regiÕes funcionais, relaÇÕes urbano‐rurais | relatÓrio final

104
REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS E POLÍTICA DE COESÃO PÓS‐2013 RELATÓRIO FINAL João Ferrão [Coordenação] João Mourato | Luís Balula | Olívia Bina Julho de 2012

Upload: pedroribeiro1973

Post on 28-Nov-2014

1.223 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

REGIÕESFUNCIONAIS,RELAÇÕESURBANO‐RURAIS

EPOLÍTICADECOESÃOPÓS‐2013

RELATÓRIOFINAL

JoãoFerrão[Coordenação]

JoãoMourato|LuísBalula|OlíviaBina

Julhode2012

Page 2: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

2

Page 3: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

3

REGIÕESFUNCIONAIS,RELAÇÕESURBANO‐RURAIS

EPOLÍTICADECOESÃOPÓS‐2013

RELATÓRIOFINAL

Julhode2012

JoãoFerrão[Coordenação]

EquipaICS

JoãoMourato|LuísBalula|OlíviaBina

Consultores

MárioVale|IGOT‐UL

RosárioOliveira|FCSH–UNL

RenatoCarmo|CIES‐ISCTE

Page 4: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

4

Page 5: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

5

Índice

0.Introdução 7

1.´RegiõesFuncionais`:dosconceitosàspropostasdeintervenção 9

1.1Umavisãodesíntese 9

1.2Exemplosdeintervençõesdedesenvolvimentoterritorialdebaseurbana

enívelsub‐regionalfundamentadasem´regiõesfuncionais`

27

AnexoI‐RegiõesFuncionais|PrincipaisConceitoseIndicadores 43

AnexoII‐Asregiõesfuncionaiseasrelaçõesentreáreasurbanaseáreasruraisno

âmbito da preparação das políticas comunitárias para o período 2014‐

2020

49

AnexoIII‐Iniciativasbaseadasnoconceitode´regiãofuncional` 65

Bibliografia 103

Page 6: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

6

Page 7: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

7

0. INTRODUÇÃO

Em27desetembrode2011foicelebradoumcontratoentreoConselhoEconómicoeSocial(CES)eo

InstitutodeCiências SociaisdaUniversidadede Lisboa (ICS‐UL) visandoa realizaçãodeumestudosobre ´RegiõesFuncionais,RelaçõesUrbano‐RuraisePolíticadeCoesãopós2013`.Trata‐sedeumestudo técnico de fundamentação do Parecer de Iniciativa do CES ´Competitividade das Cidades,

CoesãoSocialeOrdenamentodoTerritório`.

EsseParecerdeIniciativatemtrêsobjetivosessenciais:

. “Identificar as orientações fundamentais de natureza estratégica e operacional sobre

futurasatuaçõescofinanciadaspelosFundosEstruturaisnosdomíniosemapreço;

.PromoverareflexãoeodebatenoCESe,subsequentemente,nasociedade;

. Estimular a criação de instrumentos de política pública em quatro dimensões

complementaresfundamentais:económica,social,ordenamentodoterritórioegovernaçãourbana.”

Para a preparação do Parecer de Iniciativa foram solicitados três estudos técnicos de

fundamentação, correspondendo o presente estudo a um deles. De acordo com os termos dereferênciaaprovados,esteestudodeveabordarosseguintestópicos:

. “Análisecomparativadeconceitos, sistemasde informaçãoe indicadores,boaspráticase

instrumentosdepolíticadesenvolvidos recentementenestedomínioemEstados‐MembrosdaUniãoEuropeiae,eventualmente,noutrospaísesdaOCDE;

.Pontodesituaçãododebatesobreregiõesfuncionais,relaçõesurbano‐ruraisegovernação

regionalnoâmbitodapreparaçãodanovapolíticadecoesãopós‐2013;

. Identificação de conceitos e de critérios de delimitação e caracterização de regiõesfuncionais,esuaaplicaçãoaoterritórioPortugalcontinentalrecorrendo,nomeadamente,a

informaçãodosCensos2011,eapresentaçãodeumatipologiaderelaçõesurbano‐rurais;

. Proposta de instrumentos de política no âmbito de uma perspetiva de desenvolvimentoregionaldebaseterritorialerespetivagovernaçãoaoperacionalizarnodomíniodaspolíticas

urbana,regional,ruraledecooperaçãonoquadrodanovapolíticadecoesão.”

Este documento corresponde ao Relatório Final do estudo e visa dar resposta quer aos objetivosgenéricosdoParecerdeIniciativaqueraosobjetivosespecíficos(tópicos)consagradosnostermosde

referênciaacimatranscritos.

ORelatórioFinalfoiprecedidopordoisRelatóriosdeProgresso.

OprimeiroRelatóriodeProgresso,datadodedezembrode2011,encontra‐seorganizadoemduaspartes.Naprimeirapartedá‐secontadaevoluçãododebate,efetuadodurante2010e2011,relativoà preparação do novo ciclo de políticas comunitárias para o período 2014‐2020, salientando‐se o

papel conferido a ´regiões funcionais` e a importância atribuída às relações urbano‐rurais e rural‐urbano nesse contexto (tópico 2 dos termos de referência). Na segunda parte apresenta‐se uma

Page 8: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

8

sistematização, baseada em análise documental, de conceitos, indicadores, boas práticas e

instrumentosdepolíticarelacionadoscomostemasemanálise(tópicos1e3).

O segundo Relatório de Progresso, de abril de 2012, corresponde, no essencial, a uma leitura desíntesedas respostasdeumconjuntode consultores internacionais aoquestionário (verAnexo3)

elaboradopelaequipadesteEstudovisandoumduploobjetivo:recolherinformaçãosobreiniciativasrecentes baseadas no conceito de ´região funcional` e analisar criticamente as condições deutilizaçãoadequadadesteconceitonoâmbitodopróximociclodeprogramaçãocomunitária2014‐

2020(tópicos1,2e3dostermosdereferência).

O presente Relatório Final retoma os conteúdos dos Relatórios de Progresso,mas de uma formaintegrada.Parafacilidadedeleituraeconsulta,odocumentoéconstituídoporumapeçacentral,desínteseepropostas,epordiversosanexos.

Apeçacentralcontémduassecções.

Aprimeirasecção,organizadaapartirde13perguntas,procuradisponibilizarumavisãodeconjuntosobre as questões essenciais do estudo: o que são ´regiões funcionais`, qual a sua relação com

políticas e estratégias de desenvolvimento territorial, em que condições devem e podem serutilizadas com vantagem face a outros tipos de solução, que novas oportunidades são criadas noâmbitodopróximociclodeprogramaçãocomunitária2014‐2020.

Asegundasecçãoincluipropostasdeintervençõesbaseadasem´regiõesfuncionais`quepoderãoserdesenvolvidas no novo contexto pós 2013. Para esse efeito, são apresentadas quatro fichas decaracterização de intervenções baseadas em ´regiões funcionais` de base urbana e escala

supramunicipal.

Apeçacentralécomplementadaporváriosanexos,suscetíveisdeleituraautónoma:

.Anexo1.Conceitoseindicadoresrelativosa´regiõesfuncionais`;

.Anexo2.Asregiõesfuncionaiseasrelaçõesentreáreasurbanaseáreasruraisnoâmbitodapreparaçãodaspolíticascomunitáriasparaoperíodo2014‐2020:balançododebatedosdoisúltimosanos(2010‐2011);

. Anexo 3. Fichas ilustrativas de iniciativas baseadas no conceito de ´região funcional`preparadas a partir de informação disponibilizada pelos especialistas internacionaisinquiridosnoâmbitodesteestudo.

Emrelaçãoaoconjuntodetarefasinicialmenteprevistas,nãofoipossívelprocederàdelimitaçãode

regiões funcionais em Portugal continental a partir dos dados dos Censos 2011, dado que estainformaçãoapenasserádisponibilizadapeloINEduranteoúltimotrimestrede2012.

Page 9: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

9

1. ´REGIÕESFUNCIONAIS`:DOSCONCEITOSÀSPROPOSTASDEINTERVENÇÃO1.1Umavisãodesíntese

Estasecçãotemcomoobjetivoapresentarumavisãodesíntesesobreas´regiõesfuncionais`‐oquesão,paraqueservemeemquecondiçõespodemserutilizadasnocontextodepolíticaseestratégiasde desenvolvimento territorial – face aos objetivos gerais do Parecer de Iniciativa que o CES irá

preparareaosobjetivosespecíficos(tópicos)definidosparaesteestudo.

Os conteúdos que se seguem estão organizados sequencialmente sob a forma de perguntas erespostas, procurando assegurar uma leitura fácil e conferir um cunho prático às ilações que foi

possível retirar quer da análise documental efetuada, com destaque para textos produzidos porinstituições comunitárias epelaOCDE,querdos contributosdos vários especialistas internacionaisconsultados.EstesváriosaspetosforamapresentadoscomalgumdesenvolvimentonosRelatóriosde

Progresso.Retomam‐seaquideformamaissintéticaecomumaoutraorganizaçãoexpositiva.

Questão1|Oquesão´regiõesfuncionais`?

Os espaços de natureza político‐administrativa nem sempre constituem um quadro territorial de

referênciaadequadoàelaboraçãodediagnósticoseàformulaçãoeexecuçãodepolíticaspúblicas.As delimitações administrativas ignoram – e por isso segmentam de forma artificial ‐ realidadesecológicas,socioeconómicaseculturaiscomgeografiasqueultrapassamecruzamessesespaços.

Esta não‐coincidência pode ter custos, diretos e indiretos, elevados em termos, por exemplo, da

ineficiênciadesoluçõesdeorganizaçãoinstitucionale logística,dousoderecursosoudaproduçãode serviços. O reconhecimento da natureza problemática desta não‐coincidência tem vindo aacentuar‐se, com o aumento da mobilidade de pessoas, bens e capitais, responsável pela

intensificaçãoda interaçãoe interdependênciaentredistintos territóriospolítico‐administrativos,ecomamaiorconsciencialização,porpartedeacadémicos,técnicosedecisores,danaturezasistémicademuitosfenómenosnaturaisehumanos.

Nestecontexto,énecessárioconsiderarosterritórios,nassuascaracterísticasfísicas,administrativas

epolíticas,deumaformaquepermitasuperarasineficiênciasidentificadas,recorrendoaconceitosquepossibilitemodesenvolvimentodesoluçõessustentáveisdopontodevistaeconómico,socialeambiental.

Justifica‐se, assim, a adoção de conceitos que procuram entender geografias que cruzam

delimitaçõespolítico‐administrativas.Deíndolemorfológica(manchascontíguascomcaracterísticasmorfológicas idênticas) e, sobretudo, funcional (espaços integrados através de relações, fluxos e

sistemas,naturaisouhumanos, físicosou imateriais), adesignaçãomais abrangenteutilizadaparaestasgeografiaséade´regiãofuncional`.

O conceitode ´região funcional` épolimórfico, istoé,pode ter vários significados. E a suaanálisepode ser feita adotandoum focourbano (relaçõesurbano‐rurais), rural (relações rural‐urbano)ou

Page 10: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

10

transversal (por exemplo, uma visão holística dos diversos sistemas biofísicos que cruzam áreas

urbanas e rurais). Uma abordagem abrangente e equilibrada de uma ´região funcional` deveráenglobar estas várias perspetivas. Em qualquer dos casos, uma ´região funcional` caracteriza‐sesempreporpossuirinteraçõesrelevantesepordeter,efetivaoupotencialmente,umaestruturabem

definidaehierarquizada,aindaquenemsemprefacilmentedelimitável.

Em termosdepolíticaspúblicas, o conceitode ‘região funcional’ implicaquatro ideias‐chave:umabase territorial pertinente para integrar políticas sectoriais; uma estratégia integrada dedesenvolvimento;cooperaçãoentrediferentesatores;sistemasdegovernançaespecíficos.

Aimportânciadas´regiõesfuncionais`dopontodevistaqueranalítico(formulaçãodediagnósticose

cenáriosprospetivos)querda intervenção (estratégiasdedesenvolvimento,políticaspúblicas) temvindo a ser alvo de um reconhecimento crescente por parte da União Europeia e da OCDE. Noquadro1exemplificam‐sealgumasdasdefiniçõesmaisutilizadasde“regiãofuncional”.Umalistagem

maiscompletadeconceitosde“regiãofuncional”,bemcomoumconjuntodeindicadoressuscetíveisdeseremutilizadosnadelimitaçãoecaracterizaçãode“regiõesfuncionais”,podemserconsultadosnoAnexo1.

Quadro1.Exemplosdediferentesdefiniçõesde´regiãofuncional`

Conceito Definição

Travel‐To‐WorkArea1

Área correspondente à bacia de emprego de uma grande cidade ou conurbação definida

através dos movimentos pendulares casa‐trabalho. No caso particular do Reino Unido, a

delimitaçãodestasáreascorrespondeàagregaçãodemunicípiosemque: i)pelomenos75%

dapopulaçãoresidenteativatrabalhanaárea;ii)pelomenos75%dosquetrabalhamnaárea

residemnaprópriaárea.

ÁreasUrbanasFuncionais(AUF)2

ParaoESPON,asAUFcorrespondemaumaáreaurbanacomumcentrodepelomenos15mil

habitanteseumapopulação totaldepelomenos50milhabitantese sãodefinidaspela sua

área de influência em termos de movimentos pendulares casa‐trabalho calculados ao nível

municipal).

RegiãoFuncional3 AOCDEdefinearegiãofuncionalcomoumaunidadeterritorialresultantedaorganizaçãodas

relaçõeseconómicasesociaisnoterritórioemdetrimentodoscritériosconvencionaispolítico‐

administrativosouhistórico‐geográficos.Aregiãofuncionalégeralmentedefinidaporcritérios

relativosaomercadodetrabalhoeaosmovimentospendulares.

1G.C.A.L.(2010),FunctionalEconomicMarketAreas:Aneconomicnote.CommunitiesandLocalGovernment,London.

2ESPON(2011),TheFunctionalUrbanAreasDatabase–ESPON2013Database

3OCDE(2011),AssessingandMonitoringRural‐UrbanLinkagesinFunctionalRegions:Amethodologicalframework.OCDE,Paris

Page 11: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

11

Questão2|Qualoconceitode´regiãofuncional`adotadonesteEstudo?

Dadooobjetivodeste Estudo,os conceitosde ´região funcional` adotadospartilhamdois critérioscomuns:

i) Espaçosdebaseurbana,istoé,caracterizadospelaintensidadedefluxospolarizadosporcentrosurbanos;

ii) Espaçosdeescalasub‐regional,ouseja,deâmbitoclaramentesupramunicipal.

Aconsideraçãoconjuntadestesdoiscritériospermiteenglobarváriostiposderealidades:espaçosdenaturezametropolitana,sistemasearcosurbanossub‐regionais,espaçospolarizadosporcidadesdemédiadimensão.Todosestes tiposde ´região funcional`debaseurbanasãodenível sub‐regional,podendoalgunsterumâmbitointra‐NUTIImasoutrosenvolveremmunicípiosdediferentesNUTII.Oarcourbanodolitoralalgarvio,porexemplo,ilustraaprimeirasituação.Osespaçosmetropolitanas(numaóticafuncional)deLisboaedoPortoilustramasegunda.

Aolongodoestudoserãoutilizadosdoisconceitosde´regiãofuncional`:Regiõesurbanasfuncionais(RUF),caracterizadaspelaintensidadedasrelaçõesinterurbanasequeincluemespaçosdenaturezametropolitanaesistemasouarcosurbanossub‐regionais;eRegiõesfuncionaisurbano‐rurais(RFUR),marcadas pela intensidade, real ou desejável, das relações entre uma ou mais cidades de médiadimensãoeospequenoscentroseespaçosruraisdaáreaenvolvente.

Estadistinçãoprocuradiferenciardoistiposde´regiõesfuncionais`,ambosdebaseurbanaeescalasub‐regionalmas,comoserásalientado,comfunçõesdistintasnoâmbitodaspolíticaseestratégiasdedesenvolvimentoterritorial.Maisdoqueumadistinçãoestritamenteconceptual,trata‐sedeumadiferenciaçãooperativaintroduzidaemfunçãodasfinalidadesestratégicasprosseguidasemcadaumdoscasos.

Naprática, é possível considerar‐se umaoumais regiões funcionais urbano‐rurais no seio deumamesma região urbana funcional. Essa opção depende dos objetivos visados, das estratégias dedesenvolvimento territorial propostas e dos instrumentos de programação utilizados. Sendocomplementares,osdois tiposde ´região funcional`devemreforçar‐sereciprocamente.Aausênciadeumarelaçãodecoerênciaentreelesdesencadeará,casoincidamnummesmoespaçogeográfico,situaçõesdecomplexidadeeconflitualidadecomefeitosinevitavelmentenegativos.

O recursoa ´regiões funcionais` justifica‐senos casosemqueosespaçospertinentesparaefetuardiagnósticos, definir estratégias de desenvolvimento territorial, ou programar e implementarintervençõesintegradasnãocoincidemcomdelimitaçõesadministrativas.Nestassituações,podeservantajosoidentificarespaçosdecooperaçãodegeometriaespecífica,demodoaenvolverasdiversasentidades relevantes para a formulação e concretização de estratégias de desenvolvimentoterritorialeaintegrarosterritóriosestrategicamentepertinentes,evitandooscustosdecorrentesdevisõesgeograficamentefragmentadas.

Verifica‐se,hoje,umreconhecimentoalargadodequeadefiniçãode´regiõesfuncionais`associadasa potencialidades ou problemas com geografias ad hoc não coincidentes com espaços político‐administrativos pode ser importante. Contudo, os instrumentos de política nacionais não seencontramaindasuficientementeajustadosaessanecessidade.Onovociclocomunitário2014‐2020cria, no entanto, condições favoráveis à incorporação do conceito de ´região funcional` eminstrumentos de desenvolvimento territorial. Importa, assim, esclarecer em que situações e

Page 12: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

12

condiçõespodemaspolíticaspúblicasganhareficáciaeeficiênciaatravésdorecursoaoconceitode´regiãofuncional`.

Questão3|Emquetipodesituaçõesépossívelrecorreraoconceitode´regiãofuncional`?

A utilização do conceito de ´região funcional` no âmbito de políticas ou estratégias dedesenvolvimentoterritorialpodeconcretizar‐seemtrêssituaçõesdistintas:

i) ´Regiõesfuncionais´jáformalmentereconhecidascomo´regiõesdeprojeto`

Em diversos países, encontram‐se já definidas ´regiões funcionais`, sob váriasmodalidades, para efeitos de conceção, programação e gestão de estratégias dedesenvolvimento territorial. Nestes casos, o objetivo principal é otimizar aimplementaçãodenovasintervençõesoumelhorar,nasquejáexistem,arelaçãoentrealógica´funcional`(objetivos,formasdecooperação,domínios,instrumentos,etc.)eaeficáciaeeficiênciadasaçõesdesenvolvidasnesseâmbito.

ii) Áreascaracterizadaspor intensas relações funcionaismas sem instrumentosconjuntosdeplaneamentoegestão

Esta é a situaçãode áreas caracterizadas por uma forte interação e interdependênciabaseada em fluxos de pessoas, bens, informação, conhecimento e outros ‐ espaçosmetropolitanos, sistemas urbanos sub‐regionais, etc. – mas em que a densidade dasrelaçõesfuncionaisexistentesnãotemtradução,formalouinformal,emqualquertipodeestratégiacomumouinstrumentoconjuntodeplaneamentoegestão.Nestescasos,o recurso ao conceito de ´região funcional` permitirá substituir intervençõesfragmentadasdopontodevistageográficoeinstitucionalporumagestãocoordenadaeintegradadessesespaçosedasexternalidadesqueoscaracterizam.

iii) Áreas não caracterizadas por intensas relações funcionais mas cujo desenvolvimentoexigenovasformasdecooperaçãodebaseterritorial

Esteé,sobretudo,ocasodecidadesdemédiadimensãooudeeixosurbanosdemenordimensãoedospequenoscentrosurbanoseespaçosruraisqueseencontramsobsuainfluência direta. Nestas situações, o objetivo é estimular a consolidação futura de´regiões funcionais` baseadas no desenvolvimento de complementaridades ativas enumamaior integraçãoentreespaçosurbanos, espaços rurais, espaçosde transiçãoeespaços de natureza mista. A adoção de ´regiões funcionais` tendo como objetivoreforçar e qualificar as relações entre áreas urbanas e áreas rurais a partir de novasformasde cooperaçãoeda criaçãode sinergias justifica‐se, no âmbitodepolíticasdedesenvolvimento territorial coerentes e inclusivas, por diversosmotivos: umamelhorgestão dos efeitos de polarização urbana sobre os espaços envolventes, uma maiorcoordenaçãoentreatoresurbanoserurais,umamelhorintegraçãodosdiversostiposderedes e infraestruturas que ligam espaços urbanos e rurais, a consideração deproblemaseprioridadesdasáreasruraisporpartedosdecisoresurbanoseacriaçãodeeconomias de escala que favoreçam iniciativas conjuntas a favor do crescimento, doempregoedacoesãosocial.

Page 13: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

13

A segunda situação acima identificada corresponde, no âmbito deste Estudo, ao que designámos

anteriormente por regiões urbanas funcionais enquanto a terceira equivale às regiões funcionaisurbano‐rurais.

Emqualquerdassituações,acooperaçãointerurbanaeurbano‐ruralconstituiumprincípioquepodeseracolhidocomproveitopordiversaspolíticas,emparticularapolíticadecoesão.

NocasodePortugal,efaceàinexistênciadeinstrumentosdedesenvolvimentoterritorialformuladosa partir de ´regiões funcionais` de âmbito supramunicipal / sub‐regional, são as duas últimassituaçõesque importaanalisareavaliar.OmodeloterritorialconsagradonoProgramaNacionalda

Política de Ordenamento do Território (PNPOT), por exemplo, define arcos e sistemasmetropolitanos e sistemas urbanos cuja consagração supõe abordagens do tipo ´região funcional´(Figura1).

Figura1.PNPOT‐ModeloTerritorial(PNPOT,2006)

Page 14: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

14

Aadoçãode ´regiões funcionais`como instrumentodedesenvolvimentoterritorialdeveráresultar,

sempre,deumdiagnósticodetendênciasedaelaboraçãodecenáriosprospetivos,paraqueaopçãodepolíticaasertomadapossabasear‐seeminformaçãorobustaeplausível.

Tendo por base o diagnóstico efetuado, incluindo o balanço entre oportunidades potenciais eobstáculos,é,então,possíveldecidiracercadapertinênciadeestabelecer´regiõesfuncionais`como

estímulo à criação de novos espaços de cooperação no contexto de uma estratégia integrada dedesenvolvimentoterritorial.Orecursoa´regiõesfuncionais`noâmbitodepolíticaseestratégiasdedesenvolvimento territorial deverá sempre decorrer de uma avaliação que tenha em conta as

características da realidade a que dizem respeito, os objetivos visados e as condições deconcretizaçãodosresultadosesperados.

Questão 4 | Qual a importância atribuída às ´regiões funcionais` no próximo ciclo de

programaçãocomunitária2014‐2020?

OTratadodeLisboa(emvigordesde1dedezembrode2009),queconsagraacoesãoterritorialapardacoesãoeconómicaesocial,oLivroVerdedaCoesãoTerritorial(2008),quedebateosignificadoe

as implicaçõesdaadoçãodoprincípiodacoesãoterritorialnaformulaçãodeumanovageraçãodepolíticascomunitárias,eoRelatórioBarca(2009),quedefendeasvantagensdeintervençõesdebaseterritorial(place‐basedapproach),contribuíramparadarumanovaênfaseàsquestõesterritoriaisno

quadrodaconceçãoeexecuçãodepolíticaspúblicas.Osdocumentosqueenquadramapreparaçãodoperíododeprogramaçãocomunitária2014‐2020refletem,parcialmente,esseímpeto,estimuladosobretudopelaincorporaçãodaabordagemterritorialcomocomponenteexplícitadestenovocicloe

pelapreocupação,maisgenérica,deconferirumamaiorcapacidadedecoordenaçãoeintegraçãodefundoseações.

OsquatrodocumentosdereferênciaentretantopropostospelaComissãoEuropeiaepresentemente

emapreciaçãopeloConselhoepeloParlamentoEuropeu–otextoEuropa2020.Estratégiaparaumcrescimento inteligente, sustentável e inclusivo4,apropostadeorçamentoparao referidoperíododesignadaABudgetforEurope20205,quefazpartedoprojetodepacotelegislativosobreasfuturaspolíticascomunitárias6eapropostadeElementosparaumQuadroEstratégicoComum2014‐20207‐consagramorientações, instrumentos e procedimentosque favorecem,diretaou indiretamente, orecursoa´regiõesfuncionais`noâmbitodediversaspolíticas(verAnexo2).

No quadro 2 resumem‐se, para várias dimensões contempladas nos referidos documentos, comdestaqueparaapropostaderegulamentocomdisposiçõescomunsparaagestãodoscincofundos8que faz parte do projeto de pacote legislativo acima referido, os conteúdosmais relevantes para

compreender o contexto face ao qual o recurso a ´regiões funcionais` poderá ganhar, a partir de2014,umnovoimpulso.

4COM(2010)2020final,3.3.2010.5COM(2011)500final,29.6.2011.

6COM(2011)615final,6.10.2011.7SWD(2012)61finalPart1,14.3.2012.8FundoEuropeudeDesenvolvimentoRegional(FEDER),FundoSocialEuropeu(FSE),FundodeCoesão,FundoEuropeuAgrícoladeDesenvolvimentoRural(FEADER)eFundoEuropeuparaosAssuntosMarítimoseasPescas(FEAMP).

Page 15: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

15

Quadro2. ´Regiões funcionais` e desenvolvimento territorial de acordo com as propostas da Comissão

relativasaociclodeprogramaçãofinanceira2014‐2020

Dimensões Conteúdos

Orientaçõesdepolítica .Reforçodadimensãourbananasdiversaspolíticas

. Maior articulação e coordenação entre a Política de Coesão, a Política AgrícolaComum e outras políticas com elevada sensibilidade espacial ou com relevantesimpactesterritoriais

.Territorializaçãodepolíticassectoriais

Geografiasadhocdeanáliseedeintervenção

. Importância das regiões funcionais: cidades‐região, áreas metropolitanas,aglomeraçõesurbanaspolicêntricas

. Importânciadas relações rural‐urbanocomo fatordedesenvolvimento territorialintegrado,inclusivoesustentável

Perspetivaestratégicadedesenvolvimentoterritorial

. Importância da perspetiva integrada e territorial de desenvolvimento(desenvolvimentoterritorialintegrado)

. Importância das estratégias integradas, multissetoriais e multi‐fundo dedesenvolvimento “local” (nível sub‐regional) ajustadas a distintos contextosterritoriais(incluindoregiõesfuncionais)

Estratégiasdedesenvolvimentoterritorialintegrado

.Açõesintegradasdedesenvolvimentourbanosustentável(atravésdeITI)

.Estratégiasdedesenvolvimentolocal

.Pactosterritoriais(paraoemprego,aeducaçãoeainclusãosocial,porexemplo)

Abordagensintegradasdedesenvolvimentoterritorial

. InvestimentosTerritoriais Integrados (ITI): intervençõesdenatureza top‐downoubottom‐up, envolvendo diferentes eixos prioritários de um ou mais ProgramasOperacionais(nãoseaplicaFEADER);podemenglobarumoumaisDPCL

.DesenvolvimentoPromovidopelasComunidadesLocais (DPCL): iniciativasbottom‐upde desenvolvimento promovidas por Grupos de Ação Local envolvendo atorespúblicos e privados das comunidades locais, podendo ser financiadas por um ouvários fundos, ProgramasOperacionais e eixos prioritários; podem integrar‐se, ounão,numITI

Instrumentosdeimplementaçãodeestratégiasterritoriaisintegradas

Desenvolvimentodeoperaçõesintegradas

.Operações Integradas: intervenções envolvendo um ou mais fundos do QuadroEstratégicoComumeainda fundosprovenientesdeoutros instrumentosdaUnião(Horizon2020,porexemplo)

. Planos de Ação Conjuntos: grupos de projetos que concorrem para os mesmosobjetivos específicos, desenvolvidos sob a responsabilidade de um beneficiáriodesignado.UmPlanodeAçãoConjuntopodefazerpartedeumoumaisProgramasOperacionais(FSEeFEDER)

Governançaterritorial .Cooperação,parceriasecoordenaçãodebaseterritorial

.Formasdegovernançaflexíveisemultinível

Planeamentoterritorial . Consideração de regiões funcionais e das relações entre áreas urbanas e áreasruraiseminstrumentosdeplaneamento

Conhecimentoafavordodesenvolvimentoterritorial

. Intensificação do intercâmbio de boas práticas de estratégias e ações decooperaçãonoâmbitoderegiõesfuncionaise/ouentreáreasurbanaseáreasrurais

Capacitaçãodosatoresdedesenvolvimentoterritorial

.Capacitaçãoinstitucionaldeformaafavorecerpráticasdecooperaçãoeformasdegovernançaterritoriaisadequadasaosdiversoscontextosterritoriais(diversidadedepotencialidadesenecessidades)

Page 16: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

16

Questão 5 | Qual a obrigação de Portugal considerar abordagens integradas dedesenvolvimentoterritorialbaseadasnoconceitode´regiãofuncional`no

próximociclodeprogramaçãocomunitária2014–2020?

Aformacomoasabordagensintegradasdedesenvolvimentoterritorialsãoreferidasparaoperíodo2014‐2020constituiumanovidadeemrelaçãoaoscicloscomunitáriosanteriores,jáqueestetipode

intervenções têm sidodesenvolvidasno âmbitode IniciativasComunitárias (Urban, Leader, PactosTerritoriaisparaoEmpregoe,deummodomenosdireto,Equal)enãodoscontratosestabelecidosentreaComissãoeosEstados‐Membros(QCA,QREN).Estetipode intervençõestêm‐se,portanto,

inserido diretamente em instrumentos comunitários da política de coesão e não em políticasnacionais,emboraváriospaísesdesenvolvam,porsuaopção,operaçõesdenaturezaidêntica.

OsContratos(ouAcordos)deParceriapara2014‐2020(oequivalenteaoQRENcomplementadocom

a componente de desenvolvimento rural) devem, entre outros aspetos, contemplar abordagensintegradas de desenvolvimento territorial (art.º 14, b)). Sucede, porém, que este capítulo dosContratosdeParceria,apesardeserparteintegrantedodocumentoasubmeteràComissão,nãoé

objeto de aprovação por parte desta entidade. Embora esta solução decorra da necessidade desimplificarprocedimentos,elapode,naprática,viraconferirumestatutomeramenteorientadoràs

soluçõesinscritasnocapítulorelativoàsabordagensintegradasdedesenvolvimentoterritorial.Essahipótese é tanto mais possível quanto o instrumento Desenvolvimento Promovido pelasComunidadesLocais(DPCL)éobrigatórioparaosEstados‐MembrosnoqueserefereaoFEADERmas

facultativoaoníveldoFEDERedoFSE.

Por outro lado, nas propostas apresentadas pela Comissão existem apenas indicações quanto amontantesmínimosaafetarporcadaEstado‐Membroaestetipodeintervenções:5%nosplanosde

desenvolvimento rural no que se refere ao universo DPCL / FEADER e 5% do FEDER nas açõesintegradas para o desenvolvimento urbano sustentável implementadas através do instrumentoInvestimentoTerritorialIntegrado(ITI).

A importância atribuída às intervenções integradas de desenvolvimento territorial nas propostasapresentadaspelaComissãoaoConselhoeaoParlamentoEuropeuparece,portanto,contrastarquercom a não obrigatoriedade de o capítulo do Contrato de Parceria relativo a estas operações ser

aprovadopelaComissãoquercomofactodeapenasseindicaremmontantesrelativosmínimosnoqueserefereàsdotaçõesfinanceirasaafetaraessetipodeintervenções.

A valorização de ´regiões funcionais` como espaços pertinentes para intervenções integradas de

desenvolvimento territorial pode, assim, oscilar entre uma mera possibilidade ou um critério deelegibilidadeparadeterminadasoperações.AescolhaserádecadaEstado‐Membro.Numcasocomonooutro,apropostadeContratodeParceriaquePortugaliráapresentaràComissãodeveráserclara

quanto à existência, e respetivas dotações orçamentais, de operações desenvolvidas para ´regiõesfuncionais` recorrendo aos instrumentos Desenvolvimento Promovido pelas Comunidades Locais(DPCL)eInvestimentoTerritorialIntegrado(ITI).

Caberá também a cada Estado‐Membro definir os critérios de seleção das estratégias dedesenvolvimento local e dos Grupos de Ação Local, no caso do primeiro daqueles instrumentos

Page 17: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

17

(DPCL), bem como as metodologias a aplicar, no caso dos ITI. Portugal terá, portanto, um papel

decisivo quanto às soluções a adotar no domínio das estratégias integradas, multissetoriais emultifundodedesenvolvimentoterritorialparaoperíodo2014‐2020.

IndependentementedasalteraçõesqueoConselhoeoParlamentoEuropeupossamviraintroduzir

nas propostas que a Comissão apresentou, o Contrato de Parceria é particularmente exigente ecomplexodopontodevistadosmecanismosdecoordenaçãodepolítica.Deverá,porisso,serclaroquantoàscondiçõesdeaplicaçãodasabordagensintegradasdedesenvolvimentoterritorial,paraas

quaisoconceitode´regiãofuncional`poderádarumcontributorelevante.

Questão6 |Quaisosprincipaisobstáculoseriscosassociadosàaplicaçãodoconceitode´regiãofuncional`noâmbitodeestratégiasdedesenvolvimentoterritorial?

Mesmo quando considerado estrategicamente pertinente, o recurso ao conceito de ´regiãofuncional`nocontextodeestratégiasdedesenvolvimento territorial confronta‐secomdificuldadesqueavaliaçõesdeexperiênciasdesenvolvidasnoutrospaísestêmvindoasalientar.

Ainexistênciadeinformaçãoadequadaparaadefinição,caracterizaçãoemonitorizaçãode´regiõesfuncionais` constitui um primeiro problema bem conhecido. Mas a maior parte dos obstáculos eriscos suscetíveis de comprometer a utilização bem‐sucedida do conceito de ´região funcional`

prende‐se com os vários aspetos de natureza política, institucional e cultural que decorrem dorecurso a geografias de intervenção ad hoc, isto é, espaços de cooperação e decisão nãoinstitucionalizados.

Nãosendodiretamentecontroladasporentidadesdemocraticamenteeleitas,asiniciativasbaseadasem´regiõesfuncionais`levantam,desdelogo,questõesdelegitimidadeeaccountabilitypolítica.

Por outro lado, o facto de implicarem delimitações sempre sujeitas a controvérsia, já que não

coincidemcom fronteiraspreestabelecidas, pode suscitar conflitos, sobretudo se a articulaçãodosespaços assim definidos com os espaços de intervenção político‐administrativa não estiverdevidamenteesclarecida.

A cooperação de base territorial desenvolvida neste contexto e com estes objetivos pode, ainda,confrontar‐secomdiferençasculturaissignificativasporpartedasváriasentidadesparticipantesoucom situações históricas de competição e rivalidade, nomeadamente entre municípios vizinhos.

Umas e outras dificultam o estabelecimento de relações de confiança. Deste ponto de vista, oreconhecimentoda importância das cidades demaior dimensão e dodomínio por elas exercido éparticularmentecrítico, jáqueaexistênciaderelaçõesassimétricasdepodertendeacriartensões

comasautarquiasmaispequenase/oururais.Inversamente,aausênciadeliderançapodetraduzir‐seporfenómenosdecapturadointeressegeralporinteresseslocais.

Finalmente,estetipodeintervençõespressupõemodelosdegovernançacomplexosecomelevadoscustosdetransação,sobretudoemtermosdetempo.

As dificuldades e os obstáculos salientados explicam, pelo menos em parte, a dificuldade que

diversosgovernosnacionaiselocaistêmemreconheceropotencialdegeografiasadhocdeanáliseeintervenção como fator de eficácia e eficiência das políticas públicas. Desta observação decorremtrêsilações:

Page 18: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

18

i) A definição de espaços ad hoc de cooperação e intervenção deve resultar deprocessos voluntários de associação e não de decisões impostas hierárquica e

coercivamente;

ii) Aopçãoporprocessosvoluntáriosdecooperaçãobaseadosemespaçosadhocdevedecorrer de uma estratégia predefinida e ponderar custos e benefícios, tantoindividuais(entidadesparticipantes)comocoletivos(beneficiáriosdaoperação);

iii) A opção por processos de cooperação deste tipo pressupõe a definição de regras

clarasdeenquadramento,nomeadamentedopontodevistalegalefinanceiro,edemecanismos externos demonitorização desenvolvidos ao nível nacional e, nalgunscasos,comunitário.

Questão 7 | Devem as ´regiões funcionais` resultar exclusivamente de processosascendentes(bottom‐up)?

Aconstruçãodeformasdecooperaçãobaseadasem´regiõesfuncionais`baseia‐semaioritariamenteem processos voluntários de natureza ascendente (bottom‐up), associando sobretudo entidadeslocaisoucompresençana´região`:autarquias,empresaseassociaçõesempresariais,universidades,

organizações não‐governamentais e grupos da sociedade civil. Contudo, é importante que asentidadescomunitáriasenacionais(e,nalgunspaíses,regionais)impulsionemessetipodeiniciativas,

criandoonecessárioenquadramento,estabelecendoincentivosadequadoseassegurandoumpapelde mobilização, consensualização e disseminação de ideias inovadoras. Essas condições sãoessenciaisparaqueosagenteslocaisreconheçamaimportânciadestetipodevisãoeaadotem.

Sendo claramente dominantes, as modalidades de associação voluntária coexistem, em algunspaíses, com formasde associaçãoobrigatória paraosmunicípios, como sucedenalgumas cidades‐regiãodaHolanda.

Noqueserefereàsmodalidadesdeassociaçãovoluntária,épossívelidentificartrêssituações‐tipo:

i) As entidades competentes de nível nacional ou regional definem as ´regiõesfuncionais` e as correspondentes estratégias, limitando‐se os atores elegíveis a

desenvolverprogramasdeaçãoeprojetosenquadráveisnessasestratégias;

ii) As entidades competentes de nível nacional ou regional definem as ´regiõesfuncionais` e as grandes opções, cabendo aos atores elegíveis a definição deestratégias,programasdeaçãoeprojetos;

iii) Asentidadescompetentesdenívelnacionalouregionaldefinemasgrandesopçõese

os critérios de avaliação, cabendo aos atores elegíveis associar‐se da forma queconsideraremmaisadequadaemtornodeuma´regiãofuncional`,umaestratégiaeumprogramadeaçãocriadosparaoefeito.

Em qualquer das situações‐tipo, a proposta de intervenção (programa de ação e projetos) cabe

sempreaosparceirosqueaceitemcooperarvoluntariamenteemtornodeumaintervençãocomumdedesenvolvimentoterritorial.Adiferençaresidenadensidadedoenquadramentoproduzidopelas

autoridadesnacionaisouregionaisenanaturezadoprocessodeparticipaçãodospromotores,maistardiaeenquadradanosprimeiroscasos,maisprecoceeliderantenoúltimo.

Page 19: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

19

Questão8|Aquedomíniosdaspolíticaspúblicasépossívelaplicaroconceitode´regiãofuncional`?

Nãoé,naturalmente,possívelelaborarumalistauniversaleexaustivadedomíniosdeaplicaçãodoconceitode´regiãofuncional`noâmbitodepolíticasouestratégiasdedesenvolvimentoterritorial.Anatureza polissémica do conceito de ´região funcional` (ver Anexo 1) salienta a existência de

potenciaiscamposdeaplicaçãobastantedistintos.Aindaassim,épossívelretiraralgumaslinhasdeorientação a partir quer de documentos de política recentemente produzidos sobre esta matériaquerdaanálisedeiniciativasde´regiõesfuncionais`desenvolvidasemdiversospaíses.

Os domínios mais invocados nos documentos de política e mais presentes nas intervençõesdesenvolvidasouemcurso são:desenvolvimentoeconómicoe sistemasdeprodução;mercadodetrabalho regional;mobilidadee transportes;ordenamentodo territórioegestãodosusosdo solo;

ambiente e paisagem; sistemas de apoio social e acesso a serviços de interesse geral (educação,saúde,cultura)ehabitação;energia,recursosnaturaisealteraçõesclimáticas.Noentanto,todasasiniciativasprocuramdesenvolverabordagenstransversaisamúltiplossectores.

Mais do que fazer uma lista hipoteticamente exaustiva dos domínios de aplicação do conceito de

´região funcional` no contexto de políticas e estratégias de desenvolvimento territorial, importasalientarqueessesdomínioscorrespondemaumuniversoemtransformação,queremnúmeroquer

naformacomosearticulamentresi.Assim,épossíveldistinguir:

i) Domíniosestruturantesconsolidados

Compreensivelmente, alguns domínios surgem não só de forma recorrente mas,

maisdoque isso,comumpapelestruturantefundamental:mercadosdetrabalho(movimentos pendulares casa‐trabalho), fluxos de transporte, mercados dehabitação, infraestruturas (água, resíduos) e ordenamento do território, por

exemplo,constituemonúcleocentraldemuitasdasintervenções.

ii) Domíniosestruturantesememergência

Aspetos relacionados com energia, alterações climáticas, infra‐estruturasecológicas, biodiversidade e serviços ecossistémcos tendem a ganhar peso

crescente, não tanto como domínios autónomosmas antes complementando osanteriores.

iii) Combinações específicas de domínios de acordo com a natureza da ´regiãofuncional`

Ascombinaçõesdedomíniostendemavariardeacordocomanaturezada´regiãofuncional`. Nas regiões urbanas funcionais (RUF) as questões associadas, porexemplo,aobjetivosdecompetitividade,inovaçãoeinternacionalizaçãodetêmum

papelfederadormuitorelevante.Jánasregiõesfuncionaisurbano‐rurais(RFUR),asdimensõessociais,ecológicasedevalorizaçãoderecursosdasáreasruraisganham,emtermosrelativos,umamaiorcentralidade.

Page 20: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

20

iv) Combinações específicas de domínios de acordo com as formas de cooperaçãodominantes

As combinações de domínios variam igualmente de acordo com as formas decooperação dominantes (voluntária ou obrigatória). No caso de modalidades de

cooperação obrigatória (por exemplo, com base em unidades administrativas), oleque de domínios de aplicação é condicionado pelas competências específicassuscetíveisdeseremdelegadaspelasentidadesenvolvidas(nestecaso,autarquias)

ànovaentidadecriada.

Ouniversodedomíniosdeveaindaservistodeformadinâmica,porduasrazõescomplementares.

Porumlado,ainclusãodedomíniosespecíficosdependedefatorespolíticosefinanceiros,peloquenem sempre é possível considerá‐los na fase inicial de uma dada operação. Por outro lado, hádomínios que podem vir a a ser contemplados apenas numa fase mais madura da intervenção,

porquesãomaisinovadoresoucomoconsequênciadosresultadosentretantoalcançados.

Finalmente,deve registar‐sequea identificaçãodoperfiladequadodedomíniosparacada ´regiãofuncional`depende, comoénatural, dasespecificidades,potencialidadese limitaçõesdo territórioemcausamaspressupõe,amontante,asuaintegraçãoempolíticasmaisamplas,jáexistentesoua

desenvolver. Verifica‐se, pois, uma dupla adequação a salvaguardar quando se define o leque dedomínios de intervenção numa dada ´região funcional`: com a estratégia de desenvolvimentoterritorial formulada para a ´região` e com as políticas nacionais ou regionais em que os vários

domíniosseintegram.

Questão9|Comodelimitar´regiõesfuncionais`?

Oconceitode´regiãofuncional`presentenoRelatórioBarca(2009)constituiumreferencialgenérico

departidaparaesteefeito:áreasque,nocontextodeumapolíticadedesenvolvimento,podemserdefinidascomoumterritóriocaracterizadoporumconjuntodecondiçõescomunspotenciadorasdeumdeterminadotipodedesenvolvimento.Poroutrolado,éconsensualdefenderqueadelimitação

de ´regiões funcionais` deve assegurar algum equilíbrio entre critérios de natureza distinta ecomplementaresentresi:qualitativosequantitativos;funcionaiseinstitucionais;sociais,económicoseecológicos.Esseequilíbrioé,aliás,particularmenterelevanteemregiõesfuncionaismultiobjectivo,

sendo que, nestes casos, pode justificar‐se a definição de subespaços associados a objetivosparticulares.

Dasobservaçõesanterioresnão sededuz,noentanto,queexistaumconjunto fixoedeutilização

universaldeindicadoresdereferênciaparaadelimitaçãode´regiõesfuncionais`.

Oscritériosadequadosparaefetuaressadelimitaçãodependem,antesdemais,doobjetivovisadoe,

consequentemente,danaturezada‘regiãofuncional`emcausa.

Por outro lado, a delimitação de ´regiões funcionais` não pode ser encarada como um exercíciomeramente técnico. A disponibilidade dos parceiros chave para a concretização dos objetivos

visados,comdestaqueparaasautarquias,éumfatortãoimportantequantooscritériosdenaturezaanalítica.

Page 21: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

21

Poroutroladoainda,nãoéimprescindívelqueas´regiõesfuncionais`possuamdelimitaçõesrígidas.

Umadefiniçãorelativamentefluidapodeintroduziraflexibilidadenecessáriaparadarrespostaquera processos de negociação complexos, e por isso suscetíveis de se prolongar no tempo, quer aajustamentosquesevenhamarevelarnecessários,emfunçãodealteraçõesdocontextoexternoou

dosresultadosdosexercíciosdemonitorizaçãoeavaliaçãodasaçõesentretantodesenvolvidas.

Finalmente,aquestãodadelimitaçãode ´regiões funcionais`coloca‐sede formadistintaconformeestejam em causa áreas reconhecidamente caracterizadas por fortes relações de interação e

interdependência(casodasregiõesurbanasfuncionais,deacordocomadesignaçãoadotadanesteestudo) ou territórios para os quais se considera estrategicamente relevante estimular relaçõesfuncionais mais intensas (por exemplo, regiões funcionais urbano‐rurais em que as dinâmicas de

desenvolvimentodoscentrosdemédiadimensãodescolaramdasáreasenvolventes).

Oscritériosparadefiniruma´regiãofuncional`devem,portanto,sernãosóescolhidosemfunçãodeobjetivos e estratégias predefinidos e do grau de aceitação que suscitam por parte das entidades

chaveparaasuaconcretização,comoencaradosdeformadinâmicaeflexível.

Por último, e nãomenos importante, convém relembrar que a ‘região funcional` cruza fronteirasadministrativase,porisso,criaassuasprópriasfronteiras.Desteprocessoresultam,porvezes,novos

desequilíbriosnoqueserefereàsdinâmicasdedesenvolvimentodosterritóriosemcausa,situaçãoque,nolimite,podejustificararevisãodadelimitaçãoinicialmenteadotada,semqueissosignifique,naturalmente,pôremcausaapertinênciaglobalda´regiãofuncional`considerada.

Existe,pois,umarelaçãocomplexaentrecritériosanalíticostecnicamenterelevantes,porumlado,easpetospolítico‐institucionaise relacionadoscomasdinâmicasdeevoluçãodas intervenções,pelooutro. Essa relação exige um acompanhamento criterioso, de modo a evitar que uma eventual

prevalência excessiva dos segundos ponha em causa o papel das ´regiões funcionais` comoinstrumentodepolíticadedesenvolvimento.

Questão 10 | Qual a relação entre a delimitação de ´regiões funcionais` e as fronteiras

administrativas?

Reconhece‐sede forma generalizadaque é necessário garantir uma relaçãode coerência entre asintervenções baseadas em ´regiões funcionais` e as que têm como base territorial de incidência

unidadesdenaturezapolítico‐administrativa.Contudo,essacoerênciaésuscetíveldeseracauteladade formas distintas, pelo que a relação entre delimitações funcionais e fronteiras administrativaspode,emabstrato,assumirtrêsconfiguraçõesdistintas:

i) Coincidência

Estaéasoluçãodefendidapelosqueacreditamqueédifícilpromovergeografiasad

hocdecooperaçãoe intervençãonaausênciadeumquadroreguladorclaro;paraestes autores, a partilha de alguns princípios genéricos e de uma visão espacialestratégica comumnemsempreé suficientepara assegurar adesejada coerência

entreosdiferentestiposdeintervenção.

Page 22: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

22

ii) Complementaridade

Segundo esta posição, as intervenções baseadas em ´regiões funcionais` devemcomplementar de forma consistente os planos, estratégias e programas de nível

imediatamenteinferior(municipal)esuperior(regionaloumesmonacional)atravésdo alinhamento de metas, critérios e indicadores, de forma a estimular umasinergiaefetivaentreasváriasescalasdeintervençãoe,aomesmotempo,evitara

ocorrênciadeduplicaçãodeesforços.

iii) Inexistênciadequalquerrelação

De acordo comestaúltimaposição, não temdeexistir qualquer relaçãoexplícita

entreasintervençõesbaseadasem´regiõesfuncionais`easoperaçõescoincidentescomconjuntosdeunidadespolítico‐administrativas,desdequesegarantaquenãose sobrepõememtermosdeobjetivosde intervençãonemdesencadeiamefeitos

negativosentresi.

Pode, pois, deduzir‐se que não existe uma articulação consensualmente reconhecida como ótimaentreadelimitaçãode´regiõesfuncionais`easdelimitaçõesdenaturezapolítico‐administrativa.Essa

diversidadedeposiçõescoexiste,noentanto,comapreocupaçãogeneralizadadegarantircoerênciaentre intervenções com geografias distintas, de modo a maximizar os impactes esperados e aminimizarcustosdesobreposiçãoeefeitoscolateraisindesejados.

Uma avaliação de intervenções baseadas na definição de ´regiões funcionais` entretantodesenvolvidas emdiferentespaíses parece aconselhar umprocessodedelimitaçãoorganizadoemduas etapas: 1) delimitação funcional efetuada com base em critérios adequados aos objetivos

visados; 2) ajustamento do espaço assim delimitado às fronteiras político‐administrativas maispróximasequepermitamacolher todaa ´região funcional`definidanaprimeiraetapa.Procura‐se,destaforma,mantercomopontodereferênciaprincipaloespaçofuncionalconsideradopertinente

dopontodevistada intervençãoadesenvolver,masassegurandoasuacoincidênciacomespaçosformais de decisão democrática (conjuntos de municípios com configurações geralmente nãocoincidentescomNUTIII).

Questão 11 | Qual a relação entre ´regiões funcionais` e instrumentos de planeamentoterritorial?

Uma abordagem de tipo funcional, como sucede com as ´regiões funcionais`, exige uma forte

capacidadedecoordenaçãosemsedispordeplanosvinculativosederecursosautónomospróprios.A sua operacionalização depende, portanto, da existência de estratégias ou de instrumentos de

planeamento estratégico de nível supramunicipal (sub‐regional, regional ou nacional) queenquadrem intervenções integradas com incidência em ´regiões funcionais` e que se baseiem emmecanismoseficazesdecoordenaçãoentrediferentespolíticasedistintosníveisgovernamentais.Ou

seja, essas estratégias ou planos estratégicos deverão explicitar não só os objetivos dedesenvolvimento territorialdefinidosparaa ´região funcional` emcausa,mas tambémo respetivosistemadegovernança,esclarecendoomodocomoserepartemresponsabilidadesecompetências

institucionaiseoperacionaisemrelaçãoaosdiversosaspetosquecontemplam.

Page 23: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

23

Emalgunspaíses,eparadeterminadosdomínios(mercadosdetrabalhosub‐regionaisnaDinamarca,

porexemplo),osmunicípiosenvolvidosnumamesma ´região funcional`podemelaborarumplanocomumdeusodosolodecaráctervinculativo.Masanaturezadas´regiõesfuncionais`torna‐asmaisadequadasaummodelodeplaneamentodedesempenho(performingplanningmodel)doqueaum

modelodeplaneamentodeconformidade,istoé,vinculativo.

NocasodePortugal,oProgramaNacionaldaPolíticadeOrdenamentodoTerritório (PNPOT)eosPlanosRegionaisdeOrdenamentodoTerritório(PROT)definemorientações,emparticularnoquese

refereaomodeloterritorial,quedeverãoser levadasemcontanadefiniçãode´regiõesfuncionais`para efeitos de intervenções integradas de desenvolvimento territorial. O recurso a ´regiõesfuncionais`pressupõe,porsuavez,aelaboraçãodeorientaçõesespecíficasquecomplementemas

deâmbitomaisgenéricoconsagradasnaquelesdocumentos.

Orecursoa´regiõesfuncionais`noâmbitodeestratégias integradasdedesenvolvimentoterritorialnãopressupõe,portanto,aelaboraçãodeinstrumentosdeplaneamentoprópriosevinculativos.Mas

podeganharmaissentidoe,nalgunscasos,particularjustificaçãofaceaplanosdeordenamentodoterritóriodeâmbitonacionaleregional.

Questão12|Qualarelaçãoentre´regiõesfuncionais`esistemasdegovernança?

Aoperacionalizaçãoefetivade´regiõesfuncionais`comoinstrumentodedesenvolvimentoterritorialimplicaaexistênciadeformaseficientesdegovernançaorganizadasapartirdequatrocomponentescomplementares:

i) Cooperação horizontal, envolvendo interdependências recíprocas e de naturezamultissectorial entre centros urbanos e entre estes e áreas rurais no seio de uma

mesma´regiãofuncional`;

ii) Cooperação vertical, em torno da constituição de redes temáticas com uma

componentedemaiorproximidadeeumaoutrade inserçãoemredesestratégicasglobais;

iii) Articulaçãoverticalmultinível,envolvendocentrosdedecisãopolíticaqueoperamaescalasgeográficasdistintas(local,regional,nacional,comunitário);

iv) Participaçãode entidades com diferentes tradições culturais e culturas políticas e,porvezes,comvontadepolíticaigualmentebastantedistinta.

Adimensãodecooperaçãohorizontal,crucialparaqualqueriniciativabaseadanoconceitode´regiãofuncional`,é,talvez,amaisdifícil,confrontando‐secomproblemasdeconcorrência,sobretudoentredistintos municípios, e de ausência de coordenação, em particular entre entidades setoriais. A

experiência sugere,noentanto,quea cooperação intermunicipalémais fácil,emespecialquandoocorrenoâmbitodefórunsformaisdecoordenação,programaspúblicosadequadosouestratégias

regionais integradas. No caso das relações entre áreas urbanas e áreas rurais, o pressupostofundamentaldosprocessosdecooperaçãohorizontaléodequehajabenefíciosrecíprocosparaasentidadesepopulaçõesdosdoistiposdeterritóriose,portanto,vantagenseconómicasesociaispara

todaa´região`.Estratégiasdetransportespúblicos,decontrataçãopública,demarketingterritorialoudegestãointegradaderedesecológicas,deenergia,deabastecimentoalimentaroudeempresas

Page 24: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

24

locais,sãoexemplosdeformasdecooperaçãohorizontalquepodembeneficiardeumarelaçãomais

qualificadaentreáreasurbanaseáreasrurais.

A dimensão de cooperação vertical visa garantir ligações a entidades e redes externas à ´regiãofuncional` tendoporbaseumamelhororganizaçãoentreosatoresda´região`.Odesenvolvimento

de clusters, o acesso a informação, conhecimento e serviços estratégicos para as empresas locais,nomeadamente através da colaboração com redes temáticas nacionais ou transnacionais,exemplificamdomíniosquepodembeneficiardadimensãodecooperaçãovertical.Estasformasde

cooperação devem assegurar uma adequada relação entre as especificidades da ´região` e oscontextosmaisamplos,nacionaisouglobais,comosquaisestabelecemrelações.

Tantonocasodacooperaçãoverticalcomodacooperaçãohorizontal,osobjetivoseosmeiosdevem

estar bem identificados e as várias entidades envolvidas devem ter perfeita consciência do seusentido,significadoeimplicações(custosebenefícios).

Aarticulaçãoverticalmultinívelestádependentedaclareza,eefetivaconcretização,darepartiçãode

atribuições e competências definidas para os diversos níveis de decisão política, desde a escalacomunitária à escala local. Embora se verifique uma assinalável diversidade de configuraçõespolítico‐institucionaisentreosdiferentesEstados‐MembrosdaUniãoEuropeia,emtermosgenéricos

estacomponentepareceser,deentreasquatroidentificadas,amenosproblemática.

Finalmente, a questão da participação (tradições culturais, cultura política e vontade política) étransversal às três dimensões anteriores. As atitudes e os comportamentos – individuais e

institucionais – alteram‐se lentamente,mas a existência de incentivos à participaçãoemparcerias(prémios de integração, majoração de financiamento, etc.) e a aplicação de penalidades aosincumpridoresparecemdesencadearefeitosindutoresdemudançanestedomínio.

No seu conjunto, cooperação, articulação e participação no contexto de ´regiões funcionais`implicamnovasformasdegovernançaterritorialdemocráticas,transparenteseabertas,capazesdeligarcomunidadesdelugarecomunidadesdeinteressesatravésdaconstituiçãoderedescoerentes

cimentadaspelapartilhadeobjetivoscomunsparaofuturodeumadeterminadaárea.

Questão13|Quaisosrequisitosessenciaisdesistemasdegovernançabem‐sucedidosde´regiõesfuncionais`?

Não existe uma resposta única e universal para esta questão. Mas as múltiplas experiências dediversospaísesbaseadasemabordagensdetipofuncional‐nestecaso,intervençõesintegradasemterritóriosespecificamentedelimitadosparaesseefeito–permitemsalientarumnúcleocentralde

requisitoscomuns:

i) Umaestratégiademédio/longoprazocomobjetivosclarosefocados

Aopçãopor intervençõesdeste tipodevedecorrerdediagnósticos e exercíciosdecenarização rigorosose integrar‐seemestratégiasdemédio / longoprazodenívelregionalounacional.Issosignificaqueestasintervençõesnãopodemcorrespondera

decisões sem enquadramento estratégico nem devem ser desenhadasexclusivamenteemfunçãodecontextosdeoportunidade(disponibilidadedeapoiosfinanceiros,porexemplo)dequeseprocuraretirarproveito.

Page 25: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

25

Poroutrolado,asiniciativasbaseadasnoconceitode´regiãofuncional`devemfocar‐

se exclusivamente nos aspetos que justificaram a delimitação de um espaçoespecífico de intervenção e que se caracterizam por não poderem ser facilmenteresolvidos ou promovidos por uma única entidade ou através de múltiplas ações

individuais. A iniciativa deverá conseguir acrescentar valor aos resultados quepoderão ser alcançados por intervenções individualmente desenvolvidas porentidadesdenaturezatantoterritorial(autarquias,porexemplo)comosetorial.

Objetivos claros, focados e commetas quantificadas permitem, por sua vez, umaavaliação mais rigorosa de custos e benefícios por parte de todos os parceirosenvolvidosnaparceriaerespetivosistemadegovernança.Esteaspetoéimportante

para evitar a formação de expectativas irrealistas que, mais tarde, virão,inevitavelmente, a dar lugar ao desânimo, à descrença e à desmobilização, comefeitosnefastosparaaconcretizaçãodaintervenção.

ii) Vontadepolíticaeculturacolaborativa

Formas de cooperação complexas e com custos de transação elevados (sobretudo

em termos de tempo) não podem ser impostas. Têm de ser desejadas, isto é,construídas voluntariamente numa base de vontade política, confiança mútua edisponibilidade para trabalhar em parceria por parte dos atores centrais da

intervenção,quedeverãoser,aliás,empequenonúmero.Um sistema de governança aceite por todos os parceiros representa um fatorestratégicoparaosucessodaoperação.É,portanto,essencialavaliarpreviamentea

presençalocaldevalorescomoapredisposiçãodasautoridadeslocaisparapartilharpoder com outras entidades, a experiência de funcionamento em parceria, aexistência de lideranças fortes mas colaborativas ou a ocorrência de fontes de

competição, rivalidade ou conflito entremunicípios ou entre estes e outros atoresintervenientes.

iii) Parceiroscompetentes

O conhecimento rigoroso dos contextos locais é essencial, desde logo, para queexista uma articulação adequada entre a dotação das áreas de intervenção em

termosdecapitalhumano,social,ambiental,económicoefinanceiro(diagnóstico)eas estratégias a desenvolver. Mas é também crucial para avaliar a sua resiliência(riscos,oportunidadesenecessidades)ecapacidadedeadaptaçãoe transformação

tendo por base as características dos potenciais parceiros (públicos, privados e dasociedade civil), as redes que estabelecem entre si e como exterior da ´região`, e

aindaasuapropensãoparaa inovaçãoeoempreendedorismo.Aexistênciadeumnúcleo central de parceiros competentes, em termos de conhecimento e decapacidadededecisãofaceaosprojetosaconcretizar,constituiabasedequalquer

parceria.

iv) Parceriassólidas,flexíveiseinclusivas

A existência de parcerias sólidas e flexíveis ao longo do seu tempo de duraçãopressupõediversascondições,quesecomplementamereforçamentresi.Destacam‐

Page 26: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

26

se,deseguida,seisdessascondições,recorrentementeidentificadasemestudosde

avaliaçãosobreestetipodeparcerias.Emprimeirolugar,clarificaradistribuiçãoderesponsabilidadesecompetênciaspelosvários atores envolvidos, aspetoparticularmente crítico em formasde cooperação,

como sucede nestes casos, exigentes do ponto de vista dos mecanismos decoordenaçãohorizontalevertical.Em segundo lugar, assegurar a natureza inclusiva da parceria ao longo da sua

duração, ou seja, nas fases de programação, implementação, monitorização eavaliação, de forma a aumentar o sentimento de pertença e o sentido decorresponsabilização por parte de todos os parceiros, um fator importante para

minimizarosconflitosdegestãonoseiodaparceria.Emterceiro lugar,acautelaraqualidadedosprocedimentosdegestãodeconflitos,estabelecimentode consensos e formaçãode compromissos,mesmo–oquenem

sempreéocaso–quandoexisteumnúcleocentraldeparceiroscoesoeestável.Emquartolugar,definireaprovarregrasclarasquepermitamumagestãoflexíveldoestatuto e das responsabilidades de cada parceiro ao longo do tempo sem, no

entanto,colocaremcausaaestabilidadeglobaldaparceriaedaintervenção.Emquintolugar,garantirrelaçõesinstitucionaisadequadas,como,porexemplo,nãodesenvolver mecanismos impositivos a partir dos níveis nacional ou regional, não

subalternizar o papel dos níveis administrativos mais baixos ou não criar novasestruturasdenívelintermédio.Finalmente, enum registomaispragmático, assegurar a corretaassistência técnica

aosparceirosecriar,desdeoinício,umaestruturadegestão/secretariadoprópriapara desenvolver as tarefas que não podem nem devem ser asseguradasindividualmentepelosparceiros.

v) Tempo

É fundamental garantir o tempo necessário ao desenvolvimento de parcerias,

estratégias e planos e à obtenção dos resultados pretendidos. Para todos estesprocessosadimensãotempoédecisiva.Criarestruturashierárquicasformaispodeaumentaraspossibilidadesdesucessode

umadadaintervençãoacurtoprazo,masasestruturasinformaissãomaiseficientesem situações em que as entidades mais pequenos (municípios e ONG face a

empresas,porexemplo)sesentemameaçadaspelaassimetriaderelaçõesdepoderentreosdiferentesparceirosenvolvidos.Nestescasos,aeficiênciadaintervençãopressupõeumambientecaracterizadopela

confiança e por processos interativos de aprendizagem, que demoram tempo aconsolidar,enãotantopormecanismoshierárquicosdeautoridade.O recurso a ´regiões funcionais` não é, portanto, compatível com ciclos curtos de

programação e avaliação. Exige gradualismo, flexibilidade e monitorizaçãopermanente de processos e resultados, para que a introdução de eventuaisajustamentos aos objetivos e metas inicialmente definidos possa ocorrer, sem

disrupção,semprequenecessário.

Page 27: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

27

Emsuma,paraserbem‐sucedidoqualquersistemadegovernançade´regiõesfuncionais`exigeuma

estratégiadereferência,acordospolíticosemtornodosgrandesobjetivos,umclimadeconfiançaecolaboração,parceiroscompetenteseparceriassólidas,formaseficientesdecoordenaçãoetempoparadialogar,aprender,executar,avaliareajustar.

1.2Exemplosde intervençõesdedesenvolvimentoterritorialdebaseurbanaenívelsub‐regionalfundamentadasem´regiõesfuncionais`

A análise de exemplos similares desenvolvidos noutros países (ver Anexo 3), o enquadramento

fornecidopelaspropostasdaComissãoparaopróximoperíododeprogramação financeira2014–2020 (ver Anexo 2) e o conjunto de observações sintetizadas na subseção anterior permitemapresentar, a título ilustrativo, quatro estratégias integradas emultissetoriais de desenvolvimento

territorialcentradas,respetivamente,nasseguintesfinalidades:

.Promoçãodamobilidadesustentável

.Promoçãodainovaçãoeinternacionalização

.Valorizaçãoderedesecológicasurbano‐rurais

.Promoçãodacoesãosócio‐territorial

Oquadro3cruzaessasváriasfinalidadescomosdoistiposde´regiãofuncional`consideradosneste

estudo:regiõesurbanasfuncionais(RUF)eregiõesfuncionaisurbano‐rurais(RFUR).Paracadaumadassituaçõesresultantesdocruzamentodeambososaspetossãoidentificadososmecanismosdeimplementaçãoegovernançaprevistosparaoperíodo2014–2020consideradosmaisadequados,e

cujacomparaçãosintéticaéefetuadanoquadro4.

Quadro3.Mecanismosprincipaisdeimplementaçãodeestratégiasintegradasemultissetoriaisdedesenvolvimentoterritorialportipodefinalidadeede´regiãofuncional`

Finalidades

Tiposde

´regiãofuncional`Promoçãodamobilidadesustentável

Promoçãodainovaçãoe

internacionalização

Valorizaçãoderedesecológicasurbano‐

rurais

Promoçãodacoesãosócio‐territorial

Regiõesurbanasfuncionais

(RUF)

InvestimentoTerritorialIntegrado

(ITI)

InvestimentoTerritorialIntegrado

(ITI)

InvestimentoTerritorialIntegrado

(ITI)

_

Regiõesfuncionaisurbano‐rurais

(RFUR)

_

_

InvestimentoTerritorialIntegrado

(ITI)

ou

DesenvolvimentoPromovidopelas

ComunidadesLocais(DPCL)

InvestimentoTerritorialIntegrado

(ITI)

ou

DesenvolvimentoPromovidopelas

ComunidadesLocais(DPCL)

Page 28: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

28

Oquadro3sugerequatrocomentários:

i) As três primeiras finalidades apenas se aplicam, pela sua natureza, a regiões urbanasfuncionais(RUF)edeverãoserpreferencialmenteimplementadasatravésdomecanismo

InvestimentoTerritorialIntegrado(ITI);

ii) A finalidade “Valorizaçãodas redes ecológicas urbano‐rurais” justifica‐se emambosostiposde´regiãofuncional`;

iii) A finalidade “Promoção da coesão sócio‐territorial” apenas se justifica em ´regiõesfuncionaisurbano‐rurais`;

iv) No caso das regiões funcionais urbano‐rurais, as duas últimas finalidades podem ser

implementadasatravésdeinstrumentosdistintos;aopçãoporITIouDPCLdependedascaracterísticas do território de intervenção, do tipo de estratégia de desenvolvimentoterritorial e dos objetivos específicos, já que os atores centrais e o leque de ações

elegíveis serão distintos conforme se escolher um ou outro desses instrumentos (verquadro4).

Quadro4.Comparaçãodosdois instrumentosde implementaçãodeestratégiasmultissetoriaise

integradas de desenvolvimento territorial: Investimento Territorial Integrado (ITI) eDesenvolvimentoPromovidopelasComunidadesLocais(DPCL)

InvestimentoTerritorialIntegrado(ITI)

(Fundos:FSE,FEDER,FundodeCoesão)

DesenvolvimentoPromovidopelasComunidadesLocais(DPCL)

(Fundos:os5fundosdoQuadroEstratégicoComum)

Abordagemmultissetorialeintegradadedesenvolvimentoterritorialbaseadanumaestratégiaterritorial

Estratégia elaborada pela região / município (sem

envolvimentoformaldascomunidadeslocais)

Estratégia territorialelaboradade formaascendente (bottom‐

up)pelascomunidades locais:nãopodeser impostacasonão

existainiciativaaonívellocal

AestratégiapodeserimplementadapelaAutoridadede

Gestãoouporoutraentidade.Delegaçãoobrigatóriade

algumastarefasdeacordocomoArtigo7ºdoFEDER

A estratégia é implementada por Grupos de Ação Local,

assegurando um equilíbrio de representação das várias

entidades envolvidas. É obrigatória a delegação de

determinadas tarefas nos Grupos de Ação Local

(nomeadamente,aseleçãodeprojetos).

Envolve uma combinação de fundos provenientes de

diversoseixosprioritários(ouProgramasOperacionais)

NocasodoFEDERedoFSE,oDPCLdeveserimplementadono

âmbitodeummesmoeixoprioritáriodeinvestimento

Todootipodeinvestimentos Projetos definidos pelas comunidades locais, sobretudo de

pequenaescala

Inexistênciadeumametodologiaespecífica MetodologiadefinidanosRegulamentos

Fonte:PeterBerkowitz,HeadofUnitDGREGIOC.1,SAWPMeeting,3July2012

Page 29: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

29

Refira‐se, ainda, que os dois tipos de instrumentos de implementação de estratégias integradas emultissetoriaisdedesenvolvimento territorial referidosnoquadro4nãosãoosúnicospossíveis.AComissãoapresentacomoalternativaaosInvestimentosTerritoriaisIntegradostrêsoutrassoluções:

ProgramasOperacionaisespecíficos,operaçõesintegradaseeixosprioritários“multi‐investimento”.No que se refere ao instrumentoDesenvolvimento promovido pelas comunidades locais deve serconsideradaapossibilidadedearticulação,porexemplo,compactosterritoriaisparaoemprego,a

educaçãoeainclusãosocial.

As fichas que se seguem procuram ilustrar quatro tipos de intervenção assentes no conceito de´regiãofuncional`eajustadosàsprioridades,objetivosecondiçõesdefinidosparaopróximociclode

programaçãocomunitária2014‐2020.

Page 30: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

30

Exemplo1:Promoçãodamobilidadesustentável

Finalidade .Promoçãodesistemassustentáveiseterritorialmenteintegradosdemobilidadeedesenvolvimentourbano

AlinhamentocomprioridadesdaEstratégiaEuropa2020

.Crescimentosustentável

AlinhamentocomobjetivostemáticosdoQuadroEstratégicoComum

.Transportes(objetivotemático7)

.Economiadebaixoteordecarbono(4)

.Emprego(8)

.Ambiente(6)

.PME(3)

.Capacitaçãoinstitucional(11)

Tipodeinstrumento .Estratégiaintegradadedesenvolvimentourbanoedeinfraestruturasdetransportesustentáveisàescalametropolitanaouinterurbana

Objetivosespecíficos . Combater o crescimento urbano disperso e a fragmentação territorial,atravésdeumaestratégiacomumdetransportespúblicos,de localizaçãodahabitação,comércioeserviçosedereabilitaçãourbana.Melhoraramobilidaderegional,atravésdeumarederegionaldetransportespúblicos coerente e de alta qualidade, incluindo interfaces multimodaisassociadasaomodoferroviário.Melhoraraacessibilidadelocal,atravésdoaumentodadensidadeurbanaedamultifuncionalidadeemtornodosnósdetransportepúblico,emparticularasestaçõesferroviárias.Diminuirconsumosdeenergiabaseadaemcombustíveisfósseis.Mitigarasalteraçõesclimáticas,atravésdareduçãodotransporteindividualedaemissãodegasescomefeitodeestufa. Defender a paisagem, os recursos naturais e a qualidde do ar, através dareduçãodosimpactosambientaisdamobilidadeedocrescimentourbano

Tipode´regiãofuncional´ .Regiõesurbanasfuncionais/RUF(espaçossubouinter‐regionaisdenaturezametropolitanaoupoli‐urbana)

Conceitode‘regiãofuncional’implícito .Regiãometroplitanaousistemaurbanosubregionalpolicêntrico

Critériosdedelimitação .Baciadeemprego:(i)definidapormovimentospendularescasa‐trabalho;(ii)estruturadaporinterfacesdetransportepúblico.Geografiaeconómicacomum

Domíniosdeintervenção .Transportes(multimodalidade).Eficiênciaenergética.Planeamentourbanoeusosdosolo(reabilitação/densificação).Habitação/urbanização(localização).Emprego(mobilidade).Alteraçõesclimáticas(mitigação).Paisagem(proteção).Investimentoimobiliário(emoperaçõesdereabilitaçãourbana)

Instrumentosdeimplementação .InvestimentoTerritorialIntegrado(ITI)

Entidaderesponsávelpelainiciativa Plataformaentremunicípios,operadoresdetransporteseentidadestuteladaspelosministérioscomatribuiçõesemmatériadetransportes,ambiente,ordenamentodoterritórioedesenvolvimentoregional

Page 31: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

31

Sistemadegovernança i) Agestãodaestratégiaédaresponsabilidadedeumorganismoindependente,queatuacomointermediárioentreosparceirosenvolvidos,privadosepúblicos;nãoéumórgãodetomadadedecisão(nãohátransferênciadecompetênciasdasentidadesdaadministraçãolocaloucentral)

ii) CogestãosobaformadeContratosterritoriaisoudeCooperaçãodebaseterritorial

Sistemadefinanciamento .FEDER+FSE+FundodeCoesão+investimentosprivadosepúblicos.Parceriasentreagentesprivados,públicoseinstituiçõesdosistemafinanceiro.ConstituiçãodefundodeinvestimentodaRUF

.Associarinstrumentosinovadores,porex.revolvingfunds(mecanismosquegarantemoreinvestimentodasmais‐valiasgeradaspelofinanciamentoinicial)

Exemplosdeiniciativas Dinamarca:.Sjællandsprojektet‐ProjectodeEstruturaparaaRegiãodeZealand(2010‐2030)http://www.naturstyrelsen.dk/Planlaegning/Projekter/Sjaellandsprojektet/

.Østjyllandsprojektet‐ProjetoEastJutland(2010‐)http://www.naturstyrelsen.dk/Planlaegning/Landsplanlaegning/Samarbejde.htm

Holanda:.StedenbaanPlus‐Programa‘CidadesemLinha’(2010‐2020)http://www.stedenbaanplus.nl/http://connectedcities.eu/showcases/stedenbaan.html

http://www.stedenbaanplus.nl/sites/www.stedenbaanplus.nl/files/page/downloads/stedenbaanplus_tod_in_the_south_wing_of_the_randstad.pdf

Avaliação

Pontosfortes: .Promoçãodacoesãoterritorialatravésdeumplaneamentoespacialintegradocomoplaneamentodossistemasdetransporte(umdosobjetivosdaPolíticaComumdeTransportes)

.Associaçãodasquestõesdeplaneamentoespacialedetransportesaopacoteenergia‐clima

.Integraçãodeestratégiasgeográficaesectorialmentefragmentadasnumavisãoregionalcomum

Pontosfracos: .Agestãodaestratégiaé complexae,dadooenvolvimentodemúltiplosparceiros,oprocessodetomadadedecisõespodetornar‐semoroso.Aestruturadegestãonãotempodervinculativoparaforçarosparceirosaadotaraspropostasnemparacorrigirocomportamentodemunicípiosfreeriders. A atual crise económica e financeira tem um grande impacto sobre o sector imobiliário e sobreinvestimentospesadoseminfraestruturas

Observações

.Aestratégiaé influenciadapeloconceitodeTransitOrientedDevelopment (TOD),emqueasestações ferroviárias,deautocarros e elétricos, de metropolitano e de metro de superfície constituem os nós de um sistema de transportesregionalquepossibilitaráviajarporta‐a‐porta,deformarápidaeconfortável,emtodaaregião. Emmatéria de transporte público, a estratégia deverá identificar e desenvolver uma rede interligada e coerente decomboiosnacionaiseurbanos,metropolitanos,autocarros,elétricosemetrosdesuperfície.Emmatériadedesenvolvimentoterritorial,aestratégiadeveráprocurarrealizaracordoscomparceirosrelativamenteàreorganizaçãoedensificaçãodaconstruçãoemtornodasestaçõesferroviáriasexistentesepotenciais;deveráigualmenteprocurarrealizaracordoscomvistaaodesenvolvimentodeparquesdebicicletaseinstalaçõesPark‐and‐Ridejuntoaessesnósdetransportepúblico.Osdoisdomíniosanterioresdevemassociar‐seaumavisãomaisgenéricadeconstruçãodeumaeconomiacompetitivadebaixocarbonoaoníveldamobilidadeedareabilitaçãourbana

Page 32: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

32

Exemplo2:Promoçãodainovaçãoeinternacionalização

Finalidade .Promoçãodedinâmicasterritorialmenteintegradasdeinovação,competitividadeeinternacionalização

AlinhamentocomprioridadesdaEstratégiaEuropa2020

.Crescimentointeligente

AlinhamentocomobjetivostemáticosdoQuadroEstratégicoComum

.Investigaçãoetecnologia(objetivotemático1)

.Tecnologiasdeinformaçãoecomunicação(2)

.PME(3)

.Emprego(8)

.Educação,competências,aprendizagemaolongodavida(10)

.Economiadebaixocarbono(4)

.Capacitaçãoinstitucional(11)

Tipodeinstrumento .Estratégiadebaseterritorial

Objetivosespecíficos .Estimularodesenvolvimentoeconómicodeaglomeraçõesgeográficascomplexascomeconomiasdeelevadovaloracrescentado

.Gerireplanearespaçosfuncionalmenteintegradosvisandoocrescimentointeligente

.GerarexternalidadespositivasereforçaracompetitividadedaRUF

.Adotarumavisãoestratégicacomumeestimularacolaboraçãoentreactoresparaocrescimentointeligente,atravésdoreforçodoconhecimentoedacapacidadedeinovação,competitividadeeinternacionalizaçãodaRUF

Tipode´regiãofuncional´ .Regiõesurbanasfuncionais/RUF(espaçossubouinter‐regionaisdenaturezametropolitanaoupoli‐urbana)

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Cidade‐região

.Sistemasurbanossubregionaispolicêntricos

.Contextoterritorialadequadoparaoperacionalizarestratégiasdeespecializaçãointeligenteeexplorarsinergiasentrenegócioseiniciativasempresariaisdeformaconcertadaaonívelsub‐regionalouinter‐regionalsemvinculaçãoaNUTS2

Critériosdedelimitação .Aglomeraçãodeempresas,sectoreseinstituiçõespertinentesparaodesenvolvimentoeconómico

.Mercadodetrabalho/movimentospendulares

.Interdependênciaseconómicas(trabalho,prestaçãodeserviços,relaçõeseconómicas)

.Redesderelaçõesdoconhecimentoeinovação

.Ajustamentoàsestratégiasterritoriaisdecrescimentointeligente

Domíniosdeintervenção .Empreendedorismo(start‐ups,criaçãodeempresasintensivasemconhecimentoeemdomíniosemergentes–criatividade,sectorescombaixoteoremcarbono,energiasrenováveis,serviçosinovadores)

.Investigação&Inovação(infraestruturaseequipamentos,formaçãodenovascompetências,inovaçãoemeficiênciaenergéticaeenergiasrenováveis,

Page 33: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

33

disseminaçãoeaadoçãodenovastecnologiasnasempresas,transferênciadetecnologia,cooperaçãoentreempresaseinstituiçõesdainvestigaçãoedaeducação)

.Clustersepolos(apoioaclustersmaduros,apoioaclustersemergentes–culturaecriatividade,energia,saúde,TICE,...,parceriasentreagentesempresariais,governamentaisedeI&I)

.Integraçãonascadeiasinternacionaisdevalor

.Formaçãoemobilidadenomercadodetrabalho(novascompetênciasparanovasprofissões)

.Tecnologiasdainformação(infraestruturasdeAcessodaNovaGeração(NGA)abertas,abordáveis,viáveiseduradouras,adoçãoemlargaescaladasinovaçõesbaseadasnasTIC).Infraestruturasdeinternacionalização(portos,aeroportos,autoestradas,…)

Instrumentosdeimplementação .InvestimentoTerritorialIntegrado(ITI)

Entidaderesponsávelpelainiciativa .Plataformaentreassociaçõesempresariais,empresas,instituiçõesdeInvestigação&InovaçãoemunicípiosdaRUF,comeventualparticipaçãodeentidadesdoMinistériodaEconomiaedoEmpregoedoMinistériodaEducaçãoeCiência

Sistemadegovernança .Agestãodaestratégiaédaresponsabilidadedeumorganismoindependente,queatuacomointermediárioentreosparceirosenvolvidos,privadosepúblicos;nãoéumórgãodetomadadedecisão(nãohátransferênciadecompetênciasdasentidadesdaadministraçãolocaloucentral)

.CogestãosobaformadeContratosterritoriaisoudeCooperaçãodebaseterritorial

Sistemadefinanciamento .FEDER+FSE+FundodeCoesão+investimentospúblicoseprivados.Parceriasentreagentesprivados,públicoseinstituiçõesdosistemafinanceiro

.ConstituiçãodefundodeinvestimentodaRUF

Exemplosdeiniciativas

ReinoUnido:.LocalEnterprisePartnerships:39LEPhttp://www.bis.gov.uk/policies/economic‐development/leps/

Finlândia:.RegionalCentreProgramme

http://www.intermin.fi/intermin/hankkeet/aky/home.nsf/pages/indexeng

Holanda:.StructureVisionforInfrastructureandTerritory:6urbannetworks:RandstadHolland,Brabantstad,SouthernLimburg,Twente,Arnhem‐Nijmegen,Groningen‐Assenhttp://www.government.nl/issues/spatial‐planning/roles‐and‐responsibilities‐of‐central‐government

Page 34: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

34

Avaliação

Pontosfortes: .Conjugaçãodasdinâmicaseconómicasefuncionaisdaaglomeraçãocomoespaçodeimplementaçãodepolíticasparaacompetitividade,inovaçãoeinternacionalização.Definiçãodeestratégiasdedesenvolvimentonãolimitadasadivisõesespaciaispré‐definidascomoasNUTS2.Descentralizaçãodecompetênciasparaodesenvolvimentoeconómicoafavordeagenteseinstituiçõesdaáreadeintervenção.Ganhosdeeficiênciaatravésdagestãointegrada,paraummesmoterritório,dasdinâmicasdeinovaçãoeinternacionalização

Pontosfracos: .Dificuldadededelimitarasáreasdeintervençãocombaseemcritériosobjectivos(limiaresquantitativos)

.DificuldadedeconstituirRUFnasaglomeraçõesgeográficascomfracacapacitaçãoinstitucionaloucomelevadoníveldeconflitualidadeentreosagenteselíderesdaáreadeintervenção

.PeríodopossivelmentelongodeaprendizagemnagestãodainiciativainovadoraITI

Observações

.AdelimitaçãodaRUFnãopodeassentaremcritériosexclusivamentetécnicos.Aadoçãodoprincípioplace‐basedapproachparaodesenvolvimentoeconómicomaterializa‐seatravésdaarticulaçãodeopçõesdepolíticaajustadasaunidadesgeográficasfuncionaiscoerenteseobrigatoriamenteàsinstituiçõespolíticas(autarquias)eassociativas(associaçãodeempresas)daRUF

.Aintervençãonasinfraestruturasdeinternacionalizaçãodeveserarticuladacomacomponentedeintervençãoeminfraestruturasassociadasàmobilidadesustentável

.NecessárioestudarformasdegestãoedeaplicaçãodefundosestruturaisnasRUFformadasporáreasderegiõesmenosdesenvolvidas(commaiordotaçãofinanceira)eregiõesmaisdesenvolvidas(commenordotaçãofinanceira),deformaanãoviolarcritériosdapolíticadecoesãoeuropeiae,aomesmotempo,nãocomprometeraestratégiaintegradadedesenvolvimento,competitividade,inovaçãoeinternacionalizaçãodaRUF

Page 35: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

35

Exemplo3:Valorizaçãoderedesecológicasurbano‐rurais

Finalidade . Ordenamento, gestão e valorização de redes ecológicas com vista àarticulaçãoentrecoesãourbano‐ruraledesenvolvimentosustentável

Alinhamento com prioridades daEstratégiaEuropa2020

.Crescimentosustentável

AlinhamentocomobjetivostemáticosdoQuadroEstratégicoComum

.Ambiente(objetivotemático6)

.Alteraçõesclimáticas(5)

.PME,agricultura(3)

.Economiadebaixoteordecarbono(4)

.Capacitaçãoinstitucional(11)

Tipodeinstrumento .Planoestratégico/estratégiadebaseterritorial

Objetivosespecíficos . Desenvolver estratégias de desenvolvimento territorial em que adiferenciação e a qualidade ecológicas contribuam para aumentar acapacidadeatrativadosespaçosdeintervençãoparaviveretrabalhar,assimcomoparafinsderecreioeturismo. Garantir amultifuncionalidade territorial como estratégia para alcançar asseguintesmetas:

‐Riquezadebiodiversidadeehabitats‐Manutençãodosprocessosecológicosfundamentais‐Conservaçãodosoloecombateàdesertificação‐Adaptaçãoeminimizaçãodeimpactosàsalteraçõesclimáticas‐Gestãoderiscos‐Aumentodaqualidadedoaredaágua‐Construçãoe/ouconservaçãodepaisagensqualificadas‐Aumentodaáreadeofertapararecreio‐Criaçãooureforçodaidentidadecultural‐Melhoriadobem‐estaredasaúdepública‐Valorizaçãodapropriedade‐ Redução dos custos públicos em riscos ambientais, como cheias,tratamentodeágua,erosão,desabamentos,etc.

. Integrar políticas setoriais que relacionem os objetivos anteriores comoutros no âmbito de políticas de base territorial (desenvolvimento urbanosustentável,desenvolvimentorural,ordenamentodoterritório,etc.)

Tipode´regiãofuncional´ .Regiõesurbanasfuncionais/RUF(espaçossubouinter‐regionaisdenaturezametropolitanaoupoli‐urbana)

.Regiõesfuncionaisurbano‐rurais/RFUR(espaçossub‐regionaispolarizadosporcidadesmédias)

Conceitode‘regiãofuncional’implícito . Rede de áreas que se constitua como uma infraestrutura verde (greeninfrastructure) de âmbito regional ou sub‐regional com as seguintescaracterísticas:

i) Espaçosqueincluamrecursosnaturaisfundamentaisegarantamamanutenção, funcionalidade esustentabilidade dos sistemasbiofísicos(ciclosdaágua,docarbono,doazoto)

ii) Fornecimento de serviços e funções ecológicos, tais como:

Page 36: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

36

aprovisionamento (água, alimento),produção (agrícola, pecuária,florestal, entre outras), regulação(clima, qualidade do ar),culturais(recreio,educação),científicos(produçãoedivulgaçãodeconhecimento)esuporte(fotossíntese,formaçãodesolo,habitat)

iii) Continuidadeeconectividadeterritorial(greencorridors),tantoemcontexto rural como urbano, contrariando e prevenindo osefeitosdafragmentaçãoeartificializaçãodossistemasecológicos

iv) Gestãointegrada

Critériosdedelimitação . Variáveis, em função das especificidades territoriais e da estratégia dedesenvolvimentoterritorialadotada:

i) Prevalência do recurso água (regadio, abastecimento público,recreio,etc.):limitesdebaciahidrográfica

ii) Prevalênciadorecursosolo(conservaçãodosoloparaaactividadeagrícolaouflorestal):abolsadesolos

iii) Sobreposição de diversos fatores: unidade ecológica / unidade depaisagemquegarantaofuncionamentoequilibradodossistemasedosprocessosecológicosemquestão

Domíniosdeintervenção .Eficiênciaenergética,alteraçõesclimáticas,iniciativasdebaixocarbonoeaproduçãoagrícolaeflorestal

.Produçãoalimentar(baciasalimentares–foodshedoufoodsystems)

.Espaçospúblicosederecreio

.Turismoequalidadedapaisagem

Instrumentosdeimplementação .InvestimentoTerritorialIntegrado(ITI)

ou

.DesenvolvimentoPromovidopelasComunidadesLocais(DPCL)

Entidaderesponsávelpelainiciativa

.NocasodomecanismodeimplementaçãoserumITI:

Plataforma entre municípios, associações de municípios, associaçõesempresariais, empresas, e entidades desconcentradas da administraçãocentral, sobretudo doMinistério da Agricultura, doMar, do Ambiente e doOrdenamentodoTerritório

.NocasodomecanismodeimplementaçãoserumDPCL:

Delegação parcial ou total em Grupos de Ação Local, que resultem deparcerias fortes, com capacidade de assumir compromissos, partilharresponsabilidadesegerirdinâmicascomplexasdeparticipaçãoecoordenação

Sistemadegovernança

.NocasodomecanismodeimplementaçãoserumITI:

i) A gestão da estratégia é da responsabilidade de um organismoindependente, que atua como intermediário entre os parceirosenvolvidos, privados e públicos; não é um órgão de tomada dedecisão (não há transferência de competências das entidades daadministraçãolocaloucentral)

ii) Cogestãosoba formadeContratos territoriaisoudeCooperaçãodebaseterritorial

.NocasodomecanismodeimplementaçãoserumDPCL:

i) Estratégiasdedesenvolvimento localgeridasporGruposdeAçãoLocaldeacordocomasregrasdefinidasnosRegulamentos

ii) Sugere‐se o desenvolvimento de iniciativas de naturezaexperimentaledemonstrativonumaprimeirafase,quepossamserdiscutidas e avaliadas, evoluindo posteriormente para iniciativas

Page 37: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

37

demaiorabrangênciageográficaedeparceiros

Sistemadefinanciamento

.NocasodomecanismodeimplementaçãoserumITI:

i) FEDER + FSE + Fundo de Coesão + investimentos públicos eprivados

ii) Parcerias entre agentes privados, públicos e instituições dosistemafinanceiro

iii) ConstituiçãodefundodeinvestimentodaRUF

.NocasodomecanismodeimplementaçãoserumDPCL:

i) TodososfundosdoQuadroEstratégicoComumii) Investimentospúblicoseprivados

. Emambosos casos, é importante levaremconsideraçãopossibilidadesdearticulação, nomeadamente entre o FEADER e FSE e os ProgramasOperacionais (PO), contempladas no Plano de Desenvolvimento Rural (PDR2014‐2020)

Exemplosdeiniciativas

. Estratégias de desenvolvimento integrado, partindo de uma abordagempaisagísticaemEspanhaaumnívelregional:

http://www.recep‐enelc.net/allegati/Recep‐Enelc_Working%20Landscapes%201.pdf

.EstratégiaparaoDanúbio(váriospaíses)

ftp://ftp.cordis.europa.eu/pub/news/research‐eu/docs/focus11_en.pdf

. Projeto europeu (5 países) que relaciona riscos ambientais, alteraçõesclimáticas e capacitação institucional:http://www.factsproject.eu/pilotprojects/Pages/default.aspx

ParceiroemPortugal–BaixoVouga

http://www.factsproject.eu/pilotprojects/baixovougalagunar/Pages/default.aspx

.Projetoeuropeu(VALUE)queresultadeumaparceriaeuropeia(9parceiros)comoobjetivodedemonstrarovaloreconómicodainfraestruturaverdenascidadesenasregiões

http://www.value‐landscapes.eu/

Resumo do projeto VALUE emhttp://ec.europa.eu/environment/integration/research/newsalert/pdf/270na4.pdf

. Projetos financiados pela Política Regional Europeia (DGREGIO 2007‐2013)sobreaimplementaçãodeinfraestruturasverdes

http://ec.europa.eu/environment/nature/ecosystems/docs/10_MF_GI_191110.pdf

Page 38: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

38

Avaliação

Pontosfortes: . Portugal apresenta uma dimensão adequada para lógicas de complementaridade urbano‐rural,sobretudonoeixolitoral‐interior,àescalaregionalousub‐regional

.Opapeldascidadesdemédiadimensãopoderáserreforçadonacoesãoterritorialconsolidandoestratégias de desenvolvimento policêntrico e aprofundando a integração urbano‐rural, onde asredes ecológicas deverão ser consideradas como estruturas multifuncionais e de múltiplosbenefícios

.Acomponenteecológicadodesenvolvimentoterritorialéreconhecidaemdiversosinstrumentosde política para o próximo período de programação financeira, sobretudo em âmbitos fulcraiscomoasalteraçõesclimáticaseaeficiênciaenergética

. Existem diversos projetos demonstrativos e de boas práticas na Europa que comprovam arelevânciaeconómicadeinvestimentosadequadosnainfra‐estruturaverde

Pontosfracos: . Incapacidade ou desinteresse generalizados de prosseguimento de uma visão estratégica emdetrimentodeumavisãodecurtoprazoemmatériadeordenamentoedesenvolvimentoterritorial

.Perceçãodacomponenteecológicacomoumacomponenterestritivaaodesenvolvimento

.Faltadecapacidadeedeexperiência institucionalparatrabalharemparceriaefetiva,dificultadapelasclivagensurbano/ruraleambiente/agricultura/economia

Observações

.Aqualidadedapaisagemconstitui umvalioso capital territorial, éum fator cadavezmais relevanteparaa atraçãoefixação de empresas inovadoras e de residentes qualificados e constitui um recurso imprescindível para odesenvolvimentodoturismo.Umapaisagemdesordenadageraelevadoscustosparaasociedadesobaformadeperdadeoportunidadeseconómicas,riscosambientaiseameaçasàsaúdepública

.Acompreensãodosecossistemasedapaisagem,bemcomodaformacomoestesirãoresponderàsalteraçõesclimáticaseoutraspressões(urbanísticas,poluiçãoindustrial,etc.),éessencialparaodesenvolvimentodeestratégiasdeadaptaçãoedegestãosustentáveldosrecursosnaturaisdequalquerterritório

Page 39: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

39

Exemplo4:Promoçãodacoesãosócio‐territorial

Finalidade .Dinamizaçãodasrelaçõesterritoriais,sociaiseeconómicasentreascidadesmédiaseoscontextos ruraisemaisperiféricosnumaóticadecoesãosócio‐territorialedesenvolvimentointegradoinclusivo

Alinhamento com prioridades daEstratégiaEuropa2020

.Crescimentoinclusivo

.Crescimentointeligente

AlinhamentocomobjetivostemáticosdoQuadroEstratégicoComum

.Emprego(objetivotemático8)

.Inclusãosocial(9)

.PME,agricultura(3)

.Tecnologiasdeinformaçãoecomunicação(2)

.Educação,competênciaseaprendizagemaolongodavida(10)

.Capacitaçãoinstitucional(11)

Tipodeinstrumento .Estratégiadedesenvolvimentoterritorial

.Pactoterritorial

Objetivosespecíficos . Promover emprego através da criação e interação de serviços deproximidade, visando a inserção profissional e o aconselhamento/encaminhamento personalizado para populações vulneráveis(desempregados,trabalhadoresprecários,populaçãoemriscodepobreza)

.Sinalizaremonitorizar localmenteassituaçõesmaisvulneráveisemtermosderiscodepobreza,trabalhoinfantileisolamentodosidosos

.Dinamizar serviçosedensificar redes locaisdeapoiodomiciliário, familiarecomunitário

. Promover serviços de apoio e de aconselhamento empresarial, visando ainovaçãoeconómico‐social, aeficáciaorganizacionaldasPMEea criaçãodeempresas

. Monitorizar as necessidades locais de emprego e a oferta diferenciada edirecionada de ações de formação profissional (desempregados,trabalhadores,dirigenteseempresários)

. Criar redes institucionalizadas entre entidades empresariais eestabelecimentos de ensino locais (universidades, politécnicos, escolassecundárias, escolas profissionais), visando uma melhor articulação entreformaçãoprofissional,investigação,desenvolvimentotecnológicoeinovação

. Atrair citadinos para zonas rurais, de forma a inverter as tendênciasregressivas que afetam os territórios de baixa densidade, e implementarpolíticasdeinstalaçãoqueasseguremascondiçõesnecessáriasdemobilidadeespacialedeconectividadeentreterritóriosepopulações

. Criar bacias/sistemas sub‐regionais de alimentação capazes de gerarsinergiasentre:(i)aorganizaçãodoladodaoferta(cooperaçãodeprodutoresagrícolaslocaisedinamizaçãodemercadosurbanosdevendaedepromoçãodosprodutos);(ii)aorganizaçãodoladodaprocura(criaçãoedinamizaçãodeassociações/cooperativasdeconsumidores,deâmbitolocale/ouregional);e(iii)aarticulaçãoentreaspráticaseosgruposorganizadosdeconsumidoreseasatividadesdesenvolvidaspelosprodutoreseoutrosoperadoresnascadeiasalimentaresedeabastecimento

Page 40: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

40

.Criarplataformasurbano‐ruraisdepromoçãoturísticaedecomercializaçãoderecursoslocais(culturais,patrimoniaiseambientais)

Tipode´regiãofuncional´ .Regiõesfuncionaisurbano‐rurais/RFUR(espaçossub‐regionaispolarizadosporcidadesmédias)

Conceitode‘regiãofuncional’implícito .(Redesde)cidadesmédiaseáreasruraisenvolventes

Critériosdedelimitação . Espaços de coesão sócio‐territorial polarizados por uma ou mais cidadesmédias

Domíniosdeintervenção .Inclusãosocial,empregoemobilidadelaboral,inserçãoprofissional

.Mobilidadeespacialeresidencial

.InovaçãoecompetitividadedasPME

.Aprendizagemaolongodavidaereforçodascompetênciasprofissionais

. Reforçoda capacidadeeeficiência institucional edapartilhade serviçoserecursos

. Utilização das TIC nos vários domínios de intervenção como plataformaseficazesderelação/mediaçãoedepromoçãodenovascompetências

Instrumentosdeimplementação .DesenvolvimentoPromovidopelasComunidadesLocais(DPCL)

ou

.InvestimentoTerritorialIntegrado(ITI)

Entidaderesponsávelpelainiciativa

.NocasodomecanismodeimplementaçãoserumDPCL:

Delegação totalouparcial emGruposdeAçãoLocal: autarquias, centrosdeemprego,gabinetesdeinserçãoprofissional(GIP),núcleos locaisdeinserção(NLI), associações empresariais, sindicatos, associações de desenvolvimentolocal(ADL),cooperativas,outrasassociações

.NocasodomecanismodeimplementaçãoserumITI:

Plataformaentreotipodeentidadesreferidasemrelaçãoaoenquadramentoanterior,mascom liderançaporpartedeentidadespúblicasdenível localesub‐regional

Sistemadegovernança

.NocasodomecanismodeimplementaçãoserumDPCL:

i) EstratégiasdedesenvolvimentolocalgeridasporGruposdeAçãoLocaldeacordocomasregrasdefinidasnosRegulamentos

ii) Sugere‐se o desenvolvimento de iniciativas de naturezaexperimental e demonstrativo numa primeira fase, que possamser discutidas e avaliadas, evoluindo posteriormente parainiciativasdemaiorabrangênciageográficaedeparceiros

.NocasodomecanismodeimplementaçãoserumITI:

i) A gestão da estratégia é da responsabilidade de um organismoindependente, que atua como intermediário entre os parceirosenvolvidos, privados e públicos; não é um órgão de tomada dedecisão(nãohátransferênciadecompetênciasdasentidadesdaadministraçãolocaloucentral)

ii) CogestãosobaformadeContratosterritoriaisoudeCooperaçãodebaseterritorial

Sistemadefinanciamento .NocasodomecanismodeimplementaçãoserumDPCL:

i) TodososfundosdoQuadroEstratégicoComumii) Investimentospúblicoseprivados

.NocasodomecanismodeimplementaçãoserumITI:

i) FEDER + FSE + Fundo de Coesão + investimentos públicos eprivados

ii) Parcerias entre agentes privados, públicos e instituições dosistemafinanceiro

Page 41: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

41

iii) ConstituiçãodefundodeinvestimentodaRUF

Exemplosdeiniciativas

Algunsexemplosderedeseparceriasdeâmbitoregionalounacional:

.Empresáriosparaainclusãosocial

http://www.epis.pt.Bacias/sistemaslocais‐regionaisdealimentação

http://foodshed.net/

http://www.prove.com.pt

.Iniciativasdeinstalaçãodecitadinosemzonasrurais

http://www.installation‐campagne.fr

http://www.novospovoadores.pt/

.Plataformasdepromoçãodopatrimóniocultural

http://www.linhasdetorresvedras.com/

http://www.rotadacortica.pt/

. Parcerias publicas e/ou privadas no apoio a iniciativas locais dedesenvolvimentoeconómicoeempresarial

http://www.westofenglandlep.co.uk/

http://www.leedscityregion.gov.uk/

http://www.push.gov.uk/

.Cidadesinteligentes,inovaçãosocialecomunitária

http://www.ponrec.it/bandi/smartcities_communities_socialinnovation/

.Apoiodomiciliário

http://www.cm‐amadora.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=39842&WMCM_RootMenuId=27526&WMCM_MenuId=39850

.Comunidadesverdesesustentabilidade

http://www.greencommunities.it/green‐communities‐progetto.html

Avaliação

Pontosfortes: . Incremento de redes e parcerias capazes de mobilizar e articular diversos agentes públicos,privadosedo3ºsetortantourbanoscomorurais

.Apostanosserviçosdeproximidadedeformaamonitorizareadarumarespostamaiseficazqueraosproblemasdecorrentesdesituaçõesdemaiorvulnerabilidadesocial,queràsnecessidadesdeapoioàsiniciativasempresariaiseàpromoçãodoemprego

Pontosfracos: .Ausênciadeumaculturadecooperaçãoentreentidadesdomeiourbanoedomeiorural

.Dificuldadeemdefinirumaestruturaconsolidadadegestão/administraçãoqueseresponsabilizepelosprojectoseacçõesdesenvolvidosnumaóticadecontinuidadedemédioelongoprazo

.Dificuldadeemgerarplataformasdeentendimentoede ação conjunta entre agências/serviçospúblicoseasociedadecivil

Page 42: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

42

Observações

.Acomplementaridadedevalênciasedecapacidadesentre,deumlado,as instituições/agênciaspúblicaserespetivosserviços e equipamentos e, do outro, as entidades privadas e/ou do 3º setor, significa um princípio orientador etransversal para a constituição de redes e parcerias promovidas pelas comunidades locais (DPCL). A partilha deresponsabilidades deverá resultar de umprocessode relativa institucionalização/contratualizaçãodepapéis, funções ecompetênciasassumidosapartirdasdiversasiniciativasadesenvolver

.AsDPCLpoderãoserenquadradas,emcasosqueseconsiderepertinente,numInvestimentoTerritorialIntegrado(ITI),namedidaemque representamumaescalade intervençãomais localizadaassentenaprestaçãode serviçosdemaiorproximidade territorial. Por exemplo, as DPCL que incidam na promoção do emprego e/ou no apoio à situação dedesempregadodeverãoarticular‐secomoITIacriarnoâmbitodadelimitaçãodarespetivabaciadeemprego

Page 43: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

43

AnexoI

RegiõesFuncionais|PrincipaisConceitoseIndicadores

Page 44: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

44

“Regiãofuncional”:principaisconceitosecritériosdedelimitaçãoecaracterização

Conceito Natureza Descrição

Travel‐To‐WorkArea(TTWA)9

Funcional Área correspondente à bacia de emprego de uma grande cidade ou conurbação

definida através dos movimentos pendulares casa‐trabalho. No caso particular do

ReinoUnido, a delimitaçãodestas áreas corresponde à agregaçãodemunicípios em

que:i)pelomenos75%dapopulaçãoresidenteativatrabalhanaárea,eii)pelomenos

75%dosquetrabalhamnaárearesidemnaprópriaárea.

ÁreasUrbanasMorfológicas(AUM)10

Morfológica DeacordocomoESPON,asAUMcorrespondemaespaçosurbanos/municípioscom,

pelomenos,650hab/Km2.AsAUMsãooscentrosurbanosdensamentepovoadosdas

AUF,asquais,porsuavez,sãoasbaciasdeempregodefinidaspelasTTWAemtorno

dasAUM.

ÁreasUrbanasFuncionais(AUF)11

Funcional As AUF correspondem a uma área urbana com um centro de, pelo menos, 15 mil

habitantes e uma população total de, pelo menos, 50 mil habitantes. As AUF são

definidas pela sua área de influência em termos de movimentos pendulares casa‐

trabalho (TTWA)calculados aonívelmunicipal (LAU2).Uma AUF inclui umaoumais

AUMeaindaasrespetivasáreascircundantesemquepelomenos10%dapopulação

trabalha dentro dos limites da AUM. É possível encontrar AUF transfronteiriças,

embora os dados para estas situações sejam ainda reduzidos (ver, por exemplo,

ProjetoESPONMetroborde).

AsAUF são, em largamedida, a depuração das precedentesARUF, áreas e regiões

urbanasfuncionais‐FunctionalUrbanRegionsandAreas.

LargerUrbanZones(LUZ)12

Político‐administrativa

De acordo com o Urban Audit, as LUZ têm por base as AUF e representam uma

tentativa, por parte do EUROSTAT, de harmonizar o critério de definição de área

metropolitana ao nível da União Europeia. As LUZ compreendem asAUF com, pelo

menos,500milhabitantesajustadasaosrespetivoslimitesadministrativos.

Poli‐ÁreasUrbanasFuncionais

(Poli‐AUF)13

Funcional AsPoli‐AUF são grupos deAUF vizinhas. Para se formar umaPoli‐AUF é necessário

verificar‐seumadasseguintescondições:

• Metrópoles(>500000hab.)comosrespetivoscentrosamenosde60kmde

distânciaentresiebaciasdeempregocontíguas;

• 2Cidadesdegrandedimensão (>250000hab.) comos respetivos centros

distandomenosde30kmentresiebaciasdeempregocontíguas;

• 1Metrópolee1Cidadedegrandeoumédiadimensão(>100000hab.)com

osrespetivoscentrosdistandomenosde30kmentresiebaciasdeemprego

contíguas;

• Metrópoles comos respetivos centros distandomenos de 60kmentre si e

separadosapenaspelabaciadeempregodeumaAUFcontíguaaambas.

9G.C.A.L.(2010),FunctionalEconomicMarketAreas:Aneconomicnote.CommunitiesandLocalGovernment10ESPON(2007),Project1.4.3StudyonUrbanFunctions,FinalReport.

11e6ESPON(2011),TheFunctionalUrbanAreasDatabase–ESPON2013Database12TheLargerUrbanZone:http://www.urbanaudit.org/help.aspx

Page 45: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

45

Figura2.4TiposdeAUF:ex‐regiãoindustrialdeOstrava(CZ),Ile‐de‐France(FR),RegiãoMetropolitanaCentral(B)egrandeáreametropolitanadeLondres(RU)

MetropolitanEuropeanGrowthAreas(MEGA)14

Funcional PartindodocritériodedelimitaçãodeAUF,asMEGAcruzamoscritériosmorfológicos

da densidade populacional com critérios funcionais, atribuindo particular relevo à

localização de funções de âmbito supranacional (transporte, atividades económicas,

funções de controlo, gestão e governança territorial). As MEGA são AUF

metropolitanasque,individualoucoletivamente(combaseemclusterspolicêntricos),

têm a dimensão populacional, o potencial económico e uma localização estratégica

(gateways, hubs logísticos, etc.) suficientes para se tornarem áreas de crescimento

económicodevaloreuropeu.

FunctionalEconomicMarketAreas(FEMA)15

Funcional AsFEMAcorrespondemaonívelespacialaqueoperam,noReinoUnido,osmercados

económicosrelevantes.Emboraoscritériosparaasuadelimitaçãolevantemquestões

metodológicas, definem‐se através das diferentes relações económicas que se

estabelecem entre a cidade e a região, como, por exemplo, os fluxos pendulares

(TTWA),omercadodehabitação,asredeslocaisdeempresas,ospadrõesgeográficos

deaquisiçãodebense serviçosporpartedapopulação, a áreade coberturadeum

hospital,etc.

Cidade‐região16

Funcional Correspondeàcidadeerespetivohinterland–definidopelomercadodetrabalho,rede

detransportesefluxospendularesassociadosàsdeslocaçõescasa‐trabalho(TTWA)‐e

pressupõe a existência de alguma forma de governo supralocal. Conceito mais

difundidonoReinoUnido.

RegiãoFuncional17

Funcional A OCDE define a região funcional como uma unidade territorial resultante da

organização das relações económicas e sociais no território em detrimento dos

critérios convencionais político‐administrativos ou histórico‐geográficos. A região

funcionalégeralmentedefinidaporcritérios relativosaomercadode trabalhoeaos

movimentospendulares(TTWA).

14ESPON(2007),Project1.4.3StudyonUrbanFunctions,FinalReport.

15G.C.A.L.(2010),FunctionalEconomicMarketAreas:Aneconomicnote.CommunitiesandLocalGovernment,London.

16NLGN(2005),SeeingtheLight?NextStepsforCityRegions.NewLocalGovernmentNetwork,London.

17OCDE(2011),AssessingandMonitoringRural‐UrbanLinkagesinFunctionalRegions:Amethodologicalframework.OCDE,Paris.

Page 46: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

46

“Regiãofuncional”:exemplosdeindicadoresparaasuadefiniçãoecaracterização

Não há um quadro consensual de indicadores territoriais sobre regiões de tipo funcional. Umlevantamentode informaçãosobreestaquestãopermiteorganizarumquadroondese identificamosindicadoresconsideradosmaisrelevantese,paracadaumdeles,aescaladeaplicação,afontedeinformação e o objetivo da sua utilização. Esses indicadores foram agrupados em seis conjuntos(Quadro5),deacordocomasquatroprincipais linhastemáticasdediscussãodasrelaçõesurbano‐rural no contexto das regiões urbanas funcionais ‐ mobilidade, habitação e infraestruturas (A);provisão de serviços públicos e atividades económicas (B); ambiente e ecossistemas (C); egovernança (D) ‐ às quais se adicionam ainda as dinâmicas demográficas (E) e as dinâmicas deocupaçãodosolo(F).

Quadro5.Exemplosdeindicadoresdedefiniçãoecaracterizaçãode´regiõesfuncionais`portipodedomínio

Grupo Indicador Escala Fonte Objetivo

Acessibilidadeaaeroporto NUTS‐3 Raster(SIG) Conectividadedaregião

Construçãodenovosedifícios/fogos

Concelho INE Proxydaprocuraresidencial

Populaçãoresidenteamaisde45minutos,porrodovia,deumcentrourbanocommaisde50milhabitantes

Concelho SIG,análiseespacial Proxydapopulaçãoaviveremáreasremotas

Duraçãodosmovimentospendulares(min.)porescalãodeduraçãodosmovimentospendulares

Freguesia INE Proxydoníveldeinteração

Proporçãodapopulaçãoresidentequetrabalhaouestudanoutromunicípio

Freguesia INE Proxydoníveldeinteração

Proporção da população residentea uma determinada distância deumaestaçãodetransportepúblico

Freguesia Raster(SIG) Proxydograudeacessibilidade

A

Proporção dos volumes de tráfegoviárioportipodeveículo

Nacional/Regional

EC‐Eurostat(2010) Caracterizaçãofuncionaldosfluxosdetráfegoviário

Distânciamédiaaumestabelecimentodeensinosuperior

Concelho SIG,análiseespacial Proxydeacessoaequipamentoscoletivosdeensinosuperior

Acessoaáguapotávelesistemadetratamentoderesíduossólidos

Concelho SIG,análiseespacial Proxydeacessoaequipamentosdesaneamentobásico

Proporçãodepopulaçãoentre6e13anosqueviveaumadistânciamáximade2kmdeumestabelecimentodeensinoprimárioousecundário

Concelho SIG,análiseespacial Proxydeacessoaequipamentoscoletivosdeensino

B

Proporçãodepopulaçãoqueviveamenosde15min.ouaumadistânciamáximade5kmdeum

Concelho SIG,análiseespacial Proxydeacessoaequipamentoscoletivosdesaúde

Page 47: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

47

hospital

Acessibilidadeaumagrandesuperfíciecomercial

Concelho SIG,análiseespacial Proxydaprocuradeserviços

Índicedepolarizaçãodoemprego Freguesia INE Proxydoníveldeinteração

Aquisiçãodebenseserviços Concelho InquéritoPróprio Proxydaprestaçãodeserviços

Potencialpopulacionalnumraiode50km

Concelho SIG,análiseespacial Proxydaprocuradeserviços

Remuneraçãomédiadeacordocomosexodotrabalhadorealocalizaçãodoestabelecimentoondetrabalha

Distrito MTSS/GEP DisparidadesInter‐AUF

RemuneraçãomédiaporIndicadorsocioprofissionalindividualdeclasseeporlocalizaçãodoestabelecimento

Distrito MTSS/GEP DisparidadesInter‐AUF

Fragmentaçãodapaisagem Regional EEA ProxydadinâmicadesustentabilidadeecológicadaAUF

Transformaçãodapaisagem Regional EEA ProxydadinâmicadesustentabilidadeecológicadaAUF

C

Preservaçãodosespaçosabertos:percentagemdesoloreservadoaáreasverdesdelazer

Regional SIG,análiseespacial ProxydadinâmicadesustentabilidadeecológicadaAUF

Númerodeautoridadeslocaisporcada1000habitantes

Concelho INE ProxydoníveldedensidadeinstitucionaldaAUF

Proxydafragmentaçãoadministrativa

Projetosdecooperaçãoterritorial NUTS‐3 INTERREG,QREN Proxydoníveldecooperaçãoterritorial

D

ProjetosdeI&DTemcooperação NUTS‐3 QREN,UE ProxydoníveldecooperaçãoI&DT

Densidadepopulacional Concelho INE DensidadedopovoamentoeProxydaprocuradeserviços

E

Taxadecrescimentomigratório Concelho INE Proxydeatratividadedaregião

Áreasartificializadas(urbanoeoutrosusos)

NUTS‐3 SIG,Tabulaçãocruzada(análisefuzzy)combaseemCorineLandCover

Proxydapressãourbanística

Áreasagrícolaseagroflorestais NUTS‐3 SIG,Tabulaçãocruzada(análisefuzzy)combaseemCorineLandCover

Proxydapressãourbanística

ÁreadasAUF Km2 Eurogeographics(SIG)

F

ÁreadasAUM Km2 Eurogeographics(SIG)

Page 48: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

48

Page 49: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

49

AnexoII

As regiões funcionais e as relações entre áreas urbanas e áreasruraisnoâmbitodapreparaçãodaspolíticascomunitáriasparaoperíodo2014‐2020

Page 50: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

50

As regiões funcionais e as relações entre áreas urbanas e áreas rurais no âmbito dapreparaçãodaspolíticas comunitáriasparaoperíodo2014‐2020:balançododebatedosdoisúltimosanos(2010‐2011)

Tendoporbasedocumentosdediversanaturezaproduzidosnosúltimosdoisanos(2010e2011)noâmbitodapreparaçãodonovociclodepolíticasdaUEparaoperíodo2014‐2020,efetua‐senestaprimeirapartedoRelatóriodeProgressoumbalançodos avançosentretantoocorridosnoque se

refereaoesclarecimentodopapelquepoderáviraseratribuídoàsregiõesfuncionaiseàsrelaçõesentre áreas urbanas e áreas rurais (relações urbano‐rurais ou, na ótica simétrica, rurais‐urbanas)duranteopróximociclodeprogramaçãocomunitária.

Otextoquesesegueencontra‐seorganizadoemcincoseções:

.Secção1:Principaiselementosdereferênciadonovociclodepolíticascomunitáriaspropostospela Comissão Europeia, com destaque para a estratégiaEuropa 2020, o projeto de pacote

financeiro, que inclui uma proposta de regulamento de enquadramento com disposiçõescomunsparaagestãodoscincofundoscomunitários,eoQuadroEstratégicoComumdaUniãopara2014‐2020;

.Secção2:PolíticadeCoesãocomopolíticacomunitáriadedesenvolvimentoterritorial, tendocomoreferênciaasConclusõesdoConselhoInformaldosMinistrosresponsáveispelaPolítica

deCoesãodaUE(políticaregional)epelodesenvolvimentoterritorialeurbano,realizadaem24‐25deNovembrode2011emPoznan(Polónia);

.Secção3:RelaçãoentreapolíticadedesenvolvimentoruraleaPolíticadeCoesão;

.Secção4:RelaçãoentreaagendaurbanaeuropeiaeaPolíticadeCoesão;

. Secção5: Síntese final soba formadeummapeamentográficodas relaçõesentreos váriosdocumentosmaisrelevantesparaotemaemcausa.

1. Os elementos principais de referência: da Estratégia Europa 2020 às propostas maisrecentesapresentadaspelaComissãoaoConselhoeaoParlamentoEuropeu

Oprocessodepreparaçãodonovociclodepolíticascomunitáriasparaoperíodo2014‐20temquatroelementosdereferênciaprincipaispropostospelaComissãoEuropeia:i)odocumentoEuropa2020.Estratégiaparaumcrescimentointeligente,sustentáveleinclusivo18;ii)umapropostadeorçamento

para o referido período, designada A Budget for Europe 2020 19 (que não será analisada nestecontexto); iii) um projeto de pacote legislativo sobre as futuras políticas comunitárias, e iv) umapropostadeelementosparaumQuadroEstratégicoComumparaoscincofundos20.

18COM(2010)2020final,3.3.2010.19COM(2011)500final,29.6.2011.

20SWD(2012)61final,14.3.2012.

Page 51: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

51

NaestratégiaEuropa2020sãoestabelecidastrêsprioridades:

i) Crescimento inteligente: desenvolver uma economia baseada no conhecimento e na

inovação;

ii) Crescimento sustentável: promover uma economia mais eficiente em termos de

utilizaçãodosrecursos,maisecológicaemaiscompetitiva;

iii) Crescimento inclusivo: fomentar uma economia com níveis elevados de emprego que

asseguraacoesãosocialeterritorial.

AComissãopropõe,paraaconcretizaçãodessasprioridades,cincograndesobjetivos,associando‐osàdefiniçãodemetasquantificadas.AComissãopropõe,ainda,quecadaEstado‐Membrotraduzaaestratégia Europa 2020 em objetivos e trajetórias nacionais. Esta estratégia contém diversas

mençõesàs componentesdecoesão territorialededesenvolvimento rural,masasprioridades,osgrandes objetivos e ainda as iniciativas apresentadas como emblemáticas são formulados de umaforma genérica, não territorializada. Não existem referências explícitas aos dois elementos chave

desteEstudo:regiõesfuncionaiserelaçõesurbano‐rural.

O projeto de pacote legislativo integra uma proposta de regulamento de enquadramento21 comdisposições comuns para a gestão do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), do

FundoSocialEuropeu (FSE),doFundodeCoesão,doFundoEuropeuAgrícoladeDesenvolvimentoRural (FEADER) e do Fundo Europeu para os Assuntos Marítimos e as Pescas (FEAMP). EsseRegulamentovisagarantirautilizaçãomaiscoordenadaecoerentedoscincofundoscomunitários.

OprojetoapresentadopelaComissãoestáalinhadocomosobjetivosemetasdaestratégiaEuropa2020epressupõeoestabelecimentodeumQuadroEstratégicoComumaoníveldaUniãoEuropeiaedeContratosdeParceriaentreaComissãoecadaumdosEstados‐Membros.

O Quadro Estratégico Comum visa materializar os objetivos temáticos comuns e as metas decrescimentointeligente,sustentáveleinclusivoqueseencontramconsagradosnaEstratégiaEuropa2020 em ações suscetíveis de serem apoiadas pelos distintos fundos comunitários, assegurando a

utilização integrada desses fundos na concretização de objetivos comuns (art.º 10 da proposta deRegulamento).Oscincofundoscomunitáriospassam,nestenovocontexto,aseremreferidoscomoosfundosdoQuadroEstratégicoComum.

Os Contratos de Parceria entre a Comissão e cada um dos Estados‐Membros identificam oscompromissosestabelecidosentreosparceirosdenívelnacionaleregionaleaComissãovisandoaconcretizaçãodosobjectivosEuropa2020 (art.º 13). Em termospráticos, e tendopor referência a

situaçãoatual,osContratosdeParceria(CP)cobremosdomíniosdoQRENeaindaacomponentededesenvolvimentorural. OsCPdeverão,entreoutrascondições,contemplarabordagens integradasdedesenvolvimentoterritorial(art.º14,b)).

21COM(2011)615final,6.10.2011,posteriormentesubstituídaporCOM(2011)615final/2,14.3.2012.

Page 52: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

52

Naóptica deste Estudo, é particularmente relevante sublinhar os seguintes aspectos presentes no

RegulamentopropostopelaComissão:

i) Novasgeografiasdeintervenção

A inclusão do novo objectivo de coesão territorial, em consonância com o Tratado deLisboaecomplementandoosdecoesãoeconómicaecoesãosocial,implicaqueseatribuamaiorimportânciaàscidades,àsgeografiasfuncionaiseaonívelsubregional(p.17);

ii) DiagnósticosdebaseterritorialO conteúdo do Quadro Estratégico Comum deve identificar os desafios territoriaisessenciaisparaasáreasurbanas,rurais,costeirasedepescas,assimcomoparaasáreas

com características territoriais particulares referidas nos Artigos 174 e 379 do Tratado(regiõesmaissetentrionaiscomdensidadepopulacionalmuitobaixaeregiões insulares,transfronteiriçasedemontanha) (art.º11);a identificaçãodosdesafios territoriaisdeve

ser acompanhada, sempre que se justifique, por uma lista das cidades participantes naplataformadedesenvolvimentourbanoreferidanoartigo7deRegulamentoFEDER(art.º14);

iii) EstratégiasintegradasdedesenvolvimentolocalDe formaamelhormobilizaropotencialde cada local22 e a facilitar a concretizaçãodeintervençõesmulti‐dimensionais e trans‐sectoriais, a Comissão propõe que os Estados‐

Membros recorram a iniciativas focalizadas em territórios subregionais e promovidaspelas comunidades locais (community‐led initiatives). A Comissão propõe ainda aosEstados‐Membros que promovam a execução de estratégias integradas de

desenvolvimento local e a constituição de grupos de acção local que representem osinteressesdascomunidades23(art.º28,29e30);

iv) InvestimentoTerritorialIntegrado(ITI)

Quando as estratégias de desenvolvimento urbano ou territorial exijam intervençõesintegradasporenvolvereminstrumentosdemaisdeumeixoprioritário,domesmooudediferentes programas operacionais, as acções apoiadas por fundos comunitários devem

serdesenvolvidassobaformade investimentosterritoriais integradosnoâmbitodeummesmoprogramaoperacional(art.º99).

22 Emboranemsempreexistauma referênciaexplícitanesse sentido,o conceitode “local”nosdocumentosaquianalisadostemumâmbitoamplo,podendoaplicar‐seaqualquerescalageográficasub‐regional,entreo“local” em sentido estrito e o regional. Numa Nota com perguntas e respostas sobre desenvolvimentoterritorialpreparadapelaComissão(DGG1RegionalPolicyTeam)edivulgadaem14deDezembrode2011,refere‐seoseguinteapropósitodaquestãoWhatisthedefinitionof"local":“thereisnodefinitionoflocalinthelegislativeproposals,thiswilldependontheinstitutionalset‐upoftheMemberState.Theimportantthingabout the localdevelopmentapproachproposed is that itbecommunity‐led.Therefore the localareashouldhave sufficient critical mass to implement a viable local development strategy and, at the same time, besufficientlysmalltoallowforlocalinteraction.Adelegatedactwillsetoutcriteriaforthedefinitionoftheareaandthepopulationcoveredbythestrategy(Art.29(6)CPR).”23NaNotadaComissão(DGG1RegionalPolicyTeam)identificadaanteriormenteafirma‐sequeaáreadeintervençãodeumGrupodeAçãoLocal“doesnothavetocorrespondto,andcancutacross,administrativeboundariesbuthowthiswillbeorganisedisuptotheMemberStates”,oque,porumlado,permiteestabelecerumaarticulaçãodiretacomasduasdimensõesessenciaisdesteEstudo,regiõesfuncionaiserelaçõesentreáreasurbanaseáreasrurais,e,poroutro,sugereanecessidadedePortugaldebateraoperacionalizaçãodestapossibilidade.

Page 53: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

53

Finalmente, a proposta de elementos para um Quadro Estratégico Comum para os cinco fundos

identifica onze objetivos temáticos e identifica, para cada um deles (Parte II), metas e objetivos‐chave, princípios gerais de complementaridade e, ainda, procedimentos de implementação e

coordenação entre os vários fundos e entre estes e outras políticas e instrumentos da UniãoEuropeia.Nestedocumento realça‐se, uma vezmais, a importânciade intervenções integradasdebase territorial como forma de garantir coordenação e sinergias ao nível da implementação das

ações e identificam‐se os desafios territoriais que se colocam aos objetivos de crescimentointeligente,sustentáveleinclusivoconsagradosnaEstratégiaEuropa2020.

2. APolíticadeCoesãocomopolíticacomunitáriadedesenvolvimentoterritorial

A Presidência Polaca da União Europeia (segundo semestre de 2011) revelou‐se particularmenteativanodomíniodasquestõesrelacionadascomadimensãoterritorialdaspolíticaspúblicas,tendo

estimuladoumimportantedebateintergovernamentalsobreopapeldeumaperspetivaintegradaeterritorialdedesenvolvimentonoâmbitodafuturaPolíticadeCoesão.

Tendo como referências genéricas a Estratégia Europa 2020 e o pacote legislativo sobre os cinco

fundosdoQuadroEstratégicoComumpropostopelaComissãoEuropeiaa6deOutubrode2011,ecomoreferênciasespecíficassobreadimensãoterritorialoRelatórioBarca24eaAgendaTerritorial202025, a Presidência Polaca suscitou um importante debate sobre como reforçar a Política de

Coesão enquanto política comunitária de desenvolvimento territorial, a par de outras(desenvolvimento rural, por exemplo). As Conclusões do Conselho Informal dos Ministrosresponsáveis pela Política de CoesãodaUE (política regional) e pelo desenvolvimento territorial e

urbano,realizadaem24‐25deNovembrode2011emPoznan(Polónia),traduzemesseesforço.

Na primeira parte das Conclusões do Conselho Informal deMinistros de Poznan identificam‐se asprincipaismensagens políticas para a futura Política de Coesão, reafirmando, nomeadamente: i) a

necessidade de se adotarem perspetivas integradas e territoriais na formulação e execução depolíticaseii)aimportânciadereforçaradimensãourbananaspolíticasadesenvolver.

Nesta primeira parte, as Conclusões identificam ainda os aspetos genericamente consensuaismas

emrelaçãoaosquais se reconhecepersistiranecessidadedeclarificaçãoadicionale,portanto,demaisdebate.Deentreosváriosaspetosemaberto,osseguintessãoparticularmenterelevantesparaesteEstudo:

.PolíticadeCoesãocomopolíticadedesenvolvimentoterritorial:comoformulareexecutarumaPolíticadeCoesãointegradaequeincorporeumavisãoterritorial?

. Dimensão territorial de políticas sectoriais: como garantir, na ótica do desenvolvimento

territorialenoqueserefereàsdiversaspolíticassectoriais:

24Barca,F.(2009),AnAgendaforaReformedCohesionPolicy.APlace‐basedApproachtoMeetingEuropeanUnionChallengesandExpectations,independentreportpreparedattherequestofDanutaHübner,CommissionerforRegionalPolicy,April2009

25Adotada,em19deMaiode2011,pelosMinistrosdaUEresponsáveispeloordenamentodoterritórionoâmbitodaPresidênciaHúngaradaUE.

Page 54: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

54

i) Umamaiorsensibilidadeespacial,deformaadarrespostaàdiversidadeterritorial

existente;

ii) Umamelhorconsideraçãodosimpactesterritoriaisdessaspolíticas;

iii) Uma melhor coordenação entre essas políticas no âmbito de estratégias de

desenvolvimentoterritorial?

. Instrumentos de desenvolvimento territorial: quais os instrumentos de desenvolvimento

territorial,incluindoosapoiosaintervençõesurbanas,suscetíveisdepromoveradesejadaperspetivadedesenvolvimentointegradoeterritorial?

. Relações urbano‐rurais e áreas funcionais: em que situações se justifica o reforço das

relações urbano‐rurais e o recurso a áreas urbanas funcionais (cidades‐região, áreasmetropolitanas) na ótica da Política de Coesão como política de desenvolvimentoterritorial?

AsegundapartedasConclusõesincideexclusivamentesobreadimensãoterritorialdaspolíticasdaUnião Europeia, retomando, precisando e complementando algumas das questões anteriores. NoâmbitodesteEstudo,importasalientarasseguintes:

i) Como integrar a dimensão territorial em políticas comunitárias, nacionais,

regionaiselocais?

ii) Como traduzirosobjetivoseasorientaçõesdaAgendaTerritorial2020aonível

dasváriaspolíticascomunitárias?

iii) Comofacilitaracoordenaçãoterritorialdepolíticas,instrumentoseações?

iv) Como melhorar a análise e a monitorização das dinâmicas territoriais, dos

impactes territoriais e da evolução das relações entre diferentes áreas (por

exemplo,entreáreasurbanaseruraisounoseiodeáreasfuncionais)?

v) Que orientações estratégicas podem ser estabelecidas no Quadro Estratégico

Comumpara que a concretização dos objetivos daEstratégia Europa 2020 leve

efetivamenteemcontaasprioridadeseosdesafiosdaAgendaTerritorial2020?

vi) Como garantir que a dimensão territorial da Política de Coesão seja

explicitamenteconsideradaparaalémdeaspetosjácontempladosnapropostade

regulamento de fundos comunitários da Comissão, isto é, as estratégias de

desenvolvimento local promovidas pelas comunidades (community‐led local

development)eosinvestimentosterritoriaisintegrados(ITI)?

vii) Como desenvolver formas de parceria e de governança adequadas a uma

perspetivaintegradaeterritorialdedesenvolvimento?

Page 55: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

55

3. PolíticadedesenvolvimentoruralePolíticadeCoesão

AComunicaçãodaComissãoAPACnohorizonte2020:Responderaosdesafiosdofuturoemmatériade alimentação, recursos naturais e territoriais26 identifica o “equilíbrio territorial”, a par da

segurança alimentar e do ambiente e alterações climáticas, como um dos desafios a que a novapolítica agrícola comum terá de fazer face. A Comissão reconhece que “um número crescente dezonasruraisdependecadavezmaisdefatoresestranhosàagriculturadevidoàdiversificaçãodasua

estrutura socioeconómica”, mas relembra que, nessas áreas, o sector agrícola continua a serresponsávelporumaparcelasignificativadovaloracrescentadoedoemprego,paraalémdegerar

outras atividades económicas como a indústria agroalimentar, o turismo e o comércio. O desafio“equilíbrio territorial” surge associado à vitalidade das áreas rurais mas também à diversidadeterritorialdaagriculturanaUniãoEuropeia.

Os três desafios identificados no documento dão lugar a outros tantos objetivos. O desafio“equilíbrioterritorial”justificaadefiniçãodoobjetivo“desenvolvimentoterritorialequilibrado”.Esteobjetivodesdobra‐seemtrêsdimensões(p.8):

i) Apoiaroempregoruralepreservarotecidosocialdaszonasrurais;

ii) Melhoraraeconomiaruralepromoveradiversificação,afimdepermitiraosatoreslocais

exploraremoseupotencialeotimizaremautilizaçãodeoutrosrecursoslocais;

iii) Permitir a diversidade estrutural dos sistemas de produção agrícola, melhorar as

condições de vida para as pequenas explorações e desenvolver os mercados locais,

porque na Europa as estruturas agrícolas heterogéneas e os sistemas de produção

contribuemparaaatratividadeeaidentidadedasregiõesrurais.

Para responder aos desafios e objetivos identificados, o documento propõe os instrumentos depolíticaqueconsideramaisadequados,organizadosemtrêsgrandesconjuntos:pagamentosdiretos,

medidas demercadoedesenvolvimento rural.No âmbitodesteúltimo conjuntode instrumentos,sãoidentificados3objetivos(p.11):

i) Competitividadedaagricultura,promovendoainovaçãoeareestruturaçãoepermitindo

queosectoragrícolautilizedeformamaiseficienteosseusrecursos;

ii) Gestão sustentável dos recursos naturais, cuidando do ambiente e da capacidade de

resistência da agricultura às alterações climáticas, do mundo rural, e mantendo a

capacidadeprodutivadaterra;

iii) Desenvolvimento territorial equilibrado das zonas rurais em toda a UE, potenciando o

papel dos habitantes locais emelhorando as condições locais e as ligações entre zonas

ruraiseurbanas.[itáliconosso]

AFigura3realçaomodocomoadimensãoterritorialéconsideradanocontextododocumento.

26COM(2010)672/5final,18.11.2010.

Page 56: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

56

Figura3.AdimensãoterritorialemAPACnoHorizonte2020(2010)

Esta Comunicação da Comissão termina com a apresentação de 3 opções, não mutuamenteexclusivas,quantoàsprincipaisorientaçõesatomarduranteoprocessodepreparaçãodanovaPAC:umaprimeiraopção(cenáriodeajustamento),centradanaequidadenadistribuiçãodospagamentos

diretos entre os Estados‐Membros; uma segunda (cenário de integração), mais alinhada com osobjetivos da Estratégia Europa 2020 de crescimento inteligente, sustentável e inclusivo; e,finalmente, uma terceira (cenário de reorientação), que atribui maior importância a objetivos

ambientaisedecombateàsalteraçõesclimáticas.

Noresumodaavaliaçãode impactorelativaàPolíticaAgrícolaComumnohorizonte2020enviadopela Comissão Europeia ao Conselho da União Europeia27 toma‐se explicitamente partido pela

segunda opção, de integração, considerada como a quemaximiza o valor acrescentado da UniãoEuropeia e a quemelhor garante um equilíbrio justo da nova PAC comos objetivos da estratégiaEuropa2020(p.11).

Este mesmo documento realça, aliás, a necessidade de a PAC responder aos vários desafioseconómicos,ambientais,climáticoseterritoriaisidentificadosnestedomínioatravésdeumamelhor

integração dos seus objectivos e dos de outras políticas da UE e de um ajustamento das suasmedidas em função de tais objectivos (p. 3). O documento reconhece mesmo que a opção de27SEC(2011)1154,18.10.2011.

Desafios

Ambientee

alteraçõesclimáticas

Equilíbrio

territorialSegurançaalimentar

Objetivos

Produção

alimentarviável

Gestão

sustentáveldosrecursosnaturais

ealteraçõesclimáticas

Desenvolvimento

territorialequilibrado

Pagamentos

directosMedidasde

mercado

Desenvolvimento

rural

Competitividadedaagricultura

Gestãosustentáveldosrecursosnaturais

Desenvolvimentoterritorialequilibrado

(incluirelaçõesU‐R)

Instrumentos

futuros

?

Page 57: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

57

integração implica uma alteração significativa na política de desenvolvimento rural: “O resultado

deverá ser uma política mais eficaz, que produza resultados conformes com as prioridades daestratégiaEuropa2020 no âmbitodeumquadro comumcomoutros fundosdaUE, desdequeaspossibilidadessejambemutilizadaspelosEstados‐Membroseregiõesaníveldaprogramaçãoeque

a coordenaçãomais estreita comoutros fundosnãoelimine as sinergias comoprimeiropilar” (p.10).

A orientação final politicamente adotada terá, naturalmente, implicações do ponto de vista da

importância, âmbito e conteúdo da componente “desenvolvimento rural”. Contudo, eindependentementedadecisãoquevierasertomada,ofactodeaComissãoproporanecessidadedemelhorar as relações entre as áreas rurais e as áreas urbanas como fator de desenvolvimento

territorial equilibradodas áreas rurais é significativo, namedida emque se alarga às áreas rurais,visandooseudesenvolvimento,aaplicaçãodeumadimensãotradicionalmentelimitadaàspolíticasdeordenamentodoterritórioeàPolíticadeCoesão.TalboteCourtney(s/data)28sugerem,mesmo,

queoreforçoeaqualificaçãodasrelaçõesurbano‐rurais(erural–urbanas)poderãoviraconstituirumamedidaexplícitadapolíticacomunitáriadedesenvolvimentorural.

FaceaocongelamentonominaldoorçamentoafetoaosegundopilardaPACnopróximoperíodode

programaçãofinanceira,asituaçãopareceserclara:amanutençãodapolíticadedesenvolvimentorural no estrito âmbito do segundo pilar da PAC, mesmo num contexto de possibilidade detransferências entre os dois pilares, penalizará a sua ambição; por oposição, uma política de

desenvolvimentoruralmaisrobustateráinevitavelmentequesebasearnaarticulaçãodediferentespolíticasefundos.

AspolíticasdedesenvolvimentoruralnaUniãoEuropeiatêmestadomuitodependentesdaPolítica

AgrícolaComum,sobretudo,edeformadireta,dodesignadosegundopilar.Noentanto,ummaioralinhamento dos objetivos e instrumentos da PAC com a Estratégia Europa 2020, uma maioraproximaçãoentreapolíticadedesenvolvimentoruraleaPolíticadaCoesãoe,finalmente,asnovas

oportunidadesabertaspelapropostadeRegulamentosobreoscincofundosdoQuadroEstratégicoComum apresentada pela Comissão29, tornando possível a existência quer de instrumentos depolítica financiados por vários fundos quer de programas multi‐fundo (no caso dos Fundos

Estruturais e de Coesão), criam condições favoráveis à emergência de uma nova política dedesenvolvimento e coesão rural. Contudo, a concretização dessa possibilidade implica (Dax et al,201130):

i) Umamenordependência,porcomparaçãocomasituaçãohojeprevalecente,dapolíticadedesenvolvimentoruralemrelaçãoàPAC;

ii) Um entendimento da política rural como um elemento chave da territorialização dedistintosinstrumentosdedesenvolvimentoemáreasrurais;

28 H. Talbot e P. Courtney (s/ data), Improved Urban‐Rural Linkages as an EU Rural Development PolicyMeasure,acedidoem4deDezembrode2011em:http://www.regional‐studies‐assoc.ac.uk/events/2011/april‐newcastle/papers/Talbot.pdf29COM(2011)615final,6.10.2011.30 T. Dax et al, The evolution of EU Rural Policy: linkages of Cohesion Policy and Rural Development Policy,Regional Studies Association Annual International Conference, Sunday 17th ‐ Wednesday 20th April 2011,NewcastleuponTyne,UK.Acedidoa4deDezembrode2011em:http://www.regional‐studies‐assoc.ac.uk/events/2011/april‐newcastle/papers/Dax.pdf

Page 58: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

58

iii) A adoção de uma visão integrada e territorial que supere a dicotomia rural ‐urbano,permitindoreforçaraarticulaçãoecoordenaçãoentrepolíticadedesenvolvimentorural,política regional eoutraspolíticasou instrumentos com incidência relevantenas áreas

rurais;iv) Odesenvolvimentodeestratégias,parceriaseformasdegovernançaterritorialcapazes

dedarumarespostaadequadaàspotencialidadesenecessidadesdedistintoscontextos

territoriaisà luzdoentendimentodepolítica ruraledavisão integradae territorial talcomoforamreferidosnasduasalíneasanteriores;

v) Aintegração,porpartedapolíticaregional,deobjetivosdedesenvolvimentorural.

Os fundamentosdeumapolíticadecoesãoruralpós‐2013, tendocomoreferenciaisestratégicosodocumento Europa 2020 e o Livro Verde sobre a Coesão Territorial 31, têm, aliás, vindo a serformalmente apresentados por responsáveis daDirecção‐Geral para a Política Regional32. Partindo

doreconhecimentodequeénecessáriogarantirumamelhorcoordenaçãoentreosváriosfatoresdedesenvolvimento das áreas rurais (diversificação económica, acessibilidade e serviços de interessebásico,melhoriadocapitalhumano,etc.),ésugeridaumaarticulaçãofuturaefetivaentreoPilarIIda

PACeaPolíticadeCoesão.

A Ação Preparatória “RURBAN ‐ Partnership for sustainable urban‐rural development" 33 tem,justamente, o objetivo de contribuir para identificar formas de fortalecer pontes entre as futuras

políticadedesenvolvimentoruralepolíticaregional,atravésde:

i) Transformação das relações rural‐urbano em fatores de desenvolvimento territorialintegrado;

ii) Identificaçãodeboaspráticasdeparceria territorialquepermitammelhoraras formasde cooperação entre distintos atores e desenvolver e executar iniciativas comunsenvolvendo espaços rurais e urbanos numa ótica de desenvolvimento territorial

integrado.

ApropostadeRegulamentodasaçõesdeapoioaodesenvolvimentoruralpeloFEADERapresentadapela Comissão em Outubro de 201134 sublinha as estratégias de desenvolvimento local com um

importanteinstrumentoeesclarecequeasuaaplicaçãoforadoquadroLEADERemarticulaçãocominstrumentos da Política de Coesão pode envolver atores públicos e privados de áreas rurais eurbanas em torno de parcerias ou estratégias focalizadas num único sector ou em objetivos de

desenvolvimento específicos (p. 19). Esta possibilidade abre, evidentemente, novas oportunidadesdecooperaçãoeintervenção.31COM(2008)616final,6.10.2008.32Ver,porexemplo,aapresentaçãoefetuadaporWladyslawPiskorz,daUnidadedeDesenvolvimentoUrbano–CoesãoTerritorial,noSeminárioCOTER,Varsóvia,em20deOutubrode2011.Acedidoem4deDezembroem:

http://www.google.pt/#sclient=psy‐ab&hl=ptPT&source=hp&q=Rural+Cohesion+Policy+after+2013:+European+Commission+view+Piskorz&pbx=1&oq=Rural+Cohesion+Policy+after+2013:+European+Commission+view+Piskorz&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=s&gs_upl=5629l12069l1l15078l8l6l1l0l0l0l203l858l1.4.1l7l0&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&fp=a488dab613465e86&biw=1024&bih=571

33DecisãodaComissãoC(2011)962,21.02.2011.34COM(2011)627final/2,19.10.2011.

Page 59: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

59

O documento salienta ainda que as estratégias de desenvolvimento local devem incidir sobreespaços com uma dimensão que garanta a obtenção de resultados que contribuam efetivamentepara concretizar as prioridades daUnião em termos de desenvolvimento rural e inovação (p. 20).

Estareferênciaparecedarrazãoaosquedefendemumapolíticadedesenvolvimentoruralbaseadaemgeografiasdeintervençãoflexíveiseadequadasaosobjetivosdefinidoseaosresultadosvisados.Embora a proposta de Regulamente não o diga explicitamente, aquela observação indicia a

vantagemdesealargarautilizaçãodoconceitode“região funcional”aáreas ruraisoua relaçõesrural‐urbanas,nãoorestringindoaregiõesurbanasouàsrelaçõesurbano‐rurais.

4. AgendaurbanaeuropeiaePolíticadeCoesão

A Presidência Polaca revelou‐se igualmente muito dinâmica no que se refere ao debate eesclarecimentodadimensãourbananaPolíticadeCoesãopós‐2013.ApesardeaUniãoEuropeianão

detercompetências formaisnodomíniodaspolíticasurbanas,hámuitoqueascidades integramaagenda das políticas europeias. Durante a Presidência Espanhola deu‐se mais um passo decisivonessesentido,comaaprovaçãodaDeclaraçãodeToledo35.Paraalémdereconheceremotrabalho

desenvolvido neste domínio durante as Presidências anteriores, os ministros responsáveis pelodesenvolvimento urbano aceitaram vir a adotar um programa de trabalho conjunto, designadogenericamentepor“AgendaUrbanaEuropeia”.Sublinharam,ainda,aimportânciadascidadesparaa

concretizaçãodasmetasdaEstratégiaEuropa2020eparaafuturaPolíticadeCoesão.

A preparação do novo ciclo comunitário de programação financeira surge, assim, como umaoportunidadeparadarumamaiorcentralidadeàsquestõesurbanasnocontextodaspolíticasdaUE,tantomais que se apontapara quepelomenos 5%dos recursos FEDER sejamdestinados a ações

integradasdedesenvolvimentourbano sustentável, comparticipaçãodecisivados atores locais nasuagestão(ITIurbanos).

O documento produzido no início da Presidência Polaca sobre estas questões36 define bem estecontextodeoportunidade:nãosetratadeformularumapolíticaurbanacomunitária,masantesde

criarcondiçõesaoníveldaUniãoEuropeia(orientaçõesestratégicasecondiçõesdefinanciamento)favoráveis ao desenvolvimento de intervenções e programas urbanos da iniciativa dos Estados‐Membros, das regiões ou das próprias cidades. A consideração de prioridades urbanas nas

estratégias e políticas pós‐2013 ganha, assim, um relevo acrescido face aos ciclos comunitáriosanteriores.

O documento adota uma visão ampla de “urbano”, que abarca desde o bairro às áreas urbanas

funcionais com limites não necessariamente coincidentes com as delimitações político‐administrativas. Embora reconhecendo a existência de problemas práticos relevantes,nomeadamente do ponto de vista da arquitetura institucional (inexistência de quadro legal e

35Adotada,em22deJunhode2010,pelosMinistrosdaUEresponsáveispelodesenvolvimentourbanono

âmbitodaPresidênciaEspanholadaUE.36MinisterofRegionalDevelopment,UrbanDimensionofCohesionPolicypost2013.BackgroundReport,

Warsaw,July2011.

Page 60: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

60

institucional a esse nível), o documento sugere que o conceito genérico de RUF (região urbana

funcional)divulgadoapartirdediversosestudosESPON37constituiumareferênciamaispertinentedopontodevistadasintervençõesurbanasdoqueascidadestomadasindividualmente.

PublicadonoiníciodaPresidênciaPolaca,estedocumentolançaparadebateadimensãourbanadaPolítica de Coesão pós‐2013, associando‐a a espaços intraurbanos, à cidade consolidada ou

administrativaetambématerritóriosmaisvastos,internamentediversificadosmasfuncionalmenteintegradosapartirdeumagrandecidadeoudeconjuntosdepequenasemédiascidadespróximasentresieorganizadasemrede.

Introduz‐se,assim,deformaexplícitaadimensãodeintegraçãoterritorialnodesenhoeexecuçãode

umanovageraçãodepolíticasdaUE.Trata‐se,noessencial,deáreascompostasporsubconjuntosdiversos,contíguoseinterdependentesdopontodevistaeconómico,socialebiofísicomasquenãocoincidem com espaços de natureza administrativa. Este foco não é novo (relembrem‐se, por

exemplo, intervenções anteriores no âmbito do INTERREG), mas surge agora com uma maiorcentralidadenoâmbitodepolíticasdedesenvolvimentoterritorial.

NumoutrodocumentopreparadopelaPresidênciaPolacasobreadimensãoterritorialdaEstratégiaEuropa 2020 e da Política de Coesão38, as regiões funcionais são consideradas como uma das 5

“chaves‐territoriais”39 para garantir a correspondência entre as prioridades da Estratégia Europa2020eaAgendaTerritorial2020.Asregiõesfuncionaispropostasincluemtantoáreasurbanascomoáreas rurais e são consideradas particularmente decisivas para as cidades de pequena e média

dimensão.

Estasregiõesfuncionaissãoassociadasacincotemasprincipais:

i) Alargamentodosmercadoslocaisdeemprego

ii) Obtençãodemassacríticaatravésdacooperaçãoterritorial

iii) Acessibilidadeapolosdecrescimentoecentrosregionaissecundários

iv) Ligaçõesportransportepúblicoacentrosregionais

v) Cidadescompactas(cidadessustentáveis)

Emtermosdepolíticas,a“chave‐territorial”regiõesfuncionaiséapresentadacomotendoparticular

relaçãocom:

i) Políticaurbana

ii) Políticadetransportes

iii) Políticasdedesenvolvimentonacional/regional/local

iv) Políticadeeducação

v) Políticadesaúde

37ESPON:originariamentedesignadoEuropeanSpatialPlanningObservatoryNetworke,apartirde2008mas

mantendoomesmoacrónimo,EuropeanObservationNetwork,TerritorialDevelopmentandCohesion(http://www.espon.eu/main/).

38MinisterofRegionalDevelopment,HowtoStrengthentheTerritorialDimensionof´Europe2020`andtheEUCohesionPolicy.BackgroundReport,Warsaw,September2011.

39Asoutras4“chaves‐territoriais”são:acessibilidade;serviçosdeinteresseeconómicogeral;capacidadeseativosterritoriais;eredesurbanas.

Page 61: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

61

vi) PolíticadeI&D

vii) Políticaindustrial

viii) Políticaambientalix) Políticadecoesão

Curiosamente, desta listagem de políticas não consta qualquer referência à política dedesenvolvimentorural.

Finalmente, aPresidênciaPolacapreparouumdocumentoque integraos contributos anteriorese

avançanosentidodeconcretizarinstrumentosdeapoioaodesenvolvimentoterritorialnoâmbitodaPolítica de Coesão, desdobrados em duas frentes: dimensão urbana e desenvolvimento local40. Odocumento apresenta e discute 14 opções de política, organizadas sob três ´janelas de

oportunidade`:

i) Integrar as políticas da UE de base territorial com os diversos aspetos de regiõesfuncionaissocioeconómicasougeográficas;

ii) Reforçarosinstrumentosdeapoioaodesenvolvimentodeáreasurbanas;

iii) PromoveradimensãodedesenvolvimentolocalnaPolíticadeCoesão.

Significativamente, as duas primeiras opções de política, integradas na primeira `janela deoportunidade`, incidemsobre regiões funcionaise relaçõesurbano‐rurais, vistas, corretamente,deformainterdependente.

Paraambasasopçõesasquestões‐chavesãoidênticas:desenvolverestratégiasintegradasecomuns

ajustadas às especificidades das distintas regiões funcionais; desenvolver processos adequados decooperação e coordenação; conceber e executar programas integrados associados a problemasespecíficos; garantir umamaior consistência e otimização no que se refere à provisão de serviços

públicos;melhoraraarticulaçãoentreaPolíticadeCoesãoeaPolíticaAgrícolaComum.

Nocasoparticulardoreforçodasrelaçõesurbano‐rurais,sãoidentificadososseguintesobjetivos:

i) Desenvolvimentodacapacidadeempresarialii) Melhoriadocapitalhumanoesocialiii) Melhoriadosserviçossociais

iv) Melhoriadascomunicaçõescomáreasurbanasv) Aumentodacapacidadedeatraçãoresidencialeeconómicaporpartedasáreasrurais

Várias das restantes opções de política complementam as duas primeiras, nomeadamente as quereferem a necessidade de introduzir instrumentos financeiros de apoio a estratégias de

desenvolvimento integrado (opção 3) e de recorrer a análises baseadas em áreas funcionais (cf.ESPON)(opção4).

TambémoParlamentoEuropeuaprovouumaResoluçãosobreaAgendaUrbanaEuropeiaeaFuturaPolíticadeCoesão41emque,deformaexplícita,sedefende,entreoutrosaspetos,anecessidadede

40MinistryofRegionalDevelopment,EffectiveInstrumentsSupportingTerritorialDevelopment.Strengthening

UrbanDimensionandLocalDevelopmentwithinCohesionPolicy,IssuePaper,October2011.41P7_TA‐PROV(2011)0284,de23deJunhode2011.

Page 62: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

62

elos de ligação entre as áreas urbanas e as áreas rurais, de forma a potenciar o desenvolvimento

inclusivoexpressonaEstratégiaEuropa2020(ponto7daResolução),ointercâmbiodeboaspráticassobre estratégias urbano‐rurais e a inscrição de dimensões urbano‐rurais em documentos deplaneamento(ponto14),opapelessencialdascidadesnoestabelecimentodeunidadesgeográficas

funcionais(ponto22)eaotimizaçãodesinergiasentrefundoscomunitáriostendoemvistareforçarasligaçõesentreáreasurbanas,ruraiseperiurbanas(ponto24).

Paralelamente,aComissãoEuropeia(Direcção‐GeralparaaPolíticaRegional)estimulouumdebateintensosobreopapelfuturodascidadesdaUniãoEuropeia,emparticularnocontextodaEstratégia

Europa 2020. A publicação Cities of Tomorrow (2011)42, que apresenta a nova agenda urbana daUniãoEuropeia,defendeaexistênciadeummodeloeuropeudedesenvolvimentourbano,analisaasprincipaisameaçasedesafiosquesecolocamaessemodeloecolocaasquestõesdegovernançano

centrodasrespostasaosdesafiosidentificados.

Nesta publicação adota‐se um conceito amplo de “cidade”, englobando desde as áreas urbanasmorfológicas (a cidade administrativa) às áreas urbanas funcionais (as aglomeraçõessocioeconómicas), em ambos os casos consideradas nos seus respetivos contextos territoriais. A

limitaçãodaexpansãofísicadascidades (urbansprawl)atravésdeummaiorcontrolodaalteraçãodos usos do solo, a obtenção de níveis mais elevados de proteção e qualidade ambiental dosecossistemas urbanos e das áreas adjacentes às cidades (natureza, paisagem, floresta, recursos

hídricos, áreas agrícolas, etc.), o uso mais sustentável de recursos naturais e energia, e,genericamente, o estabelecimento de uma relaçãomais forte e qualificada entre as cidades e asáreas envolventes são considerados aspetos essenciais do modelo europeu de desenvolvimento

urbano.

Na ótica adotada neste documento, o desenvolvimento interno das cidades é indissociável dodesenvolvimentoterritorialdasáreasemquefuncionalmenteseintegram.Odocumentoestabelece,assim, uma relação clara entre omodelo de desenvolvimento urbano desejado para o futuro das

cidadesdaUniãoEuropeia,odesenvolvimentosustentáveldosterritóriosesistemasterritoriaisemque as cidades – morfológicas e funcionais – se integram e a coesão territorial da UE. Oplaneamento,agestãoeagovernançaflexívelemultiníveisdeespaçosurbanos,quantasvezesnão

coincidentescom limitesadministrativos, tornam‐se,portanto,umacondiçãoessencialnãoapenasdodesenvolvimento sustentável das cidades e territórios envolventesmas tambémdeumespaçoeuropeumaisequilibradoecoeso.

5. Umavisãodesíntese

Asobservaçõeseorientaçõessintetizadasnassecçõesanteriorestêmgrausdeprecisão,estabilidadee vinculação política bastante distintos. Mas vistas em perspetiva, isto é, consideradas quer no

contextodahistóriarecentedosváriosdomíniosdeaçãocomunitáriaemcausa(PolíticadeCoesão,PAC/Políticadedesenvolvimentorural,agendaurbanaeuropeia)quercomparandoaspropostaselinhas de debate, nem sempre convergentes, desencadeadas a partir de sedes institucionais,

comunitáriasedosEstados‐Membros,distintas,épossívelidentificar,nunscasos,ededuzirouintuir,noutros, opçõeseespaçosdeoportunidadequeganhamemser exploradas apartir das visõesderegiãofuncionaledasrelaçõesentreáreasurbanaseáreasrurais.

42EuropeanCommission,CitiesofTomorrow.Challenges,Visions,WaysForward,DirectorateGeneralfor

RegionalPolicy,Brussels.

Page 63: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

63

Nestasecçãofinalapresenta‐seummapeamentodesíntesedosprincipaisdocumentosdereferência

eassinalam‐seasrelaçõesdeinfluênciamaisrelevantesexistentesentreeles(Figura2).

Estemapeamentopermitesalientardoisaspetosprincipais:

i) Adiferenciaçãoentredocumentosepolíticascomnaturezavinculativadistinta,opondodecisões e políticas comunitárias (Política da Coesão, Política Agrícola Comum) adomínios que não são da competência daUnião Europeia (ordenamento do território,

cidades);ii) Aimportância,paraumamelhorarticulaçãoecoordenaçãoentreessasduasfileiras,do

novo objetivo de coesão territorial consagrado no Tratado de Lisboa, dos esforços de

crescente territorialização das políticas públicas e, a um nível mais operacional, daexplicitaçãodocontributodaAgendaTerritorial2020paraaconcretizaçãodosobjetosemetasdaEstratégiaEuropa2020.

Figura 4. Evolução recente das questões sobre relações urbano‐rurais e regiões funcionais no

quadrodaspolíticasdaUniãoEuropeia:documentosdereferência2010‐11

TratadodeLisboa(coesãoterritorial)

5ºRelatóriodaCoesão(Nov.2010)

Pacotelegislativo(enquadramentofundos

comunitários)(Nov.2011)

AgendaTerritorial2020(Maio2011)

ConclusõesPoznan(Nov.2011)

PACnohorizonte2020(Nov.2010)

DeclaraçãodeToledo(Junho2010)

CitiesofTomorrow(Set.2011)

Agendaurbanaeuropeia

TerritorializaçãodaspolíticaspúblicasPolíticade

desenvolvimentorural

PolíticadeCoesão

Outraspolíticassectoriaiscom

dimensãoespacial

EstratégiaEuropa2020(Março2010)

LivroVerdeCoesãoTerritorial(2008)RelatórioBarca(2009)

(place‐basedapproach)

Page 64: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

64

Page 65: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

65

AnexoIII

Iniciativasbaseadasnoconceitode´regiãofuncional`

Page 66: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

66

Iniciativasbaseadasnoconceitode´regiãofuncional`

Acaracterizaçãoqueseseguedas iniciativasbaseadasnoconceitode ´região funcional` resultadaaplicação de um questionário realizado a especialistas internacionais com prática de consultoria

junto dos governos nacionais e de organismos comunitários e internacionais. Procurou‐se destaformareunirecompararinformaçãodiversificadaerobustanãoapenassobrepolíticas,estratégias,planoseprogramasrecentes,mastambémsobreperspetivasfuturaseprocessosdenegociaçãoem

curso.

Oquestionárioestáestruturadoem2partesdistintas.

AParte1refere‐seainiciativasdesenvolvidasduranteoatualperíododeprogramaçãocomunitária,

isto é, 2007‐2013. Inclui apenas duas questões, em que se solicita a indicação de experiências(estratégias,programas,planos,etc.)baseadasem´regiõesfuncionais`quetenhamtidosucessoouque, pelo contrário, falharam ou não foram sequer concretizadas. As respostas a estas questões

permitem elaborar fichas de referência baseadas em casos concretos dos países de origem dosinquiridos.

A Parte 2 diz respeito ao próximo período de programação comunitária, ou seja, 2014‐2020. Está

divididaemduassecções(2.1e2.2).Asecção2.1inclui12questõesqueprocuramavaliaraopiniãodos inquiridos acerca das perspetivas para esse período no que se refere às várias componentessubjacentesaintervençõesbaseadasnoconceitode´regiãofuncional`:

i) Importância do conceito (Q1) e critérios (Q2) e indicadores (Q3) para a sua

operacionalização;ii) Relação do conceito com estratégias de desenvolvimento integrado e inclusivo (Q4),

domínios preferenciais de política (Q5), política comunitária de desenvolvimento rural

(Q6), potenciais promotores e beneficiários (públicos‐alvo) (Q7) e intervençõesintegradascoincidentescomespaçospolítico‐administrativos(Q8);

iii) Condiçõesdeconcretizaçãodeintervençõesbaseadasem´regiõesfuncionais`doponto

devistadosinstrumentosfinanceiros(Q9),dosmecanismosdegovernança(Q10)edosinstrumentosdeplaneamento(Q11);

iv) Principais lições a retirar para o próximo período de programação comunitária de

iniciativasanterioresbaseadasnoconceitode´regiãofuncional`(Q12).

A secção 2.2 incide sobre o processo de preparação e negociação em curso e visa identificar asposições dos governos dos países dos especialistas inquiridos em relação à possibilidade deintegrarem nos seus futuros Contratos de Parceria com a Comissão Europeia iniciativas de

desenvolvimentoterritorialbaseadasnaperspetivade´regiãofuncional`.

Deseguidaapresentam‐se:

i) Listadeconsultoresinternacionais;ii) Questionárioenviado;iii) Sumáriodospontosfortesefracosdasiniciativasidentificadas;

iv) Caracterizaçãodasiniciativasidentificadas.

Page 67: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

67

Quadro5–Composiçãodopaineldeperitosinternacionaisconsultados

BasWaterhout

ProfessorAssistente,Dep.EstudosUrbanosOnderzoeksinstituutTechnischeUniversiteitDelft,OTB‐TUDelft,Holanda.

PeritoemOrdenamentodoTerritórioEuropeu.ConsultordaAgênciaNacionalHolandesaparaoOrdenamentodoTerritório.InvestigadornosprojetosESPON1.1.1e1.1.2(desenvolvimentopolicêntricoerelaçõesurbano‐ruraisnaEuropa).

BueNielsen

AssessorSénior,MinistériodoAmbiente,AgênciaparaaNaturezaeFloresta,DepartamentodeOrdenamentodoTerritório,Dinamarca.

ParticipantediretonostrabalhosdesenvolvidosnocontextodaPresidênciaDinamarquesa(2012).

ElioManti

CoordenadorSénior,Direção‐GeraldoDesenvolvimentoSustentável,ClimaeEnergia,MinistériodoAmbienteedatuteladoTerritórioedoMar,Itália.

JoaquínFarinós‐Dasi

ProfessornoDepartamentodeGeografia,UniversidadedeValência,Espanha.

PeritoemPlaneamentoEspacialEuropeu.ConsultordoGovernoEspanhol.InvestigadornosprojetosESPON2.1.2(Governançadaspolíticasurbanaseterritoriais)eTERCOCooperaçãoterritorialEuropeiacomofatordecrescimento,empregoequalidadedevida.

MarkTewdwr‐Jones

ProfessordePlaneamentoEspacialeGovernancanaBartlettSchoolofPlanning,UniversityCollegeLondon,ReinoUnido.

• ConsultoremOrdenamentodoTerritórioaoníveldaComissãoEuropeia,doGovernodoReinoUnidoedosExecutivosdoPaísdeGalesedaEscócia.ConsultordeváriasRegionalDevelopmentAgencies,daLondonAssemblyedaCountrysideAgency.

PaulCourtney

ProfessordeEconomiaRuralnaCountrysideandCommunityResearchUnit,UniversityofGloucestershire,ReinoUnido.

• InvestigadordoprojetoEDORA.Peritoemaspetossociaiseespaciaisdeeconomiaruralecooperaçãoterritorial.

ThiemoEser

Assessor,MinistériodoDesenvolvimentoSustentáveleInfraestruturas,Luxemburgo.

• Responsávelpelosassuntoseuropeusdaautoridadegestoradoprogramaespon2013edasuaunidadedecoordenação.

UmbertoJaninRivolin

ProfessornoDepartamentoInteruniversitáriodeEstudosTerritoriaisePlaneamentodaUniversidadedeTurim,Itália.

• CONSULTORDOGOVERNODEITÁLIAEDACOMISSÃOEUROPEIA,PERITOEMDESENVOLVIMENTOREGIONALETERRITORIALEUROPEU.

Page 68: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

68

Questionárioenviadoaopaineldeperitosinternacionais

‘FunctionalRegions,Urban‐RuralRelationshipsandPost‐2013EUCohesionPolicy’

EuropeanExpertsSurvey

Context:StudycommissionedbythePortugueseEconomicandSocialCouncil.

ObjectivesoftheStudy:

(i) To analyse the opportunities created by the inclusion of references to ‘functionalregions’ inEUdocumentsandproposed regulations for theEU financial framework for2014‐2020;

(ii) To identify tangibleways tomake thebestof thoseopportunities in the frameworkofthe Partnership Contract to be established between the European Commission andPortugalforthe2014‐2020period.

ObjectivesoftheSurvey:

(i) Toidentifyrecentexamples(2007‐2013)oftheuseof‘functionalregions’inEUcountriesinordertooutlineabenchmarkingframework;

(ii) To collect information about how other member‐states are thinking about thedevelopment of ‘functional regions’‐based policy instruments for the EU financial

frameworkfor2014‐2020.

Definitionof‘functionalregion’

In this context, ‘functional regions’ are sub‐regional spatial units, non‐overlapping with political‐administrativeboundariesandwithrelevantlevelsof(realorpotential)internalinterdependency.

The definition of ‘functional regions’ may reflect: i) a urban‐rural perspective (e.g. commuting

patterns,etc.); ii)a rural‐urbanperspective (e.g.access topublicgoodsandservicesby ruralareasinhabitants, etc.); or iii) a transversal perspective (e.g. integratedmanagementof ecosystems thatcrossbothurbanandruralterritories;midandsmallsizecitiespolycentricdevelopmentstrategies,

etc.).

The following textbox clarifies the use of the concept of ‘functional region’ in the context of thisstudy.

Page 69: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

69

Textbox1.Thefeaturesof‘functionalregions’

Source1‐MinisterofRegionalDevelopment,HowtoStrengthentheTerritorialDimensionof´Europe2020`

andtheEUCohesionPolicy.BackgroundReport,Warsaw,September2011Thisdocumentassociates‘functionalregions’to5keythemes:

Theenlargementoflocaljobmarkets Theachievementofcriticalmassthroughterritorialcooperation; Theaccessibilitytogrowthpolesandsecondaryregionalcentres; Thepublictransportconnectionstoregionalcentres Thecompactcities(sustainablecities)

Thisdocumentconsidersthat‘functionalregions’mayhaveparticularlinkswith:

UrbanPolicy TransportPolicy Local/Regional/NationalDevelopmentPolicies EducationPolicy HealthPolicy R&DPolicy IndustrialPolicy EnvironmentalPolicy CohesionPolicy RuralDevelopmentPolicy

Source2‐MinistryofRegionalDevelopment,EffectiveInstrumentsSupportingTerritorialDevelopment.StrengtheningUrbanDimensionandLocalDevelopmentwithinCohesionPolicy,IssuePaper,Warsaw,October2011Thisdocumentlinksthestrengtheningofurban‐ruralrelationshipswiththefollowingobjectives:

Thedevelopmentoftheentrepreneurialcapacity Theenhancementofhumanandsocialcapital Theenhancementofsocialservices Theenhancementoflinkageswithurbanareas Theincreaseoftheresidentialandeconomicalattractivenessofruralareas

Source3‐OECD(2011)‐PartnershipsandRural‐UrbanRelationships:AnOECDPerspective.OECD,Paris

Thisdocumentdefinesurban‐ruralrelationshipsinfivedimensions:

Exchangesofservices:usersofservicesinruralareasandpublicgoodsconcentratedinurbanareas,andurbanusersofservicesandpublicgoodsinruralareas;

Exchangesofgoods:ruralproductsdemandedinurbanareasandurbanproductsdemandedinruralareas;

Exchangesoffinancialresources; Theinfrastructurethatconnectsthesetwotypesofareas:roads,highways,rail,airports,energy,

water,andresidualsnetworksandflows,broadbandandtelecommunicationconnections; Mobility:migrations(ruralexodus,ruralattraction)andcommutetoworkflows.

Page 70: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

70

PART1.Recentorongoing‘functionalregions’‐basedinitiatives(2007‐2013)

Q1. Fill in the table bellow taking into account the objectives of the study, the definition of‘functionalregion’andadditional informationpreviously listed(Textbox1).List,oneperrow,threerelevant examples of ‘functional regions’‐based initiatives (i.e. strategies, programmes, plans,legislation,etc.)developedinyourcountryduringthe2007‐2013period.

Example1 Example2 Example3

NameofthePolicyInitiative

(Startandenddate)

Instrument

(Strategy,Programme,Plan…)

Underlyingconceptof´functionalregion`;Delimitationcriteria

Objectives

Domainsofintervention

Entityresponsiblefortheinitiative

GovernanceSystem

FinancingSystem

EvaluationAvailable?

(Reference,websites,etc…)

PersonalAssessment

StrongPoints

WeakPoints

Note:Allinformationmustbefactual,withtheexceptionofthepersonalassessmentcolumns.

Q2.Identifyandbrieflycharacteriseexamplesof‘functionalregions’‐basedinitiativesthatmayhavebeenprepared,debatedandanticipatedinthe2007‐2013periodbuthavefailedtobeimplemented.Outlinethereasonsbehindsuchfailures.

Page 71: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

71

PART 2. ‘Functional regions’‐based initiatives for the forthcoming 2014‐2020 EU financialframework

1.1. FuturePerspectives

TheEuropeanCommissionproposalsforthe5FundsoftheCommonStrategicFrameworkaswellasseveralotherstrategicdocumentsletbelievethattheconceptof‘functionalregion’willbeimportantinthedesignandimplementationofsomeinstrumentsofEUcohesion,ruraldevelopmentandevenspecific sectoral policies in the 2014‐2020 financial programming period (See Textbox 1). In youropinionandasfarasyourcountryisconcerned:

Q1. How important are the new geographies of analysis and intervention based on ‘functionalregions’(i.e.city‐regions,metropolitanareas,polycentricurbanagglomerations,etc.)forperformingterritorial diagnoses and for the design and implementation of place‐based policies in theforthcoming2014‐2020EUfinancialframework?

Q2.Which is(are)themostadequatecriteriatooperationalisetheconceptof ‘functionalregions’?(e.g.commuterflows,ecosystems,etc?)

Q3.Whatarethemostadequateindicatorstooperationalisetheconceptof‘functionalregions’?

Q4.Whencanthestrengtheningandqualificationoftheurban‐rural(andrural‐urban)relationshipsact as a factor of integrated and inclusive development? In other words, what kind of synergiescan/shouldbedevelopedbetweenurbanandruralareasinordertopromoteterritorialcohesionandtheintegrateddevelopmentofa‘functionalregion’?

Q5. Inwhich policy areas, andwithin them inwhich sub‐domains,may the concept of ‘functionalregion’ be better put to use in the design and implementation of new policy instruments for the2014‐2020period?(e.g.allpolicyareaslistedintextbox1plusEnergyandNaturalResourcesPolicy,ClimateActionPolicy,etc.)

Q6. To which extent can the strengthening and qualification of urban‐rural (and rural‐urban)relationshipsbecomeanexplicitpolicymeasureintheEUruraldevelopmentpolicy?

Q7.Whoshouldbethemainpromotersandbeneficiaries(target‐audiences)of‘functionalregions’‐basedinterventions(i.e.strategies,plans,programmes)?

Q8.What relationship could or should exist between ‘functional regions’‐based interventions andotherterritorial‘administrativeunits’‐basedintegratedinterventions?

Q9. The European Commission’s proposed set of rules for future structural funds includes newfinancial instruments, such as: the integrated territorial investments (ITI), of both top‐down andbottom‐up nature; and the community‐led local development initiatives, of bottom‐up nature. Towhich extentmay the concept of ‘functional region’ contribute towards the operationalisation ofsuchinstruments?

Q10. The use of ‘functional regions’ in the design and implementation of development strategies,policies andprogrammes requires territorial coordination, cooperationandpartnershipsaswell asflexibleandmultilevel formsof territorialgovernance.Whatarethekeyrequisites for theefficientgovernanceof‘functionalregions’‐basedinterventions?

Q11.Towhichextentshould‘functionalregions’andthestrengtheningofurban‐ruralrelationshipsbe explicitly integrated in planning instruments so that the former can be effective? And whatplanninginstrumentsarebettersuitedforthatpurpose?

Page 72: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

72

Q12.Whatare themain lessons tobe learned frompreviouspolicydesignand implementation in‘functional regions’ that canhelp inform future instruments tobedeveloped in the contextof theforthcomingEUfinancialframeworkfor2014‐2020?

1.2. PresentSituation

Q13.Inyourcountry,isitalreadyunderwayadebateabouthowtomakethebestoftheconceptof‘functional regions’ in the design and implementation of new development initiatives for the EUfinancialframeworkfor2014‐2020?

IfYES:

Example1 Example2 Example3

NameofthePolicyInitiative

(Startandenddate)

Instrument

(Strategy,Programme,Plan…)

Underlyingconceptof´functionalregion`;Delimitationcriteria

Objectives

Domainsofintervention

Entityresponsiblefortheinitiative

GovernanceSystem

FinancingSystem

CurrentStatus

IfNO:

Do you foresee any future use of the concept of functional region, either by public, private orassociative entities, in the development and implementation of any initiatives (i.e. strategies,programmes,plans,etc.) tobedeveloped in thecontextof thenextEU financial framework2014‐2020?

• IfYES:i) Inwhichdomainsofintervention?ii) Withwhatobjectives?iii) Bywhatkindofactors?

• IfNO:whatarethemainobstaclespreventingitsuse?

Page 73: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

73

Sumáriodospontosfortesefracosdasiniciativasidentificadas

Pontosfortes

Abordagempluri‐sectorialeplaneamentointegrado

.Amplacoberturasectorial

.Amplavariedadedetemasabordados

.Promoçãodeacçõesdedesenvolvimentointegradodeváriascidades

.Integraçãodasdimensõesambiental,socialeterritorial

.Evitapolíticasfragmentadasqueabordamseparadamenteosproblemas

.Reforçasinergiaseacoerênciadaspolíticas

.Coerênciaprogramática

.Planeamentointegradodaproduçãoedistribuiçãodeenergiarenovável

.Visãoeabordagemmulti‐sectorial,abrangendosectores‐chave

.Combinamatériasdeusodosolo,económicas,deinfraestruturas,habitação,ambienteepaisagem

.Combinapolíticasdeusodosoloedapaisagem(espaçopúblico,serviçosambientaiseruraisparaasáreasurbanas)

.Coordenaçãodepolíticassectoriaiséoprincipalveículoparaadefiniçãodaspolíticasnacionais

.Abrangênciageográficaetemática

.Osobjectivosprioritáriosreforçam‐semutuamente

Cooperaçãointermunicipal/intergovernamental

.Processocooperativodetomadadedecisões

.Abrangeumgrandelequedeautoridadesruraiseurbanas

.Enfoquenovaloracrescentadodasubsidiaridade

.Processocooperativodetomadadedecisões

.Abordagemparticipativanapromoçãododesenvolvimento

.Reforçasinergiaseacoerênciadaspolíticasatravésdeintervençõesconjuntas

.Consolidaçãoderelaçõeshorizontaisentremunicípiosemtornodepráticassustentáveis

.Gestãoparticipadadeinfraestruturasenergéticaseserviçospúblicosesociais

.Trocadeexperiênciaeboaspráticas

.Estabelecerelacionamentosaváriosníveis(regional/local;urbanismo/ordenamentodoterritório;planeamentoespacial/económico)

.Boacoordenaçãoentreonívellocaleonívelregional

.EstabelececompromissosentreparceiroseGovernocentral

Visãocomumparaofuturodaregião/perspectivadelongoprazo

.Visãocomumparaocrescimentodascidadesdaregião

.Integraestratégiaslocaisnumavisãoregionalcomum

.Interesseemdesenvolverumavisãodocontextometropolitano

.Trata‐sedeumainiciativacomumaperspectivadelongoprazo

.Umavezabsorvidapelosactoresrelevantes,podeviraserumaestratégiabemsucedidanolongoprazo

Page 74: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

74

Empenhopolítico

.Vontadepolíticaparaadotaranoçãodeáreasurbanasfuncionaisenquantomodeloterritorialparaoplaneamentoespacial

.Liderançapolíticaanívelregional

.Empenhopolíticodogovernoregionalemdesenvolverplanosespaciaissub‐regionais

.Oprojectoconstituiuum‘abrir‐de‐olhos’paraospolíticos.AIdeiapareceterpreenchidoumvácuopolítico,centrandoodebatenaquestãodecomotrabalharconjuntamenteparaaGrandeRegiãoeemquedirecção

Pragmatismoestratégico

.Políticaspragmáticasquetraduzemintençõesestratégicasemaçõesconcretas

.AestratégiaéumcatalisadordeprojetosparaocrescimentosustentáveldaRegião

.Dadossãogeográficaeestatisticamentecomparáveis

.Enfoquenareabilitaçãourbanaenaprovisãodehabitaçãonumaáreaemcrisepós‐industrialemprocessodereconversão

Continuidadedeexperiênciasanteriores

.Apoia‐senumaantigatradiçãodeplaneamentodedimensãometropolitana(desde1953),queapenasagoraestáaserconcretizada

.Relaciona‐secomoutrasexperiênciasanterioresnaáreadoPlaneamentoEstratégicoMetropolitano

.Relaciona‐secomexperiênciaseiniciativasdeplaneamentoanteriores

Pontosfracos

Resistêncialocal

.Osmunicípiostendemaseguirestratégiasdeíndolepredominantementelocal

.Osmunicípiosresistemàsdelimitaçõesimpostasporumapolíticacoletivaparaaregião

.Nemtodososmunicípiosrespeitamasdecisõestomadasanívelregionalnosseusplanosdedesenvolvimentoterritoriallocal

.Osucessodependedefatorescomoapredisposiçãoparasubordinarpolíticasnacionais/regionaisaumavisãoestratégicasupranacional

Escalatemporaldasiniciativas

.PeríodotemporaldemasiadocurtoparaaimplementaçãodoPlanodeNegócios

.Processomoroso,dependentedemuitosfatoresexternos

.Émuitocedoparaavaliarasuarealeficácia

.Nãoexistemresultadosrápidosefáceis

Outraslimitações

.Nãocobretodaaáreametropolitana

.Cobreapenasumaregião

.Excessivamentedependentesdosciclospolíticos

.Trata‐sedeuminstrumentodeplaneamentotradicional(nosmoldesemfoidesenvolvido)

.Competiçãoentreentidadesgovernamentaiseentrediferentesagendas

Page 75: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

75

Índicedasiniciativasidentificadas

1. PartnershipforUrbanSouthHampshire,PUSH(2011‐2013)

2. LeedsCityRegionLocalEnterprisePartnership,LEP(2006‐2016)

3. Sjællandsprojektet–Projecto‘deEstrutura’paraaRegiãodeZealand(2010‐2030)

4. Trekantområdet‐TriangleUrbanRegion(c.1990–)

5. Østjyllandsprojektet–ProjectEastJutland(2010‐)

6. PianificazioneStrategicadiAreaVasta–Puglia(2007–2013)

7. Green(Sustainable)Communities(2007‐2013)

8. PONRicerca:SmartCities/CommunitiesandSocialInnovation(2011‐)

9. PianiIntegratidiSviluppoUrbano–Sicilia,Campania(2007–2013)

10. SheffieldCityRegionTransportStrategy(2011‐26)

11. WestofEnglandmulti‐areaagreement(2010‐)

12. PlaTerritorialMetropolitàdeBarcelona(2010‐)

13. PlanTerritorialParcialdelÁreaFuncionaldeBilbaoMetropolitano(2006,alteradoem2010‐)

14. PlandeOrdenacióndelTerritoriodelaaglomeraciónurbanadeSevilla(2009‐)

15. ProgrammeDirecteure:objectivesVandVIIofthestrategicplanningguidance (2003‐ )and

IVL‐IntegrativesVerkehrs‐undLandesentwicklungskonzept(2004‐)

16. Metroborder‐Cross‐borderpolycentricmetropolitanregionintheGreaterRegion(2011‐)

17. AIT‐Ambitidi integrazioneterritoriale(Áreasde integraçãoterritorial)e.g.PiedmontRegion

(2011‐)

18. AIL–Ambientiinsediativilocali(Ambientesdosassentamentoslocais)(1996‐)

19. RegionalSpatialStrategies(e.g.NorthWestofEnglandPlan‐RSSfor2021)(2010‐2021)

20. Structuurvisie Infrastructuur en Ruimte (SVIR) ‐ Structure Vision for Infrastructure and

Territory(2010)

21. MIRT‐TerritorialAgendaNorthWestNetherlands(2009‐2030)

22. StedenbaanPlus(2010‐2020)

Page 76: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

76

1.PartnershipforUrbanSouthHampshire,PUSH(2011‐2013)ReinoUnido

Tipodeinstrumento .Estratégia(sustentadaporPlanodeNegócios):Multi‐areaagreement(MAA)*

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Rededecidadesinterligadasporrelaçõesfuncionais,sinergiasecomplementaridades

.Contextoterritorialpropícioasinergiasentrenegócioseiniciativasempresariais;noçãoqueosdomíniosdeintervençãoatravessamfronteirasadministrativas

Critériosdedelimitação .Limitesadministrativossub‐regionais,incluindotrêsmunicípios

Objetivos .Promoverosucessoeconómicoatravésdadiversificação.Promoverhabitaçãoemcomunidadessustentáveis.Reduziradesigualdadeeascarências.Promoverumamelhorqualidadedevida.Investireminfraestruturassustentáveis

Domíniosdeintervenção .Emprego,desenvolvimentoeconômico,competências,habitação,transportes,alteraçõesclimáticas

Entidaderesponsávelpelainiciativa .HampshireCountyCouncil

Sistemadegovernança .Parceria

Sistemadefinanciamento .FinanciamentodaAutoridadeLocal

Referências/Informaçãosuplementar: www.push.gov.uk

Avaliação

Pontosfortes: .Amplacoberturasectorial

.Forteparceriaabrangendo3cidadeseáreaslogísticasdohinterland

.Forteéticadesustentabilidadedaestratégia

Pontosfracos: .PeríodotemporaldemasiadocurtoparaaimplementaçãodoPlanodeNegócios

Observações

EmconformidadecomosobjetivosdaPUSH,5painéistemáticospartilhamaresponsabilidadedesupervisionaredirigiraaplicaçãodoPlanodeNegócios.Ospainéissãocompostosporprofissionaisdasorganizaçõesparceirasefuncionários‐chavedogovernomunicipalecentram‐senosseguintestemas:

‐Desenvolvimentoeconómico

‐Habitaçãoeplaneamento

‐Sustentabilidadeeinfraestruturassociais

‐Recursosefinanciamentoexterno

‐Qualidadedoslugares

OPlanodeNegóciostem3propósitosfundamentais:

‐DemonstraravisãoambiciosaqueaPUSHtemparaSouthHampshireeasmedidasqueestãoasertomadasparaa

pôremprática

‐DemonstrarcomoaPUSHirátrabalharcomseusparceiros

‐IncentivaroinvestimentodossectorespúblicoeprivadoemSouthHampshire

*MAA:conjuntodeplanosepropostasparamelhoraraperformancedeumadeterminadaáreageográfica,negociadosentreumgrupodeautoridadeslocais,aumnívelsub‐regionaloudecidade‐região.

Page 77: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

77

2.LeedsCityRegionLocalEnterprisePartnership,LEP(2006‐2016)ReinoUnido

Tipodeinstrumento .Estratégia:ParceriaEmpresarialLocalCidade‐Região(CityRegionLocalEnterprisePartnership(LEP)

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Cidade‐região

.Contextoterritorialpropícioasinergiasentrenegócioseiniciativasempresariais

Critériosdedelimitação .Áreageográficaeeconómicacomum

Objetivos .DesenvolverumaCidadeRegiãointernacionalmentereconhecida

.Aumentaraperformanceeconómica

.Disseminarprosperidadeemtodaacidade‐região

.Promoverumamelhorqualidadedevidaparatodososquevivemetrabalhamnaregião

Domíniosdeintervenção .Planeamentoespacial,habitação,transportes,desenvolvimentoeconómico

Entidaderesponsávelpelainiciativa .LeedsCityRegionLeadersBoard,ConselhodeLíderesformadopelosmembroseleitosdas11AutoridadesLocaisqueintegramaparceria

Sistemadegovernança .Parceriapúblico‐privadaintermunicipal

Sistemadefinanciamento .Nacional/regional:

‐FundodeCrescimentoRegional(RegionalGrowthFund)

‐FundoparaLugaresemCrescimento(GrowingPlacesFund)

Referências/Informaçãosuplementar: www.leedscityregion.gov.uk

Avaliação

Pontosfortes: .Enfoquenovaloracrescentadodasubsidiaridade

.Policentrismo

.Abertoaprojectosdegrandeescala

.Amplavariedadedetemasabordados

.Abrangeumgrandelequedeautoridadesruraiseurbanas

Pontosfracos:

Observações

ACidadeRegiãodeLeedsrepresentaaeconomiade11AutoridadesLocais,abrangendo3milhõesdehabitantes,umaforçadetrabalhoresidentede1,5milhões,106.000empresaseumaeconomiaanualde£53biliões.

Muitorecentemente(em2deAbrilde2012),aLEPdaCidadeRegiãodeLeedslançouumanovazonaempresarial–aAireValleyLeedsenterprisezone–com142hectares,queseesperavirapromover7.000empregose£550mdeactividadeeconómicaadicionalaté2025.

Page 78: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

78

3.Sjællandsprojektet–Projecto‘deEstrutura’paraaRegiãodeZealand(2010‐2030)Dinamarca

Tipodeinstrumento .Estratégia

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Rededecidadesinterligadasporrelaçõesfuncionais,sinergiasecomplementaridades

Critériosdedelimitação .Baciadeemprego:regiãodefinidapormovimentospendularescasa‐trabalho

Objetivos .Projetodeinfraestruturaurbanaàescalaregional

.Desenvolverumaestratégiacomumdetransportespúblicosehabitação

.Promovercidadesatraentesemaisempregosnaregião

.Adaptaçãoàsalteraçõesclimáticas

Domíniosdeintervenção .Planeamentoespacial,habitação,transportes,desenvolvimento

económico,alteraçõesclimáticas

Entidaderesponsávelpelainiciativa .ConselhoRegionaldeZealande17municípiosdaregião

Sistemadegovernança .Parceriaintermunicipal

Sistemadefinanciamento .Nãoidentificado

Referências/Informaçãosuplementar: http://www.naturstyrelsen.dk/Planlaegning/Projekter/Sjaellandsprojektet/

Avaliação

Pontosfortes: .Visãocomumparaocrescimentodascidadesdaregião

Pontosfracos: .Nemtodososmunicípiosrespeitamasdecisõestomadasanívelregionalnosseusplanosdedesenvolvimentoterritoriallocal

Observações

Em2008,os17municípiosdaRegiãodeZealandeosMinistériosdosTransportesedoAmbienteassociaram‐sevoluntariamentenumprojectointegradodedesenvolvimentourbanoedeinfraestruturasdetransportesustentáveisàescalaregional,tendoemvistaacriaçãodeemprego;areduçãodotransporteindividualedasemissõesdeCO2;eoaumentodaresiliênciaeauto‐suficiênciadaregião.

Page 79: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

79

4.Trekantområdet‐TriangleUrbanRegion(c.1990–)Dinamarca

Tipodeinstrumento .EstratégiaePlano

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Redepolicêntricade6cidadesdepequenadimensãointerligadasporrelaçõesfuncionaisnãohierárquicas

Critériosdedelimitação .Limitesadministrativos

Objetivos .Fortaleceracooperaçãoentreosmunicípios

.TornararegiãoconhecidanaDinamarcaenaEuropa

.Promoveraregiãoenquantoumbomlugarparaviverefazernegócios

.Promoverprojetosemqueosmunicípiostrabalhemcomempresaseinstituiçõesdeensino

.Melhorarascondiçõesdeenquadramentodosectorpúblicocomosectorprivado

Domíniosdeintervenção .Negócios,educação,transportes,planeamentourbano,culturaealteraçõesclimáticas

Entidaderesponsávelpelainiciativa .AssociaçãointermunicipaldirigidaporumconselhocompostopelosmayorsdosseismunicípiosdaRegião

Sistemadegovernança .Parceriaintermunicipal

Sistemadefinanciamento .Nãoidentificado

Referências/Informaçãosuplementar: http://www.trekantomraadet.dk/

Avaliação

Pontosfortes: .Processoconjuntodetomadadedecisões

.Aestratégiaéumcatalisadordeprojectosqueprocurampromoverocrescimento

sustentáveldaRegião

Pontosfracos: .Osmunicípiostendemaseguirestratégiasdeíndolepredominantementelocal

Observações

AregiãoDinamarquesaTriangleUrbanRegionéumaáreaemcrescimento,ondeexisteumafortecooperaçãoentreosváriosactoreseagentes.ARegiãopretendeafirmar‐se,nacionaleinternacionalmente,enquantoumaáreadecrescimentoeconómicocomcondiçõesúnicasdeenquadramentoparaasempresasedequalidadedevidaparaaspessoas.

Page 80: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

80

5.Østjyllandsprojektet–ProjectEastJutland(2010–)Dinamarca

Tipodeinstrumento .Estratégia

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Áreametropolitana.ProjectocomumdecooperaçãoedesenvolvimentodagranderegiãodeEastJutland,incluindo17municípiose3grandesbaciasdeemprego

Critériosdedelimitação .Limitesadministrativosebaciasdeemprego

Objetivos .Combaterocrescimentourbanodisperso(sprawl)

.Reduziracongestãoviária

.Defenderapaisagem

.Integrarplaneamentourbanoetransportepúblico

.Minimizarosimpactosdocrescimentourbanonanatureza

.Promoveracooperaçãointermunicipal

Domíniosdeintervenção .Negócios,paisagem,transportes,habitação,planeamentourbano,envolvimentodestakeholders

Entidaderesponsávelpelainiciativa .MinistériodosTransportes,MinistériodoAmbientee17municípios.

Sistemadegovernança .Parceriaintermunicipal

Sistemadefinanciamento .Nãoidentificado

Referências/Informaçãosuplementar: http://www.naturstyrelsen.dk/Planlaegning/Landsplanlaegning/Samarbejde.htm

Avaliação

Pontosfortes: .Processocooperativodetomadadedecisões

Pontosfracos: .Municípiosresistemàsdelimitaçõesimpostasporumapolíticacolectivaparaaregião

Observações

Duranteaúltimadécada,aregiãodeEastJutlandregistouumfortecrescimentodoempregoeconsequentespressõesdemográficaseurbanísticasqueameaçamhojeaqualidadedoambienteedapaisagem.

OProjectodecooperaçãoparaEastJutlandfoiformalmenteconstituídoem14Junhode2010,entreosMinistérioseosMunicípios,combasenumconjuntoderecomendaçõesparaumdesenvolvimentourbanodaregiãoquebeneficieempresas,cidadãos,apaisagemeanatureza.Entreoutrasrecomendaçõesdestaca‐seapromoçãodemaisempregoehabitaçãojuntoàsestaçõeseterminaisdetransportepúblico(TOD)comoformadereforçarosistemadetransportesepreservarapaisagem.

OProjectodesenvolveuaindaumasoluçãodeWebGIScominformaçãogeo‐referenciadacomumaoterritóriodosmunicípios,incluindotendênciasdemográficas,densidadesdeconstrução,padrõesdemobilidadeeidentificaçãodeterrenosnãourbanizados.

Page 81: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

81

6.PianificazioneStrategicadiAreaVasta–Puglia(2007–2013)Itália

Tipodeinstrumento .PlanoEstratégicoedirectrizesdeplaneamentoterritorial(DocumentoRegionalediAssettoGenerale2007;Lineeguidaperlapianificazionestrategicaterritorialediareavasta)

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Macrorregião.Oconceitocentraléodeplaneamentoestratégicodeumamacrorregião(AreaVasta),queprocuravalorizarpropostasconcretascomvistaapromoveracoesãoterritorial.Implicaaatribuiçãodefunçõesadministrativas(jálegisladas)paramelhoraraeficáciadautilizaçãodosfundosdecoesão.Implica:.Promoçãodeumplaneamentoinspiradoemconceitosdeeco‐sustentabilidade

.Promoçãodeumplaneamentocomrecursoaprocessosparticipativos(incluindoousodeinstrumentodeAvaliaçãoAmbientalEstratégica)

Critériosdedelimitação .Limitesadministrativos

Objetivos 3macro‐objetivos:

.Aumentaraatratividadedaregião,melhorandoaacessibilidade,assegurandoserviçosdequalidadeepreservandooseupotencialambiental,atravésdapromoçãodeummodelodedesenvolvimentosustentávelfocadonumamaioreficiêncianoconsumoenergéticoenumaumentosignificativodaproduçãodeenergiasrenováveis

.Promoverainovação,oempreendedorismoeodesenvolvimentodumaeconomiadoconhecimentoatravésdodesenvolvimentodedistritosqualificadoseprodutivos

.Criarmelhorescondiçõesdebem‐estareinclusãosocial

3princípiostransversais:

.Desenvolvimentoeco‐sustentável

.Igualdadedeoportunidades

.Dimensãoterritorialdodesenvolvimento

Domíniosdeintervenção .Desenvolvimentoeconômico,transportes,energia,sistemasdeprodução,ambiente,sistemasdeapoiosocial

.Oscritériosdeselecçãoespecificamapromoçãodeinfra‐estruturasdestinadasareforçarainterconectividade

.Serádadaprioridadea:a)cidades‐médiascomelevadosfactoresderiscoambientalesocial;b)cidades‐médiasqueperderamfunçõestradicionaise/ousofremdedespovoamento/abandono.Ambasascategoriassãoidentificadosnasanálisescontextuaisda‘AreaVasta’

Entidaderesponsávelpelainiciativa .NucleodiValutazioneeVerificadegliInvestimentiPubblicidellaRegionePuglia(gereosistemadefinanciamentoemonitorizaaimplementaçãodasacções)

Sistemadegovernança .Nãoidentificado

Sistemadefinanciamento .Financiamentoprovenientedeváriosfundos:comunitários;nacionais;regionais;recursoslocais(co‐financiamento);erecursosprivados

Page 82: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

82

Referências/Informaçãosuplementar: http://www.fesrpuglia.eu/

http://www.regione.puglia.it/index.php?page=prg&opz=display&id=241

LINEEGUIDAPERLAPianificazioneStrategicadiAreVasta.pdf

criteri_PO_FESR2007‐2013_postprocscrMar2009[1].pdf

Avaliação

Pontosfortes: .Promoçãodeacçõesdedesenvolvimentointegradodeváriascidades

.Abordagemparticipativanapromoçãododesenvolvimento

.Integraçãodasdimensõesambiental,socialeterritorial

.Coerênciaprogramática

Pontosfracos:

Observações

OutrodosobjectivosdoPlanoEstratégicodePugliaéodereforçargruposregionais,tendoemvista,atransferênciadefunçõesadministrativasetarefasdeplaneamentoparaosgovernoslocais,melhorandoaeficáciadagestãodosFundosEstruturaiseaferindocritériosparaalocaçãoderecursosfinanceirosnofuturo.

Page 83: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

83

7.Green(Sustainable)Communities(2007‐2013)Itália

Tipodeinstrumento .PlanoOperacionalInteregional(POI)Energia

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Comunidadessustentáveis(clusterdeautoridadeslocais)

.Partilhaegestãoconjuntaderecursosenergéticosrenováveiscomuns

Critériosdedelimitação .Adelimitaçãodaregiãoédeterminadapelacontiguidadeterritorialeporumconjuntodecritérios:.Presençaderecursosnaturaisnecessáriosparaproduzirenergiarenovável(bosques,florestas,rios,sol,vento,etc.)

.Pertençaàmesmazonaclimática

.Pertençaaomesmosistemanatural/ecológico(áreasprotegidas)

.Experiênciaanteriornaáreaambientaledeenergia

.Relaçõesbemestabelecidasentreasautoridadeslocaisquecompõemocluster(incluindoagestãoconjuntadeserviços:escolas,transporte,saúde,etc.)

Critériosinstitucionaisecondiçãorequeridas:

.Presençanoterritóriodesistemasdeproduçãodeenergiasrenováveis

.Várioscontratoslocais(porex.ESCo;GAL)

.Sinaisdeumaclaravocaçãolocalparaaproduçãodeenergiasrenováveis

.Existênciadeumarelaçãopositivaentreascoligaçõesdeproduçãodeenergiaeosistemainstitucionallocal

.Certificaçãoambiental(EMASoISO14001)

.Certificaçãoenergética(ISO16001)

.ParticipaçãonaAgendaLocal21,ouPattodeiSindaci

.Valoresculturaiseumsentidodepertençaàregião

Objetivos .Criaçãodeumagrupamentodemunicípiosparaamodernizaçãodosistemaenergéticoregional.Promoçãodeformasavançadasdeintegraçãodeenergiasrenováveiseproduçãoemáreasambientalmentesensíveis,deacordocomumaabordagemparticipativa.Promoçãodaeficiênciaenergéticaeadoçãodenovospadrõesdeconsumodeenergia

Domíniosdeintervenção .Energia(foconasrenováveis),recursosnaturais

Entidaderesponsávelpelainiciativa

.UnioneNazionaleComuniComunitàEntiMontani(UNCEM)emparceriacomoMinistériodoAmbiente

Sistemadegovernança .Parceriapúblico‐privada

Sistemadefinanciamento .Fundoscomunitáriosenacionais

Referências/Informaçãosuplementar:

http://www.greencommunities.it/green‐communities‐english‐presentation.html

http://www.greencommunities.it/upload/Piano_Operativo_GCRC.pdf

Avaliação

Pontosfortes: .Consolidaçãoderelaçõeshorizontaisentregovernoslocaisemtornodepráticassustentáveis.Estímuloàproduçãodeenergiasrenováveis.Planeamentointegradodaproduçãoedistribuiçãodeenergiarenovável.Gestãoparticipadadeinfraestruturasenergéticaseserviçospúblicosesociais.Trocadeexperiênciaeboaspráticas

Pontosfracos:

Observações

Page 84: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

84

8.PONRicerca:SmartCities/CommunitiesandSocialInnovation(2011‐)Itália

(ProgramaOperacionalNacionaldeInvestigação:Cidades/ComunidadesInteligenteseInovaçãoSocial)

Tipodeinstrumento .Projectodeinvestigação–noâmbitomaisvastodoPONRicercaeCompetitività(InvestigaçãoeCompetitividade)–preparatóriodasintervençõesapromovernoperíodo2014‐2021

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Sistematerritorialcaracterizadopelaplenaintegraçãodaspolíticasenergéticas,ambientaiseclimáticas,quepromoveformassustentáveisdemobilidade,queusatecnologiasdeinformaçãoecomunicaçãonagestãodeserviçosequetemummodelodegovernançabaseadonaparticipaçãoetransparêncianodesempenhodaspolíticaspúblicasenaavaliaçãodeimpactosambientais

Critériosdedelimitação .Nãoidentificados

Objetivos .Identificaçãodesoluçõestecnológicasedegestãoparacidadesecomunidadesinteligentes(edebaixo‐carbono)

Domíniosdeintervenção .AcçãoIntegradaparaaSociedadedaInformação:Mobilidadeinteligente;Saúdeinteligente;Educaçãointeligente;Tecnologiasdecomputaçãoemnuvem(cloudcomputing)paraumgovernointeligente;CulturaeTurismoInteligente.

.AcçãoIntegradaparaoDesenvolvimentoSustentável:Energiasrenováveisesmartgrids;EficiênciaEnergéticaetecnologiasdebaixocarbono;MobilidadeInteligenteeúltimamilhalogística;Recursosnaturaissustentáveis(água,resíduossólidos,biodiversidadeurbana)

Entidaderesponsávelpelainiciativa .Ministerodell'Istruzione,dell'UniversitàedellaRicerca.DirezioneGeneraleperilcoordinamentoelosviluppodellaRicerca

Sistemadegovernança .Nãoidentificado

Sistemadefinanciamento .Co‐financiamentocomunitário(FEDER)efundosnacionais

Referências/Informaçãosuplementar: http://www.ponrec.it/news/bandi/2012/apertura_sportello_telematico_smart.aspx

http://www.ponrec.it/bandi/smartcities.aspx

Avaliação

Pontosfortes: .Desenvolvimentodemodelosinovadorespararesolverdesafiosdeescalaurbanaemetropolitana

.Questõesambientaisesociaissãotratadasemconjunto

Pontosfracos:

Observações

NoâmbitodoProjecto,deMarçoaAbrilde2012decorreumconcursopúblicoparaaapresentaçãodeidéiaseprojetosrelacionadoscomosdomíniosdeintervenção.

Page 85: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

85

9.PianiIntegratidiSviluppoUrbano–Sicilia,Campania(2007–2013)Itália

Tipodeinstrumento .PlanoIntegradodeDesenvolvimentoUrbanoSustentável(AxesVI)

Conceitode‘regiãofuncional’implícito .Sistematerritorialintegral,comdinâmicasurbano‐ruraiserurais‐urbanas

Critériosdedelimitação .Lógicade"coesãoterritorial"econcentraçãodosinvestimentosregionais

.OQuadrodeReferênciaparaoAxesVI(DesenvolvimentoUrbanoSustentável)asseguraumadimensãoestratégicaecoerenteatravésdasuaclassificaçãoterritorial,incluindo:aidentificaçãoexatadoterritóriodereferência,commapasàescalanecessáriapararepresentarasfunçõesurbanaseasfunçõesdossistemasterritoriaisna“AreaVasta”,eincluiinformaçõespormenorizadassobreosSistemasLocaisdeEmprego(umaunidadeterritorialcomrelevânciaestatísticaegeográfica)

Objetivos .Aumentaracompetitividadedaregião

.Reforçaropapeldascidadesenquantocentrosprestadoresdeserviçosdequalidadeàscomunidadesruraisvizinhas

.Gestãointegradadediferentestiposdeáreas(urbanaserurais)

.Reforçodasredesdetransporteemobilidade

.Utilizaçãoeficientedosrecursosnaturais

.Valorizaçãodaidentidadecultural,danaturezaedasoportunidadesdeturismo

.Disseminaçãodeinvestigaçãosobrea‘sociedadedainformação’

.Reforçodacompetitividadedaprodutividadelocaledesenvolvimentoempresarial

Domíniosdeintervenção .Sistemasurbanos,sistemasdeproduçãolocalezonasrurais

.Planosintegradosdetransportes(incluindocar‐sharing)

.Infraestruturasdesaneamento

.Planosdesegurançapúblicaparaprevenirriscosambientais

.Certificaçãoambiental

.Prevençãodamarginalizaçãosocial

.Requalificaçãodascomunidadeslocais

.Redesdeserviçosintegrados

Entidaderesponsávelpelainiciativa DepartamentsRegionais:Obraspúblicas,Saúde,Energia,Transportes,TerritórioeAmbiente,Família,Cooperação

Sistemadegovernança .Parceriaintermunicipal(?)

Sistemadefinanciamento .FEDER

Referências/Informaçãosuplementar: LINEEGUIDAperl’attuazioneterritorialedelPOFESR2007‐2013,

conriferimentoall’ASSEVI“sviluppourbanosostenibile”Allegato1(pdf)

Avaliação

Pontosfortes: .Evitapolíticasfragmentadasqueabordamseparadamenteosproblemas.Reforçasinergiaseacoerênciadaspolíticasatravésdeintervençõesconjuntas.Projectosinovadoresdenívellocalcontribuemparaacompetitividadedosistemaregional

Pontosfracos:

Observações

Page 86: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

86

10.SheffieldCityRegionTransportStrategy(2011‐26)UK

Tipodeinstrumento .Estratégia

Conceitode‘regiãofuncional’implícito .Cidade‐região

Critériosdedelimitação .Movimentospendulares(entreSheffieldeosdistritosvizinhos)

Objetivos .Apoiarocrescimentoeconómico

.Reforçarainclusãosocialeasaúdepública

.Reduziremissõesprovenientesdostransportes

.Melhorarasegurançarodoviária

Domíniosdeintervenção .Transportes

Entidaderesponsávelpelainiciativa .Integratedtransportauthority(ITA)/LocalEnterprisePartnership(LEP)

Sistemadegovernança .Parceria(paralelamenteàITAeLEP,váriasentidadesdaregiãoencontram‐seigualmenteenvolvidaemquestõesdetransporte,incluindoosconselhosdistritais,representantesdascomunidades,serviçoseempresaslocais,empresastransportadoras,etc.)

Sistemadefinanciamento .Fundoparaotransportesustentável(nacional)

Referências/Informaçãosuplementar: http://www.syltp.org.uk/documents/SCRTransportStrategy.pdf

Avaliação

Pontosfortes: .Políticaspragmáticasquetraduzemintençõesestratégicasemacçõesconcretas

.Processocooperativodetomadadedecisões

.Integraestratégiaslocaisnumavisãoregionalcomum

Pontosfracos:

Observações

OsobjectivosgeraisdaEstratégiasãotraduzidosemPlanos,queporsuavezdetalhamProgramasdeimplementaçãoatravésdeAcçõesespecíficas.Aestratégiaencontra‐senasuafaseinicialdeimplementação.

SheffieldéaquartamaiorcidadedeInglaterraeumimportantecentrodeengenharia,indústriasdigitaisecriativas,comumaamplavariedadedeactividadesculturaisecomerciais.

Aagendade‘localismo’doactualgovernotemvindoaapoiarereforçarnovasestruturasdegovernançaemparceriaanívelregional.

Apesardehaverumasobreposiçãodediferentesestratégiaslocais,aparceriaprocuraassegurarqueasestratégiassãoconsistentesentresi.

Page 87: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

87

11.WestofEnglandmulti‐areaagreement(2010–)UK

Tipodeinstrumento .Estratégia:Multiareaagreement(MAA),umconjuntodeplanosepropostasparamelhorar a performance de uma determinada área geográfica, negociados entreumgrupodeautoridadeslocais,aumnívelsub‐regionaloudecidade‐região

Conceito de ‘região funcional’implícito

.CidadeRegião

.Contiguidadeterritorialeumageografiaeconómicacomum

. Contexto territorial para operacionalizar estratégias sub‐regionais comuns emsectores‐chave

Critériosdedelimitação . Divisão político‐administrativa (a região deWest of England cobre a área de 4autoridadesunitárias);noentanto,oMAAconstitui‐separa lidarcomáreas‐chaveestratégicas que cruzam os limites administrativos e reflectem a geografiaeconómicadaregião

Objetivos . Planear e gerir o crescimento de habitação e emprego com vista a criarcomunidadesfuncionalmentediversificadasesustentáveis

.Melhoraraacessibilidadeereduzirocongestionamentodotráfegoparaaumentaracompetitividadeequalidadedevida. Melhorar as competências e reduzir a inactividade para aumentar acompetitividadeeregenerarascomunidades

Domíniosdeintervenção .Desenvolvimentoeconómico,emprego,transporte,habitação

Entidade responsável pelainiciativa

.Conselhodeadministraçãodaparceria (TheWestofEnglandPartnershipBoard),incluindo 8 Conselheiros, de diferentes partidos, seleccionados dos quatroConselhosUnitáriosdasub‐região;7parceiros (sociais,económicoseambientais),seleccionadosdos sectores dos negócios, educação superior, saúde, voluntariado,serviços de comunidade, ambiente e sociedade; e ainda representantes do HCA,SWRDA,SouthWestCouncilsandGOSW,entreoutrasautoridades.

Sistemadegovernança .LocalEnterprisePartnership(LEP)

Sistemadefinanciamento .FinanciamentodaAutoridadelocal+externo(?)

Referências /Informaçãosuplementar:

http://www.westofengland.org/

http://www.westofengland.org/media/161027/maa2%20agrt%20themesl%20v8%20140809.pdf

Avaliação

Pontosfortes: .Visãoeabordagemmulti‐sectorial,abrangesectores‐chave

.Osobjectivosprioritáriosreforçam‐semutuamente

Pontosfracos:

Observações

AregiãodeWestofEnglandcobreaáreade4autoridadesunitárias(Bath&NorthEastSomerset,Bristol,NorthSomersetandSouthGloucestershire),incluindooscentrosurbanosdeBristol,BatheWeston‐super‐Mare.Aregiãopossuiumaltoníveldequalificaçãoemtermosdeinovação,criatividadeeconectividade,paraalémdeumalocalizaçãoestratégica.Naúltimadécadaapopulaçãocresceumaisdoqueamédianacionalearegiãotemhojemaisde1milhãodehabitantes.

A parceria está empenhada em ações para reduzir as emissões de carbono e o impacto das alterações climáticas,garantindoumcrescimentoeconómicosustentável;odesenvolvimentodecomunidadesfuncionalmentediversificadasesustentáveis;ecomooinvestimentoemsistemasdetransportequefavoreçamousodotransportepúblicoemodosnãomotorizados(bicicletaeapé).CombaterasalteraçõesclimáticaséumaquestãofundamentaldoMAAeaParceria iráprocurar identificar os efeitos da sua acatividade, por forma a melhor integrar considerações climáticas nos seusprocessosdedecisão.

Page 88: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

88

12.PlaTerritorialMetropolitàdeBarcelona(2010‐)Espanha

Tipodeinstrumento .PlanoEspacialMetropolitano:umplanodecarácterterritorial,quepretendeintegrardeformacoerentetodososplanosterritoriaisgerais,parciaisesectoriaisexistentes(desde1953)masnuncaimplementadosparaaregiãodaCatalunha

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Áreametropolitana,numaperspectiva‘transversal’:urbano‐rural(movimentospendularesnaconurbação)erural‐urbana(promovidaem2010,mashojesobameaça)

Critériosdedelimitação .Limitesadministrativos:164municípiosdaáreametropolitanadeBarcelona

.Noentanto,aabordagemfuncionaldoplanopretendesobrepor‐seàsfronteirasadministrativas,queservemapenasdematrizparaimplementaçãodoplano

Objetivos .Cooperaçãoterritorial

.Ordenamentofísicoeurbanísticodoterritório

.Desenvolvimentosocio‐económico(enfoquenareabilitaçãodeáreasdeprimidas)

.Programaçãodeacçõeseinvestimentospúblicos(enfoquenaconcretizaçãoespacialdeobjectivosdedesenvolvimentoeconómico,socialeambiental,comimpactosnamorfologiadoterritório)

Domíniosdeintervenção .Perspectivaintegradasobre:sistemadeespaçosverdes,sistemaurbano,infraestruturasdetransporteemobilidade,patrimónionatural,valoresecológicoseagrícolas,valorespaisagísticos,patrimóniogeológico,ebensculturaisdeinteressenacional

Entidaderesponsávelpelainiciativa .GovernoRegionalAutónomodaCatalunha

Sistemadegovernança .Jurídico,vinculativoehierárquico:regionalsobrepõe‐seaomunicipal(masemregimedecolaboraçãomútua).Incluiigualmenteagenteseconómicosesociais

Sistemadefinanciamento .FundospúblicosdoGovernoRegionalAutónomodaCatalunha.Projectosconcretospodemincluirco‐financiamento(público‐privado)

Referências/Informaçãosuplementar: http://www20.gencat.cat/portal/site/territori/menuitem.2a0ef7c1d39370645f13ae92b0c0e1a0/?vgnextoid=93e6aa49ca9b7210VgnVCM1000008d0c1e0aRCRD&vgnextchannel=93e6aa49ca9b7210VgnVCM1000008d0c1e0aRCRD

Avaliação

Pontosfortes: .Instrumentodeplaneamentoespacialrígidoedecarácterabrangente.Combinamatériasdeusodosolo,económicas,deinfraestruturas,habitação,meioambienteepaisagem

.Apoia‐senumaantigatradiçãodeplaneamentodedimensãometropolitana(desde1953),queapenasagoraestáaserconcretizada

.Relaciona‐seigualmentecomoutrasexperiênciasanterioresnaáreadoPlaneamentoEstratégicoMetropolitano(maissocioeconómicodoqueespacial:IIIPlaEstratégico)

.Liderançapolíticaanívelregional

.Estabelecerelacionamentosaváriosníveis(regional/local;urbanismo/ordenamentodoterritório;planeamentoespacial/económico)

Pontosfracos: .Excessivamentedependentesdosciclospolíticos.ImplementaçãoameaçadaapósmudançadoGovernodaCatalunha

Page 89: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

89

Observações

OProgramadeOrdenamentodoTerritórioestabelecequinzecritériosdeimplementação:

‐Incentivaradiversidadedoterritórioepreservarasuamatrizbiofísica‐Protegerosespaçosnaturais,agrícolase,emgeral,nãourbanizáveis,enquantoelementoscentraisdoordenamentodoterritório

‐Preservarapaisagem,enquantovalorsocial,econômicoepatrimonial‐Moderaroconsumodesolo‐Promoveracoesãosocialdoterritórioeevitarasegregaçãoespacialdasáreasurbanas‐Protegerevalorizaropatrimóniourbanísticoestruturantedoterritório‐Facilitarumapolíticahabitacionaleficazeurbanisticamenteintegrada‐Incentivaracoexistênciadeatividadesehabitaçãoemáreasurbanaseracionalizaraimplantaçãodepolígonosindustriaiseterciários‐Desenvolverregulamentaçãoeorientaçõesespaciaispara‘segundasresidências’‐Garantirocaráctercompactoecontínuodocrescimentourbano‐Reforçaraestruturanodaldoterritório‐Tornaramobilidadeumdireitoeumaobrigação‐Facilitarotransportepúblicoatravésdapolarizaçãoecompactaçãodosassentamentosurbanos‐Atribuirespecialatençãoàsviasqueestruturamterritorialmenteodesenvolvimentourbano‐IntegraraCatalunhanosistemaderedeseuropeiasdetransportesurbanos,atravésdeinfraestruturasconsistentescomamatrizterritorial

Page 90: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

90

13.PlanTerritorialParcialdelÁreaFuncionaldeBilbaoMetropolitano(2006,alteradoem2010‐)Espanha

Tipodeinstrumento .PlanoEspacial

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Áreametropolitana,conurbação,perspectivaurbano‐rural,movimentospendulares

Critériosdedelimitação .Limitespolitico‐administrativos(municípios)enquantobaseparaaimplementaçãodoPlano

Objetivos .Reabilitaçãourbana,reconversãoprodutivaeordenamentoespacial

Domíniosdeintervenção .Sustentabilidadeambiental,marketingdacidade,reabilitaçãourbana,reconversãoeconómica

Entidaderesponsávelpelainiciativa .GovernoRegionalAutónomoBasco

Sistemadegovernança .Jurídico,vinculativoehierárquico:regionalsobrepõe‐seaomunicipal(masemregimedecolaboraçãomútua).Incluiigualmenteagenteseconómicosesociais

Sistemadefinanciamento .Principalmentefundospúblicos:DiputaciónForaldeVizcaya(NUTS3)eBascCountryAutonomousGovernment.Projectosconcretospodemincluirco‐financiamento(público‐privado)

Referências/Informaçãosuplementar: http://www.bizkaia.net/hirigintza/lurraldekozatiegitasmoa/areas.asp?idarea=1&Tem_Codigo=3723

Avaliação

Pontosfortes: .Vontadepolíticaparaadotar(etornaroficial)anoçãodeáreasurbanasfuncionaisenquantomodeloterritorialparaoplaneamentoespacial

.Orientaçãoclaraparaourbanismoeosusosdosolo,emvezdeumavocaçãogeneralista

.Enfoquenareabilitaçãourbanaenaprovisãodehabitaçãonumaáreaemcrisepós‐industrial(indústriaspesadas)atualmenteemprocessodereconversão

.Relaciona‐secomexperiênciasanterioresnaáreadoPlaneamentoEstratégicoMetropolitano(maissocioeconómicodoqueespacial:oantigoplanoBilbaoMetropoli30eomaisrecenteBilbaoRia2000)

.Boacoordenaçãoentreosníveislocal(NUTS3e5)eregional(NUTS2)

.Envolvimentodosagenteseconómicos

Pontosfracos: .Orientaçãosectorial(usosdosoloeurbanismo)

.Nãocobretodaaáreametropolitanafuncional,masapenasumaparte

Observações

ARegiãoMetropolitanadeBilbaotem900.000habitantes.

Page 91: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

91

14.PlandeOrdenacióndelTerritoriodelaaglomeraciónurbanadeSevilla(2009‐)Espanha

Tipodeinstrumento .PlanoEspacial

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Cidaderegião.Perspetivaurbano‐ruraletambém,emparte,rural‐urbana(unidadesdeprotecçãodapaisagem)

Critériosdedelimitação .Fronteiraspolitico‐administrativas(46municípios)enquantobaseparaaimplementaçãodoPlano

.Asunidadesdepaisagem,comlimitesdifusos,tiveramimportâncianafaseinicialdoplano;noentantoessadelimitaçãotêmvindoaperderpreponderânciafaceaoslimitesadministrativos

Objetivos .Desenvolvimentourbano

.Planeamentoeficientedosusosdosolo

Domíniosdeintervenção .Urbanismo‐habitação,usosdosolo,transporteepaisagem

Entidaderesponsávelpelainiciativa .GovernoRegionalAutónomodaAndaluzia

Sistemadegovernança .Jurídico,vinculativoehierárquico:nívelregional(NUTS2)sobrepõe‐seaomunicipal(NUTS5).Processualmentemaistecnocrático(top‐down)queparticipativoouestratégico

Sistemadefinanciamento .Financiamentopúblico:GovernoRegionalAutónomodaAndaluzia.Projectosconcretospodemincluirco‐financiamento(público‐privado)

Referências/Informaçãosuplementar: http://www.juntadeandalucia.es/obraspublicasyvivienda/obraspublicasyvivienda/portal‐web/web/areas/ordenacion/texto/cf047ee8‐2215‐11df‐8891‐555105b916a8

Avaliação

Pontosfortes: .Empenhopolíticodogovernoregionalemdesenvolverplanosespaciaissub‐regionais,comenfoquenasáreasurbanasmaisimportantesdaAndaluzia.Interesseemdesenvolverumavisãodocontextometropolitano,tentandocombinarpolíticasdeusodosoloedapaisagem(espaçopúblico,serviçosambientaiseruraisparaasáreasurbanas)

.Relaciona‐secomexperiênciaseiniciativasdeplaneamentoanteriores(1990:abordagemdeescalametropolitanacomenfoquenourbanismoehabitação)

Pontosfracos: .Trata‐sedeuminstrumentodeplaneamentotradicional

.Nãocobretodaaáreametropolitana

Observações

OPlanoabrange46municipiose1450000habitantes.Sevilhaéacidadecentraldaregião,concentrandoasfunçõesdeCentroRegional.

Page 92: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

92

15.ProgrammeDirecteure:objectivesVandVIIofthestrategicplanningguidance(2003‐)Luxemburgo

.IVL‐IntegrativesVerkehrs‐undLandesentwicklungskonzept(Transporteintegradoeconceitodedesenvolvimentoterritorial)(2004‐)

Tipodeinstrumento .ProgramaDirector:orientaçõesdeplaneamentoestratégicodelongo‐prazo,àescalanacional,paraacriaçãoderegiõesfuncionais;e.Estratégia(IVL):umplanointegradodetransportesedesenvolvimentoespacial(oIVLcontribuiparaocumprimentodosobjectivosdoProgramaDirectorde2003)

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Regiãopolicêntrica;implicandoades‐concentraçãodasactividadeseconómicasnoterritório

Critériosdedelimitação .Inclusãodetodooterritórionacionalnumavisãointegrada

Objetivos .Promoçãodopolicentrismoedeuma“concentraçãodesconcentrada”deatividadesurbanas

.Resoluçãodeproblemasdecongestionamentonocentro

.Integraçãodepolíticasecoordenaçãodeplanossectoriais

.Integraçãodoplaneamentodotransportecomoplaneamentoespacial

.Promoçãodacooperaçãoentreautoridades,àsescalaslocal,regionaletransfronteiriça

Domíniosdeintervenção .Aplicaçãointegradadosinstrumentosdeplaneamento

.Afetaçãoestratégicadeinvestimentospúblicos

.Politicassectoriais(ambiente,economia,habitação,agricultura,desenvolvimentorural,transportes,energia,etc.)dosistemadeplaneamentonacional

Entidaderesponsávelpelainiciativa .MinistériodoDesenvolvimentoSustentável/DepartamentodeInfraestruturasdoOrdenamentodoTerritórioeDesenvolvimento

Sistemadegovernança .Jurídicoevinculativo:sistemadeplaneamentocentral/regional/local

Sistemadefinanciamento .Fundos(nacionaiseEuropeus)destinadosapolíticassectoriais

Referências/Informaçãosuplementar: http://www.dat.public.lu/publications/documents/index.html

http://www.dat.public.lu/strategies_territoriales/ivl/index.html

Avaliação

Pontosfortes: .Trata‐sedeumainiciativacomumaperspectivadelongoprazo

.Basea‐senacoordenaçãodepolíticassectoriaisenquantooprincipalveículoparaadefiniçãodaspolíticasnacionais,incluindoapolíticadeinvestimentospúblicos.Umavezabsorvidapelosactoresrelevantes,podeviraserumaestratégiabemsucedidanolongoprazo

Pontosfracos: .Nãoexistemresultadosrápidosefáceis

Observações

OobjectivocentraldoProgramaDirectoréfornecerumquadroconsensualdereferênciasparaaelaboraçãodetodososplanoseprojetosnecessáriosaodesenvolvinemtoresilientedoterritório.OProgramaDirectorbaseia‐seemtrêsprincípiosfundamentais:cooperação,coordenaçãoeparticipação.

OobjetivocentraldoIVLéinvestigarodesenvolvimentoeaharmonizaçãoentreaestruturaurbana,ofluxodepassageiroseasinfraestruturadetransportes.Pretende‐seaumentaraquotadetransportepúblicode12%para25%em2020;edesenvolveraestruturaurbana,porformaareduzirotráfegoepromoveratransferênciaparaoutrosmodos,afimdereduzirosdanosambientais.

Page 93: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

93

16.Metroborder–Cross‐borderpolycentricmetropolitanregionintheGreaterRegion(2011‐)Luxemburgo

(formerlyknownasSaar‐Lore‐Lux‐West‐Palantine)

Tipodeinstrumento .Estratégia.Aindaemfasedesenvolvimento(sujeitaàsdecisõesdapróximaCimeiradaGrandeRegião‐SummitoftheGreaterRegion(entrelíderesdoLuxemburgo,daLänderRheinlandPalantineeSaarland(DE),daregiãodeLorraine(FR),edaregiãodaWallonia(BE)

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Regiõesmetropolitanaspolicêntricastransfronteiriças(Cross‐bordermetropolitanpolycentricregions‐CBMR)

Critériosdedelimitação .Funçõesmetropolitanas,policentricidadeeterritóriostrans‐fronteiriços(verreferênciaESPON)

.Movimentospendulares,complementaridadedeindústrias,serviçoseinfraestruturas

Objetivos .OprojectoMetroborderabordaregiõesmetropolitanastransfronteiriçascaracterizadasporumaestruturaurbanapolicêntrica(CBMR).Oobjetivodoprojectoémapearecompreenderasestruturaseofuncionamentodestetipodepadrãoespacial.Maisconcretamente,trata‐sedeumaquestãodemassacrítica:háapercepçãodequeumaestratégiaintegradaparaumaáreametropolitanapolicêntricade3milhõeshab.(incluindoasregiõesdeMetz,Nancy,Trier,Arlon)posicionamelhoraregiãonorankingdosistemametropolitanoEuropeudoqueaprossecuçãodeumaestratégiacentradanacidadedoLuxemburgo(90.000hab.).Nestesentido,oobjectivoéencontrarumainterpretaçãocomumedefinirumaabordagemcomum

Domíniosdeintervenção .Aindapordecidir.Emprincípio,umaabordagemtransversalabrangendomedidasdeestímuloaummercadodetrabalhocomum,decoordenaçãodeinvestimentoseminfraestruturas,edeincentivosparaodesenvolvimentoeconómico–semprebaseadasnumavisãoestratégicacomum

Entidaderesponsávelpelainiciativa

.CimeiradaGrandeRegião‐SummitoftheGreaterRegion(compostadelíderesdoLuxemburgo,daLänderRheinlandPalantineeSaarland(DE),daregiãodeLorraine(FR),edaregiãodaWallonia(BE)

Sistemadegovernança .Aindapordefinir

Sistemadefinanciamento .Ainiciativanãotemrecursospróprios.Tentarácanalizarinstrumentosexistentes

Referências/Informaçãosuplementar:

http://www.granderegion.net/fr/documents‐officiels/declarations‐communes‐finales/index.html

http://www.granderegion.net/fr/publications/index.htmlhttp://www.espon.eu/export/sites/default/Documents/Projects/TargetedAnalyses/METROBORDER/metroborder_inceptionreport.pdf

Avaliação

Pontosfortes: .OprojectoMetroborderconstituiuum‘abrir‐de‐olhos’paraospolíticos.AIdeiapareceterpreenchidoumvácuopolítico,centrandoodebatenaquestãodecomotrabalharconjuntamenteparaaGrandeRegiãoeemquedirecção

Pontosfracos: Processomoroso.Osucessodependemuitodefactoresexternos,taiscomoasituaçãopolíticanasregiõeseadisposiçãoparasubordinarpolíticasnacionais/regionaisaumavisãoestratégicasupranacional

Observações

AGrandeRegiãositua‐senocentrodosistemaferroviárioEuropeueapresentaumaredeurbana,ruraleindustrialgeradoraderelaçõeseconómicaseculturaisintensas,caracterizadasporfluxostransfronteiriçospermanentesdetrabalhadoreseconsumidores.Contabilizam‐seactualmentecercade120.000travessiasdefronteiradiárias,dasquais90.000paraacidadedeLuxemburgo.

Page 94: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

94

17.AIT‐Ambitidiintegrazioneterritoriale(Áreasdeintegraçãoterritorial)e.g.PiedmontRegion(2011‐)Itália

Tipodeinstrumento .PlanoTerritorialRegional(estratégico)

Conceitode‘regiãofuncional’implícito .Regiãopolicêntrica,abrangendo33municípios

Critériosdedelimitação .Limitespolitico‐administrativosprovinciaisedemunicípios(contíguosecominterrelaçõesdinâmicasentresi)

Objetivos .Gestãoestratégicadodesenvolvimentoterritorialanívelregional

.Colaboraçãointer‐sectorialeintermunicipal

.Coordenaçãodepolíticaseprojetosinstitucionaisdediferentesníveis,diferentesescalasespaciaisediferentessectores

Domíniosdeintervenção .Planeamentoespacial/territorialdaregião,incluindoaspectossocio‐económicos,morfológicoseambientais(paisagemeecosistemas)

.Sistemasdegovernança

Entidaderesponsávelpelainiciativa .RegiãodePiedmont(www.regione.piemonte.it)

Sistemadegovernança .Cooperaçãointer‐institucionalnoquadrodoplaneamentoregional.Emprincípioassentaránumaparceriapúblico‐privadainter‐institucional

Sistemadefinanciamento .Aindanãoestabelecido

Referências/Informaçãosuplementar: http://www.regione.piemonte.it/sit/argomenti/pianifica/pianifica/informa/piano.htm.ESPONFOCIresearch:http://www.espon.eu/main/Menu_Projects/Menu_AppliedResearch/foci.html.

Avaliação

Pontosfortes: .Modeloavançadoderegiãofuncionalestratégica

.Critériosdereferênciasãomultidimensionais

.Reconhecimentoformalestabelecidosobreumabasejurídica

.Dadossãogeográficaeestatisticamentecomparáveis

Pontosfracos: .Cobreapenasumaregião

.Émuitocedoparaavaliarasuarealeficácia

Observações

OPlanoéilustrativodaredefiniçãoemcursodoquadroedosinstrumentosdegovernoterritorialnosváriosníveisdegoverno.Asuaaprovaçãorepresentaoprimeiropassodestamudançainstitucional,procurandodefinirestratégiasdecolaboraçãoentreasváriasagênciasdedesenvolvimentodaregião,comvistaàgestãodeprocessosdeplaneamentodegrandecomplexidade.OPlanotem3componentes,interligadas:

‐Umquadrodereferência(acomponentecognitivo‐estruturaldoplano)baseadonumaleituracríticadaregião‐emtermossocioeconómicos,morfológicos,paisagísticos,ambientaiseecológicos–edasredeslocaiseregionaisqueestruturamoPiemonte.‐Umacomponenteestratégica,decoordenaçãodepolíticaseprojetosinstitucionais,queservemdebaseàdefiniçãodosgrandeseixosdedesenvolvimentoestratégicoedosinteressesevaloresaproteger‐Umacomponenteestatutária(oregulamentodoPlano),definindofunçõesepapéisdasváriasesferasdegovernodoterritório,combasenosprincípiosdasubsidiariedadeedaautonomialocal

Cadacomponenteédefinidaemrelaçãoàestrutura‐basecomumàs33unidadesterritoriais.Emcadaunidadeidentificar‐se‐ãoasconexõespositivasenegativas,existentesepotenciais,easestruturasedinâmicasquedevemserplaneadasdeformaintegrada.Paracadaunidade,oPlanodefinirácaminhosestratégicos,tendoemcontaariquezaeavariedadedesistemasdeprodução,culturaisepaisagísticosdaRegião.

Page 95: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

95

18.AIL–Ambientiinsediativilocali(Ambientesdosassentamentoslocais)(1996‐)Itália

Tipodeinstrumento .Projetodeinvestigação(survey)daSocietàItalianadegliUrbanisti

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Pequenasunidadesterritoriaishomogéneas(126,nãonecessariamentecontíguas,distribuídasportodooterritórionacional)

Critériosdedelimitação .Característicasdedesenvolvimentolocal,definidasporummixcomplexodeanálisesestatísticaseinterpretacõesdescritivas

Objetivos .Coordenaçãoterritorialanívelnacional

.ImplementaçãodeumObservatórioNacionaldeTransformaçõesTerritoriais(nãoimplementado)

Domíniosdeintervenção .Nãoidentificados

Entidaderesponsávelpelainiciativa .MinistériodasObrasPúblicaseInfraestruturas(www.mit.gov.it),DirecçaoGeraldaCoordenaçãoTerritorial(DICOTER)

Sistemadegovernança .Nãodefinido

Sistemadefinanciamento .Nãoestabelecido

Referências/Informaçãosuplementar: ClementiA.,DematteisG.,PalermoP.C.,eds.(1996),Leformedelterritorioitaliano,2vols.,Rome‐Bari,Laterza.

Avaliação

Pontosfortes: .Coberturatotaldopaís.Critériosdereferênciasãomultidimensionais.Análisessãopartilhadaspelacomunidadecientíficanacionaldeplaneadores

Pontosfracos: .Apenaspropósitosanalíticos,semimplicaçõesparaaspolíticaspúblicas.Nãoproduzdadosgeográficaeestatisticamentecomparáveis.Relativamentedesatualizado

Observações

Page 96: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

96

19.RegionalSpatialStrategies(e.g.NorthWestofEnglandPlan‐RSSfor2021)(2010‐2021)ReinoUnido

Tipodeinstrumento .Planoregulamentar(statutoryplan)

Conceitode‘regiãofuncional’implícito .Rededecidades

Critériosdedelimitação .Limitesadministrativos.Oenfoque,noentanto,énodesenvolvimentodepolíticassub‐regionaiscujoâmbitodeaplicaçãoatravessalimitesadministrativos

Objetivos .Promoçãodecomunidadessustentáveis‐construindolocaisondeaspessoasdesejemviveretrabalhar

.Promoçãodecomunidadeseconómicassustentáveis‐melhorandoaprodutividadeenivelandoodesempenhoeconómicodaRegiãopelodeoutrasregiõesdoReinoUnido.

.Fazeromelhorusodosrecursoseinfraestruturaexistentes‐construindoprioritáriamenteemlocaisondejáexisteumaconcentraçãodeactividadeseinfraestruturas

.Gestãodamobilidade,reduçãodanecessidadedeviajareaumentodaacessibilidade–orientandoodesenvolvimentourbanodeformaareduziranecessidadededeslocaçõesdecarroeapermitirquepessoaspossamsatisfazerlocalmenteamaioriadassuasnecessidades

.Promoçãodaqualidadeambientaledodesigndequalidadenosnovosempreendimentosurbanísticos

.IntegraçãodequestõesruraisnaagendadaRegiãoenosprocessosdetomadadedecisão

.Reduçãodasemissõesdepoluentesepromoçãodaadaptaçãoàsalteraçõesclimáticas

Domíniosdeintervenção .Economiasustentávelesociedadejusta,saúde,transportes,planeamentoespacial,ambiente,recursosnaturais,resíduossólidoseenergia

Entidaderesponsávelpelainiciativa .AssembleiaRegional

Sistemadegovernança .Estatutárioeparceriasadhoccomstakeholderseagentesdedesenvolvimento

Sistemadefinanciamento .FundospúblicosdoGovernolocal

Referências/Informaçãosuplementar: ‐StudiesbyTimMarshalletal.,GrahamHaughtonetal.

‐ExemplodoNorthWestofEnglandPlan:http://www.4nw.org.uk/articles/article.php?page_id=457

Avaliação

Pontosfortes: .Abrangênciageográficaetemática

.CompromissosentreparceiroseGovernocentral

Pontosfracos: .Competiçãocomoutrasentidadesgovernamentaiseagendaseconômicas

Observações

ORSSestabeleceumquadroregionalparaodesenvolvimentoeinvestimentoaté2021.

UmdosaspectosnotáveisdoPlanoéaprioritizaçãodocrescimentoedesenvolvimentoemconsonânciacomosobjectivosparaasenergiasrenováveiseconservaçãodeenergia,bemcomoaprovisãodehabitação,numquadroespacialdedimensãoregional.

Page 97: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

97

20.StructuurvisieInfrastructuurenRuimte(SVIR)‐StructureVisionforInfrastructureandTerritory(2010)Holanda

Tipodeinstrumento .VisãodeEstruturaNacional,diferenciando9“regiõesurbanas”

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Regiõesurbanas

.Contextoterritorialpropícioasinergiasentrenegócioseiniciativasempresariais

Critériosdedelimitação .Áreasondeasempresasesectoreseconómicostendemaconcentrar‐se,ondeomercadodetrabalhoestámaisavançado,ondeoconhecimentoédesenvolvido(atravésdeI&DeEducação)e,comotal,constituemlugaresdegrandevaloracrescentado,masqueenfrentamdesafioscomplexos,daíteremsuscitadoointeressenacional

Objetivos .Estimularefacilitarodesenvolvimentoeconómico

.Desenvolver“umenquadramentoeconómico‐espacialdeexcelência”

Domíniosdeintervenção 9setoreseconómicosdetopo:

‐Infraestruturaprincipal(autoestradas,ferrovias,hidrovias)

‐Mainport:aeroportodeAmesterdão(Schiphol)ePortomarítimodeRoterdão

‐Brainport:sudestedaHolanda

‐Amsterdão‐EixoSul(parqueempresarial)

‐Greenports

‐Haia‐cidadeinternacionaldapazedajustiça

‐Portosdemar

‐Principaisportosinteriores

‐Rededeenergia

Entidaderesponsávelpelainiciativa .MinistériodaInfraestruturaeAmbiente,emnomedogoverno

(avisãoSVIRestásujeitaàaprovaçãodoParlamentoNacional)

Sistemadegovernança .Jurídicoevinculativo:sistemadeplaneamentocentral/regional/local

Sistemadefinanciamento .Financiadoporváriosministérios.Oconceitoderegiõesurbanascanalizaváriosorçamentossectoriaisparaessasregiões

.Aclassificaçãode“regiãourbana”(ououtrasclassificaçõesutilizadosnavisão,comoMainport,BrainPortetc)facilitaofinanciamentodeprojetos.Dependendodoprojeto,váriasrubricassectoriaisdoorçamentonacional,bemcomodosorçamentosregionaiselocaispodemsercombinadasnofinanciamentodomesmoprojeto

Referências/Informaçãosuplementar: InEnglish(limitedinformation):http://www.government.nl/issues/spatial‐planning/roles‐and‐responsibilities‐of‐central‐government

OECDterritorialReviewRandstadHolland:

http://www.oecd.org/document/63/0,3746,en_2649_37429_38267583_1_1_1_37429,00.html

Avaliação

Pontosfortes: .Distinçãoclaraentreasresponsabilidadesnacionais,regionaiselocais

.Níveldeseletividadenaescolhadasregiõesurbanas(anteriormenteeramemmuitomaiornúmero)

.Desenvolvimentoconceptual,nosentidodequeourbanoeoruraldeixamdeser

Page 98: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

98

consideradosdiferentesemutuamenteexclusivos,passandoaservistosenquantoelementosespaciaisedelugarquesereforçammutuamente

Pontosfracos: .Faltadecritériosclarosparaaidentificaçãoderegiõesdeinteressenacional

.Algumasregiõesurbanas(comoGroningen—Delfzijl,Venlo,BredaRoosendaaletc)podemserquestionáveisdeumpontodevistafuncional(aindaquetalveznãoosejamdopontodevistapolítico)

.AdivisãodoRandstademduasregiõesurbanas(NorteeSul)éumadecisãocontroversa;temsidosugeridoqueogovernonacionalquerevitaraideiadeumRandstadintegralporformaaevitaraobrigaçãodedesenvolverumsistemadetransportespúblicosdealtaqualidadeàescaladoRandstad

Observações

AVisãodeEstruturaNacionalmarcaumaviragemradicalnosistemadeplaneamentoterritorialHolandês,substituindoaanteriorEstratégiaTerritorialNacional.

Menosambiciosa,asuaprincipalmensageméqueogovernonacionalseabsterádeinterviremdecisõesdeâmbitoregional,esóofaráquandotalforconsideradode“interessenacional”.Nestesentido,umdosobjetivoscentraisdaVisãodeEstruturaNacionaléidentificaroselementosdedesenvolvimentoterritorialquepassarãoaserconsideradosdeinteressenacional,porformaalimitarasuaaçãonasregiões.

Obviamente,aolongodoprocessoosatoreslocaiseregionaisexerceramfortespressõesatravésdosseuslobbiesafimdeverosseusinteressesnaagendanacional,eassimbeneficiardefinanciamentoadicional.Noentanto,apoiadopelaLeiNacionaldeOrdenamentodoTerritório(NationalSpatialPlanningAct)de2008,ogovernomostrou‐semuitoseletivoerigorosonaconcessãodetaisiniciativas.Deoutraformateriamsidoincluídasmuitomaisdoqueasatuais9regiõesurbanasnaVisãodeEstrutura.

OSVIRfoiaprovadopeloparlamentoem2011.Nãohánenhumaavaliaçãoformaldisponível,apesardosmuitoscomentáriosproduzidos.

Page 99: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

99

21.MIRT‐TerritorialAgendaNorthWestNetherlands(2009‐2030)Holanda

AgendaTerritorialdoNoroestedaHolanda

Tipodeinstrumento .Estratégiaterritorial/espacial

.ProgramaparaaimplementaçãoalongoprazodosistemanacionaldoTerritório,InfraestruturaeTransporte

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.ÁreaMetropolitana(AmsterdamMetropolitanArea,AMA)

.AAMAéumórgãodecooperaçãoinformaledecomposiçãovariável,sendoqueosseusmembrosvariamaologodotempo,eemfunçãodotema.OsmunicípioscircundantesdeAmesterdãoescolhemintegrarounãoaAMA,equaisostemasemqueaintegram.

.A“funcionalidade”daregiãoédefinidadeumaformabottom‐up,combasenadecisãodosmunicípios

Critériosdedelimitação .AAMAabrangeatotalidadedacidade‐regiãoformaldeAmesterdão(16municípios)eaindaoutros20municípios,perfazendoumtotalde36

.Noentanto,asfronteirasadministrativasdaAMAservemapenasdebasegenéricaàabordagemdaAgendaTerritorialMIRT.Competeaosmunicípiosdecidiremseaintegraramounão

Objetivos .Coordenaçãododesenvolvimentoterritorial

.Coordenaçãodeinvestimentosintegradosnodomíniodoplaneamentofísicoeespacial(especialatençãoàsinter‐relaçõesentreacessibilidade,vitalidadeeconómica,escassezouexcessodeofertadehabitação,qualidadesecológicasecapacidadedearmazenamentodeágua)

Domíniosdeintervenção .Emgeral,aAgendaTerritoriallidacom:condiçõesdevidaedetrabalho,actividadeeconómica,mobilidade,natureza,paisagemeágua..Ostemasespecíficossão:economia;urbanização;acessibilidade;naturezaepaisagem;desenvolvimentosustentáveleadaptaçãoàsalteraçõesclimáticas

Entidaderesponsávelpelainiciativa .OsautoresoficiaisdaAgendaforamaregiãourbanadeAmesterdãoeasprovínciasdeNorth‐HollandandFlevoland,masaAMAfoiarealplataformaregionaldelançamentodainiciativa

Sistemadegovernança .Osistemadegovernançaécomplexo.Paraalémdosníveisdegovernonacional,provincialedealgumasdasprincipaisautoridadesmunicipais,osistemaincluicidades‐regiãoformaiseaindaoutrosorganismosdecooperaçãoinformais,comoaAMA

Sistemadefinanciamento .Fundosnacionais,paraosprogramaseprojetosdaabordagemintegradaedebaselocaldaAgenda,desdequeestessejamconsideradosde"interessenacional"

.Osprogramaseprojetosdeinteresseregionaloulocalnecessitamcombinardiversosfundospúblicoseprivados

Referências/Informaçãosuplementar: SobreMIRTprogramme:

http://www.rijksoverheid.nl/onderwerpen/meerjarenprogramma‐infrastructuur‐ruimte‐en‐transport

SobreWGR‐PluscityregionAmsterdamcooperation:

http://www.stadsregioamsterdam.nl/

SobreAmsterdamMetropolitanArea:

http://www.metropoolregioamsterdam.nl/

Page 100: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

100

Avaliação

Pontosfortes: .Combinaçãoereavaliaçãodepolíticasterritoriaisexistenteserelevantesnumaperspetivaregionalintegradaecoerente

.Enfoquenodesenvolvimentodasregiõesurbanaspermitequeaspartesinteressadas,sejamelaspúblicasouprivadas,reavaliemecombinemassuasprioridadeseinvestimentos

.Visãointegradoralimitadaaquestõesdeinfraestruturaedesenvolvimentoterritorialoudebaselocal;pornãoprocurarserdemasiadoabrangenteaumentaacapacidadedeimplementação.

Pontosfracos: .Dificuldadeemcombinardiferentesorçamentos(nacional,regional,localeprivado)

.Opapeldogovernonacionaléduvidosoerestringe‐sedemasiadoaoproverbial“interessenacional”,oquepodesercontraproducente

.Comonovogoverno(2010)umasériedepolíticasnacionaisforamrevistasdeformadramática,comprometendoseriamenteaimplementaçãodaagendaterritorialMIRT,nomeadamenteemquestões“soft”comoanatureza,etc.

.Hápreocupaçõescomodesequilíbrioentreaatençãodadaàvisãointegradaeofoconaaprovaçãoefinanciamentodeprojetosespecíficos

Observações

.AAgendaéelaboradadeformacooperativapelosníveiscentralemunicipaldecadaregiãoeconstituiumabaseintegradoradepotenciaisnovosprogramaseprojetos.Aideiaéestimularacoerênciaentreosdiferentesdomíniospolíticoseentreapolíticacentraleregional.

.UmaspetofundamentaldaAgendaéquenãoformulanovaspolíticas,baseando‐seexclusivamenteempolíticas,esquemasevisõesjáexistentes.Aoassociá‐las,numaperspetivadedesenvolvimentoterritorialintegrado,aAgendapermitedesenvolvernovasideiasemtermosdeprioridadesedeassociaçãoentreprojetos.

.Aagendaconsisteemduaspartes.Naprimeira,aáreaécaracterizadoeosprincipaisprojetosdedesenvolvimentosãoidentificadosedescritos;asambições,ecorrespondentesobjetivos,paraomédioprazosãoformuladas;oresultadoéumavisãopartilhada.

.Nasegundaparteasquestõesterritoriaissãoconcretizadoseaspossíveissoluçõesdelineadas.Aquiresideumterrenofértilparapossíveisprogramaseprojetos,passíveisdesuscitarestudosexploratóriosserevestiremumcarácterdeimportânciaoupremênciadeimplementação.

Page 101: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

101

22.StedenbaanPlus(2010‐2020)Holanda

‘CidadesemLinha’(traduçãoliteral)‐SucessordoprogramaStedenbaan(lançadoem2006)

Tipodeinstrumento .Programadedesenvolvimentoterritorialintegradocomtransportepúblicodealtaqualidade

Conceitode‘regiãofuncional’implícito

.Oprogramaoriginal(Stedenbaan)centrou‐senaredeferroviáriaexistente,abrangendotodasasestaçõesaolongodalinha,naprovínciadeZuidHolland

.Onovoprograma(StedenbaanPlus)centra‐seigualmentenasestaçõesaolongodalinha,masassociatambémoutrostiposdetransportepúblicodealtaqualidade(eléctrico,metro,metrodesuperfície)

Critériosdedelimitação .Nãohouvecritériosformaisparadelimitarumaáreaespecífica;oprogramarefere,noentanto,ousodosconceitosdeDailyUrbanSystem(DUS)

Objetivos .Melhoraraacessibilidadeatravésdetransportespúblicosregionaisdealtaqualidadeegrandefrequência(10em10min.)

.Desenvolverumarededetransportespúblicoscoerenteeatrativaparaservirosresidentesevisitantesdaregião

.Aumentaradensidadeurbanaemtornodosnósdetransportespúblicos,emparticularasestaçõesferroviárias

.Combaterafragmentaçãoterritorial(sprawl),umproblemaparticularmentegravenaprovínciadeZuid‐Holland

Domíniosdeintervenção .Transportes

.Desenvolvimentourbanoeusosdosolo:habitação,comércio,serviços

.Investimentoimobiliário

Entidaderesponsávelpelainiciativa .PlataformaAdministrativadoSul(BestuurlijkPlataformaZuidvleugel,BPZ),umórgãodecooperaçãoentre10parceirosformais(2dosetorprivado):ProvínciadeZuidHolland;CityRegionofHaaglanden(9municípios);CityRegionofRotterdam(15municípios);HollandRijnland(15municípios);MiddenHolland(10municípios);DrechtCities(7municípios);MunicipalityofRotterdam;MunicipalityofTheHague;NationalRailwayCompany(NS);ProRail(proprietáriodeviasférreas)

.OBPZéumaplataformaparaarealizaçãodeacordossobreprojetoseinvestimentos,nãoéumórgãodetomadadedecisão(nãohátransferênciadecompetênciasdasadministraçõesenvolvidas)

Sistemadegovernança .Aexecuçãodoprogramaédaresponsabilidadedeumorganismoindependente,oStedenbaanOffice,sempodereslegaisequeatuacomointermediárioentreparceirospúblicoseentreparceirospúblicoseprivados

Sistemadefinanciamento .Combinaçãocomplexadeumavariedadedeorçamentos,deentidadesgovernamentaisedeinvestidoresprivados(governosdascidades‐região,NSNationalRailways,Prorail,empresasdedesenvolvimentoimobiliário,municípios,empresasdetransporteslocais)

Referências/Informaçãosuplementar: http://www.stedenbaanplus.nl/

http://connectedcities.eu/showcases/stedenbaan.html

http://www.stedenbaanplus.nl/sites/www.stedenbaanplus.nl/files/page/downloads/stedenbaanplus_tod_in_the_south_wing_of_the_randstad.pdf

Page 102: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

102

Avaliação

Pontosfortes: .Enfoqueobjectivoemmatériasdetransporteedesenvolvimentourbano

.EstruturadegestãoatravésdeumGabinetepoliticamenteneutro

.Suporteconceptualdoprograma

.Oslimitesterritoriaisnãosãodemasiadoestritos;semprequeoconceitodeTODojustifique,oprogramapodesermaiscomplexoeelaborado

.Inclusãodeoutrosmodosassociadosaoferroviário(interfaces)

.Existênciadeuminstrumentodemonitoraçãoquefornecedadosconcretossobreosprogressosrealizados,permitindoaadaptaçãodoprogramaaolongodotempo

Pontosfracos: .Agestãodoprogramaécomplexa;umavezquetodososparceiros(comexcepçãodeHaia,Roterdãoeosdoisparceirosprivados)sãoorgãosdecooperaçãoregionalenvolvendoinúmerosmunicípios,atomadadedecisõespodetornar‐semorosa

.Osecretariadodoprograma(StedenbaanOffice)nãotemqualquerpoderparaforçarosparceirosaadoptaraspropostas,nemparacorrigirocomportamentodosmunicípiosfreeriders

.Umaameaçaexternaaoprogramaéaactualcrisefinanceiraeeconómica,comgrandeimpactosobreosectorimobiliário

Observações

.OprogramaéumaaplicaçãodiretadoconceitodeTransitOrientedDevelopment(TOD),emqueasestaçõesferroviárias,deautocarroseelétricos,demetropolitanoedemetrodesuperfícieconstituemosnósdeumsistemadetransportesregionalquepossibilitaráviajarporta‐a‐porta,deformarápidaeconfortável,emtodaaprovínciadeZuid‐Holland

.Emmatériadetransportepúblico,oprogramaidentificaedesenvolveumaredeinterligadaecoerentedecomboiosnacionais,metropolitanos,autocarros,elétricosemetrosdesuperfície

.Emmatériadedesenvolvimentoterritorial,oprogramafezacordoscomparceirosrelativamenteàreorganizaçãoedensificaçãodaconstruçãoemtornodasestaçõesferroviáriasexistentesepotenciais;foramigualmentefeitosacordoscomvistaaodesenvolvimentodeparquesdebicicletaseinstalaçõesPark‐and‐RidejuntoaessesnósdeTP

.Umamonitorizaçãoanualforneceinformaçãosobreocumprimentodosobjetivoseseusefeitos

Page 103: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

103

Bibliografia

ALLENJ.,MASSEYD.andCOCHRANEA.(1998)RethinkingtheRegion.Routledge,London.

BRENNERN.(2001)Thelimitstoscale?Methodologicalreflectionsonscalarstructuration,ProgressinHuman

Geography25,591‐614.

CEC (2009) “Action Plan on Urban Mobility – Communication from the Commission to the EuropeanParliament, the Council, the European Economic and Social Committee and the Committee of theRegions”.

CommissionoftheEuropeanCommunities.

http://civitas‐initiative.org/docs1/ActionPlanUrbanMobility.pdf

EC(2009)“Asustainablefuturefortransport:Towardsanintegrated,technology‐ledanduser‐friendlysystem”.

European Commission, Directorate General for Energy and Transport.http://ec.europa.eu/transport/publications/doc/2009_future_of_transport_en.pdf

EC(2011)“Whitepaper: RoadmaptoaSingleEuropeanTransportArea–Towardsacompetitiveandresource

efficient transport system” European Commission.http://ec.europa.eu/transport/strategies/doc/2011_white_paper/white‐paper‐illustrated‐brochure_en.pdf

EEA European Environmental Agency (2011) Land use Scenarios for Europe: qualitative and quantitative

analysisonaEuropeanScale.http://www.eea.europa.eu/publications/technical_report_2007_9

EEA European Environmental Agency (2010) The territorial dimension of environmental sustainability. Potentialterritorial indicators to support the environmental dimension of territorial cohesion.

http://www.eea.europa.eu/publications#c9=all&c14=&c12=&c7=en&c11=5&b_start=0&c13=the+territorial+dimension+of+environmental+sustainability

ESPON (2007) Project 1.1.2 Urban‐Rural Relations in Europe, Final Report.

http://www.espon.eu/export/sites/default/Documents/Projects/ESPON2006Projects/ThematicProjects/UrbanRural/fr‐1.1.2_revised‐full_31‐03‐05.pdf

ESPON (2007) Project 1.4.3 Study on Urban Functions, Final Report.

http://www.espon.eu/export/sites/default/Documents/Projects/ESPON2006Projects/StudiesScientificSupportProjects/UrbanFunctions/fr‐1.4.3_April2007‐final.pdf

ESPON (2007) Polycentric Urban Development and Rural‐Urban Partnership – Thematic Study INTERREG III

INTERACT Programme.http://www.espon.eu/export/sites/default/Documents/Projects/ESPON2006Projects/ESPONINTERactStudies/PolycentricUrbanDevelopment/fr‐INTERACT‐Poly‐Jan2007.pdf

ESPON(2010),EDORA‐EuropeanDevelopmentOpportunitiesinRuralAreas,FinalReport

http://www.espon.eu/main/Menu_Projects/Menu_AppliedResearch/edora.html

ESPON (2010), FOCI – Future Orientation for Cities – Applied Research 2013/1/1 – Final Report

http://www.espon.eu/export/sites/default/Documents/Projects/AppliedResearch/FOCI/FOCI_final_report_20110111.pdf

ESPON (2011) The Functional Urban Areas Database – ESPON 2013 Database

http://www.espon.eu/export/sites/default/Documents/ScientificTools/ESPON2013Database/3.7_TR‐FUAs.pdf

Page 104: REGIÕES FUNCIONAIS, RELAÇÕES URBANO‐RURAIS | RELATÓRIO FINAL

104

G.C.A.L.(2010)FunctionalEconomicMarketAreas:Aneconomicnote.CommunitiesandLocalGovernment,London.

NLGN(2005)SeeingtheLight?NextStepsforCityRegions.NewLocalGovernmentNetwork,London.

OCDE(2002)RedefiningTerritories:TheFunctionalRegions,OCDE.

http://www.keepeek.com/Digital‐Asset‐Management/oecd/urban‐rural‐and‐regional‐development/redefining‐territories_9789264196179‐en

OCDE(2010)Urban‐RuralLinkages:issues,measurementandpoliciesinOECDcountries.OCDE,Paris.

OCDE (2011) Assessing and Monitoring Rural‐Urban Linkages in Functional Regions: A methodologicalframework.OCDE,Paris.

PHELPSN.A.(2010)Suburbsfornations?Someinterdisciplinaryconnectionsonthesuburbaneconomy,Cities27,68‐76.

PIORR, A. et al. (2010)PERI‐URBANISATION IN EUROPE ‐ Towards European Policies to Sustain Urban‐Rural

Futures,SynthesisReport.http://www.plurel.net/images/Peri_Urbanisation_in_Europe_printversion.pdf

SMETKOWSKIM.,GORZELAKG.,KOZAKM.,OLECHNICKAA.,PLOSZAJA.andWOJNARK.(2011)TheEuropeanMetropolisesandTheirRegions:FromEconomicLandscapestoMetropolitanNetworks.WNScholar,Warsow.

ULIED,A.etal.(2010)UrbanandRuralNarrativesandSpatialDevelopmentTrendsinEurope:TheStateoftheQuestion,Barcelona,Spain.

http://www.eu‐territorial‐agenda.eu/Related%20Documents/ES_100623_URBAN_RURAL_ENG.pdf