reforma tributária: desafios e paradoxos jurídicos …...insegurança jurídica 2.retomada da...

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©Eurico Marcos Diniz de Santi Reforma Tributária: desafios e paradoxos jurídicos Eurico Marcos Diniz de Santi Professor da DireitoGV Coordenador do Núcleo de Estudos Fiscais- NEF da Escola de Direito da FGV

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San

ti

Reforma Tributária:

desafios e paradoxos

jurídicos

Eurico Marcos Diniz de Santi

Professor da DireitoGV

Coordenador do Núcleo de

Estudos Fiscais-NEF da Escola

de Direito da FGV

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San

ti

Desconfiança,

Tributação e

Reformas

Institucionais

Eurico Marcos Diniz de Santi

DireitoGV

Seminário da Feiticeira:

Direito, Confiança e Desafios da Crise

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ti

““ O Processo

O Processo””de F. Kafka, no filme de

de F. Kafka, no filme de Orson

OrsonWells

Wells

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ti

Plano Desta Exposi

Plano Desta Exposiççãoão

1.Percepção moral da legalidade do

brasileiro

2.Como legitimar nossas instituições?

3.Projetos empíricos e ruptura da

dogmática tradicional sem sair dela...

4.Reforma Tributária: desafios e paradoxos

jurídicos (Análise Crítica)

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ti

1.Percepção moral da legalidade

do brasileiro (Fapesp)

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ti

Percepção da Justiça

e das leis: base moral do brasileiro

3%

4%

93%

A maioria dos brasileiros tenta

dar uma “caixinha”para se livrar

da multa.

9%

27%

64%

Pode uma pessoa obter

vantagem fazendo algo errado

e ilegal, mas com poucas

chances de ser descoberta.

6%

43%

51%

Quando uma pessoa

desobedece a lei e não

prejudica ninguém, não é

justo que seja punida.

não sabe

discorda

concorda

A base moral do Brasileiro

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San

ti

7%

27%

65%

O brasileiro éum povo

desonesto.

4%

59%

36%

Uma pessoa que passa fome

tem o direito de roubar.

4%

15%

81%

Se os supermercados não

vigiassem as prateleiras,

sofreriam muitos mais roubos

que hoje

não sabe

discorda

concorda

A base moral do Brasileiro

Percepção da Justiça

e das leis: base moral do brasileiro

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San

tiPercepção da Justiça e das leis:

como o brasileiro vê a lei

4%

14%

82%

A maioria das leis não é

obedecida

6%

57%

37%

No Brasil, a grande maioria das

pessoas que desobedece a lei é

punida

4%

16%

80%

No Brasil, as leis sóexistem

para os pobres

6%

18%

77%

As leis são essenciais para

controlar o que as pessoas

fazem

não sabe

discorda

concorda

Como o brasileiro vê a lei:

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San

tiComo legitimar nossas

instituições?

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San

ti

Como legitimar as institui

Como legitimar as institui çções?

ões?

1.Problemas da legalidade: lacunas no direito e

normas imprecisas e problemas de prova,

dificultam a aplicação do direito e aumentam a

insegurança jurídica

2.Retomada da universidade como foco de

produção do saber jurídico e da pesquisa

empírica como meio de legitimação e

atualização do direito.

3.Incrementar e aprofundar a sinapse entre

Direito e Economia: (i) arrecadar x não-pagar

legitimamente e (ii) lei como instrumento de

confiança.

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San

ti

Cria

Criaçção da Escola de Direito

ão da Escola de Direito

de São Paulo da Funda

de São Paulo da Fundaçção

ão

Get

Getúúlio Vargas

lio Vargas --DireitoGV

DireitoGV

1.Concebida em 2000 –início das aulas em 2005

2.Professores Doutores, 40hs, (6h aula semanais)

com dedicação exclusiva (50 alunos/ano)

3.Preocupação com a excelência e inovação do

ensino jurídico (aprendendo com a Economia e a

Administração: método caso, 4 Jabutis etc...

4.Mestrado em Direito e Desenvolvimento e

comprometimento na elaboração de políticas

públicas: para melhorar o Brasil (Prof. Gustavo sá

e Silva)...

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ti

NNúúcleo de Estudos Fiscais

cleo de Estudos Fiscais

NEF

NEF ––DireitoGV

DireitoGV

(estrutura para 12 pesquisadores)

(estrutura para 12 pesquisadores)

Pilares:

•Interesse público

•Pesquisa Empírica

•Transparência

•Desenvolvimento

•para melhorar o Brasil

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tiNEF: Financiamento Privado:

INTERESSE PÚBLICO

•CONTRATO DE DOAÇÃO

•COM PROPÓSITOS ACADÊMICOS ESPECÍFICOS

•CLÁUSULA PRIMEIRA: “Projeto Reforma Tributária”

•CLÁUSULA SEGUNDA –Direitos e Obrigações

•O

NE

F d

a D

IRE

ITO

GV

com

pro

met

e-se

a e

xec

uta

r o

pro

jeto

com isenção acadêmica, visando o interesse

público e de modo independente, sem interferência

dos interesses dos DOADORES, ou de quaisquer

outros interesses particulares ou partidários.

•A

Doad

ora

xxxxxx, em

contr

apar

tida,

com

pro

met

e-se

a

repas

sar

o m

onta

nte

indic

ado n

a cl

áusu

la q

uar

ta p

ara

exec

uçã

o

do p

roje

to

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ti

NNúúcleo de Estudos Fiscais

cleo de Estudos Fiscais

NEF

NEF --DireitoGV

DireitoGV

(estrutura para 12 pesquisadores)

(estrutura para 12 pesquisadores)

Projetos:

•Reforma do processo administrativo federal: celeridade,

eficiência e transparência

•Reforma do Código Tributário Nacional com proposição

de integração, na mesma lei, do Código Financeiro

Nacional, vinculando e regulamentando a relação entre

tributação e gasto público

•Reforma Fiscal: Federalismo, Responsabilidade,

Simplicidade, Transparência e Cidadania

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ti

Núcleo de Estudos Fiscais –NEF

Inauguração dia 13 de maio de 2009

das 16 às 22hs –Rua Itapeva, 26 Cj. 1701

Exposição de fotos de AncarBarcella

“Interesse Público, Pesquisa Empírica

Transparência e Desenvolvimento

Para melhorar o BRASIL...”

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ti

Como legitimar as institui

Como legitimar as institui çções?

ões?

1. Para que serve a dogmática

jurídica?!

•Legalismoautista: direito como

“ciência”!

•Fundamentação da tributação na sua

própria legalidade ou validade, “pago

tributo porque a lei exige”;

•Cisão entre Direito Financeiro (despesa

pública) e Tributário (receita tributária)

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ti

Como legitimar as institui

Como legitimar as institui çções?

ões?

3. A universidade como foco de produção do

saber jurídico e a pesquisa empírica como

meio de legitimação e atualização do direito?

•Confiança como expectativa de conhecimento

e o desafio da imunização em relação ao

sistema político e econômico (financiamento);

•Mudança de foco da dogmática do direito para

produção de bens públicos: alterando o direito

com fundamento na pesquisa empírica e

redesenhando instituições de forma aberta e

democratica, na busca da legitimação

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ti

Como legitimar as institui

Como legitimar as institui çções?

ões?

4. Entre Direito e Economia: (i) arrecadar x não-

pagar legitimamente e (ii) lei como instrumento

de confiança.

•Fisco: arrecadar mais (cobranças ilegais)

versusContribuinte: pagar menos (fraude àlei)

•Abuso da legalidade x planejamento tributário

•Falta de legitimidade das leis tributárias:

ausência de transparência da despesa pública

(simbólica), uso de tributos indiretos e

dificuldade de accountability(“CPMF”pública)

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ti

3.Projetos empíricos e ruptura da

dogmática tradicional sem sair

dela...

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ti

Projeto de Pesquisa/2006-7:

Tributação e Crime: Problemas

de Ineficácia da Lei dos Crimes contra

a Ordem Tributária

Núcleo de Tributação

e Finanças Públicas

Direito GV

Apoio

:

SRF/DEFIC-SP

2

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San

ti

Reflexões no Direito Tributário Penal

FG

Doc.

de

lact

o

trib

utá

rio

1. Sem documentos

não háprova para

tributar

2. Sem prova não

hátributo.

3. Énecessário

realizar presunções

para apurar o fato

gerador

4. Mas se há

presunção não há

crime, pois o direito

penal não admite

presunções

Pag

todo

trib

uto

2

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Projeto de Pesquisa CNPQ/2007

Tributação,

Responsabilidade Fiscal

e Desenvolvim

ento

-O Destino da CPM

F -

Núcleo de Tributação

e Finanças Públicas

Direito GV:

Para melhorar o Brasil...

Apoio

:

Transparência Brasil

Eurico

Marco

s Diniz de San

ti–DireitoGV

Tathianedos San

tos Piscitelli

–DireitoGV

Dan

iel M

onteiro Peixo

to –DireitoGV

Maria Eugên

ia P. F

ortunato -DireitoGV

Priscila

Faricelli-Advo

gad

a

Lucian

o Ferreira –Procu

rador-TCEdo RGN

Ren

ata Ferrero

–Advo

cacia Geral da União

Van

essa Cardoso

-Advo

gad

a

Dan

iella

Galvão –

Advo

gad

a

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tiArrecadação de Impostos x

Contribuições Sociais –Em % do PIB

0,0

1,5

3,0

4,5

6,0

7,5

9,0

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

Contribuições

Sociais

Gerais

(PIS + Cofins +

CSLL + CPMF)

Impostos

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ti

Como o dinheiro foi distribuído?

Exercício de 2005

Ministério

da Ju

stiça

100.00

0,00

Ministério

da Faz

enda

56.394

,96

Ministério

da Defes

a

24.225

.357

,56

Ministério

da Edu

caçã

o

189.53

5.18

5,34

Ministério

da Ciênc

ia e

Tec

nologia

4.19

2.17

2,80

Ministério

da Saú

de

9.89

3.03

4.83

6,49

Ministério

do

Plane

jamen

to

1.11

4.41

6,85

Ministério

do Traba

lho

59.824

,79

Ministério

do

Des

envolvim

ento

795.35

9.11

7,44

Ministério

da

Previdên

cia

5.92

8.94

0.12

0,00

Ministério

da Saú

de

Ministério

da Ciênc

ia e T

ecno

logia

Ministério

da Defes

a

Ministério

da Edu

caçã

o

Ministério

da Faz

enda

Ministério

da Ju

stiça

Ministério

da Previdên

cia

Ministério

do Des

envolvim

ento

Ministério

do Traba

lho

Ministério

do Plane

jamen

to

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ti

Exercício de 2006:

distribuição das receitas

Ministério da Saúde

Despesas em relação

às quais não há

contrapartida direta

(Ministério do Planejamento)

1.662.656,14

286.038,96

2.650.255,40

493.716.141,79

726.986,81

137.046.285,04

10.010,18

11.161.698.443,65

312.981,59

15.331,58

59.803,15

1.075.918.112,32

174.136,81

Contratação por tempo determ

inado

(PF)

Contribuições

Despesas de exercícios anteriores

Diárias P

essoal civil

Indenizações e restituições

Locação de m

ão-de-obra

Material de consumo

Obrigações tributárias e contribuições

Outros serviços de terceiros (PJ)

Outros serviços de terceiros (PF)

Passagens e despesas com

locomoção

Sentenças judiciais

Serviços de consultoria

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Valor Econômico 25/10/2007

Valor Econômico 25/10/2007

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tiEstado de São Paulo 26/10/2007

Estado de São Paulo 26/10/2007

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ti

Processo Administrativo

Tributário: prova, presunção e

Fraude àlei

Do fato ànorma, da realidade ao conceito jurídico

Núcleo de Estudos

Fiscais

Direito GV:

Para melhorar o Brasil...

Eurico

Marco

s Diniz de San

tI

Marco

s Vinicius Ned

er

Maria Rita Ferragut

2008/2009

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ti

Reformas no contencioso

Administrativo Tributário:

Segurança, Excelência e Fortalecimento Institucional

Núcleo de Estudos

Fiscais

Direito GV:

Para melhorar o Brasil...

2009

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San

ti

Projeto de Pesquisa 2009/10:

Reform

a do

Código Tributário Nacional:

pesquisa para uma proposta com

fundam

entação em

pírica

Núcleo de Tributação

Estudos Fiscais -NEF

Da Direito GV

Para melhorar o Brasil...

Para melhorar o Brasil...

Para melhorar o Brasil...

Para melhorar o Brasil...

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Conceito de

tributo

Conceito de

Renda

Conceito de

Legalidade

Artigos do CTN discu

tidos no STJ

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ti

Artigos do CTN discu

tidos no STJ

Conceito de

responsabilidade

Responsabilidade

dos sócios

Conceito de Mora

Dúvidas sobre

restituição do

indébito

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ti

Evolução da Carga Tributária

0510152025303540 ano 1

988

ano 1

989

ano 1

990

ano 1

991

ano 1

992

ano 1

993

ano 1

994

ano 1

995

ano 1

996

ano 1

997

ano 1

998

ano 1

999

ano 2

000

ano 2

001

ano 2

002

ano 2

003

ano 2

004

ano 2

005

ano 2

006

ano 2

007

ano 2

008

Série1

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tiJulgamentos do CTN no STF

STF: CTN x ''Tributário''

050100

150

200

250

ano 1988

ano 1989

ano 1990

ano 1991

ano 1992

ano 1993

ano 1994

ano 1995

ano 1996

ano 1997

ano 1998

ano 1999

ano 2000

ano 2001

ano 2002

ano 2003

ano 2004

ano 2005

ano 2006

ano 2007

ano 2008

Ano

Decisões

CTN

Tributário

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San

tiJulgamentos do CTN no STJ

Julgamentos Gerais CTN

143

145

364235327465467601442575617561511

874825

1751

2510

2139

1684

1111

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

ano 19

88 ano 19

89 ano 19

90 ano 19

91 ano 19

92 ano 19

93 ano 19

94 ano 19

95 ano 19

96 ano 19

97 ano 19

98 ano 19

99 ano 20

00 ano 20

01 ano 20

02 ano 20

03 ano 20

04 ano 20

05 ano 20

06 ano 20

07 ano 20

08

Ano

Julgamentos

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tiJulgamentos Gerais CTN

143

145

364235327465467601442575617561511

874825

1751

2510

2139

1684

1111

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

ano 19

88 ano 19

89 ano 19

90 ano 19

91 ano 19

92 ano 19

93 ano 19

94 ano 19

95 ano 19

96 ano 19

97 ano 19

98 ano 19

99 ano 20

00 ano 20

01 ano 20

02 ano 20

03 ano 20

04 ano 20

05 ano 20

06 ano 20

07 ano 20

08

Ano

Julgamentos

STF: CTN x ''Tributário''

0

50

100

150

200

250

ano 1988 ano 1989 ano 1990 ano 1991 ano 1992 ano 1993 ano 1994 ano 1995 ano 1996 ano 1997 ano 1998 ano 1999 ano 2000 ano 2001 ano 2002 ano 2003 ano 2004 ano 2005 ano 2006 ano 2007 ano 2008

Ano

Decisões

0510152025303540 ano 19

88 ano 19

89 ano 19

90 ano 19

91 ano 19

92 ano 19

93 ano 19

94 ano 19

95 ano 19

96 ano 19

97 ano 19

98 ano 19

99 ano 20

00 ano 20

01 ano 20

02 ano 20

03 ano 20

04 ano 20

05 ano 20

06 ano 20

07 ano 20

08

Carga Tributária

1988 -2008

STF –Tributário/CTN

1988 -2008

STJ –Tributário/CTN

1988 -2008

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ti

Ocorrências art. 43

Julgamentos Art. 43

00

00

15

2426

2842

4342

4438

6162

222216239

201

118

050100

150

200

250

300

ano 1

988 an

o 198

9 ano 1

990 an

o 199

1 ano 1

992 an

o 199

3 ano 1

994 an

o 199

5 ano 1

996 an

o 199

7 ano 1

998 an

o 199

9 ano 2

000 an

o 200

1 ano 2

002 an

o 200

3 ano 2

004 an

o 200

5 ano 2

006 an

o 20

07 ano 2

008

Ano

Julgamentos

Julgamentos

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Artigo 135

Julgamentos Art. 135

02

09

74

10

17

15

10

11

12

19

39

53

50

109

191183

137

84

0

50

100

150

200

250

ano 1

988 an

o 198

9 ano 19

90 ano 19

91 ano 19

92 ano 19

93 ano 19

94 ano 19

95 ano 19

96 ano 19

97 ano 19

98 ano 19

99 ano 20

00 ano 20

01 ano 20

02 ano 20

03 ano 20

04 ano 20

05 ano 20

06 ano 20

07 ano 20

08

Ano

Julgamentos

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Projeto de

Reforma Tributária:

Do fato ànorma, da realidade ao conceito jurídico

Núcleo de Estudos

Fiscais -NEF

Direito GV:

Para melhorar o Brasil...

2008/2009/2010

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ti

Desafios da Reform

a Tributária

ESTA

DO

DE

DIR

EITO

ESTA

DO

DE

DIR

EITO

ESTA

DO

DE

DIR

EITO

ESTA

DO

DE

DIR

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LEG

ALID

ADE

Aplic

ação

do D

ireito

�Se

gura

nca

�Ig

uald

ade

�Es

tabi

lidad

e

Cob

ranç

a do

Trib

uto

Problemas de Fato

Problemas de Direito

Problemas conceptuais

Problemas de Prova

Problemas externos de

conjuntura e estrutura

1

2 3

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Reforma Tribut

Reforma Tribut ááriaria

1.Desequilíbrio Fiscal: CF88; plano real; era

FHC2; juros altos

2.Efeito lombriga das vinculações

constitucionais: necessidade de arrecadar 2

bilhões (DRU 20%) oferta 8 bilhões (80%)

vinculados para gastos não-programados com

“assistência social”, incentivando o aumento

da despesa pública;

3.Alta carga de impostos indiretos: atingem os

mais pobres (não transparentes: CÁLCULO

POR DENTRO) e aumento da pressão na

arrecadação;

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Reforma Tribut

Reforma Tribut ááriaria

1.Captura dos Fisco por pressões econômicas:

isenções (dividendos, aproveitamento do ágio

como despesa etc), desoneração fiscal não

garante investimento (redução do IPI dos

automóveis), Politização da Reforma Tributária

etc

2.DESconfiançae gerrafiscal entre União,

Estados, Municípios, contribuintes e crise da

legalidade: ésóaplicar a LC 24/75 (Súm. Vin)

3.Queda da arrecadação: jan/fev2009 –11

bilhões; falta de transparência e aumento da

despesa pública?

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Assimetrias: Recursos e Responsabilidades

Orçamentos estaduais per capita –R$

1.494

1.667

2.795

1.619

2.869

838

2.596

2.094

719

918

963

1.315

1.030

1.128

986

1.535

1.046

1.327

2.152

1.970

1.884

1.336

1.526

1.536

1.751

1.914

1.369

2.550

BRASIL

RO

AC

AM

RR

PA

AP

TO

MA

PI

CE

RN

PB

PE

AL

SE

BA

MG

ES

RJ

SP

PR

SC

RS

MS

MT

GO

DF

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Assimetrias: Recursos e Responsabilidades

Orçamentos municipais per capita –R$

400

500

600

700

800

900

1.000

1.100

1.200

1.300

1.400

Até 5.000

5.001-

10.188

10.189-

16.980

16.981-

30.000

30.001-

50.940

30.001-

75.000

75.001-

101.216

101.217-

125.000

125.001-

156-216

Acima

156-217

Capitais

Faixas Populacionais

R$ Per Capita

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ti

Reforma Tribut

Reforma Tribut áária: CONTEXTO

ria: CONTEXTO

•Em 28 de fevereiro de 2008, sob a mensagem nº81, a

PEC 233 COM 127 ALTERAÇÕES NO TEXTO

CONSTITUCIONAL foi encaminhada pelo Ministro da

Fazenda ao Congresso Nacional sob regime de

URGÊNCIA para aproveitar o aquecimento da

econômiamundial e colocar o Brasil na onda do

desenvolvimento global que contaminavam os

mercados.

•Em dezem

bro de 2008, 9 meses depois, o deputado

Sandro Mabel, sistematiza outras 16 PECs(lembrar a

PEC 242 ao Dep. Virgílio Guimarães) e 485 emendas

parlamentares e propõe a versão final com 372

ALTERAÇÕES CONSTITUCIONAIS (entre caputs,

parágrafos, incisos e alíneas)

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An

Anáálise

lise juridica

juridicado texto da PEC 233

do texto da PEC 233

O substitutivo amplia a discussão propondo matérias

completamente estranhas a uma reforma tributária:

•a) assegura a participação no resultado da exploração de

petróleo aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios

(Art. 20, §1º);

•b) cria imunidade para operações de reciclagem (Art. 150,

VI, e);

•c) introduz, silenciosamente, o temerário e duvidoso

instrumento da transação para anistia e renúncia de

créditos tributários nas três esferas de governo (Art. 129, §

6º-A).

•Como vamos reduzir carga tributária criando mais

imunidades, anistias e renúncia de créditos

tributários?

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An

Anáálise CR

lise CRÍÍ TICA do texto da PEC 233

TICA do texto da PEC 233

•Reforma tributária não é“um projeto de emenda”, há

de ser um programa estratégico e gradual de mudanças

em iteração continua com a realidade econômica e

financeira do Estado.

•Mito: Reforma Tributária não reduz carga tributária: “a

melhor reforma ÉREFORMA NENHUMA!!!

•O substitutivo do Relator sobre a proposta de reforma

tributária configura um CAVALO DE TRÓIA

TRIBUTÁRIO que representa atentado:

•àracionalidade do sistema tributário,

•ao empresário-contribuinte,

•ao Estado de Direto e

•a Democracia.

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An

Anáálise CR

lise CRÍÍ TICA do texto da PEC 233

TICA do texto da PEC 233

Significa atentado àRACIONALIDADE porque:

1.impõe a nossa Constituição já

hiperinflacionadaem

matéria tributária, com mais de 250 dispositivos, mais

outros 372 dispositivos inovando e alterando o sistema

tributário, prometendo a certa multiplicação de conflitos

e total paralisia do STF;

2.cria novas hipótese de lei complementar e delegando ao

STJ a competência para, em cada caso, negar-lhes

vigência ou dar interpretação convergente.

3.Atéhoje jánão temos estabilidade nem no STF nem no

STJ sobre conflitos dos atuais 250 dispositivos, é

assutadortentar imaginar qual seránossa situação com

estas 372 novas alterações constitucionais.

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An

Anáálise CR

lise CRÍÍ TICA do texto da PEC 233

TICA do texto da PEC 233

Significa atentado àracionalidade do sistema

tributário porque:

4. Além disso, a proposta convenientemente

ignora o principal foco do problema fiscal, que

éo tamanho do Estado.

5. A carga tributária sobe porque aumenta a

despesa pública, mais despesa exige mais

receita tributária.

6. Éinadmissível discutir tributação e se omitir do

debate sobre a reforma administrativa e dívida

pública.

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An

Anáálise CR

lise CRÍÍ TICA do texto da PEC 233

TICA do texto da PEC 233

•Significa atentado ao empresário-contribuinte:

1.sua estrutura abstrata direciona e converge seus vazios para

legislação ordinária, simbólica, ulterior, incerta, contingente e

sujeita aos sabores políticos de ocasião.

2.Ficamos no escuro, perplexos, sem saber o desenho de

como seráeste “outro”sistema.

3.No caso do IVA federal, por exemplo, incidirásobre

quaisquer “operações onerosas com bens e serviços”

incidindo sobre a mesma base do ICMS estadual e do ISS

dos municípios e criando outras hipóteses possíveis como a

transmissão de bens fora de comércio entre particulares

(novo Art. 153, VIII). No parágrafo 6º, I, a,

4.outras armadilhas: (i) afirma que seránão cumulativo, mas

delega para lei ordinária regulamentar esta não-

cumulatividade(?IMF); (II) ICMS destino: TURISMO FISCAL!

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An

Anáálise CR

lise CRÍÍ TICA do texto da PEC 233

TICA do texto da PEC 233

•Significa atentado ao empresário-contribuinte

4.E a resposta a nossa pergunta central: qual seráa nova

carga tributária?

5.Éabsolutamente incerta!!!

6.O certo éque União, estados e Municípios querem mais

recursos e alguém haveráde pagar a conta;

7.Tudo sugere que o aumento da carga tributária serácerta!!!

8.Conhecemos essa história: todos sonhavam com o

PIS/COFINS não-cumulativo, a EC 42 tornou o sonho real e

a subseqüente legislação ordinária fez da realidade o

pesadelo não esperado: o aumento das alíquotas de 0,65 e

3% para 1,65 e 7,6%.

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An

Anáálise CR

lise CRÍÍ TICA do texto da PEC 233

TICA do texto da PEC 233

Significa atentado ao Estado de Direito porque:

1.mexe caoticamente em todo sistema tributário,

alterando o pacto federativo e criando uma grande

insegurança jurídica, pois os problemas acabarão

no STF e no STJ para serem resolvidos depois de

5 ou dez anos da implementação da legislação.

2.Além disso, silenciosamente veicula propostas

de anistia e renúncia de tributos mediante

transação nas esferas federal, estadual,

distrital e municipal (Art. 150, §6º);

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An

Anáálise CR

lise CRÍÍ TICA do texto da PEC 233

TICA do texto da PEC 233

Significa atentado ao Estado de Direito porque:

3.A

TRANSAÇÂO

(Pacto

Republicano?!)

éa

institucionalização da chamada “corrupção sistêmica”

do direito tributário: se posso pagar depois e menos,

negociando com o executivo, para que pagar mais e

antecipadamente!?

4. Isto significa um grave risco àarrecadação espontânea

que corresponde a 96% do que a União arrecada. E o

oferece as bases potenciais para a institucionalização

legal de um eventual MENSALÃO TRIBUTÁRIO do Poder

Executivo;

5. NOVA versão evoluída do mensalinho, que retirava

verbas do orçamento, para esta que, potencialmente, cria

condições para desviar dinheiro público diretamente na

artéria: na arrecadação tributária.

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An

Anáálise CR

lise CRÍÍ TICA do texto da PEC 233

TICA do texto da PEC 233

Significa atentado àdemocracia porque:

1.a

proposta

do relator se omite

do dever de

apresentar a devida e analítica motivação de cada

alteração proposta.

2.Há

clara assimetria

de

informações

entre

as

intenções do Governo que propôs a PEC233, a

intenção por detrás das 16 outras PECstambém

propostas,

a intenção

das

485

emendas

apresentadas por

nossos

representantes

e a

Sociedade que irábancar com os efeitos desta

reforma.

3.Édever de quem veicula as cerca de 372 dispositivos

explicitar, justificar e motivar cada alteração.

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An

Anáálise CR

lise CRÍÍ TICA do texto da PEC 233

TICA do texto da PEC 233

•Significa atentado àdemocracia porque:

•4. Por que figuram dispositivos estranhos a Reforma

como o Art. 20 da proposta, que assegura aos

Estados, ao DF e aos Municípios participação direta

na exploração do petróleo?

•5. Por que a nova e silenciosa imunidade para as

operações de reciclagem? A quem beneficia esta

imunidade? Éimportante para o interesse público?

•6. As respostas devem acompanhar e justificar cada

proposta

de

mudança: A DEMOCRACIA EXIGE

TRANSPARÊNCIA E CLAREZA DAS VERDADEIRAS

MOTIVAÇÕES DO LEGISLADOR

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j

Estado de Direito exige

Estado de Direito exige

regras claras:

regras claras:

transparência e

transparência e

possibilidade de

possibilidade de

controle do exerc

controle do exercíí cio

cio

do Poder

do Poder

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ti

Enfim...

Fica o convite para 13 maio:

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Núcleo de Estudos Fiscais –NEF

Inauguração dia 13 de maio de 2009

das 16 às 22hs –Rua Itapeva, 26 Cj. 1701

Exposição de fotos de AncarBarcella

“Interesse Público, Pesquisa Empírica

Transparência e Desenvolvimento

Para melhorar o BRASIL...”