regulamento interno · compromisso assistencial ... trata-se de um documento basilar da usf, ... o...

REGULAMENTO INTERNO

USF JOÃO SEMANA

ACES BAIXO VOUGA

Tipo de Documento Regulamento Interno Data da Revisão Dezembro 2014 Data da Elaboração: 02/12/2013 Elaborado por: Conselho Geral 02/12/2013 Aprovado: Conselho Geral 20/12/2013 Nº Revisão Versão 2/2013

Regulamento Interno – USF João Semana

1

LISTA DE SIGLAS

ARS – Administração Regional de Saúde

ACES – Agrupamento de Centro de Saúde

CS – Centro de Saúde

CIPE – Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem

CSP – Cuidados de Saúde Primários

DE – Director Executivo

DGS – Direcção Geral de Saúde

DIM – Delegados de Informação Médica

DIU – Dispositivo Intra-Uterino

DL - Decreto-lei

DM – Diabetes Mellitus

ECL – Equipa Coordenadora Local

ERA – Equipa Regional de Apoio às USF

HTA – Hipertensão Arterial

ICPC-2 – Classificação Internacional de Cuidados de Saúde Primários

IDF – Federação Internacional de Diabetes

MCDT – Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

MCSP – Missão de Cuidados de Saúde Primários

MFR – Medicina Física e Reabilitação

PNV – Plano Nacional de Vacinação

SAM – Sistema de Apoio ao Médico



2

SAPE – Sistema de Apoio à Prática de Enfermagem

SC – Secretária Clínica

SINUS – Sistema de Informação nas Unidades de Saúde

UCC – Unidade de Cuidados na Comunidade

URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados

USF – Unidade de Saúde Familiar

SIADAP – Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Administração Pública

RI – Regulamento Interno

RO – Rastreio Oncológico



3

Índice

Capitulo 1

1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6

2- IDENTIFICAÇÃO DA USF ....................................................................................... 7

3- ÁREA GEOGRAFICA DE INFLUÊNCIA ............................................................ 10

4- MISSÃO, VALORES, VISÃO ................................................................................. 16

5- ESTRUTURA ORGÂNICA ..................................................................................... 18

Capitulo 2

6 – ORGANIZAÇÃO INTERNA e MODELO FUNCIONAL ................................. 37

6.1 Consulta Aberta ....................................................................................................... 41

6.2 Consulta Programada ............................................................................................. 43

6.3 Visitação Domiciliária ............................................................................................. 45

6.4 Caracterização do Sistema de Intersubstituição .................................................. 47

6.5 Definição de Modelo de Equipa Multidisciplinar ................................................. 50

6.6 Gestão Interna por Objectivos ............................................................................... 50

6.7 Regras de Articulação e Comunicação Interna .................................................... 51

6.8 Gestão de Informação ............................................................................................. 52



4

7 – INTERVENÇÃO/ÀREAS DE ACTUAÇÃO DOS DIFERENTES GRUPOS PROFISSIONAIS ......................................................................................................... 53

7.1 Definições de Responsabilidades e Áreas de Cooperação .................................... 54

8 – COMPROMISSO ASSISTENCIAL ..................................................................... 64

8.1 Cobertura Assistencial ............................................................................................ 64

8.2 Horário de Funcionamento ..................................................................................... 65

8.3 Alternativas Assistênciais ....................................................................................... 66

9 – SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CONSULTAS ................................................ 69

10- SISTEMA DE RENOVAÇÃO DE PRESCRIÇÃO ............................................. 71

11- ACOLHIMENTO ORIENTAÇÃO E COMUNICAÇÃO COM OS UTENTES

......................................................................................................................................... 71

12- FORMAÇÃO CONTINUA E DESENVOLVIMENTO DA QUALIDADE

......................................................................................................................................... 77

13- INIBIÇÃO DECORRENTE DA NECESSIDADE DE CUMPRIR O COMPROMISSO ASSISTENCIAL ........................................................................... 86

14- DUVIDAS E OMISSÕES ....................................................................................... 87

Anexos

Anexo I Carta da Qualidade………………………………………………………………90

Anexo II– Dec. Lei 298/2007, nº 2 do artigo nº 10…………………………………….94

Anexo III – Manual de Articulação……………………………………………………..124

Anexo IV- Procedimento da ERA sobre análise e circuito do RI………………….139



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Capitulo 1



6

1-Introdução

Enquadramento Legal O RI da USF João Semana, tal como o nome indica, contempla as suas regras de

organização e de funcionamento, e foi elaborado de acordo com o Decreto-Lei nº 298 de

2007, nº2 do Artigo 10º. (Ver Anexo I).

Trata-se de um documento basilar da USF, e como tal engloba a identificação da USF

João Semana, a sua área de influência, a sua missão, valores e visão, e a sua estrutura

orgânica. Foi elaborado e aprovado por mais de 2/3 dos elementos do Conselho Geral,

em sede de Reunião Geral. Este documento é revisto anualmente em Dezembro, e

sempre que necessário quando surge qualquer alteração condicionada pela legislação

e/ou pela equipa.

O RI da USF João Semana pretende que o seu leitor/consultor obtenha toda a

informação necessária sobre a USF, a sua identidade e funcionamento, e também

funcionar como um documento regulador para os seus profissionais.

Metodologia de construção do RI

O primeiro RI da USF foi elaborado com base no Decreto-Lei 298 de 2007 e com o

apoio da ERA. Foi reformulado nos anos seguintes conforme a equipa foi evoluindo em

termos de objectivos, metas e cumprindo com as orientações emanadas da ERA,

aquando das suas visitas de acompanhamento anuais a USF. Foi seguido o

procedimento 01-2013/ROO, sobre circuito e análise do RI, aprovado pela ERA a

26.06.2013, e elaborado por Patrícia Ramos a Maio de 2013. (Ver anexo II).



7

Seguimos a estrutura da grelha do MONIQUOR nos anos de 2008 a 2011, em 2012

seguimos a grelha do DIOR, e actualmente o Procedimento de Maio de 2013 da ERA e

a grelha do DIOR.

Assim a metodologia seguida passa pela aplicação da grelha ao RI, por um grupo de

trabalho composto por elementos das 3 equipas profissionais. O resultado deste grupo

de trabalho é apresentado em Reunião do Conselho Geral, e é feita a sua avaliação e

aprovação.

2-Identificação da USF

O nome da USF foi inspirado na personagem do livro “ As Pupilas do Sr. Reitor” de

Júlio Dinis.

“Júlio Dinis sofria de tuberculose pelo que, esperançado em encontrar cura no ambiente

mais salutar da província, se transferiu temporariamente para Ovar, para casa de uma

sua tia, Rosa Zagalo Gomes Coelho, que vivia no Largo dos Campos. As suas

personagens, tiradas, na sua maioria, de pessoas com quem viveu ou contactou na vida

real, estão imbuídas de tanta naturalidade que muitas delas nos são ainda hoje

familiares.

Da galeria de tipos rústicos apresentados em “As Pupilas do Senhor Reitor”, de Júlio

Dinis, destaca-se a figura do velho médico rural “João Semana” Apesar das

aparências de homem endurecido, de que fazia ostentação, é um homem bondoso e

abnegado, sempre ao serviço dos outros.

Era um tradicional médico de aldeia dedicado e generoso sempre disponível para todos,

pobres ou abastados. Conservador, nacionalista fervoroso, contador de anedotas

picantes sobre frades. Encarna a solidariedade comunitária, com sua medicina-

apostolado, a vida sem outro sentido que não seja a prática do bem e a preocupação com

os problemas alheios, dentro da tradição humanística da época.”

In Wikipedia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tuberculose

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ovar



8

Assim, continuará o “João Semana” a ser uma realidade nos dias de hoje, enquanto

existir este espírito humanista que a equipa da USF João Semana pretende homenagear

e preservar.

Unidade de Saúde Familiar João Semana

Administração Regional de Saúde do Centro

ACES Baixo Vouga

USF João Semana

Rua Dr. Francisco Zagalo, 3880-252 Ovar

Tel. 256590050

Fax: 256590059

[email protected]

É com base no nome desta “ Personagem João Semana “ que a criadora do Logotipo,

arquitecta, filha de uma médica de USF, se inspirou.



9

Logótipo

DESCRIÇÃO CONSTRUCTIVA

» Símbolo

• A silhueta do símbolo é orgânica e inacabada. Representa um dinamismo que

pode ser associado ao trabalho em equipa, ao ciclo diário de trabalho e, incluso, ao

próprio ciclo da vida.

» Forma

A forma vectorizada com linhas de fina espessura respeita todo o conjunto visual e

permite que esta respire plenamente, como se de um circuito sanguíneo se tratasse.

» Conotações

Um coração ressalta como parte integrante da mesma. Este é um elemento

importante pelas conotações emocionais que comporta e igualmente pelo modo

como vive associado ao “universo da saúde”.



10

» Cores

A escolha das cores deve-se precisamente à carga emocional que lhes está associada

e aos valores que transmitem, ao transmitir frescura e saúde, ao mesmo tempo que

se mantêm firmemente informativas.

» Tipografia

A tipografia utilizada é suave e perfeitamente legível. Proporciona um carácter

informativo, caracteriza-o e confere grande parte da personalidade.

3- ÁREA GEOGRÁFICA DE INFLUÊNCIA

O concelho de Ovar tem mais 139 habitantes do que em 2001. De acordo com os censos

2011, o concelho tem hoje 55.398 habitantes a passo que em 2001 tinha 55.198.

Ovar está no lote de nove concelhos do distrito que reforçam o número e residentes:

Aveiro, Ílhavo, Ovar, Murtosa e Vagos. Entre os concelhos que confinam com o

oceano, só Espinho perdeu gente. Oliveira do Bairro, Santa Maria da Feira, São João da

Madeira e Albergaria-a-Velha também tem uma população comparativamente com

2001.

Nos últimos dez anos a população do Distrito de Aveiro cresceu 776 habitantes – de

713.575 para 714.351 residentes revelam os resultados preliminares dos censos de 2011.

A capital de distrito foi um dos nove concelhos com variação positiva, tendo ganho

5.298 habitantes.



11

Área Global de Influência

O município é limitado a norte pelo município de Espinho, a nordeste pelo de Santa

Maria da Feira, a leste pelo de Oliveira de Azeméis, a sul pelo de Estarreja e pelo da

Murtosa e a oeste pelo Oceano Atlântico.

Densidade Populacional

Ovar possui uma extensão de 147,4 km², repartida por oito freguesias, com uma

população residente de 55.398 habitantes (censos 2011) e com uma densidade

populacional 377,9 hab/ km².

População Residente

http://pt.wikipedia.org/wiki/Espinho_(Portugal)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Maria_da_Feira

http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Maria_da_Feira

http://pt.wikipedia.org/wiki/Oliveira_de_Azem%C3%A9is

http://pt.wikipedia.org/wiki/Estarreja

http://pt.wikipedia.org/wiki/Murtosa

http://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_Atl%C3%A2ntico



12

Definição da Área de actuação da USF

A área geográfica de influência da USF, abrange os residentes na Freguesia de Ovar,

mas exclui a localidade do Furadouro, que não é Freguesia, e está incluída na Cidade de

Ovar, mas não na USF João Semana. Os utentes daquele Lugar são atendidos em

Extensão de Saúde existente na localidade, razão da sua não inclusão na USF João

Semana

Caracterização da População Inscrita na USF – Dezembro de 2013

No dia 16 de Dezembro de 2013, a USF João Semana tinha um total de 15.957

utentes inscritos dos quais 7545 (47,28%) eram do sexo masculino e 8412 (52,72%) do

sexo feminino, distribuídos pelos seguintes grupos etários:

0-4 5-19 20-34 35-49 50-64 65-74 >75 TOTAL Anos Anos Anos Anos Anos Anos Anos

TOTAL 642 2580 2764 3864 3174 1479 1454 15957

% 4,02 16,16 17,32 24,21 19,89 9,27 9,11 99,98% Fonte: SINUS

Tabela 1 – Utentes inscritos na USF João Semana por grupo etário a 16 de Dezembro de 2013

A pirâmide etária e respectivas médias ponderadas da equipa são actualizadas

anualmente e encontram-se disponíveis para consulta no Plano de Acção da USF.



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Compromisso relativo à prestação de cuidados domiciliários aos inscritos

residentes fora da área delimitada.

O compromisso relativo á prestação de cuidados domiciliários no que concerne aos

utentes do Conselho de Ovar foi decidido em reunião geral que são todos abrangidos

pelo serviço domiciliário. Faz parte do Conselho de Ovar, as seguintes freguesias:

Maceda, Cortegaça, Esmoriz, Válega, São João de Ovar e São Vicente de Pereira

Os utentes de fora do Conselho de Ovar são incentivados a pedir transferência para a

sua área de residência e são informados que não têm acesso a este serviço.

Estes utentes são na sua maioria profissionais que trabalham ou passam a maior parte do

ano por reforma ou férias no Conselho de Ovar, pretendem estar inscritos na USF para

facilitar o seu acesso a cuidados médicos e de enfermagem.

A USF João Semana garante o acesso destes utentes aos cuidados domiciliários da

mesma forma que aos utentes da área abrangida.

Todos os utentes não pertencentes ou não residentes no Conselho de Ovar mas que

estão inscritos na USF tem acesso a todos os cuidados de saúde excepto domicílios

sendo informados deste facto aquando da sua inscrição dada a impossibilidade logística

da equipa se deslocar a zonas de fora do conselho de Ovar.

Caso esta situação logística se altere com autorização do ACES a equipa passará

aprestar cuidados domiciliários a todos os utentes inscritos sem excepção.

Acessibilidade á USF – meios de transporte

Existe uma rede de transportes públicos constituída pela CP e rede de autocarros que

fazem a ligação às áreas limítrofes.

A maior parte dos lugares da Freguesia de Ovar distam cerca de 2 Km da USF, e as



14

pessoas podem deslocar-se a pé, no entanto os lugares do Torrão do Lameiro, Carregal e

Ribeira são os mais distantes, cerca de 8 Km, e a rede de transportes está em vias de

desenvolvimento. Para colmatar em parte esta dificuldade de transportes a USF partilha

uma carrinha de transporte de utentes dependentes e/ou com mobilidade limitada, em

parceria com o Centro de Saúde de Ovar.

Recursos de Saúde e Sociais na comunidade

Os recursos de Saúde e Sociais na comunidade são constituídos pelo, Centro Hospitalar

de Entre Douro e Vouga, Hospital Zagalo e Unidade de Convalescença; Centro

Concelhio da Segurança Social, CERCIVAR, Santa Casa da Misericórdia de Ovar;

Associação de Diabéticos de Ovar; Instituto de Droga e da Toxicodependência em

Santa Maria da Feira; Associação Desportiva de Ovar; Associação do Carnaval de

Ovar; Liga dos Amigos do Hospital de Ovar.



15

Imagem 1: Mapa do Distrito de Aveiro

Imagem 2: Mapa do Concelho de Ovar



16

4- MISSÃO, VALORES e VISÃO

Missão

A USF J.S. tem por missão a prestação de cuidados de saúde personalizados à

população inscrita da área geográfica definida, garantindo a acessibilidade, a

globalidade, a qualidade e a continuidade dos mesmos. (DL 298/2007, art. 4º)

Valores

A USF J.S. orienta a sua actividade pelos seguintes valores:

a) Conciliação, que assegura a prestação de cuidados de saúde personalizados,

sem descurar os objectivos de eficiência e qualidade;

b) Cooperação, que se exige de todos os elementos da equipa para a

concretização dos objectivos da acessibilidade, da globalidade e da continuidade

dos cuidados de saúde;

c) Solidariedade, que assume cada elemento da equipa ao garantir o

cumprimento das obrigações dos demais elementos de cada grupo profissional;

d) Autonomia, que assenta na auto-organização funcional e técnica, visando o

cumprimento do plano de acção;

e) Articulação, que estabelece a necessária ligação entre a actividade

desenvolvida pelas USF e as outras unidades funcionais do centro de saúde;

f) Avaliação, que, sendo objectiva e permanente, visa a adopção de medidas

correctivas dos desvios susceptíveis de pôr em causa os objectivos do plano de

acção;

g) Gestão participativa, a adoptar por todos os profissionais da equipa como

forma de melhorar o seu desempenho e aumentar a sua satisfação profissional,

com salvaguarda dos conteúdos funcionais de de cada grupo profissional e das

competências específicas atribuídas ao conselho técnico. (DL 298/2007, art. 5º)



17

Visão

Uma unidade prestadora de cuidados de saúde primários de excelência,

adequados às características das populações, próxima das famílias e dos

cidadãos, sustentável e baseada na vontade empreendedora dos profissionais

Lema

“ JUNTOS PELA SAÚDE”



18

5-Estrutura Orgânica

Conselho Geral

O Conselho Geral da Unidade de Saúde Familiar João Semana é constituído por todos

os elementos da equipa multidisciplinar.

São competências do Conselho Geral:

a) Aprovar o regulamento interno, a carta de qualidade, o plano de acção, o

relatório de actividades e o regulamento de distribuição dos incentivos

institucionais;

b) Aprovar a proposta da carta de compromisso;

c) Zelar pelo cumprimento do regulamento interno, da carta de qualidade e do

plano de acção;

d) Propor a nomeação do novo coordenador;

e) Aprovar a substituição de qualquer elemento da equipa multiprofissional;

f) Pronunciar-se sobre instrumentos de articulação, gestão e controlo dos recursos

afectos e disponibilizados à USF;

g) Avaliar necessidade de substituição de algum elemento da equipa devido a

ausência superior a duas semanas;

h) Pronunciar-se acerca do alargamento da cobertura assistencial ou de outra

questão relevante para o normal funcionamento da USF.

As deliberações relativas às competências referidas são tomadas por maioria de dois

terços. Este Conselho reunir-se-á, semanalmente, ou mediante convocatória do

Coordenador ou a pedido de metade dos elementos que o constituem.



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MÉDICOS

António Ferreira Cunha

Área profissional: Medicina Geral e Familiar

Categoria profissional: Assistente Graduado

N.º da Cédula Profissional: 26915

Regime contratual: CIT

Regime de trabalho: 35 horas por semana

Local de origem: Centro de Saúde de Ovar

Carlos Vítor da Cruz Frazão Figueiredo









20

José António Simão Morgado Casal






Local de origem: Unidade de Saúde de Cortegaça – Centro de Saúde de Ovar

Manuel Alberto da Cunha Moreira Sampaio









21

Maria Arlete Magalhães Lopes Almeida


Categoria profissional: Assistente Graduada





Maria Cristina de Castro Ferreira Gonçalves Moreira Sampaio









22

Maria Isabel Tavares Pacheco







Maria Luísa Resende Morais Almeida






Local de origem: Centro de saúde de Ovar



23

Victor Manuel Sá Ferreira







ENFERMEIROS

Carminda Assunção Andrade Ferreira

Área profissional: Enfermagem

Categoria profissional: Enfermeira Graduada

N.º da Cédula Profissional: 4-E 09927



Local de origem: Centro Saúde De Ovar



24

Elsa Maria Pinto Lopes



N.º da Cédula Profissional: 2- E-28631



Local de origem: Centro Saúde de Ovar

Lucinda Maria carvalho Pimenta









25

Maria Adélia Folhas de Carvalho e Silva






Local de origem: Hospital de São João da Madeira

Maria Manuela Ferreira Cardoso Reis


Categoria profissional: Enfermeira Especialista







26

Paula Cristina Sousa Miguel


Categoria profissional: Enfermeira




Rosa Cristina Lopes Oliveira





Regime de trabalho:40 horas por semana

Local de origem: Centro de saúde de Ovar



27

Rosa Lurdes Alvarez Perez






Local de origem: Hospital de São João da Madeira

Sónia Cristina Rodrigues Braga de Almeida






Local de origem: Hospital de Oliveira de Azeméis

SECRETÁRIOS CLINICOS



28

Alexandra Micaela Pereira Marques

Área profissional: Secretária Clínica

Categoria profissional: Secretária Clínica



Local de origem: Unidade de Saúde de Válega - Centro de Saúde de Ovar

Ana Cristina Fonseca Gomes de Oliveira






Eliana Maria Soares Pinto Nunes








29

Maria da Assunção Tavares de Oliveira Elvas



Regime contratual: Nomeação definitiva



Isabel Maria Lopes Miranda






Rosa Maria Oliveira Braz e Sá








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Conselho Técnico (CT)

— O conselho técnico é constituído por um médico e por um enfermeiro, que a seguir

se identificam, preferencialmente detentores de qualificação profissional mais elevada e

de maior experiência profissional nos cuidados de saúde primários, escolhidos pelos

elementos do respectivo grupo profissional., em reunião profissional e através de

escrutínio secreto.

Dr.ª Cristina Sampaio

Enf. Paula Miguel

SC Eliana

— Compete ao conselho técnico a orientação necessária à observância das normas

técnicas emitidas pelas entidades competentes e a promoção de procedimentos que

garantam a melhoria contínua da qualidade dos cuidados de saúde, tendo por referência

a carta da qualidade.

— Compete também ao conselho técnico:

a) Avaliar o grau de satisfação dos utentes da USF e dos profissionais da

equipa;

b) Elaborar e manter actualizado o manual de boas práticas;

c) Organizar e supervisionar as actividades de formação contínua e de

investigação.

— O conselho técnico reúne, pelo menos, uma vez por mês ou a pedido de um

dos seus elementos. (DL 298/2007, art.º 14º).

A Enf. Manuela Reis é a substituta do elemento de enfermagem do CT e estará

presente em todas as reuniões do CT a fim de promover a integração dos novos

elementos, durante o ano de 2014.



31

-Coordenador

— O coordenador da equipa é um profissional médico, segundo o designado

pelo despacho que aprova a constituição das USF.

O elemento médico abaixo identificado foi eleito em sede de reunião do

Conselho Geral, por escrutínio secreto aquando da formação da USF.

Dr. Victor Manuel Sá Ferreira

— Compete, em especial, ao coordenador da equipa:

a) Coordenar as actividades da equipa multiprofissional, de modo a

garantir o cumprimento do plano de acção e os princípios orientadores da

actividade da USF;

b) Gerir os processos e determinar os actos necessários ao seu

desenvolvimento;

c) Presidir ao conselho geral da USF;

d) Assegurar a representação externa da USF;

e) Assegurar a realização de reuniões com a população abrangida pela

USF ou com os seus representantes, no sentido de dar previamente a

conhecer o plano de acção e o relatório de actividades;

f) Autorizar comissões gratuitas de serviço no País.

. — O coordenador da equipa detém as competências para, no âmbito da USF,

confirmar e validar os documentos que sejam exigidos por força de lei ou

regulamento.

— O coordenador da equipa exerce, também, as competências legalmente

atribuídas aos titulares do cargo de direcção intermédia do 1.º grau e outras que

lhe forem delegadas ou subdelegadas, com faculdade de subdelegação.

— Com excepção das previstas nas alíneas a) e c), o coordenador da equipa

delega, com faculdade de subdelegação, as suas competências nos elementos da



32

USF João Semana, de acordo com o Conselho Geral, conforme explicitado no

capitulo seguinte referente á organização interna e modelo funcional. (DL

298/2007, art. 12º).

– O Coordenador dispõe de um horário para o atendimento geral aos utentes

que é às Quintas-feiras das 12.00 às 13.00 Horas.

O Horário dedicado à gestão é as Quintas - Feiras das 15 às 18 horas.

No período de ausências ou de férias do coordenador, este cargo ficará assegurado pela

Dr.ª Cristina Sampaio, eleita por unanimidade em Conselho Geral e registado em acta.

No entanto de acordo com o decreto-lei nº 298/2007, de 22 de agosto há competências

que não podem ser delegáveis, nomeadamente coordenar as actividades da equipa

multiprofissional, de modo a garantir o cumprimento do plano de acção e os princípios

orientadores da actividade da USF e presidir ao conselho geral da USF, estas excepções

de delegação de funções correspondem às alíneas a) e c) do nº 4 do Artigo 12º do

referido Decreto-Lei.

Delegação de competências do Coordenador

O Coordenador dada a complexidade e quantidade de Processos Operacionais

inerentes ao bom funcionamento desta USF, entendeu delegar, com a aprovação do

Conselho Técnico, a supervisão de alguns destes processos em elementos do Conselho

Geral eleitos de forma voluntária.

Todos os elementos do Conselho Geral devem estar sempre actualizados em relação a

estes processos, e em qualquer altura devem ser capazes de os substituir, sabendo

sempre actuar de forma a dar cumprimento às actividades necessárias, quando estes

estão ausentes, ou ocupados com outra actividade. Considera-se que todos os grupos

profissionais devem estar envolvidos na dinamização de cada um dos Processos de

Operacionais definidos.



33

— Compete aos elementos a quem foram delegados estes processos:

a) Definir o modo de desenvolvimento correto de cada processo e

submetê-lo ao conselho geral para aprovação;

b) Explicitar para cada processo quais os atributos e competências de

cada grupo profissional;

c) Avaliar, pelo menos, semestralmente o desempenho ao nível de cada

processo e propor ao coordenador, e este ao conselho geral, as alterações

necessárias para a correcção de eventuais não conformidades.

— Os elementos a quem foi delegada a supervisão destes processos operacionais podem

ser substituídos por decisão maioritária do conselho geral, a seu pedido ou por

incumprimento reiterado das suas atribuições.

O funcionamento desta USF assenta na escolha inter-pares de um dinamizador por cada

grupo profissional que, juntamente com o Coordenador, farão, sem prejuízo das

hierarquias definidas nas respectivas carreiras, a gestão partilhada e responsabilizada da

Unidade.

Foram eleitos pelos diferentes grupos profissionais, um dinamizador para a Equipa de

Enfermagem (Enf.ª Paula Miguel) e outro para o Secretariado Clínico (Secretária

Clínica Eliana Nunes) que se reunirão semanalmente com o Coordenador da USF.

A dinamizadora do corpo de enfermagem da Unidade de Saúde Familiar João Semana,

eleita por unanimidade, é a Enf.ª Paula Miguel, sendo substituída pela Enf. Manuela

Reis.



34

São competências do dinamizador:

a) Participar activamente em todo o processo de contratualização e

acompanhamento da USF;

b) Fomentar a actividade de enfermagem, garantindo a aplicação das orientações do

plano de acção e regulamento interno;

c) Elaborar propostas de horários de trabalho e de planos de férias anuais dos

elementos do grupo de enfermagem, de acordo com os princípios expressos

neste regulamento;

d) Supervisionar a inter-substituição de elementos do grupo de enfermagem,

nomeadamente nas situações de doença súbita, férias e formação;

e) Equacionar e Avaliar os recursos necessários – humanos, logísticos e materiais –

adequados às necessidades da população (comunidade, família e indivíduo),

fazendo aplicar o exposto no plano de acção e no regulamento interno;

f) Conhecer e dar a conhecer os custos dos recursos utilizados, garantir a sua

correcta utilização;

g) Assegurar a divulgação de informação para os enfermeiros e a realização de

actividades de formação;

h) Criar condições para que sejam efectuados estudos e trabalhos de investigação

em enfermagem na USF;

i) Criar condições para manter activo e vivo o espírito e coesão da equipa.



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A interlocutora do corpo de secretariado clínico da Unidade de Saúde Familiar João

Semana, eleita por unanimidade, é a Secretária Eliana Nunes, cujas funções são:

a) Participar activamente em todo o processo de contratualização e

acompanhamento da USF;

b) Coordenar a actividade do secretariado clínico, garantindo a aplicação das

orientações do regulamento interno;

c) Elaborar propostas de horários de trabalho e de plano de férias anuais dos

elementos do grupo de secretariado clínico de acordo com os princípios

expressos neste regulamento;

d) Coordenar a intersubstituição de elementos do grupo de secretariado clínico,

nomeadamente nas situações de doença súbita, férias e formação;

e) Assegurar a divulgação de informação aos secretários clínicos e a realização de

actividades de formação;

f) Criar condições para manter activo e vivo o espírito de união da equipa;



36

CAPITULO 2



37

6 - Organização Interna e Modelo Funcional

Organograma da USF

CONSELHO

GERAL

COORDENADOR

EQUIPAS

DE

SUPERVISÃO

DOS

PROCESSOS

CHAVE

CONSELHO

TECNICO

AVAIAÇÃO DA SATISFAÇÂO DOS UTENTES E DOS PROFISSIONAIS

ELEMENTOS

DELEGADOS



38

A responsabilidade pela gestão dos processos chave foi atribuída a equipas pré

definidas da USF, que promovem a sua supervisão, no entanto todos os elementos do

Conselho Geral devem estar sempre actualizados em relação a estes processos.

Considera-se que todos os grupos profissionais estão envolvidos na dinamização de

cada um dos processos chave definidos.

As equipas de supervisão dos processos chave devem:

- Avaliar os indicadores contratualizados e correspondentes ao processo chave que lhe

foi atribuído, pelo menos anualmente;

- Apresentar relatório crítico em reunião do Conselho Geral, pelo menos anualmente;

- Propor alterações de protocolos, procedimentos e/ou de normas de actuação;

- Colaborar na elaboração do relatório de actividades anual da USF.

Os responsáveis por cada área farão a monotorização e organizarão os processos

necessários para que estes se cumpram e se realizem as actividades programadas no

Plano de Actividades aprovado pela USF e serão também os motores para que o

Conselho Técnico consiga manter sempre actualizado as Normas de Orientação Técnica

(NOC) de acordo com as mais recentes “Guidelines” e orientações baseadas na

evidência.

Pretende-se que todos os profissionais tenham conhecimentos e adquiram competências

em todas as áreas de actividades, sem prejuízo da sua responsabilidade numa área de

intervenção específica.



39

Equipas de supervisão dos Processos Chave.

PROCESSOS CHAVE Equipas de Supervisão

1- Consulta de saúde da Mulher

1.1.Saúde Materna Cristina Sampaio, Paula Miguel

Assunção Elvas

1.2.Rastreio Oncológico e Planeamento Familiar

Manuel Sampaio, Sónia

Cristina Oliveira

2- Consultas de Saúde do Recém-nascido da Criança e do Adolescente

Saúde Infantil e Juvenil António Cunha, Rosa Lurdes,

Isabel Miranda

3-Consultas de Saúde do Adulto e do Idoso

Saúde do Adulto e do Idoso Arlete Almeida, Elsa, Manuela

Rosa Maria

4- Cuidados em Situação de doença Aguda

Consulta Aberta Victor Ferreira, Rosa Cristina, Eliana

5- Acompanhamento clínico de situações de doença crónica e patologia múltipla

5.1.Hipertensão José Casal, Lucinda, Alexandra

5.2.Diabetes Carlos Frazão, Carminda, Alexandra

6 – Cuidados no Domicílio

Cuidados Domiciliários Isabel Pacheco, Adélia, Cristina



40

Na USFJ.S a planificação do trabalho passa a ser feita através da organização de

equipas de saúde, para desta forma responder sistematizadamente aos Processos Chave

da USF.

Deve ser privilegiado sempre o trabalho em equipa.

A equipa de saúde deve incluir um elemento de cada um dos grupos profissionais

representativos na USF João Semana sendo constituída por:

Médico – Enfermeiro – Secretário Clínico

Equipas de Saúde

Médico Enfermeiro Secretário Clínico

António Cunha Lucinda Pimenta Eliana Nunes

Carlos Frazão Carminda Rosa Maria

José Casal Manuela Reis Isabel Miranda

Manuel Sampaio Rosa Lurdes Alexandra

Arlete Almeida Elsa Lopes Assunção Elvas

Cristina Sampaio Rosa Cristina Assunção

Isabel Pacheco Paula Miguel Ana Cristina

Luísa Morais Sónia Almeida Alexandra

Victor Ferreira Adélia Folhas Rosa Maria



41

6.1-Consulta Aberta:

Assim, o conceito de “consulta aberta” deve entender-se como:

• Compromisso de atendimento, no próprio dia e durante todo o período de

atendimento, às situações de doença aguda, preferencialmente pela própria

equipa de família.

• Garantia de existência de carga horária explicita, personalizada e diária,

preferencialmente distribuída ao longo do tempo de trabalho individual, para

resposta a situações de doença aguda.

• A doença Aguda –é uma situação percepcionada pela equipa de Saúde e ou

utente. Qualquer utente com necessidade de apoio médico ou de enfermagem,

terá uma resposta no próprio dia. Não obstante, esta resposta poderá não se

consubstanciar numa consulta formal, mas apenas numa marcação ou

aconselhamento.

Deste modo, para dar resposta às situações em que é necessária uma consulta médica ou

de enfermagem, cada médico e enfermeiro de família manterá diariamente um conjunto

de consultas, para atendimento designado por Consulta Aberta.



42

Secretário Clinico Pergunta qual o motivo

Envia por Google Talk o pedido da consulta ao médico de família do Utente e é informado que deve aguardar por uma resposta na sala de espera

O médico chama o utente e faz a avaliação da situação. Se a situação for aguda manda um talk a Secretária Clinica a informar se deve ou não marcar consulta

SE a indicação for para marcar consulta, a mesma é marcada e o utente aguarda na sala de espera pela chamada

SE não for uma situação aguda é dada indicações a Secretária Clinica para programar consulta para outro dia

Não há motivos para consulta

- Agendar consulta dia e hora

-Informar o utente que deve comparecer 30 minutos antes em caso de consulta médica

Utente Chega à USF João Semana

Solicita Consulta Aberta Médica ou de Enfermagem

Critério da Consulta Aberta Sem Critério para Consulta Aberta

Utente sai da USF

Faz-se o contacto da consulta aberta

Consulta Médica



43

6.2-Consulta Programada (Geral e de Grupos Vulneráveis e de Risco)

Consulta Geral

Na Consulta Geral programada (consulta do Adulto, Idoso ou de Clínica Geral),o

Utente poderá efectuar a sua marcação pessoalmente na secretaria, por mail,

telefonicamente ou através do E-agenda. As consultas de seguimento podem ainda ser

marcadas pelo médico ou pelo enfermeiro.

Consulta de Grupos Vulneráveis e de Risco

A consulta é agendada pelo médico ou enfermeiro de família com o acordo do utente e

seguindo os esquemas de vigilância preconizados pela DGS.

Estas consultas são consultas de vigilância de saúde ou de acompanhamento de utentes

com doenças crónicas. São destinadas aos grupos considerados vulneráveis como

grávidas, recém-nascidos, crianças e jovens até aos 18 anos. São também destinadas a

grupos de risco como os diabéticos e hipertensos.

Esta consulta pode ser programada em horário pós-laboral, por iniciativa do utente,

desde que se verifique a necessidade de utilização deste horário, justificada por

declaração da entidade patronal.



44

Circuito de Marcação de Consulta de Saúde do Adulto ou Idoso

Sim

Entrada do Utente na USF Pede Consulta

Consulta não Programada

Avaliação do Pedido

É feito o encaminhamento para o médico por Google talk para fazer a avaliação do pedido do utente segundo protocolo da unidade

Situação Aguda?

Médico de Família, informa a administrativa para proceder a marcação da consulta no horário da C.A.

Regista-se o contacto e o utente é informado para aguardar na sala

de espera

Consulta de Intersubstituição

Consulta médica

Utente sai da USF

Consulta programada

Resolução Administrativa

Emitir impresso com o dia/ hora da consulta

Médico Ausente



45

6.3-Visitação Domiciliária

A Visitação Domiciliaria é designada por “Domicílios “ ou “Visitas Domiciliarias” e

são cuidados prestados em casa, de forma continuada ou pontual.

A equipa da USF assume o compromisso de assegurar a resposta integrada aos utentes

pela sua equipa de saúde (Médico e enfermeiro de família ou substitutos)

A marcação de cuidados domiciliários deve ser realizada através de contacto directo do

Utente e/ou dos familiares ou por via telefónica com os enfermeiros e/ou médicos da

sua equipa de saúde ou substitutos, no horário de atendimento.

Em caso presencial, o familiar ou outro deverá informar o Secretário Clínico que

contactará com o Médico/Enfermeiro de Família ou substitutos, que avaliará a situação

de incapacidade do doente e faz a marcação da visita.

A resposta a pedido de consulta domiciliária de enfermagem e/ou médica, será

realizada num prazo máximo de 24 horas em dias úteis.

Estas consultas domiciliárias têm como objectivo a vigilância, a prevenção e o

despiste de complicações ou agravamento da situação.



46

Pedido Domicilio Médico e ou de Enfermagem na USF

Situações de Doenças Vigilância Saúde de utentes com dificuldade Deslocação

Realização da Visita Domiciliária

Visitas Domiciliárias

Visitas programadas e não programadas médicas e/ou de enfermagem em situação de doença aguda, com resposta no prazo máximo de 24 horas

após a solicitação

Visitas Domiciliárias Curativas

Visitas Domiciliárias de Vigilância

Utente ou familiar cuidador ou outro contacta USF (Secretário Clinico, Médico ou Enfermeiro)

Médico ou Enfermeiro Agenda Visita

Programada visita pelo Médico e/ou Enfermeira de cordo com a situação

Secretário Clinico – Procede ao RAC

-Agendamento (ou não) de nova Visita Domiciliária; - Registo no SAM e SAPE e sistemática articulação com troca de informações entre médico e enfermeira sobre a evolução da situação do doente

Contacto Médico e/ou enfermeiro família



47

6.4-Caracterização do Sistema de Intersubstituição

As consultas de Intersubstituição, garantem a resposta aos serviços mínimos, nas

situações de ausência, independentemente da sua natureza e duração.

São definidas como todas consultas efectuadas por um médico e ou enfermeiro

substitutos, nas ausências do medico e ou enfermeiro de família do utente.

Estas consultas podem ser de Situações Agudas ou percepcionadas como tal pelo utente,

de Vigilância de Saúde, ou de Acompanhamento de Saúde de utentes com doenças

crónicas, e de consultas domiciliárias. O Sistema de intersubstituição garante a resposta

aos serviços mínimos preconizados pela USF.

Processos Chave SERVIÇOS MÍNIMOS

Consulta de Saúde Materna

Primeira consulta, diagnóstico pré-natal, controlo laboratorial e radiológico do segundo e terceiro trimestre, referenciação para consulta de termo e consulta de revisão do puerpério; Vacinas do PNV e Imunoglobulina anti D.

Consulta de Saúde Infantil

Diagnósticos Precoces; Primeira Consulta do RN; Consultas do primeiro ano de vida; Vacinas do PNV.

Consulta de Planeamento

Familiar

Encaminhamento de situações de risco (suspeita de neoplastias) Contracepção; Encaminhamento de utentes com resultados de citologias com risco; Orientação das situações de interrupção voluntária de gravidez; Vacinas do PNV.

Consulta de Hipertensão Assistência e encaminhamento de Crises hipertensivas; Vacinas do PNV.

Consulta de Diabetes Assistência e encaminhamento de situações de risco e/ou de hipoglicemia ou hiperglicemia; Vacinas do PNV.

Cuidados Domiciliários Manutenção de dispositivos respiratórios; Manutenção de dispositivos de alimentação entérica e parentérica; Manutenção de dispositivos urinários; Administração de injectáveis diários; Pensos diários.

Consulta do Adulto Renovação dos certificados de incapacidade temporária para o trabalho; Renovação de receituário crónico Requisições de MCDT inadiáveis. Tratamentos e cuidados de enfermagem; Vacinas PNV.

Consulta Aberta È assegurada na íntegra. Vacinas do PNV.



48

Assim sendo, as consultas programadas do dia de ausência (s) do (s) profissional (s)

serão divididas pelos médicos e ou enfermeiros presentes de serviço na unidade.

MÉDICOS

2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira M Todos os

médicos

M Todos os médicos

M Todos os médicos

M Todos os médicos

M Todos os médicos

12-14 h

Dr. Casal Dr. Sampaio Dr. Frazão Dr.ª Cristina Dr. Victor

T Dr. Casal Dr.ª Luísa Dr.ª Isabel Dr.ª Cristina Dr. Victor

T Dr. Sampaio Dr. Cunha Dr. Casal

T Dr. Casal Dr.ª Luísa Dr.ª Arlete Dr. Frazão Dr. Victor

T Dr.ª Cristina Dr. Casal Dr.ª Luísa Dr.ª Arlete Dr. Sampaio

T Rotação conforme escala mensal de Intersubstituição (16-20h) 18-20

h Dr.ª Arlete

Dr.ª Luísa

Dr.ª Isabel Dr. Cunha

No período de intersubstituição da manhã, (das 12h às 14horas) e da tarde (das 18h às

20h) serão atendidas as situações agudas e serviços mínimos.

Se a ausência do médico se verificar por mais de um dia, então serão remarcadas as

consultas programadas do médico ausente e serão assegurados os serviços mínimos dos

processos chave, nos períodos de intersubstituição de manhã e de tarde.



49

ENFERMAGEM

2ª Substituto 3ª Substituto 4ª Substituto 5ª Substituto 6ª Substituto M Todas as

enfermeiras

M Todas as enfermeiras (excepto Enfª Sónia)

M Todas as enfermeiras



12-14 h

Intersubstituição Intersubstituição Intersubstituição Intersubstituição Intersubstituição

T Enfª Paula Enfª Elsa Enfª Manuela Enfª Sónia Enfª Rosa Cristina

T Enfª Adélia Enfª Lucinda Enfª Rosa Lurdes Enfª Sónia

T Enfª Carminda Enfª Elsa Enfª Paula Enfª Sónia

T Enfª Adélia Enfª Carminda Enfª Manuela Enfª Rosa Cristina Enfª Rosa Lurdes Enfª Sónia

T Rotação conforme escala mensal / Intersubstituição (16-20h)

18-20 h

Intersubstituição Intersubstituição Intersubstituição Intersubstituição



50

6.5-Definição de modelo de equipa multidisciplinar (Atribuição de

Lista de Famílias a cada Enfermeiro)

A cada cidadão inscrito é atribuído um médico de família e a cada família um

enfermeiro, atendendo sempre que possível à preferência do utente/ família.

Com o intuito de agilizar e facilitar a atribuição de Médico e Enfermeiro de família a

cada utente, acordou-se em Conselho Geral, a manutenção da distribuição de utentes por

“ficheiros”, sendo que os utentes do médico X, são também os utentes do Enfermeiro X.

Em relação à distribuição de famílias por enfermeiros e por área geográfica defendida

pela Ordem dos Enfermeiros, a sua aplicação de momento é impraticável por várias

condicionantes, como sejam o espaço físico e estrutura física da USF que é inadequada

para o número de profissionais e de utentes. O conceito de enfermeiro de família

actualmente começa a tomar forma junto da comunidade, mas necessita de ser

consolidado.

6.6-Gestão Interna por objectivos

A USF J.S. tem um modelo de gestão por objectivos, identificados, temporizados e

quantificados em sede do Plano de Acção.

O Plano de Acção é elaborado por cada três anos com metas anuais.

Compete aos responsáveis pelos Processos Chave da USF, com o apoio do

conselho técnico e do coordenador e ouvidos todos os profissionais, elaborar o

plano de acção, e actualizá-lo anualmente.

O Plano de Acção é aprovado em conselho geral, tal como as suas actualizações.

A equipa estabelece períodos de avaliação dos indicadores e das metas a atingir,

periodicamente, ao longo do ano, desenvolve e aplica as medidas correctivas de

forma a atingir os objectivos, discutidos em conselho geral e geridos, orientados

e aprovados pelo coordenador.



51

6.7- Regras de Articulação e de Comunicação Interna

Só será possível a ausência programada simultânea, no máximo de um terço dos

profissionais salvaguardando-se situações pontuais, desde que não haja prejuízo para o

serviço e com a aprovação por escrito do Coordenador.

Planeamento de Férias

O planeamento de férias é realizado no início do ano, de Janeiro a Março, e para

todo o ano decorrente.

Os períodos mais pretendidos devem ser rateados, sempre que possível,

beneficiando, alternadamente, os trabalhadores em funções dos períodos

gozados de dois anos anteriores;

No escalonamento de férias não poderá ser excedido 1/3 de ausências a nível do

total dos trabalhadores de cada grupo profissional por serviço;

A marcação das férias deverá ser feita no Plano de Férias por Local de Trabalho

(USF)

O Plano de férias depois de autorizado de acordo com o disposto anterior deverá

ser remetido fotocópia para o ACES;

É obrigatório a marcação da totalidade das férias a que o trabalhador tem direito;

Não são permitidas ausências para férias sem autorização prévia;

Todos os profissionais devem gozar no mínimo 11 dias de férias consecutivos;



52

Estratégias e Métodos comuns de comunicação Interna

Para a comunicação do dia-a-dia devem preferencialmente ser utilizados o Google Talk,

existente em todos os ambientes de trabalho e que deve estar sempre conectado sempre

que o profissional está de serviço. O telefone interno será uma segunda opção.

Outro processo de comunicação interna na USF entre a equipa é feito através de circular

interna.

Reuniões de serviço e ocorrências

As Convocatórias das reuniões são feitas de forma escrita sendo as mesmas feitas com

48 horas de antecedência onde conste o local, hora da reunião e temas/assuntos a tratar.

Em cada reunião realizada será elaborada a acta da mesma sendo que todos os

profissionais presentes assinaram no final.

A USF dispõe de um Suporte de registo de Ocorrências onde todos os profissionais da

Equipa da USF poderão registar todas as situações ocorridas no decurso do exercício

das suas funções, para que posteriormente as mesmas sejam relatadas ao grupo e

discutidas em sede de reunião geral para que se em caso necessário sejam

implementadas medidas correctoras ou objecto de discussão.

6.8- Gestão da Informação (Interna e Externa)

A gestão da informação interna é feita da seguinte forma:

Quando qualquer elemento da USF pretende transmitir qualquer

informação ou comunicação á equipa programa com o elemento que

elabora as ordens de trabalho das reuniões ou com o Coordenador.



53

Os pedidos de ausências ou de tempo de serviço para formação são

dirigidas as Coordenador, e este pode solicitar a opinião do Conselho

Técnico ou de outros elementos a USF a quem tenham sido delegados

essas funções.

As circulares Internas são arquivadas depois de assinadas.

A comunicação é feita por mail e arquiva em pastas no P.C. do

Coordenador.

A comunicação diária é efectuada e arquivada no Google e eliminada se

não for relevante.

Em relação á comunicação externa as circulares informativas e outros documentos

impressos emanados do ACES da ARS ou outras instâncias, deve ser elaborado pela

equipa das SC uma nota de registo de assinaturas que comprova que a informação

chegou ao receptor. Todos os elementos devem ter a preocupação de tomar

conhecimento e assinarem a nota com a maior brevidade possível. Todas as informações

enviadas para o e-mail da USF, do coordenador, ou de Enfermagem, são

reencaminhadas para todos os elementos a que diz respeito a informação, e são feitas

circulares informativas.

O coordenador ou substituto devem estar sempre contactáveis em horário de serviço da

USF. Todos os elementos devem ter os contactos telefónicos actualizados.

7-ÁREAS DE INTERVENÇÃO DOS DIFERENTES GRUPOS PROFISSIONAIS

As actividades e funções de cada grupo profissional são aquelas que são

inerentes às das respectivas profissões e que estão estabelecidas por lei. A forma como

esses grupos profissionais se articulam entre si e actividades onde assumem

responsabilidades, visam a melhoria da qualidade dos cuidados a prestar.



54

Os Profissionais da USF João Semana asseguram o atendimento dos utentes nela

inscrita e a concretização do Plano de Acção. Esse atendimento terá sempre em linha de

conta a acessibilidade, a globalidade, a continuidade de cuidados e a abordagem

centrada no utente/doente. Tem em conta sempre o Regulamento Interno, a Carta da

Qualidade e de Compromisso da USF.

7.1-Definições de responsabilidades e Áreas de Cooperação

Médicos

Os médicos da USF João Semana asseguram o atendimento dos utentes nela inscrita.

Esse atendimento terá sempre em linha de conta a acessibilidade, a globalidade, a

continuidade de cuidados e a abordagem centrada no utente/doente.

Assim, fazem parte do compromisso assistencial dos médicos de família desta USF, as

seguintes actividades:

a) Consultas de vigilância e promoção da saúde (Saúde da Mulher, Saúde Infantil e

Juvenil, Saúde do Adulto e Idoso), de acordo com as normas da DGS;

b) Cuidados em situação de doença aguda (resolução no próprio dia);

c) Consultas de doença crónica (Diabetes, HTA1, DPOC2…);

d) Consultas no domicílio (Conforme critérios estipulados no Plano de Acção nos

Cuidados Domiciliários)

e) Participação em programas de rastreio: cancro do colo do útero, mama, cólon,

etc. 1 Hipertensão

2 Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica



55

f) Interligação e consultadoria com outros serviços, especialidades ou cuidados

(troca de informações relevantes, participação nos programas de articulação

entre a USF, Centro Hospitalar de entre Douro e Vouga e o Hospital Francisco

Zagalo - Ovar);

g) Reuniões periódicas de formação, discussão dos problemas clínicos e partilha de

informação recolhida em sessões científicas;

h) Elaboração de protocolos de actuação, correcção de procedimentos

organizacionais e apresentação de projectos para a USF, em colaboração com os

restantes profissionais;

i) Renovação de prescrição de medicação crónica, revisão de processos, registo de

todas as consultas no Programa Informático específico (Diabetes, Hipertensão,

Rastreio Oncológico, Saúde Materna, Saúde Infantil, Planeamento Familiar,

etc.);

j) Condução e/ou participação em projectos de investigação;

k) Manutenção da formação contínua;

l) Plano de actividades em educação para a saúde (painéis educativos).

Enfermeiros

Os enfermeiros que aderiram a este projecto estão fortemente motivados para a

prestação de cuidados aos utentes inscritos em lista num médico de família, assumindo

assim em pleno o seu papel de enfermeiro de família e garantindo a acessibilidade,

continuidade e globalidade de cuidados de forma personalizada. Em situações

necessárias estes mesmos enfermeiros estarão disponíveis para prestar cuidados a todos

e quaisquer utentes da USF, baseados no princípio geral da inter-substituição. Assim, de

uma forma genérica as Competências de todos os Enfermeiros são:



56

a) Promover o trabalho em equipa, reforço da intervenção como Enfermeiro de

Família, prestando cuidados de saúde de enfermagem de forma personalizada e

continuada aos cidadãos inscritos na unidade de saúde sem esquecer a

comunidade envolvente;

b) Adoptar as directrizes do modelo de organização associado ao “Enfermeiro de

Família” de uma forma organizada e responsável, partilhada, com motivação e

alegria;

c) Desenvolver áreas de interesse profissional alicerçadas em formação específica

já existente ou a frequentar;

d) Ter uma actuação de complementaridade funcional relativamente aos demais

profissionais de saúde, mas dotada de idêntico nível de dignidade e autonomia

de exercício profissional;

e) Prestar cuidados de enfermagem, em continuidade, aos cidadãos inscritos nesta

USF, nas seguintes áreas de actuação:

• Saúde infantil e Juvenil

• Vigilância e seguimento de doentes com patologias crónicas como

doentes com DM3, HTA e DPOC

• Saúde da Mulher

• Consulta de enfermagem na USF

• Promoção para a Saúde

• Consultas de enfermagem preventivas e curativas no domicílio

3 Diabetes Mellitus



57

f) Efectuar registos objectivos, explícitos e passíveis de ser compreendidos por

todos. É a única forma de colher dados, identificar os problemas, diagnosticar a

situação, desenvolver um plano de intervenção com o utente/família, planear e

adequar a intervenção à melhor evidência científica conhecida;

g) Manter um elevado desempenho na utilização dos programas informáticos

SINUS (Sistema Informático de Unidades de Saúde) e Sistema de Apoio á

Enfermagem (SAPE) e procurar adequá-lo às necessidades da equipa.

O grupo profissional dos enfermeiros desempenhará funções específicas na USF, tais

como:

a) Admissão dos utentes que necessitem de cuidados de enfermagem;

b) Atendimento telefónico para agendamentos/marcações de consultas de

enfermagem;

c) Execução do Processo de Enfermagem Utente/Família, que engloba: avaliação

inicial/colheita de dados; identificação do diagnóstico de enfermagem;

planificação das intervenções de enfermagem (tendo em consideração o

processo clínico); implementação das intervenções de enfermagem planeadas;

avaliação das repostas do utente/família ao plano de acção e registo;

d) Utilização da aplicação informática SAPE, que tem como base a linguagem

classificada da CIPE/ICNP® (Classificação Internacional para a Prática de

Enfermagem), para registo das actividades de enfermagem, marcações de

contactos, etc.

e) Utilização da aplicação informática SINUS para registo de vacinas e marcação

de consultas;

f) Convocação de utentes para consultas de enfermagem e vacinação;



58

g) Colaboração com o médico de família na vigilância, promoção da saúde e

prevenção da doença nas diversas fases da vida do indivíduo; acompanhamento

clínico das situações de doença crónica e de patologia múltipla;

h) Interligação e colaboração em rede com outros serviços do Centro de Saúde de

Ovar;

i) Realização de projectos de investigação em enfermagem;

j) Elaboração de protocolos de actuação, correcção de procedimentos

organizacionais e apresentação de projectos para a USF, em colaboração com os

restantes profissionais;

Realização de actividades não assistenciais e de suporte: requisição de material

directamente relacionado com a prática de enfermagem (gestão de stocks); reuniões de

trabalho; formação em serviço; orientação de alunos em estágio; etc.

Secretários Clínicos

O primeiro contacto dos Utentes com a Unidade Saúde Familiar, é feito através dos

Secretários Clínicos, são eles que reflectem a imagem de toda a equipa.

O atendimento e a orientação feita com Empenhamento, Competência, Compreensão,

Correcção e Rigor são os Valores e Atitudes que mais contribuem para um bom nível de

satisfação do Utente.

Assim, fazem parte das tarefas dos Secretários Clínicos as seguintes actividades:

a) Atendimento presencial ou telefónico e prestação de informações

b) Inscrição e/ou transferência de utentes e requisição do cartão de utente

c) Actualização de dados do agregado familiar



59

d) Marcação de consultas pedidas presencialmente, através do E-agenda ou

telefonicamente, seja por iniciativa do utente ou de outro profissional e á sua

desmarcação

e) Encaminhamento para o médico e/ou enfermeiro dos pedidos de atendimento

por doença aguda

f) Encaminhamento para o médico e/ou enfermeiro de cartas de informação

Hospitalar ou outra

g) Encaminhamento de acordo com o horário estabelecido das chamadas

telefónicas para o médico ou enfermeiro

h) Atribuir e regularizar a renovação das Taxas Moderadoras

i) Cobrar as Taxas Moderadoras e encaminhar o seu numerário

j) Preenchimento dos pedidos de Reembolso solicitados pelos utentes

k) Orientar o processo de renovação de Medicação Crónica

l) Orientar o processo de referenciação de Utentes

m) Orientar o arquivo dos Processos Clínicos

n) Catalogar e arquivar a diversa documentação depois de dar o devido

conhecimento aos diversos profissionais interessados

o) Protocolar todos os documentos que saem da USF

p) Elaboração do Inventário

q) Requisição do material de aprovisionamento necessário ao funcionamento da

USF

r) Gestão da Assiduidade

s) Participar em reuniões e acções de formação

t) Colaborar com Médicos e Enfermeiros da USF



60

u) Colaborar com os serviços do Centro de Saúde nas tarefas de orientação do

edifício, tais como avarias, serviço de limpeza e serviço administrativo

v) Colaborar com outras instituições de saúde ou apoio social

w) Recepção de reclamações/sugestões e encaminhamento para o Coordenador

Distribuição de tarefas de Gestão

O Coordenador dada a complexidade e quantidade de Processos Operacionais

inerentes ao bom funcionamento desta USF, entendeu delegar, com a aprovação do

Conselho Técnico, a supervisão de alguns destes processos em elementos do Conselho

Geral eleitos de forma voluntária.

Todos os elementos do Conselho Geral devem estar sempre actualizados em relação a

estes processos, e em qualquer altura devem ser capazes de os substituir, sabendo

sempre actuar de forma a dar cumprimento às actividades necessárias, quando estes

estão ausentes, ou ocupados com outra actividade. Considera-se que todos os grupos

profissionais devem estar envolvidos na dinamização de cada um dos Processos de

Operacionais definidos.

— Compete aos elementos a quem foram delegados estes processos:

a) Definir o modo de desenvolvimento correto de cada processo e submetê-lo ao

conselho geral para aprovação;

b) Explicitar para cada processo quais os atributos e competências de cada grupo

profissional;

c) Avaliar, pelo menos, semestralmente o desempenho ao nível de cada processo

e propor ao coordenador, e este ao conselho geral, as alterações necessárias para a

correcção de eventuais não conformidades.



61

— Os elementos a quem foi delegada a supervisão destes processos operacionais podem

ser substituídos por decisão da maioritária do conselho geral, a seu pedido ou por

incumprimento reiterado das suas atribuições.

Processos Operacionais Delegações Elementos Delegados Confirmar e validar os documentos que sejam exigidos por força de lei ou regulamento.

- Ordem de trabalhos e actas das reuniões gerais - Avisos e Folhetos - Ocorrências e Diário de bordo - Guia de acolhimento Do Utente e Profissional - Horários, ausências, assiduidades - Comunicações internas - Sinalética e acessibilidades

- Cristina Oliveira, Rosa Maria - Cristina Oliveira, Carminda - Assunção - Cristina Oliveira, Carminda Rosa Cristina - Isabel Pacheco, Casal, Lucinda, Alexandra, Rosa Lurdes - Assunção, Rosa Maria -Adélia, Sónia

Dotação, requisição e manutenção do material e equipamento e Inventário da USF

-Material Clínico e de Farmácia - Inventário da USF - Manutenção, reparação e aquisição de Equipamento e mobiliário, excepto informático

- Sónia e Elsa - Rosa Maria e Assunção - Lucinda, Rosa Maria

-Gestão de dados Pirâmide Etária e Unidades Ponderadas

- Compilação de dados e redacção de Relatório Anual

- Arlete, Rosa Cristina Isabel Miranda, Frazão e Alexandra



62

Processos Operacionais Delegações Elementos Delegados

Avaliação de

Desempenho/ SIADAP

Conselho Técnico

Avaliação Satisfação

Utentes e Profissionais

Conselho Técnico

Controle de Infecção - Elaboração e Promoção

Manual de Boas Praticas

- R. Lurdes e Luísa

Circuito do Frio - Verificação e relato

ocorrências

Lucinda

Plano de Evacuação e

Emergência / formação

SBV

- Redacção Manual,

Promoção e exercícios

de simulação

- Arlete, Isabel Miranda,

Elsa, Sónia

Vacinação Profissionais - Administração e registo - Sónia

Promoção da Saúde - Promoção e Realização

de Sessões, e relatório

- Adélia, Luísa Morais e

Assunção

Carta do Compromisso

Assistencial

- Redacção - Victor F., Manuela

Carta da Qualidade - Redacção - Victor F., Manuela

Plano de Acção

Relatório Actividades

- Redacção - Elsa, Cunha,

Alexandra, Sampaio,

Casal, Rosa Lurdes,

Isabel M.

Processos Operacionais Delegações Elementos Delegados



63

Regulamento Interno Redacção Sónia, Rosa Cristina Frazão, Cristina O.

Contratualização de Indicadores

Victor, Manuela Eliana

Actualizar e gerir Sites Rosa C. Isabel Miranda Actualização em Suporte Básico de Vida

Arlete, Elsa Lopes

Gestão e organização da estrutura da USF

Vítor, Carminda, Adélia, Rosa Maria

Plano de Formação - Conselho Técnico Manual de Procedimentos

- Conselho Técnico

Manual de Boas Práticas Clínicas

- Compilação - Conselho Técnico

Aplicação da Grelha Dior Manuela, Victor, Eliana, Paula, Cristina Oliveira

Processo de Acreditação da USF

Paula, Eliana, Manuela, Cristina Oliveira, Vítor, Cristina Sampaio

Tempos de Espera Assunção Estatística mensal ACES Rosa Cristina

Rosa Lurdes Articulação com Escolas e organização de estágios

Vítor, Manuela e Paula

Banco de horas Enfermagem

Manuela



64

8-COMPROMISSO ASSISTENCIAL

A USF João Semana é parte integrante do ACES Baixo Vouga, sendo constituída por

uma equipa multiprofissional identificada no Despacho de Homologação.

A USF está disponível para inscrever até 17.500 utentes.

8.1-Cobertura Assistencial

A oferta assistencial da USF será organizada de forma a garantir a acessibilidade de

todos os seus utentes com necessidade de cuidados de saúde, o atingir das metas

propostas no seu Plano de Acção e finalmente a optimização dos seus recursos quer

físicos quer humanos.

A carga horaria atribuída a cada consulta está estipulada mediante a pirâmide etária da

USF J.S., as suas metas e indicadores contratualizados são explícitos anualmente no

plano de acção.

Assim a USF funciona no horário estipulado por lei (8:00h-20:00h), sem alargamento

do horário, o que nos parece ser o mais adequado tendo em atenção as características e

necessidades da nossa população-alvo.

A forma de prestação de trabalho dos elementos da equipa multiprofissional é

estabelecida para toda a equipa, tendo em conta o plano de acção, o período de

funcionamento, a cobertura assistencial e as modalidades de regime de trabalho

previstas na lei. (DL 298/2007, art.º 22º)

Actualmente existem na USF 9 médicos com 35 horas semanais, 9 enfermeiras

com 40 horas semanais, e 6 secretárias clínicas com 40 horas semanais.



65

A equipa, distribui as suas horas pelas várias actividades e consultas, inclusive a

consulta pós laboral, conforme explicado mais à frente e o horário diário contempla

períodos destinados à intersubstituição e ao atendimento de situações agudas.

A carteira Básica de serviços da USF J.S. é a que consta do anexo I da Portaria n.º

1368/2007, de 18 de Outubro, e será actualizada de acordo com as eventuais alterações

que o referido diploma venha a sofrer e os profissionais da USF J.S assumem o

compromisso de a cumprir.

A lei que aprova o regime das 40 horas é a lei 68/2013 de 29 de Agosto.

8.2-Horário de Funcionamento

O período de funcionamento da USF J.S. é das 8 às 20 horas, nos dias úteis.

(DL 298/2007, art. 10º, n.º 4)

O horário de funcionamento da USF J.S. será publicitado, designadamente,

através de afixação no exterior e interior das instalações. (DL 28/2008, art. 6º)

O período de funcionamento referido pode ser alargado quer nos dias úteis, quer

aos fins-de-semana e feriados, sob proposta fundamentada do conselho técnico

ou do coordenador, desde que aprovada por maioria qualificada em sede de

Conselho Geral e aprovado pelo ACES e ARSC.

O horário de atendimento aos utentes deve coincidir com o horário de

funcionamento da USF.

Em situações especiais de maior afluência o horário de funcionamento pode

ultrapassar o limite superior de atendimento até trinta minutos, sendo que os

utentes devem dar entrada na USF até ás 19:30 horas, salvo situações

excepcionais e devidamente analisadas pela equipa. Ex: no caso de um utente

estar a efectuar um tratamento ou uma consulta mais demorada que ultrapasse o

horário do encerramento da USF os profissionais deverão manter-se no seu

posto de trabalho até á saída desses utentes.



66

Sempre que, antes do horário de encerramento, seja previsível ultrapassar os

trinta minutos de tolerância, os cidadãos devem ser encaminhados para os locais

de assistência alternativa.

Existe informação relativa ao horário de funcionamento da USF, encontra-se afixada em

placares e folhetos (Guia de Acolhimento) entregues aos utentes.

8.3-ALTERNATIVAS ASSISTENCIAIS E REFERENCIAÇÃO EXTERNA

Durante o período de encerramento da USF J. S., nos dias úteis após as 20 horas, bem

como nos sábados, domingos e feriados, os utentes desta USF podem recorrer, à

Consulta Aberta do Centro de Saúde de Ovar. Casos urgentes devem recorrer ao Centro

Hospitalar Entre Douro e Vouga em Santa Maria da Feira, tendo ainda ao seu dispor a

linha de Saúde 24 e o 112.

Os utentes que necessitem de referenciação para consultas de especialidades, são

encaminhados via Alert..

Consulta de Saúde da Mulher

Consulta de Saúde Materna – Assistência á mulher durante a gravidez e puerpério.

Cada equipa de saúde dispõe de pelo menos 1 hora / semana para estas consultas cerca

de 3 utentes.

Consulta de Planeamento Familiar e ou rastreio oncológico – Inclui as consultas pré

concepcionais, o rastreio oncológico do cancro do colo do útero e da mama,

acompanhamento do Planeamento Familiar, rastreio e tratamento de infecções de

transmissão sexual e da menopausa. Cada equipa de Saúde dispôs de 1,5 a 2 horas por

semana para esta consulta, que resulta no tempo de atendimento de 4 a 7 utentes.



67

Consulta de Saúde do Recém-nascido da Criança e do Adolescente

Consulta de Saúde Infantil – Inclui o acompanhamento e vigilância das crianças e

jovens dos zero aos 18 anos. Cada equipa de Saúde dispõe de cerca de 1,5 a 2 horas por

semana para esta consulta, que resulta no tempo de atendimento de 4 a 7 utentes.

Consulta de Saúde do Adulto e do Idoso

Consulta de Adultos - cuidados de vigilância da Saúde do Adulto e do Idoso, de acordo

com as normas actuais da DGS estabelecidas para esta área de intervenção, de forma a

promover a saúde e prevenir a doença;

Consulta de Acompanhamento Clínico das situações de doença crónica

e patologia múltipla

Consulta Diabetes – Consulta para utentes com diagnóstico de Diabetes.

Cada equipa de Saúde dispôs de 1 a 2 horas por semana para esta consulta, que resulta

no tempo de atendimento de 4 a 8 utentes.

Consulta Hipertensão – Consulta para utentes com diagnóstico de Hipertensão.

Cada equipa de Saúde dispôs de 1 a 2 horas por semana para esta consulta, que resulta

no tempo de atendimento de 4 a 8 utentes.



68

Fluxograma do circuito do utente

Legenda de Fluxograma: CNP- Consulta não Programada CD- Consulta no Dia

CP- Consulta Programada

Rep. Presc.- Pedido Medicação Prolongada

CAI- Consulta Aberta Intersubstituição

SA-Sala de Espera

MF- Médico de Família

Rep. P

Insc. CP

Marcar

CN

C

Pedido i f

Pós-

AT Inf ou

Validaçã

Marca

Inf / orient quadro

Insc/orient. sala

Aceita

MF

Telef MF

Telef Enf

S. Ad lt Vigilân

Ref

Adminis

Ver MF e

CD

CAI

SE

SE



69

Carteira Básica de Serviços

Os Horários de todos os profissionais são elaborados de acordo com a

necessidade de cobertura assistencial dos utentes das suas listas e do sistema de

intersubstituição da USF.

Sempre que necessário, os horários de todos os profissionais podem ser alterados

de forma a garantir o bom funcionamento da USF sendo essa alteração comunicada logo

que possível aos utentes. Todos os horários serão devidamente afixados.

As eventuais alterações decorrentes da legislação ou da necessidade da população

abrangida pela USF, são assumidas, sob forma de compromisso por todos os seus

profissionais, que garantem o desempenho de todas as actividades da USF.

9- SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CONSULTAS

A equipa de profissionais da USF assume o compromisso de que todos os utentes têm

resposta, no próprio dia, a qualquer solicitação.

Regras de agendamento de consultas na USF:

Presencial em todo o horário de funcionamento da USF e por qualquer uma das

vias disponíveis, telefone, fax, mail, e - agenda

No próprio dia via consulta aberta, para o dia e hora, ou requerido pelo utente as

consultas de Valências são agendadas de 20 em 20 minutos, por iniciativa do utente,

médico e/ou enfermeiro, obedecerá do plano estipulado pelo DGS para as respectivas

vigilâncias.



70

O utente tem possibilidade de programar consultas para a própria equipa de

saúde, em todo o horário de funcionamento, pelo menos 1 vez por semana,

incluindo oferta pós – laboral.

O tempo máximo de espera para marcação de consulta com a própria equipa é

de 5 dias úteis.

Definimos como tempo médio de espera, entre a hora de marcação e a hora de início da

consulta de 15 minutos. O utente é aconselhado a estar 30 minutos antes da hora da

consulta programada, para evitar atrasos a consulta pode demorar nos serviços

administrativos que estão condicionados apenas a 3 postos de atendimento. Caso o

Utente antes da efectivação da consulta agendada avisar a USF que não poderá estar

presente, proceder-se-á à resolução desta situação, de forma satisfatória para o utente e

para a organização das consultas de forma a não prejudicar os outros utentes.

A marcação de cuidados domiciliários deve ser realizada através de contacto directo do

Utente e/ou dos familiares e/ou cuidador por via telefónica, presencial ou mail com os

enfermeiros e/ou médicos de família, no horário de atendimento e obtém resposta em 24

horas (dias úteis) se não for possível pela sua equipa de saúde será realizada por outra

que se encontra em sistema de intersubstituição.

Critérios de Inclusão:

Nesta consulta são a dependência do utente e ou a sua incapacidade de deslocação à

USF.



71

10 – SISTEMA DE RENOVAÇÃO DE PRESCRIÇÕES

Esta consulta destina-se aos utentes inscritos na USF João Semana e tem como

objectivo resolver situações que não requeiram a presença do utente, tais como,

renovação de prescrição de medicação crónica, credenciais de transporte, terapêutica

domiciliária, etc. O Médico de Família poderá, autorizar por escrito a entrega de

exames auxiliares de diagnóstico para avaliação e registo.

O utente deve fazer o pedido no Secretariado Clínico, e a resposta a estes pedidos será

dada pelo seu médico, no prazo de três dias úteis.

Uma vez que, esta informação se encontra informatizada no SAM, , pretende-se com

esta actividade desburocratizar e facilitar de uma forma simples e rápida, o processo de

renovação de prescrições ou resolução de situações que não necessitam da presença do

utente na USF para que as mesmas sejam resolvidas.

11 - ACOLHIMENTO, ORIENTAÇÃO E COMUNICAÇÃO COM OS UTENTES

A comunicação com os utentes fará uso de todos os meios ao alcance da USF João

Semana, nomeadamente:

Verbal, prestada pelos diferentes elementos da equipa (Secretários Clínicos, Médicos,

Enfermeiros).

A USF propõe-se a elaborar um “Guia do Utente”, em que, de forma clara, serão

explicitados os serviços a prestar, o horário de funcionamento das diferentes

actividades, critérios de acesso às diferentes consultas (Consultas Programadas,

Consultas não Programadas, Consulta Complementar, Consultas de Vigilância,

Vacinação, Cuidados de Enfermagem, Cuidados domiciliários, etc.).

Este Guia será distribuído na USF aquando do recurso à secretaria de um dos elementos

da Agregado familiar, explicando que o exemplar deverá ser para conhecimento de

todos os elementos que integram a Agregado



72

Porque consideramos importante o aspecto visual da USF, pretendemos ter placards de

acrílico para afixar no interior do edifício cartazes/posters e outros elementos relativos à

promoção da saúde, circuito do utente etc.

Por outro lado, os panfletos serão outro meio eficaz de comunicação, uma vez que o

utente pode levá-los para casa, ler e reflectir com mais calma sobre determinado

assunto.

Temos Uma página Web que será sempre actualizada toda a informação que achemos

relevante.

Na USF João Semana o Atendimento telefónico decorre durante todo o horário de

funcionamento da USF das 08:00 ás 20.00 horas.

O telefone, além da sua utilização para marcação de consultas programadas, servirá,

ainda, como importante meio de contacto entre a unidade e os utentes, tendo estes a

possibilidade de obter informações, conselhos médicos ou de enfermagem, bem como

outras orientações que não impliquem consultas.

Não é possível actualmente estabelecer carga horária diária afecta ao atendimento

telefónico por cada profissional, enquanto o serviço de informática não estabelecer

códigos para mensurar este tipo de resposta assistencial.

A utilização do telefone, ou e-mail para pedidos de marcação de consulta deve ser

incentivada, evitando desta forma a deslocação desnecessária dos utentes à USF J.S.

O agendamento das consultas a pedido dos utentes e pelas vias atrás referidas é

efectuado pelos SC da equipa devendo, após respectiva marcação, informar o utente da

data e hora da realização da mesma.

O utente tem acesso a atendimento presencial personalizado durante todo o horário de

funcionamento e no período das consultas abertas de cada equipa.



73

Processo de registo e tratamento de sugestões/reclamações

Foram eleitos em reunião do conselho geral, e registado em Acta os responsáveis de

cada categoria profissional para efectuarem atendimento personalizado em caso de

solicitação do livro de reclamações por parte do utente possibilitando a expressão verbal

da sua reclamação/Sugestão, se este assim aceitar; caso contrário ser-lhe-á entregue o

livro de reclamações, sem mais demoras.

Para tal foram eleitas as secretárias clínicas Ana Cristina Oliveira e Alexandra Marques

para as reclamações dos Serviços Administrativos, a Dr.ª Luísa Morais e Dr.ª Isabel

Pacheco para as reclamações Médicas e a Enfermeira Manuela Reis e Enfermeira Rosa

Lurdes para as reclamações de Enfermagem. Foi adoptada a mesma metodologia para o

“Livro de Elogios”. Estas deliberações do conselho técnico foram comunicadas á

responsável do Gabinete do Utente do ACES, salientando que a USF tem um arquivo

próprio para o registo de todas as reclamações e elogios e com respostas, e medidas

tomadas em relação ás mesmas. No entanto foi salientado na reunião do conselho geral

que a responsabilidade da gestão e resposta ás reclamações é partilhada por todos os

elementos da equipa profissional e têm por principal objectivo a melhoria continua da

qualidade de atendimento aos utentes e do seu grau de satisfação.

Registo e tratamento de Sugestões/Reclamações:

O utente será acolhido pelo profissional a quem se dirigir (Secretário Clínico, Médico

ou Enfermeiro).

Este profissional, se o utente assim aceitar, accionará uma sequência de

encaminhamento, conforme se segue:



74

-Reclamação de um procedimento Médico -contacto telefónico seguido de

acompanhamento do utente pelo Secretário Clínico, até ao consultório do Dr.ª Luísa

Morais ou, na ausência desta, ao consultório da Dr.ª Isabel Pacheco em último caso ao

gabinete do Coordenador, Dr. Victor Ferreira, que permanecerá com o utente até que o

médico o receba e lhe explicará que este é o procedimento em caso de reclamação.

-Reclamação de procedimento de Enfermagem – contacto telefónico seguido de

acompanhamento do utente pelo Secretário Clínico, até ao gabinete da Enf. Rosa Lurdes

e/ou, na ausência desta, ao gabinete da Enf. Manuela Reis, que permanecerá com o

utente até que a Enfermeira o receba e lhe explicará que este é o procedimento em caso

de reclamação.

Reclamação de procedimento Administrativo - contacto seguido de acompanhamento

do utente até ao gabinete BackOffice da recepção, onde permanecerá com o utente até

este ser recebido pela D. Cristina Oliveira ou, na ausência desta pela D. Alexandra

Marques. Enquanto aguarda, explicará que este é o procedimento em caso de

reclamação.

A recepção e entrevista com o utente, mediante técnicas para escutar, para desconstruir

a situação de conflito, para acalmar e ouvir, sugerir, expor as regras de funcionamento

com a ajuda dos folhetos da USF, do Regulamento Interno ou de outros documentos que

forem achados necessários, poderá transformar uma reclamação numa sugestão útil ao

serviço. Se não for esse o caso, o profissional providenciará para que seja entregue ao

utente o livro de Reclamações. O utente deverá fazer a reclamação no espaço de balcão

de atendimento guardado para o efeito.

No caso das sugestões, os impressos estão na sala de espera disponíveis para os

utentes. Depois de preenchidos os utentes colocam-nos na “caixa de sugestões”

destinada para esse fim. São retirados pelas secretárias clínicas e entregues no gabinete

do utente do Aces Baixo Vouga.



75

Todas as reclamações e sugestões serão apresentadas e analisadas na reunião Geral que

ocorrer imediatamente a seguir.

Todas as medidas corretoras que o conselho geral decida adoptar devem ficar registadas

em acta.

Definição do processo de mudança de médico de família dentro da USF

– A USF J.S. assegura a qualquer cidadão inscrito a possibilidade de mudar de médico,

desde que demonstre essa intenção por escrito e existam condições de integrá-lo num

outro profissional da sua escolha.

Protocolo para pedido de mudança de Medico de Família:

O utente dirige-se ao atendimento Administrativo e solicita o formulário para mudança

de Medico de Família.

O formulário depois de devidamente preenchido é entregue ao Médico de Família

preterido para te tenha conhecimento da saída do utente do seu ficheiro.

Seguidamente o mesmo formulário é entregue ao médico pretendido para que este

analise e dê resposta ao utente. Em caso de resposta positiva o utente é convocado pelos

serviços administrativos para que se faça acompanhar dos seguintes documentos: BI/

Cartão do Cidadão; Cartão da Segurança Social; Cartão do subsistema, Boletim de

Vacinação e Cartão de Contribuinte para que se proceda de imediato á mudança de

Medico de família conforme o pretendido pelo utente.

Em caso de resposta negativa do médico pretendido, a situação será encaminhada para o

Coordenador que convocara o utente para que conjuntamente seja abordada a questão e

proporcionada a escolha de novo medico pelo utente, justificando devidamente a não

Deferência da pretensão.



76

Prestação de Contas

A comunicação entre a USF J.S. e os cidadãos, para além dos meios referidos, utiliza

também os placares da própria unidade, o guia do utente, a carta da qualidade e

folhetos informativos;

— Nos placares deve estar informação relevante sobre:

a) O funcionamento da USF, incluindo horário das actividades,

ausências programadas dos profissionais, alternativas assistenciais,

sistema de marcação de consultas, tempos de espera para marcação

de consulta e contactos;

b) Os direitos e deveres dos cidadãos, a disponibilidade e local do

gabinete do utente e a publicidade à existência de livro de reclamações e

da caixa de sugestões e reclamações;

c) Os resultados da USF e a sua evolução face aos compromissos

assumidos são publicitados, estando disponível para consulta o Plano de

Acção, Relatório de Actividades e Regulamento Interno.

d) Posters de informação oportunista sobre a saúde dos cidadãos.

— Os folhetos informativos devem estar acondicionados em espaços próprios e visíveis,

na sala de espera ou nos gabinetes clínicos, com informação sucinta e oportuna sobre as

questões da saúde ou da doença.

— A USF J.S. não pode ser responsabilizada pela não actualização dos contactos por

parte dos cidadãos.

As regras e a política de comunicação com os cidadãos constam do manual de

procedimentos. Os profissionais da USF podem obter todas as informações e consultar

os documentos da USF no site. Os resultados obtidos na avaliação da satisfação dos

utentes, são publicados anualmente.



77

Os resultados obtidos em relação aos objectivos do Plano de Acção da USF, bem como

dos indicadores contratualizados e dos resultados das Carteiras Básicas e Adicionais

serão publicados anualmente. O Relatório anual da USF esta acessível para consulta

pelos utentes, durante 20 minutos.

12 - FORMAÇÃO CONTINUA E DESENVOLVIMENTO DA QUALIDADE

Avaliação das Necessidades Formativas

— A USF J.S. obriga-se a elaborar um plano anual de formação dos seus profissionais,

organizado e supervisionado pelo conselho técnico, tendo em conta as necessidades da

equipa e as necessidades individuais.

— Os profissionais devem informar o conselho técnico das acções de formação externa

que pretendem frequentar no ano seguinte.

— O plano de formação deve ser aprovado pelo conselho geral na última reunião do ano

anterior.

— O plano de formação deve incorporar obrigatoriamente acções em contexto de

trabalho.

— O plano de formação deve contemplar reuniões regulares inter pares, e

Multiprofissional.

— Semanalmente, a USF disponibiliza tempo para exame de processos ou

procedimentos de trabalho diário, e da maneira como podem ser melhorados, incluindo

a discussão de casos clínicos e a abordagem de problemas da prática clínica pelos

próprios elementos da USF. (Portaria n.º 1368/2007, Anexo I, I-E)

A excelência dos cuidados é um dos principais objectivos da USF João Semana. Para

atingir esta meta é imprescindível implementar um sistema de avaliação regular e o

mais objectivo possível, de forma a identificar as falhas do nosso trabalho e os seus



78

motivos. Através da avaliação dos resultados obtidos e confrontando-os com as metas

propostas inicialmente podemos verificar a concretização dos nossos propósitos,

reflectindo sobre as discrepâncias e sugerindo alterações.

O alvo da nossa atenção será o utente, inserido em todo o seu contexto bio-psico-

sociocultural, daí que a sua opinião terá peso muito considerável no processo de

avaliação da USF.

A satisfação de cada elemento da equipa é valiosa para o desempenho das actividades,

pelo que também este aspecto será avaliado regularmente.

Para monitorizar a actividade da USF, em relação à execução das metas que nos

propusermos atingir e à qualidade dos serviços que prestamos, pretendemos

implementar:

• Avaliação do grau de satisfação dos profissionais da USF através de “inquéritos

de um dia”;

• Avaliação do grau de satisfação dos utentes através de “inquéritos de um dia”, a

ser aplicados, preferencialmente, por elementos estranhos à USF (por exemplo,

alunos estagiários e voluntários);

• Elaboração de um Manual de Boas Práticas e verificação regular do seu

cumprimento pelos elementos responsáveis pelas diferentes áreas de atenção;

• Aplicação do DIOR adaptado.

A par desta avaliação sistemática, existe uma caixa de sugestões nas instalações da

USF, para que os utentes possam, anonimamente, propor mudanças que contribuam

para a qualidade dos nossos serviços.



79

Formação Interna (Plano Anual Integrado)

De forma a sistematizar a formação interna da USF o conselho técnico elaborou

o Plano de Formação Anual Integrado de Formação Profissional Continua que é a

síntese entre as necessidades identificadas pelos profissionais para continua melhoria do

seu desempenho.

A Formação Interna é efectuada na USF, em tempo de serviço previamente destinado a

esse fim. Normalmente, realiza-se durante o horário das reuniões, ou seja às sextas das

14:30 às 16 horas. A resposta assistencial é assegurada durante este período destinado

às reuniões de serviço semanais, ficando um elemento de enfermagem e um médico de

chamada. No entanto não há agendamento prévio.

Tenta-se que seja frequentada por todos os elementos a quem o tema é dirigido,

mas eventualmente pode não ser possível a frequência de todos por imperativos do

serviço.

Formação em Serviço pode ser realizada pelos próprios profissionais da USF,

mediante a detecção de necessidades formativas especificas e decorrentes da actividade

desenvolvida na USF, como sejam os estudos de caso ou de situações menos frequentes

e/ou mais complexas.

Quando a equipa diagnostica necessidades de formação de âmbito mais geral e

abrangente, a maior parte das vezes relacionadas com as Orientações Gerais para os

Programas de Saúde, e de aplicação directa na actividade diária, convida um especialista

da área e organiza a Formação em Serviço. Podem ser especialistas de Medicina

Interna, Cirurgia Vascular, Psicologia, Enfermagem, Atendimento ao Público, Técnicas

Administrativas e outros.

As necessidades formativas são identificadas pelo conselho técnico a partir de

uma lista elaborada pela equipa multiprofissional, no último trimestre do ano, tendo em

atenção a frequência da escolha do tema. Na equipa de Secretários Clínicos a

responsabilidade da compilação das necessidades e da Secretária Clínica Eliana Nunes,

na equipa de enfermagem pela Paula Miguel e na equipa médica Cristina Sampaio.



80

Metodologia de certificação da Formação interna realizada (formador/FORMANDO) Formação Externa

Certificação da Formação Interna ou Formação em Serviço

A formação interna dos formandos e dos formadores é certificada pelo conselho

técnico mediante a análise do plano pedagógico da acção de formação, do seu conteúdo,

da avaliação da mesma efectuada pelos formandos, e do seu registo de presenças. Todas

as sessões devem ser planificadas, terem objectivos definidos, referirem os meios

audiovisuais utilizados e a forma de avaliação dos resultados. Esta Planificação deve ser

feita com antecedência de 30 dias, e ser entregue ao Conselho Técnico para análise, e só

depois será agendada. Todos os Planos, resumos das sessões e certificados dos

presentes, devem ser arquivados em dossier próprio. As declarações podem também ser

validadas pelo Coordenador da USF e pelos superiores hierárquicos do ACES. No

conselho técnico um dos elementos a enfermeira Paula Miguel é detentor do Curso de

Formação de Formadores certificado pela extinta SRS de Aveiro.

- Formação Externa - Politica de Participação (pertinência e critérios de prioridade)

A Formação Externa é efectuada fora da USF. A maior parte das vezes esta

Formação é escolhida pelo profissional que a vai frequentar, mas pode ser também uma

sugestão do serviço, ou neste caso da USF, por razões inerentes aos cargos

/responsabilidades ocupados por esses elementos, e/ou do interesse para o serviço. No

entanto, o processo formativo tem carácter facultativo, e a iniciativa do profissional é

sempre considerada.

O elemento da USF tem o direito por Lei a um crédito, em comissão gratuita de serviço,

de 105 horas ou 15 dias úteis, por ano civil, ou da carga horária prevista para a acção de

formação, quando se trata de acções com relevância directa nas respectivas áreas

funcionais, a apreciar pelo dirigente máximo do serviço.



81

Autorização do crédito pode ser concedida desde de que:

Fique garantido o normal funcionamento dos serviços sem aumento de encargos;

Fique garantida a prestação de serviços individualmente, marcado mediante a

antecipação ou adiamento clinicamente justificadas, de qualquer acção

programada.

A comissão gratuita de serviço deve ser requerida ao coordenador com antecedência

mínima de 20 dias úteis, e deve anexar o Programa da Formação para ser analisado o

seu interesse para o serviço.

Mecanismos de partilha dos conhecimentos obtidos

A equipa estabeleceu regras de partilha dos conhecimentos obtidos em acções de

formação externa, independentemente do período de duração da sessão formativa, que

implicam a elaboração de resumo para apresentar na reunião imediatamente seguinte

que será para arquivo documental.

Avaliação de Desempenho da USF e dos Profissionais

A USF J.S. compromete-se com o desenvolvimento da qualidade através da

avaliação do seu desempenho nas várias áreas de prestação de cuidados, de relação com

os cidadãos e entre os profissionais, identificando os problemas e desvios das metas dos

objectivos definidos em plano de acção, propondo correcções e reavaliando, e através da

aplicação em Janeiro da grelha DiOr. Devem ser aplicados questionários de avaliação

da satisfação dos utentes em Janeiro, cujas conclusões são publicadas no mês seguinte.

As ilações retiradas da aplicação da grelha DiOr e da análise dos questionários são

apresentadas e analisadas em conselho geral. O relatório de actividades da equipa, é



82

também posto á disposição da consulta pelos utentes.

— Os elementos delegados para supervisionar os processos chave da USFJ.S. devem

incluir nos respectivos as formas e os tempos de avaliação e os prazos de

implementação das correcções das não conformidades.

— O conselho técnico, com o apoio dos responsáveis pelos processos de natureza

clínica, produzirá as normas de orientação clínica dos problemas prevalentes na

comunidade servida pela USF, ao ritmo de, pelo menos, uma norma por ano e

respectiva revisão a cada três anos.

— O conselho técnico, promoverá anualmente uma avaliação da satisfação dos utentes e

dos próprios profissionais, utilizando as metodologias aceites e validades para o efeito.

— O coordenador e o conselho técnico devem articular com o ACES a resolução das

não conformidades identificadas em sede de segurança, saúde e higiene do trabalho,

incluindo a construção e simulação regular do plano de emergência.

A qualidade em saúde é uma das exigências de todos os profissionais da USF

João Semana. A Avaliação da qualidade será utilizada como um instrumento de auto

avaliação, de melhoria contínua, de correcção de erros, de responsabilização e

participação colectiva.

O processo de avaliação do pessoal é realizado de acordo com o disposto na Lei nº 66-

B/2007, de 28 de Dezembro, que estabelece o sistema integrado de gestão e avaliação

do desempenho na Administração Pública (SIADAP), de acordo com os critérios

estabelecidos.

A avaliação do pessoal será feita anualmente e decorrerá nos meses de Janeiro e

Fevereiro conforme o disposto na Lei nº 66-B/2007, de 28 de Dezembro, de acordo com

os critérios estabelecidos e orientações da ARSC.



83

Avaliação de desempenho dos secretários clínicos

1. Preenchimento em Janeiro por cada SC de uma ficha de auto-avaliação, com

carácter preparatório da avaliação, tendo como objectivo o envolvimento do

avaliado no processo.

2. A avaliação será efectuada pelo coordenador nos termos da presente lei e das

orientações e em fundo dos parâmetros e respectivos indicadores de

desempenho.

3. Reunião de avaliação: durante o mês de Fevereiro, realiza-se a reunião com cada

um dos SC (6), tendo como objectivo iniciar o processo da avaliação. No

decurso da reunião, o coordenador e o SC estudarão conjuntamente o perfil de

evolução do avaliado, a fim de identificar as suas expectativas de

desenvolvimento, bem como a abordar os demais efeitos previstos no artigo 52º.

4. Avaliação final será o resultado da média ponderada das pontuações obtidas nos

parâmetros de avaliação, expressa em menções qualitativas, sendo enviada para

a ARSC a 31 de Março.

Avaliação de desempenho do pessoal médico e de enfermagem

A avaliação de desempenho de enfermagem é realizada de acordo com o legislado (Dec.

Lei nº 437/91), após o parecer da enfermeira do conselho técnico, até final de 2012.in

Circular Normativa nº 37/ 2012/ DRH-URT de 17-10-2012.

O processo de avaliação de desempenho médico e de enfermagem, será, em 2013,

realizado de acordo com o disposto na Lei nº 66-B/2007, de 28 de Dezembro, que

estabelece o sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração

Pública (SIADAP), de acordo com os critérios estabelecidos.

Este processo está, actualmente, em desenvolvimento na ARSC e nos ACES.



84

A excelência dos cuidados é um dos principais objectivos da USF João Semana. Para

atingir esta meta é imprescindível implementar um sistema de avaliação regular e o

mais objectivo possível, de forma a identificar as falhas do nosso trabalho e os seus

motivos. Através da avaliação dos resultados obtidos e confrontando-os com as metas

propostas inicialmente podemos verificar a concretização dos nossos propósitos,

reflectindo sobre as discrepâncias e sugerindo alterações. Os indicadores da qualidade

utilizados para a nossa avaliação estão discriminados no anexo Plano de Acção.

A satisfação de cada elemento da equipa é valiosa para o desempenho das actividades,

pelo que também este aspecto será avaliado regularmente.

Para monitorizar a actividade da USF, em relação à execução das metas que nos

propusermos atingir e à qualidade dos serviços que prestamos, pretendemos

implementar:

• Avaliação e monitorização do trabalho da USF e avaliação do uso regular de

normas de orientação clinica por parte de todos os elementos da USF, mediante

a análise a efectuar por elementos da equipa para tal designados, de 3 em 3

meses;

• Avaliação anual do grau de satisfação dos utentes;

• Elaboração de um Manual de Boas Práticas e verificação regular do seu

cumprimento pelos elementos responsáveis pelas diferentes áreas de atenção;

• Aplicação do Dior adaptado.

• Aplicação do Plano anual de Acompanhamento Interno.

• Colaboração em todas as Auditorias Internas e Externas e resolver as não

conformidades e oportunidades de melhorias sugeridas;

Investigação em CSP — A USF J.S. garante a realização de pelo menos um estudo de investigação de três em

três anos.



85

— Os estudos propostos pelos profissionais da USF J.S. ou pelos seus formandos

devem ter sempre a supervisão de pelo menos um dos elementos do conselho técnico e a

orientação do Conselho Clinico do ACES.

No ano de 2010 a 2012 a USF fez incidir o seu trabalho de investigação no seguinte

tema:

Prevalência Familiar dos Factores de Risco para Úlcera da Perna

O tema para 2013,2014 e 2015 será O Excesso ponderal Infantil.

Este tema foi proposta dada a quantidade de casos de excesso ponderal

verificada pelas equipas de saúde nos seus ficheiros, e pretende colmatar e

reduzir os riscos relacionados com o problema potencial.

Os elementos responsáveis serão:

Enf. Rosa Lurdes

Dr. Cunha

SC Isabel Miranda

Compromisso para a Qualidade (com a Formação pré e pós graduada)

A USF colabora de forma mais activa possível comas Escolas de Saúde do País no

sentido de colaborar, orientar e supervisionar os seus alunos, numa política participativa

de articulação bilateral.

Os estagiários e ensinos clínicos são propostos pelas escolas, via ACES e são

programados pela Enf. Paula Miguel com a equipa de enfermagem na USF e pela Dra.

Cristina Sampaio para a Equipa médica.

Estes elementos procedem ao registo da actividade que os supervisores / orientadores do

estágio lhes entregam e procedem à sua inclusão no relatório da USF.



86

Os alunos deverão assinar o termos de responsabilidade da USF e ler o seu Guia de

Acolhimento.

Os utentes que participam de forma voluntária nas actividades dos alunos devem

manifestar o seu acordo através da assinatura de um consentimento esclarecido.

13-Inibições Decorrentes da Necessidade de Cumprir o Compromisso

Assistencial da USF

Poderão considerar-se inibições:

• Dificuldade de transporte do CS para realização de domicílios

• Dificuldades de comunicação decorrentes da estrutura física do edifício

• Informações cruzadas de elementos externos á USF, que partilham o

mesmo espaço físico.

• Criação de procedimentos por parte da UAG do ACES que estão a alterar

o modo de funcionamento da USF para um mais burocrático e para que

tenha menos autonomia funcional.

• Limitações inerentes ao suporte informático e rede interna.

• Partilha dos mesmos espaço físico com o Centro de Saúde de Ovar o que

gera confusão aos utentes e conflitos

• Graves problemas na instalação eléctrica que provoca danificação do

material informático;

• Realização das obras já projectadas para optimizar a utilização do espaço

existente e criar espaços necessários ao funcionamento da USF, como

uma sala de tratamentos de enfermagem, área de atendimento

administrativo melhorada, sala de reuniões, espaço de armazenamento e

arquivo e cantinho de amamentação com fraldário;

• Substituir o material informático avariado, incluindo o quiosque

electrónico;



87

• Atribuição de assistente operacional para colaborar com a equipa de

acordo com o Manual de Articulação;

• Facultar um fundo de maneio para a USF ter autonomia para realizar

pequenas reparações e manutenções do espaço físico;

• Melhorar a Gestão da distribuição de stocks, garantindo interlocutores

válidos nas chefias intermédias de forma que os materiais sejam

fornecidos nas quantidades necessárias e em tempo útil;

• Modificar o modelo de gestão do parque informático, de forma que o

universo de hardware e software da USF possa ser utilizado pela equipa

com a flexibilidade necessária a sua melhor utilização, não requerendo

palavra – passe de administrador para todas as tarefas, aplicações e

instalações;

A USF acha pertinente fazer referência ao facto de o Manual de Articulação com o

ACES não estar a ser cumprido na íntegra por parte do ACES. Ver anexo III .

14-Dúvidas e Omissões As dúvidas e omissões do presente regulamento serão resolvidas por maioria de 2/3 dos

elementos da USF, incluindo o coordenador e serão objecto de introdução em Manual

de Procedimentos, que sempre que necessário será actualizado com a notação da sua

aprovação em Assembleia Geral, a sua publicitação e a sua versão.



88

• Adélia Folhas (enfermeira)

• Alexandra Micaela (secretária clínica)

• Ana Cristina (secretária clínica)

• António Cunha (médico)

• Arlete Almeida (médica)

• Assunção Elvas (secretária clínica)

• Carlos Frazão (médico)

• Carminda Ferreira (enfermeira)

• Cristina Sampaio (médica)

• Eliana Nunes (secretária clínica)

• Elsa Lopes (enfermeira)

• Isabel Miranda (secretária clínica

• Isabel Pacheco (médica)

• José Casal (médico)

• Lucinda Pimenta (enfermeira)

• Luísa Morais (médica)

• Manuel Sampaio (médico)

• Manuela Reis (enfermeira)

• Paula Miguel (enfermeira)

• Rosa Cristina (enfermeira)

• Rosa Lurdes (enfermeira)

• Rosa Maria Sá (secretária clínica)

• Sónia Almeida (enfermeira)

• Victor Ferreira (médico)



89

ANEXOS



90

Anexo I

CARTA DA QUALIDADE

A carta da qualidade da USF João Semana é um compromisso interno dos profissionais

da Unidade para com os seus utilizadores, para os quais a gestão deste serviço está

orientada.

Com ela se pretende dar a conhecer aos utilizadores os serviços prestados pela USF, os

padrões de Qualidade para os serviços prestados, assim como os mecanismos de

audição dos utilizadores para conhecimento de necessidades, sugestões e reclamações.

A USF João Semana é uma Unidade de Saúde Familiar com autonomia de gestão

técnico assistencial que é parte integrante do ACES Baixo Vouga .

A USF João Semana tem por Missão:

Colocar o cidadão utente no centro de toda a actividade da Unidade, incentivando a sua

participação activa na organização e funcionamento da Unidade e procurando a sua

satisfação com os cuidados prestados;

Prestar cuidados de saúde de excelência técnico-científica aos melhores níveis de

eficiência;

Fazer da aprendizagem uma característica nuclear da Unidade, dando prioridade ao

desenvolvimento profissional e pessoal dos seus profissionais e promovendo a melhoria

da qualidade da actividade da Unidade;

Valorizar as relações inter - pessoais, o bem-estar e a qualidade de vida de todos.

Para cumprimento da sua Missão o grupo de profissionais propõe-se seguir uma linha

de actuação de trabalho em equipa e em rede a observância das boas práticas

gestionárias e das normas de ética e deontologia profissionais e dos Serviços Públicos.



91

São compromissos da USF João Semana:

No âmbito da promoção e vigilância da saúde:

Promover a responsabilização dos indivíduos, famílias e grupos na defesa e promoção

da saúde individual e colectiva.

No âmbito da prevenção, diagnóstico e tratamento da doença:

Prestar cuidados personalizados, globais, acessíveis e longitudinais a todos os cidadãos

utentes da Unidade, independentemente da sua idade, sexo ou afecção;

Prestar cuidados a indivíduos no contexto das respectivas famílias, comunidades e

culturas, respeitando sempre a sua autonomia;

Prestar cuidados domiciliários de acordo com critérios expressos.

No âmbito da acessibilidade:

Garantir o atendimento no próprio dia a todos os utentes cuja avaliação o justifique;

Dar resposta atempada aos pedidos de atendimento domiciliário de acordo com critérios

expressos;

Ter um sistema claro e simples de marcação de consulta com hora atribuída, que

diminua o tempo de permanência na unidade;

Possibilitar a marcação de consultas programadas presencialmente ou por telefone;

Possibilitar a marcação de consultas do dia presencialmente;

Manter um sistema activo de informação de cancelamento de consultas em situações

imprevistas com soluções alternativas adequadas;

Ter um sistema eficaz, cómodo e seguro de renovação de receituário para medicação

prolongada.



92

No âmbito das instalações:

Criar um ambiente de trabalho agradável e com instalações seguras;

Manter as instalações limpas e arrumadas e com climatização adequada

Garantir um baixo nível de ruído ambiental;

Ter salas de espera confortáveis e agradáveis, com zonas adequadas e equipadas com

material lúdico para crianças

Garantir a acessibilidade e conforto em toda a unidade a pessoas com deficiência

Adoptar atitudes que contribuam para a poupança de energia, reciclagem de materiais e

preservação do ambiente.

No âmbito da qualidade:

Implementar um sistema da qualidade, ou seja, um conjunto de medidas organizacionais

que permitam atingir o nível de qualidade desejado com um mínimo de custos, de

acordo com o Manual da Qualidade do Centro de Saúde de Ovar para a área de cuidados

personalizados de saúde;

Aplicar e monitorizar um programa de avaliação do grau de satisfação dos utentes, com

divulgação dos seus resultados

Aplicar e monitorizar um programa de Avaliação da Qualidade Organizacional da USF

(Moniquor) com divulgação dos seus resultados

No âmbito da comunicação:

Fornecer um Guia de Acolhimento com informação sobre organização e funcionamento

da unidade no momento de inscrição dos utentes ou quando solicitado

Divulgar informação relevante sobre o funcionamento e organização da unidade, assim

como outra informação relacionada com saúde através de placards na recepção e salas

de espera da unidade

Garantir a possibilidade de comunicação por telefone ou mail de acordo com regras

expressas no Guia de Acolhimento



93

No âmbito do ensino e da aprendizagem:

Existirá um programa de desenvolvimento pessoal e profissional dos profissionais da

Unidade capaz de garantir a actualização e competência profissional dos mesmos;

A unidade será um local vocacionado para formação externa de profissionais ou

voluntários da área da saúde;

A unidade estará aberta à partilha da informação e do conhecimento sobre Saúde entre

os profissionais da Unidade e o exterior;

A reflexão sobre a prática será um princípio da unidade.

Morada:

Rua Dr. Francisco Zagalo, s/n 3880-225 Ovar

Telefone: 256590050 Fax: 256590059

E-mail: [email protected]

Site: http://www.usf-joaosemana.net/

Site: http://www.docvadis.pt/usfjoaosemana/index.html

mailto:[email protected]



94

Anexo II

Decreto-Lei n.º 298/2007

de 22 de Agosto

Nos termos da base xiii da Lei de Bases da Saúde, os cuidados de saúde primários

(CSP) são o núcleo do sistema de saúde e devem situar-se junto das comunidades.

Tendo presente o exposto, o Programa do XVII Governo Constitucional assume a

reforma dos CSP como factor chave de modernização e, dando cumprimento ao

preceito legal acima enunciado, prevê a criação de instrumentos legais e

operacionais que permitam recentrar o sistema português de saúde nos CSP e no

desenvolvimento de uma matriz organizativa que conduza à reconfiguração dos

centros de saúde orientada para a obtenção de ganhos em saúde e melhoria da

acessibilidade.

Foi neste contexto que o Decreto-Lei n.º 88/2005, de 3 de Junho, repristinou o

Decreto-Lei n.º 157/99, de 10 de Maio, que estabelece o regime de criação,

organização e funcionamento dos centros de saúde, reestruturando-os em unidades

funcionais, com especial ênfase para as unidades de saúde familiar (USF).

No mesmo sentido, o Despacho Normativo n.º 9/2006, de 16 de Fevereiro, com a

redacção introduzida pelo Despacho Normativo n.º 10/2007, de 26 de Janeiro,

regulamentou o lançamento e a implementação das USF enquanto estruturas

constituídas por uma equipa multiprofissional, prestadoras de cuidados de saúde

personalizados a uma população determinada, garantindo a acessibilidade, a

continuidade e a globalidade dos cuidados prestados.

A autonomia organizativa e funcional para as USF, adoptada pelo supracitado

despacho, inspirou-se nas experiências inovadoras anteriormente desenvolvidas

nos centros de saúde, e que deram corpo a novas formas de organização dos

cuidados de saúde, entre as quais se salienta o regime remuneratório experimental

(RRE) estabelecido para os médicos.

Este modelo, em vigor desde 1998, permitiu, após várias avaliações, identificar

ganhos em saúde e aumentar a qualidade dos cuidados prestados, com satisfação



95

para os utilizadores e para os profissionais.

Acresce salientar que, em estudo recente sobre o impacte orçamental do

lançamento e implementação das USF, conduzido por especialistas em economia

da saúde, concluiu-se que o modelo organizativo agora proposto, construído à

semelhança do RRE, vai permitir consideráveis reduções de custos na prestação de

cuidados de saúde, contabilizando já incentivos para os elementos das equipas

multiprofissionais.

Com efeito, equipas multiprofissionais motivadas, portadoras de uma cultura de

responsabilização partilhada e com práticas cimentadas na reflexão crítica e na

confiança recíproca, constituem o principal activo e a mais-valia estratégica das

USF e, consequentemente, são os intérpretes mais qualificados para conduzir a

reforma dos CSP.

Perante os resultados obtidos, e dado o objectivo estratégico fundamental da

melhoria contínua da qualidade dos cuidados de saúde, torna-se imperativo

transpor, consolidar e alargar o modelo de incentivos dos médicos a todos os

profissionais das USF, potenciando, deste modo, as aptidões e competências de

cada profissional e premiando o desempenho individual e colectivo, tendo em

vista o reforço da eficácia, da eficiência e da acessibilidade dos cidadãos aos CSP.

Este modelo, semelhante ao implementado pelo Decreto-Lei n.º 117/98, de 5 de

Maio, aplica aos profissionais da equipa nuclear um regime de suplementos

associados à dimensão mínima da lista de utentes ponderada, quanto às suas

características, com a contratualização anual de actividades específicas de

vigilância a utentes considerados mais vulneráveis e de risco, e, quando

necessário, com o alargamento do período de cobertura assistencial e com a

carteira adicional de serviços.

Paralelamente, o modelo expresso no presente decreto-lei obriga ao

acompanhamento e controlo de procedimentos e avaliação de resultados,

distinguindo as diferenças de desempenho por referência a painéis de indicadores,

a economias nos custos, a níveis de satisfação dos utilizadores e dos profissionais,

bem como à implementação de programas de qualidade e de processos de



96

acreditação.

Importa salientar que o presente diploma acolhe os princípios orientadores em

matéria de vinculação, carreiras e remunerações da Administração Pública, sem

prejuízo da sua oportuna revisão aquando da publicação do competente diploma.

Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio.

Assim:

No desenvolvimento do regime jurídico estabelecido pelas bases xxxvi e xliii da

Lei de Bases da Saúde, aprovada pela Lei n.º 48/90, de 24 de Agosto, com a

redacção conferida pela Lei n.º 27/2002, de 8 de Novembro, e nos termos da

alínea c) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

CAPÍTULO I

Disposições gerais

Artigo 1.º

Objecto

O presente decreto-lei estabelece o regime jurídico da organização e do

funcionamento das unidades de saúde familiar (USF) e o regime de incentivos a

atribuir a todos elementos que as constituem, bem como a remuneração a atribuir

aos elementos que integrem as USF de modelo B.

Artigo 2.º

Âmbito

1 - O presente decreto-lei aplica-se a todos os modelos de USF, com excepção do

disposto no capítulo vii, que apenas se aplica às USF de modelo B.

2 - O presente decreto-lei é aplicável aos profissionais que integram as USF,

independentemente do vínculo laboral estabelecido com as entidades sob direcção,

tutela ou superintendência do Ministro da Saúde.



97

Artigo 3.º

Definição

1 - As USF são as unidades elementares de prestação de cuidados de saúde,

individuais e familiares, que assentam em equipas multiprofissionais, constituídas

por médicos, por enfermeiros e por pessoal administrativo e que podem ser

organizadas em três modelos de desenvolvimento: A, B e C.

2 - A equipa multiprofissional deve potenciar as aptidões e competências de cada

grupo profissional e contribuir para o estabelecimento de uma relação interpessoal

e profissional estável.

3 - A lista de critérios e a metodologia que permitem classificar as USF em três

modelos de desenvolvimento são elaboradas pela Missão para os Cuidados de

Saúde Primários, em articulação com as administrações regionais de saúde (ARS)

e a Administração Central do Sistema de Saúde, I. P., e aprovadas por despacho

do Ministro da Saúde.

4 - A actividade das USF desenvolve-se com autonomia organizativa, funcional e

técnica, integrada numa lógica de rede com outras unidades funcionais do centro

de saúde ou da unidade local de saúde.

5 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, as USF são parte integrante do

centro de saúde.

Artigo 4.º

Missão

As USF têm por missão a prestação de cuidados de saúde personalizados à

população inscrita de uma determinada área geográfica, garantindo a

acessibilidade, a globalidade, a qualidade e a continuidade dos mesmos.

Artigo 5.º

Princípios

As USF devem orientar a sua actividade pelos seguintes princípios:



98

a) Conciliação, que assegura a prestação de cuidados de saúde personalizados, sem

descurar os objectivos de eficiência e qualidade;

b) Cooperação, que se exige de todos os elementos da equipa para a concretização

dos objectivos da acessibilidade, da globalidade e da continuidade dos cuidados de

saúde;

c) Solidariedade, que assume cada elemento da equipa ao garantir o cumprimento

das obrigações dos demais elementos de cada grupo profissional;

d) Autonomia, que assenta na auto-organização funcional e técnica, visando o

cumprimento do plano de acção;

e) Articulação, que estabelece a necessária ligação entre a actividade desenvolvida

pelas USF e as outras unidades funcionais do centro de saúde;

f) Avaliação, que, sendo objectiva e permanente, visa a adopção de medidas

correctivas dos desvios susceptíveis de pôr em causa os objectivos do plano de

acção;

g) Gestão participativa, a adoptar por todos os profissionais da equipa como forma

de melhorar o seu desempenho e aumentar a sua satisfação profissional, com

salvaguarda dos conteúdos funcionais de cada grupo profissional e das

competências específicas atribuídas ao conselho técnico.

Artigo 6.º

Plano de acção e compromisso assistencial das USF

1 - O plano de acção da USF traduz o seu programa de actuação na prestação de

cuidados de saúde de forma personalizada e contém o compromisso assistencial,

os seus objectivos, indicadores e metas a atingir nas áreas da acessibilidade,

desempenho assistencial, qualidade e eficiência.

2 - O compromisso assistencial das USF é constituído pela prestação de cuidados

incluídos na carteira de serviços, de acordo com o Despacho Normativo n.º

9/2006, de 16 de Fevereiro.

3 - O compromisso assistencial é formalizado anualmente, mediante carta de



99

compromisso acordada entre o coordenador da USF e o centro de saúde, da qual

deve ainda constar:

a) A afectação dos recursos necessários ao cumprimento do plano de acção;

b) O manual de articulação centro de saúde/USF;

c) As actividades específicas previstas no artigo 29.º do presente decreto-lei.

4 - O compromisso assistencial deve indicar:

a) A definição da oferta e a carteira básica de serviços;

b) Os horários de funcionamento da USF;

c) A definição do sistema de marcação, atendimento e orientação dos utentes;

d) A definição do sistema de renovação de prescrição;

e) A definição do sistema de intersubstituição dos profissionais;

f) A articulação com as outras unidades funcionais do centro de saúde;

g) A carteira de serviços adicionais, caso exista;

h) A aceitação expressa das condições, dimensão e modos de colheita de

informação que permita às entidades autorizadas por despacho do Ministro da

Saúde avaliar os resultados da equipa e dos seus membros, em termos de

efectividade, eficiência, qualidade e equidade.

5 - O compromisso assistencial varia em função:

a) Das características da população abrangida;

b) Dos períodos de funcionamento e cobertura assistencial;

c) Das actividades da carteira adicional de serviços.

6 - Desde que não seja posto em causa o compromisso assistencial da carteira

básica, as USF, através da contratualização de uma carteira adicional de serviços,

cujo montante global é fixado por via orçamental, podem colaborar com outras

unidades funcionais do centro de saúde responsáveis pela intervenção:



100

a) Em grupos da comunidade, no âmbito da saúde escolar, da saúde oral e da

saúde ocupacional;

b) Em projectos dirigidos a cidadãos em risco de exclusão social;

c) Nos cuidados continuados integrados;

d) No atendimento a adolescentes e jovens;

e) Na prestação de outros cuidados que se mostrem pertinentes e previstos no

Plano Nacional de Saúde.

7 - A carteira adicional de serviços, a consequente compensação financeira global

da equipa e a respectiva distribuição pelos profissionais devem estar discriminadas

na carta de compromisso.

8 - O plano de acção e o relatório de actividades devem ser disponibilizados junto

da população abrangida pelas USF.

9 - A carteira básica de serviços e os princípios da carteira adicional de serviços

são fixados por portaria do Ministro da Saúde.

CAPÍTULO II

Constituição, dimensão e organização

Artigo 7.º

Constituição das USF

1 - O processo de candidatura para a constituição das USF rege-se pelo disposto

no Despacho Normativo n.º 9/2006, de 16 de Fevereiro.

2 - O número de USF a constituir é estabelecido, anualmente, por despacho

conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da

saúde e actualizado até 31 de Janeiro de cada ano.

3 - Os médicos que constituem a USF têm de deter, pelo menos, o grau ou a

categoria de assistente da carreira de clínica geral ou o título de especialista em

medicina geral e familiar.



101

Artigo 8.º

População abrangida pelas USF

1 - A população abrangida por cada USF corresponde aos utentes inscritos nas

listas dos médicos que integram a equipa multiprofissional.

2 - A população inscrita em cada USF não deve ser inferior a 4000 nem superior a

18 000 utentes, tendo em conta as características geodemográficas da população

abrangida e considerando o disposto nos n.os 2 e 3 do artigo seguinte quanto ao

número de utentes e famílias por médico e enfermeiro.

3 - Podem ser constituídas USF com população inscrita fora do intervalo de

variação definido no número anterior, em casos devidamente justificados e quando

as características geodemográficas da área abrangida pelo centro de saúde o

aconselhem, não devendo a redução ou o aumento de população inscrita exceder

um quarto do valor referido no número anterior.

Artigo 9.º

Listas de utentes e famílias

1 - Os utentes inscritos em cada médico são designados em lista, privilegiando-se

a estrutura familiar.

2 - A cada enfermeiro devem ser confiados os utentes correspondentes ao número

de 300 a 400 famílias por determinada área geográfica.

3 - A lista de utentes inscritos por cada médico tem uma dimensão mínima de

1917 unidades ponderadas, a que correspondem, em média, 1550 utentes de uma

lista padrão nacional.

4 - As unidades ponderadas referidas no número anterior obtêm-se pela aplicação

dos seguintes factores:

a) O número de crianças dos 0 aos 6 anos de idade é multiplicado pelo factor 1,5;

b) O número de adultos entre os 65 e os 74 anos de idade é multiplicado pelo

factor 2;



102

c) O número de adultos com idade igual ou superior a 75 anos é multiplicado pelo

factor 2,5.

5 - A dimensão ponderada dos utentes inscritos na USF e da lista de utentes por

médico é actualizada trimestralmente no primeiro ano de actividade na USF e

anualmente nos anos seguintes.

Artigo 10.º

Organização e funcionamento da USF

1 - A organização e funcionamento da USF constam do seu regulamento interno e

regem-se pelo disposto no presente decreto-lei.

2 - O regulamento interno da USF consagra, nomeadamente:

a) A missão, valores e visão;

b) A estrutura orgânica e respectivo funcionamento;

c) As intervenções e áreas de actuação dos diferentes grupos profissionais que

integram a equipa;

d) O horário de funcionamento e de cobertura assistencial;

e) O sistema de marcação de consultas e de renovação das prescrições;

f) O acolhimento, orientação e comunicação com os utentes;

g) O sistema de intersubstituição dos profissionais da equipa;

h) A forma de prestação de trabalho dos elementos da equipa;

i) A formação contínua dos profissionais da equipa;

j) As inibições decorrentes da necessidade de cumprir o compromisso assistencial

da USF;

l) A carta da qualidade.

3 - Cada USF elabora o seu regulamento interno e submete-o ao centro de saúde,

que aprecia da conformidade do mesmo com o plano de acção previsto no artigo



103

6.º do presente decreto-lei.

4 - O período de funcionamento das USF é das 8 às 20 horas, nos dias úteis.

5 - O período de funcionamento referido no número anterior pode ser objecto de

redução ou de alargamento, de acordo com as características geodemográficas da

área de cada USF, a dimensão das listas de utentes e o número de elementos que

integram a equipa multiprofissional, nos termos seguintes:

a) A redução deve ser adequada a cada situação concreta e estabelecida em função

do número de elementos que constituem a equipa multiprofissional;

b) O alargamento pode ser estabelecido até às 24 horas, nos dias úteis, e entre as 8

e as 20 horas aos sábados, domingos e feriados;

c) Pode ainda ser aprovado outro tipo de alargamento, de acordo com as

necessidades da população devidamente fundamentadas e em caso de comprovada

ausência de respostas alternativas.

6 - O alargamento e a redução do período de funcionamento referidos no número

anterior devem ser avaliados pelas ARS, anualmente, de molde a averiguar da

pertinência da sua manutenção.

CAPÍTULO III

Estrutura orgânica das USF

Artigo 11.º

Estrutura orgânica

A estrutura orgânica das USF é constituída pelo coordenador da equipa, o

conselho técnico e o conselho geral.

Artigo 12.º

Coordenador da equipa

1 - O coordenador da equipa é o médico identificado na candidatura e designado

pelo despacho que aprova a constituição da USF.



104

2 - Não é permitida a acumulação das funções de coordenador da equipa e de

director de centro de saúde.

3 - O coordenador da equipa exerce as suas competências nos termos previstos no

regulamento interno da USF.

4 - Compete, em especial, ao coordenador da equipa:

a) Coordenar as actividades da equipa multiprofissional, de modo a garantir o

cumprimento do plano de acção e os princípios orientadores da actividade da USF;

b) Gerir os processos e determinar os actos necessários ao seu desenvolvimento;

c) Presidir ao conselho geral da USF;

d) Assegurar a representação externa da USF;

e) Assegurar a realização de reuniões com a população abrangida pela USF ou

com os seus representantes, no sentido de dar previamente a conhecer o plano de

acção e o relatório de actividades;

f) Autorizar comissões gratuitas de serviço no País.

5 - O coordenador da equipa detém as competências para, no âmbito da USF,

confirmar e validar os documentos que sejam exigidos por força de lei ou

regulamento.

6 - O coordenador da equipa exerce, também, as competências legalmente

atribuídas aos titulares do cargo de direcção intermédia do 1.º grau e outras que

lhe forem delegadas ou subdelegadas, com faculdade de subdelegação.

7 - Com excepção das previstas nas alíneas a) e c) do n.º 4 do presente artigo, o

coordenador da equipa pode delegar, com faculdade de subdelegação, as suas

competências noutro ou noutros elementos da equipa.

Artigo 13.º

Conselho geral

1 - O conselho geral é constituído por todos os elementos da equipa



105

multiprofissional, constando o seu funcionamento do regulamento interno da USF.

2 - São competências do conselho geral:

a) Aprovar o regulamento interno, a carta da qualidade, o plano de acção, o

relatório de actividades e o regulamento de distribuição dos incentivos

institucionais;

b) Aprovar a proposta da carta de compromisso;

c) Zelar pelo cumprimento do regulamento interno, da carta de qualidade e do

plano de acção;

d) Propor a nomeação do novo coordenador;

e) Aprovar a substituição de qualquer elemento da equipa multiprofissional;

f) Pronunciar-se sobre os instrumentos de articulação, gestão e controlo dos

recursos afectos e disponibilizados à USF.

3 - As deliberações relativas às competências referidas no número anterior são

tomadas por maioria de dois terços.

4 - O conselho geral pronuncia-se ainda nas seguintes situações:

a) Sempre que é necessário substituir algum elemento da equipa devido a ausência

superior a duas semanas;

b) Quando está em causa o alargamento da cobertura assistencial;

c) Quando está em causa outra questão relevante para o normal funcionamento da

USF.

5 - O conselho geral reúne, pelo menos, de quatro em quatro meses, ou mediante

convocatória do coordenador da equipa ou a pedido de metade dos seus elementos.

Artigo 14.º

Conselho técnico

1 - O conselho técnico é constituído por um médico e por um enfermeiro,

preferencialmente detentores de qualificação profissional mais elevada e de maior



106

experiência profissional nos cuidados de saúde primários, escolhidos pelos

elementos de cada grupo profissional.

2 - Compete ao conselho técnico a orientação necessária à observância das normas

técnicas emitidas pelas entidades competentes e a promoção de procedimentos que

garantam a melhoria contínua da qualidade dos cuidados de saúde, tendo por

referência a carta da qualidade.

3 - Compete também ao conselho técnico:

a) Avaliar o grau de satisfação dos utentes da USF e dos profissionais da equipa;

b) Elaborar e manter actualizado o manual de boas práticas;

c) Organizar e supervisionar as actividades de formação contínua e de

investigação.

4 - O conselho técnico reúne, pelo menos, uma vez por mês ou a pedido de um dos

seus elementos.

5 - O funcionamento do conselho técnico consta do regulamento interno da USF.

CAPÍTULO IV

Recursos físicos, técnicos, humanos e financeiros

Artigo 15.º

Disposição geral

1 - O centro de saúde afecta à USF os recursos necessários ao cumprimento do

plano de acção e procede à partilha de recursos que, segundo o princípio da

economia de meios, devem ser comuns e estar afectos às diversas unidades

funcionais do centro de saúde.

2 - Tendo em vista a utilização eficiente dos recursos comuns entre o centro de

saúde e a USF, devem ser criados instrumentos que favoreçam e assegurem a

articulação das actividades das diversas unidades funcionais do centro de saúde.

Artigo 16.º



107

Recursos físicos, técnicos e humanos

1 - As instalações e equipamentos a disponibilizar às USF devem reunir as

condições necessárias ao tipo de cuidados de saúde a prestar, com vista a garantir

a respectiva qualidade.

2 - O centro de saúde organiza serviços de apoio técnico comuns que respondam

às solicitações das USF, no âmbito da partilha de recursos e com vista ao

cumprimento do plano de acção daquelas unidades.

3 - Aos serviços de apoio técnico comuns compete, designadamente:

a) Emitir pareceres e elaborar estudos, relatórios e outros actos preparatórios,

solicitados pelas USF;

b) Executar procedimentos e registos nas áreas de gestão de pessoal,

contabilidade, aprovisionamento e outras que se mostrem necessárias ao normal

funcionamento das USF.

Artigo 17.º

Recursos financeiros

1 - Os recursos financeiros são negociados anualmente entre a USF e o centro de

saúde e constam da carta de compromisso.

2 - O centro de saúde coloca à disposição da USF os recursos financeiros

constantes da carta de compromisso.

3 - Podem ser afectos à USF um fundo de maneio, de montante a contratualizar,

bem como as receitas previstas no artigo 46.º do Decreto-Lei n.º 157/99, de 10 de

Maio, destinadas a projectos específicos contratualizados anualmente ou de acordo

com o estabelecido na carta de compromisso.

4 - Quando não houver disponibilização atempada dos recursos financeiros

previstos na carta de compromisso, a USF não pode ser responsabilizada pelo

incumprimento do plano de acção.

Artigo 18.º



108

Instrumentos de articulação

1 - O apoio do centro de saúde à USF, através da disponibilização de recursos para

o seu funcionamento, bem como a colaboração nas actividades comuns, é regulado

pelo manual de articulação centro de saúde/USF.

2 - O centro de saúde e a USF devem respeitar e fazer cumprir o manual de

articulação centro de saúde/USF, que faz parte integrante da carta de

compromisso.

3 - Nos casos omissos no manual de articulação centro de saúde/USF, deve o

centro de saúde acordar com a USF os termos dessa articulação.

CAPÍTULO V

Extinção das USF, substituição e integração de elementos da equipa

multiprofissional

Artigo 19.º

Extinção da USF

1 - A extinção da USF verifica-se nos seguintes casos:

a) Por deliberação do conselho geral, por maioria de dois terços da equipa

multiprofissional;

b) Quando o coordenador da USF se demite e nenhum outro elemento médico da

equipa multiprofissional está disposto a assumir o cargo.

2 - A extinção da USF deve ser comunicada ao centro de saúde com a

antecedência mínima de 90 dias, salvo motivo de força maior, caso em que pode

ser comunicada com a antecedência mínima de 30 dias.

3 - O centro de saúde, mediante aviso prévio e com a antecedência de 90 dias,

pode declarar extinta uma USF, com fundamento em incumprimento sucessivo e

reiterado da carta de compromisso, salvaguardando o respeito pelo princípio do

contraditório.

Artigo 20.º



109

Substituição e integração de elementos da equipa multiprofissional

1 - Qualquer elemento da equipa multiprofissional da USF pode deixar de a

integrar se, 60 dias antes da data prevista de saída:

a) Apresentar um pedido de cessação ao conselho geral e comunicar tal intenção

ao centro de saúde e ao serviço de origem;

b) For aprovada proposta do coordenador da USF por maioria de dois terços, no

conselho geral, e comunicada ao próprio, ao centro de saúde e ao serviço de

origem.

2 - A substituição e a integração de um novo elemento na equipa multiprofissional

são comunicadas ao centro de saúde, para efeitos de actualização do anexo da

carta de compromisso.

3 - Os profissionais que deixam de integrar a equipa multiprofissional da USF

retomam as suas funções nas respectivas carreiras e categorias do serviço de

origem.

4 - Verificando-se o aumento do número de utentes inscritos, a USF pode propor

ao centro de saúde a integração de novos elementos na equipa multiprofissional,

em aditamento ao processo de candidatura.

5 - No caso previsto no número anterior, o centro de saúde emite parecer

vinculativo no prazo máximo de 30 dias, findo o qual há lugar a deferimento

tácito.

CAPÍTULO VI

Regime de prestação de trabalho da equipa multiprofissional

Artigo 21.º

Disposição geral

1 - O regime de prestação de trabalho é o previsto no regime jurídico das

respectivas carreiras profissionais, no regime jurídico do contrato individual de

trabalho e no presente decreto-lei, sem prejuízo das regras adoptadas por acordo

expresso dos elementos da equipa multiprofissional nos casos legalmente



110

possíveis.

2 - É aplicável aos elementos que integrem a USF o previsto sobre

incompatibilidades no Estatuto do Serviço Nacional de Saúde.

Artigo 22.º

Prestação do trabalho

1 - A forma de prestação de trabalho dos elementos da equipa multiprofissional

consta do regulamento interno da USF e é estabelecida para toda a equipa, tendo

em conta o plano de acção, o período de funcionamento, a cobertura assistencial e

as modalidades de regime de trabalho previstas na lei.

2 - Excepcionalmente, quando as situações e circunstâncias não justifiquem a

contratação em regime de tempo completo, e até ao limite máximo de um terço

dos elementos que constituem a USF, é admissível a integração na equipa de

profissionais em regime de tempo parcial.

3 - A remuneração do trabalho prestado em regime de tempo parcial tem por base

a do trabalho prestado no regime de tempo completo, respeitando-se a

proporcionalidade.

Artigo 23.º

Horário de trabalho

O horário de trabalho a praticar por cada elemento da equipa multiprofissional

deve resultar da articulação e do acordo entre todos os profissionais, tendo em

conta o previsto no n.º 1 do artigo anterior.

Artigo 24.º

Responsabilidade dos elementos da equipa

1 - Os profissionais que integram a equipa multiprofissional da USF são

responsáveis, solidariamente e dentro de cada grupo profissional, por garantir o

cumprimento das obrigações dos demais elementos da equipa durante os períodos

de férias e durante qualquer ausência, desde que esta seja igual ou inferior a duas



111

semanas.

2 - Em caso de ausência superior a duas semanas, as obrigações do elemento da

equipa ausente são garantidas pelos restantes elementos da equipa, através do

recurso a trabalho extraordinário.

3 - A situação prevista no número anterior não pode exceder o período de 120

dias, a partir do qual, sob proposta da USF, o centro de saúde deve proceder à

substituição do elemento ausente, excepto nos casos em que a ausência resulta do

exercício da licença de maternidade.

4 - Os elementos da equipa ausentes mantêm o direito à forma de remuneração

prevista neste diploma, desde que a ausência não exceda as duas semanas.

5 - A prestação de trabalho extraordinário por parte de elementos que integram a

USF só pode ser autorizada pelo centro de saúde nos seguintes casos:

a) Substituição de membro da equipa por motivo justificado de ausência, por

período superior a duas semanas;

b) Necessidade de prestação de serviço fora do compromisso assistencial da USF.

6 - A compensação devida pela prestação de trabalho extraordinário referida no

número anterior é calculada nos seguintes termos:

a) Para os profissionais que integrem USF de modelo A, a compensação devida

pela prestação de trabalho extraordinário é calculada nos termos da legislação das

respectivas carreiras;

b) Para os médicos que integrem USF de modelo B, e na situação referida na

alínea a) do número anterior, a compensação devida pela prestação de trabalho

extraordinário é calculada por referência à remuneração da respectiva categoria e

escalão, em regime de trabalho de dedicação exclusiva e horário de trinta e cinco

horas semanais;

c) Para os médicos que integrem USF de modelo B, e na situação referida na

alínea b) do número anterior, a compensação devida pela prestação de trabalho

extraordinário é calculada por referência à remuneração da respectiva categoria e



112

escalão, no regime de trabalho que detiver na origem;

d) Para os restantes profissionais que integrem USF de modelo B, a compensação

devida pela prestação de trabalho extraordinário é calculada nos termos da

legislação das respectivas carreiras.

Artigo 25.º

Mobilidade profissional

1 - Quando um elemento da equipa multiprofissional da USF não pertencer ao

quadro ou mapa de afectação do centro de saúde onde a USF está integrada, cabe à

administração regional de saúde territorialmente competente desencadear o

procedimento conducente à necessária mobilidade.

2 - Nos casos em que a constituição de uma USF determine ganhos globais

acrescidos de cobertura assistencial, a mobilidade é prioritária, devendo a

administração regional de saúde desencadear os mecanismos que permitam evitar

rupturas, nos termos legais.

Artigo 26.º

Relações hierárquicas e interprofissionais dos elementos da equipa

multiprofissional

1 - Sem prejuízo da autonomia técnica garantida aos médicos e enfermeiros, os

profissionais da equipa multiprofissional desenvolvem a sua actividade sob a

coordenação e a orientação do coordenador da equipa.

2 - A avaliação de desempenho dos profissionais que integram a USF observa o

regime jurídico fixado sobre a matéria no estatuto legal da respectiva carreira.

3 - Para efeitos do disposto no número anterior, e no que concerne aos

enfermeiros, é atendido, na decisão final, o parecer fundamentado que, para o

efeito, deve ser emitido pelo enfermeiro que integra o conselho técnico da USF.

CAPÍTULO VII

Regime de carreiras, suplementos e incentivos



113

Artigo 27.º

Regime jurídico da relação de trabalho

1 - Aos profissionais que integram a equipa multiprofissional da USF são

garantidos os direitos decorrentes dos regimes jurídicos das respectivas carreiras,

não podendo ser prejudicados em relação aos restantes profissionais detentores da

mesma categoria e grau profissional.

2 - Os direitos referidos no número anterior são aplicáveis, com as devidas

adaptações, aos profissionais abrangidos pelo regime jurídico do contrato

individual de trabalho.

3 - Para efeitos do disposto no número anterior, os níveis retributivos dos

trabalhadores em regime de contrato individual de trabalho são determinados em

função das habilitações e qualificações detidas.

Artigo 28.º

Remuneração dos médicos

1 - A remuneração mensal dos médicos das USF integra uma remuneração base,

suplementos e compensações pelo desempenho.

2 - A remuneração base corresponde à remuneração da respectiva categoria e

escalão, em regime de trabalho de dedicação exclusiva e horário de trinta e cinco

horas semanais, relativa à responsabilidade pela prestação de cuidados de saúde

aos utentes da respectiva lista, com a dimensão mínima prevista no n.º 3 do artigo

9.º do presente decreto-lei.

3 - São considerados os seguintes suplementos:

a) O suplemento associado ao aumento das unidades ponderadas, nos termos do

disposto nos n.os 3 e 4 do artigo 9.º;

b) O suplemento da realização de cuidados domiciliários;

c) O suplemento associado às unidades contratualizadas do alargamento do

período de funcionamento ou cobertura assistencial, nos termos do disposto nas



114

alíneas b) e c) do n.º 5 do artigo 10.º, quando contratualizado.

4 - A compensação pelo desempenho integra:

a) A compensação associada ao desenvolvimento das actividades específicas,

previsto no artigo 29.º;

b) A compensação associada à carteira adicional de serviços, nos termos do

disposto no n.º 6 do artigo 6.º, quando contratualizada.

5 - As componentes previstas nas alíneas a) e b) do n.º 3 do presente artigo são

devidas e pagas integral e mensalmente ao médico.

6 - As componentes previstas na alínea c) do n.º 3 e na alínea a) do n.º 4, ambas do

presente artigo, são devidas ao grupo de médicos, divididas igualmente por todos,

sendo paga, mensalmente, a cada médico, a respectiva quota-parte.

7 - As componentes previstas na alínea c) do n.º 3 e na alínea a) do n.º 4 são

consideradas para efeitos de aposentação ou reforma e para efeitos de abono de

vencimento de exercício perdido em virtude de faltas por doença ou de protecção

social na eventualidade doença.

8 - A remuneração referida neste artigo implica o pagamento de subsídios de férias

e de Natal nos termos da lei.

Artigo 29.º

Compensação associada às actividades específicas dos médicos

1 - A compensação prevista na alínea a) do n.º 4 do artigo anterior está associada

ao aumento das unidades ponderadas da lista mínima de utentes dos médicos por

força das actividades específicas de vigilância a utentes vulneráveis e de risco,

segundo as orientações técnicas da Direcção-Geral da Saúde, nos termos

seguintes:

a) A vigilância, em planeamento familiar, de uma mulher em idade fértil, por ano -

uma unidade;

b) A vigilância de uma gravidez - oito unidades;



115

c) A vigilância de uma criança, no primeiro ano de vida, por ano - sete unidades;

d) A vigilância de uma criança, no segundo ano de vida, por ano - três unidades;

e) A vigilância de uma pessoa diabética, por ano - quatro unidades;

f) A vigilância de uma pessoa hipertensa, por ano - duas unidades.

2 - As actividades específicas previstas no número anterior são contratualizadas

anualmente e constam da carta de compromisso.

3 - Os critérios para atribuição de unidades ponderadas às actividades específicas

previstas no n.º 1 são definidos pela Direcção-Geral da Saúde.

Artigo 30.º

Cálculo dos suplementos e compensações pelo desempenho dos médicos

1 - A unidade contratualizada (UC) está associada a cada aumento de 55 unidades

ponderadas da dimensão mínima da lista de utentes do médico.

2 - São associadas tantas UC quantos os acréscimos múltiplos de 55 unidades

ponderadas.

3 - O número máximo mensal de UC por médico é de 20, com um limite de 9 para

o suplemento previsto na alínea a) do n.º 3 do artigo 28.º

4 - Para efeitos da determinação dos valores das componentes previstas na alínea

a) do n.º 3 e na alínea a) do n.º 4 do artigo 28.º, o valor de cada UC é de (euro)

130.

5 - O valor da UC obtida nos termos do número anterior é corrigido com o factor

1,8 para as primeiras seis unidades contratualizadas associadas à alínea a) do n.º 3

do artigo 28.º

6 - A realização de cuidados domiciliários confere o direito, por cada consulta e

até ao limite máximo de 20 domicílios/mês, a um abono de (euro) 30.

7 - Quando for contratualizado o alargamento do período de funcionamento, o

valor do suplemento de cada UC previsto na alínea c) do n.º 3 do artigo 28.º é de:



116

a) (euro) 180 para o alargamento nos dias úteis;

b) (euro) 235 para o alargamento aos sábados, domingos e feriados.

8 - O valor obtido nos termos do previsto no número anterior é multiplicado pelo

número de horas de alargamento semanal contratualizado.

9 - Os médicos cuja lista de utentes não atinja a dimensão mínima de unidades

ponderadas prevista no n.º 3 do artigo 9.º têm direito à remuneração da respectiva

categoria e escalão do seu regime de trabalho durante os primeiros seis meses de

actividade nas USF, em substituição do previsto no n.º 2 e na alínea a) do n.º 3 do

artigo 28.º do presente decreto-lei.

Artigo 31.º

Remuneração dos enfermeiros

1 - A remuneração mensal devida aos enfermeiros das USF integra uma

remuneração base, suplementos e compensações pelo desempenho.

2 - A remuneração base corresponde à remuneração da respectiva categoria e

escalão, em regime de tempo completo.




b) O suplemento associado às UC do alargamento do período de funcionamento

ou cobertura assistencial, nos termos do disposto nas alíneas b) e c) do n.º 5 do

artigo 10.º, quando contratualizado.


a) A compensação associada à carteira adicional de serviços nos termos do

previsto no n.º 6 do artigo 6.º, quando contratualizada;

b) A atribuição de incentivos financeiros previstos no artigo 38.º

5 - As componentes previstas nas alíneas a) e b) do n.º 3 são devidas ao grupo de

enfermeiros, divididas igualmente por todos, sendo paga, mensalmente, a cada



117

enfermeiro a respectiva quota-parte.



Artigo 32.º

Cálculo dos suplementos e compensações pelo desempenho dos enfermeiros

1 - O número de utentes inscritos nas USF, por enfermeiro, tem uma dimensão

mínima de 1917 unidades ponderadas, a que correspondem em média 1550 utentes

de uma lista padrão nacional.

2 - A cada aumento de 55 unidades ponderadas da dimensão mínima de utentes

por enfermeiro das USF está associada uma UC.

3 - São associadas tanta UC quantos os acréscimos múltiplos de 55 unidades

ponderadas.

4 - O número máximo mensal de UC, previstas no n.º 2, por enfermeiro é de 9 UC.

5 - Para efeitos da determinação do valor do suplemento previsto na alínea a) do

n.º 3 do artigo 31.º, o valor de cada UC é de (euro) 100.

6 - Quando for contratualizado o alargamento do funcionamento e cobertura

assistencial, o valor do suplemento de cada UC previsto na alínea b) do n.º 3 do

artigo 31.º é de:



7 - O valor obtido nos termos previstos no número anterior é multiplicado pelo

número de horas de alargamento semanal contratualizado.

Artigo 33.º

Remuneração do pessoal administrativo

1 - A remuneração mensal devida ao pessoal administrativo das USF integra uma

remuneração base, suplementos e compensações pelo desempenho.



118

2 - A remuneração base integra a remuneração da respectiva categoria e escalão,

em regime de tempo completo.




b) O suplemento associado às UC do alargamento do período de funcionamento

ou cobertura assistencial, nos termos do disposto nas alíneas b) e c) do n.º 5 do

artigo 10.º, quando contratualizado.


a) A compensação associada à carteira adicional de serviços nos termos do

previsto no n.º 6 do artigo 6.º, quando contratualizada;

b) A atribuição de incentivos financeiros previstos no artigo 38.º

5 - As componentes previstas nas alíneas a) e b) do n.º 3 são devidas ao pessoal

administrativo, divididas igualmente por todos, sendo paga, mensalmente, a cada

um, a respectiva quota-parte.



Artigo 34.º

Cálculo dos suplementos e compensações pelo desempenho do pessoal

administrativo

1 - O número de utentes inscritos nas USF, por cada elemento do pessoal

administrativo, tem uma dimensão mínima de 2474 unidades ponderadas, a que

correspondem em média 2000 utentes de uma lista padrão nacional.

2 - A cada aumento de 71 unidades ponderadas da dimensão mínima do número

de utentes por administrativo das USF está associada uma UC.

3 - São associadas tantas UC quantos os acréscimos múltiplos de 71 unidades

ponderadas.



119

4 - O número máximo mensal de UC, previstas no n.º 2, por cada elemento do

pessoal administrativo, é de 9 UC.

5 - Para efeitos da determinação do valor do suplemento previsto na alínea a) do

n.º 3 do artigo anterior, o valor de cada UC é de (euro) 60.

6 - Quando for contratualizado o alargamento do funcionamento e cobertura

assistencial, o valor do suplemento de cada UC previsto na alínea b) do n.º 3 do

artigo anterior é de:



7 - O valor obtido nos termos do número anterior é multiplicado pelo número de

horas de alargamento semanal contratualizado.

Artigo 35.º

Ponderação das funções de orientador de formação

1 - Sem prejuízo de os médicos integrados nas USF serem designados orientadores

de formação do internato da especialidade de medicina geral e familiar, tal facto

não pode pôr em causa o compromisso assistencial a que a equipa está vinculada,

pelo que lhes é atribuída, durante o período em que se verifique aquela actividade,

uma ponderação mensal de 220 unidades, para efeitos da componente prevista na

alínea a) do n.º 3 do artigo 28.º

2 - As unidades ponderadas referidas no número anterior não contam para o limite

de UC referidos no n.º 3 do artigo 30.º

Artigo 36.º

Acréscimos remuneratórios

1 - À função de coordenador da equipa é atribuído um acréscimo remuneratório de

7 UC, calculadas nos termos do n.º 4 do artigo 30.º do presente decreto-lei.

2 - Consideram-se incluídas na respectiva remuneração as despesas desembolsadas

pelo médico para prestação de cuidados domiciliários aos seus utentes ou aos



120

utentes de outro médico da equipa.

CAPÍTULO VIII

Outros incentivos

Artigo 37.º

Princípios

1 - Podem ser atribuídos outros incentivos, que consistem na atribuição de

prémios institucionais e financeiros à equipa multiprofissional e que visam

estimular e apoiar o desempenho colectivo tendo em conta os ganhos de eficiência

conseguidos.

2 - Os incentivos previstos no presente capítulo são repartidos por todos os

profissionais da equipa multiprofissional da USF.

Artigo 38.º

Modalidades de incentivos

1 - Constituem modalidades de incentivos, designadamente:

a) Os incentivos institucionais;

b) Os incentivos financeiros.

2 - Os incentivos institucionais traduzem-se, nomeadamente, na distribuição de

informação técnica, na participação em conferências, simpósios, colóquios e

seminários sobre matérias de diferentes actividades da carteira de serviços da

USF, no apoio à investigação ou no aumento das amenidades de exercício de

funções da equipa multiprofissional.

3 - Os incentivos financeiros são atribuídos, após avaliação da USF, com base no

cumprimento de objectivos e parâmetros mínimos de produtividade e qualidade.

Artigo 39.º

Condições de atribuição de incentivos

As condições e critérios para a atribuição de incentivos são regulados por portaria



121

conjunta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças, da

Administração Pública e da saúde, tendo por referência a melhoria de

produtividade, da eficiência, da efectividade e da qualidade dos cuidados

prestados, sendo objecto de negociação, de acordo com a Lei n.º 23/98, de 26 de

Maio.

CAPÍTULO IX

Disposições finais e transitórias

Artigo 40.º

Monitorização, avaliação e acreditação

1 - A monitorização e avaliação das USF incumbem às ARS.

2 - A monitorização e avaliação das USF devem incidir sobre as áreas da

disponibilidade, acessibilidade, produtividade, qualidade técnico-científica,

efectividade, eficiência e satisfação e podem contemplar especificidades e

características de carácter regional, quando estas se apresentem como factores

correctivos e niveladores da matriz nacional.

3 - A monitorização e avaliação das USF têm por base um modelo de matriz

nacional que aplica a metodologia de auto-avaliação, avaliações interpares e

avaliações cruzadas entre USF.

4 - As USF podem submeter-se a um sistema de acreditação, a cargo da entidade

competente do Ministério da Saúde.

Artigo 41.º

Regulamentação

A regulamentação prevista no presente decreto-lei é aprovada no prazo de 90 dias.

Artigo 42.º

Norma transitória

1 - Até à entrada em vigor da legislação que aprove a reconfiguração dos centros

de saúde, todas as competências atribuídas pelo presente decreto-lei ao centro de



122

saúde são exercidas pelas ARS e por outras entidades previstas no Despacho

Normativo n.º 9/2006, de 16 de Fevereiro.

2 - Os médicos actualmente abrangidos pelo disposto no presente decreto-lei

mantêm o direito ao subsídio previsto no artigo 39.º do Decreto-Lei n.º 310/82, de

3 de Agosto.

Artigo 43.º

Actualização do valor das UC

O valor das UC é actualizado por portaria conjunta dos membros do Governo

responsáveis pelas áreas das finanças, da Administração Pública e da saúde.

Artigo 44.º

Regime remuneratório experimental

1 - Os profissionais que integram as equipas de regime remuneratório

experimental (RRE), previsto no Decreto-Lei n.º 117/98, de 5 de Maio, dispõem

de 30 dias após a entrada em vigor do presente decreto-lei para apresentarem

candidatura à constituição de USF.

2 - Os profissionais que integram as equipas do RRE continuam sujeitos ao

disposto no Decreto-Lei n.º 117/98, de 5 de Maio, e na Portaria n.º 993-A/98, de

24 de Novembro, até ao início da actividade da USF ou até à recusa da

candidatura.

3 - Caso os profissionais que integram as equipas do RRE não se candidatem à

constituição de uma USF ou esta seja recusada, o regime do RRE deixa de ser

aplicável 30 dias após a entrada em vigor deste decreto-lei ou na data da

notificação da recusa da candidatura.

Artigo 45.º

Norma revogatória

São revogados:

a) O Decreto-Lei n.º 117/98, de 5 de Maio, sem prejuízo do disposto nos n.os 2 e 3



123

do artigo anterior;

b) A Portaria n.º 993-A/98, de 24 de Novembro, sem prejuízo do disposto nos n.os

2 e 3 do artigo anterior;

c) O artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 157/99, de 10 de Maio;

d) As normas iv, v, vi e viii do Despacho Normativo n.º 9/2006, de 16 de

Fevereiro.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 24 de Maio de 2007. - José

Sócrates Carvalho Pinto de Sousa - Fernando Teixeira dos Santos - Francisco

Ventura Ramos.

Promulgado em 27 de Julho de 2007.



124

Anexo III

MANUAL DE ARTICULAÇÃO

(ACES Baixo Vouga /USF João Semana)

Janeiro 2013

A Unidade de Saúde Familiar (USF) João Semana, constituída por uma equipa

multiprofissional identificada no Parecer Técnico da MCSP, homologado pela ARS

Centro em 18/10/2006, é parte integrante do Centro de Saúde (CS) de Ovar e beneficia

da autonomia organizativa, funcional e técnica das USF, prevista no Despacho

Normativo nº9/2006.

Assim sendo, com o objectivo de promover o regular funcionamento entre várias

entidades, se elabora este MANUAL DE ARTICULAÇÃO entre ambas as partes, que

tem em vista a facilitação na resolução de problemas de gestão corrente, a normalização

de procedimentos, a desburocratização e a definição de regras mutuamente vantajosas.



125

A USF João Semana, na pessoa do seu Coordenador e o ACES Baixo Vouga,

representado pelo seu Director Executivo, comprometem-se pois a promover a

colaboração entre si, disponibilizando recursos ou actividades de uso comum, sem pôr

em causa a autonomia e a prossecução dos seus objectivos específicos, mediante

modelos funcionais a propor pelas partes e a acordar com a ARS Centro.

I. DADOS GERAIS

A USF João Semana exerce as suas funções no edifício do Centro de Saúde de Ovar,

sito na Rua Francisco Zagalo, 3880 – Ovar.

A USF tem, nesta data, 15957 utentes inscritos, estando disponível para de forma

gradual, aceitar 17000 até o final de 2013.

A USF está sujeita ao cumprimento das metas explícitas na Carta de Compromisso,

onde constam os objectivos de desempenho para as Carteiras Básica e Adicional de

Serviços, respectivamente.

1. Ao Coordenador compete:

a. Coordenar as actividades da equipa multiprofissional, de modo a garantir

o cumprimento do Plano de Acção e os princípios orientadores da

actividade das USF;

b. Coordenar a gestão dos processos e determinar os actos necessários ao

seu desenvolvimento;

c. Coordenar o conselho geral da USF;

d. Assegurar a representação externa da USF;



126

e. Assegurar a realização de reuniões com os representantes da população

abrangida pela USF, no sentido de lhes apresentar o Plano de

Acção;

f. Nomear um substituto para as suas ausências, que deve ser comunicado

ao ACES.

2- Ao Conselho Técnico Compete:

a. O conselho técnico é designado pelo conselho geral e constituído por

um médico e por um enfermeiro, preferencialmente detentores de categoria mais

elevada e de maior experiência profissional;

b. Orientação necessária à observância das normas técnicas emitidas

pelas entidades competentes e a promoção de procedimentos que garantam a

melhoria contínua da qualidade dos cuidados de saúde, tendo por referência a

carta da qualidade.

c. Avaliar o grau de satisfação dos utentes da USF e dos profissionais da

equipa;

d. Elaborar e manter actualizado o manual de boas práticas;

e. Organizar e supervisionar as actividades de formação contínua e de

investigação.

f. O conselho técnico reúne, pelo menos, uma vez por mês, e/ou por

solicitação de um dos seus membros.

g. O funcionamento do conselho técnico consta do regulamento interno

da USF.

6. A avaliação dos profissionais administrativos e de enfermagem deve ter em



127

conta a autonomia funcional da USF, o respectivo desempenho e o

cumprimento dos objectivos definidos no Plano de Acção. A avaliação de

desempenho dos administrativos deve ser efectuada pelo Coordenador da USF

em parceria com o Responsável Administrativo. A avaliação de desempenho

dos profissionais de enfermagem observa o regime fixado sobre esta matéria no

estatuto legal da respectiva carreira -DL 437/91.

II. PARTILHA DE RECURSOS

Disposição geral

O ACES Baixo Vouga afecta à USF João Semana os recursos físicos, técnicos,

humanos e financeiros necessários ao cumprimento do PLANO DE ACÇÃO da mesma,

e, garante a partilha dos referidos recursos, segundo o princípio da economia de meios,

que naturalmente devem estar contemplados para todas as unidades funcionais do

ACES Baixo Vouga.

Tendo em vista a utilização eficiente dos recursos comuns, propõem-se procedimentos

que favoreçam e assegurem a articulação das actividades das diversas unidades

funcionais do ACES:

1- Recursos Físicos

A USF João Semana encontra-se instalada no edifício do Centro de Saúde de Ovar e foi

submetida a de obras de adaptação e melhoramento com o objectivo de tentar optimizar

as condições de atendimento aos utentes nela inscrita. Os equipamentos de escritório e

de gabinetes médicos e de enfermagem são fornecidos pela ARS bem como o material

necessário à prestação de cuidados de saúde de qualidade. Actualmente tem 9 gabinetes

médicos, 3 gabinetes de tratamentos de Enfermagem, 7 gabinetes de enfermagem,

secretaria, 1 vestiário de enfermagem (antigo WC), 1vestiario de secretarias clínicas

(antigo WC), 1WC de funcionários, 1WC de utentes (masculino), 1WC de utentes



128

(feminino), 1fraldario, com falta de 2 gabinetes de enfermagem, não existe sala de

coordenação, sala de reuniões, sala de convívio, e o armazém de material clínico

partilhado com o C.S. e biblioteca partilhada com o C.S.

2-Recursos Técnicos e Humanos

O ACES garante à USF serviços de apoio técnico comuns, nomeadamente na área de

gestão de pessoal, contabilidade e aprovisionamento, a designar:

2.1 – PROCESSAMENTO DE VENCIMENTOS

a) A USF enviará para o serviço de pessoal do ACES Baixo Vouga até ao dia 4 de cada

mês, a Conferência da Assiduidade do pessoal da USF João Semana.

b) A USF enviará para a ARS Centro as despesas de saúde de todos os seus

funcionários da ADSE, à medida que forem entregues pelos próprios;

c) O serviço de pessoal do ACES Baixo Vouga efectua os restantes procedimentos

necessários ao processamento dos vencimentos;

d) Os procedimentos administrativos que permitem a funcionários da USF receberem o

“abono de família para crianças e jovens” a que tenham direito, são da responsabilidade

do ACES Baixo Vouga , com excepção do preenchimento da prova anual de

rendimentos e da discriminação dos elementos do agregado familiar, que continua a ser

da responsabilidade de cada funcionário.

2.2 – ASSIDUIDADE

A responsabilidade formal e prática pela assiduidade é do Coordenador da USF. As

folhas de ponto e outros documentos relativos a ausências legalmente justificadas ficam

arquivadas na USF João Semana.



129

2.3 – DOCUMENTAÇÃO

O Director Executivo do ACES Baixo Vouga deve garantir o envio diário à USF, de

toda a documentação que considere pertinente, nomeadamente circulares normativas e

orientações técnicas produzidas pela Direcção Geral da Saúde.

A documentação oriunda da ARS, deve ser remetida por esta, directamente para a USF.

2.4 – SERVIÇO DE PAGAMENTO DE REEMBOLSOS A UTENTES

a) A USF fica responsável pela validação administrativa dos documentos, devendo

enviá-los para a ARS Centro até ao 4º dia útil do mês seguinte;

2.5 – RECLAMAÇÕES DO UTENTE

As reclamações dos utentes da USF, serão analisadas pelo Gabinete do Utente do ACES

Baixo Vouga, que, obrigatoriamente, terá de ouvir o Coordenador da USF.

2.6 – ESTATÍSTICA

A USF enviará ao ACES Baixo Vouga /ARS os dados estatísticos até ao 4º dia útil do

mês seguinte solicitados que não podendo ser obtidos de outra forma, estejam de acordo

com o contratualizado e aos quais o Sistema Informático dá resposta.



130

3-Recursos Financeiros

3.1 – ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO-PROGRAMA

O orçamento da USF João Semana é da responsabilidade do ACES Baixo Vouga. Para a

sua elaboração o Director Executivo deve ouvir o Coordenador da USF.

3.2 – FUNDO DE MANEIO

Parte dos recursos financeiros afectos ACES Baixo Vouga deve ser atribuída à USF,

assim estará disponível o quantitativo de 250€ a titulo de Fundo de Maneio.

Os recursos financeiros ficam à responsabilidade do Coordenador da USF, que faz a sua

gestão e presta contas do uso dado a este dinheiro perante o Director Executivo do Aces

Baixo Vouga.

3.3 – DESPESAS

O orçamento deve prever despesas correntes tais como: transporte de táxi para

domicílios de enfermagem e médico; material de limpeza; material de escritório e

farmacêutico, que não sejam fornecidos ou não estejam disponíveis em tempo útil;

pequenas reparações de equipamentos e despesa corrente.

3.4- OUTROS

Valor a atribuir pela ARS no decurso do processo de contratualização.

3.5 – RECEITA GERADAS

As receitas geradas pela USF (taxas moderadoras), serão mensalmente enviadas para o

ACES Baixo Vouga até ao 4º dia útil de cada mês.



131

.6 – NOTA IMPORTANTE

A USF não pode ser responsabilizada pelo incumprimento do Plano de Acção,

decorrente da não disponibilização atempada dos recursos financeiros previstos.

III. INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E MATERIAL

a) Inventariação dos Equipamentos e Material

A guarda dos equipamentos e material da USF e sua inventariação é da responsabilidade

do Coordenador, que poderá delegar este tipo de tarefa noutro elemento da Equipa.

b) Reparação ou Substituição de Material e Equipamentos

O Coordenador assumirá o preenchimento do modelo respectivo e o seu envio aos

serviços competentes, que providenciarão a sua reparação/substituição temporária ou

definitiva em tempo útil, de forma a não prejudicar o normal funcionamento da USF.

c) Requisição de Material

- A requisição de material administrativo de consumo corrente, incluindo, receitas e

vinhetas é efectuado mensalmente pelo Sector administrativo da USF ao ACES Baixo

Vouga, devendo a requisição para o mês seguinte ser efectuada até ao dia 17 do mês em

curso;

- A requisição de todo o material administrativo, consumo clínico, farmácia e outro

deverá ser requisitado mensalmente através da plataforma SPMS em dias estipulados no

Plano de Fornecimento.

- Material que eventualmente tenha sido fornecido, sem ter sido requisitado pela USF,

deverá ser devolvido ao ACES Baixo Vouga para que este proceda à sua devolução à

ARS.

- O Material que eventualmente tenha sido requisitado pela USF, e que não tenha sido



132

fornecido, solicita-se á UAG do Aces Baixo Vouga através de requisição

extraordinária.

d) Aquisição de Material não Fornecido ou Inexistente em Armazém

A USF deverá fazer o pedido de 3 orçamentos referente ao material que pretende

adquirir, orçamentos esses que mandará para o ACES Baixo Vouga para serem

autorizados sendo que esse material deverá ser considerado necessário ao normal

funcionamento da USF, utilizando a dotação orçamental que possui em Fundo de

Maneio, com o apoio das áreas de enfermagem e administrativa, devendo

obrigatoriamente apresentar documentação comprovativa de tais despesas.

IV. SERVIÇOS DO ACES BAIXO VOUGA QUE COMPLEMENTAM A USF

Não estando previstos para as USF, os serviços que de seguida se explicitam devem ser

assegurados pelo ACES Baixo Vouga à USF João Semana, nos moldes que se acordam:

Serviço Social. O Serviço Social do ACES Baixo Vouga e a USF articular-se-ão de

forma a poder identificar, encaminhar e resolver as questões da sua competência

relativas aos utentes inscritos na USF. Para tal, a Técnica do Serviço Social

disponibilizará, no seu gabinete na Sede do ACES Baixo Vouga, o número de horas

semanais, consideradas necessárias, para atendimento dos utentes da USF de acordo

com a solicitação, quer dos próprios, quer de elementos da equipa profissional da USF.

Serviços de Saúde Pública Locais. Coordenados pelo Delegado de Saúde Concelhio,

os Serviços de Saúde Pública articulam-se e cooperam com a USF à semelhança do que

fazem com outras Unidades Funcionais do ACES Baixo Vouga, monitorizando o estado

de saúde da população, fazendo o diagnóstico da situação e o planeamento da saúde.



133

Consulta de Psicologia. Dispondo o ACES Baixo Vouga de uma Psicóloga, esta

passará a disponibilizar dois períodos semanais, equivalentes a um dia de trabalho, em

presença física na USF, para actividades de consulta e formação dos profissionais da

equipa da USF.

Radiologia: Dispondo o ACES Baixo Vouga de uma Radiologista, esta dispõe de um

horário devidamente divulgado na USF.

Nutricionista: Dispondo o ACES Baixo Vouga de uma Nutricionista, esta passará a

disponibilizar dois períodos semanais, equivalentes a um dia de trabalho, em presença

física na USF, para actividades de consulta e formação dos profissionais da equipa da

USF.

Serviço de Limpeza / Auxiliares de Apoio e Vigilância. O ACES Baixo Vouga

garante a presença física diária na USF de 3 profissionais, que possam garantir a

cobertura do horário de funcionamento, tendo em conta os períodos de maior carga

assistencial, as características do espaço físico e a elevada frequência diária de utentes.

Sem olvidar a necessidade da manutenção diária de instalações limpas e cuidadas,

impõe-se a necessidade, fora do horário de funcionamento da USF, de uma limpeza e

higienização das instalações mediante a utilização de pessoal e equipamentos

adequados, pelo que o ACES Baixo Vouga garante a presença de uma brigada para a

execução deste serviço.

Higienista Oral: Dispondo o ACES Baixo Vouga de uma Higienista Oral, esta passará

a disponibilizar dois períodos semanais, equivalentes a um dia de trabalho, em presença

física na USF, para actividades de consulta e formação dos profissionais da equipa da

USF.

Segurança. O ACES Baixo Vouga não podendo garantir, de momento, a presença de

um segurança na USF, cuja necessidade comprova, dispõe-se a rever esta questão



134

aquando de uma próxima revisão da sua competência funcional.

Serviço de Informática. A manutenção e o apoio ao sistema informático da USF

devem ser assegurados atempadamente pelo IGIF e pela ARS Centro e pelo Serviço de

Informática ACES Baixo Vouga, de forma a facultar aos profissionais da USF o

cumprimento do Plano de Acção.

Serviço de Transporte. O ACES Baixo Vouga é responsável pelo transporte diário dos

materiais e produtos necessários ao funcionamento da USF, nomeadamente material de

escritório, material clínico, fármacos, vacinas e correio. A carrinha de transporte de

utentes do ACES colabora com a USF transportando durante um período da manhã os

utentes com dificuldades de mobilidade e de transporte que necessitem de se deslocar à

USF para efectuarem tratamentos de Enfermagem. Os pedidos são elaborados pelo

médico ou enfermeira de família ou outro e entregues ao funcionário responsável pelo

transporte de utentes com antecedência de pelo menos 24 horas úteis.

Serviço de Esterilização. O ACES Baixo Vouga é responsável pela esterilização do

material de uso clínico, que deve ser recolhido pelas funcionárias responsáveis por este

serviço na USF, conduzido ao Centro de Saúde de Ovar para esterilização e devolvido à

USF, com uma frequência diária.

Serviço de Tratamento de Lixos. Dando cumprimento ao despacho nº 242/96 que

legisla os procedimentos a adoptar quanto ao armazenamento e destino dos produtos e

lixos tóxicos e à separação de lixos hospitalares, o ACES Baixo Vouga garante a

recolha semanal dos mesmos, na USF, por entidade contratualizada para tal.



135

Serviço de Lavandaria. O serviço de lavandaria para batas e fardamento de serviço é

assegurado semanalmente pelo ACES Baixo Vouga.

V. COMPROMISSO DE COLABORAÇÃO COM O ACES Baixo Vouga

Os profissionais da USF cooperam em tarefas, que não sendo exclusivas da mesma,

podem ser consideradas comuns a todo o ACES Baixo Vouga.

Formação Interna

a) Acções de Formação Internas

A USF terá o seu próprio programa de formação, a definir anualmente pelo Conselho

Técnico da USF, em colaboração com o Conselho Clínico do ACES Baixo Vouga.

b) Estágios

A USF colabora na formação pré graduada e pós graduada de médicos no âmbito da

Medicina Geral e Familiar, na formação de enfermeiros e de outros profissionais em

áreas como Acção Social, Gestão e Informática, em estreita colaboração com o ACES

Baixo Vouga.

Qualidade.

A USF articula-se com o ACES Baixo Vouga, na avaliação e monitorização da

qualidade dos serviços, de acordo com as propostas deste.

Por seu lado, a USF promove auto-avaliação, mediante a aplicação anual de



136

questionários para avaliação do grau de satisfação, quer aos utentes quer aos

profissionais.

A Equipa da USF reúne mensalmente em assembleia-geral e conselho técnico e

semanalmente a equipa de enfermagem e mensalmente ou oportunamente a equipa de

secretários clínicos, tendo em vista a solução de problemas e adopção de boas práticas

no exercício da actividade profissional, e o desenvolvimento de formação em serviço.

Sempre que possível ou se revele necessário, a Equipa, representada por alguns

elementos, estará presente nas Reuniões Gerais do ACES Baixo Vouga.

Referenciação de cuidados/Articulação com os Hospitais de referência

A USF deve participar, através do seu coordenador ou seu substituto, com o ACES

Baixo Vouga e os hospitais de referência, na definição e aplicação de protocolos de

articulação, que devem ser bem explicitados, por forma a que os profissionais não

tenham dúvidas quanto à orientação dos seus utentes, devendo eles próprios ser bem

informados.

Caso se torne possível, a USF adoptará canais próprios de referenciação a serviços

hospitalares, de forma a agilizar procedimentos e cuidados aos seus utentes, dando

conhecimento de tal ao ACES Baixo Vouga.

VI. EXTINÇÃO DA USF, SUBSTITUIÇÃO E INTEGRAÇÃO DE

ELEMENTOS DA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR

Extinção da USF João Semana

1 - Verificar-se-á, se for deliberada em conselho geral por maioria de 2/3 da Equipa;

2 - Se o Coordenador se demitir e nenhum outro elemento médico da Equipa estiver



137

disposto a assumir o cargo;

3 - Caso se verifique, deve ser comunicada ao ACES Baixo Vouga e à ARS Centro com

a antecedência mínima de 90 dias úteis, salvo motivo de força maior, em que o período

poderá ser de 30 dias úteis;

4 – A ARS, mediante aviso prévio e com a antecedência de 90 dias úteis, pode declarar

extinta a USF João Semana, com fundamento em incumprimento sucessivo e reiterado

da Carta de Compromisso, salvaguardando o respeito pelos princípios do contraditório e

da prova.

Substituição e integração de elementos da equipa multiprofissional

1 – Qualquer elemento da equipa multiprofissional da USF João Semana pode deixar de

a integrar se apresentar um pedido de cessação ao Conselho Geral, 60 dias úteis antes da

data prevista de saída, e comunicar tal intenção, logo que obtido parecer do Conselho

Técnico, ao Director Executivo do ACES Baixo Vouga .e ao serviço de origem;

2 – A substituição e a integração de um novo elemento na equipa multiprofissional são

propostas à ARS, para efeitos de autorização e de actualização do anexo do Parecer

Técnico homologado pela ARS;

3 – Os profissionais que deixam de integrar a equipa multiprofissional da USF retomam

as suas funções nas respectivas carreiras e categorias do serviço de origem;

4 – Verificando-se um aumento do número de utentes inscritos, A USF pode propor à

ERA/ARS a integração de novos elementos na equipa multiprofissional, em aditamento

ao processo de candidatura;

5 – Nos casos previstos nos nºs 2 e 4, a ERA/ARS decide no prazo máximo de 30 dias

úteis.



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VIII. DISPOSIÇÕES FINAIS

Este manual de procedimentos e acordo de cooperação pode ser revisto por iniciativa de

qualquer uma das partes e alterado ou desenvolvido por acordo mútuo.

Em relação a todos os assuntos em que este manual é omisso ou em que sejam

suscitadas dúvidas, devem as partes dialogar e reunir sempre que necessário, para

deliberar caso a caso.

O Presidente da ARS Centro ____________________

_____________________________________________

O Director Executivo do ACES Baixo Vouga . ________

_____________________________________________

O Coordenador da USF João Semana _________________

_____________________________________________



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Anexo IV



140

regulamento interno · compromisso assistencial ... trata-se de um documento basilar da usf, ... o...

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