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1 RELATÓRIO COM DOCUMENTOS E PROPOSTAS APROVADOS EM PLENÁRIA FINAL DA XI CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE E ANEXOS SÃO PAULO, 06 DE NOVEMBRO DE 2001

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RELATÓRIO COM DOCUMENTOS EPROPOSTAS

APROVADOS EM PLENÁRIA FINALDA

XI CONFERÊNCIA MUNICIPAL DESAÚDE

EANEXOS

SÃO PAULO, 06 DE NOVEMBRO DE 2001

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DOCUMENTO TESE PARA XI CONFERERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE

O Secretário Municipal da Saúde – Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho – oferece aos Delegados

e Convidados da XI Conferência Municipal da Saúde de São Paulo o presente documento que congrega as

propostas e teses desta Administração como subsídio às discussões e debates que deverão convergir para

um Documento Final a ser apreciado ao término da Conferência.

HENRIQUE CARLOS GONÇALVESCoordenador Geral da XI Conferência Municipal de Saúde

Neste momento em que recebemos você como participante dessa Conferência Municipal, queroinsistir naqueles temas que orientam nosso Governo nestes 10 primeiros meses de Administração.

Começo pelos Princípios:

1 - O SUS é Nacional e Constitucional.O SUS é a maior reforma do estado em andamento no país. Ele é uma política pública patrimônio

do nosso povo que se baseia na universalização, descentralização, democratização da gestão,integralidade e execução mista dos serviços (pública/privada). Ele não é municipal, estadual ou federal, énacional. Ele não é do PT, do PSDB, do PFL é constitucional.Por isso nossa orientação tem sido garantir sua perenidade que atravesse governos, e não admitirnomeações meramente políticas para dirigir Distritos de Saúde ou Hospitais, ou criar "marcas de fantasia"próprias de tal ou qual força política.

2 - A rede básica é a PrioridadeQueremos reorientar a assistência de forma a prestigiar a atenção básica. Ela é que deve orientar o

conjunto do sistema. Ser sua porta de entrada, perto de onde mora o povo, humanizada e personalizada. Éesta orientação que também, a médio prazo, liberará os Hospitais e Pronto Socorros, hoje asfixiados pordemanda excessiva e distorcida, para atender os casos realmente urgente e mais complexos.

3 - Nem Perseguição, Nem PrivilégioUma só lei para todos. Nossa tarefa é pacificar a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo após

anos de overdose de política partidária interferindo na sua administração. Nem perseguição a quemsimplesmente trabalhou nas antigas Cooperativas e, para os que tiveram nossa posição política e resistiramà sua implantação, que sejam garantidas melhores condições de trabalho para todos e retorno de todos osfuncionários da SMS que desejarem retornar, inclusive operacionais. Agora todos devem seguir a mesma leie ter os mesmos direitos e deveres. Quanto aos que cometeram irregularidades administrativas, para estes haverá a rigorosa apuraçãodos fatos e as penalidades previstas na lei se forem provadas suas responsabilidades.

Vamos agora às principais reformas:

1 - Reconstruir a SMS:

Primeiro a questão de pessoal. Tínhamos 17.000 trabalhadores nas cooperativas (5.000funcionários e 12.000 contratos irregulares), 13.000 no que sobrou da Secretaria e 10.000 exilados.Houve uma mega movimentação de pessoal, principalmente entre final de junho e agosto 2001:♦ 5.000 funcionários voltaram das Cooperativas;♦ 12.000 contratados irregulares, foram dispensados;♦ 13.000 funcionários SMS, foram remanejados, parcialmente;♦ 5.000 exilados voltaram a SMS;♦ 11.000 foram contratos de emergência.

2 - Municipalização

É o início da implantação efetiva do SUS na Capital.

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Nosso pedido de municipalização da rede básica foi aprovado no início do ano e até dezembro de2001 todas as 200 Unidades Básicas e os 150 PSF administrado pelo Governo Estadual deverão ter sidointegrados à rede municipal sob nossa gerência.

Queremos ainda este ano de 2001 dar entrada no pleito de municipalização plena.Iniciamos o processo de implantação do cartão SUS pelos Distritos de Saúde de Vila Prudente,

Penha e Perus.Iniciamos o processo de fusão do trabalho de SMS e Bombeiros nos resgates.Iniciamos a articulação com os quatro grandes Hospitais de São Paulo: HC, Hosp. São Paulo, Santa

Casa e Santa Marcelina para sistematizar o atendimento de urgência/emergência e de alta complexidade naCapital.

3- Distritalização

Em janeiro de 2001 dividimos a cidade em 41 Distritos de Saúde respeitando a geografia dosdistritos administrativos e reunindo em cada um deles cerca de 250.000 habitantes. Eles sãocorrespondentes as 100 maiores cidades entre os 5550 municípios do Brasil.

Assim os Diretores de Distritos, na medida que os Distritos de Saúde vão crescendo em músculosserão na verdade os verdadeiros secretários de saúde de Perus, Parelheiros, Cidade Tiradentes, Butantã,etc.

Estamos implantando outra proposta inédita no Brasil que é o Distrito de Saúde Escola em conjuntocom a UNIFESP (V. Maria e Sacomã) USP (Butantã), Santa Casa (Santa Cecília) e UNISA (Parelheiros eGrajaú).

Nas direções dos nossos Distritos temos praticamente todas especialidades da Saúde: Enfermeiras,Farmacêuticas, Assistentes Sociais, Psicólogas, Médicas, Dentistas e outras.

4 - Modernização da Gestão

Estamos começando a informatização de SMS.Já estamos com Projeto de Lei da criação das autarquias para Hospitais e Pronto Socorros para

julgamento da Câmara Municipal.Encaminhamos e está sendo analisado pelo conjunto da administração vários outros projetos como

por exemplo o contrato de gestão e salário variável em função das dificuldades e acesso, tempo integral,desempenho das equipes, etc., que serão debatidos em mesa de negociação da SMS com as entidadesrepresentativas dos Serviços Públicos (Municipal, Estadual, Federal e outros).

5 - Programa Saúde da Família

É hoje a estratégia mais importante para organizar o SUS no Brasil.Vamos incorporar às equipes do PSF estadual e levar este tipo de atendimento ao conjunto da

cidade.Já conseguimos firmar acordo de cooperação com 10 Instituições de grande tradição na área de

assistência a saúde e assistência social em São Paulo que vão nos ajudar na administração/implantação doPSF.

Já contratamos quase 2.000 agentes comunitários, queremos contratar mais 3.000 até o início de2.002. Pretendemos ter 250 novas equipes até o final deste ano. Nossa meta é ter 1.500 equipes na cidadeaté o final do governo.

Concluímos com um apelo a sociedade civil de São Paulo da dona de casa ao industrial: participemplenamente dos nossos 400 Conselhos de Gestão de unidade de serviço (Hospitais até UBSs), dos nossos41 Conselhos Distritais, dos nossos comitês de consensos técnicos (Saúde da Mulher, Saúde doTrabalhador, AIDS, etc) e do nosso Conselho Municipal. São 5.000 possibilidades para você ajudar aconstruir esta política pública - o SUS - que será com certeza, no futuro um dos elementos chaves nacoesão social, na solidariedade do Brasil.

EDUARDO JORGE MARTINS ALVES SOBRINHOSecretário Municipal da Saúde

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Neste momento em que realizamos a XI Conferência Municipal de Saúde em SãoPaulo, nos confrontamos com uma situação de saúde complexa e diferenciada se pensarmos nasdimensões da cidade e na diversidade de seus problemas. Tal situação, que já era difícil há 09 anos atrás,foi agravada pelo desmando e irregularidades praticadas em oito anos de governo Municipal que, além deabuso de poder e descaso da coisa pública, desconsiderou toda a experiência e conhecimento acumuladosnas últimas décadas pela área de Saúde. Voltando um pouco no tempo, nas décadas de 40/50 que estão só meio séculodistantes de nós, se iniciavam os trabalhos da Organização Mundial de Saúde e se conceituava saúdecomo “o estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ouenfermidade”. Vemos, com os nossos olhos de hoje, que este conceito é idealista e não dá conta daaproximação com a realidade por colocá-la num plano geral e distante, portanto, de difícil superação. Na década de 60 a discussão da “história natural da doença” recoloca o conceitode saúde como “saúde-doença” e questiona o “completo bem estar”, possibilitando também pensarhistoricamente este processo. Esta visão incorpora ainda, a importância da multicausalidade dos processosmórbidos e a influência do “meio externo” levando-se em consideração uma visão ecológica e a importânciasocial e econômica das doenças e do atendimento à saúde. A partir desse momento, além da preocupaçãocom a cura e a reabilitação, passa a estar em pauta também a promoção e a proteção específica da saúde. Neste mesmo momento e a partir da visão sistêmica, os serviços de saúde sãoreorganizados, inicialmente no plano Estatal e sem a participação dos trabalhadores e da população. Nadécada de 80 com a conquista de postos importantes por técnicos comprometidos com a reforma sanitáriainicialmente em governos estaduais e depois municipais, há o fortalecimento do processo demunicipalização da saúde e em 1987 há a fundação do CONASEMS (Conselho Nacional de SecretáriosMunicipais de Saúde). Em março de 1986 acontece em Brasília a VIII Conferência Nacional de Saúde quecontou com a presença de milhares de delegados representando usuários, trabalhadores da saúde,diferentes níveis de governo, universidades, etc., como resultado de amplo debate em conferênciasmunicipais e estaduais que não só ampliam o conceito de saúde para direito de cidadania e dever doEstado, como instituem a construção do Sistema Único de Saúde consolidada pela Lei Orgânica da Saúdeem 1989/90. Portanto, hoje vivemos o momento da reconstrução de São Paulo, também vivemoso momento da possibilidade concreta de construção do SUS no Brasil. O Município de São Paulo, quepermaneceu por oito anos a margem deste processo apesar de abrir as janelas para a fome, a miséria, odescalabro, vê a luz clara da possibilidade de transformação dada pela energia que aos poucos vai sendoconseguida a cada resgate de propostas, a cada discussão, a cada novo movimento em direção aoatendimento digno da população, voltados aos pressupostos da humanização em consonância com osconceitos da Lei Orgânica do SUS de universalidade, integralidade, descentralização, equidade e controlesocial garantidos pela Constituição de 1988. Foi nesta perspectiva que o atual Conselho Municipal de Saúde elegeu comoquestões prioritárias para a implantação do SUS em São Paulo:- o Direito à Saúde- a Qualidade de Vida- a Apropriação do Território e- a Inclusão

Elegeu também como áreas prioritárias de discussão, as da Vigilância Sanitária, daSaúde Mental e do Trabalhador, que apontarão propostas para discussões no nível estadual e federal.

Já com base nestas questões é que o governo Municipal construiu sua proposta dereconstrução da saúde na cidade de São Paulo, propondo a Distritalização permeada pelo processo deMunicipalização, no sentido de garantir com a descentralização político-administrativa:• o Direito à Saúde e acesso eqüânime aos serviços• a apropriação do Território propiciando a compreensão de sua complexibilidade singular e a busca de

soluções para seus problemas• a busca da Inclusão que vem da relação direta com a população, desburocratizada, vitalizada para a

construção intersetorial da melhoria da qualidade de vida no município.É nesta lógica que localizamos o eixo estruturante da reconstrução da rede de

serviços no Programa de Saúde da Família que considera o território como referência de adscrição daclientela e dos principais problemas de saúde ou de outras áreas sociais como base para desenvolvimentodas ações da rede de serviços daquela área.

Além disto, este modelo permite tanto a inclusão daquele que não tem hoje acessoao serviço quanto possibilita a democratização do atendimento, quando não atua a partir de um conceito desaúde calcado na visão médica e medicalizante, mas na do atendimento individual e coletivo baseado notrabalho em equipe. Esta equipe inicialmente se constitui pelos Agentes Comunitários de Saúde, pessoas

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da população que são o elo principal do serviço de saúde com a comunidade, dos Auxiliares deEnfermagem, do Médico e da Enfermeira. A partir da necessidade e da organização da demanda ela seamplia com as equipes de Reabilitação, de Saúde Bucal, Saúde Mental, etc.Não se trata, portanto, de umaproposta para áreas de extrema exclusão social, mas para toda a cidade, na medida em que considera ahierarquização dos problemas e a regionalização do atendimento. Não se constituindo em um Programa,mas no eixo reorganizador da atenção à saúde, possibilita ao Distrito de Saúde a reorganização contínua doatendimento e a substituição do modelo de atenção.

Não podemos deixar de considerar a importância do debate amplo destas propostase é com este espírito que, a partir das discussões e propostas já iniciadas nas plenárias dos diversossegmentos, se darão as discussões da XI Conferência Municipal de Saúde da cidade de São Paulo.

IZAMARA GRAÇA CIRYNO DE GOUVEIARelatora Geral da XI Conferência Municipal de Saúde de São Paulo

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1 – REORGANIZAÇÃO DA SMS

1.1. A Secretaria Municipal da Saúde - SMS passará a funcionar com a seguinte estruturabásica:I. Conselho Municipal de Saúde;II. Gabinete do Secretário;III. Distritos de Saúde;IV. Unidades de Saúde.

1.2. Entende-se por Distrito de Saúde a instância gestora dos serviços de saúde de umaárea de abrangência geograficamente delimitada e continente de um território, onde se dão as relaçõessociais, ambientais, econômicas e políticas.

1.3. Entende-se por Unidades de Saúde todas aquelas que prestam ações e serviços, diretaou indiretamente, à pessoa, à família e à comunidade, parte integrante do território.

1.4. As Unidades de Saúde que prestam assistência ambulatorial ficam subordinadas aosDistritos de Saúde.

1.5. A gestão da assistência hospitalar será pactuada pela gerência hospitalar, pelasdireções das Autarquias da área de influência do hospital e pelo Gabinete do Secretário.

1.6. O Conselho Municipal de Saúde manterá suas atribuições atuais.

1.7. O Gabinete do Secretário Municipal da Saúde fica reordenado, conforme segue:I. Secretário Municipal;II. Secretário Adjunto;III. Chefia de Gabinete;IV. Comissão de Gestão;V. Assessorias Técnica, Jurídica, Comunicação e Imprensa e Parlamentar;VI. Divisão Administrativa;VII. Divisão Técnica Financeira;VIII. Divisão Técnica de Suprimentos;IX. Coordenação de Desenvolvimento da Gestão Descentralizada – COGest;X. Coordenação de Apoio ao Desenvolvimento da Gerência Hospitalar - COGerH;XI. Coordenação de Recursos Humanos – CRH;XII. Coordenação de Epidemiologia e Informação –CEInfo.

1.8. A Comissão de Gestão será instituída, composta e presidida pelo Secretário Municipalde Saúde.

1.9. A Coordenação de Desenvolvimento da Gestão Descentralizada - COGest passa afuncionar com a seguinte organização:a) Diretoria1. Assistência Técnica;2. Apoio Administrativo.b) Comitê de Assessores de Políticas e Consensos Técnicos;c) Gestão de Parcerias;d) Gerência de Controle e Gestão de Qualidade da Assistência;e) Gerência de Desenvolvimento de Projetos;f) Gerência do Sistema Municipal de Regulação;1. Plantão Controlador Municipal;2. Centrais de Regulação;3. CECOM.g) Centro de Controle de Doenças (CCD).

1.10. A Coordenação de Apoio ao Desenvolvimento da Gerência Hospitalar - COGerHpassa a funcionar com a seguinte organização:a) Diretoria1. Assistência Técnica;2. Apoio Administrativo.

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b) Gerência de Desenvolvimento de Projetos;c) Gerência da Qualidade Hospitalar.

1.11. A Coordenação de Recursos Humanos - CRH passa a funcionar com a seguinteorganização:a) Diretoria1. Assistência Técnica;2. Apoio Administrativo.b) Centro de Formação e Desenvolvimento dos Trabalhadores da Saúde - CEFOR;c) Gerência de Desenvolvimento de Projetos;d) Gerência de Ingresso e Movimentação de Pessoal;e) Gerência de Administração de Pessoal;f) Postos Avançados de RH.

1.12. A Coordenação de Epidemiologia e Informação - CEInfo passa a funcionar com aseguinte organização:

a) Diretoria1. Assistência Técnica;2. Apoio Administrativo.b) Gerência Técnica de Informação Epidemiológica;c) Gerência Técnica de Informação Gerencial;d) Gerência Técnica de Informação Sócio-Ambiental;e) Postos Avançados de Informações/ Informática.

1.13. As Divisões Administrativa, Financeira e de Suprimentos têm suas estruturas mantidase subordinam-se à Chefia de Gabinete.

1.14. O Distrito de Saúde fica reorganizado conforme segue:a) Diretoria1. Núcleo Interdisciplinar de Assistentes Distritais;2. Apoio Administrativo.b) Conselho Distrital de Saúde;c) Unidades de Vigilância à Saúde - UVIS;d) Unidades de Saúde.

1.15. As Unidades de Saúde mantém a constituição estabelecida na legislação em vigor,enfatizando-se a instalação dos respectivos Conselhos.

1.16. O Centro de Controle de Doenças, o Centro de Controle de Zoonoses e as equipesdistritais estabelecerão a composição e as atribuições das Unidades de Vigilância à Saúde - UVIS(compreendendo vigilância epidemiológica, vigilância sanitária e controle das antropozoonoses).

1.17. O Núcleo Interdisciplinar de Assistentes Distritais definirá as unidades de saúde quesediarão as Unidades de Vigilância à Saúde - UVIS.

1.18. O Gabinete do Secretário Municipal da Saúde será responsável por:

I. Definir, em conjunto com o Conselho Municipal de Saúde as políticas de saúde do Município;

II. Oferecer, na área de sua atribuição, subsídios ao Governo Municipal para formulação das diretrizesde saúde;

III. Estabelecer convênios de cooperação técnica, científica e administrativa com outros órgãos einstituições de áreas afins;

IV. Definir normas e padrões de atividades no âmbito de saúde;

V. Estabelecer sistemas administrativos de apoio gerencial aos Distritos de Saúde, na área financeiro-orçamentária, de suprimentos, de manutenção de bens móveis e imóveis, na área de pessoal e naárea da informação e informática, a serem executados pelos Postos Avançados.

1.19. A Comissão de Gestão será responsável por:

I. Assessorar o Secretário da Pasta e o Conselho Municipal de Saúde, na formulação da política desaúde do município;

II. Conduzir o processo de Planejamento Estratégico da SMS;

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III. Garantir a articulação permanente entre o Plano Estratégico da Secretaria com os planos dosDistritos de Saúde;

IV. Acompanhar o processo de elaboração e de execução do orçamento;

V. Determinar a execução das deliberações emanadas do Conselho Municipal de Saúde;

VI. Controlar e avaliar, regularmente, os resultados e o impacto do plano adotado;

VII. Acompanhar e avaliar os convênios e parcerias de cooperação técnica, científica e administrativa.

VIII. Garantir ações e serviços de saúde do trabalhador em todos os níveis de complexidade do SUS.Para tal, deverá ser elaborado um decreto municipal disciplinando as competências dos níveisbásico, especialidades e referências e serviços de alta complexidade na execução das ações desaúde do trabalhador.

IX. Garantir a participação do controle social, já apontada nos documentos base das oficinas realizadasde assistência, legislação, vigilância sanitária e epidemiológica como princípio para inserção dasaúde do trabalhador, contemplando inclusive o trabalhador informal.

X. Garantir o sistema de referência e contra-referência, com profissionais treinados e capacitados emtodos os níveis de complexidade do SUS.

XI. Garantir que os CRTs sejam referência para os casos mais complexos e que tenham um papel detreinamento e acompanhamento (execução) das ações em saúde do trabalhador, incluindo avigilância nos diversos níveis hierárquicos, conforme princípio do SUS.

XII. Implementar a municipalização com gestão plena para se implantar a fiscalização dos ambientes detrabalho na cidade.

XIII. Diligenciar ações junto à Câmara Municipal para a aprovação do PL 779/98, que propõe a adoçãopelo Município de São Paulo do Código Sanitário de São Paulo.

XIV. Organizar a política de ação em saúde do trabalhador junto aos Distritos de Saúde, contemplandoas demandas e o reconhecimento do território para estabelecer prioridades neste campo de atuaçãodo SUS.

XV. Estabelecer e padronizar protocolos de atendimentos para problemas específicos.

XVI. Incluir nas fichas de atendimento dados sobre a questão do trabalhador (local de trabalho, ramo deatividade, situação funcional, além do quesito cor/raça, entre outros).

XVII. Treinamento e qualificação da rede básica de saúde, de forma descentralizada, a fim dedesenvolver ações em saúde do trabalhador em todos os níveis de complexidade do SUS. Taisações devem abranger a assistência à saúde, assim como a vigilância epidemiológica e sanitária.

XVIII. Garantir que temas de relevância em saúde do trabalhador sejam contemplados nas açõesreferentes aos diversos ciclos de vida:

- ações de erradicação do trabalho infantil junto à atenção à saúde da criança

- ações de assistência aos acidentes e doenças do trabalho, assim como vigilância aos riscos noambiente de trabalho junto à atenção à saúde do adolescente, do adulto, da mulher e do idoso.

- vigilância específica aos riscos no trabalho da mulher gestante

- ações preventivas e de vigilância sobre os agravos à saúde decorrentes da discriminação e humilhaçãono trabalho.

- desenvolver na atenção à saúde do idoso ações preventivas sobre o envelhecimento precoce causadopelo trabalho.

XIX. Que o trabalhador, por meio do controle social, participe na eleição das prioridades dos projetos deintervenção no ambiente de trabalho. Os critérios de priorização deverão pautar-se no perfil demorbi-mortalidade, processo de trabalho e fatores de riscos e ramo de atividade, com abrangênciaem todo o município. Esses projetos deverão incluir os trabalhadores informais e os dascooperativas de serviços.

XX . Criar comissões com a finalidade de elaborar procedimentos de coleta e sistematização de dados naárea de saúde do trabalhador junto à Prefeitura Municipal de São Paulo e outras instituiçõesestaduais e/ou federais, tais como INSS, Junta Comercial, Sindicatos, etc. Essas comissões deverãoser formadas por profissionais dos serviços de saúde e usuários, visando estabelecer um plano detrabalho para a vigilância epidemiológica na área de saúde do trabalhador.

XXI. Os CRTs devem garantir o atendimento aos trabalhadores enquanto a rede básica de saúde nãoestiver capacitada e estruturada para desenvolver essas ações.

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XXII. O gestor municipal deverá pautar junto às Comissões Intergestores Bi e Tripartite a necessidadeurgente de elaboração de instrumentos operacionais para as ações de saúde do trabalhador a seremcontempladas pela NOAS. Tais instrumentos deverão ser incluídos nos sistemas SIA (Sistema deInformações Ambulatoriais) e SIH (Sistema de Informação Hospitalar), assim como na composição doPiso de Atenção Básica (PAB).

1.20. A Coordenação de Desenvolvimento da Gestão Descentralizada - COGest seráresponsável por:

I. Apoiar o processo de implantação do SUS, com fortalecimento da programação local e da gerênciados Serviços de Saúde, sob gestão distrital;

II. Participar na definição das prioridades de saúde e das conseqüentes estratégias de intervençãomunicipal; pactuando a gestão da assistência hospitalar, pelos diretores de Distritos de Saúde daárea de influência do Hospital e pelo Gabinete do Secretário.

III. Coordenar o desenvolvimento da Gestão Distrital;

IV. Apoiar os Distritos de Saúde na formulação e na implementação dos Planos Distritais de Saúde,propondo metodologias, estratégias e normas para seu desenvolvimento contínuo, harmônico eintegrado ao Plano Municipal de Saúde;

V. Fomentar a formulação e o desenvolvimento de projetos de intervenção na realidade sócio-ambiental e epidemiológica, a partir dos Distritos de Saúde;

VI. Instrumentalizar a normatização de ações de saúde, com base numa agenda de compromissos coma Gestão do Cuidado em Saúde, e apoiada em protocolos técnicos e consensos científicos;

VII. Prestar assistência ao desenvolvimento, implantação e controle técnico de políticas e ações desaúde;

VIII. Implantar os Sistemas Gerenciais do SUS, consolidando e avaliando o seu funcionamento;

IX. Estruturar as ações de avaliação e controle da assistência prestada e os sistemas de auditoria eacreditação de Serviços de Saúde;

X. Orientar e acompanhar as ações de avaliação e controle desenvolvidas pelos Distritos de Saúde;

XI. Participar na articulação das unidades hospitalares com as demais unidades, no âmbito dosDistritos de Saúde;

XII. Criar e prover o Plantão Controlador Municipal e as Centrais de Regulação;

XIII. Coordenar e supervisionar o desenvolvimento das ações de prevenção e controle de doenças,agravos, riscos e danos à saúde, no âmbito municipal;

XIV. Supervisionar o desenvolvimento do Programa Municipal de Imunizações;

XV. Apoiar projetos da SMS para a captação de recursos e estimular parcerias com entidadesgovernamentais e não governamentais;

XVI. Participar do desenvolvimento e incremento de mecanismos e instrumentos para avaliar o impactodas políticas públicas na saúde da população;

XVII. Implantar Comitês Assessores de Políticas e Consensos Técnicos para acompanhamento edesenvolvimento das políticas de saúde.

1.21. A Coordenação de Apoio ao Desenvolvimento da Gerência Hospitalar – COGerH seráresponsável por:

I. Assessorar a Secretaria Municipal da Saúde nas questões referentes à gerência hospitalar;

II. Assessorar as direções dos Hospitais Municipais no planejamento e na gerência hospitalar;

III. Desenvolver e aperfeiçoar mecanismos e instrumentos de acompanhamento, avaliação e controledos serviços hospitalares;

IV. Acompanhar e avaliar, inclusive quanto à qualidade, a gerência dos Hospitais Municipais;

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V. Propor e acompanhar programas de aprimoramento e desenvolvimento profissional e projetos depesquisa, em convênios com Centros de Pesquisas e Universidades;

VI. Participar na articulação das unidades hospitalares com as demais unidades, no âmbito dosDistritos de Saúde;

VII. Participar na articulação com o Sistema de Urgência e Emergência do Município e da RegiãoMetropolitana da Grande São Paulo.

1.22. A Coordenação de Recursos Humanos – CRH será responsável por:

I. Prover as Unidades sob gestão da Secretaria Municipal da Saúde com trabalhadores necessários,quantitativa e qualitativamente, promovendo concursos e contratações; administrando direitos edeveres, segundo as disposições do Estatuto do Servidor Público Municipal, movimentando osrecursos humanos e promovendo o seu desenvolvimento;

II. Contribuir para a promoção da satisfação do trabalhador da saúde, oferecendo e/ou apoiandooportunidades de desenvolvimento; propiciando oportunidades de adequação da lotação ao perfil epotencialidades do trabalhador e incentivando o desempenho positivamente diferenciado, individuale em equipe;

III. Desenvolver e participar do desenvolvimento de projetos, em conjunto com outros órgãos da SMS eda sociedade civil;

IV. Assessorar o Secretário Municipal e o Conselho Municipal de Saúde em assuntos relativos a suaárea de atuação;

V. Implantar, coordenar e gerenciar os Postos Avançados da área de pessoal.

1.23. A Coordenação de Epidemiologia e Informação - CEInfo será responsável por:

I. Estimular o uso do conhecimento, métodos e técnicas da epidemiologia nos processos deplanejamento e gestão nos diferentes âmbitos da SMS;

II. Coordenar a elaboração, implantação e o desenvolvimento da política de informação para agerência das Unidades de Saúde e para a gestão municipal da saúde em consonância com osprincípios do Sistema Único de Saúde - SUS;

I. Responsabilizar-se pela interlocução com as instâncias federal, estadual e de outros municípios nasquestões relativas aos sistemas de informações para a gestão municipal da saúde do município deSão Paulo;

II. Realizar interlocução com organizações públicas e privadas produtoras de dados e informaçõesnecessários à gerência das Unidades de Saúde e à gestão pública municipal;

III. Em conjunto com os demais órgãos do Gabinete do Secretário, Distritos de Saúde e Hospitais,elaborar e propor a utilização de indicadores epidemiológicos e de produção para subsidiar aintervenção dos diferentes serviços e ações locais;

IV. Definir, elaborar e divulgar indicadores de monitoramento da situação de saúde e da produção dosserviços de saúde no âmbito municipal, assim como apoiar sua utilização nos níveisdescentralizados;

V. Construir e gerenciar um diretório com as bases de dados de todos os sistemas de informaçãoproduzidos e disponibilizados pelo CEInfo;

VI. Estimular o desenvolvimento de atividades para a melhoria da qualidade de dados e informaçõesdos sistemas gerenciados pelo CEInfo;

VII. Articular e orientar o processo de geo-referenciamento como ferramenta para a gestão do sistemade saúde;

VIII. Coordenar a elaboração, implantação e o desenvolvimento do plano diretor de Informática de SMS;

IX. Responsabilizar-se pela interlocução com a Companhia de Processamento de Dados do Município– PRODAM, com o DATASUS e demais empresas prestadoras de serviços de informática a SMS;

X. Articular e orientar o processo de capacitação dos servidores da SMS para o uso da tecnologia deinformação adotada pela SMS;

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XI. Elaborar, implantar e desenvolver uma política de disseminação das informações de interesse dasaúde;

XII. Atuar conjuntamente com a Assessoria de Comunicação e Imprensa do Gabinete para divulgaçãode dados e informações;

XIII. Coordenar e articular o desenvolvimento de programas de informática, em conjunto com órgãossolicitantes;

XIV. Responsabilizar-se pelo cadastro das unidades de saúde sob gestão da SMS;

XV. Implantar, coordenar e gerenciar os Postos Avançados da área de informação e informática.

1.24. O Distrito de Saúde tem por objetivo contribuir para a promoção, proteção erecuperação da saúde no Município de São Paulo, em sua área de abrangência, geograficamentedelimitada, tendo por atribuições:

I. Responsabilizar-se pela gestão do sistema de saúde na sua área de abrangência;II. Conhecer o ambiente e a dinâmica de ocupação do espaço na sua área de abrangência,

identificando fatores ambientais, econômicos e sociais que impactam o processo de saúde/doençana região;

III. Conhecer o perfil de morbi-mortalidade da população residente na sua área de abrangência;IV. Mapear e analisar as condições de vida das famílias e grupos populacionais da região, por bairro e

quarteirão, identificando as características referentes a faixas etárias e perfis epidemiológico,educacional e sócio-cultural;

V. Contribuir para a definição de políticas, projetos e investimentos para melhoria da atenção à saúde;VI. Monitorar o desenvolvimento das ações planejadas e avaliar resultados;VII. Organizar a prestação de serviços de saúde da sua área de abrangência, de forma a suprir

necessidades da população no território;VIII. Planejar, coordenar e avaliar as ações de atenção e vigilância à saúde no território distrital;IX. Estimular o controle social através dos Conselhos, Orçamento participativo e de outros

mecanismos de participação social na definição de políticas públicas;X. Participar da definição da política de RH no âmbito do território;XI. Produzir e analisar informações em saúde necessárias ao planejamento das ações no seu âmbito

de atuação;XII. Participar de articulação junto às diferentes Secretarias Municipais na perspectiva da construção do

governo local;XIII. Articular parcerias com demais órgãos públicos, organizações e movimentos sociais, para ação

conjunta na produção Social da Saúde no território;XIV. Estabelecer com o conjunto dos DS e Gabinete do Secretário, a Programação Pactuada Integrada

(PPI), conformando diferentes redes hierarquizadas de serviços às diferentes necessidades dapopulação;

XV. Coordenar, supervisionar e executar, suplementar e complementarmente, as ações de VigilânciaEpidemiológica, Sanitária e Ambiental na sua área de abrangência, através das Unidades deVigilância à Saúde.

1.25. As áreas de abrangência dos Distritos de Saúde, de acordo com a divisão geográficado município de São Paulo, encontram-se no ANEXO I.

1.26. As Unidades de Saúde, além de suas atribuições estabelecidas em lei, serãoresponsáveis, de acordo com seu nível de capacidade resolutiva pelas ações de Vigilância à Saúde. AsUnidades de Vigilância à Saúde - UVIS deverão exercer essas ações complementarmente, sempre que onível de complexidade das ações exigir sua intervenção.

1.27. As demais Unidades da Secretaria Municipal da Saúde não citadas neste Comunicadoe seus Anexos, manterão suas atribuições na forma da legislação em vigor.

2 – DISTRITALIZAÇÃO

2.1. É importante frisarmos que o Distrito de Saúde será a instância fundamental deorganização e decisão do Sistema municipal de saúde e deverá ser constituído na forma de:a) unidade autônoma e território local de planejamento, avaliação e controle das ações e políticas de

saúde,b) b) instância decisória para o desenvolvimento de projetos e ações integradas com outros setores de

atuação social,

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c) espaço de reorganização da orientação programática, a partir de critérios de demanda e de estudosprospectivos em nível distrital/local,

d) instância de avaliação, controle e fomento de padrões de qualidade e compromissos dos serviçosfrente às necessidades de saúde,

e) território privilegiado para a identificação de problemas e aspirações das distintas comunidades,f) local de articulação com as demais políticas públicas municipais, favorecendo o impacto positivo na

qualidade de vida nos diferentes espaços da cidade e possibilitando a integração estrutural futura nasesferas administrativas das sub-prefeituras que vierem a ser criadas.

2.2. Os Postos Avançados (antigas ARS) por enquanto ficaram simplesmente como umaretaguarda de apoio logístico que será utilizada de forma conjunta pelos diretores de Distritos daquela área.Dessa forma deve ficar claro que as ARS não configuram mais um nível político de SMS.

2.3. Os vários Projetos hoje existentes na SMS devem se colocar a serviço daimplantação dos Distritos de Saúde e com uma nova lógica, a do atendimento da demanda de formadiferenciada a cada região de nossa cidade. Isso exigirá um enorme esforço político e organizacional detodos, pois estamos acostumados a trabalhar os programas de saúde no sentido vertical das estruturasadministrativas. Com a distritalização, esse sentido se inverte e passaremos a pensar e agir no sentidohorizontal dessas estruturas. Passaremos dos programas verticais às políticas locais de saúde, pensadas eimplementadas no âmbito distrital.

3 – MUNICIPALIZAÇÃO

3.1. A nossa previsão é que já em fevereiro de 2001, o Município dará entrada naComissão Bipartite de São Paulo, com nosso Plano de Gestão da Atenção Básica para ser apreciado,primeiro aqui em São Paulo e depois em Brasília. A perspectiva é que, até o final deste ano e no início dopróximo, estejam funcionando de forma ordenada e unificada, estas duas mega redes de atenção básica,que juntas reunirão cerca de 500 unidades de serviços sob a gestão da SMS.

3.2. Paralelamente, estamos começando os estudos mais complexos ainda, parasolicitar nossa habilitação na Gestão Plena do Sistema, o que significará a gestão da SMS sobre a maiorparte da rede hospitalar especializada pública e privada, que participa do SUS aqui na capital.

3.3. Queremos também implantar o mais rápido possível, o cartão SUS.

4 – ARTICULAÇÃO METROPOLITANA DA SAÚDE

4.1. Nossa proposta é que Prefeitura, Governo do Estado, Hospital das Clínicas,Hospital São Paulo, Santa Casa e Hospital Santa Marcelina trabalhem sob modelo onde todos eles tenhamvoz e voto e se responsabilizem solidariamente por este nível de atenção em São Paulo.

4.2. Seria importante, inclusive, a proposição de legislação Estadual que dêperenidade a essa articulação, deixando-a a salvo da excessiva turbulência das transições governamentais.

5 – SEGURO SAÚDE/REDE PRIVADA DE SAÚDE

5.1. Queremos nos aproximar da Agência Nacional de Saúde Suplementar doMinistério da Saúde, – órgão responsável pela aplicação desta Lei no Brasil – e nos colocarmos àdisposição dela e dos cidadãos que utilizam esse tipo de serviço, para ajudá-los a defender seus direitos.Ao mesmo tempo, queremos abrir o diálogo com as empresas que prestam serviços de saúde suplementar,a fim de para estudar formas de racionalizar suas relações com SUS.

5.2. Não esqueçamos, porém, das grandes instituições privadas hospitalares,laboratórios, indústrias de medicamentos, etc. As maiores e as de maior prestígio no país estão aqui emSão Paulo. Isto nos traz empregos e recursos importantes para a cidade. Devemos ter orgulho destasinstituições. Contudo, o nosso desafio quanto a elas é saber o que mais elas podem fazer em parceria coma SMS em benefício da assistência à saúde da população paulistana.

6 – PARTICIPAÇÃO SOCIAL

6.1. Faz parte da essência do SUS o controle social que vai ser respeitado eestimulado para que vá até a ponta do sistema, pois é evidente que um único Conselho Municipal numa

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cidade-país como esta não pode ser os olhos e a boca do cidadão que mora em regiões tão distintas quantoCidade Tiradentes, Perús, Parelheiros ou Sapopemba.

6.2. Além disso queremos trazer para São Paulo uma discussão sobre a Lei 9790/99que foi articulada no Congresso Nacional pela Comunidade Solidária. Esta Lei que trata das Organizaçõesda Sociedade Civil de Interesse Público, traz para o SUS um outro nível de participação popular, ou sejaaquela da atuação ativa, criativa e multifacetada da Sociedade Civil que quer ter uma ação solidária eajudar o Estado a universalizar e humanizar as políticas públicas.

6.3. Estamos também totalmente abertos às parcerias com as empresas privadas quedesejam ajudar a cidade onde estão instaladas.

6.4. Poder Legislativo é, junto com a participação consciente dos cidadãos, a base dademocracia representativa. Queremos trabalhar em sintonia com a Câmara Municipal. E todos os nossosprojetos queremos transformar em Projetos de Lei e submetê-los ao debate com os Vereadores.

6.5. Revisão da estrutura do Conselho Municipal de Saúde, inclusive com assessoriatécnica, sendo o controle social entendido como Conselho Municipal de Saúde, Conselho Distrital eConselho Gestor das Unidades, que referendarão as políticas de saúde desde o nível local (UBS) até onível municipal.

7- POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS

- Desencadeamento de concursos públicos para 2002, para todas as categorias da Saúde e demaistécnicos que venham contribuir com a saúde da população, para preenchimento de cargos vagos e deoutros que serão criados.

- Oferecer, de forma discutida e planejada um remanejamento de pessoal que corrija distorções einjustiças que certamente persistirão após todo este trabalhoso processo de unificação da Secretaria.Isto poderá ser feito no momento em que a Secretaria já tenha conseguido se estabilizar, o quepretendemos fazer dentro de um ano.

- Elaboração de uma política de pessoal que resulte no Plano de Carreira da Saúde, onde odesempenho, o mérito, o compromisso com o serviço e com a população sejam as medidas dereconhecimento para promoções e ascensões de cargos e salários e na qual o aperfeiçoamentoprofissional seja baseado constantemente pelo trabalhador e pelo serviço.

- Elaboração de uma política de pessoal na qual o aperfeiçoamento profissional seja buscadoconstantemente pelo trabalhador e pelo serviço.

- Elaboração de lei que permita uma real integração no SUS entre servidores municipais, estaduais efederais, no sentido de caminhar para verificação dos direitos dos trabalhadores.

- Discussão de uma política salarial em conjunto com o restante da prefeitura e sob responsabilidade, emúltima instância, da própria prefeita.

- Abertura de processo de revisão, caso a caso, das punições no período Maluf/Pitta.- Redução dos setores terceirizados da SMS- Extensão dos direitos do QPS para as Assistentes Sociais (gratificação da saúde), ou seja, ida para o

QPS, conforme projeto de lei já encaminhado.

8 – PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

8.1. Calculamos que nossa cidade comporte mil equipes de saúde da família. Istodemandará um grande um esforço de seleção, capacitação, aperfeiçoamento contínuo e recursosorçamentários novos.

8.2. Além disso, processo desse porte implica, necessariamente, na recuperação darede básica tradicional para receber a demanda reprimida que será despertada e orientada corretamentepelas equipes, bem como ter acesso ao conjunto do Sistema de Saúde. Implica também no provimento deuma forte estrutura de especialidades, laboratórios e exames para respaldar as equipes de saúde da famíliae garantir-lhes uma resolutividade adequada e garantia de fluxo de integralidade no atendimento, semprivatização ou terceirização.

8.3. De qualquer forma, é preciso que se saiba que a implantação da saúde da famíliaé a principal tarefa a qual nos propomos, e que uma vez cumprida, pode mudar não só o Sistema de Saúde,mas afetar positivamente a qualidade de vida do cidadão, humanizar o atendimento, e despertar iniciativase energias populares hoje reprimidas e represadas.

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8.4. Assim, os diretores dos distritos em conjunto com os servidores têm como tarefaprimeira a responsabilidade de implantar o PSF e promover a sua articulação com os demais níveis deassistência para a consolidação do SUS no seu território de abrangência.

9– MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO HOSPITALAR

9.1. O presente projeto de lei objetiva a descentralização das ações e serviçospúblicos de saúde no Município de São Paulo, mediante a criação de 5 (cinco) autarquias hospitalares deregime especial, vinculadas à Secretaria Municipal da Saúde, quais sejam: Autarquia Hospitalar MunicipalRegional do Tatuapé, Autarquia Hospitalar Municipal Regional de Ermelino Matarazzo, Autarquia HospitalarMunicipal Regional do Jabaquara, Autarquia Hospitalar Municipal Regional do Campo Limpo e AutarquiaHospitalar Municipal Regional Central.

9.2. Cumpre salientar que às autarquias especiais competirá a execução e ogerenciamento dos serviços administrativos, bem como dos controles contábeis, financeiros eorçamentários de todas as unidades que as integram. Estas, por sua vez, constituirão os DepartamentosHospitalares e as Divisões de Pronto-Socorro e de Pronto-Atendimento, que poderão dedicar-se àprestação de sua atividade-fim — os serviços de saúde — executando, também, naturalmente, asatividades de rotina administrativa essenciais a seu funcionamento e controle, ficando as demais a cargodos órgãos administrativos das autarquias.

9.3. Estarão sujeitas ao controle da sociedade, materializado em seu ConselhoDeliberativo e Fiscalizador, órgão de deliberação máxima, controle e fiscalização, composto porrepresentantes da sociedade civil, indicados pelo Conselho Municipal da Saúde, bem como daAdministração Municipal e dos servidores, o qual atuará juntamente com o Superintendente, observadas asrespectivas competências.

ALTERAÇÕES PROPOSTAS NO PROJETO DE LEI DE CRIAÇÃO DAS AUTARQUIAS HOSPITALARES

PROPOSTA JUSTIFICATIVA

1) Atribuir ao Executivo a possívelrealocação de unidades entre asautarquias e a inclusão de unidadesnovas ou municipalizadas (inclusão deparágrafo único no artigo 2)

q Eventuais mudanças na regionalização da saúde ou aprópria implementação das Sub-Prefeituras poderáimplicar necessidade de realocação de um hospital oupronto socorro de uma para outra autarquia.

q Novas unidades hospitalares e de atendimento àsemergências poderão ser criadas ou transferidas paraa gestão municipal

2) Retirar indicação de onde deve ficarsediada cada autarquia. (retirarparágrafo único do artigo 3º)

q A Autarquia poderá ficar sediada em qualquer um dosequipamentos ou até mesmo fora deles. Suainstalação no Hospital de maior porte pode até mesmodificultar seu desempenho e/ou distanciá-la dosdemais equipamentos que constituem a autarquia.

3) Eliminar a possibilidade de venda deserviços a entidades privadas

q Existem questionamentos em relação àconstitucionalidade deste item

4) Incluir a necessidade de aprovação doPlano de Trabalho da autarquia peloSecretário Municipal da Saúde evinculação dos repasses de recursosfinanceiros à aprovação do Plano(modificar parágrafo único de artigo 7ºe o inciso VIII do artigo 10 )

q Atribuir ao Plano Anual de Trabalho da Autarquia acondição de funcionar como um contrato de gestão,buscando garantir resultados efetivos, bem como aintegração da atenção à saúde na Cidade de São Pauloe

q Remeter a aprovação ao Secretário Municipal daSaúde como forma de garantir a integração dasautarquias com a rede sob gestão direta da SMS e ocontrole de resultados.

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PROPOSTA JUSTIFICATIVA

5) Modificar a composição do ConselhoDeliberativo e Fiscalizador (modificarartigo 9º)

q Ampliar a presença da Secretaria Municipal da Saúdena gestão da autarquia, buscando preservar aarticulação entre os serviços hospitalares e deemergência com os demais serviços de saúde sobgestão municipal, no sentido de garantir atençãointegral e resolutiva à saúde da população da Cidadede São Paulo.

q É importante que fique explícito que a representaçãono Conselho será dos usuários dos serviços e que aescolha será coordenada pelo segmento dos usuáriosdo Conselho Municipal de Saúde, que tem alegitimidade necessária para isso

6) Mudar a competência para autorizarcomissionamentos do ConselhoDeliberativo e Fiscalizador para oPresidente da Autarquia (retirar incisoXIV do artigo 10 e modificar inciso V doartigo 12)

q Trata-se de ação de caráter gerencial que cabe aoSuperintendente.

7) Manter a elaboração do regulamentodas autarquias como prerrogativa doExecutivo Municipal

q O regulamento das autarquias, pela sua natureza, deveser elaborado por iniciativa do Executivo Municipal,mediante proposta da Secretaria Municipal da Saúdeao Prefeito

8) Oferecer parâmetros mais definidospara a elaboração do Plano Diretor deRecursos Humanos das autarquias

q As diretrizes gerais que regularão o relacionamentoentre a direção e os trabalhadores nas autarquiaspodem e devem ser estabelecidas no projeto de suacriação

9) Explicitar a articulação entre o PlanoAnual de Trabalho das autarquias e osPlanos Distritais, Regionais e Municipalde Saúde

q As autarquias hospitalares, enquanto componentes doSistema Único de Saúde no município, devem terdiretrizes, objetivos e metas estabelecidas emconjunto e de forma coerente com os planos definidosnos diferentes níveis do SUS municipal

TEXTO DAS EMENDAS

1) INCLUSÃO DE PARÁGRAFO ÚNICO NO ARTIGO 2º

“Parágrafo Único: Cabe ao Executivo a realocação de unidades entre as autarquias, para ascompatibilizações necessárias em eventuais mudanças de regionalização da saúde e da implementação deSub-Prefeituras, Distritos e Integração com as redes estadual e federal do SUS, bem como a incorporação,às autarquias ora criadas, de unidades hospitalares e de atendimento às emergências que vierem a sercriadas ou transferidas para a gestão municipal após a publicação desta lei.”

2) PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 3º

DE:

Parágrafo único – As autarquias terão sede e foro na cidade de São Paulo, na seguinte conformidade:

I - Autarquia Hospitalar Municipal Regional do Tatuapé: no Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio;

II - Autarquia Hospitalar Municipal Regional de Ermelino Matarazzo: no Hospital Municipal Prof. Dr. AlípioCorrêa Netto;

III – Autarquia Hospitalar Municipal Regional do Jabaquara: no Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro Saboya;

IV – Autarquia Hospitalar Municipal Regional do Campo Limpo: no Hospital Municipal Dr. Fernando MauroPires Rocha;

V – Autarquia Hospitalar Municipal Regional Central: no Hospital Municipal Infantil Menino Jesus.

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PARA:

“Parágrafo único – As autarquias terão sede e foro na cidade de São Paulo.”

3) INCISO V DO ARTIGO 7°

DE:

V - recursos provenientes da prestação de serviços, de acordos de cooperação e convênios voltados aodesenvolvimento de atividades próprias da autarquia, desde que não impliquem na percepção de honoráriosprofissionais particulares nem em compromissos ou contrapartidas em desacordo com os critérios deuniversalidade e eqüidade;

PARA:

V - recursos provenientes de acordos de cooperação e convênios voltados ao desenvolvimento deatividades próprias da autarquia, desde que não impliquem na percepção de honorários profissionaisparticulares nem em compromissos ou contrapartidas em desacordo com os critérios de universalidade eeqüidade;

4) PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 7º

DE:

“Parágrafo Único – As doações, legados e subvenções, quando onerosas, somente poderão ser aceitasmediante autorização do Prefeito, precedida de parecer do Conselho Deliberativo e Fiscalizador daautarquia e do Secretário Municipal da Saúde.”

PARA:

“§ 1º A subvenção do Município às autarquias fica condicionada à aprovação, pelo Secretário Municipal daSaúde, dos respectivos Planos Anuais de Trabalho .

§ 2º – As doações, legados e demais subvenções, quando onerosas, somente poderão ser aceitasmediante autorização do Prefeito, precedida de parecer do Conselho Deliberativo e Fiscalizador daautarquia e do Secretário Municipal da Saúde.”

INCISO VIII DO ARTIGO 10º

Que trata das competências do Conselho Deliberativo e Fiscalizador

DE:

“VIII – mediante proposta do Superintendente:

a) aprovar o Plano Anual de Trabalho da autarquia;.....”

PARA:

“VIII – mediante proposta do Superintendente:

b) aprovar, no âmbito da autarquia, e encaminhar ao Secretário Municipal da Saúde, para aprovação, oPlano Anual de Trabalho da autarquia;.....”

5) ARTIGO 9º

DE:

“Art. 9º - O Conselho Deliberativo e Fiscalizador de cada autarquia terá composição tripartite e seráconstituído por 13 (treze) membros e respectivos suplentes, nomeados pelo Prefeito, de acordo coma seguinte distinção:

I - 3 (três) representantes do Poder Executivo Municipal, sendo 1 (um) indicado pelo Secretário Municipal daSaúde, 1 (um) indicado pelo Secretário Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico e 1 (um)indicado pelo Secretário Municipal da Administração;

II - 3 (três) representantes dos servidores, eleitos por seus pares, no âmbito de cada autarquia;

III - 6 (seis) representantes da sociedade civil, indicados pelo Conselho Municipal de Saúde;

IV - Superintendente da autarquia, na condição de membro nato”

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§ 1º - Os membros do Conselho e seus suplentes serão indicados pelos titulares dos órgãosrepresentados.

§ 2º - Os suplentes substituirão os respectivos titulares em seus impedimentos e, em caso de vacância,assumirão a titularidade da representação pelo restante do mandato.

§ 3º - É vedado aos membros do Conselho Deliberativo e Fiscalizador integrarem, simultaneamente, omesmo órgão de outra autarquia, ainda que na condição de suplentes.

§ 4º - Os membros do Conselho exercerão o mandato por 2 (dois) anos, permitida 2 (duas) reconduções.

§ 5º - O Conselho será presidido pelo representante da Secretaria Municipal da Saúde para um mandato de2 (dois) anos, permitida uma única recondução por igual período.

§ 6º - O Conselho reunir-se-á, ordinária e obrigatoriamente 1 (uma) vez, no mínimo, com a presença damaioria de seus membros, mediante convocação de seu Presidente, ou por solicitação da maioria de seuscomponentes, dirigida à mesma autoridade.

§ 7º - As decisões do Conselho serão tomadas por maioria simples de votos, exceto no que se refere àmatéria constante do inciso X do artigo 10 desta lei, que requererá maioria qualificada, cabendo ao seuPresidente o voto ordinário e, no caso de empate, o de qualidade.

§ 8º - O Superintendente da autarquia não terá direito à voto.

§ 9º - As atividades exercidas pelos membros do Conselho serão consideradas relevante serviço público,não sendo remuneradas.

§ 10º - O Regimento Interno do Conselho Deliberativo e Fiscalizador especificará os requisitos exigidospara os membros do Conselho e seus suplentes, bem como os casos de impedimentos decorrentes daperda de mandato, de dispensa ou de vacância.”

PARA:

“Art. 9º - O Conselho Deliberativo e Fiscalizador de cada autarquia terá composição tripartite e seráconstituído por 12 (doze) membros e respectivos suplentes, nomeados pelo Prefeito, de acordo coma seguinte distinção:

I - 3 (três) representantes do Poder Executivo Municipal, sendo o Superintendente da Autarquia e 2 (dois)indicados pelo Secretário Municipal da Saúde, sendo 1(um) dentre os Diretores de Distrito de Saúde;

II - 3 (três) representantes dos servidores, eleitos por seus pares, no âmbito de cada autarquia;

III – 6 (seis) representantes dos usuários dos serviços de saúde da autarquia, indicados pelo segmento dosusuários do Conselho Municipal de Saúde

§ 1º - Os membros do Conselho Deliberativo e Fiscalizador e seus suplentes serão indicados pelos órgãosrepresentados.

§ 2º - Os suplentes substituirão os respectivos titulares em seus impedimentos e, em caso de vacância,assumirão a titularidade da representação pelo restante do mandato.

§ 3º - É vedado aos membros do Conselho Deliberativo e Fiscalizador integrarem, simultaneamente, omesmo órgão de outra autarquia, ainda que na condição de suplentes.

§ 4º - Os membros do Conselho exercerão o mandato por 2 (dois) anos, permitida 2 (duas) reconduções.

§ 5º - O Conselho será presidido por um dos representantes do Poder Executivo Municipal.

§ 6º - O Conselho reunir-se-á, ordinária e obrigatoriamente 1 (uma) vez, no mínimo, com a presença damaioria de seus membros, mediante convocação de seu Presidente, ou por solicitação da maioria de seuscomponentes, dirigida à mesma autoridade.

§ 7º - As decisões do Conselho serão tomadas por maioria simples de votos, exceto no que se refere àmatéria constante do inciso X do artigo 10 desta lei, que requererá maioria qualificada, cabendo, ao seuPresidente, em caso de empate, o voto de qualidade.

§ 8º - As atividades exercidas pelos membros do Conselho serão consideradas relevante serviço público,não sendo remuneradas.

§ 9º - O Regimento Interno do Conselho Deliberativo e Fiscalizador especificará os requisitos exigidos paraos membros do Conselho e seus suplentes, bem como os casos de impedimentos decorrentes da perda demandato, de dispensa ou de vacância.”

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6) INCISO XIV DO ARTIGO 10º

Que trata das competências do Conselho

“XIV - Aprovar os comissionamentos propostos pelo Superintendente.”

RETIRAR integralmente o inciso.

7) INCISO V DO ARTIGO 12º

Que trata das competências do Superintendente

DE:

“V – gerenciar o quadro de pessoal da autarquia, provendo cargos e empregos e contratando servidorestemporários, formalizando as respectivas nomeações, exonerações e dispensas, nos termos da legislaçãoaplicável;”

PARA:

“V – gerenciar o quadro de pessoal da autarquia, provendo cargos e empregos e contratando servidorestemporários, formalizando as respectivas nomeações, exonerações e dispensas, bem como autorizandocomissionamentos, nos termos da legislação aplicável;”

8) INCISO III DO ARTIGO 10: SUPRIMIR

9) PARÁGRAFO 3° DO ARTIGO 20

DE:

§3° - Deverão ser previstos pelas autarquias plano de carreiras, cargos e salários específicos, sendo,ainda, obrigatórias a criação e a atualização de um Plano Diretor de Recursos Humanos.

PARA:

§3° - Deverão ser previstos pelas autarquias plano de carreiras, cargos e salários específicos, sendo,ainda, obrigatórias a criação e a atualização de um Plano Diretor de Recursos Humanos, que conteránormas relativas a:

I – critérios para ingresso, ocupação de cargos, quadros de lotação, movimentação, promoção edesenvolvimento educacional, técnico profissional e cultural de seus trabalhadores, objetivando atender àspeculiaridades ou especificidades do trabalho executado, em função do pleno cumprimento da finalidade dainstituição;

II – estímulo ao regime de tempo integral e à dedicação exclusiva, cujo provimento poderá ser feito pelaprestação de serviços na própria instituição ou em outras unidades de saúde da rede à qual se integra ainstituição;

III – instituição de um sistema de incentivo à qualidade das ações e dos serviços e do trabalho em equipe,ao cumprimento de metas de atendimento e ao uso da plena capacidade instalada, com a criação doPrêmio Qualidade, a ser conferido a equipes pelo desempenho alcançado, com base em indicadoresqualitativos;

IV – criação de uma instância gestora colegiada permanente, com participação paritária de representantesda direção e de sindicatos dos trabalhadores, incumbida de, mediante acordo coletivo de trabalho, definirnormas referentes ao processo de trabalho e encaminhar soluções relativas a conflitos de interesses entre aautarquia e os servidores;

V - adoção de procedimentos de avaliação do volume e da qualidade das ações e dos serviços prestados edo desempenho individual e coletivo dos servidores e da entidade, visando à fixação de critériosoperacionais para o sistema de incentivo à qualidade e produtividade, à política de desenvolvimento eformação permanente e ao desenvolvimento do plano de carreira, cargos e salários.

10) CAPUT DO ARTIGO 21

DE:

As autarquias deverão manter Planos Anuais de Trabalho, estabelecidos em conjunto com a SecretariaMunicipal da Saúde, respeitadas suas especificidades, contemplando, obrigatoriamente:

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PARA:

As autarquias deverão manter Planos Anuais de Trabalho, estabelecidos em conjunto com a SecretariaMunicipal da Saúde, em consonância com os Planos Distritais, Regionais e Municipal de Saúde respeitadassuas especificidades, contemplando, obrigatoriamente:

11) PAS11.1.E quanto às dívidas reivindicadas pelas cooperativas junto a Prefeitura? Dívidas

que segundo elas, vêm da época do ex-Prefeito Paulo Maluf e chegariam a montantes de várias centenasde milhões de reais?.

11.2. Nós não reconhecemos estas dívidas! Pelo contrário. Avaliamos que pode atéhaver dívida no sentido oposto: das Cooperativas para com o Município.

11.3. Tais pretensas dívidas, a apuração de irregularidades administrativas eirregularidades no uso de recursos públicos, serão objetos de uma auditoria externa que solicitamos sercontratada pela Prefeita Marta Suplicy.

Será uma investigação neutra, apolítica e independente.Quem deve, vai pagar. Inclusive na justiça.

12) AGENDA DA SAÙDE E PROJETOS PRIORITÀRIOS

12.1. Os compromissos sociais assumidos são:

1. Reduzir a morbimortalidade materna e infantil;

2. Implementar a prevenção e o controle das doenças de notificação compulsória;

3. Produzir e disseminar informações sobre a situação de saúde da população e dos serviços de saúde;

4. Ampliar e melhorar a qualidade do atendimento;

5. Ampliar a oferta de serviços de saúde – rede física de atenção à saúde;

6. Apoiar a distritalização e descentralização;

7. Formar e capacitar os profissionais de saúde;

8. Desenvolver os Conselhos Distritais e Locais de Saúde.

9. Implantar o Programa de Assistência Farmacêutica no Município

12.2. Os projetos prioritários são:

1. Acolhimento do cidadão nas Unidades de Saúde;

2. Saúde na família;

3. Assistência ao parto e ao recém-nascido;

4. Estruturação da atenção às vítimas de violência e do atendimento das urgências e emergências;

5. Controle do Aedes aegypti e erradicação da circulação da vírus da dengue;

6. Álcool e drogas e saúde mental.

7. Escolas promotoras de Saúde

As coordenações do nível central, com contribuições dos Distritos, estabelecerão os instrumentos

necessários para o desenho e acompanhamento dos projetos. Os Planos de Gestão Distritais deverão ter

como núcleo básico a definição dos compromissos com o desenvolvimento destes projetos.

Neste processo contínuo de planejamento indica-se a necessidade de desenvolvimento de indicadores que

avaliem e monitorem as condições de vida e saúde, por ciclos de vida, bem como a situação das Unidades

de Saúde avaliadas com base distrital.

EDUARDO JORGE MARTINS ALVES SOBRINHO

Secretário Municipal da Saúde

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ANEXOS

. Encontro Municipal de Saúde Mental

. São Paulo Protege Operação Contra as Enchentes

. S.U.S. na cidade de São Paulo

. Vigilância em Saúde

. Propostas Gerais

________________________________

TESES DE SAÚDE MENTAL (aprovado)

RECURSOS HUMANOS

1.1 Em relação à política de recursos humanos exigimos:

- Melhora de salários com plano de carreira;- Capacitação em saúde mental para todos os profissionais de toda

rede e garantia de Educação Continuada;- Criação de cargos para:

Enfermeiro, Aux. de Enfermagem, Terapeuta Ocupacional,Psicólogo, Fonoaudiólogo, Educador em Saúde Pública, Assistente Social,Psiquiatra, Acompanhante Terapêutico, Agentes Comunitários, Oficineiros(intersetorialidade).

- Concurso com caracterização de pré-requisitos para garantia deingresso de profissionais com perfil adequado à proposta detrabalho.

- Garantia de atenção à saúde do trabalhador municipal emunicipalizado descentralizada;

- Agilização da realocação funcional;

- Medidas preventivas e promocionais de Saúde do Trabalhador.

FINANCIAMENTO:

2.1 Que o Ministério da Saúde viabilize uma inversão da atual proporçãode financiamento da rede de assistência em saúde mental, priorizando ofinanciamento da rede substitutiva, garantindo:

- revogação da Portaria 469, de 06/04/2001 do Ministério da Saúde.

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- as AIHs referentes aos leitos psiquiátricos desativados sejam

destinados em sua totalidade à rede substitutiva de atenção integral

à Saúde Mental

- o financiamento da rede substitutiva a ser desenhada conformeestratégia a ser definida pelo gestor local, ampliando a atual formade financiamento e englobando desde a rede básica até os demaisníveis de assistência, como por exemplo: unidades básicas desaúde, NAPS e CAPS, CAPS 24 horas, HDs, CECCOs,emergências em Pronto Socorros Gerais e Enfermarias de SaúdeMental em Hospitais Gerais e rede extra-hospitalar para usuários deálcool e drogas e leitos em hospital geral.

- Garantia de distribuição de medicamentos nas unidades de saúde.- Transferência dos pacientes dos hospitais particulares para

hospitais públicos para garantir o direcionamento de verba para adesospitalização.

- Vinculação de dotação orçamentária suplementar do Ministério daSaúde às ações em Saúde Mental do PSF (Programa de Saúde daFamília), na base de R$1,00 "per capita" para cada equipe quepossua programa e equipe multiprofissional de Saúde Mental.

- Financiamento público que viabilize parcerias com ONG´s(Organizações Não Governamentais), Organizações SociaisPúblicas e Cooperativas no redirecionamento da Assistência àSaúde Mental.

- Financiamento das ações de equipe complexa em Saúde Mentalnas UBS´s, desde os procedimentos internos da Unidade aosprocedimentos de atendimento domiciliar; trabalhos institucionaisjunto às escolas, creches, locais de trabalho, etc. e retaguarda aoPSF.

- Reconhecer e incorporar as ações de Saúde Mental da Rede Básicade Saúde nas programações da NOAS 2001.

- Financiamento dos Procedimentos dos Centros de Convivência eCooperativas (CECCOs).

- Sobre a AIH: a cada morador desospitalizado de leito público deveser fechado o número correspondente de leitos no hospitalpsiquiátrico conveniado e não no público.

2.2 Readequação da Portaria 224 contemplando toda a rede básica

2.3 O investimento financeiro na Reforme Psiquiátrica brasileira não sefaz apenas com a inversão dos gastos com AIHs em equipamentos eserviços substitutivos. A reorientação do modelo assistência se faztambém com verbas específicas de investimento municipais, estaduais efederais na construção, na ampliação e na montagem dos recursosassistenciais substitutivos.

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3 – CONTROLE SOCIAL:

3.1 Formação de Conselhos Gestores a nível distrital e das unidades emseus territórios.

3.2 Abertura p/ Conselhos Populares e outras organizações comunitáriasdo serviço.

3.3 Estimular e apoiar a criação de Associações de Usuários e familiares.

3.4 Implementação da Comissão Municipal de Reforma em Saúde Mentalsubordinada ao Conselho Municipal de Saúde onde seja garantida aparidade e precedida de ampla discussão e participação de todos ossetores envolvidos na construção de um novo modelo assistencial deSaúde Mental no Município.

3.5 Divulgação ampla, através da mídia, dos trabalhos realizados emtodos os níveis de Controle Social:• Conselho Municipal de Saúde.• Conselho Distrital,• Conselho Gestor• Comissão Municipal de Reforma em Saúde Mental ( a ser criada).

3.6 Implementação do Programa Permanente de Organização eacompanhamento das ações assistenciais em saúde mental, de acordocom o proposto pela Portaria 799 do Ministério da Saúde de 19/07/2000

3.7 Inclusão do recorte racial/étnico na elaboração, implantação eexecução de diretrizes e ações e nas campanhas promovidas pelosgovernos

4 –DIREITOS,ACESSIBILIDADE, CIDADANIA:

4.1 Regulamentação e aplicação imediata da Lei Paulo Delgado.Retomada da luta política pelos princípios originalmente propostos pela LeiPaulo Delgado: em especial a extinção progressiva dos manicômios e aregulamentação das internações voluntárias e involuntárias.

4.2 Agilização e desburocratização, que viabilize as inIciativas decolaboração voluntária e parcerias com a Sociedade Civil.

4.3 Que o Município ofereça Assessoria Jurídica Pública gratuita àpopulação de usuários objetivando a defesa dos seus direitos de cidadania.

4.4 Garantia do acesso às informações da SMS.4.5 Compreensão da determinação social do Transtorno Mental que

paute as ações de Saúde Mental ás diversas microáreas de risco: família,local de trabalho e rede social.

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4.6 Desenvolvimento de estudos e pesquisas investigando o impacto doracismo na saúde mental da população negra.

4.7 Direito à Cidadania Plena aos portadores de transtornos mentais,promovendo sua inclusão nos espaços gerais de saúde, fundamentalmenteàs UBS e hospitais gerais

4.8 Priorizar as ações dos Centro de Convivência e Cooperativa(CECCO), com ações intersecretariais e intersetoriais, em espaços geraispor excelência como parques, praças, centros educacionais e esportivos eoutros, a fim de facilitar a convivência dos diferentes. (portadores detranstornos mentais, pop. em geral)e não dos iguais, pressuposto de gueto.

4.9 Treinamento de profissionais de saúde em todos os níveis quecontemple as repercussões do racismo na saúde mental da populaçãonegra em todas as fases da vida.

4.10 Divulgação ampla, através da mídia, dos trabalhos realizados emSaúde Mental pelas Associações: de familiares; comunitárias e nãogovernamentais, como também dos serviços de Saúde Mental da redeMunicipal de São Paulo.

4.11 Inserção e ampliação do conceito de saúde mental no espaço dasaúde como um todo garantindo sua presença em todos os âmbitos dapromoção à saúde, através de ações de humanização e melhoria dascondições de vida seguindo os princípios da cidadania.

4.12 Desencadear um processo educativo, informativo e preventivo sobresaúde mental voltado para população negra.

5. MODELO ASSISTENCIAL

5.1 Responsabilizar cada Distrito de Saúde pela construção, em seuterritório, de uma multiplicidade de serviços na forma de rede de atençãointegral à saúde mental, conforme os princípios do SUS, totalmentesubstitutiva ao modelo asilar / manicomial, garantindo o trânsito entreserviços, construindo a abertura para que, de fato possa se dar a invenção,a criação, a acessibilidade, o acolhimento e a produção autônomanecessários à construção da cidadania plena e inclusão social dosdiferentes.

5.2 Estabelecer programa de desinstitucionalização destinados aosmoradores de hospitais psiquiátricos. Tal programa deverá comprometer-secom a meta de desinstitucionalização de 25% da população moradora aoano, de modo que todos os moradores estejam desinstitucionalizados até oano de 2004, com propostas de moradia viabilizadas intersecretarialmenteatravés de política habitacional que insira o portador de sofrimento mentalem moradias na comunidade.

5.3 que todos os municípios do Estado de São Paulo desenvolvamesforços cooperativos no estabelecimento de programas dedesinstitucionalização, a partir da identificação dos moradores nos hospitaispsiquiátricos públicos e conveniados ao SUS.

5.4 estabelecimento de uma política clara visando a redução dasinternações psiquiátricas no contexto das da política municipal de saúde.

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6. POLÍTICA DE ÁLCOOL E DROGAS

6.1 Exigir uma política para drogas (tabaco e álcool) do Ministério daSaúde que inclua ações de prevenção, promoção de saúde, tratamento eestratégias de redução de danos.

6.2 Possibilidade de utilização de residências terapêuticas comoalternativa mais humana e de menor custo à internação.

6.3 posicionamo-nos contra o financiamento de comunidadesterapêuticas que propõem tratamentos longos, sem assistência adequadapor equipes de saúde mental, contrariando as conquistas da luta anti-manicomial.

6.4 exigimos exposição mais clara dos critérios adotados paraconcessão da subvenção social oferecida pela Secretaria NacionalAntidrogas (SENAD).

6.5 Defendemos os direitos dos usuários de drogas de serematendidos sem discriminação nos serviços de saúde em geral e nos serviçosde saúde mental.

6.6 Defendemos os direitos humanos dos usuários de drogas. Nãoacreditamos que posse de pequena quantidade de droga devesse serconsiderada crime. Há necessidade de discussão em âmbito nacional aavaliação da relação de custo-benefício da repressão e dos gastos judiciaiscom usuários e portadores de pequenas quantidades de droga. Penasalternativas de ordem administrativa poderiam ser adotadas à semelhançado que tem sido feito em vários países europeus.

6.7 O tratamento para dependência de drogas deve ser voluntário enem toda pessoa apreendida com drogas é dependente. Por isso, somoscontrários à Justiça Terapêutica e à internação involuntária com justificativasmédicas.

6.8 No governo federal existem duas instâncias responsáveis porquestões relacionadas às drogas (Ministério da Saúde e Secretaria NacionalAntidrogas). Há necessidade de reformulação e melhor coordenação dessasiniciativas

São Paulo, 5 e 6 de Novembro

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SÃO PAULO PROTEGE OPERAÇÃO CONTRA AS ENCHENTES:

- Plano preventivo para o gerenciamento de riscos associados ao período crítico depluviosidade na cidade, a partir de modelo pautado pela integração dos serviçospúblicos.

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- Necessidade de um conjunto de operações intersetoriais específicas, voltadas para aredução dos impactos aos quais a cidade e a população estão sujeitas no período dainfluência das chuvas de verão no cotidiano da cidade de São Paulo.

- Ação coordenada do governo municipal, intersetorial (secretaria e órgãos), paraotimizar e potencializar recursos humanos e materiais da administração pública, afimde que as atividades previstas se realizem com o maior nível de eficiência eefetividade.

- Visa envolver a população na operação do plano, especialmente os moradores deáreas de risco, sendo a participação de toda a cidade essencial para que a populaçãotenha melhores condições de enfrentar o período de chuvas.

- Objetiva organizar e preparar a estrutura administrativa municipal para ogerenciamento de emergências e contigências durante o período crítico depluviosidade, afim de qualificar o cumprimento da atribuição pública, de garantir asegurança ambiental da população, reduzindo perdas e danos à cidade e dosmunícipes em consequência das chuvas.

AO GRUPO DE SAÚDE COMPETE:

- Promover ações de vigilância, prevenção, diagnóstico e tratamento de leptospirose eoutras doenças de veiculação hídrica associadas às enchentes;

- Promover a capacitação dos quadros funcionais da Secretaria Municipal da Saúdepara atender à operação SP PROTEGE;

- Garantir à população o acesso às informações relativas aos riscos à saúdedecorrentes do contato com as inundações;

- Disponibilizar informações sobre as medidas de prevenção a serem adotadas pelapopulação nos períodos que antecedem e durante a ocorrência das chuvas;

- Promover assistência médica às vítimas dos escorregamentos, alagamentos einundações.

PROPOSTAS – AIDS

- Convocação e realização da CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE AIDS, no primeirosemestre de 2002, para discussão e definição da Política Municipal de Combate àAids, com participação da sociedade organizada, governo, profissionais de saúde edemais segmentos interessados

- Criação da Comissão Municipal de Aids, no âmbito do Conselho Municipal deSaúde, assegurada a composição paritária e o caráter deliberativo, sendo suasdecisões submetidas à aprovação do Conselho

PROPOSTAS – ÁREA TEMÁTICA DE SAÚDE DA MULHER

- Capacitar profissionais nos Pronto-Socorros para atender vítimas de violência sexual edoméstica;

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- Implantar 41 Serviços de Referência na cidade de São Paulo até o final de 2001,sendo um por Distrito de Saúde;

- Expandir os serviços de aborto previstos pelo Código Penal para todas as regiões dacidade;

- Ampliar o número de Casas-Abrigo, onde as mulheres e seus filhos podem viver, seestiverem em risco de vida;

- Incluir o quesito Violência de Gênero no Sistema Municipal de Saúde;

- Garantir supervisão e capacitação dos profissionais que atuam nesta área;

- Articulação com diferentes setores da sociedade civil visando estabelecer parceriaspara oferecer às mulheres orientação jurídica, projetos de geração de renda e outrosque se façam necessários.

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O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA CIDADE DE SÃO PAULO

1. INTRODUÇÃO

1.1. A XI Conferência Municipal de São Paulo acontece no momentoem que a cidade retoma os caminhos do SUS, após vários anos deexclusão deste sistema. A discussão da construção deste sistema nacidade, a partir da nova administração municipal, é fundamental nadefinição de rumos e no detalhamento da forma que irá adquirir osistema nesta cidade, que é historicamente a mais importante no País.

1.2. Este texto visa retomar os princípios do Sistema Único de Saúdee apontar para a discussão da sua efetiva implantação e dapossibilidade de retomada de alguns de seus aspectos fundamentaisna cidade de São Paulo.

2. O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO BRASIL

2.1 - O Movimento Sanitário tem na Conferência Mundial de Alma-Ata(capital do Kasaquistão), em 1976, um marco fundamental, na medida emque se conceituou saúde como a "perfeita situação de bem-estar físico,mental e social, e não apenas a ausência de doenças". A relação entresaúde e bem-estar propõe uma ampliação do que seria assistência à saúde,incorporando ações de promoção à saúde às ações de reparação pura e deprevenção.

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2.2 - Esta mudança de paradigma irá nortear toda a política de reformasanitária a ser desenvolvida na busca da meta "saúde para todos". No Brasil,a VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1988, adotou este conceito,incorporou a reforma sanitária e apontou para a construção do SistemaÚnico de Saúde. A construção deste sistema passou pela ConstituiçãoFederal, foi coroada na Legislação Federal com a chamada Lei do SUS.

2.3 - Esta lei definia cinco princípios fundamentais do sistema:

2.3.1 - Universalidade - todos os cidadãos brasileiros têm direito à saúde,independente de sua condição sócio-econômica, condição de trabalho,classe social, localização geográfica, etc.

2.3.2 - Integralidade - atenção à saúde deve abranger todos os aspectos doser humano, inclusive os bio-psico-sociais, desde atenção mais simples até otratamento mais completo.

2.3.3 - Descentralização - os serviços devem ter a sua gerênciadescentralizada, preferencialmente nos municípios ou em áreas sub-municipais, como os distritos, com plena autonomia de financiamento,gerenciamento e tomada de decisões.

2.3.4 - Eqüidade - Deve-se inverter a lógica normal da desigualdade doacesso das oportunidades, oferecendo ações diferenciadas e prioritáriasàqueles que delas mais necessitam (discriminação positiva).

2.3.5 - Controle Social - todas as ações devem ser gerenciadas com controlee participação dos segmentos organizados da sociedade em todos os níveis,desde o local até o nacional, formando-se para tal conselhos para todas asinstâncias do SUS e conferências periódicas para a discussão dos temasrelevantes ao setor de saúde.

3. A XI Conferência Municipal de Saúde tem por missão definir as vigasmestras da construção do sistema na nossa cidade. Para tanto, foramdefinidos quatro subtemas:

• Inclusão• Qualidade de vida• Direito à saúde• Apropriação do território

3.1 - Estrategicamente, iremos abordar primeiro a Apropriação do Território,uma vez que esta metodologia de trabalho, da concretude e incorporação doconceito saúde/bem-estar à prática cotidiana dos serviços de saúde emtodos os níveis.

4. APROPRIAÇÃO DO TERRITÓRIO

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4.1 - O Sistema Único de Saúde, em âmbito nacional, tem padecido deconstantes ingerências da assim chamada Globalização, fenômeno que nosúltimos 30 anos tem enfraquecido substancialmente pela cidadania, direitossociais, trabalhistas etc., substituindo por uma política neo-liberal de carátereminentemente capitalista, com uma lógica fundamentalista, financeira emonetária.4.2 - No plano da política geral, a assim chamada Reforma Administrativalimita de forma coercitiva o desenvolvimento dos serviços públicos e, ao ladodas privatizações, aponta para um estado mínimo de concepção neoliberal.

4.3 - A territorialização se opõe estrategicamente a estas centralistas eincorporada a descentralização administrativa, permite uma nova lógica deoperação do sistema, em que a questão financeira é secundária àsnecessidades da população aferidas no espaço local, definindo portantoapropriação do território.

4.4 - Como aponta o saudoso Prof. Milton Santos, a Política na vigência daglobalização neo-liberal, só se concretiza na atuação junto aos "pobres", eesta se fará no território por este ocupado. Vemos, portanto, que aterritorilização incorpora, mas é muito mais que a descentralizaçãoadministrativa.

4.5 – O diagnóstico individual, essencial na assistência Médica, deve serampliado, numa visão coletiva de saúde pública. No plano individual sediagnostica doenças, no plano coletivo se diagnostica problemas de saúde.No plano individual se fazem tratamentos médicos, cirúrgicos, odontológicosetc., no plano coletivo de delineiam ações da saúde, interdisciplinares,intersetoriais, nos planos local, distrital, regional, municipal, estadual enacional.

4.6 – No modelo médico assistencial as unidades atendem a demanda deserviços que lhe é solicitado pela comunidade. No sistema de vigilância asaúde territorializado a unidade faz diagnósticos das necessidades dapopulação de sua área de abrangência, e define um planejamentoestratégico para atender a estas necessidades com ações coletivas eindividuais, incorporando a restauração da saúde, tratamento de doenças, aprevenção das doenças, primária, secundária e terciária e principalmente apromoção da saúde de forma coletiva, intersetorial, interdisciplinar etc.

4.7 – Do ponto de vista operacional três são os pilares desta política:• Uso, local da informação: apropriação e emprego das informações

locais no planejamento de estratégia das ações.• Discriminação positiva: priorização dos grupos e populações de menor

acesso, ou seja, de menor capacidade sócio-econômica (principio daequidade).

• O Planejamento ascendente: planejar ações e definir prioridades àpartir no nível local, e sucessivamente no distrital, regional, municipal etc.,

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conforme o nível de abrangência dos problemas de saúde detectados esua vulnerabilidade às intervenções nos vários níveis, com a aprovaçãodos Conselhos Gestores.

4.8 Desta forma se troca uma lógica de demanda, normalmente excludentedos grupos mais desfavorecidos que vai, por ótica territorial, privilegiar estesmesmos grupos. Nesta lógica a estrutura dos serviços, o quadro deprofissionais e os programas desenvolvidos, são frutos de um planejamentoterritorial e ascendente.

5. A INCLUSÃO

5.1 – Como vimos o modelo de vigilância à saúde em contra posição aomodelo médico assistencial, pressupõe a discriminação positiva, portanto ainclusão principalmente daqueles que tem acesso restrito por fatoresgeográficos, culturais, sócio-econômicos etc. aos bens e aos serviços dasaúde.

5.2 – Programas como o Programa da Saúde da Família – PSF, aplicadoscom sabedoria, técnica e planejamento local, podem incrementar estainclusão, fazendo com que as Unidades Básicas de Saúde tenham contatodireto com aquelas populações. No entanto os parâmetros estabelecidospelo Ministério da Saúde devem ser flexibilizados de acordo com a realidadelocal para não inviabilizar a eficácia do Programa, como por exemplo, ummédico para 1000 famílias ou um agente comunitário para 200 famílias,inviabilizam na prática, a eficácia deste programa na sua acepção original.Desta forma, pode se caminhar perigosamente para uma simplificação noserviço, portanto limitando sua resolutividade operacional.

5.3 – As Unidades Básicas de Saúde serão progressivamente incorporadasao PSF de acordo com o Plano de Saúde Distrital, aprovado pelo ConselhoGestor, com base no Planejamento Local.

5.4 – Na rede do município de São Paulo todas as unidades devem ter seuperfil avaliado e as ações implementadas, para que atinjam seu grau máximode resolutividade.

5.5 – O Programa de Saúde da Família deverá ser implementadoprioritariamente nas áreas de maiores riscos sócio-econômicos e geográficose de acordo com o Plano de Saúde Distrital, aprovado pelo Conselho Gestor.

5.6 – A criação de Unidade de Saúde da Família será definida de acordocom o planejamento local e será estruturante do restante do sistema nosdemais níveis de atenção.

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6. QUALIDADE DE VIDA

6.1 – O conceito de qualidade de vida confunde naturalmente ao conceito debem estar físico, mental e social. Perigoso neste caso, é confundir o conceitode qualidade de vida/bem estar com o de "consumismo", que pode seratribuído a simples obtenção de bens materiais ( TV à cores, DVD,Automóvel etc.).

6.2 – Obviamente a incorporação do conceito de qualidade de vida/bem estaré o intuito fundamental da reforma sanitária, como foi colocado naintrodução.

6.3 – O setor saúde não tem, naturalmente, o poder de promover mudançascomo distribuição de renda, melhora de moradia, lazer, transporte etc. Noentanto, não cabe a este setor se restringir ao atendimento das doenças,mas deve se articular com todos os setores públicos, privados ecomunitários, para promover o incremento na qualidade de vida/bem estar.

6.4 – O setor saúde tem a peculiaridade de ser sensível e habilitado aodiagnóstico destes problemas e destas condições de vida, podendo edevendo liderar articulações dos demais setores, no sentido da promoçãosocial e de saúde.

6.5 – Deverá desenvolver um projeto de desenvolvimento auto sustentável, que englobemoradia, saúde, escola, geração de renda para as comunidades e que esta sustentaçãogaranta toda sua implantação junto à própria comunidade. - Implantação do PSF - Contratação de funcionários indígenas (auxiliares de enfermagem), quetenham respeitadas suas crenças e culturas. - Atendimento diferenciado para a comunidade indígena, com hospital deretaguarda garantindo leitos, atendimento e tratamento para a comunidadeindígena. - Ambulâncias novas para todas as unidades. - Implantação de fato e efetiva do SUS na cidade de São Paulo, em todaa sua essência e prerrogativas. - Fim da exclusão social. - Municipalização da Vigilância Sanitária.

7 . O DIREITO À SAÚDE

7.1 Direito à saúde, garantido na lei do SUS, pelos princípios dauniversalidade e integralidade, se materializa na disponibilização de serviçosmantidos e geridos pelo poder público, sob comando único de gerenciamentodescentralizado com a utilização de recursos privatizados e/ou filantrópicosem caráter excepcional e suplementar.

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7.2 – A delegação dessa atribuição a organizações sociais, universidades,empresas privadas e autarquias não contraria nem cria obstáculos àmaterialização deste direito. O sistema de Referência e Contra-Referênciadeverá ser pactuado entre as diversas estruturas, com a coordenação feitapelo Distrito de Saúde.

7.3 – Naturalmente a política neo-liberal globalizada se opõem ferozmente aeste direito, por seu caráter iminentemente excludente. Muitas normas deoperações do ministério da Saúde, nestas últimas gestões, tem um efeito deretroceder os muitos avanços conquistados, com advento do Sistema Únicode Saúde. Estas políticas devem ser repudiadas como foi o PAS no passadode forma a se materializar à total retomada da administração direta nomunicípio de São Paulo.

7.4 – Mais uma vez a idéia de territorialização e área de risco, devem norteara estruturação do Sistema de Saúde. Entendemos que o PSF deve serimplantado sob a ótica da territorialização, pois como todo "remédio", o PSFtem indicações precisas, doses adequadas e público específico, não sendo,de nenhuma forma panacéia universal (remédio para todos os males).

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VIGILÂNCIA EM SAÚDE

- A Secretaria Municipal da Saúde deve encaminhar desde já as negociações para amunicipalização progressiva a Vigilância Sanitária, considerando a atual capacidadeinstalada dos Distritos. Como passo inicial devem ser quantificadas e estimadas asdemandas e recursos necessários (pessoal, estrutura física e equipamentos) para aexecução das atividades e Vigilância Sanitária, incluindo aí a Saúde do Trabalhador eo Meio Ambiente, com vistas à constituição e capacitação de equipes nas Unidades deVigilância em Saúde (UVIS) dos Distritos de Saúde, dimensionando-as conforme asdemandas estimadas para cada território distrital, considerando-se as atividades delicenciamento de estabelecimentos, registro de produtos, inspeções periódicas eprogramadas por critérios epidemiológicos, em decorrência de condições de riscoidentificadas.

- Encaminhar à Sra. Prefeita e aos Srs. Vereadores do Município de São Paulomanifestação no sentido de solicitar apreciação urgente do Projeto de Lei 779/98, quepropõe a adoção do Código Sanitário de São Paulo em nosso município, condiçãoessencial para a implantação e desenvolvimento da Vigilância Sanitária.

- A Vigilância Sanitária, como parte da Vigilância em Saúde, deve ser desenvolvida emíntima articulação com as áreas da clínica e da epidemiologia/vigilânciaepidemiológica, tratando de superar a já tradicional separação verificada entre estasáreas. Deve ser dada atenção especial à relação homem-animal e o que ela acarreta,e à importância dos profissionais ligados ao controle de zoonoses

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- A Secretaria Municipal da Saúde deve dispor de adequada estrutura jurídica eadministrativa para prestar poio às UVIS/Distritos de Saúde no desenvolvimento desuas atividades de Vigilância em Saúde.

- As atividades de Vigilância devem ser desenvolvidas em todos os níveisorganizacionais da Secretaria Municipal da Saúde, tendo como componentefundamental as UVIS.

- A Vigilância sanitária deve ser pautada antes, por ações educativas e normativas,orientadas para a construção de uma sólida consciência sanitária, do que por açõespunitivas.

- Deve-se orientar as práticas de Vigilância à Saúde por ações intersecretariais eintersetoriais, que devem ser pautadas pela articulação intra e interinstitucional,através do trabalho integrado com os diversos órgãos que atuam ou se relacionamcom os problemas em tela, com garantia de publicidade e do direito à informação,facilitando seu acesso, mediante sistematização, divulgação ampla e motivação dosatos. Por outro lado, deve ser garantida também a privacidade dos indivíduos,devendo as ações de vigilância epidemiológica, ambiental e de inspeção sanitáriapreservar este direito do cidadão, somente sacrificando este princípio quando for aúnica maneira de evitar perigo atual ou iminente para a comunidade.

- Toda inspeção de ambiente e processo de trabalho deverá ser comunicada comantecedência ao sindicato dos trabalhadores correspondente, exceto quando se tratarde situação de risco grave e iminente e demandar ação imediata, condição que deveráser comunicada ao sindicato logo após a inspeção.

- Sempre que possível será lançada mão do instrumento do compromisso eajustamento, preferencialmente à punição, considerando sempre que a penalidadeestabelecida, diante do não cumprimento do compromisso e ajustamento deve serproporcional ao dano causado, à infração cometida e ao patrimônio do infrator. Deveráser considerada ainda a necessidade de se favorecer a participação, no processo, dosusuários e trabalhadores diretamente interessados na solução dos problemasidentificados.

- Será sempre valorizada a determinação de penas alternativas à penalizaçãopecuniária.

- O Código Sanitário Municipal deve adequar-se à realidade local, promovendoflexibilização de acordo com características de risco à saúde, evitando-se assimexclusão social com excessos e burocracia.

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Propostas Gerais - plenárias e grupos

• Proposta 1“Que haja uma unidade de especialidade em cada Distrito de Saúde.”

• Proposta 2“Aplicação integral do dinheiro desviado pelo PAS na Secretaria Municipal de Saúde”

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• Proposta 3“Que o PSF seja implantado na cidade de São Paulo, e não apenas em algumas áreas.”

• Proposta 4“Que o retorno do SUS garanta a atenção integral à saúde com respostas que a populaçãoprecisa.”

• Proposta 5“Que se invista na formação de médicos generalistas tanto para o PSF quanto para os hospitais.”

• Proposta 6“Que se garanta informações e orientações à população quanto ao papel do hospital para que nãohaja aglomerações desnecessárias e que se invista no atendimento das unidades básicas de saúdee use nesse trabalho de conscientização os agentes de saúde e a vigilância sanitária.”

• Proposta 7“Municipalização da vigilância sanitária com controle social.”

• Proposta 8“Divulgação, através de seminários e debates, do papel da vigilância sanitária.”

• Proposta 9“Incluir na formação dos agentes de saúde a discussão da humanização do atendimento.”

• Proposta 10“O Estado deverá na formação de agentes de saúde garantir a formação política”

• Proposta 11“Que se garanta a complementação do quadro de funcionários de todos os hospitais e unidades desaúde o mais rápido possível”

• Proposta 12“Que a Secretaria divulgue um cronograma da implantação do PSF (para que os movimentospossam conhecê-lo e defendê-lo) e faça debate sobre o território do PSF e número de famílias decada equipe.”

• Proposta 13“Que se garanta a discussão da anemia falciforme e a questão da etnia.”

• Proposta 14“Implantar de fato a descentralização da saúde, dando autonomia e recursos para os Diretoresagirem e não servirem apenas de escudo para o Secretário.”

• Proposta 15“Exigir do Governo do Estado que repasse os QUALIS para a Prefeitura ainda este ano, para que sepossa de fato garantir a municipalização”

• Proposta 16

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“Garantir retaguarda (alimentação especial) para os pacientes quando são orientados para regimesalimentares e não têm condições de pagar pelo produto indicado”

• Proposta 17“O Estado deverá estimular e apoiar iniciativas dos movimentos na realização de cursos para aformação dos Conselheiros de Saúde”

• Proposta 18“O Estado deverá promover cursos de prevenção das doenças, preservação do meio ambiente eoutros para a população e os movimentos”

• Proposta 19“O Estado deveria propiciar condições para que os movimentos populares e entidades sociaistenham condições materiais, financeiras, educacionais e culturais de contribuir com a efetivaimplantação do SUS na cidade”

• Proposta 20“Rever o processo de implantação do PSF sem prejuízo da universalidade”

• Proposta 21“Concurso público para todos os cargos e especialidades da área de saúde”

• Proposta 22“Ampliar a discussão sobre a implantação do cartão SUS”

• Proposta 23“Que a Secretaria organize seminários com os seguintes temas:

1o) Distritos de Saúde: Estratégia de Fortalecimento2o) Programação Pactuada Integrada - PPI/Normas de Orientação da Atenção à Saúde - NOAS:atribuições de Estados e Municípios3o) Autarquias4o) Programa Saúde da Família - PSF

• Proposta 24“Realização de Conferência Municipal de Saúde da População Negra”.

• Proposta 25“Que a estratégia do PSF não seja a única estratégia para a reformulação do Sistema Único deSaúde do Município”.

• Proposta 26“Que a capacitação dos profissionais do PSF inclua a questão da violência doméstica, para que nãohaja o constrangimento ou medo de denunciar, pelo fato de o Agente Comunitário de Saúde servizinho, ou em função de outros fatores”.

• Proposta 27“Incluir no PSF política de álcool e drogas, de forma a trabalhar este tema no âmbito da família”.

• Proposta 28

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Previsão da inclusão da disciplina “Direito da Saúde” na grade curricular das Universidades eFaculdades de Direito;

• Proposta 29Integração entre as várias áreas da saúde, inclusive Vigilância Sanitária e Limpeza Pública

• Proposta 30Assistência ao adolescente da escola publica, equipar as escolas com um profissionais da saúdepara orientação ao adolescente, periodicamente, para programas diversos;

• Proposta 31Çriação de um Centro de Referencia de Saúde étnico; inclusão do recorte racial étnico naelaboração e implantação e execução de diretrizes e ações nas campanhas promovidas pelogoverno; treinamento de profissionais de saúde, em todas os níveis, que contemplem asrepercussões do racismo na saúde mental da população negra em todas as fases da vida;desencadear um processo educativo, informativo e preventivo sobre saúde da população negra.