regras de medicao na construcao

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Laboratório Nacional de Engenharia Civil CURSO SOBRE REGRAS DE MEDIÇÃO NA CONSTRUÇÃO M. SANTOS FONSECA

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Laboratório Nacional de Engenharia Civil

CURSO SOBRE

REGRAS DE MEDIÇÃONA CONSTRUÇÃO

M. SANTOS FONSECA

LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL

Curso sobre

REGRAS DE MEDIÇÃO

NA CONSTRUÇÃO

Lisboa • 2003

Copyright © Laboratório Nacional de Engenharia Civil Divisão de Edições e Artes Gráficas Av. do Brasil, 101 - 1700-066 Lisboa

1.® edição 1997 2? edição 19983. ® edição 19984. ~ edição 19995. a edição 2000 (actualizado)6 r edição 2000I. - edição 20018. a edição 20019. ® edição 200210. a edição 2002II. 8 edição 2003

CS 26

Tiragem: 500 exemplares

CDU 69.003.123(07)ISBN 972-49-1739-8

ÍNDICE

Pág.

INTRODUÇÃO ..................................................................................................... IX

PREÂMBULO...........................................................................................................................IX

OBJECTIVOS DAS MEDIÇÕES.......................................................................................................XI

PRINCIPIOS DE BASE..............................................................................................................XIV

0. REGRAS GERAIS.................................................................................................. .1

0.1 DEFINIÇÕES......................................................................................................................1

0.2 CONDIÇÕES GERAIS............................................................................................................1

0.3 UNIDADES DE MEDIDA.........................................................................................................3

1. ESTALEIRO................................................ ...........................................................5

1.1 REGRAS GERAIS...............................................................................................................5

1.2 INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS DO ESTALEIRO.............................................................................7

1.2.1 Instalações destinadas ao pessoal e para funcionamento dos serviços de estaleiro

7

1.2.2................................................................................................................... Instalações

de vias de acesso, caminhos de circulação e vedações....................................7

1.2.3................................................................................................................... Instalação

de redes de alimentação, de distribuição e de esgotos....................................7

1.3 EQUIPAMENTOS DO ESTALEIRO............................................................................................8

1.4 PESSOAL DO ESTALEIRO.....................................................................................................9

2. TRABALHOS PREPARATÓRIOS...................................................................... ......11

2.1 REGRAS GERAIS..............................................................................................................11

2.2 DESVIO DE OBSTÁCULOS................................................................................................. 14

2.3 PROTECÇÕES.................................................................................................................15

2.4 DRENAGENS..................................................................................................................15

2.5 DESMATAÇÃO................................................................................................................16

2.6 ABATE OU DERRUBE DE ÁRVORES......................................................................................18

2.7 DESENRAIZAMENTOS.......................................................................................................19

2.8 ARRANQUE E CONSERVAÇÃO DE LEIVAS (PLACAS DE RELVA)...................................................20

3. DEMOLIÇÕES. . ..................................................................................... 21

3.1 REGRAS GERAIS...............................................................................................................214. MOVIMENTO DE TERRAS.................................................................... ..................25

4.1 REGRAS GERAIS...............................................................................................................25

4.2 TERRAPLENAGENS...........................................................................................................31

4.2.7 Decapagem ou remoção de terra vegetal........................................................37

4.2.2 Escavação.......................................................................................... 32

4.2.3 Aterro.................................................................................................33

4.2.4 Regularização e compactação superficial ......................................................34

4.2.5 Observações........................................................................................35

4.3 MOVIMENTO DE TERRAS PARA INFRAESTRUTURAS..................................................................38

4.3.1 Escavação livre .....................................................................................38

4.3.2 Abertura de valas, trincheiras e poços...........................................................39

4.3.3 Reposição de terras ou aterro para enchimento................................................42

4.3.4 Regularização e compactação superficial.......................................................42

4.3.5 Escoramento e entivação..........................................................................42

4.3.6 Movimento de terras para canalizações e cabos enterrados.................................44

5. PAVIMENTOS E DRENAGENS EXTERIORES...................................................................45

5.1 REGRAS GERAIS...............................................................................................................45

6. FUNDAÇÕES.................................................................................................. .....51

6.1 REGRAS GERAIS..............................................................................................................51

6.2 FUNDAÇÕES INDIRECTAS...................................................................................................53

6.2.7 Regras gerais.......................................................................................53

6.2.2 Estacas prefabricadas e estacas moldadas.....................................................58

6.2.3 Pegões.............................................................................................. 62

6.3 FUNDAÇÕES DIRECTAS......................................................................................................64

6.3.7 Regras gerais........................................................................................64

6.3.2 Protecção de fundações...........................................................................64

6.3.3 Enrocamentos e massames.......................................................................64

6.3.4 Muros de suporte e paredes.......................................................................65

6.3.5 Sapatas e vigas de fundação..............................................................65

6.4 COFRAGENS DE PROTECÇÃO DE FUNDAÇÕES, MASSAME, SAPATAS, VIGAS DE FUNDAÇÃO, MUROS DE

SUPORTE E PAREDES......................................................................................................... 68

7. BETÃO, COFRAGEM E ARMADURAS EM ELEMENTOS PRIMÁRIOS............................. 69

7.1 REGRAS GERAIS..............................................................................................................69

7.2 BETÃO...........................................................................................................................70

1.2.7 Regras Gerais........................................................................................70

7.2.2 Paredes................................................................................................76

7.2.3 Lajes maciças....................................................................................... 77

7.2.4 Escadas..............................................................................................78

7.2.5 Pilares e montantes.............................................................................79

7.2.6 Vigas, lintéis e cintas...........................................................................81

7.2.7 Esclarecimentos..................................................................................83

7.3 COFRAGENS...........................................................................................84

7.3.1 Regras gerais......................................................................................84

121

7.3.2 Cofragens de paredes, cortinas e palas, iajes maciças, escadas, pilares e

montantes,

vigas, lintéis e cintas..............................................................................87

7.3.3 Juntas de dilatação..............................................................................87

7.4 ARMADURAS..................................................................................................................88

7.4.1 Regras gerais......................................................................................88

7.4.2 Aço em varão......................................................................................90

7.4.3 Redes electrossoldadas.......................................................................92

7.4.4 Perfis metálicos...................................................................................93

7.4.5 Armaduras de pré-esforço...................................................................94

7.4.6 Esclarecimento...................................................................................94

7.5 ELEMENTOS PREFABRICADOS DE BETÃO...............................................................................96

7.5.1 Regras gerais......................................................................................96

7.5.2 Guias de lancis, degraus, madres, fileiras, frechas e elementos semelhantes,

peitoris,

soleiras, ombreiras, vergas e lâminas......................................................97

7.5.3 Escadas e asnas..................................................................................97

7.5.4 Varas e ripas.......................................................................................97

7.5.5 Grelhagens.........................................................................................98

7.5.6 Lajes aligeiradas.................................................................................98

7.5.7 Esclarecimentos................................................................................100

8. ESTRUTURAS METÁLICAS............................................................................ 101

8.1 REGRAS GERAIS............................................................................................................101

8.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS..............................................................................................105

9. ALVENARIAS..................................................................................................... 107

9.1 REGRAS GERAIS............................................................................................................107

9.2 FUNDAÇÕES.................................................................................................................110

9.3 MUROS DE SUPORTE, DE VEDAÇÃO E CORTINAS. PAREDES EXTERIORES E INTERIORES...............111

9.4 PILARES......................................................................................................................117

9.5 ABÓBADAS..................................................................................................................117

9.6 ARCOS........................................................................................................................117

9.8 PAINÉIS DE BLOCOS........................................................................................................120

9.7..................................................................................................................10. CANTARIAS

10.1 REGRAS GERAIS..........................................................................................................121

10.2 MUROS DE SUPORTE, DE VEDAÇÃO, PAREDES EXTERIORES E PAREDES INTERIORES..................123

10.3 PILARES...............................................................................................128

10.4 ARCOS.................................................................................................................... 129

133

143

10.5 ABÓBADAS................................................................................................................129

10.6 ESCADAS...................................................................................................................129

10.7 GUARNECIMENTO DE VÃOS...........................................................................................131

10.8 GUARDAS, BALAUSTRADAS E CORRIMÃOS........................................................................132

10.9 REVESTIMENTOS.........................................................................................................132

11. CARPINTARIAS

11.1 REGRAS GERAIS................................................................................................ 133

11.2 ESTRUTURAS DE MADEIRA............................................................................................135

11.3 ESCADAS..................................................................................................................137

11.4 PORTAS, JANELAS E OUTROS ELEMENTOS EM VÃOS............................................................138

11.5 GUARDAS, BALAUSTRADAS E CORRIMÃOS........................................................................140

11.6 REVESTIMENTOS E GUARNECIMENTOS DE MADEIRA............................................................141

11.7 DIVISÓRIAS LEVES.......................................................................................................141

11.8 EQUIPAMENTOS...................................................................................... 141

12. SERRALHARIAS

12.1 REGRAS GERAIS................................................................................ 143

12.2 PORTAS, JANELAS E OUTROS COMPONENTES EM VÃOS..............................................145

12.3 FACHADAS-CORTINA.................................................................................................. 149

12.4 GUARDAS, BALAUSTRADAS E CORRIMÃOS........................................................................154

12.5 REVESTIMENTOS.........................................................................................................154

12.6 DIVISÓRIAS LEVES E GRADEAMENTOS........................................................................... 154

12.7 EQUIPAMENTO............................................................................................................154

13. PORTAS E JANELAS DE PLÁSTICO...... . . .. .............................. ...............157

13.1........................................................................................................... REGRAS

GERAIS...............................................................................................................................157

14. ISOLAMENTOS E IMPERMEABILIZAÇÕES.. .............................. 159

14.1 - REGRAS GERAIS........................................................................................................159

14.2 ISOLAMENTOS.............................................................................................................160

14.2.1Regras gerais....................................................................................

14.2.2.............................................................................................................. Isolam

entos com placas ou mantas.......................................................................762

14.2.3 Isolamento com material a granel ou moldado "in situ".14.2.4 Sistemas de isolamento composto...............

14.2.5 Trabalhos acessórios........................................................................163

14.3 IMPERMEABILIZAÇÕES...................................................................................................163

14.3.1 Regras gerais...................................................................................163

14.3.2 Impermeabilização de coberturas em terraço ou inclinadas..............164

14.3.3 Impermeabilização de paramentos verticais.....................................168

14.3.4 Impermeabilização de elementos enterrados....................................169

14.3.5 Impermeabilização de juntas............................................................169

15. REVESTIMENTOS DE PAREDES, PISOS, TECTOS E ESCADAS.................... . .. .. . ......171

15.1 REGRAS GERAIS...........................................................................................................171

15.2 REVESTIMENTOS DE PARAMENTOS EXTERIORES E INTERIORES..............................................191

15.3 REVESTIMENTOS DE PAVIMENTOS EXTERIORES E INTERIORES..............................................195

15.4 REVESTIMENTOS DE ESCADAS........................................................................................197

15.5 REVESTIMENTOS DE TECTOS EXTERIORES E INTERIORES.....................................................199

16. REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS.................... ............201

16.1 REGRAS GERAIS..........................................................................................................201

16.2 REVESTIMENTOS DE COBERTURAS...................................................................................204

16.3 DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS.....................................................................................207

17. VIDROS E ESPELHOS . . . . .................................... . .............................................211

17.1 REGRAS GERAIS..........................................................................................................211

17.2 CHAPA DE VIDRO EM CAIXILHOS.....................................................................................213

17.3 DIVISÓRIAS DE VIDRO PERFILADO...................................................................................213

17.4 PORTAS E JANELAS DE VIDRO.........................................................................................213

17.5 PERSIANAS COM LÂMINA DE VIDRO.................................................................................213

17.6 ESPELHOS..................................................................................................................213

18. PINTURAS............................................................ .............................................215

18.1 REGRAS GERAIS...........................................................................................................215

18.2 PINTURA DE ESTRUTURAS METÁLICAS.........................;...................................................218

18.3 PINTURA DE PORTAS E PORTÕES....................................................................................219

18.4 PINTURA DE JANELAS E ENVIDRAÇADOS...........................................................................220

18.5 OUTROS ELEMENTOS EM VÃOS.......................................................................................223

18.6 PINTURA DE GRADES, GUARDAS, BALAUSTRADAS E CORRIMÃOS...........................................224

18.7 PINTURA DE EQUIPAMENTO FIXO E MÓVEL........................................................................225

19. ACABAMENTOS....... ........................................................................................ 227

19.1 REGRAS GERAIS...........................................................................................................22719.2 AFAGAMENTO E ACABAMENTO DE PAVIMENTOS DE MADEIRA E CORTIÇA.................................22719.2.1...................................................................................................................

!

263

I 19.3 ACABAMENTO DE PAVIMENTOS DE LADRILHOS CERÂMICOS, DE MÁRMORE E

* PASTAS COMPÓSITAS............................................................................228

* 19.4 ACABAMENTO DE PAVIMENTOS COM ALCATIFAS, TAPETES OU PASSADEIRAS...............................229

( 19.5 ACABAMENTO DE PAREDES COM PAPEL COLADO OU PANOS DECORATIVOS...............................230

I 19.6 OUTROS ACABAMENTOS..................................................................................................231

j 20. INSTALAÇÕES DE CANALIZAÇÃO........... ............ ............................... ..........233

* 20.1 REGRAS GERAIS............................................................................................................233

* 20.2 ESGOTO DOMÉSTICO OU DE ÁGUAS RESIDUAIS....................................................................236(I 20.3 ESGOTO DE ÁGUAS PLUVIAIS............................................................................................239

I 20.4 DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA................................................................................................ 240

20.5 APARELHOS SANITÁRIOS............................................................................................. 241

20.6 DISTRIBUIÇÃO DE GÁS................................................................................................ 242

20.7 EVACUAÇÃO DE LIXO....................................................................................................243

21. INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS....................... .........................................................245

21.1 REGRAS GERAIS........................................................................................................ 245

21.2 ALIMENTAÇÃO GERAL...................................................................................................248

21.3 COLUNAS, MONTANTES E DERIVAÇÕES.............................................................................250

21.4 INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO, TOMADAS E FORÇA-MOTRIZ................................................ 252

21.5 INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS ESPECIAIS...............................................................................254

22...................................................... ASCENSORES E MONTA-CARGAS.........

............................................................................... . .257

22.1.............................................................................................................. REGRAS

GERAIS................................................................................................................................257

23. ELEMENTOS DE EQUIPAMENTO FIXO E MÓVEL DE MERCADO ................

259

23.1 REGRAS GERAIS..............................................................25924. INSTALAÇÕES DE AQUECIMENTO POR ÁGUA OU VAPOR

24.1 REGRAS GERAIS..........................................................................................................263

24.2 GERADORES CALORÍFICOS.......................................................................................... 265

24.3 CONDUTOS E TUBAGEM............................................................................................. 266

24.4 DISPOSITIVOS DIFUSORES, ACELERADORES E DE CONTROLE................................................268

25. INSTALAÇÕES DE AR CONDICIONADO............ .................... ..........269

25.1 REGRAS GERAIS.........................................................................................................269

25.2 UNIDADES DE TRATAMENTO DO AR................................................................................271

25.3 CONDUTOS, FILTROS, GRELHAS E DIFUSORES................................................................. 272

BIBLIOGRAFIA.......... ........................ ..... ........ . .................-............274*..........................

INTRODUÇÃO

Preâmbulo

As regras de medição, que se apresentam neste texto e se destinam a

quantificar os diferentes trabalhos de construção, resultam de um trabalho de base

realizado pelo LNEC [1], que foi discutido, revisto e ampliado em reuniões com um

grupo de trabalho constituído na década de 70 por representantes de diferentes

entidades públicas e particulares relativas a trabalhos de construção civil e ainda

por especialistas em matérias específicas relacionadas com as instalações em

edifícios, nomeadamente eléctricas e electromecânicas e as de evacuação de lixos,

esgotos, água, aquecimento e ventilação.

No texto base procurou-se definir regras de medição com base em critérios

mais precisos do que os que eram correntemente utilizados e sempre com a

intenção de não serem introduzidas modificações radicais que dificultassem a

utilização fácil e imediata pelos medidores, embora conscientes que a aplicação

das regras propostas exigia a formação dos diferentes intervenientes na

elaboração dos projectos, sobretudo dos medidores e orçamentistas. O LNEC

considerou, assim, que as regras de medição estabelecidas constituíam um

documento primário, com características que o situavam ainda aquém das normas

aplicadas noutros países europeus e que necessitava de revisões e

aperfeiçoamentos, à medida que se generalizasse a sua aplicação.

Desde 1986, tem vindo a ser atribuída especial importância às medições,

tendo em consideração as disposições legais relativas a empreitadas de obras

públicas, estabelecidas actualmente no Decreto-Lei n° 59/991 de 2 de Março [2],

Art° 202°, no qual se faz referência a que os métodos e critérios a adoptar para

realização das medições serão obrigatoriamente estabelecidos no caderno de

encargos e, em caso de alterações, os novos critérios de medição que porventura

se tornem necessários, deverão ser desde logo definidos.

A Portaria 428/95 de 10 de Maio, do Ministério das Obras Públicas,

Transportes e Comunicações [3], que regulamenta os concursos para empreitadas

e fornecimentos de obras públicas, estabelece também a seguinte ordem de

prioridade a observar na

medição de trabalhos quando não são estabelecidos outros critérios no caderno de

encargos:

Normas oficiais de medição que se encontrem em vigor;

- Normas definidas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC);

- Critérios geralmente utilizados ou os que forem acordados entre o dono da

obra e o empreiteiro."

Salienta-se que, embora não existam normas oficiais de medição nem normas

definidas pelo LNEC, tem vindo a ser prática corrente considerar como "normas do

LNEC", os critérios definidos na publicação base anteriormente referida, bem como

tem vindo a ser referência quer nos cursos de Engenharia Civil das universidades

portuguesas quer em outros de formação profissional.

A presente publicação é constituída pela revisão e actuaiização do anterior

texto, tendo em vista, numa primeira fase, o estabelecimento das "normas definidas

pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil" referidas na Portaria 428/95 e, numa

segunda fase, o estabelecimento de normas oficiais de medição. Por estas razões,

solicita-se a todas as entidades interessadas a apresentação de sugestões que

contribuam para o aperfeiçoamento das regras propostas e que possibilitem a sua

aplicação ao cálculo mais eficiente e mais preciso das medições na construção.

Para a realização da presente versão, salienta-se a colaboração prestada pelos

seguintes técnicos do LNEC e docentes do curso:

- Eng° António Cabaço (Bolseiro de Investigação);

- Eng° Técnico Fernando Oliveira ( Técnico Especialista Principal)

- Técnico de Arqa e Enga José G. Gonçalves Espada ( Técnico Especialista).

Objectivos das medições

As medições na construção e as regras a elas associadas constituem o modo

de definir e quantificar, de uma forma objectiva, os trabalhos previstos no projecto

ou executados2 em obra. Constituem, assim, uma das actividades importantes do

projecto, sendo também fundamental para as principais entidades envolvidas no

processo

construtivo, nomeadamente o dono de obra e o empreiteiro, desde o anúncio do

concurso, base essencial para a apresentação e avaliação das propostas e

elaboração de documentos contratuais, à elaboração de autos de medição e

controlo da facturação, isto é, à gestão e controlo económico, desde as fases de

planeamento à de execução.

Deste modo, as medições dos trabalhos previstos no projecto ou executadas

em obra devem ser entendidas por cada uma das entidades envolvidas como

realizadas com regras bem definidas, tendo em vista atingir os seguintes objectivos:

a) Possibilitar, a todas as empresas que apresentam propostas a concurso, a

determinação dos custos e a elaboração de orçamentos, com base nas mesmas

informações de quantidades e nas condições especificadas3 para os trabalhos

indicados no projecto;

b) Elaborar listas de trabalhos, de acordo com sistemas de classificação que

individualizem cada trabalho segundo grupos específicos que possibilitem, às

várias entidades envolvidas no processo, análises comparativas de custos e

avaliações económicas de diferentes soluções;

c) Proporcionar às entidadesadjudicantes a avaliação das propostas cujos

preços foram formulados com idêntico critério, bem como permitir, de um modo

facilitado, a quantificação das variações que se verificarem durante a construção,

devidas a trabalhos a mais e a menos ou a erros e a omissões de projecto;

d) Possibilitar às empresas um acesso simplificado a informação

eventualmente tipificada e informatizada relativa a trabalhos-tipo, permitindo assim

a formulação de propostas para concursos com bases determinísticas sólidas,

nomeadamente as relativas a custos de fabrico, directos, indirectos, de estaleiro,

de sub-empreitadas, etc;

e) Proporcionar às empresas adjudicatárias uma sistematização de

procedimentos relacionada com o controlo dos diversos trabalhos a executar,

nomeadamente os devidos a rendimentos de recursos que proporcionam o cálculo

das quantidades de materiais e a avaliação das quantidades de mão-de-obra, de

equipamentos ou de outros recursos a utilizar na execução dos trabalhos;

f) Facilitar o estabelecimento dos planos de inspecção e ensaios aplicados ao

controlo da qualidade e da segurança4 na execução dos diferentes trabalhos;

g) Facilitar a elaboração dos autos de medição5 e o pagamento das situações

mensais, no prazo de execução da obra, e a elaboração da conta da empreitada6,

quando da recepção provisória da obra;

h) Estabelecer as bases para que as empresas realizem a análise e o controle

de custos dos trabalhos.

1 Este Decreto-Lei, que revogou o Decreto-Lei 405/93 de 10 de Dezembro, manteve a redacção

do artigo relativo às medições dos trabalhos, antes já descrito no Decreto-Lei 235/86 de 18 de Agosto.

Salienta- se que o D.L. 235/86 (que revogou o Decreto-Lei 48871 de 19 de Fevereiro de 1969) tornou

obrigatória a indicação das regras de medição no caderno de encargos, em substituição da anterior

redacção "Quando for julgado conveniente, o caderno de encargos indicará... "

2 Segundo o Artigo 203 do Decreto-Lei 59/99 do capítulo relativo ao pagamento por medição,

deverá proceder-se obrigatoriamente à medição de todos os trabalhos executados, mesmo que estes

não se considerem previstos no projecto nem devidamente ordenados e independentemente da

questão de saber se devem ou não ser pagos ao empreiteiro.

3 Na proposta de empreitada por série de preços (Artigo 76° do Decreto-Lei 59/99), o preço

total será o que resultar da soma dos produtos dos preços unitários pelas respectivas quantidades de

trabalho constantes do mapas-resumo, e nesse sentido se considerará corrigido o preço total

apresentado pelo empreiteiro, quando diverso do que os referidos cálculos produzam.

4A este propósito deve salientar-se as recentes disposições estabelecidas no Decreto-Lei n°

155/95, de 1 de Julho [31], (Transposição da Directiva n° 92/57/CEE de 24 de Junho de 1992) acerca

da "Segurança e Saúde a Aplicar nos Estaleiros Temporários ou Móveis" que, entre outras exigências,

estabelece a obrigatoriedade de existir um "Plano de Segurança e Saúde" [11], sendo para o efeito a

caracterização dos trabalhos a executar um elemento fundamental.

5 Salienta-se que os autos de medição, além dos trabalhos previstos (cuja natureza e quantidades

foram previstas como base do concurso), devem ser discriminados, quando existirem, com as

seguintes designações e significados:

- Trabalhos devidos a erros do projecto: são trabalhos da mesma espécie dos previstos cujas

quantidades a mais e a menos resultam de erros do projecto reclamados pelo

empreiteiro nos prazos legais.

- Trabalhos devidos a omissões do projecto: são trabalhos de espécie diferente dos previstos

resultantes de omissões do projecto reclamados pelo empreiteiro nos prazos legais.

- Trabalhos a mais e a menos da mesma espécie dos previstos: são trabalhos da mesma natureza

dos previstos ou das omissões, executados nas mesmas condições, e cujas quantidades

diferiram das previstas.

- Trabalhos a mais e a menos de espécie diferente dos previstos: são trabalhos de natureza

diferente dos previstos e das omissões, ou executados em condições diferentes das

previstas. Estes trabalhos devem ainda ser subdivididos em:

trabalhos com preços já acordados: discriminados com a indicação das datas em que

os preços foram acordados, tendo em vista a definição dos índices base para

cálculo da revisão de preços.

trabalhos com preços por acordar.

6 Durante a execução dos trabalhos, a situação dos pagamentos é efectuada com base na sua

medição (mensal, salvo estipulação em contrário), sendo para tal elaborada a respectiva conta

corrente no prazo de 11 dias, com especificação das quantidades de trabalhos apuradas, dos preços

unitários, do total creditado, dos descontos a efectuar, dos adiantamentos concedidos ao empreiteiro

e do saldo a pagar a este.

Para a liquidação da empreitada (no prazo de 44 dias após a recepção provisória) é elaborada

a conta da empreitada da qual constam entre outros, os valores de todas as medições efectuadas, o

mapa de todos os trabalhos executados a mais ou a menos dos previstos no contrato, com a indicação

dos preços unitários pelos quais se procedeu à sua liquidação, bem como daqueles sobre os quais

existam reclamações.

Salienta-se que, no caso de existirem reclamações, segundo o Artigo 222 do Decreto-Lei

55/99, o empreiteiro pode reclamar da notificação da conta final, desde que não inclua novas

reclamações relativas a medições ou de verbas que constituam mera e fiel reprodução das contas das

medições ou das reclamações já decididas.

Princípios de base

As medições podem ser elaboradas a partir do projecto ou da obra, sendo as

regras de medição aplicáveis a ambos os casos; porém, na medição sobre

projecto, os medidores deverão ter conhecimento e experiência suficientes para

poderem equacionar e procurar esclarecer, junto dos autores dos projectos, as

faltas de informação que são indispensáveis à determinação das medições e ao

cálculo dos custos dos trabalhos.

Apesar de cada obra possuir, em regra, particularidades que a diferenciam

das restantes, podem ser definidos alguns princípios de base a ter em

consideração na elaboração das medições, nomeadamente os seguintes:

a) O estudo da documentação do projecto - peças desenhadas, caderno de

encargos e cálculos - deve constituir a primeira actividade1 do medidor.

b) As medições devem satisfazer as peças desenhadas do projecto2 e as

condições técnicas gerais e especiais do caderno de encargos, pois podem

existir erros e omissões1 que o medidor deve esclarecer com o autor do

projecto.

c) As medições devem ser realizadas de acordo com as regras de medição

adoptadas e, na falta, o medidor deve adoptar critérios que conduzam a

quantidades correctas. Estes critérios devem ser discriminados, de forma clara,

nas medições do projecto.

d) As medições devem ter em consideração as normas aplicáveis à

construção, nomeadamente aos materiais, produtos e técnicas de execução.

e) Dentro dos limites razoáveis das tolerâncias admissíveis para a

execução das obras, as medições devem ser elaboradas de modo a que não

sejam desprezados nenhum dos elementos constituintes dos edifícios.

f) Durante o cálculo das medições devem ser realizadas as verificações

das operações efectuadas e as confrontações entre somas de quantidades

parcelares com quantidades globais. O grau de rigor a obter com estas

verificações e confrontações depende, como é evidente, do custo unitário de

cada trabalho.

1 Deve ter-se em atenção o estabelecido no Decreto-Lei 59/99 de 2 de Março

relativamente a reclamações quanto a erros e omissões de projecto, e respectivos efeitos,

nomeadamente nos artigos 14° a 16°, em que são definidos prazos (limite inferior e superior) de

reclamação a partir da data de consignação,

g) A lista de trabalhos deve ser individualizada e ordenada segundo os

critérios seguintes:

- Os trabalhos medidos devem corresponder às actividades que são

exercidas por cada categoria profissional de operário;

- As medições devem discriminar todos os trabalhos, principais e

auxiliares, com uma definição clara de cada trabalho e indicarem

as características mais importantes necessárias à sua execução.

Sempre que possível, esta definição deve ser esclarecida com a

referência às peças desenhadas e às condições técnicas ou de

outras informações existentes noutras peças do projecto.

- As medições devem ser decompostas por partes da obra que

facilitem a determinação das quantidades de trabalho realizadas

durante a progressão da construção bem como a comparação de

custos com projectos similares.

1 Tendo como referência a Portaria 428/95 de 10 de Maio, do Ministério das Obras

Públicas, Transportes e Comunicações, considera-se importante salientar que, em caso de

divergências entre esses documentos integrados no contrato, as regras de interpretação dos

documentos que fazem parte de uma empreitada são as seguintes:

A) O estabelecido no próprio título contratual prevalecerá sobre o que constar

de todos os demais documentos;

B) O estabelecido na proposta prevalecerá sobre todos os restantes

documentos, salvo naquilo em que tiver sido alterado pelo título contratual;

C) Nos casos de conflito entre o caderno de encargos e o projecto, prevalecerá

o primeiro quanto à definição das condições jurídicas e técnicas de execução da

empreitada e o segundo em tudo o que diz respeito à própria obra;

D) O programa de concurso só será atendido em último lugar.

2 Ter em atenção que, quanto a eventuais divergências que existam entre as várias peças

do projecto, aplicam-se as seguintes regras:

A) As peças desenhadas prevalecerão sobre todas as outras quanto à

localização, às características dimensionais e à disposição relativa das suas

diferentes partes;

B) Havendo divergências entre peças desenhadas considera-se na prática

corrente que o elemento a maior escala prevalece sobre outro a escala mais

reduzida;

C) O mapa de medições prevalecerá no que se refere à natureza e quantidade dos trabalhos;

D) Em tudo o mais prevalecerá o que constar da memória descritiva e restantes

peças do projecto. 3

e a justificação da reclamação, isto é, natureza ou volume de trabalhos ou erros de cálculo do mapa de medições por

se verificarem divergências entre este e o que resulta das restantes peças do projecto. Saliente-se ainda que, segundo

o artigo 15°, no caso de o projecto base ou variante ser da autoria do empreiteiro, este suportará os danos resultantes

dos erros ou omissões desse projecto ou dos correspondentes mapas de medições, excepto se resultarem de

deficiências dos dados fornecidos pelo dono da obra.

0. REGRAS GERAIS

0.1 Definições

a) As medições de um projecto ou de uma obra são a determinação

analítica e ordenada das quantidades dos diferentes trabalhos que são a base

da determinação dos encargos definidos no projecto ou que integram a obra.

b) A lista ou mapa de medições é a descrição resumida das quantidades

dos trabalhos e dos encargos calculados nas medições.

c) O orçamento é o resultado da aplicação dos preços unitários às

descrições das quantidades dos trabalhos indicados na lista de medições.

0.2 Condições gerais

a) As medições devem descrever, de forma completa e precisa1, os

trabalhos previstos no projecto ou executados em obra.

b) Os trabalhos que impliquem diferentes condições ou dificuldades de

execução serão sempre medidos separadamente em rubricas próprias.

c) As dimensões a adoptar serão em regra as de cada elemento de

construção arredondadas ao centímetro. Esta regra não é aplicável às

dimensões indicadas na descrição das medições. Sempre que possível, nas

medições de projecto, as dimensões serão as indicadas nas cotas dos desenhos

ou calculadas a partir destas.

d) Salvo referência em contrário, o cálculo das quantidades dos trabalhos

será efectuado com a indicação das dimensões segundo a ordem seguinte:

- em planos horizontais, comprimento x largura x altura ou espessura.

- em planos verticais, comprimento x largura ou espessura x altura,

considerando-se como comprimento e largura as dimensões em planta

dos elementos a medir.

e) As dimensões que não puderem ser determinadas com rigor deverão ser

indicadas com a designação de "quantidades aproximadas".

f) As medições devem ser apresentadas com as indicações necessárias à

sua perfeita compreensão, de modo a permitir uma fácil verificação ou

ratificação, e a determinação correcta do custo. Em regra, as dimensões

utilizadas na medição deverão ser sempre passíveis de verificação fácil e clara.

g) Recomenda-se que as medições sejam organizadas por forma a facilitar

a determinação dos dados necessários à preparação da execução da obra e ao

controle de produção, tendo em vista a repartição dos trabalhos por diferentes

locais de construção e o cálculo das situações mensais de pagamento e controle

de custos.

h) Os capítulos das medições e a lista de medições poderão ser

organizados1 de acordo com a natureza dos trabalhos ou por elementos de

construção. Quando o critério de organização for o da natureza dos trabalhos,

estes deverão ser integrados nos capítulos indicados nestas regras e

apresentados pela mesma ordem.

i) As medições dos trabalhos exteriores ao edifício (acessos, jardins,

vedações, instalações exteriores ao perímetro do edifício, etc.) deverão ser, no

seu conjunto, apresentadas separadamente2 dos trabalhos relativos ao edifício.

j) Deverá indicar-se sempre o nome do técnico ou dos técnicos

responsáveis pela elaboração das medições e lista de medições.

k) Sempre que as medições de certas partes do projecto, nomeadamente

as relativas às instalações, forem elaboradas por outros técnicos, o nome destes

técnicos deve vir referido no início dos respectivos capítulos.

1 Recomenda-se que esta descrição, sempre que possível, seja sucinta e indique as

referências dos desenhos e das rubricas dos cadernos de encargos relativas a esses trabalhos.

1A organização dos capítulos segundo a natureza dos trabalhos é a que permite a

empreiteiros e subempreiteiros uma mais fácil elaboração das propostas a concurso.

2 Esta divisão permite uma análise mais rápida dos custos relativos ao edifício e com menos

probabilidade de erro. Além disso, permite uma preparação mais fácil dos trabalhos.

0.3 Unidades de medida

a) As unidades base de medida são as seguintes:

b) Os resultados parciais dos cálculos das medições obedecerão, em regra, aos

arredondamentos seguintes:

As quantidades globais a incluir nas listas de medições obedecerão, em geral, aos

arredondamentos seguintes:

c) Quando a aplicação destas regras tiver como resultado a eliminação da

indicação da quantidade de qualquer rubrica, deverá ser indicada a quantidade

exacta.

UNIDADE DESIGNAÇÃO SÍMBOLO

Genérica unidade un

Comprimento metro m

Superfície metro quadrado rr?

Volume metro cúbico^3

m

Massa quilograma kq

Força quilonewton kN

Tempo hora, dia h,d

MEDIDA ARREDONDAMENTO DA CASA1

metro (m) centímetro (cm)

metro quadrado (m2) decímetro quadrado (dm2)

metro cúbico (m3) decímetro cúbico (dm3)

quilograma (kg) hectograma (hg)

quilonewton (kN) decanewton (dN)

MEDIDA ARREDONDAMENTO DA CASA4

metro (m) decímetro (dm)

metro quadrado (m2) decímetro quadrado (dm2)

metro cúbico (m3) decímetro cúbico (dm3)

quilograma (kg) quilograma (kg)

quilonewton (kN) quilonewton (kN)

d) Quando o preço dos trabalhos o justifique, estes arredondamentos podem

ser modificados para mais ou para menos. Neste caso, o documento relativo às

medições deve mencionar o critério adoptado na definição dos

arredondamentos.

1 Conceito definido na Norma Portuguesa NP-37

1. ESTALEIRO

1.1 Regras Gerais

a) As medições do estaleiro1 - trabalhos de montagem, exploração e

desmontagem das instalações e equipamentos necessários à execução da obra

- podem ser individualizadas nos subcapítulos seguintes:

- Instalações provisórias do estaleiro

- Equipamento do estaleiro

- Pessoal do estaleiro

b) As medições das instalações provisórias destinadas ao pessoal - casa

do guarda, dormitório, instalações sanitárias, refeitório, habitações e outras -

serão realizadas de acordo com os elementos seguintes:

- legislação em vigor2;

- área do terreno disponível para implantação do estaleiro;

- quantidade de pessoal a empregar para a execução da obra.

c) As medições das instalações provisórias para funcionamento dos

serviços do estaleiro - escritório, armazéns, oficinas e outras - das vias de

acesso e de circulação, das redes de alimentação e distribuição, dos

equipamentos e do pessoal de estaleiro só serão elaboradas nos casos

seguintes:

- Nas obras executadas por percentagem; .

- Quando o projecto estabelecer as condições necessárias à sua utilização;

- Quando o orçamento for calculado com base na subdivisão do preço

da obra em custos directos, custos de estaleiro e custos indirectos3.

d) As medições relativas ao estaleiro indicarão as informações seguintes:

- Localização da área destinada ao estaleiro, medição respectiva e

acessos existentes;

- Redes de águas e esgotos, electricidade1 e telefones que podem ser

utilizadas durante a execução da obra;

1 Deverá indicar-se, relativamente à energia eléctrica, o número de fases, o valor da tensão e

a potência máxima que o estaleiro poderá dispor.

- Limitações impostas pelo projecto ou por outras circunstâncias

relativas à utilização da área destinada ao estaleiro.

e) As medições indicarão a natureza dos materiais a aplicar na execução

das instalações provisórias.

1 Segundo o Decreto-Lei 59/99 de 2 de Março, no capítulo relativo às disposições comuns

relativas a empreitadas por preço global e por série de preços (artigo 24), o empreiteiro tem a

obrigação, salvo estipulação em contrário, de realizar à sua custa todos os trabalhos que, por

natureza ou segundo o uso corrente, a execução da obra implique como preparatórios e

acessórios, nomeadamente:

- O fornecimento, construção e manutenção do estaleiro;

- Os meios necessários para garantir a segurança das pessoas na obra e do público em

geral;

- A construção de acessos ao estaleiro e das circulações internas.

Os encargos relativos à montagem e desmontagem do estaleiro são da responsabilidade do

dono da obra e constituirão um preço contratual unitário.

2 O dimensionamento deve ser efectuado considerando a regulamentação existente, nomeadamente:

- "Regulamento das Instalações Provisórias Destinadas ao Pessoal Empregado nas

Obras" - Decreto-Lei n° 46427, de 10 de Julho de 1965.

- "Sinalização de Obras e Obstáculos Ocasionais na Via Pública" - Decreto

Regulamentar n° 33/88, de 12 de Setembro.

- "Regulamento Municipal sobre a Ocupação de Via Pública com Tapumes, Andaimes,

Depósitos de Materiais, equipamentos e Contentores para Realização de Obras.

Edital da Câmara Municipal de Lisboa n° 108/92 de 24 de Setembro.

- "Segurança e Saúde a Aplicar nos Estaleiros Temporários ou Móveis" - Decreto-Lei

n° 155/95, de 1 de Julho. (Transposição da Directiva n° 92/57/CEE de 24 de Junho

de 1992).

- Portaria 101/96 de 3 de Abril que regulamenta o D. L. 155/96, relativo às

prescrições mínimas de segurança e saúde a aplicar nos estaleiros temporários ou

móveis.

3 Nos casos de empreitadas em que não sejam aplicadas as condições referidas em (1),

isto é, em que as medições do estaleiro não forem elaboradas, os respectivos encargos serão

considerados incluídos nas percentagens relativas a custos indirectos a ter em conta no preço

composto de cada trabalho e determinado no orçamento. 4

1.2 Instalações provisórias do estaleiro

1.2.1 Instalações destinadas ao pessoal e para funcionamento

dos serviços de estaleiro

a) A medição será realizada em m2 segundo a área determinada em

projecção horizontal da envolvente exterior de cada instalação ou à unidade

(un), considerando sempre separadamente cada tipo de instalação.

b) A medição engloba todos os trabalhos relativos à execução de cada

instalação, incluindo as redes de águas, esgotos, electricidade, telefones, gás e

outras.

c) A medição compreende o transporte, montagem, exploração,

conservação e desmontagem de cada instalação.

d) Sempre que necessário as operações da alínea anterior poderão ser

medidas em rubricas próprias.

1.2.2 Instalações de vias de acesso, caminhos de circulação e vedações

a) A medição será realizada à unidade(un).

b) A medição inclui todos os trabalhos necessários à sua execução,

nomeadamente terraplenagens, drenagens, pavimentação, conservação e

reposição do terreno nas condições indicadas no projecto.

1.2.3 Instalação de redes de alimentação, de distribuição e de esgotos

a) As redes de alimentação e distribuição de águas, electricidade,

telefones, gás ou outras e as redes de esgotos serão medidas à unidade(un).

b) A medição engloba todos os trabalhos necessários à montagem,

exploração, conservação e desmontagem destas instalações.1.3 Equipamentos do estaleiro

a) As medições relativas a máquinas - gruas, centrais de betonagem,

viaturas, tractores, etc. -, a ferramentas e utensílios, ao equipamento auxiliar -

andaimes, máquinas de oficinas e outras - e a outros meios mecânicos são, em

regra, incluídas nas medições dos diferentes trabalhos em que este

equipamento é utilizado.

b) As medições destes equipamentos podem no entanto, sempre que seja

necessário, serem individualizadas em rubricas próprias, e serem aplicadas

regras específicas1.

1 A unidade de medição é a hora efectiva de trabalho de cada unidade de equipamento.

A unidade de medição pode ser a hora de permanência na obra, de cada unidade de

equipamento, quando a determinação do tempo efectivo de trabalho for difícil ou não se

justificar.

A medição do tempo relativo a cada equipamento será, em geral, individualizada em rubrica própria.

A medição engloba todos os trabalhos e encargos relativos a cada equipamento,

designadamente, amortização, transporte, montagem, exploração, conservação e desmontagem.

1.4 Pessoal do estaleiro

a) As medições relativas ao pessoal do estaleiro - director técnico,

encarregado, pessoal de escritório e de armazém, operários de limpezas,

cargas e descargas, guardas, enfermeiro, etc, - são, em geral, incluídas nas

medições dos diferentes trabalhos da obra.

b) Quando for necessário a constituição de rubricas próprias para o

pessoal do estaleiro, deverão ser aplicadas regras específicas1

A unidade de medição é o tempo de permanência na obra, de cada unidade de pessoal.

A medição do tempo de cada unidade de pessoal será, em geral, individualizada em rubrica

própria. A medição engloba todos os encargos relativos a cada unidade de pessoal,

nomeadamente, vencimentos e salários, encargos sociais, transportes e outros respeitantes à

sua remuneração. A medição de encargos com viagens e estadias será, em geral, individualizada

em rubrica própria, salvo indicação contrária do caderno de encargos.

2. TRABALHOS PREPARATÓRIOS1

2.1 Regras gerais

a) As informações1 2 relativas à planimetria3 4 e altimetria4 e os resultados do

reconhecimento ou da prospecção geotécnica5 do terreno, que são indicados no

projecto, serão referidos nas medições.

1 Este capítulo refere-se às regras de medição dos trabalhos necessários para a

preparação da execução das obras. As medições de outros trabalhos que também antecedem em

geral a execução da obra, como por exemplo a execução das vias de acesso ao estaleiro, de

vedações ou tapumes da obra, dado que pela sua natureza são próprios da implantação e

organização do Estaleiro, são assim consideradas nesse capítulo. As demolições, que também

poderiam estar englobadas nesta rubrica, são no entanto consideradas, pela sua importância, no

capitulo relativo a Demolições.

2 Estas informações ou são devidamente explicitadas no enunciado das medições ou então

indicam- se as referências das peças do projecto onde são mencionadas.

3 Planimetria: é a projecção ortogonal dos pontos do terreno sobre uma superfície de nível

(Especificação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos).

4 Altimetria: conjunto das alturas dos pontos do terreno acima de uma superfície de nível de

5referência (Especificação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos). Para que o

levantamento topográfico do terreno destinado à execução duma obra, possa dar as informações

necessárias à execução das medições deve considerar, em regra, os seguintes pontos:

b) As informações sobre a existência de redes de distribuição - água,

esgotos, gás, electricidade, etc - ou quaisquer outros obstáculos à realização

dos trabalhos serão apresentadas no enunciado das medições.

c) As medidas para a determinação das medições serão obtidas a partir

das formas geométricas indicadas no projecto e sem consideração de

empolamentos1.

a) indicação do relevo do terreno, principalmente através de curvas de nível

ou de cotas de pontos notáveis;

b) localização e descrição da vegetação e dos acidentes naturais que tenham

implicações com a execução dos trabalhos, como por exemplo:

- árvores, arbustos e zonas arrelvadas ou ajardinadas;

- lagos, pântanos, rios ou outros cursos de água;

c) localização de construções existentes para demolir ou resíduos de construções

antigas, indicações de poços, caves, galerias subterrâneas, etc.;

d) localização de edifícios que possam ser afectados pelos trabalhos de

terraplenagem ou de demolição;

e) implantação das redes de água, de esgotos, de gás, de electricidade e de

telefones ou de partes que as constituem, desde que possam ser localizadas à

superfície do terreno.

5 Dos resultados do reconhecimento ou da prospecção geotécnica do terreno, podem ter

interesse para a medição elementos da seguinte natureza:

- construções já executadas que tenham implicações com as obras a realizar, nomeadamente:

fundações de edifícios demolidos ou a demolir, caves, poços, galerias subterrâneas, etc.;

- nível freático, se este for atingido pelas escavações ou tiver implicações com a

execução

destas. Tem importância fazer referência à necessidade da realização de bombagens

para esgoto das águas durante as escavações;

- necessidade ou possibilidade do emprego de explosivos e as principais limitações a ter em

consideração na sua utilização;

- existência de acidentes geológicos (falhas, diaclases, camadas com inclinações

desfavoráveis, etc.) que exijam precauções especiais, trabalhos de consolidação, etc..

1 Esta regra tem como objectivo evitar o estabelecimento de conflitos resultantes da

existência de diferentes critérios para o cálculo dos empolamentos dos terrenos e para a

execução do movimento de terras necessário à execução de determinados trabalhos. Por esse

motivo, as unidades a considerar na determinação das medições deverão ser exclusivamente

obtidas das plantas e perfis do terreno e dos desenhos e cotas dos elementos enterrados

indicados no projecto, sem consideração dos acréscimos de movimento de terras dependentes do

modo de execução dos trabalhos nem dos volumes resultantes dos

Refira-se que a medição das bombagens poderá ser realizada segundo as regras seguintes:

- a instalação do equipamento, a respectiva permanência em obra e o tempo de

funcionamento serão medidos em rubricas próprias;

- a instalação do equipamento será medida em kW de potência instalada;

- a permanência em obra será medida em kW/dia;

- o funcionamento será medido em kW/hora.

Os custos unitários indicados nesta recomendação deverão ser sempre apresentados nas

propostas. 6

empolamentos na medição do transporte de terras. Estes acréscimos de movimento e transporte

de terras serão considerados nos custos unitários dos respectivos trabalhos, que serão

devidamente majorados.

2.2 Desvio de obstáculos1

a) Regra geral, os trabalhos de desvio de qualquer obstáculo à execução

da obra serão medidos à unidade(un), com indicação resumida da natureza

desses trabalhos.

b) A medição do desvio de canalizações e de cabos enterrados2 será feita

medindo separadamente o movimento de terras necessário, segundo as regras

enunciadas em Movimento de terras para canalizações e cabos enterrados, e a

remoção e reposição das canalizações e dos cabos, pelos mesmos critérios

relativos à sua montagem.

1 Esta rubrica refere-se aos trabalhos de deslocação de determinados elementos que, por

estorvarem a execução da obra, têm de ser colocados noutros locais, provisória ou

definitivamente. Distinguem-se, portanto, da simples demolição, pelo que são considerados neste

capítulo. Como exemplo, podem considerar-se os desvios de cabos de transporte de energia

eléctrica ou de telefones (geralmente executados pelas empresas fornecedoras de energia e

companhias de telefones, o que deve ser indicado no enunciado da medição), de canalizações,

etc.

2 As medições destes trabalhos podem ser consideradas em conjunto, neste capítulo, ou

indicadas nos capítulos de Movimento de terras, e Instalações de canalização) consoante o

critério que o medidor pense mais conveniente para uma mais fácil orçamentação.

2.3 Protecções

a) A medição será realizada àunidade (un).

b) A medição engloba todas as operações e materiais necessários para

assegurar a protecção de qualquer construção ou vegetação existente

no local da obra e que não deva ser afectada durante a execução dos

trabalhos.

2.4 Drenagens1

a) A medição da drenagem de qualquer lençol de água superficial será

realizada em m2 de superfície do terreno a drenar, medida em planta.

b) A medição engloba todas as operações necessárias à execução das drenagens.

c) A drenagem de águas freáticas a executar, aquando da realização de

movimento de terras, será incluída na medição destes trabalhos.2.5 Desmatação

a) A medição será realizada em mz.

b) A medição refere-se à desmatação1 de arbustos, sebes ou árvores com

menos de 0,10 m de diâmetro, determinado à altura de 1,20 m do solo (diâmetro à

altura do peito

DAP)2.

c) A medição será efectuada segundo as áreas determinadas em projecção

horizontal.

d) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos

de desmatação, nomeadamente: abate, empilhamento, carga, transporte, remoção

e descarga3.

e) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias.

f) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito ou

vazadouro dos produtos da desmatação4.

1Refere-se às drenagens preparatórias do terreno de construção e não às drenagens

necessárias à protecção do edifício, que serão considerados em Pavimentos e drenagens exteriores,

nem às indicadas na alínea c) deste subcapítulo.

2 DAP (diâmetro à altura do peito) - ávores com mais de 0,10 m de diâmetro,

determinado à altura de

31,20 m do solo.

1 Segundo o Vocabulário de Estradas e Aeródromos, a desmatação é a "operação que

consiste em limpar o terreno de todos os obstáculos de natureza vegetal, antes de iniciar os

trabalhos de uma terraplenagem".

Saliente-se ainda que terrapleno ou terraplano é sinónimo de terreno plano e terraplenar

ou terraplanar significa formar terrapleno em. Por este motivo, resolveu-se restringir o significado

do termo terraplenagem (utilizado correntemente com uma aplicação mais vasta) às operações

de regularização do terreno, geralmente efectuadas antes da implantação definitiva da obra.

Assim, considera-se que esta rubrica só se refere a arbustos, sebes ou árvores com menos

de 0,10 m de diâmetro à altura do peito (DAP). As regras de medição do abate de árvores com

mais de 0,10 m de diâmetro e do arranque de leivas são tratadas nas rubricas Abate ou derrube de

árvores e Arranque e conservação de leivas (placas de relva), respectivamente.4 Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância média de

transporte a depósito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos.

Considerando ainda que apesar da indicação da distância média de transporte, aquando da

realização da obra, pode não ser possível utilizar os locais de vazadouro previstos, afigura-se

importante que se indique, nas propostas a concurso, o custo de transporte de 1 m3 do produto

desmatado, a 1 km de distância, de forma a possibilitar o cálculo dos trabalhos a mais ou a

menos.

2.6 Abate ou derrube de árvores

a) A medição será realizada à unidade(un) \

b) A medição refere-se ao abate ou derrube de árvores com mais de 0,10 m

de diâmetro, determinado à altura de 1,20 m do solo (diâmetro à altura do peito -

DAP) e inclui o arranque de raízes2.

c) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos

de abate ou derrube, designadamente; abate, desponta, descasque, operação de

torar, empilhamento, transporte, remoção ou descarga.

d) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias.

e) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito1 ou

vazadouro dos produtos do abate ou derrube de árvores.

1 A medição deverá indicar, portanto, o número de árvores a abater ou o número de

árvores por hectare. Seria útil, para a elaboração do orçamento, a indicação da espécie e o

diâmetro médio das árvores à altura do peito.

2 Como foi referido na alínea b) do subcapítulo relativo a Desmatação, tem-se: a medição

refere-se à desmatação (ver nota do respectivo capítulo) de arbustos, sebes ou árvores com

menos de 0,10 m de diâmetro, determinado à altura de 1,20 m do solo (diâmetro à altura do

1 Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância média de

transporte a depósito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos.

Considerando ainda que apesar da indicação da distância média de transporte, aquando da

realização da obra, pode não ser possível utilizar os locais de vazadouro previstos, afigura-se

importante que se indique, nas propostas a concurso, o custo de transporte de 1 m3 dos produtos

resultantes do abate ou derrube, a 1 km de distância, de forma a possibilitar o cálculo dos

trabalhos a mais ou a menos.

peito DAP).

2.7 Desenraizamentos

a) A medição será realizada à unidade(un) \

b) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos

trabalhos de desenraizamento nomeadamente: arranque de raízes1 2,

empilhamento, carga, transporte, remoção, descarga, e os trabalhos a realizar

com a sua eliminação, quando necessária.

c) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias.

d) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito3 ou

vazadouro dos produtos de desenraizamentos.2.8 Arranque e conservação de leivas (placas de relva)

a) A medição será realizada em m2.

b) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos

trabalhos de arranque e conservação de leivas, nomeadamente: arranque,

empilhamento, carga, transporte, depósito e conservação.

c) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser

1 Se nos mesmos locais houver necessidade de se executarem volumes apreciáveis de

terraplenagens, poderá ser desnecessário considerar os desenraizamentos.

2 O arranque de raízes pode implicar uma posterior reposição de terras que, nestes casos,

também está compreendida na medição.

3 Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância média de

transporte a depósito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando

ainda que apesar da indicação da distância média de transporte, aquando da realização da obra,

pode não ser possível utilizar os locais de vazadouro previstos, afigura-se importante que se

indique, nas propostas a concurso, o custo de transporte de 1 m3 de produto desenraizado a 1

km de distância, de forma a possibilitar o cálculo dos trabalhos a mais ou a menos.

separadas em rubricas próprias.

d) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito das

leivas, e os métodos de depósito e conservação.

e) A medição do arranque de leivas unicamente para remoção, será

incluída no subcapítulo Decapagem ou remoção de terra vegetal do capítulo

Movimento de terras.

3. DEMOLIÇÕES

3.1 Regras gerais

a) As medições serão realizadas tendo em atenção que as demolições1

poderão ser totais2 ou parciais3. A escolha do critério depende principalmente

dos meios e dos métodos a empregar.

b) A medição das demolições totais poderá ser efectuada quer à

unidade(un) quer por elementos de construção, conforme for mais adequado.

c) A medição das demolições parciais será efectuada por elementos de

construção.

d) As unidades de medição das demolições por elementos de construção

serão idênticas às que seriam utilizadas na respectiva execução4.

e) As medições serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo

com as principais características dos trabalhos, nomeadamente:

- natureza e dimensões dos elementos;

- qualidade dos materiais;

- condições de execução.

f) A pertença dos produtos da demolição e o seu destino1 serão referidos

nos artigos de medição.

g) Quando das demolições provenham materiais recuperáveis, as

medições serão agrupadas em artigos próprios e devem ter em consideração

os encargos da limpeza, armazenamento e conservação.

h) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos

trabalhos de demolição, nomeadamente:

- carga, transporte e descarga dos materiais demolidos;

- andaimes;

- estabelecimento de meios de protecção e de segurança6

1 As medições devem englobar as seguintes indicações fornecidas, em regra, pelo autor do

projecto (TEIXEIRA TRIGO, J.; GASPAR BACALHAU, J. - Cadernos de Encargos-Tipo para a

Construção de Edifícios. Documentos Parciais - 2 LNEC. Lisboa, 1971.):

- "os materiais que ficarão propriedade do dono da obra;

- os materiais cujo reemprego está autorizado nas construções e vedações provisórias, ...".

necessários à execução dos trabalhos;

- limpezas.

i) Sempre que necessário, as operaçoes da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias7;

j) As medições indicarão a distância média de transporte8 e, sempre que

possível, o local de depósito ou vazadouro dos produtos de demolição.

1 Este capítulo enuncia as regras destinadas não só a demolições de construções existentes,

com vista à execução de novas construções, como também às demolições resultantes de

alterações durante a execução das obras.

2" As demolições completas de construções serão tratadas num único artigo no qual devem

ser discriminados e descritos os seguintes pontos:

1- A responsabilidade de cada interveniente, em particular no caso de prejuízos em

construções vizinhas;

2 - A profundidade da demolição;

3 - A propriedade dos materiais recuperáveis;

4 - O transporte e o depósito dos produtos de demolição e dos materiais recuperáveis.

3 As regras de medição de demolições devem ter em conta principalmente os meios e os

métodos a empregar, A separação das medições em demolições totais e parciais permite, em

regra, estabelecer a diferenciação dos meios a utilizar, dado que nas demolições totais podem ser

utilizadas, com frequência, máquinas, explosivos ou dispositivos mecânicos de potência elevada,

ao passo que nas demolições parciais são geralmente usadas ferramentas manuais ou pequenos

equipamentos. Para o estabelecimento destes critérios, é necessário, portanto, indicar a

localização e a definição das construções ou parte das construções a demolir.

4 A aplicação desta regra levanta por vezes alguns problemas que terão de ser resolvidos

de acordo com o melhor critério do medidor. A medição da abertura dum vão numa parede, por

exemplo, pode parecer ter maior semelhança com a da execução da alvenaria e ser expressa em

m2 ou em m3. No entanto, a área limitada do trabalho, a necessidade de execução de lintéis, etc.,

aconselham como mais apropriada a medição à unidade(un). 5

6 A importância dos escoramentos das construções a demolir ou de construções vizinhas e

das protecções (nomeadamente taipais de vedação) poderá conduzir à separação da medição

destes trabalhos em rubricas próprias.

7 Sempre que houver necessidade de transportar para fora do local da obra grandes

quantidades de produtos resultantes da demolição, poderá justificar-se a estimativa da

cubicagem dos materiais a remover e medir em rubricas próprias as operações de carga,

transporte e descarga destes materiais.

8 Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância média de

transporte a depósito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando

ainda que apesar da indicação da distância média de transporte, aquando da realização da obra,

pode não ser possível utilizar os locais de vazadouro previstos, afigura-se importante que se

indique, nas propostas a concurso, o custo de transporte de 1 m3 dos produtos resultantes das

demolições a 1 km de distância, de forma a possibilitar o cálculo dos trabalhos a mais ou a

menos.

- trabalhos realizados em locais infectados ou infestados;

- trabalhos realizados em terrenos com relevo muito acidentado ou de

grande inclinação;

- escavações junto de construções que obrigam à adopção de medidas

especiais de segurança.

f) As medidas para a determinação das medições serão obtidas a partir

das formas geométricas indicadas no projecto14, sem consideração de

empolamentos15.

g) O aluguer de locais para depósito, as taxas de vazadouro ou o custo de

terras de empréstimos serão referidos nos artigos de medição respectivos.

1 As dificuldades de previsão, na fase de projecto, das quantidades exactas de cada tipo de

terreno e das condições de execução, aconselham ao estabelecimento dum regime de

pagamento destes trabalhos sob a forma de preços unitários - série de preços - aplicáveis às

quantidades de trabalhos efectivamente realizados durante a execução da obra (Decreto-Lei n°

59/99 de 2 de Março, Art°. 19) [2] .

2 Terrapleno ou terraplano é sinónimo de terreno plano e Terraplenar ou Terraplanar

significa formar terrapleno em. Por este motivo, resoiveu-se restringir o significado do termo

terraplenagem (utilizado correntemente com uma aplicação mais vasta) às operações de

regularização do terreno, geralmente efectuadas antes da implantação definitiva da obra.

3 Consideram-se todas as operações de movimentação de terras necessárias à execução

de fundações e de outras obras enterradas (caves, depósitos, cabos e canalizações enterradas).

4 Estas informações ou são devidamente explicitadas no enunciado das medições ou

então, indicam- se as referências das peças do projecto onde são mencionadas.

5 Planimetria: é a projecção ortogonal dos pontos do terreno sobre uma superfície de nível.

(Cf. - Especificação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos)

6 Altimetria: conjunto das alturas dos pontos do terreno acima de uma superfície de nível

de referência. (Cf. - Especificação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos)

Para que o levantamento topográfico do terreno destinado à execução duma obra, possa

dar as informações necessárias à execução das medições deve considerar, em regra, os

seguintes pontos:

a) indicação do relevo do terreno, principalmente através de curvas de nível ou de

cotas de pontos notáveis;

b) localização e descrição da vegetação e dos acidentes naturais que tenham

implicações com a execução dos trabalhos, como por exemplo:

- árvores, arbustos e zonas arrelvadas ou ajardinadas;

- lagos, pântanos, rios ou outros cursos de água;

c) localização de construções existentes para demolir ou resíduos de

construções antigas, indicações de poços, caves, galerias subterrâneas, etc.;

d) localização de edifícios que possam ser afectados pelos trabalhos de

terraplenagem ou de demolição;

e) implantação das redes de água, de esgotos, de gás, de electricidade e de

telefones ou de partes que as constituem, desde que possam ser localizadas à

superfície do terreno.

7 Tem interesse referir no enunciado das medições as informações sobre planimetria e

altimetrias que possam influenciar os custos das terraplenagens, designadamente as seguintes:

- existência de edificações que exijam a execução de escoramentos ou utilização de

outras medidas especiais de protecção e segurança;

- presença de maciços rochosos ou de outros acidentes que obriguem à utilização de

meios especiais de escavação;

- natureza do relevo do local de construção, sobretudo as informações que

completem o levantamento topográfico do terreno apresentado com o projecto;

- existência de terrenos alagados ou pantanosos que exijam a execução de drenagens.

8 Dos resultados do reconhecimento ou do estudo reconhecimento ou da prospecção

geotécnica do terreno, podem ter interesse para a medição elementos da seguinte natureza:

- construções já executadas que tenham implicações com as obras a realizar,

nomeadamente: fundações de edifícios demolidos ou a demolir, caves, poços,

galerias subterrâneas, etc.;

- nível freático, se este for atingido pelas escavações ou tiver implicações com a

execução destas. Tem importância fazer referência à necessidade da realização de

bombagens para esgoto das águas durante as escavações;

- necessidade ou possibilidade do emprego de explosivos e as principais limitações a

ter em consideração na sua utilização;

- existência de acidentes geológicos (falhas, diaclases, camadas com inclinações

desfavoráveis, etc.) que exijam precauções especiais, trabalhos de consolidação,

etc..

9 Nestes casos, deve indicar-se se as redes, instalações, ou construções, terão de ser

removidas de forma provisória ou definitiva.

10Para explicitar o significado dos termos de classificação de cada tipo de terreno, bem

como dos meios de escavação adequados, indicam-se a seguir algumas notas extraídas da

especificação E 217- LNEC:

- Rochas duras e sãs: rochas ígneas e algumas metamórfícas, em estado são.

- Rochas pouco duras ou medianamente alteradas; rochas sedimentares (calcários, grés

duros, xistos, etc.), algumas rochas metamórfícas (gneisses medianamente alterados, xistos

cristalinos, etc.) e rochas ígneas medianamente alteradas.

- Rochas brandas ou muito alteradas: rochas ígneas e metamórfícas muito alteradas ealgumas rochas sedimentares (argilitos, siltitos, etc.).

- Solos incoerentes: são compostos principalmente pelas maiores partículas provenientes da

desagregação de rochas: seixos e areias.

- Areias e misturas areia-seixo, bem graduadas e compactas: são as areias naturais,

quando

elas possuem partículas que se distribuem numa gama extensa de dimensões com

predomínio dos grossos ou ainda depósitos naturais de seixos bem graduados e formados

por fragmentos de rocha desde subangulares a arredondados, quando apresentam os

interstícios preenchidos por material arenoso. No estado compacto, os depósitos bem

graduados oferecem grande resistência à penetração duma barra cravada à mão.

- Areias e misturas areias-seixo, bem graduadas mas soltas: são depósitos que oferecem

pequena resistência a penetração duma barra e que podem ser facilmente escavados à pá.

- Areias uniformes compactas: são aquelas em que as dimensões da maior parte das

partículas se situam dentro duma gama bastante estreita. No estado compacto, oferecem

grande resistência à penetração duma barra cravada à mão.

- Areias uniformes soltas: são aquelas que oferecem pequena resistência á penetração duma

barra.

- Solos coerentes: neste grupo incluem-se as argilas e os siltes. São também abrangidos os

solos que possuem uma percentagem de argila ou silte suficiente para condicionar o seu

comportamento, como sucede com as argilas arenosas.

- Solos coerentes rijos: são aqueles em que a sua remoção é muito difícil com picareta ou pá

mecânica, sendo por vezes necessário o emprego de explosivos para o desmonte destes

terrenos.

- Solos coerentes muito duros: são aqueles em que a sua remoção é ainda difícil com picareta

ou pá mecânica. Os pedaços cortados de fresco são de tal modo duros que é impossível

moldá-los por pressão entre os dedos.

- Solos coerentes duros: são aqueles em que a sua remoção é difícil com enxada. Os pedaços

cortados de fresco são muito difíceis de moldar entre os dedos.

- Solos coerentes de consistência média: são aqueles em que a sua remoção é fácil com

enxada. Os pedaços cortados de fresco podem ser moldados por pressão forte entre os

dedos. Quando pisado, este solo apresenta vestígios do tacão do calçado.

- Solos coerentes moles: são aqueles em que a sua remoção é fácil com á pá. Os pedaços

cortados de fresco são fáceis de moldar entre os dedos.

Solos coerentes muito moles: os pedaços cortados de fresco são facilmente espremidos na

mão.

Turfas ou depósitos turfosos: são formados pela acumulação de matéria vegetal, de textura

fibrosa ou esponjosa, resultante da fraca incarbonização de certos vegetais. Os depósitos

turfosos são formados principalmente por turfa e húmus, misturados em proporções variáveis

com areia fina, silte ou argila.

- Aterros e entulhos; são aqueles em que a resistência dos materiais depende da sua

natureza, espessura e idade, bem como dos métodos utilizados na sua compactação. Os

entulhos têm muitas vezes matérias químicas e são insalubres.

110 enunciado dos meios com que é possível proceder-se à escavação dos diferentes tipos

de terrenos destina-se apenas a indicar um critério prático para a classificação dos terrenos.

Na elaboração das medições de projecto, desconhecem-se, em geral, os meios com que o

empreiteiro irá executar as operações de movimento de terras, pelo que não é possível classificá-

las segundo este critério.

Por este motivo, o único método de classificação destas medições é o da consideração dos

tipos de terreno a movimentar (especialmente no caso das escavações e das condições especiais

de execução indicadas na alínea e) deste capítulo).

12 Classe A - Terrenos cujo desmonte só é possível por meio de guilho, martelo pneumático

ou explosivos: rochas duras e sãs, rochas pouco duras ou medianamente alteradas e,

eventualmente, solos coerentes rijos.

Classe B - Terrenos cuja escavação pode ser executada com picareta ou com meios

mecânicos: rochas brandas ou muito alteradas, solos coerentes rijos, solos coerentes muito duros

e, eventualmente, soios coerentes duros e misturas areias-seixo bem graduadas e compactas.

Classe C - Terrenos que podem ser escavados à picareta, à enxada ou por meios

mecânicos: solos coerentes duros, solos coerentes de consistência média, areias e misturas

areia-seixo bem graduadas e compactas e, eventualmente, areias uniformes compactas, turfas e

depósitos turfosos, aterros e entulhos.

Classe D - Terrenos facilmente escavados à pá, à enxada ou por meios mecânicos: areias e

misturas areia-seixo bem graduadas mas soltas, areias uniformes compactas, areias uniformes

soltas, solos coerentes moles, solos coerentes muito moles, lodos, turfas e depósitos turfosos,

aterros e entulhos.

13Excepto quando toda a estrutura abaixo da superfície do terreno tiver de ser executada

simultaneamente com os muros de suporte, caso em que será infraestrutura e estrutura abaixo

daquela superfície.

14 Como exemplo, consideram-se duas formas possíveis de abertura de valas com volumes

de escavação V1 e V2 para a execução da sapata de volume V.

A largura e a altura a determinar para o cálculo do volume V, a considerar na medição, é o

exciusivamente necessário para conter o volume da sapata.

Se o custo do m3 de escavação de terreno de determinada classe em abertura de valas for

de 500$00, o empolamento deste terreno for de 15% e o custo unitário de transporte de 1 m3 for

de 300$00, haverá que, para as duas hipóteses de execução consideradas, determinar os

seguintes custos unitários.

Na escavação de volume V1 executaram-se taludes destinados a evitar o escorregamento

dos terrenos para o leito da vala. O custo é:

C = 500$00 x V1 /V + 300$00x 1.15 x V1 /V

No segundo exemplo foram utilizadas entivações e a maior ou menor largura da vala

depende do critério do executante. O custo é:

C = 500$00 x V2 / V + 300$00 x1.15xV2/V

15 Esta regra tem como objectivo evitar o estabelecimento de conflitos resultantes da

existência de diferentes critérios para o cálculo dos empolamentos dos terrenos e para a

execução do movimento de terras necessário à execução de determinados trabalhos. Por esse

motivo, as unidades a considerar na determinação das medições deverão ser exclusivamente

obtidas das plantas e perfis do terreno e dos desenhos e cotas dos elementos enterrados

indicados no projecto, sem consideração dos acréscimos de movimento de terras dependentes do

modo de execução dos trabalhos nem dos volumes resultantes dos empolamentos na medição do

transporte de terras. Estes acréscimos de movimento e transporte de terras serão considerados

nos custos unitários dos respectivos trabalhos, que serão devidamente majorados como já foi

exemplificado.

4.2 Terraplenagens 4.2.1 Decapagem ou remoção de ferra vegetal

a) A medição será realizada em:

- m1 2 para trabalhos cuja profundidade não ultrapassa 0,25 m;

- m3 para trabalhos cuja profundidade ultrapassa 0,25 m.

b) A medição em m2 será efectuada segundo as áreas determinadas em

projecção horizontal.

c) A medição em m3 será efectuada a partir das áreas determinadas em

projecção horizontal multiplicadas pela profundidade média das escavações.

d) A medição engloba as operações relativas à execução dos trabalhos

de remoção da camada superficial de terra vegetal, nomeadamente:

escavação, carga, transporte1, descarga e espalhamento.

e) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser

medidas em rubricas próprias.

f) As medições indicarão a distância média provável de transporte2 e,

sempre que possível, o local de depósito ou vazadouro dos produtos da

decapagem3.

1 0 transporte, incluindo geralmente a carga e descarga, convém ser medido em rubricas

próprias, pelas razões descritas na alínea f) desta rubrica.

2 Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância média de

transporte a depósito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando

ainda que apesar da indicação da distância média de transporte, aquando da realização da obra,

pode não ser possível utilizar os locais de vazadouro previstos, afigura-se importante que se

indique, nas propostas a concurso, o custo de transporte de 1 m3 de produto de escavação a 1

km de distância, de forma a possibilitar o cálculo dos trabalhos a mais ou a menos.

3As terras resultantes da decapagem não podem ser utilizadas na realização de aterros.

No entanto, muitas vezes podem servir para a execução de zonas ajardinadas, o que, neste caso,

deverá ser indicado no enunciado das medições, assim como o local do seu depósito.

a) A medição será realizada em m3.

b) A medição engloba todas as operações1 relativas à execução dos

trabalhos de escavação, nomeadamente: escavação, baldeação, carga,

transporte3 e descarga.

c) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias.

d) As medições indicarão a distância média provável de transporte4 e,

sempre que possível, o local de aterro, de depósito ou vazadouro dos produtos

da escavação.

e) As alvenarias, betões ou outras obras enterradas serão deduzidas da

medição e consideradas no capítulo de Demolições.

f) A escavação de terras de depósito ou de empréstimo2 será também

incluída nesta rubrica.

1 Ver o sub-subcapítulo Observações deste subcapítulo.

2 Haverá muitas vezes que considerar também a regularização das superficies resultantes

da escavação (principalmente as superfícies verticais não consideradas em Regularização e

compactação superficial).

3 0 transporte, incluindo geralmente a carga e descarga, convém ser medido em rubricas

próprias, pelas razões apontadas na alínea f) desta rubrica.

4 Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância média de

transporte a depósito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando

1 Certos trabalhos, muitas vezes necessários à preparação dos aterros, nomeadamente de

drenagem, desmatação, demolição e decapagem, devem ser medidos em rubricas próprias,

segundo as regras já indicadas.

2As escavações para a obtenção de terras de empréstimo - necessárias quando o volume

de aterro é superior ao de escavação, ou quando as terras resultantes desta operação são

impróprias para aterro - devem constituir rubricas próprias a incluir na rubrica geral de medição.

ainda que apesar da indicação da distância média de transporte, aquando da realização da obra,

pode não ser possível utilizar os locais de vazadouro previstos, afigura-se importante que se

indique, nas propostas a concurso, o custo de transporte de 1 m3 de produto de escavação a 1

km de distância, de forma a possibilitar o cálculo dos trabalhos a mais ou a menos.a) A medição será realizada em m1 2 2.

b) A medição indicará a origem dos locais de escavação dos produtos a

utilizar no aterro, nomeadamente, de escavação na própria obra, de depósito

ou de empréstimo.

c) A medição engloba todas as operações necessárias2 à execução dos

trabalhos de aterro, nomeadamente espalhamento e compactação. Se o

projecto indicar outras operações, estas serão transcritas para as medições.

d) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias3.

e) As medições indicarão a espessura das camadas de aterro,

interessadas na compactação, que for mencionada no projecto.

f) As terras usadas provenientes de depósito ou de empréstimo3 serão

medidas na rubrica de Escavação.

1 Ver o sub-subcapítulo Observações deste subcapttulo

2 Para mais fácil orçamentação poderá haver conveniência em medir algumas operações

em rubricas próprias como, por exemplo, a compactação.

3 As escavações para a obtenção de terras de empréstimo - necessárias quando o volume

de aterro é superior ao de escavação, ou quando as terras resultantes desta operação são

impróprias para aterro - devem constituir rubricas próprias a incluir na rubrica geral de medição.

p

a) A medição será realizada em m1 2.

b) As medições serão efectuadas segundo as áreas determinadas em

projecção horizontal. A medição da regularização e compactação superficial de

taludes de diferentes inclinações deverá fazer-se em rubricas separadas2.

c) A medição engloba todas as operações necessárias à execução dos

trabalhos de regularização e compactação.

d) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias.

e) As medições indicarão a espessura da camada de aterro ou de terreno,

interessada na compactação, que for mencionada no projecto.

f) A compactação superficial de terras só será considerada isoladamente

quando não for acompanhada de reposição de terras.

1Esta rubrica refere-se à regularização e compactação superficial de taludes e plataformas

naturais ou resultantes de escavações e na supressão das suas irregularidades. A consideração da

medição deste trabalho em rubricas próprias justifica-se quando o caderno de encargos lhe fizer

menção especial.

2 Estas regras não se referem à regularização de paramentos resultantes de

escavações, cuja medição estará incluída na própria escavação.

4,2,5 Observações

Os métodos para a determinação dos volumes de escavação e de aterro,

necessários à medição das quantidades de trabalho, dependem sobretudo dos

elementos seguintes:

- Configuração do terreno1, principalmente do relevo e das dimensões

superficiais da zona de trabalhos;- Quantidade de terreno a movimentar2.

Um dos métodos mais utilizados consiste na decomposição do volume

total das terraplenagens por planos verticais paralelos (perfis ou secções

transversais). Neste método, o volume de escavação ou de aterro entre dois

perfis contíguos é obtido pela intersecção daqueles planos com a superfície

natural do terreno, podendo deste modo a superfície final de terraplenagens ser

calculada pela aplicação da fórmula seguinte (Regra de Simpson):

V = - í s + S + 4S )6 \ 1 2 m )

em que:

S-t e S2 - área dos perfis d - distância entre os perfis Si e S2 Sm - área do

perfil a meia distância entre Si e S2

Este volume poderá ainda ser determinado dum modo menos rigoroso,

utilizando a fórmula:

\ + 52V - Smx d] ou ainda com menor rigor, V = —-------x d

Este método pode ser aplicado quando os perfis tiverem pequena secção

e o trabalho se desenvolver ao longo dum eixo de comprimento razoável.

Contudo, o método de medição mais corrente em terraplenagens para

edifícios consiste na decomposição do volume total por planos verticais para

obtenção em planta de figuras geométricas simples, a que correspondam relevos

o mais possível regulares.

11 12

13 14

15 I@

P IO

PS

PS

PI P2 V24-

“O

P3-

P4

P7 P6

P5

m ¥3

Esta operação é, em regra, de realização simples, sobretudo quando se dispõe da

representação das curvas de nível.

Os volumes correspondentes a cada uma das figuras são, com certa

aproximação, o produto das respectivas áreas pela média aritmética das

diferenças de cotas dos seus vértices, relativamente ao plano final da

terraplenagem. Estas diferenças de cotas podem ser obtidas a partir das cotas

das curvas de nível.

Exemplo para o volume A:

alx a2 , sV = (c5 + c6 + c7 + c8J

4

Outro método fundamentado no mesmo princípio consiste em estabelecer

uma malha rectangular sobre a planta topográfica do terreno. Quanto mais

apertada for a malha mais exacto será o cálculo.

Volume total dum aterro, representado pela planta e perfis indicados:vi

dl x d2 / x

V = (IV + 2XP+4I I)t 4

V - diferenças de cotas entre os pontos

dos vértices da malha e o plano de terrraplenagem

P- diferenças de cotas entre os pontos do

perímetro da malha e o plano de

terraplenagem

I - pontos do interior da malha

1Em terrenos com declive acentuado em que, por exemplo, os perfis transversais são muito

diferentes, o método a utilizar deve ser mais rigoroso do que nos pouco acidentados. Em trabalhos

onde a dimensão dominante é o comprimento e as secções transversais são variáveis (por exemplo,

estradas e caminhos de ferro), os métodos devem ser mais exactos do que nas terraplenagens que

se desenvolvem em superfícies planas, com alturas de escavação sem grandes variações.

2Para pequenas quantidades podem ser utilizados métodos aproximados, ao passo que nos

trabalhos que envolvam grandes escavações e aterros os métodos devem ter regras suficientemente

rigorosas para se evitarem erros importantes.

4.3 Movimento de terras para infraestruturas

4.3.1 Escavação livre 1

a) A medição será realizada de acordo com as regras indicadas no

subcapítulo anterior1 2.

b)Na medição da escavação livre ainda há que considerar a escavação em

profundidade e escavação à superfície3.4.3.2 Abertura de valas, trincheiras e poços 4

a) A medição será realizada em m3.

1 As definições a seguir indicadas para os diferentes tipos de escavação ("Classificação

das escavações" constantes no trabalho de TEIXEIRA TRIGO e GASPAR BACALHAU: Caderno de

Encargos- Tipo para a Construção de Edifícios. Documentos Parciais-2) têm por base o respectivo

comprimento, largura e profundidade, sendo esta medida na vertical, a partir do nível do terreno

existente no início da escavação:

- Vala: Largura não superior a 2 metros e profundidade não superior a 1 metro.

- Trincheira: Largura não superior a 2 metros e profundidade superior a 1 metro; ou

largura superior a 2 metros e profundidade superior a metade da largura.

- Poço : Comprimento e largura sensivelmente iguais, e profundidade superior a 1

metro e a metade da largura.

- Escavação livre: largura superior a 2 metros e profundidade não superior a metade

da largura.2 Ver o sub-subcapítulo Observações do subcapítulo anterior

3Às escavações em profundidade (que se realizam abaixo do nível do solo) e às escavações à

superfície (caso da escavação de encostas) correspondem diferentes condições de execução.

Escavação em profundidade Escavação à superfície

4 Como já foi referido no sub-subcapltulo anterior, as definições a seguir indicadas para os

diferentes tipos de escavação têm por base o respectivo comprimento, largura e profundidade,

sendo esta medida na vertical, a partir do nível do terreno existente no início da escavação:

- Vala: Largura não superior a 2 metros e profundidade não superior a 1 metro.

- Trincheira: Largura não superior a 2 metros e profundidade superior a 1 metro; ou

largura superior a 2 metros e profundidade superior a metade da largura.

- Poço : Comprimento e largura sensivelmente iguais, e profundidade superior a 1 metro

e a metade da largura.

- Escavação livre: largura superior a 2 metros e profundidade não superior a metade da

largura.

b) A determinação das medidas obedecerá às regras seguintes:

- As dimensões em planta são as indicadas no projecto2;

- As alturas ou profundidades serão medidas a partir do nível do

terreno antes da execução das escavações e incluem a espessura do

betão de protecção ou de limpeza.

c) Os volumes de escavação devem ser considerados divididos em

diferentes camadas com 1,50 m de espessura em profundidade;3.

d) A escavação de valas e de trincheiras com desenvolvimento em curva

devem ser medidas em rubricas próprias.

e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos

trabalhos de escavação, nomeadamente: escavação, baldeação, carga, transporte

e descarga.

f) Sempre que necessário as operações da alínea anterior poderão ser

medidas separadamente em rubricas próprias.

g) As medições indicarão a distância média provável de transporte4 e,

sempre que possível, o local de aterro, de depósito ou vazadouro dos produtos da

escavação.

Para o cálculo de uma escavação em

trincheira com 2,80 m de largura, o

comprimento, igual para todas as camadas, é

representado por L e verifica-se a existência

de terreno da classe C até 4,00 m de

profundidade e de terreno da classe A a partir

desta cota.

2 As dimensões em planta são as indicadas no projecto, não sendo de considerar

quaisquer acréscimos destinados à execução de moldes, entivações ou outro tipo de trabalhos. As

dimensões mínimas em planta a considerar na medição são:

- valas e trincheiras até 1,50 m de profundidade 0,50 m;

- trincheiras de profundidade superior a 1,50 m a dimensão mínima em planta a

considerar na medição será de 0,65 m;

- poços de profundidade superior a 1,50 m, a dimensão máxima em planta não poderá

ser inferior a 1,60 m e a mínima inferior a 0,80 m.

3A medição das escavações correspondentes a camadas a diferentes profundidades deverá

ser realizada em rubricas próprias (escavações até 1,50 m de profundidade, de 1,50 m a 3,00 m,

etc.). A partir dos 6 m de profundidade as diferentes camadas a considerar terão a espessura de 3

m. O objectivo destas regras é o de ter em conta a variação das condições de execução das

escavações a diferentes profundidades no caso de trincheiras e poços, tendo em consideração a

classificação dos terrenos como se indica no seguinte exemplo esquemático.Assim tem-se:

Terreno da classe C: (Terrenos que podem ser escavados à picareta, à enxada ou por meios

mecânicos: solos coerentes duros, solos coerentes de consistência média, areias e misturas areia-

seixo bem graduadas e compactas e, eventualmente, areias uniformes compactas, turfas e

depósitos turfosos, aterros e entulhos).

- Escavação até 1,50 m de profundidade:

V1 = 1x2,80 x 1,50

-Escavação entre 1,50 m e 3,00 m de profundidade:

V2 = Lx2,80x 1,50

-Escavação entre 3,00 m e 4,50 m de profundidade:

V3 = L x 2,80 x 1,00

Terreno da classe A: (Terrenos cujo desmonte só é possível por meio de guilho, martelo

pneumático ou explosivos: rochas duras e sãs, rochas pouco duras ou medianamente alteradas e,

eventualmente, solos coerentes rijos).

-Escavação entre 3,00 m e 4,50 m de profundidade:

V4 = L x 2,80 x 0,50

-Escavação entre 4,50 m e 6,00 m de profundidade:

V5 = L x 2,80 x 1,50

-Escavação entre 6,00 m e 9,00 m de profundidade:

V6 = L x 2,80 x 2.00

4Para a elaboração do orçamento, é necessário o conhecimento da distância média de

transporte a depósito ou vazadouro, dos produtos resultantes destes trabalhos. Considerando ainda

que apesar da indicação da distância média de transporte, aquando da realização da obra, pode não

ser possível utilizar os locais de vazadouro previstos, afigura-se importante que se indique, nas

propostas a concurso, o custo de transporte de 1 m3 de produto de escavação a 1 km de distância,

de forma a possibilitar o cálculo dos trabalhos a mais ou a menos.

4.3.3 Reposição de terras ou aterro para enchimento

a) A medição será realizada em m3.

b) A medição engloba iodas as operações necessárias à execução dos

trabalhos de aterro.

c) As medições mencionarão as características e as espessuras das

camadas de aterro mencionadas no projecto.

d) As medições indicarão a origem dos locais de escavação dos produtos a

utilizar no aterro.

4.3.4 Regularização e compactação superficial

a) A medição será realizada em erf.

b) As medições serão efectuadas segundo as áreas determinadas em

projecção horizontal.

c) Estas regras não se referem à regularização de paramentos verticais de

escavações, cuja medição estará incluída na própria escavação.

d) A medição da compactação e regularização superficial de taludes de

diferentes inclinações deverá fazer-se em rubricas separadas.

e) As medições indicarão a espessura das camadas de terreno

interessadas na compactação.

f) A compactação superficial de terras só será considerada isoladamente

quando não for acompanhada de reposição de terras.

g) A escavação de terras de depósito ou de empréstimo necessárias à

execução dos aterros será incluída no sub-subcapítulo Escavação livre do

presente subcapítulo.

4.3.5 Escoramento e entivação1

a) A medição será realizada em m2 de paramento escorado e entivado.

b) Sempre que necessário, as medições serão realizadas de modo a que os

trabalhos fiquem individualizados segundo:-a natureza dos materiais empregados para o escoramento ou entivação;

-as condições de execução dos trabalhos.1Tal como foi referido no subcapítulo Princípios de base, o medidor deverá ter em conta a

necessidade do escoramento e da entivação ou apenas do escoramento sempre que, de acordo

com as características do terreno, seja prevista a sua aplicação. Deste modo, os medidores devem ter

conhecimento para poderem equacionar e procurar esclarecer, juntos dos autores dos projectos, as

faltas de informação que são indispensáveis à determinação das medições, nomeadamenteas do

caderno de encargos quando não indicam a sua necessidade, ou a utilização de materiais especiais

quando a natureza da escavação o justifique "àpriori".

Para este efeito devem ser consideradas as disposições contidas no Decreto-Lei n° 155/95,

de 1 de Julho, "Segurança e Saúde a Aplicar nos Estaleiros Temporários ou Móveis", (Transposição

da Directiva n° 92/57/CEE de 24 de Junho de 1992) [31] e [11],

4.3.6 Movimento de terras para canalizações e cabos enterrados

a)As operações de abertura de valas ou trincheiras, seu escoramento e

entivação, reposição de terras e compactação, necessárias ao movimento de

terras destinado à execução de canalizações e cabos enterrados, poderão ser

medidas em conjunto, sendo neste caso, a medição realizada em m3 de terreno a

movimentar.

b)Quando se adoptar a regra da alínea anterior, os volumes de movimento

de terras correspondentes às diferentes camadas indicadas na alínea bf do

subcapítulo Abertura de valas, trincheiras e poços, serão medidos separadamente em

rubricas próprias.

c) Quando não se adoptar a regra da alínea a) e forem medidas

separadamente a escavação, a reposição de terras e a compactação, só são

deduzíveis os volumes ocupados pelas canalizações e cabos enterrados iguais ou

superiores a 0,1 m3 por metro de tubagem. 1

5. PAVIMENTOS E DRENAGENS EXTERIORES

5.1 Regras gerais

a) As medições relativas a pavimentos exteriores serão individualizadas em

rubricas relativas a pavimentos permeáveis ou impermeáveis1.

b) As medições relativas a drenagens exteriores serão individualizadas em

rubricas designadas por enterradas e superficiais2.

c) Serão referidas, nas medições, as informações mencionadas no projecto

relativamente às condições seguintes:

- planimetria3, altimetria4, relevo e inclinações;

1 A determinação das medidas obedecerá às regras seguintes:

As dimensões em planta são as indicadas no projecto, não sendo de considerar

quaisquer acréscimos destinados à execução de moldes, entivações ou outro tipo de trabalhos. As

dimensões mínimas em planta a considerar na medição são:

- valas e trincheiras até 1,50 m de profundidade 0,50 m;

- trincheiras de profundidade superior a 1,50 m a dimensão mínima em planta a

considerar na medição será de 0,65 m;

- poços de profundidade superior a 1,50 m, a dimensão máxima em planta não poderá

ser inferior a 1,60 mea mínima inferior a 0,80 m.

As alturas ou profundidades serão medidas a partir do nível do terreno antes da execução

das escavações e incluem a espessura do betão de protecção ou de limpeza.

- possibilidade ou tendência para alterações nas condições existentes,

face a exigências da obra.

d) Neste capítulo não deverão incluir-se os trabalhos de protecção contra

infiltrações no interior dos edifícios5, salvo quando o sistema previsto constitua

um todo, isto é, quando as infiltrações que ali se acautelam possam vir a resultar

de condições particulares dos pavimentos envolventes, e que não possam ser

corrigidos completamente no tratamento destes6.

e) Quando existam muros de suporte ou de espera7, na formação de

socalcos ou na moderação de acidentes, e que para além da forma, de agulheiros

ou outras defesas, a incluir na medição do betão ou alvenarias de que forem

constituídos, existam tubos de esgoto, drenos, impermeabilizações ou valas de

recolha, deverão ser medidos neste capítulo e, para tanto, bem caracterizados no

projecto8.

f) Os tratamentos superficiais de remate, protecção ou embelezamento9,

devem ser medidos em m2 e perfeitamente caracterizados quanto à obra

aparente e quanto aos trabalhos de preparação ou suporte10. Nestes casos, cada

um destes trabalhos deve ser objecto de medição particular, na qual se indicará

a posição e função no conjunto11.

g) A medição destes trabalhos será realizada nas seguintes condições:

1) movimento de terras de acordo com o que foi indicado no

capítulo Movimento d e terras, com a indicação de eventuais

embaraços ao livre desenvolvimento dos trabalhos e característicos

deste tipo de obras.

2) os trabalhos de impermeabilização serão medidos em m2 de

superfície a tratar, devendo indicar-se a natureza do suporte, a

espessura das camadas e a sua especificação técnica.

3) a medição da impermeabilização em caleiras e relevos, e a

protecção desta contra choques ou atritos, quando com

desenvolvimento inferior a 1,00 m, será feita em m e bem

caracterizada.

4) a medição dos tubos de esgoto ou de drenagem, será feita em

m, mas ficando bem individualizados os artigos relativos a:

- tubos de drenagem nomeadamente de betão ou material

cerâmico

- tubos porosos ou perfurados

- meios-tubos (caleiras) por exemplo de betão ou material

cerâmico12.

- os trabalhos de drenagem por blocagem, quer em contacto

com

muros, quer em valas livres, serão decompostos nas

operações específicas que exigem medidas em separado, de

acordo com as recomendações aplicáveis das respectivas

especialidades.

- as obras de alvenaria e betão em caixas de passagem, filtros,

sarjetas

e sumidouros, serão igualmente medidas de acordo com o que

se recomenda nos capítulos das especialidades aplicáveis. 1

1 A definição do tipo do terreno nas condições propostas (permeáveis e impermeáveis),

permitirá, pelo relacionamento das quantidades e qualidade do trabalho com a época do ano

prevista para a sua realização, encontrar factores diversificantes nos métodos a praticar e,

portanto, do custo. Se em terrenos permeáveis, em épocas de chuvas, só em casos especiais será

de prever trabalhos de protecção a alagamento de valas, a bombagens, etc., acontecendo o

contrário nos terrenos impermeáveis.

A medição das bombagens poderá ser realizada segundo as regras seguintes:

- a instalação do equipamento, a respectiva permanência em obra e o tempo de

funcionamento serão medidos em rubricas próprias;

- a instalação do equipamento será medida em kW de potência instalada;

- a permanência em obra será medida em kW/dia;

- o funcionamento será medido em kW/hora.

SISTEMA EXTERIOR

SEPARADO

Os custos unitários indicados nesta recomendação deverão ser sempre apresentados nas propostas.

2 A separação dos trabalhos enterrados e superficiais, justifica-se não só pela natureza dos

trabalhos específicos, como ainda por deverem corresponder a fases distintas, embora de possível

sobreposição, quando a dimensão da obra o justifique e possibilite.

3 Planimetría: é a projecção ortogonal dos pontos do terreno sobre uma superfície de nível.

(Especificação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos)

4 Altimetria: conjunto das alturas dos pontos do terreno acima de uma superfície de nível de

referência. (Especificação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos)

Para que o levantamento topográfico do terreno destinado à execução duma obra, possa dar

as informações necessárias à execução das medições deve considerar, em regra, os seguintes

pontos:

a) indicação do relevo do terreno, principalmente através de curvas de nível ou de

cotas de pontos notáveis;

b) localização e descrição da vegetação e dos acidentes naturais que tenham

implicações com a execução dos trabalhos, como por exemplo:

- árvores, arbustos e zonas arrelvadas ou ajardinadas;

- lagos, pântanos, rios ou outros cursos de água;

c) localização de construções existentes para demolir ou resíduos de construções

antigas, indicações de poços, caves, galerias subterrâneas, etc..

5 A origem das infiltrações de água no interior de pisos enterrados de edifícios pode

projectar-se para além da área dos trabalhos de pavimentação e drenagem a que este capítulo se

refere, como lençóis reáticos, água acumulada resultante de infiltrações distantes e outras, pelo

que é comum em tais casos o ecurso a sistemas separados.

Na figura apresentam-se esquematicamente exemplos de sistemas a incluir neste capítulo.

SISTEMA FORMANDO UM TODO

EXTERIOR-INTERIOR

7A construção dos muros de suporte e espera, a medir no Capítulo correspondente aos

trabalhos aplicáveis, e que na sua forma já devem prever-se as condições de protecção adequadas,

nomeadamente drenagens, deverá prevenir as condições de funcionamento das protecções, e

compreender portanto, as bases para caleiras, agulheiros ou outros atravessamentos.

8Os trabalhos a incluir neste Capítulo serão os previstos para além do betão ou alvenarias

desses muros, nas condições antes referidas, como por exemplo os drenos, escoamentos e

tratamentos superficiais.

Entende-se por tratamentos superficiais de remate, protecção ou embelezamento, os

trabalhos de acabamento dos pavimentos ainda quando integrados na função de drenagem ou

protecção contra infiltrações. Cabem nesta classificação: a relva sobre camada de terra vegetal, a

calçada de mosaico de vidraço ou de cubos, o lajedo de pedra, ladrilhos, tijoleiras, etc., e os

respectivos suportes. A medição destes é feita em m2.

Entende-se por tratamentos de remate, as valetas, caleiras superficiais, lancis, bordaduras

ou peças especiais com a função de limitar zonas de revestimento, ou garantir e disciplinar o

escoamento de águas superficiais, e são todos eles medidos em m.

10 Deverá entender-se como suportes ou/e trabalhos preparatórios, a abertura de caixas,

eventual macadame, camadas de balastro, enrocamento e massame, etc., de acordo com as

exigências do acabamento a aplicar.

Revestimento

Suporte

tI Fundo de caixa regularizado f

Lajedo Revestimento

Suporte

11 ASSINALAM-SE AS FASES

DE EXECUÇÃO QUE DEVEM

SER MEDIDAS EM

SEPARADO

LadrilhosWl

t Funcfo de C3Í.K3 regularizado f

12 Além da especificação dos tubos deverá também definir-se claramente a natureza do

leito de assentamento, as condições de ligação entre tubos e, se for caso disso, as condições e

materiais de irotecção superiores.

6. FUNDAÇÕES

6.1 Regras Gerais

a) As medições relativas às fundações serão particularizadas nos

subcapítulos seguintes:

- Fundações indirectas

- Fundações directas.

b) As medições dos trabalhos serão realizadas de modo a ficarem

individualizados os trabalhos de betão, cofragens, e armaduras1 e ordenadas em

rubrica de trabalhos relativos a infraestruturas2.

c) As medições deverão indicar as referências de identificação

mencionadas no projecto, de forma a assegurar a coordenação das

peças escritas e desenhadas e a permitir a sua verificação.

1 A discriminação das medições de cofragens e armaduras em rubricas diferentes

das do betão é essencial, na medida em que permite:

- A determinação mais precisa das quantidades de materiais (madeira de cofragem,

varões de aço para armaduras, cimento, inertes, etc.) a utilizar na execução da

obra.

- A obtenção mais correcta de orçamentos, pois a incidência relativa dos respectivos

custos é, em geral, muito diferenciada nas diversas partes constituintes da

estrutura (sapatas, vigas de fundação, muros de suporte, etc).

Em geral, podem definir-se como trabalhos de infraestrutura dum edifício os que são

executados abaixo do nível superior do tosco do primeiro pavimento.

SUPERESTRUTURA

SUPERESTRUTURA

INFRAESTRUTURA

SUPERESTRUTU

RA

INFRAESTRUTURA

muros de suporte +-

_

SUPERESTRUTURA

INFRAESTRUTURA

Nos casos em que este pavimento não esteja em

contacto directo com o solo e for constituído por lajes de betão,

esta parte da estrutura pode ser considerada como fazendo parte

da superestrutura. Contudo, os pilares, paredes e

embasamentos, até ao nível desta laje, serão incluídos na

infraestrutura.

A adopção deste critério tem a vantagem de permitir que

na medição de edifícios iguais, mas com infraestruturas

diferentes, se possam indicar as mesmas quantidades de

superestrutura.

Quando existam caves no edifício, como o primeiro

pavimento fica a nível inferior ao da superfície do terreno, para

aplicação desta recomendação poderá considerar-se que os

toscos da envolvente das caves (muros de suporte, paredes e

pilares exteriores, etc.) podem ser incluídos nas rubricas de

infraestrutura e os toscos1; , elementos de construção e

revestimentos interiores, serão medidos nas rubricas de

superestrutura.

No entanto podem ser definidas outras fronteiras entre

infraestrutura e superestrutura, que devem ser sempre

mencionadas na medição.

° Excepto quando toda a estrutura abaixo da superfície do

terreno tiver de ser executada simultaneamente com o muro

de suporte, caso em que será infraestrutura e estrutura

abaixo daquela superfície.

6,2 Fundações indirectas1

8.2.1 Regras gerais

a) As medições relativas às fundações indirectas serão particularizadas nos

subcapítulos seguintes:

- Estacas prefabricadas e cravadas no terreno e estacas moldadas no

terreno;

- Pegões.

b) Serão referidas nas medições as informações mencionadas no projecto,

relativamente às condições seguintes:

- planimetria e altimetria, especialmente no caso de relevo acidentado

ou de grande inclinação2;

- natureza e hidrologia do terreno, de acordo com os resultados do

reconhecimento ou da prospecção geotécnica3;

- existência de redes de distribuição de água, esgotos, electricidade,

gás, telefones ou outras instalações e quaisquer construções ou

obstáculos, quando possam ser atingidos durante a execução dos

trabalhos. Nestes casos, deve indicar-se se as redes, instalações,

construções ou obstáculos terão de ser removidos de forma

provisória ou definitiva;

- localização de construções na vizinhança do edifício que possam

afectar o trabalho de execução das fundações. Se existirem, devem

indicar-se as implicações das construções na execução das

fundações;

- existência de terrenos infestados ou infectados;

c)A medição engloba todas as operações relativas à execução dos

trabalhos, omeadamente:

- escavação ou furação;

- baldeação;

- colocação de armaduras;

- betonagem;

- carga;

- transporte a vazadouro;

- descarga dos produtos de escavação;mudança do equipamento.

D) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias4.

E) Serão indicados em rubricas próprias os trabalhos de instalação do

estaleiro, tais como:- transporte de equipamento;

- montagem e organização do estaleiro;

- fornecimento de água e energia eléctrica nos locais de

trabalho, respectivamente com caudal e potência necessárias.

F) Todos os trabalhos, cuja realização é necessária devido a condições

especiais, devem ser medidos em rubricas próprias, tendo-se por exemplo:

- bombagens, quando necessárias a trabalhos realizados abaixo

do nível freático5;

- movimento de terras, quando os terrenos se apresentarem com

relevo muito acidentado ou com grande inclinação;

- demolições e trepanagens, se existirem obstáculos aparentes

ou enterrados não correntes, devendo-se neste caso particular

apresentar sempre o seu custo unitário.

- entivações e/ou escoramento, devido à existência de

construções na vizinhança dos trabalhos ou à sua necessidade

quando da escavação para execução dos pegões;

- imobilizações de equipamento e pessoal, quando existirem

paragens excepcionais não imputáveis ao empreiteiro;

G) As fu rações ou escavações não betonadas de estacas ou poços serão

medidas em metros <m), em rubricas próprias.

H) As medidas indicadas no projecto para a profundidade das fundações

serão sempre consideradas como "quantidades aproximadas", a rectificar de

acordo com as profundidades reais atingidas durante a execução das obras.

I) As medidas para determinação das medições serão obtidas a partir das

formas geométricas indicadas no projecto.

J)As medições serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com

as condições de execução ou com os meios a utilizar na realização dos trabalhos.

k) Deve ser elaborada uma descrição sumária dos trabalhos, contendo o

processo de execução das fundações, cota de execução dos trabalhos e os

materiais a adoptar, nomeadamente as referidas nas Regras Gerais descritas no

subcapítulo Betão, do capítulo Betão, Armadura e Cofragem em Elementos

primários e no subcapítulo Armaduras do mesmo capítulo.

l) Outros tipos ou condições de fundações especiais, não previstas no

presente capítulo, serão tratados dentro do mesmo espírito, isto é, as medições

deverão discriminar as regras que forem adaptadas, de forma a evitar

ambiguidades na determinação das medidas e no cálculo das medições e a

permitir a sua verificação. 1

e) implantação das redes de água, de esgotos, de gás, de electricidade e de

1As fundações indirectas são um tipo de fundações cujas soluções mais correntes têm

designações de estacas e pegões, existindo ainda outros tipos de fundações especiais,

nomeadamente:

- recaiçamentos (estacas cravadas estaticamente, pegões, etc.);

- consolidação de terrenos (injecções de cimento, estacas de areia, compactação por

vibro- flutuação, etc.).

Neste capitulo abordam-se apenas as fundações indirectas, porque para as restantes, as

respectivas condições de aplicação são especificas para cada caso e consequentemente

apresentam certa dificuldade de normalização (caso dos recaiçamentos), ou porque são já

altamente especializados e com relativamente pouca experiência entre nós (caso da consolidação

dos terrenos). Deste modo, estes tipos de fundações deverão ser tratados especificamente em

capítulos próprios e segundo regras que deverão ser devidamente explicitadas.

2 Planimetria: é a projecção ortogonal dos pontos do terreno sobre uma superfície de nível.

(Especificação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos)

Altimetria: conjunto das alturas dos pontos do terreno acima de uma superfície de nível de

referência. (Especificação E1 - LNEC - Vocabulário de Estradas e Aeródromos)

Para que o levantamento topográfico do terreno destinado à execução duma obra, possa dar

as informações necessárias à execução das medições deve considerar, em regra, os seguintes

pontos:

a) indicação do relevo do terreno, principalmente através de curvas de nível ou de

cotas de pontos notáveis;

b) localização e descrição da vegetação e dos acidentes naturais que tenham

implicações com a execução dos trabalhos, como por exemplo:

- árvores, arbustos e zonas arrelvadas ou ajardinadas;

- lagos, pântanos, rios ou outros cursos de água;

c) localização de construções existentes para demolir ou residuos de construções

antigas, indicações de poços, caves, galerias subterrâneas, etc.;

d) localização de edifícios que possam ser afectados pelos trabalhos de terraplenagem

ou de demolição;

telefones ou d partes que as constituem, desde que possam ser localizadas à

superfície do terreno,

3Dos resultados do reconhecimento ou do estudo reconhecimento ou da prospecção

geotécnica di terreno, podem ter interesse para a medição elementos da seguinte natureza:

- construções já executadas que tenham implicações com as obras a realizar,

nomeadamente fundações de edifícios demolidos ou a demolir, caves, poços,

galerias subterrâneas, etc.;

- nível freático, se este for atingido pelas escavações ou tiver implicações com a

execuçãc destas. Tem importância fazer referência à necessidade da realização

debombagens para esgoto das águas durante as escavações;

- necessidade ou possibilidade do emprego de explosivos e as principais limitações a

ter em consideração na sua utilização;

- existência de acidentes geológicos (falhas, diaclases, camadas com inclinações

desfavoráveis, etc.) que exijam precauções especiais, trabalhos de consolidação,

etc..

4A fundação propriamente dita, contempla apenas as operações de escavação (caso dos

pegões) ou furação (caso das estacas), baldeação, colocação de armaduras, betonagem e mudança

de equipamento.

Todas as restantes operações, tais como carga, transporte a vazadouro e descarga dos

produtos poderão ser incluídas no capítulo Movimento de terras para infraestruturas, no caso de não

serem executados peio empreiteiro de fundações indirectas.

Comprimentos a considerar nas medições

Saliente-se ainda que, tal como se

representa na figura, pode ainda haver

interesse em indicar a medição da escavação

ou furação não betonada, desde que os

trabalhos sejam executados a partir de uma

certa cota e as fundações atinjam outra cota

nitidamente inferior (ver alínea g)) destas

regras gerais.

A medição das bombagens poderá ser realizada segundo as regras seguintes:

-a instalação do equipamento, a respectiva permanência em obra e o tempo de

funcionamento serão medidos em rubricas próprias;

- a instalação do equipamento será medida em kW de potência instalada;

-a permanência em obra será medida em kW/dia;

-o funcionamento será medido em kW/hora.

Os custos unitários indicados nesta recomendação deverão ser sempre apresentados nas propostas

6.2.2 Estacas prefabricadas e estacas moldadas

As estacas prefabricadas e estacas moldadas são fundações indirectas cujos

modos de execução são diferentes, isto é, as primeiras são, como o nome indica,

prefabricadas1 em estaleiro e posteriormente cravadas no terreno, e as segundas,

estacas moldadas, podem ser:

- cravadas e moldadas no terreno2;

- moldadas com entubamento e extracção do terreno1;

- moldadas sem entubamento e com extracção do terreno4.

As regras de medição a considerar para este tipo de fundações são as seguintes:

a) A medição será realizada em m.

b) O comprimento das estacas será medido pelos seus comprimentos

reais, reais desde as faces inferiores das sapatas até às respectivas

extremidades inferiores das estacas.5.

c) As medições de estacas serão individualizadas, em rubricas próprias, de

acordo com as suas principais características, nomeadamente:

- diâmetro das estacas;

- materiais constituintes (características do betão e das armaduras e

respectivas - secções nas estacas de betão armado);

- inclinação das estacas;

- meios e condições de execução.

d) A medição da estaca compreende a furação, baldeação de terras,

colocação de armadura, betonagem, carga e transporte a vazadouro das terras

sobrantes e mudança de equipamento.

e) Sempre que for conveniente, as operações indicadas na alínea anterior

poderão ser medidas em rubricas próprias.

f) O corte da cabeça da estaca e respectiva reparação de armaduras será

medido à unidade.

g) Os ensaios de carga sobre estacas serão medidos à unidade e

individualizados de acordo com a sua carga máxima de ensaio.

h) Os ensaios para cargas máximas diferentes serão medidas em rubricas próprias.

1Como exemplo esquemático de estacas moldadas no terreno (com entubaníento e

extracção do terreno) tem-se:

ti

1 Como exemplo esquemático de estacas prefabricadas e cravadas no terreno, tem-se:

/

Estas estacas

poderão ser de madeira, betão armado ou metálicas, sendo as operações de execução

representadas na figura.

2 Como exemplo esquemático de estacas cravadas e moldadas no terreno tem-se:

São estacas cravadas com tubo moldador e ponteira obturada, metálica ou de betão, e

betonadas no terreno com retirada simultânea do tubo moldador, ficando a ponteira perdida como

se representa na figura. 3

Estas estacas são executadas por furação com entubamento e posteriormente betonadas

no terreno. Para a furação recorre-se a limpadeira, trépano, etc.

Como exemplo esquemático de estacas moldadas no terreno (sem entubamento e com

extracção do terreno) tem-se:

Estas estacas são executadas por furação sem entubamento e posteriormente betonadas no

terreno. Para a furação recorre-se a trado, circulação inversa, etc.

i:r

4—

PL4NTÂ

Exemplo de

medição do comprimento

de uma estaca inclinada

(segundo o seu

comprimento real).

6.2.3 Pegões1

a) A medição será realizada em m.

b) O comprimento do pegão será medido na vertical, na totalidade da

parte betonada.

c) As medições de pegões serão individualizadas em rubricas próprias de

acordo com as suas principais características, nomeadamente:

- secção dos pegões1 2;

- secção, tipo e classe das armaduras;

- características do betão;

- meios e condições de execução.

d) A medição do pegão compreende a escavação, baldeação de terras,

colocação das armaduras, betonagem, carga e transporte a vazadouro e

descarga das terras sobrantes.

e) Sempre que for conveniente, as operações indicadas na alínea anterior

poderão ser medidas em rubricas próprias.

f) O escoramento e/ou entivação será sempre medido em rubricas próprias,

pelas regras indicadas no sub-subcapítulo Escoramento e entivação do

subcapítulo Movimento de terras para infraestruturas3.

g) As bombagens4 serão sempre medidas em rubricas próprias, de acordo

com regras que deverão ser devidamente descriminadas.Tipos correntes de secção transversal

1 Os trabalhos de execução de pegões ou fundações em poços serão considerados

neste capítulo sempre que forem executados por empresas especializadas em fundações

especiais; caso contrário serão considerados nos capítulos Movimento de Terras e Betões, segundo

as regras neles enunciados.

2 Este tipo de fundação indirecta pode ter várias formas de secção nomeadamente

circular,

3quadrada, rectangular, elíptica, etc. Atendendo a que se trata de um tipo de fundação em que

geralmente é

4de execução manual, as suas dimensões em planta deverão ser tais que permitam a execução

dos trabalhos. Como exemplo de secções tem-se:

3Tal como foi referido no subcapitulo Princípios de base, o medidor deverá ter em

consideração a eventual necessidade do escoramento e da entivação ou apenas do escoramento

sempre que, de acordo com as características do terreno, seja prevista a sua aplicação. Devem

assim ser consideradas as disposições contidas no Decreto-Lei n° 155/95, de 1 de Julho,

"Segurança e Saúde a Aplicar nos Estaleiros Temporários ou Móveis", (Transposição da Directiva n°

92/57/CEE de 24 de Junho de 1992) [31] e [11].

4 A medição das bombagens poderá ser realizada segundo as regras seguintes:

- a instalação do equipamento, a respectiva permanência em obra e o tempo de

funcionamento serão medidos em rubricas próprias;

- a instalação do equipamento será medida em kW de potência instalada;

- a permanência em obra será medida em kW/dia;

- o funcionamento será medido em kW/hora.

Os custos unitários indicados nesta recomendação deverão ser sempre apresentados nas

propostas.

6.3 Fundações directas

6.3.1 Regras gerais

a) As medições dos trabalhos serão realizadas de modo a ficarem

individualizadas, em subcapítulos próprios, os trabalhos de betão, cofragens e

armaduras.

b) As características a especificar ao betão são as referidas nas Regras

Gerais descritas no subcapítulo Betão, do capítulo Betão, Cofragem e

Armaduras em Elementos primários.

c) As características a especificar para as Cofragens e Armaduras, são as

referidas nos respectivos subcapítulos do capítulo Betão, Cofragem e Armaduras

em Elementos primários.

6.3.2 Protecção de fundações

a) A medição será realizada em m2.

b) A medição indicará a espessura da camada de betão para protecção e

regularização da base de fundações.

c) Se existirem moldes laterais, a sua medição será realizada em rubrica

própria e incluída em Cofragens de protecção de fundações do presente

capítulo.

6.3.3 Enrocamentos e massames

a) A medição será realizada em m2.

b) A medição indicará as características e as espessuras das camadas de

enrocamento e de massame.

c) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos

trabalhos de massame, nomeadamente: preparação do solo das fundações,

enrocamento e betão.

d) Sempre que necessário as operações da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias, por exemplo o caso da medição da preparação

do solo das fundações poderá ser incluída por exemplo nas rubricas relativas a

Regularização e compactação superficial em terraplanagens ou de movimento de

terras para infraestruturas.

6.3.4 Muros de suporte e paredes

a) A medição será realizada em m1,

b) A determinação das medidas para cálculo das medições obedecerá às

regras seguintes:

- Os comprimentos serão determinados segundo figuras geométricas

simples.

- As alturas, imediatamente acima das fundações, serão as distâncias

entre as faces superiores das sapatas ou vigas de fundação e o nível

do tosco do primeiro pavimento como se indica1.

- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser

realizada a partir da secção transversal média.

6.3.5 Sapatas e vigas de fundação

a) A medição será realizada em m3.

b) No caso de sapatas isoladas com formas geométricas complexas a

medição é efectuada por decomposição em figuras geométricas simples. Para

sapatas contínuas ou vigas de fundação, o volume será obtido multiplicando a

área da secção transversal de cada troço pelo respectivo comprimento. Os

comprimentos dos troços das sapatas serão determinados segundo figuras

geométricas simples.

c) Para sapatas contínuas, cuja secção pode ser decomposta num

rectângulo e num trapézio, serão de desprezar as diferenças de volume

resultantes da aplicação do método indicado na alínea anterior relativamente ao

seu valor real.

1 Quando as plantas do projecto indicam as medidas entre eixos, a aplicação desta regra

pode facilitar o cálculo da medição.

d) No caso da secção transversal das sapatas contínuas ser variável, a

medição poderá ser realizada a partir da secção transversal média, tal como se

exemplifica na figura4.Paredes entre a fundação e primeiro piso

Sendo h (altura imediatamente acima das fundações) a distância entre as faces superiores

das sapatas e o nível do troço do 12 pavimento.

Refira-se ainda que, se adoptar o nível do tosco do 1e pavimento como limite entre

infraestrutura e superestrutura, a medição das paredes de betão abaixo deste nível deve ficar

incluída na rubrica de infraestruturas.

2 Sapatas isoladas

(quadradas) O volume total

da sapata é:

Esta fórmula dá-nos exactamente o volume do tronco de pirâmide de bases paralelas, ao

contrário da fórmula mais empregada:

que origina erros tanto maiores quanto maior for a diferença de áreas Ai e A2 3

Como exemplo, tem-se a determinação do volume das sapatas nos troços AB, BC e CD

V = (C1+C2+C3) x b x h (m3)

Nos casos em que as cotas não forem assim representadas, poder-se-á proceder como se

indica na figura (ver para mais pormenor 0 capítulo respeitante a Alvenarias), isto é, para que se

torne possível fazer a revisão das medições, deverão indicar-se sempre se as cotas são exteriores

(abreviadamente c. ext), o que significa que têm como limite faces exteriores da alvenaria.

-PAREDES EXTERIORES

Parede 1-A = b Parede 1-B = c (c. int.) Parede 1-C = d

-PAREDES INTERIORES

Parede 1-2 = g (c. int.) Parede 1-3 = e (c. int.) Parede 2-3 = f + h (c. ext.

4 Refira-se que esta regra só é aplicável quando, com a simplificação das operações, se

obtiverem resultados muito aproximados dos valores correctos.

Como exemplo, na planta de fundações indicada na figura, o troço AB é de secção variável,

pelo que 0 seu volume será o produto do comprimento d (medido entre eixos), pela área da secção

média (representada pelo corte X-X) que neste caso é a secção a meia distância de A e B:

V = c j x b X h ( m ^ )

Na medição do troço ED esta regra não pode ser aplicada.

8.4 Cofragens de protecção de fundações, massame, sapatas,

vigas de fundação, muros de suporte e paredes.

a) A medição será realizada em m2.

b) As medidas para a determinação das medições são obtidas das

superfícies moldadas, considerando como limites dos elementos os indicados nos

subcapítulos anteriores.

7. BETÃO, COFRAGEM E ARMADURAS EM ELEMENTOS

PRIMÁRIOS

7.1 Regras Gerais

a)As medições dos trabalhos de betão, betão armado e betão armado pré-

esforçado serão realizadas de modo a ficarem individualizados, em subcapítulos

próprios, os trabalhos de betão, cofragens, armaduras e elementos pré-

fabricados em betão1.

1 Nos termos do n° 1 do artigo 1o do Decreto-Lei 330/95 de 14 de Dezembro, a produção,

colocação em obra e verificação da conformidade dos betões de ligantes hidráulicos devem

obrigatoriamente satisfazer as condições estabelecidas na Norma Portuguesa NP ENV 206 "Betão.

Comportamento, produção e critérios de conformidade". Esta pré-norrma europeia que será

substituída muito provavelmente em 1998/1999 pela norma definitiva EN 206, revogou o

Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos (RBLH) e o Caderno de Encargos para o

Fornecimento e Recepção das Pozolanas, estabelece alterações significativas nas designações dos

betões que o meio técnico nacional tem vindo a utilizar.

Na NP ENV 206 a especificação do betão é considerada de uma forma em que são

descriminadas as características que podem ser objecto de especificação para duas situações

distintas:

- Betões de comportamento especificado;

- Betões de composição prescrita.

Para os de comportamento especificado, quem encomenda indica as características de

comportamento pretendidas para o betão, e o produtor responsabiliza-se pela satisfação das

características exigidas, tendo a liberdade de escolher a composição adequada. Os elementos

base a especificar são:

- Classe de resistência;

- Máxima dimensão do inerte;

- Classe de exposição;

- Classe de consistência.

Para os de composição prescrita, quem encomenda indica a composição que pretende, e o

produtor responsabiliza-se pelo fabrico da composição mas sem qualquer responsabilidade pelo

seu desempenho. Os elementos base que devem ser indicados são:

- Dosagem de cimento;

- Tipo de cimento e classe de resistência;

- Classe de consistência ou relação Água/Cimento;

- Tipos de inerte;

- Máxima dimensão do inerte e sua granulometria;

- Tipo de dosagem de adjuvantes e adições;

b) As medições serão, em regra, ordenadas na rubrica relativa á parte

global da obra designada por superstrutura1 2,

c) As medições serão discriminadas por elementos de construção1.

d) As medições deverão indicar as referências de identificação

mencionadas no projecto para cada elemento de construção, como já foi referido

na alínea anterior, de forma a assegurar a coordenação das peças escritas e

desenhadas e a permitir a sua verificação.

e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos

trabalhos de betão, nomeadamente: fornecimento e transporte de materiais,

preparação, carga, transporte, colocação em obra, compactação (vibração) e

cura.

f) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias. 1

Saliente-se ainda que, em gerai, este capitulo só se refere a betões de ligantes hidráulicos

pois os betões de betuminosos, em geral, aplicam-se em revestimentos de pavimentos térreos e

portanto devem ser incluídos no respectivo capítulo.

3Refira-se que, a individualização dos betões em grupos próprios justifica-se, por terem de

satisfazer condições de resistência, de forma e de aspecto e condições de execução que implicam

custos diferentes. Os elementos pré-fabricados em betão, incluindo os respectivos moldes e armaduras,

são medidos segundo regras próprias.

4O custo dos betões é estabelecido, geralmente, de acordo com as respectivas composições

(natureza e dosagem dos componentes, em particular os tipos de cimento), meios de fabrico,

condições de aplicação (transporte, colocação, compactação e cura) e classes de exposição dos

elementos a betonar, pelo que interessaria conhecer estes dados ao fazer a medição.

No entanto, os projectos indicam apenas as características finais de resistência mecânica

e durabilidade e não estabelecem a composição dos betões que deve ser estudada no início da

execução da obra. A medição do projecto será elaborada de acordo com as características

referenciadas no projecto, mas dado que para as mesmas características finais podem

corresponder composições diferentes, sempre que possível, deverá ter-se em atenção as

informações já existentes, e as condições particulares de fabrico, transporte, colocação,

compactação e cura, entre outras.

5Para os betões de comportamento especificado, o elemento base a especificar é a classe

de resistência. As classes de resistência definidas pela NP ENV 206 dizem respeito a ensaios

realizados em cubos com 15 cm de aresta ou em cilindros de 15 x 30, sendo as designações

- Origem dos constituintes, usando adjuvantes ou adições.

Embora tendo em consideração que cada rubrica das medições deverá ser decomposta, de

preferência, de acordo com as diferentes características do betão indicadas no projecto, as

medições devem no entanto, sempre que possível, ter em consideração eventuais prescrições dos

cadernos de encargos, pois podem originar diferentes custos, bem como exigir características

técnicas específicas para os elementos de construção a betonar.

1 A discriminação das medições de cofragens e armaduras em rubricas diferentes das

do betão é essencial, na medida em que permite:

- A determinação mais precisa das quantidades de materiais (madeira de cofragem,

prumos de madeira ou metálicos, varões de aço para armaduras, cimento, inertes,

etc.) a utilizar na execução da obra.

- A obtenção mais correcta de orçamentos, pois a incidência relativa dos respectivos

custos é, em geral, muito diferenciada nas diversas partes constituintes da

superstrutura (pilares, vigas, lajes, etc).

2Em geral, podem definir-se como trabalhos de superstrutura dum edifício os que são

executados acima do nível superior do tosco do primeiro pavimento. Ver nota da alínea b) das

regras gerais do capítulo anterior.

1 Em regra, devem ser os definidos nas peças escritas e desenhadas do projecto (pilares,

lajes, vigas, etc.) e devem ser identificados nas medições segundo os mesmo símbolos ou códigos

utilizados no projecto.

constituídas pela letra C seguida da classe de resistência em cilindros de 15x30 e em cubos de 15

cm de aresta (p. ex. C20/25)

A equivalência (em MPa) entre a resistência determinada em cubos de 20 e de 15 cm de

aresta é:

Para os de composição prescrita, quem encomenda indica a composição que pretende, e o

produtor responsabiliza-se pelo fabrico da composição mas sem qualquer responsabilidade pelo

seu desempenho. Os elementos base que devem ser indicados são:

- Dosagem de cimento, tipo e classe de resistência;

- Classe de consistência ou relação Água/Cimento;

- Tipos de inerte;

- Máxima dimensão do inerte e sua granulometria;

- Tipo de dosagem de adjuvantes e adições;

- Origem dos constituintes, usando adjuvantes ou adições.

Cubo de 20 Cubo de 15 Cilindro 15 x 3015 15 1220 20 1625 25 2030 30 2535 37 3040 45 3545 50 4050 55 4555 60 50

Os tipos de cimento, estão caracterizados nas seguintes normas portuguesas:

- NP 2064 - "Cimentos. Definições, composição, especificações e critérios de

conformidade", que foi objecto da Emenda 1 - 1995;

- NP 2065 - "Cimentos. condições de fornecimento e recepção";

- NP 4326 - "Cimentos brancos. Composição, tipos, características e verificação da

conformidade".

Na NP 2064 definem-se 4 tipos básicos de cimento portland (I, II, III e IV), sendo para cada

um associadas características específicas e preços diferentes, e cujas características e

designações são:

As classes de resistência são definidas pelo limite inferior da resistência aos 28 dias, e a

letra R quando existir, significa que tem resistências iniciais mais altas aos 2 dias, para igual

resistência aos 28 dias.

A designação dos cimentos é constituída pelo tipo e classe de resistência, tendo-se como

exemplos IV 32.5; I 42.5R, ll-C 32.5.

Embora tendo em consideração que cada rubrica das medições deverá ser decomposta, de

preferência, de acordo com as diferentes características do betão indicadas no projecto, as

medições devem no entanto, sempre que possível, ter em consideração eventuais prescrições dos

cadernos de encargos, pois podem originar diferentes custos, bem como exigir características

técnicas específicas para os elementos de construção a betonar.

Quanto à consistência, a NP ENV 206 introduziu classes que facilitam a especificação ou

encomenda do betão em função dos métodos de ensaio utilizados para a sua medição. As classes

são:

Designação Tipo Clínquer portland(%) Classes de resistência (MPa)

Portland I 95 a 100 32.5 a 42.5; 32.5R a 52.5RPortland composto II 65 a 94 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5RPortland de escória ll-S 65 a 94 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5R

Portland de pozolana ll-Z 72 a 94 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5RPortland de cinzas volantes ll-C 72 a 94 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5RPortland de filer ll-F 80 a 94 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5RDe alto-forno III 20 a 64 32.5 a 52.5RPozolânico IV >60 32.5 a 42.5; 42.5R a 52.5R

Classes de abaixamento Classes VêbêClasse Abaixamento em mm Classe Vêbê em segundos

si 10 a 40 VO > 31S2 50 a 90 V1 30 a 21

S3 100 a 159 V2 20 a 11S4 > 160 V3 10 a 5

V4 < 4

As classes de exposição são estabelecidas na NP ENV 206 em função do tipo de ataque e

respectivas consequências para o betão e respectivas armaduras (carbonatação e cloretos),

estabelecendo- se exigências de valores limite para dosagens mínimas de ligante, máxima razão

água/ligante e também uma classe de resistência mínima. Estas exigências devem ser satisfeitas

simultaneamente.

Como exemplo, as classes de exposição relacionadas com a deterioração do betão por

corrosão das armaduras devido a carbonatação, são (E 378 - guia para a utilização dos ligantes

hidráulicos):

EC1 - Ambientes secos (raramente húmidos), com HR < 45%, como por exemplo no

interior de edifícios ou outras estruturas em ambiente seco;

EC2 - Ambientes húmidos (raramente secos), com HR > 85%, como por exemplo em

partes de estruturas de retenção de água ou em fundações;

EC3 - Ambientes com humidade moderada (raramente húmidos), com 45% < HR <

85%, como por exemplo no betão protegido das chuvas e não sujeito a

condensação.

EC4 - Ambientes com ciclos de molhagem/secagem, como por exemplo betão em

contacto com água (por exemplo da chuva) ou sujeito a condensação.

Como exemplo (ver restantes classes da Especificação LNEC 378), as exigências de

composição

são:

7 Nos casos de betões especiais podem também ser consideradas outras

características de interesse, como as enunciadas nesta alínea, e outras, como por exemplo:

permeabilidade, fluência, capacidade de absorção, etc.

8 Incluem a compactação e cura. Refira-se que essas condições, podem originar rubricas

individualizadas nas medições, sempre que se verificar uma diferenciação nitida com os custos

correntes dos betões como por exemplo nos casos seguintes:

- betão em elementos de construção com forma geométrica complexa

- betão em zonas submersas;

- betão em grandes massas.

Classes de compactação Classes de espalhamento

Classe Grau de compactabilidade Classe Diâmetro de espalhamento ( mm)

CO >1,46 pi <340C1 1,45 a 1,26 F2 350 a 410C2 1,25 a 1,11 F3 420 a 480C3 1,10 a 1,04 F4 490 a 600

Classe deexposição

Dosagem mínima de ligante (kq/m3)

Máxima razão A/C Classe de resistência mínima

EC1 260 0,65 C2Õ/25EC2 280 0,60 C25/30

EC3 300 0,60 C28/35EC4 320 0,55 C28/35

9 Exemplos de reentrâncias e chanfros:

Comprimento do perfil =

8+2x3=14 cm. Chanfro de 7 cm (7

=5 +5 ).

4—S-4-

10 Para que o volume da furação, relativa à colocação

duma tubagem no interior do pilar, não seja deduzido, é

necessário que o volume correspondente a cada troço do

pilar entre faces superiores das lajes de andares adjacentes

seja inferior a 0.10 m3, isto é:

<0.10

De igual modo, no caso de abertura numa parede não

se fará a dedução do volume correspondente se:

axbxc<0.10

J/ _/c

a) A medição será realizada em m3.

b)A determinação das medidas para cálculo das medições obedecerá às

regras seguintes:

- Os comprimentos serão determinados segundo figuras geométricas

simples.

- As alturas serão determinadas entre as faces superiores das lajes

ou das vigas de betão1.

- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser

realizada a partir da secção transversal média.

V2 = h 2 X c 2 X e | m'

V = V1 - V2 |jn"a) A medição será realizada em m3.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá à

regra seguinte:

- o comprimento e a largura serão determinados entre as faces das

vigas, lintéis, pilares e paredes entre as quais as lajes se inserem1.

1As dimensões de superfície das lajes

são determinadas entre as faces das vigas

principais e secundárias onde estão inseridas.

1 Paredes entre lajes ou vigas

j—Como exemplo, sendo h1 a distância entre as !

8B8

-A~— -----j—-------{

faces superiores das lajes ou das vigas de betão, Item-se: r-

mim

H N ÊÊmÊÊÉÈX ■HM

|

rrri — 4-----1

4

V j = 2 x | c j + c 2 ) x h j X e | m "

Quando as lajes se apoiam em paredes que não são constituídas por betão armado, deve

considerar-se na medição a parte da laje encastrada na parede.

Na medição das lajes fungifomnes serão deduzidas as áreas correspondentes aos capitéis,

que são medidos com as colunas ou pilares.

2 x

c

\

------x ccos a

Patim:

V — c3 x X 63

a) A medição será realizada em m3.

b) Nesta rubrica, será incluída a medição de todos os elementos que

constituem as escadas, nomeadamente patins, patamares, lanços de degraus e

cortinas das guardas1.

c) Sempre que necessário, os elementos da alínea anterior poderão ser

separados em rubricas próprias.

d) A determinação das medidas e das unidades para o cálculo das medições

obedecerá às mesmas regras dos elementos de construção equivalentes aos das

escadas.

1No exemplo não se considerou a medição dos patamares, que é incluída na das lajes dos

pavimentos, e mediram-se separadamente os lanços de degraus e o patim.

Como exemplo de cálculo tem-se :

a) A medição será realizada em m3.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às

regras seguintes:

- As alturas serão determinadas entre as faces superiores das lajes ou

das vigas de betão;

- As alturas, imediatamente acima das fundações, serão as distâncias

entre as faces superiores das sapatas ou vigas de fundação e o nível

do tosco do primeiro pavimento;

- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser

realizada a partir da secção transversal média1 2.

Como exemplo em que esta regra não é aplicável, considera-se o caso de um pilar com

capitel numa laje fungiforme:

1 Sendo M a distância entre as faces superiores das lajes ou das vigas de betão, e Íi2 a altura

imediatamente acima da fundação (distância entre as faces superiores das sapatas e o nível do

tosco do 12 pavimento), tem-se:

Até ao nivel do 12 pavimento:

V = a X b X h g ( m j

Do 12 pavimento ao 22 pavimento:

V = a x b x hj j

Refira-se ainda que se adoptar como limite entre infraestrutura e superestrutura o nível do

tosco do 12 pavimento, a medição dos troços dos pilares abaixo deste nível deve ficar incluída na

rubrica de infraestruras.

2A medição de pilares de secção variável só pode ser realizada a partir da secção transversal

média, quando o valor assim obtido for muito aproximado do correcto.

c (comprimento), é a distância entre

as faces dos pilares ou das vigas que

interceptam as vigas.

b (largura), é a medida indicada no

projecto.

a) A medição será realizada em m3.

b)A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às

regras seguintes:

- Os comprimentos serão determinados segundo formas geométricas

simples,

definidas pelas faces dos pilares ou das vigas que interceptam as

vigas, lintéis ou cintas1.

- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser

realizada

a partir da secção transversal média1.

c) A medição dos volumes incorporados na espessura das lajes será

incluída na medição do betão das vigas, lintéis e cintas.

Saliente-se ainda que se a viga é apoiada em paredes ou pilares constituídos por materiais

diferentes do betão, a parte encastrada será medida pelo seu valor efectivo.

1Saliente-se que, como já foi anteriormente referido para os pilares, esta regra só é

aplicável nos casos em que os valores assim calculados sejam equivalentes aos correctos.

h (altura), é a distância entre o plano

inferior da viga e o seu plano superior (incluindo a

espessura da laje).

Para ambos os casos tem-se que:

V = c X b X h ím3)

No exemplo, é mais correcto fazer a medição segundo as formas geométricas do

projecto, tendo-se assim:

V = c X b X h j + C j X b X ^ h 2 — h j j

1 - Os elementos de construção para os quais se definem as regras

de medição constituem os mais representativos na construção de

edifícios.

2 - Para outros elementos, as regras de medição aplicáveis são, em

geral, idênticas às que foram mencionadas.

3 - Sempre que não seja exequível esta aplicação, poderão ser

definidas regras específicas para outros elementos de construção.

4 - No caso da alínea anterior, as medições deverão discriminar as

regras que forem adoptadas, de forma a evitar ambiguidades na

determinação das medidas e no cálculo das medições e a permitir

a sua verificação.

7.3 Cofragens

7.3,1 Regras gerais1

a) Ver também regras gerais do presente capítulo.

b) As medições serão realizadas de modo a ficarem individualizadas, em

rubricas próprias, os trabalhos relativos a cada espécie de cofragens nomeadamente

os seguintes:

- cofragens correntes1.

- cofragens especiais - (por exemplo, cofragens para betão com superfícies

vistas, cofragens com formas complexas, moldes em juntas de dilatação e

outros)2.

c) Cada rubrica de medição será decomposta, de preferência, de acordo com as

características das cofragens, nomeadamente:- natureza dos materiais3 (madeira, metálicos ou outros);

- condições particulares de execução4.

1 As que são executadas em madeira de pinho, sem exigências especiais de acabamento das

superfícies moldadas, aplicadas em elementos com superfícies planas, de desenvolvimento rectilineo. Em

edifícios, pode considerar-se que a altura corrente dos escoramentos não ultrapassa 4 metros.

2 A discriminação das cofragens especiais tem de ser fundamentada nas condições de

execução previstas no projecto mas, a título meramente indicativo, podem indicar-se as condições

seguintes:

- exigências especiais de acabamento das superfícies moldadas como por exemplo, os

moldes para superfícies de betão aparente ou para superfícies a revestir com

acabamentos de pequena espessura;

- moldagem de superfícies não planas, como por exemplo, superfícies curvas, superfícies

com recortes, reentrâncias, molduras, etc.;

- escoramentos com altura superior a 4 metros ou com pés direitos pouco correntes, como,

por exemplo, pórticos de naves industriais, arcos, etc.;

- condições especiais de desmoldagem que exijam disposições especiais de segurança ou a

inutilização dos moldes.

Salienta-se que, cadernos de encargos-tipo elaborados no LNEC [4], consideram três classes de

acabamento designadas por A1, A2 e A3, para as superfícies desmoldadas de betão:

Classe AT. Superfícies em contacto com o terreno ou com maciços de betão. Elementos de

fundação, moldados em obra.

Classe A2: Superfícies que se destinam a revestimentos com argamassa ou que, não tendo

qualquer revestimento, ficarão permanentemente ocultas.

Classe A3: Superfícies de betão aparente ou com revestimentos muito delgados.

3 As rubricas das medições devem fazer referência às características dos moldes e à

natureza dos

d) As cofragens perdidas deverão ser medidas em rubricas próprias.

e) As medidas para determinação das medições serão obtidas a partir das

formas geométricas das superfícies de moldagem indicadas no projecto. Nas lajes e

vigas com inclinação superior a 15° deverá também considerar-se a moldagem das

superfícies superiores.

f) As deduções relativas a aberturas1 a executar nos moldes, só serão

consideradas quando a sua área for superior a 0,50 m2 como, por exemplo, nos casos

seguintes

- aberturas existentes nos elementos de construção;

- atravessamentos de tubos, cabos ou condutas;

- intersecções de vigas com paredes, e de vigas secundárias com vigas

principais.

g) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de

cofragens nomeadamente fornecimento e transporte de materiais, fabrico,

montagem, desmontagem, carga, transporte, descarga, reparações e limpezas2

h) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias.

i)Os elementos de construção3 2 3 4 * * * 4 a considerar, serão os mesmos que forem

indicados nas medições de betão. As medições correspondentes a cada tipo de

elemento serão feitas separadamente, em rubricas próprias.

j)A medição dos escoramentos e cofragens para a execução das lajes

aligeiradas será incluída na medição destes elementos como será descrito nessa

rubrica5 (alíneas e) e f) de elementos prefabricados de betão ).

4materiais previstos no projecto. Se o projecto for omisso (em regra, nestes casos, "compete ao

empreiteiro a

1elaboração do projecto de moldes e cimbres, incluindo os dispositivos de desmoldagem e de

2descimbramento"[4j) quanto a estes elementos, as medições deverão prever para as cofragens as

técnicas

30 termo cofragem usa-se, em linguagem vulgar, para designar os moldes (dispositivos

destinados a conter e dar forma às massas de betão e às estruturas de suporte dos moldes

(escoramentos, cavaletes,etc). Quando estas estruturas se destinam a suportar elementos de grande

vão, construídos a grande altura do solo, são denominadas cimbres.

4mais usuais de execução.

5e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos das lajes

aligeiradas, nomeadamente o fornecimento e transporte de elementos e de materiais, - vigotas

prefabricadas, blocos de cofragem, betão da laje superior (lajeta), betão das nervuras transversais

(tarugos), betão das zonas maciças, moldes e cimbres - carga e descarga, montagem e colocação

5 Constituem em geral um factor para a individualização das rubricas de medição quando

originam custos diferentes das cofragens, nomeadamente nos casos seguintes:

- número de utilizações das cofragens: a repetição, em elementos de construção iguais,

origina o melhor aproveitamento dos materiais e aumenta o rendimento da mão-de-

obra;

- altura dos escoramentos: em edifícios, os pés direitos superiores a 3,60 m podem

considerar-se pouco correntes e, por isso, nestas condições, as cofragens têm, em

regra, custos mais elevados.

- as cofragens de superfícies inclinadas, elementos com superfícies curvas, arcos e

abóbadas, devem em geral, ser individualizados em rubricas próprias, pois os custos

respectivos são diferentes das restantes cofragens.

6 Esta regra destina-se a facilitar a elaboração da medição, de modo a deduzirem-se apenas

as aberturas ou cortes significativos na continuidade da cofragem. Claro que a execução da abertura

na cofragem representa normalmente um encargo maior pois a área de cofragem que se retira é

geralmente disperdiçada, este encargo deverá portanto ser tomado em conta no preço unitário de

cofragem.

7 Refira-se ainda que nestas operações também são incluídos os tratamentos com produtos

que facilitam a desmoldagem e que impedem a aderência do betão ou que melhoram o

acabamento das suas superfícies. É hábito de alguns medidores incluir na medição da cofragem o

salpisco de argamassa de cimento e areia nas superfícies de betão o qual se destina a melhorar a

aderência do revestimento de argamassa. Claro que será de evitar este procedimento nos casos

em que este trabalho não for realizado pelo mesmo empreiteiro que executa as cofragens.

8 Em regra, devem ser os definidos nas peças escritas e desenhadas do projecto (sapatas,

pilares, lajes e vigas etc.) e devem ser identificados nas medições segundo os mesmo símbolos ou

códigos utilizados no projecto. 9

em obra, cofragem, escoramento, compactação (vibração) e cura do betão. Saliente-se ainda que as

armaduras de compressão serão medidas segundo regras próprias e incluidas no sub-capítulo

relativo a armaduras.

f)Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser medidas

separadamente em rubricas próprias. Neste caso o assentamento do conjunto das vigotas e dos

blocos seria medido em m2 , incluindo a cofragem e o escoramento e o betão da lajeta e, as zonas

maciças, segundo as regras do sub- capltulo relativo a Lajes maciças.

7.3.2 Cofragens de paredes, cortinas e palas, lajes maciças, escadas, pilares e

montantes, vigas, lintéis e cintas

a) A medição será realizada em m2.

b) As medidas para a determinação das medições são obtidas das superfícies

moldadas, considerando como limites dos elementos os indicados na rubrica betão.

c) Em escadas as cofragens destinadas à moldagem dos degraus serão

medidas em separado.

7.3.3 Juntas de dilatação

a) A medição dos moldes (cofragens) perdidos necessários à execução das

juntas de dilatação será realizada em m, indicando a natureza do material e a

sua espessura.

b) As soluções especiais de ligação ou encaixe obtidas por cofragem serão

medidas em m.

c) A medição dos vedantes ou empanques e das juntas1 metálicas de

vedação ou refechamento de juntas, regra geral, será realizada em m.7.4 Armaduras

7,4,1 Regras gerais

a) Ver também regras gerais do presente capítulo.

b) As medições das armaduras serão realizadas de modo a ficarem

individualizadas em rubricas próprias1, os trabalhos relativos aos diferentes tipos

de aços2 utilizados em armaduras, nomeadamente em:

- varões;

- redes electrossoldadas;

- perfilados;

- armaduras para pré-esforço.

c) Cada rubrica das medições será decomposta, de preferência, de acordo

com as características gerais das armaduras indicadas no projecto,

nomeadamente as de natureza regulamentar e das condições de aplicação.

1 Saliente-se que, os casos especiais de vedação de juntas em coberturas serão

considerados no capitulo Revestimentos de Coberturas Inclinadas, ou no capítulo Isolamentos e

Impermeabilizações, para o caso de terraços.

d) As medidas para determinação das medições serão obtidas a partir das

formas geométricas3 indicadas no projecto. Refira-se que esta regra destina-se a

facilitar o cálculo das medições e está de acordo com o critério adoptado já em

casos semelhantes.

e) As percentagens para quebras, para desperdícios ou para

sobreposições, quando estas não estiverem assinaladas no projecto, serão

previstas nas composições dos custos, como foi justificado na nota da alínea

anterior.

f) A medição engloba todas as operações4 relativas à execução dos

trabalhos de armaduras, nomeadamente fornecimento e transporte de aços,

dobragens, armações, ligações, emendas, carga, transporte, descarga e

colocação em obra.

g) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias1

h) Os elementos de construção a considerar em cada projecto, nas

medições de armaduras, serão os mesmos que foram indicados nas medições de

betão.1 A individualização das rubricas das medições de acordo com os diferentes aços utilizados

tem as vantagens seguintes:

- possibilita o cálculo dos custos dos diferentes aços;

- facilita a encomenda e aquisição dos diferentes aços durante a execução da obra.

A ordenação das medições de armaduras deve ser, sempre que possível, semelhante à

adoptada na medição do betão e das cofragens e, por esta razão, as rubricas respectivas devem

ser agrupadas de acordo com os conjuntos seguintes:

- partes globais da obra:

- trabalhos de infraestrutura;

- trabalhos de superstrutura;

- diferentes tipos de trabalho:

- betão armado;

- betão pré-esforçado;

- outros betões;

- elementos de construção.

Considera-se outros betões, quando são utilizadas redes de aço ou de outros materiais (por

exemplo, redes de arame zincado) como armaduras de revestimentos, a sua medição será incluída

nas rubricas de medição destes revestimentos.

1 Esta separação será, em regra, recomendável quando o projecto indicar, para algumas das

operações, condições de execução que introduzam alterações importantes nos processos correntes

de construção.

2 Os tipos de armaduras utilizadas para os diferentes tipos de betão (betão armado, betão

pré- esforçado e betão armado pré-esforçado) estão caracterizados nos artigos 21 a 29 do

Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado (REBAP) [5], sendo neles salientado

pormenorizadamente a caracterização dos diferentes tipos de aço de armaduras ordinárias e de

pré-esforço, nomeadamente, as características mecânicas, geométricas, de fabrico, a aptidão aos

diferentes tipos de soldadura, etc.

3 O medidor, tanto quanto possível, deve limitar-se a fazer a medição com base nas

informações indicadas no projecto, de modo a reduzirem-se as possíveis interpretações diferentes

de empreiteiro para empreiteiro, pois estão sujeitas às técnicas construtivas adoptadas por cada

um. Deste modo deverá medir apenas as quantidades de armaduras indicadas no projecto, isto é,

as quebras e as sobreposições (quando não indicadas nos desenhos) serão tidas em conta no

cálculo dos preços compostos, sob a forma de percentagens.

4 As operações indicadas são, em regra, as mais correntes, mas quando o projecto preveja

a realização de outros trabalhos, estes devem ser incluídos nos preços unitários como por

exemplo, os casos seguintes:- dispositivos metálicos de amarração ou solidarização dos elementos de betão;- espaçadores e conjuntos especiais a utilizar na montagem das armaduras. 5

7.4.2 Aço em varão1 2

1Neste subcapítulo além dos varões simples, consideram-se incluídos os conjuntos pré-

fabricados de varões e outros tipos de varões de secção não circular. Regra geral estas armaduras

são designadas por armaduras ordinárias e como foi referido nas regras gerais devem ser

caracterizadas quanto a:

2 - Características mecânicas, de aderência e processo de fabrico;

2 - Características geométricas;

3 - Soldabilidade do aço;

4 - condições de aplicação.

Quanto às características mecânicas, é a tensão de cedência para os aços cujo processo de

fabrico é laminado a quente (símbolo N) e, tensão limite convencional de proporcionalidade a

0.2% para os aços endurecidos a frio (símbolo E) (por torção, tracção, trefilagem, ou laminagem a

frio).

As características de aderência são função da configuração da superfície, isto é, lisa (símbolo L)

ou rugosa (símbolo R) (nervurada ou deformada).

As características geométricas das armaduras ordinárias do tipo corrente, são formadas por

varões redondos simples ou constituindo redes elecrosoldadas. As dimensões dos varões A235 NL

(diâmetros e massas nominais dos varões) são especificadas na NP-332. Os diâmetros e massas

nominais das restantes armaduras e das que não sejam classificadas como de tipo corrente são,

em geral, estabelecidos nos respectivos documentos de classificação ou homologação.

Segundo o REBAP estão caracterizadas as seguintes designações para armaduras correntes:

- A235 NL; A235 NR;

- A400NR; A400 ER; A400 EL;

- A500 NR; A500ER;

- A500 EL só sob a forma de redes electrossoldadas.Curso sobre Regras de Medição na Construção

a) A medição será realizada em kg;

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às

regras seguintes:

- Os comprimentos serão determinados em m e convertidos em kg, de

acordo com a massa nominal dos varões.

- Os comprimentos serão medidos tendo em consideração os

levantamentos, os ganchos de amarração e as sobreposições,

quando estas estiverem assinaladas no projecto.

- As emendas de varões, por soldadura eléctrica ou por ligações

roscadas, serão medidas à unidade (un).

c) A medição de cada diâmetro nominal será individualizada em rubrica própria2.

91

Salienta-se ainda que o emprego de armaduras ordinárias, com excepção das de aço

A235NL, necessitam de prévia classificação ou homologação efectuada pelo LNEC e que devem

ainda possuir marcas indeléveis que permitam a sua fácil identificação em obra, sendo assim muito

importante a caracterização descrita.

Quanto àsoldabilidade do aço, salienta-se que regra geral, todos os aços devem ser soldáveis

pelo processo de soldadura eléctrica topo a topo, com projecção de partículas. Porém, para a

soldadura pelo processo de arco eléctrico com metal de adição, que é o processo mais utilizado

para soldar varões em obra, a aptidão dos diferentes tipos de aço é mais diferenciada, com

relevância quando o teor de carbono é mais elevado.

Salienta-se ainda que o aquecimento inerente ao processo pode comprometer a aptidão dos

aços endurecidos para a soldadura e, quando necessária a aptidão dos aços aos diferentes tipos de

soldadura, essa aptidão deve ser referida, pois exige a verificação com base em ensaios

específicos.

Quanto às condições de aplicação, só são em geral de recomendar quando se tratar de

armaduras especiais e em quantidades que influenciem os custos dos elementos em que são

aplicados.

2 A individualização da medição de cada diâmetro justifica-se não só por facilitar a

encomenda dos varões como também, por a mão-de-obra por quilograma variar com o diâmetro.

7,4,3 Redes electrossoldadas

a) A medição será realizada em kg.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às regras

c) A medição de cada tipo de rede será individualizada em rubrica própria1.

1 As características de cada tipo de rede são as indicadas no respectivo documento de

classificação ou homologação (dimensões das malhas, classe e tipo de varões que as constituem).

seguintes:- As áreas serão determinadas em m2 e convertidas em kg, de acordo

com a massa nominal das redes.

- As deduções relativas a aberturas existentes nas redes

electrossoldadas só serão consideradas quando a sua área for

superior a 0,50 m2.

- As áreas serão medidas tendo em consideração os levantamentos,

ligações de amarração e as sobreposições quando estas estiverem

assinaladas no projecto.

7.4.4 Perfis metálicos

a) A medição será realizada em kg.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às

regras seguintes:

- Os comprimentos serão determinados em m e convertidos em kg, de

acordo com a massa nominal dos perfis.

- As ligações entre perfis, por soldadura eléctrica, parafusos ou por

rebites, poderão, sempre que necessário, ser medidas àunidadefun).

c) A medição de cada secção nominal será individualizada em rubrica própria1.

7.4.5 Armaduras de pré-esforço2

a) A medição indicará, sempre que possível, a força mínima de pré-esforço útil,

expressa em k!U, que é necessária instalar.

b) A medição das armaduras de pré-esforço deverão ser realizadas em kN.m

correspondentes ao produto do valor de pré-esforço útil final mínimo instalado e

definido no projecto, pelo comprimento real do cabo entre ancoragens.

1 A designação e as características dos perfis são as indicadas nas Normas Portuguesas (ver

o capítulo Estruturas metálicas), nos documentos de homologação ou, na sua falta, nas designações

adoptadas pelos fabricantes.

2 Os aços para as armaduras de pré-esforço (REBAP, Art. 26.1 - “As armaduras de pré-esforço

devem ser caracterizadas pelo seu processo de fabrico, pela sua constituição e pelas suas

propriedades mecânicas e de aderência”), são também correntemente designados por aços de alta

resistência. Estes aços são consideravelmente diferentes dos aços para armaduras ordinárias, pois

têm teores de carbono que podem variar de 0.7 a 1.0 %, bem como podem conter outros

elementos constituintes nomeadamente o molibdénio, titânio, crómio, silício, magnésio, níquel, etc,

cujas funções são de aumentarem a dureza, temperabilidade e de reduzirem a influência de

elementos nocivos, nomeadamente do enxofre e fósforo resultantes do coque e dos minérios de

ferro.

Podem ainda ser constituídas por diferentes secções e formas, nomeadamente fios, varões,

cordões e cabos apresentando-se assim com uma grande variedade de tipos e características que

influenciam de forma relevante os sistemas de aplicação das forças, bainhas, amarrações, etc.,

exigindo assim verificações apropriadas. Do REBAP, salientam-se as propriedades de relaxação e

fadiga, artigo 28 (relaxação) e comentário ao artigo 26 (fadiga), bem como às relações tensões-

extensões de cálculo (artigo 29), que não podem ser definidas como o foram para as armaduras

ordinárias.

c) No caso das armaduras e o respectivo sistema de pré-esforço estarem

indicadas no projecto, a medição poderá ser realizada em kg, sendo determinada

pelo valor nominal normalizado das armaduras referenciadas e pelo comprimento

real do cabo entre ancoragens.

d) As bainhas deverão ser medidas em m com o comprimento real do cabo

entre ancoragens, e estas serão medidas à unidade(un).

e) A medição engloba todos os trabalhos relativos à execução das

armaduras de pré-esforço, nomeadamente fornecimento e transporte de todos os

materiais, preparação, montagem e todas as operações de pré-esforço, incluindo

a calda de injecção.

f) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias.

g) A medição das armaduras nas zonas de amarração das armaduras de

pré-esforço é feita segundo as regras definidas no sub-capítulo Aço em varão.

7.4.6 Esclarecimento

1 - Os tipos de aço indicados - varões, redes electrossoldadas e perfilados -

são as mais representativas na construção de edifícios.

2 - Para outros tipos de aços, as regras de medição aplicáveis serão, em

geral, idênticas às que foram mencionadas.

3 - Sempre que não seja exequível esta aplicação, poderão ser definidas

regras específicas para outros tipos de aços.

4 - No caso da alínea anterior, as medições deverão discriminar as regras

que forem adoptadas, de forma a evitar ambiguidades na determinação das

medidas e no cálculo das medições e a permitir a sua verificação.

5 - Os elementos de construção a considerar no ordenamento das medições

das armaduras serão os mesmos que, para cada projecto, foram discriminados

nas medições

de betão. 1

7.5 Elementos prefabricados de betão1

7.5.1 Regras gerais

a) Ver também regras gerais do presente capítulo.

b) As medições de elementos de construção prefabricados em betão serão

realizados de modo a ficarem individualizados os elementos com as mesmas

características tipológicas1 2.

e) Cada rubrica de medições será decomposta de acordo com as

características seguintes:

- natureza e qualidade dos materiais constituintes, nomeadamente as

do betão e das armaduras segundo as características indicadas

respectivamente nas regras gerais do subcapítulo Betão e nas regras

gerais do subcapítulo Armaduras.

- tipo de acabamento das superfícies dos elementos;

- sistemas de ligação ou de articulação entre os vários elementos.

d) As medições deverão indicar as referências de identificação

mencionadas no projecto para cada elemento de construção prefabricado, de

forma a assegurar a coordenação das peças desenhadas e escritas e a permitir a

sua verificação.

e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos

trabalhos de elementos de construção prefabricados em betão, nomeadamente

fabrico, carga, transporte, descarga, montagem e colocação em obra.

f) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias.

7.5.2 Guias de lancis, degraus, madres, fileiras, frechais e elementos

semelhantes, peitoris, soleiras, ombreiras, vergas e lâminas

1Este subcapítulo refere-se aos elementos prefabricados em fábrica e aos premoldados no

estaleiro. No entanto, entre os prefabricados, estas regras só consideram os elementos mais

divulgados entre nós e de possível utilização pelos sistemas tradicionais de construção, já que as

regras de medição dos elementos dos sistemas mais fechados, ainda pouco divulgados no nosso

País serão estabelecidos pelos produtores.2

Elementos com as mesmas funções (madres, por exemplo), executados com materiais e

dimensões idênticas.

a) A medição será realizada em m.

b) As medidas serão determinadas de acordo com a maior dimensão das

superfícies indicadas no projecto. No caso de não haver pormenorização das

soleiras e peitoris, deverão ser consideradas as dimensões entre as faces dos

vãos.

c) As medições indicarão a secção dos elementos.

d) A medição dos elementos com a mesma secção será individualizada em

rubrica própria.

7.5.3 Escadas e asnas

a) A medição será realizada em un.

b) As medições indicarão a medida do comprimento do vão da asna ou do

desenvolvimento da escada e as suas características tipológicas.

c) A medição dos elementos do mesmo tipo e com comprimento igual será

individualizada em rubrica própria.

7.5.4 Varas e ripas

a) A medição das ripas será realizada em m2, indicando o respectivo

afastamento. As varas serão medidas em m.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às

regras seguintes:

- Os comprimentos e as larguras serão determinados segundo

formas geométricas simples, definidas, sempre que possível, pelos

limites de superfícies com a mesma inclinação.

- Os comprimentos e as larguras serão medidos segundo a

superfície inclinada da cobertura.

c) As medições indicarão as secções dos elementos.

d) A medição dos elementos com a mesma secção será individualizada em

rubrica própria.7.5.5 Grelhagens

a) A medição será realizada em m2.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá à

regra seguinte;

- O comprimento e a largura serão determinados entre as faces das

lajes, vigas e lintéis, pilares e paredes entre as quais estes

elementos se inserem.

c) As medições indicarão a secção dos elementos e as suas características

tipológicas.

d) A medição de elementos do mesmo tipo e secção igual será

individualizada em rubrica própria.

7.5.6 Lajes aligeiradas

a) A medição será realizada em m2.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá à

regra seguinte;

- Os comprimentos e as larguras serão determinados entre as faces

das vigas, lintéis, pilares e paredes entre os quais as lajes se

inserem.

c) As medições indicarão a espessura da laje e as suas características tipológicas.

d) A medição das lajes aligeiradas do mesmo tipo e características será

individualizada em rubrica própria.

e) A medição engloba todas as operações1 relativas à execução dos

trabalhos das lajes aligeiradas.

f) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser

medidas separadamente em rubricas próprias. Neste caso o assentamento do

conjunto das vigotas e dos blocos seria medido em m2, incluindo a cofragem e o

escoramento e o betão da lajeta e, as zonas maciças, segundo as regras do

subcapítulo relativo a Lajes maciças.1 Nomeadamente fornecimento e transporte de elementos e de materiais, - vigotas

prefabricadas, blocos de cofragem, betão da laje superior (lajeta), betão das nervuras transversais

(tarugos), betão das zonas maciças, moldes e cimbres - carga e descarga, montagem e colocação

em obra, cofragem, escoramento, compactação (vibração) e cura do betão. Saliente-se ainda que

as armaduras de compressão serão medidas segundo regras próprias e incluídas no subcapítulo

relativo a Armaduras.

7.5.7 Esclarecimentos

1- A grande diversidade de elementos de construção prefabricados em

betão e a sua constante evolução, tornam impraticável o estabelecimento de

regras de medição que sejam aplicáveis, de forma explicita e unívoca, em todas

as circunstâncias.

2 - Por isso, as regras definidas destinam-se apenas a constituir exemplos

de aplicação a alguns elementos de construção utilizados com maior frequência.

3 - Para outros elementos de construção prefabricados, é necessário, para

cada caso, estabelecer as regras de medição correspondentes, tanto quanto

possível, de acordo com as regras prescritas para o betão e para os outros

elementos pré-fabricados em betão.

4 - No caso da alínea anterior, as medições deverão discriminar as regras

que forem adoptadas, de forma a evitar ambiguidades na determinação das

medidas e no cálculo das medições e a permitir a sua verificação.8. ESTRUTURAS METÁLICAS

8.1 Regras gerais1

a) As medições de estruturas metálicas serão, em regra, agrupadas em

rubricas relativas às partes globais da obra, nomeadamente as seguintes:

- estruturas;

- pavimentos;

- escadas;

- estrutura da cobertura.

b) As medições serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com

as características dos trabalhos, principalmente as seguintes:

- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais1;

1A NP EN 10020 (Definição e classificação dos aços) efectua a classificação dos aços (com

base na composição química dos elementos presentes), em não-ligados e ligados e define para cada

um deles, classes de qualidade considerando diferentes propriedades ou exigências de utilização.

Assim, são classificados como não-ligados quando nenhum dos elementos presentes no

vazamento atinja os teores limites estabelecidos na NP EN 10020 e são considerados ligados

quando é atingido pelo menos um dos teores limites estabelecidos na Norma citada.

Os aços não-ligados são também classificados em aços de base quando não são prescritas

exigências especiais de fabrico, ou em aços de qualidade não-ligados, quando é exigida maior pureza,

nomeadamente no que se refere ás inclusões não metálicas (por exemplo quando são destinados a

tratamentos térmicos de têmpera e revenido).

Os aços ligados são classificados como aços de qualidade ligados aos que, embora podendo ser

utilizados em aplicações semelhantes $ dos aços de qualidade não-ligados, possuem no entanto

- secções nominais e forma dos elementos constituintes1;

- tipo de ligação das peças4;

- tipo de protecção e acabamento;

- condições de execução.

c) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos

trabalhos, nomeadamente:

- fabrico em oficina ou estaleiro, dos elementos que irão constituir a

estrutura;

- decapagem e aplicação sobre estes elementos duma camada de

protecção, sempre que as especificações do projecto exigirem a

execução destes trabalhos antes do respectivo fornecimento, cujas

medidas serão determinadas pelas regras definidas no capítulo

Pinturas]

- fornecimento, carga, transporte e descarga de todos os elementos e

materiais no local da obra;

- montagem e desmontagem de andaimes e cimbres;

- colocação, montagem e afinação dos elementos estruturais e sua

ligação definitiva, nomeadamente: rebitagem, aparafusamento ou

soldadura.

d) Sempre que necessário, a medição das operações da alínea anterior

poderão ser separadas em rubricas próprias.e) As medições serão discriminadas por elementos de construção.

f) As medições dos perfis que constituem as estruturas metálicas serão

agrupadas nas rubricas correspondentes às seguintes classes, estabelecidas de

acordo com a massa por metro dos perfis:

Classe A - massa igual ou inferior a 10 kg/m;

Classe B - massa superior a 10 kg/m mas igual ouinferior a 20

kg/m;

Classe C - massa superior a 20 kg/m mas igual ouinferior a 50

kg/m;

Classe D - massa superior a 50 kg/m mas igual ou inferior a

100 kg/m;

ClasseE - massa superior a 100 kg/m

g) Os perfis curvos ou alveolares devem ser medidos separadamente em

rubricas próprias. 2 2 3

igual ou superior a 5 mm) e o vergalhão (secção transversal quadrada de lado igual

ou superior a 6 mm); cujas secções são para cada categoria:

- Varão redondo, NP-331, de 6 mm a 80 mm

- Vergalhão em barras quadradas, NP-333, com secções de 10 a 80 mm e

barras rectangulares , NP-334, com secções de 16x5 a 150x25 mm.

- Cantoneiras de abas iguais, NP-335, de espessuras variáveis e com dimensões

de 20 a 150 mm (salienta-se a ausência das cantoneiras de abas desiguais).

- Barras I , NP-339, (50x30x3.5 e 60x30 x 3.5 (mm)), barras T, NP-337, (25 a 70

mm) e barras U, NP-338, (30x15x4 a 65x42x5.5 (mm))

A NP EN 10025 (Produtos laminados a quente em aços de construção não ligados.)

classifica os aços de construção não ligados, e estabelece as condições técnicas de fornecimento, isto

é, especifica os requisitos para os produtos longos laminados a quente que se destinem a ser

utilizados no fabrico de estruturas soldadas ou rebitadas.

Assim, em função das características qualitativas pretendidas, as designações podem ser

constituídas pela referência a:

- Designação da forma e dimensões dos produtos, cujos exemplos são:

- Perfilados I e U, cujas secções são em forma de I ou U e designados

correntemente por perfis I normal (INP) e perfil U (UNP).

- Perfilado IPE, cujas secções são em forma de I de dimensões referidas na NP-

2116.

- Perfilados HE, de secções em forma de H e de dimensões referidas na NP-2117

e que engloba as séries identificadas pelos símbolos A, B e M, com significados

de aligeirada (A), média ou corrente (B) e reforçada (M), sendo as designações

de HEA, HEB e HEM. Estes perfilados são também correntemente conhecidos

por perfis “Grey” das séries DIE (económico), DIL (aligeirado) e DIR

(reforçado).

propriedades especificas que requerem a adição de elementos de liga. Fazem parte desta classe

por exemplo os aços soldáveis de grão fino para construção metálica e aços ligados para carris.

Existe ainda a classe de aços especiais ligados, casos dos aços inoxidáveis e os aços

rápidos.

1Da NP EN 10079 (Definição dos produtos de aço) considera-se relevante salientar os produtos

acabados, e destes, os produtos longos, cujas principais designações são:

- Perfilados pesados cujas secções transversais se assemelham às letras I, H ou U e de

alturas iguais ou superiores a 80 mm com designações de:

- Perfis I, NP-339, 80 x 42 x 3.9 a 160 x 74 x 6.3 (mm)

- Perfis U, NP-338, 80 x 45 x 6.0 a 180x70x8.0 (mm)

- Laminados correntes (barras) de secção transversal circular, quadrada, rectangular,

hexagonal, etc. Incluem-se nesta categoria os perfilados ligeiros I, H ou U de altura

inferior a 80 mm, a cantoneira, os perfilados ligeiros T e 2, o varão (secção

transversal circular

2 Os trabalhos relativos a elementos metálicos não constituintes de estruturas (portas,

janelas e outros elementos em vãos, guardas, revestimentos, mobiliário, etc.) deverão ser incluídos

no capitulo relativo a Serralharias.

- Referência àNP EN 10025;

- Simbolo Fe;

- Indicação do valor mínimo garantido para a tensão de rotura àtracção (/V/m2);

- Designação da qualidade e graus de qualidade quanto à soldabilidade e aos valores

garantidos da resistência ao choque;

- Eventualmente do símbolo do tipo de desoxidação (FU ou FN);

- Eventualmente do símbolo de aptidão a aplicações especiais',

- Eventualmente da letra N, se os produtos são fornecidos no estado N, sendo

desnecessário para os produtos planos das qualidades D1 e DD1.

Quanto àdesignação da qualidade e graus de qualidade, salienta-se:

- São especificadas 6 qualidades: 0, B, C, D, DD e 2 em que os produtos das qualidades

D e DD subdividem-se respectivamente em 2 qualidades D1, D2, e DD1, DD2;

- Os aços das qualidades 0, 2 e B são aços de base e os C, D e DD (e correspondentes

D1, D2 e DD1, DD2) são aços de qualidade, sendo as respectivas qualidades

distinguidas pela soldabilidade e pelos valores especificados da resistência ao

choque.

104

Quanto ao tipo de desoxidaçao,. consideram-se os tipos:

- FU - Aço efervescente

- FN - Aço efervescente não autorizado (ou semi-calmado, isto é, não totalmente

desoxigenado, existindo ainda oxigénio suficiente para reagir com o carbono

durante a solidificação, o que provoca um aumento da massa que compensa a

contracção de solidificação)

- FF - Aço totalmente calmado que contém em quantidade suficiente elementos

fixadores do azoto (por exemplo alumínio em percentagem de 0.020). Em caso de

utilização de outros elementos, estes devem ser indicados nos documentos de

controlo.

Para símbolos de aptidão a aplicações especiais, a norma considera:

- KQ - Aptidão àquinagem a frio

- KP - Aptidão àperfilagem a frio com roletes

- KZ - Aptidão àestiragem a frio

Como exemplo de designação tem-se: Perfil IPE NP EN 10025 Fe 510 C KQ.

4Segundo o REAE [6], as ligações na construção metálica podem ser executadas de

diferentes modos, nomeadamente por rebites, por parafusos e por soldadura. Estas ligações são

operações de importância fundamental sob o ponto de vista de segurança estrutural, com

destaque para a de soldadura que, além das características de soldabilidade do aço, deve ser

realizada por soldadores especializados e tem incidência significativa na elaboração do preço do

trabalho a executar.

Curso sobre Regras de Medição na Construçãc

8.2 Elementos estruturais

a) A medição será realizada em kg1.

b) A medição indicará, além do elemento estrutural, os tipos e dimensões

dos perfis1 2, tubos, chapas e outros elementos constituintes.

c) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às

regras seguintes:

1- No caso dos perfis e tubos, os comprimentos serão

determinados em m e convertidos em kg, de acordo com a massa

nominal;

2 - No caso das chapas, a área será determinada em m2 e

convertida em kg, de acordo com a massa nominal;

3- Em elementos de outro formato, deverá indicar-se a massa por

unidade (kg/un;,

4- A avaliação da massa de rebites e parafusos poderá ser feita

por contagem ou em percentagem;

5- Não serão feitas deduções para entalhes e furos. Nos perfis

cortados obliquamente, a medida será a do maior comprimento do

perfil.

6- As medidas para a determinação da medição de chapas de

superfície irregular serão obtidas a partir do menor rectângulo

circunscrito a essas superfícies.

1A massa a considerar na medição será sempre o da secção nominal dos perfis, ou da

espessura nominal das chapas.

2 A designação da forma e dimensões dos produtos, são como exemplo:

- Perfilados I e U, cujas secções são em forma de I ou U e designados correntemente

por perfis I normal (INP) e perfil U (UNP).

- Perfilado IPE, cujas secções são em forma de I de dimensões referidas na NP-2116.

- Perfilados HE, de secções em forma de H e de dimensões referidas na NP-2117 e que

engloba as séries identificadas pelos símbolos A, B e M, com significados de

aligeirada (A), média ou corrente (B) e reforçada (M), sendo as designações de HEA,

HEB e HEM. Estes perfilados são também correntemente conhecidos por perfis

“Grey” das séries DIE (económico), DIL (aligeirado) e DIR (reforçado).

3. ALWENÃRiAS

9.1 Regras gerais

a) As medições de alvenarias serão agrupadas nos subcapítulos seguintes:

- alvenarias;

- painéis de blocos

b) As medições serão realizadas de modo a serem individualizadas e

descritas em rubricas próprias, de acordo com as principais características1 das

alvenarias ou dos painéis, nomeadamente:

- natureza, forma e dimensões dos materiais constituintes1;

- dimensões das alvenarias ou dos painéis2;

- composição das argamassas;

1 De entre estas características, convém, em regra, especificar as seguintes:

- natureza dos tijolos ou blocos: barro vermelho (em regra é dispensável citar a

natureza dos tijolos ou blocos de barro vermelho e da forma de paralelipípedo, por

estas características serem as mais correntes), barro refractário, argamassa de

cimento ou betão com a respectiva dosagem e granulometria de inertes, etc.;

- natureza das rochas ou de outros materiais: basalto, granito, adobe, etc.;

- forma dos tijolos ou blocos: maciços ou furados sendo, neste caso, indicado o

número de furos; forma de paralelipípedo, forma de cubo ou outras quando seja

necessário;

- forma irregular ou aparelhada de pedras (neste caso devem ser indicadas as

principais características do aparelho das pedras: aparelho rústico, regular, tosco ou

outros);

- dimensões dos materiais: comprimento, largura e altura para forma de

paralelipípedo; outras dimensões definidoras da forma dos materiais como, por

exemplo, os limites das larguras, alturas ou comprimentos das pedras.

2 As dimensões das alvenarias são referidas, geralmente, à sua espessura. Em regra,

os projectos dimensionaram esta espessura nas medidas "de limpo", isto é, consideram a alvenaria

como elemento de construção concluído com os respectivos revestimentos. A fim de se evitarem

interpretações dúbias, é vantajosa a discriminação das dimensões dos materiais que constituem as

alvenarias e, imediatamente a seguir, especificar, para cada caso, as medidas "de limpo" das

alvenarias.

Outra forma poderá consistir na indicação da espessura "de tosco", descriminando a seguir a

medida "de limpo" indicada no projecto.

As alturas das alvenarias podem também ser indicadas na descrição de cada rubrica quando

constituem um caso particular do projecto: paredes divisórias com a altura das vergas das portas

(por exemplo divisórias de sanitários nas casas de banho), chaminés, muros de vedação e outros

casos.

- acabamentos dos paramentos1;

- condições de execução5.

c) As medições de alvenarias serão, em regra, ordenadas em rubricas

próprias6 relativas às partes globais da obra, nomeadamente as seguintes:

- trabalhos de infraestrutura7;

- trabalhos de superestrutura.

d) As medições serão discriminadas por elementos de construção8.

e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos

trabalhos de alvenarias e painéis, nomeadamente: fornecimento e transporte de

materiais, fabrico de argamassas, cargas e descargas e execução.

f) Sempre que necessário, as medições das operações da alínea anterior

poderão ser separadas em rubricas próprias.

g) O tratamento dos paramentos à vista das alvenarias poderá ser medido

em separado pelas regras indicadas no capítulo Revestimentos mas será sempre

incluído neste capítulo de Alvenarias.

h) As deduções relativas a aberturas ou cavidades existentes nos

elementos de construção, só serão consideradas quando a sua área for superior

a 0,50 m2, por abertura ou cavidade. 2 2 3 4

utilização de mão-de-obra especializada, ou de outros recursos diferentes dos empregados durante

a construção da alvenaria, a medição do respectivo acabamento poderá ser feita em separado (ver

alínea f) destas "Regras gerais”). Do mesmo modo, os coroamentos das alvenarias devem

constituir, em geral, uma rubrica própria de medição.

5As condições de execução das alvenarias que possam ter importância especial no custo dos

trabalhos podem originar a constituição de rubricas próprias de medição como, por exemplo, as

1 Os acabamentos dos paramentos das alvenarias devem ser descriminados em cada

rubrica, designadamente nos aspectos seguintes:

- paramentos sem revestimento ou com o material de alvenaria "à vista": tipo e forma

das juntas, tratamentos particulares das superfícies e seu aspecto final.

- paramentos com revestimento: indicação dos revestimentos em cada um dos

paramentos, nomeadamente nos casos em que esta descriminacão facilite a

medição das rubricas de revestimentos.

Em regra, quando o acabamento de paramentos sem revestimento ou com o material de

alvenaria "à vista" der origem a um acréscimo importante de encargos durante a execução da

alvenaria ou exigir a

2 Estas características constituem o resumo das condições técnicas de maior

interesse para a determinação de custos e para a execução de cada tipo de alvenaria, as quais

devem ser discriminadas nas peças escritas e desenhadas do projecto, designadamente no caderno

de encargos.

seguintes:

- alvenarias em chaminés de condutas de fumo ou ventilação;

- alvenarias com funções especiais de resistência;

- alvenarias com funções decorativas;

- alvenarias com funções especiais;

- alvenarias com paramentos curvos ou com outras superfícies não planas.

Os painéis de blocos de tijolo, gesso e outros materiais, com excepção dos painéis de betão,

serão incluídos na rubrica painéis de blocos.

6Em regra, as medições devem ser individualizadas em grupos de rubricas ordenadas

segundo a sua localização no edifício, como por exemplo:

- alvenarias em infraestrutura: sapatas de fundação, muros de suporte, etc.;

- alvenarias em superestrutura exteriores: (fachadas e empenas do edifício) e

interiores;

- alvenarias em trabalhos exteriores ao edifício: vedações, anexos, etc..

Eventualmente, quando tal se justifique pela sua importância, as alvenarias situadas acima

da cobertura também podem constituir um grupo especial de rubricas de medição.

7Em regra, as infraestruturas em alvenaria compreendem as sapatas e a parte das paredes até à

camada de impermeabilização das fundações ou até ao nível do tosco do primeiro pavimento (Ver

neste capítulo a rubrica Fundações). 1

1 Os elementos de construção a considerar são, em geral, os enunciados nas rubricas destas regras.

9.2 Fundações

a) A medição será realizada em m3.

b) No caso de sapatas contínuas, o volume será obtido multiplicando a

área da secção transversal de cada troço pelo respectivo comprimento. Os

comprimentos dos troços das sapatas serão determinados segundo figuras

geométricas simples1.

c) No caso da secção transversal das sapatas contínuas ser variável, a

medição poderá ser realizada a partir da secção transversal média1 2.3.3 Muros de suporte, de vedação e cortinas.

Paredes exteriores e interiores

a) A medição será realizada em:

- m2 para espessuras inferiores ou iguais a 0,35 m ;

- m3 para espessuras superiores a 0,35 m 1.

1 Quando as plantas do projecto indicam as medidas entre eixos, a aplicação destas

medidas pode facilitar o cálculo da medição. No entanto, nos casos em que as cotas em planta não

vêm referenciadas aos eixos, ou quando as medidas são obtidas directamente da obra, é evidente

que, em geral, as dimensões serão determinadas de acordo com os critérios seguintes:

- Comprimentos e larguras: serão as que resultam do parcelamento mais adequado

das secções como, por exemplo, das que tiverem a mesma largura.

- Alturas de sapatas: distância entre a face inferior das fundações e o plano superior

das sapatas de fundação.

- Altura das paredes de fundação: distância entre o plano superior das sapatas e a

camada de impermeabilização ou o nível superior do tosco do primeiro pavimento.

A camada de impermeabilização refere-se à camada horizontal impermeabilizante

colocada entre o ensoleiramento e as paredes em elevação, e que se destina a

proteger estas paredes das infiltrações de humidades provenientes do terreno (ver

figuras no subcapítulo seguinte).

2 Esta regra tem por objectivo simplificar o cálculo das medições desde que a sua

aplicação não dê origem a erros relevantes.

Nos casos em que a regra não for aplicável, as medições devem ser calculadas a partir das

formas geométricas indicadas no projecto.

3As condições de execução das alvenarias que possam ter importância especial no custo

dos trabalhos podem originar a constituição de rubricas próprias de medição como, por exemplo,

as seguintes:

- alvenarias em chaminés de condutas de fumo ou ventilação;

- alvenarias com funções especiais de resistência;

b) As medições das paredes constituídas por dois ou mais panos de

alvenaria serão realizadas em m2 e agrupadas em rubricas próprias, englobando,

cada uma, o conjunto dos panos2.

c) Em cada rubrica, serão indicadas as características dos panos que

constituem a parede.

d) A medição de muros e paredes que apresentem dificuldades especiais

de execução será separada em rubricas próprias3.

e) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá,

em geral, âs regras seguintes:

1-Os comprimentos serão determinados segundo formas geométricas

simples4

2-As alturas das paredes de fundação serão a distância entre o plano

superior das sapatas e a camada de impermeabilização ou o nível

superior do tosco do primeiro pavimento5.

3-As alturas, imediatamente acima das paredes de fundação, serão

definidas a partir da camada de impermeabilização ou do nível

superior do tosco do primeiro pavimento.

4-Em construções com estrutura resistente de outro material, as

medidas serão determinadas entre as faces dos elementos

resistentes.

f) A medição de molduras e outros elementos (cornijas, pilastras, etc.) de

alvenarias, salientes das paredes, será realizada em m. No entanto, na medição

dos muros ou paredes não deve ser deduzido qualquer volume resultante da

medição, em separado, das saliências relativas àqueles guarnecimentos.1 Esta espessura refere-se a cada pano constituinte da alvenaria, cujas dimensões são

referidas, geralmente, à sua espessura. Em regra, os projectos dimensionaram esta espessura nas

medidas "de limpo", isto é, consideram a alvenaria como elemento de construção concluído com os

respectivos revestimentos. A fim de se evitarem interpretações dúbias, é vantajosa a discriminação

- alvenarias com funções decorativas;

- alvenarias com funções especiais;

- alvenarias com paramentos curvos ou com outras superfícies não planas.

Os painéis de blocos de tijolo, gesso e outros materiais, com excepção dos painéis de betão,

serão incluídos na rubrica painéis de blocos.

das dimensões dos materiais que constituem as alvenarias e, imediatamente a seguir, especificar,

para cada caso, as medidas "de limpo" das alvenarias.

Outra forma poderá consistir na indicação da espessura "de tosco", descriminando a seguir

a medida "de limpo" indicada no projecto.

As espessuras nominais dos revestimentos poderão ser avaliadas a partir do projecto. No

entanto, as condições de execução (como, por exemplo, o grau de uniformidade da dimensão dos

tijolos ou blocos e a precisão do nivelamento ou do alinhamento vertical no seu assentamento) e os

processos de construção adoptados na obra (nomeadamente a utilização de máquinas de projectar

para a execução de rebocos e outros revestimentos e os métodos de assentamento de azulejos,

mármores e outros materiais) podem condicionar a espessura efectiva dos revestimentos. Por esta

razão, se o projecto definir para as alvenarias as respectivas tolerâncias de acabamento das

superfícies (aspecto com interesse para o dimensionamento de componentes, equipamento ou

mobiliário inserido no tosco do edifício, como por exemplo, portas, janelas, banheiras, lavatórios,

armários, etc.) estas também devem ser discriminadas nas rubricas de medição das alvenarias.

2 Em cada rubrica devem ser agrupadas as medições de alvenarias com o mesmo número

de panos e que tenham as mesmas características, de acordo com a regra indicada na alínea a)

das Regras gerais deste capítulo, isto é, agrupadas nas rubricas alvenarias e painéis de blocos. 3

4

o

Parede 1 - A =

a Parede 1 - B

= b Parede 3 -

B = c

B

Para uma representação em planta, em que as cotas vêm referidas aos eixos tem-seA

Salienta-se que nos cruzamentos das paredes de diferentes espessuras, a medição não é

correctamente exacta, mas os erros cometidos, por excesso, são de desprezar no caso de

alvenarias com espessuras correntes.

Quando as cotas do projecto estiverem referidas ás dimensões nominais das paredes, as

medidas a considerar são as seguintes:

- Comprimentos: distâncias indicadas nas plantas entre faces de pilares e paredes de

betão ou outros elementos que limitam as alvenarias, ou o comprimento destas quando não

limitadas por aqueles elementos.

Quando as paredes não são limitadas por elementos de outro material, é difícil

adoptar um critério único para delimitar as fronteiras de cada troço de parede.

Nestes casos, e para que se torne possível fazer a revisão das medições, deverão

indicar-se sempre se as cotas são exteriores (abreviadamente c. ext.), isto é, têm

como limite faces exteriores da alvenaria, por exemplo as paredes 1-A e 2-B da

figura, ou se são interiores (abrev. c. int.), como por exemplo as paredes 1-3 e 1-2.

Ex.: Medição de alvenarias dum projecto em que a indicação das cotas não vem

referenciada aos eixos:

- PAREDES EXTERIORES

Parede 1-A = b Parede 1-B = c (c. int.) Parede 1-C = d

- PAREDES INTERIORES

Parede 1-2 = g (c. int.) Parede 1-3 = e (c. int.) Parede 2-3 = f + h (c. ext.)

A medição das paredes deverá ser feita segundo uma determinada ordem que

se recomenda seja a de se iniciar a medição pelas paredes exteriores e só

depois pelas paredes interiores, seguindo sempre da esquerda para a direita e

de baixo para cima.

- Alturas: distâncias indicadas nos cortes, alçados e pormenores do projecto entre os

toscos dos pavimentos e dos tectos ou outros elementos que limitam as alvenarias

(como vigas, por exemplo) ou as alturas das alvenarias quando não limitadas por

aqueles elementos. Neste caso, convém delimitar as partes das paredes entre pisos

(geralmente entre faces superiores de pavimentos) e indicar separadamente as

quantidades relativas a cada piso, de modo a informar melhor a organização e

planeamento da obra.

NOTAS SUPLEMENTARES

a) Pode admitir-se que a espessura do reboco em revestimento de

paredes, quando não especificada no projecto, é, em geral, de 0,015 m.

b) Na ordenação das medições de alvenarias é com frequência

vantajoso agrupar ou indicar, em cada rubrica, aquelas em que os

paramentos tenham o mesmo revestimento; deste modo, as áreas medidas

podem, em certos casos, ser utilizadas com maior facilidade nas medições de

revestimentos (principalmente para revestimentos exteriores).

c)Sempre que possível, as paredes serão agrupadas, em cada rubrica, por espessuras

e alturas iguais; assim, uma vez obtidos os comprimentos, as superfícies e os

volumes serão calculados com menos operações.

d) Para se evitarem repetições, é conveniente proceder ànumeração

das paredes sobre os desenhos, ou referenciá-los a partir dos números dos

compartimentos que

1

limitam. Neste caso, por exemplo, a parede entre o comprimento 1 e 2

seria designada por parede 1-2.

e) As aberturas ou cavidades a deduzir serão de preferência agrupadas em

conjunto (nas rubricas relativas ás paredes correspondentes e por piso), de

modo a ser efectuado o menor número de operações de diminuição.

f) As medidas para a dedução de aberturas ou cavidades serão obtidas a

partir das

cotas do projecto, isto é, considerando as medidas de "limpo" dos

revestimentos de alvenarias que limitam os vãos.

g) Os lintéis dos vãos (ver figura) são, em regra, incluídos na medição de

alvenarias. No entanto, nos casos em que estes lintéis tornem necessária a

construção de elementos especiais (por exemplo nas caixas de estores ou

elementos de betão com forma especial) a sua medição pode ser

discriminada em rubrica própria.

Neste exemplo é lógico que se deduza, pela sua complexidade e área ocupada,

o lintel C da medição da parede de alvenaria A e fique englobado no capitulo

relativo a “Betão, betão armado e betão pré- esforçado”.

A alvenaria de protecção B, com a altura h2, deverá ser medida em rubrica

diferente da do pano de parede principal A.

A altura da área a deduzir na medição da parede A será portanto hl, contando

com a altura do lintel e do peitoril do vão.mIi

h) As alvenarias destinadas a proteger uma superfície ou a aumentar a

espessura de elementos já existentes (ver figura anterior) serão também

medidas em m2.

j*.III8J 1 2

1Curso sobre Regras de Medição na ConstruçãoM.

2

____

5 Como exemplos esquemáticos, tem-se:

Neste caso, a medição da altura da parede

de fundação será feita desde o nível superior da

sapata até ao nível da camada de

impermeabilização.

h1 - altura da sapata de fundação

h2- altura da parede de fundação

Neste caso, a medição da parede

fundação será efectuada até ao nível do

tosco primeiro pavimento, dado que a este

nív estabelece-se uma fronteira mais

relevante entre fundação e a superestrutura.

h1 - altura da sapata de fundação

h2- altura da parede de fundação

a) A medição será realizada em m3.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às

regras seguintes:

1- As alturas ímediatamente acima das fundações serão as

distâncias entre as faces superiores das sapatas ou vigas de

fundação e o nível do tosco do primeiro pavimento.

2- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá

ser realizada a partir da secção transversal média.

9.5 Abóbadas

a) A medição será realizada em m2.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições será

realizada em projecção horizontal.

c) A medição indicará a espessura constante da abóbada, ou os valores

limite se a espessura não for constante.

d) As medições dos maciços de enchimento serão realizadas em rubricas

próprias e ao m1 2 3 ou m3 conforme a espessura é respectivamente igual ou

inferior a 0.35 m ou superior a esta espessura.

9.6 Arcos

a) A medição será realizada em m3.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá a

regras específicas1.

c) As paredes dos tímpanos apoiados nos arcos serão medidas de acordo

com as regras indicadas para as paredes2.

11 Ver também figura da nota seguinte:

2Os comprimentos serão determinados segundo o desenvolvimento da linha média

da testa do arco.

3 As larguras serão determinadas pela largura média da aduela.

fjf|!fíjjijjjlt

flnJjjflfl

fllfl

fl

flflfl

fl

flfl

11fl

fl11■

fl■H

fl

fl

fl

fl

fl

fl

fl

fl

fl

fl

fl

fl

fl

fl

fl

fl

fl

fl

fl

fl

flflflflflfl

fl

fl

2

3- A espessura será determinada pela espessura média da testa.

c - linha média da testa b

- largura média da aduela

e - espessura média da

testa

Arco de alvenaria:

V = c x b X e |m3j

Sendo: c =

7i x r (m)

Parede do tímpano:

S = (2r + e) X h X n X^r |m2j

a) Nesta rubrica, será incluída a medição de todos os elementos que

constituem as escadas nomeadamente: patins, patamares, lanços de degraus e

cortinas de guardas1.

b) Sempre que necessário, os elementos da alínea anterior poderão ser

separados em rubricas próprias.

c) A determinação das medidas e das unidades para o cálculo das medições

obedecerá ás mesmas regras dos elementos de construção equivalentes aos

das escadas1 2.

1 Como exemplo tem-se uma escada

com paredes de suporte dos lanços em

alvenaria de tijolo com espessura superior a

0,35 m, enchimento cl enrocamento,

moldagem dos degraus com tijolo, e uma

cortina de guarda de alvenaria de tijolo com

menos de 0,35 m de espessura, assente a

partir da parede de suporte.2

a) Em geral, a medição dos painéis (refere-se a painéis com blocos de

gesso, tijolo, etc) será realizada de acordo com as regras relativas a paredes de

alvenaria.

b) No entanto, sempre que conveniente, poderão ser adoptadas outras

regras de medição, que deverão ser devidamente discriminadas.

c) As medições das ligações entre os painéis, e entre estes e outros

elementos de construção, poderão ser realizados em separado. Neste caso, a

medição poderá ser realizada em m ou àunidade (unj.

d) Deverão indicar-se sempre as características dos painéis e dos blocos

constituintes e as respectivas dimensões1.

1 Na indicação das características dos painéis, deverá referir-se se estes são montados já

com acabamento e, neste caso, qual a sua constituição.

10. CANTARIAS

10.1 Regras gerais

a) Em geral as medições de cantarias serão individualizadas nos

seguintes subcapítulos:

- cantarias de pedra natural;

- cantarias artificiais.

b) As medições serão realizadas de modo que os elementos com as

mesmas funções construtivas sejam individualizados e descritos, em rubricas

próprias, de acordo com as suas principais características, nomeadamente:

- natureza e qualidade da pedra ou material artificial;

- formas geométricas e dimensões;

- acabamento dos paramentos vistos;

- modos de assentamento e ligação, composição e dosagem dos ligantes.

c) Em regra, as medições englobarão todas as operações relativas àexecução dos

trabalhos, nomeadamente: fabrico, fornecimento, carga, transporte, descarga,

assentamento e montagem e desmontagem de andaimes e cimbres.

d) Sempre que conveniente, as operações da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias.

e) Regra geral, a medição dos perfis1 de cantaria será realizada de acordo

com os seguintes critérios:

1- Para espessuras inferiores a 0,15 m e para qualquer largura, a

unidade de medição será o m;

2- Para espessuras iguais ou superiores a 0,15 m e largura

inferiores a 0,40 m, a medição será em m;

3- Para espessuras iguais ou superiores a 0,15 m e larguras iguais

ou superiores a 0,40 m, a medição será em m3.

f) A medição de placas1 2 de espessura inferior a 0,15 m será realizada em m2. No

caso da espessura ser igual ou superior a esta dimensão, a unidade de medição será o „3m .

g) Regra geral, a medição dos elementos não considerados nas alíneas e) e

f)3 será realizada em m3, excepto se estes elementos tiverem formas

geométricas complexas, caso em que a medição será realizada àunidade (un).

h) As medições de cantarias especiais, nomeadamente as obras de arte

(estátuas, motivos ornamentais, etc) serão realizadas segundo regras próprias

que deverão ser convenientemente explicitadas.

i) Os elementos de desenvolvimento curvo ou paramentos curvos serão

medidos em rubricas próprias, ou, pelo menos, as suas partes não rectilíneas ou

não planas.

j) As medidas para o cálculo das medições serão obtidas do menor

paralelepípedo rectangular em que for possível inscrever cada uma das peças.

Excluem-se desta regra as medições feitas em m2.

No enunciado das medições deverão indicar-se sempre as dimensões

obtidas pela utilização deste critério.

1 Consideram-se como perfis os elementos prismáticos de secção constante, em que o

comprimento é a dimensão predominante: molduras, cornijas, corrimãos, rodapés, ombreiras,

vergas, etc.

2 As placas são os elementos em que as dimensões de superfície são predominantes.

Utilizam-se, geralmente, como componentes de revestimento.

3 Como exemplo, podem citar-se os cachorros, as mísulas, as bases e capitéis de pilares

quando não solidários ao fuste, simples dados, balaústres, etc.

i

(

I

|I

10,2 Muros de suporte, de vedação, paredes exteriores e

paredes interiores

a) A medição dos muros e paredes, constituídos por blocos de pedra

aparelhada1, será realizada em:

- mz para espessuras inferiores ou iguais a 0,35 m;

- m3 para espessuras superiores a 0,35 m.

b) Só serão feitas deduções para vãos ou aberturas com mais de 0,50 m2

por cada vão ou abertura.

c) A medição de muros e paredes que apresentem dificuldades especiais

de execução será separada em rubricas próprias.

d) Em cada rubrica, serão considerados apenas os elementos com a

mesma espessura.

e) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá,

em geral, às regras seguintes:

1- Os comprimentos serão determinados segundo formas geométricas

simples1 2.

2- As alturas das paredes de fundação serão a distância entre o plano

superior das sapatas e a camada de impermeabilização ou o nível

superior do tosco do primeiro pavimento3.

3- Em construções com estrutura resistente de outro material, as

medidas serão determinadas entre as faces dos elementos

resistentes.

Salienta-se que nos cruzamentos das paredes de diferentes espessuras, a medição não é

correctamente exacta, mas os erros cometidos, por excesso, são de desprezar no caso de

alvenarias com espessuras correntes.

Quando as cotas do projecto estiverem referidas às dimensões nominais das paredes, as

medidas a considerar são as seguintes:

- Comprimentos: distâncias indicadas nas plantas entre faces de pilares e paredes de betão ou

1 A medição dos trabalhos de construção de muros ou paredes em pedra só será

incluída no capitulo de cantarias quando, para a sua execução, for necessário a intervenção de

canteiros.2 Para uma representação em planta, em que as cotas vêm referidas aos eixos tem-se:

outros elementos que limitam as alvenarias, ou o comprimento destas

quando não limitadas por aqueles elementos.

Quando as paredes não são limitadas por elementos de outro material, é

difícil adoptar um critério único para delimitar as fronteiras de cada troço de

parede. Nestes casos, e para que se torne possível fazer a revisão das

medições, deverão indicar-se sempre se as cotas são exteriores

(abreviadamente c. ext.), isto é, têm como limite faces exteriores da

alvenaria, por exemplo as paredes 1-A e 2-B da figura, ou se são interiores

(abrev. c. int.), como por exemplo as paredes 1-3 e 1-2. Exemplo: Medição

de alvenarias de um projecto em que a indicação das cotas não vem

referenciada aos eixos:

Curso sobre Regras de Medição na Construção

Parede 2-3 = f + h (c. ext.)

- PAREDES EXTERIORES

Parede 1 -A = b Parede 1-B = c (c. int.) Parede 1-C = d

- PAREDES INTERIORES Parede 1-2 = g (c. int.) Parede 1-3 = e (c. int.)

A medição das paredes deverá ser feita segundo uma determinada ordem

que se recomenda seja a de se iniciar a medição pelas paredes exteriores e

só depois pelas paredes interiores, seguindo sempre da esquerda para a

direita e de baixo para cima.

- Alturas: distâncias indicadas nos cortes, alçados e pormenores do projecto entre os toscos

dos pavimentos e dos tectos ou outros elementos que limitam as alvenarias

(como vigas, por exemplo) ou as alturas das alvenarias quando não

limitadas por aqueles elementos. Neste caso, convém delimitar as partes

das paredes entre pisos (geralmente entre faces superiores de pavimentos)

e indicar separadamente as quantidades relativas a cada piso, de modo a

informar melhor a organização e planeamento da obra.

NOTAS SUPLEMENTARES

a) Pode admitir-se que a espessura do reboco em revestimento de

paredes, quando não especificada no projecto, é, em geral, de 0,015 m.

b) Na ordenação das medições de cantarias é com frequência

vantajoso agrupar ou indicar, em cada rubrica, aquelas em que os

paramentos tenham o mesmo revestimento; deste modo, as áreas

medidas podem, em certos casos, ser utilizadas com maior facilidade

nas medições de revestimentos (principalmente para revestimentos

exteriores).

c) Sempre que possível, as paredes serão agrupadas, em cada

rubrica, por espessuras e alturas iguais; assim, uma vez obtidos os

comprimentos, as superfícies e os volumes serão calculados com menos

operações.

d) Para se evitarem repetições, é conveniente proceder à numeração

das paredes sobre os desenhos, ou referenciá-los a partir dos números

dos compartimentos que limitam. Neste caso, por exemplo, a parede

entre o comprimento 1 e 2 seria designada por parede 1-2.

e) As aberturas ou cavidades a deduzir serão de preferência agrupadas em

conjunto (nas rubricas relativas às paredes correspondentes e por piso),

de modo a ser efectuado o menor número de operações de diminuição.

f) As medidas para a dedução de aberturas ou cavidades serão obtidas a

partir das cotas do projecto, isto é, considerando as medidas de "limpo"

dos revestimentos de alvenarias que limitam os vãos.

g) Os lintéis dos vãos (ver figura) são, em regra, incluídos na medição de

alvenarias. No entanto, nos casos em que estes lintéis tornem necessária

a construção de elementos especiais (por exemplo nas caixas de estores

ou elementos de betão com forma especial) a sua medição pode ser

discriminada em rubrica própria.

Exemplo:

Neste exemplo é lógico que se deduza, pela sua complexidade e

área ocupada, o lintel C da medição da parede de alvenaria A e fique

englobado no capítulo relativo a “Betão, betão armado e betão pré-

esforçado”.

A alvenaria de protecção B, com a altura h2, deverá ser medida em

rubrica diferente da do pano de parede principal A.

A altura da área a deduzir na medição da parede A será portanto hl,

contando com a altura do lintel e do peitoril do vão.

h) As alvenarias destinadas a proteger uma superficie ou a aumentar a

espessura de elementos já existentes (ver figura anterior) serão também

medidas em m2.

3 Como exemplos esquemáticos tem-se:

Neste caso, a medição da altura da parede

de fundação foi feita desde o nível superior da

sapata até ao nível da camada de

impermeabilização.

h1 - altura da sapata de fundação

h2- altura da parede de fundação

Neste caso, a medição da parede de

fundação foi efectuada até ao nível do tosco do

primeiro pavimento, dado que a este nível,

estabelece-se uma fronteira mais relevante entre

a fundação e a superestrutura.

h1 - altura da sapata de fundação

h2- altura da parede de fundação

10.3 Pilares

a) A medição dos pilares e colunas será realizada em m3 ou em un.

b) Em qualquer dos casos, deverão indicar-se as suas características geométricas.

c) Os capitéis, bases de pilares e outras obras similares, sempre que

não constituam um conjunto monolítico com o fuste, serão medidos em

separado, segundo as regras indicadas na alínea h)1 das Regras Gerais deste

capítulo.10.4 Arcos

a) A medição será realizada em m3 ou em m.

b) As medidas serão determinadas de acordo com a maior dimensão das

superfícies que ficam aparentes na construção.

10.5 Abóbadas

a) A medição será realizada em m2.

b) A determinação das medidas para o cálculo das medições será

realizada em projecção horizontal.

c) A medição indicará a espessura da abóbada.

d) As medições dos maciços de enchimento serão realizadas em rubricas próprias.

10.6 Escadas

a) Nesta rubrica, será incluída a medição dos elementos que constituem

as escadas, nomeadamente: degraus, patins, patamares e estruturas de

suporte1.

1 As medições de cantarias especiais, nomeadamente as obras de arte (estátuas, motivos

ornamentais, etc) serão realizadas segundo regras próprias que deverão ser convenientemente

explicitadas.

b) Sempre que necessário, os elementos da alínea anterior poderão ser

separados em rubricas próprias.

c) A determinação das medidas e das unidades para o cálculo das medições

obedecerá ês mesmas regras dos elementos de construção equivalentes aos das

escadas de alvenaria2.

d) A medição de degraus isolados será realizada de acordo com as Regras

Gerais deste capítulo.

e) Os revestimentos de escadas, tais como cobertores, espelhos, guarda-

chapins, rodapés e lambris serão medidos em rubricas próprias, pelas regras

indicadas no subcapítulo Revestimentos do presente capítulo.

1 Elementos que constituem as

escadas, nomeadamente: degraus,

patins, patamares e estruturas de

suporte

moldager dos degra

paredes

desuporte

2 Paredes de suporte (m3):

V = 2 x^- x Cj X hj X ej + C2 X hj x ej j

Cortina de guarda (m2):

S = C j x h g + c 2 x h 2

Moldagem dos degraus (m3)

com N= número de

degrausi

V = N X-Xd j Xd j XC | ou sendo Nd 2 =

1

10.7 Guarnecimento de väos

a) As medições serão, em regra, ordenadas em rubricas relativas a:

- guarnecimentos de vãos exteriores;

- guarnecimentos de vãos interiores.

b) Cada rubrica será decomposta, de preferência, de acordo com o tipo de

vão, nomeadamente portões, portas, janelas, etc.

c) As medições dos guarnecimentos de vãos, nomeadamente ombreiras,

vergas, peitoris e soleiras, serão realizadas segundo as Regras Gerais, deste capítulo,

especialmente as indicadas nas alíneas e), f) e g)1.

d) As medidas para a determinação das medições são as maiores das

superfícies vistas.

10,8 Guardas» balaustradas e corrimãos

a) As medições serão feitas separadamente, conforme as guardas ou

balaustradas se situem em:

- escadas;

- varandas;

- coberturas.

b) Regra geral, a medição será realizada em m para o conjunto dos

elementos, sendo as medidas determinadas pelo desenvolvimento do corrimão.

c) Sempre que necessário, a medição dos vários elementos componentes

(corrimãos, balaústres, etc.) pode ser feita separadamente pelas regras indicadas

nas Regras Gerais deste capítulo.

d) Os troços curvos dos corrimãos poderão ser medidos àunidade (un).

10.9 Revestimentos

a) Sempre que a estereotomia das peças que constituem os revestimentos

estiver perfeitamente definida, a respectiva medição será realizada de acordo com

as Regras Gerais deste capítulo.

b) No caso de revestimentos com placas de menos de 0,15 m de espessura,

a medição deverá ser realizada em m2 para o conjunto das peças de idêntica

espessura, devendo indicar-se sempre as dimensões das placas.

c) Quando a estereotomia das peças não estiver definida, a medição deverá

ser indicada com a designação de "quantidades aproximadas".

11. CARPINTARIAS

11.1 Regras gerais

a) As medições serão realizadas de modo a que os elementos com as

mesmas funções construtivas sejam individualizados e descritos, em rubricas

próprias, de acordo com as suas principais características, nomeadamente:

- características principais e secundárias, e classes de escolha1;

- secções nominais e forma dos elementos constituintes;

- meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos

elementos2;

- teor de humidade;

- tipo de preservação das madeiras;

- tipo e qualidade do acabamento3;

- condições de execução.

b) Regra geral, a medição englobará as operações de fabrico, fornecimento e

assentamento, incluindo os elementos principais e acessórios, nomeadamente:

ferragens, vedantes, bites, etc.

c) Sempre que for conveniente, as operações da alínea anterior poderão ser

consideradas em rubricas separadas4.

d) Os elementos curvos ou com superfícies curvas deverão ser sempre

medidos em rubricas separadas.

e) Quanto às ferragens, deverão enunciar-se as suas características

principais, nomeadamente:

- tipo de ferragem;

- natureza dos metais ou das ligas, ou dos seus elementos principais;

- dimensões;

- meios de fixação;

- tipo de protecção e acabamento.

f) Regra geral, a pintura e outros acabamentos semelhantes

(envernizamento, enceramento, etc.) serão considerados no capítulo relativo a

Pinturas, principalmente quando estes trabalhos forem executados no estaleiro da

obra1.1Como facilmente se compreende, é indispensável indicar, pormenorizadamente não só o

tipo da madeira, ou madeiras, que constituem o elemento, bem como as exigências estabelecidas

na NP 4305 para as diferentes classes de qualidade (E e EE), nomeadamente, as de resistência

mecânica, nós, inclinação do fio, taxa de crescimento, , fendas, descaio, bolsas de resina e

empenos. Para madeiras importadas deve ter- se ainda em atenção a classe de resistência (C14 a

C40 para madeiras resinosas) definidas na EN 338.

2De um modo geral, estas indicações deverão constar dos desenhos de pormenor,

sobretudo no que diz respeito aos meios de fixação e ligação entre peças. No que respeita a

assentamento deverá ser descrito, não só o modo como o mesmo se efectuará, mas ainda o local

e o tipo de fixação pretendido.

Exemplos: guarnecimento de alizar fixado por tacos e pregos ou por grampos metálicos a

paredes de alvenaria, guarnecimentos de aro fixado por parafusos a elementos de cantaria de

enquadramento do vão, etc.

Deverá ser sempre referido o tipo de acabamento, pintura, envernizamento ou

enceramento, pois o mesmo determina a menor ou maior perfeição de execução e acabamento da

superfície virgem das peças.

4Sempre que se trate de conjuntos que não venham prontos da fábrica, e obriguem no

estaleiro à execução de trabalhos de acabamento, colocação de ferragens, etc., é de toda a

vantagem considerar rubricas separadas, de acordo com a origem das diferentes peças, pois

ficará assim grandemente facilitada não só a orçamentação, como ainda a própria aquisição na

altura da execução da obra. 5

11.2 Estruturas de madeira

a) As medições de estruturas de madeira serão, em regra, agrupadas nas

seguintes rubricas principais:

- estruturas de paredes ou divisórias;

- estruturas de pavimentos;

- estruturas de coberturas;

- estruturas diversas.

b) As escadas serão medidas pelas regras enunciadas no subcapítulo relativo

a Escadas, e as estruturas de apoio ou fixação de revestimento serão consideradas

no subcapítulo Revestimentos e guarnecimentos de madeira.

1Tratando-se de elementos que venham prontos de fábrica, não haverá qualquer interesse

na separação das rubricas, caso dos estores, mas já o mesmo se não verifica quando o

fornecimento, o assentamento e o acabamento são feitos por sub-empreiteiros diferentes,

situação em que é de todo imprescindível a referida separação.

c) Regra geral, a medição das diversas peças constituintes dos elementos da

estrutura deverá ser realizada em rubricas próprias, obedecendo às regras

seguintes:

1- Os perfis serão medidos em m, com indicação da dimensão das

respectivas secções.

2- Os perfis com diferentes secções serão medidos em rubricas

separadas.

3- Sempre que necessário, os perfis com comprimentos diferentes

poderão ser medidos em rubricas separadas1.

4- As peças com outro formato poderão ser medidas à unidade (un) ou

em_3m .

d) As estruturas complexas, nomeadamente as asnas, as estruturas

formadas por elementos curvos ou de momento de inércia variável e as estruturas

laminadas poderão ser medidas àunidade (un) ou em m3, consoante o critério do

medidor, que deverá ficar sempre expresso2.

e) As estruturas de pavimentos poderão ser medidas em m2, com medidas

iguais à do respectivo revestimento3.

f) Nas estruturas de coberturas, as fileiras, rincões, madres e varas serão

medidas em m. As ripas deverão medir-se em m2 de vertente.

g) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às

regras seguintes4:

1- As medidas a considerar, qualquer que seja a unidade de

medição, serão as do limpo das peças, adoptando sempre as suas

maiores dimensões.

2- Não serão feitas deduções para entalhes e furos.1Para atender àvariação do custo do m3 de madeira com o comprimento dos perfis (vigas,

barrotes e pranchas).

2É absolutamente indispensável definir o critério seguido na medição, o qual deverá esclarecer

ainda as secções dos diferentes elementos constituintes da estrutura, até para atender àvariação do

custo por ro; para as diferentes secções correntes.

3No caso dos pavimentos tradicionais de madeira, a medição da estrutura seria

quantitativamente igual àdo solho.

4Tanto quanto possível deverá procurar-se que as secções a utilizar sejam as correntes do

mercado, com vista a evitar os desperdícios que, a existirem, deverão ser considerados na

composição do preço. Por outro lado, não poderá deixar de se considerar, na medição, os

comprimentos de encastramento e os correspondentes a sobreposições ou ligações.

11.3 Escadas

a) As escadas de madeira, regra geral, serão medidas à unidade (un), incluindo

todos os seus elementos principais e acessórios1, com indicação do número de degraus

e das suas dimensões principais.

b) Sempre que for conveniente, os diversos elementos das escadas podem ser

medidos separadamente em rubricas próprias. As unidades e critérios de medição a

aplicar neste caso serão os indicados noutros subcapítulos relativos a elementos

semelhantes1 2. Assim, as guardas seriam consideradas no subcapítulo Guardas,

balaustradas e corrimãos, e os cobertores, espelhos e rodapés, no subcapítulo

Revestimentos e guarnecimentos de madeira.

c) Os patamares, para efeito de medição, serão sempre considerados como

fazendo parte dos pavimentos.11.4 Portas, janelas e outros elementos em vãos1

a) As medições serão efecíuadas separadamente, conforme os elementos se

situem em:

- paredes exteriores;

- paredes interiores;

- pavimentos;

- coberturas.

b) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), para o conjunto dos

elementos principais e acessórios, com indicação das seguintes características, além

das indicadas nas Regras Gerais deste capítulo:

- constituição2;

- tipo de movimento ou modo de abrir;

- número de folhas móveis e fixas3;

- dimensões;

- tipo de ferragens.

c) Os guarnecimentos de vãos de portas serão medidos separadamente em

rubrica própria4. A medição dos guarnecimentos será feita em m, com indicação das

respectivas secções.

d) A medição de grades e caixilhos fixos, ainda que de dimensões diferentes,

compostos por elementos semelhantes, poderá ser realizada conjuntamente em m2.

e) No enunciado da medição, deverá indicar-se sempre as medidas dos

1 Pernas, guarda-chapins, guardas, rodapé, cobertores, espelhos, patins, etc.2 Neste caso, as pernas, guarda-chapins, rodapés, cobertores e espelhos seriam medidos em m.

elementos e as dimensões totais entre faces do enquadramento do vão5, ou entre

faces do guarnecimento do vão6, no caso deste não ser de madeira.

f) Os estores serão considerados no capítulo Elementos de Equipamento Fixo e Móvel

de Mercado. As caixas de estore serão medidas àunidade (un).

g) A medição dos vidros será incluída no capítulo relativo a Vidros.

h) Sempre que for conveniente, as ferragens e outros elementos secundários

poderão ser medidos separadamente em rubricas próprias7 sendo, neste caso, a

medição de cada peça realizada àunidade (un), excepto os elementos com forma de

perfil ou de fita1, que serão medidos em m.1Esta rubrica considera, além das portas e janelas, todos ou outros elementos em vãos,

nomeadamente portões, envidraçados, grades, alçapões, clarabóias, etc.

Consideram-se vãos todas as aberturas praticadas nas paredes, que se destinem quer àcirculação

de pessoas ou equipamentos, quer ao arejamento ou simples iluminação dos compartimentos ou até a

permitir a visibilidade de compartimento para compartimento, ou destes para o exterior.

2Deverá ser perfeitamente definida a constituição do elemento que preencherá o vão, indicando-se

a constituição da respectiva estrutura, se maciça, alveolar ou engradada com almofadas ou aberturas para

vidros, etc..

3O tipo de movimento ou modo de abrir deve ser especificado de acordo com a terminologia

constante do relatório respeitante aos Ensaios de Qualificação de Componentes de Edifícios, elaborado

pelo LNEC

4 Justifica-se o critério indicado não só porque para uma mesma porta o guarnecimento pode ter

desenvolvimento diferente, de acordo com a espessura da parede em que a mesma se situe, como ainda

porque o seu pormenor de execução pode também variar, além de que o próprio tipo de madeira pode

não ser o mesmo da porta. Por outro lado não é de modo nenhum prático, na orçamentação, integrar o

valor do guarnecimento no da porta, pelas razões atrás apresentadas,

5Por guarnecimento do vão entende-se o conjunto de peças fixas que se interpõem entre a parede

e o aro, servindo para fixação deste, ou mesmo da folha, no caso de não existir aquele. No último caso,

pode ser de aro ou de alisar. Diz-se de aro quando é constituído por uma estrutura que, fixada ao contorno

do vão, serve de suporte àfolha, caixilho ou porta, não constituindo contudo revestimento deste. Diz-se de

alisar quando reveste lateral e interiormente o contorno do vão, servindo simultaneamente de suporte

àfolha.

6Por enquadramento do vão ou contorno do mesmo compreende-se o limite definido pelos

elementos do guarnecimento, entre os quais se situam a folha ou folhas, móveis ou fixas.

7Especialmente quando a elementos semelhantes corresponderem ferragens diferentes. Contudo, a

respectiva medição ficará sempre incluída neste capitulo. 8

1 Como por exemplo, os vedantes.

11.5 Guardas, balaustradas e corrimãos

a) As medições serão feitas separadamente, conforme as guardas ou

balaustradas se situem em:

- escadas;

- varandas;

- coberturas.

b) Para o caso das guardas de escada ver o subcapítulo Escadas.

c) Regra geral, a medição do conjunto dos elementos da guarda será realizada

em m, sendo as medidas determinadas pelo desenvolvimento do corrimão.

d) Sempre que necessário, a medição de cada um dos elementos das guardas e

balaustradas pode ser feita separadamente, sendo, neste caso, os balaústres medidos

à unidade (un) e os outros componentes1 em m.

e) Os troços curvos das guardas, balaustradas e corrimãos serão medidos

separadamente àunidade (un).11.6 Revestimentos e guarnecimentos de madeira

a) Regra geral, as medições serão realizadas de acordo com as regras indicadas

no capítulo Revestimentos, sendo no entanto incluídas neste capítulo quando estes

trabalhos forem realizadas pelo empreiteiro de carpintarias.

b) Os rodapés e as saneas serão discriminados em rubricas próprias, com a

indicação da sua secção. A medição será realizada em m. O comprimento será medido

sobre o paramento em que estiverem colocados.

c) As estruturas leves ou ripado para suporte ou fixação de revestimentos serão

medidos em m2 3. As medidas para a determinação da medição serão as dos

respectivos revestimentos.

11.7 Divisórias leves

a) As divisórias leves e os gradeamentos de vedação serão medidos em m2,

incluindo as respectivas estruturas.

11.8 Equipamentos

1 Deduz-se desta regra que os corrimãos isolados serão medidos em m, sendo a medida a do seu

maior comprimento.2 Como por exemplo: roupeiros e armários fixos, caixas de correio e de contadores, etc.3 Refere-se em geral a todo o mobiliário.

a) As medições dos elementos de equipamento serão agrupadas nas seguintes

rubricas:- Equipamento fixo1;- Equipamento móvel2.

b) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), incluindo todos os

elementos principais e acessórios.

c) Os armários fixos integrados em paredes poderão ser medidos em m2, desde

que as gavetas e prateleiras sejam medidas separadamente à unidade (un), ou constem

apenas de aros e portas. Neste caso, as medidas para a determinação das medições

serão as da superfície vista do exterior.

12. SERRALHARIAS

12.1 Regras gerais

a) As medições de serralharias1 serão individualizadas nos subcapítulos

seguintes:

- serralharias de alumínio2

- serralharias de aço e outro metais.

b) As medições serão individualizadas em rubricas próprias de acordo com as

suas principais características, nomeadamente as seguintes:

- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais;

- secções nominais e forma dos elementos constituintes;

- meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos elementos;

- tipo de protecção e acabamento3;

- condições de execução.

c) Regra geral, a medição englobará as operações de fabrico, fornecimento e

assentamento, incluindo os elementos principais e acessórios, nomeadamente:

ferragens, vedantes, bites, etc.;

d) Sempre que for conveniente, as operações da alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias;

e) Deverá indicar-se, no enunciado das medições, os meios de fixação e ligação

das peças. Quanto ás ferragens, as características principais a indicar serão:

- tipo de ferragem;

- natureza do metal constituinte;

- tipo de protecção e acabamento;

- dimensões;

- meios de fixação.

f) Regra geral, a pintura e outros acabamentos semelhantes serão considerados

na rubrica Pinturas, principalmente quando estes trabalhos forem executados no

estaleiro. No entanto, a medição compreenderá a decapagem4 e a aplicação sobre os

elementos duma protecção, sempre que as especificações do projecto exigirem a

execução destes trabalhos antes do fornecimento daqueles elementos.

1 As medições de estruturas metálicas serão integradas na rubrica relativa a Estruturas metálicas.

2 Das serralharias de alumínio salienta-se a caixilharia constituída por perfis de alumínio, cuja

utilização tem vindo a ser muito considerada em componentes de edifícios, nomeadamente em janelas,

portas, divisórias e em fachadas-cortina. Independentemente dos preços do minério, a tecnologia de

extrusão dos perfis deve ser acompanhada por rigoroso controle de qualidade, nomeadamente quanto à

execução e manutenção das matrizes de extrusão e no controle dimensional e de linearidade dos perfis

extrudidos, com relevância acentuada nos casos de perfis de secções transversais complexas.

Por outro lado, os perfis de alumínio necessitam de uma protecção (anodização ou termolacagem)

que, devido aos grandes consumos energéticos envolvidos, têm incidência muito significativa no custo

final. Deste modo, deverá ser especificada na descrição todas as características necessárias para

consideração no preço a estabelecer pelo orçamentista, como se refere na alínea seguinte das presentes

regras gerais.

3 Devido ao ataque dos agentes atmosféricos, torna-se necessária nos perfis de alumínio uma

protecção anti-corrosiva, bem como a necessidade de fazer referência distinta ao tipo de protecção, isto é,

alumínios anodizados e termolacados, pois a cada um deles são associados diferentes custos e técnicas

para a sua obtenção

A anodização de perfis de alumínio é efectuada por processo eletrolítico de oxidação superficial do

material e nem sempre é verificada a satisfação de especificações relativas àcamada de anodização

exigida (conforme a agressividade do ambiente onde vão ser aplicados), nem as relativas à exigência da

colmatagem posterior dos poros da camada de oxidação criada, ([26] a [28]), podendo assim ser

verificadas diferenças acentuadas nos preços de venda devido ao grande consumo energético envolvido

em cada caso. Salienta-se que o processo depende do tempo de passagem da corrente eléctrica.

Os perfis anodizados podem ainda apresentar cores que vão desde o cinzento do alumínio

produzido nas condições referidas, ao anodizado colorido devido àintrodução nos poros da camada

anódica e antes da operação de colmatagem, de pigmentos inorgânicos ou orgânicos.

A termolacagem, ou mais simplesmente lacagem de perfis de alumínio é um tratamento de

superfície cuja diferença principal relativamente à anodização consiste na aplicação ao perfil, de uma

tinta, pulverizada na superfície do alumínio previamente tratada, e polimerizada em estufas que podem

atingir temperaturas a cerca de 220 °C. Este processo permite a comercialização dos perfis com várias

cores e têm vindo a ser utilizados como alternativa significativa aos alumínios anodizados. Refira-se que os

consumos energéticos para a termolacagem é menos de metade dos devidos à anodização, todavia

existem vários tipos de tintas com custos e características diferentes.

4 Em serralharias de aço, haverá que considerar a decapagem e metalização, sempre que as

especificações do projecto o exigirem. Como já foi referido na nota anterior nas serralharias de aluminio

haverá que considerar a anodização ou a termolacagem bem como a respectiva protecção até ao

acabamento dos trabalhos de montagem na obra.

12.2 Portas» janelas e outros componentes em vãos

a) As medições serão efectuadas separadamente, conforme os componentes se

situem em:

- paredes exteriores;

- paredes interiores;

- pavimentos;

- coberturas.

b) Regra geral a medição será realizada àunidade (un) para o conjunto das partes

principais (guarnecimentos ou aros, caixilhos fixos ou folhas móveis) e acessórios, e

individualizadas em rubricas próprias de acordo com indicação das seguintes

características:

- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais;

- secções nominais e forma dos elementos constituintes;

- meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos

elementos;

- tipos de revestimento e de acabamento;

- classe de permeabilidade ao ar, de estanquidade à água e resistência às

acções do vento (AEV)1;

- tipo de movimento ou modo de abrir;

- número de folhas móveis e fixas;

- dimensões;

- tipo de ferragens.

c) Nos casos em que o único elemento metálico do vão seja o aro ou o

guarnecimento2, a medição será em m.

d) A medição de caixilhos fixos e grades3, ainda que de dimensões diferentes

mas de composição semelhante, poderá ser realizada conjuntamente em m2. A

medição dos respectivos aros considera-se incluída naquela área.

e) No enunciado da medição deverá indicar-se sempre as medidas dos

componentes e as dimensões totais entre faces do enquadramento do vão4. O medidor

deverá considerar as dimensões entre faces interiores do guarnecimento do vão5 no

caso deste não ser metálico6.

f) Os estores serão considerados no capítulo relativo a Elementos de

Equipamento Fixo e Móvel de Mercado. As caixas de estore serão medidas à unidade

(un).g) A medição dos vidros será incluída no capítulo Vidros.

h)Sempre que necessário, as ferragens poderão ser medidas

separadamente em rubricas próprias7 sendo, neste caso, a medição realizada

àunidade (un).

1 Das exigências funcionais aplicadas a janelas, além das de segurança e de durabilidade,

salientam- se as de habitabilidade (conforto térmico de Inverno e de Verão), conforto acústico e

salubridade, em que os parâmetros de permeabilidade ao ar e de estanquidade àágua, por serem

dependentes da quantificação da acção do vento (factores de velocidade e rugosidade característica

do terreno) e da localização do edifício e da janela no edifício (cota acima do terreno e protecção

oferecida por outras construções), são considerados de grande importância.

Com base no RSAEP [13] e em estudos realizados no LNEC [15], que contemplam uma

influência diferente da rugosidade do terreno para permitir a inclusão de edifícios isolados em locais

planos e em relação aos quais os valores indicados no RSAEP são insuficientes, foi também

considerada a possibilidade de existir protecção contra o vento, que reduz o efeito na fachada onde a

janela está instalada.

O zonamento considerado é classificado de Zona A e de Zona B. Da primeira, fazem parte a

generalidade das regiões (excepto as situadas em locais que conduzem a uma exposição ao vento

desfavorável, como é o caso de alguns vales e estuários) e, da segunda, os arquipélagos dos Açores

e da Madeira e as regiões do continente situadas numa faixa costeira com 5 km de largura ou a

altitudes superiores a 600 m.

Para contemplar a rugosidade aerodinâmica do solo foram estabelecidos os três tipos de

rugosidade:

- tipo I, para locais situados no interior de zonas urbanas em que predominem os edifícios de

médio e grande porte;

- tipo II, para a generalidade dos restantes locais, nomeadamente os rurais com algum relevo

e

os situados na periferia de zonas urbanas;

- tipo III, para locais situados em zonas planas ou nas proximidades de extensos planos de

água nas zonas rurais.

Quanto à altura acima do solo as janelas são caracterizadas até alturas que não excedam 100

m (medida desde a cota média do solo no local da construção até ao centro da janela), devendo para

locais mais altos a caixilharia ser objecto de estudos específicos. São assim estabelecidos os

seguintes valores limite para altura de janelas, semelhantes âs alturas de referência para edifícios

definidas no RSIEH [16]:

- altura acima do solo inferior a 10 m (de uma forma geral edifícios até 3 pisos);

- altura acima do solo compreendida entre 1 0 m e 18 m (inclui em geral edifícios até 6 pisos;

- altura acima do solo compreendida entre 18 m e 28 m (em geral edifícios até 9 pisos);

- altura acima do solo compreendida entre 28 m e 60 m (em geral edifícios até 20 pisos);

- altura acima do solo compreendida entre 60 m e 100 m (em geral edifícios até 34 pisos).

O efeito de protecção tem em consideração a protecção contra o vento conferida por outras

construções, distinguindo-se as classificações de fachada abrigada e fachada não abrigada quantificadas

de acordo com as distâncias existentes entre fachadas de edifícios (até 15m e entre 15 e 30m) [15],

No quadro seguinte apresentam-se as classes de janelas a considerar em função das alturas

acima do solo, zonamento do local do edifício e do efeito de protecção, para as rugosidades do tipo I,

II e III anteriormente referidas.

Salienta-se que a selecção das janelas recomendada no quadro refere-se a exigências

mínimas, sendo portanto do ponto de vista técnico aceitável a especificação de uma janela com a

classificação A3 E3 V3 num local para o qual é satisfatório apenas a classificação A1 E1 V1. Esta

situação deverá ser em regra evitada uma vez que tem custos acrescidos.

2Sucede em determinados tipos de obra, a necessidade de que o guarnecimento do vão

seja metálico, por exemplo portas de corredores de hospitais sujeitas à passagem frequente de

macas, embora a respectiva folha seja de madeira. Neste caso, as peças em madeira serão

consideradas no capítulo relativoa Carpintarias.

3 Refere-se exclusivamente a caixilhos com todas as folhas fixas.

4Por guarnecimento do vão entende-se o conjunto de peças fixas que se interpõem entre a

parede e o aro, servindo para fixação deste, ou mesmo da folha, no caso de não existir aquele. No

último caso, pode ser de aro ou de alisar. Diz-se de aro quando é constituído por uma estrutura

que, fixada ao contorno do vão, serve de suporte àfolha, caixilho ou porta, não constituindo

contudo revestimento deste. Diz-se de alisar quando reveste lateral e interiormente o contorno do

Cota

(m)

Fachadas

abrigadas

Fachadas não abrigadas

Região A Região B

I e II I II III 1 II II

A1 A1 A2 A2 A1 A2 A2

< 10 E1 E1 E2 E3 E2 E2 E3

V1 V1(A> V2 V3 V2 V2 V3

A1 A1 A2 A2 A1 A2 A2

10 a 18 E1 E2 E2 E3 E2 E2 E3

V1 V2 V2 V3 V2 V3 V3

A1 A1 A2 A2 A2 A2 A2

18 a 28 E1 E2 E2 E3 E2 E3 E3

V2 V2 V3 V3 V2 V3 V3

A2 A2 A2 A2 A2 A2

28 a 60 E2 E3 E3 E3 E3 E4

V2 V3 V3 V3 V3 (C)

A2 A2 A2 A2 A2 A3

60 a 100 E3 E3 E4 E3 E4 E4

V3 V3 V3<b) V3 V3(B) (C)

m - A utilização de janelas V1 é aceitável nos casos em que o coeficiente de pressão não excede 1,1. Em situações mais gravosas deve optar-se por utilizar janelas V1 que adicionaimente satisfaçam as condições impostas no ensaio de deformação àpressão de 620 Pa ou utilizar janelas V2.<B) - A utilização de janelas V3 é limitada a alturas até 80 m.ÍC) - Para estas exposições a resistência mecânica das janelas deve ser superior àexigivel a uma janela com a classificação V3 e determinada de acordo com o RSAEP [13],

vão, servindo simultaneamente de suporte àfolha.5 Por enquadramento do vão ou contorno do mesmo compreende-se o limite definido pelos

elementos do guarnecimento, entre os quais se situam a folha ou folhas, móveis ou fixas.

6 Para portas, a altura será limitada inferiormente, em qualquer dos casos, pelo nível

superior do revestimento dos pavimentos ou das soleiras.

7 Especialmente quando a elementos semelhantes corresponderem ferragens diferentes.

Contudo, a respectiva medição ficará incluída neste capítulo.

12.3 Fachadas-Cortina1

a) As medições serão efectuadas separadamente, conforme os elementos

constituam:- Fachada-Cortina Contínua2;

- Fachada-Cortina Verticalmente Inserida3;

b) Regra geral, a medição será realizada ao rrt2, para o conjunto dos

elementos que constituem a fachada-cortina (montantes e travessas4, bites,

vedantes e elementos de fixação5).

c) No enunciado da medição deverá indicar-se sempre a designação da

fachada- cortina6, bem como da indicação das características seguintes:

- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais;

- meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos

elementos;

- tipos de revestimento e de acabamento7;

- classe de permeabilidade ao ar, de estanquidade à água e resistência

ás acções do vento (AEV)8;

- tipo de movimento ou modo de abrir das partes móveis;

- dimensões;

- tipo de ferragens.

1 Segundo OLIVEIRA BRAZ [29], como consequência do desenvolvimento tecnológico e das

tendências arquitectónicas nos edifícios, as áreas envidraçadas têm vindo a ser progressivamente

aumentadas, sendo actualmente muito consideradas como soluções de revestimento total da

envolvente vertical do edifício através das designadas fachadas-cortina.

As primeiras fachadas-cortina aplicadas e ainda actualmente consideradas são constituídas

por uma estrutura reticulada de perfis de alumínio visíveis do exterior e cujos vãos são

preenchidos por vidros fixados por aparafusamento pelo exterior de um perfil denominado Bite e

sendo assim designadas normalmente por Fachadas VEB (Vidros Exteriores com Bites).

Tendo em vista a redução máxima dos perfis metálicos nas fachadas, previlegiando a maior

área de vidro possível, têm sido consideradas fachadas-cortina em que a estrutura de alumínio

fica oculta do exterior, sendo os vidros directamente colados ao metal de suporte através de colas

especiais de silicone,

d) A medição dos vidros será incluída no capítulo Vidros.

e) Sempre que necessário, as ferragens poderão ser medidas

separadamente em rubricas próprias9 sendo, neste caso, a medição realizada

àunidade (un).

Fachada-Cortina Contínua ______

I* -i 'i.

eliminando-se assim os biíes de fixação. Estas fachadas-cortina designam-se vulgarmente por

Fachadas VEC (Vidros Exteriores Colados).

Salienta-se ainda que desde o início da década de 90, a aplicação destes componentes nos

edifícios tem crescido fortemente em Portugal, sendo actualmente vulgar a utilização de

fachadas-cortina VEB em edifícios de habitação e administrativos e as fachadas-cortina VEC com

aplicação já significativa nos edifícios administrativos.

2 Fachada leve com um ou vários

panos todos eles posicionados à frente

do bordo da laje e que não é

interrompida pelas paredes divisórias ou pelos pilares do edifício.3Fachada leve com um ou vários panos todos eles posicionados à frente do bordo da laje mas que é

interrompida pelas paredes ou pelos pilares.

- transmitir àestrutura do edifício os esforços verticais resultantes do peso próprio da

fachada e os esforços horizontais devidos àacção do vento;

- permitir as variações dimensionais de origem térmica das estruturas de suporte da

fachada- cortina.

- possibilitar a eventual desmontagem da fachada

Os montantes e as travessas são os elementos principais de suporte da

fachada, devendo assim serem concebidos e dimensionados para satisfação das

exigências relativas a:

- esforços devidos à acção do vento e ao peso próprio da fachada;

- efeitos das variações dimensionais de origem térmica;

- choques provenientes do exterior e do interior;

- deformações de funcionamento inferiores às admissíveis.

5A concepção e o dimensionamento dos elementos de ligação da fachada ao

edifício deverão ter em conta, nomeadamente as exigências relativas a:

Fachadas VEB (Vidros Exteriores com Bites) - constituídas por estrutura reticulada de

perfis de alumínio e cujos vãos são preenchidos por vidros fixados por aparafusamento pelo

exterior de um perfil denominado Bite.

7Cor do revestimento anódico e valor nominal da espessura da camada, bem como de

colmatagem eficaz. Cor, brilho e espessura do revestimento por lacagem, bem como exigência de

revestimento anti- corrosivo das peças de aço integradas na fachada-cortina (de preferência

galvanização a quente por mergulho).

8Sendo as fachadas-cortina de alumínio e vidro constituídas, além do vidro e dos sistemas

de fixação à estrutura de suporte de todo conjunto, por perfis de alumínio complementados por

perfis de vedação e acessórios diversos (conjunto de materiais denominado Série de Alumínio),

devem também ser aplicadas as exigências estabelecidas na alínea b) do subcapítulo Portas, janelas

e outros elementos em

vãos.

Salienta-se que no nosso país as Séries de Alumínio são concebidas, fabricadas e

comercializadas na forma de Kit, sendo o gamista (entidade responsável pela série) responsável

apenas pela qualidade da série que fornece, escapando-lhe totalmente a condução das etapas da

sua instalação nos edifícios, nomeadamente quanto à

- adaptação às soluções arquitectónicas do edifício;

- aos elementos de enchimento em vidro e respectiva produção;

- à execução da caixilharia e a sua montagem na obra, tarefa que deve ser atribuída

a instaladores especializados na série;

- àinspecção e ensaio da caixilharia, que é uma atribuição do controlo da qualidade

da obra.

Co lagern estrutural

....—J

Fachadas VEC (Vidros ExterioresColagem de I Estanquidadel

i t|

j *

HjhJ

c:o£

Colados) - constituídas por estrutura de Travessa

alumínio em que os vidros são directamente

colados ao metal de suporte através de colas

especiais de silicone.Vidros !

PNH-—-S \ Hf-1 \

Quadro'VEC

-Vedante

Perfil de colagern estrutural

Salienta-se assim que, tal como foi referido no subcapítulo Princípios de base, podendo as

medições ser elaboradas a partir do projecto ou da obra e as regras de medição serem aplicáveis a

ambos os casos, na medição sobre projecto, os medidores devem ter conhecimento para poderem

equacionar e procurar esclarecer, juntos dos autores dos projectos, as faltas de informação que são

indispensáveis à determinação das medições, ao cálculo dos custos dos trabalhos e ao bom

desempenho dos trabalhos a especificar.

9 Especialmente quando a elementos semelhantes corresponderem ferragens diferentes.

Contudo, a respectiva medição ficará incluída neste capítulo.

12.4 Guardas» balaustradas e corrimãos

a) As medições serão feitas separadamente conforme as guardas se situem

em:

- escadas e patamares;

- varandas;

- coberturas.

b) Regra geral, a medição será realizada em m para o conjunto dos

elementos, sendo as medidas determinadas pelo desenvolvimento do corrimão.

c) Sempre que necessário, a medição de cada um dos componentes das

guardas pode ser feita separadamente sendo, neste caso, os balaústres medidos

à unidade (un) e os outros componentes em m.

12.5 Revestimentos

a) Regra geral, as medições serão realizadas de acordo com as regras

indicadas no capítulo Revestimentos.

b) As estruturas leves ou grades de suporte, para apoio ou fixação de

revestimentos, serão medidas em m2.

12.6 Divisórias leves e gradeamentos

a) As divisórias leves e os gradeamentos metálicos1 serão medidos em m2,

incluindo a respectiva estrutura.

12.7 Equipamento

a) As medições de equipamento ou de componentes de equipamento

serão agrupadas nas seguintes rubricas:

- Equipamento fixo;

- Equipamento móvel.

b) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), incluindo todos os

elementos principais e acessórios. No entanto, sempre que necessário, a

medição de cada componente do elemento a medir pode ser feita

separadamente utilizando-se a mesma unidade de medição.

c) As portas de elementos de equipamento cujas outras partes são

executadas com material não metálico, serão medidas segundo as regras indicadas

na rubrica Portas, janelas e outros elementos em vãos, nomeadamente na alínea

c)2.

1 Nomeadamente grades divisórias no interior do edifício e grades de vedação

2 c) Nos casos em que o único elemento metálico do vão seja o aro ou o guarnecimento, a

medição será em m, caso por exemplo de portas de corredores de hospitais sujeitas à passagem

frequente de macas, embora a respectiva folha seja de madeira. Neste caso, as peças em madeira

serão consideradas no capítulo relativo a Carpintarias.

13. PORTAS E JANELAS DE PLÁSTICO

13.1 Regras gerais

a) As medições serão efectuadas separadamente, conforme os elementos

se situem em:

- paredes exteriores;

- paredes interiores;

- coberturas.

b) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), para o conjunto

de elementos principais e acessórios comuns, com indicação das suas

características, nomeadamente:

- caracterização e especificação dos perfis adoptados, do plástico

utilizado e da cor escolhida.

- tipo, descrição e localização dos reforços incorporados1.

- meios de ligação entre as peças das folhas e da fixação destas aos

aros ou guarnições2.

- constituição, número de folhas de cada unidade e tipo ou modo de

abrir3.

- dimensões.

- tipo e material de constituição das ferragens de movimento e

manobra e respectivo acabamento.

- quando com zonas envidraçadas, caracterizar o modo e/ou material

de fixação dos vidros.

c) No enunciado da medição, deverá indicar-se sempre a dimensão do

enquadramento de cantaria ou alvenaria, como o vivo de luz do aro ou

guarnecimento4.

d) Os aros ou guarnecimentos, quando destacáveis, serão medidos

separadamente em rubrica própria1, devidamente caracterizados e em m.

1Justifica-se o critério proposto, quando o fornecimento e assentamento devam ser

praticados em fases distintas e quando em vãos interiores, para o mesmo tipo e dimensão de

e) Os estores serão considerados no capítulo relativo a Elementos de

Equipamento Fixo e Móvel de Mercado, no entanto, quando a caixa do enrolador

(bobine) constitua prolongamento do aro e do mesmo material, deverá ser

medida em conjunto com este. Nestas condiçoes, a medição passará a ser à

unidade (un) bem caracterizada.

f) A medição dos vidros será incluída no capítulo Vidros.

1De um modo geral, o tipo, descrição e localização dos reforços deverão constar dos

pormenores, sobretudo no que diz respeito aos reforços de rigidez e ligações entre peças, como na

compensação dos cortes e aberturas para ferragens de movimento, manobra e fecho.

2No que respeita ao assentamento, deverá definir-se bem, não só o modo como o mesmo se

efectuará, como a localização e tipo dos acessórios de fixação. Esta recomendação adquire especial

relevância quando se trate de portas ou janelas de batente, porquanto neste tipo de componentes,

a cada fixação deverá corresponder um reforço com características apropriadas e que deverão ser

incorporadas no fabrico.

3Por unidade, deverá indicar-se a sua constituição (folhas fixas e móveis) e o tipo de

movimentação e fecho adoptadas. Quando para folhas móveis se preveja dois tipos de movimento

possíveis (batente- basculante ou guilhotina) deverá indicar-se o tipo de comando previsto.

4O que caracteriza a dimensão do vão é o limite definido pelos elementos da guarnição ou

aro, excluídos os bucéis, e há casos em que as folhas (sobrepostas ou de correr) exigem dimensões

superiores à dimensão nominal do vão. Daí a recomendação. 5

folhas, existam alisares com larguras diferentes, impostas por diferentes espessuras de paredes.

14. ISOLAMENTOS E IMPERMEABILIZAÇÕES

14.1 - Regras gerais

a) As medições serão agrupadas em dois subcapítulos correspondentes

aos diferentes trabalhos a realizar1:- isolamentos;

- impermeabilizações.

b) No enunciado da medição devem ser explicitadas as características dos

materiais, bem como o seu modo de colocação em obra, nomeadamente:

- natureza dos materiais constituintes;

- condições de execução.

1 A individualização das medições nos dois subcapítulos considerados é, não só desejável

mas exigível dada a característica autónoma dos trabalhos a efectuar e que justificaria, por si só,

tratamento em capítulos independentes. Estes trabalhos agruparam-se num único capítulo porque,

de certo modo, se manifesta a tendência de serem realizados pelo mesmo empreiteiro.

F ,D ■ A

Isolamento térmico com placas

14.2 Isolamentos

14.2.1 Regras gerais

a) Consideram-se neste sub-subcapítulo os isolamentos referentes a toda a

construção, com excepção dos destinados a canalizações]

b) As medições serão agrupadas em rubricas correspondentes à natureza

dos isolamentos a realizar1:- isolamentos térmicos2;

- isolamentos acústicos 3,

c) Em cada um destes parágrafos, as medições devem ainda separar-se

em rubricas, consoante as características do tipo de isolamento preconizado4,

nomeadamente:

- isolamento com placas ou mantas;

- isolamento com material a granel ou moldado "in situ";

- sistemas de isolamento composto.

1A separação da medição dos trabalhos de isolamento em dois parágrafos - isolamentos

térmicos e acústicos - é necessária por àqueles corresponderem, de forma geral, execuções

distintas e a utilização de materiais diferentes.

31- Isolamento acústico com bandas

- Bandas de lã mineral com 0.25m de

largura, sobre o pavimento

2 - Isolamento acústico com material a granel

- Cinzas (resíduos de combustão) sobre

feltros betuminosos

Isolamento acústico com bandas

Isolamento acústicocom material a granel

3 - Sistema de isolamento acústico

- Telas de lã mineral e nódulos ou flocos de lã mineralSistema de isolamento acústico

4 O interesse em individualizar em rubricas próprias consoante as características do tipo de

isolamento preconizado advém de depender deste, dum modo geral, a forma de medição (ver

notas anteriores).

A - Laje de cobertura B -

Impermeabilização C -

Isolamento térmico D -

Camada de forma E -

Camada de betonilha F -

Lajetas de sombreamento

Isolamento térmico 1

com material a granel

a) A medição de isolamentos aplicados com desenvolvimento em superfície

e executados quer por placas ou por mantas, será realizada em m2,

b) A medição de isolamentos com desenvolvimento linear, de largura

constante e limitada, executados com placas ou bandas, será realizada em m

(definindo-se a respectiva largura).

14.2.3 Isolamento com material a granel ou moldado "in si tu"

a) A medição de isolamentos com material a granel será realizada em m3.

b) Poderão, todavia, ser realizadas em m2 de superfície isolada, desde que a

espessura do material de isolamento seja constante - ou varie linearmente, de

forma a ser possível considerar-se o seu valor médio - e se tenha em atenção o

referido na alínea b)1 das Regras Gerais do capítulo Isolamentos e

impermeabilizações.

a) No caso dos sistemas de isolamento térmico ou acústico, os seus

elementos constituintes deverão ser medidos conjuntamente numa única rubrica,

considerando que os trabalhos são executados pelo mesmo empreiteiro.

14.2.5 Trabalhos acessórios

a) A medição de dobras ou sobreposições será realizada em m, tendo-se

particularmente em atenção as prescrições já referidas na alínea b) das Regras

Gerais deste capítulo. Poderá, todavia, ser realizada em m2, no caso de dobras ou

sobreposições executadas por prolongamento dos materiais aplicados em

superfície corrente.

b) A medição de outros trabalhos de isolamento, necessários para a

passagem de canalizações, chaminés, condutas diversas, ou para as ligações na

periferia do isolamento, será realizada, quer à unidade (un) quer ao metro (m),

precisando-se as características dimensionais e particulares do trabalho

considerado.

1 b) No enunciado da medição devem ser explicitadas as características dos

materiais, bem como o seu modo de colocação em obra, nomeadamente:

- natureza dos materiais constituintes;

- condições de execução.

14.3 Impermeabilizações

14.3.1 Regras gerais

a) As medições serão efectuadas de modo a serem individualizadas em

rubricas1 próprias, correspondentes aos diferentes trabalhos de

impermeabilização, nomeadamente:

- impermeabilização de coberturas em terraço ou inclinadas;

- impermeabilização de elementos verticais;

- impermeabilização de elementos enterrados;

- impermeabilização de juntas.

b) As medições englobam o fornecimento e o assentamento de todos os

materiais e acessórios necessários àexecução dos trabalhos de

impermeabilização.

a) As camadas de forma de espessura variável para a realização de

pendentes em coberturas em terraço serão medidas em m2 de superfície

coberta, devendo ser indicada a sua espessura média. No caso de não ser

atribuída ao empreiteiro de impermeabilizações a realização daquela camada de

1 A individualização em rubricas próprias dos trabalhos de impermeabilização em coberturas

em terraço, paramentos verticais, elementos enterrados e juntas, é necessária por aqueles

trabalhos implicarem, de forma geral, execuções distintas e aplicarem materiais diferenciados.

2 A medição destes pontos singulares da impermeabilização em m justifica-se por ser

normalmente constante o seu desenvolvimento lateral, como se verifica na figura, em que se

apresentam soluções de muretes de juntas de dilatação.

A - Tampa metálica

com juntas

transversais de

dilatação

B - Grampo de fixação

da tampa

C - Empanque com

mastique

betuminoso

D - Feltro de

recobrimento

E - Placa de cofragem

deformável

forma, a sua medição deverá ser incluída em geral no capítulo Revestimentos,

ou particularmente no capítulo Isolamentos, se se tratar de camadas com função

simultânea de isolamento térmico1.

b) A medição do sistema de impermeabilização - betume asfáltico vazado a

quente, emulsões betuminosas, feltros ou telas betuminosos, membranas

betuminosas ou sintéticas, etc. - será efectuada em m2 de superfície coberta.

Esta superfície é calculada a partir das faces das platibandas ou dos bordos

interiores das caleiras perimetrais, quando estas existam.

c) A medição de caleiras, relevos e protecções da impermeabilização, na

sua ligação a platibandas e construções emergentes da cobertura (muretes de

juntas de dilatação2 aberturas de iluminação ou ventilação etc.), será realizada em

rrt. No caso de elementos de pequena dimensão3 - com desenvolvimento inferior a

1,00 m a medição deverá ser realizada por unidade (un). No caso de aberturas de

ventilação ou iluminação de pequena dimensão4 justifica-se a sua medição àunidade

(un).

d) A medição de camadas de protecção da impermeabilização será

efectuada em m2 de superfície coberta, com indicação da sua espessura e

constituição. Consideram-se camadas de protecção, somente as realizadas pelo

empreiteiro de impermeabilização. Assim, revestimentos de ladrilhos ou lajetas

de sombreamento5, devem ser medidos no capítulo Revestimentos.

e) As superfícies das aberturas de esgotos pluviais, de chaminés ou de

outros elementos só serão deduzidas, nas camadas de forma, impermeabilização

e camadas de protecção, quando as suas áreas forem iguais ou superiores a 1,00

m2.

f) Todos os trabalhos complementares de drenagem de águas pluviais -

rufos, funis, grelhas de protecção, tubos de queda - serão medidos pelas regras

indicadas no capítulo relativo a Coberturas.

sub-empreitadas. Poderá, todavia, dar-se o caso de a camada de forma ser simultaneamente

isolante. Considerar-se-á, então, a sua medição em Isolamentos, caso não se preveja a sua execução

pelo empreiteiro geral.

1 A inclusão no capítulo Revestimentos da camada de forma justifica-se sempre que se considere a

sua execução pelo empreiteiro geral, para assim ser possível individualizar as medições

correspondentes às

Como exemplo apresenta-se a camada de forma nos sistemas de impermeabilização

correntes utilizadas para coberturas em terraço, em que só excepcionalmente a camada de forma

é executada pelo empreiteiro que realiza a impermeabilização salvo, eventualmente, na solução

em que aquela camada é simultaneamente isolante.:

A - Laje de cobertura

B - Impermeabilização

C - Isolamento térmico

D - Camada de forma

E - Camada de betonilha

F - Camada de dessolidarização (filme de PVC ou geotêxtil)

Nas soluções em que se aplica uma camada de betonilha para aplicação da

impermeabilização, a sua medição deverá ser efectuada conjuntamente com a camada de forma,

devendo existir ainda uma camada de dessolidarização entre a camada de isolamento térmico e da

betonilha (ver figura). 2

Com emulsão betuminosa armada Com mastiques betuminosos

com fibra de vidro5 Os revestimentos de ladrilhos ou lajetas de sombreamento, como se indicam nas figuras

devem ser medidos no capítulo Revestimentos.

, Chapa metálica Placa de cofragem deforrnável

Impermeabilização emi duas

camadas

a) A medição de impermeabilizações de paramentos verticais com

materiais idênticos aos utilizados em coberturas em terraço será efectuada

pelas regras do capítulo Revestimentos. 1

1As impermeabilizações de elementos verticais implicam a necessidade duma definição

prévia dos revestimentos de acabamento e do pormenor das suas técnicas de aplicação, tendo em

conta a dificuldade de, em geral, assegurar a aderência dos rebocos comuns de acabamento, e

portanto a sua estabilização, quando se aplicam sobre bases betuminosas ou de membranas.

.

14.3.4 Impermeabilização de elementos enterrados

a) A medição de impermeabilizações de elementos enterrados com materiais

idênticos aos utilizados em coberturas em terraço será efectuada de acordo com

as regras anteriores.

b) Todos os trabalhos acessórios relativos a drenagem de águas pluviais e

subterrâneas serão considerados no capítulo Pavimentos e drenagens exteriores ou no

capítulo Instalações de canalização.

14.3.5 Impermeabilização de juntas

a) A medição de impermeabilizações de juntas de coberturas em terraço será

realizada em m tendo particularmente em atenção o estabelecido na alínea b)1 das

Regras Gerais relativas a Isolamentos e impermeabilizações, isto é, com referência

explícita da sua constituição, em pormenor e materiais aplicados.

b) A medição de impermeabilizações de juntas em elementos verticais será

realizada de forma idêntica àreferida na alínea anterior. 1

15. REVESTIMENTOS DE PAREDES, PiSOSf TECIOS E

ESCADAS

15.1 Regras gerais1

a) As medições de revestimentos serão discriminadas em:

1 - Revestimentos de paramentos exteriores de paredes2:

í) Revestimentos de estanquidade3 - podem ser constituídos por elementos

descontínuos4 - de fixação directa ao suporte ou independentes - por

ligantes hidráulicos armados5 e por ligantes sintéticos armados com rede de

fibra de vidro6,

íí) Revestimentos de impermeabilização7 - são deste tipo os revestimentos

tradicionais de ligantes hidráulicos8, (constituídos por crespido9,camada de

base10 e camada de acabamento11) e os revestimentos não-tradicionais de

ligantes hidráulicos12.

iii) Revestimentos de isolante térmico13 - são deste tipo os sistemas de

isolamento térmico por revestimento espesso sobre isolante14, os sistemas

1 b) No enunciado da medição devem ser explicitadas as características dos materiais, bem

como o seu modo de colocação em obra, nomeadamente:

- natureza dos materiais constituintes;

- condições de execução.

de isolamento térmico por revestimento delgado sobre isolante15, os de

argamassas de ligantes hidráulicos com inertes de material isolante16, os

sistemas de isolamento térmico por elementos descontínuos prefabricados17

e os sistemas de isolamento térmico obtidos por projecção "in si tu" de

isolante18.

iv) Revestimentos de acabamento ou decorativos19 - são deste tipo os de

ligantes hidráulicos (tradicionais ou não-tradicionais)20, os revestimentos

delgados de massas plásticas21, os delgados de ligantes mistos22, e também

os de elementos descontínuos23.2 - Revestimentos de paramentos interiores de paredes24

i) Revestimentos de regularização25 - são deste tipo os revestimentos de

ligantes hidráulicos26, os que têm como base o gesso (argamassas de

gesso e areia27] esboços de gesso, cal apagada e areia28 pastas de gesso29',

argamassas de gesso e inertes leves30, as misturas pré- doseadas31) e os de

ligantes sintéticos32.

ii) Revestimentos de acabamento33 - são deste tipo os revestimentos de

ligantes hidráulicos34; os de cal apagada35] os de cal apagada e gesso36; os

de gesso (estuques)37; os constituídos por produtos de cal apagada e

gesso pré-doseados38 e os ligantes sintéticos39

iii) Revestimentos resistentes à água40 - são deste tipo os revestimentos

cerâmicos41; os de pedra42] os epoxídicos43 e os de ligantes sintéticos

envernizados ou esmaltados44.

3 - Revestimentos de piso45 interiores e exteriores (inclui terraços):

i) Revestimentos executados "in situ”46 - são deste tipo as betonilhas,

calçadas, etc.

ii) Revestimentos manufacturados47 - são deste tipo os revestimentos de piso

seguintes:

- plásticos (vinílicos flexíveis sem suporte48, vinilicos flexíveis sobre

base resiliente49 e os vinílicos semi-flexíveis sem ou com amianto50);

- cerâmicos51;

- ladrilhos hidráulicos52;

- ladrilhos ou placas naturais53;

- Tacos e parquetes;

- Aglomerados de cortiça;

4 - Revestimentos de tectos interiores

Em geral são aplicáveis as classificações dos revestimentos de paramentos

interiores de paredes das presentes regras gerais e ainda os estafes e os tectos falsos

por componentes54.

5 - Revestimentos de tectos exteriores

6 - Revestimentos de escadas (lanços e patins)

b) As medições serão efectuadas de modo a serem individualizadas em rubricas,

tendo em atenção as características das camadas de revestimento e das superfícies a

revestir, nomeadamente:

- natureza dos materiais constituintes;

- composição das argamassas;

- dimensões das peças de revestimento (dimensões de ladrilhos, de

componentes de tectos falsos, etc);

- acabamentos das superfícies de revestimento;

- natureza, forma e posição das superfícies a revestir;

- condições de execução e métodos de assentamento55;

c) Em regra, as diferentes camadas que constituem os revestimentos serão

medidas em rubricas separadas, sobretudo se forem de materiais diferentes.

d) Sempre que conveniente, as camadas referidas na alínea anterior poderão ser

agrupadas na mesma rubrica56.

e) As medidas dos revestimentos serão obtidas a partir das cotas indicadas no

projecto, ou directamente na obra, de modo a traduzirem, regra geral, a totalidade da

superfície a revestir, não sendo deduzíveis as juntas de assentamento desses

revestimentos.

f) As medições das superfícies a revestir incluem as respectivas arestas57.

g) As medições englobam o fornecimento de materiais e todas as operações58

(carga, transporte, descarga, preparação e aplicação dos materiais, montagem e

desmontagem de andaimes, limpezas etc.) necessárias àexecução dos revestimentos.

h) Sempre que necessário, as operações referidas na alínea anterior poderão ser

separadas em rubricas próprias.

1Os revestimentos com cantarias, madeira, componentes metálicos, vidros e espelhos, exceptuando

as calçadas, e os tacos e parquetes-mosaico de madeira (que são abrangidos neste capitulo) serão

considerados respectivamente nos capítulos Cantarias, Carpintarias, Serralharias e Vidros e Espelhos. As

aplicações de papel, de alcatifa ou de tecidos, são consideradas como acabamentos e, como tal, incluídas

no capítulo Acabamentos. Os revestimentos de coberturas inclinadas são considerados no capitulo

Revestimentos de coberturas inclinadas.

2As regras estabelecidas são baseadas no princípio de dar mais relevância à designação do tipo e

complexidade dos trabalhos a executar, do que a pormenores relacionados com a medição detalhada

desses trabalhos. Para esse efeito considera-se uma classificação dos diferentes trabalhos baseada no

levantamento exaustivo desenvolvido por LUCAS [17] que teve em vista, além de agrupar as diferentes

soluções por classes de igual função, fornecer também dados técnicos que facilite ao orçamentista a

elaboração do preço para cada um destes tipos de revestimento.

3Um revestimento de estanquidade é o que garante praticamente por si só a estanquidade àágua

do conjunto tosco da parede-revestimento, mesmo se ocorrer fissuração limitada do suporte. São deste tipo,

os revestimentos constituídos por elementos descontínuos - de fixação directa ao suporte ou independentes

- os de ligantes hidráulicos armados e os de ligantes sintéticos armados com rede de fibra de vidro.

4 Revestimentos por elementos descontínuos - podem ter a forma de placas, réguas ou ladrilhos bem

como serem constituídos por elementos prefabricados de fibrocimento, betão, metal, plástico, madeira,

materiais cerâmicos e pedra natural. Podem ser fixados directamente ao suporte, ou mais

frequentemente, por intermédio de uma estrutura metálica ou de madeira, ou ainda por dispositivos

metálicos de pequenas dimensões para fixação pontual. Os primeiros são designados por revestimentos

descontínuos de fixação directa e os segundos, por revestimentos independentes do suporte. Estes

revestimentos podem ainda ser de:

- reduzidas dimensões faciais - tradícionalmente executados por fixação dos elementos sobre

uma estrutura de madeira (varas e ripas) e esta fixada à parede directamente, ou por

ligação realizada por esquadros que formam uma caixa de ar entre a estrutura e o suporte.

Saliente-se que actualmente as estruturas de fixação mais correntes são de perfis metálicos,

sendo os elementos pregados ou agrafados com juntas horizontais de recobrimento e as

verticais desencontradas. Os materiais constituintes dos elementos do revestimento podem

ser de barro vermelho, madeira, fibrocimento e pedra natural ou artificial. Saliente-se que a

pedra artificial tem menor e melhor regularidade de dimensões, no entanto podem existir

problemas de durabilidade, devendo por isso serem submetidas a ensaios de

envelhecimento.

- em forma de lâminas - Tal como nos nos anteriores, as lâminas são fixadas tradicionalmente

numa estrutura de madeira ou de perfis metálicos, por aparafusamento, pregagem ou

agrafagem, formando juntas de recobrimento com a maior dimensão na horizontal ou na

vertical, salientando-se que a primeira solução resolve mais facilmente a estanquidade das

juntas entre elementos. Os materiais mais comuns são lâminas de madeira, metálicas (aço

ou alumínio) e de plástico (termoendurecido ou termoplástico).

- de grandes dimensões faciais - o material mais utilizado para obtenção destes revestimentos,

é o fibrocimento, preferencialmente do tipo sílico-calcário e autoclavado para que não

existam variações dimensionais significativas. Pode ser também utilizado o fibrocimento

normal desde que tenham os furos de fixação ovalizados, bem como placas de material

plástico ou de chapa zincada. O sistema de fixação ao suporte é idêntico aos anteriores e as

juntas são de recobrimento.

- de pedra natural - neste tipo de revestimentos os elementos mais correntes são de pedra

natural, nomeadamente granitos e calcários. As juntas entre placas são sempre de topo e

não são tornadas estanques, pelo que só poderão ser revestimentos de estanquidade se

forem de fixação directa e os dispositivos de fixação lhes conferir uma caixa de ar entre a

parede e se esta for ventilada e munida dos dispositivos necessários à evacuação para. o

exterior da água infiltrada pelo revestimento. No caso contrário apenas será classificado

como revestimento decorativo.

As placas de pedra são geralmente de forma rectangular com dimensões variáveis e a

espessura é condicionada pela natureza da rocha, dimensões da placa, modo de fixação e

pelas acções a que são sujeitas. Assim, as placas são consideradas resistentes ou não-

resistentes, tendo as resistentes capacidade para se apoiarem umas nas outras pelos topos

horizontais, e os sistemas de fixação a função de evitarem apenas o derrube e, as não-

resistentes, são mantidas suspensas ou apoiadas por agrafos ou gatos que devem

desempenhar funções de suportar o peso das placas, resistir a acções horizontais (vento) e

absorver deformações diferenciais de origem termo-higrométrica. Saliente-se que os agrafos

devem ser de cobre, latão ou aço inoxidável e normalmente em número de quatro e com

diâmetros de 4 a 6 mm em função das espessuras das placas e, a sua fixação à parede pode

ser feita com chumbadouros de argamassa ou mecanicamente. Os gatos devem ser

constituídos por placas ou perfis metálicos em latão, bronze, aço inoxidável ou cobre e suas

ligas, sendo também quatro por placa e com fixação ao suporte por chumbadouros de

argamassa ou mecanicamente.

A escolha do processo de fixação das pedras é essencial, pois depende de vários factores,

nomeadamente do estado e tipo de suporte, da natureza das placas nomeadamente o peso

próprio e variações dimensionais, tal como se indica no quadro seguinte, referindo-se ainda

que são essenciais os processos de execução dessa fixação.

5 Revestimentos de ligantes hidráulicos armados e independentes - este tipo de revestimentos são

doseados e executados do mesmo modo que os revestimentos tradicionais de ligantes hidráulicos, a

descrever em posteriormente, sendo no entanto aplicados sobre uma armadura metálica de aço

galvanizado apoiada numa estrutura metálica fixada ao suporte. Tal como nos revestimentos descontínuos

independentes, a fixação àparede garante a formação de uma caixa de ar que pode ser preenchida por

material isolante.

6 Revestimentos de ligantes sintéticos armados com rede de fibra de vidro - Este tipo de revestimentos

são de concepção recente. Trata-se de um revestimento delgado a partir de produtos de ligantes sintéticos

com elevado teor de ligante e concebidos inicialmente para tratamentos curativos de fachadas que

apresentem problemas de estanquidade, nomeadamente devido à fissuração do revestimento antigo. São

aplicados em mais de uma demão, sendo entre as duas primeiras incorporada uma armadura de fibra de

vidro tratada contra os álcalis. Os produtos para este tipo de revestimento são pré-doseados em fábrica e

de fácil aplicação (idêntica àde uma tinta de água), garantindo o acabamento final da parede e não sendo

necessária qualquer pintura posterior.

7 Os revestimentos de impermeabilização têm a função de contribuir para que o conjunto tosco da

parede-revestimento seja estanque, devendo portanto limitar a quantidade de água que eventualmente

possa atinjir o suporte, pois é este que assegura a estanquidade requerida.

8 Estes revestimentos (também conhecidos por massas grossas, ou rebocos) têm vindo a ser

utilizados no nosso país durante muitos anos com muito bons resultados, graças àmão-de-obra qualificada

existente e ao respeito escrupuloso pelo modo de execução (número de camadas, intervalos de tempo de

secagem, argamassas bastardas, etc).

São normalmente executados a partir de argamassas preparadas em obra, com areia da região e

constituídos geralmente por 3 camadas designadas por crespido, camada de base - constituída por uma ou

duas camadas - e acabamento.

9Tem a função de assegurar a aderência ao suporte e reduzir a tendência desse suporte absorver a

água das outras camadas. É constituído por uma argamassa fortemente doseada em cimento geralmente

com traço volumétrico 1:2 e formando uma camada não uniforme de 3 a 5 mm lançada manuaimente de

uma forma vigorosa sobre o suporte, ou por projecção mecânica.

10Esta camada tem como função principal garantir a impermeabilidade da parede, bem como a

planeza e regularidade superficial e a boa aderência da camada de acabamento. Assim, a argamassa deve

ser homogénea, compacta e, tanto quanto possível não fissurável (bastarda), devendo ser constituída por

cimento, cal apagada e areia com traços volumétricos de 1:0.5:4 a 4.5 e 1:1:5 a 6 e com espessuras

uniformes de 10 a 15 mm. No caso da necessidade de existirem duas camadas (condições mais ou menos

severas de exposição, tipo de acabamento e grau de protecção pretendido), a segunda camada deverá

seguir a regra de dosagens de ligante cada vez mais pobres desde a base para a superfície, e a espessura

total ser de 20 mm.

11 Esta camada tem funções fundamentalmente decorativas mas além de contribuir para a

resistência aos choques, contribui também para a impermeabilidade, pois constitui a primeira barreira à

penetração da água. Assim, esta camada não deve fissurar - argamassa com pouco cimento e com

presença significativa de cal apagada- e preencher eventuais fissuras que tenham surgido na camada

base. São comuns os traços 1:1:5 a 6 e 1:2:8 a 9 com espessuras entre 5 a 10 mm conforme a textura da

superfície, podendo no caso de acabamentos do tipo projectado fino, ter espessura de 3 mm.

n Revestimentos não-tradicionais de ligantes hidráulicos - desde 1970 têm vindo a ser desenvolvidos e

aplicados diferentes tipos de revestimentos de ligantes hidráulicos pré-doseados em fábrica, aos quais

apenas é necessária a adição de água na obra, tendo-se assim conhecimento dos seguintes tipos:

- Produtos pré-doseados suecos - estes produtos (fabricados na Suécia) são misturas em pó,

constituídas essencialmente por cimento e areia; ou cimento, cal apagada e areia, sendo

adicionadas em obra a água de amassadura especificada na embalagem. Refira-se que

estes produtos não dispensam as 3 camadas referidas para os tradicionais, devendo em

cada camada ser utilizada a composição adequada.

- Produtos pré-doseados ingleses - estes produtos ingleses são de 3 tipos; pré-doseados de cal e

areia aos quais se torna necessária a adição em obra do cimento e água nas proporções

pretendidas; pré-doseados de cimento, ca! e areia (tal como nos suecos) e argamassas

prontas a aplicar com retardadores de presa para permitir o transporte e a aplicação.

- Produtos pré-doseados franceses - estes produtos diferem dos restantes por conterem além do

cimento, cal e areia, diversos tipos de adjuvantes (retentores de água, introdutores de ar,

hidrófogos, etc) e por vezes inertes especiais e fibras. Uma outra característica muito

importante é de serem de execução rápida por serem aplicados em camada única (em duas

demãos com tempo de espera de 2 a 5 h) de 10 a 15 rnm e serem habitualmente aplicados

por projecção. Refira-se que a aplicação destes revestimentos em França é maioritária

sendo os insucessos atribuídos a escolhas inadequadas do tipo ideal para o suporte -

compatibilidade mecânica - e a espessuras inferiores ss homologadas. Desconhece-se

contudo o comportamento a longo prazo quanto à possibilidade de uma durabilidade

próxima dos tradicionais.

13Existem quatro sistemas deste tipo com grande aplicação em França desde inicio dos anos 80,

dois dos quais já foram referidos nos revestimentos de estanquidade - sistemas de isolamento térmico por

revestimento de elementos descontínuos com isolante na caixa de ar, e sistemas de ligantes hidráulicos

armados e independentes com isolante na caixa de ar - e outros dois sistemas que serão descritos a seguir

(por revestimento espesso e por revestimento delgado). Recentemente surgiram mais 3 tipos de sistemas

de isolamento pelo exterior - de argamasssas de ligantes hidráulicos com inertes de material isolante, de

elementos descontínuos prefabricados, e por projeção in situ do isolante - cuja importância, embora não

sendo por enquanto comparáveis aos anteriores, têm vindo a ter alguns desenvolvimentos, sendo por isso

referidos sucintamente após descrição dos anteriores.

14Estes sistemas são habitualmente constituídos por um isolante em placas de poliestireno

expandido colado ao suporte, e por um revestimento (em geral do tipo não-tradicional) de ligantes

hidráulicos armado com uma rede metálica. Se o revestimento hidráulico não proporcionar acabamento,

pode ser aplicado um revestimento delgado de massas plásticas ou uma tinta.

Como o poliestireno expandido tem aderência deficiente com o revestimento hidráulico, aquele

deve ter ranhuras numa ou nas duas faces, ou serem revestidas por partículas de madeira mineralizadas e

aglomeradas com cimento. A armadura é em geral uma malha quadrada de aço galvanizado com 13 a 30

mm de lado e diâmetros entre 0.6 e 1.5 mm, fixa ao suporte por cavilhas. Saliente-se ainda que, tratando-

se de sistemas não-tradicionais os documentos de homologação detalham as características e campo de

utilização.

15São constituídos habitualmente por um isolante em placas de poliestireno expandido, colado ao

suporte por uma camada de base de ligante misto, armado com uma rede flexível, habitualmente de fibra

de vidro, e uma camada de acabamento de ligante orgânico constituída em geral pot massas plásticas). A

totalidade da espessura deste revestimento é de 25 a 30 mm (7 mm para as camadas de base e de

acabamento e o restante para o poliestireno expandido) [74], As placas de isolante são fixadas ao suporte

apenas por colagem e a camada base é aplicada em duas demãos entre as quais é inserida a armadura.

Os produtos de colagem resultam da mistura pré-doseada de resinas sintéticas em dispersão aquosa com

cargas minerais (sílica e calcite) e com cimento, originando uma argamassa-cola que pode também

colmatar algumas irregularidades do suporte. A camada de base do revestimento é executada com o

mesmo produto de colagem na maior parte dos sistemas deste tipo e a armadura é em fibra de vidro de

malha quadrada de abertura entre 3 e 5 mm. Saliente-se que a fibra de vidro apresenta grande

sensibilidade à humidade, sendo atacada pelos álcalis pelo que deve ser protegida com produtos

adequados para ser aplicada no sistema.

16 Estes revestimentos são recentes no mercado europeu e a maior parte das soluções patenteadas

ainda se encontram em fase de acerto de formulação. A sua constituição prevê em geral as três diferentes

camadas à base de produtos de ligantes hidráulicos já designadas por crespido (mas neste revestimento à

base de produtos não-tradicionais patenteados ou com produtos tradicionais adjuvados com emulsões

aquosas de resinas sintéticas), a camada de base com produtos não-tradicionais de inertes de material

isolante, cimento e cal aérea ou hidráulica e, a camada de protecção com produtos pré-doseados em fábrica

já descritos.

17São constituídos por um material isolante, habitualmente de poliestireno expandido de qualidade

inatacável pela água e de reduzida absorção de água. São revestidos exteriormente por uma película de

natureza metálica (alumínio laçado ou aço inoxidável), natureza mineral (fibrocimento, barro vermelho,

argamassa de ligantes hidráulicos armada com fibra de vidro) ou de natureza orgânica (PVC, poliester

reforçado, argamassa de ligantes sintéticos). As formas destes elementos podem ser de dimensões faciais

reduzidas (3 a 5 elementos em “escama” por m2), ou em forma de lâminas (com dimensões de 2.5 a 6 m

de comprimento e 0.2 a 0.4 m de largura).

18Estes revestimentos estão ainda em fase de desenvolvimento e têm como objectivo fundamental

serem aplicados numa única fase de operação. São constituídos essencialmente pela projecção sobre as

paredes, de produtos que, por expansão (geralmente o poliuretano), adquirem características

significativas de isolamento térmico.

A projecção é efectuada por demãos sucessivas, resultando de cada uma a espessura de = 10 mm,

todavia existem ainda muitos inconvenientes que têm impedido a sua generalização, nomeadamente os

custos elevados (do material e de investimento inicial), toxidade dos produtos durante a aplicação, e

necessidade de protecção mecânica dos paramentos com um revestimento por elementos descontínuos

que elimina os objectivos da aplicação em operação única.

19Os revestimentos de acabamento ou decorativos não têm a função de impermeabilização nem de

regularização superficial, devendo portanto ser aplicados apenas em suportes em que essas funções já se

encontrem completa ou maioritariamente garantidas. Assim as suas funções principais são de

proporcionar um aspecto agradável durante a vida do revestimento e participar na sua durabilidade,

contribuindo também para a protecção global da parede quer do tipo mecânico (por exemplo choques),

quer do tipo químico (poluição atmosférica, etc.).

Saliente-se no entanto, que alguns destes revestimentos têm aptidão para contribuírem de modo

significativo na impermeabilização da parede, sendo em algumas soluções indispensáveis para que a

impermeabilização seja perfeita, nomeadamente nos casos em que é necessário recobrir fissuras ligeiras

(por vezes inevitáveis). Estão nestes casos os revestimentos tradicionais de ligantes hidráulicos (tradicionais

ou não- tradicionais) e os revestimentos delgados de massas plásticas.

Assim, além dos três tipos já referidos, são considerados também os revestimentos delgados de ligantes

mistos (hidráulicos e sintéticos), revestimentos por elementos descontínuos de juntas não estanques (colados ou

fixados mecanicamente) e as pinturas.

20 Estas camadas de acabamento foram já descritos em pormenor nos revestimentos tradicionais

de ligantes hidráulicos e na última demão dos não-tradicionais de ligantes hidráulicos. São constituídas por

argamassas de cimento, de cal apagada, de cal hidráulica e bastardas, podendo ser coloridas na massa ou

pintadas após a aplicação, e o relevo da superfície dependente do processo de aplicação ou de tratamento

posterior.21 São constituídos pela combinação de um ligante (principalmente por resinas em dispersão

aquosa) com cargas minerais ou orgânicas inertes e, eventualmente, por pigmentos. A sua constituição

difere das tintas (principalmente das tintas texturadas) devido a possuírem cargas de maiores dimensões

e de granulometria não-uniforme, sendo também aplicáveis com camadas mais espessas (espessuras de 1

a 3 mm).

22 Estes revestimentos são constituídos por uma mistura de ligantes hidráulicos e de ligantes

sintéticos, preparados em obra por um dos seguintes modos; adição de produtos pré-doseados de cimento

e areia com massas plásticas; adição de produtos em pasta com base em ligantes sintéticos e cargas, com

cimento; ou ainda adição com água de produtos pré-doseados com cimento, areia e ligante sintético em

pó. São aplicados em camada delgada de 2 a 5 mm de espessura e podem ser armados com rede de fibra

de vidro.

23 como já foi anteriormente referido, estes revestimentos diferem essencialmente dos de

estanquidade de tipo semelhante, por não existir caixa de ar entre o revestimento e o suporte, ou por as

juntas entre elementos não serem estanques, devido a serem quase sempre preenchidas por argamassa

ou pasta de cimento. De igual modo, os ladrilhos, azulejos ou placas, utilizados nestes revestimentos, são

regra geral de dimensões inferiores aos de estanquidade e de uma gama mais variada de matérias primas,

embora os mais correntes sejam de materiais cerâmicos, argamassa, betão e pedra natural ou artificial.

24 Estes revestimentos são classificados em revestimentos de regularização quando responsáveis pelas

condições de planeza, verticalidade e regularidade superficial dos paramentos e em revestimentos de

acabamento quando, além de proporcionarem às paredes um complemento de regularização, são na

generalidade aplicados para conferirem o aspecto requerido pelas exigências de conforto visual.

25Como mais correntes, têm-se os de ligantes hidráulicos - tradicionais ou não - constituídos à base de

gesso, ou os de ligantes sintéticos, sendo a opção por cada tipo referido, por exemplo quanto ao grau de

resistência pretendida aos choques e àágua e do tipo de acabamento previsto.

26 Estes revestimentos podem ser tradicionais ou não. Os primeiros, devem ser preferencialmente

de argamassas bastardas com um dos traços volumétricos 1:0.25:3; 1:1:6; ou 1:2:9 ( cimento: cal apagada

em pó: areia) conforme a natureza do suporte e o tipo de acabamento previsto e, os segundos, são

executados com produtos pré-doseados em fábrica, semelhantes aos descritos para os paramentos

exteriores de paredes.

27Revestimentos de gesso e areia - nestes revestimentos distinguiram-se as situações de argamassas

para aplicação manual e as de aplicação mecânica. Nas primeiras, o gesso a utilizar pode ser o gesso

escuro ou pardo (gesso para esboço) aos traços volumétricos de 1:2 e 1:3 (gesso:areia). Nas argamassas

de aplicação mecânica, os gessos têm de ser mais finos com granulometria controlada e percentagem

significativa de partículas finas, sendo o início de presa destas argamassas muito mais retardado que as

tradicionais (2 a 3 h) e os traços volumétricos de 1:1.5 (gesso:areia siliciosa com partículas entre 0 e 2

mm) e um teor em água de amassadura de = 60 % da massa de gesso utilizada. A amassadura é

executada na máquina de projecção e a aplicação mecânica é realizada por uma única demão em camada

espessa de 10 a 20 mm.

28 Estas argamassas são constituídas por uma mistura de cal apagada em pasta e areia à qual se

adiciona gesso aquando a aplicação. O traço volumétrico tradicional é de 1:2:1 (gessoxal apagada em

pasta:areia), possuindo um tempo de presa superior às argamassas de gesso sem cal, sendo no entanto

aconselhável a utilização de um adjuvante retardador de presa.

29 Estes revestimentos de regularização são constituídos por uma pasta de gesso sem areia e

relação água/gesso de s 80 %, normalmente executados em duas demãos em que a primeira é um

crespido delgado de espessura não-uniforme, e a segunda uma camada contínua de espessura de 8 a 10

mm.

Para a aplicação por projecção, as pastas têm de ser adjuvadas com retardador de presa (início de

presa entre 1.5 a 2 h), retententor de água e plastificante, sendo nestes casos a aplicação realizada numa

única demão ou em duas se a espessura pretendida for > 15 mm.

30São constituídos por argamassas obtidas por adição de por exemplo vermiculite expandida ao

gesso preparado com relação água/gesso superior às pastas de gesso antes referidas. As paredes

regularizadas com estes revestimentos têm acabamentos posteriores de gesso sem inertes deste tipo, e

no caso de serem projectados mecanicamente, as argamassas são pré-doseadas em fábrica, sendo a

amassadura efectuada na própria máquina de projecção.

31 São constituídos por produtos com base em gesso, colocados em obra na forma de pó, sendo

adicionada apenas a água prescrita pelo fabricante. Existem produtos para aplicação manual e mecânica,

sendo constituídos por gesso de granulometria fina, cal apagada em pó, areia limpa, seca e calibrada e

ainda por micro-fibras e adjuvantes plastificantes e retentores de água.

32Estes revestimentos também designados vulgarmente por estuques sintéticos têm vindo a ser muito

considerados, principalmente pela existência de paramentos cada vez mais lisos, nomeadamente em

paredes de betão moldado de inertes correntes, paredes de alvenaria de blocos de betão celular

autoclavado, de argila expandida, e de painéis prefabricados, pois são habitualmente aplicados com

espessuras de 1 a 3 mm. São executados a partir de produtos em forma de pastas prontas-a-aplicar e

constituídos por resinas sintéticas em dispersões aquosas, por cargas de sílica ou de calcite, por

adjuvantes e, quando necessário por pigmentos.

33Os revestimentos de acabamento além de proporcionarem às paredes um complemento de

regularização, são na generalidade aplicados para satisfazerem as exigências de conforto visual. Estes

revestimentos são em geral do mesmo tipo dos de regularização que os precederam no suporte, mas de

menores teores de cimento no caso dos hidráulicos ou de granulometrias mais finas nos outros casos.

Refira- se ainda que poderão necessitar de aplicação posterior de um revestimento decorativo por razões

de ordem estética, ou um revestimento resistente àágua em alguns espaços dos edifícios.

34 Estes revestimentos podem ser do tipo tradicional ou não-tradicional, sendo executados com

argamassas de cimento, cal apagada e areia (1:1:6 ou 1:2:9), ou com produtos pré-doseados, apenas

quando os de regularização também tenham sido executados com o mesmo tipo de revestimento. Em

ambos os casos, estes revestimentos não proporcionam paramentos mais lisos do que os resultantes da

camada de regularização, pelo que são executados para obter determinado efeito de superfície ou para

complemento da regularização, não devendo ser alisados com talocha metálica para não aumentar o risco

de fissuração.

35 São constituídos por pasta de cal apagada ou de argamassa de cal apagada e areia fina, com

traços volumétricos de 1:0 ou 1 (cal apagada:areia), havendo menor retracção de secagem para o caso de

existir areia, necessitando no entanto muito tempo para concluírem o endurecimento. São aplicáveis

quando a regularização foi àbase de cimento ou de cal apagada, salientando-se que a tinta que

eventualmente se aplique sobre um revestimento deste tipo tem de ser muito resistente aos álcalis.

36São doseados com os traços entre 1:0.25 a 0.5:0 ale 1:0.25 a 1:0 (cal apagada em pasta: gesso:areia),

devendo os gessos serem de granulometria fina (gesso para estuque). Devem ser aplicados sobre

camadas de regularização de argamassas de cimento ou de cal apagada, ou ainda de argamassas de

gesso.

37São executados com pasta pura de gesso; com argamassas de gesso, cal apagada e areia (1:0 a

0.25:0 a 1) ou com pasta de gesso e cal apagada (1:0 a 0.25). Estes revestimentos são utizados em

superfícies regularizadas por argamassas de cimento ou de cal apagada, de argamassa de gesso ou pastas

de gesso puras, ou ainda de argamassas de gesso e inertes leves.

38Estes produtos são de constituição idêntica aos de regularização já referidos e só devem ser

aplicados sobre aqueles. O tempo de início de presa é inferior aos de regularização (= 30 minutos).

39São de constituição semelhante aos de regularização, mas as cargas apresentam uma

granulometria mais fina, podendo também ser pigmentados para dispensar a aplicação de revestimento

decorativo.

40Os revestimentos resistentes à água são utilizados na camada de acabamento de locais de edifícios

onde a presença da água seja frequente, nomeadamente em cozinhas, casas de banho, lavandarias, ou

ainda em zonas das paredes de outros locais em que seja necessária a limpeza por via húmida, pelo que

os materiais a serem utilizados não deverão ser deterioráveis pela água.

41 São executados com azulejos (de faiança calcária), ladrilhos de grés ou semi-grés (esmaltados ou

não) e eventualmente com ladrilhos de barro vermelho esmaltados. Podem ser aplicados por colagem ou

com argamassas de cimento, cal apagada e areia e ainda por colas não tradicionais (argamassas-colas,

cimentos- colas e colas de ligantes sintéticos).

42Podem ser de pedra natural ou artificial fixados mecanicamente aos suportes por agrafos ou

gatos, ou ainda se a massa e as dimensões dos elementos forem reduzidas, por simples colagem com

argamassa-colas

(elementos de massa < 30 kg/m^ e área < 600 cm2), cimentos-colas (elementos de massa < 15 kg/nr2 e

área < 225 cm2) ou colas de ligantes sintéticos (elementos de massa < 30 kg/m2 e área < 450 cm2).

43São sistemas constituídos por uma massa epoxídica ou de dispersão aquosa de ligantes sintéticos

de constituição idêntica à dos revestimentos de acabamento já referidos, sobre a qual se aplica uma tinta

epoxídica.

^Constituem um sistema que, por aplicação de um verniz ou esmalte sobre uma massa de

dispersões aquosas de ligantes sintéticos, é idêntica àdos revestimentos de acabamento de ligantes

sintéticos já referidos.

45Aos revestimentos de piso são estabelecidas regras de qualidade cujas quantificações devem ser

efectuadas para cada tipo de revestimento, sendo estes usualmente classificados em dois grandes grupos

designados por revestimentos executados "in situ" e por revestimentos manufacturados.

Como foi referido para os revestimentos de paredes, as regras estabelecidas são baseadas no

principio de dar mais relevância àdesignação do tipo de revestimento e complexidade dos trabalhos a

executar, do que a pormenores relacionados com a medição detalhada desses trabalhos. Para esse efeito

considera-se a classificação dos diferentes revestimentos e dos locais em que são aplicados, baseada nos

trabalhos de NASCIMENTO [18] e [19] que teve em vista, além da classificação, fornecer dados técnicos

que facilite ao projectista a especificação das exigências a estabelecer, ao medidor a sua quantificação, e

ao orçamentista o consequente conhecimento dessas exigências que permitam a elaboração do preço

para cada um destes tipos de revestimento.

Das exigências referidas, salientam-se as que necessitam de homologação prévia pelo LNEC (artigo

17 do RGEU [20] e que conduzem à determinação da classificação UPEC [18] dos revestimentos de piso

não- tradicionais.

46Os revestimentos executados "in situ" podem ser à base de ligantes minerais de cimento com

agregados correntes ou com agregados e endurecedores especiais, de ligantes orgânicos sintéticos

(acetato de polivinilo, poliéster, epoxi, etc), e ainda àbase de ligantes hidrocarbonados.

47Os revestimentos manufacturados têm normalmente a forma de placas ou ladrilhos e são

constituídos por materiais minerais (cerâmicos, pedra natural, betão ou argamassa com agregados

correntes ou com agregados e endurecedores especiais), por materiais lenhosos do tipo parquetes de

tacos, parquetes-mosaicos, parquetes em painéis e cortiça, por materiais hidrocarbonados, por materiais

orgânicos de resina betuminosa, cloreto de polivinilo sem suporte e sobre suporte, placas e peças de

linóleo e de elastómeros, e ainda por materiais de fibras têxteis naturais ou químicas, nomeadamente as

alcatifas tipo veludo tecida e não tecida, do tipo plano e outras.

48 Estes revestimentos são assim designados por não possuírem um suporte da camada de

desgaste. Apresentam-se em peças em rolo ou ladrilhos constituídos por uma ou mais camadas de folhas

(opacas ou transparentes, uniformes, marmoreadas ou impressas), ligadas por calandragem, dobragem,

prensagem ou indução, podendo assim ser homogéneos (folhas de composição e cor idênticas) ou

heterogéneos (folhas de composição e/ou cor diferentes). Também pertencem a este tipo de

revestimentos os que têm no tardoz ou integrada na camada uma armadura não higroscópica, como por

exemplo uma armadura não-tecida de fibra de vidro.

49 Estes revestimentos plásticos são constituídos por uma base resiliente que suporta a camada de

desgaste, existindo especificações de homologação para as camadas resilientes constituídas por feltro de

juta ou sintético, policloreto de vinilo (PVC) alveolar e PVC-cortiça.

50 Estes revestimentos são constituídos por ladrilhos termoplásticos semi-flexíveis compostos por

um ligante à base de copolímeros vinílicos, de plastificantes e outros aditivos, e por corantes e cargas

minerais, incluindo ou excluindo as fibras de amianto. O modo de obtenção é por calandragem e apresentam-

se habitualmente com superfície lisa geralmente marmoreada ou ainda com um relevo em que os motivos

se repetem regularmente.

51 Os revestimentos de piso constituídos por ladrihos cerâmicos são classificados além do processo

de fabrico, pelo coeficiente de absorção de água, NP-2349 (EN-87) [21], existindo assim três classes

identificadas

pelos símbolos A, B e C, ÈB quais correspondem respectivamente os processos de extrusão,

prensagem a seco e de moldagem e, para cada uma das classes, 4 grupos - I, Ha, llb e III - que

definem os valores limites dos coeficientes de absorção de água dessa classe. De igual modo, para

cada classe de ladrilhos existem normas que estabelecem as diferentes características a serem

observadas (formas, dimensões, aspecto e as propriedades fisicas, mecânicas e químicas), sendo os

diferentes produtos mais correntes agrupados do modo indicado no quadro seguinte [22].

52São constituídos por duas camadas designadas por camada base e camada de desgaste,

sendo ambas constituídas por uma argamassa com ligante hidráulico (cimento) em dosagem

adequada, mas a de desgaste contendo granulados de pedra dura (grânulos de calcário, mármore,

etc) e de máxima granulometria variável (NP-52 [23]). São correntes as designações de ladrilhos

hidráulicos em pasta, esquartelados e marmoritados em função quer da dimensão dos inertes da camada

de desgaste, quer do acabamento superficial (polimento ou esquartelamento).

53 Estes revestimentos de piso são habitualmente constituídos por rochas ornamentais, em

especial calcários, mármores, granitos e xistos. Devido à dificuldade actual de caracterização

mecânica e física deste tipo de revestimentos, devem sempre ser descritas as designações

comercialmente correntes e não o "calão industrial’ de considerar como mármore todas as rochas

ornamentais. Como exemplo, salienta-se que para as rochas ornamentais portuguesas [24] e [25],

existem 104 designações comerciais aplicadas a rochas exploradas nas pedreiras do país,

representando os mármores (calcários cristalinos) = 50 % e as restantes distribuídas pelos granitos,

calcários não-cristalinos, brechas e xistos.

54Os tectos falsos serão medidos de acordo com o material de que são executados. A estrutura

de suporte, por exemplo, engradado de madeira, em tectos de estafe e estuque, será incluída no

capitulo de carpintarias. Se se trata de elementos de suspensão, são incluídos geralmente na medição

do revestimento do tecto (estafe aramado, etc.). Nos pavimentos com revestimentos de tecto

constituídos por tecto-falso com ou sem isolante na caixa de ar, o isolante deverá ser incluído no

capítulo relativo a isolamentos e impermeabilizações.

55 Exemplos de condições de execução e métodos de assentamento

Nos exemplos apresentados, quer nos revestimentos dos lambris de azulejo, como dos

pavimentos com tacos e ladrilhos, foram tidas em consideração as condições de execução e o

método de assentamento.

De igual modo, foi tido em consideração a medição em rubricas separadas tendo em atenção o

descrito na alínea d) das presentes Regras gerais bem como na mesma rubrica as operações de emboço e

reboco, saliente-se contudo que podem no entanto ser consideradas duas operações numa só rubrica,

desde que ao elaborar o orçamento, no preço de aplicação, sejam consideradas as duas operações a

executar pelo mesmo sub-empreiteiro.

Como exemplo, geralmente as operações de emboço e reboco são englobadas na mesma

Classes e grupos de revestimentos de piso cerâmicos

Classes Grupos, coeficientes de absorção de água E (%) e descrições

(Processo de fabrico) I (E <3 ) lia (3< E < 6) llb (6< E< 10) III (E >10)A (Extrusão) Al Alia Al lb Alll

(Grés) (Grés/barro vermelho)

(Grés/barro vermelho)

(Barro vermelho)B (Prensagem a

seco)BI Blla BI lb BI 11

(Grés vitrificado)

(Barro vermelho) (Barro vermelho) (Barro vermelho)C (Moldagem) Cl Cila Cllb Clll

(Pasta de vidro) - - -

rubrica, não só por serem executadas, de uma maneira geral, com o mesmo material, como por na sua

execução se seguirem as duas operações, sempre feitas pelo mesmo operário.

Exemplo 1 - Revestimento de pavimentos com tacos tipo parquet-mosaico e com ladrilhos hidráulicos

Zona de circulação

REVESTIMENTO "In-situ"

Betonilha de cimento ao

traço 1:4, para

regularização e colagem

de tacos.

Z.

1 1.30 1.95

.80

x

2.0

0 .

70 x

2

.00

Portas P1 3 0.80 0.15o o

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Portas P2 1 0.70 0.10t- N O. O.

TACOS E PARQUETES

Tacos de pinho tipo

parquete, assentes com

cola branca, em

pavimentos.

Z. 1 1.30 1.95

O O

*- oH X

Portas P1 3 0.80 0.15o o

m uiPortas P2 1 0.70 0.10

o d» a

Nota: O rodapé será

medido no capítulo

relativo a carpintarias

Em revestimentos de tacos considerou-se em rubrica separada a execução da betonilha de

regularização, por este trabalho ser executado não só por pessoal diferente mas do mesmo

empreiteiro, enquanto a colocação de tacos é feita geralmente por sub-empreiteiros.

Para os ladrilhos hidráulicos, não se considerou a betonilha por a operação de assentamento

incluir a argamassa de enchimento. Saliente-se que se fossem por exemplo ladrilhos vinílicos, ter-se-

ia de medir a betonilha de regularização.

Na medição do rodapé de mosaico hidráulico, no compartimento 3 - Casa de banho não foi

medido o comprimento correspondente ao topo das banheiras revestidas de acordo com a alínea f)

das presentes regras gerais.

REVESTIMENTO "In-situ"

Betonilha de cimento ao

traço 1:4, para

regularização e colagem

de tacos.

Z. 1 1.30 1.95

s ° © ©

M dX M

s °® r-,

Portas P1 3 0.80 0.150 o1 t

Portas P2 1 0.70 0.10 r- ts|Q. CL

TACOS E PARQUETES

Tacos de pinho tipo

parquete, assentes com

cola branca, em

pavimentos.

Z. 1 1.30 1 95

o o

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Portas P1 3 0.80 0.15 2 °B m

Portas P2 1 0.70 0.10o d ■ (

Nota: 0 rodapé será

medido no capítulo

relativo a carpintarias

C-J“5 “5

IN

O ü.TO Jo.50 d| 1.00 0.80 |o.60

C--I

O1.45 i2. ■

r—.

05

De igual modo, foi tido em consideração a medição em rubricas separadas tendo em atenção o

descrito na alínea d) das presentes Regras gerais bem como na mesma rubrica as operações de emboço e

reboco* saliente-se contudo que podem no entanto ser consideradas duas operações numa só rubrica,

desde que s elaborar o orçamento, no preço de aplicação, sejam consideradas as duas operações a

executar pelo mesrnd sub-empreiteiro.

Como exemplo, geralmente as operações de emboço e reboco são englobadas na mesma

rubrica, nãd só por serem executadas, de uma maneira geral, com o mesmo material, como por na

sua execução se: seguirem as duas operações, sempre feitas pelo mesmo operário.

Exemplo 1 - Revestimento de pavimentos com tacos tipo parquet-mosaico e com ladrilhos hidráulicos

Zona de circulação

■I■

STIMENTO "In-situ"

I Betonilha de cimento ao j iraço 1:4 , para !

regularização e colagem

de lacos.

| TACOS E PARQUETES

Tacos de pinho tipo

parquete, assentes com

cola branca, em

pavimentos.

Nota: O rodapé será

medido no capitulo

relativo a carpintarias

2.40

2.40

3.95

3.95

© °

q qc4 dX X© ° 03 r*o 6

Xo

Quarto

Em revestimentos de tacos considerou-se em rubrica separada a execução da betonilha de

regularização, por este trabalho ser executado não só por pessoal diferente mas do mesmo

empreiteiro, enquanto a colocação de tacos é feita geralmente por sub-empreiteiros.

Para os ladrilhos hidráulicos, não se considerou a betonilha por a operação de assentamento

incluir a argamassa de enchimento. Saliente-se que se fossem por exemplo ladrilhos vinilicos, ter-se-

ia de medir a betonilha de regularização.

Na medição do rodapé de mosaico hidráulico, no compartimento 3 - Casa de banho não foi

medido o comprimento correspondente ao topo das banheiras revestidas de acordo com a alínea f) das

presentes regras gerais.

LADRILHOS

Ladrilhos hidráulicos

de pasta, em

pavimentos

A deduzir: Banheira

Rodapé de

ladrilho hidráulico

de pasta

A deduzir: Porta P2

O

ooo

1.30

1.30

1.30

0.90

1.50

1.10

0.56

0.70

2.10

0.60

O03

' 1.45 T £.30

EXEMPLO 2 - Revestimentos de paredes interiores

No emboço e reboco interior da casa de banho foi deduzida a área correspondente ao lambril

de azulejo, por este revestimento ter sido considerado com assentamento à maneira tradicional, isto

é, directamente sobre a base de pano de tijolo.

Saliente-se contudo que poderá ser considerado o emboço e reboco na superfície

correspondente ao lambril de azulejo se este, como por exemplo nos azulejos tipo "pastilha" for

aplicado sobre o reboco.

REV. DE REGULARIZAÇÃO

Emboço e reboco com argamassa bastarda de cimento, cal aérea hidratada e areia ao traço 1:2:6, em paredes interiores

A deduzir: Portas

Pt Portas

P2

REV. DE ACABAMENTO

Esboço e estuque em paredes interiores

(Medição igual ã anterior)

1.30

1,95

0.80

0.70

2.80

2.80

2.00

2,00

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CM

0.T0

0.50

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d

1.45

O .30

Paredes interiores - Quarto

REV. DE REGULARIZAÇÃO

Emboço e reboco com argamassa bastarda de cimento, cal aérea hidratada e areia ao traço 1:2:6, em paredes interiores

A deduzir: Porta P

7 Janela J1

REV. DE ACABAMENTO

Esboço e estuque em paredes interiores

(Medição igual à anterior)

2.40

3.95

0.80

0.80

2.80

2.80

2.00

1.10

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0.T0

0.50 o| 1.00

0.80 |o.6o|o

1.45

2.30

LADRILHOSLambril de azulejo branco de 14 x 14,

à fiada.

A deduzir: Porta

P2 Topos da

banheira

REV. DE REGULARIZAÇÃO

Emboço e reboco com argamassa bastarda de cimento, cal aérea hidratada e areia ao traço 1:2:6, em paredes interiores

A deduzir: Porta P2

REV. DE ACABAMENTO

Esboço e estuque em paredes interiores

(Medição igual à anterior)

1

1

1

1

1

1

2

1.30

0.90

2.10

1.70

0.56

0.70

0.60

1 1.30

1 0.90

1 2.10

1 1.70

1 0.56

1 0.70

1.50

1.50

1.50

1.50

1.50

1.50

0.40

1.30

1.30

1.30

1.30

1.30

0.50

O o0 ©tM eJX X2 °00 r-,

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o oTO

X H2 ° oo mo dcJ"5 -S

Foram deduzidas as áreas correspondentes aos topos das banheiras, por não se tratar de uma

intersecção, mas sim de uma zona não rebocada.

EXEMPLO 3 - Revestimentos de tectos

Zona de circulação

REV. DE REGULARIZAÇÃO

Chapinhado de argamassa fluida de areia e cimento ao traço 1:3, sobre superfície de betão.

REV. DE ACABAMENTO

Esboço e estuque em

tectos

(Medição igual à anterior)

REV. DE REGULARIZAÇÃO

Chapinhado de argamassa fluida de areia e cimento ao traço 1:3, sobre superfície de betão.

REV. DE ACABAMENTO

Esboço e estuque em

tectos

(Medição igual à anterior)

Sanea corrida em tectos

1.30

1.95

2.40

2.403.95

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1.45

2.90

Quarto

3.95

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CL CL

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CM

o o

1.45

2 .90

Casa de banho

a) A medição será realizada em rrf.

b) As medições serão efectuadas separadamente, conforme as superfícies

dos paramentos sejam:

- verticais ou inclinadas;

- planas ou curvas;

- com outras formas;

c) A determinação das medidas para a elaboração das medições, obedecerá,

em geral, às regras seguintes:

1- As medidas a considerar são as das cotas de limpos das superfícies

vistas.

2- No caso de superfícies irregulares2, a medição será determinada

a partir da área de projecção da superfície a revestir sobre a

superfície de base3

d) As áreas correspondentes a aberturas4 (vãos, passagem de condutas, etc),

à intersecção de vigas5 e outros elementos, só serão deduzidas quando superiores a

0.25 m2. As áreas dos enquadramentos dos vãos6 serão medidas em m em rubricas

próprias, considerando os seguintes agrupamentos de larguras:

- larguras inferiores a 10 cm- larguras superiores ou iguais a 10 cm e inferiores a 20 cm

- larguras superiores ou iguais a 20 cm

e) Os revestimentos das cornijas serão medidos em rubricas próprias. A

medição será realizada em m ou rrf consoante for mais indicado7.

f) Os revestimentos dos pilares isolados, colunas, embasamentos, socos ou

outras partes isoladas da obra, serão medidos em m2, em rubricas próprias8.

g) Os frisos, as alhetas, as molduras9 e outros elementos de guarnecimento

serão medidos em m2 ou m 10. O respectivo comprimento será determinado sobre a

superfície de base destes elementos11.

h) Os rodapés, as saneas12 e outros elementos de transição entre paredes e

pavimentos ou tectos, serão considerados respectivamente nas rubricas de

revestimentos de pavimentos ou escadas e de tectos.

REV.DE IMPERMEABILIZE

Emboço e reboco com argamassa hidrofugada ao traço 1:4, em paredes exteriores

Alçado frenteAlçado lateral direito

A deduzir: Janela

J7 Chaminé (exemplo)

CAMADA DE ACABAMENTO

Emboço e massa de areia (roscone) em paredes exteriores

(Medição igual ã anterior)

4.35

0.80

4.40

0.80

0.70

0.70

0.55

3.50

3.50

3.50

.10

0,85

1.10

1.00

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0.80 (o.60

C4

O

1.45 2 .30

i) As áreas sob os rodapés13 serão consideradas sempre que a altura

destes elementos não exceder 0,10 m. Para alturas superiores, as áreas sob os

rodapés só serão medidas quando estes forem assentes sobre os revestimentos

dos paramentos.

1De preferência, as medições dos revestimentos devem ser discriminadas por

compartimentos nomeadamente quartos, salas, casas de banho, cozinhas, vestíbulos, corredores,

átrios, etc. (ver como exemplo os revestimentos de pavimentos) e outros locais (escadas, varandas,

fachadas, empenas, chaminés), e devem mencionar os números ou referências indicadas no projecto.

2Neste caso, a medição será feita a partir da área de projecção da superfície a revestir,isto é,

não serão tidos em consideração os acréscimos de área a revestir, devido à irregularidade da

superfície de parede.

3Considera-se superfície de base a que define a orientação geral do paramento.

4Nos exemplos apresentados no subcapitulo anterior pode verificar-se que na medição dos

rebocos deduz-se somente a área da janela Ji por ser a única cuja área é superior a 0.25 m2.

De igual modo, na medição dos revestimentos de paramentos interiores, tem-se:

- no compartimento 1, foi feita a dedução das áreas correspondentes àporta e àjanela;

- no compartimento 2, foram deduzidas as áreas correspondentes SB portas;

- no compartimento 3, foi somente deduzida a área correspondente à porta P2, por a

área correspondente àárea da Janela J2 ser inferior a 0.25 m2.

sAs intersecções das vigas nas paredes, isto é, a área não rebocada devido a essas

intersecções só serão deduzidas quando superiores a 0.25 m2'

A medição do enquadramento dos vãos pode ser feita juntamente com a do revestimento dos

paramentos das fachadas ou em rubrica própria, se se considerar que o seu preço é onerado pelas

condições de execução.

Neste exemplo, no revestimento dos paramentos interiores não foi medida a área

correspondente ao enquadramento dos vãos, por o aro das janelas estar fixado no extremo da gola.

7Os revestimentos das cornijas, sendo em geral um trabalho executado por corrimento de

molde, será medido em m. Dá-se porém possibilidade de ser medido em m2 quando for julgado mais

conveniente para a determinação dos custos e para a execução de cada tipo de trabalho,

planificando-se a área revestida.

8Sendo geralmente diferente o custo do trabalho de revestimento de elementos isolados do

realizado em superfícies contínuas (caso dos pilares e colunas) ou com espessuras e acabamentos

diferentes (caso dos envasamentos ou socos), julgou-se conveniente indicar que a medição será feita

em rubrica própria.

9Estes elementos quando de madeira, metálicos ou de pedra, serão considerados

respectivamente nos capítulos relativos a Carpintarias, Serralharias e Cantarias.

10Ver nota da alínea e).11 Considera-se superfície de base a que define a orientação gerai do paramento,

12Tal como na alínea g) Estes elementos quando de madeira, metálicos ou de pedra, serão

considerados respectivamente nos capítulos relativos a Carpintarias, Serralharias e Cantarias.

13Na medição dos revestimentos dos paramentos das paredes interiores, a altura a considerar

será a do pé direito, sempre que a altura do rodapé não excede 0,10 m. Para alturas superiores do

rodapé, será ao pé direito deduzida a altura correspondente do rodapé, a não ser que este seja

assente sobre o revestimento, como por vezes sucede para o reboco.

a) A medição será realizada em mz.

b) As medições serão efectuadas separadamente, de acordo com as

características das superfícies:

- horizontais e inclinadas;

- curvas;

- de outras formas .

c) A medição será determinada a partir das cotas de limpos das superfícies

vistas1 incluindo as áreas correspondentes aos enxalsos e aos vãos das paredes.

Regra geral, devem considerar-se as áreas sob os rodapés.

d) Quando os revestimentos dos pavimentos não forem horizontais ou

planos, as medições serão realizadas de acordo com as dimensões efectivas2.

e) As áreas correspondentes a pilares, colunas, chaminés e outros

elementos ou as relativas a aberturas (para a passagem de condutas,

canalizações, etc.) só serão deduzidas quando a cada elemento ou abertura

corresponder uma superfície de pavimento superior a 0.25 m2.

f) Os rodapés serão discriminados em rubricas próprias com a indicação da

sua secção. A medição será realizada em m. O comprimento será medido sobre o

paramento em que o rodapé estiver colocado3.

1 As superfícies vistas correspondentes aos vãos das portas, no exemplo que se apresenta,

foram medidas no pavimento do compartimento 2, de acordo com a indicação do movimento e,

portanto, da colocação das portas.

Zona de Circulação

Em geral, a área será determinada pelo produto do comprimento da directriz peia sua largura.

Exemplo: Casa de banho

LADRILHOS

Ladrilhos hidráulicos de pasta, em pavimentos

A deduzir: Banheira

Rodapé de ladrilho hidráulico de pasta

A deduzir: Porta P2

1.30

1.30

1.300.901.501.10

0.56

0.70

1.50

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0.50 8 1.00 | 0.80 |o.60

|°O

1.45

£.30

a) A medição será efectuada separadamente, para os patins, degraus,

guarda- chapins, rodapés e outros elementos.

b) A medição dos patins será realizada em m2.

c) O revestimento das superfícies inferiores dos lanços e patins será incluído

em rubrica própria1, de acordo com as regras estabelecidas para os tectos.

d) Os topos vistos2 dos lanços e patins nas escadas com bomba ou de leque

serão medidos em rubricas próprias. Quando de madeira, ou de pedra, serão

incluídos nos capítulos respectivos.

e) A medição do revestimento dos degraus3 será efectuada separadamente

para espelhos e pisos, de acordo com as unidades seguintes:

- para revestimentos contínuos, m2;

- para revestimentos com peças lineares, em m.

f) Os focinhos dos degraus, quando executados de material diferente, serão

medidos em m, em rubricas próprias. Se forem metálicos ou de pedra, serão

incluídos nos respectivos capítulos. As faixas anti-derrapantes, incluídas por vezes

no revestimento dos pisos dos degraus, serão medidas em rubricas próprias, em

m, com indicação das suas dimensões (largura e espessura)4.

g) As regras de medição e as unidades respectivas das medições de guarda-

chapins (ou rodapés recortados), rodapés e outros elementos, serão os já indicados

neste capítulo para elementos semelhantes. No entanto, os rodapés dos lanços de

escada serão medidos separadamente dos relativos aos patins.

No exemplo são indicados os

elementos a medir, referidos nesta rubrica. I \

Rodapé recortado/

Teclo do lanços e patins

'i-

Topo doslanços epatins

Ver figura.

Considerando por exemplo que a

medição para os degraus é de estes serem

revestidos a marmorite a unidade de

medição é em mz. Salienta-se que, como nos

casos indicados para o revestimento de

pavimentos de azulejos, mosaicos

hidráulicos e tacos, pode ser incluído ou não

na mesma medição a betonilha de

regularização e a camada de desgaste de

marmorite.

ili

Faixa anti «der rap ante

r

a) A medição será realizada em m2.

b) As medições serão efectuadas separadamente, de acordo com o tipo de

laje, (por exemplo, maciças ou aligeiradas) e também comas características das

suas superfícies, nomeadamente:

- horizontais ou inclinadas;

- curvas;

- de outras formas.

c) As medições serão determinadas a partir das cotas de limpo das

superfícies. Os revestimentos das superfícies das vigas1 serão incluídos nos

revestimentos de paredes ou dos tectos, conforme se situem no prolongamento

das paredes ou nos tectos .

d) Quando os revestimentos de tectos não forem horizontais ou planos, as

medições serão realizadas de acordo com as dimensões efectivas2.

e) As áreas correspondentes a pilares, colunas, chaminés e outros elementos

e os relativos a aberturas (para passagens de condutas, canalizações e armaduras

de instalações de iluminação, etc.) só serão deduzidas3 quando a cada elemento ou

abertura corresponder uma superfície superior a 0.25 m2.

f) As saneas, molduras e outros elementos de guarnecimento serão

discriminados em rubricas próprias4, com indicação da sua secção. A medição será

realizada em m; o comprimento será determinado sobre o paramento em que estes

elementos forem executados ou colocados.

g) Os elementos de suporte5 dos revestimentos de tectos falsos serão, em

geral, discriminados em rubricas próprias, com indicação da sua constituição e

respectivos elementos. A medição6 será realizada em m2.

h) A medição7 dos tectos falsos por componentes1 será também realizada em

m2 e separada em rubricas próprias, de acordo com a constituição e as dimensões

dos componentes.1 Num tecto vigado, o revestimento das superfícies das vigas, conforme a sua localização,

será incluído no revestimento do tecto ou das paredes..

1Tectos falsos por componentes são os constituídos por elementos isolados e acabados,

suspensos ou apoiados por meio de dispositivos apropriados.

Em geral, a superfície será determinada pelo produto do comprinento da directriz pela sua

largura. No caso, por exemplo, de tectos curvos ou em madeira, as medições serão realizadas de

acordo com as dimensões das superícies efectivamente a revestir.

3 Do mesmo modo que para o revestimento de pavimentos, não serão deduzidas as áreas

correspondentes aos elementos indicados e de superfície igual ou inferior a 0,25 m2 para cada

elemento.

4 Do mesmo modo que se indicou para as cornijas, tratando-se de elementos executados por

corrimento de um molde, a medição será realizada em m. O mesmo se dará para elementos pré-

fabricados e colocados por aderência, como é o caso de frisos e molduras de estuque e outros

materiais.

5 Estruturas de madeira, metálicas ou de outro material.

6 Os tectos falsos serão medidos de acordo com o material de que são executados.

A estrutura de suporte, por exemplo, engradado de madeira, em tectos de estafe e estuque,

será incluida no capítulo de carpintaria. Se se trata de elementos de suspensão, são incluídos

geralmente na medição do revestimento do tecto (estafe aramado, etc.).

7 0 que se indicou na alínea anterior, referente a elementos de suspensão, aplica-se à medição

de tectos falsos por componentes, isto é: os tectos falsos serão medidos de acordo com o material de

que são executados.

A estrutura de suporte, por exemplo, engradado de madeira, em tectos de estafe e estuque,

será incluída no capítulo de carpintaria. Se se trata de elementos de suspensão, são incluídos

geralmente na medição do revestimento do tecto (estafe aramado, etc.). 8

16. REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS

16.1 Regras gerais1

a) As medições dos revestimentos serão agrupadas em subcapítulos1 2,

conforme se trate de revestimento com telhas, soletos3, chapas metálicas, chapas

de fibrocimento, etc.

b) As medições serão efectuadas de modo a serem individualizadas em

1 A medição dos revestimentos de coberturas em terraço será incluída nos capítulos

Revestimentos e Isolamentos e Impermeabilizações.

2Conforme vem sendo salientado, as medições deverão ser agrupadas conforme o material de

que é feito o revestimento.3 Soleto - Placa de ardósia para revestimento de coberturas.

rubricas próprias4, tendo em atenção a forma e modo de colocação do material

utilizado no revestimento, nomeadamente5:

- natureza dos materiais constituintes;

- dimensões das peças de revestimento6;

- métodos de assentamento7;

- condições de execução8.

c) As medições serão obtidas a partir do projecto, ou directamente na obra,

de modo a traduzirem a verdadeira grandeza das dimensões dos elementos1.

d) As dimensões englobam o fornecimento dos materiais e acessórios e todas

as operações necessárias àexecução dos revestimentos10.

e) Sempre que necessário, as operações indicadas na alínea anterior poderão

ser separadas em alíneas próprias.

f) Os elementos especiais de cobertura, como telhas-passadeiras,

ventiladoras, etc., poderão, se necessário, serem medidos em separado11.

Como objectivo fundamental é de constituírem uma sfntese das condições técnicas de maior

interesse para a determinação dos custos e para a execução de cada tipo de trabaiho.

6Deverão ainda ser separadas se, por exemplo;

- houver revestimento de telha moldada de encaixe ou de telha tipo romana;

- houver revestimento, por exemplo, de chapa ondulada de fibrocimento, poderá haver

necessidade de separar o revestimento das chapas conforme a medida desta, etc.

7Sobreposição, argamassa, ganchos de arame, etc.

Poderá, por vezes, também haver conveniência em separar em rubricas próprias revestimentos

dos mesmos materiais mas em que as sobreposições pretendidas são diferentes.

Também, por exemplo no que se refere à telha, convirá individualizar a telha assente sobre

ripado da telha argamassada ou da telha aramada.

8No que se refere às condições de execução, convirá, com certeza, individualizar os

revestimentos de águas muito inclinados de outros com menor inclinação. 9

10Como exemplo, quando se faz a medição do revestimento com telha aramada, os ganchos

estão incluídos na operação; do mesmo modo, quando se faz a medição do revestimento com chapa

de fibrocimento os tirafundos ou grampos e anilhas estão incluídos na medição. Evidentemente que o

caderno de encargos deverá especificar o tipo de assentamento.

1Esta alínea tem como objectivo salientar que o revestimento das coberturas inclinadas não é

medido pela sua projecção em planta.

A alínea e) permite, porém, que esses elementos possam ser considerados em alíneas

próprias; isso porém depende do critério adoptado na medição. O mesmo sucede com os elementos

especiais indicados na alínea f).

É evidente que o preço de aplicação utilizado para a elaboração do orçamento deverá ter em

consideração a incidência do custo dos acessórios, por unidade de medição, no caso destes estarem

incluídos nos trabalhos previstos.

11As chaminés, ventiladores, respiros, etc., quando constituindo parte de instalações ou

trabalhos medidos em capítulo próprio (chaminés de alvenaria, ventilações de esgoto, etc.) não são

incluídos neste capítulo.

í

16.2 Revestimentos de coberturas1

a) As medições1 2 das águas ou tacaniças de uma cobertura de telhado serão

realizadas em mz, de modo a traduzirem o desenvolvimento total3 da superfície a

revestir.

b) As áreas correspondentes à intersecção de outros elementos (chaminés,

ventilações, etc.), só serão deduzidas quando superiores a 1,00 m2.

c) Os beirados, quando constituam um trabalho distinto do restante

revestimento da cobertura, serão medidos em rubrica própria, com indicação da

natureza do material de'

que são executados. A medição será realizada em m. Os cantos ou tornejos, sempre

que executados com peças especiais, serão medidos em rubrica própria, e a

medição feita à unidade (un)4,

d) As cumieiras, rincões e larós5, serão discriminadas em rubricas próprias,

com indicação da natureza do material de que são executadas. As medições serão

realizadas em m.

e) Na medição do revestimento da cobertura das trapeiras, serão tidas

em consideração as regras formuladas anteriormente.

f) As medições do revestimento de superfícies verticais6, com material

idêntico ao das coberturas, será feito de acordo com as regras anteriores.

g) As telhas de vidro e elementos de ventilação não constituídos por caixilhos7

serão medidos àunidade.

h) Os acrotérios, coroamentos das paredes, as balaustradas, as grades

de resguardo, escadas e patins para limpeza de chaminés e outros elementos

afins, serão medidos nos respectivos capítulos8, de acordo com o material de que

são executados.

i) As chaminés, ventiladores e respiros, quando constituindo parte de

instalações ou trabalhos medidos em capítulos próprios (chaminés de alvenaria,

ventilações de esgoto, etc.) não serão incluídos neste capítulo9.

1 Incluem remates de material semelhante ao do revestimento, como cumieiras, rincões,

telhões de algeroz, etc.. Os remates de zinco ou semelhantes, geralmente executados por funileiro

ou picheleiro, serão considerados em drenagens de águas pluviais.2 As madres, varas e ripas serão consideradas no capítulo relativo a carpintarias.

3Esta alínea tem como objectivo salientar que o revestimento das coberturas inclinadas não é

medido pela sua projecção em planta.

4Nas coberturas com a queda livre das águas das chuvas, nem sempre o beirado é executado

com material e técnica diferente da das águas do revestimento da cobertura. Sempre que tal suceda, os

beirados deverão ser medidos em rubrica própria.

Também os cantos ou tornejos de beirado são por vezes executados com peças apropriadas e

especiais (geralmente um conjunto de 11 peças) fornecidas em separado pelas cerâmicas. Quando tal

se preveja, deverão ser medidos também em rubrica própria.

6São casos raros mas por vezes utilizados no revestimento de trapeiras e de paredes de corpos

salientes da cobertura,

7Quando se preveja a aplicação de elementos estranhos ao material do revestimento da

cobertura, como telhas de vidro, calotas de plástico etc., integrados no próprio revestimento, deverão

ser medidos em rubrica própria. Quando esses elementos forem por exemplo clarabóias, lanternins e

outros elementos com caixilhos, serão medidos nos capítulos respectivos em que forem considerados os

trabalhos de execução dos respectivos suportes.

Assim, se a armação para assentamento dos vidros for em perfis metálicos, serão considerados

no capítulo referente a caixilharia metálica e, se forem de madeira, no de caixilharias de madeira, etc..

8Todos os elementos estranhos ao revestimento da cobertura serão considerados nos respectivos

capítulos, de acordo com o material de que são executados.

Assim, as chaminés de tijolo serão consideradas nas alvenarias; as balaustradas no capitulo

respectivo do material de que forem executadas; as guardas metálicas nas serralharias, etc.

Se porém se tratar por exemplo de chaminés de fibrocimento, deverão ser incluídas no capítulo

de revestimento da cobertura, mas em rubrica própria, de acordo com a alínea f) das regras gerais.

0 Ver nota da alínea anterior.16.3 Drenagem de águas pluviais1

a) As caleiras de algeroz ou de larós2 serão medidas em rubricas próprias, tendo

em consideração não só o material de que são constituídos e modo de execução e

1Os trabalhos de drenagem de águas pluviais, tanto de coberturas inclinadas como de terraços,

executados com os materiais tradicionais (principalmente zinco) geralmente por funileiro ou picheleiro,

constituindo também remates entre revestimentos e elementos de construção, serão considerados

neste capitulo.

Os tubos de queda, quando exteriores aos paramentos, mesmo que constituídos por outro

material, poderão também ser aqui considerados. No entanto, as redes de esgoto de águas pluviais,

geralmente situadas no interior do edifício, serão consideradas no capítulo relativo a Instalação de esgoto

de águas pluviais.

apoio, como o desenvolvimento das suas secções transversais3. A medição será

realizada em m.

b) Os tubos de queda de águas pluviais, zinco, chapa zincada, fibrocimento ou

material plástico, serão medidos em rubricas próprias, tendo em consideração a

natureza do material constituinte e as condições de execução4. A sua medição será

realizada em m. Os funis, bacias, ralos ou outros acessórios5, quando existirem, serão

medidos à unidade

(un).

c) Os remates com paramentos verticais (abas, rufos e canais)1 serão medidos

em rubricas próprias, com indicação do material de que são executados. A medição

será realizada em m.

1

z

REVESTIMENTO DACOBEKTURA

Chapa de zinco rf 12 em caieias de laro

1 7.C0

Remate de chapa de zinco rf 12, em paramentes verticais

Chaminé

2 1.502 1.40

3Chamamos aqui somente a atenção para, na medição das caleiras de algeroz, serem

tomados em consideração não só o modo de apoio e fixação mas o desenvolvimento da sua secção

transversal. Com efeito, não convirá englobar na mesma rubrica algerozes apoiados em caleira de

alvenaria ou no madeiramento do telhado e algerozes apoiados em grampos ou consolas; do mesmo

modo, haverá que atender ao desenvolvimento da sua secção transversal, pois o seu preço va riará

de acordo com a quantidade de chapa aplicada por metro.Na maioria dos casos, poder-se-á tomar a secção média para efeitos da elaboração do preço

unitário

médio.

4Na medição do revestimento de coberturas, adoptou-se o critério tradicional de incluir os

trabalhos de drenagem de águas pluviais normalmente executados por funileiro ou picheleiro. De

acordo também com o que é usual, estendeu-se esse critério aos trabalhos feitos com material de

fibrocimento ou plástico.

5 Julgou-se conveniente medir em separado os funis, bacias, ralos ou outros acessórios, que

variam conforme o tipo de ligação que se pretende entre as caleiras e os tubos de queda. 6

REVESnVENromCOBEmVRA Chapa cfe

zinco tf 12 em caleias de algeroz

1 12.501 6.501 4.501 10.00

1 3.001 8.00

17. VIDROS E ESPELHOS

17.1 Regras gerais1

a) As medições serão realizadas de modo a serem individualizadas e

descritas em rubricas próprias, de acordo com as seguintes características:

- Tipo, qualidade e padrão do vidro, de acordo com a classificação

comercial corrente, nomeadamente: vidro liso (corrente, escolhido e

para espalhar), polido ou despolido e impresso, e vidros especiais tais

como o vidro armado, temperado, térmico, etc.;

- Espessura nominal do vidro em mm;

- Classe da dimensão superficial de cada chapa2;

- Natureza do enquadramento ou suporte onde o vidro será montado,

nomeadamente caixilhos de madeira, de alumínio, de cimento, etc.;

- Sistema de montagem, principalmente o tipo de fixação e de vedante;

- Em casos especiais, os tipos de acabamento ou decoração, tais como:

gravura, acabamento de arestas e cantos, abertura de furos, filetes,

rincões, etc..

b) Os materiais semelhantes ao vidro e com as mesmas funções serão

medidos pelas mesmas regras.

c) As medições deverão indicar as referências de identificação dos suportes

de vidro, ou locais de aplicação mencionados no projecto, de forma a permitir a

sua verificação.

d) A medição compreenderá o fornecimento, corte e colocação, incluindo os

materiais de fixação e de vedação3.

e) Na medição de espelhos, além das características enunciadas na alínea

a), devem ser consideradas também as seguintes:

- qualidade de espelhagem;

- tipo de cobertura do tardoz;

- tipo de acabamento de arestas, de decoração, número de furos, etc.;

- tipo de fixação e acessórios.

f) As medidas para o cálculo da medição de chapas de vidro ou de espelho

serão sempre obtidas do menor rectângulo circunscrito, com arredondamento ao

cm nas medidas lineares.

1A medição dos mosaicos de vidro será incluída no capítulo relativo a Revestimentos. Os

tijolos e telhas de vidro serão medidas respectivamente pelas regras relativas a Alvenarias, e a

Revestimentos de Coberturas.

2O preço do vidro depende, além de outras características, da classe de dimensões

superficiais em que as chapas se podem incluir. Por este motivo, será necessário separar em rubricas

próprias as chapas relativas ás diferentes classes de dimensões superficiais estabelecidas pela

Comissão Técnica Coordenadora dos Comerciantes de Vidros e Espelhos. Sempre que as dimensões

das chapas excederem as dimensões normais de fabrico, deverá ficar convenientemente explícito.

3A medição dos bites será incluída na dos caixilhos.

17.2 Chapa de vidro em caixilhos

a) A medição será feita em m2, segundo as dimensões aparentes do vidro

("vão-luz") colocado nos caixilhos.

17.3 Divisórias de vidro perfilado

a) A medição será feita em m2.

b) As medidas para a determinação das medições são as das dimensões do vão.

17.4 Portas e janelas de vidro

a) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), para o conjunto dos

elementos principais e acessórios, com indicação das seguintes características:

- constituição;

- tipo de movimento ou modo de abrir;

- dimensões;

- tipo de ferragens.

b) Os guarnecimentos de vãos e os aros serão medidos nos capítulos

relativos à natureza dos respectivos trabalhos.

c) As medidas para a caracterização das medições serão as das folhas.

17.5 Persianas com lâmina de vidro

a) A medição será realizada segundo as regras relativas a portas e janelas de

vidro, com indicação do número e dimensões das lâminas de cada elemento.

17.6 Espelhos

a) Regra geral, a medição de espelhos será realizada à unidade (un), incluindo

ferragens, com indicação das respectivas dimensões.

b) Os espelhos integrados em caixilhos serão medidos pelas regras indicadas

em chapa de vidro em caixilhos.

c) Os espelhos com função de revestimentos (por exemplo em casas de

banho, integrados em mobiliário, etc) serão medidos em m2.

18. PINTURAS

18.1 Regras gerais1

a) As medições serão realizadas de modo a ficarem individualizadas e

descritas em rubricas próprias, de acordo com as seguintes características:

- natureza do trabalho, nomeadamente: pintura e tinta de esmalte, a

tinta de água, caiação, velatura, enceramento, envernizamento,

metalização a frio, e outros trabalhos semelhantes;

- natureza e qualidade dos materiais2;

- natureza e acabamento da superfície a pintar3;

- trabalhos preparatórios da superfície a pintar (limpeza, decapagem,

lixagem, selagem, isolamento de nós, remoção de pintura, etc.);

- trabalhos preparatórios da pintura, nomeadamente: número de

demãos de primários e barrameníos;

- trabalhos e número de demãos de acabamento;

- condições de execução.

b) As medições serão em regra ordenadas em grupos correspondentes à

natureza dos trabalhos4 relativos à execução dos elementos a pintar. Dentro de

cada grupo, a ordenação será idêntica àadaptada no capítulo relativo a esses

trabalhos5.

c) A medição englobará todas as operações relativas à execução dos

trabalhos de pintura, nomeadamente os de fornecimento e preparação de

materiais, os trabalhos de preparação das superfícies e preparatórios de pintura e

a pintura propriamente dita, com seu acabamento.

d) Regra geral, as pinturas, principalmente as de grandes superfícies, serão

medidas em mz, com as excepções indicadas nas alineas das rubricas seguintes.

e) As medidas para a determinação das medições serão, em geral, as

estabelecidas no capítulo relativo a Revestimentos. No caso de superfícies irregulares

ou superfícies onduladas, a medição será determinada a partir da área de projecção

da superfície a pintar sobre a superfície de base6 e separada em rubricas próprias.

O acréscimo não considerado será incluído no respectivo preço unitário.

f) As medições de pintura de perfis7 cujo perímetro pintado não exceda 0,30 m

serão feitas em m e agrupadas em rubricas correspondentes a 3 classes de

dimensões do perímetro pintado8.

g) Os perfis com perímetro pintado superior a 0,30 m serão medidos em m1 2 3

4. A área de pintura será obtida pelo produto do desenvolvimento do perímetro

pintado pelo comprimento do perfil.

h) A medição da pintura de tubos e condutas será realizada de acordo com as

regras indicadas nas alíneas f) e g) anteriores. O perímetro pintado será

determinado a partir do diâmetro exterior.

i) A pintura de pequenas peças isoladas será medida àunidade (un) .

j) Os trabalhos especiais de pintura, como por exemplo os de decoração, não

são objecto destas regras. O medidor deverá indicar no enunciado da medição

destes trabalhos as regras que adoptar.

I) Quando os elementos de construção são fornecidos para a obra já

pintados, a medição da pintura poderá ser incluída nos trabalhos de execução

daqueles elementos, conforme foi referido nas alíneas ff dos capítulos Carpintarias e

Serralharias.5 Na medição de pinturas de carpintarias, por exemplo, seria de adoptar a seguinte ordenação:

pintura de estruturas, escadas, portas e janelas, guardas, balaustradas e corrimãos, revestimentos e

guarnecimentos, e equipamento.

6 Considera-se superfície de base a que define a orientação geral da superfície.

7 Exemplo de alguns elementos com forma de perfil: rodapés, frisos, molduras, algerozes,

corrimãos, etc.. Para facilitar a medição de pinturas de peças compridas , cujo perímetro a pintar não

exceda 0,30 m, optou-se pela medição em m por facilitar a determinação do custo pela aplicação de

um preço unitário determinado em conformidade.

1 Este capitulo inclui todos os trabalhos que possam ser considerados como pintura em

sentido lato, como, por exemplo: caiação, envernizamento, enceramento, metalização a frio, etc.. Os

acabamentos como o enceramento e limpeza de pavimentos, o revestimento a papel, etc. são

incluídos no capitulo relativo a Acabamentos.

2 A natureza e qualidade dos materiais diz respeito àcomposição das tintas, primários,

etc.. Neste caso, serão individualizadas as pinturas de qualidade diferente como, por exemplo: tinta

de água para exteriores, tinta de água para interiores, etc..

3 Por natureza e acabamento da superfície a pintar, entende-se que deverá ser individualizada,

por exemplo, a pintura sobre madeira, a pintura sobre ferro, a pintura sobre reboco áspero, sobre

reboco liso, etc.. É evidente que não só a composição da tinta ou preparação da base são diferentes

como a quantidade de tinta e outros elementos necessários àpreparação das superfícies varia.

4Por exemplo, pintura de elementos em betão, de estruturas metálicas, carpintarias,

serralharias, paredes, pavimentos e tectos (ou dos seus revestimentos), canalizações, etc..

8 classes de dimensões do perímetro pintado designadas por:

9 Carpintarias

f) Regra geral, a pintura e outros acabamentos semelhantes (envernizamento, enceramento,

etc.) serão considerados no capítulo Pinturas, principalmente quando estes trabalhos forem

executados no estaleiro da obra.

Salienta-se que quando se trata de elementos que venham prontos de fábrica, não haverá

qualquer interesse na separação das rubricas, caso dos estores, mas já o mesmo se não verifica

quando o fornecimento, o assentamento e o acabamento são feitos por sub-empreiteiros diferentes,

situação em que é de todo imprescindível a referida separação.

Serralharias

f) Regra geral, a pintura e outros acabamentos semelhantes serão considerados na rubrica

Pinturas, principalmente quando estes trabalhos forem executados no estaleiro. No entanto, a medição

compreenderá a decapagem e a aplicação sobre os elementos duma protecção, sempre que as

especificações do projecto exigirem a execução destes trabalhos antes do fornecimento daqueles

elementos.

Salienta-se que em serralharias de alumínio não haverá que considerar a decapagem, mas sim

apenas a anodização e respectiva protecção até acabamento dos trabalhos de montagem na obra.

Em serralharias de aço, já haverá que considerar a decapagem e metalização, sempre que as

especificações do projecto o exigirem.

Classe A Perímetro pintado < 0,10 mClasse B 0,10 m < Perímetro pintado < 0,20 mClasse C 0,20 m < Perímetro pintado < 0,30 m

a) Regra geral, a medição será realizada de acordo com as regras gerais

indicadas neste capítulo.

b) Quando for conveniente a medição poderá ser realizada em kg, segundo o

peso dos elementos constituintes da estrutura metálica1.

c) Os elementos indicados na alínea anterior deverão ser separados em

rubricas próprias, de acordo com a dificuldade de execução da pintura1 2, segundo

as classes de perfis indicadas na alínea f) das Regras Gerais do capítulo Estrututas

Metálicas.

1 É usual a medição das estruturas metálicas ser realizada em kg. Julgou-se prático

utilizar esta unidade para realizar a medição de pintura desses elementos.

2 Do mesmo modo que a medição dos elementos de estrutura devem ser separados de acordo

com as dimensões dos elementos constituintes, julgou-se de separar em rubricas próprias a pintura

desses elementos, de acordo com a dificuldade de pintura e áreas a revestir para cada elemento.

18.3 Pintura de portas e portões1

a) A medição da pintura das folhas será realizada em m2 em ambas as faces.

b) A medição da pintura dos guarnecimentos e dos aros será realizada de

acordo com as regras das alíneas f) e g2) das Regras Gerais deste capítulo.

c) A pintura de portas e portões que implique dificuldades especiais de

execução1, poderá ser medida separadamente em rubricas próprias.

d) A pintura de portões metálicos com grande número de motivos

ornamentais poderá ser medida àunidade (un).

1As portadas de janelas serão também medidas por estas regras.

2 f) As medições de pintura de perfis cujo perímetro pintado não exceda 0,30 m serão feitas em

m e agrupadas em rubricas correspondentes SB 3 classes de dimensões do perímetro pintado que se

indicam:

Como exemplo de alguns elementos com forma de perfil, têm-se os rodapés, frisos, molduras,

algerozes, corrimãos, etc..

Para facilitar a medição de pinturas de peças compridas , cujo perímetro a pintar não exceda

0,30 m, optou-se pela medição em m por facilitar a determinação do custo pela aplicação de um

preço unitário determinado em conformidade.

g) Os perfis com perímetro pintado superior a 0,30 m serão medidos em m2„ A área de pintura

será obtida pelo produto do desenvolvimento do perímetro pintado pelo comprimento do perfil.

a)Os caixilhos, para efeito de medição da respectiva pintura, serão

agrupados, de acordo com a área vista de cada peça de vidro em classes2 3 4.

Quando o mesmo caixilho tiver peças de vidro correspondentes a mais de uma

classe, deverá ser classificado na classe correspondente àda área média dos vidros.

1 Nomeadamente portas almofadadas, envidraçadas, etc.

2 Nesta rubrica incluem-se, além das janelas de peito e de sacada, outros elementos

envidraçados semelhantes, como por exemplo as clarabóias.

3 Regra geral, os pintores não orçamentam os trabalhos de pintura de caixilhos por m 2

de pintura, mas

4sim à unidade, o que origina sempre grandes diferenças entre os orçamentos elaborados por

medição e os

Classe A Perímetro pintado < 0,10 mClasse B 0,10 m < Perímetro pintado < 0,20 mClasse C 0,20 m < Perímetro pintado < 0,30 m

b) A pintura dos elementos componentes dos caixilhos pertencentes à

classe D será medida segundo as regras das alíneas f) e gf das Regras Gerais deste

capítulo.

c)A medição da pintura dos caixilhos pertencentes às classes A, B e C será

realizada em m2, em ambas as faces, separando em rubricas próprias os trabalhos

relativos a caixilhos correspondentes a diferentes classes.

d)Regra geral, a medição da pintura de aros e guarnecimentos será feita

separadamente, em rubricas próprias, pelas regras enunciadas nas alíneas f) e g)1

das Regras Gerais, No entanto, no caso de caixilhos fixos, a medição da pintura

destes elementos poderá ser incluída na dos caixilhos, caso estes trabalhos se

realizem em conjunto2.

e)As medidas para a determinação das medições serão as utilizadas na

medição dos próprios elementos3, excepto no que respeita às dos perímetros

pintados dos aros, guarnecimentos e caixilhos da classe D que serão obtidas de

acordo com o indicado nas alíneas f) eg) das regras gerais deste capítulo.

1elaborados s unidade. Dada a dificuldade de estabelecer regras para a medição à unidade - e

consequente fixação do custo deste trabalho - optou-se pela solução de fixar classes diferentes para

os vários tipos de caixilhos, a que corresponderão preços unitários diferentes.

2A determinação dos preços unitários deverá ser feita por observação directa de cada classe

de caixilhos considerados, o que diminuirá as diferenças entre os dois critérios de medição.

3Como exemplo, apresentam-se esquemas de caixilhos para as várias classes, nos quais se

verifica ser fácil a separação pelas classes.

À classe A correspondem

caixilhos de vidros pequenos,

geralmente com pinásios

cruzados.

CLASSE AVidros com área

inferior a 0,10 m

À classe C correspondem

principalmente as portas de

sacada de um ou dois batentes,

de grandes vidros.

CLASSE C Vidros com área entre0.50 e 1.00 LÜ

m2

Y A

0.70■*---------------------1

CLASSE D Vidros com

área sup. a

2.1 .00 m

À classe B correspondem as

janelas de peito, actualmente

usadas com poucos ou nenhuns

pinásios.

À classe D correspondem

geralmente, os grandes envidraçados, montras, etc..

Assim, para a elaboração do orçamento de portas e janelas, é necessário dispor dos preços

unitários correspondentes aos seguintes elementos:1 - Preço para pintura de superfícies2 - Preço para pintura de perfis e de caixilhos das classes A, B, C e D

Cada um destes preços é determinado por observação directa em função da quantidade de

tinta, e outros materiais necessários àpreparação das superfícies, e da mão-de-obra empregue.

f) As medições de pintura de perfis cujo perímetro pintado não exceda 0,30 m serão feitas em

m e agrupadas em rubricas correspondentes ás 3 classes de dimensões do perímetro pintado que se

indicam:

Como exemplo de alguns elementos com forma de perfil, têm-se os rodapés, frisos, molduras,

algerozes, corrimãos, etc..

Para facilitar a medição de pinturas de peças compridas , cujo perímetro a pintar não exceda

0,30 m, optou-se pela medição em m por facilitar a determinação do custo pela aplicação de um

preço unitário determinado em conformidade.

g) Os perfis com perímetro pintado superior a 0,30 m serão medidos em m2. A área de pintura

será obtida pelo produto do desenvolvimento do perímetro pintado pelo comprimento do perfil.

4Ver nota da alínea b).

5Isto é, caso a pintura dos caixilhos fixos e dos aros se faça no decorrer das mesmas operações.

6Por exemplo, as medidas para a elaboração da medição dos trabalhos de pintura dum

determinado caixilho serão as utilizadas na medição dos trabalhos de execução do caixilho (alíneas e)

de Portas, janelas e outros elementos em vãos, dos capítulos Carpintarias e Serralharias).

Classe A Perímetro pintado <0,10 mClasse B 0,10 m < Perímetro pintado <0,20 mClasse C 0,20 m < Perímetro pintado < 0,30 m

18.5 Outros elementos em vãos

a) A medição da pintura de outros elementos em vãos - nomeadamente

estores, persianas, grades de vãos, portas de lagarto, redes e grelhas - será

realizada em m2 nas duas faces, em rubrica própria, para cada tipo de elemento

com as mesmas características.

b) As grelhagens de betão serão medidas segundo as regras da alínea anterior.

c) As caixas de estore serão medidas segundo as regras indicadas nas

alíneas f) e gf das Regras Gerais deste capítulo.

d) As medidas para a determinação de medições serão as do enquadramento

do vão onde os elementos se inserem.

1f) As medições de pintura de perfís cujo perímetro pintado não exceda 0,30 m serão feitas em

m e agrupadas em rubricas correspondentes ÈB 3 classes de dimensões do perímetro pintado que se

indicam:

Como exemplo de alguns elementos com forma de perfil, têm-se os rodapés, frisos, molduras,

algerozes, corrimãos, etc..

Para facilitar a medição de pinturas de peças compridas , cujo perímetro a pintar não exceda

0,30 m, optou-se peia medição em m por facilitar a determinação do custo pela aplicação de um

preço unitário determinado em conformidade.

Classe A Perímetro pintado ^ 0,10 mClasse B

0,10 m < Perímetro pintado ^ 0,20 mClasse C

0,20 m < Perímetro pintado ^ 0,30 m

g) Os perfis com perímetro pintado superior a 0,30 m serão medidos em m2. A área de pintura

será obtida pelo produto do desenvolvimento do perímetro pintado pelo comprimento do perfil.

a) A pintura de grades e guardas constituídas por perfis, serão medidas em

m2, numa face, em rubrica própria, para cada tipo de elemento com as mesmas

características.

b) A medição da pintura dos corrimãos isolados ou dos que recebam uma

pintura diferente da respectiva guarda será realizada segundo as regras indicadas

na alínea alíneas f) e g)1 das Regras gerais deste capítulo.

c) No caso de elementos especiais, como por exemplo balaustres e

acrotérios, a medição deverá ser feita à unidade (un).

1f) As medições de pintura de perfis cujo perímetro pintado não exceda 0,30 m serão feitas em

m e agrupadas em rubricas correspondentes SB 3 ciasses de dimensões do perímetro pintado que se

indicam:

Como exemplo de alguns elementos com forma de perfil, têm-se os rodapés, frisos, molduras,

algerozes, corrimãos, etc..

Para facilitar a medição de pinturas de peças compridas , cujo perímetro a pintar não exceda

0,30 m, optou-se pela medição em m por facilitar a determinação do custo pela aplicação de um

preço unitário determinado em conformidade.

g) Os perfis com perímetro pintado superior a 0,30 m serão medidos em m2. A área de pintura

será obtida pelo produto do desenvolvimento do perímetro pintado pelo comprimento do perfil.

Classe A Perímetro pintado ^ 0,10 mClasse B

0,10 m < Perímetro pintado ^ 0,20 mClasse C 0,20 m < Perímetro pintado ^ 0,30 m

a) Regra geral, a medição será realizada àunidade (un).

b) A medição da pintura de elementos de equipamento com grandes

superfícies lisas (nomeadamente armários fixos1) poderá ser realizada m2. Deverão

ser explicitadas as faces e vistas a pintar. A área de medição deverá corresponder

àárea explicitada.

1Os armários fixos são geralmente pintados nas superfícies exteriores, nas superfícies

interiores das portas e nas vistas da armação interior. Por isso se chama a atenção para a

necessidade de se fazer a indicação da área a pintar.

19. ACABAMENTOS

19.1 Regras gerais

Nesta designação, incluem-se todos os trabalhos que não se encontram

incluídos nos Capítulos anteriores e/ou seguintes e que são constituídos por

trabalhos finais de uma obra.

19.2 Afagamento e acabamento de pavimentos de madeira e cortiça

a) A medição será realizada em m2 e indicará a espécie da madeira e a

forma em que se apresenta1 (réguas, tacos, parquetes-mosaico, etc.).

b) Deverá indicar-se, além das demãos de cera ou verniz, os trabalhos

preparatórios a realizar e o aspecto final pretendido2.

c) O tipo e especificação técnica dos materiais de acabamento e preparação

deverão ser claramente indicados. 1 2

19.3 Acabamento de pavimentos de ladrilhos cerâmicos, de

mármore e pastas compósitas

a) A medição será realizada em rrt2 e deverá indicar o tipo de tratamento

1Esta recomendação é feita pela circunstância de ser muito variável o rendimento das

máquinas de afagar, como o consumo de lixas e o próprio tipo destas, face às características das

madeiras a tratar. A dureza das madeiras e o seu conteúdo em óleos e resinas têm influência

significativa nos rendimentos e na qualidade das lixas.

2A especificação do material, as demãos e o aspecto final pretendido, para além de estarem

relacionados com a qualidade da preparação e meios referidos na nota anterior, é também

determinante da quantidade e qualidade das operações.

previsto, os materiais a aplicar e o aspecto finai desejado1.

1 Quer se trate de ladrilhos cerâmicos, quer de mármore ou pastas compósitas, ainda que

tenha havido o cuidado de os proteger após o assentamento, será sempre necessário um tratamento

final de acabamento. Este será mais ou menos cuidado, conforme o aspecto final desejado e a

utilização prevista. A medição deverá especificar o material ou materiais a utilizar, ainda quando se

pretenda simplesmente obter a aparência de estado natural.

19.4 Acabamento de pavimentos com alcatifas, tapetes ou

passadeiras

a) A medição1 das alcatifas será realizada ao m1 2, com indicação do número

de vãos de porta e/ou janela. Os tapetes e passadeiras serão medidos à unidade

(un) , com indicação das suas dimensões.

b) A qualidade, a cor e a estrutura da alcatifa, tapete ou passadeira, bem

como a fixação e remates previstos, deverão ser claramente especificados na

medição2.

1 Estas medições deverão identificar bem os compartimentos e outros locais onde são aplicadas.

2A indicação do método de fixação e remates é indispensável para a definição das operações a

executar, bem como para a avaliação dos materiais necessários.

19.5 Acabamento de paredes com papei colado ou panos

decorativos1

a) A medição1 2 será realizada ao m2, com a indicação da quantidade e

dimensão de vãos a contornar3.

b) A qualidade e características do material, como da base intermediária4 (se

for caso disso), e os remates previstos, deverão ser bem definidos na medição.

1 São geralmente considerados como revestimentos decorativos, e a eles compete

conferir, quando as camadas de revestimento anteriores não o tenham conseguido, o aspecto

requerido pelas exigências funcionais de conforto visual. Fazem parte deste tipo os revestimentos

comercializados em rolo, os quais são considerados como revestimentos flexíveis destinados a aplicação

por colagem (colas celulósicas correntes ou de resinas vinílicas) aplicada em toda a superfície de

contacto com o suporte.

Os tipos de materiais constituintes mais correntes são o papel pintado, revestimento vinílico

sobre papel, revestimento plástico, revestimentos têxtil sobre papel e os revestimentos de laminado

de cortiça.

São classificados como não laváveis, se não permitem a eliminação de quaisquer sujidades

húmidas sem se degradarem; moderadamente laváveis, se a maior parte das sujidades domésticas de

veículo aquoso podem ser eliminadas com pano ou esponja macia humedecida com água adicionada

de sabão e laváveis se as sujidades domésticas de veiculo aquoso e algumas com base em solvente,

podem ser eliminadas por fricção com esponja ou com escova macia humedecidas com água e sabão.2Estas medições deverão identificar bem os compartimentos e outros locais onde são aplicadas.

3 Pelas mesmas razões apontadas para as alcatifas, embora com influência menos

significativa, dadas as larguras dos papéis e panos e a circunstância de existirem sempre costuras, a

caracterização das superfícies a revestir tem bastante importância pela influência na mão-de-obra de

assentamento.

4 Sobretudo quando se trate de estuques virgens; a aplicação destes materiais de

acabamento exige, por vezes, a utilização de um intermediário de preparação, que tem que ser

especificado e medido. Para os panos, sobretudo os de mais alto custo, a aplicação poderá exigir a

utilização de bastidores de madeira e molduras de remate.

19.6 Outros acabamentos

a) O critério de medição será sempre encontrado a partir das condições

habituais de aplicação dos materiais, tendo-se em atenção as suas dimensões de

fabrico e consequentes desperdícios não recuperáveis na obra, como no caso das

alcatifas.

b) Quando sejam fornecidos em pasta, produto pastoso ou líquido, a medição

dos trabalhos processa-se como se recomendou para as pinturas (m2) e de acordo

com as regras ali expressas que melhor se adaptem ao tipo de acabamento em

análise.

c) Sempre que o acabamento previsto exija preparação prévia das

superfícies, ou a aplicação de material intermediário, as operações

correspondentes serão descriminadas e objecto de medição em separado.

20. INSTALAÇÕES DE CANALIZAÇÃO

20.1 Regras gerais1

a) As medições serão realizadas de modo a ficarem individualizadas nos

subcapítulos que constituem o presente capítulo1.

b) As medições dos trabalhos que normalmente não são executados por

empresas especializadas em canalizações serão consideradas separadamente em

grupos próprios3 ou nos capítulos referentes a esses trabalhos.

c) Regra geral, a medição englobará as operações de fabrico, fornecimento,

execução, assentamento ou montagem.

d) Sempre que necessário, as operações indicadas na alínea anterior poderão

ser medidas separadamente em rubricas próprias.

e) As medições serão individualizadas, em rubricas próprias de acordo com

as características das canalizações, principalmente as seguintes:

- natureza dos materiais constituintes dos tubos e acessórios;

- características dos tubos e acessórios nomeadamente: diâmetro

nominal (DN), classe ou série e outras características (como por

exemplo tubos soldados ou sem costura, etc.):

- tipo de ligação dos tubos;

- tipo de protecção, de isolamento e de acabamento das canalizações;

- condições de execução4.

f) Regra geral, a medição da canalização será realizada em m, incluindo os

acessórios dos tubos. As medidas serão determinadas entre eixos dos

equipamentos a

ligar.

g) Regra geral, o equipamento será medido à unidade (un) , segundo as

características próprias de cada componente, (torneira, esquentador) ou elemento

de construção (fossa séptica, câmara de visita).

h) A medição dos roços será realizada em m, segundo as medidas indicadas

para as respectivas canalizações. As fu rações no tosco para atravessamentos de

1As instalações de canalizações compreendem a rede de canalização e o equipamento. A rede

de canalização é constituída pelos tubos e seus acessórios (curvas, joelhos, uniões, forquilhas, etc.).

Como equipamento consideram-se todos os componentes, aparelhos ou elementos, interpostos na

rede ou colocados

canalizações ou fixações de cada elemento de equipamento serão medidas

àunidade (un), incluindo os acompanhamentos com argamassa ou a chumbagem.

A execução de reservas em elementos de betão, antes da realização das

betonagens, não serão medidas separadamente, devendo considerar-se incluídas

nos preços de execução daqueles elementos. 1 2

na sua extremidade, como por exemplo: torneiras, válvulas, sifões, câmaras de visita, louças

sanitárias, fossas sépticas, esquentadores, etc.

3A medição da execução de canalizações com tubos de grés e de betão, abertura e tapamento

de roços, fossas sépticas e outros trabalhos semelhantes, geralmente da atribuição do empreiteiro

dos toscos, deverão ser separadas em grupo próprio - trabalhos de construção civil. As medições dos

trabalhos já considerados noutros capítulos (como os de movimento de terras para execução das

instalações, as pinturas, etc.) deverão ser incluídas nesses capítulos, excepto se forem da atribuição

do empreiteiro de canalizações. Ficará ao critério do medidor optar por um dos seguintes tipos de

1 Nestas Regras Gerais entende-se que devem ser reforçados os objectivos e princípios

base estabelecidos para as regras de medição dos diferentes trabalhos, salientando-se as tarefas

exclusivas do medidor relativamente a:

- Estudo do projecto completo (peças escritas e desenhadas), tendo em vista a conformidade

entre as referidas peças, dado que podem ser contraditórias ou omissas;

- Eventuais esclarecimentos que devem ser obtidos junto do autor do projecto ou, na falta

deste, junto de técnicos com conhecimentos da matéria em causa;

- Medição sempre sobre as peças desenhadas, independentemente da existência de listas de

medições nas peças escritas. Aconselha-se a que, mesmo havendo confiança no gabinete

que projectou, seja realizada uma comprovação em dois ou três tipos de materiais, uma vez

que em casos litigiosos:

a) as peças desenhadas prevalecerão sobre todas as outras quanto à localização, SB

características dimensionais e àdisposição relativa das suas diferentes partes;

b) havendo divergências entre as peças desenhadas, considera-se na prática corrente

que o elemento a maior escala prevalece sobre outro a escala mais reduzida;

c) o mapa de medições prevalecerá no que se refere ànatureza e quantidade dos trabalhos;

d) em tudo o mais prevalecerá o que constar da memória descritiva e restantes peças do

projecto.

Salienta-se ainda que estas regras se destinam à medição de projectos (e neste caso têm

como objectivo possibilitar o lançamento de concursos ou consultas âs empresas), ou de obras, para

efeito dos pagamentos respectivos. No entanto, para que seja possível ás empresas fazerem a

elaboração correcta de orçamentos, ou a preparação organizada dos trabalhos, é necessário que os

respectivos medidores-orçamentistas calculem as quantidades exactas dos materiais principais

(tubos, acessórios e equipamento) e dos materiais de aplicação (parafusos, grampos, linho, alvaiáde,

etc.) por percentagem, e procedam à avaliação separada de mão-de-obra e equipamento de

execução necessários, de acordo com os rendimentos obtidos em trabalhos anteriores de aplicação

de materiais semelhantes.

organização dessas medições:

- Em cada subcapítulo relativo a determinado tipo de instalação, considerar um grupo

próprio para os trabalhos de construção civil;

- Reunir em subcapítulo próprio todos os trabalhos de construção civil relativos aos

vários tipos de instalações.

4Em geral, para efeito de medição, não será feita distinção entre tubagens situadas em

paredes, em pavimentos ou em tectos, se corresponderem a condições normais de execução.

No entanto, por constituírem condições diferentes de execução deverão considerar-se sempre

separadamente as medições dos seguintes trabalhos:

- canalizações enterradas;

- canalizações em elevação.

As canalizações em elevação serão ainda separadas em:

- canalizações àvista;

- canalizações embebidas em roço;

- canalizações embebidas em betão (colocadas antes da betonagem).

20.2 Esgoto doméstico ou de águas residuais1

a) Neste subcapítulo serão também consideradas as redes de ventilação dos

esgotos.

b) A medição da canalização será realizada segundo as regras

indicadas nas alíneas

e) e f) das Regras Gerais1 2. No entanto, os troços de rede relativos à interposição de

câmaras e de fossas sépticas na rede, não serão considerados.

c) Regra geral, o equipamento será medido segundo as regras indicadas na

alínea g) de Regras Gerais3.

d) As câmaras de visita, de inspecção, de retenção, sifónicas etc., serão

medidas à unidade (un) de acordo com o seu tipo e características, especialmente

a secção horizontal.

e) Regra geral, as fossas sépticas, especialmente as prefabricadas, serão

medidas à unidade (un). No entanto, sempre que conveniente, as medições dos

trabalhos necessários à sua execução poderão ser feitas separadamente nos

capítulos relativos à respectiva especialidade, pelas regras neles indicadas.

f) As valas drenantes ou trincheiras filtrantes serão medidas em m. A

medição dos poços filtrantes será realizada segundo as regras indicadas para as

fossas sépticas.

g) Todos os movimentos de terras necessários àexecução de canalizações,

câmaras e fossas e outros elementos enterrados, serão considerados no capítulo

Movimento de terras.4 - Atendendo àpressão de serviço.

1Equipamentos e instalações de esgotos - Observações:

A - Esgotos enterrados

De uma maneira geral, são medidos pelos especialistas da construção civil, visto serem

executados, geralmente, em manilhas de grés. No entanto, como exemplo de aplicação

diremos:

1 - As medições serão em metro (m) para a tubagem.

2 - Deverão efectuar-se pelo diâmetro e tipo de peça.

3 - Por tipo de materiais, por exemplo:

- tubo de grés;

- tubo de ferro fundido;

- tubo de poliuretano ou P.V.C.

5 - Deverá definir-se a forma de montagem, por exemplo:

- em vala;

- embebida em betão;

- em caixa visitável;

- etc.

6 - Também se deverá indicar a sua forma de ligação, por exemplo:

- soldadura ;

- ligação com boca e cordão;

- etc.

B - Esgotos elevados

1 - As medições serão em metro (m) para a tubagem.

2 - Deverão efectuar-se por diâmetro e por tipo de peças.

3 - Por tipo de materiais, por exemplo:

- tubo chumbo ;

- tubo de ferro fundido ;

- tubo polietileno ou P.V.C.;

- tubo aço galvanizado.

4 - Pressão de serviço, por exemplo:

- 0.1 MPa para respiro

- 0.2, 0.4 e 0.6 MPa para colunas, derivações, etc.

5 - Deverá definir-se a forma de montagem, por exemplo:

- em suportes, na vertical;

- em esteira ;

- etc.

6 - Também se indicará o tipo de ligação

- soldadura;

- boca e cordão;

- rosca. 1

- canalizações enterradas;

- canalizações em elevação.

As canalizações em elevação serão ainda separadas em:

- canalizações avista;

1 e) As medições serão individualizadas, em rubricas próprias de acordo com as

características das canalizações, principalmente as seguintes:- natureza dos materiais constituintes dos tubos e acessórios;

- características dos tubos e acessórios nomeadamente: diâmetro nominal (DN), classe

ou série e outras características (como por exemplo tubos soldados ou sem costura,

etc.):

- tipo de ligação dos tubos;

- tipo de protecção, de isolamento e de acabamento das canalizações;

- condições de execução.

Salienta-se que, por constituírem condições diferentes de execução, deverão considerar-se

sempre separadamente as medições dos seguintes trabalhos:

- canalizações embebidas em roço;

- canalizações embebidas em betão (colocadas antes da betonagem).

f) Regra geral, a medição da canalização será realizada em m, incluindo os acessórios dos

tubos. As medidas serão determinadas entre eixos dos equipamentos a ligar.

3g) Regra geral, o equipamento será medido à unidade (un) , segundo as características

próprias de cada componente, (torneira, esquentador) ou elemento de construção (fossa séptica,

câmara de visita).

20.3 Esgoto de águas pluviais

a) As drenagens de águas pluviais, executadas com os métodos e materiais

tradicionais1, serão consideradas no capítulo Revestimentos de Coberturas.

Neste capítulo, são incluídas apenas as instalações geralmente executadas pelos

empreiteiros de canalizações com materiais e segundo métodos semelhantes ss

restantes instalações de esgoto,

b) As regras de medição das canalizações, do equipamento e acessórios

serão idênticas às indicadas para as Instalações de Esgoto Doméstico ou de

Águas Residuais.

c) Os acessórios especiais, como os ralos, os funis, as abas e outros

elementos especiais destas redes, serão medidos à unidade (un), com indicação

das respectivas características.

1 Constituídas geralmente por algerozes, caleiras, tubos de queda e remates de zinco executados porpicheleiro ou funileiro

20.4 Distribuição de água1

a) A medição da tubagem será efectuada segundo as regras indicadas nas

alíneas_e) e f) das Regras Gerais.

b) O equipamento será medido segundo as regras indicadas na alínea g) de

Regras Gerais3.

1 Equipamento e instalação de distribuição de águas frias e quentes.

a) As medições serão em metro (m) para a tubagem, incluindo os respectivos

acessórios.

b) Deverão efectuar-se por diâmetros.

c) Por tipo de materiais (por exemplo aço galvanizado ou outros) isolamento térmico

(em espessura).

d) Por pressões - não tão importante dada a aplicação de aço galvanizado ou cobre que

suportam pressões elevadas. No entanto deverá indicar-se a classe ou série do tubo.

e) Deverão indicar-se como incluídos determinados materiais ou operações,

nomeadamente estrigas de linho e alvaiáde, roscas, flanges, e material de soldadura.

f) Dever-se-á de preferêcia, em grandes trabalhos, indicar a mão-de-obra por

diâmetros e por

unidade de aplicação.

2 e) As medições serão individualizadas, em rubricas próprias de acordo com as

características das canalizações, principalmente as seguintes:- natureza dos materiais constituintes dos tubos e acessórios;

- características dos tubos e acessórios nomeadamente: diâmetro nominal (DN), classe

ou série e outras características (como por exemplo tubos soldados ou sem costura,

etc.):

- tipo de ligação dos tubos;

- tipo de protecção, de isolamento e de acabamento das canalizações;

- condições de execução.

Salienta-se que, por constituírem condições diferentes de execução, deverão considerar-se

sempre separadamente as medições dos seguintes trabalhos:

- canalizações enterradas;

- canalizações em elevação.

As canalizações em elevação serão ainda separadas em:

- canalizações avista;

- canalizações embebidas em roço;

- canalizações embebidas em betão (colocadas antes da betonagem).

f) Regra geral, a medição da canalização será realizada em m, incluindo os acessórios dos

tubos. As medidas serão determinadas entre eixos dos equipamentos a ligar.3 g) Regra geral, o equipamento será medido à unidade (un) , segundo as características

próprias de cada componente (torneira, esquentador).

20.5 Aparelhos sanitários1

a) Sempre que conveniente, o fornecimento e o assentamento dos

aparelhos sanitários serão medidos separadamente em rubricas próprias1 2.

b) A medição de cada elemento será realizada à unidade (un), incluindo os

materiais e acessórios necessários ao assentamento e funcionamento dos

aparelhos.

c) No enunciado da medição deverão indicar-se os tipos e características

dos aparelhos e seus acessórios e, se necessário, as respectivas dimensões.

1Neste subcapltulo, em geral, inclui-se a medição de todos os elementos de equipamento de

utilização, situados geralmente em cozinhas e casas de banho e directamente ligados às redes de

esgotos, como por exemplo: louças sanitárias, banheiras, lava-louças, tanques de lavar roupa, etc.

- Equipamento Sanitário

a) As medições serão efectuadas por unidade (un) e por espécie. Por exemplo:

- bidé;

- lavabo;

- urinol;

- metais (exclusivamente os ligados ao equipamento sanitário: torneiras de coluna, de

passagem e misturadoras, sifões cromados, chuveiros, saboneteiras, etc.).

b) Deverá incluir-se a mão-de-obra de montagem e materiais de assentamento:

- massas;

- parafusos;

- suportes especiais;

- etc.

c) Duma forma geral, aconselha-se a preparação de um mapa prévio do qual constará a

qualidade (1a e 2a escolha), a marca, a cor, o tipo e a qualidade.

- Equipamento de Produção de Água Quente

a) As medições deste equipamento serão efectuadas à unidade, incluindo todos os seus acessórios

(manómetros, tubos, válvulas, etc.).

Exemplo:

-1 caldeira ;

-1 depósito acumulador

b) Os materiais de aplicação deverão ser incluídos nas peças, excepto nas grandes

centrais de preparação em que se poderá criar uma rubrica para suportes, por

exemplo.

2 Sempre que necessário (nomeadamente quando os aparelhos estiverem integrados

juntamente com o mobiliário em conjuntos pré-fabricados), a medição do respectivo fornecimento

poderá ser incluída no capitulo Elementos de Equipamento Fixo e Móvel de Mercado.

a) A medição da tubagem será efectuada segundo as regras indicadas nas

alíneas_e) e f) das Regras Gerais.

b) O equipamento será medido segundo as regras indicadas na alínea g) de

Regras Gerais1.

1 Equipamento e Instalações de Gás - deverá proceder-se como numa rede normal de

tubagem de água, se bem que a qualidade e tipo de materiais seja diferente. Ver nota introdutória

relativa a Equipamento e instalação de distribuição de águas frias e quentes.

2 e) As medições serão individualizadas, em rubricas próprias de acordo com as

características das canalizações, principalmente as seguintes:

- natureza dos materiais constituintes dos tubos e acessórios;

- características dos tubos e acessórios nomeadamente: diâmetro nominal (DN), classe

ou série e outras características (como por exemplo tubos soldados ou sem costura,

etc.):

- tipo de ligação dos tubos;

- tipo de protecção, de isolamento e de acabamento das canalizações;

- condições de execução.

Salienta-se que, por constituírem condições diferentes de execução, deverão considerar-se

sempre separadamente as medições dos seguintes trabalhos:

- canalizações enterradas;

- canalizações em elevação.

As canalizações em elevação serão ainda separadas em:

- canalizações avista;

- canalizações embebidas em roço;

- canalizações embebidas em betão (colocadas antes da betonagem).

0 Regra geral, a medição da canalização será realizada em m, incluindo os acessórios dos tubos.

As medidas serão determinadas entre eixos dos equipamentos a ligar.

a)As medições serão realizadas de modo a que sejam individualizadas em

rubricas próprias os seguintes elementos:

- tubo de queda;

- bocas de descarga de lixo;

1g) Regra geral, o equipamento será medido à unidade (un) , segundo as características próprias

de cada componente (torneira, esquentador).

- sistema de ventilação;

- sistema de limpeza;

- sistema de recepção de lixos (incluindo incineração, se existente).

b)A medição do tubo de queda será realizada em m, incluindo todos os

acessórios. As medidas serão determinadas entre as extremidades superior e

inferior do tubo de queda1.

c) As bocas de descarga do lixo serão medidas à unidade (un) , incluindo a

respectiva portinhola. Deverão indicar-se as características da boca de descarga

(se de forquilha simples ou dupla, ou outras) e da portinhola2.

d)0 sistema de ventilação será medido à unidade, incluindo toda a

aparelhagem e acessórios. Deverão indicar-se as características da ventilação,

nomeadamente se estática ou dinâmica e neste caso quais os caudais a debitar.

No entanto, a conduta de ventilação poderá ser medida separadamente em m,

incluindo todos os acessórios e ligações.

e) 0 sistema de limpeza será medido à unidade (un) , com inclusão de todos

os elementos principais (espalhador de água, escovilhão, roldanas, etc.) e

acessórios. A alimentação de água a este sistema será incluída na medição

relativa a Distribuição de Água.

f) 0 sistema de recepção de lixos será também medido à unidade (un) ,

incluindo-se nesta rubrica todos os elementos principais (fecho ou tremonha do

tubo de queda, sistema de incineração, baldes ou carrinhos, etc.) e acessórios e

indicando-se as respectivas características3.2 Claro que segundo o indicado na alínea b), o troço da forquilha correspondente à boca de

descarga será incluído na medição do tubo de queda. A medição da boca de descarga incluirá

portanto apenas os acessórios necessários ao seu funcionamento.

3 Nomeadamente a capacidade, tipo de fecho do tubo de queda, se inclui ou não incineração

de lixos, o sistema de transporte do lixo recolhido ou dos resíduos da incineração.

1 Geralmente entre a ligação com a tubagem de ventilação ou o próprio ventilador - no caso

desta tubagem não ser distinta da do tubo de queda - e a extremidade inferior deste tubo na

descarga ao sistema de recepção de lixo.

21. INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

21.1 Regras gerais

a) As medições das instalações eléctricas serão individualizadas nos

subcapítulos seguintes:

- Alimentação geral;

- Colunas montantes e derivações;

- Instalações de iluminação, tomadas e força-motriz;

- Instalações eléctricas especiais.

b) As medições dos trabalhos que normalmente são da atribuição do

empreiteiro geral ou de toscos, serão considerados separadamente em grupo

próprio ou nos capítulos referentes a esses trabalhos1.

c) De acordo com as indicações de execução das instalações, as medições

serão individualizadas nas seguintes rubricas:

- instalações enterradas2;

- instalações embebidas em roço;

- instalações embebidas no betão3;

- instalações àvista;

- instalações aéreas (suspensas em catenária)1.

d) Regra geral, a medição englobará as operações de fornecimento,

execução, assentamento ou montagem.

e) Sempre que necessário, as operações indicadas na alínea anterior

poderão ser medidas separadamente em rubricas próprias.

f) As medições dos cabos e dos condutores serão individualizadas em

rubricas próprias, de acordo com as suas características, nomeadamente:

- tipo de cabo ou de condutor segundo as normas em vigor2;

- secção e número de condutores (no caso dos cabos);

- tensão de serviço;

1 Faz-se referência ÈB instalações aéreas pelo facto de poderem aparecer na instalação de alimentação

geral.

2Na especificação dos cabos deve ser sempre indicado o número e a secção dos condutores,

como por exemplo, 2x1,5 mm2 , 3x25+16 mm2, etc.. Na especificação dos condutores será apenas

indicada a secção do condutor, como por exemplo, 1,5 mm2, 10 mm2, etc..

g) As medições dos tubos de protecção serão individualizadas em rubricas

próprias, de acordo com as suas características, nomeadamente:

- tipo e natureza do material constituinte6;

- diâmetro normalizado.

h) As medições das caixas serão individualizadas em rubricas próprias, de

acordo com as suas características, nomeadamente:

- tipo de caixa (caixa de derivação, caixa de passagem ou funda, caixa

de aparelhagem e caixa terminal);

- natureza do material constituinte;

- dimensões.

i) A medição dos roços será realizada em m, sendo as medidas a considerar

as dos tubos a que se destinam. As fu rações para travessias não serão medidas

separadamente, devendo considerar-se incluídas no preço unitário de outros

trabalhos.

1 As mediçõs dos trabalhos de abertura e tapamento de roços, furações para travessias e

outros trabalhos semelhantes, serão considerados em grupo próprio - Trabalhos de construção civil.

O medidor poderá optar por um dos seguintes critérios de organização das medições destes

trabalhos:

- em cada subcapítulo, considerar um grupo próprio para os trabalhos de construção

civil.

- reunir em subcapítulo próprio todos os trabalhos de construção civil relativos aos

vários subcapítulos.

As medições dos trabalhos já considerados noutros capítulos, nomeadamente movimento de

terras, alvenarias, pinturas, etc., deverão ser incluídas nesses capítulos, excepto se forem da

atribuição do subempreiteiro das instalações eléctricas.

2 As instalações enterradas também se chamam instalações subterrâneas. Encontra-se

normalmente neste caso a instalação de alimentação geral e a de iluminação exterior.

3 As instalações embebidas no betão são as colocadas no interior da estrutura ou das

paredes, antes da execução da betonagem. Devem ser individualizadas das instalações embebidas

em roço, devido a utilizarem materiais (tubos de protecção e caixas) com características especiais,

próprios para embeber no betão, bem como técnicas de montagem diferentes. 4 5

6 Quando a execução destes trabalhos for da atribuição da empresa fornecedora de energia

eléctrica, deverá ser assinalado nas medições como trabalhos a executar pela empresa fornecedora

de energia eléctrica.

21.2 Alimentação geral

a) Os trabalhos relativos a este subcapítulo só serão incluídos1 nas

medições quando o caderno de encargos assim o especificar, pois, regra geral, a

sua execução é da atribuição das empresas fornecedoras de energia eléctrica,

b) A medição da alimentação geral, em regra, será subdividida nas rubricas

seguintes:

- cabo de alimentação;

- portinhola;

- posto de transformação e quadro geral de baixa tensão.

c) A medição do cabo de alimentação2 será realizada em m, sendo as medidas

determinadas entre eixos de equipamentos a ligar. No enunciado das medições,

serão descritas as características referidas na alínea f) das Regras gerais deste

capítulo3.

d) Nos casos em que a tensão de serviço for superior a 1 kV, deverá

especificar-se o tipo de ligação do neutro da rede de distribuição que vai alimentar

esse cabo (neutro àterra ou neutro isolado).

e) A medição da portinhola4 será realizada à unidade (un) , especificando-se

as características dos elementos constituintes (caixa, corta-circuitos, fusíveis,

bornes, terminais, etc ).

0 A medição do posto de transformação5 e quadro geral de baixa tensão

engloba os seguintes elementos:

- chegada;

- saída;

- corte geral;

- contagem;

- corte e protecção;

- transformador de potência;

- quadro geral de baixa tensão;

- terras;

- estrutura para o equipamento.

g) A medição6 será realizada àunidade (un), para cada um dos elementos

indicados na alínea anterior, ou para o conjunto destes elementos, consoante o

critério do medidor.

h) A medição terá em consideração os elementos que são fornecidos pela

empresa fornecedora de energia eléctrica7.

i) As operações de fornecimento e as de assentamento ou montagem

poderão ser medidas separadamente em rubricas próprias.21.3 Colunas, montantes e derivações

a) A medição das colunas montantes e derivações, em regra, será

subdividida nas rubricas seguintes:

- tubos de protecção;

- caixas de coluna;

- cabos e condutores.

b) Os tubos de protecção serão medidos em m, incluindo todos os

acessórios necessários à montagem dos tubos1. Em geral, as medidas para a

determinação das medições, serão as consideradas para os respectivos

condutores. No enunciado das medições, serão descritas as características

referidas na alínea g) de Regras gerais deste capítulo1 2.

c) A medição da caixa de coluna será realizada à unidade (un) ,

especificando-se as características dos elementos constituintes (caixa, placa de

bornes, corta-circuitos, fusíveis e parafusos de selagem).

d) A medição dos cabos e condutores será realizada em m, incluindo todos

os acessórios necessários à montagem3. As medidas serão determinadas entre

eixos de equipamentos a ligar4;

e) As operações de fornecimento e as de assentamento ou montagem

poderão ser medidas separadamente em rubricas próprias.

1 Isto é, os acessórios como ligadores, batentes, braçadeiras, pregos, buchas, etc., e a

respectiva montagem, serão incluídos no preço unitário do fornecimento e assentamento dos tubos.

2g) As medições dos tubos de protecção serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo

com as suas características, nomeadamente:- tipo e natureza do material constituinte;

- diâmetro normalizado.

Os tipos de tubos de protecção, que em regra se utilizam, são os de cloreto de polivinilo,

tipos PA e PS e o tubo de aço. Os tubos do tipo PA e PS são, em regra, utilizados nas instalações

embebidas em roço. Os tubos de aço são, em regra, utilizados nas instalações à vista, para

protecção mecânica dos cabos, em zonas onde exista o perigo de pancadas.

3 Para as instalações à vista, os acessórios, como braçadeiras, pregos, buchas, etc. e a

respectiva

4montagem, serão incluídos no preço unitário do fornecimento e montagem dos cabos.

A+B+2(2,80-1,20)+A+C

3x(A+B+2(2,80-1,20))

+2x(A+C) 1

2

2

1

1

4AS medidas dos cabos e condutores são utilizadas, em regra, nos desenhos (plantas e alçados)

do projecto ou nos desenhos da instalação definitiva e são determinadas entre eixos de equipamentos

a ligar. Nas medições em planta, deverá considerar-se a diferença de nível existente entre a cota a que

são montados os cabos ou condutores gerais e a cota a que está instalada aparelhagem de manobra,

ligação e protecção.

- pé direito da sala : 2,80 m

- aparelhagem de comando instalada a 1,20 m

- condutor V 1,5 mm2

- tubos protecção PB 11

Medição

- Tubo PB 11, montado em roço

- Condutor V 1,5 mm2

- Caixa de derivação para montagem embebida, em PVC 60 mm

- Caixa de aparelhagem para montagem embebida, em PVC

- Comutador de escada, para montagem embebida, basculante, espelho quadrado de alumínio anodizado, 220 V, 10 A

- Armadura fluorescente, tipo Tm, 1x40W,balastro a.f.p., arranque normal

- Lâmpada fluorescente, 40W, 220V, cor 33

21.4 Instalações de Iluminação, tomadas e força-motriz

a) A medição deste subcapítulo, em regra, será decomposta nas rubricas

seguintes:

- quadro de distribuição;

- tubos de protecção;

- caixas;

- cabos e condutores;

- aparelhagem de manobra, ligação e protecção;

- armaduras.

b) A medição do quadro de distribuição1 será realizada à unidade (un) ,

especificando-se as características dos elementos constituintes (caixa,

interruptores, disjuntores, corta-circuitos, fusíveis, bornes, etc.). A medição

incluirá os acessórios necessários àmontagem do quadro de distribuição.

c) Para a medição dos tubos de protecção, ver alínea cf de Colunas montantes e

derivações,

d) As caixas, incluindo os respectivos acessórios3, serão medidas à unidade

(un) . As características das caixas a indicar no enunciado das medições são as

referidas na alínea h)4 das Regras gerais.

e) Para as medições dos cabos e condutores, ver alínea ef de Colunas

montantes e derivações.

f) A aparelhagem de manobra6, ligação e protecção será medida à unidade

(un) , incluindo todos os acessórios necessários àmontagem. No enunciado das

medições devem indicar-se os tipos, características de fabrico, dimensões, tensão

de serviço e intensidade nominal, ou a designação comercial de cada aparelho.

g) A medição das armaduras7 será realizada à unidade (un) , incluindo os

acessórios necessários à respectiva montagem. No enunciado das medições

indicam-se os tipos (incandescente e fluorescente), características de fabrico,

número e potência das lâmpadas8 ou a designação comercial de cada armadura.

h) As lâmpadas das armaduras serão medidas em rubrica individualizada,

de acordo com as suas características, isto é, o tipo, a potência e a tensão de

serviço.

i) As operações de fornecimento e as de assentamento ou montagem

poderão ser medidas separadamente em rubricas próprias.1Os acessórios e a respectiva montagem, serão incluídos no preço unitário do fornecimento e

assentamento do quadro de distribuição.

2 c) A medição da caixa de coluna será realizada à unidade (un) , especificando-se as

características dos elementos constituintes (caixa, placa de bornes, corta-circuitos, fusíveis e parafusos

de selagem).

3No preço unitário do fornecimento e assentamento das caixas, serão incluídos os respectivos

acessórios, tais como bucins, plecas de bornes, batentes, etc..

4 h) As medições das caixas serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com as

suas características, nomeadamente:

- tipo de caixa (caixa de derivação, caixa de passagem ou funda, caixa de

aparelhagem e caixa terminal);

- natureza do material constituinte;

- dimensões.

5 e) As operações de fornecimento e as de assentamento ou montagem poderão ser medidas

separadamente em rubricas próprias.

8No preço unitário do fornecimento e assentamento da aparelhagem de manobra, ligação e

protecção, será incluido o material de fixação e quaisquer acessórios que sejam necessários para

montagens especiais.

7Serão incluídos no preço do fornecimento e assentamento da armadura, os acessórios para

fixação da armadura, tais como pendurais, parafusos, pregos, buchas, etc., e a respectiva

montagem.

8No enunciado das armaduras fluorescentes, deverá ser especificado o tipo de arranque das

lâmpadas e o tipo de balastro.

21.5 Instalações eléctricas especiais1

a) As medições deste subcapítulo, em regra, serão decompostas nas

instalações seguintes:

- sinalização;

- telefone de porta e porteira ;

- campainhas e trinco eléctrico;

- automático de escada ;

- telefones;

- antena colectiva de TV e TSF ;

- pára-raios.

b) A medição das instalações indicadas na alínea anterior será efectuada

segundo as regras estabelecidas no subcapítulo anterior (Instalações de iluminação,

tomadas e força-motriz).

c) A medição da instalação de sinalização será decomposta nas rubricas

seguintes:

- tubos de protecção;

- caixas;

- cabos e condutores;

- aparelhagem de manobra;

- quadro de alvos.

d) A medição da instalação de telefone de porta e porteira será decomposta

nas rubricas seguintes:

- tubo de protecção

- caixas;

- cabos e condutores;

- telefones de porta;

- altifalante de porta;

- central.

e) A medição da instalação de campainhas e trinco eléctrico2 será decomposta

nas rubricas seguintes:

- tubos de protecção;

1As instalações eléctricas especiais dum edifício são as instalações eléctricas que existem

além das referidas nas rubricas anteriores. Em regra, as mais comuns são:

- sinalização

- telefones de porta e porteiro

- caixas;

- cabos e condutores;

- aparelhagem de manobra e ligação;- campainhas;

- trinco eléctrico.

f) A medição da instalação do automático de escada será decomposta nas

rubricas seguintes:

- tubos de protecção;

- caixas;

- cabos e condutores;

- aparelhagem de manobra e ligação;

- armaduras;

- automático de escada.

g) A medição da instalação de telefones da TLP ou CTT será decomposta nas

rubricas seguintes:

- tubos de protecção;

- cabos ou condutores;

- caixas;

- aparelhagem de ligação.

h) A medição da instalação da antena colectiva de TV e TSF será decomposta

nas rubricas seguintes:

- tubos de protecção ;

- caixas;

- cabos;

- aparelhagem de ligação;

- antenas.

i) A medição da instalação do pára-raios será decomposta nas rubricas

seguintes:

- pára-raios;

- fita condutora;- caixa de medição de terra;

- eléctrodo de terra. 1

f

1I

C

I•

- campainhas e trinco eléctrico

- automático de escada

- telefones da rede pública

- antena colectiva de TV e TSF

- pára-raios

2 A instalação de campainhas e trinco eléctrico, por vezes, aparece reunida com a instalação

de telefones de porta e porteira, constituindo uma instalação única. Neste caso, a medição destes

dois tipos de instalação será realizada em conjunto.

22. ASCENSORES E MONTA-CARGAS

22.1 Regras gerais1

a) O ascensor com todas as suas partes e peças mede-se como uma

unidade (un), referindo e transferindo para o projecto e caderno de encargos a sua

especificação.

b) As medições deste subcapítulo, em regra, serão decompostas em função

do tipo de ascensor, nomeadamente:- caixa fechada;

- caixa aberta.

c) Se de caixa fechada1 2, para além da caixa constituída por paredes, vãos

de portas, casa de máquinas, etc., que são medidas nos capítulos

correspondentes, terão que ser medidos apenas os trabalhos de

acompanhamento da montagem e da fixação de guias, aparelhagem de controle

e segurança e máquinas.

d) Se de caixa aberta3, as operações a medir são as devidas à fixação da

estrutura na base, aos aparelhos a instalar na cuba e às ligações aos patamares

dos pisos, como da escada de acesso àcabina das máquinas.

e) A medição será efectuada tendo em consideração o projecto do ascensor

e, os trabalhos a realizar4, resultarão da comparação da situação final com a que

foi concretizada nas medições dos trabalhos de construção civil, nomeadamente:- Assistência a montagem5;- Trabalhos de remate interior e exterior das portas6.

construção civil necessários à assistência e montagem e a alimentação de energia eléctrica até à

casa das máquinas, por serem estes os que o fornecedor normalmente exclui do preço da sua

proposta.

3 Ascensores constituídos por estrutura metálica e painéis de rede, e que fazem normalmente

1O ascensor é uma peça do equipamento mecânico, mais precisamente um aparelho

mecânico de transporte vertical, constituído por um conjunto de elementos fixos e móveis e

dispositivos de comando e protecção. As funções, características e condições de funcionamento são

definidas através de peças escritas e desenhadas, sujeitas a condições regulamentadas por

legislação especial.

2 Os fabricantes fornecem o conjunto com todos os seus componentes, montado no local, pronto

a

3funcionar e depois de aprovado pelo organismo oficial competente, de acordo com as peças escritas e

4desenhadas e a respectiva regulamentação e os seus pormenores particulares. Excluem-se os trabalhos de

parte do fornecimento da empresa de ascensores.

4 Nas medições destes trabalhos, deverá sempre fazer-se referência ao fim a que se

destinam, para que na organização dos preços respectivos sejam consideradas as condições e

sequência de execução.

5 É geralmente constituída por abertura de caixas para os dispositivos de fixação e

assentamento destes, nas condições recomendadas.

Essas operações são medidas por unidade (un) e especificadas pela dimensão das caixas e

dos dispositivos de fixação, bem como agrupadas de acordo com as suas características e com a

indicação dos dispositivos a que se relacionam. As dimensões das caixas permitirão a avaliação dos

materiais de preenchimento.

A natureza, dimenção e regras a aplicar nas medições destes remates são as que

corresponderem a outras da mesma especialidade e já referidas em outros Capítulos.

23. ELEMENTOS DE EQUIPAMENTO FIXO E MÓVEL DE

MERCADO

23.1Regras gerais1

a) As medições relativas aos elementos de equipamento do mercado serão

individualizadas nos seguintes subcapítulos:

- equipamento fixo2;

- equipamento móvel3.

b) A medição será sempre realizada à unidade (un) , isto é, por cada elemento

completo e caracterizado pela função, designação corrente do mercado, tipo ou

dimensão, capacidade e qualidade, e deverá ainda indicar o artigo ou

especificação técnica do projecto1, onde a sua definição, caracterização e

condições de fornecimento são feitas até ao completo esclarecimento.

c) A medição indicará ainda, para o equipamento fixo, a inclusão ou exclusão

de tarefas de montagem e/ou fixação2, medindo-as de acordo com o que de

aplicável se encontra nas regras das especialidades envolvidas.

d) Na medição destas tarefas, deverá indicar-se, para além do que as regras

1 O caderno de encargos deve compreender folhas de especificação que caracterizem todos os

elementos do equipamento, definindo claramente:

- a função ou funções;

- a capacidade ou potência absorvida;

- as dimensões e/ou tipo do mercado;

- os materiais dos componentes principais;

- os materiais de acabamento e aspecto;

- as condições de utilização e garantias que se exigem;

- as normas regulamentares aplicáveis ou outras particulares;

- local ou locais de entrega e condições de fornecimento,

2Alguns elementos do equipamento fixo são fornecidos com a montagem incluída, ressalvando os

"trabalhos de construção civil", outros compreendendo ainda estes trabalhos. A medição deve processar-se

de acordo com as condições de fornecimento indicadas nas folhas de especificações respectivas do C.E.

Muitos destes elementos são fornecidos com todos os dispositivos necessários a uma fixação perfeita,

incluindo todos os meios e até algumas pequenas ferramentas para aplicação nas condições recomendadas

pelos fabricantes.

É conveniente que o medidor tenha conhecimento deste pormenor para o considerar e referir na

medição.

recomendam, que estas se destinam à montagem e/ou fixação do elemento de

equipamento referido no Artigo (indicar o artigo da medição).

e) Quando nestas tarefas de montagem e/ou fixação se utilizam acessórios

que acompanham o elemento, como parafusos, garras, buchas, ou outras peças

especiais, isso deve ser referido na medição.

e) Quer para elementos fixos, quer para elementos móveis (especialmente

móveis de madeira), deverá ainda indicar-se quando o acabamento final6 é feito no

local de utilização e se está ou não incluído nas condições de fornecimento,

medindo-se as operações não incluídas de acordo com a sua especificidade e

segundo as regras recomendadas aplicáveis, conforme se indicou em c).1 A variedade de elementos abrangidos por esta designação e com aplicação na construção de

edifícios tem vindo a ser aumentada e a tendência natural é de, cada vez mais serem aplicados elementos

acabados para as mais variadas funções, nomeadamente:

- Embebidos em caixas ou reservas especialmente concebidas para o efeito;

- Fixados em zonas e espaços reservados para o efeito;

- Sem fixação, mas destinados a função localizada ou não.

Daí a classificação de equipamento fixo e móvel.

2 Classifica-se como equipamento fixo o que ocupa local e/ou reserva concebida para o efeito e ao

qual é fixado por dispositivos que impedem a sua deslocação, como exemplos considera-se:

- Equipamento de higiene;

- Exaustores de fumos ou gases;

- Armários e bancadas de cozinha e copa;

- Roupeiros e armários diversos;

- Elementos de equipamento técnico para fins específicos.

3 Entende-se como equipamento móvel todo o que pode deslocar-se sem necessidade de se

desprender qualquer parte ou dispositivo, embora possa preencher função de posição fixa.

Não se deve considerar como desprender, o acto de desligar uma tomada de corrente, de ar

comprimido, de água, etc. isto é, quando a introdução no elemento se faz por condutor flexível concebido

para utilização como tal.

Como exemplos, tem-se nestas condições, os frigoríficos, os fogões e as máquinas de lavar louça e

roupa (quando não integradas num conjunto), os aspiradores domésticos ou industriais de limpeza, os

irradiadores de calor e ventoinhas autónomas, equipamento técnico deslocável e peças de mobiliário. 4 5

Muitos elementos de equipamento são fornecidos semi-acabados para serem acabados no

local, especialmente algumas peças de mobiliário, outros pelas dificuldades próprias da sua

movimentação e montagem, requerem operações de retoques e afinações. Devem conhecer-se ou

acautelar estas particularidades, medindo ou fazendo incluir estas operações nas condições de

fornecimento.

24. INSTALAÇÕES DE AQUECIMENTO POR ÁGUA OU

VAPOR

24.1 Regras gerais

a) As medições relativas a instalações de aquecimento por água ou vapor

serão individualizadas nos subcapítulos1 seguintes:

- geradores caloríficos1 2;

- condutos e tubagem3;

- dispositivos difusores, aceleradores e de controlo4.

b) As tarefas excluídas, de montagem e/ou preparação, como de

incorporação de peças de fixação ou acessórios, serão medidas de acordo com o

que nas regras correspondentes àespecialidade interveniente se indica e com

referência clara ao fim a que se destina.

c) Quando nestas tarefas de montagem e/ou preparação se utilizam peças

ou acessórios que se encontrem incluídas nos fornecimentos a fazer com os

dispositivos de utilização ou produção de energia, isso deverá ser referido na

medição.

d) Para além das tarefas auxiliares ou complementares da montagem, do

isolamento ou simples fixação de dispositivos, é hábito executarem-se ainda

outras de acabamento, como pinturas ou revestimentos especiais. Estas, ainda

1 Esta recomendação é feita pelo facto de cada um destes subcapítulos obedecer a critérios

de avaliação bastante diversificados. A diversidade e especificidade dos componentes dificilmente

permitiria uma ordenação racional e de fácil leitura, se constituindo um agrupamento.

2 Entende-se na designação de geradores caloríficos todos os dispositivos

directamente e

3indirectamente relacionados com a produção de água quente ou vapor, como:

que executadas na fase da obra correspondente, deverão ser destacadas em

artigos também especiais, com os materiais e processos de aplicação bem

especificados.

- caldeiras fixas e semi-fixas alimentadas por combustíveis sólidos, liquidos ou

gasosos;

- depósitos de combustível e dispositivos de alimentação;

- reguladores de combustão;

- chaminé para tiragem de fumos ou gases de combustão;

- válvulas e outros dispositivos de segurança;

- ramal de esgoto para purgas;

- base e acompanhamento ou envolvimento de suporte e isolamento térmico;

- bombas para circulação forçada ou acelerada de água.

3 Conductos e tubagem deverá entender-se como toda a rede de distribuição de água quente

ou vapor a alta pressão, compreendendo:

- tubos de aço, ferro ou cobre, soldados ou ligados por uniões apropriadas e caixas;

caleiras ou reservas para a passagem destes;

-juntas de dilatação ou liras, braçadeiras, ou suportes de semi-fixação;

- fitas, cordões, ou sistema de isolamento térmico;

- vasos de expansão e purgas de ar ou separadores

- não se incluem as serpentinas embebidas que formam painéis difusores.

4 Como dispositivos difusores, aceleradores e de controle, consideram-se:

- Radiadores de fundição ou chapa;

- Convectores com e sem circulação acelerada e os aerotermos de projecção vertical e

horizontal, incluindo os seus acessórios de fixação ou suportes.

- Painéis radiadores de pavimento ou tecto, constituídos por serpentinas de tubo de aço

ou cobre embebidas em betão, com ou sem rede de varões de aço auxiliares.

- Válvulas com termostato para regulação automática da temperatura ambiente, bem

como as torneiras de segurança ou seccionamento,

Neste subcapítulo, os acessórios dos dispositivos difusores devem ser medidos àunidade (un) .

24.2 Geradores caloríficos

Os geradores caloríficos, quando destinados a grandes redes de distribuição,

são normalmente caldeiras de grande dimensão e que exigem grande diversidade

de trabalhos a serem executados em diversas fases da construção,

nomeadamente de movimento de terras, especialmente quando os depósitos de

combustíveis ficam enterrados, e/ou quando a alimentação destes se faz por meio

de tubos subterrâneos para ligação aos veículos de abastecimento.

As medições de todos estes trabalhos deverão ser consideradas nos

capítulos de cada uma das especialidades, de acordo com as regras aplicáveis,

embora se devam indicar sempre o fim a que se destinam. Deste modo, os grupos

de actividade poderão ser correctamente dimensionados e os dispositivos a

incorporar (ainda que fornecidos por subempreiteiro independente) serão

considerados na programação de fornecimentos permitindo a determinação do

custo total da instalação.

Para este efeito, será de exigir que o projecto da instalação se encontre

devidamente pormenorizado1.

1 Esta recomendação é feita pelo facto de cada um destes subcapítulos obedecer a critérios de

avaliação bastante diversificados. A diversidade e especificidade dos componentes dificilmente

permitiria uma ordenação racional e de fácil leitura, se constituindo um agrupamento.

No exemplo pretende-se

chamar a atenção para este tipo de

esclarecimento, porquanto a

medição dos valores quantitativos

não fornece as indicações

necessárias à caracterização dos

trabalhos para análise de custos,

de meios e de condições de

integração no conjunto.

Pormenor do roço

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24.3 Condutos e tubagem1

a) Quando na rede de distribuição se utilize mais do que um tipo ou

classe de tubos, como é o caso das serpentinas incorporadas no betão, deverá

fazer-se a medição destes em separado2.

b) Nos tubos embebidos ou não (Ver figura da nota da alínea a), os

sistemas de isolamento térmico de deverão ficar bem especificados na medição,

bem como os materiais, espessuras e acessórios que se prevêem utilizar.

h) Quando além dos tubos incorporados se prevê a aplicação de uma

malha de aço auxiliar da distribuição do calor (rede electrosoldada), esta deve ser

incluída como componente da instalação e as tarefas de aplicação e

acompanhamento deverão ser incluídas no conjunto referido na alínea d) das regras

gerais3 deste capítulo.

1No subcapítulo de conductos e tubagem, inclui-se toda a rede de distribuição de água quente

até $ torneiras seccionadoras ou válvulas automáticas dos dispositivos difusores, a alimentação da

caldeira e as colunas de ligação ao vaso de expansão, como a abertura e tapamento de roços e

atravessamentos e assentamento de todos os acessórios e componentes referidos na alínea a) e

excluídos pelas condições de fornecimento do instalador. Tal como se indicou na alínea b), estes

trabalhos serão incluídos nas tarefas dos grupos das respectivas especialidades, com a indicação do

fim a que se destinam. As regras de medição são as que se indicam para cada uma das

especialidades. Sempre que tal se justifique, isto é, quando a descrição for difícil de fazer em termos

de claro entendimento, será conveniente completá-la com um pormenor referenciado, para uma

perfeita avaliação da natureza ou dificuldades da execução, conforme se exemplifica:

2Os tubos devem ser bem caracterizados nomeadamente pela indicação da soldadura aplicada

nas costuras. Se complementado com rede de malha de aço electrossoldada, que para além de servir

de base para a fixação dos tubos, ainda participa na difusão do calor, esta deve ser medida em m2 e

bem especificada. Igualmente deve ser bem caracterizada a base de assentamento e as camadas ou

camada de massa de acompanhamento, sua(s) espessura(s) e acabamento.

Ainda como tubos, temos os que constituem os painéis difusores a incorporar nos pavimentos

ou tectos, mas estes, como se refere nas regras gerais, deste capitulo e considerando a sua função e

condiçõs de aplicação, deverão ser medidos no subcapítulo relativo a dispositivos difusores, na unidade

de m2 com a indicação dos metros lineares de tubo por m2 de painel.

3b) As tarefas excluídas, de montagem e/ou preparação, como de incorporação de peças de

fixação ou acessórios, serão medidas de acordo com o que nas regras correspondentes à

especialidade interveniente se indica e com referência clara ao fim a que se destina.

24.4 Dispositivos difusores, aceleradores e de controle

a) Os dispositivos geradores, difusores, aceleradores e de controle serão

sempre medidos àunidade (un) , isto é, por cada elemento caracterizado pela

função, designação corrente do mercado, tipo e/ou dimensão, potência e

capacidade, qualidade e aspecto das suas partes aparentes,

b) A medição indicará ainda para estes dispositivos a inclusão ou exclusão1 e

tarefas de montagem e/ou fixação, a dimensão de caixas para os embeber total ou

parcialmente e as peças de fixação ou acessórios a incorporar nas paredes, para

qualquer destes efeitos.

c) Se os dispositivos são fornecidos por acabar, com pintura a executar na

obra, a medição da pintura será feita por m2, de acordo com as regras

aconselhadas para as pinturas, mas como sempre, indicando-se sobre o que, e

como, a pintura será executada.

25. INSTALAÇÕES DE AR CONDICIONADO

25.1 Regras gerais

a) As medições relativas a instalações de ar condicionado serão

individualizadas nos subcapítulos seguintes1:- unidades de tratamento do ar2 3;

1 Para além da caracterização dos dispositivos difusores e cuja medição, será feita por

unidades de características iguais, devem ser referidos os acessórios de fixação, de ligação e

controle, válvulas e termostatos, quando directamente ligados.

Quando aplicados em separado, embora comandando válvula electromagnética, devem ser

medidos à unidade (un) e bem caracterizados.

Como exemplo, na figura apresenta-se a aplicação de painéis difusores em pavimentos e

tectos.

2 Os critérios de medição aplicáveis, como os cuidados na especificação que se

recomendam, são batante diversificados. A diversidade e especificidade dos componentes a

considerar em cada um destes subcapítulos, recomendam a divisão que se propõe.

3 Entende-se como unidades de tratamento do ar, todos os dispositivos de correcção de condições

desconfortáveis e/ou insalubres de espaços fechados. A gama de dispositivos com esta finalidade é

hoje vastíssima, pelo que, a sua classificação deve ser objecto de especial atenção. Como bases para

esta classificação, considera-se as das funções que cada componente desempenha, nomeadamente:

- condutos, filtros, grelhas e difusores1.

b) Neste capítulo, as instalações são medidas com unidades centrais2 de

tratamento e condutos de distribuição com ou sem retomo.

c) Quando a instalação é constituída por unidades de aquecimento e de

arrefecimento de água localizadas numa central e redes de distribuição3 desta a

condicionadores locais, observam-se as regras de medição para a as instalações

de aquecimento do capítulo Instalações de aquecimento por água ou vapor.As centrais de tratamento podem ser constituídas por diversas combinações possíveis de

aparelhos e dispositivos com estas funções e características. A especificação deve referir as funções

a combinar.

3Os condutos podem ser constituídos por tubos de forma circular ou rectangular, construídos

com chapa de ferro galvanizada, alumínio, madeira, poliester reforçado com fibra de vidro, ou ainda

por alvenaria ou betão. As ligações entre os condutos, sob a forma de uniões simples ou de redução,

cotovelos, curvas, redutores, colares, conexões rígidas e flexíveis e outras, de execução por vezes

difíceis, são peças importantes do conjunto e que devem ser bem caracterizadas. As figuras que se

apresentam são exemplo do que se afirma:

Os terminais, que podem ser tomadas de ar do exterior, com ou sem filtro, grelhas de remate

ou difusão simples, ou com anemostato, podem também ser produzidas com diversos materiais,

formas, dimensões e acabamentos. A definição deve ser completa e contemplar todas estas

variáveis.

4As unidades centrais deverão ser bem caracterizadas e especificadas, dada a grande

variedade de funções que podem desempenhar (filtragem, desumidificação, humidificação,

desodorização, aquecimento e arrefecimento) e ainda de expansão directa ou indirecta. Para além

desta caracterização e especificação, deverão ainda índicar-se as dimensões, capacidade e potência

eléctrica requerida.

- ventiladores de alta e baixa rotação, para movimentação (tiragem ou isuflação) nos

aparelhos de tratamento, nos condutores ou nos locais de utilização.

- filtros secos ou de lavagem na admissão do exterior ou na recuperação de ar de

retorno;

- aparelhos de aquecimento de ar por serpentina com água aquecida ou por câmara de

combustão;

1aparelhos de arrefecimento do ar por serpentina com água arrefecida ou por

"bombagem de calor";

2aparelhos reguladores da humidade do ar por condensadores ou câmaras de orvalho;

3aparelhos de remoção de cheiros, fumos e gases por filtros de carvão activado e

lavagem do ar.

5 O tipo de instalação referido é uma combinação da instalação analisada no capítulo

Instalações de aquecimento por água ou vapor, com as condições requeridas pelos dispositivos difusores

diferentes. Naquela, os dispositivos difusores de calor recebem água aquecida; nesta, a água pode

chegar aquecida ou arrefecida, cabendo ao difusor corrigir a temperatura do ar de acordo com o que

cada época ou momento reclamam. Logo, a instalação difere daquela, como as medições, apenas na

caracterização dos dispositivos da central e dos difusores. As regras mantêm-se.

25.2 Unidades de tratamento do ar

a) As unidades de tratamento1 do ar podem ser de janela ou consola e,

nestas condições, serão consideradas como equipamento eléctrico de conforto, tal

como os irradiadores eléctricos.

b) A medição indicará para todos estes dispositivos a inclusão ou

exclusão de tarefas auxiliares de montagem e as peças de fixação e/ou acessórios

a incorporar nas paredes ou pisos para este efeito.

c) Todas as tarefas excluídas da montagem e/ou preparação desta, como

a incorporação nas alvenarias de peças de fixação ou acessórios, serão medidos de

acordo com o que nas regras correspondentes à especialidade se indica e com

referência à instalação a que se destina.

d) Se, para além das tarefas auxiliares da montagem ou da simples

fixação de dispositivos, se prevê a execução de pinturas, estas, ainda que a

executar na fase da obra correspondente, deverão ser destacadas em artigos

especiais, com materiais e processos bem especificados e medidos de acordo com

as regras apresentadas no capítulo relativo a pinturas.25.3 Condutos, filtros, grelhas e difusores

a) Os condutos de ar2 são medidos em m, com a indicação das duas

medidas da secção, quando rectangulares, ou diâmetro, quando de secção circular.

Haverá uma medição para cada secção. Os acessórios de ligação em ângulos,

1 A medição destes dispositivos deve indicar o factor quantitativo (unidades), as características

e dimensões exteriores máximas, Amperes e ou caudal de água requerido, e referenciar a

"especificação técnica" do projecto onde se podem recolher as informações complementares.

2Porque existe grande diversidade de soluções possíveis na forma e materiais de constituição

dos condutos em m por secção e forma. Do mesmo modo, os acessórios de ligação serão medidos

àunidade, por forma e dimensão bem caracterizadas para completa definição das dificuldades de

execução.

Quando um mesmo conduto exija condições de aplicação diversificadas, deve ser medido em

separado com as indicações que permitam a análise de custos ponderada a partir das condições

diferentes.

Um conduto aplicado suspenso de um tecto (em zona de tecto falso) com acesso dificil, ou à

vista; ou ainda em sótão livre de bom pé direito ou sob estrutura de telhado de pouca altura, terão

igualmente custos de aplicação muito diferentes. A medição deve registar essas condições e produzir

medições separadas.

curvas, encaixes, derivações em mudança de secção serão medidos àunidade (un) e

bem especificados.

b) Os terminais2, (filtros, grelhas ou difusores) serão medidos àunidade

(un) e bem especificados quanto a materiais, apresentação, forma e dimensões.

c) A medição indicará para todos estes dispositivos a inclusão ou

exclusão3 de tarefas auxiliares de montagem e as peças de fixação e/ou acessórios

a incorporar nas paredes ou pisos para este efeito.

d) Quando se preveja isolamento4 térmico ou acústico de envolvimento

dos condutos, ou em parte destes, a medição será feitas nas mesmas condições

recomendadas para os dispositivos a isolar, isto é, m para os condutos e unidade

(un) para as ligações.

e) Todas as tarefas excluídas da montagem e/ou preparação desta, como

a incorporação nas alvenarias de peças de fixação ou acessórios, serão medidos de

acordo com o que nas regras correspondentes à especialidade se indica e com

referência à instalação a que se destina.

f)Se, para além das tarefas auxiliares da montagem, do isolamento, ou da

simples fixação de dispositivos, se prevê a execução de pinturas, estas, ainda que

a executar na fase da obra correspondente, deverão ser destacadas em artigos

especiais, com materiais e processos bem especificados e medidos de acordo com

as regras apresentadas no capítulo relativo a pinturas.2Os terminais difusores, tomadas de ar do exterior e grelhas de remate, devem ser medidas

em unidades de dimensões, características e condições de aplicação idênticas. Os factores

diversificantes são aqui também muito importantes.

Um dispositivo destes aplicado no interior ou no exterior de um edifício de vários andares tem

forçosamente custos de assentamento muito diferentes.

3A inclusão ou exclusão de tarefas auxiliares de montagem e as peças de fixação elou

acessórios a incorporar nos pisos ou paredes para o efeito, devem ser consideradas nas medições dos

respectivos grupos de actividade com a indicação da instalação a que se destinam.

4Em condições especiais, para evitar desperdício de energia ou transmissão de ruídos, recorre-

se ao isolamento dos condutos (interior ou exterior) com placas ou membranas de material

apropriado.

Quando esse isolamento vem incorporado nos condutos, bastará referi-lo na medição a sua

especificação.

Quando aplicado depois do assentamento, deverá medir-se nas condições recomendadas no

capitulo Isolamentos e impermeabilizações, referindo ainda que se destina àinstalação de ar

condicionado.

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(iV = 2 X I — x Cj X hj X + c2 X hj X

- Cortina de guarda (m2):S = C j X h g + C 2 X h 2

- Moldagem dos degraus (m3)

com N= número de degraus

V = N X — X d g X d j X ou sendo N d . , = C j

V = — X d j X C j X

1 e) Regra geral, a medição dos perfis (ver nota das Regras Gerais deste capítulo) de cantaria

será realizada de acordo com os seguintes critérios:

1-Para espessuras inferiores a 0,15 m e para qualquer largura, a unidade de medição será o

m;

2- Para espessuras iguais ou superiores a 0,15 m e largura inferiores a 0,40 m, a medição

será em m;

3- Para espessuras iguais ou superiores a 0,15 m e larguras iguais ou superiores a 0,40 m, a

medição será em m3.

f) A medição de placas (ver nota das Regras Gerais deste capítulo) de espessura inferior a 0.15 m

será realizada m* 1 2. No caso da espessura ser igual ou superior a esta dimensão, a unidade de

medição será o m3.

g) Regra geral, a medição dos elementos não considerados nas alíneas anteriores será realizada

em m3, excepto se estes elementos tiverem formas geométricas complexas, caso em que a medição

será realizada àunidade (un).

1 Quando a execução destes trabalhos for da atribuição da empresa fornece

dora de energia eléctrica, deverá ser assinalado nas medições como trabalhos a

executar pela empresa fornecedora de energia eléctrica.2 Embora se utilize a expressão cabo de alimentação, por ser a forma mais

usualmente utilizada para a alimentação geral, também se executa, por vezes, esta

alimentação geral em linha aérea.3 f) As medições dos cabos e dos condutores serão individualizadas em

rubricas próprias, de acordo com as suas características, nomeadamente:

- tipo de cabo ou de condutor segundo as normas em vigor;

- secção e número de condutores (no caso dos cabos);

- tensão de serviço;

Na especificação dos cabos deve ser sempre indicado o número e a secção dos

condutores, como por exemplo, 2x1,5 mm1 2 3 4 5 6 7,3x25+16 mm2, etc..

Na especificação dos condutores será apenas indicada a secção do condutor,

como por exemplo, 1,5 mm2, 10 mm2, etc..4 Nas instalações em que a alimentação geral é efectuada por portinhola

não há lugar para posto de transformação.5 Os elementos indicados para a medição do posto de transformação

correspondem âs celas que, em regra, o constituem. Os postos de transformação podem

ser do tipo celas de alvenaria ou monobloco.6 A especificação deve ser sempre feita cela por cela.7Estes elementos deverão ser assinalados na medição, como elementos a serem

fornecidos pela empresa fornecedora de energia eléctrica.

Em regra, a empresa fornecedora da energia eléctrica fornece o equipamento

necessário para equipar as celas de entrada, saída e contagem dos postos de

transformação, mas não efectua a montagem nem fornece os acessórios de montagem.

Isto, porém, não pode ser considerado como regra geral, pois varia de empresa para

empresa, pelo que haverá necessidade de consultar sempre a empresa fornecedora de

energia eléctrica.