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SUMÁRIO

Capítulo I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Capítulo II

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO FÓRUM

Capítulo III

ATRIBUIÇÕES DO JUIZ DIRETOR DE FORO

Capítulo IV

LIVROS DA DIRETORIA DO FORO

Capítulo V

CORREIÇÃO NO FORO EXTRAJUDICIAL

Capítulo VI

SERVIDORES

Seção I

DA JORNADA DE TRABALHO

Seção II

DO REGISTRO DO PONTO

Seção III

DA FALTA JUSTIFICADA

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Seção IV

DAS FOLGAS COMPENSATÓRIAS

Seção V

DO BANCO DE HORAS

Seção VI

DAS AUSÊNCIAS DURANTE O EXPEDIENTE

Seção VII

DA IDENTIFICAÇÃO DO SERVIDOR

Seção VIII

DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Capítulo VII

PRÉDIO DO FÓRUM

Seção I

DO DEPÓSITO E GUARDA DE OBJETOS APREENDIDOS

Seção II

DAS INSTALAÇÕES E SEGURANÇA DO FÓRUM

Seção III

DOS TELEFONES E FAC-SÍMILES

Capítulo VIII

PLANTÃO JUDICIÁRIO

Capítulo IX

CARTAS PRECATÓRIAS

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Capítulo X

PROCEDIMENTO DISCIPLINAR

Seção I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção II

DA SINDICÂNCIA

Seção III

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Seção IV

DOS RECURSOS

Seção V

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

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Capítulo I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1.º O Regimento Interno da Diretoria do Foro (RIDF) é de aplicação obrigatória no

âmbito do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso, não excluindo outras normas

editadas pelo Tribunal de Justiça.

Capítulo II

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO FÓRUM

Art. 2.º O Fórum funcionará de segunda a sexta-feira, no período ininterrupto de 12 às

18 horas, para o público interno e externo.

Capítulo III

ATRIBUIÇÕES DO JUIZ DIRETOR DE FORO

Art. 3.º Além de outras atribuições previstas em lei e neste Regimento, ao Juiz Diretor

de Foro, privativamente, compete:

I – Processar e julgar, no âmbito da Diretoria do Foro:

a) consultas formuladas;

b) matéria não-contenciosa relativa a registros públicos;

c) suscitação de dúvida;

d) registro tardio de nascimento;

e) registro tardio de óbito;

f) investigação oficiosa de paternidade;

g) pedido de providências;

h) representação;

i) sindicância;

j) processo administrativo;

II – presidir as solenidades oficiais realizadas no Fórum;

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III – cumprir todas as delegações do Presidente do Tribunal de Justiça ou do

Corregedor-Geral da Justiça;

IV – representar o Poder Judiciário nas solenidades da Comarca, podendo delegar essa

atribuição a outro Juiz da Comarca;

V – solicitar da Polícia Militar do Estado segurança suficiente para manter a ordem no

edifício do Fórum;

VI – determinar o hasteamento das bandeiras Nacional e do Estado de Mato Grosso,

como dispõe a lei;

VII – solicitar ao Tribunal de Justiça materiais permanentes e de expediente necessários

aos serviços administrativos e judiciais da Comarca;

VIII – suspender o expediente na Comarca, mediante portaria, nos feriados decretados

pelo Executivo Municipal, bem como nos casos de falecimento de pessoas que

justifiquem tal ato ou mediante determinação de autoridade superior;

IX – designar, quando for o caso, servidor para substituir o titular de outro serviço ou

função para exercer, em regime de exceção, as atribuições que lhe forem conferidas;

X – organizar a escala de substituição dos oficiais de justiça e, ainda, dos gestores

judiciários que, fora do expediente normal, devam funcionar nos plantões judiciais;

XI – tomar quaisquer providências de ordem administrativa, relacionadas com a

fiscalização, disciplina e regularidade dos serviços forenses, velando pela sua

excelência;

XII – atender ao expediente forense administrativo e, no despacho dele:

a) mandar distribuir petições iniciais, inquéritos, denúncias, autos, precatórias,

rogatórias e quaisquer outros papéis que lhe forem encaminhados e dar-lhes o destino

que a lei indicar;

b) determinar o cumprimento pela secretaria da diretoria dos mandados de averbação

recebidos de outras comarcas;

c) praticar os atos a que se referem as leis e regulamentos sobre serviços de estatísticas;

d) aplicar, quando for o caso, aos Juízes de Paz, servidores da Justiça, notários e

registradores públicos as penas disciplinares cabíveis, previstas em lei.

XIII – dar posse, deferindo o compromisso, aos Juízes de Paz, suplentes e servidores da

Justiça da Comarca, fazendo lavrar ata em livro próprio;

XIV – conceder férias aos servidores da Justiça, justificar-lhes as faltas, bem como

conhecer e julgar os processos que versarem sobre requerimentos formulados por

servidores concernentes à concessão de licença-prêmio, licença por motivo de doença

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em pessoa da família, licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro,

por prazo indeterminado e sem remuneração, licença para o serviço militar, licença para

atividade política e afastamentos até 30 dias (Provimento Nº 18/2007-CM);

XV – conhecer e decidir acerca dos pedidos de servidores quanto a:

a) conversão de licença-prêmio em espécie, salvaguardando o respectivo pagamento ao

deferimento do Presidente do Tribunal de Justiça;

b) conversão de 1/3 de férias em abono pecuniário, salvaguardando o respectivo

pagamento ao deferimento do Presidente do Tribunal de Justiça;

c) licença-médica para tratamento de saúde acima de 30 (trinta) dias ou em prorrogação,

à vista de laudo médico oficial homologado pela Coordenadoria Geral de Perícia

Médica da Secretaria de Administração do Estado de Mato Grosso;

d) licença por motivo de doença em pessoa da família, igual ou superior a 30 (trinta)

dias, bem como as prorrogações, se a assistência direta do servidor for indispensável e

não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo, respeitando o prazo

não superior a 90 (noventa) dias, conforme dispõe o artigo 47, caput, da Lei Nº

4.930/85 (com nova redação dada pela Lei Nº 8.131, de 15/06/2004).

XVI – expedir provimentos administrativos;

XVII – realizar a fiscalização sobre os trabalhos da Central de Distribuição, bem como

a observância de todas as normas a ela atinentes;

XVIII – propor aposentadoria compulsória dos servidores da Justiça;

XIX – solicitar ao Conselho da Magistratura a abertura de concurso para provimento

dos cargos da Justiça da Comarca, presidindo-os;

XX – nomear, ad hoc, Juízes de Paz, nos casos expressos em lei;

XXI – providenciar a declaração de vacância de cargos;

XXII– opinar sobre o estágio probatório dos servidores da Justiça, com antecedência

máxima de 120 (cento e vinte) dias ao término do triênio;

XXIII – comunicar ao Conselho da Magistratura a imposição de pena disciplinar a

servidor;

XXIV – presidir as comissões de inquérito, quando designado, e proceder à sindicância;

XXV – efetuar, de ofício ou por determinação do Corregedor-Geral da Justiça, a

correição no foro extrajudicial, da qual remeterá relatório à Corregedoria, juntamente

com os provimentos baixados depois de lavrar, no livro próprio, a súmula de suas

observações, sem prejuízo das inspeções anuais que deverá realizar;

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XXVI – baixar portaria fixando os valores da condução dos oficiais de justiça para

cumprimento de mandados judiciais e prática de atos processuais de qualquer natureza,

remetendo cópia à Corregedoria-Geral da Justiça para exame e homologação;

XXVII – solucionar consultas, dúvidas e questões propostas por servidores, fixando-

lhes orientação no tocante à escrituração de livros, execução e desenvolvimento dos

serviços, segundo as normas gerais estabelecidas pela Corregedoria-Geral da Justiça;

XXVIII – fiscalizar os serviços da Justiça, principalmente a atividade dos servidores,

cumprindo-lhe coibir que:

a) residam em lugar diverso do designado para a sede de seu ofício;

b) se ausentem, nos casos permitidos em lei, sem prévia transmissão do exercício do

cargo ao substituto legal;

c) se afastem do serviço durante as horas de expediente;

d) descurem a guarda, a conservação e a boa ordem que devem manter com relação aos

autos, livros e papéis a seu cargo, onde não deverão existir borrões, rasuras, emendas e

entrelinhas não ressalvadas;

e) deixem de tratar com urbanidade as partes ou de atendê-las com presteza e a qualquer

hora, em caso de urgência;

f) recusem aos interessados, quando solicitarem informações sobre o estado e

andamento dos feitos, salvo nos casos em que não lhes possam fornecer certidões,

independentemente de despachos;

g) violem o sigilo a que estiverem sujeitas as decisões ou providências;

h) omitam a cota de custas ou emolumentos à margem dos atos que praticarem, nos

próprios livros ou processos e nos papéis que expedirem;

i) cobrem emolumentos excessivos, ou deixem de dar recibos às partes, quando se tratar

de cartório não oficializado, ainda que estes não exijam, para o que devem manter talão

próprio com folhas numeradas;

j) excedam os prazos para a realização de ato ou diligência;

l) neguem informações estatísticas que lhes forem solicitadas pelos órgãos competentes

e não remetam, nos prazos regulamentares, os mapas dos movimentos de seus

Cartórios;

m) deixem de lançar em carga, os autos entregues ao Juiz, ao promotor ou aos

advogados;

n) freqüentem lugares onde sua presença possa afetar o prestígio da Justiça;

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o) pratiquem, no exercício da função ou fora dela, atos que comprometam a dignidade

do cargo;

p) negligenciem, por qualquer forma, no cumprimento dos deveres do cargo;

XXIX – realizar reunião com os oficiais de justiça, bimestralmente, lavrando-se a

respectiva ata.

Art. 4.º As substituições eventuais do Juiz Diretor de Foro ou de seu substituto

designado serão exercidas pelo Magistrado mais antigo na Comarca, independentemente

de designação.

Capítulo IV

LIVROS DA DIRETORIA DO FORO

Art. 5.º A Diretoria do Foro manterá os seguintes livros:

I – livro de termo de entrada em exercício de Magistrado;

II – livro de termo de posse e entrada em exercício de servidores administrativos,

judiciais e extrajudiciais;

III – livro de atas de plantão judiciário;

IV – livro de registro de compromisso de servidores;

V – livro de carga e descarga de autos;

VI – livro de registro de portarias e nomeações;

VII – livro de registro de censuras, advertências e penas disciplinares impostas aos

serventuários e auxiliares da Justiça;

VIII – livro de registro de compromisso de naturalizado;

IX – livro de visitas e correições;

Art. 6.º A Diretoria do Foro possuirá, ainda, os seguintes classificadores para

arquivamento de:

I – provimentos, instruções e ofícios circulares;

II – portarias;

III – ofícios recebidos e cópias de ofícios expedidos, separadamente;

IV – termos e relatórios de inspeção e correição;

V – atas de reunião de verificação de resultados e trato de anomalias;

VI – cronograma anual de cursos de aperfeiçoamento;

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VII – documentos referentes à requisição e ao recebimento de selos de autenticidade,

com balanço mensal (Art. 11, §1º, da Lei N° 7.602/01).

Art. 7.º Os livros referidos no artigo 5.º poderão ser de folhas soltas e serão

devidamente encadernados ao atingirem 200 (duzentas) folhas, lavrando-se termo de

encerramento. Os livros mencionados nos incisos I, II, III, VI e X, do artigo 5.º, poderão

ser mantidos sob a forma virtual, assim que o sistema oficial de informática do Tribunal

de Justiça os disponibilizar dessa maneira.

Art. 8.º No livro de termo de entrada em exercício de Magistrado serão lavrados a data

e o horário do início do exercício funcional do Juiz na Comarca que, assinado pelos

presentes, será comunicado ao Presidente do Tribunal de Justiça, ao Corregedor-Geral

da Justiça e ao Tribunal Regional Eleitoral (Art. 156, do COJE).

Art. 9.º O Juiz Diretor poderá solicitar ao Corregedor-Geral da Justiça autorização para

abertura de outros livros para a Diretoria do Foro, além dos obrigatórios previstos neste

Regimento, quando houver necessidade ou o movimento justificar.

Art. 10. Os registros de termos de compromisso de servidores serão lavrados em livro

próprio da Diretoria do Foro.

Art. 11. No livro de registro de compromisso de naturalizado será lavrado o termo de

entrega de certificado de compromisso a quem for concedida a naturalização, devendo

constar do referido termo que o naturalizado:

I – demonstrou conhecer a língua portuguesa, segundo sua condição, pela leitura de

trechos da Constituição da República;

II – declarou, expressamente, que renuncia à nacionalidade anterior;

III – assumiu o compromisso de bem cumprir os deveres de cidadão brasileiro.

§ 1.º Sendo de nacionalidade portuguesa, ao naturalizado não se aplica o disposto no

inciso I, deste artigo.

§ 2.º Todos os dados relativos à naturalização deverão ser anotados no certificado, onde

constarão a data do compromisso e a lavratura do respectivo termo.

§ 3.º Deverá ser comunicada ao Ministério da Justiça a data do recebimento do

certificado.

Art. 12. Serão registradas no livro de registro de portarias e nomeações da Diretoria do

Foro todas as portarias expedidas, devendo uma cópia ser encaminhada, conforme o

caso, para o Conselho da Magistratura, para a Corregedoria-Geral da Justiça e para o

Departamento de Recursos Humanos, para ciência, verificação ou aprovação.

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Capítulo V

CORREIÇÃO NO FORO EXTRAJUDICIAL

Art. 13. A competência para fiscalização administrativa dos Serviços Notariais e de

Registro é do Juiz Diretor de Foro da Comarca, sem prejuízo das atribuições do

Corregedor-Geral da Justiça.

Art. 14. Os recursos das decisões tomadas pelos Juízes Diretores do Foro serão

interpostos com efeito suspensivo à Corregedoria-Geral da Justiça, no prazo de 05

(cinco) dias (Art. 85, § 1º da Lei 4.930/85 e Consulta 9/2004-CM/TJ), exceto nos casos

de processos administrativos não disciplinares, quando a parte recorrente for servidor,

hipótese em que o prazo será de 30 (trinta) dias (Consulta 9/2004-CM/TJ).

Art. 15. O Juiz Diretor de Foro realizará correição ordinária anual no foro extrajudicial

até o mês de agosto, conforme dispõe o artigo 86 do COJE, devendo ser enviado

relatório à Corregedoria-Geral da Justiça, no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogáveis,

justificadamente, em razão da quantidade de Serventias e da extensão territorial da

Comarca, por igual prazo. Para realização da correição poderá o Magistrado solicitar o

apoio de controladores de arrecadação do FUNAJURIS.

Parágrafo único. A prorrogação dos prazos referidos neste artigo deverá ser

formalizada por portaria do Juízo com os motivos que a ensejaram e comunicada ao

Corregedor-Geral da Justiça, no prazo de 05 (cinco) dias após o término do prazo

inicial.

Art. 16. O Juiz Diretor de Foro baixará portaria devidamente especificada, com ampla

divulgação, marcando o período para a correição, com comunicação e envio de cópia à

Corregedoria-Geral da Justiça e aos responsáveis pelas Serventias a serem

correicionadas.

Art. 17. Na correição extrajudicial deverá ser verificado:

I – se estão afixadas em lugar bem visível ao público as tabelas de custas (Lei Nº

7603/01 e alterações) e de emolumentos (Lei Nº 7550/01 e alterações);

II – se os empregados juramentados e escreventes possuem carteira de trabalho anotada;

III – se estão em dia os recolhimentos em favor do FUNAJURIS e das Associações;

IV – se existem Serventias vagas e, em caso positivo, se já foi feita a comunicação ao

Conselho da Magistratura e ao Corregedor-Geral da Justiça, e adotadas as providências

previstas na Seção 8, do Capítulo 8, da CNGC;

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V – se a disposição dos móveis e as condições de higiene e ordem do local de trabalho

são convenientes, bem como a segurança (janelas com grades, extintores de incêndio

etc.);

VI – se foram sanadas e não estão sendo repetidas as irregularidades constatadas na

correição anterior, adotando as providências disciplinares cabíveis;

VII – se estão sendo observadas pelos Serviços Notariais e Registrais a Lei de Custas

(Lei Nº 7603/01 e alterações) e Emolumentos (Lei Nº 7550/01 e alterações) e os

provimentos da Corregedoria com as respectivas atualizações;

VIII – se o Cartório possui a Consolidação das Normas Gerais da Corregedoria-Geral

da Justiça e se ela está atualizada;

IX – se os selos de autenticidade são utilizados corretamente;

X – se o arquivo de livros e papéis é seguro, limpo, livre de insetos, com separações

etiquetadas por espécie ou tipo e período, distribuído em prateleiras etc.

Art. 18. Em relação aos livros e sua escrituração deverá ser verificado:

I – se o Cartório possui todos os livros obrigatórios e se eles estão devidamente

nominados e numerados na seqüência;

II – se eles contêm termo de abertura, se as folhas foram numeradas e rubricadas e, nos

já encerrados, se consta o termo de encerramento, com o visto do Juiz;

III – se é feita corretamente a escrituração, com utilização de tinta indelével de cor preta

ou azul; se não há rasuras e se foram ressalvadas e certificadas, com data e assinatura de

quem as fez, as anotações como “sem efeito”, “inutilizado” e “em branco”;

IV – se estão sendo numerados, na seqüência, os termos e livros, e se a numeração vem

sendo renovada anualmente.

Art. 19. Além das providências enumeradas no artigo 23, deste Regimento, nos

Serviços Notariais e Registrais do foro extrajudicial, deverá ser observado:

I – se a Serventia possui todos os livros obrigatórios;

II – se vem sendo utilizada, indevidamente, fita corrigível de polietileno ou outro

corretivo químico;

III – se são deixados espaços ou verso de folhas em branco, o que é proibido, salvo

quando destinados a averbações;

IV – se são bem qualificadas as partes e as testemunhas dos atos lavrados, bem como as

testemunhas que assinam “a rogo”;

V – se nas certidões e nos atos lavrados são cotados corretamente os emolumentos e as

custas;

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VI – se os livros estão registrados junto ao Juiz Diretor de Foro;

VII – se estão de acordo com a Lei de Registros Públicos (Lei Nº 6.015/73) a

escrituração e o registro;

VIII – se estão sendo corretamente utilizados os selos de autenticidade, bem como estão

sendo efetuados os pagamentos devidos ao Poder Judiciário Estadual;

IX – se o notário/registrador exerce as atividades para as quais recebeu delegação;

X – se as Serventias deficitárias estão recebendo o repasse do complemento do Fundo

de Compensação aos Registradores Civis das Pessoas Naturais – FCRCPN, pela

ANOREG;

XI – se as declarações dos atos notariais e registrais estão sendo encaminhadas e os

recolhimentos estão sendo efetuados até o dia 05 do mês subseqüente ao vencido para o

FUNAJURIS (Lei Nº 8.033/03);

XII – se as alterações de endereço e/ou quadro funcional estão sendo devidamente

informadas à Diretoria do Foro, ao Departamento de Recursos Humanos do Tribunal de

Justiça e à Corregedoria-Geral da Justiça.

Art. 20. Nos Tabelionatos de Notas deverá ser verificado se:

I – vêm sendo deixados espaços em branco entre o final da escritura e as assinaturas;

II – existe escritura lavrada e não assinada há mais de trinta dias. Em caso positivo,

deve ela ser tornada sem efeito.

Art. 21. No Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais deverá ser verificado se:

I – nos assentos de nascimento é obedecida a grafia correta e não se registram prenomes

que exponham ao ridículo seu portador;

II – foi observada a regularidade formal na habilitação de casamento;

III – os óbitos registrados no mês estão sendo comunicados ao INSS, à Secretaria de

Saúde, ao Ministério do Exército e à Justiça Eleitoral; sendo óbito de estrangeiro, se,

também, foi comunicado à Polícia Federal, e se, trimestralmente, tem sido encaminhado

o boletim ao IBGE;

IV – a Declaração de Nascido Vivo – DN é utilizada.

Art. 22. No Cartório de Registro de Imóveis deverá ser verificado:

I – se foram registrados ou averbados todos os documentos protocolados no livro

protocolo;

II – no livro protocolo, se o documento protocolado foi registrado na matrícula,

verificando, em seguida, se os nomes dos adquirentes e alienantes, inclusive de seus

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cônjuges, foram lançados no indicador pessoal, bem como examinar a correspondente

alteração no indicador real. Esta verificação deve ser feita, no mínimo, por

amostragem, em alguns documentos;

III – especificamente quanto aos imóveis rurais, se foram averbadas na respectiva

matrícula as áreas de reserva legal;

IV – se foi observado o legítimo destaque do patrimônio público para o particular das

terras rurais.

Art. 23. Ao final dos trabalhos correicionais no foro extrajudicial o Juiz Diretor deverá

elaborar relatório de correição que conterá, no mínimo, as seguintes informações:

I – termo de abertura;

II – denominação da Serventia;

III – lotacionograma dos funcionários credenciados;

IV – informações sobre o prédio;

V – tabela de custas;

VI – livros e pastas verificados;

VII – reclamações recebidas;

VIII – atos vistoriados;

IX – generalidades e observações finais.

Parágrafo único. O relatório da correição será elaborado com os requisitos mínimos

acima indicados e apresentado em formulário padronizado fornecido pela Corregedoria-

Geral da Justiça.

Capítulo VI

SERVIDORES

Seção I

DA JORNADA DE TRABALHO

Art. 24. Os servidores cumprirão jornada de 6 (seis) horas diárias, equivalente a 30

(trinta) horas semanais.

Parágrafo único. Os servidores ocupantes de cargo em comissão ou de função de

confiança cumprirão jornada de 08 (oito) horas diárias, equivalente a 40 (quarenta)

horas semanais.

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Art. 25. O horário de expediente para as jornadas de 06 (seis) e 08 (oito) horas diárias,

fica assim definido:

I – jornada de 06 (seis) horas: 12 às 18 horas;

II – jornada de 08 (oito) horas: 08 às 10 horas e 12 às 18 horas.

§ 1.º Excepcionalmente, para atender situações especiais, os servidores poderão cumprir

jornada diferenciada das estipuladas no artigo anterior, se houver anuência do Juiz

Titular da Vara em que estiver lotado e devidamente autorizado pelo Juiz Diretor de

Foro.

§ 2.º Compete à Central de Administração fiscalizar o cumprimento da jornada dos

servidores do Fórum.

Seção II

DO REGISTRO DO PONTO

Art. 26. O registro do ponto deverá ser efetuado na entrada e na saída do expediente,

pelo próprio servidor, ressaltando que em caso de flagrante de registro de ponto por

outro servidor, ambos estarão sujeitos a penalidades administrativas.

Art. 27. Em relação ao horário de entrada e de saída existirá uma tolerância de 15

(quinze) minutos, para mais e para menos.

Art. 28. A entrada antecipada acarreta as seguintes conseqüências:

I – se ocorrer fora do limite de tolerância, previsto no artigo 33, constituir-se-á em

liberalidade do servidor e não gerará qualquer direito de saída antecipada ou de crédito

no banco de horas;

II – se ocorrer dentro do limite de tolerância de 15 (quinze) minutos antes do horário

previsto, o servidor poderá antecipar o horário de saída em igual tempo.

§ 1.º Na hipótese do inciso I deste artigo, se a entrada antecipada ocorrer por

convocação, o servidor, a critério do Juiz Diretor de Foro, poderá antecipar a saída em

igual tempo ou creditar o período excedente no banco de horas.

§ 2.º Na hipótese do inciso II deste artigo, caso o servidor não proceda à compensação

no mesmo dia, a entrada antecipada será considerada liberalidade e não gerará nenhum

direito.

Art. 29. A saída antecipada acarreta as seguintes conseqüências:

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I – se ocorrer sem autorização do Juiz Diretor de Foro e não for hipótese de

compensação de eventual entrada antecipada, constituir-se-á em liberalidade, devendo

ser descontada a proporcionalidade de horas da remuneração do servidor;

II – se ocorrer com autorização do Juiz Diretor de Foro e não for hipótese de

compensação de eventual entrada antecipada, o tempo faltante será debitado do banco

de horas.

Parágrafo único. O servidor poderá sair antecipadamente, dentro do limite de

tolerância, comunicando verbalmente à chefia imediata e à Central de Administração,

na hipótese do inciso II, do artigo 34 deste Regimento.

Art. 30. A entrada atrasada acarreta as seguintes conseqüências:

I – se ocorrer fora do limite de tolerância, o tempo em atraso será descontado da

remuneração;

II – se ocorrer dentro do limite de tolerância, de 15 (quinze) minutos depois do horário

previsto, o servidor poderá atrasar o horário de saída em igual tempo.

§ 1.º Na hipótese do inciso I deste artigo, o servidor poderá, no prazo de 03 (três) dias

úteis, apresentar justificativa para o ocorrido, que, em sendo aceita pelo Juiz Diretor de

Foro, o tempo faltoso poderá ser debitado do banco de horas ou compensado até o final

do mês subseqüente ao da ocorrência.

§ 2.º Na hipótese do inciso II deste artigo, caso o servidor não efetue a compensação no

mesmo dia, o tempo em atraso será debitado do banco de horas.

Art. 31. A saída atrasada, com exceção da hipótese prevista no inciso II, do artigo 36

deste Regimento, será considerada liberalidade e não gerará qualquer direito para o

servidor.

Parágrafo único. Se o atraso decorrer de ordem superior, o tempo excedente será

creditado no banco de horas, desde que o servidor tenha sido convocado

extraordinariamente.

Art. 32. Nos casos de antecipações, atrasos e ausências contumazes, o Gestor Geral

deverá orientar o servidor para que se abstenha dessa prática.

Parágrafo único. Se o comportamento perdurar, o fato deverá ser certificado e

comunicado ao Juiz Diretor de Foro para a instauração de procedimento administrativo

em face do servidor.

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Seção III

DA FALTA JUSTIFICADA

Art. 33. O servidor que faltar ao serviço poderá requerer a sua conversão em falta

justificada.

§ 1.º O requerimento será dirigido ao Juiz Diretor de Foro, constando a qualificação do

servidor, lotação e os motivos que ensejaram a falta.

§ 2.º O requerimento deverá ser apresentado em até 03 (três) dias úteis depois de

ocorrida a falta ou o período faltoso, findo esse prazo a falta será considerada como

injustificada.

Art. 34. Em havendo deferimento do pedido, o servidor deverá compensar a falta até o

mês subseqüente ao da sua ocorrência ou, se preferir, utilizar créditos que possua no

banco de horas.

Parágrafo único. Caso o servidor não efetue a compensação no prazo previsto no caput

deste artigo, a falta ocorrida será debitada do banco de horas.

Art. 35. Na hipótese de indeferimento do pedido, a falta será considerada injustificada e

descontada da remuneração do servidor.

Seção IV

DAS FOLGAS COMPENSATÓRIAS

Art. 36. O servidor poderá usufruir folgas compensatórias relativas a créditos existentes

no banco de horas decorrentes de:

I – entradas antecipadas ou de saídas atrasadas determinadas por ordem superior;

II – serviços realizados aos sábados, domingos e feriados, por convocação ou convite da

administração;

III – serviços realizados no período de recesso forense;

IV – serviços realizados em plantão judiciário;

V – serviços realizados em decorrência do Tribunal do Júri.

§ 1.º Os créditos de horas derivados de serviços realizados em dias não úteis (sábados,

domingos e feriados) e no período de recesso forense, caso não sejam de jornada

completa, fixada no artigo 30, dar-se-ão nos seguintes termos:

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a) horas trabalhadas até a metade da jornada (até 50% do total), serão creditadas no

banco de horas, obedecendo-se à proporcionalidade da jornada do servidor (06 ou 08

horas).

b) horas que extrapolem a metade da jornada (acima de 50% do total), serão creditadas

como jornada completa, obedecendo-se à proporcionalidade da jornada de trabalho do

servidor (06 ou 08 horas).

§ 2.º Serviços realizados no período de recesso forense serão contados normalmente nos

dias úteis e, em dobro, aos sábados, domingos e feriados, quando o servidor

efetivamente trabalhar, seguindo o mesmo regramento descrito no § 1.º, alíneas “a” e

“b”, deste artigo, para créditos de horas de jornada incompleta.

§ 3.º O usufruto de compensatória observará o crédito derivado do banco de horas na

proporção de 01 (um) dia de folga para cada número de horas equivalente à jornada a

que o servidor está legalmente obrigado a cumprir (Art. 30).

Art. 37. As folgas compensatórias adquiridas devem ser gozadas até o final do ano

subseqüente, sob pena de decadência do direito, salvo se a fruição não ocorrer por

interesse da administração.

Parágrafo único. O gozo da folga compensatória deve ser requerido ao Juiz Diretor de

Foro e, uma vez deferido, anotado na ficha funcional do servidor.

Seção V

DO BANCO DE HORAS

Art. 38. Fica instituído o banco de horas, onde serão creditados para o servidor:

I – entrada antecipada decorrente de convocação do Juiz Diretor de Foro e não

compensada no mesmo dia;

II – atraso na saída decorrente de ordem superior;

III – serviço realizado aos sábados, domingos, feriados ou durante o recesso forense;

IV – serviço realizado em plantão judiciário.

Art. 39. Poderão ser debitados no banco de horas:

I – saída antecipada com autorização do chefe imediato;

II – entrada atrasada ocorrida fora do limite de tolerância;

III – entrada atrasada ocorrida dentro do limite de tolerância e não compensada no

mesmo dia;

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IV – compensação de falta justificada;

V – ausência autorizada, durante o expediente, para tratar de assunto particular.

Art. 40. Como regra geral, a utilização do banco de horas obedecerá à seguinte

correlação:

I – para servidor que cumpre jornada diária de 06 (seis) horas: 06 horas = um dia;

II – para servidor que cumpre jornada diária de 08 (oito) horas: 08 horas = um dia.

Art. 41. Os saldos existentes no banco de horas serão aferidos até o dia 31 de dezembro

de cada ano, para serem reduzidos a zero.

Parágrafo único. Eventuais débitos de horas existentes serão descontados

proporcionalmente da remuneração do servidor.

Art. 42. O servidor poderá, a qualquer tempo, consultar o saldo e as ocorrências do seu

banco de horas no sistema eletrônico de controle de ponto ou na Central de

Administração, por intermédio do Gestor Geral.

Art. 43. A compensação de entrada atrasada ou adiantada, dentro do limite de

tolerância, deve ocorrer no mesmo dia.

Seção VI

DAS AUSÊNCIAS DURANTE O EXPEDIENTE

Art. 44. Durante o expediente forense, o servidor somente poderá ausentar-se do Fórum

para tratar de assuntos particulares quando autorizado pelo Juiz Diretor de Foro.

§ 1.º A inobservância do disposto no caput acarretará desconto proporcional na

remuneração do servidor, sem prejuízo das sanções disciplinares cabíveis.

§ 2.º As ausências autorizadas deverão ser devidamente comprovadas e serão debitadas

no banco de horas.

Art. 45. O afastamento do servidor do exercício de suas funções, durante o expediente

forense, além das demais hipóteses legais, ocorrerá em:

I – gozo de compensatórias;

II – tratamento médico, consulta médica e outros afins.

Art. 46. O requerimento para gozo de compensatórias deverá ser feito por escrito, em

dia útil, com antecedência mínima de 03 (três) dias úteis à data do afastamento, sem

necessidade de justificativa.

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§ 1.º Precederá à análise pelo Juiz Diretor de Foro a manifestação do Juiz responsável

direto pelo servidor ou de seu chefe imediato, quando for o caso, após a certidão do

Gestor Geral do Fórum.

§ 2.º Da certidão conterá:

I – quantidade de compensatórias usufruídas e demais afastamentos justificados nos 12

(doze) meses;

II – quantidade de afastamentos injustificados, inclusive faltas, nos últimos 12 (doze)

meses;

III – informação do respectivo setor, emitida pelo superior hierárquico imediato, no

sentido de estar em dia com o serviço;

IV – informação da tempestividade do requerimento.

Art. 47. O pleito de dispensa do expediente forense para tratamento médico, consulta

médica, e afins, deverá ser instruído com requerimento do servidor, por escrito,

acompanhado do atestado médico, até o terceiro dia útil do seu retorno às atividades.

§ 1.º No atestado médico, emitido pelo profissional de saúde, deverá constar,

necessariamente, sob pena de recusa de plano, o local do exame, o dia e horário, nome

do médico e especialidade.

§ 2.º Fica dispensada a informação universal do código de doença sempre que, a critério

do médico, puder resultar situação constrangedora para o paciente, salvo no caso de

doença que possa, efetivamente, comprometer a saúde pública do local de trabalho.

Art. 48. A dispensa para tratamento médico, consulta médica, e afins, não implicará

abono de falta, devendo o servidor compensar o dia faltado ou imputá-lo nos créditos do

banco de horas a que tiver direito.

§ 1.º O tratamento médico, a consulta médica, e afins, somente implicarão abonos de

falta quando a enfermidade do servidor o incapacitar, totalmente, para o exercício das

ocupações habituais forenses, certificada tal circunstância pelo profissional de saúde,

com expressa menção dos fatores de risco e agravamento da situação do

paciente/servidor, caso continue a desenvolver suas atividades no recinto do Fórum.

§ 2.º A incapacidade parcial, para efeitos de abono de falta, deverá ser constatada por

meio de parecer técnico expedido por médicos do quadro funcional do Tribunal de

Justiça de Mato Grosso.

Art. 49. O requerimento para tratamento médico, consulta médica, e afins, será decidido

pelo Juiz Diretor de Foro, no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, sendo que, no caso

de indeferimento, deverá ser motivado, vedada a utilização de fundamentos genéricos.

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Art. 50. O deferimento dos requerimentos de que trata este Regimento deverá ser

anotado na ficha funcional do servidor para efeito de contabilidade de faltas justificadas

pelo período de 12 (doze) meses, desprezando-se os superiores.

Parágrafo único. Incumbe à Central de Administração manter a pasta funcional de

cada servidor devidamente atualizada.

Seção VII

DA IDENTIFICAÇÃO DO SERVIDOR

Art. 51. Para fins de segurança e melhor atendimento ao jurisdicionado, fica instituído o

uso de uniforme para todos os servidores, incumbindo ao Juiz Diretor de Foro, em

conjunto com os servidores, a escolha de modelo e cor, de acordo com as características

de cada Comarca.

Art. 52. Todos os servidores do Fórum deverão usar o crachá de identificação fornecido

pelo Tribunal do Estado de Justiça de Mato Grosso.

§ 1.º Em caso de extravio ou dano, o servidor deverá solicitar novo crachá ao

Departamento de Recursos Humanos, através da Central de Administração, arcando

com os custos da emissão, cujo valor será descontado em folha de pagamento.

§ 2.º Até a emissão do novo crachá, o servidor deverá utilizar crachá provisório

fornecido pela Central de Administração do Fórum.

§ 3.º O uso de crachá é obrigatório nas dependências do Fórum e fora dele quando o

servidor estiver em serviço.

§ 4.º A não observância ao disposto no parágrafo anterior, configura falta funcional,

passível de instauração de procedimento administrativo.

§ 5.º Em caso de esquecimento, o servidor retirará na Central de Administração crachá

provisório, sendo que este terá validade somente de 24 (vinte e quatro) horas, devendo

devolvê-lo, impreterivelmente, no final do expediente.

§ 6.º Em caso de extravio, o servidor retirará na Central de Administração crachá

provisório, devendo requerer, incontinênti, ao Departamento de Recursos Humanos, via

sistema de controle de ponto ou Central de Administração, o seu crachá definitivo,

tornando-se aquele temporário até a confecção do crachá definitivo.

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§ 7.º Os servidores que forem desvinculados do quadro funcional do Tribunal de Justiça

deverão entregar o seu crachá de identificação na Central de Administração do Fórum,

que velará por esse controle.

§ 8.º O acesso e circulação de estagiários no Fórum somente serão permitidos no

horário normal de expediente e mediante identificação, através de crachá.

Seção VIII

DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 53. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo

deverá prestar compromisso perante a Comissão de Ética, comprometendo-se

solenemente a acatar e a observar as regras estabelecidas pelas normas internas do

Poder Judiciário (COJE, Resoluções, Provimentos, Portarias, Ordens de Serviço etc.) e

aquelas previstas na Lei Complementar Estadual Nº 112/02, que instituiu o Código de

Ética do Servidor Público do Estado de Mato Grosso, além de todos os princípios

previstos para a Administração Pública (Art. 37, caput, CR).

Art. 54. Prestado o compromisso de que fala o artigo anterior, o servidor nomeado para

cargo de provimento efetivo dos quadros de pessoal do Poder Judiciário cumprirá

estágio probatório, pelo período de 36 meses, contados a partir da posse.

§ 1.º Durante o estágio probatório, serão objetos de avaliação anual, a aptidão e a

capacidade do servidor, para fins de decisão quanto à sua permanência no serviço

público.

§ 2.º Não haverá aproveitamento do período de estágio probatório cumprido

anteriormente em outro cargo ou função.

Art. 55. O servidor deverá receber, obrigatoriamente, treinamento introdutório,

necessário ao cumprimento das funções inerentes ao cargo, e terá informações sobre o

programa de avaliação de desempenho do estágio probatório.

Art. 56. Deverão ser realizadas, no mínimo 03 (três) e no máximo 05 (cinco)

avaliações, durante o estágio probatório, a partir da data de posse do servidor. Se forem

03 avaliações, será uma a cada ano, preferencialmente no mês de outubro e, se forem 05

avaliações, será uma a cada 06 meses.

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Parágrafo único. A última avaliação deverá ser efetuada até 06 (seis) meses antes do

término do estágio e nela deverá ser anexado atestado de idoneidade moral, lavrado por

autoridade local, a ser providenciado pelo servidor.

Art. 57. A sistemática de avaliação do estágio probatório será, também, objeto de

regulação pela Coordenadoria de Recursos Humanos do Poder Judiciário de Mato

Grosso.

Capítulo VII

PRÉDIO DO FÓRUM

Seção I

DO DEPÓSITO E GUARDA DE OBJETOS APREENDIDOS

Art. 58. Para fins de segurança de Juízes, servidores e instalações, não poderão ser

expostas, em matérias jornalísticas, armas recolhidas no Fórum.

Art. 59. Nas Comarcas com mais de uma Vara Criminal, todas as armas, todos os

instrumentos e objetos serão recolhidos na Seção de Depósito, sob a responsabilidade

do Juiz Diretor de Foro, inclusive as armas ou outros objetos apreendidos nos Juizados

Especiais Criminais.

Parágrafo único. Nas Comarcas em que não houver mais de uma Vara Criminal, todas

as armas, todos os instrumentos e objetos serão recolhidos em sala apropriada, sob a

responsabilidade exclusiva do respectivo gestor judiciário.

Art. 60. As armas, os instrumentos e os objetos integrantes dos procedimentos

inquisitoriais acompanharão os autos ao Juízo competente, com descritivo claro e

preciso sobre cada coisa apreendida no processo, já juntados ou para a juntada posterior,

nos autos do procedimento onde ocorreu a apreensão, seja inquérito, ação penal ou

outro procedimento qualquer, bem como com a certidão ou a informação da remessa e

do respectivo recebimento pelo Juízo destinatário.

Parágrafo único. Não serão recebidas pelo Fórum destinatário as armas ou outras

coisas apreendidas, se não enviadas na forma do caput deste artigo.

Art. 61. No caso de Comarca com mais de um Juiz, havendo diversidade entre o Juiz

destinatário e o Juiz Diretor de Foro, serão as armas e demais objetos apreendidos

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encaminhados a este, na qualidade de responsável pela Seção de Depósito do Fórum,

com memorial descritivo, juntando-se nos autos a cópia deste memorial com o

respectivo recibo da Central de Administração.

Art. 62. As armas, instrumentos e objetos serão embalados e etiquetados, devendo

constar:

I – a Vara à qual foram distribuídos;

II – o número dos autos do processo-crime;

III – o nome do imputado e da vítima (se constantes);

IV – a unidade policial de origem e o número dos autos de investigação do registro do

distribuidor (código do Sistema Apolo) e da delegacia de origem.

Art. 63. Será registrada em livro próprio a descrição minuciosa das armas e dos objetos

apreendidos, devendo ser certificado nos autos do inquérito o recebimento desses bens.

Art. 64. Os Juízes, ao solicitarem as armas, os instrumentos e os objetos relacionados

com os feitos que presidem, salvo em casos justificados, como por exemplo em

processos com réus presos, observarão o prazo de 05 (cinco) dias e, ao devolvê-los à

Seção, anotarão também no respectivo livro a data e o horário.

Art. 65. Quando existirem armas, instrumentos e objetos depositados, o Juiz do

processo-crime comunicará o trânsito em julgado da sentença e solicitará ao Juiz Diretor

de Foro as providências legais cabíveis, tais como remessa, destruição, restituição etc.

Art. 66. Observado o disposto nos artigos 119, 122, 123 e 124, do Código de Processo

Penal, somente as armas de fogo, qualquer que seja o tipo, serão encaminhadas com

urgência à Unidade do Exército Brasileiro no Estado, devendo as armas brancas ou

outros objetos serem destruídos, se outra destinação não for dada na sentença penal

transitada em julgado. É proibida a cautela de armas apreendidas e depositadas no

Fórum.

Art. 67. Quando da remessa de armas de fogo, acessórios ou munições à Organização

Militar mais próxima (Cuiabá, Cáceres e Rondonópolis), deverá ser confeccionada a

respectiva relação e enviada mediante ofício do Juízo, por oficial de justiça,

acompanhado de policial militar, requisitado com antecedência. Sendo a retirada e o

transporte realizados diretamente pelo Exército, a relação das armas, dos acessórios ou

das munições será recibada pela autoridade responsável.

Art. 68. As armas de fogo, os acessórios ou as munições deverão ser embalados e

lacrados de forma a garantir a segurança no transporte; o ofício deve ser recibado pela

autoridade competente e devolvido ao Juízo, pelo oficial de justiça responsável.

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Art. 69. Nas Comarcas em que houver Seção de Depósito, as providências

determinadas nos artigos anteriores competirão ao Juiz Diretor de Foro, após

comunicação do Juízo do processo acerca da definitiva disponibilidade das armas

apreendidas.

Art. 70. Se os objetos apreendidos e depositados forem facilmente deterioráveis, o Juiz

Diretor de Foro comunicará ao Juízo do processo para os fins do artigo 120, § 5.º, do

Código de Processo Penal.

Art. 71. Os veículos e quaisquer outros meios de transporte, assim como os

maquinismos, utensílios, instrumentos, engenhos e objetos de qualquer natureza,

utilizados para a prática de crimes definidos na Legislação do Sistema Nacional de

Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD, não serão recebidos no Fórum pelas

Secretarias das Varas, devendo ficar sob custódia da autoridade de polícia judiciária que

presidir o inquérito ou daquela que a suceder.

Art. 72. As substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou

psíquica, ilicitamente encontradas, consoante as normas penais incriminadoras atinentes

à espécie, não serão recebidas no Fórum pelas Secretarias das Varas, devendo

permanecer em depósito junto à unidade policial civil, sob a responsabilidade e

fiscalização da respectiva autoridade que presidir o inquérito ou daquela que a suceder.

Art. 73. Não serão recebidas no Fórum substâncias explosivas ou que evidenciarem a

possibilidade de ser consideradas como “matéria-prima”, destinada à preparação de

substância entorpecente que cause dependência física ou psíquica, e bem assim

sementes de plantas que possam produzir tais substâncias entorpecentes, proscritas no

território nacional.

Art. 74. Em processos cíveis, se houver disponibilidade de espaço físico, só poderão

permanecer depositados no Fórum os objetos que não causarem risco à segurança e à

incolumidade das pessoas e das dependências.

Seção II

DAS INSTALAÇÕES E SEGURANÇA DO FÓRUM

Art. 75. Poderão ser instalados detectores de metais na recepção do Fórum, bem como

câmeras de circuito interno com monitoramento do prédio, quando as circunstâncias

assim recomendarem, mediante normatização pelo Juiz Diretor de Foro.

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Art. 76. Todas as repartições do Fórum deverão possuir plaqueta de identificação

afixada na porta de acesso ou em local adequado.

Art. 77. Para fins de segurança, deverá ser mantido na Central de Administração um

claviculário com cópia de chave de todas as repartições do Fórum, e, em sendo

necessário o uso de alguma chave, durante ou fora do expediente, deverão ser anotados

em livro próprio a data, o horário de entrega e de devolução, bem como o nome da

pessoa responsável pela retirada provisória.

Art. 78. A Central de Administração deverá manter atualizados os endereços e os

telefones de todos os servidores do Fórum.

Art. 79. Ao Juiz Diretor de Foro incumbirá disciplinar, no âmbito da Unidade

Judiciária, o uso das cantinas, baixando os atos necessários.

Art. 80. O serviço xerográfico deverá ser normatizado no âmbito de cada Unidade

Judiciária do Estado, mediante ordem de serviço expedida pelo Juiz Diretor de Foro,

atendendo-se às imposições legais e às peculiaridades locais, sendo vedado o seu uso

em caráter particular.

Art. 81. O Juiz Diretor de Foro deverá normatizar o serviço de arquivo geral, no âmbito

do Fórum, destinando local seguro e adequado à guarda de processos, designando

servidor responsável e disciplinando sua organização.

Parágrafo único. O arquivo de processos, diários da justiça, diários oficiais e

documentos em geral, deverá observar normas específicas fixadas em lei, na CNGC e

pelo Tribunal de Justiça, devendo o Juiz Diretor envidar esforços no sentido de evitar o

acúmulo de materiais desnecessários, valendo-se da incineração, sempre que for

possível.

Art. 82. O Juiz Diretor deverá designar um servidor para exercer a função de

responsável pelo registro de eventos e acervo fotográfico da Comarca.

Parágrafo único. Após a realização de evento, o servidor responsável deverá

complementar o seu cadastro com o registro das fotografias pertinentes, as quais farão

parte do acervo fotográfico, observando-se a Portaria Nº 188/2006/TJ, de 08/05/06.

Art. 83. O Juiz Diretor deverá indicar o local adequado do Fórum para a realização de

arrematações, leilões e outros atos judiciais afins.

Art. 84. A fixação de placas, fotos, medalhões, estátuas e/ou equivalentes no átrio do

Fórum e demais dependências deverá ser requerida pelo Juiz Diretor de Foro ao

Presidente do Tribunal de Justiça.

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Art. 85. O Juiz Diretor de Foro deverá envidar todos os esforços, através de

regulamentação e fiscalização, na contenção de gastos na Unidade Judiciária, evitando-

se desperdícios.

Art. 86. Os servidores designados para o almoxarifado deverão implementar e manter

atualizado programa de controle de estoque de materiais.

Art. 87. Compete a todos os servidores do Fórum zelar pelo bom funcionamento das

instalações sanitárias, sistema de som, aparelhos, máquinas, equipamentos e mobiliários

em geral, bem como pela economia de materiais de expediente e dos serviços de água,

energia elétrica e telefone, sob orientação e fiscalização do Juiz Diretor de Foro.

Art. 88. Ao chefe de cada repartição do Fórum compete solicitar e fiscalizar a execução

de serviços, reparos e limpeza em sua seção.

Art. 89. Os servidores do Fórum devem, ao final do expediente, desligar todos os

equipamentos, fechar as janelas e trancar as portas das salas da repartição.

Art. 90. O Juiz Diretor de Foro deverá providenciar rampa ou elevador para o acesso e

para a circulação no Fórum de pessoas portadoras de necessidades especiais.

Art. 91. O acesso ao estacionamento interno do Fórum é autorizado somente aos

veículos oficiais do Judiciário Mato-grossense, aos pertencentes a Magistrados e às

pessoas expressamente autorizadas pelo Juiz Diretor de Foro, considerando o número de

vagas existente e a segurança do prédio.

Art. 92. O Juiz Diretor de Foro deverá ordenar e racionalizar a utilização do

estacionamento de veículos na área privativa do Fórum, destinando, sempre que

possível, vagas privativas para estacionamento de veículos dos membros do Ministério

Público, procuradores do Estado, defensores públicos e advogados.

Parágrafo único. É obrigatória a destinação de estacionamento privativo para veículos

de pessoas portadoras de necessidades especiais.

Art. 93. Para fins de celeridade no atendimento e segurança no prédio, fica instituída a

obrigatoriedade de designação de servidor responsável pelos trabalhos de recepção, o

qual deverá receber treinamentos específicos de atendimento ao público e a quem

incumbirá:

I – realizar a pré-triagem dos visitantes e prestar as informações necessárias ao

encaminhamento correto do jurisdicionado à repartição procurada;

II – sanar todas as dúvidas dos jurisdicionados ou encaminhá-los à pessoa detentora de

tais informações;

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III – manter relação atualizada de telefones de todas as repartições do Fórum, bem

como de telefones úteis, como bombeiros, polícias, hospitais etc., para os casos de

emergência.

Parágrafo único. Ao Juiz Diretor de Foro incumbirá a análise da necessidade ou não de

se fornecer crachá, durante o expediente, aos visitantes, advogados e prestadores de

serviços, observadas as peculiaridades de cada Fórum.

Art. 94. É admitida a venda de lanches e de livros jurídicos no Fórum, desde que por

pessoas previamente cadastradas junto à Central de Administração, cuja circulação

dependerá de prévio recebimento de crachá.

Art. 95. Para fins de segurança, réus presos não poderão embarcar, desembarcar ou

transitar pela porta central de acesso ao Fórum, devendo esses, sempre escoltados, ter a

circulação limitada aos locais estritamente necessários à prática dos atos processuais.

§ 1.º As viaturas policiais conduzindo réus presos destinados às audiências deverão ter

acesso ao prédio por entrada exclusiva, sendo vedado expressamente o ingresso pela

porta central do Fórum ou pela garagem de uso exclusivo de Magistrados.

§ 2.º Os presos escoltados por policiais deverão ser de pronto revistados e recolhidos às

celas destinadas especialmente à sua guarda temporária, devidamente revistadas, de

onde só poderão sair com ordem expressa do Juiz requisitante, salvo aqueles destinados

a julgamento popular, que ocuparão cela exclusiva, no próprio Tribunal do Júri.

Art. 96. Somente será admitido o ingresso nas dependências do Fórum de pessoas

convenientemente trajadas.

§ 1.º Considera-se inconveniente o uso de peças sumárias, tais como bermudas com

altura acima do joelho, shorts, mini-blusas, mini-saias, decotes pronunciados,

vestimentas de tecido transparente ou similares, por incompatíveis com a austeridade

própria do ambiente forense.

§ 2.º Não será admitido ao trabalho o servidor que se apresentar trajado de forma

inadequada, sendo a falta respectiva descontada, sem direito a abono.

§ 3.º Os visitantes, assim como as partes e testemunhas em processos judiciais, podem

ser admitidos nas dependências do Fórum em traje esporte, observadas as restrições

constantes no caput deste artigo.

§ 4.º Poderão ser mantidos na Central de Administração, em perfeitas condições de

higiene, camisetas, calças de moletom e outras peças de roupas para serem emprestadas

às pessoas inconvenientemente trajadas, que assim desejarem, com o objetivo de não

prejudicar a realização de atos processuais para os quais se dirigiram ao Fórum.

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§ 5.º É permitido o uso de bermudas, desde que tenham o comprimento abaixo do

joelho.

Art. 97. O ingresso na área interna das Secretarias das Varas é privativo para os

servidores nela lotados e para as pessoas previamente autorizadas pelo Magistrado

titular ou designado para a Vara, salvo para aqueles que possuírem prerrogativa legal

para tal.

Art. 98. Durante o horário de expediente o servidor deverá permanecer executando os

serviços inerentes às suas funções, sendo-lhe vedado o uso deste horário para o trato de

assuntos particulares ou circulação desnecessária fora do local específico de trabalho.

Art. 99. É vedado o acesso às dependências do Fórum de:

I – pessoas que estejam portando arma de qualquer espécie, salvo os vigilantes, agentes

de segurança judiciária e agentes da polícia civil, militar ou federal, em serviço, bem

como os integrantes das forças armadas ou auxiliares, quando fardados;

II – pessoas embriagadas ou sob o efeito de substâncias que provoquem resultado

análogo;

III – pessoas com o fim de promover ou realizar locação ou venda de material ou

serviço, jornaleiros, bilheteiros, pedintes e assemelhados, salvo quando no interesse

exclusivo da administração, com autorização do Juiz Diretor;

IV – pessoas conduzindo animais de qualquer espécie;

V – menores de 12 (doze) anos, salvo se acompanhados dos pais ou responsáveis ou no

interesse da Justiça.

Art. 100. A entrada de servidores fora do horário normal de expediente e em dias não

úteis é permitida desde que:

I – estejam escalados no plantão judiciário, convocados ou autorizados pela

administração;

II – portem crachá de identificação, carteira funcional ou cédula de identidade;

III – apresentem-se na recepção para o preenchimento do livro próprio de controle

diário de entrada e saída.

Art. 101. A entrada autorizada de visitantes nas dependências do Fórum, fora do horário

de expediente, deverá ser registrada em livro próprio, do qual constará o nome da

pessoa, destino, horário de entrada e saída.

§ 1.º Os visitantes deverão ser recebidos na recepção, onde serão atendidos e orientados

quanto à localização de Juízes, servidores ou setores que estejam procurando.

§ 2.º Ao se dirigir à recepção, para fins de registro, o visitante deve:

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a) apresentar documento de identificação;

b) informar o setor ou o nome da pessoa procurada e, se possível, a finalidade ou

assunto a tratar.

§ 3.º A recepção, após contato telefônico com o setor ou a pessoa procurada,

comunicará ao visitante da possibilidade ou não de atendimento.

Art. 102. Os prestadores de serviços habituais do Fórum devem ser credenciados junto

à Central de Administração e usar crachá fornecido pela recepção.

Art. 103. Os prestadores de serviços eventuais serão recebidos e identificados na

recepção, mediante apresentação de documentos pessoais.

Parágrafo único. A recepção, por meio de contato telefônico com a repartição

interessada ou a Central de Administração, verificará a possibilidade de entrada do

prestador de serviço eventual.

Art. 104. Autorizada a entrada do prestador de serviço, habitual ou eventual, ser-lhe-á

fornecido crachá com identificação, incumbindo à repartição interessada a

responsabilidade pelo acompanhamento na prestação do serviço.

Art. 105. Os crachás fornecidos na entrada pela recepção, nas condições do artigo

anterior, deverão ser solicitados na saída.

Art. 106. A entrada de máquinas, ferramentas e utensílios de propriedade de prestadores

de serviços, também, será objeto de registro na recepção do Fórum.

Art. 107. A entrada de pessoas portando volumes deve ser objeto de fiscalização por

parte da segurança e do servidor responsável pela recepção, de forma a evitar a entrada

de armas ou outros objetos que possam vir a causar danos às pessoas ou às instalações

do Fórum.

Parágrafo único. Os materiais e volumes particulares que apresentarem características

estranhas que denotem suspeita quanto ao seu conteúdo, poderão ser abertos para

verificação na recepção, com observância dos procedimentos legais.

Art. 108. É proibida a saída de quaisquer bens móveis do Fórum sem a devida

autorização da Central de Administração, incluindo-se aí máquinas e equipamentos para

manutenção.

Art. 109. Os serviços de guarda e vigilância do prédio do Fórum serão executados por

policiais militares ou pessoas devidamente habilitadas, devendo o Juiz Diretor de Foro

normatizá-los e fiscalizá-los no âmbito da Comarca, observando as peculiaridades

locais.

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Art. 110. O serviço de vigilância realizará diariamente ronda no início e ao final do

expediente para verificar as instalações e os equipamentos do Fórum.

§ 1º. Sendo encontrada qualquer irregularidade durante a ronda, deverá ser

imediatamente comunicado ao Gestor Geral, para que sejam tomadas as medidas

cabíveis no sentido da imediata regularização.

§ 2º. O resultado das rondas e da revista minuciosa nas celas onde são recolhidos os

detentos que aguardam a realização de audiência deve ser registrado em livro de

ocorrências e, no primeiro horário de expediente, deve ser levado ao conhecimento do

Gestor Geral, que aporá diariamente sua rubrica de ciente.

Art. 111. Os serviços de vigilância serão executados em regime de mútua e constante

colaboração com os serviços de recepção do Fórum.

Art. 112. As áreas de estacionamento interno e externo do Fórum serão controladas

pelo serviço de vigilância.

Art. 113. À Central de Administração incumbe, além das atribuições fixadas em lei,

providenciar periodicamente a limpeza das caixas d’água, bem como mantê-las com

perfeita vedação.

Art. 114. Incumbe à Central de Administração checar periodicamente as lâmpadas de

emergência e a carga e validade dos extintores de incêndio, bem como providenciar o

serviço de revisão e manutenção periódica do sistema elétrico, hidráulico e telefônico

do Fórum.

Art. 115. A Central de Administração deverá fiscalizar o uso e conservação dos

materiais permanentes do Fórum, conferindo o tombamento e a carga patrimonial dos

mesmos, fazendo as anotações devidas no caso de transferência e observando todas as

disposições da Portaria Nº 358/2005/TJ – marco regulatório de controle patrimonial do

Poder Judiciário de Mato Grosso.

Art. 116. É proibido o depósito de volumes e objetos em frente a hidrantes e extintores.

Art. 117. É vedada a realização de pregação político-partidária nas dependências do

Fórum.

Art. 118. É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer

outro produto fumígero, derivado ou não de tabaco, nas dependências internas do

Fórum, salvo em área destinada exclusivamente a esse fim pelo Juiz Diretor de Foro,

isolada e com arejamento adequado.

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Art. 119. Qualquer objeto perdido no Fórum e que for achado, não sendo conhecido seu

dono ou legítimo possuidor, deverá ser recolhido à Central de Administração e

registrado em livro próprio, ficando sob sua guarda até a restituição.

Art. 120. Deverá ser destinado na Central de Administração do Fórum um cofre ou

lugar reservado para a guarda de objetos, documentos ou papéis sigilosos.

Seção III

DOS TELEFONES E FAC-SÍMILES

Art. 121. O Juiz Diretor de Foro deverá estabelecer regras para a utilização dos

telefones oficiais do Fórum, vedando as chamadas de cunho particular e limitando as

chamadas interurbanas e para telefones celulares, bem como procedendo ao

levantamento criterioso das repartições que terão liberadas ligações interurbanas.

Art. 122. Nas Comarcas de entrância especial é obrigatória a instalação, em local

adequado, de central de fac-símile, mediante a designação de servidores do quadro

administrativo encarregados de sua operacionalização.

Parágrafo único. Os servidores responsáveis pela operacionalização da referida central

deverão providenciar a abertura e utilização de livro de protocolo, para o registro do

recebimento das peças enviadas às repartições

destinatárias, servindo o relatório expedido pelo equipamento de fac-símile como prova

de transmissão e recebimento.

Art. 123. A transmissão do fac-símile deverá ser feita exclusivamente em relação a

documentos e expedientes de interesse da atividade administrativa ou jurisdicional.

Parágrafo único. Os documentos destinados à transmissão deverão estar

acompanhados de folha de rosto, constando a identificação, nome e telefone do setor

remetente e do setor destinatário, assunto e total de páginas.

Art. 124. É permitido o uso do fac-símile para a transmissão e recebimento de cartas

precatórias, ofícios ou outros expedientes do Juízo, a critério e mediante autorização

judicial, com observância do item 1.5.2, da CNGC.

Capítulo VIII

PLANTÃO JUDICIÁRIO

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Art. 125. Na primeira instância funcionará o serviço de plantão judiciário aos sábados,

domingos e feriados, bem como o plantão semanal para atendimento de medidas

urgentes e de emergência.

Parágrafo único. Participarão dos referidos plantões, obrigatoriamente, servidores,

Juízes de Direito e Substitutos do Estado, inclusive aqueles com atribuições em Varas

Especializadas, Juizados Especiais Cíveis ou Criminais e os Diretores do Foro,

devidamente escalados por meio de portaria.

Art. 126. O plantão de final de semana e feriado iniciar-se-á após o horário final do

expediente das sextas-feiras e vésperas de feriados e terá o seu término no início do

horário de expediente do primeiro dia útil subseqüente.

Art. 127. O plantão semanal ocorrerá de segunda a quinta-feira, iniciando-se após o

encerramento do expediente diário, com término no início do horário de expediente do

dia seguinte.

Art. 128. Quanto aos pedidos distribuídos antes do início do plantão judiciário em que

haja obrigatoriedade de manifestação do Ministério Público, se os autos forem

devolvidos após o término do expediente forense, por aplicação analógica da Instrução

Normativa Nº 03/04-TJ, serão encaminhados ao Juiz da Vara, e, somente

por expressa determinação deste, poderão ser remetidos ao Juiz plantonista. Em

qualquer hipótese, o cumprimento da decisão poderá ser feito pelo plantão judiciário.

Art. 129. Nas Comarcas compostas por mais de uma Vara, competirá ao Juiz Diretor de

Foro elaborar a escala de plantão, com periodicidade trimestral, após consulta aos

demais Juízes, observando, sobretudo, na composição da escala, a ordem de antigüidade

descendente.

§ 1.º A escala de plantão será elaborada na forma de portaria, que deverá ser remetida à

Corregedoria-Geral da Justiça para homologação.

§ 2.º Na mesma portaria, o Diretor de Foro fará a designação dos servidores que atuarão

no plantão judiciário, devendo incluir necessariamente um gestor judiciário e um oficial

de justiça, comunicando eventual alteração.

§ 3.º Publicada a portaria, deverá ser afixada uma cópia no quadro mural ou na porta do

Fórum e encaminhada outra cópia para cada Juiz e respectiva Secretaria da Vara para

que dela tomem conhecimento, bem como ao Conselho da Magistratura, Corregedoria-

Geral da Justiça, OAB, Ministério Público, Defensoria

Pública e Delegacia de Polícia local.

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Art. 130. Nas Comarcas da Capital e Várzea Grande, a escala de plantão será editada

em conjunto pelos Diretores dos Foros. Será, portanto, integrada e dúplice (uma cível e

uma criminal), contemplando todos os Juízes com atuação nas áreas cível, criminal e

Varas Especializadas, bem como pelos Juízes Auxiliares de Entrância Especial e os

Titulares dos Juizados Especiais.

Art. 131. Nas demais Comarcas, a escala trimestral de plantão será elaborada pelo Juiz

Diretor de Foro, abrangendo indistintamente a participação de todos os Juízes da

referida Comarca, salvo naquelas de primeira entrância, providas de Vara Única, em

que o serviço de plantão judiciário será exercido pelo Juiz que a estiver

jurisdicionando.

Art. 132. Nas Comarcas de entrância especial, os Juízes e servidores, quando escalados

para o serviço de plantão judiciário de finais de semana e feriados, deverão permanecer

no prédio do Fórum das 13 às 17 horas.

Parágrafo único. O Juiz plantonista permanecerá em seu gabinete durante o expediente

referido neste artigo e, caso haja sala destinada ao serviço de plantão judiciário

conforme prevê o artigo 143 deste Regimento, nela deverá se instalar enquanto durar o

período de permanência no Fórum.

Art. 133. Na primeira entrância, os Juízes não estarão obrigados ao cumprimento da

regra do artigo 138 deste Regimento. Todavia, deverão ser adotadas as providências

elencadas no artigo 140, parte final, desta norma.

Art. 134. Nas Comarcas de segunda e terceira entrâncias a obrigação da permanência

no prédio do Fórum poderá ser observada, a critério do Corregedor-Geral da Justiça,

mediante requerimento justificado do Juiz Diretor de Foro, ou constatação da

necessidade da medida efetuada em correição. Em qualquer caso, deverá ser afixada no

prédio do Fórum, em lugar bem visível e externo, uma relação constando o nome do

Juiz plantonista, bem como, os nomes, endereços e telefones em que poderão ser

localizados o gestor judiciário e oficial de justiça que responderão pelo plantão forense.

Art. 135. Deverão ser encaminhados, via e-mail ou fac-símile, à Supervisão da

Corregedoria-Geral da Justiça os endereços e telefones em que poderá ser facilmente

localizado o Magistrado plantonista.

Art. 136. Caso o gestor judiciário plantonista não consiga localizar o Juiz plantonista da

Comarca para apreciação de liminares ou medidas urgentes, deverá comunicar o fato

imediatamente ao Juiz Diretor de Foro, para as providências cabíveis.

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Art. 137. Mediante expressa justificativa do Juiz Diretor de Foro, poderá este incluir a

determinação da permanência excepcional dos servidores escalados para o plantão, no

prédio do Fórum, até às 22 horas, fazendo-se a devida compensação do horário

cumprido, quando do início do turno de trabalho normal.

Art. 138. O plantão judiciário não atribui vantagem pecuniária de qualquer natureza aos

Juízes e servidores que o tenham cumprido. Entretanto, aqueles que dele tenham

participado, na forma do artigo 138 deste Regimento, terão direito à compensação,

acrescendo 02 (dois) dias às suas férias regulares por cada plantão cumprido, no recinto

do Fórum, devendo o benefício compensatório do servidor ser requerido ao Juiz Diretor

de Foro e do Magistrado ao Presidente do Tribunal de Justiça, anexando ao pedido as

necessárias certidões comprobatórias acerca dos trabalhos desenvolvidos.

Art. 139. O serviço de plantão judiciário destina-se exclusivamente ao recebimento,

conhecimento ou decisão de:

I – pedidos de habeas corpus, em que figurar como coator autoridade policial;

II – autos de prisão em flagrante e comunicação de prisões de qualquer natureza,

inclusive apreensões de adolescentes;

III – casos urgentes de prisões preventivas e provisórias;

IV – realização de exame de corpo de delito em casos de abuso de poder;

V – medidas cautelares de natureza penal intentadas em caráter preparatório, para fins

de preservação de prova ou tutela emergencial de direitos;

VI – autorização para ingresso em casas, para fins de busca, revista e reconhecimento;

VII – medidas urgentes (mandados de segurança, medida cautelar etc.), de natureza

cível, desde que demonstrado o caráter emergencial da medida que não possa ser

atendido no primeiro dia útil subseqüente.

Capítulo IX

DAS CARTAS PRECATÓRIAS

Art. 140. As cartas precatórias serão recebidas pelo Juiz Diretor de Foro, que

determinará a sua imediata distribuição quando encaminhadas com pedido de urgência

previsto no artigo 205 do CPC, observado o disposto no artigo 208 do mesmo diploma,

e ainda quando se tratar de ação penal pública, Justiça gratuita, Juizado Especial,

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Infância e Juventude, feitos da Fazenda Pública e outros com isenção legal de custas

prévias.

§ 1.º - As Cartas Precatórias extraídas de procedimentos administrativos deverão ser

distribuídas para a Diretoria do Foro, ainda que na Comarca exista Vara Especializada

de Cartas Precatórias.

§ 2.º - As Cartas Precatórias extraídas de feitos que tramitam perante os Juizados

Especiais, inclusive Meio Ambiente e Consumidor, deverão ser distribuídas para os

Juizados equivalentes.

Art. 141. Tratando-se de feito não albergado pela assistência judiciária, sua distribuição

ficará condicionada ao recolhimento das custas judiciais que deverá ser providenciada

pelo interessado no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias, contados do recebimento da

precatória, independentemente de prévia notificação.

Art. 142. Decorrido o prazo de 30 dias sem o devido recolhimento das custas judiciais,

mediante informação do Gestor Geral, o Juiz Diretor de Foro devolverá a Carta

Precatória, por meio de ofício que constará o motivo da devolução e o valor das custas

devidas para o caso de novo encaminhamento.

Capítulo X

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Seção I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 143. A disciplina judiciária, com a finalidade de zelar pela exata observância das

leis, regulamentos e normas que interessam à administração da Justiça, será exercida

pelo(a):

I – Juiz Diretor de Foro;

II – Juiz de Direito;

III – Juiz Substituto;

IV – Comissão de Ética.

Parágrafo único. A iniciativa do poder disciplinar cabe a qualquer dos enumerados

neste artigo, de ofício ou por provocação de qualquer interessado.

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Art. 144. No âmbito de suas atribuições e em consonância com o Provimento Nº

20/2007-CM, em caso de transgressão dos deveres ou das proibições constantes dos

artigos 143 e 144 da Lei Complementar Nº 04/90, poderá o Juiz Diretor de Foro aplicar

aos servidores as seguintes penalidades:

I – repreensão;

II – suspensão não superior a 30 dias.

Parágrafo único. A pena de destituição de cargo em comissão será aplicada pela

autoridade que praticou o ato de nomeação (Provimento Nº 20/2007-CM).

Art. 145. Quando a reclamação contra o servidor público, efetivo ou em comissão,

referir-se à ética profissional, deverá ser instaurada e processada perante a Comissão de

Ética instituída pelo Juiz Diretor de Foro, cujo procedimento será regido pela Lei

Complementar Nº 112/2002.

Parágrafo único. Das decisões da Comissão de Ética caberá recurso, com efeito

suspensivo, no prazo de 10 (dez) dias, ao Juiz Diretor de Foro, que decidirá em igual

prazo.

Art. 146. A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de transgressão dos

deveres constantes do artigo 143 da LC 04/90 ou inobservância das proibições

constantes do artigo 144, incisos I a IX do mesmo diploma legal, e demais deveres

previstos em lei, regulamento ou norma interna, que não justifique imposição de

penalidade mais grave.

Art. 147. A pena de suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas

com repreensão e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita

à penalidade de demissão.

Parágrafo único. A penalidade de suspensão, quando conveniente para o serviço,

poderá ser convertida em multa, na base de 50% por dia de vencimento ou remuneração,

devendo o servidor permanecer em serviço.

Art. 148. Mediante pedido expresso da parte interessada, as penalidades de repreensão e

suspensão, poderão ter seus registros cancelados após o decurso de 01 (um) ano e 03

(três) meses de efetivo exercício e se o servidor não tiver praticado nova infração

disciplinar nesse período.

Art. 149. As penalidades previstas no artigo 151 serão aplicadas mediante sindicância.

§ 1.º A sindicância será instaurada quando:

I – o fato ou a autoria não se mostrarem evidentes ou não estiver suficientemente

caracterizada a infração;

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II – a apenação correspondente à infração puder ser aplicada por meio dela.

§ 2.º O processo administrativo, quando necessário à aplicação da penalidade, será

instaurado independentemente de sindicância, quando houver confissão ou for evidente

a autoria e a materialidade da infração.

§ 3.º Ao servidor será assegurado, em qualquer situação, o direito ao contraditório e à

ampla defesa.

Art. 150. O Juiz Diretor de Foro deverá nomear, em caráter permanente ou temporário,

comissão de servidores efetivos, com competência para processamento de sindicância

ou processo administrativo.

§ 1.º O presidente da comissão sindicante ou processante será sempre servidor de nível

funcional igual ou superior ao do sindicado ou processado; a ele compete nomear

secretário para os trabalhos, dirigir as provas e elaborar o relatório conclusivo, com a

aprovação dos demais membros.

§ 2.º O secretário dos trabalhos será escolhido entre os demais membros da comissão

sindicante ou processante.

§ 3.º Não havendo servidor de hierarquia funcional igual ou superior à do investigado, o

Juiz Diretor de Foro oficiará ao Presidente do Tribunal de Justiça, que designará

servidor para presidir a comissão.

Art. 151. Quando a falta for praticada no âmbito da Secretaria da Vara e a sua

gravidade não ensejar pena diversa da de repreensão, poderá ser aplicada diretamente

pelo Juiz condutor do processo ou da Vara, assegurando-se o contraditório e a ampla

defesa, em autos próprios, se necessário.

Parágrafo único. Se a gravidade da falta cometida pelo servidor ensejar pena que não

possa ser aplicada pelo Juiz Diretor de Foro, este determinará a abertura de processo

administrativo, apurando os fatos e, em seguida, encaminhará os autos à autoridade

competente, com relatório circunstanciado, observando-se o disposto

no parágrafo 4.º, do artigo 3.º, do Provimento Nº 20/2007-CM.

Art. 152. A sindicância e o processo administrativo serão concluídos em 30 e 60 dias,

respectivamente, sendo admitida, a juízo da autoridade processante, prorrogação por

iguais prazos, quando as circunstâncias exigirem.

Seção II

DA SINDICÂNCIA

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Art. 153. A sindicância será iniciada de ofício ou atendendo representação ou

reclamação formulada por qualquer pessoa, pela Comissão de Ética ou ainda por

determinação superior.

§ 1.º A reclamação verbal será tomada por termo e assinada pelo reclamante e por

aquele que tomou a declaração.

§ 2.º Sob pena de rejeição liminar, a representação escrita ou a reclamação tomada por

termo indicará:

I – o nome, a qualificação completa e o endereço do representante;

II – o nome e a qualificação do servidor, se possível;

III – a descrição dos fatos e suas circunstâncias;

IV – o rol de testemunhas, com a respectiva qualificação e endereço, ou indicação de

outras provas com que se pretende demonstrar a veracidade das alegações.

Art. 154. Recebida a representação ou reclamação, o Juiz Diretor de Foro poderá:

I – requisitar informações preliminares ao servidor, antes de instaurar a sindicância, a

ser atendida em 03 (três) dias;

II – determinar o seu arquivamento sumário, quando manifestamente descabida ou

improcedente, ou quando veicular fatos incapazes de gerar aplicação de quaisquer das

penalidades elencadas no Provimento Nº 20/2007-CM, fundamentando sua decisão.

Parágrafo único. Antes de iniciada a sindicância, o Juiz Diretor de Foro mandará o

setor competente informar a existência de procedimento administrativo anterior,

penalidades aplicadas, o caráter da nomeação, a circunstância de o investigado estar em

estágio probatório ou qualquer outra informação relevante sobre a conduta funcional e

ética do servidor.

Art. 155. Quando concluir pela instauração de sindicância, o Juiz Diretor de Foro, por

meio de decisão fundamentada, deverá editar a competente portaria, onde descreverá os

fatos com a correspondente tipificação legal e nomeará a Comissão Sindicante, nos

termos do artigo 157 deste Regimento, a quem deverá ser remetido o procedimento.

Art. 156. Recebidos os autos, a autoridade sindicante designará dia e hora para oitiva do

sindicado, em prazo não superior a 10 (dez) dias, determinando a sua intimação.

Parágrafo único. A portaria de abertura da sindicância indicará:

I – a descrição dos fatos com a correspondente capitulação legal;

II – o nome, a qualificação completa, a lotação, o cargo ou a função e o endereço do

servidor;

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III – a ordem de intimação do sindicado para comparecer no interrogatório designado e

indicar as testemunhas a serem inquiridas;

IV – os componentes da comissão sindicante.

Art. 157. Após a inquirição do servidor e colhidas as provas indicadas na peça inicial e

pelo sindicado em seu interrogatório, a comissão sindicante reunir-se-á para elaboração

do relatório final, que poderá sugerir:

I – arquivamento do procedimento;

II – aplicação da penalidade de repreensão ou suspensão de até 60 (sessenta) dias;

III – instauração de processo administrativo disciplinar.

Parágrafo único. Do relatório final não caberá recurso, uma vez ele não tem cunho

decisório.

Art. 158. O Juiz Diretor de Foro, ao receber os autos da sindicância com o relatório

final, somente aplicará a pena sugerida após constatar a inexistência de vícios de

qualquer natureza.

Parágrafo único. Constatando eventual irregularidade ou circunstância que poderá

acarretar a nulidade do procedimento, o Juiz Diretor de Foro determinará o retorno dos

autos à comissão sindicante, indicando os pontos a serem exauridos e o prazo para

reenvio dos autos.

Art. 159. Aplicada a pena, as partes serão intimadas para, querendo, apresentar recurso

em 10 dias (Art. 26 deste Regimento). Transitada em julgado a decisão, a autoridade

competente comunicará o Departamento de Recursos Humanos, para a devida anotação

na ficha funcional do servidor.

Seção III

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 160. O processo administrativo disciplinar é o instrumento destinado a apurar

responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições ou

que tenha relação imediata com as atribuições do cargo em que se encontra.

Art. 161. O processo administrativo disciplinar será iniciado nos mesmos moldes da

sindicância (Arts. 160, 161, 162 e 163 deste RIDF) e quando for o caso de aplicação da

penalidade de demissão, prevista no artigo 159 da LC 04/90.

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Parágrafo único. Também será iniciado o processo administrativo por sugestão da

comissão sindicante.

Art. 162. Após o interrogatório do acusado, a ele será concedido o prazo de 05 (cinco)

dias para apresentação de defesa prévia, na qual deverá indicar as provas que pretende

produzir e, querendo, arrolar testemunhas, em número máximo de 05 (cinco).

Parágrafo único. Não sendo localizadas as testemunhas e não tendo o servidor, no

prazo de 03 (três) dias, indicado outras em substituição, o procedimento terá seguimento

nos seus demais termos.

Art. 163. As intimações serão efetuadas pelo secretário nomeado para o procedimento

administrativo e recairá:

I – na pessoa do servidor, quando estiver em pleno exercício de suas funções;

II – na pessoa do advogado constituído ou nomeado, quando o servidor estiver afastado

das funções por força do artigo 174 da LC 04/90.

§ 1.º As intimações serão efetuadas, preferencialmente, pelo meio eletrônico e, não

sendo possível, por carta com AR, contando os prazos a partir da juntada do

comprovante aos autos.

§ 2.º Os prazos serão contados excluindo o dia do início e incluindo o dia do

vencimento.

§ 3.º Havendo dois ou mais investigados, o prazo será contado em dobro, iniciando a

sua contagem a partir do último comprovante de intimação juntado aos autos.

Art. 164. Se no curso do processo administrativo a comissão tomar conhecimento de

novas acusações em desfavor do investigado, deverá, de imediato, dar ciência à

autoridade que determinou a instauração do procedimento, para que delibere sobre a

conveniência de apensar os autos, realizando uma única apuração de todos os fatos

denunciados.

§ 1.º Se a acusação for verbal, desde logo deverá a comissão processante tomar por

termo a declaração, encaminhando-a ao Juiz Diretor de Foro para as providências.

§ 2.º Determinada a apuração das novas acusações formuladas contra o investigado,

delas será citado o acusado com cópia da portaria complementar, reabrindo-lhe o prazo

para produção de provas.

Art. 165. Concluída a instrução, inclusive com a realização de perícia, diligências e

outras provas requeridas e deferidas, o presidente da comissão saneará as

irregularidades porventura existentes, determinando, se necessária, a complementação

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das provas, no prazo de 10 (dez) dias. Em seguida, dará vista ao autor da acusação para

oferecer alegações finais, em 05 (cinco) dias e, após, em igual prazo, ao servidor

acusado.

Art. 166. Com as alegações finais nos autos, a comissão processante se reunirá para

elaboração do relatório final, que poderá sugerir:

I – o arquivamento do processo;

II – a aplicação da pena cabível à espécie.

Parágrafo único. Do relatório final, não caberá recurso, uma vez que ele não tem

cunho decisório.

Art. 167. Recebidos os autos, o Juiz Diretor de Foro, seguindo sugestão da comissão

processante, aplicará a pena que for de sua competência. Não sendo, fundamentará sua

decisão e determinará a remessa dos autos ao órgão competente, intimando-se as partes.

Seção IV

DOS RECURSOS

Art. 168. Da decisão que determinar o arquivamento de sindicância ou processo

administrativo, bem como da que aplicar pena ou absolver servidor investigado, ou

ainda, daquela que remeter os autos ao órgão superior, caberá recurso para o Conselho

da Magistratura, no prazo de 10 (dez) dias.

Art. 169. O recurso será dirigido ao Conselho da Magistratura, interposto diretamente

nos autos, e recebido no efeito suspensivo.

Art. 170. A parte contrária será intimada para, querendo, apresentar contra-razões em

05 (cinco) dias. Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, serão os autos

encaminhados ao órgão superior, para apreciação.

Seção V

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 171. O Juiz Diretor de Foro deverá encaminhar ao Corregedor-Geral da Justiça

cópia da portaria que instaurar a sindicância ou o processo administrativo, bem como da

decisão que prorrogar os trabalhos e da decisão final proferida.

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Art. 172. A extrapolação do prazo para a conclusão do procedimento, tanto pela

comissão sindicante quanto pela comissão processante, será justificada ao Juiz Diretor

de Foro, que poderá avocar os autos para as providências necessárias.

Art. 173. O Juiz Diretor de Foro solicitará informações à comissão sindicante ou

processante sempre que, vencido o prazo para a conclusão do procedimento, não houver

comunicação da decisão proferida ou pedido de prorrogação dos trabalhos.

Art. 174. Se o atraso na conclusão resultar em prescrição, o Juiz Diretor de Foro deverá

averiguar a necessidade de se apurar a responsabilidade de quem a ele possa ter dado

causa.