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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti | 11 de Novembro de 2010 | ed. 128 |0.50 euros PUB INALENTEJO nesta edição Daniel Sampaio apresenta livro na BPE Passos Coelho na Convenção do PSD Juventude joga este domingo com o Espinho Destacável Évora Évora Futebol 17 5 21 Um projecto só possível com a água de Alqueva José Socrates inaugurou lagar no Alentejo OFERTA 2010 tem sido um ano em grande A tradição do São Martinho, do vinho novo e das castanhas assadas permanece ainda bem viva em todo o Alentejo. Vinho novo é que este ano parece que não há. Não têm vindo frios suficientes. Talvez que lá para Vila de Frades, onde ainda se faz vinho de talha, a tradição pos- sa ser cumprida. Mas bom vinho, de colheitas passadas, há por todo o Alentejo. Em especial, por estes dias, na Festa do Vinho e da Vinha em Borba. E para amanhã são muitos os magustos marcados para todo o Alentejo. De norte a sul, do litoral à fronteira este é um dia santificado para muitos alentejanos. “Vai acima/vai abaixo/ E não há nada/E não há nada/ Que deite um alentejano abaixo.” Câmara de Évora põe Estado em tribunal Fernando Ruas: Este Governo é o mais centralista de sempre Clube Eborense de Amadores de Pesca Desportiva Devido ao IMI São Martinho comemora-se hoje 3 9 12/13 23 15 Luís Capoulas, deputado do PSD “Está a abrir-se um novo ciclo”

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SEMANÁRIO Director Nuno Pitti | 11 de Novembro de 2010 | ed. 128 |0.50 euros

PUB

INALENTEJOnesta edição

Daniel Sampaioapresenta livrona BPE

Passos Coelho na Convenção do PSD

Juventude joga este domingocom o Espinho

DestacávelÉvoraÉvora Futebol

175 21

Um projecto só possívelcom a água de Alqueva

José Socrates inaugurou lagar no Alentejo

OFERTA

2010 tem sidoum ano em grande

A tradição do São Martinho, do vinho novo e das castanhas assadas permanece ainda bem viva em todo o Alentejo. Vinho novo é que este ano parece que não há. Não têm vindo frios suficientes. Talvez que lá para Vila de Frades, onde ainda se faz vinho de talha, a tradição pos-sa ser cumprida. Mas bom vinho, de colheitas passadas, há por todo o Alentejo. Em especial, por estes dias, na Festa do Vinho e da Vinha em Borba. E para amanhã são muitos os magustos marcados para todo o Alentejo. De norte a sul, do litoral à fronteira este é um dia santificado para muitos alentejanos. “Vai acima/vai abaixo/ E não há nada/E não há nada/ Que deite um alentejano abaixo.”

Câmara de Évorapõe Estado em tribunal

Fernando Ruas: Este Governo é o mais centralista de sempre

Clube Eborense de Amadores de Pesca Desportiva

Devido ao IMI

São Martinho comemora-se hoje

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Luís Capoulas, deputado

do PSD

“Está a abrir-seum novo ciclo”

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2 11 Novembro ‘10

A abrir

Efeméride

Foi em 1995 que a Organização das Nações Unidas, pela sua Resolução 51/95, instituiu o «Dia Interna-cional para a Tolerância», iniciativa que contou com a adesão de 185 países como signatários e que, num esforço à escala mundial, visa, na chamada «Declara-ção de Paris», «reafirmar a fé nos Direitos Humanos fundamentais» e ainda na dignidade da pessoa hu-mana, incentivando a prática da tolerância e a con-vivência pacífica entre pessoas e povos. A principal causa para a intolerância é a ignorância. Aceitar a diferença e a diversidade é a postura sábia de quem entende que o respeito, pelos outros e por si próprio, é a única base realmente sólida para a construção de relações, quer entre pessoas, quer entre povos.

Hulk esmaga!

Neste jornal alguns textos são escritos segundo o Novo Acordo Ortográfico e outros não. Durante algum tempo esta situação irá manter-se e as duas formas de escrita vão coexistir. Tudo faremos, no entanto, para que no mais curto espaço de tempo se tenda para uma harmonização das formas de escrever no Registo, respeitando as regras do Novo Acordo

Por estes dias as palavras que mais se ouvem nos grandes meios de comunicação social estão relacio-nadas com crise, mercados, juros, dívida soberana. Pelos ecrãs da te-levisão e pelas páginas dos jornais desfilam quantidades interminá-veis de economistas, analistas, ban-queiros, financeiros, cujas análises, de comum, não têm quase nada, provando, mais uma vez, que as previsões económicas pouco têm de exacto. E assim, mesmo com o orçamento aprovado com a absten-ção do PSD, os juros da dívida batem recordes e as opiniões dos entendidos dividem-se: uns consideram que se deve chamar já o FMI, outros acham que se deve esperar até que a situa-ção se torne ainda mais grave e difícil. Do ponto de vista do cidadão co-mum este é também o tempo de to-dos os medos. O medo que nos é in-culcado por estes cenários sempre catastrofistas, como se o mundo e a nossa civilização fossem acabar já ao virar da esquina. Há quase uma depressão nacional com o medo do desemprego, as medidas sempre e sempre mais gravosas que cada go-verno toma, o temor de sermos apa-nhados nas malhas da justiça que não funciona, das redes do fisco que es-miúçam o pouco que cada um ainda tem, das várias ASAEs governamen-tais que nos entram pela casa dentro como se estivéssemos a viver um tem-po de excepção onde vale tudo para equilibrar as contas públicas.A este medo instalado na socieda-de portuguesa vários especialistas se têm referido. Um deles, Armin-do Monteiro, antigo presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários,v este fim-de-semana

aqui em Évora disse que este medo nunca traz nada de bom e aponta para sebastianismos e outros mes-sianismos. Mas este medo tem outra compo-nente. Não apareceu do nada. Tem sido construído, amplificado, des-tilado para a sociedade através de todos os meios possíveis. Aos dois maiores partidos – mesmo que di-gam que não é isso que pretendem – os cenários negros e os amanhãs cinzentos e sem sol (ao contrário dos anunciados pelos comunistas que, alegadamente, cantavam) , parece darem muito jeito. Quer um partido, quer outro, na disputa do poder tem interesse em aparece r como o único salvador possível, o único em quem se pode confiar. E o discurso político, neste momen-to que muitos antecipam como duplamente eleitoral: primeiro, as presidenciais, logo seguidas das legislativas, surge cheio destes lu-gares comuns, fautores do medo e da insegurança: “as próximas presi-denciais são as mais importantes de sempre”, “nunca houve orçamento tão importante”, “agora sim, com es-tas medidas é que lá vamos de uma vez por todas”, “agora não, só quan-do formos nós a governar é que a coisa vai ser. Até lá é o desastre e o deserto”, “ se falharmos agora o país já não tem solução”, “ou nós ou o nada”, etc, etc…Asfixiados por este discurso mui-tos portugueses procuram o único caminho que resta: de novo a emi-gração. Mas, como alertava Armin-do Monteiro (e disso fazemos eco nesta edição): a geração dos nossos pais saía para voltar. A dos nossos filhos já não vai regressar mais tar-de. Quando sai, sai de vez. De facto, o medo nunca foi bom conselheiro. Nem na vida dos homens, nem na vida das nações.

Crónica Editorial

16 de Novembro«DIA INTERNACIONAL PARA A TOLERÂNCIA»,

www.egoisthedonism.wordpress.comPedro Henriques Cartoonista

40 graus à Mourinha entre almoços e jantares

Em Estremoz, durante o almoço do PSD do último sábado, causou alguma “sen-sação” a presença de Luís Mourinha. O actual presidente de Câmara, eleito por uma lista de independentes, mas que du-rante dois mandatos foi eleito pela CDU, não se fez rogado e aceitou o convite para ficar sentado na mesa de Passos Coelho, ao pé de Fernando Ruas e de outros pre-sidentes de Câmara, eleitos pelo PSD na região. Questionado amigavelmente pe-los 40 graus ácerca do significado da sua presença, Mourinha relembrou o facto da sua lista independente ter ido buscar votos aos mais variados sectores. Mas se o prestável presidente vai acorrer às

várias capelinhas e aceitar todos os jan-tares e almoços para que o convidarem - independência oblige - por certo que vai ter que mudar muitas vezes de fato. Até porque o actual, devido ao aumento de peso, já lhe começa a estar visivelmente apertado.

Picadelas laranja Não é habitual, mas desta vez os 40 graus receberam correspondência. E, excepção por excepção, a correspondência também não veio directa. Foi colocada na caixa de comentários de um blog onde colaboram alguns jornalistas do REGISTO: o acinco-tons.blogspot.com. No tal comentário, colocado num post onde se anunciava a saída do último número do semaná-rio, escrevia-se que há “alguns números atrás a edição do REGISTO, na rubrica “40 graus”, referia que o “caldo” poderia en-tornar no PSD: Dieb procurava sucessor, era um grupo de oposição a Pedro Passos

Coelho, alguns não gostavam e “ameaça-vam avançar”, até iam ou teriam já criado um “espaço de debate”...! “E continua o comentário: “alguém que o jornalista sabe melhor do que nós que “fomentou” aquela informação; alguém que olhou em volta verificando se tinha alguma “vaga de fundo” a dar-lhe colo... O mesmo alguém concluiu que, dificil-mente, conseguiria tão pouco fazer lis-tas e... com golpe de oportunismo apro-veitou o convite que lhe foi feito para colaborar e, sem convicção, como se irá perceber, aceitou integrar-se... O grupo de reflexão pariu um rato... Garante a so-brevivência no PSD e dá-se ares de “per-sonagem de relevo”... Até se arvora em estratega e vai dizendo a alguns que “vai tomar conta disto tudo a curto prazo”... Por certo espera que todos os outros estejam “distraídos” ou que comecem a levá-lo a sério, apesar do “ar de coitado incompreendido” que gosta de envergar quando se aproxima dos militantes ou do

“ar de teórico” que gosta de mostrar em intervenções de generalidades que se vai esforçando por fazer...!!!”E termina o crítico “enfim, julgo que há aqui matéria para o próximo “40 graus” que espero a bem do crédito que since-ramente dou ao REGISTO, seja feito no mesmo Tom com que a “picada” inicial surgiu. Afinal o PSD está unido em torno de Valores e Objectivos mais importantes do que os interesses de algum(s)... Graças ao trabalho do Dieb que não excluiu e cre-dibilizou, graças à disponibilidade e crédi-to do Costa Silva e, acima de tudo graças a Nós os Militantes do Distrito de Évora que sabem qual o caminho a seguir... “Os 40 graus tomam nota, mas temem pela sua sobrevivência. É que com con-corrência desta, “a picar”, não tarda esta-mos todos despedidos por “indecente ou má figura”. Ou seja, por não conseguir-mos chegar aos calcanhares do nosso, a partir de agora, comentarista preferido.

Carlos Júlio

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Região

José Sócrates salientou ontem, em Ferreira do Alentejo, o papel de relevo que a inovação tem tido no sector empresarial português, tor-nando o nosso país um dos países europeus mais competitivos.

O primeiro-ministro que presi-diu à cerimónia de inauguração de maior lagar português e um dos maiores a nível mundial, do grupo Sovena, destacou o ranking do Eurostat sobre ino-vação, em que Portugal está na 3ª posição, depois da Alemanha e do Luxemburgo.José Sócrates disse que o sector do azeite “tem contribuído para a credibilidade” da agricultu-ra portuguesa e que “projectos como estes”, só são possíveis de-vido a dois factores. “primeiro, a inovação tecnológica que o sec-tor do azeite observa. Depois, o que significa a oportunidade trazida por Alqueva, pela agua de Alqueva”.O primeiro-ministro disse ainda que, se não tivesse havido a cri-se de 2008, o desenvolvimento “nestes sectores, do turismo e da agricultura” teria sido mais rápido.“Inovação, modernidade, me-lhores técnicas, melhor ambi-ção” foram palavras usadas pelo primeiro-ministro para definir este projecto, que considerou “um bom trabalho”, e que é tam-bém importante naquilo que “vai contribuir para as exporta-ções portuguesas”

Mais avultado investimento agrícola dos últimos 20 anos

António Serrano considera-o “um grande investimento” para o Alentejo. O primeiro lagar em Portugal do grupo Sovena, o se-gundo maior operador de azei-te do mundo, foi inaugurado na quarta-feira em Ferreira do Alentejo numa cerimónia pre-sidida pelo primeiro-ministro e pelo ministro da Agricultura.Neste lagar, que será o maior a operar em Portugal, foram já in-vestidos 7,6 milhões de um total de nove milhões de euros, sen-do parte financiada pelo PRO-DER, Programa de Desenvolvi-mento Rural.Para o ministro da Agricultura, este é “de facto um grande in-vestimento para o Alentejo, per-mitindo produzir ali 8 milhões de litros de azeite numa área superior a 5 mil hectares”. An-

tónio Serrano considera ainda que a inauguração deste lagar representa “a vitalidade” de um setor com uma grande tradição em Portugal que esteve quase perdida.“Nos anos 60 tínhamos uma grande produção que gradual-mente foi sendo abandonada”, mas sobretudo nos últimos três anos, através de vários financia-menstos, “foi possível recuperar” um setor que se revela cada vez mais “importante nas exporta-ções do país”, sublinha António Serrano.“Nesta campanha vamos ul-trapassar as 70 mil toneladas, caminhando para um nível de auto suficiência e este projeto da Sovena é um dos que mais tem contribuído para isso”, assinala o ministro, referindo que nos últi-mos anos se tem investido forte-mente no olival em todo o país, com o PRODER a financiar “66 mil hectares de novos olivais e re-conversão de outros, grande parte no Alentejo”.Segundo o grupo Sovena, o lagar é “um dos maiores projetos de investimento privado do setor agrícola realizado em Portugal nos últimos 20 anos”. Cofinancia-do pelo PRODER, o lagar, numa

primeira fase, é um projeto da empresa Elaia do grupo Sovena, detido pelo grupo Nutrinveste, o “líder em Portugal no mercado de azeite”.O lagar, a funcionar há um mês na herdade do Marmelo prevê transformar 30 mil toneladas de azeitona por campanha oli-vícola, a partir da colheita dos três pólos agrícolas geridos pela Elaia em Portugal, disse à agên-cia Lusa o diretor de Marketing do grupo Sovena, Luís Pereira Santos.Os pólos agregam cerca de 10.000 hectares de olivais mo-dernos espalhados por 57 quin-tas e herdades nos concelhos de Ferreira do Alentejo (distrito de Beja), Avis e Elvas (distrito de Portalegre).O lagar, com quatro linhas de pro-dução, tem capacidade para pro-duzir e armazenar oito milhões de litros de azeite por campanha, ao ritmo de 200 mil litros por dia.A capacidade máxima de pro-cessamento do lagar é de 960 toneladas diárias, já que traba-lha 24 horas por dia durante a campanha olivícola, entre o início de outubro e meados de dezembro. “O lagar é essencialmente uma

unidade de processamento de azeite, mas terá uma pequena unidade de embalamento para produções limitadas e de eleva-díssima qualidade”, disse Luís Pereira Santos. No entanto, “a maior parte do volume” de azei-te continuará a ser embalado na fábrica do grupo Sovena no Barreiro.O azeite produzido no lagar “será essencialmente comercia-lizado” através das “duas marcas mais emblemáticas” do grupo, Oliveira da Serra e Andorinha, no mercado interno e externo. Os “principais mercados de ex-portação” do grupo são o Brasil, Estados Unidos da América, Bélgica e Alemanha e as vendas para a China e a Índia estão “em expansão”. O lagar, precisou, deverá criar “15 postos de trabalho”, a somar “aos mais de 200” criados na her-dade do Marmelo, “o centro do maior pólo geográfico do gru-po”.Segundo os promotores, o lagar vai “servir as necessidades de produção” do grupo, mas tam-bém irá permitir escoar a produ-ção dos olivicultores da região, que “queiram laborar azeitona e não tenham lagar”. w

José Sócrates elogiou “trabalho bem feito”

Este projecto dá um bom contributopara a inovação na agricultura

A Universidade de Évora e o Banco do Espírito Santo (BES) vão assinar o protocolo que prevê o financiamento da Cátedra BES-Energias Renováveis, na próxima terça-feira, dia 16 de Novembro, pelas 15 horas, na Sala dos docen-tes da UE. Na mesma cerimónia, Manuel Collares Pereira, selec-cionado por concurso internacio-nal, toma posse como titular da Cátedra. O protocolo, que conta com a presença do presidente do Banco Espírito Santo, Ricardo Salga-do, prevê o financiamento de 150.000�/ano, durante cinco anos, para a investigação na área da tecnologia de conversão e armaze-namento de energias renováveis solar térmica e termoeléctrica na Universidade de Évora. Esta cátedra visa conferir à Uni-versidade de Évora uma posição favorável no mundo científico e tecnológico num domínio de ponta em todo o mundo.A Universidade de Évora foi a pri-meira universidade a lançar uma licenciatura na área das energias renováveis em Portugal e foi pio-neira na criação de cátedras com empresas. A Cátedra BES Energias Renováveis é a segunda a ser instituída, depois da Cátedra “Rui Nabeiro” destinada à promoção da investigação, do ensino e da divulgação científica na área da biodiversidade.

BES financia Cátedra na Universidade de Évora

Cecília Honório, co-autora do livro “Os Donos de Portugal – Cem anos de Poder Económico (1910-2010)”, editado pela Afrontamento, vai estar na sessão de apresentação desta obra em Évora, amanhã, sexta-feira, dia 12 de Novembro, pelas 21 horas, na Livraria Ler Com Prazer.“Os Donos de Portugal” tem como outros co-autores Jorge Costa, Luís Fazenda, Francisco Louçã e Fernando Rosas.A Livraria Ler Com Prazer está si-tuada na Avenida da Malagueira, nº 39, Évora.

Amanhã, dia 12

“Os Donos de Portugal” vai ser apresentado na livraria Ler Com Prazer

Carlos Júlio/Paulo Nobre

w

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Opinião

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CAPOULAS SANTOSEurodeputado

Três perguntas simples

O PS-Évora aprovou recentemente em Congresso a sua estratégia politica de cur-to e médio prazos e uma nova e renovada equipa dirigente.Foi um amplo e participado debate que decorreu ao longo de mais de 2 meses, envolveu todas as estruturas locais do dis-trito e extravasou para a sociedade civil.Através dele a esquerda responsável apre-sentou sem ambiguidades a sua visão para o Alentejo, tendo por horizonte a próxima década.Os socialistas de Évora definiram objecti-vos e metas de desenvolvimento e explici-taram quais os instrumentos políticos para

as atingir. Não vou repeti-los aqui exaus-tivamente. Estão disponíveis em http://ca-poulassantospsevora.wordpress.com/mo-cao/ para quem os quiser consultar mais detalhadamente.A melhor demonstração de que a utopia é realizável quando se reúnem as condi-ções politicas necessárias são os “sonhos impossíveis” idealizados pelos socialistas de Évora no início da passada década de 90, tais como o Hospital do Patrocínio, o Alqueva, a ligação a Espanha da A-6 ou a Barragem dos Minutos.O recente congresso socialista de Viana do Alentejo renovou ambições, definiu novas utopias e apontou caminhos para as con-cretizar: Suster o declínio demográfico, retendo os jovens e estabilizando a popu-lação nos 500000 habitantes, elevar a mé-dia regional do PIB para além da média nacional e reduzir a taxa de desemprego para valores abaixo da média europeia. Os novos “alquevas” do PS-Évora pas-saram a ser o novo Hospital Central, que deverá arrastar a futura Faculdade de Me-dicina da Universidade de Évora, e o TGV, que terá em Évora a única estação em ter-

ritório português para além, obviamente, de Lisboa.São, sem dúvida, objectivos muito difíceis de alcançar tendo em conta os terríveis constrangimento financeiros impostos pela crise internacional, mas são também projectos geradores de emprego e de de-senvolvimento necessários precisamente para a ultrapassar.O novo Hospital representará um investi-mento de cerca de 120 milhões de euros até 2014/15 e o traçado Poceirão-Caia do TGV representará para o Estado, em quatro anos, cerca de outros 110 milhões. No entanto, estima-se que, no mesmo pe-ríodo, o projecto promova um retorno de 400 milhões em receitas de IVA, IRC e em poupanças geradas em subsídios de desemprego por força do emprego criado.Segundo veio a publico esta semana na imprensa, o eventual cancelamento do TGV implicaria para o Estado, só em in-demnizações, cerca de 890 milhões de eu-ros, isto é, cerca de 2/3 dos custos totais do troço referido.Alcançar estes objectivos implica tam-bém, para além de um poder central amigo

do Alentejo, um novo impulso e uma nova dinâmica na Administração só possíveis com a Regionalização.Eis o pensamento, a estratégia e o sentido da acção do PS-Évora para os próximos 10 a 15 anos.Seria não só útil mas também uma elemen-tar exigência democrática que os respon-sáveis regionais dos demais partidos com assento parlamentar dissessem com a mes-ma clareza o que pensam sobre três simples questões: 1) Calendário e financiamento do novo Hospital, 2) Avanço ou cancelamento do TGV e 3) Regionalização. O Alentejo precisa de um verdadeiro de-bate político. Não de maledicência ou de partidarite.O PS lançou o repto. A bola está do lado dos demais actores políticos.

Post-scriptum: Para os mais entusiasmados com algumas sondagens chama-se a atenção para a vitória eleitoral do passado domingo dos socialistas gregos. Os tais que estão na chefia do governo que está a aplicar o mais duro plano de austeridade que se conhece.

MARGARIDA PEDROSAProfessora

Mega confusão nacional

Fui buscar a Espanha uma prima que ti-nha estado mais de 20 anos em Madrid, ao regressar ela não conseguiu reconhecer Portugal. Por questões de saúde desejou regressar, deverá talvez sentir que a sua vida está chegar ao fim, não sei. Claro que assim que entrou em Portugal, as suas observações iam de espanto em espanto, até que chegou à fase das perguntas que me deixaram realmente desanimada. Fui confrontada com as incongruências que nos rodeiam e que só realmente as vemos quando alguém as chama “ pelo nome”.Perguntou-me: “Porque esta estrada tão boa não tem trânsito? Respondi laconi-camente: “ É usada por poucas pessoas!”. Ela continuou: “ Que bom, e quantas mais auto-estradas têm destas assim sem nin-guém? Fui rápida na resposta:” Muitas, em espe-cial as do interior do país. E há mais em construção, olha, só entre Lisboa e Porto está a ser construída a 3ª auto-estrada. Sim

sei que é uma pena, tanto dinheiro gas-to, quando se poderiam ter reformulado os transportes públicos que não libertam para o ar tanto dióxido de carbono, e assim lá ficam esquecidos os compromissos os acordos de Quioto.Tia, quando era estudante em Lisboa, ia de comboio e foi realmente uma pena que esse meio de transporte se tenha perdido, era mais humano, as pessoas conheciam-se e até falavam umas com as outras. Ago-ra vão todas para Lisboa como se fossem uns leões ao volante, com vontade de aba-ter todo e qualquer carro que lhes possa atrasar o horário que têm em mente.Depois, deixámos a auto-estrada deserta encontrámos a mesma via cheia de cami-ões. Então ela disse: porque é que estas cargas pesadas não vão nos comboios. La-mentei esse facto, mas expliquei que em governos anteriores os caminhos-de-ferro foram esquecidos e as estradas ocuparam a função que não deveriam ter que é a de transportas cargas de peso elevado.Mas atenta, ela reparou que grande parte desses camiões eram espanhóis e então perguntou-me: “Porque tantos espanhóis, vocês não produzem nada de vosso?” A questão foi dura de responder. “ Sabe, com União Europeia, muitos deixaram de produzir, a Europa paga aos agricultores para não produzirem. Contentam-se com os subsídios anuais e apesar de terem tido em anos anteriores elevados subsídios para colocarem pivots e fazerem char-

cas, hoje já não servem para nada... Claro que não posso generalizar, mas existe por aí uma geração de agricultores aos quais chamo “Os Estudantes dos Subsídios”: só produzem para o que dão! É lamentável, pois tenho a certeza que os seus antepas-sados nunca aceitariam viver uma vida de ócio à conta de um subsídio de inutilidade. Nunca foram assim...Ela recordou-me depois mais outro desas-tre nacional: o fantástico Alqueva, para tristeza minha alertou-me, cuidado com o que fazem com aquela água, ela já vem contaminada de Espanha, digo-te porque sou sua amiga. Agradeci e imaginei as bar-ragens que continuam em construção para este plano chegue ao fim, quando logo desde o início está inquinado. Sei que a classe política está devidamente informa-da, porque no ano passado contactei com parlamentares que depois deixaram cair o assunto no esquecimento.Disse para mim mesma com pesar, ou so-mos realmente estúpidos ou anda alguém a gozar connosco.Pior, disse, sabes do TGV. Já cá estão em Évora engenheiros em casas alugadas pelo Estado português para estudarem esse comboio fantasma. Já traçaram tantas li-nhas hipotéticas que o povo português já lhes perdeu a conta. Mas surgem dois pro-blemas ridículos: 1º A mudança da linha assim que se entra em terras ibéricas; 2º, as velocidades a atingir não vão poder ser muito grandes devido às excessivas para-

gens que todos exigem.Pior, com o TGV irá entrar em Lisboa uma 3ª ponte. Se de momento Lisboa já está a rebentar de carros, o que acontecerá com todos aqueles que virão na nova ponte? Não sei!Sabes, quanto a mais este elefante bran-co que é o TGV, para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar. Os prejuízos da exploração vão ser, como sempre, pagos pelos contribuin-tes.E vocês não despedem o Governo? - Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espa-nha foi a oposição, quando era governo... Bem, mais vale ouvirmos música e con-tentarmo-nos com a paisagem, se pensa-mos muito ficamos com vontade de fugir e não podemos, é aqui que temos os nossos filhos!

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Sociedade

Castanha assada, petiscos variados e animação musical são alguns dos “ingredientes” do tradicional magusto que a Câmara de Mértola promove hoje, quinta-feira, nas instalações dos antigos Bombeiros Voluntários. A animação musi-cal está a cargo de acordeonistas locais e a castanha assada é oferta do município. Na ementa haverá também caldo verde, linguiça assada e água-pé da responsabi-lidade do Centro de Apoio Social dos funcionários da autarquia.

A Câmara Municipal de Grândola também organiza hoje o tradicio-nal magusto, no mercado munici-pal da vila, com petiscos variados e muita animação. De acordo com a autarquia, não irão faltar as tra-dicionais castanhas assadas, fritas ou cozidas, servidas ao som da música popular dos grupos “Falta 1” e “Trio Maravilha”.

Magusto em Mértola…

… e em Grândola

“No dia de S. Martinho vai à ade-ga e prova o teu vinho”.A Adega Cartuxa preparou um programa especial para esta quinta-feira, dia 11 de Novembro, que consiste na visita gratuita ao Enoturismo Cartuxa. As portas da Adega estarão também abertas para celebrar o magusto, com pro-va de dois vinhos – um branco e um tinto – e castanhas assadas na hora. A primeira visita terá início às 10h, seguida das 11h30, 14h30, 16h e a última às 17h30. Com o apoio da Câmara Municipal de Évora, serão disponibilizados au-tocarros de 9 lugares, com partida da Praça do Giraldo às 9h50, 11h20 e 14h20 para a Adega Cartuxa e regresso.No dia 14 de Novembro, domin-go, celebra-se o Dia Europeu do Enoturismo, e a Cartuxa não podia deixar de assinalar este dia. Assim, estará igualmente de portas aber-tas para visitas gratuitas às 10h15, 11h45, 15h15 e 16h45. A comemo-ração do dia Europeu do Enotu-rismo pretende dar a conhecer as adegas, os produtos e a cultura vínica das diversas regiões.

Adega da Cartuxa comemora Dia de S. Martinho

Pedro Passos Coelho esteve este fim de semana em Estremoz e em Évora. Em Estremoz o líder social democrata participou num al-moço de homenagem ao antigo dirigente do PSD local, Alberto Sil-va, o primeiro militante “laranja” estremocence a inscrever-se no partido .

Praticante desportivo, dirigente associativo, vereador, Alberto Silva foi apresentado como “um homem de corajoso”, dedicado à sua terra e ao partido em mo-mentos difíceis”, e o principal inspirador da Feira de Agricul-tura de Estremoz, actual FIAPE.Usando da palavra, Passos Co-elho disse que um “partido sem memória é um partido sem futuro” e defendeu que o Or-çamento do Estado para 2001 (OE2011), aprovado na genera-lidade, é “conversa arrumada”. No entanto, disse que “muitas” das medidas “duras” nele incluí-das eram “evitáveis” e que o país “não está mal por acaso, há uma história para termos chegado aqui. Quem nos trouxe até aqui foi quem nos governou nestes últimos 15 anos”.“Se tivesse havido um trabalho mais consciente, a pensar me-nos em eleições e mais nos por-

tugueses no longo prazo, se não tivéssemos tido tanta ligeireza na maneira como discutimos a políti-ca e como o Governo foi orientan-do as reformas e a despesa pública em Portugal, muitas destas medi-das, hoje, não seriam necessárias”, disse o líder do PSD, frisando que é preciso exigir responsabilidades, não só políticas, mas também pe-nais, a quem governa.Os políticos devem ser responsa-bilizados política e penalmente““Os gestores que conduzem as suas empresas à situação de desastre respondem civil e pe-nalmente por esses resultados e,

quando olhamos para o Estado, perguntamos quem toma a res-ponsabilidade civil e penal das decisões que foram indevida-mente tomadas”, acrescentou.Pedro Passos Coelho deixou Es-tremoz ao princípio da tarde e “abriu”, em Évora, a Convenção Distrital do PSD (ver págs. 9 e 11), tendo feito um discurso similar, com muitas críticas ao PS e aos 15 anos de governação”quase ininterruptos dos socialistas”.Passos Coelho, nesta sua jorna-da alentejana, disse ainda que o “PSD não tem pressa de chegar ao Governo”, mas que também

assume as suas responsabili-dades e concretizou um pouco mais o que deve ser a “responsa-bilidade penal” para quem gere com dolo a “coisa” pública.Quando a despesa derrapa, insis-tiu Passos Coelho, tal “significa que alguém tomou a respon-sabilidade de gastar onde não tinha cabimento”, devendo de-cisões como esta ser responsabi-lizadas. Por isso, acrescentou, “os cidadãos portugueses são os acio-nistas do Estado e, tal como os acionistas das empresas, devem exigir responsabilidades aos seus gestores e aos seus decisores”. w

Passos Coelho em Estremoz e Évora

“Quem nos trouxe até aqui foi quem nos governou nos últimos 15 anos”

No fecho da VII Assembleia Regional de Beja do PCP, Jeró-nimo de Sousa diz não aceitar o pagamento de dividendos aos acionistas da PT. Para o líder co-munista, em ano de crise, esta é uma forma de penalizar o Esta-do em 260 milhões de euros em impostos. Exatamente a verba cortada no Abono de Família. O PCP quer a situação esclarecida no Parlamento.

O ministro das Finanças e os responsáveis da PT e o pre-sidente da Caixa Geral de Depósitos vão ser chamados pelo PCP ao Parlamento para explicarem a antecipação do

pagamento de dividendos aos acionistas da Portugal Tele-com. O secretário-geral do PCP está contra e quer a decisão explicada na Assembleia da Republica. “O PCP manifesta o seu mais veemente repúdio por tais factos, que sendo em qualquer altura escabrosos, o são muito mais quando se aca-ba de aprovar um Orçamento do Estado de pesados sacrifí-cios para a generalidade dos portugueses”.Segundo o líder comunista, o partido “exige rápida rever-são” desta decisão da PT, en-tende que “não deve haver sequer distribuição, nem em 2010 nem em 2011” e quer um “completo esclarecimento das

responsabilidades políticas por tais decisões e cumplicidades”.É “para a urgente realização de uma audição parlamentar” que Jerónimo de Sousa anuncia a chamada chamada dos respon-sáveis da PT, do presidente da Caixa Geral de Depósitos e do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos .Segundo Jerónimo de Sousa, a decisão da PT de antecipar para este ano o pagamento de dividendos aos acionistas, ga-rante “uma ‘poupança’ fiscal de 260 milhões de euros, por comparação com o pagamen-to em 2011”, é um “exemplo de dissimulação e de descara-mento político”, que assume “foros de escândalo” e que “o

país assiste, entre o incrédulo e a indignação”.Para o líder comunista esta ação configura “uma desca-rada fuga aos impostos” afir-mando que os 260 milhões de euros que a empresa poupará por antecipar o pagamento dos dividendos este ano é exa-tamente o valor dos cortes que o Governo propõe para o abo-no de família no Orçamento do Estado para 2011. “E não sa-bemos o que mais criticar, se a desfaçatez dos responsáveis da PT ou a hipocrisia do Governo, de Sócrates e Teixeira dos San-tos, que se esqueceram de avi-sar a tempo os responsáveis da PT para impedir essa inqualifi-cável decisão”. w

PCP quer ouvir ministro das Finanças, responsáveis da PT e da CGD

Pagamento de dividendos na PT é um escândalo, diz Jerónimo de Sousa

Paulo Nobre

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Carlos Júlio

Passos Coelho quer responsabilizar “politica e penalmente” os decisores publicos.

Nuno Veiga

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6 11 Novembro ‘10

Desde há vários anos que a Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME), vem permanente-mente referindo que as políticas instala-das, e propostas, em Portugal, têm vindo a provocar um completo desmantelamento económico do país.O abandono sistemático da dinamização do mercado interno Português, onde se si-tuam a esmagadora maioria das Micro e Pequenas Empresas (MPE´s), em função da opção necessária, mas quase única, pe-las exportações, não tem dado, como pre-víramos, os resultados pretendidos. Pelo contrário, as MPE’s e as suas actividades

Opinião

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CPPME não pactua com a “morte” que se avizinha

vão sendo cada vez mais absorvidas pela ganância sem limites das grandes empre-sas nacionais e transnacionais.Mais uma vez, este Orçamento de Estado (OE) não foge à regra e traça o rumo de de-gradação através de cortes, congelamentos e demais instrumentos, sem qualquer tipo de terapêutica do lado da economia real. Estas medidas, irão com toda a certeza, li-quidar o que ainda resta dos níveis de pro-cura interna e das hipóteses que as MPE’s teriam de sobrevivência face ao acentuar desta grave recessão.Contudo, a CPPME não se resigna, man-tém e manterá a mesma postura de reivin-dicação e de proposta perante as muitas adversidades que os responsáveis continu-am a construir, porque acredita que só com a diferenciação positiva das MPME´s, no-meadamente, ao nível fiscal, será possível construir um país mais competitivo e forte. Assim, continuamos a considerar essen-cial:a) A eliminação do PEC (Pagamento Es-pecial por Conta);b) A redução progressiva do IVA para uma posterior uniformização com o resto da

Europa, nomeadamente, com a vizinha Es-panha. Nunca, qualquer tipo de aumento na taxa do IVA, até porque já está provado que o seu aumento tem um efeito prever-so, nomeadamente, no favorecimento do aumento da economia subterrânea;c) A entrega ao Estado do IVA apenas no acto da boa cobrança;d) A dedução do IVA para todas as viaturas mistas e comerciais adquiridas para uso na actividade;e) A publicação, em sede de Regime Sim-plificado de Tributação (RST), dos coe-ficientes técnico – científicos para cada ramo de actividade;f) A dedução, em sede de IRS / IRC, em relação a reparações e aquisições de viatu-ras que comprovadamente o sejam para o exercício da actividade.Este orçamento, numa altura em que a conjuntura é a mais desfavorável de sem-pre para as pequenas empresas, não traz nada de positivo para o sector produtivo nacional, antes pelo contrário, representa uma sobrecarga tributária imediata para as já moribundas MPE´S, que aliada à re-cente liberalização total da abertura dos

hipermercados, à diminuição dos salários e consequente perda de poder de compra das famílias, põe em causa milhares de postos de trabalho.Este orçamento, mais parece um plano an-ti-micro e pequena empresa, vindo de um Estado que mais parece querer liquidar de vez as empresas que constituem mais de 98% do seu tecido empresarial e que são responsáveis por mais de 55% do empre-go.Por estas razões, a CPPME não pode dei-xar de manifestar a sua solidariedade com a luta dos trabalhadores, e com a Greve Geral marcada pelas centrais sindicais para o próximo dia 24 de Novembro. Esta luta é dos trabalhadores que não supor-tam mais cortes e diminuição do poder de compra, e é simultaneamente dos pe-quenos empresários que dia a dia vão per-dendo consumidores com a degradação da vida das populações e vão tendo cada vez mais encargos fiscais e sociais, que não conseguem suportar.

*Confederação Portuguesa das Micro, Pe-quenas e Médias Empresas/ Núcleo de Évora

Todos nós podemos verificar que não serve de nada a compra de Selo de Residente, pois não há fiscalização quanto à hora e data re-

spectiva. Com tal há abusos de não residentes que não tiram ticket e estacionam todo o dia e todos os dias, obrigando os residentes que pagam os seus impostos e Selo de Residente a estacionar onde calha, sujeitos a deixar as viaturas noutra zona, sujeitos às coimas que queiram passar. Quando passa um dito fiscal, faz-se mostrar, para as viaturas irem dar uma volta e depois voltarem e tirarem um ticket dos mais baratos, que depois dará para todo o dia ou semana. Mas se a viatura não é con-

hecida, é logo multada.Estacionem, sim, mas paguem como os out-ros que cumprem.Já foram feitos vários telefonemas, os quais, como diz o povo, morreram na casca. Para mais conhecimento, a “bateria” dos fun-cionários da Toyota. Mais, um Renault 21 que fica todo o dia e todos os dias, assim como mais alguns comerciantes.Somente queremos justiça para quem paga e que raramente tem estacionamento.

Na Rua do Raimundo, como quase não há comércio, aí passam, multam e, por vezes mas raramente, bloqueiam.Porque não fazem na Rua Serpa Pinto?Os fiscais têm algum interesse?Haja fiscalização, que é a vossa obrigação, senhores do S.I.T.E., que é para isso que pagamos, ou não merece a pena tirar selo.Esperamos actuações.

Um grupo de moradores.

Cartas ao REGISTO

Tirar Selo de Residente para quê?

SóNIA RAMOS FERROJurista e Deputada Municipal

IntolerânciaA visita do Papa a Espanha tem origina-do, por estes dias, protestos veementes por parte da comunidade laica e homos-sexual. Não deixa de ser curioso assistir a um cenário em que aqueles que sempre apelaram à tolerância e à liberdade são os protagonistas de uma intolerância atroz, para com o mais alto representante da Igreja Católica. Como se os cristãos espa-nhóis não tivessem o direito de receber a visita do seu guia espiritual. A intolerância religiosa não é uma novidade do mundo moderno. Infelizmente dura há séculos e

todos os dias conhecemos novos episó-dios. Assistimos também, em Lisboa, ao vandalismo das fachadas das igrejas, ou-tro acto tão gratuito quanto destruidor do património nacional, considerando que o património edificado da Igreja constitui um importante espólio histórico, artístico e cultural. Não é só a Igreja que devassam é a nossa própria História como povo.A intolerância religiosa, ou melhor, a in-tolerância generalizada dos nossos dias tem origem também na forma como enca-ramos o Outro. O Outro, para a maioria das pessoas, deixou de ser “o próximo” na acepção que lhe é dada pela doutrina cristã, para assumir-se como um rival, al-guém que importa aniquilar por razões de competitividade doentia. É assim que — infelizmente muitos de nós— encaramos os colegas de trabalho, os vizinhos e a co-munidade em geral. A Intolerância habita já todos os extractos da sociedade, não é propriedade da classe mais desfavorecida.

Tal sucede porque deixámos de reconhe-cer no Outro a essência da verdadeira pes-soa humana, para o rotularmos de acordo com um número, uma profissão, ou uma família. Deixámos de nos sentir religa-dos, perdemos o sentimento de pertença ao mundo e isso tornou-nos terrivelmente cruéis e blindados à desgraça humana. Já não nos comovemos ao ver uma criança ou um idoso a mendigar, descalços, no centro das metrópoles. Convencemo-nos que são os sinais do tempo e da inevitabi-lidade do desequilíbrio social. O despertar Técnico-científico da moder-nidade que nos ensinou a reconhecer o mundo como uma máquina gigantesca, mecanizada e redutora, fez alastrar esse mesmo sentimento de racionalidade às relações pessoais. Parafraseando Ernst Bloch, assistimos desde então à total “me-canização da existência” com todo o redu-cionismo materialista que pode suportar. A laicização do Outro e da forma como nos

posicionamos no mundo e na sociedade empobreceu a vida de sinal humano, por-que lhe coarctou a generosidade de olhar o próximo e reconhece-lo como igual. Nunca como hoje, os conflitos foram tão violentos, precisamente porque cada par-te pretende impor a sua superioridade, a sua particularidade, de forma agressiva, carregada de racismo e ódio. Em vez do reconhecimento das semelhanças entre os povos, e da aceitação do Ser Ontológico presente em cada Homem, independente-mente da sua raça ou nacionalidade, emer-gem as diferenças, que representam obs-táculos, agora intransponíveis, para uma vivência pacífica. É sempre mais fácil evidenciar a diferen-ça, do que aceitar a semelhança. E é esta intolerância— que se revela na rejeição do outro— que transforma o mundo num po-tencial conflito à escala global. Saibamos aceitar as diferenças e conviver com elas.

JESuINA PEDREIRAVereadora da Câmara Municipal de ÉvoraDelegada do CPPME* em Évora

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Sociedade

O problema arrasta-se há anos. Cerca de 60 moradores do Bairro de Almeirim lutam por um docu-mento que prove serem proprietá-rios das casas onde vivem. Anos de voltas e revoltas com uma solu-ção à vista. Ou não?

São cerca de 60 as pessoas que vivem em Almeirim numa zona há mais de 30 anos doada para edificação de um bairro social e querem provar serem legítimos proprietários da casa cuja renda pagam há três dezenas de anos, o que lhes confere o direito à pro-priedade da casa.O problema é que em agosto passado, cumpridos os 30 anos de rendas pagas, grande parte dos moradores, viram-se impe-didos de assinar as escrituras de alteração de propriedade. “As casas são nossas, mas se os terre-nos não nos pertencem porque a situação não está regularizada, não podemos fazer a escritura”, revela ao REGISTO um morador do Bairro de Almeirim.Ao que parece, toda a área de ter-

reno onde está edificado o bairro social não se encontra legalmen-te loteada o que tem levantado problemas aos moradores em provar através de documento le-gal a propriedade das casas.O REGISTO procurou esclareci-mentos junto do vereador Ma-nuel Melgão, da Câmara de Évo-ra, mas até à hora de fecho desta edição não recebemos qualquer contacto ou indicação, o que per-mite tirar a ilação de que a autar-quia não sai bem desta fotografia.Isso mesmo confirma ao REGIS-TO um dos moradores do Bairro de Almeirim. Joaquim Valverde, um dos vários proprietários que

não conseguiu ainda assinar a escritura da casa, conta que este processo se arrasta na autarquia “há muitos anos, já vem do exe-cutivo anterior e nunca houve vontade de o resolver”.O terreno foi doado por um ele-mento da família Potes, conheci-da e reputada família da cidade de Évora. O bairro foi edificado e habitado antes de existir qual-quer instrumento de regulação do território na cidade – o que aliás permitiu o aparecimento em redor de Évora de vários bair-ros clandestinos ao longo da se-gunda metade do século XX.Mais tarde, nem no Plano Dire-

tor Municipal, nem na sua re-visão terá contemplada aquela zona para habitação, pelo que nunca se conseguiu a legaliza-ção do bairro.Joaquim Valverde, que hoje está afastado deste processo, levou “anos de luta” sempre perdida por uma questão pela qual sente “nunca ter havido interesse”.

Pagar, sim, mas a preço antigo

Chegou a falar-se que este pro-cesso estaria emperrado pelo facto de a família do doador do terreno ter mostrado interesse em tê-lo de volta. “Nada mais er-rado”, assegura Francisco Garcia, atual presidente da Associação de Moradores do Bairro de Al-meirim, entidade que ao longo dos anos tem perseguido e insis-tido na resolução do problema.Embora Francisco Garcia não tenha mostrado muita vontade em falar ao REGISTO, alegada-mente por a solução do proble-ma “estar próxima, se calhar ain-da antes do fim do ano”, sempre foi afirmando que “um herdeiro

do proprietário, o senhor João Potes, garantiu aqui, numa festa de aniversário da Associação de Moradores, que cumpriria a von-tade do seu tio”. Isto é, se o terre-no foi doado, doado está.Resta, pois, a intervenção da au-tarquia. Pelos dados coligidos pelo REGISTO – aos quais, pela razão anteriormente explicada, falta a versão dos factos por par-te da Câmara de Évora -, todo o processo poderá estar em vias de resolução, uma vez que apenas faltará resolver o problema do loteamento do terreno onde nas-ceu e cresceu o bairro social.Só que os moradores enfrentam agora outra questão: o valor a pagar pelo loteamento. A autarquia quer cobrar o processo aos preços atuais. Os moradores dizem que pagam, sim, mas com base nos valores pra-ticados há 30 anos, altura em que tudo deveria ter sido legalizado e não foi. Por culpa, ou desinteresse da autarquia, dizem os moradores.Apesar de tudo, os moradores acreditam que ao fim de 30 anos, o processo será, por fim, re-solvido. w

Bairro Social de Almeirim continua longa batalha

Moradores esperam pela Câmara há 30 anos

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Paulo Nobre

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8 11 Novembro ‘10

Sociedade

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Os municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral contestam a exclusão do Alentejo do concurso na-cional aberto pelo Governo para licenciar centrais so-lares fotovoltaicas e exigi-ram a “abertura imediata” de novo concurso só para a região.A posição das autarquias que integram a Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (AMBAAL), 14 do distrito de Beja e quatro de Setúbal, tomada nas últimas reuni-ões dos conselhos diretivo e executivo, surge num co-municado divulgado esta semanaNo documento, os muni-cípios manifestam “o seu desacordo e o seu protesto pelo facto de o concurso na-cional recentemente aberto para atribuição de licenças para a instalação de unida-des de produção de energia fotovoltaica ter excluído to-talmente o Alentejo”.Trata-se da região com “as melhores condições na

turais” para instalação de unidades de produção de energia fotovoltaica, subli-nham os municípios, fri-sando que “várias empresas apresentaram às autarquias importantes projetos de in-vestimento” no setor.Os municípios da AMBA-AL exigem ao Governo “a abertura imediata de novo concurso, desta vez só para o Alentejo, tendo em con-sideração” que a produção de energia fotovoltaica “é um dos pilares estratégicos para o desenvolvimento da região”.Um pilar que “não pode fi-car adiado, uma vez que os investidores estão prontos para avançar para o terreno em sintonia com os municí-pios”, salientam. w

Alentejo sem novas centrais fotovoltaicas

Câmaras exigem “novo concurso”

João Tiago Silveira, secretário de Estado da presidência do Conselho de Ministros, disse, em Évora, este sábado, que “o Governo está empe-nhado na construção do novo Hospi-tal Distrital de Évora e que continua convicto na importância do TGV para o desenvolvimento do País, cuja pa-ragem representaria em custos com indemnizações, para o Estado, cerca de 2/3 dos custos necessários para executar a obra no troço Poceirão-Caia. Por isso garantiu que os prazos de execução previstos são para man-ter porque a reavaliação acordada com o PSD não poderá conduzir a diferente desfecho”, refere uma nota de imprensa emitido pela Federação Distrital de Évora do PS.

Num encontro que reuniu mais de uma centena de dirigentes e mi-litantes socialistas de Évora, João Tiago Silveira “respondeu inequi-vocamente à questão levantada por Capoulas Santos, enquanto

Presidente da Federação Distrital de Évora do PS. (…)Capoulas Santos sublinhou que as preocupações dos socialistas são legítimas e deu como exemplo os sucessivos bloqueios às obras públicas sempre que o PSD chegou ao Governo. Desta vez e sob a desculpa da redução da despesa como condição para a viabilização ao OE, o PSD defendeu publica-mente a paragem das grandes obras públicas”, refere a nota do PS.Ainda segundo os socialistas ebo-renses, João Tiago Silveira disse

que “o Governo conseguiu aprovar o Orçamento de Estado que, apesar de duro, é o que o País precisa para conseguir manter o financiamento externo e isso é uma vitória política para o País e que a alternativa que o PSD apresenta é simplesmen-te a privatização do Estado Social que considera como despesa e não como investimento nas pessoas. É a defesa do Estado Social que dis-tingue o PS do PSD”, refere a nota do PS. w

Secretário de Estado reafirma: obras públicas em Évora “não estão em causa”

TGV e novo Hospital vão avançar dentro dos prazos previstos

Socialistas garantem a militantes eborenses que TGV vai ser feito “dentro dos prazos”.

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Redação

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Câmara de Vidigueira quer conter despesa

A Câmara Municipal de Vidiguei-ra vai avançar com um conjunto de medidas com vista à redução da despesa, tendo em conta o corte das verbas provenientes das transferências do Estado e da diminuição de receitas próprias.Estas medidas de redução e con-trole da despesa a implementar pela Autarquia abrangem diver-sas áreas tais como:- A diminuição da despesa com a Iluminação Pública, através de um plano de eficiência energéti-ca, de forma a cortar e/ou baixar a intensidade da iluminação em horas de menor movimento.- A redução dos custos de funcio-namento dos serviços municipais (energia, água, gasóleo, telecomu-nicações, etc.).- A implementação de um novo horário de expediente aos muní-cipes nos edifícios dos Serviços de Obras e Atendimento Geral, que vão passar a funcionar, de forma ininterrupta, entre as 9 e as 16 horas, a partir de 15 de Novembro.

Região

A direção do IGESPAR não se fez representar no debate da Antena 1, mas enviou um co-municado, lido em direto, cujo conteúdo não é consensual aos olhos das duas partes em contenda, no caso, a Câmara e o Movimento de Defesa do Centro Histórico.Diz o comunicado que “é no âmbito do Estatuto dos Bene-fícios Fiscais que se enquadra a isenção do Imposto Munici-pal sobre Imóveis (IMI).

De acordo com o n.º 5 do ar-tigo 44.º do mesmo Estatuto, aquela isenção é automática, operando-se mediante comu-nicação do IGESPAR, IP, do conjunto classificado como monumento nacional e Patri-mónio da Humanidade.Esta comunicação é dirigida à Direção-Geral do Tesouro e Finanças, sempre que é clas-sificado um monumento, con-junto ou sítio, sendo também publicado o ato de classifica-

ção no Diário da República.Relativamente ao conjunto classificado de Évora competia ao IGESPAR, IP, enviar àque-la Direção-Geral a lista desses imóveis com o respetivo grau de classificação, nomeada-mente do centro histórico de Évora, habilitando os serviços das finanças a verificarem se os imóveis em causa se en-contram ou não abrangidos, o que já foi cumprido.O IGESPAR, IP, pode emitir,

sempre que solicitado, certi-dões de confirmação da clas-sificação de imóveis indivi-dualmente classificados e do respetivo grau de classificação.Compete aos proprietários des-ses imóveis diligenciar para a concretização da isenção pre-tendida junto dos Serviços de Finanças da respetiva área, uma vez que o processo de isenção é da exclusiva com-petência do Ministério das Fi-nanças.” w

Dúvidas persistem sobre cobrança do IMI em Évora

Câmara de Évora vai processar o Estado português

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José Ernesto Oliveira assegura que a Câmara de Évora vai pro-cessar o Estado português devido à questão da isenção do IMI. Para o autarca, houve uma indevida intromissão na autonomia do Po-der Local que penaliza anualmen-te a edilidade em meio milhão de euros.

A Câmara de Évora prepara-se para processar o Estado portu-guês pelo facto de a autarquia estar a ser penalizada devido à isenção do Imposto Municipal sobre Imóveis que vigora em todo o Centro Histórico da cida-de. “Vou acionar judicialmen-te o Estado português por esta ilegalidade e por esta afronta que está a ser cometida contra a autonomia do Poder Local, ao interesse municipal e à de-dução das finanças e até contra a contraditória intromissão do IGESPAR neste processo”.A afirmação de José Ernesto Oliveira foi feita na terça-feira durante um debate promovi-do pela Antena 1 para análise

desta questão que no último ano motivou grande guerrilha política entre o executivo ca-marário e a oposição, levando mesmo a CDU e o PSD a vota-rem em reunião de Câmara e mais tarde na Assembleia Mu-nicipal a isenção do IMI para todos os proprietários do Centro Histórico de Évora pelo facto de

este estar classificado como Pa-trimónio da Humanidade pela UNESCO.Uma decisão que o executivo tem vindo a contestar dizendo tratar-se de uma “deficiente” in-terpretação da lei que penaliza os cofres da autarquia em cerca de meio milhão de euros por ano e vai contra as políticas de

reabilitação urbana em curso no centro da cidade.Apesar da decisão da autarquia de isentar o IMI aos proprietá-rios, o Movimento de Defesa do Centro Histórico afirma que desde abril de 2009 que a autar-quia não concede a isenção aos proprietários, ao todo cerca de 4 mil no centro classificado pela UNESCO.De acordo com Daniel Carrapa, também presente no debate da Antena 1, a autarquia está a cometer uma ilegalidade, pelo que o Movimento, que integra alguns dos grandes proprietá-rios do Centro Histórico, tem a correr uma petição a favor da isenção do Imposto Municipal sobre Imóveis já neste ano de 2010 e pretende que todos os proprietários venham a ser res-sarcidos do imposto indevida-mente aplicado.José Ernesto Oliveira garante já ter falado com o diretor do IGESPAR e espera uma reu-nião com a ministra da Cultu-ra, outra com o secretário de Estado. w

Paulo Nobre

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A Câmara de Sines e A Gralha - As-sociação para o Desenvolvimento de Porto Covo inauguram hoje, quinta-feira, as novas instalações do Centro de Dia daquela associa-ção, que representou um investi-mento de cerca de 150 mil euros. A nova infra-estrutura faz parte de um protocolo que prevê a con-tinuação da cooperação entre as duas entidades, nomeadamente para a criação de condições para a construção de futuras instalações mais amplas, de modo a garantir o alargamento das actividades do centro de dia.

Centro de Dia de Porto Covo

José Ernesto Oliveira considera que a Câmara está a ser penalizada.

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10 11 Novembro ‘10

Porque apoio a Greve Geral de 24 de Novembro.No acervo das razões plausíveis, existe uma, habitualmente estranha à determi-

nação de posturas desta natureza: o pudor.De facto, quando olho para as razões que fundaram a decisão de activar o último reduto legal de afrontamen-to entre trabalhadores e patrões, lá encontro, uma vez mais, a injustiça brutal que atribui aos que tudo fazem e nada podem, o ónus integral da tra-palhada engendrada pelos que tudo podem e nada fazem.Assim, porque me envergonha a simples conjectura de cumplicidade na absolvição dos que brutalizam os desprotegidos, castigando-os com des-mesurado preço por crimes alheios; a elementar hipótese de sancionar, ain-da que por omissão, as práticas culpá-veis daqueles a quem foi outorgada a justiça e a protecção dos mais fracos, e que por velhacos intuitos traíram essa nobre missão; enfim, a mera suspeita de postura equívoca numa batalha em que, por mais que o iludamos, apenas há dois lados, apoio sem reservas a realização desta Greve Geral, aspiran-do à manifestação irrefutável da força dos trabalhadores nesta luta desigual, como única forma de afirmar a sua dignidade perante um capital desu-manizado, sem rosto e desprovido de sentido ético.

José Eliseu Pinto

A Greve Geral de 24 de Novembro próximo, é uma oportunidade de gritar bem alto a angustia que nos corrói os dias.

Contra o acentuar das desigual-dades sociais, contra a injustiça institucionalizada na repartição da riqueza, contra a destruição criminosa da base produtiva do país, dia 24 de Novembro faço greve.

Margarida Fernandes Técnica Superior

da Administração Local

O desenvol-vimento é um processo de alarga-mento das liberdadesAs liberdades i n d i v i d u a i s podem e de-

vem ser usadas não apenas para melhorar a vida própria, mas também para tornar os disposi-tivos sociais mais adequados e eficazes. Por isso, no próximo dia 24 de Novembro vou exercer o meu direito à greve, em defesa do alar-gamento das liberdades concretas no meu país, em vez do seu cons-trangimento.

Maria das Dores CorreiaSocióloga

Sociedade

O Departamento de Desenvol-vimento Económico da Câmara Municipal de Évora promove na próxima segunda-feira (dia 15 de Novembro), no Salão Nobre dos Paços do Concelho, um workshop intitulado ”Empreendedorismo: criar oportunidades”. Este evento integra-se na Semana Global do Empreendedorismo, que decorre em Portugal e em mais 100 países até ao dia 21 de Novembro. Durante sete dias, centenas de em-presas nacionais, muitos convida-dos e milhares de participantes vão poder trocar ideias, experiências e visões em dezenas de eventos e acti-vidades que preparamos para todos os que comungam da paixão pelo desafio e inovação. Este Workshop, com início às 09h00, irá abordar a temática do empreendedorismo relacionando-a com a inovação e com a criação e aproveitamento de oportunidades de negócio que estão na base do sucesso empresarial. Serão ainda apresentados vários instrumentos de financiamento para pequenas empresas, bem como o novo serviço do Departamento de Desenvol-vimento Económico da Câmara Municipal de Évora: SAIE (Serviço de Apoio e Informação ao Empre-endedor).

Câmara de Évora promove Empreendedorismo

Não podemos calarA onda de vergonha que submergeAs gentes honradas do nosso paísGovernado por agiotas e corruptosSem pudor ávidos de PoderNão podemos calarO flagelo da fomeA ignomínia do desempregoA humilhação daqueles a quem o “banco” manda expulsar das suas casasNão podemos calarA violência que assola os mais desprotegidosMendigos, sem abrigo, crianças,Espoliados do direito ao pão de cada diaPão para saciar a fomePão da saúdePão da culturaPão do trabalho – dignidade maior das mulheres e dos homens -Construtores da vida em sociedadeDa vida em liberdadeSem medo pelo que poderão vir a perder (para além do que já perderam)Da vida em igualdade

Por isso, enquanto cidadã, apoio a Greve Geral de 24 de Novembro de 2010

Margarida MorgadoSocióloga

Faço greve pela defesa da minha dignidade como cidadão, mas também faço Greve contra um Orçamento

de um Estado que em vez de ser sede de Justiça social pela dis-criminação positiva do traba-lho em relação ao capital trans-formou-se no garante do lucro dos especuladores transnacio-nais. Ainda faço Greve como expressão de indignação pela situação dos idosos que vêm as suas pensões de reforma esvaírem-se em medicamentos e serviços de saúde mais caros em alimentos que não podem comprar, em impostos que os penalizam. Faço Greve contra uma sociedade que lança para o desemprego um exército de mão-de-obra, desvalorizando a força de trabalho e hipote-cando aos interesses do grande capital um importante facto-res de desenvolvimento. Faço Greve pelo futuro da minha filha e de todos os jovens!

Luís Garcia

Sim à greve. Este é um direito que nos assiste garantido pela constituição por-tuguesa no seu artigo 57º.

E n q u a n t o f u n c i o n á r i a pública e jo-vem traba-lhadora, vou aderir à Greve Geral de 24

de Novembro porque acredito que só a união e a força dos tra-balhadores poderão impedir o retrocesso social, conquanto da retirada dos mais elementares direitos consagrados dos traba-lhadores, como sejam o próprio trabalho e o salário, garantindo desta forma a protecção da dig-nidade humana do trabalha-dor, enquanto principal razão de interesse público comum.”

Ana Alves Técnica Superior

da Administração Local

Convém relembrar que, todos os cidadãos independente-mente da natureza do vínculo laboral, têm o direito a fazer greve.Este é um momento em que temos a possibilidade de mar-car a nossa posição. Sim a um novo rumo, sim a novas polí-ticas económicas, sim a uma nova política social. Contra o desemprego contra a diminui-ção dos salários, contra a perda dos direitos sociais, contra a fome, contra a inércia.

Nuno Gaspar Delegado Sindical - CME

As razões porque apoio a Greve Geral de 24 de NovembroEspaço da responsabilidade da Comissão local de luta e apoio GREVE GERAL/ USÉvora

Cerca de 50 trabalhadores da empresa Invicar - Indústria de Confecções Lda, em Portalegre, suspenderam os seus contratos de trabalho, revelou o coorde-nador da União de Sindicatos do Norte Alentejano (USNA), Diogo Júlio.Estes “50 trabalhadores estive-ram em lay-off”, entre os me-ses de junho e Setembro disse Diogo Júlio à agência Lusa, acrsecentando que “a empre-sa tentou que os trabalhadores assinassem a declaração de des-pedimento com justa causa e os funcionários decidiram suspen-der os contratos devido a salá-rios em atraso”.Diogo Júlio mostrou-se sur-preendido com este desfecho e questionou a gestão da empre-sa, uma vez que a Invicar “tem recebido encomendas. Nós te-mos dúvidas sobre se há proble-mas que afetam a empresa, por-

que a fábrica tem encomendas. Não está é a pagar salários”.Entretanto, um pedido de in-solvência da empresa Selenis Serviços, em Portalegre, que emprega 80 trabalhadores, deu entrada no tribunal daquela ci-dade alentejana na segunda fei-ra, disse Paulo Cardoso, do Sin-dicato dos Fogueiros, Energia e Indústrias Transformadoras (SI-

FOMATE). De acordo com o sindicalista, que também trabalha na Se-lenis Serviços, os funcionários foram “apanhados de surpresa. Para nós, foi um verdadeiro bal-de de água fria”, frisou.O mesmo dirigente do SIFOMA-TE explicou que “mais de meta-de dos trabalhadores” deverá ser arrastada para o desemprego,

sendo que os restantes “poderão ser reintegrados” em empresas às quais a Selenis Serviços pres-tava trabalho.A Selenis Serviços está instala-da num parque industrial em Portalegre, onde se localizam outras unidades fabris, e presta serviços a essas empresas nas áreas administrativa, manu-tenção, controlo de qualidade e segurança e higiene no trabalho. De acordo com Paulo Cardoso, na origem das dificuldades que a Se-lenis Serviços vinha a sentir estão “as outras empresas”, já que “não estão a pagar as respetivas pres-tações” pelo trabalho que aquela lhes efetua.Na semana passada, o mesmo sindicalista revelou à Lusa que a administração da empresa tinha anunciado aos trabalhadores que não havia “garantias de recebe-rem os vencimentos de novem-bro, nem o subsídio de Natal”. w

Situação social agrava-se em Portalegre

Mais de uma centena de trabalhadores em risco de desemprego

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Carlos Júlio/Lusa

Portalegre tem sido um dos distritos mais afectados pelo fecho de empresas.

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Negócios

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Armindo Monteiro, antigo presidente da ANJE acusa

“Empresas do regime são um crime muito bem organizado”

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Carlos Júlio

“A minha geração viu sair do país a geração dos pais e agora corre o risco de ver sair a geração dos filhos. Mas os pais iam ali e já vol-tavam, hoje os nossos os filhos já não vão voltar e são os melhores que estão a sair”.

O alerta foi deixado em Évora, este fim de semana, por Armin-do Monteiro, antigo presidente da ANJE (Associação Nacional dos Jovens Empresários).Falando “enquanto indepen-dente” na Convenção do PSD do distrito de Évora, o também antigo estudante da EU (Uni-versidade de Évora) considerou que, na sua opinião, as diversas instituições como as Câmaras e as universidades “parece que se transformaram apenas em agências de recursos humanos, em departamentos que fazem as contas, pagam os salários, a água, a luz, etc, e pouco mais. Falta-lhes tudo o resto”.“A região já não fixa os estudan-tes do ensino superior, como já

fez, porque a Universidade não consegue atrair estudantes dou-tras regiões, a maioria é do Alen-tejo, e mesmo esses depois que-rem sair daqui”, disse Armindo Monteiro para quem “a Praça do Giraldo está cada vez mais longe da Praça do Comércio e a voz da região cada vez vale menos, tal como os nossos votos”.Este empresário, que começou a vida activa em Évora, constata que a crise tem também muito a ver com os medos instalados, que é preciso vencer. “Esta é a época de todos os medos. An-tes os medos eram previsíveis, mas hoje parece que vivemos manietados pela imprevisibi-lidade do medo, que vai desde perder o emprego até levar uma empresa à falência”. E há tam-bém um grande sentimento de solidão.”Olhamos para o lado e vemos todos que estamos muito isolados, está-se muito sozinho, é-se muito individualista”.E aponta o dedo ao que conside-ra serem “as empresas do regime (e não falo aqui das responsabi-

lidades do PS ou do PSD, os dois têm responsabilidades nesta área), são um crime bem organi-zado e isso é muito mau para a economia do país” Um retrato a cores negras de um empresário que, embora diga que é, por natureza um op-

timista, tira a conclusão de que “temos o país adiado, os empre-sários para investirem têm que ter confiança, e quando não têm confiança nem existe liderança política, como é o caso, não há in-vestimento” e acentua que” esta crise pode durar 3 anos, 10 anos

ou mesmo uma geração. Nin-guém sabe”.Armindo Monteiro deixou tam-bém um outro alerta: “sempre que perde faculdades, quando perde a fé, a confiança e, sobre-tudo, a alegria, o povo português começa a voltar ao sebastianis-mo, a imaginar um salvador ou um messias. No entanto, alterar esta situação depende é de nós, de todos, e não podemos ficar à espera. Mesmo em termos políti-cos é preciso que esquerda e di-reita não signifiquem a mesma coisa, que existam propostas di-ferentes para a sociedade”.Nesta conferência Armindo Monteiro enumerou ainda vá-rias saídas para a crise, entre as quais, disse, “é preciso que o Es-tado faça um diagnóstico realista da situação e que sejam imputadas responsabilidades; o modelo de desenvolvimento económico tem que estar centrado nas empresas; é preciso reorganizar e estimular a administração pública e tem que se pensar no médio e longo prazo e não se pode perder o rumo”. w

Armindo Monteiro considera que a crise também tem a ver com os “medos”.

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12 11 Novembro ‘10

Entrevista

O senhor sempre esteve ligado à agricultura, chegou a ser secretário de Estado da Agricul-tura. Como é que vê este sector, que cada vez parece ter menos peso a nível nacional?Eu penso que depois desta noite negra, des-tes últimos anos, em que a agricultura qua-se foi riscada do programa do Governo e em que tivemos um ministro que era pratica-mente anti-agricultores – e estamos a pagar por isso, com a grande desmotivação que se vive nos campos e com o grande afastamen-to dos jovens da agricultura -, também pelas circunstancias em que o país vive e em que precisa de reduzir o défice da sua balança alimentar e da sua balança externa, nos es-tamos a consciencializar de que temos que aproveitar melhor os nossos recursos e um dos principais que temos é a terra. O Alente-jo tem território, tem aptidão, tem condições para ter uma agricultura mais produtiva do que aquela que tem tido nos últimos anos. Desde que haja essa demonstração de con-fiança do Governo na agricultura e nos agri-cultores acho que é possível reanimar um sector que é tradicional, que é importante e que eu penso que, no Alentejo, será sempre decisivo para o combate à desertificação e à radicação na região de novas competências. Já criticou a actuação do ex-ministro Jaime Sil-va. Como vê a acção do ministro António Serra-no, um alentejano há um ano à frente da pasta da Agricultura? É melhor do que a do anteces-sor?Sem dúvida nenhuma. E fraco era o elogio que lhe fazia se me ficasse por aí, mas pen-so que o ministro António Serrano tem sido uma pessoa animada do melhor espírito construtivo, pró-activo, que tem tentado apagar essa mancha negra, que foi o legado do seu antecessor, mas que se tem debatido com as dificuldades decorrentes disso mes-mo: encontrou o ministério completamente desorganizado, todo o sector desmotivado e tenho que reconhecer que não é fácil vencer essa inércia do passado. O ministro tem uma grande vontade, uma grande competência em termos de gestão, mas o fardo que herdou é muito pesado e, provavelmente, ainda não teve tempo para ultrapassar todos os obstá-culos que tem encontrado.

Sobre António Serrano

“Ministro da Agricultura tem tentado apagar a mancha negra que foi o seu antecessor”

Como é que este foi este regresso ao Par-lamento ?Foi o reeditar de uma experiência. Já tinha sido parlamentar entre 1985 e 1990 e deu para verificar as mudan-ças que, entretanto, se verificaram. Há uma mudança que já deixou o Parla-mento. Hoje há muita gente nova e muito empenhada, e isso é positivo. Infelizmente vivemos num contexto em que se perdeu também alguma qualidade no debate parlamentar, desde logo porque o Governo, e dada a personalidade do senhor primeiro-ministro, assume o Parlamento mais como um palco para falar directa-mente para a opinião pública do que como um espaço de resposta às per-guntas feitas pelos deputados, o que enfraquece o debate e a valia da nossa democracia. De qualquer modo, não havendo nes-ta legislatura maioria absoluta, isso faz com que o Parlamento possa ter um pa-pel mais interveniente do que na legisla-tura anterior.Naturalmente. Mas neste contexto de crescentes dificuldades financei-ras e nesta camisa de forças em que o país está metido, sobretudo devido às políticas incorrectas desenvolvidas ao longo de vários anos, faz com que a própria oposição se sinta um pouco coartada na sua liberdade de actua-ção, uma vez que, pelo menos da par-te do PSD, há sempre a preocupação de não criar problemas adicionais ao país. Foi este contexto que fui encon-trar no Parlamento: por um lado, uma democracia enriquecida por gente nova, com um grande rejuvenesci-mento das bancadas parlamentares, mas por outro, algum enfraquecimen-to da qualidade do debate. Nas últimas semanas tem-se falado mui-to de crise a propósito do Orçamento. De crise económica, financeira e mesmo po-lítica. As perspectivas de crise foram re-almente sérias, ou tudo não passou mais de uma aparência de conflito grave entre o Governo e o PSD?Penso que houve, sobretudo, mais mediatização construída em torno dessa questão do que na sua essência. Sempre considerei pessoalmente, e acho que muitas pessoas da bancada do PSD também consideraram, o fac-to de nós não estarmos em condições de criar mais uma crise política adi-cional ao país, que se sobrepusesse à crise financeira gravíssima que o país atravessa. Sempre considerámos que no fim, no limpar das feridas, como se costuma dizer, não podíamos deixar

de viabilizar o orçamento por muito mau que ele fosse, e este é um orça-mento muito mau. Penso que o PSD assumiu, como sempre, uma atitude muito responsável, conseguindo mi-tigar alguns dos aspectos mais gravo-sos dessa proposta de orçamento. O orçamento acabou por ser viabilizado, é um mau orçamento, que não recria as esperanças dos portugueses, que não tem medidas de relançamento da economia e, como tal, é um orçamen-to de carácter recessivo. É o orçamento proposto pelo Governo e neste quadro parlamentar não há condições para, a curto prazo, nomeadamente antes das eleições presidenciais, e um pouco depois também, se criar um novo qua-dro parlamentar que permita outras soluções governativas. Mas considera que, se não houvesse as eleições presidenciais e a impossibilida-de de legislativas nos próximos meses, a posição do PSD face ao orçamento teria sido outra?Não haveria essa condicionante e, pe-rante um orçamento desta natureza e o que foi o descalabro da execução orçamental durante este ano, e dado não podermos continuar nesta onda despesista de total descontrole por parte do Governo das Finanças Públi-cas, poderia ter sido outra a opção de voto.

O desgaste do governoé muito grande

E se pudesse haver eleições agora con-sidera que a opção de voto no PSD, um ano depois das últimas legislativas, seria diferente, dando a vitória ao PSD?Naturalmente que a opção de voto poderia ser diferente, sobretudo se houvesse por parte da sociedade uma total consciência da gravidade do momento que estamos a viver. Em democracia, o povo é sempre sobera-no e nos momentos de crise deve ser o povo a dirimir os conflitos e a par-tilhar a procura das soluções. Penso que o desgaste político, a falta de cre-dibilidade do governo, do primeiro-ministro, do ministro das Finanças cria um problema adicional ao pro-blema financeiro e económico do país. Agora há que aguardar e ver se o Governo ainda tem alguma réstia de energia e de capacidade para executar este orçamento e começar a ser parte da solução, uma vez que tem sido ape-nas parte do problema. Há que aguar-dar tranquilamente. O PSD não está ansioso de chegar ao poder. A nossa perspectiva é não permitir que se agu-

dizem ainda mais os problemas que, já hoje, são muito graves, sobretudo nas áreas económica e social. Quanto mais tarde encetarmos um novo caminho mais difícil se torna a recuperação do país. Pelo que afirma, defende, portanto, elei-ções o mais breve possível.Tudo depende do Governo. O que se-ria desejável para o país é que fosse o próprio Governo a interiorizar esta re-alidade de que o modelo prosseguido até aqui, assente em grandes infraes-truturas e no investimento público não reprodutivo no curto ou médio prazo, está esgotado, que o endivida-mento público que atingimos já não permite mais veleidades nesse domí-nio, e que se virasse para aquilo que é crucial e que é o apoio às empresas e à criação de riqueza, porque só a partir daí, criando mais riqueza e mais em-prego, é que podemos, a prazo, come-çar a sair da grave crise em que nos encontramos. Para esclarecer este ponto: defende ou não que, se a situação continuar como está, o PSD deve provocar eleições legis-lativas já no próximo ano?Em democracia há sempre alternati-vas, há sempre soluções. Não quero antecipar nenhum cenário e julgo, como já disse, que o ideal seria que o Governo tomasse consciência da gra-

vidade da situação e em vez de andar a vender ilusões e a negar a realidade da crise, mudasse de rumo, de modo a que a situação do país não se degra-dasse ainda mais. Julgo que em gran-de parte a desconfiança dos mercados reside no facto de não terem percebido ainda, por parte do Governo, uma po-lítica económica de reanimação, que permita travar o desemprego, criar riqueza e, por esse meio, gerar mais receita fiscal. Isso não deve ser feito através do aumento dos impostos. Há também quem defenda dentro do PSD que não deve haver antecipação das eleições, já que a dimensão da crise é muito grande e que deve ser o PS a arcar com ela.Temos consciência disso. De que as di-ficuldades que aí estão são para dura-rem, não se resolvem num ano ou em dois. Mas o PSD tem uma tradição de serviço ao país e, naturalmente, não enjeitará as suas responsabilidades quando e se os portugueses entende-rem que é a altura de mudança. Mas ainda não me respondeu: acha que esta legislatura vai até ao fim ou não?Pode ir ou não. Neste momento isso é imprevisível. Repito que tudo está na mão do Governo. Se o Governo continuar no caminho que tem vin-do a prosseguir dificilmente chegará ao fim do seu mandato, até porque o

Luís Capoulas, deputado do PSD por Évora

“Eleições em 2011? Tudo depende do Governo!”

Luís Capoulas, empresário agrícola, licenciado em engenharia electrotécnica, ex-secretário de Estado da Agricultura, tem 61 anos. Foi eleito deputado do PSD por Évora há um ano. Tem acompanhado no Parlamento o ambiente de crise. Um ambiente que diz ter “mais de mediático” do que de “essência”. A crise, diz, é essencialmente económica e financeira. Quanto à possibilidade de eleições no próximo ano refere que tudo depende da “acção do Governo”. Anti-regionalista assumido, defende, no entanto, uma

maior descentralização do país, que acusa de estar fortemente “litoralizado”. Apoia Cavaco Silva para um segundo mandato e confia que o actual presidente veja reforçada a sua votação relativamente há cinco anos atrás. Luís Capoulas é o primeiro deputado por Évora entrevistado pelo REGISTO nesta se-quência de entrevistas com os representantes do eleitorado eborense na Assembleia da República, a que daremos continuidade nas próximas semanas com entrevistas a João Oliveira (PCP) e Bravo Nico (PS).

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Carlos Júlio

O deputado Luís Capoulas nunca teve dúvidas de que o PSD “responsavelmente” iria viabilizar o orçamento.

(Sobre Évora)... acho que há uma certa frustração por parte do eleitorado que na transição entre a CDU para o PS pensava que a cidade se ia abrir mais, se ia desenvolver mais, e isso não aconteceu.

C.J.

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Tem sido sempre um firme adversário da regionalização. Mantém-se convicto das razões que o levam a ser contra as re-giões administrativas?Sim. As razões pelas quais considero que a regionali-zação não é necessária e que pode ser até prejudicial ao país prendem-se com o facto de não termos no país quais-quer clivagens profundas que justifiquem esse patamar de divisão administrativa. Mas é disso que estamos a fa-lar: apenas de regionalização administrativa, não de regiões autónomas.Mesmo assim. Até pela nos-sa dimensão territorial não penso que se justifique. Isso poderia tornar ainda mais pesada a máquina do Estado, que já é pesada. Neste contex-to, acho que o que temos que fazer é racionalizar e descen-tralizar. Penso que a nossa tradição municipalista não está esgotada e penso que a aposta terá quer ser com asso-ciações intermunicipais, um domínio em que já temos al-guma tradição. Mas com esse argumento o que tem acontecido é, ao longo dos anos, uma cada vez maior cen-tralização. E a ausência de um

patamar intermédio de admi-nistração pública tem criado algumas dificuldades.Eu penso que tudo isso, mais uma vez, depende da vonta-de política. E, também neste caso, julgo que as circunstân-cias vão obrigar a que haja um repensar da atitude do Estado para com os muni-cípios e para com as regiões do interior. Chegados a este ponto em que excessiva lito-ralização do país é já um pro-blema real e muito grave, em que as assimetrias regionais atingiram um nível perfeita-mente insuportável, penso que o novo Governo que aí venha – e o PSD está perfeita-mente consciente dessa reali-dade – uma das suas opções será a opção pelo municipa-lismo, pela descentralização e pela redução das assimetrias regionais. A meu ver, isso não tem a ver com um novo patamar administrativo. Tem a ver com a vontade política do Governo central de olhar para o país como um todo e, num momento em que o país tem que olhar para os seus recursos, não podemos conti-nuar com o interior comple-tamente desertificado e de-saproveitado como estamos hoje.

Contra a regionalização

“Há uma tradição municipalista que tem que ser aproveitada”

vidade da situação e em vez de andar a vender ilusões e a negar a realidade da crise, mudasse de rumo, de modo a que a situação do país não se degra-dasse ainda mais. Julgo que em gran-de parte a desconfiança dos mercados reside no facto de não terem percebido ainda, por parte do Governo, uma po-lítica económica de reanimação, que permita travar o desemprego, criar riqueza e, por esse meio, gerar mais receita fiscal. Isso não deve ser feito através do aumento dos impostos. Há também quem defenda dentro do PSD que não deve haver antecipação das eleições, já que a dimensão da crise é muito grande e que deve ser o PS a arcar com ela.Temos consciência disso. De que as di-ficuldades que aí estão são para dura-rem, não se resolvem num ano ou em dois. Mas o PSD tem uma tradição de serviço ao país e, naturalmente, não enjeitará as suas responsabilidades quando e se os portugueses entende-rem que é a altura de mudança. Mas ainda não me respondeu: acha que esta legislatura vai até ao fim ou não?Pode ir ou não. Neste momento isso é imprevisível. Repito que tudo está na mão do Governo. Se o Governo continuar no caminho que tem vin-do a prosseguir dificilmente chegará ao fim do seu mandato, até porque o

agravamento das situações sociais e económicas irão determinar que se tenha que encontrar outro rumo. Mas tudo está ainda nas mãos do Governo.

Está a abrir-se um novo ciclo Na legislatura anterior o PSD não teve representação parlamentar pelo distrito de Évora. O senhor foi eleito nas últimas legislativas. O regresso do PSD/Évora ao Parlamento tem significado político.Claro que tem. É um novo ciclo que se abre também. As pessoas começam a compreender que este preconcei-to de esquerda ou de direita não tem sentido e que os partidos devem ser avaliados pelas ideias que propõem. Percebem também que votando no PS estão a criar mais assimetrias regio-nais e sociais, aumentando a pobreza, através do aumento dos impostos e do corte dos abonos, fazendo com que o tal Estado Social, tão apregoado, esteja cada vez mais enfraquecido. A crise, que vivemos hoje tão profundamen-te, tem um nome e esse nome é o de 15 anos quase ininterruptos de gover-nação do Partido Socialista. É nesta consciência que o eleitorado cada vez mais vai tendo que radica também a possibilidade do PSD voltar a ter em Évora a expressão que já teve no pas-sado. Já aqui ganhámos eleições e eu penso que isso pode voltar a acontecer no futuro se conseguirmos atrair bons

quadros capacitados, pessoas com cre-dibilidade técnica e com espírito ge-nuíno de serviço ao país. Uma parte do eleitorado “fugiu” para o PS, quando este partido conquistou o poder. O PSD sente-se com capacidade para atrair esse eleitorado de novo?Penso que sim. Isto é a lei do pêndu-lo. Houve aqui uma onda socialista muito baseada numa certa venda de ilusões de que tudo era possível sem esforço, hoje atingido este nível de endividamento já não é possível con-tinuar a vender ilusões, é o momento de descermos à realidade, e eu penso que o PSD e as suas propostas colhem muito melhor num ambiente de re-alismo do que de ilusão, para o qual, manifestamente, nós não temos voca-ção. O senhor vive em Évora, é deputado pelo distrito, o concelho de Évora é ge-rido pelo PS há três mandatos. Que ba-lanço faz desta gestão socialista a nível local? É muito diferente do PS a nível nacional?Não gostava falar muito desse aspec-to, uma vez que o meu mandato é a nível nacional, mas acho que a cidade está um pouco mais triste do que era há uns anos. Mas acho que há uma certa frustração por parte do eleitora-do que na transição entre a CDU para o PS pensava que a cidade se ia abrir mais, se ia desenvolver mais, e isso não aconteceu. Sobre as presidenciais, é apoiante de Ca-vaco Silva. Está confiante na sua vitória?Penso que as razões que levaram os portugueses a escolher Cavaco Silva há cinco anos hoje estão perfeitamen-te reforçadas. Penso também que tem a seu favor o exercício do seu manda-to com manifesta sobriedade. Eu pen-so que os portugueses têm cada vez mais saudades dessa forma de estar na política, com sentido de Estado, com elevação, com equilíbrio, com bom senso e pensando apenas no interesse nacional. Faz, portanto, uma elevada avaliação do mandato de Cavaco Silva.Há sempre um ou outro aspecto que pode agradar menos, mas no balanço global não pode deixar de ser muito positivo. Tem sido um presidente que é o garante de estabilidade, de bom senso e de racionalidade da nossa vida política. Penso que a sua reelei-ção é boa para Portugal e é uma espe-rança que renasce para o futuro dos portugueses. w

“Eleições em 2011? Tudo depende do Governo!”

maior descentralização do país, que acusa de estar fortemente “litoralizado”. Apoia Cavaco Silva para um segundo mandato e confia que o actual presidente veja reforçada a sua votação relativamente há cinco anos atrás. Luís Capoulas é o primeiro deputado por Évora entrevistado pelo REGISTO nesta se-quência de entrevistas com os representantes do eleitorado eborense na Assembleia da República, a que daremos continuidade nas próximas semanas com entrevistas a João Oliveira (PCP) e Bravo Nico (PS).

O deputado Luís Capoulas nunca teve dúvidas de que o PSD “responsavelmente” iria viabilizar o orçamento.

Se o Governo continuar no caminho que tem vindo a prosseguir dificilmente chegará ao fim do seu mandato, até porque o agravamento das situações sociais e económicas irão determinar que se tenha que encontrar outro rumo. Mas tudo está ainda nas mãos do Governo.

Luís Pardal

Luís Pardal

C.J.

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14 11 Novembro ‘10

Património

A Arquidiocese de Évora e a Câma-ra Municipal estão a promover um programa de visitas guiadas a oito igrejas de Évora, uma iniciativa que visa divulgar “um património que pouca gente conhece” e, simulta-neamente, apelar à sua conserva-ção.

No sábado de manhã, quatro dezenas de pessoas acompanha-ram com vivo interesse uma visita a três igrejas de Évora: a Igreja de S. Mamede, a Ermida de Nossa Senhora da Cabeça e a Igreja do Bom Jesus da Pobreza.A visita foi orientada pelo pa-dre António Fernando Marques, pároco de S. Mamede, por Artur Goulart, responsável pelo inven-tário do património da Arquidio-

cese de Évora, e pelo historiador Francisco Bilou, da Câmara Mu-nicipal.Organizada pelos Serviços de Informação da autarquia, pela Comissão dos Bens Culturais da Arquidiocese de Évora e pelo Gabinete de Arquitectura e Pa-trimónio da mesma arquidio-cese, a iniciativa visou “abrir as igrejas e mostrá-las ao público”, como referiu a arquitecta Estela Cameirão, do referido gabinete. A visita de sábado passado foi a segunda de um conjunto de três, contemplando um total de oito igrejas do centro histórico. A primeira visita teve lugar a 25 de Setembro, assinalando simul-taneamente o Dia Mundial do Turismo e as Jornadas Europeias do Património, e abrangeu as

“Um património que pouca gente conhece”

Câmara e Arquidiocese promovem visitas a igrejas de Évora

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José Pinto de Sá

Ermida de Nossa Senhora do ó, na Porta de Avis.

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igrejas de Santa Marta e do Con-vento Novo, a Capela de Nossa Senhora do Ó, e a sacristia do Es-pírito Santo.

Apelo à conservação

“Para completar o leque de esco-lhas só falta Santiago”, explica Francisco Bilou. O historiador precisou que os oito templos fo-ram seleccionados porque se en-contram “em estado que permite a visita” e porque, à excepção de S. Mamede, não estão geralmente abertos ao público, já que “a Dio-cese não tem capacidade para ga-rantir a sua segurança”, conforme referiu Estela Cameirão. A visita à Igreja de Santiago está marcada para sábado, dia 18 de Dezembro, e, para preencher o

programa, abrangerá ainda as igrejas de S. Manços e de S. Vi-cente.Os organizadores manifestaram o desejo de conferir a esta ini-ciativa um carácter regular, mas reconhecem que esse projecto se confronta com a dificuldade em encontrar pessoas capacitadas que estejam disponíveis para orientar as visitas.

“Uma das principais ideias des-te roteiro é dar a conhecer um património que pouca gente conhece”, explica Francisco Bi-lou, acrescentando que se trata também de “um apelo à conser-vação” do acervo arquitectónico religioso. “Estamos satisfeitos com os resultados”, resumiu o historiador. w

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Região

Estado deve 176 milhões de euros aos municípios

O presidente da Associação Na-cional de Municípios Portugueses (ANMP) participou sábado passa-do na Convenção do PSD/Évora realizada no Hotel da Cartuxa. O também presidente da Câmara de Viseu fez uma intervenção muito crítica da actual situação e pers-pectivou um futuro “muito cinzen-to” para as autarquias. “Este governo é o mais centra-lista de sempre. Cada vez que há uma crise ela sente-se logo nas autarquias e desta crise, há uma certeza, que é a de que os muni-cípios e logo o interior vão sair muito pior do que estamos. Nes-te caso não é preciso esperar pelo fim do jogo para fazermos prog-nósticos”, disse Fernando Ruas, para quem “o poder local foi a melhor concretização depois da revolução do 25 de Abril”. “Eu tenho dito aos governan-tes que era melhor criar-se uma única cidade no país, que nem sequer seria muito grande, e para onde todos os 10 milhões de portugueses nos deslocássemos para viver e trabalhar, deixando o resto do país sem ninguém”, ironizou o presidente da ANMP, acrescentando que “em Junho já nos tiraram 100 milhões de eu-ros e com este orçamento prepa-ram-se para nos tirarem outros 130 milhões”.Fernando Ruas disse que os investimentos feitos pelas Câ-maras cobrem todo o país e são factor de desenvolvimento, en-quanto que “os investimentos feitos pelos governos, através do PIDDAC, cada vez tem menos significado. Os investimentos

feitos pelas autarquias, pelo con-trário, chegam às pessoas e a todo o país porque as autarquias estão espalhadas e cobrem todo o terri-tório nacional”.

É pouco inteligente, em tempo de crise, retirar meios às autarquias

“Este orçamento de Estado arrasa completamente os municípios, limita-os totalmente do ponto de vista financeiro, numa altura em que muitos cidadãos acorrem às Câmaras Municipais a pedirem

ajuda, e não é só a pedirem traba-lho, mas muito a pedirem comi-da”, disse Fernando Ruas, dando o seu caso pessoal, enquanto au-tarca, “nós, nas Câmaras, temos sempre gente à nossa espera to-das as manhãs, ao contrário do ministro das Finanças que está lá longe, no Terreiro do Paço. Havia toda a vantagem em o Governo olhar para as autarquias de outra forma e é pouco inteligente, em tempo de crise, retirar meios às autarquias”.O autarca considera que “vêm

Fernando Ruas, presidente da ANMP

“Este orçamento arrasa completamente os municípios”

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Paulo Neto, professor de Economia na Uni-versidade de Évora, participou também nesta Convenção do PSD. Numa interven-ção de carácter mais técnico disse que já estava e que será cada vez mais difícil a Portugal conseguir aproveitar a totali-dade dos apoios comunitários, nomeadamente do QREN, dada a dificuldade, cada vez maior, dos empre-sários e entidades nacionais em conseguirem disponi-bilidades financeiras para a parte de financiamento que lhes cabe, o que resulta numa “taxa de realização muito baixa”. Nesse sentido, Paulo Neto, embora ti-vesse dito que sabia como isso seria difícil, deixou a proposta de se tentar “renegociar o QREN”.Paulo Neto falou ainda da burocracia e dos gastos excessivos e deu como exemplo a EDIA “onde há 26 directores pagos principescamente”. w

Paulo Neto, da UE, propõe renegociação do QREN

O Estado deve 176 milhões de euros às autarquias, 76 mi-lhões dos quais relativos à falta de pagamento das contraparti-das por transferência de com-petências na Educação, disse segunda-feira no Parlamento o presidente das Associação Nacional de Municípios Por-tugueses (ANMP).Segundo

Fernando Ruas, “há municí-pios que, neste momento, es-tão a ponderar denunciar os contratos com o ministério da Educação”.A ANMP foi hoje ouvida em conjunto pelas comissões par-lamentares do Orçamento e Fi-nanças e do Poder Local onde se queixou da diminuição da

atribuição de verbas pelo Orça-mento de Estado de 2011.Fernando Ruas esclareceu que “176 milhões é quanto o Estado deve neste momento às autar-quias, dos quais 100 milhões são dívidas várias de diversos ministérios”.No entanto, 76 milhões são do Ministério da Educação “já

reconhecidos pela senhora mi-nistra, que não sabe quando é que vai pagar”, disse.Fernando ruas assumiu ain-da que devido há má situação financeiras “há setenta muni-cípios que podem entrar em incumprimento”, ou seja, em rutura financeira. w

aí dias muito cinzentos, com as assimetrias regionais a aumenta-rem ainda mais e com o país cada vez mais encostado para o litoral. Não podemos ter um país em que a cidade de Lisboa tem 14 vezes mais poder de compra do que um cidadão de Mogadouro”.E em termos de poupança deu exemplos, como o dos governos civis ou da burocracia . “Para além de serem caros, os gover-nos civis são, muitas vezes, uma afronta à cidadania e à democra-cia, dado serem entidades não

eleitas”, assim como o facto de, por exemplo, “para um parque eólico são precisos 110 pareceres, dos mais simples aos mais com-plicados. Tudo é impedimento, até o acasalamento dos lobos, que se dizia que era prejudicado, mas que uma loba veio desmen-tir, parindo mesmo junto à base de um desses moinhos eólicos”, disse Fernando Ruas acrescen-tando, no entanto, “que não se pode achar que tudo é gordura”, sob risco de se cortar onde não se deve. w

Fernando Ruas acusa actual Governo de ser “o mais centralista de sempre”.

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Carlos Júlio

C.J.

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16 11 Novembro ‘10

Artes

Novo livro da Caminho das Palavras

Entre coentros e poejos fica a cozinha de António Nobre

Com a apresentação de “Partitura de um Corpo”, de Nélia Pinheiro, chega ao fim a edição 2010 do Festival Internacional de Dança Contemporânea, um evento que, para os organizadores, foi “muito positivo”, conseguindo “envolver várias faixas etárias e sensibilida-des”.

Cinco anos depois do solo “As Pa-lavras Não Ditas”, Nélia Pinhei-ro volta a “abordar a linguagem da dança na primeira pessoa”, apresentando “Partitura de um Corpo”, um “trabalho de identi-ficação com causas sociais e po-líticas”.Para a coreógrafa e bailarina, “Partitura de um Corpo” é “uma reflexão sobre os dias que vive-mos”, numa altura em que “o ser

humano tem-se esquecido de olhar para o céu”. Trata-se, pois, de “uma homenagem a todos os que fazem algo em prol do ser humano” e que, “perdendo, en-contraram uma vida maior”.A estreia de “Partitura de um Corpo” terá lugar no sábado, dia 13, pelas 21h30, na Black Box da Companhia de Dança Contem-porânea de Évora (CDCE), sita no Bairro Industrial, diante da fábrica Tyco. A estreia é precedi-da de ensaios abertos, de entrada livre, hoje e amanhã. Com “Partitura de um Corpo”, a CDCE encerra o Festival In-ternacional de Dança Contem-porânea, que decorre desde 9 de Outubro. Nélia Pinheiro faz “um balanço muito positivo” do evento, e considera que “foi um festival muito equilibrado, que

Com um “balanço muito positivo”

“Partitura de um Corpo” encerra Festival Internacional de Dança Contemporânea

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José Pinto de Sá

conseguiu envolver várias fai-xas etárias e sensibilidades”.

“Valeu a pena”

Referindo-se à Black Box, inau-

gurada há dois anos, Nélia Pi-nheiro considera que “valeu a pena investir tudo” naquele es-paço, “um equipamento que fa-zia falta à cidade, em alternativa ao Teatro Garcia de Resende”.

Falando ao REGISTO, a bailari-na e coreógrafa referiu que, para além dos espectadores eboren-ses, a Black Box recebe, de Lisboa e de outras localidades alente-janas, “um público que já sabe o que vem ver e já sabe ler o que vê”. Em 2011, a CDCE vai estrear mais quatro peças, além de prosseguir a sua actividade enquanto “es-trutura de acolhimento”, esfor-çando-se para que Évora “receba o que de melhor se faz em Portu-gal”.O Festival Internacional de Dança Contemporânea man-terá a periodicidade anual, e prosseguirão também activi-dades como o projecto de dan-ça nas escolas, que garante a iniciação de grande número de crianças. w

Numa boa cozinha alentejana não faltam coentros e poejos. Na cozinha do chefe António Nobre também não. O cozinheiro mostra em livro alguns dos traços da sua arte. Precisamente entre coentros e poejos.

“Entre Coentros e Poejos: uma viagem pela cozinha de An-tónio Nobre” é um novo livro onde se mostram alguns dos traços da arte do chefe dos ho-téis Mar d’Ar, em Évora.Receitas simples, de “fácil” exe-cução, tendo por base o receitu-ário tradicional alentejano.“Este livro mostra um conjun-to de receitas, fáceis, saudáveis, para que as pessoas possam co-zinhar em casa de forma fácil tendo por base a cozinha alente-jana, como aliás se depreende do título”, revela André Pereira, da editora Caminho das Palavras que, com este livro, continua um percurso pensado na apos-ta em livros de qualidade sobre culinária. “É uma área em que

temos vindo a apostar e este é o nosso segundo livro dentro des-ta área”.Maioritariamente alentejanas, neste livro há também receitas de outros pontos do país que fa-zem parte da cozinha do chefe António Nobre, uma vez que se trata de uma edição que se pro-põe “ser nacional, mas que tem por base o Alentejo, região onde a editora está inserida”, justifica André Pereira.Apostando numa “encaderna-ção de qualidade” e com uma “apresentação moderna”, este livro de receitas do responsável pela cozinha dos hotéis Mar d’Ar tem por base a tal gastro-nomia tradicional com recurso às ervas aromáticas, sobretudo aos coentros e poejos referen-ciados no título.Tradicional e moderno, uma mistura que faz também parte da estratégia de desenvolvi-mento da editora. “Há no mer-cado livros de chefes conheci-dos numa vertente moderna e nós queremos apostar na tra-

dição, naquela cozinha que vai de encontro ao gosto das pesso-as e aquilo que elas gostam de fazer em casa”, avança ainda o fundador da Caminho das Pa-lavras.Convidada a prefaciar o livro, Maria de Lurdes Modesto cha-ma à cozinha do chefe António

Nobre “cozinha com memória”. “Neste livro, ficamos não só a conhecer um estilo de cozinha mas também a personalidade do seu autor”, prossegue a auto-ra de um vasto acervo de livros sobre a culinária nacional, afir-mando que “na cozinha do che-fe Nobre, totalmente isenta de

preciosismos, para embasbacar, podemos ver também alguma modernidade”.Com o preço de capa situado nos 19.95 euros, o livro “Entre Coentros e Poejos, uma viagem pela cozinha de António No-bre”, oferece dois vouchers com descontos na hotel Mar d’Ar e provas de vinhos da Herdade de Cortes de Cima, dois dos pa-trocinadores deste livro.Segundo André Pereira duas ofertas que reduzem o seu pre-ço: “o livro custa 19:95 e o total das ofertas é de 32 euros, por-tanto a oferta supera o valor do livro”.Sempre com a presença do au-tor, a apresentação deste livro está marcada para vários pon-tos do país já a partir da próxi-ma semana, com datas agen-dadas para Lisboa, Beja, Évora, Serpa, Porto e Aveiro. Durante as apresentações poderão ser degustadas algumas das recei-tas do chefe António Nobre e provados os vinhos Cortes de Cima. w

Paulo Nobre

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Jorge Gonçalves

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A Igreja de S. Francisco, em Évora, recebe sexta-feira à noite um concerto com a Sinfonietta de Lis-boa, o Coro Ricercare e o barítono Armando Possante. Segundo os promotores, vão ser interpretados o “Requiem à memória de Passos Manuel”, de Eurico Carrapatoso, e o “Requiem por mim”, de João Nascimento. O espectáculo faz parte do VI Ciclo de Concertos “Música no Inverno”, promovido pela Associação Eborae Mvsica.

Évora: “Música no Inverno”

“O Alfabeto Trapalhão” é o título do livro editado pela editora GATAfunho, com texto de Lurdes Breda e ilustrações de Rute Rei-mão, que será apresentado no dia 19 de Novembro, pelas 20h30, na Biblioteca Municipal de Avis.A sessão, que contará com a presença da autora e da ilustrado-ra, pretende dar a conhecer esta obra de poesia criada a pensar nas crianças do 1.º Ciclo do Ensino Básico, que pretende despertar o interesse dos jovens leitores para a aprendizagem do alfabeto através de rimas divertidas que brincam com as letras e com as palavras.Nas páginas deste livro ganham vida inúmeras personagens cujas aventuras ganham forma em ilus-trações coloridas que misturam formas e texturas para despertar a imaginação das crianças

“O Alfabeto Trapalhão” em Avis

Esta quinta-feira, dia 11 de Novem-bro, o psiquiatra Daniel Sampaio regressa à Biblioteca Pública de Évora para apresentar o seu mais recente livro: Memórias do futuro – Narrativa de uma família.

Bastante conhecido e apreciado do público português, Daniel Sampaio volta a lançar um livro que, na senda de A Razão dos Avós, percorre a vida de uma fa-mília ao longo de três gerações. Com uma vasta obra publicada, o autor continua abordar de for-ma simples toda a temática rela-cionada com a família.A obra fala-nos de um homem com 78 anos, que é um dia con-frontado com uma situação comum a muitos homens da sua idade – o casamento de um neto. Convidado para a festa, feliz por não ter sido esquecido, parte para uma longa viagem mental nas profundidades da sua memória. Começa por esse neto, Afonso, que o fez sentir velho pela primeira vez, aos 60

anos; aqui recupera a memó-ria de Luísa, a colega na escola onde ambos ensinavam e parti-lhavam projectos e sonhos pro-fissionais; recua até aos 40 anos, à figura de Mariana, sua mulher e companheira de sempre, mas que por esta altura da vida o confronta com a fragilidade das relações humanas, a começar pelo amor; e enfim, chega aos 20 anos, à adolescência e à juven-tude, onde tudo começa, para o bem e para o mal.Daniel Sampaio colabora regu-larmente na imprensa escrita

com crónicas e textos diversos, bem como em programas de rádio e televisão. Centra as suas obras no quotidiano da família e da escola e tem-se dedicado ao estudo e à intervenção junto de jovens em risco.Dos títulos que publicou, des-tacam-se Ninguém Morre So-zinho (uma obra de referência sobre o suicídio adolescente), Inventem-se Novos Pais, Arte da Fuga, Tudo o Que Temos Cá Dentro e Lavrar o Mar. A versão teatral do seu livro Vagabun-dos de Nós foi levada à cena em 2004 e galardoada com o Prémio do Teatro Marcelino Mesquita, da Sociedade Portuguesa de Es-critores e Artistas Médicos.Daniel Sampaio é Professor Ca-tedrático de Psiquiatria da Fa-culdade de Medicina de Lisboa e tem coordenado, no Hospital de Santa Maria, unidades de in-tervenção junto de adolescentes em crise.A entrada é livre, sendo acon-selhável proceder a inscrição prévia. w

Hoje, na Biblioteca Pública de Évora

Daniel Sampaio apresenta livro

Em Avis

O Sentido das Vivências

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Redação

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Até 30 de Novembro está pa-tente ao público, no Auditório Municipal “Ary dos Santos”, em Avis, a exposição “O Senti-do das Vivências” que, através de fotografias antigas, traça o retrato social do Concelho.

Esta mostra é a segunda su-bordinada à mesma temática e pretende dar a conhecer di-versos aspectos do quotidia-

no da população do Conce-lho registados pela objectiva dos fotógrafos que permitem caracterizar o tecido social desde as primeiras décadas do século XX. Resultando do trabalho de pesquisa desen-volvido por jovens do Con-celho no âmbito do projecto de ocupação de tempos livres durante as férias lectivas “Jo-vens em Movimento”, na área da Cultura Popular, esta

exposição reúne fotografias que imortalizam momentos importantes para a comuni-dade local desde os ciclos de vida: infância, juventude e velhice; aos ritos de passa-gem: baptizado, sortes, casa-mento, passando pelas festas religiosas .A visita à exposição é gratuita e pode ser efectuada de 2ª a 6ª feira, das 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. w

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Redação

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SUDOKU

Nota: O objectivo do jogo é completar os espaços em branco com algarismos de 1 a 9, de modo que cada número apareça apenas uma vez na linha, grade e coluna.

Lazer

A Rede Social The Social Network

Sugestão de filme Sugestão de leitura

Realização: David Fincher

Sinópse:

Carta Dominante: Ás de Ouros, que sig-nifica Harmonia e Prosperidade.Amor: Tente conviver mais com os seus amigos e faça esforços para travar novos conhecimentos.Saúde: Período propício a uma consulta de oftalmologia. Não descure a sua visão.Dinheiro: Evite faltar a reuniões de traba-lho. A sua presença será importante para desenvolver um projecto. Está preparado para realizar os projectos a que se propõe, e para chegar onde está já superou muitas provas.Número da Sorte: 65Dia mais favorável: Sábado

Carta Dominante: Rainha de Paus, que significa Poder Material e que pode ser Amorosa ou Fria.Amor: Confie mais na pessoa que tem a seu lado. A confiança e o respeito são essenciais numa relação.Saúde: Tendência para apanhar uma gran-de constipação. Agasalhe-se bem.Dinheiro: Não se deixe abater por uma maré menos positiva nesta área da sua vida. Analise as suas poupanças. Poderá sentir necessidade de mudar de emprego ou de actividade profissional. Pense bem no que é melhor para si.Número da Sorte: 35Dia mais favorável: Quarta-feira

Carta Dominante: A Torre, que significa Con-vicções Erradas, Colapso.Amor: Cuidado para não magoar os senti-mentos de uma pessoa que lhe é querida. Meça as suas palavras. Convide um amigo para uma saída especial. Dance, vá ao cinema, aproveite aquilo que a vida tem para lhe dar.Saúde: Tendência para andar um pouco des-controlado. Tente relaxar.Dinheiro: O seu esforço no trabalho poderá vir a ser recompensado. Acredite mais nas suas potencialidades.Número da Sorte: 16Dia mais favorável: Segunda-feira

Carta Dominante: O Eremita, que signifi-ca Procura, Solidão.Amor: O encontro com um desconhecido e uma insinuante troca de olhares podem ser o ponto de partida para algo muito promete-dor. A felicidade e a paixão poderão marcar a sua semana. Aproveite muito bem esta fase.Saúde: Cuidado com as correntes de ar; durante esta semana poderá constipar-se facilmente.Dinheiro: Poderá precisar da ajuda de um colega para finalizar uma tarefa importan-te. Não tema pedir apoio.Número da Sorte: 9Dia mais favorável: Quarta-feira

Carta Dominante: Dominante: A Lua, que significa Falsas Ilusões.Amor: Poderá ter de enfrentar um desen-tendimento com um amigo muito especial. Mantenha a calma! Saúde: Controle as suas emoções e procure ser racional. Não se preocupe tanto com aque-le problema que o tem vindo a afectar. Vai per-ceber que afinal não era nada assim tão grave.Dinheiro: O seu orçamento poderá sofrer um acréscimo significativo. Porém, seja contido nos gastos.Número da Sorte: 18Dia mais favorável: Quarta-feira

Carta Dominante: A Justiça, que significa Justiça.Amor: Poderá encontrar um amigo que já não via há muito tempo. Coloque a conversa em dia.Saúde: Procure não abusar em refeições muito condimentadas.Dinheiro: Não influencie as ideias dos outros. Permita que cada um pondere por si. Aceite críticas construtivas feitas por alguém que tem mais experiência. Não as encare como algo negativo, mas sim como forma de melhorar o seu desempenhoNúmero da Sorte: 8Dia mais favorável: Quinta-feira

Carta Dominante: 5 de Paus, que significa Fracasso.Amor: Modere as suas palavras pois pode magoar a pessoa amada. Seja mais cuida-doso.Saúde: Procure não exagerar no exercício físico, pois poderá magoar os seus músculos.Dinheiro: É possível que durante esta se-mana se sinta um pouco desmotivado. Trace objectivos para o seu trabalho, vai ver que conseguirá obter melhores resultados.Número da Sorte: 27Dia mais favorável: Sexta-feira

Carta Dominante: 6 de Copas, que significa Nostalgia.Amor: Período marcado pela harmonia fami-liar. Organize um serão divertido em sua casa. Poderá viver momentos confusos e agitados a nível amoroso. Não se descontrole e tente en-contrar solução para os seus problemas.Saúde: Tendência para problemas de estô-mago. Cuide de si.Dinheiro: Semana propícia ao investimen-to. Aconselhe-se com o seu gestor de conta. A sua vida profissional vai exigir de si um desgaste redobrado de energias.Número da Sorte: 42Dia mais favorável: Terça-feira

Carta Dominante: Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera.Amor: Lute pelo seu verdadeiro amor, não se deixe influenciar por terceiros. Não se deixe dominar pela insegurança. Converse mais com o seu companheiro e tenha mais confiança nele.Saúde: Vigie a sua tensão arterial e controle muito bem a sua alimentação.Dinheiro: Procure não ser muito impulsivo nas suas compras, pois poderá gastar mais do que as suas possibilidades.Número da Sorte: 49Dia mais favorável: Terça-feira

Carta Dominante: 9 de Espadas, que sig-nifica Mau Pressentimento. Amor: Esteja alerta, o amor poderá surgir em qualquer lugar. Deixe-se ser amado.Saúde: Pratique uma actividade física que lhe dê bastante prazer.Dinheiro: A sua vida profissional tende a melhorar significativamente. Continue a demonstrar o seu dinamismo. Não adie de-cisões importantes e urgentes. Seja firme.Número da Sorte: 59Dia mais favorável: Sábado

Carta Dominante: Valete de Espadas, que significa Vigilante e Atento.Amor: Seja mais carinhoso com a sua cara-metade. Os actos de ternura são importantes para revigorar a relação.Saúde: Evite enervar-se em excesso. As pre-ocupações podem trazer sérios problemas ao nível cardiovascular. Poderá sentir-se mais cansado do que o habitual. Tente tomar um banho relaxante. Dinheiro: Cuidado com os gastos supérfluos. Seja mais comedido para não ter surpresas desagradáveis. Número da Sorte: 61Dia mais favorável: Domingo

Carta Dominante: O Imperador, que sig-nifica Concretização.Amor: Período favorável à conquista. En-cha-se de coragem e diga aquilo que sente. Siga em frente e lute para alcançar os seus objectivos.Saúde: Cuidado com alergias, pois o seu sis-tema respiratório poderá estar muito frágil.Dinheiro: Seja ousado e não hesite em re-velar as suas ideias criativas. Poderá ser útil para o seu desenvolvimento profissional.Número da Sorte: 4Dia mais favorável: Segunda-feira

Carneiro

HORÓSCOPO SEMANAL

Balança

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Caranguejo Leão Virgem

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Escorpião Sagitário Capricórnio Aquário Peixes

O autor explora neste livro o mundo das plantas e as suas aplicações medicinais. Os ensi-namentos maternos, o convívio com gente do campo e artífices, a leitura, mas sobretudo a ex-periência que foi adquirindo ao longo de muitos anos, fez de José Salgueiro, mestre das plantas, autodidacta mas tam-bém homem atento à ciência. Este livro é um importante contributo para uma inven-tariação da flora e dos seus usos locais, constituindo um riquíssimo tes-temunho de um mundo rural que desaparece.

Autor: José Salgueiro

Ervas, Usos e SaberesPlantas Medicinais no Alentejo e outros Produtos Naturais

Sinópse:

Telefone: 21 318 25 91 E-mail: [email protected]

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Certa noite no ano de 2003, o génio da progra-mação e aluno de Har-vard, Mark Zuckerberg, senta-se ao computador e começa a trabalhar numa nova ideia. Aqui-lo que inicialmente era apenas uma mistura de programação e blo-gging, cedo se tornou numa rede social à escala mundial, que revolucionou a forma de comunicar. Seis anos e 500 mi-lhões de amigos depois, Mark Zuckerberg é o mais novo bilionário da História... mas para este empresá-rio, o sucesso vai trazer-lhe também problemas pes-soais e legais.

PITE - Rua Circular, Lt. 177005-841 Évora

M - 925 489 876T - 266 701 [email protected]

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Cultura

A turma de Ciências da Natureza da Universidade Sénior de Évora vai coordenar um projecto euro-peu da disciplina, no quadro de uma parceria envolvendo entida-des da Turquia, Finlândia, Itália, Inglaterra e Espanha. A Universidade Sénior de Évora (USE) anunciou segunda-feira que viu aprovado um Projecto Europeu de Parcerias de Apren-dizagem relacionado com as Ciências da Natureza para se-niores. A mesma fonte precisou que se trata da primeira vez que a USE vai coordenar um pro-jecto, contando como parceiros entidades turcas, finlandesas, italianas, inglesas e espanholas. Intitulado “Natural Sciences for Adult Learners”, o projecto será dinamizado pela turma de Ci-ências da Natureza da USE, em

conjunto com o seu professor Filipe Dias. O referido projecto permitirá que a USE apresente junto dos parceiros as activida-des que tem desenvolvido no âmbito das Ciências da Natu-reza, e facultará aos alunos da disciplina “mobilidades e con-tactos” com estudantes das enti-dades parceiras. Segundo a fonte da USE, este projecto de Ciências da Natu-reza para seniores “assenta em

quatro pilares que serão es-senciais para o cumprimento dos objectivos propostos”, no-m e a d a m e n t e Género, Novas T e c n o l o g i a s , Intergeraciona-lidade e Comu-nidade.

O projecto teve início na semana passada, num encontro realiza-do em Évora, com a participação de representantes das entida-des parceiras. Nesse encontro, que teve lugar no auditório da Junta de Freguesia da Senhora da Saúde, foi possível estabele-cer a metodologia de projecto, e ainda “usufruir da participação, mostra de trabalhos e colabora-ção” dos estudantes da Univer-sidade Sénior. w

Universidade Sénior de Évora

Turma de Ciências da Natureza vai dinamizar projecto europeu

PUBLIREPORTAGEM

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José Pinto de Sá

“A Revolução Republicana de 1910” é o tema da conferência que terá lugar sexta-feira, 12 de Novembro, pelas 21h00, na So-ciedade Operária de Instrução e Recreio Joaquim António de Aguiar, em Évora. A conferência contará com a participação de Sil-vestre Lacerda, director dos Arqui-vos Nacionais da Torre do Tombo, e da professora Maria Ana Bernar-do, da Universidade de Évora.

O escritor Urbano Tavares Rodri-gues vai ser homenageado ama-nhã, às 21h30, no Salão de Chá “O Condestável”, na Rua Diogo Cão, em Évora. Na homenagem, promovida pela Revista Alente-jo e pela produtora Artes do Es-pectáculo, participarão Jesuína Pedreira, Dores Correia, António Murteira e Rui Nuno, que lerá textos de Urbano, bem como o músico Nuno do Ó.

Revolução Republicana

Homenagem a Urbano

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20 11 Novembro ‘10

Roteiro Para divulgar as suas actividades no roteiroEmail [email protected]

Évora

OFICINA DE DANçAAos Sábados | 18h.00 Do imaginário Associação Cultutal | Estrada do Bairro de Almeirim, Armazém 4

“Redescobrir como sentir e projectar o corpo, a partir da descontrução de gestoa quotidianos e comportamen-tos estabelecidos. Redescobrir o corpo nas inúmeras hipóteses de ser.”

Reguengos

CONCERTO DE SOLIDARIEDADE “AJUDA-ME A SORRIR, MãE” 14 de Novembro de 2010 | 21h00 | Auditório Municipal

Com a actuação de José Cid

Redondo

SERõES à LAREIRA19 de Novembro de 2010 | 21h | Bi-blioteca Municipal de Redondo | Público-alvo: toda a família

Estremoz

PúCAROS E PUCARINHOSDe Terça a Sexta-feira | História da Ola-ria de Estremoz | Localização: Museu Municipal | Público-alvo: Jardins de Infância e escola do 1º, 2º e 3º ciclos

A actividade “Púcaros e Pucarinhos” faz uma viagem pela história da Ola-ria de Estremoz e leva os mais novos a descobrir os objectos e a decoração que a caracterizam. Marcação prévia_Email: [email protected]

Évora

FORMAçãO“TODOS P´RO NABO E O NABO P´RA TODOSDe Terça a Quinta-feira de manhã | Info_266 777 100 | 266 744 471 | [email protected] | Inscrições através dos contactos dis-ponibilizados

P´ros mais novos, n´os Jardins vamos armar... um conto de contar. Contos d´Oficina 2010. Actividade para um público dos 3 aos 4 anos, com a dura-ção de 20 minutos.

Évora

PINTURA4 a 13 de Novembro de 2010 | 10h:00 – 20h:00 | Localização: Blackbox| Zona Industrial Almeirim Norte

Évora

DESENHOS DE JOãO BATENTE6 a 29 de Novembro de 2010 | 16h:00-21h:00 | Localização: Sede da SHE | Praça do Giraldo, 72 | Évora

…estudos sobre a contextualização do pixel como elemento gráfico da textu-ra na obra artística…

Vendas Novas

ExPOSIçãO INTERNACIONAL DE ARTES PLáSTICAS DE VENDAS NO-VASpatente ao público até 21 de Novem-bro de 2010 | Localização: Auditório Municipal de Vendas Novas

Redondo

29º ANIVERSáRIO DO RANCHO FOLCLóRICO DE REDONDO13 de Novembro de 2010 | Dança Et-nográfica | 17h00 | Localização: Audi-tório de Redondo

Évora

BAILE COM TOQUES DO CARAMU-LO13 de Novembro de 2010 | 22:30Localização: Espaço Celeiros | Rua do Eborim, 18

Concerto que funde a sonoridade da tradição com as cores das novas mú-sicas, num espectáculo de energia musical e interacção com o público. Recriações muito festivas do repertó-rio da Serra do Caramulo.

Redondo

ALExANDRA GUIMARãES12 de Novembro | 21h.30 |Localiza-ção: Enoteca | Bilhete: 10 euros

Nascida no Porto, foi nesta cidade que começou a cantar o fado pelas mãos de Filipe La Feria no musical “Amália” aquando da sua exibição no Teatro Sá da Bandeira com o elenco do Porto em Julho de 2005.

Montemor

BANDA CO212 de Novembro de 2010 | 21H00Localização: Largo dos Paços do Con-celho

MúSICA DANçAExPOSIçãO OUTROS PALCOS

Antígona em Nova Iorque de Janusz Glowacki

Peça contextualizada no ‘Ano Europeu de Luta contra a Pobreza e Exclusão Social’

Sinopse: Tomando como ponto de partida a obra de Sófocles, Glowaki recria ‘Antígona’ no conturbado aqui e agora. Nesta absurda tragicomédia, Anita (‘Antígona’), uma porto-riquenha sem-abrigo, há-de tudo fazer para dar a um seu semelhante, igualmente sem-abrigo, um enterro digno, desafiando sem temor a autoridade e a Lei.---“É certo que há uma quantidade surpreendente de humor nas palhaçadas dos três sem-abrigo que vivem num parque da cidade de Nova York, mas a sua situ-ação é, em última instância, inevitavelmente, trágica.” (Amy Reiter, Back Stage).--- De Janusz Glowacki | Tradução de António Henrique Conde | Cenário e Figurinos de Miguel Mocho | Desenho de Luz de Carlos Arroja | Encenação e Direcção de Actores de Figueira Cid | Produção d’a bruxa Teatro.--- Interpretação de António Abernú, Figueira Cid, Lúcilia Raimundo e Pedro Estima.

ESTREIA: 18 de NovembroEm cena até 11 de Dezembro

De 4ª a Sábado às 21h30 M/16

Público em geral - €8 / -26 - €5 / +65 - gratuitoInfo e reservas: [email protected] | 266 747 047

Local: Ruínas da Ermida de S. Bartolomeu (junto ao Largo da Porta de Avis, Évora)

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Desporto

Évora e Montemor venceram os respectivos jogos, no fim-de-semana e reforçaram a sua classificação no segundo e terceiro lugar da tabela classi-ficativa.

No passado sábado o Rugby Clube de Montemor rece-beu e venceu o CDUP, por 23-19, no Parque Desportivo de Montemor-o-Novo, num jogo em que a emoção e a in-certeza quanto ao resultado final forma as notas domi-nantes.Os portuenses eram à par-tida para este encontro, os líderes do campeonato, mas os «Muflons» entraram no jogo dispostos a ganhar e alcançaram os 3 primeiros pontos numa penalidade convertida por António Vacas de Carvalho. Foi sol de pouca dura já que os vi-sitantes empataram pouco depois.Num jogo de «parada e res-

posta», segundo o site do RCM, Francisco Soares che-gou ao ensaio e pôs os da casa a vencer por 8-3, mas o CDUP, passou para a frente com a marcação de duas pe-nalidades (8-9).O Rugby Clube de Monte-mor não baixou os braços

e, ainda antes do intervalo, Hugo Mota somou outro ensaio (13-9), mas o CDUP, marcou 7 pontos e foi para as cabines em vantagem (13-16).No reatamento o CDUP entrou melhor no jogo e aumentou a vantagem (13-

19) através da conversão de uma penalidade, mas a par-tir daí que mandou no jogo foi o RCM que aos 75’, atra-vés de Juan du Plessis redu-ziu a vantagem para apenas um ponto.A 4 minutos do fim, na se-quência de um pontapé late-ral aparentemente inofensi-vo, o ponta Sérgio Miguéns, «rapidíssimo e em voo», con-cluiu o ensaio com ponto bó-nus que deu a vitória aos de Montemor por 23-19.Em Évora, o CRE venceu o Cascais pela margem míni-ma (26-25), mas tiveram de correr atrás do prejuízo já que a equipa da Linha do Estoril chegou a ter 10 pon-tos de vantagem.No entanto, os eborenses de-ram a volta ao marcador fa-zendo vários ensaios de belo efeito. O jogo, muito equili-brado, foi, como se depreen-de do resultado, disputado até ao último minuto com muita entrega e emoção.

Râguebi

Évora bate Cascais e assume liderança

Frustante. É o mínimo que se pode dizer do resultado do Pi-nhalnovense-Juventude, do úl-timo fim-de-semana.

A equipa de Évora, contro-lou o jogo do princípio ao fim e, embora não tenha trans-formado as oportunidades construídas, aos 53’ o golo apontado por Sebastien, pôs justiça no marcador e verdade no jogo.No entanto, os jogos só aca-bam quando o árbitro apita e, quatro minutos depois dos noventa, Miran fez o empate para os da casa e «roubou» dois pontos ao Juventude.A equipa de Miguel Ângelo entrou em campo com três avançados (Sebastien, Gaio e Carlos Gomes), dando mostras de que estava ali para ganhar. No primeiro tempo, a jogar a favor do vento, o Pinhalno-vense povoou bem o meio-campo e conseguiu suster a ofensiva do Juventude, mas, na segunda parte, com a «bri-sa» pelas costas Cau e Carlos Mota começaram a fazer lan-çamentos para trás da defesa

da casa criando muitas difi-culdades ao Pinhalnovense que aliviava como podia. Na sequência de um canto, bati-do no lado direito por Carlos Mota, a bola chegou à zona do segundo poste e Sebastien, não se fez rogado marcando o golo inaugural.Só a partir do 75’ minutos é que os donos da casa resolve-ram tentar o tudo por tudo e, quando já toda a gente pen-sava que a vitória não fugiria

ao Juventude, aos 94 minutos, Mirian, de cabeça, fez o empa-te…O Reguengos, em Mafra, vol-tou a perder, desta vez por 2-1 e não consegue sair da zona de despromoção. Os eboren-ses aproveitaram a derrota do Operário em casa contra o Torreense (1-2), e juntaram-se-lhe no segundo lugar, com 14 pontos, a três do líder Atléti-co que nesta jornada bateu o Madalena por 1-0.

Na próxima jornada, o Juven-tude recebe o Carregado (6º / 10 pontos), enquanto o Reguengos (14º / 6p) defronta o Praiense (16º / 2p) também no Alentejo.Na série Centro, o Eléctrico de Ponte de Sor conseguiu a pri-meira vitória da época frente ao Cesarense (1-0), mas conti-nua na zona de despromoção, com apenas 5 pontos. Dia 14, vai defrontar o Sporting de Espinho que é o lanterna ver-melha. w

II Divisão

Descontos fatais para o Juventude A vitória na Cova da Piedade (0-2) permitiu ao União, de Montemor-o-Novo, dar um salto na classificação e encostar-se ao primei-ro classificado que agora é o Aljustrelense, com 13 pontos. Os «mineiros» receberam e venceram o Beira Mar de Monte Gordo, e aproveitaram o empate do Moura em Lagos (1-1) para assumir a liderança da série F. O Estrela de Vendas Novas que vinha a fazer um campeonato irrepreensível, baqueou em casa frente ao Pescadores da Costa de Caparica (1-2) e desceu para a 7ª posição, mas apenas a 3 pontos do líder.O Odemirense foi a Messines empatar (1-1) e segue logo atrás com 9 pontos.Na próxima jornada, Odemirense e Aljus-trelense defrontam-se no litoral; o União de Montemor vai até Lagos e o Moura a Messi-nes; o Estrela de Vendas Novas vai atrás do prejuízo em Monte Gordo.

III Divisão

União Sport dá salto na classificação

O Lusitano e o Monte Trigo não foram além de empates a zero, respectivamente, frente ao Borbense e ao Bencatelense e perderam mais dois pontos para os líderes.O Escouralense, na sempre difícil deslocação a Portel, ganhou pela margem mínima (0-1), mas o Redondense na casa do Giesteira, deu uma mão cheia ao adversário (0-5).Em resultado disso somam agora 16 pontos, mais dois que o Lusitano e mais três que o Monte Trigo e o Calipolense. Em sexto, com 9 pontos, está o Sporting de Viana, seguido pelo Borbense, com menos um. Seguem-se o Cana-viais e o Bencatelense, ambos com sete, e Por-tel e Perolivense, com 6. Santiago Maior é 12º com 4 pontos e os dois últimos, com apenas um ponto, são o Oriola e o Giesteira. Resul-tados: Portel, 0 – Escouralense, 1; Sp. Voiana, 3 – Oriola, 0; Monte Trigo, 0 – Bencatelense, 0; Giesteira, 0 – Redondense, 5; Perolivense, 1 –Canaviais, 0; Calipolense, 1 – Santiago Maior, 0; Borbense, 0 – Lusitano, 0.

Fronteirense e O Elvas, continuam sem perder, no comando das duas séries do campeonato distrital de futebol de Porta-legre. Este fim-de-semana registaram-se os seguintes resultados: Série A – anto Amaro, 1 – Fronteirense, 3; Gavionenses, 7 – Alpa-lhoense, 0; Gafetense, 1 – Montargilense, 0; Monfortense, 0 – Portus Alacer, 0; folgou o Castelo de Vide. Série B – Campomaiorense, 3 – Arronches, 0; Portalegrense, 1 – Elvas, 3; Esperença, 3 – Degoladense, 0; Mosteirense, 1 – Alegrete, 0; folgou o Santa Eulália.

Três jogos, trinta golos marcados, zero sofridos e nove pontos são os números que testemunham a superioridade demonstrada pelos infantis A do Intermarché/Lusitano, neste início do campeonato.Desta feita os «matraquilhos» de Carlos Fer-reira, venceram o eterno rival Juventude por 3-0 com os golos a serem marcados por Filipe Ramalho (2) e Pedro Oliveira.O Lusitano, apesar de defrontar a equipa que ostenta o título de campeã, comandou o jogo do princípio ao fim, tendo inaugurado o marcador na primeira parte e confirmado a vitória na segunda, com mais dois golos.

Distrital de Évora

Distrital de Portalegre

Infantis

Lusitano e Monte Trigo voltam a tropeçar

O Elvas e Fronteirense continuam na frente

Lusitano bate Juventude no dérbiw

Aníbal Fernandes

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Aníbal Fernandes

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Desporto

Começa amanhã, sexta-feira, e pro-longa-se por todo o fim-de-semana, no Alqueva, o Campeonato do Mun-do de Pesca ao Achigã Embarcado, uma prova que conta com a presen-ça de pescadores de 12 países.

A prova organizada pela Fede-ração Portuguesa de Pesca Des-portiva, pela Federação Interna-

cional e pelo Comité Internacional, conta com o apoio da Câmara de Moura, que disponibiliza o Pavilhão Municipal para a pesagem do pesca-do, da Associação Regional do Baixo Alentejo de Pesca Desportiva e do Instituto do Desporto de Portugal.Os países que marcam presença, cada um com três equipas, são a Alemanha, Croácia, Espanha, Itália, Letónia, México, Polónia,

Roménia, Rússia, Swazilândia, Venezuela e, claro, Portugal que será representado pelas duplas Pe-dro Felix / Paulo Ramos, Sérgio Se-queira / Silvestre Pinto e Joaquim Lopes / João Grosso, estes últimos atletas do «Eborense».O local de embarque e desembar-que dos pescadores é no paredão no acesso junto à margem esquer-da do Guadiana. w

Campeonato do Mundo de Pesca ao Achigã Embarcado

Doze países este fim-de-semana em Alqueva

Flamínio Pechincha, para além de técnico dos eboren-ses é seleccionador nacional de Seniores Masculinos e nessa qualidade, no passado mês de Setembro, em Coru-che, sagrou-se campeão eu-ropeu. Também Luís Franco, responsável técnico da se-lecção nacional de Juniores, levou os portugueses, em Junho, na Itália, à vitória do Campeonato do Mundo des-ta categoria, uma equipa que contou ainda com a presença de Fábio Figueiredo.

Eborenses campeões europeus e mundiais

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Como somos um país à beira-mar plantado, não é de estranhar que Portugal dê cartas no que à pesca diz respeito e, em Évora, o Clube Eborense dos Amadores de Pesca Desportiva (CEAPD), no ano em que comemora 60 anos de existên-cia, sagrou-se Campeão Nacional de Rio, pela primeira vez na sua história.

O Clube Eborense dos Amadores de Pesca Desportiva nasceu a meio do século XX, no dia 11 de Janeiro de 1950. Hoje tem cerca de 300 sócios e meia centena de atletas federados entre seniores, senhoras, juniores e esperanças.Têm a sua sede, em Évora, na Rua Vasco da Gama, entre a Pra-ça do Giraldo e a Sé, junto à Fun-dação Eugénio de Almeida, um local que para além de permitir desenvolver a actividade asso-ciativa ainda ajuda a angariar alguma receita com a exploração do bar e das mesas de bilhar.No entanto, não será, certamen-te, com os «trocos» ganhos a ven-der bicas que a equipa sénior irá participar, em Junho de 2011, no Campeonato do Mundo de Clu-bes que se irá disputar na Sérvia.Em princípio, o transporte está assegurado já que a Federação

Portuguesa de Pesca Desportiva cede duas carrinhas nas quais os atletas e o respectivo material farão a viagem. Mas, segundo Flamínio Pechincha, responsável técnico da equipa, «para se conse-guirem resultados de alto nível é necessário ir treinar para o local da prova com antecedência» e isso significa gastos acrescidos com dormidas e alimentação.Para que isso seja possível o clube conta com os apoios do costume – Câmara Municipal, Federação – mas precisa de mais. Esperam que o Turismo Alente-jo seja sensível ao facto de que a participação da equipa alente-jana na mais importante prova de clubes de Pesca de Rio, ajuda a «dignificar e a promover a re-gião» além fronteiras e apoie a deslocação dos campeões alente-janos à Sérvia.É que, apesar de haver à volta de um milhão de pescadores em Portugal, juntando os de rio, mar e de lazer, esta prática desportiva não é nada barata. Basta dizer que quem se quiser iniciar, pode contar à partida com uma factu-ra a rondar os 2500 euros, núme-ro que no que diz respeito à alta competição mal chega para com-prar um «caniço»…Em tempos o CEAPD teve uma escola de formação, donde saíram

a maioria dos agora campeões nacionais: Analídio Melrinho, António Figueiredo, António Francisquinho, João Caseiro, João Janota, Flamínio Pechincha , Jor-ge Almeirim e Luís Franco.Nos tempos que correm «é difícil arranjar quem tenha disponibi-lidade para manter a escola de formação a funcionar», mas não é uma ideia posta de parte. En-quanto isso, o bichinho da pesca vai passando de pais para filhos e assim se vão renovando as equipas e conquistando títulos nas camadas jovens.

É o caso, por exemplo, de Pedro Figueiredo, 4º classificado no Campeonato Nacional de Junio-res. Mas o ano de 2010 ficou mar-cado por excelentes resultados por parte dos atletas do CEAPD: Mariana Cota foi medalha de bronze no Nacional de Senhoras; Luís Franco sagrou-se vice-cam-peão nacional da I divisão de se-niores; e a dupla Joaquim Moio e João Grosso foi campeã nacional em Pesca ao Achigã Embarcado.Estes são os atletas do «Eboren-se» que irão integrar a selecção nacional que no próximo ano,

Clube Eborense dos Amadores de Pesca Desportiva

Aos 60 anos de vida o título nacional de clubes

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Aníbal Fernandes

em Setembro, em Itália, irão disputar os Campeonatos do Mundo, mas João Pechincha, 9º classificado no Campeonato Na-cional de Séniores da 1ª Divisão, também poderá ser chamado a representa Portugal em algumas provas internacionais.Para além destes, Luís Carriço que foi campeão nacional de Pes-ca ao Achigã de Margem – uma modalidade recente na FPPD – e Alberto Zorro, 4º classificado no Campeonato de Veteranos A, também merecem entrar no quadro de honra de 2010. w

A.F.

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SEMANÁRIO

Sede Travessa Ana da Silva, n.º6 -7000.674 Évora Tel. 266 751 179 Fax 266 730 847Email [email protected]

ÉvoraQuinta-feira Sábado

Sexta-feira Domingo

Max. 19 Max. 18

Max. 20 Max. 17

Min. 10 Min. 12

Min. 11 Min. 11

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O dia de S. Martinho, celebrado a 11 de No-vembro, assinala a data do enterro do santo, no ano de 397, na cidade de Tours, em Fran-ça. Santo dos mais milagreiros, é associado a numerosos episódios lendários, o mais conhecido dos quais o descreve a cortar ao meio a sua capa para agasalhar um pobre.

Por esse motivo é o patrono dos alfaia-tes, mas é-o também dos cavaleiros, dos pedintes, dos taberneiros, dos viniculto-res e dos alcoólicos regenerados, além de orago de um sem número de localidades pela Cristandade fora. Em Portugal, o seu nome está associado à toponímia de inú-meras localidades, de Norte a Sul do país. A sua festa, favorecida pelo costumeiro

bom tempo do “Verão de S. Martinho”, coincide com a altura do calendário rural em que terminam os trabalhos agrícolas e se começa a usufruir das colheitas, facto que lhe confere uma componente de exu-berância que até hoje prevalece, compará-vel apenas ao S. João. Para o etnólogo Ernesto Veiga de Oliveira, o S. Martinho “é hoje sobretudo a festa do vinho, a data em que se inaugura o vinho novo, se atestam as pipas, celebrada em muitas partes com procissões de bêbados de licenciosidade autorizada, parodiando cortejos religiosos em versão báquica, que entram nas adegas, bebem e brincam li-vremente e são a glorificação das figuras destacadas da bebedice local constituída em burlescas irmandades”. w

“...Vai à adega e prova o vinho”Manuel Alegre defendeu terça~feira que é preciso “serenidade”, mas tam-bém “firmeza”, para “acalmar os mer-cados” sobre a dívida nacional, mas rejeitou a necessidade de entrada do FMI em Portugal.

O candidato presidencial apoiado pelo PS e Bloco de Esquerda (BE) falava aos jornalistas em Borba, du-rante uma visita à Festa do Vinho e da Vinha, que decorre naquela sede de concelho do distrito de Évora.“Eu acho que nós devemos resolver por nós próprios os nossos proble-mas, porque isto está a ser feito para nos imporem outras soluções”, disseDurante a visita à Feira, toda ela

dedicada aos vinhos, ManuelAle-gre lembrou ainda que, nas últimas presidenciais, foi o candidato mais votado em Borba: “E espero ganhar também nestas”.A agricultura também constou da mensagem do candidato presiden-cial apoiado pelo PS e pelo BE, que, acompanhado por apoiantes da sua candidatura e pelo presidente socia-lista da Câmara, Ângelo de Sá, recla-mou um “novo olhar” para o setor.“Temos que voltar aos campos, vol-tar a cultivar a terra e voltar a produ-zir para sermos mais autosuficientes porque, com os novos países emer-gentes a consumirem muito mais, a Europa tem que pensar a agricultu-ra de outra maneira”, reivindicou. w

Manuel Alegre em Borba

“É preciso firmeza para acalmar os mercados”