relatorio contraste
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trabalho de contraste radiológicoTRANSCRIPT
FACULDADE DE MINAS – FAMINASCURSO DE BACHARELADO EM BIOMEDICINA
CONTRASTE RADIOLÓGICO.(O uso do contraste no diagnostico radiológico)
Equipe:
Emerson Santos da Silva.
Isabela Cesso de Almeida Vieira
Josué Amaro de Souza Júnior
Leticia Andrade Rosa
Luana Roque Mendes
Thailane Costa da Silva
SETEMBRO DE 2015MURIAÉ – MG
Trabalho apresentado como parte das
exigências da disciplina imagenologia. prof.
Rafael Gonzalez, turma de biomedicina, 6º
período.
SUMÁRIO
1. CONCEITO...........................................................................................3
2. OBJETIVO............................................................................................4
3. CLASSIFICAÇÃO................................................................................ 5
4. APLICABILIDADE................................................................................7
4.1 Riscos x benefício da utilização dos meios de contraste....................8
4.2 Medidas práticas para redução dos riscos de reações adversas aos meios de contraste....................................................................................8
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................9
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1. CONCEITO.
Os meios de contraste radiológicos são compostos introduzidos no organismo por
diferentes vias, que permitem aumentar a definição das imagens radiográficas, graças
ao aumento de contraste provocado por eles, possibilitando, desse modo, a obtenção
de imagens de alta definição e, com isso, maior precisão em exames de diagnóstico por
imagem. Essas substâncias são introduzidas nos pacientes por via oral ou intravenosa,
elas podem causar danos chamados reações adversas, que alteram a corrente
sanguínea (PINHO et al 2009). Partindo deste princípio, diversas precauções
devem ser tomadas tanto com os pacientes, como no preparo e armazenamento dos
meios de contraste. Todos os meios de contraste iodados usados atualmente são
derivados do ácido 2,4,6 triiodobenzoico e são classificados com base nas suas
características físico-químicas, incluindo sua estrutura química, osmolaridade,
viscosidade, quantidade de átomos de iodo na estrutura, propriedades biológicas,
capacidade de ionização em solução, hidrossolubilidade, lipofilia e toxicidade. Os meios
de contraste iônicos são aqueles capazes de se dissociar em soluções
aquosas formando íons cátions e ânions, enquanto os não iônicos não
se dissociam, porém interagem com moléculas de água por meio de interações
intermoleculares.
Alguns cuidados no armazenamento e assepsia dos meios de contraste são
imprescindíveis, incluindo armazená-los ao abrigo de luz, uma vez que são
fotossensíveis, e distantes da incidência de raios X, pela possibilidade de a radiação
ionizante causar a degradação das moléculas, alterando assim a estrutura do meio de
contraste e, com isso, suas propriedades de contraste nas imagens radiológicas. Além
disso, é importante mantê-los na temperatura de 15 a 25ºC, uma vez que em baixas
temperaturas pode ocorrer a formação de cristais.
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2. OBJETIVO.
São substâncias utilizadas com a finalidade de distinguir radiograficamente a
composição de órgãos que se mostram semelhantes diante do exame, podendo ser
administradas nas cavidades, órgãos, artérias e veias.
Sua relevância está em permitir que haja uma ampliação na definição das imagens
radiográficas, devido ao aumento de contraste provocado por eles, possibilitando,
então, a obtenção de imagens de alta definição e, com isso, maior precisão em exames
de diagnóstico por imagem. A utilização de compostos com a finalidade de melhorar a
qualidade das imagens radiológicas é bastante antiga, cerca de mais de meio século.
Desde então, reações adversas resultantes da introdução de uma substância estranha
ao corpo humano, administrada via oral ou intravenosa, têm sido relatadas, uma vez
que nem sempre estas substâncias são inofensivas e algumas vezes podem alterar a
circulação sanguínea causando reações inesperadas.
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3. CLASSIFICAÇÃO
Os meios de contrastes radiológicos são classificados quanto à capacidade de absorver
radiação, composição, solubilidade, natureza química, capacidade de dissociação e via
de administração. Conforme abaixo descrito:
Quanto à capacidade de absorver radiação podem ser: Positivos ou radiopacos: São os
que quando presentes em um órgão; absorvem mais radiações do que as estruturas
anatômicas que o rodeiam.
Negativos ou radio transparentes: São considerados os que quando presentes em
determinados órgãos absorvem quantidades menores de radiação do que as estruturas
adjacentes. Este meio inclui a bolha de ar presente no estômago, o carbonato de cálcio
utilizado na produção de gás carbônico na técnica de duplo contraste.
Quanto à composição dividem – se em: Iodados: Que contém iodo (I) em sua
composição como elemento radiopaco. Não iodados: São os que não contêm iodo em
sua composição, porém apresentam outros átomos como elementos radiopacos.
Nestes enquadram–se o Sulfato de Bário e o Gadolínio.
Quanto à solubilidade são: Hidrossolúveis: Os que se dissolvem na água;
Lipossolúveis: Os que se dissolvem em lipídios; Insolúveis: Estes não se dissolvem
nem em água e nem em gorduras, como exemplo temos o Sulfato de Bário.
Em relação à Natureza Química podem ser:
Orgânicos: Representam os que contêm Carbono (C) em suas moléculas;
Inorgânicos: São os que não contêm Carbono (C) nas moléculas.
Quanto à capacidade de Dissociação dividem-se em:
Iônicos: São os elementos que quando em solução formam os chamados compostos
iônicos, onde os ânions e os cátions se dissociam, dão íons positivos e negativos.
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Não iônicos: São os elementos que quando em solução não se dissociam em íons,
assim a reação química entre os componentes se dá por covalência, apresentam baixa
osmolaridade. Pelo fator de segurança alguns autores enfatizam a utilização de meios
de contraste Não Iônicos. Quanto as Vias de Administração classificam-se em:
Oral: Quando o meio de contraste é ingerido por via oral, como por exemplo, o Sulfato
de Bário para a esofagoestomagoduodenografia;
Parenteral: Quando o meio de contraste é administrado por uma via endovenosa, como
na urografia excretora e na flebografia, também pode ser utilizado pela via arterial como
para as arteriografias;
Endocavitário: Quando o meio de contraste é administrado por meio de orifícios que
comunicam alguns órgãos com o exterior, como por exemplo, o enema opaco,
uretrocistografia miccional, histerossalpingografia pós-operatória etc.;
Intracavitário: Quando o meio de contraste é administrado por meio da parede da
cavidade em questão, como por exemplo, nas colangiografias pós-operatórias pelo
dreno, artrografia, fistulografia, etc.
Os pacientes com potencial aumentado para alergias podem apresentar reações de
hipersensibilidade ao meio de contraste, para isso alguns médicos radiologistas
prescrevem anti-histamínicos ou corticosteroides para serem tomados antes do exame
como uma medida de profilaxia. Algumas das principais contraindicações ao uso de
agentes contrastantes são o hipertireoidismo manifesto e a insuficiência renal, pela
maioria dos contrastantes apresentarem suas excreções pela via renal.
As reações adversas e os efeitos colaterais mais frequentes relacionados com o uso de
contrastes iodados são classificados em leves, moderados e graves. Na sintomatologia
da classificação leve, o paciente apresenta sensação de calor e dor, eritema, náuseas e
vômitos.
Na moderada, podem estar presentes as urticárias com ou sem prurido, tosse do tipo
irritativa, espirros, dispneia leve, calafrios, sudorese, tontura e cefaleia. Na reação
adversa caracterizada como grave, o paciente apresenta edema periorbitário, dor
torácica, dispneia grave, taquicardia, hipotensão, cianose, agitação, confusão e perda
da consciência podendo levar ao óbito.
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4. APLICABILIDADE
Estes meios são aplicados nos seguintes exames: ressonância magnética, tomografia
computadorizada, angiografias e exames radiológicos.
A utilização de contrastes em exames radiológicos visa a obtenção de melhor definição
de imagens em órgãos com densidade semelhante. Portanto, meios de contrastes
radiológicos são compostos que, quando introduzidos no organismo por diferentes
vidas, conseguem dar melhor definição às imagens radiográficas feitas pelos vários
métodos de diagnóstico por imagem (schering, 2004).
Para Nischimura (1999), os exames radiológicos contrastados podem ser do tipo:
angiografia, aortografia torácica, arteriografia,
flebografia, linfografia, artrografia, broncografia, colangiografia, dacriocistografia, genito
grama, histerossalpingografia, mielografia, sialografia, urografia, estudo radiológico
contrastado do esôfago, estomago e duodeno (REED), transito intestinal
e enema opaco.
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4.1 riscos x benefícios da utilização dos meios de contraste
As reações adversas desenvolvem-se, com grande risco, em pacientes debilitados e
instáveis e são associadas aos efeitos quimiotóxicos dos meios de contraste
intravasculares.
O paciente está submetido ao maior risco quando ocorre à administração de meios de
contraste pela via venosa e arterial, sendo o iônico mais tóxico do que o não iônico. Os
pacientes com maior probabilidade de desencadear reações de risco são:
Tendências alérgicas: risco relativo duas vezes maior que a população em geral para
desenvolver reação anafilactóide;
Asmáticos: risco cinco vezes maior;
Histórico de reação adversa ao meio de contraste com ausência de tratamento: risco de
três a oito vezes maior.
Estes efeitos adversos podem ser classificados em: leve (náuseas, prurido, sudorese),
moderado (síncope, edema facial, broncoespasmo leve) e grave (edema pulmonar,
edema de glote, parada respiratória e cardíaca, convulsões e óbito).
4.2 Medidas práticas para redução dos riscos de reações adversas aos meios de contraste
As medidas para diminuição de reações adversas dependem do meio de contraste
administrado. No baritado, recomenda-se ingestão de bastante líquido e tomar
laxativos, no caso de ter tendência a constipação; no iodado é recomendada a
execução da angiografia e da mielografia, pelo fato de serem exames realizados em um
período curto de tempo, antes da absorção do mesmo, pois se o meio de contraste for
visualizado durante a absorção, haverá alteração no resultado do exame.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PINHO, P. E. K; GEWERHR, M. P; SILVA, P. W. C; BARISIN, A; JR, TILLY, G. J;
SOBOLL, S. D. Radiologia Brasileira, Avaliação de meios de contraste submetidos à radiação ionizante, Radiol. Bras. Vol. 42 no. 5 São Paulo Sept./oct.2009.
Radiologia diagnóstico por imagem: aparelho respiratório. Rio de Janeiro: Rubio,
2004. 282 p. ISBN 85-87600-48-6.
SUTTON, David. Tratado de radiologia e diagnóstico por imagem. v.1. 6.ed. Rio de
Janeiro: Revinter, v.1. 2003. 788 p. ISBN 85-7379-700-0.
Sutton, D. Radiologia e imagenologia para estudantes de medicina. São Paulo.
Ed. Manole, 2003. 382 p. ISBN 93-2365-657-6.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA.
Portaria 453/98 – Diretrizes de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico. Diário Oficial da União, Brasília, 2 jun. 1998.
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