regulamento de exploraÇÃo dos portos · portuárias dos portos organizados de paranaguá e...

28
Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr. Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected] Conselho de Autoridade Portuária dos Portos de Paranaguá e Antonina REGULAMENTO DE EXPLORAÇÃO DOS PORTOS CAPÍTULO I DO OBJETO E ABRANGÊNCIA Art. 1º - O objetivo do presente Regulamento é estabelecer as regras básicas de funcionamento dos portos organizados de Paranaguá e Antonina, que deverão ser obedecidas por todos que exercem suas atividades no âmbito das instalações sob gestão direta da Autoridade Portuária . Art. 2º - As instalações de uso privativo e Público sob gestão privada obedecerão, no que lhes couber, as disposições do presente Regulamento. Art. 3º - Os serviços, as atividades e as fainas nas áreas dos Portos Organizados de Paranaguá e Antonina, ligadas à guarda e à movimentação de cargas do comércio marítimo e o uso de benefícios ou de facilidades próprias e inerentes à atividade portuária, serão regidos pelas condições estipuladas neste Regulamento. Art. 4º - O presente Regulamento tem por precípua finalidade estabelecer condições, meios e modos que permitam o mais amplo desenvolvimento das atividades portuárias dos Portos Organizados de Paranaguá e Antonina, inclusive com a constante busca por excelência. Art. 5º - O presente Regulamento poderá ser alterado pelo Conselho de Autoridade Portuária -CAP, sempre que se fizer necessário.

Upload: nguyentram

Post on 22-Jan-2019

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

REGULAMENTO DE EXPLORAÇÃO DOS PORTOS

CAPÍTULO IDO OBJETO E ABRANGÊNCIA

Art. 1º - O objetivo do presente Regulamento é estabelecer as regras básicas defuncionamento dos portos organizados de Paranaguá e Antonina, que deverão serobedecidas por todos que exercem suas atividades no âmbito das instalações sobgestão direta da Autoridade Portuária .

Art. 2º - As instalações de uso privativo e Público sob gestão privada obedecerão, noque lhes couber, as disposições do presente Regulamento.

Art. 3º - Os serviços, as atividades e as fainas nas áreas dos Portos Organizados deParanaguá e Antonina, ligadas à guarda e à movimentação de cargas do comérciomarítimo e o uso de benefícios ou de facilidades próprias e inerentes à atividadeportuária, serão regidos pelas condições estipuladas neste Regulamento.

Art. 4º - O presente Regulamento tem por precípua finalidade estabelecer condições,meios e modos que permitam o mais amplo desenvolvimento das atividadesportuárias dos Portos Organizados de Paranaguá e Antonina, inclusive com aconstante busca por excelência.

Art. 5º - O presente Regulamento poderá ser alterado pelo Conselho de AutoridadePortuária -CAP, sempre que se fizer necessário.

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

CAPÍTULO IIDAS DEFINIÇÕES E COMPETÊNCIAS

Art. 6º - Nos termos da Lei n. 8.630/93 consideram-se :

I) - PORTO ORGANIZADO: aquele construído e aparelhado para atenderas necessidades da navegação, movimentação e armazenagem demercadorias , concedido ou explorado pela União, cujo tráfego e operaçõesportuárias estejam sob a jurisdição de uma Autoridade Portuária;

II) OPERAÇÃO PORTUÁRIA: a movimentação e armazenagem demercadorias destinadas ou provenientes de transporte AQUAVIÁRIO,realizadas no porto organizado por operadores portuários;

III) OPERADOR PORTUÁRIO: a pessoa jurídica pré-qualificada paraexecução de operação portuária na área do Porto Organizado;

IV) ÁREA DO PORTO ORGANIZADO: a compreendida pelas instalaçõesportuárias, quais sejam, ancoradouros, docas, cais, pontes e pier deatracação e acostagem, terrenos, armazéns, edificações e vias decirculação interna, bem como pela infra estrutura de proteção e acessoAQUAVIÁRIO ao porto tais como: guias-correntes, quebra-mares, eclusas,canais, bacias de evolução e áreas de fundeio que devem ser mantidas emperfeitas condições de uso pela Administração do Porto;

V) INSTALAÇÃO PORTUÁRIA DE USO PRIVATIVO: a exploração porpessoa jurídica de direito público ou privado, dentro ou fora da área doporto, utilizada na movimentação e ou armazenagem de mercadoriasdestinadas ou provenientes de transporte AQUAVIÁRIO.

Art. 7º - Compete à APPA, dentro dos limites da área dos portos de Paranaguá eAntonina, nos termos como disposto na Lei 8.630/93 :

I) assegurar, ao comércio e à navegação, o gozo das vantagensdecorrentes do melhoramento e aparelhamento do porto (art.33,1,II);

II) fiscalizar a execução ou executar as obras de construção, reforma,ampliação, melhoramentos e conservação das instalações portuárias, nelas

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

compreendidas a infra-estrutura de proteção e de acesso AQUAVIÁRIO aoporto ( art.33,1,VI);

III) fiscalizar as operações portuárias, zelando para que os serviços serealizem com regularidade, eficiência, segurança e respeito ao meioambiente ( art.33,1,VII);

IV) adotar as medidas solicitadas pelas demais autoridades do porto, noâmbito das respectivas competências ( art.33,1,VIII);

V) organizar e regulamentar as atividades da guarda portuária, a fim deprover a vigilância e segurança do porto (art.33 ,1, IX);

VI) promover a remoção de cascos de embarcações visíveis ou invisíveisque possam prejudicar a navegação de acesso ao porto (art.33 ,1,X);

VII) autorizar, previamente ouvidas as demais autoridades do porto, aentrada e a saída, inclusive a atracação e desatracação, o fundeio e otráfego de embarcações na área do porto, bem como a movimentação decarga das mesmas, ressalvada a intervenção da Autoridade Marítima namovimentação considerada prioritária em situações de assistência esalvamento de embarcação ( art. 33,1,XI);

VIII) suspender operações portuárias que prejudiquem o bomfuncionamento do porto, ressalvados os aspectos de interesse daAutoridade Marítima responsável pela segurança do tráfego aquaviário (art.33 ,1,XII );

IX) lavrar autos de infração e instaurar processos administrativos, aplicandoas penalidades previstas em lei, ressalvados os aspectos legais decompetência da União, de forma supletiva, para os fatos que serãoinvestigados e julgados conjuntamente (art. 33,1,XIII);

X) estabelecer o horário de funcionamento no porto, bem como asjornadas de trabalho no cais de uso público (art. 33,1,XV).

Art. 8º - Sob a coordenação da Autoridade Marítima :

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

I) estabelecer, manter e operar balizamento do canal de acesso e da baiade evolução do porto (art. 33,5,I,“a”).

II) delimitar as áreas de fundeadouro para carga e descarga, de inspeçãosanitária e de polícia marítima, bem como as destinadas às plataformas edemais embarcações especiais, navios de guerra e submarinos, navios emreparo ou aguardando atracação e navios com cargas inflamáveis,explosivas ou perigosas, conforme definidas em capítulo próprio desteregulamento (art. 33, 5,I, “b” );

III) estabelecer e divulgar o calado máximo de operação dos navios, emfunção dos levantamentos batimétricos, efetuados sob a suaresponsabilidade (art. 33, 5,I,“c”);

IV) estabelecer e divulgar o porte bruto máximo e as dimensões máximasdos navios que irão trafegar, em função das limitações e característicasfísicas do cais do porto ( art.33,5,I,“d”).

Art.9º - A Autoridade Marítima responsável pela segurança do tráfego pode intervirpara assegurar ou garantir aos navios da Marinha do Brasil a prioridade paraatracação no porto (art.33, 3º).

Art. 10º - A Autoridade Aduaneira, nos portos organizados, será exercida nos termosda legislação específica.

Parágrafo único: - No exercício de suas atribuições a Autoridade Aduaneiraterá livre acesso a quaisquer dependências do porto e às embarcaçõesatracadas ou não, bem como aos locais onde se encontram mercadoriasprocedentes do exterior ou a ele destinadas podendo, quando julgarconveniente, requisitar papéis, livros e outros documentos, inclusive,quando necessário, o apoio de força pública federal, estadual ou municipal(art.36, 2º).

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

CAPÍTULO IIIDAS ÁREAS DOS PORTOS ORGANIZADOS

Art. 11 - As áreas dos portos organizados , delimitados pelo Ministério dosTransportes, através das portarias nº 206 e 207/94 , são as seguintes:

I - Porto de Paranaguá

a)- Pelas instalações portuárias terrestres existentes na Baía de Paranaguá, desdePontal do Sul estendendo-se até a foz do Rio Nhundiaquara, abrangendo todos oscais, docas, pontes e piers de atracação e de acostagem, armazéns , silos, rampasro-ro, pátios, edificações em geral, vias internas de circulação rodoviárias eferroviárias e ainda os terrenos e ilhas ao longo dessas faixas marginais e em suasadjacências, pertencentes à União, incorporadas ou não ao patrimônio do Porto deParanaguá ou sob sua guarda e responsabilidade.

b) - Pela infra-estrutura de proteção e acessos aquaviários, tais como áreas defundeio, bacias de evolução, canais de acesso da Galheta, Sudeste , do Norte eáreas adjacentes a estes, até as margens das instalações terrestres do portoorganizado, conforme definido no item “a” , existentes ou que venham a serconstruídas e mantidas pela Administração do Porto ou por qualquer outro Órgão doPoder Público.

II - Porto de Antonina:

a)- Pelas instalações portuárias terrestres existentes na Baía de Paranaguá, desde aFoz do Rio Nhundiaquara estendendo-se até a Ponta Graciosa, abrangendo todos oscais, docas, pontes, piers de atracação e de acostagem, armazéns , silos , rampasro-ro, pátios , edificações em geral, vias internas de circulação rodoviárias eferroviárias e ainda os terrenos e ilhas ao longo dessas faixas marginais e em suasadjacências , pertencentes à União, incorporadas ou não ao patrimônio do Porto deAntonina ou sob sua guarda e responsabilidade.

b)- Pela infra-estrutura de proteção e acessos aquaviários compreendendo além dosmolhes Oeste e Leste , as áreas de fundeio , bacias de evolução, canal de acesso eáreas adjacentes a este, até as margens das instalações terrestres do portoorganizado, conforme definida no item “a”, existentes ou que venham a ser

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

construídas e mantidas pela Administração do Porto ou outro Órgão do PoderPúblico.

CAPÍTULO IVDA EXPLORAÇÃO COMERCIAL DO PORTO

Art. 12 - A exploração comercial do porto será feita conforme os preceitos aquielencados e em estrito cumprimento dos termos da legislação em vigor.

Art. 13 - A exploração comercial do porto será feita tendo em conta a permanentebusca do desenvolvimento econômico, da eficiência na execução dos serviços, daconstante busca da eficácia e do atendimento às necessidades ou preferências dasociedade.

Parágrafo único:- Por exploração comercial do porto entende-se o empregoe uso de meios inerentes à atividade portuária em geral na geração devalores pecuniários ou de receita financeira.

Art. 14 - Além de todos os demais condicionantes e indicativos, a exploraçãocomercial do porto será feita em atendimento aos princípios éticos, a preceitos nãodiscriminatórios e ao tratamento isonômico com todos os entes e seres queparticipem ou tenham ligação com as atividades que embasam a referida exploração.

Art. 15 - No desenvolvimento das atividades correspondentes a Administração doPorto, os titulares dos Arrendamentos das Instalações Portuárias e os OperadoresPortuários, deverão adotar procedimentos que preservem os princípios da livreconcorrência, os da igualdade de oportunidade e os da constante melhoria doconceito do porto como um todo.

Art.16 - A Administração do Porto, visando implementar atividades portuárias, poderáestabelecer regime especial de atendimento para cliente ou usuário que reunamcondições de potencializar o uso das instalações portuárias.

Parágrafo 1º - O contrato que trata desta condição especial conterá,obrigatoriamente, cláusula de validade condicionada à aprovação pelo Conselho deAdministração da APPA.

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

Parágrafo 2º - A Administração do Porto, até 15 ( quinze ) dias seguintes aos dahomologação do contrato , providenciará a remessa de extrato do mesmo aoConselho de Autoridade Portuária -CAP, acompanhado de justificativa , análise dosdados de movimentação e dos impactos no movimento do porto, das repercussõesfinanceiras e mesmo das eventuais dificuldades que isto possa produzir sobre outrosusuários.

Art. 17 - A Administração do Porto deve estabelecer e manter serviço de estatísticaportuária que sirva de elemento indicativo tanto nos aspectos de navegação e rotascomo no de performances operacionais, bem como de suporte para fixação depolítica e de indicadores aos prestadores de serviços e usuários .

Art. 18 - A exploração comercial do porto deve ter sempre em conta a figura dousuário, reconhecendo formalmente a importância de tê-lo como parceiro e comosustentáculo do sistema, razão de ser da própria atividade.

Art. 19 - A fim de tornar sua atenção tanto mais eficaz quanto mais atrativa para osusuários, a Administração do Porto e de todos os demais componentes que integrama exploração comercial do porto adotarão procedimentos de criação de meios parafacilitar o relacionamento com os usuários, inclusive orientando-os, de forma a quepossam ser atingidas as melhores performances na utilização do porto.

CAPÍTULO VDO PLANO DE DESENVOLVIMENTO , DE ZONEAMENTO E DE UTILIZAÇÃO DE

ÁREAS DO PORTO ORGANIZADO-PDZPO

Art. 20 - A APPA preparará em conjunto com o conselho de Administração e,posteriormente , submeterá para aprovação do CAP, o Plano de Desenvolvimento eZoneamento do Porto Organizado-PDZPO.

Art. 21 - O PDZPO deverá ter em conta a vocação natural já reconhecida de cadauma das áreas e, também a conciliação mais recomendável que se possa fazerdesta com as novas necessidades do Comércio Marítimo resultantes do Plano Macro- Econômico do Estado e da área geográfica de influência econômica do Porto.

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

Art. 22 - A estrutura do PDZPO deverá ser feita levando em conta também osaspectos da urbanização, do entorno populacional que envolve o porto e dos demaisinteresses urbanísticos da sociedade que habita a área próxima do PortoOrganizado.

Art. 23 - Poderá ser considerada a participação do maior número possível deconcorrentes nas mesmas atividades, evitando-se ao máximo qualquer perspectivado estabelecimento de exploração única ou exclusiva, mesmo que da parte daAPPA.

Art. 24 - O PDZPO deverá ter em conta e considerar, prioritariamente, aquelas áreasem que seja identificado um interesse maior de investimento por parte da iniciativaprivada, indicando os elementos de fomento e incentivo.

Art. 25 - O PDZPO, após aprovado pelo CAP, poderá ser revisto em qualquer tempo,atendendo as necessidades decorrentes de sua implantação.

CAPÍTULO VIUTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS DE USO PÚBLICO

Seção I - Horário de Funcionamento

Art. 26 - Os horários de funcionamento nos Portos Organizados de Paranaguá eAntonina, bem como as jornadas de trabalho serão fixados pela APPA ehomologados pelo Conselho de Autoridade Portuária, CAP -(art.33, inciso XV, da Lei8.630/93) .

Seção II - Utilização das Instalações de Acesso Aquaviário

Art. 27- A utilização da área de fundeio, canal de acesso e bacia de evolução pelasembarcações em demanda aos Portos de Paranaguá e Antonina e de seu tráfegonas referidas instalações serão autorizados pela APPA, de acordo com os termos econdições deste Regulamento e prévia comunicação às Autoridades Marítima,Aduaneira e Sanitária.

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

Art. 28 - A utilização da área de fundeio, canal de acesso e bacia de evolução pelasembarcações em saída, será autorizada por “Passes” emitidos pelas autoridadesMarítima, Aduaneira e Polícia Federal.

Art. 29 - Exceto em caso de “arribada”, a autorização será dada mediante requisiçãodo armador ou seu agente, para o que fornecerá, com antecedência de 48 ( quarentae oito) horas, as seguintes informações :

I) nome da embarcação;

II) bandeira sob a qual navega;

III) natureza da navegação ;

IV) último porto de procedência e próximo porto de destino;

V) nome e endereço da agência responsável pela embarcação e pelopagamento das taxas portuárias ;

VI) características das embarcações:

a) comprimento entre perpendiculares e boca;

b) tonelada de porte bruto , tonelada de registro bruto e tonelada deregistro líquido;

c) calado de entrada e calado de saída .

VII) natureza da operação;

VIII) cópia do manifesto de carga , ou provisoriamente , uma relaçãodetalhada da carga assinada pelo responsável da embarcação ou preposto;

IX) número de passageiros a desembarcar ou a embarcar ;

X)datas previstas de chegada e de partida;

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

XI) qualquer irregularidade conhecida que possa afetar a segurança danavegação ou que possa vir a prejudicar a eficiente utilização dasinstalações portuárias;

XII) indicação da necessidade de utilização de guindaste de terra ou não;

XIII) no caso de embarcações transportando mercadorias perigosas , oarmador ou seu preposto , deverá , juntamente com as informaçõesindicadas nos itens anteriores, fornecer os seguintes dados específicosadicionais:

a) o nome técnico das mercadorias , preferencialmente de acordo coma classificação do código da International Maritime Organization -IMO,o ponto de fulgor , quando for o caso , e o UN n . (número deidentificação estabelecido pelo comitê das Nações Unidas) dasmesmas;

b) a quantidade de carga perigosa a bordo indicando aquela quedeverá ser descarregada no porto e aquela que deverá permanecer naembarcação, bem como sua localização;

c) o tipo de embalagem;

d) o estado da mercadoria perigosa e possibilidade de ocorrência desinistros;

e) se a embarcação possui algum certificado seguro para o transporteda mercadoria perigosa;

f) quando da omissão ou da imperfeição no registro de qualquermercadoria da relação referida no inciso XIII acima resultar em eventodanoso, a responsabilidade pelos prejuízos ou acidentes decorrentescaberá ao armador ou ao responsável pela embarcação;

g) Para embarcações transportando mercadorias perigosas que sedestinem à instalação portuária de uso privativo, fora da área do porto,mas utilizando a infra-estrutura de proteção e acesso do porto,aplicam-se também os mesmos procedimentos do inciso XIII acima eartigo 30, deste Regulamento;

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

h) o comandante de toda embarcação acostada no porto, quetransporte mercadoria perigosa a bordo, ou que tendo descarregadomercadoria perigosa, não esteja inteiramente livre de condiçõesinflamáveis, deverá assegurar que a embarcação exiba todas asvezes em que esteja atracada, fundeada ou em movimento, abandeira “B” do Código Internacional de Sinais, durante o dia, e luzvermelha, visível em todo o horizonte até a distância mínima de 3milhas náuticas.

Art. 30 - A movimentação de mercadorias em embarcação fundeada, em operaçãode transbordo, só será autorizada com a prévia anuência da Autoridade Aduaneira, eserá realizada em área própria e definida para tal fim pela Administração do Porto emcoordenação com a Autoridade Marítima.

Art. 31 - A navegação das embarcações no canal de acesso e bacia de evoluçãoestá sujeita às Normas de Tráfego Marítimo e Permanência nos Portos deParanaguá e Antonina, editada pela Autoridade Portuária, sob a coordenação daAutoridade Marítima.

Seção III - Utilização das Instalações de Acostagem

Art. 32 - A ordem de atracação das embarcações nas instalações de acostagemsob gestão da APPA, obedecerá, em princípio, a ordem de chegada na barra,exceto quando as instruções para programações, atracações e operações de naviosdispuserem em contrário.

Art. 33 - A atracação e a desatracação serão realizadas sob responsabilidade docomandante da embarcação, com emprego do respectivo pessoal e material, porémcompete à APPA, auxiliar as referidas operações com pessoal sob seu encargo, paraa tomada e fixação dos cabos obedecendo as instruções do comandante.

Art. 34 - As operações de carga e descarga à contra bordo, serão autorizadas,desde que devidamente acertadas entre as partes e as autoridades portuárias,aduaneiras e marítimas.

Art. 35 - É obrigatória a atracação em local designado pela APPA, sendo que amesma deverá ser requisitada e autorizada pelos órgãos competentes.

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

Art. 36 - Compete a APPA baixar instruções para programações, atracações eoperações de navios nos Portos de Paranaguá e Antonina, dando conhecimento aoCAP.

Seção IV - Controle do Tráfego Marítimo

Art. 37 - As embarcações procedentes do exterior poderão ser visitadas pelasAutoridades de Saúde, Polícia Marítima e Aduaneira, nos fundeadouros, nos canais,ou ainda, quando demandados ao cais de atracação, de modo a agilizar a liberaçãodas embarcações, para início das operações de carga ou descarga das mercadoriase de embarque ou desembarque de passageiros.

Art. 38 - As embarcações, durante o tempo em que permanecerem na Área deFundeio, no Canal de Acesso, Bacia de Evolução ou atracadas ao Cais, bem comoos seus tripulantes, ficarão sujeitas ao presente Regulamento.

Art. 39 - No caso de sinistro a bordo, as embarcações deverão desatracar do cais,imediatamente, rumando para a margem oposta do Canal de Acesso, ondefundearão, para o respectivo socorro.

Art. 40 - A responsabilidade pela guarda e conservação das mercadorias, dentro dasinstalações portuárias, é da APPA, até que haja Termo de Responsabilidadedevidamente assinado, eximindo a Administração desta tarefa, ou de terceiros quetenham assegurado o direito de arrendamento ou exploração.

Art. 41 - As embarcações atracadas deverão cumprir, prontamente, as ordens quelhes forem estipuladas pela APPA, sempre que ocorram situações quecomprometam a segurança de pessoas, instalações ou da própria embarcação e quepossam prejudicar o bom funcionamento do porto.

Art. 42 - A APPA não concederá atracação às embarcações que adentrarem aoPorto quando a atracação estiver impossibilitada de ocorrer por:

I) falta de profundidade compatível com o calado da embarcação, noCanal de Acesso às instalações de acostagem ou junto a essasinstalações;

II) falta de espaço disponível nas referidas instalações;

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

III) ordem da autoridade competente, devida a epidemias, guerra ou outracausa de força maior.

Art. 43 - As atracações/desatracações e movimentações deverão ser executadas deforma cuidadosa, a fim de não produzir avarias nas instalações e aparelhosportuários, ficando os comandantes responsáveis por qualquer dano, uma vez queas manobras serão realizadas sob sua inteira responsabilidade.

Art. 44 - A toda embarcação que adentrar ao porto, corresponderá um número deordem que será determinado pela APPA.

Seção V - Utilização das Instalações Terrestres de Apoio à Operação Portuária

Art. 45 - Instalações terrestres de apoio à operação portuária de mercadorias sãoentendidas como instalações de armazenamento, vias de circulação para veículos evagões, faixa de cais e instalações de suprimento existentes na Faixa Portuária.

Art. 46 - A utilização das referidas instalações para operação de qualquer mercadoriaserá, nos termos deste Regulamento, feita de acordo com os princípios deracionalização e otimização de seu uso e com base na requisição dos serviços.

Art. 47- As mercadorias somente poderão ser depositadas em instalações dearmazenagem compatíveis com sua natureza e espécie, sob a estrita observânciadas Normas de Segurança pertinentes.

Art. 48 - O embarque direto de mercadoria perigosa obrigará seu dono ou preposto afornecer com antecedência de no mínimo, 48 (quarenta e oito) horas do embarque,as seguintes informações:

I) nome técnico das mercadorias de acordo com a classificação daInternational Maritime Organization- IMO, das organizações das NaçõesUnidas, o ponto de fulgor, quando for o caso, e o UN N (número deidentificação estabelecido pelo comitê das Nações Unidas) das mesmas;

II) a quantidade e tonelagem das mercadorias;

III) o tipo de embalagem;

Art. 49 - Havendo derramamento de mercadoria em decorrência de avarias, oresponsável pela operação desta deverá tomar imediata providência para sua

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

remoção. Nos casos de carga perigosa, o responsável pela operação deverá isolarimediatamente a área afetada, comunicar o fato à APPA e eliminar os possíveisriscos.

Art. 50 - O acesso, a circulação e o estacionamento na área do porto deverãoobedecer às regras de trânsito e às normas estabelecidas pela APPA.

Seção VI - Utilização do Equipamento ou Aparelhamento da APPA

Art. 51 - A APPA fornecerá o equipamento ou aparelhamento de sua propriedade,desde que disponível, a qualquer operador portuário que o requisite, exclusivamentepara operações portuárias.

Parágrafo 1º - A utilização de equipamentos ou aparelhamento da APPA poderá serrequisitada por terceiros, desde que não prejudique a continuidade e a qualidadedos serviços de operação do porto, tendo como prioridade a Operação Portuária daAPPA.

Parágrafo 2º - O equipamento ou aparelhamento da APPA, quando requisitado,deverá ser operado, preferencialmente pelo seu pessoal ou na impossibilidadedeste, por terceiros.

Seção VII - Considerações Gerais

Art. 52 - A utilização das instalações portuárias, integrantes das áreas dos PortosOrganizados de Paranaguá e Antonina, far-se-á na forma e nas condiçõesestabelecidas neste Regulamento, observada a competência da Autoridade Marítimae da Autoridade Aduaneira.

Art. 53 - Todos que se utilizarem das instalações portuárias receberão da APPAtratamento sem preferência, orientado pelo objetivo de obter a racionalização e aotimização de seu uso.

Art. 54 - Em situações emergenciais, específicas ou de congestionamento, poderãoser adotados pela APPA, critérios de prioridade na utilização das instalaçõesportuárias nos termos de norma regulamentar própria, respeitando o presenteRegulamento.

Art. 55 - A utilização das instalações portuárias será autorizada pela APPA, à vista derequisição do armador ou preposto, operador portuário, dono ou consignatário de

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

mercadoria conforme o caso e será retribuída com o pagamento à APPA das taxasportuárias pertinentes, constantes das tarifas do Porto, homologadas pelo Conselhode Autoridade Portuária.

Art. 56 - Para os serviços requisitados à APPA, dentro das áreas dos PortosOrganizados, o interessado deverá prestar caução prévia como forma de garantia,pelo pagamento desses mesmos serviços e em valores com eles compatíveis.

Parágrafo 1º - A caução será em forma de moeda corrente , em fiança bancária ouseguro garantia contratados em instituições financeiras de primeira linha desde queacordado com a APPA.

Parágrafo 2º - A caução será calculada pelos valores tarifários vigentes no dia dorecolhimento das mesmas.

Art. 57 - Exceto no caso de “arribada”, nenhum serviço será executado pela APPAsem a prévia requisição formulada pelos interessados ou documentos equivalentes epagamento antecipado ou garantia de liquidação dos valores devidos, mediante acaução estipulada no artigo 58 deste Regulamento.

Art. 58 - O usuário devedor remisso ficará privado de utilizar serviços do porto,diretamente ou por intermédio de terceiros.

Art. 59 - Para os efeitos regulamentares, cabem aos requisitantes a responsabilidadeintegral, civil e penal, por suas ações ou omissões, inclusive a de seus respectivosrepresentantes, nos limites do mandato.

Art. 60 - Ao final da operação do valor depositado em moeda corrente, a título degarantia pelos serviços requisitados, será deduzido do valor da fatura emitida pelaAPPA.

Parágrafo único: - Caso o valor do depósito seja superior ao valor do débitoapurado no final do serviço realizado, a diferença será devolvida e nahipótese de ser insuficiente, o requisitante deverá completar a diferença nadata de vencimento estipulada na fatura da APPA.

Art. 61 - Quando uma prestação de serviços ultrapassar o valor depositado a título degarantia, o requisitante se obriga a fazer, imediatamente, nova caução determinadapela APPA.

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

Art. 62 - Todo aquele que intenciona receber ou embarcar mercadoria de naturezaespecial e/ou perigosa, deverá verificar junto à APPA se a mesma dispõe deinstalações e recursos adequados, compatíveis com a movimentação earmazenamento da referida mercadoria antes de efetivar o respectivo contrato detransporte AQUAVIÁRIO e a própria transação comercial.

Parágrafo 1º - A APPA não poderá ser responsabilizada por qualquer prejuízo que odono ou consignatário da mercadoria ou transportador AQUAVIÁRIO ou terrestrevenha a incorrer pela não observância desta norma.

Parágrafo 2º - Para os efeitos deste Regulamento, consideram-se mercadoriasperigosas as relacionadas pelo IMCO - International Maritime OrganizationConsultive e especial as que não são, usualmente, movimentadas pelos Portos deParanaguá e Antonina.

CAPÍTULO VIIDA OPERAÇÃO PORTUÁRIA

Seção I - Da Movimentação e Armazenagem de Mercadorias

Art. 63 - Os serviços de armazenagem são a fiel guarda e conservação dasmercadorias sob a responsabilidade da APPA, quando depositadas em instalaçõesde armazenagem, na área do Porto Organizado, compatíveis com suas natureza eespécie.

Art. 64 - Nas operações portuárias a coordenação e responsabilidade peloarmazenamento das mercadorias será sempre do depositário.

Art. 65 - A conferência das mercadorias realizada nas instalações portuárias eposteriormente destinadas a armazenagem, abrangerá também a sua verificação eas anotações referentes a:

I ) espécie, quantidade, peso, marca e contra-marca da mercadoria;

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

II) indícios de violação e sinais de avaria e características do meio detransporte utilizado.

Parágrafo 1º - Em ato de conferência efetuado pelo fiel depositário, havendodivergência entre as informações declaradas e as constatadas, incidirão sobre estesas penas previstas neste Regulamento.

Parágrafo 2º - No caso de granéis sólidos, o assunto disposto no parágrafo anteriorserá tratado em regulamento próprio da APPA.

Art. 66 - Aos volumes das mercadorias que mostrem sinais de avarias ou condiçõesque não atendam aos requisitos das Autoridades de Saúde e de Inspeção Fito-Sanitária, com embalagens danificadas ou inadequadas, caberão as seguintesmedidas:

I) se destinado a embarque não deverão ser recebidas;

II) se provenientes de desembarque deverão ser recebidos com ressalvasa serem registradas, em documento próprio de Faltas e Avarias emconformidade com a legislação em vigor, bem como serão depositados emlocal isolado , recinto alfandegário , reservado para tal fim , após seremlacrados e cintados para efeito de vistoria:

a) Os comandantes de navios ou seus prepostos devem assistir àlavratura de termos de Faltas e Avarias e em conjunto com o fiel daarmazenagem assiná-la devidamente ;

b) dos termos de Faltas e Avarias lavrados, serão remetidos resumos àAutoridade Aduaneira no primeiro dia após a descarga.

Art. 67 - As mercadorias deverão ser arrumadas por espécie, conhecimento, lotes,marca e contra-marca devendo evitar-se qualquer contaminação de uma por outra.

Art. 68 - Na armazenagem de mercadorias deverá ser observada a separação dasmesmas de acordo com o sentido de sua movimentação: embarque, desembarqueou trânsito.

Art. 69 - As mercadorias sob fiscalização da Autoridade Aduaneira deverão serarmazenadas em áreas próprias, alfandegadas.

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

Art. 70 - O depositário passa a ser responsável pela mercadoria que lhe for entreguepelo depositante.

Art. 71 - A responsabilidade do depositário não cobre:

I)as faltas nos conteúdos dos volumes ou permuta de conteúdos, se osvolumes entrarem nos armazéns sem indícios externos de violação, com aembalagem original e sem nenhum sinal de avaria e se nessas condiçõespermanecerem até o momento da abertura para conferência aduaneira ousaída dos armazéns;

II)avaria de mercadoria ou falta que não seja reclamada, por escrito , no atode entrega ou embarque;

III)as faltas, deterioração de conteúdo, contaminação ou destruição devolumes decorrentes de causas fortuitas ou de força maior nos termos doCódigo Civil.

Art. 72 - É considerada mercadoria em trânsito :

I)a procedente de um Porto manifestado para outro e descarregada paraposterior embarque;

II)a descarregada em um Porto, que não o manifestado com posteriortransporte por via terrestre ou AQUAVIÁRIO para o mesmo, com utilizaçãode DTA (Documento do Trânsito Aduaneiro);

III)a destinada a país que mantenha convênio com o Brasil, descarregadapara posterior transporte por via terrestre ou aquática ou vice-versa.

Art. 73 - Quando as mercadorias armazenadas oferecem perigo de deterioração ouestrago, o depositário deverá dar conhecimento do fato aos consignatários e àAutoridade Aduaneira, se for o caso, para os devidos fins.

Art. 74 - O depositário obedecerá, no que lhe couber, aos procedimentosdeterminados pelo Decreto-Lei n. 1455/76, no trato das mercadorias que estiveremsob sua guarda e sob pena de perdimento.

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

Art. 75 - O serviço de armazenagem de mercadorias em áreas não arrendadas oualugadas será executado, exclusivamente , pela Administração do Porto .

Art. 76 - O depositário estabelecerá, através de ato normativo, os procedimentospara o trato da documentação própria aplicável na entrega e no embarque demercadorias que estejam sob sua guarda.

Art. 77 - A conferência aduaneira feita nos armazéns do Porto Organizado serásempre assistida pelo fiel do armazém, responsável pela guarda das mercadorias.

Art. 78 - As mercadorias perigosas somente deverão ser depositadas em instalaçõesde armazenagens com a estrita observância das Normas de Segurança e deMovimentação.

Parágrafo 1º - O armazenamento de mercadorias perigosas em instalações dearmazenagem comum, ainda que compatíveis, somente deverá ser efetuado setomadas medidas cautelares de isolamento da área e de separação das demaismercadorias, para evitar contaminação, risco de incêndio ou explosão.

Parágrafo 2º - As mercadorias explosivas somente poderão ser armazenadas à vistade autorização do Ministério do Exército e demais autoridades estaduais,municipais, de segurança e de proteção ao meio-ambiente.

Parágrafo 3º - O período de armazenagem das mercadorias perigosas, quandoautorizada pela Administração do Porto, deverá ser o mínimo possível.

Seção II - Do Operador Portuário

Art. 79 - As instalações portuárias fixas, que integram a Infra-Estrutura terrestre,serão utilizadas para a realização de operações portuárias, por Operador Portuáriopré-qualificado junto à APPA, mediante prévia requisição à Administração do Porto,ajuste ou contrato.

Parágrafo 1º - Os Operadores Portuários ficam obrigados a cumprir as NormasReguladoras da Atividade do Operador Portuário, que contém Normas do OperadorPortuário e Normas da Operação Portuária, aprovadas pelo CAP.

Parágrafo 2º - O CAP aprovará normas específicas para a atividade do OperadorPortuário e para a Operação Portuária, as quais farão parte deste Regulamento.

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

CAPÍTULO VIIIDA VIGILÂNCIA E SEGURANÇA NAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS

Art. 80 - A vigilância e segurança nas instalações portuárias consiste na fiscalizaçãoda entrada e saída de pessoas , de veículos, de equipamentos e de mercadorias naárea do porto e abrangerá as mercadorias armazenadas, o combate a incêndio e aproteção do meio ambiente.

Art. 81 - A vigilância e a segurança das instalações portuárias serão exercidas porguardas portuários da Administração do Porto.

Art. 82 - A fiscalização compreende a verificação da validade da autorização e ocontrole de entrada e saída de pessoas, veículos, equipamentos e mercadorias.

Art. 83 - A administração do Porto estabelecerá os postos de entrada e saída nosdiversos setores da área portuária.

Art. 84 - A organização do serviço, as atribuições, a equipagem, o recrutamento e otreinamento do pessoal da guarda portuária competirá à Administração do porto.

Art. 85 - Será elaborado Regimento Interno pela APPA, especificando a organizaçãoe atribuições da guarda portuária, complementando este Regulamento.

CAPÍTULO IXDAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS DE USO PÚBLICO

Art. 86 - É assegurado, aos interessados, o direito de arrendar e explorar instalaçõesportuárias localizadas dentro dos limites da área do Porto Organizado, mediantecontratos , nos termos e conforme as condições estabelecidas pela legislação emvigor, observadas as seguintes condições e exigências :

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

I - Todo arrendamento das instalações portuárias será feito, a princípio,para a exploração voltada a fins portuários;

II - O arrendamento de instalações portuárias para utilização, desde quenão afeita as atividades portuárias, só será efetivado se o mesmo fordeclarado pela APPA não necessário às atividades portuárias, ouvidas asAutoridades Aduaneiras e homologado pelo CAP;

III - A Administração do Porto estabelecerá as condições de arrendamentodas instalações considerando a destinação que se ajuste a suascaracterísticas e ao interesse global do porto e à perspectiva deinvestimentos financeiros para implementação de melhorias.

Art. 87 - Serão respeitados os prazos e as condições estabelecidas nos contratos dearrendamento em vigor, firmados antes da vigência da Lei 8.630/ 93, inclusive suasrenovações, se neles estiverem previstas.

Art. 88 - A requisição de equipamentos, aparelhamentos, instalações dearmazenagem e outras instalações portuárias por Operador Portuário ou por outrem,para fim de realização da operação portuária, e de suas utilizações, sob suaresponsabilidade, durante o período da respectiva operação portuária, não constituialuguel ou arrendamento. As respectivas disposições reguladoras são as definidasneste Regulamento e na tarifa do Porto , homologada pelo CAP.

Art. 89 - O arrendatário, durante o prazo de vigência do contrato, sob a fiscalizaçãoda APPA, será responsável pela manutenção das instalações arrendadas e por suaadequada utilização.

Art. 90 - Constituem causa para a rescisão extrajudicial, a qualquer tempo, do prazode vigência do contrato:

I) Por descumprimento reiterado de cláusulas de contrato de arrendamento;

II) A decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;

III) A dissolução da sociedade.

Art. 91 - Em Caso de rescisão de contrato de acordo com a Cláusula anterior, aAPPA deverá notificar, imediatamente, o CAP.

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

Art. 92 - Qualquer licitação para fins de Arrendamento fica sujeita à legislação emvigor e deve atender ao PDZPO aprovado pelo CAP.

CAPÍTULO XDAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS SOB GESTÃO PRIVADA, NOS LIMITES DA

ÁREA DO PORTO ORGANIZADO

Art. 93 - Todo projeto de construção ou alteração a ser desenvolvido nas instalaçõesde uso privativo, dentro dos limites da área do Porto Organizado, deve ser submetidoà aprovação da APPA e do CAP, atendendo ao plano de Desenvolvimento eZoneamento do Porto Organizado -PDZPO.

Parágrafo único: - As instalações, sob Gestões Privadas, pagarão as tarifasportuárias correspondentes à utilização efetiva das facilidades do PortoOrganizado, previstas nas tabelas de tarifas homologadas pelo CAP.

CAPÍTULO XIDAS INFRAÇÕES, PROIBIÇÕES E PENALIDADES

Seção I - Das infrações

Art. 94 - Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, queimporte:

I) Na realização das operações portuárias infringindo as disposições daLei n. 8.630/93, ou com inobservância das disposições desteRegulamento;

II) Na utilização indevida ou com desvios de finalidades, de áreas ,instalações portuárias ou equipamentos, localizados ou instalados, dentro

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

das áreas do Porto Organizado, de propriedade ou arrendados daAutoridade Portuária;

III) Na realização das operações portuárias com infringência aosdispositivos regulamentares internos da APPA, que dispõe sobre asatribuições da Guarda Portuária, especificando as metodologias aplicadasna organização, controle e fiscalização da Disciplina da ComunidadePortuária e do Trânsito, dentro das áreas do Porto Organizado, conformedispõe o Capítulo VIII deste Regulamento;

IV) Outras ações ou omissões, além das mencionadas, previstas em lei.

Seção II - Das Proibições

Art. 95 - São consideradas proibições:

I - Fumar no conveses ou porões de embarcações atracadas, bem como notrecho de cais , até um afastamento de 20 metros, quando da decorrênciade operações com mercadorias de natureza perigosa;

II - Fumar na área de armazenagem de mercadorias;

III - Fumar nos conveses e nos porões das embarcações atracadas noberço de acostagem e das atracadas a contrabordo, durante as operaçõesde abastecimento de combustível ou transbordo de mercadorias denatureza perigosa;

IV - Obstruir qualquer aparelho ou instalações de combate a incêndios,equipamentos ou instalações destinados a promover primeiros socorros;

V - Obstruir portões, vias de acesso, vias de circulação, vias férreas, áreasde manobra de veículos ou equipamentos portuário de qualquer natureza;

VI - Manter os veículos de qualquer natureza ou prioridade, estacionadossem a presença dos respectivos motoristas ou operadores, nas áreasoperacionais do porto;

VII - Estacionar, transitar ou manobrar veículos, máquinas ouequipamentos, sobre pneus, em desacordo com as normas previstas noregulamento de Trânsito - RIT- APPA;

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

VIII - Execução de qualquer tipo de manutenção, reparos ouabastecimentos, em veículos, máquinas ou equipamentos, dentro das áreasda faixa portuária;

IX - Movimentar ou estacionar mercadorias com peso superior `acapacidade de suporte do cais ou dos pisos das vias de circulação, pátio ouarmazéns;

X - Utilizar veículos e equipamentos portuários, ou não, na movimentaçãode mercadorias com peso superior a sua capacidade nominal;

XI - Movimentar ou armazenar mercadorias, incluindo as perigosas(conforme capítulo VII, Seção I deste Regulamento) , para as quais o Portonão disponha de instalações e recursos compatíveis com sua operação;

XII - Lançar ou deixar cair combustíveis, óleo, detritos ou material dequalquer natureza nas águas compreendidas na área do porto;

XIII - Lançar sobre o cais cinzas, óleo e outros detritos, bem como, jogarágua de qualquer espécie;

XIV - Lançar âncora e amarrar para o lado do mar, de modo a prejudicar afacilidade e a segurança da Navegação;

XV - Realizar serviços de manutenção de costado (bater ferrugem ou pintar)de embarcações, sem dispositivos de proteção ao cais e ao meio ambiente;

XVI - Aos funcionários da Administração do Porto, Trabalhadores Avulsos,Operadores Portuários ou prestadores de Serviços, de transitar sem osrespectivos crachás identificadores nas áreas das instalações portuárias, deacordo com a regulamentação definida pela APPA, nos termos do CapítuloVIII deste Regulamento;

XVII - Às embarcações, atracar sem interpor as necessárias defensas;

XVIII - A realização de serviços com máquinas e equipamentos alheios , àárea portuária, ou ainda, serviços de qualquer natureza, não previstos naestrutura Tarifária em vigor;

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

XIX - A realização de serviços, dentro das áreas do Porto Organizado, emdesacordo com os dispositivos previstos em Lei, ou por trabalhadores nãoqualificados, habilitados, credenciados, ou ainda, trabalhadores avulsos emsituação irregular, quanto às respectivas matrículas legais.

Seção III - Das Penalidades

Art. 96 - As infrações estão sujeitas as seguintes penas, aplicáveis separado oucumulativamente, de acordo com a gravidade da falta:

I) advertências;

II) multas de 100 (cem) até 20.000 (vinte mil) Unidades Fiscais deReferência - UFIR;

III) proibição de Ingresso na área do Porto no período compreendido entretrinta e cento e oitenta dias;

IV) suspensão da atividade , se Operador Portuário, pelo período de trinta acento e oitenta dias;

V) cancelamento do credenciamento, se Operador Portuário.

Art. 97 - Respondem pela infração, conjunta ou isoladamente, pessoas físicas oujurídicas que, intervindo na operação portuária, concorram para sua prática ou delase beneficiem.

Parágrafo 1º - Apurando-se, no mesmo processo, a prática da duas ou maisinfrações, pela mesma pessoa física ou jurídica, aplicando-se cumulativamente, aspenas a elas cominadas, se as infrações não forem idênticas.

Parágrafo 2º - Quando se tratar de infração continuada em relação a qual tenhamsido lavrados diversos autos ou representações, serão estes reunidos em um sóprocesso, para imposição da pena.

Parágrafo 3º - Considerar-se-ão continuadas as infrações quando ocorrer repetiçãoda falta ainda não apurada ou que objeto de processo, de cuja instauração, o infratornão tenha conhecimento, por meio de intimação.

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

Art. 98 - As infrações estão sujeitas as penas , aplicáveis pela Administração doPorto, separada ou cumulativamente, nos termos do Capítulo VII, artigos 40, 41 , 42,43 e 44 da Lei n. 8.630/93 .

Parágrafo único: - Atendendo os dispositivos contidos no Capítulo VII, artigo39 da referida lei, encontram-se em fase de definição as normas queregulamentarão as penas , os infratores e os limites das penalizações, nostermos da lei.

CAPÍTULO XIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 99 - As empresas Prestadoras de Serviços, Operadores Portuários, EntidadesSindicais de Trabalhadores Portuários, Avulsos ou Usuários de qualquer natureza,serão responsáveis, civil e criminalmente, de forma integral , por ações ou omissões ,de eventuais danos causados, por funcionários, representantes prepostos,procuradores, proprietários destas empresas, trabalhadores avulsos sindicalizados,ao patrimônio da APPA, ou de terceiros, de acordo com a legislação em vigor.

Art. 100 - As faturas referentes aos serviços prestados, nos termos da estruturatarifária vigente, deverão ser liquidadas no prazo estabelecido.

Art. 101 - Considerar-se-ão como extraordinários, todos os serviços executados foradas horas dos períodos definidos pela Autoridade Portuária, como trabalho ordinário,e dos dias de expediente normal, quando requisitado pelas partes, e obedecerão osrespectivos cálculos definidos na estrutura tarifária vigente.

Art. 102 - O não recolhimento dos valores e obrigações previstas, acordadas,firmadas e assinadas relativas aos Contratos de Arrendamentos ou Concessões,Cauções, Taxas, Tarifas, Faturas e outros, aos Cofres da Autoridade Portuária deParanaguá e Antonina pelos Arrendatários ou Concessionários, Terminais,Operadores Portuários, Contratados, Acordantes ou Outros, determinará ainterrupção imediata da prestação de serviços e movimentação de cargas e

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina

conseqüente desatracação das embarcações e/ou navios que lhes são inerentespela referida autoridade.

Art. 103 - Todos os atos administrativos de caráter normativo expedidos pelaAutoridade Portuária, permanecem em vigor e serão aplicados, supletivamente,desde que não conflitem com as disposições deste Regulamento e a Lei n 8.630/93.

Art. 104 - Os terminais especializados, armazéns frigorificados e armazénsreservados à cargas perigosas, gerenciadas pela Administração do Porto, face suascaracterísticas e funções peculiares, deverão no prazo de 90 (noventa) dias elaborarseus Regimentos Internos, estabelecendo e detalhando suas Normas Operacionaisde Funcionamento e de Segurança, submetendo, após, a homologação da APPA.

Art. 105 - As dúvidas que se suscitarem, serão resolvidas pelo Conselho deAutoridade Portuária, na qualidade de único árbitro da interpretação desteRegulamento.

Art. 106 - Complementam ainda este capítulo os dispositivos previsto no Capítulo VIIda Lei n8.630/93.

Art. 107 - Os casos omissos serão resolvidos, provisoriamente, pela Administraçãodo Porto e, após, submetidos ao Conselho de Autoridade Portuária, para seremincluídos no texto do Regulamento.

Este é o Relatório da Comissão de Acompanhamento do Regulamento deExploração dos Portos de Paranaguá e Antonina.

Osiris S. Guimarães - B. Poder PúblicoJosé M. Chaves - RelatorMa. Socorro Oliveira - B. TrabalhadoresJosé S. Gori - B. Operadores

Paranaguá, 17/09/1998.

Endereço : R. Antonio Pereira, 161 CEP 83.221.030 – Paranaguá –Pr.Telefax (041) 420-1360 E-mail [email protected]

Conselho de Autoridade Portuária dos Portos deParanaguá e Antonina