RELAÇÃO ORIENTANDO E ORIENTADOR NA CONSTRUÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) EM UMA GRADUAÇÃO

A DISTÂNCIA: A VISÃO DOS DISCENTES

Renata Vieira do Nascimento1, Jones Baroni Ferreira de Menezes2, Lydia Dayanne Maia Pantoja3, Germana Costa Paixão4

1Tutora a distância do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Ceará/Universidade Aberta do Brasil-UECE/UAB, renata.vieira@uece.br

2Tutor a distância do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Ceará/Universidade Aberta do Brasil-UECE/UAB, jones.baroni@uece.br

3Coordenadora de Pesquisa do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Ceará/Universidade Aberta do Brasil-UECE/UAB, lydia.pantoja@uece.br

4Coordenadora do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Ceará/Universidade Aberta do Brasil-UECE/UAB, germana.paixao@uece.br

Resumo – A produção do trabalho de conclusão de curso (TCC) não é uma atividade fácil e isolada, sobretudo quando inserido no contexto da educação a distância. Por isso, faz-se necessário uma interação contínua entre os sujeitos professor orientador e aluno orientando, permitindo um fluxo de informações para além da realização de um trabalho cientifico, mas no aprimoramento das habilidade e capacidades inerentes a essa prática. Nesse sentido, o presente trabalho objetivou analisar a relação orientando-orientador no processo de elaboração do TCC em um curso de licenciatura em Ciências Biológicas a distância de uma instituição pública de ensino superior. Para tal, foi aplicado um questionário online para 34 alunos concludentes, sendo observado que o processo possui como principais pontos positivos o profissionalismo, dedicação e incentivo para realizar a pesquisa, mas, também, há fragilidades, como o tempo de elaboração, poucos encontros presenciais de orientação e a demora nas devolutivas aos alunos da produção escrita. Desse modo, a boa relação orientador-orientando é fundamental para uma produção científica de qualidade, sem deixar de considerar as subjetividades dos atores relacionados.

Palavras-chave: Educação. Ciências Biológicas. Orientação.

Abstract – The production of the monography is not an easy and isolated activity, especially when inserted in the context of distance education. Therefore, it is necessary a continuous interaction between the subjects orienting teacher and student orienting, allowing a flow of information beyond the accomplishment of a scientific work, but in the improvement of the ability and inherent abilities to this practice. In this sense, the present work aimed to analyze the orienting-guiding relationship in the process of elaboration of the monography in a bachelor's degree course in Biological Sciences at a distance from a public institution of higher education. To that end, an online questionnaire was applied for 34 concluding students from the first semester of 2018, being observed that the process has the professionalism, dedication and incentive to carry out the research, but also weaknesses, such as the question of time, few face-to-face meetings and the delay in returning students

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to written production. Thus, the good guiding-guiding relationship is fundamental for a scientific production of quality, while taking into account the subjectivities of the related subjects.

Keywords: Education. Biological Sciences. Search.

IntroduçãoO Trabalho de Conclusão de Curso – TCC é uma atividade acadêmica obrigatória que sistematiza o conhecimento sobre um objeto de estudo relacionado ao curso, o qual deve ser desenvolvido sob orientação e avaliação docente.

De acordo com Melo e Campos (2018, p. 284) trata- se de uma “...construção autoral individual, não sendo resultado de um esforço de um sujeito apenas, mas da parceria entre

orientando e seu orientador”.

Surgindo o contexto da relação orientando-orientador que para Schnetzler e Oliveira (2010, p. 55) “...é um espaço privilegiado em que os meandros da intersubjetividade podem apresentar impasses de natureza afetiva, que resultam em oportunidades de crescimento pessoal e intelectual dos envolvidos”.

Mello (2012) afirma que o papel do orientador de TCC inclui discutir e acompanhar o trabalho com o orientando, assegurando que o assunto seja abordado adequadamente. Logo, cabe ao orientador abrir o caminho, apontar o roteiro e, havendo desvios, repensar com o aluno, o caminho certo a ser percorrido (Castro et al., 2015).

Nesse sentido, para Bianchetti e Machado (2002), a exigência de um trabalho final escrito pelo aluno, sob a responsabilidade de um docente, originou uma ligação mais individual, horizontal e profissional entre o orientador e o orientando independentemente do tipo de modalidade de ensino. Sendo que:

... a orientação é muito mais efetiva quando há cooperação entre as partes, em vez de cobrança por parte do orientador. Por outro lado, a falta de conhecimento ou desinteresse do aluno no tema, pouco tempo dedicado ao projeto e, em consequência, um projeto mal elaborado, bem como a pressa em terminar o trabalho apenas para cumprir um requisito, são fatores negativos em que levam à elaboração de um trabalho malfeito e ao desinteresse do orientador ( Roesch , 1996, p. 33).

Visando evitar as situações listadas acima, bem como, devido ao fato do TCC ser defendido publicamente ao final da graduação, o processo de desenvolvimento do mesmo deverá se iniciar desde a primeira experiência nas disciplinas de estágio supervisionado , momento ideal para o reconhecimento do ambiente escolar como espaço de investigação científica. Na matriz curricular do curso de licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade *****, o aluno entra

em contato com a disciplina de Metodologia da Pesquisa Educacional em Biologia, após a realização de três semestres de estágios supervisionados, em seguida deverá ser capaz de

elaborar seu projeto de TCC e no último semestre defender o TCC propriamente dito , ou seja, há um percurso direcionado para a produção do TCC de, pelo menos, 3 semestres letivos

(PPP, 2012).

Especificamente na modalidade a distância, a orientação de TCC vem se estruturando

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comentam que a:

processo de pesquisa e produção acadêmica de caráter solitário, tem conquistado uma nova dimensão, uma vez que as ferramentas disponíveis e os ambientes virtuais u lizados para a comunicação e postagem das a vidades, possibilitam interação constante do aluno com o orientador e demais colegas orientandos, pois facilitam o registro dos feedbacks e das orientações do professor orientador, bem como de todo processo de construção do trabalho, por meio do histórico das diversas versões construídas e compar lhadas pelo ambiente virtual.

-orientador no processo de elaboração do TCC em um curso de licenciatura em Ciências Biológicas a distância de uma ins tuição pública de ensino superior.

Percurso Metodológico

ao analisar a interpretação que os orientandos têm sobre relação orientando-orientador durante a construção do TCC.

do curso é que os discentes possam elaborar um TCC coerente com os Parâmetros Curriculares

(PPP, 2012).

O presente estudo envolveu 34 alunos dos polos de Beberibe, Quixeramobim e Russas-CE, com orientação de TCC concluídas em junho de2018.

Nacional de Saúde, que disciplina pesquisas envolvendo seres humanos nas áreas de ciências humanas e sociais (Brasil, 2016).

abertas e 7 fechadas) e análise da relação orientando-orientador (2 questões e 5 fechadas).

respeitando uma intensidade de 5 níveis categóricos: “discordo totalmente”; “discordo parcialmente”; “sem opinião formada”, “concordo parcialmente”; “concordo totalmente” (Xavier, 2012).

Os principais aspectos analisados foram referentes as avaliações das orientações

e potencialidades da relação orientando-orientador. As perguntas foram elaboradas com base em Viana e Veiga (2010) e Melo e Campos 2018.

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A análise dos dados foi apresentada por meio de frequências simples e relativas, sendo tratada de acordo com a literatura disponível.

Resultados e discussão

Grupo de estudo

O grupo estudado foi composto por 34 orientandos de TCC, dos quais 73,5% eram do sexo feminino e 26,5% do sexo masculino e apresentavam idade entre 20 e 53 anos. Dados que corroboram a literatura, pois durante muitos anos, o ensino superior foi um privilégio apenas dos homens, porém nos últimos anos já foi comprovada a dominância das mulheres dentro das universidades e isso é muito importante, uma vez que possibilita a ascensão social e concorrência das mulheres por melhores postos de trabalho (IBGE, 2014).

Dos entrevistados, 52,9% eram casados/união estável, 41,2% solteiros e 5,9% divorciados e de todos esses citados 35,3% relataram morar em casas com até 4 pessoas. Apesar do número de entrevistados casados, a maior parte relatou não possuir filhos (51,9%). Além disso, 64,7% relataram possuir atividade remunerada com renda entre 1 e 4 salários mínimos.

No que se refere ao nível de escolaridade da mãe dos entrevistados, observou-se que os maiores percentuais foram: Ensino Fundamental incompleto (35,3%), Fundamental completo (14,7%), Superior incompleto (14,7%) e Superior completo (11,8%). Por outro lado, com relação ao nível de escolaridade do pai, as respostas mais observadas foram: Fundamental incompleto (41,2%), analfabeto (32,4%) e Fundamental completo (17,6%). Tal fato demonstra a ampliação das possibilidade de inserção no ensino superior nos últimos anos, tendo a oferta de cursos na modalidade a distância como um desses fatores. Diante desse contexto, é que Menezes e colaboradores (2016) demonstraram que, na população estudada por eles, os alunos, ainda no Ensino Médio, já ultrapassariam o nível de escolaridade de seus pais. Ademais, Reis e Ramos (2011, p. 178) afirmam que a “cada nova geração que ingressa no mercado de trabalho brasileiro, o nível médio de escolaridade é normalmente bastante superior em relação aos pais desses mesmos indivíduos”.

Avaliação da relação orientando-orientador

A auto avaliação do orientando sobre o seu desempenho durante a confecção do trabalho de conclusão de curso demonstrou que 52,9% consideram-se bons, 23,5% ótimos, 17,6% excelentes e 5,9% regulares (tabela 1). Os orientadores possuem suas próprias maneiras de trabalhar e devem investir nas relações significativas com os seus orientandos. Além disso, principalmente em cursos EaD, os orientadores devem possuir menos um papel de transmissor de conhecimento e mais de estimulador do desejo dos alunos de aprender sobre determinado conteúdo.

Tabela 1 – Perspectiva dos orientandos quanto a si mesmo e quanto ao seu orientador de TCC em uma graduação a distância.

Pergunta Regular Péssimo Bom Ótimo Excelente Não opinou

Como você se avalia como orientando de TCC?

5,9% 0 52,9% 23,5% 17,6% 0

Como você avalia seu orientador de TCC?

5,9% 0 11,8% 14,7% 67,6% 0

Sobre os encontros de orientação presencial, como você classifica a qualidade

dos mesmos? 5,9% 0 11,8% 26,5 52,9% 2,9%

Sobre os momentos de orientação via Ambiente Virtual de Aprendizagem,

como você classifica a qualidade dos mesmos?

8,8% 0 17,6% 38,2% 32,4% 2,9

Na confecção de um TCC dentro da modalidade a distância, o orientando deve possuir algumas características fundamentais para o seu bom desempenho, como autodisciplina e motivação, que serão importantes para contornar os desafios e as dificuldades que venham a aparecer. Já o orientador é aquele que irá conduzir, apoiar e motivar o orientando a desenvolver o seu projeto (Castro et al., 2015).

Durante a orientação, é importante que o orientador busque conhecer o potencial do aluno de trabalhar de forma autônoma, para que este não se sinta abandonado. Também, é importante que o professor orientador sempre procure saber como está o andamento do trabalho, estimulando a confecção do material que está sendo desenvolvido. Além disso, características do orientador como acessibilidade e compromisso de avaliação do material, podem contribuir para relação amigável entre as partes.

Os orientandos avaliaram seus orientadores como excelentes (67,6%), ótimos (14,7%), bons (11,8%) e regulares (5,9%) (tabela 1). É possível que esses resultados estejam relacionados a fatores como a boa interação aluno-professor, compromisso, dedicação e também ao fato de o orientador ser acessível. Entretanto, foi observado que 5,9% dos participantes da pesquisa consideraram seus orientadores regulares. Em alguns estudos, isso está associado a falta de disponibilidade dos orientadores, que acaba resultando em prejuízo para o trabalho, além do mais, é observado na literatura que, em alguns momentos, o orientando se sente muito sozinho, pois o orientador não repassou de forma ágil os feedbacks das versões escritas (Viana; Veiga, 2010).

Melo e Campos (2018) relatam que a qualidade do TCC está correlacionada com a parceria entre orientando-orientador. Também se sabe que a orientação se torna mais eficaz quando no lugar de cobrança por parte do orientador, existe cooperação entre as partes. Dentre os fatores que podem estremecer a relação aluno-professor, destaca-se: falta de organização e disciplina, falta de tempo do orientador, orientador impositor, entre outras situações.

Sobre os encontros presenciais, 52,9% dos entrevistados relataram a qualidade do encontro como excelente, 26,5% ótimo, 11,8% bom, 5,9% regular e 2,9% não opinaram. Por outro lado, menos de 10% dos entrevistados relataram o

encontro presencial como regular e não opinaram e isso pode estar associado a pequena quantidade desses encontros.

No que se refere a qualidade dos momentos de orientação via AVA, 32,4% dos alunos consideraram excelente, 38,2% ótimo, 17,6% bom, 8,8% regular e 2,9% não opinaram. Acredita-se que os bons resultados da utilização do AVA são porque esta ferramenta é muito conhecida pelos alunos, de fácil acesso e com material disponível e ágil no que se refere a interação. Nesse ambiente, tem-se as ferramentas com finalidade de auxiliar e estimular o processo de ensino-aprendizagem, como por exemplo fórum, chat, espaço de postagem, entre outros.

Foi indagado sobre as características comportamentais que facilitaram e/ou dificultaram a relação orientando-orientador (tabela 2). Constatou-se que para 61% dos alunos não houve falta de tempo para a realização das atividades solicitadas durante a orientação, 52% concordam que a quantidade de encontros foi pequena, 97% concordam que durante o processo de orientação o mesmo se sentiu motivado a superar obstáculos e dificuldades, para 83% foi elaborado e respeitado um contrato pedagógico para o bom andamento do TCC e 94% concordam que a qualidade do TCC se deve a ligação com a orientação recebida (tabela 2).

Tabela 2 – Distribuição das respostas com base em 5 níveis categóricos da escala de Likert frente as características comportamentais que facilitaram e/ou dificultaram a

relação orientando-orientador em uma graduação a distância.

Afirmativa Concordo totalmente

Concordo parcialmente

Sem opinião

Discordo parcialmente

Discordo totalmente

Houve falta de tempo para a realização das atividades

de orientação

3% (1)

24% (8)

12% (4)

14% (5)

47% (16)

A quantidade de encontros foi pequena

14% (5)

38% (13)

9% (3)

19,5% (7)

19,5% (7)

Durante o processo de orientação, você foi moti-vado a superar obstáculos e dificuldades no processo

79% (27)

18% (6)

0 3% (1)

0

Foi elaborado e respeitado um contrato pedagógico

para o bom andamento do trabalho

71% (24)

12% (4)

5% (2)

3% (1)

9% (3)

A qualidade do seu TCC está relacionada direta-mente com a orientação

recebida

76% (26)

18% (6)

3% (1)

3% (1)

0

As percentagens apresentadas na tabela 2 apontam que características comportamentais apresentadas pelo orientador permitiram um bom andamento da produção do TCC e foram bem recebidas e aceitas pelos orientandos, uma vez que se baseiam em demonstração de afeto e empatia.

O afeto está diretamente relacionado a todas as relações humanas e, por

isso, é importante conhecer e avaliar a relação orientando-orientador durante a produção do TCC, uma vez que esse sentimento pode melhorar nível de aprendizagem do aluno (Souza et al., 2016). O aspecto afetivo é uma das dificuldades enfrentadas pelos orientadores, por isso é importante que aluno e professor estabeleçam uma relação com bastante diálogo e de confiança (Viana; Veiga, 2010).

Fragilidade e potencialidade da relação orientando-orientador

No quadro 1, pode ser observada as fragilidades e potencialidades destacadas pelos alunos. Dentre as fragilidades, destaca-se a falta de tempo, de encontros presenciais e de agilidade do orientando em entregar os materiais solicitados. Esses fatores já foram citados anteriormente e ficou evidente o quanto podem ser prejudiciais para a qualidade do trabalho. Por outro lado, Bianchettu e Machado (2002) relatam que dentre as fragilidades envolvendo o orientando destaca-se o tempo e as dificuldades de escrita científica. Além disso, a falta de domínio da literatura também dificulta o bom desempenho de alunos (Viana; Veiga, 2010).

Quadro 1 – Fragilidades e potencialidades da relação orientando e orientador, apontadas por alunos de uma graduação a distância.

FRAGILIDADE POTENCIALIDADE

Comunicação, tempo, poucos encontros pre-senciais, falta de entrosamento, incompre-ensão, ausência de respostas, falta de agili-dade do orientando, cansaço, distância, pra-zos, ausência, falta de pontualidade, impaci-ência, estresse e falta de compromisso.

Afinidade, comunicação, confiança, amizade, esforço, foco, rapidez, competência, respon-sabilidade, respeito, profissionalismo, incen-tivo, orientador aberto a opiniões, compa-nheirismo, dedicação, respeito, sinceridade, prontidão, pontualidade, comprometimento, persistência, potencial, consideração, coe-rência, ajuda, atenção e compromisso.

No quadro 1, também foram destacadas as potencialidades desta relação, ficando evidente o quanto boas características do orientador podem ser promissoras no bom desempenho do aluno. Isso ocorre, pois, a afetividade entre as partes inicia-se no momento em que o aluno se sente bem acolhido e consegue ter uma relação amigável e respeitosa com seu orientador.

Na educação a distância, a comunicação é um fator desafiador e o AVA vem como uma alternativa para sanar esse problema. Durante a orientação, o orientando e o orientador precisam estar em bastante sintonia e possuírem uma comunicação, pois no decorrer da orientação podem ser desenvolvidas fragilidades, que irão influenciar no desenvolvimento e na qualidade do TCC.

Apesar dessa boa relação constada com o presente estudo, é muito importante que desde o início o orientando tenha consciência dos seus deveres e metas para alcançar o desenvolvimento de seu TCC com qualidade.

Considerações finais Na realidade investigada, podemos observar que 91,3% dos alunos orientandos reconhecem o bom trabalho prestado pelos professores orientadores, e que estes, além de orientadores científicos, também tiveram papel de motivadores e incentivadores na execução das pesquisas, demonstrando profissionalismo e dedicação por parte do docente.

Contudo, é importante clarificar que algumas fragilidades foram elencadas, como a questão do tempo para a execução do TCC, pequena quantidade de encontros presenciais e demora, por parte do orientador, na devolutiva do material produzido. Entre elas, as duas primeiras devem ser ponderadas, já que os alunos estão inseridos em curso a distância, cuja a gestão do tempo e o reduzido encontro nos polos é realidade desde o início do curso, enquanto o tempo para feedback, deve ser relativizado, diante a existências de diferentes professores orientadores distribuídos nas turmas, cada um com sua forma de trabalhar.

Desse modo, é perceptível que uma boa relação orientador-orientando é fundamental para a obtenção de êxito na trajetória da produção acadêmica, exigindo de ambas as partes constante diálogo, no caso estudado especificamente, de forma virtual via AVA. Ademais, é fundamental que se tenha, para ambas as partes, dedicação, compromisso, responsabilidade, organização e satisfação, não tornando esse momento enfadonho e desprazeroso, devendo, inclusive, levar em considerações as (inter) subjetividades dos atores do processo de orientação, de modo a redimensionar conflitos que possa existir durante a atividade.

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