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1 REGULAMENTO DO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SÃO FRANCISCO XAVIER FESFX CAPÍTULO I NATUREZA E FINALIDADE Art. 1º. O Sistema de Bibliotecas da Fundação Educacional São Francisco Xavier (FESFX) é um sistema de bibliotecas que tem por finalidade prestar serviços de informação e documentação à comunidade interna e externa do Colégio São Francisco Xavier, do Colégio Técnico São Francisco Xavier e da Faculdade São Francisco Xavier. Art. 2º. A missão do Sistema é promover o acesso, a disseminação e o uso da informação como apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão, contribuindo para a evolução e a produção do conhecimento. Este regulamento tem como objetivo definir normas para prestação e utilização dos serviços do Sistema de Bibliotecas, garantindo o perfeito desempenho e a qualidade de suas atividades. Parágrafo único. São considerados usuários das Bibliotecas: I os docentes e discentes de todos os segmentos de ensino da FESFX; II o pessoal técnico administrativo da FESFX; III membros da comunidade em geral. Serão inscritos como sócios os usuários que possuírem vínculo com a FESFX: docentes, discentes e servidores administrativos em exercício.

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REGULAMENTO DO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA FUNDAÇÃO

EDUCACIONAL SÃO FRANCISCO XAVIER – FESFX

CAPÍTULO I

NATUREZA E FINALIDADE

Art. 1º. O Sistema de Bibliotecas da Fundação Educacional São Francisco Xavier

(FESFX) é um sistema de bibliotecas que tem por finalidade prestar serviços de

informação e documentação à comunidade interna e externa do Colégio São

Francisco Xavier, do Colégio Técnico São Francisco Xavier e da Faculdade São

Francisco Xavier.

Art. 2º. A missão do Sistema é promover o acesso, a disseminação e o uso da

informação como apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão, contribuindo para a

evolução e a produção do conhecimento.

Este regulamento tem como objetivo definir normas para prestação e utilização dos

serviços do Sistema de Bibliotecas, garantindo o perfeito desempenho e a qualidade

de suas atividades.

Parágrafo único. São considerados usuários das Bibliotecas:

I – os docentes e discentes de todos os segmentos de ensino da FESFX;

II – o pessoal técnico administrativo da FESFX;

III – membros da comunidade em geral.

Serão inscritos como sócios os usuários que possuírem vínculo com a FESFX:

docentes, discentes e servidores administrativos em exercício.

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CAPÍTULO II

DOS OBJETIVOS

Art. 3º. São objetivos do Sistema de Bibliotecas:

• receber, organizar, processar e disseminar informações contidas em seu acervo

visando atender a consultas, estudos e pesquisas dos usuários nas áreas de

atuação da FESFX;

• oferecer serviços bibliográficos e de informação que contribuam para o

desenvolvimento do ensino, da pesquisa, da extensão e das atividades científicas e

culturais da FESFX;

• guardar, preservar e divulgar a produção técnica, científica e cultural da FESFX;

• promover a parceria com bibliotecas, centros de documentação e outros órgãos

similares;

• contribuir para o desenvolvimento da comunidade, participando das atividades de

extensão desenvolvidas pela FESFX.

CAPÍTULO III

DO RELACIONAMENTO DO SISTEMA DE BIBLIOTECAS COM A

MANTENEDORA

Art. 4º. O Sistema de Bibliotecas se relaciona com a Entidade Mantenedora (FESFX)

através da superintendência da Fundação responsável pelo gerenciamento da

instituição.

• As Bibliotecas são dependentes da Entidade Mantenedora em todos os aspec tos

da manutenção e administrativos, salvo nas questões técnicas e biblioteconômicas;

• As questões técnicas e biblioteconômicas, que importem em gastos ou quaisquer

outros ônus, dependerão da mantenedora.

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CAPÍTULO IV

DA ADMINISTRAÇÃO

SEÇÃO I

Da coordenação

Art. 5º. A administração do Sistema de Bibliotecas é exercida por um

biblioteconomista coordenador.

Art. 6º. O coordenador do Sistema de Bibliotecas deve ser portador de título de

curso superior em Biblioteconomia e Documentação e registro ativo no Conselho

Regional de Biblioteconomia.

SEÇÃO II

Das atribuições

Art. 7º. São atribuições do coordenador do Sistema de Bibliotecas:

I. Representar as Bibliotecas junto a pessoas, instituições públicas e privadas e à

Entidade Mantenedora;

II. Supervisionar todo o trabalho técnico das Bibliotecas, que deverá estar sempre

dentro das mais recentes normas técnicas da Biblioteconomia e da Documentação;

III. Planejar, orientar e supervisionar o trabalho das diversas Seções do Sistema de

Bibliotecas;

IV. Zelar pela manutenção da ordem e da disciplina no recinto das Bibliotecas,

respondendo por abuso ou omissão;

V. Cumprir e fazer cumprir as disposições do Regulamento do Sistema de

Bibliotecas, bem como normas emanadas de órgãos técnicos ligados à

Biblioteconomia e à Documentação;

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CAPÍTULO V

DO FUNCIONAMENTO

Art. 8º. O funcionamento das Bibliotecas acompanha o calendário de cada segmento

da FESFX.

De Segunda a sexta-feira:

• Biblioteca Mauricio de Sousa (BMS)

7h às 12h e 13h às 18h

• Biblioteca José Amilar da Silveira (BJAS)

7h às 12h e 13h às 18h

• Biblioteca Prof. Augusto Tavares de Rezende (BPATR)

13h às 18h30 e 19h30 às 22h

• Biblioteca da Faculdade São Francisco Xavier (BFACSFX)

13h às 22h

Parágrafo único – Os usuários poderão frequentar todas as bibliotecas.

Art. 9º. A formação e desenvolvimento do acervo serão feitos mediante indicações

dos professores, encaminhadas à coordenação do curso. O coordenador levará a

proposta à Diretoria Geral de Ensino. A coordenação do Sistema de Bibliotecas fará

a avaliação da necessidade e do número de exemplares a serem adquiridos,

conforme a Política de Desenvolvimento do Acervo.

Art. 10º. O Sistema de Bibliotecas, por intermédio de sua administração, poderá

indicar material para aquisição que julgar necessário à atualização do acervo,

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conforme levantamento de sugestões dos usuários e das decisões do Núcleo

Docente Estruturante (NDE), no caso da FACSFX.

Art. 11º. As taxas recebidas pela Tesouraria referentes à multa poderão,

dependendo da disponibilidade financeira da FESFX, ser revertidas para as

Bibliotecas.

Art. 12º. Os direitos e deveres dos funcionários das Bibliotecas estão dispostos na

Consolidação das Leis do Trabalho, pela qual se regem os respectivos contratos,

bem como nas disposições das convenções coletivas do Sindicato da categoria e

demais normas internas administrativas da FESFX, inclusive plano de carreira e

salários implantados.

CAPÍTULO VI

DAS CONSULTAS, PESQUISAS E SERVIÇOS

Art. 13º. As Bibliotecas são franqueadas ao público em geral, gratuitamente, para

consulta e uso de material bibliográfico ou não bibliográfico "in loco" observando o

seu Regulamento.

Art. 14º. O material consultado deverá ser deixado sobre a mesa de leitura.

Art. 15º. Destinam-se exclusivamente à consulta no recinto de cada Biblioteca:

• obras de referência (dicionários, enciclopédias);

• obras raras e preciosas;

• periódicos (jornais, revistas);

• materiais cartográficos (mapas, cartas geográficas, atlas);

• multimeios (fitas de vídeo, DVD, CD-ROM, CD - áudio);

• materiais não-circulantes: todo exemplar marcado com uma tarja azul na lombada.

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Art. 16º. O usuário poderá efetuar a pesquisa bibliográfica desejada, nos terminais

de consulta situados na biblioteca ou em qualquer computador ligado à internet,

através do site dos segmentos de ensino.

Parágrafo único – Não localizando o material procurado, o usuário poderá recorrer a

um funcionário de cada Biblioteca para auxiliá-lo.

CAPÍTULO VII

DO EMPRÉSTIMO

SEÇÃO I

Art. 18º. Docentes, discentes e o pessoal técnico administrativo da Fundação

Educacional São Francisco Xavier será concedido empréstimo de até 02 (dois) livros

de títulos diferentes, pelo prazo de 07(sete) dias consecutivos.

Art. 19. Será concedido empréstimo em sala de aula, ou para Xerox, pelo período

máximo de 02(duas) horas, de obras citadas no Art. 15º deste Regulamento.

SEÇÃO II

Procedimentos do empréstimo domiciliar

Art. 20. O empréstimo domiciliar de material bibliográfico e não bibliográfico será

facultado ao usuário após sua inscrição na biblioteca. O registro de funcionários e

professores, junto à biblioteca, é automático, assim como o dos alunos, a partir de

sua matrícula.

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Parágrafo único - É imprescindível a apresentação da carteira de identificação da

FESFX para usufruir de qualquer serviço prestado pela biblioteca.

Art. 21. O empréstimo é pessoal e intransferível. O usuário será responsável pela

guarda e conservação da(s) obra(s) emprestada(s) em seu nome.

Art. 22. Competirá à coordenação do Sistema de Bibliotecas, atendendo este

Regulamento, restringir ou ampliar o prazo de empréstimo, número de exemplares

ou suspender a circulação de determinadas obras, quando necessário.

SEÇÃO III

Da renovação do empréstimo

Art. 23º. A renovação do empréstimo poderá ser feita duas vezes no ato da

devolução, no balcão da biblioteca, ou através do catálogo online

(http://pergamum.csfx.com.br/pergamum/biblioteca/) se não houver reserva para a

obra em questão.

Art. 24º. A renovação não será aceita se o usuário tiver empréstimos em atraso ou

valores pendentes na biblioteca.

Parágrafo único - A renovação do empréstimo será mediante apresentação da

carteira de identificação e do material emprestado.

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SEÇÃO IV

Da devolução

Art. 25. Não é necessário que o próprio usuário devolva o material que tomou

emprestado, porém as obras retiradas dever ser devolvidas exclusivamente no setor

de empréstimo de qualquer biblioteca do Sistema.

Ao devolver uma obra, o usuário dever aguardar o procedimento de devolução, a ser

realizado pelo funcionário da biblioteca, para verificação e baixa no empréstimo.

Art. 26º. A não devolução da(s) obra(s) no prazo determinado implica em multa, no

valor de um (1) real cobrado por exemplar emprestado e por dia de atraso, incluindo

sábados, domingos e feriados. Para os alunos do Ensino Infantil e Ensino

Fundamental I, a não devolução das obras implica no bloqueio dos serviços

proporcional aos dias de atraso, não excedendo 30 dias de suspensão.

Parágrafo único – O pagamento da multa será feito na Tesouraria e a não quitação

deste débito impedirá ao usuário a retirada de qualquer material da biblioteca.

SEÇÃO V

Da reserva

Art. 27º. Só será realizada a reserva para obras que se encontrem emprestadas com

outro usuário.

No caso de haver mais de uma reserva para mesma obra, observa-se-á,

rigorosamente, a ordem cronológica das reservas.

Art. 28º. O usuário tem o prazo de 24 horas, a partir da data da devolução, para

retirada da sua reserva. Caso contrário, a reserva será, automaticamente, cancelada

e disponibilizada para os demais usuários.

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A desistência da reserva deverá ser comunicada, com antecedência, para que a

obra seja liberada ao próximo usuário da lista.

CAPÍTULO VIII

DAS SANÇÕES DISCIPLINARES

SEÇÃO I

Das multas, perdas e danos

Art. 29º. O valor da multa por atraso na devolução de obra(s) será estipulado a cada

ano letivo e cobrado conforme Art. 26º deste Regulamento.

Art. 30º. O usuário deverá indenizar a Biblioteca por perdas de obras e danos a elas

causados, sendo proibido marcá-las, dobrar páginas ou fazer anotações, arrancar

partes de livros, periódicos ou outro material.

Art. 31º. O dano ou perda de obra deverá ser comunicado imediatamente à

Biblioteca e o usuário terá um prazo de 15 (quinze) dias para repor a obra. Nesse

período, fica-lhe suspenso o empréstimo de qualquer material.

Art. 32º. A reposição de obras deverá ser feita mediante pagamento do seu valor

atualizado ou pela doação de um exemplar novo da obra perdida ou danificada.

Parágrafo único – A reposição de obras esgotadas será feita por um ou mais títulos

indicados pela Biblioteca, no valor igual ao da obra perdida.

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SEÇÃO II

Dos atos de indisciplina

Art. 33º. O usuário poderá ter sua inscrição cassada em caso de faltas cuja

gravidade comprometa a ordem dos serviços da Biblioteca, como:

• desrespeitar os funcionários da Biblioteca ou pessoas dentro do seu recinto;

• perturbar o bom andamento dos estudos, da ordem e dos trabalhos da Biblioteca,

quando não forem suficientes as advertências verbais ou escritas;

• usar trajes impróprios;

• conversar em alto tom;

• utilizar qualquer tipo de aparelhos sonoros;

• retirar os livros da ordem que se encontram nas estantes;

• cometer infrações de natureza grave ao regulamento da Biblioteca.

CAPÍTULO IX

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 34º. Nenhum material bibliográfico ou não bibliográfico pertencente à Biblioteca

pode ser utilizado para consulta ou empréstimo, antes de ser devidamente

processado, catalogado, classificado e inserido na base de dados.

Art. 35º. Os ambientes das Bibliotecas requerem silêncio, devendo o usuário zelar

para que todos possam aproveitar ao máximo o tempo destinado a leitura, estudo e

pesquisa. O usuário deve falar em tom baixo, no recinto das Bibliotecas, mesmo

quando estiver participando de atividades em grupo.

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Parágrafo único – A coordenação do Sistema de Bibliotecas reserva-se o direito de

solicitar a retirada do usuário que não aceite o pedido de ordem e silêncio, conforme

este Regulamento.

Art. 36º. Em hipótese alguma é permitido o uso de telefone celular nas

dependências da biblioteca.

Art. 37º. Não será permitida a entrada no acervo com bolsas, sacolas e mochilas,

tendo para guarda deste material o guarda-volumes.

Art. 38º. O uso do guarda-volumes é somente durante a permanência do usuário na

biblioteca.

Art. 39º. É expressamente proibido conduzir, manipular e degustar alimentos e

bebidas nas dependências da biblioteca.

Art. 40º. O uso da internet nas Bibliotecas é exclusivamente para pesquisa

acadêmica, ficando vedado o acesso a sites que não seja para esse fim.

Art. 41º. As obras retiradas das estantes devem ser deixadas sobre as mesas de

leitura para serem guardadas em suas respectivas estantes pelos funcionários da

biblioteca.

Art. 42º. Fica vedada a entrada na biblioteca com materiais esportivos e brinquedos.

Art. 43º. No final do ano letivo todo material emprestado deverá ser devolvido à

Biblioteca, para realização do inventário.

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Art. 44º. O usuário deverá notificar ao Sistema de Bibliotecas quaisquer

anormalidades notadas em publicações emprestadas ou consultadas, sob pena de

se tornar responsável por elas.

Art. 45º. A segunda via do comprovante para pagamento de multas na tesouraria

será emitida ao usuário uma única vez.

Art. 46º. Alegar desconhecer o regulamento não escusa o leitor das penalidades

constantes neste.

Art. 47º. Os casos omissos neste Regulamento serão resolvidos pelo

biblioteconomista responsável, com recurso para a superintendência da FESFX.

Ipatinga, 01 de janeiro de 2018.

___________________________

Bruno Moreira de Moraes

Biblioteconomista – CRB-6/3270

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APÊNDICE C - POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DO ACERVO DO SISTEMA

DE BIBLIOTECAS DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SÃO FRANCISCO XAVIER –

SB/FESFX

Art. 1º A política de desenvolvimento de coleções do Sistema de Bibliotecas tem o

objetivo de delinear e implementar critérios para o desenvolvimento e atualização de

coleções das suas bibliotecas.

DA INSTITUICAO E SEUS FINS

Art. 2º Sistema de Bibliotecas da FESFX está hierarquicamente à superintendência

da Fundação Educacional São Francisco Xavier (FESFX) e é integrada por quatro

bibliotecas: Biblioteca da Faculdade São Francisco Xavier, Biblioteca Professor

Augusto Tavares de Rezende, Biblioteca José Amilar da Silveira e Biblioteca

Mauricio de Sousa.

§1º É tecnicamente responsável pelo provimento de informações necessárias

ao desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão da

FESFX.

§2º É responsável pela coordenação, administração e divulgação dos

recursos informacionais das bibliotecas da FESFX.

DOS OBJETIVOS

Art. 3º Servir como instrumento para planejar e acompanhar, de forma padronizada

e segura, o desenvolvimento do acervo, or ientando a tomada de decisão quanto aos

materiais que devem ser adquiridos, mantidos ou descartados pela biblioteca.

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DA CONSTITUIÇÃO DAS COMISSÕES DE BIBLIOTECAS DO SB/ FESFX

Art. 4º Cada biblioteca deverá incorporar este documento como sua política de

desenvolvimento do acervo, de acordo com as especificidades da área em que atua

e em consonância com as diretrizes de desenvolvimento de acervos das bibliotecas

do SB/ FESFX.

Parágrafo único. A política a que se refere este artigo deve ser aprovada por sua

comissão de biblioteca.

Art. 5º Cada biblioteca do SB/ FESFX deverá constituir uma comissão designada

pela superintendência da FESFX e, com validade de dois anos, respeitando as

especificidades dos respectivos regulamentos, devendo apresentar no mínimo, a

seguinte composição:

I – bibliotecário na qualidade de membro-nato e coordenador;

II – 01 (um) servidor docente;

III – 01 (um) representante discente;

IV – 01 (um) funcionário do administrativo.

Parágrafo único. Para a FACSFX, no que se refere a aquisição de bibliografias

básicas e complementares dos cursos, a comissão será o Núcleo Docente

Estruturante.

Art. 6º Compete à comissão:

I - assessorar a biblioteca em assuntos relacionados à seleção e aquisição do

acervo bibliográfico, objetivando o equilíbrio e a consistência do seu acervo;

II - avaliar e definir o material para descarte e/ou remanejamento;

III - manter imparcialidade na seleção;

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IV - aprovar ou não a incorporação ao acervo do material bibliográfico recebido por

doação e/ou permuta.

Art. 7º Compete ao bibliotecário:

I - presidir as reuniões da comissão, resolver questões de ordem e exercer o voto

comum e, em caso de empate, o voto de qualidade;

II - planejar, acompanhar a aquisição e manter a comissão informada sobre o

andamento do processo;

III - manter a comissão atualizada sobre os novos lançamentos na área de interesse

da biblioteca;

IV - receber e ordenar por data, as sugestões encaminhadas;

V - pesquisar no acervo da biblioteca a existência ou não do título sugerido para

aquisição, anotando o número de exemplares existentes, para fundamentar a

decisão da comissão.

Art. 8º Compete aos membros da comissão:

I - participar das reuniões e decisões da comissão;

II - manter-se atualizado sobre o acervo existente na biblioteca e sobre os interesses

bibliográficos da comunidade a que serve;

III - analisar, selecionar e priorizar os materiais bibliográficos constantes das listas

de sugestões;

IV - auxiliar o bibliotecário na avaliação da coleção da biblioteca.

§ 1º Em todos os casos, os procedimentos deverão estar de acordo com a

política de acervo do SB/ FESFX e da política interna da unidade em vigor.

§ 2º A comissão reunir-se-á, após convocação da coordenação da biblioteca,

quando necessário.

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DA FORMAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E ATUALIZAÇÃO DO ACERVO

Art 9º A seleção de materiais é o processo decisório fundamentado no controle

bibliográfico de documentos em oferta, que de acordo com as necessidades da

comunidade acadêmica, determina as melhores opções para a aquisição. O

processo de seleção deverá ser efetuado pela comissão de biblioteca.

Art. 11º Compete ao bibliotecário utilizar os seguintes critérios de seleção:

I - adequação do material aos objetivos da FESFX;

II - adequação ao currículo acadêmico;

III - qualidade técnica do conteúdo;

IV - autoridade do autor ou corpo editorial;

V - atualidade da obra;

VI - demanda comprovada;

VII - acessibilidade do idioma;

VIII - escassez de material sobre o assunto nas coleções das bibliotecas;

IX - conveniência do formato e compatibilização com equipamentos existentes;

X - relevância histórica;

XI - valor efêmero ou permanente;

XII - áreas de abrangência do título;

XIII - qualidade visual e auditiva de materiais especiais;

XIV - condições físicas da obra;

XV - custo da obra;

XVI - adequação ao número de usuários.

Art. 12º Para a Faculdade São Francisco Xavier (FACSFX), a seleção qualitativa tem

o objetivo de garantir a qualidade do processo de seleção do acervo bibliográfico.

Devem-se considerar os seguintes aspectos:

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I - solicitar, periodicamente, aos colegiados de graduação e de pós-graduação as

bibliografias básicas atualizadas das disciplinas, pelos docentes;

II - avaliar as sugestões apresentadas pelo corpo discente;

III - considerar as necessidades específicas de cursos em fase de implantação ou de

reformulação curricular;

IV - conhecer e contemplar as linhas de pesquisas da unidade acadêmica à qual a

biblioteca está vinculada;

V - buscar a atualização de formatos e suportes, tendo em vista o acesso e a

longevidade dos materiais bibliográficos;

VI - manter atualizadas as obras de referência impressas ou eletrônicas;

VII - considerar sugestões de assinatura de periódicos eletrônicos;

VIII - títulos com conteúdos de caráter informativo e jornais devem, também, ser

avaliados pela comissão de bibliotecas, levando-se em conta a sua demanda.

Art. 13º Para a FACSFX, a seleção quantitativa deve seguir o parâmetro

estabelecido pelo MEC, que no processo de reconhecimento de cursos prevê

bibliografia básica em quantidade suficiente para atender o número de alunos

inscritos na unidade.

Art. 14º Duplicação de títulos, que não sejam da bibliografia básica, será

determinada pela demanda de cada item em particular, levando em consideração a

transitoriedade para evitar a duplicação de títulos irrelevantes.

DA AQUISIÇÃO DE MATERIAIS BIBLIOGRÁFICOS

Art. 15º Processo de agregação de material bibliográfico por meio de compra,

doação ou permuta, com o objetivo de manutenção e atualização da coleção, para

apoiar o ensino, a pesquisa e a extensão da FESFX.

DA COMPRA

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Art. 16º A verba destinada à aquisição de material bibliográfico para suprir as

necessidades dos segmentos de ensino da FESFX, prevista no orçamento da para o

Sistema de Bibliotecas.

Art. 17º O processo de compra deverá envolver os setores de compras da Fundação

São Francisco Xavier (FSFX). O bibliotecário deve elaborar as listagens de títulos

para a serem adquiridos, solicitar a compra pelo software TASY e acompanhar todas

as etapas do processo.

DA DOAÇÃO

Art. 18° O Sistema de Bibliotecas é responsável ainda pelo recebimento das

doações feitas à FESFX por pessoas jurídicas e físicas.

Art. 19º No que se refere a esse documento consideram-se as seguintes origens

para efeito de doações:

I - publicações não comercializadas;

II - coleções particulares e/ou especiais;

III - publicações doadas por pessoas físicas e/ou jurídicas.

Art. 20º As aquisições por doação e/ou permuta de obras de interesse da biblioteca

devem ser incentivadas, principalmente no que se refere às publicações não

comercializadas e às governamentais. Para tanto, as obras que já estão disponíveis

nas bases de dados de acesso livre não devem ser incorporadas ao acervo.

Art. 21º As doações de pessoas físicas e de coleções particulares e/ou especiais

podem ser recebidas pelas bibliotecas, caso haja interesse da instituição, devendo o

doador assinar o termo de doação adotado pelo SB/FESFX.

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Art. 22º As bibliotecas poderão recusar doações que não atendam aos critérios já

estabelecidos de seleção qualitativa e quantitativa para incorporação ao acervo, bem

como doações com restrições de exigência de local especial ou uso restrito.

Art. 23º No termo de doação de coleções particulares e/ou especiais deve ser

informado o tratamento que será dado ao acervo.

Art. 24º Doações consideradas qualitativa e/ou quantitativamente importantes para a

FESFX e que possuírem exigências específicas para sua incorporação ao acervo

deve, obrigatoriamente, ser submetidas à comissão de bibliotecas para emissão de

parecer e encaminhado para decisão da instituição.

Art. 25º A seleção para recebimento de doações deve seguir os critérios expostos

nos artigos 12º e 13º desta Política.

§ 1º A incorporação das obras doadas somente será efetivada após pré-

seleção pelo bibliotecário e ciência da comissão de bibliotecas.

§ 2º Para fins de patrimônio, toda obra, mesmo recebida por doação, deve ter

um valor atribuído em moeda corrente no país.

§ 3º As obras doadas que não forem de interesse da biblioteca podem ser

descartadas, doadas ou permutadas com outras instituições.

DA PERMUTA

Art. 26º Consiste na troca de publicações editadas por instituições similares,

podendo ser comercializadas ou não, e que atendam ao interesse das bibliotecas

envolvidas. Parágrafo único. A permuta deverá adotar os mesmos critérios para

seleção de materiais bibliográficos e especiais.

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PRESERVAÇÃO DO ACERVO

Art. 25º A preservação é o conjunto de atividades destinadas a garantir a

permanência dos acervos bibliográficos, atuando sobre as circunstâncias ambientais

em que estes se encontram, por meio de ações de conservação e/ou restauração.

Art. 26º A conservação é o conjunto de atividades que consiste em adotar medidas

para que determinado bem sofra o menor número de alterações durante o maior

tempo possível.

Art. 27º A restauração é uma intervenção especializada que tem por objetivo

melhorar a eficácia material, simbólica e histórica de determinado bem.

DA CONSERVAÇÃO DO ACERVO CORRENTE DO SB/FESFX

Art. 28º Compete ao Sistema de Bibliotecas:

I - estabelecer a política educacional junto aos usuários, promovendo campanhas

para o uso consciente do acervo;

II - orientar ações padronizadas para as práticas de conservação a serem adotados

nas oficinas de reparos das bibliotecas das unidades.

Art. 29º Compete ao bibliotecário:

I - divulgar o material das campanhas de preservação;

II - orientar adequadamente as equipes técnicas que trabalham com o acervo sobre

o seu manuseio, armazenamento, segurança, transporte e limpeza;

III - manter o acervo em boas condições de uso e conscientizar os usuários, através

de campanhas, sobre a forma adequada de utilização e transporte das obras;

IV - zelar pelas boas condições prediais, visando evitar sinistros.

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§ 1º Recomenda-se a criação de oficinas de pequenos reparos sob a

responsabilidade de um profissional capacitado, para que sejam executadas

pequenas intervenções dentro da própria biblioteca.

§ 2º Nenhum reparo deve ser feito em livros datados até 1950.

a) deve ser colocada capa dura em todos os livros;

b) usar papelão cinza na espessura 0,3 mm;

c) sempre que possível, a capa brochura original (frente e costas) – se estiver em

bom estado – deve ser colada sobre a capa dura (frente e costas) e deverá ser feita

a encadernação com plástico vulcabrilho 0,15mm sobre ela;

d) se não for possível utilizar a capa brochura, o revestimento da capa deverá ser

feito com sintético de boa qualidade - Kreflex ou similar - nas cores determinadas

pela biblioteca;

e) as orelhas que contiverem informação devem ser coladas sobre a folha de guarda

na parte de dentro da capa, observando a ordem que estava no livro; quando o livro

vier com informação como tabela, glossário, fórmula e outros na contra capa, e ela

não tiver condição de ser preservada, deverá ser tirada cópia legível e incluir na

encadernação.

III – as folhas de guarda devem ser duplas em papel apergaminhado - sulfite 150

gramas alcalino.

IV – a gravação deve ser em dourado com o nome do autor e título na lombada,

segundo norma da ABNT, conforme definido abaixo:

a) nome completo do autor(res), conforme listagem encaminhada, se for preciso

reduzir por falta de espaço, nunca abreviar o primeiro e o último nome;

b) título completo em caixa alta, conforme listagem encaminhada, se não couber

deve-se reduzir a fonte da letra para a inclusão do título completo;

c) na borda inferior da lombada do livro, deixar reservado um espaço de 50 mm (5

cm) para inclusão de etiqueta destinada à localização do documento no acervo;

d) as lombadas devem ser gravadas no sentido vertical de cima para baixo;

e) o título deve ser gravado no mesmo sentido usado para a impressão do nome do

autor.

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V - folhas soltas e/ou faltantes:

a) no caso de haver folhas soltas no livro, elas devem ser incluídas na

encadernação, respeitando a paginação e o layout do livro;

b) no caso de haver folhas faltantes, as mesmas deverão ser incluídas na

encadernação respeitando a paginação e o layout do livro;

c) é responsabilidade do encadernador tirar cópia legível das folhas faltantes e

inclui-la na encadernação, requerendo o exemplar original à biblioteca solicitante.

VI – caso a costura original se apresente fragilizada, deve ser realizado o

desmanche total e efetuar nova costura, seguindo o modelo original de forma a

garantir a perfeita abertura do livro;

VII - em caso de encadernação de folhas soltas, caso o original não seja costurado

em cadernos, realizar costura de “pontinhos” ou “espinha de peixe”;

VIII - não será aceita a costura “amarrada”;

IX - as costuras que podem ser efetuadas são: a costura simples para livros finos e

com boa margem, ou margem larga e a costura espinha de peixe para livros grossos

e com pouca margem;

X - para o encaixe deixar espaço suficiente que permita abertura completa do livro

sem forçar as guardas;

XI - não deve cortar e nem raspar as margens do livro, do contrário, raspar o mínimo

possível;

XII - o dorso deve ser reforçado com tecido fino (morim) - em caso de livros muito

espessos, usar reforço em papel Kraft no dorso para sustentação na posição vertical

sem forçar o corpo do livro para frente na estante;

XIII - em caso de livros com mais de 3 cm de lombada, o tecido a ser colado deve ter

o tamanho da lombada, mais 3 cm para a frente e mais 3 para a parte de trás;

XIV - o cabeceado padrão deve ser de algodão e listado nas cores: vermelho e

branco, verde e branco, azul marinho e branco, azul claro e branco e preto e branco,

de acordo com a cor da capa. Pode, também, ser de tecido de algodão xadrezinho

vermelho ou o viés de algodão.

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XV - em caso de obra danificada por erro do encadernador, o fornecedor

responsável deverá repor outro exemplar com o mesmo título, edição igual ou

superior e para os casos de obra esgotada no mercado, deverá repor título indicado

pelo bibliotecário;

XVI - os livros encadernados deverão vir carimbados na guarda de trás, parte

inferior, com nome da empresa encadernadora mês e ano da encadernação.

Parágrafo único. A empresa encadernadora deve oferecer garantia total dos serviços

prestados.

DAS COLEÇÕES ESPECIAIS

Art. 30º Considera-se como coleções especiais os acervos formados por uma

temática desenvolvida por colecionadores e/ou pela biblioteca – que apresentem

valor patrimonial para a FESFX e, consequentemente, atendam às demandas de

ensino, pesquisa e extensão.

Art. 31º Devem compor o patrimônio bibliográfico do SB/FESFX livros raros, livros

antigos, livros preciosos e livros especiais. Tais categorias apresentam igualdade de

valor patrimonial e devem ser preservados.

Art. 32º Considera-se para o SB/FESFX:

I - livro raro é aquele que consta em catálogos de raridade bibliofílica e bibliográfica

e que possui escassez comprovada por meio de pesquisa;

II - livro antigo é toda publicação datada até o ano de 1899;

III - livro precioso é aquele que por sua característica material e/ou temática

apresenta valor patrimonial;

IV - livro especial é aquele que está inserido em uma coleção especial; e/ou aquele

que representa a memória da Universidade; e/ou aquele livro que possui valor

histórico para o país.

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Art. 33º As coleções especiais têm por missão preservar o patrimônio bibliográfico e

documental de determinada área, com vistas ao acesso à comunidade interna e

externa da FESFX.

Art. 34º A identificação de livros especiais, raros e antigos deve ser feita por meio

de:

I - pesquisa bibliográfica;

II- análise material;

III - pesquisa histórica.

DA AVALIAÇÃO DO ACERVO

Art. 35º A avaliação do acervo visa formar e manter um acervo atualizado, completo

e adequado às necessidades dos usuários, evitando lacunas, duplicidades,

obsolescências e outros. É um processo usado para determinar a adequação e o

valor da coleção em função dos objetivos da biblioteca e da instituição,

possibilitando traçar diretrizes quanto à aquisição, à acessibilidade e ao descarte.

Parágrafo único. A avaliação quantitativa (tamanho e crescimento) e qualitativa

(análise do uso real) dos materiais bibliográficos são condições essenciais para o

planejamento do desenvolvimento do acervo, pois só através delas é possível

conhecer com exatidão a coleção existente e a demanda de sua utilização.

Art.36º Como instrumento principal de avaliação de acervo, controle bibliográfico e

patrimônio, a cada dois anos, a biblioteca da unidade deverá adotar o inventário

bibliográfico.

Art.37º A avaliação do acervo deverá ser realizada sempre que se julgar necessário

ou com periodicidade pré-estabelecida e será de responsabilidade do corpo técnico

da biblioteca e da comissão de bibliotecas.

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Art.38º Determina-se que por ocasião da realização do inventário, a avaliação do

acervo seja apresentada, em forma de relatório e/ou estudo bibliométrico,

juntamente com o relatório final deste inventário à superintendência da FESFX.

Art.39º Para as coleções especiais e obras raras a avaliação do acervo deve ser

apresentada em forma de análise bibliológica e das condições físicas dos

exemplares, juntamente com o relatório final do inventário à superintendência da

FESFX.

.

Art.40º A avaliação deve seguir os seguintes critérios:

I – distribuição percentual do acervo por área;

II – quantidade de exemplares por aluno matriculado;

III – estatística de uso dos materiais bibliográficos;

IV – análise das bibliografias básicas e recomendadas.

DO DESBASTAMENTO E DESCARTE

Art.41º Desbastamento é o processo contínuo e sistemático, visando manter a

qualidade do acervo, a economia de espaço e de recursos financeiros nas

bibliotecas, procedendo à retirada de material bibliográfico.

Art.42º No processo de descarte, a equipe da biblioteca, fundamentada nos projetos

de pesquisa e ensino em vigor na instituição, deve compilar uma lista do material a

ser descartado para ser apresentada à comissão da biblioteca, para fins de doação

ou eliminação, devendo obedecer aos seguintes critérios:

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I - inadequação: obras que por modificações ou alterações dos programas de ensino

e/ou pesquisa não apresentem mais interesse para a instituição. Inclui também

obras incorporadas ao acervo sem uma seleção prévia;

II - desatualização: obras cujo conteúdo já foi superado ou atualizado por novas

edições. Devem-se manter, no máximo, dois exemplares na coleção, como valor

histórico;

III - desuso: obras que não são consultadas, depois de um determinado tempo;

IV - duplicidade: número excessivo de exemplares de um mesmo título em relação à

demanda, observando-se uma quantidade mínima no acervo, de acordo com as

normas estabelecidas pelo MEC;

V - desgaste: obras danificadas, em condições físicas irrecuperáveis (sujas,

deterioradas, infectadas, infestadas, rasgadas e outros) pelo excesso de uso e sem

condições de reparo;

VI - periódicos que não são da instituição e que já estejam nas bases de dados de

acesso livre;

VII - periódicos não correntes e que não apresentem demanda; VIII - periódicos de

divulgação geral;

IX - periódicos de interesse temporário; X - periódicos recebidos em duplicata.

DO REMANEJAMENTO

Art.43º Remanejamento é o processo de retirada de títulos ou partes da coleção

para outros locais e/ou outras unidades, obedecendo aos seguintes critérios:

I - os títulos históricos de interesses para outras bibliotecas;

II - títulos não utilizados durante os últimos anos;

DA BAIXA

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Art.44º Baixa patrimonial é a operação em que o bem patrimonial obsoleto,

inutilizado, extraviado, de utilização ou recuperação antieconômica, destruído, em

desuso ou alienado é excluído do estoque ou do cadastro patrimonial e,

contabilmente, gera registro de diminuição do saldo da conta patrimonial.

Art.45º O processo de baixa do material bibliográfico, que possui registro patrimonial

na base de dados, deverá atender a pelo menos um dos seguintes critérios:

I - obsolescência;

II - inservibilidade;

III - extravio.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art.50º Está política terá validade de dois anos e deverá ser atualizada, conforme

necessidade.

Art.51º Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria da Biblioteca Universitária.

A presente política entra em vigor nesta data.

Ipatinga, 01 de janeiro de 2018.

___________________________ Bruno Moreira de Moraes

Biblioteconomista – CRB-6/3270

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