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INPE-11435-TDI/955 RELAÇÕES ENTRE AS ANOMALIAS DE TSM DO ATLÂNTICO E PACÍFICO E AS PRECIPITAÇÕES NA AMAZÔNIA ORIENTAL Edna Pinto Pereira de Sousa Dissertação de Mestrado do Curso de Pós-Graduação em Meteorologia, orientada pelo Dr. Clóvis Angeli Sansigolo, aprovada em 02 de dezembro de 2003. INPE São José dos Campos 2004

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INPE-11435-TDI/955 RELAÇÕES ENTRE AS ANOMALIAS DE TSM DO ATLÂNTICO E PACÍFICO E AS PRECIPITAÇÕES NA AMAZÔNIA ORIENTAL

Edna Pinto Pereira de Sousa

Dissertação de Mestrado do Curso de Pós-Graduação em Meteorologia, orientada pelo Dr. Clóvis Angeli Sansigolo, aprovada em 02 de dezembro de 2003.

INPE São José dos Campos

2004

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551.58 SOUSA, E. P. P. Relações entre as anomalias de TSM do Atlântico e Pacífico e as precipitações na Amazônia oriental / E. P. P. Sousa.- São José dos Campos: INPE, 2003. 78p. – (INPE-11435-TDI/955). 1.Anomalias. 2.Temperatura da Superfície do Mar. 3.El Niño. 4.Precipitação. 5.Região Amazônica (América do Sul). I.Título.

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Jefferson
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“Viver e não ter a vergonha de ser feliz.

Cantar a beleza de ser um eterno aprendiz.

Eu sei que a vida deveria ser bem melhor, e será,

mas isso não impede que eu repita,

é bonita, é bonita e é bonita.”

O que é o que é? - Gonzaguinha

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Dedicado à luta da minha irmã

Edvana pela vida e aos esforços

dos meus pais (Edvaldo e Dora)

em sempre ajudar-nos.

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Eu agradeço:

A Deus, por todos os momentos da vida.

A meus pais Edvaldo, Dora e a meus irmãos.

À Elizabeth Reuter e Guillermo Obregon.

Ao Prof. Dr. Clóvis Angeli Sansigolo.

A CAPES, pela concessão da bolsa de estudo.

Aos amigos: Marcos Oyama, Rodrigo Augusto e Everson.

Às amigas: Rita Valéria, Rosane, Maria, Ana Paula.

Ao Clóvis Espírito Santo.

À Lílian, Nilda, Laurenn, Alessandra, Cristiane, Anísio, Simone.

A todos os demais colegas e professores do departamento.

Aos membros da banca examinadora de proposta de dissertação, pelas críticas e

sugestões que foram de grande auxílio no trabalho final.

Aos mais leais amigos de todas as horas Leila e Mauro Mendonça (pela força e

confidência), Vagner Costa e Fábio Molina pelos raros momentos de descontração e

lazer.

Aos meus esforços.

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RESUMO

Relacionaram-se as variabilidades sazonais e interanuais das precipitações na região da Amazônia Oriental com as ATSM dos oceanos Atlântico Sul e Equatorial, Pacífico Equatorial. Tabelas de contingência 3 x 3, avaliadas pelo escore das Características Operacionais Relativas, foram usadas para investigar as ocorrências simultâneas e defasadas de até 12 meses das 3 categorias de precipitação (abaixo, quase e acima da normal) em 3 regiões homogêneas (Nordeste, Noroeste e Sul) da Amazônia Oriental e as 3 categorias de ATSM (abaixo, quase e acima da normal) nos oceanos Atlântico Sul e Equatorial, Pacífico Equatorial (La Niña, normal e El Niño). As precipitações no leste da Amazônia sofrem influências de ambos os oceanos, principalmente os grupos Nordeste e Noroeste, nos 1°, 2º e 4° trimestres do ano. Observou-se que o Pacífico exerce maior influência no período chuvoso destes grupos. O grupo Noroeste é o mais influenciado e neste grupo as precipitações acima da normal estão significativamente relacionadas com eventos La Niña, defasadas de até 9 meses e precipitações abaixo da normal com eventos El Niño, simultaneamente e com defasagem de 3 meses nos 1° e 2° trimestres. ATSM abaixo da normal no Atlântico Equatorial estão significativamente relacionadas com precipitações abaixo da normal nos grupos Nordeste e Noroeste no 4° trimestre, simultaneamente e defasada de 1 mês. Precipitações acima da normal no grupo Sul estão relacionadas com ATSM acima da normal no Atlântico Sul no 2° trimestre, simultaneamente e defasada de 1 mês. A influência do Atlântico Sul é pequena nos outros dois grupos. O grupo Sul é o mais relacionado com os Índices de Dipolo e o Noroeste menos. Precipitações abaixo (acima) da normal estão relacionadas com Índices de Dipolo abaixo (acima) da normal no grupo Sul (Nordeste), simultaneamente e com defasagem de 1 mês, no 2° trimestre. ATSM abaixo da normal no Atlântico Equatorial estão significativamente relacionadas com eventos La Niña, defasadas de 1-6 meses e com Índices de Dipolo abaixo da normal, simultaneamente e defasados de 1-3 meses, no 2° trimestre.

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RELATIONSHIPS BETWEEN THE ATLANTIC AND PACIFIC SST

ANOMALIES AND THE EASTERN AMAZON RAINFALL

ABSTRACT

The seasonal and interannual rainfall variability in the Eastern Amazon region was related to the Tropical, South Atlantic and Equatorial Pacific SSTA. 3 x 3 contingency tables, evaluated by the Relative Operating Characteristics Score were used to check the simultaneous and up to 12 months lagged occurrence of 3 rainfall categories (below, near and above normal) in 3 homogeneous regions (Northeastern, Northwestern and Southern) and 3 SSTs categories (below, near and above normal) in the Tropical and South Atlantic and Equatorial Pacific (La Niña, normal and El Niño). The Eastern Amazon rainfall is related to both oceans, mainly the Northeastern and Northwestern groups, in the 1st, 2nd and 4th quarter of the year. The Pacific was found to exert more influence in the rainy period of these groups. The Northwestern group is the most influenced, and in this group, above normal rainfall is significantly related to La Niña events, lagged up to 9 months and below normal rainfall with El Niño events, simultaneously and 3 months lagged in the 1st and 2nd quarter. Below normal SSTs in the Tropical Atlantic are significantly related to below normal rainfall in the Northeastern and Northwestern groups in the 4th quarter, simultaneously and 1 month lagged. Above normal rainfall in the Southern group are related to above normal SSTs in the South Atlantic in the 2nd quarter, simultaneously and 1 month lagged. The South Atlantic influence is small in the other two groups. The Southern group is the most related to the Dipole Index, and the Northwestern the least. Below (above) normal Dipole Index are related to below (above) normal rainfall in the Southern (Northeastern) group, simultaneously and 1 mouth lagged in the 2nd quarter. Below normal SSTs in the Tropical Atlantic are significantly related to La Niña events, 1-6 months lagged, and to below normal Dipole Index, simultaneously and 1-3 months lagged in the 2nd quarter.

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SUMÁRIO

Pág.

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ............................................................................ 19

CAPÍTULO 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................... 21

2.1 - Climatologia das Precipitações na Amazônia ................................................... 21

2.2 - Variabilidades de ATSM dos Oceanos Atlântico e Pacífico............................. 24

2.2.1Atlântico Equatorial........................................................................................... 24

2.2.2Pacífico Equatorial ............................................................................................ 25

2.3 - Influência do Pacífico Equatorial no Atlântico Tropical .................................. 26

2.4 - Influência das ATSM dos Oceanos nas Precipitações da Amazônia Oriental.. 27

CAPÍTULO 3 - DADOS E METODOLOGIA ..................................................... 31

3.1 - Dados e Área de Estudo .................................................................................... 31

3.2 - Metodologia ...................................................................................................... 33

CAPÍTULO 4 - RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................... 37

4.1 - Regionalização das Precipitações da Amazônia Oriental ................................. 37

4.2 - Características dos principais eventos de ENSO............................................... 44

4.2.1 - Eventos El Niño ............................................................................................. 44

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4.2.2 - Eventos La Niña............................................................................................. 45

4.3 - Relações entre os Eventos de TSM do Pacífico Equatorial e as 3 Categorias

de Precipitação na Região da Amazônia Oriental ............................................ 49

4.4 - Relações entre as 3 Categorias de ATSM do Oceano Atlântico: Tropical Sul

e Equatorial, Índice de Dipolo e as 3 Categorias de Precipitação na Região

da Amazônia Oriental....................................................................................... 52

4.4.1 - Atlântico Tropical Sul x Precipitação ............................................................ 52

4.4.2 - Atlântico Equatorial x Precipitação................................................................ 55

4.4.3 - Índice de Dipolo x Precipitação ..................................................................... 57

4.5 - Relações entre os Eventos de TSM do Pacífico Equatorial e as 3 Categorias

de ATSM do Atlântico: Tropical Sul, Equatorial e Índice de Dipolo .............. 59

CAPÍTULO 5 - CONCLUSÕES ............................................................................ 61

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 63

APÊNDICE A .......................................................................................................... 71

APÊNDICE B........................................................................................................... 73

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LISTA DE FIGURAS

Pág.

3.1 - Localização Geográfica das Estações Consideradas no Estudo .................... 32

3.2 - Áreas dos Oceanos: Atlântico Equatorial e Tropical Sul (ATLE e ATLS),

Pacífico Equatorial (Niño 3.4) Consideradas no Estudo ............................... 32

3.3 - Redução de Tabelas de Contingências 3 x 3 em Tabelas de Contingências

2 x 2, para Verificação de Ocorrência dos Eventos (Xi) em 3 Categorias

(Yi)................................................................................................................. 35

3.4 - Escores das Características Operacionais Relativas (COR). ......................... 36

4.1 - Dendrograma de Agrupamento das Estações Pluviométricas na Região da

Amazônia Oriental pelo Método de Ward..................................................... 38

4.2 - Distribuição Geográfica das 60 Estações Pluviométricas nos 3 Grupos

Homogêneos G1 (Sul), G2 (Noroeste) e G3 (Nordeste) e os Histogramas

das Precipitações Médias Mensais nos Grupos ............................................. 39

4.3 - Séries Temporais das Anomalias de Precipitações nos Grupos G1 (Sul),

G2 (Noroeste) e G3 (Nordeste) e suas Médias Móveis de 12 Meses (1950-

2000).............................................................................................................. 41

4.4 - Distribuição Trimestral das Precipitações na Amazônia Oriental................. 42

4.5 - Categorias de Precipitação Mensal (Tercis) para os 3 Grupos G1 (Sul), G2

(Noroeste) e G3 (Nordeste) na Amazônia Oriental ....................................... 43

4.6 - Anomalias de TSM na Região do Niño 3.4 Durante os Principais Eventos

El Niño no Período de 1950-2000 ................................................................. 45

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4.7 - Anomalias de TSM na Região do Niño 3.4 Durante os Principais Eventos

de La Niña no Período de 1950-2000............................................................ 46

4.8 - Séries Temporais das ATSM dos Oceanos Pacífico Equatorial (A),

Atlântico Tropical Sul (B), Equatorial (C) e o Índice de Dipolo (ID) e suas

Médias Móveis de 12 Meses (1950-2000) .................................................... 47

4.9 - Categorias (Abaixo, Quase e Acima da Normal) das ATSM (Tercis) no

Oceano Atlântico: Tropical Sul (A), Equatorial (B) e Índice de Dipolo (C). 48

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LISTA DE TABELAS

Pág.

3.1 - Principais Características: Início, Fim, Duração e Magnitude dos Eventos

El Niño e La Niña no Oceano Pacífico Equatorial (Niño 3.4) Definidos

Pelo Critério de Trenberth no Período de 1950-2000 .................................. . 34

4.1 - Precipitações Médias Mensais nos 3 Grupos G1 (Sul), G2 (Noroeste) e G3

(Nordeste) e suas Contribuições Percentuais para os Totais Anuais............. 40

4.2 - Chances Percentuais (Escore COR) de Ocorrência Simultânea e Defasada

(1 a 12 Meses) entre os 3 Eventos de TSM no Pacífico Equatorial (La

Niña, Normal e El Niño) e as 3 Categorias de Precipitação (Chuvoso,

Normal e Seco), nos 3 Grupos Homogêneos, nos 4 Trimestres do Ano e no

Ano Todo....................................................................................................... 51

4.3 - Chances Percentuais (Escore COR) de Ocorrência Simultânea e Defasada

(1 a 12 Meses), entre as 3 Categorias de ATSM do ATLS (Abaixo, Normal

e Acima da Normal) e as 3 Categorias de Precipitação (Abaixo, Normal e

Acima da Normal) nos 3 Grupos Homogêneos, nos 4 Trimestres do Ano e

no Ano Todo.................................................................................................. 54

4.4 - Chances Percentuais (Escore COR) de Ocorrência Simultânea e Defasada

(1 a 12 Meses), entre as 3 Categorias de ATSM do ATLE (Abaixo,

Normal e Acima da Normal) e As 3 Categorias de Precipitação (Abaixo,

Normal e Acima da Normal) nos 3 Grupos Homogêneos, nos 4 Trimestres

do Ano e no Ano Todo .................................................................................. 56

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4.5 - Chances Percentuais (Escore COR) de Ocorrência Simultânea e Defasada

(1 a 12 Meses), entre as 3 Categorias de ATSM do Índice de Dipolo

(Abaixo, Normal e Acima da Normal) e as 3 Categorias de Precipitação

(Abaixo, Normal e Acima da Normal) nos 3 Grupos Homogêneos, nos 4

Trimestres do Ano e no Ano Todo ................................................................ 58

4.6 - Chances Percentuais (Escore COR) de Ocorrência Simultânea e Defasada

(1 a 12 Meses) entre os Eventos de TSM do Pacífico Equatorial (La Niña,

Normal e El Niño) e as 3 Categorias de ATSM (Abaixo, Normal e Acima

da Normal) do Atlântico: Tropical Sul e Equatorial, Índice de Dipolo

(Abaixo, Normal e Acima da Normal), nos 4 Trimestres do Ano e no Ano

Todo............................................................................................................... 60

Apêndice A - Localização das 60 Estações Pluviométricas na Amazônia Oriental.. 62

Apêndice B - Anomalias de TSM nos Oceanos Pacífico Equatorial (Niño 3.4),

Atlântico (ATLN, ATLS e ATLE), Índices de Dipolo (ID) e os 3

Grupos Homogêneos (G1, G2 e G3) para o Período de 1950-2000.. 75

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19

CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

1.1 - Introdução

A Amazônia desperta interesse no meio científico por ter a maior floresta tropical do

mundo, pela sua grande biodiversidade e principalmente por desempenhar um papel

importante na circulação atmosférica global, devido à dimensão continental da floresta,

associada a uma grande disponibilidade hídrica e de energia solar pela sua localização

geográfica na faixa equatorial.

A Bacia Amazônica possui uma área de aproximadamente 6,3 milhões de km2 do

território brasileiro, ocupando 35% da América do Sul e limitada pelos paises da

Bolívia, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Guiana Francesa, Suriname e Guiana. A

Amazônia Brasileira é formada pelos estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Acre,

Amapá e Roraima e ainda parte dos estados do Tocantins, Mato Grosso e Maranhão e o

clima da região é quente e úmido (SUDAM/EMBRAPA, 1993).

A precipitação é um dos principais elementos climáticos na região, pois além de

influenciar no comportamento de outros elementos como temperatura, umidade e vento,

é o que melhor caracteriza as variabilidades climáticas da região. As variabilidades

sazonal e interanual das precipitações na Amazônia foram estudadas por vários autores,

entre eles Obregon e Nobre (1990); Marengo, (1992); Ribeiro et al. (1996); Souza e

Nobre (1998), Fisch et al. (1998); Rocha (2001) e Obregon (2001). O regime

pluviométrico no interior da Bacia Amazônica não é homogêneo e apresenta uma

grande variabilidade espacial e temporal, associada à influência de diferentes sistemas

de meso-escala, escala sinótica e grande escala (Molion, 1987; Molion e Dallarosa

1990; Fisch et al., 1998 e Rocha, 2001). Os processos que provocam as chuvas na

região são a convecção diurna, resultante do aquecimento da superfície e condições de

grande escala favoráveis, as linhas de instabilidade originadas no litoral do Atlântico e

os aglomerados convectivos de meso e grande escala, que interagem com os sistemas

frontais vindos das regiões Sul e Sudeste do Brasil (Oliveira, 1986).

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20

A região tropical é uma fonte de energia para a circulação global, que afeta não só a

precipitação no leste da Amazônia, assim como outras regiões da América do Sul. A

influência das TSM dos oceanos Pacífico e Atlântico no clima no Brasil foi analisada

em vários estudos, mas os maiores destaques foram dados às precipitações no Nordeste

do Brasil (Hastenrath e Heller, 1977; Moura e Shukla, 1981).

As variações inter-hemisféricas das anomalias de TSM, associadas ao deslocamento da

Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) também influenciam a variabilidade das

precipitações na Amazônia Oriental (Hastenrath e Heller, 1977).

Os estudos observacionais e de modelagem numérica sobre as influências das TSMs dos

oceanos no clima da região equatorial são importantes, pois podem permitir previsões

sazonais da estação chuvosa com até 60 meses de antecedência (Silva Dias e Marengo,

1999; Sterl e Hazelenger, 2001).

Os fatores que influenciam diretamente a variabilidade do clima, principalmente as

precipitações na Amazônia Oriental estão citados nos recentes trabalhos de Fu et al.

(2001) e Ronchail et al. (2002).

Neste estudo visa-se melhor entender as variabilidades sazonais e interanuais das

precipitações na Amazônia Oriental relacionadas às anomalias de TSM dos oceanos

Pacifico e Atlântico, utilizando séries temporais longas (1950-2000) e precipitações

subdividas em grupos homogêneos.

O objetivo é avaliar a resposta simultânea e defasada das precipitações mensais

relacionadas às anomalias de TSMs dos oceanos Atlântico Tropical Sul, Atlântico

Equatorial e Pacífico Equatorial.

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21

CAPÍTULO 2

REVISÃO BIBLOGRÁFICA

2.1 - Climatologia das Precipitações da Amazônia

A média anual das precipitações na região Amazônica é de 2300 mm/ano, destacando-

se 3 centros de precipitações abundantes: o primeiro se localiza à noroeste, onde

observa-se o maior total pluviométrico da região, cerca de 3000 mm/ano, e pouca

variabilidade sazonal. As precipitações nesta região estão associadas ao efeito

orográfico; o ar úmido trazido do leste converge em baixos níveis e próximo à encosta

da Cordilheira dos Andes induzindo a formação de regiões com altos e baixos índices de

precipitação (Figueroa e Nobre, 1990; Marengo, 1992; Quadro et al., 1996 e Rocha,

2001). O segundo centro está na parte leste, no litoral dos estados do Amapá e Pará,

com precipitações em torno de 2800 mm/ano e com período chuvoso entre os meses de

fevereiro a maio (Rocha, 2001). O terceiro centro está no Centro-sul da região, com

precipitações de 2500 mm/ano, onde existe influência da Zona de Convergência do

Atlântico Sul (ZCAS) e o deslocamento de sistemas frontais vindo das latitudes médias

(Coelho et al., 1999). As chuvas neste setor são originadas por sistemas como linhas de

instabilidade (Cohen et al., 1989), que surgem com a circulação de brisa marítima ao

longo do litoral, estendendo-se continente adentro (Cavalcanti e Kousky, 1982; Kousky,

1980).

Uma área de precipitação mínima com valores abaixo de 1600 mm/ano encontra-se

entre os dois centro de máxima do nordeste e noroeste-oeste, e segundo Rocha (2001)

esta é uma área de subsidência entre os máximos durante o verão e outono do HS, onde

a precipitação está associada à migração sazonal do cavado equatorial para o norte no

verão boreal.

Figueroa e Nobre (1990), Marengo et al. (2001) e Rocha (2001), analisaram a

distribuição sazonal das precipitações na região da Amazônia e verificaram que nos

meses de DJF as precipitações são acima de 900 mm. A precipitação máxima ocorre no

sul da região, orientada no sentido NW-SE, coincidindo com uma maior organização e

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22

atuação da ZCAS. Este sistema induz a convergência de umidade e também o

deslocamento dos sistemas frontais vindos das maiores latitudes (Kousky e Molion,

1981; Kousky e Virji, 1982; Oliveira e Nobre, 1986). Nesta época do ano a ZCIT

encontra-se posicionada no litoral nordeste da Amazônia e a noroeste do continente. Ela

está definida sobre os oceanos, onde é caracterizada pelas máximas TSM e pela

confluência dos ventos alísios, e o seu deslocamento meridional está ligado ao ciclo

sazonal das precipitações, além disso, localiza-se próxima ao litoral da região durante

todo o ano (Hastenrath e Heller, 1977; Uvo e Nobre, 1989; Wagner, 1996; Uvo et al.,

1998; Rocha, 2001).

Nos meses de MAM observa-se também a precipitação acima de 900 mm, com duas

regiões de máxima pluviosidade a nordeste e noroeste, que estão associadas a linhas de

instabilidade ou pela circulação de brisa marítima (Kousky, 1980; Cavalcanti, 1982 e

Cohen, 1989). Outra situação que contribui no aumento considerável das chuvas no

leste da Amazônia é o enfraquecimento da ZCAS e o pouco aprofundamento do cavado

equatorial, diminui a precipitação no centro-sul da região.

Nos meses de JJA há um decréscimo na precipitação, devido ao deslocamento da ZCIT

para o HN. O cavado equatorial encontra-se nesta região intensificando a precipitação a

noroeste e norte da Amazônia e diminuindo as chuvas no litoral nordeste. Neste período

observa-se a predominância de seca na região amazônica, principalmente na parte

central, onde se encontra o ramo descendente da Célula de Hadley (Fisch e Marengo,

1998). No período de SON inicia-se o ciclo chuvoso, com o deslocamento da ZCIT para

a região Norte do Brasil.

A conclusão do ciclo sazonal das precipitações na Amazônia está na volta das chuvas ao

sul do Equador durante a primavera, interrompendo o período de estiagem de inverno

no HS. As chuvas da região surgem juntamente com o aparecimento da ZCAS

(Figueroa e Nobre, 1990; Marengo, 1992; Rocha, 2001).

As variabilidades nas precipitações da Amazônia podem ser atribuídas as TSM do

Atlântico Norte (Sul) acima (abaixo) da normal, que determinam a posição da ZCIT. O

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ramo descendente da célula de Walker fica mais intensificado e causa uma forte

subsidência na região leste e nordeste da Amazônia, reduzindo a precipitação. As

anomalias de TSM do Pacífico durante os eventos El Niño e La Niña estão associadas

com períodos secos e chuvosos na região, respectivamente.

Kousky (1980) usando 9 anos de dados diários de precipitação estudou a variação

diurna das Linhas de Instabilidades (LI) no litoral do NEB e constatou uma variação

sazonal no litoral norte do Brasil. Destacou também o efeito da brisa marítima que

penetra no continente, que conjuntamente com as LI, são responsáveis por uma

considerável quantidade de precipitação na região. A máxima freqüência das brisas

ocorre no período de inverno do HS, quando a ZCIT é mais intensa e organizada no HN.

Cavalcanti (1982) num estudo observacional usando imagens de satélite analisou o

desenvolvimento da convecção nas regiões onde ocorrem as circulações locais.

Verificou que a circulação de brisa é provocada pelo diferencial de temperatura entre o

continente e o oceano e influencia as precipitações do Norte e Nordeste do Brasil. A

circulação de brisa marítima atua na região tropical levando umidade para o interior do

continente, influenciando as precipitações e é um sistema muito importante para regime

no Leste da Amazônia.

Molion (1987) estudou as influências das linhas de instabilidades sobre a Amazônia e

constatou que elas atuam durante o dia e a noite praticamente se dissipam devido à

diminuição do contraste térmico entre o oceano-continente.

Aceituno (1988) observou uma diminuição das chuvas ao norte da região Amazônica e

Marengo e Hastenrath (1993), usando resultados de modelos, mostraram que em anos

de grande aquecimento das águas equatoriais no oceano Pacífico central, há uma

redução de umidade que entra na Amazônia.

Cohen (1989) referiu-se as LI que atuam no litoral da Amazônia como responsáveis

pelas precipitações que ocorrem na costa litorânea dos Estados do Pará e Amapá,

classificando-as como Linhas de Instabilidade que se Propagam (LIP) e Linhas de

Instabilidade Costeiras (LIC).

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Grimm et al. (1998) constataram que as precipitações na região são influenciadas pelo

ENSO em conjunto com os modos de variabilidade do Atlântico Tropical Norte e Sul.

Fu et al. (2001) verificaram que a variabilidade das precipitações na Amazônia Oriental

é bastante influenciada pelas TSM dos oceanos Atlântico e Pacífico no período da

primavera e outono, com as sazonalidades características para a contribuição de cada

um deles. As precipitações na região são menos influenciadas pelos oceanos no período

de verão e inverno.

Ronchail et al., (2002) destacaram uma grande variabilidade nas precipitações no

nordeste da Amazônia, no período de dezembro a maio, a máxima convecção vem do

norte com o deslocamento da ZCIT, confirmando os resultados de Marengo et al (2001).

2.2 - Variabilidades das TSM dos Oceanos Atlântico e Pacifico

As condições oceânicas, principalmente as de superfície (TSM) são de grande

importância para o clima global e regional e não faltam evidências observacionais e

resultados de modelos numéricos de circulação atmosférica que comprovem as

mudanças ou impactos causados pelas mesmas.

2.2.1 - Atlântico Equatorial

Enfield e Mayer (1997) discutiram os modos de variabilidade do oceano Atlântico, o

equatorial, similar ao ENSO, com uma tendência de resfriamento (aquecimento) em

toda a extensão da bacia do Atlântico Tropical no sentido leste-oeste e o meridional,

uma variação atmosfera-oceano, em escala de tempo decadal, com anomalias de TSM

de sinais opostos, no sentido norte-sul da bacia formando um gradiente térmico inter-

hemisférico, mas de questionável existência devido à quase total independência dos

setores norte e sul da bacia.

Os primeiros estudos sobre o modo de variabilidade meridional (Dipolo de TSM do

Atlântico) e sua influência na precipitação no NE do Brasil e na América Central e do

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Sul, foram feitos por Hastenrath (1976); Hastenrath e Heller (1977) e Hastenrath (1978).

As investigações sobre a circulação atmosférica no Atlântico Tropical Norte e Sul, que

resultam no aparecimento de anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) de

sinais opostos, definem as duas fases de variabilidade climática: uma fase positiva

(negativa) referente às anomalias de TSM positivas (negativa) na bacia do Atlântico

Tropical Norte (Sul).

Moura e Shukla (1981) usando um modelo numérico de circulação geral atmosférica

observaram a existência de uma circulação anômala no sentido meridional termicamente

direto, com os movimentos ascendentes sobre as TSM positivas (aquecimento) e

descendentes sobre as negativas (resfriamento) nas regiões do oceano Atlântico Tropical

Norte e Sul respectivamente. A atuação conjunta do Dipolo e as anomalias de vento e

pressão na superfície, influenciam no deslocamento e intensificação da ZCIT sobre o

oceano Atlântico Equatorial (Nobre e Shukla, 1996; Souza et al., 1999) e também o

clima e a distribuição temporal e espacial das precipitações em varias áreas continentais.

A variabilidade do oceano Atlântico Tropical, que apresenta seu maior pico na escala

sazonal, foi alvo de diversos estudos nas últimas décadas (Servain, 1991; Nobre e

Shukla, 1996; Uvo et al., 1998; Souza, 1997; Marengo et al., 2000; Andreoli, 2002).

Souza et al. (2000) apresentaram resultados observacionais sobre as influências dos

modos de variabilidade dos oceanos sobre as precipitações na Amazônia e indicaram

que durante o evento La Niña (Pacífico frio) e a fase negativa de Dipolo (Atlântico

Tropical Sul-quente e Norte-frio) a precipitação fica acima da normal, no verão e

outono austral.

2.2.2 - Pacífico Equatorial

No Pacífico, o modo de variabilidade dominante é o El Niño/Oscilação Sul (ENSO), um

fenômeno global acoplado atmosfera-oceano, com um período dominante da ordem de

3-7 anos, com eventos extremos de El Niño e La Niña. O El Niño, que se apresenta

como um aquecimento anômalo das TSM do Pacífico Equatorial Leste, está relacionado

diretamente com a fase negativa da Oscilação Sul (OS), uma flutuação definida pela

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diferença normalizada da PNM entre Tahiti (Indonésia) e Darwin (Austrália). O Índice

de Oscilação Sul (IOS) que quando negativo (positiva) representa os eventos El Niño

(La Niña). O evento La Niña é o oposto ao El Niño e neste as TSM no Pacífico leste

ficam mais frias e os ventos alísios são muito mais intensos que o normal, favorecendo a

precipitação acima da normal na região norte do nordeste brasileiro e leste da

Amazônia.

2.3 - Influência do Pacífico Equatorial no Atlântico Tropical

Diversos autores ressaltaram a teleconexão entre o Pacífico e o Atlântico Tropical

(Moura e Shukla, 1981; Ropelewski e Halpert, 1987; Aceituno, 1988; Nobre e Shukla,

1996; Mo e Häkkinen, 2001; Paegle e Mo, 2002 e Marshall et al., 2001).

Aceituno (1988) encontrou alguns resultados semelhantes para ambos os hemisférios

quando associados à fase negativa da OS, onde há uma tendência de decréscimo no

campo de pressão ao nível médio do mar (PNM) sobre o norte e um aumento sobre o sul

do Atlântico Tropical, fazendo com que a intensidade dos alísios de nordeste (sudeste)

enfraqueçam (fortaleçam), afetando o deslocamento da ZCIT.

Hameed et al. (1993) através de resultados de modelagem, envolvendo o acoplamento

oceano e atmosfera, mostraram que a OS influencia o padrão de TSM e dos ventos

superficiais do Atlântico Tropical, bem como a intensidade das Altas Subtropicais do

Atlântico Norte e Sul. Os mecanismos que se associam às teleconexões explicam as

mudanças na circulação atmosférica de grande escala na região tropical entre o Pacífico

e o Atlântico.

Curtis e Hastenrath (1995) verificaram que os eventos quentes no Pacífico são

tipicamente seguidos após vários meses de aquecimento das águas do Atlântico Tropical

devido à combinação de forçantes relacionadas ao campo de vento. O gradiente inter-

hemisférico de TSM no final do verão austral controla hidrostaticamente o gradiente

meridional de pressão na superfície e daí o campo da componente meridional do vento e

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a posição latitudinal da ZCIT, com conseqüências para as precipitações no Nordeste e

possivelmente Norte do Brasil.

Enfield e Mayer (1997) e outros mostraram que o Atlântico Tropical Norte é a região

mais fortemente afetada, tendo ≈25% da sua variabilidade explicada pela teleconexão

com o Pacífico. As anomalias de TSM do Atlântico Tropical Norte são forçadas pelos

fluxos de calor latente modificados na camada de mistura, associados com as variações

de velocidades dos ventos alísios relacionados ao ENSO. O processo é sazonal, ocorre

na primavera boreal e leva a efeitos defasados na ZCIT e no Atlântico Tropical Sul

durante os meses de verão seguintes. As conclusões que chegaram foram que a

variabilidade de grande escala das anomalias de TSM do Atlântico Tropical é

representada por 2 modos dominantes de componentes principais que enfatizam a total

independência das suas flutuações na região tropical norte e sul. A variabilidade do

ENSO do Pacífico é fortemente correlacionada com as anomalias de TSM do Atlântico

Tropical quando filtradas para focalizar as flutuações na escala interanual (menos que

60 meses).

2.4 - Influência das ATSM dos oceanos nas Precipitações da Amazônia Oriental

A variabilidade interanual das precipitações associada ao ENSO foi estudada por

Ropelewski e Halpert (1987) e Kiladis e Diaz (1989) que apresentaram resultados

mostrando que a Amazônia, representada por um conjunto de 10 estações, é uma das

regiões do globo significativamente influenciada pelos eventos El Niño e La Niña. As

duas fases do ENSO estão associadas a déficit (El Niño) e excesso (La Niña) de

precipitação na região.

O El Niño influencia negativamente a precipitação no norte do Nordeste brasileiro e

parte leste da Amazônia, devido ao deslocamento zonal do ramo descendente da célula

de Walker sobre a região, causa assim a inibição da formação de nuvens convectivas e o

déficit na precipitação (Nobre e Oliveira, 1986; Fisch et al., 1998).

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Durante o evento La Niña em relação à precipitação a situação é contraria, aumentando

consideravelmente os índices de pluviosidade no leste da Amazônia e o Nordeste do

Brasil (Nobre e Shukla, 1996; Souza et al., 1999).

Grimm et al. (1998) usando o método de Ropelewski e Halpert (1987), com 125

estações pluviométricas, identificaram os mecanismos que influenciam as precipitações

na região Amazônica associados às fases extremas do índice de OS. Durante o evento

La Niña notou-se uma correlação positiva na parte nordeste, na primavera e ao norte, no

verão, indicando precipitações acima das normais e no leste/nordeste uma correlação

negativa no verão, indicando um déficit de precipitação. Durante o evento El Niño

também foi observado uma correlação positiva na parte nordeste na primavera e ao

norte no inverno, indicando precipitações abaixo da normal e no leste/nordeste

correlação negativa para o verão, indicando um excesso de precipitação. A conclusão

deste estudo foi que a Amazônia sofre um impacto bem consistente do El Niño, que

provoca diminuição das precipitações e durante La Niña este impacto é menos

consistente e num domínio espacial mais restrito.

Hastenrath e Heller (1977) associaram as anomalias de precipitação no NEB com as

TSM nos oceanos tropicais e verificaram que as secas na região e nas áreas próximas

também estão associadas com o aumento (diminuição) da PNM relacionadas ao

aquecimento (resfriamento) das águas do Atlântico Sul (Norte). O campo de pressão

explica o fortalecimento (enfraquecimento) sul (norte) dos alísios, resultando no

deslocamento da ZCIT.

Kousky et al. (1984) seguido por Marengo e Hastenrath (1993) descreveram um

relacionamento direto entre as anomalias de TSM no Pacífico leste e o déficit de

precipitação no NEB e leste da Amazônia durante o El Niño, devido a um movimento

de descida da circulação de Walker sobre a região inibindo a convecção local.

Aceituno (1988) descreveu as características similares associadas à diminuição da

precipitação na região Amazônica.

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Marengo (1992) notou que os alísios de nordeste, quando fortalecidos durante o evento

frio da TSM no Atlântico Norte, transportam umidade para a região Amazônica. Nobre

e Shukla, (1996) associaram as anomalias de precipitação negativa (positiva) na região

Amazônica e NEB durante o outono com um deslocamento antecipado da ZCIT em

direção as TSM mais quentes sobre o Atlântico tropical Norte (Sul).

Fu et al., (2001) analisaram as influências das TSM na distribuição sazonal de

precipitação na região leste da Amazônia através de experimentos numéricos. Eles

concluíram que a sazonalidade das TSM nos oceanos Atlântico e Pacífico tropical têm

uma importante influência na precipitação no leste da Amazônia na primavera/outono, e

a influência é muito menor no verão/inverno. A sazonalidade das TSM no Atlântico

influencia mais fortemente as precipitações na Amazônia do que as do Pacífico e a

sazonalidade das TSM no Pacífico Tropical tendem a reduzir as precipitações no leste

da Amazônia no outono/primavera.

Ronchail et al., (2002) estudaram a variabilidade das precipitações na Amazônia,

relacionando as TSM do Pacífico Equatorial e do Atlântico Tropical Norte e Sul, no

período de 1977-99. Eles associaram o excesso de precipitação na região leste da

Amazônia ao evento La Niña, devido ao aquecimento das TSM do Atlântico Sul e

resfriamento das TSM no Atlântico Norte no outono, concordando com os resultados

obtidos por Hastenrath e Heller (1977) e Pezzi e Cavalcanti (2001).

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31

CAPÍTULO 3

DADOS E METODOLOGIA

3.1 - Dados e Área de Estudo

Neste estudo serão usados os totais mensais de precipitação de um conjunto de 60

estações pluviométricas distribuídas pela região, com registros entre 1950 e 2000, do

Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), da Agência Nacional de Energia Elétrica

(ANEEL) e da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM).

A região considerada será a Amazônia Oriental (Leste da Amazônia), formada pelos

estados do Pará, Amapá, Amazonas, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão, situada entre

as latitudes 4°N a 16°S e as longitudes de 46°W a 60°W.

Este conjunto de 60 estações foi obtido a partir de outro conjunto inicial de 108 estações

selecionadas segundo sua localização e qualidade da série. Na Figura 3.1 apresenta-se a

localização geográfica das 60 estações consideradas no estudo e mostradas no Apêndice

A.

Para análise da influência das temperaturas da superfície do Atlântico nas precipitações

da região serão consideradas duas áreas mostradas na Figura 3.2: uma no Atlântico

Equatorial (ATLE), entre as latitudes de 10°N e 10°S, e outra no Atlântico Tropical Sul

(ATLS), entre as latitudes de 0° e 20°S e as longitudes de 30°W-10°E.

No período de 1950-2000 serão calculadas as anomalias mensais para estas duas regiões

selecionadas, baseadas na climatologia de Smith e Reynolds (1996 e 1998), em pontos

de grade 2° x 2º (Apêndice B). Também serão considerados os Índices de Dipolo,

definidos pela diferença entre as anomalias de TSM do Atlântico Norte e Sul. A

influência do Pacífico será analisada pelas suas anomalias mensais na região equatorial,

entre as latitudes de 5°N-5°S e longitude de 120°W-170°W (Niño 3.4), mostrada na

Figura 3.2.

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FIGURA. 3.1 - Localização Geográfica das Estações Consideradas no Estudo.

FIGURA 3.2 - Áreas dos Oceanos Atlântico Equatorial e Tropical Sul (ATLE e ATLS),

Pacífico Equatorial (Niño 3.4) Consideradas no Estudo.

16

154

4011

45

53

43

22

3160

5659 28

21

33

50 5536

41

713

42624

1439

582

51

52

34

17

37

44

83046

483

32

5

9

47

49

29

23

42

10

638

12

1927

-80 -75 -70 -65 -60 -55 -50 -45 -40 -35 -30

LONGITUDE

-40

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

LATI

TUD

E

1825

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3.2 - Metodologia

As estações pluviométricas serão agrupadas em regiões homogêneas pelas suas médias

mensais, pelo método hierárquico aglomerativo de Ward, usando a distância Euclidiana

como medida de similaridade, visando obter séries temporais suavizadas e completas

para os grupos. Após esta etapa, serão definidos grupos homogêneos em relação às

precipitações mensais na região de estudo.

Para cada grupo homogêneo será calculado um índice pluviométrico mensal, computado

pela média de cada conjunto e normalizado pelo desvio padrão. As séries temporais

mensais destes índices serão subdivididas em três categorias equiprováveis: abaixo

(seco), quase e acima da normal (chuvoso), ordenando-se os 51 valores mensais (1950-

2000) do menor para o maior valor, tornando-se a 17ª posição como o limite da

categoria abaixo da normal e a 34ª posição o limite da categoria acima da normal e entre

estes limites a categoria quase normal.

As anomalias mensais de TSM nas duas regiões do Atlântico e o Índice de Dipolo,

também serão ordenadas e subdivididas em três categorias: abaixo, quase e acima da

normal, como no caso das precipitações.

As categorias mensais de TSM no Pacifico Equatorial serão correspondentes aos

eventos La Niña (abaixo), Normal e El Niño (acima), conforme definido por Trenberth

(1997), como as médias móveis de 5 meses na região Niño 3.4 >0,4°C (El Niño) e <-

0,4°C (La Niña). Baseado neste critério podem ser definidos o início, o fim, a duração e

a magnitude de cada evento. Na Tabela 3.1 encontram-se as principais características

dos eventos El Niño e La Niña para o período de 1950-2000.

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Tabela 3.1 - Principais Características: Início, Fim, Duração e Magnitude dos Eventos

El Niño e La Niña no Oceano Pacífico Equatorial (Niño 3.4) Definidos

pelo Critério de Trenberth no Período de 1950-2000.

Para avaliação das relações entre as 3 categorias (abaixo, quase e acima da normal) das

anomalias de TSM do Atlântico Equatorial (ATLE), Atlântico Tropical Sul (ATLS),

Índice de Dipolo (ID) e Pacífico Equatorial (PACE) com as de precipitação no leste da

Amazônia foram usadas tabelas de contingências 3 x 3, reduzidas para 2 x 2 como

mostrado na Figura 3.3 (Wilks, 1995). As tabelas de contingência 3 x 3 vêm sendo

bastante utilizadas na verificação de previsões climáticas, na detecção de sinais (Silva,

2001). O uso permite avaliar a influência de diferentes categorias de ATSM nas

diferentes categorias de precipitação variadas defasagens. Nestas tabelas serão

DURAÇÃO(MESES) MÉDIA MÁXIMA

ago/51 fev/52 7 0,6 0,8mar/53 nov/53 9 0,4 0,8abr/57 jun/58 15 0,9 1,9jun/63 fev/64 9 0,8 1,1mai/65 jun/66 14 1,0 1,8set/68 mar/70 19 0,7 1,2abr/72 mar/73 12 1,3 2,1ago/76 mar/77 8 0,7 1,0jul/77 jan/78 7 0,5 0,8out/79 abr/80 7 0,4 0,6abr/82 jul/83 16 1,5 2,9ago/86 fev/88 19 1,2 1,9mar/91 jul/92 17 1,0 1,9fev/93 set/93 8 0,6 1,1jun/94 mar/95 10 0,8 1,4abr/97 abr/98 13 1,9 2,8

DURAÇÃO(MESES) MÉDIA MÁXIMA

mar/50 fev/51 12 -0,8 -1,5jun/54 mar/56 22 -1,0 -2,2mai/56 nov/56 7 -0,6 -0,9mai/64 jan/65 9 -0,9 -1,2jul/70 jan/72 19 -1,0 -1,8jun/73 jun/74 13 -1,2 -1,9set/74 abr/76 20 -0,9 -1,9set/84 jun/85 10 -0,9 -1,5mai/88 jun/89 14 -1,4 -2,2set/95 mar/96 7 -0,8 -0,9jul/98 dez/00 30 -1,0 -1,9

EVENTOS LA NIÑA

INÍCIO FIM ATSM (°C)

ATSM (°C)INÍCIO

EVENTOS EL NIÑO

FIM

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computadas as medidas de exatidão, que incluem as Taxas de Acerto e as de Falso

Alarme.

Y1 Y2 Y3 X1 r s t --------------------------------------------------------------> a=r b=s+t

X2 u v w ------------------------------> a=v b=u+w c=u+x d=v+w +y+z

X3 x y z a=z b=x+y c=s+y d=r+t +x+z

c=t+w d=r+s +u+v

Tabela de Contingência para 3 categorias

---->

Categoria 3

Categoria 2

Categoria 1

FIGURA 3.3 - Redução de Tabelas de Contingência 3 x 3 em Tabelas de Contingência

2 x 2, para a Verificação de Ocorrência dos Eventos (Xi) em 3

Categorias (Yi).

As Taxas de Acerto, que são medidas das proporções corretas, (TA) e as Taxas de Falso

Alarme (FA), que são as proporções dos eventos considerados que não ocorrem, são

calculadas por:

( ) n/daTA += (3.1)

( )caa/FA += (3.2)

O escore das Características Operacionais Relativas (COR) será usado para verificar

estatisticamente as taxas de acerto e falso alarme (Silva, 2001). Este escore, que se

baseia na teoria de detecção de sinais e vem sendo bastante usado para avaliar a

qualidade de previsões probabilísticas (Mason e Graham, 1999). O COR é calculado

através de um parâmetro δ, dado pela diferença entre os valores médios das

distribuições normais das TA e FA (Figura 3.4) e computado no intervalo de 0 a 1

(Mason, 1982; Kharin e Zwiers, 2003), por:

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( ) ( )( )( )( )o

x

PPP

COR=

== −=

δ

δδ 0 ou ( )( )5,0

5,0−=xPδ (3.3)

onde: ( ) 5,00 ==δP

FIGURA 3.4 - Escores das Características Operacionais Relativas (COR).

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9

TAXA DE FALSO ALARME

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

TAXA

DE

AC

ERTO

-1.25-0.75-0.250.250.751.25 -1.0-0.50.00.51.0

DESVIO NORMAL

-1.25

-0.75

-0.25

0.25

0.75

1.25

-1.0

-0.5

0.0

0.5

1.0

DES

VIO

NO

RM

AL

d = 0

d = 1δ = 1

δ = 0

VALORES ALEATÓRIOS

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37

CAPÍTULO 4

RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 - Regionalização das Precipitações da Amazônica Oriental

Na Amazônia Oriental foram definidos 3 grupos homogêneos (G1-Sul, G2-Noroeste e

G3-Nordeste) através da análise de agrupamento das precipitações mensais. Na Figura

4.1 encontra-se o dendrograma de agrupamento das estações pelo método de Ward,

usando a distância Euclidiana quadrática como medida de similaridade. O grupo G1

(Sul) é formado por 25 estações que se localizam ao sul da região leste da Amazônia,

uma extensa área ao centro do continente (a maior). O grupo G2 (Noroeste) constitui-se

de 19 estações continentais, localizadas a noroeste da região. O grupo G3 (Nordeste)

possui 16 estações costeiras, uma pequena faixa litorânea nordeste da região. Estes 3

grupos estão coerentes com os encontrados por Ronchail et al. (2002).

A distribuição das 60 estações nos 3 grupos homogêneos é mostrada na Figura 4.2, onde

também se encontram os histogramas das precipitações médias em cada grupo. A

estação chuvosa, definida pelos meses com precipitações superiores a evapotranspiração

média de 120 mm/mês (SUDAM, 1984), se concentra entre os meses de outubro a abril,

no caso do grupo G1 (Sul), com 88% das precipitações totais anuais. No grupo G2

(Noroeste) ocorre entre os meses de dezembro a junho, com 80% dos totais anuais e

finalmente, no grupo G3 (Nordeste), ela vai de dezembro a julho, e concentra 89% dos

totais anuais.

Na Tabela 4.1 encontram-se as médias mensais para os 3 grupos e suas contribuições

percentuais para os totais anuais. A sazonalidade é bem definida na região Leste da

Amazônia, sendo os comportamentos dos grupos G2 (Noroeste) e G3 (Nordeste) quase

similares. O trimestre mais chuvoso do ano em toda a região é o 1° e o mais seco o 3° e

o grupo G3 (Nordeste) apresenta o maior total anual com 2551,4 mm, seguido pelos

grupos G2, com 2021,9 mm e o grupo G1 (Sul) com 1895,7mm. O período assinalado

corresponde à estação chuvosa, definida como os meses com precipitações acima da

taxa de evaporação (≈120 mm/mês).

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38

FIGURA 4.1 - Dendrograma de Agrupamento das Estações Pluviométricas na Região

da Amazônia Oriental pelo Método de Ward.

Distância Euclidiana Quadrática

Estações

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39

FIGURA 4.2 - Distribuição Geográfica das 60 Estações Pluviométricas nos 3 Grupos

Homogêneos G1 (Sul), G2 (Noroeste) e G3 (Nordeste) e os

Histogramas das Precipitações Médias Mensais nos Grupos.

-80 -75 -70 -65 -60 -55 -50 -45 -40 -35 -30

LONGITUDE

-40

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

LATI

TUD

E

G1

G2

G3

050

100150200250300350400450

J F M A M J J A S O N D

Meses

Pre

cipi

taçã

o (m

m) G1

050

100150200250300350400450

J F M A M J J A S O N D

Meses

Pre

cipa

taçã

o (m

m) G2

050

100150200250300350400450

J F M A M J J A S O N D

Meses

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

G3

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40

Tabela 4.1 - Precipitações Médias Mensais nos 3 Grupos G1 (Sul), G2 (Noroeste) e G3

(Nordeste) e suas Contribuições Percentuais para os Totais Anuais.

As séries temporais das médias anuais e suas médias móveis de 12 meses para os grupos

homogêneos da região da Amazônia Oriental encontram-se na Figura 4.3.

Observa-se no grupo G1 (Sul) uma leve tendência de aumento das anomalias de

precipitação, com sistematicamente menores médias reduzidas antes de 1973 e maiores

no período posterior.

No grupo G3 (Nordeste) verifica-se também uma leve tendência de decréscimo das

anomalias de precipitação que não se observaram no grupo G2 (Noroeste).

Obregon (2001) só constatou uma tendência linear significativa, negativa, na região

noroeste da Amazônia.

Mês G1 % G2 % G3 %Jan 281,5 14,8 234,2 11,6 322,6 12,6Fev 277,4 14,6 258,3 12,8 360,6 14,1Mar 300,7 15,9 314,6 15,6 426,2 16,7Abr 218,7 11,5 284,4 14,1 396,4 15,5Mai 94,5 5,0 240,7 11,9 296,2 11,6Jun 26,4 1,4 136,0 6,7 172,2 6,7Jul 15,7 0,8 102,3 5,1 132,6 5,2Ago 25,1 1,3 68,2 3,4 89,8 3,5Set 72,6 3,8 58,0 2,9 56,0 2,2Out 143,4 7,6 74,4 3,7 61,0 2,4Nov 189,0 10,0 97,6 4,8 79,4 3,1Dez 250,6 13,2 153,0 7,6 158,6 6,2

T. Anual 1895,7 - 2021,9 - 2551,4 -DP 108,7 - 92,5 - 138,7 -

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41

FIGURA 4.3 - Séries Temporais das Anomalias de Precipitações nos Grupos G1 (Sul),

G2 (Noroeste) e G3 (Nordeste) e suas Médias Móveis de 12 Meses

(1950-2000).

A Figura 4.4 mostra a distribuição trimestral das precipitações na região da Amazônia

Oriental. Os maiores totais de precipitação estão concentrados no 1° e 2° trimestres do

ano. No 1° trimestre observaram-se pontos de máximo na parte nordeste (litoral), com

valores acima de 1000 mm e a oeste, com valores acima de 900 mm. As menores

quantidades ficaram na parte norte e sudeste, com valores abaixo de 800 mm. Neste

trimestre as precipitações da região são influenciadas pelas linhas de instabilidades ou

pela presença da ZCIT, que trazem umidade do oceano Atlântico para o continente

(Cohen, 1989). No 2° trimestre observou-se que todos os maiores totais médios de

precipitação ocorrem na parte norte da região, com a variação se configurando de modo

G1

-4,0-3,0-2,0-1,00,01,02,03,04,0

jan/

50

jan/

52

jan/

54

jan/

56

jan/

58

jan/

60

jan/

62

jan/

64

jan/

66

jan/

68

jan/

70

jan/

72

jan/

74

jan/

76

jan/

78

jan/

80

jan/

82

jan/

84

jan/

86

jan/

88

jan/

90

jan/

92

jan/

94

jan/

96

jan/

98

jan/

00

MÊS/ANO

PR

EC

(mm

)

G3

-4,5-3,0-1,50,01,53,04,5

jan/

50

jan/

52

jan/

54

jan/

56

jan/

58

jan/

60

jan/

62

jan/

64

jan/

66

jan/

68

jan/

70

jan/

72

jan/

74

jan/

76

jan/

78

jan/

80

jan/

82

jan/

84

jan/

86

jan/

88

jan/

90

jan/

92

jan/

94

jan/

96

jan/

98

jan/

00

MÊS/ANO

PR

EC

(mm

)

G2

-4,5-3,0-1,50,01,53,04,5

jan/

50

jan/

52

jan/

54

jan/

56

jan/

58

jan/

60

jan/

62

jan/

64

jan/

66

jan/

68

jan/

70

jan/

72ja

n/74

jan/

76

jan/

78

jan/

80

jan/

82

jan/

84

jan/

86

jan/

88

jan/

90

jan/

92

jan/

94

jan/

96

jan/

98

jan/

00

MÊS/ANO

PR

EC

(mm

)

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42

-70 -65 -60 -55 -50 -45

LONGITUDE

-15

-10

-5

0

5

LATI

TUD

E

T1

5006007008009001000110012001300140015001600

-70 -65 -60 -55 -50 -45

LONGITUDE

-15

-10

-5

0

5

LATI

TUD

E

T2

100200300400500600700800900100011001200

-70 -65 -60 -55 -50 -45

LONGITUDE

-15

-10

-5

0

5

LATI

TUD

E

T3

050100150200250300350400450500

-70 -65 -60 -55 -50 -45

LONGITUDE

-15

-10

-5

0

5

LATI

TUD

E

T4

100

200

300

400

500

600

700

800

zonal e as precipitações decrescendo de norte para sul, com valores de 900 para 200

mm. No 3° trimestre as precipitações são as menores, ou seja, representa o período mais

seco do ano, onde as chuvas ocorrem com valores abaixo de 500 mm, mas este máximo

ficou concentrada na parte norte-nordeste. Os valores decresceram em direção ao sul

com um mínimo de 50 mm, esta redução ocorre em toda a região. No 4° trimestre as

maiores quantidades de precipitação estão localizadas no sul da região, pois segundo

Oliveira (1986); Grimm et al. (1998) e Fisch et al. (1998) elas são influenciadas por

sistemas frontais que se deslocam da região sul do Brasil e chegam ao sul da Amazônia.

Neste período também se observam os menores valores de precipitação, que variam de 0

a 800 mm, como constatado por Souza et al. (2000).

FIGURA 4.4 - Distribuição Trimestral das Precipitações na Amazônia Oriental.

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43

As 3 categorias subdivididas em (abaixo, quase e acima da normal) das precipitações

trimestrais nos 3 grupos homogêneos conforme descrito no item 3.2 estão representadas

na Figura 4.5, na qual pode ser observado que os 3 grupos apresentam uma sazonalidade

marcante, com um período chuvoso e outro seco.

O grupo G1 (Sul) foi o que apresentou a menor variação dos totais mensais de

precipitação. O limite para categoria abaixo da normal variou de 239 a 2 mm (março a

julho) e acima da normal de 297 a 11 mm (março a julho).

O comportamento dos grupos G2 (Noroeste) e G3 (Nordeste) foram similares, no grupo

G2 (Noroeste) o limite da categoria abaixo da normal variou de 301 a 35 mm (março a

setembro) e acima da normal de 349 a 65 mm (março e setembro).

No grupo G3 (Nordeste) o limite da categoria abaixo da normal variou de 413 a 42 mm

(março a outubro) e acima da normal de 491 a 75 mm (março e outubro). Na Figura 4.5

são mostrados o início e o final das estações chuvosa e seca, de acordo com os

percentuais de cada uma delas para os totais anuais.

FIGURA 4.5 - Categorias de Precipitação Mensal (Tercis) para os 3 Grupos G1 (Sul),

G2 (Noroeste) e G3 (Nordeste) na Amazônia Oriental (Continua).

G1

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

550

J F M A M J J A S O N D

MESES

PR

EC

ME

NS

AL

(mm

)

INÍC

IO

Ac ima da Normal

Quase Normal

Abaixo da Normal

Estação Seca12% Prec

EstaçãoChuvosa

88% Prec

FIM

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44

FIGURA 4.5 - Conclusão.

4.2 - Características dos principais eventos de ENSO

4.2.1 - Eventos El Niño

O comportamento das anomalias de TSM do oceano Pacífico no período de 1950 a 2000

(51 anos ou 612 meses), foi analisado através do critério de Trenberth (1997), no qual

identificam-se 16 eventos El Niño, num total de 186 meses ou 30% do período. Na

G2

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

550

J F M A M J J A S O N D

MESES

PR

EC

ME

NS

AL

(mm

) Ac im a da Normal

Quase Normal

Abaixo da Normal

FIM

Es tação Chuvosa80% Prec

Estação Seca 20% Prec

INÍC

IO

G3

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

550

J F M A M J J A S O N D

MESES

PR

EC

ME

NS

AL

(mm

)

Ac ima da Normal

Quase Normal

Abaixo da Normal

FIM

INÍC

IO

Estação Seca11% Prec

Estação Chuvosa 89% Prec

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45

Figura 4.6, encontram-se as anomalias mensais das TSM na região Niño 3.4 para os

principais eventos El Niño que ocorreram no período. O evento de 1982/83 foi

considerado o mais forte de todos, seguido dos eventos de 1997/98, 1972/73, 1991/92,

1957/58, 1986/88 e 1965/66. Estas características podem ser vistas na Tabela 3.1.

4.2.2 - Eventos La Niña

Na Figura 4.7 encontram-se as anomalias da TSM na região Niño 3.4 para os principais

eventos La Niña no período considerado. Foram identificados pelo critério de Trenberth

(1997) 11 eventos, com o total de 166 meses, ou seja, 27% do período. Os eventos

ocorridos nos anos de 1954/56 e 1988/89 foram os mais significativos, seguidos dos

eventos de 1973/74, 1974/76, 1998/00 e 1970/72. Os eventos normais ocorreram em

260 meses ou durante 42% do período. Estes resultados podem ser verificados na

Tabela 3.1.

FIGURA 4.6 - Anomalias de TSM na Região do Niño 3.4 Durante os Principais

Eventos El Niño no Período de 1950-2000.

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

Jan

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

Jan

Mar

Mai Ju

l

Set

Nov

Jan

Mar

MESES

ATS

M (

°C)

___ El N iño 57/58 ___ El N iño 65/66

___ El N iño 72/73

___ El N iño 82/83

___ El N iño 86/88

___ El N iño 91/92

___ El N iño 97/98

0,4

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46

FIGURA 4.7 - Anomalias de TSM na Região do Niño 3.4 Durante os Principais

Eventos La Niña no Período de 1950-2000.

As séries temporais das médias das anomalias de TSM e suas médias móveis de 12

meses para os oceanos Atlântico e Pacífico encontram-se na Figura 4.8. No oceano

Pacífico (A) as anomalias de TSM apresentaram oscilações regulares, mas os eventos El

Niño predominaram sobre os de La Niña nas décadas de 80 e 90.

No Atlântico Tropical Sul (B) anomalias negativas predominaram na maior parte do

período de estudo, mas anomalias positivas persistiram a partir de 1984. No Atlântico

Equatorial (C) as anomalias predominantes foram positivas.

Ronchail et al. (2002) constataram uma mudança significativa a partir de 1970, quando

houve um considerável aquecimento (resfriamento) das anomalias TSM no Atlântico

Tropical Sul (Norte) e desde 1976 no Pacífico Equatorial.

O Índice de Dipolo foi positivo na maior parte do período, especialmente antes de 1972,

tendo uma leve oscilação entre anomalias positivas e negativas a partir de 1974.

-2,5

-2,0

-1,5

-1,0

-0,5

0,0

Jan

Mar

Mai Jul

Set

Nov Jan

Mar

Mai Jul

Set

Nov Jan

Mar

Mai Jul

Set

Nov

MESES

ATSM

(°C

)

___ La Niña 54/56 ___ La Niña 70/72

___ La Niña 73/74

___ La Niña 74/76

___ La Niña 88/89

___ La Niña 98/00

-0,4

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47

FIGURA 4.8 - Séries Temporais das ATSM dos Oceanos Pacífico Equatorial (A),

Atlântico Tropical Sul (B), Equatorial (C) e o Índice de Dipolo (ID) e

suas Médias Móveis de 12 Meses (1950-2000).

A

-3,0-2,0-1,00,01,02,03,0

jan/

50

jan/

52

jan/

54

jan/

56

jan/

58

jan/

60

jan/

62

jan/

64

jan/

66

jan/

68

jan/

70

jan/

72

jan/

74

jan/

76

jan/

78

jan/

80

jan/

82

jan/

84

jan/

86

jan/

88

jan/

90

jan/

92

jan/

94

jan/

96

jan/

98

jan/

00

MÊS/ANO

ATSM

(°C

)

B

-1,5-1,0-0,50,00,51,01,5

jan/

50

jan/

52

jan/

54

jan/

56

jan/

58

jan/

60

jan/

62

jan/

64

jan/

66

jan/

68

jan/

70

jan/

72

jan/

74

jan/

76

jan/

78

jan/

80

jan/

82

jan/

84

jan/

86

jan/

88

jan/

90

jan/

92

jan/

94

jan/

96

jan/

98

jan/

00

MÊS/ANO

ATS

M (°

C)

C

-1,5-1,0-0,50,00,51,01,5

jan/

50

jan/

52

jan/

54

jan/

56

jan/

58

jan/

60

jan/

62

jan/

64

jan/

66

jan/

68

jan/

70

jan/

72

jan/

74

jan/

76

jan/

78

jan/

80

jan/

82

jan/

84

jan/

86

jan/

88

jan/

90

jan/

92

jan/

94

jan/

96

jan/

98

jan/

00MÊS/ANO

ATS

M (°

C)

D

-2,5-1,7-0,80,00,81,72,5

jan/

50

jan/

52

jan/

54

jan/

56

jan/

58

jan/

60

jan/

62

jan/

64

jan/

66

jan/

68

jan/

70

jan/

72

jan/

74

jan/

76

jan/

78

jan/

80

jan/

82

jan/

84

jan/

86

jan/

88

jan/

90

jan/

92

jan/

94

jan/

96

jan/

98

jan/

00

MÊS/ANO

ATSM

(°C

)

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48

As 3 categorias das anomalias de TSM nos oceanos Atlântico Equatorial e Tropical Sul,

além do Índice de Dipolo (abaixo, quase e acima da normal) encontram-se na Figura

4.9. No Atlântico Tropical Sul (A), o comportamento das anomalias é bem regular, os

valores das anomalias são os menores encontrados. O limite abaixo da normal variou de

-0,24°C (março) a -0,41°C (julho) e acima da normal variou de 0,01°C (fevereiro, julho

e dezembro) a 0,11°C (maio). No Atlântico Equatorial (B) o limite da categoria abaixo

da normal variou de -0,05°C (junho, julho, agosto e setembro) a 0,05°C (janeiro) e

acima da normal variou de 0,18°C (fevereiro, abril e agosto) a 0,31°C (outubro). Para o

Índice de Dipolo (C), o limite da categoria abaixo da normal variou de -0,21°C (maio) a

-0,01°C (agosto) e na categoria acima da normal variou de 0,27°C (outubro) a 0,41°C

(abril e dezembro).

FIGURA 4.9 - Categorias (Abaixo, Quase e Acima da Normal) das ATSM (Tercis) no

Oceano Atlântico: Tropical Sul (A), Equatorial (B) e Índice de Dipolo

(C) (Continua).

A

-0,5-0,4-0,3-0,2-0,10,00,10,20,30,40,5

J F M A M J J A S O N DMESES

ATS

M (°

C) Acima da Normal

Quase Normal

Abaixo da Normal

B

-0,5-0,4-0,3-0,2-0,10,00,10,20,30,40,5

J F M A M J J A S O N DMESES

ATS

M (°

C)

Acima da Normal

Quase Normal

Abaixo da Normal

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49

FIGURA 4.9 - Conclusão.

4.3 - Relações entre os eventos de TSM do Pacífico Equatorial e as 3categorias de

precipitações na região da Amazônia Oriental

Na Tabela 4.2 encontram-se as relações simultâneas e defasadas de 1 a 12 meses entre

os eventos de TSM do Pacífico Equatorial e as 3 categorias de precipitação nos 3 grupos

homogêneos, nos 4 trimestres do ano e o ano todo.

O grupo G2 (Noroeste), localizado a NW da Amazônia Oriental, foi o mais influenciado

pelos eventos de TSM no Pacífico durante a estação chuvosa que vai de dezembro a

junho, com 80% dos totais anuais das precipitações. As relações La Niña/Chuvoso

foram as mais significativas para este grupo e apresentaram os maiores valores no 2°

trimestre, simultaneamente e nas defasagens de 1 a 9 meses. Os seus escores COR

variaram de 68% para as ocorrências simultâneas a 27% nas defasagens de 9 meses. As

relações El Niño/Seco também foram significativas neste mesmo grupo e trimestre do

ano, e apresentaram os maiores escores, entre 28% e 40%, para ocorrências simultânea e

defasada de 3 meses. Influências semelhantes, mas com escores e defasagens levemente

inferiores (simultânea e defasada de 3 meses), também foram observadas neste mesmo

grupo no 1° trimestre.

O grupo G3 (Nordeste), localizado no NE da Amazônia Oriental, foi muito influenciado

C

-0,5-0,4-0,3-0,2-0,10,00,10,20,30,40,5

J F M A M J J A S O N DMESES

ATS

M (°

C)

Acima da Normal

Abaixo da Normal

Quase Normal

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pelas TSM do Pacífico durante a estação chuvosa, que neste caso vai de dezembro a

julho, com 89% dos totais anuais. As relações La Niña/Chuvoso também foram as mais

significativas, e os maiores escores foram observados no 2° trimestre, para as

ocorrências simultâneas e defasadas de 1 e 6 meses. As relações El Niño/Seco só foram

significativas para as ocorrências simultâneas e defasadas de 2 meses. Grimm et al.

(1998) notaram que a região nordeste foi a mais influenciada com impactos consistentes

durante o evento La Niña, com uma tendência de chuvas acima da normal.

O grupo G1 (Sul), localizado ao Sul da região foi o menos influenciado pelas ATSM do

Pacífico durante a estação chuvosa, compreendida entre os meses de outubro e abril,

com 88% dos totais anuais. A única relação relevante foi à simultânea La Niña/chuvoso

no 2° trimestre.

A avaliação anual confirma que o grupo G2 (Noroeste) é o mais influenciado pelos

eventos de TSM no Pacífico. As relações La Niña/Chuvoso são as mais significativas,

simultaneamente e com defasagens de 1 a 3 meses, seguidas pelas relações El

Niño/Seco, significativas para as ocorrências simultâneas e defasadas de 1 e 2 meses.

Em ambos casos os escores variaram de 25% a 37%.

As precipitações dos grupos G2 (Noroeste) e G3 (Nordeste) são mais influenciados pela

ZCIT, enquanto as do G1 (Sul) são influenciadas pela ZCAS. Como os eventos El Niño

e La Niña afetam fortemente a ZCIT, as precipitações do G2 e G3 são mais

influenciadas por estes eventos.

Os resultados da Tabela 4.2 concordam com os de Grimm et al. (1998); Fu et al. (2001)

e Ronchail et al. (2002), relacionadas à influência do evento La Niña nas precipitações

no Nordeste e Noroeste da Amazônia oriental.

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51

Tabela 4.2 - Chances Percentuais (Escore COR) de Ocorrência Simultânea e Defasada

(1 a 12 Meses) entre os 3 Eventos de TSM no Pacífico Equatorial (La

Niña, Normal e El Niño) e as 3 Categorias de Precipitação (Chuvoso,

Normal e Seco), nos 3 Grupos Homogêneos, nos 4 Trimestres do Ano e

no Ano Todo.

P A C E G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2L a N iñ a C h u v o s o - - - - 5 -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -E l N iñ o S e c o - - - 1 3 - - -P A C E G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a C h u v o s o 4 5 3 5 4 2 2 5 2 1 5 0 -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -E l N iñ o S e c o 5 2 4 0 3 4 2 7 1 3 8 -P A C E G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a C h u v o s o - - 1 7 2 7 1 9 2 8 -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -E l N iñ o S e c o - 1 7 1 3 1 1 2 4 2 4 -P A C E G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a C h u v o s o 3 3 2 4 8 - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -E l N iñ o S e c o 2 2 2 4 - - - - -P A C E G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a C h u v o s o 6 8 6 3 4 5 3 5 2 7 2 7 2 2N o rm a l N o rm a l - - - - - - -E l N iñ o S e c o 3 1 2 8 4 0 3 4 1 7 - -P A C E G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a C h u v o s o 5 2 4 0 5 - 3 7 - 1 1N o rm a l N o rm a l 2 - - - - - -E l N iñ o S e c o 3 4 1 7 2 7 1 4 8 5 0P A C E G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a C h u v o s o - - - - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -E l N iñ o S e c o - - - - 2 - -P A C E G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a C h u v o s o 1 6 3 8 3 5 4 5 - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -E l N iñ o S e c o 2 4 1 9 6 8 - - -P A C E G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a C h u v o s o 4 2 2 8 3 3 1 7 1 1 - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -E l N iñ o S e c o 2 7 2 1 2 4 8 - - -P A C E G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a C h u v o s o 3 - - 5 - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -E l N iñ o S e c o 1 1 - - - - - -P A C E G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a C h u v o s o 1 6 1 1 3 5 4 1 - -N o rm a l N o rm a l - - 2 - - - -E l N iñ o S e c o 2 4 2 5 1 9 1 6 - - -P A C E G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a C h u v o s o 5 1 3 8 2 2 2 1 - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -E l N iñ o S e c o 1 1 3 - 1 1 1 4 - -P A C E G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a C h u v o s o - - - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -E l N iñ o S e c o - - - - - - -P A C E G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a C h u v o s o 3 8 3 7 3 1 2 8 2 1 1 1 -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -E l N iñ o S e c o 3 1 2 8 2 5 2 1 3 - -P A C E G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a C h u v o s o 1 9 1 9 1 6 1 6 2 2 0 -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -E l N iñ o S e c o 1 6 1 4 1 1 1 0 8 - -

A N U A L

T 1

T 2

T 3

T 4

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4.4 - Relações entre as 3 categorias de ATSM do oceano Atlântico: Tropical Sul e

Equatorial, Índice de Dipolo e as 3 categorias de precipitação na região da

Amazônia Oriental

4.4.1 - Atlântico Tropical Sul x Precipitação

Na Tabela 4.3 encontram-se as relações simultâneas e defasadas de 1 a 12 meses entre

as 3 categorias de ATSM do Atlântico Tropical Sul (ATLS) e as 3 categorias de

precipitação nos 3 grupos homogêneos, nos 4 trimestres do ano e no ano todo.

As categorias de ATSM do Atlântico Tropical Sul estão menos relacionadas com as de

precipitação na Amazônia do que as do Pacífico. O grupo G1 (Sul) apresentou no 2°

trimestre relações significativas simultânea e defasada de um mês entre as categorias de

TSM e precipitações acima da normal e defasadas de 6 e 9 meses entre as categorias

abaixo/abaixo, com escores, respectivamente, de 43, 49, 40 e 44%. No grupo G3

(Nordeste) constataram-se escores significativos entre as categorias acima/acima, com 2

meses de defasagem e escore de 28%, no 1° trimestre e abaixo/abaixo, com defasagem

de 1 mês e escore de 27%, no 2° trimestre. No caso do grupo G2 (Noroeste), a única

relação significativa foi a abaixo/abaixo simultânea e com escore de 30%, no último

trimestre do ano. Apesar do grande número de relações significativas constatadas no

grupo G1 (Sul) no 3° trimestre, elas não têm muito interesse, pois este é o período mais

seco do ano.

Os resultados da Tabela 4.3 indicam que as anomalias de ATSM positivas no Atlântico

Tropical Sul estão relacionados com as anomalias positivas de precipitação no Sul da

Amazônia oriental durante o 4° trimestre devido à influência de perturbações

extratropicais que atuam nesta região. Outra região destacada nos resultados foi a

Noroeste, que apresentou significativas anomalias negativas de precipitação

relacionadas a eventos frios de ATSM no Atlântico Tropical Sul, indicando que os

fortes alísios de SE podem estar transportando umidade toda a região leste da

Amazônia, no 3° e 4° trimestre. Estes resultados não concordam com os encontrados

por Ronchail et al. (2002) que enfatizaram a influência das anomalias positivas de

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precipitação relacionadas a eventos quentes no Atlântico Tropical Sul na região

Nordeste da Amazônia, no outono. Esta análise pode ser comparada com a de Grimm et

al. (1998) que destacaram as influências de TSM na precipitação da região Nordeste da

Amazônia oriental através dos fortes ventos alísios de NE.

Os impactos em escala temporal e espacial dos eventos de TSM no Atlântico Tropical

Sul relacionados com o excesso de precipitação são menores do que os relacionados à

seca na região. A combinação do evento quente (frio) de ATSM do Atlântico e a

precipitação no Nordeste da Amazônia oriental são consistentes com os resultados de

Nobre e Shukla (1996). Os principais fatores relacionados são: as anomalias positivas

de TSM, o enfraquecimento dos alísios de SE e a PNM que modularam o

posicionamento da ZCIT.

Venegas et al. (1996) atribuíram as influências de TSM do Atlântico Sul nas

precipitações do leste da Amazônia aos 3 modos acoplados entre oceano-atmosfera que

dominam no Atlântico Tropical Sul, fortalecendo (enfraquecendo) uma alta subtropical

sobre o oceano.

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Tabela 4.3 - Chances Percentuais (Escore COR) de Ocorrência Simultânea e Defasada

(1 a 12 Meses), entre as 3 Categorias de ATSM do ATLS (Abaixo,

Normal e Acima da Normal) e as 3 Categorias de Precipitação (Abaixo,

Normal e Acima da Normal) nos 3 Grupos Homogêneos, nos 4 Trimestres

do Ano e no Ano Todo.

A T L S G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o 2 2 - - 1 0 1 3 1 3 -N o r m a l N o r m a l - - - 2 1 - - -A c im a A c im a - - - 1 0 - 2 1 6A T L S G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o - - 3 - - - -N o r m a l N o r m a l - - - - - - -A c im a A c im a - - - - - - -A T L S G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 1 4 - 2 2 - - - -N o r m a l N o r m a l - - - - - - -A c im a A c im a - - 2 8 - - - -A T L S G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o - 8 - - 4 0 4 4 2 2N o r m a l N o r m a l - - - - 1 0 - 1 9A c im a A c im a 4 3 4 9 2 4 - 2 4 1 3 2 4A T L S G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o - 1 4 - - - - -N o r m a l N o r m a l - - - - - - -A c im a A c im a 2 - - - - - -A T L S G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 8 2 7 - - - - -N o r m a l N o r m a l - - - - - - -A c im a A c im a 1 1 3 - - - - -A T L S G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 1 1 3 7 4 3 2 8 - - 2 8N o r m a l N o r m a l - - - - - - -A c im a A c im a 2 2 3 0 1 0 2 2 - 3 7 1 9A T L S G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 5 4 1 7 - - - - -N o r m a l N o r m a l 2 4 - - - - - -A c im a A c im a 2 2 1 0 1 7 - - - -A T L S G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o - - - - - 3 -N o r m a l N o r m a l - - - 1 0 - - -A c im a A c im a - - 2 8 . - - -A T L S G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o - - - 2 - - -N o r m a l N o r m a l - - - - - - -A c im a A c im a - 3 3 7 1 6 1 4 3 -A T L S G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 3 0 2 4 1 1 1 6 - - -N o r m a l N o r m a l - - - 2 - - -A c im a A c im a - - 1 1 1 7 - - -A T L S G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 1 7 3 - - - 5 -N o r m a l N o r m a l - - - - - - -A c im a A c im a - - - - - - -A T L S G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 8 - - 1 0 6 1 1 -N o r m a l N o r m a l - - - - - - -A c im a A c im a 1 4 1 7 6 5 3 1 7 -A T L S G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 2 2 1 1 - - - - -N o r m a l N o r m a l - - - - - - -A c im a A c im a - - - - - - -A T L S G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 8 3 - - - - -N o r m a l N o r m a l - - - - - - -A c im a A c im a - - - - - - -

T 1

T 2

T 3

T 4

A N U A L

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4.4.2 - Atlântico Equatorial x Precipitação

Na Tabela 4.4 encontram-se as relações simultâneas e defasadas de 1 a 12 meses entre

as 3 categorias de ATSM do Atlântico Equatorial (ATLE) e as 3 categorias de

precipitação nos 3 grupos homogêneos, nos 4 trimestres do ano e no ano todo.

Verifica-se nesta tabela que as 3 categorias de ATSM no Atlântico Equatorial estão

pouco relacionadas com as categorias de precipitação nos 3 grupos durante a estação

chuvosa, que se concentra principalmente nos dois primeiros e no último trimestre do

ano. As principais relações significativas foram constatadas no 4° trimestre, para as

ATSM abaixo e precipitações abaixo das normais, simultâneas e defasadas de um mês,

com escores de 45 e 40%, no caso do grupo G2 (Noroeste), e simultâneas, com escore

de 52%, para o grupo G3 (Nordeste). Apesar do grande número de relações

significativas constatadas no grupo G1 (Sul) no 3° trimestre, elas não têm muito

interesse, pois este é o período mais seco do ano.

A influência do Atlântico Equatorial na região leste da Amazônia pode ser atribuída as

linhas de instabilidades e circulação de brisa marítima que adentram o continente,

conforme constatado por Kousky (1982) e Cohen (1989).

Como conseqüência da defasagem no tempo da migração sazonal para o sul de ATSM

do Atlântico atrás do deslocamento da ZCIT, que fica centrada em 10° N ao invés do

Equador, impondo subsidência e fluxo anti ciclônico de baixos níveis na parte central da

Amazônia, secando o ar sobre a camada limite planetária e reduzindo a convergência de

umidade em baixos níveis e conseqüentemente a convecção no leste da Amazônia é

suprimida, apesar do forte aquecimento superficial (Fu et al. 2001).

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56

Tabela 4.4 - Chances Percentuais (Escore COR) de Ocorrência Simultânea e Defasada

(1 a 12 Meses), entre as 3 Categorias de ATSM do ATLE (Abaixo,

Normal e Acima da Normal) e as 3 Categorias de Precipitação (Abaixo,

Normal e Acima da Normal) nos 3 Grupos Homogêneos, nos 4 Trimestres

do Ano e no Ano Todo.

A T L E G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o 1 7 1 6 - - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a - - - - - - 5A T L E G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 1 7 - 5 - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - 1 4 -A c im a A c im a - - - - - - -A T L E G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 2 2 1 0 1 9 - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a - - 1 0 - - - -A T L E G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 6 - - - 1 7 1 6 -N o rm a l N o rm a l - - - - 3 - 5A c im a A c im a 2 1 9 - - - - -A T L E G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 1 4 - - - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a - - - - - - -A T L E G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 1 4 1 4 - - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a - - - - - - -A T L E G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 6 2 7 3 3 3 1 - 2 1 4 5N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a - 2 2 - 1 7 - 8 1 6A T L E G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 4 5 2 1 - - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - 1 6 - -A c im a A c im a 1 4 - - - - - -A T L E G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o - - - - - - -N o rm a l N o rm a l 1 1 - - - - - -A c im a A c im a - - - - - - -A T L E G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 1 4 - - - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a - - - - - - -A T L E G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 4 5 4 0 1 3 1 9 - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a - 1 4 - - - - -A T L E G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 5 2 1 4 - - - - -N o rm a l N o rm a l - 2 - - - - -A c im a A c im a - - - - - - -A T L E G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 1 4 - - - - 3 6N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a - 3 - - - - -A T L E G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 3 1 1 1 6 - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a - - - - - - -A T L E G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

A b a ix o A b a ix o 1 9 6 2 - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a - - - - - - -

A N U A L

T 1

T 2

T 3

T 4

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57

4.4.3 - Índice de Dipolo x Precipitação

Na Tabela 4.5 encontram-se as relações simultâneas e defasadas de 1 a 12 meses entre

as 3 categorias de ATSM do Índice de Dipolo (abaixo, normal e acima da normal) e as 3

categorias de precipitação nos 3 grupos homogêneos nos 4 trimestres do ano e no ano

todo.

O grupo G1 (Sul) é o que está mais associado com o Índice de Dipolo especialmente no

2° trimestre, com escores significativos de 52% simultâneo, 54% defasado de 1 mês e

31% defasado de 6 meses, para as relações abaixo/abaixo e 30% defasado de 1 mês;

31% defasados 6 meses, para as relações acima/acima. As relações significativas entre o

Índice de Dipolo e as precipitações no 1° trimestre foram abaixo/abaixo, com 6 e 9

meses de defasagens. Outra situação observada foi acima/acima, com 6 e 9 meses de

defasagens. No 4° trimestre, as relações significativas foram abaixo/abaixo, com 2, 3 e 6

meses de defasagens e acima da normal com defasagem de 3 meses.

No grupo G2 (Noroeste) foram constatadas relações significativas abaixo/abaixo entre o

Índice de Dipolo e as precipitações, com 1 mês de defasagem e escore de 27%, além de

acima/acima simultaneamente, com escore 31% no 2º trimestre do ano. No 4° trimestre,

a única relação significativa foi acima/acima com 3 meses de defasagem e escore de

28%.

Para o grupo G3 (Nordeste), as relações significativas entre o Índice de Dipolo e as

precipitações foram abaixo/abaixo no 2º trimestre, simultâneas e com escore de 38%.

Outra relação significativa constatada foi acima/acima, simultânea e defasada de 1 mês,

com escores de 38 e 34% respectivamente. No 4° trimestre única relação significativa

foi acima/acima, simultânea e com escore de 38%.

Os resultados mostram que no 2° trimestre, a influência do Índice de Dipolo nas

precipitações é bastante significativa nos grupos, como também constatado por Souza et

al. (2000), que observou anomalias positivas de precipitação em toda a região leste da

Amazônia durante a fase fria do Dipolo no Atlântico.

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58

Tabela 4.5 - Chances Percentuais (Escore COR) de Ocorrência Simultânea e Defasada

(1 a 12 Meses), entre as 3 Categorias ATSM do Índice de Dipolo (Abaixo,

Normal e Acima da Normal) e as 3 Categorias de Precipitação (Abaixo,

Normal e Acima da Normal) nos 3 Grupos Homogêneos, nos 4 Trimestres

do Ano e no Ano Todo.

ID G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o - - - 1 1 2 7 3 7 -N o rm a l N o rm a l - - - - - 2 2A c im a A c im a 1 6 - - 3 2 7 3 4 -

ID G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o - - - - - - -N o rm a l N o rm a l - - - 1 1 - - -A c im a A c im a - - - 3 6 - -

ID G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o - - - - - 3 -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a 1 6 1 4 1 3 - - - -

ID G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o 5 2 5 4 1 7 - 3 1 0 1 6N o rm a l N o rm a l - - - - 2 7 - -A c im a A c im a 2 4 3 0 1 3 - 3 1 8 1 1

ID G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o 2 4 2 7 - - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a 3 1 2 2 1 9 1 0 - - -

ID G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o 3 8 2 1 - - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a 3 8 3 4 1 7 1 9 - - -

ID G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o 2 4 3 8 3 8 4 8 - 1 0 2 8N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a 1 6 4 0 4 1 3 0 - 2 2 2 4

ID G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o 1 6 2 2 2 1 3 - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a 3 8 5 2 2 2 - - - -

ID G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o - 3 - 1 3 - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a 0 1 1 - 1 3 - - -

ID G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o - - 3 7 2 8 2 7 3 -N o rm a l N o rm a l - - 0 - - - -A c im a A c im a - - 6 2 7 1 6 6 -

ID G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o - - - - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a 2 4 2 - 2 8 - - -

ID G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o - - - - - - 1 4N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a 3 8 1 9 - - - - -

ID G 1 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o 1 6 1 1 - 1 4 - 1 3 8N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a 8 5 6 1 1 - 1 6 3

ID G 2 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o 0 - - - - - -N o rm a l N o rm a l - - - - - - -A c im a A c im a 2 4 1 9 6 6 - - -

ID G 3 L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2A b a ix o A b a ix o - 3 8 - - - - -N o rm a l N o rm a l - 1 4 - - - - -A c im a A c im a 2 4 6 3 1 0 3 - - -

T 1

T 2

T 3

T 4

A N U A L

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4.5 - Relações entre os eventos de TSM do Pacífico Equatorial e as 3 categorias de

ATSM do Atlântico: Tropical Sul, Equatorial e Índice de Dipolo

Na Tabela 4.6 encontram-se as relações simultâneas e defasadas de 1 a 12 meses entre

os eventos de TSM do Pacífico Equatorial e as 3 categorias de ATSM no Atlântico

Tropical Sul e Equatorial e Índice de Dipolo, nos 4 trimestres de ano e no ano todo. As

relações mais significativas encontradas entre os eventos extremos de TSM no Pacífico

e as 3 categorias de Atlântico Equatorial foram as de La Niña/abaixo da normal no 1°

trimestre, com defasagem de 1 a 6 meses e com valores do escore COR variando de

33% a 50%. Entre o Pacífico e Índice de Dipolo do Atlântico as relações mais

significativas foram La Niña/abaixo no 2° trimestre, simultânea, com escores de 45%, e

defasadas de 1 a 9 meses, com escores variando de 41% a 27% e El Niño/acima, no 4°

trimestre, com defasagens de 9 e 12 meses, com escores respectivamente de 27% e

40%.

Aragão (1996), verificou que a influência do Pacífico Equatorial sobre o Atlântico

Tropical Norte se dá através do campo da PNM e conseqüente intensificação dos ventos

alísios de nordeste ou sudeste que modulam o deslocamento da ZCIT.

No 1° e 2° trimestre, a teleconexão entre os oceanos Pacífico e Atlântico Equatorial é

observada através das fases: frias do ENSO e a negativa do Padrão de Dipolo, ou seja,

durante o evento La Niña as anomalias negativas de TSM no Atlântico Tropical Norte

favorecem o fortalecimento da alta subtropical e a intensificação dos alísios de NE. No

Atlântico Tropical Sul a situação é inversa e nestas condições a ZCIT está mais

deslocada ao sul do equador, quando observam-se anomalias positivas de nebulosidade

e precipitações atingindo o litoral leste da Amazônia (Curtis e Hastenrath, 1995 e Souza

e Nobre, 1998). Sterl e Hazeleger (2001) sugerem a existência de uma teleconexão entre

o Pacífico e o Atlântico Sul que opera via corrente circumpolar Antártica e ligada ao

ENSO. Este modo que explica 61% da variância, apresenta uma periodicidade de 12-13

anos e defasagem de aproximadamente 5 anos, possivelmente envolvendo a onda

circumpolar Antártica. Este resultado difere em escala de tempo aos encontrados por

Venegas et al. (1998).

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Tabela 4.6 - Chances Percentuais (Escore COR) de Ocorrência Simultânea e Defasada

(1 a 12 Meses) entre os Eventos de TSM do Pacífico Equatorial (La Niña,

Normal e El Niño) e as 3 Categorias de ATSM (Abaixo, Normal e Acima

da Normal) do Atlântico: Tropical Sul e Equatorial, Índice de Dipolo

(Abaixo, Normal e Acima da Normal), nos 4 Trimestres do Ano e no Ano

Todo.

P A C E A T L S L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2L a N iñ a A b a ix o - - - - - - -N o r m a l N o r m a l 4 0 2 7 2 7 1 9 1 4 3 5 1 4E l N iñ o A c im a 6 1 0 6 6 1 1 1 5 -P A C E A T L E L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a A b a ix o 1 3 3 3 4 8 5 0 4 5 1 7 3N o r m a l N o r m a l 2 4 2 8 3 0 2 5 1 4 3 8 1 4E l N iñ o A c im a 1 3 2 2 1 9 1 7 2 - -P A C E ID L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a A b a ix o - - - - - - -N o r m a l N o r m a l - - - - - 2 7 -E l N iñ o A c im a - - - - - - -P A C E A T L S L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a A b a ix o - - - - - - -N o r m a l N o r m a l - - - - - 1 9 4 3E l N iñ o A c im a - - - - - - -P A C E A T L E L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a A b a ix o - - - - 1 1 3 1 3N o r m a l N o r m a l 1 3 2 2 1 0 1 3 1 1 1 4 3E l N iñ o A c im a - - 6 1 4 - - 5P A C E ID L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a A b a ix o 4 5 4 1 4 1 4 2 0 2 7 -N o r m a l N o r m a l - - 2 4 2 - 6 1 6E l N iñ o A c im a 1 4 2 4 1 6 1 7 3 7 1 6 -P A C E A T L S L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a A b a ix o - - - - - - -N o r m a l N o r m a l 1 4 2 7 3 5 1 4 - 1 3 1 4E l N iñ o A c im a - - - - - - -P A C E A T L E L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a A b a ix o - - - - - - -N o r m a l N o r m a l 6 2 - - 1 6 1 9 2 7E l N iñ o A c im a - - - - - - -P A C E ID L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a A b a ix o - - 1 1 2 2 1 6 1 9 -N o r m a l N o r m a l - 1 4 1 9 3 4 - - -E l N iñ o A c im a - - - 1 9 3 3 7 1 4P A C E A T L S L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a A b a ix o 3 8 1 1 6 - - 1 4N o r m a l N o r m a l 1 0 2 1 3 4 4 8 6 0 - -E l N iñ o A c im a - - - - - - -P A C E A T L E L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a A b a ix o - - - - - - -N o r m a l N o r m a l 1 0 1 3 1 3 2 4 5 - -E l N iñ o A c im a - - - - - - -P A C E ID L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a A b a ix o - - - - - - -N o r m a l N o r m a l - 1 0 1 1 1 4 2 7 - -E l N iñ o A c im a - - - - - 2 7 4 0P A C E A T L S L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a A b a ix o - - - - - - -N o r m a l N o r m a l 1 0 1 7 2 2 2 2 1 6 1 6 1 6E l N iñ o A c im a - - - - - - -P A C E A T L E L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a A b a ix o - - - - - 5 8N o r m a l N o r m a l 1 3 1 7 1 3 1 3 1 3 1 1 1 4E l N iñ o A c im a - - - - - - -P A C E ID L a g 0 L a g 1 L a g 2 L a g 3 L a g 6 L a g 9 L a g 1 2

L a N iñ a A b a ix o - - 0 3 6 - -N o r m a l N o r m a l 2 8 8 6 - - -E l N iñ o A c im a - - - - 3 1 1 6

A N U A L

T 1

T 2

T 3

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CAPÍTULO 5

CONCLUSÕES

Três grupos foram suficientes para descrever as variabilidades sazonais e interanuais

das precipitações mensais no leste da Amazônia. Os grupos homogêneos definidos

foram: Nordeste, uma pequena faixa litorânea; Noroeste, o segundo em tamanho e Sul,

o maior e mais continental dos grupos.

Toda Amazônia Oriental recebe influência das TSMs dos oceanos Atlântico e Pacífico

principalmente os grupos Nordeste e Noroeste, que apresentam as maiores quantidades

de precipitação e periodicidades mais bem definidas, exceto para o Índice de Dipolo, em

que o grupo Sul foi o mais consistente. O Pacífico exerce maior influência no período

chuvoso destes grupos.

O grupo Noroeste foi o mais influenciado pelas TSMs do Pacífico Equatorial. Neste

grupo foram constatadas relações significativas entre precipitações acima da normal e

eventos La Niña no 1° e 2° trimestre do ano, simultâneas e defasadas de até 9 meses. No

grupo Noroeste as relações significativas foram entre as precipitações abaixo da normal

e eventos El Niño no 1° e 2° trimestre, simultâneas e defasadas de 3 meses. O grupo Sul

foi o menos influenciado pelas TSM do Pacífico.

TSMs abaixo da normal no Atlântico Tropical estão significativamente relacionadas

com precipitações abaixo da normal nos grupos Nordeste e Noroeste no 4° trimestre do

ano. No grupo Nordeste esta relação é simultânea e no Noroeste é simultânea e defasada

de 1 mês.

TSMs acima da normal do Atlântico Sul estão significativamente relacionadas com

precipitações acima da normal no grupo Sul no 2° trimestre, simultaneamente e

defasada de 1 mês. Também foram constatadas relações significativas no 3° trimestre, o

mais seco do ano. Nos dois outros grupos a influência do Atlântico Sul é pequena.

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O grupo Sul é o mais relacionado com os Índices de Dipolo, neste grupo os índices

abaixo das normais estão significativamente relacionados com precipitação abaixo da

normal no 2° trimestre, simultaneamente e com defasagem de 1 mês. Já no grupo

Nordeste os índices acima da normal que estão relacionados com precipitações acima

das normais. O grupo Noroeste é o menos relacionado aos Índices de Dipolo.

Constatou-se que TSM abaixo da normal no Atlântico tropical estão significativamente

relacionadas a eventos La Niña no Pacífico, no 1° trimestre, com defasagens de 1 a 6

meses. Índices de Dipolo abaixo da normal também estão significativamente

relacionados com o evento La Niña no 2° trimestre, simultaneamente e defasados de 1 a

3 meses.

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APÊNDICE A

Localização das 60 Estações Pluviométricas na Amazônia Oriental.

*Estações localizadas no Hemisfério Norte.

N O . C Ó D IG O E S TA Ç Ã O P L U V IO M É TR IC A 1 L A TITU D E L O N G ITU D E1 1 4 8 0 1 0 A B A E TE TU B A - (P A ) 1 °4 4 ' 4 8 °5 1 '2 1 5 2 0 0 5 A L M E IR IM - (P A ) 1 °3 1 ' 5 2 °3 4 '3 9 5 6 0 0 0 A L TA F L O R E S TA - A R IP U A N Ã - (M T) 9 °5 2 ' 5 6 °0 6 '4 3 5 2 0 0 1 A L TA M IR A - (P A ) 3 °1 3 ' 5 2 °1 35 9 4 9 0 0 0 A R A G U A C E M A - (TO ) 9 °3 7 ' 4 9 °0 9 '6 5 4 8 0 0 0 A R A G U A TIN S - (TO ) 5 °3 9 ' 4 8 °0 7 '7 1 5 4 0 0 0 A R A P A R Í - M O N TE A L E G R E - (P A ) 1 °4 5 ' 5 4 °2 5 '8 7 4 9 0 0 0 A R A P O E M A - (TO ) 7 °3 7 ' 4 9 °1 2 '9 7 5 8 0 0 0 B A R R A D E S Ã O M A N U E L - B O R B A - (A M ) 7 °1 9 ' 5 8 °0 5 '

1 0 9 5 0 0 0 1 B A R R . D O C A M P O - S A N T. D O A R A G U A IA - (P A ) 9 °1 3 ' 5 0 °1 2 '1 1 1 5 8 0 0 0 B E L É M - (P A ) 1 °2 6 ' 4 8 °2 6 '1 2 5 5 2 0 0 0 B E L O H O R IZO N TE - A L TA M IR A - (P A ) 5 °2 4 ' 5 2 °5 4 '1 3 2 5 4 0 0 3 B E L TE R R A - S A N TA R É M - (P A ) 2 °3 8 ' 5 4 °5 7 '1 4 1 5 0 0 0 1 B R E V E S - (P A ) 1 °1 4 ' 5 0 °5 1 '1 5 4 5 6 0 0 0 B U B U R É - ITA ITU B A - (P A ) 4 °3 8 ' 5 6 °1 8 '1 6 9 5 4 0 0 1 C A C H IM B O - C H A P A D A D O S G U IM A R Ã E S - (P A ) 9 °4 9 ' 5 4 °5 3 '1 7 1 5 7 0 0 0 C A C H O E IR A D A P O R TE IR A I - O R IXIM IN Á - (P A ) 1 °0 5 ' 5 7 °0 2 '1 8 1 4 7 0 0 2 C A P A N E M A - (P A ) 1 °1 2 ' 4 7 °1 1 '1 9 7 4 7 0 0 3 C A R O L IN A - M A 7 °2 0 ' 4 7 °2 8 '2 0 1 4 7 0 0 7 C A S TA N H A L - (P A ) 1 °1 8 ' 4 7 °5 6 '2 1 2 5 0 0 0 C IP O A L - P O R TE L -(P A ) 2 °4 7 ' 5 0 °2 4 '2 2 8 4 9 0 0 0 C O N C E IÇ Ã O D O A R A G U A IA - (P A ) 8 °1 5 ' 4 9 °1 5 '2 3 1 5 5 6 0 0 2 C U IA B Á - M T 1 5 °3 6 ' 5 6 °0 6 '2 4 4 5 5 0 0 2 C U P A R Í - A V E IR O - (P A ) 4 °1 1 ' 5 5 °2 6 '2 5 4 7 0 0 3 C U R U Ç Á - (P A ) 0 °4 4 ' 4 7 °5 1 '2 6 3 5 0 0 0 F A Z. E S TR E L A D O N O R TE - B R E V E S - (P A ) 3 °5 1 ' 5 0 °2 8 '2 7 6 4 9 0 0 1 F A Z. S A N TA E L IS A - XIN G U A R A - (P A ) 6 °4 2 ' 4 9 °3 3 '2 8 2 4 8 0 0 1 F A ZE N D A U R U C U R É - A C A R Á - (P A ) 2 °1 2 ' 4 8 °3 0 '2 9 5 5 6 0 0 0 JA TO B Á - ITA ITU B A - (P A ) 5 °0 9 ' 5 6 °5 1 '3 0 6 5 5 0 0 1 K M 1 0 2 7 B R 1 6 3 - ITA ITU B A - (P A ) 7 °3 0 ' 5 5 *1 6 '3 1 5 5 5 0 0 0 K M 1 3 2 6 B R 1 6 3 - ITA ITU B A - (P A ) 5 °1 1 ' 5 6 °0 3 '3 2 8 5 5 0 0 0 K M 9 4 7 B R 1 6 3 - ITA ITU B A - (P A ) 8 °1 1 ' 5 5 °0 7 '3 3 8 0 5 1 0 0 2 M A C A P Á * - (A P ) 0 °0 3 ' 5 1 °0 3 '3 4 3 6 0 0 0 0 M A N A U S - (A M ) 3 °0 8 ' 6 0 °0 1 '3 5 5 4 9 0 0 2 M A R A B Á - (P A ) 5 °5 2 ' 4 9 °0 8 '3 6 2 5 1 0 0 0 M A R A C A C U E R A - P O R TE L - (P A ) 2 °0 8 ' 5 1 °0 9 '3 7 3 5 7 0 0 1 M A U É S - (A M ) 3 °2 1 ' 5 7 °4 3 '3 8 4 5 2 0 0 0 M O N TE A L E G R E - A L TA M IR A - (P A ) 4 °4 0 ' 5 2 °4 3 '3 9 1 5 5 0 0 1 Ó B ID O S - (P A ) 1 °5 5 ' 5 5 °3 3 '4 0 1 4 9 0 0 3 O E IR A S D O P A R Á - (P A ) 1 °5 8 ' 4 9 °5 2 '4 1 8 3 5 1 0 0 2 O IA P O Q U E * - (A P ) 3 °5 0 ' 5 1 °5 0 '4 2 1 2 4 7 0 0 1 P A R A N Á - (TO ) 1 2 °3 3 ' 4 7 °5 1 '4 3 2 5 6 0 0 0 P A R IN TIN S - (A M ) 2 °2 8 ' 5 6 °4 4 '4 4 1 0 4 8 0 0 3 P O R TO N A C IO N A - (TO ) 1 0 °4 3 ' 4 8 °2 5 '4 5 1 5 3 0 0 0 P R A IN H A - (P A ) 1 °4 8 ' 5 3 °2 8 '4 6 8 5 0 0 0 0 R E D E N Ç Ã O - (P A ) 8 °0 3 ' 5 0 °0 7 '4 7 4 4 8 0 0 0 R O N D O N D O P A R Á - (P A ) 4 °5 8 ' 4 8 °3 1 '4 8 8 5 7 0 0 0 S A N TA R O S A - C U IA B Á - (M T) 8 °5 5 ' 5 7 °2 5 '4 9 6 5 8 0 0 0 S A N TA N A S U C U N D U R Í - B O R B A - (A M ) 6 °4 7 ' 5 9 °0 3 '5 0 1 4 7 0 0 8 S Ã O D O M IN G O S D O C A P IM - (P A ) 1 °4 1 ' 4 7 °4 6 '5 1 5 2 0 0 0 S Ã O F R A N C IS C O - S TO . A N TO N IO D A C A C H O E IR A - (A P ) 0 °3 4 ' 5 2 °3 4 '5 2 8 0 5 2 0 0 0 S E R R A D O N A V IO *- M A C A P Á - (A P ) 0 °5 9 ' 5 2 °0 3 '5 3 3 5 4 0 0 0 S ÍTIO S Ã O P E D R O - S A N TA R É M - (P A ) 3 °5 2 ' 5 4 °1 9 '5 4 4 8 0 0 S O U R E - (P A ) 0 °4 4 ' 4 8 °3 1 '5 5 1 4 6 0 0 5 TA R A U Á - V IS E U - (P A ) 1 °4 3 ' 4 6 °3 5 '5 6 3 4 9 0 0 0 TU C U R U Í - (P A ) 3 °4 3 ' 4 9 °4 3 '5 7 3 5 3 0 0 0 U R U A R Á - P R A IN H A - (P A ) 3 °4 0 ' 5 3 °3 3 '5 8 2 5 7 0 0 0 U R U C A R Á - (A M ) 2 °3 2 ' 5 7 °4 5 '5 9 2 4 9 0 0 2 V IL A E L IM - M O JÚ - (P A ) 2 °2 8 ' 4 9 °2 2 '6 0 6 4 8 0 0 0 XA M B IO A - (TO ) 6 °2 3 ' 4 8 °3 3 '

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73

Per Niñ3.4 ATLN ATLS ATLE ID G1 G2 G3 Per Niñ3.4 ATLN ATLS ATLE ID G1 G2 G3jan/50 -1,5 0,05 -0,05 0,22 0,1 -0,9 0,46 0,85 jan/55 -1,39 -0,09 -0,56 -0,07 0,47 0,23 -0,48 0,82fev/50 -1,77 -0,03 -0,07 0,11 0,04 -0,75 0,1 0,51 fev/55 -0,42 -0,17 -0,71 -0,15 0,54 -1,57 1,86 0,05mar/50 -0,73 -0,33 0,12 0,18 -0,45 0,82 1,29 1,04 mar/55 -0,83 -0,06 -0,39 -0,01 0,33 -1,04 1,47 -0,94abr/50 -0,94 -0,16 -0,14 0,12 -0,02 0,18 1,19 -0,5 abr/55 -0,67 -0,18 -0,6 -0,01 0,42 -0,1 0,51 0,76mai/50 -1,47 -0,34 -0,49 0,02 0,15 -1,47 -0,61 0,95 mai/55 -1,11 -0,11 -0,21 0,07 0,1 -0,9 0,66 -1,52jun/50 -0,7 -0,24 -0,53 -0,15 0,29 -0,87 -0,3 -1,2 jun/55 -0,78 -0,12 -0,34 -0,06 0,22 -0,93 0,75 1,33jul/50 -0,48 -0,48 -0,24 -0,01 -0,24 -0,84 0,13 -0,13 jul/55 -0,69 0,11 -0,41 -0,07 0,52 -0,84 0,45 2,02ago/50 -0,59 -0,28 -0,4 -0,41 0,12 -0,94 -0,84 -0,84 ago/55 -0,78 0,12 -0,45 -0,13 0,57 -0,95 -0,01 3,15set/50 -1,09 -0,11 -0,51 -0,41 0,4 -0,29 -1,45 1,03 set/55 -1,63 0,2 -0,55 -0,05 0,75 -1,52 -0,14 -0,74out/50 -0,57 -0,17 -0,79 -0,47 0,62 -0,38 0,23 -0,05 out/55 -1,77 0,27 -0,36 0,14 0,63 -0,65 0,06 0,4nov/50 -1,09 -0,03 -0,58 -0,25 0,55 -0,4 -0,39 -0,38 nov/55 -2,18 0,48 -0,14 0,3 0,62 -0,1 1,84 2,08dez/50 -0,93 0,22 -0,97 -0,33 1,19 0,17 1,59 1,44 dez/55 -1,43 0,32 -0,65 0,01 0,97 0,29 2,42 2,32jan/51 -1,04 0,08 -0,95 -0,21 1,03 -0,92 -0,17 -1,15 jan/56 -1,19 0,51 -0,56 -0,11 1,07 -0,55 -0,65 -0,72fev/51 -0,07 -0,14 -0,95 -0,4 0,81 -2,47 -1,92 -1,55 fev/56 -0,51 0,34 -0,66 -0,16 1 -0,21 0,84 0,58mar/51 -0,7 0,19 -0,94 -0,35 1,13 -0,75 -0,69 -0,13 mar/56 -0,78 0,42 -0,79 -0,35 1,21 -1,46 0,03 -0,82abr/51 0,05 0,43 -0,51 -0,11 0,94 -0,34 0,85 -0,14 abr/56 -0,77 0,11 -0,81 -0,17 0,92 0,34 0,32 -0,11mai/51 -0,22 0,29 -0,67 -0,42 0,96 -0,05 0,61 -1 mai/56 -0,13 -0,14 -0,28 -0,1 0,14 0,44 -0,79 -0,82jun/51 0,04 0,19 -0,6 -0,14 0,79 -0,04 -0,37 -0,6 jun/56 -0,34 -0,32 -0,48 -0,25 0,16 -0,19 0,84 1,55jul/51 0,41 0,23 -0,24 0,29 0,47 -0,82 -0,04 -1,1 jul/56 -0,76 -0,28 -0,62 -0,33 0,34 -0,43 0,72 0,5ago/51 0,74 0,27 -0,04 0,3 0,31 -0,86 -1,3 -1,41 ago/56 -0,72 -0,16 -0,27 -0,07 0,11 -0,22 0,07 0,64set/51 0,38 0,09 -0,08 0,19 0,17 -1,78 0,8 1,45 set/56 -0,86 -0,26 -0,15 0,12 -0,11 -0,89 -0,81 0,43out/51 0,8 0 -0,05 0,31 0,05 -1,65 0,31 0,57 out/56 -0,3 -0,24 -0,44 0,01 0,2 0,42 1,82 1,29nov/51 0,8 0,01 -0,29 0,11 0,3 -1,11 0,18 0,26 nov/56 -0,88 -0,16 -0,36 -0,06 0,2 2,91 0,65 -0,53dez/51 0,72 -0,02 -0,22 0,19 0,2 0,03 0,28 1 dez/56 -0,28 0,14 -0,62 -0,22 0,76 0,11 1,21 0,01jan/52 0,37 -0,18 0,03 0,29 -0,21 -0,96 0,79 0,96 jan/57 -0,35 -0,31 -0,58 -0,28 0,27 -0,65 1,22 0,92fev/52 0,34 0 -0,21 0,12 0,21 -1,16 1,54 0,83 fev/57 0,19 -0,4 -0,08 -0,11 -0,32 0,21 -1,38 -0,81mar/52 -0,26 0,12 -0,19 0,1 0,31 0,64 -0,43 0,38 mar/57 0,23 -0,23 -0,11 0,02 -0,12 0,57 0,28 -0,66abr/52 0,43 0,06 -0,26 0,11 0,32 -0,3 1,57 -0,33 abr/57 0,48 -0,46 -0,2 -0,06 -0,26 0,03 0,86 0,96mai/52 -0,18 0,28 -0,36 -0,06 0,64 -0,58 1,2 -0,05 mai/57 0,37 -0,23 -0,28 -0,05 0,05 -1,16 -0,51 -0,07jun/52 -0,43 0,22 -0,23 -0,06 0,45 -0,94 -0,66 -1,38 jun/57 0,41 -0,01 -0,03 0,16 0,02 -0,95 -1,35 -0,76jul/52 -0,26 0,16 -0,24 -0,07 0,4 -0,64 -0,47 1,98 jul/57 0,75 -0,11 -0,5 -0,17 0,39 -0,8 -0,89 -1,67ago/52 0,13 0,13 -0,22 -0,05 0,35 -0,94 -0,04 1,06 ago/57 1,27 0,17 -0,37 -0,06 0,54 -0,63 -0,36 2,03set/52 -0,15 0,32 -0,4 -0,09 0,72 -0,39 0,33 0,86 set/57 0,36 0,17 -0,62 -0,21 0,79 -0,18 -1,4 1,49out/52 0,1 0,08 -0,34 -0,02 0,42 -1,51 -1,36 2,74 out/57 0,79 0,29 -0,61 -0,18 0,9 -1,55 0,5 1,45nov/52 -0,15 -0,04 -0,12 0,03 0,08 -1,56 0,31 -0,75 nov/57 1,42 0,26 -0,45 0,06 0,71 0,42 -1,5 -0,45dez/52 -0,48 0,45 -0,29 0,05 0,74 2,13 0,16 1,3 dez/57 1,61 0,35 -0,39 0,16 0,74 -1,29 1,09 0,58jan/53 0,51 0,45 -0,27 0,12 0,72 -1,78 0,19 -0,04 jan/58 1,91 0,55 -0,53 0,09 1,08 0,54 1,25 -1,01fev/53 0,39 0,55 -0,52 0,02 1,07 -0,77 0,98 -0,22 fev/58 1,55 0,81 -0,22 0,37 1,03 0,06 0,57 0,39mar/53 0,27 0,2 -0,31 -0,09 0,51 -1,26 0,1 -1,17 mar/58 1,22 1,15 -0,7 0,18 1,85 -0,53 -0,55 -1,45abr/53 0,71 0,33 -0,5 -0,16 0,83 -1,04 0,38 1,24 abr/58 0,53 1,02 -0,74 0,11 1,76 -0,55 0,03 -1,77mai/53 0,14 0,14 -0,29 -0,08 0,43 -1,17 -1,05 -1,12 mai/58 0,35 0,78 -1,28 -0,48 2,06 -1,16 -1,41 -1,36jun/53 0,38 0,22 -0,21 0,11 0,43 -0,67 -1,42 -0,26 jun/58 0,61 1,02 -1,29 -0,61 2,31 -0,97 -1,57 -1,33jul/53 0,58 0,26 -0,19 0,13 0,45 -0,69 2,3 -0,87 jul/58 0,26 0,58 -0,92 -0,4 1,5 0,89 -1,35 0,2ago/53 0,12 0,16 -0,13 0,15 0,29 -0,91 -1,6 -0,07 ago/58 0,52 0,51 -0,89 -0,42 1,4 -0,95 -0,82 -1,12set/53 0,81 0,05 -0,11 0,03 0,16 1,66 -0,92 -0,24 set/58 -0,51 0,23 -0,93 -0,4 1,16 0,43 -1,09 2,51out/53 0,31 0,06 -0,04 0,13 0,1 0,14 0,81 2,18 out/58 0,11 0,09 -0,67 -0,3 0,76 0,18 -1,15 -0,92nov/53 0,43 0,27 -0,41 -0,01 0,68 -0,82 -0,7 -0,46 nov/58 0,2 0,2 -0,66 -0,29 0,86 0,32 1,62 -0,38dez/53 -0,05 0,17 -0,62 -0,03 0,79 0,38 0,7 0,32 dez/58 0,54 0,22 -0,13 0,15 0,35 0,73 -0,29 1,22jan/54 0,57 0,13 -0,69 -0,18 0,82 -1,17 -0,83 -0,75 jan/59 0,55 0,39 -0,16 0,05 0,55 1,29 -1,24 0,44fev/54 0,26 0,07 -0,69 -0,23 0,76 -0,56 0,63 0,26 fev/59 0,61 0,27 -0,17 0,1 0,44 -0,59 0,58 0,45mar/54 0,21 -0,06 -0,64 -0,18 0,58 0,47 -0,96 -1,19 mar/59 0,1 -0,06 0,07 0,06 -0,13 0,41 1,88 0,84abr/54 -0,3 -0,15 -0,51 -0,42 0,36 -0,55 -0,88 -0,31 abr/59 0,28 -0,08 0,02 0,16 -0,1 -1,47 -0,54 0,34mai/54 -0,3 0,14 -0,78 -0,37 0,92 -0,32 -1,22 -1,05 mai/59 0,16 -0,36 -0,35 -0,12 -0,01 -0,95 0,33 -0,87jun/54 -0,43 0,02 -0,73 -0,47 0,75 -1 0,1 -0,42 jun/59 -0,13 -0,28 -0,34 0,07 0,06 0,44 1,66 2,33jul/54 -0,76 -0,14 -0,91 -0,75 0,77 -0,81 -0,56 0,91 jul/59 -0,46 -0,36 -0,56 -0,08 0,2 -0,84 -0,82 2,57ago/54 -1,06 -0,27 -0,58 -0,34 0,31 -0,95 -1,18 -2,02 ago/59 -0,38 -0,32 -0,34 -0,08 0,02 -0,48 0,45 0,74set/54 -1,09 -0,21 -0,61 -0,07 0,4 -1,12 -0,66 0,65 set/59 -0,6 -0,13 -0,33 -0,02 0,2 -1,02 -0,72 2,21out/54 -0,8 -0,5 -0,16 0,17 -0,34 -2,32 0,65 1,84 out/59 -0,07 -0,18 -0,15 0,05 -0,03 -1,21 -1,01 1,46nov/54 -0,87 -0,52 -0,18 0,07 -0,34 -0,23 1,42 -0,11 nov/59 -0,11 -0,02 -0,31 0,03 0,29 0,11 0,54 0,81dez/54 -0,95 -0,41 -0,37 0,15 -0,04 -1,35 0,03 -0,37 dez/59 -0,08 0,01 -0,48 -0,06 0,49 -2,03 -1,15 0,45

(Continua)

APÊNDICE B

Anomalias de TSM dos Oceanos Pacífico Equatorial (Niño 3.4), Atlântico (ATLN,

ATLS e ATLE), Índices Dipolo (ID) e os 3 Grupos Homogêneos (G1,G2 e G3) para o

Perìodo de 1950-2000.

Page 76: RELAÇÕES ENTRE AS ANOMALIAS DE TSM DO ...mtc-m16.sid.inpe.br/.../2004/02.04.15.47/doc/publicacao.pdf“Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar a beleza de ser um eterno

74

Apêndice B - ContinuaçãoPer Niñ3.4 ATLN ATLS ATLE ID G1 G2 G3 Per Niñ3.4 ATLN ATLS ATLE ID G1 G2 G3

jan/60 -0,03 -0,17 -0,57 -0,09 0,4 -0,04 -2,15 0,26 jan/65 -0,69 -0,19 -0,53 -0,44 0,34 -0,87 0,78 0,22fev/60 -0,35 0,09 -0,64 -0,15 0,73 -0,5 -1,22 -0,83 fev/65 -0,28 -0,19 -0,14 -0,38 -0,05 -0,72 -0,8 0,18mar/60 0,02 -0,01 -0,16 -0,02 0,15 1,45 -1,47 0,38 mar/65 0,01 -0,18 0,06 -0,11 -0,24 0,01 1,6 3,03abr/60 0,15 0,13 -0,28 0 0,41 -1,34 -0,69 -0,86 abr/65 0,07 -0,16 -0,02 -0,1 -0,14 -1,08 -1,27 4,04mai/60 -0,12 0,1 -0,21 0,02 0,31 -0,41 -1,39 -1,18 mai/65 0,33 -0,27 -0,02 -0,03 -0,25 -1,28 0,77 -0,65jun/60 -0,14 0,29 -0,53 -0,05 0,82 -1,01 -0,6 0,34 jun/65 0,78 -0,31 -0,38 -0,29 0,07 -0,9 -0,38 1,01jul/60 0 0,1 -0,13 0,13 0,23 -0,84 0 -0,2 jul/65 1,15 -0,18 -0,49 -0,34 0,31 -0,07 -0,57 -0,76ago/60 0,19 0,01 -0,21 0,13 0,22 -0,76 0,09 -0,83 ago/65 1,34 -0,36 -0,46 -0,36 0,1 -0,84 -1,71 -1,72set/60 -0,01 -0,01 -0,23 0,1 0,22 -1,19 0,49 -0,87 set/65 1,29 -0,14 -0,3 -0,2 0,16 -0,69 -1,56 -0,58out/60 -0,32 -0,01 -0,22 0,28 0,21 -0,56 0,62 -0,62 out/65 1,56 -0,06 -0,38 -0,19 0,32 1,82 -0,18 0,22nov/60 -0,4 -0,06 -0,18 0,27 0,12 -0,84 -0,17 -0,54 nov/65 1,62 -0,07 -0,43 -0,21 0,36 -0,25 -1,68 -1,04dez/60 -0,17 0,05 -0,18 0,27 0,23 0,1 1,89 1,98 dez/65 1,84 0,19 -0,42 -0,16 0,61 -1,21 -1,39 -2,03jan/61 -0,29 0,28 -0,29 0,23 0,57 0,59 -0,38 0,41 jan/66 1,31 -0,03 -0,33 -0,14 0,3 -0,33 -1,56 -2,22fev/61 -0,08 -0,21 -0,32 0,11 0,11 -1,31 0,72 2,25 fev/66 0,98 0,26 -0,47 -0,01 0,73 0,37 -1,13 1,57mar/61 -0,11 -0,07 -0,23 0,07 0,16 -2,57 -1,34 -0,56 mar/66 0,89 0,29 -0,47 0 0,76 -1,1 0,58 2,14abr/61 0,08 -0,08 -0,4 0,09 0,32 -1,94 0,67 1,86 abr/66 0,7 0,47 -0,08 0,18 0,55 -1,06 -0,21 0,74mai/61 0,08 -0,11 -0,12 0,22 0,01 -0,66 0,05 2,9 mai/66 0,1 0,2 0,01 0,38 0,19 -0,95 0,29 0,82jun/61 0,55 -0,22 -0,34 -0,05 0,12 -0,9 -0,55 -0,19 jun/66 0,53 0,29 0,37 0,64 -0,08 -0,68 0,46 -0,41jul/61 -0,18 -0,19 -0,42 -0,35 0,23 -0,66 -0,68 1,94 jul/66 0,37 0,3 0,01 0,42 0,29 -0,84 0,4 0,49ago/61 -0,26 0,07 -0,32 -0,09 0,39 -0,79 -1,22 0,63 ago/66 0,08 0,02 -0,35 -0,01 0,37 -0,94 0,39 1,22set/61 -0,72 -0,12 -0,12 0,05 0 -0,99 -0,86 0,21 set/66 -0,13 0,14 -0,27 0,05 0,41 -1,12 1,56 0,29out/61 -0,57 -0,21 -0,21 0,12 0 -0,62 0,14 1,26 out/66 -0,09 0,14 -0,3 0,07 0,44 -0,41 -1,4 -0,86nov/61 -0,35 -0,12 -0,11 0,22 -0,01 -1,84 -0,49 0,36 nov/66 -0,22 0,36 -0,12 0,17 0,48 -1,03 1,81 0,28dez/61 -0,19 0,06 -0,16 0,2 0,22 -0,21 0,32 -0,32 dez/66 -0,3 0,45 0,41 0,47 0,04 -0,21 0,11 -1,01jan/62 -0,34 0,21 0,02 0,39 0,19 -0,56 0,36 -0,18 jan/67 -0,36 0,14 0,05 0,33 0,09 -1,74 0,63 0,09fev/62 -0,33 0,07 -0,25 0,23 0,32 -1,01 0,11 0,61 fev/67 -0,27 -0,02 0,25 0,22 -0,27 -0,02 -0,19 -0,19mar/62 -0,27 0,45 -0,14 0,26 0,59 -1,92 -0,29 0,63 mar/67 -0,57 -0,18 -0,05 0,09 -0,13 0 -0,1 1,8abr/62 -0,4 0,33 -0,12 0,28 0,45 -0,03 1,5 1,43 abr/67 -0,82 0,18 -0,25 0,12 0,43 0,52 0,18 -0,33mai/62 -0,52 0,43 0,18 0,38 0,25 -1,24 1,42 0,21 mai/67 -0,26 -0,12 -0,49 -0,12 0,37 -1,06 -0,23 1,31jun/62 -0,09 0,35 0,06 0,35 0,29 -0,66 -0,77 -1,43 jun/67 0,24 -0,27 -0,86 -0,42 0,59 -0,32 -0,79 -0,01jul/62 -0,03 0,32 -0,11 0,17 0,43 -0,81 -0,06 -0,34 jul/67 -0,15 -0,26 -0,76 -0,51 0,5 -0,84 -1,47 0,19ago/62 0,1 0,17 -0,2 0,05 0,37 -0,86 -0,87 -0,72 ago/67 -0,22 -0,26 -0,69 -0,5 0,43 -0,95 -2,05 0,91set/62 -0,54 0,06 0,17 0,25 -0,11 -1,31 -1,22 -0,1 set/67 -0,61 -0,14 -0,6 -0,39 0,46 -0,02 -1,19 -0,46out/62 -0,43 0,02 0,12 0,36 -0,1 -0,45 0,43 0,28 out/67 -0,51 -0,25 -0,72 -0,38 0,47 -0,41 -0,95 -0,88nov/62 -0,55 0,39 0,18 0,51 0,21 -0,71 1,43 0,78 nov/67 -0,33 -0,26 -0,74 -0,47 0,48 0,17 -0,08 -0,86dez/62 -0,65 0,71 -0,33 0,41 1,04 0,56 -0,71 -0,55 dez/67 -0,37 -0,17 -0,31 -0,31 0,14 -0,93 -0,81 -1,15jan/63 -0,64 0,69 -0,11 0,33 0,8 -1,07 0,52 -0,35 jan/68 -0,63 -0,18 -0,08 -0,19 -0,1 -0,24 -0,39 -1,06fev/63 -0,5 0,55 -0,18 0,38 0,73 0,75 2,2 -0,21 fev/68 -0,92 -0,09 -0,45 -0,23 0,36 0,5 -0,84 -0,56mar/63 0 0,27 0,28 0,41 -0,01 -1,23 0,2 0,18 mar/68 -0,6 0,11 -0,43 -0,21 0,54 -0,33 2,89 -0,54abr/63 0,14 0,44 0,35 0,42 0,09 -1,01 -0,72 -0,55 abr/68 -0,41 0,18 -0,22 -0,07 0,4 -1,06 0,15 -0,36mai/63 -0,21 0,23 0,44 0,47 -0,21 -0,5 -0,91 -0,94 mai/68 -0,57 -0,14 -0,14 0,05 0 -0,29 1,39 1,03jun/63 0,11 0,08 0,36 0,63 -0,28 -0,96 1,16 0,48 jun/68 0,1 -0,26 -0,28 -0,01 0,02 -1,02 0,66 0,06jul/63 0,93 0,06 0,28 0,6 -0,22 -0,84 -1,68 -1,65 jul/68 0,4 -0,39 0,03 0,32 -0,42 -0,83 -0,91 -0,03ago/63 0,92 0,02 0,46 0,59 -0,44 -0,95 -0,8 -1,33 ago/68 0,44 -0,26 -0,02 0,18 -0,24 -0,14 -0,36 -0,04set/63 0,78 0,06 0,22 0,39 -0,16 -1,8 -1,24 -0,8 set/68 0,05 -0,08 0,12 0,26 -0,2 0,1 1,37 -0,05out/63 0,99 0,19 0,31 0,55 -0,12 -1,94 -1,31 0 out/68 0,32 -0,14 0,17 0,27 -0,31 -0,03 -1,24 -0,41nov/63 0,94 0,18 0,54 0,63 -0,36 -1,23 -0,13 1,11 nov/68 0,85 -0,04 0,21 0,23 -0,25 2,37 0,29 1,05dez/63 1,11 0,17 0,68 0,53 -0,51 0,21 0,83 0,72 dez/68 0,8 0,22 0,31 0,32 -0,09 -0,14 -0,03 0,18jan/64 0,91 0,06 0,59 0,61 -0,53 2,65 -0,71 1,76 jan/69 1,18 0,32 0,13 0,38 0,19 0,02 -0,35 -0,36fev/64 0,45 0,19 0,2 0,39 -0,01 0,37 -1,2 1,19 fev/69 1,12 0,66 0,3 0,63 0,36 -0,78 -0,67 -1,21mar/64 -0,18 0,13 0,24 0,37 -0,11 -0,99 1,6 2,32 mar/69 0,84 1,08 0,34 0,66 0,74 -1,45 0 -0,69abr/64 -0,62 -0,05 -0,09 0,09 0,04 -0,62 0,5 0,92 abr/69 0,49 0,91 0,22 0,63 0,69 -0,37 1,77 -0,65mai/64 -0,94 0 -0,29 0,06 0,29 -0,35 1,04 1,69 mai/69 0,81 0,78 -0,04 0,46 0,82 -0,56 1,23 1,01jun/64 -0,91 0,06 -0,26 -0,03 0,32 -0,83 2,68 -0,6 jun/69 0,6 0,39 -0,32 0,15 0,71 -0,92 -0,19 0,72jul/64 -0,55 -0,07 -0,42 -0,07 0,35 -0,69 -0,77 -1,76 jul/69 0,2 0,52 -0,5 0 1,02 -0,81 0,64 0,7ago/64 -0,71 -0,08 -0,29 -0,22 0,21 -0,94 -0,24 -0,88 ago/69 0,63 0,3 -0,38 -0,01 0,68 -0,44 -0,49 0,45set/64 -1,12 -0,29 -0,78 -0,52 0,49 -1,68 -1,14 2,28 set/69 0,63 0,33 -0,42 -0,13 0,75 -0,82 -0,83 -0,74out/64 -0,76 -0,29 -0,77 -0,55 0,48 0,36 0,04 -1,68 out/69 0,85 0,23 -0,38 -0,05 0,61 -0,58 -1,27 -1,41nov/64 -1,19 -0,24 -0,78 -0,54 0,54 0,7 -0,5 -1,05 nov/69 0,73 0,41 -0,2 0,02 0,61 -0,77 -1,36 -0,8dez/64 -1,09 -0,12 -0,89 -0,48 0,77 -0,95 1,19 -0,32 dez/69 1,15 0,46 -0,39 0,16 0,85 1,11 -1,25 -2,01

(Continua)

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Apêndice B - ContinuaçãoPer Niñ3.4 ATLN ATLS ATLE ID G1 G2 G3 Per Niñ3.4 ATLN ATLS ATLE ID G1 G2 G3

jan/70 0,88 0,57 -0,63 0,06 1,2 1,14 0,26 -1,21 jan/75 -0,43 -0,22 -0,29 -0,05 0,07 0,04 0,49 -0,02fev/70 0,41 0,52 -0,58 0,1 1,1 -1,42 0,24 -1,37 fev/75 -0,36 -0,4 -0,4 -0,11 0 0,14 0,27 0,76mar/70 0,28 0,8 -0,49 0,2 1,29 -0,2 0,43 -0,96 mar/75 -0,55 -0,52 -0,19 -0,14 -0,33 0,27 0,37 0,6abr/70 0,45 0,39 -0,41 0,06 0,8 -0,34 0,81 -0,82 abr/75 -0,54 -0,47 -0,21 -0,12 -0,26 1,6 1,27 1,51mai/70 -0,07 0,47 -0,47 0,04 0,94 -1,07 -0,54 -0,4 mai/75 -0,89 -0,72 -0,03 -0,07 -0,69 0,69 0,73 0,52jun/70 -0,4 0,23 -0,65 -0,05 0,88 0,04 1,29 0,96 jun/75 -1,09 -0,58 0,08 0,1 -0,66 0,43 1,14 0,38jul/70 -0,86 -0,12 -0,36 -0,05 0,24 -0,84 0,82 0,82 jul/75 -0,94 -0,3 -0,16 0,04 -0,14 2,05 1,41 0,12ago/70 -0,88 -0,21 -0,47 -0,06 0,26 -0,18 2,26 0,65 ago/75 -1,15 -0,36 -0,15 -0,1 -0,21 0,05 0,58 1,45set/70 -1,06 -0,08 -0,31 0,09 0,23 0,39 0,78 1,39 set/75 -1,33 -0,44 -0,38 -0,19 -0,06 -0,95 0,21 0,66out/70 -1,19 -0,15 -0,55 0 0,4 -0,24 -1,3 -0,67 out/75 -1,53 -0,36 -0,38 0,04 0,02 -0,42 -0,46 0,49nov/70 -1,44 0,01 -0,41 0,08 0,42 0,39 2,29 1,61 nov/75 -1,28 -0,51 -0,31 -0,01 -0,2 0,48 -0,95 0,11dez/70 -1,84 0,03 -0,42 -0,06 0,45 -2,03 -0,77 -1,32 dez/75 -1,66 -0,28 -0,58 -0,13 0,3 -0,63 -0,14 0,01jan/71 -1,5 0,16 -0,1 0,05 0,26 -1,23 0,25 -1,11 jan/76 -1,85 -0,16 -0,54 -0,15 0,38 -0,87 -0,2 -0,21fev/71 -1,42 -0,08 -0,04 -0,05 -0,04 -1,28 0,13 -0,76 fev/76 -1,08 -0,33 -0,39 -0,14 0,06 1,37 1,43 -0,3mar/71 -1,03 -0,1 -0,09 -0,05 -0,01 -0,53 0,26 -0,75 mar/76 -0,66 -0,59 -0,59 -0,38 0 -0,76 0,85 -0,21abr/71 -1,05 -0,23 0,05 0,1 -0,28 -0,52 2,2 -0,59 abr/76 -0,69 -0,44 -0,82 -0,51 0,38 -0,27 -0,88 -0,82mai/71 -0,6 -0,36 0,4 0,35 -0,76 -0,16 0,17 1,11 mai/76 -0,54 -0,68 -0,69 -0,48 0,01 1,07 -1,09 -0,61jun/71 -0,56 -0,57 0,02 0,11 -0,59 0,38 1,29 0,5 jun/76 -0,1 -0,49 -0,81 -0,58 0,32 -0,44 0,03 1,32jul/71 -0,44 -0,51 -0,25 0,09 -0,26 0,02 -0,02 0,64 jul/76 0,13 -0,62 -0,84 -0,76 0,22 0,18 -0,19 -0,33ago/71 -0,46 -0,43 -0,22 -0,05 -0,21 -0,28 0,09 0,91 ago/76 0,37 -0,24 -0,56 -0,64 0,32 0,17 -0,99 -0,23set/71 -0,76 -0,3 -0,31 -0,05 0,01 0,14 0,01 -0,65 set/76 0,56 0,02 -0,42 -0,35 0,44 0,15 -1,08 -0,8out/71 -0,67 -0,08 -0,35 -0,01 0,27 1,52 1,58 0,3 out/76 0,98 0,19 -0,61 -0,36 0,8 1,67 -1,14 -1,35nov/71 -0,94 -0,07 -0,64 -0,3 0,57 0,69 0,03 -0,46 nov/76 0,96 -0,01 -0,56 -0,38 0,55 0,68 -1,05 -0,7dez/71 -0,86 -0,01 -0,85 -0,46 0,84 -1,26 -1,52 -1,23 dez/76 0,73 -0,34 -0,56 -0,34 0,22 -0,96 -0,77 -0,75jan/72 -0,67 -0,15 -0,13 -0,15 -0,02 -1,02 -0,18 -0,5 jan/77 0,87 -0,1 -0,34 -0,26 0,24 0,47 -0,08 0,4fev/72 -0,2 -0,27 0,01 -0,02 -0,28 -0,18 -0,34 -0,48 fev/77 0,33 -0,19 -0,24 -0,27 0,05 0,61 1,25 0,42mar/72 -0,06 -0,16 -0,16 -0,27 0 -1,07 -1,01 -0,72 mar/77 0,4 -0,17 -0,24 -0,13 0,07 -0,78 0,34 -0,02abr/72 0,4 -0,08 -0,08 -0,16 0 -0,8 -0,43 -0,68 abr/77 -0,11 -0,19 -0,11 0,04 -0,08 1,91 -0,53 0,3mai/72 0,6 -0,34 -0,09 -0,08 -0,25 -0,77 -1,42 -0,56 mai/77 0,27 -0,14 -0,14 0,01 0 1,63 0,23 0,13jun/72 0,85 -0,28 -0,05 -0,04 -0,23 -0,32 -0,75 -1,05 jun/77 0,36 0,18 -0,18 0,09 0,36 2,94 0,41 -0,06jul/72 1,09 -0,25 0,16 0,15 -0,41 2,05 0,28 0,3 jul/77 0,3 -0,2 -0,44 -0,14 0,24 0,17 0,11 0,12ago/72 1,43 -0,35 0,13 0,04 -0,48 0,68 0,07 -0,44 ago/77 0,14 -0,11 -0,15 0,06 0,04 0,23 -0,38 0,66set/72 1,22 -0,38 0,23 0,2 -0,61 0,58 -0,04 -0,12 set/77 0,32 -0,13 -0,21 0,26 0,08 0,94 0,84 0,49out/72 1,78 0,04 0,29 0,38 -0,25 0,47 -0,67 -0,79 out/77 0,71 -0,18 -0,15 0,14 -0,03 0,71 -0,04 -0,05nov/72 2,11 -0,06 0,43 0,42 -0,49 -0,74 -0,74 -0,21 nov/77 0,77 -0,09 -0,14 0,13 0,05 -0,31 -1,77 -0,87dez/72 2,14 -0,15 0,81 0,59 -0,96 0,81 0,09 1,07 dez/77 0,69 -0,19 -0,33 -0,02 0,14 0,86 0,63 -0,55jan/73 1,74 -0,2 0,7 0,56 -0,9 -0,61 -0,62 -0,08 jan/78 0,83 0,11 -0,33 0 0,44 0,61 0,6 0,65fev/73 1,29 -0,04 0,59 0,58 -0,63 0 0,25 0,98 fev/78 0,24 0,36 -0,5 -0,02 0,86 1,42 -0,27 -1,15mar/73 0,68 -0,2 0,46 0,42 -0,66 0,26 0,73 0,34 mar/78 0,22 0,3 -0,56 -0,17 0,86 0,28 -0,69 0,49abr/73 -0,15 0,02 0,74 0,55 -0,72 0,43 1,33 -0,2 abr/78 -0,46 0,53 -0,78 -0,16 1,31 0,41 -0,28 -0,08mai/73 -0,5 -0,11 0,67 0,53 -0,78 1,42 2,43 0,57 mai/78 -0,37 0,14 -0,52 -0,31 0,66 1,84 0,05 -0,48jun/73 -0,8 -0,06 0,51 0,46 -0,57 2,57 1,36 0,85 jun/78 -0,38 -0,21 -0,52 -0,32 0,31 0,92 -0,27 -0,49jul/73 -1,04 -0,13 0,53 0,58 -0,66 2,26 2,97 0,98 jul/78 -0,4 -0,22 -0,2 -0,03 -0,02 2,1 0,31 0,17ago/73 -1,05 -0,16 0,28 0,53 -0,44 0,89 1,73 0,85 ago/78 -0,58 -0,06 -0,23 0 0,17 -0,87 1,26 1,69set/73 -1,2 -0,14 0,46 0,59 -0,6 0,26 2,31 1,62 set/78 -0,44 -0,28 -0,65 -0,17 0,37 0,71 0,41 0,57out/73 -1,35 -0,27 0,42 0,58 -0,69 1,52 2,86 0,49 out/78 -0,18 -0,04 -0,47 -0,02 0,43 0,38 -0,32 0,59nov/73 -1,75 -0,16 0,44 0,44 -0,6 -0,27 0,09 -0,32 nov/78 -0,11 -0,04 -0,48 -0,04 0,44 -1,04 -1,3 -0,52dez/73 -1,9 -0,14 0,14 0,2 -0,28 0,06 0,79 1,37 dez/78 0,06 -0,22 -0,22 0,02 0 0,41 0,53 -0,18jan/74 -1,93 -0,18 0,16 0,08 -0,34 -0,23 0,32 0,36 jan/79 -0,01 0,13 -0,16 0,12 0,29 0,71 -0,33 -0,32fev/74 -1,49 -0,38 0,02 0,09 -0,4 -0,16 1,65 0,11 fev/79 0 0,28 -0,3 0,12 0,58 2,04 1,39 -0,43mar/74 -1,1 -0,58 0,04 -0,07 -0,62 1,69 0,25 1,27 mar/79 0,46 0,24 -0,41 0,07 0,65 0,03 -0,82 -0,38abr/74 -0,79 -0,9 0,24 -0,18 -1,14 1,37 0,16 -0,28 abr/79 0,2 0,4 -0,15 0,2 0,55 0,02 -0,64 -1,17mai/74 -0,94 -0,99 0,28 0,04 -1,27 0,44 0,61 1,44 mai/79 0,05 0,46 -0,1 0,17 0,56 0,02 -0,54 -0,93jun/74 -0,31 -0,75 0,17 0,13 -0,92 0,72 1,61 0,54 jun/79 0,27 0,46 -0,01 0,28 0,47 -0,72 -0,41 -0,9jul/74 -0,36 -0,46 0,31 0,28 -0,77 -0,59 0,23 0,19 jul/79 -0,24 0,23 0,02 0,31 0,21 -0,36 -1,46 -1,01ago/74 -0,4 -0,54 0,28 0,15 -0,82 0,41 0,42 -0,01 ago/79 -0,02 0,15 -0,01 0,32 0,16 3 0,94 0,55set/74 -0,45 -0,52 -0,06 -0,1 -0,46 0,78 0,85 0,3 set/79 0,86 0,14 0,21 0,42 -0,07 1,25 1,7 0,84out/74 -0,73 -0,56 -0,04 -0,05 -0,52 -0,9 -0,16 -0,5 out/79 0,27 0,16 0,01 0,34 0,15 0,26 0,66 0,38nov/74 -0,93 -0,37 0,05 0,04 -0,42 -1,23 -0,35 -0,13 nov/79 0,37 0,18 0 0,34 0,18 0,61 0,37 -0,33dez/74 -0,69 -0,48 -0,07 -0,09 -0,41 0,08 0,58 0,76 dez/79 0,56 0,2 -0,19 0,32 0,39 -0,32 0,08 -0,24

(Continua)

Page 78: RELAÇÕES ENTRE AS ANOMALIAS DE TSM DO ...mtc-m16.sid.inpe.br/.../2004/02.04.15.47/doc/publicacao.pdf“Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar a beleza de ser um eterno

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Apêndice B - ContinuaçãoPer Niñ3.4 ATLN ATLS ATLE ID G1 G2 G3 Per Niñ3.4 ATLN ATLS ATLE ID G1 G2 G3

jan/80 0,62 0,45 -0,25 0,25 0,7 1,15 0,25 -0,18 jan/85 -1,08 -0,3 0,36 0,3 -0,66 2,66 1,18 0,79fev/80 0,49 0,37 -0,38 0,16 0,75 3,11 -1,42 1,77 fev/85 -1,02 -0,31 0,42 0,24 -0,73 1,17 0,93 -0,29mar/80 0,13 0,28 -0,3 0,02 0,58 -0,66 -0,7 -0,38 mar/85 -0,92 -0,52 0,16 0,07 -0,68 0,86 -0,03 0,09abr/80 0,17 0,42 -0,04 0,17 0,46 -0,84 -0,77 -0,66 abr/85 -0,89 -0,55 0,09 0,04 -0,64 2,11 -1,17 -0,78mai/80 0,2 0,73 -0,21 0,14 0,94 -0,52 -1,46 -1,13 mai/85 -0,65 -0,57 0,11 0,06 -0,68 1,04 1,26 1,15jun/80 0,62 0,55 -0,27 0,08 0,82 -0,26 -0,35 -0,08 jun/85 -0,63 -0,27 -0,02 0,13 -0,25 0,34 0,81 0,62jul/80 0,25 0,22 -0,22 0,09 0,44 -0,37 -0,68 -0,07 jul/85 -0,38 -0,02 0,11 0,31 -0,13 0,59 0,32 -0,82ago/80 -0,11 0,32 -0,12 0,13 0,44 0,8 -0,37 0,08 ago/85 -0,2 -0,01 0,15 0,34 -0,16 0,49 0,73 0,53set/80 -0,05 0,31 -0,03 0,33 0,34 0,38 -0,08 -0,75 set/85 -0,39 -0,02 0,03 0,3 -0,05 0,93 -0,27 -0,06out/80 -0,09 0,13 -0,15 0,17 0,28 -0,43 0,19 -0,81 out/85 -0,41 -0,28 0,17 0,29 -0,45 1,82 0,12 0,24nov/80 0,09 0,06 -0,16 0,07 0,22 0,77 0,51 -0,05 nov/85 -0,32 -0,06 0,23 0,26 -0,29 0,69 0,77 0,64dez/80 0,43 0,15 -0,6 -0,14 0,75 0,34 -0,85 -0,83 dez/85 -0,37 -0,22 0,16 0,19 -0,38 2,09 2,92 1,61jan/81 -0,4 0,49 -0,18 0,19 0,67 0,61 0,87 -0,39 jan/86 -0,72 -0,4 0,08 0,06 -0,48 -0,04 -0,45 -0,48fev/81 -0,53 0,27 -0,52 -0,11 0,79 -0,58 -0,59 -0,99 fev/86 -0,75 -0,25 0,34 0,18 -0,59 0,33 -0,22 0,32mar/81 -0,23 0,79 -0,62 -0,02 1,41 0,78 -2,38 -2,45 mar/86 -0,49 -0,25 0,32 0,12 -0,57 0,62 -0,12 0,05abr/81 -0,4 0,48 -0,48 0,07 0,96 -0,71 -2,41 -1,84 abr/86 -0,25 -0,45 0,22 0,04 -0,67 0,81 -0,2 1,5mai/81 -0,3 0,56 -0,38 0,08 0,94 -0,83 -0,53 0,13 mai/86 -0,26 -0,45 0,26 0,16 -0,71 0,19 -0,62 0,24jun/81 -0,08 0,17 -0,32 0,08 0,49 0,73 -1,1 -1,3 jun/86 0,19 -0,51 0,31 0,36 -0,82 0,2 0,87 2,45jul/81 -0,43 0,26 -0,09 0,21 0,35 -0,28 0,07 0,34 jul/86 0,29 -0,43 0,13 0,23 -0,56 1,27 1,08 -0,04ago/81 -0,7 0,09 -0,23 0,18 0,32 0,76 0,38 -1,02 ago/86 0,45 -0,38 0,21 0,08 -0,59 1,81 -0,59 -0,75set/81 -0,08 0,02 0,04 0,27 -0,02 -0,83 0,96 -0,46 set/86 0,69 -0,26 0,22 0,36 -0,48 0,47 1,29 0,2out/81 0,2 -0,07 0,32 0,47 -0,39 0,38 0,31 -0,84 out/86 0,97 -0,33 0,05 0,08 -0,38 1,81 1,92 1,18nov/81 -0,1 0,2 0,33 0,58 -0,13 1,52 0,79 -0,63 nov/86 1,22 -0,16 -0,09 0,07 -0,07 -0,39 0,27 0,72dez/81 0,1 0,3 0,17 0,46 0,13 -0,4 -0,5 -0,18 dez/86 1,23 -0,65 0,04 0,04 -0,69 -0,55 -0,16 -0,17jan/82 0,21 0,17 -0,03 0,34 0,2 1,86 1,86 1,15 jan/87 1,39 -0,29 -0,02 0,07 -0,27 -0,65 -0,55 -0,27fev/82 0,01 0,03 -0,14 0,22 0,17 0,45 0,71 0,36 fev/87 1,33 -0,12 0,01 0,13 -0,13 -0,14 -1,2 -0,79mar/82 0,06 0,08 -0,11 0,26 0,19 0,51 0,02 -0,43 mar/87 1,32 0,23 0,06 0,28 0,17 0,8 -0,69 0,03abr/82 0,33 -0,12 -0,35 0,08 0,23 0,5 -0,04 0,38 abr/87 1,11 0,39 0,14 0,41 0,25 -0,59 -0,42 -0,67mai/82 0,77 0,1 -0,45 -0,02 0,55 0,17 -0,15 -0,42 mai/87 0,99 0,36 0,26 0,44 0,1 -0,05 -0,82 -1,09jun/82 1,25 0,1 -0,37 -0,15 0,47 0,11 -1,03 -1,24 jun/87 1,53 0,68 0,29 0,73 0,39 0,41 -0,64 0,35jul/82 1,02 -0,06 -0,42 -0,24 0,36 -0,02 -0,13 -0,12 jul/87 1,73 0,37 0,33 0,78 0,04 -0,54 -0,72 0,38ago/82 1,23 -0,08 -0,72 -0,22 0,64 0,51 -0,61 -0,18 ago/87 1,88 0,56 0,24 0,78 0,32 0,54 1,2 -0,29set/82 1,47 -0,06 -0,43 -0,1 0,37 2,26 -0,72 -0,64 set/87 1,75 0,42 0,21 0,56 0,21 0,57 0,57 -0,51out/82 2,05 -0,28 -0,26 -0,04 -0,02 -1,12 -0,87 -0,96 out/87 1,48 0,53 0,29 0,58 0,24 -0,52 -0,11 -1,15nov/82 2,29 -0,4 -0,33 -0,18 -0,07 -1,89 -1,28 -0,46 nov/87 1,47 0,53 0,56 0,68 -0,03 -0,25 -1,08 -0,83dez/82 2,74 -0,48 -0,19 -0,09 -0,29 -0,49 -0,64 -1,12 dez/87 1,13 0,64 0,32 0,63 0,32 -0,35 -0,51 -0,85jan/83 2,85 -0,29 0,24 0,18 -0,53 -0,19 -3,04 -1,89 jan/88 0,81 0,37 0,64 0,56 -0,27 -0,17 0,01 0,58fev/83 2,44 0,07 0,26 0,48 -0,19 0 -1,57 -1,11 fev/88 0,53 0,16 0,52 0,48 -0,36 1,23 0,71 -0,38mar/83 1,89 0,57 -0,06 0,51 0,63 0,89 -1,63 -0,9 mar/88 0,17 0,37 0,65 0,6 -0,28 0,77 0,12 0,23abr/83 1,22 0,74 -0,23 0,28 0,97 -1,27 -1,66 -0,82 abr/88 -0,36 0,33 0,57 0,63 -0,24 1,53 -0,03 0,55mai/83 1,13 0,57 -0,48 -0,06 1,05 -0,61 -1,65 -0,98 mai/88 -1,28 0,15 0,67 0,69 -0,52 0,51 1,89 0,54jun/83 0,74 0,54 -0,54 -0,12 1,08 0,27 -1,07 -0,61 jun/88 -1,38 0,45 0,65 0,85 -0,2 1,57 1,48 1,24jul/83 0,01 0,17 -0,45 -0,17 0,62 -0,04 -1,08 -1,2 jul/88 -1,51 0,43 0,49 0,81 -0,06 -0,43 1 -0,05ago/83 -0,18 0,02 -0,22 0,08 0,24 0,55 1,53 -0,06 ago/88 -1,46 0,2 0,42 0,7 -0,22 -0,4 0,37 -0,57set/83 -0,2 -0,07 -0,13 0,21 0,06 0,2 0,22 -1,33 set/88 -1,21 0,17 0,2 0,48 -0,03 -0,35 0,71 0,03out/83 -0,73 -0,31 -0,29 0,04 -0,02 0,81 0,14 -0,57 out/88 -1,98 -0,05 0,23 0,51 -0,28 1,38 1,23 -0,37nov/83 -0,93 -0,09 -0,02 0,11 -0,07 0,56 -0,77 -0,89 nov/88 -2,24 -0,06 0,08 0,45 -0,14 1,03 0,88 0,34dez/83 -0,89 0,14 0,3 0,3 -0,16 -0,26 0,32 -0,15 dez/88 -2,14 -0,2 0,22 0,43 -0,42 1,25 1,16 1,35jan/84 -0,87 0,04 0,52 0,27 -0,48 -0,76 -0,17 -0,17 jan/89 -1,98 -0,4 0,61 0,22 -1,01 0,51 0,49 0,15fev/84 -0,31 -0,06 0,57 0,36 -0,63 0,05 0,28 -0,09 fev/89 -1,36 -0,38 0,33 0,24 -0,71 0,05 0,09 -0,22mar/84 -0,28 -0,16 0,63 0,43 -0,79 0,9 0,09 0,48 mar/89 -1,24 -0,66 0,38 0,18 -1,04 1,47 0,28 -0,44abr/84 -0,29 -0,33 0,43 0,3 -0,76 2 1,34 0,79 abr/89 -1 -0,7 0,34 0,2 -1,04 1,51 0,69 0,53mai/84 -0,37 -0,33 0,28 0,19 -0,61 1,21 0,19 1,3 mai/89 -0,67 -0,69 0,35 0,26 -1,04 1,52 1,31 0,87jun/84 -0,64 -0,28 0,46 0,46 -0,74 0,18 -0,34 0,2 jun/89 -0,51 -0,25 0,27 0,5 -0,52 1,7 1,44 0,52jul/84 -0,33 -0,45 0,38 0,52 -0,83 -0,35 0,23 0,75 jul/89 -0,34 0,25 0,23 0,54 0,02 2,22 2,19 0,59ago/84 -0,36 -0,39 0,68 0,72 -1,07 1,26 2,41 0,44 ago/89 -0,37 0,41 0,42 0,72 -0,01 2,39 -0,03 0,11set/84 -0,22 -0,29 0,7 0,78 -0,99 1,67 1,78 0,32 set/89 -0,39 0 0,23 0,54 -0,23 0,28 0,3 -0,48out/84 -0,67 -0,41 0,45 0,49 -0,86 0,85 1,07 1,02 out/89 -0,34 0,03 0,19 0,59 -0,16 1,36 2,02 1,45nov/84 -1,1 -0,52 0,3 0,27 -0,82 -1 -0,32 0,19 nov/89 -0,28 0,02 -0,09 0,31 0,11 0,07 1,11 -0,01dez/84 -1,47 -0,49 0,31 0,46 -0,8 -1,05 0,2 -0,62 dez/89 -0,09 0,2 -0,35 0,12 0,55 2,73 0,65 1,33

(Continua)

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Apêndice B - ContinuaçãoPer Niñ3.4 ATLN ATLS ATLE ID G1 G2 G3 Per Niñ3.4 ATLN ATLS ATLE ID G1 G2 G3

jan/90 0,04 -0,07 -0,42 -0,02 0,35 -0,94 -0,9 -0,44 jan/95 1,04 0,06 0,16 0,51 -0,1 -0,36 -0,51 -0,34fev/90 0,26 -0,03 0,02 0,09 -0,05 0,61 0,17 -0,13 fev/95 0,76 0,01 0,44 0,49 -0,43 1,01 -1,19 0,15mar/90 0,32 -0,06 0,26 0,31 -0,32 -0,77 -0,93 -1,05 mar/95 0,48 0,15 0,73 0,63 -0,58 0,34 -1,19 -1,27abr/90 0,33 0,2 0,31 0,35 -0,11 -0,11 -1 -0,77 abr/95 0,25 0,41 0,73 0,42 -0,32 1,89 0,4 0,7mai/90 0,3 0,34 -0,02 0,16 0,36 0,64 -0,07 -0,64 mai/95 -0,04 0,55 0,56 0,62 -0,01 3,41 0,78 0,85jun/90 0,09 0,05 0,18 0,29 -0,13 0,43 0,37 0,17 jun/95 0,09 0,42 0,5 0,8 -0,08 0,01 -0,54 -0,18jul/90 0,18 0,22 -0,04 0,22 0,26 2,54 1,96 0,07 jul/95 -0,07 0,45 0,24 0,68 0,21 -0,18 -0,88 -0,94ago/90 0,35 0,19 -0,14 0,07 0,33 0,77 0,98 0,2 ago/95 -0,38 0,54 -0,05 0,31 0,59 -0,41 -1,7 -1,53set/90 0,11 0,33 0,03 0,41 0,3 1,87 -0,27 -1,15 set/95 -0,68 0,48 -0,1 0,38 0,58 -0,56 -0,3 -1,31out/90 0,38 0,33 0,15 0,5 0,18 0,75 -0,76 -0,41 out/95 -0,93 0,63 -0,13 0,37 0,76 -0,16 -0,62 -0,78nov/90 0,21 0,17 0,16 0,44 0,01 -0,31 -0,56 -0,12 nov/95 -0,86 0,65 -0,06 0,66 0,71 1,84 0,97 0,58dez/90 0,43 0,17 0,26 0,44 -0,09 0,96 0,16 -0,2 dez/95 -0,91 0,72 -0,06 0,43 0,78 0,37 0,13 -0,25jan/91 0,5 -0,04 0 0,16 -0,04 1,15 0,63 1,52 jan/96 -0,77 0,84 0,12 0,35 0,72 0,02 1,17 0,43fev/91 0,24 -0,05 -0,05 0,11 0 -0,49 -0,33 -0,44 fev/96 -0,85 0,7 0,43 0,53 0,27 -0,31 -0,3 -0,14mar/91 0,1 -0,24 0,13 0,28 -0,37 0,45 -0,57 -0,02 mar/96 -0,52 0,5 0,39 0,34 0,11 0,8 1,45 -0,01abr/91 0,3 -0,29 0,27 0,25 -0,56 0,29 -0,86 -0,85 abr/96 -0,32 0,46 0,61 0,47 -0,15 1,32 0,08 -0,26mai/91 0,59 -0,26 0,48 0,2 -0,74 1,58 -0,01 -0,16 mai/96 -0,39 0,38 0,65 0,64 -0,27 0,47 -0,18 0,02jun/91 0,87 -0,4 0,21 0,45 -0,61 0,48 0,03 0,15 jun/96 -0,17 0,19 0,64 0,68 -0,45 -0,63 -0,38 0jul/91 0,85 -0,38 -0,06 0,32 -0,32 0,01 0,44 -1,64 jul/96 0,01 0,11 0,54 0,59 -0,43 -0,1 0 -0,08ago/91 0,73 -0,38 -0,12 0,15 -0,26 -0,25 1,5 -1,08 ago/96 -0,14 0,21 0,38 0,58 -0,17 0,46 0,39 0,05set/91 0,43 -0,18 -0,3 0,15 0,12 1,54 -0,39 -1,44 set/96 -0,3 0,28 0,18 0,34 0,1 -0,62 -0,15 -0,41out/91 1,03 -0,21 -0,31 -0,01 0,1 -0,52 -0,48 0,12 out/96 -0,36 0,15 0 0,36 0,15 0,57 0,21 -0,42nov/91 1,34 -0,18 -0,44 -0,17 0,26 -0,57 -1,15 -0,67 nov/96 -0,32 -0,06 -0,11 0,13 0,05 0,75 -0,1 -0,03dez/91 1,89 -0,05 -0,03 0 -0,02 -0,59 -1,37 -1,35 dez/96 -0,45 0,16 -0,29 0,17 0,45 -1,06 -1 -0,67jan/92 1,9 -0,01 -0,13 0,06 0,12 0,13 -1,81 -0,84 jan/97 -0,55 0,36 -0,65 0,17 1,01 1,71 0,41 0,09fev/92 1,94 -0,06 -0,25 0,09 0,19 0,17 -0,89 0,41 fev/97 -0,33 0,14 -0,65 0,18 0,79 -0,97 -1,26 -1,12mar/92 1,69 -0,13 -0,51 0,06 0,38 -0,25 -0,28 -0,08 mar/97 -0,11 -0,12 -0,65 -0,02 0,53 2,69 0,15 -0,14abr/92 1,46 -0,16 -0,68 -0,29 0,52 0,09 -1,14 -0,76 abr/97 0,34 0,2 -0,79 -0,1 0,99 0,55 -0,66 -0,05mai/92 1,23 0 -0,78 -0,24 0,78 -0,32 -1,55 -1,56 mai/97 0,84 0,23 -0,81 -0,06 1,04 -0,14 -0,1 -0,69jun/92 0,52 -0,09 -0,93 -0,32 0,84 0,34 -0,6 -1,5 jun/97 1,45 0,24 -0,8 -0,17 1,04 -0,55 -2,25 -2,25jul/92 0,45 -0,04 -0,73 -0,26 0,69 0,39 -0,72 -0,97 jul/97 1,85 0,34 -0,51 -0,02 0,85 -0,8 -1,45 -1,34ago/92 -0,06 -0,09 -0,69 -0,31 0,6 0,88 0,56 -1,19 ago/97 2,14 0,27 -0,32 0,2 0,59 -0,32 0,7 0,2set/92 -0,16 -0,08 -0,59 -0,15 0,51 0,75 -0,34 -1,49 set/97 2,29 0,3 -0,05 0,18 0,35 0,13 -1,31 -1,87out/92 -0,26 -0,13 -0,7 -0,15 0,57 -0,75 -1,27 -1,49 out/97 2,64 0,63 0,45 0,62 0,18 -0,69 -0,9 -1,16nov/92 -0,01 -0,13 -0,72 -0,25 0,59 -0,04 -1,12 -0,52 nov/97 2,8 0,59 0,76 0,52 -0,17 -1,03 -0,35 -0,24dez/92 0,25 -0,23 -0,55 -0,03 0,32 0,12 -0,8 -1,25 dez/97 2,78 0,39 0,97 0,78 -0,58 -0,51 -1,62 -0,71jan/93 0,18 -0,06 -0,34 -0,02 0,28 -0,99 -0,76 -0,22 jan/98 2,59 0,39 0,88 0,84 -0,49 0,68 -0,6 0,54fev/93 0,28 -0,16 -0,24 -0,08 0,08 1,14 -0,37 -0,49 fev/98 2,17 0,64 0,6 0,96 0,04 -0,54 -1,51 -1,62mar/93 0,52 -0,17 -0,13 -0,06 -0,04 -0,8 -1,29 0,21 mar/98 1,53 0,68 0,5 0,88 0,18 -0,14 -0,63 -0,14abr/93 0,9 -0,08 0,09 0,15 -0,17 -0,23 -0,43 -0,39 abr/98 0,87 0,69 0,47 0,73 0,22 -0,96 -1,54 -0,48mai/93 1,06 0,05 -0,1 0,22 0,15 0,36 -0,89 -0,77 mai/98 0,71 0,92 0,45 0,65 0,47 0,32 -0,37 -0,42jun/93 0,79 0,07 -0,1 0,29 0,17 -0,02 -0,99 -0,94 jun/98 -0,78 0,77 0,47 0,89 0,3 -0,18 -0,65 -0,44jul/93 0,48 -0,13 -0,01 0,3 -0,12 -0,08 0,01 -1,17 jul/98 -1,14 0,84 0,57 0,71 0,27 0,4 0,41 -0,28ago/93 0,14 -0,18 -0,05 0,18 -0,13 3,11 0,1 -0,53 ago/98 -1,22 0,82 0,22 0,78 0,6 -0,14 -0,94 -0,27set/93 0,28 -0,03 0,48 0,55 -0,51 1,47 -0,28 -0,55 set/98 -1,04 0,71 0,19 0,71 0,52 0,02 0,16 -0,96out/93 0,33 -0,03 0,49 0,63 -0,52 0,49 0,22 -0,02 out/98 -1,26 0,61 0,06 0,62 0,55 0,02 -0,14 -0,96nov/93 0,39 -0,19 0,67 0,59 -0,86 0,1 0,26 0,66 nov/98 -1,33 0,48 0,23 0,72 0,25 1,03 0,23 0,54dez/93 0,29 -0,24 0,61 0,6 -0,85 0,24 -0,61 0,09 dez/98 -1,69 0,4 -0,01 0,56 0,41 -0,56 -0,63 0,25jan/94 0,08 -0,38 0,25 0,24 -0,63 0,99 0,17 1 jan/99 -1,61 -0,07 -0,2 0,34 0,13 0,16 1,06 -1,12fev/94 -0,1 -0,42 0,04 0,15 -0,46 1,04 0,19 -0,03 fev/99 -1,28 -0,04 -0,1 0,08 0,06 -0,91 0,01 -0,15mar/94 0,13 -0,44 0,28 0,29 -0,72 1,15 -0,32 0,65 mar/99 -0,89 0,04 0,1 0,28 -0,06 0,43 0,34 -0,07abr/94 0,22 -0,45 0,35 0,15 -0,8 0,46 -0,34 0,12 abr/99 -0,84 0,01 0,41 0,35 -0,4 -1,03 -0,9 -0,27mai/94 0,28 -0,53 0,26 -0,03 -0,79 1,17 -0,4 1,58 mai/99 -0,79 0,05 0,4 0,43 -0,35 -0,11 1,95 0,72jun/94 0,49 -0,59 -0,11 0,19 -0,48 3,33 0,4 1,69 jun/99 -0,9 -0,02 0,28 0,39 -0,3 -0,06 0,14 -0,03jul/94 0,28 -0,44 -0,37 0,01 -0,07 1,27 0,03 0,06 jul/99 -0,73 0,23 0,5 0,84 -0,27 -0,82 -1,24 -0,44ago/94 0,65 -0,24 -0,11 0,23 -0,13 -0,27 0,28 0,46 ago/99 -1,12 0,33 0,32 0,77 0,01 -0,83 -0,48 -0,16set/94 0,36 -0,22 -0,2 0,04 -0,02 0,2 -0,56 -0,44 set/99 -0,94 0,36 0,12 0,48 0,24 -0,67 1,56 -0,18out/94 0,9 -0,06 -0,19 0,31 0,13 0,53 0,53 0,42 out/99 -0,96 0,3 0,15 0,46 0,15 0,37 1,3 -0,15nov/94 1,36 -0,03 0,12 0,47 -0,15 0,14 0,14 -0,12 nov/99 -1,39 0,29 0,12 0,44 0,17 1,24 1,77 -0,3dez/94 1,4 -0,19 0,05 0,41 -0,24 0,18 -0,97 0,12 dez/99 -1,57 0,56 0,33 0,68 0,23 1,45 -0,54 0,53

(Continua)

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- Os valores representam: azul: abaixo da normal preto: quase normal vermelho: acima da normal

Apêndice B - ConclusãoPer Niñ3.4 ATLN ATLS ATLE ID G1 G2 G3

jan/00 -1,86 0,14 0,15 0,39 -0,01 -0,09 2,89 0,54fev/00 -1,51 -0,09 0,32 0,47 -0,41 1,18 1,01 1,04mar/00 -1,06 -0,06 0,19 0,48 -0,25 0,23 1,53 0,25abr/00 -0,67 -0,19 0,25 0,4 -0,44 0,66 1,88 0,51mai/00 -0,64 -0,17 0,25 0,47 -0,42 -0,49 -0,06 0,36jun/00 -0,46 -0,18 0,14 0,29 -0,32 -0,59 -0,64 -0,1jul/00 -0,36 -0,03 0,01 0,27 -0,04 1,31 0,34 1,96ago/00 -0,25 0,15 0,18 0,33 -0,03 -0,34 0,5 -0,4set/00 -0,43 0,02 0,08 0,23 -0,06 0,67 1,84 0,36out/00 -0,63 0,21 0,1 0,27 0,11 -0,57 -0,83 -0,13nov/00 -0,74 0,04 0,02 0,22 0,02 0,37 -0,67 -0,54dez/00 -0,88 -0,39 -0,13 0,14 -0,26 1,61 -1,02 0,37