro e do melhoramento da articulação entre os vários super-visores, com o fi m último de prestar melhores serviços aos supervisionados e aos consumidores de produtos e serviços fi nanceiros.

1.3. Processo de transposição da Directiva Activos Elegíveis

Um dos temas que exigiu a atenção da Associação ao longo de todo o ano transacto foi a transposição, para a ordem jurídica nacional, da Directiva 2007/016/CE da Comissão, de 19 de Março, mais conhecida por “Directiva dos Activos Elegíveis”.

0833 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Este diploma comunitário veio responder à necessidade de esclarecimento sobre os activos que podem integrar as carteiras dos Organismos de Investi-mento Colectivo em Valores Mobiliários (OICVM), em resultado da existência de interpretações díspares relativamente à Directiva 85/611/CEE, que coorde-na as disposições legislativas, regulamentares e administrativas respeitantes a alguns OICVM, assumindo, por esse facto, considerável importância para o alcance de uma aplicação uniforme e para uma harmonização europeia sobre os activos elegíveis para estes instrumentos de poupança, assegurando uma interpretação das defi nições coerente com os princípios subjacentes ao referido diploma comunitário.

Para a concretização deste processo, a Comissão do Mercado de Va-lores Mo-biliários submeteu a consulta pública uma ante-proposta de transposição da Directiva, iniciativa que contou com os contributos da Associação, após análi-se atenta efectuada pelas suas Associadas e pela sua Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Mobiliário.

Apesar de ainda se aguardar a publicação do diploma legal que consubstancia a referida transposição, a APFIPP entendeu oportuno promover um Workshop exclusivamente dedicado ao tema, auxiliando desse modo as suas Associadas na preparação e adaptação às novas regras e na identifi cação das suas prin-cipais implicações.

O encontro, que teve lugar no dia 9 de Dezembro, contou com a colabora-ção da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, factor que enriqueceu a iniciativa e o debate realizado. O empenho dos representantes da entida-de de supervisão e dos representantes da Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Mobiliário, que fi -zeram parte dos painéis de discussão que integraram o Workshop, permitiu que este encontro se destacasse pela sua abordagem primordialmente de cariz prático, possibilitando a troca de ideias e o esclarecimento das dúvidas existentes.

A Associação continuará, naturalmente, a monitorizar o processo de trans-posição e a auxiliar as suas Associadas na adaptação e adopção das novas disposições.

1.4. Revisão da Directiva UCITS: UCITS IV

Ainda no âmbito da Directiva UCITS, foram acompanhados com interesse os trabalhos desenvolvidos pela Comissão Europeia sobre os futuros ajustamen-tos e alterações a este diploma comunitário.

Em Julho de 2008 foram traduzidas em disposições legislativas, a-través da apresentação de uma proposta de Directiva comunitária, as medidas previstas no Livro Branco da Comissão Europeia sobre a Efi ciência do Mercado dos Fun-dos de Investimento, publicado no fi nal de 2006, tendo este pacote legislativo assumido a designação de “UCITS IV”.

As principais alterações contempladas na referida proposta prendem-se, no-meadamente, com:

- Eliminar os obstáculos administrativos à comercialização transfronteiriça dos OICVM;

- Substituir o prospecto simplifi cado pelo conceito de “Key Investors Information”;

- Facilitar as fusões entre Fundos;

- Tornar possível o estabelecimento de estruturas do tipo master/feeder fund;

- Melhorar os mecanismos de cooperação entre as autoridades de supervisão nacionais.

Já em fi nais de 2008, o pacote legislativo UCITS IV foi submetido à apreciação da Comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu (ECON), tendo sido com satisfação que se verifi cou a inclusão, no mesmo, da atribuição do Passaporte Comunitário às Sociedades Gestoras, permitin-do-lhes criar Fundos noutras jurisdições europeias sem o ónus de terem que implementar, para esse efeito, estruturas dedicadas nesses países.

1.5. Contribuições em iniciativas regulamentares

Ao longo de 2008 e à semelhança do ocorrido nos anos anteriores, várias foram as solicitações de parecer e de participação da Associação em processos de consulta e de preparação de diplomas legais e regulamentares, entre os quais se evidenciam os seguintes:

0834 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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- Consulta Pública do Banco Portugal sobre deveres de informação que devem ser observados pelas instituições de crédito e sociedades fi nanceiras na divul-gação ao público de produtos e serviços fi nanceiros;

- Consulta Pública do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, no âm-bito do exercício de Better Regulation do Sector Financeiro, em matéria de controlo interno;

- Consulta Pública do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, no âm-bito do exercício de Better Regulation do Sector Financeiro, em matéria de incentivo à participação em Assembleia Geral e de divulgação do exercício dos direitos de voto;

- Consulta Pública da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários relativa-mente à proposta de alteração ao modo de prestação de informação periódica pelos intermediários fi nanceiros;

- Consulta Pública da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários com vista à alteração do Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Colectivo, em virtude da transposição da Directiva 2007/016/CE da Comissão, de 19 de Março, que dá execução à Directiva 85/611/CEE, do Conselho, que coordena as disposições legislativas, regulamentares e administrativas respeitantes a al-guns Organismos de Investimento Colectivo em Valores Mobiliários (OICVM), no que se refere à clarifi cação de determinadas defi nições;

- Consulta Pública da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários sobre me-didas de prevenção e combate ao abuso de mercado;

- Consulta Pública promovida pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), em articulação com o Ministério das Finanças, sobre anteprojectos de diploma de alteração do Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Colectivo e do Regime Jurídico dos Fundos de Investimento Imobiliário com vista ao acolhimento da fi gura das Sociedades de Investimento Mobiliário e das Sociedades de Investimento Imobiliário no direito português;

- Pedido de parecer da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários sobre o documento submetido a consulta pela IOSCO - International Organisation of Securities Commissions, intitulado “Point of Sale Disclosure – Issues Paper”, resultado do trabalho conjunto efectuado pelos Comités Técnicos da IOSCO, SC5 – Asset Management e SC3 – Regulation of Market Intermediaries, a respeito da informação a ser disponibilizada ao investidor de retalho no mo-mento e no lugar de distribuição;

- Consulta Pública da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários sobre proposta de alteração ao Regulamento N.º 2/2007, relativo a Intermediação Financeira, no que respeita a regras de conduta e de qualifi cação profi ssional dos analistas fi nanceiros;

- Consulta Pública da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários sobre a trans-posição da Directiva dos Direitos dos Accionistas e alterações ao Código das Sociedades Comerciais;

- Consulta Pública promovida pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) em torno do trabalho intitulado “Contributos para o Plano Estratégico da Habitação 2008/2013”;

- Consulta Pública do Instituto de Seguros de Portugal a respeito do projecto de Norma Regulamentar, que visa actualizar e consolidar num único normati-vo as disposições relativas ao processo de reporte de informação para efeitos de supervisão da actividade das Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões e dos Fundos de Pensões por elas geridos;

- Consulta Pública do Instituto de Seguros de Portugal relativa ao Projecto de Norma Regulamentar sobre “Obtenção e elaboração dos dados actuariais e estatísticos de base no caso de eventuais diferenciações em razão do sexo nos prémios e prestações individuais de seguros e de fundos de pensões”; e - Consulta Pública do CESR – Committee of European Securities Regulators so-bre “Fair value measurement and related disclosures of fi nancial instruments in illiquid markets”.

0835 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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1.6. Iniciativas junto das Autoridades Ofi ciais e Reguladoras do Mercado

Adicionalmente à participação em consultas públicas e em processos de alte-ração ou de elaboração de novos diplomas legais e regulamentares, a APFIPP procurou, sempre que possível, obter esclarecimentos sobre as matérias que suscitaram dúvidas às suas Associadas, carecendo, por isso, de clarifi cação, para se alcançar a sua aplicação equitativa e uma melhor interpretação das disposições legais e regulamentares que as regem. Destas, destacam-se as seguintes:

À CMVM:

- Sobre o entendimento veiculado pela Comissão do Mercado de Va-lores Mobiliários, na resposta à questão número 65 da rubrica “Res-postas às Per-guntas mais frequentes” disponibilizada no site desta entidade de supervisão, de que todos os Fundos Especiais de Investimento são qualifi cados como ins-trumentos fi nanceiros complexos;

- Sobre a introdução de uma taxa aplicável a pedidos de esclarecimento ou de entendimento, dirigidos à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, sobre o sentido ou termos de aplicação das normas legais e regulamentares, conforme disposto no Regulamento da CMVM N.º 2/2008;

- Sobre a entrega do prospecto simplifi cado ao Participante, previamente à celebração do contrato de adesão individual a um Fundo de Pensões Aberto, conforme exigido pelo Regulamento da CMVM N.º 8/2007 relativo à comer-cialização de Fundos de Pensões Abertos de adesão individual e de contratos de Seguro ligados a Fundos de Investimento; e

- Sobre o entendimento do que se considera “valores pendentes” para apura-mento da percentagem investida pelos Fundos de Tesou-raria e Fundos do Mer-cado Monetário em valores mobiliários, instrumentos do mercado monetário e depósitos bancários com prazo de vencimento residual inferior a 12 meses.

À Direcção-Geral dos Impostos:

- Sobre o preenchimento da Declaração Modelo 10 “Rendimentos e Reten-ções de Residentes” e o Anexo E da Declaração Modelo 3; e

- Sobre os pedidos de reembolso de entregas efectuadas em Planos Poupança Reforma fora das condições estabelecidas nos números 1 a 4 do Artigo 4º do Decreto-Lei N.º 158/2002, de 2 de Julho.

Ao Instituto de Seguros de Portugal:

- Sobre a informação a constar nos relatórios e contas relativos ao exercício de 2008 que as entidades gestoras devem elaborar anualmente para cada Fundo de Pensões sob sua gestão, reportado a 31 de Dezembro de cada exercício; e

- Clarifi cação do tratamento a que devem estar sujeitas as adesões individuais a Fundos de Pensões Abertos, mais especifi camente nas situações em que o contribuinte é uma empresa, quando estas contribuições forem consideradas direitos adquiridos e individualizados e, como tal, sujeitas a tributação à en-trada em sede de IRS.

De forma a contribuir para o desenvolvimento do enquadramento legal e re-gulamentar e para a sua progressiva adaptação às condições e à evolução do mercado, bem como ao acompanhamento das práticas europeias, a APFIPP apresentou, às entidades competentes, alguns pedidos de alteração ou suges-tões de novas práticas, como por exemplo:

- A divulgação, através do Sistema de Difusão de Informação da CMVM, de uma listagem das entidades que, por consolidarem contas, deverão ser con-sideradas como sendo o mesmo emitente, para efeitos dos limites de investi-mento a respeitar pelos Organismos de Investimento Colectivo. Esta medida permitiria uniformizar os procedimentos e contribuiria para uma maior trans-parência das regras a cumprir;

- Alteração do prazo de reporte ao Instituto de Seguros de Portugal dos mapas trimestrais, relativos ao quarto trimestre de 2007, com informação sobre a composição da carteira de activos dos Fundos de Pensões e da sua utilização de derivados, tendo em consideração a necessidade de efectuar adaptações aos novos quadros introduzidos;

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- Sobre o Regime Público de Capitalização e a constituição dos designados “Certifi cados de Reforma”;

- Sobre os trabalhos relativos à proposta de Directiva da Comissão Europeia que pretende alterar a Directiva 2006/112/EC, de 28 de Novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado, cujo ob-jectivo é, essencialmente, clarifi car as regras/disposições relativas à isenção de IVA para os serviços fi nanceiros e para os seguros;

- Possibilidade dos juros dos empréstimos obtidos para a construção de imó-veis, e relativamente apenas aos capitais utilizados com essa fi nalidade, serem capitalizados no custo desse activo, continuando os restantes juros destes empréstimos ou de outros com diferentes fi nalidades e, portanto, não direc-tamente relacionados com a cons-trução de imóveis, a ser considerados como encargos do exercício a que digam respeito;

- Sugestão de regime fi scal aplicável às Sociedades de Investimento Mobiliário e Imobiliário, em sequência da consulta pública promovida pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, no sentido de acolher no ordenamento jurídi-co nacional as referidas formas societárias;

- Sugestões relacionadas com os trabalhos comunitários relativos à elaboração da proposta de Directiva Solvência II, nomeadamente, no que respeita à dis-cussão sobre a sua aplicação ou não às Instituições de realização de Planos de Pensões Profi ssionais; e

- Sugestão de revogação do n.º 1 do Artigo 4º da Norma do ISP n.º 6/2003-R, que determina a publicação mensal da composição discriminada das carteiras de aplicações dos Fundos de Poupança cons-tituídos sob a forma de Fundos de Pensões no “Boletim da Bolsa de Valores”, seguindo o exemplo do efectu-ado para os Fundos de Investimento Mobiliário.

2. CRISE FINANCEIRA

As circunstâncias extraordinárias dos mercados fi nanceiros ao longo de 2008, já fragilizados com a difusão da crise do subprime no segundo semestre do ano anterior, e abalados por acontecimentos como: a falência do banco de investimento norte-americano Lehman Brothers, as difi culdades fi nanceiras do American International Group (AIG) e o caso “Bernard Madoff”, que densifi -caram a crise de liquidez e de confi ança existentes, exigiram à Associação uma atenção redobrada no apoio à actividade das suas Associadas e no forneci-mento de informação esclarecida aos órgãos de comunicação.

Sendo a Indústria de Gestão de Fundos caracterizada por uma prestação de informação regular sobre a sua actividade, em situações excepcionais de mer-cado, o impacto torna-se muito mais expressivo do que em outros sectores.

Foram desenvolvidas as necessárias diligências junto das autoridades de super-visão com vista à troca de impressões sobre a situação dos mercados e sobre métodos de valorização de activos, assim como sobre a concretização de me-didas excepcionais dadas as circunstâncias especiais de mercado, conforme, aliás, veio a suceder através da publicação do Decreto-Lei N.º 211-A/2008, de 3 de Novembro, que veio, entre outras medidas, dotar a Comissão do Merca-do de Valores Mobiliários de mecanismos regulatórios fl exíveis que permitam ade-quar as exigências legais aplicáveis aos Fundos de Investimento às actuais circunstâncias de mercado. Neste diploma foram atribuídos à CMVM poderes especiais e pontuais de actuação concreta que a habilitam a exigir o cum-primento de deveres adicionais aos Fundos, Entidades Gestoras, Depositários ou Entidades Comercializadoras ou a dispensar aquelas entidades de alguns deveres ou sujeições.

Naturalmente, a APFIPP continuará a actuar na defesa dos interesses dos par-ticipantes e a contribuir, na medida do possível, para o desejado equilíbrio dos mercados e restabelecimento da confi ança no sistema fi nanceiro, com especial relevo na Gestão de Activos e de Fundos de Pensões.

3. INICIATIVAS DE AUTO-REGULAÇÃO

3.1. Provedor dos Participantes e Benefi ciários de Fundos de Pen-sões Abertos

O Provedor dos Participantes e Benefi ciários para as Adesões Individuais aos Fundos de Pensões Abertos geridos pelas Associadas da APFIPP, exerceu o seu segundo ano de funções, sendo de registar o reduzido número de reclamações

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recebidas e o facto de cerca de 50% dos contactos efectuados não ter relação directa com as suas competências, pois consistiu, essencialmente, em pedidos de informação.

Como estipulado, o Provedor dos Participantes e Benefi ciários das Adesões Individuais a Fundos de Pensões Abertos remeteu à APFIPP um relatório relati-vo à sua actividade, com referência a 30 de Junho e a 31 de Dezembro, com a indicação da actividade desenvolvida, informação estatística do número de reclamações recebidas por entidade gestora, natureza das mesmas, cumpri-mento de prazos pelos diversos intervenientes e conclusão/encerramento dos processos.

A informação relativa às recomendações proferidas pelo Provedor foi entre-gue pela APFIPP ao Instituto de Seguros de Portugal e colocada no site da Associação.

3.2. Classifi cação de Fundos

O Sistema de Classifi cação dos Fundos de Investimento Mobiliário domicilia-dos em Portugal, instituído pela APFIPP, tem vindo a evoluir ao longo do tem-po, procurando acompanhar as alterações verifi cadas no mercado nacional, o natural desenvolvimento dos mercados fi nanceiros e o aparecimento de novas realidades.

Neste sentido, no ano de 2008, foram efectuados alguns esclarecimentos e ajustamentos à referida metodologia, nomeadamente, no que se refere aos critérios de classifi cação dos Fundos de Tesouraria e dos Fundos do Mercado Monetário, dos Fundos de Acções Nacionais e à lista de índices elegíveis para estes Fundos, dos Fundos de Fundos e aos requisitos para mudança de cate-goria de um Fundo.

Assim, na esfera da classifi cação dos Fundos de Tesouraria e dos Fundos do Mercado Monetário, com objectivo de clarifi car alguns critérios, foi estabe-lecido que, conforme defi nido no Regulamento da CMVM n.º 15/2003, em termos de maturidade residual dos activos em carteira, os Fundos de Tesou-raria devem deter, em permanência, entre 50% e 85% da carteira investida em títulos e depósitos bancários com vencimento residual inferior a 12 meses enquanto que os Fundos do Mercado Monetário devem ter pelo menos 85% da carteira investida no mesmo tipo de aplicações. Esclareceu-se, igualmente, que quanto aos valores pendentes, activos e passi-vos, relativamente aos quais se questionava se deveriam ou não ser considera-dos para o limite da maturidade inferior a 12 meses, estes valores devem ser tidos em consideração para o apuramento do valor dos activos com maturida-de inferior a 12 meses.

No âmbito dos critérios de Classifi cação dos Fundos de Acções Nacionais foram efectuadas algumas alterações no sentido de se proceder a uma ac-tualização dos requisitos aplicáveis a esta categoria e que consistiram em determinar que estes Fundos devem investir exclusivamente em activos que cumpram pelo menos um dos seguintes critérios:

a) Serem emitidos por entidades residentes no espaço nacional;

b) Integrarem o índice PSI-20;

c) Possuírem a Euronext Lisbon como mercado principal de negociação e, cumulativamente, consolidarem contas com empresas com sede em Portugal.

Relativamente aos outros critérios desta categoria, os mesmos mantiveram-se inalterados, como é o caso do limite mínimo de acções em carteira e dos limi-tes impostos à moeda dos investimentos.

Ainda na esfera dos Fundos de Acções, designadamente no que se re-fere à classifi cação dos Fundos de Acções “Regionais”, procedeu--se à actualização da lista de índices considerados elegíveis para cada uma das zonas geográfi cas, acrescentando novos índices que reúnem as condições necessárias em termos das regras de funcionamento e de admissibilidade dos seus constituintes.

Conforme mencionado anteriormente, outra matéria que sofreu ajustamen-tos prende-se com a mudança de categoria. Sobre esta matéria, a metodolo-gia defi nida pela Associação determina que, se um Fundo detiver activos que não se enquadram nos critérios defi nidos para a Categoria em que este se encontra, e o respectivo valor exceda 2% do total da carteira, esse Fundo terá que mudar de Categoria. A ocorrer tal situação, são dadas duas opções: o Fundo muda para a nova Categoria, de acordo com a actual política de investimento,

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perdendo, neste caso, o histórico de UP’s para efeitos do cálculo de performan-ce; ou passa para a Categoria “Outros Fundos”, onde permanecerá 12 meses, mantendo, no entanto, o seu histórico. A novidade introduzida neste âmbito consistiu em passar a considerar que, sempre que um Fundo altere a sua po-lítica de investimentos e os respectivos documentos constitutivos, passando a enquadrar-se nas Categorias “Fundos Flexíveis” e “Fundos Índice”, mudará para essas Categorias na primeira análise trimestral que seja feita após essa alteração, não havendo lugar à perda de histórico.

Por fi m, efectuaram-se alterações aos critérios estabelecidos na classifi cação dos Fundos de Fundos. Os Fundos de Fundos têm vindo a evoluir no que respeita às respectivas políticas de investimento. Se, originalmente, estes produtos não podiam investir noutros activos para além de participações em outros Organismos de Investimento Colectivo (OIC) e, acessoriamente, em li-quidez, actualmente, a legislação permite o investimento em outro tipo de valores mobiliários, exigindo apenas o investimento de um mínimo de 2/3 da carteira em participações de OIC. Por este motivo, entendeu-se alterar o sistema da classifi cação da APFIPP no que a estes Fundos diz respeito, a saber:

a) Mantêm-se as categorias de Fundos de Fundos existentes, ou seja, Fundos de Fundos Predominantemente Obrigações, Fundos de Fundos Mistos e Fun-dos de Fundos Predominantemente Acções;

b) Mantém-se, igualmente a necessidade de o Fundo deter mais de 2/3 da carteira aplicados em participações de OIC (requisito aplicável a partir de 1 de Abril de 2009 e com efeito na classifi cação que for efectuada às carteiras do 2º trimestre de 2009);

c) No entanto, embora permaneçam os limites divisórios (1/3 e 2/3), os cri-térios alteram-se, pois passou a ser considerada toda a carteira como base de comparação (até então a base era constituída apenas pelo total do valor dos OIC em carteira) e passou a ser considerada toda a exposição, directa e indirecta ao mercado accionista, incluindo assim, o investimento directo em acções e o indirecto efectuado atra-vés de derivados (até então só se conside-ravam as participações em Fundos de Acções).

4. PROMOÇÃO E DIVULGAÇÃO DOS SECTORES REPRE-SENTADOS

4.1. Estatísticas

A divulgação de estatísticas sobre a evolução das actividades representadas pela Associação continua a ser um foco de especial atenção e dedicação, no-meadamente tendo em consideração que a gestão de fundos é uma indústria caracterizada por uma grande transparência na sua actividade e por prestar informação ao mercado com uma base regular, como por exemplo, sobre as suas carteiras de investimento e o valor das unidades de participação.

Neste quadro, a divulgação de estatísticas, precisas e actualizadas, sobre os sectores que agrega mantém-se como uma das prioridades na actividade di-ária da Associação, com a preocupação constante da melhoria da qualidade e, sempre que possível, do acréscimo das informações fornecidas quer às suas Associadas quer ao público em geral.

No que respeita a novidades introduzidas no ano transacto, é de salientar a introdução da Taxa Global de Custos nas medidas de rendibilidade dos Fundos de Pensões Abertos que permitem adesões individuais.

4.2. Portal da APFIPP

O Portal da APFIPP continua a ser um veículo de divulgação de elementos estatísticos sobre a evolução dos Fundos Mobiliários, dos Fundos Imobiliários, dos Fundos de Pensões e da Gestão de Patrimónios e a ferramenta, por exce-lência, de comunicação entre a Associação e as suas Associadas, em termos de recolha de dados para posterior tratamento estatístico.

Dada a sua relevância e procurando potenciar o papel de provider desempe-nhado pela Associação, no ano fi ndo, iniciaram-se trabalhos de desenvolvi-mento e de melhoramento das funcionalidades facultadas pela referida pla-taforma, processo que se prevê estar concluído em 2009 e cujos resultados se espera que sejam uma mais-valia na prestação de serviços de informação sobre o mercado de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões.

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4.3. Workshop “Apresentação do Estudo sobre Veículos Imobili-ários”

Um dos projectos em destaque na agenda da APFIPP em 2007 foi a elaboração de um estudo, desenvolvido em parceria com as consultoras DTZ e Deloitte, sobre o mercado imobiliário em diversos países, procurando deste modo co-nhecer os veículos de investimento disponíveis, a sua evolução e as linhas de orientação futura para o seu desenvolvimento.

Com esta iniciativa pretendeu-se prover as Associadas com informação actu-alizada sobre estes veículos de investimento e a sua evolução, contribuindo para a defi nição estratégica do modelo de negócio destes produtos e para a identifi cação de eventuais alterações necessárias à legislação nacional para que o investimento nos mercados analisados seja mais efi ciente. Este estudo dotou, também, a Associação de informação útil para apoiar as sugestões e as propostas de alteração que se entenderem oportunas submeter à con-sideração das autoridades competentes, com vista à criação de um regime jurídico, regulamentar e fi scal verdadeiramente competitivo para este sector de actividade.

O estudo foi ultimado em 2008, tendo sido apresentado às Associadas da APFIPP numa sessão especial, realizada no dia 6 de Maio, que foi composta pela sua apresentação sumária por parte dos Consultores que o elaboraram, na sua vertente de mercado e fi scal, seguindo-se uma sessão de debate mo-derada pelo Presidente da Comissão Consultiva dos Fundos Imobiliários da APFIPP.

4.4. Conferência da FSO Consultores “2008 em Debate”

A APFIPP foi convidada, mais uma vez, a colaborar e a apoiar a iniciativa orga-nizada pela consultora fi scal FSO Consultores, a 3 de Abril de 2008, no Centro Cultural de Belém, que visou a exposição e o debate das principais novidades em termos fi scais, na qual coube ao Presidente da Associação o encerramento dos trabalhos.

Tendo em consideração a relevância do acompanhamento das alterações fi s-cais, a APFIPP encarou este evento como uma forma de proporcionar às suas Associadas mais um meio de formação e de auxílio na gestão da sua actividade diária.

4.5. Publicação de artigos sobre Fundos de Pensões

A APFIPP deu continuidade à parceria iniciada em Novembro de 2007 com o Jornal Diário de Notícias que constavam na publicação, numa base quinzenal, de um artigo de cariz didáctico sobre a actividade e o enquadramento dos Fundos de Pensões.

No total foram publicados 28 artigos, com a seguinte distribuição e temas:

- “O que é um Fundo de Pensões” - publicado em 23 de Novembro e em 7 e 21 de Dezembro de 2007; - “Plano de Pensões” - publicado em 4 de Janeiro de 2008;

- “Constituição e Adesão a Fundos de Pensões” – publicado em 18 de Janeiro e em 1 de Fevereiro de 2008; - “Enquadramento Jurídico dos Fundos de Pensões” – publicado em 15 e em 29 de Fevereiro de 2008;

- “Gestão de Fundos de Pensões” – publicado em 14 e 28 de Março e em 11 de Abril de 2008;

- “Regime Fiscal dos Fundos de Pensões e dos Planos de Pensões” – publicado em 25 de Abril, em 9 e 23 de Maio e em 6 de Junho de 2008;

- “O Papel dos Fundos de Pensões no Sistema de Segurança Social” - publica-do em 20 de Junho, em 4 e 18 de Julho e em 1 de Agosto de 2008;

- “O Papel dos Fundos de Pensões na Gestão de Recursos Humanos” - publi-cado em 15 e 29 de Agosto e em 12 de Setembro de 2008;

- “Informação e Comunicação com os Participantes e Benefi ciários” – publica-do em 26 de Setembro e em 10 de Outubro de 2008;

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- “Fundos de Pensões na Europa” - publicado em 24 de Outubro de 2008; e

- “Os Planos e os Fundos de Pensões e o Planeamento da Reforma” – publica-do em 7 e 21 de Novembro e em 5 de Dezembro de 2008.

5. REPRESENTAÇÃO JUNTO DAS INSTITUIÇÕES E AUTO-RIDADES NACIONAIS

5.1. Participação Institucional em Reuniões

Como representante nacional de quatro sectores de actividade, a Gestão de Fundos Mobiliários, de Fundos Imobiliários, de Fundo de Pensões e de Patri-mónios, a APFIPP foi convidada a participar em diversas reuniões e encontros, por forma a pronunciar-se sobre as mais diversas matérias. Nestas solicitações procurou responder com especial dedicação e, sempre que possível, manter uma colaboração activa com as entidades de supervisão e restantes entidades ligadas aos sectores que agrega.

A Associação foi recebida em audiência por Sua Excelência o Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Dr. Carlos Pina, e também por Sua Excelência o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Dr. Carlos Lobo, encontros nos quais trocou impressões sobre as principais matérias na agenda dos profi ssio-nais do mercado de Gestão de Activos e de Pensões.

Reuniu, também, com representantes da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e do Instituto de Seguros de Portugal, por diversas ocasiões, com vista a debater questões relacionadas com as actividades que representa e, também, analisar o impacto da crise fi nanceira no mercado nacional.

A APFIPP esteve, igualmente, presente, entre outras, num Workshop da Câ-mara Municipal de Lisboa, liderado pela Arq.ª Helena Roseta, sobre o Progra-ma Local de Habitação.

Foi, ainda, convidada a intervir, em algumas conferências e debates, entre os quais se destacam:

- “Jornadas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa sobre Património Imo-biliário”, que decorreram no Centro Cultural de Belém, nos dias 14 e 15 de Fevereiro, tendo o Presidente da Associação participado num painel dedicado ao tema “Fundos Imobiliários - Modelos de Gestão”;

- III Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões, organizado pelo Jornal Diário Económico, que se realizou no Sheraton Lisboa Hotel & SPA, a 4 de Março de 2008, tendo o Presidente da Associação integrado um painel sobre “Perspectivas para 2008: Efeitos da crise do subprime no sector / Tendências / Reporting / Restruturação e Unifi cação da legislação / Regras de Solvência II”;

- Conferência “2008 em Debate”, organizada pela consultora FSO Consulto-res, que se realizou no Centro Cultural de Belém, a 3 de Abril de 2008, na qual o Presidente da Associação efectuou o encerramento dos trabalhos;

- Seminário “Produtos Financeiros e Defesa do Consumidor”, organizado pela DECO, no Centro Cultural de Belém, no dia 11 de Abril, tendo o Presidente da APFIPP integrado um painel subordinado ao tema “A complexidade dos produtos e a informação aos consumidores”, que contou com a moderação do Subdirector de Informação da SIC, José Gomes Ferreira;

- Programa “Negócios da Semana” da SIC, coordenado e apresentado pelo Jornalista José Gomes Ferreira, que foi emitido a 1 de Maio de 2008, e no qual o Presidente da Associação, o docente do ISEG, Professor Dr. João Duque, o Director da DECO Proteste, Dr. Pedro Moreira, e o Presidente Executivo do Ba-nif, Dr. Joaquim Marques dos Santos, debateram a crise fi nanceira e as opções dos portugueses para aplicar as suas poupanças;

- Jornadas “Portugal Seguro”, organizadas pela Associação Portuguesa de Seguradores, que teve lugar no Centro Cultural de Belém, nos dias 9 e 10 de Outubro. O Presidente da Associação participou num painel dedicado ao tema “A Gestão de Activos Financeiros”, focando a sua intervenção na temática da “Transparência na Gestão de Activos”; e

- Programa “A Cor do Dinheiro” da RTPN, apresentado por Camilo Lourenço, que foi emitido a 22 de Dezembro de 2008, e no qual o Presidente da Associa-ção analisou temas como a Crise Financeira e o impacto do Caso Madoff.

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À semelhança de outras entidades nacionais e europeias, a APFIPP recebeu representantes da consultora CRA Internacional, empresa a quem foi adjudi-cado pela Direcção-Geral de Mercado Interno e Serviços da Comissão Euro-peia a realização de um estudo sobre o impacto do Plano de Acção para os Serviços Financeiros.

5.2. Representação no Conselho Consultivo da CMVM

A Associação fez-se representar na reunião do Conselho Consultivo da Co-missão do Mercado de Valores Mobiliários, órgão de consulta e assessoria do Conselho Directivo desta entidade de supervisão, cons-tituído por represen-tantes das entidades intervenientes nos mercados de valores mobiliários, e que teve lugar no dia 24 de Novembro de 2008, na qual o tema central foi a análise da situação dos mercados e do sistema fi nanceiro.

5.3. Representação no Conselho Consultivo do Instituto de Segu-ros de Portugal

O Conselho Consultivo do Instituto de Seguros de Portugal reuniu no dia 30 de Setembro de 2008, encontro que contou com a presença do Presidente da Associação, e teve como ordem de trabalhos a apreciação do Relatório do Sector Segurador e Fundos de Pensões relativo a 2007.

5.4. Grupo de Trabalho sobre Estatísticas Monetárias e Financeiras

À semelhança dos anos anteriores, a APFIPP manteve a sua participação nas reuniões do Grupo de Trabalho sobre Estatísticas Mo-netárias e Financeiras, fórum que em 2008 debateu temas como: a informação estatística sobre a actividade das Sociedades de Seguros e Fundos de Pensões; a informação estatística sobre Fundos de Capital de Risco; e boas práticas no domínio da função estatística ao nível do Eurosistema.

Este comité depende do Conselho Superior de Estatística do Instituto Nacional de Estatística, cabendo-lhe o acompanhamento da produção estatística regu-lar no domínio das estatísticas monetárias e fi nanceiras, dos seus mecanismos de divulgação, das alterações ao nível dos sistemas de produção do Eurosiste-ma e do Banco de Portugal e a promoção da articulação e colaboração entre as diversas entidades produtoras de estatística.

5.5. Grupo de Trabalho da Comissão Europeia sobre os Fundos Imobiliários

O Expert Group on Open Ended Real Estate Funds criado pela Comissão Euro-peia, em 2007, com o intuito de analisar este mercado, o seu enquadramento e de refl ectir sobre as perspectivas da sua evolução futura, deu seguimento aos seus trabalhos, tendo sido com empenho e grande dedicação que o Pre-sidente da Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário da APFIPP colaborou como Membro do referido grupo de peritos.

O Relatório fi nal do trabalho efectuado por este comité foi apresentado em Março de 2008, contendo a recomendação de criação de um quadro comu-nitário comum para os Fundos de Investimento Imobiliário abertos, com o objectivo de eliminar obstáculos existentes à oferta deste tipo de produtos numa base cross-border e dotá-los de passaporte europeu à semelhança do existente para os Fundos “UCITS”.

Foi, também, realizado um open hearing, a 8 de Abril, em Bruxelas, para debate e recolha de contributos dos stakeholders sobre as conclusões apre-sentadas pelo Grupo de Trabalho.

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5.6. Júri de atribuição dos Óscares do Imobiliário da Revista Imo-biliária

Pela segunda vez consecutiva a Associação teve o privilégio de ser convidada, na pessoa do Presidente da Comissão Consultiva dos Fundos de Investimento Imobiliário, a integrar o júri do Concurso “Melhor Empreendimento do Ano”, promovido pela Revista Imobiliária, que visa premiar a qualidade e inovação da promoção imobiliária nacional.

Na edição de 2008 estiveram a concurso 33 empreendimentos, tendo a ceri-mónia de entrega dos referidos prémios ocorrido no mês de Abril e teve como grande vencedor o Edifício Mar Mediterrâneo, sito no Parque das Nações, que conquistou o prémio de Melhor Empreendimento na Categoria Escritórios e de Melhor Empreendimento do Ano.

6. INTERVENÇÕES E REPRESENTAÇÃO INTERNACIONAL

6.1. Participação da APFIPP na EFAMA

Enquanto membro da EFAMA – European Fund and Asset Management As-sociation, a APFIPP continuou a colaborar, sempre que possível, nos trabalhos desenvolvidos por esta Associação, tendo participado nas diversas reuniões do Board of Directors e na sua Assembleia Geral que decorreu em Roma.

Para melhor acompanhar os principais temas na agenda comunitária e prepa-rar comentários às consultas promovidas pela Comissão Europeia e por outros organismos comunitários, foram criados vários grupos de trabalho ou dado continuidade aos trabalhos iniciados no passado, tendo a Associação estado representada nos seguintes comités:

- Workshop sobre “Hedge Fund Regulation and Transparency of Institutional Investors”, cujo objectivo foi a preparação da posição da Associação Europeia tendo em conta as discussões do Parlamento Europeu sobre a matéria;

- Grupo de Trabalho sobre “Valuation”, constituído no seguimento da crise do subprime e do seu impacto nos mercados fi nanceiros;

- Grupo de Trabalho sobre a revisão da Directiva do Imposto sobre o Valor Acrescentado, com especial incidência na área dos serviços fi nanceiros; e

- Grupo de Trabalho sobre a revisão da Directiva UCITS, cujo trabalho teve espe-cial enfoque sobre a atribuição do Passaporte Europeu às Sociedade Gestoras.

A Associação participou, ainda, em várias conference calls sobre a implemen-tação da Directiva dos Mercados de Instrumentos Financeiros, nas quais foi efectuado o ponto de situação sobre o estado da transposição e de adaptação nos diferentes países da União Europeia e debatidas as questões que mais dúvidas suscitavam aos Membros da EFAMA.

A EFAMA solicitou, também, a participação da Associação na recolha de co-mentários, entre outros, sobre os seguintes documentos:

- “Call for evidence” da Comissão Europeia intitulada: “Need for a coherent approach to product transparency and distribution requirements for “substi-tute” retail investment products?”;

- Country Report para integrar a publicação anual da EFAMA, “Fact Book – Trends in European Investment Funds”, que foca os principais desenvolvi-mentos na indústria, as perspectivas para o mercado pan--europeu e infor-mação sobre o mercado dos diferentes países representados nesta Associação Europeia;

- “EFAMA Survey on the Transparency Directive and the Takeover Directive”;

- “IORP Directive Questionnaire”;

- “Survey on Valuation”;

- “Questionnaire on the impact of the liquidity/credit crisis on the Asset Ma-nagement Industry”;

- “Questionnaire about private placement”.

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6.2. Participação da APFIPP na EFRP

Ao exemplo dos anos anteriores, a APFIPP colaborou nos trabalhos desenvol-vidos pela EFRP - European Federation for Retirement Provision e em diversos surveys e pedidos de parecer efectuados pela refe-rida Federação. Continuou, igualmente, a assegurar a sua presença nas Assembleias Gerais realizadas em 2008.

6.3. Federação Ibero-Americana de Fundos de Investimento

No contexto de partilha de experiências resultantes da actividade profi ssional de gestão de activos entre diversos países, foi mantida a colaboração com a Iberoamerican Federation of Mutual Fund.

6.4. International Investment Funds Association

A APFIPP completou o seu primeiro ano como membro da IIFA – International Investment Funds Association.

7. REPRESENTATIVIDADE E ESTRUTURA DA APFIPP

7.1. Novas Associadas

No ano de 2008, a Associação acolheu uma nova Associada, a Gerfundos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário.

7.2. Novos Órgãos Sociais

Na Assembleia Geral Ordinária realizada no dia 31 de Março de 2008 foram eleitos, por unanimidade, novos Órgãos Sociais para o biénio 2008/2009, con-forme lista apresentada neste relatório.

Seguindo o rumo do passado, a nova Direcção pretende dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, concretizando as iniciativas consi-deradas úteis para a promoção e para o desenvolvimento da gestão de Fundos de Investimento, de Fundos de Pensões e de Patrimónios em Portugal.

7.3. Incentivos internos à constituição de um sistema comple-mentar de reforma

Tendo em consideração o facto de representar, em Portugal, as Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões, e dada a importância crescente que os com-plementos de reforma vêm assumindo, devido ao agravamento das taxas de substituição das pensões relativamente ao último salário auferido e à relevân-cia destes na implementação de uma adequada política de Recursos Huma-nos, no ano de 2008 foi implementado um Plano de Pensões para os Colabo-radores da APFIPP.

Para os devidos efeitos, foi celebrado um Protocolo entre a Associação e as suas Associadas Gestoras de Fundos de Pensões, à data da referida celebração e que a ele aderiram com o objectivo de fornecerem a indicação dos Fundos de Pensões Abertos (não PPR) sob sua gestão, assim como as respectivas con-dições, que poderão ser seleccionados pelos Colaboradores da APFIPP para o fi nanciamento do Plano de Pensões instituído.

7.4. Nova Sede em 2009

Verifi cando-se que as instalações da Associação começavam a cons-tituir um factor limitativo para o efi ciente desenrolar das suas actividades, nomeada-mente, em sessões de trabalho que decorrem em simultâneo e em reuniões que reúnem um número signifi cativo de Associadas, a Direcção da APFIPP decidiu, em 2008, auscultar as oportunidades existentes no mercado de arren-damento para avaliar a possibilidade de mudança para um novo espaço.

Assim foram consultadas algumas Mediadoras Imobiliárias e também as As-sociadas que actuam na área do imobiliário. Após cuidada análise das opções existentes, tendo por base os critérios defi nidos previamente e, na expectativa

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de que este projecto ambicioso permita oferecer um melhor serviço às suas Associadas e proporcionar mais oportunidades para reunião e debate, no fi nal do ano de 2008, iniciaram-se obras de reestruturação e recuperação de um novo espaço, com vista à mudança para as novas instalações, localizadas na Rua Castilho, no início de 2009.

7.5. Grupos de trabalho e organização interna

A APFIPP deu continuidade à colaboração efectuada nos anos anteriores com as Equipas de Consultores Fiscais, de modo a acompanhar permanentemente a evolução destas matérias. Neste sentido, sempre que necessário, solicitou os seus serviços e auxílio para a realização de estudos aprofundados e de análise dos assuntos de maior interesse para as Associadas permitindo, dessa forma, melhor responder às necessidades e difi culdades identifi cadas ao longo de 2008 nos sectores representados.

0845 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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V PERSPECTIVAS

Em termos generalizados, a expectativa para 2009 é a de que seja um ano de “viragem”, por isso de desafi os e de adaptação a novas realidades e exigên-cias. Esta situação refl ectir-se-á, naturalmente, na actividade a realizar pela APFIPP ao longo do ano, prevendo-se, desde logo, uma signifi cativa actividade no campo legislativo e regulamentar, também resultante da necessidade, im-posta pelos recentes acontecimentos, de repensar temas como: os sistemas de gestão e controlo de riscos, a valorização de activos, a divulgação e prestação de informação, a função de supervisão, a coordenação e cooperação entre as diversas entidades de supervisão, etc..

A Associação procurará actuar de modo diligente nestes processos, con-tribuindo, na medida do possível, para o restauro da confi ança nos mercados fi nanceiros, e tendo por base a defesa dos interesses dos Participantes dos Fundos e dos Clientes das suas Associadas, o tão desejado alcance de um quadro concorrencial único entre os diferentes instrumentos de poupança, bem como a promoção e o desenvolvimento da Indústria de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões.

À semelhança do que vem sucedendo, a APFIPP empenhar-se-á, ainda, na co-laboração com as entidades governamentais e autoridades de supervisão com-petentes, participando nas consultas públicas e em outras iniciativas por estas promovidas, e solicitará os esclarecimentos que se considerarem necessários sobre as matérias relativas aos sectores que representa e que suscitem dúvidas às suas Associadas.

Manterá, igualmente, uma participação activa nos grupos de trabalho a que pertence, quer ao nível nacional como ao nível europeu, reforçando o seu pa-pel institucional e veiculando as opiniões, sugestões e pareceres das suas As-sociadas sobre os temas em análise e debate. A monitorização dos trabalhos realizados pela EFAMA – European Fund and Asset Management Association e pela EFRP – European Federation for Retirement Provision, Associações de que é membro, assumirá especial relevo, até porque constitui uma excelente forma de seguir a evolução dos temas na agenda comunitária. A revisão das Directivas do IVA e da Poupança são alguns exemplos de assuntos que serão certamente focados e analisados no decorrer do novo ano. Concretamente, no âmbito da actividade dos Fundos de Investimento Mo-biliário, aguarda-se para breve a publicação do Decreto-Lei que irá concretizar a transposição para o ordenamento jurídico nacional da designada Directiva dos Activos Elegíveis, matéria que, aliás, mereceu a atenção da Associação em 2008 e que continuará a ser alvo de destaque em 2009. Neste sentido, procurar-se-á monitorizar a sua aplicação e prestar o apoio necessário às As-sociadas na sua adopção. É de salientar, também, o processo de revisão da Directiva UCITS, cuja proposta de nova Directiva se prevê que seja submetida ao Conselho Europeu em Abril/Maio de 2009, decorrendo ao longo do ano trabalhos de consulta por parte do CESR – The Committee of European Securi-ties Regulators, no que respeita às medidas de implementação de nível 2 do referido pacote legislativo.

Também no que se refere à actividade dos Fundos de Investimento Imobiliário são esperados importantes desenvolvimentos ao nível europeu, na sequên-cia da recomendação emitida pelo Real Estate Experts Group, criado pela Comissão Europeia, de que seja criado um quadro comunitário comum para os Fundos de Investimento Imobiliário Abertos, possibilitando a atribuição do passaporte europeu a estes fundos.

Quanto ao sector dos Fundos de Pensões, recentes debates sobre a evolução e o futuro dos planos de pensões de benefício defi nido e de contribuição defi ni-da indiciam que este será um tema alvo de análise e futura refl exão, sendo cer-tamente uma matéria que será acompanhada com atenção pela Associação.

0846 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Em termos nacionais, é ainda necessário completar o processo de revisão do enquadramento normativo dos Fundos de Pensões, na sequência da entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de Janeiro, prevendo-se desen-volvimentos em matérias como: o relatório anual do Revisor Ofi cial de Contas, o relatório anual sobre a estrutura organizacional e os sistemas de gestão de risco e de controlo interno, e sobre a nomeação da entidade gestora respon-sável pelas funções globais de gestão administrativa e actuarial no caso do fi nanciamento de um plano de pensões através de mais de uma adesão colec-tiva. Conforme tem sido realizado, a APFIPP e as suas Associadas procurarão continuar a participar activamente neste importante processo de revisão nor-mativa.

Um dos projectos que a Associação assumirá em 2009, será o desenvolvi-mento da sua função formativa, mediante a realização de iniciativas que con-tribuam, por um lado, para o melhor conhecimento dos sectores que agrega e, por outro, para o aperfeiçoamento ao nível técnico de colaboradores das suas Associadas. Tendo em consideração que as novas instalações da Associ-ação proporcionam condições para explorar mais efi cazmente e reforçar esta sua vertente de actuação, será avaliada a possibilidade e as condições exigi-das para que a Associação se qualifi que no futuro como entidade formadora certifi cada.

Ao nível da formação, para o primeiro trimestre do ano, estão já planeados dois workshops internos: uma sessão de apresentação do documento elabo-rado por uma consultora fi scal sobre as principais implicações do Orçamento do Estado para 2009 nas actividades re-presentadas pela Associação e con-sequentes alterações a efectuar nos Prospectos dos Fundos; e uma sessão de apresentação de um parecer solicitado a respeito da “Penhorabilidade de Fundos de Pensões e de PPR”.

No âmbito do tratamento e divulgação de informação estatística so-bre a Indústria de Gestão de Activos e de Fundos de Pensões, a APFIPP continuará a desenvolver esforços para disponibilizar dados, de modo célere e efi caz, dando a conhecer periodicamente a evo-lução das actividades representadas. Em 2009, prevê-se concluir o projecto de reformu-lação do Portal da Associação, iniciado em 2008, o que possibilitará oferecer aos seus utilizadores novas valências e funcionalidades, como forma de as-segurar e solidifi car o seu papel de provider de informação e contribuir para uma utilização mais generalizada e abrangente desta ferramenta de comunicação com as Associadas e com o público em geral.

0847 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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VI ESTATÍSTICASDO SECTOR

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO E SOCIEDADES GESTORAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO

1 Apenas são considerados os Fundos Poupança Reforma geridos por S.G.F.I.M.

NÚMERO DEZEMBRO DEZEMBRO DEZEMBRO DEZEMBRO DEZEMBRO DEZEMBRO DEZEMBROFUNDOS DE INVESTIMENTO 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

F.I.M. ACÇÕES 73 68 63 61 62 64 66

F. ACÇÕES NACIONAIS 12 10 10 9 9 8 8

F. ACÇÕES UE / SUÍÇA / NORUEGA 19 18 16 14 15 15 16

F. ACÇÕES AMÉRICA NORTE 6 6 7 6 6 6 6

F. ACÇÕES SECTORIAIS 9 9 7 9 9 12 12

OUTROS F. ACÇÕES INTERNACIONAIS 16 14 12 12 12 12 13

F. POUPANÇA ACÇÕES 11 11 11 10 10 10 10

F. ÍNDICE 1 1 1 1

F.I.M. OBRIGAÇÕES 44 42 42 43 43 43 40

F. OBRIGAÇÕES EURO 35 36 37 38 39 39 36

F. OBRIGAÇÕES INTERNACIONAIS 9 6 5 5 4 4 4

F.I.M. TESOURARIA 23 25 24 24 23 23 23

F. MERCADO MONETÁRIO EURO 4 3 3 4 4 4 3

F. TESOURARIA EURO 18 21 20 20 19 19 20

F. TESOURARIA INTERNACIONAIS 1 1 1 - - - -

OUTROS F.I.M. 81 80 95 114 135 161 163

F. MISTOS 18 13 12 14 12 9 8

F. MISTOS PRED. ACÇÕES 7 4 4 6 5 5 5

F. MISTOS PRED. OBRIGAÇÕES 11 9 8 8 7 4 3

F. PPR1 11 13 13 15 19 19 20

F. FUNDOS 39 38 34 33 29 31 25

F. FUNDOS PRED. ACÇÕES 18 17 18 8 8 8 6

F. FUNDOS MISTOS 10 8 11 8

F. FUNDOS PRED. OBRIGAÇÕES 21 21 16 15 13 12 11

F. ESPECIAIS INVESTIMENTO 12 29 46 33 43

FUNDOS FLEXÍVEIS 2 3 6 10 15

OUTROS FUNDOS 6 5 7 1 4 2 2

AGRUPAMENTO DE FUNDOS 5 5 5 5 4 3 3

F. C/ PROTECÇÃO DE CAPITAL 7 11 15 19 19 57 50

TOTAL F.I.M. 221 215 224 242 263 291 292

F.I.I. NACIONAIS

F. ABERTOS 16 14 14 15 15 15 14

F. FECHADOS 31 37 51 63 123 135 139

F. ESPECIAIS INV. IMOBILIÁRIO 4 43 54 79

TOTAL F.I.I. 47 51 65 82 181 204 232

TOTAL FUNDOS DE INVESTIMENTO 268 266 289 324 444 495 524

NÚMERO DE SOCIEDADES DEZEMBRO DEZEMBRO DEZEMBRO DEZEMBRO DEZEMBRO DEZEMBRO DEZEMBRO GESTORAS 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

S.G.F.I.MOBILIÁRIO 16 16 15 15 16 18 20

S.G.F.I.IMOBILIÁRIO 26 26 26 28 32 34 38

TOTAL S.G.F.I. 42 42 41 43 48 52 58

0848 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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0

100

200

300

400

500

600

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

F. Acções

F. Obrigações

F. Tesouraria

F. Mistos

F. Fundos

F. PPR

F. c/ Protecçãode Capital

F. Especiais Investimento

F. Flexíveis

Outros Fundos

F.I.I. Abertos

F.I.I. Fechados

F.E.Inv. Imobiliário

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO

0849 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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F.I.M. ACÇÕES 1 468,4 1 657,1 1 752,6 2 217,3 2 985,4 3 303,3 1 109,7

F. Acções Nacionais 212,7 245,8 350,3 418,5 621,5 746,1 238,6

F. Acções UE / Suíça / Noruega 490,2 560,4 488,2 672,6 1 021,7 1 079,2 328,8

F. Acções América Norte 162,4 167,3 167,3 186,8 183,2 166,4 75,0

F. Acções Sectoriais 107,3 80,3 85,8 144,7 248,6 309,9 120,7

Outros F. Acções Internacionais 146,2 208,5 245,2 385,4 495,4 637,7 218,2

F. Poupança Acções 349,5 394,7 415,8 404,2 408,5 356,2 125,9

F. Índice 5,1 6,4 7,8 2,5

F.I.M. OBRIGAÇÕES 6 599,8 8 161,2 8 949,6 9 820,1 8 439,2 6 323,7 2 768,6

F. Obrigações Euro 6 410,9 7 977,0 8 696,1 9 624,1 8 294,3 6 198,4 2 713,4

F. Obrigações Internacionais 188,9 184,2 253,5 196,1 144,9 125,3 55,1

F.I.M. TESOURARIA 7 601,9 9 200,2 8 776,0 8 685,2 8 111,4 6 119,9 2 985,4

F. Mercado Monetário Euro 664,7 1 057,9 1 069,4 1 099,8 751,4 380,5 15,4

F. Tesouraria Euro 6 271,9 8 135,1 7 702,0 7 585,4 7 360,0 5 739,4 2 970,0

F. Tesouraria Internacionais 665,3 7,2 4,6 - - - -

OUTROS F.I.M. 4 938,3 3 838,9 4 936,9 7 567,4 9 601,7 10 016,2 7 480,3

F. Mistos 768,4 762,4 778,3 238,9 227,7 192,0 75,6

F. Mistos Pred. Acções 38,5 15,5 40,5 129,3 132,7 112,9 45,1

F. Mistos Pred. Obrigações 729,9 746,9 737,8 109,6 95,0 79,0 30,5

F. PPR1 1 355,5 1 533,1 1 816,7 2 199,9 2 457,2 2 521,2 1 424,2

F. Fundos 1 032,6 873,9 930,4 1 794,4 1 806,6 1 485,2 620,2

F. Fundos Pred. Acções 219,9 215,1 231,8 139,8 165,2 120,2 28,2

F. Fundos Mistos 337,5 250,2 472,8 149,8

F. Fundos Pred. Obrigações 812,7 658,8 698,6 1 317,2 1 391,1 892,2 442,2

F. Especiais Investimento 567,0 1 729,7 3 042,0 1 542,6 1 799,6

Fundos Flexíveis 100,3 949,5 1 272,3 1 536,9 1 266,8

Outros Fundos 1 410,9 169,6 235,8 115,0 254,5 25,5 82,4

Agrupamento de Fundos 427,3 344,0 348,2 234,1 343,6 207,4 144,6

F. c/ Protecção de Capital 370,9 499,9 508,4 539,9 541,4 2 712,9 2 211,5

Total F.I.M. 20 608,4 22 857,4 24 415,1 28 290,1 29 137,7 25 763,1 14 343,9

F.I.I. NACIONAIS

. F. Abertos 3 088,9 3 410,5 3 862,8 4 465,6 4 697,4 4 549,7 4 024,3

. F. Fechados 1 925,9 2 439,9 3 187,9 3 670,8 4 615,8 5 097,7 5 314,7

. F. Especiais Inv. Imobiliário 28,0 445,9 801,1 1 375,4

Total F.I.I. 5 014,8 5 850,4 7 050,7 8 164,3 9 759,1 10 448,5 10 714,4

TOTAL FUNDOS DE INVESTIMENTO 25 623,2 28 707,8 31 465,8 36 454,4 38 896,8 36 211,6 25 058,3

MILHÕES DE EUROS Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

EVOLUÇÃO DAS APLICAÇÕES TOTAIS DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO

1Apenas são considerados os Fundos Poupança Reforma geridos por S.G.F.I.M..

0850 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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0

5 000

10 000

15 000

20 000

25 000

30 000

35 000

40 000

Milhões de Euros

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

F. Acções

F. Obrigações

F. Tesouraria

F. Mistos

F. Fundos

F. PPR

F. c/ Protecçãode Capital

F. Especiais Investimento

F. Flexíveis

Outros Fundos

F.I.I. Abertos

F.I.I. Fechados

F.E.Inv. Imobiliário

EVOLUÇÃO DAS APLICAÇÕES TOTAIS DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO

0851 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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GESTÃO DE ACTIVOS EM PORTUGAL vs PIB/DEPÓSITOS BANCÁRIOS/POPULAÇÃO

MILHÕES DE EUROS 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

A. Gestão de Activos 57 936,0 66 447,1 72 612,6 91 177,7 119 543,8 122 595,2 107 450,2

A1. FUNDOS DE INVESTIMENTO (F.I.) 25 623,2 28 707,8 31 465,8 36 454,4 38 896,8 36 211,6 25 058,3

F.I. MOBILIÁRIO (F.I.M.) 20 608,4 22 857,4 24 415,1 28 290,1 29 137,7 25 763,1 14 343,9

F.I. IMOBILIÁRIO (F.I.I.) 5 014,8 5 850,4 7 050,7 8 164,3 9 759,1 10 448,5 10 714,4

A2. FUNDOS DE PENSÕES (F.P.) 15 879,6 16 282,6 15 185,9 18 981,7 21 185,0 22 356,0 20 213,9*

S. G. FUNDOS DE PENSÕES (S.G.F.P.) 15 358,2 15 718,7 14 577,7 18 351,4 20 636,4 21 893,8 19 861,0

SEGURADORAS DO RAMO VIDA 521,4 563,9 608,2 630,3 548,6 462,3 352,9

A3. GESTÃO DE PATRIMÓNIOS (G.P.) 16 433,2 21 456,7 25 960,9 35 741,6 59 462,0 64 027,6 62 178,0**

S.G.F.I.M. E S.G.P. 14 885,5 19 193,0 23 217,8 31 507,5 52 654,4 55 548,7 54 852,7**

OUTRAS ENTIDADES 1 547,7 2 263,7 2 743,2 4 234,1 6 807,6 8 478,9 7 325,3**

B. Depósitos Bancários 114 800,0 117 315,0 121 549,0 135 392,0 146 514,0 157 953,0 183 146,0

DEP. À ORDEM 44 014,0 46 643,0 47 103,0 53 324,0 54 793,0 52 401,0 50 453,0

DEP. A PRAZO E DE POUPANÇA 70 786,0 70 672,0 74 446,0 82 068,0 91 721,0 105 552,0 132 693,0

C. Produto Interno Bruto (Pr. Correntes) 135 433,8 138 581,9 144 127,8 149 123,4 155 446,3 163 237,7 166 127,6

D. População Residente Total (em Milhares) 10 400,6 10 476,2 10 536,2 10 585,4 10 602,1 10 614,6 10 631,1

Gestão de Activos / Depósitos (A / B) 50,5% 56,6% 59,7% 67,3% 81,6% 77,6% 58,7%

FUNDOS DE INVESTIMENTO / DEPÓSITOS (A1 / B) 22,3% 24,5% 25,9% 26,9% 26,5% 22,9% 13,7%

F.I.M. / DEPÓSITOS 18,0% 19,5% 20,1% 20,9% 19,9% 16,3% 7,8%

F.I.I. / DEPÓSITOS 4,4% 5,0% 5,8% 6,0% 6,7% 6,6% 5,9%

FUNDOS DE PENSÕES / DEPÓSITOS (A2 / B) 13,8% 13,9% 12,5% 14,0% 14,5% 14,2% 11,0%

GESTÃO DE PATRIMÓNIOS / DEPÓSITOS (A3 / B) 14,3% 18,3% 21,4% 26,4% 40,6% 40,5% 33,9%

Gestão de Activos / PIB (A / C) 42,8% 47,9% 50,4% 61,1% 76,9% 75,1% 64,7%

FUNDOS DE INVESTIMENTO / PIB (A1 / C) 18,9% 20,7% 21,8% 24,4% 25,0% 22,2% 15,1%

F.I.M. / PIB 15,2% 16,5% 16,9% 19,0% 18,7% 15,8% 8,6%

F.I.I. / PIB 3,7% 4,2% 4,9% 5,5% 6,3% 6,4% 6,4%

FUNDOS DE PENSÕES / PIB (A2 / C) 11,7% 11,7% 10,5% 12,7% 13,6% 13,7% 12,2%

GESTÃO DE PATRIMÓNIOS / PIB (A3 / C) 12,1% 15,5% 18,0% 24,0% 38,3% 39,2% 37,4%

Gestão de Activos / População (A / D) 5 570,4 6 342,7 6 891,7 8 613,5 11 275,5 11 549,7 10 107,2

FUNDOS DE INVESTIMENTO / POPULAÇÃO (A1 / D) 2 463,6 2 740,3 2 986,4 3 443,8 3 668,8 3 411,5 2 357,1

F.I.M. / POPULAÇÃO 1 981,5 2 181,8 2 317,3 2 672,6 2 748,3 2 427,1 1 349,2

F.I.I. / POPULAÇÃO 482,2 558,4 669,2 771,3 920,5 984,4 1 007,8

FUNDOS DE PENSÕES / POPULAÇÃO (A2 / D) 1 526,8 1 554,2 1 441,3 1 793,2 1 998,2 2 106,2 1 901,4

GESTÃO DE PATRIMÓNIOS / POPULAÇÃO (A3 / D) 1 580,0 2 048,1 2 464,0 3 376,5 5 608,5 6 032,0 5 848,7

* - Dados Preliminares.** - Dados relativos a Setembro de 2008.Fonte: Relatório do Conselho de Administração do Banco de Portugal Boletim Estatístico do Banco de Portugal Instituto Nacional de Estatística APFIPP

0852 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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RANKING GLOBAL DAS SOCIEDADES GESTORAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO

Dezembro 2007 Junho 2008 Dezembro 2008

Sociedades Gestoras Valor Quota Ord. Valor Quota Ord. Valor Quota Ord

Fundos de Investimento Mobiliário Carteira Carteira Carteira

(106 Euro) % (106 Euro) % (106 Euro) %

Banif Gestão de Activos 415,0 1,61 10 312,4 1,51 10 217,7 1,52 10

Barclays Wealth Managers Portugal 575,4 2,23 7 435,6 2,11 7 279,5 1,95 7

BBVA Gest 600,0 2,33 6 410,1 1,98 8 249,1 1,74 9

BPI Gestão de Activos 4 139,2 16,07 3 3 231,4 15,63 3 2 078,8 14,49 4

BPN Gestão Activos 511,0 1,98 9 395,1 1,91 9 270,4 1,88 8

Caixagest 6 216,8 24,13 1 4 787,4 23,16 1 3 614,1 25,20 1

Crédito Agrícola Gest 161,1 0,63 13 147,5 0,71 13 111,4 0,78 12

ESAF - F.I.M. 2 948,3 11,44 5 3 213,7 15,54 4 2 768,6 19,30 2

Finivalor 211,4 0,82 12 171,7 0,83 12 82,2 0,57 13

Gerfundos 284,9 1,11 11 199,5 0,97 11 133,1 0,93 11

Invest Gestão de Activos 18,8 0,07 14 12,8 0,06 14 9,0 0,06 14

Millennium BCP - G.F.I. 4 082,2 15,85 4 2 942,1 14,23 5 1 890,1 13,18 5

MNF Gestão de Activos 5,0 0,03 16

Montepio Gestão de Activos 563,7 2,19 8 494,8 2,39 6 318,5 2,22 6

Optimize Investment Partners 8,5 0,06 15

Orey Gestão de Activos 2,6 0,01 17 1,2 0,01 18 0,1 0,00 20

Pedro Arroja - S.G.F.I.M. 4,0 0,02 16 4,0 0,02 16 2,8 0,02 17

Privado Fundos 2,5 0,01 18 2,6 0,01 17 2,6 0,02 18

Santander Asset Management 5 014,9 19,47 2 3 908,3 18,90 2 2 300,5 16,04 3

Valor Alternativo 11,1 0,04 15 4,7 0,02 15 1,9 0,01 19

TOTAL 25 763,1 20 674,8 14 343,9

0853 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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15,2%

58,9%

12,2%

7,0%

2,7%

5,4%

0,7%

-2,1%

14,1%

61,3%

0,8%

5,5%

4,2%

12,9% -2,3%

3,5%

14,9%

61,0%0,7%

-1,2%

3,4%

4,1%

3,5%

13,7%

Dezembro 2007 Junho 2008

Dezembro 2008

Aplicações de Curto Prazo

Obrigações Euro

Obrigações Estrangeiras

Acções Nacionais

Acções Europeias

Acções Internacionais

Unidades de Participação

Outros

COMPOSIÇÃO DO PORTFÓLIO GLOBAL

Euro % Euro % Euro %

LIQUIDEZ DENOMINADA EM EURO ( NUM+DEP) 2 785 185 246 10,8 2 273 717 331 11,0 1 724 397 930 12,0

LIQUIDEZ DENOMINADA EM DIVISAS INT. ( NUM+DEP) 139 394 587 0,5 65 577 463 0,3 65 615 648 0,5

APLIC. CURTO PRAZO EURO (BT´S+CD´S+PC´S) 982 139 380 3,8 571 763 372 2,8 353 068 687 2,5

APLIC. CURTO PRAZO INTERNAC. (BT´S+CD´S+PC´S) 1 076 123 0,0 0 - 0 -

TIT.DIV.PUB.+O.F.P.EQUIPARADOS EURO 2 029 408 079 7,9 1 319 272 719 6,4 739 574 655 5,2

TIT.DIV.PUB.+O.F.P.EQUIPARADOS INTERNACIONAIS 90 020 708 0,4 85 990 546 0,4 47 000 220 0,3

OBRIGAÇÕES DIVERSAS EURO 13 139 525 908 51,0 11 351 464 187 54,9 8 004 406 134 55,8

OBRIGAÇÕES DIVERSAS INTERNACIONAIS 101 876 758 0,4 82 675 210 0,4 53 602 713 0,4

UP´s FUNDOS DE INVESTIMENTO NACIONAIS 1 172 062 182 4,6 918 562 278 4,4 694 301 942 4,8

UP´s FUNDOS DE INVESTIMENTO INTERNACIONAIS 1 970 609 990 7,7 1 747 124 000 8,5 1 264 153 327 8,8

ACÇÕES NACIONAIS 1 391 720 549 5,4 723 161 916 3,5 501 432 005 3,5

ACÇÕES DA U.E.,SUÍÇA E NORUEGA 1 807 171 925 7,0 1 136 243 297 5,5 593 240 448 4,1

ACÇÕES INTERNACIONAIS 689 782 984 2,7 874 647 019 4,2 481 716 192 3,4

SUBTOTAL (ACÇÕES) 3 888 675 458 15,1 2 734 052 232 13,2 1 576 388 645 11,0

WARRANTS AUTÓNOMOS + OPÇÕES 38 235 347 0,2 35 976 186 0,2 9 925 342 0,1

OUTROS + OPERAÇÕES A REGULARIZAR -575 142 707 (2,2) -511 347 419 (2,5) -188 506 752 (1,3)

TOTAL 25 763 067 060 100,0 20 674 828 105 100,0 14 343 928 490 100,0

FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO Dezembro 2007 Junho 2008 Dezembro 2008

0854 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Jan-08 Fev-08 Mar-08 Abr-08 Mai-08 Jun-08 Jul-08 Ago-08 Set-08 Out-08 Nov-08 Dez-08

Total Mensais

Total Últimos12 meses

Dez-07 Jan-08 Fev-08 Mar-08 Abr-08 Mai-08 Jun-08 Jul-08 Ago-08 Set-08 Out-08 Nov-08 Dez-08

Montantes Geridos

Nº Fundos

Subscrições Líquidas - Milhões de Euros

Montantes Geridos - Milhões de Euro

4 983 4 812 4 6215 2225 5405 7586 0146 1202 9853 3283 598

4 484 4 166

23 22 22 2220 20 20 20 20 21

23 23 23

-216-115 -257 -178-329 -146-254-552

-265 -320-284-196

-3 113-3 028 -3 068 -2 930 -3 081 -3 065-3 113-2 872-2 677-2 492-2 147-1 909

Fundos de Tesouraria e Fundos do Mercado Monetário

Fundos de Acções

Subscrições Líquidas - Milhões de Euros

Jan-08 Fev-08 Mar-08 Abr-08 Mai-08 Jun-08 Jul-08 Ago-08 Set-08 Out-08 Nov-08 Dez-08

Montantes Geridos - Milhões de Euros

Dez-07 Jan-08 Fev-08 Mar-08 Abr-08 Mai-08 Jun-08 Jul-08 Ago-08 Set-08 Out-08 Nov-08 Dez-08

-21-135 -27-50 -54-88-56-48 -90-135-198

-22

-875-587-467 -722

-310

-923-937-944-828-877-413

-207

3 3032 668 2 635 2 400 2 503 2 451 2 094 1 969 1 904 1 636 1 234 1 149 1 110

64 64 64 64 64 65 65 65 65 6566

64 64

Total Mensais

Total Últimos12 meses

Montantes Geridos

Nº Fundos

Fundos de Obrigações

Subscrições Líquidas - Milhões de Euros

Jan-08 Fev-08 Mar-08 Abr-08 Mai-08 Jun-08 Jul-08 Ago-08 Set-08 Out-08 Nov-08 Dez-08

Montantes Geridos - Milhões de Euros

Dez-07 Jan-08 Fev-08 Mar-08 Abr-08 Mai-08 Jun-08 Jul-08 Ago-08 Set-08 Out-08 Nov-08 Dez-08

-234 -370 -234-214-89 -79-286-289-313-209-446 -378

-3 542-3 715-3 702-3 732-3 437-3 148-3 018-2 582-2 180

-3 409 -3 406 -3 141

4 236 4 0233 698

4 628 3 206 2 931 2 7694 5274 9105 2375 4755 872

6 324

43 43 43 43

41 41 41 41 41 4140

43 43

Total Mensais

Total Últimos12 meses

Montantes Geridos

Nº Fundos

EVOLUÇÃO DOS MONTANTES GERIDOS DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO (Dezembro 2007-Dezembro2008)

0855 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Montantes Geridos - Milhões de Euros

Dez-07 Jan-08 Fev-08 Mar-08 Abr-08 Maio-08 Jun-08 Jul-08 Ago-08 Set-08 Out-08 Nov-08 Dez-08

Total Mensais

Total Últimos12 meses

Montantes Geridos

Nº Fundos9 083 9 241 9 028 8 879 8 431 7 945 7 804 7 48010 016 9 601 9 445 9 196 9 115

161 161 162 164 166 166 164 163168 161166 166 160

Subscrições Líquidas - Milhões de Euros

Jan-08 Fev-08 Mar-08 Abr-08 Maio-08 Jun-08 Jul-08 Ago-08 Set-08 Out-08 Nov-08 Dez-08

Restantes Fundos

276-50-164

-250

-115 -162

-137 -91-214-200 -224

-189

-676 -507-878 -1 020 -1 231 -1 318 -1 519-1 089

4

-294 -368 -570

Dez/2007 Jan/2008 Fev/2008 Mar/2008 Apr/2008 Maio/2008 Jun/2008 Jul/2008 Ago/2008 Set/2008 Out/2008 Nov/2008 Dez/2008

Jan/2008 Fev/2008 Mar/2008 Abr/2008 Maio/2008 Jun/2008 Jul/2008 Ago/2008 Set/2008 Out/2008 Nov/2008 Dez/2008

Total de Fundos de Investimento Mobiliário

Montantes Geridos - Milhões de Euros

25 763 24 155 23 312 22 372 21 750 21 145 20 675 19 855 19 290 17 931 15 982 15 212 14 344

290 291 293 293 295 291 292 292 288 289 293 292291

Subscrições Líquidas - Milhões de Euros

-611-584 -1 271 -651-641 -728-820-1 010 -674 -853-81

-772

-4 292

-8 666 -8 725-8 389-8 680

-5 333

-8 696-8 483-8 075-7 572-6 862-6 290

Total Mensais

Total Últimos12 meses

Montantes Geridos

Nº Fundos

-9 000

-8 000

-7 000

-6 000

-5 000

-4 000

-3 000

-2 000

-1 000

0

F. Tes.+F.Merc.Mon. F. Obrigações F. Acções Outros Fundos Total

Subscrições Líquidas por Categoria de Fundo - 2008

-3 113 -3 141

-923-1 519

-8 696

Nota: Os Fundos de Acções incluem os Fundos PPA. Os Fundos de Tesouraria incluem os Fundos do Mercado Monetário.

0856 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Sociedades Gestoras Valor Quota Ord Valor Quota Ord Valor Quota Ord

Fundos de Investimento Imobiliário Carteira Carteira Carteira

(106 Euro) % (106 Euro) % (106 Euro) %

Atlantic 67,1 0,64 25 59,6 0,56 26 58,5 0,55 26

Banif Gestão de Activos 727,3 6,96 6 718,2 6,77 6 696,3 6,50 6

BPI Gestão de Activos 144,0 1,38 17 143,9 1,36 17 142,1 1,33 19

BPN Imofundos 1 147,3 10,98 3 1 115,4 10,51 3 1 012,9 9,45 4

Correia & Viegas 21,3 0,20 29 19,7 0,19 31 14,0 0,13 34

ESAF - F.I.I. 1 288,7 12,33 1 1 237,2 11,66 2 1 071,5 10,00 3

Fibeira Fundos 15,6 0,15 31 16,2 0,15 32 14,3 0,13 33

Fimoges 292,2 2,73 12

Finivalor 263,0 2,52 13 293,7 2,77 12 288,3 2,69 13

Floresta Atântica 20,0 0,19 30 20,2 0,19 31

Fundiestamo 265,3 2,54 12 181,6 1,71 16 179,1 1,67 18

Fundimo 1 270,8 12,16 2 1 356,6 12,78 1 1 347,6 12,58 1

Fund Box 209,0 2,00 16 232,0 2,19 15 284,7 2,66 14

Gef 61,6 0,59 26 64,4 0,61 25 58,0 0,54 27

Gesfi mo 284,8 2,73 11 323,0 3,04 9 323,2 3,02 9

Imorendimento 79,8 0,76 22 88,1 0,83 21 86,9 0,81 23

Imopolis 260,7 2,50 14 259,2 2,44 13 252,7 2,36 15

Interfundos 320,6 3,07 8 869,4 8,19 4 1 143,2 10,67 2

Invest Gestão de Activos 7,0 0,07 35 15,5 0,14 32

Margueira 74,1 0,71 23 78,1 0,74 24 77,1 0,72 25

Millennium bcp - G.F.I. 1 093,6 10,47 4 621,5 5,86 8 367,1 3,43 8

MNF Gestão de Activos 3,2 0,03 38

Norfi n 668,8 6,40 7 679,3 6,40 7 678,2 6,33 7

Orey Gestão de Activos 20,4 0,20 30 20,6 0,19 29 24,9 0,23 30

Privado Fundos 10,0 0,10 32 9,9 0,09 33 9,8 0,09 35

Predifundos 73,1 0,70 24 85,2 0,80 23 79,4 0,74 24

Refundos 83,6 0,80 21 86,2 0,81 22 87,8 0,82 22

Santander Asset Management 792,3 7,58 5 794,3 7,48 5 750,1 7,00 5

Selecta 238,5 2,28 15 240,8 2,27 14 242,2 2,26 16

SGFI 34,3 0,33 27 35,0 0,33 27 35,2 0,33 28

Silvip 308,6 2,95 9 308,2 2,90 10 299,6 2,80 11

Sonaegest 293,8 2,81 10 298,3 2,81 11 305,5 2,85 10

Square Asset Management 86,5 0,83 20 104,4 0,98 19 201,8 1,88 17

TDF 97,7 0,94 19 96,3 0,91 20 97,5 0,91 21

TF Turismo Fundos 103,0 0,99 18 105,4 0,99 18 107,4 1,00 20

Urbifundo 4,4 0,04 34 4,8 0,04 36 4,8 0,04 37

Vila Gale Gest 29,5 0,28 28 30,1 0,28 28 32,4 0,30 29

Valor Alternativo 9,2 0,09 33 9,2 0,09 34 9,2 0,09 36

TOTAL 10 448,5 10 613,0 10 714,4

RANKING GLOBAL DAS SOCIEDADES DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO

Dezembro 2007 Junho 2008 Dezembro 2008

0857 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO

Euro % Euro % Euro %

Projectos de Construção 3 700 231 525 35,4 3 796 614 397 35,8 3 848 131 486 35,9

Construções Acabadas Arrendadas 6 298 679 875 60,3 6 633 110 079 62,5 7 047 058 878 65,8

Construções Acabadas Não Arrendadas 1 289 905 573 12,4 1 444 568 801 13,6 1 573 902 505 14,7

Sub-Total Imóveis 11 288 816 973 108,0 11 874 293 277 111,9 12 469 092 869 116,4

Unidades de Participação em F. Investimento Imobiliário 41 813 084 0,4 55 168 443 0,5 50 190 440 0,5

Numerário e Depósitos à ordem 389 423 370 3,7 265 058 645 2,5 197 993 074 1,9

Fundos de Tesouraria 1 543 237 0,0 443 816 0,0 25 144 0,0

Sub-Total Liquidez à Vista 390 966 607 3,7 265 502 460 2,5 198 018 218 1,9

Depósitos com Pré-Aviso e a Prazo 351 637 769 3,4 237 443 969 2,2 270 859 566 2,5

Certifi cados de Depósito 6 838 488 0,1 22 899 639 0,2 59 656 119 0,6

Valores Mobiliários com vencimento residual < 12 meses 0,0 0,0 0,0

Sub-Total Liquidez a Prazo 358 476 256 3,4 260 343 608 2,5 330 515 685 3,1

Empréstimos Obtidos (1 860 396 029) -17,8 (2 056 450 228) -19,4 (2 464 492 853) -23,0

Descobertos (31 821 133) -0,3 (109 193 823) -1,0 (63 275 806) -0,6

Sub-Total Empréstimos (1 892 217 162) -18,1 (2 165 644 052) -20,4 (2 527 768 659) -23,6

Adiantamentos por conta de imóveis 419 517 229 4,0 429 795 577 4,1 462 421 205 4,3

Outros Valores Activos 701 049 328 6,7 757 146 660 7,1 657 853 547 6,1

Recebimentos por conta de imóveis (255 269 255) -2,4 (258 468 958) -2,4 (276 636 533) -2,6

Outros Valores Passivos (604 649 429) -5,8 (605 152 573) -5,7 (649 307 593) -6,1

TOTAL 10 448 503 631 100 10 612 984 441 100 10 714 379 178 100

COMPOSIÇÃO DO PORTFÓLIO GLOBAL

Dezembro 2007 Junho 2008 Dezembro 2008

35,4%

72,6%

-19,6%

7,2%

4,0%

0,4%

Dezembro 2007 Junho 2008

Dezembro 2008

Projectos de Construção

Construções Acabadas

UP's de F. Inv. Imobiliário

Liquidez

Adiant. por conta Imóveis

Outros Valores

35,8%

76,1%

-21,4%

5,0%

4,0%

0,5%

35,9%

80,5%

-26,1%

4,9%

4,3%

0,5%

0858 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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990

1040

1090

1140

1190

1240

1290

1340

1390

1440

1490

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

1 463,4

1 000,0

1 418,9

1 365,3

1 320,1

1 269,2

1 221,6

1 170,1

1 056,4

1 113,7

ÍNDICE IMOBILIÁRIO APFIPP (DEZEMBRO 1999 - DEZEMBRO 2008)

0859 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Dezembro 2007 Junho 2008 Dezembro 2008

Sociedade Gestora * Valor Quota Ord. Valor Quota Ord. Valor Quota Ord. Carteira Carteira Carteira

(106 Euro) % (106 Euro) % (106 Euro) %

BMF - SGP 30,9 0,06 11 29,9 0,06 11 33,7 0,06 11

BPI Gestão de Activos 4 346,4 7,94 4 3 858,1 7,09 5 3 305,4 6,24 5

BPN Gestão de Activos 555,6 1,02 8 380,6 0,70 8 182,8 0,34 8

Caixagest 15 783,6 28,83 2 17 058,3 31,36 1 17 472,4 32,97 1

Crédito Agrícola Gest 740,1 1,35 7 762,2 1,40 7 793,5 1,50 7

ESAF - G.P. 10 292,6 18,80 3 10 330,9 18,99 3 9 273,9 17,50 3

F & C Portugal 17 677,2 32,29 1 16 851,9 30,98 2 16 861,6 31,82 2

Finivalor 99,6 0,18 9 64,6 0,12 9 56,9 0,11 9

Montepio Gestão de Activos 873,1 1,59 6 847,0 1,56 6 845,2 1,60 6

Orey Gestão de Activos 64,7 0,12 10 62,8 0,12 10 49,9 0,09 10

Santander Asset Management 4 254,4 7,77 5 4 135,2 7,60 4 4 105,9 7,75 4

Valor Alternativo 20,8 0,04 12 14,7 0,03 12 7,4 0,01 12

TOTAL 54 738,9 54 396,1 52 988,5

RANKING GLOBAL DAS SOCIEDADES GESTORAS DE PATRIMÓNIOS

* Inclui apenas as carteiras geridas por 3 S.G.P. e 9 S.G.F.I.M. Associadas da APFIPP que representavam, em Setembro de 2008, 98,1% do total do volume de carteiras discricionárias geridas por S.G.P. e S.G.F.I.M. portuguesas.

0860 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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GESTÃO DE PATRIMÓNIOS *

Euro % Euro % Euro %

ACÇÕES NACIONAIS 3 621 921 371 6,6 2 385 485 175 4,4 1 547 210 892 2,9

OUTRAS ACÇÕES EUROPEIAS 2 095 876 206 3,8 1 559 352 018 2,9 1 111 614 495 2,1

ACÇÕES AMERICANAS 238 076 875 0,4 197 893 783 0,4 124 466 791 0,2

OUTRAS ACÇÕES INTERNACIONAIS 1 029 004 180 1,9 906 675 716 1,7 481 484 243 0,9

Sub Total Acções 6 984 878 632 12,8 5 049 406 692 9,3 3 264 776 421 6,2

DÍVIDA PÚBLICA EURO 12 464 005 278 22,8 12 215 996 336 22,5 13 444 569 744 25,4

DÍVIDA PÚBLICA USD 69 855 903 0,1 64 320 867 0,1 31 146 708 0,1

OUTRA DÍVIDA PÚBLICA 142 643 795 0,3 142 146 490 0,3 30 249 004 0,1

Sub Total Dívida Pública 12 676 504 976 23,2 12 422 463 693 22,8 13 505 965 456 25,5

OBRIGAÇÕES DIVERSAS EURO 22 926 650 787 41,9 24 620 706 670 45,3 23 762 593 782 44,8

OBRIGAÇÕES DIVERSAS USD 133 132 511 0,2 172 990 219 0,3 133 649 582 0,3

OUTRAS OBRIGAÇÕES DIVERSAS 291 697 500 0,5 234 856 116 0,4 185 482 366 0,4

Sub Total Outras Obrigações 23 351 480 798 42,7 25 028 553 006 46,0 24 081 725 731 45,4

UP´s F.I.M. DE ACÇÕES PORTUGUESES 236 823 119 0,4 217 371 625 0,4 114 838 097 0,2

UP´s F.I.M. DE OBRIGAÇÕES PORTUGUESES 282 933 312 0,5 195 413 007 0,4 102 025 137 0,2

UP´s F.I.M. MISTOS PORTUGUESES 29 349 336 0,1 33 183 361 0,1 18 669 547 0,0

UP´s F.I.M. DE TESOURARIA PORTUGUESES 444 673 047 0,8 327 102 875 0,6 308 645 546 0,6

UP´s FUNDOS DE FUNDOS PORTUGUESES 6 897 715 0,0 6 109 267 0,0 5 113 488 0,0

UP´s OUTROS F.I. MOBILIÁRIOS PORTUGUESES 445 265 468 0,8 458 058 711 0,8 219 162 038 0,4

UP´s F.I.M. DE ACÇÕES ESTRANGEIROS 1 165 531 838 2,1 823 372 322 1,5 606 856 295 1,1

UP´s F.I.M. DE OBRIGAÇÕES ESTRANGEIROS 231 356 943 0,4 243 352 316 0,4 231 847 145 0,4

UP´s OUTROS F.I. MOBILIÁRIOS ESTRANGEIROS 1 838 093 453 3,4 1 732 689 066 3,2 1 515 810 303 2,9

Sub Total F.I.M. 4 680 924 230 8,6 4 036 652 550 7,4 3 122 967 595 5,9

UP´s F.I. IMOBILIÁRIO PORTUGUESES 724 541 637 1,3 873 263 259 1,6 855 693 702 1,6

UP´s F.I. IMOBILIÁRIOS ESTRANGEIROS 314 855 443 0,6 356 903 091 0,7 355 357 839 0,7

WARRANTS 19 713 207 0,0 17 293 627 0,0 9 108 952 0,0

OUTROS VALORES MOBILIÁRIOS NACIONAIS 443 402 0,0 1 487 826 0,0 183 455 0,0

OUTROS VALORES MOBILIÁRIOS ESTRANGEIROS 367 571 911 0,7 552 329 258 1,0 473 350 726 0,9

OUTROS ACTIVOS 5 617 950 338 10,3 6 057 790 342 11,1 7 319 387 856 13,8

TOTAL 54 738 864 575 100,0 54 396 143 346 100,0 52 988 517 732 100,0

COMPOSIÇÃO DO PORTFÓLIO GLOBAL

* Inclui apenas as carteiras geridas por 3 S.G.P. e 9 S.G.F.I.M. Associadas da APFIPP que representavam, em Setembro de 2008, 98,1% do total do volume de carteiras discricionárias geridas por S.G.P. e S.G.F.I.M. portuguesas.

Dezembro 2007 Junho 2008 Dezembro 2008

0861 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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Composição do Portfólio Global

12,8%

23,2%

12,9%

8,6%

42,7%

Dezembro 2007 Junho 2008

Dezembro 2008

Dívida Pública

Obrigações

UP's Fundos Investimento

Outros Activos

Acções

9,3%

22,8%

14,4%

7,4%

46,0%

6,2%

25,5%

17,0%

5,9%

45,4%

0862 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

Page 63: RELATÓRIO DE ACTIVIDADES - apfipp.ptapfipp.pt/backoffice/box/userfiles/file/Relatorio_APFIPP2008.pdf · milhões de Euros, menos 1,25% do que no fi nal do ano ... 1Dado relativo

S.G.F. PENSÕES * Valor Quota Ord Valor Quota Ord Valor Quota Ord Carteira Carteira Carteira

(106 Euro) % (106 Euro) % (106 Euro) %

Banif Açor Pensões 264,7 1,21% 10 257,3 1,28% 10 245,9 1,24% 10

BBVA Fundos 366,6 1,68% 9 341,0 1,70% 9 352,0 1,78% 9

BPI Pensões 3 513,9 16,07% 2 3 124,7 15,53% 2 2 872,8 14,49% 2

CGD Pensões 1 452,3 6,64% 6 1 558,6 7,75% 5 1 577,6 7,96% 5

ESAF - F.P. 2 678,7 12,25% 3 2 370,8 11,78% 3 2 450,2 12,36% 3

Futuro 1 151,0 5,27% 8 1 134,4 5,64% 8 1 121,8 5,66% 8

Pedro Arroja - S.G.F.P. 0,2 0,00% 12 0,2 0,00% 12 0,2 0,00% 12

Pensõesgere 7 428,1 33,98% 1 6 553,4 32,58% 1 6 898,2 34,79% 1

Previsão 2 236,3 10,23% 4 2 081,3 10,35% 4 1 673,3 8,44% 4

Santander Pensões 1 488,1 6,81% 5 1 408,9 7,00% 6 1 393,6 7,03% 6

S.G.F.P.Banco Portugal 1 183,3 5,41% 7 1 186,5 5,90% 7 1 161,3 5,86% 7

SGF 97,1 0,44% 11 100,3 0,50% 11 80,5 0,41% 11

Total 21 860,3 20 117,5 19 827,5

RANKING GLOBAL DAS SOCIEDADES GESTORAS DE FUNDOS DE PENSÕES

* Apenas são consideradas as 12 Sociedades Gestoras Associadas da APFIPP. De acordo com dados provisórios do ISP, em 31 de Dezembro de 2008, estas Sociedades Gestoras eram responsáveis por 98,1% do total de volume gerido por Fundos de Pensões.

Dezembro 2007 Junho 2008 Dezembro 2008

0863 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

Page 64: RELATÓRIO DE ACTIVIDADES - apfipp.ptapfipp.pt/backoffice/box/userfiles/file/Relatorio_APFIPP2008.pdf · milhões de Euros, menos 1,25% do que no fi nal do ano ... 1Dado relativo

Euro % Euro % Euro %

Obrigações Taxa Fixa Euro 3 280 429 212 17,79% 3 673 775 111 21,80% 4 286 331 879 25,22%

Obrigações Taxa Fixa Internacional 180 746 783 0,98% 231 575 582 1,37% 89 329 349 0,53%

Obrigações Taxa Variável Euro 3 474 411 630 18,84% 3 432 644 959 20,37% 3 048 203 477 17,94%

Obrigações Taxa Variável Internacional 17 011 765 0,09% 8 079 007 0,05% 9 051 942 0,05%

Sub-Total Obrigações 6 952 599 391 37,70% 7 346 074 659 43,60% 7 432 916 647 43,74%

Acções Portuguesas 3 132 300 876 16,99% 1 993 422 211 11,83% 1 359 919 695 8,00%

Outras Acções Euro 813 428 821 4,41% 535 111 584 3,18% 431 222 779 2,54%

Acções Internacionais 1 007 143 355 5,46% 901 447 998 5,35% 448 834 623 2,64%

Sub-Total Acções 4 952 873 052 26,86% 3 429 981 793 20,36% 2 239 977 098 13,18%

Imóveis 1 306 725 396 7,09% 1 361 479 352 8,08% 1 487 766 989 8,76%

Fundos de Investimento Imobiliário 994 802 771 5,39% 1 068 342 656 6,34% 1 102 359 400 6,49%

Fundos de Investimento Acções 1 344 660 146 7,29% 1 119 121 762 6,64% 852 177 090 5,01%

Fundos de Investimento Obrigações 873 620 123 4,74% 871 044 791 5,17% 863 642 567 5,08%

Fundos de Investimento Tesouraria 21 167 847 0,11% 10 422 297 0,06% 20 874 901 0,12%

Outros Fundos de Investimento 289 965 428 1,57% 288 891 817 1,71% 251 612 757 1,48%

Sub-Total F. Investimento 3 524 216 314 19,11% 3 357 823 323 19,93% 3 090 666 715 18,19%

Liquidez / Mercado Monetário 1 022 096 304 5,54% 1 082 505 894 6,42% 2 749 843 955 16,18%

Investimentos Não Correlacionados 442 370 772 2,40% 335 335 683 1,99% 324 534 340 1,91%

Outros Activos e Passivos 239 815 371 1,30% -63 483 783 -0,38% -332 843 933 -1,96%

TOTAL 18 440 696 600 100,00% 16 849 716 921 100,00% 16 992 861 809 100,00%

* Inclui apenas os Fundos de Pensões geridos por 10 Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões (S.G.F.P.) Associadas da APFIPP que representavam, em Dezembro de 2008, 84,1% do total do volume sob gestão por Fundos de Pensões.

COMPOSIÇÃO DO PORTFÓLIO GLOBAL

Dezembro 2007 Junho 2008 Dezembro 2008

26,9%

37,7%

3,7%

12,5%

13,7%

Dezembro 2007 Junho 2008

Dezembro 2008

Obrigações

F.I.M.

Imobiliário

Liquidez

Acções

0,0%

43,7%

16,2%

15,2%

11,7%

5,5%

20,4%

43,6%

1,6%

14,4%

13,6%

6,4%

13,2%

Outros

FUNDOS DE PENSÕES*

0864 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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VII LISTA DASASSOCIADAS

GESTÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO

Banif Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.381.62.00 Fax: 21.381.62.01Dr. Luís Souto

Barclays Wealth Managers Portugal – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.791.11.11 Fax: 21.791.14.63Dra. Maria João Teixeira

BBVA Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.311.73.84 Fax: 21.311.75.72Dra. Carla Soares

BPI Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.311.10.26 Fax: 21.311.11.89Dr. José Veiga Sarmento

BPN Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 22.090.32.85 / 21.095.56.04 Fax: 22.090.32.65 / 21.094.86.79Dr. Luís Castro e Silva

Caixagest – Técnicas de Gestão de Fundos, S.A.Tel: 21.790.54.57 Fax: 21.795.32.06Dr. João Faria

Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.112.92.90 Fax: 21.112.92.99Dr. Sérgio Contreiras

ESAF – Espírito Santo Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.381.08.00 Fax: 21.381.08.79Dr. Fernando Coelho

Finivalor – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.790.28.00 Fax: 21.792.35.51Dr. Francisco Ferreira da Silva

Gerfundos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A.Tel: 21.007.13.53 Fax: 21.007.19.70Dr. Carlos Miguel de Paula Martins Roballo

Millennium bcp – Gestão de Fundos de Investimento, S.A.Tel: 21.113.29.42 Fax: 21.110.11.13Dr. Manuel de Vasconcelos Guimarães

Montepio Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A.Tel: 21.324.96.10 Fax: 21.324.96.11Dr. José Luís Leitão

Orey Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.340.70.00 Fax: 21.347.24.92Dra. Ana Catarina Viana Loureiro

Santander Asset Management, S.A.Tel: 21.370.40.81 Fax: 21.370.59.04Eng.º João Bouça de Morais

Valor Alternativo – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.420.05.30 Fax: 21.420.05.59Dr. Rui Vilas

0865 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

Page 66: RELATÓRIO DE ACTIVIDADES - apfipp.ptapfipp.pt/backoffice/box/userfiles/file/Relatorio_APFIPP2008.pdf · milhões de Euros, menos 1,25% do que no fi nal do ano ... 1Dado relativo

GESTÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO

Banif Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.381.62.00 Fax: 21.381.62.01Dr. Luís Souto

BPI Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.311.10.26 Fax: 21.311.11.89Dr. José Veiga Sarmento

BPN Imofundos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.Tel: 21.359.82.66 Fax: 21.359.82.83Dr. Luis Miguel Costa Faria

Companhia Gestora do Fundo Imobiliário Urbifundo, S.A.Tel: 21.012.45.00 Fax: 21.315.46.58

ESAF – Espírito Santo Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.Tel: 21.381.08.00 Fax: 21.381.08.79Dr. Fernando Coelho

Finivalor – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.790.28.00 Fax: 21.792.35.51Dr. Francisco Ferreira da Silva

Fundiestamo – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.Tel: 21.780.20.90 Fax: 21.795.05.21Dr. António Jorge de Oliveira Morgado

Fundimo – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.Tel: 21.790.54.50 Fax: 21.790.54.74Engº. Filipe Amado

Interfundos – Gestão de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.Tel: 21. 721.81.22 Fax: 21.110.11.25Dr. José Maria da Cunha

Millennium bcp – Gestão de Fundos de Investimento, S.A.Tel: 21.113.29.42 Fax: 21.110.11.13Dr. Manuel de Vasconcelos Guimarães

Orey Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.340.70.00 Fax: 21.347.24.92Dra. Ana Catarina Viana Loureiro

Refundos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.Tel: 21.302.17.63 Fax: 21.302.17.66Dr. Vitor Paranhos Pereira

Santander Asset Management, S.A.Tel: 21.370.40.81 Fax: 21.370.59.04Eng.º João Bouça de Morais

Selecta - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.Tel: 21.394.29.60 Fax: 21.394.29.69Dr. José António de Mello

Silvip – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.Tel: 21.315.46.51 Fax: 21.354.90.54Dr. António Serralha Ferreira

Square Asset Management – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.Tel: 21.380.82.90 Fax: 21.380.82.99Dr. Pedro Bordalo Coelho

TDF – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.Tel: 21.791.23.00 Fax: 21.794.11.32Arq.º Manuel Vieira Pereira

Valor Alternativo – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.420.05.30 Fax: 21.420.05.59Dr. Rui Vilas

0866 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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GESTÃO DE PATRIMÓNIOS

BMF – Sociedade de Gestão de Patrimónios, S.A.Tel: 21.924.68.90 Fax: 21.924.68.99Dr. António Bustorff

BPI Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.311.10.26 Fax: 21.311.11.89Dr. José Veiga Sarmento

BPN Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 22.090.32.85 / 21.095.56.04 Fax: 22.090.32.65 / 21.094.86.79Dr. Luís Castro e Silva

Caixagest – Técnicas de Gestão de Fundos, S.A.Tel: 21.790.54.57 Fax: 21.795.32.06Dr. João Faria

Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.112.92.90 Fax: 21.112.92.99Dr. Sérgio Contreiras

ESAF – Espírito Santo Gestão de Patrimónios, S.A.Tel: 21.381.08.00 Fax: 21.381.08.79Dr. Fernando Coelho

F&C Portugal - Gestão de Patrimónios, S.A.Tel: 21.003.32.00 Fax: 21.003.32.29Dr. João Santos

Finivalor – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.790.28.00 Fax: 21.792.35.51 Dr. Francisco Ferreira da Silva

Grow Investimentos – Gestão de Patrimónios, S.A.Tel: 21.413.53.90 Fax: 21.413.54.08Dra. Carmen Rodrigues dos Santos

Montepio Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A.Tel: 21.324.96.10 Fax: 21.324.96.11Dr. José Luís Leitão

Orey Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.340.70.00 Fax: 21.347.24.92Dra. Ana Catarina Viana Loureiro

Santander Asset Management, S.A.Tel: 21.370.40.81 Fax: 21.370.59.04Eng.º João Bouça de Morais

Valor Alternativo – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.Tel: 21.420.05.30 Fax: 21.420.05.59Dr. Rui Vilas

GESTORAS DE FUNDOS DE PENSÕES

Banif Açor Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.Tel: 21.381.62.00 Fax: 21.381.62.01Dr. Armando Bandeira

BBVA Fundos – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.Tel: 21.311.75.56 Fax: 21.311.73.29Dra. Maria Adelaide Cavaleiro

BPI Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.Tel: 21.311.10.10 Fax: 21.311.10.82Dr. José Veiga Sarmento

CGD Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.Tel: 21.790.54.36 Fax: 21.790.54.98Dr. António de Araújo Pontes

0867 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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ESAF – Espírito Santo Fundos de Pensões, S.A.Tel: 21.381.08.00 Fax: 21.381.08.79Dr. Fernando Coelho

Futuro – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.Tel: 21.324.96.40 Fax: 21.324.96.44Dr. José Luís Leitão

Pedro Arroja – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.Tel: 22.616.52.20 Fax: 22.616.52.29Dra. Fátima Pereira

PensõesGere – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.Tel: 21.006.94.55 Fax: 21.009.97.66Dr. Valdemar Duarte

Previsão – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.Tel: 21.500.42.71 Fax: 21.500.42.54Dr. Vítor Sequeira

Santander Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.Tel: 21.370.40.81 Fax: 21.370.59.04Eng.º João Bouça de Morais

SGF – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.Tel: 21.324.06.40 Fax: 21.346.01.85 Dr. José Manuel Pinhão Rodrigues

Sociedade Gestora de Fundos de Pensões do Banco de Portugal, S.A.Tel: 21.792.57.04 Fax: 21.794.19.13Dra. Helena Adegas

GESTÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO COM SEDE NO ESTRANGEIRO

BNP Paribas Asset ManagementTel: 21.791.02.34 Fax: 21.795.95.89Dr. Hugo Figueiredo

F & C Management Limited Tel: +44 20.762.88.000 Fax: +44 20.762.88.188Dr. Fernando Ribeiro

FIL Investments International - Sucursal en EspañaTel: +34.91.788.40.00 Fax: +34.91.661.92.17Dr. Sebastian Velasco

Pictet Funds, S.A.Tel: +34 91.781.65.20 Fax: +34 91.781.65.21Sr. Amancio Pérez

Schroder Investment Management Ltd – Sucursal en EspañaTel: +34 91.590.95.41 Fax: +34 91.590.95.71Dr. Leonardo Mathias

0868 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES