regulacao_economica_2013
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Regulação Econômica
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O QUE
É?
QUANDO?
COMO
?POR
QUE?
Regulação Econômica é qualquer ação do governo com o intuito de limitar a liberdade de escolha dos agentes.
Isso ocorre quando o mercado não consegue levar a uma alocação eficiente de recursos. Devido a presença de externalidades, de monopólio natural com um produto ou com multiproduto.
As regulações podem ser: Tarifária, Quantidade, Qualidade, Segurança no trabalho, etc.
No monopólio Natural com apenas um produto, os custos são menores se produzimos determinada quantidade x do produto em uma única firma do que em duas. Essa propriedade é também conhecida como subatividade da função de custo.
Monopólio Natural – um produto
Algebricamente, se temos x* = x1 + x2 ... são quantidades de um mesmo produto, teremos um monopólio natural se a hipótese da subatividade da função de custo for verdade que:
Ca (x*) < Cb (x1) + Cc (x2),
Onde: C = função custoa, b e c = três empresas distintas
A condição do monopólio natural multiproduto é a mesma do monopólio natural com apenas um produto, ou seja, é a subatividade de custos. Neste caso, a subatividade de custos em monopólios naturais multiprodutos para os dois produtos X e Y exige que:
Ca (Qx,Qy) < Cb (Qx,0) + Cc (0,Qy)
Onde : C = função custoQx e Qy = as quantidades de X e Y
a, b e c = três empresas distintas
Monopólio Natural - Multiproduto
As indústrias de rede são um caso especial de monopólio natural.
Exploram a multiplicidade de relações transacionais entre os agentes econômicos situados em diferentes nós da rede, envolvendo um princípio de organização espacial e territorial.
Indústrias de Rede
Possui elementos que contribuem para a formação de um modo de organização industrial: (1) A existência de externalidades; (2) A importância das economias de escala; (3) A articulação em torno da infra-estrutura propriamente dita –a – infra-estrutura de base que comporta os serviços de transporte/transmissão do fluxo do produto – dos diferentes tipos de serviços finais e do serviço de coordenação da rede.
Principal característica: geram externalidades de rede;
A regulação dos preços pode ser classificada em: Regulação por taxa de retorno; Preço-teto (prince cap); Regra do componente de preço eficiente; Regra de Ramsey
Regulação dos Preços
Neste caso, o regulador arbitra um vetor tarifário (tarifas para cada tipo de produto ou serviço da firma regula), com o objetivo de garantir a firma regulada a obtenção de uma taxa de retorno considerada adequada ao prosseguimento de suas atividades. Algebricamente, é descrita pela seguinte expressão:
Σpiqipiqi = CV(q1,q2,...,qn) + π(K), (i=1,...,n)
Regulação por taxa de retorno
1ª- diz respeito à dimensão de K 2ª- diz respeito à taxa de retorno da empresa (pi) 3ª- diz respeito à determinação do custo variável
(CV) 4ª- diz respeito a determinação da receita da
empresa 5ª- por conta de sua complexidade, pode ser
aplicado apenas quando as condições de custos e demanda não variam de forma significativa em períodos relativamente curtos de tempo, ou seja, quando custos e demanda são relativamente estáveis.
6ª- o problema do chamado efeito Averch-Johnson
Dificuldades na aplicação:
Iniciou-se na Inglaterra com o nome de Índice de Preço de Varejo Menos X
Consiste em estabelecer um limite superior para a indústria regulada aumentar seus preços, limite este que pode ser estabelecido para cada preço individualmente ou para a média de preços dos serviços fornecidos pela indústria regulada.
Regulação por Preço-Teto (price cap)
No IPV-X, o teto do reajuste é estabelecido como sendo um índice geral de preços menos um valor X a título de aumento de produtividade. Esse teto de reajuste vale entre os períodos de revisão tarifária, quando a tarifa que serve como base do reajuste é reavaliada.
Ex: índice de preço I para reajuste entre períodos de revisão tarifária, almejado um crescimento de produtividade de 2% a.n, teríamos um fator X de 2%, e nosso índice de reajuste anual seria: (I)-2%. Agora, ao considerarmos em um dado ano, o índice de preços I = 5%, logo o reajuste seria de:
5% - 2% = 3% de aumento em sua tarifa.
1- É um método que atinge exclusivamente os serviços em que a empresa regulada atua como monopolista. A imposição de um preço-teto nos segmentos em que a empresa atua como monopolista permite evitar que a mesma, através de uma política de subsídios cruzados, subsidie os preços nos segmentos competitivos com os lucros extraordinários obtidos no segmento monopolista, de forma a praticar preços predatórios contra seus competidores.
Vantagens de tal regulação
2– Como toda redução de custos é apropriada pela empresa, espera-se que o IPV-X estimule a eficiência e promova a inovação. Esta vantagem é resultado da substituição de um esquema de incentivos pouco poderoso como é a regulação por taxa mínima de retorno.
3– O custo do aparato da regulação econômica seria baixo, uma vez que este se resumiria ao cálculo de índices de preços, sem envolver o levantamento de dados contáveis a respeito da empresa regulada, exceto no momento de revisão tarifária
4– Dada a simplificação do processo regulatório, este se encontra ,menos sujeito ao risco de ser manipulado pela empresa regulada com informação falsas sobre demanda e sustos, ou seja, está menos sujeito ao que se conhece como “risco de captura”.
1- Promove o subinvestimento, com efeitos negativos não apenas sobre o crescimento da oferta da empresa regulada, mas também sobre a qualidade dos serviços prestados ou sobre os estímulos para a inovação.
Desvantagens de tal regulação
2- Na prática, o valor de X não pode ser estabelecido sem levar em consideração elementos tais como: taxa de retorno da firma regulada, valor de seus ativos, custo do capital, taxas esperadas de crescimento da produtividade e da demanda etc., o torna o processo de regulação tão complexo e vulnerável às assimetrias de informação quanto ao método convencional com base no estabelecimento de uma taxa mínima de retorno para a firma regulada
Regra que pretende organizar os problemas de interconexão, ou quando há a necessidade de uso de infra-estrutura entre empresas.
Por arcar com os custos de uso de infra-estrutura, a empresa se torna menos eficiente e em condições normais tende a se retirar do mercado.
Regra do componente de preço eficiente
É uma solução para monopólios de multiproduto, onde os preços dos produtos ou serviços são estabelecidos de forma a minimizar as perdas dos consumidores.
Trata-se de uma solução em preços lineares, ou seja, as despesas do consumidos variam na mesma proporção da quantidade consumida.
Regulação – Regra de Ramsey
Esse tipo de tarifa é particularmente útil na definição de um regime tarifário para os segmentos de transporte e/ou transmissão nas indústrias de redes.
É definida por:
Tarifa em duas partes
Tem como antecedentes – monopólios territoriais e integração vertical de indústrias, como: telefonia, água, gás, eletricidade.
Tem como objetivo básico a defesa do interesse público.
E centrada no controle dos monopólios privados das indústrias de rede, tendo como característica básica o arcabouço jurídico-institucional norte-americano.
Regulação na prática
As agências reguladoras foram criadas para fiscalizar a prestação de serviços públicos praticados pela iniciativa privada. Além de controlar a qualidade na prestação do serviço, estabelecem regras para o setor.
Atualmente, existem dez agências reguladoras, implantadas entre dezembro de 1996 e setembro de 2001, mas nem todas realizam atividades de fiscalização.
As agências reguladoras
Supervisionar o poder de mercado dos operadores e evitar práticas anticompetitivas;
Organizar a entrada de novos operadores e promover a competição;
Zelar pela implementação de um novo modo de organização industrial;
Defender e interpretar as regras, arbitrando os eventuais conflitos entre atores;
Objetivo das agências:
Complementar o processo de regulamentação;
Estimular a eficiência e a inovação; Zelar pelas condições de operação
coordenada das redes; Assegurar o cumprimento das missões de
serviço público.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) promove o desenvolvimento das telecomunicações no país. Criada em 1997, a agência tem independência administrativa e financeira e não está subordinada a nenhum órgão de governo. A Anatel tem poderes de outorga, regulamentação e fiscalização e deve adotar medidas necessárias para atender ao interesse do cidadão.
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foi criada em 1998 para regular as atividades da indústria de petróleo e gás natural e dos biocombustíveis. Autarquia federal, vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), a ANP estabelece regras, contrata profissionais e fiscaliza as atividades das indústrias reguladas.
Agência Nacional de Petróleo (ANP)
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), autarquia criada em 1996, regula e fiscaliza a geração, a transmissão, a distribuição e a comercialização da energia elétrica. Vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), também atende a reclamações de agentes e consumidores e media os conflitos de interesses entre os agentes do setor elétrico e entre estes e os consumidores.
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
Criada em 2000, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é vinculada ao Ministério da Saúde. A ANS promove a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regula as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores, e contribui para o desenvolvimento das ações de saúde no país.
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi criada em 1999, tem independência administrativa e autonomia financeira e é vinculada ao Ministério da Saúde. A agência protege a saúde da população ao realizar o controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços que devem passar por vigilância sanitária, fiscalizando, inclusive, os ambientes, os processos, os insumos e as tecnologias relacionados a esses produtos e serviços. A Anvisa também controla portos, aeroportos e fronteiras e trata de assuntos internacionais a respeito da vigilância sanitária.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
A Agência Nacional do Cinema (Ancine) é uma autarquia especial e, por isso, tem independência administrativa e financeira. Criada em 2001 e vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), a agência tem como objetivo principal o fomento à produção, à distribuição e à exibição de obras cinematográficas e videofonográficas. Além disso, a Ancine regula e fiscaliza as indústrias que atuam nessas áreas.
Agência Nacional do Cinema (Ancine)
Criada em 2001, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) é vinculada ao Ministério dos Transportes e tem autonomia financeira e administrativa. A agência implementa, em sua área de atuação, as políticas formuladas pelo ministério e pelo Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte (Conit). Além disso, regula, supervisiona e fiscaliza os serviços prestados no segmento de transportes aquaviários e a exploração da infraestrutura portuária e aquaviária exercida por terceiros.
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)
A Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) foi criada em 2001, é vinculada ao Ministério dos Transportes e tem independência administrativa e financeira. A agência é responsável pela concessão de ferrovias, rodovias e transporte ferroviário relacionado à exploração da infra-estrutura; e pela permissão de transporte coletivo regular de passageiros por rodovias e ferrovias. Além disso, a ANTT é o órgão que autoriza o transporte de passageiros realizado por empresas de turismo sob o regime de fretamento, o transporte internacional de cargas, a exploração de terminais e o transporte multimodal (transporte integrado que usa diversos meios).
Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT)
Criada em 2005 para substituir o Departamento Nacional de Aviação Civil, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tem a função de regular e fiscalizar as atividades do setor. É responsabilidade da autarquia, vinculada à Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, garantir segurança no transporte aéreo, a qualidade dos serviços e respeito aos direitos do consumidor.
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
Criada no ano 2000, a Agência Nacional de Águas (ANA) é vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), mas tem autonomia administrativa e financeira. A agência implementa e coordena a gestão dos recursos hídricos no país e regula o acesso à água, sendo responsável por promover o uso sustentável desse recurso natural, a fim de beneficiar não só a geração atual, mas também as futuras.
Agência Nacional de Águas (ANA)
Como trabalham
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