regional edicao 251

Ano XVII - Nº 251 - 09 a 16 de Maio de 2014 - Contagem e Região Metropolitana - Tel.: (31) 3042-0034 / 3041-5473 - www.jornalregionaldecontagem.com.br - email: [email protected] EXEMPLAR CORTESIA - VENDA PROIBIDA

EDUARDO CAMPOS RECEBE TÍTULO DECIDADANIA HONORÁRIA DE CONTAGEM

O ex-governador dePernambuco e pré-

candidato ao Governo Federal,Eduardo Campos (PSB), rece-beu o título de Cidadania Ho-norária de Contagem na segun-da-feira (05). O projeto de re-solução que outorgou o título aoex-governador é de autoria dosvereadores Fredim (PROS) eCaxicó (PPS).

Minutos antes do início dasolenidade, que aconteceu noplenário da Câmara, EduardoCampos, que também é presi-dente do PSB nacional,empossou a diretoria do parti-do em Contagem. A ExecutivaMunicipal do PSB é presididapelo ex-secretário de Desenvol-vimento Econômico de Conta-gem, Alexis de Freitas, e temcomo vice-presidente o ex-em-baixador do Brasil em Cuba,Tilden Santiago.

A abertura da solenidade deentrega do título de CidadaniaHonorária foi feita pelo presi-dente da Câmara, vereador GilAntônio Diniz - Teteco(PMDB). Logo depois, o vere-ador Fredim discursou sobre asatisfação em receber EduardoCampos no município e leu umbreve histórico pessoal e políti-co do ex-governador.

"Eu poderia discorrer sobreseu currículo por mais de umahora. Certamente, estamos nafrente de um parceiro de Mi-nas Gerais, (...) estamos diantede uma das maiores liderançaspolíticas do nosso País", decla-rou o parlamentar. Por fim,Fredim pediu a Campos queincluísse em seu programa degoverno a reforma do sistemaprisional, que hoje é "incapaz deressocializar delinquentes contu-mazes", de acordo com o vere-ador.

Em nome da diretoria re-cém-empossada, Tilden Santia-go usou o microfone para lem-brar alguns fatos históricos en-volvendo o avô de EduardoCampos, Miguel Arraes, que aolongo de sua carreira política foiprefeito do Recife, deputado es-tadual, deputado federal e portrês vezes governador do esta-do de Pernambuco.

Tilden também reforçou aimportância da presença do ex-governador em Contagem. De-pois de oferecer alguns charu-tos cubanos artesanais a Eduar-do Campos, Tilden finalizousua fala propondo a Contagema concretização daquilo que,segundo ele, o pré-candidatopropõe ao Brasil: uma novapolítica.

O discurso de EduardoCampos começou com uma re-flexão a respeito da similarida-de entre os estados de Minas

FOTO LEANDRO PERCHÉ

Plano municipal desegurança públicaMunicípio atuará na prevenção e fiscalizaçãoativa no combate a violência

Foi apresentado, na manhã do dia 7/5, no

auditório da PUC Contagem,o Plano Municipal de Segu-rança. O projeto, denominado"Contagem Território de Paz",reúne um conjunto de açõesdivididas em compromissos,justificativas e desafios e tempor objetivo aperfeiçoar o sis-tema de segurança pública domunicípio.

Segundo o secretário deDefesa Social, José Rodrigues,o plano objetiva a integraçãoda sociedade na busca da pazsocial. "Estamos propondopolíticas de segurança, além deações que envolvam a comu-nidade, dessa forma, vamosreduzir a violência e aumen-tar a segurança e a tranqui-lidade do cidadão contagense",afirmou.

O prefeito Carlin Mouradestacou o plano municipal ea segurança pública como umdever de todos. "A Prefeiturade Contagem faz sua partecom políticas preventivas e deacompanhamento aos jovensdo município. Nesse contexto,o programa Território da Paz,que trabalha junto a comuni-dade escolar, pais, alunos, pro-fessores, já tem nos dado res-postas positivas no combate aviolência", declarou.

Carlin Moura ainda ressal-tou programas da prefeituraque melhorando gradativa-mente a segurança pública nomunicípio. "Convocamos mais70 guardas municipais, que jáestão atuando nas ruas da ci-dade, ajudando no combate àviolência. Também estamosimplantando mais de 120câmeras do Programa Olho

ELIAS RAMOS

Gerais e Pernambuco que, deacordo com ele, se manifesta-ram e fizeram parte de momen-tos importantes da história doBrasil. "Em todos os momen-tos em que esse País pensou emindependência, o povo de Mi-nas e de Pernambuco esteve àfrente deste pensamento", expli-cou.

Além disso, boa parte do dis-curso do socialista foi voltadapara uma análise sobre o, segun-do Campos, crescimentoinsatisfatório do Brasil nos últi-mos anos. Passando por temascom pacto federativo, reformatributária, saúde, educação e se-gurança pública, Eduardo Cam-pos encerrou sua fala agrade-cendo ao Legislativo municipalpela homenagem e firmandoum compromisso com Conta-gem.

"A única forma que possodevolver tamanha atenção é mecolocando à disposição para tra-balhar em torno dos mais ele-vados interesses dessa grandecidade brasileira, de uma cida-de importante para o povo epara o futuro de Minas. (...) Te-mos o desafio de melhorar odesempenho da indústria, a pro-dutividade, a moradia, a segu-rança; essas são pautas do coti-diano, e quero me colocar à dis-posição como cidadão, comobrasileiro, ao lado das lutas e dossonhos desta terra", encerrouCampos.

ENTREVISTA COLETIVA

Antes da outorga do título,Campos conversou com a im-prensa em uma coletiva realiza-da na presidência da Câmara.Questionado sobre temas liga-dos à mobilidade urbana, défi-cit habitacional, economia, edu-cação e saúde, Eduardo Cam-pos não deixou de falar tambémsobre sua candidatura, que temcomo vice a ex-senadora MarinaSilva.

Ao ser indagado sobre suaspropostas para Minas e para acidade de Contagem, Camposcontou que está em fase de ela-boração de seu programa degoverno, quando tem procura-do estimular o partido, em nívelmunicipal e estadual, a levantaras principais demandas de cadaregião.

A respeito de uma possívelcandidatura própria do PSBpara o Governo do Estado deMinas Gerais, o ex-governadoresclareceu que há duas posiçõesdentro do partido que serão dis-cutidas e irão à votação nos pró-ximos dias pela diretoria, seguin-do o regimento do PSB. "Masnão estamos condicionando aeleição nacional aos palanquesestaduais", finalizou.

Vivo, que vão ser instaladasnos principais corredores dacidade. As escolas municipaisjá estão recebendo 685câmeras de videomoni-toramento, 24h por dia, emtodo entorno", destacou

O vice-diretor da EscolaMunicipal Vereador JoséFerreira de Aguiar, no bairroIcaivera, Leonardo Caixeta, vêo plano como um divisor deáguas. "Nossos alunos vêmparticipando do programaContagem Território de Paz,que integra o plano municipalde segurança por meio de con-selhos. Desde que o projetoteve início, já identificamosuma queda no índice de vio-lência, bem como a melhorconservação do patrimônio daescola, salientou.

Confira alguns dos ob-jetivos e desafios - PlanoMunicipal de SegurançaPública:

· Intensificar a fiscalizaçãonas ruas e bares do município;

· Articular políticas públi-cas voltadas para a juventude;

· Aprimoramento do cum-primento da medida socioe-ducativa no município;

· Aprimorar a coleta de da-dos estatísticos dos crimes co-metidos contra mulheres;

· Criar uma rede de apoioà mulher vítima de violência;

· Promover a cultura depaz nas escolas municipais deContagem;

· Intensificar o patrulha-mento para combater a crimi-nalidade;

· Combater o racismo e ahomofobia.

2Ano XVII - Nº 251 - 09 a 16 de Maio de 2014 - Contagem e Região MetropolitanaTel.: (31) 3042-0034 / 3041-5473 - www.jornalregionaldecontagem.com.br - email: [email protected]

Contagem busca investimentoscom o governo federal

Buscar investimentos e estrei-tar os laços entre a Prefeitura deContagem e o governo federal. Es-ses foram alguns dos objetivos daviagem do prefeito Carlin Moura aBrasília, nos dias 5 e 6/5. Durantea viagem, o prefeito se reuniu como presidente da Agência Nacionalde Transpor tes Ter restres(ANTT), Jorge Bastos, para dis-cutir obras importantes nas rodo-vias BR-381 e BR-040, visandomelhorar a mobilidade urbana nacidade.

Durante o encontro, CarlinMoura lembrou que a cidade estáestrategicamente localizada entreimportantes rodovias que cortamo Estado. Milhares de veículos cru-

zam as rodovias que passam porContagem diariamente. "Por isso,tanto a BR-381 quanto a 040 ne-cessitam, urgentemente, de inter-venções que acabem com os gar-galos e melhorem a mobilidade ur-bana. Mantemos boas relações comas concessionárias que adminis-tram as rodovias". Já Antônio Jor-ge se comprometeu a dar priorida-de aos pleitos de Contagem, umavez que a situação das duas rodo-vias é motivo de preocupação, dadaa importância de ambas.

C O N C E S S Õ E SC O N C E S S Õ E SC O N C E S S Õ E SC O N C E S S Õ E SC O N C E S S Õ E S

As rodovias BR-381 (FernãoDias) e BR-040 são administradaspor concessionárias. Desde 2008,

o trecho entre São Paulo e Conta-gem da BR-381 é de responsabi-lidade da Autopista Fernão Dias -Arteris. A empresa é responsávelpela administração e conservaçãoda via.

No início de 2014, o grupoInvepar assumiu o trecho da BR-040 entre Brasília e Juiz de Fora.A empresa apresentou lance deR$ 3,22 para cada praça de pedá-gio, e administrará a rodovia peloperíodo de 30 anos. A companhiaserá responsável pela recupera-ção, operação, manutenção, con-ser vação, implantação demelhorias e ampliação da rodovia.Em março, Carlin Moura se reuniucom Túlio Abi-Saber, diretor-pre-sidente da Concessionária BR-040, que falou sobre a concessão."Apresentamos a empresa à pre-feitura e ouvimos as demandas enecessidades em relação à BR-040. Vamos estreitar as relações,manter parcerias para uma boagestão do trecho da rodovia quepassa por Contagem. Queremosviabilizar projetos em conjuntocom o município", disse, à época.

Em Brasília, Carlin se reuniu,ainda, com os ministros da Defe-sa, Celso Amorim, e das RelaçõesInstitucionais, Ricardo Berzoini, eparticipou de um seminário sobrea indústria da defesa, na CâmaraFederal. Moura também participoude encontro com o presidente doTRF 1ª região, Cândido Ribeiro.

Carlin Moura com o presidente da Agência Nacional deTransportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos


SERVIDORES DAEDUCAÇÃO PEDEMAPOIO DA CÂMARA

Os vereadores de Contagem re-ceberam, na tribuna livre desta ter-ça-feira (06), dois representantes dosservidores da Educação do Municí-pio, que relataram a situação da ca-tegoria e pediram apoio da Câmaranas negociações com a Prefeitura pormelhores condições de trabalho. Emgreve desde o dia 23 de abril, os ser-vidores estiveram no plenário doLegislativo acompanhando GustavoOlímpio e Gabriela de Aquino Cam-pos, membros do Sindicato Único dosTrabalhadores da Educação (Sind-UTE).

Participante do comando de gre-ve e da comissão de negociação,Gabriela Campos iniciou sua fala ex-pressando indignação em relação aotratamento para com a categoria."Este governo exige encerramentoda greve, que é um direito constituci-onal, para continuar as negociações,e julga que as nossas reivindicaçõesse resumem ao salário dos professo-res, o que não é verdade", disse aprofessora. "Buscamos aumento desalário sim, mas para todos, e umaeducação de qualidade através demelhores condições para os traba-lhadores e estudantes", acrescentou.

A professora ressaltou que a gre-ve foi deflagrada após duas reuniõescom representantes do governo, quealegaram não ter conhecimento ouentendimento da pauta de reivindi-cações. "Após horas de conversa,não apresentaram propostas concre-tas", reclamou a servidora, acrescen-tando que, nesses encontros, ape-nas foram "reafirmadas algumas pro-messas passadas que não caminha-ram".

Dentre as propostas "reapre-sentadas", Gabriela destacou a con-cessão de uma gratificação paraagentes de educação infantil que con-cordarem em aumentar sua cargahorária de 30 para 40 horas sema-nais, o que, segundo ela, represen-taria "mais trabalho sem garantias";o decreto de regulamentação de fé-rias prêmio; e a promessa de adesãoa um plano odontológico, previsto paramaio.

Diante disso, Gabriela Campospediu a participação da Câmara nasnegociações. "Estamos na Casa doPovo solicitando o apoio de todos osvereadores, principalmente da Comis-são de Educação, para que interce-dam por nossa categoria. Assim quereceberem projetos do governo, quenos repassem, para que possamosfazer um estudo, e que a tribuna sejaaberta para debatermos. E, quandoesses projetos vierem a voto, que se-

FOTO LEANDRO PERCHÉ

Está confirmado para o próximodia 20 de maio, às 17 horas, no audi-tório Freitas Nobre, da Câmara dosDeputados, o lançamento oficial daFrente Parlamentar Mista de Com-bate ao Roubo de Carga – formadapor 183 deputados e três senadores-, que será presidida pelo deputadoe líder do Partido Republicano Brasi-leiro (PRB), George Hilton (MG).

O ato, que contará com a pre-sença da coordenadora nacional deTransporte do PRB, Sula Miranda,também reunirá os presidentes dasfederações de transportadores desete estados: RS, PR, RJ, SC, AM, SPe MG, além da que reúne os estadosde AL, BA, CE, MA, PB, PE, PI, RN eSE, e a do Distrito Federal.

UNIÃO PARA VENCERPara o deputado George Hilton,

com o lançamento da frente, crescea possibilidade de, através de um tra-balho conjunto entre os parlamenta-res e os empresários do setor, en-contrar os caminhos para o combatea este crime, que é um dos que maiscrescem no país.

“Todos nós que compomos aFrente Parlamentar sabemos quegrupos cada vez mais especializados

Hilton comanda a FrenteParlamentar de combateao roubo de cargas

jam individuais e não em bloco, bus-cando a legitimidade e a transparên-cia do processo", concluiu a servidorada educação.

GrGrGrGrGr eeeeevvvvve como a l tere como a l tere como a l tere como a l tere como a l ter nananananat it it it it i vvvvv aaaaaAcompanhando o discurso,

Gustavo Olímpio destacou que a gre-ve foi a única alternativa encontradapelos servidores da educação. "Osmeus companheiros da educaçãopública de Contagem não se calamdiante do descaso e do'descompromisso' dos governos coma educação. Minha companheira fa-lou bem dos motivos da greve: nãofoi a falta de vontade de negociar oua intransigência da categoria. A gre-ve foi a única arma que tivemos parasermos ouvidos pelo governo".

De acordo com Olímpio, a cate-goria não aceitará o parcelamento doreajuste que está sendo discutido(5,8%) e a falta de debate sobre osprojetos que serão encaminhados àCâmara. "Diante do orçamento muni-cipal de R$ 1,5 bilhão e do fato deContagem ser a terceira economia doEstado, acreditamos ser possível ofe-recer um reajuste melhor e melhorescondições de trabalho", destacou.

Em conclusão, ambos defende-ram a paralisação. "Alguns falam quea greve está prejudicando a educa-ção. Mas não é a greve, e sim o des-caso de anos com essa educação",destacou Gabriela em seu discurso."Não é uma greve por salários, maspela defesa da educação pública dequalidade. Estamos abertos ao diá-logo e queremos apoio desta cidadee de seus representantes", concluiuOlímpio.

VVVVVe re re re re r eado reado reado reado reado r es se p res se p res se p res se p res se p r o no no no no nunc i amunc i amunc i amunc i amunc i am

William Barreiro (PTdoB) e AlexChiodi (SDD) foram os parlamenta-res a discursar sobre o assunto. Háo problema da falta de diálogo, quenão prejudica só a categoria, mastodo o povo contagense. A cidademerece e precisa de mais respeito",resumiu William Barreiro.

Presidente da Comissão de Edu-cação da Câmara, Chiodi destacou aparticipação do Legislativo de Conta-gem em conquistas da categoria egarantiu o empenho dos vereadoresna questão. Em seguida, anunciouque, por solicitação da comissão, ocomando de greve será recebido pelogoverno. "Não apenas a comissão,mas todos os vereadores vão acom-panhar e participar ativamente, den-tro de nossas competências, paraavançarmos nestas questões".

Gustavo Olímpio e Gabriela de Aquino Campos, membros doSindicato Único dos Trabalhadores da Educação (Sind-UTE)

Olá! Boa tarde!!! Primeiramente gostaria de parabenizar o Jornal.Sempre acompanho as matérias da Flávia Kern e adoro!!! Sempremotivadoras e interessantes!

Luciana De Paoli <[email protected]>

Sempre melhor. Isto é bom para Contagem. AbraçosAmaral Rocha

Recebi e agradeço. Parabéns pela edição.Abs,

Jeanete Mazzieiro

OBRIGADA PELO ENVIO DA EDIÇÃO ONLINE. TENHA UMASEMANA ABENÇOADA...

Neuza AstoreAv. Beira Mar, 1550, Ed. Caravelles, Loja 01, Praia do Morro,

Guarapari - ES.

Parabéns e muito bom estar nessa parceria!Odalton Alvarenga

Obrigado por me enviar o exemplar do jornal. Adorei. Abraço!Mirto Santos <[email protected]>

Parabéns ! O novo site ficou muito bom!Um forte abraço,

Flávia Kern <[email protected]>

Agradeço a gentileza de estar recebendo habitualmente o exemplardeste excelente jornal. Continuem com a qualidade de trabalho ecom os serviços prestados a nossa comunidade.Att.

Luiz Fernando de Oliveira Murgel Furtado.Sepetiba Tecon S/A

[email protected]

Recebi e agradeço o envio do Jornal. Muito bom. Um abraço eparabéns.

Jeanete Mazzieiro [email protected]

Parabéns a equipe do Jornal Regional Contagem, o novo site estáótimo!

Quero agradecer a direção do Jornal Regional Contagem, pelocarinho em me enviar via e-mail, exemplares do Jornal.Sucesso cadavez mais ao Jornal.Grande abraço.

Mirto Carvalho <[email protected]>

Meu computador andou meio doentinho mas, agora, já posso leras edições do JORNAL REGIONAL CONTAGEM. Ótimas, obrigado.

[email protected]

Obrigada pelo envio das edições. Gostaria de parabeniza-los pelos17 anos! Que Deus abençoe a todos pelo excelente trabalho.

Gostei muito da matéria, publicada na coluna da Flávia Kern,principalmente por que abriu meus olhos de que não podemos nosprender à apenas um caminho, mas sempre tentar outras opções.Continue com a coluna, é muito interessante e nos dá motivaçãoque precisamos no dia a dia.

Lucineia Maria <[email protected]>

estão à frente de sofisticadas opera-ções de roubo de cargas, provocan-do prejuízo de bilhões de reais, re-sultantes, não apenas do roubo pro-priamente dito, mas também da per-da de veículos e do pagamento desinistros, sem contar a perda de vi-das dos profissionais que conduzemas cargas pelas estradas de nossopaís”, assinala o líder republicano.

Prosseguindo, coloca ser neces-sário desenvolver “ações que saiamdo papel e, principalmente, de umalegislação eficaz para combater essecrime”, que, segundo ele, é impulsio-nado pela opção da utilização de ro-dovias para o transporte de cargas.“É preciso punir, de forma rigorosa erápida, a ação desses delinquentes”,pontua.

E ainda pondera que, “se conse-guirmos neutralizar a ação dos re-ceptadores, seguramente esses nú-meros alarmantes de roubos de car-gas cairão. Hoje, esses criminosossabem que se forem pegos terãopenas brandas. Mas, o foco deve sera repressão e a investigação paraneutralizar o receptador. Sem o re-ceptador, obviamente não haveria ocriminoso que pratica o roubo”, ar-gumenta o deputado.

Não adianta esconder a verdade:já estamos vivendo os angustiantesmomentos que antecedem a entradada seleção canarinho em campo: dia12 de junho, às 17 horas, é o início denossa contagem regressiva para o tãosonhado hexa. Sonho impossível? Tal-vez não. Vejamos.

Não quero perder o seu tempo,caro leitor, tampouco o meu, conjec-turando sobre a escalação divulgadapelo Felipão: a responsabilidade pelofracasso ou sucesso é dele e agora sónos resta torcer. Mas, porque torcerpor uma seleção a qual podemos nãoconcordar com os nomes ou com umacopa do mundo mal organizada? Ouaté mesmo concordar com a estrutu-ra montada pela CBF, palco tradicionalde privilégios e pouca transparênciaadministrativa.

Torcer pela seleção brasileira defutebol é uma rara oportunidade queo destino dá a nós, brasileiros de co-ração, de exercitarmos o sagradoexercício da cidadania. E mostrarmosque temos sim força e união capazesde modificar situações ruins, que so-mos um país de dimensões continen-tais mas nosso povo possui caracte-rísticas únicas, principalmente quandoo motor é a fé, pura e simples. Lem-bremos: ano passado o Galo era oBrasil na Copa Libertadores da Améri-ca; quem não se lembra da demons-tração de força dada pela torcida,sempre “acreditando” em alto e bomsom, a uma só voz, que o placar ad-verso seria revertido? Sem o apoioda torcida dificilmente o time do ClubeAtlético Mineiro teria revertido situa-ções tão adversas.

Para chegar aos 23 nomes con-vocados, Felipão experimentou 48 jo-gadores, sem contar os amistosos queforam feitos somente com atletas lo-cais. Ele já tinha adiantado, em clarademonstração de voto de confiança,oito nomes: David Luiz, Oscar, Ramires,Willian, Paulinho, Thiago Silva, Júlio Césare Fred. Outros nomes eram óbvios,

E a convocação da SeleçãoBrasileira? Temos chancescom o time do Scolari?

como Neymar, Jefferson, Daniel Alves,Marcelo, Luiz Gustavo e Hulk. Suasmaiores dúvidas ficaram para a posi-ção de terceiro goleiro, no qual Victordo Galo superou Diego Cavalieri (quemcontesta o desempenho superior doVictor?) e no meio campo, no qualoptou por Hernanes. Tirando estasduas dúvidas, a base já estava monta-da e temos que entender que, tradici-onalmente, Felipão é um técnico quegosta de seguir os seus princípios,não ligando para interferências. A co-moção nacional para que convocasseRomário em 2002 não surtiu efeito.

Fato é que este time já demons-trou ser capaz de jogar bem e con-quistar título (vide a Copa das Confe-derações). Vai pegar pedreira pela fren-te? Claro. É copa do mundo e, além datécnica, o fator emocional conta mui-to. E torcida, claro.

É onde eu quero chegar, carosbrasileiros amantes de futebol: deve-mos torcer, sim, pelo sucesso, por-que o fracasso só engrandecerá osestrangeiros, que se julgam sempresuperiores por serem países de “pri-meiro mundo”. Sabemos sim de nos-sas falhas mas também temos de ternosso orgulho. Vamos deixar em “standby” nossas reivindicações, que as fa-çamos na hora oportuna e cobrandonossos governos por seriedade e res-ponsabilidade. Nossa maior arma é ovoto e é nas urnas que fazemos valernosso poder, escolhendo com res-ponsabilidade nossos governantes.

À seleção canarinho, que muitorepresenta o nosso orgulho de ser-mos o “país do futebol”, guardemosnossos aplausos, nossos gritos deemoção e principalmente, nossa ale-gria no momento mágico do gol.

E que venha o hexa! Isto é pornós, brasileiros de coração e filhos deuma pátria tão querida!

E agora, acredita que temoschances?

* Eduardo Rocha de Matos BorbaAdministrador, auditor e escritor nas horas vagas

A AssembleiaLegislativa de Mi-nas Gerais promo-ve no dia 08 demaio o ciclo de de-bates “Enfren-tamento do Tráficode Pessoas em Mi-nas Gerais”. A pro-ximidade da Copado Mundo trás estapreocupação paraa sociedade minei-ra porque estaprática criminosaocasionou o tráficode 50 mil pessoasna Copa da Alema-nha e de 150 mil naCopa da África doSul. O tráfico de pessoas é caracte-rizado pela exploração sexual, otrabalho escravo, a adoção ilegal eo comércio de órgãos humanos.

O deputado João Leite, presi-dente da Comissão de SegurançaPública da ALMG, acredita que oabandono da segurança públicanacional faz do Brasil um territóriofértil para essas práticas crimino-sas: “o Governo Federal investeapenas 0,8% do orçamento fede-ral em segurança, determinou ofechamento de postos de fronteirano período noturno, facilitando aentrada de armas e drogas no país,portanto, se não nos mobilizarmos,com a participação da sociedadecivil, viveremos dias terríveis”, afir-mou o deputado, que ainda lem-brou ser tão séria esta questão quea igreja católica o escolheu comotema da Campanha da Fraternidadede 2014.

O Ciclo de Debates vai propiciaro entendimento do tráfico de pes-

Tráfico de pessoasMinas enfrenta problema mobilizando sociedade

soas como uma violação dos direi-tos humanos em suas diversas mo-dalidades, com destaque para a ex-ploração sexual, o trabalho escra-vo e a adoção ilegal. Os principaisobjetivos são: compartilhar os da-dos relativos ao tráfico de pessoas,com vistas ao dimensionamento dofenômeno e à identificação de pú-blicos vulneráveis e de possíveis ro-tas de operação do delito; refletirsobre a temática a partir dos desa-fios decorrentes da realização degrandes eventos no Brasil, particu-larmente a Copa do Mundo de 2014e as Olimpíadas de 2016; discutirestratégias e ações deenfrentamento do tráfico de pesso-as, priorizando a mobilização e asensibilização do poder público eda sociedade para a articulação deuma rede que atue noenfrentamento desse fenômeno emMinas Gerais.

As inscrições são gratuitas epodem ser feitas pelo sitewww.almg.gov.br


POR KENNEDY CÂNDIDO

“Pietá”, estátua de Michelangelo em Roma (Itália)

O amor de mãe é tão infini-to, que ela acredita que o

filho vai seguir o novo caminho.Penso naquelas mães cujo filho

está no presídio, no mundo do cri-me, das drogas, mas seu coração demãe acredita que o seu filho seguiráo caminho da vitória em seu milagrede mãe...

Mãe, rainha dos milagres, comsua força infinita... penso naquelasmães, suas lágrimas de dor, filhos as-sassinados, filhos desaparecidos...

Mãe, que chorou quando suasfilhas se prostituíram, perderam-sepela vida, abandonou o lar, a famí-lia...

Mãe, rainha dos milagres, espe-ra seus filhos de braços abertos paraum recomeço... Mãe será semprerainha dos milagres, quando deu aluz e você se viu nascer como umsonho, milagre de Deus...

Aquela menina-mulher nuncamais será a mesma por milagre doMestre da Eternidade, transforma-da em mãe...

Dia das Mães, shopping center,lojas pela avenida, todos querendocomprar presentes, mas o melhorpresente que um filho pode dar paramãe é ser um filho melhor, verda-deiramente bom, honesto, vencedor,digno, com a capacidade infinita deamar.

Mas, se no seu caminho é o doMal, da perdição, do crime, dacorrupção, das drogas, pode recome-çar abandonando o quadro negro, olado escuro da sua vida, todos que-rem o ajudar, mas primeiro tem quese ajudar a si próprio e, assim, dará omelhor presente que sua mãe pode-ria ganhar.

Mãe sempre se lembra da sua fe-licidade quando o seu filho nasceu,naquele novo dia.

Mãe, sua eterna herança, edu-cação, seu amor infinito, sua doçu-ra, magia de menina-mulher-mãe.

Mãe, rainha dos milagres, poe-ma, quadro mágico, ilustrado, ilumi-nado, que seus filhos sejam nobres,vitoriosos, pessoas de bem, mas se

seu filho não for, é tempo de con-certar um cristal quebrado etransformá-lo em diamante!

Faça sua mãe sorrir no planetaTerra e Deus enxugar suas lágrimasno Paraíso!

Mãe, rainha dos milagres, comvocação infinita, paciência, cuidacom ternura de seus filhos, seja defi-ciente físico, mental e visual... acre-dita na recuperação no milagre deum dia, voltar a ver o cego, paralíticoandar, na loucura encontrar lucidez,o deficiente mental... mas, se nãofor possível este milagre, continuaoferecendo o seu amor, como cura,como milagre...

Mãe, esperança entre as flores,diante da adversidade, maior é a suaforça! Mãe iluminada por Deus, pordestino ilustrado, encantador... oMestre do Universo conhece sua for-ça de mulher-mãe...

Mães de desaparecidos, sua dor,suas lágrimas em algum lugar domundo, sonha um dia com a voltado seu filho...

Juntos somos ainda mais fortes,unidos no amor de mãe, rainha dosmilagres, no jardim da vida, a espe-rança na virtude humana, na carida-de de mulher...

Um dia ela foi filha, hoje é umamajestosa mãe, um amor que veiodo útero, do coração de mulher-mãe...

Sabedoria, pressentimento demãe, perdoa o seu filho, oferecendoo seu amor e, temendo que algo deruim aconteça, preocupada ela ora...

Mãe, rainha dos milagres, acre-dita no arrependimento daquele fi-lho que errou tanto... Como Fénix,ressurgiu das cinzas, de um passadonegro, o seu filho, agora melhor, dan-do um presente maravilhoso à suamãe...

Todo filho tem o dever e a obri-gação de fazer sua mãe feliz...

Mulher-mãe enviada por Deus,do seu útero deu a luz a uma novavida: Você!

Vivam as mães, rainhas dos mi-lagres!

MÃE, RAINHA DOS MILAGRES

Não há nada que diferencie tanto a sociedade

ocidental de nossos dias das soci-edades mais antigas da Europa edo Oriente do que o conceitode tempo. Tanto para os anti-gos gregos e chineses quantopara os nômades árabes oupara o peão mexicano de hoje,o tempo é representado pelosprocessos cíclicos da natureza,pela sucessão de dias e noites,pela passagem das estações. Osnômades e os fazendeiros cos-tumavam medir - e ainda hojeo fazem - seu dia do amanhe-cer até o crepúsculo e os anosem termos de tempo de plan-tar e de colher, das folhas quecaem e do gelo derretendo noslagos e rios. O homem do cam-po trabalhava em harmoniacom os elementos, como umartesão, durante tanto tempoquanto julgasse necessário. Otempo era visto como um pro-cesso natural de mudança e oshomens não se preocupavamem medi-lo com exatidão. Poressa razão, civilizações queeram altamente desenvolvidassob outros aspectos dispunhamde meios bastante primitivospara medir o tempo: aampulheta cheia que escorria,o relógio de sol inútil num diasombrio, a vela ou lâmpadapara onde o resto de óleo oucera que permanecia sem quei-mar indicava as horas. Todosesses dispositivos forneciammedidas aproximadas de tem-po e tornavam-se muitas ve-zes falhos pelas condições doclima ou pela inabilidade daque-les que os manipulavam. Emnenhum lugar do mundo anti-go ou da Idade Média, haviamais do que uma pequeníssimaminoria de homens que se pre-ocupassem realmente em me-dir o tempo em termos de exa-tidão matemática.

O homem ocidental civili-zado, entretanto, vive nummundo que gira de acordo comos símbolos mecânicos e ma-temáticos das horas marcadaspelo relógio. É ele que vai de-terminar seus movimentos e di-ficultar suas ações. O relógiotransformou o tempo, transfor-mando-o de um processo na-tural em uma mercadoria quepode ser comprada, vendida emedida como um sabonete ouum punhado de passas de uvas.E, pelo simples fato de que, senão houvesse um meio paramarcar as horas com exatidão,o capitalismo industrial nuncapoderia ter se desenvolvido,nem teria continuado a explo-rar os trabalhadores, o relógiorepresenta um elemento de di-tadura mecânica na vida do ho-mem moderno, mais podero-so do que qualquer outro ex-plorador isolado ou do quequalquer outra máquina.

(...) A princípio, esta novaatitude em relação ao tempo,este novo ritmo imposto à vidafoi ordenado pelos patrões, se-nhores do relógio, e os pobreso recebiam a contragosto. E oescravo da fábrica reagia, nas

A ditadura do relógioA ditadura do relógioA ditadura do relógioA ditadura do relógioA ditadura do relógio

horas de folga, vivendo na ca-ótica irregularidade que carac-terizava os cortiçosencharcados de gim dos bair-ros pobres no início da era in-dustrial do século XIX.

Os homens se refugiavamno mundo sem hora marcadada bebida ou do cultometodista. Mas aos poucos, aidéia de regularidade espalhou-se, chegando aos operários. Areligião e a moral do séc. XIXdesempenharam seu papel, aju-dando a proclamar que “per-der tempo” era um pecado. Aintrodução dos relógios, fabri-cados em massa a partir de1850, difundiu a preocupaçãocom o tempo entre aqueles queantes se haviam limitado a rea-gir ao estímulo do despertadorou à sirene da fábrica. Na igre-ja e na escola, nos escritórios enas fábricas, a pontualidadepassou a ser considerada comoa maior das virtudes.

E desta dependência servilao tempo marcado nos relógi-os, que se espalhou insidiosa-mente por todas as classes so-ciais no séc. XIX, surgiu aarregimentação desmoralizanteque ainda hoje caracteriza arotina das fábricas.

O homem que não conse-guir ajustar-se deve enfrentara desaprovação da sociedade ea ruína econômica - a menosque abandone tudo, passandoa ser um dissidente para o qualo tempo deixa de ser impor-tante. Refeições feitas às pres-sas, a disputa de todas as ma-nhãs e de todas as tardes porum lugar nos trens e nos ôni-bus, a tensão de trabalhar obe-decendo horários, tudo issocontribui, pelos distúrbios di-gestivos e nervosos que pro-voca, para arruinar a saúde eencurtar a vida dos homens.

Nem se poderia afirmarque a imposição financeira daregularidade de horários tenhacontribuído a longo prazo parao aumento da eficiência. Naverdade, a qualidade do pro-duto parece ter até diminuído,pois o empregador que vê otempo como uma mercadoriapela qual tem de pagar obrigao operário a trabalhar numavelocidade tal que a produçãoforçosamente será de qualida-de inferior. O critério passa aser de quantidade e não dequalidade e já não há mais oprazer do trabalho pelo traba-lho. O operário transforma-se,por sua vez, num especialistaem “olhar o relógio”, preocu-pado apenas em saber quandopoderá escapar para gozar suasescassas e monótonas formasde lazer que a sociedade indus-trial lhe proporciona; onde ele,para “matar o tempo”, progra-mará tantas atividades mecâni-cas com tempo marcado, comoir ao cinema, ouvir rádio e lerjornais, quanto permitir o seusalário e o seu cansaço. Sóquando se dispõe a viver emharmonia com sua fé ou comsua inteligência é que o homemsem dinheiro consegue deixarde ser um escravo do relógio.

“Você diz que tem algo te machucan-do, não será saudade?”

DINA DE SOUSA

Hoje é meu último dia! Hoje é oúltimo dia que vou ver o sol

nascer e se pôr. O último dia que vereias pessoas que mais amo, vou sorrir einfelizmente, chorar.

SEIS HORAS: Acordo cedo. É o últimodia e devo gozá-lo ao máximo. A fadi-ga é áspera e o tempo urge. Abro ascor tinas e dou bom dia à manhã. Oclarear trouxe um rubor esplendorosoao céu. Arrumo a cama. Coloco o len-çol nos quatro cantos do colchão cui-dadosamente.

Vou até o quarto dos meus pais.Eles ainda dormem. Dou um beijo emMamãe, o último beijo e digo em pen-samento “Se tivesse seguido seus con-selhos, seria bem mais feliz”.

SETE HORAS: O que vestirei? São tan-tas as roupas que gosto que fica difícilselecionar a favorita. Investigo o guar-da-roupa, recolho a velha calça jeansdesbotada. Companheira de noitadasde farra e bebedeira. Será ela, semdúvida. A blusa será aquela que a vovóme dera, que falecera há alguns anos(a vovó e não a blusa). Assim quandonos encontrarmos no mundo dos mor-tos ela sentirá muita alegria ao ver-mecom ela.

Lavo os cabelos e os deixo livresdo elástico, estarão livres pela últimavez, ou talvez para todo o sempre.

OITO HORAS: Sento-me à mesa parao café. O último café da minha vida, tãopequena vida. Pão, leite, torradas erequeijão. Apresso Mamãe para o café.O pão nunca pareceu tão saboroso.Escrevo nos farelos de pão sobre amesa o nome do homem que amo, Fa-brício. Não viverei para casar-me e termeus filhos, se vivesse queria que fos-se com Fabrício. Queria ler históriaspara meus filhos e dar-lhes-ia beijosde boa noite.

NOVE HORAS: Estou exposta ao sol.Jamais sentirei o sol adentrar minhaepiderme novamente. Abaixo de setepalmos creio que não entre sequer umafresta de luz.

Enquanto me aqueço, de costas,estirada na cerâmica da varanda, osbraços por travesseiro, o rosto volta-do para o céu bordado de nuvens.Penso com quem desfrutarei minhasúltimas horas. Como finalizarei meushábitos freqüentes, entretanto, nestedia, últimos. Para quem lerei meu últi-mo poema? Para quem direi a últimapalavra de amor? Para quem sussur-rarei “não me esqueça jamais!” Quemimplorarei o perdão?

DEZ HORAS: Revejo as fotos antigas.A nostalgia é muito prazerosa quandose está no fim da vida. Tem pessoasnestas fotos que não vejo há muito tem-po. Algumas já nem recordo o nome, enão lembrar seus nomes é como seestivessem presas num abismo e fos-se preciso resgatá-las.

O telefone está em minhas mãos, alista de conhecidos é extensa, devo es-colher os poucos e bons para os quaistelefonar, o tempo é curto e as pesso-as das quais devo me despedir sãomuitas.

ONZE HORAS: Ouço o chiar da panelade pressão. Mamãe e Papai, nos do-mingos, fazem o almoço juntos. Elesestão fazendo um tropeiro, é o pratoque eles fazem de melhor. E para mimserá a última melhor refeição do mun-do.

Estou pensando no Papai. Ele quesempre se julgou muito sabido. Nãosabe que hoje é meu último dia, nin-guém sabe, mas ele sempre quis sabero que os outros não sabiam. “Papaiquerido! Carinho e amor nunca falta-ram, o que faltou foi confiança, espe-rança e credibilidade”.

DOZE HORAS: A tarde se reparte. Al-moçamos. O tropeiro foi saboreadocomo o prato mais caro e fino de to-dos. É a última refeição com meus pais.Repito o prato e fico mais um pouco nacompanhia deles. Depois do almoçosó os verei no fim do dia. Mamãe dei-ta-se no sofá da sala e fuma um cigar-ro. Papai tira seu cochilo.

TREZE HORAS: A cozinha limpa, ence-rada e polida espelha um momento meu,enfim.

Ligo para o meu amado, marcan-do o último encontro. No telefone digopalavras cálidas e perpétuas.

Penso no dia que o conheci. Euvivia uma vida promiscua, de botecose porres diários. Junto a pessoaspassantes, de quem eu nem queria sa-ber o nome. Num desses lugares defarra e bebedeira eu o vi pela primeiravez. Ele sorria, e que sorriso!

QUATORZE HORAS: Bebo minha últimacerveja no bar que jamais terá minhailustre presença novamente. As mesasamarelas têm o brilho do sol. Convideimeus melhores amigos para brindar avida, o dia, a loucura. Ao melhor dosamigos digo que “Jamais alguém ocu-pou o seu lugar!”

Cabeça a mil, sensibilidade alta-mente aguçada, leveza do corpo sefaz presente. Estranho a realidade dascoisas e permito-me voar sem medo.Agora eu quero! O Álcool me faz per-der o medo. Mesmo sem equilibrar ocorpo, equilíbrio alma. O álcool paramim tem, hoje uma importância dife-rente, ele é par te de meu últimoarcabouço emocional. Faço meuautoconhecimento psicológico. Escla-reço muitos fatos de meu ultimo dia,aqui mesmo, nesta mesa de bar.

Brindamos e soltamos muitas gar-galhadas.

QUINZE HORAS: Estou relendo ospoemas, contos, crônicas. Tudo o quejá foi escrito por mim e pelos escrito-res que admiro. Relendo minha vida,amores, sonhos, loucuras e lamentos.Faço um novo e último poema, despe-dindo-me dos prazeres da vida.

DEZESSEIS HORAS: Sessão da tarde. Alagoa azul. Faço cafuné no cachorro.Aproveito para pensar na vida. A vidaque não tem mais conserto por viaspolíticas, diplomáticas, religiosas, me-dicinais ou desesperadas. Vida de po-esia, sem suspense, com muitas defi-nições. Vida em que o fim é medo, omeio, mera tentativa, e o recomeçoapenas sinais de luta e coragem.

DEZESSETE HORAS: Reinvento a mate-mática. Positivo e negativo, o vazio deconjuntos finitos e infinitos. A exatidãodo mais e do menos. Adiciono minutose subtraio a desistência. Multiplico oaprendizado, desilusões, descobertase amores. Divido sofrimento, receios,esperanças e conquistas.

DEZOITO HORAS: Já é noite. As luzesmulticoloridas giram sobre as pesso-as anônimas, que vão passando pormim na rua. As luzes cambaleiam...Aspessoas se confundem, afligem-se.Elas estão solitárias, as luzes não.

Estou no supermercado escolhen-do o melhor vinho para levar de pre-sente para ele. Tinto ou branco, qualeu devo escolher?

Imagino-me na praia, apanhandoconchas, andando de mãos dadas como ele sobre a areia fininha. Ouvindo aágua contra as rochas, o vento, o solse por. Essas simplicidades que hojefazem a diferença.

DEZENOVE HORAS: dirijo-me para acasa do Fabrício. Ele atende a porta eme atiro com saliência em seus bra-ços, beijo-o e olho para ele com amormaior. Sinto o cheiro almiscado de seuscabelos, um perfume marcante que mecontento em apenas senti-lo. Sinto-me em plenitude, por obter dele me-nos que o mínimo.

Vinte horas: Tim-Tim. Um gosto depecado na boca e medoindefinido.Mais breve é o gosto daperda no céu da boca.

A taça se quebra num arroubo deentusiasmo.

O radio toca Faz par te do meushow do Cazuza. Canto para ele.

VINTE E UMA HORAS: A novela se de-bulha em lágrimas na televisão. Assis-to a embriaguez dele na penumbra dosofá. Luzes e sombras fazem dele umDeus. Nunca foi tão belo!

VINTE E DUAS HORAS: Quero a noite deprazer mais abundante. Uma noite delençóis encharcados de desejos reali-zados na carne. Olho-o com olhos depecado, o corpo pingando desejo, acarne pulsando prazer e num repentea voz é sufocada em gemidos.

VINTE E TRÊS HORAS: É fim de noite. Jáestou em casa. Aproveitei o dia o má-ximo que pude, sinto que pude pouco.Sinto-me insatisfeita, com a sensaçãode que há muito que se fazer. Não hoje,não ontem, e sim agora. Agora perce-bo a intensidade da palavra “agora”.E o ontem? Ontem para mim, era ape-nas mais um dia que passou, que po-deria haver outros tantos iguais. Com-preendi que os dias são como as pes-soas, desiguais. Só me restou do on-tem as lembranças de um diairrecuperável.

VINTE E QUATRO HORAS: Me deito nacama junto com os anjos e gnomospara não acordar jamais. Que bom seriase pudesse também escolher os so-nhos. Enquanto o sono não vem, pen-so nos filmes que nunca farão de mim.Este resto de noite valerá uma vida.Tenho uma única certeza...Morrerei,mas meu nome viverá. Sempre e parasempre.

SEIS HORAS: Hoje é o meu último dia!A última segunda feira de minha vida,tão vivida vida. Será o último dia quevou trabalhar. Ver meus colegas de tra-balho. O que vou vestir? O vestidopreto. O vestido preto não! Imaginase eu morro com o vestido levanta-do... Muitas, leves e inesquecíveis reti-cências.

* Pseudônimo de contista que morou emContagem-MG.

POR ESTELAMARES MONTEIRO *

“A persistência da memória”, óleo de Salvador Dali

POR GEORGE WOODCOCK

Saiiba: todo mundo foi neném Einstein, Freud e Platão tambémHitler, Bush e Sadam HusseinQuem tem grana e quem não tem

Saiba: todo mundo teve infânciaMaomé já foi criançaArquimedes, Buda, Galileue também você e eu

Saiba: todo mundo teve medoMesmo que seja segredoNietzsche e Simone de BeauvoirFernandinho Beira-Mar

Saiba: todo mundo vai morrerPresidente, general ou reiAnglo-saxão ou muçulmanoTodo e qualquer ser humano

Saiba: todo mundo teve paiQuem já foi e quem ainda vaiLao Tsé, Moisés, Ramsés, PeléGhandi, Mike Tyson, Salomé

Saiba: todo mundo teve mãeÍndios, africanos e alemãesNero, Che Guevara, Pinochete também eu e você!

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Poesia, música e homenagensmarcaram o Sarau Bras Cuba, reali-zado na Casa de Cultura Nair Men-des, na noite de quarta-feira (30/4).A atividade fez parte do curso deportuguês, oferecido aos médicoscubanos pela Fundação de Ensino deContagem (Funec) e pela Fundaçãode Cultura de Contagem (Fundac).

Do nome à decoração, tudo fa-zia alusão à cooperação entre Brasile Cuba. Os médicos recitaram poe-mas de poetas renomados comoDrummond, Fernando Sabino, CoraCoralina e Vinícius de Moraes. Elestambém cantaram emocionados acanção Soy loco por ti America e as-sistiram a apresentação de MPB dosmúsicos da Central de Cursos daFundac.

Após as apresentações, o médi-co Bernardo Escobar fez uma avali-ação positiva do curso, destacandoque a iniciativa foi muito importante,pois colocou os médicos mais próxi-mos da realidade do município. “Ago-ra, todos entendem quando alguémdiz: ‘Doutor, estou com um trem nagarganta e já sabem qual a relaçãoentre a abóbora e o nome da cida-de”, disse o médico.

A Diretora Geral do Departamen-to Educacional da Funec, Luzia Lima,destacou o bom resultado da parce-ria entre a Funec e a Fundac e agra-deceu a dedicação de toda a equipeque colaborou com a realização docurso. Ela destacou a importância doPrograma Mais Médicos, do GovernoFederal, e agradeceu em nome dopovo de Contagem a dedicação no

Sarau Bras Cuba encerra curso deportuguês para médicos cubanosAtividade contou com apresentações de música e poesias, fazendoalusão a cooperação entre Brasil e Cuba

atendimento à população. “Temos acerteza de que vocês já estão fa-zendo a diferença nas regiões ondeatuam. Vocês têm a medicina comouma missão, assim como nós temos aeducação”, disse a diretora.

O secretário de Educação, Pro-fessor Ramon, falou da luta pelo so-cialismo, ressaltando que Cuba sem-pre foi a referência para a militânciae que, mesmo com todas as dificul-dades impostas pelo embargo eco-nômico e comercial que já dura 52anos, o país consegue se destacarnas áreas da saúde e educação.“Nós temos muito que aprender comvocês”, disse.

O presidente do Conselho Muni-cipal de Saúde, Thalys Marques, va-lorizou a iniciativa dizendo que ocurso cumpriu com seu objetivo,atendendo as expectativas da Se-cretaria de Saúde no sentido de pro-mover a integração dos médicos à

cidade de Contagem.

O CURSOO curso teve início em fevereiro e

contou com carga horária de 40 ho-ras, divididas em dois módulos. O pri-meiro foi ministrado pela professorae mestre em Linguística, Maria CristinaMacedo. Em suas aulas, foram traba-lhadas expressões utilizadas no diaa dia pelos mineiros, com destaquepara aquelas que podem surgir nosconsultórios. A professora trabalhoua linguagem coloquial, a fim de favo-recer o entendimento e o diálogoentre médico e paciente.

O segundo módulo ficou por con-ta das historiadoras da Fundac, Ale-xandra Rober ta Ponsá e NoêmiaRosana de Andrade. Elas apresenta-ram aos cubanos a história da cidadede Contagem, seu patrimônio históri-co e cultural.

Contagem celebrouo Dia do Trabalhador

Fé, luta e reflexão marcaram acelebração que é realizada há 38anos na cidade.A missa foi cele-brada, este ano, pelo bispo DomLuiz Gonzaga Fechio. A celebra-ção ao longo dos anos é marcadapela participação de sindicatos,ONGs, entidades de classe e traba-lhadores de diversas cidades daRegião Metropolitana de Belo Hori-zonte. Dom Luiz Fechio lembrou oquanto é importante o trabalho dig-no para o povo brasileiro.

Sobre o trabalho e geração derenda, o prefeito Carlin Moura lem-brou que a cidade está avançando

muito nas políticas voltadas para essaárea. Contagem é a cidade mineiraque mais gerou empregos em 2013.O resultado ainda aponta o municípiocomo o 21º colocado na geração deempregos formais em todo o país,atingindo 6.908 contratações no pe-ríodo de janeiro a dezembro de 2013.

Carlin ressaltou que o crescimen-to positivo dos números é fruto dofortalecimento da vocação comerciale do trabalho em parceria com o se-tor produtivo de Contagem. "Além dis-so, nosso governo tem dado aten-ção especial à capacitação de nos-sos trabalhadores, com o crescimen-

to dos cursos técnicos e do Pronatecofertados pela Funec".

DIA DO TRABALHOO Dia do Trabalho foi instituído

em 1889, em um congresso socia-lista realizado em Paris. O 1° demaio foi uma homenagem a umagreve geral que aconteceu naque-le dia em 1886, em Chicago, o maiorcentro industrial dos Estados Uni-dos à época. Desde então, inúme-ras cidades do mundo inteiro cele-bram o trabalhador nesta data,marcada também por reivindica-ções.

FOTO EVANDRO PARREIRAS


O Diário Oficial da União publi-cou dia 7, portaria do Ministério daSaúde que libera R$ 100 milhõespara o custeio e reforma de 46 hos-pitais universitários. Esta é a primei-ra liberação de um total de R$ 970milhões de investimentos previstospara este ano. O restante dos re-cursos será disponibilizado no de-correr do ano, por meio de portari-as e planos de trabalho das unida-des.

Os recursos servirão para me-dicamentos, produtos para saúde,além de reformas e ampliações doshospitais. A parcela liberada hojefoi definida durante a primeira reu-nião do ano do Comitê Gestor doPrograma Nacional de Reestru-

A hora do terror

Tenho escutado alguns relatosde pais, amigos e conhecidosque”A hora do Para Casa é um ter-ror”. Principalmente quando estesresolvem ensinar seus filhos apósuma jornada de trabalho exausti-va.

Certa ocasião conversava comum amigo, por telefone quando derepente escutei “Preste atenção nocolorido! Você está colorindo forado desenho! Está horrível essa le-tra! Ao ouvir esta frase tive quechamar a atenção deste, expliqueique seu filho tem apenas 3 anos,onde é normal apresentar dificul-dades de coordenação motora etraçado das letras, ainda comenteique é necessário muita paciência...as críticas excessivas podem cau-sar baixa autoestima e afetar signi-ficativamente na aprendizagem.

O Para Casa é importante por-que auxilia no habito de estudo ereforça os conteúdos ministradospelo professor. Aconselho aos paisque não tem tempo ou paciência

para ensinar, que invistam em umprofessor particular.

O reforço escolar irá identificaras dúvidas da criança,possibilitandoque a mesma desenvolva aindamais suas habilidades. Se mesmoassim,realizando o reforço escolara criança não conseguirdesenvolveré sinal que ela precisade uma Avaliação Psicopedagogia.

Quando a criança adquire ohabito de estudar todos os dias,melhora a disciplina e aumenta ex-pressivamente sua capacidade deconcentração. Futuramente estehábito adquirido, fará toda a dife-rença, de modo que possaconseguirum bom emprego, apro-vação no vestibular, concurso pú-blico dentre outros.

Invista em seu maior tesouroseu filho!

Flávia KernProfessora e Psicopedagoga Clínica

[email protected]

Governo libera R$ 100milhões para hospitaisuniversitários

turação dos Hospitais Universitári-os Federais (Rehuf), coordenadopela Empresa Brasileira de Servi-ços Hospitalares (Ebserh), realiza-da no início de abril.

Os critérios para liberação dasverbas, também aprovados nessaprimeira reunião, levarão em con-ta, entre outros, porte das unida-des, número de leitos, taxa de ocu-pação hospitalar, número de funci-onários por leito e a inserção doshospitais nas redes temáticas do Mi-nistério da Saúde (MS) como: RedeCegonha, Rede Psicossocial e açõesde humanização. Caberá aos hos-pitais contemplados a comprovaçãoda necessidade dos recursos parapagamento imediato.

Contagem faz mutirão delimpeza e amplia açõesde combate à dengueAção na região da Ressaca neste sábado contribuipara a despoluição da Lagoa da Pampulha

Para ampliar as ações de limpe-za em Contagem e combater a den-gue no município, a Prefeitura de Con-tagem realiza neste sábado (10/5)uma força-tarefa para o recolhimen-to de lixo e entulho na região da Res-saca, divisa com Belo Horizonte. Du-rante a ação, também será realizadaa "Caravana da Limpeza", que con-siste em vários serviços oferecidos àpopulação. O evento será realizadoa partir das 8h, na avenida Alterosacom avenida Princesa Isabel, no bair-ro São Joaquim. A ação também au-xilia na despoluição da Lagoa daPampulha, já que os resíduos lança-dos nos córregos da bacia contribu-em para o assoreamento da lagoa.

Serão disponibilizados nove ca-minhões e quatro retroescavadeiraspara retirar os entulhos dos pontosde descartes irregulares. Além dis-so, cerca de 30 agentes de Zoonosesparticiparão da mobilização de com-bate à dengue, também identificandoos focos do mosquito Aedes Aegypti

na região. Foram mapeados 28 pon-tos de descartes irregulares. Serãomais de 60 pessoas envolvidas nasações, que vão das 8h às 12h.

Ao todo já foram recolhidas qua-se 2 mil toneladas de lixo e entulhonas cinco edições anteriores. Cadasemana é feito um mutirão de limpe-za por regional. Os moradores sãoorientados previamente a separaremtodos os materiais de descarte quepossuem para serem recolhidos nomutirão.

O programa possui quatro pila-res: Ecoponto (local específico pararecebimento de pequenos volumesde entulho da construção civil, pe-quenas podas de árvore, mobiliári-os, madeiras, dentre outros); AgenteComunitário da Limpeza (vai de casaem casa orientar e conscientizar apopulação); Car roceiro Legal(cadastramento e orientações aoscarroceiros da cidade para o des-carte correto do lixo) e combate àdengue.

A igreja dos pobres, doBrasil e do mundo, está de luto,com a morte, aos 91 anos, dobispo emérito da Cidade deGoiás, Dom Tomás Balduíno,ocorrida em 2 de maio. Conhe-cido como o “bispo da refor-ma agrária”, era uma das per-sonalidades mais atuantes doBrasil nas lutas dos trabalha-dores sem-terra, dos povos in-dígenas e das demais camadasmenos favorecidas da popula-ção. Sem contar o papel de ex-trema importância que desem-penhou nos chamados “anosde chumbo”, protegendo mui-tos perseguidos pelo regimemilitar.

Sem dúvida, o Movimen-to de Direitos Humanos per-de um de seus mais valorosos“soldados”. Foi esse fradedominicano quem fundou, em1972, o Conselho IndigenistaMissionário (CIMI). Tratou-sedo primeiro organismo daIgreja Católica e do movimen-to social que, em plena ditadu-ra, resgatou a causa dos índiosdo Brasil, até então, fadados àextinção e que tiveram recu-peradas sua cultura, suas tra-dições e valores étnicos. Açãoesta traduzida na emenda po-pular que, na Constituinte de1986, resgatou os direitos des-tes povos.

Por obra também de DomTomás, juntamente com ou-tros prelados brasileiros, foicriada, em 1975, a ComissãoPastoral da Terra (CPT), daqual tive privilégio de fazer par-te, na década de 1980. Respon-sável pela retomada da defesada reforma agrária, na Igrejae na sociedade, a CPT conse-guiu desenvolver uma inacredi-tável parceria com o movimen-to dos trabalhadores rurais,com os boiá-frias e com os as-salariados do campo em geral,que lutavam pela terra. Os fru-tos desta organização popular

O legado de Dom Tomás

Durval Ângelo Andrade*

foram muitos, possibilitando,por exemplo, que em 1984,surgisse em Curitiba o Movi-mento dos Trabalhadores Ru-rais Sem Terra, o MST.

Dom Tomás Balduíno erauma figura extraordinária, degrandeza maior. Fato é que astão aplaudidas causas hoje le-vantadas pelo Papa Franciscojá eram defendidas por ele há40, 50 anos. E posso afirmarcom propriedade, pois, maisque um companheiro na luta emdefesa dos direitos humanos, eleera meu amigo.

Impossível evitar a tristezae a nostalgia, ao recordar comoele sempre apoiou nosso tra-balho como deputado estadu-al, manifestando publicamen-te seu apoio e até assessoran-do encontros do mandato.Também esteve conosco noEncontro de Políticos Cristãos,atividade que organizamos,anualmente, no Leste de Mi-nas, em parceria com o Movi-mento da Boa Nova. Por ou-tro lado, a convite de DomTomás, estive, por duas vezes,em Goiás Velho, sua diocese deorigem, para dar assessoria emencontros da Igreja.

Sim. Perdi um grande ami-go e parceiro. Fica, porém,como seu legado maior, oexemplo de uma vida dedicadaà grande causa de Jesus Cristoe de seu Evangelho: a causados empobrecidos e injusti-çados. A voz de Dom Tomásfoi silenciada, é verdade. Massuas palavras continuarão vi-vas em nossa história, a apon-tar-nos o caminho a ser segui-do por homens e mulheres deboa vontade, na luta pela in-clusão, pela reforma agrária,pelas terras indígenas e por jus-tiça social.

*Durval Ângelo Andrade é deputadoestadual pelo PT/MG, presidente da

Comissão de Direitos Humanos daALMG, teólogo e professor

Gabinete Itinerantechega na região daRessacaAções realizadas na Saúde foram destacada

Centenas de pessoas participaram,na quarta-feira (6/5), no pátio da Es-cola Municipal Coronel Joaquim Antônioda Rocha, da 6ª edição do GabineteItinerante. O evento, organizado pelaPrefeitura de Contagem, faz parte dapolítica de transparência e participaçãopopular da atual gestão. A atividade per-corre todas as oito regionais adminis-trativas da cidade, ouvindo as princi-pais demandas da população e apre-sentando as realizações do governo.

Em sua fala, o prefeito de Conta-gem, Carlin Moura, enfatizou os princi-pais avanços alcançados na região, naárea da Saúde. "No ano passado con-seguimos entregar duas importantesobras: as Unidades Básicas de Saúde(UBSs) do Oitis e do Colorado. Mas nãovai ficar só nisso. A construção de trêsnovas UBSs, nos bairros Morada Nova,São Joaquim e Novo Progresso, já co-meçaram", informou o prefeito.

Para a região da Ressaca ainda es-tão previstas a construção de outrasduas UBS, a Vale das Orquídeas, no bair-ro de mesmo nome, e a unidade Fred,no bairro Cabral.

Dando especial destaque à políticade prevenção e promoção da saúde domunicípio, o prefeito destacou o alcan-

ce da meta de 100% de cobertura mé-dica nas equipes que atendem no Pro-grama Saúde da Família. "Esta é umameta histórica para o nosso município.Colheremos, no médio prazo, odesafogamento das demandas de aten-dimento hospitalar e de pronto atendi-mento", explicou.

Na região da Ressaca chegarammais 17 médicos, sendo oito pelo Pro-grama Mais Médicos e nove pelo Pro-grama de Valorização do Profissionalda Atenção Básica (Provab).

A reinauguração do Centro de Con-sultas Especializadas (CCE) da Ressa-ca, em um espaço mais amplo, tambémfoi elencada. No centro de consultas, apopulação tem acesso a consultasespecializadas de cardiologia, urologiae mastologia. Atendimentos ginecológi-cos, exames de colposcopia e demastologia também são feitos no local.Os pacientes também podem contarcom procedimentos especializados emdermatologia e procedimentos geriá-tricos - como a realização devasectomias e exames obstétricos.

Para melhor distribuição logísticados remédios e insumos da rede muni-cipal de saúde, foi contratado um ope-rador logístico para auxiliar no abas-tecimento da rede.

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Ano XVII - Nº 251 - 09 a 16 de Maio de 2014 - Contagem e Região Metropolitana - Tel.: (31) 3042-0034 / 3041-5473 - www.jornalregionaldecontagem.com.br - email: [email protected] EXEMPLAR CORTESIA - VENDA PROIBIDA

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