relatório agrupamento de escolas infante d. henrique viseu · pontos fortes na generalidade dos...

13
Relatório Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique VISEU AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS Área Territorial de Inspeção do Centro 2016 2017

Upload: buithien

Post on 20-Jan-2019

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Relatório Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique VISEU · pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa

Relatório

Agrupamento de Escolas

Infante D. Henrique

VISEU

AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

Área Territorial de Inspeção

do Centro

2016 2017

Page 2: Relatório Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique VISEU · pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa

Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique – VISEU

1

CONSTITUIÇÃO DO AGRUPAMENTO

Jardins de Infância e Escolas EPE 1.º CEB 2.º CEB 3.º CEB

Escola Básica Infante D. Henrique, Repeses, Viseu • •

Escola Básica Aquilino Ribeiro, Ranhados, Viseu • •

Escola Básica D. Luís Loureiro, Silgueiros, Viseu • •

Escola Básica de Fail, Viseu • •

Escola Básica de Jugueiros, Viseu • •

Escola Básica de Loureiro, Viseu •

Escola Básica de Oliveira de Barreiros, Viseu •

Escola Básica de Paradinha, Viseu • •

Escola Básica de Passos, Viseu •

Escola Básica de Repeses, Viseu • •

Escola Básica de São João de Lourosa, Viseu •

Escola Básica de Teivas, Viseu •

Escola Básica de Vila Chã de Sá, Viseu •

Jardim de Infância de Loureiro de Silgueiros, Viseu •

Jardim de Infância de Oliveira de Barreiros, Viseu •

Jardim de Infância de Passos de Silgueiros, Viseu •

Jardim de Infância de São João de Lourosa, Viseu •

Jardim de Infância de Teivas, Viseu •

Jardim de Infância de Vila Chã de Sá, Viseu •

Page 3: Relatório Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique VISEU · pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa

Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique – VISEU

2

1 – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação

pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a

avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos

jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de

avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi

incumbida de dar continuidade ao programa de

avaliação externa das escolas, na sequência da

proposta de modelo para um novo ciclo de

avaliação externa, apresentada pelo Grupo de

Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de

março). Assim, apoiando-se no modelo construído

e na experimentação realizada em doze escolas e

agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da

Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver

esta atividade consignada como sua competência

no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de

janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da

avaliação externa do Agrupamento de Escolas

Infante D. Henrique – Viseu, realizada pela

equipa de avaliação, na sequência da visita

efetuada entre 16 e 19 de janeiro de 2017. As

conclusões decorrem da análise dos documentos

fundamentais do Agrupamento, em especial da

sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso

académico dos alunos, das respostas aos

questionários de satisfação da comunidade e da

realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa

fomente e consolide a autoavaliação e resulte

numa oportunidade de melhoria para o

Agrupamento, constituindo este documento um

instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao

identificar pontos fortes e áreas de melhoria,

este relatório oferece elementos para a

construção ou o aperfeiçoamento de planos de

ação para a melhoria e de desenvolvimento de

cada escola, em articulação com a administração

educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa visitou a escola-

-sede do Agrupamento e as escolas básicas D.

Luís Loureiro, Oliveira de Barreiros, Loureiro, Jugueiros e Aquilino Ribeiro.

A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração

demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios

EXCELENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria

das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos

respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam

na totalidade dos campos em análise, em resultado de

práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e

eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em

campos relevantes.

MUITO BOM – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e acima dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fortes predominam na

totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM – A ação da escola tem produzido um impacto em linha

com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e

dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes

nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes.

SUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens

e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas

da escola.

INSUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

muito aquém dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos

pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A

escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório do Agrupamento apresentado no âmbito da

Avaliação Externa das Escolas 2016-2017 está disponível na página da IGEC.

Page 4: Relatório Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique VISEU · pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa

Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique – VISEU

3

2 – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique foi criado em 2012, sendo na altura identificado como

Agrupamento de Escolas Viseu Sul, em resultado da agregação dos agrupamentos de escolas de

Silgueiros e Infante D. Henrique. É constituído por seis jardins de infância e 13 escolas básicas, sendo a

escola-sede a Escola Básica Infante D. Henrique. Os estabelecimentos de educação e ensino estão

implantados numa área rural e urbana a sul do concelho de Viseu, dispersos por cinco freguesias

(Ranhados, São João de Lourosa, Silgueiros, União de Freguesias de Repeses e S. Salvador e União de

Freguesias de Vila Chã de Sá e Fail). As duas unidades que deram origem ao Agrupamento foram objeto

de avaliação externa em 2008 e 2009. O Agrupamento celebrou com o Ministério da Educação e Ciência

um contrato de autonomia no ano letivo 2012-2013.

No ano letivo de 2016-2017, o Agrupamento é frequentado por 1922 crianças e alunos: 330 da educação

pré-escolar (17 grupos); 695 do 1.º ciclo do ensino básico (35 turmas); 377 do 2.º ciclo (18 turmas,

incluindo uma de percursos curriculares alternativos) e 520 do 3.º ciclo (26 turmas, incluindo uma de

curso vocacional). Para além desta população, funcionam, ainda, duas turmas de educação e formação

de adultos (EFA B1 e EFA B2, com 25 formandos em cada turma).

Do total dos alunos do Agrupamento, 3,3% não possui nacionalidade portuguesa e 79,9% não beneficia

de auxílios económicos no âmbito da ação social escolar (ASE). No que respeita às tecnologias de

informação e comunicação, os dados disponíveis mostram que 44,3% dos alunos do ensino básico possui

computador e internet.

A educação e o ensino são assegurados por 203 docentes, sendo que destes 95,1% pertence aos quadros e

79,3% possui 20 ou mais anos de serviço. O pessoal não docente é composto por 119 assistentes

operacionais, 13 assistentes técnicos e dois técnicos superiores (um psicólogo e um mediador). Destes, 52

assistentes operacionais pertencem aos quadros da Câmara Municipal de Viseu. Também prestam

serviço no Agrupamento uma professora da educação especial, uma assistente social, mediador da

comunidade cigana e um técnico de teatro no âmbito do projeto municipal Viseu Educa. Os dados

relativos à formação académica e à atividade profissional das mães e dos pais dos alunos permitem

verificar que 54,1% possui habilitações de nível secundário ou superior e 34% exerce uma profissão de

nível superior e intermédio.

De acordo com os dados de referência disponibilizados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e

Ciência (DGEEC) relativamente ao ano letivo de 2014-2015, quando comparado com as outras escolas

públicas do país, este Agrupamento apresenta variáveis de contexto que o colocam entre os mais

favorecidos. Refere-se, em particular, a percentagem de docentes do quadro dos 2.º e 3.º ciclos e o

número médio de anos da habilitação dos pais e das mães.

3 – AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e

tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação

formula as seguintes apreciações:

3.1 – RESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

A avaliação na educação pré-escolar é efetuada tendo por referência as orientações curriculares.

Trimestralmente é divulgada aos pais e encarregados de educação informação sobre o progresso das

Page 5: Relatório Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique VISEU · pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa

Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique – VISEU

4

aprendizagens das crianças. De acordo com a análise realizada pelo respetivo departamento em cada

período letivo, constata-se que, na generalidade, as crianças progridem nas suas aprendizagens. Esta

análise tem permitido a reorientação da ação educativa.

No ano letivo de 2014-2015, último ano para o qual há indicadores contextualizados relativos ao

Agrupamento, verifica-se que a taxa de conclusão do 9.º ano está acima do valor esperado e as dos 4.º e

6.º anos aquém deste indicador. A percentagem de positivas na avaliação externa das disciplinas de

Português e de Matemática está acima dos valores esperados nos 4.º, 6.º e 9.º anos. Os valores

observados permitem concluir que o Agrupamento, em cinco dos nove indicadores, se encontra no grupo

das 25% das escolas públicas do país com melhores resultados.

A análise comparativa dos indicadores estatísticos dos resultados obtidos pelo Agrupamento no triénio

2012-2013 a 2014-2015, com os das escolas com valores análogos nas variáveis de contexto, evidencia

uma tendência positiva relativamente aos resultados obtidos nas provas externas de Português nos 4.º e

6.º anos e na de Matemática dos 4.º e 9.º anos. Relativamente à taxa de conclusão do 9.º ano verifica-se

uma tendência de melhoria e na do 4.º e 6.º anos denota-se uma tendência negativa. Os demais

resultados encontram-se próximos do valor esperado.

Numa análise global, verifica-se que os resultados encontram-se maioritariamente acima dos valores

esperados para as escolas com variáveis de contexto análogas. Porém, os resultados obtidos nas

classificações internas do 4.º e 6.º anos, nomeadamente das taxas de conclusão, não acompanham o bom

desempenho verificado ao nível das avaliações externas, com especial destaque na disciplina de

Português nos 4.º e 6.º anos e na de Matemática no 4.º ano, o que mostra a necessidade do Agrupamento

refletir acerca das suas práticas de avaliação.

A análise do sucesso é realizada pelos departamentos curriculares e órgãos de direção, administração e

gestão, considerando os indicadores definidos no contrato de autonomia, sendo que no último triénio

(2013-2014 a 2015-2016) o Agrupamento superou, globalmente, os objetivos contratualizados.

O Agrupamento tem procurado diversificar a oferta educativa, de modo a combater o abandono. A

criação do curso vocacional e do percurso curricular alternativo enquadram-se nessa ação estratégica.

Também a criação dos cursos de educação e formação de adultos tem contribuído para que as famílias,

designadamente as oriundas da comunidade cigana, valorizem mais a escola e se capacitem para um

melhor acompanhamento escolar dos seus educandos.

O abandono escolar em 2015-2016 foi de 0,4% nos 1.º e 3.º ciclos e 4,2% no 2.º ciclo, num total de 21

alunos.

O Agrupamento analisa sistematicamente os resultados internos e externos dos seus alunos, tomando

como referentes os valores nacionais. Contudo, essa reflexão ainda não conduziu à identificação rigorosa

dos fatores internos que justificam a diferença entre os resultados internos e externos.

RESULTADOS SOCIAIS

As iniciativas promotoras do desenvolvimento cívico das crianças e dos alunos, como sejam, concursos,

projetos e clubes têm grande impacto nas suas vivências (p. ex., Parlamento Jovem, Assembleia

Municipal Infantil). As crianças que frequentam a educação pré-escolar e também os alunos do 1.º ciclo

são envolvidos na gestão quotidiana da sala de atividades/aula, fomentando a sua autonomia e sentido

de responsabilidade. Os delegados de turma dos outros ciclos assumem, consistentemente, as

competências específicas dessas funções. Funcionam duas associações de estudantes (uma em cada

escola básica com 2.º e 3.º ciclos) que organizam algumas atividades na área da recreação e do desporto

(p. ex., torneios desportivos no final dos períodos letivos) e gerem os espaços de recreio dos respetivos

estabelecimentos.

Page 6: Relatório Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique VISEU · pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa

Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique – VISEU

5

A realização periódica de reuniões de delegados (na Escola Básica D. Luís Loureiro) com a direção

permite a auscultação dos alunos sobre os seus problemas e o funcionamento geral dos serviços

escolares e potencia uma maior mobilização e intervenção na tomada de decisões. É ainda de realçar o

papel dos alunos mais velhos no acompanhamento dos mais novos aquando do ingresso nos vários

estabelecimentos de ensino (Atividade de apadrinhamento).

De uma forma geral, verifica-se o cumprimento das regras estabelecidas e o reconhecimento da

autoridade. Para a promoção da inclusão e do bom comportamento dos alunos foi criada, no âmbito da

Oferta Complementar, a disciplina de Educação para a Cidadania e estão a ser implementados diversos

projetos impulsionadores dos valores da interculturalidade, da cidadania e da solidariedade, havendo

um reconhecimento institucional da ação desenvolvida (p. ex., projeto Ser + Cidadão, “Escola e a

diversidade cultural”). O Agrupamento recebeu o selo da Escola Intercultural e o selo ES+ pelo

desenvolvimento de estratégias da promoção do sucesso educativo dos alunos da comunidade cigana e

pela valorização da diversidade cultural na promoção da aprendizagem para todos, bem como pela

promoção da inovação e empreendedorismo social.

O Agrupamento dá grande relevância a projetos de componente solidária (p. ex., projeto Ser+ Solidário),

promovendo com regularidade atividades de entreajuda e de angariação de alimentos e de bens para

pessoas necessitadas.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

Das respostas aos questionários de satisfação aplicados no âmbito do presente processo de avaliação

externa, verifica-se que a comunidade educativa faz uma apreciação globalmente positiva do serviço

prestado. Ao invés, o grupo dos alunos dos 2.º e 3.º ciclos destaca-se como o menos satisfeito com a

prestação do serviço educativo do Agrupamento.

Uma análise mais aprofundada das respostas dos diferentes grupos de inquiridos permite constatar que

a abertura ao exterior, a disponibilidade da direção, o funcionamento dos serviços administrativos, o

conhecimento das regras de comportamento, bem como as relações de amizade entre pares, são áreas

que evidenciam maiores índices de satisfação. No sentido inverso, as instalações e a limpeza, a

utilização frequente de computador em sala de aula e o comportamento dos alunos são os aspetos que

revelam, em regra, menor grau de satisfação.

No sentido de salientar o esforço e o sucesso académico, são entregues anualmente, numa sessão

pública, os Prémios de Mérito e de Valor. É de realçar o facto de representantes das associações de pais

e de estudantes fazerem parte do júri que analisa as propostas dos alunos para o Prémio de Valor.

A ação do Agrupamento tem impacto na comunidade, sendo de relevar o projeto Escola e Família em

Formação/Ação, iniciado há seis anos, e que tem possibilitado formação a professores, pessoal não

docentes e a encarregados de educação, através de seis colóquios anuais com palestrantes de

reconhecido mérito no meio académico.

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos

fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais

generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no

domínio Resultados.

Page 7: Relatório Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique VISEU · pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa

Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique – VISEU

6

3.2 – PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

A gestão do currículo enquadra-se nas prioridades definidas no projeto educativo para a ação educativa.

É dada grande ênfase à prossecução da escola como um espaço de formação integral do indivíduo onde a

educação para a cidadania, a defesa dos valores como a solidariedade e tolerância entre culturas se

operacionaliza com base em planos de atividades flexíveis que respondam às necessidades da

comunidade escolar.

O planeamento da ação educativa, a longo e médio prazo, é efetuado de forma articulada em sede de

departamento curricular, de conselho de docentes e em grupo de trabalho (disciplinar e de ano), tendo

como referência fundamental os programas, as metas curriculares e as orientações curriculares para a

educação pré-escolar. A gestão do currículo contempla igualmente a planificação e o desenvolvimento de

atividades, projetos e lecionação de conteúdos numa perspetiva interdisciplinar, envolvendo várias

disciplinas, como por exemplo Português, História e Educação Moral e Religiosa Católica. É, ainda, de

realçar o trabalho realizado pelos docentes da educação pré-escolar com os do 1.º ciclo e, destes, com os

dos 2.º e 3.ºciclos no aprofundamento da sequencialidade das aprendizagens.

Existe uma forte componente de trabalho colaborativo entre docentes, reforçada nas diferentes

estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, com a atribuição de tempo semanal

específico, para proceder à uniformização de procedimentos de planificação, construção e partilha de

materiais pedagógicos e de avaliação dos alunos. Globalmente, o trabalho colaborativo entre docentes

contribui para a melhoria da qualidade do serviço educativo, designadamente na promoção da

articulação curricular e na melhoria dos resultados escolares.

Dá-se uma grande ênfase à contextualização do currículo e abertura ao meio como forma de lidar com as

caraterísticas específicas da comunidade escolar, concretizando-se com a diversificação das ofertas

formativas (percursos curriculares alternativos, curso de educação e formação Nível II, educação e

formação de adultos), a adequação dos planos de grupo/turma às suas realidades e a realização de

atividades e projetos diversificados que integram o plano anual de atividades, proporcionando o

conhecimento do património local, ao nível natural, histórico e cultural (p. ex., Visita de estudo

“Património Artístico e Cultural”).

A avaliação das aprendizagens encontra-se sustentada numa planificação estruturante e em

instrumentos de avaliação comuns, tendo em consideração a articulação entre as diferentes modalidades

de avaliação, os programas curriculares e os resultados da evolução dos alunos, numa perspetiva de

regulação do ensino. A informação sobre o percurso evolutivo de cada discente é tratada de modo a

mostrar a sua progressão e dificuldades e, quando necessário, são implementadas propostas

alternativas no que respeita à gestão do currículo e utilização dos instrumentos de avaliação.

PRÁTICAS DE ENSINO

Os docentes analisam regularmente o progresso dos alunos e identificam as suas dificuldades, com o

objetivo de orientar o ensino, de forma a adequa-lo às capacidades e diferentes ritmos de aprendizagem.

Esta ação traduz-se na implementação de um ensino, com enfoque no acompanhamento de alunos e

diversificação de estratégias de trabalho. Assim, com o propósito de enriquecer as práticas de ensino, os

docentes recorrem a contextos diversificados, como por exemplo, aulas de apoio em grupo e

individualizadas, salas de estudo e às bibliotecas escolares, designadamente, para a realização de

encontros com escritores, leituras partilhadas e tarefas de pesquisa com recurso às tecnologias de

informação e comunicação. De entre as várias atividades educativas desenvolvidas, salientam-se as de

natureza interdisciplinar, promovidas pelas bibliotecas escolares, que potenciam as diferentes literacias

numa perspetiva integradora.

Page 8: Relatório Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique VISEU · pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa

Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique – VISEU

7

São também de destacar o projeto Turma+ (5.º ano da Escola Básica Infante D. Henrique) e as equipas

pedagógicas (Escola Básica D. Luís de Loureiro). Ainda, as coadjuvações, direcionadas para o reforço das

aprendizagens nas disciplinas (p. ex., Português e Matemática) e nas turmas onde são mais evidentes as

dificuldades por permitirem o desenvolvimento de atividades de diferenciação pedagógica (apoio

individualizado, trabalho a pares e a organização das atividades em grupos de homogeneidade relativa).

As respostas aos alunos com necessidades educativas especiais revelam-se globalmente adequadas. As

decisões pedagógicas a este nível assentam na boa articulação entre os docentes das turmas e os de

educação especial, os serviços de psicologia e os encarregados de educação. O trabalho em rede é

fomentado através de parcerias com entidades diversas (p. ex., Associação Portuguesa de Pais e Amigos

do Cidadão Deficiente Mental - APPACDM, Centro Social da Paróquia de Coração de Jesus,

Restaurante Cepa do Dão) que mobilizam recursos e técnicos especializados para implementar as

medidas educativas especiais. A sensibilização da comunidade para as problemáticas da educação

especial é promovida de forma diferenciada, nomeadamente com a celebração de datas específicas (p.

ex., Dia Internacional da Pessoa com Deficiência) e a participação destes alunos na generalidade das

atividades educativas.

A vertente experimental assume expressão regular em todos os níveis de educação, centrada nas

atividades curriculares, sendo ainda de destacar as atividades experimentais realizadas no Dia do

Agrupamento, entre outras, que promovem a literacia científica, designadamente, no âmbito da Física e

Química e da Biologia.

O Agrupamento implementa iniciativas destinadas a estimular os melhores desempenhos e a valorizar

as potencialidades das crianças e dos alunos, tais como clubes, exposições de trabalhos, atuações em

datas comemorativas e participação em concursos nacionais e locais, de que são exemplos as festas de

Natal e de Carnaval, Concerto de Inverno, Olimpíadas de Matemática e os numerosos torneios

desportivos.

A dimensão artística e a estética são fortemente valorizadas enquanto meios de reforço das

aprendizagens e de integração escolar. As opções do Agrupamento passaram, desde há dois anos, pela

adesão ao Programa Nacional de Educação Estética e Artística promovido pelo Ministério da Educação e

Ciência, destacando-se ainda, em múltiplas vertentes do desempenho artístico, a oferta de atividades de

enriquecimento curricular no 1.º ciclo do ensino básico e da disciplina de oferta de escola (Música), o

Encontro de Música, Clube de Bombos Infant’arte (que dinamiza os eventos de final de período/ano

letivo e a cerimónia de entrega dos diplomas de mérito), clubes/coros vocais, bem como as visitas de

estudo a museus, as idas ao Teatro Viriato e a realização de exposições temáticas no âmbito das artes

visuais.

O recurso às tecnologias de informação e comunicação faz parte do quotidiano escolar, em especial o uso

do correio eletrónico, projetores e quadros interativos. Destacam-se, em algumas disciplinas, como por

exemplo em Matemática e na História, a utilização mais consistente destas ferramentas, o que facilita

aos alunos o desenvolvimento do estudo autónomo. Os tempos dedicados à aprendizagem são

rendibilizados com uma cuidada organização dos horários dos alunos e dos docentes e com a utilização

de plataformas digitais de forma a rentabilizar as diferentes atividades educativas e a facilitar a

partilha de recursos.

Após a avaliação externa de 2009, o Agrupamento investiu num sistema generalizado de

acompanhamento e monitorização da prática letiva, que não foi capaz de manter em funcionamento.

Esta funcionalidade é, em geral, prosseguida em sede de departamento curricular, em articulação com o

conselho pedagógico, designadamente pela verificação do grau de cumprimento das planificações e pela

análise dos resultados académicos internos e externos, ao longo do ano letivo. Ainda que exista

capacidade de prestar auxílio entre pares para a melhoria de estratégias de ensino, nomeadamente com

recurso às atividades de coadjuvação em sala de aula, apenas o departamento da educação pré-escolar

Page 9: Relatório Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique VISEU · pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa

Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique – VISEU

8

conseguiu assegurar procedimentos formais de supervisão em contexto de sala de atividades, como

estratégia consistente de desenvolvimento profissional.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

A sistematicidade dos procedimentos de avaliação e monitorização das aprendizagens assenta num

documento designado Dispositivo de Avaliação amplamente divulgado à comunidade educativa, e em

práticas de reflexão acerca dos resultados escolares ao nível das diferentes estruturas de coordenação

educativa e supervisão pedagógica. Como consequência, o Agrupamento dispõe de dados globais

sistematizados sobre a eficácia das diferentes medidas educativas e do seu impacto na melhoria dos

resultados dos alunos. Com base nos mesmos, procede-se à análise da eficácia das medidas de promoção

do sucesso escolar implementadas, para decidir sobre a pertinência da sua manutenção ou

reformulação.

Os critérios gerais e específicos de avaliação, distinguem os domínios a avaliar, contemplam uma

pluralidade de práticas e instrumentos definidos em função das aprendizagens e da especificidade das

turmas e aos diferentes níveis de educação/ensino. A dimensão diagnóstica e a dimensão formativa da

avaliação são fortemente valorizadas, sendo realizadas de forma contínua e articulada. Os alunos são

regularmente estimulados a participar em diversas práticas de autoavaliação.

A realização regular de provas comuns em todos os anos de escolaridade e a conceção de matrizes

comuns para os testes na generalidade das disciplinas, assim como a discussão em torno do

desenvolvimento do currículo e dos critérios de avaliação, permitem a aferição dos procedimentos

utilizados. A aplicação ponderada dos critérios de avaliação é garantida pela utilização de instrumentos

de registo comuns, o que facilita o trabalho dos docentes na análise dos resultados alcançados e na

tomada de decisões quanto às estratégias de remediação, sempre que os resultados ficam aquém do

esperado.

No que respeita à desistência e abandono escolar, o Agrupamento desenvolve uma ação concertada que

tem contribuído para a sua progressiva diminuição, estando os atuais casos associados a fatores

culturais dos alunos envolvidos e respetivas famílias. É de realçar a ação dos docentes, dos diretores de

turma e dos serviços de psicologia e orientação (SPO), em estreita colaboração com a Comissão de

Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e a Segurança Social que, com o apoio do Programa Viseu Educa,

fazem o acompanhamento sistemático dos alunos e das suas famílias, especialmente daqueles que

apresentam maior risco de abandono. A este nível, são ainda relevantes os projetos centrados na

multiculturalidade e formação, como é o caso do Projeto Ser+ cidadão e Projeto Escola e Família em

Formação/Ação.

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos

fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais

generalizadas e eficazes, o que justifica a atribuição da classificação de MUITO BOM no domínio

Prestação do Serviço Educativo.

3.3 – LIDERANÇA E GESTÃO

LIDERANÇA

Os documentos estruturantes apresentam-se coerentes entre si e identificam o espírito de missão e uma

visão de futuro, tal como definem metas, estratégias e objetivos operacionais. Estes constituem-se como

instrumentos consentâneos com uma ambição orientada para a igualdade de oportunidades de acesso à

educação e do sucesso educativo dos alunos, assim como para o reconhecimento do Agrupamento como

Page 10: Relatório Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique VISEU · pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa

Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique – VISEU

9

Escola pública de referência. Porém, a definição pouco precisa de metas e a não existência de

indicadores de medida no projeto educativo poderão prejudicar essas intencionalidades.

O diretor e a sua equipa assumem uma liderança estável e reconhecida, patenteando uma atitude de

abertura aos desafios estabelecidos e às necessidades de melhoria do Agrupamento, tendo em linha de

conta a atual configuração do mesmo. O diretor conhece bem a sua área de atuação, pautando a sua

conduta por uma relação de proximidade e de confiança, impulsionadora do trabalho colaborativo e

indutora da adoção de procedimentos de melhoria organizacional. Apoiado por uma equipa conhecedora

e empenhada, promove o princípio da subsidiariedade, implicando e corresponsabilizando o corpo

docente e não docente nas ações tendentes à melhoria das respostas educativas e da qualidade do

ensino. Demonstra, igualmente, firmeza na mobilização da comunidade escolar, na superação das

situações de insucesso escolar e de indisciplina. Esta forma de liderança tem contribuído para a

melhoria da prestação do serviço educativo; contudo, tem sido menos assertiva na supervisão das

práticas letivas com vista à melhoria do ensino e das aprendizagens.

As lideranças intermédias conhecem bem as suas competências e manifestam comprometimento na

concretização das prioridades e dos fins a que o Agrupamento se propõe, evidenciando uma boa ligação

com a direção que as responsabiliza na concretização das suas competências. A sua ação, sustentada no

reconhecimento, na confiança e na subsidiariedade, é um impulso essencial para a sustentabilidade do

trabalho de equipa, pautado pela partilha nos contextos formal e informal.

Destaca-se a abertura, dinamismo e ligação à comunidade, através do estabelecimento de diversas

parcerias e protocolos. São disso exemplo, a articulação com a Câmara Municipal de Viseu,

nomeadamente no que reporta ao programa Viseu Educa (mais recursos – mediador de etnia cigana,

assistente social, técnico de teatro, docentes), Escola Superior de Educação de Viseu, Universidade

Católica, Universidade do Minho, Associação de Futebol de Viseu, CPCJ, Segurança Social, Grupo

Visabeira, o que em articulação com as diferentes atividades enriquece as experiências de aprendizagem

dos alunos.

Atualmente estão a ser desenvolvidos diversos projetos, entre os quais Escola e Diversidade Cultural e

Ser+ Cidadão (promoção do sucesso educativo dos alunos da comunidade cigana, valorização da

diversidade como fonte de aprendizagem para todos, o diálogo intercultural e a formação para a

cidadania), Ser+ Solidário, aLer+ para Ser+, Parlamento Jovem, Dançar é para Todos, Sala ENA

(Educação Especial), Escola e Família em Formação/Ação (formação de alunos, pessoal docente e não

docente e encarregados de educação), Educação Estética e Artística, Bullying nas Escolas, Grupo de

Bombos Infant’arte, o que favorece a qualidade da prestação do serviço educativo.

O empenho da maioria dos docentes e não docentes no desempenho das respetivas funções,

sincronizados com os diversos patamares de liderança, tem vindo a contribuir para um cada vez melhor

ambiente de interação humana e profissional.

O diretor tem prevenido e gerido conflitos, nomeadamente no que respeita à indisciplina, através da

aferição de procedimentos comuns de atuação e na implementação de decisões de acordo com as

necessidades. Existem várias associações de pais e encarregados de educação que se mobilizam para a

resolução dos problemas, manifestando total disponibilidade para participarem nas atividades para as

quais são solicitadas.

GESTÃO

A direção gere os recursos materiais e humanos tendo em atenção a missão, as necessidades educativas

e de funcionamento, as pessoas e o seu bem-estar, bem como as competências pessoais e profissionais

dos trabalhadores, com a finalidade de um desempenho eficiente e de satisfação dos intervenientes. O

princípio da continuidade pedagógica prevalece na distribuição de serviço docente, refletindo-se na

Page 11: Relatório Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique VISEU · pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa

Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique – VISEU

10

melhoria da qualidade do serviço educativo prestado e num melhor acompanhamento das necessidades

dos alunos. A valorização do perfil de competências profissionais afigura-se como um elemento

essencial, designadamente para o exercício do cargo de direção de turma. A organização dos horários dos

alunos e a constituição de grupos e turmas obedece a princípios gerais de qualidade, orientadas por

critérios de justiça e equidade, constando do projeto educativo, o que lhes proporciona uma adequada

transparência.

A direção também arroga a responsabilidade pela distribuição de serviço dos trabalhadores não

docentes, adotando como critérios de base, a experiência e as competências profissionais de cada um.

Nos serviços administrativos é potenciado o espírito colaborativo e de entreajuda, sendo dada resposta

oportuna às solicitações dos utentes e às necessidades do Agrupamento. Globalmente, os serviços

respondem de forma adequada às necessidades dos utilizadores.

Alicerçados em práticas colaborativas e espírito de partilha, os profissionais sentem-se apoiados e

acompanhados pelas lideranças intermédias. Evidencia-se uma efetiva disponibilidade dos diretores de

turma e dos docentes titulares de turma para atender os encarregados de educação, estabelecendo uma

boa ligação entre a escola e a família.

A promoção do desenvolvimento profissional é assegurada pela definição de um plano anual (2016-2017)

de formação que agrega um conjunto de ações diagnosticadas para o pessoal docente e apenas uma para

pessoal não docente (assistentes operacionais), dando uma grande visibilidade às práticas de formação

interna. Os profissionais demonstram conhecer bem as suas competências e encontram-se, em geral,

motivados e satisfeitos.

Os recursos e os materiais são partilhados de forma equitativa pelos diferentes estabelecimentos, níveis

de educação e ensino e anos de escolaridade, sendo adequados para a utilização de metodologias de

ensino diversificadas. Os edifícios, na generalidade, apresentam ótimas condições materiais para a

promoção da qualidade do processo de ensino e aprendizagem.

Os circuitos e mecanismos de informação e comunicação internos e externos têm-se revelado eficazes e

ajustados. Estes assentam, sobretudo, no recurso à página web do Agrupamento, ao email institucional,

à caderneta do aluno e a blogs. A utilização do correio eletrónico institucional sobressai na agilização de

contactos entre os diversos profissionais. Por sua vez, o portal do Agrupamento configura o meio digital

privilegiado para a divulgação de um leque diversificado de informações pertinentes.

A comunicação com os pais e encarregados de educação é feita através dos meios disponíveis (contactos

presenciais, por via postal, telefone ou correio eletrónico), procurando que os mesmos sejam

permanentemente informados sobre as atividades e as aprendizagens dos seus educandos.

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

A autoavaliação materializa-se como prática instituída, iniciada em 1993, por uma equipa constituída

por cinco docentes, não incorporando nenhum representante dos alunos e do pessoal não docente, nem

das instituições com quem o Agrupamento mantém parcerias ou protocolos considerados estratégicos, o

que lhe inviabiliza um olhar externo.

O modelo aplicado está estruturado em consequência da adoção do programa AVES (aprofundamento da

realidade social de cada escola, compreendendo as dimensões relativas à opinião dos atores, no que

reporta à organização da instituição e clima organizacional, às atitudes e valores dos alunos e às

estratégias de aprendizagem) e da análise dos resultados escolares (análise documental – pautas, fichas

de recolha de dados dos diretores de turma/coordenadores de departamento e dados do MISI). Há

evidências que garantem a continuidade da autoavaliação e de coerência com a ação para o

aperfeiçoamento.

Page 12: Relatório Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique VISEU · pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa

Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique – VISEU

11

Os resultados decorrentes da implementação da autoavaliação, expressos num relatório final relativo a

2014-2015, evidenciam a capacidade de autorregulação, tendo originado o desenho do plano de ação

estratégica que está a ser implementado atualmente. O trabalho realizado pela equipa de

autoavaliação, em articulação com algumas das recomendações dos relatórios das avaliações externas

dos anteriores agrupamentos, levados a cabo pela Inspeção-Geral da Educação e Ciência, conduziram a

uma melhoria das práticas profissionais, sendo disso exemplo um maior e melhor trabalho colaborativo

relativo à preparação das aulas e a melhoria dos resultados académicos, nomeadamente da Escola

Básica D. Luís Loureiro.

É de assinalar que ao processo de autoavaliação, que se constitui como uma boa ferramenta de

planeamento e que sustenta as opções estratégicas de gestão, não foi dada continuidade

consubstanciada na implementação formal, nos anos anteriores, de planos de melhoria relativamente às

áreas apontadas como pontos fracos. Esta situação revela-se como uma barreira à promoção de mais

qualidade dos processos educativos e não permite maior suporte na tomada de decisão ao nível do

planeamento, da gestão das atividades e das práticas profissionais.

A equipa de autoavaliação revela grande empenho e motivação na prossecução das tarefas que lhe estão

atribuídas e é clara a determinação em prosseguir uma reflexão sustentada sobre a realidade da vida

escolar e a qualidade do serviço prestado.

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos

fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais

generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no

domínio Liderança e Gestão.

4 – PONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:

Práticas pedagógicas eficazes, com impacto na consistência dos resultados nas provas externas;

Valorização da dimensão artística, com impacto nas aprendizagens e vivências das crianças e

dos alunos e com visibilidade da ação do Agrupamento no meio envolvente;

Ação sistemática das bibliotecas escolares na oferta de atividades centradas no

desenvolvimento da leitura e das literacias e na formação integral das crianças e dos alunos;

Trabalho colaborativo entre docentes, reforçado nas diferentes estruturas de coordenação

educativa e supervisão pedagógica, com impacto positivo na planificação, construção e partilha

de materiais pedagógicos e avaliação dos alunos;

Ação da direção na mobilização dos recursos internos, na promoção de parcerias com entidades

externas e na divulgação do Agrupamento, com impacto positivo nas aprendizagens e vivências

das crianças e dos alunos e indutora de procedimentos de melhoria organizacional;

Mobilização de um conjunto de respostas educativas, em paralelo com a colegialidade na ação

dos vários responsáveis e parceiros externos, têm contribuído para a inclusão e ou integração

funcional, profissional e social dos alunos.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus

esforços para a melhoria são as seguintes:

Page 13: Relatório Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique VISEU · pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa

Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique – VISEU

12

Identificação rigorosa dos fatores internos que levam a um desigual desempenho escolar dos

alunos nas avaliações internas e externas, com vista à implementação de estratégias que

permitam atenuar as diferenças verificadas;

Definição de mecanismos de observação e partilha, num plano de supervisão colaborativa das

práticas pedagógicas em sala de atividades e de aula, no sentido de impulsionar o

desenvolvimento profissional e promover bons processos de ensino e aprendizagem;

Definição de metas, de indicadores e meios de verificação que garantam os objetivos

estabelecidos nos diversos documentos estruturantes, assim como a determinação do grau de

prossecução dos objetivos ou de cumprimento das metas;

Consolidação do dispositivo de autoavaliação, designadamente na definição formal das ações de

melhoria, potenciando maior suporte na tomada de decisão ao nível do planeamento, da gestão

das atividades e das práticas profissionais.

11-04-2017

A Equipa de Avaliação Externa: João Rocha, Joaquim Brigas e José Lebre

Concordo.

À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação.

O Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área

Territorial de Inspeção do Centro

Marcial Rodrigues Mota

2017-05-11

Homologo.

O Inspetor-Geral da Educação e Ciência

Por delegação de competências do Senhor Ministro da Educação

nos termos do Despacho n.º 5477/2016, publicado no D.R. n.º 79,

Série II, de 22 de abril de 2016