regimento interno da prt10

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Publicado no BS ESPECIAL 12-A2012 Circulação 5.12.2012 PORTARIA PRT 10ª REGIÃO Nº 84, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2012 Dispõe sobre o Regimento Interno da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região(SEDE) e das Procuradorias do Trabalho nos Municípios. A Procuradora-Chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, no uso de suas atribuições que lhe foram conferidas pela Portaria nº 496, de 8 de setembro de 2011, do Exmo. Sr. Procurador-Geral do Trabalho, nos termos do artigo 92, inciso II, da Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 1993 e, ainda considerando a necessidade de adequação das normas internas às Resoluções nºs 76/2008 e 86/2009 do Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho, e com o aval do Colégio Regional de Procuradores, RESOLVE: Divulgar a presente Portaria, que dispõe sobre o Regimento Interno da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região. ÍNDICE SISTEMÁTICO TÍTULO I - DA COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (arts. 1º ao 2º) CAPÍTULO II – DO PROCURADOR-CHEFE E DO SUBSTITUTO (arts. 3º ao 7º) CAPITULO III – DO COLEGIADO DA PRT 10ª REGIÃO E DAS PROCURADORIAS DO TRABALHO NOS MUNICÍPIOS Seção I – Das atribuições do Colégio de Procuradores (art. 8º) Seção II – Das reuniões do Colégio de Procuradores arts. 9º ao 11) Seção III - Das deliberações do Colégio de Procuradores, Votação e Quorum (art. 12) 1

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Page 1: Regimento Interno da PRT10

Publicado no BS ESPECIAL 12-A2012Circulação 5.12.2012

PORTARIA PRT 10ª REGIÃO Nº 84, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2012Dispõe sobre o Regimento Interno da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região(SEDE) e das Procuradorias do Trabalho nos Municípios.

A Procuradora-Chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, no uso de suas atribuições que lhe foram conferidas pela Portaria nº 496, de 8 de setembro de 2011, do Exmo. Sr. Procurador-Geral do Trabalho, nos termos do artigo 92, inciso II, da Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 1993 e, ainda considerando a necessidade de adequação das normas internas às Resoluções nºs 76/2008 e 86/2009 do Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho, e com o aval do Colégio Regional de Procuradores,

RESOLVE:Divulgar a presente Portaria, que dispõe sobre o

Regimento Interno da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região.

ÍNDICE SISTEMÁTICO

TÍTULO I - DA COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (arts. 1º ao 2º)CAPÍTULO II – DO PROCURADOR-CHEFE E DO SUBSTITUTO

(arts. 3º ao 7º)CAPITULO III – DO COLEGIADO DA PRT 10ª REGIÃO E DAS

PROCURADORIAS DO TRABALHO NOS MUNICÍPIOS

Seção I – Das atribuições do Colégio de Procuradores (art. 8º)

Seção II – Das reuniões do Colégio de Procuradores arts. 9º ao 11) Seção III - Das deliberações do Colégio de

Procuradores, Votação e Quorum (art. 12)

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CAPÍTULO IV - DO PROCURADOR-CHEFE SUBSTITUTO E DO SEGUNDO SUBSTITUTO

Seção I - Da escolha, distribuição e mandato (arts. 13 ao 15)

CAPÍTULO V - DAS COORDENADORIAS DE PRIMEIRO E SEGUNDO GRAUS E DAS PROCURADORIAS DO TRABALHO NOS MUNICÍPIOS

Seção I - Da Escolha dos Coordenadores da Sede e das Procuradorias do Trabalho nos Municípios e Disposições Diversas (arts. 16 ao 17)

Seção II – Dos Coordenadores e suas atribuições (arts. 18 ao 19)

Seção III - Da Coordenadoria de Primeiro Grau (art. 20)

Seção IV - Da Coordenadoria de Segundo Grau (art. 21)

Seção V - Do Rodízio e da Entrada e Saída de Novos Membros nas Coordenadorias (arts. 22 ao 23)

TÍTULO II – DO FUNCIONAMENTO CAPÍTULO I - DO COMPARECIMENTO ÀS AUDIÊNCIAS DE PRIMEIRO GRAU (art. 24)CAPÍTULO II - DO COMPARECIMENTO ÀS AUDIÊNCIAS E

SESSÕES DE JULGAMENTO NO TRIBUNAL (arts. 25 ao 27)

CAPÍTULO III - DO FUNCIONAMENTO E DO AUXÍLIO PRESTADO NAS PROCURADORIAS DO TRABALHO NOS

MUNICÍPIOS (arts. 28 ao 30)TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO

CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO DAS COORDENADORIAS DE PRIMEIRO E SEGUNDO GRAUS

Seção I - Da Coordenadoria de Primeiro Grau e Áreas de Atuação Temática (arts. 31 ao 32)

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CAPÍTULO II - DA ORDEM DOS PROCEDIMENTOS E PROCESSOSSeção I - Das disposições gerais, recebimento,

registro, autuação, distribuição de denúncias, arquivamento e redistribuição de processos e procedimentos (arts. 33 ao 40)

Seção II - Da publicidade, sigilo, vistas e certidões do Procedimento Preparatório e do Inquérito Civil (art. 41)

Seção III - Da atuação despersonalizada de Membro da Sede e das Procuradorias do Trabalho nos Municípios (arts. 42 ao 45)

CAPÍTULO III - DOS PRAZOS, VIAGENS, AUDIÊNCIAS, COMPENSAÇÕES E AFASTAMENTOS DOS

PROCURADORES Seção I - Dos prazos judiciais (arts. 46 ao 47)Seção II - Das audiências judiciais (art. 48)Seção III - Dos afastamentos (arts. 49 ao 52)

CAPÍTULO IV - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS (arts. 53 ao 55)

TÍTULO IDA COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º A Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região compõe-se da Sede, na cidade de Brasília-DF, e das Procuradorias do Trabalho nos Municípios de Palmas, Araguaína e Gurupi, todas no Estado do Tocantins.

Art. 2º A Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, chefiada por um de seus Membros, é composta por:

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I – Procuradores Regionais do Trabalho;

II - Procuradores do Trabalho. Parágrafo Único. A Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região é dividida em Coordenadorias de Primeiro e Segundo Graus, ambas atuando como Órgão Agente e Órgão Interveniente.

CAPÍTULO IIDO PROCURADOR-CHEFE E DO SUBSTITUTO

Art. 3º Incumbe ao Procurador-Chefe executar todas as atribuições que lhe forem delegadas pelo Procurador-Geral do Trabalho, especialmente:

I - representar a Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região;

II - propor ao Colegiado a fixação do número de Procuradores para o Segundo Grau;

III - designar Membro da Procuradoria para assegurar a continuidade dos serviços em caso de situação excepcional;

IV - praticar atos de gestão administrativa, financeira e de pessoal;

V - coordenar as atividades da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região;

VI - oficiar perante o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, no Tribunal Pleno e nas Sessões Especializadas, ou designar outro Membro para oficiar nestes Órgãos, no caso de impedimento, suspeição, afastamento ou na impossibilidade de seu comparecimento.

Art. 4º São processos de competência exclusiva do Procurador-Chefe, devendo ser a ele distribuídos, permitida a delegação:

I – precatórios;

II – sequestros;

III – pedidos de intervenção federal e distrital;

IV – agravos regimentais em autos de sequestro e precatórios;

V – mandados de segurança que envolvam questões administrativas;

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VI – agravos regimentais em mandados de segurança em matéria administrativa;

VII – incidentes de uniformização de jurisprudência;

VIII – arguições de inconstitucionalidade;

IX – processos administrativos do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região.

Art. 5º A eleição para Procurador-Chefe será feita de conformidade com a Portaria nº 532, de 26 de outubro de 2012, da Procuradoria-Geral do Trabalho, e de normas posteriores que tratam da matéria.

Art. 6º Os Membros designados Procurador-Chefe e Procurador-Chefe Substituto colocarão suas bancas à disposição das respectivas Coordenadorias no ato da posse e ficarão afastados da contagem de tempo para fim de rodízio, sendo que aquelas serão redistribuídas em caráter definitivo entre os Membros que atuam na Coordenação de Primeiro e Segundo Graus, devendo ser observado o art. 39.

Art. 7º O Procurador-Chefe Substituto atuará durante o afastamento ou impedimento/suspeição do Procurador-Chefe, podendo exercer quaisquer atribuições que lhe forem delegadas.

Parágrafo único. O Segundo Substituto da Chefia atuará durante o afastamento ou impedimento/suspeição do Procurador-Chefe Substituto, podendo ainda exercer quaisquer atribuições que lhe forem delegadas.

CAPÍTULO III

DO COLEGIADO DA PRT DA 10ª REGIÃO E DAS PROCURADORIAS DO TRABALHO NOS MUNICÍPIOS

Seção IDas atribuições do Colégio de Procuradores

Art. 8º O Colégio de Procuradores é composto por todos os Procuradores Regionais do Trabalho e Procuradores do Trabalho lotados na Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, competindo-lhes, entre outras atribuições:

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I – deliberar sobre matérias pertinentes à atuação institucional que lhes forem submetidas pelo Procurador-Chefe ou por qualquer Membro;

II- deliberar sobre questões de interesse de toda a Regional e, especialmente, quanto à sua composição e funcionamento;

III- deliberar a respeito de planos, programas de trabalho e matérias de interesse para atuação do Órgão Agente e Interveniente;

IV – deliberar sobre alterações do presente Regimento;

V – eleger o Procurador-Chefe da Regional;

VI - aprovar o início de forças-tarefas especiais.

§ 1º Compete à Sede e às Procuradorias do Trabalho nos Municípios deliberar sobre a forma de organização de trabalho, cada uma de seus respectivos Membros, obedecido, no que couber, o presente Regimento.

§ 2º A deliberação sobre planos, programas de trabalho e início de forças-tarefas compete aos Membros integrantes das Unidades para as quais resultem atribuições.

Seção IIDas reuniões do Colégio de Procuradores

Art. 9º As reuniões ordinárias acontecerão a cada dois meses, sempre na primeira segunda-feira dos meses pares, mediante convocação e pauta elaborada pelo Procurador-Chefe.

Parágrafo único. Independentemente do disposto acima, qualquer Membro ausente poderá votar por mensagem eletrônica dirigida ao Procurador-Chefe e demais Membros da Regional.

Art. 10. Reuniões extraordinárias poderão ser convocadas pelo Procurador-Chefe ou a pedido de pelo menos um terço dos Membros, mediante requerimento endereçado ao Procurador-Chefe, acompanhado de justificativa e sugestão de pauta. Art. 11. Sempre que possível, as reuniões do Colégio de Procuradores contarão com a presença de um representante de cada Procuradoria do Trabalho nos Municípios.Parágrafo único. Excepcionalmente, o Procurador-Chefe poderá autorizar a vinda de mais de um representante de cada Procuradoria do Trabalho nos Municípios.

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Seção IIIDas deliberações do Colégio de Procuradores, Votação e

Quorum

Art. 12. As deliberações institucionais do Colégio de Procuradores são soberanas e vinculam a todos os Membros, inclusive o Procurador-Chefe, exceto em relação ao que possa ensejar sua responsabilização pessoal e direta como administrador público. § 1º As deliberações serão tomadas pelo voto da maioria dos Membros presentes na reunião, computados os votos previamente enviados ao Procurador-Chefe, independentemente da proporção que representem quanto ao número total de Procuradores.

§ 2º A alteração deste Regimento somente poderá ser feita com a aprovação da maioria absoluta dos Membros, previamente convocada para este fim.

CAPÍTULO IV

DO PROCURADOR-CHEFE SUBSTITUTO E DO SEGUNDO SUBSTITUTOSeção I

Da escolha, distribuição e mandatoArt. 13. O Procurador-Chefe Substituto e o Segundo Substituto da Chefia serão escolhidos livremente pelo Procurador-Chefe entre os Membros da Regional.

Parágrafo único. No caso de afastamento ou impedimento do Procurador-Chefe, o Procurador-Chefe Substituto acumulará essa função com a de Coordenador de Primeiro Grau.

Art. 14. O Segundo Substituto da Chefia atuará durante qualquer afastamento ou impedimento do Procurador-Chefe Substituto e do Coordenador de Primeiro Grau.

Parágrafo único. O Segundo Substituto terá suspensa a distribuição de novos procedimentos e pareceres quando a substituição do Coordenador de Primeiro Grau durar mais de cinco dias.

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Art. 15. O Procurador-Chefe Substituto e o Segundo Substituto terão mandatos de dois anos coincidindo com o mandato do Procurador-Chefe.

CAPÍTULO V

DAS COORDENADORIAS DE PRIMEIRO E SEGUNDO GRAUS E DAS PROCURADORIAS DO TRABALHO NOS MUNICÍPIOS

Seção IDa Escolha dos Coordenadores da Sede e das Procuradorias do

Trabalho nos Municípios e disposições diversasArt. 16. Na Sede, o Procurador-Chefe Substituto é o Coordenador da Coordenadoria de Primeiro Grau. O Coordenador da Coordenadoria de Segundo Grau é um dos Membros que a integram, e terá um substituto, sendo ambos escolhidos pelo Procurador-Chefe.

Parágrafo único. Nos casos de impedimentos e afastamentos legais do Coordenador da Coordenadoria de Primeiro Grau e do Coordenador de Segundo Grau, exercerão a Coordenadoria de Primeiro e Segundo Graus, respectivamente, o Segundo Substituto da Chefia e o substituto do Coordenador de Segundo Grau.

Art. 17. A escolha dos Coordenadores das Procuradorias do Trabalho nos Municípios será feita pelo Procurador-Chefe, entre os Membros que as integrem.

Seção IIDos Coordenadores e suas atribuições

Art. 18. Os Coordenadores de Primeiro e Segundo Graus e os Coordenadores das Procuradorias do Trabalho nos Municípios, respeitadas as atribuições do Procurador-Chefe e as disposições legais e regulamentares pertinentes, encarregar-se-ão do controle da distribuição e das atividades das respectivas secretarias, dos registros estatísticos da atuação, inclusive quanto às declarações de impedimento e suspeição, e de outras quaisquer medidas que visem à preservação da continuidade e eficiência dos serviços.

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Art. 19. Incumbe aos Coordenadores da Sede e das Procuradorias do Trabalho nos Municípios, no que couber:

I – colaborar com o Procurador-Chefe nas matérias pertinentes à atuação como Órgão Agente e Órgão Interveniente;

II – colaborar com a supervisão das atividades administrativas, comunicando ao Procurador-Chefe as irregularidades eventualmente encontradas;

III – coordenar a elaboração do planejamento das atividades dos Órgão Agente e Órgão Interveniente;

IV – convocar, presidir ou participar de reuniões de Membros da respectiva Coordenadoria;

V – elaborar, quando solicitado, relatório de atividades da atuação como Órgão Agente e Órgão Interveniente;

VI – opinar sobre a distribuição especial de tarefas;

VII – fazer circular informações e documentos de interesse dos Membros, preferencialmente por meio de mensagens eletrônicas;

VIII – sugerir ao Procurador-Chefe medidas de ordem administrativa;

IX – manter intercâmbio com órgãos e entidades que atuem em áreas afins;

X - zelar pelo cumprimento e uniformidade de interpretação das normas contidas neste Regimento Interno.

Parágrafo único. Aos Coordenadores das Procuradorias do Trabalho nos Municípios incumbe, ainda, representar o Ministério Público do Trabalho, observando os limites da abrangência territorial de cada Unidade, bem como promover a integração desta com a Sede e as demais Procuradorias Municipais e dirigir ao Procurador-Chefe as correspondentes pretensões de natureza administrativa, orçamentária ou financeira.

Seção IIIDa Coordenadoria de Primeiro Grau

Art. 20. Incumbe aos Procuradores integrantes da Coordenadoria de Primeiro Grau a atuação nos procedimentos e

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processos que lhes forem distribuídos, como Órgão Agente e como Órgão Interveniente, em primeiro grau de jurisdição, cabendo-lhes adotar as medidas administrativas e judiciais necessárias à tutela dos interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos e à observância dos direitos sociais e individuais indisponíveis e, ainda, competindo-lhes:

I – propor, contestar e praticar os demais atos processuais nas ações de qualquer natureza, inclusive as civis públicas e as cautelares, da competência originária das Varas do Trabalho;

II – interpor, como parte, curador desta ou Órgão Interveniente, os recursos cabíveis das decisões proferidas pelas Varas do Trabalho;

III – promover a execução das decisões proferidas nas ações da competência originária das Varas do Trabalho, inclusive nos processos em que tenham atuado como curador da parte e, se necessário, nos que hajam oficiado como Órgão Interveniente;

IV – instaurar o Inquérito Civil e outros procedimentos administrativos de natureza investigativa ou promocional; V – colher dos investigados Termos de Ajuste de Conduta, na forma da lei, promovendo-lhes, se for o caso, a execução quando não espontaneamente cumpridas as obrigações assumidas;

VI – impetrar o mandado de segurança, o habeas corpus e o habeas data da competência originária das Varas do Trabalho, bem como se manifestar como autoridade coatora ou terceiro interessado;

VII – atuar como árbitro ou mediador, quando provocados, caso não tenha sido suscitada a atuação da Justiça do Trabalho ou o processo, já instaurado, encontre-se em primeiro grau de jurisdição;

VIII – assumir a titularidade da ação civil pública, nos casos de desistência infundada ou de abandono por qualquer outro legitimado concorrente;

IX – manifestar-se, de ofício ou por solicitação judicial, como Órgão Interveniente, nos processos que se encontrem em primeiro grau de jurisdição, inclusive, se for o caso, na fase de execução;

X – promover a tutela, judicial e extrajudicialmente, dos direitos das crianças, adolescentes, idosos, pessoas com

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deficiência, índios e outros destinatários, por imposição legal, de especial proteção do Estado e da Sociedade;

XI – comparecer às audiências designadas por Varas do Trabalho, nelas permanecendo enquanto em discussão estiver o processo em que, a qualquer título, devam oficiar;

XII – propor as reclamações correicionais contra atos judiciais atentatórios da boa ordem processual praticados em feitos que tramitem perante as Varas do Trabalho;

XIII – requerer as diligências necessárias e/ou convenientes ao correto andamento dos processos e à melhor solução das lides trabalhistas, inclusive, verbalmente, em audiências;

XIV – exercer outras atribuições que lhes forem conferidas por lei, desde que compatíveis com as finalidades institucionais, inclusive atuando no segundo grau de jurisdição, nas sessões administrativas ou judiciais, de acordo com a designação do Procurador-Chefe.

Parágrafo único. Os Membros lotados nas Procuradorias do Trabalho nos Municípios e na Coordenadoria de Primeiro Grau da Sede, assim que concluída sua atuação, deverão encaminhar para a Coordenadoria de Segundo Grau o procedimento de acompanhamento de processo judicial, a qual será transferida a atribuição a partir de então.

Seção IVDa Coordenadoria de Segundo Grau

Art. 21. Incumbe aos Procuradores integrantes da Coordenadoria de Segundo Grau a atuação nos procedimentos e processos que lhes forem distribuídos, como Órgão Agente e como Órgão Interveniente, em segundo grau de jurisdição, cabendo-lhes adotar as medidas administrativas e judiciais necessárias à tutela dos interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos e à ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis e, ainda, competindo-lhes:

I – propor e contestar as ações de qualquer natureza da competência originária do Tribunal Regional do Trabalho ou dos seus Órgãos fracionários, inclusive as cautelares, as ações rescisórias e anulatórias de cláusulas de acordo ou convenção coletiva de trabalho;

II – suscitar, nos casos de greve em atividades essenciais, o 11

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dissídio coletivo ou propor outras medidas que impeçam a interrupção do atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade;

III – interpor, como parte, curador desta ou órgão interveniente, os recursos cabíveis das decisões proferidas pelo Tribunal Regional do Trabalho ou por qualquer dos seus Órgãos fracionários;

IV – promover a execução das decisões proferidas nas ações de competência originária do Tribunal Regional do Trabalho ou por qualquer dos seus Órgãos fracionários, inclusive, se necessário, nos processos em que tenham oficiado como órgão interveniente;

V – comparecer às audiências e sessões designadas pelas Turmas do Tribunal Regional do Trabalho, mesmo as destinadas à conciliação de precatórios e de processos que se encontrem em fase recursal, nelas permanecendo durante todo o período de sua realização, manifestando-se sempre que entenderem necessário, inclusive para protestar, se for o caso, pela emissão de pronunciamento escrito, bem como para promover a sustentação da tese defendida, em qualquer grau de jurisdição e a qualquer título, pelo Ministério Público do Trabalho;

VI – impetrar o mandado de segurança, o mandado de injunção, o habeas corpus e o habeas data da competência originária do Tribunal Regional do Trabalho ou dos seus Órgãos fracionários, mesmo quando decorram da atuação dos membros da Coordenadoria de Primeiro Grau ou dos Procuradores do Trabalho nos Municípios, bem como neles se manifestar, inclusive como terceiro interessado;

VII – intervir, de ofício ou por solicitação judicial, como órgão interveniente, nos processos que se encontrem em segundo grau de jurisdição, inclusive, se for o caso, na fase de execução que se processar no Segundo Grau;

VIII – atuar como árbitro ou mediador, quando provocados;IX – promover a tutela, judicial e extrajudicialmente, dos direitos das crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, índios e outros destinatários, por imposição legal, de especial proteção do Estado e da Sociedade;

X – requerer as diligências necessárias e/ou convenientes ao correto andamento dos processos e à melhor solução das lides trabalhistas, inclusive, verbalmente, em sessões ou audiências;

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XI – exercer outras atribuições que lhes forem conferidas por lei, desde que compatíveis com as finalidades institucionais.

Parágrafo único. As representações que versarem sobre temas de mediação em caso de greve e dissídios coletivos, colusão e ilegalidade de cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho, serão distribuídas aleatoriamente aos Procuradores com atuação no segundo grau de jurisdição, observadas as hipóteses de distribuição por prevenção.

Seção VDo Rodízio e da Entrada e Saída de Novos Membros nas

CoordenadoriasArt. 22. No caso de remoção para a Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, a qualquer título, e ainda de posse de novo Membro, observar-se-á o seguinte:

I – será decidido em reunião do Colégio de Procuradores em qual Coordenadoria e Núcleo atuará o novo Membro;

II – caso seja necessário formar nova(s) banca(s) de processos e de procedimentos, a(s) nova(s) banca(s) ser(á)ão formada(s) com base na média dos procedimentos das bancas de todos os Membros de Primeiro Grau, incluindo os processos judiciais e procedimentos de Acompanhamento de Termos de Ajuste de Conduta, dando-se ciência ao Procurador dos procedimentos retirados da respectiva banca;

Parágrafo único. Nas Procuradorias do Trabalho nos Municípios, quando a remoção se der na totalidade dos Membros, far-se-á a média dos procedimentos para a redistribuição das bancas. Quando a saída for parcial, o novo Procurador do Trabalho assumirá a banca vaga, no estado em que se encontrar.

Art. 23. Na ocorrência de rodízio de Núcleo ou de permuta entre Membros de Núcleos diferentes, o Procurador manterá a sua banca anterior. A mudança de Núcleo será considerada apenas para as novas distribuições.

§ 1º O rodízio será feito de três em três anos, devendo ser definido no mês de fevereiro e efetivado no mês de março.

§ 2º Havendo Membros interessados em determinado Núcleo no rodízio, deverão mudar de Núcleo os Membros voluntários do outro Núcleo e, não havendo voluntários, os Membros que já

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estiverem atuando há mais tempo no mesmo Núcleo. Em caso de empate, seja de quem pleiteia posição em outro Núcleo ou de quem deverá sair do Núcleo, será resolvido por antiguidade na Regional.

TÍTULO IIDO FUNCIONAMENTO

CAPÍTULO IDO COMPARECIMENTO ÀS AUDIÊNCIAS DE PRIMEIRO GRAU

Art. 24. A distribuição ou conclusão do processo judicial em que for designada audiência será efetuada no mesmo dia em que o processo for recebido do Tribunal, devendo os autos serem colocados no gabinete do Procurador no dia seguinte do recebimento, e este fato ser-lhe comunicado, até a implementação do Processo Judicial Eletrônico.

Parágrafo único. Diante da impossibilidade de comparecimento do Procurador vinculado ao processo, este será distribuído a outro Membro, observando-se a escala de distribuição própria.

CAPÍTULO IIDO COMPARECIMENTO ÀS AUDIÊNCIAS E SESSÕES

DE JULGAMENTO NO TRIBUNAL Art. 25. Será disponibilizada, por via eletrônica ou por escrito, neste caso, com a ciência de todos os Procuradores integrantes da Coordenadoria de Segundo Grau, escala mensal de comparecimento às sessões de julgamento no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região.

Parágrafo único. Aplica-se o caput aos Procuradores do Trabalho integrantes da Coordenadoria de Primeiro Grau.

Art. 26. As pautas das sessões, com os documentos pertinentes, serão entregues com antecedência nos gabinetes dos Procuradores, ou a estes será dada ciência, por via eletrônica, também com antecedência.

Parágrafo único. Na pauta de julgamento serão indicados os processos com parecer circunstanciado, assim como aqueles em que há atuação do Ministério Público do Trabalho.

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Art. 27. A atuação do Membro designado para funcionar em sessão no Tribunal conclui-se com o seu encerramento, exceto se requerida pelo Procurador presente a retirada de processo da pauta para manifestação posterior, caso em que fica vinculado.

CAPÍTULO IIIDO FUNCIONAMENTO E DO AUXÍLIO PRESTADO NAS PROCURADORIAS

DO TRABALHO NOS MUNICÍPIOSArt. 28. Nas Procuradorias do Trabalho nos Municípios, a distribuição de procedimentos será feita diariamente, de forma equânime, observado o disposto no art. 129, § 5º, da Constituição Federal.

Art. 29. Compete aos Membros das Procuradorias do Trabalho nos Municípios atuar como Órgão Interveniente perante as Varas do Trabalho e como Órgão Agente, no âmbito extrajudicial e em Primeiro Grau, nos feitos relativos à área de abrangência definida em portaria editada Pelo Procurador-Geral do Trabalho.

Art. 30. As Procuradorias do Trabalho nos Municípios poderão contar com o auxílio dos Membros e servidores da Sede ou das Procuradorias do Trabalho dos demais Municípios, nos termos deste artigo.

§ 1º Todos os pedidos de auxílio formulados pelos Procuradores das Procuradorias do Trabalho nos Municípios deverão ser fundamentados e dirigidos ao Procurador-Chefe que deliberará, ouvido o Coordenador de Primeiro Grau.

§ 2º Para auxílio às Procuradorias do Trabalho nos Municípios nos casos de plantões, casos urgentes e de acréscimo extraordinário de serviços, será mantida lista de Procuradores que se apresentarem como voluntários, tendo preferência Membros lotados no Estado do Tocantins em Unidades mais próximas.

§ 3º No caso de ausência de voluntários, ou por interesse do serviço, poderá haver designação de Procurador pelo Procurador-Chefe, para auxiliar as Procuradorias do Trabalho nos Municípios em casos determinados.

§ 4º A colaboração poderá se dar quanto ao cumprimento de prazos judiciais, audiências judiciais, inspeções e quanto aos casos urgentes e extraordinários que demandam atuação

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imediata, devendo ser adotados os procedimentos fixados em orientações da Coordenadoria de Primeiro Grau.

§ 5º Em todo caso, o requerimento de auxílio formulado pelo Coordenador da Procuradoria, ou por seu substituto ou pelo servidor responsável pela Unidade, deverá ser encaminhado com a maior brevidade possível, preferencialmente ainda na data da constatação da necessidade, recebimento do feito ou ciência da atividade agendada, para fins de deliberação do Procurador-Chefe.

TÍTULO IIIDA ORGANIZAÇÃOCAPÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO DAS COORDENADORIAS DE PRIMEIRO E SEGUNDO GRAUS

Seção IDa Coordenadoria de Primeiro Grau e Áreas

de Atuação TemáticaArt. 31. A Coordenadoria de Primeiro Grau é composta de dois Núcleos, sendo o Núcleo I integrado pelas seguintes áreas de atuação temática: a) igualdade de oportunidades e combate à discriminação nas relações de trabalho; b)combate à exploração do trabalho da criança e do adolescente; c) meio ambiente do trabalho. O Núcleo II é integrado pelas seguintes áreas de atuação temática: a) trabalho na Administração Pública; b) liberdade e organização sindical; c) fraudes trabalhistas.

Art. 32. A Coordenadoria de Segundo Grau será integrada por Procuradores Regionais do Trabalho, podendo contar com Procuradores do Trabalho, ouvido o Colegiado de Procuradores da Sede da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, caso não haja número suficiente de Procuradores Regionais para o seu regular funcionamento.

§ 1º Havendo mais de um Procurador do Trabalho interessado em compor o Segundo Grau, na hipótese do caput, prevalecerá o critério de antiguidade na carreira. Não havendo interessados, deverá compor o Segundo Grau o Procurador mais antigo na carreira, até que outro Procurador Regional ingresse na Regional.

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§ 2º Havendo necessidade de serviço, poderá ser convocado Procurador do Trabalho para atuar no Segundo Grau eventualmente, de conformidade com escala própria.

CAPÍTULO IIDA ORDEM DOS PROCEDIMENTOS E PROCESSOS

Seção IDisposições gerais, recebimento, registro, autuação,

distribuição de denúncias, arquivamento e redistribuição de processos e procedimentos

Art. 33. No âmbito da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região poderão estar em curso procedimentos de investigação contra uma mesma pessoa física ou jurídica versando sobre os seguintes núcleos de temas, conforme temário unificado aprovado pela Resolução nº 76/2008 do Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho:

I – defesa do meio ambiente do trabalho;

II – erradicação do trabalho escravo;

III – combate às fraudes nas relações de emprego;

IV – combate às irregularidades trabalhistas na administração pública;

V – trabalho portuário e aquaviário;

VI – promoção de igualdade de oportunidades e eliminação da discriminação no trabalho;

VII – combate à exploração do trabalho da criança e do adolescente;

VIII – atributos trabalhistas (temas livres ou outros temas genéricos).

§ 1º O critério para autuação das notícias de fato, e posterior distribuição, é predominantemente o tema, observado o temário unificado do Ministério Público do Trabalho. O que não se enquadrar nos temas específicos será considerado matéria geral e será distribuído livremente, independente de Núcleo.

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§ 2º Se a mesma notícia de fato contiver tema(s) livre(s) e tema(s) específico(s), será instaurada uma única representação, eis que o tema específico atrai o tema livre.

§ 3º Os procedimentos relacionados com as áreas temáticas de trabalho análogo ao de escravo, trabalho portuário e aquaviário e temas gerais serão distribuídos livremente a todos os Procuradores.

§ 4º A notícia de fato relativa a tema objeto de representação (REP), procedimento preparatório (PP), inquérito civil (IC), procedimento de acompanhamento judicial (PAJ) será encaminhada ao Procurador possivelmente prevento, para que este delibere se é hipótese de juntada, instauração de nova representação ou outra providência.

Art. 34. Toda representação instaurada pela Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região será distribuída aos Procuradores que atuam em primeiro e segundo graus de jurisdição, conforme as regras desta Portaria, das deliberações oriundas das reuniões do Colégio de Procuradores e das Resoluções nº 69/2007 e 86/2009 do Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho.

Art. 35. Antes da abertura da representação, será realizada pesquisa no sistema MPT DIGITAL da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região com o objetivo de verificar a existência de processo judicial ou procedimento que envolva a mesma pessoa física ou jurídica e o mesmo tema ou grupo de temas objeto da nova denúncia, a fim de se estabelecer as vinculações e prevenções fixadas nesta Portaria.

§ 1º Não se tratando de procedimento de acompanhamento judicial (PAJ), procedimento promocional (PROMO), mediação (MED), arbitragem ou carta precatória (CP), os autos serão autuados com o nome de representação (REP), que seguirá a mesma sequência de numeração dos procedimentos preparatórios (PP) e inquéritos civis (IC).

Art. 36. Diariamente, haverá distribuição de procedimentos novos aos Procuradores de forma equânime, observado o disposto no art. 129, § 5º, da Constituição Federal.

§ 1º Consideram-se procedimentos novos para os fins do disposto no caput:

I – aqueles consubstanciados em nova representação;

II – aqueles redistribuídos com promoção de arquivamento não homologada pela Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério

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Público do Trabalho;

III – aqueles redistribuídos com declaração de impedimento ou suspeição do Procurador originariamente vinculado;

IV – as ações anulatórias, sem que haja no procedimento designação de Procurador responsável pela condução do feito;

V – os requerimentos de mediação e arbitragem;

VI – as ações e procedimentos recebidos de outra Unidade da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região ou de outra Procuradoria Regional do Trabalho, por sua Sede ou Procuradorias do Trabalho nos Municípios;

VII – os títulos executivos judiciais e extrajudiciais recebidos de outra Unidade da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região ou de outra Procuradoria Regional do Trabalho, por sua Sede ou Procuradorias do Trabalho nos Municípios;

VIII – as cartas precatórias recebidas de outra Unidade da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região ou de outra Procuradoria Regional do Trabalho, por sua Sede ou Procuradorias do Trabalho nos Municípios;

IX – os processos judiciais oriundos das Varas ou dos Órgãos fracionários do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região.

Art. 37. A distribuição será aleatória, ressalvados os casos de prevenção, respeitada a ordem cronológica de recebimento das representações, salvo os casos de urgência.

§ 1º Considera-se urgente a representação que versar sobre:

I – exploração de mão-de-obra de criança e adolescente;

II – trabalho escravo ou degradante;

III – coação, violência ou grave ameaça praticada contra os trabalhadores;

IV – mediação em caso de greve;

V – qualquer tema, se houver indícios do encerramento das atividades da pessoa física ou jurídica denunciada;

VI – situações que exijam atuação imediata do Ministério Público do Trabalho.

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Art. 38. O critério de distribuição por prevenção será observado nas seguintes hipóteses:

I – Conexão:

a) quando existir procedimento de investigação, em face do mesmo investigado, versando sobre o(s) mesmo(s) tema(s) da nova Representação, observada a regra do art. 12, caput, da Resolução nº 69/2007 do CSMPT;1

b) quando existir procedimento de investigação, com assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta em face do mesmo investigado, envolvendo o(s) mesmo(s) tema(s) da nova representação;

c) quando existir ação, em face do mesmo investigado, baseada no(s) mesmo(s) tema(s) da nova representação;

II – Pertinência ou aproximação temática:

a) quando existir procedimento de investigação em andamento, em face do mesmo investigado, contendo pelo menos um dos temas integrantes do mesmo grupo dos temas correspondentes à nova Representação, com base no elenco estabelecido pelo Temário Unificado do Ministério Público do Trabalho (Resolução nº 76/2008 do CSMPT), observada a regra do parágrafo único do art. 4º, da Resolução nº 69/2007 do CSMPT;

b) quando existir procedimento de investigação, com assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta, em acompanhamento ou arquivado, em face do mesmo investigado, contendo pelo menos um dos temas integrantes do mesmo grupo dos temas da nova representação, com base no elenco estabelecido pelo Temário Unificado do Ministério Público do Trabalho (Resolução nº 76/2008 do CSMPT);

c) quando existir ação, em tramitação ou arquivada, em face do mesmo investigado, abrangendo pelo menos um dos temas integrantes do mesmo grupo dos temas da nova representação, com base no elenco estabelecido pelo Temário Unificado do Ministério Público do Trabalho (Resolução nº 76/2008 do CSMPT).

1 Art. 12. O desarquivamento do inquérito civil, diante de novas provas ou para investigar fato novo relevante, poderá ocorrer no prazo máximo de seis meses após o arquivamento. Transcorrido esse lapso, será instaurado novo inquérito civil, sem prejuízo das provas já colhidas. Parágrafo único. O desarquivamento de inquérito civil para investigação de fato novo, não sendo caso de ajuizamento de ação civil públicas, implicará novo arquivamento e remessa à Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho, na forma do art. 10 dessa Resolução.

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§ 1º O impedimento e a suspeição devem ser registrados em despacho fundamentado, comunicando-se o fato ao Procurador-Chefe.

§ 2º Sempre que possível, o Procurador indicará o motivo da suspeição ou do impedimento.

§ 3º O Procurador-Chefe informará à Corregedoria os casos de impedimentos e suspeições, para fins estatísticos.

Art. 39. Na hipótese de afastamento legal superior a noventa dias contínuos, toda a banca do Procurador afastado será redistribuída igualitariamente, devendo ele receber, no retorno às atividades normais, o mesmo número de procedimentos redistribuídos.

§ 1º Em casos excepcionais em que o Procurador afastado por período inferior a noventa dias entender que a sua banca ou determinado procedimento não pode aguardar seu retorno, realizar-se-á a distribuição prevista neste artigo mediante requerimento fundamentado do Procurador oficiante e autorização do Procurador-Chefe.

Art. 40. O Coordenador de Primeiro Grau e/ou de Segundo Grau poderá arquivar, de plano, a representação que trata de mera consulta, sem revelar notícia de lesão coletiva, que seja indiscutivelmente individual e não tenha qualquer repercussão social ou de interesse público relevante, além da representação, quando a denúncia nela contida, se referir a empresa ou órgão que notoriamente não se encontra mais em funcionamento, devendo, para tanto, fazer as comunicações de estilo, caso necessário, inclusive enviando as denúncias manifestamente fora das atribuições da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região ao Órgão competente para atuação.

Seção IIDa publicidade, sigilo, vistas e certidões do Procedimento

Preparatório e do Inquérito CivilArt. 41. Aplica-se ao inquérito civil, e aos demais procedimentos administrativos a cargo do Ministério Público do Trabalho, o princípio da publicidade dos atos, com exceção das hipóteses de sigilo legal ou em que a publicidade possa acarretar prejuízo às investigações, casos em que a decretação do sigilo legal deverá ser motivada.

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§ 1º A restrição à publicidade deverá ser decretada em decisão motivada, para fins do interesse público, e poderá ser, conforme o caso, limitada a determinadas pessoas, provas, informações, dados, períodos ou fases, cessando quando extinta a causa que a motivou.

§ 2º Os documentos resguardados por sigilo legal deverão ser autuados em apenso e permanecer acautelados em secretaria.

§ 3º Nos requerimentos que objetivam a obtenção de certidões, os interessados deverão fazer constar esclarecimentos relativos aos fins e razões do pedido, nos termos da Lei nº 9.051/1995. Caberá à Secretaria emitir a certidão. Em caso de dúvida, será feita consulta ao Procurador vinculado e, na falta deste, ao Coordenador.

§ 4º Caberá à Secretaria conceder vista ao interessado ou Procurador legalmente constituído, salvo quando haja decretação de sigilo e quando os autos estejam conclusos e indisponíveis. Considera-se interessado, para os fins deste parágrafo, o representante, o representado e quem, de alguma forma possa ser atingido, na sua esfera de interesse jurídico, pelo resultado da investigação.

§ 5º A Secretaria certificará, nos autos do procedimento solicitado, a identificação do requerente da vista e a data em que esta ocorreu.

§ 6º Em caso de dúvida, o servidor deverá comunicar-se com o Procurador vinculado ou, na falta deste, com o Coordenador de Primeiro ou Segundo Graus ou da respectiva Procuradoria do Trabalho no Município, para, após, conceder ou não a vista requerida.

§ 7º É inadmissível carga dos autos de quaisquer procedimentos administrativos.

§ 8º Na falta de decretação de sigilo ou não se tratando de documento sigiloso, é possível a extração de cópias dos autos dos procedimentos administrativos.

§ 9º O ato de extração de cópias deverá ser acompanhado pela Secretaria.

§ 10. As despesas decorrentes da extração de cópias correrão por conta de quem as requereu.

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Seção IIIDa atuação despersonalizada de Membros da Sede e das

Procuradorias do Trabalho nos MunicípiosArt. 42. A requerimento fundamentado do Procurador titular do feito, o procedimento de acompanhamento judicial ou administrativo poderá ser despersonalizado.

§ 1º A despersonalização consiste na coletivização da titularidade do procedimento entre Membros da mesma Unidade administrativa, cumulada ou não com a submissão do feito à tramitação sob sigilo.

§ 2º Considerando fundado o requerimento, caberá ao Procurador-Chefe:

I – designar, no mínimo, mais dois Procuradores para comporem, junto com o Procurador requerente, a titularidade real do procedimento, a partir de escala de distribuição própria;

II – cientificar os Procuradores designados, por e-mail e por aviso escrito.

§ 3º A despersonalização será realizada sem pontuação a nenhum dos titulares.

Art. 43. A fim de preservar o sigilo tanto da identidade dos titulares do procedimento despersonalizado como da tramitação dos autos de acompanhamento, observar-se-á o seguinte:

I – o feito despersonalizado constará da banca intitulada DESPERSONALIZADOS, no sistema informatizado;

II - não serão fornecidas certidões ou documentos oriundos do MPT Digital e não será franqueado o acesso a dados ou informações do referido sistema relativos aos procedimentos ou processos despersonalizados a particulares;

III – nos processos judiciais, a distribuição dos prazos será certificada nos autos com a seguinte informação: “AOS PROCURADORES DA PRT 10ª REGIÃO”.

Art. 44. Os procedimentos despersonalizados serão conduzidos pelo grupo de Procuradores especificamente designado.Art. 45. Na Unidade em que não for possível implementar a despersonalização, caberá ao Procurador titular avaliar a necessidade de arguir a sua suspeição.

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CAPÍTULO IIIDOS PRAZOS, VIAGENS, AUDIÊNCIAS, COMPENSAÇÕES E

AFASTAMENTOS DOS PROCURADORESSeção I

Dos prazos judiciaisArt. 46. Os prazos judiciais serão distribuídos aos Procuradores do Trabalho e Procuradores Regionais do Trabalho, na mesma data em que o processo for recebido do Tribunal, devendo os autos serem colocados no gabinete do Procurador até o primeiro dia útil subsequente à chegada do processo na Procuradoria, mediante comunicação imediata a este, até a implementação do Processo Judicial Eletrônico, cujas regras deverão ser seguidas pela Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região.

§ 1º Se o Procurador estiver ausente por período igual ou superior a metade do prazo judicial próprio ou alheio em virtude de afastamento legal, ou para participação em congressos, seminários, encontros e similares decorrentes da atividade institucional, o processo será distribuído entre os Procuradores do mesmo Núcleo. Em caso de impossibilidade de Procurador do mesmo Núcleo receber a distribuição, esta será feita a Procurador de outro Núcleo, observando-se a escala de revezamento própria.

§ 2º Receberá a distribuição de prazo judicial alheio nas hipóteses previstas no parágrafo anterior, o Procurador que estiver exercendo suas funções institucionais no local de sua lotação por período igual ou superior a metade do prazo.

§ 3º Na fixação da metade do prazo, as frações serão arredondadas para o número inteiro imediatamente superior.

§ 4° O Procurador que entender ser indevido o recebimento do prazo judicial que lhe for distribuído deverá apresentar justificativa, por escrito, no mesmo dia.

Art. 47. Ficará o Procurador isento de distribuição durante o período de seu afastamento, em razão de viagens a serviço (atuação nas Procuradorias do Trabalho nos Municípios e em hipóteses previstas em lei ou normas do Conselho Nacional do Ministério Público, Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho), nas participações na qualidade de palestrantes ou conferencistas de seminários, painéis, cursos, desde que representando a

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instituição, mediante designação do Procurador-Geral do Trabalho, e fora do local de sua lotação.

Parágrafo único. Estarão isentos ainda de distribuição os Membros da Comissão de Seleção de Estagiários da Regional na semana de realização da prova para o concurso admissional de estagiários.

Seção IIDas audiências judiciais

Art. 48. O Procurador responsável pela condução do processo judicial comparecerá às audiências judiciais que forem designadas, às quais fica vinculado.

§ 1º Diante da impossibilidade do comparecimento do Procurador vinculado à audiência judicial, inclusive no caso de férias, o processo será distribuído a outro Membro com atuação no Primeiro Grau de jurisdição, com observância da escala de revezamento própria.

Seção IIIDos afastamentos

Art. 49. Os períodos de férias, afastamentos e licenças voluntárias dos Procuradores serão fixados após prévia comunicação ao Procurador-Chefe, que diligenciará para que permaneça em exercício número suficiente de Membros lotados nos Núcleos de Primeiro e Segundo Graus da Sede e em cada Procuradoria do Trabalho em Município que garanta o bom funcionamento de cada uma das Unidades.

§ 1° Se o número de pretendentes ao gozo de férias em janeiro e em julho for incompatível com a regra fixada no caput, o Procurador que requereu férias nesses dois meses deverá optar por um deles.

§ 2° O Procurador comunicará ao Procurador-Chefe, ao Coordenador de Primeiro e Segundo Graus, ao Coordenador da Procuradoria do Trabalho no Município, com antecedência razoável, as modificações de períodos de férias bem como, com a brevidade possível, os afastamentos e licenças não previstos.

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Art. 50. As férias somente poderão ser suspensas ou interrompidas por necessidade de serviço, que será avaliada pelo Procurador-Chefe, e pelo máximo de dois anos.

§ 1º Consideram-se suspensas as férias, cujos efeitos financeiros se operaram e não se iniciou sua efetiva fruição, e interrompidas, aquelas cujo gozo foi iniciado.

§ 2º O período das férias suspensas ou a sobra das férias interrompidas não serão fracionados, devendo ser gozados de forma ininterrupta.

Art. 51. Na semana anterior às férias, será feita normalmente a distribuição, com exceção de procedimentos e/ou processos urgentes, caso em que será garantido a metade dos dias do prazo judicial, podendo o Procurador, titular do feito, após ser consultado, abrir mão do prazo judicial.

Art. 52. Os procedimentos serão distribuídos em sua totalidade, havendo qualquer número de Procuradores no Núcleo ou nas Procuradorias do Trabalho em Municípios.

CAPÍTULO IVDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 53. Aplica-se às Procuradorias do Trabalho nos Municípios o disposto nesta portaria, salvo quando houver impossibilidade ou incompatibilidade.

Art. 54. Revogam-se as disposições em contrário.Art. 55. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ANA CLÁUDIA RODRIGUES BANDEIRA MONTEIROProcuradora-Chefe

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