relatório 4
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
EMC 5302 – METODOLOGIA DE PROJETO EM ENG.
MECÂNICA
PROJETO DE EVOLUÇÃO DE PORTÕES RESIDENCIAIS
Equipe/email
Nome 1 (em ordem alfabética)/email
Nome 2
Nome 3
Marina Brasil Pintarelli / [email protected]
Nome 5
Professor
Nome professor
novembro/2013/semestre
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................4
1.1. Descrição do problema do projeto.....................................4
1.2. Plano de projeto...............................................................5
1.3. Metodologia de projeto.....................................................9
2. PROJETO INFORMACIONAL...............................................10
2.1. Introdução.....................................................................10
2.2. Problema de projeto.......................................................10
2.3. Ciclo de vida...................................................................10
2.4. Identificação dos stakeholders........................................12
2.5. Necessidades dos usuários do produto............................12
2.6. Requisitos dos usuários..................................................15
2.7. Requisitos de projeto......................................................16
2.8. Casa da qualidade..........................................................18
2.9. Especificações de projeto................................................22
3. PROJETO CONCEITUAL.....................................................23
3.1. - Introdução...................................................................23
3.2. - Função global do produto..............................................24
3.3. - Estrutura de funções do produto...................................25
3.4. Matriz morfológica..........................................................28
3.5. Avaliação das concepções...............................................30
3.6. Visão geral da concepção gerada.....................................30
4. CONCLUSÕES..................................................................30
4.1. Conclusões.....................................................................30
4.2. Recomendações..............................................................302
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................30
RESUMO
Após uma sequência de discussões em relação a equipamentos
ineficientes, produtos com chance de inovação e outras necessidades dos
indivíduos, a equipe concluiu que os portões eletrônicos atuais poderiam ser
melhorados consideravelmente e teriam um bom mercado. Assim, com
intuito de garantir a segurança e a satisfação dos usuários, fez-se um
reprojeto desses bens. Dessa forma, este relatório consiste na descrição das
etapas inicias – planejamento, fase informacional e fase conceitual – desse
projeto seguindo a metodologia de modelo de desenvolvimento de produtos
PRODIP.
3
1. INTRODUÇÃO
Com o advento dos veículos automotores, surgiu a necessidade de
proteger esses bens de fenômenos naturais e de terceiros. Para cumprir
esta função, foi definido um lugar específico para realizar esta
armazenagem: a garagem. Entretanto, tal lugar não é a prova de tudo e o
principal fator limitante de sua segurança é a entrada dos veículos. Sendo
assim, os portões surgiram com um meio que seleciona o que/quem pode
passar.
1.1. Descrição do problema do projeto
A atividade de sair de garagens e passar por portões de garagem é
corriqueira para bastantes brasileiros, e apesar da variedade de produtos, é
bastante comum encontrar usuários pouco satisfeitos com seus
equipamentos. Seja qual for a funcionalidade problemática – acionamento
com falhas, portões lentos, falta de confiabilidade, acidentes – ela
geralmente existe (fato comprovado por um questionário feito pela equipe
presente no item 2.5).
De fato, os integrantes da equipe, quando estavam debatendo a
temática do projeto, puderam trocar histórias que retratavam o mal
funcionamento e a insegurança dos portões residenciais. Por exemplo, na
casa de um dos membros, um gato ficou preso no portão. Além disso, a
principal reclamação encontrada foi a ineficiência dos controles eletrônicos.
4
Figura 1.1
Figura 1.2 - Controle eletrônico - principal responsável por reclamações
A partir desta ideia, a equipe procurou desenvolver o modelo dos portões
eletrônicos atuais resolvendo os problemas mais frequentes. Deste modo, o
projeto consiste em um de evolução, ou seja, é um caso de reprojeto de um
produto já existente.
Figura 1.3 - Portão residencial
1.2. Plano de projeto
Após a formação da equipe, o trabalho teve início com a Estrutura de
Desdobramento do Trabalho (EDT), na qual o projeto foi dividido e ordenado
5
em tarefas executáveis que serão seguidas até o seu fim. A EDT pode ser
visualizada na Figura 1.4.
Em seguida o grupo reuniu-se para fazer a matriz de responsabilidades -
, que delega funções a serem cumpridas por cada integrante. E
posteriormente o cronograma do projeto foi criado, esse é encontrado na
Figura 1..
6
Gerenciamento preliminar
Formação da equipe
Definição da temática
Plano de projeto
Matriz de responsabilidades
Cronograma
Projeto Informacional
Definir ciclo de vida
Definir usuários
Definir necessidade dos usuários
Transformar em requisitos dos
usuários
Transformar em requisitos do
projeto
Priorizar requisitos do projeto
Definir especificações do
projeto
Projeto conceitual
Definir função global
Definir funções alternativas
Escolher a melhor estrutura para o
problema
Gerar princípios de solução para cada
função
Combinar esses princípios
Escolher a melhor combinação
Desenvolver o conceito
Fazer representação do conceito
Tabela 1.1 - Matriz de responsabilidades
Bre
no
Gab
riela
Gu
ilh
erm
e
M.
Bra
sil
M.
Bra
nt
Definição da temática X X X X X
Plano de projeto X X X X X
Matriz de responsabilidades
X X
Cronograma X X
Definir ciclo de vida X
Definir usuários X
Definir necessidade dos usuários
X X
Transformar em requisitos dos usuários
X
Transformar em requisitos do projeto
X X
Priorizar requisitos do projeto
X X
Definir especificações do projeto
X X
Definir função global X X
Definir funções alternativas X X X X X
Escolher a melhor estrutura para o problema
X X X X X
Gerar princípios de solução para cada função
X X X X X
Combinar esses princípios X X X X X
Escolher a melhor combinação
X X X X X
Desenvolver o conceito X X X X X
7
1.3. Metodologia de projeto
Como o escopo do trabalho não abrange um protótipo físico do produto,
nosso projeto resumiu-se somente às fases informacional e conceitual. A
metodologia empregada foi o modelo de desenvolvimento de produtos
PRODIP.
Figura 1.5 - Representação esquemática da metodologia desenvolvida pelo PRODIP
No projeto informacional, a fase inicial foi a identificação do problema a
ser resolvido, a partir da observação de um produto já existente que poderia
ser aprimorado. Um questionário elaborado pela equipe foi aplicado a
possuidores de portões residenciais para identificar as necessidades dos
usuários. Tais necessidades foram transformadas em requisitos de usuário e
de projeto, e posteriormente aplicados à casa da qualidade do método QFD.
Definida a casa da qualidade, foi possível definir os requisitos prioritários do
produto.
Ao término do projeto informacional, partimos para o projeto conceitual,
que iniciou-se pela identificação da função global do produto e seu
desdobramento em uma estrutura de funções parciais. Os princípios de
9
solução para cada uma das funções foram obtidos por meio de
brainstorming e depois combinados para gerar quatro concepções de
produto aplicáveis. A etapa final foi a escolha da melhor concepção através
da matriz de Pugh.
2. PROJETO INFORMACIONAL
1.4. Introdução
A etapa de projeto informacional tem como principal entrada a definição
do problema de projeto a ser resolvido. A partir disso, etapas como
definição do ciclo de vida do produto e definição de necessidades dos
usuários nos farão chegar até a saída principal da etapa, que consiste na
determinação de especificações do projeto.
1.5. Problema de projeto
Os portões residenciais de garagem são importante ferramenta de
segurança de entrada e saída das residências. E por já fazerem parte do
nosso cotidiano, também fazem parte os problemas relacionados a eles. De
acordo com pesquisa levantada pelo grupo, os principais problemas a serem
resolvidos para que esses portões cumpram sua função sem deixar a
desejar seriam: as falhas de acionamento dos controles eletrônicos, o tempo
de abertura e fechamento, a falta de confiabilidade e a ocorrência de
acidentes. Sendo assim, o grupo pretende fazer o reprojeto de portões
residenciais já existentes no sentido de solucionar estes quatro problemas.
1.6. Ciclo de vida
De acordo com um modelo de ciclo de vida de produto, a equipe definiu
as seguintes fases:
10
Figura 2.6 - Ciclo de vida
i. Projeto: como já colocado, o projeto será de evolução. Por isso,
sobre essa fase, deve-se pensar sobre abranger o máximo de
necessidades de usuários que definirmos.
ii. Manufatura: englobando dois itens, fabricação e manufatura,
deve-se pensar aqui sobre facilitar a manufatura e deixar o
mínimo de módulos possíveis a serem mexidos pelos próximos
usuários.
iii. Instalação: aqui também deve-se pensar em deixar o mais simples
possível, pois quanto mais dificultada a instalação, maior a
probabilidade de problemas futuros tanto pela complexidade para
manutenção quanto por necessidade de maior capacitação para
realizar a instalação.
iv. Uso: deve-se pensar em deixar o uso simples e solucionar todos os
problemas apresentados inicialmente, lembrando de que o uso vai
desde o acionamento do sistema até a abertura e fechamento do
portão quando não há energia elétrica.
11
Projeto
Manufatura
Instalação
Uso
Manutenção
Descarte
v. Manutenção: facilitando desde a instalação, estaremos atingindo a
manutenção também. Além disso, deve-se pensar sobre a
possibilidade de disponibilizar equipe de manutenção no período
de garantia.
vi. Descarte: o produto deve ser o mais durável possível, mas
também deve ser pensado o descarte fácil e acessível.
Considerando que o nosso modelo tinha outras fases, devemos
justificar porque não os consideramos no ciclo de vida do nosso produto.
Seriam elas as fases de: embalagem, transporte, armazenagem, venda e
compra. Elas foram descartadas por não terem aspectos tão significativos
para serem pensados no projeto dos portões residenciais.
1.7. Identificação dos stakeholders
De acordo com as fases do ciclo de vida definidas anteriormente,
foram encontrados os seguintes usuários:
Tabela 1.1 - Usuários de cada fase do ciclo de vida
Ciclo de Vida Usuários
Projeto Equipe de projeto (engenheiros e técnicos)
Manufatura
Fabricantes
Revendedores de peças
Fornecedores de matéria-prima
Fornecedores de bens de capital
Instalação Proprietários e técnicos de instalação
Uso Proprietários
12
Manutenção Técnicos de manutenção
Descarte
Sucateadores
Coletores
Transformadores
1.8. Necessidades dos usuários do produto
Através de um questionário elaborado pelo grupo, indagamos os
usuários de portões residenciais. Apesar de existir mais stakeholders,
optamos por investigar as necessidades de quem diariamente observa os
problemas desses equipamentos. O questionário consistia nas seguintes
perguntas:
1. Você é proprietário de um portão residencial ou somente usuário?
2. Qual é o problema mais frequente desses equipamentos?
3. Você já teve algum bem danificado por conta de mau funcionamento? Já
aconteceu algum outro tipo de acidente?
4. O que você alteraria no portão que você frequenta?
5. Você pagaria mais caro por um portão mais rápido? E por um mais
compacto?
6. Você considera seu portão seguro?
7. Você se preocupa com os danos ambientais produzidos pelo ciclo de
vida do portão residencial?
8. Qual é a frequência necessária das manutenções? Você gostaria que o
sistema fosse mais simples/fácil de compreender?
9. O que você procuraria na compra de um portão novo?
13
Baseado nas respostas obtidas, chegamos às seguintes conclusões:
1 – Essa pergunta existiu para conhecer melhor os entrevistados e
relacionar com seus problemas com portões. A maioria entrevistada é
proprietária desse bem.
2 – De acordo com os usuários, a principal reclamação é a falta de
confiabilidade do controle eletrônico. Tal falha, pode aumentar os riscos de
assalto, como também, é um desperdício de tempo, deixando o usuário
insatisfeito a cada utilização do produto. É importante observar que muitos
citaram também o barulho dos portões como um defeito desses
equipamentos.
3 – Apesar da maioria dos entrevistados não terem tido nenhum bem
danificado, essa possibilidade existe e é preocupante. De fato, há o riso de
um portão causar ferimentos nas pessoas que habitam perto dele.
4 – As características físicas dos portões foram as mais citadas em
relação a alterações. O peso e o grande espaço ocupado pelo conjunto dos
itens deve ser reduzido.
5 – Essas respostas apresentaram bastante divergência, elas foram
diferentes dependendo da razão da compra. Entretanto, pode-se ver que os
usuários querem sim portões rápidos e compactos de modo que o preço não
seja tão diferente do dos atuais.
6 – Praticamente nenhum entrevistado considerou os portões seguros.
OS consideraram frágeis (em relação a segurança de seus bens guardados
pelo portão) e também passíveis de erros (em relação ao risco do próprio
equipamento gerar acidentes.
7 – Foi-se considerado que os danos ecológicos resultantes de seu ciclo
de vida são um fator importante na hora da compra de um portão.
14
8 – As manutenções são mais necessárias do que os usuários desejariam
(há uma tendência de necessitarem de reparos a cada 5 meses). Além
disso, viu-se o interesse dos entrevistados de não dependerem de técnicos
para a manutenção, para isso desejariam instruções claras de reparo e um
sistema simples.
9 – Citou-se a maioria dos itens já trabalhados no questionário e
adicionou-se um item referente a design e a durabilidade. A maioria dos
entrevistados conta o aspecto visual um fator limitante da compra.
Com a ajuda dos questionários foi-se possível levantar as necessidades
dos usuários que ajudaram a direcionar o projeto da equipe pôde então
focar nos itens identificados. As necessidades estão catalogadas na Tabela
abaixo:
Tabela 2.2 - Necessidades dos usuários
Fácil de usar
Barato
Leve
Tamanhos variáveis
Não causar danos durante o funcionamento
Manutenção barata
Precise de pouca manutenção
Ocupe pouco espaço
Facilidade de instalação/manutenção
Resistente a corrosão
Resistente a batidas
Não faça muito barulho
15
Não prejudique o meio ambiente
Gaste pouca energia
Design bonito
Rapidez em abrir o portão
Durável
1.9. Requisitos dos usuários
Definidos a partir das necessidades de usuários, os requisitos de usuário,
se caracterizam pela seleção e adaptação das necessidades em uma
linguagem mais técnica, e posterior classificação de acordo com sua devida
importância. Essa classificação toma como escala os valores numéricos 0
(zero), 1 (um), 3 (três) e 5 (cinco) de forma crescente para o aumento da
importância, definindo assim, os peso da qualidade demandada.
Tabela 2.3 - Requisitos de usuário com o valor da qualidade desejada
Requisito de usuárioPeso da qualidade
demandada
Custo baixo 5
Fácil de utilizar 5
Design 3
Fácil manutenção 5
Fácil instalação 5
Ecologicamente correto 1
Silencioso 3
Proteja os bens 5
Durabilidade 5
Não machucar pessoas, animais ou bens
3
16
Leveza 3
Compacto 3
Eficiência do controlador 5
Rapidez no movimento 5
1.10. Requisitos de projeto
Com os requisitos de usuário prontos, a equipe passou para a etapa de
definição dos requisitos de projeto, através da análise dos requisitos de
usuário, para relacioná-los a parâmetros mensuráveis (unidades), levando-
se em conta os parâmetros considerados importantes pela equipe.
Estabeleceram-se assim as características de engenharia do produto, ou
seja, os elementos da qualidade.
Tabela 2.4 - Requisitos de projeto com respectivas unidades de medição e sinal qualificador da modificação desejada
Requisitos de projetoUnidade de
mediçãoSinal qualificador
da medição
Tempo entre manutenções
dias+
Tempo de abertura/fechamento
s-
Número de peças nº -
Mecanismos automatizados
nº+
Peso kg -
Volume total ocupado m³ -
17
Custo de fabricação R$ -
Decibéis emitidos dB -
Probabilidades de erros no acionamento
%-
Tempo até ocorrer perda total
anos+
Resistência a impacto Pa +
Porcentagem de materiais ecologicamente corretos
%+
Porcentagem de peças reaproveitadas
%+
Número de elementos de design personalizáveis
nº+
Número de tipos de aviso para transeuntes
nº+
Precisão no posicionamento
mm+
1.11. Casa da qualidade
Com todos os insumos definidos anteriormente, desde os requisitos de
usuários aos requisitos de projeto, o grupo pode então construir a casa da
qualidade.
Essa ferramenta nos permitiria a visualização de quais requisitos de
projeto serão os mais críticos e relevantes para o projeto conceitual. Ela
também nos permitiria a visualização de relações entre requisitos de
18
projeto, possibilitando que enxerguemos onde cada mudança no projeto
estará influenciando positiva e negativamente em requisitos mais e menos
importantes do nosso projeto.
As discussões do grupo formularam a casa da qualidade com os
seguintes resultados:
Assim, podemos resumir os resultados da casa da qualidade
principalmente com as relações entre requisitos descritas no telhado da
casa da qualidade e também a priorização de requisitos de projeto, dada na
base da casa e destacada abaixo:
CASA DA QUALIDADE
Assim, podemos resumir os resultados da casa da qualidade
principalmente com as relações entre requisitos descritos no telhado da
casa da qualidade e também a priorização de requisitos de projeto, dada na
base da casa e destacados abaixo:
Tabela 2.5 - Requisitos de projeto priorizados
Prioridade Requisito de Projeto
1 Custo de fabricação
2 Mecanismos automatizados
19
3 Peso
4 Probabilidade de erros no acionamento
5 Precisão no posicionamento
6 Número de peças
7 Número de tipos de avisos para transeuntes
8 Tempo entre manutenções
9 Volume ocupado total
10 Porcentagem de materiais ecologicamente corretos
11 Tempo de abertura/fechamento
12 Tempo até ocorrer perda total
13 Resistência a impacto
14 Porcentagem de peças reaproveitáveis
15 Decibéis emitidos
16 Número de elementos de design personalizáveis
Também podemos elencar aqueles requisitos que mais tem interação
com outros requisitos:
Tabela 2.6 - Requisitos de projeto com maiores números de interação com outros requisitos
Requisito de Projeto Nº de iterações
Custo de fabricação 10
Mecanismos automatizados 9
Peso 6
20
Probabilidade de erros no acionamento 5
Precisão no posicionamento 4
Número de peças 4
Número de tipos de avisos para transeuntes 4
Tempo entre manutenções 4
Volume ocupado total 4
Porcentagem de materiais ecologicamente corretos
3
Tempo até ocorrer perda total 3
Resistência a impacto 2
Porcentagem de peças reaproveitáveis 2
Decibéis emitidos 2
Número de elementos de design personalizáveis
1
1.12. Especificações de projeto
Tabela 2.7 - Avaliação dos requisitos de projeto
Requisitos de projeto
Valores meta
Forma de avaliação
Riscos do não atendimento dos
requisitos
21
Tempo entre manutenções
1460
Peças de acordo com as normas
todas
Número de peças <13
Mecanismos automatizados
1
Peso <40kg
Volume total ocupado
<2,0m³
Custo de fabricação 1500
Decibéis emitidos 55dB
Probabilidades de erros no
acionamento<1%
Tempo até ocorrer perda total
>20 anos
Resistência ao impacto
Nem ideia
Porcentagem de materiais
ecologicamente corretos
40%
Porcentagem de peças
reaproveitadas60%
22
Número de elementos de design
personalizáveis3
Número de tipos de aviso para transeunte
2
Precisão no posicionamento
3. PROJETO CONCEITUAL
1.13. - Introdução
A fase de projeto conceitual tem como objetivo transformar as
especificações de projeto definidas ao final da fase de projeto informacional
em um conceito de solução para o problema do projeto. Esse conceito foi
desenvolvido a partir de várias etapas descritas a seguir.
1.14. - Função global do produto
A partir da lista de requisitos, ou especificações de projeto, foi possível
identificar os problemas essenciais e assim estabelecê-los na forma de
uma função global para o produto. Essa função se caracteriza por
expressar uma relação de entrada e de saída do sistema técnico, como
mostra a Figura 3.8 a seguir
23
Figura 3.8 – Representação da função global do produto
A função global do produto define-se por dar passagem ou bloquear
veículos. A função de bloqueio se dá quando não há a emissão de sinal e
consequentemente de energia, sendo assim, o portão permanece fechado,
essa emissão só é possível por um usuário que detenha o controle do
portão.
1.15. - Estrutura de funções do produto
A estrutura de funções parciais se caracteriza pelo desdobramento da
função global em funções mais específicas, dividindo o objetivo do sistema
técnico em objetivos mais simples, o que facilita a busca de soluções. 24
Figura 3.2 – Decomposição funcional do produto
O funcionamento do portão é ativado pela recepção de sinal do controle,
enquanto esse sinal não for emitido, o portão permanece no seu estado
atual, aberto ou fechado. Quando há a emissão de sinal ativação,
recebimento da unidade e ativação do sinal de controle, inicia-se a
execução do ciclo. Esse ciclo é regido durante todo seu funcionamento pela
confirmação da não existência de obstáculos, que é verificada a todo
instante por motivos de segurança. Se nenhum obstáculo for confirmado
inicialmente, é emitido um sinal e o sistema elétrico é então acionado. Caso
seja detectado algum obstáculo durante a movimentação do portão, realiza-
se o travamento imediato do movimento. A movimentação do portão ocorre
pela transformação de energia elétrica em energia mecânica, que resulta na
abertura/fechamento do portão até uma dada limitação e consequente
encerramento do movimento, finalizando-se assim o ciclo de
funcionamento.
A partir das funções parciais definidas, foi possível chegar às funções
elementares, que são indivisíveis e expressam os processos físicos básicos,
o que facilitou ainda mais a busca de soluções alternativas para o sistema 25
técnico. A partir das funções parciais definidas, foi possível destrincha-las
em funções elementares as quais resultaram em:
Figura 3.3 – Representação das funções elementares do produto
Acionar: momento do acionamento manual do sistema pelo
usuário.
Transmitir: representa a transmissão do sinal por algum
mecanismo remoto até a parte eletrônica do portão.
Verificar: originada da função parcial de verificar a existência de
obstáculos, representa a averiguação da presença de pessoas,
animais ou outros obstáculos no caminho que o portão percorrerá
para abrir ou fechar. Essa tarefa é realizada de maneira 26
intermitente durante o movimento, é interessante ressaltar que
nos esquemas a posição dela é de seu início.
Controlar: controle dos mecanismos do sistema.
Transformar: para que seja possível, a partir da energia elétrica
fornecida, termos a energia mecânica que move o portão.
Mover: mover o portão, seja para abrir ou fechar, no sentido que
for.
Parar: para o movimento do portão. Permite que o ciclo seja
reiniciado.
Essas funções elementares foram trabalhadas para que pudessem ser
empregadas com eficiência na matriz morfológica. Ou seja, foram
relacionadas a elementos do sistema.
Acionar > Dispositivo de acionamento / Dispositivo de
acionamento secundário
Transmitir > Transmissão do sinal / Transmissão do sinal
(secundário)
Verificar > Dispositivo de verificação / Posição do dispositivo de
verificação / Alerta para transeuntes
Controlar > Controle
Transformar > Transformador de energia
Mover > Modo de movimento / Material do portão
Parar > Mecanismo de parada
1.16. Matriz morfológica
A Matriz Morfológica é capaz de inovar um produto em mais de uma função
elementar, o que proporciona uma boa chance de gerar concepções
originais. Foram buscados princípios de solução para cada função elementar
27
da estrutura do produto, utilizando o método de brainstorming entre todos
os membros da equipe. Entretanto, para deixar nosso produto mais robusto,
preferiu-se introduzir um dispositivo de acionamento secundário para que a
principal reclamação dos usuários seja atendida. Assim foi elaborada a
Matriz Morfológica, como mostrada a seguir:
Tabela 3.1 – Matriz Morfológica
Princípios de soluções
Solução 1 Solução 2 Solução 3 Solução 4
Dis
posit
ivo d
e a
cio
nam
en
to
Controle
remoto
externo ao
carro
Controle
remoto
embutido
Ligação
telefônica
On-line
Dis
posit
ivo d
e a
cio
nam
en
to
secu
nd
ári
o
Controle
remoto
externo ao
carro
Controle
remoto
embutido
Ligação
telefônica
On-line
28
Tra
nsm
issão d
o s
inal
Radio
controle AM
Radio
controle 2.4
GHz digital
GSM InternetTra
nsm
issão d
o s
inal
(secu
nd
ári
o)
Radio
controle AM
Radio
controle 2.4
GHz digital
GSM Internet
Dis
posit
ivo d
e v
eri
ficação
Sensor
magnético
(hall)
Sensor
infravermelhoSensor
ultrassônico
29
Ale
rta d
e
tran
seu
nte
s
Alerta visual Alerta sonoro Alerta sonoro e
visual
Posiç
ão d
o d
isp
osit
ivo d
e
veri
ficação
Estacionário
no caminho
do portão
No lado de
fora do
portão
No lado de
dentro do
portão
Fixo no
portão (em
movimento)
Con
trole
Controlador
PIDControle on-
offSem
controlador
30
Tra
nsfo
rmad
or
de e
nerg
iaMotor
elétrico DCMotor
elétrico síncrono
Atuador elétrico
Mod
o d
e
movim
en
to
Basculante Pivotante Deslizante Seccionado
Mecan
ism
o d
e
para
da
Mecânico Embutido no controle
Nenhum
Posteriormente geraram-se quatro concepções de produto pela
combinação de princípios de solução da Matriz Morfológica. Como
apresentadas na tabela abaixo:
Tabela 3.2 – Matriz de concepções
ConcepçõesConcepção
1Concepção
2Concepção
3Concepção
4
31
Dis
posit
ivo d
e a
cio
nam
en
toControle
remoto
externo ao
carro
Ligação
telefônica
Controle
remoto
embutido
On-lineD
isp
osit
ivo d
e a
cio
nam
en
to
secu
nd
ári
o
Controle
remoto
embutido
Controle
remoto
externo ao
carro
Ligação
telefônica
Controle
remoto
embutido
Tra
nsm
issão d
o s
inal
Radio
controle AM
GSM Radio
controle 2.4
GHz digital
Internet
32
Tra
nsm
issão d
o s
inal
(secu
nd
ári
o)
Radio
controle 2.4
GHz digital
Radio
controle AM
GSM Radio
controle 2.4
GHz digital
Dis
posit
ivo d
e v
eri
ficação
Sensor
infravermelhoSensor
ultrassônicoSensor
ultrassônico
Sensor
magnético
(hall)
Ale
rta d
e
tran
seu
nte
s
Alerta sonoro e
visual
Alerta visual Alerta sonoro e
visual
Alerta sonoro
33
Posiç
ão d
o d
isp
osit
ivo d
e
veri
ficação
Estacionário
no caminho
do portão
Fixo no
portão (em
movimento)
Estacionário
no caminho
do portão
Fixo no
portão (em
movimento)
Con
trole
Controle on-off
Controlador
PID
Controlador
PIDControle on-
off
Tra
nsfo
rmad
or
de e
nerg
ia
Motor elétrico síncrono
Motor
elétrico DC
Motor
elétrico DCAtuador elétrico
34
Mod
o d
e
movim
en
toBasculante Deslizante Seccionado Pivotante
Mecan
ism
o d
e
para
da
Mecânico Embutido no controle
Embutido no controle
Mecânico
1.17. Avaliação das concepções
Com as concepções definidas, é preciso eleger uma concepção final,
ou seja, a concepção mais apta a realizar a tarefa proposta da maneira mais
satisfatória. Para a avaliação das quatro concepções, foi utilizada a Matriz
de Pugh, tomando como referência a concepção 3. A escolha da referência
deu-se mediante consenso da equipe de que aquela possuía um bom
potencial, sem grandes empecilhos à viabilidade técnica.
Tabela 3.3 – Matriz de Pugh
Requisito de usuário
Peso da qualidade
demandadaI II III IV
Custo baixo 5 + = +
Fácil de utilizar 5 = = =
Design 3 - = =
35
R
EFERÊNCIA
Fácil manutenção
5+ = +
Fácil instalação 5 - + =
Ecologicamente correto
1= = =
Silencioso 3 - + =
Proteja os bens 5 = = =
Durabilidade 5 = = -
Não machucar pessoas, animais
ou bens3 - = =
Leveza 3 - = -
Compacto 3 - - -
Eficiência do controlador
5- - -
Rapidez no movimento
5+ - -
Total + 3 2 2
Total - 7 3 5
Total global -4 -1 -3
Peso total -20 -5 -11
LEGENDA: ( = ) Atende igual à referência
( + ) Atende mais que a referência
( - ) Atende menos que a referência
36
1.18. Visão geral
da concepção
gerada
Ao final do processo de
avaliação pela Matriz
de Pugh constatou-se
que a Concepção 3,
escolhida como
referência, tende a ser a
concepção com maior
probabilidade de realizar a
tarefa atendendo as
necessidades do cliente.
Por esta razão, o
projeto avançará
focado na Concepção 3.
Em síntese, ela se dá da
seguinte maneira:
Tabela 3.4 – Concepção
eleita
37
Concepção 3
Função elementar
ConcepçãoModelo
Acionar
sistema
Controle
remoto
embutido
Acionar
sistema
(secundário)
Ligação
telefônica
Transmitir
sinal
Radio
controle 2.4
GHz digital
Transmitir
sinal
(secundário
)
GSM
Verificar obstáculos
Sensor ultrassônico
Posição
estacionária
no caminho
do portão
Como já foi dito ao longo do relatório, preferiu-se utilizar dois dispositivos de acionamento para deixar o sistema bastante robusto. Além disso, optamos por formas diferentes de transmissão (não são as usuais de mercado) e por equipamentos bastante eficientes.
A adição de outro sistema de acionamento não dificultaria muito a lógica de programação, nem seria um processo muito demorado dentro do projeto, entretanto, aumentaria o preço do produto final. A equipe acredita que teria mercado para esse sistema, afinal, atualmente procura-se qualidade nos produtos e, com a crescente insegurança, prefere-se investir em equipamentos de proteção.
38
Figura 9- Diagrama lógico
O primeiro sistema de acionamento resulta da combinação da transmissão GSM e de
uma ligação telefônica. Para tal, provavelmente seria necessário um chip de alguma companhia telefônica, o que resultaria em um preço mensal de utilização. Depois, seria necessário apenas cadastrar os números que poderiam fazer o acionamento. Essa definição do projeto parece pouco física, isso ocorre porque tudo isso está englobado no código de programação.
39
As flechas duplas
indicam a constante
verificação de
presença pelos
sensores.
Figura 10 - Diagrama do acionamento GSM
Como segundo sistema de acionamento, há o dispositivo embutido de acionamento combinado com radio controle 2.4GHz digital. Atualmente o sistema utilizado é o rádio controle AM, esse é pouco robusto, a transmissão é mais fraca. Além disso, com o sistema embutido no carro, não haveriam mais problemas de falta de pilha/bateria.
Embutir o dispositivo de acionamento do portão no carro é uma tarefa bastante simples. Definimos como melhor posição acionar o clique da luz alta também como interruptor do portão. Assim, quando o usuário quisesse abrir sua garagem, só precisaria dar um sinal de luz. É interessante ressaltar que, quando a luz alta estiver ligada (não somente o clique que é o sinal de luz), o acionador do portão não estará recebendo energia, logo o sistema funcionará corretamente.
Figura 11 - Diagrama do acionamento com dispositivo embutido
Além disso, como temos como objetivo tornar algumas partes do nosso sistema personalizáveis, na próxima fase do projeto se poderia fazer um estudo para ampliar as possibilidades de botões de acionamento. O portão poderia ser acionado pelo mesmo botão do esguicho de água ou até mesmo por um especial no painel.
Para mover e controlar o movimento do portão, definiu-se como controlador um controle PID. Esse pode ser modelado de inúmeras maneiras. Temos como objetivo
40
economizar energia e garantir a segurança de bens, animais e pessoas, para isso, a velocidade do motor seria aumentada de maneira proporcional no seu acionamento (assim, energia não seria desperdiçada na aceleração) e na interrupção do caminho do portão ele seria desacelerado emitindo um alerta até a parada, se necessária (caso o objeto no caminho seja retirado, o portão não precisa parar).
Figura 12 - Gráfico da função de movimento
O motor escolhido – motor DC - é o que permite essa forma de controle. Também, é importante ressaltar que com um controle robusto é possível aproveitar o máximo da potência do motor, dessa forma poderemos reduzir seu tamanho (comparado aos modelos atuais). Nesse sentido, também está englobado o mecanismo de parada, sendo que o mais eficiente e o que menos aumentaria o valor do produto final é o pelo controlador.
41
Na figura está representado o modelo da concepção selecionada. Ele
consiste em um portão eletrônico seccionado, que utiliza um motor DC, que
está na parte superior da figura. Junto da caixa do motor, estão os
receptores de sinal de rádio para a abertura do portão. Na sua parte inferior,
está o sensor de movimento ultrassônico, posicionados a uma altura
relativamente baixa do chão, em torno de 20 centimetros, com o objetivo de
identificar a passagem do veículo, pessoas ou de animais que possam
entrar despercebidos, impedindo que estes sejam denificados pelo portão.
Por último, na parte de fora do portão, está um alerta sonoro e visual, para
avisar os transeuntes da saída do automóvel, evitando acidentes.
42