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Relatório Anual 2002

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Relatório Anual Há mais de 100 anos construindo comaço o desenvolvimento sustentado.

2002

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Gerdau anuncia a evolução de sua estrutura de

governança corporativa, que passa a ser formada pelos

novos Conselho de Administração e Comitê Executivo, o

qual é responsável pela gestão das cinco operações

siderúrgicas do Grupo. Três membros externos passaram a

integrar o Conselho de Administração, ampliando as

práticas de transparência.

Fusão das operações no Canadá e nos Estados Unidos

com a siderúrgica Co-Steel resulta em uma nova empresa:

a Gerdau AmeriSteel Corporation, com ativos de

US$ 1,6 bilhão e capacidade de produção de 6,6 milhões

de toneladas métricas de aço bruto, destinadas a atender

ao mercado da América do Norte.

Faturamento total do Grupo evolui 57,5% e chega a

R$ 11,1 bilhões.

Participação na siderúrgica Açominas, localizada em Ouro

Branco (MG), cresce para 78,9% do capital social e garante

maioria qualificada no acordo de acionistas. Em 2002, a usina

passou a operar em ritmo de 3 milhões de toneladas anuais

de aço líquido com a recuperação dos regeneradores do alto-

forno e ampliou sua linha de produtos com o lançamento

dos perfis estruturais laminados de abas paralelas. Neste

mesmo período, a Açominas encerrou o exercício com lucro

líquido pelo terceiro ano consecutivo, fato inédito desde o

início de suas operações, em 1986.

Investimentos do Grupo em ampliação, atualização

tecnológica e participações societárias alcançam

US$ 463,8 milhões.

Estratégia de agregar valor aos produtos destinados à

construção civil é reforçada com a expansão do serviço de

corte e dobra de aço no Brasil, no Chile e no Uruguai.

Entrada no Latibex, índice de empresas latino-

americanas da Bolsa de Valores de Madri, aumenta

visibilidade junto ao mercado de capitais europeu.

Gerdau estende tag along para os acionistas minoritários

detentores de ações ordinárias e preferenciais. Em eventual

alienação do controle da companhia, têm o direito de

receber 100% do valor pago aos controladores. O benefício

é, em percentual e abrangência, superior ao previsto pela

Lei das S.A., que estabelece o pagamento de 80% do valor

destinado aos controladores somente aos acionistas

ordinários.

Des

taqu

es

Vergalhões

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Índi

ce Perfil

Mensagem do Conselho

Visão Estratégica

Governança Corporativa

Tecnologia de Gestão

Finanças

Produção

Vendas e Mercados

Investimentos

Pessoas e Equipes

Gestão Ambiental

Comunidade

Administração

6

8

10

12

14

16

24

28

34

38

42

46

48

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Perf

il

Líder na produçãode aços longosnas Américas

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Maior produtor de aços longos nas Américas, o Grupo

Gerdau começou a traçar sua trajetória de expansão há

mais de um século. A partir do Brasil, ampliou suas bases

para o Uruguai, o Canadá, o Chile, a Argentina e os Estados

Unidos, alcançando, em 2002, um lucro líquido de

R$ 821 milhões, 49% a mais que no período anterior.

Seus negócios, divididos em regiões geográficas e linhas de

produtos, atendem aos setores da construção civil, da indústria

e da agropecuária. Exportado para todos os continentes, o aço

Gerdau possui uma infinidade de aplicações. Integra a

estrutura de pontes, viadutos, rodovias, hidrelétricas, prédios e

residências. Está presente na fabricação de máquinas agrícolas,

estruturas metálicas, peças para a indústria automotiva e redes

de transmissão de energia e telefonia, entre outros. Participa

ainda do trabalho no campo com arames e acessórios

para cercas.

Com uma estratégia de mercado orientada para alcançar

os melhores níveis de eficiência econômica, o Grupo

desenvolveu logística e avançadas tecnologias de gestão

em siderurgia. Possui usinas, centros de serviços, unidades

de transformação e canais distribuidores estrategicamente

posicionados junto aos principais pólos de consumo.

Busca aprimorar constantemente suas práticas de governança

corporativa e está presente em importantes centros

financeiros por meio de três companhias abertas: a empresa

operacional Gerdau S.A., a holding Metalúrgica Gerdau S.A. e

a Gerdau AmeriSteel Corporation, subsidiária na América do

Norte. Suas ações são negociadas diariamente nas bolsas de

valores de São Paulo, Nova Iorque, Toronto e Madri (Latibex).

O Grupo Gerdau segue os princípios de responsabilidade

social e acredita que o desenvolvimento de uma empresa

está diretamente relacionado à evolução das comunidades

onde atua. Dentro desta visão, construiu uma cultura

empresarial fundamentada em valores éticos, no respeito

às pessoas e ao meio ambiente.

BRASILUm total de 10 siderúrgicas nas regiões Sudeste, Sul e

Nordeste atendem ao mercado interno e às demandas de

exportação com aços longos, aços especiais e semi-acabados.

O fornecimento dos principais insumos metálicos é realizado

por uma rede localizada estrategicamente em todo o País, a

qual inclui também uma usina produtora de ferro-gusa e oito

unidades de coleta e processamento de sucata.

Nove centros de serviços de corte e dobra de aço Armafer,

quatro unidades de transformação e uma participação

societária na Monteferro América Latina – para o

fornecimento de guias de elevadores – permitem transformar

o aço Gerdau em produtos com maior valor agregado.

Na área de distribuição, a Comercial Gerdau, maior fornecedora

de aços longos e planos no País, desempenha um importante

papel no atendimento aos clientes finais com produtos fabricados

pelas unidades do Grupo e pelas demais siderúrgicas nacionais.

CANADÁ E ESTADOS UNIDOSA Gerdau AmeriSteel produz aços longos e seções

especiais com uma rede de 10 usinas, além de operar no

segmento de produtos planos por meio da siderúrgica

Gallatin, uma joint venture no Estado do Kentucky (EUA).

Possui também 15 centros de serviços de corte e dobra de

aços longos e 13 unidades de coleta e processamento de

sucata. Na área de transformação, detém nove plantas

industriais próprias e participações societárias em

duas empresas.

Sua localização geográfica permite atender com eficiência

os consumidores da Costa-Leste e do Meio-Oeste dos

Estados Unidos, além do Canadá.

ARGENTINA, CHILE E URUGUAIUnidades próprias no Chile e no Uruguai, além de uma

participação societária na laminadora argentina Sipar,

contribuem para o abastecimento de aços longos na

região. O Grupo Gerdau também oferece o serviço de corte

e dobra de aço nas suas operações no Conesul.

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Men

sage

m d

o Co

nsel

ho

Cultura empresarial baseada noequilíbrio entre crescimento erentabilidadeCenário mundial

Em 2002, a produção mundial de aço alcançou a marca de

887 milhões de toneladas, 6,4% a mais sobre o período anterior.

O bom desempenho do setor ocorreu sobretudo pela forte

demanda na China, um dos países que mais contribuiu no ano

para o crescimento da siderurgia global.

No período, a economia apresentou uma expansão de 1,9%, limitada

principalmente pelo baixo desempenho da Europa e pela retração do

Japão. A performance – ainda que superior a 1,2% verificada no

exercício anterior – confirma um ritmo de crescimento mais lento no

mundo, segundo os dados dos últimos dez anos do Fundo Monetário

Internacional.

Desempenho positivo e expansão das operações

O Grupo Gerdau acompanhou a tendência do setor e, mais uma vez,

encerrou o ano com números positivos. Sua produção chegou a

9,4 milhões de toneladas de aço bruto, volume 28% superior em relação

a 2001, e o desempenho financeiro também demonstrou uma trajetória

de evolução consistente, que pode ser comprovada pelo aumento no

retorno sobre o patrimônio líquido consolidado, de 19% para 22% nos

últimos três anos. O lucro líquido consolidado também apresentou

expansão expressiva: foi de R$ 406 milhões em 2000 e, neste exercício,

alcançou R$ 821 milhões.

No Brasil, as unidades atenderam plenamente à demanda interna e

alcançaram níveis recordes de exportação, cujos volumes foram

embarcados predominantemente para a Ásia. As operações na

Argentina e no Uruguai ajustaram suas produções ao consumo

local, ainda retraído pela recessão da economia na região. O Chile

retomou investimentos em estradas, pontes e viadutos e, como

conseqüência, ampliou a demanda pelos produtos da Gerdau AZA.

Na América do Norte, o Grupo passou a participar do

intensificado movimento de consolidação do setor siderúrgico

em 1999, quando assumiu nos Estados Unidos o controle da

AmeriSteel, iniciativa fundamentada na capacidade de geração

de caixa e de alavancagem das empresas Gerdau no Canadá, as

atuais Cambridge e MRM Special Sections. Seguindo a visão de

ser uma empresa siderúrgica internacional e de classe mundial,

ampliou sua atuação naquele país dois anos depois, com uma

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Relatório Anual 2002 Gerdau89

Jorge Gerdau JohannpeterPresidente

quinta usina, localizada na Geórgia, e neste

exercício realizou a fusão de suas operações

na América do Norte com as da Co-Steel.

O negócio, concluído em outubro, resultou na

criação da Gerdau AmeriSteel Corporation, segunda

maior produtora de aços longos na região. Expandiu

a capacidade instalada de aço bruto do Grupo na

América do Norte em aproximadamente 90%, para

6,6 milhões de toneladas métricas, além de marcar

sua entrada no segmento de aços planos por meio

da participação societária na Gallatin Steel. A

estratégia seguida combina baixo investimento em

capacidade instalada com importante aquisição de

participação de mercado.

Nova governança corporativa

O ano também foi marcado pela implantação da

nova estrutura de governança corporativa, para

ampliar a eficiência de gestão, a transparência e

conduzir o processo sucessório sem perder as

experiências acumuladas.

O modelo de gestão atual, elaborado dentro da

filosofia de transição construtiva, dividiu as

atividades do Conselho-Diretor entre o Conselho de

Administração e o Comitê Executivo, possibilitando

a entrada da nova geração de administradores em

postos estratégicos para o negócio. Além disso,

três membros externos passaram a fazer parte do

Conselho de Administração.

Perspectivas: evolução do Grupo Gerdau

Os limites para o crescimento mundial em 2003

serão definidos pela capacidade de recuperação

da economia. As perspectivas para o Brasil e os

demais países da América do Sul onde o Grupo

Gerdau opera são melhores do que as de 2002

e, na região, as operações acenam com

volumes de entregas crescentes.

No entanto, é imprescindível no Brasil o

encaminhamento das reformas nas áreas da

previdência e tributária – fundamentais para

desonerar a economia nacional e propiciar a

conquista de uma verdadeira isonomia competitiva. Também é importante salientar a

necessidade de aprimoramento da eficiência do setor público nacional, peça-chave

para o desenvolvimento da nação.

Na América do Norte, a Gerdau AmeriSteel prossegue na busca por sinergias

potenciais entre as unidades de reciclagem, as usinas siderúrgicas e as plantas de

transformação. A integração das culturas das empresas tem evoluído de forma rápida,

com as equipes engajadas em maximizar a estrutura logística, aumentar a eficiência

operacional e ampliar a qualidade dos produtos e serviços.

A convicção do sucesso desse empreendimento está baseada também na experiência

do Grupo de elevar a produtividade e, conseqüentemente, a lucratividade das empresas

em que passa a operar, a exemplo da Gerdau AmeriSteel Cambridge, no Canadá, da

Aços Finos Piratini, da Usiba e da Açominas, sediadas no Brasil. Os ganhos futuros,

resultantes da maior eficiência e rendimento das unidades da Gerdau AmeriSteel como

um todo, deverão se refletir nos próximos balanços da companhia e permitir,

posteriormente, novos passos para uma maior consolidação na região. O potencial de

aumento de produtividade na empresa indica a possibilidade de atingirmos

rentabilidade superior a 15% sobre os investimentos na América do Norte em no

máximo três anos, tarefa de evolução progressiva, que será realizada etapa por etapa.

Frente ao cenário global, deveremos manter níveis crescentes de produção, com

volumes ajustados a cada mercado, e alcançar, em 2003, um ritmo anual de

12 milhões de toneladas de aço, uma expansão que pode ultrapassar em 25% o

desempenho do período anterior. As perspectivas positivas refletem a consolidação

integral da Co-Steel durante todo o ano e o aumento de produção nas unidades Gerdau.

Ao longo de nossa trajetória, procuramos agregar valor aos acionistas, mesmo em

situações econômicas adversas, prática que permitiu superar os 100 anos de

existência com resultados positivos em todos os exercícios. Entretanto, nosso

compromisso não se restringe ao desempenho operacional e financeiro.

Contribuímos também para o desenvolvimento econômico sustentável, abrangendo

as áreas social e ambiental.

Agradecimento

Agradecemos a todos aqueles que participaram direta ou indiretamente da

construção contínua do Grupo Gerdau: colaboradores, acionistas, investidores,

fornecedores e comunidade. Dedicamos uma homenagem especial aos nossos

178 mil clientes, base para a perpetuidade do nosso negócio.

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Visã

o Es

trat

égic

aSer uma empresasiderúrgica internacional,de classe mundial

Área de expedição

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Relatório Anual 2002 Gerdau1011

Para o Grupo Gerdau, ser uma empresa internacional,

de classe mundial, não é apenas estar presente em uma

ampla geografia. É pensar como player global em todos os

níveis e apresentar desempenhos diferenciados, que

atendam aos mais exigentes padrões de qualidade.

Atualmente, esse desafio está sendo traduzido em um

mapa estratégico com metas e indicadores que,

gradativamente, serão relacionados ao trabalho cotidiano

de cada um dos 19 mil profissionais Gerdau. O projeto

encontra-se em diversos estágios de implantação nas

unidades e permite, de um lado, que o Conselho de

Administração acompanhe de forma precisa a evolução do

planejamento e, de outro, comunique claramente os

objetivos do Grupo para toda a organização, visando

estimular o engajamento dos colaboradores.

Uma peça-chave para alcançar patamares de classe

mundial é a filosofia de orientação para o cliente –

fundamental para a perpetuidade da empresa. Essa política

foi reforçada em 2002 com o desenvolvimento de novas

ferramentas para estabelecer parcerias que contribuam no

crescimento dos negócios dos clientes.

O Grupo Gerdau também segue os princípios do

desenvolvimento econômico sustentável, refletido no

conjunto de valores que acompanha a sua trajetória. Em

todas as atividades, tem o compromisso de equilibrar as

demandas de curto e longo prazos com as áreas

econômica, social e ambiental. Trabalha para proporcionar

retorno contínuo acima da média do mercado aos

acionistas, sem comprometer o desempenho futuro. Nos

novos negócios em que passa a operar, tem como

prioridade detectar as necessidades de melhorias que

resultem na conquista de níveis de eficácia no menor

tempo possível, com o objetivo de consolidar a segurança

financeira de suas operações.

Na posição de um dos maiores recicladores do mundo,

produz aço dentro de uma visão de ecoeficiência, a partir

do uso de sucata ferrosa – composta por materiais

obsoletos para a sociedade – e do minério de ferro – uma

das matérias-primas mais abundantes na natureza. Busca

também otimizar a utilização de recursos naturais, além de

alcançar taxas de emissões cada vez menores, as quais

superem as exigências legais.

No campo social, estimula a transmissão de

conhecimentos por meio de ações em diversas áreas –

como educação, saúde, cultura –, pois tem a certeza de

que não existe desenvolvimento sem qualidade de vida.

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Gov

erna

nça

Corp

orat

iva Modelo de gestão

alinhado àsmelhores práticasdo mercado

Aplicação de barras e perfis

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Relatório Anual 2002 Gerdau1213

O Grupo Gerdau implantou, em 2002,

uma nova estrutura de governança

corporativa para ampliar sua eficiência de

gestão, aumentar a transparência e

conduzir o processo sucessório sem perder

as experiências acumuladas.

O atual modelo, estabelecido dentro das

melhores práticas do mercado, é composto

pelos Conselho de Administração, Comitê

Executivo, Comitê de Estratégia e Comitês

de Excelência.

O Conselho de Administração, formado

por oito integrantes, desempenha um papel

fundamental na aprovação das decisões

estratégicas, das políticas de risco e de

crescimento. Como parte da reorganização,

três membros externos passaram a

participar do processo decisório do Grupo.

O Comitê Executivo realiza a gestão dos

negócios e representa o elo entre o Conselho

de Administração e as cinco operações

siderúrgicas, definidas a partir da linha de

produtos e/ou da localização geográfica das

unidades: Aços Longos (Brasil); Aços Especiais

(Brasil); Açominas (Brasil); América do Norte

(Canadá e Estados Unidos); América do Sul

(Argentina, Chile e Uruguai).

Cada um dos sete participantes – presidente e vice-presidentes – também

responde pelos principais processos funcionais, que atuam horizontalmente

em todo o Grupo, como, por exemplo, finanças, contabilidade, recursos

humanos, comunicação social, jurídico e planejamento. Seus membros

trabalham de forma colegiada, buscando maior sinergia e, individualmente,

com foco em cada negócio e nos processos funcionais, essenciais para a

maximização dos resultados.

Na posição de apoio às operações, o Comitê de Estratégia reúne os

integrantes do Comitê Executivo e os responsáveis pelas principais

operações para analisar o panorama atual do Grupo e as oportunidades de

crescimento, além de definir um foco de longo prazo para o negócio.

A tomada de decisões também foi otimizada a partir da criação dos

Comitês de Excelência, suporte aos processos funcionais, cuja função é

desempenhar um papel de fórum de debates e de troca de práticas.

As companhias de capital aberto no Brasil, a holding Metalúrgica Gerdau

S.A. e a empresa operacional Gerdau S.A., contam com Conselhos Fiscais

independentes – inclusive com a participação de acionistas minoritários –,

que acompanham as atividades dos administradores e controlam as

operações contábeis. Em cada um deles há três membros, eleitos

regularmente em assembléia de acionistas realizada no mês de abril.

Ao longo de mais de 100 anos de história, a administração dos negócios

tem sido realizada a partir de rigorosos critérios profissionais, seguindo os

princípios de gerar valor econômico e retorno acima dos custos do capital

aos acionistas. Dentro desta política, o Grupo Gerdau possui uma equipe

capacitada para buscar níveis crescentes de desempenho em todas as

áreas, orientado por diretrizes éticas com parâmetros claros de

relacionamento com acionistas, clientes, fornecedores, colaboradores,

concorrência, comunidade e meio ambiente.

Conselho de Administração

Comitê Executivo

Clientes

Operações de NegóciosProcessos Funcionais

Comitê de Estratégia

Comitês de Excelência

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Tecn

olog

ia d

e G

estã

o

Base para a conquistade desempenhos

diferenciados

Laboratório de análise do aço

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As práticas de gestão por processos

combinam a absorção das melhores best

practices internacionais existentes no

mercado com a experiência interna das

unidades Gerdau e, atualmente, estão

sendo consolidadas nos sistemas de gestão

do Grupo. Este projeto prevê a definição e

a organização de macro-processos do

negócio, que irá possibilitar a incorporação

dos diferenciais de cada operação ao

sistema e replicá-los nas demais. Em

permanente evolução, propicia a

organização do capital intelectual, a

manutenção e a melhoria dos níveis de

eficiência, o intercâmbio permanente de

conhecimentos e ganhos para o negócio

como um todo.

O estabelecimento de metas fortes, que

promovem a evolução constante dos

principais indicadores de desempenho, é

realizado com base em benchmarks

mundiais. Essas metas estabelecem

desafios para as equipes, vencidos pela

utilização sistemática do Ciclo PDCA, por

meio de suas etapas plan, do, check e act.

Os esforços para ampliar as margens de

produtividade contaram novamente com

um aliado expressivo, o projeto de

estabilização de processos. Ele possibilita

racionalizar custos, ampliar o rendimento

dos equipamentos, melhorar a performance

dos colaboradores e, como conseqüência,

obter maior previsibilidade de resultados.

Relatório Anual 2002 Gerdau1415

Nível máximo de domínio de processos, o programa Seis Sigma, teve

continuidade neste exercício e resultou na obtenção de ganhos, em alguns

casos 20 vezes superiores aos recursos investidos.

O Grupo Gerdau também investe no desenvolvimento de novas

tecnologias, pois tem a convicção de que a inovação é fundamental para

alcançar maior competitividade no mercado. Na área da pesquisa, participa

de 20 projetos com universidades, centros de pesquisa e consultorias

especializadas com o objetivo de ampliar o desempenho das unidades, a

qualidade dos produtos e a reutilização de resíduos siderúrgicos. Para sua

permanente atualização, também realiza contratos de transferência de

tecnologia com empresas no mundo.

Como reconhecimento às suas práticas, as unidades receberam

importantes premiações na área da qualidade. A usina siderúrgica AZA,

sediada no Chile, conquistou o Prêmio Ibero-Americano da Qualidade.

No Brasil, foi conferido à Aços Finos Piratini (RS) o Prêmio Nacional da

Qualidade e, em âmbito estadual, a Açonorte (PE) e a Cosigua (RJ)

receberam premiações na categoria prata. No mesmo período, a Gerdau

AmeriSteel Cambridge, no Canadá, foi certificada com a ISO 14001.

Na área de tecnologia de informação, a plataforma SAP, no Brasil, foi

atualizada para ampliar suas funcionalidades nas esferas de gestão e

administração de informações, permitindo uma visão mais clara da cadeia

de negócios. Outro destaque em 2002 foi a integração do sistema de

compras eletrônicas ao ambiente web – prática já realizada em vendas e

em marketing –, o que simplificou o processo de aquisição de materiais,

além de otimizar os custos gerados.

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RESULTADOSO Grupo Gerdau teve um lucro líquido consolidado de

R$ 821 milhões em 2002, valor que superou em 49% o

resultado de R$ 550,9 milhões registrado no ano anterior.

Os principais fatores responsáveis pelo crescimento foram

a expansão da demanda no Brasil, o aumento das

exportações e o efeito do câmbio nas operações nos

Estados Unidos, no Canadá, no Chile, na Argentina e

no Uruguai.

A margem líquida, no mesmo período, apresentou

redução, passando de 9,36% para 8,96%, devido ao

impacto cambial nas despesas financeiras do exercício.

Fina

nças

Gestão financeiraorientada paraadicionar valoraos acionistas

Lançamento das ações da Gerdau naBolsa de Valores de Madri (Latibex)

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Relatório Anual 2002 Gerdau1617

As empresas de capital aberto no Brasil – a Metalúrgica Gerdau S.A. e a Gerdau S.A. –

distribuíram um total de R$ 452,4 milhões em juros sobre capital próprio e dividendos,

88,2% a mais em relação a 2001. Desse total, R$ 186,5 milhões foram destinados aos

acionistas da Metalúrgica Gerdau S.A. e R$ 265,9 milhões aos da Gerdau S.A. A distribuição

de resultados ao mercado representou um retorno de 16,6% e 7,1%, respectivamente,

sobre o preço da ação PN em bolsa.

As duas companhias do Grupo no País têm como política remunerar seus acionistas

sobre a forma de dividendos ou juros sobre capital com no mínimo 30% do lucro líquido

ajustado em cada exercício. O valor distribuído semestralmente passou a ser pago a cada

trimestre desde o início de 2003.

O EBITDA – lucro antes de despesas financeiras, impostos, equivalência patrimonial,

depreciação e amortizações – totalizou R$ 2,1 bilhões e foi 64% superior a 2001.

A margem EBITDA cresceu de 21,78% para 22,95%.

O lucro bruto aumentou em quase R$ 1 bilhão, atingindo a marca de R$ 2,6 bilhões, um

acréscimo de 58,6%. Durante o ano, os esforços para reduzir custos e melhorar a

produtividade compensaram a elevação dos preços de algumas matérias-primas – sucata e

ferro-gusa, principalmente – e permitiram a obtenção de uma margem bruta de 28,63%

contra 28,08% em 2001.

A receita líquida evoluiu 55,6%, de R$ 5,9 bilhões para R$ 9,2 bilhões. O faturamento

bruto seguiu o mesmo ritmo de crescimento, 57,3%, e chegou a R$ 11,1 bilhões.

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O caixa líquido da atividade operacional foi 36,6%

superior, atingindo R$ 1,6 bilhão. Esse valor representa

17,7% da receita líquida de vendas contra 20,1% no ano

anterior.

A desvalorização do real frente à moeda norte-americana

teve impacto sobre as dívidas em dólares contratadas no País

não cobertas por hedge e resultou em despesas adicionais de

R$ 607,1 milhões. Por outro lado, essa mesma variação

cambial, somada à fusão das operações na América do Norte,

geraram um ganho de R$ 447,5 milhões sobre os

investimentos fora do Brasil. Em termos consolidados,

o efeito cambial sobre ativos e passivos trouxe perdas de

R$ 159,6 milhões.

A Açominas encerrou o exercício com lucro líquido pelo

terceiro ano consecutivo, fato inédito desde o início de suas

operações, em 1986. O resultado, no entanto, foi de

R$ 62,7 milhões, 32,7% a menos que no período anterior,

em função principalmente do acidente nos regeneradores do

alto-forno da usina, ocorrido em março. Os equipamentos,

bem como os lucros cessantes decorrentes do

acontecimento, estavam cobertos por apólice de seguro com

limite de indenização de US$ 850 milhões. Os trabalhos

junto aos seguradores estão evoluindo dentro das

expectativas e já foi recebido um adiantamento de

R$ 62 milhões do IRB – Brasil Resseguros.

ENDIVIDAMENTOAo final do exercício, a dívida bruta consolidada era de

R$ 7,1 bilhões. Em relação ao ano anterior, houve um aumento

de 71,3%, decorrente principalmente da consolidação dos

passivos da siderúrgica Co-Steel, do pagamento do aumento de

participação societária na Açominas e da desvalorização do real

frente ao dólar norte-americano. Em contrapartida, os ativos

totais cresceram 48,9%, chegando a R$ 14,6 bilhões.

A dívida de curto prazo era de R$ 3,7 bilhões e

representava 52,4% do total. Estava composta da seguinte

forma: R$ 518,5 milhões em moeda nacional, R$ 1,6 bilhão

em moeda estrangeira contratada pelas empresas no Brasil

e R$ 1,6 bilhão relativo às operações efetuadas no exterior.

Used with permission of NYSE.

Na ordem: Bolsa de Valores de São Paulo,Bolsa de Valores de Toronto,

Bolsa de Valores de Nova Iorquee Bolsa de Valores de Madri.

Used withpermission of TSX.

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A dívida de longo prazo, equivalente a

47,6% do total, alcançava R$ 3,4 bilhões,

sendo que R$ 1 bilhão era em moeda

nacional, R$ 897,9 milhões em moeda

estrangeira contratada pelas empresas no

Brasil e R$ 1,5 bilhão referia-se às

empresas no exterior.

Diversas operações de swap foram

realizadas nos últimos dois anos pelo

Grupo Gerdau, com o objetivo de se

proteger das variações do dólar norte-

americano em relação ao real. As dívidas

em dólares foram trocadas por reais

indexados a 70% do CDI, em média. Em

31 de dezembro de 2002, de um

montante de R$ 2,5 bilhões de dívidas

contratadas em moeda estrangeira pelas

empresas no Brasil, R$ 2 bilhões

encontravam-se protegidos dessas

flutuações.

O EBITDA representava 5,9 vezes as

despesas financeiras líquidas, excluídas as

variações monetária e cambial. Já a dívida

líquida, equivalia a 2,7 vezes o EBITDA dos

últimos 12 meses.

As disponibilidades e as aplicações

financeiras, ao final do exercício,

apresentaram um saldo de R$ 1,4 bilhão

contra R$ 1 bilhão no ano anterior, uma

expansão de 41,5%. Desse total, 65,6%,

equivalentes a R$ 931,5 milhões, estavam

indexados ao dólar.

MERCADO DE CAPITAISEm 2002, as ações da Gerdau

AmeriSteel, empresa responsável pela

atuação do Grupo na América do Norte,

passaram a ser negociadas na Bolsa de

Valores de Toronto, no Canadá.

Relatório Anual 2002 Gerdau1819

A expansão da presença no mercado de capitais é decorrente da fusão das

suas operações nos Estados Unidos e no Canadá com as da Co-Steel, cuja as

ações passaram a ser transacionadas sob o nome da nova empresa, a partir

do final de outubro.

No mês de dezembro, os acionistas da Gerdau S.A. ganharam mais um

centro de liquidez para suas ações: a Bolsa de Valores de Madri. Com a

entrada no Latibex, índice de empresas latino-americanas da bolsa

espanhola, cada ação negociada naquele mercado gera uma operação no

Brasil, porém por lote de mil unidades.

A concessão do direito de tag along a todos os acionistas da Metalúrgica

Gerdau S.A. e da Gerdau S.A., independente do tipo e da classe das suas

ações, foi outro fato importante no ano. Em eventual alienação do controle

da companhia, os acionistas minoritários têm o direito de receber 100% do

valor pago aos controladores. O benefício é, em percentual e abrangência,

superior ao previsto pela Lei das S.A., que estabelece o pagamento de 80%

do valor destinado aos controladores somente para os acionistas ordinários.

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As ações da Gerdau S.A. movimentaram

na Bolsa de Valores de São Paulo

R$ 1,4 bilhão, 114,4% a mais que em 2001,

o que representa uma média diária de

R$ 5,5 milhões. As ações preferenciais

apresentaram 73,7% de valorização e,

juntamente com as ordinárias, encerraram o

ano com 54.716 negócios realizados. A

Empresa participa do Nível 1 de Governança

Corporativa e do Índice da Bovespa.

Os ADRs da Gerdau S.A. na Bolsa de

Valores de Nova Iorque alcançaram uma

média de negócios de US$ 569,7 mil por dia,

somando um total de US$ 144,1 milhões.

A Metalúrgica Gerdau S.A. atingiu a

marca de 9.759 transações realizadas na

Bolsa de Valores de São Paulo, as quais

movimentaram R$ 303 milhões, valor

22,5% superior ao de 2001. No período, a

valorização das ações preferenciais foi de

103,1% e houve uma média diária de

negócios de R$ 1,1 milhão.

O free float, ações que não estão em

poder dos controladores, representa 48,5%

do capital social da Gerdau S.A. e 73,2%

da Metalúrgica Gerdau S.A.

Seguindo sua política de transparência,

o Grupo Gerdau disponibiliza informações

detalhadas sobre as operações no seu

website e por meio da área de Relações

com Investidores. Realiza reuniões com o

mercado de capitais, além de

teleconferências transmitidas também

pela Internet para comentar os resultados

de cada trimestre. Esses eventos,

realizados ao longo do ano, abrangeram

cerca de 1,5 mil profissionais do Brasil, da

América do Norte e da Europa.

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Relatório Anual 2002 Gerdau2021

GESTÃO DE RISCOSMercado e Conjuntura

O Grupo Gerdau, no Brasil, tem ampliado seus negócios

por meio de exportações. Em 2002, foram responsáveis por

20,7% do volume das vendas, o que permitiu manter o

nível de atividade da empresa e aumentar o fluxo de divisas

para o País. Neste exercício, o período eleitoral trouxe

grande volatilidade ao mercado financeiro também

impactado pelo clima de incertezas em relação a outras

economias do mundo. Como conseqüência, a cotação do

real frente ao dólar oscilou 52,3% no ano, enquanto a taxa

de juros, gerenciada sob uma visão austera, foi elevada para

25% com o objetivo de manter a inflação sob controle.

A desvalorização da moeda brasileira favoreceu o

aumento do volume das exportações do Grupo Gerdau em

77%, demanda atendida a partir da maior utilização da

capacidade instalada das usinas, mantendo-se, no entanto,

primordialmente o atendimento ao mercado nacional.

Para 2003, a perspectiva do Banco Central do Brasil é de

um crescimento de 1,95% no PIB do País, superando o

desempenho de 1,5% em 2002, o que deverá se refletir

favoravelmente na demanda por aços longos, segmento

no qual o Grupo Gerdau atua predominantemente.

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No primeiro semestre de 2002, ocorreu a reestruturação

dos negócios na Argentina, que resultou na transformação

da laminadora SIPSA, localizada na província de San Luis,

em uma subsidiária integral da Sipar, onde o Grupo Gerdau

possui 38,2% do capital social. A nova estrutura permite

maximizar as oportunidades de negócios e potencializar os

resultados das duas empresas.

As expectativas do Fundo Monetário Internacional para

o Chile acenam com um crescimento da economia da

ordem de 3,1% em 2003, o que deverá manter aquecida a

demanda por produtos siderúrgicos na região. Segundo ele,

a Argentina deverá apresentar crescimento no PIB após

quatro anos de retração, enquanto a economia do Uruguai

aponta tendência de reversão do desempenho negativo.

Os Estados Unidos, neste exercício, apresentaram 2,4%

de evolução no PIB e o Canadá, 3,4%. O próximo ano

prenuncia, porém, um crescimento mais lento nesses

países em comparação com 2002.

Na América do Norte, a expectativa é que as

importações de aço prossigam em tendência declinante em

decorrência do dólar mais enfraquecido e do aumento nos

preços dos produtos siderúrgicos no mercado internacional.

Nesse contexto, as operações Gerdau deverão apresentar

melhorias a partir de ajustes internos e da implementação

de sistemas para aprimorar o atendimento aos clientes,

além de reduzir os custos operacionais e de logística.

Câmbio

A internacionalização do Grupo Gerdau resultou, ao

longo dos anos, na proteção natural do patrimônio às

variações do câmbio. A distribuição geográfica dos ativos e

a geração de resultados em diversos países permitiram

minimizar os efeitos das oscilações das moedas, reduzindo

o impacto no balanço.

Na consolidação dos resultados, os investimentos no

exterior contrabalançam o efeito negativo da

desvalorização do real sobre os passivos financeiros em

dólar no Brasil. Em contrapartida, quando há uma

valorização do real, o que corresponde a uma diminuição

do valor dos investimentos no exterior, ocorre o

efeito contrário.

As exportações e as operações financeiras de swap –

em que é trocado o risco cambial pelo risco interno

brasileiro – também têm contribuído para amenizar os

impactos cambiais sobre os resultados.

Financeiros

Os ativos são administrados dentro de uma perspectiva

conservadora e defensiva. De acordo com esse enfoque, o

Grupo Gerdau desenvolveu estratégias de proteção de

ativos, além da criação e do monitoramento de indicadores

mais restritivos que os exigidos pelo mercado financeiro.

Esse processo utiliza indicadores consagrados, como a

capacidade de geração de caixa para cobrir as despesas

financeiras líquidas (interest cover ratio) e o nível de

endividamento em relação ao capital total da empresa

(total debt/total market capital).

Tecnológicos

O Grupo investe constantemente na modernização de

suas unidades. Essa prática representa um investimento

anual médio de US$ 200 milhões, o que permite que as

unidades Gerdau operem com as mais atualizadas

tecnologias nos segmentos onde atuam.

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Relatório Anual 2002 Gerdau2223

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Prod

ução

Níveis crescentes para

atender àsdemandas do

mercado

Leito de resfriamento de perfis estruturais da Açominas

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Relatório Anual 2002 Gerdau2425

O Grupo Gerdau produz aço com o

compromisso de buscar a eficiência máxima

em seus processos industriais. Voltado para

alcançar patamares operacionais de classe

mundial, investe na atualização tecnológica

das plantas industriais, no treinamento

contínuo dos colaboradores, na evolução da

segurança operacional e na redução de

custos. A especialização das laminações em

linhas de produtos permite atender às

necessidades específicas de cada cliente, de

maneira combinada com o crescimento da

produtividade.

Atualmente, opera com unidades

market mills – que compram a maioria dos

insumos e vendem seus produtos no

mercado regional – e usinas integradas,

caracterizadas pela proximidade geográfica

com o minério de ferro, sua principal

matéria-prima. A combinação dos dois

processos produtivos permite atender às

demandas regionais e internacionais com

produtos de qualidade assegurada e ter

rapidez para ajustar-se às oscilações da

economia.

2001

338

2.193

5.968

2002

2.951

3.660

6.952

PRODUÇÃO DE LAMINADOSMilhares de toneladas

341

3.437

+7%

+35%+1%

BrasilAmérica do NorteAmérica do Sul

BRASILAços Longos e Especiais

Em 2002, as operações somaram 3,6 milhões de toneladas contra

3,5 milhões de toneladas no período anterior. A fabricação de laminados

atingiu 3,3 milhões de toneladas – um crescimento de 1%.

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Forno de recozimento de fio-máquina

Recebimento de minério de ferro

A performance no segmento de aços longos foi marcada

pelo aumento de eficiência operacional nas aciarias –

alcançado sobretudo por meio da redução em 17% das

interrupções nos fornos elétricos – e nos laminadores – o

número de barras perdidas diminuiu 50%. Também foi

verificado um acréscimo médio de 10% na utilização dos

equipamentos nas trefilas, nas fábricas de pregos, nas

unidades produtoras de telas e nos centros de serviços de

corte e dobra Armafer. O capital de giro, no mesmo período,

apresentou uma redução de 15%.

No segmento de aços especiais, ocorreu um aumento de

10% na produtividade e de 7% na utilização da capacidade

instalada da Aços Finos Piratini, usina siderúrgica voltada

principalmente para o setor automotivo.

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CANADÁ E ESTADOS UNIDOSA nova configuração do Grupo Gerdau na América do Norte permitirá o

aproveitamento das sinergias operacionais entre as unidades –

racionalização do mix de produtos e das programações das plantas

industriais. Como conseqüência, serão alcançados importantes benefícios

em termos de custos de transformação, logística e melhoria da qualidade

dos serviços prestados aos clientes.

A operação, no conjunto das usinas, apresentou redução de 20% no

número de barras perdidas nas laminações.

ARGENTINA, CHILE E URUGUAINo Chile, os níveis de produção superaram a expectativa em 8% pela

maior demanda no mercado. O principal indicador de destaque na área

industrial é a produtividade da aciaria, que ultrapassou os volumes

previstos no projeto da usina em mais de 10%.

No Uruguai, a Laisa promoveu o crescimento da produtividade, com a

redução de 54% no número de barras perdidas, decorrente, sobretudo, da

implantação do sistema de análise de falhas e dos investimentos

orientados para a melhoria dos processos.

A Sipar, localizada na Argentina, teve sua produção contida pela baixa

demanda ocasionada pelas dificuldades da economia no país. No período,

trabalhou-se também para conquistar ganhos de eficiência e de

produtividade na laminação, que passou a produzir perfis leves para a

indústria metal-mecânica e a serralheria, além da linha básica de materiais

para a construção civil e a indústria.

Relatório Anual 2002 Gerdau2627

Açominas

Com o aumento da participação

societária na Açominas para 78,9% do

capital social, o Grupo Gerdau passou a

consolidar integralmente a produção da

empresa, desde novembro do ano anterior.

Em 2001, foi consolidado 1,2 milhão de

toneladas de aço contra 2,4 milhões de

toneladas neste exercício. Em laminados, o

volume aumentou para 324,8 mil toneladas,

um acréscimo de 140,3%.

Entretanto, o desempenho geral da

Açominas manteve-se no mesmo patamar

de 2001. A estabilidade da produção

deveu-se à retomada da operação a níveis

normais após o mês de setembro, quando

foi superado o acidente nos regeneradores

do alto-forno, ocorrido em março.

Para 2003, a expectativa da usina é

atingir 2,9 milhões de toneladas de aço

bruto, um crescimento de 21%, a partir do

retorno do ritmo produtivo e da obtenção

de ganhos decorrentes dos investimentos

realizados nos últimos anos.

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A estrutura do Grupo Gerdau, segmentada em cinco

operações siderúrgicas, agrega importantes vantagens

competitivas na área comercial. A grande proximidade com o

cliente, um dos principais diferenciais da atuação

descentralizada, permite antecipar as necessidades e as

tendências dos mercados consumidores do aço Gerdau: a

construção civil, a indústria e o setor agropecuário. Em 2002,

foram comercializados 9,2 milhões de toneladas de produtos,

volume 23,8% maior em comparação com 2001.

Seus 178 mil clientes são atendidos por uma força de

vendas altamente capacitada, a qual monitora o grau de

satisfação do mercado de forma constante, com pesquisas

sistemáticas para garantir a continuidade da preferência

pelos produtos Gerdau. A partir desses levantamentos, as

equipes comerciais e industriais atuam em parceria para

aprimorar e desenvolver novas soluções que aumentem a

eficiência dos clientes.

Vend

as e

Mer

cado

s Produtos eserviçosadequados àsnecessidades decada cliente

Arames

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Relatório Anual 2002 Gerdau2829

A participação dos distribuidores e revendedores é

fundamental para conquistar esse elevado nível de

relacionamento, pois eles ampliam de forma expressiva o

acesso aos clientes.

Também são utilizados os sistemas e-Gerdau, no Brasil,

AZA on-line, no Chile, e-Gerdau Laisa, no Uruguai, além do

e-z-link, na América do Norte, para transações comerciais pela

Internet. O Grupo opera ainda com a tecnologia Vendor

Management Inventory (VMI), que realiza o gerenciamento

eletrônico do estoque do cliente, acionando automaticamente,

quando necessário, a remessa de produtos.

BRASILDesempenho

As vendas no mercado interno e as exportações

superaram em 22% o volume comercializado em 2001,

alcançando um total de 5,8 milhões de toneladas.

O crescimento da agroindústria nacional contribuiu para

a ampliação das vendas no País, as quais chegaram a

3,9 milhões de toneladas e demonstraram um crescimento

de 6% sobre o ano anterior. No mesmo período, os

embarques para o exterior atingiram a marca recorde de

1,9 milhão de toneladas, uma expansão de 77%,

principalmente em decorrência da consolidação da

siderúrgica Açominas.

Aços Longos

Estratégia

A comercialização de aços longos está estruturada em

áreas de negócios voltadas para diferentes segmentos de

mercado.

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Pregos

Aplicação de vergalhões na planta de tratamento de água La Farfana (Chile)

À construção civil são oferecidas soluções para ampliar a competitividade do setor, uma das

extensas cadeias da economia brasileira, responsável por aproximadamente 15% do PIB.

Como resultado dessa estratégia, o Grupo Gerdau encerrou o ano com 35% de aumento nas

vendas de produtos de maior valor agregado, destacadamente os vergalhões cortados e

dobrados e as treliças.

Para a indústria, ampliou a maior e mais completa linha de produtos do País com um

número superior a 300 inovações para a aplicação nos segmentos automotivo, de estruturas

metálicas, de ferramentas e serralheiro, entre outros. Oferece também arames industriais de

baixo e alto teores de carbono, arames para solda e cordoalhas. Nessa área, lançou dois novos

produtos: o Eletrodo Gerdau Serralheiro E6013 em embalagem de cinco quilos e o MIG em

barrica de 100 quilos.

A atuação junto ao setor agropecuário tem como marca o desenvolvimento de produtos e

serviços diferenciados, adaptados às características de cada região brasileira. Os produtores

rurais são atendidos com aço de alta tecnologia, durável e de fácil aplicação, o qual assegura

maior eficiência ao trabalho no campo.

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Maior fabricante mundial de pregos, o

Grupo atua constantemente na

identificação e no desenvolvimento de

novos nichos de mercado, com a

preocupação constante de diversificar a

linha de produtos e aperfeiçoar sua

qualidade. Está presente de forma

expressiva nos 105 mil pontos-de-venda

em todo o Brasil.

Em 2002, a qualidade dos produtos e dos

serviços no segmento de aços longos mais

uma vez traduziu-se em várias premiações,

consolidando a marca Gerdau como uma

das mais lembradas por diversos públicos.

Esse reconhecimento também é resultado

de um forte trabalho de relacionamento

com cada segmento de mercado, por meio

de encontros de atualização tecnológica e

cursos para aprimorar a gestão dos

negócios dos clientes.

Aços Especiais

Estratégia

Os aços especiais para construção

mecânica, ferramenta e inoxidáveis são

produzidos pela Gerdau Aços Finos Piratini,

siderúrgica localizada em Charqueadas

(RS), que destina 80% do volume

fabricado ao setor automotivo.

Para atender às necessidades constantes

de inovações da indústria, a usina tem

como prática desenvolver novos produtos

em parceria com seus clientes.

Relatório Anual 2002 Gerdau3031

Neste exercício, disponibilizou ao mercado os aços para rolamentos com

nível diferenciado de limpeza, aços destinados à aplicação em amarras

off-shore e aços de alta estampabilidade para a produção de parafusos.

Açominas

Estratégia

Produtora de semi-acabados e laminados longos, a Açominas está

voltada sobretudo para o mercado internacional. Seus produtos são

embarcados principalmente para a Ásia, América do Norte e Europa. Líder

mundial na produção tarugos de alta qualidade, sua política de vendas

também tem como base o relacionamento de longo prazo, que pode ser

observado pela continuidade da carteira de clientes – 85% deles realizam

negócios com a empresa há mais de 10 anos.

As atividades comerciais da Açominas estão estruturadas em áreas

distintas, as quais operam de forma segmentada para atender aos mercados

externo e interno. A atuação no País é dividida da seguinte forma: indústria,

relaminação, forjarias e planos. Junto ao mercado internacional, há grupos de

executivos especializados nas regiões do Sudeste Asiático, Extremo Oriente,

Américas do Sul e Central, América do Norte, Europa e África.

A produção dos perfis estruturais laminados de abas paralelas em 2002

resultou na criação de duas novas áreas comerciais, uma focada no

desenvolvimento de mercado e outra na venda do produto. São aplicados

especialmente na construção civil, cujo setor oferece perspectivas

expressivas de crescimento nos próximos anos.

A Açominas, alinhada aos princípios da ecoeficiência, também opera no

setor de produtos carboquímicos, realizando o tratamento do gás de

coqueria (GCO), resultante da coqueificação do carvão mineral. O processo

propicia a geração de subprodutos com aplicações diversas, como, por

exemplo, na fabricação de alumínio, plásticos, solventes, tintas, pigmentos,

fibra sintética e combustíveis. Os principais produtos da área são o piche, o

BTX, o naftaleno e a amônia.

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Vergalhões com revestimento epóxi daGerdau AmeriSteel (América do Norte)

ARGENTINA, CHILE E URUGUAIDesempenho

As unidades da Argentina, do Chile e do Uruguai venderam, em conjunto,

351,8 mil toneladas de produtos siderúrgicos, o que representa 3,8% do

total consolidado. O desempenho de vendas na região sofreu uma redução

de 6,4%, impactada pela recessão das economias argentina e uruguaia.

Entretanto, as operações chilenas comercializaram um volume 12,2%

superior, devido principalmente aos investimentos em infra-estrutura, como a

planta de tratamento de águas La Farfana, uma das maiores da América

Latina, a realização das obras viárias nas estradas Costanera Norte e

Autopista Central, além da expansão do metrô de Santiago.

Estratégia

As unidades, em cada país, têm uma área comercial independente,

capacitada para atender às especificidades dos mercados onde estão

localizadas.

CANADÁ E ESTADOS UNIDOSDesempenho

As vendas para os setores da indústria e da construção civil chegaram a

3 milhões de toneladas, uma evolução de 32,2%.

O principal fator que contribuiu para o crescimento na região foi a

consolidação das novas operações nos Estados Unidos e no Canadá.

Estratégia

A maior abrangência geográfica e a

ampliação do mix de produtos resultantes

da nova configuração do Grupo Gerdau na

América do Norte resultaram na

redefinição da estratégia de vendas.

Para ampliar a eficiência comercial, foram

criados quatro escritórios de vendas. Dois

deles atuam focados na comercialização de

barras, perfis e vergalhões produzidos por

oito usinas da Gerdau AmeriSteel, operando

com abrangência geográfica definida - um

nos Estados Unidos, a partir de Tampa, e

outro em Whitby, no Canadá.

As outras duas áreas comerciais estão

vinculadas a nichos de mercado distintos,

diferenciais importantes na região, os quais

são atendidos pelas usinas de Perth

Amboy, localizada em Nova Jérsei (EUA), e

MRM Special Sections, em Manitoba

(Canadá).

Em Perth Amboy, são produzidos fio-

máquina e vergalhões em rolo, enquanto

na MRM Special Sections, perfis de seção

especial – lâminas para trator, smelter bars,

trilhos leves, vigas I superleves e guias de

elevadores –, com aplicação direta na linha

de produção dos clientes, reduzindo seu

custo operacional.

A comercialização de barras trefiladas,

telas soldadas e pregos é descentralizada,

com equipes de vendas específicas,

focadas em cada segmento de negócio.

No início de 2003, entrou em operação

um sistema de vendas único, desenvolvido

dentro do conceito One-Stop Shop, o que

tem permitido aos clientes o acesso a uma

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maior linha de produtos, mais agilidade nas operações de

compra, além de melhor estrutura logística. O tempo de

permanência para carregamento dos caminhões nas

usinas, um indicador importante na área de entregas, foi

reduzido em 25%.

OPERAÇÕES DE APOIO À ATIVIDADESIDERÚRGICAComercial Gerdau

Maior distribuidora de aço no Brasil, a Comercial Gerdau

marcou o ano de 2002 pela diversificação da linha de

produtos longos, fabricados pelo Grupo, e planos,

provenientes das demais siderúrgicas do País.

Para melhor atender os clientes regionais, inaugurou

dois centros de corte e dobra de aços longos em Bauru

(SP) e Teresina (PI). Agora, conta com seis unidades no

País, voltadas para o setor da construção civil, projeto a

projeto, com material entregue na obra, conforme o

cronograma de execução.

Para o segmento de aços planos, passou a oferecer o

serviço de corte térmico – oxicorte, plasma e laser – nas

unidades de Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e Recife

(PE), fornecendo produtos com cortes de precisão,

destinados principalmente para a indústria e para a

construção metálica. Em São Caetano do Sul (SP), inaugurou

sua maior unidade para beneficiamento de bobinas, a qual

ocupa uma área de 44 mil metros quadrados.

Também incluiu na sua lista de produtos os aços

especiais para construção mecânica e inoxidáveis da

Gerdau Aços Finos Piratini, fornecidos na quantidade e na

medida solicitadas pelo cliente.

A Comercial Gerdau conta atualmente com 155 mil

clientes, atendidos nas 68 filiais e quatro centros de serviço

para beneficiamento de aços planos. Neste exercício,

faturou R$ 1,5 bilhão, 25% a mais em relação a 2001.

Relatório Anual 2002 Gerdau3233

Banco Gerdau

O Banco Gerdau atua nas áreas comercial, de crédito, de

financiamento e de investimentos para somar sinergias ao

ambiente de negócios do Grupo junto a clientes e

fornecedores.

Em 2002, as liberações de empréstimos lideradas pelas

operações de Financiamento a Clientes Gerdau (FCG)

evoluíram 14%, de R$ 319 milhões para R$ 362 milhões.

A carteira de ativos chegou a R$ 75 milhões, 50% a mais,

e o saldo da administração de recursos, realizada por meio

de fundos de investimentos, alcançou R$ 562 milhões,

uma evolução de 212%.

Florestal

A Gerdau Florestal é uma das maiores reflorestadoras do

País, com pinus e eucalipto plantados em 139 mil hectares,

distribuídos em cinco estados brasileiros.

A atividade na área de eucalipto garante insumos

renováveis para a produção do aço, dentro de uma visão

de compromisso com o desenvolvimento econômico

sustentável. Foram investidos US$ 6 milhões no plantio de

9,8 mil hectares, que integram uma área total de 112 mil

hectares. Nos próximos três anos, serão plantados mais

32 mil hectares, cujo investimento deverá alcançar

US$ 18 milhões.

No segmento de pinus, a Gerdau Florestal está entre as

principais fornecedoras para a indústria madeireira do País.

Opera em 27 mil hectares em Santa Catarina e no Mato

Grosso do Sul, vendendo anualmente 1,3 milhão de

metros estéreos de toras. Possui florestas adultas, com até

30 anos de idade, base para um produto de qualidade e

de bom rendimento.

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Inve

stim

ento

s

Presençacrescente no

continenteamericano

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Relatório Anual 2002 Gerdau3435

Crescimento aliado à rentabilidade são palavras-chave

na política de investimentos de longo prazo do Grupo

Gerdau. Em 2002, o principal movimento de expansão

confirmou esta diretriz: a fusão entre as operações na

América do Norte e as da siderúrgica Co-Steel irá trazer

ganhos de sinergia de aproximadamente US$ 23 milhões.

A operação, concluída em outubro, resultou na criação da

Gerdau AmeriSteel, segunda maior produtora de aços

longos da região que, em apenas três meses, gerou uma

economia de US$ 5 milhões.

O negócio englobou sete unidades Gerdau – duas no

Canadá e cinco nos Estados Unidos –, além das três usinas

da Co-Steel e sua participação acionária de 50% na

siderúrgica Gallatin. Na nova empresa, o Grupo detém 67%

do capital social, enquanto os demais acionistas, 33%.

Durante 2002, os investimentos do Grupo alcançaram

US$ 463,8 milhões, dos quais 55,6% foram destinados à

compra de participações acionárias e 44,4% à atualização

tecnológica das unidades e em novos ativos imobilizados.

Um dos destaques foi a nova posição na Açominas, ao

assumir o controle acionário e a maioria qualificada no

acordo de acionistas. Em fevereiro, foi concluída a aquisição

da participação de 17,7% no capital social pertencente à

Agropecuária Senhor do Bonfim, empresa controlada pelo

Banco Econômico. Do total envolvido na operação,

US$ 143,9 milhões foram reconhecidos no balanço de 2001,

enquanto US$ 38,2 milhões no exercício de 2002. No

mesmo mês, um acordo com a Natsteel, empresa integrante

do bloco de controle, permitiu ao Grupo assumir mais 24,8%

de participação acionária por US$ 211,6 milhões, valor pago

em outubro. Com esses dois investimentos, sua participação

evoluiu para 78,9%, agregando importantes vantagens

competitivas pela flexibilidade operacional e localização

privilegiada da usina, sediada em Ouro Branco (MG).

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Para atender à construção civil, o Grupo investiu na expansão de tecnologias que

agregam mais produtividade às obras. Ampliou o serviço de corte e dobra de aço no Brasil,

no Uruguai e no Chile, país onde iniciou ainda a produção de telas soldadas.

O projeto de construção de uma nova usina siderúrgica em São Paulo, também voltado

para o setor, foi adiado por um ano devido ao impacto da crise energética e à queda de

demanda interna em 2001, fatores que limitaram o crescimento da economia no

exercício.

Nos Estados Unidos, o Grupo Gerdau arrematou, em leilão público, uma trefilaria da

empresa Republic Technologies International LLC. Localizada em Cartersville, na Geórgia, a

planta tem capacidade para processar 60 mil toneladas anuais de barras trefiladas redondas,

quadradas, chatas e hexagonais destinadas à indústria metal-mecânica.

No segmento energético, assumiu o controle acionário da hidrelétrica Dona Francisca

(RS), onde já detinha 21,8% do capital social. A decisão de ampliar a participação para

51,8% foi tomada após uma série de análises sobre as perspectivas econômicas de

crescimento do negócio.

Serviço de corte e dobra de aço

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Relatório Anual 2002 Gerdau3637

PRINCIPAIS INVESTIMENTOS EM EXPANSÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DAS USINAS

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Pess

oas

e Eq

uipe

s

Time de profissionais especialistas na gestão

de siderurgia

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Relatório Anual 2002 Gerdau3839

O desafio de transformar o Grupo Gerdau em uma

empresa internacional, de classe mundial, resultou na

definição de novas estratégias para os recursos humanos.

A gestão de pessoas passou a ser realizada com base em

políticas globais, ajustadas às necessidades de cada

operação de negócio.

O Grupo também investiu no desenvolvimento de novas

competências em seus colaboradores – como flexibilidade

cultural e construção de redes de relacionamento –,

essenciais para atender às aspirações frente ao mercado

mundial e consolidar um time de profissionais especialistas

na gestão de siderurgia.

Suas práticas estão fundamentadas nos valores éticos

que sustentam a Empresa há mais de 100 anos. São

pautadas pelo respeito às pessoas, pela valorização à

superação de desafios e à capacitação contínua.

Incentivam a participação ativa dos colaboradores, a

delegação no trabalho, o envolvimento e a dedicação total,

o espírito empreendedor e o sentimento de

responsabilidade pessoal pelos resultados.

O ambiente interno é monitorado e aprimorado por

meio de pesquisas de opinião realizadas anualmente,

as quais vêm apresentando índices crescentes de

favorabilidade e de satisfação dos colaboradores.

DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES

O Grupo Gerdau acredita que para alcançar níveis

crescentes de eficiência não podem faltar líderes

seguros, com atitudes e performance dentro dos

melhores padrões mundiais. Para isso, estimula o

desenvolvimento constante de seus líderes, com o

objetivo de torná-los transformadores da Empresa e não

apenas condutores de equipes.

O programa de intercâmbio entre as operações é uma

das ações para desenvolver talentos globais. O Grupo

também incentiva a formação de seus executivos por meio

de bolsas integrais em Master of Business Administration

(MBA) nas melhores universidades do mundo.

A formação dos líderes do futuro é iniciada por meio do

programa de trainees e estagiários. Distribuídos em áreas

estratégicas, atuam em parceria com equipes experientes,

apreendendo conhecimentos e vivências práticas.

Representam a renovação da Empresa não apenas para a

operação na qual iniciaram suas carreiras, mas passam a

assumir a posição de recursos potenciais para as demais

operações de negócio.

ATRAÇÃO DE TALENTOS

Com a política de atrair, desenvolver e reter pessoas

com alta performance, o Grupo Gerdau tem como prática o

recrutamento permanente. Está constantemente atento aos

novos talentos que surgem no mercado e tem como foco

pessoas que tragam soluções inovadoras aos negócios,

além de estimular a atualização da cultura interna.

Incentiva o autotreinamento, pois está convicto de que

cada colaborador é responsável pelo seu próprio

crescimento. Também entende que o desenvolvimento

das pessoas não se esgota na vida profissional e na

atividade empresarial. Com essa visão, estimula a

formação de indivíduos comprometidos com as

comunidades onde vivem.

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SEGURANÇA TOTAL

A segurança total no ambiente de trabalho faz parte dos

valores do Grupo Gerdau, o que demonstra o

comprometimento com a qualidade de vida dos seus

colaboradores.

Prioridade absoluta, o tema envolve todos os níveis

funcionais, inclusive a alta administração, na melhoria

contínua dos patamares de segurança. Todos os anos são

realizados investimentos na atualização das tecnologias

para a prevenção de acidentes e no treinamento dos

colaboradores para que as atividades sejam executadas de

forma consciente e segura.

GESTÃO DE CARREIRA E SUCESSÃO

Os programas de desenvolvimento pessoal e de

planejamento da carreira dos talentos são realizados de

forma individualizada, prática que estimula o

estabelecimento de um relacionamento baseado no

comprometimento e na vinculação com os objetivos

da Empresa.

BENEFÍCIOS

Os programas de benefícios são atualizados

continuamente e adequados às realidades locais onde o

Grupo opera, atendendo às necessidades específicas de

cada região.

Um dos destaques nessa área é o programa de

previdência privada no Brasil e na América do Norte, que

visa complementar a aposentaria para manter o padrão de

vida dos colaboradores e de suas famílias.

GESTÃO DE DESEMPENHO

A análise de desempenho, realizada anualmente com os

executivos, verifica os resultados obtidos, o nível de

comprometimento com os valores e o grau de

alinhamento às práticas do Sistema de Gestão. Tem como

base a avaliação de metas e resultados alcançados dentro

de uma perspectiva de coaching – fundamental para a

transformação do potencial dos colaboradores em

desempenhos diferenciados.

REMUNERAÇÃO ESTRATÉGICA

A remuneração é composta por uma parte fixa,

consistente com as melhores práticas do mercado, e uma

outra variável, para recompensar a conquista de resultados

de curto e longo prazos.

Os referenciais de mercado relativos à remuneração fixa

são constantemente monitorados, a fim de garantir a

competitividade do Grupo na atração e na retenção

dos talentos. Os valores referentes à remuneração variável

são proporcionais ao impacto das contribuições e

definidos por padrões claros, de forma a estimular a

conquista de metas desafiadoras.

ADMINISTRAÇÃO DE CONTRATOS DE TRABALHO

As relações de trabalho são gerenciadas com o objetivo

de construir um relacionamento confiável e de longo prazo.

Em relação à contratação de serviços terceirizados, o

Grupo tem como princípio estabelecer contratos

vantajosos para ambas as partes e garantir a

excelência do trabalho prestado.

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COMUNICAÇÃO INTERNA

Suporte essencial para a gestão de pessoas e equipes, a comunicação

interna prioriza a integração dos colaboradores ao negócio. Reforça os

valores, a missão, a visão e o sentimento de motivação em todos os

níveis. Estimula ainda a identificação com a Empresa, além incentivar o

reconhecimento e a celebração dos resultados obtidos.

É pautada pela consistência entre o discurso e a prática, pela liberdade de

expressão, respeito e dignidade no tratamento, transparência e franqueza.

Nas unidades industriais, a comunicação interna é realizada

principalmente por meio dos sistemas de gestão à vista e de gestão com

foco no operador, nos quais as metas e os desempenhos são

compartilhados e acompanhados por toda a equipe.

Relatório Anual 2002 Gerdau4041

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Ges

tão

Am

bien

tal

Novos investimentosconsolidam práticasinternacionais deproteção do meioambiente

Análise do tratamento de água

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Relatório Anual 2002 Gerdau4243

A responsabilidade do Grupo Gerdau de

não comprometer o futuro das novas

gerações está refletida em suas práticas

diárias, nos investimentos para a

atualização contínua dos equipamentos e

nos programas de estímulo à

conscientização ambiental das

comunidades e dos colaboradores.

Maior reciclador da América Latina e

um dos principais do mundo, cumpre uma

importante função na melhoria da

qualidade de vida da sociedade,

processando resíduos metálicos e

ampliando a atividade econômica. Em

2002, reaproveitou 6,4 milhões de

toneladas de sucata ferrosa,

transformando-as em novos produtos

siderúrgicos.

Neste exercício, suas práticas ambientais

foram novamente reconhecidas. A Gerdau

AZA, no Chile, foi escolhida entre mais de

300 empresas no país para receber o

Prêmio de Qualidade na Gestão do

Tratamento de Resíduos Industriais

Líquidos, conferido pela Superintendência

de Serviços Sanitários.

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Sucata automobilística

PRÁTICAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

Em suas operações, o Grupo Gerdau utiliza práticas

internacionais de proteção ambiental e cumpre com as

obrigações firmadas com os órgãos responsáveis.

As usinas protegem o ar por meio dos sistemas de

despoeiramento, tecnologia que filtra com alta eficiência

gases e partículas sólidas, evitando a emissão de

poluentes na atmosfera.

Para preservar os recursos hídricos, utiliza sistemas de

recirculação e tratamento de água em circuito fechado. Os

equipamentos possibilitam que as águas retornem ao

processo produtivo, além de reduzir a necessidade de

captação. Como resultado desse trabalho, iniciado no final

da década de 1940, a taxa de recirculação das águas

industriais do Grupo Gerdau está entre as melhores do

mundo no setor siderúrgico.

A proteção do solo é realizada a partir de uma rigorosa

gestão dos resíduos gerados, baseada nos princípios de

redução, reciclagem, reutilização e estocagem. Seguindo

essas práticas, o Grupo Gerdau desenvolve novas

aplicações para os resíduos em outros segmentos da

economia, permitindo a redução do consumo de matérias-

primas naturais.

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ATUALIZAÇÕES TECNOLÓGICAS

Durante o ano, o Grupo Gerdau investiu R$ 55 milhões

na área ambiental.

A renovação dos sistemas de despoeiramento nos

fornos elétricos das unidades Açonorte (Brasil), Charlotte

(EUA) e Laisa (Uruguai) permitiram ampliar os níveis de

proteção atmosférica das usinas. Na Açominas, os

investimentos na reforma do despoeiramento secundário

da sinterização e o início da instalação de um novo

equipamento para finos também representaram

importantes avanços na proteção do meio ambiente.

Para ampliar os níveis de eficiência na gestão das

águas, a unidade de Cartersville (EUA) instalou um novo

equipamento para melhorar a reciclagem de resíduos, a

partir da separação do sistema de águas do lingotamento

e da laminação. Neste período, a siderúrgica Laisa concluiu

a reforma do sistema de tratamento das águas industriais.

Em suas usinas, o Grupo Gerdau possui detectores de

radioatividade para impedir o ingresso de sucata

contaminada e, no período, instalou novos equipamentos

tecnologicamente mais avançados nas unidades de

Cambridge (Canadá), Charlotte (EUA), Jackson (EUA),

Jacksonville (EUA), Knoxville (EUA) e Cartersville (EUA).

PRESERVAÇÃO DE ÁREAS VERDES

O Grupo Gerdau mantém uma extensão de 7,4 mil

hectares de matas nativas e cinturões verdes próximos às

suas usinas.

Uma das principais iniciativas na área durante 2002 foi a

conclusão do projeto de ampliação de áreas verdes da

Gerdau Riograndense (RS) com o plantio de 13 mil mudas

de árvores e arbustos.

Relatório Anual 2002 Gerdau4445

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O Grupo Gerdau desenvolve projetos que incentivam a

conscientização ambiental em parceria com universidades,

com o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), o Conselho

Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável

(CEBDS) e, em âmbito internacional, com o International

Iron and Steel Institute (IISI).

Neste exercício, participou de aproximadamente

50 ações junto às comunidades, como, por exemplo, do

Projeto Educação por Natureza, que deverá beneficiar

cerca de 24 mil alunos até 2004 no Rio de Janeiro. O

objetivo dessa iniciativa é conscientizar a sociedade sobre

a importância de preservar a Floresta da Tijuca,

considerada reserva da biosfera e patrimônio da

humanidade pela Unesco.

Desde 1997, integra no Canadá o projeto Adopt-A-Class

Wetlands, que já atingiu um número superior a três mil

pessoas, entre estudantes de nove a dez anos e

professores da região de Selkirk, onde a usina Gerdau

AmeriSteel MRM Special Sections está localizada.

O programa também conta com a parceria da Ducks

Unlimited e da divisão escolar Lord Selkirk.

Nos Estados Unidos, um grupo de mais de

60 voluntários do Community Action Team – CATs

colaborou na plantação de vegetação nativa em um novo

parque municipal em Tampa, na Flórida.

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Projetos deresponsabilidade socialcontribuem para aconstrução de umasociedade mais justa

Com

unid

ade

Projeto Pró-Biblioteca Gerdau

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O Grupo Gerdau desenvolve mais de 110 projetos

sociais nas Américas do Sul e do Norte por entender que o

papel de uma empresa se estabelece pelas suas práticas

de desenvolvimento sustentável nas áreas econômica,

social e ambiental.

Com essa visão, destinou, em 2002, R$ 13 milhões para

ações voltadas principalmente à transmissão do

conhecimento, fator indispensável para a construção de

uma melhor qualidade de vida das populações.

Seus projetos abrangem os campos da educação, da

cultura, do voluntariado, da pesquisa científica, do

empreendedorismo, da saúde, do esporte e

da qualidade total.

O Grupo também estimula a participação direta de seus

colaboradores em organizações sociais, os quais

contribuem com trabalho voluntário na transferência de

know-how gerencial para as entidades, tendo como

objetivo o desenvolvimento de uma sociedade mais justa.

Relatório Anual 2002 Gerdau4647

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Adm

inis

traç

ão

Lingotamento contínuo

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Relatório Anual 2002 Gerdau4849

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente

Jorge Gerdau Johannpeter

Vice-Presidentes

Germano H. Gerdau Johannpeter

Klaus Gerdau Johannpeter

Frederico C. Gerdau Johannpeter

Carlos J. Petry

Conselheiros

Affonso Celso Pastore

André de Lara Resende

Oscar de Paula Bernardes Neto

Secretário-Geral

Expedito Luz

COMITÊ EXECUTIVO

Diretor-Presidente

Jorge Gerdau Johannpeter

Diretores Vice-PresidentesFrederico C. Gerdau Johannpeter –Vice-Presidente Sênior

Carlos J. Petry – Vice-Presidente Sênior

André B. Gerdau Johannpeter

Cláudio Gerdau Johannpeter

Osvaldo B. Schirmer

Paulo F. Bins de Vasconcellos

Secretário-Geral

Expedito Luz

BRASIL

Diretoria

André Felipe G. Reinaux

Artur Cesar Brenner Peixoto

Claudio Mattos Zambrano

Dirceu Tarcisio Togni

Domingos Somma – Vice-Presidente Executivo Aços Longos

Elias Pedro Vieira Manna

Érico Teodoro Sommer

Expedito Luz

Francesco S. Merlini

Geraldo Toffanello

Gerson Marcos Venzon

Heitor L. B. Bergamini

João A. de Lima

João Carlos Salin Gonçalves

Joaquim de Souza Gomes

Joaquim G. Bauer

Julio Carlos Lhamby Prato

Luiz Alberto Morsoletto

Moacir Curi Meneguzzi

Nestor Mundstock

Paulo Roberto Perlott Ramos

Ruy Lopes Filho

Sirleu José Protti

Tadeu Petterle

CONSELHO FISCAL

Metalúrgica Gerdau

Efetivos

Carlos Roberto Schroder

Domingos Matias Urroz Lopes

Herbert Wally

Suplentes

Pedro Floriano Hoerde

Ruben Rohde

José Romário Ferreira de Bittencourt

Gerdau

Efetivos

José Antônio Cruz de Módena

Peter Wilm Rosenfeld

Alberto Monteiro de Queiroz Netto

Suplentes

Rudolfo Teodoro Tanscheit

Tranquilo Paravizi

José Silva Correa

AÇO MINAS GERAIS – AÇOMINAS

Conselho de Administração

Presidente

Jorge Gerdau Johannpeter

Vice-Presidente

Marco Antônio Pepino

Conselheiros

Germano H. Gerdau Johannpeter

Frederico C. Gerdau Johannpeter

Paulo F. Bins de Vasconcellos

Luiz André Rico Vicente

Suplentes

Expedito Luz

Guilherme Rocha Murgel de Rezende

Ruy Lopes Filho

Osvaldo B. Schirmer

Cláudio Gerdau Johannpeter

Omar de Oliveira Fantoni

Diretoria

Presidente

Luiz André Rico Vicente

Diretores

Alfredo Huallem

Luiz Augusto Polacchini

Manoel Vitor Mendonça Filho

Omar de Oliveira Fantoni

CANADÁ E ESTADOS UNIDOS

GERDAU AMERISTEEL

Conselho de Administração

Presidente

Jorge Gerdau Johannpeter

Vice-Presidente

Terry G. Newman

Conselheiros

Phillip E. Casey

Kenneth W. Harrigan

Joseph J. Heffernan

Michael M. Koerner

Robert W. Korthals

J. Spencer Lanthier

Lionel H. Schipper

Michael D. Sopko

Frederico C. Gerdau Johannpeter

André B. Gerdau Johannpeter

Garry A. Leach

Diretoria

Presidente e CEO

Phillip E. Casey

Vice-Presidentes

André B. Gerdau Johannpeter

Mike Mueller

Tom J. Landa - CFO e Corporate Secretary

Andre Beaudry

J. Neal McCullohs

James S. Rogers

Robert P. Muhlhan

James F. Oliver

Donald R. Shumake

Edward C. Woodrow

Wilburn G. Manuel

Anthony S. Read

Roger Paiva

Glen A. Beeby

William E. Rider

Robert L. Bullard

Matthew C. Yeatman

MRM Special Sections Division

Garry A. Leach – Presidente

CHILE

GERDAU AZA

Hermann Von Mühlenbrock S.Gerente-Geral

URUGUAI

GERDAU LAISA

Salvador Elias Gimenez Daou Diretor-Executivo

Participação societária

ARGENTINA

SIPAR ACEROS

Amaury Cordeiro de OliveiraDiretor-Executivo

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Comunicação Social

Av. Farrapos, 1811

Cep 90220-005

Porto Alegre – RS – Brasil

Tel: (51) 3323-2151

Fax: (51) 3323-2295

[email protected]

www.gerdau.com.br

www.relatoriogerdau.com.br

Este trabalho foi coordenado e

redigido pela Comunicação

Social do Grupo Gerdau, com

projeto gráfico e supervisão de

produção do GAD’DESIGN.

Impresso por Gráfica e Editora

Pallotti.

Créditos fotográficos:

Carlos Levitanus: face interna da 3ª capa

(barras e perfis)

Dalóia: face interna da 3ª capa (treliças)

Éder Luiz Medeiros: página 18 (Bolsa de

Valores de São Paulo)

Eneida Serrano: páginas 4, 26 (superior),

28, 30 (superior) e face interna da 3ª

capa (arames e pregos)

Flávio Luiz Russo: página 12

George Johnson: página 34

Jorge Tores: página 18 (Bolsa de Valores

de Madri)

Leonid Streliaev: capa, 2ª capa, páginas

8, 10, 14, 26 (inferior), 36, 38, 42, 44, 46,

48 e face interna da 3ª capa (fio-

máquina, arames para solda, telas

soldadas, aços especiais, tarugos e

serviço de corte e dobra de aço)

Marco Mendes: face interna da 3ª capa

(placas e blocos)

Matías Del Campo Casanueva: página 30

Paulo Arumaã: página 24

Rogério Neto Gomes: página 32

Página 18: imagens cedidas pelas Bolsas

de Valores de Nova Iorque, Toronto, Madri

e São Paulo.

Página das Usinas: Aerial Innovations of

Georgia, Aerocolor Rio de Janeiro, Causa &

Efecto, Ernie Scullion, Leonid Streliaev,

Owen Kanzler, Paulo Arumaã e Richard

Nugent.

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Brasil

[email protected]

Canadá e EUA

[email protected]

Chile

[email protected]

Uruguai

[email protected]

Argentina

[email protected]

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