relatorio circuito rlc
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Calcular as reatâncias capacitiva e indutiva de um circuito RLC a partir de medidas da diferença de potencial nos terminais do capacitor e do indutor, respectivamente. Encontrar o valor da indutância e comparar com o valor calculado a partir dos dados geométricos do indutor. Encontrar a frequência de ressonância utilizando os valores da capacitância e indutância e comparar com o valor encontrado experimentalmente através de uma varredura de frequências no gerador de funções.TRANSCRIPT
Circuito RLC
LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL III
Nova Friburgo, Junho de 2013
UNIVERSIDADE DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO POLITÉCNICO
GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA MECÂNICA
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Experiência V – Circuito RLC
Objetivo
Calcular as reatâncias capacitiva e indutiva de um circuito RLC a partir de
medidas da diferença de potencial nos terminais do capacitor e do indutor,
respectivamente. Encontrar o valor da indutância e comparar com o valor
calculado a partir dos dados geométricos do indutor. Encontrar a frequência
de ressonância utilizando os valores da capacitância e indutância e
comparar com o valor encontrado experimentalmente através de uma
varredura de frequências no gerador de funções.
Introdução Teórica
Em um circuito RLC, como mostrado na Fig. 1, aplica-se uma força
eletromotriz (fem) alternada do tipo
(1)
onde m e é a amplitude da fem alternada. A corrente no circuito será dada
por
ϕ) (2)
onde m i é a amplitude da corrente alternada no circuito e f é a constante de
fase. Com isso a diferença de potencial no elemento resistivo, R, será
ϕ) (3)
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Figura 1 - Circuito RLC de malha simples. A fem e a corrente são alternadas.
A diferença de potencial no elemento capacitivo, C, será
Onde é a reatância capacitiva do circuito. A diferença de
potencial no elemento indutivo, L, será
onde é a reatância indutiva no circuito.
Pode-se encontrar as relações entre a diferença de potencial nos elementos
do circuito e as correntes no circuito RLC. Para isso, faz-se, por exemplo,
uma análise gráfica (via diagrama de fasores, onde estes são representados
pelos “vetores” (setas) que giram no sentido anti-horário com frequência
angular w em torno da origem). Veja Fig. 2.
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Figura 2 – Diagrama de fasores (a) da corrente, (b) da diferença de potencial nos elementos e (c)
da fem, como resultado da “soma vetorial” dos fasores.
Da Fig. 2 é fácil de ver que
onde é a diferença de potencial pico-a-pico a ser medida (com
osciloscópio) no elemento x e das Eqs. (3) (4) e (5)
onde
é a impedância do circuito RLC.
O valor mínimo de Z será quando , ou seja, pelas definições dadas
nas Eqs. (4) e (5), quando
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que é a frequência natural do circuito LC (sem resistência). Neste caso,
tem-se o fenômeno da ressonância que é a base da sintonia na recepção de
ondas eletromagnéticas.
Procedimento Experimental
Para este experimento foram utilizados os seguintes aparatos
experimentais:
Osciloscópio;
Gerador de sinais;
Resistências;
Capacitores;
Resistores;
Protoboard;
Multímetro;
Indutor (bonina);
Fios e cabos de conexões elétricas;
Paquímetro.
Determinação da indutância de uma bobina
O objetivo deste experimento é determinar experimentalmente a
indutância de uma bobina e comparar com o valor obtido a partir dos dados
de sua geometria. Utilizando um multímetro digital foram determinados os
valores da resistência elétrica do resistor e da capacitância do capacitor que
foram utilizados no circuito RLC.
R= 0,996 x 10³ Ω
C= 0,324 x 10-6
F
Com o paquímetro foi medido o diâmetro do fio de cobre esmaltado da
bobina, df , e o comprimento total da bobina, l ,
df = 0,50 mm
l= 93,8 mm
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A partir disso, foi possível medir o número de espiras na bobina, Ne ,
observando que esta é formada por apenas uma camada de fio de cobre.
187,6 ≈188
O valor teórico da indutância da bobina (indutor do circuito RLC)
Foi calculado, dado que o valor da permeabilidade magnética do ar,
µ0 = 4π x 10-7
H/m
0,178 x 10-3
onde db é o diâmetro da bobina.
Montado o circuito RC representado esquematicamente na Fig. 3, ajustando
o gerador de sinais para a freqüência f = 6×103 Hz, com ondas senoidais.
O osciloscópio foi conectado em paralelo com o resistor do circuito e então
diferença de potencial pico-a-pico, (VR )m foi medida. O mesmo foi repetido
para o capacitor para medir (Vc )m .
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Abaixo, os valores obtidos:
3,75 V
0,30 V
Com o valor já medido de R, foi calculado a corrente que passa pela mesma
3,38 x 10-3
Como o capacitor está em série com o resistor, a corrente que passa nos
dois componentes é a mesma. Usando a Eq. (4) e o valor obtido para a
corrente, foi encontrado a reatância capacitiva
88,76 V/A
No circuito da Fig 3 o capacitor foi substituído pelo indutor (bobina),
formando, então, o circuito RL. A corrente no circuito RL não será a
mesma do circuito RC, por isso foi necessário medi-la novamente.
3,75 V
0,25 V
A corrente que passa pela resistência calculada neste caso
3,38 x 10-3
A
Como o indutor está em série com o resistor, a corrente que passa nos dois
componentes é a mesma. Usando a Eq. (4) e o valor obtido para a corrente,
calculou-se reatância indutiva
73,96 V/A
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Através da definição da reatância indutiva dada na Eq. (5) calculou-se o
valor experimental da indutância da bobina
Lexp= 2,18 x 10-3
Comparando esse valor experimental com o valor teórico calculado. A
diferença percentual entre estes dois valores corresponde a
169,8
Em seguida, o capacitor foi conectado em série com o indutor e com o
resistor no circuito RL anteriormente. Usando o osciloscópio mediu-se a
diferença de potencial pico-a-pico em cada um dos componentes, bem
como a diferença de potencial pico-a-pico total aplicada no circuito pela
fem alternada. Os valores encontrados foram registrados abaixo
3,7 V
0,225 V
0,31 V
3,7 V
Usando as Eqs. (3), (4), (5) e os valores de X L e XL , respectivamente
obtidos nos circuitos RL e RC, encontrou-se os valores para as correntes
3,71 x 10-3
A
3,04 x 10-3
A
3,49 x 10-3
A
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Utilizando a Eq.(8) foi calculado a impedância do circuito
Z = 996,1 Ω
Utilizando a Eq. (7) foi calculado, então, a corrente que passa no circuito
3,71 x 10-3
Frequência de ressonância do circuito RLC
Empregando o circuito RLC montado na seção 5.1(e) vamos procurar obter
experimentalmente a frequência de ressonância do circuito, visando a
comparação com o valor teórico. Antes disso, acrescente 2 resistores de 1,8
W em paralelo com o gerador de sinal. Devemos fazer isso para minimizar
a influência do gerador de sinal no circuito pois ele possui uma impedância
de saída de 50 W.
(a) Com o valor da capacitância registrada na seção 5.1(a), e com o valor
da indutância obtida experimentalmente na seção 5.1(b), calcule o valor
“teórico” da frequência de ressonância utilizando a Eq. (9)
1,32 x 105 Hz
Variou-se a frequência no gerador de sinais visando obter a frequência para
a qual a diferença de potencial pico-a-pico no resistor é máxima.
Uma vez encontrado o máximo, foi medido a partir do osciloscópio o valor
da frequência medindo o período
fexp =22,1x 10³ Hz
que é a frequência de ressonância obtida experimentalmente. Com isso,
calculou-se a diferença percentual entre os valores teórico e experimental,
142,6
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CONCLUSÃO
O experimento é suscetível a erros tais como pequenas oscilações
causadas pelo gerador de frequências e imprecisão na visualização do
osciloscópio.
Com base na experiência entende-se que impedância é a oposição
que um circuito elétrico faz a passagem de corrente quando é submetido a
uma tensão, reatância capacitiva é o tipo de reatância (resistência oferecida
à passagem de corrente alternada por um indutor ou capacitor num circuito)
devida à capacitância de um capacitor, de um circuito elétrico ou circuito
eletrônico (medida em ohms e é igual à recíproca do produto de 2 π pela
frequência em hertz e pela capacitância em farads) e reatância indutiva é a
oposição à corrente alternada devida à indutância de um circuito
elétrico, circuito eletrônico ou bobina (medida em ohms (Ω), designada
pelo símbolo e igual à indutância em henrys multiplicada por
2 π vezes a frequência em Hertz).
Pode-se perceber que os valores teóricos diferiram muito dos valores
experimentais (142,6%), devido à problemas técnicos e imprecisão no
gerador de sinais.