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INFORMATIVO DO SINDICATO DOS PROFESSORES NO DF - ANO XIV - Nº 153 - BRASÍLIA, 8 DE JULHO DE 2008 DIA 21 DE AGOSTO - ASSEMBLÉIA GERAL, COM COMPACTAÇÃO DE HORÁRIO, NO MANÉ GARRINCHA, ÀS 15H30 A assembléia geral do dia 29 de agosto do ano passado aprovou que nossa luta pela isonomia com os demais servidores teria como referência salarial a carreira médica, buscando essa equiparação nos anos de 2008, 2009 e até março de 2010. Na mesma assembléia foi aprovada tabela salarial - a ser conquistada nestes três anos -, com um "piso" salarial de R$ 5.000 e "teto" de R$ 10.000. Esta é, portan- to, a meta a ser alcançada nas duas próximas campanhas salariais. GDF ENROLA E PROFESSORES INTENSIFICARÃO MOBILIZAÇÃO O s professores iniciaram a discus- são da Campanha Salarial de 2008/2009. Debateram em assem- bléias regionais e aprovaram a pauta de reivindicações da categoria, em assembléia geral no último dia 28 de junho. Mas o primeiro semestre ter- minou e até o momento governo não cumpriu os prazos estabelecidos para a regulamentação e implementação de pontos do Plano de Carreira. Os professores estão cansados de des- cumprimentos e não aceitam a argu- mentação de cortes de recursos, afinal esse acordo foi firmado no ano passa- do e deveria fazer parte de uma pro- gramação orçamentária do governo. Além da questão financeira pro- priamente dita, há pontos específicos como o concurso de remoção, entre outros, que precisam ser definidos. Por isso precisamos voltar do recesso preparados para intensificar a luta e a mobilização em defesa de nossas conquistas. Nas páginas centrais deste jornal esclarecemos sobre os pontos que demandam regulamen- tação em nosso Plano de Carreira e nas páginas 6 e 7 publicamos a ínte- gra da Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial de 2008/2009. E ntre as conquistas do Plano de Carreira na campanha salarial de 2007/2008 está aquela que ga- rante o reajuste das tabelas de venci- mento dos professores nos anos de 2009 e 2010 em índices que devem corresponder, no mínimo, ao mesmo percentual de reajuste do Fundo Constitucional para o período (artigo 32 do Plano de Carreira). Isso é uma grande conquista, pois significa que iniciaremos a campanha salarial de 2008/2009 com um patamar mínimo já estabelecido. Os cálculos do aumento da receita corrente líquida da União, que determinam o percentual de reajuste do Fundo, devem ser divulgados em meados de agosto. É bom lembrar que os percentuais de reajuste do fundo foram de 14% para 2007 e de 8,92% para 2008. Foram esses índices que garantiram o aumento da GRC e Tidem em junho de 2007 e a implantação do Plano de Carreira a partir de março deste ano, respectivamente. Portanto, os índices de correção do fundo para 2009 servirão de patamar mínimo para os reajustes do próximo ano e assim por diante. Mas é claro que a categoria precisa estar atenta, porque gato escaldado tem medo de água fria e nem sempre o que está na lei é respeitado. É pre- ciso que tenhamos clareza de que só a nossa mobilização garantirá o cumprimento do que está previsto na lei do Plano de Carreira. APLICAÇÃO DE REAJUSTE DO FUNDO CONSTITUCIONAL É CONQUISTA DO NOVO PLANO Mais uma vez é necessário denun- ciar que o GDF, desde 1999, não apli- ca 25% da arrecadação em educação, conforme prevê a Constituição. Isto porque ao invés de aplicar 25% da arrecadação de impostos e depois somar os recursos do fundo constitu- cional, o GDF soma primeiro os recursos da arrecadação de impostos vindos do governo federal para depois aplicar os 25%. Esta esperteza ma- temática fez com que o GDF deixasse de aplicar R$ 619 milhões em 2005, R$ 648 milhões em 2006 e R$ 649 milhões em 2007. Essa luta pela cor- reta utilização do Fundo é uma luta dos professores, mas também de toda a sociedade do DF, pois isso afeta a qualidade dos serviços públicos pres- tados pelo GDF. CONTINUA NOSSA LUTA PELA ISONOMIA GDF NÃO APLICA OS 25% QUE A CONSTITUIÇÃO PREVÊ PARA A EDUCAÇÃO REGULAMENTAÇÃO DO PLANO DE CARREIRA Assim como em 2007, os professores devem intensificar a luta se quiserem garantir o Plano de Carreira www.sinprodf.org.br

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Page 1: REGULAMENTAÇÃO DO PLANO DE CARREIRA GDF ENROLA E ...€¦ · Campanha Salarial de 2008/2009. Entre as conquistas do Plano de Carreira na campanha salarial de 2007/2008 está aquela

INFORMATIVO DO SINDICATO DOS PROFESSORES NO DF - ANO XIV - Nº 153 - BRASÍLIA, 8 DE JULHO DE 2008

DIA 21 DE AGOSTO - ASSEMBLÉIA GERAL, COM

COMPACTAÇÃO DE HORÁRIO, NO MANÉ GARRINCHA, ÀS 15H30

A assembléia geral do dia 29 de agosto do ano passado aprovou que nossa luta

pela isonomia com os demais servidores teria como referência salarial a carreira

médica, buscando essa equiparação nos anos de 2008, 2009 e até março de 2010.

Na mesma assembléia foi aprovada tabela salarial - a ser conquistada nestes três

anos -, com um "piso" salarial de R$ 5.000 e "teto" de R$ 10.000. Esta é, portan-

to, a meta a ser alcançada nas duas próximas campanhas salariais.

GDF ENROLA EPROFESSORES

INTENSIFICARÃOMOBILIZAÇÃO

Os professores iniciaram a discus-são da Campanha Salarial de2008/2009. Debateram em assem-

bléias regionais e aprovaram a pautade reivindicações da categoria, emassembléia geral no último dia 28 dejunho. Mas o primeiro semestre ter-minou e até o momento governo nãocumpriu os prazos estabelecidos paraa regulamentação e implementaçãode pontos do Plano de Carreira. Osprofessores estão cansados de des-cumprimentos e não aceitam a argu-mentação de cortes de recursos, afinalesse acordo foi firmado no ano passa-do e deveria fazer parte de uma pro-gramação orçamentária do governo.

Além da questão financeira pro-priamente dita, há pontos específicoscomo o concurso de remoção, entreoutros, que precisam ser definidos.Por isso precisamos voltar do recessopreparados para intensificar a luta ea mobilização em defesa de nossasconquistas. Nas páginas centraisdeste jornal esclarecemos sobre ospontos que demandam regulamen-tação em nosso Plano de Carreira enas páginas 6 e 7 publicamos a ínte-gra da Pauta de Reivindicações daCampanha Salarial de 2008/2009.

Entre as conquistas do Plano deCarreira na campanha salarial de2007/2008 está aquela que ga-

rante o reajuste das tabelas de venci-mento dos professores nos anos de2009 e 2010 em índices que devemcorresponder, no mínimo, ao mesmopercentual de reajuste do FundoConstitucional para o período (artigo32 do Plano de Carreira). Isso é umagrande conquista, pois significa queiniciaremos a campanha salarial de2008/2009 com um patamar mínimojá estabelecido. Os cálculos doaumento da receita corrente líquida daUnião, que determinam o percentualde reajuste do Fundo, devem serdivulgados em meados de agosto. Ébom lembrar que os percentuais de

reajuste do fundo foram de 14% para2007 e de 8,92% para 2008. Foramesses índices que garantiram oaumento da GRC e Tidem em junhode 2007 e a implantação do Plano deCarreira a partir de março deste ano,respectivamente. Portanto, os índicesde correção do fundo para 2009servirão de patamar mínimo para osreajustes do próximo ano e assim pordiante.

Mas é claro que a categoria precisaestar atenta, porque gato escaldadotem medo de água fria e nem sempreo que está na lei é respeitado. É pre-ciso que tenhamos clareza de que só anossa mobilização garantirá ocumprimento do que está previsto nalei do Plano de Carreira.

APLICAÇÃO DE REAJUSTE DO FUNDO CONSTITUCIONAL

É CONQUISTA DO NOVO PLANO

Mais uma vez é necessário denun-

ciar que o GDF, desde 1999, não apli-

ca 25% da arrecadação em educação,

conforme prevê a Constituição. Isto

porque ao invés de aplicar 25% da

arrecadação de impostos e depois

somar os recursos do fundo constitu-

cional, o GDF soma primeiro os

recursos da arrecadação de impostos

vindos do governo federal para depois

aplicar os 25%. Esta esperteza ma-

temática fez com que o GDF deixasse

de aplicar R$ 619 milhões em 2005,

R$ 648 milhões em 2006 e R$ 649

milhões em 2007. Essa luta pela cor-

reta utilização do Fundo é uma luta

dos professores, mas também de toda

a sociedade do DF, pois isso afeta a

qualidade dos serviços públicos pres-

tados pelo GDF.

CONTINUA NOSSA LUTA PELA ISONOMIA

GDF NÃO APLICA OS 25% QUE A CONSTITUIÇÃO PREVÊ PARA A EDUCAÇÃO

REGULAMENTAÇÃO DO PLANO DE CARREIRA

Assim como em 22000077, os professores devem intensificar a luta se quiserem garantir o Plano de Carreira

www.sinprodf.org.br

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AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO: PRAZO FINAL É20 DE JULHO

Os professores devem ficar atentos: o prazo finalpara a entrega dos documentos para a individualiza-ção da ação do auxílio-alimentação é o dia 20 dejulho. Não deixe para a última hora! Compareça àssedes ou subsedes do Sinpro e entregue toda a docu-mentação necessária o quanto antes. Como já es-clarecemos, a ação para pagamento do retroativo doauxílio-alimentação foi ganha no mérito e está emfase de execução.

Por decisão de assembléia, optou-se pela indivi-dualização da ação para evitar que, caso o GDFfizesse um questionamento de valores de um únicoprofessor, todo o processo ficasse paralisado. Apósreceber o cálculo dos valores devidos de cada profes-sor, a Justiça deverá comunicar ao GDF para que elese pronuncie. Após esse trâmite, com a resposta doGDF, a Justiça expedirá a ordem de pagamento, quepoderá ser por precatório ou não.

O problema é que normalmente a Justiça expedeprecatório, mas não determina seqüestro de bens, oque faz com que o governo protele ao máximo o paga-mento. Por isso não é possível fazer uma previsão de

quando esse retroativo será recebido. O Sinpro incluiuentre as principais reivindicações da campanhasalarial o pagamento da ação do auxílio-alimentaçãosem necessidade de expedição de precatório. Se hou-ver vontade política do governo isso poderá ser feito,pois o GDF já negociou com outras categorias paga-mento de ações semelhantes.

Em tempo: o Departamento Jurídico do Sinpro temadotado, em relação à questão do vale-alimentação,estratégia semelhante à que foi adotada em relação aoFGTS. Esta estratégia consiste em não criar incidentespara não atrasar o processo. Enquanto a maioria dosprocessos de FGTS ingressados pelo Sinpro durou trêsanos, em outros jurídicos o tempo chegou a dez anos.

Nos processos de FGTS do Sinpro os que nãoforam resolvidos foram aqueles em que o próprio pro-fessor assinou papéis que desencadearam incidentes aserem decididos pela Justiça. Não contribua para queeste tipo de problema ocorra em relação ao vale-ali-mentação.

Quem ganhou o processo foi o jurídico do Sinpro,mas, agora, na execução, outras pessoas querem levarvantagem, vendendo promessas vazias. Não se deixeenganar, antes de assinar qualquer documento con-

sulte o Sindicato. GATE: PROFESSOR DEVE IR À JUSTIÇAPARA GARANTIR DIREITO

Todos os professores que atendem ou atenderamalunos diagnosticados como especiais nos últimoscinco anos têm o direito de receber a Gratificação doEnsino Especial (Gate). Para reclamar seu direitoprimeiro o professor deve fazer um requerimento àSecretaria de Educação solicitando o pagamento eaguardar a resposta. Caso o pedido seja negado, o pro-fessor deve comparecer ao Sinpro para ingressar comprocesso judicial para reclamar seus direitos.

São necessários os seguintes documentos: procu-ração (disponível no Sinpro para ser preenchida eassinada), declaração de baixa de custas (tambémdisponível no sindicato), cópia da identidade e doCPF, cópia dos três últimos contracheques, declaraçãofornecida pela escola onde o professor lecionou nosúltimos cinco anos com turma de inclusão, informan-do quantos alunos especiais eram atendidos, cópia detodos os contracheques do período em que trabalhoucom turma inclusiva e que não recebeu a Gate.Qualquer dúvida, entre em contato com o jurídico doSinpro, pelo e-mail [email protected].

DE OLHO EM SEUS DIREITOS

Desde junho o Sinpro está realizan-do uma pesquisa que fará umamplo levantamento das condições

de trabalho para diagnosticar os fatoresde risco para a saúde no trabalho dosprofessores das escolas públicas. Coor-denada pela doutora do Departamentode Psicologia Social e do Trabalho daUnB, professora Ana Magnólia, a pes-quisa deve contemplar a identificação devariáveis do contexto do trabalho queatuam na gênese das patologias queacometem a categoria.

O Sinpro entende que, embasadopor dados científicos, terá maiscondições de exigir do Governo doDistrito Federal uma política deatenção e prevenção à saúde que leveem conta as peculiaridades do trabalhodos educadores.

De acordo com a coordenadora daSecretaria para Assuntos de Saúde doTrabalhador do Sinpro, Maria José Bar-reto, quem está no dia-a-dia das escolaspúblicas do DF consegue entendermuito bem porque se adoece na catego-

ria: estrutura inadequada, excesso dealunos em sala de aula, pressão dasdireções, entre outras mazelas. “O quequeremos com essa pesquisa é detectarcientificamente isso, para pressionar oGDF a abandonar o discurso que culpa-biliza os professores e lança suspeiçãosobre o número de atestados médicosexpedidos e levar o poder público a efe-tivamente fazer algo para mudar essasituação”, afirma ela.

METODOLOGIA - A pesquisaserá feita via Internet. Se você não temacesso à Internet pode se dirigir à sedee subsedes do Sinpro e solicitar umcomputador para responder à pesquisa.

As informações prestadas serão ana-lisadas em conjunto e não individual-mente. Professor, é muito importanteque você participe, pois assim teremosum diagnóstico realmente representati-vo. Sua saúde é o seu maior patrimônio!Responda à pesquisa e ajude-nos a lutarpor políticas públicas de prevenção dasdoenças ocupacionais!

Diga saúde, professor!

Há tempos o Sinpro vem denunciando o caosno atendimento da Gerencia de PeríciaMédica-Odontológica (GPMO) da Secretaria

de Educação. A situação agora está ainda pior, porconta da obrigação de entrega do atestado de umdia e pelo atraso na marcação das perícias. A pro-fessora de Português e Inglês, Rosangela Pereira,que leciona em Sobradinho II, foi a GPMO comum atestado de 30 dias e teve a perícia marcadapara o dia 8 de julho, quase um mês após o iníciodo seu atestado. A orientação era de que ela vol-tasse para a escola, mas como, se ela estava afasta-da por motivo de doença? Casos como esse estãoacontecendo todos os dias e apesar de o Sinprocobrar solução para Secretaria de Educação, ne-nhuma providência é tomada.

Diante desse descaso, e depois de várias ten-tativas de negociar uma solução, o Sinproentende que terá de ir à Justiça para garantir odireito dos professores zelarem pela sua saúde.Ninguém mais suporta um atendimento tãoprecário e desumano.

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RESPONDA À PESQUISAE DIGA SAÚDE, PROFESSOR!

PERÍCIA MÉDICA:QUANDO TERÁ FIMO DESRESPEITO?

Sinpro recebe inúmeras reclamações de atendimento no GPMO

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Estudo do Instituto de PesquisaEconômica Aplicada (Ipea) reve-lou que uma infra-estrutura de boa

qualidade nas escolas pode ser um dosdiferenciais para o bom rendimentodos alunos e a redução da defasagemidade/série. Os dados confirmam oque revelou a Pesquisa Retratos daEscola realizada pela ConfederaçãoNacional dos Trabalhadores em Edu-cação (CNTE) e que demonstrou queinvestimento em melhores condiçõesfísicas nas escolas públicas pode serum fator barato, se comparado com osgastos necessários para a boa edu-cação.

Providências como a pintura das pa-redes, a compra de equipamentos comouma máquina fotocopiadora, fazemuma diferença importante. A CNTEproduziu em 2000 um relatório deta-lhado sobre os problemas de infra-estrutura e a qualidade de ensino combase nos levantamentos realizados peloSAEB 1997.

Agora, com o estudo do Ipea, per-cebe-se que a premissa permanece. Noscasos em que houve investimento eminfra-estrutura foi possível reduzir a ta-xa de distorção série/idade também em5,7 pontos percentuais. A criação deuma biblioteca, permitindo o acessodos alunos aos livros, significou a redu-ção de 1,5 ponto percentual na taxa dedistorção série/idade.

Nesse aspecto, destaca Sergei Soa-res, pesquisador responsável pela pes-quisa 'O Bônus Demográfico Relativo eAbsoluto no Acesso à Escola', os inves-timentos funcionam melhor nas escolasque são mais carentes.

Sergei e a pesquisadora Natália Sá-tyro avaliaram o impacto de cada umdos fatores relacionados aos insumos

educacionais na redução da defasagemescolar - um dos maiores problemas doensino público brasileiro, ao acompa-nhar o desempenho de todas as escolasbrasileiras de ensino fundamental entreos anos de 1998 e 2005.

A pesquisa Retratos da Escola daCNTE revela ainda que apenas 12%,em média, das escolas públicas brasi-leiras consideram que sua infra-estrutu-ra seja ótima. O levantamento compro-va que economicamente não se justificao descaso que os órgãos públicos man-têm com as condições físicas das esco-las. Em qualquer tipo de trabalho, dequalquer tipo de instituição, em qual-quer setor da economia, sempre se sou-be que mais conforto significa maior

produtividade, atesta a pesquisa.Escolas com boa infra-estrutura,

professores preparados e uma hora amais na carga horária fazem grande di-ferença no processo de aprendizagemdos alunos. O estudo do Ipea revelaainda que um pequeno acréscimo nacarga de aulas significa uma queda de5,7 pontos percentuais na distorçãoidade/série.

Dentro das salas de aula, a defasa-gem escolar cria dois problemas: difi-culta o rendimento das turmas, porqueos professores têm de lidar com alunosde diferentes idades, e contribui paraque os mais atrasados larguem os li-vros. De acordo com o último CensoEscolar do MEC (2006), a taxa de

reprovação das escolas de ensino fun-damental chega a 13%, enquanto oabandono é de 7,5%. No ensino médio,a repetência diminui (11,5% ), mas adesistência dobra (15,5%). Entre os 10milhões de adolescentes brasileiroscom idade entre 15 e 17 anos, mais dametade está atrasada na escola.

Os mais atrasados costumam largara escola, seja porque ela não pareceinteressante para eles, seja porque arepetência traz problemas de auto-esti-ma. "O atraso acelera a desistência. Osque estão se tornando adultos acabamachando que a escola não é o lugardeles", lamenta Sergei Soares. (do siteda CNTE, com informações do Cor-reio Braziliense)

3INVESTIR EM INFRA-ESTRUTURA

NAS ESCOLAS É FATOR DE GANHONO DESEMPENHO ESCOLAR

Como querer bom rendimento com as escolas nessa situação?

SOLIDARIEDADE

CAMPANHA ARRECADARECURSOS PARA

TRATAMENTO DE CRIANÇAS

OSinpro decidiuse engajar nac a m p a n h a

para arrecadar re-cursos para o trata-mento de Ítalo Gus-tavo de Araújo Ura-ny, de oito anos, eKelvi Alexandry deAraújo Urany, decinco anos, que so-frem da síndromede adrenoleukodis-trofia, uma doençagenética rara que provoca a deterio-ração progressiva do sistema nervo-so e do tônus muscular, levando oportador à paralisia, à perda da audi-ção, da capacidade de deglutir e falar,até chegar ao estado vegetativo.

A doença ainda não tem cura, masseus efeitos podem ser adiados com autilização do óleo de Lorenzo, um me-dicamento desenvolvido por um pai deuma criança portadora, que tem me-lhores resultados quanto antescomeçar a ser ministrado. Ocorre queesse remédio é muito caro (R$ 591 por500 ml) e os pais de Ítalo e Kelvi, Edíl-

son da Silva Urany e Denise AraújoCardoso, não têm condições financeiraspara arcar com as despesas, que envol-vem não apenas o remédio, mas tam-bém uma dieta especial e equipamentosespecíficos. O pai trabalha em uma far-mácia na cidade de Santo Antônio doDescoberto e a mãe tem que ficar emcasa para cuidar das duas crianças.

Qualquer quantia será bem vinda.Quem puder ajudar pode depositar suacontribuição no Banco de Brasília,agência 103, conta-corrente 036953-1ou no Banco do Brasil, na agência4545-4, conta-corrente 11151-1.

Depois de décadas de luta e 13 me-ses de tramitação no CongressoNacional, finalmente os profis-

sionais de educação básica pública detodo o país podem comemorar. Foiaprovado no dia 2 de julho, no Plenáriodo Senado, o substitutivo da Câmaraao projeto que regulamenta o PisoSalarial Nacional para o Magistério.Aposentados e pensionistas da catego-ria também serão beneficiados. O pre-sidente da Confederação Nacional dosTrabalhadores em Educação (CNTE),Roberto Franklin Leão, afirmou que setrata de “um grande passo no sentidode conseguir uma escola de qualidadeporque vamos consolidar um dos pila-res fundamentais que é a valorizaçãodos trabalhadores da educação básicapública”.

Leão acrescentou que agora “faltaainda ser aprovado o projeto que reco-nhece os funcionários de escola comoprofissionais da educação, para queeles também tenham direito ao Piso epossam lutar pela formação profissio-

nal. Mas, sem dúvida nenhuma, aaprovação do Piso é um avanço muitoimportante para a escola pública dequalidade”, enfatizou.

O Projeto de lei do Piso (PL7.431/06, apenso o PL 619/07), esta-belece o valor mínimo de R$ 950 paraos professores habilitados com nívelmédio da rede pública de ensino emtodo o país; em um regime de 40horas semanais (28 horas para regên-cia de classe e 12 horas-atividade).Está prevista no projeto a comple-mentação da União para os entes fe-derados que não atingirem o valor dePiso nacional.

O projeto que regulamenta o PisoSalarial Profissional Nacional (PSPN)precisa agora da sanção do PresidenteLula para entrar em vigor. O Piso, quevai beneficiar cerca de 60 por cento dostrabalhadores em educação, é tambémo ponto de partida para acabar com asdisparidades existentes no país comrelação ao salário dos educadores.(fonte: site da CNTE)

PISO SALARIAL DOS EDUCADORES É APROVADO

NO SENADO

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Os itens do Plano de Carreira comentadosabaixo são os pontos pendentes de regula-mentação. Confira:

Art. 5º- São áreas de atuação dos integrantes daCarreira de Magistério Público do Distrito Federal,observado o contido no edital de concurso:

§ 3º O remanejamento dos servidores da CarreiraMagistério Público e do PECMP objetivando mudançade lotação e de exercício será realizado anualmente, con-forme norma específica, a ser regulamentada pelaSecretaria de Estado de Educação.

COMENTÁRIO: A Secretaria de Educação ficoude apresentar nos próximos dias uma proposta deportaria de regulamentação do concurso de remane-jamento, que deverá acontecer ainda em 2008 paraser efetivado no início do ano letivo de 2009. O Sin-pro irá defender que o concurso seja feito no estilo"pregão" como era feito antigamente e não pela in-ternet, como aconteceu recentemente.

Art. 6º - Para o enquadramento no PECMP, conside-ra-se tempo de efetivo exercício, apurado em dias, oexercido:

§ 3º- Para efeito do disposto no caput, são considera-dos como efetivo exercício os afastamentos previstos noart. 102 da Lei Federal nº 8.112, de 11 de dezembro de1990, recepcionada no Distrito Federal pela Lei nº 197,de 4 de dezembro de 1991.

COMENTÁRIO: O art. 102 da Lei 8.112/90 defineos tipos de afastamento que serão contados integral-mente na carreira.

Art. 9º - A carga horária de trabalho do servidor daCarreira Magistério Público do Distrito Federal é de:

§ 6º - O servidor da Carreira Magistério Público doDistrito Federal e do PECMP, após o vigésimo ano emregência de classe, fará jus à redução da carga horária emsala de aula, no percentual de até 20% (vinte por cento),a pedido, a partir do vigésimo primeiro ano, sem prejuí-zo da remuneração.

COMENTÁRIO: Esta é uma importante con-quista do plano de carreira. Ao invés de regulamen-tar o artigo, o governo está obrigando que todos os

professores tenham carga horária cheia nas escolas.

Art. 13. - Os servidores da Carreira MagistérioPúblico do Distrito Federal e do PECMP em exercícioterão formação continuada, suprida mediante a oferta decursos de qualificação e de aperfeiçoamento, sem prejuí-zo das atividades pedagógicas, com o objetivo de fomen-tar práticas educativas para a melhoria da qualidade doensino.

§ 2º - Fica garantido, anualmente, o afastamentoremunerado de, no mínimo, 1% (um por cento) dosservidores ativos para a realização de cursos de mestra-do ou de doutorado, a título de formação continuada,respeitados os critérios de conveniência e oportunidadeda Administração.

COMENTÁRIO: Este dispositivo garante que,anualmente, em torno de 280 professores e especialis-tas possam se afastar para estudo. Entretanto, ogoverno não está cumprindo com a lei.

Art. 14. Constituirão incentivos profissionais a seremregulamentados pela Secretaria de Estado de Educaçãoas produções técnico-científicas e culturais dos servi-dores da Carreira Magistério Público do Distrito Federal,desde que voltadas para a melhoria da qualidade do ensi-no e a valorização do magistério.

§ 1º - Os servidores da Carreira Magistério Público doDistrito Federal e do PECMP terão apoio para publicaros trabalhos de conteúdo técnico-pedagógico objeto depesquisa ou produção acadêmica.

COMENTÁRIO: A ser regulamentado.

Art. 16. A progressão do servidor na Carreira Magis-tério Público do Distrito Federal dar-se-á de forma verti-cal e horizontal.

§ 1º - A progressão vertical poderá ocorrer de 2 (duas)formas:

I - por tempo de serviço, desde que cumpridos osrequisitos legais;

II - por mérito, mediante requerimento do servidor,acompanhado de certificados de titulação totalizando, nomínimo, 180 (cento e oitenta) horas-aula, conforme re-gulamentação a ser feita pela Secretaria de Estado deEducação.

COMENTÁRIO: O governo afirma que quer re-gulamentar rapidamente esse dispositivo, mas até omomento isso não ocorreu.

Art. 17 - São requisitos essenciais para a concessãoda progressão vertical:

II - ter cumprido o interstício de 365 (trezentos esessenta e cinco) dias de efetivo exercício na mesmaetapa;

Parágrafo único. Respeitado o interstício de 5(cinco) anos e mediante requerimento, o servidor poderáser posicionado verticalmente em duas etapas posteri-ores de uma só vez, desde que atendidos os requisitosprevistos no inciso III deste artigo.

COMENTÁRIO: O art. 17, e seus parágrafosgarantem a progressão na carreira, mas o governoquer congelar os nossos salários até o dia 1º de mar-ço de 2009. O argumento do governo é que a lei es-tabelece que tenhamos que cumprir um interstício de365 dias na mesma etapa. Esquece que o plano decarreira anterior já estabelecia a divisão da tabelaem etapas anuais. Portanto, a progressão para a eta-pa seguinte deve acontecer na data em que o servidorcompleta aniversário de ingresso na rede pública.

A progressão por merecimento também está porser regulamentada.

Art. 21. Os vencimentos dos cargos de Professor deEducação Básica e de Especialista de Educação daCarreira Magistério Público do Distrito Federal, bemcomo os dos integrantes do PECMP, serão compostosdas seguintes parcelas:

§ 1º - A Gratificação de Atividade de Regência deClasse, de que trata o inciso II do caput deste artigo,observará as seguintes condições:

II - o professor que deixar de desempenhar a ativi-dade prevista no inciso I deste parágrafo terá direito aincorporar à remuneração do cargo efetivo, na razão re-lativamente proporcional de seu valor, o percentual de1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) por ano deefetivo exercício em regência de classe, até o limite de30% (trinta por cento);

§ 2º - A Gratificação de Atividade de Alfabetização,

Comentários sobre iten

Os servidores públicos do GDF têm umaárdua luta pela frente para evitar que oPlano de Saúde debatido com o gover-

no e aprovado pela Câmara Legislativa em2006 seja desvirtuado. Sem qualquer debatecom os sindicatos, o governo Arruda apre-sentou à Câmara Legislativa o PL nº 763/08para alterar a lei e pretende acabar com ocerne do plano, a autogestão.

Em audiência pública realizada no dia18 de junho, os servidores receberam oapoio da bancada petista e irão solicitarque o governo retire o PL nº 763/08, doExecutivo, que modifica a lei que criou oPlano de Saúde dos Servidores do GDF.Mesmo que isso não ocorra, a expectativaé que o projeto de lei seja discutido ape-nas no início do segundo semestre, após orecesso legislativo.

Para o diretor do Sinpro, WashingtonDourado, está comprovado que o sistemade autogestão, em especial no caso de pla-nos que tenham mais de cinco mil usuários,é o mais eficiente, tanto do ponto de vistado barateamento do custo, quanto sob oaspecto da fiscalização, transparência egerenciamento. "Na autogestão vamos par-ticipar de todo o processo, já na modalidadede pré-pagamento será contratada umaoperadora e os recursos serão repassados aela. O controle das informações gerenciaisé das operadoras, que podem aumentar seuscustos até acima da inflação", afirmou ele.

Washington citou estudos da ANS(Agência Nacional de Saúde) e da Unidas(União Nacional das Instituições de Auto-gestão em Saúde) que mostra que, dos es-tados que oferecem plano de saúde aosseus servidores, 16 o fazem por autoges-tão e apenas três pela modalidade de pré-pagamento. Ele salienta que a autogestão

socializa a saúde, pois pelo sistema demutualismo o usuário mais jovem colabo-ra um pouco mais para que o idoso nãotenha que pagar muito mais, ou seja, nãohá tabela de preços por faixa etária.

Se adotada a autogestão o número deusuários poderá atingir até 85% do total deservidores. Já no pré-pagamento, como osvalores serão mais elevados e por faixaetária, a expectativa é que haja uma adesãobem menor, de 35 a 50% do total. Durantea audiência Washington fez uma denúncia:há informações de que duas empresasestão se preparando para “quarteirizar” aadministração do plano, ou seja, paraserem contratadas para terceirizar paraoutra empresa o atendimento.

Para a coordenadora da Secretaria deSaúde do Sinpro, Maria José Barreto, aproposta do GDF é um desrespeito aosservidores, que passaram quase um anodebatendo com os membros do governoanterior um plano que atendesse às expec-tativas de todos. “Nosso plano de saúdefoi fruto de uma discussão longa e agora oGDF quer destruir tudo. Quem se benefi-ciará da proposta do governo Arrudaserão as empresas privadas, que cobramvalores extorsivos, em especial aos apo-sentados”, criticou ela.

Em Brasília, um dos planos citadoscomo modelo é o da CEB (CompanhiaEnergética de Brasília), que tem entre osseus usuários o próprio governador, que éfuncionário de carreira da empresa. Lá omodelo é de autogestão. “Queremos umplano viável, com uma concepção de au-togestão”, defendeu a presidente da CUT,Rejane Pitanga. “Os gastos com servi-dores precisam ser vistos pelo governocomo investimentos”, acrescentou.

PLANO DE SAÚDE: MODELO DE AUTOGESTÃO AMEAÇADO

Servidores defenderam autogestão do Plano de Saúde

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de que trata o inciso III do caput deste artigo, observaráas seguintes condições:

II - o professor que deixar de desempenhar a ativi-dade prevista no inciso I deste parágrafo terá direito aincorporar à remuneração do cargo efetivo, na razãorelativamente proporcional de seu valor, o percentual de0,6% (seis décimos por cento) por ano de efetivo exercí-cio em Atividade de Alfabetização, até o limite de 15%(quinze por cento);

§ 3º - A Gratificação de Atividade de EnsinoEspecial, de que trata o inciso IV do caput deste artigo,observará as seguintes condições:

II - fará jus também à Gratificação de Atividade deEnsino Especial o professor regente em exercício nosestabelecimentos de ensino regular que atue nas modali-dades especializadas de atendimento em classes especi-ais e salas de recurso;

V - o professor que deixar de desempenhar a atividadeprevista nos incisos I, II e III deste parágrafo terá direitoa incorporar à remuneração do cargo efetivo, na razãorelativamente proporcional de seu valor, o percentual de0,6% (seis décimos por cento) por ano de efetivo exercí-cio de Atividade de Ensino Especial, até o limite de 15%(quinze por cento);

VI - a GAEE será concedida também ao servidoraposentado ou que vier a se aposentar na CarreiraMagistério Público do Distrito Federal, aos integrantesdo PECMP e ao servidor da Carreira de Assistência àEducação, bem como aos beneficiários de pensão conce-dida anteriormente à vigência desta Lei, observado, indi-vidualmente, o fundamento legal que amparou a con-cessão;

§ 4º - A Gratificação de Atividade em Zona Rural, deque trata o inciso V do caput deste artigo, observará asseguintes condições:

II - o servidor que deixar de desempenhar a atividadeprevista no inciso I deste parágrafo terá direito à incor-poração à remuneração do cargo efetivo, na razão relati-vamente proporcional de seu valor, do percentual de0,6% (seis décimos por cento) por ano de efetivo exercí-

cio de Atividade em Zona Rural, até o limite de 15%(quinze por cento);

§ 5º - A Gratificação de Atividade de Suporte Edu-cacional, de que trata o inciso VI do caput deste artigo,observará as seguintes condições:

II - o Especialista de Educação Básica que deixar dedesempenhar a atividade prevista no inciso I deste pará-grafo terá direito à incorporação à remuneração do cargoefetivo, na razão relativamente proporcional de seuvalor, do percentual de 1,2% (um inteiro e dois décimospor cento) por ano de efetivo exercício em Atividade deSuporte Educacional, até o limite de 30% (trinta porcento);

III - o disposto no inciso II aplica-se aos servidoresaposentados ou que vierem a se aposentar no cargo deEspecialista de Educação Básica ou Especialista emEducação que compõem o PECMP e aos beneficiários depensão concedida anteriormente à vigência desta Lei,observado, individualmente, o fundamento legal queamparou a concessão;

§ 6º - A Gratificação em Atividade de Dedicação Ex-clusiva em Tempo Integral, de que trata o inciso VII docaput deste artigo, observará as seguintes condições:

III - os ocupantes da Carreira Magistério Público doDistrito Federal e os integrantes do PECMP que deixa-rem de desempenhar a atividade prevista no inciso Ideste parágrafo terão direito à incorporação à remunera-ção do cargo efetivo, na razão relativamente propor-cional de seu valor, do percentual de 2% (dois por cento)por ano de efetivo exercício em Atividade de DedicaçãoExclusiva em Tempo Integral, até o limite de 50%(cinqüenta por cento);

COMENTÁRIO: A SEE informa que está conce-dendo o direito previsto no inciso acima, mas oSinpro tem sido procurado por professores que tive-ram negado o direito.

As incorporações proporcionais previstas nosdemais artigos estão ainda por serem regulamen-tadas.

V - os integrantes do PECMP que, na data da publi-cação desta Lei, estejam requisitados, cedidos ou à dis-

posição de órgãos da Administração Pública ou no de-sempenho de mandato eletivo de entidade de classe e deconselho profissional, quando retornarem à Secretaria deEstado de Educação, poderão optar pelo recebimento daTIDEM, sendo-lhes assegurada a incorporação do perío-do de afastamento, desde que permaneçam no regime dededicação exclusiva pelo período mínimo de 19 (deze-nove) meses;

Art. 23. - Ficam garantidos todos os direitos adquiri-dos, independentemente das alterações introduzidas poresta Lei.

O sindicato tem recebido diversos colegas que têmsido prejudicados pela retirada de direitos, especialmenteno que diz respeito a incorporação de gratificações.

Art. 26. Fica estabelecido o prazo de 180 (cento eoitenta) dias, a contar da publicação desta Lei, para regu-lamentação do sistema de avaliação institucional com oobjetivo de subsidiar a formação continuada do profes-sor e o cumprimento das metas de melhoria da qualidadeda educação.

COMENTÁRIO: O sistema de avaliação institu-cional da rede pública de ensino deverá estar regula-mentado ate o dia 31 de agosto de 2008.

Art. 27. As disposições desta Lei aplicam-se aosservidores da Carreira Magistério Público do DistritoFederal e aos integrantes do PECMP aposentados e aosbeneficiários de pensão.

COMENTÁRIO: Vários colegas aposentados têmprocurado o sindicato para reclamar o descumpri-mento deste dispositivo. Nestes casos, o Sinpro deveráajuizar ação para garantir o direito.

Art. 32. As tabelas de vencimentos previstas nosAnexos II e III desta Lei serão reajustadas nos anos de2009 e 2010, em índices que correspondam, no mínimo,ao reajuste do Fundo Constitucional.

Parágrafo único. O reajuste anual de que trata ocaput deverá ocorrer até 1º de março de cada ano.

COMENTÁRIO:A categoria deve ficar alertapara exigir o cumprimento do disposto no artigo32. O cálculo do índice de correção do fundoencerrou-se em 30 de junho e deverá ser publicadopelo Ministério do Planejamento em meados deagosto.

ns do Plano de Carreira

No dia 29 de maio saiu a primeiralista de contemplados com lotesno programa da habitação que

havia sido acertado com o GDF. Os 350professores beneficiados foram os queoptaram por unidades em Planaltina.Essa conquista é resultado direto daluta da categoria.

O Sinpro não participou da elabo-ração dos critérios de seleção doscontemplados e, de acordo com

informações governamentais, essa listafoi formada com os professores quepreenchem os critérios estabelecidospelo governo e que estavam com onome no cadastro elaborado pelaSeduma (Secretaria para Desenvol-vimento Urbano e Meio Ambiente) noano passado.

Apesar de um avanço, é lógico queesse número ainda é insuficiente paraatender à demanda da categoria. Játemos informações que unidades serãodisponibilizadas também emSamambaia, Gama e Sobradinho.Esperamos que o processo ande rápido,pois essa é uma reivindicação antiga dacategoria.

No último dia 24 a Câmara Legislativaaprovou em segundo turno o projetode lei complementar que cria o Insti-

tuto de Previdência do Distrito Federal.Com isso, se estabelece o Regime Própriode Previdência Social do Distrito Federal(RPPS/DF), que fará o fundo de capitali-zação com a contribuição de 11% do ser-vidor e 22% da contribuição patronal dosórgãos do Poder Executivo. De autoria doExecutivo, o projeto foi aprovado com 18votos favoráveis foi sancionado pelogovernador, com veto .

O Regime atenderá a cerca de 147 milservidores, entre ativos, aposentados epensionistas. Preocupada com a transpa-rência na utilização dos recursos previ-denciários, a CUT/DF participou de todadiscussão do PL apresentando um conjun-to de emendas, que foram discutidas como GDF e durante a tramitação na CâmaraLegislativa.

A Central também foi proponente deemendas que foram consensuais e inseri-das no novo RPPS/DF. Foi garantida aaposentadoria especial para os professorese especialistas em educação readaptados,que ocuparam cargos de direção de uni-dade escolar e de coordenação e assesso-ramento pedagógico; a ampliação da par-ticipação dos trabalhadores no ConselhoAdministrativo, composto agora por seterepresentantes do governo e sete represen-tantes dos trabalhadores; a inclusão de umrepresentante dos trabalhadores na direçãoexecutiva do Fundo e dois representantesno Conselho Fiscal; além de pagamentode pensão para relação homoafetiva.

“Essas garantias são reflexo da atuação daCUT, que, desde o início esteve inseridanos debates feitos para a construção doRPPS”, ressaltou a presidente da CUT/DF,Rejane Pitanga.

O texto também garante que os proven-tos da aposentadoria por invalidez serãoproporcionais ao tempo de contribuição,exceto se decorrentes de acidente em ser-viço, moléstia profissional ou doençagrave, contagiosa ou incurável, hipóteseem que os proventos serão integrais, ob-servado, quanto ao seu cálculo, o dispostono artigo 46 da lei.

Inclusão dos casais do mesmo sexo no RPPS

Esta foi uma emenda apresentada pela

Central e foi a única em que não houve acor-do no debate na Câmara Legislativa. Aemenda foi assinada pela bancada do PT,PDT e PSB e contou com o voto de parla-mentares de vários partidos. Mas, lamen-tavelmente o governo Arruda vetou esse ar-tigo, frustrando a expectativa de fazer justiçacom uma situação que já existe de fato.Diversos estados e municípios, ao trataremde seus sistemas previdenciários, previram obenefício ao companheiro homossexual,como Porto Alegre, João Pessoa e Campinas.“Garantimos que esse benefício vigorassetambém no Regime do Distrito Federal.Esse é um dos passos para formar uma so-ciedade mais justa e igualitária, mas, in-felizmente o governador não parece pensarda mesma forma”, lamentou Rejane Pitanga.

Lotes em Planaltina: mais

uma conquista da categoriaNOVO REGIMENTO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

DO DF GARANTE AVANÇOS PARA SERVIDORES

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5www.sinprodf.org.br

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EIXOS PRINCIPAIS

Aplicação mínima de 25%da arrecadação do GDF naEducação, conforme a lei.

Isonomia salarial com acarreira médica.

Plano de saúde pago inte-gralmente pelo GDF.

Plano habitacional que aten-da às necessidades da categoria.

Auxílio alimentação do mes-mo valor recebido pelos servido-res da Câmara Legislativa, semcontrapartida dos professores epagamento do retroativo.

Pagamento de todas as pen-dências financeiras;

Garantia do gozo das licen-ças prêmio.

1 - Imediata regulamentação detodos os itens do Plano de Carreira;

2 - Garantir a implantação imediatado Plano de Saúde;

3 - Garantia de um plano habita-cional que atenda às necessidades dacategoria;

4 - Facilitar a aquisição de computa-dores pessoais pelos professores, arcan-do com 50% do custo e oferecendo ju-ros subsidiados para os 50% restante;

5 - Aplicar os recursos previstos doFundeb e do Fundo Constitucional emeducação pública, como previsto emlei, sem qualquer desvio de finalidade;

6 - Assegurar a aplicação mínima de25% da arrecadação própria do GDFem Educação, conforme a lei;

7 - Reajuste dos salários dos profes-sores pelo índice de 25 % a partir de01/03/2009 (incluído o índice do fundoconstitucional de acordo com art.32 dalei 4075/07), para garantir isonomiassalarial com a carreira médica.

8 - Melhorar a segurança nas unida-des educacionais, garantindo investi-mentos e a integração dos órgãos de se-gurança e assistência social com asescolas;

9 - Organizar e cumprir um crono-grama de pagamento dos precatórios dacategoria;

10 - Estabelecer o seguinte númerode alunos por sala de aula:

a) Turmas do Bia, - 20 alunos;b) Turmas de educação infantil: 20

alunos;b) Turmas de 6 a 8 séries - 30

alunos;c) Turmas de Ensino médio - 30

alunos;

11 - Reformar e construir novas es-colas e ampliar a rede de atendimentode creches, adaptadas às novas tecnolo-gias que serão incorporadas às ativida-des pedagógicas;

12 - Instalar laboratórios de infor-mática e de ciências em todas as esco-las com professores habilitados;

13 - Autorizar, imediatamente, ogozo das licenças-prêmio;

14 - Criar, recuperar e ampliar o fun-cionamento dos Centros de Interesco-lares de Línguas (CILs), inclusive comnovos idiomas;

15 - Atualizar e recuperar bibliote-cas e salas de leitura, implantando essesespaços nas unidades educacionaisainda não contempladas, com o paga-mento da GARC para professores queatuam neste espaço;

16 - Implantar um programa de for-mação continuada, com o uso de novastecnologias.

17 - Gestão democrática do EnsinoPúblico, em que sejam contemplados,entre outros aspectos:

a) Eleição direta para a escolha dosdiretores de escolas;

b) Nova composição do Conselhode Educação do Distrito Federal, garan-tindo aos diversos setores da comuni-dade escolar (professores, funcionáriosda educação, pais e alunos) a indicaçãode seus representantes.

c) Conselho escolar deliberativo;d) Fim das GREs e construção de

um novo modelo de gestão da educaçãopública;

18 - Garantia de que todos os bene-fícios concedidos aos professores e es-pecialistas da ativa sejam estendidos,automaticamente, aos professores apo-sentados;

19 - Garantia de formação de comis-sões paritárias (GDF/Sinpro) para a ela-boração de normas e critérios para a lo-tação, o remanejamento, a distribuiçãode carga horária, a estratégia de matrí-cula e o calendário escolar;

20 - Equiparação do valor do Auxí-lio-Alimentação dos professores com ovalor pago aos servidores da CâmaraLegislativa do Distrito Federal;

a) Fim da contrapartida dos profes-sores para o auxílio alimentação;

b) Pagamento retroativo (conformeprocesso transitado em julgado) do au-xílio-alimentação;

21 - Programa de formação conti-nuada, que garanta aos professoresque não possuem Licenciatura Plena epara professores de práticas e disci-plinas profissionalizantes extintas, acomplementação de estudos neces-sários para concluírem a LicenciaturaPlena.

22 - Aplicação imediata no DistritoFederal, dos dispositivos da Lei Federalnº. 11.301, de 10 de maio de 2006, quegarante aposentadoria especial paradiretores, vices, supervisores e coorde-nadores pedagógicos, entre outros.

23 - Ampliação da rede de atendi-mento de creches públicas para os fi-lhos dos servidores públicos;

24 - Concurso público para orienta-dores, professores, psicopedagogos, bi-bliotecários e psicólogos;

25 - Garantia de concurso público eoferta das 3(três) modalidades de AR-TE, ministradas por professores habili-tados e a estrutura necessária para oexercício da atividade;

26 - Preenchimento dos 1200 cargosde especialistas em educação,conformeprevisto no plano de carreira;

27 - Ampliação do acesso e per-manência de alunos nos projetos deEducação de Jovens e Adultos (EJA) eatendimento nos turnos diurnos e no-turnos em todas as cidades do DF;

28 - Criação de espaços e estruturasadequadas para a prática de EducaçãoFísica em cada escola;

29 - Nas equipes de atendimento eapoio a aprendizagem:

garantir, no mínimo, um pedagogoe um assistente social atuando nasequipes.

Garantir a regulamentação do ser-viço oferecido pelas Equipes de Aten-dimento e Apoio à Aprendizagem man-tendo o caráter multidisciplinar, comPedagogo, Psicólogo e OrientadorEscolar.

30 - Garantir o funcionamento dasEscolas-Parque e sua ampliação paratodas as cidades do Distrito Federal.

31 - Ensino Especial:Pagamento da GATE para as

equipes de atendimento de apoio aaprendizagem, para as turmas inclusi-vas, as turmas de integração inversa epara as turmas de classes especiais.

Que as turmas de integração in-versa e as turmas inclusivas, classes es-peciais e centros de ensino especial te-nham o número de alunos reduzido, eseja respeitada a matriz curricular, con-siderando a categoria e a modalidade deatendimento, a partir de critérios defi-nidos por especialistas e pela comissãoparitária Sinpro/SEEDF;

normalização do atendimento deequoterapia e outros projetos especiaisde atendimento ao aluno. Manutençãoe melhoria dos centros de ensino espe-cial e construção de novos;

Atendimento interdisciplinar paraos alunos do Ensino Especial;

Capacitação e condições de traba-lho adequadas para professores espe-cialistas

Adaptação das escolas que aten-dem aos alunos com necessidades espe-ciais;

Pagamento de gratificação de insa-lubridade de 30% da remuneração paraos professores que trabalham em hospi-tais e em atendimento domiciliar;

Garantir aos professores da edu-cação básica, em especial aos que jáatuam em classes de inclusão, cursosde formação oferecidos pela SEEDFgratuitamente, de forma descentralizada;

Garantia da modalidade professoritinerante, de acordo com a necessidadeda unidade de ensino;

Pagamento de ajuda de custo e detransporte, em valores suficientes, paraatender a demanda da escola;

Redução do numero de alunosem classes inclusivas;

Estabelecer critérios para lotaçãonas equipes.

32 - Orientadores Educacionais:Convocação imediata dos orienta-

dores educacionais concursados;Garantir condições de trabalho

adequadas para o orientador profissio-nal, com espaço físico dentro das esco-

las destinado ao atendimento dos alu-nos e seus pais;

Garantir membro do NOE emtodas as gerência regionais de ensino.

Garantir condições de trabalhoadequadas para o orientador escolar,com espaço físico dentro das escolasdestinado ao atendimento dos alunos eseus pais.

Estabelecer oficialmente a sexta-feira como dia para a coordenação cole-tiva semanal dos orientadores.

Integrar e garantir a presença doOrientador Educacional em todas asEquipes de Atendimento/Apoio àaprendizagem, da Rede de Ensino Pú-blico do Distrito Federal.

Garantir aos profissionais o dire-ito de escolher entre atuarem em escolae/ou equipe de atendimento/apoio àaprendizagem após o estágio probató-rio, desde que haja vaga na equipe.

Garantir a realização de concursospúblicos e a convocação desse profis-sional para todas as unidades de ensinoda rede pública do DF.

Garantir pelo menos três coorde-nadores em nível intermediário, nasregionais de ensino lotados no NPM(Núcleo de Monitoria Pedagógico), quedevem ser profissionais de orientaçãoconcursados e representantes que serãoeleitos pelo grupo de orientadores dasescolas da regional durante a semanapedagógica anual;

Garantir o pagamento da Gratifi-cação de Suporte Educacional ao co-ordenador intermediário e central doNOE;

Garantir, no máximo, 300 alunospor Orientador Educacional;

Garantir a formação continuadacomo forma permanente de valorizaçãodo profissional e de ampliação de seusconhecimentos, respeitando suas neces-sidades e interesses educacionais;

Garantir fóruns de apresentaçãodas práticas dos Orientadores Educa-cionais;

Garantir no curso de gestores,conteúdos que tratem do papel do ori-entador educacional, da OrientaçãoPedagógica dos orientadores, daOrientação Pedagógica das equipes deatendimento/apoio à aprendizagem edas atribuições do orientador segundoo regimento das Escolas Públicas doDistrito Federal; salas de recurso e itin-erantes;

Garantir a gratificação de EnsinoEspecial aos Orientadores nas escolasinclusivas, principalmente, naquelas emque há alunos identificados pela estraté-gia de matrícula como alunos comnecessidades de educação especial;

Garantir a lotação do orientadoreducacional na própria escola;

Garantir a destinação dos recursosdo PDF para gastos nas ações de orien-tadores educacionais.

33 - Melhoria qualitativa e quantita-tiva da educação oferecidas às criançase adolescentes jovens e adultos atendi-dos, especificamente nas escolas deInstituições de Medidas Sócio-Educa-tivas, EMMP, PROEM e em todosistema prisional, garantindo para isso:

Profissionais qualificados e ha-bilitados e em número suficiente con-forme as necessidades e a modalidadeda escola;

Recursos materiais didáticos epedagógicos adequados e suficientes,

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PARAA CAMPANHA SALARIAL DE 2008/2009

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7atendendo o perfil e a necessidade decada realidade;

Formação continuada dos pro-fissionais, com recursos financeiros eexecução pela SEE-DF, observando asnecessidades específicas dos profis-sionais;

Oferecimento de equipes psi-copedagógicas para cada realidade,composta de orientador educacionalpedagogo, psicólogo e assistente social.

Garantia de espaços físicos ade-quados e suficientes, tais comosalas deaula, laboratórios, bibliotecas;

Coordenador pedagógico e fun-cionários administrativos para as insti-tuições atendidas que ainda não os têm,observando o número de alunos e tur-nos oferecidos.

34 - Reivindicações institucionaisSobre o mandato classista - revo-

gação da atual lei de liberação para omandato classista e criação de comis-são paritária com a participação dasentidades sindicais de servidores doGDF, para elaboração de nova propostaque trate do assunto.

Liberação dos diretores do Sinpro,com as respectivas cargas horárias,computando-se o período de liberaçãocomo efetivo serviço à SEE-DF paratodos os efeitos legais;

Garantir a estabilidade e a inamo-vibilidade do local de trabalho de dire-tores, delegados sindicais, e membrosdo Conselho Escolar desde a data desua candidatura até um ano após o tér-mino do mandato;

Liberação dos delegados e repre-sentantes sindicais, sem prejuízo da re-muneração, para participar de ativida-des de interesse da categoria, convo-cadas pelo Sinpro-DF.

35 - Mensalidade sindical - garantiro repasse das mensalidades pagas aoSinpro pelos professores, simultanea-mente ao crédito dos seus salários.

36 - Garantir em todas as escolas darede pública instalações adaptadas quepossibilitem o acesso dos alunos, pro-fessores e membros da comunidadeportadores de necessidades especiais àsdependências do estabelecimento deensino.

37 - Manutenção de todos os direitose conquistas dos professores e orienta-dores educacionais conquistados até apresente data.

38 - Isonomia de tratamento dos pro-fessores em regime de contrato temporárioem relação aos professores efetivos;

39 - Revogação do decreto 29.021de 16/06/08 e elaboração de um novomodelo de perícia médica.

40 - Garantia do pagamento de gra-tificações aos que se afastarem para es-tudos.

CLÁUSULAS DE PROTEÇÃO AO TRABALHO DAS

MULHERES

1 - Garantia de espaços para ama-mentação nas escolas.

2 - Garantia da remoção nutriz.

3 - Licença gestante de seis meses.

4 - Garantia da redução da carga horáriadurante o período de amamentação.

5 - Abono para realização de examesde prevenção do colo de útero, con-forme a lei.

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CALENDÁRIO ESCOLAR 2009

PROPOSTA DOS PROFESSORES

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SECRETARIA DE IMPRENSA: Rosilene Corrêa (coordenadora),

Berenice Darc e Luis Sóter

JORNALISTA: Junia Lara

DIAGRAMAÇÃO: Aristides Pires

FOTOS: Valeria Carvalho

TIRAGEM: 30.000 exemplares

IMPRESSÃO: Gráfica Plano Piloto

ENDEREÇO: Setor de Indústrias Gráficas, Quadra 6, lote nº 2260

CEP: 70.300-500 - Brasília-DF

Tel:. 3343-4200 / Fax da Imprensa: 3343-4231

e-mail: [email protected]

site: www.sinprodf.org.br

INFORMATIVO DIRIGIDO AOS

PROFESSORES DASESCOLAS PÚBLICAS

DO DISTRITO FEDERAL

Ocombate à violência nas escolas éuma tarefa que deve unir toda asociedade. Essa certeza levou o

Sinpro, a CUT e a CNTE (Confedera-ção Nacional dos Trabalhadores emEducação) a anunciar uma campanhaque buscará o engajamento de entida-des e organizações na implementaçãode ações que combatam a violênciaque atinge a comunidade escolar. Aidéia é fazer o lançamento no dia 14 deagosto e desencadear várias atividadesenvolvendo a comunidade escolar nodebate sobre as causas e conseqüên-cias da violência.

Na Ceilândia, onde no mês demaio um professor do CEF 04 foibarbaramente espancado por um ex-aluno, a comunidade escolar partici-pou, no dia 16 de junho, de audiên-cia pública realizada pela CâmaraLegislativa no CEM 03 daquela ci-dade. Por sugestão dos deputadospetistas Érika Kokay e Paulo Tadeu,ficou decidido que a Câmara Legis-lativa realizará brevemente um semi-nário para discutir de maneira maisaprofundada a problemática da vio-lência nas escolas públicas do DF.

O representante da Secretaria deEducação, Mauro Gleisson, disse que o

GDF irá implantar uma política de pro-moção da cidadania e da cultura da paznas escolas, com uma série de açõespara combater a crescente violência. Adiretora do Sinpro, Eliceuda França,questionou a apresentação de uma pro-

posta sem o necessário debate. “Vemosque o assunto só está sendo tratado pe-la Secretaria por conta da repercussãona mídia. Há um ano, nessa mesmaescola, o governo prometeu várias me-didas para coibir a violência e nada foi

feito. Agora apresentam uma propostafechada e acabada e mais uma vez acomunidade não é ouvida”, criticou ela.

No entendimento dela a comunidadeescolar deve discutir a democracia nointerior das escolas. Para ela, também éuma violência não dar a mínima estru-tura para que uma escola funcione, oque compromete a auto-estima dos es-tudantes, que não vêem a sua escolacomo lugar que dá satisfação e prazerfreqüentar.

O promotor do Ministério Público daCeilândia, Alexandre Sales, disse que aproposta dos conselhos de segurançaescolar apresentou resultados positivossignificativos. “Ficou claro que a ques-tão da segurança nas escolas não se re-solve apenas com repressão policial, épreciso que a sociedade interaja com acomunidade escolar”, acredita ele.

Na opinião da presidente da CUT,Rejane Pitanga, é preciso que seja for-mada uma aliança de todos os setoresda sociedade para buscar alternativaspara resolver o problema. Rejane Pitan-ga adiantou ainda que o sindicato irácriar um disque-denúncia para que aspessoas possam denunciar ameaças oucasos de violência nas escolas e seusarredores.

Em várias cidades do DF a comuni-dade escolar manifesta sua preocu-pação com a devolução dos profes-

sores dos laboratórios, que tem provo-cado a desmobilização e destruição devários projetos pedagógicos nas esco-las. Por conta de uma visão tacanha emercantilista da educação, o GDF nãoconsidera que o laboratório também éuma sala de aula, com especificidades,é certo, mas fundamental para o proces-so de ensino-aprendizagem e paragarantir uma educação inclusiva.

No CEF 12, da Ceilândia, que aten-de a mais de dois mil alunos, o únicoprofessor que coordenava o laboratóriofoi devolvido, comprometendo todos osprojetos da escola que eram desenvol-vidos com o auxílio dos computadores.No CEF 02 o conselho escolar organi-zou um ato público no dia 30 de maiopara protestar contra o remanejamentoda professora que coordenava o labo-ratório de informática.

Os pais, mães, professores, auxilia-res e alunos do Cean - Centro de Ensi-no Médio da Asa Norte, estão lutandonão apenas contra o fechamento dos

laboratórios, mas contra o que conside-ram ser o desmonte das escolas de nívelmédio do Distrito Federal. Naquelaescola o GDF inventou uma tal “audi-toria” para apurar o que eles chamaramde uma queda no rendimento escolar,tomando como base apenas o primeiro

bimestre, sem qualquer justificativa pe-dagógica para tanto. O relatório finaldessa auditoria foi apresentado em reu-nião do conselho de educação do DF. Adireção do Cean e o conselho escolaracompanharam a reunião e constataramque as alegações são meramente políti-

cas e a única “irregularidade” encontra-da por eles foi que a professora deInglês havia preenchido as anotaçõesprovisórias do diário de classe na lín-gua inglesa.

O mais grave é que os professores eo conselho do Cean não tiveram acessoao relatório, retirado das mãos de umaprofessora pela representante da Secre-taria de Educação! Ou seja, o conselhode educação recebeu um relatório quenão pôde sequer ser questionado pelocorpo docente do Cean, considerada umadas melhores escolas de nível médio doDF. A situação da escola provocou a real-ização de uma audiência pública na Câ-mara Legislativa, mas lamentavelmentea Secretaria de Educação não enviou re-presentante para o debate.

Em reunião realizada com os pro-fessores dos laboratórios, o Sinpro re-ferendou mais uma vez sua posturaem defesa da escola pública e conti-nuará a dar todo o apoio à luta dessesetor da categoria, inclusive para aler-tar a sociedade sobre a importânciados laboratórios para a qualidade doensino.

SINPRO DESENCADEARÁ CAMPANHA

Audiência pública no CEM 0033: comunidade escolar pede fim da violência

MORRE UM MILITANTE SOCIAL

No dia 20 de junho a educação so-freu uma grande perda no DF: oprofessor Carlos Mota (foto) foi

assassinado na porta de sua casa.Carlos foi um dos formuladores doprojeto Escola Candanga, implementa-do na rede pública do DF durante ogoverno do hoje senador CristovamBuarque. Mota foi diretor de Peda-gogia da Secretaria de Educação nosanos 90, coordenador do PIE da UnB eatualmente era diretor do Centro deEnsino Fundamental do Lago Oeste.

“Ele foi um verdadeiro militantesocial, um defensor das causas justasdo mundo. Sua nova paixão era a dire-ção do Centro de Ensino Fundamentaldo Lago Oeste, que queria transformarna melhor escola pública do país”,salientou o diretor Antônio Lisboa,amigo pessoal de Mota.

Sua morte provocou grande como-ção na comunidade do Lago Oeste, quefez uma carreata exigindo apuraçãorigorosa do crime.

No sábado, 7, a Polícia Civil anun-

ciou a prisão de quatro homens queteriam participado do assassinato: Gil-son Oliveira, de 31 anos, Carlos Limado Nascimento, 22 anos, BeneditoAlexandro do Nascimento, 20 anos, eAlessandro José de Sousa, 19 anos.Segundo a Polícia Civil, Gilson Oli-veira, que traficava drogas no colégio,foi o mandante do crime. Carlos e Be-nedito eram ex-alunos da escola. O tra-ficante teria planejado o crime porque odiretor impedia o tráfico nas imedia-ções do estabelecimento de ensino.

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VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

FECHAMENTO DE LABORATÓRIOS

COMUNIDADE PROTESTA

Fechamento de laboratórios gerou atos de protesto em várias escolas